revista dinâmica | edição 17

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Revista brasileira de variedades.

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Editorial

Colaboradores

Crônicas e Contos E por falar em leitura...

Educação e Formação Dificuldade na aprendizagem: a dor que não cessa

Mitologia Encontro com a Sereia

Embates e Debates Outros setembros

Fazendo Direito Falando muito e dizendo pouco

Imagem e Ação Brigas (de todos os tipos) na TV

MP2 Eles estão entre nós

Saúde e Beleza Um mel de tesouro

Com Água na Boca Mel: o protagonista desta edição

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( ÍNDICE )

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4 Revista Dinâmica

Amigos Leitores

Num país de tantas belezas naturais, tantas riquezas minerais, clima ameno e grande variedade de solo que favorece ao plantio de quase tudo, temos que conviver

com a vergonha.

Sim, conviver com a vergonha do que fazem muitos de nossos políticos, com as leis elaboradas em proveito

próprio, a prática do nepotismo, mesmo declarado ilegal, saindo aos borbotões pelos atos secretos e outros não

tanto. A bárbarie choca nossos sentimentos diariamente.

Desta edição em diante, o Editorial será sobre as Políticas Públicas: aquelas que fazem o seu alimento chegar mais

caro à sua mesa, sobem os preços dos combustíveis quan-do anunciam em alto e bom som que o Pré-Sal já está

extraindo petroléo com tecnologia só existente no Brasil.

Amigos, sofremos com a insegurança, com a falta de alimentos para todos, falta de habitação com dignidade, atendimento à saúde, os desmandos dos Planos de Saú-

de.

Tudo tem um início e um final. Pergunta-se, quando será que o povo brasileiro irá colocar um final nesses

desmandos?

O ano de 2010 está se aproximando. Somos leitores desta revista porque temos, entre outras caraterísticas, a capa-

cidade da crítica. Vamos conversar com as pessoas que votam por votar, sem ter idéia de que é o seu voto que

ajuda a perpetuar tanta desgraça.

Encerro este editorial com os versos de Rui Barbosa, imor-tal brasileiro, que há mais de cem anos, escrevia o que nos

parece ser tão atual:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,

o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra,

a ter vergonha de ser honesto.”

Boa leitura! Tereza Machado

( EDITORIAL )Diretora de redaçãoTereza Machado

Redatora-chefeFernanda Machado

Diretor de arteChris Lopo

EditoresChris Lopo, Fernanda Machado e Tereza Machado

Projeto gráficoBonsucesso Comunicação

DiagramaçãoChris Lopo

Jornalista responsávelThiago Lucas

Imagens não creditadasGetty Images

Projeto inicialAntônio Poeta

[email protected]

O conteúdo das matériasassinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.

Site www.revistadinamica.com

[email protected]

Próxima edição02 de setembro de 2009

( EXPEDIENTE )

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Revista Dinâmica 5

Mario Nitsche([email protected])Curitibano, dentista por profissão, filósofo por opção. Publicou o livro Descanso do Homem em novembro de 2005.

Liz Motta([email protected])Baiana e historiadora. Especialista em políticas públicas, produz artigos sobre violência contra a mulher.

Liana Dantas (de férias)([email protected])Carioca. Estudante de jornalismo. Começou cursando Letras e hoje pensa na possibilidade de vender cosméticos.

Fernanda Machado([email protected])Carioca. Cientista da computação e apaixonada por design. Trabalha em sua própria empresa de comunicação.

Kiko Mourão([email protected])Mineiro de Belo Horizonte. Estudante de direito. Além de fazer estágio na área também trabalha com sua maior paixão: a música.

Tereza Machado([email protected])Cearense. Professora universitária, psicopedagoga e consultora educacional.

Chris Lopo([email protected])Gaúcho. Trabalha com web design desde 1997. Hoje é, além de web designer, designer gráfico, ilustrador e tenta emplacar sua banda de rock.

Priscila Leal([email protected])Carioca. Atriz e estudante de danças. Apaixonada pelo estudo da filosofia, da anatomia humana e de tudo que constitua o ser humano e suas possibilidades de expressão.

( COLABORADORES )

Clarissa Leal([email protected])Carioca. Biomédica apaixonada por leitura, teatro, cinema e boa comida. Amante das Ciências da Saúde, estuda para Mestrado em Biofísica.

Leila Mendes([email protected])Carioca. Professora, Psicopedagoga e Mestre em Educação.

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6 Revista Dinâmica

Leila Mendes

Eu gostaria de escrever sobre a leitura. Um tema que vem me roubando o pouco de

tempo que sobra. Leio sobre a leitura e leio alguns títulos que, recomendados pelos autores dos livros que leio, e pelos professores que tenho, me per-mitem viajar para longe. Só nesta semana estive na Argélia, na França e na Espanha. Não agora, em 2009, no passado ou em alguma época que jamais existiu. Conheci o dia a dia de uma família que morou anos na Argélia, através do romance autobiográfico de Albert Camus: “O primeiro homem”.Mas, não são só os espaços que acabam por nos parecer familiar, também os personagens com suas angústias, sofrimentos, modos de ser, terminam por fazer com que a gente se sinta muito próximo deles e perceba o quanto temos em comum. No caso de um romance autobiográfico, também nos é possibilitado um encontro com a nossa infância ao depararmo-nos

com a infância do prota-gonista. Essa visita a nós mesmos, suscitada pelo outro, nos acorda ou nos desperta para lembranças muitas vezes adormeci-das, semi-inconscientes, que talvez nunca tivés-semos a possibilidade de lembrar se não nos identificássemos com àquela infância descrita pelo autor, ou, ao contrá-rio, nos déssemos conta do quanto nossa experiência infantil foi diferente, podendo reconhecer e agradecer pela feli-cidade vivida ou pela experiência que, de alguma forma contribuiu para nossa vida.Por outro lado, alguns persona-gens nos surpreendem tanto que chegamos mesmo a ficar irritados, com raiva deles. Há também os de mistério. Em “A sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, tudo parece envolto num grande mistério, fazendo com que a gente não queira parar de ler. Um livro que se descobre raro, uma moça que

( CRÔNICAS E CONTOS )

Um ensaio de como um assunto puxa o outro

E por falar em leitura...

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Revista Dinâmica 7

aos olhos de um menino parece de outro mundo, colecionadores de livros, lugares secretos, bibliotecas centenárias. Também alguns livros nos permi-tem refletir sobre a vida. É o que aconteceu com um livro que uma moça, muito viva, me emprestou. Ela, que participa de um grupo que faz um curso comigo, trouxe-me o livro. Alguma coisa que eu falara, fê-la pensar especificamente num

capítulo do livro “ABeCe-dário de criação filo-

sófica”, organizado por Walter Kogan

e Ingrid Xavier, intitulado:

