revista divercidades dia dos pais 2014

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Inhaltsverzeichnis Datum Medium Titel Seite 24.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Landeck) Starker Start in den Sommer 2 24.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Landeck) Ischgl wieder Mekka der Harley-Fans 3 24.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Imst) Ischgl wieder Mekka der Harley-Fans 4 24.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Imst) Erfolg versprechender Start in die Sommersaison 5 24.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Reutte) Erfolg versprechender Start in die Sommersaison 6 25.07.2014 ÖGZ Wirtschaft vor Naturschutz? 7 24.07.2014 Rolling Pin THE PLACE TO BE ... 8 25.07.2014 Kronen Zeitung Tirol Kroneinfo 9 25.07.2014 TAI Tourismuswirtschaft Austria & International Robbie Williams sorgte für Ischgier Mai-Wunder 10 25.07.2014 Weekend Magazin Tirol Ironbike 11 25.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Landeck) Familiäres Sommerfest 12 24.07.2014 Tiroler Wirtschaft 50 Jahre Silvretta-Seilbahn: Eine Erfolgsgeschichte 13 27.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Kitzbühel) GANZ OBEN im Alpinarium Galtür 15 27.07.2014 Kronen Zeitung Tirol Kroneinfo 16 28.07.2014 Tiroler Tageszeitung (Oberland) Gelungenes Fest der Kult-Biker 17 25.07.2014 Mosaik Reisen TROFANA ROYAL 18 29.07.2014 Tiroler Tageszeitung Naturhotel Waldklause - ein Wellness- und Naturerlebnis für alle Sinne 19 30.07.2014 Bezirksblätter Landeck Neu in Ischgi: Die AdventureStage 20 30.07.2014 Bezirksblätter Landeck Sommerfrische bei uns im Bezirk 22 30.07.2014 Bezirksblätter Landeck Sunny Mountain Sommerfest 24 30.07.2014 Bezirksblätter Landeck 4. Harley Mountain- Roadeo in Ischgl 25 30.07.2014 Bezirksblätter Landeck Mountainbike: Das härteste Rennen 27 30.07.2014 Rundschau Landeck Start gelungen 28

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A matéria de capa desta edição é a revitalização do Iate Clube de Macaé. Veja ainda reportagens sobre homens que se apaixonaram pela gastronomia, grupo de fãs do aeromodelismo, construtores de Macaé, curiosidades do painel do Ilhote Sul e muito mais.

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Palavra do Editor ............................ 06

Entrelinhas Literárias .................... 10Pessoas & NegóciosAnderson Siqueira .................................. 12

Madeireira Oligran .................................. 14Especiarias e Naturais ............................. 16Mercado Brasil ........................................ 18Método Busquet ..................................... 20Top Dental .............................................. 22Fisk Idiomas ............................................ 24Âmbar na Disney ................................... 26Diagnóstico Laboratório ........................ 28

ÍNDICE 36

52

A Revista DIVERCIDADES é uma publicação da Formato Pu-blicidade com tiragem de 7.000 exemplares, distribuição gra-tuita e dirigida aos consultórios médicos, aos salões de beleza, às clínicas de estética e aos restaurantes de Macaé.

Rua Professora Marcília Picanço, 559 - Mirante da Lagoa Macaé - CEP: 27.925-200 - Tel/fax: (22) 2762-3201Direção geral e diagramação: Gianini CoelhoJornalista responsável: Leila PinhoRegistro profissional: MTB/MG 14.017 JP

Colaboradores:Alice Cordeiro, Fernanda Pinheiro e Luciene RangelFotografia: Gianini CoelhoFoto da capa: Gianini Coelho

Gianini CoelhoTel: (22) 2762-3201 - (22) 99985-5645www.divercidades.comemail: [email protected]/grupodivercidadesObs: Os artigos assinados publicados na revis-ta são de responsabilidade dos seus autores.

ErramosNa matéria “Avós participativas”, onde foi publicado tataravó deveria ser trisavó — aquela que é mãe da bisavó. Pedimos des-culpas pelo equívoco e agradecemos à lei-tora Janiane Salgado C. S. Rozendo que nos informou sobre o erro.

Expediente:

30 Painel do Ilhote Sul

44Iate Clubede Macaé

Construtoresde Macaé

“Chefs” de família

Aniversário de Macaé e Dia dos PaisPainel do Ilhote Sul ................................ 30“Chefs” de família .................................. 36Iate Clube (Capa) ...................................... 44Construtores de Macaé ....................... 52Snokers bars ......................................... 60Benefícios da sauna ............................. 64Aeromodelismo ..................................... 68Perfil

Fernando Passeado ................................ 74Pessoas

AMAC .................................................... 78Leitora em Foco

Marialva Gentil ..................................... 8260 Snokers

Bars

68Aeromodelismo

Publicidade e anúncios:

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nizar a estética da revista. Para a capa, abrimos o foco. Aproveitando o aniver-sário da cidade, em vez de uma pessoa, apresentamos uma instituição. Um clu-be com 60 anos de história, que conse-guiu se reinventar e acaba de passar por um processo de revitalização, transfor-mando sua decadência iminente em um sucesso emergente.

O Iate Clube de Macaé estampa nossa capa de um ângulo que quase ninguém vê. Uma foto que mostra suas novas instala-ções, com seus ancoradouros, garagens e infraestrutura que levaram o clube a ser integrado à Carta Náutica Brasileira, ser-vindo como referência para navegadores do mundo inteiro. Isso é resultado de um trabalho árduo da sua diretoria, formada por jovens macaenses na sua maioria. Pes-soas apaixonadas por Macaé, que tiveram a coragem de fazer a diferença para os amantes da navegação da cidade.

Já para as próximas edições, implemen-taremos mais mudanças, principalmente na abordagem da nossa pauta que, além de apresentar temas relacionados às datas comemorativas do comércio, como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Fim de Ano, abordará assuntos relacio-nados ao cotidiano da cidade, atendendo aos anseios dos nossos leitores com mais dinamismo e cumplicidade, sendo um re-flexo de tudo que acontece e que tenha re-levância para a vida das pessoas que vivem, trabalham e criam suas famílias na nossa querida Macaé. Aguardem as novidades, – espero que gostem!

Boa leitura!

Gianini CoelhoEditor-chefe

Infelizmente, a conquista da Copa não aconteceu como todos nós desejávamos e, para piorar, perdemos de forma humi-lhante. Isso levou todo mundo a questio-nar sobre o futuro da nossa Seleção e do nosso futebol. Será possível se reerguer e recuperar o prestígio de pentacampeão?

Mas vocês devem estar se perguntan-do, o que isso tem a ver com a revista e com esta edição? Bem, acho que a vida é assim. Tudo o que acontece de bom ou de ruim, nos leva à reflexão sobre nossa

trajetória e como estamos conduzindo nossas vidas, e nossos projetos pessoais e profissionais, para procurar melhorar, prosperar e evoluir, sempre. Esta refle-xão sobre o futuro do futebol brasilei-ro coincidiu com o processo natural de maturação da revista, que está prestes a completar 10 anos de vida.

Hoje, o mundo é muito dinâmico, principalmente em Macaé, que vive 24 horas ligada no ritmo da extração do pe-tróleo, exigindo de nós dedicação, per-cepção das informações e principalmente planejamento, para estarmos sempre à frente no mercado e assim conquistar o tão almejado sucesso.

Neste cenário, a revista tem con-quistado um importante espaço junto aos seus leitores, sempre ansiosos pela próxima edição, curiosos para saber os assuntos abordados, as pessoas entrevis-tadas e, principalmente, quem estará na capa. Nosso compromisso é produzir um conteúdo de qualidade e que seja relevan-te para melhorar a vida dos nossos lei-tores. Para isso, a DiverCidades tem que acompanhar o ritmo da cidade, ser mais dinâmica e refletir tudo o que acontece em Macaé, como um espelho desta so-ciedade tão peculiar com faces, origens e interesses diversos, mas com uma coisa em comum, que tem tudo a ver com a proposta da revista, o amor por esta ter-ra e as pessoas que fazem com que ela aconteça a cada dia.

Toda mudança que tem como ob-jetivo o sucesso, precisa ser gradativa e ponderada, percebendo as nuances deste processo. Por isso, já nesta edi-ção, implantamos algumas melhorias no nosso projeto gráfico para moder-

“Meus parabéns pelo lindo trabalho na edição de abril/2014. Qualidade na impressão, na diagra-mação e na editoria. O trabalho de vocês é de grande excelência! Em especial, parabenizo pela

matéria dos “colunistas sociais”, colegas especiais e de grande importância para os veículos que tra-balham. Gostei muito da citação dos grandes e pioneiros, Sérgio Quinteiro, Ely Peron, Alba Valéria e Paulo Só. Tive a oportunidade e felicidade de trabalhar com todos eles e devo dizer que senti falta da inesquecível Poeta e Colunista Social Sandra Terra. Com carinho e admiração.” - Lena Fernandes

ESPAÇO DO LEITOR

PALAVRA DO EDITOR

EVOLUIR É PRECISO E SE REINVENTAR É UMA ARTE

A atual diretoria do Iate Clube. Da esquerda para a direita: Carlos Alberto, Diógenes “Pirroni”, Leonar-do Pinheiro, Dilmar, Marcelo Brasileiro e Rosalvo Jr.

“A edição está maravilhosa. Adorei a matéria sobre ‘Mães Madu-ras’... bem sugestiva!!!” - Carla Sant’ana

“A cada nova edição, a revista DIVERCIDADES fica maravilhosa não só com os temas abordados, assim como, ficar por dentro dos no-

vos empreendedores que acreditam e investem na cidade de Macaé. Essa edição com tema do Dia das Mães ficou esplêndida. Parabéns a todos!” - Leila Campos

Envie seu comentário para:jornalismo@divercidades ou facebook.com/grupodivercidades

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Caminhei por um caminho e não estava sozinho, eu sei. E nessa busca para diminuir meu sofri-

mento, andei, andei muito para supor-tar o que ainda não aceitei.

Não entendi o rumo sem nexo, parte se foi, mas deixou reflexo no es-pelho meu. Não sou ateu, mas quero entender parte da minha crença que se perdeu. É dessa perda que o desti-no me impôs, que me furtou sem me avisar, que busco sem pensar, por que eu? Por que nós? O caminho ainda não me fez parar.

Hoje, sei que falta uma parte de mim, seja de espírito, alma o que for, mas falta por dentro um pedaço do meu amor. Hoje, eu sei que não pos-so chorar claramente, não deixar de olhar em frente, porque outro alguém cresce sob a minha criação.

Hoje, eu sei que ser forte é uma imposição. Assim, continuo meu ca-minho dia a dia sem descansar e, ao cair a noite, simplesmente sonhar e nesse abstrato sentido criar meu mundo onde ninguém pode me tirar nada que é meu.

Não há ilusão sem compromisso, apenas parte de tudo isso que pode me aliviar desse sofrimento profundo que não quero mais me lembrar.

ENTRELINHAS LITERÁRIAS

JORGECAROLINA

Mas esquecer jamais, porque den-tro de mim, onde só eu sei, dói, dói intensamente e no choro calado, no canto do meu quarto, sofro por ela, minha criação mais bela que se foi.

Mas sei que algum dia ou em al-gum momento, Deus vai ter conside-ração por mim, e no pouco instante perfeito, me devolver o que me levou sem me pedir. Nesse momento, terei concluído meu caminho e terei a cer-teza de que não estava sozinho... por onde andei.

Jorge Sanan / 20.03.2009

Apesar da velocidade cotidia-na dos tempos modernos, ainda existem pessoas que

têm o prazer e a necessidade de transpor para o papel ou para a tela do computador pensamentos, emoções e experiências de vida que podem se tornar crônicas, poesias, contos e textos variados.

A Revista DiverCidades, tão habi-tuada a compartilhar as vivências dos outros, abre esse espaço para que você, escritor, mostre para toda a ci-dade seu talento. Se você tem algum trabalho literário ou pensamento que gostaria de ver publicado, envie um e-mail para [email protected] com conteúdo, uma foto sua e seus contatos. O tema é livre.

Para que os textos tenham chan-ce de serem publicados, é preciso que tenham entre 4.000 e 5.000 caracteres, equivalentes a 5 e 7 pa-rágrafos de tamanho médio. O seu texto pode ser publicado na próxi-ma edição da DiverCidades.

A primeira contribuição para esta seção veio do leitor Jorge Sanan, que escreveu uma linda mensagem para consolar o amigo que acabara de perder uma de suas duas filhas, Ca-rolina. Este texto aborda um assunto coerente com a edição de Dia dos Pais e pode ser boa fonte de reflexão sobre o sentimento de perda.

Jorge Sanan é advogado, casado com Adriana e tem dois filhos: Mariana e João

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Medo de dentista? Motivo para procurar um bomprofissional!

biossegurança consiste no conjunto de procedimentos vol-tados para a prevenção, proteção e minimização de riscos inerentes às atividades envolvidas visando a saúde, a pre-servação do meio ambiente e a qualidade dos resultados esperados. Ajuda, ainda, a evitar a proliferação de micro--organismos. “Nas clínicas em que atuo, nos preocupa-mos muito com a biossegurança. Por isso, contamos com uma área de esterilização de nível hospitalar com expurgo e sala de esterilização equipada com autoclave computa-dorizada, o que garante qualidade e prevenção aos meus pacientes e à minha equipe”, comenta.

ALGUMAS DICAS:

• Previna-se! Por isso, visite regularmente um dentista;

• Corrija maus hábitos como: fumar, roer unhas e ranger os dentes;

• Incentive seus filhos a passarem fio dental e a esco-var bem os dentes.

Anderson Siqueira disponibiliza todas as ferramentas para melhor atender aos clientes, além da grande preocu-pação com tudo o que envolve o tratamento e a saúde do paciente e dos profissionais.

Você tem medo de dentista e já sente um arrepio só de lembrar-se do barulhinho? Segundo o cirurgião-dentis-ta Anderson Siqueira, existem vários tipos de sedação e anestesia para aliviar a sua tensão. “Um recurso utili-zado há bastante tempo pelos dentistas americanos e,

infelizmente ainda pouco usada no Brasil, é a sedação por óxido nitroso. Esta sedação se dá por meio de uma máscara nasal na qual o óxido nitroso é misturado ao oxigênio numa concentração de 40% a 60%”, diz o especialista. Ele ressalta que este procedi-mento não substitui a anestesia, mas descontrai e relaxa o pacien-te para que o tratamento possa ser realizado. A recomendação vale, principalmente, para crianças, pacientes com necessidades especiais ou aqueles com medo de dentista.

Superado o medo, procure por um bom profissional. A Ame-rican Dental Association (ADA) recomenda que, para uma boca saudável, os pacientes realizem check-ups a cada seis meses. O cirurgião-dentista Anderson Siqueira defende que “uma boca saudável reflete na saúde de todo o corpo. Uma má mastiga-ção ou mordida errada podem ocasionar dores de cabeça e até problemas cardíacos”. Além disso, sabemos que um belo sorriso reconquista a autoestima de qualquer um.

O cirurgião-dentista aconselha que os pacientes observem a biossegurança dos consultórios e clínicas que frequentam. A

Por: Marianna FariaFotos: Divulgação

ANDERSONSIQUEIRA

PESSOAS & NEGÓCIOS

MacaéAv. Atlântica, 1980 - Cavaleiros Tel: (22) 2772-0381Rio das OstrasRua Guanabara, 70 - Loja 3 - Extensão do BosqueTel: (22) 2764-0417CamposRua 21 de Abril, 81 - Centro - Tel.: (22) 2723-4879www.smilex.com.br

Devido a traumas durante a infância, muitos pacientes possuem medo de dentista

O cirurgião-dentista Anderson Siqueira orienta seus pacientes a fazerem um check-up a cada seis meses

A sedação com óxido nitroso não substitui a anestesia, mas descontrai e relaxa os pacientes, principalmente as crianças

CRO/RJ: 30183

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Empresa familiar completa25 anos de bom atendimento eresponsabilidade ambiental

Os friburguenses Maria Tereza Fontoura de Oli-veira e Edmílson Luiz de Oliveira não se esque-cem como começaram.

Com uma filha ainda neném, se des-pediram da cidade natal e, com muito esforço e trabalho, abriram a primeira Oligran em Macaé, que ficava na Praia Campista, próximo onde hoje é o tre-vo da Petrobras. A loja era pequena e contava apenas com dois funcionários. “Eu era auxiliar de contabilidade e tinha

uma sociedade com meu irmão em Fri-burgo, onde abrimos uma loja de ma-teriais de construção com serraria. Vie-mos conhecer Macaé em um Carnaval e nos apaixonamos pelo lugar. Desfiz o negócio com meu irmão e viemos para cá. Lembro-me que, naquela época, na Praia Campista não existia essa pista em frente à praia, nenhuma construção maior, somente algumas casas. Nosso carro era uma Kombi, que fazia entrega e servia como carro da família também. E já entregamos muito em carroça de burro!”, relembra Edmílson.

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Odemir Barcelos

PESSOAS & NEGÓCIOS

MADEIREIRAOLIGRAN

Localizada na Linha Vermelha, uma das principais vias da cidade, a loja possui um espaço confortável e aconchegante para receber seus clientes

Com uma grande área de estoque, e pessoal capacitado, a madeireira consegue entregar seus produtos em tempo hábil

O showroom da loja conta com esquadrias e mobiliário de

madeira

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selo atesta que determinada empresa obtém produtos florestais respeitando os aspectos ambientais, sociais e econô-micos da região.

