revista business portugal | dezembro '15
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PARCEIROS
via lisboa b.qxp_via lisboa 10/12/15 18:10 Page 1
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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EDITORIAL
Editorial
Mais um final de ano, mais um ano com o sentimento de dever cumprido
MADEIRA, BELEZA NATURAL20 - Município da Calheta22 - Município de Porto Moniz24 - Município do Funchal
LOGÍSTICA E TRANSPORTES34 - Entreposto36 - Damco38 - Transportes Nova Cruz
E passado um ano, encontramo-nos novamente enquanto folheia as páginas da última edição de 2015 da Revista
Business Portugal. Confesso que foi um ano expectante, muito também por causa da situação um tanto ou quanto
complexa que o país atravessou (e atravessa) e que, por vezes, nos faz duvidar um pouco do dia de amanhã. Mas
deste lado somos otimistas, confiantes e, acima de tudo, não temos receio de arregaçar as mangas de modo a
que possamos garantir que o leitor recebe mensalmente os melhores artigos sobre os mais diversos (e também
melhores) temas da atualidade empresarial de Portugal e, não raramente, de outros pontos do mundo. Encerramos
2015 certos de termos cumprido o nosso papel de levar informação confiável e de importância aos empresários
e a todos os nossos leitores.
Para muitos, o final de um ano significa apenas uma mudança no calendário. Para outros, como nós, significa
renovação, pelo que estamos já de ‘corpo e mente’ no próximo ano, para que possamos continuar a fazer aquilo
que fazemos melhor: comunicar.
Não posso perder a oportunidade de agradecer a todos os que colaboraram connosco durante este ano que
agora finda, que acreditaram e continuam a acreditar neste que já provou ser um projeto sólido, graças aos nossos
leitores, parceiros e colaboradores.
Na passagem deste IV aniversário, encerramos este editorial desejando a todos umas Festas Felizes, na esperança
que 2016 seja ainda melhor.
FICHA TÉCNICA
Diretor
Fernando Silva
EDITORA
Diana Ferreira
REDAÇÃO
Lardyanne Guimarães
Rita Carreira
Vera Pinho
Marta Caeiro
Rita Burmester
Rui Roque
Sílvia Martins
PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN
Tiago Rodrigues
SECRETARIADO
Paula Assunção
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO
Fernando Lopes
Filipe Amorim
Isabel Brandão
José Machado
José Alberto
Luís Silva
Manuel Fernando
Paulo Padilha
Rui Diogo
EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE
Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2
4400-134 - Mafamude
CONTACTOS
Tlf: 223 754 806 (Geral)
A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS
DISTRIBUIÇÃO
Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID
Depósito Legal: 374969/14
Edição de dezembro
Por Fernando Silva
alguns destaques da edição de dezembro
10 - município de s.vicente
SAÚDE E BEM-ESTAR60 - Mylan62 - Zeiss68 - Clínica Eva Morena
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO78 - HRV80 - Electrolux86 - Insígnia Publicidade88 - ANQEP92 - Dom Senhorio94 - Bosch Car Service
14 - município de ponta do sol
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OPINIÃO
Há sinais inequívocos de recuperação da
economia portuguesa. Vários setores vivem
hoje um momento histórico em termos de
competitividade internacional e capacidade
exportadora, como é caso dos têxteis, do calçado, do
agroalimentar, do mobiliário ou do turismo. Paralelamente,
foram feitos significativos progressos na consolidação
das contas públicas, fator essencial para garantir o
acesso do país aos mercados financeiros e para que o
nosso crescimento económico seja sustentável. Verifica-
se ainda que o saldo da balança corrente e de capital
permanece positivo, o que significa que também na
frente externa há indícios de um ajustamento estrutural.
Mas o ritmo de crescimento do país vai depender, em
larga medida, da evolução do investimento. Ora, neste
particular, os últimos dados oficiais não são auspiciosos.
Segundo o INE, o investimento em Portugal está em
notória desaceleração. No 3.º trimestre de 2015, a
formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,9% em
comparação com o mesmo período do ano passado.
Contudo, trata-se da variação homóloga mais baixa
desde o primeiro trimestre de 2014. Para se ter uma
ideia, o FBCF passou de um crescimento homólogo de
5,3% no trimestre anterior para os atuais 1,9%.
Para a lenta recuperação do investimento concorrem,
sobretudo, três fatores: o elevado endividamento das
empresas, as dificuldades de acesso ao crédito e as
fracas perspetivas de crescimento do mercado interno,
devido ao elevado nível de desemprego, à quebra nos
rendimentos e à dívida das famílias. Embora tenha havido
melhorias nestes três fatores em 2015, a verdade é que
a situação está longe de ser a desejável e vai continuar a
penalizar o crescimento económico de Portugal.
Para melhorar os níveis de investimento, há então que
acelerar o ritmo de redução do endividamento das
empresas. Lembro que a dívida das empresas passou
de 155,8% do PIB em 2013 para 142% do PIB no
ano passado, desempenho assinalável e que deve ser
prosseguido no futuro. Para tanto, importa encontrar
mecanismos para facilitar a reestruturação da dívida das
empresas. Neste sentido, e dada a sua escassa eficácia,
o Programa Revitalizar necessita de ser reponderado
e otimizado. Como sabemos, um número elevado de
processos de revitalização (PER) acaba chumbado
pelo próprio Estado, através da Autoridade Tributária e
Aduaneira.
Para que o relançamento do investimento seja efetivo,
é necessário igualmente um novo paradigma de
financiamento da economia. Paradigma, esse, que terá
de passar pela facilitação do acesso das empresas a
fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário,
aproveitando o novo ciclo de fundos comunitários. Há,
por exemplo, que desenvolver fontes alternativas como
o capital de risco ou o smart money (capital + gestão),
que ainda apoiam um número reduzido de empresas e
com montantes muitas vezes longe do desejável.
O relançamento do investimento depende também muito
da estabilidade e previsibilidade do sistema fiscal. Num
momento de recuperação económica como o atual, é
importante gerar confiança nas empresas e nas famílias
com uma tributação competitiva, justa, constante e
expectável. Logo, as notícias que dão conta de uma
nova reforma do sistema tributário e da travagem
do desagravamento fiscal para as empresas só nos
podem deixar apreensivos, considerando a incerteza
que, entretanto, se vai gerar nos agentes económicos
nacionais e nos investidores internacionais.
Fundamental para o investimento é também a reforma
da Administração Pública. O Estado continua a não ser
amigo da economia, ficando aquém do que poderia fazer
na atração de investimento, na eliminação de burocracia,
na redução dos custos de contexto, na aceleração da
justiça e na liquidação das dívidas a fornecedores. As
empresas necessitam de melhores condições para a
realização dos seus negócios com independência e
competitividade, o que passa por um menor peso do
Estado na economia.
Por fim, a promoção do investimento exige a criação de
um ecossistema mais favorável ao empreendedorismo
de base tecnológica, científica e criativa. Embora sejam
de saudar as recentes medidas de desagravamento
fiscal das startups, há ainda que criar mecanismos
de financiamento para pequenos negócios, eliminar
procedimentos burocráticos sobre a atividade
empreendedora e aprofundar o relacionamento entre
o tecido empresarial e as universidades, centros de
inovação e institutos de investigação.
contributos para acelerar o investimentoa opinião de João Rafael Koehler, presidente da ANJE - Associação Nacional de Jovens empresários
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Situado no oceano Atlântico a cerca de 560 km da costa de
Marrocos, o arquipélago da Madeira é formado pelas ilhas da
Madeira a maior, e Porto Santo, ambas habitadas, além das
Desertas e das Selvagens, dois pequenos grupos de ilhas não
povoadas. Conhecidas pelos Romanos como “Ilhas da Púrpura”, Porto
Santo e a Madeira foram redescobertas no século XV por navegadores ao
serviço do Infante D.
Henrique. As origens vulcânicas da Madeira permanecem bem visíveis em
locais como o anfiteatro montanhoso que envolve o Funchal, vestígio de
uma antiga caldeira. A ilha é extremamente acidentada, com picos que
atingem os 1860 metros de altitude. Felizmente para os turistas, a actividade
vulcânica cessou há cerca de 6500 anos – contudo, foi essa atividade que
dotou a ilha de uma paisagem fértil, formada até recentemente por um
importante manto de antigas florestas subtropicais que esteve na origem
do seu nome – Madeira. Nas encostas do norte da ilha, permanecem
bem preservadas algumas áreas dessa antiga floresta (Laurissilva), hoje
classificadas como Património Mundial pela UNESCO. No entanto, as
soberbas flores que deram fama à Madeira podem ser apreciadas em todo
o território e durante todo o ano. Uma das melhores formas de contemplar
as soberbas paisagens é fazer um passeio pelas levadas, caminhos que
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seguem junto aos canais que outrora irrigavam as
áreas mais secas. A Madeira é um encantador destino
turístico durante todo o ano, e embora seja importante
a produção de bananas, de cana-de-açúcar e de
vinho da Madeira, grande parte do seu crescimento
económico deve-se ao turismo. O turismo madeirense
tem vindo a beneficiar de uma evolução no seu público-
alvo, atraindo cada vez mais visitantes de diversas faixas
etárias e estratos sociais. Outrora destino privilegiado
das gerações mais velhas, a ilha é agora redescoberta
pelos mais jovens. Reconhecida como a terra natal de
Cristiano Ronaldo, substituiu a imagem de pequena
comunidade rural pela de soberbo destino de férias com
excelente clima durante todo o ano, facilmente acessível
a partir da Europa e atraindo jovens sofisticados que,
para além da diversão nocturna, gostam de apreciar as
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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belas paisagens e a população calorosa.
A vida nocturna da Madeira, os seus restaurantes,
desportos aquáticos, clima perfeito e espectaculares
paisagens são inigualáveis e uma atracção imperdível
para os turistas contemporâneos. Um oásis verdejante no
meio do Atlântico A Ilha da Madeira é um autêntico Éden,
um oásis verdejante no meio do Atlântico. Com falésias
imponentes, praias rochosas e montanhas verdejantes
envoltas em bruma, este destino inesquecível possui um
convidativo clima subtropical e uma esplêndida beleza
natural. Para aproveitar ao máximo a sua visita à Madeira,
faça uma caminhada nas levadas pelas florestas seculares
de laurissilva e flora autóctone.
Mergulhe nas convidativas piscinas naturais da ilha e
desfrute do sol nas inúmeras praias rochosas. A Madeira
é um destino encantador durante todo o ano, com verões
suaves e invernos amenos. As atividades em terra e no mar
incluem caminhadas e desportos de aventura, bem como
observação de baleias, pesca e vela. A colorida Festa da
Flor, que se realiza na Primavera, e o espectacular fogo-
de-artifício da Passagem de Ano são os pontos fortes do
extenso calendário de eventos
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
O concelho de São Vicente, situado na costa norte da Ilha da Madeira, tem na floresta nativa, a Laurissilva, a maior riqueza. Os fantásticos
cenários verdejantes são também excelentes para relaxar em harmonia plena com a natureza. Fomos à descoberta da região, numa
entrevista com José António Garcês, presidente do Município de São Vicente.
município de são vicente
Capital da beleza natural
São Vicente é o concelho da Ilha da Madeira, onde
a natureza pode proporcionar mais surpresas e
experiências sem igual, não fosse esta região, a
Capital da Floresta Laurissilva, apresentando, assim,
uma grande diversidade de espécies, onde o loureiro
predomina. “O concelho, que começa no mar e acaba
na serra, tem 78,8 km2, 5772 habitantes, distribuídos
por três freguesias: São Vicente, Ponta Delgada e
Boaventura. A população vive essencialmente de dois
setores, agricultura e turismo. Na agricultura existe,
essencialmente, o cultivo da vinha, os vitivinicultores são
produtores do Vinho Madeira, o ganho pão de grande
parte das famílias do concelho. Ao nível do turismo,
a hotelaria e a restauração são as áreas mais fortes”,
descreve José António Garcês, presidente do Município
de São Vicente. A região tem neste momento uma oferta
que ronda as 700 dormidas, disponíveis nos hotéis,
estalagens, unidades de turismo rural e de habitação e,
ainda, na vertente do alojamento local. A este nível “para
um concelho, relativamente, pequeno até estamos bem
servidos. De referir que os pedidos para o licenciamento
do alojamento local, estão a aumentar. É um concelho
que está virado para o saber receber”, explica o nosso
interlocutor. São Vicente é um dos exemplos da erupção
vulcânica que deu origem à Ilha da Madeira. Para além
da floresta nativa, o grande ex-líbris do concelho são
as Grutas de São Vicente, onde está também situado
o Centro do Vulcanismo. Abertas ao público desde
outubro de 1996, são consideradas as primeiras grutas
de origem vulcânica, em todo o país, disponíveis para
visita. Ao longo de quase 700 metros de percurso
subterrâneo é possível ver as construções que a lava
foi fazendo ao longo da sua passagem. Estalactetites,
pingos de lava e muitas outras construções, resultantes
da erupção, podem ser vistas numa verdadeira viagem
ao centro da terra, conduzida por guias especializados
durante cerca de meia hora. No pavilhão do Centro do
Vulcanismo, com capacidade para 90 pessoas, pode
assistir-se à simulação do nascimento do Arquipélago da
Madeira, através de uma recriação audiovisual. Junto às
Grutas de São Vicente existe também um jardim onde
predominam as plantas endémicas e os cursos de água.
“As grutas de São Vicente são um ex-líbris do concelho
e têm mais de 100 mil visitantes por ano”, destaca o
autarca. As águas da costa norte da Madeira são mais
frias, quando comparadas com as temperaturas amenas josé antónio garcêsPresidente
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL
da água da costa sul, portanto, a melhor altura do ano
para se fazer praia é mesmo no verão, “estamos na zona
norte onde é mais complicado falar de praia, mas temos
as piscinas de Ponta Delgada que são Bandeira Azul e
têm estatuto de Praia Acessível, ficam também situadas
junto de uma unidade hoteleira”, refere o entrevistado.
A gastronomia e as festividades também são pontos
de atração. No concelho, principalmente, no verão,
realizam-se por todas as freguesias vários arraiais e
festas populares e religiosas. “Ponta Delgada é um local
que atrai muitos romeiros. Em São Vicente, realizam-se
as festas do concelho, um festival para gente jovem. O
evento acontece sempre na última semana de agosto,
este ano só num dia tivémos 40 mil pessoas. Mas as
festas de São Vicente não atraem gente só pelo cartaz,
há pessoas que já reservaram quarto para o próximo
ano e o cartaz ainda é desconhecido”, evidencia José
António Garcês, presidente do Município de São Vicente.
No sentido de revitalizar e potenciar o turismo na região,
o executivo tem em curso uma série de obras e projetos.
Assim, o município está a proceder à identificação dos
miradouros e pontos de interesse e, consequente,
reabilitação dos mesmos. Está, igualmente, a realizar
a identificação e requalificação das levadas e veredas
da região, bem como, a colaborar na homologação
das mesmas, com a Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal. O município está também
a trabalhar na criação do ponto de informação turística
onde serão distribuídos os novos desdobráveis turísticos
do concelho. O setor é de tal forma importante para
a região que “quando chegámos à câmara municipal
criámos dois pelouros, que são os mais importantes,
e que nunca existiram no concelho, os pelouros do
turismo e da agricultura”, revela o edil de São Vicente.
Trabalhos realizados no âmbito do turismo:
- Criação do Comité do Turismo;
- Organização do I Encontro Regional de Pedestrianismo;
- Requalificação do Jardim de Plantas Indígenas;
- Apoio em diversas atividades de cariz cultural e
desportivo: mostra de cuscuz, festa da vindima, mostras
gastronnómicas, feiras agrícolas, Torneio São Vicente
Cup, provas de surf, bodyboard e stand up paddle,
Bodyboard Girls Experience 2015;
- Criação de novos mapas do concelho e freguesias;
- Agenda e eventos e festas do concelho.
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL
Futuro: Desenvolvimento e Apoio à população
Questionado sobre o que o motivou a concorrer à
presidência da autarquia, José António Garcês explica
que o facto de ser um filho da terra constituiu a principal
razão. “Gostar das pessoas e de São Vicente, nasci
e moro aqui é essa a principal motivação. Conheço
quase todas as pessoas pelo nome. Sou um presidente
próximo da população, mesmo antes de ser presidente
já estava próximo das pessoas. É no terreno que vemos
os reais problemas e ouvimos os cidadãos. Para mim,
em primeiro lugar, estão as pessoas, tudo o resto vem
depois. Isto é um trabalho de equipa e felizmente tenho
a melhor equipa. Somos todos naturais do concelho e
estamos distribuídos pelas freguesias o que facilita o
nosso trabalho, acompanhamos os problemas de perto”,
explica o presidente da autarquia de São Vicente. No que
toca aos apoios à população, o concelho também está a
passar pelos problemas inerentes à emigração e nesse
sentido, o nosso entrevistado entende que é necessário
“criar condições para os que querem cá ficar”, ressalva
José António Garcês, presidente do Município de São
Vicente. A autarquia está assim a desenvolver projetos
relacionados com o apoio ao arrendamento jovem.
Proporcionam transporte e livros gratuitos para os alunos
do primeiro ciclo, apoiando também no transporte
das visitas de estudo. A autarquia destaca anualmente
os melhores alunos com prémios e apoia através de
bolsas de estudo, todos os alunos que frequentam o
ensino superior, com aproveitamento. “Queremos o
desenvolvimento do concelho de São Vicente quer a
nível turístico, quer ao nível das outras potencialidades
que tem. Vamos apostar nos programas que concedam
condições de vida à população. Existem ajudas à
natalidade, habitação, emprego e educação, têm de ser
criadas condições para os casais se fixarem”, destaca o
autarca de São Vicente. No que diz respeito aos idosos, o
município apoia na “aquisição de medicamentos, através
de um regulamento de apoio. Temos também aulas de
ginástica para idosos em protocolo com a Adenorma
- Associação de Desenvolvimento da Costa Norte da
Madeira”, revela o interlocutor. Os planos previstos
para município de São Vicente pretendem sobretudo
garantir à população uma melhoria da qualidade de vida.
“Quando se fala em projetos aqui na Madeira pensa-se
logo no betão, mas hoje em dia, as grandes obras não
são as de betão, são as sociais e educacionais que se
prendem com o desenvolvimento do concelho, atraindo
investimento. Há dois edifícios na frente mar fechados
há anos e que agora foram vendidos a investidores
privados. Esta aquisição deverá resultar na criação de
postos de trabalho”, divulga o edil, acrescentando que
“na atual conjuntura, as obras sociais são os grandes
projetos, para tal, trabalhamos em cooperação com as
juntas de freguesia, tanto ao nível financeiro, como dos
equipamentos”. Em jeito de conclusão, questionado
sobre qual foi o maior desafio do mandato até ao
momento, a resposta é esclarecedora “o maior desafio
é poder corresponder às expectativas da população, no
sentido de resolvermos os seus problemas”, conclui o
presidente, José António Garcês.
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL
Fomos à descoberta do concelho mais ameno e cintilante da Ilha da Madeira. O nome é indicador disso mesmo. Dizem os moradores e
visitantes que é a região do arquipélago onde o sol brilha durante mais tempo. O município teve em mãos a exigente tarefa de “arrumar
a casa”. Agora, os tempos são outros e o turismo é uma prioridade. A autarquia da Ponta do Sol quer tornar a região “um ponto de
paragem obrigatória”, como confidenciou em entrevista Rui Marques, presidente do Município da Ponta do Sol.
Município da Ponta do Sol
Nova dinâmica chegou à Ponta do Sol
O concelho da Ponta do Sol fica situado a 18
quilómetros do Funchal e é composto por
três freguesias: Canhas, Madalena do Mar e
Ponta do Sol. Com cerca de 8500 habitantes
a região é um destino onde se pode usufruir, tanto
das atividades ligadas ao mar, como as de montanha
e floresta, abrangendo ainda a cultura e o património.
Atualmente, o executivo autárquico liderado por Rui
Marques está empenhado em reabilitar vários pontos
do concelho tornando-os mais atrativos para os turistas,
não esquecendo também os moradores. Em entrevista
à nossa publicação, o autarca lamenta que estes
projetos não tenham arrancado mais cedo, adiantando
que “quando chegámos à câmara detetámos algumas
carências e lacunas, no que diz respeito aos serviços à
população. Embora, a minha equipa tivesse a ideia de
apostar, desde o início, na área do turismo, tivémos que
definir prioridades. Primeiro, foi necessário equilibrar as
contas e, durante cerca de dois anos, não houve grande
margem para investimentos. Depois, a nossa aposta foi a
de satisfazer as necessidades básicas da população, em
termos dos serviços mais básicos, como a rede de água
potável, a recolha de lixo, a iluminação e a ação social”,
explica o edil, Rui Marques. Ainda antes do turismo ser
o centro das atenções, a autarquia teve também de
garantir a criação de infraestruturas que a população
rui marquesPresidente
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL
“anseava, como o acesso, tanto a terrenos agrícolas,
como às habitações. Entre 2005 e 2010, construímos
muitas acessibilidades, na ordem dos 50 caminhos,
obras pequenas, mas que foram fundamentais para que
o concelho tivesse uma rede viária melhor. Tudo isto
foi feito, procedendo ao mesmo tempo, à redução da
dívida”, ressalva o interlocutor.
Conhecer a Ponta do Sol
O tempo agora é outro e eis que é chegada a altura
de olhar para o património, a cultura e as tradições,
tendo a autarquia no turismo um pilar base para
dinamizar a região, “com grande parte das necessidades
da população satisfeitas, começámos com tempo a
fazer outro planeamento. Decidimos ouvir os nossos
comerciantes, os hoteleiros e ver também qual era
o feedback que tínhamos dos turistas”, revela Rui
Marques, presidente do Município da Ponta do Sol. As
características apontadas pelos turistas revelam que
a região “tem um bom clima, a Ponta do Sol é dos
concelhos com as temperaturas médias mais altas
da Madeira, durante todo o ano. As paisagens, o mar
e o sossego” foram também referenciados, evidencia
o entrevistado. No entanto, a opinião dos visitantes
também apontou lacunas e a principal foi a “falta de
oferta de atividades e pontos de lazer. Não existiam
estabelecimentos comerciais abertos, onde se pudesse
estar ao final do dia, por exemplo. Há alguns anos, o
comércio local fechava, praticamente, à mesma hora
dos serviços e a partir daí a vila morria”, refere o
presidente. Deste modo, a autarquia decidiu incentivar
a abertura alargada do comércio, bem como, apoiar
na criação de novos espaços, “criou-se aqui uma
nova dinâmica, apostando também ao nível cultural,
indo um pouco a reboque daquilo que a Estalagem
da Ponta do Sol fez, nestes últimos anos, promovendo
alguns concertos, durante o verão”. Alguns dos novos
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
espaços que podemos encontrar na Ponta do Sol são
a “Mercearia Dom Sancho, com uma oferta diferente da
que já existe e a Old Pharmacy que juntam os conceitos
de artesanato e bar. São novos espaços que vieram
dar uma nova dinâmica, principalmente, à vida noturna
da Ponta do Sol”, explica o autarca, destacando ainda
empreendimentos como, “a Estalagem da Ponta do Sol,
que mantém uma ocupação média superior a 90 por
cento, o Hotel Baía do Sol, a Quinta do Alto de São
João, uma unidade de turismo rural e a Casa do Retiro”.
Mas, se em termos de hotelaria a oferta ainda tem muito
por onde crescer, ao nível da restauração o concelho
tem uma oferta diversificada e de qualidade. No que diz
respeito ao património, alguns dos pontos de interesse
a visitar são “o Relógio de Água, o Monumento de
Santa Teresa, as Bem Aventuranças, a Nossa Senhora
da Serra, a Bica da Cana, o Sítio da Fajã Redonda, a
Capela de São Sebastião, a Igreja Matriz e a Capela de
Santo António. Indispensável, é a passagem pelo Cais
da Ponta do Sol e um pouco mais para oeste a Ponte
do Caminho Real”, aconselha o autarca pontassolense.
Para os amantes da natureza, a Ponta do Sol oferece-
lhe um conjunto de levadas e veredas, que vale a
pena conhecer, devido às fantásticas paisagens que
proporcionam. Questionado sobre as potencialidades do
concelho, no que diz respeito, à prática de desportos
náuticos, o edil revela que “estamos a trabalhar com
uma associação que foi criada em maio de 2014, para
o desenvolvimento de atividades náuticas e de natureza.
Queremos criar os Roteiros dos Caminhos Reais e dos
Caminhos Florestais”. Olhando em frente, o entrevistado
explica que “no futuro, a aposta tem de ser feita no
turismo rural e alojamento local nas zonas mais altas
do concelho, uma vez que, ficam mais próximas dos
caminhos antigos, os chamados caminhos reais, das
veredas turísticas e do património que temos espalhado
um pouco por todo o concelho”. Avaliando no global
as potencialidades turísticas do Arquipélago da Madeira,
o autarca entende que ainda há mudanças que devem
ser feitas “mas que têm de vir de cima. Se as ligações
marítimas e aéreas não forem melhores e com preços
mais competitivos vamos continuar a perder turistas para
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
destinos concorrentes como as Canárias”, remata Rui
Marques.
Festividades e eventos
O concelho da Ponta do Sol mantém as tradições
ligadas às festividades e arraiais populares e religiosos.
Os certames ligados aos produtos típicos da região
também são assinalados, atraindo milhares de visitantes
ao concelho. As marchas populares e o Carnaval são
assinalados no concelho. Antes, a 5 de janeiro, realiza-se
o Cantar dos Reis, junto ao presépio que fica na avenida
principal da vila. Em maio, tem lugar o Festival Aqui e
Acolá, onde existem vários palcos espalhados pelo
centro histórico com eventos das mais diversas áreas:
música, teatro, dança, pintura, escultura, cinema e
fotografia. No fim de semana antes da páscoa, tem lugar
a Feira da Cana, na freguesia dos Canhas. É nesta região
do concelho onde se produz mais cana de açúcar na
Ilha da Madeira. À semelhança deste evento, acontece
a Festa da Banana, sempre no terceiro fim de semana
de julho, na Madalena do Mar, freguesia onde este fruto
é a principal cultura agrícola da localidade. Na última
semana de agosto e primeira semana de setembro,
realizam-se as festas do concelho, onde o Festival
Internacional de Folclore, que já se realiza há 25 anos, é
a principal atração. Dedicados especialmente à música
existem os “Concertos L”, da responsabilidade da
Estalagem da Ponta do Sol, durante os meses de julho,
agosto e setembro. A “Música nas Capelas” decorre de
outubro a maio, em parceria com a Associação Retoiça.
Na sétima arte, realizou-se de 9 a 12 de dezembro, o
Madeira Micro Film Festival, evento que reúne sobretudo
cineastas estrangeiros e que esgotou as unidades
hoteleiras na Ponta do Sol e arredores, evento esse,
também da responsabilidade da Estalagem da Ponta do
Sol, em parceria com a autarquia.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Apoio à população
O concelho tem uma forte predominância agrícola, as
duas culturas mais fortes são a produção de cana de
açúcar e banana, que “representam o suporte de grande
parte da população. A partir de 2008, com a crise na
construção civil, muitas pessoas voltaram novamente
a dedicar-se à agricultura, com produções de culturas
mais fortes”, explica o autarca pontassolense. No que
diz respeito à fixação da população jovem no concelho,
a tarefa não tem sido fácil, devido ao desemprego
gerado pela crise na construção civil e que levou à
emigração dos jovens. “Segundo os últimos dados,
infelizmente, a taxa de natalidade na Ponta do Sol tem
vindo a descer”, revela o interlocutor. Para contrariar
esta tendência, o executivo liderado por Rui Marques
está a levar a cabo uma série de medidas, “temos feito
um grande esforço para não honerar o orçamento das
famílias pontassolenses, tanto é que, aderimos à tarifa
familiar do IMI, onde aplicámos o valor da redução
máxima em cada escalão. Em termos dos serviços
básicos prestados, continuamos a manter os mesmos
sob a tutela do município. Assim, a câmara contribui com
uma taxa social não imputando o custo total da despesa
aos munícipes. Temos um regulamento de apoio social
voltado para as famílias carenciadas, nas áreas da
educação, habitação, saúde e acessibilidades. Damos
apoio logístico às escolas, através do material escolar
e apoio às atividades extra-curriculares. Os transportes
escolares também estão sob alçada da câmara. No
próximo ano, estamos a estudar a possibilidade de dar
os manuais escolares e estamos também a tentar ver a
forma de apoiar a faixa etária, que neste momento tem
menos apoios, que é a dos 0 aos 5 anos. Damos ainda
apoio aos alunos que frequentam o ensino superior,
através da atribuição de bolsas de estudo”, explica o edil
da Ponta do Sol.
