revista ensinador cristão nº 56

52

Upload: pb-anderson-silva

Post on 30-Nov-2015

314 views

Category:

Documents


17 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Ensinador Cristão Nº 56

A Escola Dominical e o crescimento da Igreja:A evangelização e o treinamento dos crentes para o serviço divino *■

Subsídio semanalSabedoria de Deus para

uma Vida VitoriosaA atualidade de Provérbios

e Eclesiastes

Suplemento do professor

Introdução à Teologia: Principais discussões para jovens aprendizes

Esdras Bentho Módulo II

Congresso Nacional de ED gera frutos:

AD no interior de Sergipe cria projetos após participar dos

Congressos Nacionais de Escola Dominical

EntrevistaPsicóloga Sônia Pires

responde a educadores e à liderança de diversas regiões brasileiras como a Psicologia

pode auxiliar na ED

Page 2: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Escola DominicalO reforço espiritual para sua família!

Pré-adolescentes Adolescentes Juvenis Discipulado11 e 12 anos 13 e 14 anos 15 a 17 anos Novos Convertidos

Adquira agora mesmo sua revista de Lições Bíblicas com o tema:

Não deixe sua família de fora!Currículo de Escola Dominical da CPAD: conhecimento do berçário à idade adulta

Berçário0 a 2 anos

Maternal Jardim de Infância Primários Juniores3 e 4 anos 5 e 6 anos 7 e 8 anos 9 e 10 anos

w w w . c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s

Page 3: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Da REDAção'Por Gilda

.....'...-..■'... ..

Presidente da Convenção Geral José Wellington Bezerra da Costa

Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior

Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza

Editor-chefe Silas Daniel

Editora Gilda Júlio

Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho

Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim

Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva

Gerente Comercial Cícero da Silva

Gerente de Comunicação Rodrigo Fernandes

Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida

Design & Diagramação Suzane Barboza

FotosLucyano Correia e Shutterstock

Tratamento de Imagem Djalma Cardoso

Central de Vendas [email protected]

Atendimento para assinaturas Fones 21 2406-7416 e 2406-7418 [email protected] - Serviço de atendimento ao consumidor

Fone 0800-021.7373

[email protected]

Ano 14 - n° 56 - out/nov/dez de 2013

N úm ero avulso: R$ 8,90 Assinatura bianual: R$ 71.20

Ensinador Cristão - revista evangélica trimes­tral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assina­tura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo princípio vale para anúncios.

CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

Av. Brasil 34.401 - Bangu CEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJ Fone 212406-7371 - Fax 212406-7370 [email protected]

Reta final

O editoria l é um texto que, para muitos profissionais, é difícil de escrever.

A lguns colegas só conseguem desenvolvê-lo depois de to d o o p ro du ­

to concluído, outros o fazem antes da conclusão. Com o preparam os

cada edição da "Ensinador C ristão" com muita antecedência para que

os leitores possam receber cada uma no seu devido tem po, costum o

dizer que sou uma m ulher "bem a frente do meu tem po". Por exemplo:

estou fechando esta última edição de 2013 em agosto e já desejo aos

leitores um feliz ano novo!

Bem, mas vamos ao que o querido le ito r encontrará nesta edição. Posso

começar pelo "Conversa Franca" que está com um perfil bem diferente

do habitual. Dessa vez, foram os próprios professores, superintendentes

e liderança que elaboraram as perguntas do entrevistado desta edição.

Conversamos neste número com a psicóloga Sônia Pires sobre em que

sentido a Psicologia pode ajudar na Escola Dominical.

Seguindo a trad ic iona l linha da "E ns inador" de m elhorar o ensino

cristão, a revista traz um artigo especial sobre a Escola Dom inical e o

crescim ento da Igreja. A tô n ic a abordada é o crescim ento vinculado à

evangelização, ao d iscipulado dos novos convertidos e ao tre inam ento

dos cristãos para a obra do Senhor.

O utro destaque desta edição é um artigo vo ltado para aquelas pessoas

que estão sendo convocadas agora para o m in istério do ensino e têm a

responsabilidade de transm itir confiança. Acima de tudo , é Deus quem

capacita a pessoa, mas nós tam bém devemos fazer a nossa parte.

Essas e outras matérias estão nessa última edição de 2013.

Ufa! Term inamos mais uma jornada, mais um ano, e firmes para fazer

mais para o Reino de Deus. Com o o apósto lo Paulo, podem os dizer:

"Portanto , meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre

abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é

vão no Senhor".

Um Feliz Natal e que 2014 seja mais um ano vivido na presença do Senhor!

G ilda Jú[email protected]

Digitalização: Escriba Digital

Page 4: Revista Ensinador Cristão Nº 56

SUMáRIO

A Escola Dominical e o crescim ento da Igreja

Sábios conselhos para um viver vitorioso

0 a tle ta cristão

Socorro! Sou p rofessor de ED!O que fazer?

4 44 6

■ f ^ S e ç õ e s J

Espaço do Leitor

ED em Foco

Conversa Franca

Exemplo de Mestre

Reportagemí

Sala de Leitura

O Professor Responde

Boas Ideias

Professor em Ação

Em Evidência

SUBSÍDIOS paraSabedoria de Deus para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes

Sábios conselhos para um viver vitorioso

Wm Divulgue as atividades ^ ►do Departamento de Ensino de sua igreja

Reclamação, crítica e/ou sugestão? Ligue:

Entre em contato com

Ensinador Cristão21 2406-7^16 / 2406-7418

SETOR DE ASSINATURAS

Avenida Brasil, 34.401 • Bangu Rio de Janeiro - RJ ■ CEP 21852-000

Telefone 21 2^06-7371 Fax 212406-7370

ensinador@ cpad .com .br

Atendimento a todos os nossos periódicos

M ensageiro da Paz • Manual do O breiro

GeraçãoJC • Ensinador Cristão

A Escola Dominical e o crescimento da Igreja

-1 O 0 atleta -LO cristão - A

necessidade de autodisciplina

1 O Socorro!Z -|»0 Sou professor

da Escola Dominical!E agora?

Page 5: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Subsidio semanalSabedoria de Deus para

uma Vida Vitoriosa

Prazer em conhecê-La!

Minha op in ião com o leitora é das melhores possíveis. Am ei a revista, achei interes­santíssima, as m atérias são to ta lm en te voltadas para a ED, o que ajuda m uito com o respaldo a nós professores da ED, princ ipa lm ente os menos experientes com o eu. Em ju lho deste ano, com ple te i apenas 2 anos dando aulas na ED da minha igreja. Minha mãe, que tam bém fo i pro fes­sora da Escola Dom inical por mais de 30 anos, acha a re­vista maravilhosa! Ela sempre gostou do jo rna l M ensageiro da Paz e da revista Geração- JC e disse que a Ensinador Cristão ela não conhecia, mas só em fo lhear aquela ed ição já amou a revista!

Lilian Biork Por e-mail

k SurpresaHá bastante tem po

com pro e uso a revista Ensi­nador. Parabenizo a equipe p o r cada edição, pois a cada exem plar sou surpreendida e aprendo mais. Gostaria que viesse o vocabulário das palavras que são desconhe­cidas e que tam bém a parte da resposta do Curso não danificasse o m esm o ao ser destacada, uma vez que faz fa lta para o colecionador.

M aria Em ília de Jesus Soares Por carta - Crisóíita (MG)

Prezada Maria Emília, a Paz! Referente ao Curso, já fo i fe ita a correção. Em relação ao vocabulário, terem os um m aior cu idado quan to a isso. Nosso ob je tivo é aum entar o vocabulário do leitor.

Es p a ç o Leitor

Departamento de Educação Cristã da CPADExpresse sua op in ião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trim estre

[email protected]

desem penho do pro fessor na Escola D om in ica l e A busca da excelência no m in istério do educador, publicados na revista Ensinador Cristão ano14, n° 54. Foram dois artigos excelentes!

Rosival de Oliveira Por email

JH l AgradecimentoQuero parabenizar à

revista Ensinador Cristão pela edição do segundo trimestre, que fo i excelente. O brigada pela correção na diagramação do Curso da professora Telma Bueno, que por sinal está de parabéns, pois foi m uito feliz no assunto.

Esther Salina Por e-mail

IniciativaAproveitam os m uito

o con teúdo do Curso sobre "C om o ensinar verdades fundam entais da fé cristã para crianças", escrito pela pro fes­sora Telma Bueno. O Depar­tam en to de Ensino da As­sem bleia de Deus em Itaboraí (RJ) aprove itou o encarte para utilizar com o subsídio para um grupo de professores das classes infantis. A gradece­mos a iniciativa da amada e dedicada professora Telma Bueno. Q ue Deus continue a lhe abençoar e que sejas grandem ente inspirada pelo Espírito Santo a cada vez que se d ispor a escrever para os educadores, princ ipa lm ente na área infantil, que é tão ca­rente desse t ip o de m aterial.

ELias A m orm Por carta - Itaborai (RJ)

CURSO— Q uero louvar a Deus

p o r ser le itora da Ensinador Cristão e pela grande rele­vância que a mesma tem na nossa Escola Dom inical, pois todas as seções e subsídios para as lições são "r ios " que regam os nossos conheci­mentos. Dentre os artigos, destaco os m ódulos, que têm sido a base da nossa fo rm a­ção continuada, o coração da Ensinador.Com o v ice -coordenadora e professora do D epa rta ­m ento Infantil, a m inha alma encheu-se de alegria, quan­do o tem a do curso desse trim estre fo i Como ensinar as verdades fundamentais da fé cristã para crianças, ou seja, to ta lm e n te vo lta do para a educação in fantil. Nós, que traba lham os nessa área, sen­tim os uma grande respon­sab ilidade sobre os nossos om bros, conscientes de que essa base é um sustentáculo para tod a a vida do cristão, e que deve ser bem alicerçada. Graças a Deus que através do Seu Espírito Santo tem inspirado homens e mulheres dessa equ ipe de ed ição para ed itarem segundo as nossas necessidades. Parabéns! Que a bênção de Deus continue sobre vocês.

M ira ilde Nascim ento Silvai Por e-mail

mArtigosSou Rosival de O live i­

ra Souza, superin tendente da Escola Dom inical da As­sem bleia de Deus de uma pe ­quena cidade no in te rio r do Estado de Sergipe. Estou es­crevendo para parabenizá-los pelos artigos Avaliação do

A Escola Domin crescimento da IgrejaA evangelizaçao e o treinamento dos crentes para o serviço divino

Comunique-se com a E nsinador Cristão

Por carta: Av. Brasil, 34401 - Bangu 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ

Por fax: 212406-7370 Por email: [email protected]

Sua opinião é importante para nós!

D ev id o às lim ita çõ es de espaço, as cartas serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados mais sign ificativos. Serão publicadas as c o rr e s p o n d ê n c ia s a ss in a d a s e q u e co n ten h a m n o m e e en d e re ç o com p letos e legíveis. No caso d e uso de fax ou e-m ail, só serão publicadas as cartas que in form arem tam bém a cidade e o Estado onde 0 le ito r reside.

Page 6: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Todos os líderes da Igreja almejam e trabalham para ver o crescimento de suas Igrejas. Para isso, mobilizam seu povo com a esperança de que suas Igrejas tom em prazer pelo cum prim ento do Ide de Jesus em busca dos perdidos para o Reino de Deus. Falta-lhes, no entanto, às vezes, pequenos deta lhes que m uito poderiam cooperar para o alcance do tão almejado crescimento.

Neste artigo, abordaremos o crescimento da Igreja tomando como ponto de partida a Escola Dom ini­cal, que, a nosso pensar, é um dos mais poderosos instrumentos de crescimento da Igreja de Cristo destes últim os tempos. Falaremos, portanto, do crescimento da Igreja vinculado à evangelização, ao discipulado dos novos convertidos e ao treinamento dos cristãos para o exercício cJo serviço divino.

Page 7: Revista Ensinador Cristão Nº 56

 Igreja cresce q u a n d o a ED se empenha na evangelização de sua comunidade

Todo estudioso da história da Igreja sabe que a Escola Domini­cal nasceu evangelizando. Não ignoramos que, em seu princípio, a ED se propunha ensinar, além das Escrituras Sagradas, outras m atérias com o m atem ática e gramática, como forma de ajudar as crianças pobres a terem um fu tu ro melhor. Q uando Robert Raikes (1780) resolve, em G lou­cester, na Inglaterra, alfabetizar as crianças carentes de sua cida­de, tinha certamente a convicção de que Deus haveria de dar um novo d e s tin o à para os pe-

"P ortan to , vão e façam d iscípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tem pos" (Mateus 28.19-20).

A igreja não pode perde r da m em ória que sua p rinc ipa l m issão na Terra é evangelizar. O m andam ento de Jesus, con tido no tex to acima transcrito , é taxa tivo : "Vão, façam d iscípu los, ensinem... Eu estarei convosco". Não há m eio melhor de evangelizar a comunidade senão através da Escola Dominical. A ED está sempre inserida numa com unidade onde há pessoas precisando do conhecim ento de Deus, e a ED possui este conhecimento. Pessoas precisan­do de salvação e a ED sabe em Quem está a salva­ção. Portanto,

q u e n o s desam para­

dos de sua com unidade. Só não sabia que o seu invento haveria de se transformar numa g rande e poderosa fo rm a de evangelizar não apenas crianças, mas tam bém adultos.

Os te m p o s m u d a ra m , as culturas evoluíram, a pro teção à criança tem se aperfe içoado ao redor do planeta, mas a ne­cessidade de evangelizar tanto crianças com o adultos perm a­nece com o prio ridade número um dos ensinos das Escrituras:

evangelizar os pecadores

deve fazer parte de toda a progra­

mação de cada ED local.

Uma igreja avivada e com ­p rom e tida com os ensinos de Cristo, não se conform a com o

crescimento natural ou vegetativo, ou seja, com o crescimento decorrente apenas

do nascimento de crianças nas famílias dos cren­tes. Certamente, ela quererá m uito mais. Ela se dedicará à busca das almas que estão perecendo diariam ente ao seu redor. Ela se utilizará da ED, por m eio de seus líderes, professores e alunos, para crescer sua membresia nos moldes da Igreja Primitiva, que, evangelizando, se multiplicava pelo miraculoso operar do Espírito Santo, que conven­cia os perdidos do pecado, da justiça e do juízo. Quando a Igreja prega e ensina a Palavra de Deus, há sempre a resposta divina fazendo aquilo que o hom em não pode fazer: salvar, curar, libertar, batizar no Espírito Santo e efetivar o crescimento num érico e espiritual da Igreja, que é o grande desejo de to d o verdadeiro cristão.

á f lk

Alderi Ribeiro de Moura Cruz é Professora Licenciada em Língua Portuguesa, Pós-graduada em Administração e Coordenação Pedagógica, Coordenadora Geral do Departamento de Educação Cristã da Assmebleia de Deus do Segundo Distrito de Rio Branco (AC) e Professora da ED, classe de Adolescentes

Page 8: Revista Ensinador Cristão Nº 56

entendendo que há muitos pre­dadores que poderão inutilizar o seu traba lho . Dessa mesma fo rm a, agiam aquelas Igrejas que não se preocupavam com o d iscipulado e com a integra­ção de seus novos m em bros. P reocupavam -se m u ito com estatísticas (número de pesso­as dec id idas p o r C risto), mas esqueciam que essas pessoas estavam inseridas num m undo onde há muitos predadores da fé cristã preparados para im pe­d ir a co n tin u ida d e da marcha espiritual dos novos convertidos.

Graças a Deus, essa situação tem m udado nos últim os anos. As lideranças da Igreja têm en­tend ido que não basta pregar o Evangelho às pessoas e deixá-las abandonadas, cuidando de seu p róprio crescimento espiritual. Hoje, graças ao grande esforço de nossa querida CPAD, muitos pastores já foram despertados para e s ta b e le c e r classes de

d isc ipu lado e integração em suas Igrejas, fa to que tem

contribuído muito para um cresc im en to num érico

com qualidade de mui­tas Igrejas pelo Brasil

e pelo mundo afora. Ja m a is p o d e ­

ríam os c o n tin u a r a g i n d o c o m o a avestruz, possu in ­do muita força, mas jogando fora os fru-

os seus filhotes, como se não fos­sem dela, e não se importa se o seu trabalho é inútil. Isso porque Deus não lhe deu sabedoria nem parcela alguma de bom senso (Jó 39.13-17). Indubitavelmente, a igreja é d iferente do avestruz, pois Deus lhe capac itou com sabedoria divina para que ela e n te nd a que o tra b a lh o que faz deve func ionar com o uma parceria. Ela prega e ensina a Palavra, o Espírito Santo con ­vence do pecado, Jesus Salva e, n ova m e n te , a Ig re ja deve entrar em ação, cu idando dos novos convertidos para que se firmem na fé e cresçam na vida espiritual.

O avestruz, por não ser d o ­tado de bom senso, coloca

seus ovos na areia e os de ixa aos cu idados

da natureza, não

A Igreja cresce quando a ED faz dispulado e integra os novos convertidos

Décadas atrás, nossa querida Assembleia de Deus carregou o estigma de ser uma igreja que não se preocupava m uito com seus novos co n ve rtid o s ; era, com o se dizia, uma excelente "p a r te ira " , mas uma péssima "pediatra". Agíamos à semelhan­ça do avestruz, trabalhávamos sem entend im ento : a avestruz bate as asas alegremente, aban­dona os ovos no chão e deixa que a areia os aqueça, esquecida de que um pé poderá esmagá- -los, que algum animal selvagem poderá pisoteá-los. Ela trata mal

Page 9: Revista Ensinador Cristão Nº 56

tos provenientes dessa força. É preciso que cada líder de igreja despertada continue despertan­do outros líderes para a urgente necessidade de d isc ipu lado e integração dos novos conversos e do consequente tre inam ento desses convertidos para a con­t in u id a d e do m in is té rio , po is som ente dessa fo rm a a igreja pode dizer que está crescendo nos m oldes do ensino das Sa­gradas Escrituras.

E u rgen te , pois, que cada igreja estabeleça a classe de dis­cipulado em suas congregações, em obediência às ordenanças divinas, que nos ensinam: "Por­tanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tem pos".

Fazer discípulos, conform e ensinado, no texto mencionado, não é som ente fo rm a r espec­tado res ou adm iradores, mas form ar pessoas comprometidas com os ensinos rece b id os e, consequentemente, com o Seu Mestre Jesus. Para fazer discípulos para Jesus é preciso reunir os neoconversos em uma classe, ma­triculados, onde possam receber um ensino saudável e totalmente bíblico, que possa conduzi-los a um crescimento espiritual sadio, sem as malfadadas inovações do cristianismo descom prom etido com a Palavra de Deus.

A Igreja cresce quando a ED prepara seus membros psra o exercício do ministério

Um dos alvos da pregação e do ensino da Palavra de Deus é a m a tu ridade esp iritua l dos convertidos. Com esse fim Jesus designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pas­tores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o Corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejam os mais com o crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá po r to d o vento de doutrina e pela astúcia e esper­teza de hom ens que induzem ao erro (Efésios 4.11-14). A Igreja de C ris to do p resen te século não pode perder de vista o fim ensinado neste tex to sagrado, devendo se utilizar de todos os meios e m etodo log ias bíblicos e pedag óg icos para conduz ir seus m em bros ao crescim ento espiritual até que todos estejam em condições de assumir a obra do ministério.

É lam en táve l a q u a lid a d e de alguns obre iros que estão ocupando nossos púlpitos nestes últimos tempos. Certamente, tais obreiros não passaram pelo disci­pulado, nem foram matriculados na classe de jovens e adu ltos da ED. "C resceram " de form a

desordenada e hoje estão dando muito trabalho aos pastores que ve rd ad e iram en te pasto re iam suas igrejas. Mas, exatam ente para que isso não acontecesse, o Senhor estabeleceu os dons do m inistério cristão, e a Escola Dominical é, sem dúvida, a prin­cipal agência de treinamento de nossos membros para o serviço do m in istério cristão, "a té que to d o s a lcancem os a u n idade da fé e do co n h e c im e n to do Filho de Deus, e cheguem os à maturidade, atingindo a medida da p len itude de C risto".

