revista divercidades edição de dia dos pais 2013

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Esta edição de Dia dos Pais (2013) traz matérias sobre pais que investem na carreira dos filhos no kart, filhos que seguem a carreira dos pais, grupo de amigos que produz cervejas artesanais em Macaé, um perfil do fotógrafo Luiz Cláudio Bittencourt (Dunga) e uma reportagem especial sobre os 200 anos de Macaé.

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60Shallon and Life

40 Mestrescervejeiros

66Dunga

Palavra do Editor ............................ 06

Pessoas & Negócios ........................ 12

Espaço Txai ............................................. 13

Learning Fun ........................................... 14

Planejamento jurídico e holdings ............ 15

Italvense .................................................. 16

Clínica Vitale ........................................... 18

Colégio Atlântico .................................... 20

Fashion Kids Macaé ................................ 22

Domma Restaurante .............................. 24

Veste Up ................................................. 26

Studio Milano .......................................... 28

Spazio 170 .............................................. 30

Especial Aniversário de Macaé

Macaenses que fizeram história ............... 32

Mestres cervejeiros ................................... 40

70 anos da União Espírita Macaense ...... 44

Macaenses colecionadores ..................... 48

Especial Dia dos Pais

Filhos de peixe............................................ 52

“Paitrocinadores” do Kart .................. 56

Pai, forma de amar ................................ 60

Gastronomia

Jantar harmonizado no Lucca ............ 64

Perfil

Luiz Cláudio Bitencourt, o Dunga ......... 66

Pessoas

Shalon and Life ....................................... 70

Leitora em Foco

Nika Gripp .................................................. 74

A Revista DIVERCIDADES é uma publicação da Formato Publicidade com tiragem de 7.000 exemplares, distribuição gratuita e dirigida aos consultórios médicos, aos salões de beleza, às clínicas de estética e aos restaurantes de Macaé.

Rua Professora Marcília Picanço, 559 - Mirante da Lagoa, Macaé - CEP: 27.925-200 - Tel/fax: (22) 2762-3201Direção geral e diagramação: Gianini CoelhoJornalista responsável: Leila PinhoRegistro profissional: MTB/MG 14.017 JP

Colaboradoras:Luciene Rangel e Juliana CarvalhoFotografia editorial: Gianini CoelhoProdução e foto da capa: Ana NogueiraPublicidade e anúncios:Gianini Coelho (22) 2762-3201/9985-5645Emails: [email protected] [email protected]: www.divercidades.comfacebook.com/grupodivercidades

EXPEDIENTE:

SUMÁRIO

“Paitrocinadores”do kart

56

70 anos da União Espírita Macaense

44

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É TEMPO DE COMEMORAR E MUDAR...

Chegamos à metade do ano e descobrimos que não nos faltam motivos para comemorar este momento: o despertar da população brasileira ques-tionando seus direitos de cidadão nas ruas, o corre-corre do Congresso Nacional em aprovar medidas há tempos esquecidas, a conquista da Copa das Confederações com a seleção jogando um bolão na final com a ento-

nação histórica do hino nacional nos estádios, os 200 anos da emancipação política e administrativa de Macaé, o Dia dos Pais... haja comemoração!

Que tal aproveitar toda esta energia que veio das ruas, para despertar nossa cons-ciência e realmente promover algumas mudanças? Será que estamos fazendo o nosso melhor para transformar nossas vidas junto à família, aos amigos, ao bairro, à cidade, ao país e ao planeta? Este é o grande desafio que fica depois desta tempestade de emoções, para consolidar de vez uma mudança de postura frente aos dilemas dos dias de hoje e de qual futuro deixaremos para nossos filhos e netos.

Como tudo na vida, as mudanças acontecem através de pequenos atos que acabam transformando a forma de pensar e de agir das pessoas. Sei que parece utopia, mas, é assim que se iniciam as grandes transformações. De gota em gota encheremos o oceano, principalmente com a surpreendente ajuda das “redes sociais”, que mobilizam milhares de pessoas da noite para o dia em prol de uma causa ou ação.

Macaé também está vivendo este processo de mudança no ano do seu bicentenário, com o desafio do seu novo governo, que assumiu o compromisso de realizar as tão sonhadas e necessárias mudanças na nossa querida cidade, sabendo que a população está mais atenta e ciente dos seus direitos e do seu poder de cobrança. A revista e o portal divercidades.com assumem seu papel neste processo, informando e reverberan-do tanto as boas práticas do governo, quanto o que precisa ser melhorado em Macaé.

Aproveito para fazer uma mudança no editorial da revista, que além de abordar o tema e as matérias da edição, agora também procura levar uma mensagem positiva para os leitores, trazendo à tona temas relevantes sobre a realidade da nossa cidade e da nossa gente.

Nesta edição de aniversá-rio de Macaé e Dia dos Pais, escolhemos temas relaciona-dos à cidade, como: alguns macaenses que se destaca-ram ao longo dos 200 anos de Macaé, os 70 anos da União Espírita Macaense, macaenses colecionadores e um grupo de amigos que está produzindo cerveja ar-tesanal de qualidade como hobby. Tem também a his-tória de sucesso da Comu-nidade Terapêutica Shalon and Life e o perfil do artista e fotógrafo Luiz Cláudio Bit-tencourt, o Dunga.

Para comemorar o Dia dos Pais, fomos a campo e descobrimos que os filhos estão, cada vez mais, seguin-do a carreira e os passos dos pais: na saúde, no comércio e até na religião. Conheça também os “paitrocinadores do kart”, pais que se envol-vem e incentivam o talento dos filhos nas pistas. Amor de pai é coisa séria e mostra-mos este sentimento em três perfis diferentes de pai: sepa-rado que convive bem com sua ex-esposa e os filhos, outro que vivencia o dor da perda precoce da filha e um pai que perdeu a companhei-ra e se vê diante do desafio de criar as duas filhas sozi-nho. Emoções compartilha-das por nossos entrevistados que se dispuseram a contar suas histórias de uma forma natural e encantadora.

Aproveito para abrir espa-ço para sugestões de temas a serem abordados pela revista. Envie sua sugestão para [email protected] e quem sabe ela poderá ser transfor-mada em uma matéria.

Boa leitura! Parabéns Ma-caé e feliz Dia dos Pais.

Gianini CoelhoEditor

PALAVRA DO EDITOR

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FORUM MACAÉRua Teixeira de Gouveia, 951Centro - Tel: 22 2757-4140

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A gente ama mudar com você!

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Av. Nossa Sra. da Glória, 689 - Cavaleiros - Macaé/RJ - Tel.: (22) 2773-4200

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A gerente Rejane Oliveira, em pé e Cleonice Glennon, no show room da loja em Macaé

FUJA DA MASSIFICAÇÃO COM EXERCÍCIOSPERSONALIZADOSO Studio Personal, que possui 12 anos de mercado, conquistou credibilidade e reconhecimento com atendimentos de personal trainer e ginástica laboral

A professora Heloana Reis e a proprietária do Studio Personal, Simone Bichara, à direita, atendimento diferenciado

PESSOAS & NEGÓCIOS

MAGNATA MÓVEIS RÚSTICOSA história da Magnata começa em Passos (MG) no ano de

2008, com a fabricação de movéis rústicos feitos com madei-ra de demolição (peroba rosa), que são bem aceitos no mer-cado, pois são de madeira maciça e ecologicamente corretos. “No início, colocávamos os móveis no caminhão e expúnha-mos por todo o estado do Rio, até que um dia chegamos a Macaé, onde residem muitos estrangeiros, que são apaixona-dos por móveis de madeira”, conta Cleonice, proprietária da Magnata. A primeira loja foi na rodovia Amaral Peixoto, Km 160, Mar do Norte, em Rio das Ostras, no ano de 2009.

O negócio prosperou e em 2012, a Magnata abriu sua loja em Macaé, na Av. Nossa Senhora da Glória, 1723, nos Cavaleiros, de frente para a estrada. A loja conta com grande estoque para pronta entrega e também faz encomendas. Para atender o público de Macaé, que não tem muito tempo livre durante a semana, a loja abre também aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 15 horas. Tel: 22 3051-4373

para empresas. Sob a direção da professo-ra de educação física e empresária Simone Bichara, o Studio Personal está oferecen-do uma nova proposta para quem busca condicionamento físico aliado à melhora na saúde de uma forma diferenciada.

O Studio oferece um pacote que inclui

o atendimento de personal nas atividades de musculação, alongamento, esteira, bici-cleta ergométrica e também de pilates, em um conjunto de atividades com 1 hora de atendimento. Possuímos também um paco-te de condicionamento físico para as pesso-as da 3ª idade. “Atendemos apenas duas pessoas na sala, com toda estrutura de uma sala de atividades físicas, em um am-biente climatizado e tranquilo, para quem não quer ficar no meio de aglomeração de pessoas”, enfatiza Simone.

Entre em contato e venha conhecer

este espaço preparado especialmente para você. Tel: 22 2772-2833

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No início do século XX tivemos a entrada da mulher no mer-cado de trabalho, onde assistimos uma transformação nos pa-péis e nas funções familiares, proporcionando um sistema mais igualitário entre homens e mulheres. A figura do pai deixa de

ser vista como poder de autoridade e de masculinidade na identificação sexual dos filhos, iniciando uma relação mais próxima no que se refere aos cuidados, apoio emocional e colaboração de tarefas domésticas.

Hoje, o pai tornou-se uma figura importante e viva no dia a dia dos filhos, tendo a capacidade de compreender e dialogar em vez de disci-plinar com autoritarismo apenas. Pode descontrair-se e brincar com os filhos, participar de suas atividades, ao invés de manter-se distante para reinar na sua posição de força. Na realidade, até cerca de uma década atrás, era visto como pouco masculino para o homem passar muito tem-po envolvido nos cuidados diários das crianças. Os pais contemporâneos têm a percepção de possuírem uma maior responsabilidade pelo cuidado diário dos filhos.

Ser um “novo” pai implica uma ruptura com os papéis masculinos tra-dicionais, sendo que as escolhas disponíveis são altamente condicionadas por variáveis como a nacionalidade, idade, capital cultural e história única de cada indivíduo (Abreu, Goodyear, Campos &Newcomb, 2000).

Antes do nascimento de um bebê, a figura paterna já assume um pa-pel de grande importância no apoio emocional e físico que presta à mãe do seu filho. Os homens que se envolvem ativamente na gravidez e no nascimento do filho reforçam a sua autoestima, bem como a estima pelas companheiras e sentem-se mais vinculados aos seus bebês. E as grávidas com companheiros envolvidos sofrem menos sintomatologia depressiva na gravidez, menos complicações físicas, menor necessidade de medica-ção no parto e menor incidência de depressão pós-parto (May, 1982; cit. por Leal, 2005)

O pai que estimula a criança verbal e fisicamente, de maneira ade-quada, que estabelece limites e responde às necessidades da criança, que se comunica afetivamente e solicita informações, favorece o desenvolvi-mento intelectual. Ao contrário, quando o pai é restritivo, a criança pode apresentar problemas de identificação e comprometimento em seu de-senvolvimento cognitivo e social. Quando o pai desempenha adequada-mente sua função, possivelmente seus filhos conseguirão adquirir na vida adulta um sentimento de autoconfiança.

Por: Sônia Mussi • Fotos: Gianini Coelho

Nas aulas de natação da Txai, a relação de confiança e segurança entre pais e filhos é estimulada

Espaço TXAIPESSOAS & NEGÓCIOS

As terapeutas Rosana Santos, Sônia Mussi e Gabriela Santiago

Clínica TerapêuticaTXAI Espaço de SerRua Izaura Maria Taboada, 53 Cancela Preta – Macaé/RJTel: (22) 2765-5286www.txaiespacodeser.com.br

As brincadeiras na piscina estimulam a interação e a cumplicidade entre pais e filhos

O pai tem uma grande importância no desenvolvimento saudável da criança Texto: Sônia Mussi•Fotos: Gianini Coelho

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PESSOAS & NEGÓCIOS

O laboratório de informática é um dos espaços mais concorridos pelos pequenos

LEARNINGFUNA escola de inglêsespecializada no aprendizado infantil comemora um anoem Macaé

Aprender inglês há muito tempo deixou de ser um hobby ou uma atividade extra. Fatores como a globalização econômica, cultural e social fizeram do inglês uma segunda língua quase que obrigatória. No dia a dia, não é difícil falar ou ouvir expressões como check in,

online, e-mail, smartphone. O aprendizado de uma nova língua não precisa ser uma tarefa difícil. Encontrar a metodologia adequada e um centro de refe-rência faz toda a diferença nesse processo, e é neste segmento que a Learning Fun, vem há um ano, se destacando em Macaé. Com método diferenciado, a escola especializada no aprendizado infantil comemora o reconhecimento no setor e planeja as próximas etapas de expansão na cidade.

A metodologia Learning Fun consegue introduzir de forma lúdica o inglês para bebês a partir dos oito meses. De acordo com Juliane Cassola que, em parceria com Susyane Barreto trouxe a escola para Macaé, quanto mais cedo o contato com a outra língua, o aprendizado acontece de maneira mais fácil e natural. “A nossa proposta é facilitar o conhecimento do inglês, com uma metodologia adequada para as crianças brasileiras, com assuntos do cotidiano, datas comemorativas do nosso calendário, tudo o que contribua para assimi-lação e rotina dos alunos”, afirma Juliane, acrescentando que as atividades na escola acontecem em dois momentos, dentro de sala de aula e em atividades recreativas como culinária, pintura, vídeos e, é claro, brincadeiras que refor-çam os conceitos e palavras aprendidas. O foco até os sete anos é a comuni-cação, oral e audiovisual e, a partir desta idade, a escrita.

O trabalho tem dado tanto resultado, que a unidade em Macaé vem am-pliando os horizontes e já atua no sistema Family Center, com cursos que per-mitem atendimento para toda a família. Um diferencial que facilita o dia a dia dos pais. “Aqui na Learning Fun os pais têm oportunidade de deixar os filhos na aula e fazer o curso também. Para o público infanto-juvenil, adolescente e adulto contamos com material de academias renomadas como Oxford e Cambridge, que permitem que a família toda participe do aprendizado.”

A Learning Fun Macaé atua ainda em parceria com instituições que prio-rizam a qualidade no ensino de inglês, levando a metodologia para dentro de escolas e creches como a Raio de Sol, Geração Criança, Boa Semente, Criarte e Sementinha do Saber.

Para quem se animou e vislumbrou uma possibilidade a mais de contar com uma escola de inglês especializada em crianças, a Learning Fun mantém calendário de matrículas abertas o ano todo, além de eventos especiais como colônia de férias. Ainda para 2013, outras parcerias estão sendo estudadas, como a ampliação da unidade na Riviera Fluminense, prova de que o caminho de sucesso trilhado na cidade está só começando e de que ainda são muitos os frutos do primeiro ano de dedicação e qualidade no ensino de inglês.

As empresárias Juliane Cassola e Susyane Barreto comemoram o sucesso da escola, há um ano na cidade

Os professores são parte fundamental para o bom aprendizado da língua inglesa para as crianças

Rua João do Patrocínio, 248 Riviera Fluminense - MacaéTel: (22) 2773-2963www.learningfun.com.br

Por: Juliana Carvalho•Fotos: Gianini Coelho

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litação na sucessão por morte, na economia que será obtida com os impostos e outros custos incidentes so-bre o inventário e com a proteção dos bens contra penhoras decorrentes de ações judiciais contra uma pessoa física, que se tornou sócio de uma Holding.

Desta forma, é possível realizar um planejamento jurídico completo para o cliente, resultando em eco-nomia tributária, tranquilidade na sucessão (evitando maiores atritos entre os herdeiros) e criando uma proteção patrimonial muito importante. “Hoje, é co-mum presenciarmos empresas que passam por crise econômica, utilizando cheque especial, com dívidas bancárias ou com impostos atrasados. Se não tiver uma estrutura jurídica adequada, tudo que o empre-sário conquistou ao longo da vida pode ser perdido”, enfatiza o advogado Lucas Guedes.

O objetivo da proteção patrimonial não pode ser o de não pagar débitos, de burlar a lei trabalhista ou o fisco, mas é, na verdade, uma forma jurídica legal que visa estruturar a empresa para questões legais, ou seja, o empresário continua pagando os impostos, dívidas, mas se surgir uma crise ou qualquer problema na empresa, os bens que ele conquistou até aquele momento, não serão perdidos em regra.

“Com a reestruturação, até desentendimentos entre os familiares sobre bens deixam de existir, pois tudo está previamente estabelecido em contrato. É preciso saber que a reestruturação é burocrática e demora em média um ano para ser concluída, mas é uma ação preventiva legal de proteção aos em-presários e aos demais indivíduos que possuem pa-trimônios de diversos vultos”, finaliza o advogado Leandro Lima.

As “Holdings” hoje têm conquistado cada vez mais espaço na pauta de uma camada de empreendedores de médio porte, fato que antes só era realidade para os detentores de gran-des fortunas. Esta forte tendência visa, a princípio, buscar uma

economia tributária como segunda meta, facilitar a sucessão patrimonial das pessoas físicas detentoras de patrimônios que representam cerca de 90% de seus ativos, e por fim, criar uma proteção extra ao patrimônio do indivíduo.

Nos dois primeiros casos, se obtém além da facilitação dos contro-les de seus ativos e economia tributária direta, também uma economia de investimento (ITCMD e custas judiciais), quando da sucessão dos principais titulares do capital social desta modalidade de sociedade. Isto vem sendo observado pelos especialistas no direito de empresas, em matéria tributária e por aqueles que atuam no direito de família e di-reito das sucessões.

