revista dinâmica | edição 15

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Revista brasileira de variedades.

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Editorial

Colaboradores

Concurso “Aniversário da Revista Dinâmica”

Crônicas e Contos Chip, chip, muito prazer!

Educação e Formação Texto: um retrato de quem escreve

Mitologia O mito para o século XXI

Tecno+ Cuidado com o que você faz na rua

Embates e Debates Faces e facetas da violência

Fazendo Direito Eu também quero ser bem atendido

Imagem e Ação Animais que fazem televisão

MP2 Michael Jackson 1958-2009

Saúde e Beleza Qual é o pente que te penteia?

Com Água na Boca Chocolate, o rei do inverno

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( ÍNDICE )

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4 Revista Dinâmica

Amigos Leitores

O inverno finalmente chegou, o frio faz com que mudemos o guarda roupa, alimentação e lugares que

frequentamos, habitualmente, passamos a procurar lugares mais acolhedores.

Penso que há um frio, muito mais intenso do que o do inverno, concentra-se no coração.

Tantos acidentes terríveis, como o do avião da Air France, notícias de mortes desnecessárias por impru-

dência no trânsito, assassinatos domésticos, envolven-do vítimas e assassinos numa teia fina e triste.

Se não bastasse esse fator de tristeza fria, ainda há um cenário mais gélido. É quando assistimos o desmoro-

nar de uma Casa que deveria ser o nosso orgulho, a esperança de uma Brasil melhor, a Casa do Senado.

Amigos leitores, sou uma otimista, recebi no encerra-mento das aulas um bilhetinho afetivo de uma aluna

de Pedagogia, citando um pensamento: “Os pessimis-tas olham as flores murchas e lamentam, os otimistas

olham as flores murchas e festejam as sementes”.

Ela agradeceu o fato de eu continuar enxergando as sementes.

É isso, guardo a esperança e a compartilho na certeza de que, se os educadores deste país, apostarem nas

sementes que todos os dias semeamos, haverá luz no final do túnel, e não será o trem em sentido contrário.

Confira a coluna MP2, com um especial sobre Michael Jackson. Mais uma estrela no céu, dessa vez de primei-

ra grandeza.

Esperança aquece o inverno do nosso coração.

Boa leitura! Tereza Machado

( EDITORIAL )Diretora de redaçãoTereza Machado

Redatora-chefeFernanda Machado

Diretor de arteChris Lopo

EditoresChris Lopo, Fernanda Machado e Tereza Machado

Projeto gráficoBonsucesso Comunicação

DiagramaçãoChris Lopo

Jornalista responsávelThiago Lucas

Imagens não creditadasJupiter Images

Projeto inicialAntônio Poeta

[email protected]

O conteúdo das matériasassinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.

Site www.revistadinamica.com

[email protected]

Próxima edição02 de agosto de 2009

( EXPEDIENTE )

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Revista Dinâmica 5

Mario Nitsche([email protected])Curitibano, dentista por profissão, filósofo por opção. Publicou o livro Descanso do Homem em novembro de 2005.

Liz Motta([email protected])Baiana e historiadora. Especialista em políticas públicas, produz artigos sobre violência contra a mulher.

Liana Dantas([email protected])Carioca. Estudante de jornalismo. Começou cursando Letras e hoje pensa na possibilidade de vender cosméticos.

Fernanda Machado([email protected])Carioca. Cientista da computação e apaixonada por design. Trabalha em sua própria empresa de comunicação.

Kiko Mourão([email protected])Mineiro de Belo Horizonte. Estudante de direito. Além de fazer estágio na área também trabalha com sua maior paixão: a música.

Tereza Machado([email protected])Cearense. Professora universitária, psicopedagoga e consultora educacional.

Chris Lopo([email protected])Gaúcho. Trabalha com web design desde 1997. Hoje é, além de web designer, designer gráfico, ilustrador e tenta emplacar sua banda de rock.

Priscila Leal([email protected])Carioca. Atriz e estudante de danças. Apaixonada pelo estudo da filosofia, da anatomia humana e de tudo que constitua o ser humano e suas possibilidades de expressão.

( COLABORADORES )

Clarissa Leal([email protected])Carioca. Biomédica apaixonada por leitura, teatro, cinema e boa comida. Amante das Ciências da Saúde, estuda para Mestrado em Biofísica.

Leila Mendes([email protected])Carioca. Professora, Psicopedagoga e Mestre em Educação.

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6 Revista Dinâmica

Aniversário da Revista DinâmicaCONCURSO

O prazo para o envio das frases para o concurso “Aniversário da Revista Dinâmica” acabou, mas as frases continuaram a chegar. Atendendo a pedidos, o concurso foi prorrogado até o dia

5 de julho. Aproveite essa chance!

Para participar deste concurso, escreva uma frase (em até 5 linhas) sobre o que você acha da Revista Dinâmica e mande-a, junto com seu nome e endereço completos, além de telefone, para [email protected]. As três melhores frases receberão um prêmio exclusivo da Revista Dinâmica, além de serem publicadas aqui, na próxima edição.

Mais frases também serão publicadas, então fique de olho!

Observações:

1. Os prêmios serão distribuídos após a divulgação dos ganhadores na próxima edição da revista (16).

2. Os autores das frases dão direito à Revista Dinâmica de publicá-las nas próximas edições, com devida identificação.

Revista Dinâmica: um novo conceito em informação e conhecimento

(foi prorrogado!)

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Revista Dinâmica 7

Leila Mendes

Não posso negar o quanto fico... hum... incomoda-da. Sim, é esta a palavra,

incomodada. A sensação é de incompletude, de não finalização. Sim, é isso. É essa a sensação que tenho quando não consigo deixar saber o outro, o que penso. Ainda pior é quando me expresso mal ou ainda, quando sou mal interpreta-da... “Caraca”! Fica aquela sensação de mal-estar, do não vivido, do desencontro.

Seriam as relações mais fáceis se tivéssemos chips onde pudéssemos arquivar todos os nossos dados? Assim, quando nos apresentásse-

mos a alguém, bastaria entregar o chip.- Prazer... tudo bem? E antes que se perguntasse mais alguma coisa, o chip lhe seria entregue, ou estaria implantado em nosso corpo, dado o avanço da tecnologia com chips cada vez menores. - Uau! Você é bárbaro! Quanta experiência! Gosto muito dessa sua forma de pensar! Ao mesmo tempo em que você entrega o seu chip. Os dois co-nhecidos vivem uma admiração mútua! Resolvem que dali pra frente trabalharão juntos em alguns projetos, serão amigos pessoais: Batman e Robin! Ou decidirão por viver juntos! Perfeita comunhão! Economia de tempo, dinheiro e

emoção! As relações seriam mais fáceis... ou é ou não é... é o preto do branco. Informação objetiva! Nenhum simbolismo.Mas, e se, peraí... e se um dos dois não gostar do que descobriu? Bem, saberá de uma vez... nem precisa-rá começar. Poderá dispensar de primeira, a amizade, parceria, ou seja lá qual for o interesse. É, isso é bom! Poupa-se tempo! Não se perde tempo com quem não vale à pena.. Mas, e se todas as informações contidas no chip não passarem de um simulacro? Nesse caso vol-tamos ao ponto de partida. Não havia contado com esta hipótese... Mas isso certamente não seria problema. Acredito que, no mo-

( CRÔNICAS E CONTOS )

Chip, chip, muito prazer!