A Escola Dominical e o cresci­mento da Igreja vão andar sem­pre em situação de dependência um com o outro. A Igreja sempre precisará da ED para crescer e esta não existirá de m odo e fi­c ien te desvincu lada daque la . Que Deus continue ajudando a liderança da Igreja em todo o nosso país a entender que um crescim ento saudável passará, o b rig a to riam en te , por um ensino tam bém saudável da Palavra de Deus. &

Page 10: Revista Ensinador Cristão Nº 56

E D ^F O C O8BH&HH9HHSSëiil£9SS!

ED envolve 80%da igreja com 0 Lema “cada crente um aluno”

"Procuramos dar apoio a todos com os recursos que lhe são peculiares e exigidos"

Investimentos no aprim oram ento e qualifica­ção dos professores na área do ensino cristão é o diferencial da Escola Dominical na AD em Caxias (MA). Segundo o coo rdenador geral da ED e vice-líder da igreja, pastor Rozivaldo Rodrigues, o educador é o principal recurso para uma boa aula. Por isso, a igreja investe na capacitação dos mesmos. "Prom ovemos oficia lm ente na agenda da igreja cursos de capacitação mensal, deno­m inados 'E ncontro de Professores de ED nas Áreas' (Eped). Hoje, tem os 15 áreas de trabalho, com média de 6 congregações cada; curso geral denom inado 'Curso de Aperfe içoam ento Básico de ED' (Cabed), com participação de todos os professores, superintendentes e secretários, e o congresso geral de ED, que é realizado bienal- mente com preletores de nível nacional. Estamos nos organizando para o 5o congresso, que será realizado no período de 13 a 16 de fevereiro de 2015", avalia.

O coordenador explica que o lema da igreja é "Cada crente um a luno". "Temos cerca de 12 mil membros d istribuídos em 100 congregações e 490 ensinadores. Esses fatores nos asseguram uma média de 80% da igreja na ED", esclarece.

Pastor Rozivaldo afirma ainda que é d ifíc il destacar um departam ento mais atuante na ED.

Segundo o Líder da igreja, pastor

Caetano Jorge Soares, para evitar

o comodismo foi elaborado

uma campanha no sentido de desenvolver o

projeto educacional “Eu, você e toda

família na ED"

"Procuramos dar apoio a todos com os recursos que lhe são peculiares e exigidos. Hoje, além dos superintendentes que atendem com o espécie de diretores na ED, e legem os tam bém supervisores para as classes de Departam ento Infantil, pré- -adolescentes, adolescentes e juvenis, classes de jovens e adultos e classes de discipulados. Por exem plo, o D epartam ento Infantil já trabalhou brilhantem ente em atividades de encerram ento de trim estre fazendo uma feira cultural nos temas propostos em suas faixas etárias; o das classes intermediárias promoveram gincanas dentro do tema e debates bíblicos; o de jovens e adultos, maratonas bíblicas; já fizemos até 'M aratona bí­blica no ar' m ediante as ondas sonoras de radio com participação dos ouvintes em casa, e foi um sucesso.. O Departam ento de D iscipulado tem um pro je to especifico. Exigimos atuação simul­tânea por parte de todas as faixas etárias da ED; para isso, além de outras atividades, realizamos reuniões bim estra is com todas as lideranças", conta o coordenador.

Segundo o líder da igreja, pastor Caetano Jorge Soares, para evitar o comodism o, foi e labo­rado uma campanha no sentido de desenvolver o p ro je to educacional "Eu, você e toda família na ED". De acordo com o pastor, o objetivo é o

80% dos membros da igreja participam da Escola Dominical e são alunos assíduos

crescimento da ED, o que vem a beneficiar toda a igreja. "Conscientizamos o professor que ele deve m otivar seus alunos na assiduidade na ED, lem brando-lhe que ele é professor não somente no período da Escola, mas todos os dias. Ele, ao final de cada trimestre, deve m otivar sua turma hom enageando os alunos destaques com premia- ções nos requisitos assiduidade, conhecimento da Bíblia, pontualidade, com portam ento, trabalhos, revista dom inical e ofertas", testifica o líder,

Na ED em Caxias (MA), alunos e professores recebem prêmios que ajudam a estimular a frequência

Page 11: Revista Ensinador Cristão Nº 56

v i

Q

cs

K | ° ^

O

SOCßso

CS

S u

íC L Ö

í q

K<̂ >■4~k

Kso

f-jt > SO

cs *T3 • ^

VjrSjsoro

A Escolha dos entrevistados para a seção "Conversa Franca" é da responsabilidade da CPAD, mas abrim os uma exceção nessa edição quanto á form ulação das perguntas: convidam os professores, supe­rin tendentes e a liderança de diversas regiões do Brasil para enviar pe rgun tas para a nossa en trev is tada: a ps icó loga Sônia Pires. As perguntas elaboradas por esses mestres da educação cristã girou em tom o do tema "C om o a psicologia pode ajudar na Escola Dom inica".

Sônia Pires é ps icó loga clínica, professora de adolescentes na Assem ble ia de Deus no Belenzinho (SP), articu lista e escritora. Ela respondeu aos nossos convidados e você vai ficar sabendo agora o resultado da interação entre a psicóloga Sônia Pires e os professores da Escola Dom inical das diferentes regiões brasileiras.

Por G ilda J úlio

(P 1 Alguns pais levam os fiLhos para a ED, no entanto, muitos pais não frequentam a ED. Será que esses pais acham que sabem o suficiente e que apenas os seus filhos necessitam participar da Escola Dominical? 0 que fazer nesse caso?

Sem pre ouvim os "d escu lpa s" dos pais a esse respe ito . Há os que se consideram exímios conhecedores da Palavra, po rtan to não a frequentam . Há aqueles que consideram estar cum prindo o seu pape l e d izem não d isp o r de te m p o su fic ien te para frequen tá -la

Sônia Pires Ramos é psicóloga,

psicoterapeuta, professora, articulista

dos periódicos da CPAD e autora do livro “Entre nós Mulheres”,

editado peLa CPAD

L:í"S r íi^R ^CRÍSXÃO____ -L-L

Page 12: Revista Ensinador Cristão Nº 56

aco m p a n h a n d o os seus filh o s . A maneira mais e fic iente para m udar o qu ad ro é traba lh a r com os pais a conscien tização da im portânc ia da fam ília estar co m p le ta na ED. Pode ex ig ir esforço dos pais, mas o resultado é com pensador!

Que fenômeno Leva a fa­mília a esquecer de ensinar aos filhos o caminho da ED?

Vivemos dias difíceis. Nas gran­des cidades, as atividades diárias e compromissos de trabalho, familiar, estudo dos filhos, igreja etc exigem dos pais o rgan ização pessoal e o e s ta b e le c im e n to de p rio rid a d e s . Q ue m não p r io r iz a r a ED na sua agenda terá dificuldades em atender às necessidades da família.

Que acontece com a famí­lia que negligencia o estudo da Palavra?

No mínimo, esta família terá uma vida espiritual m uito frágil. E com a oração e o estudo da Palavra que nos fo rta le c e m o s para e n fre n ta r os desafios da fam ília m oderna. A vida secular está ficando cada vez mais incoerente em seus valores e a convivência com todos os ambientes frequentados no dia-a-dia, por força dos c o m p ro m is s o s de tra b a lh o , estudo e lazer, podem trazer conse­quências sérias no desenvolvim ento saudável dos nossos filhos.

Os exemplos dos pais no lar e na igreja não são im ­portantes para influenciar as atitudes dos filhos?

Sim . As a titu d e s dos pa is in ­fluenciam d ire tam ente na conduta dos filhos. Nunca é neutra. Os pais podem ser modelo para os seus filhos ou antim ode lo . Nunca são neutros.

É cultural essa apatia ao es­tudo? Se for, como os profes­sores e pais devem ultrapassar essa cultura mesquinha?

A apatia ao estudo é um grave sintom a verificado tam bém nas es­colas seculares. A grande motivação de crianças adolescentes, jovens e até adultos é a moderna tecnologia. É p ra tic o , d iv e r t id o e p ra ze ro so buscar no c o m p u ta d o r, ce lu la res e tab le tes, os jogos , passatem pos e d iversão. Está lá tu d o p ro n to , é só clicar. Enquanto isso, estudar dá tra b a lh o , req ue r re flexão , te m p o para elaborações mentais, exercícios e tarefas escritas.

Orientação e firmeza. ‘Guarda o teu pé

quando entrares na casa do Senhor

Como implantar um pro­jeto psicológico eficiente e eficaz na ED?

É possível desenvolver um p ro ­je to psicológico na ED. Para que ele seja efic iente e eficaz, é im portan te que se faça um estudo com o b je ti­vos e metas bem definidas levando em consideração as necessidades, m otivações e d isp o n ib ilid a d e s de cada região.

É possível trazer pais e filhos não evangélicos para a ED? E como seria feito?

T udo p o d e com e ça r com um programa elaborado pela ED, espe­cialmente para recebera comunidade (v iz inhos), a través de a tiv id a d e s d irig idas às crianças, palestra com tem as de interesse gera l lig a d o à fam ília , um chá etc. A p ro v e ita r a presença de pais e filhos não crentes para expor e valorizar a im portância da ED com o a liada à o rie n ta ç ã o fam iliar. É preciso fazer d ivulgação bem planejada!

Como a psicologia pode agregar valor ao corpo docente e discente de ED?

A psicologia agrega valor ao cor­po docente quando com prom etida com o processo ensino aprendiza­gem : na elaboração de program as

que tragam m otivação aos alunos, id e n tif ic a n d o p ro b lem as , e n co n ­trando estratégias para solução dos mesmos ou fazendo encaminhamen­to para profissionais especialistas. O corpo discente sem pre ganha com a a tu ação ha rm on iosa d o c o rp o docente.

wF Como auxiliar, através da psicologia, alunos de pais não evangélicos?

Essas e outras questões devem ser compartilhadas entre os professo­res e o psicó logo. A orientação, no caso citado, deve ser personalizada, respe itando o t ip o de d ificu ld ad e sentida pe lo aluno.

Como promover, através da psicologia, inclusão social na ED?

A ps ico lo g ia leva em cons ide ­ração as diferenças individuais para en tend e r e p rog ram ar a inclusão social de ta l fo rm a que a inclusão seja possível e sa tis fa tó ria para a classe e professor com a consciência de que tod os se en riquecem e se com plem entam com as diferenças individuais.

A lguns a lunos de ED da classe de adolescentes são filhos de pais cristãos e frequentam a igreja desde crianças. No entanto, negam- -se a fazer as atividades, não participam dos debates, dos ensaios e ficam o tempo todo de piadinhas, atrapalhando os colegas e os que realmen­te querem aprender. Como proceder com a indisciplina na Escola Dominical?

A d isc ip lin a deve ser m an tida na ED através de regras bem de fi­nidas e discutidas com o grupo de a lunos, faze n d o -o s p a rtic ip a n te s do com p rom isso no processo de m a n te r a d is c ip lin a . Q u a n to aos ind isc ip linados, con form e citados, eles devem te r a op o rtun ida de de en tend e r o va lo r da pa rtic ipação . Deve haver um esforço da classe em orar po r eles e incentivá-los a uma pa rtic ip ação efe tiva. Se a m aioria estiver partic ipando ativam ente, há esperança de que os indisciplinados

Page 13: Revista Ensinador Cristão Nº 56

melhorem; senão, eles terão dificu l­dade de encontrar "p a lc o " para as suas piadas e não virão.

Durante as nossas aulas e os cultos, deparamo-nos com o uso do celular de forma constante pelos adolescen­tes e jovens. Como proceder para que essa prática não atrapalhe as nossas aulas e principalmente a relação com Deus?

O rien tação e firmeza. "G uarda o teu pé quando entrares na casa do Senhor"

* Percebo que alguns pais dão graças a Deus porque seus filhos vão à ED e veem os problemas que acontecem apenas como do professor, do coordenador e do pastor. O que fazer para chamar à res­

ponsabilidade estes pais, para que oremos, conversemos e pensemos em estratégias de aproximar mais os adoles­centes de Deus, visto que na classe dos adolescentes estes já mostram alguns sinais, mas, infelizmente, quando jovens, eles acabam geralmente por afastar-se da igreja?

Existem pais que terce irizam a construção e crescim ento da vida esp iritua l dos seus filhos. D e lega à Igreja, ED a responsab ilidade. E importante que ao perceber essa prá­tica, os professores prom ovam uma aproximação com os pais para poder conscientizá-los da im portância da partic ipação deles nesse processo, observando m elho r os seus filhos, com uma ótica de educador cristão e tre inado do filho para a vida, seus acertos e deslizes e contribuam com exemplos, atenção e conselhos para

que não se percam. Esse é o papel do pai cristão.

IP* Como proceder quando adolescentes não crentes ou filhos de não crentes dão pro­blemas na ED, inventando calúnias, criando situações constrangedoras, Levantando- -se contra professores, como forma de omitir-se e não res­peitar as normas, quando, ao mesmo tempo, são almas e manifestam interesse em permanecer na igreja?

É um a ta re fa d ifíc il, mas não impossível. Orações, preparo psico­lógico para não entrar no desiquilíbrio emocional deles, mantendo a firmeza, a verdade, irradiando o Amor de Deus e, se possível aproveitando alguma aptidão que o adolescente demonstre ter para que ele se sinta fazendo parte efetivam ente do grupo. t

Neta de pioneiros das Assembleias de Deus em São Paulo, Sônia é psicóloga

clinica, m inistra palestras para famílias, casais, jovens e irmãs, é professora de

adolescente na ED, além de prestar serviço com o voluntária em obras sociais.

Page 14: Revista Ensinador Cristão Nº 56

P o r José G o n ç a lv e s

Sábiospara um

Os livros de Provérbios e Eclesiastes, ambos

da autoria de Salomão, são classificados

como "Literatura Sapiencial", isto é, de Sabedoria, São livros

recheados de conselhos e máximas que revelam

um saber divino para vida cotidiana!

O propósito do livro de Provérbios está declarado nos seis prim eiros versículos do cap ítu lo p rim e iro . Esses versículos nos revelam que o p ropós ito do livro é produzir sabedoria e fazer com que seus le ito res apro fundem -se mais ainda na verdadeira sabedoria. Por outro lado, o livro de Eclesiastes, ao contrário do que m uitos pensam, não apresenta uma es­pécie de ceticismo ou desencanto com a vida. O livro revela sim, a avaliação feita por alguém que teve o privilégio de viver a vida com intensidade e descobrir que a mesma é to ta lm ente vazia se não vivida em Deus!

Vejamos, pois, de uma forma panorâ­mica os principais temas abordados neles:

( Z, /ensInadorSV C R I S T Ã O J t

*

1 .SexoO livro de Provérbios tem muito a dizer

sobre a sexualidade. Nos Provérbios a sexualidade humana é uma dádiva divina. Uma boa parte dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualida­de humana e a sua fo rm a correta de expressão. Assim sendo ele ded ico u boa parte de três capítulos do seu livro para falar de uma forma profunda sobre o sexo e os desvios aos quais ele está sujeito (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27; 9.13-18). Por outro lado, a sexualidade tam bém é algo próprio do homem. Somos humanos e o sexo faz parte de nossa natureza humana e é por isso que estamos sujeitos à tentação! No céu na haverá necessidade da expressão sexual (M t 22.30) por isso devemos buscar expressar nossa sexualidade com amor dentro dos limites estabelecidos pelo criador.

2. TrabalhoA princípio convém dizer que a ideia de pros­

perar e enriquecer por outros meios que não seja o traba lho é com p le tam ente estranho à Escritura. O Deus da Bíblia faz prosperar, mas ele o faz através do traba lho (Dt 8.18). No livro de Provérbios há muitas metáforas para ilustrar a natureza do trabalho e a nossa relação com ele. Por exem plo, a m etáfora do celeiro e do lagar, representa uma vida abundante! Uma vida com fartura! Na metáfora das form igas, o Sábio nos exorta a tomarmos uma atitude frente à rea lidade da vida. A qu i esses insetos nos ensinam sobre a necessidade da tom ada de a titude e tam bém sobre econom ia dom és­tica (Pv 6.6-8). Na m etáfora do preguiçoso e do leão, aprendem os que não adianta arrumar desculpas para fug ir do trabalho.Em outra metáfora, a dos espinheiros aprendemos que precisamos enfrentar as lutas da vida.

W È Ê M Ê U Ê F ®

Page 15: Revista Ensinador Cristão Nº 56

3. DinheiroO liv ro de P ro vé rb io s

tem m uito a dizer sobre o d inhe iro , p rin c ip a lm e n te sobre as práticas da fiança e do empréstimo. "Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará segu ro " (Pv 11.15).Precisamos tom ar cuidado em ser fiador ou avalista de alguém ! Por outro lado, precisam os to m a r cu idado tam bém com a prática de em préstim os. Podemos em prestar ou tom ar em prestado e não há nada de errado nisso desde que se cumpra com o compromisso firm ado. Salomão tam bém fala sobre a usura ou ag io tagem . Lam entavelm ente há m uita gente crente lucrando por meio da usura ou agiotagem. Emprestam dinheiro a juros exorbitantes! E o que é mais grave - alguns desses agiotas são obreiros! Já ouvi histórias de irmãos que tiveram seus bens confiscados e espo liados p o r obre iros porque não conseguiram pagar os juros estratosféricos cobrados. A lguns perderam lojas ainda outros perderam veículos. É lamentável que isso possa ocorrer no m eio do povo de Deus.

4. LínguaSalom ão tem m uito a d izer sobre a língua!

Convém dizer as palavras não tem vida própria. Uma tendência b íb lica, que é o de dar vida às abstrações e personificá-las tem levado m uitos ao equívoco de pensar que as palavras tem exis- ] tência independente de Deus e do homem. Não, não tem ! A Palavra de Deus é poderosa porque foi Deus quem a disse ou que mandou falar, mas não porque tenham vida independente do p ró ­prio Deus (SI 107.20; Is 9.8). Da mesma forma as palavras humanas não tem poder em si mesmas (SI 85.11; 107.42; Jó 5.16; 11.14; 19.10). Por outro lado, dependendo do contexto onde são faladas e p o r quem são fa ladas e a inda p o r quem as ouve, as palavras podem machucar, fe rir ou até mesmo matar.

5. FamíliaHá duas coisas básicas que devemos observa

numa fam ília quando o assunto em pauta é a educação dos filhos. O p rim e iro é que educar não é satisfazer vontades, mas atender necessi­dades. Uma criança pode te r vontade de comer choco la te o dia to do , mas o que ela realm ente precisa é de arroz, fe ijão , carnes etc, para que tenha o seu crescimento saudável. É preciso que se estabeleça limites não somente na área da ali­mentação, mas principalmente na área dos valores morais e espirituais. Em segundo lugar, educar exige correção,mas não agressão! M uitos pais são to ta lm ente omissos na educação dos filhos e quando querem educar recorrem à agressão física para fazer valer sua autoridade.

B U

Page 16: Revista Ensinador Cristão Nº 56

6. Humildade e arrogânciaO livro de Provérbios se refere por diversas vezes

aos termos contrastantes: "hum ildade" e "arrogân­cia", mas sempre dentro do contexto das interações humanas. Dessa forma para se conhecer quem é o sábio, o autor de Provérbios põe no cenário como figura contrastante, o insensato. Mas Provérbios vai mais além - ta n to a humildade como a arrogância serão m elhor compreendidas quando se observa, além do sabido versus o insensato, também figuras contrastantes como: o justo versus o injusto; o rico versus o pobre e o príncipe versus o escravo.

