revista crefitosp - ano 7 edição 4

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ANO 7 - EDIÇÃO 4 Revista Planos de saúde reservam boas oportunidades para os profissionais. Mas fique atento às armadilhas! Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo Explorando novos mares Exemplos de sucesso! Conheça os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que se destacam em suas áreas >>

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Revista do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo.

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Page 1: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

ANO 7 - EDIÇÃO 4

Revista

Planos de saúde reservam boas oportunidades para os profissionais. Mas fique atento às armadilhas!

Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo

Explorando novos mares

Exemplos de sucesso!Conheça os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que se destacam em suas áreas >>

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ops! erramos !!!

Na matéria O melhor amigo do paciente, página 28, por uma falha da redação, não foi divulgado o nome do condutor do pônei que aparece na foto. Trata-se

de Claudio Aleoni Arruda, 25, voluntário no Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada (Gati). Pedimos sinceras desculpas pelo equívoco.

Revista do Crefito-SP - edição 3 de 2010

08 24 28

destaques

Editorial 3

Espaço do lEitor 4

dúvidas 5

EntrEvista prEsidEntE do Coffito 6

Planos dE saúdE Explorando novos marEs 8

Planos dE saúdE impondo nosso valor 12

Planos dE saúdE Com a palavra os paCiEntEs 16

Planos dE saúdE CoopErativas 20

Planos dE saúdE Exija sEu dirEito 22

PEsquisa as armadilhas da musCulação 24

FisiotEraPia E tEraPia ocuPacional ExEmplos dE suCEsso 28

notas mais Espaço para a fisiotErapia 32

notas ContribuiçõEs sindiCal, ConfEdErativa E assistEnCial 33

comunicado oFicial mais trabalho é a mElhor rEsposta 34

informações útEis 35

PlanoS de Saúde

Série de reportagens mostra as oportunidades, armadilhas e direitos para profissionais da saúde e pacientes

armadilhaS da muSCulação

Exercícios realizados com a postura incorreta ocasionam alterações e dores na coluna em vez de promover a saúde

exemPloS de SuCeSSo

Profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional contam como conseguiram se destacar no mercado de trabalho

Ilustr

ação

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maro

índiceíndice

Page 3: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

ao leitorao leitor

CREFITO-3Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da

Terceira RegiãoServiço Público Federal

Área de Jurisdição: Estado de São Paulo

Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista São Paulo - SP - CEP 01333-011

www.crefitosp.gov.brGESTÃO 2008 / 2012

DIRETORIA Presidente: Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida

Crefito-3 nº 18.719 – FtVice-Presidente: Prof. Dr. Augusto Cesinando de Carvalho

Crefito-3 nº 6.076 – FtDiretor–Secretário: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon

Crefito-3 nº 15.577 - FtDiretor Tesoureiro: Dr. Elias Ferreira Porto

Crefito-3 nº 34.739 – Ft

COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA FISIOTERAPIA (CEDF)

Presidente: Dr. Elias Ferreira PortoCrefito-3 nº 34.739 – Ft

Secretária: Dra. Anice de Campos PássaroCrefito-3 nº 24.093 – Ft

Vogal: Dr. Marcus Vinícius GavaCrefito-3 nº 9.015 – Ft

COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA TERAPIA OCUPACIONAL (CEDTO)

Presidente: Dra. Danielle dos Santos Cutrim GarrosCrefito-3 n° 6.155 - TO

Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça AndradeCrefito-3 n° 2.356 - TO

Vogal: Dra. Maria Cândida de Miranda LuzoCrefito-3 n° 4.906 – TO

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC)Presidente: em recomposiçãoSecretário: em recomposição

Vogal: Dra. Danielle dos Santos Cutrim GarrosCrefito-3 n° 6.155 - TO

DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO (DEFIS)Coordenador: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon

SECRETARIA GERAL Coordenadores:

Ailton Alves Ferreira Elza Martinhão

ASSESSORIA JURÍDICADra. Adriana Clivatti Moreira Gomes

OAB SP nº 195660

CONTABILIDADE Contadora: Cíntia Mieko Kusaba Pasqualini

CRC – 1SP n° 213203/O-0

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL)Presidente: Dr. Rubens Fernando Mafra

OAB SP n° 280695Secretária: Linda Magali Abdala Santos

Vogal: Felipe de Oliveira Simoyama

ASSESSORIA E ANÁLISE TÉCNICA (AATEC)Dr. Carlos Henrique Bruxelas

Dra. Fernanda [email protected]

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃOEditora Responsável: Francine Altheman – MTb 42.713/SP

[email protected]ção: Lúcia Passafaro Peres – MTb 01790/SC

Estagiários: Paulo Cabral / Juliana MenezesDesigner / Infografista: Tommy Pissini

Estagiários: Bruna Amaro / Giuliano GusmãoSecretária: Daiana Veronez

Impressão: Plural Indústria GráficaPeriodicidade: trimestral

Tiragem: 80 mil exemplares

ao leitorao leitor

A grande virada na administração da saúde no Brasil começa a aparecer em várias áreas. Somente no Estado de São Paulo, já são 18 milhões de pessoas com planos de saúde. A iniciativa privada, seja através de clínicas particulares ou de cooperativas, começa a ganhar novo impulso.

Para mostrar esse campo de trabalho, preparamos nesta edição matérias es-peciais sobre planos de saúde, seu crescimento entre a classe C, sua atuação junto aos profissionais da saúde, o trabalho das cooperativas e, especialmente, o que pensam os segurados.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem tomado decisões favorá-veis aos profissionais da saúde e aos segurados, demonstrando que o pleno exer-cício da cidadania dá resultados. Mas ainda podemos muito mais.

O trabalho incansável do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), um órgão independente, para garantir o direito do consumidor, além da atuação incansável do Ministério Público e da Justiça Federal para assegurar o acesso aos serviços de saúde para toda a população, são exemplos louváveis de atuação cidadã.

O Crefito-SP soma esforços nesse sentido. A nossa campanha na mídia, indi-cando para os profissionais e a população como exigir seus direitos, tem sido um sucesso. Veja os vídeos e como exercer a cidadania no site do Conselho.

Esta edição também traz uma entrevista com o presidente do Coffito, Dr. Roberto Mattar Cepeda, mostrando as ações do Conselho Federal nos últimos anos.

Temos ainda uma matéria com alguns profissionais que fazem sucesso na Fisiote-rapia e na Terapia Ocupacional, conquistando a admiração e o respeito da popula-ção. Nas próximas edições, traremos outros profissionais, de outras áreas.

Além disso, há uma reportagem sobre uma pesquisa que demonstra os benefí-cios da avaliação correta para o praticante de musculação, indicando que a equipe multidisciplinar em academias é a melhor opção.

ASSIM, VOCê VAI VER NESTA EDIçãO quE OS VENTOS DE 2010 JÁ SO-PRAM NO ANO DE 2011. FElIz ANO NOVO!

2011!Chegou

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[4]//Contato: Para se corresponder com o Departamento de Comunicação do Crefito-SP

Email: [email protected] / Cartas: Departamento de ComunicaçãoRua Cincinato Braga, 277 - 9º andar - Bela Vista - São Paulo / SP - CEP 01333-011

Meu nome é Daiane e sou estudante de Fisioterapia no Centro Universitá-rio Adventista de São Paulo (Unasp). Gostaria de receber a revista do Crefi-to-SP, pois tive a oportunidade de lê-la nas vezes em que esteve disponível na minha faculdade e achei a revista mui-to interessante. Ler a revista me ajuda muito e, como me formo no 1º semes-tre de 2011, a revista iria me ajudar a tomar a decisão de qual área seguir, pois ainda estou confusa em relação à minha especialização. Gostaria de saber como faço para receber a revista em minha residência.

Daiane Leonardo dos Santos Estudante de Fisioterapia

Prezada Daiane Todos os fisioterapeutas e terapeu-

tas ocupacionais inscritos no Conse-lho recebem automaticamente a revis-ta do Crefito-SP. Então, assim que você se formar passará a fazer parte desse grupo. Enquanto isso, iremos mandar as edições da revista para você. Obrigada pelo seu contato.

Parabenizo os editores da Revista do Crefito-SP pela matéria publicada no último exemplar de aniversário da Fi-sioterapia e Terapia Ocupacional. Para nós, fisioterapeutas, que nos depara-mos a cada dia com as adversidades do mercado de trabalho, é bom ver bons exemplos de profissionais que per-manecem exercendo a profissão com amor e dedicação.

Dra. Erika Félix Fisioterapeuta da Universidade Federal de

São Paulo - Unifesp

Dra. ÉrikaAgradecemos os elogios e ficamos feli-

zes que a revista do Crefito-SP seja útil para os profissionais.

leitorleitor

Envie sugestões, críticas e elogios para a Revista do Crefito-SP.As cartas ou emails devem conter, obrigatoriamente, nome completo do profissional, número de inscrição no Crefito ou, se for estudante, nome da instituição de ensino, telefone e email para contato (caso não deseje a publicação, basta colocar esta informação). Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas ou emails recebidos poderão ser publicados resumidamente ou não ser publicados, mas todos serão respondidos.

Falecom a gente

Revista do Crefito-SP

edição 3 de 2010

Meu nome é Lucas Lima Ferreira. Sou fisioterapeuta e atualmente estou cur-sando Aprimoramento Profissional em Fisioterapia pela Famerp. Gostaria de sa-ber como posso fazer para publicar uma matéria (artigo) de minha autoria sobre o Programa de Aprimoramento em que estou inserido.

Lucas Lima FerreiraFisioterapeuta

Prezado Dr. LucasA revista do Crefito-SP não publica

artigos assinados, mas sim reportagens de profissionais da fisioterapia, da terapia ocu-pacional ou de outras áreas. Recomenda-mos, para a publicação de seu artigo, as re-vistas científicas, como a Revista Brasileira de Fisioterapia ([email protected]). Ou se preferir, nos envie uma sugestão de pauta, com o tema que deseja ver na revis-ta, e poderemos desenvolver uma matéria sobre o assunto para as próximas edições.

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Quais são os objetivos da fiscali-zação realizada pelo DeFis?

Compete ao Conselho fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, tomando as providências ca-bíveis ou avisando às autoridades com-petentes sobre os fatos que apurar e que não for de sua alçada.

A fiscalização tem como objetivo verifi-car a habilitação profissional do fisiotera-peuta ou terapeuta ocupacional e o registro do estabelecimento junto ao Crefito-SP, observar se existe a ocorrência de publicida-de irregular (seja ela profissional ou empre-sarial) e fiscalizar o exercício da profissão.

Como posso ter certeza que o fiscal pertence ao Crefito-SP?

Os fiscais podem ser identificados pela apresentação de carteira de iden-tidade com foto expedida pelo Crefito-SP. Eles são os responsáveis pela fis-calização dos estabelecimentos onde exista a prática e/ou anúncio de fisio-terapia ou terapia ocupacional.