“Janela”, assinado por Bernardina Leal. O texto, instigante nos leva a refletir sobre àquilo que vemos, sobre àquilo que olhamos e não vemos e sobre àquilo que de certa forma não queremos ver. Rapida-mente, fiz links! Um, diretamente com um trecho do livro “O mundo de Sofia”, que cito abaixo:Para as crianças, o mundo – e tudo o que há nele – é uma coisa nova; algo que desperta a admiração. Nem todos os adultos veem a coisa dessa forma. A maioria deles vivencia o mundo como uma coisa absolutamente normal.E precisamente neste ponto é que os filósofos constituem uma louvá-

vel exceção. Um filósofo nunca é

capaz de se habituar completamente com

este mundo. Para ele ou para ela o mundo continua

a ter algo de incompreensível, algo até de enigmático, de secre-

to. Os filósofos e as crianças têm, portanto, uma importante caracte-rística comum. Podemos dizer que um filósofo permanece a sua vida toda tão receptivo e sensível às coisas quanto um bebê.Para explicar o link que fiz, ime-diatamente faço outro. (Isto está virando um verdadeiro hipertex-to!) Não pude deixar de lembrar-me de Durkheim. Atualmente, meio esquecido fora dos cursos de sociologia. Durkheim diz que, ao nascer, sendo membros de uma determinada cultura, é como se recebêssemos uns óculos. Esses óculos só permitem que você veja e entenda um determinado padrão de conduta, linguagem, pensamen-to. Assim, quando crianças, ainda não totalmente aculturados, nos surpreendemos com muitas coisas,

mas depois de adultos, nossos óculos acabam por impedir-nos de ver o mundo. Na verdade, nossas janelas, não são só nossos olhos mas a forma com que, de certa forma, condicionaram nosso pensamento. Ficamos, dessa assim vendo o mundo através de janelas que se abrem e se fecham... o filme “Janelas da Alma” também toca no tema.Nesse mesmo livro, um outro arti-go: “Espelho”de Mário Bruno, me chamou a atenção. Uma epígrafe de Caetano Veloso encabeça o texto:“Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rostoChamei de mau gosto o que vi de mau gosto, mau gostoÉ que Narciso acha feio o que não é espelhoE a mente apavora o que ainda não é mesmo velho”Foi impossível não lembrar Macha-do! No seu conto “O Espelho” ele transforma em história todo esse paradoxo da relação do homem consigo e ao mesmo tempo com o outro. Quem sou eu? Até que pon-to eu sou o que sou? Até que ponto me fizeram ser o que sou? Sou eu no outro? Sou o outro em mim? Nesse mesmo artigo, o autor cita uma frase de Roland Barthes: “Eu nunca me pareço comigo.” Que na verdade é interpretada como uma impossibilidade de falar de si. Quantas divagações! Bem, vol-tando lá no início, eu disse que gostaria de falar de leitura. Por que gostaria? Por que pretendia falar de outra coisa. Queria escrever sobre as relações, por isso o verbo no imperfeito... mas acho que acabei me estendendo mais do que devia e assim o tema que eu pretendia abordar fica para uma próxima!

( Crônicas e Contos )

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8 Revista Dinâmica

Tereza Machado

Escrevo para algumas revis-tas digitais, além da Revista Dinâmica.

Fico admirada que um texto escrito há mais de um ano, em maio de 2008, ainda tenha leitores e comentários: Dificuldades de Aprendizagem na Infância.

Por esses dias, recebi o aviso de que havia um comentário. Sucinto:

“Meu filho tem dificuldades na aprendizagem desde a infância. Hoje ele tem 18 anos e não consigo tratamento pra ele aqui em salva-dor por causa da idade”.

Este depoimento me sensibili-zou, por um processo de empatia coloquei-me no lugar desta mãe que com seu filho quase adulto e ainda não encontrou o caminho da solução desse problema. Releiam, ela nem mais reclama, nem pede mais ajuda, apenas diz que por

causa da idade não consegue mais tratamento. Que tristeza ler isso como educadora.

Respondi a ela: “Prezada Senhora, obrigada por compartilhar com os leitores da revista o seu problema.

Dificuldades de aprendizagem têm várias origens. Se seu filho fosse ainda uma criança, diria que o pe-diatra de confiança seria o primeiro especialista a ser consultado. Após o pediatra, teríamos um grande

( EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO )

O que o poder Público pode destinar de verbas para organizar salas mais atraentes, com profissionais mais preparados para lidar com

as dificuldades de aprendizagem?

Dificuldade na aprendizagem: a dor que não cessa

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Revista Dinâmica 9

( Educação e Formação )leque de especialistas que pode-riam fazer um diagnóstico multi-disciplinar, cada um contribuindo com o seu conhecimento sobre a dificuldade de seu filho.

Alguns casos são relativamente fáceis, embora preocupantes: pro-blemas na visão ou na audição não permitem que a criança tenha seus sentidos por inteiro no processo de aprendizagem.

Há problemas mais sérios, embora com tratamentos: dislexia, dislalia, discalculia, desortografia, que são tratados com fonoaudiólogas , podendo o tratamento ser em con-junto com os psicopedagogos.

Há alguns transtornos mais conhe-cidos atualmente, como a hipe-ratividade, bipolaridade e outros. Nesses casos, um bom neurologis-ta é capaz de fazer um diagnóstico preciso. Temos, ainda , casos de desvios de comportamento, que são atendidos pelos psicólogos.

Gostaria que não perdesse a espe-rança. Mesmo já no fim da adoles-cência, esses profissionais podem ser consultados. Salvador é uma capital que possui recursos para esses casos.

Tente, nunca se abata pelas dificul-dades encontradas.

Principalmente, seja afetiva com seu filho, ame-o muito e diga isso a ele, que seu amor não depende de sua aprendizagem.

O lado afetivo contribui muito para a melhora dos sintomas.

Obrigada por me escrever.

Grande abraço,

Tereza Machado”

Mesmo assim, não me dei por satisfeita. Essa mãe sofre o que inú-meras outras sofrem e não sabem a que recorrer. Que vontade de ter um programa de rádio para conver-sar com elas sobre os problemas de seus filhos. Não sou uma autorida-de no assunto, não sou famosa, não tenho ainda livros editados. O que sou, o que posso oferecer? Como contribuir? Trabalho no Magisté-rio por mais de trinta e cinco anos, tendo ocupado diversas funções, docente (atualmente), coordena-dora, diretora de escola. Fiz vários cursos, buscando maior conheci-mento para tais problemas, pro-fessora de português, pedagogia, psicopedagogia, mestre em edu-cação, especialista em educação a distância e agora doutoranda, em regime especial, em Língua Por-tuguesa. Tenho muito amor pelo magistério, muita sintonia com famílias que tenham crianças com necessidades especiais, um carinho muito grande pelas crianças que sofrem por não entenderem qual o motivo dos coleguinhas apren-derem e eles não. Conversar com essas crianças, com essas mães, é um dos caminhos que sempre abro quando alguém se aproxima com esse tipo de questionamento. Mui-tas vezes falta apenas uma orien-tação, o apontar de um caminho a percorrer. Muitas nem desconfiam que haja um diagnóstico a ser feito e que há muitos profissionais pron-tos para ajudarem.

Vítimas de um rótulo preconcei-tuoso de “poucos-inteligentes”, dado por alguns, muitas crianças passam a ser desafiadoras, brigam por qualquer coisa, preferem ser

conhecidas pela má conduta como aluno do que ser apontado pela não-aprendizagem, cansados de serem os “coitadinhos” que não aprendem.

Existe estatística sobre o número de crianças que têm dificuldades de aprendizagem? Será que estarão engrossando os dados de péssimo rendimento por uma metodologia ineficaz, já que fazem a mesma prova das crianças que não têm dificuldades? Será que tantas mudanças propostas não surtem efeitos porque as autoridades tentam apenas um atendimento de emergência, a inclusão “pela matrícula” nas escolas do siste-ma público? Estas crianças serão atendidas como devem? Pergunto se todas serão, por que o que se comprova é que não há professores em número suficiente para essas crianças, há professores itinerantes, que atendem a mais de uma escola e as crianças são enturmadas sem um preparo mais adequado.

