ensinador cristao_63

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Desenvol ta edição, confira ongresso Nacional da dendojcom o mest a! coluna ©revistai por pastor Antonio Gilberto Entrevista Oséias Oliveira Andrade, vencedor do Prêmio de Escola Dominical do Ano na edição de 2013, compartilha os frutos que a realização deste trabalho já trouxe para sua igreja e comunidade Escola Dominical da Assembleiá de Deus em Araguàiana (TO) promove ação social em bairros carentes do município e reforça a estratégia de evangelismo Assembleiá de Deus em Araruama (RJ) envolve todos os departamentos da | igreja com a Escola Dominical, fazendo-a crescer 80% Algri* Suplemento do professor A Escola Dominical na formação de pessoas relevantes na sociedade Pr Claudionor de Andrade MÓDULO I 3*^*» .. re‘llemunh" ® '-'T isto tlax tu icte irflis SUBSÍDIO SEMANAL As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais

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Page 1: Ensinador Cristao_63

Desenvol

ta edição, confira ongresso Nacional da

dendojcom o mesta! coluna ©revistai

por pastor Antonio Gilberto

EntrevistaOséias Oliveira Andrade, vencedor do Prêmio de

Escola Dominical do Ano na edição de 2013,

compartilha os frutos que a realização deste trabalho já trouxe para sua igreja e

comunidade

Escola Dominical da Assembleiá de Deus em Araguàiana (TO) promove ação

social em bairros carentes do município e reforça a estratégia de evangelismo

Assembleiá de Deus em Araruama (RJ) envolve todos os departamentos da

| igreja com a Escola Dominical,■ fazendo-a crescer 80%

Algri*Suplemento do professor

A Escola Dominical na formação de pessoas

relevantes na sociedade

Pr Claudionor de Andrade MÓDULO I

3*^*» .. re‘llemunh"® '-'Tisto tlax tuicteirflis

SUBSÍDIO SEMANALAs ordenanças de Cristo

nas cartas pastorais

Page 2: Ensinador Cristao_63

>4- "S-,

Luz para o meu f

Caminho_________________ __________________________

As Novas Fronteiras da Ética CristãClaudionor de Andrade

Família, aborto, liberação das drogas, enge­nharia genética, eutanásia, homossexualismo, transplante de órgãos, moral e ética cristã. Como nos posicionar sobre estas questões? Nesta obra corajosa, o pastor Claudionor de Andrade aborda diversas questões da mo­dernidade que exigem da igreja atual uma resposta ao mesmo tempo bíblica e racional sobre cada um destes temas.

Cód.: 246720 / 14,5x20,5cm / 240 páginas

QüP

m m m iEM TODAS AS LIVRARIAS I 0 8 0 0 021 7 3 7 3

w w w . c p a d . c o m . b r

Page 3: Ensinador Cristao_63

da R E D A Ç Ã OPo r G il d a

Tempo de aprender

Como o ano está passando ligeiro! Já estamos no terceiro trimestre de 2015. Parece que foi ontem a celebração do Natal e hoje já estamos prestes a comemorar o próximo. Estes fatores nos levam a refletir na proxim idade da Segunda Vinda de Jesus, pois os sinais indicam cada vez mais que ela se aproxima. A Igreja se prepara para este grande momento, e uma das formas de fazê-lo é investindo na divulgação e no ensino da Palavra de Deus.

Não por acaso, a CPAD tem priorizado e reforçado cada vez mais o ensino da Palavra, através de eventos como, por exem plo, o 8o Congresso Nacional da Escola Dominical. Nesta edição você confere uma reportagem sobre os melhores momentos daquele que é o maior evento da editora.

A criatividade é uma aliada fiel no ensino da Palavra. Você já ouviu falar em compartilhamento de liderança na ED? Pois, é, esta foi a estra­tégia que a AD em Araruama (RJ) encontrou para conseguir que todo membro se torne um aluno da Escola Dominical. Para mais informações, leia a seção "Em Evidência".

E quando se trata de preparar a igreja, a AD em Juazeiro (BA) investe em cursos de aperfeiçoamento para sua equipe de professores. Cada final do trimestre eles participam de palestras e encontros pedagógicos. Além da troca de experiência, aumentam a bagagem de conhecimento e podem desenvolver uma aula mais dinâmica.

A revista fez uma m odificação numa das seções. A pa rtir desta edição, não contará mais com a coluna "Professor em Ação" assinada pelo pastor Marcos Tuler. Ela foi substituída pela seção "Aprendendo com o mestre", assinada pelo pastor Antonio Gilberto.

Tudo isto e muito mais você só encontra na Ensinador Cristã.

Até a próxima edição.Deus abençoe!

Gilda Jú[email protected]

José Wellington Bezerra da Costa

Presidente do Conselho AdministrativoJosé Wellington Costa Júnior

Diretor-executivoRonaldo Rodrigues de Souza

Editor-chefeSilas Daniel

EditoraGilda Júlio

Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho

Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim

Gerente Comercial Cícero da Silva

Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva

Chefe de Arte Design Wagner de Almeida

Design, diagramação e capa Suzane Barboza

FotosTiago Bertulino, Ariadny Brito,Gabriel Matias e Shutterstock

Tratamento de imagem Djalma Cardoso

Central de vendas [email protected]

Atendimento para assinaturas Fones: 2 1 240 6-7416 e 2406-7418 [email protected] - Serviço de atendimento ao consumidor

Fone: 080 0 [email protected]

Ano 16 - n° 63 - jut/agolset de 2 0 15

Número avulso: R $ 8,90 Assinatura bianual: R $ 71,20

Ensinador Cristão-revista evangélica trimestral, lançada em novembro de 1999. editada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo principio vale para anúncios,

CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUSAv. Brasil, 34.401 - BanguCEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJFone 2 124 0 6 -7371 - Fax [email protected]

Page 4: Ensinador Cristao_63

Artigos06 Desenvolvendo

meu chamado

14

184 8

Novos Tempos, novos desafios

Queda e Redenção

Estratégias para alcançar alunos da Terceira Idade

06 Desenvolvendomeu chamado

21 2 4 0 6 -7 4 16 / 2 4 0 6 -7 4 18SETOR DE ASSINATURAS

A tendim ento a todos os n o sso s periódicos

Mensageiro da Paz • Manual do Obreiro GeraçãoJC ■ Ensinador Cristão

DivuLgue as atividades do Departamento de ensino de sua igrejaEntre em contato com

Ensinador CristãoAvenida Brasil, 34 .40 1 • Bangu

Rio de Janeiro • RJ • CEP 2 18 5 2-0 0 2 Telefone 21 2406-7371

Fax 212406-7370 e n s in a d o r@ c p a d .c o m .b r

0510111722293031 44 46

SUBSÍDIOS p a r a

As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais

*| j | Novos Tempos, novos desafios

18 Queda eRedenção

eçoesEspaço do Leitor

ED em Foco

Conversa Franca

Exem plo de M estre

Reportagem

Sala de Leitura

0 P rofessor Responde

Boas Ideias

Aprendendo com o mestre

Em EvidênciaEstratégias para alcançar alunos da Terceira Idade

Reclamação, crítica e/ou sugestão? Ligue:

Page 5: Ensinador Cristao_63

L ESPAÇO do LEITOR

Além de subsidiar as lições, oferece relatos e exemplos práticos que inspiram os professores de todo o Brasil a movimentarem-se em prol do desenvolvim ento da Escola Dominical e da apli­cação prática de suas aulas, transm itindo e alcançando cada vez mais vidas através da Palavra de Deus!

G lenda Ferreira Lagares, aluna de ED, A ragu aína (TO)

íPrêm ioProfessor do Ano

A Revista Ensinador Cristão é uma ferram enta m uito útil. A cada trim estre está sempre auxiliando os p ro ­fessores da Escola D om in i­cal com artigos referentes às lições bíblicas, temas da atualidade e tam bém apre­sentando ideias, pro je tos e estrutura das salas de Escola Bíblica nas igrejas do Brasil.Na edição 61, achei m uito interessante a apresentação dos trabalhos finalistas do Prêmio Professor de ED do ano, que continuará sendo fe ita nas próximas edições. Referente à edição 61, fo i apresentado o Projeto "Escola Bíblica Dominical na C om un idade". O b ­servando os p ro je tos que deram resultados positivos, podem os aplicá-los em nos­sa congregação tam bém , visando sempre ao cresci­m ento do Reino de Cris­to , ganhando almas para Cristo, através da Escola Dom inical.

Leila S o a re s S ilva Por e-m ail

CO M U N IQ U E-SE COM A

ENSINADOR CRISTÃOPor carta: Av. Brasil, 34 .401 - Bangu

21852-002 - Rio de Janeiro/RJ Por fax: 2 12406-7370

Por email: [email protected]

Sua opinião é importante para nós!

Devido às lim itaçõ es de espaço, as cartas serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados mais significativos. Serão publicadas as c o r re sp o n d ê n c ia s a s s in a d a s e que con ten h am nom e e en d ereço com pletos e legíveis. No caso de uso de fax ou e-m aíl, só serão publicadas as cartas que inform arem também a cidade e o Estado onde o leitor reside.

Departamento de Educação Cristã da CPADExpresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre

[email protected]

i9 Incentivo— Sou professor de

Escola Dom inical na Assem- bleia de Deus M onte Caste­lo I, em Parnamirim (RN). Sou assinante pela graça de Deus desta excelente revis­ta há m uitos anos, ou seja, praticam ente desde quan­do aceitei o Senhor. Cada dia mais fico fe liz em ver o quanto esse meio de com u­nicação tem nos a judado, como uma ferram enta im ­portantíssim a para o nosso conhecim ento. Não tenho som ente assinado, mas tam bém me esforçado para que outros com panheiros a adquiram , pois tem sido uma verdadeira bênção para mim. Parabéns!

D iom edes A lves Por em ail

Item de consuLta

M uito ob rigado por mais esse item de consulta e inform ação. Como profes­sor, tenho me va lido m uito dos com entários das lições e das dinâmicas o fereci­das nesta revista. Gostaria de sugerir que, se fosse possível, constasse tam bém algumas sugestões para encerram ento do trim estre. Seria de m uito valia. Notei que tem sido uma grande d ificu ldade não só para mim como tam bém para outros professores.

José Gregório Por email

ALcanceSou obre iro na Igreja

Batista Livre Renovada, em

São Felix do Caribe (BA). Nossa igreja usa as lições da CPAD e tam bém a Ensi­nador, que considero ind is­pensável para o professor da ED. Quero parabenizá- -los pelo traba lho que vêm constru indo no decorrer do tem po. Tenho várias revistas Ensinador Cristão e vejo que a cada trim estre vocês alcançam o ob je tivo p ro ­posto. Que Deus continue abençoando vocês!

Fernand o So u za Por em ail

P ro jetos""" Eu tenho aprend ido

a dinam izar o ensino, graças a Ensinador Cristão. Estou desenvolvendo um pro je to para Escola Dom inical com foco na família, onde a ideia principa l é ver pai, mãe e filhos na EBD. Posso enviar o p ro je to para o setor pedagóg ico da CPAD para analisar e me o rien tar como desenvolver? Como faço?

R aim undo Hélio de Sou za Por em ail

R esp osta E n sin ad orIrmão Raimundo, a Paz!O senhor pode enviar para a CPAD, Setor de Educação Cristã, na Av. Brasil, 34.401, Bangu - Rio de Janeiro (RJ). CEP: 21852-002 Deus abençoei

¥ InspiraçãoA Ensinador Cristão

é uma ferramenta que tem auxiliado no aperfeiçoam en­to da dinâmica de ensino dos professores da ED.

Page 6: Ensinador Cristao_63

ARTIGO de CAPA

Por Seren ita de M eira Rien zo

Ado lescência in icia l Também chamada "baixa adolescência", inclui a puberdade. Nas mulheres, ocorre entre os 11 e os 12 anos. Nos meninos, entre os 12 e os 13 anos.

A mudança do tamanho e da forma do corpo faz aumentar a necessidade de se transformar em adulto e as cobranças para fazê-lo. Há uma reestruturação do esquema corporal e a conquista da identidade. A família continua a ser o centro da vida do adolescente, embora ele comece a desprender-se dela.

IntroduçãoSegundo o pastor Marcos Tuler (2006), para ensinar adolescentes não

é suficiente só o preparo técnico-didático e a vocação natural para o magistério. O mestre deve ter plena convicção de seu chamado.Eles são alunos especiais e, por isso, o trabalho exigirá dedi­cação, criatividade, dinamismo e um detalhado plano de ação. O professor de adolescentes é privilegiado por Deus, pois pode ser um instrumento de bênção para ajudá-los a superar esta fase de conflito.

É importante que o professor tenha um co­nhecimento básico do que é a adolescência, pois somente assim poderá atender às suas necessidades e fazer com que Cristo esteja no controle da vida de seus alunos. Ele deve fazer uma sondagem, coletar dados significativos, conhecer a realidade e, só então, elaborar uma eficiente estratégia de trabalho.

O cristão é um ser ativo e como tal procura mudanças e não tem medo das mesmas, mas procura sempre uma mudança para melhor, objetivando sempre o crescimento da obra de Deus e o fortalecim ento da fé dos alunos. Para isso, são necessários preparação e persistência.

Identificando meu públicoA adolescência é uma fase tran­

sitória entre a infância e a juventude, que varia entre 12 e 21 anos, podendo estender-se aos 25 ou mais. A formação da identidade nesta fase realiza-se a partir das identificações anteriores, que se integram a outras. As identificações com os pais mantêm seu significado, embora sejam acrescentadas a elas identificações com

* figuras ideais com amigos e companheiros e até mesmo com inimigos.

Page 7: Ensinador Cristao_63

ENDO

Adolescência propriam ente dita ou média - Compreende o período entre os 12 - 13 e os 16 anos.

Nesse período, ocorre um distanciamento afetivo da família, que vai deixando de ser o centro da existência da pessoa. Nas tentativas

de se tornar independente dos pais são freqüentes os atos de rebeldia contra eles e contra a autoridade em geral.

Por outro lado, o jovem se liga aos grupos - ideologia dos grupos.

Adolescência final ou alta adolescência- O final do período adolescente é difícil

de ser situado no tempo. Varia de acordo com critérios que se adotam como mais

importantes, como inserção no mundo do trabalho, a responsabilidade legal, a separação dos pais e a capacitação

profissional.

No campo espiritual, segundo Tuler, a maioria dos adolescentes se converte a Cristo antes dos 17 anos, e mostra- -se bastante interessado nas coisas espirituais. Indagam tudo a respeito da Bíblia, mas com um interesse real.

Características da adolescência

A tese de Knobel, citada por Gri- ffa (2001), sobre a síndrome normal da adolescência defende que os adolescentes atravessam norm al­mente desequilíbrios e instabilidades

externos que os obrigam a recorrer ao uso de defesas e comportamentos

também externos, cujos sintomas são procura de si mesmo, grupo, fantasias

e intelectualização, crise religiosa, deso­rientação temporal, atitudes sociais reivin-

dicatórias, rebeldia, flutuação do humor e estado de ânimo e identificação.

É fundamental o líder levar os adolescentes a entenderem que estão atravessando um período

de grandes mudanças em suas vidas. Eles precisam manter-se firmes nos valores espirituais que aprende­

ram, exercitarem a paciência com eles mesmos e com os outros e reconhecerem que o aumento da autoridade sobre

sua própria vida traz também a responsabilidade de honrarem seus compromissos e fazerem as escolhas certas. O professor

também precisa ser flexível e deve pedir a Deus para produzir o fruto do Espírito, principalmente a mansidão e o domínio próprio.

Page 8: Ensinador Cristao_63

Serenita de Meira Rienzo. Graduada

em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

Pós graduada em Neuropsicopedagogia

e Desenvolvimento Humano. Graduanda

em Psicologia Professora do

Instituto Bíblico Esperança.

O professor de adolescentesSer professor cristão é diferente de ocupar

apenas um cargo. Envolve chamada específica e capacitação divina, além de m uito esforço, dedicação e, principalmente, amor pelo trabalho. Para isso, é necessário que o mesmo seja flexível, que é a aptidão e a maleabilidade do espírito para se dedicar a vários estudos ou trabalhos; a aptidão para variadas coisas ou aplicações; suavidade, brandura, docilidade e complacência. Criativo é a capacidade criadora, aptidão para formular ideias criadoras, originalidade. Por fim,

que seja didático, que é a arte de ensinar e de fazer aprender; é um conjunto de preceitos que têm por fim tornar o ensino prático e eficiente; é a ciência auxiliar da Pedagogia que promove os métodos mais adequados para a aprendizagem.

Também é fundamental o professor saber que cada ser humano tem um jeito próprio para apren­der, e que existem os estilos de aprendizagem, ou seja, a modalidade que uma pessoa utiliza para adquirir o conhecimento. Cada indivíduo aprende do seu modo pessoal e único.

Um Estilo de Aprendizagem não é o que uma pessoa aprende e sim o modo como ela se comporta durante o aprendizado. Nestes estilos, podemos encontrar o estilo físico, onde o atendente usa muito a expressão corporal; o interpessoal, onde o aluno promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas; o intrapessoal, quando o aluno se comunica consigo mesmo, fica mais introspectivo; o lingüístico, em que ele se expressa melhor com palavras; o musical, onde ele se interessa mais por sons e músicas; e, por fim, o visual, onde o aluno explora mais o aspecto visual das coisas.

Portanto, cada um tem um je ito singular para aprender, e o adolescente não é diferente: cabe ao professor valorizar essas peculiaridades.

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Page 9: Ensinador Cristao_63

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CONCLUSÃOSegundo Carvalho (2007), não se pode pen­

sar em educação, tendo apenas o mobiliário e a figura do professor à frente expondo suas ideias. Pois educar não é somente professar, instruir, ensinar. Esta nobre tarefa vai além das raias da informação ou simples instrução. Educar tem a ver com transmissão, assimilação de valores cul­turais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem cons­ciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de "mundos". O bom ensino vem de um bom aprendizado. Somente assim poderemos envolver os adolescentes na obra de Deus e fazer com que, mesmo enfrentando grandes desafios, eles permaneçam fieis. Podemos ser sábios, se dermos ouvidos à Palavra de Deus; ou tolos e fracassados, se nos recusarmos a aprender.

Portanto, lembre-se: quando Gideão começou sua carreira, era um tanto covarde (Jz, 6), mas ele se tornou um conquistador, e sua história serve de grande ânimo para os que têm dificuldade em aceitar a si mesmos e em crer que Deus pode fazer deles aquilo que desejar, ou usá-los para aquilo que quiser. \

BIBLIOGRAFIA

1. A Bíblia da Mulher. Leitura- Devocional e Estudo - Socie­dade Bíblica do Brasil - 1993.

2. Carvalho, Cezar Moisés. Marketing para a Escola Do­minical - como atrair, conquis­tar e manter alunos na Escola Dom inical. Rio de Janeiro. CPAD - 2007.

3. Comentário Bíblico Exposi- tivo - São Paulo - Geográfica- 2006.

4. Griffa, Maria Cristina. Chaves para a Psicologia do Desen­volvimento, tom o 2 - adoles­cência, vida Adulta, velhice / Maria Cristina Griffa, José Eduardo Moreno; - São Paulo: Paulinas, 2001.

5. Tuler, Marcos. Abordagens e práticas da pedagogia cristã. Rio de Janeiro. CPAD - 2008.

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ED em FOCO

Da REDAção

Compartilhamento da supervisão na ED geracrescimento e avivamento

to da superintendência da ED, Cristina enfatiza os resultados deste ousado projeto. "Com a mudança da liderança das classes serem da responsabilidade dos dirigentes de Departamento, a Escola teve um aumento tanto qualitativo e quantitativo de apro­ximadamente 80% dos membros pelo relacionamento entre os líderes e os liderados. O fruto maior dessa estratégia pode ser visto pelas inúmeras atividades dos Departamentos, que muitas vezes acabavam prejudicando a Escola Dominical. Agoram ela está inserida nas atividades dos De­partamentos", se alegra Cristina.