Como devem ser feitas as de-núncias sobre prática irregular da profissão para que elas sejam aceitas e encaminhadas ao DeFis?

As denúncias devem ser feitas através da ouvidoria, por e-mail ou pelo site do Crefito-SP. As instruções de como reali-zar a denúncia estão em www.crefitosp.gov.br, no link Ouvidoria e Denúncias. São aceitas denúncias com identifica-ção do anunciante ou anônimas, sendo que as nonimais têm prioridade para averiguação. A ouvidoria providencia o encaminhamento das denúncias para o DeFis, onde o gestor do departamento distribui as tarefas aos fiscais.

O denunciante pode acompanhar o andamento das averiguações da denúncia?

Embora tanto as denúncias anô-nimas como as nominais sejam averiguadas, o acompanhamento só pode ser realizado pelos denuncian-tes que devidamente se identifica-ram. Após a averiguação da denún-cia, o denunciante poderá solicitar ao DeFis informações sobre a averi-guação, que serão apresentadas re-sumidamente. Em breve, o cidadão também poderá acompanhar o caso pelo WebGov.

Como o DeFis procede quando verifica alguma irregularidade que não é de sua competência?

Caso constatada alguma irregulari-dade que não seja da alçada do Crefi-to-SP, como por exemplo estruturas e higiene inadequadas no local de traba-lho ou até mesmo remuneração abaixo do piso salarial, esta é anotada no auto de fiscalização para ser encaminhada à autoridade competente.

Caso seja confirmada a irregu-laridade ou exercício ilegal da profissão, qual é o procedimento adotado pelo DeFis?

Uma vez constatada a irregulari-dade, o fiscal emite uma notificação de autuação, constando a identifi-cação do estabelecimento ou o pro-fissional notificado, com a descrição da fiscalização e o embasamento deontológico. A notificação pode ser emitida no ato da fiscalização ou en-viada por carta, com o devido aviso de recebimento. Após notificado, o profissional ou responsável pelo es-tabelecimento deve providenciar a apresentação de sua defesa.

O profissional que exerce a pro-fissão irregularmente pode ser multado?

Após a emissão de notificação de autuação pelo DeFis, o notificado poderá ser multado caso não com-prove que está regularizado. Na fi-xação da pena serão considerados os antecedentes profissionais do infra-tor, o seu grau de culpa, as circuns-tâncias atenuantes ou agravantes e as consequências da infração.

dúvidasdúvidas

www.crefitosp.gov.brContato ou dúvidas:

//Na internet: (11) [email protected]@crefitosp.gov.br (específico para defesa e recursos)

DeFisA Revista do Crefito-SP preparou nesta edição uma série de explicações sobre

o trabalho do Departamento de Fiscalização do Conselho e sua importância

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e m entrevista à Revista Crefito-SP, o presidente do Coffito, Dr. Roberto Mattar Cepeda, fala sobre a administração do Coffito/Crefitos e as principais necessidades da profissão.

Dr. Cepeda visitou o Crefito-SP para discutir a informatização e integração dos atendimentos dos Conselhos Regionais e Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

“O desenvolvimento de umaprofissão depende necessariamente

de reconhecimento social”

Durante a visita, o senhor co-nheceu o sistema do Crefito-SP, o Siscref/Webgov? O que achou?

Aproveito esta oportunidade para pa-rabenizar publicamente a atual gestão do Crefito-SP pela aquisição e inauguração da nova sede, assim como por toda a lo-gística tecnológica que foi implantada. Certamente a entidade tornou-se mais eficiente para todos aqueles que dela ne-cessitam, ou seja, acadêmicos, profissio-nais e sociedade em geral.

Além da eficiência, o sistema WebGov apresenta informações precisas em tem-po real sobre todos os processos adminis-trativos, financeiros e éticos da entidade. Portanto, é um exemplo admirável de gestão pública que deve ser multiplicado nas demais autarquias federais e regio-nais deste país.

O Coffito também tem um proje-to de informatização? Como é e quais são os benefícios que pode-rá trazer ao Conselho, aos profis-sionais e à sociedade?

Na última reunião de presidentes discutimos sobre a necessidade da integração do setor de Secretaria de todos os Regionais com o Coffito. Implementada esta ação, via siste-ma WebGov, a emissão da LTT pelo Conselho Regional, assim como o registro para inscrição definitiva te-

rão atendimento online. Além dis-so, poderemos disponibilizar para a sociedade consulta pública sobre os profissionais regularmente habi-litados para o exercício profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocu-pacional, bem como tais informa-ções: área de atuação, área de espe-cialidade, endereço do consultório ou clínica (região/estado,cidade).

O que, na sua opinião, é preciso ser feito com mais urgência para desenvolver a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional no país?

O desenvolvimento de uma profissão depende necessariamente de vários fato-res, entre eles: investimentos em pesquisa, remuneração digna para que o profissio-nal possa investir em educação perma-nente, condições de trabalho, reconheci-mento social e empregabilidade.

Portanto, pensando no desenvolvimen-to de uma profissão ou de uma nação, é necessário investir mais em pesquisas, politizar os profissionais, educar a so-ciedade para o exercício da cidadania e exigir mais dos nossos representantes po-líticos para que, em um futuro próximo, tenhamos melhores condições de traba-lho, maiores oportunidades de emprego e certamente uma maior inserção dos nossos profissionais nas políticas públicas de saúde deste país.

Dr. Roberto Mattar Cepeda, presidente do Coffito

Foto - Lúcia Passafaro Peres

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Permanência do Coffito na coordenação da Comissão de Práticas Integrativas junto ao Conselho Nacional de Saúde (CNS);

Reconhecimento de mais cinco especialidades para a fisioterapia: Saúde Dermatofun-cional, Oncofuncional, Urogine-cofuncional, Saúde Coletiva e Saúde da Mulher, e de seis para a Terapia Ocupacional: Contextos Hospitalares, Contextos Sociais, Saúde Mental, Saúde Coletiva, Saúde Funcional e Saúde da Família;

Atualização dos referenciais de honorários da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, bem como a criação da resolução que os estabelecem como parâmetros mínimos e éticos de remunera-ção das respectivas categorias;

Inclusão da Família da Fisioterapia na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO);

Encomenda de uma pesqui-sa científica à Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o objetivo de avaliar a sustentabilidade dos Serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional em todo território nacional;

Mudança na portaria nº 409/2008, possibilitando ao fisioterapeuta e ao terapeuta ocupacional serem contratados em duas equipes do Nasf, com carga horária de 20 horas;

Participação, com outras entidades, na reformulação da Resolução nº 7 da Anvisa, que dispõe sobre Regulamento Técnico que estabelece os requisitos mínimos para funcio-namento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Com a nova redação, ampliou-se a permanên-cia dos serviços nas terapias intensivas e instituiu-se um coordenador fisioterapeuta responsável dentro das UTIs;

Assinatura do Termo de Cooperação entre o Coffito e o MEC: o Coffito, na qualidade de órgão consultivo, se manifestará nos próximos processos para autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional em todo território nacional;

Criação da portaria SAS/MS nº4, que dispõe sobre o código de procedimento para pagamen-to de acupuntura pelo SUS, quan-do realizado por fisioterapeuta;

Criação de um grupo de trabalho que deverá formatar e apresentar ao Ministro da Saúde o projeto de Política Nacional de Saúde Funcional;

Assinatura de Termo de Cooperação com Associações Nacionais e Sociedades Científicas, entre elas: Assobrafir, AFA, Sobrafisa, AFB, Abradimene, Abrato, Abrafiq, Abrafism e Abrafit;

Assinatura de Termo de Cooperação com a Revista Brasileira de Fisioterapia que socializará aos aproximada-mente 140 mil profissionais conhecimentos científicos de excelência;

Inserção do fisioterapeu-ta em 90% das equipes do Nasf de todo o território nacional;

Combate permanente pela Comissão Parlamentar do Coffito aos projetos deLei que tramitam no Con-gresso que possam cercearo exercício e a autonomiade qualquer profissionalda saúde ou que prejudi-quem a saúde da população brasileira.

O Coffito tem muitas conquistas para comemorar nesses dois anos de gestão

As conquistas mais recentes para a Fisioterapia e Terapia Ocupacional

Page 8: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

Credenciar-se a eles para aumentar sua cartela de

pacientes pode ser uma grande oportunidade. Mas fique atento

às armadilhas das operadoras

Planossaúdede

aúde é direito de todos e dever do Estado. Essa é uma premissa constitucio-

nal que deveria ser respeitada em todos os âmbitos, especialmen-te no que se refere à prevenção. No entanto, o Sistema Único de Saúde (SUS), que atende 75% dos brasileiros, ainda remunera mal o profissional, não dando ao pa-ciente o atendimento de qualida-de. O resultado é que boa parte da população, principalmente a classe C, aumentou sua renda de tal forma que resolveu trocar o deficitário SUS pelo supostamen-te confiável plano de saúde.

De acordo com dados da Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em dez anos o número de

brasileiros com plano privado de saúde aumentou 43,3%, saindo de 30,7 milhões em 2000 para pou-co mais de 44 milhões de usuários hoje. Somente no estado de São Paulo, são quase 18 milhões, o que transformou os planos de saúde em um grande oceano a ser explorado.

Novas resoluções e medidas da ANS têm colaborado para dar co-bertura e ampliar o atendimento de fisioterapia e terapia ocupacio-nal. Um exemplo disso é a Resolu-ção normativa nº 211, de janeiro de 2010, que insere 70 novos pro-cedimentos na cobertura dos pla-nos e amplia o número de sessões de algumas áreas da saúde, como a terapia ocupacional, que passa a ser de 12 por ano, de acordo com o

spor Francine Altheman

por pessoapelos planos de saúde

R$900são gastos

pelo governopor ano por habitante com saúde

R$300são gastosFo

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O que é o Idec?

O Instituto Brasileiro de De-fesa do Consumidor (Idec) é uma associação de consu-midores, fundada em 1987, sem fins lucrativos, que não tem qualquer vínculo com empresas, governos ou par-tidos políticos. Os recursos financeiros para o desenvol-vimento de suas atividades têm origem nas anuidades pagas pelos associados, en-tre outras fontes. O Idec encara o consumidor dentro de uma visão cida-

dã. Sua missão é promover a educação, a conscientização, a defesa dos direitos do con-sumidor e a ética nas relações de consumo, com total inde-pendência política e econô-mica. Assim, o papel do insti-tuto é informar o consumidor e incentivá-lo a lutar pelos seus direitos. “Esperamos que um dia os consumido-res deixem de ser reféns dos planos de saúde e possam fazer valer o direito de todo cidadão que paga imposto e contribuições sociais”, diz a, advogada do Idec.

