revista da ape - n 4

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A L A G O A S Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas Edição Nº 04 - 2014 Revista da Aprovada por unanimidade pela Comissão Especial, Proposta de Emenda à Constituição aguarda análise da Câmara dos Deputados Advogados públicos lutam por autonomia PEC 82/2007 ENTREVISTA: DEP. LELO COIMBRA, RELATOR DA PEC 82/2007 PÁG. 14 ASSOCIADOS GANHAM NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA PÁG. 11 RETROSPECTIVA: BALANÇO DE GESTÃO REVELA CUMPRIMENTO DE METAS PÁG. 04

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Advogados públicos lutam por autonomia

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A L A G O A SAssociação dos Procuradores do Estado de Alagoas

Ediç

ão N

º 0

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014

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da

Aprovada por unanimidade pela Comissão Especial, Proposta de Emenda à Constituição aguarda análise da Câmara dos Deputados

Advogados públicos lutam por autonomia

PEC 82/2007

ENTREVISTA: DEP. LELo CoImbRA,

RELAToR DA PEC 82/2007PÁG. 14

ASSoCIADoS gANhAm NoVoS ESPAçoS DE

CoNVIVêNCIA PÁG. 11

RETRoSPECTIVA: bALANço DE gESTão REVELA

CumPRImENTo DE mETAS

PÁG. 04

DOS ESTADOS E DO DFDOS PROCURADORES

XLI CONGRESSO NACIONAL

13 a 16 de outubro de 2015Hotel Royal Tulip Alvorada • Brasília • DF

ANUNCIO_21X27.indd 2 29/01/15 15:41

DOS ESTADOS E DO DFDOS PROCURADORES

XLI CONGRESSO NACIONAL

13 a 16 de outubro de 2015Hotel Royal Tulip Alvorada • Brasília • DF

ANUNCIO_21X27.indd 2 29/01/15 15:41

Associação dos procuradoresdo estado de Alagoas

Ape/AL

diretoria executiva

Roberto Tavares mendes Filhopresidente

Eloína maria braz dos SantosVice-presidente

mário henrique menezes Calheirosdiretor secretário

Romany Roland Cansanção motadiretor secretário Adjunto

Newton Vieira da Silvadiretor Administrativo-Financeiro

Vanaldo de Araújo Pereira diretor Administrativo-Financeiro

AdjuntoIdelva Santos Ferreira Pintodiretora de previdência e

convênios

conselho Fiscal

José Carlos Tavares Santa Ritapresidente

Andréa Padilha barbosaLeonardo máximo barbosa

marcos Vieira SavallJosé benigno Viana PortelaTeodomiro Andrade Neto

Membros

Em Contexto Comunicação coordenação editorial

Laís Falcão - mTE/AL 1271Jornalista responsável

Larissa Lima, Fernanda Lins, Nathália honci e Jamylle bezerra

redação

tiragem: 1.300 distribuição: gratuita

gráfi ca: Poligraf

endereço:Av. Assis Chateaubriand, 2.578-A,

Prado - maceió, Alagoas. brasil CEP.: 57010-070

Telefone: (82) 3221-7293www.ape-al.org.br

[email protected]/ape.alagoas@ape_al

A Revista da APE Nº 04 2014 é uma publicação ofi cial da APE/AL

Ser eleito para representar profi ssionais conhecedores de seus direitos é uma honra. Ser reeleito para a função por pares tão qualifi cados é motivo de regozijo e de alerta. Em agosto de 2014, esse misto de emoções se fez presente em mim e, igualmente, em toda diretoria da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas ao reconhecer o desafi o que é surpreender a todos no biênio 2014/2016.

Em respeito a história de nossa instituição, reconhecemos humil-demente o caminho percorrido até aqui em defesa da valorização dos Procuradores de Estado e da busca por sua autonomia para bem zelar pelas boas práticas da Administração Pública. uma luta que é também defendida com afi nco por todos que fazem a Associação Nacional de Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), uma entidade da qual estaremos mais próximos, já que terei a honra de atuar na condição de vice-presidente regional do Nordeste ao lado do colega marcos Savall, diretor jurídico e de prerrogativas da instituição.

Ao tempo em que renovamos nosso compromisso com a categoria, nos preparamos para vivenciar uma nova etapa também em nossos campos de trabalho. A eleição dos representantes do executivo estadual fortalece a necessidade de fazer nossa trajetória cada

Editorial

vez mais forte e honrada, garantindo que o procurador seja reconhecido como defensor do Estado e não de governo. o que nos estimula a caminhar em busca da otimização das condições de trabalho, defendendo a melhoria na estrutura física, de pessoal e a redução do tempo para as merecidas promoções.

Como entidade, temos a missão de criar oportunidade de atualização, lazer e de troca de experiências com os associados inativos e familiares que, indiscutivelmente, permitem que nossa carreira seja entendida como uma escolha de valor.

Há muitos desafi os por enfrentar e muitas realizações para celebrar ao longo dos próximos meses. Em nome da diretoria, agradeço pela confi ança e convido a todos a fazermos a diferença, diariamente.

ComPRomISSo RENoVADo

Roberto Tavares mendes Filhopresidente

As importantes conquistas da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL) no biênio 2012/2014 fizeram parte dos compromissos firmados durante a posse da cúpula diretiva. Sob o comando do presidente Roberto Tavares Mendes Filho, a entidade de classe defendeu com afinco os interesses de seus associados, como as prerrogativas e a autonomia da advocacia pública, que nos últimos anos estiveram entre as principais lutas da categoria em todo o país.

Para comemorar os dois primeiros anos à frente da tradicional entidade e a reeleição de Roberto mendes Filho para o mandato em 2014/2016, a Revista da APE apresenta a seguir os momentos mais marcantes da gestão. Confira a retrospectiva.

Posse biênio 2012/2014

A chapa vencedora, unidade e Valorização, tomou posse em maio de 2012, passando a representar todos os associados em Alagoas, entre procuradores ativos, aposentados e pensionistas.

o grupo vitorioso teve à frente o presidente Roberto Tavares mendes Filho, além de Eloína maria braz dos Santos (vice-presidente), Romany Roland Cansanção mota (diretor secretário), maria de Lourdes Quirino Costa (diretora secretária adjunta), Vanaldo de Araújo Pereira (diretor administrativo-financeiro), Mário Henrique Menezes Calheiros (diretor administrativo-financeiro adjunto) e José benigno Viana Portela (diretor de previdência e convênios).

PECs

Com o apoio da Associação Nacional dos Procuradores do Estado e do Distrito Federal (Anape), a APE/AL participou ativamente das mobilizações contra a PEC 52/2011, que previa alterações nos critérios de escolha do chefe da Procuradoria geral do Estado (PgE), permitindo que fosse nomeado um profissional de fora do quadro efetivo do órgão. graças à atuação da entidade, a pauta foi sobrestada na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Durante a gestão, o presidente da APE também debateu a PEC 82/2007 com representantes do legislativo em cidades como Vitória/ES e João Pessoa/Pb. uma das mais importantes causas da categoria no país, a proposta prevê a autonomia funcional, administrativa e financeira aos advogados públicos.

A PEC 63/2013, que trata sobre a instituição de parcela indenizatória de valorização por tempo de serviço dos magistrados e membros do ministério Público; e a PEC 555/2006, que versa sobre a extinção gradual da cobrança previdenciária sobre os proventos pagos pela Previdência aos aposentados e pensionistas, foram defendidas com o apoio do senador benedito de Lira (PP-AL), com o objetivo de incluir a advocacia pública no pleito.

