revista business portugal | julho '15
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#DontCrackUnderPressure
TAG HEUER 27° EVOLUTIONSébastien Ogier tem um objectivo: Ganhar! Ogier foi oito vezes Campeão Mundial de Rali,
e este ano está a lutar pelo próximo título. Como a TAG Heuer Avant-Garde Eyewear, pretende superar o seu melhor e nunca ceder à pressão.
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óptica,
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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA
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#DontCrackUnderPressure
TAG HEUER 27° EVOLUTIONSébastien Ogier tem um objectivo: Ganhar! Ogier foi oito vezes Campeão Mundial de Rali,
e este ano está a lutar pelo próximo título. Como a TAG Heuer Avant-Garde Eyewear, pretende superar o seu melhor e nunca ceder à pressão.
Dis
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óptica,
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RECONHECER O MÉRITOINCENTIVAR A QUALIDADE
PME LÍDERPME EXCELÊNCIA
DISTINGUIMOS EMPRESAS COM GALARDÃO PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA
O Banco BIC registou um crescimento de 77% na carteira do crédito protocolado, desde o final de 2013. Esta evolução demonstra bem o nosso compromisso com as empresas e com a economia portuguesa.O protocolo que celebrámos com o IAPMEI e o Turismo de Portugal confere à sua empresa a possibilidade de aceder aos estatutos de qualificação PME Líder e PME Excelência.Para além do reconhecimento público, que representa um selo de qualidade que passa a apresentar na relação com o mercado, pode ainda beneficiar das seguintes vantagens:
bonificação nos spreads e majoração dos montantes de crédito ao abrigo da Linha PME Crescimento 2015 e outras linhas de crédito protocolado;
redução no spread em função do rating da sua empresa em novas operações de crédito no Banco BIC;Continuaremos a trabalhar com entusiasmo e responsabilidade para fazer crescer as empresas que se distinguem entre as PME nacionais.
Contacte-nos para fazer a sua candidatura através do Banco BIC.
Não dispensa a consulta das condições dos produtos e do preçário em vigor junto do Banco BIC.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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EDITORIAL
Editorial
além-fronteiras se faz portugal
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO24 - Banco BIC Portugal30 - Virtual Form34 - BASF
A BEIRA BAIXA44 - Junta de Freguesia da Aldeia de St. Margarida50 - Misericórdia de Rosmaninhal
Sabia que há actualmente 8.298 empresas portuguesas em processo de internacionalização com Angola? E
outras quantas para o Brasil e Cabo Verde? É um mundo de oportunidades que as empresas nacionais têm estado
a explorar, de modo a crescerem com força, aliadas igualmente à inovação.
Para uma melhor percepção desta nova realidade e do que esperam as empresas portuguesas, acompanhamos
o recente seminário “Crescer para expandir: Oportunidades de Negócio e de Financiamento à Inovação e
Internacionalização”. Aqui, os empresários presentes perceberam a importância da promoção do aumento
da competitividade e o estímulo à internacionalização, bem como a necessidade de aumentar a capacidade
exportadora das empresas.
Mas porque nem só de além-fronteiras se faz Portugal, trazemos alguns exemplos das mais variadas áreas de
negócio de algumas empresas nacionais.
Além disso, destacamos alguns Municípios que continuam a apostar e a implementar as mais diversas medidas
de apoio e acção social, assim como em investimento próprio, de forma a proporcionarem às empresas e aos
seus habitantes uma maior capacidade de desenvolvimento e uma vida melhor.
São alguns desses exemplos que trazemos à edição de Julho da Revista Business Portugal.
Diana Ferreira não segue o novo acordo ortográfico
FICHA TÉCNICA
Diretor
Fernando Silva
EDITORA
Diana Ferreira
REDAÇÃO
Kathleen Araújo
Rita Carreira
Sara Gomes
Síliva Correia
Vera Pinto
Ana Miguel Lopes
Mafalda Guedes Miguel
Marta Caeiro
Rita Burmester
Sílvia Martins
PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN
Tiago Rodrigues
SECRETARIADO
Paula Assunção
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO
Cátia Fernandes
Fernando Lopes
Filipe Amorim
Isabel Brandão
José Machado
José Alberto
Luís Branco
Luís Silva
Manuel Fernando
Paulo Padilha
Pedro Duarte
Rui Diogo
EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE
Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.1/6.2
4400-134 - Mafamude
CONTACTOS
Tlf: 223 754 806 (Geral)
Tlf: 224 109 098 (Redação)
A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS
DISTRIBUIÇÃO
Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID
Depósito Legal: 374969/14
Edição de julho
Por Diana Ferreira
alguns destaques da edição de julho
11- hospital veterinário da mata de santa iria
PORTUGAL DE BOA SAÚDE54 - Farmácia dos Mares58 - Orion Portugal
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE62 - Município de Vila Nova de Cerveira68 - Município de Águeda
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO77 - Município de Santo Tirso82 - Junta de Freguesia de Vila das Aves
118 - Festival de Esculturas na Areia
06 - município defigueira de castelo rodrigo
RECONHECER O MÉRITOINCENTIVAR A QUALIDADE
PME LÍDERPME EXCELÊNCIA
DISTINGUIMOS EMPRESAS COM GALARDÃO PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA
O Banco BIC registou um crescimento de 77% na carteira do crédito protocolado, desde o final de 2013. Esta evolução demonstra bem o nosso compromisso com as empresas e com a economia portuguesa.O protocolo que celebrámos com o IAPMEI e o Turismo de Portugal confere à sua empresa a possibilidade de aceder aos estatutos de qualificação PME Líder e PME Excelência.Para além do reconhecimento público, que representa um selo de qualidade que passa a apresentar na relação com o mercado, pode ainda beneficiar das seguintes vantagens:
bonificação nos spreads e majoração dos montantes de crédito ao abrigo da Linha PME Crescimento 2015 e outras linhas de crédito protocolado;
redução no spread em função do rating da sua empresa em novas operações de crédito no Banco BIC;Continuaremos a trabalhar com entusiasmo e responsabilidade para fazer crescer as empresas que se distinguem entre as PME nacionais.