Uma reflexão sobre o futuro das relações com a ajuda da tecnologia

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8 Revista Dinâmica

mento em que lançassem o chip, lançariam concomitantemente o antivírus da mentira. Sim, por que se existe antivírus virtual, há de haver um anti-vírus para mentiras... da mesma forma que os anti-vírus são atualizados diariamente contra novos vírus, cavalos de tróias, etc... hão de garantir um software que proteja nossas relações do vírus da mentira. É certo também que deve ser atualizado diariamente, pois que, a cada dia vemos novas mentiras... Uma mentira é um vírus na medida em que ela aparenta ser uma coisa, mas não é. E uma vez impregnado pelo vírus... fica difícil descobrir que está infectado. Uma pessoa infectada com o vírus da mentira é como um computador infectado com um vírus qualquer... você pensa que a máquina está funcionando mas... ela já fugiu ao seu controle. Você apenas pensa que detém o comando da situação, mas na verdade, a verdade é tudo o que não há. Seu mundo é uma falcatrua... se bem que... é possí-vel viver senão a vida toda, muito tempo uma falcatrua, um simula-cro, uma mentira, uma fantasia...basta acreditar nela! E se um grupo grande de pessoas acreditar nessa mentira? Será o mundo.... Bem, isso se todas as pessoas acredita-rem na mentira inventada... Mas

há também àqueles que sabem que estão contando uma mentira e se aproveitam disso. Criam uma fantasia só para os outros, para tirarem algum proveito da situação. Mas ele, só ele, sabe da verdade e toma as devidas providências para não ser descoberto. Geralmente, quem faz isso, são pessoas muito inteligentes, alguns são chamados de hackers no mundo virtual.Então, uma vez infectado, como descobrir? Como descobrir que você passa informações falsas para os outros e para você mesmo? E que pode receber informações falsas? Como podemos adminis-trar e gerir nossas vidas de modo a ficarmos seguros do vírus da men-tira? Resolvo consultar um expert no assunto:- Sr. Gostaria de saber como fazer preventivamente para evitar o vírus da mentira. O Sr. sabe que no futu-ro teremos chips que em segundos transferirão todas as nossas infor-mações a outro interessado. Dessa forma, seria um grande desastre termos vírus em nossos chips. As-sim, desde já, pretendo me infor-mar sobre esses programas...- Sim, senhor! O senhor está corretíssimo! Certamente que sua preocupação procede. Já existem grande empresas trabalhando nesta perspectiva. Estamos prevendo o lançamento destes produtos

para muito em breve, a um custo bem modesto, acessível à todas as classes. - Sim... - Ofereceremos o produto em ver-sões. A versão child, para crianças. Acreditamos que as brigas entre crianças terminem com a utiliza-ção do produto!- Sei...- A versão teen! Para adolescentes.- A versão Paris Hilton, Jackie Kennedy, Rock Balboa e também a versão Sinatra. A Paris Hilton vem coberta com uma capa banhada a ouro com safiras imitando diaman-tes... a Jackie Kennedy prima pela discrição. O chip vem numa capa preta e a parte interna é coberta por uma capa perolada. Já o Rock Balboa é para espíritos indolentes e arrojados. Ainda está em fase de finalização, mas posso adiantar que o tema bélico será lembrado e por fim, o Sinatra. Este prima pelo requinte, bom gosto e romantismo.Agradeci e saí dali pensativa... a preocupação do expert... parecia não ser a mesma que a minha... es-tava ele criando um outro mundo, formatando chips de acordo com personalidades famosas? Venderia ele já chips contaminados? Acho melhor esquecer essa história de chip....- Oi! Tudo bem?

( Crônicas e Contos )

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Revista Dinâmica 9

Tereza Machado

Toda a teoria que se possa trabalhar nos cursos de Formação de Professores

não será suficiente para levar o futuro a professor a ter idéia da riqueza desta tarefa. Tarefa que exigirá do aluno uma sequência lógica de raciocínio, uma boa base vocabular, conhecimento da es-trutura da língua materna, além de possuir criatividade para elabora-ção do texto.

Para essa tarefa, além da teoria, o que precisa este futuro professor

conhecer para que possa propiciar a seus alunos uma chance verda-deira de que gostem da escrita e da leitura?

Escrever e ler, ler e escrever. Uma coisa começa na outra e volta ao ponto inicial.

Penso, estruturo mentalmente o meu discurso, escolho pontos do assunto a serem abordados. Es-tando o pensamento estruturado, começo a aventura da escrita, que é ao mesmo tempo uma atividade de leitura. Durante todo o tempo que escrevo, estou relendo o que escrevi. Dessa forma, a escrita,

e repetidas leituras do texto em construção irão dando a forma a um pensamento, através da seleção vocabular.

Dita desta forma, parece que há etapas que sendo colocadas em ordem de execução levarão os alu-nos a escreverem seus textos com eficiência. Na verdade, não há uma receita de “bolo” para se ensinar a ler e a escrever. Entretanto, é pos-sível formar os futuros professores com conhecimentos metodológi-cos, didáticos, além de uma grande sensibilidade que o torne um ser afetivo, em um sentido ampliado, não apenas atencioso e carinhoso

( EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO )

Uma série de negações aos alunos impedirá que eles se desenvolvam de forma harmônica e prazerosa

Texto: um retrato de quem escreve

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10 Revista Dinâmica

( Educação e Formação )com o aprendente, mas também aquele que se coloca na situação como um ser que afeta e é afetado. A afetividade é o motor que aciona o emocional para uma aprendiza-gem prazerosa, tranquila, sem o medo castrador do erro.

Mas não é isso que acontece geral-mente. Para se passar adiante um conhecimento, liderar uma ativi-dade é necessário que haja uma prática de toda a teoria envolvida no processo.

Se no curso de formação de Profes-sor não houver um lugar especial para a teoria e prática, em conjun-to, haverá uma bifurcação perigosa. A práxis pedagógica, apresentada através da dialogicidade, é que começa a dar corpo a uma faceta importantíssima na formação deste profissional que trabalhará com um material muito especial que é a criança que se encontra na fase da consolidação da alfabetização.

Procurando sentido na construção do texto

Vamos nos aproximar da teoria de uma autora bastante conhecida nos meios acadêmicos, especialista na questão da escrita, trata-se de Ingedore Villaça Koch, que tem vários livros escritos sobre o tema. Alguns pontos são apontados por ela como importantes, muitos deles fundamentados nas escolas psicológica e psicolinguística sovi-éticas, que por sua vez, baseiam-se em Vigotsky. Seguindo um estudo de Leont’ev, Ingedore aponta em seu livro “O texto e a construção dos sentidos”, alguns destes aspec-tos fundamentais para qualquer atividade humana:

“1. existência de uma necessidade/interesse;

2. estabelecimento de uma finali-dade;

3. estabelecimento de um plano de atividade, formado por ações individuais;

4. realizações de operações espe-cíficas para cada ação, de conformi-dade com o plano prefixado;

5. dependência constante da situação em que se leva a cabo a atividade, tanto para a planificação geral como para a realização das ações e a possível modificação do processo no decurso (troca das ações previstas por outras, de acordo com mudanças produzidas na situação).”

Essa reflexão geral sobre a ativida-de humana, aplica-se perfeitamen-te à atividade da construção de um texto pela criança.

Ela necessita estar estimulada para escrever, o professor deve ter conversado com seus alunos sobre a proposta da escrita do texto. Não se pode mais imaginar, ao fim da primeira década do século XXI, que algum professor possa apre-sentar uma atividade de escrita de um texto apenas dando-lhe o título e o número de linhas desejado, muito menos, achar que relembrar que todo texto possui início, meio e fim, sejam “dicas” suficientes para que se estabeleçam condições favo-ráveis para a atividade.

A criança precisa sentir que a pro-posta de trabalho tem significação para ela, precisa trocar ideias sobre o tema, com o professor e outros

colegas, por vezes leituras de textos sobre o mesmo tema podem ser oportunas.

