ensinador cristão 55

52
A dislexià atinge 7 milhões de brasileiros Como os professores do Departamento Infantil podem detectar a deficiência?s~ Suplemento do professor Introdução à Teologia: Principais discussões pari} jovens aprendizes Esdras Bentho Módulo 1 Música como forma de evangelizar crianças A importância de usar amúsica como instrumento no ensino da fé cristã Subsídio semanal Cartas aos Filipenses A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja Entrevista ■II Wilson: Ele criou a ideia de uma escola dominical para crianças nos guetos, atendendo milhares delas por semana -j m u

Upload: cngalves

Post on 30-Nov-2015

78 views

Category:

Documents


23 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ensinador Cristão 55

A dislexià atinge7 milhões de brasileirosComo os professores do Departamento Infantil podem detectar a deficiência?s~

Suplemento do professor

Introdução à Teologia: Principais discussões pari} jovens aprendizes

Esdras Bentho Módulo 1

M úsica como forma de evangelizar

criançasA importância de usar

amúsica como instrumento no ensino da fé cristã

Subsídio semanalCartas aos Filipenses

A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja

Entrevista■II Wilson: Ele criou a ideia de uma escola dominical para crianças nos guetos,

atendendo milhares delas por semana

• - j m u

Page 2: Ensinador Cristão 55

Pedagogia transformadora é aquela que possui compromisso com a

modificação integral das pessoas.

ra um ensino trasformador de vidas

Esta obra deixa claro que é preciso quebrar urgentemente alguns paradigmas

Y Que norteiam o ensino na Escola Dominical. ’ Se desejarmos que a EBD se torne relevante para o Reino, para que avance como agente transforma- L dor mediante o ensino da Palavra, é necessário

^ ^ q u e haja professores transformados ^ e transformadores

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .liv ra r ia c p a d .c o m .b r

Page 3: Ensinador Cristão 55

• * Da REDAçãoPor G ilda

Presidente da Convenção Geral José Wellington Bezerra da Costa

Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior

Díretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza

Editor-chefe Silas Daniel

Editora Gilda Júlio

Gerente de Publicações Alexandre Claudíno Coelho

Gerente FinanceiroJosafá Franklin Santos Bomfim

Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva

Gerente Comercial Cícero da Silva

Gerente de Comunicação Rodrigo Fernandes

Chefe Arte & Design Wagner de Almeida

Design & Diagramação Suzane Barboza

FotosLucyano Correia

Central de Vendas CPAD

0800-021,7373 [email protected]

Atendimento para assinaturas

Fones 21-2406-7416 e [email protected] - Serviço de atendimento ao consumidorFone 0800-021.7373

[email protected]

Ano 14 - n° 55 - julho-agosto-setembro/2013

Número avulso: R$ 8,90

Assinatura bianual: R$ 71,20

Ensinador Cristão - revista evangélica trimes­tral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assina­tura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo principio vale para anúncios.

Casa Publicadora das Assembleias de Deus

Av, Brasil, 34401 - Bangu - CEP 21852-002 Rio de Janeiro - RJFone 212406-7371 - Fax 212406-7370 [email protected]

Por que amo a ED?

A ssustado r! C om o o te m p o passa depressa s ina lizando a p ro x im id a d e

da vo lta de Jesus. O u tro dia, estava pensando com o escrever o ed ito ria l

d o início do ano e, agora, me ve jo na m esm a situação: com o re d ig ir o

e d ito ria l d o ú ltim o sem estre de 2013?

N o en tan to , são essas re flexões que nos fazem le m b ra r a urgênc ia e

a re sp o n sa b ilid a d e que te m o s em re lação ao ensino cris tão . Foi com

essa p reocupação que o su p e rin te n d e n te da Escola D om in ica l, em uma

co n g re g a çã o em Forta leza, m udou a estra tég ia para a tra ir os m em bros

para a ED. Ele usou o lema "Escola D om in ica l, essência da ig re ja", e em

do is m eses d o b ro u o núm ero de alunos.

O u tro exem p lo ve io da A ssem ble ia de Deus em Itaoca, Bonsucesso, Rio

de Jane iro (RJ). Lá, a líde r d o D e p a rta m e n to In fan til ada p to u o ca len ­

dá rio da CPAD e co locou datas com em ora tivas , e a no v id ad e acabou

s u rtin d o exce lentes resu ltados.

E para você que traba lha com crianças, ainda te m o s o a rtig o que m ostra

de que m aneira a m úsica deve ser usada co m o in s tru m e n to no ensino

cris tão . N esta ed ição, você con ta ta m b é m com as d icas da ps icó loga

V alquíria Salinas, e xp lica n d o o q u e é a d is lex ia e com o lide rança e

e d u cado res p o d e m a judar as fam ílias p o r m e io da ED. A d is lexia a tinge

sete m ilhões de brasile iros.

F ina lm ente, d e s ta q u e para nossa re p o rta g e m , que é uma verdade ira

dec la ração de a m or à Escola D om inca l, en fa tizando os seus bene fíc ios

para a v ida das pessoas. C onfira esses tem as e m u ito mais!

Um abraço e até a p róx im a!

G ilda Jú [email protected]

Page 4: Ensinador Cristão 55

21 2406-74161 2406-7418Se to r d e a s s in a t u r a s

Como o Departamen­to Infantil podem ajudar a detectar a dislexia

14 Carta aos Filipenses

18 Os juvenis e 0 cui­dado com 0 meio de comunicação

A música como ins­trum ento da fé cristã

eçoes05 Espaço d o L e ito r

10 ED em Foco

11 C onversa Franca

17 E xem p lo de M estre

22 R e p o rta g em

29 Sala de Leitura

30 O P ro fessor responde

31 Boas Ideias

Professor em A ção

4 6 Em ev idênc ia

A tendim ento a todos os nossos periódicos

0 adolescente e a vida social

06

1 4

Como 0 De= partam ento Infantil pode ajudar detec­tar a dislexia que afeta 7% de brasileiros?

Carta aos Filipenses

A música como instrumento de ensino da fé cristã

Redam açao, crítica e/ou sugestão? Ligue:

t Divulgue as atividades do Departamento de Ensino de sua igreja

Entre em contato com

Ensinador CristãoAvenida Brasil, 34.401 - Bangu

Rio de Janeiro (RJ) • CEP 21852-000

Telefone 21 2406-7371 Fax 2406-7370

[email protected]

Subsíd ios paraFilipenses: A humildade de Cristo com o exemplo para a Igreja

Page 5: Ensinador Cristão 55

A dislexia atinge 7 milhões de brasileirosComp os professores do Departamento Infantil.podem detectar a deficiência?^--

;ií.' s « ij5 íJumiiOs i.:.l il lllfflÍH

Departamento de Educação Crista da CPADExpresse sua o p in iã o e esclareça suas d ú v id as sob re as Lições B íb licas d o tr im e s tre

InterseçãoRevista Ensinador

Cristão é de grande valia para o professor da ED, por ser um grande recurso, com artigos e dinâmicas valiosas. Sou leitora assídua dessa revista desde o ano de 2001, ano 2, n° 8. Sempre faço uso das dinâmicas com os meus alunos.Essa dedicação ficou mais consolidada com o incentivo de nossa superintendente Helineia A.Maximo, que marca encontro de estudos para nós. Também partic ipa­mos dos cursos de formação que vem no encarte da revista.Que Deus continue aben­çoando essa equipe, pois tenho certeza da unção de Deus, sobre vossas vidas.Sou uma intercessora que sempre apresento a Deus todos vocês.

Nadir da Silva Pereira Por e-mail (MA)

Espaço para a m elhor idade

Sou professora da Escola Do­minical da Classe de 3a Idade, quero agradecer em primeiro lugar a Deus e a CPAD, pela Revista Ensinador cristão. Cada artigo e cada seção são excelentes. Os cursos de formação para professores tem sido uma fonte de co­nhecimentos e graças a Deus, tenho participado de todos. Que Deus, continue ilumi­nando a mente dessa equipe, pois muitos têm sido edifica­dos pelo brilhante trabalho que vocês têm prestado. Parabéns!

Floripe Ursilina Alves Maximo “ -e-mail (MA)

[email protected]

Interesses renovados

A Paz do Senhor para toda equipe do Ensinador cristão!

Quero manifestar a minha satisfação de ser assinante da revista Ensinador Cristão, pois ao longo dos anos, tem sido uma ferramenta de grande utilidade para o meu aprendi­zado. Posso assim colocar em prática no corpo docente da igreja que congrego.São muitas as matérias valiosas que despertam interesse dos professores e dos alunos, que podem ser compartilhadas nas minitra- ções em sala.Muito das dinâmicas tenho colocado em prática nas au­las da ED, principalmente com os jovens, pois uma escola com novidades e ino­vações são fatores que des­pertam interesse dos alunos. Além do mais a revista trás dicas para os professores se aperfeiçoarem no magistério do ensino cristão, não pode­mos parar no tempo. A revis­ta Ensinador Cristão, além do mais, trás matérias de Exem­plo de Mestre que dedicaram suas vidas no magistério do ensino cristão. Um exemplo para todos nós seguirmos com empenho!.

CarLos Eduardo Homobono Pinto Por Carta

Parabenizo a equipe da revista que com muita com ­petência, graça e atitude brilhante têm abençoado muitos Departamentos e Ministérios. Também agra­deço toda equipe pela oportun idade concedida ao M inistério com Surdos Mãos Ungidas na publicação das matérias "Falando aos Surdos" e "Cristo também chama os Surdos".Que Deus continue abenço­ando essa equipe maravilhosa com poder, unção e visão espiritual e, pelo carinho e atenção que sempre tem demonstrado a esse público carente de atenção especial, que são os surdos.

Sergio Meneghelli Por e-m ail -São Gonçalo - RJ

(CursoQuero parabenizar a

revista Ensinador Cristão. A edição do segundo trimestre de 2013 foi excelente. Pela correção na diagramação do Curso da professora Telma Bueno, que por sinal ela está de parabéns, pois foi muito feliz no assunto.

Esther Salina Por email

i(< &

Edificando vidasA revista Ensinador

Cristão tem sido um ins­trumento fundamental e de grande valia na vida de muitos professores de ED. Com certeza muitos professo­res têm sido edificados pelas matérias que são publicadas na revista.

ALem fronteiraEm visita ao Brasil,

tive a oportunidade de ler a Ensinador Cristão. Ela está cada vez melhor. Que Deus continue abençoando o tra ­balho da Casa Publicadora. Como sempre, vocês estão de parabéns!

Karolyn Buswell Nashville (TN- EUA)

Comunique-se com a Ensinador Cristão

Por carta: Av. Brasil 34401 - Bangu 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ

Por fax: 212406-7370 Por emait [email protected]

Sua opinião é importante para nós!

Devido às limitações de espaço, as cartas serão selecionadas e transcritas na ttegra ou em trechos considerados mais significativos. SerSo publicadas as correspondências assinadas e que contenham nome e endereço completos e tegf/eis. No caso de uso de fax ou e-mail só serão publicadas as cartas que informarem também a cidade e o Estado onde o leitor reside.

Page 6: Ensinador Cristão 55

ÊW

■t tv#

ARTIGO^CAPAI

s

VaLquiria Andréia Salinas Goulart é

membro da AD em Sorocaba (SP), psicó­

loga, psicoterapeuta e psicopedagoga.

Como Professores do

Infantil podemajudar a detectar a

que afeta mai s de i 7 milhões no Brasil

Dislexia é uma dificuldade específica de linguagem que se apresenta na leitura e escrita

"Meu filho não está aprendendo, não consegue ler e escrever. O que será que está acontecendo?" A mãe o leva até o o fta lm ologista e nada é diagnosticado. Então, outras dúvidas vêm: "Será que o problem a é da audição ou da professora? Mas, não pode ser a professora da escola", dizem os pais, "po rque na Escola Dominical o filho tam bém não consegue ler e escrever". Sofridam ente, passam a acreditar que o filho não é in te ligente. Na maioria dos casos, não existe prob lem a de inteligência, visual, auditivo ou mesm o a fe tivo/em ocional. Então, o que é?

Pouco iden tificada no Brasil, fo i só após 1988 que a dislexia passou a ser m elhor d iagnosticada através de p ro fis s io n a is e sp e c ia liza d o s , co m o p s ic ó lo g o s (que obse rvam in te le c tu a lm e n te e emocionalmente), fonoaudiólogos, psicopedagogos (leitura, escrita e suas habilidades), neurologistas

(exame po r im agens para verificar se não existem o u tras associações) e tc. E assim tra b a lh a m de m aneira interdiscip linar.

A dislexia é uma d ificu ldade específica de lin­guagem que se apresenta na leitura e na escrita. E uma perturbação de aprendizagem conhecida como "perturbação da leitura e escrita". E uma dificuldade específica no processam ento da linguagem para reconhecer, reproduzir, identificar, associar e ordenar os sons e as form as das letras e organizá-los cor­retam ente. E, enfim , uma d ificu ldade de entender e processar os signos da com unicação. Exemplo: jun tar as letras para form ar palavras e juntá-las para fo rm ar frases, bem com o com preender os cálculos matemáticos. Esse distúrbio de aprendizagem para leitura e escrita, em alguns casos, vem acompanhado da d ificu ldade com a m atemática.

Page 7: Ensinador Cristão 55

A região do cérebro localizada no hem is fé rio esque rdo , on d e estão envolvidos os processos da le itura, não são acessados pe lo d is lé x ico de fo rm a a d e quada , pois não é tão desenvolv ida. O cérebro se utiliza de áreas auxilia­res localizadas no lado d ire ito , o que faz com que essa área fique h iperativada, área onde a cria ti­v idade é m u ito desenvolvida. A inc idênc ia de d is léx icos chega a cerca de 15% da popu la çã o , sendo que para cada três m en i­nos com dislexia observa-se uma menina com dislexia. Em 4% dos casos, as d ificu ldades são bem acentuadas.

O d ia g n ó s t ic o da d is le x ia , d ife re n te m e n te d o que m u itos pensam, não significa exclusão, m u ito p e lo c o n trá rio . Passar a com preender o que é a dislexia é fundam enta l para o tra tam en ­to , po is a d is lex ia , m esm o não te n d o cura, te m tra ta m e n to e natura lm ente aprende-se a lidar com ela.

Certa vez, atendi no meu con­sultório um garoto acompanhado de seus pais, que vieram até mim pois haviam receb ido um enca­m inham ento da escola e de um profissional que acreditava que o garo to tinha dislexia. O garoto tinha 13 anos, não lia e não escre­via, mas estava na 8a série pela aprovação co n tin u a d a . A m ãe olhou para mim e disse a seguinte frase: "O Pedro [nom e fic tíc io ] não tem je ito , dou to ra . Ele não quer estudar, não lê, não escreve, tem 'problem a', acho que não dá ce rto mais, não dá para passar m ais de ano. Estou pe n sa n d o em tira r e le da escola, não vai d a rem nada m esm o" (sic). O lhei

ara a mãe e disse a ela: "Vamos

ver o que está acontecendo com o P edro . C om certeza, e le vai dar para m uita coisa boa, m ãe". O m e n in o , q u e se encon trava com o sem b lan te caído, o lhou t im id a m e n te para m im . Fiz o psicodiagnóstico e percebei que haviam vários fatores: p rim e iro , ele tinha fe ito recentem ente um cirurgia em um de seus pés, pois antes andava na ponta dos pés; sofria bu lly ing , pois era cham a­d o de "p a to g o rd o " ; e ou tras questões em ociona is ligadas à ausência dos pais em casa, pois a mãe ficava a semana inteira no serviço etc.

C om ecei a traba lhar sua au- to e s tim a e sua com pu lsão p o r com idas , e e le passou a fazer academia, emagreceu e arrumou amigos. Fui ensinando o alfabeto e ele fo i ficando m otivado , pas­sou a ler e escrever e com eçou a a p re n d e r ing lês . N este ano, ele fo i ap rovado não mais pela aprovação continuada, e sim por estar apto.

Esse não era um caso de dis­lexia, mas, sim , de d if ic u ld a d e de aprendizagem decorrente de

questões em ocionãis e má alfa­betização, uma vez que apenas com 13 anos ele foi encaminhado.

A dislexia é outra coisa. Não é culpa de ninguém , pois a pessoa já nasce com ela. E g e n é tica , um a d e s o rd e m no c ro m o sso ­m o 6, e é com um mais de um in te g ra n te da m esm a fa m ília ser d is léx ico . Existe ta m b é m a dislexia adqu irida , em que não se consegue ler ou escrever d e ­vido a um acidente. É im portante que o d iagnóstico ocorra o mais rápido possível para que o aluno possa ser preservado a fim de não sofrer bu lly ing, nem com prom e­tim e n to em ocional pe lo fa to de a dislexia ser d iagnosticada de maneira tardia, assim como baixa autoestim a e o agravam ento da dislexia. Tam bém em nada con­tr ib u i reprovar o aluno ou forçar um a criança a le r ou escreve r no quadro negro. A o contrário , isso poderá atrapalhar a criança, proporcionando-lhe dificuldades em oc iona is com o: se n tim e n to de frustração, desvalorização do autoconhecimento, diminuição da autoestim a e ansiedade.

Page 8: Ensinador Cristão 55

Como \ Analisar os principais

sinais indicadoresde possíveisdificuldades

na linguagemescrita

^ S u r g e e m nível o ra l. Esse a traso p o d e ser u m sina l d e a le rta e possíve l d is lex ia . E x e m p lo p rá t ic o : na p r im e ira In fância , as crianças c o m e ­çam a d iz e r as p rim e ira s pa lavras p o r v o lta d e 1 a n o e as frases p o r v o lta d o s 18 m eses. Já as crianças d is lé - xicas g e ra lm e n te são m ais ta rd ia s , fa la m c o m p e q u e n o s atrasos;

a) O bservar se a criança esta dentro ou fora das fases. A crian­ça es tá fa la n d o " p a ta ta " ou "p e p e ta " com 5 anos, q uando não é norm al nesta fase.

b) Você d iz a lgo e ela e não se lem bra;

c) A lgum as crianças m antêm - -se u tilizando letras ou núm eros espelhados fora da idade natural.

N o ja rd im :a) D ificu ld a d e em ap rende r

o nom e de pessoas, lugares e ob je tos ;

b) D ificuldades nos conceitos te m p o ra is e espaciais básicos, com o d ire ita /esque rda , manhã ou am anhã, d e po is ou antes;

© N o p r im e iro a no :D ificuldade em com preender

erros de leitura grafo-fonêm icos:

d) Tentam adivinhar a palavra m ostrando o desenho no livro;

e) Não acom panham a classe com as a tiv idades;

f) N ão grava conteúdos, não m em oriza o que lê; d ificu ldades de en tender os textos; d ificu lda­des em ler com voz alta; d ificulda­de em escrever o d itado; e troca de letras como p /q , b /d , m /w etc.

^ Q u a n d o a d o le s c e n te s ou a d u lto s :

a) Dificuldades em fazer prova escrita;

b) D if icu ld a d e em escrever uma redação;

c) D ificu ldade em in te rp re ta ­ção da le itura de um p rob lem a de m atem ática;

Nesse p e río d o , a lguns aca­bam fu g in d o da escola p o r ver­gonha e se to rnam jovens com m aiores poss ib ilidades de usar d ro g a s , para se id e n tif ic a re m com um o u tro t ip o de g ru p o que lhes aceite.

0 C o m o os p a is , p ro fe s s o ­res e ig re ja p o d e rã o c o n t r i ­b u ir c o m o d is lé x ic o .

a) A o s 3 e 4 anos, fa z e r a observação; aos 6 e 7 anos, fazer uma avaliação;

b) O professor do Departamen­to Infantil, da Escola Dominical, ao observar qualquer suspeita, deve conversar com os pais para que a criança faça um d ia g nó s tico , caso te n h a o b s e rv a d o a lguns in d icado res descritos acim a. E aconselhável fazer o d iagnóstico mais preciso no segundo ano do ensino fundam ental;

c) A m e lho r coisa para o d is­léxico é saber que, m esm o não te n d o cura, os pais, professores, ps icó logos, p s ico p ed a g o g o s e amigos da igreja podem ajudá-lo e estão ao seu lado.

d) Trabalhar d e n tro de casa e na ED, visto que o tra tam en to

Page 9: Ensinador Cristão 55

i1 •1

1 1

cesso com d is lex ia , ta is co m o A ib e r t E inste in , p o r e xe m p lo ; o a to r Tom C ru is e (s e g u n d o ele m esm o), Thom az Edison e W alt Disney. A lguns se to rnam fan tásticos em suas áreas, pois desenvo lvem e s tra tég ias para superar a d ificu ldade .

O p ro fesso r te m que to m a r cuidado para não rotu lar a crian­ça, pois a dislexia é simplesmente um a va re ta do gua rd a chuvas no processo da aprend izagem . Saiba que existem muitas outras varetas no processo da co m u ­nicação.

O professor da Escola D om i­nical precisa dar a tenção e um tra ta m e n to d ife ren te , para que a c riança não re lu te a ass is tir às aulas.

