ensinador cristão 45

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BRINDE Calendário de planejamento 2011 Ano 12 - n° 45 - www.cpad.com.br - R$ 7,20 Congresso de ED Saiba como foi a sexta ' : . edição do evento Etariedááé Instrumentos para combater o comodismo eíftfe os alun Bíblicas Artigo exclusivo sobre o tema das Lições Bíblicas do trimestre ' 41 5- .. P&k Bgração multimídia: Dinâmicas de grupo para todas as faixas etárias Subsídio semanal para Atos dos Apóstolos ^*iim a análise crítica do conteúdo e do uso da mídia C entenário das Assembleias de Deus no Brasil

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Page 1: Ensinador Cristão 45

BRIND E Calendário de

planejamento 2011

Ano 12 - n° 45 - www.cpad.com.br - R$ 7,20

Congresso de EDSaiba como foi a sexta

' : .edição do evento

Etariedááé

Instrumentos para combater o comodismo eíftfe os alun

Bíblicas

Artigo exclusivo sobre o tema das Lições Bíblicas do

trimestre

■' 4 1

5 - .. P& k

Bgração multimídia:

Dinâmicas de grupo para todas as faixas etárias

Subsídio semanal para Atos dos

Apóstolos

^*iim a análise crítica do conteúdo e do uso da mídia

C e n t e n á r io das As s e m b l e ia s d e D eu s n o Br a sil

Page 2: Ensinador Cristão 45

0 ' 3 0 e x c l u s i v a totaímenie c o l o f i í aC9 0

TEMPOSdo

AntigaV — esc

T E S T A M E fI L ... í

U m G m te x io Social. Pohtu.* -

Agora as obras Tempos do Antigo Testa­mento, de R. K. Harrison, e Tempos do

IINovo Testamento, de Merril C. Tenney, ex­ploram e explicam os personagens e aconte­cimentos do período em que os livros bíbli­cos foram escritos, revelando as influências sociais, políticas e culturais contextuai izan- do-as. Além disto, ele é repleto de mapas, fotos, gráficos e ilustrações coloridas para

, sua melhor visualização e compreensão.

TEMPOS N O V O

T E S T A M E N T OE n ten d en d o o m undo do 1’rim iiro Século

Tempos do Antigo TestamentoCód.: 167534 / 15x23,5cm / 350 páginas

Tempos do Novo TestamentoCód.: 167535 / 15x23,5cm / 384 páginas

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Tempos do Antigo Testamento Tempos do Novo TestamentoR. K. Harrison / Merril C. Tenney

É fato que a Bíblia tem muitas questões não respondidas, linguagens pouco conhecidas e tradições imprecisas que dificultam o estudo de sua história, mas chegou o momento de acabar com as dúvidas!

O M U N D O B ÍBLICOLORADO POR VOCÊ

Page 3: Ensinador Cristão 45

D » R e d a ç M

CONEXÃO PERIGOSAVIVEMOS NA CHAMADA ERA DA INFORMAÇÃO. 0 ACESSO A INTERNET, TELEVISÃO A CABO, TEM

SIDO AMPLAMENTE FACILITADO EA CADA DIA MAIS E MAIS PESSOAS INICIAM SUA TRAJETÓRIA NO

CHAMADO MUNDO VIRTUAL HOJE EM DIA, NÃOÉRARO VER CRIANÇAS DE 10, S E ATÉ COM MENOS DE

5 ANOS, PLUGADASNO COMPUTADORPOR VÁRIAS HORAS, JOGANDO GAMES OU BATENDO PAPO COM

OUTROS INTERNAI/TAS. MUITAS ‘DOMINAM" OS RECURSOS TECNOLÓGICOS ATÉ COM MAIOR FACILIDA­

DE DO QUE OS PRÓPRIOS PAIS.

ESSA INVASÃO DOS RECURSOS MULTIMÍDIAS NA SOCIEDADE TEM SEUS PONTOS POSITIVOS, MAS

TAMBÉM OS PREOCUPANTES ESTUDOS APONTAM QUE OS BRASILEIROS INVESTEM MAIS TEMPO VENDO

TV E NAVEGANDO NA INTERNET DO QUE LENDO. ISSO É APENAS UM DOS FATORES ALARMANTES OS

EFEITOS NEGATIVOS DO EXCESSO DE EXPOSIÇÃO ÀS MÍDIAS ELETRÔNICAS NA VIDA DAS CRIANÇAS E

ADOLESCENTES SÃO AINDA MAIS PREJUDICIAIS.

VIOLÊNCIA, SEXUALIDADE, DROGAS, OBESIDADE E TRANSTORNOS AUMENTARES SÃO ALGUNS DOS

PROBLEMAS DECORRENTES DESSA EXPOSIÇÃO INTENSA Â MÍDIA NO PÚBLICO INFANTO-JUVENIL ESTE

TEMA, TÃO ATUAL E IMPORTANTE PARA PAIS E EDUCADORES, É ABORDADO DE FORMA DIRETA E

ESCLARECEDORA PELO PASTOR ELIEZER MORAIS, NO ARTIGO DE CAPA DESTA EDIÇÃO.

ELEDESTACA NO M O : ‘PROFESSORES, PAIS, MÉDICOS, TODOS DEVEM TER CONSCIÊNCIA DOSffBTOS

NEGATIVOSDA MÍDIA SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO DOS JOVENS. ESSA CONSCIENTIIAÇÃO PODERIA PASSAR

A SER ASSUNTO OBRIGATÓRIO NAS ESCOIAS SECULARES E NA ESCOIA DOMINICAL DE NOSSAS IGREJAS”.

UM TEXTO PARA SERUDO, REFLUÍDO E DISCUTIDO ENTRE OS ALUNOS, FILHOS EPAIS. COM INFORMA­

ÇÃO ACERCA DO QUE É O UNIVERSO DIGITAL, SEUS BENEFÍCIOS (OUE SÃO IMENSOS, NÃOPODEMOS

IGNORÁ-LOS) E MALEFÍCIOS, FICA MAIS FÁCIL EVITAR QUE UMA ARMA POSITIVA SEJA UM CANAL DE

MALDIÇÃO E DESTRUIÇÃO PARA NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

EXERÇA SEU PAPEL DE EDUCADOR ANALISANDO CRITICAMENTE OS EFEITOS DESSE EXCESSO DE EXPOSI­

ÇÃO À MÍDIA, ALERTANDO SEUS ALUNOS PARA ESSA REALIDADE

UM EXCELENTE ANOI

Presidente da Convenção GeralJosé Wellington Bezerra da Costa

Presidente do Conselho AdministrativoJosé Wellington Costa Júnior

Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza

Editor-chefeSilas Daniel

EditoraEveline Ventura

Gerente de PublicaçõesClaudionor Corrêa de .Andrade

Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomíim

Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva

Gerente Comercial Cícero da Silva

Pauta Gilda Júlio

P rojeto G rá fico Rafael Paixão

Central de Vendas CPADRio de Janeiro - 3171.2723

Demais localidades - 0800-21.7373 [email protected]

Atendimento para assinaturasFones 21-2406-7416 e 2406-741S

[email protected]

SAC - Serviço de atendimento ao consumidorAndréia Célia Dionísio Fone 0800-21.7375

Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assem- bléias de Deus.Correspondência para publicação deve ser endereçada ao De­partamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei-por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. O mesmo princípio vale para anúncios.

Casa Publicadora das Assembléias de DeusAv. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP 21832-002Rio de Janeiro - RJ - Fone 21-2406.7403 - Fa\ [email protected]

Ouvidoriaou v idoria@cpa d.com .br

Número avulso: R$ 7,20 Assinatura bianual: RS 53,80

Design & EditoraçãoAlexander Diniz

FotosLucy ano Correia

Page 4: Ensinador Cristão 45

06 Geração multimídia: uma análisecrítica do conteúdo e uso da mídia

14 Os atos do Espírito Santo na vida da Igreja

30 Etariedade e Segmentação na Escola Dominical

48 A idade de Ouro

05 Espaço do Leitor

10 ED em Foco

11 Conversa Franca

17 Exemplo de Mestre

22 Reportagem

29 Sala de Leitura

32 Boas Ideias

44 Professor em Ação

46 Em evidência

Subsídios paraSubsídios para Atos dos Apóstolos Até aos confins da Terra

AssinaturaReclamação,

crítica e sugestão ligue

21- 2406.74162406.7418

S e t o r d e a ssin a tu r a s

Atendimento a todos os nossos periódicos

Mensageiro da Paz Manual do Obreiro

• G e ração JC Ensinador Cristão

assinaturas@cpad. com.br

Divulgue as atividades do Departamento

de Ensino de sua igreja

Entre em contato com Ensinador Cristão

Avenida Brasil, 34.401, Bangu Rio de Janeiro (RJ)

CEP 21852-000Lições Bíblicas

Telefone 21-2406.7403 Fax 2406.7370

[email protected]

Page 5: Ensinador Cristão 45

m

l e t t o n .

ExcelênciaQuero parabenizar a revista Ensi­nador Cristão pela excelência das matérias, sempre com artigos atuais e edificantes, seções enriquecedoras e subsídios que contribuem para o crescimento e o alcance da maturi­dade cristã de todos os leitores, mas principalmente dos amantes da nossa Escola Dominical. A revista Ensinador Cristão é uma ferra­menta de auxílio, complemento e aprendizado tão importante que não pode faltar na mesa de estudo do professor. Que Deus os abençoe ricamente!Rosemilto Fonseca facareí (SP

Ensinador responde:A Paz do Senhor, irmão Manuel. Agradecemos por entrar em contato conosco. O irmão pode obter mais informações sobre o trabalho desen­volvido pela classe Luz do Mundo, citada na matéria, por meio do blog da classe, no endereço www.classeluzdomundo.blogspot.com.

Aprendizado

Sou professor da ED da cidade de Alvorada, Rio Grande do Sul, e leitor assíduo da revista Ensina­dor Cristão. Quero parabenizar pelo belo trabalho, especialm ente pelos artigos que são publicados nessa revista, que tenho tirado grande proveito e aprendizado. Procuro aplicar o que aprendo naED onde congrego. Que Deus vos abençoe.

João Elias Ferreira Soares Por e-mail

JovensParabéns pela publicação da matéria Classe de jovens é destaque em SP, tratand o da classe Luz do Mundo, da Igreja AD de Cachoeira Paulista (SP), na edição 43 (jul-ago-set/2009). Sou professor de ED para jovens e me inter­essei muito em entrar em contato com os irmãos daquela igreja, pois gostaria de obter cópias dos projetos divulgados e outros, pois viso sempre o crescimento de alunos da classe para a qual leciono. Ficarei muito grato com o retomo deste contato.Que Deus continue a abençoar os re­sponsáveis por esta revista, pois tem proporcionado melhorias em minha atuação no magistério bíblico e no crescimento espiritual dos jovens de minha classe.

M anuel Antonio Silves (AM)

Curso

Há alguns meses conheci através da revista Ensi­nador Cristão um curso de formação de professores de Escola Dominical. Na ocasião, verifiquei que o mesmo era em partes, mas não tive oportunidade de adquirir o mesmo. Gostaria de saber se é possível adquiri-lo e qual a forma.

Ni/lcymar Rocha Ecoporanga (ES)

Ensinador respondeA Paz do Senhor, irmão Nylcymar. Agra­

decemos por escrever para a Ensinador. Para adquirir edições anteriores, por favor, entre em

contato com o Setor de Assinaturas, através dos telefones (21) 2406-7416/2406-7418 ou, ainda,

pelo e-mail [email protected].

Com unique-se co m a Ensinador CristãoPor carta: Av. Brasil, 34.401, Emgu-21 $52-002, Rk)dt'J.ineiro/Kj

Por fax: 21-2406.7370 Por em ail: [email protected]

S w a ofeúiiã& é éMtfeonfarttc fama, vtó&!D evido ãs lim itações de espaço, as cartas serão se­lec io n ad as e tran scritas na íntegra ou em trech os

I considerados mais significativos. Serão publicadas as | correspondências assinadas e que contenham nom e e | endereço completos e legíveis. No caso de uso de fax [ ou e-mail, só serão publicadas as cartas que informn- [ rem também a cidade e o Estado onde o leitor reside.

Livio-teK

Page 6: Ensinador Cristão 45

uma análise crítica do c<O papel das mídias

O texto bíblico de Daniel 12.34 diz: "Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente. E tu, Daniel, fecha as palavras e sela este livro, até o fim do tempo; muitos corre­rão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará".

Conforme Daniel profetizou, esta­mos vivendo, no mundo globalizado, na era da informação e do conheci­

mento, do desenvolvimento tecnológico. Atualmente, em

j algumas áreas de trabalho, as máquinas estão fazendo praticamente todo o serviço. Na visão de alguns especialis­tas, estamos na aurora de uma nova renascença, desencadeada por uma revolução nas comu­nicações, com enorme impacto em todos os aspectos de nossas

vidas, na educação, na cultura, no trabalho e no mundo dos negó­cios. Mudanças que sinalizam para uma profunda transformação da prática, tanto na educação secular

quanto na educação cristã através pt' da Escola Dominical.

Uma série de pesquisas \ vem mostrando que os

brasileiros investem mais tempo vendo TV e na-

II . »4 vegando na web do que lendo. Passam 18,4 horas

. semanais assistindo TV; 17,2 horas ouvin­do rádio e 10,5 horas navegando na inter­net para assuntos não relacionados

s novas tecnologias de comunicação, notadamente os computadores e softwares têm transformado de forma radical a vida de nossa sociedade nos

últimos anos."Ao interferir no modo de perceber o mundo, de se

expressar sobre ele e de transformá-lo, estas técnicas mo­dificam o ser humano" (Belloni, 2005, p. 17).

Faz-se, portanto, necessário, refletir sobre a presença das novas tecnologias em nossas vidas, para que delas possamos nos apropriar de forma crítica e criativa.

Por Eliezer Morais

Page 7: Ensinador Cristão 45

multimídia:nteúdo e do uso da mídia

ao trabalho, e investem apenas 5,2 horas consumindo mídias impressas (NOP World - www.nopworld.com). A forte relação brasileira com a TV é reforçada pela pesquisa Kiddo's - Latin JÈnerica Kids Study 2003, mencionando que entre os entrevistados brasileiros, 99% tem a televisão como principal veículo de entretenimento e 81% a assistem duas horas ou mais por dia.

Influência das mídiasEstá constatado que a introdução

das tecnologias de informação e comu­nicação ao longo do século 20 trouxe para o cotidiano das pessoas uma série de mudanças nos modos de acesso ao conhecimento, nas formas de relacio­namento interpessoal, nas instituições e processos sociais, entre outras. A vida cotidiana está hoje mergulhada nas mo­dernas tecnologias de comunicação, e isso traz grandes desafios para os cam­pos da educação secular e da educação cristã. Citando dois educadores que refletem sobre a influência da mídia, Belloni destaca que "o mundo con­temporâneo é caracterizado por uma tecnificação crescente, não só do mundo do trabalho, mas de outras esferas da vida social, o lazer, a cultura, as relações pessoais" (BELLONI, 2005, p.17).

A integração entre as tecnologias de informação e comunicação e a educa­ção deve ser dada em duas dimensões indissociáveis (Belloni,2005. p.9): como ferramenta pedagógica e como objeto de estudo. Esta é uma perspectiva de formação para a cidadania do século 21, porque os jovens precisam não só aprendera ler, mas também a 'escrever' através dos meios de comunicação do seu tempo.

Efeitos negativos sobre a saúde de crianças e adolescentes

Já é bem reconhecido que o excesso de exposição à mídia eletrônica está associado a alguns problemas de saúde entre as crianças e adolescentes quando passam a concorrer com as horas de sono, aumentando o risco de obesidade, transtornos do humor (depressão), processos alérgicos e exacerbação de crises de asma. Mas isso é só uma parte do problema. Quando partimos para a questão da qualidade do material a que os jo­vens são expostos, a influência negativa pode ir muito além.

Crianças e adolescentes costumam passar mais de seis horas por dia nos diferentes tipos de mídia, mais do que o tempo em que ficam na escola. A presença de tevês, video­games e computadores dentro dos quartos favorece sobre­maneira essa mega exposição à mídia, já que por mais que os pais acreditem que deva haver limites, dentro do quarto tudo é mais difícil de controlar. Todos devem ter consciência do quanto o consumo de material inapropriado na mídia pode afetar o desenvolvimento da garotada e a ciência já demonstrou esse efeito em diversos aspectos:

Violência. As atitudes são aprendidas em idade muito pre­coce, e depois de aprendidas, é difícil modificá-las. Estima-se que a violência veiculada pela mídia colabore com 10% da violência no mundo real. Os games de conteúdo violento também estão na lista dos "colaboradores".

Sexualidade. Inúmeros estudos têm demonstrado a asso­ciação entre exposição a conteúdo sexual na mídia ao início precoce da vida sexual.

Drogas. Filmes com cenas de cigarro são considerados como um dos fatores mais associados ao início do hábito de­fumar entre os jovens. O mesmo pode-se dizer sobre propa­gandas de álcool e cigarro.

Obesidade. O tempo gasto com games, TV e internet, con­corre com o tempo que o jovem poderia estar praticando uma atividade física. É fato também que se come mais quando se está na frente da TV. Além disso, há um bombardeio de publi­cidade de alimentos "calóricos" que contribui para que a mídia seja implicada no avanço da pandemia de obesidade.

Transtornos alimentares. A mídia é considerada como a maior referência para a formação da imagem que um ado­lescente tem do seu próprio corpo. Estudos têm revelado que a mídia realmente tem influência no desenvolvimento de transtornos como bulimia e anorexia.

D

*r

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Professores, pais, médicos, todos devem ter consciência dos efeitos Preparar o p lano de ensinonegativos da mídia sobre o desenvolvimento dos jovens. Essa conscien- Entende-se que o planejamento étização poderia passar a ser assunto obrigatório nas escolas seculares e um conjunto coordenado e organizadona Escola Dominical de nossas igrejas. Os pais deveriam limitar o uso de ações que visam alcançar a realiza­da TV e da Internet a, no máximo, duas horas por dia (recomendação ção de determinados objetivos. Por isso,da Academia Americana de Pediatria), e sempre quando possível, as- o professor deve:sistir aos programas de TVjunto aos jovens. Deveriam também evitar Elaborar o plano: conhecendo aa presença do computador e da TV no quarto dos filhos, deveriam realidade do aluno (familiar, social,desligar a TV na hora das refeições, e no caso de crianças menores de econômica, educacional e espiritual),dois anos de idade, evitar a TV de uma forma geral. o número de alunos, o tamanho e a

Por outro lado, a mídia pode ser um forte aliado no desenvolvi- localização da sala de aula, os equipa­mento dos jovens, tanto em casa, na escola como na rua. A questão mentos e as instalações físicas, a idadeprincipal é que ela seja de boa qualidade e que não sacrifique as dos alunos, o currículo e o grupo deoutras atividades, como por exemplo, a atividade física. Quando se professores;percebe que crianças e adolescentes passam mais tempo na mídia • Executar o plano;eletrônica do que na escola ou em qualquer outro tipo de atividade • Avaliar e aperfeiçoar o plano;de lazer, alguma atitude precisa ser tomada. • Escolher e usar métodos criativos: Em

seu ministério de ensino, Jesus usou O papel do professor da ED na formação da uma variedade de métodos adequadosgeração multimídia para que as pessoas que Ele ensinava

O papel do professor em meio a esse mundo tecnológico não é fossem levadas à ação, à obediênciasomente saber transmitir o conhecimento bíblico para os alunos, e ao crescimento. Os objetivos fazemmas estimular os alunos a usarem os recursos que a ciência coloca a parte da vida do aluno, enquanto quedisposição deles para que criem inúmeras possibilidades que permi- os métodos se prestam a ajudar natam o crescimento na graça e no conhecimento e também o sentido perseguição do objetivo. Por isso, ocorreto de pensar, de agir e de viver o que Jesus ensinou. ensino da Bíblia para a geração multi-

Há algumas questões básicas que devem nortear a mente do mídia deve ajudá-los a compreender aprofessor a fim de que haja um bom aproveitamento na aprendi- verdade da Palavra de Deus e aplicá-lazagem dos princípios e valores cristãos, que serão determinantes em sua vida.na formação integral das crianças e dos adolescentes, contribuindo Jesus Cristo, o Mestre perfeito, é opara terem um senso crítico e estarem atentos no conteúdo e no uso modelo para nossa escolha no uso deadequado das mídias que estão à disposição. métodos criativos. Com sua maneira

"Ensinar é proporcionar mudança de comportamento através de peculiar de ensinar seus ouvintes, com­um despertamento da mente do aluno, guiando-o no processo de binava suas palavras com sua obra.aprendizagem". Este conceito remete o educador cristão a pensar Segundo Robert Joseph Choume agir como um cooperador junto aos seus alunos para que eles Júnior, no livro Manual de Ensino parafaçam o uso correto das mídias que estão a sua disposição. Por isso, o Educador Cristão, editado pela CPAD,o professor da Escola Dominical deve: Jesus usou os seguintes métodos em seu

ministério de ensino e pregação: Elaborar objetivos gerais e específicos de ensino Lições práticas (Jo 4.1-42). Usou a co-Ensinar a Bíblia para esta geração requer que o ensinador ou nhecidíssima água para ajudar mulher

o professor consiga fazer com que o conhecimento da Palavra de samaritana a entender a desconhecidaDeus e o Espírito Santo sejam os dois meios principais para ambos "água da vida",interagirem com as situações da vida do aluno. Os objetivos traçados Pontos de contato (Jo 1.35-51). Servia-devem fazer com que os alunos estejam aptos a usarem os princípios se de oportunidades para construirensinados e aprendidos quando tiverem de enfrentar as tentações, relacionamentos com pessoas: André,que provavelmente virão, ou que estão expostas na mídia. João, Pedro, Filipe e Natanael.

