revista vidro impresso edição 5

84
revista Vidro Impresso | Ano 2 Nº 5 Laminação Confira o processo que dá ao vidro mais segurança, proteção contra radiação e variadas opções estéticas Papo Direto Acompanhe a entrevista com o engenheiro e consultor Mauro Akerman, um apaixonado por vidros Tecnologia As novas gerações de vidros e películas de controle solar exercem papel fundamental no desempenho energético dos edifícios Aeroportos de ponta Projetos arrojados de terminais se destacam pela transparência propiciada por fachadas e coberturas de vidro

Upload: vidro-impresso

Post on 09-Mar-2016

272 views

Category:

Documents


37 download

DESCRIPTION

Aeroportos de ponta

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vid

ro Im

presso

| An

o 2 N

º 5

LaminaçãoConfira o processo que

dá ao vidro mais segurança, proteção contra radiação e variadas opções estéticas

Papo DiretoAcompanhe a entrevista

com o engenheiro e consultor Mauro Akerman,

um apaixonado por vidros

TecnologiaAs novas gerações de vidros e

películas de controle solar exercem papel fundamental no desempenho

energético dos edifícios

Aeroportos de pontaProjetos arrojados de terminais se destacam pela transparência

propiciada por fachadas e coberturas de vidro

Page 2: Revista Vidro Impresso Edição 5
Page 3: Revista Vidro Impresso Edição 5
Page 4: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

pág. 28 pág. 36 pág. 12

08

10

12

16

18

20

28

3

36

8

5

56

Espaço do leitorComentários, dúvidas, críticas, elogios e sugestões.

Revista onlinePágina na internet facilita o acesso do leitor ao conteúdo editorial da Vidro Impresso.

Arte em vidro Maior museu de vidro do mundo abriga peças produzidas ao longo de 3.500 anos.

Papo direto – Mauro AkermanEngenheiro especializado em vidro disseca as várias composições químicas do material.

Produtos – Tintas para vidroDetalhes e técnicas de aplicação de alguns produtos voltados para o segmento.

FlashNotícias, lançamentos e curiosidades do setor do vidro e sua cadeia produtiva.

Feiras e eventosEcotech debate importantes questões relativas à arquitetura e construção sustentáveis.

Artigo – Nelson Firmino Envidraçamento: como assegurar desempenho e evitar rupturas por origem térmica.

Arquitetura e vidroRepaginação de aeroportos do Brasil e do mundo tem o vidro como material de destaque.

Empresas e negóciosPerfileve e Conlumi revelam investimentos e estratégias de consolidação em seus setores.

Artigo – José Luiz TejonTempo gasto com reuniões e e-mails são uma ameaça à competitividade criativa.

Fique por dentroNovas exigências e aquecimento do mercado consolidam importância dos laminados.

Page 5: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 5

pág. 66pág. 48 pág. 56

Sumário

36

56 66 16

60

66

7

76

79

82

MercadoCom visões alinhadas, Glassec e Viracon se fundem e preparam expansão na América Latina.

Tendências e tecnologiaVidros e películas de controle solar reduzem consumo de energia e emissão de CO2.

Artigo – Paulo DuarteEsquadrias na construção civil. Confira os materiais mais indicados para cada projeto.

Telefones/Índice de anunciantesOs profissionais e empresas citados nesta edição.

Guia do vidroPágina dedicada ao site que se tornou ferramenta importante do mercado vidreiro.

Vidro e designCom grandes aberturas de vidro, fachada de Renato Mueller prioriza contato com a natureza.

Page 6: Revista Vidro Impresso Edição 5

6 revista Vidro Impresso

editorial

Hora de renovarEm todos os sentidos da palavra, renovar remete a uma mudança positiva com o foco de alcançar um resultado surpreendente e eficaz. Um bom exemplo são os distribuidores e beneficiadores de vidros que re-novam periodicamente seus maquinários e equipamentos, seja para o au-mento da produção ou para o aperfeiçoamento de seus produtos. Em outras palavras, renovar é rejuvenescer, revigorar-se, atualizar-se, pôr-se a par das coisas novas, progredir. Iniciamos 2011 com o compromisso, junto aos nossos leitores e anuncian-tes, de continuar renovando e inovando sempre. Entre os temas desta quinta edição, a Vidro Impresso focaliza a laminação de vidros, destacando as diversas etapas do processo e os produtos utiliza-dos em sua fabricação. Conheça as vantagens que as tintas para vidros pro-porcionam, dando cores e vida aos ambientes e objetos, e saiba mais sobre as empresas fabricantes desse produto. Veja também o que as películas de controle solar têm a oferecer ao merca-do arquitetônico, conheça os diferenciais e a tecnologia desenvolvida para essa fantástica solução para vidros. Confira, em Papo Direto, o brilho e a competência de Mauro Akerman, grande conhecedor do processo de fabricação do vidro. Ainda: faça um tour pelos saguões e terminais dos aeroportos do mundo e pelo Corning Museum of Glass. E aproveite o espaço dedicado ao leitor para compartilhar sua avaliação sobre as edições da Vidro Impresso. Desejamos a todos um 2011 de muito sucesso. Tenham uma ótima leitura! Diogo Ortiz e Reinaldo Campos

Expediente

Direção GeralDiogo OrtizReinaldo Campos

EditoraIrina [email protected]

Diretora de ArteMonica Raynel

DesignersAmanda JustinianoEmerson Almeida

[email protected]

Administrativo e FinanceiroElisangela Franç[email protected]

Atendimento ao leitorDaniel [email protected]

RevisãoZuleika Martins

Empresas do GrupoGuia do Vidrowww.guiadovidro.com.br

OC Publicidadewww.ocpublicidade.com.br

[email protected]

Assinatura e informações sobre a Revista Vidro Impresso po-dem ser obtidas através do site:www.vidroimpresso.com.brou pelos telefones:+ 55 11 2628-7809+ 55 11 2261-3732

Periodicidade: bimestral

Tiragem: 10.000 exemplares

Circulação: nacional

Impressão - IBEP - Divisão Gráfica ltda.

e x p e d i e n t e

Page 7: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 7

21x28_Layout 1 14/12/2010 14:44 Page 1

Page 8: Revista Vidro Impresso Edição 5

8 revista Vidro Impresso

Tendo recebido o 1º exemplar da Vidro Impresso na Glass, gostaria de saber como continuar recebendo os próximos números, já que gostei muito da revista.Nossa empresa trabalha com vidros e espelhos para decoração e muito nos interessa ficar sabendo das novidades do setor.

Roberto OtavioEspelho Meu Vidros e Decorações

RESPOSTA VI

Prezado Roberto,Para continuar recebendo as edições da Vidro Impresso, disponibilizamos um sistema de assinatura online da revista por meio do site www.vidroimpresso.com.br. Acesse!

Primeiramente, quero parabenizar a revista Vidro Impresso por se preocupar com a opinião de profissionais como eu em um setor que ainda carece de mais informações. Em relação à mídia, ficou moderna, a parte gráfica está dinâmica e o conteúdo está bastante diversificado, dando foco não somente às questões culturais como também à parte tecnológica e de aplicação do vidro na construção civil. Além de tudo isso, ainda serve como um importante

canal de venda, ajudando os profissionais a expandir suas ideias e a colocá-las em pratica.Agradeço desde já!

Gilson MaranhãoGR2 Glass

Acabei de receber e folhear a última edição da revista Vidro Impresso e estou escrevendo para dar parabéns por mais esse trabalho.Até o momento, li o editorial e a reportagem sobre lapidação e polimento, em que somos citados e, claro, temos todo interesse. Excelente texto! Devo dizer que a revista toda está extremamente bonita, bem editada, com um visual atraente, agradável de ler e com reportagens muito interessantes. Só não li mais porque deixei circular pela Abrasipa, mas já estou esperando de volta para ler outras reportagens. Aliás, aqui na Abrasipa, quem já viu a edição veio comentar que gostou muito.Mais uma vez parabéns pelo trabalho, vocês estão cada vez melhores!

Daniel Leicand Abrasipa

çpespaço do leitor

Atendimento ao leitor:

E-mail: [email protected]

Cartas: Redação Revista Vidro ImpressoRua Manuel Gaya, 310 – cj. 01 CEP 02313-000São Paulo – SP – BrasilFax: +55 11 2261-3732

Envie sua opnião, dicas e sugestões

Escreva!

As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. A revista Vidro Impresso reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Page 9: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 9

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Arbax_Final.pdf 1 06/08/2010 12:09:04

Page 10: Revista Vidro Impresso Edição 5

10 revista Vidro Impresso

revista online

www.vidroimpresso.com.brObras arquitetônicas, feiras e eventos, artigos especiais, dicas e aplicações, papo direto, flash, empresas e negócios, fique por dentro, tecnologia, produtos, arte em vidro e muito mais em nossa versão digital.

Fale direto com o anunciante

Notícias

Vídeos

Além das matérias e informações disponíveis na revista impressa, a Vidro Impresso veicula notícias diariamente sobre o que aconteceno setor do vidro no Brasil e no mundo. Acesse o portal e atualize-sewww.vidroimpresso.com.br ou sepreferir assine o nosso RSS e fique por dentro dos conteúdos postados em tempo real.

O RSS é um formato de distribuição de informações pela Internet, como notícias. Ao usar RSS, você fica sabendo imediatamente quando uma informação do seu interesse é publicada, sem que você tenha de navegar até o site.

Para as empresas ligadas ao setor do vidro que querem compartilhar seus vídeos na internet, a Vidro Impresso disponibiliza um espaço gratuito no portal para divulgação.

Guia do Vidro mais que um portal de busca+

+

Pioneiro no setor, o Guia do Vidro se tornou uma ferramenta indispensável do mercado vidreiro. *Conhecido hoje em mais de 2.458 cidades do Brasil e acessado por mais de 116 países, recebendo mais de 80.000 visitas por mês, o portal é um excelente veículo de divulgação. Entre outros diferenciais, des-taca-se na internet como Top ranking no Google, Yahoo, MSN aparecendo na 1ª página dos buscadores em diver-sas palavras chaves relacionadas ao se-tor do vidro como: Vidraçarias,

www.guiadovidro.com.br*Fonte: Google Analytics

** @vidro_impresso

* http://pt-br.facebook.com/people/ Vidro-Impresso/100001670015643

* **

Orkut RSSTwitterFacebook

Os anunciantes da revista Vidro Impresso ganharam uma nova ferramenta de contato para receber pedidos e cotações de seus produtos e serviços online. O formulário personalizado estará disponível com exclusividade aos anunciantes, tornando-se um canal de comunicação extra oferecido pela Vidro Impresso.

Siga-nos

Fale conosco:

http://www.vidroimpresso.com.br/Fale_Conosco.aspx

um gerador de novos negócios!

Distribuidores de Vidros, Acessórios para Vidro, Ferragens para Vidro, entre outras palavras. Para as empresas que querem divulgar seus produtos e serviços de forma assertiva e direta ao seu público alvo, aqui é o lugar.

Cadastre-se em nossa Newsletter!

Page 11: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 11

Page 12: Revista Vidro Impresso Edição 5

12 revista Vidro Impresso

arte em vidro

Uma oportunidade única de tocar, manipular e explorar o vidro em suas mais diversas possibilidades artísticas e tecnológicas. A visita ao Corning Museum of Glass, localizado na cidade de Corning, Estado de Nova York, não se resume em conhecer de perto o mais completo acervo histórico de obras de arte em vidro do mundo. A proposta do espaço é ampla e oferece atividades multidisciplinares diárias, que permitem o contato com o vidro de todas as formas possíveis. “Além das exposições que contam a história da ciência e da tecnologia, traçando um paralelo com as des-cobertas e inovações do vidro, o museu desenvolve oficinas em que são ensinadas as mais complexas técnicas de manipulação do vidro a alta temperatura”, conta Yvette Sterbenk, gerente de comunicação do Museu.Durante todo o ano, um estúdio especialmente equipado para a confec-ção de peças em vidro oferece cursos diários de “Make your own glass” (Faça seu próprio vidro), voltados para todos os níveis de produção

A academia DO VIDROUm mergulho na história, na arte e na técnica vidreira

Arte japonesa de

1857: conjunto de

decantadores e taças

feitos pelo artista

Shuseikan Kyushu

Obra coletiva de

1988: mistura de

areia, latão, cobre e

ouro fundidos e ceras

pigmentadas

ALGUMAS DAS 5 mil PEÇAS EXPOSTAS NO MUSEU

Page 13: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 13

vidreira. “Os visitantes têm a oportunidade de criar seu próprio objeto de vidro ao lado dos mais qualificados profissionais da área”, afirma Yvette. O museu também conta com workshops e cursos intensivos, ministrados por grandes artistas vidreiros internacionais, para alunos de todos os níveis. Para os interes-sados em pesquisas, vale um mergulho nos arquivos da Rakow Research Library, uma biblioteca onde estão dispostos os mais importantes registros e referências sobre a história da arte e da indústria vidreira.Depois de viajar por milênios de história do vidro pelas galerias do Corning Museum, o visitante depara com o GlassMarket, uma extensa galeria dividida em oito lojas, onde relíquias do mundo do vidro estão disponíveis para venda. “São mais de 15 mil itens, que vão de obras produzidas por mais de 200 ar-tistas, entre nomes emergentes e consagrados, a utilidades do-mésticas, jóias e acessórios, além de peças de coleções raras, de todas as faixas de preço”, informa a gerente, lembrando que o GlassMarket conta, ainda, com o maior acervo de livros, vídeos e imagens sobre a história da indústria do vidro.

Do antigo ao contemporâneo Com 60 anos de existência, o maior museu do vidro do mundo abriga mais de 45 mil trabalhos em vidro, produzidos ao re-dor do mundo ao longo de 3.500 anos. A coleção inclui obras-primas da antiguidade egípcia, grega e romana; das grandes ci-vilizações do Islã, da Ásia, da Europa e das Américas; e uma produção ligada a movimentos artísticos iniciados no final do século XIX até os dias atuais. “O museu enriquece seu acervo constantemente, com doações e aquisições de obras contem-porâneas”, ressalta Yvette. Das mais ingênuas e remotas peças da antiguidade egípcia, datadas de 1400 a.c, às suntuosas es-culturas e instalações de artistas contemporâneos como Robert Rauschenberg e Kiki Smith, os mais de 35 séculos de história da produção vidreira encontram no Corning Museum of Glass uma morada à altura de sua riqueza e de sua pluralidade.

A academia DO VIDRO

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Peça anglo-saxônica

(alemã), datada de

1710-1720

Técnica do

vidro “fatiado”,

trabalhado,

cortado e

montado a

quente. Obra

de autoria do

americano

Harvey Littleton,

datada de 1984

ALGUMAS DAS 5 mil PEÇAS EXPOSTAS NO MUSEU

Destaque das atividades oferecidas no museu,

demonstrações de vidro soprado ressaltam

a beleza e a versatilidade do material e

atraem públicos de todas as idades. Oficinas

realizadas diariamente ensinam os visitantes

como criar e produzir seu próprio trabalho em

um estúdio de vidraria a alta temperatura.

Page 14: Revista Vidro Impresso Edição 5

1 revista Vidro Impresso

arte em vidro

Ideias luminosasSob a luz dos diamantes

A inovação na arte de criar objetos decorativos e simultaneamente funcionais tem sido cada vez mais ousada entre designers e artistas vidreiros ao redor do mun-

do. Um exemplo emblemático é a criação do designer sueco Eric Therner, que chamou a atenção da imprensa especializada com uma ideia nada convencio-

nal: dar formato de diamantes às lâmpadas de nossas casas, por ele batiza-das de Diamond Lights. “Costumo definir a Diamond Light como uma

espécie de escultura funcional. A intenção foi brincar com o conceito do bulbo das lâmpadas comuns, que por si só já têm como caracte-

rística serem brilhantes”, comenta Eric. “As pessoas se acostuma-ram com o brilho da lâmpada, que, ao assumir a forma de um

diamante, deixa de ser um mero objeto de utilidade para se converter em uma peça de arte.”

Usando o vidro como matéria-prima, Therner deu às lâmpadas de halogênio de 15 watts um tom moderno e

sutilmente romântico. “Trata-se de um objeto em que muitas vezes não prestamos atenção. Ao trabalhar o

vidro dessa maneira, damos um visual carismático à lâmpada”, acrescenta o designer sueco. Ele res-

salta que o conceito da criação não veio da ten-tativa de desenvolver uma lâmpada melhor

ou mais eficiente. “É uma lâmpada comum com uma personalidade diferente”, brinca

o designer. “A ideia foi intensificar o ar místico e retrô de um bulbo comum.

E minha inspiração para isso veio de um objeto facilmente reconhe-

cido, o diamante. A intenção foi justamente captar essa áurea

mística e romântica da pe-dra preciosa e uni-la ao

tom clássico de uma lâmpada usual.”

“A beleza do objeto deve-se não somente ao seu formato, mas sobretudo ao valor do ícone que representa”

Page 15: Revista Vidro Impresso Edição 5

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Light Shadow Bulb,

criação da designer

sueca Ingegerd

Raman

As lâmpadas diamantes ganharam fama pelo mundo depois de serem expostas no Festival de Design de Londres do ano pas-sado, onde cerca de 20 exemplares foram vendidos a 30 libras cada – cerca de 80 reais. Desde então, são comercializadas nas mais conhecidas lojas de objetos de design da Europa e também em websites especializados.