H H H H h 7* MulheresO poem a de Provérb ios 31.1-31 consegue

nos fazer enxergar qual é o verdadeiro valor da m u lhe r e dessa fo rm a serve de m anual com o a mesma deve ser tra tada. Mas uma coisa fica logo em evidência - o Sábio não fala de qualquer mulher! Não, ele fala da m ulher virtuosa, aquela que possui v irtudes e valores morais e esp iritu ­ais. Uma m ulher que tem e a Deus. Essa "M u lher V irtuosa" de Provérbios 31.1-10 contrasta com a "M u lh e r V il" de Provérbios 11.22. Ao contrário da M ulher V irtuosa, a M u lhe r Vil é to ta lm e n te desprovida das virtudes e valores morais. Ambas são chamadas de "form osas", mas a form osura da m ulher Virtuosa é mais de natureza ética do que estética. É mais in terio r do que exterior. Ela tem em Deus a fonte de tudo isso! É por isso que ela merece ser ovacionada.

Se há sete temas específicos sobre os quais Salomão dar conselhos nos Provérbios, em seu livro de Eclesiastes encon tram os pe lo m enos cinco deles:

1. O uso do tem poSalomão fala prim eiram ente sobre a transito-

riedade da vida. A vida é efêm era, passageira (Ec 1.4). Sendo v ida tã o curta , "q u e p ro ve ito tem o homem de to d o o seu trabalho, com que

H se afadiga debaixo do sol?" (Ec 1.3). É o que o José Gonçalves Pregador procurará responder. M uitos procuram

é pastor da ff drib lar e viver fugaz com as mais várias formas de Assembleia - satisfação. Há aqueles que acham que possuir de Deus em Pf muita sabedoria resolveria o problema (Ec 1.16-18;

/ Água Branca j f 2.12-16); enquanto outros buscam no prazer essa í: : (PI). Escrito r e é mesma resposta (Ec 2.1-3); ainda outros procuram com entarista de U compensar isso com uma vida cheia de posses (Ec

Lições Bíblicas dc 2.4-11) e por ú ltim o há aqueles que buscam suas Jovens e Adultos | realizações no próprio trabalho (Ec 2. 17-23). Tudo

, / da CPAÜ desse é vaidade! O centro de realização e satisfação não ■ V .. tr im estre v está nessas coisas.

S i P

2. Obrigações* votos e orações.Salomão discorre no capítulo 5 de Eclesiastes

sobre a adoração em um contexto onde se con­trastam a obrigação e a devoção. Como devotos temos direitos, mas também possuímos deveres. E essas obrigações não se limitarão apenas ao mundo religioso, mas também ao universo político-social, Eclesiastes mostrará que essas obrigações serão m elhores co m p re en d id as quando vistas à luz dos os atributos de Deus, tais como: Santidade, transcendência e imanência. Essas obrigações, portanto, são de natureza político-social e também espiritual. D iante dos homens e tam bém diante de Deus.

3. O justo e o ímpioUma das constatações feitas por cristãos p ie ­

dosos ao longo da história é a de que os justos sofrem e os ímpios prosperam. Essa verdade vem confirmar as palavras de Salomão. Mas como Salo­mão, os cristãos piedosos chegaram a conclusão que a justiça é sempre m elhor do que a injustiça e é preferível ser sábio do que estulto. E isso por uma razão bem simples - seremos m edidos pela régua da e tern idade e não pelas contingências da vida.

4. Empreendedorismo e missõesSalomão exorta seus leitores sobre a neces­

s idade de se to m a r uma a titu d e na vida e os convida a lançar o pão sobre as águas. Para ele nada adiantava ficar parado vendo a vida passar. Era preciso viver a vida com atitude e propósito. O sábio está d izendo: vá, não fique aí parado! Viva a vida com propósito ! Viva a vida com uma atitude. Por outro lado, somos embaixadores ou representantes de Deus numa missão oficial (Is 6.8; Jr 1,7; Ez 2.34; Jz 6.8).

5. Temor a DeusNa conclusão das suas reflexões sobre o viver

debaixo do sol, Salomão faz uma reflexão contras­tante sobre a vidá e seus d iferentes m om entos. São estágios bem definidos: Juventude e velhice; alegria e tristeza; vida e morte; presente e futuro; o tem poral e o eterno. Ele fala da juventude, mas é a partir de uma análise nua e crua da velhice. Fala da vida, mas é com os olhos fitos na morte; ele fala do presente, mas é a partir do futuro; fala do tem poral, mas seus olhos estão voltados para o eterno; fala da criatura, mas seu alvo é o Criador; fala do nosso aprazimento aqui, mas sem perder de vista o ju lgam ento final.

ry i

Page 17: Revista Ensinador Cristão Nº 56

àquele que defenda a fé cristã perante os ataques externos, seculares, dos não-cristãos. Nos dias de Tertuliano, porém, o apologista cristão nada mais era do que aquele que defendia a fé cristã diante dos ataques dos não-cristãos, enquanto o po lem is ta era exc lus ivam en te aque le que defendia a ortodoxia cristã perante as heresias que grassavam eventualmente o seio da igreja. Tertuliano foi ambos e m uito bem.

Uma curiosidade é que o te ó lo g o cartaginense foi o prim eiro a usar o term o "Trindade" para se referir à doutrina bíblica da triun idade divina - Pai, Filho e Espírito Santo. A principal obra de Tertu­liano foi Apologia , apesar de a maioria dos seus escritos serem de polem ia cristã, especialmente de com bate ao gnosticism o - notadam ente, de com bate aos ensinos dos líderes gnósticos Va- lentim e Marcião.

Em seus escritos, Tertuliano tam bém se desta­ca pela sua defesa da divindade e da humanidade de Cristo na encarnação, sem confundir as duas

POR SíLAS D a n ie l naturezas nem d im inu ir nenhuma delas; e por

TertulianoNascido em Cartago, África, com o Quintus

Septimus Florens Tertullianus, nosso educador deste trimestre foi, porém, mais conhecido pelo seu últim o nome, que aportuguesado chama-se Tertuliano (160-220). Trata-se de um dos maiores Pais da Igreja e o prim eiro deles a escrever uma obra literária em latim em uma época em que geralm ente essas obras eram escritas em grego, a língua da cultura no Im pério Romano.

Tertuliano se destacou tanto como apologista quanto com o polem ista. Hoje em dia, o term o polem ista não está m uito em voga no meio te o ­lógico, além de secularmente ser usado d iferen­tem ente do seu uso original nos primeiros séculos da Era Cristã; e o term o apologista é usado tanto para designar aquele que defende a ortodoxia cristã diante das heresias quanto para referir-se

ensinar o óbvio, que depois foi negado pela Igreja Católica: que Maria não permaneceu virgem após o parto e que ela teve, como afirmam os evan­gelhos, outros filhos com José. Os católicos, ao contrário, preferem entender que os irmãos de Jesus m encionados na Bíblia eram, na verdade, prim os dEle; para isso, traduzem o vocábulo usado no grego pelos evangelistas (Mt 13.55,56; Mc 6.3) - "ade lpho i" - para referir-se a eles como "irm ãos" como significando "p rim os", que era uma aplicação raríssima desse vocábulo; além do mais, havia outro vocábulo mais específico para se referir a prim os naquela época: "anepsios". E "ade lpho i" significa "D o mesmo ú tero". Como se não bastasse isso, Mateus ainda diz que José "não conheceu" - não teve relações sexuais com - Ma­ria apenas "a té ela dar à luz" Jesus (Mt 1.25). $

Pai da Igreja, apologista e polemista

0 teólogo cartaginense foi o prim eiro a usar o termo “Trindade” para se referir à doutrina bíblica da triunidade divina -

Pai, Filho e Espírito Santo. / 'E N S ÍN Ã D O R ^\ C R I S T Ã O / J - / J

Page 18: Revista Ensinador Cristão Nº 56

P o r D o u g l a s R o b e r t o B a p t is t a

0 atletaA necessidade de autodísciplina"Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um so o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis

Douglas Roberto Baptista é pastor na

Assembleia de Deus no Distrito Federal,

líder do Conselho

de Educação e Cultura da

CGADB, licenciado em Filosofia,

especialista em Docência e mestre e doutor em Teologia.

O apósto lo Paulo retira ilustrações das com ­petições atléticas para falar da autodísciplina. Os moradores de Corinto eram familiarizados com essas atividades desportivas. Os jogos aconteciam na cidade quatro vezes por ano. Dentre outras modalidades, faziam parte das competições, corridas de cavalos, corridas de fundo, de carros com animais, lutas li­vres, disputais musicais e poéticas. Ao vencedor era conferida uma coroa de folhas de pinheiro.

A o fazer uso da metáfora o apósto lo lembra o esforço dos atletas para alcançarem o prêm io. Os corredores nos estádios imprim iam velocidade até a exaustão para serem coroados (1Co 9.24). Os lutadores sujeitavam-se xa um árdúo e cansativo tre inam ento para receberem glória momentânea (1Co 9.25). A m bos os a tle tas tinham o b je tivo s bem defin idos. O corredor precisava ultrapassar a linha de chegada e o lu tador tinha que vencer seu oponen te (1Co 9.26). Paulo afirma que tais metas não pod iam ser conquistadas sem o exer­cício do autocon tro le , da d iscip lina constante e do tre inam ento d iário (10o 9.27).

Segu indo o m ode lo de ensino u tilizado por Jesus, o apósto lo faz uso de com parações para extrair lições à vida espiritual. Neste caso, a grande lição é a necessidade de autodíscip lina a fim de

recebermos o prêmio da salvação eterna. Nas com ­petições gregas, somente um atleta era prem iado em cada m odalidade. Na carreira espiritual, to d o o a tle ta cristão que alcança a linha de chegada recebe seu galardão (Ap 2.10).

Diante desta verdade, exige-se do cristão todo o esforço para ob te r êxito na carreira espiritual. A ilustração paulina nos exorta a correr bem (1Co 9.24). Essas palavras indicam empenho e dedicação. Assim com o um atle ta necessita de discip lina, a conquista da vitória espiritual requer autocontrole e obediência as Escrituras. Durante a corrida não se adm ite, por exem plo, que o atleta pare antes da linha de chegada. Essa a firm ação deno ta a im portância da perseverança, persistência e von­tade de vencer (M t 10.22). Infelizm ente, durante nossa corrida para os céus, encontram os alguns que desistem do objetivo. Abandonam a salvação por neg ligenciarem a discip lina cristã.

Por sua vez, os atletas gregos sujeitavam-se a uma severa disciplina. Era lhes exig ido abster-se de certos alim entos com o doces e até água fria. Por analogia, o atleta cristão deve abster-se de toda a aparência do mal (1Ts 5.22), fu g ir das paixões da m oc ida d e (2Tm 2.22) e abrir m ão de certas liberdades, pois em bora tu do nos seja lícito nem

Page 19: Revista Ensinador Cristão Nº 56

I I ■• •

• • * • • • • • t * : . i s r « » *f * » * e ® » ® » » a ® » * ® e ® #* e » s

Page 20: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Judas, meio-irmão do Senhor Jesus, exorta os cristãos "a pelejar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 1.3). A fé que Judas se refere é chamada de fé objetiva, isto é, "aquilo em que cremos", "os fundam entos da fé cristã". Fora do livro de Judas, o uso do te rm o com este p ro p ó s ito de defesa da fé é encontrado com frequência nas epístolas pastorais de Paulo a T im óteo e Tito.

Fundamento é expressão que indica to d o o tip o de alicerce, tanto literais como metafóricos. Nesse aspecto, Cristo é o único fundamento da Igreja (Ef 2.20). Em Cristo edificamos nossa esperança de salvação (1Co 3.11). Assim a fé em Cristo é o alicerce de nossa vida (2Tm 2.19), o meio pelo qual vencemos o mundo (1Jo 5.4). O homem sábio constrói sua casa espiritual sob o alicerce sólido da rocha (Lc 6.48), onde Cristo é a pe­dra principal de esquina (1 Co 10.4).

Mediante estes conceitos, os fundamentos da fé estão fundidos na doutrina de Cristo (Lc 4.32), cuja defesa são dever de to d o cristão. Nas epístolas pastorais, dentre outras orientações, somos advertidos, por exemplo, a: não ensinar outra doutrina (1Tm 1.3), não ser contrário a sã doutrina (1Tm 1.10), te r cuidado da dou­trina (1Tm 4.16), não blasfemar da doutrina (1 Tm 6.1), afastar-se de quem ensina outra doutrina (1Tm 6.3), conservar a sã doutrina (2Tm 1.13), pregara doutrina (2Tm 4.2), reter a palavra da doutrina (Tt 1.9a), adm oesta r com a sã doutrina (Tt 1.9b), e ainda falar o que convém a sã doutrina (Tt 2.1).

Em face dessa preocupação paulina, fica clara a importância de se conhecer o conjunto dos ensinos doutrinários que formam os Fundam entos de nossa Fé. Jesus adm oestou severamente acerca do perigo dos fundamen­tos serem alterados (M t 24.11). Pedro exortou acerca dos falsos mestres e suas heresias de perdi­

ção (2Pe 2.1). Tiago lembrou que a fé sem a prática não tem valor algum (Tg 2.14), e João instiga a igreja provar os espíritos, pois muitos falsos profetas já existiam no mundo (1 Jo 4.1).

Apesar das inúmeras adver­tências, a igreja se d is tanc iou da sã doutrina e m ergulhou no pagan ism o . Nesse p e río d o a Bíblia foi considerada um livro de mistérios. Hugo de São Vitor que viveu esse tem po afirmou que: "aprendia-se prim eiro o que se devia crer e então se procurava na Bíblia confirmação". Esse estado de coisas ficou conhecido como "período de trevas".

O ápice aconteceu em 1517, quando Tetzel um padre dom ini­cano, pregava as indulgências com grande exibicionismo: "cada vez que a moeda cai, uma alma do pur­gatório sai". Diante disso, Martinho Lutero, frade agostiniano e doutor em teologia, resolveu protestar fixando 95 teses em W ittem berg condenando o afastamento da sã doutrina. Lutero foi chamado a se retratar, porém respondeu que não o faria, a não ser que fosse convencido pelas Escrituras.

Com a reforma protestante o primeiro fundam ento resgatado fo i à autoridade das Escrituras. Pressuposto em que estão alicer­çadas todas as demais doutrinas cristãs. Este fundamento reafirma que nem a trad ição da igreja e nem a experiência pessoal pos­suem autoridade maior do que a Bíblia. O que a igreja crê e pro­fessa deve ser interpretado à luz das Escrituras e não o contrário: É de Calvino a frase: "o intérprete deve perm itir que o autor diga o que realmente diz, invés de lhe a tr ib u ir o que pensam os que devia dizer". Portanto, certifique- -se dos fundamentos da fé cristã contidos na Palavra de Deus, pois "a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para co rr ig ir e para instruir em justiça" (2Tm 3.16). &

Page 21: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Se você está de péJ

cuide para que H 3 0 c a/3/

Com o objetivo de aconselhar aqueles

que descartaram sua família e seu futuro

I por um momentode prazer ou lucro,

Dr. Wayde Goodalltraça perfis psicológicos

de líderes conhecidos

que perderam a

boa reputação.

( Nesta obra, eie registra

as características comuns,

os sinais de alerta e, mais

importante, um plano

para evitar as armadilhas

tão mortíferas da alma.

P,ORQUE“LIDERESFRACASSA/^

| 5 estratégias vencedoras para se reerguer....

Page 22: Revista Ensinador Cristão Nº 56

R e p o r t a g e m %P o r E d u a r d o A r a ú j o

é também para os idosos0 Brasil já é o país da terceira idade, mas o que a

Igreja tem feito para se adaptar aos novos tempos?

"Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus,

S A até que tenha anunciado a tua força aesta geração e o teu poder a todos os vindouros" (Sl 71.18).

Os especialistas garantem: o Brasil já é o país dos idosos. Eles

baseiam a sua afirmação em

Iinformações divulgadas pelo Pnad (Pesquisa Nacional de Am ostra por Dom icílio) e

s ca ta lo ga do s p e lo IBGE I ( In s t itu to B ras ile iro de ft Geografia e Estatística), B que indicou a considerá- ■ vel cifra de 23,5 milhões ■ de pessoas com mais ■ de 60 anos no país. Os H especia listas afirm am

que a estatística representa mais que õ dob ro do reg istrado em 1991, quando essa faixa etária somava 10,7 milhões de anciões.

S egundo o site de notícias UOL, em matéria publicada no dia 21 de setembro de 2012, a última pesquisa aconteceu em 2009 e as informações coletadas foram com paradas com os dados de 2011. O resultado é que os idosos aumentaram 7,6%, o que indica o acréscimo de mais 1,8 m ilhão de pessoas. Em 2010, eles so­mavam 21,7 milhões de pessoas. Mas, no ano 2000, as estatísticas com provaram que o índice de natalidade sofreu um revés, isto

Professor Helena Figueiredo acredita que a ED pode ser útil na saúde mental do idoso

Page 23: Revista Ensinador Cristão Nº 56

SOBERBA

"O arrogante é uma pessoa insensata despro­vida de bom senso e está sem pre p ron to para fazer o mal. O Senhor Deus abom ina o altivo e Ele não perm itirá que fique im pune" (Pv 16.5).

Objetivo: Reconhecer que a soberba precede a queda.

Material: Cartolina ou quadro de giz.Procedimento: Prezado professor, escreva no

to p o da cartolina ou do quadro o versículo: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Pv 16.18.) Depois, desenhe a tabela conform e a ilustração abaixo.

Solicite aos alunos que preencham a tabela. A p ro ve ite o m om en to para com enta r com os alunos acerca da d iferença entre arrogância e hum ildade . E xp lique que o a rrogan te possui uma escala de valores d is torc ida e suas ações são maléficas, enquanto o humilde é uma pessoa que pratica a justiça. C om ente a respeito dos personagens assinalados e em que resultaram os seus exemplos de arrogância e de humildade. Ao térm ino, leia com a classe Provérbios 16.19.

A m ulher virtuosa é exaltada pelo Senhor, e o seu valor excede o de jóias preciosas. Aquela que serve a Deus com sinceridade, que cuida com m uito zelo de si e da família, será abençoada.

Objetivos: Destacar as virtudes das persona­gens bíblicas e procurar imitá-las.

Material: Quadro de giz ou cartolina.Procedimento: Professor, assinale no quadro

o nome de algumas personagens bíblicas (Ana, Débora, Priscila, Ester, Rute, Abigail etc). Solicite aos alunos que identifiquem as virtudes dessas mulheres. D epois, converse com eles sobre a necessidade de seguir o exemplo. Comente que a nossa sociedade tem sido guiada por valores estéticos e não éticos; as virtudes tem sido igno­radas. Muitas mulheres têm sido tratadas como objetos e se portado como tal. Mas, conform e lemos nas Sagradas Escrituras, "enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada" (Pv 31.30).

Page 24: Revista Ensinador Cristão Nº 56

porque o número de crianças de até quatro anos caiu de 16,3 milhões para 13,3 milhões em 2011.

Mas se o Brasil já pode ser considerado um país que envelheceu com o passar do tempo, o que pode ser feito para acolher e ministrar a mensagem bíblica aos irmãos da terceira idade? É sabido que, para muitas pessoas, o envelhecimento é considerado a reta final do ser humano. Por sua vez, a juventude é considerada pelos estudiosos como uma fase céiere na vida do ser humano de modo que a pessoa não consegue "sentir" a passagem do tem po.

"A Palavra de Deus, no Salmo 90.10, registra que 'a duração da nossa vida é de 70 anos' como te rm o m édio da vida humana. Para o jovem essa contagem de tem po parece longa, mas à m ed i­da que o ind ivíduo a tinge a idade madura e ao aproxim ar-se da década dos 70, dá-se perfe ita conta de que os anos passaram de maneira im ­perceptível e rap idam ente", afirma a professora Helena Figueiredo, form ada em Pedagogia com especialização em Adm inistração Escolar e pós- -graduação em Docência Superior.