N ão deverá usar uma p e d a ­gogia trad ic ional, mais trabalhar o con teúdos bíb licos de m ane i­ra a mais lúd ica possíve l, aco ­lhendo, d a ndo am or e palavras de confiança, e m ostrando aos alunos que eles são d ife ren tes, aprendem de maneiras d ife ren ­tes, com ritm os d iferentes e que tê m necess idades d ife re n te s , mas q u e não são in fe r io re s a n in g u é m . O p ro fe sso r da ED, acim a de q u a lq u e r coisa, te m um m in is té r io , um a cham ada a través da p e d a g o g ia . C aros educadores, não se esqueçam q u e D eus q u e r u s á -lo s pa ra que façam a d ife rença no m un ­d o com o p ro fesso res capazes de a judar não so m en te a seus a lunos, c o m o ta m b é m a suas fam ílias. &

- caso não tenha convên io com plano de saúde - poderá ser caro;

e) Pais e educadores nunca digam frases do tip o : "Você não presta a tenção, é le rdo , b o b o , burro, len to ". A m em ória do dis- léxico é rápida, logo faz com que ele esqueça o que apreendeu;

f) D izer a ele que ele é in te ­lig e n te , mas que necessita de outras form as para aprender;

g) Im portan te d izer que, nor­malmente, o Ql do disléxico é 85 e alguns estão acima da m édia das pessoas sem dislexia;

h) E im portante a família acei­ta r a d if ic u ld a d e e não negar. A q u i tam bém o p s icó lo g o tem um p a p e l fu n d a m e n ta l, ta n to para criança com o para fam ília;

i) Trabalhar com recursos v i­suais e palavras grandes, dese­nho de um cam elo e letras para serem so le tradas, fo rm a n d o o quebra-cabeça, onde se estimula os sons;

j) Usar de recursos, até mesmo da in te rnet, para, po r exem plo , contar a história de Noé e depois p e d ir para a criança recorta r as

figuras que não fazem parte da história. Coloca-se Noé, animais e figuras de m ateria is escolares que serão excluídas;

I) In ce n tiva r os d is léx icos a escreverem tudo em uma agenda e usar todos os recursos para uma m e lh o r o rgan ização espacial e tem pora l;

m) O professor é a figura mais im p o rta n te , p o rq u e é e le que observa a criança no contexto da aprendizagem. Após essa obser­vação, o ps icó lo g o irá traba lhar as q u e s tõ e s e m o c io n a is q u e podem te r s ido desencadeadas d e v id o à fa lta d o d ia g n ó s tico , mas não que o em ociona l p ro ­voque dislexia.

As ava liações prec isam ser realizadas de fo rm a adequada. C o m o eu d isse , os d is lé x ic o s são in te lig e n te s e p o d e m fa ­zer facu ldade , pós-g raduação , m e s tra d o e tc . E x is te um a lei na qual o p o rta d o r de d is lexia d iagnosticado envia à faculdade o laudo de um profissional e com isso deverá ser avaliado de forma d ife ren te , com prova separada,

na sua m aioria p o d e n d o ser oral desde o ves tibu la r

e durante a facu lda­de. M uitas são as

pessoas de su­

MÊÊÊÊÊÊÊÊÊM

iÊSÊÈ

Page 10: Ensinador Cristão 55

ED^FOCO

Escola evangélicatransforma ocomportamentodos alunos

E un ice c o n s e g u iu c o m p ra r um a p e q u e n a escola pa rticu la r e a p rim e ira coisa que fez fo i transfo rm á-la em uma escola evangélica. "Toda sexta-fe ira o fe recem os a Deus um cu lto racional ju n ta m e n te com a lunos e professores, lem os a Bíblia e, nas quartas-fe iras, m in is tram os aulas de Educação Cristã aos alunos. O m é to d o de ensino são as Lições Bíblicas da C PAD ", com enta .

De aco rdo com a coo rdenado ra , as aulas são m inistradas de acordo com faixa etária. "C om isso, tem os fe ito a d ife rença na v ida dos a lunos e p ro ­fessores e o nom e d o Senhor Jesus é g lo rificado . Os pais estão sa tis fe itos com o a p re n d iza d o ". É o caso da senhora G en ilda e d o senhor Erivânio. Eles não são evangélicos. "Tem os um a filha a d o ­lescente que estuda na escola. A ntes, ela estava desanim ada, pois não gostava do am b ien te esco­lar, às vezes era rebe lde . D epo is que passou a ser aluna da Escola Princípios, com apenas um mês, a nossa filha desenvo lveu g o s to pe los estudos. Gosta dos professores. Somos gratos a Deus pe lo traba lho que a Escola vem realizando. Ela ve io para fazer a d ife re n ça ", frisam os pais.

A pedagoga ressalta que Deus tem abençoa­do a d ireção da escola. "M in is tram os de Jesus às crianças e adolescentes, mas sem d iscu tir re lig ião. Ensinam os va lores e p rinc íp ios a um a geração pós-m oderna, o que não é nada fácil. O m undo está inve rte n d o os papeis, e m u itos se to rnam eclé ticos quando se fala em Deus. Mas, é visível a m udança na com u n id a d e ". O casal C laud iom ar e Hediana Ferreira A lves atesta que está satisfe ito com o rend im en to do filho. "É no tória a mudança de com p o rta m e n to de le em casa. Ele gosta de ouvir histórias sobre Jesus", conta o casal Alves. &

"Temos feito a diferença na vida dos alunos e o nome do Senhor Jesus é glorificado"

“Falamos de Jesus às crianças

e adoíescentes, mas sem discutir

religião. Ensinamos valores e princípios a uma geração pós-

moderna”

A Escola Evangélica Princípios Ensinando com a Visão Cristã fo i fundada em ou tub ro de 2011. Foi o sonho da coordenadora pedagóg ica do D eparta ­m ento Infantil da Assem bleia de Deus em Acreúna (GO), Eunice Moraes da Silva Souza. Nascida em lar evangélico desde a infância, ela sem pre frequentou a ED e sem pre traba lhou na ED. "Fui escolh ida para ser professora da classe m aternal. A p rend i a amar, a conhecer aquelas crianças, senti realm ente o cham ado de Deus na m inha vida para ensinar a Palavra aos pequeninos. Foi aí que tu d o com eçou, os anos se passaram, me graduei em Pedagogia e pós-g radue i-m e em P s icopedagog ia ".

D epo is de fo rm ada, a cham a de ensinar ga ­nhou ainda mais v is ib ilidade . "C o m o professora secular, sen ti um d e se jo de fa la r de Jesus às crianças não evangélicas. Mas, na escola secular era d ifíc il. C om o pro fiss iona l, tinha que acatar as norm as da institu ição, mas ad o te i cada criança nas m inhas orações e ped ia a Deus que me des­se a o p o rtu n id a d e de um dia fu n d a r uma escola secular evangé lica ", atesta.

Page 11: Ensinador Cristão 55

CONV

rd“o

ot o

LU0 5

Q

“ O

Cr d

>O J

tomd

2

S -m

Ü 3um §mmmâ

O

O Ministério Metropolitano, do pastor Bill Willson, organiza uma Escola Dominical para milhares de crianças não evangélicas nas regi­ões socialmente mais complicadas de Nova Iorque. Wilson trabalha nessas regiões controladas por quadrilhas há quase 33 anos, e Deus tem usado o seu ministério para levar centenas de crianças a Cristo nas ruas do Brooklin. Sua marca registrada é o seu ônibus de Escola Dominical, que faz um belo trabalho móvel de evangelização com professores de crianças nas ruas dos Estados Unidos.

Seu ministério também promove acampamentos de verão, patro­cínio de crianças, programas de alimentação e visitas semanais aos lares dessas regiões de risco. Seu ministério também já promoveu ações do mesmo tipo que em Nova Iorque em outros países, tais como Filipinas, Romênia, África do Sul, Quênia e India.

Bill Wilson nasceu em 1948, em Boston, no Estado de Massachu- setts (EUA). Ele é graduado em Bíblia e Teologia pela Universidade das Assembleias de Deus do Sudeste dos EUA, e muito amigo do pastor Tommy Barnett, que esteve recentemente no 7o Congresso Nacional de Escola Dominical promovido pela CPAD em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro.

Nesta entrevista, concedida originalmente a Susanna Suomi, no programa Haastattelusa ("Em Entrevista"), da Finlândia, o pastor Bill Wilson fala sobre sua trágica infância, de como foi salvo por Jesus

A sua marca registradatada é o seu ônibus de ED,

que faz um belo trabalho móvel de

evangelização com professores de

crianças nas ruas dos Estados Unidos

oVK -+-AV)oC Oâ CS

V)cs* uCQ Ko

C2o

V} O ^s*ÜO V)K o

% o coc CS52*+-* co V)V) o£ O V)* T—l O

OQDCO V)OcsU-1co co

&0K CU V)o a ou s;

# e N S i n a ':;c r \

. C R I S T Ã O ......- L- Ly

Page 12: Ensinador Cristão 55

e da sua vocação para ajudar as crianças em Nova York e em outras metrópoles mundiais, levando pro­visão e, sobretudo, a mensagem transformadora do Evangelho de Cristo.

Você tem trazido vida para centenas ou mesmo milhares de crianças nos Estados Uni­dos, e uma delas é uma me­nina chamada Marlene. Você pode contar essa história?

Ela é uma grande menina que era típica de área de gueto. Seu irmão era membro de uma gangue e seus pais estavam envolvidos com drogas. Encontramos ela jogada nas ruas aos 6 anos de idade. Começa­mos levando ela à Escola Dominical e acabamos ficando com ela. Nós a encorajamos quando as coisas estavam caindo aos pedaços em seu lar. Na época, oramos por ela e por sua família e dissemos para eles aparecerem em nossa Escola Domi­nical. Bem, o tem po passou e hoje ela está com 26 anos, graduou-se na faculdade e está me ajudando em meu ônibus de Escola Dominical. Tenho estado fazendo esse traba­lho nas ruas há mais de 32 anos, de maneira que estou vendo hoje a primeira geração de crianças, com as quais trabalhamos nos primeiros anos, já crescidas e ajudando-nos em nosso trabalho em Nova Iorque. São muitas crianças que cresceram como fru to desse ministério com Escola Dominical, e agora muitas

(EM |\ m

anos de idade, claro que você sabe que algumas coisas são erradas, mas

você não sabe ainda lidar com elas

oce tem 12

delas, já adultas, estão servindo em tempo integral em nosso ministério. Ver isso é muito gratificante, mara­vilhoso mesmo.

Deve ser realmente uma grande experiência poder olhar para eles crescidos e se lembrar onde estavam e onde estão hoje.

Nós os vimos crescer como se fossem os nossos próprios filhos. Nós os acompanhamos em todas as situações de dor, fizemos o sepulta- mento de seus pais, de seus paren­tes, de irmãos que foram baleados e mortos devido à quebra de acordo com gangues; estivemos com eles em todos os momentos, vimos eles nesse meio, no meio de algo tão horrendo, vivendo em condições muito difíceis, e os vimos crescer e sair dessa situação... E uma jornada realmente muito empolgante.

E realmente vocês sabem como ajudar essas crianças. Gostaria que você falasse como esse ministério surgiu.

Quando era garoto, não era o tipo de cara que me preocupava com as pessoas. Quanto eu tinha 12 anos de idade, minha mãe era uma alcoólica, meu pai estava fora de casa e minha irmã havia morrido. Porém, certo dia, eu estava sentado na calçada com minha mãe por um longo tempo, quando ela se levan­tou, olhou pra mim e disse: "Eu não aguento mais isso". Então, ela disse: "Fique aqui". E eu vi minha mãe andando pela última vez. Ela nunca mais voltou.

Eu f iq u e i se n ta d o naque la calçada por três dias seguidos, esperando ela voltar. Quando você tem 12 anos de idade, claro que você sabe que algumas coisas são erradas, mas você não sabe ainda lidar com elas. Passaram-se três dias e eu na rua, sem nada para comer, com centenas de pessoas passando por mim ali todos os dias, sem se importarem, até que uma pessoa parou. E essa pessoa era um pai que estava cheio de problemas: o seu filho estava no hospital com leucemia. Mas, ele

ainda assim parou. Aquele homem tinha seus próprios problemas, mas parou para olhar para mim. Ele estava em sua caminhonete, vol­tando para casa, vindo do trabalho. Foi em 1960. Naqueles três dias, ele havia passado por essa rua da cidade de Oregon e me visto, mas naquele terceiro dia ele veio até mim, colocou a sua mão no meu ombro e perguntou-me: "Você está bem?". Não era o pastor de uma grande Escola Dominical, nem um cristão muito famoso, mas apenas um cristão comum dando atenção a um menino na rua e perguntan­do se ele estava bem. Eu estava realmente mal, não conseguia nem falar direito, mas consegui contar a ele que minha mãe havia me aban­donado havia três dias e eu estava com fome. Então veio a sua esposa e me trouxe alguma comida e água, e ele fez uma ligação telefônica.

Bem, cinco horas após esse pri­meiro contato com aquele cristão, eu já estava em uma igreja, em um acampamento cristão, onde escutei pela primeira vez a história de Jesus. Esse foi um momento de definição. Hoje, olho para trás e reflito sobre tudo que se passou na minha vida. Naquela situação, em vez de ser encontrado por aquele cristão, eu poderia ter sido encontrado pelo pessoal das drogas ou ter me tor­nado uma presa fácil de pedófilos, mas fui encontrado por um cristão, que pôs algo em movimento den­tro de mim. Hoje, quem diria que aquele garoto pobre, abandonado, sem futuro, estaria aqui, dando essa entrevista, falando do que Deus fez em sua vida.

Você acha que está fal­tando às pessoas darem um pouco do seu tempo apara ajudarem as outras?

Grande educação não muda pessoas, dinheiro não muda pes­soas, coisas não mudam pessoas. A mudança tem que vir de dentro. Costumamos cantar nas igrejas um hino que diz "Senhor, abre os olhos do meu coração!". As vezes, os nossos olhos físicos estão abertos, mas não os olhos do nosso coração, para termos um olhar de compaixão

Page 13: Ensinador Cristão 55

em relação às pessoas à nossa volta. Uma vez que eles estiverem abertos, você verá e tentará fazer algo.

Em um de seus Livros, você fala que foi pioneiro nesse tipo de trabalho no Brooklin, em Nova Iorque. É incrível que, naquela época, ninguém se importava com as crianças abandonadas de Nova Iorque.

Comecei esse trabalho em 1980. A polícia dizia: "Não há esperança para esses garotos". O governo d i­zia: "Esses garotos não têm je ito". O sistema escolar dizia o mesmo. Mas, havia esperança para essas crianças. Até alguns na igreja diziam que eles eram "sem esperança". Porém, ao ouvir isso, bati minha mão na mesa da sala e disse: "Não! Eles não são meninos sem esperança. Eles têm uma esperança. Jesus veio para dar- -Ihes esperança. Eu sei porque eu estive lá". Essa foi a razão pela qual começamos a Escola Dominical lá no Brooklin. Hoje, boa parte de uma geração de garotos que haviam sido proscritos, mas sobre os quais eu di­zia "Não, Jesus lhes dará esperança como deu a m im !", está dando fru­tos. Quando eu me conectei com a

verdade sobre quem Jesus é, minha vida foi mudada. Agora, há muitas igrejas em Nova Iorque ajudan­do, e muitas outras igrejas atravessam a América para ajudar.A té mesmo muita gente de outros paí­ses vem ao nosso país para ajudar.

Pastor W ilson, o senhor trabalha em uma área do Brooklin bastante conhecida por ter uma vizinhança um tanto difícil. 0 que acontece com aquelas crianças que o senhor não pode aLcançar?

Quando você nasce e cresce em uma sociedade onde prostituição é normal, uso de drogas é comum, gangues de jovens também, então esse ciclo se repetirá com freqüên­cia, a menos que haja algum tipo de intervenção ali. Nós temos feito a nossa parte e alcançado muitas crianças. Cremos que aos poucos vidas e situações serão transforma­das, como já temos visto.

São muitas crianças que cresceram como fruto desse ministério com

Escola Dominical, e agora muitas delas, já adultas,

estão servindo em tem po integral em

nosso ministério.

Page 14: Ensinador Cristão 55

A Carta aos Filipenses é uma carta afetuosa d o apó s to lo Paulo. N ela, o a p o s to lo abre o seu coração para a igreja de F ilipos e fala, não apenas de seus so frim entos, mas estim u la a igre ja a uma vida de fid e lid a d e ao Senhor Jesus em m e io a tantas adversidades.

A fundação da igre ja em F ilipos está re latada em A to s 16.11-40 q uando Paulo, acom panhado p o r Silas, fazia sua segunda viagem m issionária, p o r vo lta do ano 52 d.C. A experiênc ia em F ili­pos fo i ex trao rd iná ria , p o rq u e en fre n to u m uita oposição d ev ido à ido la tria que dom inava a c i­dade . Ele estava em Trôade, p o rto m arítim o do M ar M e d ite rrâneo . Foi em Trôade que Paulo fo i su rp re e nd id o p o r uma visão de no ite "em que se apresentava um varão da M acedôn ia e lhe rogava, d izendo : Passa à M acedôn ia e a juda -nos" ( A t 16.9). Essa visão deu a Paulo a certeza de que ele tinha uma m issão a cum prir na M acedôn ia . Partiu

im ed ia tam en te de Trôade, to m a n d o o u tro navio para N eápo lis e de lá fo i para Filipos.

A cidade de FiliposF ilipos era uma im p o rta n te c idade da M ace­

dôn ia que ficava localizada na estrada p rinc ipa l que cortava as províncias a leste de Roma. Essa estrada era cham ada Via Egnatia que passava pe lo cen tro da c idade de F ilipos p o r causa d o fo rte com érc io ex is ten te e da força po lítica exercida da pa rte de Roma.

A c idade tinha o nom e de F ilipos em hom e­nagem a F ilipe, pai de A lexandre , o G rande. Por esta causa a c idade ganhava uma a tenção espe ­cial da pa rte d o im pério . Por te r uma localização estra tég ica en tre as províncias rom anas. F ilipos to rnou -se um posto de fron te ira m ilita r de Roma na M acedôn ia ( A t 20.6).

P a r t"

primeira razão era demonstrar sua gratidão

à igreja pelo cuidado e preocupação com sua vida e

nessecidades na prisão"

Page 15: Ensinador Cristão 55

A alegria do Senhor dominava o seu

coração, capaeitando-o a superar todo o sofrimento

experimentado na prisão

Pregando fora das portas da cidadePaulo e Silas chegaram jun tos a Filipos. O ardor

da m ensagem do Evangelho os fez desbravar a c idade, im bu ídos da conv icção de que aquela visão ve io de Deus e eles não p o d ia m pe rd e r te m p o em fazer ou tras coisas. Partiram para o co n fro n to com a ido la tria da c idade e pregaram a C ris to Jesus. C om o não havia uma s inagoga ju d a ica na c id a d e p e lo fa to de haver poucos judeus, Paulo buscou o p o rtu n id a d e no m eio do povo para anunciar o Evangelho de C risto. Des­cob riu um g ru p o de pessoas que se reunia ju n to ao rio da c idade e, nas m argens d aque le rio, as pessoas d iscutiam sobre re lig ião e po lítica . Era, na verdade, um lugar na perife ria da c idade que era p ú b lico e que se p od ia orar (A t 16.13). Em Filipos, os apósto los perceberam a frieza com que fo i receb ida a m ensagem que pregavam . M esm o com a força da convicção da visão que Paulo teve a experiência inicial não alcançou o sucesso espe­rado. Não houve uma aco lh ida m u ito boa se não fosse uma das m ulheres que se reuniam naquele local às m argens do rio, fora das portas da cidade. Na verdade, Paulo não conseguiria reunir pessoas d e n tro dos m uros da c idade. A to le rânc ia p e rm i­tia qu a lqu e r reun ião de cunho re lig ioso fora das portas da c idade. Paulo e Silas fo ram para esse

mm.

lugar. M esm o não havendo m uita recep tiv idade da pa rte dos filipenses, e naque le lugar, apenas com m ulheres na sua m aioria no dia de sábado. Os críticos lite rários não conseguiram estabelecer que lugar era esse que Paulo se referiu com o "um lugar de o ração ". Entende-se que não havia uma casa de oração e que as reuniões eram ao ar livre às m argens de um p equeno rio, que pod ia ser um riacho pe q u e n o cham ado G ang ites ou Gangas, que ficava a q u ilô m e tro e m e io dos m uros da cidade. O te x to de A tos 16.13 d iz que Paulo e Silas saíram para fora das portas da c idade, "para a beira do r io " . Lá chegando , não encontraram hom ens para ouv i-los . Havia um bom núm ero de m ulheres e, eles assentando-se , fa la ram às m ulheres que ali se a juntavam ( A t 16.13). A lguns estud iosos do te x to sag rado d izem que pod iam ser m ulheres jud ias casadas com gentios, mas não há nada que prove esta ideia. Percebe-se que o C ristian ism o não ficou restrito a hom ens, mas po r várias vezes, as m ulheres ganham im portânc ia na re lação com o Evangelho de C risto.