O que se constata é que turmas de crianças com aprendizagem “nor-mal” decaem de desenvolvimento porque têm cinco, seis colegas “enturmados” com o mesmo trata-mento reservado aos demais.

Todos abemos que essas crianças precisam muito do relacionamento com todas as crianças, que não procede o fato de separá-las em turmas especiais, a não ser em casos mais graves.

Entretanto, sabe-se, também, que essas crianças precisam de um aporte que somente o magisté-rio não é capaz, porque não se especializou em psicopedagogia, fonoaudiologia, psicologia, neuro-

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10 Revista Dinâmica

logia, psiquiatria, fisioterapia, entre outras especialidades. O professor é especializado no magistério, ministrar aulas. Não cobrem além de sua formação.

Como professora de ensino supe-rior de formação de professores, diariamente, defronto-me com alunos ansiosos, porque não sabem lidar com crianças que tenham dificuldades de aprendizagem, principalmente quando essa já vem associada a distúrbio de compor-tamento.

O que fazer com essas crianças? O que fazer com esses Professores? O que dizer a estas famílias?

O que o poder Público pode des-tinar de verbas para organizar salas mais atraentes, com profissionais mais preparados para lidar com as dificuldades de aprendizagem? Trabalhar na prática o que na Teo-ria se proclama, equipes multidis-ciplinares para acompanhamentos mais completos.

Não sou política, até já quiseram me ver candidata à deputada estadual, mas se fosse, com certeza, essa seria a minha bandeira: a luta por uma dignidade maior e aten-dimento eficiente para crianças e famílias que têm filhos portadores de dificuldades de aprendizagem.

Caro leitor, mais que um artigo este foi um desabafo do que vivo nos bastidores da educação.

Aqui na Revista Dinâmica também há a possibilidade de enviar seus comentários. Respondo a todos: <[email protected]>

( Educação e Formação )

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Encontro com a Sereia

Mário Nitsche

Na Ilha do Mel, Ella reaparece para mais um bate-papo

Ilha do Mel, Praia Grande sentido Prainhas. A vi. Ella Sorria e em volta do sorriso os

cabelos longos enfeitavam o rosto belo e nobre e se espalhavam pelo corpo dela. Ella gritou acima do som do mar.

- Oi Mário! Tudo bem? - Tudo sim, Ella. E você? - Ótima!

Percebi uma levíssima inquietação no seu espírito. Ela continuava no mar dançando guiada pelas ondas.

- Venha aqui, Mario. - Aí? - Sim. Aqui.

Um frio correu pelo meu corpo. Dei uns passos. Parei. Olhei para a direção oposta. Pensei na mochila às minhas costas. Ella se aproxi-mou mais.

- Você é viciado em mochilas? - Sou. É bom, sabe. Tem vícios que engordam, que a polícia não deixa. A mochila é útil e não tem contra-indicação. - Engraçadinho... venha... aqui!

Um comando inequívoco em voz suave. Calafrio. Na vegetação à beira da praia, tirei a mochila o tênis e a camiseta. Escondi tudo. Entrei na água. Senti-me ridículo e com medo. Ella sorria séria. Há um momento onde não se volta. Estávamos frente a frente e o nível

do mar acima do meu estômago.

- Aqui... estou! - Ela sorriu longa-mente. - Hoje vamos dar uma volta – disse numa aura de mistério. - Sou louco por um bom passeio - falei procurando esconder o medo.

Num instante Ella estava ao meu lado, abraçou-me e antes que o mar nos engolfasse ouvi sua voz dentro de mim dizendo: “respire”.

Uma confusão veio com choque da mudança de mundos e decidi – eu tinha que... respirar. Coisa impres-sionante. Deu! Eu respirava, pô; mas logo perdi o fôlego no mar! O mar é uma dimensão e só pensa-mos que ele é o mar. O mar é um

( MITOLOGIA )

Revista Dinâmica 11

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mundo como mundos que existem em outros mundos.

O silêncio, grandeza e suavidade dos gestos e movimentos: uma dança. No mar se dança... Cores e a luz do sol casando com a água no leito eterno. Ella nadava suave e rápida. Alguns cações enormes se aproximavam, mas ficavam a uma distância segura e percebi que eles a temiam. O braço que me segura-va pela cintura era bonito, tornea-do... e com uma força assustadora.

Descobri que estávamos passeando na Baia de Paranaguá. Uma laje surgiu à distância e veio vindo com o nosso movimento. Ladeamos o gigante de pedra e logo depois vi um lençol de areia.

- Olhe - disse Ella, mostrando com o olhar algo à nossa direita próxi-ma à laje.

Fiquei assombrado: um naufrágio! Uma nau de dois mastros descan-sava no túmulo de água em meio ao silêncio. Mais próximo li o nome: Louise.

- Que nome bonito, Ella! - Um navio pirata - falou Ella. Gente feroz. Num dia chamado HOJE, há uns trezentos anos afun-dou aqui. Tem um tesouro, sim... você não precisa dele. Temos um encontro importante. Vamos.

Chegamos a um ponto onde uma rocha imensa subia como uma es-carpa. Grandes pedras faziam parte dela com fendas e sombras enfeita-das pela água e luz. À direita o fun-do do mar subia virando uma praia e começava uma ilha. A ponta da escarpa saia além da superfície de mar. No fundo, na base do roche-

do, a enorme e escura entrada de uma caverna... E estávamos indo para lá!

O medo é estranho e naque-le momento era nobre. Mexia profundamente com as emoções, coração e músculos, mas anelava por coragem. Numa fração de segundo quase entrei em pânico, sério! Queria me livrar dElla e subir! O bom senso me disse que eram uns 30 metros até a superfí-cie e que nada no mundo poderia me livrar daquele braço bonito. O bom medo ajuda a tirar do fundo da gente doses de coragem para a circunstância em que estamos naquele “momentum”.

- Voltamos à Ilha do Mel. Lá em cima está o Farol das Conchas que você tanto gosta. Ele é o marco para o que está abaixo onde vamos encontrar um amigo. Você vai gostar dele. Ouça-o com atenção, certo? - Sim senhora. - Pare com isso. - Sim...

A caverna era iluminada por uma luz que vinha do todo. Concluí que a luz simplesmente existia. Os jogos de sombras e cores eram soberbos e produziam emoções variadas que iam do respeito a uma alegria total: risos, lágrimas ou êxtase. Lá na frente – e íamos bem pelo meio da caverna – vi um clarão arredondado no teto como uma lua. Era lá.

Chegamos e subimos para a luz. Saímos num lago dentro de uma câmara enorme mais iluminada e tinha ar! As paredes brilhavam e estavam repletas de plantas e mus-gos com cores puras.

- É um canteiro - disse Ella - Há uma imensidão de jardins assim pelo mundo e florestas. Um dia a terra e o mar vão ser replantados! Vou dar uma olhada e falar com elas.

Ella deixou-me na praia e saiu flutuando em direção às paredes do espaço onde começou a falar e cantar para as plantas.