Segundo a educadora, é possível chegar e viver a Terceira Idade cheia do Espírito Santo, mas as igrejas devem fazer a sua parte e canalizar recursos para incrementar esse im portante departamento. "As igrejas devem te r p ro je tos, program ações, a tiv idades educacionais e sociais, específicas e atraentes para as pessoas acima de 60 anos de idade, a fim de que ta n to os m em bros com o a própria comunidade sejam motivados a frequentar a Escola D om inica l", exorta a professora Helena.

Reforma em ciasses de ED contribuí­ram na excelência do ensino na Ter­ceira idade

Na Assembleia de Deus em Varjão dos Crentes (MA), liderada pelo pastor Adão Reginaldo Filho, a professora Helinéia Alves M axim o assumiu o D epartam ento de ED em 2006 e decidiu investir neste segm ento da igreja. Segundo Helinéia, os idosos matriculados não estavam dispostos a sair de sua "zona de conforto", o que implicaria renun­ciar a uma vida pacata e sem muitas atividades.

Com m uito cuidado e paciência, a professora buscou o entendimento entre os idosos relutantes e passou a ouvir as principais causas do "desconforto" causado pelas mudanças da nova superintendente.

"Alguns tinham seu lugar cativo nos bancos do tem plo e até mudar a posição das cadeiras parecia ser algo difícil; e se deslocar para as salas ao lado do tem plo? Parecia tarefa impossível. Outros se que ixavam de suas frag iJidades; mas procure i questioná-los sobre essas lim itações: em casa

muitas irmãs cuidam dos seus afazeres domésticos e vão ao comércio, po r sua vez muitos irmãos se deslocam para as roças, mas encontram d ificu l­dade em fazer a lgo na casa do Senhor? M uitos deles argumentavam que já haviam cum prido o seu dever quando jovens", revela a professora.

Mas se o início foi difícil, os frutos da persistên­cia de Helinéia logo desabrocharam. Segundo a professora, as mudanças aconteceram de forma gradual e hoje a animação toma conta deste impor­tante departam ento da igreja: eles não encerram o trimestre sem uma festa, conduzir um momento devocional e levar um visitante ao tem plo.

"D u ra n te a g incana, as classes da te rce ira idade sobressaíram e ofereceram lanche para os visitantes. A irmã Teodora Maria, 70 anos já ganhou a m aratona de visitantes e a Maria Brasilina, 90 anos, não falta as aulas", jub ila Helinéia.

A primeira providência de Helinéia foi inaugurar a classe Casados Para Sempre II (indicada apenas para integrantes da térCèira idade); ela percebeu que havia acertado devido ao contentamento dos casais ficarem juntos durante a aula. O professor escolhido tam bém pertence a mesma faixa etária e hoje, ele é assessorado por um casal mais jovem. A frequência é exem plar e os alunos sempre en­cerram o trim estre com uma festa. "A lém disso, eles visitam outros idosos e pessoas não crentes, inclusive já adotaram famílias não crentes através de trabalho evangelístico", jub ila Helinéia.

A segunda classe a ser criada é a dos Anciãos de Deus, form ada por obreiros, e um dos alunos

Page 25: Revista Ensinador Cristão Nº 56

conseguiu vencer uma gincana na Escola Dom inical po r trazer mais visitantes. Segundo Helinéia trata-se de uma classe animada, formada por bons contribuintes.

A terceira classe a surgir foi a Filhas de Sião, na qual as alunas solteiras e viúvas se reúnem para estudar a Palavra de Deus. Se­gundo a professora, esta classe venceu a gincana no ú ltim o tr i­mestre de 2012 e fo i a que mais trouxe visitantes.

Mas a qua lid ad e de vida é ou tra fe rra m e n ta im p o rta n te que deve ser utilizada pela Igreja para m anter o idoso ativo entre os mais jovens. O evangelista e clínico geral D iógenes Lopes da Silva, adm in is trado r da As­sembleia de Deus em Nazaré 2, Setor 31, filial da sede em Natal (RN), liderada pelo pastor Martim Alves da Silva, entendeu que os in teg ra n tes da te rce ira idade não p od iam ser re legados ao esquec im en to e p rov idenc iou recursos a fim de mantê-los em atividade.

"M e n sa lm e n te rea lizam os o cu lto com a Terceira Idade. Na ocasião, realizam os pales­tras cujos temas visam realçar a

importância do idoso na igreja, conforme encontramos na Bíblia eles são exemplo para os mais jo ­vens", revela o doutor Diógenes.

Os resultados desse investi­mento não tardaram a aparecer, e os idosos passaram a se sentir mais úteis e participantes na obra de Deus em sua trajetória, além de afastá-los da depressão.

"Q uando necessário realiza­mos gratuitamente atendimento m éd ico e entrega de m ed ica ­m entos, po r nós prescritos ou a ten de n do a receita p rescrita pelo m édico assistente, p rinc i­palmente dentro dos Programas do Ministério da Saúde (Controle do D iabetes, C o n tro le da H i­pertensão Arteria l e Prevenção do C âncer G in eco ló g ico e de Próstata)", revela.

Os idosos também participam de palestras que abordam temas específicos na área da saúde, com destaque para uma vida saudável, prevenção e.controle de doenças, reeducação alim entar e exercí­cios físicos. A Escola Dominical tem tid o um papel fundamental nesse processo através das aulas com palestras e apresentação de vídeos que abordam esse tema.

A psicóloga, escritora e p ro ­fessora de ED na AD no Belen- zinho (SP), Sônia Pires Ramos, afirma que a ED pode ser m uito Útil para a saúde mental dos ido­sos. A estratégia inclui a leitura e a re fle xão sobre a lição da semana e exercícios do assunto.

Ela ta m b é m ensina que o emocional do idoso estimulado a juda-o abandonar a apatia e dar início a uma vida mais ativa. "N a ED, a m otivação de cada id o so deve ser obse rvada , e através de uma atenção ind iv i­dualizada, ouvindo, conversando, estimulando, trazendo à memória do idoso, coisas que ele ainda pode lembrar, fazer, compartilhar, ajudando-o a visualizar possibili­dades dentro da sua realidade", ressalta a psicóloga.

A dou tora Sônia acrescenta que os d ir igen tes do depa rta ­m en to devem a juda r o a luno idoso a fo rta le c e r a sua co n ­fia nça em Deus, re fo rç a n d o a ce rteza de que o S enhor é capaz de p o te n c ia liz a r a sua confiança nas capacidades que ainda possui.

"A m otivação pelas coisas de Deus e a p rá tica da fé são fundam enta is para o equ ilíb rio em ociona l e para a aceitação dos próprios lim ites. A prática da solidariedade deixa o idoso mais ativo e consciente da sua realidade. Eles precisam trocar idéias, contar casos antigos, trazer à mente temas variados", indica a doutora Sônia.

A p s ic ó lo g a a firm a que o p o n to crucia l das m otivações do cris tão é saber in te rp re ta r e en tender a vontade de Deus para a sua vida. Por sua vez, a Bíblia é uma obra atraente e im ­portante e ela estimula a mente e o coração do ser humano. Se motivação é a palavra-chave para o bom desempenho do idoso na Igreja, a Palavra de Deus é rica em motivações. $

Page 26: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Amizadea Bíblia em sua vida

Como funciona a oração?O que a Bíblia realmente diz sobre o dinheiro?

A Bíblia tem algo a dizer sobre amizade?

I p aSfiEaçãopessrf MANUAL da BÍBLIA

de Aplicação Pessoai

Um recurso indispensávelpara sua vida

sempre e

em particular, pelo qual você possa estar interessado, independentemente do assunto: dinheiro, sucesso ou como vencer a depressão.

Mas agora você encontrará as respostas de modo rápido e prático no Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Esta obra é o seu guia bíbiico, organizado em 645 tópicos, em ordem alfabética, que orientam a maneira como você vive seu dia a dia.

Em destaque, alguns temas:- Amizade - Atitudes - Contentamento- Dinheiro - Dúvida - Depressão - Encorajamento

Oração - Preocupações - Sexo - Zeio

Page 27: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Por Danielle Feijoli C ezarete M oreira

PROJETO GERAÇÃO

HERDEI RA:Celebrando oCentenário das A s s e m b l e i a s de Deus d Co 3.q)

No decorrer do p rim eiro semestre de 2011, mas p rec isam en te no se gu nd o tr im e s tre , fo i analisado com critério pelos docentes da Escola D om in ica l da A ssem ble ia de Deus M in is té rio São C ris tóvão (Cabo Frio (RJ), a necessidade de criação de um p ro je to educativo referente à com em oração dos 100 anos das ADs no Brasil (junho de 2011). Percebeu-se que de acordo com o Novo Currículo de Escola Dom inical da CPAD, todas as classes (Jardim de Infância, Primário, Jun io res , P ré -A do lescen tes , A d o le sce n te s e Jovens e Adultos) abordariam a história das ADs no Brasil na lição 10.

Por m eio desta iniciativa, fo i despertado o interesse de todas as classes, principalm ente in­fantil, para um maior aprofundamento no assunto, po is a lguns d iscentes e até m esm o docentes, desconheciam a h istória dos p ione iros Daniel Berg e Gunnar Vingren.

A pós a ap licação da aula de num ero lO da classe Jardim de Infância que tem por títu lo : "A h istória da Assem bleia de D eus" baseado em A tos 1.4-8 como tam bém por meio de reuniões pedagógicas, os professores das classes infantis, chegaram à conclusão de que precisariam explorar melhora história da nossa instituição religiosa, pois com partilhando experiências de sala de aula, fo i relatado que o assunto despertou a atenção e a participação dos alunos de modo geral. Como está escrito em Oséias 4.6: "O meu povo está sendo destru ído , po rque lhe fa lta o co nh ec im en to ". Fazendo ligação do te x to b íb lico c itado com o surgim ento das ADs no Brasil, definui-se que um assunto tão relevante não poderia "passar em

branco", desperceb ido por todos.Pois, assim com o uma criança, em seus prim eiros anos de vida, passa a conhecer a sua descendência fam iliar (árvore genealógica), um cristão precisa conhecer a sua descendência espiritua l. Nasce então a ideia da construção de um p ro je to baseado no currículo da CPAD do 2° trim estre de 2011.

ObjetivoO pro je to in titu lado "G eração herdeira cele­

brando o Centenário das Assembleias de Deus". Texto bíblico: 1 Coríntios 3.9,teve como finalidade o conhecim ento sistemático e aprofundam ento te ó rico sobre o su rg im ento da Assem ble ia de Deus no Brasil, a h istória e ensinam entos dos seus fundadores:O s missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren e a cultura da época.Com to ta l d inam ismo e m otivação e principalm ente com o auxílio do Espírito Santo,foi desenvo lv ido uma gincana com o proposta de trabalho educativo, te n d o com o "p ro d u to fin a l" a p ropagação da verdadeira identidade das Assembleias de Deus no Brasil.

MetodologiaPrim eiram ente, fo i aplicada a aula de n°.10

da classe Jardim de Infância (Tema: O que posso fazer para Deus?) que tem por títu lo : "A história da Assembleia de Deus". Texto bíblico: Atos 1.4-8, Após, fo i realizado uma festa do centenário (ex­plicação do títu lo do pro jeto, bolo, curiosidades sobre os m issionários, confecção de bandeiras com o lo g o tip o do centenário , caricatura dos missionários para fo togra fia e etc.), in troduzindo assim o p ro je to "Geração herdeira celebrando o Centenário das Assembleias de Deus".

Depois da abertura oficial do projeto as classes infantis foram div id idas em dois grupos: Daniel Berg e Gunnar V ingren.Os mesmos tiveram um

Nesta edição, a Ensinador Cristão publica o projeto do segundo finalista do Prêmio Professor de ED do Ano. 0 trabalho pertence a Danielle Feijoli Cezarete Moreira. Ela é pedagoga, professora de Educação Infantil, professora e coordenadora de ED na Assembleia de Deus Ministério São Cristovão.

Page 28: Revista Ensinador Cristão Nº 56

mês de preparação até o dia da gincana,colocando em prática o que tinham aprendido em sala com a história dos pioneiros.Os dois grupos realizaram:evangelização pe lo bairro,grafism o(desenho) sobre a história do centenário das Assembleias de Deus,redações contando a história/nascimento de sua denominação,vídeos ex­plicativos sobre o tema,avaliação so b re o c e n te n á r io ,e n tre g a de convites ofic ia is com a cor do g ru p o para crianças não evangé licas ,con fecção de v i­seiras e bande iras com a cor da equipe(verde e vermelha) e pesquisa(Bíblia,Harpa Cristã e Revista da ED pub licada pela CPAD mais antiga).

No dia 31/07/2011 fo i inicia­do a p rim e ira gincana bíb lica com o título: "Geração herdeira ce leb rando o C en tenário das A ssem ble ias de D eus". Uma criança de cada g rupo entrou carregando a bandeira do Bra­sil, ao som do H ino N aciona l Brasileiro, além de uma oração de agradecim ento a Deus pela oportunidade concedida e após, as crianças ouv iram o te s te ­m unho de fé da irmã Solange Reis, m em bro antiga da AD e d irigente do Círculo de Oração ouviu-se tam bém o Hino oficial do centenário : Assem bleia de Deus avante vai e vídeo sobre a importância de comemorarmos o aniversário de 100 anos das ADs no Brasil.

Os jurados receberam uma ficha de avaliação referente aos do is g rupos com in fo rm ação sobre a organização, partic ipa­ção, com portam ento , to rc ida, Harpa cristã mais antiga, Bíblia e lição da ED mais antiga, prova, v is itan tes, redação, desenho, caracterização dos personagens, versículo bíblico sobre missões, Hino da Harpa, momento bíblico, desafio do dia, a tiv idade para as crianças m enores e para os

visitantes, os mesmos pontuavam cada item acima citado de 0 a 10. Foi iniciado o m om ento bíblico com perguntas e respostas refe­rente ao tema para cada grupo, uma criança do grupo ia à frente e estourava um balão, pegava o papel de dentro, lia a pergunta e respondia a mesma, mas a criança que não sabia a resposta perguntava pro p róprio g rupo e se o mesmo não soubesse,a pergunta era repassada para o outro grupo.

Após este momento, realizou- -se o desafio do dia com o tema: Chupa essa manga sorteou-se o nome de uma criança de cada grupo e explicou que a primeira fru ta brasile ira que os m issio­nários suecos experim entaram foi a manga, após a explicação, fo i entregue uma manga para cada criança, a p rim e ira que terminasse de chupar ganharia pon to ,cada g ru po teve o p o r­tun idade de citar um versículo b íb lico re lacionado a missões sem consu lta r a b íb lia ,can ta r um Hino da Harpa Cristã sem consu lta r a mesma e rea lizar a a tiv idade de m ontagem do quebra-cabeça.

Por último foi avaliado a me­lhor caracterização dos persona­gens: Daniel Berg,Gunnar Vin- gren e Celina de Albuquerque.O g ru p o ve n ce d o r fo i o D anie l Berg(cor verde)recebendo me­dalhas de ouro, já o grupo Gun- nar V ingren ficou em segundo lugar recebendo medalhas de pra ta .A gincana finalizou com um lanche e oração pela vitória do p ovo de Deus que m u ito aprendeu sobre as suas raízes e origens.Fo i pe rceb ido a tra ­vés do desenvolvim ento deste projeto,o interesse,participação e motivação de cada criança em aprender e conhecer mais sobre a história da AD.

A ED é um canal im portan ­tíssim o que nos auxilia a p ro ­

pagação do evange lho ju n to ao m in istério infantil de form a dinâmica, com um planejamento p róprio para cada faixa etária, material d idá tico apropriado e inovação pedagógica, o educa­dor consegue sistematizar seu ensino de forma mais atraente.

AvaliaçãoTemos a convicção que os

objetivos (Estimular o conheci­mento, a pesquisa e envolvimento da família, levando a criança a perceber que faz parte de uma g rande denom inação , e, que ta m b ém p o d e ser usada p o r Deus para levar à salvação a vida de outras pessoas; Conhecer a história/nascimento das ADs no Brasil, participando e aprendendo sobre os missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren e seu lema: "Jesus salva, cura, batiza com o espírito santo e em breve voltará; Despertar a visão missionária em cada criança, para que, assim com o os m issioná­rios, todas possam testemunhar que Jesus é o único e suficiente salvador da humanidade foram alcançados e os frutos no nosso trabalho, empenho e dedicação estão sendo co lh idos. Fomos m ovidas a ensinar que ainda hoje existem pessoas no mundo inteiro que se com prom etem a sofrer por amor a obra de Deus com prazer, pois, sabemos que a recompensa maior receberemos quando adentrarmos ao céu de glória e receberemos das mãos do nosso Senhor uma coroa de vitória.

Assim com o Deus usou e capacitou os m issionários Da­niel Berg e Gunnar Vingren,ele deseja nos usar,basta dizemos com o o p ro fe ta lsaias:Eis-me aqui,envia-me a mim(lsaias 6.8)E você?Está preparado?Lembre-se sem pre que Deus não chama os capacitados mas capacita os escolhidos. Amém? &

Page 29: Revista Ensinador Cristão Nº 56

S A L / V eL e it u r a

GUIA CRISTÃOD E LEITURA JM

b í b l i aCompetências para o

5rtUdotW

PROVÉRBIOS E ECLESIASTES

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA

COMPETENCIAS PARA O MINISTÉRIO PASTORAL

ROBERT HICKS, LARRY STO­NE. TONY CANTALE E MARTIN MANSER E CHAD V. MEISTER

JOSE GONÇALVES

Esta obra é o livm4exto da reoista Lições Bíblicas do último trimes­tre deste ano, que versa justamen­te sobre os livros de Provérbios e Eclesiastes. Ela enriquecerá o professor ou aluno que objetiva ampliar seu estudo sobre essas importantes obras do rei Salomão que reúnem máximas de inspira­ção divina que visam a facilitar a transmissão de verdades divinas para a prática da vida. Trata-se de uma obra que não apenas aben­çoará as aulas na Escola Domini­cal, mas a vida de todos quantos quiserem se aprofundar um pouco mais no estudo das verdades esposadas nestes dois ricos livros do Antigo Testamento.

ROBERTO JOSE

O autor é pastor há muitos anos e lidera a Convenção de M inistros da A ssem bleia de Deus com sede em Abreu e Lima no Estado de Pernam ­buco (Comadalpe). Nesta obra, ele apresenta, à luz da Bíblia, as com petências que o candidato ao m inistério deve ter para exercer o seu ofício e procura contextualizar essas com petências diante dos desa­fio s hodiernos. A obra apre­senta também um panorama do m inistério pastoral na h is­tória, compondo uma defesa bíblica e objetiva da legítima cham ada m inisterial.

Esta obra fo i escrita e produzida por uma equipe de 21 estudiosos e teólogos liderada por Hicks, Stone, Cantale e Manser. São mais de 800 páginas com rico conteúdo acrescido de belas e coloridas ilustrações, e onde o leitor encontrará orientações específicas para descobrir os principais conteiiãos da Bíblia, compreender as suas verdades e aplicar a sua mensagem em sua vida. Nas palavras do teólogo }. I. Packer: "Um livro fundamen­tal para todos os seguidores de Jesus Cristo. Recomendo-o de todo coração".

“Dizemos, então, que competência, em todos oe aspectos, não falta àquE- le que idealizou, projetou e executou o plano da criação — Deus. E dentro de um amplo projeto desenvolvido através dos tempos, Ele comissiona homens “competentes” para alcan­

çar seus objetiveis eternos. Desta forma, o que se pode esperar de uma pessoa competente para o ministério

pastoral contextuaUzado? Mais do que nunca, o ministério necessita ser competente para enfrentar o

terceiro milênio, quando os desafios são cada vez maiores.

Trecho do livro Competências para o Ministério Pastoral, Roberto

José dos Santos, página 14 (CPAD)

“A espiritualidade precisa ser trabalhada pois se as pessoas

vêem a igreja apenas para ensinar aos seus dlhos lições de caráter, respeito e afastá-los de tudo que

não é bom, precisamos intensificar o exercício da fé e levá-los a um

encontro real com Deus para não perdê-los na adolescência, buscar entendê-los, ganhá-los e amá-los*.