“Estamos, desde 2013, dentro desse processo que envolve cursos, adequa-ção de regras, exigências e normas. Para obter a certificação florestal, so-mos avaliados segundo os padrões de desempenho ambiental, social e eco-nômico estabelecidos pelo FSC® (Con-selho de Manejo Florestal). Agora que estamos certificados, passaremos por auditorias anuais”, explica Tereza.

“Como somos uma madeireira, temos que nos atualizar e cuidar da sustentabilidade do planeta. Somente desta forma conseguiremos crescer com responsabilidade. Operamos den-tro das normas de armazenamento e beneficiamento, em galpão organizado para oferecer uma entrega pontual da extensa gama de produtos que oferece-mos”, complementa Edmílson.

“Eu acredito que, dessa forma, tam-bém contribuímos um pouco para o crescimento desta cidade, que agora é nossa de coração!”, finaliza Tereza.

Council, que em português significa (Conselho de Manejo Florestal). FSC® é uma instituição internacional, sem fins lucrativos, formada por representantes de entidades do mundo todo e é um dos únicos sistemas de certificação flo-restal apoiado por grandes entidades, como WWF e Greanpeace. É baseada em três pilares de igual importância: econômico, ambiental e social. A cer-tificação florestal busca contribuir para o uso adequado dos recursos naturais, apresentando-se como uma alternativa à exploração predatória das florestas. O

De lá para cá, 25 anos se passaram. Hoje, a ex-professora e o ex-contador tornaram-se empresários de sucesso. De seus três filhos, Ana Carolina, de 26 anos, já é médica residente, casada com Filipe Curty e em breve, o casal virá mo-rar em Macaé. O do meio, Daniel, de 23, está cursando medicina e Vitória, a mais nova, tem 15 anos.

Com 45 funcionários e uma lista infindável de clientes, a madeireira Oli-gran recebeu recentemente a certifica-ção FSC®, sigla de Forest Stewardship

A loja possui grande mostruário de portas e madeiras com uma ótima apresentação

Este ano, a Oligran conquistou a certificação FSC®, que atesta que a empresa obtém produtos respeitando os aspectos ambientais, sociais e econômicos

O casal Maria Tereza e Edmílson Oliveira. São 25 anos de muito trabalho e sucesso no mercado de madeiras em Macaé

Av. Fábio Franco, 1176 - Visconde de Araújo - Macaé/RJTel: (22) 2762-5160 / 2762-5827E-mail: [email protected]

Gia

nini

Coe

lho

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Se uma alimentação natural é o melhor remédio, não faltam op-ções no mercado aos adeptos de refeições e ingredientes naturais. Seguindo esta filosofia, Filipe Crespo inaugurou em Macaé, há dois anos, a Especiarias e Naturais, loja especializada em produtos que

contribuem muito para a saúde e o bem-estar. A ideia de Filipe é trazer para o consumidor da cidade o acesso fácil a todo tipo de produto do ramo. “A loja tem um diferencial que muitos itens são vendidos a granel. Isso é uma grande vantagem para o cliente porque ele leva pra casa exata-mente a quantidade que precisa com custo bem reduzido e um produto não industrializado”, ressalta Filipe.

O loja comercializa mais de 1.200 itens e se torna ponto certo para quem gosta de alimentos naturais, integrais ou possui restrições alimenta-res, intolerância ou alergia à determinadas substâncias. Vários chefes de cozinha e amantes da culinária, da cidade, frequentam o estabelecimento porque acham temperos e especiarias bem específicos e difíceis de serem encontrados no mercado local. Temos uma enorme variedade de produ-tos sem glúten, sem lactose, diets, comida integral congelada, frutas secas, chás, temperos, especiarias, castanhas, produtos integrais, leites vegetais, itens da culinária japonesa e muito mais.

Elizabeth Marques Rodrigues Neves, 58 anos, é cliente fiel da loja e preza pela alimentação saudável. “Sempre gostei de coisas naturais. Com-pro de tudo: pães sem glúten, semente de abóbora, farinha de uva e tam-bém produtos sem lactose. Depois de cortar o glúten e a lactose da minha alimentação, o meu colesterol abaixou, além de outros benefícios”, conta. Segundo Filipe, a linha de produtos sem glúten, sem lactose e sem açúcar

O bom atendimento da loja foi reconhecido por meio de pesquisa realizada em Macaé. A equipe da loja: Charlene, Thamires, Adriele e Alline

Ponto certo para os adeptos daalimentação natural e daqualidade de vida Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

Rua Teixeira de Gouveia, 1157 - CentroMacaé/RJ - Tel: (22) 2772-0337www.especiariasenaturais.com.brfacebook.com/especiariasenaturais Instagram: @especiarias_e_naturais

é bem extensa. Há pães, salgados, misturas pron-tas para bolos e tortas, biscoitos, cookies, leites vegetais, entre outros itens.

ATENDIMENTO DIFERENCIADOAs atendentes da Especiarias e Naturais estão

preparadas para atender bem, com cordialidade e simpatia, buscando sempre tirar as dúvidas dos clientes e ajudar no que for preciso para garantir um atendimento diferenciado que é reconhecido por quem frequenta a loja. O Impacto Pesquisas e Promoções (IPP) avaliou critérios como qualidade e serviço em vários estabelecimentos e certificou a Especiarias e Naturais em 1º lugar na sua área de atuação, em Macaé.

NOVIDADESA Especiarias e Naturais está abrindo uma par-

ceria com nutricionistas ou especialistas da área de saúde. Se você é um profissional da área, faça seu cadastro com a loja e descubra várias vantagens. Envie um e-mail para [email protected] com seu nome, telefone e área de atuação. Ou-tra novidade é que em breve os clientes vão poder contar com o serviço delivery.

ESPECIARIAS E NATURAIS

PESSOAS & NEGÓCIOS

A Especiarias e Naturais tem mais de 1.200 itens entre produtos dietéticos, sem lactose, sem glúten, etc

Com a venda a granel quem mais ganha é o cliente que leva para casa exatamente a quantidade que precisa

Quem privilegia uma alimentação mais saudável e aprecia variedade com qualidade encontra de tudo na Especiarias e Naturais

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Loja encanta e inspiracom móveis dedemolição e objetosde decoração queunem beleza esustentabilidade A

o passar pelo corredor da Galeria Carapebus, no Centro de Macaé, é difícil os olhos não serem atraídos pela criatividade e beleza das peças expostas na Mercado Brasil, loja de deco-ração que há 12 anos enfeita e inspira a casa dos macaenses. A marca da Mercado Brasil é sustentabilidade com bom gos-

to e quem gosta de decoração entende bem como essas características deixam a casa super atual e com o estilo da família.

Segundo a proprietária da Mercado Brasil, Adriana Esteves Fragozo, a mobília de madeira de demolição é um dos destaques. “A madeira

PESSOAS & NEGÓCIOS

MERCADOBRASIL

Por: Leila PinhoFotos: Gianini Coelho

A fachada da loja está sempre bem decorada. Um convite para entrar e se encantar com peças para deixar a casa mais linda

A proprietária Adriana Fragozo procura trazer as novidades do mercado de decoração em demolição para sua loja

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fazer parcerias com os arquitetos da cidade. Profissionais de arquitetura que tenham ideia de utilizar madeira de demolição podem procurar a loja para desenvolver os projetos. De acor-do com Adriana, a ideia é executar o projeto tal como foi planejado pelo ar-quiteto e, se for preciso, até desenvol-ver peças exclusivas.

NOVIDADES EM DEMOLIÇÃO

Duas novidades prometem surpre-ender quem gosta de móveis de ma-deira. A Mercado Brasil está com uma nova linha de móveis de demolição mais leves que são ideais para quem mora em apartamento ou espaços mais compactos. Também está vendendo os móveis da marca Butzke que trabalha conceitos como o ecodesign e adota tendências em decoração com acaba-mentos especiais e exclusivos. Há lindos modelos para a área externa como as espreguiçadeiras.

A loja comercializa itens para todos os bolsos e possui forma facilitada de pagamento. Confira os produtos da Mercado Brasil e veja como sua casa pode ficar mais bonita.

mesclei demolição com ferro e outros materiais. Faço um estilo mais básico na decoração, meio sóbrio, mas com um pouco de cor. Acho que hoje tudo é uma mistura, não existe mais aquela coisa de ser só clássico ou moderno”, fala Simone.

Quem acompanha as tendências em decoração de interiores sabe que este tipo de madeira tem utilizações diver-sas. Se, há alguns anos, móveis deste tipo só eram vistos em lugares como fazendas e casas de campo, a realidade hoje é outra. “Os móveis de demolição são muito versáteis e podem compor qualquer tipo de casa. Dá para usar na cozinha, no banheiro, na sala de estar, na área de lazer e em qualquer outro cômodo. Podendo as peças variar de modelos mais rústicos às mais moder-nas e coloridas”, afirma Adriana.

A Mercado Brasil também comer-cializa diversos itens de decoração e utilidades para o lar, tais como quadros, tapetes, vasos, lustres, almofadas com estampas e cores diversificadas, arran-jos, etc. A loja está sempre bem decora-da para inspirar os clientes. “A ideia é fa-zer com que as pessoas tenham vontade de arrumar suas casas. Mostramos que, com criatividade, dá para fazer combi-nações de peças bem diferentes e deixar a casa linda”, conta a empresária.

PARCERIA COM ARQUITETOS

A Mercado Brasil está aberta para

Galeria CarapebusAv Rui Barbosa, 688 - Jardim - Centro - Macaé/RJTel: (22) 2793-0932e-mail: [email protected]/mercadobrasilmacae

de reaproveitamento é uma peça ex-clusiva, que tem história. Ela remete ao aconchego e tem identidade. Isso sem falar que a peça acompanha a pessoa por muito tempo devido à qualidade da madeira usada”, fala Adriana. A loja possui vasta linha de móveis de demo-lição como bancos, cadeiras, mesas de jantar, mesas de centro, aparadores, racks, armários, cristaleiras, pufes, pai-néis, entre outros.

A administradora Simone Rizzo, cliente fiel da Mercado Brasil, se iden-tifica bastante com a madeira de rea-proveitamento justamente pelo acon-chego que as peças proporcionam ao ambiente. “Adoro os bancos de demo-lição. Na varanda do meu apartamento

A equipe de vendedores está sempre pronta para ajudar os clientes

O requinte e o acabamento dos móveis de demolição dão um charme especial a casa

A loja também oferece arranjos, vasos e quadros que combinam vários estilos

Os bancos de demolição e o arranjo de orquídeas dão um toque aconchegante na varanda de Simone Rizzo

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A médica homeopata Maria Cristina Medaglia encontrou no Método Busquet a solução para uma persistente dor de cabe-ça. Ela já tinha tentado outros tratamentos e nada resolvia a dor. “No começo, uma sessão ou outra traz um certo desconforto. Mas, já na terceira, me dei conta de que a dor de cabeça tinha passado. O efeito foi rápido e também senti melhora na questão postural”, diz Maria Cristina.

Para a professora de balé Farid Hipólito de Matos Rocha, 36 anos, o Método Bus-quet proporcionou mais qualidade de vida. Ela sentia uma dor que ia da virilha até o pé e, durante as aulas, tinha dificuldades de realizar certos movimentos. “Contei para Gilsara minha história e ela avaliou que a dor na virilha tinha origem nas crises renais que eu tive. Fiquei encantada com o tratamento. A cada sessão sentia meu corpo mais alinhado, liberado e livre das dores. Hoje, meu cambré (passo de balé) vai lá trás e não sinto dor nenhuma”, con-ta Farid. A professora de balé gostou tanto dos resultados que até levou a filha Victória Rocha, de 9 anos, para se tratar. Victória se queixava muito, de dores nas costas e per-nas, sempre que brincava na cama elástica.

O ISC existe há 11 anos e também oferece atendimento em psicologia e outros tratamentos fisioterapêuticos. A clínica atende à pessoas, de forma parti-cular, e também à empresas.

Tudo no corpo humano está interli-gado e estabelece conexões. Com base nisso, um método de fisiote-rapia chamado de Método Busquet

está mostrando como é possível tratar pro-blemas comuns da nossa saúde. No Instituto de Saúde do Corpo (ISC), a fisioterapeuta Gilsara Kalil, que também é sócia da clínica, aplica a técnica em seus pacientes e explica como funciona. “O Método Busquet é um tratamento global que entende o corpo como um todo. O principal objetivo é libe-rar tensões, eliminar as dores e melhorar a postura, além de deixar o corpo em har-monia e equilíbrio”, diz Gilsara. A técnica fisioterápica trata disfunções e não doenças.

Podem se beneficiar do método pesso-as com dores nas costas, prisão de ventre, incontinência urinária, problemas posturais, dor do crescimento, etc. Quanto à idade, bebês a partir de 3 semanas até idosos podem se tratar. Para os pequenos, há re-comendações em casos de cólica, refluxo, choros inexplicáveis e problemas de sucção.

Antes do tratamento começar, Gilsara faz uma entrevista minunciosa para conhe-cer mais sobre a história da saúde do pacien-te. Ela também realiza um exame físico no corpo do paciente para identificar as tensões, incluindo a parte visceral e craniana. Depois disso, todo o trabalho é feito por sessões, sempre com a execução de manobras que relaxam e reprogramam o bom funcionamento do organismo.

Rua Alfredo Backer, 630, Centro - Macaé/RJTel. (22) 2772-4887e-mail: [email protected]

MÉTODOBUSQUET

A fisioterapeuta Gilsara Kalil explica que o Método Busquet vê o corpo humano como um todo

Tratamento fisioterapêutico paraliberar tensões, eliminar dores edeixar o corpo em equilíbrio

Atendimento diferenciado por uma equipe bem treinada para receber bem os clientes

PESSOAS & NEGÓCIOS

Por: Leila PinhoFotos: Gianini Coelho

As manobras manuais atuam liberando a tensão que

causa as dores

A médica Maria Cristina Medaglia encontrou no Método Busquet a solução para uma insistente dor de cabeça

Farid Hipólito gostou tanto dos efeitos do método que levou a filha Victória e a família toda para se tratar

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Clínica nasce com oobjetivo de oferecerserviços diferenciados como a ortodontiaautoligável, que possui muitos benefícios emrelação ao tratamentoconvencional

Da identificação profissional entre as dentistas Ana Paula Viana e Márcia Coutinho surgiu a Top Dental, em maio deste ano. Antes disso, Ana, que é odontopediatra e ortopedista funcional

dos maxilares, e Márcia, ortodontista e especialista em odontologia do trabalho, atuavam em seus con-sultórios particulares. Elas decidiram se unir para oferecer aos clientes amplo rol de serviços odonto-lógicos e a ortodontia autoligável, tratamento mo-derno e vantajoso para quem precisa usar aparelho.

A Top Dental tem um espaço aconchegante, climatizado e muito confortável. São três salas de

PESSOAS & NEGÓCIOS

TOP DENTAL

Por: Leila PinhoFotos: Gianini Coelho

As dentistas Márcia Coutinho e Ana Paula Viana, que uniram suas especialidades, experiências e afinidades para montar a clínica Top Dental, oferecendo uma vasta gama de serviços odontológicos

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número de consultas, de manutenções e com mais conforto. Renata Teixeira Pe-reira, mãe de Yan de 11 anos, compro-vou as vantagens. Alguns dentes do seu filho eram encavalados e estavam desali-nhados. Ela conta ter passado por den-tistas que indicaram extrair quatro den-tes e usar aparelho externo e interno.

“Fiquei muito impactada porque não queria a extração. Então, na Top Dental me falaram que não era preciso. Eu não imaginava que o aparelho autoligado fos-se fazer efeito tão rápido. No terceiro mês, os dentes caninos dele já haviam descido para a posição normal. Agora, o Yan sorri com vontade”, diz Renata.

No método convencional, o trata-mento seria finalizado em 3 anos. No caso específico de Yan, o procedimento está se revelando muito eficiente. As dentistas Ana Paula e Márcia estimam duração de 1 ano e 6 meses.

tratamento são direcionados pela face. Isso proporciona o posicionamento dentário ideal, a melhoria na simetria do rosto e minimiza a necessidade de extrações dentárias, expansão rápida da maxila e cirurgia dos maxilares”, ex-plica Ana Paula.

Os braquetes autoligados não preci-sam de ligaduras — que são as borrachi-nhas. Sem as ligaduras, reduz-se o atrito e os dentes se movimentam mais rápi-do. “Por serem porosas, as ligaduras prejudicam a progressão do tratamen-to. Elas são responsáveis pelo acúmulo de bactérias que gera cáries, tártaro e mau hálito”, ressalta Márcia.

Com a técnica do autoligado, as ma-nutenções podem ser feitas em inter-valos maiores, entre 2 e 3 meses. No método convencional, geralmente, são de 21 a 30 dias. Outro ganho se dá no visual. No aparelho autoligado estético, como as ligaduras não são usadas, há um menor impacto estético e dá a sen-sação de que o aparelho é “invisível”. O tratamento também é menos indolor do que o convencional.

O aparelho autoligado mostra mui-tos benefícios em relação ao tratamento ortodôntico convencional. Quem mais ganha é o paciente que alcança os resul-tados em tempo reduzido, com menor

Tropical Plaza ShoppingAv Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJTel: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766e-mail: [email protected]/vianaclinicaodontologica.vianaConvênios: Petrobras / Amil / Bradesco

A ortodontia autoligável facilita a vida dos pacientes, como no caso de Yan, que com apenas 7 meses de tratamento, já apresenta melhoras consideráveis sem extrair nenhum dente

atendimento, sendo uma especial para crianças, uma para ortodontia e outra para tratamentos diversos. A equipe de dentistas conta com seis profissionais qualificados e o atendimento prioriza a humanização e a satisfação do cliente.