Virei-me e um pouco à esquerda vi um homem. Minha altura. Parecia muito forte e inspirava temor e confiança. Olhava-me.

- Demorei?- Perguntei. - Não. Não costumo marcar um encontro com hora marcada. Com-bino dentro de um tempo. Está no tempo. Fez boa viagem? - Indescritível. Só faltava isso na minha vida... - Não viu nada ainda. Meu nome é Marte. Sou um deus. - E eu um ser humano. Prazer. - Sente-se.

Sentei-me numa pedra. Ele con-tinuava me perscrutando e vi que ouvia o que eu pensava.

Sorri. - Precisamos aprender a pensar na presença de vocês. - É verdade. Vocês têm um hiato entre o que pensam e falam. Pen-sam o teórico o ouvido daqui e dali ou o emprestado de outros; falam demais se justificando, ou daquilo que temem. Falam e para externar emoções. Dois mundos num só corpo. Meneou a cabeça. -Vocês são doentes. - Assim parece! - Tenho um assunto a expor e depois quero o seu conselho. E isso por que você é um cara comum. Ser comum é muito importante.

( Mitologia )

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Revista Dinâmica 13

São raras as pessoas comuns. - Obrigado. - Sou um deus, mas estou com o saco cheio em ser um deus, sacou?

Ele parou para estudar a minha reação. Eu o ouvia inteiramente. Marte continuou.

- Há milhares de anos cumpro a minha função. Há outros deuses com características diversas e influências outras. Justiça, bele-za, medicina, cultura, sabedoria. Estávamos juntos para agir melhor, com mais propriedade e ensinar vocês. Entende? - Entendo. Sempre imaginei o quadro assim. - O motivo da minha demissão da função é simples. Junto com os meus colegas tudo que fazíamos eram reuniões. Virou fofoca e nun-ca conseguimos concordar numa linha de ação que ajudasse. Brigas com relação ao modo de fazer e cada um fechava-se dentro das suas características. Pegamos o péssimo hábito de falar uns dos outros o que passou a vocês. O nosso ruim somou-se ao pior de vocês! - Chocante - exclamei. Ele conti-nuou. - Resolvi fazer a minha influência do modo que sei e gosto. Nesses últimos milhares de anos trabalhei demais. Cansei até, cara. Recen-temente descobri que na falta dos dons e talentos dos outros deuses - que estão ainda falando e discutin-do -, o que de melhor ofereci virou um desastre! Minha arte, a guerra, uma arte nobre, digna... virou uma carnificina descontrolada e sem ética e único meio de estabelecer o poder de poucos. E vai ser o fim de vocês. Que saco! – Ele levantou-se muito puto da vida - Sabe que lá no

Olimpo agora estão me acusando disso! Qual é, pô? E o pepino é a falta de cada um deles no esforço para servir, Isso sim! - Posso perguntar o que você está fazendo hoje? - Estou segurando muita coisa. Evitando muitos conflitos e quan-do eles ocorrem busco nos campos de batalha pessoas íntegras para ou salvá-las ou ajudá-las a morrer com honra. - Impressionante...

Fiquei um tempo pensando e perguntei:

- Marte, ao que você gostaria de dedicar-se? - Aqui entramos no conselho que quero ouvir! Sugira.

Pensei um bom tempo.

- Tudo bem. Uma idéia. Segundo Ovídio você é filho de Juno e de um princípio vindo da própria natureza e não de Júpiter... - Ele acertou. Muitos disseram burrice demais a meu respeito. Debilóides! - ...Então considere a possibilidade de ir, por exemplo, para o coração da Floresta Amazônica. Ver, intera-gir com a vida lá e, principalmente protegê-la. Vamos detonar aquela maravilhosa floresta e bem logo! Ou uma outra floresta...

Ele sorriu.

- A idéia é boa e posso ajudar mais lá do que no meio de vocês! Vou pensar sim. Só que terei que aban-donar muito do que estou seguran-do. O seu Jornal Nacional vai dar notícias chocantes... - Não vejo o Jornal Nacional mesmo. Garoto não se estresse!

Você fez bem o seu trabalho. Todos entendem que há uma grande crise se aproximando! Mas há coisas que vocês não sabem... - Que coisas? - O óbvio, o simples! Um dia fala-remos mais.

Ella já estava atrás de mim a um bom tempo. O interessante é que mesmo à minha frente, Marte não falou ou deu qualquer sinal da presença dela. Eu a senti! A gente vai aprendendo.

Ella tocou de leve o meu ombro e disse: - Vamos?

Marte foi desaparecendo e sumiu. A mão dElla cingiu-me pela cintura e veio a água, a beleza da caverna e do mar.

Chegamos na Praia Grande. Um imenso cansaço e dormi horas. Minha mochila e tênis estavam ao meu lado quando acordei e Ella me olhava.

- Pode ir agora. Nos veremos logo. Cuide-se. Também vamos cuidar de você.

Dei um abraço nela e comecei a voltar vendo lá na frente o Morro do Farol e o Farol! A noite, na varanda da pousada com um cálice de vinho na mão, não conseguia tirar os olhos do Farol.

Eu o conhecia melhor naquele momento.

( Mitologia )

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Liz Motta

Outros setembrosEm setembro o Brasil comemora 187 anos da sua Independência, mas e o que mais?

Há exatos 187 anos o Brasil conquista-va sua emancipação

desvinculando-se de suas obri-gações políticas com Portugal. A independência brasileira foi um processo longo e polêmico, cheio de conchavos e intrigas, heroísmos duvidosos e mitos conveniente-mente construídos. Apesar das controvérsias a história se fez, ou melhor, foi contada e escrita em seus anais.

O Brasil é assim mesmo, contro-

verso em sua cepa. O ritmo aqui é do 8 ou 80, ou paga o pato que não comeu ou come calado e arrota na surdina. Setembro entra cheio de incertezas, pelo menos políticas e jurídicas. Será que o presidente do senado renuncia? E o “bispo” Edir Macedo, vai dar conta à justiça sobre suas falca-truas? A gripe suína vai continuar matando e o Governo insistirá em esconder os cadáveres no armário? Em setembro de 1822, D. Pedro tinha uma dúvida: independência ou morte – preferiu à primeira, óbvio. Eu teria feito o mesmo, afinal o “herói” da Independência

passou de simples príncipe regen-te para imperador quando fez sua opção e ainda salvou sua pele.

E quem não quer salvar a pele? José Sarney é um exemplo de resistência e tentativa de sobrevi-vência no cenário político brasilei-ro. Falem o que quiserem, mas o presidente do senado é uma vara de candeia – enverga, mas não quebra. É uma pessoa de muitos amigos – os mais fiéis, todos juram de pé junto que Sarney é um probo, incapaz de qualquer deso-nestidade e resumem suas defesas com a já tão cansativa frase: “tudo

( EMBATES E DEBATES )

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Revista Dinâmica 15

isso é intriga da oposição”. Diante de tanta veemência não é à toa que o senador continua senador e ocupando a cadeira da presidência da Casa. Quem dera D. Pedro ti-vesse amigos tão leais, com certeza teria evitado as insurreições antes, durante e após o processo de in-dependência. Bastava que envias-se uma simples missiva a cavalo para os líderes rebeldes dizendo: Estás me ofendendo, caro amigo. Esquecestes das promessas que te fiz? Recolhe tua arma e abraça este amigo que vos escreve. Assim que der cabo das contendas em tua região monta em teu cavalo e vem ao Rio, pernoita em meu palácio e então discutiremos teus hono-rários, ou melhor, teus préstimos. Tudo muito simples e civilizado, rápido e eficaz, mas parece que D. Pedro não era tão “enturmado” e por conta disso, teve que enfrentar um monte de lutas regionais.