É fato que existem gastos na criação destas empresas, como, por exemplo, com taxas e emolumentos, eventuais impostos, bem como ho-norários advocatícios, o que, por vezes, desmotiva as pessoas físicas que querem constituir uma Holding. Mas, à longo prazo, será constatado que tal investimento é compensador em face da economia tributária, da faci-

Avenida dos Jesuítas, 415 - Imbetiba, Macaé-RJTel: (22) 2793-3315 / 2757-2198www.plgs.adv.br

Os advogados Leandro Lima e Lucas Guedes acreditam que as holdings são uma ótima opção para a proteção do patrimônio dos empreendedores de porte médio numa possível crise ou problemas na empresa

Planejamento jurídico eas holdings patrimoniais

PESSOAS & NEGÓCIOS

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Há exatos 5 meses e uma semana do início das obras, a Serralheria e Vidraçaria Italvense teve o orgulho de receber no dia 15 de junho de 2013 parceiros, clientes e autoridades de Italva e Macaé para a inauguração desta nova empreita-da de sucesso, cuja visão empresarial e de negócios proje-tou a empresa além do mercado de Macaé para atender às necessidades de produtos e serviços para a construção civil de toda a região.

Com 12 anos de sucesso no mercado de esquadrias de alumínio e vidros temperados de Macaé, a Serralheria e Vidraçaria Italvense sempre procurou oferecer o melhor para seus clientes. Através de parcerias sólidas com seus

fornecedores, serviços com qualidade diferenciada e preços com-petitivos, conquistou a credibilidade para atender grandes empresas como a Petrobras e construtores de diversas áreas.

A Serralheria e Vidraçaria Italvense é uma empresa familiar, composta pelos irmãos Elias, Nilton, Lindomar e Leilton Clen, con-tando hoje com 32 funcionários, sete veículos e está finalizando a construção de um galpão em Macaé.

Diante do crescimento da construção civil em Macaé e cidades vizinhas e o surgimento de diversos eventos importantes no estado do Rio de Janeiro, a direção da empresa viu a necessidade de criar uma linha de produção com maquinário de alta tecnologia que, junto com a mão de obra qualificada, agregasse valor aos seus produtos.

Em setembro de 2012, os irmãos Clen elaboraram um projeto para a criação de uma linha de produção na cidade de Italva, com a compra de um terreno de 720 m2, aproveitando e qualificando a mão de obra da sua cidade natal. No dia 7 de janeiro de 2013 iniciaram-se as obras da fábrica, cujo o projeto estava sendo avaliado pela secretaria de obras do município e que foi autorizado pelo pre-feito Leonardo Guimarães.

Linha Vermelha, 1534 - Sol Y Mar - MacaéTel: 22 2765-1995 / 2772-1866email: [email protected]

PESSOAS & NEGÓCIOS

Texto e Fotos: Gianini Coelho

Serralheria e vidraçariaItalvense inaugura fábrica em Italva para atender o mercado de Macaé e região

Requinte e sofisticação na recepção já encanta quem chega

ITALVENSE

Da esquerda para a direita Presidente da Câmara Wilson Nogueira, Lindomar, Elias, o prefeito Leonardo Guimarães, Nilton e Leilton Clen

Os representantes da Cristal Temper com Elias, Nilton e Leilton no descerramento da placa da nova fábrica em Italva

O galpão da nova fábrica em Italva foi montado com equipamentos de última geração

O padrão das construções do mercado de Macaé exige cada vez mais qualidade nos projetos e nos acabamentos

A presença do vereador de Macaé Welberth Rezende e dofornecedor de acessórios e parceiro Sandro

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O serviço de odontologia da Vitale é focado no tratamento integral do paciente, com perso-nalização. Isso quer dizer que cada pessoa recebe tratamento individualizado e específi-

co de acordo com as necessidades. A clínica preza pela qualidade de vida do paciente e busca proporcionar a todos um sorriso saudável.

Além de estrutura física e tecnológica adequada, a Vitale dispõe de equipe de dentistas com formação em várias especialidades, o que facilita o tratamento de diversos problemas dentários. Há especialistas em clínica geral, odontopediatria, endodontia, cirurgia oral, ortodontia, prótese, implantodontia e perio-dontia. “O paciente é avaliado de forma global. Nós conversamos sobre cada caso e planejamos o melhor tratamento, considerando as especificidades do pa-ciente. Assim, é possível prever a realização de trata-mentos integrados e até executá-los conjuntamente, como na reabilitação oral, onde usamos a ortodontia e a implantodontia juntos, dando mais agilidade, con-forto e qualidade aos tratamentos”, explica a cirurgiã dentista Lorena Nametala.

Os dentistas Marina Nametala, Ana Paula Certório, Lorena Nametala e Fábio Pinto

Tratamentos personalizados e em várias especialidades odontológicas proporcionam mais qualidade de vida aos pacientes e sorrisos saudáveis

VITALE

O dentista Alexandre Bersot é especialista em periodontia e implantodontia

Por: Leila Pinho • Fotos: Gianini Coelho

Av. Agenor Caldas, 600 - Imbetiba - Macaé/RJTel: 22 2762-1167 / 22 2791-5976www.vitaleclinica.com.br

São diversos os tratamentos realizados na Vitale, entre eles, limpeza dentária, restaurações estéticas, clareamento dental, tratamento de canal, extração, pequenas cirurgias, aparelhos or-todônticos, implantes, próteses, etc. Além disso, a clínica possui soluções modernas que se adaptam ao estilo de vida das pesso-as. Exemplo disso é o aparelho ortodôntico autoligado que é um pouco diferente do aparelho tradicional porque dispensa o uso de alguns elementos. Este modelo facilita a vida de alguns pacientes como os funcionários que trabalham embarcados, pois exige um número menor de visitas ao dentista para manutenção.

Nos tratamentos com implantes dentários, a tecnologia es-tápermitindo mais conforto, agilidade e estética aos pacientes. Segundo o dr. Alexandre Bersot, que é especialista em periodon-tia e implantodontia, a instalação de implantes através da cirurgia guiada é menos invasiva e, consequentemente, mais confortável para o paciente. Esta técnica é uma ótima indicação aos pacientes com comprometimentos sistêmicos tais como diabetes, cardíaco e outros. Através de tomografia computadorizada e software espe-cífico, confecciona-se um guia cirúrgico com os sítios de instalação dos implantes determinados pela cirurgia virtual feita no computa-dor e instala-se os implantes sem a necessidade de nenhum corte na gengiva do paciente.

A agilidade no tratamento ocorre em casos específicos, em que se faz a instalação do implante e da coroa do dente no mes-mo ato cirúrgico. É o procedimento de carga imediata, que pode ser feito em um dente isolado e até mesmo em todos os dentes, através da instalação de uma prótese fixa sobre implantes, dita protocolo branemark com carga imediata. “Estou satisfeita com o tratamento com os implantes e coroas de porcelana, porque a minha mastigação melhorou consideravelmente, assim como o meu sorriso. Tive ganho em saúde e qualidade de vida.Tinha um certo medo antes do tratamento, mais me senti segura com o Dr. Alexandre”, relata Marilda Batista, paciente da Clínica Vitale.

PESSOAS & NEGÓCIOS

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Os dentistas Marina Nametala, Ana Paula Certório, Lorena Nametala e Fábio Pinto

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e com isso contribuir para a formação acadêmica dos alunos desde o início até o ingresso no ensino superior já que a partir do ano que vem teremos também tur-mas do 3º ano do ensino médio”.

O programa educacional será com a abordagem Reggio Emilia, em que as crianças são encorajadas a dialogar, trabalhar em grupo e atuar em diversas ati-vidades como desenho, pintura, escultura, jogos esti-mulando as capacidades motoras, intelectuais e criati-vas. A rotina dos pequenos poderá ser acompanhada pelos pais por meio de uma agenda diária que auxilia na vivência e participação dos responsáveis na vida es-colar dos filhos.

Já para os alunos do ensino médio, o projeto Enem com aulas aos sábados será um reforço a mais com a realização de exercícios e revisão de conteúdo das provas. O preparatório será aberto para estudantes do 1º, 2º e 3º anos do Atlântico e também de outras escolas e já está com inscrições abertas. “Passar no vestibular é uma etapa importante mas nem sempre o aluno que tira boa nota passa no vestibular. O aluno tem que estudar perto da aula, estudar pouco, mas estudar todos os dias. Esse sim irá de fato aprender e armazenar esse conteúdo por longo prazo. Com cer-teza essa dedicação irá beneficiá-lo nos vestibulares, concursos, na escolha da profissão e na própria vida”, garante Guto.

Os desafios da educação no Brasil, tanto na rede pública quanto na privada, são inúmeros. Eles vão desde a ampliação do acesso como a qualificação da metodologia de ensino que ultrapasse a famosa “decoreba” para o aprendizado de fato. Modificar este

cenário tem sido um dos objetivos do Colégio Atlântico.

Inaugurada este ano e idealizada pelo professor Carlos Augusto Garcia, mais conhecido como Guto Garcia, a escola já atende alunos do ensino fundamental e médio. Em agosto, atenderá também turmas de educação infantil, com base na metodologia do Sistema Etapa, que realiza a revi-são gradual dos conteúdos, o que contribui para a melhor compreensão e fixação das matérias apresentadas. “Este sistema é um dos mais sólidos no país. Como professor de universidade sentia que os alunos, em sua maioria, chegavam muito despreparados no ensino superior. Por isso, o Atlântico vem cumprir esse papel de ser uma escola de alto padrão que oferece todas as condições de preparo na formação de um aluno para a vida toda, contribuindo para que ele seja um bom estudante universitário e consequentemente, um bom profissional”, afirma Guto, que é professor da UFRJ, mestre e doutor em Engenharia de Computação na COPPE/UFRJ e possui mais de 25 anos de experiência como educador.

Para facilitar o aprendizado o colégio realiza provas semanalmente, fa-zendo do estudo um hábito. Guto ressalta a importância de que o aluno complemente fora de sala de aula os estudo, com leitura, atividades e re-forço do conteúdo. Para isso, o Atlântico possui monitores disponíveis para tirar dúvidas dos alunos durante esse período de estudo particular. A es-trutura da escola oferece ainda salas climatizadas, laboratórios, biblioteca, refeitório e campo de futebol que permite a realização de atividades físicas e projeto bilíngue que facilita a absorção do inglês.

PROJETO ENEM E EDUCAÇÃO INFANTIL

Já a partir de agosto, o colégio passará a contar com turmas de educa-ção infantil para crianças com idade a partir de um ano e meio. “Sentimos necessidade de oferecer mais uma opção de qualidade em educação de base

Por: Juliana Carvalho

Rua Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, 1571 - Novo Cavaleiros - Macaé/RJTel: (22) [email protected]

Colégio inova em metodologia de ensino e amplia abordagem para educação infantil

PESSOAS & NEGÓCIOS

Guto Garcia aposta no Atlântico como uma escola de alto padrão de ensino

COLÉGIOATLÂNTICO

Em agosto, o colégio terá turmas para crianças a partir de um ano e meio

Alunos seguem o Sistema Etapa, conceituado e reconhecido em todo o Brasil

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Ainda sob os efeitos do sucesso do primeiro “Fashion Kids Macaé – Aprontando Moda”, as empresárias Edilene Alves Lima e Da-niela Andreoni, das lojas Sapeca Shoes e Drop’s Kids, respectiva-mente, já estão às voltas com o segundo evento a ser realizado

em setembro. O desfile, que em sua primeira edição causou burburinho entre pais e filhos antenados, trará para a passarela as novidades de vestu-ário e calçado da moda infantil primavera e verão 2014.

O bom gosto e atendimento personalizado foram alguns fatores que uniram as duas empresárias do segmento de moda infantil na realização de um evento de moda totalmente voltado para as crianças. “Tínhamos o desejo de movimentar um pouco esse cenário na cidade. A nossa parceria foi muito acertada pois conseguimos somar duas referências no assunto

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Azul Limão

Rua Euzébio de Queiroz, 182Loja 4 - Centro - Macaé/RJTel: (22) [email protected]

FASHION KIDSMACAÉSapeca Shoes eDrop’s Kids preparampróximo desfilepara setembro

O primeiro desfile do Fashion Kids foi realizado no Boom Restaurante, sendo um sucesso de público, principalmente entre as mamães dos modelos

As empresárias Daniela Andreoni da Drop’s Kids e Edilene Alves Lima da Sapeca Shoes

Rua Texeira de Gouveia, 935Centro - Macaé/RJTel: (22) 2772-7269www.clubedrops.com.br

para oferecer aos pais as melhores opções para vestir os filhos da cabeça aos pés”, conta Edilene, que comemora os frutos da dedicação de ofere-cer uma loja exclusiva em Macaé especializada no público infantil.

Para Daniela, a interação com a participação dos clientes no desfile foi outro ponto alto que deve ser mantido no segundo Fashion Kids. “No primeiro evento tivemos 50 crianças desfilando. Para o próximo já temos uma lista de interessa-dos, um reconhecimento da seriedade do traba-lho e do nosso compromisso em oferecer sem-pre o melhor.”

Mas, enquanto o desfile não acontece, é pos-sível conferir nas duas lojas o que há de novidade no mundo da moda infantil com peças selecio-nadas para um público exigente que desde pe-queno aprende a arte do bem vestir com mar-cas como: Lacoste, Ralph Lauren, Animê, Joy, Pampili, Marianna Lorenzo, Hobby, Converse, Amoreco, Guess, entre outras. Na Drop’s Kids é possível encontrar peças para bebês e crianças até os 10 anos, já na Sapeca Shoes, a numeração vai até o 36.

E para quem não quer errar, Edilene e Da-niela dão as dicas. Cores como dourado, cobre rosado, turquesa, coral, azul royal vêm com tudo na próxima estação. Estampas com animal print continuarão em alta, além da permanência dos acessórios grandes e brilhantes. Para conferir de perto vale a pena dar um pulo em ambas as lojas e descobrir outras formas de como deixar seu pequeno ou pequena ainda mais estiloso.

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fação do cliente, além é claro de atender a todos os padrões de higiene”, revela Mauro, que contabiliza uma média de 80% de clientes fixos no restaurante.

A feijoada gourmet virou sensação das quintas--feiras, sendo preparada somente com as partes nobres, oferecendo um sabor especial ao prato tradicional da culinária brasileira. A salada havaiana também ganha destaque entre os adeptos de uma boa combinação agridoce, com frango, abacaxi, ba-nana, granola, iogurte natural, curry e outros ingre-dientes de dar água na boca. E para a sobremesa, que tal experimentar uma tapioca com queijo der-retido, creme de goiaba e geleia de pimenta? Uma delícia inspirada na origem paraense do chef Mauro, um misto de sabores que vem mexendo com a ima-ginação gustativa dos clientes.

E se reunir os amigos para um parabéns especial é o que você deseja, o Domma também aceita reser-vas na parte superior do restaurante. Para o futuro, Mauro e Cristiana pensam ainda em abrir o espaço para happy hour, mais uma novidade que demonstra que o Domma veio para ficar!

Há menos de um ano, o coração da cidade ganhava de presente o Domma Restaurante que, com um sabor diferenciado, comida caseira, um toque gourmet, em pouco tempo cativou o paladar dos macaenses. A variedade do buffet com saladas, pratos quen-

tes e sobremesas, além de um espaço aconchegante, fazem do Domma a melhor opção para a hora do almoço. Certeza de alimentação balanceada preparada com produtos de qualidade, selecionados de perto pelo chef!

Idealizado por Mauro e Cristiana Dias, o Domma é um convite à boa degustação. O nome é inspirado nas roupas usadas pelos chefs de cozinha, o dolmã, que para o restaurante ganhou uma versão mais sonora, sendo uma marca da qualidade e assinatura dos pratos, que são personalizados por Mauro, formado em Técnicas de Cozinha Profissional no Senac/Campos. “O sucesso do Domma em tão pouco tempo é consequência de muita dedicação e atenção a todos os detalhes no preparo dos alimen-tos. Trabalhamos com produtos frescos e selecionados, esses cuidados são fundamentais para o resultado do que vamos oferecer no buffet e a satis-

Boa gastronomia e bom preço são marcas para uma ótima opção de almoço no centro de Macaé

Espaço aconchegante e estruturado recebe diariamente clientes em busca de sabor, qualidade e variedade

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

Cristiana e Mauro, parceria na vida e nos negócios à frente do Domma

DOMMARestaurante

Rua Marechal Deodoro, 339 - CentroMacaé - Tel: 22 2772-6940www.dommarestaurante.com.br

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No cardápio, pratos preparados com ingredientes selecionados. Respeito e cuidados em todas as atividades da casa

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A loja VESTE, há 13 anos, é sinônimo de estilo e elegância para se vestir bem em Macaé. A inauguração da VESTE UP, na Galeria Carapebus, vem reforçar o sucesso iniciado pela empresária Daniella Siqueira que cuida pessoalmente da escolha das peças e do padrão de qualidade e

atendimento das lojas. O gosto pela moda na vida de Daniella é algo que veio da convivência com a mãe que possuia uma confecção. Depois de se formar em psicologia e de fazer pós graduação na área, a empresária decidiu que era hora de investir em algo que realmente lhe interessava. Foi aí que nasceu a primeira loja, a VESTE, que logo se destacou na cidade com vestuário casual e de festa.

Em 2013, consagrando o sucesso, chega a VESTE UP que, em pouco tempo, já vem conquistando o seu espaço. “Me impressionei muito com o movimento da loja que, apesar de recente, tem tido uma resposta muito positiva do públi-co”, afirma Daniella, que segue com o foco na escolha de marcas como Carmim, Anamac, Agilità, Fabulous, A. Brand e Iódice, que garantem a qualidade e estilo dos produtos. Além de vestuário feminino e masculino, na VESTE UP, você tam-bém encontra calçados, acessórios e bolsas que irão agregar ainda mais beleza aos seus looks. O atendimento é outro fator destacado por Daniella, que faz das lojas uma referência no setor. “De uma maneira geral, encontramos muita deficiência no padrão de atendimento na cidade. Nas lojas VESTE procuramos sempre atender o cliente em sua real necessidade e com atenção. Isso faz com que ele goste e acabe voltando outras vezes”, garante.