Olhar o futuro
Questionado sobre qual foi o maior desafio da
presidência, o autarca responde que “foi o de abraçar
este projeto sem qualquer experiência política”. A dois
anos de terminar o mandato, Rui Marques revela que
gostava de ver iniciado “o projeto turístico global que
engloba a renovação do centro histórico e a reabilitação
do património, queremos recuperar o que é genuíno,
tornando a Ponta do Sol um ponto de passagem
obrigatório. As levadas turísticas e os caminhos antigos,
com muros de suporte em pedra, que estavam
completamente perdidos na serra, são um património
riquíssimo que queremos também preservar. Há pontos
que estavam inacessíveis e é esse trabalho que quero
deixar feito. Se conseguir começar muitas destas coisas
a Ponta do Sol poderá, em termos turísticos, dar um
passo em frente muito importante”, conclui o presidente
do município.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Abençoado com uma beleza natural rara, o concelho da Calheta engloba oito freguesias que se estendem por uma área total de
116 quilómetros quadrados. Caso queira passear junto ao mar, subir até às escarpadas montanhas ou descer pelos soberbos vales,
certamente apreciará as muitas maravilhas da natureza que se encontram à sua volta.
Câmara Municipal da Calheta
Um arco-íris de oferta turística
Chegados ao concelho da Calheta, o céu
estende-se à nossa frente como uma tela
em tons de azul e a beleza do mar, com as
suas águas cristalinas, atraindo as atenções
até dos veraneantes mais incautos. Fomos recebidos
com grande simpatia por Carlos Teles, presidente da
Câmara Municipal da Calheta, que deu a conhecer as
potencialidades turísticas do seu concelho, bem como
os projetos que estão no horizonte para a Calheta.
A Madeira vive muito do turismo, mas turisticamente
esta zona oeste da ilha, onde se localiza a Calheta,
foi descoberta há poucos anos, fruto da promoção e
divulgação feita pelas entidades competentes, mas
também do próprio turista que começou a procurar
novas experiências e vivências. “Atualmente, temos
muitos estrangeiros a viver na Calheta e o que os traz
é o sol”, entende o autarca, salientando que o melhor
clima da Madeira está na zona oeste, entre a Ponta do
Sol e o Paul do Mar.
Hoje, o concelho da Calheta dispõe de uma oferta
diversa, do ponto de vista do alojamento, materializados
em hotéis, quintas, turismo de habitação e turismo em
espaço rural. São mais de 2.000 camas existentes entre
as diversas freguesias do Concelho, dispersos entre
conceitos intimistas, contextos familiares ou espaços
casuais e generalistas.
Carlos Teles destacou três unidades hoteleiras de
excelência: o Hotel Jardim o Hotel Calheta Beach.
e o Saccharum Hotel Resort & Spa, cujo design de
interiores ficou a cargo da designer madeirense Nini
Andrade Silva.
A par destas infraestruturas hoteleiras, na Calheta
encontra igualmente diversos espaços de turismo
rural e alojamento local, outra vertente turística muito
procurada. “Hoje, temos um turismo jovem, que vem
de mochila às costas à aventura, que vem fazer levadas
e os trilhos do BTT”, explicou Carlos Teles, salientando
que o concelho da Calheta tem excelentes condições
para a prática dessas modalidades, não sendo à toa
que é considerada a Capital do BTT. Mas também o
surf e o parapente assumem grande importância, por
isso mesmo, o turismo desportivo é uma realidade
que tem ajudado a promover o concelho, não só
através de provas organizadas e patrocinadas pela
Câmara Municipal, como por entidades privadas, mas
essencialmente através daquele turismo de lazer que
vem ao fim de semana, aluga uma bicicleta, faz um trilho,
faz uma levada, aliás até já há empresas na Calheta que
foram criadas à volta deste tipo de atividades. O turismo
é muito importante e a Câmara municipal e as juntas
de freguesias estão a apostar fortemente nesta vertente.
“O novo Quadro é crucial para encetarmos candidaturas
carlos telesPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
para potenciarmos o concelho, com por exemplo um
Centro de BTT”.
A Calheta está na moda
O turismo religioso, o turista científico, o visitante de
natureza, o turista de aventura, o turista náutico, o
turismo de família e o turismo cultural são algumas das
tipologias fortes que o concelho da Calheta satisfaz.
Neste contexto, não podemos deixar de referir os
arraiais, as festas populares e toda a dinâmica cultural
que faz a Calheta ‘mexer’. Cada freguesia tem o seu
padroeiro, cada freguesia faz o seu arraial. O dia do
concelho é o 24 de junho, o dia de S. João, e a par
das celebrações religiosas, celebra-se o aniversário do
concelho com atividades na praia da Calheta.
O Rali da Calheta é, sem dúvida, outro dos grandes
dinamizadores da economia local, não só através das
infraestruturas turísticas mas também para o pequeno
comércio, promovendo e captando investimento
para o concelho da Calheta. Todos estes eventos
são considerados um investimento para promover “a
nossa terra”. Por outro lado, a Calheta tem um grande
património religioso, em termos culturais, que vem da
época do ouro branco que era o açúcar e a Calheta
chegou a ter muitos engenhos, e esse património
religioso também tem a sua importância em termos
turísticos. O Centro das Artes - Casa das Mudas, edifício
premiado internacionalmente pela sua arquitetura e
perfeita integração na paisagem merece igualmente
uma visita.
O Rabaçal, um dos locais mais conhecidos por nacionais
e estrangeiros, verdadeiro postal exaltando as belezas
da Ilha, oferece aos visitantes paisagens memoráveis. E
falar na Calheta, é também falar na praia artificial de areia
amarela da vila. A Calheta foi, aliás, a primeira localidade
na Madeira a possuir uma praia artificial importada
de Marrocos, sendo frequentemente procurada por
praticantes de canoagem e windsurf.
Um presidente próximo da população
Carlos Teles é natural da freguesia dos Prazeres e este
é o seu primeiro mandato à frente dos destinos da
Calheta. Volvidos dois anos da sua tomada de posse,
Carlos Teles sublinha que foram dois anos muito difíceis.
“A nível financeiro, estamos no PAEL (Programa de
Apoio à Economia Local) e temos também um plano de
saneamento financeiro”, refere o autarca, esclarecendo
que estes dois anos foram essencialmente para estabilizar
o município a nível financeiro. “Neste momento, temos
quatro obras no terreno que são caminhos agrícolas, são
apoiadas a nível europeu e há um acesso à zona mais
alta do concelho onde queremos intervir, fizemos uma
candidatura para melhorar o acesso, neste momento está
em fase de concurso”, adiantou.
Nestes momentos conturbados, o executivo da Calheta
tem dado prioridade à esfera social, porque a população
está cada vez mais envelhecida, “por isso, a nossa política
tem sido na criação de centros sociais, onde os mais
idosos que tiveram uma vida dura podem conviver e
socializar, afastando a solidão e o isolamento”. A par disso,
foi criado um apoio à natalidade e à família para promover
a fixação populacional.
Objetivos para o futuro
Nos próximos dois anos, Carlos Teles pretende a conclusão
da fase final da via expresso, a melhoria do acesso ao
Rabaçal e a melhoria das condições de segurança às
freguesias de Jardim e Paul do Mar, duas freguesias
à beira-mar que têm um problema de derrocadas,
essencialmente no inverno, deixando muitas vezes a
população isolada. “São objetivos não só da autarquia,
mas também do Governo Regional”, referiu o edil.
Carlos Teles assume que um autarca é um eterno
insatisfeito, no entanto sente que tem cumprido o
seu dever com transparência, sempre muito próximo
da sua população, aproveitando igualmente para
enaltecer a equipa competente que o rodeia e que lhe
dá segurança para trabalhar diariamente.
No futuro, o autarca gostava que a Calheta
continuasse com este desenvolvimento e que fosse
cada vez mais procurado para o investimento. “Apesar
do crescimento registado, a Calheta tem potencial
para muito mais. Queremos crescer de uma forma
sustentada, porque o enquadramento paisagístico tem
que ser tido em conta”, revelou em entrevista.
Mensagem para os munícipes
“Quero deixar uma mensagem de otimismo, confiança
e esperança. Acredito que se consegue dar a volta
e dar condições para que as nossas famílias vivam
melhor”.
Mensagem para os visitantes
Para quem não conhece a Calheta, Carlos Teles afirma:
“Não sabem o que estão a perder. Visitem, porque não
se vão arrepender. Temos bons hotéis, levadas, trilhos,
clima único na região, paisagens lindíssimas… O sol
está é deste lado!
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Numa visita ao Porto Moniz tem um conjunto de potencialidades que vão desde os museus, monumentos, edifícios de interesse, vilas
e aldeias históricas. Enriqueça a vista nos parques e jardins do Porto Moniz, nos miradouros, parques naturais e áreas protegidas.
Refresque-se nas piscinas naturais da região. Aventure-se neste paraíso por descobrir…
Câmara Municipal de Porto Moniz
um paraíso por descobrir…
Emanuel CâmaraPresidente
Quem visita a Madeira, não pode deixar
de conhecer Porto Moniz, um local de
incontornável beleza, cujas rotas de turistas
incluem, de forma obrigatória, um passeio
ao norte da ilha, onde este concelho se localiza. As
suas piscinas naturais são de facto, uma das vistas mais
fotografadas, no entanto Porto Moniz é um concelho
diversificado, que se estende do mar à serra e onde as
atividades são as mais diversas, desde passeios a pé
nas levadas, pelo campo, em plena floresta Laurissilva,
Património Mundial Natural da Humanidade e ainda os
banhos, a pesca e as atividades náuticas.
Por todo o concelho são visíveis os lindos socalcos,
uma paisagem verdejante, bonita e convidativa para
umas férias de sonho, com o verde da montanha numa
simbiose perfeita com o azul do mar e do céu.
Em cada uma das quatro freguesias do concelho
(Achadas da Cruz, Porto Moniz, Ribeira da Janela e
Seixal) o mar vive de mãos dadas com a serra e podemos
encontrar espaços com grandes potencialidades
turísticas. Desde logo, na freguesia das Achadas da
Cruz encontramos uma fajã de características únicas,
que pode visitar e deixar-se deslumbrar com as vistas,
fazendo uma viagem de teleférico. Uma forma diferente
de descobrir a beleza de Porto Moniz, de uma forma
confortável e segura.
A freguesia de Porto Moniz presenteia os visitantes com
um conjunto de piscinas naturais, de uma beleza ímpar,
banhadas pelas águas límpidas do oceano Atlântico
e que ostentam o galardão da Bandeira Azul. Nesta
freguesia, pode ainda visitar o Aquário da Madeira, na
qual se encontram espécies marinhas capturadas na orla
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
costeira, ou ainda o inovador Centro de Ciência Viva,
onde pode visitar as mais diversas exposições.
Por outro lado, Ribeira da Janela apresenta
características orográficas únicas e do seu miradouro é
possível observar grande parte da costa norte da ilha.
Podemos ainda encontrar a serra do Fanal, um espaço
quase imaculado, onde a natureza mostra toda a sua
magnificência.
Já a freguesia do Seixal oferece excelentes acessos
ao mar, incluindo-se nos mesmos uma praia de areia
negra, podendo ainda visitar o Chão da Ribeira, um local
aprazível, onde se respira ar puro.
A força da mudança
Contribuir na procura de soluções que melhorem a
qualidade de vida da sua população, ajudando-as a
enfrentar o futuro com mais confiança e pugnar pelo
rigor na defesa dos interesses de todos, procurando
coerência nas escolhas, sempre numa visão integrada
do desenvolvimento do concelho, foram estes os motes
de trabalho de Emanuel Câmara no exercício das suas
funções de presidente da Câmara Municipal do Porto
Moniz.
Quando tomou posse, encontrou uma câmara com uma
dívida na ordem dos 4 milhões de euros, uma dívida
“anormal” para a dimensão do concelho. “Esta dívida é
uma herança recebida de uma gestão do PSD, ao longo
destes mais de 30 anos à frente dos destinos do Porto
Moniz”.
Assumindo o lema de que primeiro estão as pessoas,
Emanuel Câmara protagonizou uma forte aposta na
área da educação com a implementação de transportes
gratuitos para todos os alunos do concelho, o apoio
aos alunos que frequentam o 1º, 2º e 3º ciclos e
secundário, através dos manuais escolares, bem como
um reforço do apoio aos estudantes do concelho
a frequentar o ensino superior. “Os cerca de 60
estudantes universitários do concelho, a partir de janeiro,
vão passar a receber 150 euros mensais de bolsa, a
par do contributo no pagamento de duas viagens aéreas
para os alunos a estudar fora da região”, adiantou o
autarca, acrescentando ainda que o município, ao longo
destes dois anos de mandato, colaborou em atividades
promovidas pelos estabelecimentos de ensino do
concelho. “Foi a estrada da educação aquela que
construí nestes dois anos, indo ao encontro das grandes
dificuldades sentidas pelas famílias”, salientou.
Ao mesmo tempo, Emanuel Câmara demonstrou uma
grande preocupação com a população sénior, até porque
este é um concelho com uma grande percentagem
de idosos. Após um estudo de caracterização da
população do Porto Moniz, a Câmara Municipal possui
os indicadores necessários para sinalizar as situações
mais prementes desta franja da população.
Neste contexto, foi criado o programa de apoio aos
idosos “Primeiro as Pessoas Porto Moniz Vida+”, que
entrará em vigor em janeiro. Simultaneamente, foi criado
um gabinete de apoio ao idoso e um regulamento para o
apoio aos medicamentos, em que os idosos vão receber
cerca de 120 euros anuais para fazer face às suas
necessidades no que concerne a medicação. “Derivado
ao estudo efetuado, as necessidades dos idosos estão
identificadas e vamos ao encontro dessas necessidades,
como por exemplo no apoio domiciliário para a
realização de pequenas reparações ou manutenções
nas suas habitações”.
Emanuel Câmara é perentório ao afirmar que, nestes
dois anos de mandato, conseguiu amortizar cerca de um
milhão de euros na herança de quatro milhões de dívida
e tem cerca de 2,5 milhões de euros para investir com
os olhos postos no novo quadro comunitário. “Estou a
honrar os compromissos, mas não estou obcecado com
o pagamento da dívida. As pessoas merecem toda a
nossa atenção e é nelas que o executivo está a pensar”,
refere.
Por outro lado, o autarca salientou a concessão de
apoios às associações culturais e recreativas existentes
no concelho e a promoção de intercâmbios entre estas
e as de outros concelhos, bem como o apoio aos clubes.
Paralelamente, Emanuel Câmara destacou a aposta nos
Bombeiros Voluntários de Porto Moniz e São Vicente que
recebiam cerca de seis mil euros de subsídio, no entanto
o autarca entendeu protocolar 10 mil euros para garantir
um funcionamento 24 horas. “Como houve o fecho das
urgências, havia necessidade de um funcionamento
alargado, essencialmente para dar resposta à população
mais envelhecida”, consubstanciou.
O horizonte do Porto Moniz
Para os próximos dois anos, Emanuel Câmara entende
que o grande desafio continuará a ser a aposta na
melhoria das condições dos mais idosos, sublinhando
que as instituições do concelho terão que trabalhar em
rede, com a coordenação da Câmara Municipal do Porto
Moniz.
Simultaneamente, o executivo liderado por Emanuel
Câmara vai implementar o IMI familiar com o máximo
das taxas, ou seja, 10, 15 e 20 por cento, bem como
proceder à devolução do IRS na totalidade, ou seja,
cinco por cento, uma medida que terá efeitos a partir
do próximo ano.
O autarca defendeu ainda que o porto do Porto Moniz
deve ser alvo de uma intervenção que vise potenciar ao
máximo as condições desta infra-estrutura. “É urgente,
aproveitando o próximo quadro comunitário de apoio,
avançar com um projeto neste âmbito. Ambicioso e
arrojado, é certo, mas sem dúvida extremamente válido
para a nossa Região e para a sua população”, vincou o
presidente.
Emanuel Câmara reivindicou também uma maior aposta
do Governo Regional em relação aos concelhos da
costa norte da Madeira, apontando que estes “não
podem servir apenas de paisagem” para promover a
costa sul.
Outros dos grandes desideratos apontados pelo autarca
é a captação de investimento para o seu município,
porque, na sua opinião, Porto Moniz tem todas as
condições para ser um chamariz para o investimento
privado.
A finalizar, Emanuel Câmara deixou uma importante
mensagem: “Espero que este Governo da República
implemente políticas que vão ao encontro das pessoas
e das suas necessidades. Um governo socialista, como
sempre idealizei e que me fez abraçar os ideais de um
partido”, rematou.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Com 500 anos de história, o Funchal foi a primeira cidade atlântica a ser construída fora do velho continente. Hoje, assume-se como
uma cidade, detentora de uma forte centralidade, moderna e cosmopolita, orgulhosa das suas raízes históricas, mas com os olhos
postos no futuro e com o claro desiderato de se tornar a melhor cidade portuguesa para viver, investir e visitar.
município do funchal
Uma cidade de experiências e emoções
A cidade do Funchal tem 111 mil habitantes, e é aqui que estão concentradas
a principal atividade económica e os principais locais de interesse turístico
da região. Uma cidade entre a serra e o mar, com uma diversidade
concentrada, complementada por um clima extraordinário e pela
hospitalidade da população são alguns dos predicados que representam evidentes
mais-valias naquele que é o produto turístico do Funchal.
Numa visita sem pressas à bela cidade do Funchal, encontra a sua deslumbrante baía,
com um porto que tem escalas de navios, nomeadamente na época de inverno que
embelezam o mar e todo o horizonte.
A Avenida do Mar e a ligação que se estabelece entre a cidade e o mar é absolutamente
fantástica neste passeio marítimo que atravessa toda a cidade. Ao caminhar neste
frente de mar que vai desembocar no teleférico, no Campo Almirante Reis, um espaço
para contemplar e que ganhou uma dinâmica muito interessante, nomeadamente à
noite com os bares e a restauração, mas também com uma galeria ao ar livre com as
portas pintadas.
Nesta panorâmica, junta-se um casario antigo, um património que tem sido recuperado,
uma das linhas de ação assumidas pelo executivo, até porque “a recuperação do
património é fundamental numa cidade turística como a nossa”, salienta Paulo Cafôfo,
presidente da Câmara Municipal do Funchal.
Nesta malha urbana antiga, são vários os pontos de interesse que merecem uma
visita, desde a Capela do Corpo Santo até ao Forte de S. Tiago, um local fantástico que
possibilita uma vista soberba sobre toda a baía. É também nesta zona que se pode em
pouco tempo ir do mar à serra, através do teleférico, que permite sobrevoar a cidade
e desloca-nos até ao Monte.
De acordo com o autarca, o Monte é considerado a Sintra madeirense, com os seus
jardins luxuriantes, o seu clima romântico, as quintas nobiliárquicas e uma igreja muito
bonita com uma história riquíssima, onde está o túmulo de Carlos de Habsbourg, último
vista do funchalFoto de Sónia Dória
paulo cafôfoPresidente
MADEIRA: BELEZA NATURAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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imperador da Áustria, que viveu, em exílio, na Madeira.
Aqui poderá também usufruir de um tipo de transporte muito sui generis, o “carro
de cesto”, que constitui uma experiência única a não perder. Os famosos “carros de
cestos” constituem uma das atrações mais conhecidas da Madeira.
Os Jardins do Monte da Fundação Berardo, não só, do ponto de vista da biodiversidade
das espécies, mas também pelo polo cultural constituem um espaço magnífico que
também pode visitar.
Assumindo-se como uma cidade de experiências e emoções, o Funchal oferece aos
seus visitantes uma panóplia de potencialidades turísticas, que vão desde o turismo
cultural e religioso, o turismo de natureza, com os famosos, trilhos, levadas e percursos
pedestres, mas também o turismo desportivo, onde o parapente, canyoning, downhill,
BTT são atividades que despertam grande interesse. “O Funchal era uma cidade
com turismo de uma faixa etária elevada, mas hoje esses turistas procuram outras
experiências, por outro lado, conseguimos atrair um público mais jovem, que faz a
diferença num destino turístico como o nosso”, revela Paulo Cafôfo.
Dinâmica cultural
O Funchal tem cartazes culturais que fazem a diferença naquilo que é o panorama
turístico nacional e internacional. Quem não conhece as magníficas Festas de Fim de
Ano, com o seu espetáculo pirotécnico único. “Os madeirenses esperam muito este
dia e são acompanhados por milhares de turistas que nos visitam”, refere o autarca.
A Festa da Flor é outro dos grandes atrativos, tanto para os turistas como para os
próprios madeirenses. Esta exuberante festa composta de carros alegóricos que
desfilam no centro do Funchal perfuma o ar com uma multiplicidade de odores florais,
espalhando pelas ruas uma atmosfera saída quase de um conto de fadas. No Largo
do Colégio encontrará o chamado ‘Muro da Esperança’ – um painel onde as crianças
colocam as suas flores simbolizando a esperança num mundo melhor.
As festividades do Carnaval espelham as características culturais do povo madeirense.
Trazendo-lhe muita, muita diversão, o Carnaval na Madeira é definitivamente um dos
melhores! Fora da programação oficial acontecem duas noites muito fortes com
grande adesão: a noite hippie e a noite travesti.
Paralelamente, a cidade oferece um conjunto de eventos e espetáculos, como o
Funchal Jazz, que decorre no primeiro fim de semana de julho e o Summer Opening,
na segunda quinzena de julho, com música nacional e internacional.
A Câmara Municipal do Funchal organiza também o Festival ‘Fica na Cidade’, um
cartaz que tem como objetivo levar às principais artérias do Funchal um conjunto
de espetáculos musicais e de stand up comedy, promovendo ainda as tradições
gastronómicas e musicais da região, numa parceria cultural com entidades criativas,
culturais e artistas madeirenses.
Um balanço positivo
Paulo Cafôfo, cidadão empenhado e ativo, professor de profissão, decidiu abraçar o
desafio de se candidatar à Câmara Municipal, liderando um projeto, cujo objetivo é
tornar o Funchal a melhor cidade portuguesa para se viver, visitar e investir. Volvidos
dois anos da sua tomada de posse, Paulo Cafôfo traça um balanço positivo, salientando
que todos os compromissos assumidos estão a ser honrados, nomeadamente, os
programas sociais implementados que abrangem a comparticipação de medicamentos,
a recuperação de habitações degradadas, a criação de subsídio municipal ao
arrendamento, um programa de ocupação para desempregados e um programa de
apoio às famílias e à natalidade.
Simultaneamente foram assumidos compromissos no que concerne à economia,
nomeadamente com a criação de um plano estratégico para o turismo, a criação
de uma Área de Reabilitação Urbana, com benefícios e incentivos para a reabilitação
urbana e um programa de revitalização do comércio tradicional. Paulo Cafôfo destacou
ainda a implementação de políticas de desagravamento fiscal que consistem “na
redução do IMI, devolução de um por cento do IRS, a aplicação do IMI familiar e ainda
a redução de todas as taxas de ocupação do espaço público e licenciamento em 50 Foto de Sónia Dória
Foto de Sónia Dória
por cento”, adiantou o autarca.
O autarca deu ainda nota da criação de um Departamento de Ciência, da Estação
de Biologia Marinha do Funchal, uma infraestrutura da Câmara Municipal do Funchal,
vocacionada para a investigação científica e destina-se a permitir o desenvolvimento
das ciências e tecnologias do Mar, na Região Autónoma da Madeira. “Do ponto de vista
conceptual, temos preparado também o Ecoparque Marinho, outra vertente turística,
onde poderão ser visitadas as espécies e fazer mergulhos subaquáticos”, revelou.
Projetos para o futuro
Com os olhos postos no futuro, Paulo Cafôfo pretende transformar o antigo matadouro
do Funchal num centro de criatividade e inovação, um projeto que será candidatado
a fundos europeus no próximo mês de janeiro. “Este pode ser um projeto âncora no
âmbito da regeneração urbana, que traga mais pessoas e mais investimento, através
de empreendedores e criativos que sintam a nossa cidade, desenvolvam ideias e
concretizem projetos”, esclareceu, acrescentando que a conclusão do Complexo
Balnear do Lido e o Museu Municipal são outros projetos que estão num horizonte
próximo para o Funchal.
MADEIRA: BELEZA NATURAL
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Criado em 1952, o Clube Naval do Funchal assume-se como um dos mais emblemáticos clubes desportivos da Região Autónoma
da Madeira, com 63 anos de uma história, essencialmente ligada ao desporto náutico e às atividades lúdico-recreativas de âmbito
sociocultural.
clube naval do funchal
Desde 1952, perto do mar e dos madeirenses…
A Revista Business Portugal esteve à conversa
com Mafalda Freitas, presidente da direção
do Clube Naval do Funchal que deu a
conhecer a história do clube e as suas
potencialidades e o conjunto de espaços desportivos e
de lazer, nomeadamente: a Quinta Calaça - Complexo
Balnear, centro de mergulho e zona de lazer para
sócios; Centro Náutico de São Lázaro com atividades
desportivas náuticas e karaté; Complexo Desportivo da
Nazaré - Natação e Health Club (AquaGym); Ginásio e
Sala de Judo na Avenida Calouste Gulbenkian com dojo
mafalda freitasPresidente
de judo; e a gestão da Marina do Funchal em parceria
com o Centro de Treino Mar.
Com mais de 6.000 sócios, o clube não se esgota em
modalidades relacionadas com o meio aquático. São
mais de 13 as modalidades praticadas no universo
do Naval, desde vela e vela adaptada para pessoas
portadoras de deficiência, windsurf, canoagem e
canoagem adaptada, atividades subaquáticas como
mergulho e fotografia subaquática, pesca desportiva,
surf, natação e natação adaptada, judo, karaté, squash
e fitness.
A nossa visita começou no Complexo Desportivo da
Nazaré, onde os sócios e os visitantes têm oportunidade
de usufruir de um complexo de piscinas, que servem
para a prática de diversas atividades aquáticas, que
vão desde natação para bebés, natação para crianças,
aprendizagem, reabilitação, hidroginástica, hidrobike e
natação livre. Esta que é a maior estrutura de prática
desportiva regular na região alberga ainda um ginásio, o
AquaGym que prima pela grande variedade de serviços,
que vão desde as diversas aulas fitness, até as mais
populares como Zumba, Power Jump e Body Pump. De
referir ainda, a Naval Box, um espaço vocacionado para
potenciar as aulas de treino funcional. “Conhecidas por
serem mais exigentes do que a maioria das modalidades
fitness, na Naval Box pretende-se criar um conjunto de
soluções que proporcionem o acesso a mais pessoas
a esta vertente, independentemente da sua idade ou
condição física”, esclareceu a presidente.
A visita prosseguiu para aquele que é considerado
o ex-libris do Clube Naval do Funchal, ou seja, o
Complexo Balnear da Quinta Calaça, o local ideal para
um mergulho relaxante em águas límpidas em qualquer
altura do ano. Trata-se de um espaço familiar, reservado
exclusivamente aos sócios do clube que dispõe de uma
panóplia de serviços que vão desde piscina de crianças
e parque infantil, campo de futebol, sauna e banho turco,
ginásio ao ar livre, centro de mergulho, acesso ao mar e
piscina de água salgada, aluguer de pranchas de stand
up paddle e kayaks, restaurante e esplanada, canto de
leitura e uma sala polivalente para a realização dos mais
diversos eventos, que vão desde festas de aniversário, a
formações e conferências.
Com 63 anos de história, o Clube Naval do Funchal
atingiu um patamar de desenvolvimento assinalável,
estando dotado das estruturas adequadas e necessárias
para ser considerado um clube náutico de classe
europeia, um polo de desenvolvimento cultural e
desportivo para a cidade do Funchal e um embaixador
do destino turístico Madeira.
MADEIRA: BELEZA NATURAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
A instituição desempenha um papel crucial no concelho. Com valências fundamentais para a qualidade de vida da população, a Santa
Casa da Misericórdia de Machico (SCMM) é também um dos principais empregadores do concelho. Em entrevista ao Provedor, Luís
Delgado damos a conhecer esta entidade.
Santa Casa da Misericórdia de machico
Instituição com história solidária
Para contextualizar os nossos leitores, começava
por lhe pedir que nos elucidasse um pouco sobre
a história da SCMM.
Reza a história que uma Senhora deixou aos pobres da
vila de Machico um importante prédio e que este legado
despertou então a ideia da fundação da Misericórdia,
tendo servido de núcleo aos bens que depois veio a
possuir. A SCMM foi fundada a 4 de Julho de 1529.
Esta instituição de Solidariedade Social sobreviveu
a vários séculos de história. Dos últimos 400 anos
há que registar o aluvião de 9 de Outubro de 1803,
que ao arrastar para o mar a capela da Misericórdia e
casa anexa fez desaparecer todo o espólio histórico da
instituição, informação indispensável para traçar uma
resenha histórica da Misericórdia de Machico.