A clínica disponibiliza vários servi-ços como tratamento de canal, cirurgia oral de pequeno porte — como extra-ção de dentes, por exemplo —, sedação consciente com óxido nitroso — forma indolor de sedação —, limpeza, restau-ração, implante dentário, tratamento com aparelhos móveis, estética dental, odontopediatria, ortodontia, ortopedia dos maxilares, entre outros. São aten-didos os pacientes particulares e dos convênios Bradesco, Amil e Petrobras.

ORTODONTIA AUTOLIGÁVEL

Um dos diferenciais da Top Dental é a ortodontia autoligável, tratamento moderno e vantajoso para quem pre-cisa usar aparelho. O aparelho autoli-gado é formado por braquetes e fios de alta tecnologia, desenvolvida pela NASA. Além de mais rápido, o trata-mento gera uma melhoria na estética facial do paciente e apresenta resulta-dos biologicamente mais seguros que não causam danos aos dentes e seus suportes. “No sistema de braquetes autoligados, os diagnósticos e planos de

Por: Leila PinhoFotos: Gianini Coelho

O jovem Yan com as dentistas Márcia Coutinho e Ana Paula Viana, resultado rápido

A Top Dental possui instalações confortáveis e adequadas para atender o público adulto e infantil

Ana Paula Viana/CRO RJ -33031Márcia Coutinho/CRO RJ - 32015

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caé, pois moramos em um bairro vizinho e gostamos muito da forma como fomos re-cebidos. O mercado de trabalho tem exigi-do um segundo idioma e quem o tem leva vantagem. Na minha opinião, o diferencial da loja Fisk é o carinho com as crianças, a competência de seus professores e o respei-to com que somos tratados”, elogia Jailma.

“Para incentivar os alunos, crianças e adultos, bonificamos todos com o ‘Fisk Dollar’. Eles podem ganhar até 4 Fisk Dollars por aula, desde que façam o exer-cício de casa, cheguem pontualmente... No final, eles trocam por nossos produtos, que são lindos! É uma febre, eles gostam muito! Temos desde bolas de futebol até mochilas e barracas de praia!”, conta Carina.

A Escola Fisk de Macaé também tem aulas de conversação gratuitas, divididas por faixa etária. Elas acontecem no período da manhã, tarde e noite. A filial ainda ofere-ce o espanhol como segunda língua.

desse novo idioma”, complementa Clarissa.

O diferencial da Fisk, segundo Carina, é que o aluno pode se matricular em qual-quer data, pois não é necessário formar turma para ingressar. A escola trabalha com um método próprio, chamado PPT, onde o professor tem, no máximo, 7 alu-nos. Estes alunos são de livros diferentes, mas como são poucos, o professor dá atenção exclusiva, explica a matéria na carteira do aluno. É uma forma de rodízio que funciona muito bem. “Uma outra van-tagem deste método é que o aluno nunca perde o conteúdo, pois desenvolve o livro em seu próprio tempo. Se precisar faltar, pode telefonar marcando uma reposição, sem custos adicionais”, comenta.

Para as crianças de até 11 anos, a Fisk oferece o que chama de Imersão. A aula é uma vez por semana com duração de duas horas e meia. Nela, o aluno aprende o con-teúdo do livro, tem o período de lanche e desenvolve algumas atividades lúdicas, que este ano é o projeto pedagógico “My Life”. Durante todo o período o aluno vivencia o inglês.

João Pedro Vieira Figueiredo, de 11 anos, e Mariana Vieira Figueiredo, de 8, nem reclamam com a mãe, Jailma Vieira, quando acordam cedo para ir à aula. “Após pesqui-sar vários cursos, optamos pelo Fisk, pois conhecemos a metodologia e acreditamos que quando a criança aprende com prazer, aprende melhor. Escolhemos a filial de Ma-

Com mais de 50 anos de mercado, a fundação Fisk produz progra-mas educacionais pelo país intei-ro, a fim de promover o ensino

de línguas estrangeiras com qualidade e responsabilidade. Aqui em Macaé, a escola é dirigida pela arquiteta Carina Reid, jun-tamente com sua irmã, Clarissa Barreto, responsável pela direção pedagógica. São cerca de 350 alunos, entre crianças, ado-lescentes e adultos. “Me considero uma ‘filha da Fisk’, pois faço inglês na escola desde 1988. A franquia está sob minha di-reção desde o início deste ano e nosso tra-balho na escola é mostrar ao aluno como o aprendizado de uma outra língua pode ser prazeroso”, explica Carina.

Clarissa foi aluna do Fisk e há 20 anos trabalha com línguas estrangeiras, dando aulas, traduzindo ou interpretando textos. Em 2012, comprou a franquia Fisk de Ma-caé. Carina se juntou a ela este ano, e as duas buscam sempre inovar. “Foi na Fisk que tive meus primeiros compromissos profissionais como intérprete.

“Em qualquer profissão, o inglês se faz necessário. Ele é importante para o jovem na busca de seu primeiro emprego e tam-bém para o profissional já estabelecido. Temos muitos alunos adultos que precisam aprender a língua para seus mestrados ou doutorados, pois suas fontes são sempre es-critas em inglês. E para as crianças, quanto mais cedo, mais natural é a aprendizagem

Rua Pref. Cláudio Moacir, 66, Riviera Fluminense - MacaéTel: 22 2762-6378e-mail: [email protected]/macaefisk

FISK MACAÉEscola de tradição no ensino de línguas conta com inovações e preza pelo carinho no atendimento aos alunos Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Gianini Coelho

PESSOAS & NEGÓCIOS

Carina Reid foi aluna e volta à escola como diretora porque acredita na proposta da franquia

José Almir e Jailma, com Mariana e João Pedro. Os pais pesquisaram vários cursos antes de escolher o Fisk

A equipe da franquia está sempre pronta para dar um atendimento diferenciado aos pais e alunos

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Bailarinos da Âmbar Escola de Dança seapresentam na Disney pelo terceiro ano seguidoe têm convite confirmado para 2015

A máxima de que “quem sabe faz ao vivo” vem se confir-mando quando o assunto é a Âmbar Escola de Dança. O palco do Downtown Disney

recebeu e brilhou, mais uma vez, com alunos e professores da maior escola de dança do Estado do Rio de Janeiro, que embarcou para os Estados Unidos com uma comitiva de 50 pessoas para mais uma temporada de sonhos e realizações.

“Foram seis coreografias e vários dias intensos, antecedidos por ensaios, dedicação e preparo, que garantiram mais um resultado de sucesso para a Âmbar. Para nós, cada ano que nos pre-paramos para esta missão internacional, aprimoramos processos, garantindo par-ticipação cada vez mais profissional”, en-fatizou Aline Kilson, gestora administra-tiva da Âmbar, responsável pelo grupo e aluna de Dança Espanhola, modalidade também apresentada este ano.

Acompanhando e participando de perto da evolução, a família Goulart embarcou neste sonho nos três anos e afirma: “É sempre maravilhoso!”

“A primeira vez que fomos, em 2012, foi para realizar o sonho de via-jar para a Disney em família e aproveitar

para ver nossas filhas Eduarda e Beatriz dançando em palcos internacionais. No 2º ano, resolvemos ir em cima da hora e, esse ano, voltamos os quatro. Somos a única família que foi as três vezes, e Duda e Bia, as bailarinas que dançaram nos três anos”, compartilha Alessandra Lofiego que, este ano, debutou apre-

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sentando coreografia de sapateado. E acrescentou: “Todos os anos foram ma-ravilhosos. Cada ano conhecendo pes-soas e fazendo novos amigos. O meu maior presente foi dividir o palco com minha filha Eduarda, vê-la de perto torcendo por mim e, na saída, ela me olhar e dizer, mamãe você arrasou!”

Bailarinas em formação, prontas para brilhar em mais um ano da Âmbar em palco internacional

A cada ano, mais emoção e cumplicidade unem a família Âmbar que, em 2015, tem presença garantida nos Estados Unidos

ÂMBAR NA DISNEY

Por: Luciene Rangel • Fotos: Divulgação Âmbar

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minha vida e a Âmbar uma segunda família”, disse a aluna, que apresen-tou coreografias de ballet, jazz e sa-pateado na Disney.

Segundo Marcela, a experiência de dançar na Disney significa uma respon-sabilidade muito maior, pela gigantismo do processo e pelo reconhecimento e visibilidade de pessoas do mundo in-teiro. “Tivemos que aprender do jeito deles algumas regras para nos apresen-tarmos lá, o que foi uma super experi-ência”, disse.

Contagiando a família Âmbar com o prazer e a alegria de dançar, a diretora e coreógrafa Érica Mendes afirma que a Âmbar na Disney é uma conquista.

“A exigência da Disney é crescen-te, na medida em que nossa atuação vem sendo confirmada ano após ano. Essa realidade é engrandecedora pois nos possibilita crescimento a partir de parâmetros internacionais. São poucas as escolas que se apresentam conse-cutivamente. E a Âmbar vai e sempre volta por acreditar na oportunidade e no crescimento da instituição, dos pro-fessores e de seus bailarinos”, destaca a bailarina, que reserva surpresas para 2015, quando a escola voltará ao palco da Disney para mais momentos de re-conhecimento e destaque.

www.escolaambar.com.brTel: (22) 2770-5667 - (22) 2773-3728

De fora, mas vivendo a emoção das filhas e esposa, Carlos Goulart conta: “assistir minhas filhas e esposa atuan-do em um palco já é muito emocio-nante. Assistí-las em um palco inter-nacional, em especial da Disney, que é uma das maiores empresas de entre-tenimento no mundo, foi espetacular. Fiquei muito feliz por ter participado desse momento junto delas e ainda mais fã de minhas dançarinas!”

E a Âmbar reservava novidades e emoções para muitas alunas que debutaram este ano, como Letícia Quinteiro Hernandez, bailarina da escola há seis anos e que dançou sa-pateado e jazz. Acompanhada pela mãe, Geórgia Sardinha Quinteiro, e pela irmã Clara, Letícia af irmou ter vivido momento único e inesquecí-

vel, sendo complementada pela mãe.

“Para as crianças, vejo como oportu-nidade de desenvolver o que elas vêm, ao longo de todos esses anos, apren-dendo na Âmbar. Segurança, indepen-dência, confiança, companheirismo, espírito de equipe e, principalmente, comprometimento e entrega, por faze-rem parte de um projeto desse porte. E, pessoalmente, o que posso dizer é que ver uma filha fazer o que gosta, com quem gosta, com prazer e feliz, não tem preço!”. E ela encerra: “Fui contagiada pelo espírito da dança! Pretendo voltar ano que vem, e para dançar.”

Viajando pelo segundo ano com a Âmbar, sob a responsabilidade da escola, Marcela Maranhão Caetano é só alegria. “Amo dançar. A dança é

Wanderley e Kivia, bailarinosprofessores. Know-how e talento aplaudidos na primeira apresentação da Âmbar na Disney

Érica Mendes com os três prêmios recebidos na Disney. O deste ano, em seus braços, é personalizado. Umreconhecimento da excelência do seu trabalho

O encanto dos parques da Disney proporcionam vivências inesquecíveis. É a dança macaense ganhando o mundo

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Dicas para o preparo de exames:

•Evite exercício físico intenso 24 horas antes do exame;

•Prefira fazer a coleta entre 7h e 9h;

•Evite ingerir alimentos gordurosos no dia anterior;

•Enquanto estiver de jejum é permitido beber somente água, porém, não em excesso;

•Não fume antes de fazer a coleta;

•Antes de passar pelo exame, priorize ficar sentado em posição relaxada de 20 a 30 minutos.

Quando o assunto é saúde, ninguém gosta de correr ris-cos. Por isso, as farmacêuti-cas bioquímicas Aline Rodri-

gues Dutra e Márcia Dietrich de Mattos queriam oferecer um serviço de análi-ses clínicas de credibilidade ao criarem o Laboratório Diagnóstico. Era o ano de 2001 e, nessa época, elas já sabiam que confiança, experiência técnica e uma parceria seriam os elementos-cha-ve para ingressarem e se estabelecerem no mercado.

Hoje, com sedes em Macaé e Rio das Ostras, o Laboratório Diagnóstico, em sua parceria com o renomado La-boratório Plínio Bacelar, com mais de 70 anos de tradição, detêm certifica-ções que asseguram comprovada qua-lidade em análises clínicas. “Para nós, o principal objetivo é obter um resultado de exame confiável e fazer com que o

Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

Resultado confiável em exames de análises clínicas

paciente se sinta seguro na hora de op-tar pelo Laboratório Diagnóstico. Além disso, obedecemos rigorosamente as normas técnicas e de segurança, além de oferecer um ambiente agradável, confortável e com atendimento espe-cializado”, conclui Aline.

O Laboratório Diagnóstico realiza todos os tipos de exames de análises clí-nicas, com supervisão em tempo integral de profissionais qualificados e experien-tes. “Também procuramos sempre fazer ajustes em conformidade com os avanços tecnológicos, além de um comprometi-mento com a humanização do ambiente e atendimento, para que o cliente se sinta à vontade e acolhido dentro das nossas instalações”, ressalta Márcia.

O Laboratório Diagnóstico atende, além de particulares, pacientes com di-versos convênios como: Amil, Unimed, Bradesco, Petrobras, entre outros.

PESSOAS & NEGÓCIOS

DIAGNÓSTICOLABORATÓRIO

MacaéRua Velho Campos, 568 - Centro - (22) Tel: 2791-7634Rio das OstrasAv. Novo Rio das Ostras, 15 - Centro - Tel: (22) 2765-8655

O Diagnóstico possuiuma parceria como laboratório Plínio Bacelar que tem70 anos de tradição

As sócias Márcia Dietrich e Aline Dutra criaram o laboratóriohá 11 anos e continuam investindo na qualidade dos serviços

Profissionais capacitados fazem com que os pacientes fiquem mais à vontade na hora dos procedimentos

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Um prato cheio para os amantesda música, painel é reformado emostra sua importânciacultural para a cidade

ESPECIAL MACAÉ

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Gianini Coelho

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Inevitável não sorrir. Basta passar os olhos por uma Fafá de Belém voluptuosa, por assim dizer, ser-vindo de bandeja seios... e pizza. Nossa incansável curiosidade con-

tinua em busca de mais informação, e encontra um Raul Seixas sedento por sua sopa, brigando com a famosa mos-ca que lhe persegue em canto e prosa. Ao piano, nada mais nada menos que Tom Jobim, copo de uísque ao piano, acompanhando aquele Cazuza imorta-lizado em nossas memórias e corações. O tímido Edu Lobo, meio acanhado e debruçado em seu inseparável violão, nos leva a crer que, se continuarmos procurando, iremos achar algum novo imortal para divertir e emocionar.

Cheio de sutilezas, o irreveren-te painel do restaurante Ilhote Sul, na Praia dos Cavaleiros, é um prato cheio para os amantes da música po-pular brasileira e não cansa a curiosi-dade musical de quem está do lado de cá. Entre uma ou outra olhadela, sempre encontramos uma nova cele-bridade, marcada por pinceladas de cultura e história da MPB, como, por exemplo, a Elis Regina e seu vestido cheio de pimentinhas, fazendo uma alusão ao apelido da cantora.

Criado no atelier do artista plástico Valber Benevides no ano de 1996, ele levou 30 dias para ficar pronto. A tela, pintada com tinta acrílica, medindo 4m x 2,5m, foi instalada e batizada no local pelo próprio chargista.

Casado com Herbene e pai de Rai-za e Lucas, Valber nasceu em Itapipo-ca e costuma dizer que se diverte há quase 40 anos, profissionalmente. “A mamãe me disse que quando eu esta-va pra nascer, primeiramente coloquei minha mão de fora à procura de um lápis e papel. Na verdade, toda crian-ça gosta de desenhar, porém poucas continuam desenhando e com o tem-po, muitas largam a brincadeira. Com 8 anos, já fazia história em quadrinho para vender e comprar um picolé. O desenho era a minha moeda de troca. Já desenhava com caco de telha, car-vão e vaga-lumes nas calçadas, muros e chão. O mais interessante era o de-senho feito com este inseto, nas noites em que faltava energia. Eu pegava os bichinhos e os colocava em vidros para usar como lanterna. Quando estes

PAINEL DOILHOTE SUL

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no Rio de Janeiro, em 1991. Hoje, não trabalho mais, pois só faço desenhar e pintar (risos)”, diverte-se Valber.

Empresário e dono do Ilhote, Rena-to Lucas Martins conheceu o trabalho de Valber Benevides quando morou em Fortaleza. “Fiquei apaixonado pela tela Luiz Assumpção. Daí, entrei em contato com ele e ele topou criar algu-ma coisa do gênero no restaurante que eu estava abrindo em Macaé. A ideia foi concretizada e, desde então, a obra virou cartão postal da Praia dos Cava-leiros. Na tela, caricaturas de artistas famosos da MPB interagem de forma especial. Diogo Nogueira, Zeca Pago-dinho, Dominguinhos, Beth Carvalho e muitos outros. Devido à grande reper-cussão do trabalho nos quatro cantos de Macaé, a tela passou a ser também um outdoor de marcas famosas, que são renovadas de tempos em tempos”, continua Renato.

Quem agradece são os clientes do restaurante, que, entre um chopinho e outro, podem vislumbrar tamanha arte. É como o carioca Maurício Bren-

O painel é restaurado por Valber de 4 em 4 anos. No final de 2013, Renato e Valber aproveitaram e incluíram novas personagens à tela como Diogo Nogueira, Dorival Caymi, Lenine, Dominguinhos e Erasmo Carlos

morriam, tirava-os dos recipientes e, com a massa luminosa deles, desenha-va na calçada. Com a escuridão o de-senho ficava fluorescente”, relembra.