Jose Carlos de Oliveira Ra- malho, maestro e professor da classe de músicos aprova a ini­ciativa. Ele disse que a igreja tem Departamentos cuja atividade desenvolvida possibilita entre seus participantes um relaciona­mento mais estreito, tornando- -se um corpo coeso, devido ao campo de conhecimento espe­cífico, dentre outras razões. Isso, por exemplo, acontece com os músicos de uma orquestra. "O propósito de reforçar os vínculos entre os músicos da orquestra ampliará a visão ministerial de cada um. Neste ano, criamos a classe dos músicos, que terá um espaço apropriado para as suas aulas, ganhando, também, a ED com a participação da orquestra em ocasiões especiais do seu calendário", conclui.

Ele defende que outro fator peculiar da ED é o seu aspecto inclusivo e participativo. Todas as faixas etárias estão devidamente contempladas no currículo da ED, incluindo pessoas que ainda não fazem parte de uma igreja, mas desejam conhecer os ensinamen­tos bíblicos. "Se compartilharmos a ideia de que a igreja deve ser uma comunidade inclusiva, que não contemple apenas os mais jovens ou os mais idosos, mas que abrace a família como um todo, então a ED cumpre esse importante papel, atuando na formação do caráter cristão das crianças, adolescentes, jovens e adultos. Uma igreja local formada por famílias bem orientadas nos rudimentos bíblicos será como um farol em meio à escuridão, cumprindo com êxito o seu pa­pel na sociedade (Mt 5.13-16)", argumenta o líder.

Segundo a superintendente da ED, Cristina Sebould, ela ficou surpresa com o convite do pastor para coordenar o Departamento. Depois de orar ao Senhor, ela ado­tou uma maneira bem diferente e inovadora de administrar. "Con­versei com Deus, pois Ele sabia que não sabia liderar. Dormi e na madrugada Ele respondeu à minha oração: eu deveria compartilhar a coordenação com os dirigentes de Departamento e ainda revelou-me os detalhes", conta.

Questionada sobre esse caso inusitado de compartilhamen­

Vidos ereg is tra80% d e c lls á m ^ n to ^ E D ™ 11*03 ^ E° 0Wo/~ 15 minutos de oração de joelhos d o b r a d o “ 8 M ° C° m

Na opinião do líder da Assem- bleia de Deus em Araruama (RJ), Marcos de Oliveira Ramalho, a Escola Dominical cumpre a tríplice missão de evangelizar, discipular e treinar obreiros para a obra. "Desde que assumi a liderança da igreja, tenho convicção de que não existe maior e melhor fonte de avivamento para uma igreja do que a Escola Dominical, porque é o Departamento que presta o mais relevante serviço em prol dela mesmo, ou seja, crescimento com qualidade. Os investimentos na ED tanto na estrutura física como na qualidade no ensino trazem, à vida de uma igreja local, resultados bastante positivos a curto, médio e longo prazo", confirma.

E N S IN A D O R ^U O t ó s r t p l

Page 11: Ensinador Cristao_63

O projeto vencedor do Prêmio de Escola Dominical do Ano na edição de 2013, apresentado por Oséas Oliveira Andrade, foi reali­zado na Escola Dominical da Igreja Assembleia de Deus, no bairro de Bom Jesus, São Luis (MA), presidida pelo pastor José Armatéa. O ganhador é o coordenador do projeto "EBD na comunidade". O trabalho apresentado por Oséas mobilizou dezenas de jovens de sua igreja e dos arredores da comunidade. Baseado nos modelos das feiras de ciências e mostras cientificas escolares, o tema central foi destacar que o conhecimento bíblico é fundamental para o cresci­mento espiritual, intelectual e social do ser humano.

Todo projeto é focado em alcançar objetivos e, nesta entrevista, o publicitário de 22 anos compartilha os frutos que a realização deste trabalho já trouxe para sua igreja e comunidade, como, por exemplo, o aumento do número de alunos da Escola Dominical, dinamização das aulas, conversão de vidas e, sobretudo, a glorificação do nome do Senhor Jesus.

Oséas é o idealizadordo projeto ED nas

comunidades e vencedor do prêmio Professor de Escola Dominical 2014.

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Page 12: Ensinador Cristao_63

Como você se sentiu ao receber o prêmio Professor do Ano de Escola Dominical, durante o 70o CAPED reaLizado na cidade de Natal (RN)?

Foi uma grande a legria, uma honra imensa, poder representar o quadro de professores de Escola Dominical da minha igreja. Receber esse prêmio de reconhecimento pela CPAD, e também por participar do

Bôpero que o trabalho motive outros professores a continuar

a investir na ED

70° CAPED, que é uma edição his­tória, então, combinando o prêmio professor do ano, com a participação no CAPED, realmente é uma alegria muito grande. Espero que o trabalho motive outros professores continuar a investir na Escola Dominical.

Como você desenvolveu 0 projeto pedagógico?

O projeto consiste num evento para a comunidade, levando a Escola Dominical para a comunidade, de forma criativa e dinâmica, tomando como base as feiras de ciências e mostras cientificas, realizadas pelas escolas seculares. A metodologia do evento consiste em cada classe da Escola Dominical, desde as classes in­fantis, das crianças menores, maternal, jardim de infância, até s classes dos jovens e adultos, senhores e senhoras, trabalharam um tema já estudado na ED através das lições bíblicas da CPAD, e expuseram esse tema de forma criativa, mostrando para a comunidade aquilo que é ensinado e estudado na Escola Dominical.

Quanto tempo durou 0 processo de implantação do projeto na igreja?

Da elaboração do projeto até a execução da primeira edição da EBD na comunidade foram cerca de seis meses, de sucessivas reuniões e de encontros para averiguar o anda­mento do projeto. Os professores tam bém se reun iram com seus alunos para as fases de pesquisa e aperfeiçoam ento do conteúdo, para que todas aquelas in form a­ções pudessem ser passadas para a comunidade de forma precisa e objetiva.

Para a igreja, qual 0 obje­tivo principal em envoLver a ED com a comunidade?

Envolver a com unidade na Es­cola Dominical é tornar palpável o objetivo maior da igreja que consiste em ganhar almas para Jesus através do ensino sistemático e objetivo da Palavra de Deus.

A Escola D om in ica l assumiu papel de destaque nas atividades rotineiras da igreja. Dessa forma, o Reino de Deus vai se fortalecendo e a igreja experimenta um crescimento autêntico e saudável. ídj|̂

Quais os resultados com a implantação do projeto?

Page 13: Ensinador Cristao_63

Envolvera comunidade na

Eôco\a Dominical é tornar palpável o objetivo maior

da igreja (\ue consiste em ganhar almas para Jesus através do ensino

sistemático e objetivo da Palavra

de Deus

Nós tivemos, nesse projeto, resul­tados a curto, médio e longo prazo. Em curto prazo, nós observamos bem no início da realização dos projetos um grande movimento na Escola Dominical.

Alunos que estavam matricula­dos, mas não estavam participando e outras pessoas que eram membros congregados da igreja, mas que não eram alunos da Escola Dominical e que ao ver aquele m ovim ento todo na igreja, envolvendo alunos, professores, crianças, adultos e a terceira idade, todos mobilizados, em to rn o do p ro je to , decid iram tam bém pa rtic ipa r daque le m o­mento histórico da primeira edição do projeto ED na Comunidade. Em curto prazo, nós percebemos uma animação da igreja como um todo. Nós tivemos também, a assiduidade e participação dos nossos alunos aumentando na Escola Dominical. Os próprios professores se tornando mais dinâmicos e criativos nas suas aulas. Isso dá resultados a curto médio, e longo prazo. E o projeto perpetuou-se, tanto que, neste ano, nós já teremos a terceira edição do projeto e a cada ano ele vem cres­cendo e se tornando melhor.

Todos saíram da sua zona de conforto e foram incentivados a se aplicarem no estudo bíblico

Qual o maior desafio do projeto?

O maior desafio foi convencer todos os professores a participarem do projeto, unir todo mundo. Porque qualquer p ro je to que tenha essa inovação, e fuja do convencional, encontra resistência. Tem sempre aquelas pessoas que acham "Ah não, ta bom do je ito que está", então, reunir todos os professores, conscien­tizar todos eles da importância do projeto, e animá-los para trabalharem em prol do ED na Comunidade foi o maior desafio, sem dúvidas.

prática, o pro je to está disponível. E posso afirmar que é um projeto que traz benefícios para igreja, para os alunos e para a com unidade. Porque o pro jeto é uma forma de utilizar a Escola Dom inical como um instrum ento de evangelismo, para ganhar vidas para Jesus. Então quanto mais igrejas colocarem esse projeto em prática, melhor será para o reino de Deus na Terra.

Que mensagem você deixa para os professores de Escola Dominical?

A minha mensagem é para que os professores não tenham medo de arriscar, e sejam inovadores na metodologia, nas estratégias, e que perseverem na Palavra, e na doutrina, ensinando aquilo que de fato está na Bíblia. Porque a Bíblia não se renova, ela é sempre atual. Mas que moderni­zem os seus métodos de ensino, a fim de alcançarem cada vez um número m aior de pessoas e ampliarem a Escola Dominical nas igrejas.

0 que você espera da pró­xima edição do projeto?

Agora que o pro jeto ganhou o reconhecim ento nacional através do Prêmio Professor do Ano, da CPAD, nós esperam os que esse projeto seja expandido para todo o Brasil. Todas as igrejas que queiram colocar o ED na com unidade em

A apresentação dos temas das lições bíblicas da CPAD, é fe ita pelas classes de Escola Dominical,

do infantil até as classes dos senhores.

Page 14: Ensinador Cristao_63

Novos Tempos, Novos DesafiosAs principais mudanças da primeira década do século 21 e suas implicações para a Igreja

A fim de auxiliar os professores na abordagem do tema

do terceiro trim estre da revista Lições Bíblicas Jovens, o te x to objetiva oferecer uma súmula do assunto a ser tra tado em cada lição.

É fato que o tem ­po e o mundo em

que vivemos são muito distintos dos originais em que a Igreja nasceu. Como viver os mesmos princípios doutrinários que marcaram os primei­ros cristãos em situações tão diferentes? Esse de­safio só pode ser vencido com o que Karl Barth dizia acerca de o cristão carregar em uma das mãos a Bíblia e, na ou­tra, o jornal. Em termos diretos, não podemos comunicar a mensagem cristã como se estivésse­mos falando às pessoas do "século passado", precisamos fazer com que o Evangelho faça sentido às de hoje.

O terrorismo marca o início do novo século

O mundo assistiu a tôn ito aos ataques terroristas em 11 de se­tembro de 2001. Quase três mil pessoas perde­ram a vida e o mundo despertou para o que se avizinhava no novo século e milênio: Nos­sas fortalezas verticais não podem conter o sentim ento de ódio. Para mudar o mundo, é preciso antes trans­formar o homem.

Popularidade do processo de globalização

Apesar de a "g lo ­balização" ser um pro­

cesso antigo de te n ­tativa de integralizar os países, a expressão globalização só come­çou ser popularizada no final do século passado e início deste. Ainda sem um consenso a respeito do assunto, ta n to em te rm os de de fin ição quanto de história, neste novo sé­culo, em 2004, foi que presenciamos a entrada de dez novos países à União Européia, um dos chamados "blocos eco­nômicos" mais conhe­cidos. A própria China, que sempre foi hostil e arredia, em 2002, pas­sou a compor a OMC— Organização Mundial do Comércio. A globa­lização, na realidade, é ainda um reflexo princi­pal de uma das maiores características humanas, que é a necessidade de estar junto. Contu­do, desde a Torre de Babel, tal "união" não tem significado solida­riedade, mas altivez e orgulho em relação a Deus e uma forma de expropriar ainda mais o semelhante.

Por CésAR M o is é s

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A era da informação instantânea e o avanço

tecno lóg ico O aumento do acesso à informação é algo que vem em ritmo crescente desde os últimos vin­te anos. Contudo, foi mesmo nesta primeira década do século 21 que a internet deixou de ser algo apenas remoto e limitado aos aparelhos de "fax-modem" com

4 acesso discado, para acesso irrestrito atra­vés das "redes sem fio" (Wi-Fi e Wireless). Já não é mais preciso estar em casa para acessar a grande rede e veri­ficar o e-mail ou con­ferir as notícias. Agora é possível até mesmo assistir a um programa de televisão ou ver um vídeo. O maior reflexo desse crescimento são as modernas invenções tecnológicas deste novo século. Desde os mo­dernos celulares cuja função telefone é, de longe, a mais im por­tante, até vários outros avanços que revolucio­naram a comunicação digital, todos inventa­dos ao longo desta dé­cada e, principalmente, a partir de sua segunda metade, temos: Lap- tops cada vez menores e mais leves, porém, com mais capacidade de armazenamento de informações; Smartpho- ne; Palmtop; Ipad; Ipho- ne; TV de plasma e de LCD; Televisão em 2, 3 e 4 Ds; MP 7 etc.

As epidemias globaisPrimeiro foi a Sars

(Severe Acute Res- piratory Syndrome -

Síndrome Respiratória Aguda Grave), depois veio a gripe aviária e, recentemente, a suína. Pestes que através de aeroportos, ou outros ambientes com gran­de concentração e ro­tativ idade, acabaram globalizando epidemias e causando milhares de mortes neste novo

^ século.

O avanço científico No início deste novo

século deu-se a con­clusão do mapeamento

do genoma humano. A biomédica e a bioética nunca foram tão popu­lares quanto agora. Há pouco tempo, discussões envolvendo o assunto sobre células tronco fo­ram acompanhadas por todo o país, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu aprovar a utiliza-

èção das pesquisas com células-tronco embrio­nárias. Foi preciso discutir até mesmo quando se inicia a vida, o conceito de alma e muitos outros temas que antes eram restritos às discussões teológicas. As cirurgias para "mudança de sexo" se multiplicam e os tran­sexuais ganham visibili­dade midiática. No caso de alguém converter-se após a referida mudança, como a igreja acolherá esta pessoa?

^s mudanças das leis e dos valores moraisEm um pa ís de sntação predom i­

nantemente cristã, co­meçamos a perceber que as leis que visam regulamentar a prosti­tuição como atividade profissional e o "casa­mento homossexual" como união reconhe­cida pelo Estado, não pretendem outra coisa senão uma mudança na concepção dos valores

^ morais. O proselitismo hom ossexual com o patrocínio do Estado já é uma realidade. O que será das novas ge­rações? Quais valores morais orientarão a vida das futuras famílias?

Ascensão econô­mica e a melho­ria na qualidade de vida

A implementação de novas políticas com a ascensão de g o ve r­nos que nunca haviam chegado ao poder vem causando impacto eco­nômico positivo princi­palmente nas classes C e D. Entretanto, ao mesmo tempo em que produzem melhorias na qualidade de vida dos cidadãos, estes mesmos

A regimes introduzem po­líticas de minorias bas­tante perigosas. Até que ponto o populismo não está "dando com uma mão" para "tirar com dez outras", fazendo com que até mesmo a moralidade seja banida?

/

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Longe de caracte­rizar-se como ateís-

ta, este século tem se mostrado extremamente propenso à religiosida­de. Entretanto, um fenô­meno novo já começa a despontar. Trata-se do que, momentaneamen­te, está sendo chamado de "movimento dos de- sigrejados". A cada dia novas obras são publica­das com o depoimento de pessoas desiludidas com a igreja enquanto instituição. De acordo com o Censo do IBGE de 2010, incrivelmente, depois do catolicismo romano e da Assembleiá de Deus, este é hoje o "grupo religioso" que mais cresce. É preciso pensar nas causas e em com o lidar com esse novo problema.

As catástrofes naturais

César Moisés Carvalho é professor universitário, peda- gogo, pós-graduado [ em Teologia pela

Puc-Rio, chefe do Setor de Educação

Cristã da CPAD e co­mentarista das Lições Bfbticas Jovens, desse Na-imestre, cujo tema

é Novos tempos, novos desafios.

■ á tt; . Ensinador\^Ç R I.S TA Q ,. .

A primeira e mais chocante catástro­

fe ambiental deste sé­culo foi o tsunami do C ontinen te Asiático, em dezembro de 2004. Esse desastre varreu di­versos países, fazendo com que cidades inteiras sumissem instantane­amente. O número de mortes superou os 230 mil. Terremotos e outros desastres, inclusive no Brasil, demonstraram a fragilidade humana dian­te da fúria da natureza e suscitaram novamente a pergunta: "Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom?"

A superexposi­ção midiática da igreja

Desde os tem pos de C onstantino, em nenhum outro tem po a ig re ja fo i tão am ­p la m e n te e xp o s ta . "M ila g re s ", ou algo parecido, d iv idem o horário nobre da TV aberta com novelas e outras programações. Até quando a "espe- tacu larização da fé " auxilia o verdade iro Evangelho? Como bus­car formas alternativas de evangelização sem parecer que estamos envolvidos na mesma briga mercadológica por "almas"?

A secularização mais presenteEm nenhum outro

lugar o reflexo da secularização é tão

e v id e n te qua n to na igreja. Apesar de serem as artes e a ciência (e a filosofia por trás delas) os grandes propulsores da modernidade tardia, no campo religioso suas influências se revelam ainda mais presentes. A flexibilização dos valores do Evangelho, visando amoldá-los às mudanças da pós-m odernidade é um dos perigos mais sutis deste tempo para a igreja. O que seria, de fato, a "secularização"? A inserção de pensa­mentos puramente ma­teriais na esfera religiosa ou a atribuição de uma dimensão religiosa às coisas puramente tem ­porais?

R ecentem ente , um novo co n ce i­

to surgiu nos círculos teológicos brasileiros, trata-se da chamada "teologia pública", ou seja, a mensagem cristã adequada em termos de linguagem, forma e con­teúdo, às necessidades das pessoas do mundo atual. Fazer esse cami­nho e não secularizar o Evangelho é o grande desafio da igreja neste tempo. Se ela fechar-se, poderá tornar-se sectá­ria, obsoleta e incomu­nicável às pessoas que dela mais precisam. Não obstante, abrir-se em demasia, leva a comu­nidade de fé ao perigo de descaracterizar-se diante das absorções indiscriminadas de mo­delos que não servem para a sua vivência.

Considerações FinaisQue mudanças devemos ainda enfrentar nesse novo milênio? Eis uma pergunta impossível de ser respon­dida. Quais implicações, os acontecimentos acima elencados, trouxeram para o dia a dia da sociedade? Esta sim é uma questão, não apenas possível de ser respondida, mas que deve obrigatoriamente ocupar a pauta das discussões, pois é para isso que nós, pro­fessores, fomos chamados.

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O cientista, escritor e educador tcheco Johannes Amos Comenius (1592-1670), mas conhecido no meio acadêmico brasileiro pela forma aportugue­sada de seu nome - Comênio é considerado por praticamente todos os especialistas em educação no mundo o "Pai da Educação Moderna". O que pouco se frisa, porém, é que Comenius foi impul­sionado ao seu trabalho, pelo qual é tanto louvado hoje, pela sua fé.

Comenius era bispo protestante da igreja hus- sita dos Irmãos Morávios. Ele nasceu na Morávia, região que pertence hoje à República Tcheca, mas estudou e viveu a maior parte da sua vida na Alemanha, Polônia e Holanda. Perseguido em sua terra natal por causa da sua fé, Comenius teve que se refugiar nesses outros países. Sua obra magna é "Didactia Magna", onde defendeu de forma pioneira a universalidade da educação, isto é, a educação básica obrigatória para todos, e um método mais prático de educar as pessoas.Por S ilas Da n ie l

JOHANNESA m o s C o m e n i u s

Pastor e “Pai da Educação Moderna”

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Mais antigo manuscrito de Comenius a pa rtir de 1611; escrito em latim e checo

Os escritos de Comenius fizeram sucesso para além da Alemanha e Polônia. Dois países onde ela foi destaque foram a Inglaterra, onde os escritos do bispo tcheco eram muito admirados, e a Suécia, onde trabalhou por seis anos, a convite da rainha sueca, em prol da reforma da educação naquele país. Ali, sua reforma promoveu a alfabetização de todos os suecos.