Bulbos Decorados A ideia de criar lâmpadas com bulbos inusitados não é mais novidade entre os artistas vidreiros. Outro interessante projeto, idealizado pela conceituada designer sueca Ingegerd Raman, é o Light Shadow Bulb, uma série de quatro bulbos luminosos decorados com jatos de areia, cada um com um desenho diferente. O diferencial da criação de Raman reside nos desenhos formados pelos jogos de luz e sombra criados nas paredes do ambiente. “A inspiração veio das minhas fantasias de infância, das brincadeiras com os efeitos de luz e sombra que gostava de criar na parede”, conta a designer. Semelhante a uma bolha de sabão, o bulbo gigante é o elemento central de onde a luz irradia, projetando sombras dançantes nas paredes e no teto. “De formas diferentes, o efeito estético é garantido estando as lâmpadas acesas ou apagadas”, ressalta a criadora do projeto. Os Light Shadow Bulbs foram produzidos pela grife sueca Orrefors, especializada em artigos e objetos de arte em vidro exclusivos ou produzidos em edições limitadas.

Originalidade e leveza

A luminária Spore, desenvolvida

pelo designer italiano Massimo Iosa

Ghini, é outro exemplo das ilimitadas

possibilidades criativas que transformam

lâmpadas em objetos de arte. Composta

por uma estrutura de metal cromado e

um difusor de vidro soprado de 28 cm

de diâmetro, com oito placas de led 3W

em seu interior, a luminária confere

atmosfera requintada aos ambientes.

“O contorno amorfo e irregular é

delineado por um véu de vidro, que

envolve e protege o interior da luz”,

descreve o designer. “O acabamento

acetinado e placas transparentes foram

desenvolvidos para garantir o brilho

intenso e uniforme das leds, uma das mais

fascinantes fontes de luz do futuro.”

Page 16: Revista Vidro Impresso Edição 5

16 revista Vidro Impresso

Doutor em

VIDROEngenheiro metalurgista por formação, o consultor Mauro Akerman se diz um apaixonado pelo vidro. Doutor na área de elaboração do vidro e formação técnica vidreira, Akerman é especialista em quesitos que vão do desenvol-vimento e especificação das matérias-primas à transformação no produto final.Trabalhou por 30 anos na Saint-Gobain, em um centro técnico que dava suporte às fábricas do grupo. Em 2008, passou a atuar como consultor independente, auxiliando vidrarias na elaboração e desenvolvimento de programas de treinamento em vidro e tecnologia vidreira. Atualmente, desenvolve, em parceria com a Associação Brasileira de Cerâmica, o projeto “Escola do Vidro”. A otimização da composição química de vidros, para compatibilizar custos, propriedades e processos, é um dos as-suntos abordados pelo especialista nesta entrevista concedida a Vidro Impresso.

Vidro Impresso – O anel que tu me deste era vidro e se quebrou... A ve-lha cantiga de roda significa que o vi-dro é fraco?Akerman – Há uma grande confusão sobre isso. Um material fraco é aque-le que se quebra quando a ele apli-camos uma determinada força. Por exemplo, um giz é facilmente que-brável e pode ser considerado um material fraco. Mas o vidro não. Ima-gine um bastão de vidro do mesmo formato do giz. Ele exige muita força para ser quebrado. O vidro não só não é fraco como é muito forte. Por outro lado, é um material frágil, isto é, não é muito resistente a impactos. Hoje é comum o uso do vidro em pi-sos justamente porque ele suporta o peso de qualquer pessoa. Por que o vidro quebra?A quebra do vidro se dá pela conjun-ção de dois fatores: um defeito na su-perfície que pode se tornar o início de uma trinca e uma força de tração que tende a abrir essa trinca. A resistência de qualquer material se dá pela forma como suas moléculas estão ligadas. No caso do vidro, essas ligações são muito fortes, mas quando há um defeito no vidro, como um risco, na ponta desse defeito ocorre uma concentração de

tensões que chega a ser muitas vezes superior à tensão que se está aplicando à peça de vidro. Então essa trinca pode abrir um pouco, a tensão aumenta e ela abre mais e assim sucessiva e rapi-damente, até que o vidro se parte. A quebra ocorre quando essa trinca atra-vessa toda a peça. Como torná-lo mais resistente?De duas maneiras: uma, proteger a superfície para evitar riscos que pode-rão ser o início de trincas. Isso é feito por meio de tratamentos que endu-recem a superfície. Pode-se também aplicar uma camada de algum ma-terial na superfície, um plástico, por exemplo, que a resguarda. No caso do piso de vidro as chapas mais exter-nas acabam sendo a proteção das in-ternas, que mantêm a resistência do conjunto. Outra maneira é a têmpe-ra, um tratamento térmico que gera compressão na superfície. Com isso, os riscos ficam comprimidos e têm dificuldade de se abrir em trincas. O resultado é um vidro mais resistente. Quanto mais espesso, mais resistente a quebra?Sim, porque quanto mais espesso mais difícil é gerar a tensão de tração que quebra o vidro. Porém, uma peça úni-

ca é muito mais facilmente atravessa-da pela trinca do que um conjunto de diversas chapas laminadas que tenha a mesma espessura total. Existe um vidro inquebrável?Não, mas hoje, com o conhecimento dos mecanismos de quebra e da estrutu-ra do vidro, se conseguem materiais ex-tremamente resistentes. Dê uma olhada em http://www.youtube.com/watch?v=WpbOoQpwAFs&feature=player_embedded) Relatos históricos apontam que o vidro é usado pelo homem há mais de 75.000 anos. O que mudou na aplica-ção do material de lá para cá?Os primeiros vidros foram criados pela própria natureza. Por exemplo, as la-vas de um vulcão, ao cairem no mar, esfriavam rapidamente e suas molécu-las assumiam a estrutura de um líquido “congelado”. Esses vidros naturais eram empregados por suas características de formar bordas cortantes e serviam como ferramentas e armas. Só muito tempo depois, há cerca de 5.000 anos, foi que o homem descobriu como produzir o vidro, primeiro na forma de adornos e depois como embalagens.

O que, na composição do vidro, confe-re ao material suas principais proprie-

papo direto

Page 17: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 17

Os primeiros vidros foram criados pela própria natureza. Por exemplo, as lavas de um vulcão, ao cairem no mar, esfriavam rapidamente e suas moléculas assumiam a estrutura de um líquido “congelado”

dades, como resistência mecânica, du-reza e transparência? A resistência mecânica depende mui-to mais do estado da superfície e distribuição de tensões do que dos componentes presentes em sua for-mulação, embora eles também afe-tem essa propriedade. O vidro é um material duro, mas em algumas apli-cações, como em vidros de celulares, a dureza é aumentada pela aplicação de revestimentos superficiais. O vidro pode ser transparente ou comple-tamente opaco. Tudo depende dos componentes usados na formulação. Qual a composição dos vidros borossi-licatos, mais resistentes a quebra? Os vidros borossilicatos contêm o ele-mento boro em sua composição. Eles se dilatam menos com variações de temperatura e por isso são mais resis-tentes ao choque térmico. Alem dessa vantagem, também têm maior resistên-cia química e por isso são empregados em frascos de laboratório. Eles são óti-mos para lustres que ficam expostos à chuva e para utensílios domésticos. Há uma relação entre custo e resistência?Para aumentar a resistência mecânica deve-se ou tratar a superfície para en-durecê-la, ou aplicar uma camada de material que a proteja ou temperar o vidro. Todas essas são operações adi-cionais e vão impactar o custo.

O que mudou a partir da invenção do vidro float? Quais os diferenciais des-se vidro?O vidro float tem suas superfícies per-feitamente lisas e paralelas, propor-cionando uma excelente qualidade óptica. Um vidro float não deforma a

imagem vista através dele nem a re-fletida por espelhos. Ele é produzido a partir da massa líquida do vidro que escoa sobre uma piscina de estanho fundido formando uma lâmina que se resfria e se enrijece. Antes do advento do float, o vidro plano era produzido por outros processos que permitiam deformações na superfície. O vidro é mau condutor de calor. Pode, por isso, ser considerado um isolante térmico?De fato o vidro é muito mau condutor de calor, se comparado com metais, e muito próximo de tijolos refratários. Porém, deixa passar a radiação. O que os vidreiros fazem hoje é produzir vidros que deixam passar a luz e im-pedem a passagem do calor. Da mes-ma forma, no inverno, não deixam o aquecimento do interior ser perdido para fora. Quais as propriedades da composição do vidro que permitem que o material seja 100% reciclável?O vidro tem a estrutura de um líquido de alta viscosidade. Quando o aque-cemos, diminuímos sua viscosidade, mas não alteramos em nada nem sua estrutura, nem sua composição quími-ca. Quando estiver líquido novamente poderá ser conformado em uma nova peça que ao esfriar terá exatamente as mesmas características do vidro origi-nal. Isso pode se repetir infinitamente e o vidro produzido será exatamente o mesmo. Por isso ele tem um ciclo infi-nito e é 100% reciclável. Como funciona a reciclagem com os vidros coloridos ou laminados? Existe algum tipo de vidro que não

pode ser reciclado?Vidro colorido deve ser adicionado na produção de outros vidros coloridos. Já o incolor serve para o incolor e também para o colorido. Os vidros laminados devem ser moídos para a separação do plástico que há no seu interior. O que é a Escola do Vidro?A Escola do Vidro é um organismo para formação técnica vidreira dirigida aos produtores de vidro, mas também de interesse dos utilizadores desse ma-terial e fornecedores dessa industria. Ela surgiu com a finalidade de suprir a quase total carência de formação na área e com o objetivo de se tornar um fórum de convergência de pessoas li-gadas ao setor. Como é formada a mão de obra para a indústria vidreira? Tradicionalmente a indústria forma o seu próprio pessoal. Alguma vidraria dis-põe de programas internos organizados de treinamento, mas na maioria o novo funcionário aprende com o antigo. Como decidiu fazer doutorado na matéria?O vidro é um material fascinante. Meu primeiro chefe dizia que é como um vírus que contamina a gente, e acho que fui contaminado. Eu gosto muito de aprender e acho que a par-ceria da indústria com a universidade é extremamente proveitosa para am-bos e quis provar isso na prática. Na minha tese utilizei resultados de aná-lises industriais que não poderiam ser reproduzidas em laboratório, aborda-das com rigor acadêmico para gerar conclusões úteis para a indústria e para o conhecimento científico.

Page 18: Revista Vidro Impresso Edição 5

Paleta de vidroAs tintas e esmaltes voltados para o segmento vidreiro propiciam estética diferenciada aos produtos e projetosAs técnicas são inúmeras, os efeitos os mais variados. Extensivamente explorados na ar-quitetura, decoração e indústria moveleira, os vidros coloridos estão cada vez mais pre-sentes na construção civil, em fachadas, vitrinas e divisórias, conferindo estética e versa-tilidade aos projetos. As formas mais comuns de aplicação da tinta no vidro são por meio de serigrafia, rolo e pistola de ar. Todas podem ser usadas tanto para pintura a frio como a quente, embora o uso da pistola seja incomum neste último caso.A serigrafia é um processo secular de impressão em que a tinta é vazada através de uma tela de tecido sintético furado até chegar no substrato. “Coloca-se o vidro na máquina, baixa-se a tela por cima dele e aplica-se a tinta”, resume André Fernando Ignacio, diretor da indústria de esmaltes vitrificáveis Glass Color. Na aplicação com rolo, a máquina é equipada com um sistema interno de cilindros. Já a pistola é acionada por um compres-sor de ar para aspersão da tinta sobre o vidro.As tintas para pintura a quente, chamadas de cerâmicas ou “fritas”, são uma mistura de pó de vidro, pigmento e veículo (solvente). Para secagem da tinta, os vidros passam por estufas a temperaturas entre 120o e 180o C e em seguida são levados a um forno de têm-pera. No caso da pintura a frio, o vidro não passa pela têmpera, podendo ser cortado depois de colorido.A evolução tecnológica das tintas e esmaltes para vidro é constante. A mais importante dos últimos anos foi o recente lançamento dos esmaltes livres de chumbo, hidrossolúveis, informa Ignacio. Segundo ele, a tendência já para 2011 é que 70% do mercado adote esse novo produto.

Confira a seguir detalhes dos produtos oferecidos por quatro fabricantes de

tintas e esmaltes voltados para o mercado vidreiro.

18 revista Vidro Impresso

produtos

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 19: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 19

Collor GlassA Collor Glass dispõe de duas linhas de produtos: Collor Glass (tinta de alta resistência à base de solvente) e Eco Glass (tinta à base de água), ambas com a mesma qualidade. A Collor Glass é oferecida em 54 cores, miscíveis entre si. Para a linha Eco Glass foram desenvolvidas seis cores primárias, que também podem ser misturadas.Desenvolvidas especialmente para vidros, as tintas da Collor Glass são de alta aderência e cura a frio, e podem ser adquiri-das em pequenas quantidades (a partir de um litro). A aplicação deve ser feita com pistola e compressor. Para um bom acaba-mento, o vidro deve ser lavado e limpo com álcool isopropílico. Em quatro horas, já pode ser livremente manipulado e 24 horas depois pode ser colado. Em 72 horas, a peça está pronta para ser cortada, lapidada ou bisotada.

DuvonA Duvon oferece ao mercado dois tipos de tintas bicomponentes: as de cura em estufa, para pinturas externas, em cores fechadas, translúcidas e metálicas; e as de cura ao ar, para pinturas internas ou chapas de vidro plano, em cores fechadas e translúcidas. Compostas por resinas, aditivos e catalisadores que conferem melhor aderência sobre o vidro, as tintas da Duvon são aplicadas a revólver, o que requer muita atenção na limpeza da peça, que deve estar livre de poeiras e oleosidades. A cura em estufa leva 30 minutos e é feita a temperaturas de 130o a 150oC. Depois de fria, a peça está pronta para manipulação e embalagem. No caso da cura ao ar, a secagem leva aproximadamente 168 horas, e a peça pode ser manipulada após 12 horas e embalada após 72 horas.

TecbrilAs tintas para vidro da Tecbril dispensam a aplicação de um promotor de aderência, o que torna mais fácil o processo de revestimento, além de evitar gastos com outros produtos e eliminar o tempo de preparação do vidro. Dis-poníveis nas cores vermelha, verde (cítrico, bandeira, claro) azul (marinho e claro), cinza, berinjela, amarelo Ferrari, marrom e chocolate, entre outras, permitem ainda desenvolver novas tonalidades de acordo com a necessi-dade. O acabamento pode ser liso ou texturizado. “O sucesso na aplicação depende de limpar muito bem a superfície com álcool isopropílico. Após a limpeza, deve-se aplicar a tinta em uma demão cruzada, cobrindo bem o vidro”, afirma Tiago Rosas, gerente de marketing da empresa. A cura é feita ao ar livre, sem a necessidade de estufa. “Após a aplicação, indicamos deixar a tinta secar por volta de 4 horas para que o vidro possa ser manipulado. Para cura total, recomendamos até 72 horas, quando o vidro estará pronto para colagem.”

Glass ColorA Glass Color produz esmaltes vitrificáveis para a indústria de vidro em geral, co-mercializados sob a forma de pó, pasta oleosa ou hidrossolúvel e termoplástico. Os esmaltes em pó são comumente destinados à pintura por aerografia ou decal-comania, para empresas das áreas de perfumaria e embalagens promocionais. Já os esmaltes em pasta são voltados para a indústria de eletrodomésticos (deco-ração das áreas envidraçadas de fornos e, mais recentemente, dos top cooks) e automotiva, na qual, além da função estética, evitam que os raios UV degradem a cola que fixa o vidro na carroceria do veículo. A linha de esmalte termoplástico destina-se à decoração de “vidros ocos” e tem como principal mercado as deco-radoras de garrafas de refrigerante, copos, etc. Os esmaltes são normalmente aplicados por serigrafia direta ou indireta, fria (para as pastas) ou quente (para os termoplásticos). A aplicação também pode ser feita por aerografia e por decalque. A cura é obtida por tratamento térmico, que varia de 580o a 760oC, dependendo da tipologia do produto final.

Page 20: Revista Vidro Impresso Edição 5

flash

FlashNotícias, lançamentos e curiosidades. Acompanhe aqui os últimos acontecimentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva.

Mesa de bilhar sem feltro?A tecnologia do vidro aliada à criatividade do designer australiano Craig Nottage,

da Nottage Design, resultou na criação de uma linha de mesas de bilhar transparentes, em que é possível acompanhar a

trajetória da bola encaçapada até o seu retorno para os jogadores. A superfície “Vitrik”, como foi patenteada, é uma película

aplicada sobre um tampo de vidro temperado monolítico de 15 mm, que reproduz o atrito e a resistência ao rolamento de

uma superfície de feltro. De acordo com Nottage, o vidro temperado usado nas mesas é de de 4 a 6 vezes mais resistente

que os temperados comuns. Sendo naturalmente rígido e plano, o vidro não tem qualquer propensão a curvatura ou

empenamento, sendo assim uma ótima alternativa para ardósia”, afirma Nottage.