A ideia de criação da tela do Ilhote Sul surgiu de um outro painel, chama-do Luiz Assumpção, também de auto-ria de Valber. Este primeiro foi feito em 1986 e ficava localizado na Praia de Ira-cema, em Fortaleza. O painel ilustra-va a parede de entrada do bar e fazia homenagem aos grandes compositores do Ceará, além de alguns de outros es-tados do Brasil. “Pensamos em fazer uma grande pintura que tivesse a cara de Macaé. E para não fugir do cartão postal da cidade, coloquei ao fundo o mar e suas ilhas do Arquipélago de Sant’Ana. Num ambiente de praia, ao luar, os personagens celebravam a mú-sica e a poesia. O gosto pela charge foi aumentando no dia a dia. Descobri a importância e o poder que tem a char-ge como elemento de síntese e crítica de algum fato político no universo local ou global. E foi com uma charge que ganhei o primeiro prêmio na 1ª Bienal Internacional de Humor e Quadrinho

Renato Martins, proprietário do Ilhote Sul: “Famílias inteiras param para tirar foto em frente ao painel. Criamos um ícone cultural aqui em Macaé”

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nand, 59 anos, gosta de terminar uma tarde, por exemplo. “Mudei-me para Macaé em 1984. Acompanho e fre-quento o Ilhote Sul desde os seus pri-mórdios, ainda na Imbetiba. Esse painel veio firmar de vez a posição inovadora e de vanguarda que a casa se propunha a ter. Graças a essa arte, o restaurante

e a cidade tornaram-se objeto de inte-resse turístico, pois as pessoas querem tirar fotos com o painel ao fundo. A caricatura dos personagens é perfeita, não só em seus traços, mas também em suas atitudes e comportamento. É difícil destacar um personagem, pois todos são fantásticos mas, de alguma

forma, creio que o Noel Rosa, com seu cigarrinho no canto da boca, é um dos que mais gosto. Todos que conceberam esse painel estão de parabéns”, comen-ta Maurício.

Outro admirador da obra é o mi-neiro Hélio Pessoa, que trabalha no se-tor offshore e mora em Macaé desde 1979. “Na primeira vez que vi o pai-nel, o Valber Benevides estava dando os retoques finais na arte. O que mais me chamou a atenção foi a caracte-rização de cada artista com uma de suas obras. Podemos encontrar o Lulu Santos surfando como em sua música ‘Como uma onda no mar’, Fagner e um aquário com peixes fazendo bor-bulhas de amor, o Adorinan Barbosa com a Tábua de tiro ao Álvaro, Gil e Caetano de rosto colado fazendo uma analogia aos Doces Bárbaros... enfim, a história da MPB é muito bem lem-brada neste painel!”

Renato lembra que foi bem difícil determinar quais imortais entrariam naquele espaço de tela. “Na primeira versão foram retratados Noel Rosa, Pixinguinha, Cartola, Tom Jobim... Por termos um espaço limitado, usamos al-guns critérios de escolha. Desde o ano

Maurício Brennand frequenta o Ilhote Sul desde sua fundação na Imbetiba e sempre foi um admirador do painel

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de 96, a obra passa por restaurações, que acontecem de 4 em 4 anos. Apro-veitamos e mexemos na pintura, reti-rando algum artista e colocando outro. Assim, implantamos certo movimento à obra”, explica o empresário, que re-lembra algumas curiosidades à respeito do dia da inauguração. Ainda no ano de 96, os carros que passavam pela rua da praia, viam aquele enorme painel sendo fixado à parede do restaurante. Até aí, tudo bem, se um ou outro não se esquecesse de freiar.

“Tivemos alguns acidentes leves de trânsito aqui em frente, pois as pessoas desviavam o olhar e batiam no carro da frente... Mas nada de muito sério! (risos). Hoje, recebemos famílias intei-ras que param para tirar foto em frente ao painel. Nosso objetivo foi alcança-do, de criarmos um ícone cultural aqui em Macaé”, continua.

E, para quem quer analisar mais a fundo o painel, existe ainda uma téc-nica correta que permite observar a

obra em toda a sua amplitude cultural. A tela deve ser lida da esquerda para a direita, onde alguns personagens se mostram em dimensão maior. São os da Velha Guarda. É o caso de Noel Rosa, Pixinguinha, Vinícius de Moraes e Tom Jobim, por exemplo. Depois, em tamanho um pouco menor, podemos apreciar Gal Costa, Zeca Pagodinho, Cazuza, Paralamas do Sucesso. Nessa progressão, aparecem nomes de artis-tas mais recentes, como Lenine e Diogo Nogueira.

Na última restauração, que aconteceu em 2013, Renato e Valber aproveitaram e incluíram novas personagens à tela. Fize-ram uma homenagem a Diogo Nogueira, Dorival Caymi, Lenine, Dominguinhos e Erasmo Carlos. Para quem pensa que a escolha de quem entra ou sai é razoavel-mente fácil de fazer, está redondamen-te enganado. “Lembro-me que Moraes Moreira chegou aqui no restaurante e, quando viu o painel, correu para pro-curar pela sua pintura lá. Quando não encontrou ficou bravo, chateado. Foi constrangedor, mas tento explicar aos artistas que nosso espaço é pequeno, nenhuma das personalidades aparece por acaso, existe sempre um conceito, uma expressão por trás da pintura”, ex-plica o empresário.

Hélio Pessoa é clienteassíduo do Ilhote: “Na primeira vez que vi o painel, o Valber estava dando os retoques finais na arte”

CONHEÇA ALGUMAS CURIOSIDADES DO PAINEL

Renato homenageou o garçom “Ce-ará”, que trabalhou muitos anos no Ilhote, retratando-o no painel servin-do os convidados com notas musicais.

Adoniran Barbosa interage com Elis Regina segurando um alvo que recebe flechas disparadas por ela. Referência ao sucesso “Tiro ao Álvaro”.

O compositor macaense Benedito La-cerda ganhou um lugar de destaque no painel como uma forma de valori-zar a produção cultural da cidade.

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A chef Bell Melsert, dona da escola de gastronomia Casa da

Bell, oferece workshops e cursos para homens e mulheres

“CHEFS” DE FAMÍLIAMudando de papel social, os homens conhecem o prazer de cozinharjunto da famíliaPor: Fernanda PinheiroFotos entrevistados: Gianini Coelho

COMPORTAMENTO

Pierre Gentil sempre se interessou por culinária, desde o tempo de república na faculdade, mas há cerca de 7 anos, tem se dedicado mais a este prazeroso hobby

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Foi-se o tempo em que encon-trávamos, com frequência, aqueles pais de família senta-dos na poltrona, de frente a um programa televisivo enfa-

donho, engordurando-se com salga-dinhos comprados no boteco da es-quina, enquanto a esposa, solitária na cozinha, acabava de preparar o almoço de domingo. Ninguém tem mais notícia daqueles maridos que não se interessa-vam nem um pouquinho pelos novos aromas exalados de uma cozinha criati-va e cheia de sabores. Parece que estes mesmos aromas resolveram envolver e transformar aqueles antigos homens, e eles mudaram, para melhor.

Lá nos anos 60, as mudanças mun-diais começaram, muito timidamente, a dividir o comando do fogão entre os dois sexos. E a batalha foi longa, en-quanto queimávamos sutiãs, eles quei-mavam o arroz. Mas hoje, estes novos chefes de família perceberam o quão prazeroso pode ser dividir o espaço e os afazeres do lugar mais agradável da casa: a cozinha!

“Hoje, eu acolho aqui na escola homens que não querem mais receber em casa e servir aos seus convidados apenas o churrasco de sempre. Agora,

eles querem se superar, mostrar que podem impressionar e aprender a fa-zer um belo risoto, lindas saladas, sal-tear com primasia um belo steak...”, explica a chef Bell Melsert, dona da escola de gastronomia Casa da Bell, na Imbetiba, Macaé.

A chef, que também é consulto-ra do restaurante Gourmet, promo-ve cursos e workshops para peque-nos grupos. Em sua escola, os alunos aprendem os princípios da alta cozi-nha, descobrem a culinária de outros países e se divertem com este saudável hobby, que vem conquistando cada vez mais a sociedade macaense.

A chegada dos homens à cozi-nha vem acontecendo devagarinho. Aos poucos, eles vão ficando menos desconfortáveis com a presença das panelas. Embora não haja um levan-tamento sobre o Brasil, uma pesquisa da Universidade de Michigan de 2012 mostrou que, entre os americanos da chamada geração X, ou seja, aqueles nascidos entre 1961 a 1981, os homens cozinham, em média, oito refeições por semana. Tudo bem, ainda ficam atrás das mulheres dessa mesma ge-ração, que preparam por volta de 12, mas temos que dar o braço a torcer:

Rogério com a esposa Aline e sua filhina Letícia. Para ele, as experiências em família, na cozinha, são uma forma de ficar mais tempo juntos

“O MAISINTERESSANTE É ENTENDER ESENTIR COMO TUDO ISSO PODE SER PRAZEROSO, OUVINDO UMABOA MÚSICA EACOMPANHADOS POR UM BELOVINHO”ROGÉRIO ALBUQUERQUE

A escolha do vinho ideal para a harmonização dos pratos é um dos pontos preferidos do público masculino

Lívio Cam

pos

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estão avançando. Além disso, também começaram a se interessar por progra-mas e livros de culinária. As compras de casa? Também são eles a irem mais vezes aos supermercados.

Foi assim que aconteceu na casa do empresário e professor de educação física Rogério Santos de Albuquerque. Casado há cinco anos com Aline Kil-son, o casal teve a pequenina Letícia há 2 anos e, desde então, as saídas à restaurantes foram ficando mais, diga-mos, complicadas. Rogério começou a perceber que a paixão da esposa pela gastronomia podia ser aprovei-tada por toda a família. “Quando ela me disse que iria fazer um curso culinário achei a ideia fantástica e me juntei ao grupo. Desde então, perce-bi que estar ao lado dela na cozinha, auxiliando e aprendendo a elaborar os pratos, se tornou uma excelente oportunidade de ficarmos mais tem-po juntos. Cozinhar pode se tornar um ótimo programa, desde a compra dos produtos, pela manhã, passando pelo preparo, até o grande momen-to de saborear o que preparamos! O mais interessante é entender e sentir como tudo isso pode ser prazeroso, ouvindo uma boa música e tomando um belo vinho”, ensina Rogério.

A pequenina Letícia também acom-panha essa aventura dos pais. Quando come, Rogério e Aline a deixam brin-car com os alimentos, sentir as textu-ras diferentes, cores e sabores. “No colo da mãe, ela participa das refeições experimentando tudo que estamos co-mendo e brincando com os pratos, ló-gico que sempre tomando cuidado do que dar para ela experimentar!”.

Se para alguns o gosto pela boa cozinha nasceu da necessidade ou por apoio à companheira, para outros o caso é antigo. O cirurgião-dentista Pierre Rodrigo Neto Gentil, de 43 anos, conta que o amor pelas panelas foi herdado de sua família. “Meus avós sempre gostaram e minha avó Norma, mãe do meu pai, foi uma grande cozi-nheira e dona de restaurante durante anos. Quando você é criado em uma família onde se tem pessoas que cozi-nham bem, você acaba gostando de comer e, consequentemente, queren-do aprender a fazer. Fiz algumas aulas isoladas com o antigo Chef do restau-rante Lucca, Massimo Toresan, e mi-nha especialidade é um bom risoto! O preferido da minha esposa é o de cor-deiro ou de bacalhau. As crianças gos-tam do de limão siciliano acompanha-do de peixe assado”, complementa.

Casado com Keila Gentil e pai de Vitor,17 anos, Júlia, 14 e Miguel,11, Pierre acredita que o hobby ajuda a relaxar, além de unir a família. “Sem-pre que vou para a cozinha, vai alguém comigo. Me ajudam no preparo e no corte dos ingredientes. Mas da limpe-za, todo mundo corre!”, brinca.

Na casa do engenheiro químico Emílio Souza Neto, de 35 anos, a cozi-nha funciona como uma espécie de la-boratório. De lá, entre seus mais novos experimentos, saem deliciosos fusilis à bolonhesa para a criançada faminta, um suculento roast beef para os sogros ou um belo risoto para agradar à espo-sa, Daniele Parente Melo.

“Já preparei vários pratos para a família, eles são minhas ‘cobaias’. No meu caso, não houve uma transforma-ção, a minha esposa já me conheceu assim. Acho que houve sim uma sur-presa: quando nos conhecemos, eu saía muito. Acho que ela não esperava que eu pudesse me sentir tão tranquilo em casa, e ainda mais na cozinha! Mas deixei isto claro muito cedo. Foi uma cartada para conquistar a moça... !”, declara com bom humor.

Membro de uma confraria de vi-nhos em Macaé, Emílio se encantou

Pierre, a esposa Keila e família na cozinha do seu apartamento, onde o destaque é um forno profissional italiano, seu xodó

“SEMPRE QUE

VOU PARA A

COZINHA, VAI

ALGUÉM COMIGO.

ME AJUDAM NO

PREPARO E NO

CORTE DOS

INGREDIENTES.

MAS DA LIMPEZA,

TODO MUNDO

CORRE”PIERRE GENTIL

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pela gastronomia por meio dessa bebida e de suas diversas personalidades.

“A gastronomia entrou em minha vida muito tarde. Quando criança, comia muito mal, com poucas variedades e combinações. Por conta disso, demorei um pouco a des-cobrir novos sabores e possibilidades. Descobri que valia a pena provar as coisas quando me vi tentando fazer uma omelete que parecesse com a da minha avó. Era na época da faculdade e eu tinha que cozinhar pra mim mesmo. Apesar de minha avó sempre compartilhar suas receitas comigo, eu insistia em retirar as cebolas da sua omelete. E reclamava, pois é claro que não ficava a mesma coisa, né? Abri mão do preconceito e coloquei a bendita cebola numa omelete pela primeira vez. O prato ficou maravilhoso! Desde então, abri meus horizontes para novos sabores. E é válido acrescentar que nunca mais cozinhei sem cebola. É ingrediente indispen-sável na minha cozinha!”, ensina.

Tendência mundial, hobby ou simplesmente vontade de aprender. O que podemos observar é um novo papel exerci-do pelo homem na atualidade. Neste papel, vemos que eles estão se tornando mais confortáveis e poderosos na cozinha.

Um artigo publicado em 2013 pelo jornalista americano Phil Lempert, editor-chefe do Supermarketguru, mostrou que, nos Estados Unidos, 41% de todo o preparo de alimen-tos da família agora é feito pelo pai. O mundo observa a in-fluência dos homens no setor de alimentos se tornando mais forte, à medida que mais pais se unem ao grupo de compra-dores e cozinheiros. O índice de 52% indica que são eles a maioria em supermercados. Um direcionador é certamente a realidade de que muito mais maridos estão trabalhando em casa ou estão procurando emprego e assumiram algumas tarefas domésticas nesse meio tempo. Outro é a descoberta do gosto por preparar alimentos. Ainda, outros estão se tor-nando mais envolvidos no preparo dos alimentos por causa de mudanças no estilo de vida ou por razões de saúde.

O Risoto é uma das receitas mais executadas pelos homens aspirantes a chef, principalmente o de Camarão

Ana N

ogueira

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De olho nesses números, alguns su-permercados estão adotando as “ilhas de homens” – locais na loja que tra-zem alimentos orientados ao público masculino e outros produtos para tor-nar as compras – por impulso ou não – mais direcionadas. Vemos, portanto, um esforço mais duradouro para atrair e aumentar o poder dos homens com-pradores, seja por meio de promoções, círculo de compras e nutrição ou pro-gramas de escolas de culinária, desen-volvido por revistas do público masculi-no, como a Men’s Health.

“Nunca tinha pensado sobre isto como um hobby, ou uma tendência. Mas, provavelmente, é. Nas reuniões com os amigos que tenho feito, os ho-mens se reúnem na cozinha e as mu-lheres na sala. Os homens sempre cozi-nham, enquanto as mulheres falam de... Bom, não sei de quê! Nós discutimos os temperos, as dicas, os risotos, os acompanhamentos. Talvez, elas falem de futebol (risos)! Fato é que reunir-se em torno da família hoje é uma coisa fundamental. E creio que seja um fator primordial para que cresça o interesse

pela gastronomia entre mim e meus amigos”, finaliza Emílio.

Em uma pesquisa de opinião feita no Reino Unido, mais de 50% das mulheres disseram que o marido cozinha melhor do que elas. Será verdade, ou foi uma forma de levantar a moral dos rapazes e incentivá-los a assumir essa tarefa? Bem, homens e mulheres podem cozinhar divi-namente, basta estarem abertos a novas experiências, doarem suas almas, seus corações. A família, unida, agradece!

Para Emílio, a cozinha é uma espécie de laboratório, onde a família faz o papel de cobaia, ao experimentar seus pratos

“REUNIR-SE EM

TORNO DA FAMÍLIA

HOJE É COISA

FUNDAMENTAL. E

CREIO QUE SEJA UM

FATOR PRIMORDIAL

PARA QUE CRESÇA

O INTERESSE PELA

GASTRONOMIA”

EMÍLIO SOUZA NETO

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Clube completa 60 anos. Entre altos e baixos,o Iate passou por um grande processo de reestruturação que resgatou seu caráter náutico e o recolocounas Cartas Náuticas Brasileiras

IATE CLUBEDE MACAÉ

CAPA - ESPECIAL MACAÉ

Por: Alice Cordeiro• Fotos: Gianini Coelho

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A atual diretoria do Iate Clube.

Da esquerda para a direita: Carlos

Alberto, Diógenes “Pirroni”, Leonardo

Pinheiro, Dilmar, Marcelo Brasileiro e

Rosalvo Jr.