Se você procura por roupas sociais, mas com um conceito mais despojado, na VESTE ou na VESTE UP, opções não irão faltar. Para a próxima coleção, cores fortes como o vermelho, verde e amarelo virão com tudo. Além da permanência da combinação coringa, preto e branco. “Mais do que beleza, quando um cliente nos procura, orientamos para que ele escolha a peça mais adequada. Além da tendência de moda, a roupa tem que vestir bem e compor cada um dentro do seu perfil, respeitando a sua personalidade”, alerta Daniella.

Dando continuidade a essa paixão e vocação da família, Daniella conta que a filha Camila Siqueira trancou o curso de Direito e está com viagem marcada para Milão, onde irá estudar moda. Sendo assim, a gente pode esperar que outras boas novidades virão por aí!

Nova loja garante boas opções para se vestir bem em qualquer ocasião

Atendimento diferenciando associado às grandes marcas da moda em um ambiente agradável. Esta é a VESTE UP

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

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VESTE UP

Tropical Plaza - Lj 119 - Centro - Tel: 22 2759-2283Gal. Carapebus - Lj 09 - Centro - Tel: 22 2772-1064Macaé - email: [email protected]

O pilates ajudou a diminuir as dores nas costas de Aline

A decoração com sofisticação é um dos pontos fortes da loja

A loja também oferece grandes marcas da moda masculina

Localizada na Galeria Carapebus, a fachada da loja é clean e moderna

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Estilo e bom gostoagora têm endereçocerto em Macaé

Se deixar um ambiente elegante, atraente, aconchegan-te e, ainda por cima, com ares de praticidade não é uma tarefa fácil, imagina então fazer tudo isso com produtos de qualidade, exclusivos e com preços aces-síveis? Se você está achando um sonho, pode acre-

ditar, a Studio Milano chega a Macaé presenteando a cidade, mostrando que bom gosto agora tem endereço certo.

Nascido da parceria do arquiteto Marcelo Muquici e da empresária Valquíria Schuindt, o lugar oferece propostas para decorações inusitadas, contemporâneas e personalizadas. Para Marcelo, um dos grandes nomes da arquitetura na região, a loja é a consagração de 12 anos de dedicação em projetos e decoração de interiores. “Valquíria me procurou depois de conhecer um dos meus trabalhos na casa de uma amiga em Búzios. Depois de trabalhar para ela, a nossa sintonia foi tão grande que surgiu o convite para a sociedade e em pouco tem-po a Studio Milano estava nascendo”, conta.

Preencher um vazio no setor e atender um segmento de mercado especializado são objetivos da loja destacados por Marcelo. “Como arquiteto, muitas vezes encontrava dificul-dades em achar peças e móveis que fossem ao encontro da proposta de um projeto. Este meu anseio acabou contribuin-

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do para a formatação da Studio Milano que está de portas abertas não só para os clientes, como para outros profissio-nais da área”, ressalta.

A identificação do público macaense em tão pouco tem-po (a loja foi inaugurada em junho) tem surpreendido Val-quíria que não queria ter apenas mais uma loja na cidade, mas sim fazer a diferença em itens importantes quando o assunto é decoração: atendimento personalizado, variedade e qualidade. “Eu sempre gostei muito de decoração, fiz curso de paisagismo e a princípio a loja seria voltada para este seg-mento. Ao conhecer o Marcelo, percebi que havia um nicho de mercado que poderia ser preenchido com tudo aquilo que a gente gostaria de ter na cidade. É muito bom poder ver que as pessoas que passam aqui em frente param diante da loja, não resistem e entram, ficando encantadas com cada espaço pensado para oferecer o que há de melhor”, afirma.

Se encantar com a loja é fácil. Localizada na orla da praia dos Cavaleiros, o espaço conta com 600m2 com um showroom de deixar qualquer um querendo levar tudo para casa. São salas de estar e de jantar, quarto de casal, lounge e catálogos com ideias e composições no melhor do estilo clean e moderno. Marcelo, que montou o seu escritório na loja, conta que outra vantagem que a Studio Milano oferece são projetos de decoração e consultorias gratuitas, tudo para que o cliente tenha total segurança para realizar a escolha mais acertada.

Apesar da pouca idade, a Studio Milano já tem novida-des. Em breve a loja estará funcionando com entrada tam-bém pela avenida Nossa Senhora da Glória, ampliando o espaço para mostruário. E para os próximos meses, uma

Por: Julliana CarvalhoFotos: Gianini Coelho

O showroom do Studio Milano conta com 600m2, um espaço com móveis e peças de decoração que deixa você querendo levar tudo para casa

STUDIO MILANO

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o tempo em que não era possível tocar em um objeto ou usar uma mobília. Atu-almente tudo está integrado ao ambien-te de maneira a oferecer não só beleza como utilidade”, finaliza o arquiteto.

linha exclusiva de móveis assinadas por Marcelo Muquici será lançada no espaço que também está aberto para outros eventos do setor.

E se você é um daqueles apaixonados por tendências, na Studio Milano vai realmente se sentir em casa. Móveis na linha italiana, tecidos nobres, peças no azul Tiffany, que são a sensação do momento são alguns dos itens à disposição de quem não abre mão de um toque especial e de muito bom gosto, que vão deixar a sua casa simplesmente deslumbrante!

Algumas dicas são valiosas para não fazer feio na hora de preparar um am-biente. Valquíria e Marcelo reforçam que o principal é que esteja alinhado com a personalidade do dono. “Não adianta seguir uma tendência de moda se o estilo de quem usa o espaço não está refletido nele”, alerta Valquíria.

Marcelo explica ainda que cada vez mais as peças e móveis estão sendo preparadas para o dia a dia, para que ofereçam conforto e praticidade. “Foi-se

Av. Nossa Senhora da Glória, 450Cavaleiros – Macaé/RJTel: 22 2791-0426 / 8826-3351email: [email protected]

A fachada do Studio Milano iluminada chama a atenção de quem passa pela Av. Atlântica, 450 na Praias dos Cavaleiros

Objetos de decoração dão um toque sofisticado ao ambienteO lugar oferece propostas para decorações inusitadas, contemporâneas e personalizadas

A empresária Valquíria Schuindt e o arquiteto Marcelo Muquici, uma parceria de sucesso e muito bom gosto

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Quem passa pela loja se impressiona com o pionei-rismo em agregar sofisticação e requinte de marcas ex-clusivas na cidade com preços acessíveis. “Conseguimos mostrar que a nossa cliente pode sim ter um atendimento personalizado, se vestir bem, com produtos de qualidade sem ter que pagar mais por isso”, ressalta Juliana.

As peças de Larissa Lessa, estilista mineira que vem despontando no setor de moda no Brasil e no mundo, é prova de que até para o dia a dia é possível se vestir com bom gosto. Camisas de seda, calças da alfaiataria, tubi-nhos em renda guipir são algumas inspirações para quem quer estar pronta para qualquer convite que possa surgir

Recém-inaugurado nacidade, o espaço traz para as mulheres macaenses todo o requinte esofisticação das capitais

Se você pensa que uma loja que oferece conforto com estacionamento próprio, manobrista, recepção com prosseco ou espumante, acessórios de tirar o fôlego, pe-ças casuais, roupas de festa e vestidos de noiva deslum-brantes, tudo em um só lugar, é privilégio das capitais

e grandes centros está muito enganado. A Spazio 170 chega a Macaé estreando um novo conceito em atendimento, provando que a saudosa princesinha do atlântico chega aos 200 anos com ares cada vez mais cosmopolita.

Idealizado pelas empresárias Camila Siqueira, Juliana Andrade e Juliana Mansur, o espaço busca ser um refúgio não só para as compras, como também para relaxar, encontrar amigas para um bom bate-papo e olhar peças exclusivas. “Nós três viemos de Mi-nas Gerais e sentíamos falta de um lugar que agregasse peças de qualidade e atendimento personalizado, que de fato valorizasse o cliente. Mais do que vender, queremos que a cliente entre aqui e se sinta em um lugar confortável, em casa”, afirma Camila, que trouxe para a Spazio toda a experiência do carro-chefe da loja: o atendimento às noivas e venda de vestidos de festa, com a Blanc.

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SPAZIO170

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

O espaço possui arquitetura moderna, garagem privativa com serviço de manobrista e todo o conforto que as clientes merecem

As empreendedoras e amigas Camila Siqueira, Juliana Andrade e Juliana Mansur apostaram no diferencial para encantar as mulheres macaenses

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te sai daqui segura, tendo a certeza de que está usando a peça adequada para se sentir bonita”, acrescenta Juliana.

CORES FORTES SERÃO A MARCA DO VE-RÃO 2014

E se você já está querendo correr para a Spa-zio 170, aí vai mais um bom motivo. A coleção da Larissa Lessa para o verão 2014 será repleta de inspirações da Itália. Cores fortes como o co-ral, o azul mediterrâneo e o magenta imprimem personalidade às peças e se contrapõem com o preto, o ouro e o caramelo, que juntos trazem sensualidade e sofisticação na medida certa e da-rão o tom da estação.

Inclusive, a sócia Camila Siqueira está este mês de julho fazendo um curso de estilismo e desenho de moda em Milão, no Instituto Maran-goni, referência de ensino de moda e design no mundo há 75 anos.

Os tecidos nobres se misturam formando tex-turas e recortes que tornam as peças ainda mais ricas, além das estampas exclusivas que fazem uma releitura moderna dos cenários e do romantismo italiano, dando um ar ainda mais vibrante ao look.

Mas, enquanto o próximo verão não chega, na Spazio 170 não faltarão opções para te deixar elegante, sofisticada, moderna e preparada para arrasar em qualquer ocasião.

Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 170 - Glória – Macaé-RJTel: 22 2762-0227 - facebook.com/spazio170

A loja apostou nas marcas de sucesso, como a Tag 170 (marca desenvolvida com exclusividade) e M. Lourdes (bolsas e acessórios de festa)

depois de um dia de trabalho. Peças clássicas e atemporais, feitas com es-tampas produzidas na Itália fazem da assinatura de Larissa uma referência. “Trazer Larissa Lessa para Macaé foi, sem dúvida, uma escolha acertada. A cidade tem cada vez mais uma clientela exigente, que não abre mão da qualidade e do conforto na hora de se vestir”, revela Camila, que comemora o sucesso da loja, conseguido com a adesão de outras marcas importantes como Tag 170 (marca desenvolvida exclusivamente para a loja) e M. Lourdes (Bolsas e acessórios de festa), e lingeries selecionadas pela parceria com a Vilminha Modas.

O horário de atendimento diferenciado é outro fator que chama a aten-ção, de segunda à sexta-feira a Spazio 170 atende das 10 às 20 horas e, aos sábados, das 10h às 14h. O espaço ainda está disponível para a realização de encontros e pequenos eventos. Os serviços de ajustes são feitos em um ateliê próprio e as roupas podem ser entregues em casa. As clientes ainda tem à disposição o serviço de consultoria de moda para os casos de dúvidas em relação ao que vestir. “Muita gente chega sem ter a menor ideia do que deve usar. Nosso papel vai muito além do vender por vender, nossa clien-

O centro cirúrgico é equipado para a realização de pequenas cirurgias

A Blanc, loja especializada em vestidos de noiva e de festas ocupa a sobreloja do espaço com todo o glamour e requinte para atender as suas “noivinhas”

Peças de Larissa Lessa, estilista mineira que vem despontando no setor de moda no Brasil e no mundo, comprovam que até no dia a dia é possível se vestir com bom gosto

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Macaé chega ao seu bicentenário com a graça da Prin-cesinha do Atlântico e com a sabedoria da Rainha do Petróleo. Nestes 200 anos muitas pessoas foram im-portantes, cada uma a sua maneira, com sua energia, sua intensidade. Esta edição da DiverCidades conta

a história de alguns homens que colaboraram e ainda estão na memória do município que tem uma longa caminhada pela frente.

É fato que Macaé chega a seus 200 anos com posição de desta-que no cenário nacional e internacional. Também é fato que nada acontece sem que pessoas tomem a frente, destinando energia, inteligência, boa vontade e uma dose de amor. Sim, amor! Macaé é uma cidade que desperta isso na gente, pode ser pelas pessoas sempre tão acolhedoras, pela brisa fresca da Rua da Praia, pelo cheiro de maresia da Praia de Imbetiba, pelo horizonte azul quan-do olhamos para o arquipélago de Santana. Ou, quem sabe, da combinação disso tudo, somado às lembranças de um tempo que passou e que povoam somente as memórias. Vai saber!

As pessoas, essas sim, são realidade quando o tema é história. E, em Macaé, muita gente foi e é responsável pelos acontecimen-tos e conquistas. Na edição de Dia das Mães falamos de algumas mulheres que fizeram história - Ancyra Gonçalves Pimentel, Ma-ria Ignez do Patrocínio e Marguerita Modesto Rosso Amadei, D. Margarida Amadei. Nesta edição focaremos nos homens. Muitos poderiam figurar nestas páginas, mas, como forma de homenagem a estes seres tão especiais, separamos alguns que, com suas histó-rias e atuações, representarão o todo, confirmando o orgulho que nossa gente tem destes macaenses de nascimento e coração.

Grandes homens que fizeram e marcaram a história da nossacidade Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal

LACERDA AGOSTINHO

Garra e empreendedorismo

A trajetória de vida deste macaense nascido em Cara-pebus, ainda terceiro distrito do município, em 16 de ju-lho de 1912, registra em muitas passagens características que marcaram o seu existir: garra e empreendedorismo.

Muito jovem, já residindo na cidade, assumiu em 1939 a direção da Fábrica Lynce, numa negociação com o irmão mais velho Elias Agostinho, proprietário da em-presa na época. Foi o suficiente para que se revelasse o homem de atuação destacada na sociedade, com ativi-dades na área esportiva, social e política, que lhe rende-ram muitos títulos e justas homenagens.

Na área esportiva, Lacerda Agostinho foi fundador e primeiro presidente da Liga Macaense de Desportos (LMD), em 1943, e presidente do Ypiranga Futebol Clu-be durante 11 anos, período em que foi adquirida a sua sede. Na área social, era membro vitalício do conselho curador da Fundação Educacional Luiz Reid e do Con-selho Fiscal; maçom ativo desde 1944, tendo ocupado vários cargos, inclusive de Venerável Mestre em 1954, tendo sido em 1975 elevado a Grande Inspetor Geral da Ordem, grau máximo da Maçonaria. Na política, foi eleito vereador em 1945 e reeleito por quatro legisla-turas consecutivas, ocorrendo no período o impeach-ment do ex-prefeito Eduardo Serrano, ocasião em que renunciou à presidência da Câmara para não assumir a prefeitura, por não querer legislar em causa própria. Foi presidente do Partido Social Democrático (PSD) e depois fundador e primeiro presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atual Partido do Movi-mento Democrático Brasileiro (PMDB).

Títulos e homenagens em reconhecimento a sua atuação foram uma constante em vida e também após sua morte, merecendo destaque o título de Benemérito

Vista da Praia Campista da Rodovia Amaral Peixoto na década de 70.Cenário muito diferente dos dias de hoje

MACAÉ 200 ANOS Foto

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ESPECIAL MACAÉ

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da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janei-ro (1989); Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro dado pela Assembleia Legislativa (1982); Me-dalha do Construtor do Desenvolvimento Regional (Firjan/NF), pelo Dia da Indústria (2003); Beneméri-to por serviços prestados pela Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro (2000); Benemérito e Grande Benemérito pela Loja Maçônica Perseveran-ça II (1986 e 1994). Dentre as homenagens póstumas

destacam-se a denominação da Rodovia Lacerda Agostinho (Linha Azul); Sesi Macaé – Unidade Lacerda Agostinho; Medalha de Mérito Lacerda Agostinho Empresa Socialmente Responsável (Câmara Mu-nicipal); Loja Maçônica Lacerda Agostinho, número 3769 do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro; e Medalha Lacerda Agostinho, homenagem da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) entregue no Dia do Comerciante e destinada ao empresário desta-que no município.

Muito apegado à família, Lacerda Agostinho foi casado por 60 anos com D. Conceição Mancebo Agostinho, falecida em 1997, com quem teve Lenice, Francisco, Leda e Fernando. Nos negócios, o filho Francisco seguiu seus passos, atuando na Lynce desde jovem.“Como pai, Lacerda Agostinho sempre foi amigo, companheiro, de grande convivência. Foi um privilégio seguir os seus passos nas instituições, maçônica, esportivas e empresariais. Só não o segui na carreira po-

Com o filho Francisco, empreendedor e dinâmico, Lacerda Agostinho foi empresário de destaque e político respeitado

As netas Yasmin, Carolina e Fernanda com o avô Lacerda Agostinho: exemplo e admiração

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lítica”, recorda-se Francisco, acrescentando ter sido o pai um exemplo em toda a sua vida. “Papai foi exemplo para mim e para todos os que o conheceram. Responsável e comprometido com Macaé, com o cres-cimento da região, ele tinha o sonho de ver a cidade se desenvolver, tendo participado ativamente deste processo”, orgulha-se.

MIGUEL ÂNGELO SILVA SANTOS

Dedicação sem limites à educação

“O fato mais marcante na vida do meu pai, que foi um homem de-dicado à educação, foi a interiorização do segundo grau”, destaca com orgulho Aristóteles Cliton, um dos quatro filhos de Miguel Ângelo, ao compartilhar uma passagem da intensa vida do educador.