Trecho do livro Desenvolva suas Habilidades de Liderança,

Ezequiel Geraldo da Silva, página 25 (GPAD)

“O mundo, tal como Adão, está nu, está despido da justiça de Deus, está amedrontado e perturbado como os discípulos estavam no

Mar (da Galiléia. Mas para os discí­pulos a mensagem tranquilizadora

foi esta: “sou Eu, não temais”. A mensagem que o mundo precisa ouvir é esta: “sou Eu, não temais”. Coleção Lições Bíblicas vol 6 e 7, 8 e 9, página 857 do volume 7 (CPAD)

> Í? 1

m

“ D

>

m

J3m

cr|4i m 1 J 29

Page 30: Revista Ensinador Cristão Nº 56

P r o f e s s o rR e s p o n d e

P o r R u b e n e id e O l iv e ir a L im a F e r n a n d e s

d)- o ó2 c n u r 1

deixam de ser em casa e passam a ser realizados v irtua lm ente em salas de bate- papos, MSN ou sites de relacionamento.

Eis aí uma das m aiores p reocupações dos educadores. Essas crianças têm o discernimento de ide n tifica r os benefíc ios e m alefícios desse m undo virtual? Na maioria das vezes, não. É pre­ciso orientação.

Um dos objetivos da introdução dos computado­res na vida das crianças é para que essa tecnologia estimule suas mentes e potencialize seu desenvolvi­mento intelectual paralelamente ao seu desenvolvi­mento psicossocial, uma vez que sua coordenação motora está se estabelecendo concomitantemente a seus gostos e relações sociais. A Internet pode representar tanto um bem como também um mal, por isso há a necessidade da dosagem do uso da Internet por pais ou responsáveis.

É preocupação de muitos pais e educadores a relação negativa que se pode estabelecer entre as

A Criança e o mundo virtual

A revolução tecnológica dos últimos anos tem atraído muitas crianças para o m undo virtual. As crianças estão cada vez mais cedo fazendo uso de tais artifícios, seja para se comunicar, se divertirem ou para servir de suporte para os estudos.

Efato preocupante hoje a influencia da internet no desenvolvim ento infanto-juvenil. Destacamos o aperfeiçoamento em jogos eletrônicos, sala de bate-papo e a multiplicação e recursos da internet como um todo.

E comum hoje as crianças fazerem amizades virtualmente, na maioria das vezes sem conhecer as pessoas fisicamente. Os encontros com amigos

crianças, adolescentes e a Internet. Por um lado, compreendem-se as suas vantagens em questões de inform ação, diversão e aprendizagem , mas, por outro, existem perigos, e os pais devem estar atentos a eles.

O ensino das Sagradas Escrituras como minis­trado na Escola Dominical, apresentado também pelos pais e/ou responsáveis deve sempre atentar para isso com oração perseverante.

A Bíblia - a Palavra de Deus - desde o rem oto passado adverte: "N ão havendo sábia direção, o povo cai; mas na m ultidão de conselheiros há segurança", Pv. 11.14. $

Rubeneide Oliveira Lima Fernandes é Doutoranda em Educação, diretora do CEEC. Centro Evangélico de Educa­ção e Cultura Pastor Raimundo Soares de Lima e Coordenadora da ED da Assembleia de Deus de Indaiatuba (SP)

Page 31: Revista Ensinador Cristão Nº 56

BoasI d e ia s

Por L u c ía n a G aby e T elma B ueno

S a b e d o r i a d iv ina emP r o v é r b i o s e

I /"k <1 #■% 0* T» «C L G S l d S I G S

Utilize as dinâmicas para fixar os ensina­mentos em classe

I CUIDADO COM AS

PALAVRAS

■ _ -L iç ã o

5 .

"Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente (Pv 10.19). Devemos tom ar cuidado com o que fala­mos, pois as palavras ditas não podem retom ar ao local de origem . Pensar antes de falar é agir com sapiência. Palavras podem ferir, entristecer ou salvar e alegrar vidas. Que tipos de palavras você tem pronunciado?

Objetivo: Reconhecer que devemos pensar antes de falar

Material: Q uadro de giz ou quadro branco, tiras de papel e caneta esferográfica.

Procedim ento: Escreva no quadro , com a ajuda dos alunos, d itados populares referentes à fala excessiva: "Boca fechada não entra mos­ca"; "Q uem fala de mais dá bom dia a cavalo"; "Q uem fala o que quer ouve o que não quer"; "Faça trabalhar a cabeça e dê férias a língua" etc. Converse com os alunos acerca desses adágios populares. Explique que devemos tom ar cuidado com o uso das palavras. Divida a turma em dois grupos e secretamente solicite que cada grupo escreva palavras de ânimo e o outro de desâni­mo. D obre os pedaços de papel e co loque-os

dentro de sacolas ou caixas d ife ren tes . O g ru po que escreveu as pa lavras de ânimo deve receber as pa­lavras de desânimo e vice- -versa. Solicite aos alunos que leiam e expressem os seus se n tim e n to s ao ler. Com ente que há palavras que consolam e outras que ferem . Os servos de Deus não p od em ser canal de sofrimento para outros. Não perm ita que de sua boca saia palavras torpes.

'íWorx .falo. dsswau*

, Í 0 j s w , c U a . y p u x

coi c

í t r & u JYYU

LIMITES

Tudo e todo aquele que ultrapassa limites sofre dano. Na educação dos filhos, não é diferente. Os limites são necessários. O próprio Criador nos fez seres lim itados.

Objetivo: Reconhecer a necessidade de impor limites.

Material: Jarra com água, copo, bexigas (balões de aniversário) e elástico.

Procedimento: Professor, converse com os alu­nos acerca da importância dos limites. Enfatize que quando não há limites, o caos é instalado. Qual o futuro das crianças que não têm limites e fazem o que querem? Elas não são bem-vindas em nenhu­ma casa. Namorados que extrapolam o limites do namoro se afastam do Senhor e se aproximam de uma gravidez precipitada e/ou um casamento infeliz.

Professor, convide três alunos para participar da dinâmica. Ao primeiro, peça que encha o copo com água. Ele provavelmente irá parar no momen­to em que o copo encher. Ao segundo, peça que estique o elástico, que certamente perceberá que ele rebentará e não mais esticará. O terceiro deverá encher o balão, que por certo deixará de inflar no momento que perceber que está cheio o suficiente.

Pergunte aos participantes porque não term i­naram a tarefa. O que estava com a água provavel­mente responderá que ela iria transbordar e molhar o chão, o segundo que o elástico iria rebentar e ele se machucaria, e o terceiro que a bola estouraria. Limites são necessários em qualquer fase ou mo­mento da vida. Professor, aproveite esse momento para explicar que estamos v ivendo em uma época onde os valores cristãos, estão sendo abandonados e os limites foram removi­dos. Devemos, sim, impor limites em nossos lares.

Page 32: Revista Ensinador Cristão Nº 56

VALORES

"O arrogante é uma pessoa insensata despro­vida de bom senso e está sempre p ron to para fazer o mal. O Senhor Deus abom ina o altivo e Ele não perm itirá que fique im pune" (Pv 16.5).

Objetivo: Reconhecer que a soberba precede a queda.

Material: Cartolina ou quadro de giz.Procedimento: Prezado professor, escreva no

to p o da cartolina ou do quadro o versículo: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Pv 16.18.) Depois, desenhe a tabela conform e a ilustração abaixo.

Solicite aos alunos que preencham a tabela. A p ro ve ite o m om en to para com enta r com os alunos acerca da d iferença entre arrogância e hum ildade . E xp lique que o a rrogan te possui uma escala de valores d is to rc ida e suas ações são maléficas, enquanto o humilde é uma pessoa que pra tica a justiça . C om ente a respe ito dos personagens assinalados e em que resultaram os seus exemplos de arrogância e de humildade. Ao térm ino, leia com a classe Provérbios 16.19.

A m ulher virtuosa é exaltada pelo Senhor, e o seu valor excede o de jóias preciosas. Aquela que serve a Deus com sinceridade, que cuida com m uito zelo de si e da família, será abençoada.

Objetivos: Destacar as virtudes das persona­gens bíblicas e procurar imitá-las.

Material: Quadro de giz ou cartolina.Procedimento: Professor, assinale no quadro

o nome de algumas personagens bíblicas (Ana, Débora, Priscila, Ester, Rute, Abigail etc). Solicite aos alunos que identifiquem as virtudes dessas m ulheres. Depois, converse com eles sobre a necessidade de seguir o exemplo. Comente que a nossa sociedade tem sido guiada por valores estéticos e não éticos; as virtudes tem sido igno­radas. Muitas mulheres têm sido tratadas como objetos e se portado como tal. Mas, conform e lemos nas Sagradas Escrituras, "enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada" (Pv 31.30).

Page 33: Revista Ensinador Cristão Nº 56

MATERNAL JARDIM DE INFÂNCIA

PRIMÁRIOS

A vida é passageira e dura pouco. Salomão estava consciente disso quando afirmou: "Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre perm anece" (Ec 1.4). O que temos fe ito com o tem po que recebemos do Senhor? Com o tem os adm inistrado esse tem po?

Objetivo: Reconhecer que há um tem po de­term inado para todas as coisas.

Material: Folha de papel, ampulheta ou relógio e canetas.

Procedimento: Professor, com ente com os alunos que estamos sempre correndo atrás do tem po, de maneira que ele parece nunca estar ao nosso favor. Pergunte aos alunos sobre o que está acontecendo: É o tem po que está curto ou somos nós que somos péssimos administradores?

Distribua as folhas de papel e as canetas aos alunos. Explique que eles deverão escrever as suas ocupações após a aula, mas que terão que escrever tu do em apenas 1 m inuto. Ao seu sinal, eles começam a escrever. Você deverá marcar o tem po na ampulheta ou no relógio. Ao final do tempo, pergunte aos alunos se eles ficaram felizes com a divisão do horário e se o fato de te r o tem ­po marcado d ificultou? Solicite voluntários para ler as próprias anotações. Em seguida, ajude-os dando dicas de como separar um tem po para a família, para descansar e dedicar-se ao Senhor. E xp lique que há te m p o para tu d o , te m p o de plantar e de colher, e devemos saber administrar bem o nosso tem po.

Este trim estre é bem especial, pois com ele concluímos um ano de estudos bíblicos na Escola Dominical e comemoramos o Natal, o nascimento do Salvador. Esta é uma boa oportun idade para presentear seus alunos e dem onstrar o quanto eles são especiais para você.

Justificativa: Seus alunos e suas famílias ficam alegres quando são lembrados e homenageados pelos professores da Escola Dominical.

Objetivo: Oferecer uma lembrança de Natal aos alunos e conscientizá-los a respeito da verdadeira história do Natal.

Material: TNT, cola q uen te ou de con ta to , fe ltro , rolinhos de papel h ig iên ico (miolo), cola, fitilho, papel alumínio (utilizado na cozinha), balas ou jujubas.

Atividade: Pegue o rolinho do papel higiênico (miolo) e encape com o papel alumínio. Utilizando o TNT, faça um saquinho de m odo que caiba o rolinho dentro (ver foto). Utilize a cola quente para colar as bordas do saquinho. Enfeite-o utilizando o feltro ou sobras de TNT. Faça estrelas, árvore de Natal (observe a foto). Coloque o rolinho dentro do saquinho. Encha com balas ou jujubas. Amarre com o fitilho . Está pronta a lembrancinha. Antes de entregá-las, conte a história do nascimento do Salvador. Explique às crianças que o Natal é o nascimento de Jesus, o m elhor presente de Deus para nós. Agradeça a todos por terem participado das aulas durante o ano. Diga aos alunos o quanto eles são especiais e o quanto você os ama.

Page 34: Revista Ensinador Cristão Nº 56

J U N IO R E S ^

PROFETAS DE DEUS

PRÉ-ADOLESCENTES

BOAS ESCOLHAS

Professor, neste trimestre, os juniores vão es­tudar a respeito dos profetas, homens chamados por Deus para advertir e consolar o Seu povo, levando-o a cumprir os preceitos divinos. Logo na primeira aula, explique que Deus sempre procurou comunicar-se de m odo pessoal com os homens. Os pro fe tas eram os porta-vozes de Deus, ou seja, eles falavam em nome do Todo-Poderoso, estabelecendo um canal de comunicação entre os homens e Deus.

Justificativa: É importante que os juniores com­preendam que os profetas foram instrumentos de Deus para exortar, consolar e edificar Seu povo.

O bjetivo: Introduzir, de m odo criativo, o tema geral do trimestre.

Material: Folha de papel pardo, caneta hidrocor e lápis de cor.

Atividade: Providencie duas folhas de papel pardo. Faça na folha cinco quadrados (observe a fo to) e escreva na parte superior das folhas o se­guinte título: "Deus fala com o Seu povo". Separe a classe em dois grupos, meninas e meninos. Dê a cada grupo a folha de papel pardo, canetinhas e lápis de cor. Faie a respeito de todos os profetas que serão estudados no trimestre. Leia, juntamente com os alunos, o título das treze lições. Em seguida, peça que, em grupo, eles ilustrem, fazendo um desenho a respeito do profeta que será estudado. Cada grupo ficará com cinco profetas e fará cinco desenhos. Conclua enfatizando que os profetas eram usados pelo Senhor para ensinar o povo. Toda vez que o povo errava e se afastava de Deus, o profeta entrava em ação a fim de denunciar o pecado e corrigir os erros. Utilize os cartazes para enfeitar a classe durante o trimestre.

Professor, o tem a que os p ré-ado lescentes vão estudar neste tr im es tre é: "Escolhas que agradam a D eus". Sabemos que a vida é fe ita de escolhas. Porém, como te r a certeza de que vamos escolher o que é certo? Para que nossas escolhas sejam assertivas, precisamos orar, pedir a d ireção do Pai e 1er a Sua Palavra. Deus está sempre pronto a nos orientar, mas muitos tomam decisões im portantes na vida sem consultá-IO.

Justificativa: Conscientizar os pré-adolescentes de que nossas escolhas devem ser o rientadas por Deus.

Objetivo: Compreender que Deus está disposto a nos orientar em nossas decisões.

Material: Folha de papel pardo, caneta hidrocor e parafuso bailarina.

A tiv id ad e: Faça em c a rto lin a um c írcu lo grande. Escreva o nome de alguns personagens b íb licos que fize ram boas escolhas (observe a ilus tração ao lado). C on fe cc io ne uma seta (ponte iro ) em carto lina e fixe no círculo com o

ADOLESCENTES

EM DIREÇÃO AO PÓDIO

Os adolescentes vão estudar neste trim estre a respeito do "atleta cristão". Eles vão aprender que em Cristo somos "mais que vencedores".

Justificativa: Os adolescentes precisam te r consciência de que a nossa salvação é o nosso bem mais precioso.

Objetivo: Com preender que a salvação deve ser o m aior desejo do crente.

Material: Quadro com a tabela, canetinha e fita adesiva.

Atividade: Professor, para introduzir a lição, faça a segu in te indagação: "Q ua l deve ser a maior aspiração (desejo) do crente?". Incentive a partic ipação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, leia Filipenses 3.14 e expli­que que como cristãos o nosso alvo m aior deve ser a conquista do prêm io da soberana vocação em Cristo Jesus, a nossa salvação. Precisamos nos esforçar, como um atleta, para conhecer mais de Cristo e em tu do agradá-IO. Na sequência, faça

j-O J U A

Page 35: Revista Ensinador Cristão Nº 56

parafuso bailarina. Sente-se com os alunos em círcu lo no chão da classe. A p rese n te a nova revista. Diga que durante o trim estre eles vão aprender a respeito de escolhas que agradam a Deus. Apresente o círculo com os nomes. Peça que um aluno gire o pon te iro e aponte o nome de um personagem . Em seguida, pergunte ao aluno: "Q uais foram as boas escolhas que este servo(a) de Deus fez?". Ouça os alunos com aten­ção. Conclua enfatizando que tom ar a decisão certa, às vezes, não é ta l fácil; todavia , com a ajuda de Deus, é possível. Que possamos sempre orar e buscar a Deus antes de tom ar qua lquer decisão. Em segu ida , leia e com ente com os alunos o se q u in te versícu- lo: "Ins tru ir-te -e i e ^ ensinar-te-ei o ca­m inho que deves segu ir; g u ia r-te - -ei com os meus o lhos" (SI 32.8).

a seguinte pergunta: "C om o atletas de Cristo, o que pode nos im ped ir de alcançarmos o prê­m io da soberana vocação?". Ouça os alunos e com plete com eles o quadro.

i JUVENIS iNÃO COLOQUt

DIANTE DOS !z COISAS MÁS SEUS OLHOS

Neste trim estre, o tema da revista de Juvenis é "O cuidado com a influência dos meios de co­m unicação". Os jovens precisam com preender que necessitam os te r a lguns cu idados com a mídia, pois o uso excessivo e sem critérios pode trazer muitos malefícios para nossa vida espiritual, emocional e física. As pesquisas mostram que o adolescente brasileiro passa m uito tem po diante da TV ou na internet, por isso aproveite bem essa o p o rtu n id a d e para que seus alunos re flitam a respeito dos meios de comunicação.

Justificativa: Pesquisas mostram que a expo­sição excessiva à mídia pode causar prejuízos à saúde física e mental.

Objetivo: Conscientizar os jovens dos perigos da exposição excessiva à mídia.

Material: Cartolina, canetinha e fita adesiva.Atividade: Desenhe na cartolina a silhueta de

um olho. Escreva na silhueta o seguinte versículo: "Portar-m e-ei com inteligência no caminho reto. Não porei coisa má d iante dos meus o lhos" (SI 101.2,3). Em seguida, recorte em vários pedaços fo rm ando um quebra-cabeça. C oloque no verso alguns rolinhos de fita adesiva. Entregue partes do texto aos alunos e solicite que montem no quadro de giz o versículo. Depois de concluído, solicite que leiam o texto. Em seguida, faça as seguintes indagações: "Como podemos aplicar o texto bíblico que lemos à m ídia?"; "É lícito o crente interagir com a mídia?". Explique que para o cristão todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso da mídia com prudência e discrim inação. Com o afirmam Charles Colson e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde que estejamos treinados para sermos seletivos em nosso uso.

Page 36: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Po p T e l m a B u e n o

“Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa”

A atualidade de Provérbios e Eclesiastes

Neste trim estre , terem os a opo rtun ida de ím par de estudar os livros de Provérbios e Eclesiastes. São duas pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios nos ensina a viver de m odo sábio e Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.

O livro de ProvérbiosO livro de Provérbios é um verdadeiro com pêndio

de sabedoria em form a de parábolas. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades que foram aprendidas e ensinadas no dia-a-dia dos israelitas. A o estudar este livro, precisamos observar algumas particu laridades im portantes:

1. S a lom ão não fo i o ún ico a u to r dos p ro v é r­b ios, em bora ele tenha escrito uma grande pa rte (cf. 1.1 ;10.1; 25.1). O p ró p rio Salom ão declara: "... tam bém estes são provérb ios dos sábios" (Pv 24.23). Não podem os negar que Salom ão fo i um dos ho ­m ens mais sábios do seu te m p o e que p ro fe riu 3 m il provérb ios (1 Rs 4.32), todavia há outros autores das citações, com o A g u r (Pv 30.1) e o rei Lem uel (Pv 31.1). É im p o rtan te tam bém observar que seus autores pertenceram a épocas distintas.

2. Os provérb ios têm a sua origem nos d itos p o ­pulares. Todavia, os provérb ios bíb licos são breves dec la rações que expressam os conse lhos d iv inos para nós. P odem os a firm ar que cada p ro v é rb io é

uma parábola resumida e o livro to d o é a Palavra de Deus. É Deus fa la nd o po r in te rm é d io das circuns­tâncias da vida.

3. Existem várias form as literárias dentro do livro, com o, po r exem plo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.