Mobilização Nacional

Em agosto de 2013 foi iniciada a divulgação do movimento Nacional Pela Advocacia Pública na imprensa e instituições ligadas à Justiça, como ordem dos Advogados do brasil - Seccional Alagoas (oAb/AL), que demonstrou apoio à causa.

04 | Revista da APE

Institucional

MetAs cuMpridAs bALANço DE gESTão Do bIêNIo 2012/2014

Diretoria executiva responsável pela gestão

Associados alagoanos participam de ação em brasília

05 | Revista da APE

A mobilização aconteceu em brasília, no dia 03 de setembro, e também contou com a participação de representantes da APE/AL. A data foi considerada um marco na luta dos advogados públicos pelas prerrogativas e valorização da carreira.

Cursos de atualização

Durante o biênio, a APE/AL investiu em várias capacitações para os associados, oferecendo cursos de atualização sobre o novo acordo ortográfico, redação oficial, mandado de segurança e recursos repetitivos. Em 2013, a vice-presidente Eloína braz, que também comanda a comissão de Alagoas da Associação brasileira de mulheres de Carreira Jurídica (AbmCJ), realizou em março um seminário sobre as conquistas e os direitos da mulher, abordando a representação feminina nas carreiras jurídicas.

Melhorias

A sede da entidade de classe alagoana foi reformada para garantir a melhor utilização dos espaços e conforto aos membros da diretoria, colaboradores e associados. A biblioteca tornou-se mais funcional e um espaço destinado ao lazer e convivência foi contemplado com novas poltronas, mesa de jogos, televisão etc. Também foi colocado revestimento acústico no salão de festas e criada uma nova lanchonete na área externa.

Comunicação

No início da gestão foi lançado o novo site institucional da APE/AL (http://www.ape-al.org.br), além dos canais digitais nas mídias sociais Facebook (www.facebook.com/ape.alagoas) e Twitter (@ape_al).

o objetivo é dar maior visibilidade às ações da instituição - incluindo a presença espontânea da imprensa -, além de facilitar e estimular a interação entre os associados e a sociedade. A publicação impressa, esta Revista da APE, foi

relançada em dezembro de 2012, apresentando reportagens sobre ações da entidade, além de artigos e registros fotográficos institucionais.

30 anos da APE/AL

Em 2012 a associação comemorou três décadas de fundação. o trigésimo 20 de julho foi celebrado com a realização da Jornada de Estudos Jurídicos, prestigiado por diversas personalidades do segmento, entre elas o presidente da Anape, marcello Terto e Silva. o evento, realizado na sede da PGE/AL, fomentou o debate sobre os desafios e a carreira da advocacia pública.

Relacionamento institucional

o estreitamento das relações ampliou o debate entre a APE, os poderes constituídos, outras entidades de classe e órgãos ligados à administração da Justiça, como Poder Executivo, Judiciário, Defensoria Pública, ministério Público, oAb/AL e Tribunal de Contas da união (TCu).

Roberto mendes Filho também participou de eventos que trataram de temáticas pertinentes às atividades da advocacia pública, entre eles 1º Congresso Pontes de miranda e o Direito Processual, comemoração pelos 25 anos da Constituição Federal, que reuniu grandes juristas, e os constantes diálogos nas reuniões do conselho deliberativo da Anape.

Responsabilidade social

A entidade de classe apoiou iniciativas e causas sociais, promovendo a arrecadação e doação de alimentos, materiais de higiene e limpeza e brinquedos para instituições filantrópicas de Alagoas. Entre as beneficiadas estão a Apala, a APAE, a Laca, o Núcleo Social helen Costa Klein e Recanto Infantil Elcia de Souza barbosa.

José henrique mouta, professor e Procurador do Estado do Pará, ministrou curso promovido pela APE

Juiz Pedro Ivens de França, então presidente da Associação Alagoana de magistrados, e Roberto mendes Filho

De onde provém o poder das pessoas de criarem obrigações para si mesmas? o Estado moderno monopolizou a criação das normas jurídicas. Contudo, admitiu espaços ora mais amplos, ora mais estreitos, onde os indivíduos podem autorregrar seus interesses. Nem sempre foi assim. o direito romano antigo desconhecia qualquer traço de poder negocial às pessoas, porque concebia o direito como um sistema rígido de actiones, sem as quais qualquer tutela jurídica de interesses era impensável. Ainda quando as transações atingiram elevado nível de complexidade, exigindo-se a superação das formas pétreas, manteve-se a essência do sistema, criando-se um tipo de actio dúctil à imprevisibilidade dos tipos de negócios (por esta razão, inominados, não enquadráveis aos tipos já fixados pelo direito) que a expansão do império romano foi engendrando: a actio praescriptis verbis. Entre os medievos, as relações jurídicas, inclusive as negociais, pautavam-se no status dos homens, nos localismos jurídicos e na inserção em ciclos sociais imodificáveis. No Estado liberal (seu auge foi durante o século XIX), a autonomia justificava-se por si mesma. Dizer que a vontade era autônoma ou livre era quase um truísmo, dada a força da ideologia dominante, que a fundava nas idéias inatas de liberdades absolutas de propriedade e dos negócios. o livre jogo das forças de mercado conduzia ao equilíbrio de interesses e dos poderes econômicos distintos. Essa origem, de forte matiz ideológico e resultante de contingências históricas, levou Pontes de miranda a construir categoria juridicamente mais estável, e hans Kelsen a propugnar por sua natureza exclusivamente política, sem interesse para o direito, voltado este tão somente para a norma criada pelo negócio jurídico.

Artigo

06 | Revista da APE

Autorregramento da vontade: um conceito inconcluso

Ao contrário de Kelsen, Pontes de miranda investiga o autorregramento da vontade no âmbito exclusivamente jurídico, a partir do estudo dos limites do poder negocial. o tema é cuidado, especialmente, nos volumes III e XXXVIII do Tratado de Direito Privado, nos quais a característica ressaltada (a limitação do espaço jurídico do poder de escolha) é dita claramente: “É o espaço deixado às vontades, sem se repelirem do jurídico tais vontades” (vol. III); “Não há autonomia absoluta ou ilimitada da vontade; a vontade tem sempre limites, e a alusão à autonomia é alusão ao que se pode querer dentro desses limites” (vol. XXXVIII). Pontes de miranda afasta os voluntarismos e os subjetivismos (tema de uma de suas obras, publicada em alemão, Subjektivismus und Voluntarismus im Recht, 1922), optando pela manifestação de vontade como dado objetivo, exteriorizado, reconhecível pelo direito. A manifestação de vontade é o elemento nuclear do suporte fático do negócio jurídico, que o identifica e individualiza, sendo gênero do qual são espécies a manifestação tácita ou silente e a manifestação expressa, ou ainda, a declaração da vontade e a manifestação simples (manifestação adeclarativa, v.g. a aceitação da herança, a derrelicção e a revogação do testamento pela destruição). No conflito entre a vontade, em si, e a exteriorizada, esta deve prevalecer. A doutrina tradicional pôs como fontes de limitação apenas os bons costumes e a ordem pública, repercutindo o ideário liberal burguês da primazia do individualismo, negando-se o poder de intervenção do Estado legislador, administrativo ou judicial, para realização da justiça social nas atividades econômicas. Para Pontes de miranda, cada sistema jurídico estabelece as normas cogentes mais ou menos