Por: Alice Cordeiro• Fotos: Gianini Coelho

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EEm 1954, um grupo de jovens macaenses idealizou um clube ainda inédito na cidade. Apai-xonado por pesca submarina, Iberê Costa reuniu alguns

amigos para fundar o Iate Clube de Ma-caé (ICM). Ao longo desses 60 anos, o clube passou por momentos de auge e decadência, sendo reerguido a partir de 2005 por uma diretoria que decidiu investir e acreditar nos seus potenciais náuticos. Os principais acontecimentos dessas décadas serão reunidos em um livro a ser lançado pelo ICM. A Revista DiverCidades adianta alguns capítulos desta história para você.

IBERÊ COSTA, O IDEALIZADOR

Ao contrário do que muitos pen-sam, a primeira sede do Iate não foi na Praia do Pontal, na Barra, onde o Iate está localizado. Esta afirmação é feita por uma das poucas testemunhas vivas daquela época, José Vieira de Almei-da Júnior, de 94 anos, que revela que a primeira sede foi em um quarto do Hotel Imbetiba.

“Iberê precisava de um local para se reunir com seus amigos e eu acabei cedendo o meu quarto do hotel. Ape-sar de não estar envolvido com a náu-tica, eu era amigo de todos e acabava participando das reuniões. Nelas, além de Iberê, estavam Jorge Costa – pai de Iberê –, Michel Antunes, Edir Jacoud Azevedo, Jardel Trindade e Godofre-do Tabuada”, lembra José Vieira, res-saltando que, naquela época, o único que tinha um barco era Godofredo Ta-buada, que utilizava a Praia do Pontal como garagem. A partir dessas reuni-ões o grupo liderado por Iberê come-çou uma mobilização na cidade para a construção do clube náutico.

Lineu Borges é outra testemunha que se orgulha de fazer parte dessa his-tória. Portador do 14° título de sócio do Iate Clube, Lineu, que já ocupou o cargo de Comodoro (diretor), refor-ça que é o único sócio-fundador que ainda frequenta o clube. Aos 82 anos, “Irmãozinho”, apelido que ganhou no clube e carrega até hoje, relembra com alegria e riqueza de detalhes, as épocas históricas do lugar.

“Dr. Olo Torres também fazia parte do grupo da fundação e foi ele quem fez a planta da primeira sede do Iate. Nessa época, a planta era um projeto feito em um pedaço de papel. Com a planta em mãos, Iberê queria começar

As instalações do Iate Clube na sua época áurea, nas décadas de 1980 e 1990, quando ficou conhecido pelos grandes bailes na cidade

José Vieira participou das primeiras reuniões da fundação do Iate, com Iberê Costa e amigos, num quarto do Hotel Imbetiba

Autor desconhecido

Lineu Borges já foi Comodoro e ainda frequenta a sauna do clube, onde ganhou o apelido de “irmãozinho”

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“DR. OLO TORRES

TAMBÉM FAZIA

PARTE DO GRUPO

DA FUNDAÇÃO E

FOI ELE QUEM FEZ

A PLANTA DA

PRIMEIRA SEDE DO

IATE EM UM

PEDAÇO DE PAPEL”LINEU BORGES

a construção o mais rápido possível e começou a movimentar a sociedade em busca de sócios para o clube, mesmo sem ainda existir um clube”, diverte-se.

“Certa manhã, eu tinha acabado de chegar em casa, vindo de um baile, e o Iberê apareceu querendo minha aju-da para pegar umas tábuas que havia conseguido de graça em uma serra-ria. Eu estava cansado, mas fui com o caminhãozinho do meu pai ajudá-los. Subimos pela ponte velha da Barra e

deixei a tábua logo na descida, pois o caminhão havia atolado na areia. Iberê e os outros pegaram as tábuas e, ao final do dia, a base do Iate Clube estava pronta”, lembra.

De acordo com Lineu, Iberê era apaixonado por pesca náutica e, por isso, queria fundar um clube especia-lizado. “Além de fazerem a sede com muito sacrifício, os idealizadores che-garam a construir seus barcos com as próprias mãos. Certa vez, Iberê pescou um mero de 286 quilos. Como ele era um homem baixo, o peixe era maior que ele. E para provar que isso não era história de pescador, eles fizeram uma foto que, até pouco tempo, estava ex-posta no mercado de peixe”, conta.

DOS GRANDES BAILES À DECA-DÊNCIA

Atual Comodoro do Iate Clube, Marcelo Brasileiro, conta que, nas dé-cadas de 1960 e 1970 o Iate era restri-to aos apaixonados pela náutica. Já em 1980 e 1990, a instituição ampliou sua área de atuação passando a ser tam-bém um clube social, com quase mil sócios, frequentado pela alta sociedade que participava de festas de casamen-tos, aniversários e grandes bailes.

A primeira sede do Iate ao fundo. Local era frequentado pelas famílias macaenses amantes do mar

Arquivo IC

M

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Apesar de não ser ligado à náuti-ca, Lineu Borges conta que gostava de frequentar o clube para encontrar seus amigos e participar de bailes. “Sempre gostei muito de dançar e, em determi-nado momento, o Iate ficou conhecido pelos seus grandes bailes e festivais. Ao contrário dos demais clubes da cidade, que selecionavam seus sócios, o Iate es-tava aberto para quem quisesse partici-par e, por isso, eventos como o Baile Azul e Branco, o aniversário do clube e o Festival da Cerveja estavam sempre cheios”, lembra.

Por conta do trabalho, nesta épo-ca, José Vieira ficava pouco em Macaé. Mas reforça que sempre que podia, levava seus filhos para a piscina do clu-be. “Eu era muito ligado aos esportes. Gostava de futebol, basquete e nata-ção. Sempre que eu podia, ia ao Clube para usar a piscina e foi lá que meus filhos aprenderam a nadar”, lembra, destacando a famosa piscina, de 3 me-tros de profundidade, construída na gestão de Jorge Costa.

Segundo Brasileiro, a partir de 2000, o clube perdeu totalmente o cunho náutico e entrou em falência, tendo sua desapropriação decretada. “Em 1986 e 1988, o Iate foi invadido pelo mar e sua reconstrução não foi adequada, o que fez com que muitas pessoas se afastas-sem do local que estava sucateado. Em 2005 e 2006, um grupo de sócios come-çou um movimento para reerguer o Iate e retomar as características náuticas. As-sim, assumimos um compromisso com a prefeitura para que a desapropriação fosse cancelada e começamos a reestru-turar o lugar”, conta, reforçando que nesta época o clube, que chegou a ter mil sócios, estava com apenas 160.

REVITALIZAÇÃO

Com o apoio dos associados e de no-vos parceiros, a atual gestão (2013/2015) conseguiu reerguer o clube. “Hoje, apre-sentamos um clube totalmente remode-lado. A reforma contou com a ampliação do Parque Náutico; uma nova área de embarque e desembarque; novas instala-ções de restaurante e áreas de convívio social, como saunas, churrasqueira, entre outras”, descreve Brasileiro.

Com a revitalização, veio a aprovação da Marinha do Brasil que reconheceu a capacidade do Iate Clube de Macaé em atender às suas necessidades e, por isso, foi inscrito na Carta Náutica Brasileira. Com isso, além de estar pronto para

O Comodoro Marcelo Brasileiro no novo ancoradouro do Iate Clube. “Em oito anos, os títulos do Iate tiveram uma valorização de 400%”

Ciro Henjouti pratica pesca submarina e, há dois anos, adquiriu um barco e usa a estrutura do Iate semanalmente,

As instalações do Iate Clube foram revitalizadas, o que possibilitou a sua inscrição na Carta Náutica Brasileira

Arquivo pessoal C

iro

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“EM 2005 E 2006,

UM GRUPO DE

SÓCIOS COMEÇOU

UM MOVIMENTO

PARA REERGUER

O IATE E

RETOMAR SUAS

CARACTERÍSTICAS

NÁUTICAS”MARCELO BRASILEIRO

atender as demandas das embarca-ções macaenses, o Iate está prepara-do para receber embarcações de ór-gãos de segurança como Defesa Civil, Marinha do Brasil, Corpo de Bombei-ros, entre outros.

Amante da pesca submarina, o co-merciante Ciro Henjouti, de 38 anos, é sócio assíduo do Iate Clube de Macaé há cerca de dois anos. “Sempre fui sócio, mas não vivia em Macaé. Desde peque-no, meus pais eram sócios e foi na pisci-na do Iate que aprendi a nadar. Lembro que, nesta época, não existia a infraes-trutura de hoje. Antes, no lugar do atual galpão que abriga as embarcações, havia um campo de futebol”, conta.

Depois de uma temporada longe da cidade, Ciro retornou com um novo hobby. “Meu pai nos ensinou a gostar da pesca submarina e, há uns dois anos, adquiri um barco para praticar. Desde então, uso as instalações do clube sema-nalmente, pois se não saio para pescar, vou passear com minha família. Deixo meu barco guardado no Iate e estou muito satisfeito com a estrutura que eles nos disponibilizam”, destaca.

“Queremos resgatar o homem do mar, aquele cidadão que gosta de pescar e velejar. Para isso, oferecemos

uma infraestrutura adequada e esta-mos promovendo cursos que destacam a importância da segurança no mar e que estimulam a paixão de novos as-sociados, como filhos dos sócios, por exemplo, que já participam de cursos aqui para que essa paixão pelo mar se propague de pai para filho”, conta Marcelo Brasileiro.

O Iate oferece: local para guardar as embarcações, cursos de segurança no mar em parceria com a Marinha do Bra-sil, palestras para sócios e convidados, ações de conscientização ambiental, en-tre outras atividades. Para 2014, o Iate irá lançar a Escola de Náutica que terá como objetivo levar conhecimento so-bre navegação para os sócios e amigos.

Na reinauguração, Lineu Borges e José Vieira foram homenageados pela diretoria do clube. Lineu Borges foi o nome escolhido para a nova área de la-zer, enquanto José Vieira recebeu um título de sócio benemérito. “Até hoje, frequento o clube uma vez por semana para ir à sauna. A diretoria queria que eu assumisse um cargo, mas como eu não queria criaram o Diretor de Sauna. Juntei o útil ao agradável, pois já que gosto de frequentar a sauna, consigo ver o que precisa ser melhorado por lá”, conta Lineu.

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Com todos esses investimentos, em oito anos os títulos do Iate tiveram uma valorização de 400%. “Conseguimos resgatar a impor-tância do clube para uma cidade portuária, reescrevê-lo nas Cartas Náuticas do Brasil e oferecer uma estrutura adequada aos amantes da náutica. Agora, pretendemos investir no cunho social do clube e, aos poucos, promoveremos eventos que despertem o interesse da sociedade e de novos associados”, revela Brasileiro, reforçando que qualquer pessoa pode fazer parte do quadro de sócios, basta ir à secretaria do clube para saber mais detalhes sobre a aquisição de um título.

As embarcações podem passar por reparos e manutenção, sem sair de Macaé Toda a área social do clube também foi revitalizada para proporcionar lazer aos sócios, com piscina, sauna e restaurante

“DESDE PEQUENO, MEUS PAIS ERAM SÓCIOS E FOI NA PISCINA DO IATE QUE

APRENDI A NADAR”CIRO HENJOUTI

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Mercado promissor da construção civil se tornou atrativo para profissionais e empresários que o destino encarregou de transformar em homens de obras

CONSTRUTORESDE MACAÉ

Em comum, eles têm a ha-bilidade de fazer projeto se tornar estrutura de concreto. Em Macaé, eles vislumbraram que o pro-

gresso com a chegada da Petrobras na década de 1970 traria um futuro próspero para a construção civil. Alguns, meio que por acaso, desco-briram neste mercado muito mais do que boa oportunidade de fazer negócios, mas também uma pro-fissão que proporciona mais quali-dade de vida e realização pessoal. Tornaram-se construtores, começan-do de maneira informal a erguer ca-sas e prédios, tornando realidade o sonho de muitas pessoas em Macaé.

Por: Leila PinhoFotos entrevistados: Gianini Coelho

A CIDADE

Eromildes Monteiro, à esquerda, com seu mestre de obras Democlair Valadão, que trabalha com ele a mais de 30 anos

Depois da chegada da Petrobras, na década de 1970, a construção civil se tornou um mercado promissor em Macaé

Fern

ando

Per

eira

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Nesta reportagem, antigos e novos construtores de Ma-caé mostram como entraram para o ramo, o caminho das pedras trilhado, um pouco do conhecimento adquirido e os benefícios da atividade para suas vidas.

CONSTRUTORES DAS ANTIGAS

Quem vê Eromildes Monteiro trabalhando nem imagina que ele tem 72 anos de vida e mais de 30 de experiência na construção, em Macaé. No canteiro de obras, sobra vi-gor e energia para comandar a equipe que está criando um prédio com apartamentos de alto padrão, ao lado da Lagoa de Imboassica.

Atualmente, Eromildes só constrói edifícios, mas no co-meço foi diferente. A primeira obra foi uma casa duplex, em 1984. Nessa época, Eromildes era comerciante. “Comprei um terreno nos Cavaleiros, construí uma casa e vendi. Depois disso investi na construção civil e nunca mais saí. Então, eu acabei me desfazendo das lojas que tinha”, recorda.

Um dos prédios mais conhecidos da cidade, o Tropical Plaza Shopping, é uma das obras de Eromildes

Fern

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Per

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A mudança no segmento de atu-ação trouxe muitos benefícios para a qualidade de vida dele. Eromildes afirma ter mais tempo para estar com os familiares e ter momentos de lazer. “Meu fim de semana é livre. Eu posso tirar férias três vezes ao ano. Deixo a minha equipe formada e a obra é to-cada sem problema algum na minha ausência. No comércio, não funciona assim”, fala.

Alguns edifícios muito conhecidos no município são feitos de Eromildes, como é o caso do Tropical Plaza que fica no Centro. Para ele, ter prospera-do no segmento foi resultado de tra-balho intenso. Depois de muitos anos de exercício e conhecimento, Eromil-des passou de construtor para cons-trutora. Hoje, ele tem uma empresa que leva o seu sobrenome.

Para ele, formar mão de obra e manter equipe de confiança ajuda muito no sucesso do negócio. O mes-tre de obras que trabalha com ele é o mesmo há mais de 30 anos. “Procuro ter bom relacionamento com meus

funcionários, nunca falei alto com eles. Trato todos de igual para igual e o cli-ma é amistoso.”

Credibilidade é outro fator que faz tudo dar certo, segundo Eromil-des. Aliás, confiança é termo de valor para quem compra imóvel na plan-ta, como os que ele vende. “Fazer o nome e honrar com os compromissos é fundamental nessa área. Foi graças à minha credibilidade que tive facilida-de para pegar empréstimos. De tudo que já fiz, houve apenas uma obra atrasou. Sempre procuro entregar adiantado”, diz o construtor.

Eromildes não tem planos de parar, pelo menos não enquanto tiver dispo-sição. “Não saio do ramo porque é gratificante. A gente idealiza, gera em-prego, melhora o comércio e contribui com tudo. É muito bom ver o prédio nascer do nada e a felicidade das pes-soas que compram o imóvel e realizam o sonho”, comenta.

Luizenito Pessanha, de 69 anos, sente a mesma satisfação como cons-

trutor. “Fico realizado quando termi-no a obra. Dá prazer proporcionar isso para as pessoas, principalmente para os jovens que estão casando”, fala. Luizenito atua como construtor há cerca de 30 anos. Atualmente, edi-fica somente prédios com aproximada-mente cinco andares e prefere vender os apartamentos prontos. O trabalho é realizado em vários bairros como Ri-viera Fluminense e Mirante da Lagoa.

Ele entrou para o ramo por inter-médio dos amigos Eromildes Monteiro e Ailton Guimarães, quando trabalhava em Macaé como professor de educação física. Eromildes e Ailton convidaram Luizenito para trabalhar na construção como parceiro. “Eu era professor e construtor. Conciliei as duas coisas até me aposentar com 52 anos. Teve uma época em que os negócios não foram bem sucedidos e eu parei a atividade. Quando retornei, na década de 1990, eu já estava trabalhando como cons-trutor sozinho”, relata.

O trajeto feito por Luizenito pa-rece se repetir com o filho dele, Luiz

Heric, engenheiro de petróleo, apesar da pouca idade, empreende novos negócios, além da construção

Luizenito era professor de educação física e conciliou o trabalho com a atividade de construtor até se aposentar

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“TENHO UMA EQUIPE JÁESTRUTURADA.POR ISSO, OTRABALHO NÃO ME EXIGE MUITO”LUIZENITO PESSANHA

Otávio, que é dentista e também está conciliando duas profissões. O pai con-ta todo orgulhoso que o filho trabalha com ele. “O Luiz Otávio tem pontos que favorecem qualquer tipo de negó-cio como saber economizar e saber comprar. Aposto que ele vai fazer tra-jetória na construção civil”, palpita.

Para Luizenito atuar como constru-tor trouxe melhores condições de vida. Na atividade, ele fez muitos amigos e encontrou uma ocupação compatível com as suas necessidades. “Tenho uma equipe já estruturada, por isso o traba-lho não me exige muito. Agora estou montando uma empresa e vou conti-nuar tocando outras obras”, fala.

NOVA GERAÇÃO

O jovem engenheiro de petróleo, Heric Henrique, tem apenas 29 anos de idade e há 3 trabalha na construção civil na região sul de Macaé, em bairros como Mirante da Lagoa, São Marcos, Cancela Preta e Vale das Palmeiras. “Comecei a construir como negócio paralelo e deu certo. Estou no ramo porque gosto e faço com prazer. Além disso, a área é promissora e está cres-cendo muito rápido”, fala.