8

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Oportunidades individuais (Jo 3.1-21; 4.5-23). Jesus tomava a iniciativa de impressionar indivíduos, ajudando-os a entender quem Ele era e o que ia fazer.

Exemplo (Mt 15.32; Lc 18.15-17). Jesus, o Mestre em ensinar, era a Verdade e modelou o que significava ser um Homem que amava o Deus Pai.

Motivação (Mt 16.24-27; 20.21-28; Mc 1.16-18). Jesus moti­vava seus seguidores a ação. Ele suscitava uma resposta do interior das pessoas para a santidade e obediência ao Pai.

Impressão e expressão (Mt 4.19,20; 7.20). Jesus usou a si mesmo para impressionar e motivar seus seguidores a agir e obedecer. Ele era Deus feito carne, não obstante, ajudou seus discípulos a decidir por si mesmos.

Ele mesmo (Mt 28.19-20). Jesus possuía as qualidades de um grande mestre: visão global, entendimento do homem, capacidade de ensinar e uma vida que era exemplo para aqueles a quem ensinava.

A Igreja do Senhor Jesus, com seus múltiplos ministérios, especialmente os educadores cristãos podem contribuir para minimizar os efeitos negativos que a mídia mundana traz so­bre a geração multimídia. Hoje, a revolução da alta tecnologia permite que tenhamos ingresso instantâneo a todos os recursos. Porém, temos que nos lembrar que embora as máquinas pos­sam fazer um trabalho melhor ao transmitir certa informação afetiva, elas não comunicam. As pessoas sim. Sempre haverá espaço para comunicarmos a mensagem de Cristo. í£S»

BELLONI, M aria Luiza. O que é Mídia-Educação. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

OROFINO, Maria Isabel. Mídias e Mediação Escolar: pedagogia dos meios, parti­cipação e visibilidade. 1" Ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2005.

HENDR1CKS, Howard. Manual de Ensino para o Educador Cristão: com­preendendo as bases, a natureza e o alcance do verdadeiro ensino cristão. í.ed . Rio de janeiro: CPÄD, 7999.

LEFEVER, M arlene D. Estilos de Aprendizagem: como alcançar cada um que Deus lhe confiou para ensinar, l.ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

LEFEVER, M arlene D. M étodos Criatiz’os de Ensino: como ser um professor eficaz, l.ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Page 10: Ensinador Cristão 45

Æ \ [ j x ô ) 0 ® © CB4D

Conhecida em todo país, e no exterior, por sua forte ligação com a Escola Dominical, a CPAD mais uma vez dá um passo

significativo no apoio e incentivo ao ensino sistem ático da Palavra, promovendo uma campanha de in­centivo à Escola Dominical.

Em parceria com a liderança das igrejas Assembleias de Deus em todo o Brasil, a Casa está lançando a Ação de Promoção e Fortalecimento da Es­cola Dominical. Professores, superin­tendentes e amantes da ED já podem ter acesso a uma série de materiais da campanha, que poderão ser baixados gratuitamente no site www.cpad. com.br/escoladominical. São eles: um layout para estampa de camiseta com a marca da campanha, banner, um vídeo institucional do projeto e um arquivo em Power Point. Além desses recursos, a CPAD também irá doar para as igrejas cartazes e folhe­tos motivacionais. As informações de como adquiri-los estarão disponíveis no site.

O que é a campanhaNos últimos 36 anos, a CPAD já

realizou dezenas de conferências regionais e congressos nacionais de Escola Dominical, além de centenas de Cursos de Aperfeiçoamento para

EU

Professores de Escola Dominical (Ca- ped). Incrementou e lançou também, nos últimos anos, novos e modernos currículos para suas revistas domi­nicais, reconhecidas em todo o Brasil pela sua excelência. Com o lançamen­to da campanha, a Casa dá mais um passo na divulgação e fortalecimento da ED em todo país, destacando-se ainda mais como a Editora da Escola Dominical.

O objetivo é, ao final de cada trimestre, sempre no último domin­go que antecede o início do novo trimestre e, portanto, de uma nova revista de Lições Bíblicas, cada pas­tor separar pelo menos 30 minutos do culto à noite para ele mesmo ou o superintendente de ED local divulgar a importância da ED para o crente e apresentar os temas das lições do novo trimestre, com a ajuda

do material que estará disponível gratuitamente no site.

De acordo com o diretor-executi- vo da CPAD, Ronaldo Rodrigues dos Santos, "o nosso propósito é, em par­ceria com a liderança das igrejas no Brasil, conscientizar os crentes sobre a importância da Escola Dominical para o seu crescimento espiritual", explica. Hoje, apenas cerca de 35% dos membros das igrejas no Brasil são alunos da Escola Dom inical. Com a ação, que deverá começar já no último domingo de dezembro de 2010, o propósito é levar a maioria dos crentes às aulas de ED.

Não deixe de participar da campa­nha. Lembrando que mais orientações sobre essa ação promocional e o ma­terial para promovê-la podem ser en­contrados gratuitamente no site www. cpad.com.br/escoladominical

Page 11: Ensinador Cristão 45

& < u tven àt1 r3 fK Z u ctiPor Gláucia Montes e Síndra Freitas

Cumprindoo Ide de JesusA terceira edição do Prêmio Professor de ED

do Ano foi marcada por trabalhos emo­cionantes e uma dificuldade ainda maior para escolher o vencedor. A equipe que avaliou

os trabalhos afirma que a qualidade do material recebido aumentou consideravelmente e, com isso, a eleição tomou-se mais acirrada. Entre as centenas de projetos inscritos, no entanto, um foi escolhido como o melhor: o da professora Rosângela Feitosa Vieira, membro da AD em Petrolina (PE), liderada pelo pastor Elci Ribeiro da Silva.

O trabalho desenvolvido por essa dedicada educadora comoveu toda a equipe. Sem desanimar diante as dificuldades, ela dribla as adversidades para desenvolver seu chamado da melhor forma possível, cumprindo a ordenança bíblica registra­da em Marcos 16.15: "Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura". Conheça aqui a

ganhadora do Prêmio Professor de ED do Ano de 2010, que recebeu a

premiação no 6o Congresso de ED, realizado em Maceió, nos

dias 23 a 26 de setembro do ano passado.

f f l

Page 12: Ensinador Cristão 45

■ Fale sobre o início de sua carreira como professora de ED.

Durante a minha infância, a minha professora do primário na Escola Domi­nical, com um exemplar de uma lição em suas mãos, falou comigo da seguinte for­ma: "Guarda esta lição! Você vai precisar dela". Mais tarde, aos 14 anos, eu adentrei pela primeira vez em uma sala de aula para auxiliar minha professora. A partir desse momento, o Senhor foi abrindo meus horizontes, e passei a me dedicar cada vez mais nessa área. Desde então continuo envolvida com Escola Dominical e não parei mais.■ A senhora sempre foi criada na igreja? Qual a importância dos ensi­namentos bíblicos passados por seus pais para a sua formação?

Sou e evangélica desde a minha in­fância. Meus pais sempre tiveram um papel muito importante na minha vida espiritual. Quando pequena, eles sempre me conduziam à Escola Dominical, ao Cír­culo de Oração infantil e ao culto infantil. Agradeço muito a Deus por meus pais serem instrumentos para me conduzirem nos caminhos do Senhor.

O ensino bíblico que recebi fo i de grande valia. Meus pais se preocupa­ram que eu conhecesse Jesus na minha infância e que o servisse por toda a minha vida.

Aos nove anos, já auxiliava minha mãe no círculo de oração infantil. Aos 14, já estava à frente da classe de primários na Escola Dominical, na qual cooperei por 15 anos como professora, ensinando a Palavra de Deus.■ Qual foi a contribuição que a ED trouxe para a sua vida?

A Escola Dominical contribuiu mui­to em minha carreira espiritual. Nela eu aprendi muito acerca da doutrina bíblica, e quando nós aprendemos, nós também repassamos esse conhecimento para outras pessoas; dessa forma eu não posso esquecer que as lições ministradas me ajudaram a desenvolver a minha vida espiritual, e pude entender que a medida que aprendemos, Deus abre um leque e novos horizontes vão surgindo, e

isto aconteceu comigo através da Escola Dominical.■ Fale sobre o trabalho que a senho­ra desenvolve.

Atualmente eu exerço a função de coordenadora do Departamento Infan­til na cidade de Petrolina, e trabalho juntam ente com meu esposo na área rural, onde administramos um trabalho de evangelismo para pessoas que não podem frequentar uma igreja por causa da distância. Para suprir essa necessi­dade, Deus colocou aos meus cuidados a função de levar àquelas vidas a sua mensagem, por ser um local desprovido de recursos. Mas, com certeza, o Céu também se abre naquele lugar. Eu tenho

“O ensino bíblico que vecebi foi

de grande valia.Meus pais se

preocuparam que eu conhecesse Jesus na minha

infância”

visto o agir de Deus lá. E esse trabalho estimula as pessoas a tomarem gosto pela leitura, e conhecer cada vez mais a Jesus, desperta o interesse em saber o que Ele tem para elas... Lá também acontece o batismo no Espírito Santo em crianças.■ O trabalho de evangelismo é de­senvolvido na área rural. Isso é feito durante a semana? Quais os dias?

Nosso projeto fo i desenvolvido na área rural de nossa cidade, onde meu esposo coopera. Temos 12 congregações e alguns trabalhos em lotes e fazendas. Assim percebem os a necessidade de alcançarmos fam ílias que não tinham

acesso aos nossos templos. Deus nos dirigiu para criarmos o projeto ED mó­vel, com finalidade de alcançá-los para o Senhor. Nosso trabalho é realizado aos sábados e domingos, quatro vezes no mês, em horário alternado com a ED, assim podemos aproveitar o material humano disponível.B Gostaria que você nos falasse mais detalhadamente sobre como é feito o trabalho. Que recursos u tiliza? Quais as faixas etárias atende? Há quanto tempo reali­za este trabalho na área rural de Petrolina?

Nosso recurso básico é a Bíblia Sagra­da, o material da Cpad, como revista do professor com seus visuais, cartazes, his­tórias ilustradas, dinâmicas, palestras, álbum seriado, quadro branco etc.

Nós alcançamos principalmente as faixas infantis, tendo também alcançado adolescentes, jovens e até mesmo seus pais. Temos visto Deus agir em muitas vidas, salvando pessoas que de certa form a são marginalizadas e excluídas pela sociedade, analfabetas e sem a as­sistência social devida do Estado, mas que precisam de Jesus.

Como professora, coopero há 20 anos na ED. Sou coordenadora do Departa­mento Infantil de nossa Igreja, abrangen­do 110 congregações. Ainda me dedico a outras atividades da igreja, sou grata ao Meu Deus por esta oportunidade de co­operar nesta obra e contemplar os frutos que temos colhido neste projeto.

B Quais as principais dificuldades que a senhora enfrenta para desen­volver esse trabalho?

Eu prefiro classificar como "desafios", e são grandes, eu sempre digo isso às mi­nhas irmãs. Eu gosto de encarar a todos eles. Eu posso afirmar que consigo vencê- los porque sei que Jesus está à dianteira, abrindo caminhos e me orientando sobreo que fazer.B O local onde a senhora trabalha é distante?

Sim, é distante e também existe o es­tresse provocado pelo calor, além de ser

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localizado abaixo de árvores. O nome do trabalho é Projeto Senhor Nilo Coelho. Trata-se de um local de irrigação e as pessoas contempladas são trabalhadores rurais e moram no local. O ônibus não entra no local e essa situação nos leva a utilizar os mais variados meios de transporte, como motos, bicicleta, carros e mesmo a pé.I Qual a sua opinião sobre a inicia­tiva da CPAD em premiar os profes­sores de ED?

Com certeza uma maravilha! Porque quem já desempenha a função, percebe a preocupação da Casa em reconhecer o tra­balho do professor. Aquele que trabalha junto aos humildes, mas se está traba­lhando para Jesus, a CPAD comparece, conhece o trabalho desenvolvido e revela para todos conhecerem.■ Pude perceber a sua efusiva de­monstração de alegria depois que recebeu a notícia que era a ganha­dora do prêmio. A senhora recebeu algum comunicado que estava entre as finalistas?

Meus colegas chegaram a me per­guntar se eu havia recebido alguma no­tícia por parte da CPAD, e eu respondi que não. Ninguém havia me chamado, mas vou continuar insistindo, disse naquele momento, e acrescentei que se eu não ganhasse, no próximo ano eu ia tentar novamente, porque meu currí­culo eu devia levar ao meu pastor, e ele aprovou. Levei para Recife, e lá também eles aprovaram. Eu disse: “Só fa lta agora receber a notícia da CPAD". Eu arrumei a minha mala, e nada. Fiquei preocupada e disse: "Meu Deus! Eu vou ou não?" Eu sabia que seria divulgadoo nome das pessoas, mas eu vou saber o que elas fizeram, para seguir seus exem­plos. Mas... quando disseram o nome do Estado de Pernambuco, e em seguida,o nome Rosângela fo i pronunciado, a alegria fo i tão grande, que até agora estou emocionada.B Nesse período que a senhora está trabalhando como professora, existe alguma experiência que a tenha mar­cado e queira compartilhar?

Há 18 anos eu trabalho com crian­ças, e houve uma época em que eu pensei em desistir do trabalho infantil. Eu não disse nada ao meu dirigente e mais nin­guém, somente a Jesus. E quando estava ministrando a minha última aula, uma criança se levantou e disse: "Professora, não desista!". Eu levantei os meus olhos e disse: "Eu não vou chorar, porque a decisão está tomada". Mas, mesmo as­sim, aquela criança saiu do seu lugar, e me deu um abraço. Naquele momento senti que o Espírito Santo me consolou e disse: "Continue". Eu estou até hoje

exercendo essa função. Uma criança fo i usada por Deus para me dar aquela mensagem. Este fato ocorreu há cinco anos.| Qual a importância dos líderes apoiarem o ministério do ensino na igreja?

Tem sido muito importante! O meu pastor é o melhor exemplo, pois ele tem ajudado bastante e dispensado a sua mão amiga concedendo total apoio. Ele tem

repassado o material didático para nós, o transporte é outro fator determinante, te­mos tido o planejamento de aula, elaborado pelo ministério. Os professores preparam o plano de aula e o expõe aos nossos superio­res e assim recebemos total apoio.M Qual a sua opinião sobre o con­gresso? O que mais lhe chamou a atenção?

Este fo i o segundo que compareci, já havia participado do evento que fo i realizado em Natal (RN). Gostei muito porque eu pude ver novidades, participei das aulas ministradas pelas educadoras convidadas do evento, e digo que fo i de uma rica importância para mim. Vou levar comigo uma bagagem nova e diferente para trabalhar com a minha turma.I Qual o seu conselho para os professores que atuam na ED, e que enfrentam as dificuldades e desânimo que a senhora já experimentou, mas perseveram no ensino da Palavra de Deus?

Eu sempre estimulo à persistência, porque o professor não deve desistir jam ais. Afinal, uma obra é vitoriosa quando colocamos na mente, arrega­çamos a manga e dizemos: "O tempo é agora". Devemos ir mais adiante e tes­temunhar o que Deus tem para nós no futuro. Eu sou uma pessoa que sempre persistiu, e se eu cheguei até aqui fo i porque eu persisti. Eu comecei a lecio­nar em corredor de igreja, já ministrei e ministro debaixo de árvore, de cobertura de lona preta, e vivi muitas dificuldades. Mas eu considero um sonho onde estou agora, e isto fo i devido a Palavra de Deus e a persistência, sem Ele eu nem estaria aqui.I A senhora tem ideia do que vai fazer com o prêmio?

Em prim eiro lugar, agradecer a Deus, porque eu quero investir no local onde estou trabalhando, pois estou semeando vidas. Depois, quero investir da melhor maneira possível, porque eu não queria perder esta opor­tunidade e nem o prêmio. Quero fazer tudo perfeito.

IB

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1.0 título

O título Atos dos Apóstolos (gr. Prakseis Apostolou) não apare­ce no conteúdo da obra. Ter- tuliano chamava-o de "O memorando

de Lucas" e o Cânon Muratoriano de "Os atos de todos os apóstolos". Todavia, a designação do livro, como atualmente consta em nossas bíblias, não reflete o seu conteúdo. O título indica que os atos dos Doze Apósto­los do Cordeiro serão descritos, no entanto, apenas Pedro e Paulo são proeminentes. Pedro ocupa os doze primeiros capítulos, enquanto Paulo os capítulos 13 a 28. Mencionam-se as atividades de Pedro (1.1-12.24), Estê­vão (6.1-7.60), Filipe (8.4-39) e Paulo (13.1-28.31). Nada se acrescenta aos atos dos demais apóstolos. Esta é uma

das razões pelas quais o teólogo pen- tecostal Stanley Horton, considerando as ações do Espírito Santo no livro, designa-o como "Atos do Senhor Res­suscitado pelo Espírito Santo na Igreja e Através Dela"1. Outros biblicistas sugeriram "Atos do Espírito Santo" e "História do Poder do Espírito Santo entre os Apóstolos".

Contudo, o professor deve enten­der que nos primeiros séculos da era cristã, o termo grego "atos" (prak­seis), era usado tecnicamente para descrever os atos ou feitos heróicos de um povo. Assim, o título Prakseis Apostolou foi empregado para desig­nar as atividades desenvolvidas pela Igreja através dos apóstolos, em vez de referir-se às atividades de todos os apóstolos.

2. AutorLucas é o autor do livro de Atos.

Ele é chamado de "médico amado" (Cl 4.14), "cooperador" (Fm 24) e indireta­mente de "amigo" (2Tm 4.11). Ele é o mais erudito dentre os quatro evange­listas. Enquanto Mateus e Marcos, por exemplo, lustram seus escritos com verve aramaica e semítica, o "médico amado" emprega um grego escorreito muito próximo do ático, mas que deve ser interpretado mais corretamente como o koinê literário. O prefácio das obras Lucas-Atos é um monumento literário cravado no coração dos Evan­gelhos, nada a dever em estilo, exatidão e beleza aos imortais escritos helénicos. Por conseguinte, o Santo Evangelho de Lucas forma uma unidade com Atos dos Apóstolos. Vejamos:

m m

Por Esdras Costa Bentho

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a) Atos refere-se ao Evangelho de Lucas como "o primeiro tratado" (pró­ton logon), At 1.1;

b) Atos foi endereçado ao mesmo gentio ilustre do terceiro Evangelho: "Teófilo" (At 1.1 cf. Lc 1.1);

c) Atos continua a partir do ponto onde o Evangelho de Lucas encerrou (At 1.1-5 cf. Lc 24.36-53);

d) Atos traz a humilde assinatura de Lucas no emprego do pronome "nós": "procuramos","estivemos", "saímos", "assentamo-nos", "falamos", etc. (At 16.10-17; 20.15-21.18; 27.1-28.16);

e) Atos enfatiza a obra do Espírito Santo assim como o Evangelho de Lucas.

A autoria de Lucas nunca foi posta seriamente em dúvida. A obra alemã Si­nopse dos Quatros Evangelhos, editada pelo erudito Kurt Alam, cita trechos do prólogo antimarcionita que diz: "Lucas é um sírio de Antioquia, médico por profissão, discípulo dos apóstolos e companheiro de Paulo até seu martírio. Serviu ao Senhor até o fim de seus dias, solteiro, sem filhos, faleceu aos 84 anos na Beócia, cheio do Espírito Santo".2

3. Ocasião do escritoO Evangelho que fora apresentado

a Teófilo com a narração dos eventos que antecederam e sucederam o nas­cimento de Jesus, adornado por seus ensinos e milagres e dramatizado através da paixão de Cristo, chega ao clímax com a ressurreição e ascen­são do Filho de Deus. Para manter a unidade entre os dois documentos, o prefácio do livro de Atos dos Apósto­los retoma a via literária que encerra o Evangelho. No prólogo de Atos, Lucas sintetiza os propósitos da primeira obra, reafirmando a metodologia empregada em Lucas-Atos (Lc 1.1-4; At 1.1-5), e retoma, após o prefácio, o tema que segue em Atos 1.6,12s. A perícope é quase um pós-escrito do primeiro Evangelho. O evangelista emprega estilisticamente no versículo 6 a conjunção subordinativa nien para interpor um trecho (6-11) subordinado também à narrativa de Lucas 24.44-51. O anúncio da promessa (epangelia) e virtude (dynamis) do Espírito, suma­

riada em Lucas 24.49, é ampliado em Atos 1.4-11. O verseto 12, por meio do advérbio então (tote), insere também o parágrafo na mesma sequência do epílogo do Evangelho.