A criança necessita trabalhar bem a oralidade para que tenha tempo de organizar seu pensamento para a execução da tarefa.

Vejamos alguns fatores que interfe-rem na construção do ato verbal:

1. Motivação: não é apenas um motivo, a criança não se interessa apenas por um motivo a cada vez que é solicitada a falar ou escrever. Geralmente apresenta-se um con-junto de motivos, embora possa-mos destacar um foco entre eles.

2. Grau de domínio da língua: à cada etapa da aprendizagem há um determinado nível de domínio a ser esperado pelo professor. Não há como estabelecer regras rígidas gramaticais para crianças recém-alfabetizadas.

3. Planejamento da tarefa-ação: é necessário que o professor se dê conta das inúmeras funções cerebrais, motoras e viso-motoras que são imbricadas na realização de uma tarefa. Importante lembrar que, ao invés da crença da teoria tradicional, reprodutivista e con-teudista, que investem na reprodu-ção de tarefas, as crianças pensam sobre a leitura e escrita levantando hipóteses sobre como se lê e es-creve. A criança fixa-se em uma de suas hipóteses e lança mão de toda a sua bagagem de conhecimen-to para escrever ou ler. Daí, este sujeito, construtor de sua aprendi-zagem, idealiza o seu plano de ação para a escritura do texto, mediante o uso das estruturas linguísticas que já possui. O professor deve

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Revista Dinâmica 11

levar em conta este esforço inicial para que possa intervir de maneira habilidosa, sem invadir o espaço da escrita do aluno. É nesse momento da relação afetiva com o aluno que o professor poderá tornar-se um mediador positivo ou um elemento que derrube a hipótese da criança, fazendo-a a retroceder em suas hipóteses de escrita por ainda se sentir insegura.

O texto como retrato que espelha a visão de mundo do autor

Costumava dizer aos meus alunos de Redação, de cursos preparató-rios para o

Vestibular, que o texto nada mais é que um retrato de quem verdadei-ramente ele é.

O professor que corrigirá seu texto, terá a possibilidade de vislumbrar seus valores de vida, sua cultura,

seus gostos, a coerência de seus argumentos, a estrutura de seus pensamentos passados ao papel.

Enfim, nada escapará a um bom analista, que poderá até levantar hipóteses de como é a sua persona-lidade.

Ao lermos um texto, estamos lendo os pensamentos de alguém, que se dispôs a colocá-los no papel. Pode mentir? Enganar? Por certo que sim. As pessoas costumam usar máscaras sociais para se relaciona-rem com um mundo que temem.

Voltando aos nossos pequenos lei-tores- escritores, é necessário um outro olhar sobre suas produções textuais, as crianças necessitam de uma correção que seja mais para orientação do que para avaliação e cobrança. Escrever deveria ser encarado como prazer, uma grande distração e não uma imposição de

uma escola que se empenha em colocar “tarefas e mais tarefas”, fazendo do cotidiano da criança um pesadelo do qual ela tenta se livrar, querendo faltar às aulas, escondendo trabalhos de casa para sobrar tempo para o prazer do en-tretenimento com o que realmente gosta de fazer, usar a Internet, assistir vídeos e televisão, além dos videogames.

Quando a escola conseguirá envol-ver as novas tecnologias em prol de um envolvimento prazeroso do aluno com a educação?

Quando este dia chegar, o aluno não precisará de estímulos para escrever, sua satisfação em comu-nicar suas ideias será o principal suporte para o exercício da escrita.

Neste dia teremos, verdadeiramen-te, uma Escola Aberta, democráti-ca e eficiente.

( Educação e Formação )

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12 Revista Dinâmica

O mito para o século XXI

Mário Nitsche

A cidade também é palco para maestros e sons

Vi-me em cima de um prédio altíssimo. Assusta-dor. A cidade por todos os

lados estava lá embaixo com seus habitantes, ruas, ratos, vitrines, sonhos longínquos e vielas. O tudo criava a realidade de um espaço imensurável, aberto que diminuía e consternava a minha alma com a sensação do vazio tangível. As nuvens passavam próximas, ao meu lado, correndo e mudando de formas num êxtase. O ruído das pessoas, carros e descaminhos do mundo chegavam até onde eu es-tava experimentando uma artificial sensação de segurança, bem no meio do terraço. Amendrontadores os sons da desvida.

Vi o Maestro, imponente, em pé sobre o parapeito do prédio tendo o abismo aos seus pés. Estava à vontade. Era seu elemento habitual parecia. Preparou-se para reger.

Um formidável silêncio perpas-sou tudo com grandeza. Ele era alto e estava vestido a rigor. Tinha cabelos brancos e postura elegante. A batuta em suas mãos brilhava. A sinfonia começou. No princípio ela era uma vibração inaudível, mas de uma beleza imensa que fazia bem, passando pelo meu corpo, espírito dando a dimensão de enlevo que acontece raríssimas vezes na vida de um mortal. Foi crescendo len-tamente e existindo para os meus ouvidos. Muito bonita. Parecia que algo ia surgir, acontecer...

A música que ele regia silenciou o ruído das coisas e dos homens.

A música vinha de tudo, todos e dominava o ar, o mundo, espaços. Também pela cidade aos seus pés. Fluía dos apartamentos, casas, ruas e passos dos seres humanos caminhando céleres pelas ruas sem saberem bem aonde ir e indo se-gundo uma agenda criada por eles

na desesperança de mais um dia.

Aos poucos se impôs como música gloriosa com momentos vibrantes e trechos calmos. Bonita, nobre. A música fazia parte do sentido atrás das coisas. Ele a maestrava divinamente. Eu sentia, assumia a melodia além de ouvi-la. Criava períodos suaves, sublimes quase inaudíveis e depois altos e grandio-sos alternados. Uma explosão da vida! Ou como uma carga de ca-valaria dos antigos guerreiros com lâminas reluzentes ao sol. Meu cor-po e minha alma acompanhavam a sinfonia. Pensei em Mhaler. Sim...Mhaler, mas muito mais sublime e vi que isso era possível. Depois como um perfume eu via – muito mais do que ouvia - trechos de um romantismo emocionante que vibrava nas células de meu corpo brincando com cada terminação nervosa. A música não o obedecia num sentido de domínio, e sim o Maestro a maestrava e ela dava o

( MITOLOGIA )

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Revista Dinâmica 13

melhor e mais bonito da sua exis-tência. A música criada precisava do Maestro para ser melhor e mais livre.

Em momentos falava de um amor grande. Dava vontade de beijar lábios bonitos da mulher e compa-nheira de vida.

Ele conduziu durante um tempo sem limites a música que vinha do todo. Senti-me puxado para ela. Naquele momento tornei-me um pouco da música do Maes-tro. Música que era dele. Que ele tirava do âmago das coisas e da vida e que voltava igualmente à vida. Não havia espaço entre as notas. Tudo era música mesmo os silêncios. O silêncio é uma música que tem poder. E num acorde tão grande quanto o sol ele findou e os aplausos surgiram do universo e da cidade!

Fez uma mesura agradecendo, desceu do parapeito com facilidade e caminhou com passos largos em minha direção, o que me encheu de medo respeitoso.

Olhou-me longamente. Vi no seu rosto uma nobreza que não deixava dúvidas sobre sua função: o Con-dutor. Parecia um rosto vindo de muitas águas ou séculos. A calma e a força estavam ali estampadas. Mesmo que me sentisse à beira de um desmaio finquei o pé no chão, afastei ligeiramente as pernas e o encarei.

- “Onde está a sua música, moço?” – perguntou com uma voz suave.

- “Não tenho música, Senhor”.

Olhou-me por um tempo longo.