20 revista Vidro Impresso

Cebrace e MocidadeVice-campeã do carnaval de São Paulo em 2010, a

Mocidade Alegre levou ao Samódromo este ano

o samba-enredo Carrossel das Ilusões e contou,

pela segunda vez consecutiva, com o patrocínio da

Cebrace, maior produtora de vidros e espelhos da

América do Sul. O desfile da agremiação aconteceu

no sábado, no Anhembi, na capital paulista. A

Cebrace tem utilizado a legislação federal de

Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) para apoiar o

projeto da escola junto ao Ministério da Cultura,

como forma de fortalecer os laços com seus

clientes, parceiros e colaboradores.FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 21: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 21

Abividro lança plano de logística reversaA partir de um estudo desenvolvido pela consultoria Monitor Group, a Abividro lançou em fevereiro seu Plano de Logística Reversa,

atendendo às diretrizes da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). A legislação entrou em vigor este ano e institui o princípio de

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes de produtos e embalagens, importadores,

distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos. A gerenciadora que a Abividro propõe

instalar terá o papel de intermediar as relações

com o poder municipal, cooperativas de catadores,

beneficiadoras, fabricantes de vidro e

envasadoras. Entre outras atribuições, lhe

caberá capacitar e credenciar cooperativas

de catadores e beneficiadoras, negociar

operações de compra e venda de recicláveis

triados e gerir a logística reversa dos

recicláveis. Para a execução dessas

funções a gerenciadora deve

receber investimentos de até

R$ 60 milhões por ano.

Cura para acrofobiaQuatro mirantes de vidro instalados no 103º andar do Willis Tower, o arranha-céu mais alto do hemisfério ocidental, oferecem

uma vista única aos cerca de um milhão de visitantes que passam por lá anualmente. O panorama que se apresenta do alto

do edifício localizado em Chigago, nos EUA, alcança 80 quilômetros em dias claros, o que permite ver nada menos que quatro

estados americanos. E o Skydeck, como é chamado o “puxadinho” de vidro, proporciona uma nova perspectiva: a do chão

debaixo dos pés. A série de balcões inteiramente envidraçados, com largura de pouco mais de um metro, foi instalada nas

laterais do prédio, permitindo uma vista sem obstruções dos 412 metros que separam os visitantes da rua. Os vidros de 1,5

polegada de espessura são capazes de suportar até cinco toneladas.

Page 22: Revista Vidro Impresso Edição 5

22 revista Vidro Impresso

flash

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Fachada dinâmicaProjetada pelo escritório austríaco Ernst Giselbrecht, a fachada

do edifício comercial Kiefer Technic é dinâmica em todos os

sentidos. O projeto rompe com padrões estéticos tradicionais e

incorpora um sistema computadorizado que oferece inúmeras

vantagens operacionais, adequando-se às necessidades e ao

conforto de cada um. A tecnologia presente no Kiefer Technic

permite mudar constantemente a disposição e o aspecto de

sua fachada, composta por painéis de alumínio que se abrem

e se fecham em uma espécie de coreografia, agindo como

protetor da superfície envidraçada e permitindo novas posições

de acordo com as condições externas. “O edifício assume

novos desenhos com o passar do dia, definindo-se como uma

escultura dinâmica, que regula o ambiente interno de acordo

com a incidência de luz solar e calor”, informa Giselbrecht.

Praticidade na limpezaA beneficiadora Divinal Vidros acaba de se tornar, em

uma parceria com a Blindex, a primeira empresa a

oferecer, diretamente de sua linha de produção, vidros

impermeabilizados por meio do tratamento de superfície

Blindex Aquaplaning. Trata-se de uma técnica inovadora

desenvolvida pela Phenix Lub para para prevenir manchas

ocasionadas por agentes químicos e incrustações de

sujeira. “A ideia é criar no mercado uma cultura para

a impermeabilização, de forma que futuramente

praticamente todos os vidros instalados sejam tratados”,

diz Fernando Passi, diretor da Divinal Vidros.

O tratamento,feito por meio da nanotecnologia, faz com

que nanopartículas reajam com a sílica do vidro, criando

uma camada que o deixa totalmente impermeável.

Nova norma de esquadriasNo dia 11 de fevereiro entrou em vigor o texto

revisado da NBR 10821 – Esquadrias Externas para

Edificações, publicado pela Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT). A norma contempla

esquadrias de alumínio, madeira, aço ou PVC,

padronizadas ou especiais. A NBR 10821 divide-

se em cinco partes (terminologia, requisitos e

classificação, métodos de ensaio, requisitos de

desempenho adicionais e Instalação e manutenção)

e revoga oito normas anteriores. Na segunda parte,

que trata de requisitos e classificação, foram criadas

cinco classes em que as pressões de ensaio, de

segurança e de estanqueidade à água passam a ser

informadas por meio de uma tabela. Segundo o

consultor Joel Carlos Ferreira de Souza, secretário

da comissão de estudo responsável pela revisão, os

novos requisitos asseguram que o construtor tenha

“parâmetros informados em tabela específica para

identificar se a janela que está comprando atende ou

não à norma técnica”.

Page 23: Revista Vidro Impresso Edição 5

pub

Bottero do BrasilRua Georg Rexroth, 609 - Bloco F - Conj. 1

Jd. Padre Anchieta - Diadema - SP - Cep. 09951-270Tel. (11) 4072-3031 - Fax (11) 4077-1619

[email protected]

Jalapeño Comunicação - 11 7747 5447

BOTTERO, REFERÊNCIA MUNDIAL EMPRODUÇÃO E CORTE DE VIDRO LAMINADO

Mesa de corte 511 LAM

Mesa de corte 545 DSX

Mesa de corte 520 LAM

Línea compacta para produção de vidro laminado

Page 24: Revista Vidro Impresso Edição 5

2 revista Vidro Impresso

Workshop de fachadas Pele de Vidro e GlazingO Canal do Serralheiro, em parceria com a ASA

Alumínio, realizará, no dia 23 de março, o II Workshop

Brasil 2011 – Aprenda como Orçar e Especificar Pele

de Vidro e Glazing. Por meio de apresentações,

estudos de caso e exercícios práticos em sala, serão

compartilhadas técnicas e conceitos sobre medição,

fabricação e instalação de fachada stick. Destinado a

serralheiros, instaladores, vidraceiros, empresários,

gerentes, vendedores, orçamentistas, estudantes de

arquitetura e engenharia civil, o workshop oferece

almoço, coffee break, material da apresentação e

certificado de participação.

Auditório da ASA Alumínio

Campinas - SP

Dia 23 de março

Horário: 08h as 17h

Investimento: 2 kg de alimento não perecível.

As vagas são limitadas, por isso serão preenchidas de

acordo com a ordem de inscrições.

Inscrições para este evento

pelos seguintes contatos:

[email protected]

(21) 3276-5501 | 9114-2331 | 7852-5282 | 83*15330

flash

Duplamente premiadoO Centro Municipal de Artes e Educação dos Pimentas,

localizado em Guarulhos-SP, foi duplamente premiado

em 2010 com o “Melhor da Arquitetura” e “Prêmio

IAB-SP” na categoria Rino Levi. Assinado pelo escritório

Biselli+Katchborian Arquitetos Associados, o projeto

enriquece a paisagem urbana e valoriza a qualidade

de vida dos moradores de uma região carente de

equipamentos comunitários. As fachadas translúcidas

em vidro Channel Glass T2G Technical Glass Group

captam a iluminação natural nos ambientes internos

e garantem privacidade, já que o C.Glass protege do

“olhar” externo. Ao contrário das chapas de vidro

convencionais, o sistema C.Glass é composto por

paineis de vidro autoportantes para fechamentos,

fachadas ou divisórias que dispensam o uso de

caixilharia, o que permite facilidade para montagem e

desmontagem, em uma obra rápida, limpa e segura.

História do vidro na avenida do sambaCom o enredo “Rocinha! Estou vidrado

em você”, a Acadêmicos da Rocinha mostrou

em seu destile a utilização do vidro ao longo

da história, das descobertas arqueológicas por

civilizações da antiguidade às mudanças que

o seu uso proporcionou em nossas vidas.

A escola verde, azul e branco, conhecida como

princesinha da zona sul, foi a décima a

desfilar no sábado de carnaval.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 25: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 25

Page 26: Revista Vidro Impresso Edição 5

26 revista Vidro Impresso

flash

Maçaneta mágicaEsta inusitada maçaneta de globo de vidro foi criada pelo arquiteto japonês

Hideyuki Nakayama, em colaboração com o estúdio Tókio Tide Design, para

a empresa Union, fabricante de maçanetas e alavancas. De longe, parece

apenas um objeto colorido e decoratativo, mas, quando nos aproximamos,

uma imagem em miniatura do que está do outro lado da porta é revelada,

com um efeito lúdico de névoa. A maçaneta está atualmente em exposição

na loja Plain People em Tóquio, Japão.

Recorde de alturaProjetada pelo arquiteto italiano Renzo Piano, a

torre “The Shard” já é a construção mais alta do

Inglaterra e quando concluída, em 2012, será o

edifício mais alto de toda a Europa, com 310 m. O

prjeto do arranha-céu forma uma pirâmide de vidro

multifacetada, cujos planos inclinados refletem as

variações de cor e de luz ao longo do dia. Além do

efeito estético, a volumetria irregular do envelope

envidraçado contribui para um melhor desempenho

térmico da edificação, já que os planos inclinados

configuram frestas que favorecem a ventilação

natural. Em sintonia com essa proposta, a fachada

de vidro dupla dispõe ainda de uma persiana

automática capaz de proporcionar proteção à

incidência excessiva de raios solares.

Ponte envidraçadaA cidade de Seul em breve contará com um novo e arrojado

projeto arquitetônico que promete transformar o cenário

do rio Han, que atravessa a capital da Coréia do Sul. Trata-se

de ponte inteiramente envidraçada, com formas curvas e

orgânicas, que vai contrastar com as outras 30 pontes do rio

Han, todas em aço e concreto. Exemplo corajoso de como

expandir uma cidade sobre um rio, a Paik Na June Media

Bridge, como foi chamada, se estenderá por 1,08km e será

toda coberta por painéis solares, de forma que a própria

infraestrutura gere a energia necessária aos diversos espaços

de lazer projetados para compor o interior da ponte.

Glass Vetro e Escola Técnica A distribuidora de ferragens Glass Vetro firmou parceria com a Escola Técnica do Vidraceiro para oferecer cursos

mensais de capacitação de mão-de-obra para o setor de ferragens para vidro ao longo de 2011. Realizado em fevereiro,

o primeiro curso abordou processos de instalação de guarda-corpos e spider glass, itens importantes que permitem a

fixação segura dos vidros a estruturas. “Quem souber trabalhar com esse tipo de ferragem especial vai aproveitar melhor

o aquecimento do setor e sairá na frente”, diz Nelson Libonatti, diretor da Glass Vetro.O próximo curso será entre os dias

26 e 27 de março. O custo é de R$ 500,00. Inscrições: Escola Técnica do Vidraceiro: (11) 2255 6757

Page 27: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 27

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Electrolux inaugura casa de vidroA Eletrolux inaugurou em São Paulo seu mais novo projeto,

desenvolvido pela arquiteta Katia Perrone e executado pela

Kross Engenharia. Batizada de A Casa Electrolux, a primeira

flagship store da marca fica em uma antiga mansão de 810 m²,

tombada pelo Patrimônio Histórico, e está aberta a clientes que

queiram conhecer os produtos e experimentar os lançamentos

da empresa. O espaço foi remodelado e transformado em uma

grande casa de vidro, com a fachada inteiramente iluminada.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 28: Revista Vidro Impresso Edição 5

28 revista Vidro Impresso

feiras e eventos

Sustentabilidade

em debate2º Fórum Ecotech se volta a pesquisas de materiais que contribuam para tornar a edificação mais eficiente e reduzir o volume de resíduos na obra

Materiais construtivos inovadores e a integração de projetos tendo a eficiência energética como meta foram os assuntos cen-trais do 2° Fórum Ecotech - Fórum Internacional de Arquitetura e Construção Sustentável, o maior evento do País nas áreas de arquitetura e construção sustentável. Realizado em dezembro passado em São Paulo, o encontro teve como tema princi-pal “Desafios e Tendências para uma Arquitetura Sustentável: Materiais e Energia”, e propôs aos profissionais de arquitetura, engenharia e design uma reflexão aprofundada a respeito da sustentabilidade. “O foco do evento foi a busca de melhores respostas e modelos aplicados na construção civil, propostos por importantes e renomados profissionais que atuam no seg-mento, no Brasil e do exterior”, afirma Cristiano Moura, sócio-diretor da AEA.A proposta do Fórum foi analisar a questão sob o ponto de vista da melhoria da eficiência energética das edificações, bem como a utilização dos materiais e seu impacto sobre o meio ambiente, abordando aspectos como procedência, conteúdo re-ciclado, desmontabilidade e energia embutida, entre outros.O evento contou com palestras de especialistas estrangeiros como o inglês Bill Dunster (The ZedFactory), do norte-america-no Blaine Brownell (Transstudio) e do suíço Marc Holle (E m²N). Entre os palestrantes brasileiros, estiveram presentes no-mes como Gilson Paranhos, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), José Armênio Brito da Cruz, do Piratinin-ga Arquitetos, Marcelo Morettin, do escritório Andrade Morettin, Newton Massafumi, da Gesto Arquitetura, Claudio Conz,

StramitZED, projeto de habitação sustentável apresentado

pelo arquiteto inglês Bill Dunster, do escritório ZEDFactory

Page 29: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 29

Sustentabilidade

em debate

presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Solange Nogueira, da Eletrobrás, e Ricardo Baitelo, do Greenpeace.Para a arquiteta Daniela Corcuera, responsável pela pro-gramação do evento, a questão da eficiência energética é um tema obrigatório, pois cerca de 75% do custo das edificações está diretamente relacionado à sua aplicação. “No entanto, cada vez mais os aspectos referentes aos materiais utilizados ganham importância, não apenas pelo fator econômico. A Análise do Ciclo de Vida (ACV), vista desde a extração e fabricação até o descarte e reci-clagem, torna o estudo dos materiais um elemento vital na busca de novas alternativas sustentáveis em arquite-tura e construção”, acrescenta.Grande parte das discussões focalizou temas relaciona-dos a energia e materiais, num resgate da natureza como fonte das grandes referências. “Várias áreas de estudos têm-se voltado para a natureza em busca de aspectos inovadores e assim deve ocorrer com a arquitetura, por-que o edifício precisa receber um olhar holístico intra-disciplinar e interdisciplinar, uma visão sistêmica e não segmentada”, sustentou Daniela, em seu discurso de abertura. Para ela, os especificadores devem exigir infor-mações mais transparentes sobre os materiais. “Este é o próximo desafio para a sustentabilidade das edificações, pois a energia inerente aos materiais de construção tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos.”A arquiteta apresentou números: 40% dos recursos na-turais extraídos são destinados à indústria da constru-ção civil; 50% dos resíduos sólidos urbanos provêm de construções e demolições (em volume); 50% do consu-mo de energia elétrica vai para a operação das edifica-ções. “Mas os fabricantes ainda resistem a abrir informa-ções sobre o processo dos materiais”, disse Daniela.

Materiais do futuro

Um dos pontos de consenso do encontro foi a neces-sidade de melhor aproveitamento de materiais de uso habitual pela indústria de construção, com a preocu-pação, no entanto, de desenvolver pesquisas de novos materiais. “Há uma conscientização cada vez maior in-tegrando urbanização, sustentabilidade e energia. Nossa pegada, nossa impressão digital sobre o planeta é inde-lével na natureza. Os recursos naturais mais fáceis já fo-ram exauridos. A extração de chumbo, estanho, cobre e até de bauxita, por exemplo, ficará cada vez mais difícil, porque a parte de acesso mais fácil está esgotada”, afir-mou o arquiteto Blaine Brownell, criador da Transstudio, empresa norte-americana de pesquisa e design focada no desenvolvimento de materiais e de estratégias construti-vas inovadoras.Além das palestras, o fórum promoveu visitas técnicas aos edifícios Eldorado Business Tower, Rochaverá Cor-porate Towers, Hospital Israelita Albert Einstein e Me-gaunidade do Laboratório Delboni Auriemo.

*Esta matéria contou com informações gentilmente cedidas pela revista Finestra, parceira do evento.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O A arquiteta Daniela Corcuera defende que os especificadores

exijam informações mais transparentes sobre os materiais

Arquiteto americano Blaine Brownell: “Os recursos naturais

mais fáceis já foram exauridos”

Projeto do escritório inglês ZEDFactory, especializado em

edificações residenciais com carbono zero

Page 30: Revista Vidro Impresso Edição 5

feiras e eventos

Glass in the gulf 2011Considerada o evento de maior audiência no Oriente Médio, entre fornecedores de maquinários, equipamentos e matéria-prima para a indústria vidreira mun-dial, a Gulf Glass 2011 foi realizada entre os dias 7 e 8 de março, em Abu Dha-bi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Principal feira do mercado vidreiro na região, a Gulf Glass apresentou a seus visitantes as últimas novidades do setor, ganhando contornos de importante vitrine de negócios para empresas do mundo todo. “Em 2009, a feira reuniu cerca de 2.500 profissionais do setor e, este ano, estimamos que cerca de 3.500 pessoas tenham prestigiado o evento, que contou com mais de duzentos expositores cadastrados”, afirma Dominic Morris, gerente de marketing da Asian Glass, mídia oficial do evento.Em sua quarta edição, a Gulf Glass transformou-se no mais abrangente evento vidreiro do Oriente Médio. “Este ano, tivemos uma lista de expositores muito di-versificada, com empresas fortes de todos os segmentos. A Gulf Glass se conso-lida como um evento voltado para a indústria vidreira como um todo”, ressalta Morris. Em seus três primeiros anos, a feira foi realizada em Sharjah, cidade vi-zinha a Dubai. “De lá para cá, a dinâmica da indústria vidreira na região sofreu algumas mudanças e seu foco foi se distanciando do centro comercial de Dubai para se concentrar em Abu Dhabi, um novo polo de crescimento”, explica o exe-cutivo. Entre os destaques da Gulf Glass 2011, a Emirates Glass LLC (EGL), uma das maiores processadoras da região no ramo do vidro plano para a arquitetura e subsidiária da Glass LLC, da Dubai Investiments (DI), reservou para a feira o lan-çamento do VitroGlaze, um vidro eco-friendly com um tratamento químico em sua superfície que o mantém livre da sujeira. “O produto recebe um tratamento permanente que impede a aderência e acúmulo de agentes que contaminam o vidro. Suas propriedades repelentes à água e ao óleo eliminam a necessidade de soluções químicas agressivas e reduzem em 90% o tempo de limpeza do vidro”, afirma o vice-presidente de marketing e vendas da Glass LLC, Ziad Yakbeck.