4. Características especiais

O livro de Atos dos Apóstolos é o primeiro documento cristão primitivo a descrever o surgimento e a expansão da Igreja - do cumprimento da pro­messa do Espírito até a expansão do Evangelho em Roma - cobrindo um período de cerca de 40 anos. Esse fato já seria suficiente para outorgar a obra um lugar privilegiado entre os documen­tos historiográficos mais importantes de nosso mundo, no entanto, Atos se destaca em:

“O prefácio das obras Lucas-Atos é um

monumento literário cravado no coração

dos Evangelhos, nada a dever em estilo, exatidão e

beleza aos imortais escritos helénicos”

Vocabulário: É rico e vivaz, com cerca de oitocentas palavras não usadas por outros letrados do Novo Testamen­to. O biblicista Rinaldo Fabris afirma que 90% do vocabulário de Atos se en­contra na Septuaginta; 85% em Plutarco e 65% no grego dos papiros.3

Edição e revisão: Registre-se o fato de o literato ter revisado, editado e adaptado os discursos e os fatos que se propôs a narrar. O cálamo do autor pulsa semelhante às impressões e ao impacto que a história exerce sobre ele. Lucas não se detém como os impressio­nistas, mas análogo aos realistas, evita o exagero, as minudências, as ocorrências

dramaticamente irrelevantes a fim de não empobrecer o tônus da ação. A obra é intensa e densa. Os fatos desenvol­vem-se com muita rapidez e as ações do Espírito, através dos apóstolos, assinalam o ritmo e a frequência com que novos eventos são acrescentados à narrativa. Todavia, a densidade da obra compacta os eventos assinalados e a vagareza com que se costuma ilus­trar a história, cede espaço à força da linguagem e à síntese dos fatos.

Exatidão histórica: O historiógrafo pontua os primeiros quarenta anos do Cristianismo com os nomes e alguns fatos episódicos da história secular. Diferente dos outros três evangelistas, Lucas traça um breve paralelo com o governo de certos imperadores roma­nos: César Augusto (Lc 2.1), Tibério César (Lc 3.1), Cláudio César (At 11.28; 18.2), e Nero, o César de Atos 16.11,21. Há de se acrescentar em Lucas 1.5 o rei da Judeia, Herodes, o Grande, ainda em 2.2, Cirênio, governador da Síria. A exatidão histórica de Lucas impressiona os eruditos mais exigentes. F.F.Bruce a respeito da verve historiográfica de Lucas afirmou: "O escritor que dessa forma relaciona a própria narrativa com o contexto mais amplo da história secular se expõe a sérias dificuldades, se não é bastante cuidadoso; oferece ao leitor crítico tantas oportunidades para testar-lhe a exatidão. Lucas enfrenta esse risco e sai-se muito bem".4

Estilo literário. A obra de Atos dos Apóstolos mistura formas clássicas com o dinamismo do idioma koinê, a língua popular. A linguagem que acompanha a elegância do estilo lucano reflete influências recebidas da Septuaginta e da doutrina dos apóstolos. Lucas estrutura a narrativa de Atos empre­gando gêneros também presentes em seu Evangelho: relatos de m ilagres- onde apresenta a confirmação da ação e orientação divinas sobre os atos dos apóstolos - ; itinerário de viagens- descrição objetiva do deslocamento dos apóstolos no cumprimento de At 1.8 - ; descrições dram áticas - relatos dos episódios e fatos dramáticos que cercaram a pregação do evangelho - ;

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í ' 5. Expansão da Igreja na Europa 09.20);• 6. Expansão da Igreja até Roma(28.31).5

discursos querigmáticos - seções que tratam do anúncio da mensagem cristã - ; sumários - sínteses padronizadas do avanço missionário - ; repetições - como por exemplo, a conversão e vocação de Paulo (At 9.1-31; 22.1-21; 26.9-18). Uma característica singular de Atos é o díp- tico ou simetria histórica entre Pedro e Paulo. Veja a tabela abaixo.

Lucas organizou as atividades apos­tólicas de tal forma que a relação entre os atos de Pedro e os atos de Paulo são postos paralelamente. Existe também uma relação simétrica entre os Evange­lhos e Atos dos Apóstolos. Os Evange­lhos descrevem o Filho do Homem que se encarnou para morrer pelos pecado­res. Já o livro de Atos, mostra a vinda do Filho de Deus no poder do Espírito Santo. Os Evangelhos apresentam o que Cristo começou a fazer e a ensinar. Atos dos Apóstolos descreve o que Jesus continuou fazendo através do Espírito Santo, por meio dos discípulos. Nos

Evangelhos Jesus é apresentado como o Salvador crucificado e ressuscitado, mas em Atos Cristo é descrito como o Senhor Exaltado. Por fim, nos Evange­lhos ouvimos os ensinos de Jesus, mas em Atos os efeitos dos ensinos de Jesus na vida dos apóstolos.

EstruturaAtos dos Apóstolos oferece várias

estruturas ao estudioso. Tudo depende da perspectiva do biblicista e a ênfase que ele deseja destacar na obra. Como se trata de um livro cujo objetivo é descre­ver o cumprimento e desenvolvimento da missão cristã conforme o itinerário estabelecido em Atos 1.8, preferimos es­truturar o livro de acordo com o sumário estabelecido pelo autor em 1.8:

A Expansão da Igreja em Atos (1.8)1. Expansão da Igreja em Jerusalém

(6.7);2. Expansão da Igreja por toda Pa­

lestina (9.31);3. Expansão da Igreja até Antioquia

(12.24);4. Expansão da Igreja até Ásia Me­

nor e Galácia (16.5);

Pedro PauloPrimeiro sermão (2.14s) Primeiro sermão (13.16s)Cura de um coxo (3.2s) Cura de um coxo (14.8s)Simão, o mágico (8.18s) Elimas, o mágico (13.8s)A sombra de Pedro (5.15) O lenço de Paulo (19.12)A imposição das mãos (8.17) A imposição da mãos (19.6)Pedro adorado (10.25) Paulo adorado (14.11-13)Ressurreição de Tabita (9.40) Ressurreição de Êutico (20.9,10)Prisão de Pedro (12.3,2) Prisão de Paulo (28.30)

MATERIAIS AUXILIARES PARAO PROFESSOR

Com entáriosPEARLMAN, M. Comentário bíblico: Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.ARR1NGTON, RL. (ed.) C om entário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. '

Geografia B íbliaANDRADE, C. Geografia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.DOWLEY, T. Pequeno atlas bíblico: Rio de Ja­neiro: CPAD, 2005.

BiografiaCHOW N, G. o Espírito Santo na vida de Paulo: Rio de Janeiro: CPAD, 1999.Igreja PrimitivaBENTHO, Esdras. Igreja: Identidade e Símbolos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.BALL, C.F. A vida e os tem pos do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

JograisUm anjo na prisão (libertação de Pedro). In: Re­sende, M.J. Jograis e representações evangélicas. 18.ed., Rio de Janeiro: CPAD,2004, p.76, vl.2. Ele viu os céus (martírio de Estêvão). In: Resende, M.J. Jograis e representações evangélicas. 18.ed., Rio de Janeiro: CPAD,2004, p.86, vl.2.Unia luz na estrada (conversão de Paulo). In: Re­sende, M.J. Jograis e representações evangélicas. Rio de Janeiro: CPAD,1992, p .121, v l.l.

SoftwareBíblia Digital Glow Pentecostal. CPAD, 2010.

NOTAS

1. HORTON, Stanley M. O livro de Atos. São Paulo: Vida, 1990, p .9.2.ALAN D, Kurt. Synopsis Quattuor Evangelio- rum: Locis parllelis evangeliorum apocryphorum et patrum adliibitis edidit. Editio tertia décim a revisa, D eutsche Bibelgesellschnft: Stuttgart, 1985, p.533.3. FABRIS, R. Os Atos dos Apóstolos. São Paulo: Edições Loyola, 1991, p.17.4. BRUCE, F.F. Merece confiança o N oi’o Testamen­to? São Paulo: Vida Nova, 1965, p .107.5. Ver CH AM PLIN , R. N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Candeias, [?] vl. III, p.9.

Esdras Costa Bentho é teólogo, peda­gogo, chefe do setor de Bíblias da CPAD e autor das obras Hermenêutica Fácil e Descomplicada e A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia.

www teologiaegraca. blogspot.co n 1

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O missionário sueco é uma das referências da Assembleia

de 'W Cetóne ,Por Silas Daniel

de Deus no BrasilE rik Gustaf Samuel Nystrõm chegou ao Brasil em 1916. Ele foi um dos prim eiros

missionários suecos pentecostais em terras brasileiras. Em 1924, quando o pioneiro Gunnar Vingren, fundador da Assembleia de Deus no Brasil, teve de deixar a direção da igreja em Belém do Pará para dirigir o então incipiente trabalho no Rio de Janei­ro, o missionário Samuel Nystrõm, enviado ao Brasil pela Igreja Filadél­fia em Estocolmo, Suécia, assumiu a liderança da igreja paraense no lugar de Vingren.

Nystrõm foi o instrumento usado por Deus na nova fase de crescimen­to da obra no Pará. Foi ele quem idealizou, inaugurou e dirigiu a pri­meira Escola Bíblica de Obreiros em Belém. Em 30 de outubro de 1926, inaugurou o primeiro templo-sede da Assembléia de Deus em Belém, na presença de 1,2 m il pessoas. Em 1927, deu início ao movimento beneficente em favor das viúvas de pastores.

Em 1930, despediu-se de Belém em direção ao Rio de Janeiro, dei­xando em seu lugar o missionário Nels Nelson. Nystrõm já havia vi­sitado o Rio em abril de 1925. Era, como os registros da época relatam,

um obreiro companheiro e maduro, e conhecido como grande pregador e ensinador. Conta-se que ele falava, além do sueco e do português, in­glês, francês e alemão fluentemente, conhecia o texto bíblico nos origi­nais grego e hebraico, e era exímio doutrinador. É autor do livro Jesus Cristo, Nossa Glória, publicado pela CPAD, e de alguns hinos da Harpa Cristã. Sua vinda foi uma grande conquista para a obra no Brasil.

Em 14 de agosto de 1932, Samuel Nystrõm substituiu Gunnar Vin­gren na direção da igreja no Rio de Janeiro. O trabalho, como era de se esperar, continuou crescendo. Nesse período, a Assembleia de Deus que mais crescia no país passou a ser a do Rio.

Nystrõm presidiu a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) na maior parte dos anos 30 e 40. O ano de 1943 ficaria para sempre lembrado como o ano da evangelização e do ensino bíblico na AD no Rio de Janeiro. De março a maio daquele ano, a igreja distin- guiu-se pelas intensas atividades

evangelísticas, que aumentaram de forma patente o número de mem­bros da igreja. Quanto ao ensino, a Escola Bíblica daquele ano foi con­siderada uma das mais expressivas de todas, pela qualidade e eficiência da instrução.

Em 1944, a AD do Rio de Janeiro completava 20 anos de existência. Li­derada pelo pastor Samuel Nystrõm, ela realizou um dos acontecimentos mais notáveis de sua história. No dia 24 de junho de 1944, todos os mem­bros foram mobilizados e em uma hora foram distribuídos na capital cerca de 200 mil folhetos e igual quantidade de evangelhos. Cente­nas de irmãos percorreram as ruas da cidade distribuindo a literatura evangelística, numa das melhores comemorações de aniversário da AD no Rio em todos os tempos.

Em 1960, quando já estava de volta à Suécia, Samuel Nystrõm par­tiu para pátria celestial. Ele deixou saudades tanto aos obreiros brasilei­ros como aos suecos, e um exemplo de vida ministerial que jamais será esquecido.

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“ Et a ri ed ade © sna Escola D

Personalize o ensino para garantir a frequência e combater o comodismo entre os alunos

I a atualidade, atrair novos alunos e garantir a frequência deles na ED é um grande desafio.

I Também não é uma tarefa nada fácil fazer com que os alunos “antigos", os já matriculados, sejam assíduos e continuem a crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos vivendo na era da informação, da comunicação, em que a concorrência com a mídia é grande e até desleal. Precisamos de novas estratégias, metodo­logias e recursos se realmente queremos um ensino personalizado, relevante e que atenda às questões do

m S*tàí*telci<Vl'

nosso tempo (questões teológicas, filosóficas, éticas, etc.).

Não cabe aqui discutir a respeito das ca­racterísticas e necessidades das respectivas faixas etárias da ED (do Berçário a Juvenis), pois acreditamos que temos uma liderança consciente da importância e da necessida­de de termos um ensino individualizado, dosado de acordo com as características do desenvolvimento humano. Todavia, muitos professores ainda têm uma visão equivocada sobre o próprio ato de ensinar. Por isso, o objetivo é aprofundar nossa reflexão sobre ensino personalizado, a pessoa do professor, metodologia, recursos, e outras questões que podem garantir a frequência e o aprendizado. Em nossa reflexão, também vamos tratar de alguns entraves que levam à evasão ou ao comodismo (que consiste em alunos que

apenas frequentam a ED).

Principais fatores que justificam a necessi­

dade de segmentar o ensino e perso*

a) Alcançar o aluno como um todo. Esse deve ser o alvo do professor de Educa­ção Cristã. Jesus cuidava do corpo, da alma e do espírito.

Precisamos conhecer nossos alunos para que possamos

Quais são as reais de seus alunos?

Agostinho afirmou que a ícação Cristã é, antes de

tudo, um serviço ao pró­ximo. Você conhece as ca­racterísticas da faixa etária com a qual trabalha? Suas aulas são preparadas de

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A, modo a suprir as carências individuais de seus alunos?

è íl b) Utilizar uma linguagem apropriada | à faixa etária. Muitos professores se uti-

5' V.lizam de uma linguagem inadequada, muito intelectualizada ou infantilizada demais; outros estão mais preocupados em fazer da aula um show. Aula não é

X \r> lugar para o professor promover seu ^ conhecimento e erudição. O foco deve

ser o aluno, e não o professor.c) Elaborar um plano de aula mais efi­

ciente. Não hesite em traçar um plano de

• Qual o tamanho da minha sala?• Quanto tempo eu tenho?• Qual a idade dos meus alunos?

Ensino de qualidade garante a frequência

Ensinar, de acordo com Luckesi (1990), não significa ir para uma sala e "despejar" sobre os alunos uma quantidade de conteúdos. Muitos infelizmente agem dessa forma, contri­buindo para que haja, segundo Paulo Freire, uma educação "bancária. Fica então a pergunta: O que é ensinar? Segundo Paulo Freire, "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção". Dentre as várias concepções de ensino, vejamos uma que é bem basilar: Ensinar é "esti­mular", "guiar", "orientar" o processo

9 de ensino-aprendizagem.

J u o pior? Segundo Kennet O. Gangel, "o jj o pior método que um professor pode

aula que atenda a sua classe. Observe ^ ^ quais são os assuntos principais e se- ^ cundários de cada lição. Ao elaborar o\S seu plano de aula, faça perguntas do

tipo: O quê? Como? Por quê?,«'! d) Utilizar métodos apropriados. Jesus,

^ o maior pedagogo de todos os tempos,i fez uso de diferentes métodos para*5 alcançar seu público. O que é um meto-

do? "Caminho ou processo para atingir m *t í um fim". Muitos perguntam: Qual o ^ . O ensino deve ser centrado no alu-Vy ,lj melhor método? Todo método tem os (no, e não no professor ou conteúdo.

,,, seus prós e contras. Mas quer saber qual V . q g n ^ o deve ser participativo, e^não unilateral.< «O ensino deve visar o contato do

aluno direto com a realidade.

' Fica claro que ensinar não é uma tarefa fácil. Ensinar exige:

• Pesquisa - O professor deve ser um pesquisador. De acordo com Paulo Freire, "não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino".

[...] Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me edu­co. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade (2006, p. 29).

• Reflexão - O professor precisa adquirir o hábito da reflexão, a fim de

usar no domingo é o mesmo método VC'J. usado no domingo passado". É preciso

•? variar os métodos utilizados.e) Utilizar recursos apropriados. Os

métodos e recursos devem correspon­der às necessidades das faixas etárias. Temos uma única revista para as clas­ses de Jovens e Adultos. O conteúdo é o mesmo para os jovens, adultos e a terceira idade, mas as necessidades são diferentes. O que podemos fazer? Como personalizar o ensino?

Observe algumas questões que são fundamentais e que precisam ser observadas na escolha dos métodos e dos recursos:

• Quais são os objetivos da lição?• Quantos alunos tem a classe?

que ensine os alunos a refletir sobre a fé e a prática cristã.

• Diálogo - O professor que não dialoga com os alunos em breve verá o esvaziamento de sua classe ou a apatia dos alunos. É preciso abrir espaço para que os alunos questionem, a fim de que encontrem as soluções.

• Reflexão crítica sobre a prática— É fácil avaliar os alunos e atribuir tão somente a eles a falta de atenção, a apatia e a evasão. Todavia, o professor precisa fazer constantemente uma au- toanálise do seu trabalho.

• Pôr em prática o discurso — Quantos já não ouviram: "Faça o que digo e não o que eu faço"? Nossos alunos precisam pensar de acordo com a Palavra e agir de acordo com ela (Tg 1.22). Ensino e prática precisam ser coerentes.

• Querer bem o outro — Esta deve ser a nossa motivação: que o outro, o aluno, seja alcançado como um todo— corpo, alma e espírito.

• Dedicação - "Se é ensinar, haja de­dicação ao ensino" (Rm 12.7b). É preciso que todos façam a sua parte com dedica­ção e zelo (superintendentes, professores, coordenadores, secretários, etc.).

O processo de aprendizagem

Como educadores cristãos, temos um alvo: que os nossos alunos apren­dam a Palavra de Deus. A aprendiza­gem é um processo, cujo objetivo é a mudança de comportamento. Todo professor precisa saber como se dá o processo de aprendizagem. Também não podemos nos esquecer de que cada aluno tem um modo peculiar de apren­der. Nem todos aprendem da mesma forma, afinal somos únicos. Em nossas classes, existem aqueles alunos que são auditivos, outros visuais, etc. Observe os processos que um professor deve seguir independentemente da faixa etária com que trabalhe:

Abordar: Despertar, logo na che­gada, a curiosidade do aluno para o tema que será ensinado. Quando trabalhamos com jovens e adultos po-

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demos elaborar uma atividade em que os alunos possam expressar-se sobre o que pensam sobre tal tema. Exemplo: Mostre algumas manchetes de jornais que contenham algumas mazelas da nossa nação ou do seu Estado. Enquan­to os alunos observam as manchetes pergunte: "A oração traz mudança?" Se cremos nessa verdade, podemos mudar determinadas situações com nossas orações?"

Descobrir: Levar os alunos a viven- ciar determinada situação. Vejamos um exemplo: "Colocar uma venda em um jovem e pedir que ele vá até você sen­do orientado apenas pelo som da sua voz". Depois da experiência você pode perguntar: "Como será que Bartimeu se sentiu após Jesus abrir seus olhos?" Num minuto cego, num minuto cura­do. Os alunos vão reter mais o ensino do que se o professor apenas dissesse: "Jesus abriu os olhos de um cego."

Aplicar: Os alunos precisam apli­car a Palavra de Deus a suas vidas. Não basta ouvir, é preciso viver, saber aplicar a Palavra de Deus no dia a dia (Tg 1.22), fora dos muros da igreja. O aluno precisa saber como vai aplicar o conteúdo à sua vida. De que adianta, ao terminar a aula, o aluno sair da classe com a cabeça cheia de informação, mas com o coração vazio? Exemplo: "Os amigos de Jó, ao ouvirem acerca de seus infortúnios, logo teceram muitas críticas (Jó 42.8-10)". Temos, em nosso dia a dia, que lidar com as críticas e os relacionamentos problemáticos. Qual é a solução que Deus tem para nós? A mesma de Jó. Orar por essas pessoas. A oração tem o poder de restaurar e melhorar os relacionamentos.

Algumas “etariedades” que existem dentro da faixa etária de Jovens e Adultos

Como já foi dito anteriormente, a revista de Jovens e Adultos é uma só, mas dentro dessa faixa etária existem grupos com características peculiares

“Aula não é lugar para o professor

promover seu conhecimento e erudição. O foco

deve ser o aluno, e não o professor”

que precisam ser alcançados. Vejamos alguns desses grupos que estão inseri­dos na classe de jovens e adultos e suas principais necessidades:

Classe de jovens - É importante que o ensino ajude o jovem a estabelecer metas, de acordo com a Palavra de Deus, em sua vida espiritual, social, profissional e sentimental. O objetivo é contribuir para que o jovem desen­volva um relacionamento mais íntimo com Deus (Os 6.3) e estabeleça relacio­namentos saudáveis (família, amigos, namorados).

Classe de adultos - Pessoas adultas aprendem por iniciativa própria, logo querem saber qual a relevância do as­sunto que vão aprender. Não querem ser tratados como crianças, querem debater e argumentar, dentro de uma perspectiva bíblica e teológica, as ques­tões de nosso tempo.

Classe de jovens casados - Aprender a viver em família. Relacionamento es­posa e marido, pais e filhos. Em muitas igrejas, esses irmãos não são mais aceitos na classe de jovens e, por outro lado, não se sentem bem na classe de senhores e senhoras. O que fazer? Abrir espaço para que seja criada uma classe que atenda às necessidades desse grupo.

Adultos idosos (60 anos em diante) - E importante olhar o idoso com conside­ração e respeito e ajudá-los a lidar com questões do tipo: aposentadoria, novas maneiras de ser útil (servir a Deus),

compreender o processo de envelheci­mento como algo natural, manter a boa aparência pessoal e aprender a viver com netos ou sozinho.

Se quisermos um ensino relevante, que faça a diferença em nossas igrejas, precisamos estar conscientes de que estamos diante de uma nova geração (geração da informação, das novas tecnologias). Geração que carece de um ensino segmentado e personalizado que a faça discernir entre o falso e o ver­dadeiro, pois as novas tecnologias (em especial a mídia), que já fazem parte do nosso "mundo", vão mudando, de modo sutil, a forma de comportamento das pessoas (a forma de pensar).