Na década de 50, o município tinha os colégios Macaé e Estadual Luiz Reid e o Senai sendo, portanto, um polo de educação na região e rece-bendo pessoas de cidades vizinhas com o propósito de estudar. Miguel Ângelo viveu essa realidade, sobretudo com Quissamã, onde trabalhou

Os filhos Miguel, Gardel, Cliton e Claudio e noras, nas bodas de Miguel Ângelo e D. Dega, família sempre unida

no Engenho Central e foi jogador de futebol pelo time, recebendo em sua casa, já casado com D. Dega, vários jovens que vinham estudar em Macaé – os irmãos Fernando, Marcelino e Amilcar Pereira, Otávio Carneiro, Adail e Olinto Pereira da Silva.

“Papai era inspetor seccional do Ministério da Educação e Cultura nesta época, além de profes-sor. Um inspetor mais graduado propôs que ele realizasse o trabalho de interiorização do segundo grau, criando escolas na região, através do pro-grama federal Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC). Essa iniciativa evitaria deslo-camentos e facilitaria o acesso à educação. Apesar de não remunerado, realizou a tarefa contando com a ajuda de Roberto Mourão, Newton Santos Carvalho e Abílio de Miranda”, conta.

E foi assim que Conceição de Macabu, Quissa-

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mã, Barra de São João e Carapebus receberam suas primeiras unidades escolares de segundo grau, após árdua peregrinação aos fins de sema-na, montados em lambretas e contando com o apoio das comunida-des, de onde foram otimizados talentos para formar o corpo docente.

A missão só não teve êxito em Casimiro de Abreu e Rio das Ostras em decorrência do Golpe Militar de 1964, tempos em que pessoas atu-antes e ideológicas eram tachadas de comunistas e perseguidas pelos militares. De 64 a 69, muitas foram as prisões e perseguições políticas a Miguel Ângelo e seus companheiros.

Gerações passaram pelos ensinamentos e olhares austeros e corretos do mestre Miguel Ângelo, nascido em Duas Barras em 23 de julho de 1918 e falecido em 27 de setembro de 1999. Figura importante no cenário educacional macaense e regional, sua vida foi integralmente dedicada ao magistério (51 anos).

Considerado rigoroso pelos alunos, Miguel Ângelo tinha dois castigos certos para os que desobedeciam as regras escolares: furar as letras “o” do Diário Ofi-cial ou copiar centenas de vezes a frase de autoria de D. Hilda Guerra Nogueira da Gama: “Aqui se lapida a inteligência, se aprimora o caráter, se fortifica o espíri-to e aprende-se a amar a Deus sobre todas as coisas”.

Filho da também educadora Anna Benedicta, ca-sou-se em 1940 com D. Dega, nascendo desta união Gardel Luis, Claudio Augusto, Aristóteles Cliton e Miguel Ângelo Filho. Foi vereador pelo Partido Co-munista Brasileiro (PCB) de 1948 a 1950. Durante o período em que esteve cassado e não podia exercer a profissão de educador, ingressou no setor gráfico, inicialmente arrendando a Gráfica Minerva e, após a anistia, abrindo em 1973 a Gráfica Silva Santos.

Vale o registro de que a defesa que culminou na anistia de Miguel Ângelo foi feita pelo advogado Clau-dio Moacyr de Azevedo, com texto brilhante que incluiu depoimentos de pessoas como Silvio Peixoto, Antonio Alvarez Parada, Alan Zarour de Miranda, Ancyra Gonçalves Pimentel, Lea Macedo Barreto, Le-tícia Peçanha Aguiar, Hilda Ramos Machado e Wan-derley Silva.

O casal Silva Santos, sempre atuante na sociedade macaense, referência de respeito e exemplo

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ANTONIO ALVAREZ PARADA

Macaé no coração e na alma

Macaense, nascido em 27 de dezembro de 1925, Antonio Alvarez Parada, conhecido como professor Tonito, talvez seja o nome que mais esteja vinculado à história de Macaé. Seu enga-jamento para o resgate e registro histórico do município é evi-denciado nos oito livros em que Macaé figura como personagem principal, somado a sua atuação cidadã que rendeu inclusive o hino em parceria com o saudoso músico Lucas Vieira.

Professor, colecionador, pesquisador e contador das histórias de sua cidade, Tonito escrevia e editava livros, encontrando na imprensa um espaço privilegiado para a manifestação de ideias e opiniões sobre a cidade.

Sua trajetória profissional no campo da educação teve início em 1950, como professor do Gymnasio Macahense e da Escola Profissional Ferroviária – SENAI/Leopoldina, onde deu aulas de matemática, física, química e espanhol. Com o encerramento do Gymnasio Macahense, em 1956, seus cursos foram transfe-

ridos para as dependências de uma nova escola, a Fundação Educacional Luiz Reid que, mais tarde, tornou-se Colégio Estadual. Tonito trabalhou no Luiz Reid até a data de sua morte, em 15 de março de 1986. No SENAI, além de professor, foi diretor do Centro de Formação Profissional de Macaé, de 1970 a 1976 e, interina-mente, em 1963.*

De personalidade forte e hábitos diversos, colecionou canetas, selos e tantas outras coisas que estão reservadas ao acesso de poucos em sua casa, juntamente a um acervo que deve guardar valorosas contribuições à história macaense.

Pintor, preferencialmente de aquarelas e lápis crayon, Tonito era um apaixona-do pela música popular brasileira, sobretudo por Dorival Caymmi.“Quando seu time de coração vencia, o Fluminense, as aulas eram todas escritas no quadro com giz verde, vermelho e branco”, recorda-se o ex-aluno e afilhado de batismo e casa-mento, Cesareo Alvarez Parada Junior, que destaca ainda a importância de Tonito para o município.

“Sua importância para Macaé e a importância de Macaé para Antonio Alvarez Para-da são coisas tão entranhadas, que é impossível separá-las. Macaé ofereceu a Antonio Alvarez Parada toda a riqueza para que tivéssemos condições de estudar, conhecer e amar essa cidade e o que Antonio Alvarez Parada ofereceu a Macaé foi seu amor incon-dicional, coisa que hoje em dia ninguém conseguiria compreender”, ressalta Cesareo, que teve a oportunidade e a honra de ter sido a primeira pessoa a ouvir a letra original do hino de Macaé cantada pelo próprio Tonito. “No auge dos meus 9 anos de idade a importância não foi dada a esse momento, mas passado os anos tenho essa recordação para orgulhar-me.”

Tonito era filho de imigrantes espanhóis da Galícia. Em março de 1953, casou-se na Igreja de São João Batista com Maria Bernadette Almeida Castro (ainda viva), que passou a assinar também Alvarez, uma linda baiana que foi pedida em namoro num baile de Carnaval do Tênis Clube, no ano de 1946, ela fantasiada de irlandesa e ele de mensageiro. Tonito e Detinha eram inseparáveis, compartilharam o gosto por viajar e conheceram o mundo.

Em 1985, quando recebeu o título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, Tonito fez uma pública e emocionada declaração de amor à companheira Detinha, declarando ter três amores: a sala de aula, onde ganhava a vida; Macaé, sem medidas de gratidão e “todos sabem, o primeiro e único, ele está aqui, e isto basta”.

Antonio Alvarez Parada é autor de “ABC de Macaé”, 1963; “Tratado de Cátions e Ânions”, 1968; “Histórias da Velha Macaé”, 1980; “Imagem da Macaé Antiga”, 1981; “Meu nome, crianças, é Macaé”, 1983; “Histórias Curtas e Antigas de Macaé - volu-mes I e II”, 1995 - Edição Póstuma; “Cartas da Província”, 2006 - Edição Póstuma e “O Fio de uma História”, 2007 - Edição Póstuma.

Antonio Alvarez Parada (Tonito) e Detinha com o afilhado de batismo e casamento Cesareo Parada

Tonito viveu e vibrou por Macaé, resgatando, registrando e valorizando sua história e sua gente

ESPECIAL MACAÉ

*Esse trecho foi extraído do artigo “Cidade conta sua história: um educador escrevendo para o público infantil” da autora Larissa Frossard, pesquisadora e doutora em Educação pela PUC-Rio.

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MESTRESCERVEJEIROSDE MACAÉ

Grupo de amigos se reúnepara descobrir os mistériose prazeres de produzir aprópria cerveja Por: Luciene Rangel • Fotos: Gianini Coelho

O mundo da cerveja está longe de restringir-se às marcas e sabores comerciais que vemos em todos os mercados e mesas de bar. Cerveja é artigo de luxo e em Macaé acontece o movimento de pessoas que se encontram para apreciar a bebida, descoberta por acidente há mais de 6 mil anos, mas que vem ganhan-do toques de sofisticação que agradam paladar e olfato dos mais exigentes.

22 de junho de 2013. Nessa data, o movimento macaense de cervejeiros e apreciadores da bebida que, há tempos, promovia encontros e degustações para a troca de experiências, receitas, melhores e piores práticas tendo como tema central a cerveja, oficializou a criação da Associação dos Cervejeiros Artesanais (ACervA) Macaé.

Mais que o gosto pela bebida, que tem como base quatro ingredientes apenas - água, mal-te, lúpulo e fermento – os cervejeiros macaenses compartilham conhecimento e prazer en-contrado em cada novo experimento, quase sempre realizado em ambiente doméstico, em clima de amizade, descontração e muita criatividade. Basta dizer que a cerveja comemorativa da fundação ACervA Macaé teve em sua receita abóbora, noz moscada, canela e gengibre.

A cerveja vive hoje no país um momento próximo ao que o vinho viveu no final dos anos 90, com as pessoas começando a ter acesso a outros rótulos, nacionais e importados, que hoje já ocupam 5% do mercado, e tem previsão de dobrar o número de vendas nos pró-ximos cinco anos. Junto a isso, a produção caseira também tem crescido, com um número cada vez maior de pessoas começando a produzir cerveja em casa, sozinho ou com amigos, fazendo o movimento começar a se destacar também como hobby.

ESPECIAL MACAÉ

Um brinde pela fundação da ACervA Macaé! Mais que cervejeiros, eles são apreciadores e desbravadores de sabores e aromas

Rhuller e Vitão, cervejas artesanais com cara, sabor e aroma profissional

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Grupo de amigos se reúnepara descobrir os mistériose prazeres de produzir aprópria cerveja

“Essa mudança é cultural. A pessoa passa a procurar um sabor diferente, um aroma que chama a atenção. E daí a co-meçar a produzir em casa, para consumo próprio e para os amigos, é um pulo. Várias pessoas em Macaé já se encontra-vam para saborear e fazer suas cervejas. A ACervA macaense reúne essas e outras pessoas que têm interesse diferenciado pela bebida”, destaca o delegado eleito da instituição, Anto-nio Felipe Gonçalves, expert no tema ao lado da esposa e companheira de copo Flávia Franco. Segundo ela, esses novos tempos que a cerveja vive no Brasil e no mundo trouxeram a mulher para o cenário antes mais masculino. “Os sabo-res, aromas, o clima de amizade e a troca de experiências atraem nós mulheres, que passamos a ver na cerveja um prazer pela infinidade de possibilidades que passamos a vis-lumbrar”, afirma Flávia que, recentemente fez um tour cer-vejeiro nos Estados Unidos ao lado do marido.

Compartilhando da mesma ideia, Karine Antonini enten-

de do assunto, participando com propriedade das sabatinas realizadas a cada nova degustação e afirma: “O paladar fica mais exigente”. Ela destaca ainda a possibilidade de harmo-nização da cerveja com pratos mais elaborados, possibili-tando experiências gastronômicas antes restritas ao vinho.

“A cerveja também é uma bebida de mesa, que pode acompanhar diversos pratos, proporcionando uma excelente combinação com inúmeros ingredientes e receitas culinárias, além de oferecer determinadas características que não estão presentes na maior parte dos vinhos”, destacou.

A ACervA Macaé ([email protected]) segue os mesmos preceitos da Carioca, fundada em outubro de 2006, sendo, portanto, uma associação que visa incentivar o desenvolvimento da cultura da cerveja artesanal, promo-vendo encontros, palestras, cursos, concursos e degusta-ções das mais variadas cervejas, em grande parte produ-

Um brinde pela fundação da ACervA Macaé! Mais que cervejeiros, eles são apreciadores e desbravadores de sabores e aromas

Os cervejeiros produziram uma cerveja que levou na receita abóbora, noz moscada, canela e gengibre. Cada receita tem um experimento e cada etapa é muito curtida

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zidas pelos próprios associados.“O que percebemos é o resgate de um padrão da cerveja como ela é na origem, resgate da verdadeira cultura da bebida com degustação”, revela Daniel Chalita, membro entusias-ta da ACervA Macaé.

QUALIDADE QUE FAZ A DIFERENÇA

Não é de hoje que os cervejeiros macaenses têm atuação destacada no cenário nacional. Em 2011, An-tonio Felipe ao lado dos amigos Nicholas Bittencourt e André Pinheiro inscreveram uma produção da 3 Perdidos, cervejaria da qual são responsáveis, no Concurso Nacional das Cervejas Artesanais e foram vencedores.“Encontramos no processo de fabricar ar-tesanalmente nossa cerveja um prazer incrível. Pensar nas receitas, buscar os ingredientes, apreciar o sabor e o aroma, tudo é muito interessante. Aprendemos a beber menos, porém melhor, principalmente ao lado dos amigos”, destaca o delegado da ACervA Macaé, salientando que qualidade faz toda diferença.

Com produção limitada, Ian Souto Maior, Heron Franco e Adriano Cordeiro Peixoto, o Bira, fabricaram uma Rhuller especial para uma festa de casamento. Já Daniel Chalita fez uma edição mais que especial da Atlante em homenagem à esposa Mônica, ensaiando nova experiência que, desta vez será “batizada” de Rebell Skull.

Confraria Ativo Norte e Boteko do Vitão tam-bém são alguns grupos de cervejeiros artesanais que se integraram à ACervA, que já nasceu com 20 associados e com possibilidade de adeptos para lá de grande.

Nos planos da ACervA Macaé muitos eventos para degustação, produção, cursos, além da reunião aber-ta que acontece toda segunda terça-feira do mês – a “Terça, quem sabe?” - no Kebab Store, point do gru-

po. “Já realizamos alguns encontros temáticos para harmonização de cervejas com cardápios variados. Foi assim na noite inglesa, de pizzas e na que degustamos cervejas estilo India Pale Ale (IPA), combinando com pratos mexicanos”, explicou Antonio Felipe que, para aprimorar o hobby, se capacitou como sommelier de cervejas junto ao SENAI e à Doemens Akademie da Alemanha e dá cursos e consultoria na área.

Entusiasmados com o movimento e adeptos de corpo e alma da cerveja artesanal, Vitor Chaves Batista da Silva, o Vitão, e Bira, investem no negócio que rende prazer, distração e oportunidades de relacionamento com amigos. Bira voltou a se interessar pelo assunto há um ano e meio, resgatando uma história antiga. Aos 19 anos chegou a produzir cerveja artesanal com batata doce e mandioca. Numa parceria com o sobrinho Ian Souto Maior comprou um kit para fazer cerveja. A experiência deu certo e resolveram aprofun-dar estudos e ampliar investimentos. Desde então produzem duas levas de cerveja por mês, com ingredientes variados, dos mais tra-dicionais aos mais especiais.

Assim como Bira, Vitão investe no hobby e no prazer de conhe-cer, fazer e degustar cervejas artesanais. “Antes bebia Brahma e Antarctica, mas encontrei na artesanal um sabor mais encorpado, que prefiro e aprecio. Sigo experimentando coisas novas para apu-rar mais o paladar.

Vitão, Bira, Antonio Felipe, Ian, Chalita, Heron, Flávia, Karine e tantos outros que fazem parte da ACervA Macaé encontraram na cerveja artesanal aquele ‘Q’ especial que reúne amigos em torno de um gosto comum. A cerveja é o motivo, mas é a amizade o principal ingrediente desta galera que quer mais é estar reunida para um bom bate-papo. E se a cerveja estiver gelada, hummm, melhor ainda!

CERVEJEIROS FAMOSOS

Dentro e fora do Brasil, centenas de rótulos produzidos em pe-quena escala conquistam novos consumidores, que buscam sabores únicos. Mas há uma cerveja que ganhou destaque mundial por ser re-ceita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apreciador

As produções são compartilhadas, saboreadas e comentadas em reuniões e encontros como “Terça, quem sabe?”, no Kebab Store, na segunda terça-feira do mês

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da bebida e que, para satisfazer seu prazer, instalou uma micro-cervejaria dentro da Casa Branca.

Feita com mel produzido no apiário dos jardins da residência oficial, a cerveja de Obama tem causado tanto burburinho que, recentemente, o chefe de Estado teve de divulgar as receitas de suas criações, a Honey Ale e Honey Porter, guardadas a sete chaves pelo chef de cozinha da Casa Branca, Sam Kass. A ver-dade é que a ligação da cerveja artesanal com presidentes ame-ricanos é antiga. George Washington (1732-1799) e Thomas Je-fferson (1743-1826) eram conhecidos por produzirem a bebida em suas próprias casas. A diferença é que Obama é o primeiro político a ter a sua própria cerveja elaborada dentro da Casa Branca. Detalhe: o mel, ingrediente especial da cerveja de Oba-ma, é produzido sob os cuidados da primeira-dama, Michelle.

Outros nomes figuram como cervejeiros declarados. É o caso de Winston Churchill, Platão, Chico Buarque de Holanda, William Shakespeare, Charles De Gaulle, Confucius, Abraham Lincoln, Sófocles, Zeca Pagodinho e Benjamin Franklin, sendo inclusive deste último a frase “A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes”.

Outras frases memoráveis sobre o tema merecem destaque. Seria de William Shakespeare: “Um pouco de cerveja é um pra-to para um rei”. E de Thomaz Jefferson: “A cerveja, se bebida com moderação, torna a pessoa mais dócil, alegra o espírito e promove a saúde”.