Indústria vidreira do Oriente Médio se reúne em

Abu Dhabi para o maior evento do setor na região

Futuro promissor para o vidroApós o período de crise econômica por que passou a Oriente Médio nos últimos anos, o mercado da região acena com

boas perspectivas mais uma vez. “A indústria da construção no Oriente Médio, na Península Arábica e no norte da África

tem experimentado forte crescimento, acompanhado de uma crescente utilização do vidro e da adoção de novas tecno-

logias, que têm impulsionado projetos arquitetônicos inovadores”, ressalta Morris. “O consumo do vidro tem aumentado

substancialmente em todos os segmentos, do vidro plano às embalagens, o que restaurou a confiança nesse mercado e

em Abu Dhabi como o principal centro das atividades vidreiras.”

Um dos projetos arquitetônicos mais emblemáticos de Abu

Dhabi, a Capital Gate Tower é o edifício mais inclinado do

mundo e ostenta 21 mil m² de vidro. As 12 mil placas foram

moldadas manualmente

Page 31: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 31

Zak Glass Em Nova Deli, maior evento vidreiro do mercado

indiano reúne empresas de mais de 20 países e evidencia

o potencial de uma economia em crescimento acelerado

Os resultados da 8a ZAK Glass Technology International Expo, a maior feira indiana voltada para a indústria de vidros e fachadas, indicam o bom momento por que passa o setor nos últimos tempos. Realizado em dezembro passado, o evento contou com 220 expositores, em uma área de mais de 30 mil metros quadrados, e atraiu mais de 18 mil visitantes, vindos de toda a India e de pa-íses vizinhos, como Paquistão, Nepal, Sri Lanka e Bangladesh. “O evento reuniu empresas líderes no mercado internacional, que trouxeram as últimas tendências para o desenvolvimento da indústria vidreira”, afirma Nidhi Sharma, um dos organizadores da feira. A edição 2011 da Zak Glass Technology, informa Nidhi, cumpriu seu propósito de ser um importante espaço para fabrican-tes, arquitetos e demais representantes da indústria da construção fecharem negócios e encontrarem novas soluções para seus pro-jetos. “Os visitantes foram surpreendidos por uma rica variedade de produtos de última geração no mercado e tiveram excelentes oportunidades para fazer contatos com parceiros de negócios de todo o mundo”, ressalta. “A Índia é uma das economias que mais crescem no mundo. Esse crescimento vem impulsionando um aquecimento na construção civil, no setor automotivo e, em parti-cular, um aumento na demanda por bens de consumo. E em todas essas áreas, o vidro tem um papel significativo”, avalia Nidhi.Segundo o executivo, dados do Banco Mundial projetam um crescimento de 8% para a Índia em 2010, o que levaria o país, pela primeira vez, ao topo das economias que mais crescem no mundo, ultrapassando a China. “Além disso, a Índia lidera os mercados de investimento imobiliário na Ásia, segundo estudo realizado pela Price Waterhouse Coopers (PWC)”, acrescenta. O evento levou ao público as mais recentes soluções e tecnologias ligadas tanto à produção quanto ao beneficiamento e acaba-mento do vidro, produtos e aplicações, elementos de fachada, ferramentas e acabamentos, softwares, selantes e películas.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Pragati Maidan,

local onde o evento

foi realizado

Page 32: Revista Vidro Impresso Edição 5

feiras e eventos

Com o objetivo de trocar informações e debater as possibilidades oferecidas pelo vidro para problemas ligados à poluição sonora nas grandes metrópoles, especialistas em acústica se reúnem no VidroSom - Seminário Soluções Acústicas em Vidro, que será realizado no dia 27 de abril, na sede da IAB-RJ, no Rio de Janeiro. As palestras terão como foco a capacitação técnica de arquitetos e consultores atuantes na área acústica, com a apresentação das mais recentes tecnologias, novos materiais e casos práticos de aplicação do vidro acústico e os melhores sistemas de proteção sonora. “Nosso intuito é levar informações de ponta ao mercado. O vidro sempre foi um elemento fun-damental no isolamento acústico. O desconhecimento de suas propriedades e aplicações, no entanto, faz com que esse forte aliado seja muitas vezes o grande vilão das fachadas”, afirma Edison Claro, diretor da Atenua Som e idea-lizador do evento. Outro tema em pauta será a chegada da norma NBR 15.575, que, segundo avalia Edison, deverá alterar o cenário da proteção acústica no País. “Vamos apontar caminhos de como se preparar para a nova norma, que certamente será um divisor de águas para o segmento vidreiro, pois traz a tona questões de custo/beneficio e vai aumentar a responsabilidade dos especificadores nos futuros empreendimentos”, ressalta o diretor. “O vidro é um bom isolante, porém altamente reverberante e precisa de tratamentos adequado para que o ambiente interno se mantenha confortável.”

FEICON 2011

VidroSom debate soluções acústicas em vidro

Algumas das principais marcas do mercado brasileiro da construção civil estarão reunidas, entre os dias 15 e 19 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, para a 19ª FEICON BATIMAT (Salão Internacional da Indústria da Construção). Considerada a maior feira do setor na América Latina, a FEICON BATIMAT 2011 reunirá 750 empresas expositoras, de 21 países, e ocupará os 85.000 metros quadrados do pavilhão. “Diante desses números, o evento se firma como a grande aposta dos empresários para apresentar ao mercado, já no início do ano, os lançamentos, novidades, investimentos e tendências do setor”, afirma Antonio Alves, gerente de comunicação da Reed Exhibitions Alcântara Machado, responsável pela organização e promoção do evento. A FEICON BATIMAT 2011, segundo Alves, deve apresentar cerca de 2.500 lançamentos de produtos a um público estimado em 175 mil visitantes compradores. Direcionada a arquitetos, engenheiros, incorporadores, lojistas de materiais para construção, construtores, decoradores e consumidores interessados em construir e reformar, a FEICON BATIMAT, ao longo dos anos, se consolidou como eficiente canal para a concretização de negócios. Na edição deste ano, está confirmada a presença de empresas como Companhia Siderúrgica Nacional, Aliança, Papaiz, Votorantim, Saint-Gobain, PKO, Glass Vetro e Zeloart.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

32 revista Vidro Impresso

Page 33: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 33

VidroSom debate soluções acústicas em vidro

Todos os produtos com omelhor preço do mercado,

prazo de entrega, condições depagamento e assistência técnica

• Brocas

• Roscas• Escareadores • Pião

• Cortadores

Kit Promocional

Rebolos Diamantados

• 45 Graus• Bico de Águia e NT

• Og, 2G, 3G

Rebolo de Resina• Turbo• Contínuo• Periférico

• Perfis Periférico• Perfis Especias

• Perfis Copo

Contínuo• Diamantado Copo

• Segmentado• Turbo

Rebolo de Borrachapara Polimento

Rebolos Rebolos Diamantados

• Perfis Filete• Perfis Reto

• Perfis Meia Cana

Ferramentas, rebolos erepresentações de máquinas

e fornos para têmpera de vidros

(11) 4412-8700 / 4411-4713 [email protected]

ocpu

blic

idad

e.co

m.b

r

www.canaltec.ind.br

• Borracha Copo• Resina Copo

• Feltro EspiraladoReto

• Metálico Copo

Rebolos

Perfis Especiais

Page 34: Revista Vidro Impresso Edição 5

3 revista Vidro Impresso

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Nelson Firmino

Envidraçamento na construção civil

Nelson Firmino é engenheiro

especializado em projetos de

caixilhos, coberturas e fachadas

com vidro de alumínio. É

diretor da Aluparts Engenharia

e Consultoria. FOTO

: DIV

ULG

ÃO

RUPTURA NOS VIDROSEm artigo anterior apresentamos algumas razões em que devido ao “stress térmico” ocorre ruptura nos vidros. Por “stress térmi-co” entende-se o aquecimento no vidro de maneira heterogênea ocasionando tensões não controladas. O aquecimento do vidro ocorre pela Absorção de Calor mais conhecido como “ABS”. O objetivo desta matéria é fornecer esclarecimentos indispensáveis que possam assegurar o desempenho dos vidros, evitando rup-turas por origem térmica.

Destacamos 5 cuidados fundamentais para evitar rupturas:1. Espessura adequada;2. Acabamento das arestas;3. Baixa absorção de calor inferior a 60%;4. Fixação elástica. O vidro deve flutuar, isto é, ficar livre para movimentar-se;5. Evitar o contato com partes metálicas, como perfis e parafusos.

ESPESSURA RECOMENDADAA norma NBR 7199 apresenta algumas equações simples de apli-cação para determinar a espessura de um vidro.

Equações básicas para vidro plano:1. Vidro quadrangular apoiado nos 4 lados:

Onde:S = área da superfície do vidro em m²P = Pressão de cálculo atuante no vidro em N/m² 72 = Numeral para vidros apoiados nos 4 ladosC = Coeficiente conforme o tipo de vidro

2. Vidro apoiado em 3 lados:

3. Vidro apoiado em 2 lados:

Onde: L = Dimensão do lado maior em metrosP = Pressão atuante no vidro em N/m² (Para pressão de cálculo consultar a norma NBR 10.821)4,9 = Numeral para vidro apoiado em apenas 2 ladosC = Coeficiente conforme o tipo de vidro

e > s . p . C

72

e > 3 . s . p . C

72

e > L . p . C

4,9

VALORES DO COEFICIENTE CUtilizar esta tabela para se obter a espessura ideal do vidro

TIPO DE VIDRO ÍNDICE

Temperado 0,9

Float (monolítico) 1,0

Temperado e Laminado 1,0

Aramado 1,2

Laminado simples com PVB 1,3

Laminado triplo com PVB 1,6

ACABAMENTO DAS ARESTAS

CORTE VIVO (não recomendado)

FILETADAS (recomendado)

LAPIDADAS (recomendado)

O acabamento das arestas é tão importante como a espessura. Elimina micro fissuras e diminui o risco de rupturas.

Page 35: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 35

Page 36: Revista Vidro Impresso Edição 5

36 revista Vidro Impresso

arquitetura e vidro

Luz,integraçãoe eficiênciaPortas de entrada para as principais economias globais, aeroportos do mundo todo ganham soluções arquitetônicas cada vez mais modernas, equipadas e de grande complexidade técnica

Cartões de visita das grandes metrópoles, os aeroportos também exercem hoje um importante papel de organizadores do fluxo de pessoas. Afinal, nunca antes se viajou tanto de avião, motivo mais do que ponderável para a crescente demanda por expansão, tanto em capacidade como em recursos, por que passam os aeroportos do mundo todo. Tecnologias que garantem resistência, segurança, transparência, luminosidade, conforto térmico e acústico elevam o vidro a material de destaque nos mais arrojados pro-jetos de terminais. “O vidro é explorado por suas características únicas de integrar o ambiente externo ao interno. A luz natural e a energia solar são levadas para dentro do ambiente”, afirma o engenheiro Ricardo Macedo, sócio-diretor da Hedron Engenharia, empresa especializada em projetos de instalação de vidros.

Page 37: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 37

No Brasil, a Copa de 2014 a Olimpíada de 2016 serão os grandes motivadores para ampliação da malha aeroportuária. Para atender com conforto, agilidade e segurança os 600 mil turistas estrangeiros espera-dos, mais os aproximados 3 milhões de torcedores brasileiros, 12 aeroportos serão reformados e um será construído. “Por força das dimensões continentais do País, o desafio está na identificação das caracterís-ticas regionais de onde se encontra cada aeroporto e no respeito a essas características, principalmente no que se refere ao clima”, afirma o arquiteto Sergio Jardim, reconhecido especialista em projetos aeropor-tuários e responsável pela reestruturação do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, entre outros.O custo total das obras chegará aos R$ 5,5 bilhões e a boa notícia para o setor é que o vidro deverá estar fortemente presente nas obras do sistema aeroportuário brasileiro. “Há uma tendência mundial de aumento das superfícies envidraçadas. Os vidros de última geração têm características que permitem otimizar as instalações complementares, diminuindo a carga térmica, demandando menos luz artificial durante o dia e conferindo transparência e leveza aos espaços arquitetônicos”, avalia Sergio Jardim.Confira, nas próximas páginas de Arquitetura e Vidro, alguns dos projetos de aeroportos, no Brasil e no mundo, em que o vidro exerceu papel fundamental, tanto no aspecto funcional quanto estético.

“A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 serão os grandes motivadores para ampliação da malha aeroportuária”

AEROPORTO SANTOS DUMONT

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 38: Revista Vidro Impresso Edição 5

O terminal de passageiros original, projetado pelos irmãos Roberto na década de 1930, é considerado um ícone da arquitetura modernista brasileira e se destaca pela relação com a cidade. O hall transparente em vidro aproxima a Baia da Guanabara das pistas e dos aviões. Ao longo de décadas o prédio foi bastante descaracterizado e em 1998 um in-cêndio o destruiu quase por completo. Restaurado a partir do projeto do arquiteto Sergio Jardim, o terminal recuperou sua volumetria original, entre outras características marcantes da época, e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural - INEPAC - em agosto de 1998.As orientações da Infraero para ampliação do terminal recomendavam manter a vista da Baía da Guanabara. “Nosso grande desafio foi projetar a ampliação com o mínimo possível de intervenções no prédio existente, mantendo o má-ximo de transparência do projeto original”, afirma o arquiteto Sergio Jardim. O complexo passou a compreender quatro prédios interligados, conjunto onde se destaca o chamado conector, um tubo metálico de 287 metros de extensão, composto por perfil de aço. Sua área envidraçada totaliza 6.350 m², sendo 2.196 m² de vidro curvo aplicado nas laterais e 4.154 m² de vidro duplo na cobertura. “A solução de fechamentos de vidro para o conector permite descortinar a baía da Guanabara, bem como toda a fachada do prédio”, afirma Jardim.A caixilharia é produzida com perfis tubulares de alumínio anodizado preenchidos com lã de rocha, para isolamento acústico, e vidros encaixilhados com gaxetas e tampas externas para fixação e vedação dos quadros.O conjunto de prédios totaliza uma área construída de 76 mil m² com capacidade para o trânsito de 8,5 milhões, passageiros/ano. Todos os vidros planos e curvos foram fornecidos pela Glaverbel.

arquitetura e vidro

O EMBARQUE FOI TRANSFERIDO PARA O NOVO TERMINAL, ONDE UM TÚNEL TODO DE VIDRO ABRIGA AS SALAS DE EMBARQUE E CORREDORES DE LIGAÇÃO

Santos Dumont: túnel de vidro

38 revista Vidro Impresso

Page 39: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 39

A REFORMA RACIONALIZOU O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA POR MEIO DE COBERTURAS EM TELHAS METÁLICAS TIPO SANDUÍCHE E CLARABOIAS DE VIDRO QUE PERMITEM A ENTRADA DE LUZ NATURAL NO INTERIOR DO PÉ-DIREITO TRIPLO

Santos Dumont: túnel de vidro

Proteção térmica

Nas laterais do conector foram aplicados vidros Su-nergy Green curvos, temperados, laminados com quatro películas de PVB verdes, de 17,2 mm. Eles oferecem reflexão de 6,5%, transmissão luminosa de 40, sombreamento 0,23 e fator U ou K de 1,6. Na cobertura, adotou-se uma barreira térmica de vidros duplos Stopray Galaxy, azuis, de 32mm. É um sandu-íche composto por um temperado de 10mm na face interna, câmara de ar de 12mm e laminado com duas películas de PVB no lado externo. “São vidros de bai-xíssima emissividade, que oferecem reflexão de 4%, transmissão de 30, sombreamento 0,10, e fator U de 1. Esses valores garantem proteção térmica equivalen-te a uma laje de cimento”, afirma o diretor da Glaver-bel, Erwin Galtier.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 40: Revista Vidro Impresso Edição 5

0 revista Vidro Impresso

arquitetura e vidro

Aeroporto Internacional de Montevidéu: beleza e modernidade

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 41: Revista Vidro Impresso Edição 5

Aeroporto Internacional de Montevidéu: beleza e modernidade

Vencedor do prêmio 2010 da Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica) na categoria obras especiais, o Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai, chama atenção por sua cobertura metálica curva de aproximadamente 40 mil m². Projetado pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoly, o terminal, inaugurado em outubro de 2009, tem um ousado formato de concha, com muito vidro e aço.O novo aeroporto, por onde circulam, atualmente, cerca de 1,2 milhão de passageiros por ano, nasceu da necessidade de impulsionar o crescimento comercial e turístico da região. Com 400 m de extensão e 55 mil m², é cerca de duas vezes maior que o antigo e tem capacidade para receber cinco milhões de passageiros anuais. O investimento na obra foi de cerca de US$ 165 milhões.A concepção do edifício enfatiza as áreas públicas e espaços de lazer, explorando ao máximo o aproveitamento da luz natural. Como exemplo, destaca-se o mezanino onde os passageiros desembarcam, com fachada de vidro, e o grande terraço público e res-taurante, que ocupam o segundo andar, com vista para a pista. “O projeto de Rafael Vignoli sem dúvida é o grande destaque do terminal”, afirma o engenheiro Ricardo Macedo, então na Engevidros, empresa responsável pela instalação dos vidros. Consi-derado um dos mais belos do mundo, o aeroporto de Carrasco só perde nesse quesito para alguns asiáticos, avalia Macedo, que atualmente dirige a Hedron Engenharia. O terminal recebeu 15 mil m² de diferentes tipos de vidro, todos fabricados no Brasil pela Cebrace e aplicados nas fachadas, inteiramente transparentes. “Foi uma obra ab-solutamente especial. As fachadas foram nomeadas de A a L e cada uma recebeu uma composição específica de vidros float laminados e duplo insulados.Cada fachada teve um projeto próprio, com caixilharia e vidros calculados individualmente”, informa Macedo. E acrescenta: “O diferencial do vidro, como sempre, foi integrar os diferentes ambientes, bem como os espaços interno e externo por meio da transparência e trans-missão de luz/energia. E com vida eterna, característica única do material”.