Dra. Juliana Ferreira, advogada do IDEC

www.ans.gov.brwww.idec.org.br

//Na internet:

item 67 do anexo um da Instrução Normativa nº 25/2010 da ANS. Já o item 66 da mesma instrução fala em 40 sessões de psicólogo e/ou terapeuta ocupacional. Ainda não é o suficiente. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) é contra a limitação das consultas com especialistas. “Estas limita-ções são consideradas abusivas pelo Código de Defesa do Con-sumidor, além de prejudicial do ponto de vista terapêutico, afinal o tratamento pode vir a ser inter-rompido antes mesmo de atingir seu objetivo”, alerta a advogada do Idec, Dra. Juliana Ferreira.

A Resolução normativa nº 167, de janeiro de 2007, já previa o nú-mero ilimitado para as sessões de fisioterapia, um grande avanço. Mas descreve de forma genérica os procedimentos estabelecidos.

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Planos de Saúde

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Fonte: ANS

Como o plano de saúde está divididoGráfico mostra que planos individuais perdem espaço para os planos coletivos

5,8%estão em planos não identificados

72,9%estão emplanos coletivos

21,3%estão emplanos individuais

44milhõesde usuários

CUiDaDO... nãO DEixE O barCO à DEriva

Apesar de ser uma fatia interes-sante do mercado de trabalho, os planos de saúde podem esconder armadilhas. Além da baixa remu-neração, os profissionais encon-tram diversos obstáculos em seu exercício profissional.

O Idec conta que a interferência das operadoras no trabalho dos profissionais da saúde é um dos maiores problemas que atingem o consumidor. Mas ressalta que a lei que regulamenta os planos de saúde (Lei nº 9.656/1998) garan-te aos consumidores a cobertura para quaisquer tratamentos neces-sários para as doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que se-jam nulas as cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. “O crité-rio que deve balizar a concessão do serviço em questão é a garantia da saúde ao consumidor, o que im-põe a cobertura de todo o proce-

43%de aumento

18milhõessomente em

São Paulo

Crescimento dos planos de saúdeNúmero de usuários

2000 2010Fonte: ANS

44milhões

30,7milhões

nos planoscoletivos em 6 anos

184%de aumento

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Planos de Saúde

Page 11: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

O Instituto Datafolha divulgou recente-mente dados de pesquisa encomenda-da pela Associação Paulista de Medicina (APM) e Associação Médica Brasileira (AMB) sobre as pressões exercidas pelos planos de saúde nos credenciados. Foram realizadas 2.184 entrevistas com médicos de todo o Brasil e o re-sultado é alarmante, pois 92% dos en-trevistados afirmam que os planos de saúde interferem em sua autonomia. Entre os tipos de interferências praticadas pelas operadoras de planos ou seguros saúde, os médicos apontam principal-mente as glosas de procedimentos ou medidas terapêuticas (78%) e a interfe-rência no número de exames e procedi-mentos (75%). Citadas por cerca de sete em cada dez, vale destacar as restrições a doenças pré-existentes e a interferên-cia em atos diagnósticos e terapêuticos mediante designação de auditores.No caso da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, esses problemas são ainda mais graves, pois muitos contratos estão sem reajustes há quase duas décadas. Buscando corrigir essa distorção, o Cre-fito-SP ajuizou uma medida em face de diversos planos de saúde. O entendi-mento é que o Crefito-SP não pode re-presentar os interesses dos profissionais, já que o Conselho é considerado parte ilegítima para propor a ação. Como o contrato é firmado entre o profissional e a seguradora, cabe aos profissionais lesados procurar o judiciário para fazer valer o direito a uma justa contratação.

Veja a pesquisa completa no site www.apm.org.br

SObrE a anS

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi criada pela Lei nº 9.961 de 2000. Sua função é normatizar, controlar e fiscalizar as operadoras de pla-nos de saúde em todo o Brasil, que atualmente são 1.065.

A ANS custa aos cofres públicos R$ 150 milhões e tem como foco os planos individuais, embora cubram a menor parcela da po-pulação (21,3%).

A revista do Crefito-SP procu-rou a ANS para uma entrevista, mas não houve resposta.

de planos de saúde no Brasil e a receita delas em 2009 foi de R$ 65 bilhões

1.065operadoras

dimento e tratamento que se fizer necessário”, garante Dra. Juliana.

Outro grave problema enfren-tado pelos segurados é o tempo de espera exagerado a que são submetidos os consumidores que precisam de uma consulta ou exame. Em pesquisa realizada recentemente pelo Idec, 88% dos entrevistados com plano de saúde relataram que já sofreram com a demora em ser atendidos.

A ANS divulgou em setembro que as operadoras terão prazos máximos para atender seus clientes, porém a resolução ainda não foi publicada. (veja matéria na página 16). Dra. Juliana afirma que “essas regras re-presentam um avanço, mas a publi-cação da resolução é fundamental para a efetividade da medida”.

Por outro lado, o presidente da Associação Brasileira de Medici-na de Grupo (Abramge), em en-trevista para o jornal Brasil Eco-nômico, afirma que “determinar um prazo de dez dias é inviável, principalmente no caso de médi-cos mais procurados”.

Avaliação por região dos planos de saúdeNota de 0 a 10

Fonte: Pesquisa DataFolha

LíDEr DE rECLamaçãO

Planos de saúde são os líderes de re-clamações no ranking do Idec por dez anos consecutivos. “As reclamações mais recorrentes são sobre reajustes abusivos e negativas de coberturas”, conta Dra. Juliana. Entre 2000 e 2007, as mensalidades dos planos de saúde aumentaram 96,7%.

O Idec já ajuizou diversas ações cole-tivas, em benefício de seus associados, e ações civis públicas, em favor de todos os consumidores de planos de saúde. Atualmente, cerca de 30 dessas ações ainda estão tramitando na Justiça.

O Crefito-SP também acionou a ANS judicialmente, pois entende que ela deveria arbitrar os valores míni-mos a serem pagos aos profissionais da saúde. O Crefito-SP também está tra-balhando com outros regionais e com o Coffito para aprovar uma lei federal que torne mais explícita a obrigação da ANS de estabelecer os valores mínimos dos procedimentos realizados pelos profissionais da saúde.

Planos de saúde são os líderes de reclamações

no Idec há 10 anos consecutivos

5,0BRASIL

Norte5,4

Nordeste5,1

Sul5,3

Sudeste4,9

CentroOeste

4,7

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Datafolha divulga pesquisa sobre planos de saúde

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um fisioterapeuta que aten-de por plano de saúde pode ganhar R$ 4,05 por uma

sessão para tratamento de sinu-site e R$ 10,08 por uma sessão de reabilitação de hemiparesia e he-miplegia. Para calcular o valor da sessão, multiplica-se o valor do coeficiente de honorário (CH) da operadora, que no interior de São Paulo é em média 27 centavos, pelo número de CH do procedimento. O de sinusite, por exemplo, é cota-do em 15 CH e o de hemiparesia e hemiplegia em 40 CH, sendo que em alguns planos chega a 28 CH.

Para conseguir se manter, os profissionais acabam tendo que atender vários pacientes ao mesmo tempo e trabalhar durante longas jornadas. Outro fator que amplia a jornada é o fato de a sessão de fisio-terapia e terapia ocupacional durar

em média 50 minutos a uma hora, já que exige contato direto do pro-fissional com o paciente na maior parte do tempo. “Não é só dando “choquinho”, aplicando ultrassom que eu vou conseguir resultados. Tenho que fazer intervenções, ma-nipular”, explica o fisioterapeuta Dr. Marco Antonio Nogueira. Por ter sua clínica em uma cidade in-dustrial, São José dos Campos, onde prevalecem os planos de saú-de coletivos empresariais, Dr. Mar-co Antonio atende 80% dos seus pacientes pelos planos. Para cobrir suas despesas, conta com renda ex-tra de um negócio que possui no comércio.

Apesar de a inflação ter sido de 21,31% nos últimos três anos, se-gundo IGP-M, e o valor da men-salidade dos planos aumentar todo ano para o consumidor, o

por Lúcia Passafaro Peres

O fisioterapeuta Dr. Marco Antonio Nogueira atende 80% dos pacientes por plano de saúde

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União da classe é forma de enfrentar realidade de anos sem reajuste e de tabelas de remuneração defasadas

impondonosso valor

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reajuste da remuneração aos pres-tadores de serviço é pequeno. De acordo com pesquisa encomen-dada pelo Sindicato dos Hospi-tais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp) e publicada em novembro de 2010, o aumento no valor das mensali-dades nos últimos três anos foi de 19, 74%, de acordo com índices autorizados pela Agência Nacio-nal de Saúde Suplementar (ANS), enquanto no mesmo período as clínicas de saúde receberam em média um aumento de 6,3% na remuneração dos serviços presta-dos. Esta porcentagem é referen-te a operadoras que concederam algum reajuste, pois 34% delas não reajustaram o valor repas-sado aos prestadores de serviço, de acordo com a pesquisa. Além

disso, 46,7% das 105 clínicas con-sultadas alegam não ter recebido nenhum reajuste nos últimos três anos.

Segundo o presidente do Sin-dhosp, Dr. Dante Montagnana, os contratos entre prestadores e operadoras deveriam ter uma cláusula clara sobre periodicidade e índice ou fórmula de reajuste. “Mas, infelizmente, isso não acon-tece. A ANS, que deveria fiscalizar esses contratos e obrigar que essa cláusula fosse incluída, até agora foi omissa, nada fez. A ANS pre-cisa mudar sua forma de atuação, olhar mais para os prestadores de serviços”, diz. Montagnana tam-bém ressalta que além da falta de reajustes, os prestadores sofrem com as glosas, que representam, em média, 5% de todo o fatura-

mento da instituição, e chegam a esperar 134 dias para receber por esses serviços glosados.

Ao ser questionada por esta re-portagem sobre ações feitas para regular reajustes de valores pa-gos a profissionais pelos planos de saúde, a ANS respondeu que a agência “só normatiza, regula e fiscaliza planos de saúde” e que “não regula a relação entre planos e prestadores”. O artigo 3º da Lei 9.961, de 2000, que cria a Agência, determina que “a ANS terá por fi-nalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvi-mento das ações de saúde no País”.

Presidente do Sindhosp, Dr. Dante Montagnana, encomendou pesquisa

sobre relação de planos com prestadores

situação das clínicas de saúdeRecebimento de reajuste de CH (Coeficiente de Honorários) nos últimos três anos

não46,7%

Clínica

Sim53,3%

A ANS precisa mudar sua for-ma de atuação, olhar mais para os prestadores de serviços”

Dr. Dante montagnana

Em média, 17operadoras reajustaram o

CH, sendo o reajuste médio de 6,3%,

para uma inflação de 21,31% (IGP-M).

Mesmo assim, 9 operadoras, em média,

não concederam nenhum reajuste.