Heric também entrou para o mer-cado de maneira informal. Mas, há um ano, ele abriu a própria construtora. Atualmente, edifica casas e prédios de pequeno porte e só os vende depois de prontos, já que a margem de lucro é maior. Heric sonha alto e tem mui-tas ideias na cabeça. “Procuro sempre buscar boas alternativas de investi-mento como a compra de terrenos. Eu sou ambicioso e quero fazer pré-dios grandes”, diz.

Heric constrói casas e prédios de pequeno porte como este que será edificado em dois terrenos noMirante da Lagoa

Ilustração 3D - divulgação

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-se revelam que a cidade está passando por mudanças urbanísticas. Em 2002, a SEMOB expediu aproximadamente 840 Certidões de Habite-se, enquanto em 2013 foram expedidas 3.091. Isso signi-fica que a quantidade de Habite-se mais que triplicou em 11 anos. A grande dife-rença de crescimento de Habite-se em relação aos alvarás indica que a cidade está recebendo mais edifícios. “O núme-ro de residências multifamiliares está au-mentando, o que pode ser constatado pela verticalização da cidade. Temos ob-servado um crescente número de proje-tos de grande porte como condomínios com vários blocos de prédios”, afirma o subsecretário municipal de urbanismo de Macaé, Renato Schueler.

O S E N T R AV E S PA R A Q U E M C O N S T R Ó I

Embora o mercado da construção

de residencial ou comercial, ou seja, para um prédio com 10 apartamentos ou 10 salas comerciais, são liberados 10 Certidões de Habite-se. E, para o mesmo prédio é expedido apenas um alvará porque se refere à obra.

De acordo com dados da SEMOB, de 2009 a 2011, houve uma ascensão no número de Alvarás de Construção emitidos de mais de 180%. Enquanto em 2009 foram expedidos 488, em 2011 foram 883. Porém, de 2011 para 2013 ocorreu o contrário. No ano passado, a prefeitura concedeu ape-nas 558 alvarás, 37% menos do que em 2011. Já em 2014, os números são mais otimistas. De janeiro a junho des-te ano, 420 alvarás foram liberados, o que representa mais de 75% da quan-tidade do ano passado inteiro.

Já os dados referentes ao Habite-

Com perfil dinâmico, ele gosta de empreender e diversificar os negó-cios. Não é à toa que ele conjuga com a atividade de “erguer paredes”, tra-balhos na área de óleo e gás e a ges-tão de uma imobiliária própria. “Eu não paro de trabalhar, mas controlo o meu tempo. O bom de ter o próprio negócio é que consigo viajar, pelo me-nos, três vezes por ano.”

NÚMEROS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MACAÉ

Dois documentos emitidos pela Secretaria de Obras e Urbanismo de Macaé, a SEMOB, funcionam como termômetros do desempenho da cons-trução civil na cidade. São o Alvará de Construção, que autoriza a execução da obra e, o Habite-se, que concede a permissão para residir no imóvel. O Habite-se é concedido por unida-

A prosperidade no setor fez a Pontal Materiais de Construção, de Márcio Costa

crescer e reinvestir no negócio, sendo uma das maiores loja do setor na região

Segundo Renato Schueler, a cidade está se tornando mais vertical e recebendo crescente número de projetos de grande porte

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“PROCURO

SEMPRE BUSCAR

BOAS ALTERNATIVAS

DE INVESTIMENTO,

COMO A COMPRA

DE TERRENOS.

EU SOU AMBICIOSO

E QUERO FAZER

PRÉDIOS GRANDES”HERIC HENRIQUE

civil seja muito rentável, há períodos de turbulência. Eromildes confessa ter vivido maus momentos. “Já levei pre-juízo grande. Cai três vezes porque os negócios não deram certo, mas me le-vantei. Eu tinha estrutura para segurar a onda e por isso sobrevivi”, conta. Como todo segmento, este também sofre influências de outras áreas. O atual momento de crise no petróleo projeta reflexos. Na opinião de Lui-zenito, Macaé está atravessando uma fase de calmaria. “Percebo uma desa-celeração. Mesmo assim, o momento é bom”, fala Luizenito.

Obstáculos também não faltam para quem se aventura na atividade. Entre a compra do terreno e a entrega do imóvel pronto há um longo cami-nho. O trabalho é complexo porque demanda várias etapas que incluem contratação de mão de obra, compra de materiais e aprovação do projeto e legalização do imóvel, entre outras. A burocracia para permissão da constru-ção e o recrutamento de mão de obra são os itens mais problemáticos.

Eromildes relata que, em 2013, não construiu porque o projeto de

arquitetura da edificação levou 1 ano e 8 meses para ser aprovado. Depois disso, foram mais 2 meses para que o Alvará de Construção fosse emitido. Já Luizenito enfrenta dificuldades para encontrar profissionais. “É difícil achar mão de obra especializada. Eu resolvo isso formando os funcionários. Contra-to gente com vontade de aprender e vou ensinando”, conta. Para Heric, os principais problemas relacionados aos recursos humanos da área são a falta de comprometimento e a baixa quali-dade do serviço.

A FORÇA DO COMÉRCIO LOCAL

Uma única obra é capaz de movi-mentar diversos setores da economia. Se o mercado da construção vai bem, os benefícios podem ser sentidos em outras empresas, assim como aconte-ceu com a Pontal, loja de materiais de construção de Macaé.

O proprietário Márcio Costa, fun-dou a empresa há 16 anos e se desdo-brava em várias funções para conseguir atender os clientes. “No início foi difí-cil. Éramos eu e mais três funcionários. Para atender o Eromildes na constru-

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“PROCUROTER UM BOMRELACIONAMENTO COM MEUSFUNCIONÁRIOS. NUNCA FALEIALTO COM ELES”EROMILDES MONTEIRO

ção do Tropical Plaza, eu descarregava o caminhão na obra às 6h, voltava para casa, tomava banho e às 7h30, abria a loja”, recorda Márcio.

Atento às necessidades do consu-midor e de olho no futuro, o empresá-rio percebeu o crescimento do setor e estruturou o negócio para crescer jun-to. “Percebi que precisava aumentar o estoque para atender os construtores daqui e criar facilidades para atraí-los como clientes fixos. Foram eles que fi-zeram a Pontal crescer”, afirma. Entre os atrativos para o cliente, a loja ofe-rece cadastro, material em estoque, venda por telefone, facilidade de tro-ca, pronta entrega e forma atrativa de pagamento.

Atualmente, a Pontal conta com 110 funcionários e planeja crescer ain-da mais. Será construído um centro de distribuição para materiais pesados na Linha Azul e o espaço que hoje fica no São Marcos, dividido entre loja e esto-que, está sendo transformado em home center, com todos os produtos expos-tos. “Nossa expectativa é ser o maior revendedor de material de construção do Norte Fluminense. Queremos colo-car toda a gama de material de constru-ção em um só lugar para facilitar a vida de quem constrói. Só não venderemos madeira”, fala Márcio.

DICAS PARA OS INICIANTES

Com a experiência que só o trabalho no dia a dia traz, os construtores de Macaé adquiriram conhecimentos que valem muito. Veja as dicas de ouro que eles dão para prosperar na construção civil, em Macaé:

• Busque informações e conheça mais sobre o mercado da construção civil na cidade;

• Construa credibilidade estabelecen-do relações de confiança no mercado, tanto com fornecedores, instituições financeiras, quanto com os clientes;

• Busque mão de obra com boa refe-rência;

• Se puder, dedique esforço para a formação dos trabalhadores;

• Forme uma boa equipe de profis-sionais. Eles são fundamentais para o bom andamento da obra;

• Junte um bom capital para começar;

• Fique atento à boas oportunidades de investimento, como por exemplo, compra de terrenos;

• Pesquise um bom ponto para cons-truir, pois localização é fator primor-dial para quem compra imóvel;

• Priorize comprar os materiais neces-sários para a construção à vista ou com pagamento antecipado. Essa pode ser uma excelente maneira de conseguir descontos e reduzir custos.

As áreas e os empreendimentos imobiliários na região sul são os mais valorizados de Macaé

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Bares macaenses resgatam a tradicional sinuca,colocando o jogo como principal atrativoda noite

SNOOKER BAR EM MACAÉ

O Sports Bar, nos Cavaleiros conta com cinco mesas semiprossionais de

sinuca além de uma mesa de pôquer, quatro de carteado e uma de xadrez

O Jogada Certa tem duas mesas profissionais e três semiprofissionais ou

“carioquinhas” e mescla sinuca com shows

Por: Alice CordeiroFotos: Alessandra Tavares

LAZER

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Se antes elas só tinham espaço nos “pés-sujos”, hoje as me-sas de sinuca ganham lugar de destaque em bares especializa-dos. Os famosos Snookers Bars

chegaram a Macaé conquistando muitos adeptos. Eclético, o jogo possibilita a di-versão de uma dupla ou de dois times com composição diversa, sejam eles homens ou mulheres. Entre uma taca-da e outra, a diversão é garantida em ambientes descontraídos que oferecem desde shows variados até um cardápio diferenciado.

JOGADA CERTA SNOOKER BAR

Inaugurado em agosto de 2013, o Jo-gada Certa foi o primeiro bar a investir em um espaço especializado em sinuca. Com uma decoração rústica e um am-biente intimista, o estabelecimento nos convida a disputar uma partida com os amigos entre uma cerveja e outra.

Carioca da gema, Fernando Cesar do Vabo, de 33 anos, decidiu trazer um pouco do Rio para Macaé quando investiu no bar com a esposa Sabrina Patrício Gomes, 33 anos. “Quando pensamos em montar um negócio, que-ríamos investir em algo diferenciado e percebemos que Macaé não oferecia espaço como esse, para que as pessoas pudessem se divertir, saborear petiscos e ouvir boa música”, explica Sabrina.

“Quando decidimos o negócio que teríamos, estávamos tão focados e em-penhados que montamos e estrutura-mos o bar em três meses. Fizemos toda a decoração do ambiente, escolhemos a programação musical e hoje conse-guimos ver o retorno positivo dessa ini-ciativa. Muitos clientes procuram saber quem somos para elogiar a decoração, os shows e o investimento na sinuca”, conta Fernando.

Com duas mesas profissionais e três semiprofissionais, ou carioqui-nhas como também são conhecidas, o Jogada Certa oferece uma programa-ção musical variada com Forró às ter-ças; Samba e Chorinho nas quartas; Jazz às quintas; e Pop Rock, Regae e MPB às sextas. “Optamos por apoiar os artistas locais que trazem música de ótima qualidade. Assim, além de agradar aos amantes da sinuca, tam-bém oferecemos diversão para aque-les que não querem ou não sabem jogar”, comenta Fernando.

Mas, é difícil resistir aos encanta-mentos da sinuca. Se no passado as mulheres ficavam apenas observando, hoje elas já arriscam suas tacadas. A fo-tógrafa Alessandra Tavares, de 33 anos, é um bom exemplo. “Conheci o Jogada Certa durante a comemoração de ani-versário de uma amiga e me apaixonei pelo lugar por ser muito diferente de

Entre uma tacada e outra, o técnico em mecânica Marcos Vinícius, à direita, diverte-se com os amigos

Os cariocas Fernando e Sabrina apostaram no diferencial do gosto do brasileiro pela sinuca e pela música

Alessandra, de preto, está sempre com seu grupo de amigas, todas as quartas, no Jogada Certa para jogar e ouvir boa música

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tudo que existe em Macaé. Gosto do ambiente, do som das pessoas e ar-risco minhas ‘tacadas’. O ambiente descontraído permite essa interação de jogo tanto de homens quanto de mulheres”, descreve, reforçando que está sempre com seu grupo de amigas no local, todas as quartas, para jogar e ouvir boa música.

Inicialmente pensado para atrair o público das empresas offshore duran-te o happy hour, o Jogada Certa virou atração noturna tanto para os adultos quanto para os jovens. “Além das pes-soas que acabam de sair do trabalho, recebemos também aquelas que aca-bam de sair da faculdade ou famílias inteiras que chegam para se divertir juntas. Muitas vezes, os pais ensinam seus filhos a jogarem sinuca aqui”, des-creve Sabrina com orgulho de ter um ambiente acolhedor.

É entre uma tacada e outra que o técnico em mecânica Marcos Vinícius de Oliveira, de 22 anos, diverte-se com seus amigos. “Sempre gostei de sinuca e nunca encontrei um local bacana para jogar em Macaé. Hoje, sou frequenta-dor assíduo do Jogada Certa há cerca de sete meses. Venho pelo menos duas vezes por semana seja com meus ami-gos ou com minha família”, conta.

THE SPORTS BAR

Localizado nos Cavaleiros, o The Sports Bar oferece, além da sinuca, outros jogos tradicionais nas mesas

Geisa e Matthew David, do Sports Bar, investem no cardápio e nos drinks da casa para conquistar os clientes

de um bar. As cinco mesas semipros-sionais de sinuca dividem espaço com uma mesa de poker, quatro de carte-ado e uma de xadrez (que também pode virar de damas), além das seis TVs que ficam sintonizadas em canais diferentes de esportes.

Inspirado nos tradicionais bares de esportes americanos, o The Sports Bar surgiu quando Geisa Bittencourt Thie-len, 33 anos, chegou ao Brasil depois de uma temporada de seis anos nos Esta-dos Unidos acompanhada de seu ma-rido Matthew David Thielen, 38 anos. Em Macaé, perceberam que faltava um bar destinado aos esportes e, no final de 2013, inauguraram o The Sports Bar.

“Tivemos uma grande receptivida-de, principalmente dos macaenses. No início, pensávamos que o bar seria mais frequentado por estrangeiros que mo-ram aqui, mas o público mais frequente são os macaenses que, muitas vezes, comentam que faltava um bar assim na cidade”, conta Geisa.

Além de investir nos jogos, outra grande preocupação da macaense Gei-sa e do americano Matthew foi criar um cardápio que misturasse os sabores de seus países. “Entre os destaques estão as quesadillas, prato mexicano, mas muito consumido nos Estados Unidos; as asas de búfalo e o brasileiro polenta acompanhada de camarão”, detalha. Os drinks são outros queridinhos da casa. Preparados por um barman for-mado na Espanha, eles são feitos com

misturas para agradar todos os gostos. “Para os homens, que geralmente não bebem drink com frequência, criamos um à base de whisky”, conta.

Jogador de sinuca desde os 15 anos, Iury Cordeiro Barros, 26 anos, conta que frequenta o local pelo menos duas vezes por mês. “Macaé não oferecia nada parecido. Nossa opção era ir a boates ou ficar sentado em algum bar. Aqui, podemos nos divertir jogando e interagindo com os amigos”, conta.

Além do público masculino, o local também atrai mulheres, estejam elas acompanhadas de seus parceiros ou reunidas com as amigas. “Mulheres, para minha surpresa, compõem quase metade do público. A maioria que vem acompanhada joga com seus parceiros. Já as solteiras, que vêm em grupos, jo-gam entre elas. Além disso, as famílias também participam, trazem crianças pequenas e fazem festas de aniversá-rio”, descreve Geisa.

Apaixonada por sinuca, ela conta que aprendeu o jogo com o pai e que continuou praticando com os amigos nos Estados Unidos. “Quanto mais você joga, mais você quer jogar, por-que você consegue ver a melhoria nas suas habilidades. Por ser um jogo que exige estratégia, concentração e con-trole motor, satisfaz bastante o públi-co. E juntar isso com a possibilidade de reunir os amigos, tomar uma cerveja geladae relaxar, vira a combinação per-feita”, finaliza a empresária.

Iury Cordeiro frequenta o Sports Bar pelo menos duas vezes por mês

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Como a prática da saunapode ajudar a manter o corpo e a mentesaudáveis

TRANSPIRANDOPELA SAÚDE

São cerca de 9 mil anos desde o primeiro registro histórico que marca sua existência. Sua criação se deu graças aos po-vos nômades que ocuparam a

Finlândia na pré-história. Desde então, a sauna é um símbolo importantíssimo naquele país e, até hoje, é o primeiro cômodo que um finlandês ergue quan-do vai fazer uma casa. “Atualmente, existem 2,2 milhões de saunas para 5,2 milhões de habitantes”, afirma o antro-pólogo Juha Pentikäinen, da Universida-de de Helsinque, na Finlândia.

A mais tradicional, chamada savu sau-na, ou sauna de fumaça, era uma cons-trução escavada no pé de um morro, formando uma espécie de caverna sub-terrânea. Para os pioneiros finlandeses,

o local desta prática era considerado um lugar sagrado, onde se purificavam o cor-po e o espírito. Lá, ocorriam rituais de curanderia, partos... e até casamentos!

A invenção finlandesa deu origem ao tipo que hoje conhecemos como sauna seca. O banho de vapor ou sau-na úmida surgiu bem depois, na Gré-cia Antiga. E não podemos deixar de falar nos turcos, que mais avançaram nessa técnica, aquecendo caldeirões de bronze cheios de água em grandes salões de mármore com teto côncavo, desenvolvendo o chamado banho tur-co. Entre todos esses povos, a sauna era muito popular por seu suposto po-der curativo. Ainda no século 4 a.C., o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, afirmava que a tempera-

tura alta podia tratar qualquer doença.

Exageros gregos à parte, é fato que a sauna úmida funciona como uma ina-lação, facilitando a secreção dos pul-mões e a limpeza do nariz. Na sauna, o calor estimula a circulação do sangue e a transpiração, ajudando o corpo a liberar substâncias de que não precisa, auxiliando em uma circulação geral. Biologicamente falando, numa sauna quente, o corpo age como se tivesse febre e todos os órgãos internos e ex-ternos trabalham para se livrar dela, acelerando o seu ritmo e liberando toxinas, como metais pesados, ácido úrico e ácido láctico.