AS DIVERSAS COMPOSIÇÕES

DO VIDRO NAS FACHADAS

INCLUÍRAM:

- Float duplo insulado

composto de: laminado cinza

8mm (Incolor 4 + PVB Incolor

0,38 + PVB cinza6544 0,38 +

incolor 4) + Câmara de ar de

20mm + laminado Incolor

8mm (Incolor 4mm + PVB

incolor 0,76 + incolor 4mm)

- Float laminado = incolor 8 +

PVB incolor 0,76+ incolor 8mm

- Float incolor temperado

10mm - Portas Manusa

Easy SOS

- Float duplo insulado

composto de: laminado cinza

8mm (Incolor 4 + PVB incolor

0,38 + PVB cinza6544 0,38 +

Incolor 4) + câmara de ar de

20mm + laminado incolor

8mm (incolor 4mm + PVB

incolor 0,76 + incolor 4mm)

- Float laminado = temperado

incolor 10 + PVB incolor 0,76 +

temperado incolor 10mm

revista Vidro Impresso 1

Page 42: Revista Vidro Impresso Edição 5

arquitetura e vidro

BARCELONA: proteção contra o sol

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

2 revista Vidro Impresso

Page 43: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 3

Um dos mais movimentados da Espanha, o Aeropor-to El Platt, de Barcelona, ganhou em 2009 um novo terminal que ostenta mais de 85 mil m² de vidro em suas fachadas. A empresa responsável pelo projeto foi a CristalGlass, filial da Vitro na Europa. Considerado a maior obra de infra-estrutura da Catalunha nas últi-mas duas décadas, o novo terminal permitiu duplicar a capacidade e o volume do segundo maior aeroporto espanhol. “O aeroporto passou a contar com mais de 544 mil m² de superfície e perto de 12 mil vagas de estacionamento”, afirma o diretor de comunicação da Vitro, Albert Chico Smith. Projetadas pelo arquiteto Ricardo Bofill, as obras para o novo terminal foram iniciadas em 2005 e recebe-ram um investimento de 1,2 milhões de euros. Se-gundo Alberto Gómez, gerente de marketing da Vitro Cristalglass, a escolha do vidro foi alvo de um amplo estudo, em que foram consideradas as características da fachada, muito exposta ao sol e sem nenhum tipo de cobertura ou de lâminas que lhe proporcionassem sombra. “Essa característica levou à recomendação de um vidro de alta desempenho, que combinasse um fator solar reduzido e um baixo coeficiente de trans-missão de calor”, explica.A escolha final recaiu sobre uma composição de vi-dro duplo com um fator solar de 32% e um coeficien-te de transmissão (U) de 1,3 W/ m²K, formado por um vidro de 12mm temperado no exterior (SOLAR-LUX® Supernatural 68 TEMPLEX®), uma câmara de ar de 16mm e um vidro interior MULTIPACT® AKUSTEX®, composto por dois vidros incolores de 6mm, com um tratamento acústico reforçado. “O conjunto de envidraçamento permite obter um isola-mento acústico de 47 dB”, informa Gómez. Para filtrar a luz solar, optou-se pela aplicação de se-rigrafia sobre o vidro exterior. “O desenho escolhido pela equipe foi o de riscas brancas, com uma espes-sura de 2mm, com diferentes porcentagens de reves-timento do vidro, dependendo da localização exata da unidade de envidraçamento”, acrescenta o geren-te. Nas instalações interiores do terminal, destaca-se o vidro temperado opacado de 12mm (TEMPLEX® PAK branco), para forrar os totens de ventilação.

Page 44: Revista Vidro Impresso Edição 5

arquitetura e vidro

revista Vidro Impresso

Brasília: eficiência energética

Inaugurado em 1957, o aeroporto internacional Pre-sidente Juscelino Kubitschek, de Brasília, passou por uma revisão e ampliação de seu projeto a partir de 1990. A projeção inicial da reforma era atender à de-manda de 8 milhões de usuários por ano em 2008. Porém, já em 2000, esse número chegava à casa dos 6 milhões, exigindo adaptações do projeto. “As adequa-ções visaram atender a uma demanda que cresce além do previsto, mantendo a transparência e o aproveita-mento do potencial climático por meio de ventilação e iluminação naturais”, afirma o arquiteto Sérgio Parada, responsável pela reestruturação.O projeto de reforma, ampliação e modernização oti-mizou a infra-estrutura existente e viabilizou a cons-trução em etapas, sem provocar a interrupção das operações aéreas. Paineis pré-moldados de concreto aparente, até então utilizados apenas nas fachadas, foram adotados também nos vazios internos, que re-ceberam passarelas de blocos de vidro em pontos es-pecíficos, projetadas para que a transposição se faça sem impedir a passagem da luz natural.

Page 45: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 5

Brasília: eficiência energética

As alterações de projeto realizadas na quarta etapa não modi-ficaram os conceitos originais do terminal. “A transparência e o aproveitamento do potencial climático foram mantidos como premissas. Com a utilização de recursos de ventilação e iluminação naturais nos saguões e no terraço panorâmico foi possível reduzir em cerca de 60% o consumo de energia”, ressalta o Sérgio Parada.Para privilegiar a ventilação cruzada, na parte superior dos caixilhos e nos grandes sheds formados pela transposição das coberturas metálicas foram aplicadas venezianas fixas de vidro laminado incolor, com 14mm de espessura, 1.250mm de comprimento e 400mm de largura. “Essas chapas estão fixadas em perfis especiais extrudados, ancorados na estru-tura metálica”, explica o arquiteto. “Para proteger a fachada da incidência solar direta foram adotados beirais e esqua-drias inclinadas.”As fachadas receberam caixilhos compostos por vidros de 14mm , laminados com duas películas de PVB e colados em perfis de alumínio com silicone structural glazing. Nas salas de embarque os vidros são fumê e no terraço panorâmico a escolha recaiu sobre vidros incolores.

O TERRAÇO PANORÂMICO FOI AMPLIADO EM 200% PARA SE ADEQUAR AO CONCEITO DE AEROSHOPPING. OS VIDROS CONTRIBUÍRAM COM O CONCEITO DO PROJETO DE PRIORIZAR AO MÁXIMO O APROVEITAMENTO DE LUZ E VENTILAÇÃO NATURAL

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 46: Revista Vidro Impresso Edição 5

6 revista Vidro Impresso

arquitetura e vidro

Projeto residencial do arquiteto Guilherme Torres abusa do vidro para dar amplidão e transparência aos ambientes

As soluções encontradas pelo arquiteto Guilher-me Torres para esta residência em Londrina, Paraná, priorizaram o uso do vidro para dividir ambientes e garantir integração com o espaço externo. Com 957 metros quadrados, a casa teve seu projeto inspirado nos conceitos de amplitude e leveza, com setorização simples e funcional. “A ideia foi criar um jogo de encaixes em que os vo-lumes se encontram para estabelecer uma relação de movimento e liberdade”, afirma o arquiteto.A distribuição e o encaixe de volumes valoriza-ram a riqueza espacial do projeto, que, com as-pecto clean e ousado, recorre a cores sóbrias e poucos móveis. Com acabamentos que alternam concreto, alvenaria e madeira reciclada, a casa os-tenta pouquíssimas paredes, a maioria substituída por extensos panos de vidro, que garantem trans-parência e amplidão, com foco tanto no conforto quanto na estética do entorno. “Optei por distri-buir a casa em três pavimentos. Os quartos estão no piso superior, o living no térreo e as áreas de lazer e serviço no subsolo, solução que permite total isolamento quando necessário. Tudo sem abrir mão, por meio de uma grande exploração do vidro, da conexão entre os ambientes e da inte-ração com a paisagem que contorna o terreno em quase todos os cômodos”, explica Torres. O vidro também é amplamente explorado nas co-berturas, como a da piscina, posicionada ao redor da área de lazer, em que as paredes e teto envi-draçados favorecem a vista para o lago da região. Torres ressalta que, além da integração, o vidro favorece e destaca o projeto de iluminação da casa “Os ambientes ganham diferentes incidências de luz ao longo do dia, seja pela captação da lumi-nosidade natural, seja pelos cenários criados com uma luminotécnica bem trabalhada.” Na escada, o guarda-corpo de vidro privilegia a leveza e o vi-sual despojado.

Pouca parede, muito vidro

Page 47: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso 7

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

A luz natural vem de rebatedores fixados na estrutura metálica da cobertura retrátil, que leva o céu para dentro do spa

Page 48: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

empresas e negócios

Expertise em alumínioPerfileve concentra investimentos em aprimoramento técnico e infraestrutura fabril para garantir aumento da produtividade

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Page 49: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Presente em todo o território nacional, por meio de mais de 150 revendedoras, a fabricante de perfis de alumínio Perfileve completa 10 anos de atuação com números animadores. Em 2009, a empresa produzia uma média 400 toneladas por mês. Com o aprimo-ramento de suas máquinas, esse número saltou para 550 toneladas/mês já no segundo semestre de 2010. “Hoje, com a abertura de novas praças e melhoria de nossos processos, alcançamos a média de 700 to-neladas/mês, volume que permanece ascendente no início de 2011”, afirma o gerente comercial da em-presa, Claudio Ferreira.Nesse tempo de mercado, a Perfileve se especializou na extrusão de perfis para a construção civil, como esqua-drias e portões, e também em perfilados para a indústria e o setor moveleiro. A empresa atua também na refusão do alumínio, processo que, além de atender a própria demanda, possibilita o fornecimento de tarugos para outras extrusoras. “Esse é um de nossos diferenciais competitivos, pois a refusão própria permite transfor-mar a sucata de clientes, de modo que, ante uma even-tual baixa nos estoques mundiais de alumínio primário, teremos condição de atender por completo nossa de-manda de matéria-prima”, explica Ferreira.Para acompanhar a forte expansão do setor, a empresa tem concentrado esforços em se posicionar como uma indústria de ponta, com importantes investimentos em infraestrutura fabril e em equipamentos de última gera-ção. Os últimos investimentos destinaram-se à compra de uma nova prensa, que permitiu o aumento da ca-pacidade fabril, e de maquinários para otimização dos processos e ganhos em produtividade, além de uma reforma no forno de refusão, em dezembro de 2009. “A Perfileve atua hoje com uma prensa extrusora de 4 polegadas e uma de 6, que garantem a produção de um extenso mix de produtos”, informa Ferreira. “Para 2011, estamos ampliando nosso parque industrial, a fim de instalar nossa mais recente aquisição: uma ex-trusora de 8 polegadas, que duplicará a capacidade produtiva da empresa.”

Nesses 10 anos de mercado, a Perfileve se especializou na extrusão de perfis para a construção civil, como esquadrias e portões, assim como em perfilados para a indústria e o setor moveleiro

Laboratório de análises do departamento de refusão da Perfileve

Page 50: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

empresas e negócios

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Para enfrentar a forte concorrência no setor, a Perfileve tem adotado a estratégia de se antecipar às oportunidades ou di-ficuldades do mercado e explorar o que acredita serem seus maiores diferenciais competitivos: pontualidade nas entregas e oferta de soluções rápidas e customizadas. “Contamos com ferramentaria própria, o que permite o desenvolvimento de perfis para projetos específicos e exclusivos, além do aper-feiçoamento constante dos itens que já produzimos”, afirma Ferreira. “Em nosso portfólio, temos inúmeros produtos ex-clusivos, como perfis para móveis, acessórios para grandes marcas de carros, acabamento em caminhões e ônibus, jane-las e portas exclusivas, entre outros,” ressalta o gerente, acres-centando que a Perfileve dispõe de um laboratório em que todas as ligas de matéria-prima são testadas, tanto as produ-zidas na empresa quanto as de fornecedores, o que garante a escolha correta para cada aplicação.Entre os desafios que o setor apresenta, Ferreira avalia que, com o aumento da demanda, a compra de matéria-prima a preços competitivos tende a se tornar mais difícil. “Nossa es-tratégia será buscar novas parcerias de fornecimento no mer-cado internacional, assim como fortalecer nossas parcerias no mercado interno.”

O alumínio destaca-se não apenas por suas variadas pro-priedades de aplicação, mas também por ser considerado um metal 100% reciclável. Tendo em vista essa valiosa carac-terística do material com que trabalha, a Perfileve atua no recolhimento de sucata de alumínio, que utiliza como parte de sua matéria-prima, e transforma essa sucata em tarugos para a extrusão de perfis, após uma devida correção na liga. “A sucata, oriunda de várias regiões do Brasil, é submeti-da a uma rigorosa classificação, para retirada de impurezas como parafusos, plásticos etc.”, explica José Sendeski Neto, diretor da Perfileve. O resultado são toneladas de alumínio recicladas diariamente. ”Além de retirar o resíduo do metal do meio ambiente, a reciclagem ajuda a economizar energia elétrica, cujo consumo é 95% menor do que na produção primária, a partir da bauxita”, informa o diretor.Outra ação em prol do meio ambiente destacada por Sen-deski é a instalação de equipamentos que purificam os ga-ses antes de devolvê-los ao meio ambiente. “A purificação é feita por meio de um lavador que capta e filtra a fumaça e os gases gerados no processo de refusão”, explica. A lava-gem e a filtragem são feitas com água, o que possibilita a liberação desses resíduos na atmosfera sem qualquer forma de poluição. A água usada no processo também recebe tra-tamento diário e pode ser utilizada aproximadamente por um ano sem necessidade de troca.

Sob medida

USO E REUSO

José Sendeski Neto, diretor da Perfileve

Alumínio em processo de reciclagem

Page 51: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

INDÚSTRIA DE PONTA

A forte expansão do setor tem levado a Per-fileve a concentrar importantes investimen-tos em infraestrutura fabril e equipamentos de última geração. A empresa atua hoje com duas prensas extrusoras, uma de 4 e outra de 6 polegadas, alem de fornos de aquecimento de tarugos e de tratamento térmico de perfis e equipamentos para esticamento, transporte e corte dos perfis.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 52: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Da decoração à construção civilHá mais de uma década atuando no beneficiamento de vi-dros planos, a Conlumi comemora um salto de produção histórico em sua trajetória: em um ano, a produção da em-presa aumentou cerca de 800 toneladas, passando de 3700, em 2009, para 4500, ao final de 2010. Com o atual índice de crescimento em torno de 8% ao ano, a empresa se pre-para para um 2011 de expansão ainda maior. “A Conlumi tem capacidade para processar aproximadamente 1000 to-neladas de vidro por mês. Em 2011, a produção tem estado próxima a 700 toneladas/mês, e o atual cenário indica um quadro de evolução nos próximos 3 anos, o que provavel-mente nos levará, em breve, à nossa capacidade máxima”, afirma o diretor da empresa, Claudio Passi.As estratégias de investimento da Conlumi nos últimos anos têm-se pautado pela confiança em um mercado que se mos-tra aquecido e em plena expansão. “Nossos investimentos tiveram como foco a ampliação da fábrica e a aquisição de modernos equipamentos, com tecnologia de ponta”, in-forma Passi. Entre 2008 e 2009, a empresa aplicou R$ 3,5 milhões na aquisição de um imóvel para ampliação de sua fábrica e na compra de equipamentos, entre eles um novo forno para vidros serigrafados, uma lapidadora, uma nova ponte rolante e uma nova mesa automática de corte.Segundo Passi, a empresa também tem concentrado esfor-ços em seus principais diferenciais estratégicos: atender

seus clientes respeitando fielmente seus projetos, garan-tir uma logística eficiente e disponibilidade imediata de matéria-prima, além de preços competitivos. “A Conlumi cresceu em seu ramo tendo como regra a padronização no atendimento, seguindo à risca o projeto e entregando o ser-viço com pontualidade. Essas atitudes acabam por fidelizar os clientes”, revela o diretor. Fundada em maio de 1992, a Conlumi iniciou sua atuação no mercado oferecendo acaba-mentos diferenciados, como o bisotê, para tampos de mesa, e espelhos com jateamento para decoração. “Nosso foco era nos firmar como empresa beneficiadora de vidros, e nosso grande desafio era superar as grandes barreiras da concor-rência, existentes até hoje no mercado”, ressalta Passi.De lá para cá, a empresa acumulou a experiência e o co-nhecimento técnico necessários para garantir seu espaço e ampliar seu portfólio de produtos. Atualmente, a Conlu-mi oferece vidros para as mais diversas finalidades, volta-dos tanto para o mercado de arquitetura e construção civil quanto para a indústria moveleira, e é pioneira na adoção do processo de laminação com a resina Uvekol. Entre os desafios a serem superados pelo mercado vidrei-ro, Passi ressalta a formação e treinamento de mão-de-obra especializada. “Nossa estratégia de crescimento deve ter em vista oferecer apoio e estabilidade à mão-de-obra contrata-da”, conclui o diretor.

empresas e negócios

Portfólio, padronização e investimentos impulsionam beneficiadora Conlumi no mercado nacional

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Processo de produção do vidro na Conlumi

Page 53: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anúncio.pdf 1 27/04/2010 09:08:22

Page 54: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Setenta por cento do tempo dos executivos de uma grande companhia global está sendo utilizado em reu-niões (meetings) e enviando ou respondendo e-mails. Trata-se da nova geração “meetmails”. Um híbrido do consumo de energias e de aten-ções nas organizações, na forma de reuniões e e-mails.