Precisamos pesquisar, dialogar, en­contrar novos métodos e recursos para apontar caminhos a fim de conhecer nossos alunos e saber preparar aulas que supram suas carências individuais.

Telma Bueno é formada em Teologia, pedagoga, jornalista, conferencista e atua no Setor de Educação Cristã (CPAD).

Bibliografia

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.33.ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2006.

_____________ . A Pedagogia do Oprimido.35.ed. São Paulo: Editora Paz e Terra,2005.

CARVALHO, Moisés César. Marketing para a Escola Dominical: Como atrair, con­quistar e manter alunos na Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

HENDRICKS, Howard. Manual de Ensino para o Educador Cristão. Compre­endendo as bases, a natureza e o alcance do verdadeiro ensino cristão, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

AYRES, Antônio Tadeu. Reflexos da Globali­zação Sobre a Igreja: Até que ponto as últimas tendências mundiais afetam o Corpo de Cris­to? l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. 1 ed. São Paulo: CORTEZ, 2008.

LIBÂNEO, losé Carlos. Didática. 1 ed. São Paulo: CORTEZ, 2008

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É HORA DE PINTAR,

RECORTAR E COLARA lexander Diniz, Luciana Gaby & Telm a Bueno

É t+ora de Pintar, Recortar e Colar com a criançada. Por meio desta obra as crianças aprenderão sobre Deus brincando e não vão mais querer parar. Encontre em cada atividade proposta as histórias bíblicas simplificadas, ilustradas e as exatas referências para acompanha-

S mento e ensino por parte dos pais e professores.

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Por Gláucia Montes

Ensino bíblico para transformar vidas

De 23 a 26 de setembro foi realizado em Maceió (AL), o 6o Congresso de Escola Dominical, baseado no texto de Atos 2.42. Mais de 1,8 mil pessoas

compareceram no Centro de Convenções e Exposição Ruth Cardoso, para mais uma edição do evento, que reuniu participantes do exterior, vindos exclusivamente ao país para participar do congresso.

O culto de abertura foi conduzido pelo pastor Claudionor de Andrade, gerente de Publicações da CPAD. Após a oração inicial, a cantora Lüia Paz, louvou ao Senhor e, em seguida, a Orquestra da Assembleia de Deus em Maceió composta por 32 músicos entoou o hino 35 da Harpa Cristã, na regência do maestro Marcos Oliveira.

O consultor doutrinário e teológico da CPAD, pastor Antonio Gilberto fez a leitura bíblica no contexto do tema baseado em Atos 2.42. Depois, orou fervorosamente e clamou a benção do Senhor para o congresso.

Após o cerimonial cívico, pastor José Wellington Costa Junior, presidente do Conselho Administrativo da CPAD, declarou aberto oficialmente o evento. Descontraído, pastor José Antonio dos Santos, presidente da Assembleia de Deus em Alagoas, brincou com os congressistas ao saudá-los com boas- vindas e agradeceu a presença de todos os

irmãos. O cantor e pastor Victorino Silva também louvou ao Senhor, assim como o grupo de louvor da igreja local, e os cantores Alice Maciel, Eliane Silva e a dupla Cleide e Samuel.

Entre as autoridades presentes foram apresentados os membros do Conselho Ad­ministrativo da CPAD e ainda os palestran­tes do evento: os pastores norte-americanos Michael Antony e Elmer Towns; os brasi­leiros Marcos Tuler; Esdras Bentho; Cesar Moisés; e as professoras Helena Figueiredo; Siléia Chiquini; Anita Oiayzu; Joane Bentes e Telma Bueno.

Ronaldo Rodrigues de Souza, diretor- executivo da CPAD, agradeceu o apoio da igreja local e destacou a importância do ensino da Palavra de Deus para a CPAD. "A Escola Dominical está no DNA da CPAD. Temos visto a confirmação de Deus sobre este trabalho", declarou.

Pastor José Wellington da Costa Junior ministrou a Palavra de Deus. Baseado em Atos 9.13-16, ele incentivou o chamado dos professores para o ensino bíblico. "Assim como Saulo, você também é um vaso esco­lhido de Deus. O Senhor não usa critérios humanos. E o próprio Deus nos capacita, tanto na simplicidade como na maior capacitação. Talvez você possa estar aqui

questionando sua posição diante de Deus ou se achando pequeno para tal função. Mas Deus te trouxe aqui para lhe dizer que a partir de agora os propósitos são outros e confirmar o chamado Dele na sua vida. Não desista do chamado que Ele te fez".

Os congressistas não esconderam a emoção. "Faltam palavras para expressar minha alegria em participar deste evento. Realmente eu vejo a mão de Deus nisso tudo e tenho certeza que é o começo de dias que vão impactar os educadores da área cristã", entusiasmou-se o pastor auxiliar da AD Vida em Medford, Boston, Estados Unidos, Gesiel Gomes de Oliveira.

A professora cearense Eliane da Silva de Carvalho complementou: "Este culto foi uma benção e creio que será muito mais. Se eu tivesse tempo, assistiria todas as ple­nárias, workshops etc. E uma riqueza de conhecimento".

Pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CG ADR, ministrou na segunda noite do evento.

Plenárias, seminários e workshops

O segundo, terceiro e quarto dias do congresso foram marcados pela intensa capacitação. Após o devocional diário, os congressistas seguiam para as salas reserva­das a cada palestrante para algumas horas de aprendizado.

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• Assembléia de Deus Canáã e Assembléia de Deus Tem plo Ct

* „ de FortalezaParabeniza òs Professores de Escim

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6Q Congresso de ED recebe professores do

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As plenárias começaram com o Claudionor de Andrade, que ministrou o tema Fundamentos Bíblicos para uma Filosofia de Ensino. Ele exortou os con­gressistas sobre a importância da Palavra de Deus para transformação de vidas. "Não podemos nos conformar com o que está acontecendo em nosso país. Com o ensino que está sendo ministrado. A Bí­blia não se limita a instruir, ela é capaz de transformar radicalmente o ser humano",

O especialista em Educação Cristã Elmer Towns falou sobre a Expansão de Ensino da Escola Dominical. Towns falou sobre a influ­ência dos professores de Escola Dominical

a vida dos alunos. "Grandes professo­res de Escola Dominical são exemplos, ensi­nam a viver para Deus. Quero motivá-lo você a fazer o melhor pelo seu aluno. Entenda que você não é simplesmente um instrutor. Você tem a Palavra de Deus, você pode orar por seu aluno, você tem o Espírito Santo em sua vida", desafiou.

Pela segunda vez no Brasil, Towns testifica o sucesso da ED no Brasil. "Estou muito feliz por ver esse auditório repleto. É muito bom ver pessoas dedicadas ao ensi­no da Palavra de Deus", declara o ministro norte-americano que na ocasião lançou pela CPAD o livro O que todo professor de Escola Dominical deve saber.

O norte-americano Michael Anthony mi­nistrou sobre As maiores lições da vida. Com simplicidade, Anthony revelou experiências pessoais que o fizeram repensar atitudes e ações diante de Deus. "Nada do que façamos impressiona nosso Deus. Podemos ter mui­tos títulos, mas se não tivermos o coração no lugar certo, nada adianta. A melhor maneira de se afastar de Deus é sermos arrogantes", exortou o público.

Ao final, Anthony fez questão de orar por todos os congressistas clamando ao Senhor que os dirigisse e abençoasse.

Atendendo a expectativa dos congressis­tas, a educadora Cris Poli, conhecida como a Supemanny da TV brasileira, ministrou a palestra Família e Igreja - a quem competeo mandato de Educar as novas gerações? Ela falou sobre a responsabilidade dos pais na educação dos filhos, bem como a função agregadora do ensino bíblico. "A Educação Cristã é parceira na educação e criação dos

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Fotos: Adail Bonfim

filhos. Para tanto temos como pilares o amor e limites. Toda construção precisa ter uma base. Essa base é Deus", ressaltou.

Como parte da programação do 6o Congresso de ED, os congressistas ainda escolheram entre nove grupos de seminários e workshops. Foram ministrados temas para metodologia do ensino, teorias da aprendiza­gem, desenvolvimento do aluno, projetos em ED, educação cristã contemporânea, gestão em ED, novas tecnologias e ainda para o departamento infantil, culto e missões.

Para Joane Bentes, também conhecida como Tia Jô, o 6o Congresso de ED foi marcado pelo mover do Espírito Santo. "Estou mara­vilhada com o grau de espiritualidade que vivemos. Há uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo neste 6° congresso. Vi muitas pessoas com as mãos levantadas e compromis­sos verdadeiros que refletem no rosto".

O congressista Misael de Melo Lira tes­tifica a benção de Deus sobre o congresso. "Está sendo realmente compensador estar aqui. Tive algumas dificuldades tanto fi­nanceiras como no trabalho para conseguir chegar ao evento. Mas todas as coisas aca­baram contribuindo para que tudo desse certo. Consegui minha dispensa no quartel como desconto em férias, deixei de viajar a trabalho e ganhar financeiramente por isso, mas o conhecimento que estou recebendo aqui não tem preço", testemunha.

A bibliotecária Zilda Viana da Silva, membro da AD em Manaus (AM), que tam­bém atua no mercado secular, complementa: "Está sendo muito proveitoso. Realmente, o que estou aprendendo posso fazer um parale­lo com o mercado secular e está sendo funda­mental para o meu crescimento", atesta.

Vários lançamentos e produtos CPAD fo­ram apresentados aos participantes duranteo evento. Entre eles, a Bíblia Digital Glow Pentecostal foi apresentada pelo diretor- executivo da Immersion Digital, Nelson Saba e ganhou a adesão dos congressistas que fizeram fila para adquirir o lançamento. "E um material que deve ser usado na Escola Dominical. Excelente!", anima-se a profes­sora Eroltildes Ferreira da Silva.

A professora capixaba Lizete dos Santos Costa, incentiva: "Ela vai me ajudar muito na ED. Para mim, ela é agora essencial para acompanhar o andamento do ensino da Bí­blia. É muito didática e simples para ensinaro aluno. Vou aproveitar muito", comemora

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Irmã Rosângela Feitosa Vieira, ganhadora do Prêmio Professor de ED do Ano. recebe das mãos do diretor-executivo da CPAD. Ronaldo Rodrigues de Souza, e do pastor José Antonio dos Santos, placa e cheque no valor de R$ 10 mil.

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Lizete que foi a primeira pessoa a adquirir a Bíblia Digital no estande da CPAD.

Brindes e Prêmio Profes­sor de ED do Ano

Entre os intervalos de cada plenária, seminário e workshop foram realizados sorteios de kits com produtos da editora. Um dos primeiros ganhadores, o professor Gideon Souza, comemorou: "É a minha pri­meira vez no evento e ser sorteado é muito gratificante. Estou sendo muito abençoado", declarou o capixaba, que viajou 30 horas para participar do congresso.

Com o auditório repleto, as duas úl­timas plenárias, na manhã do dia 26 de setembro, deram o tom da expectativa que as próximas gerações devem ter sobre o ensino sistemático da Bíblia.

A primeira plenária foi ministrada pelo pastor César Moisés, chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD e um dos coorde­nadores do evento. Com o tema Preparando a escola Dominical do Segundo Século ele destacou a importância da ED para o aviva- mento da Igreja.

Antes que a últim a palestra fosse ministrada, o diretor-executivo da CPAD anunciou o vencedor do Prêmio Professor de ED do Ano. Rosângela Feitosa Vieira, de Petrolina (PE), recebeu das mãos do pastor presidente da AD local, José Antonio dos Santos, dois cheques no valor de 10 mil re­ais cada, um para ela, e outro para a igreja, em produtos CPAD. "Estou muito feliz. Não tenho palavras. Agradeço a Deus por ter participado desse 6° Congresso. Levo para a minha cidade uma bagagem nova,

diferente para trabalhar com as minhas crianças", comemorou emocionada.

Pastor Antonio Gilberto finalizou a programação com a plenária A missão do Espírito Santo no Ensino da Palavra de Deus. "Posso entender que foi um dos melhores congressos que a CPAD já realizou. Louvo a Deus por mais este evento", confirma um dos pioneiros da Educação Cristã no Brasil.

Após a última plenária, a caravana mais distante (Manaus-AM) e a com maior número de participantes (Campina Grande, na Paraíba, com 101) foram pre­senteadas.

O 6o Congresso Nacional de ED contou com participantes de todas as regiões do Brasil e mais de 20 caravanas. Para montar a estrutura, que contou com refeitório, mostra fotográfica histórica, nove salas e auditório principal, mais de 100 pessoas entre funcio­nários da CPAD e membros da igreja local trabalharam na organização e apoio duranteo evento.

Para o pastor José Antonio dos Santos, as expectativas do evento foram superadas. "Agradecemos a todos os participantes que estiveram em Alagoas. Que o Senhor Jesus complete e aperfeiçoe a obra que começou em vossas vidas".

Segundo o diretor-executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues de Souza, o sucesso desse evento deveu-se ao entusiasmo dos participantes. "Percebemos que devemos manter o nosso compromisso com o ensino da Palavra de Deus para que a Igreja do Senhor não saia da direção e mantenha-se firme no propósito de edificar os irmãos em todo o Brasil", destaca.

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pf?OJ£Tú StMEAtâWVidASI esta edição, e nas próximas | duas, você confere um poucoI mais sobre os três trabalhos

finalistas do Prêmio Professor de ED do Ano. Começamos a série com o Pro­jeto Semeando Vidas, coordenado pela professora Rosângela Feitosa Vieira, ganhadora do Prêmio, edição 2010.

Como coordenadora e professora de Escola Dominical, senti a necessidade de fazer com que as crianças e adolescentes participassem mais da ED, uma vez que percebia uma baixa porcentagem de frequência na Congregação do Núcleo de Projeto Irrigado onde moro.

Por estar inserida na Zona Rural do Município de Petrolina (PE), havia a dificuldade da distância, que impos­sibilitava a vinda de muitas crianças de roças circunvizinhas à igreja. Com o apoio do pastor gestor Elci Ribeiro e do coordenador da área, Evangelista Milton Bruno, montamos o Projeto Semeando Vidas. Levamos então a ED às comunidades onde não havia igreja, fazendo com que crianças e, posterior­mente, jovens e adultos, participassem assiduamente das aulas.

Objetivos:• Semear a Palavra do Senhor na

área rural e de difícil acesso.• Despertar nas famílias (carentes) o

propósito de Deus para suas vidas;• Desenvolver um trabalho sócio-

educativo acerca dos ensinamentos bíblicos;

• Estimular nas famílias o desenvol­vimento dos conhecimentos adquiridos durante os ensinamentos bíblicos e testemunhos.

• Possibilitar momentos de intera­ção professor-aluno, oportunizando um período em que o aluno repasse para a classe o que aprendeu através de sua ex­periência e/ou através da lição do dia;

• Formar discípulos de Cristo.• Desenvolver nos adolescentes de­

sejos de evangelizar e fazer missões.• Fazer com que os jovens-professo-

res tenham experiência cristã.• Demonstrar na ação eclesiástica o

amor cristão.

MetodologiaO Projeto Semeando Vidas aplicou

atividades lúdicas e práticas de apoio às famílias (carentes) acerca do estudo

11P laS ifj

da Palavra de Deus. Priorizando a cons­cientização ecológica do aproveitamen­to de m aterial reciclável na co n fe c çã c ^ das atividades, desenvolveram -se a £ ^ seguintes aulas:

• Histórias dram atizadas, cor e cantadas;

• Músicas;• Apresentação de cartazes;• D in âm icas de ap resen tação e

socialização;• Brincadeiras;• Palestras;• Estudos bíblicos;• M aratona bíblica;• Cam inhadas evangelísticas.

Conteúdos:1. Viagens m issionárias de Paulo1.1 E nviad o em m issão esp ecia l

(Atos 13.1-10)1.2 O discurso na sinagoga (Atos

13. 13-16)1.3 Ousadia na pregação (Atos 17.1- 4)

2. Os ensinos de Jesus2.1 Jesus ensina sobre o poder de seu

nom e (Lucas 10.1-17)2.2 Jesus ensina sobre a hum ildade

(Mateus 1 8 .1 -5 )

" 0 - "

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2.3 Jesus ensina sobre a amizade (Mateus 4.12 - 25)

2.4 Jesus ensina sobre a felicidade (Mateus 5.1 - 1 2 )

3. Os heróis da Bíblia3.1 Joquebede, uma mãe heroína

(Êxodo 2.1 -1 0 )3.2 Abigail, uma heroína intercesso­

ra (ISamuel 25.14 - 35 )3.3 Josafá, o herói que venceu lou­

vando (2Crônicas 20.1-3,14 - 23 )3.4 Mardoqueu, o herói conselheiro

(Ester 4.1 - 1 7 )

O ProjetoComo trabalho na Escola Dominical

desde a adolescência, já idealizava um projeto em que os valores da família fossem fundamentados na Palavra de Deus. A experiência adquirida dava- me plena convicção de que a criança e o adolescente eram o alicerce para alcançarmos os pais. Sabendo que o inimigo está sempre ao derredor na ten­tativa de destruir os lares, começamos o Projeto baseado no texto a Parábola do Semeador, que deu origem em 2008 ao nome Semeando Vidas, uma vida que alcança outras vidas.

Logo que iniciamos o projeto envol­vendo os filhos do(a)s trabalhadore(a) s rurais das áreas de lavouras irrigadas, houve boa aceitação, pois não havia nenhum trabalho similar. Cada criança convidava uma outra e se encarregava de divulgar o dia da próxima ED móvel.

confirmou o batismo de sete crianças. A semeadura não pode parar, portanto pretendemos dar expansão em outras comunidades como áreas de invasão, assentamentos e municípios vizinhos. Desejamos agregar novos cooperadores ao projeto no ensejo de que uma semen­te de missão brote no coração de novos semeadores de vidas nas EDs

AvaliaçãoA avaliação da aprendizagem do

aluno ocorre paralelamente às aulas ba­seadas no currículo da ED, obedecendo sempre que possível às faixas etárias.

As atividades avaliativas são simila­res às aplicadas na zona urbana: leitura e repetição de versículos, apresentação de cartazes, questionários dos estudos bíblicos, maratonas bíblicas com a par­ticipação ativa das famílias durante a realização dos trabalhos.

Referências:- Bíblia de Estudo Pentecostal. Revistas da Escola Dominical.. Revista Ensinador Cristão.. TULER, Marcos - Abordagens e

Práticas da Pedagogia Cristã. 1 ed. Rio de janeiro. CPAD, 2006.

Rosângela Feitosa Vieira, professora de ED e coordenadora do Departamento Infantil da AD em Petrolina (PE), ganhadora do Prêmio Professor de ED do Ano 2010.

Conseguíamos reunir somente trinta crianças, pois os adolescentes e pais não participavam ainda. Mesmo assim não desistimos, confiamos em Deus e continuamos a trabalhar nesta obra, anunciando o amor de Cristo, não importando o lugar, seja à sombra de uma árvore, numa varanda, galpão ou onde houvesse uma oportunidade. Com esse esforço vimos o poder de Deus agir na conversão de crianças e de seus pais e no grande despertamento do interesse dos adolescentes em fazer missão. Atualmente, contamos com a participação de grupos de adolescentes auxiliares nas aulas da ED rural.

Com a abrangência do projeto, passamos a nos reunir semanalmente aos domingos, pois sentíamos a neces­sidade de maior assistência às famílias, na maioria de baixa-renda.

Contamos então com o apoio do pastor gestor Elci Ribeiro e de toda a coordenação da ED na campanha e entrega de donativos e de cestas bá­sicas nas comunidades rurais, nosso campo de atuação, uma vez que não poderíamos falar de Jesus, o Pão do Céu, e ficarmos indiferentes às suas necessidades básicas.

Em nossa vitória, alcançamos 170 crianças, todas frutos de muito traba­lho e da ação do Espírito Santo, que já

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AÜ&s

"Nada que você possa me coutar é mui­

to chocante ou ruim. Acredite em mim, já vi e ouvi tudo isso. Além disso, já sei

tudo sobre você e ainda o amo. Vamos

conversar sobre tudo. E não fique

surpreso se eu aparecer com algumas

respostas verdadeiras!"

Trecho do livro

Cartas de Deus para Jovens (CPAD),

página 42.

"Sempre soubera do princípio: a par­

ticipação no processo de aprendizagem

estimula a aprendizagem e o crescimen­

to. Negativamente, quando o professor está no controle total das atividades de

classe, seu ego pode ser a única coisa que cresce na sala de au la”.

Trecho do livro M étodos

Criativos de Ensino (CPAD),

prefácio.

"Após mostrar que a Lei fo i necessária até a vinda de Cristo, o apóstolo mostra

que agora todos são filhos de Deus

mediante a f é no seu filho. E por meio

dessa filiação não há mais nenhuma

separação dentro da humanidade, quer

seja de cor, de nacionalidade, de sexo;

pois em Abraão todos são herdeiros da promessa".

Trecho do livro Gálatas (CPAD),

página 95

"O lar é designado para treinar as pessoas

a respeitar e viver sob autoridade, e com os outros, em harmonia e respeito mútuo.

Acreditamos que a Bíblia, ao designar

o marido como líder em uma unidade

matrimonial de dois membros, estava solu­

cionando uma questão de governo".