expandidas. Tais normas delimitam, positiva ou negativamente, o espaço de autorregramento, que foram mínimas no Estado liberal e amplas no Estado social contemporâneo. As normas dispositivas não são delimitadoras porque ficam disponíveis à integração dos negócios jurídicos quando não se dispuser em contrário pelas partes; deixam incólume o autorregramento da vontade. o direito, ao estabelecer as normas de delimitação, atinge parcial ou totalmente os três tipos de poder ou de liberdades de escolhas postos à disposição dos indivíduos, no âmbito do autorregramento da vontade: a) o poder de escolher o tipo de negócio jurídico ou criar um novo; b) o poder de escolher o figurante a que se vincule; o poder de determinar o conteúdo do negócio. Pontes de miranda (especialmente no vol XXXVIII) engloba os dois primeiros tipos em um só: liberdade de conclusão. Especifica, no entanto, as três primeiras espécies básicas de limitação a essa liberdade, ou seja: a) as empresas de serviços ao público não podem rechaçar as ofertas a contratar e são obrigadas a ofertas ao público; b) se a recusa a contratar importar danos a quem se apresenta e for injustificadamente feita; c) em todas as hipóteses de economia dirigida ou economia controlada. Anote-se que em cada sistema jurídico a Constituição determina grandes limites ou mesmo a conformação da atividade econômica e, consequentemente, do autorregramento da vontade. A Constituição brasileira, no art. 170, estabelece que é livre a atividade econômica observados certos princípios, nomeadamente o da justiça social. A ordem econômica é, assim, o ponto de partida da definição do espaço de autorregramento.

Paulo Lôbo,procurador do estado de Alagoas aposentado

Honorários de sucumbênciao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios declarou improcedente Ação Direta de Inconstitucionalidade que versava sobre a destinação dos honorários de sucumbência arbitrados em favor do DF. Tendo a oAb Nacional como amicus curiae na causa, os advogados passarão a receber os honorários, de acordo com a Lei Distrital 5.369/14.

Obra pioneirao procurador Fábio Lins, associado da APE/AL, lançou, no dia 05 de agosto, o livro “Igualdade, Discriminação e Concurso Público – Análise dos requisitos de acesso aos cargos públicos no brasil”. A publicação é a primeira no país a tratar sobre a Lei 12.990/14, que institui cotas para negros nos concursos públicos federais, e traz uma análise sobre o direito de concorrer às vagas em condições de igualdade.

AvançosAtualmente, 25 Estados e o Distrito Federal possuem um procurador de carreira ocupando o cargo de Procurador geral do Estado. Destes, 18 têm previsão nas respectivas leis orgânicas. Somente a Paraíba não segue a tendência nacional, permitindo um represente de fora dos quadros da procuradoria à frente da função.

prêmio innovareA PgE do Ceará venceu o Prêmio Innovare 2014, na categoria advocacia, em razão do trabalho desenvolvido pelo procurador germano Vieira. o projeto de desapropriação urbana com promoção social e humanização foi criado e desenvolvido para negociar com a famílias que tiveram seus imóveis desapropriados em função das obras do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) de Fortaleza. A categoria teve 54 inscritos.

07 | Revista da APE

CoNVêNIoS Curtas

Av. Álvaro Otacílo, 3195ponta VerdeFone:(82) 3327-8729

Av. Álvaro Otacílio, 3283ponta Verde Fone:(82) 3337-2030

Av. dr. Antônio Gouveia, 797, pajuçara Fone:(82) 3327-3224

Avenida doutor Antônio Gouveia, 981 pajuçara Fone:(82) 3327-6700

Avenida pio Xii, 523 Jatiúca Fone:(82) 3377-3388

rua engenheiro paulo B Nogueira, 85 Jatiúca Fone:(82) 3235-1016

rua José Freire Moura, 270 ponta VerdeFone:(82) 3231-6964

rua industrial climério sarmento, 15 JatiúcaFone:(82) 3316-3422

Avenida comendador Leão, 729 - poço Fone:(82) 3325-6231

Nota de falecimentoA Advocacia Pública estadual perdeu grandes nomes desde o último trimestre de 2013. Faleceram os procuradores aposentados Cleantho de moura Rizzo, no dia 12 de outubro, e Paulo Duarte Cavalcante, em dezembro. Em 2014, nos deixaram maria de Lourdes gonçalves barbosa, em abril, e maria José Palmeira Xavier, em 08 de julho.

Avenida comendador Gustavo paiva, 5945cruz das AlmasFone:(82) 3025-2555

Reeleito para comandar a Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL) no biênio 2014/2016, o presidente Roberto Tavares mendes Filho foi empossado em cerimônia solene na noite do dia 23 de agosto, no auditório da Procuradoria geral do Estado. A ocasião, prestigiada por autoridades, integrantes da carreira jurídica, amigos e familiares, também foi marcada pela celebração dos 32 anos de fundação da entidade de classe e pela posse do Conselho Superior da PgE (CSPgE).

“Estamos honrados com a possibilidade de continuar a dirigir nossa associação, cientes de que os desafios do novo mandato serão grandes. Faremos o possível para corresponder as expectativas e bem representar todos os associados”, agradeceu Roberto mendes em nome da diretoria e do conselho fiscal eleitos.

Em seu discurso, o presidente relembrou as realizações da gestão passada, como as mobilizações em defesa das

prerrogativas dos procuradores, os cursos e seminários, o investimento em comunicação, o estreitamento das relações com outros órgãos e instituições ligadas à administração da justiça, as melhorias físicas na sede da APE, o fomento à prática esportiva e a participação ativa nas ações da Associação Nacional dos Procuradores de Estado e do Distrito Federal (Anape).

A presença do procurador de goiás marcello Terto e Silva, presidente da Anape, que veio à maceió especialmente para o evento, evidenciou o bom relacionamento entre as gestões. Terto, também reeleito por seus pares recentemente, deu início à solenidade com palestra sobre o novo estágio da advocacia pública, na qual defendeu a autonomia plena das procuradorias e a importância do órgão consultivo.

“Seguimos adiante acreditando que lutamos por uma causa nobre, pois só com segurança jurídica podemos avançar e servir como instrumento de colaboração ainda maior.

08 | Revista da APE

Posse

RobeRto Mendes Filho é Reeleito PResidente dA APe/AlCERImôNIA SoLENE oFICIALIzou PoSSE DA NoVA DIREToRIA DA ASSoCIAção E Do CoNSELho FISCAL

Presidentes do TJ/AL, TRT, oAb/AL, Anape e representantes do ministério Público de Contas e da PgE compuseram a mesa durante a festividade

09 | Revista da APE

A democracia acompanha os avanços no brasil, como a releitura da supremacia do interesse publico”, afirmou marcello Terto.

homenagens

A diretoria da APE/AL aproveitou a oportunidade para homenagear os desembargadores José Carlos malta marques e Tutmés Airan de Albuquerque melo, então presidente e vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), por atuarem em momentos de divergência como mediadores entre governo e categoria, antes mesmo de exercerem funções diretivas no Poder Judiciário.

“Sinto-me extremamente agradecido pelo reconhecimento dos senhores. Se de alguma forma ajudei as causas dos procuradores, o fiz porque sempre entendi que assim como os promotores e magistrados, formamos um só corpo na forma com que se faz o Estado”, considerou malta marques.

Roberto mendes Filho, presidente da APE/AL, também analteceu a atuação dos ex-presidentes da associação ao longo dos seus 32 anos de existência. “Parabenizo não apenas a nossa entidade, mas cada um dos presidentes que me antecederam, cujo trabalho permitiu que a APE se tornasse a respeitada instituição que é, desempenhando papel relevante na comunidade jurídica”, registrou.