“O Brasil vive um processo de descoberta da cerveja, da mesma forma que aconteceu com o vinho anos atrás”, acredi-ta Antonio Felipe que, como bom macaense que é, já fabricou uma cerveja com o xarope do Moranguito, bebida tradicional da cidade. Cor, aroma e sabor aprovados pelos cervejeiros, a produção foi devidamente degustada até a última gota, deixan-do gostinho de quero mais. Mas, como cada receita é única, novidades estão sempre por vir e sempre haverá um cervejeiro a postos para apreciar.

Um brinde à ACervA Macaé!

Bira, Vitão e Antonio Felipe: unidos pelo prazer de produzir e degustar cervejas artesanais

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Em 8 de março de 1943 foi fundada a União Espírita Macaense (UEM) com o propósito de coordenar, congregar e orientar o movimento já fortalecido e atuante no município. Nascia então o órgão máximo dos espíritas de Macaé que, este ano, completou 70 anos de atuação honrada, intensa e valorosa.

Muitos são os trabalhos realizados pelas diversas instituições e frentes de atuação espíritas do município. Umas mais conhecidas, outras nem tanto, mas todas com resultados que vêm historicamente somando na sociedade e na comunidade em que estão inseridas. Lar de Maria, Casa do Caminho, Cristanato Espírita Antônio Ferreira, Grupos Divino Espírito Santo, João Batista, Pedro, Francisco Xavier, Joana de Angelis, Julio Olivier, Flor do Amanhã, Cristo Amor e Caridade, Fraternidade Irmãos Lobato e Centro Espírita Vicente de Paulo são algumas frentes de trabalho em Macaé da doutrina que, segundo Alan Kardec, codificador do espiritismo, é “uma ci-ência que trata da natureza, da origem e do destino dos espíritos, e de suas relações com o mundo corporal”.

Para Kardec, o Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de obser-vação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que podem ser estabelecidas com os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.

Até os últimos anos da década de 1930, as cinco instituições espíritas existentes na cidade - grupos Divino Espírito Santo (o mais antigo), Pedro, Francisco Xavier e João Batista e o centro Vicente de Paulo – trabalhavam individualmente, sem qualquer aproximação, sem troca de experiências, cada uma realizando suas tarefas doutrinárias de acordo com os conheci-mentos dos seus dirigentes. Mas, segundo relato de um importante mem-bro da UEM, Sr. Etelvino Cyríaco (desencarnado em 27 de setembro de 1950), constante no acervo do Centro de Memória da Livraria Espírita Ida-lina Meirelles, ingressou no movimento macaense nessa ocasião “um jovem trintão, possuidor de um espírito observador e de ideais progressistas, que vislumbrou o que de positivo e útil esse potencial humano poderia realizar. Pensou na unificação das casas espíritas fazendo um trabalho coeso e efi-ciente”. Ele se referia a Antônio Alves Ferreira, que se revelou estratégico no movimento espírita macaense a partir daí.

Algumas etapas foram cumpridas antes da efetiva criação da União Espírita Macaense. O lançamento, em dezembro de 1936, do perió-dico Macaé Espírita, que levou o movimento macaense a participar do 1º Congresso Bra-sileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, no Rio de Janeiro, em novembro de 1939. Foi a partir desta participação que teve início a Se-mana Espírita no município. Ainda anterior à criação da UEM foram estabelecidas reuni-ões mensais de Fraternidade e a mobilização da comunidade espírita para a construção do Lar de Maria. “Nesse clima, o irmão Antônio Alves Ferreira começou o seu trabalho, com

Por: Luciene Rangel • Fotos: Acervo União Espírita Macaense

Sede da União Espírita Macaense, instituição que coordena, congrega e orienta o movimento no município

UNIÃO ESPÍRITA MACAENSE

ESPECIAL MACAÉ

70 anos de serviços e doação ao próximo

Cópia do documento que registrou o lançamento da ideia de construção do Lar de Maria, em 26 de setembro de 1943

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simplicidade, sem alardes, como eram naturais às suas atitudes. Sabia, como Bezerra de Menezes, que não podemos unificar atitudes, procedimentos, trabalho, sem uma união sólida, persistente e sincera dos componentes da casa espírita”, registrou Etelvino Cyríaco quando a UEM completou 62 anos de criação, destacando na ocasião que o espiritismo em Macaé deve ser dividido, historicamente, em duas etapas, antes e depois de Antônio Alves Ferreira.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Tendo como um dos lemas “fora da caridade não há salvação” os espíritas de Macaé sempre destinaram especial energia e atenção ao próximo. A União Espírita Macaense, com dedicação e esforços dos participantes do movimento, teve em sua história três trabalhos centrais que fizeram e dois deles ainda fazem, parte da realidade do municí-pio: Lar de Maria, Semana Espírita e Casa Transitória André Luiz.

A história de fundação do Lar de Maria merece destaque. O início do movimento que resultou na obra foi em 26 de setembro de 1943, quando Macaé recebeu a visita da caravana espírita de Nova Iguaçu. O professor Leopoldo Machado, um dos integran-tes do grupo visitante, sensibilizou os espíritas macaenses com a realidade do menor

Fotografia do acervo da União Espírita registra membros que escreveram e colaboraram para o importante trabalho do espiritismo em Macaé

abandonado, convencendo-os a criar em Macaé um estabelecimen-to nos moldes do Lar de Jesus que já existia em Nova Iguaçu. Nascia naquela reunião, realizada na sede do Grupo João Batista, a ideia do Lar de Maria. A também visitante Maria de Lourdes Pereira promo-veu, então, um leilão para a venda simbólica das flores que enfeitavam a mesa como primeira arrecadação para a construção do lar.

Iniciaram-se esforços e ativida-des diversas por parte dos espí-ritas para angariar recursos para a grandiosa obra social que, ini-cialmente, funcionou como abri-go para crianças desamparadas. Porém, desde 1985, o Lar de Ma-ria atende crianças em idade de creche para que as mães possam trabalhar, além de gestantes.

Menos de um ano depois, em 25 de junho de 1944, foi lançada a pedra fundamental do Lar de Ma-ria na avenida Rui Barbosa, 1.563, Cajueiros, área doada por José So-ares Garcia, um dos entusiastas do projeto. Na ocasião, ele também cedeu terreno na avenida Rui Bar-bosa (onde atualmente funciona o Ponto Frio) para a instalação do Parque Lar de Maria onde era ven-dido caldo de cana, pastel e outros lanches, num esforço para angariar

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tante. “Quando vim de Madalena para Macaé em 1958, o fiz pelas mãos de professor Pierre que abrigou a mim e meu irmão José Carlos no Lar de Maria. Professor Pierre é um baluarte do es-piritismo macaense, exemplo de grande homem, honrado pai e marido zeloso”, destacou Geraldo Thomaz.

Nascido Pedro Tavares da Silva Ri-beiro, em Conceição de Macabu em 1909, professor Pierre adotou a versão francesa de seu nome quando, ainda no curso primário, estudou a língua. Passou a assinar e a identificar-se como Pierre e, quando questionado, manifes-tou desejo de ser chamado assim, o que foi acatado por todos.

Já em Macaé, casou-se com Zenita Maciel em 1936, tendo Nire, Nilma, Nier, Zenita, Nídia, Nione, Núbia, Ni-raldo e Pierre. Espírita dedicado, par-ticipou dos principais acontecimentos da doutrina em Macaé. Desencarnou em novembro de 2012, aos 103 anos, ocasião em que Manoel Saraiva Junior, coordenador do Departamento de Di-vulgação da UEM, escreveu: “Seu Pierre foi um dos mais respeitados homens da história do município de Macaé. Hon-rou a insígnia de homem justo e de mo-ral incorruptível nas oportunidades que teve na vida profissional como profes-sor, diretor de escola e secretário mu-nicipal de Educação em Macaé. Espírita convicto, foi um dos baluartes do Espiri-tismo em nossa querida Princesinha do Atlântico, dignificando a Doutrina do

recursos para a obra. À noite, peças teatrais eram apresentadas por membros do movimento, dentre eles Francisquinho e Sônia Porto, Allan Miranda, Sidônia, Waldir, com a parte musical cuidada por Argemiro Rubem, conhecido como Baiano, Mozart e Wilmar.

Há um nome, porém, que quando se fala em construção do Lar de Maria é unanimidade no que se refere a dedicação: vovô Idibaldo Araújo. Num trabalho voluntário e de entrega total à causa, ele recolhia papel e vidro durante o dia para transformar em recurso e, à noite, acionava a moenda para o caldo de cana. E foi assim, com esforços e dedicação de muitos espíritas que em 13 de julho de 1952 foi inaugurado o Lar de Maria, solenidade que contou com a presença de au-toridades, comunidade espírita, representantes da Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro e muitos visitantes.

A Semana Espírita, iniciada em 1939, chegou em 2013 à sua 74a edição inin-terrupta. Macaé foi a segunda cidade no Brasil a realizar tal evento, tendo sido a primeira, a então chamada Entre Rios, atual Três Corações (MG) e a terceira Nova Iguaçu. Num relato escrito por Sônia Porto, em julho 1993, ficou eviden-ciada a importância do movimento. “Prestigiar as Semanas Espíritas é reconhecer o seu valor espiritual, é dar mostras de amor fraterno nos sentidos praticado ou exemplificado.”

A programação por anos foi destaque nacional, trazendo para Macaé visi-tantes que se hospedavam nas casas dos confrades. Caravanas e excursões eram recebidas e aguardadas, exaltando o espiritismo que, no município, é latente e reúne tantos irmãos.

A Casa Transitória André Luiz foi fundada em 1960 com propósito específico de abrigar doentes mentais temporariamente, atividade que não mais ocorre.

VIDA, DOAÇÃO E EXEMPLO

Há entre os espíritas alguns nomes que são unanimidades quando o assunto é doação. Antônio Alves Ferreira, que foi o primeiro presidente da UEM, assim como os membros da primeira diretoria da instituição, são mencionados e relem-brados sempre que possível: Francisco Peixoto Lins (Peixotinho), Serafim Rodri-gues de Almeida, Maximiliano de Souza Lima, José Moreira de Souza, Raymundo Peixoto Lins, José Soares Garcia, Waldemar Silva, Manoel Aguiar e Pierre Tavares da Silva Ribeiro. Esse último, então, é unanimidade entre os espíritas da cidade.

Com carinho especial, professor Pierre é lembrado pelo atual presidente da UEM, Geraldo Thomaz, que tem uma história particular em que ele foi impor-

Da esquerda para a direita, Francisco Adolfo Carvalho Porto (Francisquinho), Olímpia Ribeiro Machado (diretora) e Dr. Jorge Guimarães (médico), com visitantes no Lar de Maria em 1957

ESPECIAL ANIVERSÁRIO

Olímpia Ribeiro Machado e Delisete Andrade Cyríaco, no Lar de Maria em 1969

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coordenador do Departamento de Mediunidade; Gilza Tavares Schueler, coordenadora do Lar de Maria; Cris-tina Albuquerque Cardineli, coordenadora do Centro de Apoio a Família (CAF); Alex Murteira Célem, pre-sidente do Conselho Deliberativo; e Amilson da Mota Pacheco, Amilson Mouser e Enilton Gomes da Silva, conselheiros fiscais.

A União Espírita Macaense é um exemplo de que com propósitos definidos e engajamento dos membros, os resultados vêm por consequência. Tem sido assim e ainda há muito a ser feito.

O Espiritismo no Brasil, segundo o Censo 2010 sobre as religiões seguidas pelos brasileiros, revelou importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos. Segundo a pesquisa, o Espiritismo foi uma das religiões que apresentaram crescimento (65%) desde o Censo re-alizado em 2000: passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2% em 2010 (3,8 milhões). Mais que o crescimento de adeptos, o Censo demonstra o reconhecimento de uma crença, de um movimento que tem no próximo seu maior foco.

“Se Allan Kardec tivesse escrito que ´fora do Espiri-tismo não há salvação”, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ´Fora da Caridade´, ou seja, fora do Amor não há salvação´, disse certa vez Chico Xavier, um dos mais importantes divulgadores do Espi-ritismo no Brasil, que também declarou: “O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros”.

nosso Mestre Jesus codificada por Allan Kardec através dos seus exemplos de vida que servem até hoje como norte aos inúmeros espirítas da nossa região. A filha e também seguidora da doutrina espírita, Nire, destaca: “Tenho de reconhecer a importância do meu pai na educação e no espiritismo. Ele foi um homem que vibrou com a doutrina, viveu intensamente sua crença e se doou como ninguém.”

COMPREENSÃO DE VIDA

O depoimento de Jésus Machado Tavares, que há cerca de 40 anos vive o espiritismo, exemplifica bem o que este proporciona aos que seguem e acreditam na doutrina. “O espiritismo é tudo. Me deu compreensão da vida, de onde venho, estou e vou, dan-do sentido ao meu viver”, revela Jésus, acrescentando que foi através da doutrina que se encontrou.

Membro do grupo da Fraternidade Irmão Lobato, Jésus sem-pre participou da UEM, tendo participação importante na cons-trução do salão de reuniões do Grupo Pedro. Segundo Jésus Ta-vares, a União Espírita sempre teve participação de destaque na sociedade, colaborando sócioassistencialmente.

NA DIREÇÃO DOS TRABALHOS

À frente da diretoria da União Espírita Macaense, biênio 2012/ 2013, estão Geraldo do Carmo Thomaz, presidente; Ana Cristi-na Mauricio Silva, vice-presidente; Pedro Jardim, 1º secretário; Denise Rubens Célem, 2º Secretário; Neucy Lucio de Azevedo, 1º tesoureiro; Dimas Ziehe, 2º tesoureiro e coordenador do De-partamento de Patrimônio; Manoel Saraiva Junior, coordenador do Departamento de Divulgação; Wiliam Tavares, coordenador do Departamento de Mocidade; Natércia Ferreira, coordenadora do Departamento de Infância; Tânia Maria Jardim Mussi, coorde-nadora do Departamento de Doutrina; José Claudio Machado,

A diretoria que atualmente responde pela UEM, tem à frente o presidente Geraldo Thomaz. 70 anos de trabalhos sérios em prol do próximo

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Macaenses encontraram no ato de colecionarobjetos, seu lazer e uma nova forma de viverum universo particular e descontraído Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

O que será que discos de vinil, brinquedos an-tigos e miniaturas de carros têm em comum? Esses objetos são apreciados, pesquisados e catalogados por macaenses que encontraram na arte de colecionar uma forma de preservar

e recontar histórias.

AMOR PELA MÚSICA E PELO VINIL

Aderson Ferreira Júnior desde criança gostava de música agitada, mas, por volta dos 20 anos de idade sua paixão pelo rock foi despertada ao som de “All my love”, da banda bri-tânica Led Zeppelin. Ele conta que depois de ouvir a música no rádio resolveu comprar o disco. Começava aí uma coleção que, atualmente, conta com mais de 55 mil discos de vinil. Logo depois, a inserção no rock mais pesado, o heavy me-tal, um dos seus estilos preferidos, aconteceu de forma natu-ral. “Naquela época o acesso à informação era mais difícil. E nós roqueiros sofríamos um preconceito muito grande, todo roqueiro era tido como drogado. Para saber das novidades desse universo tínhamos que comprar revistas importadas e

juntar dinheiro para conseguir um álbum que chegava, às vezes, com meses de atraso no Brasil”, relembra.

Nesse tempo, Aderson começou uma rede de amizade ao redor do mundo e as informações passaram a ser tro-cadas também por correspondências, o que o levou até a ser chamado para prestar esclarecimentos na época da dita-dura a militares que temiam a invasão comunista por conta de uma dessas cartas vindas da Polônia. O envolvimento de Aderson com o universo musical foi tão grande que o ho-bby de colecionador tomou proporções profissionais. Hoje ele possui um selo de gravadora, Dies Irae, responsável pelo lançamento de cerca de 400 títulos de bandas brasileiras e internacionais.

A coleção impressionante está sendo organizada em um novo espaço preparado por Aderson. Os discos são organiza-dos por ordem alfabética e recebem uma avaliação individual de cada faixa feita por ele, que encontrou na internet uma grande aliada para pesquisa de raridades e contato com uma rede de compradores e vendedores de lugares como Irlan-

ESPECIAL MACAÉ

A ARTE DECOLECIONAR

Alfredo Manhães tem raridades em sua coleção, com destaque para o Forte Apache feito em madeira, um dos seus favoritos

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da, França, Rússia, República Tcheca, Irã, Bangladesh e países da América Latina. “Hoje, realizo distribuição dos discos gravados pelo selo mundo afora e através da internet faço busca e conta-tos para troca e compra de vinis”, afirma o colecionador, que possui em seu acervo raridades como o original inglês da primei-ra prensagem do Led Zeppelin III, da década de 70.

Para o futuro, Aderson tem planos audaciosos como mon-tar na cidade um museu da imagem e do som e expor sua coleção para outros apreciadores.

BRINQUEDOS ANTIGOS, NOSTALGIA QUE CONTA HISTÓRIAS

O engenheiro de computação Alfredo Manhães, dedica o seu tempo vago a recontar histórias e lembranças por meio de objetos e brinquedos antigos. Tudo começou quando ele mes-mo encontrou os brinquedos de sua infância na casa da mãe e, hoje, a coleção conta com cerca de 4 mil itens. Para Alfredo, os brinquedos contribuem para a preservação da história, além de permitir conhecer um pouco mais sobre o costume e cultura de diferentes épocas e lugares.

“Os brinquedos têm a capacidade de retratar momentos diversos da humanidade. Brincar é coisa séria e é fundamen-tal para a formação do indivíduo, pois contribui para o desen-volvimento da abstração e criatividade por meio desse jogo simbólico das situações criadas.” No futuro, Alfredo pensa em montar um espaço permanente para exposição dos objetos, como também para palestras, peças infantis e outras manifes-tações culturais.