Voltando a José Sarney, este sim é o cara. Tem amigos na situação e na oposição e até naqueles que se dizem neutros e ainda conta com as tecnologias de comunicação da contemporaneidade, basta um tele-fone e pronto, está tudo acertado;

Sarney é o caro, volto a dizer – um patriarca super preocupado com a família e até com os agregados da família, nem emprego ele deixa faltar para namorados de parentes. Nisso D. Pedro lembra o senador maranhense, segundo os anais históricos Pedro concedeu cargos administrativos ao pai e ao irmão da Marquesa de Santos, sua mais famosa amante. Não podemos ne-gar que ambos são boníssimos em se tratando da coisa pública.

Setembro chega com o peso dos meses antecedentes. Existe a espe-rança que neste mês o fundador da Igreja Universal e proprietário de 90% da Rede Record (os outros 10% pertencem a Ester Eunice Rangel Bezerra – sua esposa), o inabalável Edir Macedo, preste contas dos milhões que arreca-da anualmente dos incautos (e ingênuos) fiéis de sua igreja. Edir é outra figura rara, dono de uma cara de pau e de um carisma extremo, vende a salvação a peso de ouro e quem não puder pagar, segundo o próprio: “ou dá ou desce” – será que desce para o inferno? Cruz-credo! Edir Macedo também é o cara. Preocupa-se em pagar estudo

para os fiéis no intuito de aprovei-tá-los no quadro administrativo de suas empresas: funcionário bom é o funcionário temente a Deus (?). Dono de jatinhos, mansões, templos, contas em paraísos fiscais e carros, explica para todos que seu patrimônio (uma pequena parte que consta em seu nome) é pro-duto da fé; aliás, em seu site oficial ele deixa isso muito claro quando afirma que “a vida não depende de sorte, oportunidades, dinheiro ou mesmo estudo. A vida depende somente da fé”. Acho que sou uma mulher de pouca fé.

Pois é, setembro chega carrega-do de nuvens cinza; embora seja o primeiro mês da primavera, o clima anda pesado para os lados de Brasília e da Universal assim como há 187 anos também esquentou no Rio de Janeiro às vésperas da independência. Se formas puxar pela História, primavera mesmo, creio eu, nunca apareceu por aqui e os setembros sempre foram nebulosos.

Viva 7 de setembro. Viva o Brasil.

( Embates e Debates )

“(...) Aliás, em seu site oficial, ele deixa isso muito claro quando afirma que ‘a vida não depende de sorte, oportunidades, dinheiro ou mesmo

estudo. A vida depende somente da fé’. Acho que sou uma mulher de pouca fé.”

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16 Revista Dinâmica

Kiko Mourão

Não é raro encontrarmos pessoas dizendo que os estudantes do curso de

Direito são exibicionistas, chatos, formais, etc. Mesmo naquela sim-ples conversa de botequim, lá estão eles “falando difícil”. Mas esse con-ceito está ligado à linguagem extre-mamente rebuscada, até um pouco arcaica, utilizada pelo Direito. É o “falar difícil” dos termos técnicos, somado ao labirinto lingüístico criado pelos mais conservadores.

A constante utilização de um vocabulário complexo pode fazer sentido para quem tem na leitura e na escrita , mais sentido ainda para um operador do Direito, que convive diariamente com esse

vocabulário, mas, é como se fosse outro idioma para uma pessoa comum. E é importante destacar que, no Brasil, o hábito da leitura e da escrita não é comum, o que aumenta o número de pessoas que acabam por não entender nada que o Direito escreve.

A falta de entendimento, pelos leigos, dos escritos jurídicos gera um grande distanciamento entre justiça e público. Quando uma pes-soa qualquer lê uma sentença, por exemplo, tem a sensação de que a justiça é um ser divino e supremo e, por isso, intangível. O endeusa-mento da justiça por vezes deses-timula o andamento da mesma. As pessoas não sentem segurança ao terem a impressão de que estão diante de um deus que pode, ao

bel prazer, controlar e manipular o Direito.

Além disso, é importante ressal-tar que o Direito tem a intenção primeira de pacificar os proble-mas que ocorrem na sociedade, atribuindo a cada indivíduo seus direitos e deveres. Ou seja, o Direito lida, primeiramente com o público. Um público composto por operadores do Direito, por leigos, por pessoas simples e humildes. Sendo assim, os escritos jurídi-cos (no sentido de comunicação com o público) devem ser de fácil entendimento, livres do arcadismo presente na esmagadora maioria de sentenças m editais e afins. A lin-guagem extremamente complexa pode ser deixada para o ambiente acadêmico e para a comunicação

( FAZENDO DIREITO )

Falando muito e dizendo poucoA linguagem que causa desconexão entre justiça e público

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Revista Dinâmica 17

interna entre estudantes e pro-fissionais da área, em debates e outros eventos científicos.

Outro agravante da dificuldade de comunicação está no latinismo. O emprego exagerado de termos em latim e de expressões óbvias já foi definido por especialistas da área como deselegante. A utilização, por exemplo, de in casu ao invés de em caso. É claro que a utiliza-ção de um ou outro provérbio em latim dá uma característica muito mais estilosa ao texto. Entretanto, o latim não deve ser excessivo, nem redundante.

Há outros termos que acabam gerando complicações para os leigos. Fato verídico o do sujeito que chegou ao escritório do advo-gado querendo receber seu acerto trabalhista e dizendo que o pro-fissional estava mentindo quanto

( Fazendo Direito )ao andamento do processo. Ora, pelo que o cliente vira na internet, o processo estava concluso para despacho, trocando em miúdos, estava na sala do juiz, esperando pra que o mesmo falasse alguma coisa naquela ação. O cliente logo deduziu que CONCLUSO signifi-cava que a contenda judicial havia sido concluída.

Não que seja da alçada dos clientes investigar o andamento processual o dia inteiro, visto que, até segun-da ordem, o profissional terá uma conduta bastante ética. Entretanto, alguns clientes investigam e aca-bam traídos por confusões lingüís-ticas. Além disso, em uma sentença com abuso de termos técnicos, por exemplo, o cliente jamais saberá se o advogado “traduz” para ele exatamente o que aconteceu ou se, de algum modo, tenta levar alguma vantagem.

É imprescindível estabelecer a diferença entre uma linguagem acessível e uma linguagem chula. É óbvio que os vícios do “internetês” e outros fenômenos lingüísticos, como gírias e palavrões, devem ser deixados de fora. A mudança deve consistir em tornar os escritos ju-rídicos mais acessíveis ao público, quebrando a resistência da maioria dos operadores do Direito.

É preciso entender que o bom discurso não é aquele que conta com palavras bonitas e complexas. Tampouco aquele que conta com um emaranhado dessas palavras, cuidadosamente entrelaçadas em uma teia ininteligível. O bom dis-curso é aquele que se faz entender pelo público ao qual se dirige. A linguagem deve ser aproximação, jamais afastamento entre as pesso-as e a justiça.