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Fonte: Pesquisa sobre relação de prestadores e operadoras encomendada pelo Sindhosp e Fehoesp ao Vox Populi (11/2010)

principais queixasProblemas mais frequentes no relacionamento com as operadoras de saúde (soma - múltipla resposta)

Glosas (falha em prazos e informação)

Demora na liberação de

procedimentos

Dificuldades para negociar

reajustes

Demora no atendimento

telefônico/ fax

Demora no pagamento

Dificuldade de contato com

centrais

Outros

47,6%

19% 17,1% 13,3% 9,5% 5,7%

27,5%

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DEFaSagEm

A realidade da falta de reajustes é uma velha conhecida dos fisiote-rapeutas e terapeutas ocupacionais. Além de trabalharem anos sem rea-juste no valor do CH, grande parte desses profissionais tem sido remu-nerada pelo número de CHs defi-nido por tabelas de procedimentos criadas pela Associação Médica Brasileira (AMB) no início da dé-cada de 90. Desde então a AMB já editou oito versões dessa tabela, sendo que desde 2003 é denomina-da CBHPM – Classificação Brasilei-ra Hierarquizada de Procedimentos Médicos, com última versão em 2010. A fisioterapeuta Dra. Thaís Rodrigues Homem de Melo, gra-duada em 2007, abriu uma clínica em Pindamonhangaba, que atende metade dos pacientes por planos de saúde. “Minha clínica é credenciada há dois anos por convênios e o úl-timo reajuste foi da tabela AMB92 para TUSS. É a única modificação que presenciei desde que concluí a graduação”, diz.

A terapeuta ocupacional, de São José dos Campos, Dra. Regina He-lena Ferraro conta que já formulou com outros colegas de profissão

um abaixo-assinado solicitando a uma operadora de saúde que rea-justasse a remuneração, porém o pedido não foi atendido. Os tera-peutas ocupacionais também têm de lidar no dia a dia com a restri-ção do número de sessões por pa-ciente. Dra. Regina já tentou ne-gociar várias vezes a continuação do tratamento, porém não obteve sucesso. “Trabalhar hoje em dia está muito difícil. Os profissionais estão nas mãos dos planos”.

Além da baixa remuneração, a restrição do número de sessões também é um dos principais pro-blemas segundo a terapeuta ocu-pacional Dra. Débora Martins Ra-mos, de São Paulo. Ela explica que grande parte dos pacientes que necessitam de terapia ocupacional possue quadros mais graves. “Não são em seis ou doze sessões que nós vamos resolver o problema”. Ela também ressalta a necessidade de se rever as terminologias esta-belecidas pela ANS, pois a falta de detalhamento faz com que alguns procedimentos não sejam atri-buídos diretamente ao terapeuta ocupacional, como por exemplo, treino de AVD, um ato privativo da profissão.

A fisioterapeuta Dra. Thaís Homem de Melo

não presencia reajustes desde que entrou no

mercado, em 2007

A terapeuta ocupacional Dra. Regina Ferraro já

tentou negociar o aumento do número de sessões, mas

não obteve sucesso

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RNHF e RNHTO

Desde 1998 o sistema Coffi-to/Crefitos disponibiliza uma tabela de procedimentos e valores, os Referenciais Nacio-nais de Honorários da Fisiote-rapia e da Terapia Ocupacional (RNHF e RNHTO), definidos a partir de um estudo econômi-co que considera dados como custos fixos e operacionais do profissional e quantidade de pacientes envolvidos. Para o procedimento mais simples, o RNHF e o RNHTO determinam um valor mínimo de 75 CH e para o mais complexo, 500 CH. Porém esses referenciais não são adotados pelas operado-ras. Geralmente o fisioterapeu-ta recebe pelo procedimento mais simples 15 CH. Em 2009, o Sistema Coffito/Crefitos lan-çou um abaixo-assinado on-line para que os profissionais solicitassem que o SUS e as operadoras de saúde seguis-sem o RNHF e o RNHTO.

Em outubro de 2010 tornou-se obrigatória a adoção da Termi-nologia Unificada em Saúde Suplementar (TUSS), implan-tada pela ANS. A TUSS tem o objetivo de ser a tabela de pro-

cedimentos padrão para pa-gamento de serviços na saúde suplementar. A elaboração da TUSS foi baseada na CBHPM e não define valores, apenas a definição de procedimentos.

Para a terapeuta ocupacional Dra. Débora Ramos, há urgência de se rever as terminologias estabelecidas pela ANS

TUSS

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Tabelas de 1992 ainda são usadas na remuneração

açãO

A falta de regulamentação para os reajustes e os valores precá-rios, além de atingir diretamente na qualidade dos serviços presta-dos, resultam em desânimo para grande parte dos profissionais. Se-gundo Dr. Marco Antonio, além da falta de tempo e dinheiro para os profissionais se dedicarem ao aperfeiçoamento de sua formação e em melhorias na clínica, muitas vezes eles não têm retorno do in-vestimento. “Nosso trabalho não é só manual, temos que investir em infra-estrutura, em equipamentos, mas ficamos desmotivados”.

Apesar da insatisfação, é comum os profissionais não reclamarem às operadoras com receio de per-der o credenciamento. “Esse re-ceio realmente existe. Para tentar reverter esse quadro, acredito que os prestadores de serviços – pes-soas físicas e jurídicas – devem se organizar, se unir em torno das suas entidades representativas, pois só assim ganharão força para lutar contra o poder das operado-ras”, diz o presidente do Sindhosp, Dr. Dante Montagnana. Para Dra. Thaís, a principal forma também é a união da classe. Para melho-rar a situação, é necessário sempre negociar junto aos contratantes, mas de forma unida. Se os valores forem baixos, todos devem negar, pois se outros aceitam, quebramos esta ação. Acredito que a única forma de vencer esse combate é unindo nossa classe volumosa e promover atitudes e movimenta-ções em busca dessa justiça social”.

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* A TUSS não define valores. O valor foi baseado na tabela AMB/92, usada na remuneração de diversas clínicas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional no estado de São Paulo. O valor do CH varia de operadora para operadora.** Os coeficientes de honorários de Terapia Ocupacional (CHTO) e de Fisioterapia (CHF) têm o valor de no mínimo R$ 0,30.Fonte: Site da ANS e do Crefito-SP

Código ProcedimentoValor

aproximado*

20103212 Distúrbios circulatórios arteriovenosos e linfáticos 28 CH

20103182 Desvios posturais da coluna vertebral 40 CH

20103468 Parkinson 40 CH

20103328Lesão nervosa periférica afetando um nervo com alterações sensitivas e/ou motoras

25 CH

20.07.500-2Treinamento do uso de prótese, órtese e/ou outros dispositivos de Tecnologia Assisitiva (por sessão)

117 CHTO**

20.07.400-1Estimulação, treino e/ou resgate das atividades das áreas de desempenho ocupacional

117 CHTO

20.07.600-1 Planejamento ergonômico da empresa (por hora técnica) 500 CHTO

20.07.900-3 Atendimento domiciliário 234 CHTO

71.04.000-1

Assistência fisioterapêutica - clínica, pré e pós cirúrgico, nas disfunções decorrentes de  alterações do sistema músculo-esquelético.

--

Nível de complexidade Valor

71.04.001-0

I - Paciente portador de lesão segmentar intercorrente em uma estrutura e/ou segmento corporal, independente ou parcialmente dependente na realização de atividades.

100 CHF**

71.04.002-1

II - Paciente com lesão segmentar intercorrente em duas ou mais estruturas e/ou segmentos corporais, independente ou parcialmente dependente na realização de atividades.

120 CHF

71.04.003-2

III – Paciente com lesão segmentar intercorrente em uma ou mais estruturas e/ou segmentos corporais, totalmente dependente na realização de atividades.

150 CHF

TuSS

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Compare as diferençasConfira alguns exemplos de procedimentos definidospela ANS e pelo Sistema Coffito/Crefitos

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Com a palavra

por Juliana Menezes

Segurados contam suas experiências com o atendimento pelos planos privados

Sistema Único de Saúde (SUS) há tempos não com-porta a demanda por aten-

dimentos. Quem pode pagar pre-fere contratar um plano de saúde. Segundo dados da Agência Nacio-nal de Saúde Suplementar (ANS), mais de 43 milhões de brasileiros optam pelos planos privados no país. Depois de constatar em pes-quisa um elevado tempo de espe-ra para marcação de consultas e atendimentos, a ANS resolveu es-tipular um prazo máximo para o atendimento que varia de três a 21 dias. No caso de consultas a fono-audiólogo, nutricionista, psicólo-go, fisioterapeuta e terapeuta ocu-pacional e exames de diagnóstico por imagem, o serviço deverá ser prestado em até dez dias.

O auxiliar de escrita fiscal Val-quer Rodrigues da Silva, 25, sabe muito bem o que é esperar para ser atendido. Em 2010, ele aguar-dou quatro meses até conseguir fazer as sessões de fisioterapia, para o tratamento de uma hér-nia de disco em estágio inicial.

Valquer mora em Guarulhos e o convênio não tinha nenhuma clí-nica credenciada na cidade. “Eles alegaram que o RPG, o tratamen-to que precisava fazer, era uma especialidade diferenciada que não é oferecida em todas as clí-nicas. Comecei então a fazer na Vila Maria, para não ficar mais tempo sem atendimento, até con-seguir fazer as sessões na minha região”, diz Valquer.

Já o auxiliar de máquina, Júlio César da Silva, 24, não tem recla-mações sobre o atendimento que recebeu do convênio, quando so-freu um acidente de moto, que o deixou em coma por três meses.

Júlio precisou fazer sessões de fisio-terapia para a reabilitação. “Tinha um bom convênio, que cobriu todo o meu tratamento, incluindo a fisio-terapia. Fazia sessões três vezes por semana, foi muito importante para a minha recuperação”. Hoje ele não tem mais o mesmo plano da época do acidente, em 2007, e diz não gos-tar muito do seu plano atual.

Um dos graves problemas que os segurados enfrentam é no mo-mento da mudança de plano. O paciente se vê obrigado a mudar sua rotina e continuar o tratamen-to com profissionais que ele não está habituado. A dona de casa Márcia Batista, 35, teve que mudar de plano, porém não se adaptou às sessões de fisioterapia na nova clí-nica. “Fazia fisioterapia em grupo, a sala era pequena, o tratamento não era individualizado”, diz. De-pois que foi diagnosticada com uma escoliose, em 2008, a dona de casa passou a fazer fisiotera-pia, mas não ficou satisfeita com o atendimento que recebeu do pla-no e avalia mudar mais uma vez.

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os paCiEntEsDas 1.162 operadoras

que receberam o ofício sobre a pesquisa da

ANS, 840 participaram o que significa 72,3% do total

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Segundo o Idec, todo cliente que se sentir lesado pelo plano de saú-de pode fazer valer os seus direi-tos. Primeiramente, ele deve fazer uma reclamação para a operadora de saúde, para tentar uma nego-ciação amigável. O usuário pode reclamar também à ANS, ao Mi-nistério Público Federal (MPF), por meio de uma representação, denunciando o problema, ou ain-da propor uma ação judicial.

Foi o que fez uma cliente, em 2009. O plano de saúde se negou a oferecer o tratamento de dre-nagem linfática que a paciente necessitava após uma cirurgia.