Em 1985, é formada uma nova comissão composta por
pessoas ligadas ao concelho e com enorme vontade de
trabalhar para voltar a erguer uma instituição secular. Nos
anos oitenta, a SCMM continuava a não ter um espaço
que lhe servisse como sede, e uma vez mais, valeu-lhe a
boa vontade dos associados que, numa atitude altruísta,
cederam a sua casa para acolher os encontros da
irmandade. Mais tarde, a 23 de Setembro de 2000, tem
lugar a inauguração do Lar Intergeracional. Todavia, a
atividade desta obra não se esgotou no apoio exclusivo
à terceira idade. No dia 1 de Fevereiro de 2001 iniciou-
se a atividade do Jardim-Escola. Concluídas estas
valências, a aposta foi na criação de um Centro Médico
e de Reabilitação que desde o dia 07 de Outubro
de 2002 presta cuidados de saúde, em diferentes
especialidades, à população.
Que valências têm ao dispor da população? É
possível elucidar-nos um pouco sobre o papel de
cada uma? Quantos utentes servem?
A Santa Casa da Misericórdia de Machico é uma Instituição
Particular de Solidariedade Social e desenvolve a sua
acção nas seguintes valências: Lar Agostinho Cupertino
da Câmara, Centro de Dia, Centro de Convívio, Horta
Social, Serviço de Apoio Domiciliário, Infantário Rainha
Santa Isabel, Centro Médico e de Reabilitação, Centro
Comunitário da Bemposta, Polo Socio Comunitário do
Concelho de Machico. O Lar Agostinho Cupertino da
Câmara consiste no alojamento coletivo, de utilização
temporária ou permanente, para idosos em situação de
maior risco de perda de independência.
Na valência lar, a assistência médica e de enfermagem
é diária e é garantida por dois médicos. Dispõe de uma
equipa de enfermagem que presta serviço 24 horas
por dia, todos os dias da semana. A equipa de saúde
é acompanhada por 40 ajudantes de lar, que funcionam
por turnos, um nutricionista, uma psicóloga e seis
fisioterapeutas.
As atividades sociais e de acompanhamento dos
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
31
MADEIRA: BELEZA NATURALutentes do Lar, Centro de Dia e Centro de Convívio, são
orientadas pelo sociólogo da instituição, que é ainda
responsável pela equipa da animação, organizando no
interior da Santa Casa os diversos ateliers. O Centro de
Dia é destinado a atividades de apoio à população idosa,
prestando diversos serviços, nomeadamente, atividades
sócio-recreativas e de ocupação, cuidados de higiene
e conforto, refeições e atividades destinadas a evitar
ou reduzir o seu internamento e a sua dependência
prevenindo, assim o envelhecimento prematuro,
permitindo-lhes continuar no seu ambiente familiar
e integrados na comunidade. O Centro de Convívio
com a capacidade para 30 utentes, é uma resposta
social, desenvolvida em equipamentos, de apoio a
atividades socio-recreativas e culturais, organizadas
com a participação activa das pessoas idosas de uma
comunidade.
Esta valência tem como principais objetivos prevenir
a solidão, incentivar a participação e potenciar a
inclusão social, fomentando as relações interpessoais
e intergeracionais de forma a contribuir para evitar a
institucionalização. A SCMM em parceria com a Câmara
Municipal de Machico e a Paróquia de Machico, através
da cedência de terrenos, está a dinamizar, desde
setembro de 2013, uma horta social, localizada em
terrenos nas imediações do edifício sede da Misericórdia.
A Horta Social constitui-se enquanto local de formação
e de inserção profissional de adultos desempregados
e também enquanto local pedagógico para as crianças
do infantário.
Através desta valência é possível a promoção da
educação ambiental, que incentiva a prática de uma
agricultura biológica, do convívio intergeracional,
valorizando o papel social dos mais velhos, integrados
nas diversas valências da Misericórdia, que transmitem
aos mais novos os seus saberes. O Centro Comunitário
“Lembrar a Bemposta” é uma valência que abrange
cerca de 65 agregados familiares, num total de 260
pessoas. De forma a garantir a continuidade das
atividades anteriormente desenvolvidas no projecto
de luta contra a pobreza “Lembrar a Bemposta”. Foi
criado em Abril de 2006, através do estabelecimento
de um protocolo com o Centro de Segurança Social
da Madeira. O Centro Médico e de Reabilitação da
Misericórdia de Machico, foi inaugurado em Outubro do
ano 2002 e desde a sua inauguração até ao ano 2015
foi crescendo nas suas áreas de intervenção. No Centro
Médico e de Reabilitação, poderão encontrar-se os
seguintes serviços: consultas de especialidade clínica,
unidade de Imagiologia, unidade de Medicina Física
e de Reabilitação e unidade de Enfermagem. Conta
com as seguintes especialidades médicas: Angiologia
e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Dermatologia, Fisiatria,
Gastroenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina
Dentária, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna,
Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Urologia, Nutrição
Clínica e Psicologia Clínica. O Centro Médico e de
Reabilitação realiza ainda exames complementares de
diagnóstico, análises clínicas, tratamentos de fisioterapia,
cuidados de enfermagem. O Polo Sócio Comunitário do
Concelho de Machico, adiante designado por PSCCM,
é uma estrutura polivalente que actua com diversas
valências num mesmo espaço que, no seu conjunto,
visam apoiar indivíduos sociais e economicamente
carenciados. É um projecto administrado pela Santa Casa
da Misericórdia de Machico, em parceria com o Instituto
de Segurança Social da Madeira, Câmara Municipal
de Machico e Juntas de Freguesia do Concelho de
Machico. Conta também com a Cooperação do Banco
alimentar da Madeira, com o Programa Interajuda e a
Portugal Telecom.
O Infantário Rainha Santa Isabel é uma Sociedade
Unipessoal, que surgiu a um de setembro do ano 2003,
para fazer face ao aumento de frequência de crianças do
pré-escolar do concelho de Machico. Podem frequentar
o Infantário as crianças com idades compreendidas entre
os três meses e os 5 anos, a instituição tem capacidade
para 115 crianças.
Por onde passa o futuro da SCM?
O futuro da Santa Casa da Misericórdia de Machico passa
por fazer mais e melhor, complementando e optimizando
os serviços já existentes e alargando a oferta de novos
serviços no sentido de desenvolver novas respostas
que proporcionem uma melhor qualidade de vida às
populações.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
32
MADEIRA: BELEZA NATURAL
Fundada em 1535, a sua ação e atividade não é conhecida ao pormenor. Devido às circunstâncias de diferentes épocas, existem apenas
algumas pistas e episódios que dão a noção do que foi esta Santa Casa ao longo dos séculos. No momento decorre uma pesquisa sobre
a história da instituição, trabalho esse que deve ser publicar em breve. Em entrevista a Cecília Cachucho, Provedora da Santa Casa da
Misericórdia da Calheta damos a conhecer esta nobre instituição.
Santa Casa da Misericórdia da Calheta
Solidariedade e prevenção há 480 anos
Que valências têm ao dispor da população? Qual o
papel de cada uma?
A nossa atividade prende-se sobretudo com valências de
apoio à “terceira idade”: temos dois Lares Residenciais;
Centro de Convívio; Centro Social do Pinheiro; Serviço
de Apoio Domiciliário com fornecimento de refeições
e Unidade de Apoio no Domicílio (UAID – cuidados
continuados). As várias valências servem uma faixa
etária entre os 65 e os 90 e mais anos. O Centro
de Convívio destina-se a utentes com autonomia de
vida, porque residem nas suas casas, tendo como
principal necessidade a sociabilidade e relacionamento
interpessoal. O Centro Social do Pinheiro é destinado
à população idosa do sítio do Pinheiro, com atividades
de convívio, intercâmbio e contatos com a comunidade
alargada. Os Lares (ERPI) destinam-se a utentes
que dependam de terceiros para a satisfação de
necessidades básicas de vida diária. Aqui englobam-
se os cuidados de higiene, alimentação, roupa lavada,
cuidados médicos e de enfermagem, mas também as
questões relacionadas com as condições habitacionais,
acessibilidades, prevenção de problemas de saúde,
degradação/estimulação de capacidades.
O Serviço de Apoio Domiciliário é prestado por
funcionárias da instituição que se deslocam ao domicílio
de utentes que necessitem ajuda de terceiros para
cuidados básicos de vida diária. Merece ser aqui realçado
que, no final do ano anterior, este serviço foi melhorado
com o início da Distribuição de Refeições. A Unidade
de Cuidados Continuados no domicílio, destina-se a
utentes que, durante a recuperação de algum problema
de saúde, necessitem de apoio para os cuidados
básicos de vida, sem o qual, teriam de permanecer
hospitalizados. Todas as valências funcionam com
protocolo de cooperação com o Instituto de Segurança
Social da Madeira, parceiro fundamental e indispensável.
Nos diferentes serviços, é transversal a importância dada
à prevenção dos problemas que possam contribuir
para o acelerar do processo de envelhecimento, com
a degradação das capacidades. No momento são cerca
de 500 utentes: 84 utentes em lar; 100 em grupos do
centro de convívio; 299 no Apoio domiciliário; seis nos
cuidados continuados e 15 no Centro social do pinheiro.
Têm uma grande vontade em criar um Centro
dedicado ao Alzheimer. Porquê?
Temos noção de que a doença de Alzheimer e outras
demências atingem um grande número de pessoas
idosas. Podemos encontrar nos nossos lares e SAD,
um número considerável de utentes nessas situações,
nalguns casos, diagnosticados como Alzheimer. E
sabendo quanto é difícil para as famílias, apoiarem um
familiar nessa condição, sentimos que é uma área com
alguma urgência de atuação, constituindo uma lacuna
na intervenção social e de saúde mental. Recentemente
visitamos o centro de dia para doentes de Alzheimer e
outras demências da Misericórdia do Porto, no hospital
Conde de Ferreira, tendo em vista compreendermos
qual o tipo de atuação possível e que meios isso poderá
envolver.
Por onde passa o futuro da SCM?
Garantir a sua sustentabilidade e o bom funcionamento
dos serviços prestados, com padrões de qualidade
certificados, e disponibilizar à população novos serviços,
de acordo com as necessidades verificadas, como
sejam, a curto prazo, o Centro de Alzheimer e um Centro
de Dia.
cecília cachuchoProvedora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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logí
stic
a e t
rans
port
es O setor de logística e de transporte é uma área estratégica para o desenvolvimento
económico de qualquer país, pois é através dele que se realiza o escoamento de
produtos para as mais variadas indústrias ou entrepostos comerciais. Assim, o seu
funcionamento que se ocupa sobretudo de realizar a circulação de mercadorias,
entre diferentes eixos de consumo e de produção, constitui-se numa relevante atividade que
supre as necessidades de diferentes empresas. A adoção de uma logística e um transporte
eficiente impulsiona a economia e permite que os bens de consumo cheguem no tempo e
nas condições ideias para o seu uso. Tudo isto, permite que seja possível ir ao supermercado
realizar compras semanais ou comprarmos as tão esperadas prendas de natal, sem corremos
o risco de encontrarmos a montra vazia, por falta do produto. Isto porque a distribuição
e a entrega de produtos nas empresas funcionam de forma interligada, sendo o setor de
logística e de transportes uma peça fundamental nesta teia económica. De acordo com o
Diagnóstico de Apoio às Jornadas de Reflexão Estratégica, divulgado pela Fundação para
Ciência e a Tecnologia, há, hoje, uma tendência de fracionamento dos processos produtivos e
de deslocalização das várias etapas da cadeia de valor, por diferentes mercados. Isso significa
que há uma grande necessidade de armazenar grandes quantidades de mercadorias, tanto de
produtos semiacabos como de produtos finais, o que provoca alterações no preço dos bens de
consumo. Neste cenário as empresas recorrem à subcontratação de empresas especializadas,
nestas atividades, que já possuem um mecanismo de entrega eficiente possibilitando a
entrega eficiente a redução de custos. Ainda segundo o Diagnóstico, a existência de cadeias
logísticas que possibilitem uma eficaz distribuição de mercadorias e o abastecimento é um
fator central para definir a competitividade, especialmente, da indústria, pois contribui para a
capacidade exportadora do país e para atração de investimentos, favorecendo potencialmente
o desenvolvimento das regiões. Nesta edição vamos conhecer empresas portuguesas que são
referência no setor da logística e dos transportes em Portugal. A Revista Business Portugal traz
aos seus leitores entrevistas que ajudam a perceber o funcionamento desta atividade no país,
mas que, além disso, dá a conhecer exemplos de empresas de sucesso que se fortalecem a
cada ano, apesar dos reveses da economia. Os administradores destas empresas falam-nos
sobre o desenvolvimento da atividade, os desafios, as estratégias de negócios e a relação de
proximidade para com os clientes.
Amamos o que fazemos We love what we do/
www.grupojosecristovao.com
Av. Marginal nº8554, 2754 - 536 Cascais | Tel. (+351) 210 060 600 | www.cascaismirage.com
Viver os melhores sentimentos e partilha-los com aqueles que são verdadeiramente importantes no dia a dia da nossa vida, é sem dúvida uma das coisas mais preciosas que podemos lembrar nesta quadra.
A pensar nesta ocasião tão especial preparámos diferentes experiências de forma a evidenciar o espírito das festas do seu Natal.
Com a sua família, amigos ou colegas, proporcionamos aos seus encontros e a cada momento, a satisfação duma realização absoluta.
Mais que a nossa missão, esta é a nossa grande satisfação… ajudá-lo a concretizar os seu objetivos.
Festas Felizes!
Descubra a beleza das Festas
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
HCM Festas 210x297+2.pdf 1 19/11/2015 12:06:04
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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LOGÍSTICA E TRANSPORTES
O Entreposto Logística tem por objetivo fundamental fornecer serviços de gestão da cadeia logística, que acrescentem valor às operações
dos seus clientes. Em entrevista à Revista Business Portugal, Miguel Félix António, diretor geral da empresa aborda os desafios e os
objetivos a cumprir.
Entreposto Logística
“O produto certo, na quantidade certa, na hora certa!”
O Entreposto Logística é uma empresa do Grupo Entreposto, vocacionada
para a prestação de serviços de logística. Como descreve o seu percurso?
Criada em 1972, começou por ter a designação de Entreposto Industrial, tendo sido
na sua génese uma fábrica de montagem de veículos, evoluindo depois para uma
empresa que prestava apenas serviços ao grupo Entreposto naquilo que é o seu
negócio principal: o setor automóvel. Em 2005, a empresa passou a designar-se
‘S-LOG – Serviços e Logística S.A.’, mantendo-se no universo do Grupo Entreposto,
mas posicionando-se como um operador logístico para prestação de serviços a
terceiros. A última fase, já com a marca comercial ‘Entreposto Logística, resultou de
uma aposta reforçada na capacidade da empresa para atuar no mercado, o que levou
a que em 2015 a percentagem de volume de negócios fora do perímetro do Grupo
seja na ordem dos 95 por cento.
Quais os valores e pressupostos adotados pelo Entreposto Logística? Qual o
seu posicionamento estratégico?
O Entreposto Logística tem por objetivo fundamental fornecer serviços de gestão da
cadeia logística, que acrescentem valor às operações dos nossos clientes, através
da redução dos seus custos operacionais, libertando-lhe recursos e permitindo a
focalização no seu negócio, assegurando-lhe para tal níveis elevados e constantes
de serviço, contribuindo com a eficácia da operação logística para o reforço da
sua posição competitiva. Temos um serviço de elevado nível de qualidade, por isso
assumimos com os nossos clientes o compromisso de devolver o custo do serviço,
sempre que não cumprirmos a 100 por cento com o que prometemos – o produto
certo, na quantidade certa, na hora certa! Mais do que proclamações criadas nos
laboratórios de marketing para utilizar na publicidade, o que dizemos é que fazemos
bem e responsabilizamo-nos por aquilo com que nos comprometemos até ao limite.
Daí o lema ‘Cumprir a 100 por cento é o mínimo que podemos garantir!’.miguel félix antónioDiretor Geral
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
37
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
O Entreposto Logística apresenta soluções
inovadoras em quatro áreas: logística integrada,
logística especializada, logística inhouse e logística
automóvel. Quais as principais características
e vantagens competitivas das soluções
disponibilizadas pelo Entreposto Logística?
A empresa desenvolve a sua atividade em duas grandes
áreas:
• Logística Integrada – vocacionado para operações de
picking e distribuição intensivas e operações de valor
acrescentado, em formato de logística de contrato e/
ou logística In-house. Rececionamos, armazenamos a
mercadoria e realizamos todas as operações necessárias
até à entrega ao cliente final, tarefas realizadas pelos
nossos colaboradores, recorrendo a um sistema
informático que é fundamental nestas operações e
que introduziu diversas melhorias na gestão de toda a
atividade.
• Logística de Veículos – vocacionado para prestação
de serviços globais, designadamente PDI (inspeção
geral às viaturas antes da entrega a cliente final) e
recondicionamentos, a fabricantes, distribuidores
e concessionários automóveis. As viaturas são
rececionadas, parqueadas, e consoante os clientes
fazemos uma série de operações que podem incluir a
colocação de tapetes, verificação de níveis, colocação de
chapas de matrícula, limpeza de interiores e exteriores,
transformações, etc..
O Entreposto Logística tem por objetivo
fundamental da sua atividade fornecer serviços de
gestão da cadeia logística, que acrescentem valor
às operações dos seus clientes. Qual a estratégia
implementada para alcançar este desiderato?
A estratégia passa por desenhar uma solução completa
aos clientes que lhes resolva uma função central em
qualquer atividade económica, que é a operação
logística, desde a receção da mercadoria e seu
armazenamento até à expedição e entrega aos seus
clientes. Aquilo que se chama operação ‘chave na
mão’. Porque tratando-se de função muito importante
em qualquer atividade, é um descanso os empresários
e gestores poderem dedicar-se aos aspetos fulcrais do
seu negócio, sem terem que estar preocupados com
uma função adjetiva, muito relevante, mas instrumental
da sua própria atividade.
O Entreposto Logística procura um posicionamento
de diferenciação face à sua concorrência. Quais os
elementos distintivos da empresa num mercado
cada vez mais exigente e competitivo?
Em primeiro lugar não posso deixar de referir a tripla
certificação, porque esta é uma garantia diferenciadora
em relação à concorrência, uma vez que são muito
poucos os que a possuem. Somos um dos poucos
operadores logísticos que detêm a certificação do
Sistema de Gestão de Qualidade, de Ambiente e de
Segurança e Saúde do Trabalho, segundo as normas NP
EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS
18001:2007 / NP 4397:2008, respetivamente, o
que é fator de grande orgulho para todos os que nela
trabalham e uma garantia sólida para todos os que
com ela se relacionam, sejam clientes, fornecedores,
ou outros parceiros de negócio. Por outro lado, a
flexibilidade e adaptabilidade às necessidades dos
nossos clientes, que só é possível porque somos um
operador vocacionado para operações de pequena
e média dimensão e que tem uma política de portas
abertas, não apenas uma vez no ano, mas durante todo
o tempo. As nossas propostas de serviços são para
serem discutidas e apreciadas em conjunto com os
potenciais clientes, com eles desenhando as soluções
mais adequadas às suas reais e efetivas necessidades.
Inovação, experiência e visão estratégica têm sido
pedras basilares para o sucesso do Entreposto
Logística?
Os tempos que vivemos não se apresentam risonhos
para as empresas portuguesas e isso faz com que a
gestão tenha que ser cada vez mais rigorosa e criteriosa.
Se uma empresa puder centrar-se naquilo que é o seu
negócio base e subcontratar outras funções que, apesar
de serem fulcrais, não são a atividade central, isso
permite-lhes transformar os custos fixos em variáveis e
tornar mais eficiente a empresa e o próprio serviço. Tem
sido esta a pedra basilar da nossa atuação.
Qual a estratégia de desenvolvimento de negócio
em termos de futuro, no que concerne ao mercado
nacional e internacional?
Em termos de expansão territorial e de aumento das
infraestruturas físicas e humanas tal desenhar-se-á à
medida da evolução da atividade e de acordo com o que
for necessário fazer para atender às necessidades dos
clientes. Adotámos uma estratégia de desenvolvimento
de negócio, que nos levou a alargar o âmbito da nossa
atuação a vários clientes, em diferentes setores de
atividade, com quem desenhámos modelos e soluções
de gestão ajustados às características específicas dos
seus negócios, tendo como objetivo último contribuir
para o reforço da sua posição competitiva. Mais do
que prestadores de serviços somos parceiros que
acrescentam valor ao negócio de quem nos procura.
A manutenção da certificação do Sistema Integrado
de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança,
instrumento que se considera como muito relevante
para o desenvolvimento sustentado da atividade da
empresa, manter-se-á como prioridade estratégica.
Intensificar-se-á igualmente a atuação na área da política
comercial visando a angariação de novos clientes,
designadamente, na área da logística integrada multi
setorial.
Que objetivos estão nos horizontes do Entreposto
Logística?
A atividade logística é essencial a qualquer negócio
porque se falha este aspeto tudo poderá ruir e uma das
reservas que continua a haver por parte dos empresários
portugueses é relativamente ao outsourcing do serviço
logístico, mas se a logística for desenvolvida por
empresas que deem garantias de que o trabalho será
realizado com qualidade, profissionalismo e segurança,
isso acaba por ser uma mais-valia para os próprios
empresários porque se libertam de uma função que é
feita de melhor forma por quem a sabe fazer. É partindo
desta premissa que os nossos objetivos são o aumento
da qualidade do serviço prestado a um crescente
número de clientes.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
38
A Damco, uma das empresas líder mundial na prestação de serviços de logística, é especializada no fornecimento de serviços de transporte internacional e soluções de logística.
Conheça mais sobre esta empresa que está presente em Lisboa e Porto.
damco
líder em serviços de logística
Como surgiu a empresa?
A Damco, uma das empresas líder mundial na prestação
de serviços de logística, é especializada no fornecimento
de serviços de transporte internacional e soluções de
logística. A empresa possui mais de 300 escritórios em
mais de 100 países e emprega mais de 11 000 pessoas.
Em 2014, a Damco apresentou um volume de negócios
líquido de 3,2 mil milhões de dólares, movimentou 2,8
milhões de TEU de volumes em transporte marítimo e
gestão de cadeia de abastecimento e 225 mil toneladas
por transporte aéreo. A Damco faz parte do Grupo
Maersk. A Damco está presente em Portugal desde
1990 com escritórios em Lisboa e Leixões. O escritório
de Lisboa, localizado na zona do Parque das Nações,
incorpora as funções de gestão a nível nacional, o centro
de operações e apoio ao cliente e o escritório comercial
dedicado à zona Centro e Sul do País. No escritório de
Leixões localizado na Lionesa funciona a delegação
comercial que serve a zona Norte de Portugal.
É possível destacar um momento marcante da
história da empresa?
Na história de uma empresa, como na nossa, há muitos
momentos marcantes. Poderia ser o primeiro grande
contrato que alimentou a expansão global no final dos
anos 80, ou as aquisições de Sealand Logística (1999)
e P&O Nedlloyd Logística (2005) que significaram um
aumento considerável na nossa presença global e na
carteira de clientes, ou talvez o rebranding da Maersk
Logistics para Damco em 2009, que foi a fusão das
nossas actividades de transporte internacional e de
gestão da cadeia de abastecimento.
A empresa está presente em que mercados?
A Damco é um interveniente mundial, com forte
presença em mais de 100 países, com mais de 300
escritórios que formam a rede global.
Quais são os serviços que a empresa oferece e
como funcionam?
A gestão de cadeias de fornecimento é a actividade
central da Damco e a nossa extensa oferta personalizada
de serviços cobre efetivamente todas as necessidades
logísticas inerentes a embarques únicos ou cadeias de
fornecimento globais mais complexas e integradas. A
experiência da Damco em transporte internacional via
aérea ou marítima, e transporte interno, combinada com
a sua extensa rede, assegura um controlo total, tempos
de trânsito rápidos e conexões até ao destino final.
Principais mercados da Damco Portugal:
- Importações de bens de consumo da Ásia, com
destaque para os setores de moda e lifestyle, assim
como do retalho
- As exportações para a África Ocidental, com um forte
foco em Angola devido à ligação histórica entre os dois
países e a muitos clientes portugueses com presença
ativa nesse País.
- As trocas comerciais com a América Latina e
particularmente com o Brasil, mais uma vez devido à
ligação histórica.
- O comércio intramediterrânico com muitos parceiros
comerciais portugueses localizados dentro deste âmbito
geográfico.
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
39
- E, nos últimos anos, temos aumentado a nossa
actividade na região da Extremadura, onde oferecemos
uma solução flexível e eficaz para as empresas que
operam nesta área. As soluções logísticas da empresa
fornecem visibilidade, consistência e otimização do fluxo
de produtos, documentação e informação ao longo da
cadeia de abastecimento. Os nossos clientes beneficiam
de um melhor planeamento, eficiência e serviços de
excelência.
Qual é a atual perspectiva do setor onde a empresa
atua?
O comportamento dos consumidores, as expectativas
e atitudes são cada vez mais complexos e difíceis
de prever. Simultaneamente, o cenário económico
mundial está em constante mutação; as sempre difíceis
condições de mercado volátil, juntamente com os
custos das matérias-primas, energia e de mão-de-obra,
multiplicaram os desafios e as escolhas que os clientes
da Damco enfrentam agora à medida que procuram
tomar as melhores decisões de abastecimento e
logística. A indústria de logística precisa de apoiar as
estratégias de logística dos seus clientes, ajudando-os
a navegar na complexidade das modernas cadeias de
fornecimento e nas constantes exigências de mudança
das condições de mercado. Com a nossa equipa de
profissionais de logística, rede global e muitos anos de
experiência, estamos prontos para enfrentar os desafios
da complexidade do mercado. Os nossos maiores
sucessos vieram sempre de um trabalho em estreita
colaboração com os nossos clientes para perceber os
seus negócios e oferecer as soluções que necessitam.
Quantos parceiros comerciais para negociar com
a empresa?
Na Damco somos responsáveis pelas operações
diárias de algumas das maiores empresas do mundo
ao gerir complexos fluxos de mercadorias e produtos,
documentos e informações de e para todas as partes do
mundo. Com mais de 10 000 clientes em todo o mundo,
a Damco esforça-se por oferecer sempre serviços
de alta qualidade e soluções em logística. Temos o
orgulho de ter uma das mais altas taxas de retenção
de clientes do setor, os 25 clientes mais importantes
da Damco estão na empresa há mais de 10 anos. Em
Portugal especificamente, a Damco foi recentemente
selecionada pela empresa de retalho portuguesa Sonae,
para gerir a sua cadeia de abastecimento da Índia,
Paquistão, Bangladesh e Sri Lanka. Esta solução inclui
transporte marítimo e aéreo, assim como uma variedade
de serviços de gestão de cadeia de fornecimento a
ser feita nessas origens. A solução personalizada para
a Sonae inclui integração de sistemas que proporciona
total visibilidade da ordem de encomenda do início ao
fim, gestão relacionada da cadeia de fornecimento e
transportes, equipas dedicadas em todas as origens
e destino, etc. Para dar suporte à Sonae na execução
das suas estratégia de sourcing, baseamo-nos na
nossa vasta experiência neste segmento em que a
Damco combina com tecnologia de ponta as soluções e
recursos líderes de mercado.
Qual é a diferença da sua empresa em relação a
outras do setor?
Em logística, a mudança é a única constante. Se se
trata de uma mudança nas tendências de mercado,
uma mudança na origem das preferências, novos
materiais para antigos produtos, ou uma nova
estratégia de marketing, as empresas têm de se
adaptar constantemente à última evolução do mercado,
melhores preços e saber sempre onde está a sua
mercadoria/produto. E se fosse possível saber onde
se encontra cada uma das suas ordens de encomenda
ou unidades de manutenção de stock em determinada
altura? E se isso pudesse ser feito a partir de qualquer
origem e para qualquer destino, ao nível do detalhe, em
tempo real e juntamente com gestão de documentos
online? E se além disso pudéssemos analisar a sua
cadeia de fornecimento global e otimizar os processos
para conseguir uma redução de custos e maximizar
a utilização dos contentores? Essa é a essência
da abordagem da parceria da Damco à Logística.
Esforçamo-nos para ajudar o Cliente a tornar a sua
empresa mais eficiente e crescer, para que possamos
crescer juntos. A Damco olha para a logística do futuro e
acredita em partilhar o seu conhecimento. Organizamos
periodicamente Webinars sobre as tendências atuais
da indústria de logística e o impacto das cadeias de
abastecimento.