“É preciso entender que o bom discurso não é aquele que conta com palavras vonitas e complexas. (...) O. bom discurso é aquele que se faz

entender pelo público ao qual se dirige.”

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atinja seu alvo.

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Revista Dinâmica: um novo conceito em informação e conhecimento.

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Revista Dinâmica 19

Fernanda Machado

Um canal de TV brasileiro que se preze tem que ter, em sua programação,

ofensas verbais e pancadaria. Esse tipo de cena pode parecer forte e causar desconforto para alguns, mas a verdade é que, independente de ser real ou ficção, o povo tem curiosidade em saber mais sobre os bastidores de atos desse tipo.

Para alegria de grande parte da nação, tivemos, no ultimo mês, grandes exemplos do que foi expressado anteriormente: brigas na novela “Caminho das Índias”, da Rede Globo, brigas no Senado Federal, gravadas pela TV Senado e veiculadas em diferentes canais de TV e, finalmente, Xuxa brigan-do com seus seguidores no Twitter,

sistema de microblog. Este fato, apesar de não ter acontecido na frente das câmeras, foi altamente divulgado em diferentes formas de mídia e sua protagonista é uma apresentadora de grande sucesso.

Começando pelo primeiro exemplo, podemos perceber que praticamente toda novela das 8, desenvolvida pela Rede Globo, possui alguma cena de pancadaria ou briga homérica. Só para ilustrar, acredito que todos que assistem esses programas lembram da Malu Mader e Cláudia Abreu despejan-do tapas e puxões de cabelo dentro do banheiro, na novela Celebri-dade. Exibida em horário nobre, as brigas fictícias dão o que falar. Afinal, quem é noveleiro acaba por ficar do lado de uma das persona-gens participantes do drama. E isso gera muito pano para manga!

E em “Caminho das Índias”, não foi diferente. Aliás, tivemos duas brigas entre personagens. Uma entre vilã (Yvone – Letícia Saba-tella) e vítima de tentativa de golpe (Melissa – Christiane Torloni) e outra, entre esposa infiel (Normi-nha – Dira Paes) e marido traído (Abel – Anderson Müller). Nessas duas circunstâncias, o natural é que os telespectadores fiquem do lado da vítima, certo? Nem sem-pre. Existem algumas questões que precisam ser discutidas.

No primeiro caso, quem apanha é a vilã e quem bate é a vítima de tentativa de golpe anterior. Assim, há uma inversão de papéis, que aparenta ser um tipo de “justiça feita com as próprias mãos”. Como quem apanha também pode ser considerada uma vítima, indepen-dente de seu histórico, a história

( IMAGEM E AÇÃO )

Brigas (de todos os tipos) na TVO alimento desse tipo de pauta é a própria curiosidade do povo?

{Aviso aos leitores: Liana Dantas, colunista da Revista Dinâmica, está de férias até dezembro. Fernanda Machado fica no comando da coluna “Imagem e Ação” durante este periodo.

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20 Revista Dinâmica

( Imagem e Ação )muda de figura. Yvone, que é uma das vilãs da história de Glória Perez, nesta cena pode sensibilizar alguns noveleiros, simplesmen-te porque apanhou e ficou com hematomas. Mas o senso de justiça dos mesmos fará com que a maio-ria fique a favor de quem bateu. Neste caso, quem bate pode não saber por quê está batendo, mas quem apanha sabe o motivo.

O segundo caso é mais simples de ser analisado, porque, geralmente, as pessoas tendem a se colocar no lugar da pessoa traída e sempre torce para que a mesma tome uma atitude, para quebrar o ciclo de mentiras e traição. Assim, na gran-de cena, o marido de Norminha a acha em uma festa, beijando outro homem. Então, o marido, inicial-mente interpretado de um jeito inocente e até abobalhado, muda de atitude e toma satisfação com sua mulher. Apesar de Norminha ser a vítima neste caso específico, porque apanhou, o marido ganha a simpatia do público porque co-locou um ponto talvez final, talvez não, no histórico de traição de sua mulher.

Continuando nesta linha de ra-ciocínio, partimos para a política brasileira. Sim, todos nós morre-mos de vergonha da corrupção que assola Brasília, através dos politicos em quais depositamos esperança de mudanças e de um país melhor. No entanto, mesmo que a histó-ria dos escândalos envolvendo o presidente do Senado, José Sarney, tenha acabado em pizza, as cenas de brigas entre politicos ficarão na memória de muitos.

Pedro Simon pedindo o afasta-mento de Sarney diferentes vezes

no plenário acabou por irritar Fer-nando Collor e Renan Calheiros, que partiram para cima do senador do PMDB. “Vossa Excelência” virou, de certa forma, uma expres-são de baixo calão, pela entonação dos politicos na hora de se dirigir aos outros presentes na Câmara. Mesmo com provas de que Sarney sabia de atos secretos, a defesa foi feita e Pedro Simon continuou a pedir a renúncia de Sarney. Edu-ardo Suplicy também entrou na briga, dando um cartão vermelho simbólico ao presidente do Sena-do. E tudo isso foi veiculado pelas principais emissoras de TV do Brasil.

Sim, o PT acabou com a história e com as acusações, mas as brigas fo-ram boas o desejo de mudança de muitos foi renovado, pelo menos até as próximas eleições.

E, por ultimo, vamos falar um pou-co de Xuxa, estrela de desenten-dimentos na principal ferramenta de microblogs, o Twitter. Cada vez mais, artistas e pessoas do ramo do entretenimento estão “twittando sobre diversos assuntos e entrando em contato com fãs. Xuxa, que não é boba, resolveu entrar na onda.

Esquecendo de regras de Netique-ta (ou de repente nunca ouviu falar disso), Xuxa escrevia frases e mais frases em caixa alta. TODO MUN-DO SABE QUE ISSO QUER DI-ZER “GRITAR”, NÉ? Pois é. Para Xuxa, isso é apenas seu jeitinho. Mas resolveu mudar por causa das reclamações e puxões de orelha.

Mas a história não termina por aqui. Sasha, filha da “Rainha”, resolveu entrar na moda e escreveu uma mensagem através do Twitter

de sua mãe. Sua mensagem conti-nua uma palavra que acabou com a paz de Xuxa: “sena”. No contexto da frase, que já deve ter sido apa-gada, Sasha quis escrever a palavra “cena”. Este erro de Português deixou o povo twitteiro à mil!

Então chegamos na última briga do mês. Xuxa bateu boca com os fãs, seguidores e curiosos de plantão, chegando a esboçar o que era um palavrão. Xuxa, Rainha dos Baixi-nhos, escrevendo um palavrão para todo mundo ver? A mesma que vai interpretar uma princesa no cinema?

Bom, depois dessa, ela resolveu abandonar o Twitter, por enquan-to. Esse caso serviu de lição: a Internet não tem a censura de as-sessores de imprensa e secretários. Na Internet, tudo pode ser dito, inclusive para a Rainha.

Será que teremos mais brigas em setembro?

Observação: Depois de 20 anos de SBT, Gugu Liberato estreou novo programa (no formato antigo, que o consa-grou) na Record. Isso é assunto para a próxima edição. Até lá!

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Revista Dinâmica 21

O mercado fonográfico mudou radicalmente nos últimos anos. O que

anteriormente era feito através de fitas cassete entre pequenos grupos, hoje se tornou uma cultura mundial: a troca de arquivos. Com o surgimento das fitas K7 a mídia entrou em alvoroço porque nin-guém mais iria comprar discos, e sim apenas copiar. Isso também foi visto no mercado cinematográfico com o lançamento das fitas VHS: ninguém mais vai ao cinema! As salas vão fechar! E não foi bem isso o que aconteceu.

Com as ameaças de programas de trocas de arquivos, alguns músi-cos acharam um outro nicho para sustentar sua profissão: o licencia-mento de músicas. Mas o quê vem a ser isso?

Imagine que você tem ideias para músicas, tem um computador ra-zoável, compra uma guitarra e um teclado MIDI, começa a gravar e tem ótimas composições que cabe-riam perfeitamente em um trailer do Homem de Ferro ou Batman. A pergunta fica: por quê ele não está lá? Antigamente esse contato ficava

Chris Lopo

Eles estão entre nós

( MP2 )

Você já ouviu, provavelmente gostou, mas quando alguém pergunta, você acha que não conhece

Aviso aos leitores: Liana Dantas, colunista da Revista Dinâmica, está de férias até dezembro. Chris Lopo fica no comando da coluna “MP2” durante este periodo.{

Klayton, do Celldweller

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22 Revista Dinâmica

( MP2 )a cargo das gravadoras, que detiam os direitos das músicas e, conse-quentemente, apenas eles pode-riam fechar este acordo. Hoje, com o mercado independente, qualquer pessoa pode estar nas telas gran-des, mesmo que seja um músico de final de semana, mas que tenha músicas boas.

Um bom exemplo de quem sabe explorar esse nicho é o músico americano Klayton Scott, mundial-mente conhecido como Celldwel-ler. Você pode achar que nunca ouviu uma música dele, mas tenho quase certeza que sim, você ouviu.

Suas músicas movimentam a ação dos trailers de Homem Aranha 3, Homem de Ferro, Speed Racer, Constantine, Sr. e Sra. Smith, O Vingador, The Spirit e Mulher Gato. Também aparecem nos jogos Need for Speed: Most Wanted, Enter the Matrix e Dance Dance Revolution Supernova 2 e em seriados de TV como SCI e Dirt, onde a ex-Friends Courteney Cox interpreta a editora chefe de uma revista de fofocas.

Para chegar lá as dicas são que sua música seja bastante orientada a um tipo de filme ou jogo e entrar em contato com empresas especia-lizadas em licenciamentos. Muitos sites oferecem essa ponte entre músicos e produtoras.

O You License <www.youlicen-se.com> permite que qualquer músico publique sua obra e defina o preço que deve ser pago. Existem diferenças de preços de licencia-mento para locais públicos, progra-mas de TV, cinema e jogos. O valor varia de acordo com o número de pessoas atingidas por aquele

produto. Um trailer de hollywood paga muito mais que um comer-cial de TV para uma programação local, por exemplo.

A parte fácil é publicar sua música no site, a parte difícil é ser esco-lhido. Por ser um serviço aberto para qualquer músico de qualquer estilo, a concorrência é muito gran-de. O ideal é que você ajude com divulgação, tenha um blog legal atualizado frequentemente, partici-pe de redes sociais como Facebook e MySpace, conquiste fãs como qualquer banda e faça sua música ser ouvida pelo maior número de pessoas possível. Mande CDs para diretores e produtores tanto nacio-nais como internacionais.

Os alemães do Rammstein conse-guiram o sucesso com um empur-rãozinho do cineasta David Lynch. Durante a produção do filme A Estrada Perdida (The Lost Hi-ghway, no original), Lynch recebeu um CD da banda e gostou de duas músicas. Resolveu usá-las no seu longa e a banda conseguiu atingir um público muito amplo, chegan-do a excursionar com o Kiss em 1999.

Como qualquer negócio, paciência e perseverança, além de muito ta-lento, ajudam a trilhar um caminho de muito sucesso.

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Revista Dinâmica 23

Notinhas do mês( MP2 )

Oasis? Mais um fim?

O vocalista da banda, Noel Gallagher, anunciou sua saída após uma briga com o irmão Liam. Alguns tablói-des e sites de notícia estão anunciando seu fim. Mas será mesmo que o Oasis vai acabar? Segundo a mãe dos brigões, eles devem se acertar em breve e a banda con-tinua como se nada tivesse acontecido. Fica a pergunta: acabou de novo?

Mais Celldweller

Wish Upon a Blackstar Chapter 01 é o mais novo single da banda. Composto por duas musicas, Louder Than Words e So Long Sentiment, o lançamento foi respon-sável por um crash na única loja que tem o álbum para venda devido ao alto número de downloads. Por ape-nas U$ 1,98, na sua verão básica, o álbum é o primeiro capítulo de Wish Upon a Blackstar, dividido em 5 partes. Todas elas estarão disponíveis assim que prontas, e jun-to com o capítulo 5 será lançado o CD completo. Segun-do o site oficial, quanto mais capítulos você comprar, maior será seu desconto na compra do CD final.

<www.celldweller.com> <www.fixtstore.com>

Noel Gallagher

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24 Revista Dinâmica

Um mel de tesouroAs preciosidades do mel e seus segredos desvendados

Priscila Leal

De alta qualidade e valor energético, o mel é um tesouro tanto para o orga-

nismo quanto para o uso externo. E as sensações tão pouco esca-pam: além do delicioso aroma, da linda coloração e da toda especial textura, o mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.

O mel pode variar em sabor, coloração e aroma segundo a origem floral do néctar recolhido pelas abelhas. Quanto mais escuro, mais sais minerais poderão ser encontrados em sua composição e, consequentemente, sabor e aroma mais acentuados. O mel mais claro é considerado pobre em minerais

e apresenta sabor e aroma mais suaves.

A cristalização é um processo natural do mel e depende princi-palmente da origem botânica, da temperatura ambiente e da pre-sença de partículas, como grãos de pólen. O mel cristalizado não per-de suas propriedades nutricionais. Para descristalizá-lo, coloque-o em banho-maria, com temperatura inferior a 45º C ou sob o sol.

As propriedades desse rico alimen-to vão muito além da tão conheci-da função antibiótica. Há uma lista de benefícios oferecidos pelo mel. Confira!

O mel contém substâncias de ação bactericida, antifúngica e expectorante, por isso, acalma a

tosse e impende o crescimento de bactérias que causam problemas respiratórios e de garganta. Fonte de vitaminas, minerais, proteínas, ácidos, enzimas e flavonóides, o mel adoça e nutre ao mesmo tem-po. Tem ação imunológica, analgé-sica e antiinflamatória, além de ser um laxante natural, melhorando o funcionamento do intestino e a absorção de nutrientes. Estudos recentes apontam ainda que o mel seja antioxidante, portanto, capaz de reduzir os níveis de colesterol sanguíneo, ou seja, artérias, veias e coração mais saudáveis.

Porém, fonte de carboidratos simples e de alto índice glicêmico, deve ser evitado por pessoas com diabetes. Ainda assim, o mel é mais bem aceito pelo organismo do que o açúcar, pois grande parte de sua

( SAÚDE E BELEZA )

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Revista Dinâmica 25

( Saúde e Beleza )composição é frutose, o açúcar natural das frutas, bem menos prejudicial.

Assim, sem permissão para o exagero. O mel, como o açúcar branco, também é calórico, com a vantagem nutricional sobre o açúcar e os adoçantes, que não ofe-recem nenhum nutriente, além da glicose. Duas colheres de sobreme-sa, ao dia, são suficientes, mas se você deseja fugir rigorosamente de calorias extras, prefira o adoçante.

Um ponto importante para sua uti-lização é que deve ser consumido ao natural, pois quando aquecido acima de 45º C, o mel perde seu poder nutritivo. Microondas nem pensar!

Essa doce e dourada maravilha tem presença garantida nos tratamen-tos de beleza. Suas propriedades anti-sépticas, adstringentes, antio-xidantes e hidrantes são garantidas por doses fartas de potássio e vitaminas B, C, D e E, entre outros nutrientes. Mel e frutas podem fazer mil combinações nas mais va-riadas funções, mas tome cuidado com as máscaras incrementadas

com frutas cítricas, pois a pele deve ser posteriormente protegida com filtro solar a fim de evitar o apare-cimento de manchas. As máscaras devem ser feitas somente uma vez por semana.

A receita mais clássica (e efi-ciente!) é a esfoliação com uma pasta de mel e fubá. Após aplicar e massagear a pele suavemente em movimentos circulares, deixe agir por 10 ou 15 minutos. O resultado é uma pele mais macia e clara, livre dos pontinhos pretos deixados pelos cravos. Essa esfoliação pode ser feita em todo o corpo durante o banho e também para facilitar a remoção dos pêlos antes da depila-ção ou antes dos homens fazerem a barba. Essa dica deve anteceder a remoção dos pêlos; posteriormen-te a pele fica muito sensível para re-ceber qualquer tipo de esfoliação.

Para renovar a pele cansada: bata uma clara em neve, adicione uma colher de sopa de mel, misture bem e deixe por 20 minutos no rosto, retirando com água fria ou gelada. A clara é rica em proteínas e devolve o brilho; o mel acalma, tonifica e hidrata a pele; a água fria

(preferencialmente gelada) fecha os poros e diminui o inchaço.

O mel puro pode ainda ser utili-zado no lugar do hidratante. Use a ponta dos dedos para massagear e dar leves batidinhas até o mel ficar com consistência de cola. Remova com água fria. O grude elimina as células mortas, promovendo hidra-tação e um brilho de dar inveja a muito hidratante caro.

O mel também fortalece e dá bri-lho aos cabelos quando adicionado ao chá verde para enxaguar os fios ou às máscaras hidratantes.

Atenção!

É imprescindível ter conhecimento sobre a procedência do mel. O mel caseiro, embalado sem controle adequado, pode abrigar bactérias. Por isso a Anvisa (Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária), assim como pediatras e nutrólogos reco-mendam o consumo do alimento sem risco de alergia ou contami-nação para crianças a partir de um ano de idade. O mel de procedên-cia duvidosa pode conter microor-ganismos que a flora intestinal do bebê ainda não é capaz de deter.

“Uma abelha, sozinha, voa uma distância igual a uma volta ao re-dor da terra (no caso de encontrar as flores a uma distância de 500 m ao redor da colméia), só para colher 1 kg de mel, visitando entre 50 a 150 flores por viagem. As abelhas operárias, ao visitarem as flores, introduzem a língua nos nectários e retiram uma substân-cia aquosa chamada néctar, que trazem até a colméia e entregam a outras abelhas mais jovens (chamadas de laboratoristas nesta fase de sua vida). Elas engolem e regurgitam o néctar várias vezes, para que este receba certas quantidades de fermentos ou enzimas, responsáveis por sua transformação e, a seguir, o depositam nos

favos.”

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26 Revista Dinâmica

Mel: o protagonista desta edição

Clarissa Leal

Um doce presente de dar água na boca

Nesta edição fizemos algo especial para você caro leitor. Combinamos as

colunas Saúde e Beleza com Água na Boca.

Assim, após você ler a maravilhas do mel para a sua saúde e beleza,

e poder desfrutar dos benefícios oferecidos pelo mesmo para sua pele com as receitinhas de ouro da querida Priscila Leal, você poderá também desfrutar de seu valor nu-tricional com duas receitas super-fácieis e deliciosas!

Um bolo de mel fofinho e leve, ex-celente para o lanche da tarde, com um paladar inigualável, acrescido

( COM ÁGUA NA BOCA )

de um toque marcante de canela. Além de um aroma de dar água na boca...

E uma panqueca doce superfácil de fazer, que pode tanto ser servida como café da manhã, sobremesa, ou mesmo para a ceia.

Bom apetite!

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Revista Dinâmica 27

Bolo de Mel e CanelaIngredientes

4 ovos (gemas e claras separa-das)

1 xícara de açúcar

1 xícara de mel

2 xícaras de trigo

1 xícara de leite

1 tablete de manteiga (100g)

1 colher de sopa de fermento químico

1 colher de sopa de canela

Bata as claras em neve bem firme, acrescente as gemas, o mel, o açúcar e a canela, e, em seguida a farinha de trigo previamente peneirada.

Leve o leite e a margarina ao fogo até ferver e a manteiga derreter. Junte à massa e acrescente o fermento. Misture bem.

Pré-aqueça o forno. Asse em tabuleiro untado e enfarinhado por mais ou menos 30 minutos.

Desenforme depois de frio. E sirva polvilhado com açúcar e canela.

Modo de preparo

Panqueca de MelIngredientes 2 copos de leite

2 xícaras de farinha de trigo

2 colheres de sopa de açúcar refinado

2 colheres de sopa de mel

2 ovos

Manteiga para fritar

Bata na mão os ovos ligeiramente.

No liqüidificador bata os demais ingredientes e adicione, então os ovos.

Unte uma frigideira com a manteiga, deixando esquentar bem.

Coloque uma concha pequna cheia da massa de panqueca, deixe até que as bordas possam ser desprendidas com a ponta de um garfo.

Vire a massa para fritar dos dois lados e tire do fogo.

As massas podem ser recheadas com doce de coco, abacaxi ou outro de sua preferencia.

Modo de preparo

( Com Água na Boca )

Page 28: Revista Dinâmica | Edição 17

Bonsucesso Comunicação: “nós inventamos o pingo no “S””

Ou você acha que só o “i” e o “j” tinham pingo? Então você acha que já sabe tudo?

Lógico que não! E nós também! Mas fazemos de tudo para ir além. Tudo com liber-

dade e criatividade.

Nossa missão

Levar sua marca a um novo patamar, através de estudos e utilização de diferentes

meios, como a criação de web sites, desenvolvimento de identidade visual, material

gráfico e audiovisual, facilitando o processo de comunicação entre empresa e cliente.

Além disso, fazer parcerias com empresas que não tenham um setor de criação

formado, mas que queiram atrair clientes em potencial e produzir trabalhos na área

de design e publicidade.

Nossos serviços

Trabalhamos com mídia impressa, criação de peças gráficas para revistas, outdoors,

comunicação visual e diagramação. Fora do papel trabalhamos com criação de sites

dinâmicos, hotsites e conteúdo multimídia. E, finalmente, criamos conteúdo audiovi-

sual, que vai desde peças publicitárias para TV até produção de documentários e

vídeos musicais.

3. O pingo no “S”

Então, basicamente temos:

...E você achando que a vida era difícil.

1.

2.

+55 21 2425-2843 | [email protected] | www.bscomunicacao.com.br