- “Procure-a. Ainda tem tempo. Sempre há tempo para a Busca”.

E saiu. Simplesmente saiu e não o vi mais. Foi um comando. Eu queria achar a música. Ouvi-la. Tocá-la. Andei de um lado para o outro. Fui até o parapeito e pensei em subir. Dali eu iria reger! O vór-tice, a altura imensa, o horror. Não consegui sequer olhar.

Busquei uma cadeira ou uma coisa qualquer e vi um caixote velho de bacalhau que estava encostado na entrada do terraço. Coloquei-o bem no centro do limitado espaço de concreto que ficava no meio do nada. Melhor. Mais seguro. Ah, uma batuta. Não vi nenhum pedaço de madeira ou ferro que pudesse ser uma. Um edifício como aquele sem uma batuta... Voltei ao caixote e arranquei um pedaço dele que já estava meio solto. Parecia bom. Olhei. Uma batuta quadrada... onde já se viu isso? Sem forma, afiada como uma lâmina... feia. Joguei o pedaço de pau fora, subi no caixote. Agora sim eu estava um pouco mais alto que a torre, olhei o todo, fechei os olhos e comecei com as mãos a conduzir...

Nenhuma música. Nada. Apenas as coisas que passavam e o vento que ria de mim. O vento ria de mim... Desci com cuidado. Tudo que eu não queria era cair e quebrar uma perna ou braço no esforço de reger. Deixei o caixote no mesmo lugar.

Desci para o mundo dentro de um elevador com espelhos. Olhei-me. Até estava bem fisicamente... Mas não tinha música. Perguntei-me no momento, enquanto descia, por que o mundo tinha tantos espe-

lhos? Mostrar o que? Bilhões de espelhos gestando em seus úteros abertos e transparentes pessoas passando pela vida sem músi-ca, sem vida e olhando neles, os espelhos, seus corpos mudando; rostos perplexos onde não queriam ver rugas. Revelando sorrisos que começaram espontâneos e depois ensombreceram. E mais espe-lhos... Uma ditadura de espelhos na Terra. Eles nos veem. Somos seus prisioneiros; somos as almas deles. Vamos mudando em frente a eles que um dia não refletirão mais nada. Vazios. Mal e mal vão refletir alguma coisa ou objeto que fize-mos num momento que pensamos ser de glória. Os espelhos sim co-mandam o mundo e não os líderes que levam os homens à morte em guerras irrelevantes e com sentidos artificiais e comerciais.

Eles refletem e riem com o nosso riso que vai rindo e indo. Até que um outro riso apareça.

Embaixo fui para as ruas e cami-nhei pela cidade. Sons, buzinaços, viadutos. Gente tossindo, respiran-do, olhando e passando. Cheiros. Alegrias e desânimo. Gente na contramão e outros brigando com eles por isso. Uma música cacofô-nica e irritante.

Mas ao passo que a ouvia, pensava que ela era a única expressão ho-nesta do que se poderia chamar de vida que as pessoas tinham; e que poderia ser reconhecida como ho-nesta e ficar melhor; ou quem sabe mudar... Comecei a olhar não a multidão e sim indivíduos... Nesse momento uma nota da música do Maestro começou a se fazer ouvir, timidamente, dentro de mim!

( Mitologia )

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14 Revista Dinâmica

Chris Lopo

A partir de agora o Google Street View também vai monitorar Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte

Imagine a cena: você está an-dando na rua, saindo de uma reunião e para pra comprar

um sorvete no McDonalds. Este ato leva, no máximo, 2 minutos. Durante este tempo passa um car-ro vermelho perto de você. Então você vai pro estacionamento, paga seu tícket, pega seu carro e volta pra empresa. Ao chegar na sede da empresa você descobre, por meio de terceiros, que o assunto da tarde é que a reunião terminou antes do

Cuidado com o que você faz na rua

planejado e você estava matando tempo - tomou até um sorvete! - esperando para voltar à empresa assim que cumprisse o horário pre-visto? E o melhor, quem descobriu isso foi a filha do chefe enquanto brincava em um site chamado Google Street View.

O serviço, lançado em 25 de maio de 2007, era restrito a poucas cida-des americanas e européias. Hoje já abrange países como Estados Unidos, Inglaterra, Noruega, Fran-ça, Itália, Japão e Austrália, sempre

com a missão de se tornar algo em escala global.

Quem entrou nesta parceria aqui no Brasil é a Fiat. Todo o serviço será realizado por um Fiat Stilo vermelho devidamente adaptado com nove câmeras que fazem fotos panorâmicas de 360º. Essas ima-gens são guardadas em um compu-tador que fica no próprio veículo, catalogadas em sincronia com um aparelho de GPS e posteriormente enviadas aos servidores da Google. Lá elas recebem tratamento, onde

( TECNO+ )

Page 15: Revista Dinâmica | Edição 15

Revista Dinâmica 15

são aplicados filtros que impossibi-litam o reconhecimento de placas de carros e rostos de pessoas e finalmente disponibilizadas no site.

A empresa iniciou a captura das ci-dades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte dia 2 de julho, mas ainda não divulgou um prazo para publicação dessas imagens em seu site. A área total a ser digitaliza-da é de aproximadamente 1 milhão de quilômetros, segundo informa-ções oficiais.

Como todo serviço novo, o pri-meiro pensamento é o de repulsa, tanto que a cena descrita no come-ço deste texto foi a primeira que

me veio à cabeça ao saber desta expansão, mas o serviço pode ter seu lado positivo. Logo que co-meçou a ser utilizado houve casos de assaltantes serem flagrados no atos, identificados com a ajuda da ferramenta, e homens em carros de empresas abordando prostitu-tas na rua. Você pode monitorar a sua casa (assim como a casa de qualquer outra pessoa), planejar melhor suas férias vendo os lugares que você pretende visitar, conhecer a rua onde você planeja comprar o imóvel que você viu no site da imobiliária antes mesmo de ir no local visitar - pois às vezes temos uma casa maravilhosa em um local não muito propício, mas isso você

só vai saber ao visitar pessoalmen-te. Lógico que tudo em seu devido tempo pois hoje, assim como no início do Google Earth, as imagens de certas regiões demoram muito a serem atualizadas.

A meta do Google sempre foi a integração de seus serviços, que é a base da Web 3.0 que está sendo discutida no momento. A empresa conseguiu começar como um sim-ples serviço de buscas e ampliar para serviço de mapas, calendários, vídeos, documentos, biblioteca de imagens. Com o Street View ela vai conseguir chegar muito mais perto do que imaginamos que qualquer empresa poderia fazer.

( Tecno+ )

Carro do Google Street View

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16 Revista Dinâmica

Liz Motta

Faces e facetas da violênciaDifícil não é explicar as causas da violência, mas nos vermos

em qualquer lado desta moeda

Muito tem se discorri-do sobre violência, vários autores tentam

compreender e conceituar esse fenômeno lançando mão de várias áreas do conhecimento na tenta-tiva de solucionar o que parece insolúvel.

A Psicologia, a Pedagogia, a Antropologia e Sociologia são algumas das áreas exploradas por estudiosos do mundo inteiro na busca incessante em explicar as múltiplas faces da violência. Numa tarefa mais ampla tentam traçar o perfil da violência, descobrir –

grosso modo – seu DNA. Neste sentido já houve um avanço con-siderável e revelador dos porquês da violência e, de certa forma, das formas de preveni-la e combatê-la; a questão que levanto neste artigo é: quem é potencialmente violen-to?

