revista divercidades setembro / 2015

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Na capa desta edição falamos sobre o trekking e os benefícios da caminhada ecológica em Macaé e região. Também tem matéria sobre a música como hobby, as festas de formatura do 3º ano e as startups. Nessas páginas tem muito conteúdo interessante sobre o que acontece em Macaé.

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Colaboradores desta edição• Gianini Coelho, Leila Pinho, Alle Tavares, Fernanda Pinheiro, Luciene Rangel, Alice Cordeiro, Cris Rosa e Júnior Costa.

• Fotografia: Alle Tavares • Foto da Capa: Regis Rodrigues - Trilhar AventurasPublicidade• Gianini Coelho - Tel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.comE-mail: [email protected] • facebook.com/grupodivercidades

Palavra do Editor ................... 04

De Tudo um Pouco ................. 08

Arquitetura & Design ............ 12

Pessoas & Negócios

Flávia Vasconcelos ........................ 14

Imprimix Macaé ........................... 16

Angélica Rebello ............................ 18

Ricardo Cardoso 10 Anos ............. 20

Maxclin ........................................... 22

Visconde Gourmet ....................... 24

Ultracor ......................................... 26

Redley Macaé ............................... 28

Empório Nutrição e Saúde ............ 30

Vóga Moda Feminina ..................... 32

Pedro Mattos de Carvalho ............. 34

Saltare Moda Fitness ...................... 36

A CidadeClube do Vinho ............................ 38

Trekking .......................................... 42

Paixão pela música .......................... 52

Festas de formatura de 3ºano ....... 60

Startups ........................................... 68

PerfilDona Mavi ...................................... 72

Delícias de FamíliaCoxinha de galinha

da família Ferreira .......................... 78

PessoasMascote Animal .............................. 80

Leitora em Foco Iracema Maia ................................. 82

ÍNDICE

52

ExpedienteA Revista DIVERCIDADES é uma pu-blicação da Formato Publicidade com tiragem de 7.000 exemplares, com distribuição gratuita e dirigida.

End.: Rua Dolores Carvalho Vascon-celos, 270 - Sala 1 - Glória - Macaé/RJ CEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000• Direção geral: Gianini Coelho• Jornalista responsável: Leila PinhoReg. profissional: MTB/MG 14.017 JP

PAIXÃO PELAMÚSICA

42TREKKING,A NATUREZAAOS NOSSOS PÉS

60 FORMATURA DE 3º ANO

38 CLUBE DOVINHO

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pos que praticam o trekking e oferecem os serviços para realização das trilhas e caminhadas ecológicas. O Trilhar Aventu-ras, que já existe desde 1989, e fez a foto que ilustra a capa desta edição, a “Janela do Mar”. Um lago paradisíaco, a 600m de altitude, formado por uma queda d’água, ainda pouco conhecida e que tem uma vis-ta privilegiada do nosso litoral.

O outro grupo é o Ponto da Aventu-ra, que organiza passeios todos os fins de semana e recebeu nosso jornalista Júnior Costa, que aceitou o desafio de fazer a sua primeira caminhada, a trilha do Arrancha-douro, que fica entre o Frade e o Sana, lu-gar de belezas naturais incríveis, retratadas nas fotos da matéria, onde também identifi-camos os principais destinos dos praticantes do trekking em Macaé e na região.

Para completar a edição, ouvimos histórias de profissionais bem-sucedidos, apaixonados pela música, que consegui-ram conciliar o sonho de ser músico, com a sua profissão de carreira.

Falando em carreira, a festa de forma-tura do Ensino Médio tem ganhado mais destaque como evento social para os for-mandos e para suas famílias. A festa de formatura do Colégio Aprovado promete ser uma festa “top”, saiba porquê.

No perfil, aproveitamos o mês de outubro, que comemora o dia do pro-fessor para contar a bela história de vida de Dona Mavi, professora de português que marcou gerações de alunos na cidade, com sua forma particular de ensinar e de formar cidadãos.

No mais, é trabalhar duro, pensar positi-vo e desejar boa leitura a todos!

Gianini CoelhoEditor-chefe

Os tempos não estão fáceis, em função do momento deli-cado que se encontra o país, e, em especial, a nossa queri-

da Macaé, por causa dos ajustes de con-tas nas operações da Petrobras e seus reflexos na economia.

Toda esta situação, acaba refletindo no nosso dia a dia, nos deixando apre-ensivos e estressados com o futuro dos negócios e das nossas vidas. Dentro da política editorial da revista, de ver a vida de uma forma positiva, a DiverCidades buscou inspiração na Natureza para re-carregar nossas forças nesta Mãe, que é a maior bateria do universo, criada por Deus, para nos servir de morada, refú-gio e de exemplo nos momentos difíceis.

Macaé é um lugar privilegiado por suas belezas naturais, principalmente, na região serrana, normalmente admi-rada à distância. Como o Pico do Frade,

ao pôr do sol, referência geográfica das nossas montanhas.

Diante deste cenário e do crescente interesse das pessoas em ter mais con-tato com a natureza, resolvemos ilustrar nossa matéria de capa de setembro com grupos de macaenses que não se con-tentam em somente contemplar a serra de longe, mas querem um contato mais próximo e direto com a natureza, suas matas, suas pedras e cachoeiras, desbra-vando trilhas e conquistando momentos inesquecíveis, como este da foto acima, que mostra a cidade de Macaé, vista da trilha da Pedra da Roncadeira.

O trekking é uma modalidade de es-porte que vem conquistando cada vez mais adeptos entre as pessoas que que-rem associar atividade física, convívio so-cial e um maior contato com a natureza.

Em Macaé, identificamos dois gru-

“Mais uma vez, a revista está linda. Matérias bem escritas, variadas e que fazem parte do nosso dia a dia. Parabéns!” - Georgia Ribeiro Allen

ESPAÇO DO LEITOR

Envie seu comentário para:[email protected] facebook.com/grupodivercidades

Erramos:1. Na matéria Delícias de Família (Edição Julho/2015, pag. 79), na receita do Bolo de Laranja, na parte do glacê para o recheio e cobertura, publicamos a quantidade de 6 laranjas, mas o correto são 12 laranjas.

“Eu e Daniele Biglia participamos da mes-ma matéria, de alimentação saudável,

sem sabermos. Foi uma surpresa. Parabéns, equipe DiverCidades. Vocês arrasaram em todos os detalhes.” - Helena Maltez

RECARREGANDO AS BATERIAS!

PALAVRA DO EDITOR

Macaé vista de cima. O trekking proporciona cenários de imensa beleza para seus praticantes

Luis Eduardo

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A macaense Uiara Melo, que já teve textos poéticos pu-blicados em alguns livros, agora se aventura em voo

solo com o lançamento do livro “Za-fhira – quando o amor acontece”. Ela conta que para finalizar a obra

DE TUDO UM POUCO

A Organização Não Gover-namental (ONG) “Todas as Cores” inaugurou sua pri-meira sede na Barra de Ma-

caé, em agosto, com objetivo de aten-der a comunidade da Barra e região, e oferecer mais acesso à educação, cultura e lazer. Segundo a diretoria do projeto, o intuito é dar mais oportu-

A escritora macaense Uiara posa orgulhosa ao lado do seu livro “Zafhira - quando o amor acontece”

levou 4 anos. “O meu objetivo com a escrita é proporcionar aos meus lei-tores uma forma de ‘válvula de esca-pe’. Tento, em cada história, abordar questões relacionadas à nossa reali-dade, deixando os meus personagens mais humanizados”, fala a autora.

O livro conta a história da jovem esperançosa Júlia Welask, que diante da monotonia do dia a dia encontra o amor, esse que dizem por aí estar ba-

nalizado, e faz dele a sua rotina e o seu destino ao lado de Otávio Rodrigues. Otávio, por sua vez, tem a chance de ser feliz com Júlia, mesmo depois de Zafhira e da descoberta da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA – doença degenerativa do sistema nervoso).

Uiara fala com orgulho da parti-

cipação na XVII Bienal Internacional do Livro Rio. A autora fez sessão de autógrafos no dia 10 de setembro, no Pavilhão Verde P-20, pela Editora Tri-bo das Letras.

nidades aos moradores e valorizá-los.

O local da sede foi reformado com doações de moradores, parceiros do projeto e empresários. Com 300m², a “Todas as Cores” estima atender, em média, 500 pessoas por mês com cur-sos de qualificação na área offshore, informática e administrativa, atividades

de esporte, cultura e lazer. Com o intui-to de auxiliar, preferencialmente, crian-ças da rede pública de ensino, a ONG dispõe de uma biblioteca comunitária com acervo de mais de 2 mil livros.

A diretoria da ONG, toda ela for-mada por jovens moradores da Barra, celebrou a abertura do local com muito otimismo e esperança. O discurso dos integrantes foi norteado pelo sentimen-to de serviço à comunidade e de futu-ros melhores para esse bairro tão tra-dicional de Macaé. Quem puder apoiar esse projeto com doações ou trabalho voluntário pode entrar em contato pelo telefone (22) 2770-4243 ou acessar o site www.todasascores.org.br

UIARA MELO LANÇA SEUPRIMEIRO LIVRO

A equipe responsável pela criação e direção da ONG Todas as Cores. Da esquerda para a direita: Luiz Felipe, Welington Coutinho, Anderson Junior, Simone Dias, Tiago Junior e Tiago Alves

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ONG TODAS AS CORES INAUGURA SEDE NA BARRA DE MACAÉ

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Arquiteto encontrou nadecoração de interiores a motivação profissional

SAULO MOREIRA

Formado há cinco anos, o ar-quiteto Saulo Moreira já possui uma vasta cartela de clientes na cidade. Fã de decoração, ele é reconhecido por ter estilo

próprio, mas sem deixar de respeitar o gosto e a personalidade de cada cliente.

Natural de Macaé, Saulo estudou arquitetura em Vitória, onde a avó mo-rava. Após se formar, resolveu retornar à cidade, pois achava que as oportu-nidades seriam melhores. “Achei que aqui poderia me destacar mais no mer-

cado, até por conhecer mais pessoas e ter a chance de trabalhar sozinho, ter os meus próprio projetos, meu reco-nhecimento”, comenta.

Assim que voltou à cidade, Saulo co-meçou a carreira trabalhando com um engenheiro até que, depois de um ano, decidiu seguir sozinho e resolveu apostar no ramo da decoração de interiores, o que o motiva e inspira no dia a dia.

“Durante a faculdade, fiz estágios em escritórios mais voltados para arqui-

No projeto da casa de Ênio e Vera, Saulo fez a sala de jantar e estar mesclando materiais e tons neutros, mas com estilo, valorizando a personalidade do casal

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

Saulo se especializou na área de decoração de interiores e usa da tecnologia 3D para apresentação dos seus projetos

ARQUITETURA & DESIGN

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o que tem gerado até uma curiosidade – muitos acabam comprando a ideia e querem os detalhes exatamente como apresentados no 3D, com o mesmo re-vestimento e até papel de parede igual.

“Hoje em dia, eu não consigo fazer um projeto sem o 3D do ambiente em paralelo. Acho importante porque a pessoa consegue ter uma visão melhor. A planta baixa é mais para localização, mas o que o cliente vai ver mesmo é sempre em 3D”, finaliza o arquiteto.

tetura, mas o último em que trabalhei acabou sendo mais voltado para a área de decoração e acabei me encontrando. Lógico, também gosto de arquitetura, prefiro a parte residencial, mas me en-contrei na decoração”, conta.

ESTILODe acordo com Saulo, na área da de-coração é difícil se prender a um esti-lo, porque depende muito do gosto do cliente. “A gente acaba sempre um pou-co dependente do cliente, mas eu tento imprimir alguma característica minha, mesmo que seja nos detalhes, como um material que às vezes eu vejo e tento implantar em mais projetos ou uma ilu-minação diferente”, ressalta.

O respeito ao cliente foi um dos diferenciais que o casal Ênio Costa Fer-reira e Vera Lúcia de Almeida Ferreira encontrou no trabalho do arquiteto.

A comerciante Célia Peçanha teve sua cobertura toda reformada por Danielle. Materiais rústicos com sofisti-cação marcam o projeto que teve o acompanhamento da arquiteta

Ênio e Vera fizeram o projeto de reforma da casa com Saulo, que passou cre-dibilidade e confiança no processo

Saulo fez o projeto da sala, lavabo, sala de jantar, quarto de visita, cozi-nha, capela e área gourmet, além da decoração dos ambientes.

“Saulo teve a sensibilidade de res-peitar nossos princípios e valores. Esse foi o ponto mais importante para que fizéssemos o projeto com ele, foi o seu diferencial”, aponta Ênio. Segun-do Vera, eles até encomendaram ou-tros projetos, mas acabaram decidindo pelo do Saulo. “Ele entendeu a nossa visão de mundo e nos passou muita confiança e credibilidade”, completa.

Outro diferencial do arquiteto é a apresentação dos projetos, sempre em 3D, além do papel, o que facilita a visualização por parte dos clientes.Segundo Saulo, dessa forma o cliente consegue ter uma percepção melhor do espaço, inclusive com revestimento,

Neste projeto de Danielle, no Vale dos Cristais, o pé-direito alto dá destaque à sala de estar

“SAULO TEVE A SENSIBILIDADEDE RESPEITARNOSSOS PRINCÍPIOS E VALORES. ESSE FOI O PONTO MAIS IMPORTANTE PARA QUE FIZÉSSEMOS O PROJETO COM ELE, FOI O SEUDIFERENCIAL”ÊNIO COSTA FERREIRA

Nesta área de lazer, Saulo utilizou vários tons de azul, como na pastilha da piscina, nos nichos e nas paredes, dando mais leveza ao ambiente, contrastando com os tons de madeira e o verde do gramado

A integração dos revestimentos porcelanato, pastilha e granito com os planejados dá destaque a esta cozinha

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Astrologia como respostapara o autoconhecimento

FLÁVIA VASCONCELOS

PESSOAS & NEGÓCIOS

a ver o quanto me privava das coisas que eu queria fazer e não encontrava tempo. Foi quando fiz meu mapa astral com uma pessoa muito especial, que disse estar diante de uma terapeuta. Isso me deu um estalo. Eu precisava de algo novo para quebrar a monotonia dos dias”, comenta.

Ainda relativamente nova no mercado, Flávia já experimenta o sucesso da nova escolha profissional e atende quase diariamente, desde crianças, adoles-centes, adultos e até famílias. Para fazer o mapa as-tral, precisa da data, hora e o local em que a pessoa nasceu. Isso porque o mapa é o retrato do céu no instante em que a pessoa veio ao mundo.

Uma das pessoas que já experimentou o serviço de Flávia é a empresária Diacuí Galvão. “Este ano, fiz o meu mapa astral natal com Flávia e aproveitei para fazer também o das minhas filhas Luíza e Sofia e do meu esposo. Com o conhecimento da leitura do mapa dos meus familiares, percebi o outro de uma forma melhor e segui nossas vidas com mais sabedoria e afeto”, revela Diacuí.

O mapa astral natal tem aparência de uma man-dala, dividida em 12 casas, que são as principais áreas da vida, tais como personalidade, dinheiro, talentos, filhos, saúde, casamento. Cada área desta tem a influência do Sol, da Lua e dos planetas do sistema solar, de Mercúrio a Plutão. “Interpreto a influência psicológica dos planetas e luminares, ou seja, a herança que ganhamos da Via Láctea ao nas-cer. As pessoas não estão acostumadas a se senti-rem integradas ao todo, têm uma visão fracionada da existência”, diz.

Além da carta natal, outros serviços da Astrolo-gia são a revolução solar e a análise dos trânsitos e progressões planetárias. São as influências contínuas dos planetas e aspectos que fazem entre si, já que o universo vive em eterna movimentação.

Segundo Flávia, é importante esclarecer que a Astrologia não tem nada a ver com religião. “A As-trologia é a ciência que ajuda as pessoas a se conhe-cerem melhor, se apropriarem da sua potência, ter consciência dos seus dons, dos seus talentos e das questões a serem superadas. A Astrologia ajuda a revelar estes pontos e a você dar conta de si mes-mo”, conclui.

A busca constante pelo autoconhecimento tem feito crescer o inte-resse da humanidade pela influência da natureza e dos astros em suas vidas. A Astrologia – ciência que ajuda a compreender esta conexão – é uma das mais antigas ferramentas para as pessoas se

conhecerem melhor e se apropriarem da própria inteireza.

É puro mito acreditar que a Astrologia é um método de adivinhação ou apenas leitura de signo. Traz respostas íntimas sobre potenciais, ques-tões emocionais e aspectos a serem tratados. É um trabalho sério e reco-nhecido. A astróloga Flávia Vasconcelos de Brito estuda o assunto há cinco anos e vivencia uma verdadeira transformação na vida dos seus clientes. “A minha formação foi com uma mestra, com mais de 30 anos de experi-ência. É um conhecimento que exige muita dedicação. Envolve mitologia, mecânica celeste, astronomia, psicologia, intuição e muito amor pelo ser humano”, explica.

Jornalista e escritora, Flávia começou a se interessar pela Astrologia há cerca de dez anos, quando passou a se questionar sobre as escolhas que havia feito. “Eu não sabia porquê. Não estava deprimida, mas não voltava pra casa com a sensação de que o meu dia tinha valido a pena. Eu estava no automatismo de trabalhar, ganhar dinheiro, produzir e comecei

Flávia Vasconcelos de BritoTel.: (22) 98802-5746E-mail: [email protected]

Diacuí fez o mapa astral de toda a família com Flávia. As informações serviram para ver a vida com um novo olhar

Flávia abriu mão da segurança profissional como jornalista e empresária para se dedicar exclusivamente à nova profissão de astróloga e se sente realizada em ajudar as pessoas a se encontrar

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

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prazos ainda mais reduzidos. “Alguns pro-dutos poderão ser entregues em 24 horas. Acreditamos que isso beneficiará muito as mães e noivas que, muitas vezes, precisam de alguma peça com urgência. Entre os pro-dutos que este equipamento poderá perso-nalizar estão: forminhas de docinhos e cup-cakes, quebra-cabeça, marmitinhas, adesivos e panfletos”, detalha Samuel.

Cliente da Imprimix Macaé desde a sua inauguração, a artesã Sofia Matheus Chaves destaca a rapidez e a qualidade das peças confeccionadas. “Trabalho com muitas lem-branças e, nesse segmento, o diferencial é a personalização. Além disso, a finalização das artes e a agilidade na entrega são carac-terísticas fundamentais para a satisfação dos meus clientes”, conta.

Além da aprovação de seus clientes, a franquia de Macaé contou com o reconhe-cimento da sede e, em maio, foi premiada como Franquia Destaque do Mês. De acor-do com o franqueado, entre os itens avalia-dos estão a qualidade no atendimento e o alcance das metas.

Para Bruno Marzullo, um dos sócios da rede Imprimix, Macaé é uma cidade estraté-gica. “A unidade vem crescendo ano a ano, e com os lançamentos que foram feitos em 2015 e outros que chegarão em breve, acre-ditamos que estaremos solucionando muitas necessidades e agilizando a vida de muitas pessoas na cidade, o que faz parte de nossa missão”, promete.

IMPRIMIX

cliente”, explica Samuel Marques, acres-centando que a empresa oferece mais de 300 produtos personalizáveis. Entre eles: convites de casamento, 15 anos, formaturas, cartões de visita, panfletos, crachás de PVC, pulseiras para eventos, ingressos para festas e shows.

Dono da Ópera Club, o empresário Alexandre Pereira da França, de 31 anos, atesta a qualidade e segurança dos produ-tos oferecidos pela rede. “Trabalho com um produto que não pode ser falsificado. Por isso, utilizo os serviços da Imprimix que garante a segurança que preciso atra-vés dos sistemas específicos que impedem esse tipo de fraude”, revela o empresário, falando sobre o sistema ID Control.

“Este é um serviço gratuito oferecido aos nossos clientes. Com ele, é possível consultar a autenticidade dos ingressos através de códigos de barras gerados na impressão. Para isso, disponibilizamos um software gratuito no qual o cliente precisa ter apenas um computador com leitor de código de barras”, explica.

AGILIDADE PARA FESTAS INFANTIS E CASAMENTOS

O mundo mágico das festas infantis e os tão sonhados casamentos ganharão uma nova aliada em outubro, quando a em-presa receberá uma máquina capaz de realizar diferentes personalizações com

Há quatro anos em Macaé, gráfica conquista mercado comagilidade e qualidade de impressão

Agilidade, qualidade no atendi-mento e nos produtos ofere-cidos é tudo o que os clientes buscam em uma empresa. Para

os produtos e serviços de uma gráfica, as exigências são ainda maiores. Nesse seg-mento, no entanto, devido ao processo de produção, muitas vezes agilidade não está relacionada à qualidade. O resulta-do são clientes insatisfeitos.

