revista vidro impresso edição 7

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revista Vidro Impresso | Ano 2 Nº 7 Luz natural, integração e conforto termo-acústico fazem do vidro elemento indispensável em edifícios para uso cultural e educacional Segurança máxima Mercado de blindados cresce no Brasil e desenvolve produtos cada vez mais leves e resistentes Metrópoles de vidro Evolução tecnológica em fachadas envidraçadas molda o cenário dos grandes centros urbanos e contribui para a eficiência energética Novo concorrente Gigante mundial do setor investirá US$ 470 milhões em fábrica no Brasil Educação transparente

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A revista Vidro Impresso é a mais moderna mídia do setor vidreiro, com reportagens e assuntos de interesse a toda cadeia produtiva que utilizam o vidro em sua produção, envolvendo desde o especificador ao fabricante de vidro. A idéia é mostrar o fantástico universo do vidro, desde sua fabricação até a aplicação na arquitetura.

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Luz natural, integração e conforto termo-acústico fazem do vidro elemento indispensável em edifícios para uso cultural e educacional

Segurança máximaMercado de blindados cresce no Brasil e desenvolve produtos cada vez mais leves e resistentes

Metrópoles de vidroEvolução tecnológica em fachadas envidraçadas molda o cenário dos grandes centros urbanos e contribui para a eficiência energética

Novo concorrenteGigante mundial do setor investirá US$ 470 milhões em fábrica no Brasil

Educação transparente

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Espaço do leitorComentários, dúvidas, críticas, elogios e sugestões.

Revista onlinePágina na internet facilita o acesso do leitor ao conteúdo editorial da Vidro Impresso.

Arte em vidro Uso de espelhos na decoração se reinventa através dos tempos, multiplicando espaços.

Papo direto – Carlos Henrique MattarEspecialista do mercado, gerente da Cebrace situa o setor vidreiro nacional entre os mais avançados do mundo.

Produtos – mesas de corteSoftwares de otimização aliados a soluções inovadoras asseguram precisão e velocidade.

FlashNotícias, lançamentos e curiosidades do setor do vidro e sua cadeia produtiva.

Feiras e eventosAcompanhe os destaques da Casa Cor 2011, Aluvi e Glass Perfamance Days Finland.

Artigo – Edison MoraesO executivo relata as propostas discutidas no seminário francês Buy Quiet sobre acústica.

Arquitetura e vidroVidros emprestam dinamismo, integração e eficiência a projetos educacionais no Brasil e no mundo.

Empresas e negóciosCanaltec apoiou-se em parcerias estratégicas para crescer no segmento de abrasivos.

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Sumário

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Fique por dentroSegmento de blindagem bate recorde e impulsiona a busca por crescente especialização.

MercadoMaior fabricante de float do mundo vai investir US$ 470 milhões em nova fábrica no Brasil.

Tendências e tecnologiaCom sistemas cada vez mais sofisticados, fachadas envidraçadas dominam o cenário das grandes metrópoles.

Telefones/Índice de anunciantesOs profissionais e empresas citados nesta edição.

Vidro e designO arquiteto Luiz Sentinger recorre a extensa superfície espelhada para dar amplitude a banheiro estreito.

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editorial

Segurança, conforto e eficiência energéticaGrandes metrópoles brasileiras sofrem com os crescentes índices de vio-lência que atingem todos os níveis da sociedade. O reflexo dessa situa-ção aparece com clareza no aumento da demanda por vidros blindados, tanto no setor automotivo como na construção civil, fato que tem levado fabricantes e blindadoras a novos investimentos e ao desenvolvimento de produtos cada vez mais leves e resistentes. No caso da construção civil, a demanda por vidros mais seguros tem aumentado consideravel-mente, levando à progressiva substituição dos multilaminados pelos blindados. No ramo automotivo, a busca é por segurança aliada à leveza, o que tem estimulado uma verdadeira corrida entre fabricantes para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem o desempenho dos ve-ículos blindados.Em uma visita à fabrica da Fanavid, nossa reportagem acompanhou de perto cada etapa do processo de fabricação de vidros blindados, da produção das peças aos testes balísticos para certificação do Exército Brasileiro. Uma das grandes especialistas em vidros automo-tivos, a empresa acaba de anunciar investimentos para ampliar a fabrica-ção de vidros blindados arquitetônicos.

Esse é um dos temas desta edição, que trata também da evolução tec-nológica em sistemas de fachadas de vidro, cuja utilização crescente tem moldado o cenário dos grandes centros urbanos. Projetos sofisti-cados conjugados a vidros de avançada tecnologia contribuem para o conforto, o desempenho termo-acústico e, sobretudo, para a eficiência energética das edificações, tema que, mais do que nunca, está na or-dem do dia e polariza as atenções do mercado com a sustentabilidade.Em Feiras e Eventos, além de um panorama dos belos ambientes expos-tos na Casa Cor, que abusaram dos recursos dos vidros e espelhos, a re-vista traz uma matéria sobre a Glass Perfomance Days, maior conferência internacional do setor vidreiro, que também levou o tema da eficiência energética ao foco dos debates e palestras.Confira também nesta edição uma entrevista exclusiva com Davide Ca-ppellino, presidente da AGC Vidros do Brasil, filial da fabricante japonesa AGC, gigante mundial do setor que investirá US$ 470 milhões em uma fá-brica em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, a primeira da empresa no Brasil. Ainda neste número, projetos de edificações culturais e educa-cionais que exploram os atributos do vidro de variadas formas, mas sem-pre privilegiando iluminação natural, estética, integração e eficiência.

Boa leitura!

Expediente

Direção GeralDiogo Ortiz

EditoraIrina [email protected]

Diretora de ArteMonica Raynel

DesignersEmerson Almeida

[email protected]

Administrativo e FinanceiroElisangela Franç[email protected]

Atendimento ao leitorDaniel [email protected]

RevisãoZuleika Martins

Empresas do Grupo

OC Publicidadewww.ocpublicidade.com.br

[email protected]

Assinatura e informações sobre a Revista Vidro Impresso po-dem ser obtidas através do site:www.vidroimpresso.com.brou pelos telefones:+ 55 11 2628-7809+ 55 11 2261-3732

Periodicidade: bimestral

Tiragem: 10.000 exemplares

Circulação: nacional

Impressão - IBEP - Divisão Gráfica ltda.

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É possível adquirir um exemplar da revista com a matéria Rei da Reciclagem nas bancas?

SandraLs Rizzatti vidros

RESPOSTA VI

Prezada Sandra, por se tratar de revista segmentada, a Vidro Impresso não é vendida em bancas de jornal. Para receber a revista periódicamente, basta fazer sua assinatura no site www.vidroimpresso.com.br

Gostaria de obter contatos de empresas que reciclam vidro.

HudsonReciclagem [email protected]

RESPOSTA VI

Olá Hudson, deixamos aqui seu e-mail para que essas empresas entrem em contato com você.

Gostaria de enviar fotos de meus trabalhos de arte em vidro com reciclagem de garrafas na técnica Fusing.

Carmem SeibertArtista plástica

RESPOSTA VI

Olá Carmen, suas fotos serão muito bem-vindas! Para qualquer sugestão de pauta para a revista Vidro Impresso, por favor entre em contato com nossa redação. Envie um e-mail para [email protected] e [email protected].

Parabéns pela edição nº 6, realmente está ótima, em especial a matéria “À prova de fogo”.

Wellington E. Castro

Parabéns pelo bom conteúdo e ótimos assuntos abordados na Vidro Impresso. É uma revista de muito bom gosto e seu conteúdo tem tudo a ver com o nosso trabalho.

Mariana FrazãoPastilhart Revestimentos

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çpespaço do leitor

Atendimento ao leitor:

E-mail: [email protected]

Cartas: Redação Revista Vidro ImpressoRua Manuel Gaya, 310 – cj. 01 CEP 02313-000São Paulo – SP – BrasilFax: +55 11 2261-3732

Envie sua opnião, dicas e sugestões

Escreva!

As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. A revista Vidro Impresso reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

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revista online

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As fechaduras do tipo concha da linha Ideal da Fise possuem o encaixe para os dedos mais profundo do mercado (11 mm). O componente foi projetado valorizando aspectos ergonômicos e também oferece apoio arredondado.

A preservação do meio ambiente é uma preocupação constante da Fanavid, uma das líderes do mercado vidreiro. Por essa razão, a empresa aposta na reciclagem do vidro, já que o artigo é 100% reciclável e uma das peças chaves quando se trata de reaproveitamento de materiais.

Por apenas R$ 70,00 você assina a revista, garantindo com comodidade o recebimento no local desejado durante o período de 01 ano (6 edições). Não perca a oportunidade de ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do vidro, recebendo a revista com o melhor conteúdo do setor, através de notícias, curiosidades, colunistas, matérias interessantes e uma leitura agradável, que une design de vanguarda e editorial de primeira qualidade. Aproveite e acesse já www.vidroimpresso.com.br e garanta a sua assinatura.

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Notícias

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arte em vidro

Tradicionalmente associados à estética e amplitude na decoração dos ambientes, os espelhos são cada vez mais explorados por ar-quitetos e designers interessados nas inúmeras possibilidades ar-tísticas e criativas que os efeitos refletivos conferem aos espaços. “Uso espelhos para dar continuidade e profundidade aos ambien-tes, para ampliá-los, neutralizar peças de mobiliário ou disfarçar imperfeições construtivas”, lista a arquiteta Karina Afonso. “Uma parede com espelhos de tamanhos e molduras diferentes cria uma decoração mais despojada“, afirma Karina. Além disso, os espe-lhos “dão um toque de sofisticação e leveza à decoração,” acres-centa o arquiteto Luis Sentinger. A sensação de aperto em cômodos pequenos e escuros, como la-vabos, pode ser minimizada com o recurso a espelhos. “No teto, eles dão a sensação de pé direito mais alto”, exemplifica Sentin-ger. “Pensando em sustentabilidade, espelhos colocados em lado oposto à janela colaboram com a iluminação do ambiente, econo-mizando energia”, lembra Karina.

Brilham, iluminam, ampliam espaços, multiplicam o que é belo e disfarçam o que não é

Com suas linhas alongadas, arcos e detalhes na moldura, o espelho veneziano é um clássico que ainda inspira tendências na decoração.

Atualmente, peças originais do Salão de Versalhes são encontradas em museus, palácios e castelos; seu valor artístico é tão grande que um de seus exemplares

está exposto no Museu do Louvre

A magia dos espelhos

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Chuva de prataMas, afinal, o que faz o espelho re-fletir imagens? O pesquisador do Instituto de Física da USP Claudio Furukawa explica que a refletivida-de do material vem de uma fina ca-mada de prata ou outro metal apli-cada no dorso do vidro. Essa é uma das razões por que bons espelhos custam caro.Segundo os mais remotos registros, a primeira vez que o homem viu seu reflexo foi na água (o mitoló-gico Narciso que o diga). Por vol-ta do ano 3000 a.C. povos da atual região do Irã passaram a usar areia para polir metais e pedras, dando à sua superfície condições de refletir. “Mas esses espelhos refletiam apenas contornos e formas. As imagens não eram nítidas e o metal oxidava com facilidade”, conta o pesquisador.A prata já era usada para refletir imagens na Roma antiga. Naquela época, porém, o espelho nada mais era que um disco convexo – estanho e bronze eram outros materiais usa-dos. A qualidade da imagem refle-tida era sofrível e os espelhos eram grandes o bastante apenas para refle-tir um rosto, mas isso foi o melhor que se teve até a Idade Média.O espelho como o conhecemos apa-receu por volta do século 12 e se popularizou quatro séculos mais tarde, quando vidraceiros de Veneza passaram a aplicar uma amálgama de mercúrio e estanho sobre uma lâmina de vidro. “Os espelhos dessa época têm uma fina camada metálica na parte posterior do vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por estar protegido pelo vi-dro”, diz Furukawa.O processo de fabricação foi aprimo-rado em 1835 pelo químico alemão Justus von Liebig – também imor-talizado pela invenção do cubo de caldo de carne –, que substituiu a amálgama por prata derretida. Na fabricação do espelho moderno, o vidro recebe várias camadas de di-versas substâncias químicas, além de passar por tratamentos térmicos, la-vagens e polimentos. Hoje, a camada refletiva de prata geralmente é apli-cada na forma de nitrato, um com-posto líquido desse metal.

A magia dos espelhos

De Veneza a VersalhesCapazes de imprimir sua marca aos mais variados ambientes, os chamados es-pelhos venezianos têm a moldura toda trabalhada no próprio vidro. Clássicos, atemporais, são considerados verdadeiras obras de arte. Quando surgiram, os espelhos venezianos eram mais valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como o renascentista italiano Rafael (1483-1520).A democratização do espelho começou em 1660, quando o rei da França Luís XIV (1638-1715), o Rei Sol, ordenou que um de seus ministros subornasse ar-tesãos venezianos para obter seu segredo. O resultado pode ser conferido no Salão dos Espelhos do palácio de Versalhes.Com mais de 74 metros de comprimento, o Salão dos Espelhos é a mais fa-mosa obra-prima da arquitetura renascentista francesa. Criado por Jules Har-douin-Mansart e inaugurado em 1681, o espaço foi concebido para ser o mais espetacular aposento do Palácio de Versalhes, usado nas cerimônias impor-tantes da corte.O nome faz referência aos 375 espelhos que cobrem a parede do fundo do Salon. Opostos a 17 enormes janelas, eles refletem a luz do sol e as paisagens dos jardins de Versalhes. À noite, a iluminação de candelabros.Na época em que foram fabricados, os espelhos de Versalhes eram vistos co-mo uma maravilha da ciência e da arte. Mas simbolizaram também o descaso da monarquia absolutista francesa para com o povo. A fumaça liberada pelo mercúrio, usado na fabricação dos espelhos, envenenava os trabalhadores. Muitos morreram para produzir o luxo de Versalhes.Nas obras de restauração do ambiente, todos os espelhos foram removidos. Os que não puderam ser restaurados foram substituídos por outros da mes-ma época, que estavam guardados nos porões do prédio do Senado francês.Durante os 36 meses de reformas, uma equipe de 40 profissionais se dedicou exclusivamente à restauração dos afrescos do Salão.

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arte em vidro

Além da reflexão

1.