Comenius terminou sua vida muito prestigiado na Holanda, onde, depois de perder esposa e dois filhos em uma peste em seu país natal, casou-se novamente. Ele morreu Amsterdã em 15 de no­vembro de 1670. Em 1956, quase 300 anos após a sua morte, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu Comenius como o "Pai da Educação M o d e rn a ".^

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ARTIGO vara REVISTAS DE

Po r Fl í p a n n e Va z

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O metafísico inglês John Donne (1572- 1631) disse que "nenhum homem é uma ilha isolada". Sua declaração propagou-se entre o senso comum e foi multiplicada com conotações diferentes da original. De fato, se refletirmos nessa afirmativa a partir de um ponto de vista social, chegaremos à conclusão de que não é possível vivermos so­litariamente.

Talvez alguns se perguntem: por que não? A Bíblia nos mostra que o ser humano foi criado à imagem de Deus. (Gn 1:26-27) Uma das característi­cas de Deus é que Ele é relacionai. (Gn 3:8-9) Adão estava ainda no Éden, quando o próprio Criador afirmou que a solidão humana não era boa. Por isso, Ele deu Eva a Adão; Para eles coexistirem. (Gn 2:18) Aí está a primeira sociedade criada.

Por mais que haja dificuldades na convivência social, sabemos que ela é recompensadora. Salo­mão aborda esse assunto em Eclesiastes 4:9-12, onde afirma que "É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais." (Ec 4:9)

Hoje nós podemos experimentar um convívio social intenso. A globalização e a internet têm fomentado o contato e a mistura de culturas, de informação e de estilos de vida.

Em especial, o adolescente, por seu apreço e habilidade com a tecnologia, cresce em contato direto com uma infinidade conceitos que podem influenciar a formação dos seus valores. Para ele, o desafio de viver em sociedade é ainda maior, devido aos dilemas típicos da adolescência.

O adolescente tem um período de oito a dez anos para fazer escolhas, estabelecer o princípio de sua autonomia pessoal, adquirir o senso de responsabilidade por suas decisões, escolher uma profissão, selecionar amizades, preparar-se para um

relacionamento amoroso, firmar sua auto-estima, lidar com as mudanças do próprio corpo, fazer escolhas políticas, conhecer mais a Deus, desco­brir seus dons e vocação, aprender a lidar com as perdas e frustrações, estudar, etc.

Tudo isso acontece junto. E em concomitância com dilemas externos que podem ocorrer na igreja, na escola (bullying), na família (desavença com pais e/ou irmãos), nas redes sociais (distor­ção da auto-imagem, dupla identidade); - Vamos combinar que com tudo isso, viver em sociedade pode não ser nada fácil!

Diante dessa reflexão, podemos nos perguntar: Como ajudar o adolescente?

Para ajudá-lo é preciso amá-lo, antes de tudo. Amá-lo como Jesus o ama. Amá-lo com sinceri­dade. (Porque o adolescente sabe reconhecer quando um sentimento é autêntico.) "Com o amor fica fácil ouvir, compreender e respeitar. Assim, se ganha confiança. E com a confiança, consegue-se o diálogo. No diálogo, fica fácil repreender (para edificar) e orientar".

De todos os dilemas e desafios da puberdade, o maior e mais importante deles é conhecer a Deus. A missão de líderes e professores de ado­lescentes é ajudá-los a descobrir-se em Deus, é ensiná-los a pôr Deus no centro de suas vidas, é fazê-los entender que tudo depende e vem dEle: "Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Am ém !" (Rm 11:36)

O maior sucesso que um ado lescente pode te r na vida é tornar-se um servo do Senhor. É achar-se fiel e santificado. É tornar-se um adulto consciente, responsável e temente a Deus. A maior realização que uma pessoa pode conse­guir é transformar a sua vida em uma expressão de louvor a Deus!

"todos os seres vivos,louvemo SENHOR! Alelu,a!

(Sl 1 5 0 :6-NTLH)

Page 20: Ensinador Cristao_63

Queda e Redenção

Flavianne Vaz é historiadora. Possuí

formação teológica pela FTSA. E membro da

Assembléia de Deus - Ministério Crescer (RJ). Trabalha no Centro de

Estudos do Movimento Pentecostal (Cemp/CPAD).

de menino. Cresceu e viveu sem pecado. (2Co 5.21) Na cruz, se entregou e recebeu em si mesmo a recompensa do pecado de toda a humanidade. (1 Pe 2.24) O Deus A ltíssim o se despojou da sua Glória e humilhado (em forma humana) venceu o pecado e a morte. Ele ressuscitou!

A pena de morte não é apli­cada no Brasil há mais de um século. O Brasil foi o segundo país do continente a revogar a pena capital. A constituição bra­sileira prevê a aplicação da pena apenas para crimes militares, em época de guerra.

Embora nosso país tenha compromissos firmados com asNações Unidas e com a Con- ^ ò m 0rte , 3 SUavenção Americana de Direi- U n « 6 sí» 5 „ -

Vitória? Onde este, o morte,

0 seu poder de ferir? O^ue d á à m orte o poder de ferir

é o pecado, e o que da ao pecado o poder de fe n re

alei. M as agradeçamos a

Deus, que nos dá a vitóriapor meio do nosso Senhor

Jesus Cristo!’(1 Co 15.55-57 NW) ^

Esta mensagem de redenção precisa ser divulgada entre os adolescentes e jovens. Eles são chamados para serem livres em Cristo. NEle há redenção, perdão para pecados, cura para traumas, libertação de vícios e restauração de relacionamentos.

E a missão de líderes e profes­sores levá-los ao encontro da cruz, pela Palavra. É nestes encontros que fardos emocionais são tira­dos dos ombros, que algemas e prisões espirituais são quebradas.

Todo professor de adolescente é ministro da Palavra e a cada aula possuem a oportunidade de levar a seus alunos a se renderem ao constrangedor e poderoso amor de Deus, para enfim tornarem-se filhos de D e u s !^

tos Humanos que visam à plena abolição da pena de morte, pesquisas apontam que parte da população brasileira aprovaria a retomada da prática. Polêmicas à parte, a Bíblia também fala sobre o tema. Entretanto, à parte a discussão sobre a pena capital como uso da justiça criminal na terra, fato é que, em relação à justiça de Deus, todos somos dignos de morte. Em Romanos 1.29-32 há uma lista enorme de pecados que tornam os praticantes dignos de morte diante da justiça divina. Ao longo da carta, Paulo ainda afirma que diante de Deus 'não há um justo, nem um se quer' (Cf Rm 3:10). Ele enfatiza: "Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus." (Rm 3:23). E destaca que a justa recompensa pelo pecado é a morte. (Rm 6:23)

A morte que a Bíblia se refere não é (apenas) uma morte física, mas sim uma eterna separação de Deus. Nossa vida seria uma verdadeira tragédia se a história terminasse nestes termos, pois pecar é algo comum para a na­tureza humana e Deus em sua justiça e santidade nos condenaria à perdição eterna (2Ts 1.9)

Mas, não é assim. Um salvador veio à Terra. Diante da queda do homem no jardim do Éden, Deus em sua graça prometeu enviar um que iria aniquilar o poder do pecado. (Gn 3:14-15) A seu tem po, o Prometido veio. Em forma

‘Agora já não existenenhuma condenação para

a s pessoas queestao ^unidas com Cristo Jesus.

( R o m a n o s -N T L H )

Page 21: Ensinador Cristao_63

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É a @editoraCPAD levandoa Palavra de Deus para as novas gerações.

Page 22: Ensinador Cristao_63

Um público de mais de 3 mil pessoas im|

da CPAD marca 8o Congresso Nacional da ED

A editora comemorou os 75 anos na abertura da 8a edição do evento marcada por

avivamento, edificação e aprendizado

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K , o ÈBBÊêÊh

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Ana Caroline Ferreira, ganh Jo sé Wellington Costa Júni Lídia Dantas Costa e do din

adora do Prêmio Professor do Ano, recebe a premiaçao pe.o i or, presidente do Conselho Administrativo da CPAD, de sua esposa I «tor-executivo da Casa, Ronaldo Rodrigues de Souza 1

E L - M

Em grande festividade e com um p ú b lico estim ado em mais de 3 mil pessoas, a Casa Publicadora das As- sem bleias de Deus (CPAD) celebrou o jubileu de brilhan­tes com um culto de ação de graças. A festividade foi na AD M in istério do Belém em São Paulo. A cerimônia foi dirigida pelo diretor-executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues de Souza.Ele ressaltou a importância de

pioneiros como Emilio Conde e tantos outros que fizeram a história da CPAD.

Pastor José W e lling ton Bezerra da Costa saudou a todos os presentes e, como anfitrião e presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), deu por aberto o Jubileu de Brilhante da CPAD e o 8o Congresso Nacional de Escola Dominical.

Por G ild a J u l io e Ed ilb er to S ilva

m a

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Em suas palavras, o presidente do Conselho Administrativo da CPAD, pastor José Wellington Costa Junior, assim se manifestou: "Q uando se tra ta de empresa, sempre se trabalha no presente com a visão voltada para o futuro. No caso da CPAD, não tem como só trabalhar com o presente, planejar o futuro e ignorar o passado. Cada momento na história da Editora foi marcado com realizações. Todos os que fizeram parte dos quadros da CPAD, desde Conselheiros, d ire to­res, gerentes ou funcionários em geral, sempre se preocuparam em fazer o melhor. Q uando nos debruçamos um pouco sobre essa história, descobrimos que nunca faltou dedicação, volun- tariedade e boa vontade para fazer com que a CPAD sempre cumprisse com seu papel diante da Igreja do Senhor nosso Deus".

Os pastores José Wellington Bezerra da Cos­ta, José Wellington Costa Júnior, presidente do Conselho Administrativo, e Ronaldo Rodrigues de Souza foram homenageados com uma placa comemorativa aos 75 anos da Casa.

Entre os participantes, dois ex-diretores da Casa marcaram presença: pastor Deolando Almei­da, diretor-executivo de 1961 a 1964; e o pastor Horácio da Silva Júnior, que dirig iu a empresa de 1987 a 1993.

Representantes de Convenções de várias regiões do Brasil; o deputado federal Roberto Lucena, representando o governador do estado de São Paulo e a deputada estadual Marta Costa, irmã Wanda Freire Costa, presidente da Unemad também estiveram presentes.

Pastor José Wellington Bezerra da Costa, em uma das oportunidades, enfatizou a importância da ED. "Me tornei aluno em 1942 e até hoje sou aluno e professor. Como é bom estudar e aprender a Palavra de Deus", disse presidente da CGADB.

Para Ronaldo Rodrigues de Souza, não havia palavras que expressassem o mover de Deus. "Elas são limitadas para agradecer ao Senhor por esta celebração, 75 anos da Casa e pela realização do 8o congresso. Nós sabemos que o local ainda está em construção e não é local ideal, mas Deus trabalhou de forma muito especial. Ele orientou todos que trabalharam. Ele nos abençoou e a unção d'Ele estava sobre o local. Tenho certeza que Ele está marcando não só a equipe da Casa Publicadora, mas também marcará nossa igreja no Brasil através das representações que estavam no evento e não mediram esforços, tempo, de­dicação e mobilização para participarem. Tenho certeza que Deus vai recompensar com graça, visão, poder para que eles levem para as suas

igrejas e compartilhem em suas regiões o que aqui eles aprenderam", finaliza diretor.

Por ocasião do jubileu todos os cantores da ! CPAD Music louvaram ao Senhor.

Plenárias, seminários e WorkshopsCom 3.192 inscrições confirmadas, o 8o Con­

gresso Nacional de ED deu início à sua progra­mação na manhã do dia 13. Pastor Claudionor de Andrade ministrou a primeira plenária "O papel da Escola Dominical da formação de pessoas relevantes para a sociedade".

A segunda plenária foi proferida pela norte- -americana Michelle Anthony, "A Escola Dominical como produtora de um ambiente transformador na família".

A programação da tarde teve início com almoço especial com lideranças. Para homenagear aqueles que prestaram ou têm prestado serviço relevante à obra do Senhor, sobretudo por meio da CPAD, a editora entregou placas comemorativas alusivas aos 75 anos da CPAD. Receberam a comenda, pastor José Wellington Bezerra da Costa; pastor

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José W ellington Costa Junior; e o diretor-executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues de Souza; além de pastores presidentes de Convenções Estaduais das ADs presentes ao evento, bem como ex-diretores-executivos da CPAD, membros do Conselho Adm i­nistrativo, gerentes de todas as filiais, preletores do Congresso Nacional de Escola Dominical, responsáveis pela infraestrutura do templo Ministério do Belém, comentaristas das Lições Bíblicas da CPAD, entre outros.

As 14h, diversos seminários foram ministrados em salas insta­ladas nas dependências do novo templo. Em seus respectivos ho­rários e com temas apropriados, os pastores Elienai Cabral, A le­xandre Claudino Coelho, Cesar Moisés e Stan Toler, dedicaram- -se na instrução de pastores e superintendentes de ED; os pastores Clancy Hayes, Antonio G ilberto, Eliezer de Moraes e o Stan Toler, ministraram para professores de Adultos; Esdras Bentho,Telma Bueno, Elaine Cruz e Clancy Hayes, focaram suas prédicas dedicados ao público de professores de Jovens; pastor

Jamiel Lopes, Michelle Anthony e pastor Esdras Bentho, para professores de Adolescentes; os professores que atuam na área de educação in­fantil na ED ouviram as preleções das professoras Marlene LeFever, Joana Bentes e Anita Oyaizu; temas relacionados à educação especial também foi ministrados nos seminários pelos professores Eliezer Moraes, Sileia Chiquini e Jamiel Lopes. A programação continuou com Workshops até o fim do dia e no sábado os trabalhos seguiram com seminários, palestras e workshops.

A última palestra do dia foi com pastor norte- -americano Clancy Hayes, sob o tema: "Como fazer da Escola Dominical um lugar em que as pessoas queiram estar". Pastor José Wellington Costa Junior apresentou o deputado federal An­tonio Jacome e seu filho Jacó Jacome, deputado estadual.

Na manhã de sábado (14) a programação iniciou às 9h da manhã com devocional. O preletor foi o pastor norte-americano Stan Toler, "Importância e influência dos professores/líderes no desenvol­vimento da igreja".

A psicóloga Elaine Cruz (RJ) fez a ultima ple­nária da manhã, A relevância da Escola Dominical diante da tarefa da família com a Educação Cristã dos filhos. A noite a plenária foi com pastor Elienai Cabral com o tema o cristão e o mundo.

Quebrantamento e emoção no encerramento

As atividades no domingo (15) começaram às 8h30. A novidade desta edição do congresso o pastor Esequias Soares, comentarista das Lições Bíblicas do primeiro trimestre de 2015, sobre os Dez Mandamentos. O comentarista brindou os presentes com a ministração da lição 11: "Não Darás Falso Testemunho".

Para ministrar a penúltima plenária do con­gresso, Marlene LeFever, Conhecendo os estilos de aprendizagem para um ensino transformador. Pastor Antônio G ilberto, consultor doutrinário e teo lóg ico da CPAD trouxe a última plenária. O veterano pastor abordou Escola Dominical: formando para transformar.

Muitos momentos marcantes foram registrados na ocasião, como a divulgação dos vencedores do prêmio professor de ED do ano de 2014. Os classificados foram: 4o lugar, Ana Ester Correia Ma­deira, da AD em Florianópolis (SC); 3o lugar, Silvio Rodrigues Gomes de Souza, da AD em Coronel Fabriciano (MG); 2o lugar, Vanderson Martins de oliveira, da AD em São José dos Campos (SP). O primeiro lugar ficou com a irmã Ana Caroline Ferreira,

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da AD em Pedra Grande (RN). A emoção tomou conta do ambiente, quando foi apresentado um documentário em vídeo do projeto realizado pela igreja. A premiação de 10 mil reais em cheque para a irmã Ana Caroline e 10 mil reais em vale compras de produtos da CPAD para montar uma biblioteca na igreja potiguar, foi doada pela Editora. Ao ser divulgado que a prefeitura Municipal de Pedra Grande doou, pela projeção do trabalho realiza­do pela igreja por meio da ED, um terreno para construção da sede própria da Escola Dominical no município, o público presente se propôs a cooperar com ofertas para a edificação do prédio. Movido por Deus, o pastor e engenheiro Wilson Pereira da Costa, idealizador do projeto do novo templo da AD Ministério do Belém, ofereceu de cortesia o projeto arquitetônico para a obra. Pastor José Wellington Costa Junior, informou a decisão da Editora em dobrar o valor arrecadado na plenária para auxiliar na construção. Com os mais de 20 mil reais arrecadados na coleta e o acréscimo da CPAD, a oferta total ganha pela igreja em Pedra Grande foi de mais de 40 mil reais. Aos demais interessados em ainda contribuir com o desenvolvimento da Obra de Deus na igreja premiada podem enviar seus valores para a Caixa Econômica Federal-Agência 0035 / Conta Poupança 01300250158-1.

A irmã Helena Figueiredo foi homenageada por sua dedicação ao ensino e por seu aniversário ocorrido no dia 12.

A maior caravana fo i premiada com um kit multim ídia (notebook e data-show) a de Porto Velho (RO) a caravana mais distante foi a de Ma­naus com mais de 2 mil quilômetros, a de Roraima também recebeu.

José Marcelino de Freitas recebeu seu certifica­do em destaque como o mais idoso participante do Congresso. O mais jovem foi Yago Asaphe Cavalcante, com 12 anos. Várias outras autoridades da AD presentes receberam os seus certificados. Um representante de cada uma das cinco regiões do Brasil receberam seus certificados.

A maior caravana do Estado de São Paulo foi a da cidade de Campinas, com 101 representantes, também recebeu um kit multimídia.

Sorteio de 3 tablets entre os líderes de cara­vanas.

Kits contendo os lançamentos dos livros da CPAD foram sorteados por meio de sistema ran- dômico entre os inscritos. Ao final do congresso, os participantes receberam seus certificados.

Irmão Ronaldo Rodrigues de Sousa fez os agradecimentos. P

/ f '% s Congressistas aprovaram k i - o evento. Como exemplifica

Luciene Leal Correia, Curitiba (PR). "Sou pastora da Igreja do Evangelho Q uadrangular em Curitiba. Primeira vez em congresso. Gostei m uito das palestras e p lenárias. Estou levando algo grande em ma­téria de conhecimento. Todo o conteúdo me chamou muita a atenção, pois foi muito especial e relevante para ser compartilha­do no meu ministério". Jandira Scarcela é pastora na Igreja do Nazareno Distrito Rio de Janei­ro, Baixada Fluminense. "Estou acompanhada de uma caravana com 43 pessoas. É a primeira vez num evento da CPAD. Estamos levando motivação, aprendizado, unção e todo o conteúdo que estamos aprendendo".

TT?não fa lto u a cura divina JC átestifica Darcy Aparecida Pereira de Jesus, Franca (SP)). Levo para casa conhecimento e aprendizado, mas principal­mente minha cura. Na manhã do dia 14/03/15, na plenária da manhã fui curada de problemas cardíacos enquanto a cantara Miria Mical louvava ao Senhor. Há muito tempo não consegui andar uma distância longa e nem tão pouco subir escadas. Mas neste dia que recebi a cura fui assistir aula no quarto andar e para gloria de Deus subi as escadarias da igreja sem nenhum problema." Michelle de Moura Ferreira de Aracaju (SE) fo i contem plada com batismo no Espírito Santo. E Misia Costa Goulart de Rio Verde (GO) de 17 anos e Flacila de Melo Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ) saíram convictas que vão abraçar o ministério do ensino e trabalhar como educadoras na ED.

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Estes são alguns exemplos de nomes e títulos de Deus que expressam Sua natureza e características. Ao entender a importância desses nomes, você mudará totalmente seu modo de compreender as Escrituras.

Orando com os Nomes de Deus é um devocional único, que oferece um programa de oração e estudo diários para um encontro real e pessoal com o Deus vivo.

R Ü J B Ü lA N O S

EM TODAS AS LIVRARIAS í 0 8 0 0 021 7 3 7 3

Clame

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Módulo l

INTRODUÇÃOA Escola Dominical nasceu

da visão de um homem que, angustiado pelos menores ca­rentes de sua cidade, saiu a res- gatá-los da marginalidade. Ele não haveria de ficar insensível ante a situação daqueles me­ninos e meninas, que erravam pelas ruas de Gloucester. Nesta cidade inglesa, a delinqüência infanto-juvenil já era um proble­ma crônico. O jornalista episco­pal Robert Raikes tinha 44 anos, quando se dispôs convidar os pequenos infratores a reunirem- se aos domingos, para aprender a Palavra de Deus. Juntamente

com o ensino religioso, minis- trava-lhes matemática, história e língua inglesa.