A operadora alegou que o pro-cedimento era realizado por es-teticistas e, portanto, estava fora da cobertura do plano. Com base no parecer do Crefito-SP, o MPF sustentou que a drenagem linfá-tica é um dos recursos terapêu-ticos manuais realizados pelo fisioterapeuta, devendo ser co-berto pelo plano de saúde. A se-gurada recebeu parecer favorável e a ANS foi obrigada a fiscalizar se a operadora estava cumprindo com a sua obrigação e asseguran-do serviço de drenagem linfática para todos os seus clientes.

Outro caso parecido aconteceu

em 2010 com um bebê de Ca-tanduva, interior de São Paulo. Ele necessitava de atendimento de fisioterapia e fonoaudiologia, mas teve o acesso restringido pelo convênio para apenas seis con-sultas anuais. A família procurou a justiça. A 1º Vara Cível de Ca-tanduva determinou por meio de liminar que o paciente deverá ser atendido pelo plano enquanto for necessário o tratamento. A opera-dora poderá recorrer da decisão. Segundo a ANS, as sessões de fi-sioterapia são ilimitadas e a ope-radora tem que arcar com o nú-mero necessário de sessões.

//Na internet: Cartilha IdecO Idec disponibiliza em seu site uma cartilha com informações e dicas sobre planos de saúde, com o título “Seu plano de saúde: Conheça os abusos e armadilhas”. Veja em: www.idec.org.br

Gostaria de fazer fisioterapia novamente, mas em um con-vênio que me atenda bem de ver-dade. A gente contrata um plano de saúde para ter um atendimen-to diferenciado”

márcia batista, 35 anos Dona de casa

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Acho importante a ANS es-tipular prazos máximos para o atendimento. Felizmente o meu caso não era grave, o problema é para quem não pode esperar”

valquer rodrigues da Silva, 25 anos auxiliar de escrita fiscal

Não tenho do que reclamar, fui bem atendido. Acho que fui mais bem atendido do que seria em um hospital público. As sessões de fisioterapia ajudaram muito na minha recuperação”

Júlio César da Silva, 24 anosauxiliar de máquina

DirEiTO DOS SEgUraDOS

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Page 18: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

Feliz Ano NovoUm ano chega ao fim e outro se inicia. Nesse ciclo de ir e vir, o

tempo passa e nem semprenos damos conta

do que realmente importa.Então, aproveite esse novo ano para pintar um novo quadro em sua vida,

em busca de um mundo melhor, menos individualista e mais humano,

onde a compreensão, o respeito e o amor ao próximo valem mais do

que qualquer outra coisa.Ame, respeite, entenda... e faça do

seu mundo um mundo melhor!

Page 19: Revista CrefitoSP - Ano 7 Edição 4

Feliz Ano Novo

2011um próspero

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uma empresa onde todos de-cidem juntos os rumos ad-ministrativos, financeiros e

a agenda de atividades. Pode pare-cer uma situação utópica, porém é assim que funciona uma cooperati-va. No estado de São Paulo existem diversas cooperativas formadas por fisioterapeutas e terapeutas ocupa-cionais, que distribuem entre os as-sociados as demandas dos pacien-tes ou empresas parceiras.

“A cooperativa é uma oportuni-dade para o profissional mostrar seu trabalho. Quando precisar no-vamente de atendimento, o pacien-te lembra primeiro do profissional que o atendeu e não da empresa a que estava vinculado. Então a co-operativa facilita essa exposição, e se ele é um profissional competen-te, isso vai aparecer”, diz o fisiote-rapeuta Dr. Luiz Gustavo Ghion, atual diretor-presidente da Coo-perativa de Trabalho de Fisiotera-peutas (Cooperfit), em São Paulo, especializada em atendimento do-miciliar. Fundada em 2001, a co-operativa tem 106 profissionais e atende cerca de 500 pacientes.

Como reúne um grupo de pro-fissionais, a cooperativa permite a troca de experiências e a ajuda mútua entre os sócios. Além disso traz outras vantagens que seriam mais difíceis de ser obtidas por um profissional sozinho. “Por ser uma pessoa jurídica, a cooperativa con-segue mais facilmente parcerias e divulgar suas áreas bem como toda a abrangência de atuação”, explica a fisioterapeuta Dra. Ana Lucia Patto dos Santos, diretora-financeira da cooperativa Uniser do Vale, em São José dos Campos. Com 17 anos de existência, a Uniser tem 77 profis-sionais, de diversas áreas da saúde, como psicologia, terapia ocupacio-nal, fonoaudiologia, fisioterapia e nutrição, que atendem uma média de 800 pacientes por mês.

Geralmente as cooperativas remu-neram o profissional com um valor único por atendimento, sendo uma porcentagem do valor destinada para pagar as despesas administra-

por Lúcia Passafaro Peres

Um portodos,todos por

umUm portodos,todos por

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Um portodos,todos por

umNas cooperativas,

profissionais participam das decisões administrativas

e constroem juntos a credibilidade do grupo

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As cooperativas são associa-ções autônomas de pessoas que se unem voluntariamen-te para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns a

seus integrantes. Constituem-se em empresas de proprie-dade coletiva, a serem geridas democraticamente.

Fonte: Ocesp

tivas da sociedade. Ao final do ano, quando é feito o balanço financeiro, se houver sobra de produtividade, o valor é dividido entre os cooperados proporcionalmente ao tanto que cada um trabalhou. “Na cooperati-va todos são donos. As decisões são feitas em assembleia e a decisão da maioria prevalece”, explica Dr. Luiz Gustavo. As contas e o destino do dinheiro são aprovados em grupo e a compra de um equipamento, por exemplo, é para o uso de todos.

Porém para que uma cooperati-va cresça e ganhe credibilidade, é fundamental a união do grupo e o comprometimento. Quanto mais preparado o profissional e melhor o seu atendimento, mais ele estará contribuindo para o fortalecimen-to do grupo e, consequentemente, para a sua própria imagem. Com o objetivo de melhorar a capacita-ção dos profissionais, a Cooperfit oferece cursos, realiza reuniões científicas mensais entre os coope-rados, avalia o desempenho deles nos atendimentos, além de fazer um treinamento com os recém-associados. “Por essa qualificação, muitas vezes conseguimos um va-lor maior no mercado”, diz Ghion.

QUaLiDaDE x vaLOrES

A qualificação dos profissionais tem feito com que a Cooperfit consiga parcerias duradouras. Dr. Luiz Gustavo cita casos de tomadoras de serviço que prefe-rem contratar os profissionais da cooperativa mesmo por valores mais altos que a média do mer-cado. “Apesar do custo mais alto, eles têm menos gastos, pois con-seguem ‘desmamar’ mais pacien-tes”, conta. Apesar disso, muitas empresas dão preferência aos va-lores mais baixos em detrimento da qualidade do atendimento. “A área em que a gente encontra mais dificuldade é a da remune-ração. Os contratantes não que-rem pagar um valor adequado”, diz Dra. Ana Lucia. A Uniser já chegou a perder parcerias, pois antes de fechar o contrato um outro grupo de profissionais da saúde ofereceu uma proposta por um valor três vezes menor. A Co-operfit também passou por situa-ções semelhantes. “Já rompemos contrato com prestadores de ser-viço porque não achamos que era um valor justo. Os profissionais têm que ter qualificação, oferecer algo a mais, não abaixar o preço para ganhar mercado”, diz Ghion.

“ Na cooperativa todos são donos. As

decisões são feitas em assembleia e a decisão da maioria prevalece”,

Dr. Luiz Gustavo

//Na internet: Ocesp - Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo www.ocesp.org.br

Código Civil Brasileiro – artigos 1.093 a 1.096www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm

Lei 5.764, de 1971, alterada pela Lei 6.981/82, que regulamenta o cooperativismo no paíswww.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5764.htm

Fisioterapeuta Dr. Luiz Gustavo Ghion, diretor-presidente da Cooperfit

Fisioterapeuta Dra. Ana Lucia Patto dos Santos, diretora-financeira da cooperativa Uniser do Vale

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O que é uma cooperativa?

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direito!é seu

Saúde é direito de todos e dever do Estado. Exija Fisioterapia e Terapia Ocupacional

http://www.crefito.com.br/imp/2010/duvidas/atendimento.html//Na internet:

pesar de ser um direito previsto na Constituição, na prática nem sempre a

população tem a assistência à saú-de assegurada. A demora na ob-tenção e até mesmo a negativa de atendimento são temas frequen-tes e bastante vivenciados. Nesse sentido, o Crefito-SP vem em-preendendo ações para melhorar o acesso ao bom atendimento de fisioterapia e terapia ocupacional. Afinal, o Conselho tem por fun-ção principal fiscalizar o exercício dessas profissões, protegendo a so-ciedade de maus profissionais e ve-lando pelo prestígio e bom concei-to dos que a exercem, fomentando, assim, o reconhecimento da fisio-terapia e da terapia ocupacional.

Entre essas ações, a mais re-cente está no site do Conselho e incentiva a população a exigir o atendimento quando este lhe for negado, indicando, inclusive, os meios para verificar se a negati-va é ou não legítima. Caso não seja, no site também é possível conhecer as formas de buscar eficácia ao direito à assistência de saúde. Há, inclusive, um mo-delo de pedido de atendimento, em forma de representação di-rigida ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

apor Francine Altheman

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QUEm PODE rECOrrEr Para TEr aCESSO graTUiTO a ESSES SErviçOS?

Todo cidadão que comprovar a necessidade desses serviços, e ainda, aqueles que tiveram essa oferta negada na rede pública de saúde e/ou nos planos de saúde. Os menores ou incapacitados de-vem ser representados pelos seus responsáveis.

QUEm SãO aS aUTOriDaDES COmPETEnTES Para FazEr vaLEr O mEU DirEiTO?

O Ministério Público é legitima-do para acionar o Poder Judiciário de forma a eventualmente obrigar o Estado a cumprir os seus compro-missos constitucionais-Constituição Federal, art. 129, III e IX e Lei Com-plementar 75/93, que conferem ao MP competência para promover o inquérito civil e a ação civil pública

para a proteção de "interesses in-dividuais indisponíveis, homo-

gêneos, sociais, difusos e cole-tivos" (art. 6º, VII, d) e para

"propor ação civil coletiva para a defesa de interes-ses individuais homo-gêneos" (art. 6º, XII). Em cidades grandes ou médias existem as Promotorias de Justi-ça, que normalmente estão instaladas no edifício do Fórum local; as cidades pe-quenas pertencem às comarcas de cidades maiores da região. Em

São Paulo, o Ministério Público atende em edifí-

cios próprios. Sede Cen-tral: Rua Riachuelo, 115,

Centro - CEP 01007-904.