A internet também tem sido uma grande aliada do colecio-nador que utiliza o endereço eletrônico meusbrinquedosanti-

Para a psicóloga Helga Rodrigues, se o consumo não acarreta prejuízos, não pode ser considerado problema

Aderson conta com mais de 55 mil discos de vinil, inclusive o original inglês da primeira prensagem do Led Zeppelin III

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sário do mesmo setor, mantém com cuidado os 250 itens de sua coleção de miniaturas. “Há uns 15 anos eu passei em frente de uma loja e vi uma miniatura, gostei e comprei. Fiquei tão empolgado que comprava de tudo e cheguei a ter mais de 300 unidades e nem tinha mais onde colocar”, conta Antônio, que se desfez de algumas peças e atualmente adotou como crité-rio de sua coleção miniaturas de Fusca, Kombi e Karmanguia, na escala de 1 para 18 e a linha Porsche da década de 60 e 70.

O envolvimento com os carrinhos é tão grande que Antônio dedica tempo não só para comprar, mas também como plástico modelis-ta, alterando algumas características das minia-turas, deixando-as personalizadas. “Eu sempre gostei de carrinhos, quando criança fazia com latas de óleo. Hoje, a coleção para mim é uma distração, com um apreço especial para os da Volkswagen”, afirma o empresário que possui cinco Fuscas reais, sendo um deles da série ouro, um dos últimos das quinhentas unidades fabricadas no Brasil. Todos em pleno funciona-mento e recebendo manutenção periódica.

Além de ser uma atividade relaxante, o faro de colecionador de Antônio tem sido transmi-tido para seu filho Antônio Júnior que, aos 7 anos, já possui uma pequena coleção particu-lar. Em casa, Antônio mantém as unidades em prateleiras protegidas com vidro, tudo para que o material, em sua maioria importada dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Fran-ça, não seja danificado. Uma de suas raridades é uma miniatura de uma Kombi alemã, avaliada em mil reais.

“Aos carros de verdade eu não me apego, a gente tem porque é útil e nos ajuda no dia a dia. Mas as miniaturas me remetem muito à uma época boa da minha infância, tem um vínculo sentimental. São peças novas que retratam um saudoso passado.”

“Quando compro um sapato me permito um carinho”: Jaqueline, 250 pares e muitas histórias

gos.blogspot.com para compartilhar imagens, vídeos e histórias da origem e fabricação dos brinquedos.

Olhar a coleção é um caminhar repleto de nostalgia. Brinquedos da Disney, de 1939, e um conjunto de soldados de chumbo, feitos na Ale-manha no final do século XIX, são algumas das raridades, além do Forte Apache (feito em madeira), um dos favoritos de Alfredo, que virou febre entre as crianças nas décadas de 70 e 80.

Para ampliar a coleção que retrata cerca de 123 anos de história, Alfre-do, dono de outras raridades como um exemplar da primeira revista em quadrinhos brasileira Tico-tico, participa de encontros nacionais e também realiza pesquisas constantes.

MINIATURAS DE CARRO, UMA PAIXÃO

A vivência com os carros sempre foi algo que fez parte da rotina de An-tônio Diomedes Paes. Desde pequeno, ele passou boa parte da infância na concessionária do tio e padrinho, Rui Borges. Hoje, Antônio, que é empre-

Antonio Diomedes mantém com cuidados os 250 itens de sua coleção de miniaturas, hobby que compartilha com o filho Junior

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Admiração e exemplo unem ainda mais pais e filhos que encontraram no trabalho mais uma forma de demonstrar amor

FILHO DE PEIXE...

Por: Luciene Rangel • Fotos: Ana Nogueira e Gianini Coelho

CAPA

Kall, Rafael e Claudio Bogado na casa da família, no Sana. Relação de amizade e cumplicidade familiar e nos negócios

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A relação pai e filho nasce baseada no amor. Com o tempo, outros sen-timentos são despertados a partir da relação que cresce, aprofunda e revela possibilidades. Mas não há

regras! Além do amor, verdade seja dita, pais e filhos podem ou não nutrir sentimentos mais in-tensos e profundos. Somente o tempo, a verdade da relação e o respeito podem de fato solidificar os relacionamentos. E quando a relação extrapola o ambiente familiar, passando a figurar também no campo profissional, certamente é porque en-traram em cena admiração e exemplo, binômio de sentimentos que, quando bem nutridos pelas partes envolvidas, possibilitam parceria de sucesso também no profissional.

Histórias de filhos que seguiram as carreiras dos pais existem por toda parte. São evidências de filhos orgulhosos que viram nos pais a realização de seus próprios sonhos e ideais. Não importa a área, o que vale é o compartilhar da vivência.

Com rotinas semelhantes, pai e filho dedicam--se à missão de cuidar de vidas. Ginecologistas e obstetras, Dr. Roberto Bueno de Paula Mussi e Dr. Roberto Bueno de Paula Mussi Junior revelam ad-miração mútua e compartilham hoje do igual de-sejo de exercerem com dedicação e comprometi-mento a tão louvada profissão de médicos.

“Desde pequeno, frequentei a Clínica São Lu-cas vendo meu pai atuar com dedicação e reali-zação. O sentimento de que a medicina poderia

Roberto Mussi Junior e Roberto Mussi compartilham a realização profissional proporcionada pela medicina

ser um caminho foi despertado em mim, que ainda cursei mecânica de motocicleta pela Honda, mas vi meu futuro revelar-se seguindo os passos do meu pai”, conta Dr. Roberto Junior. Ele conta que um dia saiu para jantar com o pai e anunciou a decisão de prestar vestibular para medicina. A alegria de Dr. Roberto foi grande, apesar de afirmar nunca ter induzido tal decisão para nenhum dos sete filhos, dos quais quatro seguiram carreira médica.

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“Não influenciei meus filhos em suas decisões profissionais. A vida de médico é corrida. Plantões, atendimentos, cirurgias... A convivência sempre foi corrida. Mas Roberto passava seu tempo livre na clínica, acompanhando muito da minha rotina. Orgulho-me de ter nele um colega”, revela Dr. Roberto Mussi, pai ainda dos médi-cos Guilherme Pereira de Paula Mussi (ginecologista e obstétra), Miguel Pereira de Paula Mussi (clínico geral) e Tiago Franco Correa de Paula Mussi (psiquiatra).

Dr. Roberto Mussi Junior recorda-se dos tempos de faculdade, aproveitando os períodos de férias e fins de semana para acompanhar procedimentos clínicos e ci-rúrgicos na São Lucas que, este ano, completa 40 anos de atividades. “Todo o tem-po livre que tive passei na clínica, ajudando, observando e aprendendo. Lembro-me do meu pai e de Carlão (Dr. Carlos Augusto de Paula) fazendo 20 partos por dia pelo SUS”, recorda-se, destacando orgulhoso que seu filho Caio também seguirá carreira médica, já apresentando inclinação para ginecologia e obstetrícia.

“Caio faz hoje muito do que fiz quando na faculdade. Frequenta a clínica com o intuito de ter intimidade com a atividade, aprendendo e convivendo com a classe”. E Dr. Roberto Mussi Junior compartilha que, na hora certa, passará para o filho a mais importante lição que aprendeu com o pai. “Certa vez, meu pai me falou o seguinte: ‘Vou te falar uma coisa que você não aprenderá na faculdade. Você tem de saber o que está fazendo porque o dia que complica não há tempo de abrir os livros e voltar’”, emociona-se, admitindo o orgulho que sente ao ver Caio seguindo seus passos, indo a família Mussi para a terceira geração de médicos.

Orgulho e admiração também fortalecem a relação dos pastores Daniel de Al-meida e Souza e Daniel de Almeida e Souza Junior. Pai e filho encontraram reali-zação profissional no serviço ao próximo pela fé. A história do pastor Daniel de Almeida revela evidências de que todo o processo de ordenamento e ingresso no ministério da pastoral foi cercado de bênçãos. Em 74, já membro da igreja, decidiu ser pastor após assistir culto em Cachoeiro de Itapemirim com o pastor Ivênio dos Santos. “Era a segunda vez que pensava nesta possibilidade, mas aquela palavra naquele dia, me tocou”, recorda-se. Iniciou então uma caminhada que encontrou apoio familiar e do banco em que trabalhava, que manteve vínculo empregatício por todo o seminário, possibilitando o sustento da família.

Em dezembro de 1978, assumiu a Segunda Igreja Batista, cumprindo uma traje-tória de trabalho respeitado e reconhecido pela sociedade macaense até a aposen-tadoria em final de 2005.

Bem de perto, vivendo e participan-do de cada momento desta experiência religiosa, Daniel Junior foi construindo uma história que, a princípio não dava indícios de que seguiria iguais passos. “Sempre encaminhei meus filhos ao preparo para o mercado de trabalho. Os três fizeram escola técnica”, conta pastor Daniel acrescentando ter sido surpreendido com a decisão de Junior pela vocação religiosa. “Junior sem-pre esteve envolvido com a igreja, na religião. Despontou cedo como líder, mas não via em sua entrega e liderança sinais de que seria pastor. Recebemos com vibração sua decisão”, comparti-lha o pai, revelando que via no filho Glauco a possibilidade de ser pastor. Ele, no entanto, atua na Transpetro.

E foi com essa entrega, liderança e muita dedicação que Daniel Junior se preparou para a vida religiosa. Hoje pastor, ele segue os passos do pai des-tinando um olhar menos convencional e mais vibrante às suas atividades. Da-niel Junior assumiu a Segunda Igreja Batista após a aposentadoria do pai, o início de uma carreira intensa que o levou ainda a Porto Velho (RO) e Flórida (EUA).

“Nunca admiti me entregar a qual-quer causa sem paixão. Por viver mui-to a igreja entendi que devia ser pastor e que poderia e teria atuação profé-tica em qualquer lugar”, disse Daniel Junior, complementando que a maior marca que seu pai deixou foi a decisão vocacional, no que fosse.

Para Daniel de Almeida, o filho é muito crítico. “A visão crítica de Junior ajudou a ver a igreja mais dinâmica. Eu sempre tive um perfil mais de evange-lizar. Junior é filho, ovelha e colega. Muito me orgulho disso!”

Tendo como mestre o pai, pastor Daniel Junior é enfático ao dizer que a igreja nunca o limitou. “Vivo religião desde os 8 anos. Sou Batista por con-vicção e não por ambiente familiar. A igreja nunca foi para mim só de fins de semana. É todo dia, em todo lugar e para todos”. E é Daniel Junior, atual-mente missionário social e humano com trabalhos pela Servindo aos Pas-tores e Líderes (Sepal), quem concei-tua a relação com o pai: “Eu sou pipa voadora. Ele é âncora”.

Os pastores Daniel Junior e Daniel: “Eu sou pipa voadora. Ele é âncora”

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Claudio Mattos Bogado, Claudio Mattos (Kall) e Rafael Mattos. A relação pai e filhos nesse triângulo de amigos, emo-ciona. O orgulho e o respeito são de longe os principais senti-mentos que fizeram esta família conviver também no mundo dos negócios.

“Meu pai é referência, é segurança. Desde os 13 anos fre-quentei a loja, e aos 17, assumi a parte comercial da COTIMA. Ser filho de ‘Claudinho do Mercado das Tintas’, como meu pai é conhecido na cidade, sempre abriu portas. Muito me orgulho dele”, exalta Rafael, hoje a frente da Sigma, imobiliá-ria e empresa de construção da família, referindo-se, ainda a COTIMA – Comércio de Tintas Macaé.

Claudio Bogado jura nunca ter induzido a participação dos filhos nos negócios da família. “O processo foi bem natural, no tempo dos meninos. Sempre fui muito transparente e isso aproximou os filhos”, disse Bogado, complementando que os filhos Kall e Rafael são muito parecidos com ele. “Fisicamente temos muito em comum. Rafael é extrovertido e Kal introver-tido. Cada um, no seu jeito de ser, contribui com suas melho-res práticas na gestão dos negócios”.

Kall, que ingressou nos negócios da família em 2008, após temporada de oito anos de estudo nos Estados Unidos, trou-xe na bagagem expertise administrativa que muito colaborou para a otimização dos trabalhos. “Meu pai apostou em mim. Pensei inicialmente num negócio próprio, mas vi que poderia agregar aos negócios da família”, conta ele, que será pai em agosto, quando nasce Lucas.

Eles contam que, na fase em que os três atuavam juntos nos negócios, haviam conflitos ideológicos e práticos sem, no entanto, que o pai impusesse autoridade. “Sempre ouvi os me-ninos, entre acertos e erros. Assim, fomos construindo nossa relação profissional. Quando os papéis se definiram foi o mo-mento da virada. Os negócios engrenaram e hoje, com os me-ninos à frente, me permito ficar mais de fora. Mas a mente con-tinua inquieta, já pensando em novo negócio”, adianta Bogado.

A relação entre os irmãos também não poderia ser mais interessante. “O relacionamento que tenho com Rafael é de total cumplicidade e companheirismo. Claro que discordamos, mas sempre buscamos entendimento. Não há competição, somos amigos”, enfatiza Kall, que segue os passos do pai tam-bém na atuação social, ocupando funções em órgãos como As-sociação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) e Federação das Indústrias do Rio (Firjan).

Pai ainda de Luan, 14 anos, Claudio Bogado emociona-se ao falar do orgulho que sente dos filhos. “Tê-los sempre ao meu lado é perceber que o caminhar valeu a pena. Somos, acima de tudo, amigos. E isso é engrandecedor.”

Perceber que as sementes frutificaram é, de fato, compen-sador. Mais ainda, constatar que muito de si foi refletido no outro, sendo este outro um filho, é realizador. A DiverCida-des, nesta edição comemorativa ao Dia dos Pais, encontrou nestas histórias, tão apaixonadamente compartilhadas por estas famílias, uma forma de reconhecer, valorizar, exaltar e homenagear os pais, seres abençoados e repletos da ação de Deus, com a importante missão de educar, com amor e respei-to, filhos ainda com tanto a viver.

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do esporte. “Para competir, o ideal seria treinar ao me-nos quatro vezes na semana. Como no momento não é possível aqui, quando tem competições, acabamos indo um dia antes para que o Miguel tenha oportunidade de treinar um pouco”, afirma Luiz. Ele acrescenta que os custos envolvidos com as viagens e o desgaste físico do filho, além de ele mesmo ter que se ausentar do trabalho como advogado, pesou na decisão do Miguel de parar um pouco com a prática. “No momento, ele mesmo decidiu diminuir o ritmo. É muito complicado para ele e para todos nós. Os locais mais próximos são Volta Re-

Eles investem na carreira dos filhos que trilham, na velocidade do kart, um caminho de companheirismo e amizade com os pais.

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Arquivo Pessoal

Eles ainda não são adultos, mas desde pequenos são uma variável a mais na matemática financeira dos pais. Educação, lazer, esporte, hobby, tudo isso bancado por quem não negocia quando o assunto é ver o filho feliz. Enzo, Lucas, Miguel e Raquel despontam como promes-

sas do automobilismo no kart e os pais, é claro, dão todo incenti-vo e apoio que os filhos precisam. Os investimentos são altos em carros, equipamentos, viagens, mas a satisfação é unânime entre quem encontrou na paixão em comum, mais uma oportunidade de estar próximo do filho, compartilhando momentos, desafios, derrotas e vitórias.

LUIZ FERNANDO PIERSANTI E MIGUEL

Miguel, aos 10 anos, deixa muito marmanjo para trás quan-do o assunto é velocidade. A parede do quarto repleta de tro-féus é a prova de que ele realmente tem talento, seja sobre duas rodas no motocross, ou sobre quatro, no kart. Apoiado pelo pai, Luiz Fernando Piersanti, a adrenalina das competi-ções já virou rotina para o menino que, desde os quatro anos, já demonstrava interesse por esportes radicais. A transição do motocross para o kart na vida de Miguel aconteceu após o acidente fatal de um companheiro de pista, o piloto mineiro e campeão brasileiro de Supercross, Swian Zanoni, em 2011. Com o episódio, Miguel decidiu se afastar das pistas de cross e encontrou no kart uma outra paixão. “Depois do que acon-teceu com o Swian, Miguel ficou abalado e nós demos todo o apoio a ele. Mas, a vocação para as pistas falou mais alto e, pouco tempo depois, ele já se destacava como campeão das corridas que participava”, revela Luiz Fernando.

Atualmente, a falta de pista em Macaé é um problema que tem forçado os pais a terem que levar os filhos para treinar em outras cidades, o que aumenta ainda mais os custos na prática

Lucas Carvalho começou aos 6 anos e hoje aos 10 já coleciona vitórias em campeonatos oficiais

Luiz Fernando e Miguel, os investimen-tos iniciais do pai chegaram a R$ 15 mil

com o veículo e os acessórios

“PAITROCINADORES” DO KART

ESPECIAL DIA DOS PAIS

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donda e Serra-ES. Para competir, às vezes, ele tinha que perder aula por conta da viagem, além dos custos de hospedagem, inscrições, manutenção do veículo que, somados, dão em média R$ 2.500 por corrida”. Além disso, Luiz, como os outros pais, gastou em média, nos investimentos iniciais com o carro, equipamentos e acessórios, em torno de R$ 15 mil.

FERNANDO PUPIM E ENZO

Experiência também vivida por Fernando Pupim, pai de Enzo de 14 anos. A paixão por carros passou de pai para filho e, desde criança, Enzo encontrava neles o seu brinquedo favorito. Fernando garante que a experiência com o esporte, iniciada em 2009, abriu um horizonte novo para o filho, longe dos jogos eletrônicos e dos computadores. “A interação com o kart foi muito positiva para o Enzo. Ele, que sempre foi muito tímido, teve uma oportunidade maior de socialização, um ambiente propício para amizades, além, é claro, de ter vivências que são reflexos para a vida como aprender a ganhar e a perder.”