Não dem orou para que a escola de Raikes se p o p u la ­rizasse. A oposição tam bém não demorou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de quebrantar o domingo. Onde já se viu profanar o dia do Senhor com tais crianças? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo é sagrado? Ele sabia também que Deus é adorado através de um trabalho amoroso e in­condicional.

Embora haja iniciado o seu ministério em 1780, foi somente

em 1783, após três anos de oração, observações e expe­rim entos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de seu pioneirismo. No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida dos meninos de Gloucester. Eis porque a data fo i escolh ida com o o dia da fundação da Escola Dominical.

Que a Escola Dominical, pois, vo lte às suas origens, e seja uma agência especializada do Reino de Deus, transformando a sociedade com o Evangelho de Cristo.

I. O RESGATE DA ESCOLA DOMINICAL

Robert Raikes criou a Escola Dominical por dois motivos: suprir as lacunas magisteriais da igreja oficial e as deficiências do sistema educacional inglês. A educação pública e universal ainda era vista como utopia até mesmo na culta e progressista Inglaterra. Somen­te os mais ricos tinham acesso à escolaridade. Quanto aos outros, que se conformassem à miséria. Na prática, havia, ali, um sistema de castas sedimentado pela fartura de alguns e pela carência de muitos. Enquanto isso, o clero anglicano ia aumentando seus privilégios, ignorando a saúde espiritual dos súditos de sua majestade.

Angustiado por essas deficiên­cias, Raikes idealizou uma escola

2 C U R SO E N S IN A D O R C R IS T Ã O

que desenvolvesse o educando por com pleto: cultural, cívica e esp iritua lm ente . E, para tan to , e laborou um currículo simples, mas eficaz.

Tendo em vista a experiência de Raikes, haveremos de primar também por uma grade curricular que, conquanto dê prioridade ao desenvolvimento espiritual do edu­cando, promova-o como membro útil e relevante da sociedade. E, assim, venha a glorificar o nome de Deus e expandir-lhe o Reino além das fronteiras denominacionais.

1. Seu currículo deve contem ­plar a educação integral do ser humano.

Que o aluno da Escola D o­minical seja educado, tendo em vista sua dupla cidadania: terrena

e celeste. Se por um lado, deve ser preparado a entrar na Cidade de Deus; por outro, tem de ser instruído a viver na cidade dos homens. Ensinemos-lhe não so­mente teologia, mas também ética e civilidade. Como nem todos são alfabetizados, temos por obrigação levá-los, pela Bíblia, a ler, a escrever e a interpretar textos.

A Escola Dominical, po r sua própria índole, não haverá de com­pactuar nem com o analfabetismo nem com a ignorância institucional. Sua missão é prom over o saber divino pelas disciplinas humanas.

2. Ela não deve restring ir-se aos tem plos.

A escola de Raikes apresen­tou, desde o princípio, notáveis resultados, pois não se restringia

A escola dominical na formação de pessoas relevantes na sociedade

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aos tem plos. Sendo igreja, não se limitava à igreja. Transcendia em missões jun to aos menores abandonados. Evangelizando pela educação, ia transformando a sociedade.

Se com pararm os o p ro je to de Raikes às escolas dominicais de nossa época, concluiremos: pouco restou do m odelo o rig i­nal. Hoje, vo ltam o-nos exc lu ­s ivam ente aos conve rtidos , e pouca atenção damos aos que se acham à m argem de nossa esp iritua lidade. Se quisermos, de fato, produzir santos teremos de sair do santuário. Assim agia a Igreja Primitiva.

3. Seu rol de alunos não deve lim ita r-s e à m em b re s ia da igreja.

Para se fazer parte do rol de membros de uma igreja requer- se do novo crente: profissão de fé, batism o, contribu ições etc. Todavia, para se fre q ü e n ta r a Escola Dom in ica l, uma só co i­sa é necessária: a von tade do educando. Este nem convertido precisa ser; sua disposição em aprender a Palavra de Deus é suficiente.

Que se ampliem, pois, as ma­trículas da Escola Dominical. Tanto às crianças, quanto aos adultos, deve haver classes especializadas, onde cada um tenha suas necessi­dades espirituais, sociais e culturais amorosamente contempladas e supridas eficazmente.

4. Seu funcionam ento deve ir além dos dom ingos.

A Escola Dominical só terá êxi­to se funcionar também durante a semana. Embora só abra aos dom ingos, não pode fechar-se de segunda a sábado. Durante a semana, que os professores visitem seus alunos, enviem-lhes e-mails, telefonem-lhes, a fim de que estes sintam-se integrados ao corpo de Cristo.

Sem isso, a Escola Dominical jamais alcançará seus objetivos: evangelizar enquanto ensina, in­tegrando social e espiritualmente cada educando.

5. Sua missão deve ir além das prioridades da igreja local.

A igreja oficial da Grã-Bretanha era um reflexo do Reino Unido: não tinha como prioridade a edu­cação popular. Se por um lado, esmerava-se na formação do clero, por outro, desleixava-se quanto à sedimentação bíblica, social e cultural de seus membros. Nisso, os protestantes ingleses em nada diferiam dos católicos.

Muitas igrejas já não incluem a Escola Dominical em suas agendas. Há eventos para tudo, menos para a Educação Cristã relevante. E o resultado não poderia ser mais desastroso. Não são poucos os pastores que suspendem a Escola Dominical, a fim de promover festas e eventos, cuja principal motivação é financeira. O lucro do momento torna-se perda na eternidade.

II. UMA ESCOLA DE MUITAS FRONTEIRAS

Com raríssimas exceções, a Escola Dominical, hoje, contempla apenas uma fronteira: transformar o aluno num bom membro da igreja local. Apesar de seus méritos, este objetivo acha-se incompleto, pois não o prepara a testemunhar de sua fé no âm bito social, profis­sional e cívico. A educação, para ser eficaz, tem de ser completa e relevante.

1. Uma escola social.O ser humano não pode viver

isolado. Sua natureza gregária re­clama o convívio dos semelhantes. Foi isso que pressentiu Robert Rai­kes ao reunir os menores infratores de Gloucester. Ao matriculá-los em sua escola, conscientizou-os de que poderiam deixar as ruas

e, pela educação cristã, fazerem parte de uma sociedade justa, solidária e amorosa: a Igreja de Cristo. Somente assim haveriam de ser relevantes e úteis como súditos de sua majestade.

A integração do novo crente tem início na Escola Dominical, pois é justam ente aqui que ele recebe um tra tam ento d iferen­ciado e personalizado. Os cultos públicos não lhe possibilitam tal opo rtun id ade . Façamos, pois, da Escola Dominical um fator de integração total do novo crente. Não lhe basta ser in teg rado à Igreja Invisível e Universal; ele tem de sentir-se parte da igreja local.

2. Uma escola cívica.Os alunos de Robert Raikes não

demoraram a transformar-se em ci­dadãos relevantes e produtivos. Se até a criação da Escola Dominical eram vistos como escória social, a partir daí começaram a integrar-se social e civicamente. Juntamente com o ensino da Palavra de Deus, aprendiam a língua materna, ma­temática, geografia etc. De igual modo, recebiam sólida formação moral e ética. O método revelou- se tão eficaz que levou a Escola Dom inical a popularizar-se em todo o mundo. Em 1810, já havia 275 mil alunos matriculados só no Reino Unido.

Além de Robert Raikes formar bons crentes, investia na forma­ção de cidadãos de comprovada relevância e excelência.

3. Uma escola ética.O re la tiv ism o m oral não é

p riv ilég io de nossa época. No tem po de Raikes, a ética era d i­tada pelo avanço da Revolução Industrial e por um capitalismo que já se mostrava agressivo e selvagem. A té mesmo os cris­tãos achavam-se contaminados pela força do d inhe iro . Como sói acontecer nessas ocasiões, a moral achava-se submissa a

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demandas inconfessáveis. Desse ciclo vicioso, não escapava nem a igreja de sua majestade.

Na Escola Dominical, porém, o irmão Robert ensinava às suas crianças as d iferenças entre o certo e o errado. Conscientizava-as de que haviam sido chamadas a viver uma ética superior. E, como livro de texto, apresentava-lhes a Bíblia Sagrada. A partir daí, o Reino Unido põe-se a despertar e a distender as fronteiras do Reino de Deus até aos confins da terra. Foi o período mais florescente das missões inglesas.

I I I . U M A ES C OL A QUE TRANSCENDE A IGREJA

As igrejas do Reino Unido não aceitaram de im edia to a Esco­la Dom inical. A Anglicana, por exemplo, apesar de haver rom­pido com o Vaticano, ainda con- servava-lhe a pompa e a realeza litúrgica. Portanto, não era nada fácil introduzir, em sua agenda, uma escola popular, cuja clien­tela era composta por menores abandonados e infratores. Acho que enfrentaríamos as mesmas dificuldades.

1. A Escola Dominical é igreja, mas não deve v iver apenas para a igreja.

Embora a Escola Dominical seja igreja, não tem de viver exclusiva­mente para a igreja. Sua missão é evangelizar enquanto ensina. Por isso, deve, transcendendo a agenda eclesiástica, proclamar o Evangelho através de uma didática eficiente. Sua pedagogia haverá de contemplar não apenas os meno­res abandonados e delinqüentes, mas também os adultos e os da terceira idade.

A Escola Dominical deve con­templar, inclusive, as instituições públicas de ensino. A educação estatal brasileira acha-se tão de­

ficiente quanto à da Inglaterra da época de Robert Raikes.

2. A Escola D om in ica l tem com o cam po de atuação: o mundo.

Robert Raikes, ao lançar as bases da Escola Dominical, sabia muito bem que o seu campo de atuação não se limitaria ao âmbito eclesiástico. Por ser um departa­m ento especializado da igreja, ela tem um compromisso didático com o mundo. De maneira metó­dica e científica, cumpre a Grande Comissão que nos entregou o Senhor Jesus: levar o Evangelho até aos confins da terra.

A Escola Dominical eficaz educa não apenas os convertidos, mas principalmente os que ainda não receberam a fé. Por isso, exige-se que o seu rol seja mais numeroso do que o da igreja. Ela é igreja, mas não pode ser asfixiada pela agenda eclesiástica. Aliás, em qual­quer programa denominacional, haverá de ocupar toda a primazia, pois a evangelização, através da didática, é a principal missão da Igreja de Cristo.

3. A Escola D om in ica l exis­te para educar e socorrer o mundo.

A Escola Dominical tem como função, portanto, não somente educar, mas também socorrer o mundo. Por isso mesmo, não pode funcionar à margem da assistên­cia social. Foi o que demonstrou Robert Raikes ao lançar-lhe os fundamentos. A fim de educar os meninos perdidos de Goucester, ele teve de p roporc ionar-lhes também a subsistência necessária. Quem fala do pão que desce do céu, não pode negar o pão que brota da terra.

Se quisermos uma Escola Do­minical realmente eficaz, temos de estar dispostos a investir nesse pro je to . Ela demanda recursos

humanos, didáticos, assistenciais e prontidão espiritual. Portanto, haverá de requerer a maior par­cela de recursos da igreja. Seus resultados, porém, serão mais do que surpreendentes.

IV. UMA ESCOLA QUE NÃO SE APRISIONA A HISTÓRIA

O pro je to de Robert Raikes encantou o mundo evangélico. De G lo u ce le s te r, a lcançou o Reino Unido, a Europa continen­tal, as Américas e as terras mais confinadas. A Escola Dominical, porém, não pode lim itar-se aos livros de história. Sua missão é fazer história, transform ando a sociedade pelo ensino da Palavra de Deus.

1. A Escola Dominical existe para fazer história.

A igreja começa a morrer por sua negligência à Educação Cris­tã. Primeiro, extingue-se a Escola Dominical. Em seguida, a própria igreja começa a extinguir-se. Haja vista as congregações que, tanto nos Estados Unidos, quanto aqui, estão em vias de encerrar suas atividades.

Se perm itirm os, porém, que a Escola Dominical cumpra inte­gralmente a sua missão, nossas igrejas haverão de experimentar um grande avivam ento em to ­das as áreas. Isto porque, todo reavivam ento tem in íc io pe lo ensino sistemático das Sagradas Escrituras.

2. A Escola Dom inical pode m udar a h is tó r ia de nosso país.

A Escola Dominical mudou a história do Reino Unido. Sem ela, o avivamento de John Wesley não teria sido tão eficaz. O mesmo haveriam de experimentar os evan­gélicos americanos e brasileiros. As igrejas que mais crescem, em nosso país, são as que investem na

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educação cristã relevante. Quanto às que se esforçam por crescer à margem da Escola Dominical, estão fadadas a desaparecer.

A Escola Dominical existe para mudar a história da comunidade, do país e do mundo. Não nos es­queçamos de que ela é o principal departamento da igreja; enquanto ensina, evangeliza.

V. A E S C O L A D O M I N I ­CAL EXIGE EDUCADORES COMPROMETIDOS COM A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Sendo a missão da Escola Do­minical tão sublim e, urgente e insubstituível, requer-se que seus obreiros estejam compromissa­dos com o ensino da Palavra de Deus. Eis o que se espera de cada professor:

1. Comprom isso com a trans­form ação social pela Palavra de Deus.

Não podemos esquecer-nos de que o pastor da igreja é o real superintendente da Escola Domi­nical. Logo, deve ele ser o maior interessado em seu êxito.

Se a missão da igreja é a trans­form ação da com unidade pelo ensino da Palavra de Deus, esse processo tem de ser deflagrado pela Escola D om in ica l. E, por esta, ter continuidade. Que todos sejam convocados a aprender a Bíblia Sagrada. Mas, para tanto, exige-se que todos achem-se firmemente comprometidos com esse ideal.

2. Compromisso com a procla­mação do Evangelho.

Quem é o professor da Escola Dominical? E o evangelista que, através de métodos pedagóg i­cos, expõe o Plano da Salvação à sua comunidade. Por isso, deve ter como alvo a proclamação do Evangelho de Cristo.

í

1. Qual a missão da Escola Dominical?

2. Quando podemos definir que a Escola Dominical obteve êxito?

3. Qual o destino das igrejas que estão descartando a Escola Dominical?

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4. De que maneira se dá a integração do novo convertido?

5. Como funciona uma Escola Dominical no campo de atuação?

CPAD

MÓDULO IA ESCOLA DOMINICAL NA FORMAÇÃO DE

PESSOAS RELEVANTES NA SOCIEDADE

No próximo módulo pastor Claudionor de Andrade abordará o tema "Uma Filosofia de Educação autenticamente Cristã".

Que o professor da Escola Do­minical tenha sempre em mente a exortação de Paulo: "Faze a obra de um evangelista". Tanto os pro­fessores do departamento infantil, quanto os do departam ento de jovens e adultos, têm a obrigação de proclamar o Evangelho através da didática.

3. Comprom isso com a Ética Cristã.

Numa sociedade m oralm en­te enferm a, dem anda-se que o pro fesso r da Escola D om in ica l leve seus alunos a terem um forte comprom isso com a Ética Cristã. S om ente assim haverem os de formar uma geração incorruptível, que preserve a v ida hum ana e esteja pronta a adm in istrar cor­retam ente a coisa pública.

A Escola Dominical, pois, tem o sagrado compromisso de formar não somente cidadãos dos céus, com o tam bém da te rra . Nossa d up la c idadan ia não p od e ser ignorada.

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Conclusão

Enfim, a Escola Dominical tem de estar co m p ro m e tid a com a educação com p le ta do ser humano. Doutra forma, perde­rá a sua razão de ser e existir. Ela haverá de p repa ra r bons crentes, obre iros e fic ientes e cidadãos exemplares. Ag indo assim, pode rá tran s fo rm ar a sociedade pelo ensino m etó ­d ico, s is tem ático e relevante da Palavra de Deus.

Esta á a nossa m issão com o educadores cristãos.

Que a Escola Dominical cumpra integralm ente a sua tarefa.

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Po r Is a ia s Do n iz e t e Te r r a

Projeto Escola deFormação Cristã (EFC)

A Escola Dominical deno­minada Escola de Formação Cristã é realizada em todas as congregações da Comunidade Evangélica Filadélfia (CEF), e este trabalho descreve a experiência desenvolvida na CEF em Alfenas, Minas Gerais, representada pelo pastor Clayton Freire e sua esposa Lidia Azevedo Marinho Freire. A proposta, feita pelo visionário pastor Clayton Freire, era que a Escola Dominical atendesse às necessidades espirituais na comunidade e que trouxessem temas diferenciados, capazes de despertar o interesse dos membros em estudar apalavra de Deus. Então foi realizado um "m ix" de várias lições da CPAD, já lançadas em anos anteriores e algumas que ainda estavam em vigor no momento da proposta. Os temas foram minuciosamente selecionadas e mais de quarenta referências da CPAD e de outras editoras foram consultadas, para a elaboração de um conteúdo que atendesse o povo de Deus ali congregado.

Objetivos e MetodologiaOs objetivos foram propor­

cionar a Formação Cristã Integral da Igreja de Cristo, seguindo a visão teológica pentecostal; Propiciar aos alunos uma visão

panorâmica da Bíblia com ex­celência doutrinária; Prover os alunos de instrumentos teológi­cos, morais, éticos, científicos, técnicos, socioeconômicos para fazer avançar o Reino de Deus e para atuarem no serviço da promoção humana e cristã.

Primeiramente, estabeleceu- -se a descrição dos temas que seriam estudados. Para o p ri­m eiro con teúdo, "D ou trinas Bíblicas",foi realizada uma re­visão b ib liográfica , contendo nesta várias lições já lançadas pela CPAD, bem como trechos de literaturas diversas, todas atendendo à ortodoxia cristã, e seguindo-se os padrões como citações e normas da ABNT. Após a revisão bibliográfica estar pronta, foi impressa uma cópia piloto e revisado todos os textos bíblicos, usando para tal a Bíblia Sagrada para que estes estives­sem em conformidade como que estava descrito na literatura. Foi enviada uma requisição para a confecção de artes visuais sobre os temas a serem estudados. Estas artes depois de impressas seriam fixadas em mural para o conhecimento prévio da comu­nidade dos temas que seriam estudados, e para divulgação no telão da igreja durante os avisos semanais, e divulgação

em redes sociais. Um flyer de divulgação contendo a temática de S1119.105, foi confeccionado. Todo o material como artes para a divulgação, a revisão bibliográ­fica, e as aulas em slides, foram revisadas pela coordenação da igreja. O projeto foi divulgado em primeira mão no encontro de obreiros. Foi criada uma página em rede social, para a divulgação dos temas, postagem de artes relativas às aulas, artigos, avisos, le itura da semana, fo tos dos eventos, dentre outros. ' -

E N S IN A D O SC R ISTÃO

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Isaias Donizete Terra é diácono,

formado em Farmácia pela

Universidade José do Rosário Velano,

Unifenas, e professor da classe de adultos

da Comunidade Evangélica Filadélfia

em Alfenas (MG).

A campanha de divulgação em cultos e abertura de matrículas foi iniciada, a relação de conteúdos foi passada para a igreja e todos os setores se mobilizaram para a divulgação da escola. Os quatro primeiros alunos a efetuarem suas matrículas foram premia­dos. 151 alunos se matricularam. Quatro premiações deveriam ser efetuadas em aulas juntamente com dinâmicas, uma cada três meses. Uma nova divulgação e mobilização de matrículas deve­riam ser executadas a cada três meses na comunidade.