O coordenador do restaurante po-pular de Macaé, Flávio Cordeiro, de 46

A integração da sauna com a área de lazer da casa, principalmente com a piscina, é uma tendência que evidencia o destaque deste epaço nos projetos de arquitetura para os amantes da sauna

SAÚDE

Por: Fernanda PinheiroFotos: arquivo pessoal

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anos, é adepto da prática finlandesa desde quando tinha 15 anos. Frequenta-dor assíduo da sauna do Tênis Clube de Macaé, costumava estar lá quase todos os dias. Hoje, aproveita os benefícios da sauna duas vezes na semana. “Me sinto muito bem, mais leve, sensação de mais limpo. No meu caso, ajuda muito a rela-xar, pois é momento de descontração,

Flávio Cordeiro com a filha, ao meio, e as sobrinhas na piscina do Tênis Clube, onde costuma fazer sauna

reflexão, e também ginástica, antes ou durante a sauna. Depois, para arrema-tar, tomo uma boa ducha fria”, ensina.

A transpiração na sauna, por perí-odo mínimo de 15 minutos, faz o cor-po se livrar dessas impurezas, como o sal em excesso, que os rins levariam 24 horas de trabalho constante para expe-

lir. Também descarrega a eletricidade do corpo e relaxa o sistema nervoso, eliminando dores musculares. Em re-pouso absoluto, a temperatura corpo-ral subirá, a pulsação será acelerada, aproximadamente, em 90 batimentos por minuto e teremos uma super cir-culação em todos os vasos do cérebro, nas artérias do coração, nas coronárias e na pele, promovendo a transpiração e estimulando as glândulas endócrinas do corpo, tireóide, pâncreas, suprarenais, glândulas sexuais e o fígado. A sauna é indicada por médicos em casos de aler-gias da pele, dos pulmões, bronquites, sinusites, gripes, rinite, estresse, obesi-dade, reumatismo, esgotamento físico e mental, alcoolismo, tabagismo e drogas.

Para o tecnólogo em petróleo e gás Rodrigo da Silva, a paixão pela sauna co-meçou quando a frequência nas ativida-des no Tênis Clube de Macaé se torna-ram mais constantes, em torno de 1986.

“Na minha opinião, a sauna é mais do que um simples banho, é também um hábito de higiene profunda que pro-move melhor equilíbrio entre o corpo e a mente. Também existe o lado social, de estar com pessoas e manter um bom papo. Facilita profundamente um bar-bear mais suave a medida que a transpi-

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ração se intensifica. Enfim, uma prática que me permite vários benefícios no que diz respeito à problemas respirató-rios, inclusive”, complementa Rodrigo.

Mas quem tem problemas cardí-acos, ou alguém na família que sofra dessas complicações, deve evitar o ho-bby. “Pacientes portadores de doença coronariana, em especial em ambientes externos frios, devem evitar fazer sauna devido ao “choque térmico” que pode levar à vasoconstrição coronariana ou hipotensão, induzindo à uma piora da doença”, afirma Carlos Emir Mussi Jú-nior, cardiologista da clínica Prevencor/PróCoração.

Como benefícios gerais, a sauna for-tifica o sistema cardiovascular, relaxa os músculos, aumenta a flexibilidade e alivia dores. Outro grande benefício da sauna é o alívio, sem nenhum efeito tóxico, de dores nas articulações e da rigidez dos músculos. Os amantes dessa prática afir-mam que o banho de sauna é uma das razões da longevidade dos europeus, que o fazem com rotina e simplicidade. “Importantíssimo estar bem hidratado ao fazer sauna, em especial a seca, que tende a ser mais quente e gerar mais calor interno no corpo e com isso uma transpiração muito maior com desidra-tação. Um cuidado maior também para quem é hipertenso, em uso regular de medicação, pelo risco de queda da pres-são, em especial logo após o uso da me-dicação e período acima de 6 horas sem se hidratar”, complementa Dr. Carlos.

BENEFÍCIOS DA SAUNA

•Alivia dores reumáticas e das costas;

•Combate doenças do sistema respirató-rio (bronquite, gripe, resfriado, sinusite);

•Desintoxica e expulsa as impurezas do organismo;

•Hidrata a pele e desobstrui os poros, ou seja, uma limpeza de pele natural;

•Limpa e desobstrui as vias respiratórias;

•Melhora a circulação sanguínea;

•Proporciona agradável sensação de bem-estar;

•Relaxa a musculatura e facilita o sono.

ALGUMAS DICAS PARA UM BOM USO DA SAUNA

1 - Comece com um bom banho de chuveiro, esfregue todo o seu corpo, de preferência com bucha vegetal;

2 - A temperatura ideal para sauna a vapor é entre 40 e 45º C. Para sauna seca, o ideal é em torno de 60ºC;

3 - Procure relaxar no interior da sau-na, sinta a transpiração fluir e de vez em quando respire fundo, principalmente no vapor, é ótimo para as vias respiratórias;

4 - Não existe um limite de tempo de permanência, mínima ou máxima, para

a sauna. Cada indivíduo possui um or-ganismo próprio, por isso o seu limite é você quem vai determinar. Quando o calor já estiver incomodando, é hora de refrescar-se. É importante que cada ses-são de sauna seja seguida por um con-traste (banho frio). Molhe primeiro os pulsos e a nuca e sempre mergulhe de pé para evitar choque térmico;

5 - Quando estiver na sauna, se quiser, fustigue suavemente todo o seu corpo com um ramalhete de folhas de pimentei-ra (não confundir com folhas de pimenta) ou bétula, embebido em água fria. É óti-mo para ativar a circulação sanguínea;

6 - Depois de banhar-se na sauna, você precisará de um bom refresco, água, chá gelado, suco de frutas, vinho branco ou até mesmo uma cerveja, mas nada em excesso. Se quiser comer algo, pre-fira saladas ou comidas leves;

7 - Sente-se confortavelmente e relaxe tomando sua bebida, lendo ou ouvindo música. Não se esqueça de que seus órgãos internos passam pelo mesmo processo de aquecimento, e seu resfria-mento é mais lento, daí a razão desse repouso;

8 - Evite comer ou ingerir bebidas alco-ólicas antes de seu banho de sauna.

9 - Tome, no máximo, 3 sessões de sau-na por dia e 3 vezes por semana.

Para Rodrigo Cordeiro, a sauna é um hábito de higiene profunda que promove o melhor equilíbrio entre o corpo e a mente

Segundo o Dr. Carlos Emir Mussi Jr., portadores de doenças coronarianas devem evitar fazer sauna

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Arquivo pessoal

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Esporte reúne amantes

da aviação em Macaé,

aproximando gerações

em torno destas

pequenas e provocantes

máquinas voadoras

AEROMODELISMO

Por: Fernanda PinheiroFotos: Gianini Coelho

ESPORTE

A pista de voo da AMA fica localizada na linha verde, bairro da Glória, em Macaé, onde os seus membros se encontram semanalmente

Hoje, os aeromodelos estão com preços mais acessíveis que vão de R$500 a R$1.500 dependendo do material

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De longe, é possível ouvir o barulho dos motores. Ao nos aproximarmos, sob um céu de brigadeiro, vários aeromodelos começam sua

aventura pelos céus. Os pilotos, com os pés no chão, têm os corações voando na-quele céu limpo. São vários mini aviões, um desfile de cores, até parecem de brin-quedo, mas nunca diga isso perto de um esportista da modalidade!

“O aeromodelismo, ao contrário do que a maioria pensa, não é uma brinca-deira. São aviões de verdade, em escala menor, onde a real diferença é que não há uma pessoa dentro dele pilotando, ela está fora, à distância, mas no controle dos comandos. Toda a tecnologia empre-gada na fabricação de um avião de verda-de também é empregada na construção de um aeromodelo. No começo, é ne-cessário o auxílio ou de um instrutor de voo ou de um aeromodelista experiente face à dificuldade inerente ao hobby, pe-riculosidade e outra infinidade de deta-lhes”, avisa o instrumentista industrial e aeromodelista Rovani Bevitori.

Chamado de esporte-ciência, o ae-romodelismo surgiu no Brasil no final da década de 30. Os modelos eram quase todos de voo livre, sem motor, e o grande desafio era mantê-los no ar o maior tempo possível. Existiam os pla-nadores, os modelos a elástico e aque-les com motores a explosão à gasolina, com um sistema que utilizava uma bobi-na de alta tensão, pilhas para a ignição e velas automotivas. Já na década de 60, apareceram os rádios multicanais e mais tarde, os digitais com comando proporcional, o que facilitou muito a vida dos aeromodelistas.

Com o advento das baterias de lítio e dos motores elétricos mais leves, me-nores e mais potentes, o esporte vem se tornando cada vez mais popular e ganhando adeptos na região. Estudo, dedicação e aprofundamento em áre-as como matemática e física mostram que o aeromodelismo não aceita falhas, é preciso e direto. Para os adultos, um alívio da carga de estresse do dia a dia. Para as crianças e adolescentes, cada vez mais fissurados por um bom vide-

ogame, é uma oportunidade de me-lhorar a qualidade de vida e estimular seus reflexos e a inteligência.

Aqui em Macaé, os amantes do ae-romodelismo formam a AMA – Asso-ciação Macaense de Aeromodelismo. Ramon Vilela de Moraes, junto de Ro-gério Coelho e Marcelo Araújo formam o grupo que a preside. Fundada em 2003, ela conta com cerca de 30 mem-bros que se reúnem, semanalmente, na pista de voo que fica localizada na linha verde, bairro da Glória, em Macaé.

“Herdei o amor pelos aviões de meu pai. Ele me levava, com 12 anos, quase todo fim de semana ao aeropor-to de Macaé para apreciar os pousos e decolagens... Era sempre mágico. Sem falar que, por vezes, nos deixavam en-tram nas cabines para ver como eram por dentro, seus instrumentos e tudo mais. O hobby consiste, basicamente, no avião (elétrico ou combustão), com rádio transmissor que fica em poder do aeromodelista e transmite os comandos para o receptor que fica no avião. Para

Pai e filho juntos no aeromodelismo. Ramon Vilela divide sua paixão com o filho Murilo, que tem uma facilidade incrível com os games e o pai com a mecânica

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voar é necessário uma gama de acessórios e ferramentas”, comenta.

Nos dias de voo, Rovani leva a esposa Tay-sa Bevitori e os filhos Luan, 11 anos, Luma, 10, Mallu de 5 anos e Gerran, de 15, para a pista. “Todos vibram com os voos e mano-bras e sofrem quando as quedas acontecem. Acho que, se não fossem os games eletrôni-cos, meus filhos se interessariam mais. Não dá pra competir... os tempos são outros.

Rovani herdou a paixão por aviões do pai e hoje divide esta mesma paixão com sua esposa e filhos

Com treinamento e dedicação, os praticantes conseguem executar manobras iguais às de aviões de verdade

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Mas, quando vem o fim de semana e o céu está limpo, voar com a família ao lado é espetacular...”, compartilha.

Existem dois tipos de aeromodelos. Os maiores são abastecidos a gasolina e os menores são feitos de isopor e têm motores elétricos. Os modelos elétricos podem ser praticados em qualquer lugar, mas os aeromodelos a gasolina exigem um local apropriado, distante das resi-

dências, para não representarem risco de acidentes. A globalização, que mo-tivou o surgimento de mais fabricantes e mais concorrência, aumentou a aces-sibilidade às peças e barateou os custos, o que fez aumentar também o número de praticantes. “Na fabricação dos ae-romodelos são empregados os mais va-riados tipos de materiais como madeira, plástico, isopor, borracha, metais, fibra de vidro, fibra de carbono, Kevlar en-

tre outros. Independente do modelo e tamanho, os aeromodelos são comer-cializados completamente desmontados e pré-montados. Por conta disso, quem está iniciando vai precisar de muita ajuda de alguém com experiência porque vai mexer com colagem, cortes, soldas, pin-turas, furações, além de manusear uma série de ferramentas. É quase um arte-sanato”, esclarece Rovani.

A prática também exige certos cui-dados, como o uso de luvas para dar partida na hélice sem se cortar e pre-caução para que os olhos não sejam atingidos por pedras.

Para Ramon Vilela, que pratica o esporte desde 2010, o aeromodelismo é mais do que um hobby. Nascido no sul de Minas Gerais, em uma cidadezi-nha chamada Maria da Fé, o engenhei-ro deu asas ao seu sonho de voar por meio de um aeromodelo.

“Quando criança, sempre sonhei em seguir carreira militar, mais especifi-camente gostaria de ir para a aeronáuti-ca. Mas o destino me mostrou a escola de engenharia. Quando fiz vestibular, fiz prova tanto para engenharia quanto para a área militar. Acabei seguindo en-

Os aeromodelos exigem ajustes e manutenção constante, que são feitos em um espaço na própria pista

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genharia. Mas, mesmo assim, sempre gostei muito de aviões. Tive a oportu-nidade de conhecer o aeromodelismo em um evento realizado em Itajubá/MG. Apresentaram-me o simulador de voo e o pessoal me deu algumas dicas. Comecei a frequentar a pista de lá e acabei comprando um avião poucos meses depois”, explica. O engenheiro tem um modelo asa alta treinador. “Já tive outros, mas o dédalos é muito dó-cil, com voo suave e pouquíssima ma-nutenção”, complementa.

O mais legal é que Ramon dividiu sua paixão com seu filho Murilo, de 17 anos. Juntos, os dois somam habilida-des e desfrutam do prazer que o es-porte dá. “Essa paixão acaba gerando um aprendizado para os dois. Ele tem uma facilidade incrível com games. Por outro lado, tenho com a mecânica. Além de fortalecer o laço familiar pela troca de conhecimento, é muito bom estar com ele. Murilo tem dois aero-modelos: um uggly stick para brincar com manobras 3D e uma asa de com-bate, ou Zag, para voos de velocidade. Ele já pede um mais arrojado,” comple-ta Ramon.

A rotina do aeromodelista não é

fácil. Como, geralmente, os praticantes colocam seus aeromodelos para voar aos finais de semana, nos dias anterio-res alguns preparos são essenciais para um bom dia de voo.

Ramon e Murilo carregam baterias, verificam se os aviões estão em ordem... “Às vezes, um ou outro precisa de uma colinha ou ajuste. Nos finais de semana, logo cedo, juntamos a tralha toda e se-guimos para a pista. Já no caminho, va-mos analisando as condições de vento.”

QUANTO CUSTATem avião para todos os gostos e

bolsos. Mas é possível iniciar com me-nos de R$ 500, segundo Ramon. “Para voar é necessário adquirir um rádio, também chamado de transmissor; o avião, onde será instalado um compo-nente chamado de receptor; o motor e, finalmente, baterias ou combustível. Essa compra inicial é mais cara por cau-sa do rádio. Se for um motor a com-bustível, também sairá um pouco mais caro. Este conjunto pode chegar desde R$ 500 até R$ 1.500”, explica.

Atualmente, os motores elétricos são mais comuns. Isso porque este motor não requer ajuste e nem manutenção, além de ser mais barato. O lado negati-vo é a necessidade de mais baterias para manter a mesma autonomia de voo.

“Com relação ao avião somente, há modelos construídos de isopor de alta densidade ou plástico, também conhe-cidos como pastinha e balsa. Aviões de isopor, como o meu, custam, em mé-dia, R$ 200. Os de balsa podem chegar a R$ 1.500. Já no rádio, a variação de

preço se dá em função das funcionalida-des e marca. O básico de 4 canais tam-bém pode ser encontrado por R$ 200, podendo chegar a 15 canais, que são os profissionais”, continua.

Os kits são vendidos com as peças separadas ou completos na internet. Para montar, pode-se contratar um técnico especializado para isso, ge-ralmente alguém, que já pratique ae-romodelismo. É sempre aconselhável pesquisar, procurando quem entende mesmo do assunto antes de comprar, pois existem muitas peças ruins dispo-nibilizadas na internet. Uma das mais recentes novidades, muito bonitas de se ver, são os aeromodelos com led, feitos para voos noturnos.

“Aqui na região, o mais difícil é a reposição de peças após queda. Mas só cai quem voa, não é mesmo?”, brinca Ramon.

Para quem ficou com vontade de criar asas junto desses pilotos, procu-re a AMA por meio do Facebook ou dê um pulinho na pista e converse com esses especialistas! Eles irão indicar os modelos, peças e componentes mais adequados e com a melhor relação cus-to/benefício.

Para os interessados em ingressar no esporte, a AMA está no Facebook

e tem interesse em difundir o esporte na cidade

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Com espírito inquieto, ele empreendeu no comércio e na comunicacão.Hoje, Fernando descobre novoscaminhos na literatura e no turismo

Fernando Passeado é uma figu-ra bastante conhecida entre os macaenses, seja por ter sido secretário de comunicação do município durante 8 anos, pelo

papel desempenhado como entrevista-dor na TV, pela atuação no comércio ou indústria e por tantos outros feitos. Com a mesma força que o bigode gros-so imprime uma marca no imaginário toda vez que se fala no nome dele, o espírito empreendedor se revela como característica singular de sua trajetória. “Sou apaixonado por projetos. O que mais gosto de fazer é atingir metas e ter resultados. Eu me considero empreen-dedor em tudo”, diz.

Nascido em Cataguases (MG) em 1955, Fernando saiu ainda bebê de Mi-nas e foi morar em São João de Meriti (RJ). Na cidade da Baixada Fluminense ele ensaiou os primeiros passos de em-preendedorismo. Com apenas 12 anos montou um fabriqueta de pipas. “Tinha oito meninos que trabalhavam pra mim e eu os pagava por produção. Nós for-necíamos pipas para São João de Meriti, Caxias e outros municípios da Baixada Fluminense”, conta. Ainda adolescen-te, ele voltou para Minas onde morou com a tia Marli Passeado e o tio Janotti, em Belo Horizonte. Na capital mineira, completou o segundo grau e voltou para o estado do Rio de Janeiro.