O propósito do livro é ensinar os leitores a viverem de form a justa, correta e ética. O ob je tivo é levar as pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia, a sabedoria de Deus. Embora o livro tam bém tra te das questões co rrique iras da vida, ele é um conv ite à busca da sabedoria que vem do A lto , a sabedoria divina.

O livro de EclesiastesA o ler Eclesiastes 1.1 e o capítu lo 2, não tem os

dúvida de que Salomão é seu autor. Além disso, tanto a trad ição judaica quan to a cristã conferem a autoria do livro a Salomão.

Eclesiastes é um livro biográfico e durante a sua leitura percebemos que não existe uma sequência lógica. A impressão que tem os é que os textos foram surgindo de tem pos em tempos, com o em um diário. É o relato triste de um homem que, embora sábio, viveu parte da sua vida longe de Deus. O propósito é mostrar, e em especial aos jovens, que o sentido da vida não está nos bens materiais, no conhecimento, no prazer, na fama. O verdadeiro sentido da vida está em Deus, o Criador.

Page 37: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Advertências contrao Adultério

Trabalho eProsperidade

Em Provérbios, encontram os uma série de exor­tações quan to à in fide lidade conjugal (Pv 5.7-15). A in fide lidade é tida com o falta de sabedoria (Pv 6.32). Sabem os que o te m o r ao Senhor é o p rin c íp io da sabedoria. Q uando se perde a reverência a Deus, a insensatez tom a conta do coração do homem.

A tualm ente, m uitos veem a in fide lidade conjugal com o uma prática norm al, porém os princ íp ios de Deus são eternos e im utáveis. Na Bíblia, o adu lté rio é, e continuará sendo, pecado. Encontram os tan to no A n tig o quan to no Novo Testam entos sérias ad­vertências contra a in fide lidade con juga l (Êx 20.14; D t 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19).

Com o servos de Deus, precisamos estar atentos, po is "o s lábios da m ulhe r estranha destilam favos de m e l". A p rinc íp io , a in fid e lid a d e p o d e parecer doce e prazerosa, mas o seu fim é am argoso com o o absinto (Pv 5.4). Com a in fide lidade , vem a d is fun­ção fam iliar. Ela é perigosa, é destru tiva para toda fam ília, para a Igreja do Senhor e para a sociedade de um m odo geral.

Uma vida conjugal felizO capítulo 5 de Provérbios tem início com uma série

de conselhos contra o sexo ilícito. A partir do versículo 15, o autor inicia uma seção para falar a respeito do relacionam ento íntim o entre m arido e mulher. "Bebe a água da sua cisterna" (Pv 5.15). Água é sím bolo de vida. O ser hum ano não po de viver sem ela. Assim tam bém é o relacionamento sexual no casamento. Ele é im portan te e traz vida aos cônjuges. Um casamento não pode subsistir sem ele. "E viu Deus tud o quanto tinha fe ito , e eis que era m uito b o m " (Gn 1.31). Tudo que o Pai criou é bom e isso inc lu i a sexua lidade . E im p o rta n te ressaltar que o sexo nunca fo i, em si m esm o, pecam inoso. Deus o estabeleceu para ser desfrutado no casamento antes que o pecado entrasse no m undo (Gn 2.21-25).

Ao nascer, fom os dotados de instintos (tendência natural) específicos sem os quais nossa sobrevivência seria impossível. O impulso sexual caracteriza o instinto de preservação da espécie. D epo is da Q ueda, no Jardim do Éden, o homem pecador passou a deturpar esse im pulso d iv ino , ge rando as m uitas aberrações que sabem os ex is tir ho je , mas isso não inva lida a intenção de Deus de abençoar o homem e perpetuar a espécie através da relação sexual sadia. Provérbio 5.18 diz: "B e n d ito o teu manancial, e a legra-te com a m ulher da tua m oc id a d e ". A vida sexual saudável den tro do casam ento tem a bênção de Deus, além de dar a legria e prazer ao hom em (Hb 13.4).

Q uem não deseja te r uma vida próspera e aben­çoada? E o dese jo de to d o ser hum ano e não há nada de errado em ser bem -sucedido. Mas, o que é ser próspero? Embora cada um tenha uma defin ição própria , para responderm os a essa questão tem os que recorrer às Escrituras Sagradas e observar o que é ser bem -sucedido à luz da Palavra.

A prosperidade em Provérbios está d ire tam ente relacionada à obed iência à Bíblia e à dedicação ao trabalho. No A n tig o Testamento, a verdadeira pros­peridade é prim eiram ente espiritual - bem diferente do que os admiradores da teo log ia da prosperidade têm pregado e ensinado.

Uma vida bem -sucedida não é somente resultado do sucesso financeiro, mas, sim, da obediência a Deus, da fide lidade e da santidade (Pv 3.3,4).

Com o cristãos, podem os afirmar que nossas rique­zas são e serão sempre intangíveis e nunca som ente monetárias. A tualm ente, os crentes têm sido iludidos quan do o assunto é p ro spe rida de . Eles te n d e m a re lac ionar o ser be m -suced ido ao d inhe iro e bens materiais. Muitos estão buscando desesperadamente os bens materiais. Querem ser ricos a tod o o custo e acabam desprezando a Deus, tropeçando e perdendo o nosso bem precioso, a nossa salvação. Por isso Jesus a adverte em Mateus 16.26. Não podem os ser influen­ciados pela maneira de pensar deste mundo (Rm 12.2). Par alguns, o " te r" passou a ser mais im portan te que o "ser". Pertencer ao Reino de Deus está diretam ente ligado ao "ser" - ser benigno, ético, compassivo etc.

Sabem os que a p ro s p e rid a d e não é som e n te resultado dire to do trabalho e do esforço do homem, todavia sem trabalho não há prosperidade. A preguiça im pede o homem de prosperar. O preguiçoso sonha, deseja, mas dificilmente alcança seus objetivos (Pv 13.4; 20.13; 23.21). Precisamos nos dedicar ao trabalho, pois este dignifica o homem. Em Provérbios, encontramos uma série de exortações ao traba lho . O in d o len te é seriam ente ad ve rtid o (Pv 10.26; 19.15; 24.30-34). M uitos oram a Deus, mas não agem, não fazem a sua parte. Deus não vai fazer o nosso traba lho. A Palavra de Deus relata que Jesus era um hom em de dores e traba lho (Jo 5.17). Sigamos os passos do Mestre.

A lém da preguiça, vejamos alguns outros obstá­culos que im pedem a prosperidade:

• Falta de co m p ro m e tim e n to , de in te ireza de coração (2Cr 25.2);

• In fide lidade a Deus. Não honra ao Senhor com as nossas prim ícias (Pv 3.9,10);

• Desobediência de liberada a Deus (Dt 28.15);• Falta de confiança no Todo-Poderoso.

Page 38: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Lidando de Forma Correta com o Dinheiro

Você sabe lidar com o dinheiro de form a correta? Tem sua vida financeira equilibrada? Não é errado o crente possuir bens materiais e te r uma conta bancária abençoada. Deus é bom e deseja que tenham os uma vida abundante (Jo 10.10). Porém, o que tem os que tem er é o am or ao dinheiro . Jesus nos adverte para que tenham os cautela quan to à avareza, "p o rq u e a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15).

Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal "a pa­lavra traduzida por 'avareza' (pleonexia) lite ra lm ente s ig n ifica a sede de possu ir m a is". A ganância , o desejo excessivo de possuir mais e mais tem levado m uitos a se envolverem em negócios ilícitos, com o po r exem plo, a prática da ag io tagem , suborno, cor­rupção. A ag io tagem é uma prática perversa e bem antiga. A Palavra de Deus proíbe tal prática desumana (D t 23.19,20). S egundo o C ó d ig o Penal Brasile iro, ag io tagem é crime.

O am or ao d inhe iro tam bém tem levado m uitos a caírem em ou tra prá tica pecam inosa: o suborno. S egundo o D ic io n á rio B íb lico W yc liffe "a palavra grega shohad significa um presente, mas no sentido c o rru p to " . A corrupção é com o um vírus m a ligno, ela tem se espalhado em nossa nação trazendo dor, destru ição, falência... A corrupção e o suborno são resu ltad os do am or ao d in h e iro . C erta vez, João Batista exo rto u a lguns so ldados para que eles se contentassem com seus soldos (Lc 3.14). Como profeta de Deus, João estava alertando-os quanto ao perigo da cobiça e do suborno.

Rocha ou areia, você p od e escolherA d q u ir ir fo r tu n a de m o d o ilíc ito (a g io ta g e m ,

suborno) é com o constru ir a casa sobre a areia; cedo ou tarde ela vai ruir (M t 7.24-27). É bom lem brar que a areia não é o solo ideal para se estabelecer nenhum t ip o de fu n d a m e n to ; a rocha sim é segura , capaz de susten ta r uma construção . Porém, a tua lm en te encon tram os m uita ge n te esco lh end o o cam inho mais fác il, mais cu rto , a areia. Estas visam apenas os bens m ateria is , o lucro fác il. A ganância cega. T raba lha r d u ro e no fina l d o mês só te r d in h e iro para paga r as contas, v ive r con ta n d o os trocados é m u ito d ifíc il. Mas, você já viu a lguém cavando na rocha? N ão é fác il não! Exige m u ito esfo rço e te m p o . É prec iso suar a camisa. Mas vale a pena, po is o alicerce será só lido , firm e, e p rinc ipa lm ente , abençoado p o r Deus.

0 Cuidado com aquiloque Falamos

De todos os seres criados pe lo Todo-Poderoso, o hom em é o único que possuiu um aparelho fonador. Logo, podem os afirm ar que a fala é um dom divino que distingue o ser humano. É algo realmente especial que po de ser usado para o bem com o para o mal. Tiago compara a língua a um fogo devastador (Tg 3.6). Pois uma pequena fagulha pode queim ar e destru ir uma floresta inte ira. Ele ainda afirma que "nenhum hom em pode dom ar a língua" (Tg 3.8). Com a nossa língua podem os bend izer a Deus e m aldizer o p ró ­xim o. Ter o contro le da língua não é fácil, mas não é impossível para o crente. Q uem consegue contro lar a língua, contro la to d o o seu ser.

Nossa maneira de falar nos identifica, revelando o nosso verdadeiro eu, pois a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34). É do coração, ou seja, do íntim o do ser hum ano que procedem os males. Certa vez, Pedro fo i iden tificado com o alguém que esteve com Jesus som ente pe lo seu linguajar (M t 26.73). Sua fala evidencia que você é um cristão?

M uito se falou a respeito do poder das palavras e não fa ltou heresia. Sabemos que nossas palavras não têm poder em si mesmas. Todavia, não podem os sair por aí fa lando o que nos vem à cabeça, pois nossas palavras afetam o nosso p róx im o de form a positiva ou negativa. Por isso, o livro de Provérbios dá uma ênfase especial ao m odo com o em pregam os as pa­lavras. Jesus tam bém ensinou que no Dia do Juízo, todos te rão que dar conta d ian te de Deus po r suas palavras (M t 12.36).

Q u e r a p re n d e r a g u a rd a r sua língua d o mal? Então leia e estude o livro de Provérbios, po is nele podemos encontrar ensinamentos preciosos a respeito do uso da língua. Um destes ensinos é a respeito do ser m oderado no falar (Pv 21.23). Você fala demais? Então tom e cu idado! Q uem fala em demasia pre ju­dica o ou tro e a si p róp rio (Pv 13.3). Vários Provérbios tra tam a respe ito da língua m entirosa e da calúnia (Pv 6.17). A difam ação, em especial nos b logs e nas redes sociais, tem fe ito m uitas vítim as. A calunia é devastadora e consegue separar até os am igos mais ín tim os (Pv 16.28). O D iabo é o pai da m entira (Jo 8.44) e toda mentira e engano procedem dele. Muitos usam sua língua para fazer fofoca, caluniar os outros ou d is to rce r a verdade. Saiba que Deus abom ina a língua m entirosa (Pv 6.17).

Aprendam os com os conselhos dos sábios a usar nossa língua de maneira que o nom e do Senhor seja glorificado.

Page 39: Revista Ensinador Cristão Nº 56

0 Exemplo Pessoal naEducação dos Filhos

Deus confiou aos pais a sublim e tarefa de educar (Dt 6.1-9). Todavia, na chamada "M odern idade", muitos pais estão terce irizando a educação dos seus filhos. Basta o lhar a nossa soc iedade para ver e sen tir os resultados nefastos desta falta de compromisso com a educação das nossas crianças. M uitos se preocupam apenas com a provisão, o sustento da família. Isso é louvável, mas a função os pais vai além da providência. V ivemos em uma sociedade permissiva e hedonista, que está experim entando uma grave crise de valores. Os pais devem fazer um estudo sistem ático do livro de Provérbios, po is neste livro podem os encontrar lições preciosas que vão nos ajudar na educação de nossas crianças e jovens.

No livro de Provérbios, em especial no capítulo 4, podem os ver o cuidado, a preocupação com a edu­cação. Educar é cuidar, instruir. Educação é vida. No Livro de Provérbios encontramos vários textos os quais nos ensinam que a sabedoria não é inata, mas é algo a ser construído e transm itido pelos pais. Cabe aos pais testemunharem aos filhos os feitos do Senhor (SI 78.5). A história era passada de pai para filho . Qual era o propósito do ensino? Que as gerações futuras pudes­sem conhecer o Senhor m ediante seus feitos e não se tornassem rebeldes, mas obedientes. O ob je tivo era ensinar às gerações futuras a fim de que não cometessem os erros dos seus descendentes no passado (SI 78.8).

Nossos filhos estão inseridos em uma sociedade onde faltam valores morais e éticos. Nas escolas eles vão estar em con ta to com filosofias ateístas e m un­danas, contrárias e nocivas à fé cristã. Por isso, mas do que nunca, os pais devem estar atentos ao que seus filhos ouvem, veem e praticam . Não podem os negligenciar a educação de nossas crianças e jovens.

Já às portas de entrar na Terra Prometida, Deus, po r in te rm éd io de Moisés, instrui as famílias quanto à educação dos filhos. Se os israelitas quisessem uma vida fe liz e p róspera , não po de riam descu ida r da educação de suas crianças (Dt 6.3). Em Deuteronôm io 6.7 diz "e as in tim arás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pe lo cam inho, e deitando-te, e levantando-te". Fica claro que o ensino deveria ser através do exem plo. Os filhos deveriam ver e conhecer a Deus po r in te rm éd io das atitudes dos pais é o que chamamos de "aprendizagem pelo ex e m p lo ". O d iscurso dos pais deve ser coeren te com as suas ações, pois eles pais são exem plo. Não adiante ensinar algo e fazer o contrário . Nossas pa­lavras e ações têm o po de r de influenciar as pessoas para o bem ou para o mal.

Contrapondo a Arrogância

M uitos ainda confundem hum ildade com a falta de bens e recursos materiais. Porém, hum ildade não tem nada a ver com os bens materiais que uma pessoa possui. Ser hum ilde é ser consciente das fraquezas, falhas, erros, imperfeições. Hum ildade tam bém não é com plexo de inferioridade. Muitos não têm uma auto- estima saudável e acabam adoecendo e confund ido humildade com baixa autoestima. Quando uma pessoa não tem uma visão correta de si mesma, ela corre o perigo de desenvolver um com plexo de in ferioridade ou de se tornar uma pessoa altiva, arrogante, soberba. Deus pode e quer curar a form a com o nos vemos.

A humildade nas Sagradas Escrituras está associada a uma atitude mental de que tudo que temos ou somos vem do Senhor. O apóstolo Pedro exorta-nos a que ve­nhamos nos revestir de humildade (1 Pe 5.5). O livro de Provérbios exorta-nos a trilhar o caminho da humildade (Pv 15.33; 18.12; 22.4). Jesus, enquanto homem perfeito, é nosso maior exemplo de humildade (Mt 11.29). O Mestre não apenas falou, ensinou a respeito do assunto. Ele deu uma lição prática aos discípulos e a nós a respeito do que é ser hum ilde (Jo 13.3-16). Outra im portante passagem cristológica que trata do assunto em o Novo Testamento é encontrada em Filipenses 2.5-11.

A soberba é o antônim o da humildade, e segundo o livro de Provérbios a arrogância evidencia a insensatez de uma pessoa. O tem or ao Senhor é o princípio da sa­bedoria (Pv 1.7), logo quem teme a Deus aborrece o mal; a soberba e a arrogância (Pv 8.13). O tem or ao Senhor é um antídoto contra o mal (Pv 16.6). Sem o reverente temor, nos tornamos vulneráveis ao mal, ao pecado.

A soberba não som ente desagrada a Deus, mas ela destró i nossos relacionam entos e a nós mesmos. Salomão já era rei quando reconheceu que sem Deus não teria condição de governar o seu povo com justiça. Ele num gesto de hum ildade pede a Deus sabedoria, po is reconheceu suas lim itações . O s o b e rb o não consegue reconhecer suas deficiências.

A tua lm en te fa lam os m u ito a respe ito de aviva- m ento . Realm ente precisam os de um, porém uma das condições para experimentarmos um avivamento genuíno é a humilhação. Isso mesmo. Observe o que nos diz 2 Crônicas 7.14: "E se o meu povo, que se chama pe lo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face [...].

Q ue tenham os consciência de que Deus resiste e continuará resistindo aos soberbos (Tg 4.6). Todavia, o Pai Ce leste dá e dará graças àqueles que têm o coração quebrantado e con trito , que se chega a Ele com hum ildade.

Page 40: Revista Ensinador Cristão Nº 56

0 Tempo para todasas Coisas

O que é ser um a m u lhe r v irtuosa? Será que é aque la que v ive para o lar e não tra b a lh a fo ra e que te m sem p re um a a t itu d e serv il? Por m u ito s séculos a m u lhe r fo i excluída, co locada à m argem da sociedade , v ivendo sob o ju g o do p reconce ito , da in d ife rença . Porém , o C ria d o r sem pre am ou e honrou as m ulheres.

A c u ltu ra ju d a ic a e ra d u ra co m a m u lh e r. S egundo o D ic io n á rio B íb lico W yc liffe "na so c ie ­d a d e h e b ra ic a a m u lh e r era c o n s id e ra d a p a rte da p ro p r ie d a d e de um h o m e m " (Gn 31.14,15; Rt 4.5,10). O te x to de Juizes 19.24 m ostra um pouco do abuso e da v io lê n c ia a que as m u lhe res eram s ub m e tid as (Jz 19.24,29).

Jesus, o F ilho de Deus fo i ge rad o no ven tre de uma m ulher virtuosa. Um gesto que mostra o quanto Deus ama e respeita a m ulher. O Salvador nasceu em uma cu ltu ra em que as m ulheres eram vítim as de p re con ce ito . Elas eram deixadas à m argem . As m ulheres não eram nem m esm o contadas. Q uando M arta p e d e a Jesus para que M aria de ixe a sala, ta lvez seja p o rq u e este loca l era re s tr ito aos h o ­mens. No A n tig o Testam ento as m ulheres ficavam a pa rte quan do havia v is itan tes (Gn 18.9). N aquela cu ltu ra não havia espaço para o d isc ip u la d o en tre as m ulheres. Jesus queb rou vários pa rad igm as ao ensinar e evangelizar as mulheres (Jo 4.10-26; 11.20- 27). Em o Novo Testamento, no Templo de Herodes, elas ficavam separadas em um local cham ado de "p á t io das m u lh e re s ". Jesus ab riu as p o rta s das prisões sociais e valorizou a m ulher com o ninguém nunca o fez ou fará (Is 61.1): "N is to não há ju de u nem g re go ; não há servo nem livre; não há m acho nem fêm ea ; p o rq u e to d o s vós sois um em C ris to Jesus" (Gl 3.28).

No livro de Provérbios encontram os vários textos e ensinos a respeito das mulheres (da m ulher vil e da virtuosa).