Os Webinars gratuitos oferecem um fórum público
onde alguns dos nossos clientes globais partilham os
seus pensamentos sobre os seus principais desafios
e oportunidades, para que possa ouvir os líderes da
indústria e inspirar-se para lidar com os seus desafios
logísticos. Na Damco olhamos para o futuro do que
poderíamos ser, com um alcance global por isso entre e
inicie connosco o futuro hoje.
Como tem a empresa favorecido o desenvolvimento
da região em que atua?
Na Damco estamos comprometidos com a
sustentabilidade e acreditamos que os nossos
clientes, funcionários e consumidores esperam um
comportamento responsável por parte das empresas
em todas as etapas da cadeia de abastecimento. A
base da nossa estratégia de sustentabilidade é uma
abordagem de parceria com os nossos interessados: os
nossos clientes, funcionários, fornecedores e as nossas
comunidades locais. Juntos, podemos ter um impacto
maior. Estamos a trabalhar no sentido de reduzir o
impacto das nossas actividades no ambiente através do
uso responsável dos recursos nos nossos escritórios e
armazéns. Queremos também promover as melhores
práticas na redução das emissões de carbono com
os nossos clientes, fornecedores e parceiros. Na Clean
Cargo Working Group, ajudamos a estabelecer padrões
para o setor para que possamos medir a pegada de
carbono dos nossos clientes. Como parte da nossa
estratégia de responsabilidade social, a Damco faz
parte de uma parceria com a United Nations Logistics
Cluster’s Logistics Emergency Teams (LET), liderada
pelo Programa Alimentar Mundial, permite que os
nossos funcionários possam configurar as cadeias de
fornecimento no local quando uma grande catástrofe
humanitária acontece. A Damco orgulha-se em incluir
considerações sociais, ambientais e/ou éticas em todas
as decisões. O nosso objetivo é reduzir e controlar o
impacto de nossas atividades no bem-estar do ser
humano e do ambiente.
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Uma empresa familiar que nasce das mãos de Júlio Ramalho, um homem de trabalho que com muita dedicação, profissionalismo e
esforço construiu, ao lado da sua esposa Inês Ramalho, uma empresa de destaque no setor do Transporte Rodoviário de Mercadorias.
É com muita satisfação que Inês Ramalho nos conta como surgiu a empresa “Foi em novembro de 1998, começou com um camião,
passado alguns anos já eram três, e assim foi crescendo sucessivamente. Atualmente, temos um armazém no Carregado, outro em
Évora, e outro no Algarve. Servimos bem todos os nossos clientes não há distinções”.
transportes nova cruz
EFICIÊNCIA E QUALIDADE NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE MERCADORIAS
O transporte de mercadorias é acima de tudo
uma atividade que requer muita confiança,
tanto do ponto de vista do cuidado
necessário à conservação da mercadoria
transportada como no cumprimento dos prazos de
entrega. A Transportes Nova Cruz já conta com 17
anos de experiência no mercado, e afirma que uma das
razões do sucesso, é exatamente a relação de confiança
e de transparência que tem para com os seus clientes,
sobretudo, no que se refere o cumprimento dos prazos.
“Para o senhor Júlio Ramalho todas as cargas são
urgentes e são tratadas como tal. Portanto, devem ser
entregues em 24 horas se possível, se não em 48 horas.
Ele teve sempre esta visão, porque quem está a espera
tem pressa e necessidade”, coloca Inês Ramalho. Ela
afirma ainda que a maioria dos seus clientes foram à
procura da empresa. “Muitos deles procuraram-nos,
devido ao facto de já trabalharmos com grandes clientes
40
que estão satisfeitos, e que realizam entregas urgentes, e
assim, acabam por estar informados que cumprimos os
prazos e prestamos um bom serviço”. A relação com os
fornecedores também é muito valorizada pela empresa,
e tem-se mantido duradora com a maioria deles.
A Transportes Nova Cruz dispõe de várias instalações.
Durante muitos anos a empresa operou nos arredores de
Alenquer, mas as limitações que as antigas instalações
impunham, obrigaram à mudança para o Carregado
no final de Agosto deste ano. Há agora um novo
edifício com 2600 m2 de construção, que concentra
o escritório e o armazém, e com capacidade de receber
e movimentar diariamente qualquer carga, a partir
da zona Centro para Alentejo e Algarve. “Fomos dos
primeiros a fazer o Alentejo. Preferimo-nos especializar
no Sul, porque foi a partir desta região que começamos
a crescer, principalmente no Alentejo. Não é fácil de
fazer ainda hoje, apesar de haver muita gente a fazer
neste momento”, completa Inês. Há também em Évora,
no Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARE),
um armazém com 600 m2. Já em Albufeira, na Zona
Industrial da Guia, há outro armazém com 1.100 m2.
Todas as plataformas de distribuição de mercadorias que
a empresa possui estão posicionadas para efetuarem as
entregas no prazo de 24 a 48 horas.
Com uma frota própria de 43 viaturas, dispõe desde a
carrinha para entregas urgentes de pequenos volumes,
até ao camião de 24 toneladas. A empresa dispõe ainda
de uma oficina mecânica nas próprias instalações para
dar assistência à frota, como forma de prevenir e facilitar
os arranjos necessários. “Chegamos a trabalhar com
oficinas particulares, mas o custo é muito elevado, não é
só da mão de obra, custa ter uma viatura parada. Como
empresa de transportes, precisamos do carro para
amanhã” acrescenta Inês. O crescimento da empresa só
foi possível a partir de uma administração sustentável inês ramalhoAdministradora
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
júlio ramalhoAdministrador
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que soube enfrentar as dificuldades da crise financeira,
com muito cuidado “Ainda, hoje o investimento é feito
com muita cautela”, afirma Inês Ramalho.
A Transportes Nova Cruz é uma empresa familiar que se
faz representar não somente por seus proprietários, mas
por todo o seu quadro funcional. “A empresa não é só da
Inês Ramalho e do Júlio Ramalho, a empresa é de todos.
Temos aqui uma empresa familiar, estão aqui a trabalhar
as nossas duas filhas, os meus dois genros e também
colaboradores que já estão a trabalhar connosco há mais
de 10 anos. Alguns deles vi praticamente a nascer, gente
da mesma localidade”, diz Inês Ramalho. Ela acrescenta
ainda que o ambiente de diálogo é outra característica
da empresa “Quando há uma decisão a tomar, eu gosto
que todos participem, eu gosto de ouvir e fazer uma
reflexão, acho que na liderança o mais importante é
ouvir, apesar de não me considerar a líder, porque o
grande líder foi sempre o Ramalho”.
Um dos fatores que diferencia a empresa, em relação
às outras empresas do setor, é o serviço 24 horas
“Estamos disponíveis a qualquer hora do dia, qualquer
hora da noite, se houver uma urgência há sempre
alguém disponível que está de prevenção, durante a
noite. Os motoristas que chegam mais cedo ficam de
prevenção. Para alguma urgência que surja, há sempre
um motorista de prevenção. É necessário um carro
extra, há sempre um disponível, mesmo durante a noite
ou a madrugada“, coloca Inês.
A empresária orgulha-se do trabalho que tem
desenvolvido e sobretudo da boa relação que tem
com clientes, alguns já com mais de dez anos de
parceria “Temos aqui afetividade pelos clientes, quem
faz a empresa são eles. A importância do cliente não
é definida pela quantidade de carga. Tentamos sempre
dar ao cliente, seja ele pequeno ou grande, a mesma
importância”.
LOGÍSTICA E TRANSPORTES
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www.revistabusinessportugal.pt Na próxima edição voltamos à Madeira!Grande entrevista com Roberto Santa Clara
NÃO PERCA!
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mun
icíp
ios e
freg
uesi
as Nesta edição da Revista Business Portugal, as dinâmicas autárquicas merecem
especial relevo, uma vez que evidenciam os bons exemplos que se vislumbram no
nosso país e contribuem para a sua afirmação e valorização.
No quadro de uma nova ordem mundial, onde o poder público é convocado a agir
em prol do desenvolvimento das matrizes económicas, onde a concorrência pelos investimentos
escassos é crescente e onde se aprofundou o problema do desemprego estrutural, torna-se
urgente para os governos locais a elaboração de políticas públicas e privadas que potenciem
os fatores locais, transformando-os em vantagens competitivas.
É a nível local que as consequências das falhas de mercado se apresentam mais perceptíveis,
tornando cada vez mais a administração pública local num agente ativo das mudanças
necessárias, cabendo-lhes a responsabilidade de formular e implementar estratégias que
tornem os seus territórios mais competitivos.
A implantação do regime democrático em Portugal permitiu a consagração de direitos, liberdades
e garantias inalienáveis aos cidadãos, estabelecendo os princípios basilares da democracia e
assegurando o primado do Estado de Direito democrático, tendo em vista a construção de
um país mais livre, mais justo e mais fraterno. Mas a construção do Portugal democrático
não se fez “por decreto”. A verdadeira democratização fez-se pelas mãos das autarquias na
construção de um país mais justo e mais equilibrado, território a território.
Num país tão desigual, onde cada território encontrava um ponto de partida diferente, com
necessidades de investimento também diferentes, os Governos Locais ajudaram a transformar
Portugal, contribuíram para a correção das desigualdades e das assimetrias e deram aos
cidadãos aquilo que podemos considerar o verdadeiro acesso à democracia - a oportunidade
de melhorar a sua qualidade de vida.
As autarquias desempenham hoje, mais do que nunca, um papel de catalisador no processo
de desenvolvimento local, em virtude da sua legitimidade democrática, da sua proximidade aos
cidadãos e da sua capacidade de mobilização dos atores locais. O reforço da competitividade
de um território assenta precisamente na capacidade de definição de estratégias participadas e
com elevado sentido coletivo, ultrapassando os constrangimentos históricos impostos por uma
visão restritiva das suas competências.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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As autarquias têm mudado as suas formas de gerir os territórios, utilizando
novas técnicas de planeamento e gestão dirigidas ao desenvolvimento
urbano. A gestão de um munícipio ou freguesia orientada para a
competitividade e sustentabilidade económica de um território caracteriza-
se por um conjunto de apostas que ultimamente extrapola o espectro
do poder de decisão dos governos locais, designadamente através do
surgimento e configuração de um ambiente profundamente dinâmico e
complexo que assenta nas apostas na competitividade económica e
social, na promoção do empreendedorismo local, na fixação e captação
de população, na captação de investimento, no reforço das qualificações
dos cidadãos, na preocupação com a sustentabilidade e com a eco-
eficiência, na aposta na coesão territorial, no envolvimento dos cidadãos
e no aprofundamento da democracia, bem como na preocupação com a
igualdade de oportunidades para todos.
É fundamental que o Poder Local seja cada vez mais um agente de
desenvolvimento e que este papel seja reconhecido pelos outros níveis de
poder. Afinal, é em cada território que nasce cada dinâmica que fortalece
o nosso país.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
Falar de Elvas é falar de história e de proximidade com a vizinha Espanha. Ou não nos lembrássemos todos de “Oh Elvas, oh Elvas,
Badajoz, à vista”. Embora seja a cidade de Portalegre a capital de distrito, é Elvas a maior cidade do distrito e distancia apenas oito
quilómetros da cidade de Badajoz. Elvas foi a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, a cidade mais fortificada da Europa,
elo que ganhou o cognome de ‘Rainha da Fronteira’. Em conversa com Nuno Mocinha, presidente do Município de Elvas, ficamos a
conhecer o passado, o presente e o futuro da cidade, com um grande destaque para o Forte da Graça.
Câmara Municipal de Elvas
Elvas, a Rainha da Fronteira
nuno mocinhaPresidente
Passo por passo, Nuno Mocinha, presidente do
Município de Elvas tem percorrido um percurso
durante o seu mandato que resume com uma
só palavra: satisfação.
Passo por passo, o Forte da Graça está agora na sua
quarta e última etapa, depois de um investimento de 6.1
milhões de euros: de portas abertas ao público, disposto
a ser dinamizado. A Câmara Municipal de Elvas tem um
grupo específico que está recetivo a receber propostas
das mais diversas entidades passando por empresas,
sejam elas dedicadas ao ramo de arte, ou por todos
aqueles que quiserem dinamizar esta que é a “a jóia da
coroa” de Elvas.
Com as portas abertas desde 27 de novembro deste
ano, o Forte da Graça já recebeu mais de 5 mil visitantes
nos primeiros dez dias, sendo 40 por cento deles
espanhóis, atraídos também pelos vinhos do Alentejo,
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MUNICÍPIOS E FREGUESIASque tanto apreciam.
Das 10 às 17 horas, sem paragem para almoço, é
possível visitar o Forte da Graça, sendo o ponto mais
alto do mesmo o local mais interessante para apreciar
esta obra de arquitetura e engenharia militares, que mais
técnica e arte englobou num Forte que começou a ser
construído em 1763 e terminou em 1792, que por sua
‘Graça’, nunca foi derrotado.
Terra de história
A Independência é sinónima de Elvas. Em 1336, na
Batalha do Salado, o Rei de Castela Afonso IX, sogro
de D. Afonso IV, cercou Elvas em vão pois entre tantas
outras alturas ninguém a conseguiu tomar. Este forte que
em tempos foi denominado ‘Conde de Lippe’, por ter
sido ele o que incentivou à sua construção, de portas
abertas é simultaneamente a porta da Europa, a porta da
cultura, a porta para a Península Ibérica, estando ainda
classificado como Património Mundial da Humanidade
pela Unesco desde 30 de Junho de 2012, sendo a
designação Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e de
suas Fortificações. Desta designação, fazem igualmente
parte o Castelo de Elvas, a Praça-Forte de Elvas, as
Muralhas de Elvas, o Aqueduto da Amoreira, o Forte de
Santa Luzia, o Fortim de São Mamede, o Fortim de São
Pedro, o Fortim de São Domingos e o Centro Histórico
de Elvas-. Todos estes lugares merecem uma cuidada
atenção e visita, pelo seu interesse cultural e histórico.
Elvas pode ter apenas 23 mil habitantes, mas tem uma
riqueza dentro dela que não se pode quantificar. Existem
algumas estruturas em falta a Elvas, mas ao lado está
Badajoz com cerca de 150 mil habitantes e com diversas
infraestruturas que podem servir ambos os concelhos.
Assim, o nosso interlocutor, Nuno Mocinha deseja que
as ligações entre as cidades sejam cada vez maiores,
continuando com a complementaridade de serviços,
aos quais se juntou Campo Maior mais recentemente.
“Todos podem ser um”, diz o edil. Elvas e Badajoz têm
já há algum tempo uma ligação de terras irmãs tendo
inclusivamente eventos promovidos em conjunto, como
são exemplo a ’Eurocidade Badajoz-Elvas’. “A porta
de entrada da Europa precisa de um olhar diferente”,
defende Nuno Mocinha, acrescentando que “Elvas não
é uma cidade do interior, mas uma entrada na Europa e
na Península Ibérica”, pelo que o presidente sublinha a
necessidade de união e partilha.
Interessa, por isso, trazer pessoas até Elvas que fiquem
mais do que um dia, ou seja, criar uma forte aposta na
área turística, sendo o Forte da Graça um dos pontos
fortes desta aposta, uma vez que renasceu das ruínas
e que está pronto para crescer e acolher não só a
população, “a quem o Forte foi devolvido”, mas também
todos os que aquém e além-fronteiras o desejem fazer,
“fazendo destas fronteiras, um traço cada vez menos
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
visível”.
Mas esta aposta no turismo pode trazer ainda mais-
valias, não só à economia local, mas também nacional.
“Esta aposta no turismo pode trazer mais postos de
trabalho e estes são importantes para a população,
mas os mesmos também são criados por outras vias,
tais como associações e outras instituições, que têm
uma relação próxima com os habitantes da zona em
que se inserem”. Por este motivo, a Câmara Municipal
de Elvas apoia essas mesmas instituições, sobretudo
na área da logística, de forma a potenciar o trabalho
que as mesmas desenvolvem, até porque muitas já
têm uma história para contar. Nuno Mocinha afirma
que as instituições e associações são “o veículo para
necessidades das pessoas - mais eficiente e humano”,
pelo que quando lhe é dirigido um agradecimento, Nuno
Mocinha responde sem qualquer tipo de hesitação: “nós
é que temos que agradecer”. Afinal quando se trabalha
por amor à causa, faz-se mais e melhor e é o que
acontece no caso destas associações e instituições (nos
mais variados campos de ação) a executar tais funções.
Um lado social
Em dois anos de mandato, há um programa social que
tem sido seguido, desde compromissos e protocolos,
que garantem o bom trabalho e funcionamento deste
município, dos quais o presidente se orgulha. As escolas
de Elvas não têm listas de espera, todas as crianças
têm lugar. A Câmara Municipal apoia o seus percursos e
leva-os a conhecer melhor a sua terra, a sua história que
remonta muito antes da existência de Portugal como
reinado – da qual não há data precisa, que sendo de
todos é tanto destas crianças que em Elvas nasceram.
A qualidade de vida em Elvas sente-se no ar, na simpatia
dos habitantes, na harmonia da arquitetura, na história,
na cultura que transpira a cidade, na ausência de filas
de trânsito e na proximidade daqueles que precisam de
ajuda e dos que podem ajudar. A cidade tem também
inúmeros equipamentos onde se destaca o Coliseu
Comendador Rondão Almeida, com 6500 lugares,
e museus imperdíveis de Arte Contemporânea, Arte
Sacra, Militar e da Fotografia, que tem atualmente uma
exposição de Presépios.
Dois anos de mandato e tanto trabalho feito que deixa o
presidente de Elvas a sorrir, sorriso proporcionado pelos
sorrisos dos habitantes do concelho, mais um motivo de
orgulho para alguém que foi eleito por estas pessoas
que agora sorriem.
O Forte é um caminho a percorrer, apesar do muito
que já foi feito, muito há ainda para fazer. “sem o
descaracterizar, este tem que ter vida”, segundo o
presidente. Nuno Mocinha convida todos os leitores a
que visitem este Forte, que provem os seus manjares
como bacalhau dourado, sopa de tomate, borrego,
porco, sericaia, vinho e tantos e intermináveis sabores
presentes nos restaurantes de Elvas. “Sintam a cidade”,
convida Nuno Mocinha, “os seus aromas e texturas,
deliciem-se e passem a palavra, pois o concelho de
Elvas tem 630 quilómetros quadrados de área, sete
freguesias e um coração tão grande que pode receber
quem os queira visitar”.
Dezembro especial
Para aqueles que não querem perder tempo e que ainda
em dezembro vão por pés ao caminho, existe uma pista
de gelo, a funcionar até 17 de janeiro. Quem aqui vier,
pode ainda visitar o Museu Municipal da Fotografia
João Carpinteiro, que inaugurou a 8 de dezembro uma
exposição de Presépios da coleção de Deolinda Pinto,
artista de Arronches, e ainda é possível consultar a
agenda do Teatro Municipal.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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O Concelho de Manteigas conquistou o ECO XXI 2015, uma distinção que visa reconhecer as boas práticas de sustentabilidade
desenvolvidas nos municípios, valorizando um conjunto de aspetos considerados fundamentais à construção do desenvolvimento
sustentável, alicerçadas nos pilares da educação no sentido da sustentabilidade e na qualidade ambiental.
município de manteigas
Manteigas promove desenvolvimento sustentável
O que representa este reconhecimento para a vila?
A atribuição do certificado ECOXXI ao Município de
Manteigas ocorre pelo 9º ano consecutivo e representa
o reconhecimento de um trabalho permanente, de
prossecução das boas práticas de sustentabilidade
que devem nortear a autarquia, em especial no que diz
respeito à promoção e proteção dos valores ambientais
e ecológicos presentes. Para o concelho de Manteigas,
este desígnio é por demais relevante, visto que o território
está totalmente inserido na área protegida do Parque
Natural da Serra da Estrela e também na Rede Natura
2000, apresentando elementos naturais únicos que
têm de ser preservados. O somatório dos indicadores
de sustentabilidade, expressos na candidatura anual
à obtenção do galardão ECOXXI, demonstra que é
percorrido um caminho acertado no que toca ao
desenvolvimento de iniciativas, ações e projetos que,
de uma forma ou de outra, abraçam a sustentabilidade
e a ecologia. Por outro lado, a análise mais cuidada
da pontuação obtida anualmente, permite reconhecer
as áreas onde é possível progredir. Daí a importância
deste aferimento, a que o município se sujeita de forma
propositada, a cada ano.
O Concelho de Manteigas integra uma rede
de municípios com atividades voltadas para o
desenvolvimento sustentável, qual é a interação
destes municípios no sentido do intercâmbio de
ideias e de experiências?
A partilha de experiências e de ideias entre os municípios
que promovem o desenvolvimento sustentável é uma
mais-valia, propiciando o encontrar das melhores e mais
eficazes soluções que contribuam para a implementação
de medidas que realmente façam a diferença. A
Associação Bandeira Azul da Europa promove um
encontro anual entre os municípios ECOXXI, onde são
comunicados os projetos de maior relevância. A mesma
associação partilha, também, boletins de boas práticas
implementadas por esses mesmos municípios, o que é
bastante interessante para o conjunto das autarquias.
Além desta, o Município de Manteigas integra ainda a
Rede de Cidades e Vilas de Excelência, com a sua sede
de concelho classificada como “Vila de Excelência”, nos
eixos temáticos de “Vila de Regeneração e Vitalidade
Urbana” e de “Vila Turística”, e encontra-se em
integração em mais quatro redes de desenvolvimento
regional e local, com vários projectos já executados no
âmbito do desenvolvimento sustentável, concretamente,
nas Redes das Aldeias Históricas, das Aldeias do Xisto,
das Aldeias de Montanha e das Judiarias de Portugal.
Que ações o Município de Manteigas tem realizado
no sentindo de promover o desenvolvimento
sustentável da região?
O Município de Manteigas tem apostado forte no turismo
ativo de natureza, desenvolvendo projetos e atividades
que se coadunam com as excelentes condições naturais
e paisagísticas presentes no território. São exemplo, os
percursos pedestres, que contam com uma rede de
200km de trilhos, entre 16 pequenas rotas e 2 grandes
rotas, devidamente enquadradas por fichas ecológicas
e por conteúdos de carácter ambiental. São realizadas
provas internacionais de trail, de btt, de ciclismo e de
parapente, canyoning, geocaching, sem esquecer as
ações de sensibilização destinadas à comunidade
escolar, com a execução dos Programas Eco-Escolas, e
também levadas ao restante público, como é o caso da
celebração do Dia Internacional das Florestas e do Dia da
Floresta Autóctone, saídas de campo para observação
de aves e de cogumelos silvestres, plantação de árvores,
devolução à natureza de animais recuperados, a adesão
à Semana Europeia da Mobilidade e ao Dia Europeu
Sem Carros, prevenção de incêndios florestais, Festival
de Fotografia de Paisagem Natural, concurso fotográfico,
Festival de Outono, etc.
Covão d’AmetadeFoto de António José Gonçalves Ramos
MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
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Que ação sustentável desenvolvida pode servir de exemplo para outros
municípios do país?
Todas as ações anteriormente descritas têm o seu grau de significância na marca
que imprimem nas comunidades, tanto do ponto de vista cultural e de formação
individual, como na influência socioeconómica que podem representar. Ainda assim,
poderemos destacar o princípio fundamental para a desejável harmonia entre o
Homem e a Natureza, numa ação de uma simplicidade atroz, mas de enorme peso
para as nossas vidas: a plantação de árvores. Igualmente importante, no estreitar
de laços com a natureza pelas camadas mais jovens, é dinamizar e apoiar todos os
Programas Eco-Escolas, envolvendo as restantes entidades que contribuem para o
desenvolvimento sustentável da região. A rede de percursos pedestres de Manteigas
baliza e consubstancia o acesso às mais interessantes áreas de visitação existentes
no território e tem sido responsável por uma afluência turística bastante interessante.
Em que fase se encontra o projeto do lago biológico num espaço público?
Estão neste momento a ser analisadas as várias soluções, uma vez que a localização
do lago biológico irá depender de outros projetos de carácter ambiental que estão
em fase de conclusão. No ano de 2016 teremos com certeza notícias nessa matéria,
esperando que a nossa ambição também possa trazer outras novidades relacionadas
com este lago.
Qual a participação da população nas atividades sustentáveis?
A participação da comunidade tem sido satisfatória. Inclusive, surgem agora atletas
de destaque nas várias modalidades de desporto-natureza promovidas pelo
município, onde antes não havia qualquer expressão. É manteiguense o Campeão
Nacional de XCM em BTT-paraciclismo e também vencedor da Taça de Portugal em
BTT-paraciclismo. Há ainda destaque nas áreas do ultra-trail e no parapente. Ainda
assim, o envolvimento da população nas variadas atividades que contribuem para o
desenvolvimento sustentável tem de ser total e o investimento para que essa realidade
se concretize tem de ser constante e de proximidade.
De que forma os jovens e os idosos participam destas ações?
Todas as escolas presentes no concelho aderem e implementam os Programas Eco-
Escolas, o que é importantíssimo. Significa também que a totalidade da comunidade
escolar, desde a pré-escola ao ensino secundário, está envolvida em projetos que
visam o respeito pela natureza e o desenvolvimento sustentável. Desde há largos
anos que foi implementado o Cartão Municipal do Idoso e também o Cartão Júnior
Municipal, permitindo a participação na generalidade das atividades promovidas
pela autarquia, com a atribuição de condições especiais na aquisição de serviços e
participação em ações temáticas.
Quais os principais desafios que o município tem enfrentado em nível de
desenvolvimento económico e social?
Claramente, o desemprego e a desertificação são o maior problema que as regiões
de interior apresentam e Manteigas não é exceção. Ainda assim, há bons sinais de
que as situações vão evoluindo favoravelmente, com o surgimento de novas iniciativas
particulares de grande qualidade e criatividade, relacionadas com o turismo e com os
lanifícios. Estes empreendimentos vão integrando novos trabalhadores à medida que
vão crescendo, denotando-se o sucesso que estas áreas económicas têm tido em
Manteigas, em pleno coração da Serra da Estrela, o que faz todo o sentido.
Há previsão de novos projetos para o futuro da vila?
As políticas de desenvolvimento social e económico estão dependentes de
oportunidades de financiamento, principalmente nos projetos mais estruturantes. Desta
forma, existe grande expectativa relativamente ao novo quadro comunitário, sendo
certo um trabalho continuado que não deixará de ser realizado por falta de recursos,
tendo em conta a especial importância que os valores ambientais possuem para o
concelho de Manteigas. A curto prazo nascerá o Centro Interpretativo das Energias
Renováveis, o espaço “A Lã e a Neve” e o Parque da Várzea, que inclui um Centro de
BTT e uma área de lazer na margem do rio Zêzere. Estes equipamentos somam-se ao
já existente Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere e a todo o espólio natural
que aqui apresenta uma expressão magnificente. Afinal de contas, Manteigas, Vale por
Natureza.
O Programa Especial de Recuperação de Imóveis Degradados (PERID), que se trata de
um programa municipal de grande sucesso local – mais de 300 edifícios reabilitados,
mais de 700 pessoas beneficiadas, cerca de 2.250.000 euros investidos pela câmara
municipal - será renovado para inclusão de novas preocupações como a eficiência
energética, o conforto térmico e acústico, a teleassistência e outras tecnologias que
não existiam no início deste século, aquando do lançamento do mesmo.
Ainda no tema da reabilitação serão delimitadas no concelho quatro ARU’s – Áreas de
Reabilitação Urbana, duas para a Vila de Manteigas: uma no Espaço Central (antigo
Centro Histórico) e outra na Área Empresarial Ribeirinha de Manteigas (recuperação de
edifícios industriais abandonados), e mais duas nos núcleos urbanos das freguesias de
Sameiro e Vale de Amoreira.
bttFoto da Câmara Municipal de Manteigas
trilhos verdesFoto da Câmara Municipal de Manteigas
MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
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Óbidos é uma vila histórica do distrito de Leiria, pertencente à região centro e com sub-região do oeste, contando com cerca de 10
000 habitantes. Faz parte da Região de Turismo do Oeste. Rendida a tradições, costumes e romarias, é muito rica em património,
principalmente em Igrejas, onde se vive intensamente a Semana Santa. É sede de um município subdividido em sete freguesias. Hoje,
damos a conhecer aos nossos leitores a Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa.
Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa
Onde a modernidade se une à tradição
Tradições e Romarias
Em conversa com João Paulo Rodrigues, atual
presidente da junta, a Revista Business Portugal pôde
conhecer um pouco sobre as várias tradições e romarias
que existem em Santa Maria, São Pedro e Sobral da
Lagoa. Por exemplo, na freguesia de Santa Maria,
“realiza-se a celebração do dia de Santa Maria a 1 de
fevereiro. É uma festa noturna saindo em procissão da
Capela de Nossa Senhora da Graça que, após o seu
recolher, em redor da fogueira na praça de Santa Maria
há um convívio final com o que as pessoas trouxerem,
por exemplo, há quem traga febras, chouriço, entre
outros”, refere o presidente da junta. Nesta freguesia,
existe também a tradição do Santo Antão a 17 de
janeiro, e segundo João Paulo Rodrigues “é uma
tradição muito bonita que é feita numa capelinha numa
zona denominada de Santo Antão em que as pessoas
fazem o agradecimento através de dádivas de chouriço
pelos animais e pela boa criação destes, havendo missa
e convívio ao longo do dia”.
A celebração do dia de São Pedro a 29 de junho
também foi retomada pelo atual executivo. Nesta festa
há sempre animação, onde se oferece sardinha assada
e vinho tinto para todos.
Em Sobral da Lagoa, no último domingo de agosto,
celebra-se a Festa das Colheitas, que é “uma festa muito
joão paulo rodriguesPresidente
MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
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antiga”, realizada com o que a população produz, dando
esses produtos à igreja e a igreja realiza as vendas
desses mesmos alimentos, “desde abóboras, cenouras,
couves, cebolas, batatas, entre outros, havendo uma
missa campal, restaurante e animação durante o dia”.
O atual executivo acrescentou a esta festa uma mostra
gastronómica em prol do legume mais aclamado
da região que é a cebola com um toque adocicado
e que não existe em mais nenhum lugar do país. A
mostra gastronómica da cebola tem duração de quatro
dias, incluindo o dia da Festa das Colheitas, onde “os
agricultores expõem os seus produtos nas bancas, não
se limitando a colocar só as caixas de cebola, mas sim
em decorarem os seus espaços de diversas formas”,
revela o presidente da junta. As associações também
marcam presença no certame, assim como os diversos
artesãos da freguesia, expondo os seus produtos e
iguarias, doces e salgadas, tendo como base a cebola,
havendo também restaurantes onde este legume é
ingrediente obrigatório.
Espaços a explorar na Freguesia
João Paulo Rodrigues citou também alguns espaços
que os turistas têm de visitar “obrigatoriamente”, “os
centros históricos são fabulosos, a freguesia tem igrejas
e capelas muito bonitas”, salienta o presidente.
As ricas paisagens também são outro ponto-chave da
Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa,
podendo o turista retratar belíssimas fotos e descobrir
o ar puro deste lugar situado em Óbidos. “Há muitos
pontos escondidos para visitar”, destaca João Paulo
Rodrigues.
Há igualmente uma ponta da lagoa de Óbidos, na
localidade do Arelho, onde estavam situadas as antigas
salinas, e que o atual executivo gostaria que futuramente
fosse realizada uma reabilitação para que os visitantes
pudessem desfrutar melhor deste espaço. Existem
também diversos parques de merendas situados em
pontos estratégicos da freguesia para que as famílias
possam conviver e partilhar as suas refeições.
De 4 de dezembro a 3 de janeiro do próximo ano, a
Vila Natal está presente em Óbidos e, pela primeira vez
este ano, haverá um presépio panorâmico no Sobral da
Lagoa que pode ser visto a larga distância. Todas as
personagens foram desenhadas para assumir as formas
reais do ser humano e todo o espaço será iluminado
podendo ver-se o presépio não só durante o dia, mas
também durante a noite. Filipe Feijão, artista plástico
residente nas Caldas da Rainha, foi o criador desta
monumental estrutura.
Desenvolvimento social e mais-valia da agregação
das freguesias
A câmara tem os seus próprios gabinetes que fazem
esse apoio, têm trabalhado muito bem nesse sentido
e têm um projeto que se chama “Crescer Melhor”,
onde em parceria com as juntas de freguesia, faz
o acompanhamento e o transporte das crianças do
jardim-de-infância e, quanto aos idosos há também uma
iniciativa denominada “Melhor Idade” onde, através de
protocolos com as associações locais, desenvolvem
várias atividades direcionadas para a terceira idade, e
onde a junta de freguesia também colabora através
do transporte dos mesmos. Quanto à população mais
carenciada, a câmara também possui um gabinete,
onde é possível à junta reportar informação sobre as
pessoas que estão “com mais dificuldades”, existindo
na freguesia diversas associações direcionadas para o
acompanhamento dessas famílias.
Segundo João Paulo Rodrigues, “a agregação das três
freguesias foi positiva, pois, com a junção de todos os
meios, nasceu uma freguesia mais forte”, finaliza.
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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
A Freguesia do Rio de Mouro transformou-se num pólo de atração de investimentos e de empresas que identificam nesta zona uma
grande capacidade de desenvolvimento comercial. “Temos aqui uma localização favorável, uma população jovem que dinamiza toda
a freguesia e faz com que sejamos também o espaço ideal para instalação de empresas, pois existe uma demanda para serviços e
produtos”, afirma o presidente da freguesia Bruno Nobre Parreira.
Freguesia de Rio de Mouro
“Uma Freguesia com grande potencial económico”
Alocalização geográfica da freguesia também é um dos fatores que pode
contribuir para esta capacidade de desenvolvimento económico que se
tem intensificado nos últimos anos, com a instalação de algumas empresas.
“Estamos inseridos numa zona que favorece todas estas dinâmicas de
crescimento económico, cultural e social. Tudo isto também porque estamos muito
próximos de Lisboa e da sede do concelho de Sintra”. A freguesia está situada a seis
quilómetros da sede do concelho de Sintra e a cerca de 15 quilómetros da cidade
de Lisboa.
Diferente da maioria das freguesias do país onde a população é mais envelhecida, em
Rio de Mouro a população é mais jovem. Nesse sentido, a Junta da Freguesia tem
promovido atividades voltadas ao desenvolvimento cultural e a interação dos jovens para
com os espaços da freguesia. O presidente da junta afirma que as atividades voltadas
a cultura e ao lazer são algumas das ações que a junta considera primordiais para o
desenvolvimento social e cultural da freguesia, mas além da vertente educacional e
artística que se pretende com estas atividades, há também uma tentativa de integração
dos moradores. “Esperamos que aqueles que aqui cheguem para viver sintam-se bem,
gostem de cá estar, tenham apreço e assim permaneçam aqui. O nosso objetivo é
estimular o emprego e dar condições para que os moradores encontrem cá tudo que
favoreça o seu crescimento social e económico”, afirma o presidente, acrescentando
ainda que “ambiciona uma Junta de Freguesia amiga do cidadão. Que funcione como
um pólo agregador e dinamizador”.
Quem chega a Rio de Mouro pode encontrar uma zona fortemente urbana que dispõe
de uma ampla e heterógena oferta habitacional que se desenvolveu ao longo da linha
do comboio. Há também indústria e uma parte agrícola que se localiza na zona mais ao
sul onde há a criação de gado e a prática da agricultura que ainda subsiste.
A junta da freguesia desenvolve também iniciativas permanentes em prol da
preservação, da manutenção e da recuperação dos espaços públicos “Adotamos uma
postura de cuidar e de reabilitar os espaços porque isso significa valorizar o nosso
património e a nossa história”, acrescenta o presidente. Segundo o presidente, um
dos objetivos principais do seu mandato é possibilitar a criação de parques urbanos
e requalificar espaços “Tudo isto significa valorizar e reforçar a identidade do Rio de
Mouro como uma freguesia que dispõe de um rico património e uma boa qualidade
de vida” completa o presidente.
bruno nobre parreiraPresidente
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saúd
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conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende
não só a saúde física como o estado psicológico, o nível de
independência, as relações sociais em casa, na escola e no
trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. De facto,
existem naturalmente outros fatores que a influenciam, mas comecemos
por ver o que significa qualidade de vida, para a Organização Mundial de
Saúde (OMS).
O conceito de qualidade de vida está diretamente associado à auto-estima
e ao bem-estar pessoal e compreende vários aspetos, nomeadamente,
a capacidade funcional, o nível socio-económico, o estado emocional, a
interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o
estado de saúde, os valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, a
satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em
que se vive.
Qualidade de vida e saúde são termos indissociáveis. A qualidade de vida
surge, de tal forma, associada à saúde que muitos autores não as distinguem
uma da outra. Para eles saúde e qualidade de vida são a mesma coisa. De
facto, a saúde não é o único fator que influencia a nossa qualidade de vida,
contudo ela tem uma importância fulcral.
Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados,
uma vez que a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos
indivíduos e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade
tenha saúde. Mas não significa apenas saúde física e mental, mas sim que
essas pessoas estejam de bem não só com elas próprias, mas também
com a vida, com as pessoas que as cercam, enfim, ter qualidade de vida é
estar em harmonia com vários factores. Neste sentido, uma vida saudável
tem um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas.
A APOGEN é uma organização de âmbito nacional e independente, sem fins lucrativos, fundada em Maio de 2003. É constituída por
empresas da indústria farmacêutica dedicadas à produção e/ou comercialização de medicamentos genéricos e biossimilares com
atividade em território português.
apogen
desenvolvimento do mercado dos medicamentos genéricos
Como surgiu a APOGEN?
A APOGEN surgiu em 2003, quando começou o
crescimento da quota de mercado dos Medicamentos
Genéricos. Este crescimento deu-se, devido à
implementação de várias medidas, por parte da tutela,
as quais tiveram um impacto muito importante para a
sua maior utilização. A APOGEN surgiu da necessidade
identificada, pelas suas empresas fundadoras, de serem
representadas por uma organização que pudesse ser
um verdadeiro parceiro social junto da tutela, para
assuntos relacionados com a Politica da Saúde em geral
e, com os Medicamentos Genéricos, em particular, e que
ao mesmo tempo, divulgasse junto da opinião pública,
o conceito de medicamento genérico, contribuindo
ativamente para o aumento da confiança dos doentes
naqueles medicamentos e para o desenvolvimento
deste mercado em Portugal.
Em 2014, a APOGEN passou também a representar
as empresas que comercializam medicamentos
biossimilares, em Portugal. De facto, parte das empresas
hoje associadas da APOGEN, além de Medicamentos
Genéricos, têm também Medicamentos Biossimilares
paulo lilaiaPresidente
no seu portefólio. A posição da APOGEN como parceiro
social para assuntos relacionados com a Politica da
Saúde , foi assim reforçada, ao representar além dos
Medicamentos Genéricos, também os Medicamentos
Biossimilares. A APOGEN passou assim a ter
legitimidade para, além das propostas que vem fazendo
no âmbito dos Medicamentos Genéricos, fazer também
propostas às entidades oficiais sobre o desenvolvimento
de um mercado sustentado para os Medicamentos
Biossimilares.
Qual a principal missão da APOGEN?
A principal atividade da APOGEN é monitorizar, estudar
e analisar todos os aspetos científicos, legais, técnicos e
económicos que tenham impacto na atividade comum
dos seus associados. A APOGEN fomenta esforços
para alcançar a missão a que se propõe: divulgar os
conceitos de medicamento genérico e biossimilar,
contribuindo ativamente para o desenvolvimento deste
mercado em Portugal.
Qual a importância dos medicamentos genéricos e
biossimilares para o acesso a saúde?
Numa altura em que as exigências face aos cuidados
de saúde são cada vez maiores, os Medicamentos
Genéricos e Biossimilares representam um importante
benefício para os doentes ao garantir um acesso mais
alargado dos doentes e numa fase mais precoce das
suas doenças, a medicamentos seguros, eficazes e
de qualidade, ao mesmo tempo que proporcionam
aos doentes e aos sistemas de saúde, importantes
poupanças.
Qual é o volume de medicamentos genéricos e
biossimilares produzidos no País?
A grande maioria dos medicamentos produzidos em
Portugal são medicamentos genéricos ou medicamentos
fora de patente, e no seu conjunto representam
algumas centenas de milhões de euros, com uma parte
significativa exportada.
Portugal é um país de elevado prestígio na área
farmacêutica, e por isso exporta para muitos destinos,
tais com EUA, vários países da América Central e do Sul,
África, Médio Oriente e Ásia, e naturalmente para muitos
países da União Europeia.
De que forma a APOGEN tem contribuído para o
bom funcionamento do setor?
A APOGEN orgulha-se do trabalho realizado ao longo
destes 12 anos, em especial da sua contribuição
objectiva para encontrar soluções que têm contribuído
para a sustentabilidade do sector da saúde e para
a acessibilidade do Estado e dos cidadãos aos
medicamentos. A APOGEN continuará a apoiar iniciativas
que visem garantir a sustentabilidade e preservação
do SNS, mas que, simultaneamente, garantam a
sustentabilidade do mercado dos medicamentos
genéricos e biossimilares e das empresas que os
comercializam.
Consideramos que, neste contexto, só o diálogo regular
e o trabalho conjunto de todos os intervenientes do
sector permitirá encontrar as melhores soluções para o
Sistema de Saúde e para as empresas.
Quais as maiores preocupações do setor neste
momento?
A preocupação do sector tem sido encontrar condições
de sobrevivência e sustentabilidade mínima, que
infelizmente consideramos estar em causa com a
imposição adicional à Industria de medicamentos
Genéricos e Biossimilares, neste último ano, na Lei do
Orçamento de Estado de 2015 de uma contribuição
extraordinária sobre as vendas das empresas que
comercializam medicamentos genéricos e biossimilares.
Para que este sector da Indústria Farmacêutica possa
continuar a ser um dos pilares da sustentabilidade do
SNS, é importante que medidas como contribuições
extraordinárias e reduções administrativas de preços
não sejam aplicadas em 2016.
A APOGEN tem solicitado à tutela que as empresas que
comercializam medicamentos genéricos e biossimilares
sejam excepcionadas da aplicação daquela contribuição,
e de novas revisões administrativas de preços, para
poderem continuar a contribuir, para a expansão do
mercado de medicamentos genéricos e biossimilares
, e, para a poupança futura do Estado e dos utentes.
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SAÚDE E BEM-ESTAR
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SAÚDE E BEM-ESTAR - GENÉRICOS LÍDERES EM PORTUGAL
Aumentar o acesso a medicamentos de elevada qualidade a um preço que as pessoas possam pagar
mylan: compromisso com a saúde
Qual a principal missão da vossa empresa?
A missão da Mylan em Portugal, e em qualquer mercado em que está presente,
é disponibilizar e aumentar o acesso a medicamentos de elevada qualidade a um
preço que as pessoas possam pagar. Para servir a nossa missão em Portugal,
temos a intenção de melhorar a penetração de medicamentos genéricos e ajudar na
sustentabilidade do SNS, tendo em vista o nosso compromisso para com profissionais
de saúde e doentes.
A vossa empresa procura estabelecer novos padrões nos cuidados de saúde,
explique-nos que padrões são estes?
Estes padrões são, precisamente, os de qualidade, quer para o nosso portefólio de
medicamentos genéricos como para os de marca. A nossa missão é disponibilizar a
7 mil milhões de pessoas, acesso a medicamentos de elevada qualidade. Mas este
acesso envolve mais do que abastecer farmácias, o mais importante é fomentar e
defender políticas que melhorem o acesso aos medicamentos.
joão madeiraDiretor Geral
Qual a importância dos medicamentos genéricos para o acesso a saúde?
Acima de tudo, uma ampla oferta de alta qualidade de medicamentos genéricos resulta
em maior acesso dos doentes aos medicamentos. Estima-se que 60 por cento dos
doentes em Portugal não cumprem a terapêutica e o preço dos medicamentos é um
dos principais fatores. A oferta de medicamentos genéricos da Mylan permite que mais
pessoas em Portugal possam aceder a produtos de elevada qualidade a um preço que
consigam suportar. Se isso conseguir ser feito num leque tão alargado de moléculas
e terapêuticas, tal como já está estamos a conseguir, contribuímos para criar um valor
adicional à população que tem baixos rendimentos (cerca de três milhões).
Ainda há muita resistência no que se refere a utilização dos medicamentos
genéricos?
Não, no que respeita à Mylan, podemos até dizer que a aceitação do nosso portefólio
tem sido bastante boa e superior ao crescimento da utilização de medicamentos
genéricos em Portugal. Isto acontece porque temos um portefólio de medicamentos
muito abrangente e com uma qualidade que o diferencia dos seus concorrentes.
Apesar da recente estagnação da quota dos genéricos no mercado de substituição,
nos últimos anos o crescimento dos medicamentos genéricos em Portugal foi positivo,
mas ainda há potencial de crescimento, mas para isso, é necessário que as autoridades
de saúde coloquem em prática medidas que promovam o aumento da quota de
genéricos, mas também medidas que permitam às empresas, como a Mylan, continuar
a lançar mais medicamentos em Portugal.
Qual o impacto da produção destes medicamentos no que se refere a saúde
mundial?
Os medicamentos genéricos têm um impacto enorme no setor da saúde mundial.
Primeiro, porque os doentes pagam menos por um medicamento que tem exatamente
o mesmo efeito. Segundo, porque vão ter melhores tratamentos, pois têm menos
despesas com os medicamentos, e a terceira razão prende-se com o facto de ser
melhor para todos, para os doentes e para os decisores. Em países mais desenvolvidos
como a França, a quota de mercado de medicamentos genéricos é de mais de 82
por cento. Em Portugal, o mercado de substituição representa cerca de 47 por cento.
Temos um longo caminho a percorrer, mas penso que estamos no bom caminho para
ter uma maior quota de mercado para os medicamentos genéricos em Portugal nos
próximos 2 ou 3 anos.
Qual é o volume de medicamentos produzidos e vendidos pela empresa?
A Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos genéricos
e de marca com um dos portfólios mais amplos. Com a aquisição da unidade de
especialidades farmacêuticas e de medicamentos genéricos de marca, da empresa
farmacêutica Abbott, em Fevereiro deste ano, o nosso portefólio crescente de
medicamentos contém aproximadamente 1.400 produtos genéricos e de marca,
que cobrem praticamente todas as formas farmacêuticas a áreas terapêuticas. Só
para dar um exemplo, temos uma capacidade de fabrico global de mais de 58 mil
milhões de doses de medicamentos orais e 500 milhões de unidades injetáveis. Os
medicamentos Mylan estão presentes em cerca de 165 países e a Mylan é líder
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REVISTA BUSINESS PORTUGALSAÚDE E BEM-ESTAR - GENÉRICOS LÍDERES EM PORTUGAL
em mercados como Estados Unidos, Austrália, França e Nova Zelândia. Em Portugal
estamos na 3ª posição no mercado de genéricos, com uma quota de mercado de
7,2 por cento, num mercado bastante fragmentado, com 93 empresas. No mercado
nacional, a Mylan disponibiliza medicamentos para 14 áreas terapêuticas: alergologia,
antibioterapia, anti-inflamatória, cardiologia, dermatologia, diabetes / metabolismo,
gastroenterologia, oftalmologia, osteoporose, psiquiatria/neurologia, urologia, disfunção
erétil, anticoncecional e vacinas, fruto da aquisição do Abbott.
Qual o padrão de qualidade que a Mylan adota no desenvolvimento de seus
produtos?
O ‘selo’ Mylan é uma garantia de qualidade. A Mylan aplica um padrão de qualidade
global nas suas instalações, independentemente do mercado onde se encontra
e está empenhada em eliminar as barreiras à distribuição ou à disponibilidade de
medicamentos para que os produtos possam ter o mesmo padrão de qualidade em
todas as localizações. O mercado e a experiência dizem-nos exatamente isso, pelos
altos padrões de exigência que a companhia imprimiu ao longo das últimas cinco
décadas. Como sabe, a Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos
genéricos e especialidades farmacêuticas com um dos portefólios mais amplos e com
maior capacidade de produção. Além desta capacidade, a Mylan tem acesso direto a
um dos maiores fabricantes mundiais de substâncias ativas. Esta relação torna a nossa
companhia numa das empresas com uma cadeia de fornecimento global e integração
vertical. Isto é fundamental para controlo da qualidade.
Quais os principais desafios enfrentados pela empresa nestes 50 anos de
funcionamento?
A Mylan nasceu no início dos anos 60 nos Estados Unidos, como uma distribuidora
de fármacos pela mão de dois amigos – Milan Puskar e Don Panoz. Desde a sua
génese é ponto de honra que a qualidade jamais seria um ativo inalienável. A primeira
aprovação da FDA surgiu em 1966 altura em que começaram a produzir Penincilina
G e é nessa fase que se dá a primeira grande expansão da linha de produtos que se
estende durante essa década a medicamentos como analgésicos, anti-histamínicos e
esteroides. Nos anos 70, a empresa continua a crescer e faz refletir esse crescimento
no seu Corporate Governance já que deixa de ser uma sociedade por quotas para
se tornar numa sociedade anónima e cotada em bolsa. O ano de 1984 constitui um
marco na história da Mylan, e diria até na história da indústria farmacêutica já que a
Mylan foi a primeira empresa de genéricos a patentear um novo fármaco. Em 2007
passa a ser uma empresa global com a aquisição da Matrix e Merck Generics e já
este ano, como referi anteriormente, a Mylan completou a aquisição da unidade de
especialidades farmacêuticas e de medicamentos genéricos de marca, da empresa
farmacêutica Abbott, nos mercados desenvolvidos fora dos EUA. Este negócio
expande e diversifica ainda mais o nosso negócio nos maiores mercados fora dos EUA
e posiciona-nos claramente para a próxima fase de crescimento. Esta combinação
altamente complementar proporciona mais opções a médicos e farmacêuticos e maior
acesso de doentes a medicamentos de elevada qualidade. Abre também novos canais
para a Mylan apresentar produtos importantes, tais como medicamentos para doenças
respiratórios e biossimilares.
A Mylan tem seus valores visionários e ousados, portanto, fale-me de que
forma a empresa tem inovado?
De facto, a par da qualidade, a inovação é outro ponto forte da Mylan. Um exemplo desse
esforço da companhia é o facto de a Mylan ter criado formulações de medicamentos
que podem suportar ambientes severos como as altas temperaturas. Foi o que fizemos
na área dos Anti-Retroviriais termo estáveis que podem suportar altas temperaturas
em locais do globo onde não há eletricidade que permita a normal refrigeração. Esta
inovação permite que estes medicamentos cheguem ao continente Africano, por
exemplo. Atualmente, aproximadamente 50 por cento dos doentes com infeção VIH-
Sida nos países em desenvolvimento dependem destes tratamentos. Mas a visão não
passa só pela inovação nos medicamentos, passa também pela inovação das políticas
e por isso consideramos fundamental a criação de medidas que assegurem um
equilíbrio entre a introdução de medidas inovadoras e uma crescente acessibilidade a
medicamentos genéricos. Através de medidas que facilitem e potenciem a prescrição,
dispensa e utilização de medicamentos genéricos, garantimos a libertação de verbas
passíveis de serem alocadas à introdução e utilização de medicamentos inovadores.
Qual o diferencial de vossa empresa em relação a outras empresas do setor?
O que mais distingue a Mylan é precisamente o que referi anteriormente - a qualidade
e a inovação.
Quantas pessoas emprega a Mylan?
A Mylan está em Portugal há mais de oito anos e conta com mais de 120 profissionais
no País. Em todo o mundo a companhia emprega mais de 30 mil pessoas, que se
dedicam a criar uma melhor saúde para um mundo melhor, uma pessoa de cada vez.
Qual o impacto da Mylan no setor dos medicamentos genéricos, tendo em
vista o volume de produção e de distribuição em diversos países?
Como já referi, a Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos
genéricos e especialidades farmacêuticas com um dos portefólios mais amplos com
maior capacidade de produção.
De que forma a Mylan se relaciona com as farmácias portuguesas?
A Mylan vê a farmácia como um parceiro estratégico e queremos ser o parceiro de
eleição da Farmácia em Portugal. Esta é uma forma de abordagem muito própria
da cultura da nossa empresa, pelo que quando pensamos a nossa estratégia o
envolvimento deste stakeholder é obrigatória. Assim, torna-se imperativo encontrar
soluções eficientes, nomeadamente no descortinar da eficiência para o nosso negócio,
mas também permitindo que haja mais valor para distribuir pelo canal do medicamento.
E como um dos nossos objetivos é exatamente promover, em conjunto com as
farmácias, ferramentas que permitem aos doentes ter maior acesso a medicamentos,
somo o patrocinador exclusivo do inovador projeto da Receita Eletrónica desenvolvido
pela Associação Nacional de Farmácias que permite aos portugueses aviar as suas
receitas nas farmácias usando apenas o Cartão de Cidadão. O projeto da Receita
Eletrónica foi implementado ao longo do ano e já está disponível em mais de 2500
farmácias portuguesas.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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A pouca visibilidade em condições de baixa luminosidade causada pela chuva, nevoeiro, certas posições do sol e mesmo durante a
noite são, a par do encadeamento provocado pelos faróis e os reflexos do chão molhado, os principais motivos de insegurança e stress
apontados pela maioria dos condutores. Isto sem esquecer a dificuldade quando se move os olhos do painel de controlo para a estrada
e o inverso.
zeiss
ZEISS quer tornar a condução mais segura
Foi a pensar nestas necessidades que a ZEISS lançou as lentes DriveSafe.
“Quando se conduz, a boa visibilidade é um dos fatores que mais contribui
para a segurança e para a prevenção de acidentes. Já a falta de visibilidade,
como demonstram vários estudos, é motivo de insegurança, tensão e stress
nos condutores, o que provoca cansaço e reações mais lentas”, explica Carlos
Ramada, diretor-geral Ibérico da Carl Zeiss Vision.
A pesquisa feita pela marca mostrou os principais problemas apontados por quem
guia e a sua equipa de Investigação & Desenvolvimento materializou um produto a
pensar na sua solução. “Até agora, a condução nunca tinha sido entendida como uma
prioridade. Havia lentes normais e lentes especiais para condução, o que fazia com que
as pessoas tivessem de usar um par de óculos para conduzir e outro para as outras
atividades, e com estas lentes tal deixa de ser necessário, ou seja, marcam uma nova
era por responderem a todos os problemas apontados pelos condutores”, sublinha o
mesmo responsável.
Na prática, tratam-se de umas lentes que, para além de cumprirem as funções de
concederem uma visão adequada às necessidades de cada um, permitem também
uma condução que lhe garante, entre outros aspetos, uma maior precisão da estrada
e uma significativa diminuição do brilho à noite.
Em jeito de alerta, o mesmo responsável lança a pergunta: “Sabia que o encadeamento
provocado pelos faróis de outros automóveis demora apenas quatro segundos e que
este é o tempo suficiente para provocar um acidente de viação por se deixar de ver a
estrada, peões e outros veículos que estejam a circular?”.
Este foi um dos pontos de partida para que os laboratórios da marca alemã ZEISS, um
grupo tecnológico internacional do setor da ótica e optoeletrónica, desenvolvessem as
primeiras lentes que melhoram a visão quando se conduz em condições adversas mas
que podem então ser usadas em qualquer altura do dia ou da noite.
Lembrando que “80 por cento das pessoas que conduzem usam óculos”, Carlos
Ramada explica que esta nova aposta tem como objetivo “conceder duas vantagens:
que as pessoas ganhem confiança, porque há muita gente que acaba por não conduzir
porque tem medo de situações de encandeamento, por exemplo, e por outro lado, que
sintam efetivamente gosto no ato de conduzir e que desfrutem do seu automóvel”.
“Temos, inclusive, situações de pessoas que não necessitam de graduação mas que
estão a pedir lentes DriveSafe neutras para conseguirem fazer face ao encadeamento
noturno”, assegura o diretor-geral Ibérico.
carlos ramadaDiretor Geral Ibérico
SAÚDE E BEM-ESTAR
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Desde a sua fundação, a Boehringer Ingelheim está empenhada na investigação, desenvolvimento, produção e comercialização de
produtos farmacêuticos inovadores, de elevado valor terapêutico.
Boehringer Ingelheim
A inovação está no ADN da empresa
Como descreve o percurso da empresa?
A preocupação em trazer inovação está no ADN da
empresa, não só na sua filosofia – Valor através da
Inovação – mas também na preocupação em trazer
para o mercado os tratamentos inovadores que vão
ao encontro de importantes necessidades médicas
existentes.
O nosso percurso tem sido longo e intenso, com uma
preocupação constante em disponibilizar medicamentos
inovadores aos doentes que deles necessitam e,
simultaneamente, salvaguardar os nossos Colaboradores.
Neste sentido, procuramos motivá-los para irem sempre
mais além e procuramos recompensar esse esforço,
nomeadamente através de planos de desenvolvimento
de carreira, que lhes permita crescer nas suas funções,
ou mesmo evoluir para carreiras alternativas dentro
da empresa – tanto em Portugal, como através de
oportunidades que surgem de carreira internacional.
Só a título de exemplo, recentemente a empresa criou
uma Unidade Regional que inclui um centro de gestão
responsável por todo o funcionamento da empresa em
oito países da Europa, incluindo Portugal.
Como descreve o percurso da empresa?