A m e to d o lo g ia p roposta abrangeria aulas expositivas, usando um retroprojetor. Os sli­des são construídos com figuras, respeitando-se as fontes e direitos autorais e com pequenos tópicos, utilizando, com muita frequência o recurso "tempestade de ideias", que leva aos debates e estudos em classe. Foram também propos­tos trabalhos em grupo na classe. Os recursos auxiliares usados em aulas expositivas abrangem: gráficos, esquemas,figuras,uso do computador, vídeos, slides, retro-

projetor, lousa, internet, louvor. Outros recursos estão propostos, como utilização de moldes, carta­zes, fantoches, bonecos, painéis, realização de análises de filme, música ou artigos, de atividades recreativas como teatros, dança, culinária e dinâmica. Para cada aula foi impresso um roteiro do aluno contendo um esboço do que seria estudado naquele dia, os versículos e a leitura da semana para que os alunos colassem em seus cadernos de anotações. A Bíblia requisitada foi a tradicional, ortodoxa de 66 livros, a Bíblia Sa­grada. (Edição Revista e Corrigida de 1995. Traduzida por João Fer­reira de Almeida). Foi solicitado para que cada aluno trouxesse seu material de anotação.

A aula é desenvolvida do seguinte modo: 08h30min às 09h00min começa-se a "terra- plenagem" - o início do louvor (que compreende geralmente 30 minutos). Das 09h00min as 09h20min: o período "firmando alicerces" - a leitura do texto de ouro e a leitura bíblica em classe. É realizada uma revisão dos te ­mas anteriormente estudados; é compartilhado algo sobre a tarefa anteriormente dada: uma leitura da semana, um film e, artigo , livro que foi recomendado para estudo (geralmente este período compreende 20 minutos). Das 09h20min às 09h30min: o perío­do denominado "inspecionando a construção" - um quebra-gelo, uma dinâmica, um testemunho (no máximo 10 minutos). Das 09h30min às 10h20min o "er­guendo paredes" - o estudo da lição (que deve ter, no mínimo 50 minutos). Das10: 20 às 10h30min: o "acabamento" - um momento para explicar tarefas da semana e realizar um devocional com os alunos, oração e comunhão (10 minutos no mínimo atendendo a

liberdade do Espírito Santo de Deus). Geralmente, as 10h30min encerra.

Um grande desafio existia: onde comportar os 151 alunos inscritos? O pastor Clayton Freire não mediu esforços e recursos financeiros para tal. Um anexo foi adaptado para este fim. O local foi pintado, colocou-se forro e ventiladores, um carpete revestin­do todo o piso; e cadeiras foram providenciadas para o local. Um retroprojetor e equipamentos de som foram instalados.

AvaliaçãoOs alunos são avaliados por

aula, individualmente e na cole­tividade. Foi criado um sistema de créditos, para incentivar a partic ipação dos alunos. No fim do ano letivo, são premia­dos, respectivamente: os alunos mais freqüentes; aquele que apresentar o melhor caderno de anotações; o mais participativo; e os que mais trouxeram visitan­tes. Pelo controle de presenças, podem-se detectar os faltosos e iniciar um trabalho de busca, que sempre envolve a oração e aconselhamento. Traça-se um grá fico destas frequências e relaciona-se esta com fatores como clima, assuntos estudados e program ações simultâneas da comunidade. Através deste pode se detectar o momento de realizar um, trabalho de busca com os alunos.

O pro je to obteve grandes resultados e os objetivos foram totalmente alcançados. Muitas vidas foram batizadas com o Espírito Santo (na doutrina do Espírito Santo) e a comunidade expe rim en tou um au tên tico avivamento. A palavra de Deus mais uma vez alcançou o seu propósito no seio da igreja de Cristo. á .

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A ORDENANÇA DE CRISTO NAS CARTAS PASTORAISELINALDO RENOVATO

Esta obra é o tivro-texto da revista Lições Bíblicas do terceiro trimestre deste ano, que fala sobre as ordenan­ças de Cristo aos pastores. A obra trata

aos pastores das igrejas fundadas por ele. O conteúdo ajudará você, que é professor de ED, a ampliar mais o seu conhecimento sobre temas como a oração, comportamento no culto, função dos bispos e diáconos, apos­tasia, morte e organização da igreja local, uma vez que as cartas pastorais ultrapassam seu propósito a priori de serem destinadas apenas a dois jovens obreiros. Foram, na verdade, cartas que se tornaram autênticos manuais eclesiásticos, por assim dizer, para as igrejas cristãs em seus primórdios, bem como, sem qualquer impropriedade, para as igrejas dos tempos atuais.

SALA de LEITURA

LIDANDO COM

PESSOASDIFÍCEIS

LIDANDO COM PESSOAS DIFÍCEISLES PARROTT

Todos temos algum relacionamento problem ático. São pessoas que reclamam sempre, são indiferen­tes, espalham boatos, mordem-se de inveja, fazem-se de vítimas ou ferem nossos sentimentos. Mas não há como evitar, temos de conviver com essas pessoas na família, no trabalho e até na igreja,

O que podemos fazer para manter a calma e alcançar soluções em relacionamentos que exigem uma alta dose de manutenção? Este livro de Les Parrott é a resposta. Nele poderemos aprender habilidades para construirmos relacionamentos melhores.

NOVO TESTAMENTO

f - I jjj Sj ‘ ;ouis Berkhcí

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTOLOUIS BERKHOF

Neste livro, um clássico do estudo do Novo Testamento de autoria do célebre teólogo Louis Berkhof, são investigados e apresentados a his­tória e o propósito dos Evangelhos e Epístolas do Novo Testamento. Repleto de referências aos mais diversos estudiosos do Novo Tes­tamento, incluindo os primeiros Pais da Igreja, está obra é de fácil leitura. Trata-se de uma obra ideal para estudos bíblicos individuais e para a utilização em sala de aula, Uma boa pedida para os professores de Escola Dominical e seminaristas.

0 obreiro é cham ado para servir à igreja e ao reino d e Deus. Tais tarefas acarretam em responsabilidades que são alheias a todos os cristãos. Um obreiro disciplinado tem uma vida espiritual sadia, palavras apropriadas para todas as circunstâncias. E le co n h e ce , ora, je ju a , se rv e , adora, ob edece, é humilde, corrige e é padrão d e conduta (iTm 4.12), não é preguiçoso (Rmi6.i2), em tudo “não tem d e que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" teTm 2.15),

TRECHO DO LIVRO "Reflexões para um Ministério Eficaz"

Eli Martins de Souza, Página 105

"Em uma época em que tudo é instantâneo, parece estranho falar sobre administração do tempo, Mas todas as boas coisas exi­gem tempo. É preciso tempo para crescer espiritualm ente, porque isso ex ige ler a Bíblia e o b ed ecer ao s ensinam entos, orar ter com un hão e serv ir ao Senhor. Não existe um atalho para a maturidade cristã. É preciso tem po para construir um ninho financeiro, É preciso tem po para adquirir qualidades com erciais, que, nos dias d e hoje, frequen tem en te incluem uma ed u cação universitária",

TRECHO DO LIVRO "Batalha pela sua Mente - Entendendo

a Personalidade Santificada"Leslie Parrott, Página 66

"Este é o segredo do amor altruísta: Lembrar d e que estam os assentados nos ombros d e outra p esso a. No m om ento em que c o m e ç a m o s a p en sa r q u e ch e g a m o s onde estam os apenas por nossos próprios esforços, pisamos na humildade. A arrogância entra em cena. E saiba que: a arrogância sem pre gera presunção e insensibilidade. Qualquer ato de caridade feito a partir de um coração insensível é feito para se exibir, É nulo de autenticidade. Pode ser a coisa certa, m as é feito tudo por razões erradas".

TRECHO DO LIVRO “A Vida dos seu s Sonhos - três

segred os para se sentir bem no fundo d e sua alma" Neil Clark Warren & Les

Parrot, Página 194

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Leila Soares da Silva é membro da

Assembleia de Deus Ministério Belém-Sede

Vianelo-Jundiai (SP). É técnica em Nutrição e Dietética, atua como professora de crianças

e adolescentes, além de ocupar a terceira

superintendência da Escola DominicaL locaL

Po r L e il a So a r e s d a S ilvaAlgumas escolas têm no currículo o ensino

religioso, mas em alguns casos deixam a desejar, pois muitas vezes os professores que ministram essas aulas não são cristãos e não se aprofundam na Palavra de Deus para o ensino infantil.

Como pai, isso não te preocupa?A Escola Dominical dá o suporte que a criança,

o adolescente, juvenil, jovens e adultos precisam para se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, com professores preparados, lições atuali­zadas e separadas por faixa etária, discorrendo a Bíblia de uma maneira que facilita o aprendizado.

Percorremos na Palavra do Senhor, desde a mais tenra idade, sobre a criação do mundo, os primeiros animais, primeiro homem e a primeira mulher. Através de forma lúdica as crianças apren­dem sobre a arca de Noé e a grande confusão

Domingo é um dia propício para o descanso. que aconteceu em Babel, histórias maravilhosas Logo após uma semana agitada com muito tra- de reis e rainhas, juizes, o forte Sansão e o profetabalho e às vezes muita dor de cabeça e canseira, "chorão" Jeremias; ainda aprendem os milagresa vontade de ficar na cama até mais tarde parece de Jesus, os nomes dos discípulos e muitos mais...tentadora, mas aí vem à lembrança que é dia de É ensinado, sobretudo, o plano da Salvação, tudoEscola Bíblica Dominical. de forma que elas possam aprender e guardar no

Vale a pena o esforço de acordar a família no do- coração, com historias, cânticos, atividades e textos mingo pela manhã, para ir à Escola Bíblica Dominical? para memorização.

É ensinado às crianças, sobretudo, [ o plano da Salvação, tudo de forma I

que elas possam aprender e I guardar no coração, com I

historias, cânticos, atividades j e textos para memorização j

Afinal, temos culto à noite e durante a semana já temos o culto de ensino da Palavra de Deus. Então, qual a importância da EBD para sua família?

A Escola Bíblica Dominical surgiu há muitos anos através de Robert Raikes, que notou em sua cidade que as crianças trabalhavam durante a semana e aos domingos ficavam nas ruas, e um dos motivos das bebedeiras e criminalidade estava associada à ignorância, então ele começou reunir as crianças e, além de dar-lhes educação secular, ministrava a educação religiosa. Desde então, várias coisas aconteceram e houve muitas mudanças no ensino secular e também na Escola Dominical.

Hoje, as crianças têm acesso às escolas públicas, municipais, estaduais e algumas freqüentam escolas particulares. O ensino secular é um direito da criança e do adolescente, mas e a educação religiosa?

Da mesma forma, o adolescente e o juvenil aprendem assuntos da Bíblia e da atualidade; temas como anorexia, bulling, ficar ou namorar, filosofias antibíblicas, política, homossexualidade, céu e inferno, dentre outros.

Os adultos, através dos temas abordados, podem tirar suas dúvidas, aprender e trocar experiências. São lições que falam sobre bondade, ética, os dez mandamentos etc.

A Escola Dominical ensina a Palavra, trata de as­suntos da atualidade, não tem idade para freqüentar, acomoda desde os bebês até o mais idoso. Então, no domingo pela manhã, mesmo com vontade de ficar um pouco mais na cama, ao invés de pensar se vale a pena o esforço, leia Eclesiastes 9.10 e reflita: vale a pena perder tudo isso por mais uns minutos de sono? Acorde sua família e vamos à Escola Dominical! &

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Po r Te l m a B u e n o

As ordenanças de cristo à Liderança

Utilize as dinâmicas para fixar os ensinamentos com seus alunos em classe

UMA MENSAGEM À IGREJA LOCAL E

À LIDERANÇA

LIÇAOL 1 J

wmmm v

0 EVANGELHO DE GRAÇA

LIÇÃOL 2 J

Neste trimestre estudaremos a respeito das epístolas de Timóteo e Tito. Estas cartas foram escritas a dois jovens pastores (líderes) que tinham a responsabilidade de organizar as igrejas e conduzir seus ministérios de modo a agradar a Deus. A leitura destas cartas deve estimular a todos os crentes, em especial aos líderes, a manterem a pureza na vida pessoal e na doutrina.

Objetivo: Sondar o conhecimento prévio dos alunos a respeito das Epístolas de Timóteo e Tito e introduzir a primeira lição do trimestre.

Material: Papel ofício, caneta, folha de papel pardo com o quadro sugerido abaixo, fita adesiva, quadro branco.

Procedimento: Apresente a nova revista e o tema do trimestre aos alunos. Depois escreva no quadro as seguintes indagações: "Qual o propósito das Epístolas de Timóteo e Tito?" "Quem são seus destinatários?" "Em que ano foram escritas?" "Qual o tema principal dessas epístolas?"

Depois, peça que os alunos se reúnam formando quatro grupos. Cada grupo deverá ficar com uma questão para que respondam. Em seguida, reúna os alunos novamente formando um único grupo. Explique que para estudar os livros da Bíblia de modo efetivo, precisamos responder a essas questões. Depois, jun­tamente com os alunos, complete o quadro. Conclua incentivando a leitura dessas epístolas.

Autoria Paulo

Destinatários T im óteo e Tito.

Propósito Encorajar os jovens líderes e orientá-los quanto à organização das igrejas.

Ano em que foram escritasA carta de 1 T im óteo fo i escrita no ano de 64 d.C. (aproximadamente); 2 T im óteo no ano de 66 ou 67 e T ito no ano de 64 d. C.

Tema principalA organização eclesiástica e o encorajam ento para que os pastores desempenhem com firmeza os ministérios que receberam de Cristo.

A igreja de Éfeso estava sofrendo com alguns falsos ensinos. Os falsos mestres ensinavam que para alcançar o favor de Deus e ser aceito por Ele era necessário que a pessoa adquirisse certos conhecimentos e adorasse os anjos. Eles estavam abandonando o verdadeiro Evangelho e se afas­tando da graça de Deus.

Objetivo: Conscientizá-los de que o nosso alvo é Cristo e a sua graça.

Material: Quadro, pincel atômico ou a figura de um alvo, um lenço para vendar os alunos.

Procedimento: Desenhe no quadro um alvo ou fixe a figura de um. Vende os olhos de um aluno e explique que ele terá que escrever no alvo (que está no quadro) o nome de Jesus. Os outros alunos podem orientar dizendo: mais para a esquerda, direita, etc. Repita uma ou duas vezes, conforme o interesse dos alunos. Fale da dificuldade que é acertar o alvo com os olhos vendados. Explique que na igreja de Éfeso havia falsos mestres que eram motivados por seus próprios interesses. Estes ficavam preocupados com genealogias e especulações sem sentido. Leia 1 Timóteo 1.3,4. Tais especulações desviavam as pessoas do alvo do Evangelho — Jesus Cristo. Somos salvos pela fé mediante a sua graça. Nosso alvo deve ser sempre Jesus Cristo.

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PASTORES E DIÁCONOS

No terceiro capítulo da primeira carta a T i­m óteo, Paulo faz uma relação das principais características que um pastor deve ter. Ser um pastor é um privilégio e uma responsabilidade muito grande. O líder deve ser o exemplo de modo de vida e de respeito à verdade.

Objetivo: Mostrar as qualidades do líder se­gundo Paulo escreveu a Timóteo.

Material: Quadro e caneta p ilo t ou gizProcedimento: Divida a turma em dois ou três

grupos, de acordo com o número de alunos. Peça que cada grupo escolha um representante que deverá ficar posicionado na frente do quadro. Divida o quadro em duas ou três partes (uma para cada grupo). Inicie a aula fazendo a seguinte indagação: "Quais devem ser as qualificações de um pastor?" Ouça os alunos com atenção e diga que Paulo apresenta em 2 Timóteo 3.2-7 uma lista de quinze qualificações a serem consideradas na hora da escolha e separação para o ministério pastoral. Leia para os alunos esta lista. Peça que fiquem atentos. Em seguida peça que fechem as Bíblias e explique que os representantes, com a ajuda dos colegas do grupo, devem listar (sem olhar a Bíblia) as quinze qualificações. Vence o grupo que mais acertar.

APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS

Paulo estava preocupado com a conduta de alguns que se diziam obreiros do Senhor, porém estes semeavam discórdia entre os irmãos (2 Tm 2.14-18). Paulo exorta Timóteo e a igreja para que tomem cuidado e que evitem falatórios inúteis e profanos, pois tais argumentos não edificam e só causam confusão.

Objetivo: Conscientizar os alunos das carac­terísticas do obreiro aprovado.

Material: Escreva a seguinte frase, em uma folha de papel ofício, 4 vezes: "Que maneja bem a palavra da verdade". Recorte letra por letra; embaralhe e coloque tudo dentro de um saquinho.

Procedimento: Solicite que os alunos formem quatro grupos. Reúna os grupos e faça a seguinte indagação: "Qual a principal característica do obreiro aprovado?" Diga que a resposta está em 2 Timóteo 2.15. Explique que eles terão que dar a resposta montando as palavras que estão no saquinho que receberam. Ganha o grupo que primeiro formar a frase: "Que maneja bem a pa­lavra da verdade". Ressalte que "manejar bem a palavra" é a principal característica de um obreiro excelente. "Manejar bem" significa transmitir as verdades bíblicas de maneira que os ouvintes creiam e passem a viver segundo as Escrituras, ou seja, tenham atitudes de amor, santidade e boas obras (2 Tm 3.16,17).

“QUE MANEJA BEM A PALAVRA

DE VERDADE”

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Paulo escreveu ao pastor Tito a fim de orientá- -lo na sua missão de "pô r em ordem as coisas que ainda restam", ou seja, que ficaram sem fazer (Tt 1.5). Ele também tinha como objetivo orientar quanto à escolha e separação de obreiros para que servissem como presbíteros. Paulo faz uma lista com as características que os aspirantes ao presbitério deviam ter. Servir ao Senhor é um privilégio, mas também é uma grande respon­sabilidade. O trabalho é voluntário, mas requer que o obreiro tenha qualificações.

O bjetivo: Ressaltar as qualificações que os aspirantes ao presbitério devem ter.

Material: Uma caixa com tiras de papel ofício. Em cada tira existe uma qualificação (ver lista abaixo). Quadro.

Procedimento: Converse com seus alunos a respeito das responsabilidades de um líder na organização da igreja. Diga que são muitas as responsabilidades: com as questões financeiras, ministeriais, de ensino, evangelização, missões etc. Por isso, é impossível que o líder consiga fazer tudo sozinho. São necessários ajudantes, porém estes auxiliares precisam ter determinadas qualificações. Paulo apresenta a Tito as qualificações primordiais que estes obreiros precisam ter. Passe a caixa de mão em mão, peça que o aluno retire uma tira de papel e leia a qualificação. Em seguida pergunte ao aluno se ele possui tal qualificação. Proceda de forma que um bom número de alunos participe. Depois de todos lerem, peça que um aluno leia Tito 1.6-9 e em seguida relacione as qualificações pessoais e familiares para os presbíteros no quadro para que todos vejam. Discuta com os alunos as qualificações apresentadas e se elas são observadas pelos líderes hoje. Ressalte que estas qualificações não são somente para presbíteros, mas para todos aqueles que desejam servir ao Senhor.

QUALIFICAÇÕES MINISTERIAIS (Tito 1.6-9)1. PessoaisIrrepreensível (v. 6); Despenseiro fiel (v. 7); Não arrogante (v. 7); Que tenha domínio sobre a ira (v. 7); Não dado ao vinho (v. 7); Não espancador (v. 7); Não cobiçoso (v. 7); Hospitaleiro (v. 8); Am igo do bem (v. 8); Sensato (v. 8); Justo (v. 8); Santo e moderado (v. 8); Que retém firme a fiel Palavra (v. 9); Capaz de exortar com a Palavra (v. 9);2. Familiares fMarido de uma só mulher (v. 6);Filhos crentes (v. 6);

Seus alunos vão estudar a respeito da cami­nhada do povo de Deus pelo deserto. Eles apren­derão que Deus usou Moisés para conduzir seu povo à Terra Prometida. Durante todo o percurso, o Senhor conduziu, guardou e providenciou o sustento dos israelitas. Temos um Deus que nos ama e que se preocupa conosco.

Objetivo: Mostrar às crianças que o Deus que cuidava do seu povo no deserto é o nosso Deus. Ele também tem cuidado de nós.

Material: Providencie alguns pãezinhos, uma jarra com água, pedacinhos de frango (se puder, nuggets), um guarda-chuva e uma lanterna.