Embora a Psicanálise e a Psico-logia tenham mesurado o perfil de um psicopata, por exemplo, no censo comum ainda estamos boiando em torno de conjecturas e surpresas. É comum a seguinte situação: o sujeito mata o outro e alguém diz que nunca pensou que o assassino fosse capaz de matar uma mosca. Corriqueiro ou não, situações como esta espo-

cam diariamente no cotidiano e, na verdade, não sabemos até que ponto somos violentos ou não.

Rotular um agressor é fácil, principalmente quando ele tem um passado desabonador: família desarticulada, pai ou mãe ausente, pai ou mãe agressor (a), envol-vimento com drogas, etc., mas como reconhecer a violência num cidadão que teve todas as chances e condições positivas ao longo da vida? A resposta para esta questão também já existe; aliás, respostas, haja vista a profusão de teorias em voga. Uns dizem que é o meio que contribui definitivamente para a formação de um indivíduo violen-to, outros dizem que a criança já

( EMBATES E DEBATES )

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Revista Dinâmica 17

nasce com uma “pontinha” de mal-dade e, portanto, é perfeitamente risível alguém cometer digamos um crime hediondo. Outros ainda afirmam que condutores externos propiciam a violência, como o uso abusivo de álcool, drogas ilícitas e até mesmo anabolizantes.

Não digo que este ou aquele estejam corretos ou incorretos em suas conjecturas, mas penso como a violência se desdobra em várias, como um caleidoscópio refletindo faces e facetas distorcidas tanto de vítimas quanto de agressores. No caso da violência contra a mulher é comuns os papéis se inverterem e a violência ser deslocada do patamar de crime para o âmbito do descontrole emocional ou da privação momentânea dos senti-dos. Nas Delegacias da Mulher, não raro, encontramos depoimen-tos dos agressores dizendo que quebrou a cara da companheira porque não aguentava mais os pedidos e cobranças de dinheiro para o pagamento de compras atrasadas, aluguéis, alimentação e, que nenhum homem vive com

um “inferno desse na cabeça”. De vítima a mulher passa a ser a algoz, aquela que não tem consideração e pena do “pobre” companheiro que vive de bicos, estando ela mesma desempregada e ganhando a vida com trabalhos eventuais.

Casos como o citado não são os únicos, inúmeros são as situações de violência e cada uma delas expressa a necessidade de uma ex-plicação plausível, como se o inex-plicável tivesse explicação, volto a dizer. Qual a explicação para os crimes hediondos, os crimes con-tra o erário público, contra crianças e idosos, contra o meio ambiente? De certo, as explicações são rasas, apenas construídas para aventar a possibilidade de redenção; ou seja, errou por isto ou aquilo, mas quem não erra; quem não tem o direito de errar? Todos podem e devem ter uma segunda chance, assim diz os dogmas cristãos, mas e as víti-mas? Quais chances tiveram?

Reconhecer a possibilidade de ser vítima ou agressor é que nos põe face a face com algo imensurável: a

nossa reação e a nossa (in) tole-rância com o outro. Este dilema, muitas vezes negado e escondido, transita entre o cultural e o psico-lógico, o científico e o religioso. O homem evoluiu graças a sua capacidade de temer e se defender; teme-se o desconhecido, temem-se os dogmas religiosos, o inferno e, por outro lado, evoluímos e sobrevivemos porque procriamos e pensamos e ainda porque defen-demos nosso espaço, nossas idéias e nossa propriedade. A capacidade evolutiva do ser humano viaja a galope na sua, ainda, curta história sobre a Terra, mas ainda não esta-belecemos um limite entre violên-cia e direitos. Compramos pronta a face mais conhecida da violência: a agressividade e esquecemos seus desdobramentos porque o grande interesse, na verdade, repousa na explicação plausível e no castigo “justo”. Longe está o tempo em que o homem não afligirá o (a) próximo (a) por motivos culturais ou dogmáticos, fúteis ou vingati-vos.

( Embates e Debates )

“Reconhecer a possibilidade de ser vítima ou agressor é que nos põe face a face com algo imensurável: a nossa reação e a nossa

(in)tolerância com o outro.”

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18 Revista Dinâmica

Kiko Mourão

Todos nós já sabemos que uma das garantias cons-titucionais mais impor-

tantes é a dignidade humana. Tal dignidade não diz respeito somen-te a uma condição mínima de vida, mas a todos os fatores necessários para que essa condição aconteça. Entre esses fatores está o tratamen-to humano e cordial às pessoas que dependem dos serviços do setor público ou do privado. Mas na prática, não é esse tratamento que vemos acontecer.

Fato bem comum é o atendimento telefônico que, por falta de pessoal, pode demorar até mais de meia hora. Ou ainda, por falta de prepa-ro, pode levar o cliente a um ataque

dos nervos ao ter que lidar com um atendente grosseiro e despre-parado. E ainda que o atendimen-to seja rápido e o atendente seja prestativo e educado, muitas vezes o problema não é resolvido. Do ponto de vista do Direito, é sempre recomendável pedir ao atendente o número do protocolo de aten-dimento. Caso o seu problema vá para os braços do judiciário, o pro-tocolo do atendimento é essencial para a comprovação de que você tentou resolver o problema antes de acionar a justiça.

Mas a falta de respeito ultrapassa as barreiras telefônicas e também atinge o plano físico. Não é raro presenciar um atendimento no qual os atendentes, ao mesmo tempo em que escutam o cliente,

brincam e dão gargalhadas ao lado dos outros colegas, utilizando até mesmo palavras que não ouso repetir aqui. Além disso, muitas vezes o cliente é tratado como se fosse o culpado pelo problema, ou ainda como se a empresa estives-se fazendo um grande favor ao atendê-lo. Nessas hipóteses, quem se sentir lesado pode procurar o gerente do estabelecimento para, de forma amigável e pacífica, solucionar a contenda. E é sempre bom lembrar que, acionar a justiça por coisas mínimas é fazer tempes-tade em copo d’água. Entretanto, se seu Direito foi realmente lesado e nada foi feito para que o erro fosse reparado, acionar a polícia e registrar um boletim de ocorrência é sempre válido para se resguardar caso as coisas somente possam ser

( FAZENDO DIREITO )

Eu também quero ser bem atendido

Quando a falta de preparo atinge a dignidade humana no atendimento ao público

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Revista Dinâmica 19

resolvidas juridicamente.

Quando se trata de serviço públi-co o desrespeito, algumas vezes, chega a ser absurdo. A estabilidade no emprego é muito válida, pois, um funcionário que trabalha sem riscos de desemprego, trabalha mais tranqüilo e tem um rendi-mento maior. Mas ela é também uma faca de dois gumes. Alguns funcionários públicos, confundem a estabilidade no emprego com a possibilidade de atuarem em seus cargos como se estivessem em casa. Certa vez foi possível ouvir os berros de uma servidora com uma advogada que queria simplesmente ver os autos de um processo. E quando o tratamento é com os idosos tudo fica ainda pior. A falta de paciência e de humanidade faz com que os servidores tratem os idosos como lixo. Alguns chegam a chorar diante do tratamento indig-no e da falta de ação para que essa conduta acabe.

Outra questão para a qual as pes-

( Fazendo Direito )soas fecham os olhos, a tão comum fila. Hoje em dia é necessário ficar em filas para tudo. E não há problema. A fila é sinal de ordem e respeito. Mas quando o tempo vai passando, a fila continua parada e o descaso aparece novamente, ela vira sinônimo de humilhação e so-frimento. Não é raro encontrarmos pessoas às cinco horas da manhã na porta de algum estabelecimento esperando a hora de abrir. Mais comum ainda é ficar por duas, três ou, em alguns casos, até cinco horas seguidas na fila de um banco. Para ilustrar melhor o absurdo, é válido citar o caso da idosa que urinou nas próprias roupas após um período de três horas na fila de uma agência bancária em Belo Ho-rizonte. Entre vários outros relatos de desmaios, gritarias e outros eventos do gênero.