Trecho do livro Seja o Líder que sua

Família Precisa (CPAD),

página 90

A HISTÓRIA DE JERUSALÉMCLAUDIONOR DE ANDRADE

Nesta obra, você encontrará a resposta para muitas pergnntas sobre a Terra Santa, mais especificamente sobre Jerusalém, a mais cobiçada das cidades, reverenciada por judeus, cristãos e muçulmanos. Através destas páginas, você peregrinará pela cidade que, apesar de seus três mil anos de história, jamais dei­xou de ser atual para Israel, para a Igreja e para todo o mundo. Algumas das perguntas respondias neste livro são: O que torna Jerusalém tão especial? Que planos Deus lhe reservou? O que lhe acontecerá no final dos tempos? Ela voltará a ser a cidade do Grande Rei?

SALVAÇÃO & MILAGRES: O PODER DO NOME DE JESU SELINALDO RENOVATO DE LIMA

Esta obra objetiva apresentar o Cristo das Escrituras, que vai muito além do Cristo utilitarista de nossos dias, popularizado apenas como "o maior psicólogo", "o maior administrador", "o maior educador", quando na verdade é, acima de tudo, Deus encarnado, o Salvador do mundo. Este livro resgata a visão cristológica de Jesus como o único Salvador. Sua ênfase recai sobre o Servo Sofredor, o Emanuel, mas sua mensagem também aponta para o Cristo escatológico, para a consumação da esperança final da Igreja e da expectativa israelita com o cumprimento total das alianças abraâmica e davídica.

ig r e jaid e n t id a d e&SÍMBOLOS

IGREJA, IDENTIDADE & SÍMBOLOSESDRAS COSTA BENTHO

Esta obra ê um tratado sistemático e histórico de Eclesiolo- gia. Trata-se de uma análise conscienciosa do termo grego ekklesia, que aparece no texto original do Novo Testamento para se referir à Igreja, e com interface no texto hebraico do Antigo Testamento. O objetivo desta obra não é abarcar todas as nuances da Esclesiologia, mas servir de leitura comple­mentar aos estudantes de Teologia interessados em conhecer o contexto, a semântica e o desenvolvimento do vocábulo até os dias de hoje.

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A dúvida do querido professor é certamente a mesma de muitos outros educadores cristãos por

esse Brasil afora. Como as causas desse problema são as mais diversas, é preci­so considerar algumas possibilidades e dimensões que podem ser exploradas desse questionamento, sem partir do princípio ou da dedução que a falta de "apoio financeiro" é proveniente de má disposição da igreja. Falo isso porque sou oriundo de uma igreja pequena, sem muitos recursos, onde desejo e vontade em investir na ED era o que não faltavam, porém, não havia recursos. Isso impediu que avançássemos e promovêssemos a ED? Absolutamente, não.

Alguém pode pensar: "Se a igreja era pequena e não havia recursos, como é que essa ED recebeu investimentos?" Seria uma longa história, mas posso adiantar que tudo iniciou-se a partir de uma mudança de mentalidade em relação ao ministério de ensino. Foi preciso reeducar culturalmente a igreja, conscientizando-a acerca da importância da ED. Tal processo, é lógico, teve de contar, abaixo da aprovação divina, com a anuência do pastor e do ministério, pois, do contrário, nada poderia ser feito. E aqui vai a primeira recomenda­ção ao prezado professor: É preciso ter respaldo da liderança para que qualquer atividade, projeto ou campanha possam ser desenvolvidos na igreja.

Recebemos na Redação o e-mail abaixo e resolvemos encomendar este artigo-resposta para ajudar nosso leitor.

A Paz do Senhor! Trabalho m minha igreja como coordena­dor da ED há dois anos. Gostaria de pedir uma ajuda, pois como coordenador tenho orado a Deus para me dar cada vez mais co­nhecimento e sabedoria da sua Palavra. O problema é que a ED

vem sofrendo alguns problemas, entre eles o não-apoio do pastor relaciomdo às ofertas da ED, pois o mesmo as usa para pagar

dividas. Já comentei para usarmos as ofertas na organização de um café da manhã trimestral destinado aos aniversariantes ou

para tentar uniformizar os professores e criar novos métodos etc. Gostaria que me orientassem como posso tentar desenvolver melhor a ED dentro desse contexto que vivo? Agradeço desde já.

Uma vez autorizado a criação de algum mecanismo para captação de recursos, a equipe da ED pode tran­quilamente desenvolver o seu trabalho. Obviamente que isso não significa

adesão total ou apoio geral, mas ela terá a devida tranquilidade para atuar. Várias são as iniciativas que a equipe da ED pode tomar. Uma das primeiras é obter per­missão para aplicar as ofertas da ED no próprio educandário. Evidentemente que é possível também pensar na alternativa

de aproveitar o desconto concedido pela CPAD em seu material curricular e repassá-lo para os irmãos. Flavendo entendimento mútuo, pode-se manter o preço de capa e, devidamente acor­dado, utilizar o valor excedente para se fazer investimentos na ED.

Uma das medidas mais comum é promover determinadas festas en­volvendo venda de almoços, jantares, feijoadas, café colonial, pizzas, sorve­tes etc. Sei que esse tipo de medida não é vista com bons olhos, mas algo precisa ser feito. Por mais estranho que pareça, no início da década de 90 nosso grupo de jovens enfrentava o intenso frio do Paraná, sobre cami­nhões, para trabalharmos na colheita de algodão e ajudar na realização das "confraternizações de mocidade". Na área do ensino, se a igreja através do Departamento de Educação souber or­ganizar um bom evento de educação, é possível pagar todas as despesas, e obter um excedente para reinvestir, criando uma realimentação e fazendo com que, ano a ano, ela possa realizar o mesmo evento com novos preletores, novo material, novos temas.

Finalmente, se a igreja for gran­de, é possível haver investimentos diretos nessa área, bastando apenas que tal prioridade seja inserida no orçamento.

César Moisés Carvalho é chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD, pedagogo e

pós-graduando em Teologia pela PUC-Rio.

TJ Zitáúietdo>i'!

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Por Luciana Gaby e Telma B uenok

Até aos confins da TerraAtividades para aplicar em classe e

ajudar a fixação do temaJO V E N S

E A D U L TO SIGREJA E ESPIRITO

A partir do Pentecostes, o Espírito passou a conduzir a Igreja.O Espírito Santo e a Igreja são inseparáveis, conforme afirma o pastor Severino Pedro: "O Espírito e a Igreja em tudo agem de comum acordo. A Igreja sem o Espírito seria um corpo sem vida; e o Espírito sem a Igreja, uma força sem meio de ação".

Objetivo: Reconhecer e compreender os símbolos do Espírito Santo.

Materiais: Gravuras de vento, água, chuva, rio, óleo, fogo, pomba, aliança, barco, etc. Uma caixa com abertura que possa passar uma mão.

Procedimento: Coloque as gravuras dentro da caixa. Depois, solicite aos alunos que retirem uma gravura de dentro da caixa.O aluno deverá dizer se a gravura é ou não um dos símbolos do Espírito Santo. Se for um símbolo, ele deverá citar uma passagem bíblica que se refere a ele.

As gravuras podem se repetir, pois há várias passagens bíblicas que se referem aos símbolos.

Professor, lembre aos alunos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e que quando aceitamos Cristo, o Espírito Santo passa a habitar em nós. Ao sermos batizados no Es­pírito Santo, exteriorizarmos essa ação com o falar em línguas.

É muito impor­tante conhecermos os símbolos do Es­pírito Santo por­que eles permeiam as Sagradas Escri­turas. Foi o próprio Deus que permitiu a inserção desses símbolos, para que facilitasse a nossa compreensão de determinadas Ver­dades espirituais.

Símbolos do Espírito Santo Texto bíblico

Água“Porque derram arei água .sobre o sedento, e rios sobre a terra seca ; derram arei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênçüo sobre os teus descendentes” (Is 4 4 .3 ).

Chuva“E elas [ovelhas], e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tem po: chuvas de bênçãos serão” (E z 34 .26 ).

Óleo“Am astes a ju stiça e aborreceste a iniquidade; por isso , D eus, o teu D eus, te ungiu com o óleo de alegria, m ais do que a teus com panheiros” (Hb 1.9).

Rio“Q uem crê em m im , com o diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” ( J o 7 .3 8 ).

O EVANGELHO E OS GENTIOS

Deus não faz acepção de pessoas. Jesus veio para salvar a todos aqueles que o aceitem como único Senhor e Salvador. Ao lermos o livro de Atos, percebemos que o apóstolo Paulo foi chamado para evangelizar os gentios, os da incircuncisão.

Objetivo: Saber que a salvação é para todo aquele que crê.

Material: Uma caixa de bombom.Procedimento: Previamente, abra a caixa e retire

alguns bombons. Diga aos alunos que você trouxe um prêmio para eles. Todos serão premiados pelo esforço, dedicação e participação nas aulas. Entregue a caixa a um dos alunos e permita que cada um pegue o bombom que preferir. É evidente que faltarão alguns bombons. Então, os que não ganharam certamente irão reclamar.

Pergunte o porquê das reclamações. Comente que é desagradável ver os outros se deliciarem com o chocolate enquanto apenas se observa. Quando os discípulos de Je­sus deram início ao "Ide", eles pregavam o Evangelho aos judeus. Houve uma discussão quando Paulo começou a evangelizar os gentios. Depois de uma longa conversa, eles reconheceram que o Evangelho é para toda a criatura.

v ” Se vocês ficaram chateados por não terem acesso a um simples bombom, imaginem se não tivésse­mos o direito de ouvir a mensagem da salvação? Deus é justo e jamais procederia dessa forma. Ele não faz acepção de pessoas.

Em seguida, pegue os bombons que você retirou e entregue aos alunos que não receberam. Diga que eles que decidirão se querem ou não o bom­bom. Da mesma forma é o Evangelho. Você escolhe aceitá-lo ou não. Todavia, saiba que Jesus já o escolheu.

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A PERSEGUIÇÃOJesus, ao iniciar o seu ministério convocou

discípulos, preparou-os por cerca de três anos, capacitou-os para continuar a tarefa que Ele começou. A morte de Cristo consumou o plano de Deus e, ao ressuscitar, Ele tomou-se O cabeça daquela que veio a ser sua representante entre os homens - a Igreja. Ao ascender aos céus, Jesus enviou o Espírito Santo, que capacitou os discípulos nesta obra tão árdua de comunicar os homens a salvação. Os discípulos cheios do Santo Espírito não temiam a perseguição. Foi no meio da luta que a Igreja mostrou-se fortalecida.

Objetivo: Reconhecer que a perseguição contra a Igreja permanece.

Material: Mapa do Brasil, tiras de papel e caneta esferográficas.

Procedimento: A perseguição sofrida pelos primeiros cristãos foi árdua e severa. No grande teatro romano, vários cristãos foram torturados por não negaram a sua fé. Atualmente, não é muito diferente. Há vários países onde os servos de Deus são torturados até a morte, por não negarem a fé em Cristo Jesus.

No Brasil, sofremos outros tipos de perseguições. Solicite aos alunos que citem alguns tipos de perseguição sofrida pelos crentes. Depois, peça para eles escreverem nas tiras de papel o que relacionaram.

Cole no quadro ou na parede o mapa do Brasil. Depois, colem no mapa as perseguições e discriminações que nós, cristãos, sofremos em nosso país.

Professor, não deixe de comentar que muitos servos de Deus são cha­mados de ignorantes, leigos e analfabetos, através da mídia televisiva. Isso não condiz com a nossa realidade. Como sabemos, há um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional que visa trazer aos homossexuais direitos que contradizem a Palavra do Senhor. Se essa lei for aprovada, em breve muitos desses "casais" vão exigir que as igrejas realizem o "casamento" deles. Porque lutamos contra o pecado somos chamados de preconceituosos. Como vamos reagir quando não mais pudermos pregar contra o pecado?

Antes de terminar a aula, levante um clamor pela nossa nação. Explique aos alunos que como servos de Deus somos testemunhas e embaixadores de Cristo; pregadores do Evangelho e portadores da Mensagem de Deus para a humanidade. E que a nossa mensagem está contida em um livro, a Bíblia. Por isso somos perseguidos.

A disciplina tem por objetivo orien­tar e evitar que o pecador torne a errar novamente. Também serve de lição para que outros não errem. Todo grupo social segue as regras determinadas pelo seu líder. Na escola, cumprimos as regras dos professores e diretores. No trabalho, obedecemos às regras da em­presa. Na igreja, obedecemos às regras ditadas por Deus. Quando infringimos uma regra sofremos a disciplina, seja na escola ou no trabalho. Na Casa de Deus não é diferente.

Objetivo: Reconhecer a necessidade da disciplina na vida do crente

Material: Canudos, pedaços de pa­pel 4cmx4cm e prêmios.

Procedimento: Divida a classe em grupos e forme filas (indiana). Dê um canudo para cada aluno e explique as regras: o último da fila deve sugar o papel pelo canudo até que ele grude e passe para o companheiro que está na sua frente. O momento de passar o canudo é o mais complicado. Quem está como papel deve soltar o ar no mesmo instante que o outro puxar. Não pode utilizar as mãos. Se o papel cair, deve-se pegar outro papel.

Vence a equipe que mais papéis conseguir colocar no pote.

Enquanto os alunos tentam realizar a dinâmica, explique que a disciplina é o conjunto de regras que existe para que se mantenha a

boa ordem de um grupo. Nós, servos de Deus, devemos seguir as regras para uma vida cristã saudável. Hoje, vocês estão seguindo as regras da brincadeira para ganhar um simples prêmio. Todos estão se esforçando para ganhá-lo. Essa mesma disciplina devemos ter se quisermos uma vida vitoriosa. As regras para uma vida reta diante de Deus encontramos no nosso Manual, a Bíblia Sagrada.

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B ER Ç Á R IO , M A TE R N A L E JA R D IM

Nós agradamos a Deus quando mantemos comunhão uns com os outros, quando buscamos ter um relacionamento saudável com todos. O salmista, no Salmo 133, afirma: "Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!".

Objetivo: Reconhecer que a comunhão é imprescindível para o crescimento da igreja.

Material: Uma garrafa térmica com leite, fermento bioló­gico e um copo de vidro.

Procedimento: Inicie a dinâmica fazendo a seguinte per­gunta: "Quais são os ingredientes necessários para o cresci­mento da igreja?". E verdade que a igreja precisa de unção, amor ao próximo, ser cheia do Espírito Santo, mas há um ingrediente indispensável que sem ele a igreja não cresce. Enquanto deposita o leite quente dentro do copo, comente que a Igreja Primitiva era fervorosa no Espírito. Os sinais e maravilhas os seguiam, mas o "ingrediente" principal daquela igreja era a comunhão. Enquanto estiver falando, coloque o fermento dentro do copo e mexa. Ele vai começar a subir. Por isso, a cada dia o Senhor agregava mais e mais pessoas a igreja. A comunhão dos Santos fazia e faz a Igreja crescer. E necessário que haja unanimidade para que a igreja cresça. Não adianta sermos fervorosos, quente como o leite, se não temos comunhão. O apóstolo Paulo, em sua carta a igreja de Corinto, afirmou: "Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também", ICo 12.12.

Professor, ore com os seus alunos pedindo unidade para a classe. Lembre que a comunhão verdadeira é o fermento que faz com que a igreja cresça.

PEIXINHOS COLORIDOSEstamos iniciando um novo ano e um novo trimestre.

; Talvez seja a sua primeira experiência como professor (a) da Escola Dominical. E natural que você fique um pouco ansioso (a). Saiba que independente do tempo que temos como profes-

I sores da ED, sempre que estamos diante de uma classe, nossoI coração parece bater mais acelerado, nossas pernas tremem e ! nossas mãos ficam frias. Será que estamos tendo uma crise de pânico? Claro que não! Isso acontece com muitos professores,

j até mesmo os mais experientes. Todavia, sabemos que não estamos sozinhos. Quando temos a certeza de que Deus está

! conosco, nos tomamos mais fortes, e temos condições para j enfrentarmos e vencermos as dificuldades e os desafios. A ; cada aula ficamos mais tranquilos e aproveitamos melhor cada | momento com as crianças.

Deus é a nossa fonte de energia. Nele encontramos forças. ! Procure estar ligado (a) ao Pai durante o decorrer deste ano | letivo para que a Sua luz brilhe em você. Que as crianças possam aprender mais sobre o Pai por intermédio de sua vida.

í No final deste ano, você verá o quanto Deus fez por você eI através de você.

Este é um trimestre muito especial para nossas crianças, [ pois é o período das férias de verão. Tempo de sol, banho de | mar, cachoeira, rio... São momentos especiais onde muitasI crianças podem viajar e passear com a família. Por isso, suge- | rimos alguns peixinhos bem coloridos. É importante explicarI para as crianças que Deus criou os peixes, os mares, os rios eI as estações do ano.

Justificativa: As crianças, já na primeira infância, precisam j ouvir e aprender que Deus é o grande Criador.

Objetivo: Explicar que Deus é o grande Criador.

Material: E.V.A de cores variadas, tesoura, tubos plásticos (pasta de dente ou cremes), tesoura, tinta acrílica e grampea-

I dor.

Atividade: Lave bem o tubo e seque-o com uma toalha.I Remova a tampa. Corte o tubo pela metade. Faça no E. V. A. aI cauda (observe o modelo). Grampeie a cauda no tubo. Faça os olhos em E. V. A. e pinte o peixe com a tinta acrílica (as crianças

| vão pintar os peixes). Faça os peixinhos bem coloridos. Cada aluno deverá ter o seu peixe.

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PRIMÁRIOS

UMA CAMINHADA DE FEProfessor, neste primeiro trimestre do ano, as crianças da clas­

se de Primários vão ter a oportunidade de estudar a respeito da origem do povo de Israel a partir da vida dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Por intermédio da vida destes Heróis da Fé, as crianças vão aprender alguns princípios bíblicos (obediência, fé, perdão, paciência) que vão contribuir para que tenham uma vida cristã vitoriosa. Aprendemos com os patriarcas que, para alcançar­mos as promessas de Deus, precisamos percorrer o caminho da fé e da obediência. Na primeira aula, as crianças vão aprender sobre a chamada de Abraão. Que você e seus alunos possam seguir o exemplo desse homem que foi chamado de Amigo de Deus.

Justificativa: Muitos já não querem mais obedecer a Deus e esperar o tempo para que suas promessas se cumpram.

Objetivo: Compreender que a obediência ao chamado de Deus conduz à vitória.

Entregue a mochila para o aluno (a) que estiver sentado à sua direta e depois faça à seguinte per­gunta: Se você tivesse de acompanhar Abraão em sua viagem, o que você levaria em sua mochila? A criança deverá dizer: Meu nome é Thayná, e levaria minha Bíblia. Em seguida, passará a mochila para o colega ao lado que deverá dizer o seu nome e o que levaria, e mais o que foi dito pelo colega anterior. O último aluno deverá tentar repetir tudo que foi dito pelos colegas. Este é um bom exercício para a memória.

Material: uma mochila.Atividade: Sente-se em círculo com as crianças no chão da

classe. Converse com elas, explicando que durante o trimestre es­tudarão a respeito dos patriarcas. Solicite que abram suas revistas e leia, juntamente com elas, os títulos de todas as lições. Pergunte às crianças se elas sabem o significado da palavra patriarca. Em seguida, diga que os patriarcas são os pais da nação de Israel. Tudo começou com Abraão. Ele deixou sua casa, seus parentes e amigos e foi para uma terra que Deus lhe mostraria. Abraão caminhou por fé. Você deixaria tudo para seguir ao Senhor?

VAMOS SONHAR ....

Quais são os seus sonhos em relação a sua classe? O que você tem feito para alcançá-los? Neste trimestre vamos falar a respeito dos sonhos. O tema da revista de Juniores é "Deus realiza sonhos". O objetivo das lições é conscientizar os alunos de que Deus tem poder para realizar os nossos sonhos que estiverem de acordo com sua vontade. As lições têm como base o livro de Gênesis, a vida de José.Seus alunos estão iniciando a vida cristã, por isso é importante que eles aprendam que sonhar é algo salutar, pois logo eles estarão sonhando com uma carreira profissional, com um casamento, viagens, etc. Porém, mostre a eles que devemos apresentar, colocar nossos sonhos diante de E>eus. Precisamos sonhar, confiar em Deus e fazermos a nossa parte.Sonhar que deseja ser médico e não querer estudar é bobagem. Precisamos também ter paciência para esperar o tempo de Deus. Quanto tempo José teve de esperar para que seus sonhos se realizassem?

Os juniores também terão a oportunidade de aprenderem que Deus pode reverter uma situação difídl em bênção. José passou por maus momentos em sua vida, mas não deixou de acreditar, confiar e

esperar no Senhor. Passou grande parte da sua mocidade em uma prisão. Mas, naquele lugar terrível, Deus estava preparando seu servo para que seus sonhos fossem realizados.

Justificativa: Vivemos tempos difíceis, muitos já perderam a espe­rança e não tem mais sonhos. Porém, sonhar é algo salutar. Os que confiam em Deus podem continuar sonhando, mesmo que as circunstâncias sejam contrárias.

Objetivos: Fazer, de modo lúdico, uma introdução do trimestre.

Material: Quadro-de-giz e giz. Atividade: Sente em círculo com

os alunos. Depois, peça que um deles vá até o quadro-de-giz e, utilizando apenas um desenho, demonstre qual o seu maior sonho. Os colegas terão de

descobrir qual é o sonho. Quem acertar ganha um ponto. Todos os alunos devem participar.