Um dos maiores deveres do mo-derno líder é proteger sua equipe contra o reino das distrações e da dispersão. Onde tudo é importan-te, nada é importante. Onde nada é importante tudo é importante. Há uma invasão e roubo do tempo dos gestores em reuniões e e-mails, tão gigantesca, que o tema passou a ser alvo de estudos, porque signifi-ca uma concreta ameaça à competi-tividade criativa das empresas num ambiente em acelerada mudança.

Num desses ambientes corpora-tivos, desenvolvi um trabalho de identificação e de estudo para alte-rarmos esse cenário. Precisávamos liberar o tempo útil dos executivos, gerentes e supervisors, para que pudessem atuar com suas equipes operacionais prevendo e antecipan-do pontos de desperdício, horas paradas e queda de performance. Tratava-se de uma grande unidade industrial. Reunimos a gerência e vi-mos que era impossível colocar nu-ma agenda de 8 horas de trabalho o que foi compreendido e entendi-do por todos como o vital a ser fei-to, para que a unidade adquirisse patamares competitivos internacio-nais. A conclusão evidenciada foi a necessária conquista de tempo so-bre os maiores “ladrões” do foco daquela empresa: reu-niões e e-mails! Como fazer isso? Como separar o joio do trigo, da enxurrada de “meetings” e dos e-mails que pu-lam nos computadores e celulares?

O que constatamos é que o processo de e-mails e reuni-ões é como um funil de boca muito larga, que termina por sufocar exatamente os setores que fazem acontecer a coisa toda que importa numa empresa: o chão de fábrica,

o pé na rua de vendas, do bal-cão, ou a mesa de trabalho dos engenheiros, cientistas, criativos.Um amigo meu, diretor, que vi-via uma situação complicada na empresa me disse: “vivo o mo-mento Tostines: eu não sei se não estamos bem por que faze-mos tantas reuniões, ou se faze-mos tantas reuniões por que não estamos bem?”

No caso estudado, o CEO da operação assumiu para si liber-tar seus gestores do tempo gas-to no modelo “meetmails”. De-senvolveu um trabalho de áreas de eficácia, priorizando proce-dimentos, atitudes e controles que impactavam o core daquele negócio específico. Essa virou a agenda vital e negociada entre todos da sua equipe. Mas, e co-mo ficam as enxurradas de de-mandas cruzadas de diversos se-tores corporativos? Esse mesmo líder se comprometeu a levar para o board uma re-discussão daquilo que importa e que faz a diferença, tanto a curto, médio e longo prazo na empresa, ver-sus o que deveria ter uma políti-ca de “tempos e métodos” ajus-tada e minimizada.

A grande lição deste exemplo é um dos novos papéis dos lideres modernos: proteger suas equipes

contra a distração e a dispersão de foco e energias. A ge-ração “meetmails” é aquilo que você vê, mas não conse-gue mensurar. E-mail e reunião precisa e faz bem... Mas use com moderação.

José Luiz Tejon

A GERAÇÃO “MEETMAILS” José Luiz Tejon é publicitário

e jornalista, é especialista

em liderança pelo Instituto

Insead, na França. É professor

coordenador academico de

pós graduação da ESPM

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Há uma invasão e roubo do tempo dos

gestores em reuniões e

e-mails, tão gigantesca que o tema passou a ser

alvo de estudos, porque significa

uma concreta ameaça à

competitividade criativa das

empresas num ambiente em

acelerada mudança

Page 55: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Page 56: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

fique por dentro

Laminados belos e amigáveisProcesso de laminação confere resistência, protege contra radiação, ajuda no isolamento acústico e oferece variadas opções estéticas

Page 57: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Estética, segurança, conforto, versatilidade. Além de conferir alta resistência às pe-ças de vidro, o processo de laminação agrega vários benefícios ao produto final. Formado por um conjunto de duas ou mais chapas unidas por uma película plás-tica ou acrílica, o vidro laminado atende às mais rigorosas exigências de controle sonoro, térmico e de radiação ultravioleta, constituindo-se em item essencial na busca por sustentabilidade dos projetos. “Os laminados chegam a filtrar até 99,6% dos raios UVs, principais responsáveis pelo descoramento de móveis, tecidos e objetos”, afirma Claudio Passi, diretor da beneficiadora de vidros Conlumi.A par de suportar fortes impactos, os vidros laminados são reconhecidos pela se-gurança: em uma eventual quebra, os fragmentos ficam presos à película entre as lâminas. “Além disso, em conjunto com as películas de PVB (polivinil butiral) co-loridas, o vidro laminado pode assumir uma grande variedade de cores e texturas”, ressalta a diretora de marketing da PKO, Myrian Ang. Outra vantagem, aponta Marcelo Thomaz, gerente da Laminar Vidros, é a facilidade de recortar o vidro. “Quando associados a películas que impedem a propagação das ondas sonoras, os laminados têm um desempenho acústico ainda superior”, acrescenta.

As películas de PVB Saflex® e Vanceva® , da

Solutia, podem ser combi-nadas para produzir mais de 1.000 opções de cores

transparentes, translúcidas ou opacas

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 58: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Cada vez mais explorados por arquitetos, engenheiros e de-mais especificadores, a demanda dos laminados tende a au-mentar com a proximidade de eventos como a Copa do Mun-do e a Olimpíada. “O mercado de laminados é crescente, em especial em razão das normas de segurança e desempenho termo acústico”, afirma o diretor da Divinal Vidros, José An-tônio Passi. “Os vidros encaixilhados em portas e janelas, por exemplo, devem ser laminados e, muitas vezes, simultanea-mente temperados, para que não se fragmentem.” Para Marcelo Thomaz, da Laminar, a concorrência de fora não preocupa, já que o Brasil tem capacidade instalada suficiente, e o setor vidreiro reúne plenas condições de atender o aumen-to da demanda. “É importante dizer que o boom imobiliário está gerando desenvolvimento em todos os níveis na cadeia de produtos”, ressalta. “A Laminar está se preparando para atender esse crescimento com investimentos na sua linha de laminados, como a aquisição de uma segunda autoclave, lapi-dadoras e mesas de corte, além da expansão de sua fábrica em Campo Grande.”Assim como a Laminar, boa parte das empresas do setor tem dirigido investimentos crescentes ao aumento de sua capa-cidade produtiva. É o caso da beneficiadora Vipel, que está prestes a montar uma nova linha de laminação. Outros exem-plos são a PKO, que atualmente tem capacidade para produzir até 30 mil m2 de vidros laminados e está instalando mais uma autoclave para aumentar a produção, e a Fanavid, que planeja investir R$ 2 milhões em suas plantas industriais em 2011.

fique por dentro

As formas mais comuns de laminação do vidro são com pelí-culas de polivinil butiral (PVB) e com resina, sendo o primei-ro o método mais empregado na grande maioria das benefi-ciadoras, com predominâcia em cerca de 90% do mercado. Segundo explica Daniel Domingos, da Solutia Brasil, o PVB é uma película plástica resistente, composta de resina, plasti-ficantes e outros materiais. Única empresa de PVB instalada no Brasil, a Solutia produz as películas Saflex, que conferem ao vidro propriedades tanto estéticas quanto de segurança, proteção solar e acústica; e as películas Vanceva, com um amplo espectro de cores e tonalidades.O vidro laminado com PVB é obtido por um processo in-dustrial de pressão e calor, formando um “sanduíche” com-posto por duas ou mais chapas de vidro intercaladas por películas de PVB. O processo é complexo e demanda am-plos espaços e equipamentos de alto custo.O transporte do vidro laminado é uma operação delicada. “As chapas devem ser manipuladas, armazenadas e instala-das de maneira que não entrem em contato com materiais que possam produzir defeitos em suas superfícies e bordas”, afirma Danila Ferrari, gerente de operações da Fanavid, empresa que trabalha com laminação em PVB. “Também é importante evitar contato da borda do vidro laminado com a umidade”, acrescenta. Com películas fornecidas pela

Investimentos crescentes

Os processos

“Os frequentes lançamentos de vidros com melhor eficiência energética são mais uma causa para o aumento da demanda por laminados”

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

1. Vidro colorido com película Vanceva, da Solutia 2. Residência em Ubatuba com laminados de grande dimensão da Divinal Vidros 3. Aplicação de PVB da Solutia

1.

2.

3.

Page 59: Revista Vidro Impresso Edição 5

Solutia, os laminados da Fanavid incluem vidros coloridos, de controle solar, laminados acústicos e temperados.O processo de laminação se divide em diversas etapas: na primeira, os vidros são lavados e transportados para uma sala com ambiente controlado e limpo, onde é aplicada a película de PVB. “A chapa sai da sala montada e passa pela calandragem. Em seguida, é submetida ao processo de au-toclave, em que os vidros são expostos a alta temperatura e pressão. Após algumas horas, eles estão prontos para serem inspecionados”, explica Myrian Ang, da PKO, que, além de PVB, também faz laminação com EVA (etil vinil acetato) em situações que exigem uma película mais espessa. O proces-so é basicamente igual ao do PVB, mas dispensa o uso da calandra e da autoclave, requerendo somente um forno que expõe o vidro a alta temperatura e pressão.Outra empresa que trabalha com EVA é a Vipel, que ini-ciou suas atividades em 2005, produzindo laminado com resina, e no final de 2006 introduziu o PVB. Dois anos de-pois, adquiriu uma linha de laminado com EVA. “Apesar de ser um processo novo no Brasil, vem ganhando inte-resse, principalmente entre arquitetos em busca de inova-ção e exclusividade: com EVA é possível inserir, entre as películas, materiais como papel, fotos, plástico, madeira, etc.”, informa Silvio de Athayde, gerente comercial da em-presa. E acrescenta: “A produção com EVA é mais limpa e requer menos tempo, energia e mão-de-obra para entrega do produto final.”

revista Vidro Impresso

NA PRÓXIMA EDIÇÃO, LAMINAÇÃO COM RESINAS E POLÍMEROS

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

MÁQUINAS PARA LAMINAÇÃO

. Modelo 545 VMX, da Bottero, para laminação com PVB. A Bottero trabalha com linhas de alta produtividade para o segmento de vidros laminados, desde máquinas destinadas à fabricação até o beneficiamento.

. Forno Pujol (linha LAM+PRO), para laminação com EVA, da Vetro Máquinas. Destinada ao pequeno vidracei-ro, é um forno com um baixo custo de investimento, di-mensões reduzidas e equipado com uma bolsa de vácuo.

. .

PVB: LAMINAÇÃO EM ETAPAS

1. Lavagem dos vidros. Um vidro mal lavado in-flui na qualidade final do produto. Parâmetros como temperatura, condutividade da água e qualidade no processo de secagem devem ser observados atentamente.

2. Aplicação do PVB entre os vidros. É preciso estar atento às condições de armazenagem do PVB dentro da área de montagem, que deve ter temperatura e umidade controladas.

3. Retirada do ar das interfaces vidro/PVB e pré-selagem das bordas. O conjunto montado passa por um equipamento (calandra, bolsa de vácuo, anel de vácuo, estufa e/ou forno) que tem como principal função retirar o ar entre os vidros e a película de PVB.

4. Os vidros seguem para a autoclave, onde são submetidos a pressão e temperatura elevadas para eliminar o ar residual de dentro do con-junto, visando otimizar as propriedades ópticas e obter uma boa adesão entre as lâminas de vidro e o PVB.

Fonte: Solutia

Processo de laminação com PVB na beneficiadora PKO

Page 60: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

mercado

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Page 61: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Uma das maiores empresas nacionais do segmento vidreiro, a Glassec teve 100% de suas ações adquiridas pela Viracon, fabricante americana de vidros para prédios de escritórios de alto padrão e dona de uma participação de 70% nes-se mercado na América do Norte . Anunciada no final do ano passado, a compra da Glassec marca a entrada da Vira-con no Brasil e sua expansão na América Latina. A empre-sa passa a se chamar GlassecViracon. “A Glassec construiu um grande negócio no Brasil e sua estratégia comercial está alinhada com a da Viracon – atuar em projetos comerciais complexos, com vidros de alta qualidade e eficiência energé-tica”, afirma Dario Farhat, sócio da Glassec e agora gerente-geral da nova empresa.Nos últimos cinco anos, a Viracon investiu US$ 100 milhões na expansão internacional, processo que inclui a incorpora-ção da Glassec. Segundo o presidente da Viracon, Greg Sil-vestri, o processo de escolha da parceira brasileira levou em conta, sobretudo, a similaridade de produtos e foco de atu-ação. “A Glassec tinha a necessidade de aumentar a linha de produtos e a Viracon queria expandir sua atuação na Amé-rica Latina. Unimos forças e vamos capitalizar a sinergia das duas empresas”, ressalta.

Líder no mercado norte-americano, fabricante de vidros Viracon une-se à brasileira Glassec para crescer na América Latina

Glassec Viracon união faz a força

Edifício na Madison Avenue, NY, que recebeu vidros insulados laminados

da Viracon

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 62: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

mercado

Cerca de 70% das vendas da Glassec estão voltadas ao seg-mento de vidros com eficiência energética e controle solar, que reduzem os gastos com iluminação e ar condicionado. A Viracon também é especializada nesse tipo de produto e fabrica vidros que atendem às normas técnicas da certifica-ção Leed, o selo verde do Green Building Council. “A Glas-secViracon manterá o foco de atuação, oferecendo soluções em vidros para aplicação em grandes projetos e obras im-portantes”, destaca Farhat. Entre as obras que usaram vidros da Glassec, destacam-se o Centro Administrativo de Minas (MG), edifícios comerciais como o Landmark e o Rec Ber-rini, grandes shoppings e hospitais, como o Israelita Albert Einstein e o Santa Catarina, em São Paulo. Já soluções da Viracon estão presentes no Pavilhão do Air Force One, da Biblioteca e Museu Presidencial Ronald Reagan Simi Valley, Califórnia; no Seven World Trade Center, em Nova York; no Posteel Tower – Seul, na Coréia do Sul; e Taipei Financial 101, em Taipé, Taiwan.Com faturamento de US$ 240 milhões ao ano, fundada em 1979, a Viracon é a maior divisão do grupo Apogee, em-presa com ações negociadas na Nasdaq. A Apogee é líder em vedação e envidraçamento de edifícios e, no ano passa-

do, teve receita de US$ 626 milhões na área de arquitetu-ra. Com três fábricas nos Estados Unidos, a Viracon produz 170 mil m2 de vidro por ano.Nos últimos anos, a Viracon buscou uma estratégia interna-cional agressiva e tem aumentado sua presença na Ásia, Aus-trália e Oriente Médio. A empresa recebeu recentemente o Prêmio de Comércio Internacional do Governo do Estado de Minnesota pela sua excelência em transações internacionais.Na América Latina, a empresa desenvolve também projetos pontuais, atendendo demandas de clientes no Chile e na Ar-gentina. “A Viracon conquistou presença em uma importan-te economia em desenvolvimento, que é difícil atender com exportações a partir dos Estados Unidos”, afirma Farhat. Com a criação da GlassecViracon, o Brasil se transformará em plataforma de exportação para os países vizinhos. “A operação no Brasil terá o objetivo de intensificar as expor-tações para a região. Nossa expectativa é que 20% da pro-dução total da GlassecViracon seja exportada para América Latina e América Central nos próximos cinco anos.” Atual-mente, as exportações representam 20% das vendas da Vi-racon nos Estados Unidos, tendo como principais destinos Canadá, Sudeste Asiático, América do Sul e Oriente Médio.

Obras importantes

O edifício Birmann, em Santiago, Chile, também ostenta vidros insulados da Viracon

Anadarko Tower, em Houston, EUA, com vidros de controle solar da Viracon

Page 63: Revista Vidro Impresso Edição 5

Com fábrica na cidade de Nazaré Paulista, a Glassec foi fundada há 19 anos. Tem receita bruta anual de R$ 75 milhões, emprega 250 funcionários e produz cerca de 15 mil toneladas de vidro por ano, incluídos laminados, se-rigrafados e duplos insulados (de controle solar). Segun-do Dario Farhat, a expectativa é de um crescimento de 15% no faturamento da empresa este ano. “O Brasil é a maior economia da América Latina e a oitava no mun-do, devendo atingir a quinta posição dentro de dez anos, segundo projeções. É um país em rápido crescimento e onde a recessão já acabou. Além disso, sediará a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, o que criará uma forte demanda de desenvolvimento de infra-estrutura”, conclui o gerente.

“O Brasil é a maior economia da América Latina e a oitava no mundo, devendo atingir a quinta posição dentro de dez anos, segundo projeções”

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Page 64: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

mercado

O aquecimento da economia brasileira tem atraído maciços investimentos de fabricantes de vidro. Joint venture entre a francesa Saint-Gobain e o grupo japonês NSG/Pilkington, a Cebrace, maior fabricante de vidros planos e espelhos da América do Sul, vai investir US$ 200 milhões (R$ 346 mi-lhões) na construção de uma nova fábrica de vidros planos no País, para abastecer a indústria automotiva e a de cons-trução civil. A sexta unidade da empresa no Brasil marca sua entrada no mercado nordestino. Com capacidade de produ-ção de 2.700 toneladas/dia, a Cebrace tem duas fábricas em Jacareí (SP), uma em Caçapava (SP) e uma em Barra Velha (SC) e dois centros de distribuição, um localizado em Forta-leza (CE) e outro no Rio de Janeiro (RJ).A nova fábrica ficará na região metropolitana de Salvador, Bahia. “A C6 terá início de operação no primeiro trimestre de 2013 e capacidade produtiva de 600 toneladas de vidros planos por dia, destinados aos segmentos da construção e automotivo”, informa Roberto Wertzner, diretor de marke-ting da empresa. A Cebrace está disposta a investir pesado

no País. Além dessa fábrica, aportará R$ 36,6 milhões na ampliação de linhas de produção (espelhos, vidros jumbo de grandes proporções e vidros de controle solar) nas unida-des de Barra Velha e Caçapava.Para fortalecer sua presença no Nordeste, a Cebrace já ha-via aberto, em meados do ano passado, um centro de dis-tribuição em Fortaleza (CE). “O Nordeste apresenta um dos maiores potenciais no uso de vidros de controle solar, pois é uma região onde o sol e o calor estão presentes durante to-do o ano. Nesses locais a utilização de produtos diferencia-dos pode garantir até 26% de economia de ar condicionado, além de propiciar um ambiente mais confortável em termos de luz natural e proteção contra a radiação (ultravioleta). Há demanda para esses produtos tanto em residências como em obras comerciais”, informa Carlos Henrique Mattar, gerente de desenvolvimento da Cebrace.O executivo ressalta que o investimento na região Nordeste vi-sa atender a crescente demanda dos clientes locais, impulsio-nada pela expansão da construção civil no mercado nacional,

Líder no segmento de vidros planos no Brasil, empresa investe U$ 200 milhões em unidade fabril na região, que terá capacidade produtiva de 600 toneladas por dia

Cebrace finca bandeira no Nordeste

Residência na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, com

vidros Eco Lite, da Cebrace

Page 65: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

processo que requer o aperfeiçoamento continuo do aten-dimento da empresa, com máxima agilidade na logística.O Centro de Distribuição da Cebrace em Fortaleza man-tém um estoque de cerca de 2.000 toneladas de vidro, abastecido regularmente, e conta com um mix de produ-tos que atende a demanda da região. “Com o amadure-cimento do mercado nacional em relação a produtos de maior valor agregado, a oferta naturalmente se ajustará às alterações de demanda. Essa tendência, sem dúvida, também guiará a composição do mix regional de produ-tos”, afirma Roberto Wertzner.A decisão de instalar uma fábrica no Nordeste foi moti-vada pelo aquecimento do mercado regional e pelo al-to custo de transporte de um material como o vidro. No início de 2011, a empresa abrirá um centro de distribui-ção no Rio de Janeiro, com capacidade de armazenar 1,5 mil toneladas. “A ideia é expandir nossa atuação em todo o Brasil”, ressalta Wetzner.

A Cebrace já havia anunciado investimento de R$ 380 milhões na construção de um novo forno na unida-de C5, em Jacareí (SP). Atualmente, a empresa produz 2.700 toneladas de vidros planos por dia. Quando a C5 estiver em plena atividade – etapa prevista para o fim do próximo ano - sua produção chegará a 3.600 toneladas/dia, totalizando 4.200 toneladas diárias quando as duas unidades estiverem funcionando. “Os investimentos re-alizados pela Cebrace demonstram a nossa responsabi-lidade com a expansão do mercado brasileiro, tanto em relação ao volume de vidro como no que se refere à evo-lução tecnológica necessária para que possamos fornecer produtos de última geração, com alto valor agregado, no nível dos países mais desenvolvidos”, diz o executivo.Somados todos os investimentos já anunciados por em-presas fabricantes de vidro plano, o valor aplicado no se-tor passa de R$ 1 bilhão. Concorrente direta da Cebrace, a americana Guardian inaugurou em maio passado uma fábrica em Tatuí, no interior paulista, e ampliou sua uni-dade de Porto Real, no Rio de Janeiro. O investimento total foi de R$ 375 milhões. As fábricas já estão em ope-ração e mais do que dobram a capacidade produtiva da empresa, que saiu de 620 toneladas para 1420 toneladas diárias. Cerca de 90% da produção da Guardian é volta-da à construção civil.

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

RAIO X Market share: Empresa líder de mercado no segmento de vidros planos no Brasil e maior produtora de vidros e espelhos da América do Sul – Fundação: 1982 Número de funcionários: cerca de 1.000 colaboradores.

Unidades fabris:• 1982 - C1 (Jacareí - SP) • 1989 - C2 (Caçapava - SP) • 2004 – C4 (Barra Velha - SC)

Centros de distribuição:• 2010 – Centro de Distribuição Nordeste (Fortaleza/CE)• 2010 – Centro de Distribuição Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/RJ)

Mix de produtos: Vidros de controle solar (Emerald, Reflecta Float, Eco Lite, Cool Lite, Cool Lite KNT e Cool Lite SKN), vidro autolimpante (Bioclean), vidros baixo-emissivos (Tec e Planitherm), vidro de segurança (Laminado), vidro antirreflexo (Optiview), vidro extra clear (Diamant), vidro plano (Float), vidros para decoração (Coverglass e Prisma) e espelhos (Optimirror e Mirage).

Exportação: América do Sul (foco) Capacidade de produção: 2.700 toneladas/dia

“Os investimentos realizados pela Cebrace demonstram a nossa responsabilidade com a expansão do mercado brasileiro”

Projeto com vidros de controle solar Cool Lite

C5, unidade da Cebrace em Jacareí, interior de SP

Page 66: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

tendências e tecnologia

Cool Lite KNT, da Cebrace, a mais nova geração de vidros de controle solar seletivos, temperáveis, com baixo fator solar e alta transmissão luminosa (low-e)

Page 67: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Calor do lado de fora

O verão brasileiro de 2011 registrou temperaturas acima da me-dia normal climatológica, segundo o Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais. Por sua vez, o ano de 2010 igualou recordes dos anos mais quentes da história, de acordo com dados divul-gados pela ONU no mês de janeiro. As altas temperaturas ten-dem a aumentar o consumo de energia e, por consequência, as emissões de carbono no ambiente, cenário em que o vidro pode e deve atuar como importante aliado. “Os vidros e películas de controle solar têm sido cada vez mais explorados na arquitetura, não somente por uma questão estética, mas sobretudo por razões econômicas e de conforto”, afirma Leandro Capanema, gerente de marketing da Llumar, película comercializada pela Solutia.O principal benefício no uso de vidros e películas de controle solar, avalia o gerente, é a economia na conta de luz, pela redu-ção do uso de ar-condicionado. Ele cita casos de redução de até 15% no consumo anual de energia elétrica. “Além disso, propor-cionam conforto térmico, pela redução da temperatura interna, e conforto visual, devido ao controle da claridade que podem proporcionar. Outra vantagem é diminuição expressiva, de até 99.9%, da entrada de raios ultravioletas, protegendo as pessoas e reduzindo o desgaste de objetos e mobílias”, ressalta Leandro.Segundo explica a engenheira da Pilkington Lucia Cavalieri, o balanço energético dos vidros de controle solar acontece da se-guinte maneira: os raios solares passam através do vidro. Parte do calor é refletida de volta para o ambiente externo, parte é absorvida pelo vidro e parte é transmitida diretamente para o ambiente interno. “As edificações, cada vez mais, buscam cer-tificações com selos de qualidade, como o Green Building ou Procel, e para isto precisam de vidros que ajudem a atingir os padrões exigidos”, comenta Lucia.

Tecnologias cada vez mais avançadas fazem do vidro um importante aliado no controle solar dos ambientes e, por consequência, na redução do consumo de energia e emissão de CO2

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Page 68: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

tendências e tecnologiatendências e tecnologia

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

La Pedrera: os vidros da célebre obra arquitetônica de Antonio Gaudí, em Barcelona, receberam películas de controle solar da Solar Gard

Page 69: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Os vidros de controle solar contribuem comprovadamente para o de-sempenho energético dos edifícios: o Instituto Científico Holandês TNO estima que essa tecnologia poderia evitar, anualmente, emissões de CO2 entre 15 e 85 milhões de toneladas até o ano de 2020. No caso das películas refletivas, a rejeição solar pode chegar a 80%, ressalta Ha-roldo Uva, diretor comercial da Sun Pro, empresa especializada em pe-lículas para vidro que trabalha com as marcas SunGuard e SolarGuard.Solução amplamente explorada em mercados maduros, como Estados Unidos e Europa, especialmente em projetos de retrofit, os vidros de controle solar estão sendo cada vez mais indicados por especificadores e projetistas para aplicação em todos os tipos de obras. “A disseminação desses produtos no mercado está vinculada ao excelente custo-benefí-cio e ao aumento de opções com alta qualidade e durabilidade, além da maior flexibilidade na alteração do projeto, no caso das películas”, avalia Leandro Capanema.

VIDRO OU PELÍCULA? OS DOIS.

As películas para vidros destinados à construção civil são, basica-mente, de dois tipos: filmes de polivinil butiral (PVB), utilizados para laminação, e de poliéster, aplicados na superfície. As pelí-culas de PVB são interpostas entre duas ou mais placas de vidro laminado. As de poliéster são aplicadas diretamente na superfície do vidro. O vidro de controle solar é produzido com característi-cas pré-determinadas para atender as necessidades do projeto. Já as películas permitem um ajuste às características do vidro, com-plementando índices não considerados em uma análise prelimi-nar. “A alta versatilidade e facilidade da instalação da película permite alterações em qualquer fase do projeto, com a implemen-tação mais rápida e uma menor geração de resíduos”, observa a arquiteta Audrey Dias, da consultoria Aluparts. “Quando o vidro de controle solar é especificado levando em conta o percentual de abertura da fachada, é possível obter um excelente equilíbrio na eficiência energética. Nos casos em que não se alcançou esse equilíbrio, o uso de película é a solução mais eficaz e com a me-lhor relação custo/benefício”, acrescenta.Para Haroldo Uva, da Sun Pro, a grande vantagem da película é que, ao se estragar pela ação do tempo, o filme pode ser removido, e o vidro não. “A performance do vidro laminado com filme interior e do vidro com película é a mesma, desde que se comparem pro-dutos iguais. Por exemplo, um laminado com filme prata interno e um vidro comum com filme prata”, afirma. As películas Solar Gard, informa, são metalizadas pelo processo Sputtered, que consiste no bombardeamento iônico de partículas de metal. “Esse método ga-rante um aumento significativo na durabilidade do produto, poden-do chegar a 20 anos em bom estado”, ressalta.O engenheiro do serviço técnico da 3M do Brasil, Ricardo Bosco-lo, afirma que uma das principais características das películas para controle solar fabricadas pela empresa é a versatilidade, uma vez que sua aplicação não requer esquadrias ou design específicos, po-dendo se adaptar a qualquer ambiente e ser substituídas com faci-lidade, renovando a fachada sem necessidade de troca dos vidros. “Películas e vidros trabalham sempre juntos. As películas podem, in-clusive, ser aplicadas em vidros de controle solar, com o objetivo de maximizar sua performance”, diz Boscolo.

Page 70: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

tendências e tecnologia

Tecnologias de pontaA maioria dos produtos encontrados no mercado emprega metal na composição, aplicando a técnica de reflexão da luz. Algumas das técnicas usadas em sua fabricação envol-vem metalização a vácuo, para películas de alta refletividade e rejeição de calor, e o bombardeamento iônico com baixa e média refletividade, que proporciona excelentes resultados em rejeição de calor e baixo espelhamento. “Essa tecnologia permite ainda dupla refletividade, diminuindo assim o inde-sejado efeito espelho em períodos noturnos”, afirma Lean-dro Capanema. Segundo ele, a tecnologia dos vidros de baixa emissividade (Low-E) também está disponível em películas de controle solar. “A linha EnerLogic da LLumar, por exem-plo, apresenta um índice de emissividade de 0,07”, informa.Outro destaque da empresa são as técnicas de recobrimentos especiais, como o “Easy Clean”, aplicado na linha de pelícu-las exteriores LLumar Helios, que aumentam a durabilidade da película em razão da facilidade na eliminação dos resídu-os externos. “Películas exteriores são recomendadas em caso de vidros com alta absorção de energia, como vidros Low-E, espessos (acima de 10mm) ou laminados coloridos”, expli-ca Leandro. Segundo ele, a maioria desses processos baseia-se em aplicações de nanocerâmicas, que proporcionam um equilíbrio entre performance térmica e transmissão luminosa.Outra técnica explorada hoje é a nanotecnologia, processo em que a sobreposição de múltiplas camadas de poliéster proporciona um alto grau de rejeição solar. “O principio bá-sico da nanotecnologia é a construção de estruturas e no-vos materiais a partir dos átomos. É uma área que dá seus

primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpre-endentes”, afirma Ricardo Boscolo. “As películas da 3M são compostas por camadas de proteção com apenas 0,05 mm de espessura e não contêm metal na sua composição”, com-pleta o engenheiro.A performance das películas de controle solar pode variar em função das cores e do material de composição, podendo rejeitar de 10% a 80% do calor e de 5% a 100% da lumi-nosidade. O espectro de opções é amplo e vai dos refletivos aos neutros e de baixa emissividade, como a série Low-e, da Llumar, voltada para uma maior economia de energia tanto em climas quentes como frios. “A série refletiva ga-rante alta refletividade tanto no lado externo como interno, garantindo redução nos custos de refrigeração no verão e de aquecimento no inverno”, explica Leandro. “Já as pe-lículas duplo-refletivas apresentam maior refletividade no exterior, mas menor no interior, proporcionando uma clara visibilidade de dia ou à noite.” Na 3M, os produtos mais inovadores são os da linha Presti-ge, que faz uso da técnica de absorção do calor solar. “Trata-se de um filme não refletivo, que não contém metal na com-posição e pode chegar a 90% de transparência, ou seja, não modifica fachadas e possibilita maior luminosidade”, expli-ca Ricardo Boscolo. “Por meio da nanotecnologia, cerca de 97% dos raios infravermelhos, que transmitem o calor, são bloqueados e não entram no ambiente. Além disso, não têm metal em sua composição, resultando na não interferência em sinais de celulares, e GPS, entre outros.”

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

“As películas da 3M são compostas por camadas de proteção com apenas 0,05 mm de espessura e não contêm metal na sua composição”

Page 71: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

As películas de poliéster não substituem as de PVB, apesar de apresentarem benefícios semelhantes. Normalmente são aplicadas em obras em que há necessidade de melhorar o desempenho do vidro, sem efetuar a troca de caixilhos. Esse foi o caso da obra de revitalização do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1997, que utilizou cerca de 3 mil m2 de película incolor de segurança para melhorar a performan-ce dos vidros, sem interferir nas características da fachada.Instalado na parte interna da edificação, o filme de poliéster não é visível pelo lado externo e protege o ambiente contra 99% da ação dos raios ultravioleta.