Existem também outras ações que o Crefito-SP já tomou e de-ram resultado. Um bom exemplo é a Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público Federal, em face de uma seguradora e da Agên-cia Nacional de Saúde Suplemen-tar (ANS). Na ação, o Crefito-SP deu parecer sobre o procedimento de drenagem linfática no pós-ope-ratório. Assim, a seguradora teve que dar a “cobertura ao procedi-mento de drenagem linfática a ser realizado por fisioterapeuta”, deter-minando que ela se abstivesse de negar tal terapêutica aos seus segu-rados/consumidores. Isso porque, conforme informado nos autos daquele processo pelo Crefito-SP, a Resolução Normativa nº 167, de 9 de janeiro de 2007, já impunha que todo procedimento de “Ree-ducação e Reabilitação do Sistema Linfático e/ou Vascular Periférico” seja de cobertura obrigatória pe-los planos privados de assistência à saúde, tendo o Conselho traba-lhado para que, no caso concreto, fosse imposta a obrigação de co-bertura de drenagem linfática em número ilimitado de sessões.

A recente conquista junto à ANS também é uma importan-te vitória, que por meio da Re-solução nº 211/2010 ampliou as coberturas de atendimentos em fisioterapia e terapia ocupacional para os planos de saúde. A nor-mativa é fruto de diversos encon-tros em que representantes do Coffito e dos Crefitos expuseram as fragilidades da cobertura de terapias abrangida pelos planos, demonstrando a necessidade de melhorias na normatização.

O Crefito-SP tem feito várias ações para melhorar o acesso ao bom atendimento de fisioterapia

e terapia ocupacional. A mais recente está na mídia e no site do Conselho, incentivando a

população a exigir o atendimento quando este lhe for negado.

Confira os vídeos veiculados na campanha “Chegue aos 100 anos com saúde – Exija fisioterapia e

terapia ocupacional” no sitewww.crefitosp.gov.br

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as armadilhas da

Exercícios realizados com a postura incorreta ocasionam alterações e dores na coluna em vez de promover a saúde

apor Paulo Cabral

bdominais, flexões, leg-press. Esses são termos conhecidos da chamada

“geração saúde”. Jovens, adultos e idosos ingressam nas academias em busca da saúde corporal e bem-estar, além da preocupação em afastar as doenças e melho-rar o desempenho nos esportes. E parte deles recorre ao “exercí-cio resistido sistematizado”. Em outra designação mais conheci-

da e popular, a musculação. Entretanto, o que essas pesso-

as não sabem é que a prática da musculação pode ter efeito in-verso do que é esperado. Sem a devida avaliação postural, pra-ticantes acabam sofrendo, entre outros problemas, alterações na coluna vertebral decorrentes dos exercícios, provocando do-res e incômodos.

É esse tema que um estudo re-

alizado em 2007, na Academia Escola da Universidade de Caxias do Sul, aborda. Pessoas entre 14 e 73 anos, 113 homens e 193 mu-lheres, em um total de 306 indi-víduos praticantes de musculação, passaram por avaliações posturais realizadas por fisioterapeutas. O resultado final do estudo não é só preocupante, como também de-monstra a importância do traba-lho do fisioterapeuta na academia.

musculação

Segundo o Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, a técnica de Estabilização Vertebral fortalece os músculos profundos da coluna

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A importânciA dA AvAliAção posturAl

Prevalência de alterações postu-rais em praticantes de musculação é o título do estudo que concluiu o quanto a inclusão de programas de avaliação postural e a presença do fisioterapeuta e do educador físico nas academias é importante, sen-do essas algumas das maneiras de investir na qualidade dos serviços prestados e potencializar os resulta-dos do treinamento realizado pelo profissional de Educação Física.

Para que os praticantes de mus-culação possam realizar os exercí-cios físicos de maneira adequada, é imprescindível o bom alinha-mento postural do corpo. Na ava-liação da região da coluna lombar, das 306 pessoas, 61% das mulhe-res apresentaram hiperlordose e 73,2% dos participantes do estudo tinham algum tipo de alteração na curvatura fisiológica considerada normal da região.

Fisioterapeuta e praticante de musculação, Dr. Bruno Manfredi-

ni Baroni é um dos cinco profissio-nais que participaram da elabora-ção dessa pesquisa. Ele explica que a atuação da fisioterapia na acade-mia era bastante ampla. “Entre ou-tras atividades, utilizávamos os re-sultados das avaliações posturais e ortopédicas para planejar e super-visionar o treinamento dos alunos junto à equipe de educação física”.

Outra profissional envolvida no estudo é a professora do curso de fisioterapia da UCS, Dra. Clau-dia Adriana Bruscatto. Ela expli-ca que é fundamental o trabalho do profissional de fisioterapia e do educador físico na prática da musculação, pois a elaboração do treino e os cuidados com a postu-ra trazem resultados mais satis-fatórios aos praticantes, tanto em questões estéticas como de saúde. “A soma da avaliação postural e do treino, baseada nas alterações pré-existentes, traz a prevenção de lesões ortopédicas mais graves e de dores na coluna, além de mi-nimizar os desvios posturais”, diz a fisioterapeuta.

Aumenta cada vez mais a procura por exercícios de musculação para a manutenção da saúde e não só para fins estéticos

“a equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas

e profissionais de educação física garantia uma prescrição realmente individualizada do

treinamento”Dr. bruno manfredini, fisioterapeuta

envolvido no estudo

de musculação passarampor avaliações posturais

306praticantes

113homens

193mulheres

74 eram menores de 21 anos

127 estavam entre 21 e 30 anos

40 estavam entre 30 e 50 anos

65 pessoas tinham mais de 50 anos

43,4 %na região cervical

73,8%na região lombar

55,2%na região torácica

A faixa etária dos avaliados variava entre 14 e 73 anos

Dentre os resultados, destacam-se as alteraçõesna coluna vertebral*

*Aumento da curvatura ou retificação da colunaFonte: Revista Fisioterapia em Movimento

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As AcAdemiAs

O Sindicato das Academias do Estado de São Paulo (Seeaatesp) possui registro de mais de 5 mil academias no Estado de São Pau-lo, sendo que a grande maioria possui equipamentos para a Gi-nástica de Aparelho (muscula-ção). O presidente do sindicato, Prof. Gilberto Bertevello, lembra que “a grande maioria das lesões são provocadas por exercícios inadequados, feitos por conta própria e sem a indicação e acom-panhamento do educador físico”.

Integrante do grupo de profis-sionais da academia Companhia Athletica há 13 anos, o profissio-nal de educação física Ronaldo Vilela constata que cerca de 60% dos alunos procuram a academia para fins estéticos, com objetivos de adquirir massa corporal. Po-rém, recentemente surgiu uma nova tendência entre essas pes-soas. “Vem aumentando a procu-ra também para a área de saúde, apesar de a estética ainda ser o ponto importante para o frequen-tador da academia”, pondera.

Ronaldo acredita que a avaliação postural não garante os resultados adequados ao praticante se as re-comendações não forem utilizadas no momento do exercício, o que é fundamental. “Será que na prática teremos um trabalho coerente com o que foi detectado e transmitido nas avaliações? Esse é o grande pro-blema”, justifica. Além de enfatizar que a prática da musculação fei-ta de maneira errada pode causar danos sérios ao praticante, Ronal-do aponta a solução para garantir a eficácia dos exercícios: um fluxo de informações adequado entre os profissionais da saúde que traba-lham na academia, desempenhan-do um trabalho multidisciplinar. “A academia deve ter um sistema efi-ciente para fazer com que as infor-mações sobre o aluno cheguem ao professor, para que ele possa traba-lhar com coerência. Deve existir in-teração entre os departamentos de saúde e a atividade física”, conclui.

mesa de Tração eletrônicaPossui mecanismo de deslizamento com molas que controlam o atrito do paciente sobre a mesa. Traz uma série de benefícios, entre eles, a melhora na mobilidade dos ligamentos.

mesa de Flexão-descompressãoEquipamento que permite ao fisioterapeutao controle total sobre a mobilidade da coluna. Entre os efeitos no paciente após a flexão da coluna vertebral está a redução de tensãono disco posterior.

o tratamentoVeja quais são as mesas utilizadas no método fisioterapêutico:

O consultor Roberto Azevedo, na Mesa de Tração Eletrônica que

faz parte do RMA

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Fonte: I TC

cuidAdos com suA colunA

Assim como o pilates, a mus-culação pode ser um aliado no tratamento fisioterapêutico para os problemas da coluna. O Insti-tuto da Coluna Vertebral (ITC), presente em 11 estados do Brasil, incluindo São Paulo, utiliza não só a musculação, mas também a Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral (RMA) para reabilitar seus pacientes.

Idealizado pelo fisioterapeuta Dr. Helder Montenegro, o RMA divide o processo de tratamento em etapas. “Usamos a fisioterapia manual na fase aguda e em segui-da a mesa de tração eletrônica em conjunto com a mesa de flexão di-nâmica. Finalizamos com a esta-bilização vertebral e os exercícios na sala de musculação ou pilates,

onde o paciente será monitorado”, detalha o fisioterapeuta.

Apesar de os benefícios da mus-culação no tratamento contra doenças da coluna vertebral, Dr. Helder adverte sobre os cuidados necessários no “antes e depois” dos exercícios. “Todos os pacien-tes do ITC realizam sessões de Es-tabilização Segmentar Vertebral antes das atividades de muscula-ção. Desta forma, eles já sabem quais os músculos mais importan-tes que devem ser ativados duran-te a execução dos exercícios”.

Ainda de acordo com o fisiote-rapeuta, a musculação e o pilates são importantes no tratamento da coluna vertebral, mas “por falta de academias e centros es-pecializados nessa questão, esta prática esportiva ainda provoca muitas crises de dores nas costas aos praticantes”.

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Para ver mais sobre o estudowww2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=3499&dd99=viewwww.crefito.com.br/imp/revista/fisionaacademia.html

//Na internet:

Após o trAtAmento

Os pacientes Rubens Camargo e Roberto Azevedo passaram pelo tratamento de RMA no ITC, após confirmarem uma hérnia de disco. O comerciante Rubens Azevedo sofreu sua primeira crise de dor em 2002. Desde então, passou por várias crises que foram soluciona-das com tratamentos fisioterapêu-ticos. A última, em 2009, fez com que Rubens procurasse o ITC.

Após quatro meses utilizan-do os métodos do RMA, Ru-bens finalizou o tratamento e hoje retorna ao consultório para consultas de acompanhamento. Atualmente, faz pilates e natação para manter os benefícios obti-dos. “O método de fato funciona. Essas atividades paralelas (nata-ção e pilates) ajudam a construir minha saúde hoje”.

Já o consultor Roberto Azevedo sofreu fortes dores no início do Carnaval. Recebeu muitas medica-ções para alívio da dor no hospital, porém não sentiu o efeito. Após os exames de ressonância, os médicos detectaram a hérnia de disco. Ao pesquisar possíveis tratamentos, Roberto fez a avaliação no ITC e adquiriu ânimo ao saber que de-veria interromper o uso dos medi-camentos. “Os remédios me preo-cupavam, pois eram todos fortes e afetavam o meu estômago”, lembra. Em dois meses de tratamento, Ro-berto já podia desempenhar seu trabalho normalmente, dirigindo cerca de três horas por dia em vi-sitas constantes a cidades vizinhas.