Conclua mostrando que Deus tem poder para realizar nossos sonhos se estes estiverem em conformidade com a vontade dEle.

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J l PVENIS

TELEFONE SEM FIO

Você ama a Palavra de Deus? Então, não terá dificuldades em preparar as lições, pois neste trimestre o tema da revista de Juvenis é A atualidade da mensagem da Bíblia. Poderíamos afirmar várias coisas a respeito da Bíblia, mas que fique gravado na mente e no coração de seus alunos que Ela é a inerrante e eterna Palavra de Deus.

Justificativa: Muitas pessoas na atualidade não creem que a Bíblia éa Palavra de Deus.

Objetivo: Conscientizar os jovens de que a Bíblia não é apenas o maior best-seller do mundo, ela é a inerrante Palavra de Deus.

Atividade: Sente-se em círculo com os alunos e discuta com eles a seguinte questão: "O que teria acon­tecido se a Bíblia fosse trans­mitida apenas oralmente, de geração em geração?".

Em seguida, faça a dinâmica do "telefone sem fio". Comece cochichando no ouvido do primeiro aluno a seguinte frase: "A Bíblia é a inspirada, infalível e inerrante Palavra de Deus". A distorção, que com certeza, a frase sofrerá, até que o último aluno a repita vai dar à classe a ideia do que teria acontecido se a Palavra de Deus não houvesse sido escrita.

Conclua enfatizando que a Bíblia é a inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus. Leia com os alunos os seguintes textos: Salmo 68.11; 2Pedro 1.21; 2Iimóteo 3.16; Hebreus 4.12; ICoríntios 11.23.

Objetivo: Mostrar que às vezes as outras pessoas têm uma imagem de nós que desconhecemos.

Atividade: Com antecedência, converse com alguns adoles­centes e peça que eles imitem alguns colegas. Tenha o cuidado para que as imitações não sejam ofensivas, faça de modo que ninguém fique aborrecido.

Sente-se com os alunos em círculo. Peça que um aluno (já escolhido anteriormente) imite um colega da classe. Depois, pergunte se eles sabem quem é. Converse com a pessoa que foi imitada pelo colega. Pergunte o que achou e se concorda que age

daquela forma. Explique que muitas pessoas ficam muito preocupadas com a imagem que os outros têm delas, porém o mais importante é a imagem que temos de nós. Se quisermos fazer uma avaliação sobre nós, precisamos nos conhecer. Conclua, enfatizando o fato de que não somos todos iguais. Somos únicos. Não podemos abrir mão da nossa individualidade usando as mesmas roupas que os outros, ou cortando e arrumando o cabelo só porque todos estão fazendo de determinada forma. Se desejar, leia

e discuta com os alunos os seguintes versículos: Mateus 5.48; Salmo 17.15; Salmo 139.1-2,15.

Neste trimestre os adolescentes vão estudar a respeito do relacionamento entre o crente e o mundo. O objetivo é ensinar aos jovens que embora vivamos neste mundo, não podemos nos confor­mar com sua filosofia, ou seja, a maneira de pensar das pessoas (Rm 12.2). Precisam os viver como cidadãos do Céu, porém isso não significa que tenhamos de viver alienados, isolados de tudo e de todos. Para auxiliá-lo a alcançar os objetivos propos­tos, sugerimos uma dinâmica que poderá ser utilizada já na primeira aula.

QUEM SOU EU?Justificativa: Como indivíduos os

adolescentes precisam conhecer a si mes­mos. Eles estão numa fase de mudança, logo, precisam es­tar conscientes de seus defeitos e de suas qualidades para que venham crescer, como pessoa, de modo saudável.

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& ív iic cPor Alexandre Coelho

Atos dos Apóstolos

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Lição 1

Atos dos apóstolos, a ação do Espírito Santo através da Igreja

O livro de Atos dos Apóstolos trata do nascimento da Igreja de nosso Senhor. Ao narrar essa história, Lucas fala do retomo de Jesus aos Céus, da vinda do Espírito Santo, dos milagres continuados pelas mãos dos apóstolos, do grande número de pessoas que atendiam ao chamado do Senhor para a salvação, dos livramentos dados pelo Senhor e das dificuldades enfren­tadas pela Igreja. Enquanto os evangelhos se preocupam com a história de Jesus, seus milagres, discursos, ministério, morte e ressurreição, Atos fala da continuidade — pelos discípulos— da obra iniciada por Jesus. Os primeiros capítulos de Atos mostram os temas que são abordados nas Cartas do Novo Testamento: a atuação do Espírito Santo na vida dos discípu­los (movendo-os para a obra missionária, para a pregação e à oração), a evangelização dos perdidos (a Igreja cresce de forma impressionante em Jerusalém e Samaria, e esse crescimento vai sendo estendido aos gentios) e a comunhão entre o povo de Deus (uma das características mais marcantes da Igreja).

A narrativa de Lucas possui um triplo objetivo: narrar a ex­pansão da Igreja, os atos dos apóstolos e motivar os crentes.

A expansão da Igreja é vista em Atos como o cumprimento da ordem de Jesus, de a Igreja evangelizar o mundo. Vemos em Atos que foi necessária uma dispersão dos crentes que estavam em Jerusalém para que a mensagem de Jesus se espalhasse. Nem sempre o crescimento da Igreja se deu em ocasiões em que a pregação e o culto eram propícios, e esse foi o caso dos crentes de Jerusalém, que precisaram ser perseguidos para cumprir o mandamento do Senhor.

Narrar os atos dos apóstolos. Quando lemos o livro de Atos passamos a entender a forma com que os discípulos agiram, e o contexto em que agiram. Os apóstolos do Senhor se viram diante de diversas situações, como perseguição religiosa e po­lítica, a mão de Deus sendo estendida aos gentios — inclusive dando-lhes o batismo com o Espírito Santo, a conversão de per­seguidores como Paulo e milagres confirmando a participação da mão de Deus na criação da igreja. Conhecendo esses fatos, entendemos a forma com que os primeiros desafios foram vencidos e de que forma as estratégias usadas pelos apóstolos podem ser usadas em nossos dias também.

M otivar os crentes. A história pode servir de inspiração para as pessoas que dela se servem. Nós, crentes do Século 21, podemos ler o livro de Atos e perceber o cuidado de Deus para com seu povo. Entenderemos que o fator "perseguição" não é novo para o povo de Deus, e que mesmo em uma situação assim, Deus estende sua mão para que o Evangelho cresça e seu nome seja glorificado. Nossa motivação reside aqui: da mesma forma que os primeiros discípulos agiram, confiando no Senhor, temos esse precedente para dar prosseguimento à obra de Deus. •

36

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A ascensão de Cristo e a promessa de sua Vinda

O livro de Atos é iniciado com a descrição de três fatos muito importantes: Jesus, ressuscitado, aparece aos discípulos por 40 dias; deixa as últimas instruções de prosseguimento de sua obra; e é levado aos céus. Dessas breves linhas, observamos:

Não fo i um espírito que subiu aos céus, mas o Jesus res- surreto. Antes de subir, Jesus padeceu diversos sofrimentos e humilhações, foi crucificado e morto, mas ressuscitou pelo poder de Deus. Lucas, que era médico, deixa claro que "com muitas e infalíveis provas" Jesus permaneceu por 40 dias, mostrando aos seus servos que a morte não o deteve, e que era o Senhor da vida. Por todos esses dias, quem tivesse dúvidas sobre a veracidade ou não da ressurreição poderia conferir com seus próprios olhos o Jesus ressuscitado. Eles puderam tocar o Senhor, e comer com Ele (Lc 24.38-42). Era tempo mais que suficiente para que os discípulos fossem convencidos do poder de Deus sobre a morte, e da necessidade de continuarem a obra de Jesus.

Por que Cristo subiu? Era necessário que o Espírito Santo viesse e enchesse os discípulos de Jesus, a fim de que eles pros­seguissem com a obra do Senhor. "E, agora, vou para aquele que me enviou... digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo", Jo 16.5a,7-8. Portanto, Jesus avisara a seus discípulos sobre o seu retomo aos céus, mas dei­xou claro que eles não estariam sozinhos, nem que agiriam sem o respaldo divino. Disse também que o Consolador haveria de ser o responsável por convencer a humanidade da veracidade do Evangelho. De que forma isso aconteceria? Com o Espírito Santo agindo na vida de cada um dos discípulos.

Apromessa de seu retomo. Mais que simplesmente ver seu Senhor e Mestre retomar aos céus, os discípulos ouviram dos anjos a promessa que nós hoje aguardamos: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir", At 1.11. A volta de Cristo é uma promessa viva, por se cumprir, que todo cristão deve ansiar, pois por ocasião de seu cumprimento, como diz Paulo, "...estaremos sempre com o Senhor", lTs 4.17c.

O cumprimento da promessa de Deus. Passaram-se apenas dez dias do retomo do Senhor ao Céu, e Deus cumpriu a pro­messa feita do derramamento do Espírito sobre seus servos. Esse evento aconteceu cinquenta dias após a ressurreição do Senhor. No dia de Pentecostes, o quinquagésimo dia depois da Páscoa, Deus visitou seus servos e os encheu com seu Espírito. Os discípulos foram cheios em uma reunião de oração, um indicativo de que oração e a atuação do Espírito Santo sempre foram fundamentais no crescimento da Igreja. •

Lição 2

0 derramamento do Espírito Santo no Pentecostes

Da mesma forma que Moisés passou 40 dias no monte com o Senhor, os discípulos passaram 40 dias com Jesus depois de sua ressurreição. Nesse período, eles viram o poder de Jesus sobre a morte e a realidade da ressurreição, mas outra expe­riência — que revestiria de poder os discípulos, a fim de que esses testemunhassem de forma dinâmica e poderosa sobre o Evangelho — ainda estava por vir para os servos do Senhor: o batismo com o Espírito Santo. Esse evento ocorreu 50 dias após a Páscoa, na celebração denominada Pentecostes, que marcava a colheita dos grãos, como se representasse uma festa em ações de graças pela recente colheita. Nessa ocasião, ofertas e sacrifícios eram feitos, e de acordo com a opinião dos rabinos, o Pentecostes marcava a ocasião em que a Lei foi dada a Moisés. Foi nessa ocasião, em que judeus de diversas nações dirigiam- se para Jerusalém para participar dessa festa, que Deus encheu seus servos com seu Santo Espírito.

Uma observação deve ser feita no tocante à expressão "poder", que Jesus utilizou para designar o revestimento que os discípulos teriam para pregar o Evangelho com autoridade. Há quem confunda a palavra utilizada para indicar poder, dúnamis, com "dinamite", como se o poder do Espírito Santo fosse um poder "explosivo". Na verdade, a palavra dúnamis traz a ideia de uma força motriz, que induz ao movimento, não à explosão e destruição. É a força que fez com que os discípulos se movimentassem, que falassem de Jesus com autoridade, e não uma energia que conduz à "explosão".

O fa la r em línguas. O falar em línguas foi o sinal inicial do enchimento de poder para os discípulos, que glorificavam a Deus em línguas desconhecidas para si, mas conhecidas dos judeus visitantes em Jerusalém. Warren Wiersbe, comparando o Pentecostes com o evento da Torre de Babel, comenta que Deus fez uma inversão. Em Babel, a confusão de línguas serviu para confundir os homens e dispersá-los, pois a torre foi criada para exaltar os homens, em um ato de rebelião a Deus, ao passo que as línguas faladas no Pentecostes uniram os cristãos em espírito, que louvaram a Deus e demonstraram a certeza da submissão ao plano divino. Mais que isso, Deus mostrou que sua vontade é que o nome de Jesus fosse conhecido em todas as línguas!

O pentecostes e a salvação dos pecadores. Um dos aspectos mais importantes dos planos de Deus para o Pentecostes é a salvação dos pecadores. "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas. .." (At 1.8). O revestimento de poder do alto tem por objetivo o resgate das almas perdidas, e Deus o faz revestindo de poder os crentes. Portanto, não somos cheios do Espírito para ostentar o recebi­mento de poder, ou a utilização sobrenatural de um dom, mas para que, cheios do Espírito Santo, possamos testemunhar com poder e atrair os pecadores a Cristo. •

Lição 3

EH

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A comunhão na IgrejaA Igreja Primitiva foi marcada com uma característica que

fez dela uma comunidade de pessoas diferente das comuni­dades que existiam naqueles dias: a comunhão. Comunhão representa o "Vínculo de unidade fraternal, mantida pelo Espírito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo" (Dicionário Teológico, CPAD, pág. 104). Do grego koinonia, traz a ideia de associação e relacionamento íntimo entre as pessoas. Era uma união concedida pelo Senhor, totalmente diferente do senso de unidade de uma organização humana. Mais que estar próximos fisicamente, eles estavam unidos no Espírito, na fé e na oração.

O poder da comunhão diante da perseguição. A impor­tância da comunhão na Igreja Primitiva era tal que, somados à oração, as operações de milagres e à pregação poderosa dos apóstolos, fez com que a Igreja caísse na graça de todo o povo, a ponto de essa boa recepção por parte daqueles que ainda não eram servos de Deus influenciar a decisão política dos perseguidores da Igreja. Notemos que os líderes religiosos judeus refrearam muito de sua oposição à Igreja com medo do povo (At 4.21; 5.26). Por que agiram assim, com receio de que a opinião do povo lhes fosse prejudicial? Porque o povo tinha a Igreja em alta conta, pela forma com que os crentes cuidavam uns dos outros e mantinham sua fé. Uma Igreja cheia do Espírito Santo e de comunhão terá inimigos, com certeza, mas esses terão receio de estender seus braços contra ela se ela achar graça por parte do povo que a cerca.

A com unhão fa z a Igreja crescer. Uma obra dividida não consegue se manter. Sem comunhão em uma igreja, os crentes buscarão interesses próprios, esquecendo-se do objetivo de buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Na igreja em Jerusalém, "todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar", At 2.47. Esse crescimento era dado pelo Senhor, pois Ele mesmo acrescentava à Igreja novos membros, mas a comunhão que a Igreja tinha era um dos instrumentos pelos quais o Senhor as mantinha lá. Não basta apenas evangelizar e ganhar as pessoas para Jesus; é preciso que essas pessoas vejam os resultados da comunhão nos membros da igreja, e assim permaneçam nela. A comu­nhão que os crentes de uma congregação demonstram é proporcional à comunhão que tem com Cristo. Quanto mais próximos do Senhor, mais demonstraremos esse mesmo sentimento para com nossos irmãos. Mathew Henry, pastor do século 17, diz em seu comentário, acerca da comunhão apresentada pelos crentes da igreja em Jerusalém: que "Eles comiam juntos (v.46) para que os que tivessem muito pudes­sem repartir suas posses, e, assim, se livrarem das tentações da abundância; e os que tivessem pouco recebessem uma porção maior, e, então, se guardassem das tentações da ne­cessidade e da pobreza" (Comentário Bíblico Mathew Henry, vol. 2, CPAD, pág. 25). •

EH

Lição 4

Sinais e maravilhas na IgrejaEntre os sinais e maravilhas apresentados no livro de Atos,

destacamos:Curas. Houve diversas curas entre os cristãos da Igreja

Primitiva, e antes disso, Jesus operou diversos milagres pelo poder de Deus. Entre esses milagres (multiplicação de pães e peixes, expulsão de demônios e acalmar uma tempestade), houve muitas curas. Entendemos que as doenças são, de for­ma direta ou indireta, fruto do pecado na humanidade, mas também cremos que Deus é glorificado na cura das pessoas que dela precisam. Lucas nos mostra diversos exemplos de curas ocorridas no livro de Atos, como a que foi realizada por Pedro e João ao coxo à porta do templo (At 3.1-10); Enéias, ha­bitante de Lida, paralítico, foi curado quando Pedro o visitou (At 9.32-34). Em Samaria, muitos paralíticos e coxos foram curados após a pregação de Filipe, e muitos endemoninhados eram libertos (At 8.5-7).

Ressurreição. A morte é chamada por Jó de "rei dos terrores" (Jó 18.14). E um destino do qual não podemos fugir, exceto aque­les que estiverem vivos por ocasião do arrebatamento da Igreja. Atos nos mostra que sinais e maravilhas incluem a ressurreição de mortos. Dorcas, uma cristã que residia em Jope, adoeceu e morreu, mas foi ressuscitada pelo Senhor após Pedro orar. Esse fato foi tão notório em Jope que muitos creram no Senhor (At 9.42). Quando Paulo pregava em Trôade, um jovem de nome Eutico caiu da janela do cenáculo e morreu, mas foi trazido de volta à vida por meio da oração do apóstolo (At 20.7-13).

Livramentos sobrenaturais. O livro de Atos nos mostra que a Igreja sofreu perseguição quando de seu nascimento. Mas Deus trouxe diversos livramentos aos seus servos. Os apóstolos foram presos pelo Sumo-Sacerdote (At 5.17-21), mas um anjo do Senhor os libertou da prisão e ordenou que fossem ao templo para ensinar sobre Jesus. Herodes, por ocasião da Páscoa (At 12), prendeu Pedro, que ficou acorrentado entre dois soldados, mas enquanto a Igreja orava, Deus enviou o seu anjo e trouxe outro livramento para o seu servo. É interessante que neste capítulo, Herodes, o perseguidor, é citado primeiro, e a Igreja sofre perseguição, mas quando Deus intervém, mu­dando a ordem das coisas, o capítulo termina com Herodes morto e a Palavra de Deus crescendo e se multiplicando!

Milagres não devem nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumenta- lidade humana para esse fim, mas isto não significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatória para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem os milagres. •

Lição 5

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Lição 6

A disciplina na Igreja;A palavra disciplina tem pelo menos quatro significados:

segundo o Dicionário Aurélio, pode ser o conjunto de regras que existem para que se mantenha a boa ordem de um grupo social. Disciplina também é a boa ordem resultante da ob­servância desses preceitos. Disciplina ainda é definida como cada uma das matérias ensinadas nas escolas, e finalmeiite, a correção exercida em um caso de desvio ou quebra de um preceito. '

'O objetivo da disciplina é orientar e evitar que o erro torne a ser repetido. Quando falamos acerca dela, não esta­mos corroborando a utilização de violência ou tratamento desumano para convencer uma criança, ou um idoso, mas orientá-la, explicando-lhe o motivo pelo qual é necessário que ela seja disciplinada {Pv 6.23). Outro objetivo da discipli­na é mostrar às pessoas, independente da idade, que todas as atitudes trazem consequências, e que estas nem sempre são prazerosas./A falta de disciplina pode levar à morte (Pv 15.10)/ Isto tem um princípio: uma pessoa não pode ser plenamente amadurecida se não for ensinada a conhecer os seus limites. Ela precisa entender que não pode fazer o que bem entender com sua vida, e que há consequências para todos os seus atos.

Pitágoras, um filósofo e matemático grego, disse: "Eduque as crianças, para que não seja necessário punir os adultos".y

> Disciplinar é, antes de tudo, ensinar, para depois cobrar o que foi ensinado» Tem-se por objetivo evitar que um erro seja repetido (e isto não se faz sem se passar tempo e demonstrar amor!). Uma pessoa sem disciplina não consegue entender seus próprios limites, nem a consequência de seus atos. "O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga", Pv 13.24.

/ o que Deus espera quando nos d iscip lin a? "O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repre­ensão prudentemente se haverá", Pv 15.5. Quando exerce a disciplina para com seu povo, Deus espera que possamos ser corrigidos de alguma falha ou pecado que estejamos cometendo. Não há registros na Bíblia de que algum ato de disciplina por parte de Deus tenha sido feito de forma excessiva, ou sem motivo. "Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho", Hb 12.6. Deus espera que reajamos à disciplina como filhos. De que forma? Acatando-a!^\ diferença bíblica no que tange à filiação, apre­sentada na Carta aos Hebreus, não é o sangue que corre nas veias ou o sobrenome que se tem por herança. A diferença reside na forma como tratamos a disciplina de que somos alvo: "Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; , porque que filho há a quem o pai não corrija?", Hb 12.7. E termina a advertência: "Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos", Hb 12.8. «

A assistência socialEsta lição trata acerca da necessidade de se ter um grupo

na igreja que cuide de questões atreladas à assistência social. Esse grupo, já mostrado no Novo Testamento, é formado pelos diáconos.

Os crentes já tinham comunhão. Já partilhavam de seus bens uns para com os outros, a fim de que ninguém passasse dificuldades. Como disse Mathew Henry, pastor do século 17: "Eles comiam juntos (v.46) para que os que tivessem muito pudessem repartir suas posses, e, assim, se livrarem das ten­tações da abundância; e os que tivessem pouco recebessem uma porção maior, e, então, se guardassem das tentações da necessidade e da pobreza" (Comentário Bíblico Matheiv Henry, vol. 2, CPAD, pág. 25). Mas com o crescimento da Igreja, tanto em número de pessoas quanto em necessidades, fez com que um ministério muito importante fosse criado: o diaconato. Para que uma pessoa exercesse este ministério, precisava ter as características que destacaremos:

B oa reputação. Uma pessoa de má fama na comunidade jamais deverá ser escolhida para a assistência social.

Ser cheio do Espírito Santo. O fato de trabalhar com a assistência social na congregação não isenta o diácono de ser cheio do Espírito Santo. Precisamos ser cheios do Espírito não apenas para estar no púlpito, mas para todas as horas de nossa vida, no santuário e fora dele.