As primeiras conversõesO fa to é que a ig re ja de C ris to em F ilipos

com eçou com m ulheres. Lucas deu destaque es­pecial a uma m ulher que se to rnou personagem im portan te na história da Igreja em Filipos. Lídia era o seu nom e (A t 16.14) e advinda da cidade de Tiatira. Porém, Lídia era com erciante de um corante verm elho p roduz ido em Tiatira e era m u ito va lori­zado com ercia lm ente. C om esse corante se ting ia m uitos tec idos para a fe itu ra de vestidos especiais.

O te x to sugere que Lídia era bem abastada econom icam ente e, po r isso, tinha uma boa casa, na qual recebeu os servos de Deus, Paulo e Silas. Lídia não conhecia a mensagem de Cristo, mas o tex to diz que ela "servia a Deus" (A t 16.14) e, ao ouvir Paulo, ficou convencida de que Cristo era o Filho de Deus

Page 16: Ensinador Cristão 55

f ENSIN AD O! 1 C R IS TÃ O

da A ssem bleia de D eus em Sobradinho

(DF), escritor, co n feren cista

e a rticu lista da Lição desse

trim estre.

e n v ia d o para salvar a

h u m an idade . C o n ­v e rt id a a C ris to , lo g o

fo i b a tiz a d a , b e m co m o os que viviam na sua casa (At

16.15). Lídia tornou-se um p o n ­to de referencia para a nova com unidade cristã em Filipos.

O utra conversão destacada nos prim eiros dias do m inistério evange-

lístico de Paulo e Silas fo i a conversão do carcereiro da cadeia onde os dois apósto los foram presos em Filipos. D epois da libe rtação de uma jovem

ad iv inhadora que dava g randes lucros aos com erciantes da cidade, po is era en d e m o n i­nhada. Paulo expulsou o dem ôn io da jovem

escrava e não pod ia mais usar seu p o d e r de ad iv inhação p rovocando g rande ira

con tra Paulo e Silas ( A t 16.16). Por isso, foram aço itados e levados ca ti­

vos para a prisão da cidade. D epois de uma in tervenção d ivina naquela prisão

com um te rre m o to localizado, as portas da prisão se abriram , mas Paulo e Silas

não fug iram e ainda se apresentaram ao carcereiro. O ep isód io cu lm inou com a conversão do carcereiro e de

toda a sua fam ília. Portanto, essa fam ília do carcereiro e a fam ília de Lídia tornaram -se os prim eiros convertidos a C risto em Filipos, fo rm ando o p rim e iro g rupo da igreja na cidade.

O conteúdo da CartaHavia duas razões p rin c i­

pais que envolvem o con teúdo da carta aosfilipenses. A prim eira

razão era dem onstra r sua gra tidão a igreja pe lo cu idado e p reocupa­

ção com sua vida na prisão e com possíveis necessidades. Sua g ra tidão

fo i dem onstrada p e lo fa to dessa igreja p ro cu ra r su s te n tá -lo ( Fp 4.15). Paulo

e lo g ia a ig re ja p e la sua a t itu d e

a m o ro sa em e s ta r s e m p re p ro n ta pa ra

ajudar, nÀ o apenas ele, mas aos pobres da Judeia (2

Co 8.1-5). Depois, quando esteve preso em Roma, a igre ja de Filipos fez

chegar as mãos de Paulo p o r m eio de Epa- fro d ito dona tivos que lhe a judassem na prisão. A segunda razão da sua carta era o cu idado que Paulo tinha para com os irmãos de F ilipos quan to a ameaça de falsos obre iros com ensinos heré ti­cos contra a dou trina que Paulo havia ensinado a igreja. Eram falsos mestres ( Fp 3.2) com as ideias do gnostic ism o filosó fico e Paulo os chama de " in i­m igos da cruz de C ris to "( Fp 3.17). Esses mestres gnosticistas alardeavam seu conhecim ento ( Fp 3.8) em d e tr im e n to do evangelho p regado po r Paulo. Faziam distinção entre carne e esp irito e afirmavam que com o esp irito serviam a Deus e com a carne serviam a carne, sem prejuízo das coisas espirituais.

Nesta Carta o aposto lo destacou uma dou trina a qual fo i d iscu tida ao lo n g o da h is tó ria da igre ja sobre as duas naturezas de C risto, a d iv ina e a hum ana no cap ítu lo 2.5-11. A pessoa de C risto to rna-se a figu ra centra l dessa Carta. Paulo fala da hum ilhação de Cristo com o hom em verdadeiro e to ta l ( Fp 2.8) subm e tendo -se à m orte de cruz para cu m p r ir a jus tiça d iv ina con tra o p e ca d o do hom em . A seguir, Paulo destaca a exa ltação de C ris to pe ran te o Pai E terno, co nqu is tando o d ire ito de um nom e que é sobre to d o o nom e ( Fp 2.9,10).

A ênfase maior da CartaUma palavra perm eou toda a darta: a alegria

que ocorre na Carta cinco vezes (1.4,25; 2.2,29; 4.1). Ele estava sofrendo na prisão, mas diz que a alegria do Senhor dom inava o seu coração capacitando- -o a superar to d o o so frim en to expe rim en tado na prisão. N o te x to do capítu lo 1.25, a alegria é carac­terística do cristão p o r causa de uma fé crescente. N o capítu lo 4.4 o aposto lo exorta aos cristãos de Filipos a regozijarem -se no Senhor, com o fru to de um re lac ionam ento com Cristo. Paulo ilustra a sua própria vida para os filipenses com o exem plo de alguém , que estando em sofrim ento, p o r causa das privações, era capaz de te r o gozo da presença do Senhor con fo rtando-o .

Esse tr im e s tre , sem d ú v id a , ens inará cada crente a lida r com o so frim en to , e xp e rim e n ta n d o a a legria e a un idade cristã co m o e lem en tos de fo r ta le c im e n to da fé cristã. &

Page 17: Ensinador Cristão 55

O jo v e m p a s to r d e d ic o u -s e , e n tã o , to ta l ­m e n te à lid e pas to ra l. Nesse p e río d o , sua fam a com o p re g a d o r fo i esquecida , até que, em 1814, aos 29 anos de id a d e e d e p o is de um a série de m ensagens insp iradas m in is tradas p o r e le nos p ú lp ito s ingleses, Jam es A n g e ll Jam es com eçou a cham ar a a tenção do país, to rn a n d o -se um dos m aio res p re g a d o re s de sua ge ração , a tra in d o lite ra lm e n te m u ltid õ e s na In g la te rra para ouv ir seus serm ões.

P astor Jam es A n g e ll fo i um dos fu n d a d o re s da A liança E vangé lica B ritân ica e da U nião das Ig re jas C o n g re g a c io n a is da In g la te rra e País de G ales. Mas, e le d e s ta co u -se ta m b é m com o um fe rv o ro s o a b o lic io n is ta , p re g a n d o con tra a escrav idão em seu país. A liás, seu d iscurso p ro fe r id o na a b e rtu ra da p rim e ira C onvenção A n ti-E sc ra v id ã o no M u n d o , rea lizada em 1840, na N a tio n a l P o rtra it G allery, em Londres, é c o n ­s id e ra d o até h o je h is tó rico .

A p a ix o n a d o pe la p re g a çã o e p e lo ens ino da Palavra de Deus, p a s to r Jam es escreveu m u ito s

P o r S il a s D a n ie l

J o h n A n g e lJ __ a m e s *

Jo h n A n g e ll nasceu em B la n d fo rd Forum , Ing la terra , em 6 de ju n h o de 1785. A os 17 anos, sentindo-se cham ado ao m inistério , dec id iu cursar Teo log ia . Nessa época, já com eçara a p rega r o Evangelho, que era a sua m a io r pa ixão na vida. C onta-se que era um grande e fe rvo roso p re g a ­dor. Um ano e m eio após in ic iar seus estudos te o ­lóg icos, o jovem sem inarista estava p regando em uma igre ja in d e pe n d e n te em Carrs Lane, quando fo i co nv idado para ser o seu pastor. E ntre tan to , fo i só em 1805 que ace itou o cargo, depo is de co m p le ta r 20 anos de idade. E no ano segu in te , mais prec isam ente em m aio de 1806, Jam es A n ­ge ll fo i o rd e n a d o ao m in is té rio .

liv ros s o b re o te m a e p re s id iu d u ra n te anos a F a cu ld a d e de S p rin g H ill, em B irm in g h a m , In g la te rra . A sua ob ra m ais fam osa , e q u e se to rn o u um c lássico d o p ro te s ta n tis m o m u n d ia l, é, sem dúv ida a lgum a, An Earnest M in is try ("U m M in is té rio S é rio "), p u b lic a d o no Brasil pe la p r i­m e ira vez neste ano, pe la CPAD, com o tí tu lo A G randeza d o P asto rado .

Q uando faleceu, em 1 de ou tub ro de 1859, aos 74 anos, John A nge ll Jam es era um dos pastores mais respeitados do seu país. Uma coleção trazen­do to d a a sua obra fo i pub licada de 1860 a 1864, to rnando -se um sucesso de venda na Ing la terra nos p rim e iros anos após a sua m orte .

Ele tornou-se um dos maiores pregadores de sua geração, atraindo multidões na

Inglaterra para ouvir seus sermões

Pastor James foi um homem apaixonado pela pregação e pelo ensino da Palavra de Deus

Page 18: Ensinador Cristão 55

P o r G il b e r t o C o r r ô a d e A n d r a d e

r „ — ------

0 adolescente e a

N ossa v ida é cons tru ída sob re p ila res que podem os chamá-los de fases. A cada etapa que passamos, aprendem os novas lições, muitas vezes tem os decepções, e nos machucamos com decisões equivocadas po r fa lta de ouvirm os conselhos dos pais, os quais sempre devem os honrar, o que é o prim eiro m andam ento com promessa (Ef 6.2). Ouvir pessoas sóbrias e experim entadas tam bém se cons­titu i uma boa diretriz, mas, principa lm ente, ouvir os conselhos da Bíblia. E quando falamos em transições em nossas vidas, a de m aior ruptura é, sem dúvida, a adolescência, pois, de uma só vez, a pessoa se vê às voltas com dois universos com ple tam ente d ife ­rentes: em prim eiro lugar, tem os um rom p im ento com privilég ios da infância, cuidados que cercaram o indivíduo por com p le to até este m om ento e não são mais encontrados; e po r seu turno, a entrada em uma nova fase onde as responsabilidades cada vez mais intensas com eçam a fazer parte da vida do indivíduo. Sem dúvida, são muitas inform ações para serem processadas ao m esm o tem po.

A Bíblia nos ensina que não é bom que o ho­mem viva só, e há mais uma etapa de superação para o adolescente firmar-se na vida em sociedade. H odiernam ente, m uitos são os desafios, expecta ti­vas e inform ações que não haviam anteriorm ente, e tu d o a apenas um click de seus olhos e ouvidos. Logo, devem os nos pergun ta r com o pais, edu­cadores e igreja se estam os sendo facilitadores e orientadores neste processo, se sabemos lidar com este universo de apelos áudio-visuais.

Partamos de dois pontos basilares, a saber, igreja e lar: eles estão preparados para in terag ir com essa

Gilberto Corrêa de Andrade é líder da AD em Regente Feijó (SP), bacharel

em TeoLogia e Administração, e

pós-Graduado em Docência do

Ensino Superior

situação? Enquanto, igreja não podem os prom over um d istanciam ento dos adolescentes. As pessoas envolvidas com elas não podem apenas dizer "na minha época...", pois isso não vai resolver a situação nem tão pouco trazer um d irec ionam ento . O ado­lescente cristão vive em dois m undos concom itan- tem ente , o que envolve a igreja e lar, po r um lado, e a outra realidade, a escola, princ ipa lm ente , onde descobertas ocorrem em uma ve loc idade cada vez mais rápida, o vo lum e de inform ação que não se traduz po r form ação é m u ito grande, e a influência tam bém vem sobre o corte de cabelo, o tip o de roupa, enfim , fatores sociais marcantes nesta etapa da vida. A influência principalr/nente da tecno log ia , com os equ ipam entos cada vez mais sofisticados e baratos, trazem tam bém uma influência enorm e. O pensam ento exposto em sala de aula, os discursos sobre sexualidade, aborto , drogas, política etc, são apresentados to d o s os dias sem se preocuparem com a form ação fam ilia r ou religiosa. Nesta vida social fora do am biente até então p ro te g id o pelos pais e ensinam entos da igreja, começa a haver um choque m u ito g rande para o adolescente, onde novas perguntas vão surg indo, com o: "E agora, o que respondo aqui?", "C om o faço para m anter minhas convicções?", "O sexo fora do casam ento realm ente é errado?", "Posso 'ficar'?" etc.

O utro cam inho ocorre com esse m esm o adoles­cente quando ele está na igreja: com o ele vai lidar agora com os ensinam entos b íb licos to ta lm en te an tagôn icos aos ensinos aos quais ele exposto até então na escola ou pela mídia? C om o a igreja está lidando com assuntos de "fica r", os questio-

Page 19: Ensinador Cristão 55

Honra a teu pai e a tua mãe, para que te vá bem, e sejas de Longa vida sobre a terra (Ef 6.2:

nam entos sobre criacion ism o e evolucionismo, etc? Neste ponto, se faz necessárioaa partic ipação de um c o rp o de e d u ca d o re s cristãos capacitados e em cons­tan te aperfe içoam ento para dar suporte nesta hora de form ação que é m uito intensa nessa faixa etária. N ão podem os im ag inar um m undo onde estamos encap­sulados, onde os fatos acima não ocorrem . Então, tem os que nos lançar com o construtores de uma fo rm ação de caráter cris tocên- trica onde não podem os deixar que tabus privem o adolescente de encontrar respostas claras e bíblicas para todas as questões expostas em sua vida em socie­dade. O constru to r na form ação b íb lic a p rec isa com u rg ê n c ia traba lhar situações cada vez mais com plexas e de uma d iversidade ampla, pois a vida em sociedade de um adolescente é m uito com ­plexa com questionam entos que não víamos anteriorm ente.

Fazendo parte de um grupo de conselho de pais na escola onde meu filho de 16 anos estu­da, fom os in form ados pela d ire ­to ra que um aluno nessa mesma faixa etária fo i confron tado pelos

colegas de classe no fam igerado bu lly ing e o assunto em questão era justam ente suas convicções religiosas, pois o garo to é evan­gé lico e atuante em sua igreja, sendo a pressão m u ito g rande sobre ele para ser ace ito pe lo g ru p o da escola, ao p o n to de ele te r com p ra d o uma lata de tin ta spray e p ichado a lgum as dependências da escola. O caso fo i tra ta d o pe la d ire to ra , que tam bém fez o aconselham ento e, infelizmente, não houve acom ­panham ento po r parte da igreja. C o n fro n to s c o m o esses são vividos po r m uitos adolescentes cristãos d iariam ente e o tem po em que vivem no am biente igreja é m u ito po u co e nem sem pre com o suporte necessário para in te rag ir nessas questões.

C om o parte de um suporte para os adolescentes em nossas igrejas, precisamos buscar uma acess ib ilidade cada vez m a io r para pro je tos de trabalho dentro da realidade regional da igreja, em um lin g u a ­ja r a rro jado na t r a n s m is s ã o das verdades

b íb lica s , e usarm os to d o s os recursos disponíveis em term os de equ ipam entos para to rnar as aulas sem pre atrativas, pois os adolescentes in te ragem com a tecno log ia m uito bem todos os dias, logo não podem os apenas dizer "na minha época...", pois isso não vai suprir o anseio de resposta b íb lica aos desa fios c o n te m p o râ n e o s e n fre n ta d o s po r essa faixa etária da igreja.

Eis um grande desafio para os educadores cristãos: ensinar as D outrinas Sagradas, que são eternas, a pessoas que vivem na realidade de um m undo que muda seus conceitos na velocida­de da luz. Caro professor, nossos alunos esperam sem pre mais de nós e Deus conta conosco. &

Page 20: Ensinador Cristão 55

Os juvenis e a infLuência da comunicação

W

i

A h is tó ria da h u m a n id a d e m ostra com o os co m p o rta m e n ­to s são m o ld a d o s a través da cu ltu ra reg iona l, pe la necessi-

B ® l iy É ^ a d e de se a d q u ir ir p ro d u to s de su b s is tênc ia , pe la re lig iã o e o u tro s fa to re s . Há ta m b é m a c o m u n ic a ç ã o p re s e n te nas so c ie d a d e s d e sd e o in íc io . A p a la v ra " c o m u n ic a ç ã o " vem do latim " tro c a ", p o d e n d o ser e n te n d id a co m o co m é rc io de deias en tre as pessoas. Desde

o século XVIII, com as d itas luzes da Revolução Francesa, a com u­nicação fo i to m a n d o cada vez mais espaço com o fu n d a m e n to da verdade,. N o século XX, com o a p rim o ra m e n to té c n ic o e a d e sco b e rta de novas te c n o lo ­gias, o hom em vive envo lto pela com unicação em todas as áreas, p rin c ip a lm e n te q uando se fala de com unicação de massa.

Q u a n to à co m un icação de massa nos dias hod iernos, ve­mos que, na m aioria das vezes, é uma via de m ão única, onde som en te as pessoas absorvem o que é lançado. E neste con­te x to , te m o s nossos ju v e n is com o um dos alvos das redes de com un icação , que vêm sendo in c re m e n ta d o s com as redes soc ia is e o u tro s m ecan ism os. M uitas vezes, eles, com o espon­jas, abso rvem um a ava lanche de in fo rm a çõ es sem nem um t ip o de filtro . Daí vem os com o o co m p o rta m e n to é in fluenc iado m esm o te n d o esses ju ve n is o am paro dos pais e da igreja.

Tom em os com o exem p lo o q u e a co n te ce com o fu te b o l, que tem sua p rinc ipa l rodada no d o m in g o m o m e n to s antes do cu lto . A carga de in fo rm ações e em oções lançadas é m u ito in­tensa e quantos não fazem deste assunto tem a principa l de muitas conversas. M u itos jovens sabem

a esca lação de vá rios c lubes, usam cortes de cabelos lançados pelos jogadores, porém muitas vezes não têm o m esm o interes­se pelos assuntos bíblicos.

Redes sociais acabam sendo uma verdade ira feb re en tre os jovens, fazendo-os v iver em um m u n d o v ir tu a l, p r iv a n d o - lh e s o te m p o da com un icação real, p rin c ip a lm e n te com a fam ília , e o con ta to com a Bíblia. Os seria­dos de film es a b o rd a n d o tem as que ou tro ra eram de te rro r hoje m o s tra m v e rd a d e iro s c o n to s de fada, encan tando esta nova geração, trazendo personagens dem oníacos e v io len tos com o se príncipes m aravilhosos fossem . Tem os ta m b é m uma indús tria da m o d a d ita n d o reg ras não som en te q u a n to a roupas, mas ta m b é m em re lação a háb itos com o o a lim en ta r e até na área de c o m p o rta m e n to sexual.

Eis um g rande desafio para a igre ja evangé lica que jam ais p o d e dobrar-se d ian te d o d is ­curso "p o lit ic a m e n te c o rre to ", pois nossa causa é serm os b i­b lic a m e n te co rre to s . Tem os a~ necessidade de não serm os re­tró g ra d o s qu a n to aos m é todos utilizados em nosso con ta to com nossos jovens, mas m a n te n d o um ensino genu inam en te b íb li­co e te o ló g ic o , po is os m eios de co m un icação ta m b é m nos b o m b a rd e ia m com te o lo g ia s divorc iadas da sã dou trina e no ­civas aos crentes em form ação.

Posicionar-se de maneira efi­caz na transm issão de co n ce i­tos para nossos juvenis é papel inquestionável dos ensinadores cristãos. N ão p o d e m o s de ixa r que a falta de recursos seja obs­tá cu lo . Tem os q u e su p e ra r as dificu ldades com em penho, cria­tiv idade e, acima de tu d o ,com oração e orientação divina. £

Page 21: Ensinador Cristão 55

U m prec io so e stu d o s m a o s

ÇtV {r

v£vV‘*

Vincent - Estudo no Vocabulário Grego do Novo Testamento

A obra de Marvin R. Vincent reúne um comentário exegético e um estudo léxico- gramatical conduzindo o leitor para mais perto do ponto de vista de um estudioso da língua grega.

Publicado pela primeira vez nos EUA, no final do século XIX, este livro continua sendo uma referência obrigatória para todos aqueles que querem conhecer a idéia original dos vocábulos neotestamentários no sentido léxico, etimológico e histórico e no uso dos diferentes escritores do novo testamento.

Neste primeiro volume você encontrará os estudos dos seguintes livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas, Atos dos Apóstolos,Tiago, I Pedro, II Pedro e Judas.

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .liv ra r lacpad .com .b r

E s t u d o n o V o c a b u l á r i o

G re c o DO Novo Testamento

V olume

w w w - c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s

Page 22: Ensinador Cristão 55

P o r G il d a J ú l io

Apaixonados pela

Como a Escola Bíblica Dominical foi e continua sendo uma bênção para a vida de um número incontável de irmãos Brasil afora

Se fize rm o s um a pesqu isa sobre a im po rtânc ia da Escola D o m in ica l na v ida d o c re n te , encon tra rem os uma in fin id a d e de expressões de am or p o r ela, além de testem unhos com oven­tes e enriquecedores. D eclara­ções com o "e la é a base do meu m in is té rio " ou "p o r m e io dela te n h o receb ido a o rien tação de Deus para minha v ida" são senso com um entre os irmãos. Inega­v e lm e n te , tra ta -s e d o D e p a r­ta m e n to da igre ja responsável pela fo rm ação m oral do cristão; é a "escola teo lóg ica pop u la r". Nesta repo rtagem , reunim os o d e p o im e n to de irmãos em Cris­to Brasil afora que testem unham co m o a Escola D om in ica l tem sido bênção para as suas vidas e para crentes de todas as épocas.