De olho nesse mercado, a rede Im-primix nasceu há 17 anos com a missão de agilizar a vida das pessoas através de soluções gráficas inovadoras. Em 2011, o casal Samuel e Joanna Marques apostou na marca e lançou a franquia Imprimix em Macaé. “Escolhemos a empresa pelo know-how, pelo suporte que ela nos dá e pelo reconhecimento da marca no mercado”, conta Samuel.

A qualidade e agilidade prometidas pela empresa são possíveis graças ao padrão adotado pela rede que entrega todos os materiais semiprontos, não exigindo do franqueado o trabalho de corte ou acabamento, o que agiliza a personalização e a entrega dos produ-tos para o cliente final.

“Além disso, estou diariamente no atendimento ao público. Com isso, pres-tamos um serviço diferenciado, já que estou atento às necessidades de cada

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

O proprietário da franquia Samuel, (à direita) com o gerente de produção André. A franquia da Imprimix Macaé oferece mais de 300 itens personalisáveis

Rua Tenente Coronel Amado - 198 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-6950 - facebook/Imprimix Macae

PESSOAS & NEGÓCIOS

A agilidade da entrega é um diferencial da gráfica para a artesã Sofia

A personalização de lembranças de festas infantis é um dos nichos de mercado atendido pela Imprimix

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para lua de mel) e pessoas interessadas em conhecer e explorar melhor o seu estilo pessoal”, comenta.

Outro ponto muito importante é o consumo consciente, fazer com que o cliente aprenda a comprar o que é rele-vante para o seu guarda-roupa e extraor-dinário para o seu biotipo e investir certo o seu dinheiro. “O guarda-roupa precisa ser equilibrado, não adianta ter 40 calças perdidas no armário, sem aproveitamen-to e coordenação”, completa.

A analista de sistemas Munique Cor-te Real é cliente da Armadio e contratou, recentemente, o serviço de consultoria. Ela conta que sempre gostou de se vestir bem, mas tinha dificuldade em combinar as peças do seu guarda-roupa. “Desde criança gosto de me vestir bem, mas acho que essa questão ficou mais forte a partir da adolescência e, quando descobri que a Angélica fazia esse trabalho, achei inte-ressante porque sempre tive curiosidade em aprender a combinar as peças. Hoje em dia, penso duas vezes antes de montar um look e já sei identificar cores que não caem bem em mim e o que valoriza mais o meu estilo”, conta Munique.

A partir de outubro, a Armadio terá sua loja online e os clientes poderão solicitar uma sugestão de coordenação de look das peças compradas no site. Angélica Rebello oferece os seus serviços inde-pendente da loja e também para todas. As pessoas que se interessarem pelo programa completo ou apenas uma das etapas, as mais procuradas são: Personal Shopping e Mala para Viagem.

Empresária aposta em consultoria de imagem e estilo como diferencial para as clientes da loja Armadio

soal e biotipo, análise de estilo, análise de guarda-roupa (closet cleaning), personal shopping (esta etapa não é obrigatória e consiste na compra de novas peças iden-tificadas no closet cleaning e pontuadas no checklist da cliente. Baseado nele, a consultora leva a cliente às lojas da cida-de para comprá-las), coordenação de guarda-roupa e visagismo. Nesta última etapa, a consultora encaminha a cliente a um profissional especializado para a co-loração e corte de seu cabelo e maquia-gem, conforme os resultados levantados durante o processo. “A maquiagem deixou de ser mera vaidade e se tornou parte do asseio pessoal. Eu encorajo a mulher a avançar e buscar um curso de automaquiagem”, pontua Angélica. Por fim, a cliente recebe um dossiê, que é o relatório detalhado e fotografado com todo o processo.

A empresária lembra que as possibi-lidades dentro da consultoria de imagem e estilo são muitas, todas atentas às ne-cessidades de cada pessoa. “A consul-toria é para quem se preocupa com a mensagem que está sendo transmitida ao mundo através de suas roupas. Nós não temos controle sobre a percepção dos outros sobre nós. Uma impressão é construída em 15 segundos, portanto, alinhar identidade e imagem é o nosso objetivo. Os clientes potenciais são exe-cutivos, profissionais contemplando mu-dança de carreira ou promoções, pós- maternidade, noivas (em especial, a mala

Sempre atenta às novidades que o mercado oferece, a proprie-tária da loja Armadio – multi-marcas, localizada no Shopping Plaza Macaé, Angélica inova ao

proporcionar às clientes o serviço de consultoria de imagem e estilo. Forma-da pela conceituada escola Dresscode International, com aulas ministradas pela renomada e pioneira consultora em imagem e estilo no Rio de Janei-ro, Juliana Burlamaqui, a empresária apresenta um serviço diferenciado e personalizado, orientando na escolha e composição dos looks para diversas ocasiões. As clientes podem agendar um horário exclusivo com a consultora para serem atendidas na loja.

Mais do que aprender a se vestir bem ou ter bom gosto na hora de es-colher as peças, a consultoria ajuda a pessoa a conquistar autenticidade, cre-dibilidade e autoconfiança, através de técnicas para harmonizar a identidade (o que somos)com a imagem (como nos enxergam), para que ao final dos encon-tros, a pessoa caminhe sozinha. O traba-lho consiste em não apenas vender um produto, mas ajudar a cliente na hora de comprar roupas. “A ideia é que ela se sinta satisfeita com a compra, que saia com um pouco mais de conhecimento do que valoriza a sua silhueta”. A con-sultoria de imagem e estilo trabalha em etapas, como: análise de coloração pes-

Por: Cris Rosa• Fotos: Alle Tavares

ANGÉLICA REBELLOA consultora de imagem e estilo Angélica oferece um serviço diferenciado no mercado de moda da cidade

PESSOAS & NEGÓCIOS

Munique se sente mais segura na hora de combinar as peças para montar seu guarda-roupa

Shopping Plaza Macaé,Loja 227 - Macaé/RJTel.: (22) 2757-5797facebook/armadiooficial

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Shopping Plaza Macaé,Loja 227 - Macaé/RJTel.: (22) 2757-5797facebook/armadiooficial

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eu só trabalho com o Ricardo Cardo-so”, conta Denise.

De acordo com o banqueteiro, nesses 10 anos, o paladar do macaen-se evoluiu muito, está mais refinado

capital para grandes eventos. Cheguei trazendo na bagagem a experiência do Rio de Janeiro. Além disso, me apaixo-nei por Macaé e isso foi um incentivo a mais para adotar a cidade”, lembra.

Primeira cliente corporativa de Ri-cardo, a gerente de Desenvolvimento de Negócios, Denise Fernandes, des-taca a transparência e o empenho da equipe para que tudo dê certo nos eventos. “Sempre organizei eventos em multinacionais e tinha dificuldade de encontrar um bufê que fosse confi-ável e entregasse o serviço dentro do prazo. Participei de uma degustação e gostei muito do trabalho do Ricardo. Resolvi arriscar ao contratá-lo para a festa de fim de ano da empresa. O evento foi um sucesso e, desde então,

Com 18 anos de experiên-cia, Ricardo Cardoso cele-bra 10 anos de sucesso em Macaé, cidade que o re-cebeu de braços abertos.

Nesse período, mais do que abrilhan-tar festas e eventos com seu renoma-do bufê, Ricardo lançou tendências e estabeleceu seu padrão de qualidade, sendo hoje, referência para clientes e concorrentes.

Natural do Rio de Janeiro, o empre-sário chegou à Macaé em 2005, quando fez seu primeiro evento corporativo. Por aqui, percebeu a demanda pelo serviço e decidiu fincar raízes. “Nes-sa época, empresas e cerimonialistas costumavam contratar profissionais da

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Arquivo

Há 10 anos em Macaé, banqueteiro é referência em bom atendimento, inovação e requinte

PESSOAS & NEGÓCIOS

RICARDO CARDOSO Ricardo conquistou o mercado de Macaé e região com o diferencial de surpreender seus clientes comnovidades no bufê e nos serviços oferecidos

A apresentação impecável aliada ao cardápio sofisticado chamam a atenção nos eventos realizados por Ricardo

Eduardo Zavarize

Arquivo

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Praia Campista. Com uma equipe espe-cializada, composta por 14 profissionais fixos, Ricardo Cardoso tem capacidade para atender desde pequenos eventos, como mini wedding, até eventos de grande porte, como festas empresariais, casamentos, 15 anos ou eventos maio-res. “Nossa equipe é outro diferencial, pois estamos preparados para tornar qualquer evento um sucesso, desde o cardápio até o serviço de garçons. Para isso, temos setores especializados como administrativo, financeiro, compras, se-gurança alimentar, operacional, maître próprio e cozinha própria”, destaca.

Toda essa infraestrutura possibilitou o atendimento a outras cidades da re-gião, como Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Búzios e demais cidades vi-zinhas. Em Búzios, a procura é tanta que Ricardo montou uma base para atender com mais facilidade cerimonialistas e ca-sais que escolham a cidade como pano de fundo para seus casamentos.

“Nesses 10 anos, só pude chegar onde estou hoje graças ao apoio de mui-tas pessoas, entre elas, Angelina Lopes, Élida Martins, Beto Brandão, Leonardo “Cultura” e, em especial, minha fiel ‘es-cudeira’ e gerente Érika Carvajal, a quem considero como uma irmã. Todo esse reconhecimento deve-se ao nosso alto padrão de qualidade, desde a oferta de produtos diferenciados até a variedade oferecida. Por isso, sempre buscamos ino-var para que nossos clientes e seus con-vidados surpreendam-se a cada evento”, finaliza Ricardo.

Às vésperas de realizar o casamen-to da mesma filha, Ana conta que não pensou duas vezes ao decidir o bufê da festa. “Como mãe, também tenho gran-des sonhos com relação ao casamento da minha filha, quero que seja ainda me-lhor que sua festa de 15 anos, por isso, o Ricardo foi um dos primeiros forne-cedores a ser contratado”, revela. Com casamento marcado para novembro, Raysa Golosov concorda com a mãe “Ele foi perfeito nos meus 15 anos e te-nho certeza que será no meu casamen-to. Já na degustação, ele mostrou quão maravilhoso será o nosso bufê. Além disso, em seus eventos, tudo é feito com muita fartura e requinte”, elogia.

A partir de 2013, Ricardo optou por se dedicar mais à gastronomia e seus eventos, e hoje atende com seu serviço de bufê em novo endereço, na orla da

e exigente. “Por isso, busco cada vez mais inovações e novidades. Tenho um canal aberto com grandes banqueteiros de São Paulo, que é minha maior refe-rência, faço cursos e estou sempre de olho nas tendências gastronômicas para eventos de grande porte”, revela.

A diretora financeira Ana Christina Golosov teve sua primeira experiência com Ricardo na festa de 15 anos de sua filha Raysa, hoje com 21 anos. “Na épo-ca, não conhecia o trabalho dele. Ape-sar disso, tive excelentes referências do Beto Brandão, decorador da festa. De cara, gostei do Ricardo e optei por dar uma chance. No mesmo período, o Es-paço Ricardo Cardoso estava em cons-trução e nossa festa inaugurou o local”, conta Ana, ressaltando que a festa foi um sucesso e, por anos, foi muito co-mentada na cidade.

[email protected]/ricardocardosobuffetTel.: (22) 2762-9587 / 98153-7606

Beto, a debutante Raysa, Ricardo e Ana Christina. Esta festa de 15 anos foi o primeiro evento realizado porRicardo em Macaé. Dez anos depois, Ana Christina contratou novamente Ricardo, agora para fazer o casamento de Raysa

Denise Fernandes foi uma das primeiras clientes de Ricardo no segmento de eventos corporativos para as empresas offshore

A renovação constante do bufê de Ricardo faz com que ele seja contrato para eventos em toda a região

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existente no mercado e proporciona ótimos resultados em um tempo menor de tratamento.

Outra causa comum de cefaleia é a perda de

dentes que pode provocar alterações na articula-ção da mandíbula. “Como tratamento é impor-tante substituir os dentes perdidos por implantes dentários (próteses fixas de função semelhante aos dentes naturais)”, esclarece o implantodon-tista Henrique de Oliveira Ribeiro.

“A abordagem fisioterapêutica para tratar

esses problemas envolve: recursos da eletro-termofototerapia (TENS, ultrassom, infraver-melho), alongamentos, exercícios específicos e terapia manual”, explica a fisioterapeuta espe-cialista em ATM, Mariah Natalino.

A fonoaudiologia também contribui no

tratamento desses casos para que os músculos voltem a exercem as funções de forma adequa-da, com o posicionamento correto e uso apro-priado de força. “No tratamento, utilizamos muitos exercícios orais. Trabalhamos o posicio-namento, a mobilidade e movimentos para dar mais força à língua”, fala Aline Simões.

A dor de cabeça é um mal extre-mamente comum e quase todo mundo já teve alguma experiên-cia com esse tipo de incômodo.

O que pode soar como incomum é o fato desse problema ter relação com os mús-culos da mastigação. É o que os dentistas chamam de dor de cabeça de origem odontológica.

Segundo o dentista mestre em reabi-

litação oral Maurício Araújo, da MaxClin, a dor de cabeça de origem odontológica está associada, na maioria dos casos, aos fatores musculares. Todos os músculos da mastigação e da fonação estão entrela-çados na parte da cabeça e do pescoço. Por isso, o tratamento multidisciplinar é importante e faz toda a diferença na recu-peração do bem-estar do paciente.

Na MaxClin, dentistas de variadas es-

pecialidades, fonoaudiólogos e fisiotera-peutas atuam no tratamento desses pro-blemas do sistema mastigatório e auxiliam o paciente a ter mais qualidade de vida. Os profissionais da MaxClin relatam ser o estresse e a ansiedade os principais causa-dores do problema.

A identificação dos sinais de pacien-tes que sofrem desse mal começa, quase sempre, na consulta com o clínico geral (dentista). Mas também é comum outros especialistas da área de saúde encaminha-rem o paciente para o dentista, quando é identificado que a cefaleia pode ter ori-gem odontológica.

Conforme explicam as dentistas Mayra

Dor de cabeça pode ter origem odontológica.Na MaxClin, uma equipe multidisciplinar realiza desde o diagnóstico até o tratamento do problema

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Uma equipe multidisciplinar é um dos diferenciais da Maxclin. Acima, o dentista Henrique, a fisioterapeuta Mariah e o dentista Maurício

MAXCLIN

PESSOAS & NEGÓCIOS

Rua Bariloche, 24 - Cavaleiros - Macaé/RJTel.: (22) 2773-4921 (22) 78115346www.clinicamaxclin.com.br / facebook.com/maxclin

As dentistas Jaqueline, Márcia, Mariana, Mayra e Janaína atuam de forma integrada para tratar os problemas relacionados à oclusão, que podem gerar dor

Elisa Seixas, Jaqueline Mateus (que tam-bém é ortodontista) e Janaína Aguiar, nes-ses casos, é comum perguntar aos pacien-tes se a articulação dói ou produz algum ruído na abertura e fechamento da boca e se a dor é mais forte após acordar. Esses questionamentos são feitos com o objetivo de investigar a origem do problema.

E as respostas indicam qual é, espe-

cificamente, o motivo da dor. Em alguns casos mais graves é preciso solicitar alguns exames como radiografias, por exemplo. “Normalmente, a dor de cabeça de ori-gem odontológica é mais comum na re-gião temporal (lados esquerdo e direito da cabeça)”, pontua Mayra.

Para os casos de mordida errada, uso

excessivo de músculos da mastigação ou bruxismo, Maurício indica como trata-mento o uso de placa miorrelaxante, um tipo de placa rígida que coloca a mandí-bula em posição confortável. A ortodon-tista Márcia Coutinho também recomen-da, em alguns casos, a aplicação de toxina botulínica (Botox) nos músculos da mas-tigação para esses pacientes.

“O mau posicionamento dos dentes e

das arcadas promove, além de problemas estéticos, problemas funcionais durante o ato de mastigar, que podem desencadear alguns casos de dores de cabeça”, expli-ca Márcia Coutinho. “O uso de aparelhos ortodônticos é indicado para tratar esses casos e na MaxClin temos opções diferen-ciadas de aparelhos autoligados e alinhado-res invisíveis”. De acordo com Jaqueline, os aparelhos ortodônticos fixos autoliga-dos possuem a tecnologia mais avançada

A fonoaudióloga Aline recomenda exercícios orais para o fortalecimento dos músculos da língua

Atendemos pacientes conveniados e particulares.

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Atendemos pacientes conveniados e particulares.

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Gastronomiadiferenciada e com excelência no atendimento

negócios, viu na cidade de Macaé a possi-bilidade de um grande empreendimento.

A execução fica por conta da chef Joeli Carvalho, que tem exclusividade na organização de festas e eventos do Vis-conde Gourmet. O restaurante também possui controle nutricional.

Todos os dias, uma variedade de pra-tos é disposta aos clientes. Segundo Már-cia Leal, cada dia é oferecida uma culinária específica – nacional e internacional, além dos já tradicionais pratos e do conhecido risoto. O bufê também conta com comi-da japonesa, churrasco e diversas opções de saladas e sobremesas especiais.

Com um total de 26 funcionários, que compõem uma equipe qualifica-da e treinada, o Visconde Gourmet tem como diferencial a excelência no atendimento ao cliente. Janaína Britto Martins é umas das mais fiéis. Almoça todos os dias no local e só tem elogios.

VISCONDEGOURMET

Rua Visconde de Quissamã,702 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2772-6191facebook.com/ viscondegourmet

“A variedade e a qualidade são alguns dos atrativos, mas acredito que o que tor-na o restaurante tão especial é o conjunto de fatores. A estrutura é ótima e o atendi-mento é diferenciado. Existe sempre uma preocupação em agradar o cliente. A gen-te se sente em casa mesmo”, destaca.

A preocupação com o cliente não para por aí. No local, há ainda espaço VIP com telão disponível para workshops de empre-sas, aniversários e reuniões. A reserva deve ser feita com 24 horas de antecedência.

Com gastronomia de primeira e pre-ço justo, o Visconde Gourmet funciona de segunda-feira a sábado, das 11h às 15h. Funcionários públicos e da Petro-bras ganham desconto.

Com arquitetura privilegiada e localizado no Centro da cidade, o Visconde Gour-met, com apenas cinco me-ses de funcionamento, já se

destaca pela proposta de oferecer aos clientes um cardápio self-service total-mente diferenciado na elaboração e fi-nalização dos pratos.

Como o próprio nome sugere, a culinária gourmet – termo de origem francesa – se refere a um estilo de gas-tronomia mais elaborada em relação à qualidade e preparação dos pratos, como explica a gerente do Visconde Gourmet e sócia da Leal Eventos, Már-cia Leal. “Usamos a matéria-prima que todo mundo conhece, mas com elabo-ração e apresentação diferenciada e pre-ço acessível”, conta.

O cardápio é definido e supervisiona-do pelo chef executivo e gerente de ali-mentos e bebidas do grupo Oasis, Jorge Mora, do qual o restaurante faz parte e que, com o objetivo de diversificar seus

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

O cardápio é definido e supervisionado por Jorge Mora, gerente de alimentos e bebidas do Grupo Oasis

O espaço do Visconde Gourmet pode ser alugado para eventos corporativos e sociais através da parceria com a Leal Eventos

Para Janaína Britto, a preocupação em agradar o cliente a faz se sentir em casa

PESSOAS & NEGÓCIOS

O cardápio de frutos do mar é uma especialidade do Visconde Gourmet

Para quem gosta de comida japonesa, o restaurante oferece uma grande variedade no bufê

João Henrique R

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[email protected]

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Rua Visconde de Quissamã,702 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2772-6191facebook.com/ viscondegourmet

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deseja fugir do trânsito das principais vias da cidade, além de ser um oásis de beleza e relaxamento.

Caroline Marotta escolheu a clínica, inicialmente, pela localização. Mas ao conhecer a Ultracor, aprovou o atendi-mento. “Moro e trabalho nos Cavalei-ros. Diante do excelente atendimento realizado pelo Dr. Luiz Tenório e com a possibilidade de realizar os exames na própria clínica, indiquei meu marido. A Ultracor além de contar com uma es-trutura e equipamentos modernos, re-aliza uma grande variedade de exames, com o diferencial destes serem acom-panhados diretamente pelos médicos. E ainda tem uma equipe capacitada e comprometida”, conta.

A equipe da clínica é formada pelo cardiologista especializado em arritmia e avaliação de marca-passo, com forma-ção pelo Incor São Paulo, Luiz Tenório, o neurologista e neurofisiologista André Maia, o nefrologista Márcio Ximenes, Luiz Chiareli e Laura Alexandre, responsáveis pela área de radiologia e diagnóstico por imagem. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h.