Atividade: Sente-se em círculo com as crianças e tenha à mão o material solicitado. Converse com elas e apresente o tema do trimestre e a nova revista. Diga que Deus retirou seu povo do Egito. Ali eles estavam sendo maltratados por Faraó. Eles não mais seriam escravos e teriam a sua própria terra. Mas, para chegar à Terra Prometida, eles tiveram que atravessar o deserto. O deserto é um lugar quente e perigoso. Mas Deus estava cuidando do seu povo. Em seguida, faça a seguinte indagação: "O que o povo comeria no deserto?" "O que eles iam vestir?" Deus providenciou tudo. Mostre os pãezinhos. Diga que no deserto não havia pão, mas Deus mandou algo especial que substituía o pão — o nome era maná. Todos os dias eles recebiam o "pão do céu", o maná. Mostre a jarra com água. Ofereça às crianças a água. Depois faça a seguinte pergunta: "No deserto é fácil encontrar água?" Não! Mas Deus mandou Moisés tocar na rocha e dali saiu água. Deus providenciou água fresquinha para o povo beber. "E para comer?" A Bíblia diz que Deus enviou codornizes, uma espécie de frango para o povo comer (ofereça os nuggets). Deus providenciou água e comida para o povo. Abra o guarda-chuva e diga: Mas a Bíblia também diz que durante o dia uma nuvem protegia o povo do sol e a noite (pegue a lanterna e ligue) uma nuvem em forma de fogo aquecia o povo e iluminava tudo, mostrando por onde deviam passar. Deus não mudou. Ele é bom e cuida de você. Conclua agradecendo a Deus por seu cuidado e proteção.

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JUNIORES

A VIDA DE JESUS

PRÉ-ADOLESCENTES

JESUS, O SALVADOR

Professor, neste trimestre os juniores vão estu­dar a respeito do homem mais importante que já viveu nesta terra, Jesus Cristo. Ele veio ao mundo com uma importante missão: salvar o pecador. Ele cumpriu sua missão com êxito. Morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, voltou aos céus e em breve voltará.

Objetivo: Introduzir, de modo criativo, o tema geral do trimestre.

Material: Folhas de papel pardo. Com a ca­neta hidrocor, divida a folha de papel pardo em 4 partes. Caneta hidrocor e giz de cera.

Atividade: Sente-se com seus alunos em círculo no chão da classe. Converse a respeito do tema geral do trimestre. Divida a turma em grupos e distribua o material. Cada grupo deverá desenhar e pintar: o nascimento de Jesus, a sua morte na cruz, sua ressurreição e sua volta aos céus. Utilize as folhas para enfeitar a classe durante o trimestre.

Neste trimestre os pré-adolescentes estudarão a respeito da vida de Jesus, o Ungido de Deus que veio ao mundo para nos salvar e nos liber­tar do pecado. Já pensou o que seria de nós se Jesus não tivesse vindo ao mundo? Estaríamos perdidos, longe de Deus.

O b je tivo : Mostrar que o nome de Jesus é sobre todos os nomes.

Material: Uma bola de gás.A tividade: Peça que seus alunos façam um

círculo e se posicione no centro. Jogue a bola em direção a um aluno. Explique que ele terá que dizer um nome de Jesus, por exemplo: "Conse­lheiro Maravilhoso", "Leão da Tribo de Judá", sem deixar a bola cair. O aluno deverá dizer o nome e jogar a bola para outro colega. Explique que eles não podem repetir o último nome que já foi dito. Conclua enfatizando que o nome de Jesus é sobre todo nome e um dia todos terão que se dobrar diante dEle e reconhecer sua soberania. Leia Filipenses 2.10,11. Vários homens já viveram nesta terra e tiveram seus nomes registrados na história, mas todos morreram; somente Jesus ressuscitou e está vivo. Conclua louvando o nome de Jesus.

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ADOLESCENTES

VIVENDO EM SOCIEDADE

JUVENIS

QUEDA E REDENÇÃO

Neste trimestre o tema é "Vivendo em Socie­dade". É importante que seus alunos saibam que, embora vivendo em uma sociedade pecadora, podemos ser santos e puros.

O bjetivo: Mostrar que podemos ser santos mesmo vivendo em uma sociedade marcada pelo pecado.

Atividade: Sente-se com os seus alunos em círculo e apresente o tema do trimestre à turma. Diga que vivemos em uma sociedade onde as pessoas estão, a cada dia, mais distantes de Deus e propensas ao pecado. Por isso, temos que viver de modo que o nome do Senhor seja glorifica- do, mediante as nossas palavras e atitudes. Em seguida, passe a caixinha com as tiras de papel. Cada aluno deverá retirar uma tira e, por meio de gestos, "dizer" o que está no papel. Os colegas terão que adivinhar a mensagem.

• Sou santo.• Creio em Deus.• Não quero pecar.• Sou "sal" e "luz" deste mundo.• A Bíblia é o meu manual de conduta.• Sou servo(a) de Deus.• Só Jesus Cristo pode salvar e transformar

o homem.• Somos seres sociáveis.• Como crentes, não podemos viver isolados.

Neste segundo trimestre, os juvenis vão estudar a respeito da Queda e da Redenção. O objetivo é mostrar que o homem pecou, mas Deus, na sua misericórdia, providenciou a sua redenção mediante Jesus Cristo.

Objetivo: Compreender o que é Queda e o que é Redenção.

Material: Quadro.Atividade: Para abertura do trimestre, sente-se

com seus alunos em círculo e faça um comentário geral a respeito do tema do trimestre. Diga que a Queda é também conhecida como o pecado original, ou seja, o pecado de Adão e Eva. Eles pecaram, contam inando toda a humanidade. Mostre no quadro os resultados da Queda e discuta os pontos com os alunos. Em seguida, explique que redenção é o livramento que Jesus nos ofereceu ao morrer em nosso lugar. Leia com os alunos Romanos 3.24 e Efésios 1.7. Depois mostre os pontos da redenção e discuta-os com seus alunos.

QUEDA REDENÇÃO

Adão e Eva pecaram e foram expulsos da presença de Deus. Resgate.

Perderam a im orta lidade física. Libertação.

Foram destituídos da glória de Deus.A m orte vicária de Jesus em nosso lugar.

Dor e sofrimento. Vida eterna.

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LI.ÇOESBÍBLICAS

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AsOrdenanças de Cristo nas cartas pastorais

Uma mensagem à Igreja Local e a liderança

Entre os anos 50 e 65 d.C., a Igreja era uma com unidade incipiente. Historicamente, há pouco havia acabado de nascer. Nesse período, as cida­des de Efeso e de Creta foram evangelizadas pelo apóstolo Paulo. Ali, numa região de domínio romano, mas tam bém de predom inância cultural grega, o Evangelho "exp lod iu". Uma incipiente comunidade de cristãos em Éfeso e Creta não poderia ficar sem a referência apostó lica , po r isso, o apósto lo dos gentios viu-se obrigado a escrever três cartas, cujos estudiosos classificam como pastorais: 1 Tim óteo, 2 T im óteo e Tito.

Basicamente, as cartas contêm conselhos práticos de encorajam ento sobre a vida e o m inistério dos jovens pastores Timóteo e Tito. O apóstolo os instruiu sobre as normas necessárias, o combate imperioso contra as heresias e fábulas da época, entretanto, colocando a eclesiologia das comunidades em desta­que: a organização da igreja; o cuidado competente e encorajador do pastor aos grupos específicos da igreja local, tais como aos jovens, aos adultos, aos anciões e aos oficiais da igreja.

O apóstolo Paulo era um missionário atarefado e, por isso, não poderia estar frequentem ente nas comunidades fundadas por ele. Todavia, as igrejas

cristãs não poderiam ficar sem o ensino de Cristo. Assim, percebem os a preocupação e a urgência que Paulo dem onstrou sobre o estabelecim ento de diáconos e presbíteros, logo nos primeiros ca­pítulos de 1 T im óteo e de T ito. Em linhas gerais, podemos dizer que o objetivo principal das cartas era instruir os jovens pastores sobre como separar e estabelecer bons obreiros para a seara do mestre. De antemão, a tarefa do oficial cristão não é nada fácil, pois o tempo é difícil e trabalhoso. Os obreiros do Senhor, em primeiro lugar, deveria ser provado e aprovado por Deus (2 Tm 2.15), como pessoas aptas ao ensino do Evangelho, manejando bem a palavra da verdade. Esta predisposição era essencial a todo o vocacionado pelo Senhor a administrar a obra de Deus.

A partir dessa orientação pastoral, segundo as cartas de Paulo, veremos a administração das primei­ras comunidades cristãs locais, organizando-se em um conselho de presbíteros, que subdividiriam-se em administradores e ensinadores (1 Tm 5.17), e o estabelecim ento dos diáconos (At 6). Portanto, a igreja do primeiro século era organizada, observava a Palavra, assistia e acolhia pessoas. Esta obra não podia acabar!

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0 Evangelho da Graça Oração e recomendação às mulheres cristãs

Professor, iniciando a aula, leia o seguinte ver­sículo: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus" (Ef 2.8). Faça uma reflexão com os alunos mostrando que se hoje estamos firmes com Cristo é porque um dia nós fomos alcançados pela maravilhosa Graça de Deus. Além de nos salvar pelo ato da sua graça, Deus nos preparou as boas obras para que andássemos por elas. Explique que as boas obras não salvam, mas dá um poderoso testemunho diante da sociedade sobre o quanto fomos alcançados pela graça divina.

A doutrina da Graça de Deus é uma das verdades mais gloriosas das Sagradas Escrituras. A convicção de que não há nada na pessoa humana capaz de preencher o vazio da alma, isto é, o restabelecimento da nossa ligação com Deus e o significado do sentido último da vida, e saber que só Deus é capaz de fazer esse milagre em nós, mostra-nos o quão miserável nós somos e quão misericordioso Deus é.

A doutrina da Graça apresenta-nos o misericordio­so Deus, que em Jesus Cristo estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19), operando em nós para o reconhecermos Pai amoroso. Por isso, apresen­tar a doutrina da Graça ao pecador é conceder-lhe libertação da prisão do pecado, a autonomia da fé em Cristo e o privilégio em sabermos que não há nada que pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8.33-39).

Caro professor, quando falamos da Graça de Deus, inevitavelmente, chegaremos ao tema da eleição divina. Como a graça de Deus nos alcançou? A graça de Deus é arbitrária sem levar em conta a responsabilidade hu­mana? Qualquer estudo sobre a eleição divina tem de partir obrigatoriamente da Pessoa de Jesus. Em Jesus não achamos qualquer particularidade divina em eleger alguns e deixar outros de fora, resultada de uma escolha divina arbitrária e individualizada antes da fundação do mundo. A escolha de Deus se deu em Jesus (Ef 1.4; Rm 8.29). Nele, a salvação é oferecida a todos (2 Pe 3.9; cf. Mt 11.28), e, pela sua presciência, o nosso Senhor sabe quem há de ser salvo ou não. A eleição de Deus leva em conta a volição humana, pois é um dom dEle mesmo à humanidade. Assim, quando levamos em conta a volição humana não esvaziamos a soberania de Deus e da sua Graça. Pelo contrário, afirmamos a sua soberania, pois Deus escolheu fazer um homem autônomo. Afirmamos também que a graça de Deus opera, restaurando a capacidade do homem de se arrepender e crer no Evangelho (1 Tm 4.1,2; Mt 12.31,32).

"Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito." É possível verificar elementos que marcaram a vivência e a intim idade da Igreja ao longo da sua história: o desenvolvimento da prática de oração.

A ocasião da primeira reunião de oração dos discí­pulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja de Jerusalém em viver a disciplina da oração. Sobre o tema, o pastor Claudionor de Andrade analisou a prática da oração dos primórdios da Igreja até a modernidade: "a oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações. Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: 'Eis que dizeis: 'Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou' Não tendes medo?'E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande pa­radigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e GunnarVingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração" (As Disciplinas da Vida Cristã, CPAD, p.36).

Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, citando John Bunyan, que "jamais seremos cristãos verda­deiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.

O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor" (O Pensamento da Reforma, p.54).

(T e n s i n a d o r\ C R I ^ A O ^ o

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LIÇAO5

Pastores e Diáconos

Um dos problemas quanto a intelectualidade da liderança das igrejas evangélica são os homens de frente viverem uma preguiça mental não dada aos estudos sérios e sistemáticos da Bíblia e dos grandes temas culturais do século XXI. O pastor de uma igreja local não precisa ser um psicólogo ou um psiquiatra para auxiliar um crente depressivo na igreja. Mas ele precisa saber de informações precisas para discernir, por exemplo, uma possessão ou opressão demoníaca da depressão. Em seguida, indicar o crente para um tratamento psicológico com um profissional da área de saúde. Estas são as demandas atuais de qualquer trabalho pastoral. Mas para isso é preciso ler, se informar e conhecer o assunto.

Sabe-se que a maioria das pessoas que exerce voluntariamente o magistério cristão, ou a direção de congregações ou a liderança de departamentos, faz um enorme esforço para prestar esses serviços à igreja local. Antes, tais pessoas precisam trabalhar para sobreviver. Às vezes, a urgência do trabalho leva esses irm ãos a assumir responsab ilidades na igreja local sem o dev ido preparo. Mas hoje a distância já não é tan to um problem a para nos atualizarmos. Podemos procurar pessoas que sai­bam mais do que nós. Temos os livros, a in ternet e tantas outras formas de nos reciclarmos, além, é claro, das institu ições formais de ensino, tanto secular quanto religiosa.

Caro professor, aproveite a aula desta semana para traba lhar esses princíp ios na vida dos seus alunos. É possível que o seu aluno de hoje, seja o pastor de amanhã; que o seu aluno de hoje, seja o pregador de amanhã; que a sua aluna de hoje, seja a missionária de amanhã; que a sua aluna de hoje, seja a líder de amanhã. É urgente formarmos um ambiente de interesse pelo enriquecimento intelec­tual a fim de que a nossa igreja, a comunidade pela qual servimos a Deus e as pessoas, seja edificada e cresça mais e mais na graça e no conhecimento do Senhor Jesus.

Portanto, tanto o candidato a pastor quanto ao diaconato precisam fazer esse compromisso: se pre­parar mais, tanto intelectual quanto espiritualmente. Nisto, o apóstolo Paulo, autor das cartas pastorais, é o nosso grande exemplo. O apóstolo dos gentios, com o poucos, soube coadunar esp iritua lidade e conhecimento; p iedade e intelectualidade; poder de Deus e explicação coerente da fé.

Apostasia, fidelidade e diligência no ministério

Muitos confundem "apostasia" com o desvio de uma pessoa em relação a uma "instituição religiosa". Não podemos insistir nesse tipo de dúvida, pois a apostasia está descrita na Bíblia como um aconteci­mento sério e pouco comum. Sim, não é comum quem teve um encontro pessoal com Deus, provando da sua boa Palavra, apostatar-se da fé, mas é biblicamente possível 0 também não podemos confundir simples freqüentadores de templos com lavados e remidos no sangue de Jesus.

A palavra "apostasia" vem do vocábulo do grego antigo apóstasis, que significa "estar longe de", isto é, no sentido de "revolta", "rebelião", "afastamento doutrinário e re lig ioso", "apostasia da verdade". Por isso, apostasia se refere, ao contrário da crença popular, uma decisão deliberada, consciente, aberta ou oculta, contra fé genuína do Evangelho.

Na "esteira" da apostasia precedem os ensinos falsos, malignos e fantasiosos. São as "doutrinas de demônio" que o apóstolo Paulo menciona na epístola. Uma das maneiras desses ensinos manifestarem-se na igreja é os seus propagadores elegerem um tema da Bíblia como ênfase doutrinária, como se o fiel que não conhecesse aquele assunto não teria acesso aos "mistérios de Deus". Assim, no interior do homem que influência outras pessoas com esses falsos ensinos, nasce a egolatria e cresce a síndrome de autossuficiência.

O apóstata não se vê apóstata. Não reconhece nem considera a possibilidade de ele ter-se trans­formado deliberadamente num apóstata da fé. Por isso, o elemento fundamental para ele voltar atrás é quase impossível de ocorrer: o arrependimento.

Para os ministros de Cristo defender a Igreja da apostasia, antes de tudo, eles precisam honrar a fé em Jesus Cristo, a simplicidade do Evangelho, servindo a igreja com amor e fidelidade. Sendo arautos de Deus para toda boa obra. Os ministros de Deus, os servidores da Igreja de Cristo, devem estar aptos a ensinar e a contradizer os falsos ensinadores. Rejei­tando as "fábulas profanas", ensinamentos que em nada edificam a Igreja de Cristo.

Portanto, aos ministros de Cristo cabe a diligência na fé, ensinando as Sagradas Escrituras e apresen- tando-se como modelos ideais que estimulem os fiéis a viver a fé. Persistirem na pesquisa, no estudo exaustivo e sistemático das Escrituras Sagradas. Que o Senhor nosso Deus guarde o seu povo da apostasia! Que o Senhor guarde o seu povo!

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Conselhos gerais

A . 7Eu sei em quem tenho crido

O te x to que estudarem os na presente lição são partes dos capítulos cinco e seis da primeira epístola de Timóteo. É a ultima lição que abordará a primeira epístola de Paulo a Timóteo. Um ponto muito importante para a liderança cristã é a exposi­ção de Paulo a partir do versículo 17. Ali, aparecem algumas responsabilidades dos líderes e da própria igreja em reconhecê-los como tais: "os presbíteros que governem bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina" (v. 17). Ou seja, se o presbítero fo r servidor e com petente, segundo consta em 1 Timóteo 3.1-7, naturalmente ele terá da comunidade local respeito e tratamento digno. Neste aspecto, a orientação do apóstolo é que o jovem pastor não recebesse nenhuma denúncia de incom petência ministerial, ou prática pastoral soberba e autoritária, que fosse um "blefe". Por isso, a orientação de Paulo para que façam a denúncia com o mínimo de duas ou três testemunhas.

O contrário do que pensam muitos, a orientação do apóstolo Paulo não se dá pelo viés do "corporati­vismo ministerial", mas o da prudência e o do senso de justiça para não sermos injustos no ju lgam ento de um líder cristão (como igualmente não se deve ser injusto no julgamento de um membro local). En­tretanto, no caso de uma denúncia autenticamente comprovada contra um oficial da igreja, a orientação apostólica é clara: "aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham tem or" (1Tm 5.20). A liderança cristã deve honrar sua vocação, principalmente na disciplina.

Entretanto, temos de te r o cuidado de não fa­zermos uma "caça às bruxas", pois há uma grande diferença entre a pessoa arrependida de seu pecado e outra impenitente, de dura cerviz. Para a pessoa impenitente, a mensagem das Escrituras é clara, a fim de causar impacto em seu coração e ser salva no dia do juízo: "o que tal ato praticou,em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus" (1 Co 5.1-5). Mas para a pessoa arrependida de coração, a mensagem de Jesus Cristo é a mesma dada à mulher adúltera: "E disse-lhe Jesus: Nem eu tam bém te condeno; vai-te e não peques mais" (Jo 8.10). O sumo pastor é um só, e o seu nome é Jesus Cristo.

Caro professor, esta lição iniciará a abordagem da segunda Epístola de Paulo a Timóteo. Nesta oportu­nidade, o apóstolo encontrava-se preso. É a última vez que ele falara da sua prisão, pois de onde estava o apóstolo, este iria para o "matadouro", isto é, o martírio.

Uma das características mais tocantes nesta carta é a comprovação da fé inabalável do apóstolo Paulo. Numa prisão, e do ponto de vista humano, perder a esperança é explicável. Na história da Igreja de Cristo, ao longo das perseguições do império romano, muitos cristãos negaram oficialmente a sua fé, pelos menos apenas de lábios, para não perderem as suas vidas e protegerem a integridade da sua família. Mas a vida do apóstolo, ainda que "presa" em sua dimensão física, confinada pela prisão romana, tinha liberdade plena e confiança em Deus para propagar livremente a palavra divina.

O apóstolo dos gentios tinha uma convicção inter­nalizada na alma de que estava cumprindo sua missão, mesmo preso numa prisão abjeta. Toda a sua vida se dava em torno da dimensão proclamatória do Evangelho a todos os povos. Isso fazia Paulo compreender que tudo o que acontecia com ele, direta ou indiretamente, levaria prosperar o Evangelho nas regiões habitadas por povos gentílicos. Paulo cria firmemente que Deus, segundo a sua maravilhosa graça, estava conduzindo a sua vida e a expansão do Evangelho como um tapeceiro que, por intermédio de movimentos ondulado, tece o tapete. Então, como o "tapeceiro da vida", Deus "tecia" a existência do apóstolo. Por isso, é possível vermos na epístola expressões como "dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia" (v.3). Diante de todas as circunstâncias que o apóstolo estava imerso, ele dava "graças a Deus", o servia "com uma consciência pura", e fazia "memória de ti [Timóteo] nas minhas orações, noite e dia". Ou seja, o jovem pastor de Éfeso constantemente era objeto das orações do apóstolo Paulo, mesmo este preso.

Ao longo dos capítulos 1 e 2, o apóstolo expõe uma série de conselhos que perpassa pelo despertamento da vocação de Timóteo (v.6), de sentir-se valorizado por testemunhar o Senhor pela mensagem que o apóstolo pregava (v.8), da conservação do modelo das sãs palavras aplicadas pelo apóstolo (v.13), do fortalecimento na graça que há em Cristo Jesus (2.1), um convite a sofrer as aflições como um bom soldado de Cristo (2.3) etc. Eis os convites de um preso do Senhor!

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■ LIÇÃO 8

Aprovados por Deus em Cristo

LIÇÃO9

A Corrupção dos últimos dias

Caro professor, a Escola Dominical é uma grande parceira do Evangelho na formação do caráter de cada crente que a freqüenta. Além de preparar pessoas para seguirem Jesus, a Escola Dominical prepara oficiais, pessoas que vão ministrar à igreja local. Por isso, prezado professor, tenha a clareza que os alunos a quem você ministra poderá tornar-se um pastor, um missionário, principalmente, pregadores da Palavra, segundo a vocação que eles forem chamados.

Atualmente, é notório que a Igreja Evangélica Brasileira vive uma crise nos púlpitos. As mensagens neles expostas, na sua maioria, são antropocêntricas, de auto-ajuda, barganhistas, apresentando um Deus que "comercializa" benção com os homens, sem com­promisso com a Bíblia, isto é, lê-se o texto bíblico sem o compromisso de explicá-lo corretamente e fazer a sua devida aplicação. Por isso, nesta lição é importante você destacar a característica de uma boa pregação. Além do compromisso pessoal do pregador, há uma necessidade de formarmos na mente e no coração dos nossos jovens e adolescentes a cultura da boa pregação. Ainda que eles não sejam chamados por Deus a serem os seus arautos, formaremos ouvintes que saibam distinguir o bom do ruim, o cristocêntrico do antropocêntrico etc.

Basicamente, a pregação que glorifica a Deus confronta o caráter do ser humano. É uma pregação descompromissada com as barganhas e dissimulações do nosso tempo. Era a tal postura que Paulo se refe­ria quando disse: "instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arre­pendimento para conhecerem a verdade" (2Tm 2.25).

Ler o texto, "explicar" o texto e "aplicar" o texto é o trabalho objetivo de todo arauto de Deus. Mas para isso, exige-se dele uma profunda disciplina pessoal para o estudo 13 estude a pregação e a tradição dos puritanos (você pode encontrar um rico material na internet) 0, mergulhe no mundo da Bíblia e na cultura do seu tempo e cultive uma vida de oração e devoção a Deus. Assim começa nascer o arauto do Senhor.

As pessoas andam aflitas esperando algo da parte de Deus para cultivar uma vida cristã autêntica. A pregação da Palavra ainda é o meio pelo qual o Altíssimo fala, orienta e conduz seu povo. Por isso, no segundo capítulo de 2 Timóteo, o apóstolo Paulo condenou os obreiros que perdem o seu tempo com aquilo que é "comezinho", que traz somente confu­são e contenda e em nada edifica ou constrói, pelo contrário, "a palavra desses roerá como gangrena".

"Amantes de si mesmos"; "avarentos"; "presun­çosos, soberbos"; "blasfemos"; "desobedientes a pais e mães e ingratos"; "profanos sem afeto natural"; "irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis"; "sem amor para com os bons"; "traidores"; "obstina­dos"; "orgulhosos"; "mais amigos dos deleites do que amigos de Deus"; "tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela": esta é a lista que o apóstolo Paulo deu a Timóteo para que o jovem pastor soubesse discernir os falsos líderes dos verdadeiros.

As características dos falsos ensinadores revelam pessoas que são capazes de fing ir uma "capa de p iedade", mas ao mesmo tem po, internalizar um coração duro, sem qualquer respeito com a d ign i­dade humana e com as pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo. Seu olhar só se desvia em direção de quem lhe possa beneficiar. Por isso, tal pessoa procura cercar-se de pessoas importantes, com um status quor vantajoso, pronto para beneficiá-la em tudo o que for possível.

Caro professor, você percebeu que tais características, descritas pelo apóstolo, parecem ser notícias do jornal do dia? Não são poucos os exemplos de desrespeito com as coisas de Deus e com as "ovelhas" que fazem parte do rebanho do Senhor. Diante disso, você pode se perguntar: O que fazer? A resposta do apóstolo para essa pergunta está no versículo 5: "destes afasta-te".

Se lermos o Evangelho e atentarmos para o conse­lho de Jesus Cristo: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis [...]" (Mt 7.15,16a); bem como o do apóstolo Pedro: "po r avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas" (2 Pe 2.3); perceberemos que, implicitamente, o conselho evangélico e apostólico nos adverte a discernir o "falso profeta" do verda­deiro para nos afastarmos daquele. Ora, quem ler e compreende as mensagens de Jesus para guardar a sua alma desses "absurdos" realizados em nome da fé, não tem alternativa, senão, a de declarar enfática, curta e objetivamente o que o apóstolo Paulo afirmou: "afasta-se". Afasta-se desses falsários para guardar a sua alma da incredulidade. Afasta-se desses que usam o Evangelho para se autobeneficiar, a fim de beneficiar-se da graça de Deus. Não empreste os seus ouvidos e nem o seu coração para quem só tem a avareza e a soberba como suas companheiras. Afasta-se, para salvar a sua alma disso tudo!

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0 Líder diante da chegada da morte

A organizaçao de uma Igreja local

A morte é a conseqüência do pecado (Rm 6.23). Deus não criou o homem e a mulher para a morte. Esta é a separação entre a alma e o corpo. A base bíblica para este en tend im ento encontra-se em Gênesis 35.18 a respeito da morte de Raquel: "E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque mor­reu)''. E Tiago, o irmão do Senhor, corrobora com este fato quando ensina: "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obra é m orta" (Tg 2.26). Podemos, então, afirmar: quando a alma deixa o corpo estabelece-se o evento no qual denominamos morte.

A pergunta de Jó, "morrendo o homem, porven­tura, tornará a viver?", é de interesse perene a todos os seres humanos. Quem nunca se perguntou: "Há vida após a morte?"; "Há consciência após a morte?". As Sagradas Escrituras têm respostas afirmativas para estas indagações:

a) "N o A n tigo Testamento". O lugar denom i­nado "sheo l" aparece com frequência no A ntigo Testamento. Em Salmos 16.10; 49.14,15 o term o hebraico é traduzido por "inferno" e "sepultura". Em ambos os textos o ensino da imortalidade da alma é o âmago da esperança de salvação humana após a experiência da morte. As freqüentes advertências contra a consulta aos m ortos (comunicação com espíritos de mortos) indicam a imortalidade da alma numa esfera além vida (Dt 18.11; Is 8.19; 29.4). Em seguida, os textos de Jó 19.23-27; SI 16.9-11; 17.15; Is 26.19 Dn 12.2 são taxativos em relação à doutrina da ressurreição denotando, inclusive, a alegria do crente em comunhão com Deus de se encontrar com Ele depois da morte. Logo, podemos afirmar que o Antigo Testamento afirma perfeitamente que, após a morte, a alma continua a existir conscientemente.

b) "Em o Novo Testamento". A base bíblica neotes- tamentária para a imortalidade da alma está na pessoa de Jesus Cristo. Ele é quem trouxe à luz, a vida e a imor­talidade. As evidências são abundantes. Passagens como Mt 10.28; Lc 23.43; Jo 11.25,26; 14.3; 2 Co 5.1 ensinam claramente que a alma dos crentes e do ímpios sobre­viverão após a morte. A redenção do corpo e a entrada na vida alegre de comunhão com Deus é o resultado da plena e bem-aventurada imortalidade da alma (1 Co 15; Ts4.16; Fp 3.21). Para os crentes, a vida não é uma mera existência do acaso, mas uma encantadora comunhão com Deus implantada em nós, por intermédio de Cristo Jesus, enquanto de nossa peregrinação terrena.

Segundo os estudiosos, a epístola do apóstolo Paulo a Tito foi escrita aproximadamente no 64 d.C., e provavelmente, foi redigida na Macedônia, uma província que fazia fronteira com a Grécia. Por certo, a carta foi escrita no tempo em que Paulo estava sob a custódia dos soldados romanos.

Nesta epísto la , podem os d izer que há pe lo menos quatro assuntos principais ensinado pelo

| apósto lo Paulo: (1) O ensino sobre o caráter e as qualificações espirituais necessárias a todos os que são separados para o m inistério na igreja 0 isto é, "homens piedosos", "de caráter cristão comprovado" e "bem sucedidos na direção da sua fam ília" (1.5- 9); (2) estímulo a T ito para ensinar a "sã doutrina", repreender e silenciar os falsos mestres (1.1002.1);(3) descrição de Paulo para T ito do devido papel dos anciões (2.1,2), das mulheres idosas (2.3,4), das mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos (2.9,10) na comunidade cristã em Creta;(4) por último, o apóstolo enfatiza que as boas obras e uma vida de santidade a Deus são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14).

M ediante essa lista de requisitos, notam os o quanto é importante que, em primeiro lugar, quem se sente vocacionado para um chamado ministerial, acima de tudo, seja reconhecido pela Igreja de Cristo. O ministério na vida de uma pessoa não é algo oculto, ou de conhecim ento apenas para quem o deseja, mas é manifesto, reconhecido pela com unidade local a quem ele serve. O ministério de Deus na vida de um vocacionado também não é confirmado por uma só pessoa, mas confirm ado e aprovado pela Igreja de Cristo reunida naquela comunidade local. O ministério vocacional de um escolhido por Deus, que ama o Senhor acima de todas as coisas, tem de ser reconhecido pelo Corpo de Cristo, a igreja local.

Mas é preciso a igreja local saber discernir quem é de quem não é vocacionado para o ministério. Para isso, o nosso Deus manifestou a sua vontade nas Escrituras por intermédio do apóstolo Paulo sobre as características de como deve ser uma pessoa vocacio­nada para o santo ministério. A Igreja de Cristo não pode se furtar dessa responsabilidade, pois segundo a herança da tradição da Reforma Protestante: não há um sacerdote como representante de Deus para o povo; muito pelo contrário, em Cristo, todos somos sacerdotes, a nação santa e o povo adquirido para propagar o Evangelho.

f E N S IN A D O R '

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LIÇAO ___12

Exortações GeraisA manifestação da Graça da Salvação

Envie sua carta ou email para CPAD

Suas críticas e sugestões são muito importantes para

a equipe de produção de Ensinador Cristão.

Av. Brasil, 34 401, Bangu 21852-000 • Rio de Janeiro

[email protected]: 212406-7371 Fax: 2 1 2406-7370

Nesta lição os temas a serem tratados são de na­tureza prática. O capítulo apreciado por nós é o 2 da epístola da de Paulo a Tito. Nele, o apóstolo emite uma série de conselhos práticos ao jovem pastor dentre os quais podem ser destacados os seguintes: o respeito às pessoas idosas; o cuidado que as mulheres jovens devem ter (isto é, por intermédio dos conselhos das mulheres idôneas); exortação aos jovens à moderação; ao próprio Tito para ser exemplo em toda boa obra; admoestação aos servos para honrarem os seus se­nhores. Uma série de conselhos práticos foi repassada a Tito para que as igrejas de Creta fossem educadas e desenvolvessem assim uma ética cristã segundo os preceitos de Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Antes de aconselhar qualquer pessoa, o líder cristão é quem deve dar o primeiro exemplo em tudo. Assim, alguns cuidados e zelos esse líder deve demonstrar para com a Igreja de Deus: "fala o que convém a sã doutrina"; saber falar e ouvir; integridade no falar.

O líder cristão deve ter o compromisso de expor as Escrituras Sagradas com fidelidade, pois a isto é o que se refere a expressão "fala o que convém a sã doutrina". É não abrir mão de proclamar todos os desígnios de Deus contidos nas Escrituras. E expor a verdade de Deus com autoridade, d ign idade e in tegridade. Entretanto, isso não significa que o líder cristão só deva falar. M uito pelo contrário, o ministro vocacionado por Deus deve ter a paciência de ouvir a demanda do rebanho do Senhor. Muitas ovelhas procuram os seus pastores para receberem aconselhamentos para as suas vidas. O pastor não pode se furtar de cumprir esse mandato do Senhor, pois eles velam pelas almas das ovelhas (Hb 13.17).

Além de falar o que convém a "sã doutrina" saber falar e ouvir o rebanho, o líder cristão deve ter uma integridade em seu falar. Muitos problemas seriam evitados se muitos líderes tivessem maior sabedoria para falar com os jovens, com os mais velhos, com as mulheres e tantas outras pessoas que gostam de respeito e d iá logo. Um líder cristão não pode furtar-se do d iá logo, da boa conversa. Mas tudo com integridade e dignidade de alma e de mente.

As últimas exortações do apóstolo ao jovem pastor de Creta visam relembrá-lo da importância do trabalho de um verdadeiro pastor. Um verdadeiro pastor não vive para si mesmo, mas para o outro. Por isso que o chamado pastoral é para poucos, ainda que, infelizmente, muitos se aventurem nessa vocação não aberta ao grande público.

Um dia, estávamos mortos em nossos delitos e pecados; separados de Deus, em completa in iqüi­dade, aguardando o justo ju lgam ento de juízo de Deus para nós (Ef 2.2,3). Andávamos segundo o curso deste mundo, um mundo sem Deus, onde os seus valores e pensamentos opõem-se frontalmente aos valores e os pensamentos de Deus. Éramos filhos da desobediência, esta, por sua vez, operava em nós as obras da carne, segundo as astúcias do príncipe das potestades do ar.

Quem guiava a nossa mente e coração não era o Espírito de Deus, mas os desejos da nossa carne. Fazíamos o que bem entendêssemos. Buscávamos somente preencher as pulsões da carne, o vazio da alma e o desejo do coração com as coisas materiais e ilusórias. Éramos integralmente hedonistas! Para nós, a felicidade resumia-se na saciedade do prazer. Éramos, por natureza, filhos da ira, igualmente como tantos outros o são hoje. "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus" (Ef 2.4-7).

Hoje, a nossa situação mudou radicalmente. O Deus rico em misericórdia e de um infinito amor por nós, os pecadores deliberados, mortos em ofensas, graciosamente nos "vivificou", fez-nos reviver para a vida: tudo isso foi pela graça. Não foi por mérito nosso, pois se fosse por mérito, pelo mérito merecí­amos o inferno. Mas pela graça Ele mudou o quadro da nossa situação. Graça não tem o porquê?! Graça é aceitar livremente e espontaneamente a bondade, a misericórdia e a infinitude do amor de Deus, "porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus" (Ef 2.10).

Deus, o nosso Pai, por intermédio de Jesus Cristo, o seu Filho, é o autor da salvação. Por isso, a graça da Salvação é obra somente de Deus. É Graça de Deus! Ser humano nenhum, que se intitule representante de Deus, tem o d ire ito de dizer quem vai e quem não vai para o inferno. Ele não tem esse poder. Só quem conhece o coração do homem é Deus e sua própria consciência. Sejamos livres na plena Graça de Deus! A nós, é o que basta!

... .....BBBBBBBS....n"( , ~ E N S IN A D O R ^

\ C R I S T Ã O / '

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Seu Guia Para Entender e Vivera Palavra de Deus

Comece a lera Bíbliahoje mesmo e aplicá-la J * 1 em sua Í u 8Ler a Palavra não precisa ser tão difícil, por isso Lendo a Bíblia para a Vida veio para descomplicar. Uma ajuda para entender as Escrituras de forma rápida e eficiente. Dessa forma, além do entendimento intelectual, será mais fácil aplicar os ensinamentos da Pa­lavra de Deus na prática. Seu dia a dia nunca mais será o mesmo!

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APRENDENDO com o MESTRE

Po r A n t o n io G il b e r t o

Antonio GiLberto é pastor na Assembleia de

Deus em Cordovil (RJ), consultor doutrinário

e teológico na CPAD, comentarista de Lições

Bíblicas e psicólogo

A Disciplina da Criança no lar“E na verdade, toda correção no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por eLa”(Hb 12.11)

Neste a rtig o trataremos da dis­

ciplina da criança no lar, a partir da mais tenra

idade e, com o deve ser ela aplicada. Logo se vê que

cabe aos pais, no ambiente do lar, a tarefa da disciplina amoro­sa, coerente e justa da criança. Desde os tem pos do A n tigo Testam ento, Deus designou o lar como a escola básica de formação estrutural dos filhos. Isso é notório, principalmente em Deuteronômio. Ver 4.9; 6.4-9;11.18,19; 31.12,13. Escolas outras, como sistema de instrução para a criança, como temos em nossos tem pos é uma institu ição de poucos séculos.

Os falsos educadores do mo­m ento, movidos pelo gás do insano materialismo e do hedo­nismo maquiavélico, insinuam que disciplinar a criança é violentá-la, pensando eles que sabem mais do que Deus, cuja Palavra adverte aos responsáveis: "Não retires a disciplina da criança"

(Pv 23.13). O governo, a socie­dade e a igreja falam muito em

cola para a população infantil,

mas os pais precisam igualmente de escola para corretam ente criarem seus filhos, para, como diz a Escritura, criá-los "na dis­ciplina do Senhor" (Ef 6.4). Sim, a primeira responsabilidade na educação da criança cabe aos pais, e em segundo lugar à igreja e às instituições de ensino.

A Aplicação da Disciplina à Criança

Todo ser humano desde o seu nascimento é por nature­za incuravelm ente rebe lde e desobediente. Em momentos favoráveis e propícios e, também dependendo do temperamento da criança, isso pode não parecer geral, mas quanto a índole do ser humano, não há exceção. "Mas o homem vão é fa lto de entendim ento; sim, o homem nasce como a cria do jumento montês" (Jó 11.12). "Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras" .(SI 58.3).

O livro de Gênesis relata que Jacó e Esaú brigaram ainda no ventre da mãe. E você, leitor, quanto a natureza humana here­

ditária, não é em nada diferente, a não ser que Jesus reine sobe­rano em nossa vida.

"Disciplina na sua definição geral é um recurso corre tivo desagradável que se aplica a al­guém, para que corrija por estar a comportar-se de forma desa­gradável, ilícita e desordenada, tendo em vista os princípios da lei moral de Deus". No caso da criança, é em resumo, com amor e bom - senso, fazer a criança obedecer mediante o ensino.

Como deve ser a disciplina da criança

Ela deve ser primeiramente "p re ve n tiva ". Esta form a de disciplina é relativamente suave, branda, leve, mas sem deixar de ser firme e constante; caso contrário, não produzirá o ne­cessário e benéfico efeito. Caso os pais ou responsáveis diretos não cuidem, com amor e sabe­doria, de aplicar a "disciplina preventiva" na criança, eles terão de aplicar a segunda forma - a "corretiva" que é pesada, do­lorosa e trabalhosa para os pais e para a criança, ao passo

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a "preventiva" não envolve maiores problemas, nem para os pais, nem para a criança.

Eli, tudo indica, não cuidou da disciplina pre­ventiva de seus filhos e as conseqüências disso foram trágicas para os filhos e para ele (1 Sm 3.11- 14). E o caso também de Adonias, filho de Davi, que na infância, agia como queria, sem limites fixados por seu pai. Sem a necessária "disciplina preventiva", como nos mostra 1 Reísl .6, Adonias tornou-se arbitrário, desregrado,imoderado, e na velhice de seu pai, ele maquinou usurpar o trono do próprio pai em conluio com outros desorde­nados como ele também o quadro descrito em Provérbios 29.15 - a criança absoluta no seu viver ,e agir, por desconhecer limites que só a correta disciplina estabelece,antes os padrões da ética, da retidão e dos parâmetros estabelecidos na santa Palavra de Deus.