Além da diretoria executiva, também tomou posse o conselho fiscal da APE/AL, tendo como presidente José Carlos Santa Rita, como membros Andréa Padilha e Leonardo máximo. os suplentes são marcos Savall, José benigno Viana e Teodomiro Andrade.

Já o Conselho Superior da Procuradoria geral do Estado (CSPgE) é formado pelo procurador marcelo Teixeira, pelos titulares Aderval Tenório Filho, José Roberto Teixeira, marcos Savall, maurício Rêgo, Renato Correia, Sérgio Henrique Bomfim, e pelos suplentes Victor Hugo Ferreira, Carlos Trindade Neto e Pedro Costa.

Composição APE/ALDiretoria Executiva

Roberto Tavares mendes Filho

presidenteEloína maria braz dos Santos

Vice-presidentemário henrique menezes Calheiros

diretor secretárioRomany Roland Cansanção mota

diretor secretário AdjuntoNewton Vieira da Silva

diretor Administrativo-Financeiro Vanaldo de Araújo Pereira

diretor Administrativo-Financeiro AdjuntoIdelva Santos Ferreira Pinto

diretora de previdência

“estamos honrados com a possibilidade de continuar a dirigir nossa associação, cientes de que os desafios do novo mandato serão grandes”

Roberto mendes Filho, presidente da Ape/AL

10 | Revista da APE

Institucional

Ape OFerece cursO de iNGLÊsoITo TuRmAS DE DIFERENTES NíVEIS Já FoRAm PREENChIDAS

Em mais uma iniciativa para aprimorar a formação profissional de seus integrantes, a Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL) passou a oferecer aulas de inglês em sua sede. Ao todo, são oito turmas com até cinco alunos em cada. o curso teve início no mês de outubro e as aulas, com duração de 60 minutos, acontecem duas vezes por semana.

o método utilizando é o neurolinguístico de repetição que consiste em traduzir sentenças do inglês para o português e do português para o inglês, investindo em fluência, pronúncia e maior contato com expressões da língua estrangeira, como explica a professora mayara Rios: “A ideia é incorporar ao vocabulário do aluno novos verbos, novas palavras. A gramática é absorvida por conta dessa repetição”.

Segundo mayara, essa didática é utilizada há muitos anos em grandes redes de escolas de inglês e os resultados têm sido positivos. Além de defender os interesses da classe, um dos objetivos da entidade é investir na capacitação intelectual dos procuradores da ativa ou aposentados.

o presidente da associação, Roberto Tavares mendes Filho, ratificou o compromisso de estimular a aprendizagem. “A procura foi satisfatória e as turmas foram totalmente preenchidas. Essa é a prova de que a classe está interessada em cada vez mais se aprimorar dentro e fora do universo jurídico”, comentou.

Para a professora Ana Pugachova, o interesse dos alunos tem correspondido às expectativas das aulas e nível do

curso. “muitos vêm para utilizar o inglês durante viagens e a aula passa também a ser um hobby. Conduzo as turmas de forma dinâmica para mudar o perfil da atividade deles que, por natureza, já é séria e formal”, explicou.

A depender da procura de mais associados, há a possibilidade de novas turmas serem abertas. Para 2015, a APE já está planejando a oferta de aulas de espanhol.

Material didático

os livros utilizados durante as aulas são elaborados pelo britânico gordon Alan moore, que reside em maceió. o autor também realiza os testes de níveis com alunos e adequa o conhecimento da língua de cada um com o material didático que deve utilizar.

Professora mayara Rios (centro) prioriza a conversação. Na foto, os associados Leonardo máximo, germana Leal e Elaine Ramalho.

Associadas Vânia omena e Nadja barbosa participam da aula com a professora Ana Pugachova

11 | Revista da APE

Institucional

MAis espAçOs de cONViVÊNciAREFoRmAS E mELhoRIAS oFERECEm CoNFoRTo AoS ASSoCIADoS

A reforma e ambientação de alguns espaços da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL) está concluída. há cerca de um ano, diversas intervenções no prédio foram pensadas com vistas ao conforto e à sociabilização dos membros ativos e aposentados.

“o projeto surgiu da vontade de fomentar a utilização das dependências da APE não só pelos procuradores ativos, mas também pelos aposentados e pensionistas que, normalmente, vêm à sede apenas para resolver burocracias. melhoramos os cômodos subutilizados”, explicou o presidente Roberto Tavares mendes Filho.

Sala de convivênciaPara que os associados pudessem aproveitar mais tempo na instituição de maneira cômoda, a construção da sala de convivência foi o ponto central do projeto. o espaço priorizou um ambiente claro, moderno e climatizado, equipado com TV a cabo, revistas, mesas de jogos, máquina de café, frigobar e computadores.

Cozinha e lanchoneteA reforma também contemplou a ampliação e a divisão da antiga cozinha do prédio, que agora possui uma área exclusiva para os associados com fogão, geladeira, micro-ondas e outros eletrodomésticos. “Poderemos utilizá-la para a produção de eventos gourmet ou de qualquer outra reunião de menor porte”, informou o Roberto mendes. o outro ambiente proveniente da divisão é uma lanchonete aberta a toda e qualquer pessoa que circule pela instituição, uma área externa de convívio.

Bibliotecao local de estudos e leitura da instituição também recebeu modificações. “A biblioteca era um ambiente ultrapassado, com livros em excesso e nenhuma ferramenta digital.

Diminuímos a área ociosa, doamos livros que já não estavam sendo utilizados e instalamos um computador para pesquisas rápidas. Também colocamos vidros para que os livros não fiquem expostos à poeira, mas permaneçam visíveis”, descreveu o presidente.

Salão de Festaso local onde ocorrem assembleias, confraternizações e happy hours recebeu um revestimento acústico, feito com aplicação de fibra de celulose termoacústica branca. Além de isolar ruídos, o material tem componentes não inflamáveis, prevenindo contra acidentes.

Nova sala foi inaugurada durante a Copa do mundo

“Estou aposentado há mais de 20 anos, mas nunca deixei de ir à associação. Fico muito feliz de vê-la sendo melhorada, da mesma forma que ficaria se fosse na minha própria casa. A cantina está um brinco e a biblioteca muito mais funcional, Já estreei todas as áreas de lazer!”, comemorou José Cavalcanti barros.

biblioteca

A advocacia pública exerce um papel fundamental no controle da legalidade e na fiscalização prévia dos atos praticados pelos gestores em todas as esferas de poder.

No entanto, mesmo sendo uma das funções essenciais à Justiça, um entrave histórico vem prejudicando a atuação dos profissionais que atuam na área e tornando cada vez mais lento o processo de transparência no setor público. Para reparar o problema e garantir que uma análise legal das atividades seja feita de forma independente, está em processo de votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 82/2007, batizada como a PEC da Probidade.

Aprovada por unanimidade em maio, pela Comissão Especial presidida pelo deputado Alessandro molo (PT/RJ), o projeto concede aos advogados públicos autonomia técnica, administrativa e orçamentária, possibilitando o exercício da função em sua plenitude. Após a primeira aprovação na comissão, a matéria agora aguarda o próximo passo, que é a apreciação no plenário da Câmara dos Deputados.