Fernando também tem que se desdobrar com viagens para que o filho participe de competições e com os treinos que, atualmente, são realizados muitas vezes na cidade de Volta Redonda. Tanto esforço tem dado resultado. O filho acumula títulos como Campeão Regio-nal na categoria Cadete, Campeão Estadual, entre outros. Ele conta que, juntamente com outros pais, formaram a Associação dos Pais de Pilotos de Kart de Macaé e que, neste momento, estão em busca de um espaço na cidade que ofereça condições para o treinamento como também para a realização de competições, algo que contribuiria para o aperfeiçoamento dos pilotos e garantiria a diminuição de custos. “Em média, tenho um custo mensal em torno de R$ 6 mil. O me-cânico e ajudante recebem R$ 1 mil para realizar a manutenção do carro. Além disso, temos as inscrições nos campeonatos, custos com a viagem e hospedagem, pneus e reposição de peças.”

Fernando Pupim e Enzo encontraram no kart uma maneira a mais de estarem mais tempo juntos

Enzo Pupim no box com a equipe, concentração e foco para chegar na frente

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Esses números são crescentes, conforme a idade e, conse-quentemente, a passagem para outras categorias. “Para se des-tacar como um piloto de ponta é preciso muito investimento, o que só será possível com a participação de patrocinadores. Fora isso, é muito difícil para um pai sozinho arcar com todos esses valores”, afirma Fernando. Já para Enzo, toda essa ma-temática são apenas números que ficam de fora de sua cabeça quando ele está na pista. “Para mim correr é normal, é como se eu estivesse brincando, mas é claro que tenho cuidado”, conta o menino que encontrou no kart uma forma de compar-tilhar mais tempo com o pai. “Se ele não desse tanta importân-cia e apoio não seria tão legal. É muito bom poder passar mais tempo com ele, fazendo o que nós dois gostamos”. Fernando, que é engenheiro eletrônico, concorda e garante que não faz cobranças ao filho em relação às competições. “Sempre digo a ele que o importante é se divertir. Acho que se ele perder isso, competir já não valerá mais a pena. Afinal de contas, ele é muito novo para levar isso tão a sério”, ressalta.

ROGÉRIO FERREIRA E RAQUEL

Aos 16 anos, Raquel Vicente é outra dessas promessas. In-centivada pelo pai Rogério Ferreira, mecânico com mais de 20 anos de experiência com o kart, ela tem como inspiração a piloto de Fórmula Indy e Stock Car, Bia Figueiredo, que já foi campeã brasileira de kart. “Meu pai me influenciou bastante e eu acabei gostando. Tenho me dedicado e penso em levar esse esporte para o nível profissional”, avalia Raquel.

O pai estampa um sorriso orgulhoso de quem já vê na filha talento de gente grande. “Ela sabe que isso não é brincadeira. Raquel tem desenvoltura na pista, técnica para avaliar o momento certo de acelerar e frear, é muito con-centrada e quando entra na corrida só pensa em ganhar”, informa o pai da menina bicampeã regional de kart. O ca-minho para a carreira profissional tem sido batalhado pelo pai que já conseguiu alguns patrocinadores para a filha. “É uma pena não existirem mais incentivos para a prática desse esporte que também é um ambiente que leva essas crianças e adolescentes para longe de drogas, bebidas. Mas para a Raquel, vamos continuar lutando por mais investi-mentos para que ela consiga se destacar e acumular vitó-rias Brasil afora”, sinaliza ele que já encaminha o pequeno filho Rafael, de apenas três anos, pelo mesmo caminho.

FLÁVIO CARVALHO E LUCAS

Outro que também sofreu influência do pai e já vem trilhando um caminho de vitórias pelo kart é Lucas Carva-lho, 10 anos. Tendo iniciado sua carreira aos seis anos no kart indoor, começou a participar de campeonatos oficiais aos sete e, logo no primeiro ano, venceu sete das nove provas que disputou do Campeonato Estadual de Kart 2011, consagrando-se campeão na categoria Mirim. O pai, Flávio Carvalho, conta que a habilidade do filho foi perce-bida desde cedo. Flávio acredita ter conseguido transmitir o seu interesse pelo automobilismo ao filho. “Morei um

Raquel Vicente, aos 16 anos, quando entra na corrida só pensa em vencerRogério Ferreira, o grande incentivador de Raquel, já encaminha o pequeno Rafael de 3 anos pelo mesmo caminho

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tempo próximo a Interlagos em São Paulo e acompanhava as corridas de Stock Car e Fórmula 1 de perto. O primeiro de-sejo do Lucas foi por moto, mas eu achava muito perigoso e acabei estimulando o kart. Ele logo demonstrou desenvoltura com o esporte.”

Atualmente, Flávio viaja pelo menos duas vezes por mês para levar o filho para treinar também em Volta Redonda ou em Serra-ES. Segundo ele, o mecânico Marcelo Belli, respon-sável pela manutenção dos veículos, acompanha os pilotos nas competições e atua como instrutor. Nestes casos, duran-te as viagens, os pais dividem as despesas do mecânico e seu auxiliar. “Temos um relacionamento muito bom entre todos os pais, viramos uma segunda família, viajamos juntos e isso se estende aos meninos. Na pista é competição, mas fora dela tudo é amizade.” O engenheiro do setor de petróleo

ressalta a importância do kart para complementar a união com o filho. “Hoje em dia, os pais são muito ocupados, a rotina do dia a dia dificulta um relacionamento mais próxi-mo e com o kart temos um tempo maior de convivência, de conversa durante as viagens, sinto que o Lucas amadureceu muito com isso”, avalia Flávio.

Prova disso são as palavras de elogio e agradecimento que naturalmente saem do pequeno Lucas. “Eu tenho meu pai como meu melhor amigo. Ele me dá muita força, me ajuda e sempre está por perto quando eu preciso.” Dentro e fora da pista os “paitrocinadores” mostram que, muito além dos gastos e investimentos realizados, o que realmente pesa na balança de uma relação entre pais e filhos é que tudo isso só vale a pena porque, acima de tudo, existe amor, respeito e admiração em uma pista de mão dupla.

Flávio e Lucas Carvalho, paixão pelo automobilismo passou de pai para filho Lucas (à frente de macacão azul), Miguel (segurando o capacete), Enzo (ao lado de Miguel, também segurando o capacete) e Raquel, promessas do automobilismo macaense

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sempre fui muito ligada ao meu pai, a gen-te tem muita afinidade e ele arrumou uma forma de estar presente não só nas datas comemorativas como também nas questões do dia a dia. Ele é muito parceiro, um amigo com quem eu sei que posso sempre con-tar”, relembra.

Apesar de não morar na mesma casa, Paulo manteve rotinas como continuar a levar as meninas para escola. Para isso, ele fazia questão de, diariamente, acordar mais cedo e buscar as filhas em casa. “A gen-te vai aprendendo aos poucos, até mesmo com a nossa experiência como filho. Com Ana Luísa e Maria Fernanda eu fiz questão de fazer o meu melhor. Eu sei que em mui-tas vezes errei, mas foi sempre querendo acertar.” E todo esse esforço hoje é recom-pensado pelo olhar carinhoso de Ana Luísa que se derrete ao declarar que o pai é a pessoa que mais admira no mundo. “Amor e respeito em qualquer relação nunca é de-mais e meu pai sempre soube se fazer pre-sente, para nós era como se não houvesse a separação”, garante.

O ano de 2012, marcou mais uma vez a história dos dois. A perda de Maria Fernanda ainda é sentida e dolorida, mas a união dos dois tem sido a chave para superar a ausên-cia de quem faz tanta falta. “Nós sempre fo-mos muito unidos, por isso, o nosso contato próximo não foi algo obrigatório ou impos-

A vida muitas vezes apresenta diversos caminhos. São escolhas, de-cisões ou imposições que fazem o curso da caminhada diferente para cada um. Mas para quem é pai e sabe toda a intensidade do que essa palavra pode traduzir, os laços e elos estabelecidos pelo amor com os filhos continuam latentes dia a dia, tornando-se

ainda mais fortes com as diferenças e adversidades, mostrando que não há limites quando o que se quer é estar presente.

MEU PAI, MEU MELHOR AMIGO

Amizade, companheirismo e respeito são sentimentos que permeiam a relação de Paulo Fernando Almeida Pinto e Ana Luísa Oliveira Pinto. “Eu sempre quis ser pai. Desde novo era algo com que eu sonhava. Apesar de querer menino, as meninas superaram e preencheram essa vontade, tamanha foi a forma com que me envolveram”, conta Paulo que perdeu a filha Maria Fernanda em 2012.

Quando as filhas tinham 10 e 7 anos de idade, o relacionamento de pai e filhas sofreu o seu primeiro impacto. A separação de Paulo da sua ex-mu-lher é definida por ele como uma das fases mais difíceis da sua vida. “Para mim foi muito difícil, eu sempre fui muito ligado às meninas e não queria me afastar delas.” Para Ana Luísa, hoje com 20 anos, as lembranças da infância e adolescência com o pai são sempre de muito carinho e convivência. “Eu

Pais que, apesar dascircunstâncias, não colocam limites para estar sempre perto dos filhos Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

Paulo Fernando e Ana Luísa: amizade fortalecida pela convivência intensa

AMOR DE PAI,AMOR SEMPRE PRESENTE

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Luiz Ernesto, Luiza e Liz Maria vivem relação de amizade e cumplicidade

to pela situação. Tenho uma família extraordinária. Meu pai é o meu primeiro e único amigo e hoje o que a gente faz é se curtir ainda mais”, afirma Ana Luísa, que mantém na rotina saídas frequen-tes com pai. Já para Paulo, a perda traumática da filha serviu como fortalecimento da família que se tornou mais próxima. “Maria Fernanda era muito parecida comigo no temperamento e Ana Luísa, não. Cada uma, do seu jeito, realizou o meu sonho de ser pai que, para mim, é saber ser amigo, edu-car, transmitir conhecimento e valores. A falta que Maria Fernanda nos faz nos ensinou a ser ainda mais fortes”, avalia.

MEU PAI, MEU HERÓI

Para Luiz Ernesto Olive Filho, ser pai de duas meninas é uma experiência deliciosa. As filhas Luiza e Liz Maria são criadas cercadas de mimo e cuidados do pai, que hoje se desdobra para ad-ministrar a rotina das meninas. “Sempre fui muito participativo, estava presente em eventos da es-cola, nas tarefas do dia a dia. Acredito que isso facilitou muito essa nossa vivência com a nova rea-lidade”, revela Luiz, que em março do ano passado perdeu a esposa Tarsila Poiares em um acidente de trânsito. “Muita coisa mudou e é bem difícil você lidar com isso, até porque, nós tínhamos uma ro-tina muito em família, almoçávamos juntos, as me-ninas iam com a mãe para a escola. Depois do que aconteceu eu senti muita dificuldade, é um vazio sentido ainda hoje, mas eu tive que enfrentar a dor para ajudar as meninas da melhor forma possível.”

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Apesar do sofrimento, o carinho e amor do pai são motivo de orgulho para as filhas. “Ele é muito especial, faz tudo o que está ao alcance dele para ver a gente feliz”, declara Luíza, 17 anos. Aos 14 anos, Liz Maria define o pai como um “babão” e herói. “Ele é muito carinhoso, chega até a ser babão... mas é o meu herói em todos os sentidos. O melhor pai do mundo”, revela.

Luiz lembra da mãe das meninas com carinho e sabe que, a au-sência de Tarsila será um vazio permanente. “O que me dói é saber que por mais que eu faça algo, a falta da mãe é algo que não há como suprir. Tem muita coisa que eu não tenho como fazer. Os papos de meninas, por exemplo, eu conto com as tias para me ajudar. Mas, as elas são muito carinhosas e nos damos muito bem”, ressalta.

MEU PAI, PRESENTE TODOS OS DIAS

Uma família moderna. Assim pode ser definida a família de Carlos Henrique Hernandez Garcia. Pai de Clara, 12 anos e Letícia, 10 anos, ele mantém um relacionamento bem próximo com a mãe das meni-nas, o que contribui para que todos os dias a família almoce junto e para que não haja regras no compar-tilhamento da guarda das crianças. “O respeito que eu e a Geórgia preservamos ao longo de mais de 10 anos de relacionamento de amor e amizade, permi-tiu que nossas filhas pudessem aproveitar o máximo cada um de nós dois. Mesmo morando em casas separadas, eu faço parte do dia a dia das meninas e participo das decisões que envolvem a educação delas”, relata o pai.

Carlos ressalta a importância de estar acompa-nhando de perto o cotidiano das filhas. “Nunca quis ser um pai só de final de semana. Os filhos precisam de uma referência paterna, que é bem diferente da materna. Essa presença contribui para a formação delas, segurança emocional, além de ser uma troca para mim também, por isso, sempre fiz questão de ser participativo.”

Para as filhas, a relação do pai com a mãe é algo muito positivo para toda a família. “Gosto muito de poder ter meu pai todo dia por perto. Meus pais são tudo para mim”, afirma Clara. A pequena Le-tícia também é taxativa ao definir o pai. Apesar da timidez, com um sorriso no rosto ela afirma com toda a sinceridade a frase mais importante que um pai pode ouvir de um filho “Amo muito o meu pai”. Carlos Henrique define seu papel de pai como a responsabilidade de cuidar de alguém para o resto da vida, de educar e acima de tudo de amar, amar no dia a dia e até mesmo nas situações de conflito.

Nas diferentes formas, o amor quando é real, é vivido intensamente. Não há jeito certo ou er-rado, normal ou ideal, apenas dois seres que en-contram um no outro, a melhor maneira de se tornarem pai e filho.

Carlos Henrique, Clara e Letícia têm no pai segurança e presença amiga

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O chef Massimo Torresanrecebeu o chef RiccardoAntoniolo do restauranteOttocento Simply Food emBassano del Grappa, Itália

Considerado um dos mais experts na arte da fermentação natural, Riccardo é um cozinheiro completo dotado de um talento extraordinário, o que permite a ele atingir al-tos níveis tanto na cozinha, como na confeitaria e também na panificação.

Riccardo Antoniolo é um jovem chef emergente que, após 15 anos de experiência, decide criar um restaurante próprio. A ideia era criar algo novo e original. Um verdadeiro laboratório culinário, onde pudesse colocar em prática sua filosofia de unir a cozinha criativa com a cozi-nha saudável. “Se não utilizamos produtos de primeira qualidade e não

GASTRONOMIA

Guilherme, Massimo, Riccardo, Gerson, Paulo Nicolay, Renato e Paula Prandini

O sommelier do Lucca João Miguel Sá em ação

JANTARHARMONIZADONO LUCCA

Texto: Frances Martins • Fotos: Livio Campos

O chef Massimo Torresan, Riccardo Antoniolo, Fátima e Renato Martins

Roero Arneis 2011Bruno Giacosa - Piemonte - Italia

Frances e Gérson Lucas Martins recebendo no Lucca

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conhecemos os seus mais íntimos comportamentos químicos e físicos, não podemos ter uma cozinha de alto nível nem tão pouco um produto saudável”, afirma Riccardo.

Aos 23 anos, ele entendeu que para ser um mes-tre reconhecido no setor, não era preciso somente paixão e criatividade. Assim, decidiu investir na car-reira e começou a frequentar os melhores cursos de especialização nos vários setores da gastronomia e

Promis 2008 - Ca’ Marcanda - Angelo Gaja - Bolgheri - Toscana – Italia

Risotto de camarão e queijo Brie

O sommelier do Lucca João Miguel Sá em ação

Filé de peixe a “Belle Meuniere”

trabalhar ao lado dos mais reconhe-cidos profissionais da Itália.

Atualmente, mesmo com o gran-de empenho dentro do seu restau-rante, Riccardo continua realizando cursos e consultorias para as grandes marcas em todo o território italiano e colecionando grandes reconheci-mentos em vários setores.

A noite contou ainda com a pre-sença do professor de enogastrono-mia e consultor Paulo Nicolay, que harmonizou os vinhos ao menu.

Reservas: 22 2773-3736email: [email protected]

Sobremesa - Brincando com o chocolate quente e frio

O cordeiro (Stinco fondente com cubo de polenta, cebola e maçã - Costeleta empanada mas não frita, com abobrinhas e hortelã)

Sashimi de cherne marinado com frozen de goiaba - Cocktail de lagosta Ravioli de Parmigiano Reggiano com creme de porcini e shimejiFrances e Gérson Lucas Martins recebendo no Lucca

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Luiz ClaudioBittencourt,o Dunga

Vivendo clima de recordação e comemoração dos 200 anos, a população de Macaé é presenteada com cole-tânea fotográfica do período de 1975 a 1985, no olhar de Luiz Claudio Bittencourt, o Dunga. Imagens de uma Macaé que muitos têm na memória e no coração e que

agora é compartilhada despertando emoção e saudosismo.

Poucos carros nas ruas, construções com cores pálidas, grandes áreas desocupadas no centro da cidade, loteamentos imensos com raras edificações. Assim era Macaé na década de 1970, quando o funcionário do Banco do Brasil Dunga resolveu registrar imagens de sua cidade que começava a receber e a sediar as operações da Petróleo Brasileiro SA - Petrobras.

O sentimento de que as coisas iam mudar por aqui, o levou a dedicar tempo e sensibilidade para registrar lugares, momentos e pessoas, na certeza de que tempos depois teria em suas mãos mais que um acervo, mas o registro de uma história.

Em 1970, a população era de 65.318 habitantes e próximo ao fim da década de 80 beirava os 100 mil. Mas o crescimento po-pulacional era apenas um aspecto que evidenciava os tempos de mudanças. A construção civil logo se aqueceu e as ruas receberam mais veículos. A principal mudança, no entanto, eram as pesso-as. Sotaques, culturas e idiomas se multiplicaram e os macaenses, sempre receptivos e calorosos, se adaptaram às mudanças que, até hoje, quando chegamos aos 200 anos de emancipação política-ad-ministrativa, alteram o dia a dia do município responsável por mais de 80% da produção nacional de petróleo.

“Em fevereiro de 1976, fui a Praia de Imbetiba para fotografar o nascer do sol. Tempo de ampliador, papéis, revelador, cheiros, luz vermelha e tudo mais que compunha um laboratório fotográfico. Um tempo de magia. Alguma coisa naquele dia me parecia triste - trampolins com jeito de adeus e parecendo quererem falar mais que isto, o prenúncio de extremas mudanças em nossa querida Ma-caé”, recorda. E Dunga não estava só em seu sentimento. Naquele dia, um senhor aproximou-se e disse: “fotografe tudo o que puder, tudo o que achar que poderá vir a sofrer alterações. A nossa cidade começou hoje a ir embora e vem muita coisa por aí, boa e ruim”. Dunga iniciou então uma rotina de registros que dura até hoje.

Uma câmera na mão,uma intuição e o registro visionário de uma Macaé anterior ao progresso

PERFIL

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal

O bancário Dunga, que dedicou tempo e carinho a Macaé, garantindo registros históricos da cidade entre 1975 e 1985

Dunga e Camila de Moura Beppler, a autora do projeto gráfico, na noite de autógrafos do seu livro Fotogramas & Saudade

Palácio dos Urubus, construção secular hoje em ruínas. Imagem registrada, história destruída

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Com sua Olympus OM-1 em mãos, Dunga fotografou Ma-caé e, por anos, guardou seus registros para apreciação reser-vada a poucos. Em 2006, resolveu publicar algumas imagens na internet, material que foi amplamente compartilhado, co-piado e exposto, inclusive por alunos que usaram as fotos para ilustrar trabalhos escolares.

Mas era pouco. Dunga sabia que chegaria o momento de apresentar seu acervo de maneira oficial e ampla. E chegou em 2012, através do convite de Ely Peron Frongilo, na época coordenador dos 200 anos de Macaé, pela Prefeitura Muni-cipal, para uma exposição intitulada “Fotografias de Macaé nos anos 70”. O Ypiranga Futebol Clube vestiu-se do ontem e

Pátio da Rede Ferroviária, na Imbetiba, onde instalou-se a base administrativa da Bacia de Campos

recebeu 1.796 visitantes nos 40 dias em que a mostra compar-tilhou o trampolim da Praia de Imbetiba, a construção da sede da Petrobras, a Estação Ferroviária e as velhas composições, casarões e comércios que há muito deixaram de existir para dar lugar a prédios, bancos, ruas, futuro.

“Não podia imaginar a projeção que o trabalho teria. Esperava uma visitação tímida de umas 400 pessoas. Mas, o resultado foi surpreendente, sobretudo pela emoção desper-tada nas pessoas. Vi ali que tinha um material rico, que pre-cisava ser eternizado e compartilhado”, revelou Dunga, que encerrou a exposição com a edição do livro “Fotogramas & Saudade” em mente.

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bre tela, mais uma forma de manifestação de sua arte e inquietude espiritual que quem tem a oportunidade de conhecer, mesmo que de passagem, percebe uma energia intensa e uma inspiração que nasce da sua necessidade de externar sentimentos.

“Sou autodidata em tudo que faço. Encontro na minha arte, que é muito particular no jeito de acontecer, uma forma de presentear a humanidade externando olhares, sentimentos, emoções, vida. Criar é uma necessidade para mim”, destaca ele.

“Fotogramas & Saudade – Macaé de 1975 a 1985” é uma amostra dessa inquietude, um presente para o município que Dunga tanto ama e a opor-tunidade de macaenses, natos e de coração, reconhecerem e conhecerem como foi essa cidade que supera a marca de 230 mil habitantes.

“Pensem no quão importante será sempre disponibilizar a memória. Em quanto mais mãos ela estiver, mais terá oportunidades de sobrevi-ver a mudanças que chegam com grande velocidade. Abram as gavetas, as caixas antigas e mostrem – aos saudosistas – o que você teria para contar de Macahe & Macaé”, emociona-se. E é com palavras da amiga, poetiza e filha do ex-prefeito Sizenando Fernandes de Souza, Laurita de Souza Santos Moreira que encerramos esta matéria que, desde a sua apuração esteve povoada por muitas lembranças boas e um saudosismo delicioso: “O menino Luiz Claudio foi crescendo, crescendo... e cres-ceram também as suas ‘maluquices’ – sua diversidade artística.... Seu talento diversificava-se nos seus escritos... no violão... nas máscaras... fotografias, etc. Chegou a ter música premiada em festival. Seus dese-nhos fantásticos: ora nos maravilhosos instrumentos retorcidos, ora nos peixes e pássaros transversos...

Agora, na plenitude da vida e criatividade, exímio na pesca de mer-gulho e no cultivo de orquídea, suas esculturas nas pedras que povoam nosso litoral são motivos de perplexidade, polêmica e encantamento. Parece ter enfim se realizado em seus petróglifos. Dunga é uma perso-nalidade incomum...”.

Na busca por parceiros e patrocinadores, con-cluiu que bancaria a obra pois esta seria sua homena-gem a Macaé nas comemorações dos seus 200 anos. Assim selecionou 190 imagens, capturadas entre 1975 e 1985, que ganharam forma de livro com o projeto gráfico de Camila de Moura Beppler. A primeira edi-ção, que já encanta centenas de pessoas, foi de mil exemplares e pode ser adquirida por R$ 80,00 com o próprio Dunga e na Ótica Central, no calçadão.

INQUIETUDEEssa é a melhor expressão para revelar a es-

sência de Dunga: inquietude. Ao longo dos seus 61 anos, esse macaense, nascido no Hospital São João Batista pelas mãos da parteira D. Durvalina, deixou sua marca nas muitas fases vividas.

Autodidata, curioso, intenso, Dunga dedicou-se à música encontrando nas cordas do violão seu me-lhor som; às artes, desenhando em bico de pena, esculpindo em pedra e madeira, dando forma a pensamentos e sentimentos; à literatura, escreven-do crônicas; à fotografia, capturando a essência das pessoas e perpetuando momentos.

A seu lado, os filhos Nicholas e Diego, e a com-panheira e grande incentivadora Naidia, esposa e amiga que, no processo de entrevista para esta ma-téria faleceu deixando saudades, muitas histórias e momentos que sempre serão lembrados.

Dunga ainda tem muito a realizar, e dentre seus projetos futuros, está a pintura em óleo so-

O artesão Dunga e seu talento no entalhe da madeira e, ao lado, o seu registro de Naidia, sua parceira de vida e grande incentivadora

Casarão antigo demolido para dar lugar ao progresso. Hoje, na área está a sede do Bradesco, no calçadão da Rui Barbosa

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O desafio diário de superar a dependência química requer aceitação e força de vontade

Perder o contato com a família, amigos, a noção da realidade, dinheiro e, por fim, quase perder a vida. Por essa vivência, passam inúmeros dependentes químicos que enxergam no álcool, cocaína, cigarro, remédios e outras drogas uma fuga constante e insaciável. Mas, para muitos, a passagem por esse

caminho, apesar de duro, pode ser início de recomeço. E é nesse pro-cesso de aceitação e superação que a Comunidade Terapêutica Shalon and Life atua em Macaé, demostrando que quando há força de vonta-de, ser plenamente feliz é apenas uma questão de escolha.

O idealizador e administrador do espaço, Luiz Antônio Leal, co-nhece bem esse cenário. Aos 41 anos, ele vive como um dependente em recuperação, termo usado por se tratar de algo que precisa ser superado diariamente. A experiência pessoal fez com que Luiz não se acomodasse e procurasse uma forma de ajudar pessoas que, assim como ele, desejam dar um fim ao vício. “Eu era muito tímido, não me sentia incluído e encontrei nas drogas uma forma de aceitação em um grupo. Sou de uma época em que fumar, por exemplo, era sinônimo de prestígio e status”, afirma.

Em 1995, Luiz iniciou o projeto em Juiz de Fora–MG, sua terra natal. A convite de médicos macaenses que conheciam seu trabalho, o administrador veio para Macaé atuar no espaço cedido onde até hoje abriga a sede do Shalon and Life. No local, atualmente, 35 profissionais

Idealizada por Luiz Antônio Leal, ao lado, a Shalon and Life auxilia na luta contra a dependência química há mais de 10 anos em Macaé

entre psicólogos, terapeutas, médicos, professor de educação física e equipe de apoio atuam no resgate de pessoas que decidiram dar um basta à depen-dência. Segundo Luiz, todo o processo é voluntário e baseia-se na preparação do indivíduo para saber fazer escolhas e não ser manipulado. “As drogas têm o poder de oferecer um alívio imediato, inúme-ras sensações que seduzem, porém, com o tempo, você deixa de usar as drogas e elas passam a te usar. Daí a importância de uma abordagem espe-cializada, tratamento individualizado com contexto grupal e acompanhamento clínico, psicológico e te-rapêutico”, revela.

Por: Juliana Carvalho • Fotos: Gianini Coelho

SHALON AND LIFE

PESSOAS

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Na Shalon, além de tratamento interno aos residentes, em regimes de 30, 60 ou 90 dias dependendo do grau de dependência diagnosticado pelos profissionais da casa, é possível contar com atendimento ambulatorial, como no caso de pacientes mulheres, uma vez que a comunidade ainda não conta com unidades de internação feminina. Todo o tratamento pode e deve ser acompanhado pela família, como ressalta a psicóloga Susana Pillar. “Muitas pessoas quando chegam ao programa já estão em um nível de perda total e não têm mais relacionamentos, vínculos afetivos ou familiares, de uma falência de valores em todas as áreas da vida. É preciso antes de tudo entendermos que a depen-dência química é uma doença séria e que além da força de vontade do paciente, o envolvimento e tratamento precisa ser extensivo à família”, aponta.

Segundo Susana Pillar, que atua na área há mais de dez

anos, desde o processo de identificação da dependência às etapas que fazem parte da recuperação, toda a família tem de ser integrada a fim de conhecer ferramentas que auxi-liem o dependente em sua luta diária e constante. “Não é só durante o tratamento que o apoio da família é importante, mas ao longo de toda a vida. Diferente de outras doenças, a dependência química não tem cura, é preciso lidar com um dia de cada vez, a recuperação é só por hoje. Os familiares são orientados em reformulações do estilo de vida, em novos padrões de convivência que auxiliem o paciente. Para o usuá-rio que tem a família acompanhando de perto, as chances de recuperação são maiores”, enfatiza.

A falta de apetite, insônia, agressividade e irritabilidade são apontadas pela psicóloga como sintomas da dependên-cia, uma reação do organismo à falta da substância. “É aí que se percebe que não é possível controlar quando e quanto

Salas de leitura e piscina são algumas das atividades que fazem parte do dia a dia dos residentes, melhorando a qualidade de vida e auxiliando no processo de recuperação

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“Sei que nada é garantido, estou aqui há 47 dias e o meu trata-mento como residente será de 90. Ainda tenho uma longa jornada pela frente, mas sei que é possível, com um passo de cada vez, dar a volta por cima. É muito ruim e amedrontador pensar que eu poderia não envelhecer, poderia não aproveitar todas as coisas boas que a vida tem a me oferecer. Por isso, eu resolvi dar um crédito a mim mesmo”, garante.

Kleber compartilha seu dia a dia com outros 16 residentes que, assim como ele, estão lutando por uma segunda chance. O dia para eles começa cedo. Às 5h30 eles já estão a postos para a alvorada, café da manhã e reunião matinal. Ao longo do dia, eles têm opções de lazer como academia, sob a orientação de um professor de educação física,

usar. O dependente vira escravo do vício. Prova que a dependência química afeta não só o físico, como o emocional, o social e outras áreas.”

Em busca de vida e paz, tradução literal do nome Shalon and Life, e de uma segunda chance é que Kle-ber Dias chegou à comunidade. Aos 41 anos, ele reve-la no olhar a esperança de quem deu um basta após anos de uso abusivo de drogas. O professor de geo-grafia começou o consumo, assim como muitos, por influência dos amigos. O uso, antes ocasional, passou a fazer parte da rotina diária de Kleber levando-o a perder a vida social, o controle financeiro, a se afastar do trabalho, entre outras experiências sofridas. “Fi-quei completamente sem funcionalidade. Me enfiei em favelas atrás de cocaína, tinha planos de suicídio. Para minha sorte, fui pego em uma dessas operações “cra-colândia”, no Rio de Janeiro. Foi neste momento que me dei conta da minha real situação e resolvi, com o apoio da minha família, buscar ajuda”, desabafa Kleber que, atualmente, pesando 78 quilos, revela que chegou a pesar 56 antes de ser internado.

Foi por meio da internet que Kleber, morador do Rio, encontrou a Shalon. “Tive experiências muito ne-gativas antes de vir para cá. Pesquisando, vi que aqui poderia encontrar tudo o que eu precisava, livre de preconceitos e dogmas religiosos”, ressalta. A sua ro-tina hoje é escrita diariamente por ele mesmo em um relatório. E é com alegria que vê as primeiras páginas e o quanto já melhorou físico e emocionalmente.

Kleber Dias decidiu se dar uma segunda chance, longe do vício

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o espaço está aberto a novos interessados em contri-buir para continuidade e extensão do trabalho.

Um dos frutos deste trabalho pode ser encontrado diariamente, logo na entrada da Shalon and Life. O sorriso simpático do Sr. Ernandes Pereira demonstra que sair da dependência para uma nova vida é possível. Hoje, aos 62 anos, é o recepcionista da instituição, mas chegou à casa como paciente. Viciado em álcool, seu Ernandes viu sua vida ir aos poucos saindo do contro-le. “Eu precisava até beber para conseguir levantar da cama. Foi um mal que eu mesmo busquei para mim. Cheguei a ter comércio e perdi tudo por conta da be-bida. Fiquei em uma situação tão precária que virei pedinte”, revela.

Hoje, 7 anos e 6 meses em recuperação, Ernandes comemora o resultado de sua volta por cima. “É preci-so ter coragem para enfrentar a realidade, mas hoje eu tenho outra vida, uma bem melhor. Foi difícil, mas eu consegui. Só por hoje, eu tenho a certeza de que não vou usar nada e essa certeza já me basta para seguir para mais um dia”.

Comunidade Terapêutica Shalon and Life

R. Sidney Vasconcelos Aguiar, 869 - Glória

Macaé - Telefone: (22) 2765-5072

www.shalonandlife.org

piscina, sala de vídeo e jogos, terapia ocupacional e outras atividades de recreação, além das avaliações médicas e psicológicas e ações que fazem parte do Plano Terapêutico Intensivo. Aos domingos, o local é aberto para visita dos familiares.

Por se tratar de um tratamento sem cura, os pacientes da Sha-lon recebem atendimento ambulatorial e de prevenção à recaída. Por ser uma clínica particular, os tratamentos são pagos, mas, segundo Luiz Antônio, os valores podem ser reduzidos em razão do apoio e parceria de empresas privadas e públicas. “Além dos atendimentos particulares, conseguimos receber pacientes que não têm condição nenhuma de pagar, isso só é possível com a colaboração dos nossos parceiros”, informa Luiz, ressaltando que

O espaço conta com academia onde os residentes realizam atividades sob orientação de um professor

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Nika Gripp dedicou-se à dança e encontrou nos palcos a maneira de apresentar sua arte

Talento que marcou gerações na dança macaense

NIKA GRIPP

Livro - Barão de Mauá, de Gilberto MaringoniFilme - Casablanca, com Humphrey Bogart e Ingrid BergmanNão saio de casa sem... batom e brincoViagem inesquecível - Quando levei pela primeira vez mi-nhas alunas ao Festival de Joinville para que elas dançassemMúsica - Todas de Andrea BoccelliO que dá água na boca - LimãoMomento marcante - o nascimento dos meus filhos. Nika

é mãe de Élida, Norton e Douglas GrippQualidade - Amiga, prestativa, alegre, comunicativa etodas as coisas boasDefeito – ExigenteMe sinto realizada quando... tudo dá certo para todosProjeto – “Que Macaé exploda como a capital da dança”Pensamento - Que as pessoas pensassem sempre antesde magoar o próximo.

Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal

Nascida em Arraial do Cabo, mas macaense de coração, Nika Gripp é lembrada e reconhecida pelo talento e atuação na dança nos anos 80 e 90 quando, pioneiramente, esteve à

frente da academia que levava seu nome e lotava salas de aula. Cine Clube de Macaé foi sua primeira sede, rapidamente transferida para as salas comer-ciais da Galeria Carapebus pela grande procura de alunas que encontravam em Nika Gripp mais que uma professora, uma amiga.

Ainda em atividade, Nika ocupa seu tempo tra-balhando e fazendo ginástica, declarando-se sim-plória e extrovertida. Sempre cercada por amigos, ela afirma gostar de fazer e conservar amizades. A família é seu principal orgulho: “Minha família é maravilhosa. Se eu tivesse que escolher seria a mesma”, garante, afirmando ainda: “viver é ma-ravilhoso, mas os valores humanos estão se per-dendo. Falta amor, respeito, educação, dignidade e cumplicidade”.

O sorriso de sempre, a alegria cativante e a figura esbelta circulam pouco por Macaé, deixan-do saudade naqueles que guardam na memória a energia desta cabista que marcou gerações.

LEITORA EM FOCO

Nos palcos, talento evidenciado e consagrado

As apresentações de fim de ano reuniram e encantaram multidões

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