A preocupação em trazer inovação está no ADN da empresa, não só na sua
filosofia – Valor através da Inovação – mas também na preocupação em trazer
para o mercado os tratamentos inovadores que vão ao encontro de importantes
necessidades médicas existentes. O nosso percurso tem sido longo e intenso, com
uma preocupação constante em disponibilizar medicamentos inovadores aos doentes
que deles necessitam e, simultaneamente, salvaguardar os nossos colaboradores.
Neste sentido, procuramos motivá-los para irem sempre mais além e procuramos
recompensar esse esforço, nomeadamente através de planos de desenvolvimento de
carreira, que lhes permita crescer nas suas funções, ou mesmo evoluir para carreiras
alternativas dentro da empresa – tanto em Portugal, como através de oportunidades
que surgem de carreira internacional. Só a título de exemplo, recentemente a empresa
criou uma Unidade Regional que inclui um centro de gestão responsável por todo o
funcionamento da empresa em oito países da Europa, incluindo Portugal. Esse centro
inclui colaboradores da empresa de diversas nacionalidades e no qual estão integrados
12 colaboradores da BI Portugal, nas mais variadas funções e alguns dos quais com
responsabilidades que abrangem diversos países. Este facto enche-nos, e a mim
pessoalmente, de orgulho.
Como avalia a implementação e crescimento assinalável no mercado
nacional?
Ao longo dos mais de 50 anos de presença em Portugal temos procurado ultrapassar
os desafios que se nos apresentam e ir mais além. Agora, como em 1960, os
objetivos mantêm-se: continuar a desenvolver a empresa, melhorar a qualidade de vida
dos doentes e contribuir para acrescentar valor à sociedade onde estamos inseridos.
A empresa continua a apresentar um crescimento favorável apesar das dificuldades
e constrangimentos mas, de uma forma geral, a Boehringer Ingelheim Portugal está
a atingir os objetivos a que se propôs, algo que só é possível com o empenho e
dedicação de toda a equipa.
Quais são as áreas terapêuticas que a Boehringer Ingelheim tem no seu
portefólio?
A área respiratória é, talvez, aquela em que a BI é mais reconhecida. Para tal
contribuem não só os produtos não sujeitos a receita médica, que registam enormes
níveis de notoriedade, como também a inovação em medicamentos de prescrição
obrigatória, como o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), e mais
recentemente o tratamento da asma. Na área respiratória gostaria ainda de salientar
a investigação relativa à fibrose pulmonar idiopática (FPI), uma doença pulmonar rara
terrível, que se estima que afete entre 13 a 20 pessoas por cada 100 mil, num total de
cerca de cinco milhões de doentes em todo o mundo. A área cardiovascular continua a
ser também uma das áreas principais da empresa, com medicamentos destinados ao
tratamento de patologias como o acidente vascular cerebral (AVC), a trombose venosa
profunda, o embolismo pulmonar e o enfarte agudo do miocárdio. Mas a Boehringer
Ingelheim é, acima de tudo, uma empresa de investigação e desenvolvimento,
em que a inovação será sempre o nosso principal objetivo. Neste sentido, temos
alargado a nossa investigação a áreas como a diabetes tipo 2 e a oncologia, em que
estamos empenhados no desenvolvimento de terapêuticas direcionadas. Finalmente,
continuamos envolvidos noutras áreas terapêuticas, como o sistema nervoso central,
sandra marquesDiretora Geral
SAÚDE E BEM-ESTAR
9672 Boehringer Institucional A4_b.pdf 1 24/07/15 15:57
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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nomeadamente a doença de Parkinson, e a virologia, no
âmbito do tratamento do HIV.
Quais os principais desafios que se colocam na
atualidade ao sector farmacêutico?
A situação económica e financeira global continua algo
imprevísivel o que tem, necessariamente, impacto nos
países onde a Boehringer Ingelheim opera. Em Portugal,
a crise financeira ainda não parece ter terminado e, apesar
de 2015 ter dado indícios de alguma retoma ao nível da
economia, estes últimos meses têm registado alguma
estagnação. Esta situação tem impacto, desde logo,
na capacidade dos doentes pagarem os tratamentos
de que necessitam. Adicionalmente, temos sempre
presente as dificuldades dos Governos em garantir
comparticipações para os tratamentos mais inovadores.
Por outro lado, a inovação resulta de um processo de
investigação extremamente longo e dispendioso, pelo
que quanto mais inovador é o medicamento, maior peso
tem o seu custo nos orçamentos de saúde. Finalmente,
um outro desafio tem sido a duração dos processos de
aprovação de novos medicamentos pelas autoridades
de saúde. Na Boehringer Ingelheim procuramos ter
sempre presentes estes desafios. Desta forma, temos
trabalhado com a Apifarma e em grande proximidade
com as autoridades (Ministério da Saúde e Infarmed),
no sentido de contribuir com soluções que minimizem
o risco de a inovação não chegar aos doentes que dela
necessitam.
Pode-se dizer que a grande máxima da Boehringer
Ingelheim tem sido valor através da inovação?
Estou certa que sim. Se em qualquer outro sector de
actividade a inovação é cada vez mais uma exigência,
no sector da saúde é uma necessidade absoluta.
Inovação e saúde significa viver mais, por mais tempo e
com maior qualidade de vida. Mas para alcançar estes
níveis é necessário assegurar que os medicamentos que
trazemos para o mercado são cada vez mais eficazes e
têm cada vez menos efeitos adversos.
Um outro factor que me parece fundamental é a
capacidade de oferecer diversidade. É relativamente
simples dominar as áreas que conhecemos e onde
nos conhecem – mas não é suficiente. É necessário
assegurar respostas para além das nossas áreas de
conforto. Nos negócios como na vida, só tem sucesso
quem vai mais além.
Quais são as características diferenciadoras da
empresa num mercado cada vez mais competitivo?
Apesar de estar presente em 140 países e ter mais de
47,700 Colaboradores, a Boehringer Ingelheim é acima
de tudo uma empresa familiar de capitais privados. O
facto de não estar dependente das expectativas
dos operadores de mercados bolsistas, permite-nos
assegurar todos os anos um investimento sustentado
em investigação e desenvolvimento, equivalente a cerca
de 20% dos nossos lucros.
Num mundo altamente competitivo e em constante
mudança, o valor dos produtos, dos serviços e das
empresas sofre enormes pressões e só é possível criar e
manter valor para os Clientes através do desenvolvimento
constante de novas soluções.
A nossa filosofia de Valor através da Inovação é o pilar
essencial que nos distingue e a visão que contribuiu para
o nosso crescimento.
A investigação e desenvolvimento assume-se
como uma pedra basilar?
A nossa filosofia de Valor através da Inovação só
faz sentido numa perspectiva de total empenho na
investigação e desenvolvimento de novas soluções
terapêuticas.
Este empenho traduz-se quer no investimento em novas
áreas de investigação, como a oncologia ou a diabetes,
quer na procura constante de continuar a contribuir para
melhorar a disponibilização de produtos em áreas em
que somos tradicionalmente mais reconhecidos, como
sejam a área respiratória ou de cardiologia.
Sem investigação e desenvolvimento não há inovação.
E sem inovação não é possível oferecer alternativas
terapêuticas que contribuam para melhorar a qualidade
de vida dos doentes.
Quais os objetivos traçados para 2016?
Continuar a trazer para Portugal medicamentos e/ou
soluções de saúde diferenciadas e inovadoras, que
possam melhorar significativamente a qualidade de vida
dos doentes portugueses e das suas famílias.
Paralelamente, reforçar a posição da BI como empresa
empenhada na disponibilização de soluções integradas
e inovadoras, que dão resposta às necessidades dos
doentes e dos seus parceiros, com a garantia dos
nossos elevados padrões de qualidade e integridade.
Finalmente, reforçar a posição da Boehringer Ingelheim
como parceiro de referência no sector da saúde. Como
exemplo gostaria de citar a área de Ensaios Clínicos. Em
Portugal, a Boehringer Ingelheim encontra-se entre os
líderes na investigação clínica. Nos últimos três anos,
registámos um crescimento significativo em território
nacional, com aumento progressivo do investimento e
do número de ensaios clínicos.
SAÚDE E BEM-ESTAR
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Eva Morena, natural do Brasil, trabalha na área da saúde desde os 15 anos. É formada em Medicina Alternativa (Naturopatia, Massoterapia
e terapias complementares), mas foi na prática da terapia do Biótipo que encontrou a realização profissional.
Clínica eva morena
Tratamentos naturais para o corpo e para a mente
Agerente deste espaço que nasceu há meio ano tinha muitas perguntas
que estavam sem resposta, “porquê que uma pessoa se matava? O que
levava uma pessoa a tirar a sua própria vida?” Fez uma formação na área
de Biótipo e é através do biótipo que toda a humanidade tem quatro
maneiras de ser, “e o que é que faz com que uma pessoa mude de atitude e de
comportamento?”, a reposta é dada por Eva Morena, “uma alteração no biótipo que
eu não sabia que também mudava pode alterar o comportamento do ser humano”.
E foi a proprietária deste espaço, no coração da cidade do Porto, começou a estudar
profundamente e a explorar conhecimentos que viu que “todo o ser humano, quando
tem uma mudança no biótipo porque vive muitas e várias emoções pela vida, emoções
boas, más, deceções, angustias, tristezas, vai ficando registado no nosso ‘eu’ como
um corpo estranho e nós, humanamente falando, somos uma máquina perfeita. Essas
alterações são todas as emoções condicionadas em nós próprios, que querem sair do
nosso corpo e o corpo não sabe como as expulsar e começamos a ter sintomas mais
conhecidos como depressão”, alude Eva Morena.
Através da análise de um questionário simples que é dado aos pacientes é possível
saber qual o tipo de biótipo intrínseco a cada ser humano e se tem síndrome de suicida
ou não. O seu foco principal de atuação é desenrolado no tratamento da síndrome do
pânico, depressão, terapia cognitiva, anti-stress e em traumas inerentes à causa do
paciente.
Quando uma pessoa tem um resultado indefinido, através da massoterapia, é possível
reequilibrar os seus pontos de equilíbrio e pelo modo como escreve e tipo de letra
é também possível identificar o tipo de desequilíbrio emocional em que a pessoa se
encontra.
A potencialidade do nosso projeto tem como objetivo principal a análise de viabilidade
da implantação dos serviços únicos de Eva Morena em Portugal, onde tem o seu foco
inicial no tratamento e na recuperação do indivíduo, resgatando e promovendo o seu
equilíbrio físico, mental e social, e, por consequência, maximizando a sua qualidade
e vida.
Serviços disponibilizados
Para além de disponibilizarem uma panóplia de serviços adjacentes ao bem servir
os seus clientes. Como a leitura do Biótipo, a análise do estado clínico do paciente,
a desintoxicação de toxinas prejudiciais à saúde por meio do equipamento detox.
Ainda disponibilizam tratamentos ligados, à Massoterapia, à Iridologia, fazem o
acompanhamento Naturopático, reforçado com o acompanhamento psicológico.
No desenvolvimento de todos os tratamentos da Clínica Eva Morena, são utilizados os
recursos da natureza e do próprio corpo humano, recorrendo à Medicina Alternativa,
com resultados confirmados, já sendo capazes de tratar de um número alargado de
doenças e problemas de saúde.
Eva Morena pensa nos seus clientes com amor “colocando-os num mar de rosas”,
a proprietária refere ainda que “cuido dos meus utentes sem que eles percebam que
estão em tratamento para que não seja um tratamento invasivo para o corpo e para
a mente”.
Desenvolvimento do seu trabalho em Portugal
Eva Morena já trabalha em Portugal há cerca de sete anos, e ao longo destes anos
já trabalhou com imensos utentes, sendo que a nossa interlocutora refere que “90
por cento dos meus utentes são jovens, com uma taxa síndrome de suicídio entre os
nove a 79 por cento e isso é muito preocupante”. Mas apesar dessa taxa elevada,
Eva Morena chegou à conclusão de que conseguia desenvolver um excelente trabalho
para que os seus pacientes tivessem um resultado extraordinário. “Não posso deixar as
pessoas dependentes de nada, eles têm que estar livres”.
Num espaço com 11 colaboradores, a maior realização de Eva Morena, “foi que os
meus pacientes chegassem a mim, pelo meu trabalho e não por indicação de colegas
médicos como era o caso no Brasil”, muito fruto do seu trabalho desenvolvido no
nosso país.
Eva Morena vai mais longe, quando refere que “quando cheguei a Portugal, eu estava
eva morenaAdministradora
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em casa e é muito estranho isso por eu ser brasileira,
sinto-me brasileira de nacionalidade e portuguesa
de coração” e salienta ainda que “todas as minhas
realizações pessoais aconteceram aqui”.
Planos para o futuro
Eva Morena acredita que a sua história já está escrita
e está agendada no universo. Assume-se como uma
mulher 100 por cento feliz, porque as suas metas
profissionais já se encontram definidas desde o início
do ano. A sua missão passa por servir e cuidar das
pessoas, independentemente da situação em que elas
se encontram.
A partir de janeiro do próximo ano a equipa desta clínica
vai receber formação para realmente poderem falar “a
voz da Eva Morena, pensar, estar e ser a Eva”.
Para finalizar, Eva Morena indica que “toda a sociedade
precisa de dar a oportunidade de conhecer algo novo,
o que é diferente e o que há por trás da Clínica Eva
Morena” e quer marcar a vida das pessoas de forma
sempre muito positiva para que estes alcancem também
a felicidade plena.
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A contar quase um século de história, a Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo tem-se destacado pelo serviço que presta à comunidade,
um serviço fundamental em prol dos habitantes do distrito. Apesar de todas as adversidades que o país tem enfrentado, o seu carácter
solidário continua a merecer destaque, marcando sempre a diferença, principalmente junto de todos os que mais precisam. A recente
criação da Unidade de Cuidados Continuados Integrados foi uma das principais apostas e a qualidade continua a ser um mote de
destaque. Em conversa com a Revista Business Portugal, o provedor da instituição, Álvaro Manuel Ramos, revelou o passado, o presente
e o futuro desta Instituição de Solidariedade Social.
Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo
100 anos em prol do próximo
“A Misericórdia de Ílhavo tem atravessado
altos e baixos, mas é uma Santa Casa
que faz 100 anos em 2019 elo que já
é uma instituição que conta com muita
experiência”, explicou o provedor, que conta com uma
vasto conjunto de valências, nomeadamente creche,
apoio domiciliário, RSI, centro infantil, espaço sénior,
UCCI, medicina física e reabilitação e ainda imagiologia.
Todas as valências são fundamentais para a instituição,
mas o nosso interlocutor confessa que duas delas têm
uma importância fundamental para toda a população:
a imagiologia (radiologia, mamografia e ecografia),
nomeadamente a radiografia com um serviço
insubstituível; e a fisioterapia interna e externa, além da
terapia funcional e terapia de fala, agregadas à UCCI que
têm uma enorme relevância para toda a população local
e utentes da instituição.
Questionado sobre a verdadeira missão que estas
instituições devem nutrir, Álvaro Manuel Ramos é
álvaro manuel ramosProvedor
perentório: procurar soluções para os mais carenciados.
“A questão que se põe é: quando aparece uma mãe
a chorar e a dizer que não tem dinheiro para pagar a
renda, nós não temos coragem de rejeitar a criança e
vamos arranjar uma solução para ajudar esta mãe, o que
agrava a nossa situação que já é deficitária”, admitiu o
nosso interlocutor, salientando a preocupação que esta
instituição de Ílhavo manifesta perante os problemas
sociais.
O provedor fez ainda questão de enaltecer o trabalho
do Município em prol das instituições de solidariedade
existentes no concelho. “Temos uma ajuda fantástica da
Câmara de Ílhavo que tem percebido a sensibilidade em
que vivemos e nos ajuda. Não dá dinheiro mas faz algo
equivalente que é a assessoria gratuita”, diz, ressalvando
a importância da acessoria jurídica e administrativa para
responder às exigências impostas a todas as instituições
na atualidade.
Unidade de Cuidados Continuados Integrados
A Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo conta há cerca
de cinco anos com mais uma valência de extremo
relevo, a UCCI, construída mas imediações do antigo
hospital e que se destina ao internamento de pessoas
com necessidade de cuidados de saúde durante um
período de tempo específico.
“A UCCI, ao contrário do que se possa pensar, é uma
valência diferente do que se encontra nos hospitais:
temos um trabalho bom, especializado e em benefício
das populações. Temos 26 camas na Unidade de Média
Duração e Reabilitação e 29 camas na Unidade de
Longa Duração e Manutenção”, explicou Álvaro Manuel
Ramos. De referir que a unidade foi inaugurada no dia
13 de novembro de 2010 e faz parte da Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados.
Aqui, os utentes podem usufruir de quartos com casa
de banho privativa, sala de banho assistido, refeitório,
salas de convívio, jardim, ginásio de fisioterapia, sala de
terapia ocupacional, sala de terapia da fala, terapeuta
ocupacional, dietista, animadora sociocultural e ainda
uma equipa de voluntariado sempre disponível.
“Temos pessoal altamente profissional na nossa UCCI.
Contamos com uma equipa multidisciplinar que engloba
médicos, enfermeiros e auxiliares, todos eles altamente
responsáveis”, acrescentou o provedor.
O futuro
Questionado sobre o futuro, o nosso interlocutor admite
que a criação de um Lar potenciaria os serviços prestados
pela Santa Casa da Misericórdia. “Esta valência permitiria
a esta instituição oferecer um serviço cada vez mais
completo a toda a população, respondendo igualmente
a uma necessidade emergente em todo o território
nacional – o cuidado com a terceira idade”. Apesar de
ainda não haver data para que este projecto saia do
papel, Álvaro Manuel Ramos mostra-se confiante com o
futuro, esperando que a instituição continue a marcar a
diferença na região onde está inserida.
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Sem olhar a trabalhos, sacrifícios, contrariedades e renúncias, eis que Amorim mostra com justificado orgulho a existência de uma
instituição que veio dar satisfação à generosa e filantrópica intenção sonhada pelo seu fundador. Em entrevista à Revista Business
Portugal, Domingos Santos, diretor do Centro Social Bonitos de Amorim, faz um balanço de mais de 65 anos de história.
Centro Social Bonitos de Amorim
Uma instituição aberta à comunidade
Fundado há 65 anos, o Centro Social Bonitos
de Amorim é uma instituição de solidariedade
social que nasceu pelas mãos do Padre
Joaquim Figueiredo, com o objetivo de prestar
assistência à comunidade, distribuindo refeições diárias
e alimentos aos mais carenciados. Com o evoluir dos
tempos, outras necessidades foram sinalizadas, por
isso mesmo foi criado um jardim de infância para dar
resposta a uma nova realidade, que foi inaugurado em
1982.
Inicialmente, designado por “Centro de Assistência
Bonitos de Amorim”, referenciando uma família
benemérita, com a atualização de estatutos, a
denominação passou a ser “Centro Social Bonitos de
Amorim”, designação que mantém até aos dias de hoje.
Há 18 anos, Domingos Santos assumiu a liderança dos
destinos da instituição, com espírito de iniciativa e grande
humanismo, rodeando-se de uma equipa de trabalho
dedicada e eficiente, porque gerir uma instituição desta
natureza representa um grande desafio.
domingos santosDiretor
O Centro Social Bonitos de Amorim não é apenas uma
instituição prestigiada, de créditos firmados, com uma
reputação e uma tradição de intervenção como poucos
se podem orgulhar de ter, ela é também uma grande
protagonista do presente. A confirmar isso mesmo está
o trabalho que tem vindo a ser levado a cabo por esta
instituição por todas as suas valências.
Apresentando uma resposta social integrada, o Centro
Social Bonitos de Amorim enquadra nas valências
dedicadas à infância, o berçário, creche, jardim de
infância, actividades tempos livres e centro de estudos,
prestando uma resposta integrada a um universo de
cerca de 300 crianças.
O apoio à cultura e ao lazer é outra das valências
assumidas pelo Centro Social Bonitos de Amorim, na
qual foi criado um grupo de danças e cantares que
conta atualmente com 40 figurinos. Paralelamente, “a
instituição tem um importante papel na promoção do
desporto na freguesia nas modalidades de futebol, futsal
e atletismo”, salientou Domingos Santos.
No que concerne às valências dedicadas à terceira
idade, o Centro Social Bonitos de Amorim enquadra
a valência de apoio domiciliário para quem pretende
manter-se no seu ambiente familiar, com cuidados
personalizados e apoio nas atividades da vida diária.
Entretanto, surgiu a necessidade de um Centro de Dia,
onde são disponibilizados um conjunto de serviços,
nomeadamente, refeições, cuidados pessoais, atividades
ocupacionais, animação sociocultural e transporte. “Esta
valência pretende afirmar-se como uma resposta eficaz
às situações de solidão ou isolamento geográfico. A par
disso, pretende manter a pessoa idosa no seu meio
sociofamiliar, reforçar a participação na comunidade
envolvente, proporcionar momentos de partilha,
alegria e convívio que se tornam fulcrais para o bem-
estar e felicidade dos utentes”, esclareceu a diretora
técnica, Andreia Araújo, desvendando que as valências
dedicadas à terceira idade contam com 60 idosos no
apoio domiciliário, e 35 idosos no centro de dia.
De acordo com Domingos Santos, ao longo dos tempos,
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houve a preocupação de adequar a oferta de valências
à realidade e a construção de um novo edifício para
albergar as respostas sociais é a prova disso. “A direção
começou a perceber que, dadas as exigências da
Segurança Social, a instituição tinha que dar um salto e
afirmar-se, por isso construiu o novo edifício e o edifício
antigo foi readaptado para o apoio aos mais idosos”,
referiu, acrescentando que a panóplia de valências
é disponibilizada, não só à freguesia de Amorim, mas
também a todo o concelho da Póvoa de Varzim.
O convívio intergeracional é um dos valores que a
instituição não descura, por isso mesmo, há um conjunto
de iniciativas que são levadas a cabo, visando essa
troca de saberes e experiências, nomeadamente, em
datas mais marcantes, como o natal ou a páscoa, no
entanto, semanalmente, uma sala de crianças vai visitar
os idosos, levando-lhes a sua alegria e espontaneidade.
Por outro lado, há uma forte preocupação da direção
para que a instituição esteja aberta à comunidade, assim
são organizadas algumas iniciativas como palestras ou
as comemorações do aniversário da instituição.
Uma resposta social de qualidade
O Centro Social Bonitos de Amorim orgulha-se de
apresentar respostas sociais de excelência, nas quais os
serviços de qualidade, a dedicação e a humanidade são
os principais pressupostos. “Queremos que as pessoas
reconheçam o centro social como uma instituição de
referência, que promove o crescimento saudável e em
segurança das crianças, bem como o envelhecimento
ativo dos mais idosos”, destacou Andreia Araújo.
Para tal, o Centro Social Bonitos de Amorim com uma
equipa de 50 funcionários que ‘veste a camisola’ da
instituição, motivados pelo espírito que a direção, desde
sempre, tentou incutir junto do seu maior ativo – as
pessoas.
Novos horizontes
Domingos Santos e Andreia Araújo evidenciam que
os projetos da instituição passam pela manutenção
e melhoria dos serviços prestados. Por outro lado,
sublinham a existência de uma conjugação de vontades
para a edificação de um lar, um grande desafio para
o Centro Social Bonitos de Amorim. “São os projetos
que nos movem”, salientou o diretor da instituição,
acrescentando que gostaria de ver concretizado, a breve
trecho, este sonho.
andreia araújoDiretora Técnica
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treino no parque
“Treine no Parque” todos os dias
Motivação é a palavra de ordem
O projeto inovador resulta do sonho de Silvana Alves. Em
Portugal desde 1998, concretizou o sonho de ter o seu
próprio espaço moldado à sua imagem, graças à sua
amiga e sócia, Mafalda Gramaxo, que também abraçou
este projeto de corpo e alma.
A experiência de Silvana Alves como diretora técnica,
professora/personal trainer, aliada aos conhecimentos
de gestão de Mafalda Gramaxo, fazem com que este
negócio seja já uma referência, na área do fitness.
Fomos conhecer este espaço inovador situado na
Avenida do Parque, na cidade do Porto.
O conceito do ginásio Treino no Parque passa por
entender o exercício físico como fator fundamental para
a procura de qualidade de vida e de saúde, passando
também por entender a saúde como um bem-estar
físico, social e mental. O objetivo é que as pessoas ao
verem o espaço, se identifiquem mais e, por sua vez,
quanto mais treinam mais gostam de estar aqui e,
quanto mais gostam de estar aqui, melhor se sentem e
mais se superam. De referir que, “os clientes aprendem
que é importante treinar e que é importante serem bem
tratados”, a qualidade dos profissionais e do serviço
prestado são importantes e não deixam a desejar. Todos
os 14 colaboradores são escolhidos por Silvana Alves.
A personal trainer salienta que “trabalho com paixão e
com amor”.
Profissionais de Excelência
A qualidade dos profissionais passa por ter professores
com licenciatura e/ou mestrado, serem conhecedores
da área e que sabem o que estão a fazer e, “desde
então tudo fica mais fácil, mais fácil trabalhar, motivar os
alunos e fazê-los entender que é preciso treinar e que
é importante fazê-lo. Eles vêm cá também recarregar
baterias. É preciso superar obstáculos e sair da zona
de conforto para que os resultados almejados se
concretizem”, ressalta a profissional.
“Com o objetivo de elucidar os nossos queridos alunos
sobre questões relacionadas ao exercício, alimentação,
equipamento adequado para o treino e outros,
publicamos quinzenalmente dicas, artigos e vídeos,
fazendo com que fiquem cada vez mais ‘por dentro’ de
tudo o que engloba o exercício físico”.
As aulas de grupo como, a localizada, o step, os
alongamentos, o circuito total, o circuito funcional e GAP
(glúteos, abdómen e pernas), são também componentes
muito fortes neste ginásio e foram todas conjugadas por
Silvana Alves para que o aluno, que só frequenta essas
aulas, também obtenha um excelente resultado porque
todas elas estão bem planeadas e interligadas.
Aposta em equipamentos de qualidade
Silvana Alves conta que “investimos muito nas máquinas.
A maioria dos espaços de treino personalizado são
simplesmente estúdios com poucos materiais. Um
ginásio tem que ter equipamentos de carga, de cardio e
de funcional pois quanto mais se diversificar o trabalho,
melhor vai ser o resultado e a motivação também será
maior, pois o trabalho não se tornará repetitivo”.
Esta profissional procura sempre ter máquinas de
topo, tendo como escolha a marca Matrix, porque
são ergometricamente bem desenhadas, atinge-se
realmente os objetivos que se desejam. Com relação
ao treino personalizado, quando o aluno entra no
Treino no Parque, tem uma grande vantagem, que é a
de complementar o trabalho com as aulas de grupo.
Os personal trainers recomendam aulas de grupo
adequadas para complementar o plano de treino de
cada aluno.
Um dos sonhos de Silvana Alves é que o aluno chegue
ao seu ginásio e lhes sejam tiradas fotos para avaliar a
sua evolução. “Os alunos passam, de pessoas fechadas
e tímidas, para pessoas com outra vontade e a própria
autoestima também mais elevada”. O exercício é
encarado como uma melhoria no seu bem-estar físico,
mas também com a mente e isso “limpa o corpo e a
alma”.
Máquina inovadora
A escada é um equipamento pioneiro em Portugal,
já existia no Brasil e teve resultado excelentes. Três
minutos nessa escada equivalem a 10 a 12 minutos de
corrida, pelo desgaste calórico efetuado. É uma máquina
cardiovascular muito eficaz e com enormes vantagens.
Por exemplo, tira o impacto da corrida, e para além de
ajudar o trabalho de perda de gordura, é também um
equipamento mais dinâmico e nada monótono.
Serviço de Nutrição
Existe um aconselhamento de um nutricionista
competente, sendo que este obrigatoriamente trabalha
com nutrição desportiva. “Queremos que os alunos
entendam que a perda de peso tem de ser perca de
gordura e não de massa magra”, salienta Silvana Alves.
Com um treino bem feito e bem adequado ganha-se
silvana alvesPersonal Trainer
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massa muscular e o treino requer força, essa força
vem da capacidade de contração dos músculos, que
por sua vez, gera hipertrofia e consequentemente, gera
o aumento da massa e quando a massa aumenta,
aumenta também o peso muscular. Ter mais massa
muscular não significa ter mais gordura, apesar do peso
na balança ser maior. É um trabalho constante para que
o aluno tenha sempre o resultado pretendido e esteja
plenamente satisfeito.
“Estar perto da natureza, traz imensos benefícios pois
temos alguns relatos de clientes que referem que no
lugar x ou y não conseguem fazer o mesmo que fazem
aqui”. O facto é que, com uma vista maravilhosa, alguns
clientes até fazem o aquecimento no parque, em vez
de o fazerem na passadeira, por exemplo, originando
“a tal diversidade que motiva e gera resultados”, porque
quanto mais se diversifica o treino, mais se consegue
abranger todos os músculos.