FERNANDOPASSEADO

PERFIL

A esposa Carmem é, para ele, parceira e companheira em tudo

Como secretário de comunicação, Fernando

lançou a campanha “Macaé a todo gás” na feira Brasil

Offshore, em 2003

Por: Leila Pinho • Fotos: arquivo pessoal

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E foi aos 17 que começou a trabalhar em uma empresa de tecnologia e com 3 anos se tornou diretor de marketing. Nessa época, Fernando investiu nos estudos e começou a traçar caminhos na comunicação. “Fiz vários cursos de

formação ligados ao marketing e à pu-blicidade na Fundação Getúlio Vargas.”

A RELAÇÃO COM MACAÉFernando veio morar em Macaé na

primeira metade da década de 1980,

A turma do Portadores de Alegria é a grande paixão de Vânia

quando recebeu apoio de Lafaiette Fer-nandes e o ex-vereador Dr. Mendonça. Aqui, ele iniciou atividades no comércio e na indústria. Ele abriu uma fábrica pe-quena de produção de sapatos artesa-nais e também teve uma loja que vendia os calçados. O comércio se chamava Asa Delta e ficava no Beco do Caneco. Ele se envolveu em várias outras inicia-tivas do ramo, uma delas foi relaciona-da aos amantes do mar. Impressionado com a quantidade de surfistas na cida-de, Fernando ficou interessado nesse nicho de consumidores e criou a Portão 7 — marca de surf wear — que vendeu produtos para todo o país.

Enquanto Fernando dedicava tempo e força nas atividades comerciais, um encontro por acaso em 1994 o levou a conhecer Silvio Lopes, político que se tornaria prefeito de Macaé anos mais tarde. “Conheci o Silvio Lopes na an-tessala de um programa de rádio. Eu era comerciante de roupas femininas, naquele tempo. Em 1997 ele foi eleito e me convidou para ser secretário de comunicação. Eu me envolvi de corpo e alma com a cidade e tive a felicidade de construir um grupo competente para trabalhar comigo”, recorda.

Como secretário, teve importante participação para dar a Macaé um cré-

A Câmara Municipal de Macaé concedeu o Título de Mérito Municipal em reconhecimento ao trabalho de Fernando

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Convidados de fora também o mar-caram. Ele não se esquece do dia em que entrevistou Aline Barros, famosa cantora gospel, que elogiou o bate-pa-po e pediu uma cópia da gravação. O jogador de futebol Falcão, que foi eleito o melhor jogador de futsal do mundo em 2004, também ficou na lembrança de Fernando. Falcão teve atuação no futebol de campo, por período curto. “Ele sempre se esquivava da pergunta do motivo de ter largado o futebol de campo e depois voltado para o futsal. Fiz a mesma pergunta para ele, que vá-rios jornalistas já tinham feito sem obter resposta, e então ele revelou que saiu do campo por causa do comportamen-to do técnico Emerson Leão.”

AVENTURAS LITERÁRIASA mais recente empreitada que

Fernando está promovendo é no mundo das letras. Ele está com um

Janeiro, a TurisRio, e desenvolve um tra-balho de valorização do interior.

ENTREVISTADORHá 14 anos no ar com o Programa

Raio X, na TV Litoral, Fernando perdeu as contas de quantas pessoas já sabati-nou. O programa tem um formato de entrevistas com duração de uma hora e privilegia os convidados de Macaé e região. Ele relata que a ideia do Raio X surgiu da vontade de preservar a identi-dade cultural do município e dar espaço para que as pessoas do local pudessem contar suas histórias e seus feitos. “Era uma necessidade de conhecer quem faz e fez a cidade. Conversei com mui-ta gente boa e fiz algumas entrevistas memoráveis como a do Luiz Ernesto, jornalista antigo de Macaé que mostrou um acervo incrível da história da im-prensa na cidade”, lembra.

dito mais do que merecido. “Fui uma das pessoas que lutou muito pela Bra-sil Offshore (feira). Recordo que minha equipe apresentou um projeto da feira no início do ano 2000 — a primeira edi-ção do evento foi em 2001. Nessa épo-ca, ninguém chamava Macaé de Capital Nacional do Petróleo. Pois, nós inves-timos pesado e divulgamos que Macaé era a Capital Nacional do Petróleo no país inteiro e até fora do Brasil e, assim, a cidade foi deixando de ser chamada de Bacia de Campos. Com a feira, vi a opor-tunidade para tudo isso mudar.” Fernan-do permaneceu no cargo até final de 2004, devido à reeleição de Silvio Lopes.

A atuação política ainda é uma cons-tante na vida dele. Atualmente, Fernan-do Passeado é vice-presidente da Com-panhia de Turismo do Estado do Rio de

Durante o governo de Silvio Lopes, Fernando ocupou o cargo de secretário de comunicação por 8 anos

A poesia é o gênero da primeira obra literária de Fernando

O lado “coruja” de Fernando demonstra preocupação com seus filhos e netos

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livro pronto para ser lançado este ano e tem mais dois a caminho. A obra que deve ser publicada em breve se chamará “A f lor do Baobá”, de poesias. Os outros livros ainda não têm nomes. Um será so-bre bastidores de histórias políticas de Macaé e o outro terá inspiração na vida e obra de Casimiro de Abreu. “Todo mundo é um pouco poeta. Fazer po-esia é começar a se desnudar, acontece quando você toma consciência de que a sua vida pertence ao mun-do. A poesia vai além da observação do cotidiano e do sonho. Escrever, pra mim, é uma viagem e eu gosto muito de viajar”, diz.

FAMÍLIA PASSEADOFernando teve três filhas do primeiro casamento,

Fernanda, Fabiana e Flávia. “Quando viemos para Ma-caé, minhas filhas estavam em fase de alfabetização. Elas estudaram no Castelo e Luiz Reid e tiveram uma educação de qualidade. Hoje elas são formadas, pós--graduadas e tenho muita gratidão por elas terem tido a base em Macaé”, lembra. As três mulheres moram no exterior e deram a Fernando cinco netos: Ryam, Arabela, George e Charlote. “Sou vovô coruja, babão mesmo”, comenta.

Com Carmem, esposa do segundo casamento, Fer-nando tem uma relação que vai além do amor. “Ela é minha parceira em tudo.” Ele tem muito afeto pelos filhos de Carmem, Fernanda e Junior, que residem em Macaé, e os que os considera como seus. “Nada do que fiz seria possível sem os filhos que me apoiaram e a Carmem que sempre foi muito presente”.

Fernando entrevista o cirurgião-plástico Flávio Rezende, no Programa Raio X, da TV Litoral, que está no ar há 14 anos ininterruptos

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Mais independência, autonomia e desenvolvimento para os cegos e deficientes visuais tem sido abandeira da Associação Macaense de Apoioaos Cegos, há mais de 20 anos

José Henrique Roriz não enxerga a tela do computador, mas na-vega na internet e acessa e-mail. Com a ponta dos dedos prontos para digitar, ouvidos atentos,

teclado e um software chamado DOS VOX — sistema operacional para pes-soas cegas usarem o computador —, ele ultrapassa a limitação da cegueira e interage com o mundo virtual, com autonomia. José é aluno de informática da Associação Macaense de Apoio aos Cegos (AMAC) e professor de braille e soroban no mesmo órgão. Assim como ele, outros cegos e deficientes visuais encontraram na entidade bene-ficente uma porta aberta para o desen-volvimento e a inclusão social.

A AMAC foi fundada por Marcos Passos em 1991. Um grave acidente de carro, em abril de 1990, provocou a ce-gueira em Marcos. O fato fez despertar nele a necessidade de criar uma institui-ção que apoiasse os cegos e deficientes visuais de Macaé e região, de qualquer idade. “Não sou culturalmente cego, só fisicamente. Tentamos mostrar para a sociedade que todo ser humano tem seu potencial e o cego tem o dele”, diz Marcos. Imbuída desse espírito e com 23 anos de atividade, a associação já atendeu mais de mil pessoas.

A AMAC presta serviços gratuitos como assistência social e oftalmológica, aula de informática, estimulação preco-ce, práticas educacionais para uma vida

Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

AMAC, uma história deamparo aos cegos

PESSOAS

A atual diretoria da AMAC e o fundador Marcos Passos (de óculos escuros) dãocontinuidade ao trabalho social

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independente, psicomotricidade, orien-tação e mobilidade, Braille e técnica do uso do Soroban — instrumento usado para fazer operações matemáticas —, entre outros. Na área de ensino, os assistidos adquirem conhecimento para se desenvolver, aprendem a caminhar com segurança, a ter uma postura ade-quada, tem noções de cidadania, etc.

De acordo com o fundador, deze-nas de pessoas foram encaminhadas pela AMAC para fazer cirurgia de trans-

Entre as várias atividades oferecidas pela AMAC está a aula de leitura e escrita em Braille

plante de córnea em outra cidade e muitas voltaram a enxergar. Além do encaminhamento, a entidade custeava o transporte e auxiliava na estadia. Muitas pessoas já foram beneficiadas com este trabalho social e tiveram suas realidades mudadas para melhor.

Michaelson Heraldo Sobreira Neto, 21 anos, entrou na AMAC aos 6. Ele foi aluno da extinta escola da AMAC e, hoje, é instrutor de informática na instituição. “Aqui, eu aprendi o Braille,

tive aula de orientação e mobilidade, aprendi valores. Para onde quer que eu vá, sempre terei esse lugar como minha raiz. Qualquer deficiente pode ser o que quiser, basta ter força de vontade”, diz Michaelson.

Jefferson Marcelo de Oliveira Fer-reira, 16 anos, também nutre muito carinho e respeito pela associação. “Tive aula de estimulação precoce, alfabetização, Braille e Soroban. A AMAC me preparou para o mundo vidente e é, pra mim, como uma se-gunda casa. Hoje, trabalho aqui e faço de um tudo”, conta Jefferson. Ele está no 9º ano no ensino regular e sonha entrar para a faculdade de Direito as-sim que terminar os estudos.

FATOS MARCANTES

Entre muitas conquistas alcançadas pelo trabalho social, duas são citadas por Marcos Passos como fundamen-tais. “Nosso objetivo era ter uma es-cola e, no início de 1999, criamos uma. Foi o princípio de muitas coisas boas e dessa escola saíram cinco alunos que fizeram concurso público e se torna-ram servidores”, lembra Marcos. O fundador da AMAC sempre defendeu a escola especializada como forma de

No curso de informática, os alunos aprendem a ler e-mails, acessar a internet e outros programas, por meio do DOS VOX

A AMAC também oferece o serviço de assistência social

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Os voluntários participaram ativamento da execução do evento

dar mais maturidade e preparar me-lhor os cegos para o convívio social. O Centro Educacional Municipal Pro-fessor Walter Boschiglia, que ficou conhecido como escola da AMAC, foi desativado em 2011 em virtude das novas políticas de educação inclusiva.

Outra iniciativa da entidade que é motivo de orgulho para Marcos é o monumento dedicado a Louis Braille, edificado em Macaé na Avenida Pre-sidente Sodré, mais conhecida como Rua da Praia, em 1999. Louis Braille é o inventor do sistema de leitura e escrita para cegos. “Esse monumen-to foi criado em comemoração aos 190 anos de Louis Braille e, em todo o Brasil, Macaé foi a única cidade a prestar homenagem desse porte”, afirma Marcos.

QUEM APOIA E PODE AJUDAR

A prefeitura de Macaé e a Transoce-an são alguns dos apoiadores da AMAC. O órgão municipal cede instrutores para atuarem nas atividades de ensino

da associação e, contribui por meio de subvenção. Alguns sócios também co-operam, mensalmente. Para angariar mais recursos, a AMAC promove um bazar permanente com venda de rou-pas e objetos.

Novos apoios são bem-vindos. Em 2014, a instituição está montando uma clínica de olhos e precisa de doa-ções em equipamentos oftalmológicos. Além disso, funciona na AMAC uma ótica que vende óculos a preços po-pulares que necessita de mobiliário, como balcão, cadeiras, etc. Há ainda outras formas de contribuir. Quem es-tiver interessado em ajudar, pode en-trar em contato direto com a AMAC que fica na Rua Conde de Araruama, 543, no Centro de Macaé. Os conta-tos são: telefone (22) 2762-8827 ou pelo e-mail [email protected].

A equipe de funcionários da AMAC trabalha com dedicação para proporcionar mais qualidade de vida aos cegos e deficientes visuais

Marcos Passos, à esquer-da, e o atual presidente da

AMAC, Márcio Batista

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buscou mecanismos para se adaptar”. Para Marcos Passos, a cegueira possibi-litou que ele tivesse o prazer de ideali-zar e trabalhar na AMAC. “A cegueira não é o fim. Pode ser o início de mui-tas coisas boas”, finaliza Marcos.

MOTIVAÇÃO PARA SEGUIR

Os deficientes visuais e cegos en-frentam muitas dificuldades para se adaptarem ao mundo e conseguirem viver com autonomia e dignidade. Vá-rios deles descobrem o potencial que possuem, evoluem na escola, na pro-

Foi uma iniciativa da AMAC o monumento em homenagem a Louis Braille que fica em frente à prefeitura de Macaé, na Rua da Praia

fissão, no convívio familiar e social, e conquistam muitas vitórias. Paulo Hugo Peres, de 46 anos, ficou cego há pouco mais de um ano e meio e conseguiu se adaptar bem. Ele é assis-tido pela AMAC e preza muito pela sua independência. “Eu me considero alguém que fez uma mudança e logo

Arquivo A

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Marialva mantém a beleza que lhe rendeu o título de Miss Macaé

Filme que marcou: Ghost, do outro lado da vida.Viagens que marcaram: todas. No Brasil, a Serra Gaúcha. No exterior, Itália, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda, França, Dubai...Músicas: Canção da América (Milton Nascimento); Pra não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré); Eter-no Aprendiz (Gonzaguinha).Ritmos: samba e reggae.Dá água na boca... os cheiros da infância (da casa de Dona Néia e Dona Nazaré, vizinhas queridas e saudosas da Imbetiba).Momento marcante: quando meus netos nasceram.Não saio de casa sem... batom.Sinto-me realizada quando... vejo que cumpri o meu papel de mãe e tenho orgulho dos meus filhos.Projetos: tive filhos, plantei árvores e estou concluindo uma autobiografia que iniciei em 2005.Pensamento: “Fora da caridade, do amor, não há sal-vação” (Allan Kardec).

As pessoas de Macaé... fazem parte da minha história.Macaé é... a cidade que amo porque aqui nasci, cresci, construí minha família e sou feliz.Qualidades: respeitar o outro, ser solidária e amiga.Defeito: querer terminar todas as tarefas no mesmo dia, sem deixar nada para amanhã.Cor: todas, exceto o roxo e o marrom.Gosta de... estar em contato com a natureza e com o mar principalmente.Não gosto de... deixar as pessoas esperando por mim.Família é... meu porto seguro, meu alicerce, tudo.Amizade é... conviver com as diferenças, respeitar senti-mentos, confiar, amar incondicionalmente. É o que levamos dessa vida.No tempo livre gosto de... organizar a minha casa. Sou extremamente organizada em tudo.Ocupo o tempo com... leitura, jogos de memorização, palavras cruzadas, filmes.Livro especial: romances espíritas.

Conhecida e reconhecida. Admi-rada e querida. Marialva Neto Gentil é gente, é alegria, é vida!

Macaense, de família kardecista e de tradição comercial, tem na baga-gem histórias com “H” maiúsculo, vi-vidas com muito orgulho e satisfação. Em 1967, aos 17 anos, durante o man-dato do Prefeito Cláudio Moacyr, foi eleita Miss Macaé pelo Fluminense Futebol Clube. Em 1969, casou-se com Antonio Osvaldo Gentil, paulista de Barretos, após se conhecerem du-rante o Concurso de Miss Estado do Rio, em Campos.

“Tenho três filhos: Pierre (dentis-ta), Júnior (advogado) e Jean (empre-sário e filho do coração), dos quais me orgulho muito. São meus netos

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal

LEITORA EM FOCO

queridos: Vitor, Júlia, Miguel, Izabela, Marcela e Gabriela”, desmancha-se.

Marialva, que nasceu na casa de seus pais pelas mãos de Dona Cota, uma parteira cega, é irmã de Lúcia Ma-ria, André Luiz e Geuda (do coração). A infância e a adolescência foram das mais felizes, no bairro Imbetiba.

“Fiz o curso primário na Escola Estadual Mathias Neto; o ginásio e o normal no Colégio Estadual Luiz Reid, onde participei do time de basquete e fui porta-bandeira nos desfiles Cívicos e Solenidades Festivas, conquistando medalhas e troféus. Sou uma educa-dora que não escolheu o caminho acadêmico para trilhar, mas a vida se encarregou de levar-me para caminhos sempre ligados à educação”, revela,

recordando ter feito parte da 1ª turma formada em Letras pela Faculdade de Fi-losofia Ciências e Letras de Macaé; atua-do em 1991 e 1992 como coordenadora da Agência de Administração Escolar, responsável por 11 municípios da Baixa-da Litorânea e, na gestão do ex-prefeito Carlos Emir Mussi, ter sido Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

Marialva atuou como Chefe de Gabi-nete da ex-vereadora e ex-vice-prefeita Marilena Garcia e, atualmente, é colabo-radora na equipe do gabinete do prefeito Aluízio dos Santos Júnior.

Marialva maisque Gentil

Marialva Gentil participou do time de basquete do Colégio Estadual Luiz Reid

Júnior, Osvaldo e Pierre: família, seu grande orgulho

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