Rua Acapulco, 47 - CavaleirosMacaé/RJ - Tel.: (22) 2762-2627www.ultracor.com.brfacebook.com/clinicaultracor

Foco no atendimentohumanizado e examesexclusivos

dentro da articulação, permitindo um diagnóstico mais detalhado; eletroence-falograma adulto e infantil com sedação; ressonância magnética em pacientes com marca-passo e Tilt Test – exame complementar que procura encontrar uma causa para desmaios.

Laura destaca ainda que além destes, a clínica oferece exames cardiológicos como ecocardiograma, eletrocardiogra-ma, Holter de 24 horas e de sete dias, teste ergométrico e avaliação de marca--passo, entre outros. “Já entre os exames radiológicos, estão a ultrassonografia ge-ral e com Doppler, Doppler Vascular e a ressonância magnética”, conta.

Sempre em busca do que há de me-lhor no mercado para oferecer aos pa-cientes, a Ultracor já está conveniada a dois planos de saúde – AMS Petrobras e Bradesco Saúde. A expectativa é de que novos convênios surjam ao longo do ano.

Situada em um espaço de 500m² e com 15 funcionários, a Ultracor foi pensada para ser um espaço que unis-se atendimento especializado e exames, aliado ao conforto e praticidade que os pacientes buscam hoje em dia. Por isso, até o local escolhido para a clínica foi estratégico. Longe do Centro, a Praia dos Cavaleiros é uma opção para quem

A atenção que você e seus exames precisam. Esse é o lema da Ultracor, clínica de diagnósticos médicos, loca-lizada no bairro Cavaleiros,

que busca inovar e promover o resgate do atendimento humanizado.

Em tempos em que falta tempo para tudo, a clínica se propõe a ser um espa-ço onde o paciente encontra todos os serviços médicos em apenas um lugar, com a comodidade e atenção que me-rece e um atendimento individualizado, baseado na maneira como os médicos antigos atendiam, conversando e co-nhecendo de forma mais ampla o pa-ciente e o seu problema.

Há cinco meses em funcionamento, a Ultracor inova trazendo para a cida-de a realização de exames exclusivos. Segundo a radiologista e uma das pro-prietárias da clínica, Laura Alexandre, são procedimentos que, até então, não eram realizados na cidade, obrigando o paciente a buscar atendimento fora. “A Ultracor inova e traz esses exames. Agora, ninguém mais precisa sair de Macaé para realizar esses procedimen-tos em outro lugar”, aponta.

São eles a Artrorressonância – exame em que o contraste é aplicado

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

ULTRACORA clínica realiza ampla gama de exames como o Tilt Test, que investiga as causas de desmaios

PESSOAS & NEGÓCIOS

Caroline e seu marido João aprovaram o atendimento humanizado da Ultracor

A ultrassonografia de tireoide é um dos exames realizados pelo médico Luiz Chiareli

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Marca de alma solar completa30 anos e a loja do Plaza Macaétraz Carlos Burle para lançar acoleção “Somos do Mar”

A palestra “Surfando ondas gigantes” reuniu estudantes de várias idades. Carlos Burle falou sobre sua história, preparação, autoconhecimento, superação, trabalho em equipe e muito mais. A garotada ficou encantada com a simplicidade e a perse-verança do surfista e tirou muitas selfies com o ídolo. “A palestra do Carlos Bur-le foi extremamante agregadora e muito bem recebida por todos, pois as pessoas se identificam com as experiências dele, que é um excelente profissional e conse-guiu fazer um link dos desafios do surfe com a nossa realidade. A experiência de vida do Burle, suas dificuldades no início da carreira, a perseverança e pioneirismo no surfe de ondas gigantes, são verdadei-ras inspirações para a mudança compor-tamental das pessoas”, ressalta Carla.

Carlos Burle conquistou os princi-pais títulos dentro do seu esporte, o surfe. Hoje, ele é um caçador de ondas gigantes, além de trabalhar promovendo

o oceano. “Paulinho Vilhena tem tudo a ver com essa coleção, que se inspira nos esportes aquáticos e ele adora sur-far”, fala Carla.

A loja do Shopping Plaza Macaé completará 2 anos em novembro, e já virou preferência de muitos jovens e adultos que gostam de se vestir com estilo, leveza, conforto e têm a alma solar. A Redley amadureceu junto com os seus clientes. “Hoje, a Redley investe não só no público jovem. A marca apos-ta em bons estilistas e produz moda para todas as faixas etárias”, diz Carla.

ILUSTRE VISITA DE CARLOS BURLE

Parceria que já dura mais de 20 anos, a Redley trouxe o bicampeão mundial de surfe em ondas gigantes, Carlos Burle, para Macaé no dia 27 de agosto. Ele participou de dois eventos: uma pa-lestra realizada pela Redley no colégio Aprovado e, depois, de um intimista happy hour na Redley do Shopping Pla-za Macaé para lançamento da coleção “Somos do Mar”.

Conhecida como uma marca jovem e divertida, de estilo bem leve e praiano, a Redley se reinventa no seu aniver-sário de 30 anos e lança a

coleção primavera/verão 2016 “Somos do Mar”. O garoto-propaganda da nova coleção é o ator Paulinho Vilhena, que posa ao lado da modelo francesa Philou Celaries. O ator, que tem todo o jeitão de garoto carioca e o hábito de praticar esportes como o surfe e stand up paddle, é o modelo perfeito para vestir a nova coleção que valoriza o estilo de vida des-compromissado e divertido. Paulinho Vi-lhena posou para a Redley bem pertinho de Macaé, na cidade de Arraial do Cabo.

Segundo a proprietária da Redley de Macaé, Carla Teixeira, a maior inspiração da marca é mesmo o mar. Estampas de prancha, remos de stand up paddle, mar, ondas e muito sol figuram em várias ca-misetas masculinas da marca. Em uma delas, a referência de famosas praias brasileiras como a do Postinho (RJ) e Pipa (RN) traduzem bem a ligação com

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

PESSOAS & NEGÓCIOS

REDLEY

Paulo Vilhena e a modelo brasileira Taila Berwig fotografaram com roupas da nova coleção, em Arraial do Cabo

A inspiração em campeonatos de skate é uma das características da coleção primavera/verão 2016

Sob a direção de Carla Teixeira e com total apoio de seu marido, Augusto Teixeira, a loja completará 2 anos de muito sucesso no Shopping Plaza Macaé

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palestras para empresas. “A marca veio amadu-recendo com o passar dos anos, eu também, e é legal porque nossos caminhos se convergem. A energia é boa, é a mesma. Eu gosto de quali-dade de vida, procuro fazer as coisas com amor e gosto de sol e de praia, e a Redley gosta disso também”, fala Carlos Burle.

A talentosa cantora Kynnie Williams, que ga-nhou notoriedade depois de participar do pro-grama de TV The Voice Brasil, esteve no happy hour e acompanhou a palestra do surfista. “A Redley tem a ver com meu estilo. Os tênis da Redley são clássicos, hiper confortáveis e estilo-sos. Amo essa T-shirt que o Burle está usando com o nome da Redley, que faz uma referência à marca nos anos 80 e tenho uma igual. Estou sempre com ela. Combina com tudo. A marca é apaixonante!”, fala Kynnie. Ela adorou a palestra ministrada por Carlos Burle. “Estou começando uma carreira e ver que ele construiu um caminho e conquistar tudo o que conquistou, me motiva muito. A história dele é inspiradora. Fico muito feliz da Redley trazê-lo e se preocupar em seme-ar cultura”, afirma Kynnie.

Shopping Plaza Macaé, Lojas 231/232 - Macaé/RJTel.: (22) 2757-5796facebook/Redley Plaza Macaéinstagram@redleyplazamacae

Carlos Burle fez uma sessão de autógrafos na loja da Redley no Plaza Macaé

A palestra de Carlos Burle no colégio Aprovado reuniu estudantes de várias idades

Carla e Augusto Teixeira receberam o surfista Carlos Burle no happy hour de lançamento da nova coleção

Kynnie é fã da marca e de Carlos Burle. No happy hour, vestiu Redley da cabeça aos pés

O artista plástico Marlon Muk (de boné), presenteou Carlos Burle com uma tela sua, que reproduz a famosa onda gigante surfada por Burle em Nazaré, Portugal

A equipe da loja Redley Macaé é diferenciada, altamente qualificada e com atendimento de nível universitário

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Uma das novidades da loja é a linha do Empório da Papinha, que são alimen-tos infantis orgânicos congelados como sopas e papinhas de frutas que alimen-tam crianças a partir do 4º mês de vida. Nessas mercadorias não há adição de conservante, corante ou estabilizante e os alimentos são ultra congelados para não perderem o sabor, tampouco as propriedades nutritivas. Lila ressalta que há diversos produtos saudáveis para as crianças, como salgadinhos orgânicos, biscoitos salgados, cookies, brownie, ge-leia, doces, entre outros.

O público da academia também tem

lugar cativo no comércio e encontra suplementos alimentares como o Bio Whey Protein, Bio Casein, colágeno hi-drolisado, isocrisp, etc. Além da venda de alimentos, o Empório Nutrição e Saú-de também conta com um espaço para lanches rápidos como tapioca, salgados integrais, cafés convencionais e orgâni-cos, e outras delícias da linha fitness.

A proprietária da Empório Nutrição e

Saúde destaca que está sempre atenta às novidades do mercado e ouve com aten-ção os pedidos dos clientes. “Na medida do possível, a gente tenta atender os an-seios do consumidor e sempre contatamos fornecedores que possam ampliar a nossa linha de mercadorias”, finaliza Lila.

Loja de alimentos saudáveis oferece diversidade de produtos para todos os gostos e públicos

mati tem alto poder de saciação e baixo índice glicêmico”, afirma Lila. A empre-sária explica ser muito comum as pesso-as desconhecerem vários aspectos dos alimentos saudáveis e por isso, precisam de orientação para levar pra casa aquilo que realmente faz bem para cada um.

O Empório está apostando em di-

versidade para atender aos variados pú-blicos da alimentação saudável. Algumas marcas raras de encontrar em Macaé e região são vendidas no comércio, como produtos orgânicos da Fazenda Vale das Palmeiras (do ator Marcos Palmeiras) e massas da Família Gagliasso (do ator Bruno Gagliasso).

Outro destaque vai para os congela-

dos da Sônia, que não utilizam conser-vantes, têm linhas funcionais, light, pra controle de colesterol, etc. A forma de congelamento dessas refeições é super rápida e não rompe as células dos alimen-tos. Por isso, são mantidas as caracterís-ticas organolépticas que são a textura, a aparência normal e, principalmente, as propriedades nutritivas. “Os congelados da Sônia são testados por nutricionistas e feitos, na grande maioria, com óleo de gi-rassol. No descongelamento, dá pra per-ceber que as características do alimento foram preservadas”, explica Lila.

EMPÓRIONUTRIÇÃO E SAÚDE

Rua Prefeito Moreira Neto, 127Centro - Macaé/RJTel.: (22) 2772-6617facebook.com/ Empório-Nutrição-e-Saúde

Enquanto atendia seus pacientes no consultório, a endocrino-logista e nutróloga Elizângela Araújo Terra Valente, mais co-nhecida como Lila, ouvia das

pessoas reclamações sobre como era di-fícil encontrar, em Macaé, determinados alimentos como os indicados para quem segue dieta ou possui restrição alimentar.

Nessas circunstâncias, a médica foi

imaginando como seria criar local que suprisse essa necessidade e fosse refe-rência para alimentação saudável. Assim surgiu o Empório Nutrição e Saúde, em março deste ano, uma loja de produtos naturais, orgânicos, integrais, para quem gosta de se alimentar de forma equili-brada e saudável.

O perfil dos clientes interessados nas

mercadorias é diverso e composto por pessoas que malham, diabéticos, hiper-tensos, gente com restrição alimentar ou que precisa emagrecer, entre outros. “Queremos que as pessoas se sintam acolhidas aqui, que entendam o objetivo de cada alimento e como aproveitar o que cada um tem de melhor”, diz Lila.

Ela fala sobre a importância de usar a

informação a favor da nutrição usando o exemplo do arroz basmati. “O arroz bas-

Por: Leila Pinho• Fotos: Alle Tavares

Lila acredita que o Empório também contribui para que os clientes usem a informação a favor da nutrição saudável

A linha de produtos saudáveis é grande e inclui marcas como as massas da família Gagliasso e os produtos da fazenda Vale das Palmeiras (do Marcos Palmeiras)

PESSOAS & NEGÓCIOS

As propriedades nutricionais são mantidas nos congelados da Sônia

O Empório conta com vários produtos para a alimentação infantil

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O conhecimento das vendedoras sobre as marcas é um dos pontos fortes do atendimento

A nova loja multimarcas damulher moderna que é puraelegância e sofisticação de conhecer melhor as clientes e garantir

sempre atendimento de qualidade.

O atendimento é um dos pontos for-tes da Vóga, afirmam as consumidoras da loja. “As vendedoras conhecem as marcas e os modelos. Elas sabem o que vai ficar bom na gente”, afirma a empresária Jus-sara Célem, de 51 anos. Jussara gosta de moda e busca acompanhar as tendências para andar sempre atual e bem vestida. Para o trabalho, ela busca sempre se vestir de forma mais discreta, mas sem perder a elegância. “Gosto também das marcas, são conhecidas e as peças de excelente qualidade”, afirma Jussara.

Na opinião da administradora Magnó-lia Vieira, as roupas das marcas vendidas na Vóga são modernas e sofisticadas e ca-sam bem com o estilo de vida dela. “Gos-to porque são confortáveis, modelam o corpo e tem cada estampa linda. No dia da inauguração da loja comprei um vesti-do com a parte de cima off-white, com um decote lindo”, conta Magnólia.

Para quem gosta de exclusividade, Alessandra esclarece que para cada peça das cinco marcas vendidas, a loja recebe apenas uma de cada tamanho.

cos anos. Nas araras da loja tem roupas das marcas Morena Rosa, Maria Valentina, Zinco, Lança Perfume e Lez a Lez, além de biquínis, sapatos, bolsas, cintos e bijuterias. “A Vóga tem esse conceito de elegância e sofisticação e sempre pensamos na mulher que quer estar em voga, ou seja, atual e na moda”, fala Alessandra.

O ambiente da Vóga foi projetado pensando no perfil das clientes. A loja tem ambiente climatizado, decoração moderna e clean, com projeto assinado pela arquite-ta Monique Ferraz. Na parte da frente da loja, atrás dos manequins, há uma estrutu-ra que deixa a parte interna da loja mais re-servada. Esse detalhe deixa as clientes mui-to mais à vontade para conhecer as peças.

“Oferecemos um atendimento exclu-sivo, deixamos a cliente completamen-te confortável na loja. Nosso objetivo é acolher as mulheres e ajudá-las, montan-do um look completo, falando sobre as tendências e orientando sobre as peças que caem melhor no corpo delas”, expli-ca Alessandra. A empresária conta com duas vendedoras com experiência em atendimento a esse perfil de público e conhecimento sobre moda. Além disso, Alessandra faz questão de estar presente no comércio todos os dias como forma

A loja de roupas e acessórios fe-mininos Vóga abriu suas portas em agosto deste ano, no Cen-tro de Macaé, para mostrar que elegância e sofisticação

têm novo endereço. À frente do negócio está a empresária Alessandra Guimarães. A carioca atuou por mais de 10 anos na in-dústria de petróleo e gás e, em Macaé, foi a primeira mulher a ser gerente de base da Bacia de Campos. Na adolescência, teve o seu primeiro contato com a moda como modelo. Ela fazia desfiles e já foi até miss da zona oeste do Rio de Janeiro.

“Sempre gostei muito de moda e era um sonho antigo ter uma loja”, conta Alessandra. Para abrir a Vóga, ela con-tou com o apoio do marido Marcelo Paes Guimarães, com quem é casada há 9 anos. O casal de amigos Julio Cé-sar Lemos e Maria Luiza, proprietários da Colcci Macaé, também deram aquele apoio para Alessandra. “Eles me ajuda-ram a encontrar esse ponto e sempre me deram dicas. Considero eles como meus padrinhos”, fala a empresária.

A loja é uma multimarcas totalmente voltada para a mulher moderna e ao mes-mo tempo clássica, a partir de vinte e pou-

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Jussara valoriza a qualidade das peças vendidas na Vóga

PESSOAS & NEGÓCIOS

Rua Silva Jardim, 77Centro - Macaé/RJTel: (22) 2772-0561facebook/vogamacae

VÓGA

A modelagem e as estampas das roupas atraem a atenção de Magnólia

Para Alessandra, o apoio do marido Marcelo foi fundamental para a realização do sonho

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ço, já que precisam fazer força para selar o lábio em um momento em que esta-riam relaxados”, explica.

Era o caso de Jocimar Vasconcelos da Sil-va, que se queixava de dor de cabeça cons-tante e dor de ouvido. Ele conta que, desde criança, sentia dores e mesmo tomando re-médio nunca via melhora. Já adulto, Jocimar conseguiu um diagnóstico para as dores que sentia a vida inteira, mas precisava ir ao Rio de Janeiro para fazer o tratamento e, futu-ramente, a cirurgia. Foi quando conheceu Pedro, em Macaé e acabou sendo operado por ele na cidade, há cerca de um ano.

De acordo com Pedro, o maior proble-ma da cirurgia ortognática é a dieta. O pa-ciente precisa ficar de 30 a 45 dias após a intervenção em dieta líquida e pastosa e, de-pois, de quatro a seis meses de dieta bran-da. Para Jocimar, essa foi uma das maiores dificuldades. Ele perdeu 12 quilos em apenas uma semana e hoje, depois de todo o sacri-fício, está livre das dores. “Essa é uma cirur-gia, de certa maneira, contemporânea, com o nível que se consegue ter hoje de contro-le de edema e da fixação funcionalmente estável. Hoje, a placa e parafuso utilizados permitem uma melhor fixação, a evolução é muito grande. Depois da recuperação cirúr-gica, Jocimar está sendo tratado pela orto-dontista Keyla Poubel, para sua recuperação total”, comenta Pedro.

Rua Dr. Luis Belegard, 140 - Sala 104 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 99911-8287 / (21) [email protected]

Natural de Macaé, Pedro fez faculdade fora da cidade e residência no hospital geral de Bonsucesso. Ao final do processo, foi convidado a integrar a equipe de professo-res da universidade. Depois de formado e já de volta à cidade, foi trabalhar no Hospi-tal São Lucas, onde é responsável pelo se-tor de Bucomaxilo. Atualmente, também é atuante no mesmo setor na Unimed e em um ambulatório do Serviço Único de Saú-de (SUS) no São João Batista, além de tra-balhar na Marinha, atuando em Itacuruçá.

Na família, a odontologia está no san-gue. O pai, Jaime Cesar de Carvalho, tam-bém era dentista, além de ser delegado do serviço militar. A irmã, Carina Mattos de Carvalho, também cursa odontologia na UFF, em Niterói. “Eu trilhei o mesmo caminho, sob orientação, o que foi muito mais fácil. No início, eu fiquei um pouco reticente do que ia fazer, mas aos poucos as coisas foram acontecendo”, destaca.

Pedro é pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, especia-lista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, mestran-do em Clínica Odontológica (Patologia Oral-UFRJ) e atua nas áreas de cirurgia oral, cirurgia ortognática, cirurgia de ATM, reconstruções para implantodontia, patologia maxilofacial, traumatologia e re-construções faciais.

Cirurgia ortognática buscao equilíbrio anatômico da face

Macaé ainda convive com a fama de ser uma cidade pe-quena, apesar de já oferecer produtos e serviços dignos

das grandes capitais. No que se refere à área da saúde, a surpresa é ainda maior. Atualmente, o município já conta com atendimento de qualidade em inúmeras especialidades e realiza grandes cirurgias.

É o caso da cirurgia ortognática, que já é realizada na cidade pelo especialis-ta pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Pedro Henrique Mattos de Carvalho e sua equi-pe. Segundo Pedro, a principal indicação da cirurgia ortognática é funcional. Isso porque ela é destinada à solução de pro-blemas na maxila ou mandíbula, auxilian-do em casos de ronco, apneia, transtor-no articular e encaixe dos dentes.