O melhor conselho que esta personal trainer pode dar
é que “a motivação é a base de tudo, temos que estar
motivados desde quando acordamos até à hora de
dormir para estar motivado no dia seguinte”.
“O desafio para o próximo ano é o de sempre, é fazer
com que as pessoas entendam a necessidade do
exercício físico para o bem-estar social, físico e mental
e ter sempre profissionais exclusivos, ou seja que só
trabalhem neste ginásio”, conclui Silvana Alves.
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“Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco. Se você
perdeu a honra, perdeu muito. Se você perdeu a
coragem, perdeu tudo.”
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Sempre na vanguarda e com uma aposta constante na inovação, o Hospital Lusíadas Porto é o primeiro e único hospital certificado
como centro especializado em medicina clínica aeronáutica da zona norte do país. Esta certificação atribuída pelo Instituto Nacional da
Aviação Civil, e de acordo com o JAR-FCL 3 – Flight Crew Licensing - permite a assistência, não só a pilotos nacionais, mas oriundos
de qualquer país pertencente à União Europeia.
Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital Lusíadas Porto
único centro de medicina aeronáutica no norte do país
O Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital
Lusíadas Porto avalia anualmente e certifica
o estado de saúde de mais de 500 pilotos
profissionais e particulares, assim como a
controladores de tráfego aéreo e tripulantes de cabine.
Este Centro, coordenado por Armindo Santo, está
certificado pela Autoridade Nacional de Aviação
Civil, sendo o primeiro e, até à data, o único hospital
certificado como centro especializado em medicina
clínica aeronáutica da zona norte do país.
Provido de instalações médico-técnicas adequadas
à elaboração de diversos e complexos exames
aeromédicos e compostos por uma equipa de médicos
com formação e experiência em medicina aeronáutica,
o Centro realiza exames de revalidação para pilotos
classe 1 e exames iniciais e de revalidação para pilotos
classe 2.
Assim, o Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital
Lusíadas Porto pode realizar não só os exames
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Rodapé_185x42+2mmbleed_af.pdf 1 07/12/15 08:52
médicos iniciais necessários à profissão, mas também
revalidações aos profissionais. De referir que estes
profissionais de aeronaves podem ser provenientes de
qualquer país pertencente à União Europeia, sejam eles
pilotos profissionais ou particulares, tripulantes de cabine
e controladores de tráfego aéreo.
Armindo Santo, coordenador do Centro, refere que
voar pode trazer diversas complicações para a saúde,
com maior incidência nos problemas respiratórios e
cardiovasculares, mas também alterações nervosas,
cefaleias e eventuais perdas de conhecimento,
consequência das alterações na pressão do ar, ou seja,
na diminuição da quantidade de oxigénio e mudanças
no ritmo interno do organismo humano.
Tal acontece uma vez que a pressão na cabine de um
avião atinge valores muito baixos, o que leva a que o
ar retido no corpo, como por exemplo nos pulmões,
ouvidos internos, seios perinasais e trato intestinal, se
expanda cerca de 25 por cento, causando desconforto.
Por todas estas razões, é de extrema importância que
os profissionais do setor da aviação estejam cientes dos
perigos da profissão e cumpram o acompanhamento
médico especializado ao longo da sua vida profissional,
através da realização de exames médicos exigentes e
adequados, seguindo os trâmites da Agência Europeia
para a Segurança da Aviação, a EASA.
O coordenador do Centro reforça que integrado na rede
hospitalar há toda a conveniência para os profissionais
sempre que estes precisem de avaliações médicas
fora do âmbito da medicina aeronáutica. Assim, podem
recorrer ao Hospital Lusíadas Porto para consultas de
rotina, mantendo-se, desta forma, uma ligação direta
entre todos os profissionais, respeitando sempre o sigilo
profissional.
O Hospital Lusíadas Porto tem uma acreditação
internacional de qualidade e segurança (Joint
Commission International), sendo o único hospital privado
do norte do país com esta distinção de excelência.
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inov
ação
e in
tern
acio
naliz
açãoP
erante um cenário de dificuldades económicas, as empresas têm que encontrar
soluções que lhes permitam ultrapassar os desafios que lhes são colocados todos
os dias.
No entanto, as melhores soluções serão sempre aquelas que forem inovadoras.
A questão não está em saber se a inovação deve ser uma atitude ou parte do ADN das nossas
empresas. A inovação tem que ser uma atitude permanente até se transformar no ADN das
nossas empresas.
Antes de falar sobre a necessidade de se criar uma cultura de inovação, é igualmente necessário
entender porque é que a inovação é importante para as organizações. E, para ficar mais claro,
é interessante separarmos a importância da inovação sob dois pontos de vista da organização:
o ponto de vista interno e o ponto de vista externo.
Do ponto de vista interno, a inovação é responsável pelo crescimento da empresa, cria postos
de trabalho, cria novos horizontes aos colaboradores e revitaliza a empresa.
Do ponto de vista externo, a inovação ajuda a enfrentar os desafios relacionados à globalização
da economia, ao aumento da concorrência, à diminuição do ciclo de vida dos produtos e ao
aumento na exigência dos consumidores.
Uma organização de sucesso deve possuir uma cultura que propicie sustentação para o
surgimento de diversas inovações ao longo do tempo e, caso não tenha uma, é altamente
recomendável que se procure criar essa cultura.
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- 19.00h - Aperitivos pôr-do-sol, Réveillon- 20.00h - Jantar de Gala com muita animação
no Restaurante Real com vinhos da cave do Hotel- 24.00h - Espumante e passas da felicidade,
despedida do ano 2015 - 02.00h - Ceia Beirã em buffet
Noite Extra - 40€Crianças até aos 8 anos: GRÁTIS - 1 por quartoInternet grátis em todo o hotel (interior e exterior)
DIA 01 - Pequeno-almoço buffet no Restaurante Real
- Brunch buffet no Restaurante Real, alojamento
DIA 02 - Pequeno-almoço buffet no Restaurante Real; Check-out
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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Com sede na Marinha Grande, o grupo HRV nasceu em 1982 por iniciativa de três técnicos especializados. Atualmente, a designada
HRV - Equipamentos de Processo dedica-se à instalação de linhas de produção de pellets, linhas para produção de rações para animais
e apresenta também soluções para a indústria química.
grupo hrv
Da Marinha Grande para o Mundo
O grupo HRV participou no III Fórum Económico
Portugal-Países Árabes, que decorreu em
Lisboa a 23 e 24 de novembro. Com esta
presença, a empresa pretendeu assinalar a
importância estratégica destes mercados, que oferecem
atualmente, boas oportunidades de negócio, com
principal destaque para Marrocos e Argélia. A empresa
tem “essencialmente interesse nestes países devido ao
seu grande desenvolvimento agroindustrial, tirando ainda
partido dos portugueses presentes nesses países, bem
como, do bom trabalho que as empresas portuguesas
têm desenvolvido, sobretudo, na construção civil” pontos
que no entender do grupo “favorecem a proximidade”
entre o grupo e os empresários daqueles países. Para
além de linhas de produção de pellets e de rações para
animais de consumo, o Grupo HRV apresenta ainda,
no setor químico, soluções ao nível de argamassas,
argila expandida, plástico granulado, sal, açúcar, café,
cereais em geral e todos os produtos sólidos possíveis
de serem armazenados, transportados, manuseados
e ensacados. A empresa faz ainda “projetos chave na
mão de fábricas de alimentos compostos para animais
(rações), de produção intensiva (aves), de animais de
companhia (cães e gatos) e de ração para piscicultura.
Implementamos sistemas de recolha e tratamento
de cereal”, explicam. Com 33 anos de experiência, o
grupo HRV está a apostar na internacionalização para
novos países por serem mais competitivos, “prevemos
que estes mercados possam contribuir nos próximos
anos em cerca de 20 por cento no aumento do volume
de negócios, ocupando assim um espaço (tempo e
energia), até aqui ocupado pelas unidades de biomassa
instaladas na Península Ibérica. A HRV passará a estar
presente num mercado, dedicado essencialmente, à
manutenção de unidades e equipamentos, pois, a atual
capacidade instalada nesses países está esgotada”,
esclarecem. Angola e Moçambique também fazem
parte dos planos de expansão, o grupo entende que
são “regiões com forte potencial que obrigam a outra
capacidade. O investimento em Angola passa pela
criação da HRV Angola, no sentido de dar suporte e
assistência técnica às fábricas que estamos a instalar
naquele país”. Numa outra vertente, a aposta na
inovação e na tecnologia também contribuiu para o
desenvolvimento do negócio. Assim, a empresa apostou
em diversos setores, ao longo dos anos, o que permitiu
adquirir competências e o know-how necessário. Neste
sentido, o Grupo HRV identificou como oportunidade
a produção de estruturas e software para máquinas
inseridas nas linhas de produção. Assim, foram criadas
duas empresas, a HRV - Trabalhos Eléctricos S.A. e
a VERISTEEL, S.A., passando a HRV - Equipamentos
de Processo, S.A. a ser a empresa responsável pela
componente comercial, pelos contactos com clientes,
pela coordenação dos serviços de manutenção, e pelas
actividades de Investigação e Desenvolvimento.
História com 33 anos de excelência
“São 33 anos de sucessos onde o trabalho e a dedicação
levaram a um arranque bem sucedido”. Desta forma, foi
em pouco tempo que o Grupo HRV conseguiu conquistar
a notoriedade ao nível da instalação e manutenção de
linhas de produção de alimento composto.
Em 2014, um importante passo foi dado com
a inaguração das novas instalações da HRV –
Equipamentos de Processo, S.A., na Zona Industrial
Casal da Lebre, na Marinha Grande. Na altura do evento,
a empresa fez questão de falar na estratégia do grupo
para os próximos anos, “se estamos no mercado dos
alimentos compostos e da biomassa, aí continuaremos,
embora as exigências sejam diferentes. Ou seja, antes
eram necessárias grandes produções, mas hoje o que
importa é otimizar, poupar energia e garantir a segurança
alimentar. Já na biomassa, temos de saber olhar para
as matérias primas em termos de poupança no sentido
de conseguirmos viabilizar os negócios dos nossos
clientes”, salienta o grupo.
Futuro
A expansão para novos mercados emergentes e a
consolidação dos negócios na Península Ibérica são os
objetivos traçados pelo Grupo HRV para os próximos
anos. Exemplo disso, foi a participação na construção
e na montagem da fábrica da Maxipet em Ferreira
do Zêzere, inaugurada no primeiro trimestre deste
ano. O grupo com sede na Marinha Grande pretende
concretizar esta expansão e consolidação através “
do desenvolvimento e busca de soluções técnicas
que permitam otimizar recursos energéticos, otimizar
recursos agrícolas, garantindo a segurança alimentar e
sustentabilidade”.
81
REVISTA BUSINESS PORTUGALINOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Desde há quase uma década que a Growtrade inova nas soluções de Gestão, Web e Mobilidade, assente numa política de capital
humano, situação que tem garantido grande estabilidade, quer na estratégia quer na estrutura empresarial.
growtrade
o seu crescimento é o nosso negócio
Qual a génese da GROWTRADE e qual o seu
posicionamento estratégico?
Júlio Maia de Matos (Director Comercial) - A mobilidade
é uma realidade presente na necessidade das empresas
há vários anos e os colaboradores da Growtrade, há mais
de 15 anos, que desenvolvem soluções de mobilidade,
garantindo-nos a pole position do desenvolvimento de
software focado nesta vertente, com muito trabalho e
excelentes profissionais.
Qual é o core business da GROWTRADE e quais as
principais áreas de competência?
Luís Nina (CEO) – Desenvolvimento e implementação
de soluções informáticas de gestão transversais e
integradas. A Growtrade conta com um vasto conjunto
de competências e, nesta medida, temos implementado
projetos em áreas que passam pela mobilidade (auto
venda, pré-venda, assistência técnica e vending e apps
empresariais) a soluções globais de gestão (ERP’s)
com a informatização de processos, tais como gestão
de retalho, fabricação, comerciais e fidelização (CRM),
logística (WMS e logística de alto impacto), entre outros.
A ligação da Growtrade ao conhecimento, objetivos e
necessidades dos clientes, levou ainda à coordenação
da implementação de projetos de Business Intelligence
e BPM (Business Performance Management), no sentido
de associar a informação à tomada de decisão quer
operacional quer estratégica.
Quais as soluções disponibilizadas pela
GROWTRADE e quais as suas vantagens
competitivas?
LN - São inúmeras as soluções disponibilizadas pela
Growtrade, sobretudo porque se baseiam em produtos
altamente customizáveis, permitindo tornarem-se um
“fato à medida” de cada cliente.
JMM - A Solução de Mobilidade do Vending foi
concebida para simplificar e agilizar as operações
de gestão e controlo das máquinas de vending. Uma
das principais vantagens da sua utilização é o nível de
rapidez que assegura nas operações de abastecimentos,
permitindo realizar rotas mais longas, sempre em
modo offline, a sincronização da informação recolhida
é efectuada a qualquer altura, sem a necessidade de
ligação permanente a dados móveis.
A integração da solução Growtrade com os moedeiros
adiciona ao controlo total de stocks o confronto com
o controlo dos valores recebidos nos moedeiros,
verificando assim os desvios que normalmente existem.
Através do software, a empresa tem a possibilidade da
gestão do parque de máquinas, definição de rotas, bem
como um conjunto elevado de análises que vão desde a
rentabilidade por máquina, aos produtos mais vendidos,
valor de inventário, taxa de quebras, entre outras.
Aliados aos seus produtos, a GROWTRADE oferece
um conjunto de serviços de qualidade nas áreas
da Consultoria, Formação e Desenvolvimento. Em
que consistem concretamente estes serviços?
JMM - Os nossos serviços vão desde a consultoria ao
nível de sistemas de informação, onde passamos a ser o
diretor informático dos clientes, até ao desenvolvimento
de ferramentas, sites, apps que identificámos como
sendo críticas para as organizações.
Qual a importância das parcerias estabelecidas
pela GROWTRADE?
LN - Um dos nossos valores é a procura incessante pela
excelência. Acreditamos em parcerias como espaços de
intensa aprendizagem e partilha de experiências, onde a
especialização e know-how de cada parceiro permitam
criar valor para os nossos clientes.
Quais os valores adotados pela GROWTRADE
que têm permitido seguir um rumo de afirmação
empresarial?
JMM - A capacidade de criar satisfação aos nossos
clientes, através da melhoria dos seus processos,
da funcionalidade dos seus meios humanos, do
conhecimento que as ferramentas lhe disponibilizam
para uma gestão e crescimento do seu negócio.
Que objetivos estão nos horizontes da
GROWTRADE?
LN - O nosso futuro passa por continuar a apoiar os
nossos parceiros a nível nacional, e ajudando no suporte
às suas operações a nivel internacional, com a expansão
dos nossos serviços.
JMM – Cimentar a posição da Growtrade noutras áreas
além do Vending, Assistência Técnica e Manutenção,
Field e Trade Marketing, é o objetivo para 2016.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
82
A marca AEG nasceu no final do século XIX em Berlim e, rapidamente chega a diversos mercados, como o mercado português, onde a
sua herança alemã é altamente valorizada pelos consumidores, por todos os valores de qualidade de construção, robustez, confiança
e inovação. Desde 1994 que a marca AEG foi adquirida pelo grupo Electrolux, sendo atualmente a marca premium do nosso grupo.
electrolux
O futuro passa pelo reforço da estratégia de inovação
Como tem sido o percurso no mercado nacional?
A AEG tem-se destacado pela sua inovação ao introduzir no mercado soluções que
transformam as próprias categorias de produto. Exemplo disso são os secadores
com bomba de calor, que permitem uma eficiência energética de A a A+++, que
desmistificaram a ideia de que os secadores têm elevados consumos energéticos.
Modernidade, inovação, tendência e sustentabilidade são algumas das
preocupações da marca. Esta estratégia tem-se revelado uma aposta
acertada? Porquê?
Sem dúvida que sim. E é especialmente em alturas de crise que os consumidores
procuram fazer investimentos acertados e duradouros. A compra de um
eletrodoméstico é um processo pensado e que necessita de bastante envolvência
por parte dos consumidores. Neste contexto, a marca AEG consegue oferecer a mais
recente tecnologia que se traduz em inovações que melhoram os resultados dos
consumidores, desde o cuidado da roupa, ao poder lavar e secar lãs e sedas até
aos excecionais resultados culinários, que se obtêm com os nossos fornos e placas.
Os resultados são notórios, conseguindo a AEG manter um crescimento na quota no
mercado de linha branca.
A pegada ambiental é também uma das vossas principais preocupações.
A sustentabilidade é mais do que uma preocupação. É uma forma de estar do Grupo
Electrolux, e faz parte dos nossos pilares estratégicos. E ocupa um papel de destaque
em todas as áreas da empresa, passando pela produção, utilização de materiais, até
às ações desenvolvidas entre os colaboradores para minimizar o impacto da nossa
atividade no ambiente.
Qual diria ser a principal missão da AEG?
Na marca AEG dizemos que somos pioneiros com uma visão. Porque conhecemos
as atuais necessidades dos consumidores e antecipamos as de amanhã, para que
possamos oferecer as inovações que lhe permitam alcançar resultados que excedam
as suas expectativas. Acreditamos na tecnologia inteligente que ajuda o utilizador, dia
após dia, a obter os melhores resultados em todas as tarefas que realiza em casa.
Esta tem sido a nossa paixão durante mais de 125 anos, uma paixão que continua a
motivar-nos hoje. Por isso, dizemos que estamos sempre um passo à frente!
Chegada a época de Natal, qual o presente ideal com a marca AEG?
Não é possível dissociar o Natal do facto de a família se reunir, normalmente à volta
da mesa e com muitas iguarias. Para que, durante todo o ano, se mantenha este
espírito de união, partilha e muito sabor, o presente ideal com a marca AEG é o
forno com função PlusSteam. Trata-se do mais acessível nível de vapor da nossa
gama e a sua especialidade são bolos, pães e pastelaria. Tendo em conta a nossa
tradição doceira, eu diria que em cada mês do ano haverá com certeza um excelente
motivo para celebrar. E não podemos deixar de nos congratular porque a AEG foi
recentemente premiada como Escolha do Consumidor na categoria de fornos, tendo
os consumidores destacado a AEG como a melhor marca relativamente à eficiência
energética, facilidade de limpeza e características técnicas.
Por onde passa o futuro da marca em Portugal?
O reforçar da nossa estratégia de inovação, cumprindo a nossa promessa de ajudar os
consumidores a levar o sabor a outro nível. A utilização de fornos a vapor, placas de
indução flexíveis e chaminés que se ligam automaticamente em função da potência
da placa permite aos consumidores não só obterem os melhores resultados, como
desfrutarem de uma experiência de culinária excecional.
Neste sentido pretendemos manter e reforçar a nossa parceria com o Chef Freddy
Guerreiro, que como utilizador dos equipamentos AEG nos vai dando as melhores
sugestões de utilização, assim como umas deliciosas receitas.
marisa piresAEG Portugal
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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A Bloqueira de Vermoim é uma empresa carismática que tem percorrido um percurso de afirmação empresarial, granjeando bons
resultados. A Revista Business Portugal quis saber quais os fatores que distinguem a empresa num mercado tão competitivo como o
atual e dar a conhecer o seu contributo no desenvolvimento e na criação de valor no contexto nacional.
A Bloqueira de Vermoim
Dedicação, confiança competência profissional
Situada no concelho de Vila Nova de Famalicão,
a Bloqueira de Vermoim é uma empresa de
cariz marcadamente familiar que iniciou a
sua atividade pelas mãos de Manuel Alves
Carvalho e Engrácia Dias de Abreu, um casal sonhador
e trabalhador, que realizou um dos seus sonhos ao
fundar uma pequena empresa à qual colocou o nome
individual Manuel Alves de Carvalho. Um percurso de
trabalho e dedicação que levou à criação da Bloqueira
de Vermoim, em 1994, sendo nos dias de hoje, uma
referência empresarial do nosso país.
Como resultado da visão e experiência do sócio
fundador Manuel Alves de Carvalho e os seus
herdeiros, a empresa têm-se evidenciado no setor
da comercialização de materiais de construção civil e
alcançado bons resultados.
José Carvalho, um dos filhos do fundador da empresa,
revelou em entrevista que, juntamente com o seu irmão,
Anselmo Carvalho, que cresceram no seio da empresa
e, naturalmente, acabaram por ir trabalhar e dar o seu
contributo para o desenvolvimento da Bloqueira de
Vermoim.
Com novas instalações desde 2005, a empresa está
vocacionada para a venda por grosso de materiais de
construção, atuando de norte a sul do país.
José Carvalho deu nota de que, depois de uma fase
menos positiva da construção, surgiu o novo paradigma
da reabilitação, o que levou a empresa a diversificar a
gama de produtos que disponibiliza.
Sempre com o intuito de estar um passo à frente
do seu tempo, salvaguardando igualmente o seu
posicionamento estratégico no mercado, a Bloqueira
de Vermoim pretende agora iniciar uma nova fase no
josé carvalho, manuel alves de carvalho e anselmo carvalhoAdministração
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
85
seu desenvolvimento com a abertura, em 2016, de
um espaço de venda ao público mais vocacionado ao
cliente particular. “Não queremos estar direcionados
apenas para um mercado, por isso criámos alternativas
de desenvolvimento, com investimentos para consolidar
a posição da empresa no mercado”, revela.
Parceiros de referência
Esta PME Excelência tem estabelecido ao longo do seu
percurso um vasto conjunto de parcerias de referência,
nomeadamente com a Danosa, Secil Cimentos, Telhas
CT-Cobert, Telhas Margon, Secil Martingança, Rações
Provimi, Tintas Sotinco e Fibroplac & Falper.
Na sequência da inauguração da nova fábrica da
Danosa, em Leiria, José Carvalho salientou que este
grupo espanhol fabrica uma grande variedade de
materiais e a Bloqueira de Vermoim estabeleceu esta
parceria com o intuito de ambas as empresas crescerem
juntas. “O crescimento da Danosa pode servir de âncora
para o crescimento da nossa empresa”, destacou,
acrescentando que a Bloqueira de Vermoim pretende
criar parcerias e sinergias com empresas que queiram
promover o desenvolvimento mútuo.
O segredo do sucesso
O responsável da Bloqueira de Vermoim considerou
que o trabalho e a qualidade imprimida são fatores
de sucesso. Desde o seu início que a empresa tem
procurado, sempre e como princípio fundamental,
a obtenção dos mais altos níveis de qualidade dos
seus produtos e serviços. A qualidade é uma opção
estratégica que desde o início da sua atividade tem
ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura
organizacional, funcionando como catalisador para que
a empresa continue a evoluir. A equipa de trabalho da
Bloqueira de Vermoim, composta por dez profissionais
dedicados, é outro dos segredos do sucesso da
empresa.
Em termos de futuro, José Carvalho e Anselmo Carvalho
estão preparados para mudar com o mercado. Para tal,
pretendem ganhar raízes e experiência empresarial, para
continuar o rumo de crescimento e desenvolvimento
da empresa que nasceu pela mão de Manuel Alves
Carvalho.
A consolidação da empresa passará por um novo
espaço de venda dedicado ao cliente em particular e, a
longo prazo, “queremos abrir pequenos espaços noutras
localidades para ir ao encontro das necessidades do
pequeno cliente. Pretendemos através do conhecimento
e de visão de negócio, propor aos nossos clientes
produtos, serviços e soluções adaptadas às atuais e
futuras tendências de mercado”, remata José Carvalho.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
86
Presente, desde 2007, no mercado de administração e gestão de condomínios, a QuorumGest aposta na inovação como forma de
oferecer aos clientes soluções de excelência e qualidade. Estivémos à conversa com os jovens fundadores da empresa, André Facote e
Andreia Coutinho, dois empreendedores que estão a marcar a diferença no ramo.
QuorumGest
A inovação faz a diferença
A QuorumGest surge após André Facote ter estado “um ano a trabalhar numa
empresa de gestão de condomínios. Depois desta experiência decidi lançar-
me na atividade juntamente com a minha sócia Andreia Coutinho”, revela
o sócio-fundador da Quorumgest. Os serviços prestados estão garantidos
através de parcerias com várias entidades, “somos dois colaboradores no escritório,
temos também a parte de engenharia e arquitetura. Quanto aos restantes, como a
limpeza e eletricidade, são garantidos através de outsourcing”, explica o entrevistado.
Para além de complexos habitacionais, a empresa também trabalha em escritórios,
complexos empresariais e parques industriais. Com sede na Amora, concelho do
Seixal, a QuorumGest atua desde Lisboa até à Península de Setúbal, abrangendo os
concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra,
Setúbal, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras e Sintra. Neste momento,
“temos em média 50 condomínios, quase 600 frações. Temos crescido de forma
sustentada, sólida e moderada. Para prestarmos um serviço de qualidade temos de ter
os pés assentes na terra, onde a competência e o profissionalismo imperam”, revela
Andreia Coutinho, sócia fundadora da QuorumGest. Os dois jovens empreendedores
estão a marcar a diferença na área, através da aplicação de ferramentas informáticas
inovadoras que facilitam o trabalho e a vida dos condomínios e dos condóminos.
“Temos a vantagem de sermos uma empresa inovadora, na margem sul, pelo método
de trabalho utilizado, através da aplicação dos meios informáticos. Qualquer condómino
tem acesso através do computador ou smartphone ao histórico, contas e recibos
de pagamento do condomínio. Temos uma plataforma online que faz contratos de
luz, água, gás e telecomunicações, tratamos ainda da certificação energética, estas
áreas não são o nosso core business, mas são uma inovação”, realça a interlocutora.
Questionados sobre se a idade facilita ou dificulta o trabalho, os interlocutores revelam
que “sermos jovens é mais um desafio, tentamos sempre responder a tudo. As pessoas
têm todas as respostas quer ao nível da legislação quer ao nível da operacionalidade da
gestão de condomínios, ao mesmo tempo rodeamo-nos de profissionais competentes
e fazemos uma aposta forte na formação contínua”. Analisando o atual panorama do
setor a nível nacional, os responsáveis pela QuorumGest consideram que “é urgente
haver uma fiscalização maior neste mercado”, remata Andreia Coutinho, visto que
a regulamentação existente permite grandes disparidades que não beneficiam o
setor, “a administração de condomínios movimenta valores avultados, mas ainda é o
parente pobre do imobiliário”, acrescenta André Facote. Sobre o futuro, os dois jovens
pretendem levar ainda mais longe o nome da QuorumGest, num trabalho assente
na inovação, transparência e profissionalismo “queremos continuar no bom caminho,
porque queremos marcar a diferença pela inovação. A gestão de condomínios é uma
área que necessita ser modernizada. A médio prazo pretendemos ainda abrir uma loja
em Lisboa, para terminar com alguma resistência de possíveis clientes desta zona”,
conclui Andreia Coutinho.
andreia coutinho e andré facoteAdministradores
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
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A entrevistada Isabel Gaspar dedica-se à administração de condomínios desde 2002, nas regiões de Alenquer, Carregado, Vila Franca
de Xira e Sacavém. A transparência e honestidade estão na base do seu trabalho. Hoje é a gerente da Maxidominios, a qual apresenta
um serviço de excelência e qualidade.
maxidominios
“A nossa base é a honestidade”
A missão da empresa passa por assegurar
que a “tranquilidade está ao alcance de
todos”. A gestão de condomínios surge
na sucessão “de um negócio de trabalho
temporário. Exerço esta atividade desde 1991, acontece
que, em 2001, surgiu a hipótese de uma empresa
de condomínios e arrancámos em 2002. Entrei no
mercado com condomínios na zona do Carregado e
Azambuja e alargámos até Mafra, em 2005, ficámos
também com a zona do Cartaxo. Hoje trabalhamos nas
zonas de Alenquer, Carregado, Azambuja, Vila Franca
de Xira e Sacavém”, explica Isabel Gaspar, gerente
da Maxidominios. Os serviços prestados englobam
a gestão e a manutenção dos espaços comuns
de prédios constituídos em propriedade horizontal.
Na Maxidominios a administração contabilística, as
comunicações obrigatórias e a representação do
condomínio estão asseguradas. No que diz respeito à
parte da manutenção, a empresa trabalha em parceria
com empresas especializadas em manutenção eléctrica,
elevadores, limpeza e vigilância. O apoio jurídico também
é garantido. A empresa posiciona-se no mercado
como “não tendo a solução mágica que resolva todos
os problemas, mas pretende colocar a experiência e
contactos profissionais ao serviço dos clientes com o
intuito de atenuar as dificuldades apresentadas”, explica
a entrevistada. A Maxidominios apresenta uma equipa
de profissionais que se pautam por princípios de grande
honestidade, lealdade e competência garantindo um
serviço de qualidade. Responsável por cerca de 85
condomínios, a Maxidominios é também o exemplo de
sucesso de liderança no feminino, numa empresa com
40 colaboradores, 34 são mulheres, incluindo a gerente.