Sem estrutura

Atualmente, a inexistência de uma autogestão nesse setor tem não só resultado na lentidão dos trabalhos, mas também na precariedade estrutural dos órgãos onde atuam os advogados públicos. Isso porque até mesmo para adquirir materiais básicos à execução das tarefas funcionais, esses profissionais dependem de outros setores e órgãos, o que muitas vezes significa uma longa espera.

E não para por aí. Em alguns Estados, a sede própria da

Procuradoria sequer apresenta condições de utilização, como é o caso da PgE da Paraíba, cujo prédio foi interditado. Sem local adequado para que o advogado cumpra seu papel junto ao setor público, a situação fica mais difícil. É na aprovação da PEC que está depositada a esperança de melhorias.

“o objetivo da PEC é possibilitar que os advogados públicos exerçam de forma plena seu papel, atribuído pela Constituição Federal em 1988. hoje, ele é exercido com várias deficiências, estamos sempre na dependência de outros órgãos e dos administradores do momento. Alguns poucos não compreendem nosso trabalho e ficam tolhendo a atuação dos advogados. A aprovação da proposta trará benefícios não só para nós, enquanto servidores, mas para a administração pública e o cidadão de forma geral”, destacou o presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL), Roberto Tavares mendes Filho.

o presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado e do DF (Anape), marcello Terto, acrescenta que a autonomia representa a defesa do que pertence ao povo.

“Essa conquista, além de uma vitória importante e histórica, representa o reconhecimento do relevante trabalho que a advocacia pública presta em defesa do interesse público e em prol da sociedade brasileira”.

o texto da PEC engloba toda a categoria, desde os profissionais que atuam na Advocacia Geral da União (Agu), como os procuradores federais, da fazenda nacional e advogados da união, e os procuradores municipais, de Estado e do Distrito Federal.

“Queremos ter uma estrutura física que nos permita oferecer uma melhor atenção à administração pública. Nosso dever é orientar os gestores para que os gastos sejam feitos de acordo com a lei. E quando falamos em recursos públicos, estamos falando do dinheiro que sai do bolso de todos nós enquanto cidadãos”, ressaltou Roberto mendes Filho.

12 | Revista da APE

Roberto mendes Filho e demais procuradores se reuniram com o senador benedito de Lira (PP/AL) em brasília para discutir a PEC

Marcello Terto, presidente da Anape

Capa

ADvogADoS PúBLiCoS LutAM PoR AutoNoMiA PRoPoSTA DE EmENDA à CoNSTITuIção FoI APRoVADA PELA ComISSão ESPECIAL E AguARDA VoTAção NA CâmARA

13 | Revista da APE

Finanças

Entre as modificações oriundas pela PEC está a destinação de um duodécimo próprio para os órgãos da advocacia pública, o que altera o artigo 168 da Constituição Federal, que trata sobre os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao ministério Público e à Defensoria Pública.

A autonomia financeira, por meio da destinação anual de recursos próprios para o setor, é um dos fatores primordiais para que possam acontecer as melhorias físicas e das condições de trabalho, além da realização de concursos públicos e da aquisição de bens e serviços que possam tornar mais eficiente a execução das atividades. Como exemplo para as melhorias da associação alagoana, o presidente da APE/AL cita a compra de um sistema de informática desenvolvido para o melhor gerenciamento e acompanhamento dos processos. hoje, os procuradores usam o Excel, programa que apresenta várias limitações para o uso na procuradoria.

Com a aprovação da proposta, os gastos com o setor não seriam alterados, apenas a forma de gerir os recursos é que passaria por mudanças. “o dinheiro já é gasto, mas por meio de outros órgãos”, explicou o presidente da APE/AL.

Artigos reformulados

A aprovação da proposta também modifica a redação do artigo 132 da CF, que trata das carreiras dos procuradores de Estado e do Distrito Federal, apontando o papel dos profissionais que ocupam tais cargos.

“Nosso parecer, além de garantir as autonomias administrativa, orçamentária e técnica, prevê ainda a iniciativa de organização dos seus quadros e de propostas orçamentárias anuais. Chegou o momento em que os brasileiros exigem o fortalecimento da gestão pública com a melhor qualidade dos serviços públicos, respeito

à Constituição e às leis conjugada com a eficiência e eficácia nos resultados das políticas públicas, probidade na Administração Pública e responsabilidade com o patrimônio público”, argumentou o deputado Lelo Coimbra (PmDb/ES), autor do parecer aprovado por unanimidade pela Comissão Especial da Câmara.

Eficiência, fortalecimento da gestão pública e segurança jurídica são apontados como alguns dos benefícios práticos que poderão ser sentidos pelos cidadãos após a aprovação da autonomia prevista na PEC 82.

“Qualquer advogado, privado ou público, antes de estar atrelado a seus representados, está submetido à lei que regula a sua atuação e estabelece as condicionantes e limites legais de seu patrocínio. No exercício da advocacia pública, portanto, sobrepõem-se esses superiores interesses a quaisquer outros, tanto na atividade consultiva quanto na contenciosa. o advogado não pode nem deve ignorar esses limites, nem poderá violá-los a pretexto de sustentar interesses escusos. melhor posicionada institucionalmente, essa responsabilidade será melhor evidenciada no que diz respeito à relação do advogado público com os agentes políticos”, ressaltou o parlamentar.

Discussões e mudanças

A PEC 82 vem sendo bastante discutida nos Estados brasileiros. Em 2013, uma mobilização realizada em brasília contou com a presença de mais de 800 profissionais de todo o país. Com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de melhorias, esclarecer dúvidas e colocar o tema em debate, o ato ficou conhecido como Movimento Nacional Pela Advocacia Pública.

Ao longo do processo de discussão sobre o conteúdo da PEC, algumas mudanças foram efetuadas no texto original. uma delas diz respeito à extensão da autonomia administrativa e orçamentária à Defensoria Pública da união, que deixou de fazer parte da proposta. Isso aconteceu pelo fato de a categoria já ter conquistado a autonomia desejada. Além disso, a modificação no texto também considerou a PEC 247/2013, já aprovada pela Câmara dos Deputados, e que estabelece, entre outros pontos, que a união, os Estados e o Distrito Federal deverão contar, no prazo de oito anos, com defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais.

Expectativa

Depois de tanta persistência, debates e expectativas, agora é aguardar para que a PEC da Probidade seja apreciada e votada na Câmara dos Deputados o mais rápido possível. ganham os advogados públicos, as gestões municipais, estaduais e federais e também os cidadãos, que alimentam o desejo de ver melhorias nos trâmites administrativos e mais agilidade nas análises da legalidade dos processos.

Procuradores gentil Souza , Roberto mendes Filho e mário Calheiros estiveram com a deputada Rosinha da Adefal (PTdob/AL), logo após a assinatura do ato de constituição da comissão especial pelo Presidente da Câmara. Na ocasião, a parlamentar reiterou o apoio à autonomia para a Advocacia Pública

A pec é de 2007, qual foi o motivo da demora para votação?Lelo coimbra: Costumo dizer que a menor distância para a solução dos grandes problemas nacionais nem sempre é uma reta. Demorou porque só agora o país está pronto para avançar na discussão do papel da institucionalização como instrumento imprescindível para termos uma verdadeira de Advocacia de Estado na união, Estados, Distrito Federal e municípios. Chegou o momento em que os brasileiros exigem o fortalecimento da gestão pública com a melhor qualidade dos serviços públicos, respeito à Constituição e às leis conjugada com a eficiência e eficácia nos resultados das políticas públicas, probidade na Administração Pública e responsabilidade com o patrimônio público. Veja que o adjetivo “público” acompanha sempre as razões que fundamentam a retomada do andamento da PEC 82. Isso demonstra a presença constante do compromisso com o interesse público.

em que consiste efetivamente essa autonomia?Lc: A preocupação que tivemos ao apresentar substitutivo aos textos originais das PECs 82/07 e 452/09 foi afastar qualquer elemento que pudesse significar a defesa de corporativismo. Enxugamos o texto para focar na clareza no que diz respeito às atribuições da Advocacia-geral da união e órgãos vinculados, bem como às Procuradorias-gerais dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Estabelecido que a eles, por seus membros, incumbe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos entes públicos, asseguradas autonomias, administrativa, orçamentária e técnica, além da iniciativa de organização dos seus quadros, dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes orçamentárias. No que diz respeito às prerrogativas dos seus membros, o texto dispõe serem independentes e invioláveis no exercício das suas funções, devendo observar critérios de juridicidade, racionalidade, uniformidade e a defesa do patrimônio público, da justiça fiscal, da segurança jurídica e das políticas públicas, nos limites estabelecidos na Constituição e nas leis. O que falta no âmbito constitucional para que a autonomia da Advocacia pública seja garantida?Lc: A autonomia do advogado é inerente ao exercício do seu múnus público. Seu compromisso é com a ordem jurídica. Isso não pode ser diferente quanto aos advogados públicos. A independência e inviolabilidade no exercício das suas funções se extraem diretamente do artigo 133 da Constituição. No entanto, do ponto de vista orgânico, essa autonomia pode ficar comprometida nas relações com as demais funções constitucionais de Justiça, que tendem a diminuir o papel da Advocacia Pública no cenário jurídico e ameaçar a liberdade de interpretação dos seus membros, em prejuízo da defesa do ente público, além de prejudicar a continuidade e qualidade dos serviços essenciais que lhes são afetos. Somente a emenda constitucional que propomos no nosso substitutivo será capaz de dar o primeiro passo para eliminar essa fragilidade institucional, a exemplo do que ocorreu com a Defensoria Pública em 2004. Vejam como os serviços dos defensores públicos se destacaram no decorrer dos últimos 10 anos!

Entrevista

Quais reflexos práticos a sociedade vai receber com a aprovação dessa autonomia? Lc: Qualquer advogado, privado ou público, antes de estar atrelado a seus representados, está submetido à lei que regula a sua atuação e estabelece as condicionantes e limites legais de seu patrocínio, pois apenas dentro deles é possível atuar no interesse a ser postulado. No exercício da Advocacia Pública, portanto, sobrepõem-se esses superiores interesses a quaisquer outros, tanto na atividade consultiva quanto na contenciosa. o advogado não pode nem deve ignorar esses limites, nem poderá violá-los a pretexto de sustentar interesses escusos. melhor posicionada institucionalmente a Advocacia Pública, essa responsabilidade será melhor evidenciada no que diz respeito à relação do advogado público com os agentes políticos, e com isso existirá maior segurança jurídica, eficiência e fortalecimento da gestão pública.

Que mudanças o senhor espera observar no que diz respeito à Advocacia pública brasileira? Lc: Não propomos a desnaturação do papel da Advocacia Pública. No curso dos seminários que realizamos em todo o país, no final de 2013, a relação com a identidade do advogado público ficou muito bem delimitada. A Advocacia Pública faz parte da solução para as políticas públicas, nunca do problema. Por isso estou convicto de que o reforço institucional servirá melhor ao funcionamento e defesa dos entes públicos, com toda a complexidade que lhes é própria, através das respectivas Advocacias compreendida como Advocacias de Estado, e assim fortalecerá a gestão pública.

Que mudanças significativas foram feitas ao texto ao longo da tramitação da proposta?Lc: Resumimos esta etapa de discussão da autonomia da Advocacia Pública ao elemento institucional, com a garantia da verdadeira autonomia financeira por meio do duodécimo, inclusive.

O texto substitutivo deixou de incluir a parte que pretendia estender a autonomia administrativa e orçamentária à defensoria pública da união. por quê?Lc: os órgãos das Defensorias Públicas dos Estados e da união já conquistaram autonomia e, hoje, avançam ainda mais com a aprovação pela Câmara dos Deputados, por 424 votos a favor e apenas 1 contra e uma abstenção, da proposta da PEC 247/13, que estabelece que a união, os estados e o Distrito Federal devem contar, em até oito anos, com defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, e amplia a simetria institucional com a magistratura e o ministério Público. Essa é mais uma razão para avançarmos com a Advocacia Pública, que terá mais um forte adversário nas demandas ajuizadas contra a Administração Pública.

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deputAdO LeLO cOiMBrA (pMdB/es), reLAtOr dA pec 82/2007

Não é recente a falta de organização e planejamento, nas contratações públicas, que se abate sobre as Secretarias de Saúde de todo o país, mesmo que esse órgão seja diuturnamente demandado, em face do dever estatal de efetivação de um direito fundamental de relevante matiz, qual seja a saúde, consoante ressoa a dicção do art. 196 da Constituição Federal de 1988. Certo é que, considerando a necessidade cada vez mais crescente da população, deveria o Poder Público traçar uma organização estratégica, a fim de viabilizar, principalmente, ações básicas, tais como a distribuição de medicamentos e manutenção dos equipamentos hospitalares. Na verdade, o que se divisa, no cotidiano, é uma desarticulação administrativa, que tem ocasionado, cada vez mais, enxurradas de pleitos judiciais, além de contratações que tem subvertido a lógica legal do dever constitucional de licitar. Mais especificamente no que pertine ao regime de contratações públicas, um evento tem chamado a atenção dos órgãos de assessoramento jurídico e dos órgãos de controle, qual seja o aumento demasiado do número de pagamentos por indenização, nas Secretarias de Saúde. Ressalte-se, por oportuno, que o art. 59, da Lei 8.666/93, ao invés de ter incidência ocasional, em hipóteses de nulidades eventuais de contratos administrativos, acabou por se transmudar em válvula de escape para contratações direcionadas e subversivas ao procedimento administrativo licitatório. o que tem ocorrido é que, sob o fundamento da emergência, os gestores públicos tem adquirido medicamentos e realizado serviços, por ducto de contratos verbais, que são plenamente nulos, diante do que vaticina o art. 60 da Lei geral de Licitações. Efetivada a contratação, são instruídos processos administrativos, os quais são remetidos à Procuradoria, com o fito de que seja avaliada a possibilidade de pagamento por

Artigo

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Pagamento por indenização

indenização, evitando enriquecimento sem causa do Poder Público. o posicionamento da grande maioria das Procuradorias é o de, em verificando a nulidade do pacto firmado verbalmente, anuir com o pagamento indenizatório, desde que esteja afastada a má-fé do particular. outrossim, nesses casos, determina-se a instauração de processo administrativo, que se dirige à apuração da responsabilidade do servidor que contratou ilegalmente. A despeito da orientação supra aludida, essa prática espúria vem se avolumando e permitindo que algumas empresas se beneficiem com fornecimentos constantes desse jaez. Diante de tal panorama, deve-se adotar uma postura mais rígida, a fim de coibir ações subversivas ao interesse público, mormente no que se remete à proteção aos princípios da isonomia, impessoalidade e moralidade administrativa. Saliente-se, neste ponto, que não só anda mal o gestor que contrata indevidamente, mas também o particular que, tendo ciência da obrigatoriedade da licitação, anui em fornecer ao Estado em condições violadoras da legalidade. Afinando-se neste diapasão, é que o Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios, em Acórdão tombado sob o número 437/2011, vem determinando que o pagamento a ser vertido ao particular, nas hipóteses de contratos nulos, deve ser feito apenas pelo valor do custo do bem ou serviço, deduzidos quaisquer lucros. o posicionamento supra é encampado pela Procuradoria geral do Distrito Federal e Territórios, na forma do Parecer 995/2011/PRoCAD/PgDFT.Nesse sentir, a tese engendrada pelo TCDFT parece mais se afinar com o ordenamento jurídico, na medida em que consolida determinação constante

do art. 3º, da Lei de Introdução às Normas do Direito brasileiro, Decreto-Lei 4.657/42, no sentido de que não é dado ao particular alegar o desconhecimento das normas jurídicas, para se escusar ao seu cumprimento. Portanto, aquele que fornece ao Poder Público, sem as formalidades do processo licitatório, não está imbuído de boa-fé, devendo ser ressarcido apenas no limite do custo efetivo, resguardadas as demais penalidades. Noutro giro, reconhecendo a crise de legalidade que paira sobre as Secretarias de Saúde, o Tribunal de Contas da união, no Acórdão 864/2013, apontou a necessidade de barrar pagamentos por indenização, que derivem da falta de um planejamento estrutural do Poder Público. Diante de tais considerações, faz-se imprescindível alertar aos gestores públicos que o procedimento de pagamento por indenização é excepcional e não deve trasmudar a exigência da Carta magna de realização dos regulares certames licitatórios. Posturas como a do TCDFT, limitando o valor da indenização ao custo efetivo do produto ou serviço ilegalmente contratado, tem-se erigido como via efetiva para coibir a prática reiterada de pactos espúrios. Doutro lado, a inobservância do devido processo licitatório configura crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93. Enfeixando tais considerações, é mister louvar o posicionamento do TCu, que, como ressaltado no Acórdão supra, vem rechaçando essa crise de legalidade que se abate sobre as Secretarias de Saúde. É preciso que os gestores tenham ciência da necessidade de planejamento das contratações públicas, para afastar emergências criadas, muitas vezes, com o objetivo de direcionar aquisições a certos fornecedores.

Luís manoel borges do Vale,procurador do estado de Alagoas

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PEC 52

A mobilização contra a aprovação da PEC 52/2011, liderada pela Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL), garantiu que a proposta fosse retirada de pauta novamente no dia 02 de dezembro. Demonstrando a união da categoria, procuradores lotaram a galeria da Assembleia Legislativa para acompanhar a possível votação, anunciada uma semana antes. Entre os presentes, destaca-se o presidente da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), marcello Terto, que veio de brasília para apoiar os colegas em maceió.

“Consideramos que poucos deputados tiveram a oportunidade de conhecer essa PEC e seus impactos extremamente negativos. Desejamos que a PEC continue sobrestada e, se for votada, que seja após a maturação de seu conteúdo. Estamos à disposição para conversar sobre o assunto com os deputados”, disse Roberto mendes Filho, presidente da APE/AL.

A Proposta de Emenda Constitucional 52/2011, de autoria do deputado Jota Cavalcante (PDT), pretende alterar o critério de escolha do procurador geral, permitindo que um advogado de fora da carreira possa ser indicado pelo governador ao cargo. Também prevê mudança sobre o destino dos honorários de sucumbência, recebidos pelos procuradores quando há ganho de causa.

“Depois de todas as nossas ações, há o compromisso do parlamento de não votação da PEC até o final dessa legislatura e a posição expressa de contrariedade do governo atual e do recém eleito, que nos pediu um voto de confiança. Apesar disso, continuaremos vigilantes e mobilizados. Agradeço e parabenizo a todos os nossos associados pelo empenho, na certeza de que a nossa integração foi fundamental para reverter a situação desfavorável”, elogiou Roberto mendes Filho.

Fernando Toledo, presidente da ALE, afirmou que não tinha intenção de colocar a pauta em votação e salientou a necessidade de aproximação entre deputados e a categoria. “Precisamos ampliar nosso canal de diálogo”, afirmou. Marcello Terto alertou que a possível aprovação da proposta deixa Alagoas na contramão do que é estabelecido nacionalmente, já que 25 Estados e o DF contam com PgEs integrantes da categoria, sejam ativos ou aposentados.

“Alagoas foi pioneira na implementação dessa prerrogativa do procurador geral de carreira. Não podemos retroceder e permitir que o cargo do PGE — uma função técnica e essencial à Justiça — sirva como loteamento de espaço político. Isso é no mínimo estranho e muito perigoso”. marcello Terto

Roberto mendes Filho, presidente da APE/AL, conduz assembleia geral extraordinária na sede da associação, na qual procuradores ativos e aposentados deliberaram sobre temas de interesse da categoria, destacadamente a PEC 52

MOBiLiZAçÃO GArANte retirAdA de pAutA dA pec 52/2011

PEC 52

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Advogados concursados

os procuradores estaduais ingressam na carreira por meio de concurso público, estando vinculados à administracão pública permanentemente. “Na constituição de 1989, foi definido que o procurador geral deveria ser um integrante da categoria, exatamente porque ele conhece o funcionamento do órgão, sua estrutura e processos. Quanto a questão dos honorários, lembramos que é uma verba privada, variável, esporádica, que não sai dos cofres públicos ”, acrescentou marcos Savall, diretor de prerrogativas da Anape.

Atuação

Em novembro, quando foi ventilada a informação de que, quase três anos depois de proposta, a PEC 52 retornaria à pauta da Casa de Tavares bastos, a APE/AL articulou diversas ações para evitar sua votação. Várias visitas foram feitas aos parlamentares, além de assembleias com os associados e idas à imprensa, tendo como objetivo esclarecer as razões pelas quais a proposta é contrária aos interesses dos procuradores, dos governantes e da população. As atividades tiveram a participação massiva dos associados.

Associados lotaram o mezanino da Assembleia Legislativa para acom-panhar a sessão do dia 2 de dezembro. Jota Cavalcante (PDT), deputado autor da PEC, não soube explicar as razões pelas quais a proposta voltou ao plenário quase três anos depois: “É ghost, coisa do outro mundo”, ironizou ao ser questionado

Procuradores que apoiaram a categoria posam na fachada da ALE após sessão plenária

Representantes da APE e Anape se reúnem com o pre-sidente da ALE, Fernando Toledo (centro)

Roberto mendes Filho é entrevistado para o jornal Tribuna Independente

marcello Terto concede entrevista à TV gazeta (globo)

A partir de 2015, o dia 30 de setembro passará a ser celebrado por todos os procuradores estaduais alagoanos. um dos últimos decretos assinados pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDb) em 2014, estabelece a data como Dia do Procurador de Estado. o momento histórico aconteceu em no dia 1º de outubro, na na sede da Procuradoria geral do Estado (PgE), ocasião na qual o chefe do executivo recebeu homenagem da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL).

Para Roberto Tavares mendes Filho, presidente da APE, o decreto valoriza a classe e destaca seu valor social. “Essa será uma data utilizada para divulgar, junto à sociedade, a importância do nosso papel. É preciso que tenhamos mais oportunidades de esclarecer o trabalho realizado pelos procuradores no dia a dia”, afirmou.

Segundo mendes Filho, a homenagem a Téo Vilela foi um reconhecimento à relação com a qual o governador tratou os procuradores durante os oito anos em que esteve à frente do Executivo.

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ALAGOAs iNstitui diA dO prOcurAdOr

“Foi uma gestão marcada pelo compromisso com os procuradores. Essa é uma forma de agradecer pela maneira democrática e sensível com a qual fomos tratados nos últimos anos de governo”, concluiu.

“Conheço muitíssimo bem o trabalho dos senhores, é extremamente delicado. Vocês são os advogados do Estado, do governador e, principalmente, do povo. A responsabilidade é imensa. Assinar esse decreto é uma forma de agradecer e assegurar que o trabalho de vocês ao longo desses anos não foi em vão”, pontuou o governador.

Presenças

Além dos procuradores, que lotaram o auditório do órgão, também participaram da solenidade do procurador geral de Justiça, Sérgio Jucá, então vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, e o presidente da ordem dos Advogados do brasil seccional Alagoas (oAb/AL), Thiago Bonfim. Ao final da solenidade, todos foram convidados a participar de um coquetel na sede da APE.

Autoridades integram a mesa solene no auditório da Procuradoria geral do Estado de Alagoas

marcello Teixeira, Roberto mendes Filho, Tutmés Airan e Sérgio Jucá

Roberto mendes Filho, presidente da APE, discursa sobre a relevância da iniciativa

DATA SERá ComEmoRADA Em 30 DE SETEmbRo

Institucional

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Institucional

prOcurAdOres de ALAGOAs AssuMeM diretOriAs dA ANApeRobERTo mENDES FILho E mARCoS SAVALL REPRESENTAm NoRDESTE NA ComPoSIção DA NoVA gESTão

A nova diretoria da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape), eleita para o triênio 2014/2017, foi empossada no dia 05 de agosto, na sede do Conselho Federal da oAb, em brasília. Entre os diretores, estão dois representantes alagoanos: Roberto Tavares mendes Filho, presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL), e marcos Vieira Savall, que assumem a Vice-presidência da regional Nordeste e a Diretoria Jurídica e de Prerrogativas, respectivamente. marcello Terto foi reeleito presidente da entidade de classe nacional.

“Pretendo estreitar o relacionamento entre a Vice-presidência e as associações locais, fazendo um levantamento sobre a situação remuneratória e as maiores dificuldades enfrentadas no dia a dia, fomentando o ingresso dos procuradores nordestinos no quadro associativo da Anape e retomando a realização do encontro anual entre os colegas da região”, afirmou Roberto mendes Filho.

A cerimônia foi prestigiada por cerca de 200 convidados, incluindo autoridades, parlamentares, procuradores

e representantes da advocacia pública e privada. Na comitiva de Alagoas também estiveram presentes os integrantes da APE/AL mário henrique Calheiros, Vanaldo Araújo e Newton Vieira, além do Corregedor da Procuradoria geral do Estado (PgE/AL), Flávio gomes de barros, e dos procuradores Carlos Trindade Neto e gentil Ferreira de Souza, este lotado em brasília.

o início da solenidade foi marcado pela homenagem do presidente marcello Terto aos 34 dirigentes que atuaram ao seu lado na gestão anterior, entregando um certificado de reconhecimento e agradecimento pelo trabalho realizado, recebido pelo procurador Evandro Costa, que representou o grupo.

o presidente da seccional da oAb no Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também foi homenageado pelas entidades que integram o movimento Nacional pela Advocacia Pública.

Depois de assinar a ata de posse, Terto discursou apresentando o balanço das ações realizadas e comunicou sobre os próximos planos e desafios da gestão.

Equipe completa da nova gestão na sede do Conselho Federal da oAb, em brasília

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SoCIAL ANO NOVOData: 12/12/2014Local: Espaço Pierre Chalita

Associados posam juntos na confraternização de fim de ano

Associados Valter oliveira, Roberto mendes Filho, marialba braga, maristella maria barbosa, Eloina braz e convidados

Luis manoel borges, Antonio Freitas, Luís Demartine, mauricio Rego, Roberto mendes Filho, Daniel bezerra e Roney Leão

Daniel bezerra, Fernando Firmino, Pedro Rêgo, Katia moreira, Roberto mendes Filho, Romany Cansanção e Antônio moreira

Vanaldo Araújo, Roberto mendes Filho, José Roberto Teixeira, Sérgio guilherme, Sérgio Pepeu, gustavo Fortaleza e Newton Vieira

cArNAVALData: 21/02/2014Local: Cachaçaria Água Doce

Diretoria da APE: mário Calheiros, Newton Vieira, Roberto mendes, Eloína braz, Romany Cansanção, Idelva Pinto e Vanaldo Araújo

Hora da selfie!

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sÃO JOÃO

Data: 03/06/2014Local: Unique

Salão de festas com decoração junina

José benigno, Romany Cansanção, Vanaldo Araújo, Lourdinha Quirino, Newton Vieira, Eloina braz, Roberto mendes Filho e marcos Savall

Vanaldo Araújo, Thales Amaral, marcos Savall e gentil Souza

orlando Ferreira, marcio guedes, Silvio Pimentel, Fernando Firmino, Regina Pinto, gentil Souza, Roberto mendes Filho, Ricardo Queiroz, gabriel Ivo, Rita Andrade, Valter oliveira, Flávio gomes de barros e Romany Cansanção

gentil Souza, maurício Lima, germana Leal, marcos Savall, Ricardo Queiroz, Luís Demartine, Roberto mendes Filho, Antonio Freitas, Daniele Pontes e Roney Leão

Associados Luís manoel borges e Thales Amaral acompanhados de suas esposas

o procurador e compositor Vanaldo Araújo canta durante a festa

sérgio Guilherme Alves da silva Filho é pernambucano da cidade do Recife e iniciou sua carreira há 14 anos, já como membro da Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE/AL). No órgão, exerceu cargos como o de presidente do Conselho Tributário Estadual e presidente da Comissão de Certifi cação de Precatórios. Apesar de afi rmar que seu contato com a arte é vivenciado de forma amadora, Sérgio já coleciona reconhecimentos: a poesia “Infância” foi premiada com a 3ª colocação no Festival da Palavra de 2013, da Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp/AL). Suas maiores referências advêm da literatura latinoamericana, fi gurando entre seus autores preferidos Machado de Assis, García Marquez, Vargas Llosa , Eduardo Galeano, Pablo Neruda, Carlos Drummond e João Cabral de Melo Neto.

Tenho tanta saudade que tenho saudade do tempo

que não tinha saudade,

Do tempo que a idade não passava de um número

a se somar nas mãos.

E a vida a correr como se tivéssemos suspensos no

ar, em enormes balões.

Mil razões para se achar que não precisava achar

nada e nem ter nada.

Bastava o caminho, o tilintar suave das chaves no

abrir da porta e o abraço.

Aqueles dias eram maiores e tão insuspeitamente

melhores:

um chamado no portão, olhares amigos, vários

apertos de mãos.

Ah, a infância!

Louco disparo pelas ruas, uma bola que rolava e

parecia um anjo a nos rodear.

O fi m de um jogo marcava sempre o dia e hora do

próximo embate.

Fase sem noção de medida e duração,

frases eternas guardadas e risos que ainda ouço

no cerrar dos olhos.

Manga rosa e espada, goiaba, jambo e azeitonas

pretas, galo, noites e quintais.

A vida a um salto de muro e coragem sem freio,

sempre.

Não havia pressa, porque não havia fi m.

Não havia os fi ns, porque já éramos todos eles.22 | Revista da APE

Cultura

INFâNCIA