“Apesar do apelo estético, a princi-pal finalidade é a parte funcional, que é modificada de maneira absurda. Pri-meiro, porque o que dá o equilíbrio a toda parte do sistema estomatognáti-co é a oclusão, o encaixe dos dentes, que em alguns pacientes não existe ou acontece de maneira errônea, ocasio-nando transtornos articulares. Rotinei-ramente, os pacientes têm queixa de dor de cabeça, dor de ouvido, cansa-

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

A equipe do cirurgião Pedro Mattos é formada pela irmã Carina, estudante de odontologia na UFF e a mãe Tânia

PESSOAS & NEGÓCIOS

PEDRO MATTOSDE CARVALHO Jocimar resgatou sua qualidade de vida e

autoestima através da cirurgia ortognática

Além de atender em Macaé aos sábados, Pedro também atua na Marinha do Brasil em Itacuruçá. Na foto, com sua filha e a esposa Tainara, que também cursa odontologia

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Rua Dr. Luis Belegard, 140 - Sala 104 - Centro - Macaé/RJTel.: (22) 99911-8287 / (21) [email protected]

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los e gostos, da dança ao fitness, para mães e filhas. Tudo em um só lugar”, aponta Aline.

Localizada na Avenida Atlântica, anexa à Âmbar, em frente a Praia dos Cavaleiros, a loja Saltare se destaca ain-da pela decoração contemporânea e equipe preparada para montar um look especial para as clientes. O horário de funcionamento também é um diferen-cial: das 8h às 22h.

tras demandas da sua rotina diária, com uma boa apresentação e aparência”, destaca a empresária.

A seleção das peças é feita pela pró-pria Érica, com base no perfil das clientes. Com diferencial na modelagem, design e qualidade superior, as peças da Saltare se destacam também pelo acabamento e por estarem alinhadas com o que é tendência na moda nacional através de coleções lançadas, periodicamente, com temas específicos.

Com o mercado fitness aquecido no país, a Saltare se preocupa em oferecer peças que valorizem a silhueta e deixem a mulher sempre arrumada. “São peças não só bonitas, mas com uma qualidade diferenciada. Apesar de ser moda fitness, não atende somente aquelas mulheres que estão indo malhar, correr ou prati-car alguma atividade física. É uma moda atual, com estampas modernas e, o mais importante, multifuncional”, observa.

Aline Corga é cliente fiel da Saltare e considera a loja um espaço excelente para quem busca produtos de qualida-de. “A Saltare trabalha com marcas de excelente qualidade, com estamparias modernas e peças para todos os esti-

Vestir uma roupa apenas para ir à academia ou praticar algum exercício físico é coisa do pas-sado. A busca pela saúde e pela

beleza, cada vez mais em ascensão, já reflete uma mudança de comportamen-to no consumidor - que se traduz no vestuário - sobretudo das mulheres, que aproveitam o look para enfrentar outros compromissos do dia a dia.

E é justamente com esse diferencial que a Saltare chega ao mercado de Ma-caé. Com o slogan “Você bonita sem-pre”, a ideia é oferecer às clientes mais que moda fitness, mas sim peças que atendam às necessidades do cotidiano, aliadas ao conforto e à beleza.

De acordo com a proprietária Éri-ca Mendes, a Saltare atende o perfil de uma mulher contemporânea, que é ocu-pada com a rotina diária, mas gosta de estar sempre bonita e bem vestida para qualquer ocasião.

“Ou seja, mulheres dinâmicas com compromissos pessoais, profissionais e domésticos, que querem otimizar seu tempo. A mesma roupa que elas usam para malhar, cai bem para resolver ou-

Por: Cris Rosa• Fotos: Alle Tavares

A loja Saltare fica anexa à Âmbar, nos Cavaleiros, e é uma ótima opção na orla para as pessoas que praticam esporte conhecerem as novidades da moda fitness

PESSOAS & NEGÓCIOS

Mais que moda fitness,preocupação com oconforto e a beleza

SALTARE

Av. Atlântica, 2.828 - Anexa à Âmbar - CavaleirosMacaé/RJ - Tel.: (22) 2763-7168facebook/saltarefitness

Aline aproveita os intervalos entre as suas aulas e da filha para conferir as novidades nas araras da loja

Érica Mendes está à frente do negócio e mesmo grávida usa as roupas da Saltare no seu dia a dia

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Grupo de amigos lançaconfraria para apreciar uma das bebidas mais antigas do mundo

CLUBE DOVINHO DE MACAÉ

Com sabores que variam en-tre equilibrado, frutado, marcante, encorpado; e aro-mas de cereja, ameixa, café, chocolate, frutas vermelhas,

baunilha, entre outras infinitas caracte-rísticas, o vinho tem despertado cada vez mais o interesse de brasileiros que buscam entender o universo de uma das bebidas mais antigas do mundo.

Na contramão do baixo crescimen-to econômico, o consumo de vinhos e demais derivados da uva registraram um crescimento de 4,6% no primeiro se-mestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibra-vin). Fazendo coro junto a estes consu-midores, está um grupo de amigos que se reuniu para fundar o Clube do Vinho de Macaé, que tem como objetivo prin-cipal fortalecer a cultura sobre a bebida por meio de degustações conjuntas.

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Gianini Coelho

“O clube nasceu quando percebe-mos que tínhamos em comum o gosto pelo vinho. Degustávamos cada um, se-paradamente, e vimos que seria mais in-teressante se fizéssemos isso em grupo. Ao perceber que a cidade não oferecia locais onde pudéssemos nos reunir em torno da bebida para apreciá-la e co-nhecer um pouco mais da sua história, optamos por fundá-lo”, conta o empre-sário Elias Golosov Júnior.

Em sua quarta edição, a confraria foi fundada pelos amigos Luiz Carlos Durão, Elias Golosov Júnior, Yuri Golo-sov, Edson e Eduardo Zukeran, Didier Chasco, Nigel Massiah, Eric Golosov e João Miguel Sá, e, hoje, já conta com outros sete integrantes que se reúnem mensalmente. A seriedade do grupo é tão grande que está prestes a ganhar um estatuto que estipula suas regras, entre elas, a participação apenas de ho-mens. Para entrar neste seleto clube, é

Os fundadores do clube celebram sua quarta edição. Da esquerda para a direita, Yuri e Elias Golosov, Didier, Luiz Carlos Durão, Nigel Massiah, Eduardo e Edson Zukeran, Yuri Matos, Eric Cure e João Miguel Sá

GASTRONOMIA

necessário ser convidado. O convite só acontece quando todos os confrades aceitam o novo integrante.

“Buscamos trazer pessoas que possam agregar ao grupo, que tenham conhecimento e interesse pelo vinho. Não fazemos um convite apenas por-que a pessoa é nossa amiga, mas sim por saber que ela vai acrescentar e beneficiar todo o grupo”, explica o diretor comercial Nigel Massiah, de 49 anos, que convidou seu irmão Ber-nardo Massiah.

“Esta é minha primeira participação. Sou um grande apreciador do vinho. Busco um conhecimento técnico mais avançado e acredito que encontrarei aqui”, conta, com empolgação, o indus-triário Bernardo Massiah, de 48 anos.

Os vinhos são harmonizados com pratos diferenciados, preparados por algum chef convidado

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O tão sonhado conhecimento técnico é garantido por João Miguel Sá que, por ser sommellier, ganhou o cargo de presidente do clube. “Fico responsável pela seleção dos rótulos e pela harmonização com a comida que será servida. A seleção

Um dos fundadores do clube, o sommelier João Miguel Sá faz a seleção e explicação dos rótulos

das garrafas acontece durante o mês que antecede os encontros. Os demais integrantes só saberão o que será ser-vido no momento do evento, quando abro a garrafa e faço uma explanação sobre a história e características do ró-tulo. Depois disso, iniciamos a degus-tação”, detalha o sommelier.

NIVELAMENTOPor ser um grupo diverso, com ho-mens de idades e culturas variadas, as primeiras reuniões serviram para nive-lar o conhecimento dos confrades. De acordo com João Miguel Sá, as próxi-mas serão voltadas ao conhecimento mais detalhado, apurando o sentido dos participantes para que possam en-tender o que estão bebendo. “Depois disso, faremos degustações temáticas, explorando em cada reunião um país específico”, acrescenta.

Com 30 anos, o neurologista Eric Golosov Cure, conta que até os 27 anos, não consumia bebidas alcoólicas. “Nes-sa época, fui ao Chile com meus pais e minha irmã e fizemos um passeio em uma vinícola. Lá, provei pela primeira vez e fiquei fascinado pelos diferentes sabores do vinho. Não é como outras bebidas que, muitas vezes, servem para nos deixar bêbados. O vinho é algo mais profundo que pode ter inúmeros aro-mas e sabores, dependendo de quem o

“O CLUBENASCEU QUANDO PERCEBEMOS QUE TÍNHAMOS EMCOMUM O GOSTO PELO VINHO.DEGUSTÁVAMOS CADA UM,SEPARADAMENTEE VIMOS QUE SERIA MAIS INTERESSANTE, SE FIZÉSSEMOS ISSO EM GRUPO”ELIAS GOLOSOV JÚNIOR

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Com novos confrades, o grupo espera ampliar seu conhecimento pelo universo dos vinhos. Para o futuro, pretendem organizar festivais e trazer sommeliers renomados para a cidade

aprecia”, conta o médico, ressaltando o quão incrível é a descoberta de um aro-ma, um sabor ou uma nota.

O mais novo integrante do grupo Yuri Golosov, de 25 anos, é filho de Elias Júnior e herdou do pai o gosto pelos vinhos. “Aos 21 anos, bebi mi-nha primeira taça e, desde então, me interesso por esse universo que esti-mula nossas amizades, nosso paladar e acaba despertando nosso interesse pela gastronomia”, conta.

PREÇO NÃO É SINÔNIMO DE QUALIDADEO engenheiro Luiz Carlos Durão, de 34 anos, também está envolvido com o universo do vinho há pouco tempo, aproximadamente cinco anos. Segundo ele, nessa época escolhia o vinho pelo preço. “Comecei com vinhos de R$20, R$30. Com o tempo e o conhecimento, deixei de selecioná-los pelo preço e pas-sei a analisar os rótulos”, lembra, acres-centando que nem sempre o preço está atrelado à qualidade do produto.

Os irmãos Edson e Eduardo Zukeran concordam com Luiz Carlos, acrescen-tando que já saborearam rótulos mais caros que outros e preferiram os mais baratos. Donos de adegas que contêm,

aproximadamente 70 e 130 rótulos, res-pectivamente, os irmãos concordam que o diferencial da bebida é o fato dela nun-ca ser a mesma. “O vinho sempre será diferente. Nunca será igual para duas pessoas que estejam saboreando o mes-mo rótulo e, com o tempo, sofre varia-ções. Assim, uma garrafa que abri hoje, pode ter sabores e texturas diferentes daqui há dois anos, por exemplo”, deta-lha o executivo Edson Zukeran.

Intrigado com a variedade de sa-bores que um mesmo vinho pode ter, Eduardo passou a comprar vinhos de guarda. “A maioria dos vinhos são para consumo imediato, se passar mui-to tempo acabam virando vinagre. Já os vinhos de guarda têm grande poten-cial de envelhecimento, ficando melho-res com o tempo. Com a gravidez da minha esposa, adotei o hábito de com-prar estes tipos de vinho que serão de-gustados em ocasiões especiais, como o aniversário de 15 anos de minha fi-lha, sua formatura e casamento. Isso, certamente, dará um sabor ainda mais especial ao vinho, pois ele foi guardado por tanto tempo para celebrar aquela ocasião”, explica o cardiologista.

Bom entendedor de vinhos, o fran-cês Didier Chasco, que está há nove anos

no Brasil, acredita que o clube ampliará seu conhecimento por vinhos de outras localidades. “Por nascer próximo a uma região vinícola, sempre consumi vinhos. Aqui, espero ampliar o conhecimento por vinhos da América Latina e acredito que isso será possível graças ao João que nos explicará sobre safras e uvas. Além disso, o clube nos proporciona momen-tos agradáveis”, conta o francês.

Em sua primeira participação, Glau-co Lopes parabeniza a inciativa do Clube do Vinho, pois, além de estudarem uma bebida saudável, os encontros promo-vem a integração das pessoas. “O vinho entrou em minha vida através do meu pai, que passou essa cultura para seus filhos. Aqui, podemos observar que ocorre o mesmo, pais e filhos, irmãos e amigos confraternizando em torno de uma bebida tão saudável”, aponta.

BOA COMIDA E TAÇAS CHEIAS, MAS NÃO É UMA FESTAPara que a degustação seja feita por to-dos, geralmente é servida uma garrafa por integrante, sendo que cada um sa-boreia uma taça de cada rótulo. Além disso, como o vinho está diretamente atrelado a uma boa comida, o grupo contrata um chef por evento. Desta vez, eles aprenderam como preparar um

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Apesar de ser restrito aos homens, a quarta edição da confraria foi destinada às esposas, que aprovaram a fundação do clube

bom churrasco com um consultor uruguaio, que serviu a pi-canha Black Angus, feita com carne de Angus negros criados soltos, o que garante mais sabor ao corte.

Munidos de taças cheias, os participantes desmitificam a ideia de que o evento é uma festa. Para tranquilizar as espo-sas, que ficam em casa toda primeira terça-feira do mês, a quarta reunião do grupo foi dedicada a elas, que puderam participar e conhecer um pouco mais sobre o Clube do Vi-nho de Macaé.

“Nossas reuniões são restritas à mesa, quando o somme-lier abre a garrafa e explica seus sabores e notas. As trou-xemos neste encontro para que elas possam ver que não é nada demais. Apenas um grupo de amigos envolvidos com o estudo do vinho”, reforça Nigel Massiah.

“Além disso, fazemos com que elas também se interes-sem por esse universo para que possamos apreciar a bebida juntos”, acrescenta Luiz Carlos Durão.

Casada com Eduardo Zukeran, a médica Marcela Zuke-ran, de 29 anos, apoia a formação do grupo. “O clube apro-ximou os componentes, virando um momento de confra-ternização. Além disso, é uma forma de se aprofundarem num universo em comum. Os encontros ocorrem cedo e têm como regra acabar até a meia-noite, o que nos tran-quiliza. Além disso, restringem o consumo da bebida para aquele momento”, aprova a médica e também admiradora de vinhos, dando uma explicação mais detalhada sobre os vinhos de guarda comprados pelo seu marido. “Certamen-te, irei saborear cada garrafa com ele.”

PRÓXIMOS PASSOSMais do que se limitar ao grupo, o Clube do Vinho de Macaé tem como objetivo levar o conhecimento a outras pessoas, despertando o interesse da sociedade macaense. “Quando estivermos estruturados, iremos ter uma sede própria para que possamos tem um maior número de componentes, que deve chegar, no máximo, a 30 pessoas. Depois disso, pre-tendemos fazer eventos, trazendo sommeliers renomados, realizando festivais, e ministrar cursos. Tudo isso, destinado a pessoas que querem mais do que beber vinho, mas enten-der a bebida. Para isso, já estamos criando uma logomarca, lançaremos um site e teremos taças personalizadas”, con-clui Luiz Carlos Durão.

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MATÉRIA DE CAPA

TREKKING,A NATUREZAAOS NOSSOS PÉS

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Praticantes do esporte descobrem nas caminhadas ecológicas asbelezas naturais deMacaé e região

Domingo, cinco da manhã. Hora de acordar, arrumar a mochila, cal-çar um tênis confortável, vestir uma roupa leve e encarar uma trilha de 6km. Dentro da mochila roupa seca, barras de cereais, frutas, água, protetor solar, repelente, boné e câmera fotográfica.

Essa é a rotina dos amantes do trekking, uma modalidade es-portiva e recreativa que vem atraindo cada vez mais adeptos em Macaé. No roteiro, trilhas por áreas descampadas, matas, riachos e picos. Alguns deles, inclusive, pon-tos turísticos da cidade e também da região.

O contato com a natureza é o maior atrativo para os praticantes do esporte. Basta iniciar uma conversa com um deles, para logo ficar tentado a participar de uma aventura. Por isso, a revista DiverCidades saiu da sala com ar-condicionado, calçou o tênis, caiu da cama às cinco da madrugada e vivenciou um pouco desta experiência única, para dividir com seus leitores.

Por: Júnior Costa • Fotos: Trilhar Aventuras / Ponto de Aventura

Na trilha da Pedra da Roncadeira, o grupo Trilhar Aventuras foipresenteado com o deslumbrante visual da serra macaense com a represa de Conceição de Macabu ao fundo

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O destino, Arranchadouro, uma trilha de 6,11km, na localidade entre o Frade e o Sana, dois dos principais distritos da região serrana de Macaé. Foram 20 participantes guiados por Erik Johansson, fundador do grupo Ponto da Aventura. No caminho, o primeiro desafio, passar no meio de um pasto e por um grupo de vacas com cara de poucos amigos. Um peão precisou intervir e tocar parte do re-banho do caminho.

Daí para frente, foi emoção e adre-nalina. Esquivar de espinhos, pular nas-centes, desviar de árvores e troncos ca-ídos, se embrenhando na mata. Mas, a

“COMECEI NO

ESPORTE, HÁ DEZ

ANOS, POR QUERER

TER CONTATO COM

A NATUREZA E ME

APROXIMAR MAIS

DELA. NOS

ENCONTRAMOS

TODOS OS FINS

DE SEMANA E NOS

FERIADOS PARA

ATIVIDADES COMO

TRILHAS, TREKKING

E OUTRAS

AVENTURAS...”ERIK JOHANSSON

A trilha do Arranchadouro, entre o Frade e o Sana é uma das opções feitas pelo grupo Ponto da Aventura

primeira parada recompensou a metade do percurso. Uma pequena cachoeira, entre pedras e matas, de água cristalina.

“Pessoal, aproveitem. Descansem, lanchem e tomem banho à vontade. Temos meia hora para aproveitar essa primeira parada. Depois disso, vamos seguir por dentro do rio até a próxima cachoeira”, avisa o nosso guia.

Hora de voltar a caminhar. Dentro d’água, passando por pedras, galhos, es-pinhos e pedras escorregadias. Tombos e risadas foram inevitáveis. Escorregar por enormes pedras também fazia par-te do pacote. A trilha sonora foi o baru-

Erik Johansson (na frente), é o fundador do Ponto da Aventura e pratica o trekking há 10 anos

Júni

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Na modalidade watertrekking, os participantes atravessam trilhas na mata e passam por pedras em córregos e cachoeiras

lho da água e os pássaros cantando. Coube ao sol o desenho entre as árvores apontando o caminho a seguir. Uma hora depois, já estávamos na cabeceira da cachoeira com corren-teza forte e convidativa. Achar a forma de descer entre a mata e não escorregar foi o maior desafio. De longe, pare-cíamos um bando de calangos ao sol se bronzeando, mas de perto, os mais corajosos viram a força da água e temperatu-ra de fazer arrepiar antes mesmo de ter a pele molhada. O repórter, bem, esse preferiu registrar e admirar a coragem dos poucos que se atreveram a subir entre as pedras e sentar sob a queda d’água.

“Comecei no esporte, há dez anos, por querer ter con-tato com a natureza e me aproximar ainda mais dela. Nos encontramos todos os fins de semana e nos feriados para atividades como trilhas, caminhadas, trekking e outras aven-turas como slackline, andar de patins e skate”, explica Erik.

Júnior Costa

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“MINHA PRIMEIRA TRILHA FOI PARA A CACHOEIRA DAANDORINHA, NO SANA. NÃOACREDITAVA MUITO QUANDO FALAVAM DO QUE VIAM LÁ. NÃO DÁ PARAEXPLICAR ESSASENSAÇÃO,REALMENTE. ÉPRECISO IR ATÉ LÁE VER DE PERTO”PEDRO MATHEUS FREITAS

Na trilha do Peito do Pombo, no Sana, os praticantes saem de madrugada para ver o sol nascer da pedra

Trekking é uma palavra de origem sul-africana e quer dizer caminhar junto aos trilhos. O conceito, no entanto, nos dias atuais, vai muito além do significa-do da palavra. A história acima, inclusi-ve, deixa isso muito claro. Os encontros da turma do ‘Ponto de Aventura’ são organizados com antecedência, com ca-lendário fechado e trilhas definidas com meses de antecedência.

Além de ter história para contar, os participantes garantem fotos incrí-veis. Dez anos após começar sozinho, Erik disse que a motivação em conti-nuar vem do crescimento do grupo e do contato constante com a natureza. Por isso, ele faz questão de comparti-lhar experiências com outras pessoas e tentar atrair novos adeptos. Porque, segundo ele, não há contraindicação.

“O que me motiva é o contato com a natureza que é indescritível. Atual-mente, o que tem motivado a propor atividades e trilhas diferentes é o cres-cimento do grupo. Ver pessoas se mo-tivando, criando corrente, trazendo no-vos adeptos. Juntos, vamos planejando novos destinos”, comenta o guia.

Em dez anos de experiência, o que não falta para Erik são histórias para contar. Sustos, no entanto, também fa-zem parte da memória do guia. “Uma vez, na subida para o Pico do Peito do

Pombo, nós não conseguimos concluir a trilha. Isso aconteceu porque uma pessoa passou muito mal e voltamos. Ela era experiente e tinha ótimo con-dicionamento físico, mas comeu um bolinho de bacalhau e não conseguiu terminar a trilha. Tivemos que improvi-sar uma maca e trazê-la de volta. Nesse período todo, foi o único momento di-fícil pelo qual passamos”, relembra.

Praticar o trekking em grupo é fundamental por situações como es-sas, segundo Erik. Em momento de dificuldade, lesão ou acidentes, estar em grupo faz a diferença. O discurso foi adotado depois de fazer uma trilha sozinho e à noite.

“Pouco antes de ter a ideia de criar o grupo, no início deste ano, subi o Pico do Peito do Pombo. Foi uma noite de lua cheia, cheguei ao topo por volta das quatro da manhã e vi o nascer do sol lá de cima. Foi um momento único, espetacular. Encarei o desafio de fazer a trilha sozinho, mas isso não deve ser feito”, alerta.

A sensação de ver o nascer da ma-nhã ou de testemunhar o surgimento da lua cheia fez com que Pedro Ma-theus Freitas, de 19 anos, entrasse para o grupo. Ele é o caçula da turma, fez apenas quatro passeios, mas foi o sufi-ciente para se encantar e garantir que

Fábi

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não vai mais parar. Pedro disse que se soubesse como é bom ter contato com a natureza e ver de perto um amanhe-cer já teria iniciado a atividade há muito mais tempo.

“Comecei para ter contato com a

natureza, assim como todos nós, creio. Minha primeira trilha foi para a Cacho-eira da Andorinha, no Sana. Não acredi-tava muito quando falavam do que viam lá. Não dá para explicar essa sensação, realmente. É preciso ir até lá e ver de perto. A caminhada é longa, mas o gru-

Joanna faz medicina pela Uerj, no Rio de Janeiro, e tem rotina intensa de estudos

po é bom e sempre nos motivamos. Me sinto muito bem fazendo trekking porque saio de casa, conheço pessoas novas e ainda pratico atividdade físi-ca”, comenta Pedro.

Essa sensação de liberdade e o contato direto com a natureza é o que liga os aventureiros de diversos grupos. As diversas histórias para contar ficam cravadas na memória. Quando isso é documentado então. Basta uma folheada no arquivo de 1989, para várias histórias surgirem e gargalhadas acontecerem.

É assim com Léo, Magoo e Caoca. Ou Leonardo Ramos, Carlos Magno e Luis Eduardo, como foram batizados e registrados. Porém, os nomes for-mais não são conhecidos pelas trilhas do Rio. Léo e Magoo são amigos des-de a infância e Caoca surgiu ao longo da vida. São parceiros de trilha desde 1989, quando tiveram a ideia de criar o ‘Trilhar Aventuras’, grupo que já che-gou a ter mais de 200 integrantes.

Hoje, o Trilhar Aventuras está se reorganizando e possui 60 integrantes em atividade. Além de fazer os picos e trilhas mais conhecidas na cidade, também organiza passeios pela região, por todo o país e até para o exterior. A Pedra Riscada, em Lumiar; a Serra

A cachoeira da Andorinha, no Sana, encanta seus visitantes. A caminhada é longa, mas compensa

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Léo, Magoo, Paulo e Caoca fazem parte do Trilhar Aventuras,grupo que existe desde 1989

“APESAR DE JÁ SER

CONHECIDA PELOS

MORADORES DA

REGIÃO, A TRILHA

DA JANELA DO MAR

FOI CONQUISTADA

PELA GENTE COM

MUITO TRABALHO

E PACIÊNCIA.

FORAM QUATRO

TENTATIVAS PARA

CHEGARMOS AO

OBJETIVO FINAL”LUIS EDUARDO, “CAOCA”

A “Janela do Mar”. Uma queda d’água de 50 m forma um lago no alto da Serra da Peroba, onde pode-se avistar o litoral

de Ibitipoca, em Minas Gerais; e a Torre Del Paine, no Chile, são alguns dos des-tinos já trilhados pelo grupo.

Mas, o que estes amantes da nature-za gostam mesmo é de desbravar novos roteiros na serra macaense, como a “Ja-nela do Mar”, nome criado pelo grupo para o lago formado por uma cachoeira de, aproximadamente 50m, localizada no alto da Serra da Peroba, que tem 600m de altura. Local registrado na foto do gru-po que acabou ilustrando a capa desta edição. Segundo Caoca, em dias claros, a cachoeira pode ser avistada de alguns pontos de Macaé. Pela foto, a sensação

que se tem é de uma piscina de águas transparentes com fundo infinito, mas com uma vista privilegiada da Serra do Carijó, ao lado esquerdo, e do litoral ma-caense ao fundo. “Apesar de já ser co-nhecida pelos moradores da região, a tri-lha da Janela do Mar foi conquistada pelo grupo com muito trabalho e paciência. Foram quatro tentativas para chegarmos até o objetivo final. Batizamos o feito de ‘Operação Quati’, em homenagem ao nosso guia local, que tinha como apelido o nome do bicho”, comenta Caoca.

Histórias engraçadas, de tirar o fô-lego, são com eles mesmo. Foi só per-

Algumas trilhas exigem mais preparo dos participantes, como a da Pedra Riscada, em Lumiar

Carlos M

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Luis Eduardo

Luis

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Todo esforço tem sua recompensa. O contato direto com a natureza encanta os participantes, como nesta pedra aquecida pelo sol, na trilha da Pedra da Roncadeira

guntar se eles se lembravam da primeira trilha feita juntos para começar a sessão de gargalhadas. Caoca foi logo se lembrando da primeira vez, após três tentativas frustradas, de subir o Morro São João, pico rochoso de 816 metros de altitude, considerado como um vulcão extinto, capaz de ser visto de Macaé, Rio das Ostras e Cabo Frio.

“Tentamos três vezes e nada. Andamos muito nas três oportunidades e nunca conseguimos chegar até o pico, nem perto dele. Uma vez, fiquei sabendo de um grupo do Rio que iria subir. Ficamos esperando, vigiando quando começariam a trilha. De repente, aparecem uns caras de bermuda, chinelo de dedo e camisa regata. Não acreditáva-mos que iriam chegar ao local onde não conseguimos. No início da trilha, eles afastaram uma moita e atrás dela estava o caminho certo para o Morro São João. Rimos muito e ficamos bravos ao mesmo tempo, mas conseguimos final-mente chegar até o pico”, recorda Caoca.

Léo e Magoo também guardam uma história em espe-cial. Foi durante a madrugada, no topo do Pico do Peito do Pombo. Léo conta que foi acordado pelo amigo apre-ensivo. Tinha visto uma coisa estranha próximo ao acam-pamento, com dois olhos brilhantes.

“Magoo estava tremendo, agitado. Apontou para uma moita perto da trilha e disse que tinha uma ave que bri-lhava no escuro. Logo imaginei ser uma brincadeira dele. Olhei para a moita e também vi. Me arrepiei na hora, pois lembramos do filme Predador, que estava em cartaz na época e ficamos a noite toda em claro, sem coragem de dormir. Pela manhã, tomamos coragem e fomos ver o que era. Quando chegamos perto, vimos que era um plástico colorido, agarrado na moita, sendo balançado pelo vento e refletindo a luz da lua cheia”, lembraram aos risos.

Mas é Magoo quem tem um carinho especial pelo Pico do Peito do Pombo. Afinal, foi durante a trilha Cachoeiras do Sana, que ele conheceu a esposa Alba Valéria. Os dois

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MORRO SÃO JOÃOPossui 816m de altitude. Do topo, po-dem ser vistos os municípios de Rio das Ostras, Cabo Frio e Búzios. São cerca de 2 horas e 45minutos de caminha-da na Mata Atlântica nativa O nível de dificuldade é moderado. Muitos rios e água de nascente refrescam o calor da caminhada. As saídas, sob agendamen-to, costumam ser às 7h, a partir da Fa-zenda São João, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural.

PEDRA DA RONCADEIRAPossui pouco mais de 1.300m de altu-ra e tem como característica o baru-lho que o vento faz ao bater na pedra. Parece um ronco de uma pessoa dor-mindo. Como venta muito no local, os guias recomendam atenção redobrada durante a trilha, com duração de cinco horas. A caminhada leva em média 1 hora e 40minutos e o nível de dificulda-de é moderado.

continuam caminhando e desbravando juntos as trilhas e a vida. “Conheci mi-nha esposa durante a organização da trilha para o Peito do Pombo. Estamos juntos até hoje e ela continua fazendo trilha comigo”, lembra Magoo.

PICOS MAIS CONHECIDOS

PICO DO FRADECom 1.429m é o maior pico do municí-pio e o mais concorrido entre os trilhei-ros. A beleza natural da pedra pode ser vista do litoral macaense e, no passado, foi referência para navegantes, segundo a história da cidade. O Pico do Frade fica a 56 km do Centro. O tempo de trilha para chegar até o ponto mais alto é de três a cinco horas e o nível de difi-culdade é considerado alto, de acordo com os guias.

PICO DO PEITO DO POMBOVisto por alguns ângulos, o pico tem o formato de um pombo pousado sobre uma rocha. Possui 1.120m de altitude e fica no Sana. Para chegar ao local é pre-ciso seguir trilhas entre mata fechada e rios. O tempo estimado de percurso é de três a seis horas de caminhada em ritmo moderado e o nível é considerado entre médio e difícil.

PICO DA BICUDA GRANDEO tempo estimado para chegar ao topo é de três horas. O pico possui aproxima-damente 1.200m de altitude e, segundo o guia Erik Johansson, o nível de dificul-dade da trilha é moderado, de caminha-da leve, sem muitos obstáculos. PICO DA BICUDA PEQUENAPossui pouco mais de 1.100m de altitu-de e tem como característica a subida em campo aberto, alguns pontos de mata e riachos. O tempo de trilha é de três horas e o nível é considerado difícil.

O Pico do Frade é uma das maiores referências da região serrana de Macaé. Esta é a sua face vista da trilha da Pedra da Roncadeira

O Peito do Pombo é uma formação rochosa intrigante e que chama muito a atenção, mesmo à distância

O grupo Trilhar Aventuras também organiza viagens pela região e por todo o Brasil, como a trilha da Pedra Riscada, em Lumiar

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Trilhar Aventuraswww.facebook.com/trilharaventuras

“CONHECIMINHA ESPOSA DURANTE AORGANIZAÇÃODA TRILHA DO PEITO DO POMBO.ESTAMOS JUNTOS ATÉ HOJE E ELA CONTINUAFAZENDO TRILHA COMIGO”CARLOS MAGNO “MAGOO”

CONTATOSPonto da Aventurawww.facebook.com/pontodaventura

A chegada ao cume é sempre festejada como mais uma conquista do grupo Trilhar Aventuras, como na Pedra da Roncadeira

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COMPORTAMENTO

MÚSICA, UMA ETERNAPAIXÃO

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Profissionais de sucesso,apaixonados pela música têmno hobby uma válvula deescape do estresse diário

Por: Júnior Costa • Fotos: Alle Tavares

Quase todo adolescente já sonhou, um dia, ser músi-co e ter uma banda. Reu-nir os amigos para ensaiar na garagem da casa dos

pais. Seguir os passos dos ídolos seja cantando ou tocando um instrumento musical. Usou roupas personalizadas e se imaginou tocando para uma multidão de fãs. Mas nem sempre a vida acontece do jeito que se imagina, e as necessida-des e os compromissos acabam adiando os sonhos e redirecionando o destino e os planos, com cursinho, faculdade e emprego. No entanto, existem pessoas que, mesmo com essa mudança inespe-rada, mantém a paixão pela música viva, tocando com sua banda numa atividade paralela, tocando na noite ou em even-tos específicos.

Bancários, empresários, advogados ou engenheiros. Não importa o rumo profissional escolhido ou o estilo musi-cal preferido, uma coisa os liga: a pai-

Na foto ao lado, Adryano Lustoza mostra a sua guitarra autografada pelo saudoso amigo Celso Blues Boy. Acima, com a sua banda Sanctuarium, comemora onze anos de estrada

xão pela música. Outra característica que aproxima os músicos é o inexplicá-vel. Isso mesmo! Tente perguntar a um músico qual a sensação em tocar ou cantar mesmo depois de dez, 12 horas de trabalho.

Não foi difícil descobrir estes per-sonagens na cidade, cada um possui uma história peculiar com a música, mas todos são ligados por essa sen-sação de amor pela mistura de letra, acordes e melodias.

ADRYANO LUSTOZA, EMPRESÁRIO

Adryano Lustoza foi um dos tantos que foi seduzido pelas dedilhadas de uma guitarra, se apaixonou e decidiu ter uma banda. Os dias são divididos entre os compromissos do seu negócio, de ven-das e serviços de impressoras, que ga-rante o seu sustento e o som das seis cordas de aço, sobre o corpo escultural de madeira, sua inseparável guitarra.

“A MÚSICA ÉIMPRESSIONANTE. ELA FEZ COM QUE MEU ÍDOLO SETORNASSE MEU AMIGO. FIZEMOSDIVERSAS ABERTURAS DE SHOWS PARA O CELSO BLUES BOY. DEPOIS DE UMTEMPO, DIVIDIMOS O MESMO PALCO. NO CAMARIM, COMBINÁVAMOS AS MÚSICAS QUE TOCARÍAMOS.”ADRYANO LUSTOZA

“Todos os integrantes da nossa ban-da, com exceção do vocalista, possuem atividades principais. São executivos de multinacionais e têm na música a sua válvula de escape. Como todos nós, a vontade de ter uma banda e viver de música, surgiu na adolescência. Acabou que o destino não quis assim e segui-mos nossos caminhos, cada um com uma faculdade, carreira e compromis-sos, mas tendo a música como hobby. Apenas viver de música que ficou em segundo plano”, conta Adryano.

Até que o destino não foi tão cruel assim com o empresário e seus ami-gos. Mesmo com cada um exercendo atividades diferentes, os cinco amigos formaram a Sanctuarium. Já são três DVDs gravados, agenda de shows e re-conhecimento do público em 11 anos de carreira.

“Quem ouve a Sanctuarium tocar, está vendo um clássico com a nossa rou-

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pagem, com muito carinho no preparo das músicas e dos arranjos. O nome da banda faz jus ao que fazemos com o pal-co, nosso santuário”, revela Adryano.

O primeiro contato com a música foi em um circo assistindo a um show de Celso Blues Boy. Ídolo que anos mais tarde se tornou amigo e parceiro nas apresentações em Macaé e pelo país, em encontros de moto clubes.

“A música é impressionante. Ela fez com que meu ídolo se tornasse meu amigo. Fizemos diversas aberturas de shows para o Celso Blues Boy. Depois de um tempo, dividimos o mesmo palco. No camarim, combinávamos

“NUNCACONSEGUIREI SERUM VERDADEIRO BLUESMAN. TENHO CONSCIÊNCIADISSO. PORQUENUNCA VOUCONSEGUIRABANDONAR MINHA ESSÊNCIA DE HEAVY METAL. MAS O BLUESÉ OUTRA PAIXÃO ADOTADA DESDE NOVO E ME FAZMUITO BEM”EVANDRO MONTEIRO

as músicas que tocaríamos. Ele se foi cedo, mas está muito vivo para nós porque foi um dos maiores guitarris-tas do mundo. Dividimos o palco pela primeira vez em 2010 e tenho orgulho de ter minha principal guitarra assina-da por ele. Música é meu coração. Se parar de tocar acho que meu coração para também”, lembra emocionado.

EVANDRO MONTEIRO, FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Outro personagem que foi seduzido pelas cordas de aço foi Evandro Mon-teiro. Imagine um jovem de 20 anos, trabalhando em um emprego de ve-rão, com o objetivo de comprar uma

Evandro (de blusa preta ao fundo), divide sua paixão pela música entre as aulas de guitarra e a participação em duas bandas. Ao lado, com a banda Back in Blues

Arquivo Evandro M

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guitarra, mesmo sem saber tocar. Evandro passou por isso e decidiu comprar o instrumento após ouvir solos de rock, na década de 1980. Na fase áurea do estilo musical, o jovem foi influenciado pelo som de AC/DC, Black Sab-bath, Iron Maiden, Led Zeppelin, Van Halen e antecesso-ras, como o Creedence.

“Quando ouvi o som de uma guitarra pela primeira vez, sabia o que faria. Comprei minha primeira guitarra com 20 anos. Minha mãe me ajudou a pagar as últimas prestações. Era muito vagabunda comparada aos instru-mentos de hoje em dia, mas deu para fazer um som le-gal”, lembra Evandro, que se sente um menino quando fala de música.

Aliás, o instrumento não saiu das mãos dele um se-gundo sequer durante a entrevista. Mas pudera, a pri-meira, ele sabe muito bem como teve que fazer contas para comprar.

“Fui caixa em um restaurante de uma prima por três meses. Juntei dinheiro durante esse período, no verão, para conseguir comprar minha guitarra. O engraçado dis-so tudo é que não sabia tocar. Era tudo na adivinhação porque também não tínhamos internet e acesso às notas. Quem tinha MTV (canal de música e clipes), na época, ain-da tinha noção. Por isso, corríamos para a casa dos amigos que tinham o canal para aprender”, relembra.

Pouco mais de 30 anos se passaram e Evandro continua com a expressão do adolescente que comprou a guitarra aos 20. Basta falar de música e o sorriso estica o rosto. Conseguiu viver de música por um tempo. Passou por vá-rias experiências e bandas. Fez amigos, aprendeu e ensi-nou. Atualmente, continua se dividindo entre as funções de bancário, na agência da Caixa Econômica, no centro de Macaé, dando aulas de guitarra, ensaios e shows com as bandas Back in Blues e Jack Soul Vinil.

O estilo, assim como os cabelos, mudou. O heavy me-tal do início de carreira deu lugar ao blues. Bem, não é que deu lugar, mas Evandro adotou o novo estilo e com ele segue nas duas bandas.

“Nunca conseguirei ser um verdadeiro bluesman, te-nho consciência disso. Porque nunca vou conseguir aban-donar minha essência de heavy metal. Mas o blues é outra paixão adotada desde novo e me faz muito bem”, revela o músico e professor.

GUSTAVO GUSMÃO, ADVOGADO

Outro que viveu da música por alguns anos foi o advo-gado Gustavo Gusmão. Foram dez anos dedicados ex-clusivamente à música. Shows, viagens, cachês e brigas fizeram parte da rotina do músico que começou a se envolver com o teclado aos 12 anos. A influência veio de dentro de casa. O avô era violonista e a música estava sempre por perto.

A música continua no dia a dia, porém com o cunho social. Há três anos, está na procuradoria da Prefeitura de Macaé. Presta consultoria técnica na área de licitações, convênios e contratos. É dele a responsabilidade de mon-tar pareceres técnicos sobre as mais diversas contratações de produtos e serviços feitos pelo município.

São mais de oito horas por dia sobre pilhas de proces-sos, leis e normas jurídicas. Expediente encerrado, ele re

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Atualmente, Gustavo divide o tempo entre o eu estúdio, os palcos e a Procuradoria do Município

“TENHO SEMPRE

PRAZER DE TOCAR,

INDEPENDENTE DO

CANSAÇO DO DIA

A DIA. O MÚSICO

SEMPRE VAI CRIAR

A OPORTUNIDADE

PARA TOCAR, SEJA

NA HORA DO

ALMOÇO OU FIM

DE SEMANA. ESTOU

SEMPRE ENVOLVIDO

COM MÚSICA”GUSTAVO GUSMÃO

nova a energia com o teclado e o piano vertical que tem desde menino.

“Nasci em uma casa muito musical. Meus pais não são músicos, mas meu avô era violonista. Minha casa sempre tinha festas regadas a muita música. Na adolescência, me envolvi com pessoas interessadas em música. Até a faculdade era um hobby, mas ganhava dinheiro. Fiz parte da banda Domínio e vivi exclusiva-mente de música por dez anos, depois de concluir a faculdade”, conta Gustavo.

De ganha pão e fonte de renda, a música passou a ser hobby e motivo para promover ações sociais na igreja, onde Gustavo se converteu.

“Sou cristão e tenho um projeto com outras pessoas. Tocamos para ar-recadar fundos a serem aplicados em

projetos missionários sociais. Há um ano, criamos a banda Real Nova com o foco de captar recursos. Estamos na se-gunda tiragem de duas mil cópias e aju-damos dois projetos sociais em Macaé. Somos profissionais liberais ou funcio-nários públicos. Ninguém vive da mú-sica. É um dom que Deus nos deu que é aplicado em ações sociais”, explica.

Gustavo garante ter a música entra-nhada em seu DNA. Mesmo após um dia intenso de trabalho, ele garante que não há motivos para não tocar, se debruçar sobre o teclado ou o piano de casa.

“Tenho sempre prazer de tocar, in-dependente do cansaço do dia a dia. O músico sempre vai criar a oportunida-de para tocar, seja na hora do almoço ou fim de semana. Estou sempre envol-vido com música. Isso é o que motiva a

Gustavo é tecladista da banda Real Nova, que tem o foco em angariar recursos para ações sociais da igreja

Thiago Castro

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“AS PESSOAS ME OLHAM E NÃOIMAGINAM QUEEU TOCO OINSTRUMENTO. QUANDO EUTINHA CABELO GRANDE, ATÉ DAVA PARA PERCEBER,MAS AGORA, ESTOUESTOU COM CABELO CURTO POR CONTA DA PROFISSÃO”ÉRICK ROCHA

continuar tocando, o prazer. Algumas pessoas possuem hobby por carros, viagens e nossa vocação é tocar, é estar nesse ambiente”, finaliza.

FORMAÇÃO DE NOVOS TALENTOS

Quando o assunto é formar novos talentos, a referência em Macaé é o Carlos da Tom. Nome quase oficial de Carlos Alves, músico, instrumentista e professor, fundador da Tom Escola de Música. Com formação na Escola de Música Villa-Lobos e no Conservatório Brasileiro de Música, Carlos começou a carreira tocando na igreja. Atualmen-te, se divide entre os ensinamentos e apresentações ao lado de alunos. O perfil dos discípulos é o mais variado, segundo ele.

“O público é muito variado. São alunos em busca de atividade extracur-ricular, jovens procurando exercitar ou ter um hobby e até profissionais à pro-cura de aperfeiçoamento com objetivo de gravar um disco. Ensinamos de tudo aqui na escola. Do uso da voz aos ins-trumentos musicais”, comenta.

ERICK ROCHA, ENGENHEIRO

A mais nova joia lapidada por Carlos é o engenheiro Erick Rocha, de 31 anos. Guitarrista, ele tem uma banda com os amigos e se reúne aos fins de sema-na para colocar o hobby em prática. Como a banda precisava de um vocalis-ta, ele se candidatou e arranca elogios do professor.

“Erick é um aluno interessante. É músico, toca guitarra e nos procurou para ter aulas de canto. Ele evoluiu mui-to em um curto prazo. É um aluno com timbre de voz interessante, indo para o agudo e isso é importante para o estilo

de música que ele quer cantar, o rock”, completa o professor.

O engenheiro, cantor e guitarrista começou a relação com a música aos 8 anos. Um vizinho apresentou uma fita cassete com músicas do Iron Maiden e Sepultura, duas bandas de heavy metal. A mãe não gostou muito do som pesa-do que saía das caixas de som e proibiu o garoto de ouvir. Mas não teve jeito e, aos 12 anos, ele foi até uma loja e com-prou um álbum.

“Quando minha mãe viu que não tinha jeito, ela aceitou e comprou uma guitarra para mim. As pessoas me olham e não imaginam que gosto de rock e que toco o instrumento. Quando tinha cabelo grande até dava para perceber, mas agora estou com cabelo curto por conta da profissão”, revela.

Antes de prestar vestibular, Erick até pensou em viver de música, formar uma banda, mas foi só uma fase. De volta à ativa, ele está sendo preparado para enfrentar um desafio proposto por Carlos.

“Será um desafio participar de um festival de chorinho. Carlos propôs isso, ele está me preparando e vou encarar. Minha área é o heavy metal. Fui inspi-rado por grandes nomes como Bruce Dickinson (vocalista da banda Iron Mai-den), mas vamos tocar sim”, promete.

“Já dá para fazer um dueto com ele. É um músico e está evoluindo bem. Es-tará pronto até o dia da apresentação, sem dúvida”, afirma Carlos.

Érick (de lilás a esquerda), com sua banda que faz cover de Black Sabath e Ozzy Osbourne. Contraste do som pesado do heavy metal com a carreira de engenheiro

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BACKSTAGE

O nome faz referência aos bastidores de apresentações cul-turais. Teatro, cinema, música. Tudo o que rola fora do visto oficialmente acontece no backstage. Onde os artistas se encon-tram, trocam ideias, marcam encontros, parcerias e se atuali-zam. Usamos essa expressão para contar algumas curiosidades sobre a carreira dos nossos entrevistados nesta reportagem.

Todos possuem, pelo menos, uma história curiosa nesse universo da música. Umas publicáveis, outras nem tanto. Al-gumas dolorosas e outras tantas hilárias que decidimos por compartilhar, claro, com autorização dos nossos personagens.

Adryano Lustoza tem algumas boas histórias. Desde uma dor de barriga que fez um integrante da banda Sanctuarium descer do palco no meio da apresentação até parar no meio do show para trocar uma corda da guitarra. Mas, a que mais chamou a atenção foi a resposta que ele deu à pergunta se alguma namorada pediu para ele escolher entre a relação ou a música. “Bem, estou no meu segundo casamento. Isso responde a pergunta. Vamos para a próxima”, responde em meio a risadas.

Evandro Monteiro teve um probleminha com uma fã. Não vamos revelar a data do show para não forçar a memó-ria da esposa dele. Mas, foi um dia em que ele se sentiu um galã. “Estava tocando em um evento na Praia dos Cavaleiros, demos uma pausa e fui ao banheiro. Quando estava saindo fui agarrado e empurrado para dentro do banheiro. Uma mulher bêbada queria me agarrar à força, falava que me ama-va. Foi uma confusão danada. Estava acompanhado e ainda bem que minha companheira não viu”, conta.

A mais inusitada foi vivida por Gustavo Gusmão. Ele e a banda tiveram a ideia de se refrescar em um rio, aprovei-tando um pneu furado do ônibus no percurso para mais um show. Só não imaginavam infestar o veículo com pulgas.

“Estávamos a caminho de Madalena, município na Região Serrana do Rio, quando o pneu do ônibus furou. Enquanto esperávamos o conserto, vimos um rio e resolvemos tomar banho, nos refrescar. Descemos uma encosta e mergulha-mos. Quando voltamos, estávamos todos cheios de pulgas. O ônibus ficou tomado e ficamos todos nos coçando. Fizemos o show, mas até hoje não sei o que fizeram com o ônibus”, relatou em meio às gargalhadas.

Erick (à esquerda) faz aulas da canto com Carlos, na Tom Musical

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O baile de formatura doEnsino Médio está ganhandocaracterísticas de festa “top”, com direito a várias atraçõesmusicais e muitos convidados

TENDÊNCIA

Os formandos do 3º ano, do colégio Exame, jogaram o canudo pro alto e celebraram o fim do ensino médio, em grande estilo, em dezembro do ano passado no Tênis Clube

A FESTA VAISER BOA!

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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

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Quando os canudos fazem piruetas no ar e os cole-gas e amigos se abraçam, dá aquela sensação de de-ver cumprido. O 3º ano

do Ensino Médio chega ao fim e, junto com ele, a enorme vontade de come-morar a formatura que marca o fim do ciclo escolar e ao mesmo tempo o pre-núncio da vida universitária. Depois de tanto estudo para passar no vestibular, a garotada quer mesmo é ir pra balada e aproveitar muito a festa com os ami-gos, os pais, a família e tudo o mais a que eles têm direito.

Quem tem, hoje, mais de 30 anos pode achar incomum a festa de forma-tura de 3º ano. Mas, saiba, é cada vez mais recorrente entre as escolas priva-das! Em muitos colégios, está virando uma tradição e, em alguns casos, a ce-lebração ganha novas leituras e caracte-rísticas de grandes produções. Esse é o caso da festa de duas turmas do 3º ano do colégio Aprovado, de Macaé, que está marcada para acontecer em de-zembro deste ano. O evento está sendo produzido para cerca de 600 pessoas, com direito a banda de baile, DJ e MC.

Enquanto os 60 formandos do Aprovado ficam na expectativa, os alu-nos que se formaram em dezembro do ano passado, pelo colégio Exame, olham para as fotos da celebração, cheios de saudades. Laryssa Ribeiro da Conceição Pontes, de 19 anos, fez parte dessa turma que já comemorou a for-matura. Ela foi líder de turma no 2º ano e esteve muito envolvida na preparação e organização do evento.

Brenda (de vestido amarelo à esquerda) recorda com carinho e bom humor os momentos vividos com os colegas

“A FESTA É UM MOMENTO ÚNICOE ACABA SENDO UMA DESPEDIDA PRA NÓS,FORMANDOS.A GENTE REPENSASOBRE ATRAJETÓRIAQUE FEZ AOLONGO DESSES TRÊS ANOS EFECHA COMCHAVE DE OURO”

LARYSSA RIBEIRO

“A festa é um momento único e acaba sendo uma despedida pra nós, formandos. A gente repensa sobre a trajetória que fez ao longo desses três anos e fecha com chave de ouro. Também tem as homenagens aos professores e, com tudo isso, a galera fica mais sentimental. Todo mundo se lembra da festa, é mesmo inesquecí-vel”, fala Laryssa.

A colega de Laryssa, Brenda Viana Nascimento, 18 anos, adora uma agita-ção e também não abriu mão da tradi-ção de celebrar com o baile de formatu-ra. Ela recorda com detalhes de toda a ornamentação e do ambiente montado no Tênis Clube (unidade Centro). “O traje era esporte fino e estavam todos muito elegantes. A nossa festa não ti-nha um tema, mas a decoração era em tons de dourado, branco e vermelho. Tinha muitas flores, uns arranjos lindos em marfim, dourado e vermelho. Teve um jantar tradicional e um cardápio mais jovial com crepe. Contratamos um DJ e também tinha uma mesa cheia de doces”, conta Brenda.

Além das lembranças do glamour que a comemoração propõe, situações engraçadas ficam grudadas na memó-ria. Segundo conta Brenda, logo no início do baile, os alunos programa-ram uma surpresa para os convidados. Cada formando entrava no salão, um por vez, ao som de alguma música que tivesse alguma relação com a história ou traço da personalidade daquele alu-no. Eles faziam uma espécie de perfor-mance como se estivessem se apresen-tando para os convidados. Brenda tem

Para Laryssa, a festa simboliza um momento de despedida e leva todos os formandos a refletirem sobre os três anos que passaram

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Segundo a cerimonialista Ana Paula Anjos, o clima de balada criado na festa do 3º ano é um dos atrativos que mais gera interesse nos alunos

uma explicação singular para o motivo da escolha da música de entrada dela.

“Eu ajudava muito a galera na sala e o pessoal me chamava de mãezona. E eu tinha sempre muitas coisas pra fazer na escola e em casa também. O pessoal me chamava pra alguma atividade e eu falava que precisava ajudar minha mãe em casa e tudo o mais. Então, a galera escolheu pra mim a música das empre-guetes por causa desse meu jeito de cui-dar de tudo”, relata aos risos, Brenda.

A FESTA VAI SER “TOP”A maior parte das festas de formatura do 3º ano, em Macaé, é mais simples. Mas nem por isso, menos especial ou divertida. O mercado de eventos é cheio de novidades e, assim como há al-guns anos as comemorações eram inco-muns e agora não são, pode acontecer o mesmo com o porte das produções. De tradicional e mais simples, as festas estão ganhando super produções e se tornando festas “top”, cheias de atra-ções musicais, com muitos convidados e atrativos diversos.

A festa das turmas do colégio Apro-vado que se formam esse ano são bem nesse estilo. Os números e caracterís-ticas revelam que se trata de um “fes-tão”. Serão cerca de 60 formandos com, aproximadamente, 600 convidados, três tipos de atrações musicais, seis horas de evento (vai das 22h às 4h) e grande es-trutura a ser montada no Quenzas Hall.

Segundo Ana Paula Anjos, cerimo-

nialista e diretora da Win Eventos (em-presas contratada para organizar a fes-ta), a celebração ganhou ares de grande produção. “Trabalhamos com tudo de inovação. A formatura do 3º ano deixou de ser só uma colação de grau e o dia do baile virou uma grande balada para os formandos. Pra Ensino Médio, essa vai ser uma festa “top” que se aproxima da formatura universitária”, fala Ana Paula.

A cerimonialista explicita outros itens que dão a dimensão do evento. O serviço de bufê será completo com entradas, volantes, degustação, ilhas de sobremesa, ilhas de tapioca e open bar. Na parte musical, haverá um DJ, a banda Bicho Solto e ainda um MC famoso, cujo nome não foi revelado porque segundo Ana Paula, os alunos ainda estão esco-lhendo. Para controle do número de pessoas e do serviço de bebida alcoólica, os convidados receberão uma pulseira que identifica os menores e maiores de 18 anos. Em diversos outros aspectos, a festa segue um conceito de personaliza-ção, exemplo disso é a definição de uma temática e slogan para a celebração. As-sim como no caso do MC, esses detalhes são mantidos em segredo. Outra curio-sidade é o uso de backdrop (painel com inserção de logomarcas muito usado atrás de alguém que concede entrevista à imprensa, como os colocados atrás de jogadores de futebol).

“A pista de dança vira uma balada, fica todo escura. Trabalhamos com mui-ta iluminação em LED, tem efeitos es-peciais atrás do DJ, pulseiras em neon.

A formanda Mariana Bittencourt ainda não se deciciu sobre que maquiagem vai usar

“TRABALHAMOS

COM TUDO DE

INOVAÇÃO. A

FORMATURA DO 3º

ANO DEIXOU DE SER

SÓ UMA COLAÇÃO

DE GRAU E O DIA

DO BAILE VIROU

UMA BALADA PARA

OS FORMANDOS.

PRA ENSINO MÉDIO,

ESTA VAI SER UMA

FESTA TOP, QUE SE

APROXIMA DA

FORMATURA

UNIVERSITÁRIA”

ANA PAULA ANJOS

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Então, o clima é todo mesmo de uma balada. O fato de alguns alunos serem menores de idade torna o evento mais esperado porque muitos nunca foram a uma balada, até porque, não têm idade pra isso. Então, para alguns se torna a primeira balada”, esclarece Ana Paula.

ENQUANTO O “DIA D” NÃO CHEGA, ELES IMAGINAMA garotada fala muito sobre o evento e a expectativa é grande, garante uma das alunas que faz parte da comissão organizadora das turmas do Aprovado, Mariana Ribeiro Bit-tencourt. De acordo com ela, a ansiedade maior dos estu-dantes está em torno da parte mais animada, a musical. “O show é o ápice da festa. Meus colegas estão falando muito sobre a atração musical, até porque tudo já está definido e a escolha do MC é a única coisa que está faltando pra gente fechar. Fica todo mundo ligado e quando sai uma música nova, a gente já diz que tem de tocar na formatura”, co-menta Mariana.

Já Pietro Augusto Arenale Sorage, de 17 anos, é mais comedido com relação ao evento. “Não é muito o meu estilo essa coisa de badalação. Mas acho que vai ser legal e divertido porque vai estar todo mundo da sala lá. A melhor parte pra mim é me divertir junto com os meus amigos”, opina Pietro.

Faltando menos de três meses para a festa, o aluno Artur Mussi Luz, de 17 anos, sente o alvoroço em torno da celebração. Ele observa a participação ativa dos colegas dando opiniões e discutindo sobre como será o evento. O estudante também espera muito do show do MC e acredi-ta que esse será o momento de maior agitação. “A gente passa muito tempo estudando, então acho que a festa é momento de espairecer e todo mundo quer festejar jun-to”, conta Artur.

Devido à pressão do vestibular e à rotina intensa de de-dicação na escola, a equipe da DiverCidades questionou Ar-tur se a expectativa da comemoração não o atrapalha nos estudos. “No meu caso, não. Gosto de estudar e não me

Para Ivana Mussi, a festa é uma forma de presentear o filho Artur pela dedicação nos estudos

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envolvi tanto na organização, até por-que tem uma comissão de alunos e de mães que tomam conta de tudo”, fala o estudante.

Para a coreógrafa Ivana Machado Mussi (55 anos), mãe de Artur, a festa não deixa de ser uma forma de presen-tear o filho depois de tanta dedicação com os estudos. “Tem alunos aqui que estudaram junto uma vida inteira, acho que vai ser muito bonito e estou me pre-parando para o lado emocional. Artur fala muito dos professores e acho que vai ser muito especial também para eles. Se os nossos filhos chegaram onde chega-ram, também devemos agradecimento aos professores.”

CUSTO, ARRECADAÇÃO E OS“PAITROCÍNIOS”Os filhos merecem e quem paga a con-ta são os pais, ou melhor, os “paitrocí-nios”! E não sai barato. Uma festa de formatura de 3º ano do Ensino Médio, em Macaé, dependendo do número de convidados e a escolha das atrações, pode ficar entre R$ 140 e R$ 200 por pessoa. Cada turma trabalha de uma forma mas, geralmente, os pais pagam pela comemoração em parcelas dividi-das ao longo do ano.

Para a médica Ana Paula Sorage, mãe do formando Pietro, a iniciativa de fazer o evento é legal, mas ela tem ressalvas sobre os valores. “Acredito

A viagem para Porto Seguro fez parte das comemorações da formatura dos alunos do Aprovado

que algumas coisas são muito caras, tem alguns excessos, considerando a realidade do momento que estamos vi-vendo e o contexto de Macaé. Sei que é importante e vamos adorar a festa, mas as pessoas da minha família são simples, ainda mais o Pietro. Acho que a simplicidade de uma festa de forma-tura não diminui a importância dela”, opina Ana Paula Sorage.

Assim como Ana Paula, o pai de Pie-tro, Augusto Cesar Sorage, também de-

monstra preocupação relativa aos gastos excessivos. Eles querem comemorar o momento com o filho, mas também pen-sam na importância de todos os alunos celebrarem junto, sem excluir ninguém.

Se por um lado o valor é alto, os jovens usam da criatividade para levan-tar fundos para o “dia D”. É tradicional em turmas de universitários promover eventos e atividades com o objetivo de lucrar, o que foi transmitido para as tur-mas do Ensino Médio.

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Para o formando Pietro, se divertir junto com os amigos e a família (o pai Augusto, a mãe Ana Paula e a irmã Lorenza) será a melhor parte da festa

No colégio Exame, por exemplo, as turmas de Laryssa e Brenda fizeram rifas, festas, venderam muitos doces na escola e até um livro dourado pra juntar mais recursos. “A gente teve a ideia do livro de ouro e funcionava assim: cada dia um aluno levava o livro pra casa e tinha a função de pedir dinheiro pro pai, pra mãe e pra família. O problema era passar o livrinho pros outros. Era uma confusão porque ninguém queria pegar o livro”, recorda Laryssa, aos risos.

No Aprovado, a escolha dos estudantes pelo MC teve uma condição, a de que os alunos teriam que arrecadar fundos para contratar o show. “Nós vendemos doces duas vezes por semana e vendemos muito. É muito difícil sobrar. Participamos da festa junina e também teve a venda de rifas, fora os micos”, conta Mariana Bittencourt. Os micos são or-dens dadas aos estudantes para agir ou se vestir de determi-nada forma e quem não obedece tem que pagar uma taxa.

Nos dias de mico, Artur Mussi quase sempre acabava desembolsando. “Eu sou meio tímido, sabe? O mico da tro-ca de sexo (meninos tinham que se vestir de meninas e vice--versa) eu paguei, no mico do nem (tinha que usar roupas bregas) também”, conta.

“Essa história de juntar dinheiro, acho maravilhosa. A responsabilidade deles de conseguir o recurso de outras for-mas é muito importante. E a gente ajuda fazendo doce para eles venderem. O ruim é que eles falam sempre em cima da hora”, fala aos risos, Ana Paula Sorage.

FESTA, VIAGEM OU OS DOIS JUNTOS?É recorrente as turmas discutirem muito se vão comemorar a formatura com festa ou viagem. Alguns optam pela festa, outros pela viagem e ainda tem um terceira opção: a de celebrar com as duas coisas.

Na turma da estudante Mariana, um grupo menor fez uma viagem para Porto Seguro (destino do nordeste conhecido por receber muitos jovens) em julho deste ano. Trinta e três adoles-centes passaram 7 dias na praia e participaram de nada menos que 13 festas. Haja animação e fôlego!

E sabe qual era o principal assunto do grupo, durante os passeios? A festa de formatura. “Lá, a gente só falava disso. A viagem foi muito legal. A galera estava super empolgada

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lha do vestido. Na loja dela, a deman-da por vestidos de baile aumentam no último trimestre do ano. A preferência das formandas é por modelos que va-lorizem o corpo e com muito brilho. A estilista indica que as estudantes tentem antecipar a busca, pois assim conseguem encontrar mais opções e podem ainda pensar em encomendar um vestido. “In-dependente da escolha, acredito que a formanda deve buscar um vestido que respeite a sua personalidade, não usar um modelo porque esse é o estilo que a amiga vai usar e nem se preocupar em usar algo chamativo. Às vezes, menos pode ser mais. E o que vai chamar a atenção vai ser ela se sentir linda com a sua escolha”, orienta Camila.

QUEM QUER FESTA, PRECISA SE PROGRAMARUma festa de formatura reúne muitos fornecedores, profissionais de diversas áreas e exige trabalho intenso para a preparação de tudo. Os adolescentes do Ensino Médio, por vezes, ficam perdidos sem saber como começar a planejar o evento. Segundo a cerimonialista Ana Paula Anjos, quanto mais cedo a turma começar a se programar, melhor.

Confira algumas dicas de Ana Paula para o planejamento da festa do 3º ano:•Comece a discutir sobre a festa no 2º ano;•Defina uma comissão organizadora (de alunos ou de pais);•Verifique quantos formandos querem participar;•Faça uma lista de interesses da turma sobre detalhes da colação de grau e do baile;•Faça, pelo menos, três cotações de empresa especializada em formatura e analise aquela que mais se aproxima do interesse da turma, avaliando o custo--benefício;•Tenha atenção ao ler o contrato da formatura;•Exija reunião com a empresa contrata-da e esclareça todas as dúvidas;•Peça uma cópia do contrato que ficará com o representante da turma;•Estipule com a empresa contratada as datas das reuniões ao longo do ano e so-licite atas de todas as decisões tomadas;•Estabeleça regras para a arrecadação de recursos extras no decorrer do ano.

Depois de toda a organização, é hora de relaxar e curtir com os pais, amigos, colegas, professores e funcionários da es-cola. A festa vai ser boa, muito boa!

“AGORA, BATEU O

DESESPERO. A GENTE

FICA MUITO VOLTADA

PRO VESTIBULAR E

ESQUECE DE

PROCURAR O

VESTIDO. POR

ENQUANTO, AS

MENINAS DA MINHA

SALA ESTÃO

OLHANDO. NINGUÉM

ALUGOU, AINDA”

MARIANA BITENCOURT

A estilista Camilia Siqueira indica às formandas buscar um vestido que respeite a personalidade delas

e a gente ficava conversando sobre as atrações, pensando como ia ser e ba-teu aquele sentimento de formando mesmo. A gente sentiu que está che-gando ao fim”, recorda Mariana.

.Já na sala de Pietro, os alunos es-

tão planejando fazer um cruzeiro no fim do ano. De acordo com ele, a viagem ainda está sendo discutida. “A ideia é passar pelo litoral nordestino,

ir a Ilhéus, por exemplo. Mas isso ain-da não está fechado. Acho que vai ser bem legal”, fala Pietro.

A PRODUÇÃO DELASSe a preparação do evento com toda a estrutura dá muito trabalho, para as for-mandas se prepararem não é muito di-ferente. As garotas se preocupam com o vestido, a maquiagem, o penteado, o sapato e os acessórios. De todos os itens do look de noite de gala, o vestido ganha a maior atenção delas.

“A maior preocupação das meninas era sobre a cor e de não alugar o mes-mo modelo de vestido que as outras. Acabou que todo mundo ficou sabendo como seria o vestido da outra, antes da festa acontecer”, conta Laryssa, às garga-lhadas. Segundo recorda Brenda, sobre os penteados também ocorreu coisa pa-recida. As meninas se falavam para não usarem o mesmo penteado. “A preo-cupação de todas era de ser única. Nin-guém queria ir igual à outra”, diz Brenda.

Para a maquiagem, Mariana já sabe quem vai fazer, mas ainda não se decidiu sobre que cores vai usar nos olhos e nos lábios. Enquanto a definição não chega, ela vai pensando sobre as combinações possíveis. A três meses da celebração, ela ainda não escolheu o vestido. “Ago-ra, bateu o desespero. A gente fica mui-to voltada pro vestibular e esquece de procurar o vestido. Por enquanto, as meninas da minha sala estão olhando. Ninguém alugou, ainda”, comenta.

De acordo com a estilista Camila Siqueira, sócia da Blanc Noivas, as for-mandas deixam pra última hora a esco-

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Já ouviu falar em startup? Aqui em Macaé e região, tem gentebotando fé nessas empresasque surgem a partir deideias inovadoras

São ainda pequenos, mas pensam gran-de. Eles planejam, testam e dão uma lição de estímulo para implantar o novo, acre-ditando quando o resto duvida.

Aqui em Macaé e região tem grupos

apostando firme em inovação, criando startups tecnológicas. As startups são

Começa com uma boa ideia, pouco dinheiro para inves-tir e muita vontade de fazer acontecer. Essa turma se ins-pira em ícones da tecnologia

que revolucionaram a forma como nos relacionamos com as pessoas e o mun-do, por meio dos aparatos high tech.

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

A turma que criou a empresa de impressão 3D sonha em popularizar o acesso à tecnologia. Da esquerda para a direita, Adriana, Murilo, Flávio, e Bruno

TECNOLOGIA

UMA IDEIA NACABEÇA E UMA STARTUP NA MÃO

empresas inovadoras ligadas ao desen-volvimento de projetos, que geralmen-te envolvem equipes enxutas, muitos jovens e baixo capital de investimento.

Assim surgiu a Solid Solutions, em-presa de impressão 3D que fica em Rio das Ostras. O embrião do projeto bro-tou na cabeça de Murilo Medina, estu-dante de engenharia mecânica da UFRJ Macaé, de 19 anos, quando assistia a uma conferência pela internet, sobre impressão 3D. “Poder criar suas ideias, transformar num desenho e materiali-zar isso é surpreendente. Essa capacida-de de materializar coisas deixa a gente apaixonado”, fala Murilo.

Um modelo de turbina da GE foi impresso com objetivo didático. Em empresas de inovação, testar e errar é parte do processo

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A Solid Solutions utiliza um tipo de plástico biodegradável, de várias cores, para imprimir os objetos

Empolgado, o universitário procurou auxílio para transfor-mar o que estava na cabeça dele em realidade e no caminho encontrou Flávio Vallejo, engenheiro que fazia doutorado sobre impressão 3D, de 29 anos. Eles se uniram, convidaram o tam-bém estudante de engenharia mecânica Bruno Magdalão, de 21 anos, e criaram a Solid Solutions. Em 4 meses, eles se organiza-ram, compraram a impressora 3D, o mobiliário para o escritó-rio e estão imprimindo vários objetos. O tipo de impressão que essa turma trabalha utiliza um plástico biodegradável, de cores diversas. Hoje, a empresa conta também com a estudante de administração Adriana Almeida, de 27 anos.

Nesse universo de inovação, errar é parte do processo.

Segundo explica Flávio Vallejo, muitas peças foram impressas em base de testes, seguindo a máxima do aprender fazendo. Atualmente, a equipe já atende demandas reais. “Fizemos o busto da Anna, do filme Frozen, suportes para controles de videogame, o logotipo de uma empresa e dois acessórios para câmera fotográfica Go Pro”, fala Bruno.

Diferente da startup de impressão 3D, a iniciativa do en-

genheiro de produção, analista de sistemas e estudante de ad-ministração Glaydson Maurílio Nascimento Silva, de 40 anos, ainda está em andamento. Ele está gerando um software e aplicativo direcionado para consumidores e empresários. O ponto de partida para a criação surgiu de uma experiência própria em um restaurante de Macaé. Vendo uma pessoa reclamar sobre o serviço, ele se questionou se o dono da empresa receberia essa informação para melhorar o atendi-mento. Então, Glaydson pensou que aquele problema comum poderia ser amenizado se houvesse uma forma de fazer a opinião do cliente chegar a quem gerencia o negócio.

Essa interface é a ideia central do Controle de Melhora de

Qualidade, o software e aplicativo que ele está criando. Fun-ciona assim: o cliente está na loja e quando recebe a conta há um QRCode para baixar o aplicativo. No aplicativo, há vários estabelecimentos credenciados ao sistema. Pelo GPS, o telefo-ne identifica em que loja o cliente está, então ele é convidado a avaliar alguns aspectos do atendimento do local e recebe, em troca, um bônus para usar em alguns estabelecimentos creden-ciados. Para os empresários, a vantagem está em receber as avaliações dos clientes de forma organizada, com estatísticas e dados prontos para ajudar na tomada de decisões.

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Segundo Glaydson, o software já está pronto, mas o aplicativo ainda não e deve ser finalizado até o fim deste ano. “Fiz contato com alguns estabelecimentos, in-formalmente, e vejo que são receptivos à ideia. Eles querem saber se a empresa deles tem bom valor e se interessam pela

Glaydson trabalha para finalizar o aplicativo que vai permitir clientes avaliarem empresas e ainda ganhar bônus

facilidade como tudo vai funcionar”, res-salta Glaydson. Ele vai buscar parceiros em Macaé, empresários de vários nichos do comércio para implantar o projeto. E adianta “o software está preparado para funcionar em qualquer lugar do país”.

INOVAR É PENSAR FORA DA CAIXA Enquanto várias startups tecnológicas surgem em grandes centros do Brasil afora, Macaé e cidades da região vivem uma realidade ainda bem distante, com pouco ou nenhum incentivo.

Os idealizadores da Solid Solutions e

do Controle de Melhora da Qualidade estão pensando fora da caixa e já co-meçam inovando porque enfrentam di-ficuldades, um mercado de incertezas, onde ainda não existe uma cultura de empreendimentos tecnológicos.

“Tem uma frase do Jobs que gos-

to muito, ele diz que as pessoas não sabem do que precisam até que você mostre a elas”, fala Glaydson. “A de-manda por impressão 3D aqui não existe porque as pessoas não conhe-cem e isso não faz parte do cotidiano delas. Então, temos que despertar o mercado”, pontua Flávio Vallejo.

No contexto mundial, a tecnologia

3D não é tão nova assim. Foi criada em 1984 e, em alguns países, já é mais pre-dominante no cotidiano de pessoas e empresas. No caso da Solid Solutions, os quatros jovens estão apostando na cara popular que estão dando à impres-são 3D. Eles querem atingir pessoas, também, com necessidades comuns como impressão de objetos de deco-

ração. Nesse aspecto, eles acreditam estar inovando com a perspectiva de popularizar o acesso à tecnologia.

Sistemas de bonificação e de opi-nião do consumidor também já existem, como o trivago (buscador de hotéis com avaliação dos clientes) e o Bonuz (apli-cativo de bonificação das redes como Spoleto e Koni Store). Glaydson faz uma analogia para explicar o que há de inovador na iniciativa dele. “Já existia o sms (para envio de mensagens) e o mms (para envio de mídia). A grande sacada do WhatsApp foi juntar texto e mídia, tudo num lugar só. No meu projeto, es-tou fazendo a mesma coisa, juntando a parte de avaliação, bonificação e gestão num sistema só”, fala Glaydson.

MACAENSE PRODÍGIO, DE 17 ANOS, CRIA REDE SOCIAL Emanuel Salvatore, de apenas 17 anos, faz parecer quase um passatempo des-pretensioso a árdua tarefa de criar uma rede social. Ele, que é macaense, criou a socialfriends10.com que conta com mais de 800 mil usuários, grande par-te deles da Europa. Impressionante, ele fez tudo isso sozinho e levou cerca de 4 anos para finalizar a rede. O garoto aprendeu linguagens de programação vendo vídeos e lendo tutoriais na inter-net, muitos deles em inglês, mesmo sem dominar a língua. E não parou por aí.

Também criou o site megacloudy10.com, de armazenamento de arquivos. E já tem em mente a criação de outra rede social, voltada para animais. “Es-tou querendo botar um design show, já estou pensando onde vão ficar as fun-ções e tudo o mais”, conta Emanuel.

“Meu sonho é deixar a minha rede

social no topo e fazer todo o mundo conhecer. Vou estudar ciências da com-putação e quero sair do Brasil. Vou para o Vale do Silício - região que fica na Ca-lifórnia (EUA), onde estão as grandes empresas de tecnologia do mundo como o Google, o Facebook e a Apple - quero buscar investidores lá”, diz Emanuel.

Ele planeja sair do Brasil porque sen-te na pele a dificuldade de manter seus projetos e sonhos vivos. Os sites que ele criou são mantidos por ele e a família, com custos de hospedagem e servidor. Emanuel ainda não conseguiu uma forma de comercializar a rede social que criou e depende de mais recursos pra prosse-guir. “Teve um dia que 100 mil pessoas tentaram entrar, ao mesmo tempo, na socialfriends10 e o servidor caiu. Eu acredito que cerca de R$ 25 mil em in-

“A GRANDESACADA DOWHATSAPP FOIJUNTAR TEXTO E MÍDIA EM UM SÓ LUGAR. NO MEU PROJETO, ESTOU FAZENDO A MESMA COISA. JUNTANDO A PARTE DAAVALIAÇÃO,BONIFICAÇÃO E GESTÃO NUMSÓ SISTEMA”GLAYDSON MAURÍLIO

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“MEU SONHO É

DEIXAR A MINHA

REDE SOCIAL NO

TOPO E FAZER

TODO O MUNDO

CONHECER.

VOU ESTUDAR

CIÊNCIA DA

COMPUTAÇÃO E

QUERO SAIR DO

BRASIL. VOU PARA

O VALE DO SILÍCIO”EMANUEL SALVATORE

vestimentos iam me ajudar a comerciali-zar o site, mas conseguir esse valor aqui em Macaé é difícil.”

Emanuel busca inspiração em Steve

Jobs (co-fundador da Apple) para per-

sistir. “Ele criou a Apple na garagem de casa, quando também era jovem. O investimento dele era de risco. Ele en-frentou muitas dificuldades para conse-guir o que queria. E, hoje, a Apple é a Apple”, finaliza.

A rede social criada por Emanuel tem mais de 800 mil usuários, a maior parte deles da Europa

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Quem estudou no Colégio Estadual Luiz Reid, no Gi-násio Macaé, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima)

ou no Instituto Nossa Senhora da Glória (Castelo) entre os anos de 1964 a 1997, certamente compartilhou dos conheci-mentos de português de Maria Victória de Souza Barcelos, eternizada nas lem-branças de seus alunos como Mavi. A DiverCidades homenageia esta grande mestra, resgatando e registrando um pouco de sua história, contada através da família, de colegas de trabalho e de alunas que, de forma unânime, afirma-ram ter sido ela o grande diferencial de suas vidas escolares.

A figura poderosa, imponente, exi-gente e impecável de Mavi ainda povoa as lembranças daqueles que tiveram a grata oportunidade de convívio. Sem-

pre de aparência elegante, com por-tuguês perfeito na ponta da língua e nas lições, a quissamaense, nascida em 1935, teve trajetória profissional e familiar de sucesso, tendo presença marcante por onde passou. Hoje, aos 80 anos, Mavi leva uma vida reserva-da ao âmbito familiar, realidade ainda mais acentuada nos últimos dez anos, quando foi diagnosticada com demên-cia progressiva, que se iniciou por afa-sia crônica progressiva e evoluiu com característica de demência fronto--temporal (complexo de Pick).

PRESENÇA DECISIVA“Falar de Mavi é fazer uma retrospec-tiva da minha história influenciada por essa grande mestra, que delineou meus passos nesse cenário da Língua Portu-guesa. Como mestra, suas atitudes fize-ram-me acreditar que os desafios nos levam a lugares altos. Conseguiu mudar

Por: Luciene Rangel • Fotos: arquivo de família

PERFIL

DONA MAVIElegante e com postura sempre impecável, MavI (à direita), acompanhada por Beatriz Silva e Magdala Moreira da Silva

Eliana Vaz Coelho: “Mavi redirecionou minha vida”

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À mestra, com carinho

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meu olhar. Já havia escolhido a área de exatas e depois de ela apresentar-me o encanto da linguagem fiz a escolha cer-ta da minha profissão: professora de língua portuguesa. E comecei a dar aula no Colégio Estadual Luiz Reid tendo Mavi como bússola para orientar meus primeiros passos. Além de transmitir conhecimento, educava-nos com suas atitudes fir-mes e justas... Verdadeira educadora!”, declarou Eliana Vaz Coelho, ex-aluna e colega de profissão de Mavi. E ela acres-centou: “Até hoje colho os frutos das sementes lançadas por ela em meu caminhar”, emocionou-se.

Eliana foi aluna e colega de Mavi no Luiz Reid. Nos anos em que lecionou na Fafima, foi rendida por Mavi quando em licença-maternidade. E era para Eliana que a mestra encami-nhava os alunos com necessidade de reforço em português.

AMIZADE E RESPEITOE Eliana não está só em sua gratidão a Mavi. Engrossando coro, Rosane da Costa Porto, que foi aluna no curso normal de 1964 a 1966 no Luiz Reid, enfatiza que, no início, houve um certo temor, vencido, rapidamente, pela competência nos ensinamentos.

“Em 64, cursava o primeiro ano do curso normal no Luiz Reid e português era dado por Mavi. No início foi difícil, pois ela tinha uma maneira muito particular de ensinar, mas, com o passar do tempo, percebemos que sua técnica era fabulosa e o temor deu lugar à gratidão”, recorda-se Rosa-ne, que fez prova para magistério do Estado do Rio, com o português sendo decisivo para a aprovação.

Rosane foi da primeira turma que fez, integralmente, o curso normal tendo Mavi como professora e destaca que, na época, um grupo de alunas, temendo a fama de Mavi de professora durona, exigente e que reprovava, optou por cursar o segundo grau em Barra de São João, enquanto ela adoecia toda vez em que era marcada uma prova.

“No segundo ano, o temor passou transformando-se em respeito. Com o tempo, a segurança foi crescendo e por fim ficamos amigas. Mavi era justa e ensinava muito bem. Não tínhamos livros. Era preciso anotar tudo.” E Rosane, moti-vada pelas boas lembranças, recordou-se da turma, mencio-nando algumas colegas, como Claudia Márcia Vasconcelos,

Com o companheiro Caio, ela tem vida conjugal de mais de 50 anos

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Família sempre unida: a matriarca, rodeada pelo marido, filhos Maria Cecília, Sávio e Caio, e netas Marina, Jéssica e Ana Clara

que seguiu os passos da mestra; Alcione Franco; Maria Clara Galiza; Ligia Maria Gomes Martins; Milmar Madureira; Jane Portugal; Lucian Zarour; Maria da Gló-ria Esteves; Vera e Regina Célem.

RECONHECIMENTO EIMPORTÂNCIANesta mesma época, também cursan-do o normal no Luiz Reid, esteve Ma-riza Schueler de Souza, que teve aulas com Mavi no segundo e no terceiro anos e afirma ter sido a mestra, com seus ensinamentos, decisiva no concur-so de magistério.

“Minha turma passou a ter aulas de português com Mavi no segundo ano, o que foi uma mudança brusca. Ela era muito exigente. Sabia português como poucos e posso afirmar que o que sabe-mos da língua portuguesa é graças a ela. Quando concluímos o curso e fizemos o concurso para o magistério, isso em 1965, houve uma ressalva no Diário Ofi-cial referente ao desempenho da nona região, pelo índice de aproveitamento em português, e isso graças a Mavi”, conta Mariza.

Mariza, saudosa, com uma cópia do convite de formatura e fotografias da tur-ma em mãos, recordou-se de suas cole-gas, destacando Hélvia Maria Souza Silva, Magali Pereira Agostinho, Maria Amé-lia Guedes, Lúcia Maria Coelho, Thais Wyatt, Ana Luiza Queiroz Mattoso, Cleil-ce Paula Machado, Dulcília Pereira, Ange-la Frossard e Elizabeth Lacerda Santos.

Alle

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“MINHA MÃESEMPRE FOIEXIGENTE EPERFECCIONISTAEM TUDO O QUE FEZ. NÃO TENHO DÚVIDA QUE ELAFOI UMA MULHERÀ FRENTE DO SEU TEMPO, MODERNA.COLOCOU OSFILHOS PARAESTUDAR FORA,VIAJAMOS MUITO, NOS MOSTROU OPORTUNIDADESE CAMINHOS.”

MARIA CECÍLIA

A Família Barcelos, que fez morada e tradi-ção em Macaé

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TRAJETÓRIA IMPECÁVELA primeira troca de olhares com Caio Barcelos, que aca-bou sendo seu marido, foi durante o casamento do “futuro” cunhado, em Quissamã, no ano de 1948. Após 15 anos de namoro, incluindo mudança para Campos em virtude dos estudos no Liceu de Humanidades, graduação em Letras Anglo-Germânicas no Rio, pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica em 1956 e retorno a Cam-pos para atuação profissional, os jovens casaram-se em 1963. Logo, Mavi conseguiu transferência para Macaé, lecionando no Luiz Reid e iniciando sua trajetória impecável no magis-tério macaense, inclusive como sócia e docente do Ginásio Macaé, juntamente a José Carlos Cunha e outros colegas.

Há uma passagem na carreira de Mavi que poucas pes-soas sabem. Por anos ela ministrou curso informal de por-tuguês para empregados da Petrobras e estrangeiros que chegavam no município para atuar no mercado offshore.

FAMÍLIA UNIDADa união com Caio nasceram Sávio, Vítor e Maria Cecília. Família sempre unida e harmoniosa, que frutificou nos netos Jéssica e Marina, filhas de Sávio e Cristiane; Ana Clara e João Vitor, filhos de Vítor. Isso sem falar no membro extra e de extrema importância para os Barcelos, Gracinha, que entrou na família há mais de 30 anos, passando de secretária a amiga de todas as horas.

“Minha mãe sempre foi exigente e perfeccionista em tudo o que fez. Não tenho dúvida que ela foi uma mulher à frente de seu tempo, moderna. Colocou os filhos para estudar fora, viajamos muito, nos mostrou oportunidades e caminhos. Ao mesmo tempo em que mostrava um universo de possibilidades, era protetora, cultivava momentos em fa-mília como as refeições sempre feitas com todos à mesa. Era a primeira a acordar e a última a dormir”, relata Cecília, que vem dedicando boa parte de seu tempo, nos últimos anos, aos cuidados dos pais, sobretudo da mãe.

Companheiro há quase 53 anos, Caio é enfático ao enal-tecer as qualidades maternas, de esposa e profissionais de Mavi. “Como esposa, sempre foi muito companheira. Como mãe, muito dedicada e atenciosa. Como professora, era em-penhada em fazer o melhor. Como empresária, atuando na São Cristóvão, fazia de tudo, da venda de passagens à

Rosane e Gerlane (sogra e nora), passaram pelas mãos da mestra, pela qual guardam enorme carinho e respeito

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ares“SOU O QUE SOU

PORQUE TIVE A OPORTUNIDADEDE TER D. MAVI COMO MESTRA. ELA ENSINOU QUE TUDO O QUEFAZEMOS TEM QUE SER FEITO COMCARINHO EPOSTURA. HOJE, ENTENDO QUE O RIGOR, ERA UMA FORMA DE NOSDESAFIAR.”

GERLANE MOTA BENJAMIN

contabilidade”, recorda-se ele, citando a empresa de transporte da família.

PONTO FINALQuando Mavi decidiu encerrar, em de-finitivo, sua trajetória em sala de aula, lecionava no Castelo. Já estava aposen-tada de sua matrícula no estado desde 1985, mas mantinha-se na ativa.

Dividia seu tempo entre o magisté-rio e uma nova paixão: a pecuária. Por toda a sua vida, o campo esteve presen-te. A família sempre teve fazenda e tal-vez essa tendência tenha sido adorme-cida por décadas para aflorar quando o fator tempo fosse mais farto. E foi a partir de sua aposentadoria que ela co-meçou a participar de leilões de gado, a dedicar-se mais à fazenda de Quissamã, resgatando suas raízes, sua história.

Na reta final de sua carreira profis-sional, já tendo passado por suas mãos algumas centenas de alunos, ao longo de quatro décadas de magistério, tal-vez ela tenha encontrado uma de suas maiores admiradoras.

“Em 1997, era aluna de D. Mavi no Castelo. Estava no segundo ano quan-do ela anunciou que ia se aposentar. Àquela altura, sendo o segundo ano que já a tinha como professora, fiquei no mínimo triste, pois sabia que eu, mi-nha turma e todas as futuras gerações deixaríamos de conviver com uma ver-dadeira mestra”, compartilhou Gerlane Mota de Araújo Benjamin, que confes-sou ter muitas lembranças do tempo de relacionamento com a professora de português que marcou sua vida.

“Como aluna do Castelo, cresci ou-vindo histórias de D. Mavi, conhecia sua

fama de professora exigente. Sempre fui boa aluna, mas ela abalou minha segurança quando tirei minha primeira nota baixa. Fiquei arrasada e ela per-cebeu. Como estímulo, me presenteou com uma gramática e disse que eu ti-nha potencial. Ela nos desafiava para que déssemos nosso melhor e foi assim que meu temor transformou-se em ad-miração e gratidão”, disse a ex-aluna, afirmando: “Agradeço, no mínimo. Sou o que sou porque tive a oportunidade de ter D. Mavi como mestra. Ela ensi-nou que tudo o que fazemos tem que ser feito com carinho e postura. Hoje, entendo que o rigor era uma forma de nos desafiar. Como mãe, mulher, pro-fissional e cidadã, muitas vezes me es-pelho nela, que foi e sempre será uma grande mestra”, finaliza Gerlane.

Mariza Shueler, ex-aluna, é grata pelos ensinamentos que ainda hoje fazem a diferença

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FAMÍLIAFERREIRACoxinha deGalinha

gados mais vendidos na lanchonete Buraco da Fechadura, inaugurada em 1979, na Galeria Carapebus, no centro de Macaé.

“As receitas tradicionais tinham mui-ta massa e pouco recheio. Por isso, criei uma massa sem batatas e elaborei um recheio de frango simples, mas muito saboroso”, conta, ressaltando que utili-za apenas o peito do frango – desfiado artesanalmente - para o recheio.

Natural de Campos dos Goytacazes, Célia cresceu sem precisar preparar nada na cozinha. Apenas quando abriu

toque retrô entre as atrações gastro-nômicas. Apesar do sucesso, a receita tradicional não agradava a empresária Célia Maria Barbosa Ferreira, 65 anos, que, ao abrir sua primeira lanchonete no Rio de Janeiro, em 1976, decidiu modificá-la. Assim nasceu um dos sal-

Queridinho dos brasileiros, o quitute ganha versão ainda mais saborosapelas mãos de Célia Ferreira

Unanimidade nacional, a coxinha de galinha é um dos salgadinhos mais de-sejados, seja nas lancho-netes, padarias, botecos

ou nas festas. Mesmo em casamentos mais sofisticados, elas figuram como

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

DELÍCIAS DE FAMÍLIA

Célia, Juliana, Edison e Débora revelam os segredos da coxinha de galinha criada há 39 anos

Bem recheado, de acordo com Célia, o salgado deve ser comido sem azeite e sem ketchup

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a lanchonete em sociedade com seu marido Edison Ferreira, começou a frequentar o ambiente. Apesar disso, os dons culinários afloraram e Célia se revelou uma cozinheira de mão cheia. “Quando vou à casa de um familiar, acabo indo para a cozinha, pois eles sempre pedem para comer algo, seja a coxinha, a farofa ou a tortinha de li-mão. E eu adoro estar na cozinha, é o meu lugar predileto da casa”, revela.

Fãs número um da empresária, as filhas Juliana e Débora não escondem o fascínio pelo dom da mãe. As duas

enumeram os diferentes tipos de re-ceita que, além de agradar aos familia-res, fazem parte da cultura macaense. “Todas as receitas da loja foram criadas por ela. É comum encontrar amigos de infância que, sempre que podem, comem algum quitute. Um dia desses, uma cliente disse que estava há anos sem vir à Macaé e que não podia ir em-bora sem comer a coxinha. Ela trouxe o marido e o filho para provarem o salgado que fez parte de sua infância e atestou que o sabor continua o mes-mo”, conta Juliana.

“Nossa mãe é muito cuidadosa com todas as receitas que cria. O incrível é que ela faz tudo de cabeça, seja criando alguma receita ou fazendo adaptações. Por isso as coisas ficam tão saborosas e especiais”, destaca Débora.

“A receita da coxinha de galinha tem um valor afetivo muito grande para nós duas. Ela fez parte da nossa infância. Lembro que usávamos a massa para modelar e, na adolescência, contáva-mos os dias para chegar sexta-feira, pois era quando podíamos saboreá--las”, lembra Juliana.

Revelar a receita do carro-chefe da empresa, não assusta a família. “Não tenho receio de passar a receita, pois o segredo maior está na forma que faço e no amor que tenho ao criar cada item do nosso cardápio”, finaliza Célia, acrescentando que o sabor fica ainda melhor se o salgado for consumido puro, sem azeite e sem ketchup, e se for servido bem quentinho.

Coxinha de galinha da CéliaMASSA

Ingredientes:

•2 copos americanos de trigo;

•2 copos americanos de água;

•Sal a gosto (cerca de 1 colher rasa de chá);

•1 colher sopa generosa de manteiga;

•1 pitada de colorau, apenas para dar cor à massa.

Preparo:

Levar todos os ingredientes em uma panela funda e grossa em fogo baixo, mexer bem até soltar da panela, resul-tando em uma massa lisa e uniforme. É preciso mexer sem parar e com for-ça, para não queimar. Jogar a massa ainda quente em uma superfície pla-na, como um mármore, untada com manteiga. Sovar a massa com a ajuda de um batedor. Separa a massa em três partes pra facilitar o manuseio. Trabalhar com a massa ainda quente ou morna.

RECHEIO

•2 kg de peito de frango;

•2 colheres de sopa de manteiga;

•2 cebolas grandes picadas bem pe-quenas;

Preparo:

Cozinhe o filé de frango em água com sal e desfie bem, de preferência com as mãos.

Derreta a manteiga e acrescente a cebola picada até ficar transparente. Junte o frango e refogue.

Como montar:

Abra a massa com um rolo e utilize a boca de um copo como base de cada coxinha. Utilize a palma da mão como apoio para abrir a massa e acomodar o recheio. Depois de recheada, junte as pontas da massa e feche a coxinha com as pontas dos dedos até formar um biquinho não muito grosso.

Empanar:

•1 clara;

•Farinha de rosca,

Depois de prontas, passe as coxinhas na clara de ovo e depois na farinha de rosca para empanar.

Frite em óleo não muito quente e sir-va quentinha.

•Quer ver como a Célia recheia as co-xinhas? Acesse o vídeo em nosso site (www.divercidades.com) ou em nossa página no facebook (www.facebook.com/grupodivercidades)

Fã de Célia, a família é só elogios. Além da coxinha, o empadão de frango, a farofa e a tortinha de limão estão entre suas receitas favoritas

A empresária começou a cozinhar em 1976, quando abriu sua primeira lanchonete, no Rio de Janeiro

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duro, para mudar o rumo de atitudes e ações como a descrita no início desta matéria. O grupo voluntário começou as atividades em novembro de 2013, logo depois que outro grupo, o PAM – Proteção Animal de Macaé, fechou as portas na cidade.

“Quando encontrei o Branco em um terreno baldio, ele, um Pitbull tão bonito, estava destruído. Levei-o para minha casa, depois para os cuidados da Dra. Paula Costa de Souza, que também é voluntária da Mascote Ani-mal. Mais tarde, descobrimos tudo o que tinha acontecido. Levou uma sur-ra do adversário e logo depois foi des-truído pelo antigo dono. Foi deixado para morrer no meio de lixo. Todos os dias essa história se repete, e animais sofrem por maus tratos. Nosso obje-tivo é conscientizar a população, mos-trar que os animais sentem dor, triste-za. E podemos fazer o bem, ajudando, educando as pessoas que muitas vezes não são más, somente não entendem ou não sabem o que fazer quando a sua cadela fica prenha, por exemplo”, explica a publicitária e estudante de ci-ências biológicas Rejane Esteves, uma das fundadoras do Mascote.

Rejane é natural de Belo Horizon-te, mas já mora em Macaé há 34 anos. Sua avó, dona Maria Madalena, ajuda-va os animais de rua em sua cidade mineira. Legado passado para a mãe de Rejane, Fátima Esteves que, juntas,

vermelho sangue. Se continuasse mais tempo ali, jogado e esquecido, não du-raria muito. Fora criado para ser um va-lente Pitbul de rinha, mas perdeu a luta e seu “dono” o abandonou como um mero papel de bala.

Tentando criar uma nova consciên-cia na estrutura social e histórica de Ma-caé, a Mascote Animal tem trabalhado

Projeto cuida de animais de ruae transforma a realidade de cães e gatos que são abandonados pelos donos

Quando Branco conseguiu abrir os olhos, não re-conheceu o lugar onde estava. Deitado em um monte de lixo, sentia uma

dor descomunal que irradiava por todo seu corpo. Suas patas, quebradas, não respondiam a nenhum estímulo. Cor-tes e escoriações transformaram a sua cor branca em uma mistura horrível de

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

Gislaine, Tassiana e Rejane da Mascote Animal. Hoje, a instituição conta com oito protetores voluntários

PESSOAS

Os animais abandonados são resgatados, cuidados e ficam aguardando a adoção voluntária

MASCOTE ANIMAL

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ela e Rejane se mudaram para Macaé e passaram a desenvolver o volunta-riado aqui na cidade.

“Hoje, estou com 15 cachorros em minha casa. Nosso trabalho é difícil, pois ainda não temos uma sede fixa. Agimos de forma contínua, mas com resultado ainda pequeno. Outro dia, jo-garam um saco de lixo em meu jardim. Quando abri, vi um monte de gatinhos recém-nascidos. Nosso intuito é educar a população. Mostrar às pessoas que em vez de ‘jogar os bichos fora’, elas podem pedir ajuda, podem castrar seus animais”, comenta Rejane.

Hoje, a Mascote Animal conta com oito protetores voluntários, além de pessoas que já adotaram animais cuida-dos pelo grupo e que continuam con-tribuindo com a causa, fazendo doa-ções ou auxiliando a Mascote de algum modo. O grupo trabalha com o método internacional CED – captura, esteriliza-ção e devolução.

A meta do grupo é de esterilizar 20 animais por mês. Com um trabalho seg-mentado, que envolve desde internação veterinária de animais muito debilitados até a fase de adoção e acompanhamen-to, os voluntários também monitoram as colônias felinas da região, que atual-mente estão localizadas nos bairros Ca-jueiros, Centro e Visconde. “Primeiro, nós esterilizamos as fêmeas, depois os machos. Estamos sempre visitando es-

ses lugares, observando o número de indivíduos e registrando a população. Existem animais que não se habituam com a adoção, acabam sofrendo den-tro de apartamento, é o caso desses felinos das colônias, por exemplo. O método CED é ideal, pois inibe a pro-criação e minimiza os riscos à saúde da população”, complementa a assistente fiscal Luana Diniz, voluntária respon-sável pelos felinos da Mascote Animal.

EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA

Todos da Mascote Animal sabem que a educação da população é o quesito mais importante na equação que en-volve mudanças e quebras dos atuais paradigmas sociais. Pensando nisso, o grupo cria campanhas voltadas a em-presas da região, dando palestras aos funcionários sobre conscientização e educação humanitária.

Em maio deste ano, a Mascote Ani-mal foi convidada pelas ONGs que rea-lizam a Feira de Responsabilidade Social a falar para quatro turmas de crianças sobre educação humanitária”. Acho que esse é um dos nossos principais traba-lhos, estamos criando cidadãos mais preparados socialmente”, explica Luana.

ADOÇÃO

Todo mês, a Mascote Animal realiza uma feira de adoção de cães e gatos. Elas acontecem tanto na Praça Verís-

simo de Melo como na rua Conde de Araruama, na clínica SOS Veterinária. São, mais ou menos, 20 adoções por mês. Para adotar um bichinho que esteja sob os cuidados da Mascote Animal, o adotante deve ter alguns requisitos: ser maior de idade, atestar o comprometimento de toda a família com a adoção e abrir a casa semanal-mente aos voluntários do grupo, que monitoram o bem-estar do bichinho.

A professora Leidimar Fernandes Dias dá uma importância especial ao trabalho voluntário. Acha que por meio dele os jovens aprendem o que é justiça e cidadania. Nascida na cidade de Co-latina, no Espírito Santo, Leidimar co-nheceu a Mascote Animal por meio das redes sociais. No trabalho voluntário a pessoa doa seu talento, seu tempo. É preciso que se incentive o trabalho vo-luntário nos jovens, para criarmos uma sociedade mais justa e com verdadeiros cidadãos participativos’, comenta.

Leidimar adotou um gatinho em fe-vereiro e, em julho, voltou à feira de adoção e se apaixonou por uma cade-linha, a Malu. “Adotei Malu por acaso, fui a loja comprar areia higiênica e ao lado estava tendo feira de adoção da mascote Animal, tinha perdido uma cadela há um mês atrás, mas ao che-garmos lá, nos deparamos com duas cadelinhas filhotes lindas, meu marido ama animais e prontamente pegou e fi-cou fazendo carinho, aí não teve jeito, trouxemos Malu pra casa! Meus animais são castrados, a Malu quando chegar na época será castrada também”, reitera.

E quanto àquele Pitbull do início de nossa matéria, o Branco? Pois é, foi ado-tado por uma professora de inglês, Éri-ca Silva de Souza. “Já comemoramos um ano de muito carinho e cumplici-dade. O Branco esperava apenas que alguém lhe entendesse, lhe ensinasse as boas maneiras e, acima de tudo, lhe ofertasse alimento e amor. Assim, nos entendemos todos os dias. Branco será para sempre meu primeiro cão e amigo! Acredito que por meio do amor podemos transformar o mundo onde vivemos, e este é o trabalho que a Mascote realiza”, finaliza Érica.

Quem quiser apoiar o trabalho de-senvolvido pela Mascote Animal, pode contatar o grupo pelo tel.: (22) 99228-4774, pelo e-mail [email protected] ou buscar a Mascote Ani-mal no facebook. Outro grupo que também atua na causa da proteção animal é a ONG Pró-Animal. Conheça o trabalho da ONG, buscando o Pró--Animal no facebook.

Leidimar já tinha adotado um gatinho em fevereiro e em julho se apaixonaou pela cadelinha Malú

Hoje, a Mascote Animal conta com o trabalho de oito protetores voluntários

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souros. E agora, a família está aumen-tando já que a filha mais velha, Laiz, está grávida. “É uma emoção muito grande. Minha netinha já tem até nome, vai ser Maitê”, conta Iracema.

A família significa para ela ambien-

te de acolhimento e amor. Cema não gosta muito de badalação, ela prefere mesmo é o calor e conforto do lar. Ca-seira convicta, ela conta com orgulho sobre a chácara que possui em Cara-pebus, onde está construindo uma casa para receber quem mais ama.

Ela está sempre voltando às ori-

gens. “Todo sábado vou para a cháca-ra, lá fica a minha paz. Gosto de rece-ber meus amigos e familiares sempre com uma comidinha boa”, conta. Nesse refúgio, ela passa suas horas de lazer e reúne a extensa família formada por 14 irmãos, todos vivos. “Minha mãe era muito acolhedora e eu também sou assim. Amo ficar com minha família.”

Na chácara, Iracema planeja mon-

tar um restaurante e área para eventos e praticar atividades que lhe dão muito prazer como cozinhar, decorar e pre-parar tudo para receber bem as visitas e convidados. Esporadicamente, ela realiza alguns eventos como almoços junto com uma equipe.

IRACEMA MAIA, quem conhece “CEMA” não esquece jamais

PINGUE-PONGUE

Em Macaé, adoro ir... à praia.Um sonho... fazer meu lar emCarapebus.Uma frase... saúde é tudo.Filme... A culpa é das estrelas.Minha inspiração... o meutrabalhoComida predileta... a que é servida quentinha e fresquinha.Meu hobby... ir para a roça ereceber quem eu amo.

Ela afirma ser tímida, mas quem a conhece pode até não notar tamanha a simpa-tia e o alto astral. Iracema Maia Batista Neves, chama-

da de Cema pelos mais próximos, é só sorriso e energia boa. Ela trabalha como vendedora há mais de 26 anos para Flávio Mancebo e Andrezza Fer-raz, donos das lojas Immense e Divine, e nesse período fez muitas amizades. “Tenho vários clientes que fazem par-te da minha história e são carinhosos comigo”, conta.

Cema trabalha com prazer e se sente à vontade na loja. Além do jei-to para atender, ela tem outras habi-lidades como a culinária. Em eventos de lançamento de coleção na Divine, o suco da Cema, o pink lemonade, costuma fazer sucesso. O suco é feito com limão, açúcar, um pouquinho de groselha que dá a cor rosa à bebida, e decorado com cubinhos de hortelã congelados. Fica bonito e refrescante. Além disso, a vendedora faz algumas massas e pizzas congeladas, muito apreciadas pelas clientes.

Nascida em Carapebus há 48 anos,

ela vive desde a adolescência em Ma-caé, onde criou sua família com Cláudio Moacyr, o Cau. Com ele, a vendedora teve Laiz e Ana Angélica, seus dois te-

Por: Leila Pinho • Fotos: arquivo pessoal

A família dela, antes formada pelas duas filhas, genros e marido, está amentando já que Laiz (filha mais velha - esquerda) está grávida

Ao lado das outras vendedora, Iracema exerce a profissão há mais de 26 anos com muito prazer

LEITORA EM FOCO

Com os 14 irmãos, Cema é só alegria e carinho

Para os clientes e amigos, Cema é só sorriso e energia boa

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Tav

ares

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