“Hoje em dia, é fundamental ter uma empresa a gerir o
condomínio, porque as pessoas querem chegar a casa
e ver que tudo está a funcionar. Esta atividade necessita
de uma regulamentação urgente. Há muito que se fala
disso, mas a ideia ainda não saiu do papel. Qualquer
pessoa hoje em dia pode exercer esta atividade
aproveitando o vazio legislativo que a tutela permite
que qualquer curioso sem formação ou conhecimento
exerça a gestão de condomínio”, revela Isabel Gaspar,
gerente da Maxidominios. Questionada sobre o que
diferencia a empresa, a interlocutora explica que “não
tenho fidelização com nenhum cliente, o meu elo de
ligação com o condomínio é a confiança mútua. Já
tive situações de condomínios que foram mas voltaram.
Por vezes, enfrento algumas discordâncias, mas sou
transparente e honesta”. A mensagem que deixa a todos
os empresários e empreendedores é que “nunca deixem
de acreditar naquilo que são capazes, trabalhando
com base nisso mesmo”, salienta a entrevistada,
acrescentando que “a gestão de condomínios é como
um filho” pois é um projeto ao qual me dedico todos os
dias há mais de 20 anos.
isabel gasparAdministradora
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Com sede em Vila Nova de Gaia, a empresa está presente em todo o país, oferecendo soluções de publicidade exterior que passam pela
decoração, artes gráficas, outdoors, sinalética e mupis. Um trabalho assente na inovação que está a marcar a diferença no panorama
publicitário nacional.
insígnia publicidade
A Insígnia da inovação
A experiência de mais de 20 anos no ramo
publicitário resultou no surgimento da
Insígnia. “Para uma empresa que foi criada
a partir do zero está a afirmar-se bem
no mercado nacional. A Insígnia começou há quatro
anos e, inicialmente, dedicou-se a 100 por cento à
publicidade exterior, ou seja, exploração e fabricação de
suportes publicitários que dessem sustentabilidade ao
crescimento da empresa e possibilidade de expandir o
seu leque de oferta”, revela Cláudio Queirós, da Insígnia.
A entrada numa área onde existe forte concorrência não
demoveu os fundadores da empresa. Inicialmente, “foi
fundamental encontrar as sinergias certas, de clientes
e fornecedores, que apostaram na Insígnia, tivémos de
ter uma atitude diferente daquilo que é o tradicional,
na publicidade. Primeiro, tentámos aliar um espírito de
confiança, rigor e qualidade, fornecendo sempre um
acompanhamento personalizado, indo ao encontro
das expectativas do cliente”, afirma Cláudio Queirós. O
sucesso da Insígnia reside num crescimento à medida
das possibilidades, “nos primeiros dois anos foi a fase
de arranque, de explorar” relembra, “como já vinha do
ramo, todas aquelas lacunas de que tinha conhecimento
foram logo colmatadas. Começámos com meia dúzia
de suportes publicitários, depois passámos a ter 50,
fomos aumentando progressivamente para 100 e 200.
Neste momento, quatro anos depois, temos quase
500 pontos publicitários, espalhados por todo o país.
Somos uma empresa sólida e sustentável”, sublinha
Cláudio Queirós, da Insígnia. Mas a expansão também
se deve “a uma aposta forte na inovação, através do
recrutamento de colaboradores especializados. Nos
últimos dois anos, passámos de dois elementos para
13. São profissionais que também já estão na área há
alguns anos, com experiência, qualidade e capacidade
de resposta. Outra vertente importante, é a formação
que é contínua e constante. Damos formação interna
e externa, de forma a que todos os funcionários
saibam desempenhar um pouco todas as funções, isto
porque, se algum trabalhador se ausentar um colega
pode assumir a sua função”, explica o entrevistado. A
estabilização da empresa, num mercado tão exigente,
contou com o apoio dos clientes, uma vez que não
existiu nenhum financiamento externo, a sustentabilidade
veio com a qualidade do trabalho e a “colaboração
de fornecedores, apostando nos clientes da Insígnia.
Embora tenhamos experiência de mercado, a empresa
continua empenhada em ganhar e manter a confiança
do mercado. A dada altura, decidimos investir em novos
equipamentos que aumentaram a nossa capacidade de
resposta e a qualidade dos serviços. O investimento, na
ordem dos 400 mil euros, nas vertentes da serralharia,
pintura, máquinas de impressão de pequenos e grandes
formatos, corte e laminadoras, permitiram abranger
novas áreas e maior capacidade de resposta. O cliente
pede-nos um serviço e estamos apenas dependentes
de nós para o executar”, esclarece o interlocutor.
Futuro
A Insígnia “criou um negócio sólido e sustentável.
Atingimos todos os objetivos que traçámos para os
primeiros anos da empresa e assim temos equipamentos
para uma produção própria, reunindo todos elementos
que sustentam essa mesma produção, temos
colaboradores capazes, de confiança e empenhados, o
que nos traz notoriedade. É isto o segredo da Insígnia”,
esclarece o entrevistado. Olhando agora em frente, há
novas metas traçadas para os próximos tempos “o
próximo passo é a internacionalização, o Brasil é um dos
mercados onde a Insígnia quer chegar, mas primeiro, é
preciso perceber o mercado e ter alguém de confiança
que possa colaborar a partir de lá. Duplicar os espaços
que temos em terreno nacional, sobretudo na zona
centro e sul, é outra meta que queremos alcançar”,
conclui Cláudio Queirós, sublinhando que a “Insígnia é
sólida e coerente, procurando, acima de tudo satisfazer
as necessidades dos clientes”.
cláudio queirósAdministrador
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
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A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) tem por missão coordenar e execução das políticas de educação
e formação profissional de jovens e adultos e assegurar o desenvolvimento e a gestão do sistema de reconhecimento, validação e
certificação de competências. Conversamos com Gonçalo Xufre, presidente do Conselho Diretivo da ANQEP.
Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP)
A importância do ensino profissional
O ensino profissional tem registado, nos últimos anos, uma grande evolução.
Que avaliação faz do panorama atual do ensino profissional em Portugal?
O ensino profissional está hoje tão presente nas escolas quanto os tradicionais cursos
científico-humanísticos. Praticamente todas as escolas secundárias da rede pública
oferecem cursos profissionais, o que significa que os jovens podem optar por um leque
muito alargado de formações (mais de 100).
Entendido como qualquer modalidade de dupla certificação, este ensino representa já
cerca de 48% dos alunos matriculados no secundário.
Estes dados revelam a consciência social que se começa a ter da relevância desta
formação para o desenvolvimento social e económico do país e, consequentemente,
para a sua sustentabilidade. Além disso, este ensino começa a ser encarado como uma
opção com mais vantagens para os próprios jovens, designadamente no que se refere
a uma transição melhor-sucedida para o mercado de trabalho.
Considera que o estigma relativo ao ensino profissional tem vindo a ser
desmistificado? O ensino profissional passou a ser uma primeira opção de
muitos alunos, isso revela uma mudança de paradigma e de mentalidades?
Sim, em parte por influência da crise económica que veio despertar a necessidade
de se efetuarem escolhas com maior potencial de empregabilidade. E, neste aspeto,
indubitavelmente, os cursos profissionais preparam os jovens para o exercício de uma
profissão, atingido o 12º ano, o que já não sucede com os cursos apenas orientados
para o prosseguimento de estudos.
Quais as vantagens competitivas do ensino profissional?
Uma das vantagens mais evidentes reside no nível de qualificação que proporcionam
(nível 4), ou seja, um nível acima ao dos cursos científico-humanísticos. Mas, mais
relevante, é a preparação dos jovens com conhecimentos e competências associados
ao efetivo exercício profissional. De destacar ainda a proximidade destes cursos ao
tecido empresarial, designadamente por via da formação em contexto de trabalho que,
em regra, facilita a integração dos jovens na vida ativa e o aprofundar de competências
hoje muito valorizadas (as chamadas soft skills - tais como o trabalho em equipa, a
pró-atividade, o empreendedorismo) e determinantes para a manutenção dos postos
de trabalho.
O ensino profissional tem como argumento a expectativa de empregabilidade,
ao mesmo tempo que não invalida um eventual ingresso no ensino superior.
É pertinente falarmos também em vantagens no que respeita a esse mesmo
ingresso?
Muito embora estes cursos não estejam vocacionados para o acesso ao ensino
gonçalo xufrePresidente do Conselho Diretivo
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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superior, na verdade muitos jovens expressam ter tido
vantagens competitivas também nesta vertente, devido
às competências técnicas e práticas adquiridas. A
prática, muitas vezes, proporciona ensinamentos até
mais consolidados do que os saberes meramente
académicos. Além disso, o ensino profissional
desenvolve não só competências mas também atitudes
e confere maturidade (por via dos projetos que os jovens
desenvolvem), o que acaba por ser vantajoso também
para o prosseguimento de estudos.
Haverá outros casos em que os alunos encaram
a possibilidade de criarem o próprio emprego.
Em que medida é que esta tipologia de ensino
propicia a aquisição de ferramentas para o
empreendedorismo?
Para finalizarem os cursos, os jovens do ensino
profissional têm de realizar uma prova de aptidão
profissional que consiste na criação e defesa de um
projeto perante um júri (com elementos de empresas,
de parceiros sociais, etc.). Assim, desde muito cedo,
estes jovens vêem-se confrontados com a necessidade
de responder a desafios, criando projetos muitas
vezes inovadores. Alguns acabam por ser apoiados
financeiramente por empresas. Em muitas escolas, os
jovens são também incitados a responder a concursos e
a ideias de projetos lançados por empresas, focando-se
no empreendedorismo. Outros aspeto potenciador do
empreendedorismo relaciona-se com o facto de estes
cursos integraram momentos de formação prática em
contexto real de trabalho.
Acredita que o ensino profissional será um dos
mais valiosos instrumentos de qualificação nos
próximos anos? Porquê?
Por via das mudanças que estão a ocorrer na Europa,
o valor da qualificação está cada vez mais relacionado
com os resultados de aprendizagem, ou seja, com
aquilo que os jovens são capazes de demonstrar e de
fazer quanto terminam um percurso formativo. Estes
resultados são expressos em conhecimentos, aptidões
e atitudes e é isso que começa a ser valorizado pelas
empresas, por corresponder ao que procuram. E, nesta
matéria, não há dúvidas que o ensino profissional, pela
matriz curricular que tem e pela sua natureza, apresenta
vantagens competitivas.
Um dos objetivos da ANQEP é fazer de 2016 o
ano do ensino profissional. Que estratégias serão
implementadas para alcançar tal desiderato?
A promoção e valorização do ensino profissional tem
sido uma aposta da ANQEP desde a sua génese. Nos
últimos anos, apostámos sobretudo em evidenciar o
carácter prático e dinâmico do ensino profissional e
em captar as empresas para esta causa. Em 2016,
pretendemos reforçar este temática, não só com
a criação de novos instrumentos que auxiliem os
profissionais de orientação a demonstrar a relevância
destes cursos mas também com a generalização de
mecanismos que deverão realçar a sua qualidade, por
via da adoção de um sistema de garantia da qualidade
e do redesenho dos currículos, aproximando-os ainda
mais das necessidades evidenciadas pelas empresas.
Em concreto, pretendemos criar condições para a
implementação em Portugal do Sistema Europeu
de Créditos do Ensino e Formação Profissionais
(absolutamente determinante para a mobilidade dos
estudantes e dos trabalhadores no espaço europeu) e
para uma progressiva aproximação destas formações,
no presente, às necessidades de qualificação requeridas
pelos empregos de amanhã.
Que outros objetivos e projetos estão nos
horizontes da ANQEP?
A ANQEP espera criar novos instrumentos de apoio
à atividade dos Centros para a Qualificação e o
Ensino Profissional, nomeadamente no que concerne
à qualificação de adultos que não dispõem das
competências consideradas básicas para o ingresso
nos percursos de qualificações disponíveis no atual
Sistema Nacional de Qualificações e à integração de
adultos portadores de deficiências e incapacidades.
Até ao momento, apenas existe um referencial de
competências-chave para o reconhecimento de
competências, para estes públicos, até ao ensino
básico. Pretendemos alargá-lo ao ensino secundário,
hoje considerado o patamar mínimo de qualificação
requerido para uma cidadania ativa.
Além disso, pretendemos ainda lançar as condições para
que as empresas possam, no âmbito da sua formação
contínua, recorrer mais à validação das competências
obtidas de modo formal e não formal.
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Uma empresa que marca a diferença no mercado pelo profissionalismo, os imóveis únicos e exclusivos e o atendimento personalizado
que oferece aos seus clientes. Estamos a falar da Dom Senhorio, uma empresa que se destaca no setor imobiliário, sobretudo, pela
seriedade e a eficiência do serviço que presta. A administradora e fundadora da empresa, Rosalva Fonseca fala –nos com entusiamo e
esboça um rasgado sorriso de satisfação sobre o inicio da sua atividade no setor “Eu era uma menina, tinha 20 anos quando comecei
a trabalhar nesta área , sempre com muito empenho e responsabilidade, prezando pela qualidade do serviço desenvolvido”. Depois
de obter uma vasta experiência ao longo de quase 30 anos Rosalva Fonseca decidiu criar, em 2011, a Dom Senhorio, Sociedade de
Mediação que logo se tornou uma empresa de referência.
Dom Senhorio
“UM SERVIÇO IMOBILIÁRIO DE EXCELÊNCIA”
A Dom Senhorio oferece serviços de
angariação, venda e arrendamento de
imóveis por todo o país, garantidos por
profissionais experientes e conhecedores
do mercado imobiliário a nível nacional. A seleção
dos imóveis é feita segundo requisitos de qualidade
e excelência, nomeadamente na localização. “Temos
vontade de servir sempre bem os nossos clientes e
para isso adotamos uma posição de rigor e proximidade
com eles”, afirma Rosalva Fonseca, administradora da
empresa. O atendimento personalizado é a característica
que mais diferencia a Dom Senhorio das outras
empresas do setor, “procuramos o imóvel conforme a
vontade do cliente, ou seja, o cliente diz-nos o que
procura e realizamos uma vasta pesquisa que preencha
as suas necessidades”, acrescenta Rosalva. Outra
particularidade desta empresa é a exclusividade de
negociação de alguns imóveis especiais “temos imóveis
exclusivos , com características únicas que não são
divulgados, nem publicitados. Por vezes o proprietário
não deseja notoriedade na venda, assim fazemos um
trabalho discreto que atende a necessidade do cliente”,
afirma a administradora, acrescentando ainda que
possuem uma carteira de clientes muito ativa.
Ao longo dos anos, o trabalho da empresa tem resultado
em parcerias muito importantes. “Temos clientes que
estão connosco há mais de 20 anos”. O que pode
ser explicado pelo atendimento que não termina com
a concretização do negócio “O acompanhamento não
se esgota com a angariação e a promoção da venda
ou arrendamento, nem na realização da escritura da
propriedade.. O cliente tem sempre o nosso apoio”,
conclui Rosalva Fonseca.
A Dom Senhorio é uma empresa moderna que faz
uso das novas tecnologias para conseguir melhores
resultados naquilo que executa. Um dos objetivos da
empresa é possibilitar que o cliente encontre a casa
dos seus sonhos ou o lugar ideal para desenvolver
seus projetos. “O sucesso da nossa empresa se
explica pelo atendimento que se ocupa realmente em
dá respostas positivas ao cliente, há muito empenho e
muita seriedade em oferecer um serviço e produto de
qualidade para aqueles que nos procuram”, acrescenta
Rosalva Fonseca.
Sediada em Lisboa, a empresa também está presente na
Espanha. No site da Dom Senhorio é possível encontrar
imóveis de várias tipologias, localizados, nomeadamente
em Portugal e em Espanha para comprar ou arrendar.
“Começamos a trabalhar o mercado espanhol. Em
Espanha, trabalhamos sobretudo com os imóveis
especiais, ou seja, num mercado que não passa pela
publicidade, portanto são direcionados a clientes
específicos”, afirma Rosalva Fonseca.
A administradora ressalva ainda que há nesses últimos
anos um crescimento bastante acentuado de negócios
efetuados com os estrangeiros “Há um interesse muito
grande dos angolanos, dos franceses e dos brasileiros.
Os clientes brasileiros são muito exigentes, estão
sempre a procura do que há de melhor e daquilo que
é mais requintado em nível de imóveis”, coloca Rosalva
Fonseca.
rosalva fonsecaAdministradora
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Em crescente expansão a marca Bosch é sinónimo de qualidade e de credibilidade no mercado, com cerca de 360 subsidiárias
distribuídas por diferentes países, prevê contratar em Portugal cerca de mil colaboradores, até o final de 2018.
bosch car service
LIDER MUNDIAL NO FORNECIMENTO DE TECNOLOGIA E SERVIÇO
A Bosch é uma marca provida de níveis de
notoriedade reconhecida por todos, sendo
associada de imediato à qualidade e inovação, não
só no nosso país, mas em todos os países que está
presente. E em que áreas?
A Bosch é líder mundial no fornecimento de tecnologia
e serviços. Em 2014, tínhamos mais de 290 mil
colaboradores, o que permitiu gerar uma faturação
próxima dos 50 mil milhões de euros. O Grupo é
constituído pela Robert Bosch GmbH e cerca de 360
subsidiárias e empresas regionais, localizadas em 50
países. Se se alargar essa rede aos representantes de
vendas e serviços, então a Bosch está presente em
cerca de 150 países.
A estrutura da propriedade da empresa garante a
autonomia empresarial necessária para assegurar o
seu futuro. Operacionalmente, o Grupo desenvolve a
sua atividade em quatro áreas: Soluções de Mobilidade,
Tecnologia Industrial, Bens de Consumo, e Tecnologia de
Energia e de Edifícios.
A permanente preocupação com a excelência e a
aposta na inovação para melhorar a qualidade de
vida das pessoas são a base do negócio da Bosch. O
lema “Tecnologia para a Vida” é o vetor que sustenta
essa estratégia, tanto em Portugal como no mundo.
Exemplificando com o caso português, a empresa tem
investido em inovação em parceria com universidades
locais, de forma a expandir os serviços que presta ao
resto do Grupo e também atrair mais projetos para
produção no país. Neste sentido, prevê-se a contratação
de cerca de mil colaboradores até ao final de 2018 e
um plano de investimento direto de 50 milhões de euros
até ao final do próximo ano (2016).
Em que vertentes do ramo automóvel podemos
encontrar a Bosch?
A Bosch é uma marca reconhecida internacionalmente
como sinónimo de qualidade, inovação e seriedade. A
área da tecnologia automóvel é a que mais se destaca
dentro do Grupo, correspondendo a 62 por cento do
volume de vendas. Neste setor, a Bosch atua em duas
frentes. Por um lado, no desenvolvimento de tecnologia
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e saiba qual o preço fixo para a revisão do seu automóvel.
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e no fabrico de componentes e sistemas que equipam
as viaturas nas linhas de montagem dos construtores
de automóveis. Por outro lado, estamos presentes no
aftermarket. Neste contexto, a colaboração da Bosch
estende-se a todo o mercado de reparação e manutenção
automóvel multimarca. Para além de uma vasta gama de
peças de substituição, comercializamos equipamentos
de diagnóstico e comprovação para oficinas auto, às
quais também proporcionamos formação técnica e um
abrangente leque de serviços. Esta abrangência singular
permite à Bosch manter a maior rede de oficinas do
mundo, a rede de oficinas Bosch Car Service. Uma
marca internacional que há mais de 90 anos, lidera
o mercado da reparação e manutenção automóvel,
também, em Portugal. Atualmente, a marca Bosch Car
Service está presente em 150 países com mais de
16.500 oficinas associadas. Todos os anos, 50 milhões
de carros são assistidos na rede Bosch Car Service, o
que equivale a três veículos a cada dois segundos.
No nosso país, para além de uma forte presença no
aftermarket, a Bosch tem projetos ligados ao ramo
automóvel na unidade em Braga, em particular os
projetos de multimédia como sistemas de instrumentação
e infotainment livremente programáveis, os sistemas
com tecnologia dual view e os Head-Up-Displays, com
foco na segurança e no conforto do condutor e nas
necessidades de conectividade do mercado tecnológico.
Em Portugal, as oficinas Bosch Car Service
prestam serviços de assistência automóvel para
todas as marcas?
Existem mais de 140 oficinas Bosch Car Service
distribuídas por todo o país. Dada a cobertura ímpar por
todo o território nacional é fácil encontrar uma oficina
Bosch Car Service por perto. Estas oficinas prestam
serviços de manutenção e reparação, dos mais simples
aos mais complexos, em automóveis de todas as marcas,
modelos e idades, sempre com garantia. A Bosch Car
Service conta com uma carteira de clientes vasta e
diversificada, constituída tanto por clientes particulares
como por empresas com frotas de dimensões muito
variáveis, aos quais garantem mobilidade, segurança,
conforto, comodidade e, também, competitividade de
preço.
Que factores deverá ter o condutor em conta
ao escolher uma oficina multimarca e porquê
escolher a Bosch Car Service?
Os automóveis querem-se nas estradas, e não nas
oficinas. E o que os automobilistas querem, sobretudo,
é utilizar os seus automóveis para satisfazer a sua
necessidade de mobilidade sem sobressaltos, com
o máximo de segurança, conforto e prazer. Para que
isso aconteça, devem poder contar com uma oficina
de confiança que lhes proporcione aconselhamento
profissional e um serviço de manutenção adequado
para as suas viaturas. Um automóvel que se mantenha
nas devidas condições de manutenção não precisa de
ir muitas vezes à oficina, prevenindo-se assim o risco
de avarias. As oficinas Bosch Car Service correspondem
totalmente aos requisitos dos automobilistas de
hoje. São oficinas de confiança, que trabalham com
transparência num local, horário e preço acessível,
oferecendo ao cliente garantia em todos os serviços que
possam necessitar, desde a manutenção e reparação,
passando pela mudança de óleo e filtro, a substituição
de uma bateria, ou o diagnóstico e reparação de uma
avaria eletrónica. Tudo, com um serviço após venda a
nível nacional.
Para além dos mais de 140 pontos de localização
das oficinas Bosch Car Service, a rede dispõe de um
website www.boschcarservice.pt onde, entre outras
informações, é possível consultar qual a oficina mais
próxima. Disponibiliza também um número de contacto
grátis dedicado aos clientes da rede, que é o 800 50
40 30 e que presta todas as informações úteis tais
como, localizações, serviços disponíveis, agendamento
centralizado, campanhas em vigor, orçamentos prévios
para uma diversidade de operações sem que o cliente
tenha de deslocar-se à oficina, com total comodidade e
transparência.
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A propósito da importância do biodiesel nos dias de hoje, pelo seu indiscutível papel no contexto das energias renováveis, conversamos
com Jaime Braga, secretário-geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis sobre o papel e importância da mesma
na sua promoção.
appb
a alternativa aos combustíveis fósseis
Para quem não conhece a Associação, como
identificaria a mesma e qual a sua principal
missão em Portugal?
A APPB – Associação Portuguesa de Produtores de
Biocombustíveis foi constituída em Abril de 2009,
tendo sido fundada pelos principais produtores de
biodiesel: Iberol; Fábrica Torrejana; Prio Biocombustíveis;
Biovegetal e Sovena. O biodiesel tem um indiscutível
papel a desempenhar no contexto das energias
renováveis, especialmente no setor dos transportes
rodoviários, apresentando-se como uma alternativa
ecológica aos combustíveis fósseis, vindo a assumir um
papel de destaque na defesa da sustentabilidade e na
redução da dependência das importações de energia
na União Europeia. Nesse sentido, a União Europeia
alterou a norma do Gasóleo (EN 590) de forma a
permitir incorporações até 7 por cento de biodiesel
no gasóleo. Porque toda a legislação do setor está em
mudança e existe um total desconhecimento por parte
do grande público sobre a realidade do biodiesel, foi
sentida a necessidade de congregar esforços entre os
interessados para que se possa fazer face aos destinos
de um setor claramente indispensável.
De que forma conseguem levar a cabo a mesma?
A APPB, como associação empresarial reconhecida
no seu papel de representante do setor, tem assento
no Conselho Nacional dos Combustíveis, e tem sido o
interlocutor do Governo e dos órgãos competentes da
Administração Pública para a defesa da utilização de
biocombustíveis nos transportes e outros fins energéticos.
Paralelamente, a APPB tem como objetivo a criação de
uma fileira para a produção de biocombustíveis, desde a
sua produção agrícola ao consumo final.
O biodiesel e as suas apetências são ainda
desconhecidas do público?
O biodiesel não consta do vocabulário dos consumidores
portugueses, que apenas conhecem o gasóleo. Na
realidade, poucos sabem que, quando utilizam o produto
denominado gasóleo, estão a consumir biodiesel que foi
nele incorporado por força da lei. As matérias-primas
que estão na base da produção de biodiesel são de
origem agrícola e o seu cultivo, em Portugal poderia
gerar um número considerável de empregos, reduzindo
a fatura energética nacional. Estamos convencidos de
que tal desinteresse desapareceria se parte dessas
matérias-primas fossem de produção nacional.
Qual o seu papel nas energias renováveis e qual a
sua aplicabilidade no dia a dia dos portugueses?
Como foi mencionado, o biodiesel é fabricado a partir de
óleos e gorduras que são, sobretudo, de origem agrícola.
O biodiesel é, também, um destinatário privilegiado para
o escoamento de subprodutos e de resíduos, dos quais
se destacam as gorduras de origem animal impróprias
para a alimentação, os óleos alimentares usados ou fora
da especificação e, até, óleos e gorduras recuperados
de águas residuais. O biodiesel, pela sua escala
de consumo, e uma vez que é, de longe, o principal
biocombustível, tem um papel incontornável no grupo
das energias renováveis em Portugal. Portugal tem
metas muito ambiciosas para as energias renováveis, 3
1por cento em 2020 e 40 por cento em 2030, e os
biocombustíveis poderão significar um décimo desses
valores. Concretamente, já hoje Portugal apresenta uma
quota de renováveis no total da energia consumida
de cerca de 28,5 por cento, sendo que sem os
biocombustíveis, essa quota não excederia os 26 por
cento.
Na sua opinião, porque é que o biodiesel é ainda
subvalorizado ?
O biodiesel é hoje subvalorizado pelo público e, até,
por muitos decisores públicos e do setor económico,
porque vive “à sombra” do gasóleo, uma vez que é
esta, e apenas esta, a denominação do produto que é
consumido. Por outro lado, talvez porque a produção
de biodiesel já atingiu a maturidade e se constitui como
a forma mais competitiva de redução da utilização de
combustíveis fósseis, a sua promoção já não consta
dos planos oficiais e o tema já não é o mais sugestivo
para os meios de comunicação social que, esses sim,
chegam ao público. Por outro lado, as prioridades atuais
de combate às alterações climáticas, estão a provocar
a promoção da mobilidade elétrica que, pese os seus
méritos e potencial futuro, ainda tem que percorrer muito
caminho para a sua competitividade e para de constituir
como alternativa no transporte profissional ou, até, no
particular.
No seu entender, o que ainda é necessário alterar?
A procura da sustentabilidade na produção da energia
necessária à atividade humana não pode estar sujeita a
modas ou preconceitos. O mundo necessita de energia
em quantidades crescentes e todas as possibilidades
para a sua obtenção sem esgotar as reservas de origem
fóssil são necessárias e devem ser consideradas na exata
medida da sua disponibilidade e do impacto ambiental
e económico que delas resultem. Os biocombustíveis
e, sobretudo, o biodiesel, têm um papel indispensável
no cabaz energético, porque são uma das principais
fontes renováveis de energia e numa quantidade para
a qual não se vislumbra substituto a médio prazo.
Neste sentido, é necessário que o enquadramento
dos biocombustíveis, aos níveis europeu e nacional,
reconheça o seu papel, clarificando o seu estatuto de
energia renovável e sustentável.
E projectos futuros, o que nos pode revelar?
A APPB está neste momento a trabalhar em dois
projetos:
• a promoção da imagem do setor
• o estímulo da produção agrícola nacional
sustentável das matérias-primas de que necessita para
o fabrico do biodiesel.
Por onde passa o futuro da APPB?
O sucesso da concretização dos projetos e o bom
senso que se espera por parte das instâncias europeias
e da legislação nacional no enquadramento do setor
dos biocombustíveis serão as chaves do futuro desta
Associação.
jaime bragaSecretário Geral
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO