revista dança brasil - agosto 2011

52
DB 1 quasar cia de dança estreia TÃO PRÓXIMO E MAIS... confira tudo o que rolou nos principais festivais musical AS BRUXAS DE EASTWICK ROLAND PETIT A vida é transmissível entrevistas JOSÉ LUIS LOZANO ROBERTO ROSA workshop com MARCELO GOMES

Upload: db-editora

Post on 15-Feb-2016

234 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Informação, Cultura e Lazer

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 1

quasar cia de dança estreia

Tão Próximo

E mAiS...confira tudo o que rolou

nos principais festivais

musical

AS BruxAS dE EASTwick

rolAnd PETiTA vida é transmissível

entrevistasJoSé luiS lozAnoroBErTo roSA

workshop com

mArcElo GomES

Page 2: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 2

Page 3: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 3

Editorial

Caixa PostalEnviE sEu E-mail para: [email protected]

nossa capa: Quasar Cia. dE dança

EspEtáCulo tão próximo

diretora ElEusa lourEnzoni

redação e Jornalista responsável ivan Grandi drt nº035658 sp conselho editorial GEraldo Grandi, ElEusa lourEnzoni

comercial damaris rafaEl

arte / designer lourruama moraEs

contábil Kanamaro & luCas

Jurídico maluf E GEraiGirE advoGados - Brasil, EsCritório JurídiCo ConsEnza, shEpard mullin - Euaexpedição e circulação nilson saranz E luiz vitta

atendimento mariana sanChEs

administrativo tânia plassa

reporter FotográFico colaborador rEGinaldo azEvEdo -são paulo, JorGE luís Castro - rio dE JanEiro

colaboradores CEli BarBiEr, luis arriEta, José luis Gioia, Gilmar sampaio, hElEna fErnandino, GEison sCallop

representante rio de Janeiro hélio vasConCEllos

[email protected]

________________________________assinaturas

E-mail: [email protected]

ou liGuE para (11) 2950.4082________________________________

atendimento ao leitor(11) 2978-2097 / [email protected]

rEvista dançaBrasil® é uma puBliCação mEnsal da dB Editora. distriBuição Gratuita por intErmédio dE loJas dE artiGos

dE dança, EvEntos EspECífiCos E assinaturas.tiragem 10.000 ExEmplarEs.

registro inpi nº 828782261www.danCaBrasil.Com.Br

orKut: www.orKut.Com.Br/aspx/danCaBrasil

twittEr: www.twittEr.Com/danCaBrasil

YoutuBE: www.YoutuBE.Com/JornaldanCaBrasil

faCEBooK: www.faCEBooK.Com/danCaBrasil

rEvista dançaBrasil® uma puBliCação da dB Editora. não sE rEsponsaBiliza por ConCEitos Emitidos Em artiGos assinados ou por

QualQuEr ContEúdo puBliCitário E ComErCial, sEndo EstE último dE intEira rEsponsaBilidadE dos anunCiantEs. os ColaBoradorEs não rECEBEm

rEmunEração dirEta do Jornal.© 1991 - 2011 todos os dirEitos rEsErvados

próximo Fechamento

15 dE sEtEmBro dE 2011

contato da redação

(11) 2959-1589 / [email protected]

EndErEço para CorrEpondênCia

r. João pizarro GaBizo, 21 - santana

são paulo - sp - CEp: 02038-040

contato da publicidade [email protected]

db editora ltda www.dBEditora.Com.Br

publicações: rEvista dança Brasil, Guia das EsColas dE dança, dança Bairro, dança GospEl.

ExpedienteOlá amigos da dança. Nesta edição apresentamos como matéria de capa o espetáculo Tão Próximo da Quasar Cia de Dança, em Brasília. Confira também o musical As Bruxas de Eastwick, com versão e supervisão musical de Claudio Botelho e direção de Charles Möeller, dois dos maiores mestres dos musicais da atualidade no Brasil, em cartaz no Teatro Bradesco em São Paulo.Saiba tudo que rolou nos principais festivais de dança durante o mês de julho, no qual nossa revista esteve presente e atuante distribuindo gratuitamente nossas publicações. O mundo da dança perdeu mais uma de suas grandes estrelas, Roland Petit, leia matéria exclusiva de nossa correspondente em Paris, Celi Barbier.Agora em agosto Marcelo Gomes aterriza em São Paulo para ministrar workshop sob a tutela do Prix de Lausanne, na sede da São Paulo Cia de Dança. Em nossa sessão entre-vista, dois grandes profissionais da dança são contemplados em nossas páginas, “José Luiz Lozano” da Argentina e “Roberto Rosa” de Cuba, conheça mais sobre a vida profis-sional deles. PARANOIA é o nome do espetáculo da prestiagiada Companhia de Danças de Diadema, capitaneada Ana Botosso, no SESC Vila Mariana em São Paulo.A sua revista Dança Brasil é uma publicação competente, confiável, pontual, uma reali-dade sustentada na transparência, na ética e na honestidade.Tenham todos uma boa leitura!

Ivan GrandiRevista Dança Brasil – a publicação oficial da dança no Brasil

Oi querido Ivan, super obrigado pela a força lá em Indaiatuba! Eu espero que tenha dado tudo certo pra você com o maior carinho. Parabéns pelo o seu trabalho.Eu fiquei feliz de estar junto de você. Força, saúde. Beijos, Caio Nunes.

Olá! Querido Ivan, parabéns pelo sucesso e 20 anos de Revista Dança Brasil, sempre com muita dedicação e amor a arte. Em nome da Cia das A’Artes desejamos felici-dades na sua constante perseverança, para nossa profissão isso faz toda diferença!Um beijo carinhoso.Cláudia Albanese e Verônica Coutinho - Cia das A’Artes

Parabéns pelos 20 anos....leitura de qualidade sobre o mundo da dança.Cristina CaráNosssssssssssssaaaaaaaaaaaaaaaa... Foi a melhor revista, com as melhores matérias e coisas interessantes publicadas que recebi..... Amei... estão todos de parabéns.... Beijos mil e congratulations a todos! Mônica Lira Gomes

Page 4: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 4

Festival

De 24 a 27 de novembro a cidade de Cruz Alta – RS será palco do 3º Cruz Alta em Dança. A 1ª etapa de inscrições encerra em 30 de Agosto. Podem concorrer companhias de dança, academias, grupos e bailari-nos independentes, nas modalidades Dança Escolar, Dança Especial (para portadores de necessidades especi-ais), Dança Gospel, Folclore, Dança Contemporânea, Ballet, Jazz, Danças Urbanas, Dança de Salão, Dança do Ventre e Estilo Livre. Conta com premiação com troféus para os três primeiros colocados de cada mo-dalidade e categoria e premiação em dinheiro para a maior nota em cada categoria. “O diferencial deste ano será o curso de Composição Coreográ-fica, oferecido “gratuitamente” pela organização do festival a coreógrafos e professores que inscreverem coreogra-fias na 1ª etapa (até 30 de agosto). O curso será ministrado pela bailarina, coreógrafa e professora Silvia Wolff que é mestre em Dança pela New York University – Tisch School of Arts, dançou na Escola Nacional de Bal-let de Cuba – CUBALLET, School of American Ballet, Nova York, Pennsyl-vania Ballet nos EUA e Deuscth Oper em Berlim na Alemanha”.

Confira currículo completo da minis-trante do curso e outras informações como modalidades e categorias para o concurso, premiação, inscrições e programação no site: http://cruzaltaemdanca2011.webnode.com.br.

O festival é uma realização do Ballet Aline Bucco em parceria com a Pre-feitura Municipal de Cruz Alta através da Secretaria Municipal de Turismo e Eventos- SETUR e 9ª Coordenadoria Regional de Educação.

A bailarina Paloma Herrera recebeu uma homenagem do American Ballet Theatre (ABT) pelos 20 anos de carreira – completados em 2011 – na compan-hia. No espetáculo Paloma Herrera’s 20th Anniversary Celebration, feito especialmente para a artista no Metro-politan Opera House, Paloma dançou o ballet Coppelia com o primeiro bailarino do ABT, Angel Corella, em sua única participação na atual tempo-rada da companhia. Paloma e Corella estarão em Curitiba (PR) nos dias 26 e 27 de agosto para o espetáculo Dom Quixote, da escola Petit Ballet, que irá celebrar os 30 anos da academia. Primeira bailarina do ABT aos 19 anos – a mais jovem a chegar a esta posição na história da companhia – Paloma começou a estudar ballet na Argentina e, aos 15 anos, ingressou no corpo de baile do American Ballet. Em maio, a bailarina também foi homenageada pelo presidente Barack Obama durante a recepção do Kennedy Center Honors, tradicional evento cultural que elege os expoentes da arte nos Estados Unidos há 34 anos.

serviço – espetáculo dom Quixote

30 anos do petit ballet

Datas: 26 e 27 de agosto. Local: Teatro PositivoMais informações: www.petitballet.com.br

3º cruz alta em dança inicia inscrições e

oFerece curso gratuito

bailarina recebe homenagem por 20 anos

de carreira em nY

Saiba +

Div

ulga

ção.

Page 5: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 5

Page 6: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 6

Aconteceu

SucESSo dE PúBlico E rEvElAção dE novoS TAlEnToS mArcAm A 19ª Edição do PASSo dE ArTE

EvEnto tErmina Com aprEsEntação do Grand dEfilé E prEmiaçõEs

Durante dez dias, de 8 a 17, Indaiatuba viveu a magia e encanto da dança. Mais de três mil bailarinos de 18 estados brasileiros e dos países vizinhos Para-guai, Argentina e Peru participaram da competição. A 19ª edição do evento foi marcada pela alta qualidade técnica e artística dos gru-pos apresentados, que cresce a cada ano. Após seletivas nas regiões Sul, São Paulo, Norte, Nordeste, Espírito Santo e Minas, dos selecionados em eventos credencia-dos no Piauí, Santa Catarina, Paraguai e Argentina, e dos trabalhos enviados por DVD, os participantes vieram ao Passo de Arte ainda mais maduros e preparados, como revela a presidente do Instituto, Marisa Pivetta. “O nível do conhecimento técnico e artístico apresentado este ano está muito alto”, e já prevê o cenário da seletiva para o Youth America Grand Prix 2012, que acontece de 21 a 25 de setembro em Santos. “O número de se-lecionados para o Youth America Grand Prix vai superar as expectativas. A disputa será acirrada”, diz Marisa.

AberturasA primeira noite do 19º Passo de Arte, dia 8, foi dedicada ao estilo contemporâ-neo. A abertura ficou por conta do Grupo Raça Cia. de Dança, da cidade de São Paulo, com o contemporâneo da obra “Cartas Brasileiras” de Roseli Rodrigues. No domingo, dia 10, o grupo Raça Cia. de Dança subiu novamente ao palco, desta vez com a coreografia de Jazz “Ele e Ela”, montada especialmente para o 19° Passo de Arte, que lotou o CIAEI.Na segunda-feira, dia 11, a abertura da noite ficou por conta do grupo indaia-tubano Galpão 1 – Érika Novachi, com a coreografia “Longe dos meus olhos...perto do coração”.Na quinta-feira, dia 14, a abertura do evento ficou por conta dos bailarinos descobertos em edições passadas do Passo de Arte, Yoshi Suzuki, José Hen-rique, Alef Albert, Diogo Gonçalves, Stefan Pilcher e Natalia Kerner, e hoje estudam e trabalham em companhias no exterior, além da bailarina Mayara Magri, um dos grandes talentos revelados nos

últimos tempos no mundo da dança, que apresentou o Gran Pás de Deux “Cisne Negro”. A bailarina que já participou diversas vezes do Passo de Arte concor-rendo aos prêmios, e que nesta edição apresentou seu trabalho como convidada revelou. “A cobrança é maior ainda quando se é convidada. Nunca pensei ter esse reconhecimento por conta da minha idade (17 anos)”, e completa. “O Passo de Arte foi um incentivo para minha carreira, para conhecer a dança lá fora. Aprendi muito e foi muito bom para meu currículo”.

Final O encerramento do 19º Passo de Arte aconteceu no domingo, dia 17, com a abertura do Grand Defilé, que é mon-tado durante o evento. Os responsáveis pelo trabalho apresentado este ano foi a consagrada bailarina, Toshie Kobayashi e o admirado coreógrafo, Tindaro Silva. Após o Grand Defilé subiram ao palco os 1º lugares das variações, Adhonay Soares Silva (Juvenil Masc.), Bianca Teixeira (Juvenil Fem.), Luciana Abreu de Souza (Adulto Fem.), Nathalia Rodrigues (Avançado Fem.), Davi Chagas (Pas de Deux Adulto Masc.) e Mariana Carossa (Pas de Deux Adulto Fem.). Davi Chagas e Mariana Carossa ganharam prêmio de R$ 500 cada. As vencedoras do prêmio Toshie Kobayashi foram as bailarinas Bianca Teixeira e Nathalia Rodrigues. A Escola de Ballet DAC, de Jundiaí/SP, ganhou o prêmio de mil reais na catego-ria Solos Clássicos, Duos e Trios Clássicos com o espetáculo “Lunar”. O peruano Pedro Ibanez, do grupo Dacti-lares/Peru, ganhou o prêmio de mil reais na categoria Solos Livres, Duos e Trios Livres com o espetáculo “Retrato. Os conjuntos da categoria Pré se apresen-taram em seguida e animaram a platéia com as apresentações “Minueto”, “Irish Shamrocks” e “Na Era do Funk”.A Balleteatro Mônica Minelli, de Soro-caba/SP, recebeu o prêmio de mil reais na categoria Conjuntos Juvenil com a apresentação “Reflexos”. Os membros da academia Sheila’s Ballet, de Sorocaba/SP, terminaram a noite radi-

antes pelo reconhecimento do trabalho apresentado durante o Passo de Arte. A Academia foi vencedora do prêmio de dois mil reais na categoria Adulto com o espetáculo “Se me derem corda” e o do prêmio de melhor coreógrafa, para Sheila e Helga Santos, no valor de dois mil reais. A Cia de Dança Kahal, de Jundiaí/SP, levou o prêmio de três mil reais da categoria Conjuntos Avançados com a apresentação “O sentido de um corpo”.As bailarinas Luciana Abreu de Souza, de Goiânia/GO, e Mariana Carossa, de Santo André/SP, receberam a Beka para seleção do Prix de Lausanne em Córdoba na Argentina das mãos da jurada argentina Cristina Sanches. O encerramento contou ainda com a apresentação dos grupos convidados Suburbanos, de Minas Gerais e Introsos Crew, de Indaiatuba/SP, que animaram a platéia e receberam muitos aplausos.

Para ver mais fotos do Passo acesse:flickr.com/photos/sodancabrasilwww.raphoto.com.brCréditos: Reginaldo Azevedo I Bruna/Só Dança

Shei

la’s

Bal

let.

Se m

e de

rem

cor

da.

Créd

ito: R

egin

aldo

Aze

vedo

.Gr

and

Defi

lé. C

rédi

to: R

egin

aldo

Aze

vedo

.

Raça

Cia

. de

Dan

ça. C

rédi

to: R

egin

aldo

Aze

vedo

.

Page 7: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 7

nas Férias

Page 8: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 8

Nascido em Santa Inês, interior da Bahia em 1943, batizado na Igreja Católica como Raimundo Bispo dos Santos, pouco tempo depois se muda para Santo Antônio de Jesus. Quando criança teve toda a liberdade do mundo, subia em árvores, jogava bolas de gude, tinha muita intimidade com a terra. De família humilde, composta por seis irmãos, as coisas sempre foram muito difíceis.Aos sete anos, mudou-se para Salvador, a tão sonhada “cidade grande”, e com essa mudança, tudo começa realmente a se transformar para o menino Raimundo. Foi adotado por um casal de Árabes; de bom poder aquisitivo; o casal Sarquis, residente no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. Morando no centro da cidade, já não tinha mais a mesma liberdade de antes, de quando morava no interior. Passa a ter educação rigorosa, não podendo nem mesmo brincar na rua com os garotos da sua idade, não foram às poucas vezes que a teimosia... valeram-lhe muitos “bolos” nos pés,pois gostava de “pongar”(Tomar o veículo em movimento...e sem pagar) nos bondes. Apesar desse rigor na educação, os Sarquis, sempre deram ao menino Raimundo a liberdade de escolher seus caminhos sem im-posições. Fez teste para ingressar na Marinha e passou, iniciando assim uma nova etapa na sua vida, a carreira militar, que lhe deu mais disciplina. Aprendeu a cantar no Coral do Mosteiro de São Bento, onde conhece Expedito, (cantor da dupla Tom & Dito), re-sponsável pela apresentação ao então Raimundo dos Santos a arte da Capoeira. ...Foi amor à primeira vista, sendo uma responsabili-dade a mais na sua vida, pois além de estudar, trabalhar, cantar, fazia aulas de Karatê, e ainda tinha que administrar tempo para a capoeira. Recebe o nome de KING, devido ao poder que tinha de trazer todos os seus colegas para as aulas. Os conhecimentos dessa, arte, fizeram com que King desse um passo muito maior, proporcionou o encontro com a professora Emília Biancardi, famosa folclorista e musicóloga, que o trouxe para a dança folclórica. Logo aprendeu a cantar maculelê, samba de roda, candomblé e puxada de rede.Em 1972, King foi chamado para cantar no projeto Olodumaré, hoje, Brasil Tropical companhia sediada na Alemanha. Nessa mesma época o jovem rapaz King, dá o passo mais im-portante de sua vida, abre mão da viagem para fora do país e faz vestibular para a Escola de Música e Artes Cênicas, na Universi-dade Federal da Bahia, (sendo o primeiro homem da América do Sul a ingressar na Faculdade de Dança), Isso serviu de incentivo m

ESTr

E k

inG

Por G

ilmar

Sam

paio

para que outros rapazes seguissem o seu exemplo.A experiência no mundo acadêmico fez com que novos horizontes fossem ab-ertos. Sendo um rapaz curioso e muito inteligente, não deixou passar nada em seus caminhos sem procurar um sentido, aprimorando o que nele já era conhecido, pois a influência da família Árabe sobre sua criação poderia ter interferido, ou ainda, influenciado na sua real identidade, o que não aconteceu. A grande escola, o Candomblé, ofereceu vasto vocabulário, mostrando gestuais, que eram pertencentes anteriormente apenas ao sagrado, após o “tratamento artístico”, passam a ser base para muitas seqüências coreográficas, sem a necessi-dade de levar a religiosidade para cena. Na Dança dos Orixás, o menino King acabou de “se encontrar”, começa a domi-nar os instrumentos da religião dos Orixás, se tornando um dos grandes nomes nessa arte. Como pesquisador, percebe que essa religião, trazida nos navios negreiros, carregados de escravos e de negras com fartos seios, lhe daria a cultura que seria o diferencial no seu trabalho, sendo completa, rica, plural e real. Nunca quis ser “de dentro” do candomblé, por saber a responsabilidade exigida a uma pessoa “iniciada” na religião, e por encarar tudo que a ela fosse ligado, com muita serie-dade. Com a fusão das técnicas, da Dança Moderna, somada à riqueza da Dança dos Orixás, onde cada símbolo tem um sig-nificado, cada gestual, cada olhar, mesmo sem precisar abrir a boca, significa uma frase inteira, faz nascer a DANÇA AFRO BRASILEIRA.

Perfil

Page 9: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 9

Destoando de todos os padrões corpo-rais daquela época, que se apresentava como uma Dança onde a energia, preparo físico e muita técnica sempre teve muita importância. O acompanhamento, sempre percussivo e ao vivo, faz lembrar as danças ancestrais. Foi nessa época que o menino Raimundo, que no aprendizado da capoeira se tornou King, passa agora a ser chamado MESTRE KING. O desejo de constituir uma família, que seguisse os padrões daquela em que fora criado, começa seu trabalho no SESC como professor, que seria apenas por seis meses, (com carteira assinada, e salário fixo), continua trabalhando por 42 anos. Lá teve a liberdade que precisava para desenvolver seu trabalho, e como resul-tado, formou os grandes nomes da nossa Dança, que hoje fazem sucesso no Brasil e Exterior: Flexa II (BTCA), Augusto Omolú, (Dinamarca), Armando Pekeno (França), Gilberto Baía, (BTCA), Rosângela Silvestre, (criadora da Técnica Silvestre), Iracema Cersósimo (BTCA), Tânia Bispo, (famosa professora, conhecedora e pesquisadora da técnica Afro). Pai de dois filhos, Fábio e Felipe, que, aprenderam a arte da percussão com o pai, são exímios percussionistas, conheci-dos no Brasil e no Exterior. Essa Dança faz parte da manifestação cultural do negro em Salvador, e tem uma grande importância na saúde mental dessa população, que muitas vezes é carente de resgate cultural e histórico. King diz: “trabalhar com a periferia é o meu propósito, e surtiu efeito, acredito que dei muita contribuição pra isso, pois

muitos dos que peguei na periferia, foram lapidados e hoje possuem nível universi-tário, são professores, ou dançarinos com uma carreira bem sucedida, aqui no Brasil ou no exterior”, onde o Mestre King tam-bém ministra cursos com frequência. Apesar do vasto conhecimento em Dan-ça, o criador dessa técnica, Mestre King fez concurso em 1993 para professor da Faculdade de Dança da UFBA, foi apro-vado, e até hoje aguarda ser chamado... Segundo Mestre King “a chamada ener-gia que é sentida nas aulas de dança Afro Brasileira, vem da mistura.. do som dos atabaques, das músicas cantadas, muitas vezes criadas ali no momento, somada a energia da terra, é o chamado axé, a força da espiritualidade”.O mestre diz ainda, “... quando eu danço, o espírito transcende, o cabelo arrepia, os olhos brilham de maneira diferente, fazendo vibrar também quem o assiste, é a diferença de quando você dança uma coisa da sua raiz... que é do seu sangue e que vem dos seus ancestrais” A mistura que deu certo, King, filho de uma mulher negra, que acreditava na força do candomblé, adotado por uma família de árabes, teve sua infância dentro de casa, longe dos seus pares, dos meni-nos do Pelourinho, sem os pés descalços, sem direito a subir e descer o hoje famoso Pelô,... freqüentou e ainda freqüenta as missas com sua família..., mas foi atraído pelo encanto dos orixás e através dessa Dança especial e plural soube organizar toda a mistura de elementos, tornando-se respeitado em toda a Bahia e pelo Brasil afora, sendo considerado um verdadeiro REI.

Imagens Divulgação.

Page 10: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 10

Festival

Raça Cia. de Dança é a atração convi-dada da noite de abertura do Prêmio Desterro 2011 – 2° Festival de Dança de Florianópolis, que ocorrerá de 17 a 21 de agosto, no Teatro Governador Pedro Ivo. O espetáculo “Cartas Brasile-iras”, inédito em Santa Catarina, marca a primeira apresentação do grupo paulista na cidade, desde que começou a ser formado há 30 anos. Sob direção de Edy Wilson e iluminação de Moisés Vascon-cellos, 17 bailarinos levarão ao palco a última criação da coreógrafa e fundadora da companhia Roseli Rodrigues, falecida ano passado.A montagem de 50 minutos foi baseada na poesia contida em correspondências trocadas desde a década de 1960 entre familiares e amigos dos próprios dan-çarinos e de colaboradores do grupo. Depois de selecionadas, o compositor Fabio Cardia, antigo parceiro da Raça, as traduziu em forma de músicas para serem “lidas” com o corpo. “Nós aliamos a ideia de carta ao ritmo brasileiro e foi bom porque é um espetáculo bem diversificado. Existem vários ritmos, onde a gente trabalha com a solidão, com a tristeza, com a alegria, com a saudade”, explica Roseli em vídeo postado no canal dancerbrasil do Youtube.A concepção do trabalho partiu da vontade da coreógrafa de “descrever um pouco da brasilidade relacionada à essência de sua companhia Raça – Bra-sil com diferentes raças – e chegamos às cartas que descreviam poeticamente diferenças culturais, econômicas e sociais”, conta Edy. Como resultado, o espetáculo mostra o impacto que elas têm na vida das pessoas, justamente pela forma como são escritas, pelo poder de aproximação e pela carga de intimidade.Diferentemente das mensagens enviadas no mundo virtual,“nas cartas, percebe-mos diversas emoções pelo traço, pela palavra, pelo material (papel, caneta, cor da tinta, pequenos desenhos nos roda-pés das folhas ou ao lado das assinatu-ras...), pela origem, destino e o motivo pelo qual elas foram escritas. E-mails e redes sociais têm uma tecnologia que no momento não era interessante pelo lado emocional e comportamental que se gostaria de atingir”, detalha o diretor.“Cartas Brasileiras” está em cartaz desde março de 2009 e já foi apresentado no Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

rAçA ciA. dE dAnçA nA ABErTurA do PrÊmio dESTErro

Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e também no Festival de Sintra, em Portu-gal. Nele, a companhia de jazz com forte influência da dança contemporânea man-tém sua característica de aliar emoção à técnica apurada em quedas, flexões, torções, movimentos precisos e termina-ções limpas. “No começo, os bailarinos sofrem muitas dores musculares, muito cansaço pela repetição. Mas, passando pelo tempo de três meses, você vê que aquilo começa a ficar completamente espontâneo, natural, que o bailarino já executa com prazer, sem dores, é muito bacana”, dizia Roseli, que também era admirada por trabalhar com elencos grandes, aumentando com isso o grau de complexidade da composição coreográ-fica.A Cia. esteve pela última vez no Estado em 2010, quando participou da mostra contemporânea do Festival de Dança de Joinville, apresentando “Tango Sob Dois Olhares”. Para o segundo semestre, a companhia planeja a estreia de um novo trabalho.

Ficha técnica

Coreografia: Roseli RodriguesDireção e ensaios: Edy WilsonDuração: 50 minutosBailarinos: Alan de Melo, Barbara Guerra, Carolina de Sá, Diogo Castro, Fernanda Salla, Gabriel Santos, Gustavo Donatti, Kely Gouveia, Lenon Vitorino, Marcella Gozzi, Marina Guinti, Milton Lazari, Monise Marques, Priscila Ribeiro, Rafael Luz, Renan Banov e Talitha Santos.

ServiçoO quê: espetáculo de dança contem-porânea “Cartas Brasileiras”, noite de abertura do Prêmio Desterro 2011 – 2° Festival de Dança de FlorianópolisQuando: 17 de agosto, 21h00Onde: Teatro Governador Pedro Ivo, an-exo ao Centro Administrativo do Governo do Estado de Santa Catarina. Rodovia SC-401, km 5, nº 4.600, bairro Saco GrandeQuanto: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).Venda de ingressos: a partir do início de agosto na bilheteria do teatro e escolas de dança credenciadas

Informações: www.premiodesterro.com.br

Page 11: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 11

Ao comando da assistente Andrea o grupo das crianças alongava e aque-cia-se silencioso frente ao espelho quando eu cheguei ao estúdio. Na sala de espera mães sentadas em aparente calma roíam sua ansiedade de “mãe de artista”. Combinado uma passagem corrida do já montado a diretora Kika pediu para me aproxi-mar e com um rosário de elogios, alguns históricos e um pouco de for-malidade, apresentou-me ao grupo. No primeiro momento como sempre fiquei sem jeito. Desta vez não só pela minha habitual timidez sem remédio frente ás pessoas, e que com o passar dos anos fizeram-me apelar a alguns truques para me mostrar menos paralisado. Agora estava cercado por dezenas de cabeças que mal chegavam a minha cintura. Olhos vivos e brilhantes me olhavam numa mistura de aceitação fácil, admiração recém apreendida e espontaneidade. Tudo aquilo fez abandonar-me num balanço aconchegante e numa alegria inexplicável. Sentado num banquinho demasiado pequeno para meu corpo demasiado grande acompanhei o

ensaio atento e entusiasmado como tantas outras vezes tenho feito. Correções, mudanças e repetições aconteceram profissionalmente como sempre. Mas desta vez, reconheci a criança Luis tomar as rédeas do en-saio, aquela que sei que me habita e que há tanto tempo não cruzo. Felizes e aventureiros, elas e eu, passamos a tarde trabalhando, lanchando e rin-do. Minha cabeça na altura das delas. Grato pelo reencontro comigo e um pouco envergonhado retomei meu corpo adulto desengonçado como de um cabide e despedi-me de todos. Voltei à casa invadido da energia revigorante do elenco que não poupo nem um só dos seus gestos para em-barcar em cada proposta minha. Até a noite não sabia se o que eu sentia era dor ou alegria. Recuperar minha criança tinha me deixado o corpo dolorido de uma alegria desordeira. Agora eu sabia o caminho de volta. Gracias.

luis arrieta

são paulo, Julho 2011.

lA.coluna

Créd

ito: A

nton

io C

arlo

s Car

doso

.

Ponto de Vista

Page 12: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 12

Musical

Chega ao Brasil mais um grande musi-cal: As Bruxas de Eastwick, adaptação do filme homônimo, baseado no livro de John Updike, que estreia no Teatro Bra-desco (Bourbon Shopping – Rua Turiassú, 2.100), em 14 de agosto e cumpre curta temporada de quatro meses em São Paulo.A versão original do musical de Londres tem textos e letras de John Dempsey e música de Dana P. Rowe e já teve montagens nos Estados Unidos, Austrália, Rússia e República Tcheca. Cláudio Bo-telho assina a adaptação para os palcos brasileiros e junto com Charles Möeller assume a direção da superprodução. No elenco, Eduardo Galvão é o diabólico sedutor Darryl Van Horne (no filme, o personagem interpretado por Jack Nich-olson), Maria Clara Gueiros é Alexandra (papel de Cher), Sabrina Korgut vive Jane (interpretada por Susan Sarandon), Renata Ricci é Sukie (vivida por Michelle Pfeiffer) e Fafy Siqueira, em participação especial, é Felícia (papel de Verônica Cartwright).

timE for fun traz para o Brasil a mEGaprodução musiCal

AS BruxAS dE EASTwickVinte e seis atores/cantores/bailarinos se revezam em cena e dividem espaço com efeitos especiais – fogo, chuva, levitação e vôos sobre a platéia - que prometem surpreender e eletrizar o público.

A comédia musical conta a história das amigas Alexandra (Maria Clara Gueiros), Jane (Sabrina Korgut) e Sukie (Renata Ricci). Entediadas e frustradas com a pacata rotina da cidade de Eastwick elas dividem o desejo pelo homem que consideram ideal e vêem suas esperan-ças renovadas com a chegada à cidade do carismático e misterioso Darryl Van Horne (Eduardo Galvão). Extremamente sedutor, ele se envolve com as três e desperta em cada uma a necessidade de liberar os “poderes” que têm dentro de si. O comportamento nada ortodoxo do quarteto escandaliza a cidade. Os poderes e eventos que desencadeiam são cada vez mais sinistros e fora de con-trole. Quando Alexandra, Jane e Sukie percebem que a influência de Darryl cor-rompe a todos que com ele tem contato, resolvem usar aquilo que aprenderam

com ele para exterminá-lo de suas vidas. Uma comédia musical sensual e miste-riosa, que fará o espectador se deliciar e morrer de rir!

o Filme

A adaptação cinematográfica do romance The Witches of Eastwick (1984), de John Updike, foi dirigida em 1987 por George Miller (o mesmo de Mad Max, O Óleo de Lorenzo e Babe, o porquinho atrapal-hado) e se tornou um sucesso mundial de público, graças à engenhosidade da trama, à originalidade dos personagens e às interpretações arrebatadoras dos protagonistas. O filme recebeu duas indicações ao Oscar (melhor trilha sonora e melhor canção), ganhou um Bafta por melhores efeitos especiais e um Grammy por melhor trilha sonora, entre outros prêmios.

eQuipe criativa

Claudio Botelho – Versão Brasileira / Supervisão MusicalCharles Möeller – DireçãoTina Salles – Coordenadora ArtísticaMarcelo Castro – Diretor Musical

serviço “as bruxas de eastwick”Realização: TIME FOR FUNLocal: Teatro Bradesco - Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo - Rua Turiassú, 2100, 3º piso, PompéiaCentral de Vendas Tickets For Fun: 4003-5588Temporada: De 14 de Agosto a 11 de Dezembro Horários: Quinta-Feira e Sexta-Feira, às 21h; Sábado, às 17h e 21h; Domingo, às 16h e 20hDuração do espetáculo: 180 minutos (com intervalo de 20min)

PREÇOS DE INGRESSOS - INTEIRADe R$ 10,00 à R$ 190,00Bilheteria Teatro Bradesco: Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo - Rua Turiassú, 2100, 3º piso, Pompéia/ Horário de funcionamento: Domingo a Quinta das 12h às 20h, Sexta e Sábado das 12h às 22h.

Pontos de venda no link: http://premier.ticketsforfun.com.br/content/outlets/agency.aspx Central Tickets For Fun: por telefone, en-trega em domicílio (taxas de conveniência e de entrega) - 4003-5588 (válido para todo o país), das 9h às 21h - segunda a sábado.

Page 13: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 13

Versão nacional da comédia musical tem direção de Charles Möeller e Claudio Botelho e elenco estrelado por Eduardo Galvão, Maria Clara Gueiros, Sabrina Korgut e Renata Ricci, com a participação especial de Fafy Siqueira.

“É um espetáculo completamente novo e diferente de qualquer montagem anterior. Cenário e figurinos estão sendo criados

especialmente para a produção brasileira, além de uma direção totalmente nova. Temos discutido adaptações no texto e mesmo

nas músicas. Esta última versão da peça tem músicas que não foram usadas nas montagens internacionais. O Brasil terá uma

produção mundialmente inédita do musical” ComEnta Cláudio BotElho.

As B

ruxa

s de

Eas

twic

k - E

duar

do G

alvã

o, M

aria

Cla

ra G

ueiro

s, S

abrin

a Ko

rgut

e R

enat

a Ri

cci.

Créd

ito M

arco

s M

esqu

ita.

Page 14: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 14

Aconteceu

A Dance e Aqueça – Mostra de Dança e Solidariedade, em sua quarta edição, atingiu o coração do público paulista e trouxe ao Memorial da América Latina, no dia 02 de julho, mais de 1.100 pessoas que assistiram ao espetáculo e puderam apreciar a diversidade de estilos das academias parceiras. Uma rara oportuni-dade num só evento, de conferir números de Ballet Clássico, Sapateado, Flamenco, Dança do Ventre, Andaluz, Jazz, Street-dance, Danças de Salão, Afro-Dance e Contemporâneo. No palco mais de 200 dançarinos/bailarinos: houve performance de Lady Gaga; palhaços e anjos saudaram as pessoas na abertura e nas homenagens; cowboys, dançarinos de forró, zouk, afro, samba e sapateado sacudiram a platéia, a força do flamenco, a suavidade da valsa, as lindas bailarinas e a participação direta do público emociou a todos.Como em todas as edições, o “ingresso” para o evento foi simbolizado pela doação de 02 agasalhos, e as pessoas que não tinham agasalhos para doar, adquiriram no quiosque da Empresa Sonopaz, parceira da Dance, 02 cobertores ao preço especial de R$ 10,00 cada.Outra novidade este ano foi o Bazar “Troca Cobertor”. Vários brindes foram doados por empresas para a Dance e Aqueça, e a moeda de troca foi cobertor. A pes-soa escolhia o que desejava comprar e trocava o valor por cobertores que são destinados a entidades carentes. Desde um mês antes do evento, todas as academias arrecadaram agasalhos em suas sedes e as doações foram repassadas para as casas beneficentes já no dia do espetáculo, no memorial.A arrecadação obtida beneficiou: o Centro Cultural e Educacional Santa Terezinha, a Sobpep – Sociedade Beneficente, a Promove Ação Sócio Cultural, a Fundação Gentil Afonso Durães, a Associação da Comunidade do Moinho, a Associação Beneficente “Expressão Divina”, a Casa do Pequeno Cotolengo, a Casa de David, a Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo (comunidade do Jd. Santa Rita – Taboão / Guarulhos), a Casa de Recuperação Vida Nova no Espírito Santo de Deus, Centro Bom Jesus de Cangaíba, Casa de Clamor Cananis, Casa Lar, Asilo Casa Luz do Caminho – Horto Florestal e comunidades da Zona Norte, amparadas pelo / Rotary Clube Parada Inglesa. Foi contabilizado um total de 6.536 peças arrecadadas, entre roupas, calçados e cobertores.

4ª dAncE E AQuEçAum ESPETÁculo mArcAnTE nA

cAmPAnHA do AGASAlHoDestacaram-se também os órgãos apoia-dores que tornaram possível a realização do espetáculo: a Revista Dança Brasil, a COOPMIL, o Rotary Club Parada Inglesa, a SABESP, a Bijou Ballet, a SPTrans, o ECAD, a Jaguaré Bananas, a Academia Brasil Company, a Sonopaz, a Associação dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo, a Gomes da Costa, a Camp Alimentos, a Benassi Frutas, a MMartan, a 3P Transportes, a Medialand, a Luz da Lua Academia de Dança, a Top Dance e a Lyons Artes Gráficas.Além do público em geral, assistiram o espetáculo, crianças e adolescentes de enti-dades carentes convidadas, todos receber-am auxílio para transporte e alimentação. Desta vez, estiveram presentes o Projeto Transpirarte – Dança, Música e Ritmo, o In-stituto Brasil de Desenvolvimento Cultural e Social, a Fundação Gentil Afonso Durães e a Escola Municipal de Ensino Fundamen-tal (EMEF) Jardim Guarany.A Dance e Aqueça é um projeto desen-volvido pela Equipe de Relações Públicas e Cerimonial da Secretaria de Segurança Pública, em parceria com academias, escolas e companhias de dança de São Paulo. Teve início em 2008, e hoje já é um marco na Campanha do Agasalho. Muitas academias de dança de São Paulo que conheceram a Dance através das mídias de divulgação, já procuraram a Coordenação do evento para fazer parte do espetáculo no próximo ano. Companhias de dança e escolas, e também empresas que quei-ram colaborar podem entrar em contato com a Coordenação através dos números: 3291-6965 / 7719-6151 ou pelo e-mail: [email protected] .

A abertura do espetáculo contou com a participação especial do Coral da Associa-ção Adventista de São Paulo e, na com-posição de arte e dança: Companhia de Dança Regina Acevedo, Associação de Bal-let para Cegos Fernanda Bianchini, Ballet Leila Moraes, Ballet Tatiana Orite, La Luna Arte e Entretenimento, Academia Tania Ferreira, Humanas Academia, Fábrica de Danças, Núcleo Mariana Santos (Franco da Rocha), Ballet Art, Companhia Primeiros Passos (Mauá), Companhia Khalida, Zouk Philip Miha, Academia Movimento Livre, integrantes das Polícia Civil e Militar, As-sociação Desportiva da Polícia Militar e Corpo de Dança, Canto e Percussão do Espaço Criança Esperança – São Paulo.

Imagens divulgação.

Page 15: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 15

Page 16: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 16

Espetáculo

Nos dias 05, 06 e 07 de Agosto, a Companhia de Danças de Diadema apresenta seu mais novo trabalho, Para-noia, no SESC Vila Mariana. Idealizado a partir das idéias provocativas e imagéticas do livro PARANOIA, de Roberto Piva, o espetáculo busca o desafio de transpor a poesia às imagens corpóreas. Os bailarinos expressam, por meio dos movimentos e situações cênicas, as sensações causadas pelos textos, trazendo intensa energia impulsiva, transgres-sora e ao mesmo tempo um lirismo ímpar. Com direção de Ana Bottosso e participação ao vivo do GEM – Grupo Experimental de Música, o trabalho de aproximadamente 50 minutos, faz com que o público tenha contato com o universo do poeta que, em 2009, presenteou a coreógrafa com a recente edição do livro. Ao lê-lo o desejo da criação coreográfica nasceu e tomou consistência ainda maior, quando o poeta sugeriu a ela que o coreografasse. Os desejos da coreógrafa e do poeta ali se cruzaram em uma mesma sintonia, e agora, os bailarinos e os músicos apre-sentam o resultado da pesquisa que durou 4 meses. Para Ana, foi uma surpresa muito agradável saber do interesse de Piva de ver sua obra coreografada por ela.Roberto Piva, um poeta da geração beat, capta nas ruas da metrópole, todo amor, desventura, desejos e decepções cotidianas, muitas vezes explícitas no concreto paulistano e outra vezes camuflados no caos ou nas maravilhas de uma cidade como São Paulo. O projeto para criação do espetáculo recebe apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2010. a companhia

Completando 16 anos, a Companhia de Danças de Diade-ma tem se destacado no cenário da dança pelo seu caráter inovador. Seu trabalho diferenciado de pesquisa, onde os bailarinos participam e colaboram com todo o processo de criação, busca sempre a interação com outros setores artísticos, como música, artes plásticas, teatro, literatura entre outros.Criada pela iniciativa da Prefeitura do Município de Dia-dema e pela bailarina e coreógrafa Ivonice Satie, a Com-panhia de Danças de Diadema tem seu trabalho artístico reconhecido internacionalmente. Os bailarinos atuam como artistas-orientadores no Projeto Oficinas - Difusão e Acesso à Dança, abraçando como uma de suas missões o trabalho sócio-cultural, por meio do ensino da dança e da descoberta do corpo como forma de expressão. Eles interagem, trocam e possibilitam o contato com outras linguagens artísticas.

companhia de danças de diadema e gem grupo experimental de música apresentam

“paranoia” no sesc vila mariana

Ficha técnica

Direção, concepção: Ana BottossoCoreografia: Ana Bottosso e elencoDramaturgia: Cristina ÁvilaAssistente de coreografia: Manuela Fadul Direção musical: Luciano Sallun Intérprete ao vivo: GEM – Grupo Experimental de Música Músicos: Luciano Sallun, Flávio Cruz, Rodrigo Olivério e Bira Azevedo Desenho de luz: André PradoFigurinos: Lígia Passos e Karla Maria PassosAcessórios cênicos em vidro: Gustavo BeniniCenografia: Fábio Marques – GEM – Grupo Experimental de MúsicaMaître: Valéria MattosCondicionamento físico: Carolini PiovaniWeb designer: Marcio Edison (MExCORP)Produção: Ton CarbonesAssistente de produção: Renato AlvesAssessoria de comunicação: Renata BoniolElenco:Carolini PiovaniKleber CândidoJuliana LimLéo OliveiraMaercio MaiaManuela FadulThaís LimaTon Carbones Zezinho AlvesEttore Lucci e Ygor Zago (bailarinos convidados)

serviço

05, 06 e 07 de agosto de 2011sextas e sábados, às 21h e domingo, às 18hSESC Vila MarianaRua Pelotas, 141 - Vila MarianaSão Paulo - SPCEP: 04012-000 Telefone: 11 5080-3000 (informações sobre ingressos)

contatos

[email protected] (11) 7852-8364 – 7852-8365

Page 17: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 17

Créd

itos:

Fab

io C

abel

odur

o.Cr

édito

s: F

abio

Cab

elod

uro.

Créd

itos:

Fab

io C

abel

odur

o.

Créd

itos:

Ren

ata

Boni

ol.

Créd

itos:

Ren

ata

Boni

ol.

Créd

itos:

Ren

ata

Boni

ol.

Page 18: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 18

Internacional

Na Europa, em pleno momento de férias, os teatros fechados, coreógrafos, bailarinos e a população das cidades e países em movimen-to migratório, Monsieur Roland Petit também nos deixou; perplexos pela súbita viagem ao firmamento, dia 10 de julho, aos 87 anos, ele que tinha tantos projetos por aqui, tão urgentes como a sua sede de criar. “A terra já me estava muito estreita Aqui há lindas luzes, galáxias, verdadeiras estrelas, alguns colegas e amigos e alguns poucos outros daqueles que vêm só nos olhar, sem atingir a compreen-são. Passam rapidamente. Aqui é fácil de nos desviarmos deles”. - Mestre, quando pensa em voltar? - Como na estratosfera não há horários, não sei bem... O que sei é que voltarei com ideias novas e projetos como sempre, guar-dando o amor da sugestão e da narração, minha visão da estética feminina, pernas lon-gas, pés maravilhosamente trabalhados, coups de pieds de fazer sonhar, a sensualidade. A beleza física, a técnica apurada também dos rapazes, dos quais exijo o trabalho do torso, maleável, continuam sendo algumas de min-has bases, para que a interpretação justa surja facilmente. Em suma, é o conhecimento da alma humana que me interessa, talvez agora perdida pela tecnologia. Mas a astrofísica é um poema. - Portanto, mestre, por esses “não lugares” há sensualidade? - Sim, a sensualidade é divina. - E a herança? Há herdeiros espirituais? Como a chama vai continuar acesa? - Tenho herdeiros, sim. Já estava pensando agorinha nisso. Já veremos... Mas, como con-seguiu conectar-se comigo? - Mestre, talvez pensássemos na mesma pessoa. Obrigadíssima e até breve! Mais de 160 obras criadas para teatro, televisão, cinema, entre os Estados Unidos, Londres, Paris, Milão, Berlim, Moscou e St. Petersburg, Tóquio, Coreia, Pequim, Roland Petit não cessou de trabalhar desde que, em 1933, aos 9 anos, entra na Escola de Dança da Ópera de Paris.Após a criação de “Roland Petit conta os caminhos da criação”, em 2004, prèmiére mundial para Suresnes (Teatro Jean Villar), co-mentou: “O trabalho, com um pouco de sorte e de imaginação, é uma felicidade”. Aos 20 anos Roland Petit deixa o Balé da Ópera de Paris, onde entrara em 1940. Voluntarioso, resolve ser mestre de seu destino e, ajudado pelo pai, funda os Ballets des Champs Elysées, após haver apresentado suas primeiras coreografias no Teatro Sarah Bernhardt.

Roland PetitA vida é transmissível

(JEan CharlEs Gil)Por Celi Barbier, correspondente especial na Europa

O itinerário é imenso, eclético, extraordinário. O encontro com Renée Jeanmaire (Zizi) foi predominante para sua carreira e a entrada no music-hall, primeiramente em Hollywood. Dominique Khalfouni, logo depois, e mais recentemente Lucia Lacarra, contam como suas musas.Todos os grandes bailarinos da segunda parte do século XX e já no século XXI interpre-taram obras de Roland Petit. A lista é imensa tanto quanto seu gênio. Ele se interessa, desde os anos 40, no início da carreira como coreógrafo, pela fusão da dança e a música, a cenografia, a literatura, a pintura e arquitetu-ra, o que continuou como premissa durante todos esses decênios, dedicados não só à Dança mas à Arte em toda sua integralidade.Les Ballets de Marseille, já existentes, passam, em 1981, a se chamar Ballet National de Marseille-Roland Petit. Agora o imenso tal-ento e a força criativa de Roland Petit podem, e irão, expandir-se durante cerca de 26 anos, com o prolongamento pedagógico de seu tra-balho. Em 1992, ele funda a Escola Nacional Superior de Dança, em Marselha.Como a vida, o viver, o criar, o inovar são a matéria-prima de Roland Petit, preferimos nos afastar de sua imensa biografia e entrevistar uma “estrela” de Roland Petit, que consid-eramos a única que, atravessando um longo período como bailarino da Companhia, esten-deu seu imaginário e seus conhecimentos à arte coreográfica. Jean-Charles Gil nos honra com sua entrevista exclusiva, comovente, sincera, refletida e grandiosa na sua simplici-dade.Jean-Charles Gil, hoje diretor e coreógrafo principal do Ballet d’Europe por ele criado em 2003, nos parec um dos melhores exemplos de uma estrela vinda do Ballet Nacional de Marseille-Roland Petit, para nos contar sobre Roland Petit, através de sua própria e belís-sima carreira. Bailarino eclético e maravilhoso intérprete, suas qualidades humanas fazem par com o artista - sincero, íntegro, sensível, inteligente e generoso. - Surpresa! Soube que você entrou no B.M. com 17 anos, aliás 16 anos e meio. Extraordinário, como aconteceu? “Simplesmente, eu estava na Suiça, porque fiz meus estudos de dança no Ballet de Lau-sanne e passei uma audição no palco do te-atro, quando de uma tournée da Companhia, que apresentava Copélia. Eu tinha deixado minha família após o falecimento de minha mãe. Imediatamente após a audição, Roland Petit me contratou. - O que ele lhe disse? “Disse só que eu tinha um bom “balon”. Trabalhei muito, aliás o tempo todo, porque

a dança é a minha paixão. Mais tarde, depois de ter dançado muito pequenos papéis, está-vamos no Pireu, na Grécia, e Rudi Brians que era a “étoile”, tendo se machucado, Roland me fez seu substituto no papel de Frédéric, na l’Arlésienne. - Esse balé foi criado em 1974 para Loipa Araújo e Rudi, entrando mais de vinte anos depois no repertório da Ópera de Paris. “Sim, mas o melhor de tudo é que, depois desse espetáculo, fui nomeado étoile”. - Quando tempo você ficou no Ballets de Marseille-Roland Petit? “De 1976 a 1984. Foram os anos mais belos de minha vida, porque fiquei onde aprendi realmente o que era a Dança, onde cresci, amadureci, vivendo momentos magníficos nos ensaios. Onde aprendi muito, claro também nos espetáculos, em papéis que Roland me havia confiado como Frolo em “Nôtre Dame de Paris”, ou em “Proust ou Les Intermittences du Coeur” (Anges Mo-roel). Depois ele criou um balé para mim em 1981: “Les Amours de Franz”, no caso Franz Schubert, com músicas do compositor, para o Teatro dos Champs Elysées, ao lado de Carla Fracci e Dominique Khalfouni. Veja, Celi, todos esses momentos de grande cumplicidade com Roland, nas salas de balé, durante os ensaios, eu me sentia em osmose com o Mestre (aliás eu sempre o denominava Mestre quando o via). Ele tinha a distância das coisas, um “savoir-faire” inigualável...

J. C.

Gil-

17an

s-Pi

nk F

loyd

-R.P

etit-

Ph(c

) F. L

evie

ux

Page 19: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 19

Eu lhe devo todas as grandes bases essen-ciais para aprofundar cada vez mais o meu trabalho. Esta criação foi excepcional, feita especialmente para mim, e depois ninguém pôde dançar. Uma obra difícil, eu tinha só 21 anos, era um desafio; ao mesmo tempo eu me prestava a desafiá-lo também.O Schubert do Romantismo, imagine, eu tinha que me transportar, ir ao fundo da alma do personagem, de me apropriar dela, de transpo-la em dança, que esta era em grande parte muito virtuosa, com duos difíceis com Carla e Dominique... Schubert e sua busca de amor incessante, já que sabia que iria morrer brevemente de sífilis. Uma relação terrível entre o amor e esta doença contagiosa e dolo-rosa. Roland me descobriu, foi aquele que me testou, me deixou crescer, acompanhou minha dimensão artística e internacional. O que devo sublinhar: as obras de Roland Petit têm uma dimensão universal. Ele tinha sempre um olhar sobre os artistas, e penso sobretudo que não se enganava quando ao talento deles. No setor da arquitetura, no setor pictorial e outros, Roland Petit sempre colaborou com grandes artistas, amava também descobrir talentos e ajudá-los, a vê-los se expressarem. Temos que reconhecer que são grandes e raras qualidades... - O homem e o artista eram contraditóri-os? “Sempre fiquei ao lado do artista, mas o homem se comportava da mesma maneira. Roland Petit parecia difícil para muitos, pois ia na direção de suas escolhas, as quais fazia claramente. Evidentemente, com sua forte personalidade, tinha momentos de cólera, que são até famosos. Mas era de uma imensa integridade intelectual, sem concessões. Acho esplêndido que alguém possa se comportar assim na vida. Roland era ele mesmo. Desde jovem, quando entrei na Companhia, todo o tempo adorei sua sinceridade. Aliás, Roland Petit me fascinava em todos os sentidos. – O que lhe proporcionou ainda mais, em termos de gratificação, que os papéis fabulo-sos que interpretou? “Ele me permitia ser o que sou. Já falei da carreira internacional, mas mais ainda de sair simplesmente do anonímato, o que me deu bases inesgotáveis. Basta olhar, compreender, analisar e sentir as coisas. Hoje, estamos ainda na fase da Forma em dança, o que Roland

Petit já havia há muito ultrapassado. Sua maneira de trabalhar e o que resultava dela continuam atuais, porque há algo muito mais forte por traz da Forma pura”. - Foi assim que Roland Petit preparou o futuro coreógrafo? “Eu sempre me interessei pela coreogra-fia. E observo hoje no meu trabalho como coreógrafo que posso ser até um certo ponto como Roland Petit: não procuro a originali-dade a todo custo. Vou ao essencial do gesto e me situo na linha de perenidade de sua obra. Me sinto pertencendo à sua família, trabalho como ele. Isso começa a se definir cada vez mais. Não que pense ser seu her-deiro, eu o vejo como meu mestre espiritual e de savoir-faire, porque me ensinou muito e todos os conhecimentos e experiências coloco a serviço de minha personalidade e expressivi-dade artística. É com toda essa bagagem, que continuo a avançar”. - Como você sente agora o inevitável? “O inevitável é a morte, essa estando também presente na nossa vida. Por isso temos que nos bater para que ela não se instale invadindo o dia após dia. Minha obra é dedicada à vida, também a vida através do outro, do que se oferece em emoção ao outro. A vida é transmissível”. - Mas você deixou a Companhia e foi para Les Ballets de Monte Carlo. “Eu não a deixei, mas sim aqueles que não sabiam compreender e apreender as obras de Roland Petit. Pensei em todos os papéis que me deu a dançar, a confiança em mim investida, porque não se tratava só do gesto e dos passos, mas do ser humano. Ele me guiou a pesquisar as suas riquezas, suas dúvidas, seus sofrimentos. Era do que falá-vamos nos ensaios, e eu tinha que encontrar, buscar os personagens no mais profundo de mim mesmo, no mais profundo de suas almas. Eu só tinha 21 anos em “Les Amours de Franz”; o peso também é do romantismo, dessa época tão intensa em emoções e paixões... Quando se é jovem e se aprende o conhecimento de si mesmo através de tais personagens, é que a procura continua; uma busca incessante: compreender, imaginar, criar. Eu nunca esquecerei essa época que me transporta até hoje a diversos horizontes. Quanto a Roland Petit, como expressar o indizível?

J.C. Gil e P. Cantalupo - Ballet de Monte Carlo - Mozart - R. Petit-1991Roland Petit e J.C. Gil

Page 20: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 20

Este é o meu mundo, o mundo da danç[email protected]

01. Alexandre Snoop; 02. Aracy, Silvana, Eleusa e regina; 03. deborah colker e ivan Grandi; 04. luciana Junqueira, karlos de moraes e Jaqueline motta; 05.leandra e seu pupilo; 06. cristiano nunes; 07. Patricia Sardá, ivan Grandi e lucas Schoeninger de Florianópolis - Sc; 08. Eleusa, ivan e Jaquelyne Alessandra Barbieri - caxias do Sul - rS; 09. ivan Grandi e Sarah coelho; 10. Possi e zolla em Paris; 11. luis e ritmos em Joinville; 12. os Gladiators invandem o festival.

2

1 3

4

2

6

7 8 9

10 11 12

5

Page 21: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 21

Page 22: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 22

Passagem do tempo, celebração, luto, memória e transição. Esses são alguns temas abordados na nova montagem da Cia. de Dança Palácio das Artes: Tudo que se torna Um.Nos dias 27 e 28 de agosto, os bailari-nos sobem ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes para encenar o espetáculo que é uma síntese coreográ-fico arquitetônica do tempo, com concepção e direção de Sônia Mota, diretora artística da Cia. A montagem transita por diversos estilos (clássicos, modernos, experimentais e contem-porâneos) do grupo, evidenciando sua metamorfose nos seus 40 anos.A coreografia do espetáculo, que inte-gra as comemorações dos 40 anos da Cia. de Dança Palácio das Artes, ficou por conta dos próprios bailarinos, que são também co-criadores na mon-tagem. Eles levam para a cena suas experiências pessoais, afetivas e físicas, vividas dentro e fora da Cia que, as-sociadas coreograficamente, acabam revelando a história do grupo.O cenário, todo manipulado manual-mente, foi criado por Felippe Crescenti (SP) e tem um papel importante no espetáculo: movimenta-se, de forma simples e precisa, demarcando por meio de 15 painéis translúcidos a passagem do tempo. O desenho de luz, assinado por Pedro Pederneiras, um dos fundadores do Grupo Corpo, complementa o cenário trazendo texturas sutis para os movimentos dos bailarinos.Já o figurino elaborado por Fabio Namatame (SP) pretende destacar o preto e a pele associando-os a out-ras cores. “Quero ressaltar o detalhe de cada indivíduo cuidadosamente”, afirma. “Acredito que este seja um es-petáculo plástico e majestoso, e assim

cia. de dança palácio das artes estreia

tudo Que se torna um

devem ser as vestimentas”, acrescentou Namatame. O figurino é inicialmente composto por vestes requintadas que, aos poucos, vão se desmembrando, tornando-se cada vez mais minimalis-tas.Em cena, os bailarinos comemoram os 40 anos da Cia., dançando seu contexto histórico, numa atmosfera onírica, e ao mesmo tempo realista, na qual cenário, figurinos, música, luz e público, comunicam-se entre si para, juntos, se tornarem um.

Ficha técnica

CONCEPÇÃO e DIREÇÃOSônia Mota

COREOGRAFIABailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes

BAILARINOSAlex Silva, Andrea Faria, Ariane de Freitas, Beatriz Kuguimiya, Caroline Alves, Cristiano Reis, Cristina Rangel, Dadier Aguilera, Eder Braz, Fernando Cordeiro, Ivan Sodré, Karla Couto, Lair Assis, Lina Lapertosa, Lívia Espírito Santo, Lucas Medeiros, Marcos Elias, Mariângela Caramati, Paulo Chamone, Peter Lavratti, Rodrigo Antero (baila-rino convidado), Rodrigo Giése, Sônia Pedroso.

serviço

Tudo que se torna UmData: 27 e 28 de agostoHorário: 27 de agosto – 20h3028 de agosto – 19h00Local: Grande Teatro – Palácio das ArtesValor: 20,00 (inteira) e 10,00 (meia)Duração: 80 minutosClassificação etária: 12 anosInformações: (31) 3236-7400

Espetáculo

bailarinos são co-criadores do espetáculo

Imag

ens

divu

lgaç

ão.

Page 23: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 23

espetáculo deserto de ilusões

Caminhamos em um deserto de ilusões; percorremos caminhos desconhecidos permeados por miragens, por surpresas. O mistério se faz presente em algo não permanente, como um deserto em con-stante transformação. Cada movimento corporal expressa um enigma que nos envolve e nos remete a sensações, que são experimentadas e transmitidas de maneiras diferentes, surpreendendo-nos. Somos um eterno segredo trancado em um quarto com a porta aberta e, ao final, a vida não passa de uma efêmera ilusão. Permita-se! Surpreenda-se! Iluda-se!

serviço

Dias 6 e 7 de agosto Sábado, às 21h e Domingo, às 20hLocal: Teatro Centro da Terra - Rua Pirac-uama, 19 - SumaréDuração: 60 minR$30,00 (inteira) - R$15,00 (meia)

Espetáculo

espetáculo encontros e desencontros

Embora o meu amor seja uma velha canção aos teus ouvidos, das horas que passei à sombra dos teus gestos, bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos. Das noites que vivi acalenta-do, pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo, trago a doçura dos que aceitam melancolicamente. Nem as misteriosas palavras dos véus da alma... é um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias.Várias pessoas, muitas vidas, mas as mesmas histórias. Histórias de amor que ora se encontram, ora se desen-contram. Uma mensagem traduzida em movimento, em emoção. Um espetáculo de hip hop falando de amor? Muito além disso.Realização: Departamento de Expansão Cultural - Prefeitura de São Paulo.

T.F.STYLE CIA DE DANÇA APRESENTA

dESErTo dE iluSõES E EnconTroS E dESEnconTroSserviço

De 9 e 14 de agosto (exceto dia 10)Terça a Sábado, às 20h e Domingo, às 19hLocal: Teatro Zanone Ferrite - Avenida Renata, 163 - Vila FormosaDuração: 50 min. Grátis. mais informações: [email protected] ou (11) 9658.1777www.tfstyle.com.br Ficha Técnica• Direção Geral e Coreografias: Igor Gasparini• Direção Artística: Frank Tavanti• Assistência de coreografia e ensaios: Frank Tavanti, Natália Moura e Márcia Marcos.• Elenco: Bruna Menon, Frank Tavanti, Fábio Rantiquieri, Helon Hori, Igor Gasparini, Márcia Marcos, Melissa Fernandes e Natalia Moura.

Page 24: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 24

InternacionalCAPA

onde Aprender?

CISNE NEGRO

Ballet Clássico, ContemporâneoClássico para Adultos

Jazz, Yoga, Pilates e Musical

ESTÚDIO DE BALLET CISNE NEGRO.50 ANOS DE TRADIÇÃO E

QUALIDADE NO ENSINO DA DANÇA.

ROYAL ACADEMY OF

DANCE

(11) 3031 0930 www.estudiocisnenegro.com.br

Studio Coreográfico Corpore Sano

Direção: Mariana Ribeiro

Sua melhor opção em Dança!

R. Alvarez de Azevedo, 286 Centro Santo André/SP Tel: 3969-6100/ 4438-8704 www.studiocorporesano.com.br [email protected]

Page 25: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 25

onde Aprender?STudio corEoGrÁFicocorPorE SAno

ondE dAnçAr é mAiS do QuE ArTE, é umA QuESTão dE SAúdE

Há 6 anos situada na cidade de Santo André, no ABC paulista, dirigida pela bailarina e coreografa Mariana Ribeiro, a escola já esta entre as principais da região em relação a aulas de dança e espetáculos.O Studio surgiu da idéia de montar um local onde fosse possível mesclar a pratica da dança aliado ao exercício físico. Fazendo com que o aluno/bailarino tenha um bom aprendizado e possa unir cultura e saúde ao mesmo tempo. E por este motivo o local ganhou o nome de Corpore Sano, que traduz a preocupação da escola em unir atividade física e man-ter a saúde do corpo e da mente em dia. Com objetivo de oferecer um ensino de qualidade, conta com uma equipe de professores bem qualificados e de renome no mundo da dança, que contribuem para que o aluno saia da escola como um profissional completo.A Corpore Sano vai além das salas de aulas, participa de fes-tivais e grandes premiações. Suas realizações incluem ainda a utilização de seu espaço físico para outros grandes grupos de dança.Durante todo ano a escola oferece vários workshops e aulas ab-ertas para que seus alunos possam conhecer outras modalidades de dança. Também são realizadas as aulas cortesias para quem pretende iniciar este aprendizado. Nas férias as atividades do Studio Corpore Sano não param e são realizados vários cursos, interessantes principalmente para as pessoas que não conseg-uem fazer aulas com freqüência devido á correria do dia a dia.Sempre preocupado em mostrar a seriedade do seu trabalho na dança e fidelizar o espectador com o hábito de assistir bons e grandiosos espetáculos, o Studio realiza além das apresentações de final de ano, outros eventos, como por exemplo: Noite Clás-sica, Noite do Sapateado, Noite de Gala – Os Melhores em Cena e Bossa Nova no Pé. Além de apoiar culturalmente outras apre-sentações que não sejam produzidas pela direção do Studio. E neste ano a escola apresentará neste mês no Teatro Municipal de Santo André, o ballet de repertório, “Don Quixote”, que traz em seu elenco bailarinos da escola e de grandes companhias. Além dos cursos oferecidos, o Corpore Sano procura reverter o que tem de melhor, no caso a dança, levando seus espetáculos para as comunidades carentes que na maioria das vezes não tem acesso a este tipo de evento cultural. E sua participação social conta também com bolsas para alunos de comunidades carentes.mais inFormações:Telefone: (11) 44388704 ou (11)3969 6100 www.studiocorporesano.com.br

Imag

ens

divu

lgaç

ão.

Page 26: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 26

As relações com o outro inspiram o espetáculo Tão Próximo, a vigésima se-gunda criação do coreógrafo Henrique Rodovalho para o grupo goiano Quasar Cia de Dança. O fascínio pelo entendi-mento das propriedades dos relacio-namentos, trouxe reflexões acerca do território limítrofe entre a convivência social e a intimidade com as pessoas que nos cercam, sejam elas conhecidas ou não.

Em sua concepção, o novo trabalho de Henrique Rodovalho questiona que distância é essa existente entre as pessoas e até que ponto devemos nos aproximar, fazendo opção pela rup-tura de barreiras. Egoísmo e altruísmo também entram em discussão quando a aproximação consumada pode tanto fazer bem quanto mal para o próximo e pode tanto fazer bem quanto mal para nós mesmos. “No processo cria-tivo, as relações mais óbvias já não me interessavam. Me instigou mais pensar sobre os mistérios e as incertezas”, afirma o coreógrafo.A fisicalidade que tornou a Quasar Cia de Dança uma das mais importantes do Brasil, com reconhecimento interna-cional, está presente em Tão Próximo, sobrepondo-se a conceitos e narrativas. Todas as coreografias foram criadas a partir das possibilidades de relação com o outro, terminando por se con-sumar em contato corporal. Portanto, do começo ao fim não há solos. “As pessoas estão se tocando o tempo todo em busca de forma de expressão”, conta Rodovalho.

Como pouco interessou ao processo criativo as definições em torno da na-tureza dos relacionamentos - que dão origem à movimentação dos bailarinos - toda tentativa de cristalização acaba provocando transformações e

CAPA

A trilha sonora tem como destaque as batidas eletrônicas, criadas pelo alemão Hendrik Lorenzen especial-mente para o espetáculo, além da mixagem de músicas de Propellerheads e Naná Vasconcelos. serviço

Tão Próximo (estréia)13 e 14 de agosto (sábado – 21h / domingo – 20h)Teatro Nacional Cláudio SantoroSala Villa LobosIngressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Local de venda: a partir do dia 09 de agosto. Bilheteria do Teatro Nacional Cláudio Santoro (Setor Cultural Norte, Via N2). Nos dias dos espetáculos os ingressos também serão vendidos na bilheteria do Teatro.

FicHA TécnicAEspetáculo: Tão próximo

Direção artística e coreografia: Henrique Rodovalho Direção geral: Vera Bicalho Direção de Ensaio: Daniel Calvet

Bailarinos: Andrey Alves, Carolina Ribeiro, Fernando Martins, João Paulo Gross, Marcos Buiati, Martha Cano, Paula Machado, Valeska GonçalvesBailarina estagiária: Gabriela Marquez

Professores:Ballet clássico - Tassiana StacciariniDança contemporânea – Marcos BuiatiPilates - Giselle Rodrigues (Studio Balance)Yoga - Valeska Gonçalves Trilha sonora: Hendrik LorenzenFigurino: Cássio BrasilCenário: Henrique Rodovalho

Tão Próximoa busca de novas possibilidades. Em cena, o coreógrafo apresenta pessoas comuns, modificadas pela intensidade dos sentimentos que as atravessam à medida que constroem e desconstroem relações.Para Rodovalho, além do entendimen-to sobre as nuances do contato com o outro, também estimulou o trabalho os impactos dessa discussão no exercício da criação coreográfica. Ele conta que, ao longo de 22 anos, vem concebendo de forma autônoma coreografias que em seguida vão encontrando seu lugar no espetáculo a partir de um trabalho de dramaturgia e de direção artística. Mas desta vez foi diferente: “Como em um plano sequência, uma coisa foi desenvolvendo a outra e a possibili-dade de continuidade do movimento me interessou muito mais do que a interrupção”, descreve.O cenário concebido pelo próprio Ro-dovalho tem como elemento principal uma manta de pelúcia, que reveste todo o palco com sutilezas, revelando em alguns momentos objetos que, ao interferirem nas relações em curso, deflagram, potencializam e expõem emoções. Essa “pele” onde dançam os bailarinos pode sugerir sensações diversas: intimidade, conforto, aqueci-mento, luxúria. Henrique Rodovalho também assina o desenho de luz e utiliza o palco totalmente aberto para que a ilumina-ção possa recortar o espaço e propor ambientes focados, permitindo que o público se “aproxime da cena”. O figurino é de Cássio Brasil, que já vem trabalhando com a companhia desde 2005, e que agora propõe a valoriza-ção da pele exposta, em contraste com peças de látex preto. O material escol-hido, liso e colante, surge em oposição ao piso, que tem textura e volume.

QuASAr ciA dE dAnçA ESTrEiA

no TEATro nAcionAl clÁudio SAnToro Em BrASÍliA

Page 27: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 27

“No processo criativo, as relações mais óbvias já não me interessavam. Me instigou mais pensar sobre os mistérios e as incertezas”, afirma o CorEóGrafo.

Div

ulga

ção.

Page 28: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 28

Durante os 11 dias do festival, o público pode ver a plasticidade e leveza dos mais variados gêneros de dança. Quase sete mil bailarinos, coreógrafos e educadores participaram do evento que mobilizou e encantou a comuni-dade local, visitantes e participantes de todas as formas. Este ano, 166 grupos de 13 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, par-ticiparam da Mostra Competitiva e Meia Ponta, realizados no Centreventos Cau Hansen e Teatro Juarez Machado. Para os Palcos Abertos, 374 grupos foram selecionados, sendo um da Argentina, para se apresentarem em 17 palcos distribuídos em vários pontos da cidade. Só de espetáculos gratuitos para a comunidade local e regional foram quase 170 horas. Para abertura do Festival o público presente pode conferir a apresentação da Cia. Deborah Colker, com o espetáculo “Tatyana”. Já na noite de gala, contou com a participação do Teatro Balé Castro Alves, de Salvador (BA), com o espetáculo “A Quem Possa Interessar”.

Cursos, oficinas, workshops e seminários ampliaram o caráter didático do evento que contou com a participação de cerca de 400 pessoas que foram aprimorar o conhecimento com essas atividades. Em outubro, acontecerá o Grand Prix Brasil na cidade de Paulínia, pequena cidade do estado de São Paulo. Pela primeira vez, o Festival de Dança de Joinville desloca-se para um encontro também dançante. O Festival de Dança de Joinville em Paulínia – Grand Prix Brasil, ocorrerá de 12 a 16 outubro, no Theatro Mu-nicipal Paulo Gracindo. Serão cinco noites – abertura, três de competição e uma dos campeões -, onde os melhores de Joinville terão a oportunidade de disputar esse grande prêmio. O Festival de Dança de Joinville de 2012 será especial, onde comemora 30 anos e será realizado de 18 a 28 de julho.

Aconteceu

viBrAção do PúBlico mArcou 29ª FESTivAl dE dAnçA dE JoinvillE

Page 29: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 29

viBrAção do PúBlico mArcou 29ª FESTivAl dE dAnçA dE JoinvillE

Agência Espetaculum.

Agência Espetaculum.

Crédito: N. BASTIAN

Page 30: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 30

Nos dias 6, 7, 13 e 14 de agosto, a Uni-dade de Dança da Secretaria Municipal da Cultura e a Cia. Municipal de Dança realizam workshops de dança contem-porânea e improvisação com o bailarino e coreógrafo Evandro Pedroni. Nos dia 6 e 7, as aulas serão ministradas apenas para bailarinos. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas, mediante entrega de breve currículo, na secretaria da Unidade de Dança, pelo telefone (54) 3901.1316 ou pelo e-mail:[email protected] dias 13 e 14 de agosto, o workshop é destinado a iniciantes. As inscrições também são gratuitas e devem ser realizadas pelo telefone (54) 3901.1316 ou pelo e-mail: [email protected]. As aulas acontecerão das 10h às 13h, e das 14h às 17h, na sala da Cia. Munici-pal de Dança, localizada no Centro Mu-nicipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho – Rua Luiz Antunes, nº 312, bairro Panazzolo.Os workshops fazem parte de um projeto financiado pela Lei Municipal de In-centivo à Cultura com o apoio cultural da Visate, das Empresas Randon, da N&L Gestão em Suporte e da Unidade de Dança da Secretaria Municipal da Cultura. O projeto teve como objetivo proporcionar a ida do bailarino à Austria para cursar um ano na Escola S.E.A.D., uma das mais conceituadas escolas de dança contemporânea do mundo.

serviço

Workshop de Dança Contemporânea/Im-

Agende-se!

workSHoP Em São PAulo com EvAndro PEdroni

provisação com o bailarino e coreógrafo Evandro Pedroni para bailarinosDias: 6 e 7 de agostoHorário: 10h às 13h e 14h às 17hLocal: Sala da Cia. Municipal de Dança Vagas limitadas.Financiamento: Lei Municipal de Incen-tivo à Cultura

Workshop de Dança Contemporânea/Im-provisação com o bailarino e coreógrafo Evandro Pedroni para iniciantesDias: 13 e 14 de agostoHorário: 10h às 13h e 14h às 17hLocal: Sala da Cia. Municipal de Dança Vagas limitadas

Mais informações com a diretora da Cia. Municipal de Dança e Coordenadora da Unidade de Dança Cristina Nora Calcag-notto (54) 9142.5030.

Estão abertas até o dia 12 de agosto as inscrições para o edital Hip Hop Contectando Quebradas cujo objetivo é apoiar coletivos juvenis que desen-volvam projetos para o fortalecimen-to de base, utilizando a cultura Hip Hop e a Música como forma de mo-bilização, questionamento, inclusão e transformação social e política para as suas comunidades.Poderão participar grupos juvenis

Hip Hop

que tenham a idade entre 15 e 30 anos. Serão contemplados até 10 grupos com uma verba que pode variar de R$2.000 e R$ 5.300, esse valor vai de acordo com o projeto proposto.

Mais informações acesse o blog:http://hiphopconectandoquebradas.blogspot.com/

conEcTAndo QuEBrAdAS

Div

ulga

ção.

Page 31: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 31

Page 32: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 32

Espetáculo

Dia 6 de agosto de 2011, com patrocínio da Gerdau, volta em temporada no Espaço Cultural Vivo, em São Paulo, o es-petáculo de dança infanto-juvenil da Cia Druw VILA TARSILA, dirigido por Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito. Em um roteiro que valoriza o lúdico, “Vila Tar-sila” joga luzes nas memórias de infância de Tarsila do Amaral, e remonta sua trajetória criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística.“Vila Tarsila” teve o apoio da 6ª edição da Lei do Fomento à Dança do Municí-pio de São Paulo e transporta o especta-dor ao mundo antropofágico da artista, demonstrando que sua obra nasceu das experiências visuais das inúmeras viagens realizadas e das brincadeiras que rechea-vam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, interior de São Paulo, onde podia correr livremente entre pedras, árvores, cactus e brincar com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais. Certamente, o ápice desse apren-dizado foi o “Manifesto Antropológico”, criado em parceria com Oswald de Andrade em 1928 e que propunha a “devoração cultural das técnicas impor-tadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produtor de expor-tação”. Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito buscaram referências em algumas telas da pintora modernista para inspirar os seis bailarinos/intérpretes-criadores e a atriz Luciana Paes, que estarão em cena. Pinturas como O Abaporu, A Negra, Sol Poente, O Lago, A Lua, Manacá, A Cuca, O Sapo, O Ovo ou Urutu e A Floresta trouxeram elementos visuais fundamen-tais para munir a dança contemporânea pesquisada há anos pela Cia. Druw. O cenário e o figurino de Marco Lima é a materialização dessas ideias e procura

vilA TArSilA FAz TEmPorAdA

GrATuiTA no TEATro vivo

“Minha força vem da lembrança da infância na fazenda, de correr e subir em árvores. E das histórias fantásticas que as empregadas negras me contavam.” (tarsila do amaral)

trazer a própria visão de Tarsila, retratan-do a década de 1920. A trilha sonora original de Natália Mallo, além de suas próprias criações, foi inspirada na obra de Villa-Lobos.Para complementar a investigação artís-tica iniciada em agosto de 2009, Druwe e Quito tomaram como suporte o livro Tarsila do Amaral - A Modernista, de Nádia BattellaGotlib, e a exposição Tar-sila - A Viajante, que teve curadoria de Regina Teixeira, realizada na Pinacoteca do Estado. Dessas duas incursões perse-cutórias, Druwe e Quito descortinam os bastidores do movimento modernista, a vida cotidiana de Tarsila, seu processo criativo e sua relação com a arte. Druwe considera cada quadro da artista “como se fosse uma ‘vila Tarsiliana’ por onde se passeia, com ponte, lago, pov-oado... Cada obra é um passeio artísti-co!”. Um dos pontos que mais interessou à dupla de criadoras foi a faceta viajante de Tarsila, que a cada viagem empreen-dida registrava seus caminhos em forma de desenhos. Daí foram criados os proto-humanos, criaturas da natureza recorrentes na obra de Tarsila, presentes no universo mágico de quase todas suas telas. Nem humanos, nem animais, mas seres mágicos. serviço

De 6 a 28 de Agosto e dias 03 e 04 de setembro. Sábados, às 16h e domingos, às 15h Espaço Cultural Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 860 - Morumbi - São Paulo - SPTelefone: (11) 7420-1520Estacionamento Sistema Valet Parking – Na temporada de espetáculos R$ 15,00Horário da bilheteria: terça-feira a do-mingo, das 14h às 20h ou até o início do espetáculoTelefone Bilheteria: (11) 7420-1520 Ingressos: Entrada franca (os ingressos serão distribuídos uma hora antes).

Créd

itos:

Mar

co L

ima.

Page 33: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 33

dança Brasil: como foi o início de sua carreira?José luis lozano: Começei aos 19 anos como profissional, trabalhei no Teatro Argentino de La Plata, onde fui bailarino, mestre de ballet, coreógrafo, assistente de diração e finalmente, no ano de 2010, diretor artístico da com-panhia.

dB: Qual seu contato com outros estilos de dança? Jll: Minha carreira sempre girou em torno do ballet, embora em minhas coreografias utilizo uma linguagem neo-clássica. Admiro muito as outras formas de dança, mais não fui dedicado a elas.

DB: Como você vê a vida do profis-sional de dança na Argentina?Jll: O ballet clássico na Argentina está dando um giro importante, muitos bailarinos novos começando e muitos grandes artista se retirando, dando as-sim um grande passo para essa mu-dança.

dB: Qual sua opinião sobre os festi-vais competitivos de dança?Jll: Acredito que as competições de dança dão lugar a muitos bailarinos a se manifestarem. Isso é muito importante na carreira de um artista, e mesmo em seu desenvolvimento de vida. Meus parabéns por todo o trabalho das esco-las, aos diretores, mestres coreógrafos e, sem dúvida aos bailarinos maravilhosos que existem no Brasil.

dB: você ministra constantemente oficinas de dança. Que objetivos você busca alcançar, que elementos

utiliza e o que caracterizam suas aulas?Jll: Em minhas aulas tenho muito empenho pela qualidade musical, ao mesmo tempo que tenho na técnica. É sem dúvida a expressão em sua maior manifestação.

dB: Bailarinos preocupam-se com o preparo técnico. mas, muita vezes, o preparo cultural e a busca pela consciência do corpo fica para trás. o que você pensa sobre isso?Jll: Existem grandes universitários de excelência e também aqueles que não têm noção alguma. Assim como grandes mestres intuitivos e, mestres sem intuição. Dentro de nossa carreira profissional é necessário ter conheci-mento, mas o talento é muito impor-tante, como tudo dentro da ARTE. E finalmente, Deus, que fala “sim” ou “não”. dB: você ministra constantemente oficinas de dança. Que objetivos você busca alcançar, que elementos utiliza e o que caracterizam suas aulas?Jll: O que caracteriza minha aula? Acredito que as minhas qualidades artísticas ao serviço dos alunos, além da escola Russa (em meu caso em particu-lar), é preciso ter carisma.Os bailarinos deste novo século são maravilhosos no sentido técnico, físico (o problema não é o corpo), mas acredito que um pouco mais de desen-volvimento da arte e da musicalidade poderia melhorar ainda mais. Sou dos mestre que sente uma grande admira-

ção por mudanças na vida profissional e a chegada das novas gerações.

dB: Qual seu maior sonho profissional? Jll: Falando de sonhos profissionaos, fiz tudo aquilo que sonhei! Tenho alguns sonhos guardados em meu coração, mas não vou revelar, porque se eles não acontecerem em minha vida, fico do mesmo jeito feliz e agradecido a Deus!

dB: E quais os planos para 2011?Jll: Em 2011 terminei de fazer a remontagem do Ballet Espartaco no Teatro Argentino de La Plata, e con-firmei meu convite como jurado do Danzamerica, para este ano. Fico muito emocionado por tantos brasileiros que verei dançar por lá.

dB: o que é a dança para você?Jll: A dança é uma maneira de se man-ifestar através do corpo, com a música como intermediários dos sentimentos. *José luis lozano é proFessor, bailarino e coreógraFo.

Entrevista José Luis Lozano

Créd

ito: C

. Vill

amay

or/a

rte.

Page 34: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 34

Page 35: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 35

Dica

É na pele que ficam as marcas do tempo e a maneira como cuidamos dela no decorrer dos anos. Por isso, cosmetólogo lembra da importância do uso do prote-tor solar desde os primeiros anos de vida e indica os melhores dermocosméticos para a prevenção e atenuação dos sinais do envelhecimento a partir dos 30 anos.A pele é o maior órgão do corpo huma-no, muito mais complexa do que aparen-ta e com muitas atribuições relevantes para o bom funcionamento do organismo e na proteção contra a desidratação. No entanto, assim como todos os demais órgãos do corpo, a pele sofre alterações no decorrer do tempo e pode envelhecer precocemente, com a perda de elasti-cidade e luminosidade, além do surgi-mento das rugas e flacidez. Fatores como o estresse, o fumo e, principalmente, a radiação solar influenciam diretamente o seu estado, podendo causar o surgimento de manchas, saliências, asperezas etc.O Professor de Cosmetologia e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Insti-tuto Mezzo de Cosmetologia e Estética, Paschoal Rossetti Filho esclarece que o processo de envelhecimento começa dentro da pele, na verdade, na epiderme (conjunto de células que cobrem a derme e que com ela formam a pele) com a diminuição das camadas. O número de células que se descamam da pele começa a diminuir em função da alteração da renovação celular. “O envelhecimento natural da pele é inevitável, porém é possível chegar à terceira idade com uma pele saudável e hidratada. A boa alimentação, hidratação, ingestão de bastante líquido e uso de protetor solar com FPS 30 são imprescindíveis, além da utilização de hidratantes específicos a partir dos 30 anos, pois é nesta idade que

SAiBA QuAl o HidrATAnTE idEAl PArA AS diFErEnTES FAixAS ETÁriAS

a pele começa a sofrer queda dos níveis de colágeno, revelando os primeiros sinais de flacidez”, diz.Deste modo, a indústria de dermocosmé-ticos investe cada vez mais em opções de produtos à base da associação de ativos modernos, mais naturais e compatíveis com a fisiologia da pele e, sobretudo, específicos para cada faixa etária, pois a necessidade de receber nutrientes e proteção são diferentes para cada idade. A linha Sérum Anti Age da Mezzo, por exemplo, recém-lançada no mercado brasileiro, possui hidratantes formulados especificamente para os 30+, 45+ e 60+ anos, cujo uso deve ser feito diari-amente após a higienização e tonificação da pele. A aplicação pode ser feita por todo rosto, colo e pescoçoVeja qual o melhor produto para a sua faixa de idade.

aos 30 anos Os sinais iniciais do envelhecimento começam a ser notados. Surgem as primeiras marcas de expressão. As fibras de elastina sofrem alterações na sua produção, com efeitos prejudiciais em sua qualidade e quantidade, o que causa a perda de firmeza e elasticidade, afetando contorno do rosto. Produto específico: hidratante Sérum Anti Age 30 +. Ele é formado por um complexo redutor de linhas de expressão, desenvolvido a partir da combinação do ácido hialurônico com um pequeno pep-tídeo que auxilia na melhora da hidrata-ção da pele, deixando-a jovem, macia e luminosa.

aos 45 anos

Os sinais do tempo já são bem visíveis, com linhas de expressão acentuadas.

Nesta faixa há um aumento na alteração da produção das fibras de colágeno e elastina. A renovação celular torna-se irregular e a pele perde cada vez mais sua hidratação natural. Todas essas alterações fazem com que ocorra perda em sua densidade, firmeza e elasticidade. Produto específico: aplicar cremes fortemente antioxidantes é imprescind-ível nesta fase. O Sérum Anti Age 45+ é enriquecido com elastina e colágeno hidrolizado que formam uma película de proteção capaz de atenuar o tipo e o aspecto dos sinais de expressão da pele de 45 anos ou mais.

aos 60 anos

A pele, como um todo, está bem compro-metida, com todos seus sinais bem apar-entes: rugas acentuadas, perda da elas-ticidade e da firmeza é perceptível e ela se torna muito mais fina, flácida, frágil, desidratada e desprotegida. A renovação celular é bastante deficiente. A contínua diminuição das taxas hormonais impos-sibilita a recuperação natural da pele. É a fase em que os ativos que combatem os sinais do tempo são mais necessários a sua revitalização.Produto específico: o Sérum Anti Age 60+ auxilia na melhora da textura da pele, prevenindo a flacidez em seu início. Há uma combinação de ácido hialurônico com elastina e colágeno hidrolisado que estimulam a hidratação, deixando a pele de 60 anos mais jovem, macia e lumi-nosa, melhorando a sua tonicidade.

Fonte: Paschoal Rossetti Filho – Professor de Cosmetologia e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Mezzo de Cosmetologia e Estética. www.mezzodermocosmeticos.com

Page 36: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 36

Saiba +

Há muito as alcunhas de “Cidades das Rosas” e “Cidade dos Loucos” já não definem sozinhas a cidade de Bar-bacena. Berço do nacional e inter-nacionalmente consagrado grupo de teatro Ponto de Partida, sede da Bituca Universidade de Música, promovedora do Festival da Loucura, a cidade firma sua personalidade na área da cultura e começa aos poucos a colecionar artistas também na área da dança. Nos meses de junho e julho o bailarino barbacen-ense Wagner Moreira (33) participa como coreógrafo internacional do American Dance Festival na Universi-dade de Duke, na Carolina do Norte, onde, além de participar de residências coreográficas, apresenta uma coreogra-fia sua e ministra também uma “Mas-terclass” para os participantes do festi-val. Um dos pontos mais altos de uma carreira que começou em 1991. Aos 13 anos Wagner Moreira se inscreveu num curso de sapateado e logo foi en-caminhado para as aulas de balé “para melhor consciência corporal, postura e desenvolvimento de força muscular; uma ótima estratégia da minha primei-ra professora- Myrian Mockdece para me convencer a freqüentar as aulas de balé”, lembra Moreira. Desde então, a dança transformou sua vida. Entre Belo Horizonte,Juiz de Fora, Três Rios, Petrópolis , Rio de Janeiro e São Paulo, mas sempre tendo como base Barbace-na, Moreira desenvolveu sua técnica de dança. Junto à Cia AME de Dança (RJ) sob a direcao da premiada coreógrafa Marianne Mockdece iniciou sua profis-sionalização como bailarino, alcancan-do prêmios nos mais importantes festivais do Brasil. Em 2002 concluiu o curso de professor da Royal Academy of Dance (RAD) sobre orientacao do Prof. Luiz Carlos ARAD, o que lhe ren-deu um convite para assumir o cargo de professor e diretor artístico de uma escola de dança alemã. Uma virada em sua vida. Desde 2003, juntamente com a esposa e também bailarina Helena Fernandino, Moreira vive na Ale-manha. Paralelamente ao trabalho de professor, começaram a surgir convites para trabalhos em diferentes teatros e companhias livres, como bailarino,

BAilArino BrASilEiro PArTiciPA dE EvEnTo nA cArolinA do norTE como corEóGrAFo

professor e coreógrafo. Durante 4 anos, atuou como bailarino efetivo da Cia. Tanztheater Görlitz, onde exerceu também a função de professor de dança contemporânea. Nesses anos, as raízes barbacenenses continuaram a ser nutridas, principalmente através do trabalho conjunto com o grupo Ponto de Partida. “Antes de ir para Alemanha, trabalhei como preparador corporal do grupo e coreografei parte do espetáculo Ser Minas tão Gerais. O trabalho seguiu durante esses anos, quando de ‘férias’ no Brasil”. Em 2008 Moreira organizou a participação do grupo no Festival Internacional de Teatro em Görlitz. “Um sonho”, assim define o bailarino as duas apresenta-ções com ingressos esgotados do grupo barbacenense no teatro de Görlitz. Em 2009 mais um desafio: uma cirurgia no quadril, que o afastou por alguns meses dos palcos. Mas não da dança. “Era o momento de redirecionar minha carreira”, conta. Aprovado nos cursos de mestrado em “Performances Stud-ies” na Universidade de Hamburgo e em Pesquisa Coreográfica “Master of Arts in Choreography” na Universidade Palucca Hochschule für Tanz – Palucca Escola Superior de Danca em Dres-den, o artista se decidiu por viver às margens do rio Elba. As experiências acumuladas no Brasil e nos 8 anos de Alemanha como professor, bailarino e coreógrafo parecem já fazer difer-ença e lhe renderam uma bolsa para o programa ICR- International Chore-ographers no American Dance Festival concedida pela FUNDAÇÃO ESTHER/OTTO SELIGMANN FOUNDATION E ARNHOLD FOUNDATION aos dois melhores alunos da Universidade. Além do Festival, a Fundaçoes também financiam o bailarino por duas em Nova Iorque, onde ele estará em con-tato com grandes escolas/companhias. Para seu trabalhos final de mestrado, o bailarino já recebeu um convite do teatro de Görlitz, para coreografar para aquela companhia. Planos para o Brasil? “Sim, muitos.Por isso a busca por uma formação que ainda é muito restrita, ou praticamente inexistente no Brasil”, acrescenta Wagner Moreira.

Por Helena Fernandino

Page 37: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 37

Page 38: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 38

Ponto de Vista

Quando uma bailarina espatifou-se no chão durante seu solo de Esmeralda em uma final do Youth America Grand Prix, custou a ela poucos pontos, relembra o juiz Phillip Broomhead. Mas a isso ela acrescentou sua maneira de lidar com o in-fortúnio. Lágrimas brotaram de seus olhos. Ela caiu outra vez na próxima seção de piruetas e começou a chorar visivelmente. Ela chorou pelo resto do solo comumente atrevido, dançando semi curvada, e então correu do palco sabotando completamente sua atuação.Juízes de competição já viram de tudo – e eles têm uma longa lista do que não querem rever nunca mais. Da escolha da variação à interpretação e à reverência final, tudo conta. Pointe Magazine entre-vistou três juízes veteranos que já viram solos de Kitri o suficiente para reconhecer uma bandeira vermelha a quilômetros de distância. Eles dividiram suas visões sobre variações apropriadas, a importância do profissionalismo e a diferença entre técnica e interpretação artística. Enjoado da Fada Açucarada – Os juízes se cansam de certas variações? “Nunca mais quero ver a Fada Açucarada ou algum dos solos de Aurora ou Chamas de Paris outra vez” diz Broomhead, mestre de ballet do Houston Ballet. “Eu já vi Kitris sem brilho, fogo ou emoção. Qualquer que seja sua escolha não passe somente pelos movi-mentos. Cada passo precisa contar uma história.”Paul Chalmer, um ex bailarino do National Ballet of Canada e recente juiz do Prix de Lausanne, acredita que a escolha que a bailarina faz pela variação diz muito sobre como ela se vê. “Algumas vezes você pensa se uma variação foi imposta para uma bailarina por um treinador porque ela é tão distante do visual, da personalidade e da sensibilidade da bailarina” diz ele. “Você pode ver que a bailarina não tem afinidade com os passos ou o tempera-mento da peça. Uma variação mal escol-hida pode fazer a diferença entre ganhar ou não.”John Meehan concorda. Atualmente professor de dança do Vassar College, ele já julgou o Prix de Lausanne, YAGP e o USA IBC em Jackson, MS, e viu bailarinos esforçarem-se em variações que pareciam estranhas ou desagradáveis. “Até mesmo a maneira como você sai da coxia pode dizer muito sobre você e seu conforto,” ele observa.Dance para o seu forte – Juízes olham para técnica limpa. Piruetas triplas ou quádru-

Por Nancy Wozny*. Tradução de Tatiana Brioschi.

o QuE irriTA noS FAvoriToS doS JuizES

plas podem causar uma ótima impressão mas somente se você puder consegui-las sem esforço. “Eu preferiria ver duas piru-etas bem colocadas do que cinco giros fora de controle,” diz Broomhead. Bailarinos e treinadores precisam considerar como exi-bir da melhor forma possível as qualidades do bailarino. “É melhor você se assegurar que seus pontos fortes estejam na varia-ção,” diz Meehan.Conseguir um equilíbrio entre técnica e in-terpretação pode ser difícil, especialmente para competidores mais jovens. Ideal-mente um ajuda o outro para fazer um bailarino completo. “Usar a técnica para comunicar é o que buscamos” Chalmer diz. “Para mim, um bailarino que comunica, mesmo se for incapaz de fogos de artifício técnicos, terá meu voto sobre alguém com muitos giros ou uma flexibilidade alta mas sem nada a dizer.” Broomhead concorda. “Eu vi um bailarino forte tecnicamente atuar de forma absolutamente chata e sem vida.”O quão ruim é cair da ponta? – Quando a música de Sarah Lane parou no YAGP em 2002, sua decisão, em fração de segun-dos, de continuar a dançar até o fim de sua variação impressionou os juízes. “Nós podíamos ouvir a música através de sua dança,” relembra Meehan. “Foi muito impressionante.” Por sorte dela o dire-tor artístico do American Ballet Theatre Kevin Mckenzie estava na plateia e em breve Sarah Lane, que tinha completado recentemente seu treinamento no Timothy M. Draper Center for Dance Education, tinha um contrato com o Studio Company; atualmente ela é solista do ABT. Lane trans-formou um problema em uma oportuni-dade, mostrando um espírito confiante que cativou a plateia e também os juízes.Erros variam de um giro perdido a um barulho embaraçoso ao longo do palco. Como você enfrenta uma situação deli-cada diz muito sobre seu caráter. “Não é importante se alguém cai ou cai da ponta,” diz Chalmer. “Eu vi os maiores bailarinos do mundo espatifarem-se no chão, e eu mesmo também. Uma pirueta perdida é uma infelicidade mas não é um problema maior.” Contudo erros que causam uma deterioração no resto da atuação mostram falta de foco. “Eu vi bailarinos completa-mente em frangalhos,” diz Broomhead. “É importante não se desconcertar, você tem de se recompor rapidamente e ter um plano B. Se você fez menos giros então você terá tempo para preencher.”Contudo, erros repetidos podem dar pistas

aos juízes de um problema maior, nota Chalmer. “Se uma bailarina cai porque ela não está no eixo, por causa da não compreensão da técnica básica, aí então é outra coisa.” Brommhead acrescenta, “Um ou dois erros são esperados, mas muitos erros apontam para uma questão técnica.”Não atrapalhe a classe – Muitas com-petições fazem da classe técnica um com-ponente, e surpreendentemente é onde os juízes veem os comportamentos mais estranhos. Uma atitude de pulso forte na barra tornou-se uma das maiores frustra-ções de Broomhead. “Não é bom quando um estudante lhe olha como se você fosse de outro planeta quando você faz um comentário ou correção,” diz ele.Chalmer também notou uma falta de respeito em classe. “Fazer caretas ou até mesmo parar no meio dos exercícios , quando um bailarino pensa que não fez o passo tão bem quanto poderia, é muito desanimador.” Ele diz. Enquanto ele entende que por trás disso pode haver insegurança, ele previne que isso pode ser visto como uma forma de arrogância. Além disso, ele observa, é “desrespeitoso e não profissional” mudar uma sequência de exercícios para passos que você prefere.Etiqueta de palco – A graça que você mostra no palco vai além dos passos dançados. Comportamento imaturo em qualquer momento pode contar contra você. “Uma vez uma bailarina arrastou seu pé para indicar que o piso estava muito escorregadio, curvou-se de mau humor e saiu” relembra Meehan. É claro que profis-sionalismo também inclui a atuação em si. Broomhead relembra uma vez em que um competidor decidiu incrementar seu desfecho final. “Piscar e jogar beijos para a plateia foi de mau gosto.”No final o que realmente importa é algo difícil de ser colocado em palavras: o artista que surge de tudo isso está acima do controle deles. É um concurso e juízes julgam. Ainda assim eles fazem o possível para colocar a sensibilidade artística dentro da equação. “Acho que o mais importante é a alma do bailarino. Atitude, ambas física e mental é vital porque tudo é sobre potencial,” diz Chalmer. “Tento recompen-sar bailarinos pelo o que seu talento e in-teligência poderiam permitir-lhes alcançar no futuro.”

*Nancy Wozny escreve e posta em blogs sobre dança em Houston, TX (EUA). Matéria da Pointe Magazine jun/jul/11. pointemagazine.com.

Page 39: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 39

Espaço Ballet CarmemWorkshop Ministrado por

Priscilla YokoiATENÇÃO: VAGAS LIMITADAS!!!

• Aulas com certificado.

• Nível Básico: Técnica Clássica Sábado (30/07) das 10:30hs às 12hs.

• Nível Intermediário/Avançado:Técnica Clássica nas pontas Sábado (30/07) das 13hs às 14:30hs.

Maiores Informações, condições de pagamentos e inscrições:Tel.: (11) 5011-8905 - Site: www.balletcarmem.com

Email: [email protected]. Engº George Corbisier, 184 – 2ª Andar

Próximo ao Metrô Conceição

Calos e verrugas são problemas comuns, fáceis de serem tratados e também simples de serem evitados. Porém, tal tratamento exige grande dedicação dependendo do seu grau e localização. O Dr. Paulo Henrique Lu-cas, farmacêutico e consultor da Derma Nail, dá algumas dicas de prevenções e tratamentos a serem feitos em cada caso. cAloS E SuAS PrEvEnçõESOs calos surgem por pressões e/ ou fricções constantes causadas por calça-dos (de bico fino, de salto alto, ou que apertem muito os pés), pés cavos e/ou pela repetição de movimentos que causam fricção na pele, como escrever em excesso, dirigir e outros.Dependendo da pressão de tal atrito, é comum que em alguns casos se forme um tipo de caroço por dentro da pele causando dor e infecção. Estas ocor-rências precisam de mais atenção, pois estão em um estágio mais avançado.Dependendo de sua localização a prevenção das calosidades necessita de tais cuidados: •Dar preferência aos sapatos confor-táveis aos pés, que não façam tanto atrito e que nem deixem o pé muito apertado; •Para as mulheres que usam saltos di-ariamente, o ideal é sempre fazer uma boa esfoliação após o banho e passar um creme com teor de hidratação alto, para que permaneça a suavidade do pé; •Para as pessoas que ao longo do dia fazem algum tipo de esforço que ocasiona o atrito, o ideal é a cada hora passar creme nas mãos para evitar a falta de umidade nas mesmas; vErruGAS E SuAS PrEvEnçõESAs verrugas são manifestações na pele ou na sola dos pés, que podem ser dolorosas, simples ou esponjosas, de diversos tamanhos, formatos e colora-ções, que são provocadas pela presen-ça do vírus HPV. Portanto, são conta-giosas. Elas são formadas na camada córnea da pele.Existem vários tipos de verrugas que

podem ser contraídas pelo corpo todo. As mais comuns possuem uma super-fície áspera de coloração igual ou mais escura que a pele. Podem aparecer em qualquer idade e o surgimento delas é mais comum na área das mãos.Para evitar que as verrugas surjam ao longo do corpo, são aconselhados os seguintes cuidados: •Higienizar as mãos várias vezes ao longo do dia; •Existem vacinas que são dadas tanto em homens quanto mulheres contra o vírus HPV; Solução PArA cAloS E vErruGASA Derma Nail encontrou uma formu-lação eficaz para os calos e verrugas mais comuns: o Derma Nail Calicida. O produto possui ativos capazes de, em sinergia total, atuar eliminando as calosidades de diversos tamanhos e extensões que acometem a pele e as verrugas comuns e plantares que agridem as solas dos pés. O diferencial em sua formulação é o Ácido Salicílico que possui ação antisséptica e quera-tolítica (esfoliante) e Colódio Elástico formando uma película protetora no local aplicado e proporcionando um efeito mais duradouro. Essa união leva à solubilização da hiperqueratose, que faz com que as camadas mais grossas da pele fiquem mais finas. Sugestão de preço R$21,00.

Para mais informações SAC LQF 0800 7741414 | [email protected] | www.dermanail.com.br

Dica

dErmA nAil ExPlicA AS cAuSAS E SoluçõES PArA QuEm TEm cAloS E vErruGAS

Page 40: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 40

Curso

A Escola da PORTO ALEGRE CIA DE DANÇA continua seu trabalho pioneiro na formação de bailarinos na Capi-tal gaúcha. Agora, a Escola está com inscrições abertas para os cursos Pré-Escola, para crianças de 9 e 10 anos, e Alfabetização em Dança, voltado a crianças de 11 e 12 anos.

A dança favorece o desenvolvimento da criança de uma forma mais com-pleta. Ela promove a aquisição de uma consciência e imagem corporal, desenvolve a percepção espacial, traz a experiência das sensações do corpo geradas pelos movimentos e pelos sentidos.

Sensações visuais, auditivas, cines-tésicas e tácteis, são estimuladas pela dança, cuja prática facilita o processo de aprendizagem das habilidades mo-toras. A criança que aprende a conhec-er a si própria e partilha experiências de sensações e sentimentos aprende a conhecer os outros e a trabalhar em conjunto e em cooperação.

A Escola ainda oferece diversos cursos de dança em Porto Alegre. Entre eles, aulas regulares para bailarinos que buscam manter a prática na dança, além de aulas de gyrotronic e work-shops.Mais informações sobre os cur-sos, equipe de professores e inscrições estão no site http://escolaportoalegre-ciadedanca.blogspot.com.

PorTo AlEGrE ciA dE dAnçAserviço

Pré-EscolaPúblico: crianças de 9 e 10 anosPeríodo: de agosto a dezembro/2011Dias: 2ª e 4ª - Horário: 14:00 – 15:30Local: Companhia de Artes – Andradas 1780 - 4º andarInvestimento: R$ 180 de matrícula + R$ 180 mensaisSaiba Mais: http://escolaportoalegre-ciadedanca.blogspot.com/search/label/1.%20PR%C3%89-ESCOLA

Primeiro Ano - Alfabetização em DançaPúblico: crianças de 11 e 12 anosPeríodo: de agosto a dezembro/2011Dias: 3ª e 5ª - Horário: 14:00 – 15:30Local: Companhia de Artes – Andradas 1780 - 4º andarInvestimento: R$ 180 de matrícula + R$ 180 mensaisSaiba mais: http://escolaportoalegre-ciadedanca.blogspot.com/search/label/2.%20PRIMEIRO%20ANO

MatrículaApós período de entrevistas, serão feitas as matrículas, de acordo com o número de vagas disponíveis.

mais inFormações:escolaportoalegreciadedanca@gmail.comescolaportoalegreciadedanca.blogspot.comportoalegreciadedanca.blogspot.com twitter.com/poaciadedanca

Acontece dia 19 de agosto às 19:30hs, no Teatro Municipal Teotonio Vilela - Sorocaba.Inscreva seus trabalhos coreográficos como mostra competitiva. Apenas 3 coreografias por escola/academia/grupo ou bailarinos independentes.Inscrições abertas também para inter-essados em participar apenas como mostra (até 3 coreografias)VAGAS LIMITADAS, será respeitada a ordem de chegada das inscrições.

6ª Edição do FESTivAl ABcdAnçA SorocABA 2011

PREMIAÇÃO PARA COMPETITIVA: entrega de troféus para 1º, 2º e 3º lugar em cada modalidade e categoria e também premiações especiais em dinheiro para as 3 maiores médias do evento.

INCENTIVO PARA MOSTRA: entrega de medalhas a todos os participantes.

Maiores informações e regulamento: [email protected]

Festival

Page 41: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 41

Data: 07 de agosto de 2011Junior Class ministrado por Marcelo Gomes: 10:00h - 12:00hSenior Class ministrado por Marcelo Gomes: 13:00h – 15:00h90 minutos de aula de balé30 minutos para apresentação de vídeo e sessão de perguntas e respostas

traJes

Para meninas: meia calça rosa, collant de cor escura, sapatilhas de meia-pon-ta e sapatilhas de ponta para o centro somente para a Senior Class.Para meninos: collant ou camiseta justa, calça de cor escura e sapatilhas.Todas as roupas de aquecimento devem ser removidas antes do início da aula. É recomendável que todos tragam roupas quentes para o período de exibição de vídeos e conversa que acontece logo após o término da aula de balé clássico.

seguro de acidente

A organização do Prix de Lausanne não se responsabiliza por qualquer lesão, doença ou roubo, sofrido pelos participantes durante as master classes. Os participantes são responsáveis por todos os seus pertences e pelo seguro individual contra acidentes, doença ou roubo.

aluno ouvinte/observador

Visando um ambiente de concentração nas master classes não será admitida a presença de pessoas externas como ouvintes ou observadoras.

Agende-se!

saiba mais: marcelo gomes

Marcelo Gomes é brasileiro, nascido em Manaus/Amazonas. Foi criado no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos de dança nas escolas: Ballet Helena Lobato e Ballet Dalal Achcar. Estudou também no Conservatório Harid em Boca Raton, Flórida e nas escolas do Ballet da Opera de Paris, Ballet de Houston, Ballet de Boston e Cuballet.Vencedor do prêmio em Lausanne (Hope Prize, 1996). Foi também premiado com o segundo lugar na Sociedade Nacional de Artes e Letras em 1994 e no Festival de Inverno no Brasil (1993). Em 1997, Gomes foi contratado pelo American Ballet Theatre como membro do corpo de baile. Seus papéis com a Companhia incluem Solor em La Bayadère, primeiro e Segundo movimentos em Bruch Violin Concerto No. 1, Prince Charming em Cinderella, Franz em Coppélia, Conrad, Ali, o Escravo e Lan-kendem em Le Corsaire, Espada e Basilio em Don Quixote, Oberon e Lysander em The Dream, Henry em Christopher Wheeldon’s VIII, o terceiro marinheiro em Fancy Free, Albrecht e the peasant pas de deux em Giselle, o Homem (Heaven) e Fortune em HereAfter, Armand em Lady of the Camellias, Des Grieux e Lescaut em Manon, Danilo e Camille em The Merry Widow, o pas de deux My Funny Valen-tine, o Cavalier em The Nutcracker, His Imperial Excellency em Offenbach em The Underworld, Onegin e Prince Gremin em Onegin, Othello em Othello, o Moor em Petrouchka, The Man From the House Op-posite em Pillar of Fire, Jeanne de Brienne e Abderakman em Raymonda, Rogue em Rabbit e Rogue, Romeo em Romeo and Juliet, um amante em Sin and Tonic, Sinatra Suite, Prince Désiré em The Sleep-ing Beauty, Prince Siegfried e von Rothbart

no 3° ato da Produção de Kevin McKenzie de Swan Lake, Aminta e Orion em Sylvia, o Segundo Movimento em Symphony in C, Lucentio em The Taming of the Shrew, Sylvia Pas de Deux, Tchaikovsky Pas de Deux e papéis principais em Amazed in Burning Dreams, Ballet Imperial, Baroque Game, The Brahms/Haydn Variations, Brief Fling, Bruch Violin Concerto No. 1, Désir, Diversion of Angels, Drink To Me Only With Thine Eyes, Études, Gong, In The Up-per Room, Jabula,The Leaves Are Fading, Overgrown Path, Petite Mort, Sinfonietta, Les Sylphides, Symphonic Variations, Symphonie Concer-tante, Theme and Variations, Within You Without You: A Tribute to George Harrison and workwithinwork.Gomes criou Aktaion em Artemis, o Retrato em Dorian Gray, a Morte em HereAfter, Sergei em On the Dnieper e pa-péis principais em Black Tuesday, C. to C. (Close to Chuck), Clear, Concerto No. 1 for Piano and Orchestra, Everything Doesn’t Happen at Once, From Here On Out, and Glow - Stop.Foi promovido a Solista em Agosto de 2000 e Bailarino Principal em Agosto de 2002.Ele dançou Sinatra suíte de Twyla Tharp como partener de Luciana Paris, no Ken-nedy Center Honors em 2008.Os espetáculos do Sr Gomes com o Ameri-can Ballet Theatre são patrocinados por Ali e Monica Wambold.

local: São Paulo Companhia de DançaAssociação Pró DançaRua Três Rios, 363 - 1º AndarCep: 01123-001 - São Paulo/SPTel: + 55 11 3224-1380www.saopaulocompanhiadedanca.art.brwww.prodanca.art.br

workSHoP Em SP do Prix dE lAuSAnnE com mArcElo GomES

Page 42: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 42

Aconteceu

O 38°. Fest Danse de Inverno Darcy Dutra Porto – RJ, que aconteceu nos dias 02 e 03 de Julho, foi um sucesso. Ginásio lotado com cerca de 1.500 bailarinos. Confira as fotos do Festival.Imagens Divulgação.

38º FEST dAnSE dE invErno dArcY duTrA PorTo – rJ

35º FESTivAl nAcionAl dE dAnçA dArcY duTrA PorTo – rJ

Darcy Dutra Porto - Direção GeralGisela Dutra P. Fassarella - Coord. Geral

Data: 02, 03 e 04 de Dezembro/2011Incrições abertas.

mais inFormações

(21) 9197.5375 (Jordan Alves) (21) 7635.0535 (Mario Armando)

[email protected]

Page 43: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 43

FESTivAl AlTo TiETÊ dE dAnçAAconteceu

Dias 2 e 3 de julho o Cemforpe de Mogi das Cruzes mais uma vez contemplou e aplaudiu as performances e os lindos tra-balhos coreográficos apresentados na 4ª Edição do “Festival Alto Tietê de Dança”. Foram mais de 400 dançarinos em mais de 100 coreogarfias de todas as modali-dades e categorais apresentadas nestes dois dias. MARAVILHOSO! Foram ar-recadados mais de 3000 peças de roupa, pois a entrada era agasalho, mostrando assim que o público uniu “Amor a Arte e ao Próximo”. Imagens Divulgação.

Page 44: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 44

exercícios resistidosPreparação Física para Bailarinos

José Luiz O.Gioia é diretor e preparador físico da Cia de dança GIOIA RARA.

Atua como professor e Instrutor de musculaçã[email protected]

twitter:@gioiarara

Por José Luiz O. Gioia

Com o passar destes anos escrevendo artigos na revista, vi que muita gente já aplica a preparação física para bailarinos e bailarinas mais do que eu pensava.Muitos ainda me indagam sobre o que deve e deverá ser prescrito aos alunos e muitas outras questões.Mas venho recebendo muitos e-mails que mostram que ainda há muita dúvida no ar. Especialmente sobre a correção de problemas posturais, problemas nas costas, joelhos, joelhos em X, períodos, resistência, alimentação e por aí vai.É claro que fica muito difícil responder em um e-mail aquilo que ministro e aprendi em mais de 20 anos colhendo e formando meus métodos. E quase sem-pre é muito difícil passar algo sem poder acompanhar mais de perto.Mas o que me chamou atenção foi à indagação especialmente quanto ao trabalho com pesos e musculação de forma geral.O que mais escuto é o medo de se perder a flexibilidade. Isto é fato con-sumado!!!!!Mas a musculação ou treino com pesos tiraria a flexibilidade se ela não for feita em sala de aula? Ou se ela nem é feita? Cada um faz o seu tentando conseguir uma maior abertura e outros assim?Deixo as perguntas a vocês, lembrando que treinar antes de se jogar no VOL-LEYBALL antes era um sacrilégio e que quando o Bernardinho começou a gan-har tudo, todas as seleções do mundo adotaram a mesma postura até hoje. Portanto a MUSCULAÇÃO não é e nem NUNCA será a VILÃ da falta de alonga-mento ou outros que muito temem. Pois a meu ver é necessário muito alonga-mento em vários esportes onde todos treinam musculação sim!Então em resposta e estes eu recebi algo escrito mais ou menos assim, onde uma menina que perguntava sobre o que tinha lido e visto na internet e que a complicou mais ainda, pois falava sobre tipos de força, passiva e ativa, produção de força superior e inferior, forças con-cêntricas e excêntricas. Mais ou menos isto, e por aí foi.Para ir a fundo neste tópico há muito material que pode ser encontrado

facilmente na NET. Com uma riqueza de bibliografia enorme. Desde que comecei a escrever, volto a frisar, tento ser o mais prático e didático o possível. Para que termos técnicos não cansem a leitura e voce realmente possa entender.Então veja que os exercícios resistidos são aqueles que utilizam movimentos contra alguma forma de resistência, den-tre eles podemos destacar a musculação. A dança não fica excluída não!Estes exercícios com pesos são conhe-cidos principalmente por proporcionar ganho de força e aumento de massa muscular; requisito importante hoje em dia, pois, com o aumento da tecnologia, as pessoas passaram a ter em suas vidas cada vez mais, hábitos sedentários. Espe-cialmente redes sociais e nunca andar a pé para se locomover de casa a aca-demia. Entre outros absurdos que leio.O que já escrevi sobre isto e bailarinas em pesquisa de campo.Então entendam que exercícios aeróbios são reconhecidamente superiores aos ex-ercícios com pesos para o objetivo de es-timular adaptações hemodinâmicas e no sistema de transporte de oxigênio, mas em se tratando de aumento de massa muscular e força são pouco eficientes.Portanto se comparamos os exercícios-resistidos com os exercícios de resistência veremos que são mais seguros e indis-pensáveis para uma maior expectativa de vida com melhor qualidade.Então vamos tentar explicar as diferenças especialmente das forças que são exerci-das durante a atividade com pesos. Ou somente o exercício em si mesmo sem peso se souber ser ministrado.As ações musculares concêntricas ocor-rem quando há o encurtamento de um músculo envolvido em determinado movimento (quando erguemos um peso). Uma dica que aprendi é que esta ação é contra a gravidade, portanto seria concêntrica.Ações musculares excêntricas ocorrem quando os músculos envolvidos no mo-vimento alongam-se de forma contro-lada (quando abaixamos um peso). Esta ação é a favor da gravidade, quando descemos o peso ao seu local de origem, seja ao chão ou em suporte.

O treinamento resistido, também conhe-cido como treinamento de força, envolve ativação voluntária de músculos esquelé-ticos específicos contra alguma forma de resistência externa, que pode ser proporcionada pelo peso corporal, neste caso o pilates ou exercícios em sala de aula. Pesos livres com barras e halteres também em sala de aula com uma gama muito grande de afazeres. Ou uma variedade de outros tipos de exercícios em máquinas, molas, elásticos, resistência manual entre outros que po-dem ser feitos em academias de MUS-CULAÇÃO sem problema algum, desde que sejam ministrados corretamente. É claro que ainda há muito poucos profis-sionais qualificados para a prescrição destes hoje em dia, mas como disse em breve serão muitos os com conhecimen-to de causa verdadeira e de campo.Então vejam que o treinamento resis-tido tem efeito profundo no sistema músculo-esquelético e pode contribuir para a manutenção das habilidades fun-cionais, prevenir muitas doenças e evitar quedas, fraturas. E uma melhora muito grande na parte técnica dando maior leveza e explosão ao mesmo tempo.Pesquisas demonstram o efeito benéfico do treinamento resistido para o sistema músculo-esquelético, ou seja, MUSCULA-ÇÃO para entender bem, e têm levado à recomendação de que esses exercícios sejam incluídos em programas de ap-tidão física geral para todos os adultos. Então por que não para bailarinos e bailarinas?Qual seria o agravante?Eu sinceramente não vejo e nunca vi nenhum.

Até o próximo artigo.Boa dança a todos!E lembrem-se:Uma dança com perfeição,É uma dança com uma boa preparação.

Page 45: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 45

dança Brasil: como foi o início de sua carreira?roberto rosa: O começo de minha carreira foi mágico. Estava escutando um programa de música clássica pelo rádio, em Cuba, quando ouvi uma convocatória para estudar ballet no departamento de dança especializado no Ballet Nacional de Cuba. E lá fui eu. Já era formado como professor de espanhol e história. Fiz alguns exames e entrei. Hoje é o Centro Pro Dança de Cuba.

dB: Quais são suas principais influências na dança?rr: Minha principal influência na dança é claro o Ballet Nacional de Cuba, por conseqüência de Laura Alonso e toda a sua experiência.

dB: como você visualiza a vida do profissional de dança no Brasil?rr: No Brasil há um talento enorme. Bons bailarinos com condições físicas excelentes. Bailarinos talentosíssimos, porém falta oportunidades das com-panhias locais. O bailarino brasileiro vai embora para outros países. O Bra-sil perde. Poderia cada Estado ter uma companhia, com apoio do governo. Dançar os grandes clássicos e claro, o neoclássico também, porque atual-mente não existe companhia que fala apenas clássico. Tem que ter os dois, variar o programa.

dB: Qual sua visão sobre os festivais competitivos de dança?rr: Os festivais de dança são espaços a mais para bailarinos se apresenta-rem, porém, do meu ponto de vista, os festivais viraram comércio e arte não deve ser comercializada.

dB: Que você destaca em sua carreira?rr: Minha carreira tem me dado muitas alegrias. Primeiro o baile no Ballet Clássico de Havana, hoje Ballet Laura Alonso, depois fui encaminhado mais para parte da pedagogia, e as-sim maitre. Sabia que em Cuba para

Roberto Rosa Entrevista

chegar a ser maitre é necessário alguns parâmetros rigorosos, deve-se colocar em cena 4 ballets de repertório, o que nos obriga a estudar estilo, cenário, figurino, pantomima, além claro, de toda a parte da Companhia de Dança que consegui.

dB: o que inspira em suas aulas?rr: Minhas aulas são fiéis ao método que desenvolvo e defendo na escola cubana de ballet. Elas vão fluindo com o passar dos anos e das experiências. Por exemplo, neste ano me propus montar algumas coisas de Bourn-onville, estilo difícil. As aulas estão voltadas ao trabalho dos pés, limpeza e destreza, sem deixar de lado outros passos que são importantes dentro de uma aula de ballet.

dB: Qual a importância da graduação universitária na dança? rr: Acho importante a qualificação universitária, mais as faculdades de dança deveriam consultar um pouco mais os mestres. Afinal, estamos no dia-a-dia na sala de aula. Por exemp-lo, quase estão extinguindo o clássico. Está tudo muito baseado na pesquisa do movimento. Tem até faculdade que não ministram aulas de ponta, repertório. Então, as pessoas saem dessas faculdades com um diploma, mas muitas das vezes não sabem dar aulas básicas de ballet clássico, não conhecem repertório. É extremamente complicado! Deveriam rever os con-teúdos pragmáticos dessas faculdades para poderem formar indivíduos capazes de enfrentar o mercado de trabalho.

dB: você faz parte do grupo de professores do cuballet, em que época acontece o curso e a quem se destina?rr: Cuballet para mim é muito importante. Fui aluno do Cuballet, quando foi criado por sua idealizadora e diretora Laura Alonso, em 1984, em Cuba, quando nasceu o Cuballet. Ela foi quem planejou tudo, as aulas,

quantidade por grupos, foi quem deu o nome que hoje é conhecido mun-dialmente. Cuballet é inseparável do nome Laura Alonso. No Brasil acon-tece em janeiro, no Espaço Cultural Eldorado, é destinado a alunos a partir de 9 anos e professores que querem implantar o método cubano em suas escolas, com aulas de clás-sico, ponta, repertório, pás de deus, condicionamento físico, metodologia e, no final os participantes participam das apresentações de acordo com seu nível técnico. O encerramento de 2012 será com o Lago dos Cisnes.

dB: Qual seu maior sonho profissional? rr: Meu maior sonho profissional? (risos). Difícil pergunta. Não nos conformamos com o nosso feito, gostamos muito de trabalhar, criar companhias com os parâmetros de nossas companhias em Cuba, com uma escola que forme bailarinos e que eles tenham onde desenvolver o que aprenderam.

dB: o que é a dança para você?rr: A dança para mim é tudo, é vida. Cada ano, quando termina o festival, penso: mais um dever cumprido, muito obrigado!

Div

ulga

ção.

Page 46: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 46

Comemoração

200 AnoS do EnSino dE dAnçA dE SAlão no BrASil

um doS TEmAS mAiS inTErESSAnTES doS úlTimoS TEmPoS

Acontecerá no dia 13 de agosto de 2011, a Mostra Andanças e os 200 anos da Dança no Brasil.Com entrada franca, o evento fez parte das comemorações dos 200 Anos da primeira aula de dança ministrada no Brasil (1811-2011). Com realização da Andanças - Asso-ciação Nacional de Dança de Salão e coordenação geral de Luis Florião, a Mostra que tem a parceria do Sindicato dos Profissionais de Dança do Rio de Ja-neiro e do Projeto Interdanças no Forte, reunirá no Forte de Copacabana, grupos de dança que com seu trabalho, têm se destacado e levado um número cada vez maior de pessoas a valorizarem a dança. A Mostra, sem cunho competitivo, contará com a participação de diversos grupos como a Cia de Dança Luis Flo-rião, Cia Dom, Cia Renata Peçanha, com a Cia Infantil Rachel Mesquita e a SMM Cia de Dança.Ocorrerá o lançamento de livro e dis-tribuição de material sobre a dança e haverá também homenagens às pessoas que fazem a diferença para a nossa arte.

serviço - Mostra Andanças e os 200 anos da Dança no Brasil13 de agosto - sábado - das 18 às 19:30hForte de CopacabanaMostra de dança, homenagens, lança-mento de livro e publicaçõesEntrada franca. (21) [email protected]

primeira aula de dança no brasil

A dança de salão é uma das áreas de maior crescimento. “Ao lado da música, a dança foi uma constante, fosse no teatro, fosse nas celebrações públi-cas e privadas, tornando-se também elemento de sociabilidade. Era comum algumas pessoas representarem tipos de dança para homenagear a Real Família.” (Anelise Oliveira).São diversos os relatos sobre a im-portância da dança social no período e sobre os mestres de dança, que foram importados para dar conta da demanda – muitos se radicaram no Brasil. Profes-

sores como Luiz Lacombe, que chegou em 1811, e colocou nesse mesmo ano, na Gazeta do Rio de Janeiro em 13 de julho, a referência* mais antiga sobre aulas de danças sociais no Brasil que encontrei até o momento.O sucesso foi tanto que, em seguida, Lacombe trouxe seus três irmãos para auxiliar nas aulas. Wanderley Pinho ressalta essa importância: “As danças se aperfeiçoavam com mestres enten-didos. Luiz Lacombe não tinha mãos a medir e multiplicavam-se salões e saraus onde suas discípulas exibiam passes e passos de bem aprendidas graças coreográficas.” E “Os cabeleireiros e os mestres de danças” (referem Ferdinand Denis e Hipólito Taunay) gozavam de grande prestígio e maiores proveitos. Enquanto o danseur se buscava em uma carruagem luxuosamente atrelada e se remunerava bem, o professor de línguas tinha que marchar a pé daqui ali para lições pagas com usura.”.

a dança hoJe

Nesse início de século XXI, vivemos um momento especial para as danças sociais. Há um crescimento significativo, tanto em qualidade, quanto em quanti-dade - dançarinos, professores, eventos, espetáculos... dentro do terceiro setor - uma das áreas que mais se expande.A dança de salão, que comemora 200 anos de aulas em 2011, vem obtendo no âmbito político importantes conquis-tas: recentemente a regulamentação da Semana da Dança de Salão foi apro-vada unanimemente na ALERJ; tivemos um membro nomeado conselheiro de cultura do DF, elegemos outros para representar a dança (como um todo) na II Conferência Nacional de Cultura; conseguimos que a nossa arte fosse reconhecida no Rio de Janeiro como patrimônio imaterial e unindo forças (juntando a Andanças – Associação Nacional de dança de salão, a APDSRJ – Associação dos Profissionais da Dança de Salão e o SPDRJ - Sindicato dos Profis-sionais da Dança) em prol do cresci-mento da Semana da Dança de Salão, ampliamos o potencial do evento.

Page 47: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 47

O XIII Encontro Cultural de Barra Bonita, intitulado Projeto Cultural e Artístico, contou com a participação de apresen-tações inéditas de dança, música, teatro, além dos workshops e feira de artesanato e artigos artísticos.Entre várias apresentações, Hans Joaquin Tappendorff classificou 2 trabalhos para representar o Brasil na europa em 2012 no concurso ESDU (Summer Dance Camp) concurso internacional de dança que reune bailarinos de todo mundo, cada um representando seu país e a fase final cada ano é realizado em um país. Estamos muito honrados com a classifica-ção. Imagens Divulgação.

xiii EnconTro culTurAl dE BArrA BoniTA

Aconteceu

Page 48: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 48

Programação

Entre os dias 4 de agosto e 4 de setembro, companhias de dança contemporânea se apresentam nos teatros distritais com entrada franca. A programação integra a 1ª edição do Dança em Sampa, projeto da Secretaria Municipal de Cultura. Os espe-táculos acontecem de quinta a domingo. De 4 a 7 de agosto, o Teatro Cacilda Becker, na Lapa, recebe o Núcleo de Improvisação com “Espetáculos Imprevisíveis”. A T.F.Style Cia de Dança apresenta o espe-táculo “Encontros e Desencontros” entre os dias 11 e 14 de agosto, no Teatro Zanoni Ferrite, na Vila Formosa. A coreografia re-trata, por meio do ritmo Hip Hop, diversas histórias de amor. O Teatro Arthur Azevedo recebe “Solas de Vento”, da companhia homônima, entre os dias 18 e 21 de agosto. Criada por um brasileiro e um francês, a Cia. retrata a convivência forçada de dois estrangeiros retidos num aeroporto, desenvolvendo a temática da identidade cultural e do encontro. A companhia Divinadança apresenta dois espetáculos no Teatro João Caetano, na Vila Clementino. “Dans le Noir” e “Porto Inseguro” entrarão em curta temporada, entre os dias 25 a 28 de agosto. A primeira coreografia é inspirada na estética do cin-ema “noir”. A última discute a questão da descoberta da identidade pessoal. Entre os dias 1 e 4 de setembro, o Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro, recebe uma programação tripla, com um espetáculo in-fantil da Cia Dançaberta e duas coreografias da Ribeirão Preto Cia de Dança, voltadas para o público adulto. “Começar e cutu-car... Vamos ver onde dá?”, da Dançaberta, retrata de forma lúdica e poética o universo infantil. “Sobre Nós” e “Fora de Si” re-tratam as frustrações e os medos individ-uais nos relacionamentos sociais.

serviço

Teatro cacilda Becker. Rua Tito, 295, Lapa, Zona Oeste. Tel. 3864-4513. Teatro zanoni Ferrite. Av. Renata, 163, Vila Formosa, Zona Leste. Tel.: 2216-1520. Teatro Arthur Azevedo. Av. Paes de Bar-ros, 955, Mooca, Zona Leste.Tel. 2605-8007. Teatro João caetano. Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, Zona Sul. Tel. 5573-3774 e 5549-1744. Próximo da estação Santa Cruz do metrô. Teatro Paulo Eiró. Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, Zona Sul. Tel. 5546-0449 e 5686-8440.

TEATroS municiPAiS rEcEBEm ESPETÁculoS dE dAnçA conTEmPorÂnEA

Projeto “Dança em Sampa” ficará em cartaz entre os dias 4 de agosto e 4 de setembro, com ingressos gratuitos

conFira a programação completa:dAnçA Em SAmPA - 1ª EdiçãoTEATROS DISTRITAISDE 4/8 A 4/9 | GRÁTIS

ESPETÁculoS imPrEviSÍvEiSNúcleo de Improvisação. Dir.: Zélia Monteiro. 50 min. Livre.O imprevisível não é o tema, mas o princípio que acompanha estas apresentações. Em cada espetáculo, o mote está relacionado às questões e aos procedimentos de trabalhos anteriores do grupo, revisitados neste projeto.| Teatro Cacilda Becker. Zona Oeste. De 4 a 7. 5ª a sáb., 21h. Dom., 19h. Grátis

EnconTroS E dESEnconTroST.F.Style Cia. de Dança. Coreografia e dir. geral: Igor Gasparini. 50 min. +10 anos.Este espetáculo de hip-hop enfoca histórias de amor que se encontram ou desencontram.| Teatro Zanoni Ferrite. Zona Leste. De 11 a 14. 5ª a sáb., 20h. Dom., 19h. Grátis

SolAS dE vEnToCia. Solas de Vento. Dir.: Rodrigo Matheus. A coreografia mostra a convivência forçada entre dois desconhecidos de países difer-entes, retidos em um aeroporto. O encontro é imposto e forjado por uma entidade adminis-trativa onipresente.| Teatro Arthur Azevedo. Zona Leste. De 18 a 21. 5ª a dom., 20h. Grátis

dAnS lE noir / PorTo inSEGuroCia Divinadança. Dir.: Andrea Pivatto. 70 min. Livre.“Dans le Noir” é inspirada na estética cinematográfica noir e tem como ponto de partida um assassinato. “Porto Inseguro” reflete sobre a identidade de todos nós a sós e com os outros. | Teatro João Caetano. Zona Sul. De 25 a 28. 5ª a sáb., 21h. Dom., 19h. Grátis

SoBrE nóS / ForA dE SiRibeirão Preto Cia. de Dança. Dir.: Luciana Maria Junqueira. 50 min. Livre.“Sobre Nós” fala da pessoas que marcam a vida das outras de diferentes formas. “Fora de Si” aborda como o ser humano adapta suas frustrações, medos e anseios.| Teatro Paulo Eiró. Zona Sul. De 1º a 4/9. 5ª a sáb., 21h. Dom., 19h

comEçAr E cuTucAr... vAmoS vEr ondE dÁ?Cia Dançaberta. Concepção e dir.: Júlia Zivi-ani. 40 min. Livre.Indicada ao público infantojuvenil, a encena-ção dá vida às imagens que surgiram durante a leitura de textos e criam um jogo cênico através de formas e brincadeiras. | Teatro Paulo Eiró. Zona Sul. De 1º a 4/9. 5ª a dom., 16h

Page 49: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 49

Page 50: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 50

rETirE GrÁTiS dAnçA BrASilSão PAulo ArArAQuArA (SP) Av. José Bonifácio, 522 Centro // BAruEri (SP) R. Campos Sales, 505 – Centro // cAmPinAS (SP) Av. Irmã serafina, 985 - Centro / R. Guilherme da Silva, 300 - Cambuí / Av. Jesuíno Marcondes Machado, 2301, cj.04 - Vl. Nova Campinas// GuArulHoS (SP) R. Timóteo Penteado, 5, loja 7 // iTAPirA (SP) Av. Castro Alves, 360 // JundiAÍ (SP) R. Rangel Pestana, 1086 - Centro // mArÍliA (SP) Rua Paes Leme, 89 - Centro // moGi dAS cruzES (SP) - R. Dr. Correa, 495 - Centro // oSASco (SP) R. Primitiva Vianco, 244 - 2º piso Lj.36 - Shop. Primitiva // riBEirão PrETo (SP) R. Tibiriça, 457 - Centro // SAnTo André (SP) Av. Lino Jardim, 580 // Rua Dou-tor Eduardo Monteiro, 311 - Jd. Bela Vista // SAnToS (SP) Av. Doutor Epitácio Pessoa, 320 - Aparecida / Av. Francisco Manoel, 64 - Jabaquara // São BErnArdo do cAmPo (SP) R. Reginaldo de Lima, 152 - Pq. S. Diogo // São JoSé do rio PrETo (SP) R. Antônio Godoy, 3676 - Redentora // São JoSé doS cAmPoS (SP) Av. São João, 644 lj. 24 // São PAulo (SP) R. Augusta, 2784 - Lojas 1/2 - Cerqueira César // R. Augusta, 2672 - Cerqueira César // R. João Cachoeira, 225 - Itaim // R. Joaquim Nabuco, 146 - Brooklin // R. Barão do Triunfo, 502 - Lojas nº10 - Brooklin Novo // Av. Paulista, 854 - Loja 23B - Cerqueira César // R. Agostinho Gomes, 1537 - Ipiranga // R. Moaci, 137 - Moema // Av. Leôncio de Magalhães, 627 - Jd. São Paulo // R. Capitão Avelino Carneiro, 232 - Penha // R. Coelho Lisboa, 224 - Tatuapé // R. Dr. César, 107 - San-tana // R. Comendador Miguel Calfat, 209 - Itaim Bibi // Rua Paracatu, 210 - Saúde // Rua Itapura, 1529 // São vicEnTE (SP) Rua Frei Gaspar, 704 lj.15 - Shopping Deslumbrante - Centro // SorocABA (SP) R. General Carneiro, 218 - Cerrado // R. da Penha, 1.135 - Centro // vi-nHEdo (SP) R. Nove de Julho, 291 - Centro. rio dE JAnEiro rio dE JAnEiro (rJ) Trav. Ferreira Borges, 20 lj 03 – Campo Grande // R. Marques de Abrantes, 168 - Loja 7 - Flamengo // R. Dias da Cruz, 188 / sb 243 - Méier // R. Barata Ribeiro, 370 - Loja 112 - Copacabana // R. Barata Ribeiro, 502 Loja 3 - Copacabana // Av. N. S. Copacabana, 769 - Conjunto 802 - Copacabana // R. 24 de Maio, 1015 ou 1011 - Engenho Novo // R. Ramalho Ortigão, 09 - Loja 8 - Centro // R. Major Avila, 455/29 - Tijuca // Estr. do Gabinal, 313 - Loja 111A - Shopping Jacarepaguá // Centro Coreográfico – Rua José Higino, 115 - Tijuca // R. Visconde de Pirajá, 207 loja 109 - Ipanema // Av. Getúlio de Moura, 1.701 loja B - Nilópolis // R. do Catete, 228 loja 310 - Catete // Rua Santa Clara, 33 - Rio de Janeiro - RJ // Rua Regente Feijó, 107 - Centro - Rio de Janeiro - RJ // niTErói (rJ) R. Lopes Trovão, 134 lj. 141 - Icaraí // Estrada Francisco da Cruz Nunes, 7007 lj. 202 - Itaipú // novA FriBurGo (rJ) R. Maria France-lina Barroso, 83 - Cônego // novA iGuAçu (rJ) Av. Marechal Floriano Peixoto, 1480 - Loja 142 – Centro // PETróPoliS (rJ) Rua Dr. Nelson De Sá Earp, 232 loja 06 - Centro // cAmPoS (rJ) Av. Pelinca, 100 - Loja 49 - Parque Tamandaré // ilHA do GovErnAdor (rJ) R. Alberto Tor-res, 270 Lj. 14 - Jd. Guanabara // minAS GErAiS BElo HorizonTE (mG) R. Antônio de Albuquerque, 749 - Lojas 1 e 3 – Savassi // R. São Paulo, 656 loja 64 - Centro // Av. Dom Pedro II, 3.151 - Caiçara // R. Ala-goas, 1.314 loja 22 A - Funcionário // Juiz dE ForA (mG) Av. Getulio Vargas, 353 loja 138 - Centro // uBErlÂndiA (mG) R. Machado de Assis, 501 - Lojas 7/9 - Centro // PArÁ BElém (PA) Trav. Francisco Cal-deira Castelo Branco, 1.271 - São Brás // Av. Conselheiro Furtado, 1270 - B. Campos - Belém- PA // diSTriTo FEdErAl BrASÍliA (dF) SCLN, 308 BL.B - Loja 7 - Asa Norte // SHCS, EQ 302/303 BL.A - nº6 Loja115 - Shop.Fashion Mall // PArAnÁ curiTiBA (Pr) R. Barão de Antonina, 269 // Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 603 Loja 5 // londrinA (Pr) R. Paranaguá, 921 - loja 03 - Centro // mArinGÁ (Pr) Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 1050 lj.06 - Zona 04 // cEArÁ ForTAlEzA (cE) Av.Dom Luis,300 - Loja 445 Shopping Aldeota Expansão // Av. Santos Dumont, 3.130 lojas 226/ 227 - Aldeota // Av Dom Luiz,300 lj 152 // GoiÁS GoiÂniA (Go) Av. 85, nº 1853 - Sl 10 - Gal. Via Maria - Marista // Rua 07 nº 1.110 Setor Oeste // Av. Anhanguera, 7840, Qd. 99A, lj 222 - Campinas // rio GrAndE do norTE nATAl (rn) R. Dr. Carlos Passos, 1.738 Morro Branco // rio GrAndE do Sul PorTo AlEGrE (rS) R. Mostardeiro, 120 - Loja 5 - Rio Branco - Galeria 5º Av. Center // PErnAmBuco rEciFE (PE) Av. Herculano Bandeira, 513 - 1º andar - Sl.12 - Pina // BAHiA SAlvAdor (BA) Av. Otávio Mangabeira, 815 Loja 36 - Pituba Sol Shopping // FEirA dE SAnTAnA (BA) Av. Getúlio Vargas, 330 loja 8 - Centro. FloriAnóPoliS - Sc Rua Felipe Schmidt, 249 lj: 201 - Centro Comercial ARS - Centro // cAmPo GrAndE - mS Rua Antônio Maria Coelho, 2486 - Jardim dos Estados.

Você Repórter

Todos gostam dela! São poucos os que não gostam, todo mundo comenta quando ela esta por perto, as pessoas correm, escondem, ignoram e outros que fazem questão de marca presença diante das câmeras, afinal é ela que espalha as noticias pelo mundo e é responsável para te deixar informado de tudo e sobre tudo.

•É ela que te leva ao reconhecimento (Fama)•Leva sua música a lugares onde você não pode ir.•É responsável pelo sucesso da sua empresa e outros.Andamos por todas as partes do mundo e aonde chegamos ela esta pre-sente, mas venhamos e convenhamos: vamos falar a verdade! São eles que nos deixam informados do bom ao ruim, e se não fosse estes profissionais? Você já parou para pensar? O que seria de você?

Vou citar algumas proporções:Tenho a certeza que você correria um grande risco de vida, por quê? O que é de toda maldade estaria a sua volta sem você saber, você seria uma pessoa extremamente leiga no mundo isolado, vivendo dentro de uma caixa escura por falta de conhecimento.Para os artistas em geral: você não estaria no topo do sucesso, ou seja, sem reconhecimento algum, por isso, seja grato!Para os empresários: você não teria como levar a sua empresa a escada do sucesso.Para os músicos: a sua música seria um

fracasso, por isso, seja grato!Talvez a palavra grato não seja usada tanto no dia a dia, ou seja, se para você é mais fácil usar “obrigado”, ótimo! O que quero deixar bem claro é que existem várias formas de você agradecer a mídia por te esclarecer tantas coisas.

Por isso valorize a mídia, seja ela: tele-visão, radio, jornal, computador e o primordial: os profissionais que fazem a mídia acontecer. Fotógrafos, cine-grafistas, reporteres, radialistas,blogueiros, escritores, revistas, etc.Por isso respeite, seja agradável. Pois tudo é da forma que colocamos as nossa palavras, ou seja: da maneira que pedimos ou interagimos e se você não gosta de mídia faça um favor, não agrida, apenas deixe de ser artista e se puder seja apenas ouvinte da mídia, se quiser ter sucesso na vida. por: GEison sCallop fotóGrafo puBliCitário E Jornalista

[email protected]

mÍdiA

Div

ulga

ção.

Page 51: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 51

Page 52: Revista Dança Brasil - Agosto 2011

DB 52

ww

w.c

apez

io.c

om.b

rw

ww

.cec

iliak

erch

e.co

m

Fabricado e distribuído pela Capezio

Deus é fiel