Skate Mirror quer evocar espírito “transgressor” da juventude.Abaixo, o espelho em vidro de 6 mm, da Suck UK, é produzido por um processo especial, em que o mapa do metrô de Londres é impresso em tinta dourada entre o vidro e a camada de prata. O resultado é uma imagem nítida e sem distorção ou dupla reflexão

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Ingredientes como ousadia, inovação e criatividade sem limites levaram alguns designers a relegar a segun-do plano a função do espelho de refletir imagens. Mais para obra de arte do que para artigo de utilidade, o Eclipse Mirror, por exemplo, é uma instigante criação do designer britânico Bodo Sperlein inspirada nas for-mas e efeitos luminosos de um eclipse solar. A moldura circular foi idealizada de modo a destacar o brilho e sofisticação dos cristais Swarovski e explorar toda a versatilidade do Dupont Corian, material sólido, não poroso e homogêneo, composto de 1/3 de resina acrílica e 2/3 de minerais naturais. “A combinação resul-tou em moderno e iluminado espelho circular que, quando aceso, brilha em todo seu contorno, dando ao ambiente um toque de classe e modernidade”, descreve o designer. Disponível em versões de 1 m e 0,8 m de diâmetro, o Eclipse Mirror é termicamente formado pelo Glacier White Corian, em que foram aplicados mais de 500 cristais Swarovski. “Muitos designers estão usando o material para criar luminárias ou efeitos de luz para várias aplicações”, afirma José Carlos Alcon, da Dupont.Empresa também britânica de design, a Suck UK desenvolve os mais incomuns e criativos artigos para pre-sente e acessórios para casa e outros ambientes. É o caso do Skate Mirror, que procura evocar o espírito “transgressor” característico da juventude. Feita de aço inox e vidro espelhado, a invenção é adornada por acessórios de skate originais e vem com um pacote de adesivos estilizados, que permitem a personalização de cada peça. Pode ser pendurado tanto na horizontal como na vertical.Autênticas peças de design, esses artigos por vezes acumulam também aspectos funcionais inusitados. É o caso do Wiper Mirror, um espelho de banheiro com limpador como os de para brisas de carros, criado pelo estúdio espanhol de design Causas Externas e comercializado pela loja virtual da Suck UK. “Banhos quentes e demorados costumam deixar os espelhos dos banheiros totalmente embaçados, e limpar com a mão ou uma toalha só piora a situação”, comenta a designer Claudia Roselló, sócia do Causas Externas. “Com um único acionamento manual do limpador, o espelho desembaça, e está resolvido o problema.”Outro exemplo de inventividade é o Led Mirror, também desenvolvido pela Suck UK. Ele vem com uma placa de LED por trás do espelho, funcionando como um display que exibe mensagens e funções de data e hora. É possível configurar mensagens com mais de 4 mil caracteres, por meio de controle remoto ou co-nectando o espelho ao computador.

reflexão

2. 3.

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1. Eclipse Mirror, do designer britânico Bodo Sperlein, inspirado nos efeitos de um eclipse solar

2. e 3. Wiper Mirror e Led Mirror, da Suck UK, recorrem ao design funcional

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‘Não perdemos para ninguém’Reconhecido como um dos grandes especialistas do mercado brasileiro de vidro plano, Carlos Henrique Mattar está há mais de dez anos à frente da gerência de desenvolvimento de mercado da Cebrace, empre-sa líder brasileira no segmento e que reúne em seu processo de fabricação o know-how e a tecnologia de dois gigantes do setor, a NSG/Pilkington (Japão) e a Saint-Gobain (França). Já atuou nas áreas fabril, técni-ca, de desenvolvimento de produtos, de pós-vendas e de comunicação.Formado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pela Poli/USP e pós-graduado em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Mattar também acumula no currículo cursos de formação técnica na Escola do Vidro e na Universidade do Vidro, na França. Com todo esse portfólio, ele posiciona o setor vidreiro nacional no mesmo nível dos mais avançados do mundo, com a possível ressalva da especificação de vidros de valor agregado, como os duplos e os de controle solar. Nesta entrevista a Vidro Impresso, Mattar empresta um pouco de seu conhe-cimento sobre tendências, diferenciais e os últimos avanços tecnológicos que a indústria vidreira tem ofe-recido à construção civil no Brasil.

A indústria vidreira no Brasil tem conseguido acompanhar os avanços registrados no exterior? Em que pon-tos ainda está defasada em compara-ção com EUA e outros países?Mattar – Nossa indústria vidreira não tem nada a dever à de outros países. Temos todas as certificações interna-cionais e nossas plantas são referên-cia em termos de segurança e tecno-logia. O único ponto em que ainda poderíamos estar defasados seria em relação à especificação de vidros de valor agregado, como vidros duplos e de controle solar. Como avalia o papel do vidro no de-sempenho energético das edifica-ções? Quais as características que o põem à frente de outros materiais em projetos de construção sustentável?O vidro é um elemento muito im-portante nas fachadas ou envoltó-rias das edificações comerciais e residenciais, pois é através dele que temos a interação necessária com o mundo exterior. Além de permitir a visão externa, propicia a entrada

de luz natural e de calor na medida certa, dependendo do tipo de vidro utilizado. Nesse contexto, ele tem um papel importante no desem-penho energético das edificações, podendo, quando bem aplicado e especificado, torná-las ótimos exemplos de edifícios sustentáveis. Para que esse grau seja atingido, é importante a utilização de vidros que possam reduzir a entrada de calor (vidros de controle solar), ate-nuar a diferença de temperatura, principalmente no inverno (vidros duplos e duplos com baixo emissi-vo), e ter a necessidade de limpeza reduzida, economizando água e de-tergentes (vidros autolimpantes).

Em tempos de abuso do conceito de sustentabilidade por razões de ma-rketing, acredita que se deva estabe-lecer um mecanismo de certificação para edifícios quanto a esse aspecto? A quem caberia exercer esse controle?A certificação é muito importante para que os usuários e investidores consigam diferenciar um projeto re-

almente sustentável. Hoje já existem algumas certificações internacionais muito sérias e respeitadas, como o selo LEED, por exemplo. Além disso, o Brasil está desenvolvendo um selo nacional, o Procel Edifica, que tam-bém vai contribuir.

Arquitetos e engenheiros têm consci-ência dos benefícios e diferenciais dos variados tipos de vidro na arquitetu-ra? Quais os caminhos para que esses profissionais ampliem o uso do vidro e especifiquem suas aplicações da for-ma mais adequada?Alguns profissionais já conhecem, outros ainda não. É importante levar conhecimento a esses profissionais, seja por meio de palestras, aulas ou eventos, seja propiciando material de qualidade que possa ser consultado na internet ou em papel. Esse conhe-cimento deve ser levado de maneira fácil e direta, na linguagem desses profissionais, demonstrando as van-tagens dos vidros em relação ao con-forto térmico, acústico e luminoso, além de sua inigualável estética.

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“Nossa indústria vidreira não tem nada a dever à de outros países. Temos todas as certificações internacionais e nossas plantas são referência em termos de segurança e tecnologia”

Com relação ao desempenho térmico e acústico, julga que a indústria vi-dreira tem conseguido cumprir as nor-mas técnicas da ABNT?A indústria vidreira tem conseguido. O problema está na interface com as construtoras e com os outros mate-riais que irão formar janelas, facha-das e/ou fechamentos. Qual o grande obstáculo para o de-sempenho acústico das edificações? Como o setor vidreiro tem trabalhado para desenvolver soluções de vedação em parceria com o de caixilhos?Na realidade, quando falamos de de-sempenho acústico, estamos falan-do de um conjunto que tem o vidro como um dos elementos. Mas é mui-to importante a correta especificação da caixilharia e da própria alvenaria para termos um “conjunto” com bom desempenho acústico. A utilização de vidros laminados, laminados acústicos e duplos pode trazer uma melhoria significativa, mas deve ser conjugada com caixilhos e instalação adequados.

Qual o impacto da norma 15575, quan-to ao desempenho acústico das edi-ficações, sobre o mercado do vidro? Acredita que a nova norma possa ser um estímulo para o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias?Com a correta especificação, o se-tor vidreiro não terá problemas para cumprir a nova norma. Pelo contrário, acredito que o setor esteja bem pre-parado para atendê-la e impulsionar o uso de produtos de valor agregado nas janelas. A norma irá estimular as indústrias a investirem nos produtos transformados e de valor agregado.

Quais os diferenciais e vantagens do vidro antirreflexo? Em que casos sua aplicação é mais indicada?O vidro antirreflexo tem como prin-cipal vantagem a redução, em até cinco vezes, da reflexão gerada por um vidro incolor, de maneira que, quando olhamos para uma vitrine ou fachada, a impressão é de não termos nenhum anteparo. Princi-palmente, como no caso da Cebra-ce, quando este vier na base de um vidro extra clear. As aplicações mais indicadas são em locais em que se deseje ter uma visão mais nítida, como vitrines de lojas, res-taurantes, camarotes de shows ou eventos esportivos.

Com relação aos chamados vidros in-teligentes, qual a mais avançada tec-nologia disponível hoje no mercado? Em que medida vêm sendo explora-dos para atender demandas por maior eficiência energética das edificações?Existem hoje várias tecnologias de vidros inteligentes, muitas das quais ainda em fase de desenvolvimento para comercialização em larga es-cala, como os vidros eletrocrômi-cos. No entanto, temos tecnologias que já estão presentes e podem nos auxiliar, como os vidros que ficam opacos ou transparentes (vidros com LCD interno) e os vidros auto-limpantes (nanotecnologia), que uti-lizam os fatores da natureza para se manterem sempre limpos.

A arquitetura tem adotado de forma crescente grandes áreas envidraça-das em fachadas, especialmente em projetos corporativos. Nesse con-

texto, qual o vidro mais adequado quando se deseja um bom desempe-nho energético? A melhor relação que se pode conse-guir hoje são vidros de controle so-lar seletivos (como a linha Cool Lite SKN), em vidros duplos para poten-cializar seu ganho.

Os custos desses vidros especiais ain-da são um fator limitante para a am-pliação de seu uso?Hoje não mais. Com a evolução dos vidros especiais e sua fabricação local (em muitos casos), o preço está bas-tante compatível com seus benefícios, sendo possível demonstrar que o in-vestimento feito será pago num pra-zo máximo de 3 anos (dependendo do tipo de obra, quantidade e local), em consequência da redução do gas-to energético. Isso sem considerar o conforto e luminosidade.

Qual o grande diferencial do vidro low-e e por que ele, sozinho, não pode ser considerado um vidro de controle solar?O vidro low-e ou baixo emissivo tem uma grande vantagem na isolação térmica, ou seja, na redução da tro-ca térmica entre dois meios. Em cli-mas frios, ele ajuda a não perdermos calor para o meio externo, reduzin-do o uso de aquecimento. Todavia, no caso de climas quentes como o nosso, precisamos reduzir a entra-da de calor por radiação, o que faz com que os vidros low-e não sejam eficientes sozinhos. Mas, quando combinados com vidros de controle solar, tornam-se grandes aliados do conforto térmico.

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Versatilidade, automação, ajustes precisos, facilidade de ope-ração, rapidez e exatidão são alguns dos atributos que a in-dústria de máquinas para vidro tem agregado às mesas de corte, para garantir eficiência e agilidade ao processo de pro-dução, além de mais qualidade ao resultado final. Aliadas aos chamados softwares de otimização, as últimas soluções de-senvolvidas no mercado asseguram corte preciso e economia de material, a partir do máximo aproveitamento das chapas de vidro, em ambiente totalmente automatizado.A Bottero, por exemplo, líder mundial na produção de má-quinas para vidros, lançou recentemente uma nova linha de mesa de corte de vidro monolítico, denominada EVO, siste-ma flexível que traz upgrades à mesa Classic tradicional. “As máquinas EVO dispõem de tecnologia K.E.R.S, aplicada ho-je na Fórmula 1, que consiste em acumular energia cinética gerada durante as fases de frenagem, para depois restituí-la aos motores durante as fases de aceleração, proporcionando uma importante economia energética em regime dinâmico de corte”, explica Rodrigo Adão, gerente comercial da Botte-ro do Brasil. Na multinacional Glaston Bavelloni, a atual ge-ração de mesas de corte vem evoluindo desde 2004, quando a linha foi lançada. O foco da empresa tem sido na contínua atualização de hardwares e softwares que acompanhem es-sa evolução tecnológica. “Em especial neste último ano, um grande salto tecnológico foi dado com a adoção do software Albat & Wirsam, com desempenho único no mercado, que possibilita a aquisição de outros módulos capazes de geren-ciar não somente a etapa de corte, mas todos os departamen-tos da empresa, proporcionando atualizações em tempo re-al”, informa o vice-presidente da empresa, Moreno Magon.

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produtos

Lamy 370S Glaston BavelloniAs mesas de corte Glaston possibilitam cortes em vidros lamina-dos e monolíticos das mais variadas espessuras. Embora todas as mesas possam cortar ambos os tipos de vidro, a empresa desenvolveu um modelo específico para corte de vidro lami-nado. A Lamy 370S difere dos demais modelos por trabalhar simultaneamente com dois cabeçotes de corte, aquecimento do PVB e lâmina de corte do PVB. Com isso, efetua o corte e separação do vidro de forma rápida e totalmente automática. Pelo computador do equipamento é possível realizar todas as operações, desde otimizações até o corte de vidro propriamen-te dito. O programa Easycnc oferece funções como visualiza-ção de planos de corte, diagnósticos de falhas, controle auto-mático de pressão de corte e shape scanner, de maneira fácil e intuitiva. A estrutura robusta garante precisão e durabilidade do equipamento.

Confira, na sequência, os diferenciais tecnológicos de mesas de corte de vidro disponíveis no mercado.

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Precisão cirúrgicaCom o apoio de softwares que monitoram a operação, mesas de corte de última geração aliam eficiência, qualidade e economia

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MCV-4028 e MCV-6028 IncovisaA mesa automática da Incovisa oferece alta velocidade de corte para vidros de 2 a 25mm de espessura. Controlada por computador em plataforma Windows, é do-tada de basculamento hidráulico para carregamento das chapas. O carregamento pode ser feito de forma simples, manualmente, com uso do rack de queda livre, ou com uso de carregador automático. A máquina oferece, como item opcional, cintos planos para transporte da lâmina de vidro, acionados por motor trifásico. A superfície é coberta por feltro preto e o colchão de ar pode ser ligado ou desligado por meio de um pedal de comando. Além disso, o gerente comercial da empresa, Jaime Martins, chama atenção para o sistema de guias longitudinais para a ponte de corte, que consiste em hastes-guias integradas ao rack dentado. “Elementos rígidos

e fixos garantem durabilidade e precisão de movimento para a ponte de corte”, garante. Depois de cortadas, as chapas de vidro são destacadas por barras

de destaque, operadas a partir de pedais de comando pneumáticos.

352- BCS EVO BotteroTrata-se de uma mesa intermediária flexível, que pode receber alguns upgrades, como, por exemplo, a troca de cabeçote para desgastar o vidro Low-E. Modelo mais vendido pela Bottero atualmente, a 352- BCS EVO é bem aceita por sua possibilidade de adaptação ao negócio de cada cliente. Com alta precisão de corte, a mesa propicia economia com a manutenção de rebolos e outras peças. Conta, ainda, com um dispo-sitivo especial para limitar a subida do cabeçote em função da espessura do vidro e reduzir o tempo de ciclo completo, dando mais agilidade ao corte. Outro ponto forte é a facilidade de operação. Segundo o gerente Rodrigo Adão, a tecnologia Bottero proporciona um “diálogo homem-máquina” simples e intuitivo, graças ao sistema operacional Windows Vista. “Durante a introdução dos dados de corte e em todas as funções operativas da máquina, o operador é ‘guiado’ passo a passo pelo software, que o auxilia e evidencia seus eventuais erros”, garante Adão.

Speed’Cut Bystronic glassO último lançamento da Bystronic tem tec-nologia voltada para cortes de retângulos e formas complexas, de maneira precisa e dinâmica. Motores lineares de última ge-ração propiciam excelente aceleração e alta velocidade de corte - de até 300 me-tros por minuto. “O conceito modular da Speed’Cut possibilita soluções individuais e adequadas a cada necessidade”, assegu-ra o gerente da filial brasileira da empre-sa, Ricardo Giorgetti. Segundo ele, outros atributos incluem operação confiável e econômica, controle moderno, com dados estatísticos das ferramentas, interface de operação intuitiva e amigável e redução de até 20% no consumo de energia.Além disso, o processo de ajuste gradual de pressão propicia qualidade de corte e permite um destaque rápido e preciso de formas complexas.