S egundo A n to n io Paulo Be- natte , d o u to r em H istória pela U niversidade Estadual de cam ­

pinas (UNICAMP), pro fessor da UEPG (U n ive rs id a d e Estadua l de Ponta Grossa), ao longo dos séculos, o estudo da Bíblia tem sido parte im po rtan te na história da alfabetização e do le tram ento em vários países, inc lus ive no Brasil.

Benatte explica que "quando as prim eiras igrejas pentecosta is se instalaram no país, no com eço do século passado, 80% da p o ­pu lação não sabia 1er e escrever. A m aioria dos convertidos ao no pentecosta lism o vinha das clas­ses mais pobres: traba lhadores, m arginais e excluídos da socie­dade. E esses g rupos sociais, em gera l, não eram a lfa b e tiza d o s ou eram pouco letrados. Só que a conversão im plica, n'a vida da pessoa, um 're v e s tim e n to de p o d e r do a lto '. Esse p o d e r der­rubou e continua a abrir muitas portas, e uma delas é a po rta

da cultura letrada e escrita, que excluía a m a io ria ".

A tua lm en te o índice de anal­fabe tism o entre os pentecosta is está em to rn o de 5%, enquan to a m édia nacional está em to rn o de 13%, s e g u n d o os ú ltim o s censos d e m o g rá fic o s . Esta é um a m udança h is tó rica m u ito significativa.

Ana Lúcia da Silva Jacó, líder do g rupo de oração da Assem ­bleia de Deus em Nova Lavras, m unicíp io de Lavras (MG), ligada ao cam po eclesiástico d ir ig id o pastor A n tô n io Cerqueira, é uma desses exem plos de pessoas que se a lfabetizaram lendo a Bíblia. A os 8 anos de idade , q u a n d o morava na zona rural com a fa ­mília, ela recebeu um fo lh e to na porta de sua casa e ped iu para alguém ler. O te x to dizia: "V in ­de a m im , to d o s os que estais cansados e oprim idos, e eu vos

Page 23: Ensinador Cristão 55

ton Bezerra da Costa, presi­den te da Convenção Geral das Assem ble ias de Deus no Brasil (C G A D B). "F o i po r m eio da ED que estru­tu re i m inha vida espiritua l na a d o lescênc ia . Na ED, aprendi quem era Jesus. Ela me deu o alicerce espiritual que tenho hoje. Ela traz o crente para perto de Jesus.Existem cu ltos de ensino da Palavra, mas a ED é um espaço onde a pessoa pode tira r as dúvidas e o b te r as respostas. O que mais me marcou na ED fo i o fa to de que quando eu era jo ­vem, da nossa classe em Fortaleza, Jesus levantou 13 pastores. Esse fa to me marcou m u ito ", atesta presidente da CGADB.

' O Senhor visitou poderosamente , nossa casa, por isso a Escola Dominical

Amor universalEmbora a ED seja uma instituição anterior à fun­

dação das ADs, é nessa denom inação brasileira que a ED tem conquistado um dos seus maiores êxitos no país. Embora em cada igreja ela ganhe alguns fo rm a to s um p o u co d ife ­rentes do tradicional usado nas ADs, muitas igrejas de outras denominações usam o m ateria l p roduz ido pela CPAD, com o, por exemplo, a Igreja Evangélica M issio­nária M inistério Fé. Jurema D a m a sce n o d e A lm e id a organizou a ED na sua igreja p o r amor, há cerca de dois anos. "É ela que nos traz e n s in a m e n to da Palavra, que é lâmpada para os pés e luz para o caminho. E nós usamos as Lições Bíblicas da CPAD", conta.

O am or pe lo ensino po r m eio da ED não é d iferente para o pastor da Igreja Nova Vida de C am po Grande (RJ):"A ED é dos melhores sem i­nários para o crescim ento da vida espiritual do cren­te. Devo meu crescim ento esp iritua l à ED. A qu i, nós usamos as Lições Bíblicas jovens e adultos da CPAD".

isff ' Pastor Eli Martins de São Carlos (SP) N ~ ! mostra com muito orgulho seu acervo

i encadernado das Lições Bíblicas.‘ X

aliv iare i". A través dessa m ensagem , Ana Lúcia se converteu e passou a sentir vontade de conhecera Bíblia, mas não sabia ler. Então, ela passou a pe d ir a Deus que a ensinasse. "C om ece i a so le trar os Salmos 30 e 91 e o Senhor fo i ab rindo meu en ten ­d im en to . Não ped ia ajuda a n inguém , pois tinha vergonha de d izer que não sabia ler. Mas, ho je sei ler e fa lar das maravilhas d o S enhor", testem unha Ana. Ela conta que ficava no fundo da classe com m edo que a lguém pergunsse algum a coisa, mas em pouco te m p o decorava o te x to áureo e versí­culos que eram ensinados na aula.

"A Escola D om in ica l co n tr ib u iu m u ito para o m eu aprend izado e em po u co te m p o partic ipava e pergun tava o que não sabia. Na ED, aprend i a ler mais e a conhecer mais de Deus. H oje, quan ­do p e g o a Palavra de Deus para ler, é com o se estivesse v ivendo um sonho. Em m inha op in ião , quem não vai à ED é ana lfabe to em re lação às coisas de D eus", com p le ta Ana.

Na op in ião do h istoriador A n ton io Benatte, não se tra ta apenas de ler, mas de entender. "Q uem lê precisa e n te n d e r", ressalta. "Ler, e n te n d e r e praticar é o que ensinam os Evangelhos. Nesse sentido , o ensino nas Escolas D om in ica is continua te n d o um im portan te papel na luta histórica contra o analfabetism o. Há m uitos testem unhos de pesso­as - crianças, jovens e adu ltos - que aprenderam a ler te n d o os textos áureos com o 'cartilha'. E mesmo os fié is que não se d ispuseram a aprender a ler to rnaram -se pessoas b ib licam en te letradas, capa­zes de citar de cor versículos e trechos inteiros. E isso po rque ouviram , duran te anos a fio , a le itura em voz alta - no culto, na Escola D om in ica l e em casa", esclarece o historiador.

Benatte destaca ainda que as Assem bleias de Deus têm uma im portância significativa nesse p ro ­cesso. "As ADs investiram intensa e continuam ente na alfabetização, segu indo o cam inho aberto po r outras denom inações pro testan tes desde a m eta ­de do século 19. Para pastores, mestres, co lpor- tores, m issionários e obre iros em geral, mais que levar a Bíblia ao povo, era preciso levar o povo à Bíblia, ensinar a ler e com preende r as Escrituras. Afinal, com o 'crescer na graça e no conhecim ento ', com o viver e p regar a Palavra de Deus, sem bebe r d ire to na fon te escrita dessa Palavra? A o longo das décadas, as EDs transform aram -se em verdadeiras salas de alfabetização. Q uem sabia mais ensinava a quem sabia menos, de m odo que to d o s apren­dessem. E uma obra esp iritua l de ed ificação da ig re ja ", conclu i Benatte.

Sim, a ED é um local para se crescer, sobretudo, espiritualm ente. Foi assim com pastor José W elling-

Page 24: Ensinador Cristão 55

"A ED é a base d o c resc i­m e n to esp iritua l para o cristão, p rinc ipa lm en te para as crianças. Usamos, da Casa Pub licadora , as revistas para prim ários, jovens e a d u lto s ", afirm a L indinalva de Souza, da Ig re ja Batista Luz e Vida em M on tes C laros (MG).

' Criar o háb ito de frequen ta r ai Escola Dominical é o desafio dos \i pastores de Genipaúba (PA) \

Manifestações de amorO líder da A D em São Carlos

(SP), Eli M artins de Souza, nas­ceu em lar evangé lico . "D esde m in h a m ais te n ra id a d e , sou a luno da ED. M inha m ãe, m i­nhas duas avós e m inha bisavó pa te rna ta m b é m eram . Tenho lem branças de m uita g e n te se c o n v e r te n d o na ED, e o u tra e x p e riê n c ia q u e m e m arcou , na década de 90, fo i q uando as treze lições fa lavam sobre o Es­p ír ito Santo. Fui m in is tra r a aula em um d o m in g o quando o tem a da lição era re lac ionado ao ba­tism o no E spírito Santo. Nessa aula, eu não consegu i te rm ina r a p re le çã o , p o rq u e Jesus c o ­m eçou a ba tizar os a lunos com Espírito Santo. Q uase to d o s os alunos até en tão não batizados receberam o re ve s tim e n to de p o d e r de Deus na q u e le d ia " , com en ta pas to r M artins.

Daisy C ou to , da A D em A l­cântara (São Gonçalo-RJ), e suas duas irmãs passaram pela mesma experiência. "M inha história com

a ED com eçou bem cedo . M i­nha mãe, A den ir C outo , estava lavando roupa, enquan to eu e m inhas duas irm ãs estávam os numa bagunça. Ela ped iu para p a ra rm o s senão ela a p lica ria uma lição com uma varinha, mas não lhe dem os ouvidos. Ela nos cham ou para a tal lição, mas, em vez de nos corrig ir com vara, ela pegou a lição da ED que, naquele trim estre, de ju lho a setem bro de 1975, falava sobre o arrebatam en­to de Enoque e com o ele andara com Deus. Ela pegou a revista e com eçou a nos contar a história de Enoque e seu re lacionam ento com Deus e q u a n d o ela leu o te x to áureo em Gênesis 5.24, a glória de Deus invadiu o nosso quarto . M inha mãe com eçou a chorar e a orar conosco. Então, o Senhor batizou minhas irmãs com Espírito Santo e, quando comecei a ver o m over de Deus, na época eu tinha 10 anos de idade, eu não queria ficar de fora do aconteci­m ento. Eu achava que não seria batizada e com ecei a ped ir para que Jesus me batizasse tam bém . N ão d e m o ro u m u ito e receb i tam bém o batismo. Com eçam os a orar po r volta das 17h e ficamos abraçadas fa lando em línguas até quase 23h30, q u a n d o m am ãe nos p e gou e nos levou para o banheiro para nos dar banho para ver se nós nos acalmávamos. Foi um dia m em orável para a nossa família. O Senhor visitou a nossa casa pode rosam en te . Essa é a m inha e xp e riê n c ia com a ED. E po r isso que eu am o a E D I", relem bra Daisy.

Amando na adversidadeO a m or é se n tim e n to abs­

t r a to e in e x p lic á v e l. E le faz vence r adve rs idades, tra n sp o r barre iras e nem sem pre é p o s ­sível ver fru to s d o tra b a lh o . Há casos que p o d e m causar ce rto d e sco n fo rto , um a sensação de im p o tê n c ia . E um a s itu a ç ã o pela qual passa o p a s to r João B a tis ta P ere ira e sua esposa Rosa. Eles assum iram a A D em G en ipaúba , Santa Barbára (PA). "O p ro b le m a existe há 20 anos: das 15 cong regações , 11 nunca t iv e ra m E sco la D o m in ic a l. A uma área de assentam ento com m orado res o riu n d o s de vários lu g a re s d o p a ís . T e n ta m o s servir lanche, fizem os desafios para que a ED func ionasse um tr im e s tre in te iro , d is c ip u la d o , e n tre ou tras a tiv id a de s . É um dos m aiores desafios de oração. Nossa m eta é desenvo lve r nas crianças e jovens o h á b ito de fre q u e n ta r a ED. A m aioria das fam ílias traba lha no d o m in g o . Tentam os tro ca r ho rá rios e dia, mas não fu n c io n o u " , com en ta .

S e gundo irm ã Rosa ela fo i cria d a na ED, p e lo qu a l te m g ra n d e am or. "É o a m o r que sentim os pe lo ensino da Palavra que nos faz sentir a necessidade de investirm os num p lanejam en­to da ED. N ão vam os desistir. A situação é crítica, mas sabem os que o Senhor nos dará v itó ria e te rem os uma ED em to d o cam ­po que d irig im os. Por isso inves­tim os m aciçam ente nas crianças, ado lescentes e jo ve n s ", finaliza irmã Rosa. &

Você que nunca se permitiu participar de uma aula de Escoia Dominical, ouse tentar e descobrir qual a sensação que ela vai lhe causar.Se você ama a Palavra de Deus, priorize essa oportunidade.

Você creescerá na graça e no conhecimento de Deus.É uma bênção ser aluno da Escola Dominical, a maior escola do mundo!

Page 25: Ensinador Cristão 55

Seu Casamento e a InternetThomas Whiteman & Randy Petersen

Seu casam ento está fican do em aran h ad o na rede m u n d ia l de co m p utad o res?Neste livro, com estilo se n síve l e acessível, os autores a n a lisa m questões relativas

r- • ra pornografia, e scapism o, fantasias na Internet e como su perar o vício, além de a ju d a r a estabelecer diretrizes práticas para sa lv a g u a rd a r e edificar o seu casam ento. Fuja das a rm a d ilh a s, proteja seu casam ento e fiq u e alerta com os perigos!

Cód.: 206927/14,5x22,5cm 232 páginas

Page 26: Ensinador Cristão 55

inça * TgoIoí)

P iobi

w * oï 2—«2£S w -s is s S s S rra

i L - g í S í ^ ■ U c tw o t o *

PERIODICOS CPADComprometidos com a Palavra

: c

MinistériodesgastadoIdentificando e combatendo « causador« de desgaste ministerialJo ií Con{»t.íS

«Tia«s 0 eSrtlro » « «Íintw U»kfc|MXM<nM*

MtttUCtw Abnoto iwr« ew*V««»í*<5

«ii (lUt)IHM kif»»U|«*w*

Profunda, objetiva e imprescindível.Assinatura 2 anos - 5X R$ 31,£

Trimestral/21x28cm/90 pág.

Educativa, criativa e eficaz. Assinatura 2 anos - 2X R$ 35,60

Trimestral / 20,5x27,5cm / 50 pág.

Abrangente, moderno e cristão. Assinatura 2 anos - 2X R$ 30,00

Mensai / 2Sx42cm / 2$ pág.

Jovenscristão:

bem Sü<Scdiuos““ ptucòotkóe***

Jovem, versátil e dinâmica. Assinatura 2 anos - 4X R$ 20,70

Bimestral 120,5x27,5cm 150 pág.

Ligue agora para 0800-021-7373 E-mail [email protected]

ÛI jáat O 1 1w w w . c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s :

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3www. l iv rar iacpad.com.br

Page 27: Ensinador Cristão 55

Por Helineia A lves M axim o

JESUSNesta edição, e nas próximas três, você confere "um pouco mais sobre os quatro trabalhos finalistas do Prêmio Professor de ED do Ano. Começamos a série com o Projeto Cumprindo o Ide de Jesus, coordenado pela superintendente de ED Helineia Maximo, ganhadora do Prêmio na edição 2012.

d e s e n v o lv im e n to da o b ra de Deus a través da p a rtic ip a ç ã o ativa do aluno nessa agência de Educação Cristã.

• D espertar no aluno o desejo de cu m p rir o " Id e " de C risto.

O p re se n te p ro je to surg iu da necess idade de d e sp e rta r nos a lunos o dese jo a rden te de cum prir o " Id e " de Jesus, pois observam os que m u itos deles achavam que sua tarefa se resu­mia a chegar à Escola e ouvir a lição transm itida pe lo professor. M uitos tinham d ificu ldades de pa rtic ip a r das a tiv idades, q u e ­riam ficar no seu "ca n tin h o ". E o nosso dese jo é que "os nossos a lunos sejam assíduos p a rtic i­pan tes , e não s im p le sm e n te , f r e q u e n ta d o re s das c lasses b íb licas", com o costum a dizer o pas to r M arcos Tuller.

Para isso, com eçam os a tra ­ba lhar com mais afinco os o b je ­tivos da ED, buscando alcançar m aior envo lv im ento dos alunos, para que os m esm os viessem a perceber que eles são úteis nas mãos do Senhor, e que podem ser instrum entos de fácil m anejo nas m ãos do m estre e, assim, cum prir o " Id e " de Cristo.

2.2 Objetivos Específicos• G anhar almas para Jesus;• D esenvo lve r a e s p ir itu a li­

dade e o caráter cristão dos alunos;

• T re in a r os a lu n os para o serviço do M estre;

• In te g ra rto d a a fam ília à ED;• Buscar uma m a io r soc ia li­

zação e n tre os a lunos da Escola Bíblica D om inical.

3 ConteúdoOs c o n te ú d o s tra b a lh a d o s

fo ram das Lições Bíblicas (1o e 2° trim estres de 2010).

• I C orín tios"Eu de boa vo n ta d e gas­ta re i e me de ixare i gastar pelas vossas a lm as".

• Jerem ias"Esperança em te m p o s de crise ."

1.1 Objetivos Gerais• T raba lhar os o b je tiv o s da

Escola D o m in ica l, v isando ao

Page 28: Ensinador Cristão 55

Helineia Alves Maximo é

superintendente e professora da

ED em Varjão dos Crentes

(Buritirana/ MA), ganhadora do

Prêmio Professor de ED do Ano 2012

4 MetodologiaSeguem as propostas com o passo a passo

como foram trabalhadas as atividades.1) M om ento Devocional da ED.

Trabalho com as Famílias: M axim o, Freitas, Filho, R ibeiro I, R ibeiro II, M acedo , Neres Barbosa, G om es, Benício.Cada dom ingo, uma família ficou responsável por d irig ir o prim eiro m om ento da ED (oração, hinos sugeridos da revista, leitura bíblica, um louvor ou um jogral, ou alguma apresentação referente à lição). Em seguida, o trabalho era devolv ido para a superintendente da ED.

2) Biografia de Paulo e depois de Jeremias (de aco rdo com as lições)Pesquisa sobre a v ida e o m in is té rio desses hom ens de Deus.

3) Ministração de lições pelos alunos Uma vez por mês, na lição do 2° trim estre ("Jerem ias - Esperança em tem pos de crise").

4) Ação Social, com base na lição 8: "O Princípio da Generosidade"Cestas básicas Chá de fraldas

5) Cofre missionário6) Leitura bíblica

Livro de Jerem ias N ovo Testam ento

7) Entrega de DVD, com o Novo Testamen­to , para alunos da terceira idade e não alfabetizados.

8) Programa de oração (com base na lição "O poder da Intercessão")Cada aluno recebeu um ca lendário de o ra ­ção com o seu dia de in tercessão pela ED e em pro l de salvação de almas.

9) Plano de frequência com os seguintes itens: Presença, oferta, vis itante, estudo da lição e resposta das questões p ropostas na revista.

10) Visitas Visitas a pessoas não crentes, a novos d e ­c id idos, a idosos e a enferm os.

11) Simulado das lições12) Encerramento:

g ra n d e c o n fra te rn iz a ç ã o com to d o s os alunos, com en trega de lem branças (ca­m isetas, ce rtif ica d o s e outros).

13) Dia com Deus Dia de ag radec im en to , das 8h da manhã até 21 h, sem in te rrupção .

Obs.: Tivemos o cuidado de distribuir as tarefas de acordo com as habilidades de cada aluno.

5 AvaliaçãoD urante to d o o processo de execução desse

p ro je to , p u d e m o s ve r c la ram en te as m ãos de Deus estend idas e um grande d e sp e rtam en to na vida dòs alunos. Logo cedo, no povoado , já se via a m ovim entação de alunos (com parentes, am igos e visitantes) v indo para a ED. O m o m e n to d e vo ­cional fo i regado de lágrim as, a legria e b rados de g ló rias a Deus. Cada fam ília p rocu rou tra ze r o m a io r núm ero possível de parentes. A fam ília Benício consegu iu reun ir mais de 150 parentes do p o vo a d o e das cidades adjacentes. Foi festa cada d o m in g o ! As fam ílias fo ram uniform izadas. Fizeram tam bém lindas faixas com o nom e da fam ília e o assunto da lição do dia.

Q u an to à ação social, fo ram en tregues cestas básicas e fo i realizado um chá de fraldas para uma nova convertida . Tam bém o d inhe iro dos cofres fo i env iado para os m issionários.

Vale ressaltar que as visitas fo ram de grande valia: fo ram realizadas 333 visitas a pessoas não crentes, en fe rm os e novos convertidos. D urante o p e río d o d o p ro je to , tivem os 565 v is itantes não crentes que ouviram a Palavra de Deus.

O Dia com Deus fo i b rilh a n te e a presença de Deus fo i real. C om eçam os com a Escola D o m in i­cal festiva, onde fo ram expostas todas as faixas das fam ílias e ta m b é m fo i realizada a a en trega das lem branças. O tra b a lh o transcorreu du ran te to d o o d ia , com o c lim a m u ito g lo r io so . N ão houve cansaço, o pas to r d ir ig iu a u ltim a e tapa e o cu lto , que tam bém fo i uma bênção. T ivem os uma co lhe ita abundan te .