11 2914-024911 2914-1840

[email protected]

Gabinete do vidraceiroModelo BR-758018/VDD

Revendedor Autorizado da

Temos peças de reposição para todas as marcas deequipamento de jateamento

ocpu

blic

idad

e.co

m.b

r

• Quartzo• Óxido de alumínio

Compressor de arNAPRB 40/400 10HP

R

Estaremos em Goiânia 14 a 16 de Outubro 2011

FENAVID - FEIRA NACIONAL DO VIDRO

Page 72: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Os vidros de controle solar são formados pela deposição de ca-madas microscópicas de materiais metálicos (óxidos), que têm a função de filtrar os raios solares, de forma a reduzir a passagem dos raios UV e infravermelhos. “Quando a luz do sol chega aos vidros, uma parte desta ‘energia’ é refletida, outra parte é absor-vida e outra passa direto. A relação entre estas partes varia de acordo com a cor e o tipo de vidro”, explica o gerente de desen-volvimento da Cebrace, Carlos Henrique Mattar.Segundo ele, se comparados às películas, os vidros de con-trole solar podem ser uma melhor opção quanto à durabili-dade. “O vidro dura praticamente para sempre. Já sua efici-ência quanto ao controle solar dependerá do tipo do vidro e da película. O inconveniente, no caso das películas, é que a grande absorção que elas agregam ao vidro pode causar problemas de stress térmico”, ressalta.Mattar explica que são duas as tecnologias disponíveis no mercado: a dos vidros fabricados “on line”, ou piroliticos, produzidos durante a fabricação do vidro float; e a dos vi-dros fabricados “off line”, ou a vácuo, produzidos em má-quinas externas, o que permite um maior número de cores. “Nos dois casos é possível produzir vidros de controle solar de altíssimo desempenho, os chamados vidros seletivos, que controlam a entrada de luz e calor”, acrescenta o gerente.Entre os vidros de controle solar da Cebrace, destaca-se o Cool Lite, capaz de reduzir em até 80% a entrada de calor e

impedir até 99,6% da entrada de raios UV. Outros exemplos são o Eco Lite, que, com baixa reflexão, reduz em até 52% a entrada de calor e tem aparência de um vidro comum, sem o efeito espelhado; o Reflecta Float, com aspecto refletivo que favorece a privacidade; e o Emerald, vidro float verde inten-so que permite um controle térmico sem o uso de camadas refletivas e com alta transmissão luminosa.

Low-e

Desenvolvido inicialmente para países de clima frio, em que há necessidade de manter o interior dos edifícios aqueci-do, os vidros low-e (low emissivity glass) podem ser a esco-lha mais adequada em termos energéticos. São vidros baixo emissivos, que impedem a transferência térmica entre dois ambientes. Sua eficiência vem de uma fina camada de óxido metálico aplicada em uma das faces do vidro. Essa película filtra os raios solares – intensificando o controle da trans-ferência de temperaturas entre ambientes -, sem impedir a transmissão luminosa. Na Cebrace, o Cool Lite SKN é o vidro de controle solar baixo-emissivo (low-e) com o melhor desempenho. “Quan-do utilizado como vidro duplo, isola termicamente até 5 vezes mais do que um vidro transparente monolítico”, afir-ma Mattar. “Além disso, tem aparência semelhante a de um vidro comum, ou seja, sem o efeito espelhado, sendo um importante aliado na estética das fachadas.”

tendências e tecnologia

A forte incidência de radiação solar vinha acumu-lando uma grande quantidade de carga térmica na face norte do edifício sede da empresa Clariant, na Av. das Nações Unidas, em São Paulo. Para reduzir a passagem de calor por meio das áreas envidraça-das, películas de controle solar bronze, da Llumar, que rejeitam 76% da energia solar e absorvem 99% dos raios UV, foram aplicadas sobre a superfície interna dos vidros já instalados, sem causar os inconvenientes de uma grande reforma. A solução também reduziu o ofuscamento e garantiu a revita-lização do edifício, que ganhou maior privacidade

Vidros: desempenho e durabilidade

Page 73: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

face 1

reflexão

absorção

calor re-irradiado para o exterior

calor re-irradiado para o interior

transmissão direta

FS

face 2

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

CONTROLE DOS RAIOS SOLARES

O projeto de retrofit do Empire Tower, em Bangcoc, utilizou cerca de 55 mil metros quadrados de película de poliéster de seguran-ça para revestir 20 mil caixilhos, com vidros semitemperados de dez milímetros, distribuídos em 62 andares

Page 74: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Paulo Duarte

Esquadrias e vidrosna construção civil Paulo Duarte é arquiteto e

consultor de fachadas

Neste artigo falaremos a respeito de sistemas de fecha-mento de edifícios, com ênfase em esquadrias e vidros pa-ra construção civil. Os edifícios são “envelopados” por fachadas e cobertu-ras, que constituem o fechamento e proteção do ambien-te interno. O “envelope” é responsável pelas relações do interior do edifício com o ambiente externo, o que inclui a garantia de iluminação natural, a troca de ar interno/externo, que proporciona ventilação natural e simultane-amente proteção contra ventos fortes que carregam po-eira e outras impurezas, e a “troca térmica” entre os am-bientes – o que significa a passagem de calor, nos dois sentidos. Essa troca é necessária e saudável, mas deve ser controlada para proteção contra as altas temperatu-ras ou fortes radiações, que além de desconfortáveis po-dem ser nocivas. Outra troca que ocorre por meio desse “envelope” é a “vi-são” nos dois sentidos. Ou seja, tanto a vista da paisagem e das atividades externas quanto a de fora para dentro, também desejável, dependendo do tipo de edifício, mas que em certos casos exige cuidados quanto à privacidade.O “envelope” é constituído de elementos opacos, translú-cidos e transparentes, cuja participação e relação variam com o uso e finalidade do edifício. Alguns exemplos: uma residência exige maior privacidade, ou seja, as partes opa-cas se apresentam em maior área do que as translúcidas; lojas e exposições devem ter grandes áreas transparentes para permitir a visibilidade dos produtos; os shoppings de-vem ter grandes áreas opacas nas fachadas, pois as lojas estão voltadas “para dentro”, mas é desejável que tenham grandes áreas translúcidas nas coberturas, para garantir iluminação natural, que, no entanto, deve ser controlada para evitar excesso de brilho e penetração de calor.

ESQUADRIAS

As funções das esquadrias são: vedação para água e ar, redução do ruído que penetra no ambiente, controle da passagem de luz - eventualmente, o bloqueio dessa pas-sagem -, e controle das transferências de calor e da quali-dade da visibilidade.As esquadrias são guarnecidas por vidros e/ou elementos opacos, de modo a dosar adequadamente essas trocas entre os ambientes, de acordo com um projeto arquite-tônico. As esquadrias podem constituir portas, janelas, grandes áreas e coberturas envidraçadas etc; todos esses elementos são formados por esquadrias fabricadas, predo-minantemente, em madeira, aço, alumínio ou PVC.

É indiscutível, há muito tempo, a predominância do alu-mínio como material para a fabricação de esquadrias. No entanto, não se pode esquecer que a madeira tem uma antiga tradição de uso, graças às suas qualidades que fa-vorecem o bom desempenho de caixilhos com ela fabrica-dos. A madeira é facilmente trabalhável e, com ferramen-tas manuais ou máquinas adequadas, pode-se cortá-la, furá-la ou nela fazer sulcos e rasgos, criando detalhes mui-to eficientes para a vedação da passagem de ar, água e ru-ído. Além disso, por sua “massa”, a madeira tem melhor desempenho acústico que os perfis tubulares de alumínio. É, portanto, um material muito adequado para esquadrias em construções residenciais, hotéis e escolas, desde que não haja vãos com dimensões exageradas e desde que o aspecto dos caixilhos seja esteticamente satisfatório para o tipo de edifício. O aço é adequado para esquadrias de grandes dimen-sões, em que não são necessários detalhes complexos pa-ra vedação de ar, água e som, pois é um material muito resistente, mas de difícil trabalhabilidade, o que dificulta a execução de detalhes. É adequado para os reforços de partes dos fechamentos quando ocorrem grandes vãos. Nesse caso, serve para reforçar as esquadrias em madeira, alumínio e PVC ou criar estruturas auxiliares que lhe dão apoio, o que ocorre nos térreos de edifícios residenciais, nos lobbies dos edifícios comerciais, em locais de exposi-ção, coberturas etc.

O alumínio tornou-se o material predominante na cons-trução de esquadrias para edifícios por suas qualidades es-truturais: obtêm-se perfis de grande resistência a partir de elementos tubulares com dimensões adequadas, incluindo espessuras; sua trabalhabilidade é bem maior que a do aço, principalmente por possibilitar a criação de perfis pelo processo de extrusão – o que é muito difícil de conseguir com o aço. Isso permite criar detalhes de reentrâncias, sul-cos, encaixes etc,, que resultam em excelentes vedações ao ar, água e ruído; acusticamente, o alumínio tem comporta-mento inferior ao da madeira, em razão de ter menor mas-sa e também pelo “efeito de tubo”, que cria sons harmôni-cos ao som principal. Já o PVC é um material que ganha cada vez mais espaço no Brasil. Também pode ser extrudado, resultando em for-mas eficientes semelhantes às do alumínio e da madeira. Por sua pouca resistência estrutural, os perfis em PVC são sempre reforçados internamente com perfis formatados em aço galvanizado, que lhes dão resistência na medida das necessidades estruturais.

FOTO

: DIV

ULG

ÃO

Page 75: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE OS TRÊS PRINCIPAIS MATERIAIS

. Os vidros devem sempre ser “encaixilhados” nas es-quadrias em madeira ou PVC (encaixados no perfil, com complementos que os mantêm posicionados). Os vidros não podem ser “colados” nessas esquadrias; Nos perfis em alumínio, ao contrário, os vidros podem ser tanto encai-xilhados – em especial em sistemas residenciais – como colados, criando fachadas em que as partes de alumínio não ficam aparentes no lado externo do edifício. É o siste-ma conhecido como “silicone estrutural” ou “silicone gla-zing”, que predomina hoje em edifícios comerciais, corpo-rativos, hospitais, escolas, shopping centers etc. . A textura da madeira é a mais agradável ao toque, prin-cipalmente internamente: sua temperatura é próxima a da pele humana. Além disso, há uma certa atração do ho-mem por materiais “naturais”, como madeira, cerâmica, tijolo etc. . O PVC não tem toque tão agradável como o da madei-ra, mas é um material macio e sua temperatura também é amigável. Essas características não se aplicam ao alumínio, que é frio e mais “duro” ao toque. O resultado é que, para os edifícios corporativos, o alumí-nio é perfeitamente adequado, e, em edifícios residenciais ou hospitais (principalmente na internação), o ideal é op-tar pela madeira ou PVC, que oferecem mais conforto.

No entanto, é preciso levar em conta, no caso de hospitais e similares, o problema da “contaminação dos materiais”. São locais que exigem limpeza e descontaminação cons-tante, o que requer a aplicação de produtos agressivos. A madeira deixa de ser adequada nesses ambientes; o PVC ainda pode ser considerado, dependendo dos produtos para limpeza.

Como se conclui, nem sempre é fácil a escolha do tipo de esquadria e do material a ser empregado. O artigo continua na próxima edição.

O aço é adequado para esquadrias de grandes dimensões, em que não são necessários detalhes complexos para vedação de ar, água e som, pois é um material muito resistente, mas de difícil trabalhabilidade, o que dificulta a execução de detalhes.

Page 76: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

telefones e anunciantes

Saint- Gobain – Pág. 2 e 3 0800-125-125

Diamanfer – Pág. 7 (11) 4412-2778

Arbax – Pág. 9 (11) 2965-4663 / 2965-9110

Ideia Glass – Pág. 11(11) 3016-9300

Bottero do Brasil – Pág. 23(11) 4072-3031 / 4075-3865

Corte Certo – Pág. 25(11) 3673-1119

Alfasoft ( Vitrus) – Pág.25(11) 4153-6729

Duvon – Pág. 25(11) 2274-3621 / 2215-4141

Glass Vetro – Pág. 27(11) 2195-0505 / 2195-0506

Canaltec – Pág. 33(11) 4412-8700 / 4411-4713

Mercadofer – Pág. 33(11) 3951-0404

Super – Pág. 35(41) 3249-5555

Poliglass – Pág. 35(11) 4701-5477 / 4701-4072

Conlumi – Pág. 53(11) 2827-7255

Abrasipa – Pág. 53

(11) 3933-2999

Fass – Pág. 55(14) 3471-5344 / 3471-5579

Acav – Pág. 55(19) 3274-1717 / 3273-3783 / 3273-3567

Perfileve – Pág. 63(44) 3027-1919 / 3027-1923

Avvitare – Pág. 69(19) 3876-3851 / (11) 9326-1396

Camacica – Pág. 71(11) 2914-0249 / 2914-1840

Konsultrade – Pág. 71(41) 3027-7333 / 3527-5333

OC – Pág. 75(11) 2262-5137 / 2261-3732

Glaston – Pág. 77(11) 4061-6503

Estúdio ô+sch – Pág. 78(11) 2679-2185

Guia do Vidro – Pág. 79 a 81(11) 2628-7809 / 2262-5137

Metalurgica WA – Pág. 83 (15) 3259-9000 / 3259-9005

Dorma – Pág. 84(11) 4689-9218 / 4689-9202

BotteroTel: (11) 4043-2005

CebraceTel: 0800 72 84376

Collor GlassTel: (11) 2579 8305

Conlumi Tel: (11) 2827 7255

Corning Museum of Glass Tel: 800.732.6845

Divinal VidrosTel: (11) 2827 2966

DuvonTel: (11) 2274-3621

EngevidrosTel: (41) 3332-5335

Eric ThernerTel: 46 (0) 480 504 892

FanavidTel: (11) 2177-0001

GlassecViraconTel: (11) 3951-5222

Glass Color BrasilTel: (19) 3936-2422

Glass VetroTel: (11) 2195-0505

Hedron EngenhariaTel: (41) 3023-1121

Iosa Ghini AssociatiTel: 39 051 23 65 63

José Luiz Tejon(11) 5052 6866

Mauro Akerman – Escola do VidroTel: (11) 3768-4284

Laminar Vidros(21) 3214 0700

Nelson FirminoTel: (11) 3816-5311

OrreforsTel: 46 (0)481-340 00

Paulo Duarte ConsultoresTel: (11) 5574-0408

PerfileveTel: (44) 3027 1919

PilkingtonTel: (12) 3654 2100

PKOTel: (11) 4791-8999

Solutia - BrasilTel: (11) 4591-8800

Studio Guilherme TorresTel: (34) 3324-5610

Sun ProTel: (11) 5058-8600

TGTel: (11) 4612 2167

VetromáquinasTel: (11) 5041-6688

VipelTel: (48)3631-0100

M Tel: 0800 013 23 33

Telefones desta ediçãoEmpresas e profissionais citados nesta edição: Abaixo os telefones dos anunciantes da edição:

Page 77: Revista Vidro Impresso Edição 5

www.glaston.net

Pré-processamento: (11) 4061-6511

Fornos: (11) 4066-2506

Fax: (11) 4061-6516

Glaston South America

Av. Dona Ruyce Ferraz Alvim, 2906/3036

Diadema - SP - Brasil

CEP 09961-540

ARBO

RE

Smart-4Lapidadora de rebolos periféricos

CW-6 e CW-9Lapidadoras periféricas de rebolos.

Copo nas versões 6 e 9 rebolos

Rev-SRMesa automática

para corte de vidro

SB-10Biseladora lapidadora

semiautomática de vidros modelados

B-75Biseladora retilínea

A mesa mais vendida do Brasil

Glaston, equipamentosque se destacam pelaefi ciência e qualidade

A Glaston investe em pesquisa e tecnologia de ponta para oferecer aosclientes produtos que melhoram os índices de precisão e aproveitamento

da matéria-prima. Tudo para tornar sua empresa mais competitiva.

Glaston NOV2009 aprovado.indd 1 04.12.09 09:33:03

Page 78: Revista Vidro Impresso Edição 5

Passe os olhos rapidamente pela grade.w

ww

.osc

h.co

m.b

r

Sua empresa Mercado

A gente vai fazer a sua empresa acontecer, mesmo em um anúncio preto e branco.

Estúdio ô+sch | Assessoria de imprensa | Comunicação institucional | Brandingwww.osch.com.br

Page 79: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

A seguir para sua empresa.

os principais fornecedores

www.guiadovidro.com.br

Mercado

Page 80: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Page 81: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Page 82: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

vidro e design

FOTO

S: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Integração, conforto e resistência

Projeto do arquiteto Renato Mueller, a fachada desta residência localizada em condomínio horizontal em Curitiba, PR, prioriza o contato com a natureza por meio de grandes aberturas em vidro, que integram o ambiente interno às áreas externas.Nos grandes paineis do piso inferior foram empregados vidros temperados. No pavimento superior, a opção foi por vidros lami-nados de duas espessuras diferentes, solução que propicia ótima proteção acústica. As esquadrias de PVC foram escolhidas por te-rem como principal característica a vedação hidráulica e acústica.

Page 83: Revista Vidro Impresso Edição 5

revista Vidro Impresso

Page 84: Revista Vidro Impresso Edição 5

Ferragens para vidro temperado SMECO. As primeiras recicláveis dessa categoria.

www.dorma.com.br - e-mail: [email protected].: (11) 4689-9218 - Fax: (11) 4689-9202

SMECO é uma completa linha de ferragens e acessórios*

para vidro temperado da Dorma. Ela traz uma importante

inovação no sistema de fixação ao vidro, terminando

com a necessidade de utilização de adesivos no momento da montagem. Aliando

vantagens técnicas, estéticas e de segurança, as ferragens e acessórios SMECO

valorizam os projetos nos quais são utilizados. Tudo isso tinha que refletir no

tema mais importante nos dias de hoje: a sustentabilidade. Numa ação inédita,

quando for necessária a troca dessas ferragens, a Dorma irá recomprá-las a

preço de sucata, para depois reciclá-las. E esse valor poderá ser utilizado na

compra de outros produtos Dorma. Bom para você. Bom para o meio ambiente.

* Cores disponíveis: prata, branco, preto e marrom.

futu

ra

A.F. ANº FERRAGENS (20.6X27.7).indd 1 25/11/10 12:59