Ter sabedoria. O trato diário com as pessoas necessitadas exige sabedoria, pois os conflitos acompanham qualquer rela­ção humana. Os diáconos devem ser pessoas sábias sempre.

Anos mais tarde, Paulo recomendaria a Timóteo (lTm 3.8-10) que outras características fossem observadas naqueles que serviriam a mesa:

Sejam honestos. Honestidade implica honradez, inte­gridade.

Não de língua dobre. O diácono não pode ter duas pala­vras diferentes sobre um mesmo assunto. Isso indica que é preciso falar de uma forma apenas, e viver de acordo com ela.

N ão dados a muito vinho. Isso representa a necessidade de não estar embriagado, de manter uma vida centrada e equilibrada, sem se deixar levar por vícios.

Não cobiçosos de torpe ganância. A cobiça pode acabar com um ministério, pois a pessoa sempre vai desejar algo que outra possui.

Guardando o mistério da f é em uma pura consciência. A fé não pode ser acompanhada por uma consciência con­taminada.

E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Não podemos admitir uma pessoa a qualquer seja admitida em um ministério sem que ela seja, primeiramente, provada, e a seguir, possam exercer a função a que foram chamadas. •

Lição 7

£*t&úuzdoti'

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Quando a Igreja de Cristo é perseguida

Paulo aparece perseguindo a Igreja do Senhor. A primeira vez em que Paulo é citado em Atos é apresentado como um moço sob cujos pés deixaram as roupas de Estêvão enquanto ele era apedrejado (At 7.58). A segunda vez mostra que ele era uma das pessoas que consentiu na morte de Estêvão, um dos diáconos da igreja de Jerusalém (At 8.1). E a terceira vez, apresenta Saulo assolando a Igreja, entrando nas casas dos crentes e prendendo, arrastando, homens e mulheres que seguiam a Jesus. Lembrando-se dessa época em sua vida, em um discurso ele comenta: "E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar", At 26.11. Warren Wiersbe diz que "o verbo 'assolar' nesse caso descreve um animal selvagem despedaçando a vítima". Saulo era realmente uma pessoa envolvida de tal forma no judaísmo que, apesar de toda sua erudição, não conseguia enxergar em Jesus o cumprimento messiânico do Antigo Testamento.

O Evangelho em Samaria. E sabido que samaritanos e judeus não tinham relações amistosas há séculos. Por ocasião da invasão assíria, em 722 aC., houve muitos casamentos com estrangeiros, de forma que o sangue puro judeu foi contami­nado, e os samaritanos eram considerados inferiores pelos judeus. Basta dizer que "... descendo Felipe a Samaria..." é uma forma de mostrar como os judeus pensavam: Samaria ficava ao Norte da Judéia, e não ao Sul, mas para o judeu devoto, quem ia para Jerusalém subia, e quem ia para Samaria, descia! Mas foi nesse lugar que Deus operou maravilhas pelo ministério de Felipe, e que deu prosseguimento ao plano de evangelização da humanidade.

Apesar da rixa entre judeus e samaritanos, vemos nos evangelhos encontros de Jesus com samaritanos. Jesus curou certa vez dez leprosos, mas apenas um retomou para agrade­cer, e era samaritano (Lc 17.11-19). Jesus conversou com uma mulher samaritana em plena luz do dia, algo inimaginável para os padrões daqueles dias. Não podemos esquecer que os samaritanos também aguardavam o cumprimento da esperança messiânica (Jo 4.25), e que reconheceram em Jesus o Messias.

Quando há perseguição em um local Deus abre as portas em outro. A perseguição atingiu seu ápice em Jemsalém, mas o Evangelho não deixou de ser propagado. Ao passo que Estê­vão, um diácono, foi apedrejado por sua fé, Deus enviou Felipe, outro diácono, para Samaria, a fim de que ele pudesse pregar aos samaritanos. A mensagem do Evangelho foi aceita pelos samaritanos. Deus não está limitado às perseguições humanas. Além de providenciar grandes livramentos para seus servos em Jemsalém, Deus fez com que os vizinhos samaritanos ouvissem e experimentassem o Evangelho também. •

Lição 8

A conversão de PauloNesta lição veremos um dos mais importantes encontros

já descritos na Bíblia: o de Paulo com o Senhor Jesus Cristo. Para que possamos entender a mente de Paulo, lembremo-nos de que ele não conseguia entender que o Messias pudesse ser morto em uma cruz (uma morte reservada para pessoas mal­ditas - Dt 21.23). Ele acreditava que os seguidores de Cristo formavam uma seita perigosa para o Judaísmo, e que seria necessário acabar com esses seguidores.

Paulo viu que Jesus estava vivo. Como participante do Sinédrio, Paulo não apenas consentiu na morte de Estêvão. Ele certamente partilhou e divulgou a ideia de que Jesus não havia ressuscitado, mas que seu corpo fora roubado pelos discípulos. Mas grande foi sua surpresa ao ouvir a voz do próprio Jesus ressuscitado.

Paulo não persegida a Igreja, e sim ao próprio Jesus. Outra verdade que Paulo descobriu na estrada é que ele perseguia a Jesus. Sua política de retaliação à Igreja estava direcionada aos discípulos, mas ele estava perseguindo a Jesus. Ele enten­deu que quem se coloca contra um servo de Deus se coloca contra o próprio Deus. Seria complicado para ele manter esse sentimento, pois trabalhar contra Deus lhe seria custoso demais. Mesmo que em sua sinceridade perseguisse cristãos, imaginando que estava prestando um grande serviço a Deus, ele precisaria render-se a Cristo.

Paulo e Ananias. Cego, orando, Paulo recebe a v isita de um cristão desconhecido. Esse homem, de nome Ananias, recebe uma ordem de Deus para que vá ao lugar onde Saulo está e ore por ele. Ananias questiona o Senhor, mas confor­tado por Ele, obedece e vai orar por Paulo. Nunca mais o nome de Ananias é citado nas Escrituras, exceto quando Paulo dá seu testemunho antes de ser preso em Jerusalém (At 22.12). Ananias é uma peça fundamental na vida de Paulo, pois foi o primeiro a chamá-lo de irmão, e em um momento em que as pessoas desconfiavam de Paulo, por ser ele um perseguidor, ouviu do Senhor o valor de Paulo em prol do Evangelho.

O fariseu zeloso seria enviado aos gentios. Deus escolhera Paulo para que fosse enviado aos gentios. Pela formação do apóstolo, não é possível vislumbrar que seu ministério fosse para os gentios, pois quando apresenta sua biografia, de forma breve, mostra que sua formação intelectual e social estava voltada para atender aos interesses do Judaísmo. Mas Deus tinha outros planos para ele. Seu desafio seria falar com aqueles que estavam fora dos círculos judaicos, e essa era uma tarefa e tanto. Se os judeus, com o conhecimento da Lei de Moisés (que trazia as profecias sobre Jesus e a sua vinda), nem sempre aceitaram a mensagem do Evangelho, quem dirá os gentios, que nem sequer tinham, em muitos casos, o conhecimento da Lei nem a fé no Deus de Israel. Mas esse desafio foi vencido de tal forma que o Evangelho chegou até nós. •

EL

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Lição 10 Lição 11

0 Evangelho propaga-se entre os gentios

Nesta lição, vemos Deus estendendo sua mão em prol dos gentios. Atos 11 é a continuidade da narrativa acerca de Cornélio, iniciada em Atos 10. Cornélio era um centurião romano temente a Deus, que recebeu do Senhor uma visão: chamar Pedro para que esse falasse o que Cornélio deveria fazer. Obedecendo a Deus, o centurião envia dois homens para encontrar Pedro e chamá-lo para que fosse a sua casa.

Deve ter sido estranho para Pedro atender ao chamado de Cornélio, se não fosse pelo aviso do Senhor. Aqui cabe uma lição: o mesmo Deus que fala também confirma seus desígnios para com seus servos. O mesmo Deus que deu a visão a Cornélio sobre Pedro avisou Pedro para ir com os enviados de Cornélio. E Deus ainda disse a Pedro: "Vai com eles e não duvides", At 10.20. Isto merece um destaque, pois ao que parece, a mentalidade dos apóstolos de Jerusalém estava restrita ao Evangelho dentro dos círculos judaicos. Samaria já fora evangelizada, mas os gentios ainda não eram prioridade. Foi necessário que Deus ainda ordenasse ao apóstolo Pedro que não duvidasse de suas ordens, ou ele se recusaria a acompanhar aqueles homens.

Obedecendo às ordens de Deus. Como se não bastasse o receio de Pedro, quando chega no lar de Cornélio, ao invés de já apresentar o Evangelho, ele deixa claro que não era lícito um homem como ele, judeu, aproximar-se de estran­geiros, e desejou saber o motivo para o qual foi chamado. Como Pedro, quando não conseguimos perceber de forma clara os planos de Deus, esquecemos até mesmo de falar de Jesus às pessoas. Mesmo tendo recebido uma visão de Deus, demorou a entender e aceitar o que Deus estava fazendo. E só foi realmente convencido quando o Espírito Santo veio sobre os gentios, e estes falaram em línguas. Por ter passado pelo batismo com o Espírito Santo e falado em línguas, Pe­dro percebeu que aqueles gentios estavam sendo visitados por Deus, e que a porta do Evangelho estava aberta a eles também. Os gentios receberam o Espírito Santo e foram batizados nas águas.

Pedro na igreja de Jerusalém. Ao chegar em Jerusalém, Pedro teve de se justificar diante da igreja por ter batizado os gentios. E seu depoimento só foi aceito porque o apóstolo disse que o Espírito Santo veio sobre os gentios e os encheu, como encheu os crentes israelitas no Pentecostes.

Dessa vez, sim, os crentes judeus "aceitaram" a forma com que Deus trabalhou para que o Evangelho chegasse aos gentios. Não fosse a atuação do Espírito Santo, que interveio de forma sobrenatural, provavelmente os judeus demorariam mais a entender a ordem do Senhor, de pregar o Evangelho por todo o mundo. •

0 primeiro concilo daIgreja de Cristo

Após o Evangelho chegar aos gentios e a Igreja do Senhor crescer fora dos arraiais judaicos, foi necessário que houvesse um concílio na igreja em Jerusalém, a fim de delimitar sobre a forma com que esses novos crentes se portariam diante dessa nova vida.

Esse concílio foi motivado por uma questão complexa para aqueles dias: um ensino dizendo que era necessário aos cren­tes gentios passarem pelo rito da circuncisão. Muitos gentios aceitaram a Jesus, e cristãos judeus mais radicais entenderam que a circuncisão era necessária a esses novos crentes, como se o rito da circuncisão fortalecesse a salvação, ou mesmo confirmasse a fé daqueles novos crentes. Hoje sabemos que um rito não pode fortalecer a salvação, e que a circuncisão não toma o gentio mais crente que um israelita que recebeu a Jesus como seu Messias/O ensino controverso precisava ser debatido e confirmado ou rejeitado. /

/ Uma situação dessas, que poderia trazer grandes prejuízos à obra de Deus e à comunhão entre os dois grupos, só poderia ser resolvida em um concílio, visto que entre os apóstolos e os anciãos houve uma grande discussão (a palavra usada por Lucas para expressar essa discussão é "contenda"). /

/ Foi necessário que Pedro tomasse a palavra e lembrasse a todos que os gentios ouviram a Palavra de Deus por meio do apóstolo. Se Pedro havia reconhecido que Deus deu aos gentios o Espírito Santo, não seria correto os judeus deixarem de reco­nhecer esse fato. Se Deus não fizera diferença entre esses dois povos, porque os israelitas o fariam? Pedro reconheceu tam­bém que o jugo colocado sobre seu povo era difícil de suportar (At 15.10). Reconheceu também que a salvação não vinha pela guarda da Lei, mas pela graça de Cristo (At 15.11). /

/ Aparticipação de Paulo e Bamabé nesse concílio aconteceu após a palavra de Pedro. Eles precisavam ser ouvidos, pois seu testemunho poderia influenciar a decisão a ser tomada em prol dos gentios. Os dois missionários narraram os sinais e prodígios que acompanhavam a sua pregação entre os não judeus. E Tiago reconheceu que o Antigo Testamento indicava a entrada dos gentios no Reino de Deus. /

O resultado do concílio. Atos 15.22-29 narra o resultado dessa importante reunião. Os gentios deveriam abster-se das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue e da prostituição. Essas recomendações foram iniciais. Nos anos que se segui­ram, Paulo, em suas cartas, trouxe outras ordens aos gentios, de acordo com a necessidade das igrejas às quais escreveu. Em cada carta paulina Deus usa o apóstolo a fim de trazer orientações divinas aos crentes gentios, explicando, em algu­mas delas, que a guarda da Lei não salva o gentio, e sim a fé em Jesus Cristo. •

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As Viagens Missionárias de Paulo

O chamado missionário de Paulo. Atos 13 mostra a igreja em Antioquia (a primeira igreja mista, composta de judeus e gentios juntos, cultuando a Deus no mesmo lugar), uma comunidade de crentes cheios do Espírito Santo, que serviam ao Senhor e jejuavam (isto é importante, pois o jejum não era uma prática apenas dos judeus, mas de crentes fiéis ao Se­nhor, no tempo da graça. Para aqueles que dizem que o jejum é uma prática da Lei.). Nessa igreja, o Espírito ordenou que Paulo e Bamabé fossem separados e enviados para a obra a eles destinada. Após ser perseguidor e encontrar-se com Jesus na Estrada de Damasco, Paulo toma-se um apóstolo para os gentios. O grande perseguidor da igreja, e futuro prodígio no Judaísmo, foi enviado aos povos que não guardavam a Lei de Moisés.

Pontos que facilitaram o evangelismo aos gentios. As viagens de Paulo foram facilitadas por diversos fatores. Em primeiro lugar, a chamada Pax Romana, uma paz forçada, im­posta pelos romanos aos povos conquistados. Essa paz impedia que os povos dominados brigassem entre si, e o intercâmbio linguístico e cultural floresceu naqueles dias, beneficiados por esse "sentimento" de paz obrigatório.

Paulo fa lav a o grego, a língua franca do império romano. Apesar de os romanos dominarem pela força, foram domina­dos pelos gregos no idioma. Qualquer pessoa que quisesse ser entendida naqueles dias, tanto para comercializar quanto para viajar a passeio, deveria ter um mínimo conhecimento da língua de Homero. Dessa forma, Paulo pode evangelizar aqueles que não falavam a língua dos judeus./ Paulo começou diversas vezes seu evangelismo em sinaso- gas. Isso aconteceu em Damasco (At 9.20), Salamina (At 13.5), Perge (At 13.14) Icônio (At 14.1), Tessalônica (At 17.1), Corinto (At 18.4) e Éfeso (At 19.8). Essas instituições foram, de certa forma, importantes para a divulgação das Boas-Novas, pois os primeiros a ouvirem sobre Jesus eram os judeus, e depois os gentios. As sinagogas, portanto, eram o ponto de partida para a divulgação do Evangelho nas viagens de Paulo. /

A orientação do Espírito Santo. Da mesma forma que o Espírito Santo ordenou que a igreja em Antioquia enviasse Paulo e Barnabé, Atos 16.6-10 mostra que Paulo tentou ir para uma determinada região, composta pela Frigia, Galácia, Mísiá e Bitínia, mas foi impedido pelo Senhor. Também em Atos 20.23, ele fala sobre a orientação constante do Espírito Santo: "o que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações". Sem a orientação do Espírito de Deus, portanto, o trabalho de Paulo estaria condenado, pois Ele é que determinava para onde o apóstolo tinha de ir.Não basta insistir na oração. Devemos orar e depender do Senhor para receber orientações para nossas vidas. •

Lição 12

Paulo em RomaO longo caminho para Roma. O apóstolo Paulo vai a Je­

rusalém, para levar aos crentes judeus os recursos financeiros que levantou junto às igrejas gentias (At 24.17; Rm 15.25,26). Ao chegar lá, após uma semana, período em que pagou um voto feito, foi reconhecido por alguns judeus, que tumultu­aram o ambiente de tal forma que Paulo só foi salvo porque alguns soldados romanos impediram seu linchamento. Ainda pôde fazer um discurso e falou do Senhor Jesus Cristo, mas permaneceu preso, para sua segurança. Numa noite em que esteve preso, o Senhor lhe disse que ele seria testemunha em Roma, a capital do império.

Paulo foi escoltado até Cesaréia, onde permaneceu sob custó­dia por dois anos, podendo receber visitas. Foi ouvido por Félix, o governador romano da Judéia, e depois por festo, sucessor de Félix no governo. Este sabia da inocência de Paulo, mas estava inclinado a entregá-lo aos judeus, e por esse motivo Paulo ape­lou para César, pois tinha esse direito como cidadão romano. Paulo também foi ouvido por Agripa, um dos Herodes.

A viagem de Paulo para Roma começou no outono do ano 60 de nossa era, e andou de navio de Cesaréia a Mirra, de Mirra a Malta (ocasião em que o navio naufragou) e de Malta até Putéoli. Na segunda viagem de navio, de Mirra a Malta, o navio enfrentou uma grande tempestade e afundou. Foi nessa ocasião que o Senhor confirmou seus planos para o apóstolo, de que ele ia para Roma testificar do nome do Senhor, e que todos os que estavam naquele navio teriam suas vidas preservadas naquela tempestade.

Paulo passou dois anos em Roma, morando em uma casa alugada, onde era vigiado e podia receber visitas. Nesse período, escreveu as chamadas "Cartas da Prisão" (Éfesios, Filipenses, Colossenses e Filemon), e seu testemunho alcançou até a casa de César. Tem sido aceito que o apóstolo foi absolvido das acu­sações a ele imputadas em 62 d.C. Em 67 d.C., foi preso outra vez, e nesta ocasião, decapitado.

Em todas essas coisas, observamos o cuidado de Deus para com seu servo, ao longo dos seus trinta anos de ministério. Ele foi perseguido, teve de financiar suas viagens com seu próprio trabalho, enfrentou acusações em seu ministério e experimen­tou tanto a privação quanto a abundância. "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas às coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade", Fp 4.12. Ele reconhecia a mancha do seu passado, "Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus", ICo 15.9. Mas sabia também que Deus o tinha perdoado, e que fora escolhido pelo Senhor para uma grande obra: "Este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel", At 9.15.#

Lição 13

m SMÚHzd&t' Suas críticas e sugestões são muito importantes para a equipe de produção de Ensinador Cristão.

W ÊUÊÊm m Êam

Page 43: Ensinador Cristão 45

ILUSTRAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO GREGOA. T. Robertson

Publicada há mais de setenta anos, esta obra alcançou verdadeiro status de “clássico” e

ferramenta-padrão de consulta para pastores, professores e estudantes do Novo Testamento.

Com uma erudição irretocável e uso pitoresco da língua, identifica conotações e nuanças do

grego frequentemente perdidas na tradução das palavras do Novo Testamento.

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Page 44: Ensinador Cristão 45

Por Marcos Tuler Planejameconstruindo um fazeiSem organização, grande parte da

eficácia de seu ensino pode ser prejudicadação dispersiva, confusa e sem ordem. O melhor remédio contra esses dois grandes males é o planejamento".

(Luiz Alves de Mattos)

I. Características de um bom planejamento de ensino

1. Unidade. No planejamento, é fundamental fazer convergir todas as atividades para a conquista dos objetivos visados; eles são a garantia de unidade da operação docente.

2. Continuidade. Sem planejar o professor corre o risco de perder o fio da meada, dispersando-se e valorizando pontos secundários em detrimento de pontos prioritários da matéria. O professor precisa prever todas as etapas do trabalho em pauta, desde a inicial até a final.

3. Flexibilidade. Se durante a execu­ção do planejamento, o professor per­ceber a impossibilidade de cumpri-lo em razão de um imprevisto qualquer, poderá alterá-lo sem problema, desde que não se distancie dos principais ob­jetivos. O plano, mesmo em marcha, pode ser modificado ou reajustado sem quebra de sua unidade e conti­nuidade.

4. Objetividade e realismo. O plano deve ser objetivo e estar baseado nas condições reais e imediatas de local, tempo, recursos, capacidade e pre­paro de seus alunos. De que adianta planejar a utilização de recursos didáticos de alta tecnologia se na sua Escola Dominical não há possibilida­de sequer de ter um quadro-de-giz? Se esse for o caso, o planejamento,

baseado na irrealidade, só causará frustração.

5. Precisão e clareza. É preciso caprichar nos enunciados do planeja­mento. O estilo deve ser sóbrio, claro, preciso, com indicações exatas e su­gestões bem concretas para o trabalho a ser realizado. Um planejamento com enunciados mal elaborados, poderá dificultar a tomada de decisão.

II. Etapas do plane­jamento de ensino ccpad200

1. Conhecimento da realidade. Para pla­nejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno, é preciso, antes de mais nada, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais são suas aspirações, frustrações, necessidades e possibili­dades. Este trabalho é conhecido como sondagem, isto é, uma coleta de dados importantes para um perfeito diagnós­tico. Uma vez realizada a sondagem e o diagnóstico, deve o professor estudar cuidadosamente todas as informações reunidas a fim de elaborar com segu­rança sua estratégia de trabalho.

Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é impossível, ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado. Eis algu­mas perguntas úteis ao planejamento de um curso para novos convertidos: Onde você mora? Com quem vive? Como você se relaciona com a comu­nidade? Qual era a sua religião antes de aceitar a Cristo como Salvador? É

Alguém já disse que "Prever é a melhor garantia para bem governar o curso futuro dos acontecimentos"; "O plano de ação é o instrumento mais eficaz para o sucesso de um empreendimento." "Prever é agir". É o primeiro passo obrigatório de toda ação construtiva e inteligente. Pelo planejamento, o homem evita ser ven­cido pelas circunstâncias, e aprende a aproveitar as novas oportunidades.

O planejamento é imprescindível em qualquer atividade humana, espe­cialmente no que diz respeito à educa­ção. Nesta área, ele se concretiza num programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir progres­sivamente os alunos aos resultados

desejados. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e flexibili­dade de seu planejamento.

Em relação ao ensino, planejar significa prever de modo inte­ligente e bem calculado todas as etapas do trabalho escolar e programar racionalmente todas as atividades, de modo seguro, econômico e eficiente. Em ou­tras palavras, planejamento é a aplicação da investigação cien­tífica à realidade educacional a fim de melhorar a eficiência do trabalho de ensino.

"O s dois grandes males que debilitam o ensino e res­tringem seu rendimento são: a rotina, sem inspiração nem objetivo e a improvisa-

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nto da aula:pedagógico consciente

a primeira vez que você se decide ao lado do Senhor? Você já foi membro de alguma igreja evangélica antes?

Muitas outras informações po­derão ainda ser coletadas: histórico fam iliar, n ível sócio-econôm ico, cultura, valores étnicos, aptidões, ne­cessidades pessoais, limitações físicas etc. Observe o esquema abaixo.

Sondagem + Dados coletados + Diagnóstico = Conhecimento da rea­lidade = Estratégia de Trabalho

2. Elaboração do plano. A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, te­mos condições de estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para alcançar o que julgamos possível e como avaliar os resultados. O plane­jamento poderá ser elaborado a partir dos seguintes passos:

a) Determinação dos objetivos.b) Seleção e organização dos con­

teúdos.c) Seleção e organização dos pro­

cedimentos de ensino.d) Seleção de recursos.e) Seleção de procedimentos de

avaliação.f) Estruturação do plano de en­

sino.

rísticas de um bom planejamento é a flexibilidade.

4. Avaliação e aperfeiçoamento do plano. Ao executar o que foi planejado, necessita o professor avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento. Nesta fase, a avaliação adquire um sentido diferente da verificação do ensino-aprendizagem e um signifi-

“Conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É

preciso saber quais são suas aspirações,

frustrações, necessidades e possibilidades”

cado mais amplo. Isso porque, além de medir os resultados do ensino-aprendizagem, pro­curamos avaliar a qualidade do nosso plano, nossa eficiência como professores e, a eficiência do currículo.

Há vários tipos de Planejamen­to: o educacional, mais amplo, faz parte das incumbências do Governo; o curricular é de responsabilidade das instituições de ensino; os de en­sino, unidade e aula, são da alçada de cada professor. Para o fim que deseja­mos, abordaremos apenas, e de forma sucinta, o planejamento de aula.

Confira na próxima edição a se­gunda e última parte deste artigo.

Marcos Tuler ê pastor, pedagogo, escritor e reitor da Faecad (Facul­dade Evangélica de Ciência e Tec­

nologia das Assembléias de Deus), www.prmarcostuler. blogspot. com

3. Execução do plano. Ao elaborar­mos um planejamento, antecipamos, de forma organizada, todas as etapas do trabalho de ensino. A execução do plano consiste no desenvolvimento das atividades previstas. Na execu­ção, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, a re­ação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente exigirão adaptações e alterações no plano. Isto é normal e não invalida o planejamento, pois, como já dissemos, uma das caracte­

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S m S v id m c ü z

13 milem congresso na AD d o __ enzinho

Milhares de crianças aproveitaram a programação, especialmente dedicada a elas, promovida pela Assembleia de Deus no Belenzinho - Ministério do Belém, em São Paulo (SP), liderada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB. O grande encontro infantil, que chega a 10a edição, foi realizado no dia 18 de setembro, coordenado pela líder do Departamento Infantil da AD e vereadora pela cidade de São Paulo, irmã Marta Costa.

Mais de 13 mil pequeninos, da matriz e dos 70 setores do ministério, compareceram às duas reuniões nas dependências da igreja. O tema do evento para este ano foi Adorando Jesus, nosso Gran­de Libertador, que teve como base o Salmo 86.10, e con­tou a trajetória do primeiro líder do povo de Deus, o legislador Moisés.A festa foi coman­dada pela educadora Joane Bentes, a Tia Jô (PR) e pelo pastor Arlindo Barreto (SP), que interpreta o personagem Bozo.

Para a realização do evento foram dispostos cerca de 5 mil balões, mais de 25 painéis com cerca de dois metros de altura, contando a história de Moisés, com direito a um boneco que representava o bebê hebreu boiando em uma cestinha dentro de um tanque, posicionado em frente ao púlpito. Na entrada da igreja, as crianças passaram pelo "Mar Vermelho" aberto. Fo­ram distribuídos 13 mil lanches, saquinhos de balas, pacotes de bolachas, almoços e muitos brinquedos, como bicicletas, bo­necas e outros que foram doados por um grupo de irmãos e amigos do trabalho com as crianças.

A idealizadora e coordenadora do evento diz que os resultados obtidos jus­tificam o intenso trabalho para viabilizar o encontro de proporção gigante. "Com certeza esse 10° encontro jamais será esque-

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Mais de 13 m il crianças participaram cio 10° congresso in fan til cia A D no Belenzinho (SP) Sob a coordenação da irm ã M arta Costa, o evento teve a participação da Tia Jô.

eido por todos nós. Sentimos a presença do nosso Deus e o mover do seu Santo Espírito foi muito forte em nosso meio. O agir de Deus entre as crianças foi marcante. Vê-las ajoelhadas, chorando diante de Deus, com certeza fez valer cada batalha que tivemos que vencer para a realização da nossa festa. E algo que exige muito, porque é uma festa muito grande, trabalhosa e cara. Trabalha­mos duro, muitas vezes até a madrugada", testemunha irmã Marta Costa.

O tamanho da festa impressionou até mesmo palestrantes experientes. "Estou maravilhada com esse encontro. Já tinha ouvido falar, mas não fazia ideia da gran­deza do evento. Sem dúvida, é um dos maiores eventos infantis cristãos que se realiza no Brasil. Tia Marta Costa, sua irmã Rute, e todos os coordenadores e ministério estão de parabéns. O que mais nos impac-

tou foi ver o agir do Espírito Santo entre as crianças, que dobraram os seus joelhos entregando suas vidas a Deus", conta a conferencista Joane Bentes, a tia Jô, que já ministrou em centenas de eventos no Brasil e no exterior e esteve pela primeira vez no encontro no Belenzinho.

A iniciativa é prova de que é possível organizar grandes eventos com com­petência, boa vontade e planejamento "Sou grata a Deus, que é a razão de realizarmos todas as coisas, porque tudo que fazemos é para glorificar o nome Dele e pela oportunidade de levarmos as crianças para uma verdadeira expe­riência com Deus", alegra-se irmã Marta Costa, que na ocasião também agradeceu a todos os colaboradores e voluntários pelos esforços em prol do sucesso do encontro.

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ED vai ahospital infantil

Como levar alento e diversão a crianças em tratamento médico, sem prescindir da Palavra de Deus? Membros da Assembleia de Deus em São Luís (MA) parecem ter encon­trado a fórmula. O Hospital Universitário Materno Infantil da capital maranhense é regularmente visitado por um grupo de educadores cristãos liderados pela professora universitária Francy Rabelo, coordenadora de ED da Área XL da AD, sob responsabilidade do Pastor Sérgio Fernando.

Segundo a professora Francy, a ideia surgiu por enxergar em um projeto universitário de extensão com atividades pedagógicas, uma oportunidade de evangelização. "Percebi que ali seria um lugar onde além de levar conteúdos escolares, levaria ensino bíblico. Então organizei uma equipe de pessoas e começamos a ensinar a Bíblia, ato este totalmente desvinculado da universidade", conta.

A equipe é formada pelos professores Darlan Melo, Aman- da Ferreira, Danielle Muniz, Jessyca Sousa Silva, Leandra Araújo e Luciana Silva. O grupo conta histórias bíblicas basea­das nas lições de Maternal e Jardim de Infância, da CPAD, com o objetivo de evangelizar as crianças hospitalizadas e alicerçar a fé dos pequenos. As atividades acontecem aos sábados à tarde. Caracterizados com vestes lúdicas, eles ministram aulas nos leitos, que envolvem até a participação de pais e responsáveis. Há também apresentação de peças evangelísticas, atividade pela qual muitas crianças já foram ganhas para Jesus.

A coordenadora, Francy Rebelo, relata a ansiedade com que o grupo é esperado pelas crianças. "Elas aguardam ansiosas por este dia, já sabem cantar corinhos, versículos e gostam das atividades, falam que queriam a escolinha todos os dias", finaliza a educadora.

Foro: AD/ S ãO L rís (MA)

Congresso n a B a h i a

A Igreja Assembleia de Deus em Camaçari (BA), na direção do pastor Valdomiro Pereira da Silva, presidente do campo e da convenção baiana, realizou o 4o Congresso de Escola Dominical nos dias 26 de julho a Io de agosto. O evento teve uma abertura repleta de alegria, em que o Espírito de Deus contagiou a todos. Cada superintendente do campo entrou portando uma bandeira com o nome das respectivas congregações (são 68). Elas foram hasteadas acima do púlpito onde permaneceram até o final do congresso. Durante dois dias do evento, também foi realizado um trabalho direcionado às crianças (uma Escola Bíblica de Fé­rias), sob a direção da cantora Hayldes Gomes, que contou com a ministração da educadora Joane Bentes, a Tia Jô, membro da AD em Curitiba.

O congresso prosseguiu no clima que começou, com a par­ticipação de quase mil professores e superintendentes de Escola Dominical. Muitos dos participantes vieram em caravanas de cidades vizinhas e retornaram para seus destinos regozijantes após o evento. Além da Tia Jô, estiveram ministrando a Palavra os pastores Valdomiro Pereira da Silva, líder da igreja, Antonio Gilberto (RJ), Altair Germano (PE), José Lima (BA) e Josaphat Ba­tista (BA). Já a parte do louvor ficou a cargo dos cantores baianos Joel Cruz, Flayldes Gomes e Nilma Carvalho.

Após o encerramento do evento, o sentimento era de gratidão a Deus por parte da organização. "Somos gratos ao nosso bom Deus por mais um desafio que resultou em ricas bênçãos para a Igreja, onde muitas vidas foram edificadas com o genuíno ensino da Palavra de Deus. Ensino este que, nesses últimos dias nos faz falta devido a falta de compromisso com a Palavra por parte de muitos que se tem enveredado pelo caminho supersticioso das heresias", destacou o vice-presidente da AD em Camaçari e coordenador-geral da ED, pastor Josaphat Batista, que concluiu: "Foram dias memoráveis, dias em que experimentamos mais uma vez o maná dos Céus, ou seja, a Palavra Divina, o Pão Viva que nos fortalece, e que nos traz vida e vida abundante".

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Por Sonia Pires Ramos

Ricas oportunidades para a classe da Terceira Idade

A Escola Dominical é um dos de­partamentos mais importantes na igreja. Tem sido ao longo do tempo um canal de bênçãos aos seus

frequentadores. É o principal meio do ensino sistemático da Palavra de Deus na Igreja e traz a oportunidade de ex­pandir o conhecimento bíblico.

Encontramos na Bíblia, nosso "ma­nual de funcionamento", orientações práticas para a vivência cristã em todas as fases da vida. Respeitando as dife­rentes faixas etárias, cada classe da ED possui objetivos gerais e específicos no conteúdo de cada tema desenvolvido nas aulas.

Algumas das possibilida­des que a classe da “Ida­de de Ouro” pode propor­cionar:

Convivência saudável: Alguns idosos têm a ED como o melhor lugar para se sentir valorizado. Nem todos têm fa­miliares que lhe dão atenção, por falta de tempo ou desconhecimento da im­portância dessa inter-relação. Assim, desenvolvem autoestima distorcida ou rebaixada, sentem solidão.

A pessoa só se realiza na medida em que é capaz de conviver. Isolar-se é morrer. As vezes, rodeado de pessoas, sentem-se sozinhos. O convívio supre um pouco dessa necessidade e os te­mas que são trabalhados em classe os levam a sentir a presença de Deus e o seu cuidado proporcionando tranqui­lidade e alegria.

Aquisição de novos conhecimentos: A Palavra de Deus é nova a cada manhã. A cada aula ministrada, proporcio­namos ao aluno a oportunidade de renovação da mente. Com a ativação e o uso das suas capacidades mentais, eles exercitam os dons e aptidões re­cebidos de Deus, aprendendo coisas novas. E, com o incentivo de seus pro­fessores, tornam-se multiplicadores do conhecimento, colocando à serviço do Mestre a sua disposição para ser útil, promovendo e prolongando a própria saúde mental.

Evocação e ampliação dos conteúdos já aprendidos: A "classe de Ouro" favorece o exercício dos diferentes tipos de ela­boração mental, utilizando a capacida-

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de de reflexão e capacidade de uso das várias vertentes do pensamento, ou seja: pensamentos simples, (trabalha com o que é concreto), pensamentos complexos, abstratos e associativos (trabalham com elaborações mais abrangentes em termos de complexi­dade), levando-se em conta, também, que o idoso normalmente possui maior facilidade para recordar fatos e concei­tos aprendidos antigamente (memória remota) do que lembrar conteúdos aprendidos agora (memória recente).

A capacidade para fazer associa­ções de conteúdos mentais, favorece e fortalece a fusão desses conteúdos a nível consciente, possibilitando rever, reestruturar, ampliar conceitos e ensi­namentos antigos e recentes, acrescen­tando e reavivando conhecimentos, a fé e a confiança no Deus que era, é e será Soberano para sempre!

Nesta fase da vida, nem sempre a pessoa tem oportunidade de usar as suas capacidades mentais. Envolvê-los no estudo da Palavra é colaborar para a preservação das suas potencialidades intelectuais.

Constante e legítimo aprendizado. Uma das características mais significa­tivas de personalidade do ser humano é a flexibilidade, pois possibilita o crescimento. O vínculo criado na ED, a motivação e incentivo promovidos pelo professor, poderá reforçar a conscien­tização dos alunos da importância de estarem sempre abertos para aprender, transformando cada dificuldade vivida no dia-a-dia em possibilidade de apren­dizado, crescimento e experiência de vida. Ou seja, terminada a aula, o aluno

poderá assimilar para si e compartilhar o aprendizado com outros, mantendo a flexibilidade e as percepções para estar crescendo sempre.

Aplicação prática dos conhecimentos aprendidos ao seu dia-a-dia. Quando o aluno é capaz de transferir para a sua realidade, com discernimento, tudo o que aprende, passa a viver uma vida mais saudável e plena de conhecimen­to e crescimento na vontade de Deus. Alcançar esses objetivos representa significativa contribuição às condições essenciais para essa fase da vida.

“Com a idade avançada,o

idoso precisa de mais tempo para compreender e elaborar o que

aprende”

Os idosos na sociedadeO Brasil não é mais um país constitu­

ído, em sua maioria, por pessoas jovens como há algumas décadas. O país de jovens começa a mudar a sua estrutura demográfica com o aumento e a presen­ça dos cabelos grisalhos e brancos. O número de idosos atualmente no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 14,5 milhões. Nos próximos 20 anos, provavelmente estaremos com 30 milhões de brasileiros com mais de 60 anos.

É certo que em consequência dessa realidade e do avanço da medicina na prevenção e cura das doenças, as nos­sas classes de Terceira Idade terão um número significativo de alunos.

Atualmente, podemos observar pessoas alcançando uma idade avan­çada ainda com muita saúde e disposi­ção. Outras, um tanto fragilizadas, ten­do como causas doenças degenerativas que podem trazer algumas limitações. Jesus quer que tenhamos uma vida plena também na idade madura. "Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância". Jo 10.10. Parafrase­ando Lehr, "não é somente importante acrescentar anos a vida, mas acrescentar vida aos anos".

Como lidar de forma eficaz com esses alunos

A aceitação e o tratamento adequado : E importante lembrar que o idoso é uno, indiviso, e que seus com­portamentos conscientes (ações e reações) traduzem ao mesmo tempo, os três aspectos: cognição (pro­cessos mentais para a aquisição do conheci­mento), afetividade (o estabelecimento de emoção, sentimento, interesse, apreciação ou atitude) e psico- motricidade (a ocor­rência de uma tensão neuromuscular). Es­sas três funções são interdependentes.

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Com a idade avançada, o idoso pre­cisa de mais tempo para compreender e elaborar o que aprende. A aula deve ser mais pausada. O professor deve cultivar o desafio de cativar a atenção da classe. A elaboração mental e a operacionalização do aprendizado só são possíveis se o aluno estiver também em sintonia com a sua afetividade. O papel do professor é de suma importância para que um bom trabalho alcance os seus objetivos.

A relação deve ser permeada pelo amor de Deus, porque este sentimento nos permite enxergar, compreender e aceitar os alunos como eles são. A comunicação professor-aluno deve de­monstrar sintonia entre sensibilidade, espiritualidade e objetividade. A boa acolhida e o convívio saudável que uma classe de ED bem planejada proporcio­na, será fundamental e contribuirá para que os nossos irmãos mais experientes desenvolvam motivação, vínculos de amizade e exercitem a sua mente no estudo mais profundo da Palavra.

A proposta de trabalho: Nesta classe, essa proposta deve ser abrangente, levando-se em consideração as neces­sidades especiais dos alunos. O idoso é aquilo que ele viveu. Todo o idoso é único e também o ápice do que foi na vida. Assim, vamos ter uma classe heterogênea e muito rica em termos de diferenças individuais (temperamento, características de personalidade), saúde, (mais ou menos deteriorados, grau de senilidade diverso), nível sócio-econô- mico e cultural, maturidade espiritual

“O idoso é aquilo que ele viveu. Todo

o idoso é único e também o ápice do

que foi na vida”

e emocional, alguns podem ser analfa­betos, outros bem formados quanto à educação adquirida na escola etc. Estas variáveis não limitam a possibilidade de desenvolver um bom trabalho. Ao contrário, propicia a oportunidade de enriquecimento a todos, através de uma aula bem planejada.

Após o levantamento das necessida­des: pontos fortes e fracos do grupo, ha­bilidades e debilidades existentes (pode ser feita uma ficha ou anamnese de cada membro da classe, contendo os dados pessoais, familiares e um pouco da sua história de vida do aluno), prepara-se, então, o tema da aula, levando-se em consideração os alunos que possuem maiores ou menores dificuldades para o aprendizado.

E importante planejar também a possi­bilidade de participação dos alunos na aula de alguma forma específica. Eles precisam sentir-se úteis e importantes na classe.

Espaço físico para as aulas: É impor­tante que o espaço escolhido para a realização das aulas seja amplo, arejado, tranquilo, longe de espaços com ruídos que comprometam a boa audição, con­centração e participação dos alunos às aulas; com acesso a rampas e corredo­res um pouco mais largos, facilitando, assim, a entrada de idosos com cadeira de rodas. E necessário, ainda, que haja apoio do tipo "corre-mão" e piso anti- derrapante, inclusive nos banheiros. O bem estar e a segurança dos idosos são pré-requisitos básicos.

Nem sempre contamos com condi­ções ideais, devido às restrições existen­tes na realidade de cada igreja. Deve-se investir no melhor possível. Às vezes, com poucos recursos e boa vontade, criatividade e cooperação, voluntários da igreja aproveitam ou constroem

espaços que poderão atender satisfato­riamente as necessidades desta classe tão preciosa!

Planejamento: O planejamento pro­porciona ao professor senso de direção. Um trabalho organizado produz mais segurança no desempenho da classe, in­fluenciando tanto na dinâmica do profes­sor, quanto dos alunos. Estes, ainda são motivados para estabelecerem alvos.

Métodos:Preleção: Produz bons frutos quando

o professor, bem preparado, ministra a aula usando as suas melhores expres­sões. Jesus nos deu o exemplo (Mateus 5.1). O uso de áudio-visual pode enri­quecer muito o entendimento e fixação do tema discorrido.

Método de ensino socializado (dinâmica de grupo)-. Visa fortalecer a personalidade do aluno com um trabalho em grupo, com atividades participativas.

Recursos materiais: Existem inúmeros recursos na nova tecnologia que facili­tam e auxiliam na ministração de uma aula, tais como: quadro digital (substitui o quadro negro), projetor de multimídia para exposição com ilustração visual, DVD's, computador e outros. Esses são os recursos materiais mais modernos.

Quando a compra desses recursos se torna inviável, ainda podemos usar Flip Chart, que possui a mesma função do quadro negro, mas é móvel, sendo possível transportá- lo para diferentes lugares; flanelógrafo; projetor de "sli­des"; retroprojetor; cartazes e etc.

Os recursos acima descritos propi­ciam a estimulação de outros sentidos (audição+visão) e, com isso:

•Facilitam na captação, assimilação e memorização do que foi ensinado;

•Ajudam a manter a atenção con­centrada por mais tempo;

•Despertam o interesse para a aula;•Ajudam a tornar as ideias mais

claras;•Ajudam a reter a aprendizagem.

Sonia Pires Ramos é psicóloga e pro­fessora de Escola Dominical na AD em Belenzinho (SP).

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^ressuscitou d o s /mortos • -

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