A questão é que, um bom aten-dimento ultrapassa o campo do dever do atendente. É um dever muito mais do que profissional, é um dever moral. E ainda que

alguns não concordem, o bom atendimento não é apenas dever do atendente, mas um direito fun-damental do atendido.

O bom atendimento, como direito seu, direito meu e de todos nós, deve ser levado mais a sério. E aos que não se sentem bem atendidos e passam por humilhações, é válido procurar ajuda e fazer denúncias junto aos órgãos competentes. Se preciso for, acionar a justiça é também um meio muito válido. E, uma dica aprendida com a experi-ência: a simples ameaça de chamar a imprensa faz tremer até mesmo a estrutura mais forte de uma empresa. Se o atendimento for, de fato, terrível, diga que vai divulgar um artigo em algum jornal, chamar uma grande rádio ou entrar em contato com algum canal de tele-visão. Em alguns casos a imprensa funciona de forma mais rápida e eficaz do que a própria justiça. Pelo dever próprio e pelo direito alheio, preserve o bom atendimento.

“Não é raro encontrarmos pessoas às cinco horas da manhã na porta de algum estabelecimento, esperando a hora de abrir.”

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atinja seu alvo.

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Revista Dinâmica: um novo conceito em informação e conhecimento.

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Revista Dinâmica 21

Liana Dantas

Se a Rede Record queria se tornar o centro das atenções, ela conseguiu. Estreou um

mês atrás uma atração intitulada “A Fazenda”, apresentado por Britto Jr., que é uma derivação de Reality Shows de confinamento e múlti-plas câmeras que já conhecemos. Com o diferencial que não são anônimos amigos de artistas, mas são “artistas” anônimos, definidos como sub-celebridades.

A emissora de Edir Macedo vem

aos poucos chamando atenção, seja para o bem ou para o mal. Tanto que, num belo dia, sua “modelo” maior, Rede Globo, se sentiu ame-açada e fez uma matéria sobre... evangélicos! Para quem assistia foi simplesmente constrangedor pela falta de naturalidade de como foi apresentado. A palavra evangélicos doía cada vez que era mencionada. Era como se estivessem dizendo “Rede Record, toma essa”, ao invés de evangélicos. “Quem diria, a Vê-nus Platinada procurando recupe-rar público?” Professores, alunos, agentes da limpeza, todos os

setores assistiram a este momento, meio que histórico.

As estratégias usadas pela Record são estratégias de guerra... santa, claro! Quem é a maior? Equipa-mentos, portanto, imagem melhor; ângulos e marcações com caracte-rísticas próprias que o telespecta-dor já sabe que canal assiste, não é a que faz Plim-plim? Pois é nela que se inspiraram, mesmo que de forma primária –porque não é do dia para noite que as coisas muda-riam – contratando os profissionais da mesma e assim aos poucos se

( IMAGEM E AÇÃO )

Animais que fazem televisãoA novidade é o velho formato batido de Reality Show

misturando Arca de Noé com sub-celebridades

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tornando “filhos de Vênus”.

A Fazenda, com a clareza do nome, é um Reality Show sertanejo, que tem como cenário uma fazenda (oh!), com porcos, vacas e todo os animais possíveis, como o elenco que foi contratado! É uma mistura de Casa dos Artistas (SBT) com gincanas e provas similares a do Big Brother Brasil (Rede Globo), com um pouco menos de sentido. Dentro desta fazenda, além de 36 câmeras, alguns nomes como Babi Xavier, Mulher Samambaia, Danni Carlos, Fábio Arruda (um profes-sor de etiquetas!), Dado Dollabela e Mendigo (ex-Pânico). Pior do que isso, só a apresentação cons-trangedora de Britto Jr., tão des-conhecido quanto os que estão lá, que nos faz sentir saudades e quiçá admiração a Pedro Bial! Alguém lá do Edir Macedo precisa lançar um curso técnico de como fazer casting, pois está um nonsense do mal. Todavia, estão ótimos e de acordo para o pasto...

Sua vida certamente não mudou muita coisa depois que o parti-cipante Théo Becker, ator de Os Mutantes, que sofre de alguns problemas (diria de muitos de-les!) de ordem química, digamos, surtou dentro da fazenda, num mix de teoria da conspiração, dissi-mulação, descontrole emocional e físico – por falta de substâncias. Ele implicou, gritou, brigou, ameaçou todos e depois pediu desculpas para alguns, tirando a fama de Dado Dollabela! Esse, inclusive, está se saindo um ótimo ator. E quem é Théo Becker? Bom, ele já foi considerado o Brad Pitt brasileiro... E também foi o parti-cipante que levou A Fazenda a ser

( Imagem e Ação )assistida com seus ataques bipola-res dentro da casa. Como a Record está começando, não tem a malícia de Boninho, tirou Théo Becker do programa, através da tal “votação do público” – que fez campanha de abrangência nacional para Théo ficar. A partir daí, o programa per-deu o sentido que já nem tinha.

O que é mais impressionante neste lance de imitar a principal rivalé imitar todo o conceito da colega, até nas falcatruas! Mas de uma forma muito amadora e mais irresponsável (Não, a irresponsabi-lidade não fica por conta do Britto Jr. apresentando! Isso se chama crueldade com o telespectador

mesmo!). O programa A Fazenda não tem o serviço de pay-per-view, que dá todo o fundamento para esse tipo de atração, ou seja, o público é manipulado, mas sabe que é, pois tem o serviço 24 horas para acompanhar. Isso é “o” bafafá da história. O pior é fazer a linha Silvio Santos e exibir o programa cada dia um horário e em vários horários. Ouvi dizer que é assim que cativam mais ibope, pois ficará sempre no canal.

Animais pastando, defecando, comunicam com outros que além de tirarem leite de tetas alheias, até cantam e interpretam na TV. Ah, se Noé sabe disso...

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Revista Dinâmica 23

GU

GU

LIB

ERAT

O Silvio Santos, que arranjou problemas com Maísa, a única coi-sa que estava dando certo na emissora(!), por estar judiando da pobre robô, modelo “for kids” – recebeu a advertência por parte da Justiça, alegando que o apresentador feria os códigos do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – parece que não está bem da cabeça mesmo! O patrão está numa mágoa eterna, pois seu pupilo da Lego, Gugu Liberato, vai se mudar para Record! Mas só em 2010 para não ter multas e constrangimentos. Segun-do Gugu, ele quer “sair pela porta da frente”, já que foram 35 anos de SBT. S.S. não quis nem saber do carinho do pintinho amare-linho e fez o quê? Mudou o “Domingo Legal” de horário! Agora, Gugu vai acordar mais cedo aos domingos, ficando de 12h às 16h e o “Programa Silvio Santos” ficará de 17h às 22h30 – antigo horá-rio do D.L. E o troca-troca é contínuo: Eliana e Roberto Justus vão para o SBT e Ana Paula Padrão, feliz da vida, para Record.

PAU

LIN

HO

VIL

HEN

A

Animais, Jogo Duro é o novo programa da Rede Globo. Pauli-nho Vilhena, agora “Paulo”, é ator, ex-affair de Sandy e o apresen-tador deste programa transmitido após 3 horas de Patrícia “San-dy” Poeta e Zeca “Junior” Camargo e seu domingo com menos vigor e emoção – sei que não é culpa dos profissionais, qualquer ser na situação deles não conseguiria fazer coisa melhor; proble-mas de direção. J.D. é um programa que também utiliza animais, só que selvagens, além de choques e outras humilhações em provas de “caça ao tesouro”. As pessoas concorrem a prêmios mesquinhos de 10 mil reais a cada edição do programa. Nada causou impacto aos espectadores, o que obrigou a mudarem o formato para uma coisa meio Fazenda, inclusive, mais entrada ao vivo, votação sem contexto e informação das horas.