A m ulher virtuosa descrita no capítu lo 31 é uma m ulher que está à fren te do seu tem po . Ela é vista com o alguém que cuida bem da casa, do m arido e dos filhos, mas ela é tam bém uma m ulher de negó­cios, uma em preendedora. Ela faz, vende e im porta p rodu tos (Pv 10.10-31). A m ulher virtuosa é descrita como alguém que tem excelentes habilidades, e que é sábia. Sem sabedoria não há virtudes. Que as mulheres que tem em ao Senhor busquem a sabedoria divina para que possam viver de m odo que os filhos e toda a sua casa possam dizer: Bem -aventurada!

A cred ita -se que Salom ão é o au to r do livro de Eclesiastes. De acordo com a trad ição juda ica , ele te ria escrito o livro na sua ve lh ice , quan do estava separado da com unhão com Deus d e v id o ao seu pecado. De acordo com a Bíblia de Estudo Pente- costal (CPAD), o títu lo do livro no hebra ico significa "a q u e le que reúne uma assem bleia e lhe d ir ig e a pa lavra", ou seja, pregador. Podem os observar que o vocábu lo "p re g a d o r" aparece setes vezes no livro (1.1,2,12; 7.27; 12.8-10).

Eclesiastes é o reg is tro da vida de um hom em que teve tu d o de m elhor que a vida pode oferecer, porém longe dos p ropós itos d ivinos, só encon trou vazio e desilusão. Suas palavras foram: "va idade" (Ec 1.2). A palavra va idade em pregada em Eclesiastes significa vazio, sem valor, desilusão. Sem Deus a vida se torna cansativa, enfadonha, decepcionante. De nada adianta trabalhar, te r dinheiro, conhecim ento e fama. Eclesiastes nos mostra que o cam inho tr ilh ad o po r Salomão o levou a um vazio muito grande. Atualm ente as pessoas tam bém estão numa busca desenfreada pelas coisas deste m undo, e o resu ltando é que o núm ero de pessoas deprim idas, ansiosas e doentes (no físico, na m ente e na alma) vem aum entando de m odo assustador. O sentim ento de vazio que existe na alma do ser humano não pode e jamais poderá ser preenchido com coisas materiais, prazeres, psicotró- picos. Este vazio só Deus pode preencher.

O trabalho, assim como os bens materiais é bênção de Deus. Porém quando utilizado de maneira errada, egoísta faz com que o sentim ento de inutilidade logo se estabeleça. Foi o que aconteceu com Salomão. Ele abandonou os preceitos de Deus e de ixou de usar o seu dom para benefício do seu povo, do próxim o (2 Cr 10.4,5). As políticas adotadas po r ele deixaram de serem boas (1 Rs 11). O com ércio com outras nações trouxe riquezas, mas tam bém fez com que os deuses estrangeiros se instalassem no meio do povo. O gasto com as construções superou suas finanças e o je ito foi aumentar os impostos. O povo sofria com as taxas cobradas. A o morrer, Salomão deixou um reino que estava prestes a ruir. "É tu d o va idade !"

A vida com Deus é bela, porém m u ito curta. O tem po que temos é algo precioso. Por isso, precisamos pedir ao Pai sabedoria para não desperdiçar o tem po que tem os. A sabedoria vai nos ajudar a desfru tar a vida com bom senso (SI 90.12). Com o despenseiros do Senhor terem os que prestar contas a Deus do uso que fizemos do nosso tem po .

4 0 . st -

Page 41: Revista Ensinador Cristão Nº 56

L iç ã o1 0

Cumprindo as Obrigações Diante de Deus

O capítu lo 5 de Eclesiastes é uma série de conse­lhos práticos, onde Salomão inicia falando a respeito da vida re lig iosa e da reverência que é devida na Casa de Deus (Ec 5.1). Os israelitas, desde a infância eram ensinados a reverenciarem o sábado com o dia santo e o santuário do Senhor (Lv 19.30; 26.2). Será que nossos filhos sabem da im portância de se adorar ao Senhor no seu tem plo?

A língua grega dispõe de duas palavras para culto: latreia e proskuneo. A primeira significa adoração e a segunda reverenciar. Cultuara Deus é adorá-lo. É reco­nhecer que Ele é único e digno de receber toda a honra, glória e louvores. Muitos confundem cultuar a Deus com ir à igreja. Às vezes os crentes até vão à igreja, mas não louvam e adoram ao Senhor. Deus busca aqueles que o adoram em espírito e em verdade (Jo 4.24).

Os israelitas não tinham a liberdade que nós temos hoje. Na A ntiga Aliança para se apresentar diante de Deus era necessário sacrifícios e a intervenção de um sacerdote. A tua lm en te não mais precisamos disso, po is a m orte e a ressurreição de Jesus nos garante livre acesso à presença do Pai. Todavia, é preciso respeito. O poeta A lem ão G oethe declarou: "A alma da re lig ião cristã é a reverência". Certa vez, Jesus entrou no Tem plo e ficou ind ignado com a falta de reverência das pessoas. O louvor e a adoração haviam sido substituídos pe lo com ércio (M t 21.12). O que se ouvia ali não eram aleluias e glórias ao Todo-Poderoso, mas o grito dos cambistas e dos que comercializavam os pom binhos que eram utilizados nos sacrifícios. O Mestre ficou ind ignado ! Jesus colocou toda aquela " tu rm a " no seu dev ido lugar. O louvor, a adoração e a oração estavam sendo substituídos.

Hoje tem os livre acesso a Deus, não precisamos realizar to d o o ritual litúrg ico do culto levítico, porém não s ign ifica que em nossos cu ltos não devem os seguir uma litu rg ia santa, b íb lica. Paulo ao ensinar a respeito do cu lto diz que tu d o deve ser fe ito para a edificação: "Q ue fareis, pois, irmãos? Q uando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tu d o para ed ificação" (1 Co 14.26).

Para m uitos israelitas a ida até Jerusalém, onde estava o Tem plo, não era som ente uma ob rigação religiosa. Certamente eles iam ao Templo para celebrar as festas sagradas com o coração alegre. Observe o que nós diz o salmista: "A legre i-m e quando me d is­seram: Vamos à Casa do Senhor!" (SI 122.1). Vamos à Casa do Senhor não po r uma obrigação religiosa, mas porque o amamos.

A ilusória prosperidade dos ímpios

Por que os justos sofrem e os ímpios prosperam? Q uem já não fez esta indagação, ainda que de fo r­ma in trospectiva? Às vezes parece que os ím pios levam vantagens em relação aos crentes. Todavia, a p rospe ridade do ím pio é só nesta vida, enquan to a do jus to é eterna. As lutas e d ificu ldades da vida são para todos, bons ou injustos, fiéis e infiéis. Deus é m isericord ioso, Ele faz com que o sol nasça para todos, assim com o a chuva caia para os justos e ím ­pios (M t 5.45). Sabemos que enquanto viverm os em um corpo corruptíve l, estarem os su je ito às doenças e as in te m p é rie s desta v ida . S om ente esta rem os livres, para to d o o sem pre, da do r e do so frim ento , no dia em que receberm os um c o rp o g lo rifica do , não mais su je ito à m orte (1 Co 15.52). Esta é a nossa viva esperança, e o nosso conso lo em m eio à dor: saber que um dia v ive rem os e te rn a m e n te com o Senhor, livres de lágrim as e dores (Ap 21.4). Mas quanto aos ímpios terão o mesmo destino? Têm eles a mesma esperança? O Dia do Juízo chegará para todos os ím pios, porém Deus é longân im o e deseja que tod os se arrependam e se salvem (2 Pe 3.9). Os ímpios terão que enfrentar o ju lgam en to do "g rande trono branco" (Ap 20.11-15). Aqueles que não creem encararão, segundo a Palavra de Deus, o p ran to e o range de dentes (M t 13.41,42), a condenação (M t 13.42,43) e a destru ição.

A o ler Eclesiastes podem os te r a im pressão de que a m orte é o fim de tu d o (9.4-6). Salomão parece desejar a m orte d iante dos males da vida (Ec 4.1-3). Sabem os que neste m undo te rem os aflições, mas apesar de tudo , vale a pena viver quando confiam os em Deus. Salomão estava vivendo longe do Senhor quando escreveu Eclesiastes, po r isso, Ele faz uma análise existencial da vida. Sua visão é extremamente pessimista: "os m ortos não sabem coisa nenhum a" (Ec 9.5).

Um dia todos terão que en frentar a m orte, tan to os ím pios quan to os justos. Porém sabem os que a m orte não é o fim para o so frim en to hum ano. Ela é o fim para um novo com eço na etern idade. Segundo o a p ó s to lo Paulo afirm a, se a nossa esperança se lim ita r apenas a esta v ida som os os mais in fe lizes dos homens.

Não podemos nos deixar abalar pelas circunstâncias da vida nem pela prosperidade dos ímpios; precisamos confiar no Deus Todo-Poderoso, pois somente Ele nos fará habitar um dia nas regiões celestes.

Page 42: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Lança o teu Pãosobre as Águas

Envie sua carta „ ou email para CPAD %

Suas criticas e sugestões são muito im portantes para a equipe de produção de Ensinador Cristão.

"Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás" (Ec 11.1). Salomão inicia o capítulo 11 de Eclesiastes com uma metáfora. M uitos questionam o que seria lançar o pão sobre as águas. O sábio se utiliza de uma figura de linguagem para nos fazer um conv ite à gene ros idade . Salom ão se afastou de Deus e certam ente deve te r experim en­ta d o o ego ísm o. Porém , e le con seg u iu p e rce b e r que o egoísm o to rna a vida sem sen tido , vazia, que não com pensa, p o r isso, Deus nos ensina, em sua Palavra, a te rm os uma vida generosa. A soc iedade está m arcada pe lo egoísm o, onde não dam os mais espaço para a gene ros idade . Todavia, nós crentes não p o d e m o s nos c o n fo rm a r com a m ane ira de pensar deste m undo: "E não vos con fo rm e is com este m undo , mas trans fo rm a i-vos pe la renovação do vosso e n te n d im e n to , para que exp e rim e n te is qual seja a boa, ag radáve l e p e rfe ita v o n ta d e de D eus" (Rm 12.2).

Q uem não abre a m ão e não lança sem entes não te rá o que colher. A ge ne ros id ad e to rna -nos mais ricos, po is é um fru to do Espírito (GI 5.22). As nações estão e n fre n tan do uma grande crise fina n ­ceira, em especial a com unidade europeia. Esta crise tem repe rcu tido em vários países, po is vivem os em uma econom ia g lob a lizad a . As taxas de ju ros e a in flação estão sub in do . Sabem os que precisam os econom izar, mas Deus tem um com prom isso com a sua Palavra. Ele é fie l e p ro m e te reco m pe nsa r aqueles que são generosos (D t 15.10,11; Pv 11.25). Com o Igreja do Senhor, não podem os nos esquecer dos necessitados e carentes, po is Jesus jam ais se esqueceu deles (Lc 4.18,19).

Para " lança r o pão sob re as águas", é prec iso te r fé. A fé "é o firm e fundam ento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem " (Hb 11.1). Só aque le que crê que Deus supre as nossas carências pode tom ar esta atitude. Não tenha medo de lançar sem entes, po is Deus "é po d e ro so para fazer [...] além da q u ilo que ped im os ou pensam os, segundo o p o d e r que em nós o p e ra " (Ef 3.20). Ao invés de olharmos som ente para as nossas carências e necessidades, venhamos a o lhar para aqueles que estão necessitados da nossa ajuda.

E m bora ten ham o s fé, não p o d e m o s p reve r o nosso amanhã. V iver é con ta r com os im previstos; por isso, acredito que "lançar o pão sobre as águas" é, d ian te do inesperado, p rocura r ag ir de m aneira sábia, fazendo o que é bom para a judar o próxim o.

O capítu lo 12 de Eclesiastes encerra as reflexões de Salomão a respeito da vida. O pessim ism o ainda pode ser v isto neste ú ltim o capítu lo. Salomão fina ­liza fazendo uma reflexão sobre d ife ren tes fases da vida. Ele reconhece que a vida é passageira. T iago a com para a um vapor "q ue aparece por um pouco e depo is desvanece" (Tg 4.14). Ela é m uito breve, por isso precisamos vive-la de m odo com ple to , isto é, te ­mendo a Deus e obedecendo aos seus mandamentos.

Talvez, um dos conselhos mais im portan tes que Salomão nos oferece em to d o o livro é: "Lem bra-te do teu Criador nos dias da tua m ocidade" (Ec 12.1). A juven tude não dura para sem pre. O hom em tem ten tado, ao longo dos anos, encontrar uma fórm ula mágica capaz de preservar a juventude e o vigor, porém sabemos que isso é impossível. Devemos cuidar bem da nossa saúde, pois todos nós teremos que enfrentar a ve lh ice e para isso precisam os estar preparados. "O s dias maus" no versículo prim eiro do capítu lo 12 é uma referência à velhice e não à morte. Segundo o C om entário Bíblico Beacon "a velhice é vista com o um tem po de luz efêmera e de dias escuros de inverno. As nuvens dão a entender depressão e a chuva pode ser entendida com o lágrim as" (Ec 12. 1 b-5). Salomão é bem pessimista, pois, cada etapa da vida é única e tem a sua beleza. Deus está com aqueles que o temem até a sua velhice: "E até à velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei" (Is 46.4). O Senhor não nos abandona em nenhuma etapa da nossa vida. Nós é que abandonam os o Senhor, com o fez Salomão.

Não gostamos de falar a respeito da morte, porém ela é parte in tegran te da vida (Ec 12.6-8). Salomão se utiliza de várias m etáforas nos versículos 6 a 8 do cap ítu lo doze, para m ostrar que a vida do hom em termina de maneira súbita, por isso é necessário tem er a Deus em to d o tem po . Faça tu d o que você puder fazer para Deus hoje, pois talvez não tenhamos tem po amanhã. Porém se viverm os hoje para o Senhor, não nos im portará se a vida te rm inar de repente.

Viver de m odo sábio é tem er a Deus e aguardar os seus mandamentos. O tem or a Deus é o princípio da sabedoria e da vida abundante. Quem tem e a Deus vive todas as fases da vida de m odo a agradar a Deus. Des­perdiçar qualquer fase da vida, longe de Deus, é loucura.

Temer a Deus é reconhecer nossas lim itações e a grandeza do nosso Criador. Tema a Deus e viva de modo pleno cada fase da sua vida, pois Jesus nos prometeu jamais nos deixar sozinhos: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.20).

Av. Brasil, 34.401, Bangu 21852-000-R io de Janeiro (RJ)

[email protected] Tel.: 21 2406-7371 Fax: 21 2406-7370

Page 43: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Continue seus estudos com Vincent - volume II.Volume I Volume IIEvangelhos Sinópticos Evangelho de JoãoAtos dos Apóstolos Epístolas de JoãoEpístolas de Tiago, Pedro e Judas Apocalipse

INCENT

ESTUDO NO VOCABULÁRIO GREGO d o N o v o T e s ta m e n to

V O L U M E S 1 E 11

A obra de Marvin Vincent reúne um comentário exegético e um estudo léxico-gramatical conduzindo o leitor para mais perto do ponto de vista de um estudioso da língua grega. Publicados pela primeira vez nos EUA, no final do século XIX, continuam sendo uma referência obrigatória para todos aqueles que desejam conhecer a ideia original dos vocábulos neotestamentários no sentido léxico, etimológico e histórico e no uso dos diferentes escritores do novo testamento.

Estudo no V ocaj

G re g o do Novo T e]

VOLUM

NAS MELHORES LIVRARIAS

www.l i vra r iacpad.com.br

Page 44: Revista Ensinador Cristão Nº 56

~ {S )

P r o f e s s o r ^ c ã o

Po r M a r c o s T u ler

Conquistando um padrão deexcelência para a ED

M arcos Tuler é pastor, educador,

escritor, conferen­cista e reitor da

FAECAD.

IntroduçãoO p rin c ip a l o b je t iv o

de todos os que amam e se esmeram no laborioso ministério de ensino na igreja é que suas Es­colas Dominicais cresçam e se desenvolvam em todos os âmbitos, aspectos e sentidos. Porém, para que esse objetivo seja de fato alcançado, é imprescindível que se faça um sério e eficiente planejam ento. Nenhuma Escola Dominical crescerá de verdade sem um cuidadoso e detalhado plano de ação e expansão.

Nesse afã, muitos questionamentos de­verão ser feitos pelos líderes da ED: Quais as causas do insucesso da Escola Dominical? Quais as causas da constante evasão de alunos? O que fazer para criar novos de­partamentos ou ampliar os já existentes? A quantidade de alunos em cada classe está d en tro dos padrões ideais? O que fazer para desdobrar as classes, tornando-as in­teressantes e participativas? Como arranjar espaços adequados para as salas de aula? Como redimensionar os espaços existentes? Com o adm inistrar os recursos financeiros, técnicos e humanos em benefício da Escola Dominical? Enfim, como conquistar um pa­drão de excelência para a Escola Dominical?

I. Mediante uma eficiente adminis­tração

1. A administração só será eficiente se houver organização. Organização lembra ordem, método de trabalho, estrutura, conformação, planejamento, preparo, definição de objetivos.

"Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, tem os base para crer que o céu é lugar de perfeita ordem. Leis preciosas e infalíveis regulam e controlam toda a natureza, desde o m inúsculo

átom o até os maiores corpos celestes." O cresci­m ento sem ordem é aparente e infrutífero.

a) Deus é um ser organizado. P lanejou a criação; a nossa redenção; a ordem das tribos; o tabernáculo; a m ultiplicação dos pães, etc.

A organização na Escola Dominical é extrema­mente necessária. Deverá estar presente em cada fase do trabalho: no planejam ento, na execução do plano, e na avaliação dos resultados. A orga­nização da ED deve ser simples e funcional; de acordo com a realidade de cada igreja

b) Razões para a organização. D ivid ir e fixar responsabilidades; esclarecer os limites do trabalho a ser realizado; atender as necessidades das pes­soas envolvidas; garantir resultados satisfatórios.

II. Mediante um plano de crescimentoA ED deve crescer tanto em quantidade quanto

em qualidade. As escolas que estão sempre cres­cendo num ericam ente, gera lm ente são as que mais se preocupam com a melhoria da qualidade de ensino. Quais os passos necessários para que a ED cresça?

1. Localize o povo. Os líderes da ED precisam saber onde se encontra a sua população alvo. É necessário saber quem são e onde estão os alu­nos em potencial a serem matriculadas na Escola Dominical. Onde está a fonte de novos alunos?

a) Lista de novos convertidos. M u ito s se convertem e não vo ltam mais à igreja. Precisa­mos buscá-los! Os novos convertidos são como crianças recém-nascidas em Cristo; precisam ser recepcionados e identificados imediatamente após a conversão. (Ficha de identificação e triagem )

b) Relação de visitantes na escola e nos cultos da igreja.

c) O rol de membros da igreja. O rol de mem­bros é uma fon te quase inesgotável. Faça uma campanha com o lema "Cada crente um aluno".

O número de matriculados na ED deverá ser m aior que o número de crentes no rol de m em ­bros da igreja.

I , , ■{ E N S IN A D O R A \H-H- _)

Page 45: Revista Ensinador Cristão Nº 56

2. Promova uma campanha contínua de matri­culas. Existe uma ligação direta entre a matrícula e a presença na ED. A medida que cresce a matrícula, cresce tam bém a presença.

Para dobrar a freqüência na ED é necessário do­brar a matrícula. (Geralmente, o número de alunos que freqüentam a ED assiduamente, corresponde a metade do número de alunos matriculados.)

a) Que plano de matrícula a sua igreja usa?

Plano de matrícula contrário ao crescimento

• Exigência de um novo aluno assistir à classe durante certo núm ero de dom ingos seguidos, antes de ser matriculado.

• Desligar qua lquer pessoa m atriculada que não assista com regularidade à classe.

Motivos justos para desligamentosMorte; transferência para outra igreja; mudança

de residência que im poss ib ilite a assistência à escola; um ped ido insistente da parte do próprio aluno.

b) Quando se deve matricular um novo aluno?Im ed ia tam en te , se fo r esse o dese jo dele.