6 AutoavaliaçãoO presente p ro je to fo i uma experiência ímpar.

Passamos a conhecer m e lho r nossos alunos, suas famílias, p rob lem as e necessidades. D escobrim os tam bém grandes ta len tos. A lunos que ficavam no seu can tinho , d izendo "n ã o se i" e "n ã o posso",revelaram o que tinham de especial.

C om re lação ao c o rp o d o ce n te , a com eçar p e lo p a s to r A d ã o R eg ina ldo , v im os ded icação . Ele ab raçou o p ro je to de um a fo rm a especia l. Os dem ais pro fessores nos a judaram tam bém e houve g ra n d e in te ração en tre a lunos e p ro ­fessores.

Em sum a, líder, p ro fessores e a lunos fo r ta ­lece ram os v íncu los . F o rm a m o s um a e q u ip e interessada em cu m p rir o " Id e " do M estre, ' f

%

Page 29: Ensinador Cristão 55

«— * ' — v i« v

L eitura

FILIPENSES RAZOES PARA CRER PEDAGOGIA TRANSFORMADORAELIENAI CABRAL

Nesta obra, que serve também de livro-texto para a revista Lições Bíblicas deste trimestre, que trata sobre a Epístola aos Filipenses, o pastor Elienai Cabral analisa cada aspecto dessa missiva paulina, destacan­do verdades como a alegria que supera a adversidade, a conduta digna do Evangelho, o exemplo de humildade de Cristo, o desen­volvimento da Salvação recebida, as advertências pastorais de Pau­lo à Igreja, a suprema aspiração do cristão, a confrontação com os inimigos da Cruz de Cristo, a firmeza na fé, as qualidades para uma vida cristã equilibrada, o amor cristão, dentre outros ricos assuntos dessa Epístola.

EDITORES: NORMAN GEISLER E CHAD V. MEISTER ALTAIR GERMANO

Como define, o autor, pedago­gia transformadora é aquela que possui compromisso com a modificação integral das pessoas. Tendo como foco esse entendimento, esta obra enfatiza que é preciso quebrar urgentemente alguns paradig­mas que norteiam o ensino na Escola Dominical em alguns lugares. Assevera o autor que se desejamos que a EBD se torne relevante para o Reino de Deus, para que avance como agente transformador me­diante o ensino da Palavra, ê necessário que haja professores transformados e transforma-

Esta obra reúne dezenas de artigos sobre vários temas atuais envolvendo apologé­tica cristã e assinados pelos maiores apologistas evangéli­cos de nosso tempo, tais como Josh McDowell, Ron Rhodes e Norman Geisler. Ela é dividida em quatro assuntos base: o que é apologética e por que preci­samos dela; questões culturais e teológicas na apologética; defendendo o teísmo cristão; e movimentos religiosos do mundo. Cada assunto é deta­lhado por meio de subtópicos, de maneira a enriquecer o leitor com vários argumentos a favor da f é cristã.

WSÊÊÊIÊSÊÊIIIÊÍtÊÊÊSÊHÊÊ:J . v ....

ftLTAIR BERHANB

C ïï* '" '* "

“Enquanto 11a a Mstória da vida de Jesus, ele descobriu que Jesus, na verdade, viveu tudo aquilo que Ele sempre disse ser. Jesus não fugia dos inimigos, como tazia Tariq. Eie nãc mentia, não enganava, nem trapaceava para fugir da prisão.

Ele não resistiu aos seus inimigos.Quando foi atacado no jardim e

Pedro tentou defendêJo, cortando a orelha do um dos servos do sumo sacerdote, Jesus o repreendeu e lhe disse para guardar a espada. Jesus

também disse que todos os que vivessem t cia espada, pela espada

também pereceriam”.Trecho do livro A Testemunha

________ página 188 (CFAD1________

“Às vezes um casal pode estar separado, mesmo morando um ao lado do outro. Eles podem se sentar na mesma sala, talvez à mesma mesa, mas não partici­pam, verdadeiramente, da vida familiar. O mesmo pode ser dito

dos viciados em Internet que moram na mesma, casa com os

^Hèus familiares, mas que vão ao seu quarto privado para nave­

gar na rede. Isso não é o rnesmo que ‘estar presente’. Precisamos

estar disponíveis”.Treohc> do livro Seu casamento e a

Internet, página 155 (GPAD).

“Meus fflhinlios, vocês me conhecem e eu os conheço, cada um pelo nome. (...) Fico espantado que tão rapida­

mente tenham se esquecido de tudo o que foi dito, e abraçam um ou tro

evangelho que não aquele ensinadt > por nós, os apóstolos. Olho para eles e vejo o constrangimento nos olPos de uns, a consternação nos de outros.

Mas vejo também olhares duros como os de Silvano. São muitos e Isso me preocupa. Senhor, tenha mise­ricórdia de mim, inspira-me a fim de que saiba o que felar a este povo.

Sinto que se afastam de mim, como a areia que escorre entre os dedos!”

Trecho do livro Conspiração Gnóstica, _________página 36 (GPAD).___________

>

CO

TJ

>

CO

m

3011

X1

Page 30: Ensinador Cristão 55

P r o fe s s o rR e s p o n d e

Por L il ian B io rk

? ?\» <

mmmÊMMÊKmaMÊÊmMÊgsBÊm w m MiÊmËÊiÊtmÊtmÊtmimmÊÈÊÊËÈmBKÊamKm

m ero ultrapassa 100 adolescentes, p o r exem plo , deve-se d iv id ir a sala em duas ou três com uma nova d iv isão estra tég ica p o r idade, d e p e n d e n d o da capac idade d o cam po e d o m ateria l hum ano d isponíve l para traba lhar. Tudo é uma questão de visão, ê a organização e inves tim en to nessa área devem ser p lane jados com visão d ife renc ia ­da, p e lo m enos q u ando se tra tam de crianças e ado lescentes, fases da fo rm ação d o caráter e as bases espiritua is.

O a d o le sce n te , ao m esm o te m p o em que precisa da a tenção para ser o u v id o , necessita de um im p u lso para o a p re n d iza d o da Palavra de Deus. E a fase dos co n flito s in te rnos , e eles m u i­tos ta lvez não tive ram uma fo rm ação cristã desde a in fância. Tudo isso são fa to res que ex igem do p ro fesso r um o lha r c lín ico paras as d ife re n te s si­tuações para cativar esse a luno e to rnar-se am igo e conse lhe iro de le , o que m u itas vezes to rna -se d ifíc il com um a sala mais num erosa.

"É preciso sabedoria, vocação e amor para esse ministério"

Lilian Biork é formada em Letras,

professora de música e professora

da classe de adolescentes na

Assembleia de Deus em Votuporanga (SP).

Olá, Ketelin. Vamos pensar que se tratando da Escola Dominical, quanto mais adolescentes frequen­tes, melhor, até porque, hoje em dia, esse numero só d im inui em vez de crescer, o que é preocupante. Nas escolas seculares, professores lutam para te r um número ideal de alunos por sala de aula. Ideal para o aprendizado do aluno e ideal para o professor, e esse ideal seria de 25 alunos por classe, no máximo.

Na ED, as salas são d iv id idas p o r faixa etária, e a de ado lescentes p o d e variar de 12 a 17 anos (as revistas da CPAD fazem essa divisão p o r faixa e tá­ria m u ito bem). Em uma sala com o essa, acred ito que o pro fessor consegue conc ilia r sua aula ao aprend izado dos a lunos com um núm ero de até, no m áxim o, 50 alunos, m esm o não se n tindo -m e tã o à von tade nessa questão.

E claro que tu d o d e p e n d e do m o d o com o a liderança da igre ja adm in istra a Escola. Se o nu-

C abe ao p ro fe sso r ana lisa r sua re a lid a d e e e x p o r ju n to à lid e ra n ça as necess idades que prec isam ser sanadas. E p re c iso sa b e d o ria , v o ­cação e a m o r para esse m in is té rio . Mas, ficam as d icas: faze r uso de te c n o lo g ia s á u d io v isu ­ais, d inâm icas de g ru p o s ou d e b a te s b íb lico s q u a n d o e s tive r d ia n te de um a sala cheia , com o in tu ito de e s tim u la r a p a rtic ip a ç ã o de les. E se estive r com d o is ou três, s im p le sm e n te m in is tre sua aula com de d icaçã o , co m o se fosse um ba te -p a p o . Estar p re p a rad o para m in is tra rta n to para 50 co m o para um a luno é cruc ia l.

E o mais im p o rta n te é o exe m p lo cristão do professor, o ado lescente é m u ito espe rto e obser­vador. Ensine-o com seu exe m p lo de vida, pois, in d e p e n d e n te do núm ero de alunos, não será necessário m u ito esforço para te r o respe ito e a atenção de les ao m in is tra r a sua aula.

E N S IN A D O R ^ C R IS TÃ O J!

Page 31: Ensinador Cristão 55

P o r L u c ia n a G a b y e T e l m a B u e n o

C a r t a a o sF i L i p e n s e s

Atividades que ajudam fixar os temas

N o d eco rre r do trim estre , estudarem os a Epístola de Paulo aos F ilipenses. O ap ó s to lo escreveu essa carta a fim de ag radecer aos irm ãos em F ilipos po r sua o fe rta generosa, com o ta m b é m para exortá -los a perm anecerem fie is a Deus e a m anterem -se alegres em C ris to em m e io às d ificu ld a d e s . C o m o Paulo, devem os ser g ra tos àqueles que nos socorrem em nossas necessidades.

Objetivo: C om p re e n d e r a o rigem e o p ro p ó s ito da carta

Material: Folhas de pape l o fíc io ou carto linaP roced im en to : Professor, para fa c ilita r a co m p re e n ­

são sob re a im p o rtâ n c ia dessa Epísto la, é necessário te r in fo rm ações básicas sob re ela. Para ajudar, dese ­nhe um esquem a con fo rm e a ilustração ao lado. A pós a aula, so lic ite aos alunos que o preencham . Converse com eles acerca dessa visão panorâm ica da epísto la .

■ ■ ■ « ■ ■ ■ ■ ■ M l

CIDADÃO DO CÉU

m s

Autòr ~____V ã i á p r m -Data

Destinatários

predominante w — -ca «a

Personagensprincipais

Autor PauloData | Aproximadamente nos ano 61 d.C., durante o período

i em que Paulo esteve preso em Roma.Destinatários Os cristãos de Filipos.Tema j A verdadeira alegria que Cristo pode proporcionar, predominante [Propósito da Agradecer aos Filipenses pela oferta que haviam carta j enviado, exortar os membros da igreja a se esforçarem

í em conhecer melhor o Senhor e a conservar a unidade i e a humildade.| Apaziguara discórdia entre as duas irmãs em Cristo I Evódia e Síntique.

Personagens Paulo, Épafrodito,Timóteo, Evódia e Síntique. principais

O Senhor nos convida a ser­m os firm e s e e q u ilib ra d o s , sendo verdade iram ente c ida ­dãos do Céu. O crente fie l e tem ente a Deus não pode ser individualista, em bora a socie­dade em que vivemos aja assim. Devemos seguir o exem plo da Igreja Primitiva, que sustentava am orosam en te os órfãos, as viúvas e os necessitados.

O b je tivo : R efu tar b ib lic a ­m ente o ind iv idua lism o

M ateria l: Papel p a rd o ou cartolina, canetas hidrográficas.

Proced im ento : Professor, escreva os segu in tes ja rgões

no papel pardo ou na cartolina: "Cada um po r si e Deus po r to ­dos", "Farinha pouca meu pirão p r im e iro " , "C a d a m acaco no seu ga lho", "É tem po de murici, cada um cuide de si". Explique aos alunos que esses jargões são individualistas e que na Palavra de Deus encontram os versículos que reba tem essas ideias. So­lic ite aos alunos que busquem tais versículos e transcrevam -os ao lado dos jargões. N o té rm ino da atividade, com ente com eles sobre o p roceder do C idadão do Céu. Explique que com o auxílio do Espírito Santo podem os te r

L i ç ã o3

Lúdü urni föt L Äun SBL

AoásAa jpsutú. ■ jmju XMÕB « M l

um relacionam ento carinhoso e respeitoso com nossos irmãos em Cristo Jesus. O nosso com ­portam ento com o verdadeiros crentes deve ser reconhecido pelo am or ao próxim o.

Page 32: Ensinador Cristão 55

DEUS PELEJA POR NÓS

O a p ó s to lo Paulo escreveu aos irm ãos fil i- penses acerca da a legria do Senhor que nos faz sup lan ta r to d a e qu a lqu e r advers idade. A alegria que o M estre nos oferece avigora a nossa fé em te m p o s de d ificu ldades.

Objetivo: Reconhecer que a alegria do Senhor é essencial para vencer as adversidades da vida.

Material: Caixa ou sacola, tiras de pape l e caneta esferográfica.

Procedim ento: Professor, escreva nas tira s de p a p e l os se g u in te s nom es e s ituações: " Paulo e Silas na p r is ã o "; D an ie l na cova jdo le õ e s "; "S a d ra q u e , M esaque e A b d e n e g o na fo rn a lh a a rd e n te " ; "E s te r e o d e c re to d o rei A s s u e ro "; " N o e m i d ia n te da m o rte dos seus en tes q u e r id o s " ; "E s tevão , o p r im e iro m á rtir" etc. D o b re os p a p e is e c o lo q u e -o s d e n tro da caixa. S o lic ite aos a lunos que re tirem um dos p a pe is e le ia -o para a classe. P e rgun te a eles qua l fo i a d ific u ld a d e que a que le pe rsonagem e n fre n to u e o q u e e le fez. Espere as respostas e faça co n s id e ra çõ e s se fo r necessário . C o ­m e n te que to d o s esses p e rso n a g e n s b íb lico s passaram p o r m o m e n to s de m u ita s lu tas e adve rs idades , mas em nenhum m o m e n to se desespe ra ram ou a b a n d o n a ra m a Deus. Eles sab iam em quem criam . N ós, servos de Deus, p re c isa m o s a p re n d e r co m esses ho m e n s e m ulhe res q u e D eus está co n o sco em to d o s os m o m e n to s e q u e a Sua a leg ria é a nossa fo rç a " (N e 8.10).

INIMIGOS 1 aDA CRUZ DE

CRISTO * L l <

Na carta de Paulo aos F ilipenses (3.17-21), e n co n tra m o s a a d m o e s ta çã o d o a p ó s to lo a re sp e ito dos fa lsos cristãos que haviam se in­filtra d o no se io da ig re ja . Paulo os considerava in im ig o s da cruz de C ris to .

O bje tivo : R econhecer os ve rdade iros in im i­gos da cruz de C ris to na a tua lidade .

Material: C arto lina branca, canetas h id ro g rá ­ficas e fita adesiva.

Procedim ento: Professor, p re v ia m e n te es­creva no to p o da ca rto lin a a se g u in te frase: "O s in im ig o s da cruz de C ris to na a tu a lid a d e ". Em segu ida , desenhe um a cruz. Fixe o cartaz na pa rede e p e rg u n te aos a lunos quais são os in im igos da cruz de C ris to na a tua lidade . Peça- -os para escreverem na cruz. D epo is , leia cada in im ig o c ita d o e ju n ta m e n te com eles com en te co m o an iqu ilá -los . E xp lique que m uitas são as arm ad ilhas dos in im igos para enganar os filhos de Deus e e n fra q u e ce r a Igre ja d o Senhor, p o r isso p rec isam os vig iar, o ra r e perseve rar até a V olta do Senhor.

Page 33: Ensinador Cristão 55

MENTE DE CRISTO

A experiência de salvação em Cristo indica uma m udança continuada de pensam ento . A que le que serve ao Senhor evita ocupar a sua m ente com as fu tilidades m undanas. D evem os preen­cher a nossa m ente com tu d o que é bom e útil.

MATERNAL JARDIM DE INFÂNCIA

PRIMÁRIOS

N o se g u n d o d o m in g o de agosto , estarem os com em orando o Dia dos Pais. As crianças ficam fe lize s em p re p a ra r um a le m b ra n ça para o papa i na Escola D om in ica l, p o r isso, ap resen­tam os um a sugestão bem fác il e econôm ica , que p o d e ser confecc ionada com a ajuda delas.

Justificativa: O s papa is ficam a legres q u a n ­d o são le m b ra d o s e h o m e n a g e a d o s p e lo s pro fessores da ED.

O bjetivo: C onscientizar seus alunos de que o papa i m erece o nosso ca rinho e a tenção , po is são p resen tes de Deus para nós.

M ateria l: E.V.A de cores variadas, co la de c o n ta to , tesouras, ímã de g e la de ira , b o tõ e s c o lo rid o s de d ife re n te s tam anhos, fo to s dos alunos, fo lhas de p ape l ce lo fane tra nspa ren te e fitilh o .

Ativ idade: Faça no E.V.A do is re tâ n g u lo s de 21 cm x 16cm, fre n te e verso (observe o m o d e ­lo). N o re tâ n g u lo que será a pa rte da fren te , re co rte com um e s tile te um re tâ n g u lo m enor, fo rm a n d o um a bo rda . A n te s de colar, co lo q u e a fo to da criança. D is tribua para que os a lunos e n fe ite m a bo rd a com b o tõ e s co lo rid o s . N o verso, co le um p e d a c in h o de ímã. Em bale com o ce lo fane e am arre com o fit i lh o . Está p ron ta a lem branc inha . E nquan to realiza a a tiv idade , converse com as crianças e x p lic a n d o q u e o nosso co ração deve es ta r ch e io de a m o r e g ra tid ã o a Deus p e lo papa i.

d S -

i l

f ENSINADOR' ' ! l l C R ISTÃO '

O b je tivo : C o m p re e n d e r q u e a m e n te do cris tão deve ser rep le ta de pensam en tos bons e de vida.

M ateria l: S ilhueta de um a cabeça, re tâ n g u ­los de pape l am are lo e ve rm e lho , co la ou fita adesiva.

Procedimento: Professor, in ic ie a d inâm ica fazendo a segu in te pe rgun ta : O que há na sua m ente? Q ue pensam entos a rondam ? Eles são maus? D úvidas? P reocupações? S o lic ite aos alunos que escrevam no papel am arelo e cole na silhueta d o crânio. A pós co larem o pape l am a­re lo, faça ou tra pe rgun ta : C om o que devem os ocupa r a nossa m ente? Solic ite que escrevam no pape l ve rm e lho e co lem na silueta (pode ser p o r cima dos pape is anteriores). C om en te que o apó s to lo Paulo exorta -nos a p reencherm os a nossa m ente com o que gera vida, o que seja útil, o que nos concede m a tu ridade esp iritua l, pois nós tem os "a m ente de C ris to " (1Co 2.16). O re com os a lunos p e d in d o ao S enhor que tenham os a Sua m ente , que possam os ocupar a nossa m ente com tu d o aqu ilo que é bom e que gera vida abundan te nEle.

Page 34: Ensinador Cristão 55

p JUNIORES

REIS QUE FIZERAM BOAS ESCOLHAS

PRÉ-AD3LESCENTES

O PLÂNO DA SALVAÇÃO

Neste trim estre, os juniores vão estudar a res­pe ito dos reis de Israel. Os hebreus, durante m uito tem po , foram governados pe lo Senhor. Todavia, eles queriam te r um rei com o as outras nações. O Deus de m isericórdia e bondade decid iu cum prir o desejo dos israelitas, dando a eles alguns reis que os conduzissem. A lguns monarcas foram fiéis ao Senhor, guardando as suas leis, porém outros foram infiéis, pecando e levando o povo de Deus à desobediência e à apostasia.

Justificativa: É im p o rta n te que os jun io res sa ibam q u e d e ve m o s fazer nossas esco lhas pautadas na Palavra de Deus.

O b je tivo : Q u e os ju n io re s a p re n d a m que não devem os to m a r decisões antes de orar e consu lta r a Deus.

M ateria l: C a rto lin a , cane ta h id roco r, co la, parafuso bailarina.

A tiv id a d e : Faça em c a rto lin a um c írcu lo grande. Escreva os nom es dos reis que serão estudados no trim estre (observe a fo to ). C on fec­c ione uma seta (ponte iro) em carto lina e fixe no círculo com o parafuso bailarina. Sente-se com os alunos em círculo no chão da classe. A presen­te a nova revista de aluno. D iga que duran te o trim estre eles vão aprender a respeito de alguns reis de Israel. D epois faça a segu in te pergunta: "Se você fosse um rei ou uma rainha qual seria a sua prim eira a titude?". O uça os alunos com atenção e diga que, antes de tom arm os qualquer decisão, precisam os orar e ouvir a voz de Deus. A presente o círculo com os nom es dos reis. Peça que um aluno gire o po n te iro e apon te o nom e de um rei. Em seguida, pe rgun te ao aluno: "Este fo i um bom rei?" e "E le fez boas escolhas?". Faça um breve resum o a respeito do rei que fo i esco lh ido . Conclua enfatizando que m uitos reis não consultaram ao Senhor, to m a n d o decisões erradas, e pecaram e levaram o povo de Deus a errar tam bém . Q ue possam os sem pre orar e buscar a Deus antes de to m a r qua lque r decisão.

A salvação é uma das m aiores dád ivas de Deus aos hom ens. Jesus m orreu e ressuscitou para pe rdão dos nossos pecados e para nos trazer novam ente para p e rto de Deus. Neste tr im estre , o tem a geral dos pré -ado lescen tes é o p lano de Deus para a nossa salvação.

Justificativa: E vita l para a vida esp iritua l que os adolescentes conheçam o p lano da salvação.

O bjetivo: C onhecér o p lano da salvação.Material: Folha de pape l pardo, caneta h i­

drocor. O quad ro aba ixo já com os desenhos.A tiv idade : Sente-se com os alunos em círculo.

M ostre o qua d ro com os desenhos. Em segu i­da, peça que eles observem bem os desenhos. D epois, pe rgun te : "Q u a l é a m ensagem deste q u a d ro ? " e "O que os desenhos rep resen ­ta m ? ". O uça-os com a tenção. Na sequência , d iga que o q u a d ro co n té m um a m ensagem im po rtan te . Exp lique que se tra ta de um p lano m u ito especial, um p lano para to d a a hum an i­dade. Então, apon te os desenhos e exp liq u e o s ign ificado de cada um. A linha na horizonta l

ADOLESCENTESVAMOS DEBATER A RESPEITO

DA VIDA EM SOCIEDADE

Os adolescentes vão estudar neste trim estre a respe ito da vida em soc iedade . Eles vão ap ren ­d e r a respe ito dos desafios de se viver em uma soc iedade perm issiva e m aligna, porém sem se con tam ina r com o pecado

Justificativa: Os ado lescentes precisam te r consciência de que precisam os ser "sa l" da terra e " lu z " do m undo.

Objetivo: C om preender que é possível viver em m eio a uma geração corrupta e má e se m anter puro.

Material: Q uadro de giz e giz.A tiv idade : Escreva as questões aba ixo no

quadro de giz. D ivida a tu rm a em 4 grupos. Cada g ru p o deverá ficar com uma pergunta. Dê um te m p o para que os g rupos discutam a questão. Em seguida, reúna os alunos fo rm ando um único g ru p o . Cada g ru p o terá a lguns m inu tos para expo r suas ideias e responder a questão. Ouça a to d o s com atenção! Faça as considerações que ju lga r necessárias. Conclua lendo o tex to b íb lico

Page 35: Ensinador Cristão 55

sign ifica que to d o s pecaram (Rm 3.23) e o p e ­cado nos afasta (separa) de Deus. Mas, Deus nos ama (coração), p o r isso Ele enviou Jesus, seu ún ico F ilho, ao m u n d o (g lo b o te rrestre ) para m orre r p o r nossos pecados e nos un ir novam ente a Deus (Jo 3.16; Ef 2.16). Jesus éo único cam inho que nos aproxim a de Deus (Jo 14.6), as duas linhas paralelas. Ele m orreu na cruz p o r nós (Rm 5.8) (figura da cruz). Mas, ao te rce iro dia, Ele ressuscitou (Lc 24.6,7) (A palavra "v ivo "). A salvação é um presen te que recebem os m ed ian te a nossa fé em Jesus (Ef 2.8) (figura d o presente). C onclua a d inâm ica ag radecendo a Deus p o r tão g rande salvação. Caso deseje, faça o ape lo conv idando aqueles que querem receber a Jesus com o Salvador.

de João 17.15. Explique que Jesus não ped iu para o Pai retirar os discípulos do m undo, mas Ele orou p e d ind o que os livrasse do mal. C om o discípulos de Jesus, não podem os viver isolados, porém não podem os nos contam inar com o mal. Vivem os em sociedade, porém não podem os nos confo rm ar com a filosofia , ou seja, o m odo de pensar deste m undo (Rm 12.2).

Questões para discussão:1 " E possível viver em sociedade sem se contami­

nar com as suas mazelas?"2. "O que significa ser 'sal' da terra"?3 . "Ser cristão implica em alienação?"4 . "Como resistir às pressões impostas pela socie­

dade?"

f t I n u 'r 'i' 1 wm sr.; >u U.’ ’v u 'vMruííu;í!fiS. tem j j ■ r, Jn . .

5

; íiJV ;Jí.:páUiO !Vvn :! • V u f i

; í i ; j v: : i;íu ) jk :ú

SiBíüÒxd

JU VEN IS i1FUNDAMENTOS; DA NOSSA FÉ

N este trim estre , o tem a da revista de Juvenis é "F undam entos da nossa fé ". V ivem os tem pos trabalhosos, p o r isso nossos jovens precisam co­nhecer os fundam entos da fé cristã para que não se to rnem "presas" fáceis das falsas doutrinas. Eles precisam estar conscientes de que a fé cristã não p o d e estar alicerçada em filosofias, ciência ou teorias humanas, mas na Palavra de Deus.

Justificativa: Os jovens precisam co m p re e n ­de r as bases da fé cristã.

O bjetivo: C onscien tizar os jovens da im p o r­tância de se conhecer as bases da fé cristã.

M aterial: Q uadro de giz e giz.A tiv idade: Para in tro d u z ir o tem a do tr im e s ­

tre , suge rim os a se g u in te d inâm ica : escreva no q u a d ro de g iz o vo cá b u lo " fu n d a m e n to " . P ergun te aos a lunos o que vem à m e n te de les q u a n d o ouvem essa palavra. D epo is de ouv ir os a lunos com a tenção , d iga que fu n d a m e n to s ign ifica a licerce, base, firm eza. Em segu ida , escreva no q u a d ro de g iz a lgum as caracte rís ­ticas das pessoas que não tem sua fé a lice r­çada em Jesus C ris to e na Palavra de Deus: inconstan tes, m edrosas, vac ilan tes (os a lunos p o d e m c ita r ou tras ca racte rís ticas). E nfatize que aque les firm ados, a lice rçados na Rocha, Jesus C ris to , jam a is serão s u b ve rtid o s pe las crises e d ificu ld a d e s , p o is é ju s ta m e n te em m e io a elas que p o d e m o s exe rc ita r a nossa fé e ver o q u a n to o Senhor é fie l e bom . P odem os te r esperança em to d a e q u a lq u e r s ituação , po is nossa confiança está a licerçada em Jesus. Ele não fa lha e jam a is erra ! Em segu ida , leia M ateus 7.24-27 e e xp liq u e que aque les que estão firm ados em C ris to não se aba tem d ia n ­te das te m p e s ta d e s da v ida. Cavar na rocha não é a lgo fác il, mas traz segurança e a legria . C onclua fazendo a se g u in te indagação : "Em quem sua fé está a lice rçada?".

j: JiiMllul OD m s M J j Miúffiiíio

Page 36: Ensinador Cristão 55

L içõ esB í b l i c a s

P o r M a rc e lo de O liv e ira e O liv e ira

C n o p a rfc !“F i l i p e n s e s :A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja"

A Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses é o as­sunto deste trimestre. Para planejarmos com eficiência a aula de cada lição, precisamos considerar o contexto histórico da Epístola. Mas, antes, é de bom alvitre ler toda a Carta. Assim, o professor se apropriará do panorama geral da Epístola. Em seguida, sua atenção deve se voltar para as seguintes questões: a cidade de Filipos, as circunstâncias sociais da redação da Epístola e o seu propósito.

Filipos foi a primeira cidade européia a receber o Evangelho (At 16.6-40). Foi na casa de uma negocian­te de púrpura, Lídia, que se estabeleceu o primeiro núcleo da comunidade cristã fundada por Paulo em Filipos. O apóstolo visitou a cidade muitas vezes, quando das suas viagens para a Macedônia.

Quando o apóstolo Paulo escreveu a Epístola aos Filipenses, ele achava-se preso. Correntes, pés presos aos troncos, solidão e longos períodos de prisão são umas das muitas consequências daquilo que signi­ficava ser preso no Novo Testamento. O sofrimento na prisão é um tema muito explorado pelo apóstolo nesta Epístola.

A Carta aos Filipenses retrata a assistência ofereci­da pela igreja ao apóstolo. Aqui está todo o contexto

que impulsiona Paulo a redigir uma carta à comuni­dade que lhe assiste em tudo. A melhor maneira que o apóstolo encontrou de agradecer aquela igreja foi escrevendo a ela sobre o sentimento de gratidão que transbordara no seu coração pela generosidade da igreja filipense. Além desse motivo, podemos encon­trar outros que constituem o propósito da Epístola:

(1) Agradecer a ajuda enviada pela comunidade filipense (2.25);

(2) informar a visita de Timóteo e explicar o motivo do retorno inesperado de Epafrodito (2.19-30);

(3) prevenir a comunidade cristã doxperigo de se cultivar o "espírito" de competição, egoísmo e indivi­dualismo de alguns (2.1-4);

(4) alertar a comunidade de Filipos acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos costumes passageiros e na observação da Lei (3.2- 11), como se esses elementos tivessem algum valor espiritual para conter os impulsos da carne (Cl 2.23).

Em sua Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo mostra com vigor que a salvação não depende de observar a lei judaica e as suas tradições, mas apenas de Jesus Cristo, o Senhor Jesus é tanto o início como o fim da Lei. Ele é a pró­pria Lei: "Misericórdia quero e não sacrifício" (Mateus 12.7).

Page 37: Ensinador Cristão 55

0 comportamento dossalvos em Cristo

É possível ter esperança em meio à adversidade? Esta pergunta pode parecer mera retórica, pois uma vez proposta àquele que sofre, mas alienada da sua realidade, ela ignora o sofrimento e as circunstân­cias existenciais que a maioria dos seres humanos enfrenta no mundo. A consequência não poderia ser outra: a dissimulação de quem pergunta.

Porém, esta acusação não se pode fazer ao apóstolo Paulo. A sua esperança na adversidade está latente quando ele comunica aos seus irmãos: "As coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho" (1.12). Aqui, quem fala não é uma pessoa que se acampa e um escritório opulento e distante do sofrimento alheio, mas um ser humano que redige uma mensagem de espe­rança em um lugar contrário a qualquer esperança: a prisão. Mas resolutamente encarcerado. Como alguém como Paulo poderia estar resoluto numa prisão do primeiro século da era cristã?

A fé na soberania divina é a chave para entender a tranquilidade do apóstolo. A partir dela, ele estava convencido de que o seu sofrimento serviria para expandir o Evangelho entre os gentios. E os filipen- ses deveriam estar conscientizados disso também.

O olhar do apóstolo agora se volta para a ne­cessidade da igreja de Filipos. Paulo sabe que a igreja é perseguida e sofredora. Embora o apóstolo estivesse cheio da graça de Deus desejando ime­diatamente estar com Cristo, ao voltar sua atenção para a necessidade da comunidade de Filipos ele entra num dilema.

O dilema paulino é este: "Desejo partir e estar com Cristo", mas "ju lgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne". Aqui, descobrimos qual a esperança gloriosa do apóstolo em meio à adversi­dade: Estar com Cristo. Esta esperança deve ser a da Igreja também. Mas, em meio ao sofrimento, e após olhar para o sofrimento alheio, o apóstolo não se julga no direito de partir com Cristo sabendo que poderia ser um instrumento de Deus para encorajar irmãos na fé, edificá-los, e encorajá-los a proclamar o Evangelho ao mundo. A lição apostólica não poderia ser outra: quando olhamos para o sofrimento alheio e decidimos aliviá-lo brota em nós a esperança de sermos salvos das nossas adversidades. Estar com Cristo deve ser o nosso anseio, mas enquanto Ele não vem estaremos com Cristo juntamente com o próximo sofredor. O nosso sofrimento deve impul­sionar-nos a proclamar ao outro aquilo que nos dá esperança: o Evangelho.

Vivemos numa sociedade onde a hipocrisia é a sua maior característica. Muitos se julgam árbitro de políticos, artistas, jornalistas e etc. Outros quando perguntado sobre a corrupção no país não titu ­beiam em dizer que os políticos devem ser presos. Mas quem são as pessoas que respondem a esta pergunta? São técnicos em refrigeração, taxistas, contadores, advogados, gente que representa as mais variadas classes sociais do Brasil. Ao mes­mo tem po em que condenam a corrupção, eles cometam as maiores atrocidades éticas nas suas próprias profissões.

À luz deste contexto social e hipócrita é que somos desafiados a ler a mensagem aos Filipenses. O que nela está posta para o Corpo de Cristo é uma mensagem que não aceita uma vivência de vida du­alista. No versículo 27 do capítulo 1 o apóstolo usa a expressão "quer vá e vos veja, que esteja ausente" para denotar que o marco moral regulatório do dis­cípulo de Cristo está muito bem definido. O cristão é o que é sem ou com os olhares das pessoas. O apóstolo não admitia a ideia de uma vida "pública" e outra "privada".

Os discípulos foram chamados para salgarem e serem luz em todas as esferas da vida, onde quer que eles estejam. Tanto para a sociedade quanto para os crentes. E bem verdade que esta postura pode causar grandes oposições e incompreensões. O apóstolo Paulo alerta aos filipenses sobre isso quando disse que eles não deviam se espantar com aqueles que resistem as reivindicações do Evangelho.

E comum nos dias de hoje os obreiros que não adotam o discurso da teo log ia da prosperidade ter as portas fechadas para fazer uso do púlpito. O pregador que não adere ao "h it do momento" corre o risco de não ter acesso ao microfone. Mas este obreiro quando tem a consciência do que é realmente padecer por Cristo sabe distinguir o Evan­gelho de Cristo do falso evangelho da prosperidade. O Evangelho de Cristo é centrado na pessoa de Jesus, o da prosperidade no homem. Logo, não é possível conciliar uma mensagem materialista com aquela que reivindica a completa anulação humana dos seus próprios desejos e deleites.

A Teologia da Prosperidade é incompatível com o Evangelho pelos seguintes motivos: enquanto uma foca o si mesmo, o outro foca no outro; enquanto uma diz sim ao individualismo, o outro diz não; en­quanto uma diz "conquiste o que é seu", o outro conclama "reparta o que é seu".

Page 38: Ensinador Cristão 55

Caro professor, um termo grego muito impor­tante no capítulo 2 de Filipenses é xr|vooiç (kenosis). Este é um conceito que ganhou força na Teologia Cristã através dos séculos, pois, em Cristologia, ele trata do esvaziamento da glória divina de Jesus para tornar-se em "forma de servo, fazendo-se semelhan­te aos homens". E a iniciativa de Jesus em aniquilar a própria vontade para fazer a do Pai.

Quando estudamos Cristologia e deparamo- -nos com o milagre da encarnação de Deus em Jesus Cristo, uma pergunta é inevitável: "Como o Deus todo-poderoso, soberano e criador de todas as coisas, revelou-se plenamente a humanidade de forma tão frágil (criança) e humana (Jesus de Nazaré)? Os palácios não foram a Sua casa, muito menos o quarto nababesco de um grande hotel. O lugar que acomodou o nosso Senhor foi uma estrebaria, onde se abrigava diversos animais. O símbolo da estrebaria remonta o significado do que o apóstolo Paulo quer dizer com esvaziamento de Cristo.

Deus estava em Jesus revelando-se à huma­nidade como nunca se revelara antes: humilde, humano, servo, lavador de pés. Esta foi a causa dos judeus não reconhecê-lo como Messias, pois ele era o oposto daquilo que os judeus esperavam. Deus jamais se revelara assim tão humilde como se revelou em Jesus. Jesus, o Cristo, uma loucura para gentios e judeus.

Usando a kenosis de Deus é que o apóstolo Paulo conclama os filipenses para terem o mesmo sentim ento que predom inava em Cristo Jesus. Logo, segundo a expressão do teó logo Reinold Blank, "a kenosis de Deus implica na kenosis do hom em ". O mesmo sentim ento que estava em Jesus deve estar no homem. Aqui, a humildade de Jesus nos constrange e modela.

Uma verdade que precisa ser destacada é a de que em Jesus o homem é capaz de abdicar-se de todo sentimento de poder, egoísmo e opressão. Livrar-se de todos os atributos que descrevam um caráter soberbo, individualista, desejoso de fazer o mal. Outra verdade que deve ser ressaltada na classe é que em Jesus o ser humano é convidado a realizar a obra kenótica de si mesmo. Foi assim que Deus Pai se revelou nEle. Humilde e inimigo de qualquer artifício para fazer o mal. Conclame sua classe a ter a mesma postura de Jesus. Mostre aos alunos que o Evangelho quando encarna no discípulo de Cristo o impulsiona a fazer o bem, renunciar os próprios interesses e até mesmo amar os seus supostos inimigos.

Quem opera a salvação no homem é Deus através do Espírito Santo que convence o homem do seu estado de pecado. Quando isto acontece o homem está livre para dizer sim a graça de Deus. O arrependimento e a fé em Deus são brotados no coração do homem pelo próprio Pai. Isto faz do Senhor o autor da salvação humana. Esta verdade precisa ficar clara para os alunos.

Uma vez lavados e remidos pelo sangue do Cor­deiro o ser humano é livre para colocar em prática a consequência da salvação. O discípulo de Jesus foi chamado para produzir frutos. João 15.8 diz: "Nisto é glorificado meu Pai: que deis muitos frutos; assim serei meus discípulos". Frutos, aqui, não é ascetis­mo, arroubos exteriores e comportamentais, mas é amar "uns aos outros, assim como eu vos amei" (Jo 15.12). Esta característica é que distinguirá quem é o discípulo de Jesus: "N isto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.35). Ou seja, é pela prática do amor as outras pessoas que o mundo saberá ou não quem é discípulo de Jesus.

É com esse olhar que devemos ler a Epístola de Paulo aos filipenses. Então compreenderemos a sua conclamação: "operai a vossa salvação com tem or e tremor". A ideia desta expressão não é a de reforçar que o crente é responsável de ir ou não para o inferno segundo as suas ações. Ali, o apóstolo quer mostrar que o crente recebeu uma tão grande salvação que é inimaginável ele não por em prática esta nova reali­dade devida, pois é "Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade".

O prezado professor deve destacar para a classe que o operar a salvação é a mesma conotação vista acima no Evangelho de João para produzir frutos. É por isso que o apóstolo usa expressões tão fortes que tem haver com a relação com o próximo: "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas"; "sejais irrepreensíveis e sinceros"; "retendo a Palavra da vida".

Paulo espera ver a igreja de Filipos operando a sua salvação, pois segundo o apóstolo, não pode haver outro resultado, se não, um profundo conten­tamento e alegria do povo de Deus. Os crentes são chamados a praticar as boas obras. Estas foram pre­paradas por Deus para os nascidos de novo andarem por elas. Enfatize essa grande verdade aos alunos: não somos salvos pelas obras, mas somos salvos para produzi-las. Era inimaginável para o apóstolo um crente sem obras (amor).

Page 39: Ensinador Cristão 55

mm m m m | M H ■ ■

A fidelidade dos obreiros do Senhor

Certa feita escrevendo a Tim óteo Paulo disse: "os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganado" (2 Tm 3.13). Mas o conselho do apóstolo a T im óteo foi bem contemporâneo: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido" (2 Tm 3.14). Este era o grande desafio para os obreiros de Filipos. Por ser uma igreja nova na fé o perigo de os seus obreiros desviarem-se do alvo era iminente. Falsos ensina­dores, os gnósticos e judaizantes, se multiplicavam nas cercanias da igreja filipense.

O apóstolo Paulo apesar de estar longe tinha o seu coração inclinado para comunidade de Fili­pos. Ele era um verdadeiro pastor. O seu coração era voltado para as ovelhas. Um líder que amava a Igreja. Aqui, salta aos olhos as características basilares de um verdadeiro pastor. É a mesma que pronunciou Jesus de Nazaré: "O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). Não há dúvidas que esta era à disposição do apóstolo. Somente dá a vida por alguém, aquele que compreende o real valor do outro. Para o apóstolo o valor de uma vida era incalculável. Por isso, mesmo preso, Paulo informa o seu plano de enviar T im óteo à Filipos e a ida de Epafrodito.

O que nos chama atenção é que estes obreiros são pessoas da maior confiança de Paulo. Eles haviam aprendido o modelo paulino de liderança. Eles sabiam que o exercício do ministério de serviço (pastorado) deve levar em conta a humildade, a disposição e o amor pelas pessoas que constituem o rebanho. O ministério pastoral nunca pode ser encarado numa perspectiva dominadora; mas servi­dora, espontânea e voluntária. É naquele "espírito" de Pedro: "apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente [...] nem como tendo domínio so­bre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho" (1 Pe 5.2,3).

Nesta lição cabe uma reflexão do pastorado contemporâneo à luz do contexto evangélico atual. A cada ano a igreja evangélica se torna mais forte, midiática, política e numerosa. A tentação de ho­mens desejarem o "episcopado" pela motivação errada é enorme. Não há outro caminho a ser feito para evitar as motivações erradas que o da humilha­ção, voluntariedade e simplicidade. Por isso todo candidato ao Santo M inistério precisa beber muito dos Evangelhos e dos Apóstolos.

No capítulo três, após o apóstolo Paulo enviar o obreiro Epafrodito à Filipos, ele abre esta seção destacando a seguinte frase: "Resta, irmãos meus, que regozijeis no Senhor". O tema da alegria está implícito em toda a epístola. Um dos motivos de Paulo redigir esta carta é o sentimento nobre de alegria do apóstolo em relação aos crentes filipen- ses, pois estes o amavam demonstrando atos de amor. A alegria do Senhor dominara o coração do apóstolo. Por isso ele convoca os filipenses a se ale­grarem no Senhor, pois apesar de tudo 8 da prisão, da perseguição e do sofrimento H o Evangelho está sendo pregado e o relacionamento de amor entre o apóstolo e a Igreja estava intensificando-se. Mas os filipenses devem se prevenir do ensinojudaizante para preservar esta alegria.

Este ensino era poderoso para enterrar o regozijo do Espírito e despertar um assombroso e obscuro sentimento de tormento. Não por acaso, o apóstolo dá uma ordem imperiosa: "guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros". Estes pregavam ain­da a antiquada interpretação distorcida da doutrina mosaica, ignorando a decisão apostólica registrada em Atos 15. O apóstolo ficava enciumado pela capacidade desses falsos mestres transformarem a mensagem libertadora de Jesus numa sentença aprisionadora judaica. Para a alegria verdadeira imperar nos corações dos filipenses, estes, por sua vez, deviam se prevenir dos ensinos judaizantes e encarnar nas suas vidas não a circuncisão da carne, mas a do coração.

A circuncisão do coração não deixa marca física, não confia na carne, mas depende do Espírito exclu­sivamente. O crente circunciso de alma e coração sabe exatamente o valor e a suficiência do calvário. Neste, ele tem a certeza de que os seus pecados passados foram perdoados, em Cristo Jesus, o nosso Senhor. Os presentes e futuros estão e serão perdoados pela suficiência do sacrifício de Cristo. A consciência do discípulo é tocada pelo Espírito, pois a lei do Senhor não está registrada apenas num papel, mas na mente e no coração do crente. Esta é a certeza da fé que gera alegria no coração do discípulo. Assim, o discípulo deve ficar longe dos ensinos legalista que roubam esta certeza de vida em Cristo Jesus.

Não há nada no céu ou na terra que posa subjugar a alegria do crente quando este se acha completamente entregue a suficiência do Calvário. "Regozivai-vos sempre", diz o apóstolo.

Page 40: Ensinador Cristão 55

O apóstolo Paulo toma emprestado da cultura grega a figura do atleta. Este para alcançar o prê­mio final de uma maratona se esforça, dedica-se e trabalha com todo o esmero. Paulo não havia se enganado com a falsa ideia de que a perfeição plena era já uma realidade em sua vida. Pelo con­trário, como um atleta que se prepara à exaustão, o discípulo de Cristo deve deixar os entraves desta vida e manter o foco na pessoa de Jesus, o nosso Senhor. Para alcançar a verdadeira m aturidade espiritual o crente não pode enganar a si mesmo. Ele precisa reconhecer a verdade existencial dele mesmo. O seu estado real.

Apesar de todas as suas experiências, desde o seu encontro com o Ressuscitado no caminho para Damasco, o apóstolo dos gentios não considerava ter alcançado a perfeição, mas também não tran­sigia em afirmar: "esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo". Com estas palavras Paulo demonstra que o discípulo de Cristo sempre deve encarar a súa peregrinação cristã como um ca­minho inacabado. A vida que Deus dá ao discípulo é uma caminhada de construções e crescimentos. Uma hora ele pode cair, mas o Senhor o acolhe e levanta. Outra vez, ele pode se sentir imaturo, mas o Senhor o ensina. A vida do discípulo de Cristo está em constante desenvolvimento.

Por isso, aqui, cabe uma pergunta para a classe: Qual a sua aspiração cristã hoje?

Será que os seus alunos sabem que a vida cristã não é um mundo de fantasia? Não é a falsa ideia de ter Deus na perspectiva de um papai Noel. Ou de um garçom que está disponível a servir o próprio capricho. Explique aos seus alunos que a vida de Paulo nos mostra uma verdade inevitável. A de quem quiser viver uma vida de fidelidade a Deus e de intensa busca pela maturidade espiritual precisa reconhecer que padecerá as mesmas angústias que o apóstolo padecia.

Você ama ao Senhor? Deseja estar com Ele por onde quer que você ande? Então, o caminho é desembaraçar-se com as coisas deste mundo, pois mesmo em angústias, receberemos "o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Ter uma vida centrada na pessoa de Jesus Cristo é saber que apesar das angústias dessa vida, todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam ao Senhor.

Agora Paulo dhega a uma parte m uito im por­tante da sua carta, ele exorta os cristãos filipenses para serem firm es em Cristo na observância do Evangelho. A preocupação do apósto lo era com os falsos mestres que se aproximavam dos crentes filipenses. Estes mestres eram considerados por ele "in im igos da cruz", pessoas que trabalhavam para esvaziar o sentido da Cruz de Cristo. O após­to lo havia os en fren tado noutras ocasiões. De acordo com especialistas do Novo Testamento, é difícil identificar os inim igos da cruz, propriam en­te d ito , na carta de filipenses. Mas pelo te o r do ensino de Paulo contra uma concepção legalista de cristianism o e uma perspectiva libertina da graça, judaizantes e gnósticos são as identidades mais aceitas.

Os assuntos que Paulo trata com os filipenses não são novos, ele havia tratado desses mesmos assuntos em ocasião anterior (3.1). Mas nesta seção ele se "desespera" só de imaginar a possibilidade de os filipenses entrarem em contato com tais en­sinos. A sua preocupação é que a igreja de Filipos, recém formada, enverede pelo caminho do lega- lismo ou da libertinagem. Ambos são frontalmente contrários a natureza genuína do Evangelho.

A expressão "O deus deles é o ventre" denota aqueles que adoram a carne através das práticas sensuais desenfreadas. Eles viviam o aqui e o ago­ra, e jamais pensavam na eternidade § comamos e bebamos que amanhã morreremos. Esta postura visava destruir o Evangelho e todo o progresso dele na vida dos filipenses. Além de sensuais, os falsos mestres invalidavam a suficiência da Cruz de Cristo com suas atitudes degradantes e sem quaisquer escrúpulos. Paulo diz que para eles, não há outro destino, se não, o da perdição eterna.

Por isso o apóstolo dos gentios conclama aos filipenses a não darem ouvidos para esses falsos ensinamentos, ainda que apareçam de maneira lisonjeira. Paulo não exita de lembrá-los que a es­perança cristã está nos céus, esperando o Salvador, Jesus Cristo. O discípulo do Mestre Amado não pode viver como se Deus não existisse. O crente tem uma promessa: "[Deus] transformará o nosso corpo abatido". Ainda que vivamos tempos traba­lhosos e difíceis, o nosso coração deve estar seguro em Deus, confiante em sua promessa de que um dia Ele restaurará todas as coisas. O que sofremos hoje não se compara com a glória que em nós, o povo de Deus, há de ser revelada (Rm 8.18).

, r * ' n s i n a d o r ^ V + U ■■ CRISTÃO f

Page 41: Ensinador Cristão 55

O apóstolo Paulo abriu o capítulo 4 reconhecen­do que os filipenses eram sua alegria e coroa. A alta estima que Paulo tinha à igreja de Filipos fazia com que o apóstolo não economizasse no vocabulário, riquíssimo de nobres sentimentos. Por isso, ele exortava os filipenses a estarem firmes no Senhor, numa espécie de redundância ao assunto exposto no capítulo anterior.

Em seguida conclama a Evódia e Síntique que sentisse o mesmo sentim ento no Senhor. Amor, carinho, ternura e compaixão eram sentimentos que deviam está no coração dessas duas irmãs, pois afinal de contas, elas eram crentes fundadoras daquela comunidade. Estavam no início de tudo, lado a lado com o apóstolo na labuta da fé. Mas algo de errado ocorrera com estas duas preciosas irmãs no cotidiano da igreja.

Imediatamente Paulo pede a um obreiro local que auxilie essas irmãs, mas não somente ele, Cle­mente também e muitos outros cooperadores no Evangelho. Aquele era o momento onde os oficiais da comunidade local deviam socorrer e conciliar o relacionamento daquelas duas irmãs pioneiras. O objetivo dessa medida pastoral era que ao final de tudo, juntam ente com toda igreja, Evódia e Síntique pudessem atender a convocação paulina: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos".

Este relato ensina de maneira singular o quan­to que o discípulo de Jesus deve valorizar o bom relacionamento com os irmãos. A comunhão entre irmãos é um instrumento de Deus para levar alegria ao coração daqueles que se sentem solitários ou deprim idos. Muitos são os irmãos que não tem a oportunidade de comungar com o outro irmão da mesma fé. A luz do relato de Evódia e Síntique, o crente em Jesus é estimulado a resolver a diferença com o seu próximo e viver a alegria de Deus com os irmãos.

O ambiente que promove união e comunhão é propício para não haver inquietações das almas e confusão de espírito. Neste ambiente se torna propício em Deus as petições dos santos serem conhecidas pelos outros com oração e súplicas e ação de graças. Então a paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os corações e os sentimentos dos discípulos de Cristo Jesus, o nosso Senhor. A igreja local precisa ser este ambiente. Um lugar de Comunhão, Paz, Oração e Ação de Graças entre os irmãos.

É notório que o sistema de pensamento do mundo se volta contra tudo o que tem haver com Deus. Panoramicamente, três são os pensamentos predominantes na sociedade atual: Materialismo, Hedonismo e Relativismo.

O materialismo, ou naturalismo, é um sistema de pensamento que trabalha com a hipótese de que não há Deus, não há mundo espiritual, nem muito menos juízo final. A ideia central deste sistema é que não há nada transcendente além da matéria, do físico. As pessoas que adotam esse pensamento vivem a vida aqui e agora sem se preocuparem com o além.

O hedonismo é caracterizado por uma busca intensa e transloucada pelo prazer. E um ponto de vista utilitário da vida. Os detentores desse sistema dizem: "Se me dá prazer, eu faço; se me dá prazer, eu compro; se me dá prazer, eu quero".

O relativismo é uma concepção filosófica de meias verdade. Tudo é relativo. Não há verdade absoluta. O absoluto se relativiza. O que é verdade para mim, pode não ser para você. Cada um tem a sua própria verdade.

A mensagem do apóstolo para os filipenses é bem atual para a igreja contemporânea. Ela não nega que a fé cristã tem uma dimensão naturalista, hedonista e até relativista. Naturalista porque Deus encarnou na matéria. Fez-se carne num tem po, numa história e numa região geográfica. Hedonista porque a fé cristã possui uma dimensão de prazer em Deus. É o prazer oriundo de uma vida com Deus, onde o crente se sente preenchido por Ele. E tem uma dimensão relativista porque o Evangelho relativiza a visão de mundo que tínhamos antes de nos encontrarm os com Jesus. O Evangelho relativizou a tradição da lei e a tradição gentílica, trazendo uma novidade de vida indescritível para todo aquele que crê.

Por isso o apóstolo propõe aos crentes de Fili­pos a pensar aquilo que é do alto, pois o que vem de Deus gera vida. O que vem de Deus é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama. Mas o que oriunda de um sistema filosófico mundano é irremediavelmente oposto. E falso, desonesto, injusto, impuro, odioso, de máTama.

Uma pergunta que cabe a classe, prezado professor, é que tipo de pensamento os alunos tem cultivado nas mentes. E pensamento eterno ou efêmero? Não deixe de esclarecer que o que preencher a nossa mente determinará a nossa a ação. Deus chama os seus servos a relativizar o relativismo mundano.

v f [ 1 1 a d o ;C R IS T Ã O ___,

Page 42: Ensinador Cristão 55

Envie sua carta para CPAD

Suas críticas e sugestões são

muito importantes para a equipe de produção de Ensinador Cristão.

Av. Brasil, 34.401, Bangu 21852-000 • Rio de Janeiro (RJ) Email: ensinadorScpad.corn.ftr

• Tel.: 21 2406-7371• Fax: 21 2406-7370

"Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendim ento, e de todas as tuas forças; [...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12.30,31). Estes dois mandamentos era o estrado da prática cristã na Igreja do Primeiro Século. Eles aparecem im plicitam ente na porção escrita pelo apóstolo Paulo. Antes o apóstolo havia ordenado aos filipenses a regozijarem-se, mas agora ele é quem se regozija em Deus pela atitude amorosa dos irmãos para com a sua vida. Esses crentes, através das ofertas, supriram a necessidade do apóstolo dos gentios.

O amor mútuo e pro fundo dos irmãos filip e n ­ses pelo o apóstolo Paulo era forjado nas raias do sofrim ento. A alegria de Paulo não se deu pelo valor da oferta, mas por aquilo que ela s ignifica­va. Não era uma oferta negociada pelas regras comerciais e de mercado, mas geradas pelo amor recíproco da com unidade de Filipos para com seu pai na fé. Este ato de amor faz o apósto lo reviver reminiscências entre ele e os filipenses. Como sofreram juntos pelo o amor do Evangelho! Caminharam dia e noite ob je tivando dem onstrar a verdade que gera vida. Ao receber a oferta de amor da igreja tais recordações explodiram como bom ba no coração do apóstolo.

O apóstolo não se turbava porque através da demonstração de amor dos seus filhos na fé, ele compreendia que o próprio Cristo o fortalecera no amor partilhado pelos seus irmãos. Paulo vivia uma vida de grande contentamento em Deus, pois no amor recíproco ele sente-se recompensado por Deus em tudo. O contentamento de Paulo o faz jamais elevar a sua voz para murmurar das circuns­tâncias que lhe rodeavam. Ele compreende e aceita a vocação de padecer por amor ao Evangelho.

Interessante ressaltar que, apesar de Paulo receber o fe rtas dos irm ãos de F ilipos, a sua confiança não está nelas, pois o apósto lo estava instruído em tudo, seja no abatim ento, seja na abundância; a te r fartura como a passar fome. Esta experiência não o perm itia a dissimular e ser ava­rento. O apósto lo tinha dec id ido há m uito deixar o conforto do farisaísmo para padecer por Cristo. Ele bem sabia o que isto representava. Por isso, Paulo tinha outro olhar quando recebia a oferta de amor dos filipenses. Não para o dinheiro, mas para motivação amorosa que se escondia por de trás daquele ato filipense.

L i ç ã o13

sacrifício que pada a Deus

Chegam os ao fim da Epístola do apósto lo Paulo aos Filipenses. É importante recordar que o tema geral deste trimestre objetivou aprendermos a humildade de Jesus como exemplo para a igreja contemporânea. Em cada lição víamos a humildade do Meigo Nazareno desdobrando-se na comunidade cristã antiga. À luz da relação do apóstolo Paulo com a igreja filipense ao longo da epístola, pode-se des­tacar três lições maravilhosas para vida eclesiástica contemporânea:

Uma igreja partic ipante das aflições alheias. Quando estudamos a Epístola aos Filipenses per­cebemos que a igreja não se fechava em si mesma. Incentivada pelo apóstolo, os membros daquela com unidade eram incansáveis no amor mútuo. Sua preocupação em repartir o que tinham com o apóstolo preso denota a predisposição que os cris­tãos devem ter em repartir generosamente com o outro aquilo que tem. Este é o sacrifício que agrada a Deus: "E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada" (Hb 13.16).

Dar e receber: um ato amoroso. O apóstolo man­tém o tom de gratidão pelo carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a Epístola. Era uma recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessida­des materiais supridas pelos filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente sanados pelo apóstolo dos gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para sua igreja. Um relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo fato de estarmos liga­dos com o outro irmão pelo amor do Pai.

O verdadeiro sacrifício. Se tiver uma igreja que sa­bia adequadamente o significado da palavra sacrifício ou oblação era a de Filipos. Ela encarnou exatamente o que o apóstolo escreveu para os crentes romanos: "Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus" (Rm 12.1). Os filipenses encarna­ram isso até a última consequência. Mente, coração e corpo estavam em plena sintonia para fazer o bem, pois quem faz o bem em Deus, ama, e "quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8). Aqui, não há sacrifício maior que amar. Deus não o rejeita.

Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro significado de hum ildade, serviço e amor. Uma comunidade simples que nasceu a partir de uma simples mensagem do Evangelho, mas que tem o poder de, com simplicidade, mudar o mais duro dos corações. Ouçamos o que o Espírito diz através da comunidade de Filipos!

Page 43: Ensinador Cristão 55

b í b l i a s d e e s t u d o

Hoje existem Bíblias de todos os tipos, tamanhos e cores, mas nem todas elas te direcionam ao estudo da Palavra de Deus. Por isso, a CPAD separou para você Bíblias especiais que o ajudarão a entender e a contextualizar cada texto do Gênesis ao Apocalipse. Conhecer a Palavra é o caminho para um relacionamento com Deus. Agora sim, escolha a que mais se parece com você e comece a estudar!

íplicaçãolAplicação

Pessoal

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .liv ra r ia c p a d .c o m .b r

Page 44: Ensinador Cristão 55

Segunda Parte

^ %

M arcos Tuler é pastor, educador,

iscritor, con feren ­cista e reitor da

FAECAD.

P ro fe sso r ^ c ã o

' Ä

Po r M a r c o s T u le r

A interação professor-aLuno

na classe de adultos"O professor deve cultivar sempre o senso de novidade'

O adulto precisa ser incentivadoA ntes de in ic ia r a lição, o p ro fessor deve

p ro p ic ia r a seus a lunos boas razões para con ­tinua rem assistindo suas aulas. C o n ta r an tes

um a história in teressante, um a ilustração curiosa, uma notíc ia de ú ltim a hora ou uma experiência vivenciada p o r ele m esm o, constituem excelentes fo rm as de incen tivar o aluno.

A o escolher o e lem en to incentivador, o profes­sor deve sem pre levar em conta os interesses reais de seus alunos. Q uais são as coisas que mais lhes interessam ? Sobre que gostam de falar?

As vezes, é bom usar a lgum a con tec im en to d o m o m e n to com o ilustração, e assim re lacionar a lição com even tos e a tiv idades que este jam in te ressando os alunos na ocasião.

Q u a lq u e r que seja essa incentivação, ela deve conduzir o pensam ento , de m aneira lóg ica e fácil, para a lição p ro p ria m e n te d ita , re lac ionando o assunto à aspectos reais da vida.

O re la to de um acon tec im en to ; a le itu ra de um te x to para le lo da Bíblia; c itações de outros com en ta ris tas ; ap resen tação de um a gravura, o b je to etc. Estes são alguns dos variados recursos de que o p ro fessor de adu ltos p o d e d isp o r para viv ificar o ensino e a aprend izagem , m ed ian te sua aproxim ação com a rea lidade e com a atua lidade.

O adulto precisa ser compreendi­do, respeitado e valorizado

O pro fessor deve ouv ir e d ia lo g a r com seus alunos, levan tando as suas necessidades, p rocu ­rando a tendê-las d e n tro d o possível, d e d ican d o - -Ihes te m p o fo ra da classe da Escola D om in ica l.

Há professores que se co locam num pedesta l ju lg a n d o -se "d o n o s d o sabe r". Tais professores esquecem q u e seus a lunos, in d e p e n d e n te da "esco la rização ", possuem experiênc ias de vida dignas de serem com partilhadas. O conhecim ento que possuem , em bora , às vezes, assistem ático, constitu i m atéria ind ispensável para o e n riq u e c i­m en to do co n te ú d o da aula.

O professor jamais pode subestimar seus alunos. Deve tratá-los com respeito, va lorizando sempre suas partic ipações e com partilham ento de idéias. Todo professor deve conhecer e praticar o princípio do respeito e igualdade. Q uando o aluno percebe que seu pro fessor o respeita, sente-se ace ito e desenvolve um re lacionam ento de respeito e adm i­ração com aquele professor. Vendo-se no mesm o nível de igua ldade que ele, o aluno expressa-se com mais fac ilidade , fica à von tade para expo r suas dúvidas, fazer perguntas e conversar sobre suas idéias. Sente-se valorizado. Ele acredita que o professor não irá censurá-lo ou constrangê-lo com ju lgam entos sobre sua capacidade intelectual, mas irá ajudá-lo a se expressar melhor.

Lecionar para adultos pode ser um interessante desafio! Depende do professor

A o con trá rio do que se pensa, lecionar para adu ltos pod e ser um grande desafio . Basta ser c ria tivo , d in â m ic o e e m p re e n d e d o r. Um bom professor nunca fica satisfe ito com seu traba lho . Procura sem pre m elhorar seu desem penho. Vive na busca constante do novo, de com o criar novas expectativas em seus alunos. O ensino d inâm ico

Page 45: Ensinador Cristão 55

é a q u e le q u e p ro vo ca nos a lunos uma sensação de intensa von tade de

aprender.

Os adu ltos precisam saber que são p ro d u tiv o s e p o d e m c o m p a rtilh a r

- suas ide ias e expe riênc ias . Essas e xpe riênc ias , co ns ide radas c o n ­te ú d o d inâm ico , p o d e m até in ­

fluenc iar p o s itivam en te no am a­d u re c im e n to d e o u tra s

pessoas. Isto p o rq u e , gera lm en te , o ad u lto aprende, quando suas necessidades são sa­tis fe itas ou q uando o o b je to de es tudo tem

sign ificado pessoal para ele. Caso contrário , se vier

a fre q ü e n ta r as aulas, será, sim p lesm en te para cum prir

um p ro to co lo eclesiástico. O u, quem sabe, a rran ja r um a boa ocupação para as manhãs de d o m in g o .