FALANDO EM...( Imagem e Ação )

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Michael Joseph Jack-son não imaginaria o quanto iria sofrer e ser

famoso. Quando criança, apanha-va de seu pai que o insultava com palavras nada amorosas e ainda ao acusava de ser feio. Sua mãe, omis-sa, não mudava muito a situação. A criança de Indiana que brilhava em frente ao quinteto norte-americano de grande repercussão na década de 70, Jackson 5, não demonstrava o quanto era perturbada, pois cada vez mais sua genialidade nos pal-cos era demonstrada ao ponto de esquecermos de que aquela criança era uma criança.

A vida nos palcos tornou-se a vida real, uma fantasia, um momento de adrenalina de um curto tempo de apresentação. Talvez uma forma de escapar do sofrimento de sua vida. E assim foi a maneira que o Rei do Pop, como seria conhecido mais tarde, encontrou para sobreviver. Sem sua música, o Rei não era Rei. Anos importantes formaram

Fernanda Machado e Liana Dantas

Morre o Rei do Pop e não há substitutos

Michael Jackson 1958 - 2009

( MP2 )

sua trajetória na música, que o fez ser respeitado em qualquer lugar. Em 1979, com Off the Wall ele mostrou a que veio, ajudado por Quincy Jones, deixando de ser o menininho da Motown e passando a ser um jovem bonito, que canta, dança e consegue chamar atenção do mundo. Até hoje Don’t Stop ‘Till You Get Enough e Rock With You são sinônimos de música boa, com ou sem festa.

Em 1982, Michael Jackson se supe-ra com Thriller. Faz um videoclipe de maior tempo de duração, mis-turando cinema com videoclipe e assim cada vez mais causa reboliço no muno da música. Já com o nariz mais afinalado, os passos de dança só melhoraram o tornando um marco do cenário pop. A MTV americana é grata até hoje por seus vídeos, que deram projeção a ele e muito mais ao canal. Foi na faixa de Billie Jean que vimos o passo Moonwalk ser eternizado. A partir dali, quem viria pela frente, só estava copiando. Em 1987, com

Bad ele surpreende mais uma vez em todos os sentidos: música e videoclipe impecáveis, danças incríveis, sucesso mundial e tam-bém uma pele mais clara. Clás-sicos como Bad e a frase “Who’s baaad?” que se tornou um jargão, Beat it, que ganhou até paródia e Smooth Criminal que entrou no filme musical Moonwalker produzido com Michael no papel principal.

As histórias pessoais sempre foram um ponto alto na vida de “Jacko” e não iria ficar de fora a questão do vitiligo. Em 1991, com Dangerous e sem Quincy Jones,

24 Revista Dinâmica

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Revista Dinâmica 25

( MP2 )Michael afirma sua condição de artista para todo o sempre. Uma resposta sobre todo o bafafá em cima da mudança da cor de sua pele e os boatos de que o cantor não queria ser mais negro, veio com a canção Black or White, uma das músicas que abriu a década de 1990. Jackson pintou e bor-dou, fazendo clipes cada vez mais pomposos e até cenas tórridas com a modelo Naomi Campbell.

Apesar de tudo que acontecia, sua

voz cheia de nuances e agudos inconfundíveis ainda fazia jus a sua existência. HIStory: Past, Present & Future – Book I álbum duplo lançado em 1995 trouxe o cantor ao Brasil para gravar o They don´t Care About Us mais branco do que nunca e já com seu nariz sem forma. No Rio de Janeiro, grava-ram cenas no morro Dona Marta em Botafogo e, na Bahia, cenas nas ladeiras do Pelourinho com o blo-co Olodum. Childwood foi tema do filme Free Willy, Earth Song e Scream –um dueto com sua irmão Janet Jackson, fizeram bastante ba-rulho na época, como na sua vida pessoal. Casou-se com a filha de Elvis Presley e respondia processo por abusar de crianças.

Jacko, quem diria, pegou três gerações com sua música e que por mais que dissessem sobre sua vida pessoal, sua arte sobressaía.

Naturalmente, o lado emocional do cantor sempre foi um problema e ele fez arte até quando pôde. Da década de 2000 para cá, a expres-são do rosto já não era mais a mesma. Muitas plásticas, muitos

boatos destruíram aos poucos o brilho e vitalidade de um dos maiores de sua geração, como já foi dito. Continou lutando, em 2001 com o disco Invincible, sem muito sucesso, como era de costume, porém não menos admirado. Prova disso, são as aparições que fez em algumas premiações como VMA, da MTV, e homenagens de vários artistas da época.

Cinqüenta anos de vida, merecia uma retomada aos palcos para um produtor, dançarino, redator, cantor, uma figura que ensinou a Madonna e o resto, o caminho das pedras. Queria fazer uma turnê mundial, ver de perto o que ele ti-nha feito, quem eram essas pessoas que o admiraram esse tempo todo. No dia 29 de agosto faria 51 anos e nos ensaios dos shows, nenhum daqueles dançarinos musculosos conseguia chegar aos movimentos concentrados de pequenos acorde musicais silenciosos O coração de um artista como Michael Jackson devia bater muito mais rápido e decidiu que todos iriam admirar não em um único dia de show, mas para sempre.

Revista Dinâmica 25

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26 Revista Dinâmica

Qual é o pente que te penteia?Conheça seu cabelo, identifique seu objetivo na escovação e escolha qual

o instrumento que mais combina com você

Priscila Leal

Você já parou para pensar no quanto pode ajudar ou, principalmente, prejudi-

car seus cabelos ao simplesmente penteá-los?

Assim como escovar bem os dentes é essencial para um belo sorriso (hábito ao qual poucas pes-soas dedicam o devido cuidado), pentear ou escovar corretamente os cabelos auxilia na manutenção dos fios. Certo, o instrumento para desembaraçá-lo não irá conferir nenhum efeito reparador milagro-so. No entanto, esse é um dos casos onde a atitude correta não possui grandes resultados, enquanto a

ação incorreta, essa sim, é capaz de destruir o trabalho de anos de cuidados e paciência.

Conhece a frase: “Meu cabelo não cresce!”? É um equívoco pensar assim. Todo cabelo cresce. O que acontece é que o fio arrebenta em um determinado comprimento por ter sua textura extremamente enfraquecida. Os fios ficam de-bilitados por excesso de química e pouco tratamento reparador, muita exposição ao sol, poluição, estresse, má alimentação e também pela maneira com são penteados. Convenhamos que se os cabelos doessem ou ficassem vermelhos quando maltratados, exatamente como acontece com nossa pele,

seria muito mais fácil dar a eles a atenção que merecem.

Infelizmente, para as madeixas o alerta de reclamação é o próprio estrago já feito. Então só nos resta prevenir. Conheça seu tipo de cabelo, identifique seu objetivo na escovação (desembaraçar, alisar, conferir volume, fazer penteado e etc.) e mãos à obra!

Cabelos lisos pedem escovas de cerdas unidas para conseguir contemplar todos os fios. Cabelos finos se adaptam melhor às escovas de madeira, pois estes possuem maior eletricidade estática (res-ponsável por deixar os fios arrepia-dos). Os ondulados, cacheados e

( SAÚDE E BELEZA )

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Revista Dinâmica 27

( Saúde e Beleza )

crespos não devem ser escovados com frequência. Prefira penteá-los apenas uma vez após o banho com um pente de dentes largos e de material com propriedade anti-frizz (que neutraliza a eletricidade dos fios). Cabelos muito crespos podem exigir para o perfeito desembaraço uma escova do tipo “jacaré”, de base grande e cerdas bem espaçadas.

Os pentes podem ser de plásti-co, silicone, madeira ou fibras de carbono; o plástico é mais resisten-te, o silicone oferece maior flexi-bilidade e a madeira e a fibra de carbono neutralizam a eletricidade dos cabelos, amenizando os fios arrepiados.

Para dividir mechas na hora de fazer hidratação, tintura ou alisa-mento o ideal são os pentes com dentes finos, que colocam todos os fios, sem exceção, no lugar deseja-do, e cabo comprido, que facilita o manuseio.

Se o objetivo é alisar os cabelos, os cabos das escovas são tão im-portantes quanto seus modelos; para garantir segurança ao pegar a escova e facilitar a escovação, seus cabos devem ser longos e ergonômicos. Materiais conduto-res de temperatura como o metal e a cerâmica oferecem resultados mais satisfatórios, uma vez que ao absorverem a temperatura do

secador, facilitam o alisamento e diminuem o tempo de secagem. As perfurações na base da escova po-tencializam ainda mais o trabalho, pois funcionam como passagens de ar na escova, permitindo que o calor circule por toda a base do instrumento e atinja a mecha uniformemente. Por fim, para um alisamento máximo escolha as escovas de diâmetro grande.

Muito cuidado ao optar por aquela escova giratória que promete alisamento instantâneo vendida na televisão! Essa escova é indicada para cabelos lisos, uma vez que diferentes estruturas de cabelos demandam diferentes velocidades de manuseio. Além disso, é preciso muita habilidade para não acabar com os fios embolados no apare-lho e ter que finalizar a empreitada com a tesoura!

Se a idéia é ter um visual mais volumoso, use as escovas pequenas e com cerdas espaçadas. Para os penteados como rabo de cavalo, entre outros, que requerem que se pegue uma grande quantidade de fios de uma só vez, o ideal são as quadradas ou as retangulares. Uma boa dica é ter a medida da escova segundo o tamanho do cabelo: quanto mais compridas as mechas, maiores devem ser as escovas.

Como se já não fosse muita infor-mação sobre uma simples escova

de cabelo... Resta-nos o recheio do bolo: as cerdas! Estas podem ser sintéticas, de nylon, de madei-ra ou de pêlos de Javali. O nylon confere flexibilidade e resistência ao calor, enquanto a madeira e o pêlo de Javali possuem proprieda-des anti-frizz. É comum também encontrarmos bolinhas nas pon-tas das cerdas (e até mesmo nos dentes dos pentes). Elas não estão ali à toa ou por pura estética; têm a função de amortecer o atrito da escova com o couro cabeludo e com o cabelo, ainda massageando e distribuindo a oleosidade retida no couro cabeludo até as pontas dos fios.

Todo cuidado é pouco para os cabelos molhados. A água modifica a elasticidade do cabelo, tornando-o mais suscetível a quebras. E nada de não se importar com os baru-lhinhos de seus fios se rompendo enquanto você drasticamente passa a escova neles. Depois não os culpe por não crescerem!

Para não errar nunca, os especia-listas fazem uma analogia muito interessante: Penteie seus cabelos como se estivesse engraxando seus sapatos! Se impuser força demais causará desgastes; engraxar superficialmente será o mesmo que nada; e, principalmente, se você não lustrá-los por completo, não obterá um bom resultado, certo?

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28 Revista Dinâmica

Chocolate, o rei do inverno

Clarissa Leal

Uma desculpa a mais para se deliciar neste inverno

O chocolate é um alimento proveniente das semen-tes de cacau torradas,

possuindo diversos sabores, formatos e texturas. Além de ser altamente calórico, é considerado por muitos um alimento “quente” tendo seu consumo bastante au-mentado nas estações mais frias.

Mas, por muito tempo, o chocolate esteve presente nas listas negras

das dietas saudáveis, não só por seu valor calórico altíssimo, mas também pelas grandes quantidades de açúcares e gorduras.

Estudos recentes com o cacau comprovaram seus benefícios para a saúde: este alimento protege o coração, ajuda a prevenir o diabete tipo 2, reforça as defesas do corpo e ainda auxilia no controle do apetite. Implicando assim, na saída do chocolate amargo (mais rico em cacau) da lista dos vilões e entrada em cena como o mais novo moci-

( COM ÁGUA NA BOCA )

nho do pedaço.

Para os amantes dessa iguaria, nada melhor que a chegada do inverno e dessas descobertas, para se ter uma desculpa a mais para se deliciar.

Juntando o saudável ao altamente palatável, duas receitinhas para espantar o friozinho e adoçar seu inverno sem culpa.

Bom apetite!

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Revista Dinâmica 29

Chocolate quenteIngredientes

500mL de leite desnatado

150g de cacau em pó

150g de chocolate amargo

50mL de rum

Canela em pó

Derreta o chocolate em banho maria. Leve o leite com o cacau ao fogo e deixe levantar fervura. Adicione o chocolate derretido e o rum e mis-ture bem. Sirva polvilhado com canela se desejar.

Modo de preparo

Bolo de ChocolateIngredientes 4 ovos (gemas e claras separadas)

2 xícaras de açúcar

2 xícaras de trigo

3 colheres de sopa de cacau em pó

1 xícara de leite

1 tablete de manteiga (100g)

1 colher de sopa de fermento químico

Recheio: Brigadeiro Especial

1 lata de leite condensado

1 barra de chocolate amargo (ou meio amargo)

1 ovo

Cobertura

1 barra de chocolate amargo (ou meio amargo)

400g de doce de leite tradicional

Bata as claras em neve bem firme, acrescente as gemas, o cacau e o açúcar, e, em seguida a farinha de trigo previamente peneirada.Leve o leite e a margarina ao fogo até ferver e a manteiga derreter. Junte à massa e acrescente o fermento. Misture bem.Pré-aqueça o forno. Asse em tabuleiro untado e enfarinhado por mais ou menos 30 minutos.Desenforme depois de frio.

Recheio: Brigadeiro Especial

Derreta o chocolate em banho maria. Adicione ao leite condensado. Bata o ovo num prato e adicione à mistura. Leve ao fogo baixo e cozi-nhe até soltar do fundo.

Cobertura

Derreta o chocolate em banho maria. Misture ao doce de leite.

Modo de preparo

( Com Água na Boca )

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Bonsucesso Comunicação: “nós inventamos o pingo no “S””

Ou você acha que só o “i” e o “j” tinham pingo? Então você acha que já sabe tudo?

Lógico que não! E nós também! Mas fazemos de tudo para ir além. Tudo com liber-

dade e criatividade.

Nossa missão

Levar sua marca a um novo patamar, através de estudos e utilização de diferentes

meios, como a criação de web sites, desenvolvimento de identidade visual, material

gráfico e audiovisual, facilitando o processo de comunicação entre empresa e cliente.

Além disso, fazer parcerias com empresas que não tenham um setor de criação

formado, mas que queiram atrair clientes em potencial e produzir trabalhos na área

de design e publicidade.

Nossos serviços

Trabalhamos com mídia impressa, criação de peças gráficas para revistas, outdoors,

comunicação visual e diagramação. Fora do papel trabalhamos com criação de sites

dinâmicos, hotsites e conteúdo multimídia. E, finalmente, criamos conteúdo audiovi-

sual, que vai desde peças publicitárias para TV até produção de documentários e

vídeos musicais.

3. O pingo no “S”

Então, basicamente temos:

...E você achando que a vida era difícil.

1.

2.

+55 21 2425-2843 | [email protected] | www.bscomunicacao.com.br