Não se deve pôr obstáculos para a efetivação da matrícula.

3. Elabore um programa de visitação. A visita­ção visa encorajar os alunos ausentes, e reintegrá- -los à vida cristã.

4. Amplie as estruturas. Criar novos departa­mentos, novas classes.

5. Providencie espaço adequado. Não adianta pensar em m atricular novos alunos,se não existe espaço para a nova classe funcionar. Este é um dos principais problemas que explicam o pouco crescimento na maioria das EDs.

a) Redimensionar o espaço que já possui na igreja. Um estudo criterioso apontará o espaço não usado ou mal usado.

b) Aproveitar o espaço existente nas casas próximas à igreja ou em escolas públicas ou particulares.

c) Realizar a ED em dois turnos. Algumas igre­jas realizam duas EDs: uma pela manhã e outra à tarde. Os colégios fazem isto; porque não a igreja?

d) Ampliar a construção. A igreja que constrói espaço suficiente para a sua ED tem espaço para todas as suas necessidades.

III. Mediante a adoção de métodos criativos

1. Exposição oral. Aula expositiva ou preleção. M é todo trad ic iona l usado frequen tem ente em

escolas de todos os níveis. O professor colocado d ia n te do g ru po expõe o ra lm e n te a m atéria , fa lando ele só o te m p o to do . É o m étodo mais criticado, mas tam bém o mais utilizado. O êxito ou fracasso no seu em prego dependerá da habi­lidade do professor.

2. Perguntas e respostas. É largam ente u tili­zado por ensinadores experientes, desde os dias da antigü idade. A eficácia deste m étodo reside no fa to de que as perguntas sempre são desafia­doras. A mente, neste caso, não apenas recebe informação, mas a analisa e pondera. Existe todo um processo de reflexão, analise e avaliação que ocorre no cérebro do aluno. 3. Discussão ou de­bate. O m étodo de discussão ou debate é aquele em que um assunto ou tóp ico da lição é colocado para ser d iscutido entre os membros do grupo.

4. Técnicas de trabalho em grupo. Por maior que seja o entusiasmo do professor em incentivar a partic ipação ativa dos alunos, seu sucesso vai depender em última instância de saber organizar a tiv idades que fac ilitem esta partic ipação. Aí é que entram as técnicas de traba lho em grupo. Eis algumas: ph illips 66; díade; grupos simples com tarefa única; tem pestade cerebral; pergunta circular; grupos de verbalização e de observação; painel; estudos de casos etc.

IV. mediante o apoio irrestrito dos lideres da igreja

1. Comparecendo e participando.2. Estimulando (A importância do estudo da

Bíblia).3. Incentivando seus auxiliares do ministério

e líderes de Departamento.4. Investindo na ED.a) Recursos financeiros. Deve a igreja destinar

uma verba regular a fim de que a ED possa fun­cionar sem atropelos.

b) Recursos humanos. C om preende a recicla­gem periódica dos educadores.

c) Recursos Técnicos. Aquisição de m aterial d idático , mobílias adequadas e salas pedagog i­camente planejadas.

Comportamento negativoPermitir atividades paralelas à ED (Atividades

administrativas, tesouraria, serviço de som, afinação de instrumentos musicais, aconselhamento pastoral)

Não investir, ou investir insuficientem ente na área de educação.

A p rinc ipa l parcela do orçam ento da igreja sempre é d irig ida a outras áreas em detrim ento da educacional.

ConclusãoTodo o trabalho da Escola Dominical deve passar por uma avaliação periódica. Deve- se objetivar o padrão de excelência. Como buscar o padrão de excelência? Com parando o presente progresso (os resultados) com os alvos e objetivos previstos. A partir daí, você vai descobrir a possibilidade de m elhorar e aperfeiçoar.

A e n s i n a d S S ' * / r i

Page 46: Revista Ensinador Cristão Nº 56

EviDeNCIA:_ j. - ---. , , '. .............-

““A qualidade do ensino vem

melhorando gradativamente,

o crescimento da Escola Dominical e a evasão ainda são

desafios"

Si c f ' e n " s i n a d o r \4 d V C R IS T Ã O

Nossa Senhora da G lória é um m u n ic íp io d o se rtão de S erg ipe . A re lig iã o p re d o m in a n te ali é o ca to lic ism o, mas há m uitas igrejas evangélicas. A Assem bleia de Deus possui cinco congregações na sede do município e outras cinco na zona rural. A igreja é presidida pelo pastor Adenilson do Espírito Santo.

Segundo o superin tendente da ED local, Rosival O liveira, eles não participavam dos Congressos Nacio­nais de ED organizados pela CPAD, mas depois de prestigiarem o 6° Con­gresso Nacional de ED em M aceió (AL), perceberam a im portância de fazer parte de eventos relacionados à educação cristã, principalm ente os que são p rom ovidos pe la ed itora . "T ivem os um avanço s ign ifica tivo

desde 2010, quando uma comissão de q u a tro p ro fessores p a rtic ip o u pela prim eira vez do 6o Congresso N a c io n a l de Escola D o m in ic a l" , conta Rosival.

O s u p e r in te n d e co n ta a inda que o D epartam ento tem hoje 150 alunos matriculados distribuídos em 10 turm as, sendo cinco classes no D e pa rta m en to In fan til e c inco de jovens e adultos. "A in teração de alguns pro fessores no even to em M aceió fo i um marco na história da Escola Dominical na igreja. Voltamos muitíssimos entusiasmados e ansio­sos para colocar em prático tudo que aprendem os lá. No ônibus, quando re to rnávam os, nasceu o p r im e iro pro je to a ser desenvolvido na Escola Dominical. Nós idealizamos a criação

de uma coordenação pedagóg ica para a ED", se alegra Rosival.

Para o pastor Adenilson do Espí­rito Santo, os novos projetos tendem a m elhora r a qua lidade do ensino cristão, mas ainda há muito que fazer. "Estes são os pro je tos que estamos desenvolvendo na Escola Dominical de Glória, tem os um grande desafio pela frente, somos uma igreja com mais de 500 m em bros e um efetivo de apenas 150 m atricu lados na ED. A qua lidade do ensino vem m elho­rando gradativam ente, o problem a da evasão (me refiro a alunos m a­tricu lados) e o crescim ento da ED ainda é um desafio. É im portan te o apoio da CPAD. Estamos precisando de a juda", testifica o líder da igreja sergipana. ^

Coordenação Pedagógica - criada com o objetivo de separar, entre os professores, pessoas com novas responsabilidades. Não são apenas professores, mas agentes responsáveis pelo andamen­to da escola. A ED passou a ser um Departamento com planos, projetos, cursos, capacitações, preparação de novos professores e realização de conferências. Atualmente, são cinco coordenadores.

Plano Político Pedagógico - É o pro jeto po lítico peda­gógico da Escola Dominical de Glória (EBDG). O objetivo é nortear metas, além de definir os recursos que são necessários para o ano letivo.

Capacitação Pedagógica - objetiva desenvolver seminários, encontros e conferências com temas específicos para professores de ED. Temos desenvolvido essa tarefa da seguinte maneira:

Clube do Livro - Trata-se de uma iniciativa da Superintendência da EBDG para incentivar a leitura e a capacitação pedagógica e teológica dos professores. No termino de cada trimestre os

professores em grupo adquirem o livro de leitura complementar sugerido pela CPAD para o trimestre seguinte. Ao término do trimestre, uma nova reunião é agendada a fim de discutirmos o conteúdo do livro e realizarmos a indicação de mais um livro para estudo e debate no trimestre posterior.

Comemorando à luz da Bíblia - Projeto pedagógico desen­volvido no Departamento Infantil a fim de trazer aos pequeninos informações sobre datas comemorativas (principalmente datas comemoradas nas escolas seculares).

EBD na rua - É um projeto de evangelização através da ED. Neste projeto, adolescentes e pré-adolescentes vão às ruas uma vez por mês convidar colegas e/ou pessoas de sua faixa etária e adultos para participarem da aula na rua. As aulas serão realizadas nas praças, no campo e em locais públicos. O objetivo deste trabalho e levar a ED para rua e para o campo também. O projeto está previsto para começar no inicio do terceiro trimestre.

O avanço fo i s ign ifica tivo após a pa rtic ipação dosprofessores no C ongresso Nacional de ED em 2010

Page 47: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Projeto “Sala Única”diminui evasão na ED

!J j j ’

1 I J I ■> <:

o o o o u u o uPreocupados com a inversão de valores da sociedade

em nossos dias e a influência que pode causar no seio da família cristã, a Assembleia de Deus em Jales (SP), liderada pelo pastor Cláudio de Oliveira, criou o projeto Sala Única. "O principal ob je tivo é trazer para a Escola Bíblica Dominical todos os departam entos da igreja, ou seja, Círculo de Oração, juventude, adolescentes, crianças, orquestra , g ru po de louvor e ou tros para participarem da ED", explica o pastor.

O pro je to foi criado em 2013 pelo pastor Cláudio. "A ideia nasceu em meu coração quando percebi a necessidade de valorizar o conteúdo bíblico de nossas lições bem como a interação entre professores, alunos, superin tendente e o pastor loca l", afirma.

Ele ainda conta que o dia de d o m in g o , que é c o n h e c id o pe los cris tãos com o o Dia do Senhor, parecia estar fican do esquec ido , po is tira -se esse dia para descanso e lazer com a família, d izim ando, assim, a frequência às Escolas Dominicais.

De acordo com o líder da igreja, o projeto também envolve os educadores. "Fazemos o 'Sala Única' uma vez por mês, quando todos tornam-se alunos, pois neste dia o pastor local ministra a aula, dando oportunidade de um aprendizado mais abrangente, acolhedor e interativo, levando á Sala Única novas didáticas de ensino", relata.

O p ro je to já está com saldo positivo e conqu is­ta n d o os fieis. "Já po de m os pe rceber que a ideia da Sala Única está dando certo, pois os integrantes dos departam entos da igreja que não partic ipavam da ED pe lo menos nesse dia têm a oportun idade de conhecer o que é a ED, im p lantando em seu coração o desejo de conhecer mais a Deus".

A liderança da A D em Jales aposta no p ro je to e tem planos em relação ao Sala única. "Nossa meta é que essa ideia se estenda às demais EDs de nosso país, com in tu ito de valorizar nossa lição, bem com o levar o povo de Deus ao cam inho do conhecim ento de Sua Palavra", finaliza pastor C láudio. *

garante frequência naf c f -t f - ' f - f ° f . 0 °

o u u u u u u uA distância e o tem po ruim não são fatores

relevantes quando o assunto é Escola Dominical. Andar a pé ou de carona para chegar à igreja não são obstáculos para os alunos da ED na Assembleia de Deus em Fernando de Noronha (PE). Para eles, esses fatores são detalhes, pois, o que importa é aprender mais de Deus por meio da ED.

A certeza dessa afirmação resulta em classe lotada e encontra respaldo em depoimentos como o de Artur Cândido. "A ED é importante para a edifica­ção e solidificação da minha vida espiritual. Vale a pena encarar a distância para aprendera Palavra".

Não é diferente com Josefa Oliveira. "A ED é de suma importância na vida do crente. Passei a mesma experiência para meus filhos e, assim como eu, eles passaram a infância na ED. Cresceram ouvindo a Palavra. De carro ou caminhando, vamos buscar mais conhecimento bíblico", enfatiza a aluna.

A cam inhada esp iritua l tam bém faz parte do cotid iano de Kenik de Lima Soares. "A cada dia na ED aprendo a viver com sabedoria e a caminhar em direção ao A lvo".

A AD existe em Fernando de Noronha (PE) há 36 anos. A igreja pertence à Convenção de Ministros das ADs em Abreu e Lima, presidida pelo pastor Roberto José.

Segundo o dirigente da congregação, pastor Josias Cosme, a mudança de horário aumentou a frequência e o interesse dos alunos pela ED. "A ED tem sido um excelente canal de transformação de vidas e os alunos estão empolgados de parti­cipar. Eles enfrentam dificuldades de transporte co letivo para chegar até a igreja, mas isso não os faz desistir da ED, ministrada às sextas-feiras, de 19 às 21 horas", conta o pastor. ^

f fHU1

1 As criançasi tam bém

e n fren tam a*

- * cam inhadapara chegarà EscolaD om in ica l

ï!iEîi

/ ’ ensinado:; , , \ L c h is ta s J H / 1

Page 48: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Calma, respire fundo, conte até dez. Ok, ok, conte até vinte, eu espero. Pronto? Agora é só arregaçar as mangas, porque serviço não vai faltar!

Page 49: Revista Ensinador Cristão Nº 56

Serviço na Escola Dominical não falta mesmo. Mas, não se preocupe. Você não está sozinho nessa grande empreitada.

Deus está com você e, acredite, Ele é o m aior interessado para que essa parceria dê certo.Lembro-me do dia em que o meu pastor convidou-m e para assumir esse cargo. Tive uma enorme vontade de lhe

perguntar: "Mas, pastor, o senhor tem certeza?". O chão foge debaixo de nossos pés; dá aquela dorzinha básica em algum lugar na região abdom inal; passa pela sua mente, com o num filme, todos aqueles rostos, todos aqueles alunos,

e você pensa: "O pa ! Opa! Eu não vou conseguir! Eu não posso fazer isso, Senhor". E lá estamos nós com o Moisés,

d iscutindo com Ele sobre as nossas inúmeras incapacidades. A seguir, eis algumas dicas se você está nessa situação.

O p rim e iro passo é en­te n d e r que n inguém nasce

sabendo e que a busca por co­nhecimentos e o aperfeiçoamento

de nossas práticas são indispensáveis para se al­cançar resultados satisfatórios. Cursos teológicos, congressos sobre Educação, especialmente sobre Escola Dominical, poderão auxiliar numa maior intim idade com a Palavra de Deus que indiscuti­velmente é primordial a um professor de ED.

A disciplina no estudo diário da Bíblia e da lição e a utilização de bons livros expandirão a mente, o coração e a visão do professor sobre a grande responsab ilidade que há no ensino das verdades espirituais. É im portan te que o professor entenda que ele pode buscar m uito mais conhecim ento sobre determ inado assunto tra tado em uma lição. Imaginem se cada com en­tarista pudesse colocar ali em cada com entário tudo o que sabe sobre aquele tema. Teríamos uma mega lição com muitas e muitas páginas. Mas ao contrário , faz-se necessário um breve resumo entendendo-se que cada professor, seja qual fo r a classe onde leciona, buscará maiores detalhes sobre o assunto, no in tu ito de aprimorar e enriquecer a sua aula. Penso que em cada lição, o comentarista nos aponta o caminho para um grande tesouro e o seu desejo é que nós mesmos o encontremos!

O segundo passo é fa ­zer p o r merecer, ser d igno

de ocupar tal posição. Junto com o cargo de pro fessor vêm

inúmeras responsabilidades que jamais poderão ser menosprezadas. Vejamos algumas:1) Tenha uma vida de oração: por você, seu

m in istério, sua igreja e seus alunos;2) Conheça pro fundam ente as doutrinas b íb li­

cas que devem fundam entar sua fé;3) Seja incond ic iona lm ente obed ien te ao seu

pastor, aos costumes e regras de sua igreja e aos seus líderes;

4) Seja assíduo mesmo quando não fo r o seu dia de lecionar (quantos professores vão à escola dom inical som ente quando vão dar aula);

5) Nunca fa lte sem com unicar com antecedên­cia ao responsável;

6) Seja um exem plo a ser segu ido dentro e fora da igreja.É claro que somos im perfe itos e tem os nos­

sas d ificu ldades, mas, infe lizm ente, m uitos têm se escondido atrás dessa desculpa permanecen­do em seus erros. O com prom isso com a exce­lência deve ser a bandeira do professor da ED,

Mão se esqueça:Deus sabe o que faz e V; você também precisa saber o que fazerí

Page 50: Revista Ensinador Cristão Nº 56

fessor não conhece seus alunos? Q uando d igo "conhecer" não falo som ente das características inerentes de cada idade, aquelas explícitas em livros de pedagogia, mas tam bém do conhecim ento construído através do convívio, da comunhão, da amizade. Seja acessível, aproxi- me-se de seus alunos, desenvolva laços afetivos que lhe pe rm itirão suprir, deba ixo da imensa graça de Deus, as necessidades específicas de cada um. A aplicação objetiva e direcionada da poderosa Palavra de Deus é o remédio eficaz para os males que afligem a alma.

Gom, seguindo esses passos e mantendo o oanaí de comunicação

com o Espírífo Santo sempre desobstruído, você, com certeza,

estará contribuindo para o crescimento de uma igreja fòrte e sadia.

pa rte para m u itos p ro fessores. Com o devo me apresentar d iante dos alunos? O que devo vestir? O que devo ou não falar? Que técnica usar? Qual m etodologia? E isso? E aquilo? São tantas as dúvidas e poucas as respostas. A ver­dade é que há muita teoria do que se fazer ou não fazer, do que usar ou não usar para se te r um bom resultado, mas a prática do dia- a- dia, a realidade de cada sala de aula, o perfil de cada professor e de cada aluno, coloca-se na contramão dessas inúmeras teorias que de maneira nenhuma são descartáveis, mas infelizmente não aplicáveis em algumas situações. O im portante é conhecer a si mesmo e aquilo no que se sai bem. Conheça de tudo um pouco, pesquise sobre m etodolog ias, e nunca se esqueça de que o ideal é diversificar! Não ten te im itar outra pessoa, seja você mesmo. Evite exageros em tudo: roupas, m odo de falar, de agir. O simples é tudo ! O pouco é mais! Não tenha m edo de dizer que não sabe alguma coi­sa. Pesquise e traga a resposta na próxima aula. Não faça da sua aula um culto de testem unho, aliás, do seu testem unho! M uitos professores ficam o período to d o contando seus "causos" e se esquecem do conteúdo da lição. E claro que testem unhos bem co locados enriquecem a aula, mas cu idado! Não é p ro ib id o brincar, descontrair, mas cu idado novam ente! Menos é mais! Lembra-se? Respeite os seus alunos, fazendo-se entender. O uso de palavras difíceis que não fazem parte do cotid iano de seus alu­nos poderá ser entend ido como um obje tivo

de se mostrar superior. Estude bem sua lição, prepare-se adequadam ente. Saiba que os alunos percebem quando o professor está enrolando e sabem quando o professor conhece mesmo sobre o que está ensinando. O preparo traz segurança e boa desenvoltura e consequentem ente uma boa aula e alunos satisfeitos.

V *

Page 51: Revista Ensinador Cristão Nº 56

S o HA UM CAMINHO

Uma ampla pesquisa que irá mudar a maneira como percebemos (em grande

parte, sem contestação) o que prevalece na pseudo espiritualizada visão de mundo

de nossos dias. O amplo conhecimento de Ravi Zacharias, desde o misticismo

oriental a sistemas religiosos da New Age e paganismo moderno, é em si não menos

impressionante do que seus comentários que discernem sobre o que tudo isso

significa para a sociedade moderna e, especialmente, a igreja cristã.

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .iiv ra riacp ad .co m .b r

C o n t r a p o n d o sua

VERDADE À FALSA ESPIRITUALIDADE DOS

DÍAS ATUAIS

Page 52: Revista Ensinador Cristão Nº 56

ÆS D obson~ 4 'WëMM

■ f g , 1 4 x 2 1 c m Í 9 6 p à g i n a s »

m id s ow w w . c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s

NAS LIVRARIAS OU PELO: 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w . c p a d . c o m . b r

E serão ^uma soIntimidade, essa é a base para todo o bom romance.

Mas como sustentar, ao longo dos anos, um amor que

mantenha um nível pleno de intimidade?Aprenda a construir

uma fundação sólida para seu relacionamento, que resistirá

ao teste do tempo e aos desafios do cotidiano.

Desde a oração até os momentos de paixão,

desfrute de toda a intimidade que Deus planejou

para o casamento - hoje, amanhã e sempre!

princípios para uma

in t im id a d ed u r a d o u r a