Você sente a chamada de Deus para essa obra?

R e c o n h e c e a im p o r ­tância de sua tarefa?

E sforça-se para se ­g u ir o e xe m p lo de Jesus, o M estre dos mestres? 0

ConclusãoOs co m p o rta m e n to s

do professor e dos alunos estão, po rtan to , d ispostos em uma rede de interações que envolvem com unicação e com p lem en tação de papéis, o n d e ia expectativas recíprocas. Nessas interações é im po rtan te que o professor se co loque no lugar dos alunos para com preende-los (em patia), ao m esm o te m p o em que os alunos p o d e m conhecer as op in ioes, os p ro p ó s ito s e as regras que seu m estre

estabelece para o g rupo.Na in te ração há constantes trocas de

influências. O professor, a cada m om en to , procura en te n d e r as m otivaçoes e d ificu l­dades dos aprendizes, suas m aneiras de sen tir e reag ir d ian te de certas situações, fazendo com que as in te rações em sala de aula con tinuem de m o d o p rodu tivo , superando os obstácu los que surgem no p rocesso de co n s tru çã o p a rtilh a d a de conhecim en tos. Assim, co m p o rta m e n to s com o perguntar, expor, incentivar, escutar, coo rd e n a r, d e b a te r, exp lica r, ilu s tra r e outros p o d e m ser expressos pe los alunos e p e lo p ro fesso r num a rede de p a rtic i­pações onde as pessoas consideram -se rec ip rocam ente , com o in te rlocu to res que constroem o conhec im en to p e lo d ia logo .

J

Page 46: Ensinador Cristão 55

r?Sfe

, _ S * A

EviDeNCIA

E s c o l a D o m i nessencia

f i * ■ ■ ■

“Eu antes via meu filho ir à Escola Dominical e me

questionava por que eu não sentia

vontade de ir. Mas, agora, com essas

mudanças, prometi a Deus me dedicar

mais à Sua Palavra”

U OInvestimento em formação de

professores, readequação do am­biente de aprendizagem e incentivo à igreja. É com essa fórmula simples que a C ongregação C aste lão I (Setor VIII), da Assembleia de Deus Montese em Fortaleza (CE) tem conseguido reverter um quadro de pouca frequência e escasso incen­tivo à Escola Dominical.

Segundo o superintendente da ED, Adriano Reis, esses problemas ocorrem em muitas igrejas, mas ele acreditava que poderia ser diferen­te. "Nós não poderíamos deixar as coisas como estavam. Eu e meus irmãos em Cristo, que crescemos na ED, não aceitávamos que esses pro­blemas persistissem", frisa Adriano.

Segundo o superintendente, o primeiro passo foi o apoio do diri­gente, o presbitério Hermano Cam­pos, e da diretoria do campo. "Foi elaborado um plano que alcançasse toda a igreja, o qual teve como lema: 'Escola Dominical: essencial para a Igreja'. Esse plano consistiu prim eiram ente em uma reunião com toda a congregação com o objetivo de conscientizar a respeito da necessidade de ensinamento bíblico, com avisos em todos os cul­tos e breves resumos das lições nos cultos à noite. Há também uma lista especial que controla a frequência de todas as lideranças da igreja, a

w u o w y yfim de motivar o restante da igreja para estar na ED", explica.

Em relação ao Projeto, Adriano Reis acrescenta que "a Escola Domi­nical precisa ser dinâmica e pedagogi­camente eficiente, ou seja, readequar o sistema de ensino para as novas técnicas de abordagem das lições, como, por exemplo, a do audiovisual. Por isso, organizamos encontros de aperfeiçoamento dos professores com informações extras, bem como um planejamento anual, que inclue readequação da ED, agenciar pro­moções para arrecadar fundos para manutenção e aquisição de material da ED, gincana bíblica de férias em julho, comemoração do Dia Nacional da Escola Dominical, incentivo a novos talentos na docência e na secretaria, e Encontros ED nos encerramentos de trimestres", ressalta.

Mas, o superintendente observou que uma das objeções apresentadas pelos membros da igreja era o des­preparo dos professores. Então, por sugestão do dirigente, foram indica­dos dois estudantes de Teologia para assessorarem e integrarem o Depar­tamento. "A medida dinamizou as aulas. Uma consultoria na sexta-feira que antecede a aula também faz parte do projeto. Diferentemente de uma mera 'aula para professores', a consultoria é a discussão sobre a me­lhor estratégia de ministrar aulas. Ou

seja, o enfoque é didático", destaca Humberto Silva, um dos professores de apoio. Ele informou ainda que haverá também um treinamento de obreiros e professores da ED, que se iniciará no próximo mês, a fim de aperfeiçoá-los nos campos teológico e pedagógico.

Essa revitalização da ED também passou pelas classes infantis, as quais, além de agora contarem com espaço próprio, contam com as professoras investindo mais na preparação das aulas, de modo que toda aula traz uma novidade para os pequenos. Como afirma a irmã Socorro Lessa, líder das professoras de crianças, "hoje pode­mos lançar mão de vários recursos, como vídeos, músicas, colagens, ma- quetes e as mais variadas brincadeiras. Aqui, as crianças são acolhidas com muito carinho e recebem a merenda ao final das aulas. Como resultado, a frequência das crianças tem aumen­tado muito e até mesmo nos cultos à noite elas estão mais comportadas".

Assim, muitos irmãos têm se moti­vado a estar na ED, dobrando a frequ­ência em apenas dois meses. Algumas pessoas, como a irma Elza, agora se sentem motivadas: "Eu antes via meu filho ir à Escola Dominical e me ques­tionava por que eu não sentia vontade de ir. Mas, agora, com essas mudanças, prometi a Deus me dedicar mais à Sua Palavra", finaliza a aluna. $

Page 47: Ensinador Cristão 55

D a t a s C o m e m o r a t i v a s a t r a e mcrianças para a Escola Dominic.

n ?V m °m ,,,

u y y u o y y

o n o r ■ ■ ■ H In 1m {

1 11 1

De olho nas crianças e com o objetivo de ensiná-las o caminho em que elevem andar, a Assembleia de Deus em Itaoca, no bairro de Bonsucesso, Rio de Janeiro (RJ), presidida pelo pastor José Rodrigues da Silva, resolveu investir no Departamento Infantil. "Sempre digo que a igreja que investe em crianças é uma igreja inteligente, pois a família vem para a igreja por causa da criança, já que nenhum pai quer que seu filho fique em um lugar onde é mal tratado. Então, invista na criança que a família virá. Isso é fato, e vivemos isso a cada dia em nossa igreja", afirma pastor José Rodrigues.

Segundo Flavia Gregório, educadora religiosa e líder do Departamento Infantil da igreja, aproveitaras datas comemorativas e usá-las como estratégia para trazer a família dos pequeninos para Casa do Senhor é uma excelente opção, "existem várias chances para contar com a presença dos pais na igreja. Pensei em ^ quantas oportunidades temos durante ao ano para trazer pais não crentes para ouvir a Palavra e dar-lhes a oportunidade de ver seus filhos fazendo-lhes home- £ nagens", explica. ^

A líder garante que o trabalho com datas co­memorativas com base bíblica tem edificado toda a igreja. "Houve um crescimento do Departamento Infantil, onde começamos com 30 crianças e em m e-C nos de dois anos estamos com cem cordeirinhos de C Cristo. Sem falar na grandd cu operação dosjovens, que se dispuseram a nos ajudar, e principalmente do apoio dos pais, que nos ajudam em total parceria, ^ contribuindo, incentivando e caminhando com os seus filhos para a Casa do Senhor", atesta.

A dica de Flávia é simples e eficaz. "Entrei no site da CPAD e baixei o calendário de datas comemora­tivas que o site nos oferece, e comecei a preparar o calendário anual", conta.

Os bebês não ficaram de fora das atividades. "No congresso de crianças, iniciamos o conjunto 'Shekinah Baby' para bebês de 0 a 5 anos. Ainda são muitas vitó­rias a serem conquistadas, mas temos compartilhado sugestões para dinamizar ainda mais as atividades", finaliza Flávia.

■smm0

U O y y

î î ? !l o t - Ur- ’f l O U .'«mini» Certo/T . J

o u u o o o u uConfira as dicas da educadora Flávia•N o dia do índio, ensinar às crianças sobre

missões indígenas,•N o dia das mães, premiar a mãe mais velha,

a mais nova, a futura mamãe e a com mais filhos.•N o dia do soldado, trabalhamos o soldado de

Cristo, e falamos sobre a armadura espiritual.•N o dia da mulher, caracterizamos algumas

meninas como as mulheres da Bíblia.•No dia do enfermeiro, falamos sobre evangelismo,•Dia dos professores: comemoramos com um

jantar temático e palestra.•D ia do pastor: as crianças escrevem uma carta

para ele, e um dos professores se caracteriza de carteiro e entrega as cartas na hora do culto.

•C om em oram os a Páscoa com festiva l de chocolate, mas ensinando às crianças que Jesus passou pelo amargo para vivermos uma vida doce com Ele no Céu.

•Trouxemos o MC Donalds às crianças do Com­plexo do Alemão, realizando o MclevadiKids.

•N o final do ano, fizemos a transição dos Junio­res para os Adolescentes, onde fizemos um vídeo com fotos deles no Departamento Infantil, entrega­mos certificado e de presente demos uma Bíblia de Aplicação Pessoal do Adolescente (CPAD), ou seja, a primeira Bíblia de estudo deles!

•Durante o período de férias, realizamos as "Férias com Deus" com piquenique, palestra e "tela crente" (filme evangélico).

•N o encontro de crianças do campo (ECCDI), fomos para uma casa de festas com eles.

•E para encerrar o ano, no Dia da Bíblia, todas as crianças ganharam uma Bíblia de presente e monta­mos um plano de leitura bíblica do Novo Testamento e Provérbios para lermos em 2013, além de uma exposição de diversas traduções e línguas da Bíblia. .'

f ? f ? f ? ?

Page 48: Ensinador Cristão 55

■ ■ ■ ... ■

P o r A n it a O y a iz u

'-•í' - 'W ^ — ;!>— ;

A música comoi n s t r u m e n t o deensino da fé cristãA música é um dos maiores instrumentos de ensino que o professor de Escola Dominical pode utilizar para enriquecer a sua aula para as crianças

-CRISTÃO ß -------:— in;,y

Q uando o assunto é cantar, as crianças o fazem com muita natura lidade e satisfação. Tais atitudes nos levam a pensar na música como um poderoso veículo que sendo utilizado da manei­ra correta, poderá contribu ir de forma maravilho­sa para o aprendizado dessas crianças quanto ao ensino bíb lico e, por que não dizer, tam bém quanto ao evangelismo, já que os pequeninos vão cantando em todos os lugares. Por essas e outras razões, devemos atentar para questões m uito im portantes com o o uso correto dessa ferramenta: Com o devo utilizar a música como instrum ento de ensino? Com o escolher a música para as atividades e faixas etárias?

A música é sem dúv ida um dos m aiores instrumentos de ensino. A té mesmo as escolas seculares já descobriram o valor grandioso dessa ferramenta, e atualmente procuram investir no aperfeiçoamento de professores que discutem os encaminhamentos didáticos relacionados com o ensino-aprendizagem da música na escola.

Segundo a expe rien te educadora musical Teca A lencar de Brito, a música é um processo con tínuo de construção que envo lve pe rce ­ber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir. Através do seu ensino, a educadora indica ca-

Page 49: Ensinador Cristão 55

Uso a m úsica em todo m eu trabalho com as

crianças. Uso para orar, contar história, Ler a

Bíblia, falar de m issões, disciplinar, ensinar os

livros da Bíblia, ofertar, alegrar as crianças,

ensinar sobre o louvor, evangelizar etc

minhos e possib ilidades de se trabalhar com o fazer musical, pois, trata-se de uma riqueza incalculável para a fo rm ação e d u c a c io n a l da c ria n ça no processo de desenvolvim ento auditivo contribu indo de fo rm a notória para o seu crescimento sensório motor.

Segundo pesquisas de gran­des estud iosos, en tendem os que o tra b a lh o com a m úsi­ca desenvolve nas crianças a acuidade auditiva, percepção, se ns ib ilida de , as qua lidades preciosas com o coordenação motora, concentração, destre­za do raciocínio, o e qu ilíb rio em ociona l, socia lização, res­pe ito a si p róprio e ao grupo, a d iscip lina pessoal e outros, facilitando ainda o processo de alfabetização e até o estudo de línguas estrangeiras, entretanto, enquanto educadores cristãos, não devemos nos esquecer de que, a música deve ser para nós, além de tu d o isso, uma ferramenta indispensável para o ensino da fé cristã.

Esta p rec iosa fe rra m e n ta possibilita de forma prazerosa e descontra ída até mesmo a d ivulgação do Evangelho por

cantam em qualquer lugar: nas ruas, praças, escola e porque não dizer até em hospitais.

Em quase três décadas de cam inhada com o educadora cristã, tive a oportun idade e o priv ilég io de trabalhar durante nove anos como visitadora na Capelania Hospitalar, na (área de pediatria) do Hospital das C línicas e I.I.E.R Ins titu to de Infectologia Emílio Ribas. Nesta ocasião, pude constatar bem de perto o valor da música no ensi­no da fé cristã com as crianças. Usávamos essa ferramenta para comunicar as verdades bíblicas às crianças e com certeza esse veículo proporcionou de forma e fic ie n te o a p re n d iz a d o da Palavra e consequentem ente a conversão de muitos pequeni­nos e seus familiares.

Ouvi-las cantar e tocar pe­quenos instrumentos musicais v ivenciando uma situação de desconforto, pela falta de saú­de física e o inconveniente de uma tala firm ando uma venócli- se para o soro e medicação em uma das mãozinhas, e muitas vezes ardendo em febre, revela a força que a música exerce no coração dos pequeninos. A

h istória b íb lica, estim u lando, a legrando, ensinando, incen­t iv a n d o e e m o c io n a n d o os pequenos corações.

Como instrumento de ensi­no a música deve ser seleciona­da criteriosamente, fazendo-se uma ava liação do co n te ú d o doutrinário , de sua m elodia e ritmo, tendo o devido cuidado de não haver semelhança com a música mundana.

N os d ias a tua is, Satanás

Page 50: Ensinador Cristão 55

E N S IN A D O R ^C R I S T A O

Bem, esquecendo a nosta lg ia e vo lta n d o às crianças, é de sum a im p o rtâ n c ia le m b ra r que elas são atraídas pela música e p o r instrum entos musicais, p o r isso p rocu ro sem pre usar tam bém uma band inha de percussão, de fo rm a a e s tim u ­lar o ap rend izado na área m usical favo recendo o desenvo lv im en to da coo rdenação m oto ra .

O louvar a Deus faz pa rte da m inha vida, po r isso, Deus em sua m isericó rd ia ta m b é m tem me insp irado a com por. Dez dessas canções já foram gravadas pela an tiga g ravadora Patm os Music, com um cd in titu la d o "Im p o rta n te é ser C riança".

N unca tive a pre tensão de ser uma cantora, pois conheço minhas lim itações, en tre tan to tenho me esforçado para levar novas canções insp ira ­das p o r Deus com o p ro p ó s ito de usá-las com o fe rram enta de ensino da fé cristã, p o r isso estou p ro d u z in d o de fo rm a in d e pe n d e n te mais um cd, de fo rm a sim ples, mas com m u ito e m p enho e ca­rinho para meus que ridos irm ãos nos Congressos de ED p ro m o v id o s pela CPAD.

O in tu ito dessas canções é apenas de levar para m inhas irmãs e irm ãos, um m ateria l espe­cífico para d iversos m om en tos do cu lto in fantil.

N o m o m e n to possuo v in te e c inco canções infantis, das quais me a legro p o r saber que fu i presenteada p o r Deus, para escrevê-las.

Sendo a música, uma criação divina, possuímos um grande a liado, o A m ig o "E sp írito S an to" o qual nos inspira, ensina e nos faz lem bra r que o p ro p ó s ito da mesm a, para o crente, deve ser em p rim e iro lugar de ev idenc ia r g ra tid ã o ao Senhor, expressar adoração, exaltação e louvor, ex ib ir Sua grandeza, p o d e r e m ajestade. &

a p rop riado da música (Criação Divina), in fluen­ciando a m uitos com o nefasto p ropós ito de

adoração a ele p róp rio . N ão esqueçam os que estam os em um a g ra n d e guerra e sp iritu a l, con tra as hostes in fe rna is da m a ldade nas reg iões ce lestia is e p o r isso devem os estar a ten tos e v ig i­lantes aos novos estilos musicais que

tem surg ido p rinc ipa lm en te no D eparta ­m en to In fantil, com a desculpa de que, crianças

precisam de "m úsicas a leg res".Uso a música em to d o m eu tra b a lh o com as

crianças. Uso para orar, con ta r h istória, ler a Bíblia, fa la r de missões, d iscip linar, ensinar os livros da Bíblia, ofertar, a leg ra r as crianças, ensinar sobre o louvor, evange lizar etc.

A m o a música fu i criada não som ente ouv indo músicas, mas tam bém cantando, louvando a Deus com canções que evidenciam g ra tidão ao Senhor, que ena ltecem o Seu nom e, que engrandecem e e log iam os Seus fe itos , que revelam o Seu p o d e r e o Seu amor.

M eu pai era com pos ito r, e em to d a sua vida e n q u a n to e s te v e lú c id o , esc re ve u h in o s de lo u vo r a D eus. D ig o e n q u a n to esteve lú c id o , p o rq u e so freu d o M al de A lzym air, p e rd e n d o p o r c o m p le to a lu c id e z , e n tre ta n to , q u a n d o can távam os a lgum as de suas canções ou h inos da Harpa C ristã, e n q u a n to fazíam os sua h ig iene pessoal, tínham os que te r bastan te cu id a do para não erra rm os a le tra ou a m e lod ia , po is apesar a insan idade m en ta l, e le sem pre sabia q u a n d o estávam os fo ra do to m .

Era adm iráve l a sua pe rcepção m usical, ele nos co rrig ia e balançava a cabeça de fo rm a ne­gativa. O que m u ito m e adm ira , é que apesar de to d a en fe rm idade , ele nunca m urm urou, ou disse a lgo que ferisse os p rinc íp ios b íb licos. Q uando pe rgun távam os: "C o m o vai papa i, tu d o bem ? Ele logo respondia : Sim, vou m u ito bem , graças a Deus, "e s to u m e lho r do que m ereço ". Ele nunca esqueceu essa frase que ta n to usara enquan to esteve lúcido. Papai fo i meu herói na terra. D ig ite i para ele um caderno com 83 com posições de sua autoria , para a G lória de Deus, pois na verdade, ele era sem i- ana lfabeto , e p o r esse m otivo , quan­do louvo a Deus com uma de suas canções das quais vou c ita r aba ixo apenas o refrão, te n h o a p lena convicção de que o Espírito Santo de Deus

Anita Oyaizu é pedagoga,

educadora cristã, conferencista

e professora nos Congressos

Nacionais e Conferências de

Escola Dominical da CPAD.

é quem de fa to inspirava, esse poe ta . Refrão da C anção " Saudades do Lar"

"V oando , v o a n d o ,v o a n d oC om o um pássaro que vai para o n inho,A m inh 'a lm a vai se e levando Pra o re fúg io p o r a lto cam inho Vou em busca da nova c idade F lu tuando na g rande expansão S uperando a lei da g rav idade C hegare i nos porta is de S ião."

Composição: João Paulino do Nascimento Filho.(in m em orian )

Page 51: Ensinador Cristão 55

D e s c u b r a , c o m p r e e n d a e APLIQUE A MENSAGEM DA BÍBLIA

Guia Cristão de Leitura da BíbliaPrecisando de um norteador para entender a Bíblia?

Quer conhecer a Jesus? Pensa em melhorar sua vida cristã? Ensinar a Palavra de Deus? Preparar um sermão?

Descubra o caminho de Deus através de Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Uma obra completa, livro a livro, acessível e rica em informações que o ajudará a descobrir, compreender e aplicar os grandes tesouros e ensinamentos bíblicos.

• Conhecendo Jesus — Quem era o homem chamado Jesus? Como ele afeta minha vida hoje?

Ensinando a Bíblia — As verdades essenciais da Bíblia em dez doutrinas es­

senciais, incluindo Deus, Jesus Cristo e a Igreja.

• A vida cristã — Como trabalhar com a mensa­gem da Bíblia e aplicá-la em nossa vida.

Cód.: 206004 15x23cm

Capa Dura

ÎC Iírsos\juida ao rga

iariores e

>assaee

g ) nNAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .liv ra r ia c p a d .c o m .b r

Page 52: Ensinador Cristão 55

posíção bíblica

Ôs ATUALIDADE, COMO JOSH MCDOWELL, NORMAN GEiSLER, RON RHOOES E OUTROS,

a ü jà o owRP IM P «ü üw w w . c p a d . c o m . b r / r e d e s s o c i a i s

NAS MELHORES LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w .liv ra r ia c p a d .c o m .b r

Cód: 209860/14,5x22,5cm