O que se nota é que a fisiotera-pia é essencial para a prevenção e melhora das doenças relacio-nadas aos problemas da coluna. Seja na avaliação postural ou no tratamento fisioterapêutico, o fi-sioterapeuta é peça fundamental para garantir a saúde corporal e uma coluna livre de mazelas.

“Quando eu comecei o tratamento, mal conseguia andar.

Uma semana depois, eu já caminhava normalmente”,

Roberto Azevedo, 31 anos, consultor

agachamento guiadoOs pacientes que têm ou tiveram problemas na coluna cervical ou lombar deverão evitar este equipamento, pois o mesmo favorece a pressão na coluna.

Puxada por trásEste exercício favorece a contração dos músculos superiores da coluna cervical provocando uma pressão discal posterior.

extensão do quadrilEste exercício favorece a compressão posterior dos discos intervertebrais.

mesa Flexora horizontalPosição ventral da mesa flexora não é ideal para quem tem dor na coluna e o movimento de flexionar os joelhos é um abuso para os músculos da coluna.

Cadeira xx.FlexoraQuem tem dores na coluna deve evitar este equipamento que facilita a rotação posterior da bacia.

perigos da musculaçãoVeja alguns exercícios não recomendados para quem já possui problemas na coluna:

De acordo com Dr. Helder, a musculação é uma grande aliada ao tratamento da coluna vertebral

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Fonte: I TC

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ão existe nada melhor do que trabalhar no que se

gosta. Muitos sonham com uma profissão desde pequenos, mas poucos conseguem desempenhá-la na vida adulta. Mais difícil ain-da é ser bem-sucedido na profis-são escolhida. Veja o exemplo de profissionais que obtiveram o tão almejado sucesso.

npor Juliana Menezes

sucessoExemplosdeProfissionais de fisioterapia e terapia ocupacional contam como conseguiram se destacar no mercado de trabalho

A maior satisfação de um fisioterapeuta do esporte é ver seu atleta recuperado, em campo, fazendo gols. Para isso o paciente e o profissional têm que se empenhar, é um trab-alho em conjunto”

Dra. Cilmara moretti

TOQUE FEmininOna FiSiOTEraPia ESPOrTiva

Dra. Cilmara Moretti, 48, é formada pela Universidade Me-todista de Piracicaba (Unimep). Fez especialização em Fisiologia do Exercício na Unifesp e diver-sos cursos na área, como reabi-litação em Pilates, RPG, entre outros. “Você tem que se atuali-zar. Novas técnicas e protocolos, além de equipamentos fisiote-rapêuticos, vão surgindo a cada momento. A fisioterapia evolui como a informática, guardada as devidas proporções”, diz.

A fisioterapeuta trabalha no São Paulo há 23 anos e há um ano no setor de reabilitação do time pro-fissional, o Reffis, núcleo de fisio-terapia do São Paulo Futebol Clu-be (SPFC). Ao todo o clube conta com doze fisioterapeutas.

Dra. Cilmara entrou em contato com a fisioterapia pela primeira vez quando precisou fazer reabi-litação, devido a uma cirurgia no joelho. “Naquele momento eu me interessei pela área e logo resolvi fazer a faculdade,” relata. Ela sem-pre gostou de esportes. Iniciou a carreira como estagiária do time de basquete do BCN, em Piracica-ba, onde permaneceu por um ano.

No time do São Paulo, a fisio-terapeuta atende os atletas que apresentam lesões e estão em re-cuperação. Em seus vários anos no clube acompanhou casos bem sérios, de atletas que estiveram desacreditados, mas voltaram à prática esportiva. “A maior satis-fação de um fisioterapeuta do es-porte é ver seu atleta recuperado, em campo, fazendo gols. Para isso o paciente e o profissional têm que se empenhar, é um trabalho em conjunto”, afirma.

Dra. Cilmara Moretti com o jogador Bosco no Reffis do SPFC

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POrTaS abErTaS Para a TEraPia OCUPaCiOnaL

Dra. Silmara Nicolau Pedro da Silva, 35, é formada pela Universi-dade Federal de São Carlos (UFS-Car). Fez especialização em Terapia da Mão e Reabilitação do Membro Superior na Faculdade de Medicina da USP. Atualmente, além de aten-der pacientes na área de Terapia da Mão e confecção de órteses em do-micílio, atua no Hospital Universi-tário da USP. É professora assistente do Centro Universitário São Cami-lo e secretária da Sociedade Brasi-leira de Terapia da Mão.

Há 18 anos, quando prestou ves-tibular para terapia ocupacional, a profissão era menos conhecida. Entrou na faculdade sem saber bem como era o curso, mas certa de que queria trabalhar na área da saúde e lidar com pessoas. “Acho que a es-colha da profissão teve a ver com o fato de ser uma carreira diferente, portanto desafiadora. É muito difí-

cil optar por uma carreira quando se é jovem”, pondera Dra. Silmara.

No último ano da faculdade fez estágio no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospi-tal das Clínicas (HC), na área de Reabilitação Ortopédica e Terapia da Mão. “No estágio, finalmente encontrei uma área de atuação que me motivou. Foi uma satisfação ver como o trabalho do terapeuta ocupacional faz toda a diferença na reabilitação das pessoas”, observa.

Depois de terminar a faculda-de, permaneceu voluntariamente no IOT por mais cinco anos, e atendeu dez anos em clínica par-ticular. Quando se casou achou melhor, para otimizar o seu tem-po, começar a fazer atendimen-to em domicílio. “Só não atendo mais pacientes porque não tenho disponibilidade. É bom para o paciente que não precisa sair de casa e do trabalho e para o pro-fissional, que pode organizar me-lhor seu tempo”, afirma.

A terapeuta ocupacional, Dra. Silmara Nicolau Pedro da Silva, também atende em domicílio

Dr. João Carlos no S.E. Palmeiras com o jogador Rivaldo

FiSiOTEraPia EnTraEm CamPO

Dr. João Carlos Ferreira de Sou-za, 35, é formado pela Uniban e atualmente faz especialização em Fisiologia e Biomecânica do Apa-relho Locomotor: Reabilitação e Treinamento, pela USP. Ele traba-lha na Sociedade Esportiva Pal-meiras há quatro anos. “Escolhi ser fisioterapeuta justamente para atuar com reabilitação física no esporte. Sem dúvida o momento mais marcante da minha carreira até agora foi quando tive o primei-ro contato com a clínica de fisiote-rapia do Palmeiras e com os pro-fissionais que lá trabalham”, conta.

No começo da carreira estagiou na área de ortopedia, em uma clí-nica na zona norte de São Paulo, e depois na Associação de Reabi-litação Física Frederico Ozanam (Arffo). Logo em seguida come-çou o estágio no Departamento de Futebol Profissional do Palmeiras,

onde trabalha até hoje.No clube seu trabalho é cuidar

dos atletas lesionados, acom-panhar os jogadores durante as partidas e trabalhar tam-bém na prevenção de lesões que possam ocorrer durante a prática esportiva. Segundo ele, trabalhar com esporte re-quer muita disciplina e dedi-cação, pois o atleta tem data e hora marcada para estar em campo. Isso significa que deve ser mantido em tratamento intensivo, o que inclui fi-nais de semana de trabalho.

“Escolhi trabalhar com es-porte por ser uma atividade extremamente dinâmica e complexa, cada dia é um desafio. Sempre gostei e estive liga-do ao esporte, é uma boa especia-lidade para se trabalhar”, indica o profissional.

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maLhaçãO E FiSiOTEraPia

Dr. André Bento Ferreira Ra-mos, 48, faz parte da equipe de profissionais da academia Com-panhia Athletica, em São Paulo. Graduou-se na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Pre-sidente Prudente, e é especialista em Acupuntura. “Sempre gostei da área de saúde, mas quando eu era criança, não ouvíamos falar muito em fisioterapia”, lamenta.

Logo que se formou veio para São Paulo, quando começou a trabalhar em academia. Hoje, trabalha na filial do Shopping

Morumbi da Companhia Athle-tica, onde atua há nove anos. O profissional também trabalhou em clínica e hospital com rea-bilitação de cardiopatas durante seis anos.

Durante os vários anos de atu-ação em academia, o caso mais marcante foi o de um paciente que fez reabilitação depois de um grave acidente de carro. “Ele chegou na cadeira de rodas e os médicos deram um prazo de dois anos para ele voltar a an-dar, porém depois de seis meses o paciente já estava caminhando novamente”, recorda.

Sua rotina na academia é bem agitada. Às 6h15 já atende pa-cientes. Faz parte de suas atri-buições fazer a reabilitação dos alunos da academia e utilizar também a acupuntura para aten-dê-los. Se necessário, acompa-nha-os durante a execução dos exercícios. Os professores indi-cam o acompanhamento quan-do o aluno apresenta alguma dor, disfunção ou desconforto.

Segundo Dr. André para cres-cer profissionalmente tem que se dedicar, ser criativo, saber traba-lhar em grupo e principalmente gostar do que faz. “Não adianta fazer alguma coisa que você não goste simplesmente para ganhar dinheiro. Se tiver amor naquilo que faz, acaba desempenhado bem as suas funções e se torna um bom profissional”, esclarece.

Não adianta fazer alguma coisa que você não goste simplesmen-te para ganhar dinheiro. Se tiver amor naquilo que faz, acaba de-sempenhado bem as suas funções e se torna um bom profissional”

Dr. andré b. F. ramos

Os professores indicam o acompanhamento

quando o aluno apresenta alguma dor, disfunção ou

desconforto

Dr. André é especialista em

acupuntura e trabalha em

academia

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EmPrESária bEm-SUCEDiDa

Dra. Ana Luisa Massardi, 38, é for-mada em Fisioterapia pela Uniban e especialista em Linfoterapia, drena-gem linfática manual profunda. Aos 17 anos, abandonou o curso de pu-blicidade na Faap quando descobriu que sua verdadeira vocação era a fi-sioterapia. A decisão surgiu após ela ter feito alguns cursos de massagem e ter conhecido a área de Dermato-funcional. Enfrentou muitas dificul-dades para se manter enquanto tra-balhava e estudava. Sua maior alegria era conseguir pagar as mensalidades em dia. A primeira clínica era um espaço pequeno com três salas, onde ela também morava. Hoje tem um espaço com 34 salas, no Jardim Eu-ropa, e atende clientes ilustres como Hebe Camargo, Mariana Ximenes, Thiago Lacerda, entre outros.

De acordo com a Dra. Ana, co-nhecimento técnico, ética e pro-fissionalismo são fundamentais para vencer na profissão. Portan-to, não se deve divulgar técnicas milagrosas que não sejam ver-dadeiras. É necessário entender o que se está falando, fazendo e indicando para os pacientes. Em 2010 o SPA Hara completou 16 anos. A proprietária continua fa-zendo alguns atendimentos, mas se concentra em dar treinamento para os seus funcionários. Dra. Ana se orgulha da sua trajetória de sucesso. “Todos os dias que chego à empresa rezo e agradeço a Deus, cada elogio de uma pacien-te, cada relato do quanto a vida delas melhorou com a drenagem. Isso me faz acreditar que eu cons-truí algo muito importante, um negócio único no segmento de dermatofuncional”, comemora.

“Todos os dias rezo e agradeço a Deus por cada elogio de uma paciente, cada relato do quanto

a vida delas melhorou com a drenagem. Isso me faz acreditar que eu construí algo muito im-portante, um negócio único no

segmento de dermatofuncional”

Dra. ana Luisa massardi

Dra. Ana Luisa Massardi em sua

clínica o SPA Hara

Dr. Ana Luisa atende clientes ilustres como

Hebe Camargo, Mariana Ximenes e Thiago Lacerda

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Veja novos exemplos de sucesso nas próximas edições...

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São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, deverá abrir concur-so que oferecerá 15 vagas para fi-sioterapeutas e remuneração de R$ 3.284,03. A abertura do concurso está prevista até o mês de janeiro, quando sairá o edital, segundo informações da assessoria de im-prensa da prefeitura. Os fisiotera-peutas serão contratados para as unidades de saúde do município e para a área de reabilitação física. O concurso da Secretaria de Saúde prevê o preenchimento de 574 va-gas de nível médio e superior.

A prefeitura de São José do Rio Pre-to tem realizado diversas ações para aumentar a oferta do atendimento fisioterapêutico à população. A ci-dade foi dividida em cinco distritos de saúde (DS), todos com um fisio-terapeuta. Também foi implantada a Coordenadoria de Reabilitação pelo prefeito Valdomiro Lopes, médico fi-

siatra, junto com o secretário de saú-de, Dr. José Victor Maniglia.

A Coordenadoria de Reabilitação da Secretaria de Saúde tem atuação na saúde básica (promoção à saúde e à saúde físicofuncional) e na aten-ção especializada (reabilitação). A atenção especializada conta com um centro de referência para pesso-as com deficiência física, o Núcleo Municipal de Reabilitação, além da Unidade de Reabilitação para Idosos e Doentes Crônicos, cinco unidades de Reabilitação da Dor e Incapaci-dades Físicas Transitórias e o Pro-grama de Prótese e Meios Auxiliares de Locomoção. A Coordenadoria de Reabilitação é dirigida pela fisiotera-peuta Dra. Neuseli Marino Lamari, que atua na rede de saúde pública há 23 anos e colaborou na criação da coordenadoria com apresentação de um projeto hierarquizado de pro-moção e reabilitação físicofuncional.

MAIS ESPAÇO PARA A FISIOTERAPIA EM SÃO PAULOA cidade de São José do Rio Preto deverá abrir 15 vagaspara fisioterapeutas no próximo concurso público

por Juliana Menezes

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notasnotas

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A Contribuição Sindical tem por objetivo o cus-teio de atividades do sindicato e de outras que este-jam previstas em lei. Tem natureza jurídica de tri-buto, sendo ela, pois, uma contribuição de interesse das categorias econômicas e profissionais e das pro-fissões liberais e é devida pelos empregados, pelos trabalhadores autônomos, avulsos e profissionais liberais, assim como pelos empregadores.

A Contribuição Sindical é DEVIDA ainda que essas pessoas NÃO SEJAM SINDICALIZADAS, ou seja, é devida pelo empregado, pelos trabalha-dores autônomos, avulsos e profissionais liberais, independentemente de SEREM ou NÃO SINDI-CALIZADOS, porquanto se está diante de uma Contribuição que tem natureza jurídica de tributo, sendo, destarte, compulsória.

COnTribUiçãO COnFEDEraTiva

O objetivo da Contribuição Confederativa é o de custear o sistema confederativo do qual fazem par-te integrante os sindicatos, federações e confedera-ções, de categorias econômicas e profissionais e é DEVIDA apenas pelos que SÃO ASSOCIADOS a sindicato da categoria econômica ou profissional, segundo densa Doutrina e Jurisprudência de nos-sas altas Cortes em tal direção.

COnTribUiçãO aSSiSTEnCiaL

A Contribuição Assistencial é uma pres-tação voluntária efetuada pela pessoa que pertence à categoria econômica ou pro-fissional ao sindicato da correspondente categoria e visa custear a participação do sindicato nas negociações coletivas. A fonte de tal Contribuição, assim, é a nor-ma coletiva, seja ela o acordo, a conven-ção coletiva ou a sentença normativa.

A Contribuição Assistencial, de acordo com forte Doutrina e Jurisprudência de nossas altas Cortes também só é DEVIDA de quem é associado a sindicato.

ObSErvaçãO:

O STF editou a Súmula nº 666, pela qual assentou que a Contribuição Con-federativa só é exigível dos associados, não sujeitando-se a ela aquele que não é sindicalizado.

O Precedente Normativo TST 119 assen-tou que a Contribuição Confederativa e a Assistencial são devidas apenas de quem é sindicalizado.

Colaboração Departamento Jurídico

CONTRIBUIÇÕES SINDICAL, CONFEDERATIVA E ASSISTENCIAL

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Desde o começo sabíamos que resgatar o Crefito-SP e colocá-lo a serviço dos interesses da Fisiotera-pia e da Terapia Ocupacional não seria uma tarefa fácil. Em resposta às intimidações, incluindo ameaça de morte, optamos pela coragem e a busca incansável do exercício pleno da cidadania. Interesses poderosos e encastelados no Crefito-SP e no Co-ffito, durante duas décadas, foram destronados. A vontade de vencer e deixar um legado sufocou o medo.

Hoje, o Crefito-SP dá passos largos para melhorar a empregabilidade e os serviços prestados à comunidade. Celebramos a conquista de um patri-mônio maior que os valores arreca-dados e de uma autarquia totalmente operada via web, que está abolindo o uso do papel. Com a casa construída iniciamos uma campanha publicitá-ria a favor das nossas profissões. O segredo desse sucesso foi entender desde o começo que “nossos inimi-gos perdoam mais facilmente nossos erros que os acertos” e que o foco de-veria ser os interesses das profissões que representamos.

Prometeram dar o troco, fomos vítima das mais variadas denúncias anônimas feitas aos Órgãos Contro-ladores Externos, tendo sido todas arquivadas por falta de qualquer veracidade. Mais recentemente, o presidente do Crefito-SP sofreu inúmeras denúncias. Um pequeno grupo de profissionais se escondeu atrás do anonimato para atacar vá-rios atos administrativos, como se esses ilegais fossem. Da “Virada da Saúde”, feita pelos Conselhos da Saúde do Estado de São Paulo, para evitar a aprovação do Projeto de Lei

do Ato Médico, à “Calçada Mão da Fama”, uma premiação para marcar os que ajudaram a consolidar nos-sas profissões nos últimos 40 anos, tudo teria sido ilegal, de acordo com as denúncias.

Desde 2004, o Crefito-SP e seu presidente vêm realizando um in-cansável trabalho: discutindo com prefeitos, secretários de saúde, pro-fissionais, alunos e a sociedade, os novos caminhos para fazermos a virada na administração da saúde, colocando as virtudes dos profissio-nais a serviço da vida saudável (veja no nosso site o vídeo e o projeto para melhorar a empregabilidade). Para esse grupo de denunciantes, todo esse envolvimento, muitas vezes realizado depois de um dia exaustivo de trabalho, não passou de promoção pessoal.

Não contentes em quebrar o sigi-lo bancário, contábil do Crefito-SP, bem como fornecendo dados de seus funcionários, essas pessoas de-turparam esses dados e outros mais para induzir as autoridades a erros. Ao Crefito-SP e ao seu presidente não foi dado o direito sagrado ao contraditório. Felizmente, a Justiça Federal garantiu esse direito e agora se poderá demonstrar as improce-dências de cada alegação.

Para dar transparência total aos atos administrativos:

1) O presidente do Crefito-SP disponibiliza o seu sigilo fiscal, bancário e telefônico às autorida-des, desde que assumiu o comando da autarquia;

2) O Crefito-SP presta contas ao TCU e ao Coffito;

3) O Crefito-SP dá ampla publicida-

de aos seus atos no site www.crefitosp.gov.br e no Diário Oficial da União;

4) O Crefito-SP tem insistido e pedido aos conselheiros e profis-sionais que fiscalizem a autarquia. Qualquer profissional pode visitar a sede do Crefito-SP e pedir vista de qualquer documento econômico-financeiro da autarquia;

5) O Crefito-SP solicitou ao TCU que faça uma auditoria na autar-quia no período de 2004 a 2010.

Todos os processos administrati-vos dos profissionais e empresas já foram digitalizados e encontram-se disponíveis, via web, na área de cada profissional. Agora o Crefito-SP está digitalizando os processos econômi-co-financeiros e os licitatórios para que os profissionais possam exercer um controle social absoluto sobre a autarquia, também via web.

2011 será um ano de eleições no Crefito-SP. A organização política dos profissionais fortalece a institui-ção. Da vontade soberana de cada um, através do voto, devem sair nos-sos representantes. A sociedade não tolera aqueles que pensam em che-gar ao poder por vias escusas.

Mais trabalho a favor da Fisiote-rapia e da Terapia Ocupacional será a resposta aos que se escondem no anonimato, para tentar ceifar um trabalho aplaudido pelos profissio-nais e pela sociedade.

Um Feliz Natal para todos e um 2011 cheio de paz,

prosperidade e muita justiça.

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MAIS TRABALHO É A MELHOR RESPOSTA

comunicado oficialcomunicado oficial

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Anuidade 2011

informaçõesinformações

Veja mais informações pelo site:www.crefitosp.gov.br ou ligue: (11) 3252-2345EmailSeGer [email protected] / [email protected] [email protected] [email protected]

Novo Telefone da Sede (11) 3252-2255Endereço Rua Cincinato Braga, 277Bela Vista - CEP 01333-011São Paulo-SP

SubSEDESOs profissionais do interior do Estado devem entrar em contato com a subsede mais próxima de sua cidade:

Campinas (19) 3295-9361Marília (14) 3454-4827Presidente Prudente (18) 3916-6919São José do Rio Preto (17) 3212-9381Ribeirão Preto (16) 3635-8307Santos (13) 3225-7670São José dos Campos (12) 3911-9022

//Contato:

* Valor da anuidade de 2011 fixada pela Resolução Coffito nº 379/2010

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31/01R$ 103

parcela1 ª31/01

R$ 278,1010% de desconto

vencimento1 º

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31/03R$ 309

valor é integral*

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parcela2 ª28/02

R$ 103

parcela3 ª31/03

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SituaçãoOK!

As demais parcelas serão enviadas nos meses seguintes

Para receber as demais opções, basta não pagar a anterior

Atenção!Somente pague a

opção que escolher, a outra será

desconsiderada.Não pague as duas!

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Em

exija essedireito !

Fisioterapia e Terapia Ocupacional