AG-MFCA AgmaqA mesa de corte automático da Agmaq é uma máquina de uso industrial, podendo trabalhar 24 horas diárias ininterruptas. A AG-Projetada com arquitetura aberta, permite a substituição de qualquer peça da máquina de modo independente. “Qualquer peça, mecânica ou eletrônica, pode ser comprada na Agmaq ou diretamente dos fabricantes e distribuidores”, afirma Gabriel Alves de Andrade, diretor comer-cial da empresa. A mesa dispõe das tecnologias mais avançadas do setor, como a utilização de um conjunto de motores e guias lineares que proporcionam altís-simas acelerações e velocidades, chegando a velocidades de 300 a 400 metros por minuto e acelera-ções que vão de 30 a 40 mts/s2.

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FlashNotícias, lançamentos e curiosidades. Acompanhe aqui os últimos acontecimentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva.

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Arco-íris de vidroInstalada sobre o ARoS Museum of Art, na cidade dinamarquesa de Aarhus, a passarela de vidro circular “Your

Rainbow Panorama” forma um caminho circular de 150 m X 3 m, revestido por vidros de todas as cores do

espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, azul e violeta, sempre em tons variados. Projetada pelo

artista dinamarquês Olafur Eliasson, a instalação permite uma visão 360° da cidade, sob a influência de cada

uma das cores. A estrutura de vidro tem diâmetro de 52 m e está suspensa a 3,5 m de altura por colunas

instaladas sobre o teto do ARoS Museum of Art, e pode ser vista de toda a cidade, inclusive à noite, quando

luzes internas são acesas. O acesso à instalação será feito por meio de escadas e elevadores.

iPhone com vidro curvoOs boatos sobre o lançamento do iPhone 5 já começam a correr pelo mundo da tecnologia.

Segundo o jornal taiwanês DigiTimes, a Apple pretende introduzir um vidro curvo na nova versão do

aparelho, ainda sem data confirmada para apresentação ao mercado. De acordo com a publicação,

os fabricantes de vidro não querem se comprometer com a compra de equipamento para cortar o

vidro da maneira desejada pela Apple. Para contornar o problema, a empresa de Steve Jobs teria

adquirido entre 200 e 300 máquinas de corte. O novo componente seria um fator crítico para a

determinação da data de lançamento do novo dispositivo, que chegaria ao mercado somente

quando a técnica do corte de vidro estivesse dominada pela companhia.

Número 1 em sustentabilidadeA Alcoa foi eleita a empresa mais sustentável do seu setor e a 11ª em todo o Brasil no ranking “As empresas mais

sustentáveis segundo a mídia”, do Portal Imprensa. Essa classificação ocorre a partir da avaliação da mídia com base

no trabalho de comunicação sobre ações de sustentabilidade da empresa, comprovado, na prática, por intermédio

do número de matérias publicadas em veículos estratégicos. A pesquisa analisou matérias publicadas em 2010 nas

revistas América Economia, Amanhã, Carta Capital, Exame, Época, Época Negócios, Veja, IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. Na

avaliação, foram considerados quesitos como transparência, consciência ambiental e bem-estar dos funcionários,

entre outros.

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Pernambuco ganha nova fábricaEm reunião no Ministério da Integração Nacional, em Brasília, o grupo pernambucano Cornélio Brennand deu o

primeiro passo para abrir uma fábrica de vidros planos no município de Goiana (PE). A família pernambucana pediu um

financiamento de R$ 445 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e às instituições de

fomento do Nordeste. A Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), primeira fábrica do segmento no Nordeste, tem o

custo total de implantação estimado em R$ 550 milhões. O início da operação está previsto para dezembro de 2012. Com

uma área construída de 80 mil metros quadrados, a CBVP teria capacidade instalada anual de 290 mil toneladas, o que

equivale a 30 milhões de metros quadrados de vidros planos por ano.

O faturamento anual da fábrica é calculado em R$ 400 milhões. Os principais clientes devem ser as indústrias de

construção civil, empresas de decoração e automotivas. A família Brennand, dividida nos grupos Cornélio Brennand e

Ricardo Brennand, é dona de um dos conglomerados empresariais mais importantes do Nordeste. Além dos vidros planos, atua

nos setores de energia, imóveis, pecuária e cimento.

Vidro É VidaA Owens-Illinois, maior

produtora de embalagens de

vidro do mundo, anunciou

em junho o lançamento da

campanha global Vidro É

Vida. O objetivo é mostrar as

qualidades inigualáveis das

embalagens de vidro para a

construção de marcas bem-

sucedidas na indústria de

alimentos e bebidas. Uma

iniciativa mundial inédita, a

campanha Vidro É Vida da O-I

também destaca a preferência

que os consumidores têm pelo

vidro. “A extensa pesquisa

da O-I mostra que entre os

consumidores há uma forte

demanda pelo vidro, mas

o mercado não reflete tal

interesse adequadamente.

Nós almejamos mudar a

concepção da indústria de

alimentos e bebidas sobre

embalagens, mostrando o

poder do vidro”, disse Al

Stroucken, diretor Executivo

e presidente do Conselho da

O-I. Entre os apoiadores da

campanha está Celine Costeau,

ambientalista e neta de

Jacques Costeau.

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Vidro caramelizado A artista plástica paranaense Désirée Sessegolo inaugurou em junho a exposição

Quintessência, com esculturas inéditas de sua mais recente coleção. Em cartaz até o dia 21 de agosto,

na Casa João Turin, em Curitiba, a mostra é inspirada na filosofia de Aristóteles, que considerava o universo como um

composto de quatro elementos principais – terra, água, ar, fogo e mais um quinto elemento, uma substância etérea

que permeava tudo e impedia que os corpos celestes caíssem sobre a Terra. Especializada em glass fusing, Desirée

criou uma técnica exclusiva de cristalização da massa vítrea, denominada Vidro Celular, com texturas impregnadas de

perfurações. Desenvolvido a partir de sucessivas pesquisas para a obtenção de novos efeitos sobre o vidro, o processo

de produção consiste em dispor cuidadosamente o vidro em pequenas partículas sobre moldes cerâmicos modelados

manualmente, induzindo a formação de espaços vazios, que originam as perfurações e texturas na superfície do

material finalizado. Em seguida, a peça é colocada no forno, onde sofre de duas a três curvas de queima.

Novos puxadores Glass Vetro A Glass Vetro lançou uma nova linha

de puxadores em aço inox 304. São

três modelos que apostam no design

clean, para emprestar praticidade e

sofisticação aos ambientes. De fácil

instalação, eles podem ser aplicados

em portas de vidro ou madeira,

armários e outros tipos de mobiliários.

Delicadas, as curvas conferem um

visual diferenciado ao puxador FL 187.

O produto é comercializado pela Glass

Vetro com acabamento em aço inox

polido, em duas medidas: 300mm e

450mm de altura. Já o puxador FL 602

aposta nas linhas retas, que conferem

requinte e leveza ao ambiente. O

modelo FL 646 traz como diferencial

a delicada mistura do aço inox polido

com o escovado. Com acabamento

escovado, tem duas faixas (de cada

lado da porta) em aço polido.

Banho de chuvaA francesa Prodigg, especializada em design para

banheiros, desenvolveu uma linha de chuveiros de

vidro que simula um relaxante e revigorante banho

de chuva sem sair de casa. A Rain Showerhead é

composta por quatro saídas de água independentes,

que podem ser acionadas isoladamente ou em

diversas combinações, criando surpreendentes

efeitos. Seu design favorece uma ducha mais

homogênea, sem espaços entre as saídas de água,

proporcionando um banho com efeito parecido ao de

uma forte chuva tropical. Há ainda a opção de saídas

de água redondas e quadradas. O painel de suporte

quadrado foi projetado em vidro temperado de 60 x

60cm, com acabamentos em latão cromado ou liso.

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Cabines inspiradas no eclipseConceituada fabricante italiana de boxes

e acessórios para banheiros, a Cesana

desenvolveu uma cabine de boxe inspirada no

eclipse. Formada por dois painéis de vidro curvo

integrados, o modelo cria duas áreas circulares

que simulam o movimento do fenômeno

astronômico. Os vidros são temperados, com

6mm de espessura e os perfis, em alumínio

brilhante e aço inox, com acessórios em latão

cromado, complementam o acabamento. As

cabines de box integradas são uma tendência

na Europa e principalmente na Itália, berço do

design mundial.

Silicone versátilA multinacional alemã Wurth apresenta mais um lançamento no mercado brasileiro: o novo Adesivo de

Silicone Neutro Pro, um selante monocomponente pronto para uso. Com elevado índice de pureza (cerca

de 92% de concentração de sólidos), o produto é econômico, pois permite aplicação em pouca quantidade

durante a extrusão. Após a evaporação do solvente pelo processo de cura, o silicone apresenta níveis

mínimos de encolhimento, o que garante sua integridade por longos períodos. Versátil, o selante pode

ser usado por profissionais de vidraçarias, serralherias e instaladores de toldos e coberturas. “Ele adere à

maioria dos materiais, porque o risco de reação química com os substratos é muito reduzido”, esclarece

Ricardo Assis, técnico da Wurth do Brasil, “A ausência do ácido acético evita manchas em superfícies de

espelhos, vidros temperados e laminados. E os baixos níveis de solvente permitem a aplicação em superfícies

verticais, tetos e juntas, sem que o produto escorra”, completa. Resistente a raios ultravioleta, intempéries

e a uma alta variação de temperatura, o produto não é indicado para vedação de aquários e colagem

estrutural de vidros.

Prêmios AL PuxadoresA fabricante de ferragens para vidro AL Puxadores lançou,

no mês de julho, uma promoção especial exclusiva, válida

em todo o território nacional até setembro de 2011.

Segundo o regulamento, a cada R$100 em compras nos

distribuidores de produtos AL, os clientes recebem um

cupom para concorrer a 50 prêmios. Os primeiros oito

sorteados ganharão uma serra de esquadria Makita.

Outros prêmios incluem martelo eletromagnético SKIL

e furadeiras de impacto da Bosch.

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Kit para portas pivotantesA Fise oferece ao mercado um kit que reúne a solução completa para portas

pivotantes feitas com perfis de alumínio. Os componentes incluem puxadores

em latão ou em aço inox em diversas medidas e acabamentos, fechadura La

Fonte com regulagem do curso do trinco de rolete pela face frontal e caixa

blindada e pivôs para folhas de até 80 kg. Todos os materiais são resistentes

à corrosão. A Fise é o distribuidor exclusivo dos produtos La Fonte para o

segmento de esquadrias de alumínio.

Soluções em fachadas contínuasA Giesse lança no Brasil uma linha de

componentes desenvolvida especialmente

para fachadas contínuas. Tendência na Europa,

essas fachadas recebem esquadrias agrupadas

sequencialmente, sem interseções, com o

objetivo de aparentar uma fachada única.

A empresa desenvolve componentes como

cremonas e braços projetantes, para facilitar e

aumentar a segurança no manuseio das janelas

especiais para fachadas contínuas. A cremona

Euro CW, por exemplo, é ambidestra e aciona

o sistema de fechamento multiponto, que

permite maior segurança. O sistema permite

boa vedação, estanqueidade, isolamento

térmico e acústico e facilidade no manuseio,

além de conferir maior conforto ao ambiente.

Outro destaque da linha é o braço projetante

GS HD. Disponível em várias versões, ele projeta

a folha paralelamente à fachada, sem alterar a

reflexão dos raios solares, o que evita reflexos

desagradáveis. Fabricado em inox, apresenta

maior durabilidade e resistência à corrosão por

agentes atmosféricos.

Projetos verticais ganham novas opçõesA Linha Residence é a nova aposta da

Claris para o mercado de esquadrias de PVC.

O produto oferece tipologias moduláveis

que permitem uma adaptação precisa,

especialmente para atender a especificidade

dos novos padrões de construção vertical.

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Transporte em quadrinhos A UBV lançou um manual no formato de história em quadrinhos, com o objetivo de falar

de forma divertida sobre o transporte de vidros, além de dicas de direção defensiva. Em

forma de gibi, o “Manual do Caminhoneiro classe A” aborda temas como a manutenção

do veículo, transporte de vidro na estrada, entre várias outras dicas de grande importância

para o caminhoneiro. Para Eliseu Silva, coordenador de logística e assistência técnica da

UBV, “a campanha é o primeiro passo para conscientizar os caminhoneiros da importância

da direção segura e cautelosa. Transportar vidros requer cuidados especiais, pois se trata de

um material delicado e perigoso se transportado com imprudência.”

Embalagens customizadasLíder mundial em embalagens de

vidro para alimentos e bebidas, a

Verallia apresentou ao mercado

brasileiro uma linha de garrafas

super premium, diferente de

tudo o que existe nas gôndolas

locais. Os 14 modelos da família

Selective-Line, importados

da França, se apropriam de

customização extrema. A

chegada da linha, que já é

sucesso á fora, responde a

aspirações da indústria nacional

de bebidas, em especial as das

empresas que buscam atuar no

mercado de luxo, com edições

limitadas. Cada uma das novas

garrafas é exclusiva e adaptada

às mais variadas categorias:

vinhos, uísques, licores, cachaças,

águas, entre outras

Forno mais vendido chega ao BrasilNo mês de julho, a Glaston abriu as portas de sua fábrica para a realização do evento ProE

Party. O principal intuito foi, além de expôr suas mais variadas soluções para o ramo do

vidro, apresentar o lançamento no mercado brasileiro do forno mais vendido no mundo,

agora com fabricação nacional: o ProE 300TM. Resultado de décadas de experiência na

indústria do vidro, o produto foi desenvolvido para atender às crescentes necessidades de

processamento de vidros de baixa emissividade. “O lançamento faz parte da estratégia da

Glaston de produzir nacionalmente tecnologias de ponta até então disponíveis somente em

países do primeiro mundo”, afirma Moreno Magon, vice-presidente de vendas e serviços

para a América Latina. O forno

ProE 2860 dispõe de tecnologia

para a produção de vidros

especiais, peças de grande

dimensão, com alta qualidade

ótica e de têmpera, somada

a robustez operacional e

eficiência energética. O

equipamento está preparado

para produzir até 100 mil m2

de vidro por mês, peças com

dimensões de 2800x6000mm

e vidros de controle solar

de alto desempenho.

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Arranha-céu blindadoJá está em construção, em

Nova York, o projeto do

escritório Skidmore, Owings

& Merrill (SOM) para a

construção da Freedom Tower,

no local onde existia uma das

Torres Gêmeas destruídas nos

ataques de 11 de setembro

de 2001. Com 541 metros de

altura, a torre será oficialmente

chamada de One World Trade

Center e, quando pronta, se

converterá no edifício mais alto

do Ocidente.

A base do edifício, de

60m X 60m, é construída em

concreto e será inteiramente

revestida com painéis de vidros

blindados, para absorver ainda

mais o impacto em caso de

atentado. Cada peça de vidro

terá a altura exata de um

pavimento do edifício.

Brilho para os ambientesA paranaense Pastilhart

trouxe para seus showrooms

a mais recente linha

importada de pastilhas de

vidro com efeito perolizado.

Formada por 14 cores em

tamanho 2x2cm, a Linha

Gloss tem uma película

furta-cor em sua superfície,

responsável pela variação

de cor de acordo com a luz

projetada sobre as pastilhas.

Podem ser aplicadas em

ambientes internos e

externos, em fachadas,

ambientes molhados,

úmidos ou secos, em pisos

com baixo tráfego, em

paredes, piscinas e como

revestimento de móveis,

churrasqueiras e lareiras.

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feiras e eventos

Estilo e tecnologia

Projeto Casa dos recém-casadosA Saint-Gobain Glass marcou presença em um ambiente criado pela arquiteta e designer de interiores Ana Paula Faria. Os vidros SGG MASTER-CARRÉ de 8mm, da linha SGG MASTERGLASS, foram usados em diversas aplicações. O destaque do ambiente foi um guarda-corpo todo iluminado por led RGB, com cinco cores diferentes, que se alternavam seguindo uma seqüência pré-estabelecida, operado por controle remoto

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Maior evento de decoração no País, a Casa Cor abriu suas portas entre os dias 24 de maio e 12 de julho, no Jockey Club, em São Paulo, com a participação dos mais celebrados arquitetos, decoradores e paisagistas brasileiros da atualidade. Vidros e espelhos, mais uma vez, apareceram com destaque em variados estilos e propostas de ambientes, como sinô-nimos de sofisticação, amplitude e, principalmente, tecnologia. A edição que comemorou 25 anos do evento apresentou 110 ambien-tes decorados, distribuídos ao longo de 56 mil m² do Jockey Club. Sob o tema “Dia a Dia com Tecnologia”, a mostra trouxe ao público a tendência mundial de explorar a tecnologia como aliada para uma vida mais leve, confortável, ecológica e funcional. Este ano, a Casa Cor veio dividida em quatro: além dos tradicionais ambientes residenciais, apresentou também a Casa Kids, a Casa Hotel e a Casa Talento, cada uma dedicada a um setor específico do mercado (crianças, hotelaria e novos designers e decoradores, respectivamente). A Casa Hotel seguiu a tendência da mostra principal, conjugando conforto e tecnologia em suítes inspiradas em personalidades. A Casa Kids, por sua vez, revelou o aumento da demanda pelo vidro em locais destinados às crianças.Sugerir ambientes que revelem o prazer de morar bem com tecnologia e conforto foi o grande objetivo da versão 2011 do evento, afirma o presidente da mostra, Angelo Derenze. “O público teve oportunidade de perceber que a tecnologia, antes aplicada apenas em ambientes cor-porativos, também faz parte da rotina dos lares brasileiros, garantindo comodidade, economia de recursos e preservação do meio ambiente.

Estilo e tecnologia

Casa Cor destaca recursos tecnológicos conjugados à aplicação do vidro no ambiente doméstico

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“O público teve oportunidade de perceber que a tecnologia, antes aplicada apenas em ambientes corporativos, também faz parte da rotina dos lares brasileiros, garantindo comodidade, economia de recursos e preservação do meio ambiente”

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feiras e eventos

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Tínhamos que abordar este tema com foco residencial, já que se trata de uma demanda com forte crescimento no mer-cado”, declara.Seguindo essa proposta, um dos exemplos da aplicação do vidro conjugado à tecno-logia para composição de ambientes foi o PKO Privacy Glass, presente em diversos espaços da mostra. Acionada por um dim-mer, a tecnologia especial de LCD permite transformar o vidro branco translúcido em incolor, garantindo privacidade e possibili-tando a projeção de imagens. “Amplamente usados na decoração, os vidros tecnológi-cos propiciam a criação de espaços integra-dos e exclusivos, com a possibilidade de se controlar a luminosidade e criar formas e desenhos no vidro por meio de micro lâm-padas led”, afirma Myrian Ang, diretora de marketing da PKO do Brasil.

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1. A Casa Contêiner, de Brunete Fraccaroli, rendeu à arquiteta o título de Projeto Mais Sustentável do prêmio Casa Cor SP 2011. Para o fechamento, a escolha recaiu sobre o Climaguard Light, que filtra os raios UV e o calor e garante a passagem da luminosidade. Os produtos Guardian foram processados pela CNV Vidros, Arclam, Conlumi e Penha Vidros

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2. ESPAÇO X4 OFFICE. Projeto da Casa Cor Hotel, o cubo de vidro Eco Lite – montado para o espaço do arquiteto Fernando Brandão na Casa Trio Office 2010 - compôs, desta vez. um apartamento de hotel, também assinado pelo profissional: . A iluminação intimista e os vidros com filtragem UV permitem a sensação de fuga do cotidiano. O cubo de vidro é composto por 180m2 de vidros laminados Eco Lite Incolor 4mm + Float Incolor 6mm

3. e 4. A Casa da Vila, projetada pela arquiteta Ana Paula Faria, apostou em um projeto sustentável e tecnológico. O revestimento da fachada e a janela do living receberam vidros PKO Privacy Glass com tecnologia capaz de trans-formar a cor do vidro em branco translúcido

5. Em sua estréia na Casa Cor São Paulo, o arquiteto gaúcho Luiz Sentinger usou o Box Espelhado recém lançado pela Guardian para ampliar a proposta desta sala de banho. A paleta serena de cores dá o tom ao ambiente de 40 m2 idealizado com a finalidade de relaxar e acalmar os sentidos. Com espessura de 8mm, os vidros usados foram benficiados pela empresas Arclam e Conlumi

2.

3. 4.

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feiras e eventos

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O estreito e crescente vínculo entre as indústrias do vidro e do alumínio foi evidenciado durante a sexta edição da ALUVI – Exposição Internacional de Vidro e Alumínio, realizada entre os dias 31 de maio e 4 de junho em Buenos Aires, na Argentina. Organizada pela Cámara de Vidrio Plano y sus Manufacturas de la República Argentina (CAVIPLAN), em parceria com a Cá-mara Argentina de la Industria del Aluminio y Metales Afines (CAIAMA), o evento refletiu a importância dos dois setores como fornecedores estratégicos da construção civil, especial-mente no segmento residencial. Realizada paralelamente à Batimat Expovenda, evento voltado para toda a cadeia de valor da construção civil, a ALUVI 2011 recebeu mais de 117 mil visitantes no centro de convenções La Rural, onde cerca de 65 expositores, a maioria do mercado internacional, puderam apresentar novidades, lançamentos e as últimas tecnologias ligadas aos dois setores, além de firmar

importantes parcerias de negócios. Segundo representantes da CAIAMA, o consumo de alumínio na Argentina tem alcança-do os índices mais elevados de sua história. “O consumo per capita, indicador universal do consumo real, está próximo a 5 kg por ano. O setor da construção na Argentina foi um dos que mais cresceram nos últimos anos, especialmente a partir de 2002, e está também entre os de maior potencial de crescimen-to, especialmente se comparado com o de países desenvolvi-dos”, afirma Luiz Costa, presidente da associação. O executivo informa que o consumo de perfis de alumínio no país em 2010 chegou à casa das 38 mil toneladas. A expectativa da ACAMA é que esse consumo acompanhe o crescimento do PIB nacional, o que deverá impulsionar a produção anual de alumínio primário, atualmente da ordem de 500 mil toneladas. “Embora boa parte desta produção se destine à exportação, ela permitirá o desenvolvimento e a fabricação nacional de produ-

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Aluvi 2011 confirma crescimento da construção civil na América do Sul

Realizado na Argentina, evento reuniu mais de 117 mil visitantes e expositores de várias partes do mundo

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tos de maior valor agregado, como sistemas de alumínio para marcenaria, cada vez mais sofisticados e com me-lhores níveis de desempenho”, completa Costa.Atenta às perspectivas do mercado latino americano de esquadrias de alumínio, que só no Brasil fatura cerca de R$ 650 milhões ao ano, a italiana Giesse, líder europeia na fabricação de componentes e acessórios para esqua-drias de alumínio, participou do evento por considerá-lo estratégico para sua expansão neste mercado. A com-panhia instalou seu centro de operações no Brasil para exportação ao mercado latino-americano e mira seus ne-gócios em países como Argentina, Chile e Colômbia. Du-rante o evento, a Giesse apresentou as Linhas Tempo, OS Operator e Promel, além de acessórios para portas e para o novo modelo de janelas oscilo-batentes.Em sua sexta participação no ALUVI, a Hydro Alumi-nium Argentina, uma das patrocinadoras do evento, apresentou novidades como a fachada tipo frame, de 130mm, os sistemas de corte térmico para sua linha HA62 e um novo sistema de janelas e batentes de porta com câmara de 16mm. Na ocasião, a empresa come-morou dez anos de presença na Argentina com uma degustação de comida escandinava, em que estiveram presentes mais de 200 representantes do mercado de extrusão de alumínio. De olho na rápida expansão das construções sustentá-veis, a multinacional Glaston teve como principal foco a apresentação de soluções voltadas para vidros de bai-xa emissividade. “A tendência de aumento dos edifí-cios ‘verdes’ demanda uma maior especialização dos profissionais do ramo, que buscam melhor tecnologia para beneficiar e temperar vidros da nova geração low-e”, afirma o vice-presidente da Glaston para a América do Sul, Moreno Magon.A empresa apresentou produtos e serviços cobertos por suas cinco áreas de negócios: têmpera, pré-pro-cessamento, serviços, ferramentas e softwares. “Nos-sos maiores clientes do Mercosul estiveram presentes e observamos um aumento no interesse em vidros de segurança para a construção, o que implica um cresci-mento na demanda de fornos e máquinas de pré-pro-cessamento”, comenta Magon.Entre os produtos expostos destacaram-se um forno para têmpera horizontal de vidro plano modelo PTF-1224 4mm e uma lapidadora copo modelo Gemy 11, além de uma gama completa de ferramentas e softwares para equipamentos de têmpera e pré-processamento.

Fabricante de maquinários para vidros com presença mun-

dial, a Bottero aproveitou a ocasião para apresentar a mesa

de corte 332 BKM, que, segundo Ezio Cabib, diretor da Bot-

tero do Brasil, teve boa aceitação do público. “Além de es-

treitar os laços com o público local, empresas apresentou

seu novo represente na Argentina, Maximiliano DiCamilo,

como parte da estratégia da empresa de reafirmar os negó-

cios na América do Sul.

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feiras e eventos

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Glass Perfomance Days FinlandConferências debatem as mais avançadas tecnologias da

indústria vidreira

Considerada o maior forum internacional voltado para a indústria de vidros automotivos, arquitetônicos e solares, a Glass Performance Days Finland teve sua 12ª edição realizada na cidade de Tampere en-tre os dias 17 e 20 de junho. Organizado pela multinacional Glaston e com patrocínio de empresas como Guardian, Dow Corning, Dupont e Solutia, o evento contou com a participação de mais de 800 profissio-nais, a maioria das áreas de arquitetura e construção. O Brasil marcou presença com executivos como Moreno Magon, vice-presidente de vendas e serviços da Glaston na América do Sul, Reginaldo Moreira e José Carlos Jeronymo, diretores da Glaston Brasil, e Angelo Arruda, diretor da T2G Engenharia. Acima de 200 trabalhos, entre pesquisas, análises e artigos científicos, abordaram as principais questões e ten-dências que irão ditar os caminhos da indústria do vidro nos próxi-mos anos. “A GPD é uma excelente oportunidade para que especialis-tas do setor se encontrem e discutam as vertentes que deverão moldar o futuro da indústria do vidro”, afirma Jorma Vitkala, presidente da comissão organizadora do evento.Segundo Vitkala, o programa foi estruturado de forma a abrir espaço para a apresentação de inovações tecnológicas, melhorias dos proces-sos produtivos e, especialmente, as mais recentes soluções em produ-tos de tecnologia solar. “O foco principal das conferências foi voltado para as vantagens da aplicação do vidro em comparação com outros materiais, especialmente em tecnologias que possam contribuir para um desenvolvimento de soluções sustentáveis de eficiência energética”, ressalta. O evento mesclou as mais avançadas soluções já disponíveis no mercado com tecnologias emergentes, ainda em fase de testes. “Um exemplo emblemático desta primeira categoria é a Desertec Initiative, um ambicioso projeto que visa à exploração em grande escala de ener-gia solar e eólica dos desertos africanos, para abastecer não somente os países da região, mas também parte da Europa”, ressalta o presidente.Destaque do evento, a Desertec Initiative foi dissecada pelos represen-tantes do consórcio que está por trás do projeto, a Fundação Desertec, formada por 12 companhias dos setores financeiro e industrial. “Em combinação com uma infraestrutura inteligente de abastecimento e distribuição energética por rede, a Desertec é um excelente exemplo de como as tecnologias emergentes podem converter em realidade pro-jetos há tempos apenas imaginários”, afirma Ralf Christian, CEO da Divisão de Distribuição de Energia da Siemens, uma das integrantes do consórcio “É também uma mostra de que diferentes tecnologias podem se apoiar umas nas outras para o desenvolvimento de soluções energéticas holísticas, para grandes áreas.”Outra atração da GPD Finlândia que mereceu atenção dos visitantes foi o concurso de arquitetura que elegeu o melhor projeto para um pavilhão de vidro que será construído no Bank of Finland Square, no centro da cidade de Tampere. Organizado pela municipalidade local, em parce-ria com a Finnpark, Glaston e Universidade de Tecnologia de Tempe-re, o concurso teve como proposta aplicar as novas oportunidades que se abrem para os vidros arquitetônicos e criar um novo marco de alta qualidade para a cidade. Foi vencedor do concurso o escritório ALA Arkkitehdit, que desenvolveu o projeto Magnólia, uma estufa arredon-dada formada por triângulos de vidro. O projeto prevê o plantio de uma árvore de magnólia no interior da estufa. ”Os elementos de vidro trian-gular serão fundidos em um molde, usando a tecnologia de produção de para-brisas, e em seguida laminados juntos” explicam os autores.

Concurso: Projeto Magnólia foi único capaz de traduzir a impressão de fragilidade e leveza inerente ao vidro. Uma árvore de magnólia será plantada no interior da estrutura

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Edison Moraes

BUY QUIET compre silêncio para sua casa

Edison Moraes

Presidente do conselho

da PróAcústica e diretor da

Sobrac – Sociedade Brasileira

de Acústica. Pesquisador e

empresario, é idealizador do

congresso Vidrosom

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No mês de julho participamos de um importante seminá-rio de acústica realizado em Paris, o BUY QUIET (Compre silêncio), que reuniu cerca de 100 experts de 18 países. O nome foi escolhido para, de certa maneira, chamar a aten-ção da opinião pública para esse que é um dos grandes pro-blemas dos dias de hoje: a poluição sonora.Milhões de pessoas são agredidas diariamente por ruídos indesejados – e dificilmente reagem. E praticamente todos os recentes esforços para tornar as pessoas mais conscientes do problema têm falhado. Essa foi uma das conclusões do seminário: nada do que foi feito até o momento surtiu re-sultado expressivo.Arrisco afirmar que poucas pessoas, ao longo de toda sua existência, consideram o nível de ruído como critério na hora de decidir suas compras, de eletrodomésticos a au-tomóveis, de residências a escritórios. Portanto, muita coisa tem que ser feita.No Brasil, iniciativas como o Programa PSIU começaram a todo vapor e perderam grande parte da força. A ideia básica do seminário BUY QUIET é traduzir termos e expressões técnicas em uma linguagem cotidiana e de fácil compreensão. O simpósio foi proposto pelo americano Matthew Mobile, pesquisa-dor de acústica da IBM, e organizado pela Ince Europe.Um dos assuntos mais comentados no se-minário foi o debate sobre etiquetas que classificam o desempenho dos produtos em função do nível de ruído. O indicador PNR – Product Noise Rating – é apresentado em forma de ícone e tem como propos-ta básica passar para o consumidor informações sobre o desempenho do produto de forma simples e objetiva. Por exemplo: este produto é relativamente silencioso ou rela-tivamente barulhento.Outra proposta em discussão foi o quiet mark – uma sugestão de selo que certifica que o produto é silencioso. Esse tipo de iniciativa estimularia os fabricantes a desenvolverem produtos menos barulhentos. A ideia é dar uma garantia ao consumidor de que o produto com esse selo é de fato silencioso. Algumas multinacionais já apoiam o projeto, que tem tudo para pegar.Muito interessante também foi a palestra sobre a campanha holandesa para a redução do ruído, em que foi apresentada uma série de propagandas com produtos silenciosos, como

máquinas de lavar, aspiradores de pó, lava-louças, etc. O intuito foi abordar questões comportamentais: antes do de-cibel é preciso corrigir o comportamento das pessoas e es-timular o respeito pelo próximo. Infelizmente, porém, em muitos casos, a tomada de decisões está mais ligada a fatores econômicos do que a questões ambientais e humanitárias.O pensamento que impera é: “por que pagar 10% a mais em soluções acústicas se protetores de ouvido para os nossos operadores são muito mais baratos?”Não precisamos ser experts no assunto para entender o que nos afeta. Porém, no que se refere ao nível de ruído, muitos termos utilizados são de difícil compreensão por quem não é do ramo. Em minhas palestras, por exemplo, sempre per-

gunto o que é decibel, e poucos sabem o que de fato significa o termo.A conclusão é que temos que simplificar a linguagem, e nesse ponto o seminário trouxe contribuições interessantes. Por exemplo, as etiquetas de consumo de energia PNR devem evitar termos téc-nicos, como dB(A) e freqüência, e sim informar claramente o nível de ruído: alto, médio ou baixo. Ou seja, simpli-ficar ao máximo o teor das informações relativas ao desempenho acústico de um produto.Essas questões tornam-se especial-mente pertinentes em nosso País por estarmos diante da aprovação de uma

norma (NBR 15575) que pode ajudar empresas vidreiras que trabalham com produtos de alto valor agregado. Até o momento, as empresas do setor parecem dormir em berço esplêndido, pois pouco sabem a respeito do assun-to. O fato é que norma traz uma grande oportunidade para o segmento – pois em seu capitulo acústico exigirá, por parte dos fabricantes e demais envolvidos no proje-to, cuidados maiores com o envoltório das construções e ambientes internos.Como balanço do seminário, a conclusão a que se chega é de que o segmento tem feito um importante trabalho em termos de especificações, normas e estudo de casos, formas de medição, níveis de isolamento, ensaios, testes de cam-pos e desenvolvimento de materiais. Porém, se esqueceu do mais importante: o diálogo com quem de fato usa os produ-tos: o consumidor.

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“Milhões de pessoas são agredidas

diariamente por ruídos

indesejados – e dificilmente

reagem”

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Edificações voltadas para o ensino, pesquisa e conhecimento requerem alguns diferen-ciais que devem ser pensados desde a fase do projeto. Além da inovação e criatividade, questões como durabilidade e manutenção dos materiais devem ser levadas em conta no estudo econômico da obra, para garantir um custo baixo de manutenção e uma vida útil elevada. “Uma escola não pode ter problemas frequentes de manutenção, já que dispõe apenas do período das férias escolares para intervenções maiores”, afirma o engenheiro Carlos Alberto Schalch, diretor técnico da Lógica Engenharia.O vidro exerce papel fundamental nesses projetos, não somente por suas características de durabilidade, transparência e, por vezes, luminosidade com translucidez, mas tam-bém por seu forte perfil lúdico e estético. Aspectos econômicos e ambientais também costumam ser fatores importantes, e o vidro é um dos protagonistas quando se busca o uso de materiais e procedimentos que garantam a sustentabilidade da edificação ao

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Templos do conhecimento

Vidro é aliado valioso

em projetos de bibliotecas,

escolas, centros comunitários,

culturais e educacionais

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Templos do conhecimento

Colinas onduladas servem como pano

de fundo para atividades ao ar livre

neste arrojado projeto para a futura

escola Vilhelmsro Primary School,

em Asminderoed, na Dinamarca.

Os telhados verdes são inclinados e

se fundem uns aos outros, formando

uma passarela que permite a

circulação pelos gramados. A paisagem

circundante serve não apenas à

estética do local, mas também é parte

integrante da proposta do currículo da

escola, focada em questões como meio

ambiente, natureza e sustentabilidade.

As grandes aberturas de vidro em toda

a extensão das faixas inclinadas que

formam o edifício permitem que ele se

funda à natureza circundante e garante

o fluxo da luz do dia para todos as salas

de aula e demais ambientes da escola.

longo de sua vida útil. “São sempre bem-vindos sistemas de iluminação eficientes em consumo de energia, sistemas de isolamento térmico capazes de reduzir o consumo de ar condicionado e soluções arquitetônicas que garantam iluminação natural”, ressalta Schalch.Bibliotecas, escolas, centros culturais, educacionais e de pesquisa requalificam e dão novos contornos ao es-paço urbano e à comunidade em que estão inseridos. Nas próximas páginas de Vidro Impresso, confira alguns projetos brasileiros e internacionais voltados para o co-nhecimento que fizeram do vidro um valioso aliado na construção de sua identidade.

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Simbiose culturalVisitar o Centro de Arte Contemporânea do Instituto Inhotim é uma experiência única. Localizado em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, o espaço cultural ocupa mais de 100 hectares, em uma área marcada pela simbiose entre arte, cultura, educação e natureza. Em meio a uma rica vegetação onde o Cerrado e a Mata Atlânti-ca se encontram, o visitante entra em contato com um acervo botânico formado por espécies raras, algumas delas encontradas somente ali. “Visitas educativas em grupo são organizadas com frequência, no intuito de propiciar aos visitantes uma oportunidade de avaliar a diversidade do jardim botânico, de exercitar uma reflexão crítica sobre o tema e de interagir com a singularidade do ambiente”, explica Roseni Sena, diretora do Instituto. Em meio a esse amplo terreno, permeado por vegetação nativa e paisagismo inspirado em Burle Marx, encontra-se um grande conjunto de instalações e obras de arte de grande porte. Criadas por artistas do mundo todo, as obras es-tão cravadas no topo de montanhas ou embrenhadas na Mata Atlântica. Um dos grandes destaques desse museu a céu aberto do Instituto Inhotim é o “De Lama Lâmina”, projeto do conceituado artista americano Matthew Barney que teve origem numa performance realizada em parceria com o músico Arto Lindsay, no carnaval de Salvador de 2004. “Por obras como essa, o Inhotim amplia o conceito do que vem a ser um centro expositivo e consolida sua singula-ridade como um espaço de arte contemporânea diferenciado de todos os outros museus do mundo”, afirma Roseni.Incrustada na mata, a escultura de Barney está instalada dentro de enormes domos geodésicos, em meio a um bosque

No Instituto Inhotim, obras incrustadas na vegetação nativa aliam arte, natureza e tecnologia vidreira

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Simbiose culturalde eucaliptos, cena a partir da qual o artista construiu uma complexa narrativa sobre o conflito entre Ogum, senhor orixá do ferro, da guerra e da tecnologia, e Ossanha, o orixá das florestas, das plantas e das forças da natureza. “De Lama Lâmina” é a primeira instalação permanente desenvolvida por Matthew Barney para uma instituição museológi-ca. A experiência de deslocamento é parte fundamental do projeto. Após percorrer um caminho sinuoso para chegar até a obra, o visitante depara com um cenário aparentemente inacabado: dois domos geodésicos de aço e vidro, aco-plados um ao outro, em meio a montanhas de minério de ferro e árvores derrubadas. Do lado de dentro, o espaço é tomado por um enorme trator que ergue uma árvore de resina.Com diâmetros de 10m e 15m, as cúpulas geodésicas de vidro foram executadas pela Avec Design, com o sistema Ecoglazing, que dispõe de uma tecnologia capaz de simplificar as etapas de instalação mesmo em geometrias mais complexas. Patenteado pela empresa, o sistema usa um caixilho sintético em borracha de silicone de alta consistência HTV (vulcanizados a alta temperatura), que substitui os convencionais caixilhos metálicos nos fechamentos ou reves-timentos. “Os painéis de vidro foram emborrachados pelo método VES (vidro encapsulado em silicone), recebendo em suas bordas perfis de puro silicone de alta densidade, com a dureza, cor e formato adequado a sua aplicação final”, informa o diretor da Avec Design, José Guilherme Aceto.O projeto recebeu, ao todo, 800m2 de vidros laminados refletivos de 10mm, dourados, aplicados diretamente sobre estruturas geodésicas tubulares de aço patinável (com liga de cobre), de modo elástico e definitivo. Trata-se de um laminado com metalização PR 108, com 8%de transmissão luminosa, informa Aceto. As chapas foram fabricadas pela Fanavid e cortadas e lapidadas pela Vidraçaria Iguatemi.

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Fundada em 1926, a partir do acervo da Câmara Municipal de São Paulo, a Biblioteca localizava-se à época na Rua 7 de Abril. Quin-ze anos mais tarde, a até então chamada Biblioteca Municipal foi transferida para a Rua da Consolação, em edifício projetado para sediá-la, e em 1960 recebeu o nome do escritor Mario de Andrade.Até 2006, a Biblioteca estava com sua capacidade de armazena-mento e atendimento esgotada e exigia um projeto de recupera-ção e modernização de suas instalações, para voltar a atender o público de forma adequada pelas décadas seguintes. O projeto de restauro ficou a cargo do escritório Piratininga Arquitetos Asso-ciados, que propôs uma adequação ao momento histórico atual. De autoria de José Armênio de Brito Cruz e Renata Semin, o pro-jeto incluiu a recuperação da fachada, revestimentos e mobiliário interno. O projeto apresenta ainda uma intervenção externa, que não existia no projeto inicial do edifício, hoje tombado pelo pa-trimônio histórico.O objetivo do plano de restauro e modernização da Biblioteca, explica Renata, foi reconquistar sua condição de equipamento

Patrimônio restaurado

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Modernizada e completamente reaberta ao público no início deste

ano, a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, é detentora do

segundo maior acervo do país, superado apenas pelo da Biblioteca

Nacional do Rio de Janeiro.

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“Para evitar reflexos e preservar a visão

integral da fachada original, o pano

envidraçado tem inclinação negativa

de seis graus”

público. “Para alcançá-lo, era preciso modernizar o edifício para atender a novos usos, requalificar os ambientes de acordo com parâmetros contemporâneos e restaurar o edifí-cio como presença e identidade na área central de São Paulo”, ressalta a arquiteta.Aprovada pelo Conpresp e pelo Condephaat, uma passarela de vidro foi construída para fazer a conexão entre o Grande Hall, com entrada pela Rua da Consolação, e a Biblioteca Circulante, na Avenida São Luís.Essa passagem externa evita que o frequentador da Biblioteca Circulante acesse sem ne-cessidade o precioso acervo da Mário de Andrade, interferindo no condicionamento de ar necessário para a sua perfeita conservação. Adicionalmente caracteriza-se como ele-mento paisagístico integrado à praça, atuando como proteção ao edifício sem prejudicar seu caráter público.O fechamento em vidro também cria condições de conforto térmico e acústico para os usuários da Biblioteca Circulante, que tem capacidade para cerca de 60 mil volumes. As empresas MC Serralheria e Imagem Pontual foram responsáveis pelo restauro das esquadrias metálicas existentes, pela fabricação das novas estruturas de aço e alumínio e instalação dos vidros, fornecidos pela Terra de Santa Cruz e fabricados pela Cebrace. Segundo explica Renata Semin, os vidros foram aplicados à estrutura de aço, que é o suporte para a vedação vertical e de cobertura. “Os perfis de aço foram fixados com placas também de aço no piso e na parede da fachada, para instalar a estrutura das esquadrias”, afirma a arquiteta. Para evitar reflexos e preservar a visão integral da fachada original, o pano envidraçado tem inclinação negativa de seis graus e os vidros foram ins-talados com espaçadores entre a estrutura de aço e a caixilharia da fachada e da cobertura. Os painéis de vidro laminado e temperado de 9mm de espessura foram subdivididos por meio de quadros de alumínio (160X230cm), de acordo com o sistema “pele de vidro”. Na cobertura, os painéis de vidro laminado e temperado de 12mm de espessura estão instalados sob brise-soleil de aço, para proteção da incidência direta do sol.Os vidros de espessura de 9mm, voltados para o sul, receberam película com fator de sombra 0,6. Já aos vidros de 6mm, nas janelas dos andares de guarda das coleções, foi aplicada a película Museu, fornecida pela Luminar, para impedir a incidência de raios ultra-violeta.

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Revitalização urbanaImplantado numa fração de terreno da praça Di

Thiene, junto à avenida Goiás, em São Caetano

do Sul, o Centro Digital do Ensino Fundamental

ganhou destaque a partir do projeto do escritório

JAA Arquitetura e Consultoria. “O projeto surgiu

do desejo de revitalizar uma praça retangular,

ilhada por ruas em seus quatro lados, fechada por

gradis e utilizada apenas em horários restritos por

moradores das proximidades”, conta o arquiteto

José Augusto Aly, autor do projeto. Inaugurado em

2007, o edifício não somente revigorou a praça,

como se tornou referência arquitetônica local.

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Revitalização urbana Com 3,5 mil metros quadrados de área construída, o conjunto abriga uma biblioteca convencional, outra di-gital, um telecentro (cujo objetivo é ampliar o acesso da população às mídias digitais) e uma escola de infor-mática. O prédio é composto por dois volumes laterais (ocupados pela circulação vertical), entre os quais estão implantados uma caixa envidraçada transparente (a bi-blioteca) e um volume de desenho mais denso e tonali-dade contrastante (o telecentro). “A presença desse edi-fício linear de 12,5 metros x 85 metros de comprimento traduziu-se em um marco na paisagem na cidade, além de uma nova atração em termos de espaços públicos e edifícios culturais e educacionais”, ressalta Aly.A tipologia paisagística foi mantida a fim de preservar o caráter esportivo do espaço, reivindicado pelos mo-radores locais, agora sem os antigos fechamentos e as-sociado a uma grande superfície luminosa que integra as atividades interiores (biblioteca) ao caráter natural da área exterior, por meio de uma grande superfície de vidro. “Esse vidro, na face sul, responde pela fusão dos espaços interno e externo do projeto e confere o significado final à proposta”, diz o arquiteto. Os vidros também estão presentes na fachada junto à Avenida Goiás, mas neste caso, por se tratar da face norte, pro-tegidos por uma segunda pele de brises filtrantes de insolação direta. “O vidro proporciona um ambiente agradável de leitura aos usuários da biblioteca e uma “caixa de luz” para a praça durante a noite.” Nas grandes fachadas envidraçadas, informa Aly, foi uti-lizado o sistema Structural Glazing, com caixilharia de alumínio pintado na cor branca. Sua paginação segue a modulação do restante do edifício, com módulos de 1,25 x 2,5 metros, dispostos predominantemente na horizon-tal. “Em outras áreas, como nas aberturas do volume in-ferior e sanitários, foram usados vidros laminados de 6 mm, e algumas áreas internas receberam vidro tempera-do.” Na grande lâmina, o vidro adotado foi o laminado de 8mm. O projeto recebeu, ao todo, aproximadamente 920 m2 de vidros, fornecidos pela Mansur Vidros.

“A caixa envidraçada recebeu a proteção de brises na face mais sujeita à insolação, no lado voltado para a avenida. Na fachada oposta, orientada para a praça, o volume é quase completamente transparente, revelando o interior do prédio”

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Arquitetura lúdica e

comunitáriaEm um bairro industrial da cidade de Copenhague, na

Dinamarca, uma antiga fábrica foi transformada em centro de acolhimento e integração social para jovens imigrantes

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Nas mãos da equipe do escritório Julien De Smedt Architects, o velho edifício, embora te-nha tido seu visual industrial conservado, ga-nhou vida nova em uma região da cidade em que construções residenciais e industriais têm se misturado. “A proposta foi converter um prédio industrial em um centro comunitário que desse a jovens imigrantes a oportunidade de sair das ruas”, afirma o autor do projeto, Julien De Smedt. “As inovações do projeto são muito mais sociais do que técnicas. Por meio de uma arquitetura lúdica, vidros coloridos e grandes áreas com coberturas abobadadas para a prática de esportes e atividades educativas, o Sjakket oferece um espaço de refúgio e de aprendizagem para imigrantes recém-chegados a uma nova sociedade e sistema de valores.”Segundo explica o arquiteto, o edifício foi re-novado de modo a incorporar o máximo do que havia do antigo projeto, sobrepondo a ele um ambiente despojado, divertido, ilumi-nado e futurista para servir aos os jovens que frequentam o espaço. “Os prédios industriais mais antigos servem de pano de fundo para va-lorizar a cultura urbana de rua, que pode ser vista no grafite preservado e na riqueza de co-res por todo o projeto”, afirma De Smedt.Temperados e laminados, os vidros float colo-ridos usados nas janelas e na passarela foram fornecidos pela dinamarquesa Lafuco. “Na passarela, as peças são suportadas por uma es-trutura metálica, formando juntas articuladas entre os elementos de vidro”, explica o arquite-to. Já as laterais do edifício e divisórias internas foram envidraçadas com o sistema Pilkington Profilit, que internamente proporciona uma su-perfície translúcida, sem obstruções, e permite a máxima entrada de luz natural difusa e sem sombras. Formado por painéis duplos auto-portantes Profilit, o sistema proporciona trans-missão de iluminação natural de 85%. Por sua composição translúcida, semelhante à do vidro impresso, os painéis autoportantes permitem a entrada de luz natural nos ambientes, ao mes-mo tempo em que amenizam a intensidade dos raios solares “A grande vantagem desse sistema é que dispensa o uso de caixilhos”, ressalta De Smedt. A estrutura em forma de U é posiciona-da diretamente no piso, dispensando o apoio de travessas intermediárias. “Por serem duplos, os painéis conferem bom desempenho térmico e acústico à edificação”, explica o arquiteto. O isolamento acústico é superior a 38 db e o coe-ficiente U é de 2,8W/m2K.

Temperados e laminados, os vidros float coloridos usados nas janelas e na passarela foram fornecidos pela dinamarquesa Lafuco

Nas laterais, sistema Pilkington Profilit

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empresas e negócios

Em linha com o setor vidreiro Empreendedorismo, customização

de produtos e parcerias estratégicas marcam trajetória da Canaltec no mercado de abrasivos

“A crescente aproximação com o setor, aliada ao espírito empreendedor de seus dirigentes, levou a Canaltec a abrir outras frentes e explorar novos nichos”

Especializada em rebolos diamantados e de polimento, a Canaltec chegou ao mercado de abrasivos, há quinze anos, com a proposta de se tornar referência na fabricação de ferramentas para beneficiamento do vidro. Em um setor já marcado por forte concorrência, a empresa iniciou suas atividades com a fabricação de ferramentas diamantadas com ligas metálicas e resinóides. Em dois anos, o cenário do mercado apontava a necessidade de ampliação do portfólio. “Foi então que fir-mamos uma parceria com a Reboviza para a fabricação de rebolos de borracha, o que impulsionou nossa expansão no segmento”, conta a coordenadora de marketing da Canaltec, Érika Teixeira. E acrescenta: “A parceria foi uma oportunidade de negócio. Só havia um fabricante nacional de rebolo de borracha, e a Reboviza tinha experiência em borracha, mas não conhecia o mercado do vidro. Então Iniciamos a fabricação para atender o mercado vidreiro”.A crescente aproximação com o setor, aliada ao espírito empreende-dor de seus dirigentes, levou a Canaltec a abrir outras frentes e ex-

“Hoje, somos a única empresa brasileira fabricante de linhas diamantadas e de polimento voltadas para o

retrabalho do vidro”

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plorar novos nichos. Antecipando-se à chegada de tecnologias de ponta agregadas às ferramentas e equipamentos para o segmen-to vidreiro, a empresa passou a atuar como representante no ra-mo de comercialização de máquinas. “Nossa visão na época nos indicava que a parceria máquina-ferramenta seria um caminho bastante saudável e de longa duração”, afirma Érika. “As dificul-dades de introduzir uma nova marca no mercado foram sendo contornadas a partir de parcerias e da oferta de produtos diferen-ciados, além das ferramentas que já fabricávamos e que sempre foram o carro-chefe da empresa. Hoje, somos a única empresa brasileira fabricante de linhas diamantadas e de polimento volta-das para o retrabalho do vidro.”Novas alianças foram firmadas a partir de 2004, quando a Canal-tec passou a atuar como representante de uma fabricante catari-nense de máquinas, com 25 anos de mercado, na comercializa-ção de fornos para têmpera de vidro. No ano seguinte, a empresa ganhou novo impulso a partir de uma parceria para venda de fornos horizontais da SGlass, consolidada até os dias atuais. “O segmento de fornos foi o que mais nos surpreendeu. Por se tratar de um item de muito valor agregado, achávamos que teríamos uma participação pequena nesse mercado. Mas acabamos ven-dendo mais de 80 fornos em menos de cinco anos.”Atenta aos diferenciais tecnológicos dos equipamentos produ-zidos no exterior, a Canaltec identificou na importação de má-quinas uma oportunidade para crescer ainda mais. “Em 2008 passamos a trazer para o Brasil a tecnologia de equipamentos fabricados na Europa e na China, e criamos uma marca voltada para importação e venda de máquinas”, conta a coordenadora. “No mesmo ano, galgamos um patamar mais elevado com a con-quista da certificação ISO 9001, um reconhecimento de nossa qualidade”, lembra Érika. Atualmente, os produtos de fabricação própria respondem por 90% do faturamento da Canaltec. Os ou-tros 10% têm origem na revenda de máquinas e equipamentos.Segundo Érika, 10% dos produtos comercializados hoje pela Ca-naltec são importados. Mas a empresa já programa investimentos ousados para atender o aumento da demanda esperado para os próximos anos. “Estamos iniciando a fabricação de produtos que hoje ainda são importados”, diz a diretora. Para isso, a empre-sa investiu em parcerias com centros de usinagem de três eixos, com máquinas dotadas de comando numérico computadorizado (CNC) de alta precisão.Conforme o previsto, a parceria máquinas-ferramentas se solidi-ficou e a Canaltec aumentou muito a sua participação no seg-mento. “Como fabricantes de ferramentas, podemos nos consi-derar um termômetro de mercado” comenta Érika. “Quando as vendas de rebolos caem, por incrível que pareça, ocorre simul-taneamente um aquecimento no segmento de máquinas. Isso me dá tranquilidade e a certeza de que empresários do setor conti-nuam investindo em suas indústrias”, conclui. Para Érika, as maiores dificuldades do mercado de ferramentas são os altos impostos e a crescente concorrência dos fabricantes chineses. “Para nos diferenciarmos e não perdermos espaço, nossa estratégia tem sido construir relações próximas e pró-ativas com nossos clientes, focando na produção de materiais customizados e assegurando uma assistência técnica atuante e eficiente.”

“Hoje, somos a única empresa brasileira fabricante de linhas diamantadas e de polimento voltadas para o

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Mercado de blindados avança no Brasil e estimula a busca de novas tecnologias na fabricação de produtos customizados para veículos e para a

construção civil

Corpo fechado

fique por dentro

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Os altos índices de violência nas grandes cidades têm impac-tado a demanda por vidros blindados, tanto no setor automo-tivo como na construção civil. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Blindagem (ABRABLIN), o seg-mento de blindagem de veículos bateu recorde no país em 2010. Mais de 7 mil veículos receberam esse tipo de proteção no ano, um aumento de 5,86% na comparação com 2009. “A pesquisa revela que a sensação de insegurança diante da criminalidade é o grande motivador do cidadão na busca pela proteção blindada. O levantamento mostra também que esse tipo de proteção vem se deslocando do eixo Rio-São Paulo, consequência do aumento da violência em outras cidades do País. Tal fato, somado ao aquecimento na economia, resultou no número recorde de blindagens”, explica Christian Conde, presidente da ABRABLIN.No setor da construção não é diferente. Segundo Lucas Ha-rada, gerente de marketing da Blindaço, empresa especiali-zada em blindagem arquitetônica, a demanda por blindados no segmento apresentou um crescimento da ordem de 30% no último ano. “Hoje esses vidros já são aplicados em fa-chadas completas de prédios, o que exige uma tecnologia específica não só de fabricação como também de logística e instalação”, afirma Harada.

Atentas a essa tendência do mercado, empresas já consolida-das no ramo de blindados têm concentrado investimentos em novas frentes de atuação para aumentar sua participação nos dois setores. É o caso da Fanavid, que recentemente anun-ciou estar alocando seu know how de vidros blindados au-tomotivos para o mercado de arquitetura e construção civil. Aplicada desde 2004 em presídios e em quase 200 bases da Polícia Militar, delegacias e postos da Polícia Rodoviária Esta-dual, a linha de blindados espera atender a crescente deman-da por mais segurança em empreendimentos civis. “A ação é um exemplo de como a Fanavid vem ampliando sua atuação no mercado da construção. Nos últimos dois anos aplicamos o equivalente a 10% de nosso faturamento na aquisição de equipamentos, treinamento e capacitação de colaboradores, e no desenvolvimento de novos produtos”, afirma Nelson Luís Ferreira, gerente de produção de vidros blindados da Fanavid.Líder mundial no segmento de vidros blindados curvos e pla-nos, a multinacional AGP também tem aumentado nos últi-mos anos sua participação no fornecimento para os segmentos automotivo (montadoras e blindadoras), militar, arquitetô-nico, marítimo, ferroviário e industrial. Há mais de 45 anos nesse mercado, a empresa tem participado de importantes projetos arquitetônicos com vidros blindados, voltados para proteção pessoal, comercial, militar e governamental. “A AGP

Corpo fechado

“O segmento de blindagem de veículos bateu recorde no país em 2010. Mais de 7 mil veículos receberam esse tipo de proteção no ano, um aumento de 5,86% na comparação com 2009”

Bala ao atingir o vidro: os estilhaços são retidos pela camada mais interna, de policarbonato

Teste balístico na Fanavid: Mesmo após ter sido atingido por seis projéteis de uma arma 44 Magnum, o vidro com nível de blindagem III-A não foi perfurado

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desenvolveu uma vasta gama de produtos para diferentes aplicações, como vidros especialmente fabricados para suportar projéteis, vidros com bordas de aço que eliminam a necessidade de overlap nos veículos, vidros com bordas de plástico especial que evitam a penetração de umidade e ataques químicos e outros”, informa o gerente de projetos da AGP Brasil, Abdon Castro. “O Brasil já é o maior mercado de carros blindados do mundo, ultrapassando México e Colômbia, e nosso foco é a liderança na oferta de produtos que incorporem as últimas tecnologias desenvolvidas mundialmente.”Também especializada em blindados, a paulista Inova Glass é mais um exemplo do aquecimento desse mercado. Com uma produção 70% voltada para a arquitetura e 30% para o setor automotivo, a empresa tem aumentado o fornecimento de blindados a uma média de 20% ao ano. “Isso se deve, em parte, ao aumento da violência, mas também ao fato de o produto estar com um valor de mercado mais acessível”, diz o gerente de projetos da empresa, Fabio Descagni.

Composição, peso e espessura

De um modo geral, o vidro blindado é formado por lâminas de vidro interligadas, sob calor e pressão, pelo polivinil butiral (PVB), material plástico extremamente resistente, às quais adicionam-se outros polímeros, que garantem a resistência balística da composição.Na construção civil, os vidros são planos e o peso não é uma variável tão crítica como em veículos, explica Abdon Castro, da AGP. Já nos automóveis, o peso do vidro, sua espessura, a precisão dimensional e o nível de distorção são variáveis que devem ser cuidadosamente controladas. “Os vidros blindados automotivos são laminados com plásticos como PU (poliuretano) e policarbonato e seu processo de produção é muito mais complexo”, afirma o executivo. O poliuretano é usado por ser o único polímero que adere ao policarbonato.

Com vidros fabricados e

instalados pela Blindaço, o

edifício sede da SulAmérica,

no Rio de Janeiro, é a

maior obra de blindagem

arquitetônica do Brasil

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BLINDAGEM ARQUITETÔNICA DO PALÁCIO DO PLANALTOCom a missão de preservar os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer, a equipe de engenheiros e arquitetos da Blindaço criou uma logística especial para a fabricação e o transporte das grandes placas de vidro, nas mesmas dimensões das originais. A operação exigiu o desenvolvimento de máquinas e ferramentas específicas para instalação dos vidros, que chegavam a pesar mais de uma tonelada. Todo o gabinete presidencial, integrado pelas salas de reunião e de audiência, ganhou vidros blindados, incluindo a fachada

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“Na construção civil, os vidros são planos e o peso não é uma variável tão crítica. Já em veículos, fatores como peso, espessura, precisão dimensional e nível de distorção devem ser cuidadosamente controlados”

A composição da peça também pode variar, uma vez que, usualmente, os vidros de veículos são relativamente pequenos e devem ser leves, explica Claudio Passi, diretor da Conlumi, que fabrica blindados para a construção civil. “No caso dos veículos, usa-se policarbonato na composição, que é o que garante a blindagem. Já na construção civil, muitas vezes há ne-cessidade de peças de grande dimensão, que não podem ser produzidas com policarbonato. Normalmente, agrega-se mais espessura aos níveis de blindagem em relação aos de veículos”, afirma Passi. Como vantagens, há menos risco de delaminação, maior durabilidade e maior transparência, além da possibilidade de agregar outras possibilidades, como vidros refletivos ou decorativos, de acordo com a necessidade do projeto arquitetônico.O grande desafio dos fabricantes de blindados para veículos tem sido reduzir o peso, a espes-sura e o nível de distorção dos vidros, garantindo performance e qualidade ótica superiores. Novas tecnologias, como vidros mais leves que o padrão, têmperas químicas e mecânicas e plásticos que absorvem energia com mais eficiência são algumas das possibilidades. “Inte-grar essas tecnologias aos processos produtivos e atender a demanda do mercado por produ-tos mais leves e mais finos, com alta capacidade balística e durabilidade, é uma preocupação constante entre as empresas do ramo”, informa Castro, da AGP, que desenvolveu o chamado Platinum B33, 20% mais leve e mais fino que os vidros blindados padrão. “Esse produto é resultado de anos de intensa pesquisa e já é sucesso absoluto no mercado brasileiro. Ele apre-senta acabamento diferenciado e melhor proteção do pacote balístico, o que nos permitiu inclusive estender seu prazo de garantia”, informa Castro.Outras possibilidades de composição incluem resinas e polímeros em substituição ao PVB.

Túnel balístico da

Fanavid, especificado

conforme conforme a

norma 15.000 da ABNT,

onde são realizados os

testes de resistência

dos vidros blindados

para certificação do

Exército Brasileiro

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A Uvekol S20, da Cytec, por exemplo, é uma opção para vidros ba-lísticos. É ideal para forças aplicadas em toda a área do vidro, que pode se tornar resistente a tufões, vendavais e até explosões meno-res, assegura o diretor da empresa, Alberto Matera. “Este polímero cria uma malha flexível e resistente, que dispersa a energia do im-pacto, aumentando a resistência a balas”, frisa o diretor. “Foi pro-jetado para, após a cura, ter o mesmo índice de refração do vidro, evitando qualquer distorção óptica.”Desenvolvido pela DuPont, o SentryGlas é um polímero de alta resis-tência que, segundo José Carlos Alcon, responsável pela divisão de Em-balagens e Polímeros Industriais da empresa, melhora expressivamente a durabilidade dos vidros blindados, evitando a delaminação e o apare-cimento de bolhas de ar. “Para aplicação em vidros blindados, a princi-pal vantagem do SentryGlas, quando comparado ao PVB ou à resina, é a redução da espessura total do laminado, refletindo no peso total do conjunto”, afirma Alcon.No caso dos vidros blindados para a arquitetura, como são inevitavel-mente muito mais pesados que os comuns, geralmente é necessária a aplicação de reforços à estrutura do edifício, como fibra de carbono, chapas metálicas, entre outras soluções. Segundo Lucas Harada, da Blindaço, se os elementos incorporados à edificação forem mais leves ou se a estrutura existente for robusta, tais reforços são dispensáveis. O gerente ressalta que, para diminuir custos e evitar retrabalho, retrofit,

Guarita com vidros blindados da Inova Glass, especializada no segmento

Armadura de vidro: borda polida de blindado automotivo da AGP

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ou reformas, a blindagem deve ser especificada no início do projeto, por consultores especializados em definir a blinda-gem ideal para cada projeto.Segundo Nelson Luís Ferreira, da Fanavid, a demanda por vidros certificados é maior para a blindagem automotiva. “Na construção civil é mais comum a utilização de vidros multilaminados, normalmente mais baratos, porém geral-mente sem resistência balística certificada”, ressalta.Diferentemente dos multilaminados de segurança, compos-tos basicamente por camadas intercaladas de vidro e PVB, os blindados incluem necessariamente uma película anties-tilhaço recobrindo a última camada de vidro. “A lâmina de impacto deve ser a mais espessa e, a partir de uma combina-ção de materiais, chega-se a uma composição que passa pela aprovação do Exército Brasileiro, responsável por emitir um título de registro para os fabricantes e um certificado para as blindadoras”, afirma Ferreira, da Fanavid. Segundo ele, o se-tor da construção civil está pouco a pouco seguindo os pas-sos do automotivo e buscando a aplicação de vidros blinda-dos certificados em substituição aos multilaminados.

Resistência máxima

O princípio básico do vidro blindado consiste em criar um escudo físico que depois do impacto diminui a velocidade do projétil para, em seguida, absorver a energia dissipada. Abdon Castro, da AGP, explica que o vidro, por sua extre-ma dureza, exerce um papel fundamental nesse processo. “Quando atingido, ele troca energia com o projétil, enquan-to os plásticos laminados exercem a função de absorver es-sa energia e dissipá-la. O projétil então segue seu curso até atingir outra camada de vidro, e o fenômeno de troca de energia e absorção se repete”, acrescenta. “Por fim, o projé-til encontra uma última camada de policarbonato que fun-ciona como uma rede para parar o projétil e evitar que esti-lhaços do vidro atinjam os ocupantes do veiculo.”Dependendo de seu nível balístico, os vidros fabricados no Brasil chegam a suportar tiros de fuzis “762” e “AR-15”. O nível III, o mais resistente produzido no País, che-ga a ter até 41mm.A blindagem mais praticada no mercado é a de nível III-

Montagem de um para-brisa blindado na Fanavid, antes de ir para laminação em autoclave. Após uma limpeza minuciosa, as camadas de vidro PVB, PU e Policarbonato são sobrepostas em sequência pré-determinada. A última camada, de policarbonato, funciona como uma rede para parar o projétil e evitar que estilhaços do vidro atinjam os ocupantes do veiculo

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A, que suporta até tiros de pistolas 9 mm e de revólveres 44 Magnum. “Esse nível é o mais adequado à atual realidade en-frentada nos grandes centros, pois oferece proteção contra armas de fogo curtas - revólveres, pistolas e submetralhado-ras”, explica Christian Conde, da ABRABLIN. De acordo com Ferreira, da Fanavid, a produção de uma pe-ça de vidro blindado é em grande parte artesanal e dura, em média, de 16 a 20 horas. No caso de vidros automotivos, cada peça deve ser cortada manualmente, de acordo com o modelo do carro. “Cada lâmina tem um tamanho e forma-to diferentes e todo mês encontramos uma variação de 50 a 60 modelos. Por esses detalhes, uma mão-de-obra treinada e especializada é requisito fundamental para o bom resultado final do produto”, afirma.Não há diferença entre o processo de instalação de um vidro comum e de um blindado, informa o gerente. Ele ressalta, no entanto, a necessidade de blindagem não só do vidro, mas também do fechamento do edifício e do caixilho. “No caso de veículos, fechaduras e colunas são pontos vulnerá-veis e também devem ser blindadas.”

Autoclave da AGP, dentro da qual o controle

de variáveis como temperatura, pressão e tempo

é determinante no resultado da produção

Carro com vidros blindados pela AGP

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mercado

Gigante do vidro aporta no Brasil

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Japonesa AGC, maior fabricante de float do mundo, vai investir US$ 470 mi em uma nova fábrica em Guaratinguetá, no interior de São Paulo

Líder mundial na fabricação de vidros automotivos e para a construção civil, a japonesa AGC Group anunciou a construção de um complexo industrial em Guaratingue-tá, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo. O inves-timento será de US$ 470 milhões (cerca de R$ 750 mi-lhões) e o início das operações está previsto para 2013.A unidade, a primeira da empresa na América do Sul, contará com uma linha de produção de vidros comuns (float), outra de vidros automotivos e uma terceira de espelhos. A produção do grupo será 80% voltada para a construção civil e 20% para o setor automotivo. Até 2016, a AGC Vidros do Brasil espera produzir anualmen-te 220 mil toneladas para o setor da construção, além de conjuntos de vidros para atender 500 mil veículos. Serão gerados 500 empregos diretos.Em entrevista exclusiva a Vidro Impresso, Davide Ca-ppellino, presidente da AGC Vidros do Brasil, revela por que o País foi o escolhido para receber tão vultoso inves-timento. “A AGC vem estudando com grande interesse as oportunidades do setor do vidro na América do Sul”, afirma o executivo. “Quando decidimos lançar um pro-jeto para ingressar nessa região, a escolha do Brasil veio naturalmente, por ser de longe o maior e mais desenvol-vido mercado de vidro do continente.”A fábrica será instalada em uma área de 500 mil metros quadrados. De acordo com o presidente da Agência Pau-lista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), Luciano Almeida, a escolha do mu-nicípio de Guaratinguetá contempla um programa de des-centralização dos investimentos desenvolvido pela agência.Também contribuíram para a escolha a disponibilidade de insumos necessários à produção, como gás, energia e água, e de mão de obra qualificada, além de facilidade de acesso a outras regiões do País pela Via Dutra. Segun-do Cappellino, o município ofereceu benefícios fiscais e infraestrutura. “Em nossa fase de avaliação, quando es-távamos definindo a melhor região para instalar nossas operações no Brasil, conversamos com autoridades de di-versos Estados e municípios. Ao optarmos por Guaratin-guetá, passamos a receber grande apoio do município”, informa. “É importante para a AGC estabelecer um bom relacionamento com a comunidade e autoridades locais, para que possamos contribuir para o desenvolvimento de uma região que está nos recebendo tão bem.”O complexo começará a ser instalado já no final deste ano e a conclusão está prevista para 2013. Capellino res-salta que numerosas montadoras anunciaram planos de expansão no Brasil, o quarto maior mercado automotivo do mundo no ano passado. “A AGC pretende aproveitar a forte demanda do Brasil por meio de uma base produti-va altamente eficiente.”

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Apelidado de Bolle, o projeto futurista

do arquiteto Massimiliano Fuksas para

o Centro de Pesquisas e Eventos da

destilaria Nardini, na Itália, ostenta

vidros coloridos e transparentes da AGC

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mercado

“A AGC já tem fábricas em mais de 20 países, entre os quais Japão, China, Índia, Tailândia, Coreia e Filipinas”

A empresa também está atenta ao crescimento do setor da cons-trução civil diante dos projetos sociais do governo em progra-mas como Minha Casa, Minha Vida, e também das obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. “Vemos boas oportu-nidades no mercado brasileiro não só pelo crescimento do setor de construção e automotivo, que impulsionam o consumo de vidro, mas também por seu potencial em termos de desempe-nho dos produtos de vidro, como os laminados, os vidros de re-vestimento, vidros duplos, decorativos para interiores etc. Novos produtos serão demandados pelo mercado nos próximos anos, criando excelentes oportunidades para todos os atores da cadeia de valor do vidro”, avalia Capellino.Segundo seu presidente no Brasil, a AGC vai atuar no País de forma autônoma, já que a empresa detém 100% das operações da filial brasileira. “Mas já estamos em busca de parcerias com empresas dos setores de logística, distribuição, matéria-prima e outros que tragam mais eficiência a nossas operações”, ressalta.

Tecnologia de fora

A vinda da AGC para o Brasil foi motivada pelo rápido e in-tenso crescimento do mercado de vidro no País, não apenas em volume. “Processadores, distribuidores e demais profis-sionais do setor têm investido no aumento de eficiência e competitividade e no fornecimento de melhores produtos ao consumidor final. A AGC quer contribuir com os objetivos e desafios de nossos clientes brasileiros, trazendo para o Bra-

Produção de vidro float em uma das fábricas da AGC

Inspeção visual de qualidade de vidro

automotivo na AGC

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sil toda nossa tecnologia, produtos de qualidade e soluções inovadoras”, afirma o presidente, acrescentando que produtos especiais da AGC, ain-da não disponíveis no Brasil, poderão ser importados de outras unidades. É o caso do vidro aramado polido e de um lançamento mundial recente, o vidro antibacteriano. A planta da empresa no Brasil vai pro-duzir vidro float incolor e colorido, es-pelhos, vidros de alto desempenho e toda a gama de produtos para o setor automotivo. “Traremos para o Brasil as mais avançadas tecnologias emprega-das pela AGC no resto do mundo. Isso inclui um forno float de última gera-ção, os mais desenvolvidos sistemas de tratamento de insumos e redução de impactos ambientais, as linhas mais modernas de espelhos e revestimentos, e nossa mais recente tecnologia para produção de vidros automotivos”, ga-rante Cappellino.

Expansão global

A unidade brasileira da AGC faz parte do projeto de expansão global do gru-po, que projeta faturamento anual de US$ 23 bilhões até 2020, sendo 30% gerados nos mercados emergentes. “Es-tamos trabalhando em inúmeros pro-jetos de expansão, tanto para reforçar nossa presença em países onde já atu-amos como para ingressar em novos mercados que estão em franco cresci-mento”, afirma Cappellino. Por razões estratégicas, o presidente prefere não revelar por ora os próximos investi-mentos programados pela empresa. A AGC já tem fábricas em mais de 20 pa-íses, entre os quais Japão, China, Índia, Tailândia, Coreia e Filipinas. “Também temos uma forte presença na Europa, com instalações de produção de vidro em quase todos os países do continen-te, da Espanha à Rússia”, informa o presidente. A empresa emprega cerca de 50 mil pessoas e faturou aproxima-damente US$ 15 bilhões no ano pas-sado. “Também estamos presentes na América do Norte e, com o investimen-to no Brasil, completamos nosso pro-jeto de atuação global ao ingressar no mercado sul-americano”, completa.

Os vidros da AGC estão presentes em projetos de grande porte e arquitetura arrojada, como o shopping Center MyZeil, em Frankfurt, na Alemanha, assinado pelo arquiteto Massimiliano Fuksas

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mercado

Vidro corta-fogo Pilkington Pyrostop, produzido nas unidades da empresa nos EUA e Alemanha

Depois de um avanço de 13% no ano passado, a deman-da global por alumínio deve crescer em torno de 12% em 2011, segundo projeções da multinacional americana Al-coa, líder mundial na produção e tecnologia do material. No Brasil, o cenário segue a mesma tendência, em especial na indústria da construção civil. A estimativa da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) é de que o consumo de alumí-nio na construção cresça 12% neste ano, acima da média de 11% prevista para o segmento.Para dar conta do aumento da demanda, a Alcoa tem con-centrado altos investimentos no aumento de sua capacidade produtiva no País. “Há muito otimismo para os próximos anos, pelos eventos previstos e pelas grandes oportunida-des que já aparecem em diferentes mercados, entre eles o da construção civil. A Copa do Mundo e Olimpíada têm estimulado reformas de aeroportos, novos portos, constru-ção de hotéis e estádios”, afirma José Carlos Cattel, diretor da Divisão de Extrudados da Alcoa. “Diante de todas essas oportunidades, o alumínio terá papel fundamental, assim como a Alcoa, ao fornecer não só o material, mas também tecnologia e soluções em alumínio.” Antecipando-se a esse cenário, a Alcoa programa investir este ano cerca de R$ 455 milhões, dos quais R$ 119 mi-lhões serão aplicados em geração própria de energia e o res-tante nas operações de mineração e metalurgia. A empresa anunciou, ainda, investimentos de R$ 23 milhões em sua fábrica de Pernambuco, para ampliar a produção e conter o avanço das importações, especialmente da China.

Parte dos recursos são para aumentar em cerca de 42% a fabri-cação de perfis anodizados - alumínio para aplicação de reves-timento protetor ou decorativo em superfícies metálicas – um salto de 700 para 1000 toneladas mensais. Esses materiais são usados na construção, principalmente no Norte e Nordes-te. “Vemos perspectivas maiores de demanda em cidades que serão sedes da Copa, com destaque para o Rio de Janeiro, e também nas regiões Norte e Nordeste, por estarem recebendo grandes investimentos, como nas usinas de Belo Monte e do Rio Madeira e o Porto de Suape”, ressalta Reginaldo Otsu, ge-rente de Produto de Extrudados da Alcoa.Nos últimos cinco anos, a companhia investiu R$ 118 milhões na operação pernambucana. A produção de chapas e folhas de alumínio crescerá 8%. Também com vistas a atender o merca-do da construção civil, a Alcoa prevê um investimento de R$ 50 milhões, até 2012, em sua unidade em Tubarão, Santa Ca-tarina. As obras começaram em junho e, até o fim deste ano, devem ser aplicados R$ 5,7 milhões em máquinas e equipa-mentos. A expansão da unidade visa atender construtoras e serralherias, setores que representam aproximadamente 70% do faturamento total da empresa.O momento aquecido da construção civil, ao lado do setor au-tomotivo e o de embalagens, pode ajudar a Alcoa a alcançar níveis expressivos de crescimento. “A produção de perfis ex-trudados (janelas, portas, telhas) deve aumentar 10% e a de la-minados 6%. As grandes obras em andamento e o aumento de encomendas de indústrias e fabricantes de bens de consumo apontam para essa tendência”, afirma Cattel.

A vez do alumínio No ritmo da construção civil, Alcoa investe pesado para ampliar sua capacidade produtiva

Processo de produção de

extrudados em Itapissuma

(PE)

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Disputa acirrada

Segundo estimativa da Abal, a produção de alumínio deve alcançar um volume de 207,4 milhões de toneladas em 2011. A previsão con-firma a tendência das construtoras e consumi-dores de substituírem materiais como aço e ma-deira pelo derivado da bauxita.Embora superar o uso do aço ainda seja consi-derada uma meta ousada, visto que o material tem tradição e preço menor, as projeções da Abal apontam que o alumínio em breve deve ultrapassar a madeira no setor de construção. “Por ser um material leve e ecologicamente cor-reto, o alumínio tem tido um crescimento mé-dio anual de 8% ao ano e deve superar a ma-deira em cinco anos”, afirma José Carlos Garcia Noronha, coordenador do Comitê de Mercado de Construção Civil da Abal. O maior uso do alumínio na construção civil ocorre na fabricação de janelas, portas e facha-das, que respondem por cerca de 60% do vo-lume total de produtos. Atualmente, 25% das esquadrias usadas em novas construções são feitas com o alumínio. Enquanto isso, a madei-ra responde por 38% do volume total e o aço ainda encabeça a lista com 42%.

Produção de lâminados em Itapissuma (PE)

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tendências e tecnologia

Além do efeito estético, fachadas envidraçadas contribuem para conforto térmico, acústico e eficiência energética

Envelopes de vidro

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Envelopes de vidro

Não há como circular por qualquer grande metrópole dos dias atuais sem que se tenha a atenção atra-ída pelas cada vez mais ostensivas cortinas envidraçadas que revestem um número crescente de novos edifícios. A tendência dominan-te, entre arquitetos e construtores, de usar extensas superfícies de vi-dro para envelopar edificações, em especial as de uso comercial, tem transformado radicalmente o cená-rio dos grandes centros urbanos.Nas últimas décadas, os conceitos de construção de fachadas passa-ram por uma revolução tecnológica de grandes proporções, abrindo es-paço para o domínio da concepção de envoltórios transparentes. “A evolução das fachadas é visível nos prédios das grandes cidades, tanto no Brasil como no exterior. As mais antigas são marcadas por grandes volumes de alumínio, enquanto as mais recentes revelam apenas o vi-dro”, observa o vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal), Lage Mourão Gozzi. São propostas que mostram como a indústria da construção responde, técnica e es-teticamente, a solicitações cada vez mais criativas dos arquitetos.Leveza e transparência são as prin-cipais características que fazem do vidro um material insubstituível na arquitetura. “A primeira função do vidro nas fachadas é garantir a visibilidade nas duas direções. A segunda é trazer luz natural para dentro do edifício”, afirma o en-genheiro e consultor de fachadas Paulo Duarte. Além de ligar os am-bientes de forma visual e emocio-

“A primeira função do vidro nas fachadas é garantir a visibilidade nas duas direções. A segunda é trazer luz natural para dentro do edifício”

VISÃO PANORÂMICA, sem colunas verticais. A fachada curva e segmentada do edifício Trajano, em Recife, conta com o sistema estrutural SW, da Avec Design. Montado sobre ancoragens fixadas na frente de viga, ele permite formar uma superfície contínua de vidro estrutural, com janelas de correr mundialmente inéditas, de alto desempenho técnico. Concluído em 2010, o edifício tem 40 pavimentos e 115 metros de altura

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tendências e tecnologia

nal, o material tem contribuído de forma decisiva pa-ra a proliferação dos chamados edifícios verdes, com altos índices de eficiência energética. “O vidro não é apenas mais um produto, ele é o principal compo-nente de uma fachada”, avalia a arquiteta Audrey Dias, da consultoria Aluparts. “O material tem forte influência no conforto, na economia, no desempe-nho termo-acústico e na segurança da edificação.”Por suas características peculiares, o vidro tem sedu-zido e lançado desafios a construtores e arquitetos desde o final do século XIX, quando passou a fazer parte dos materiais de construção. Mas foi somente nos anos 70 que o material passou a ser integrado aos sistemas de fachada, quando o aço deu lugar ao alumínio extrudado. “O sistema convencional utiliza-do era o que conhecemos por fachada cortina, que tinha suas linhas verticais e horizontais muito marca-das pelo alumínio, interferindo bastante na arquite-tura”, explica Nelson Firmino, engenheiro e consul-tor da Aluparts. As fachadas de vidro passaram a ser vistas como símbolo de status para prédios de escri-tórios, repetindo o padrão estético predominante nas grandes cidades norte-americanas.

Corporate Financial Center, em Brasília: structural glazing com sistema de colagem em dois lados, da indústria japonesa YKK (1995). Projeto de Fittipaldi Arquitetura

Sob consultoria de Paulo Duarte, a sede do BankBoston, na Marginal Pinheiros, foi a primeira obra corporativa da cidade a receber o sistema de fachada unitizada, composta por módulos com a altura do pé-direito do edifício. A torre de 140m de altura recebeu 18 tipos de vidro, que correspondem às necessidades de segurança e isolamento termoacústico. O vidro insulado com 25mm de espessura total, com face externa em low-E de 6mm, câmara de ar com 13mm e vidro float transparente também de 6mm, garante o conforto térmico

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tendências e tecnologia

Vidro contínuoA fachada-cortina é aquela em que colunas verticais aparentes formam a estrutura, com presença forte no lado externo, em conjunto com os vidros. “Os perfis são fixados pela face externa na frente da viga, marcan-do de forma acentuada as linhas verticais e horizontais pelo lado de fora”, explica Firmino.Já a pele de vidro, desenvolvida ainda nos anos 70, é um tipo de fachada-cortina em que os perfis, montan-tes e travessas estão ocultos por trás do vidro, fazendo o trabalho estrutural. “As colunas são instaladas pri-meiro e depois se aplicam os quadros de alumínio com vidros encaixilhados”, descreve Firmino. “O alumínio passou para o lado interno da fachada, e os painéis de vidro passaram a ter somente um friso de contorno”, acrescenta o vice-presidente da Afeal. Com isso, a fa-chada passa a destacar mais os painéis de vidro, apesar de manter a marcação de linhas horizontais e verticais da caixilharia.A evolução desse sistema ocorreu a partir da década de 1980, quando o structural glazing eliminou a visu-alização externa dos perfis, agregando o silicone como elemento estrutural. “Esse sistema foi uma grande re-volução, pois contemplava a fachada como um grande pano de vidro, na maioria dos casos na cor azul, sem qualquer elemento metálico”, afirma Arimateia Nonat-to, gerente de engenharia & produtos da fabricante de esquadrias Belmetal. “O silicone, há mais de trinta anos, tem sido o componente ideal para adesivação do vidro aos perfis de alumínio nos sistemas de fachadas.”Desse ponto em diante, as fachadas assumiram crescen-te importância na arquitetura brasileira, principalmente em edifícios comerciais, corporativos e aeroportos. Por

O edifício Faria Lima Square ostenta 12mil m2 de área envidraçada. Com sistema construtivo Stick, a fachada recebeu vidros de 11mm Sun Guard Silver 20, com PVB de alta performance, da Guardian. Dois conceitos de fachada foram aplicados no projeto: o caixilho entre vãos e o glazing

O Torre São Paulo é um emblemático exemplo de fachada continua com módulos unitizados, que teve verticalidade acentuada pelos recortes centrais em cada uma de suas faces

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volta de 2002, lembra o consul-tor Paulo Duarte, um novo siste-ma de fachadas-cortina teve sua penetração no Brasil, permitindo acelerar os prazos e garantir me-lhor qualidade da obra. Trata-se do sistema “unitizado”, criado nos Estados Unidos com o nome de “Unitized System”. Produzido em usina, ele chega praticamente pronto ao canteiro da obra, for-mado por módulos completos. O vidro é colado com silicone ou fita estrutural na própria es-trutura e instalado pelo lado interno, conforme é erguida a estrutura do edifício, conferindo segurança, velocidade e facilida-de na instalação.O sistema unitizado muda o conceito de fabricação e instala-ção de fachadas”, avalia Gozzi, da Afeal. Aliada a essa evolução, desenvolveu-se uma tecnolo-gia que permite dimensionar os perfis para cada situação ou exi-gência. “Hoje, tudo está voltado para o conforto do usuário e a preservação do meio ambiente”. Na avaliação do designer indus-trial Luis Claudio Viesti, do de-partamento técnico da Afeal, a principal vantagem do sistema unitizado é a fabricação de uma peça única, que permite instala-ção de forma modular, com fa-cilidade e segurança. Particular-mente indicado para obras com especial necessidade de atender o cronograma, o sistema unitiza-do é considerado o mais avança-do do mercado, por sua monta-gem mecanizada, que dispensa a utilização de balancins e diminui custos com mão de obra.

“A evolução desse sistema ocorreu a partir da década de 1980, quando o structural glazing eliminou a visualização externa dos perfis, agregando o silicone como elemento estrutural”

Sob consultoria da Aluparts, o JCPM Trade Center, em Recife, recebeu o sistema encapsulado Uniglazing, da Avec Design. Os quadros foram pré-fabricados da altura dos pavimentos do edifício e os painéis foram preparados em fábrica e montados na obra, encaixados um sobre outro, em ancoragens estruturais. Foram empregados 6500m² de painéis de alumínio anodizado inox e vidros laminados refletivos verdes planos e curvos

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Fixação

Segundo explica a arquiteta Heloisa Oleari, da He-dron, além do sistema unitizado, as fachadas podem ser montadas pelo método Stick, voltado para edifi-cações baixas, em que o trabalho é feito por fora da edificação. “Primeiro fixam-se as ancoragens, os mon-tantes e as travessas, e por último os quadros de alu-mínio já com os vidros (executados em fábrica).” A Belmetal, por exemplo, usa o sistema Stick nos mode-los de fachada Atlanta e Grid Sky. “Os perfis dos mó-dulos com vidros contornam os montantes e travessas como um colar, por isso o termo stick”, afirma o ge-rente da empresa. Já o modelo offset wall é um sis-tema do tipo unitizado. “São construídas células que preenchem o pé-direito inteiro do piso ao teto, insta-ladas de baixo para cima perifericamente. A inteligên-cia deste sistema permite, em média, uma economia de 15 a 20% no custo de logística de instalação.”

Eficiência energética

Em resposta à demanda dos arquitetos e às condicio-nantes de luminosidade, calor, reflexibilidade etc., o vidro foi o componente das fachadas-cortina que mais apresentou inovações tecnológicas nos últimos anos. Os novos produtos propõem proteção de luz e calor, redu-zindo o uso do ar-condicionado e contribuindo para a manutenção da temperatura ambiente e o bem-estar do usuário. Nas primeiras construções desse tipo no

Entre os vidros corta-fogo, a resistência tem relação direta com aksdmposd pokdopcom aksdmposd pokdop

Projetado por Ruy Ohtake, o edifício Conde de Sarzedas, em São Paulo, recebeu o sistema structural glazing. Com formas côncavas e convexas, a fachada-cortina, que teve consultoria da Aluparts, exigiu um sistema de montantes verticais articulados para a curvatura de raios variados

Sede do governo do Paraná, o Palácio Iguaçu, obra modernista de 1954, teve sua fachada restaurada pela Hedron Engenharia. Com sistema Stick, a nova fachada segue o padrão histórico da época, com esquadrias de alumínio aparentes. A diferença é que os novos vidros, verdes, atendem às normas construtivas atuais

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Brasil, os vidros usados não apresentavam propriedades térmicas adequadas, o que transformou muitos prédios em caixas acumuladoras de calor. Com o avan-ço tecnológico do material, o mercado passou a oferecer inúmeras opções ade-quadas para fachadas. Num país tropical como o Brasil, os vidros de controle solar são os mais in-dicados para reduzir o consumo energético com iluminação, ar condiciona-do e, eventualmente, aquecimento. “Esses vidros evoluíram rapidamente nos últimos 7 a 10 anos, ao encontro de soluções para eficiência dos edifícios, especialmente os de escritórios, e shopping centers”, afirma Pauto Duarte. E acrescenta: “Os vidros de controle solar devem ser analisados em composi-ções laminadas ou em composições duplas com câmara de ar, formando os chamados vidros insulados, que permitem melhorar ainda mais o desempe-nho foto-energético dos envidraçamentos”.Além dos vidros de alto desempenho, duplos, low-e, etc., a solução também po-de estar nas fachadas ventiladas, ou seja, fachadas duplas para controle do balanço energético dentro das edificações, complementa Heloisa Oleari, da Hedron. Para que um prédio com fachada de vidro tenha conforto termo-acústico, o pro-jeto tem que ser implementado por um especialista no assunto. É ele quem vai viabilizar uma fachada eficiente com menores custos. Além disso, o projeto deve nascer integrado com a arquitetura e a estrutura, para que seja possível adotar as melhores soluções sem comprometer o desempenho, alerta a engenheira Fabiola Rago, consultora da Afeal. “De fato, em boa parte dos prédios, as fachadas de vi-dro não foram projetadas por um profissional especializado. Muitos ainda acham que o projeto de esquadrias é só um acessório”, endossa Luís Cláudio Viesti. Segundo ele, o projetista especializado conhece não só os variados sistemas e o diferente desempenho de cada vidro para garantir conforto termo-acústico, mas também sabe qual o tipo de montante e de ancoragem ideal em função dos cál-culos do vento que incide na edificação.

O projeto do arquiteto Ricardo Julião para o edifício da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista) ostenta fachada do tipo Stick, da linha Cittá Due, da Alcoa. Montada em partes, primeiro instalam-se as ancoragens, depois as colunas e travessas e por fim os quadros móveis e fixos. O arquiteto procurou criar uma fachada tecnológica, que espelhasse, por meio do vidro, o trabalho da escola. Com 3.800 m2 de área envidraçada, o edifício recebeu vidros semi-refletivos azuis, de 8mm, da Glassec.

A Itefal foi a responsável pela execução da fachada do edifício Cardoso de Melo, projeto que contempla a interação de diferentes materiais e formas. Foram utilizadas as tecnologias do structural glazing nas fachadas pele de vidro, aplicadas em conjunto com os revestimentos em ACM. As soluções propostas pelo arquiteto Ricardo Julião, autor do projeto, deram ao empreendimento um visual futurista

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Banheiro espelhado

neste banheiro de formato retangular, o arquiteto gaúcho Luiz Sen-tinger explorou uma extensa superfície espelhada sobre uma bancada com duas cubas. Fixado com parafusos, o espelho ocupa uma parede inteira, para, além de oferecer ampla visualização, dar amplitude ao espaço do banheiro, de dimensões compridas mas estreitas. O espe-lho cristal de 4 e 6mm foi fabricado pela Guardian e o beneficiamento e montagem ficaram a cargo da MJ Vidros, de Porto Alegre.

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