A Disciplina Preventiva da CriançaA disciplina preventiva é eficaz para os filhos

quando estes são bem pequenos. Se a criança já é grandinha, os pais perderam a oportunidade de educá-la segundo os princípios da puericultura. Os pais perdem tal oportunidade por julgarem que a criança torna-se obediente e boazinha por acaso e com o passar do tempo, quando isso é pura ilusão, fruto do dessaber e do despreparo para o casamento e para a criação de filhos.

Vejamos alguns meios dos mais comuns de "disciplina preventiva" da criança. Pela "fa la", conforme a etariedade da criança. Outro meio é o da "privação" de coisas que a criança gosta, mediante proibição; isto é, negação do uso de coisas não essenciais de que a criança gosta; suspensão de privilégios, de regalias, de conces­sões etc. Outro meio comum é o de restringir ou limitar, com amor e firmeza, o uso de algo que a criança quer, usa, ou pede etc.

A Disciplina CorretivaComo já dissemos, quando os pais deixam de

aplicar a disciplina preventiva, e, com oração e aconselhamento pastoral, tentam reverter

a situação disciplinar da criança, deverão aplicar a disciplina corretiva, da qual vamos citar alguns das suas formas mais simples e mais comuns, de­pendendo da etariedade e do desenvolvimento

mental e da escolarização da criança. Num caso como

esse aclu ' abordado o ideal é que es­

quentem uma "Escola de Pais", que costuma ser seminários de oito dias promovidos por educadores cristãos especializados, sob o patrocínio das igrejas.

D iscip lina corretiva por "inversão de com portamento"; isto é, levar a criança a fazer o que ela não quer, ou negar o que ela está disposta a fazer. Outra forma ou meio é a correção por pia. É determinar tarefas devidamente dosadas, controladas, orientadas, explicitadas, e sempre supervisionadas, ora direta, ora indiretamente, pelos pais ou responsáveis. Outra forma é o da correção por "remissão". É a remissão julgada necessária, da criança quando culpada de ma -tratos a outra criança. "Correção por castigo corporal". Esta forma de disciplina corretiva deve ser firme, mas não férrea, nem agressiva, e muito menos punitiva. Punição aplica-se a delinqüentes, e não a filhos. Outrossim, esta forma de correção deve ser explicitada, coerente e transparente.

A Correta Disciplina da CriançaSe a d isc ip lina fo r aplicada devidam ente

dosada, com amor, bom-senso, no mom ento certo, com equidade, imparcialidade, não por sentimentalismo, ira ou espírito vingativo, ela sempre produzirá o bom efeito desejado, sadio e duradouro. A disciplina como estamos es­boçando neste artigo, concerne à primeira, segunda e terceira infâncias (isto é, até aos 2 anos; de 3 a 5 anos; e de 6 aos 10/11 anos). Disciplina além dessa idade é matéria para outro artigo, orientando os pais a frenquentarem uma Escola de Pais.

"Os pais nunca devem esquecer que amor aos filhos sem disciplina, não é amor real; é falso; é fantasia; é sentimentalismo, em que os pais confundem sentim ento com amor virtuoso. Por outro lado, disciplinar os filhos sem amor. é repulsivo, é desumano é tirania, é autoritarismo e só produzirá efeitos contrários aos esperados. Causando danos irreparáveis à alma da criança, bem como à sua estrutura psicológica".

Certamente os pais, bem como futuros pais, observaram que disciplinar no sentido correto não é primeiro bater, aplicar castigo, surrar, espancar. Quando isso acontece é porque os pais não disciplinaram a criança como aqui esboçado; isto é, no devido tempo, através da "disciplina preventiva". &

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Da REDAção

Para que essa ordem

seja cumprida é necessário que

haja mestres dedicados ao

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A cada encerramento de tri­mestre, a AD em Juazeiro (BA), presidida pelo pastor Jair Silas Alves de Souza, realiza palestras para o aperfeiçoamento e meto­dologia de ensino, e uma vez ao ano o Encontro Pedagógico que permite a troca de experiências e vivências. Estes fatores têm con tribu ído para m elhorar o desenvolvimento e desempenho dos professores em sala de aula.

O líder da igreja enfatiza que uma das maiores missões da Igre­ja é o ensinamento, pois entre as últimas ordens que Jesus Cristo nos deixou está fazer discípulos e ensiná-los a guardar todos os seus mandamentos. "Para que essa ordem seja cumprida, é necessário que haja mestres dedicados ao máximo nessa tão honrosa e espinhosa tarefa. Um professor de EBD é mais do que um professor, ele é um mestre chamado por Deus para resga­tar vidas do abismo da falta de conhecimento, que é uma arma maligna usada pelo inimigo para levar o povo ao perecimento. Por isso, valorizamos e nos dedica­mos ao máximo sabendo que o nosso trabalho, mesmo sendo muitas vezes não reconhecido,

não é vão no Senhor", afirma pastor Jair Silas.

Ele explicou ainda que a ED tem sido, entre outros projetos, responsável pelo crescimento, desenvolvimento e edificação da igreja. "Os encontros semanais de estudo de professores têm se constituído em verdadeiros conclaves de confraternização e enriquecimento didático-peda- gógico. As EDs nos domingos têm sido eventos gratificantes e altam ente proveitosos para todos", conclui pastor Jair Silas.

Segundo o superintendente pastor Marcos da Cunha Pereira, semanalmente, às segundas-fei- ras, à noite, todos os professores se reúnem para planejarem suas aulas. "Esta atividade é organiza­da levando-se em consideração a classe da Escola Dominical que cada professor leciona, tendo à frente de cada grupo um mes­tre auxiliado por um suplente. Cada classe elabora o seu plano de aula de acordo com a lição dominical que será ministrada, incluindo uma apresentação, que visa avaliar a aprendizagem dos alunos; baseado neste plano os professores registram seus pe­didos de materiais necessários

para que possam preparar suas aulas", esclarece pastor Marcos.

De acordo com pastor Marcos a igreja usa as cruzadas evangelís- ticas, cultos ao ar livre, programa radiofônico, distribuição de folhe­tos, distribuição de mensageiros da paz, e divulgação e convites para a participação de não cren­tes na ED, principalmente classe de discipulados. "Mesmo a cida­de sendo bastante idólatra não impede o crescimento da igreja. São as dificuldades peculiares de toda cidade idólatra. Há que se ter tato, bom senso, e buscar sabedoria de Deus para atingir as almas aprisionadas aos ídolos. De 10 a 15% anualmente", finaliza.

Pastor Jair Silas revela que muitas vidas se rendem a Cristo na ED. É o caso da irmã Terezinha de Jesus Amorim. Ela entregou sua vida para Jesus depois de participar de vários cultos e de­pois do receber um livramento que havia usado uma irmã para fa la r com ela. "N o dom ingo seguinte, dia 27 de novembro de 2005, fui a Escola Dominical, e na Classe dos Discipulados, em uma manhã abençoada e novamente me lembrando de tudo o que a irmã tinha d ito e acontecido, comecei a chorar, então a irmã Maria de Lurdes jun to com a irmã Almira Félix, professoras, vieram até mim e me fizeram o convite que não poderia mais adiar, então neste momento aceitei a Jesus como meu Salvador naquele domingo na EBD", relata aluna. ^

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Projeto da Escola Dominical visa aiudar

mílias carentes—

A Escola Dominical é um Departamento da igreja que permite várias frentes de trabalho. Na AD Araguaína (TO), por exemplo, o Departamento criou o projeto EBD Solitária. "O objetivo é ajudar famílias de bairros carentes do município, promover a unidade entre a equipe da ED e também reforçar a estratégia de evangelismo", conta uma das supe­rintendentes, Ana Carolina Dias.

Segundo Carolina o projeto foi idealizado no início do último trimestre 2014, e contou com a participação dos superintendentes, Alessandra Pereira e Augusto Soares, além da equipe de professores da ED.

Ela esclareceu que a proposta era que cada uma das sete classes da ED, se preparassem para o encer­ramento anual, com a arrecadação de alimentos não perecíveis, roupas, calçados e brinquedos ainda em bom estado de uso. "Foi um dos movimentos mais organizados e gratificantes que já fizemos! Toda a equipe de professores se empenhou com grande en­tusiasmo e fé, o que resultou em êxodo ao finalizarmos o projeto, o qual chamou "EBD Solidária", informa.

O líder da igreja, pastor João Batista Dias Fer­reira disse que para realizar a EBD Solitária houve um preparo dos integrantes do projeto. "Durante o último trimestre, todos os professores e alunos fizeram jejum aos domingos de manhã, e oração após o término dos comentários da EBD. Foi surpre­endente o resultado, superou nossas expectativas diante de tanto esforço dos educadores e alunos. Iniciamos o quarto trimestre com 81 matriculados no geral, e terminamos o ano de 2014 com 96 matrículas", finaliza pastor Dias.

A superintendente informou que no último dia do evento, fizeram a contagem das cestas básicas e receberam todos os outros bens arrecadados. "Tivemos o total geral de 37 cestas básicas. A classe das senhoras jovens foi a primeira colocada, com 19 cestas, as alunas foram premiadas com as revistas do primeiro trimestre de 2015" diz Carolina.&

A ED da AD em Pádua (RJ) juntamente com o Centro Educacional da Assembleia de Deus em Pádua (Ceadep) realiza vários trabalhos em parceria, entre eles; "O Aluno Nota 10 da EBD", as Assembleias Educacionais, os Desfiles Esco­lares e a Escola Bíblica de Férias fazem parte da programação da Ceadep, sendo que a EBF e os desfiles acontecem duas vezes por ano. A igreja é liderada pelo pastor é Sebastião Martins Ribeiro.

Segundo a superintendente Adlena Neves. Os projetos visam o conhecimento secular e bíblico da Comunidade. "Com base em Filipenses 4.9. Em um dos desfiles a ED e do Ceadep distribuiu livros I Bíblias e folhetos a todos os que estavam assistindo. Em outro desfile cívico escolar distribuímos copos j

de água com o Slogan "Cristo Água Viva". Na EBF trabalhamos com as crianças da comunidade, alunos : do Ceadep e da ED. fazendo uma integração entre ambos. Nas Assembleias Educacionais trabalhamos com peças mostrando do significado da Páscoa, do Natal onde trabalhamos uma Cantata" diz.

Segundo professor Janildo Abreu de Oliveira, idealizador do projeto "O aluno nota 10 da EBF", o objetivo é promover a integração e a cooperação entre professores e alunos em sala de aula. "Criar condições favoráveis que facilitem a aprendizagem,, visando o desenvolvimento intelectual e emocional do aluno com duração dos seis meses. E sempre destinado aos alunos das turmas da ED da AD em Pádua" conta Janildo.

Ele explicou quais os procedimentos criados e aplicados pelos professor. "O material necessário é a revista da ED e alguns criados pelo professor. A Avaliação consta no regulamento do projeto e deve contar com a participação de todos os envol­vidos, tendo um olhar direcionado aos objetivos propostos e os papeis desempenhados. É por meio da avaliação que será conhecido, o aluno nota 10", finaliza.

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Po r J o s é G o n ç a l v e s

Qual a estratégia de trabalho para alcançar os alunos da terceira idade?“O idoso também é gente, é sujeito, e, portanto, não pode ser tratado como umsimples objeto- um objetodescartável”

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Em seu livro: Vida Para Consumo - a transfor­mação das pessoas em mercadoria, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman escreveu:

"Numa sociedade de consumidores é muito difícil ser sujeito sem primeiramente se tornar objeto".

Uma das marcas da cultura pós-moderna é a "coisificação" das pessoas, isto é, a transformação de sujeitos em objetos. E transformação de gente em mercadoria. Nesse aspecto, o que vale e o que conta hoje em dia em nossa sociedade líquida é aquilo que possui valor de mercado.

Na cultura líquida, pós-moderna e onde se prega o fim das certezas, os relacionamentos, quando existem, são frágeis. Bauman comenta em uma outra obra: Capitalismo Parasitário, que:

"Para os jovens, a principal atração do mun­do virtual deriva da ausência de contradições e objetivos contrastantes que infestam a vida

off-line. O mundo on-line, ao contrário de sua alternativa off-line, torna possível pensar na infinita multiplicação de contatos como algo plausível e factível. Isso acontece pelo enfraquecimento dos laços - em nítido contraste com o mundo off-line, orientado para a tentativa constante de reforçar os laços, limitando muito o número de contatos e aprofundando cada um deles".

Na metáfora de Bauman, o mundo off-line é formado pelos relacionamentos reais, corpo a corpo. Por outro lado, o mundo on-line é o mundo onde os relacionamentos não acontecem de forma real, presencial. São relacionamentos que se constroem virtualmente. São relacionamentos fecebookianos, onde é fácil se construir uma amizade e mais fácil ainda desfazê-la. Dessa forma, se os relaciona­mentos se tornaram fragmentários entre jovens, como aponta Bauman, entre os mais velhos eles se tornaram patológicos. A exclusão dos mais velhos, portanto, dos considerados mais inaptos dentro dessa cultura é um dos piores efeitos colaterais.

Em uma análise detalhada dos efeitos dessa cultura de mercado sobre a sociedade, o filósofo espanhol Antonio Cruz denunciou esse o indivi­dualismo narcisista da cultua Pós-moderna. Em seu livro: Posmodernidad - el evangelio ante o desafio dei bienestar, disse:

"O individualismo da modernidade que era com petitivo na economia, sentimental no do ­méstico, revolucionário no político e artístico, se transformou na cultura pós-moderna em um individualismo puro e duro, sem os valores morais e sociais da família. O próximo já não é o outro, mas eu mesmo. O organismo deve estar sempre jovem e em perfe ito funcionamento, igual aos automóveis. Não se aceita a velhice. O velho é aquele que não pode desfrutar de corpo jovem. Daí que os anciãos hajam inaugurado essa terrível infância chamada de terceira idade. O corpo as­sassinou o espírito como Caim assassinou Abel".

E um fato que a população brasileira, a exemplo da mundial, está envelhecendo. Os estudos mos­tram que esta é uma tendência mundial. "Todas as pessoas estão envelhecendo", observa o expo­sitor bíblico D.O. Moberg, destacando que elas devem "reconhecer a brevidade da vida, vivendo sabiamente como bons mordomos os anos que lhe foram dados (SI 90). Devendo lembrar-se do seu Criador nos dias da sua mocidade "antes que venham os maus dias" (Ec 12), mas até mesmo os idosos podem nascer de novo (Jo 3.4). Quem tiver o relacionamento certo com Deus ainda será frutífero na velhice (SI 92.12-15). Servirão ao próximo até o fim da sua vida e, como resultado

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José Gonçalves, pastor, Teólogo,

Filósofo, escritor e comentarista de Lições Bíblicas de Adultos da CPAD.

colherão bênçãos para si mesmos e para os outros. Dessa forma o crescimento espiritual continua por muito tempo, mesmo após o início de outras perdas e declínios".

Como tratar, portanto, essa importante parte da sociedade tem se constituído em um dos prin­cipais desafios para governantes, educadores e pesquisadores. Esse desafio tem sido encarado de duas formas - primeiramente vemos políticas públicas que usam o lazer como forma de inserção do idoso na vida ativa. Por outro lado, há aqueles, que acham que somente isso não basta, e buscam uma dar uma ressignificação ao "eu" do idoso. Em outras palavras, o idoso também é gente, é sujeito, e, portanto, não pode ser tratado como um simples objeto - um objeto descartável.

Alguns educadores acreditam que um meihor juízo de valor sobre essa questão será fe ito se algumas variáveis forem levadas em conta:

1. Problematizar o conhecimento e o reconhecimento da realidade do idoso;2. Discutir a geografia existencial do cotidiano do idoso;3. Argumentar sobre a destinação antropológica do ser que envelhece;4. Refletir sobre fatos e situações problemáticas do cotidiano;5. Perceber a si e o seu grupo de pertinência como potencial;6 . Gerar novas interpretações dos fatos conhecidos;7. Refletir sobre o relacionamento com as pessoas próximas.

Esses vetores sociais revelam que a edu­cação do idoso, que não é mais

um jovem nem tampouco um simples adulto, precisa ser

•P * . vista de uma forma espe­cial. Nesse contexto, para

que um processo educa­tivo se mostre eficiente

>, é necessário que leve em r conta a inserção do idoso

em seu contexto social. E preciso que se enxergue o

idoso como um ser existen­cial im portante e mais

fazer com que ele mesmo se veja assim. O idoso precisa se sentir motivado e ter sua autoestima elevada. Isso ajuda a eliminar a cultura que ver o idoso como um simples "ferro velho" ou um "aposentado" que já deu o que tinha de dar.

É preciso mais - é necessário integrar o idoso na vida ativa através de métodos que permitam a sua participação. Nunca esquecer que o idoso ainda possui um "eu" em construção. Ele pode ensinar através do seu histórico de vida, mas tam bém pode se abrir para o mundo que se descortina à sua volta e aprender com as novas formas de saberes que se constroem.

Em um verbete intitulado de Conceito Cristão de Velhice, a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, destaca a importância de um minis­tério cristão com essa importante fase da vida:

É extremamente ampla a gama dos serviços em potencial e já existentes prestados pela igreja

aos idosos. Além dos ministérios que servem a todas as idades, as institui­ções patrocinadas pela igreja para alojar e cuidar dos idosos ajudam a satisfazer as necessidades em vários níveis. É desejável, também, que haja um aumento na variedade de serviços domiciliares. A maioria dos gerontólo- gos recomenda que as pessoas sejam ajudadas para permanecerem no seu

próprio lar o máximo possível, tanto para promover o sendo de bem-estar deles mesmo, como para reduzir os custos econômicos globais. Serviços voluntários e mutirões de trabalho e uma ajuda regular na limpeza da casa, lavagem das roupas, banhos, consertos domésticos e transportes para serviços externos necessários poderão aumentar os anos durante os quais muitos idosos conseguirão continuar residindo em casa.

Programas para cidadãos idosos ajudam a satis­fazer muitas necessidades físicas, materiais, sociais, espirituais quando são planejados e orientados com sabedoria. Além disso, dão as pessoas mais idosas a oportunidade de servirem ao próximo. Serviços de atendimento diurno poderão cuidar das necessidades diárias dos idosos enquanto os membros da família estão no emprego ou na escola. As igrejas poderão suplementar os progra­mas públicos de assistência social, e ao mesmo tem po, fornecera as pessoas mais idosas a oportunidade de ajudarem aos outros e, assim, ajudarem a si mesmas. ,*a&ÊÊÊÈmÊ

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Boas Ideias Para Professores de Educação CristãTelma BuenoSuas aulas a partir de agora podem ser dinâmicas, criativas, d ivertidas e espirituais. Nesta obra você encontrará o itenta atividades que podem ser utilizadas na Escola Dominical, retiros, acampamentos e pequenos grupos de estudo bíblico.Elas estão divididas por faixas etárias, mas você poderá adaptar cada uma delas de acordo com as suas neces­sidades e a faixa etária na qual trabalha.A fina lidade é auxiliar você e m ostrar que podem os ensinar a Palavra de Deus utilizando atividades alegres e inovadoras.

Educação Cristã Reflexões e Práticas

Ensinando a Fé Cristã às Crianças

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- ~ c Rásicas da Ciência da EducaçãoN o ç o e s B á s i c a s u oa pessoas não Especializadas^

Uma Pedagogia para a Educação CristãCésar Moisés Carvalho

A educação cristã é geralmente exercida por professores leigos, sem uma formação que lhes dê suporte. Porém, a complexidade dos problemas atuais não comporta mais uma prática de ensino do senso comum, restrita à catequese e a reprodução manual.É preciso que haja, ao menos, noções básicas acerca de educação e de sua ciência, a pedagogia.Indo da ética ao ato de educar, do perfil do superintendente à educação cristã como labor teológico, César Moisés oferece uma base científica para pessoas não especializadas, mas completamente dedicadas à educação cristã.

Q Assista neste link o vídeo da palestra do autor baseada em um dos capítulos do livro http://youtu.be/QmmMNxHPhJO

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