Contacte-nos para fazer a sua candidatura através do Banco BIC.
Não dispensa a consulta das condições dos produtos e do preçário em vigor junto do Banco BIC.
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OPINIÃO
Estamos nas últimas semanas dos trabalhos parlamentares e a cerca de três meses das eleições. Entretanto, decorrem por esta altura sete (!) processos de privatização e subconcessão no sector dos Transportes – TAP, CP CARGA, EMEF, METRO DO PORTO, STCP, CARRIS e METRO DE LISBOA. A este pacote soma-se o novo regime jurídico do serviço público de transporte de passageiros, publicado no passado dia 09 de junho e que entrará em vigor, globalmente, a 09 de Agosto.Em circunstâncias normais dir-se-ia que se trata de uma revolução no sector. Mas não. Trata-se de uma investida desesperada sobre um sector que foi sempre apetecível para governantes com comprometimentos neoliberais. O governo está a impor a sua vontade política ao sector dos Transportes. O governo alega legitimidade política até ao último dia do mandato mas todos sabemos que a legitimidade política dos últimos dias de mandato não é a mesma de há um e dois anos. A legitimidade das decisões tomadas nos últimos dias de mandato está pois naturalmente fragilizada para decisões desta envergadura, irreversibilidade e vínculo duradouro. É altamente provável que parte destes processos sejam finalizados nos últimos dias da governação como é igualmente plausível que outra parte transite para a próxima legislatura.Muitos viram esta agenda neoliberal na campanha das legislativas. Era a chamada “agenda escondida”. Durante três anos e meio, cada uma das sete empresas em causa foi transformada no “fato à medida” para privatizar ou subconcessionar: redução de pessoal, desinvestimento
SETE PECADOS NOS TRANSPORTESRedigido por João Paulo Correia, Vice-presidente do GPPS
artigo de opinião
na manutenção e renovação da frota, desinvestimento na conservação das infraestruturas, redução de frequências e carreiras e supressão de linhas. O governo não tem uma estratégia para o sector. O governo procura desmantelar a gestão pública e a presença do Estado no sector dos Transportes e só arriscou arrastar esta agenda financeira para os últimos meses do mandato por…mera incompetência! Só assim se explica a urgência do governo.Não está em causa o confronto entre a sacralização da gestão pública e a medicinal gestão privada. Está em causa, acima de tudo, avaliar e defender o interesse público. A esmagadora maioria dos portugueses certamente não acredita que haja margem para defender o interesse público neste cenário de sete investidas simultâneas no sector dos Transportes em clima de final de mandato. O governo está a cometer sete pecados nos Transportes.O primeiro concurso foi lançado para as empresas METRO DO PORTO e STCP. Sobre a METRO DO PORTO: os caderno de encargos foram alterados por duas vezes, o prazo para a apresentação de propostas foi prorrogado por duas vezes e, por tal, a subconcessão que terminava no final do ano passado foi também prorrogada por duas vezes, a Comissão Europeia não conseguiu esclarecer se o único concorrente validado está habilitado a operar segundo as regras comunitárias, o Tribunal de Contas pediu esclarecimentos e, já em desespero, a administração da empresa assinou com o consórcio espanhol um contrato com vantagens financeiras superiores a vinte milhões de euros que não estavam inscritas no caderno de encargos! Uma enorme trapalhada! Sobre a STCP: o governo inscreveu no caderno de encargos o inédito compromisso de fazer aprovar (!) um novo regime jurídico do serviço público de transporte de passageiros, por forma a permitir a renovação das concessões das carreiras operadas pela empresa fora do concelho do Porto (único artigo que entrou imediatamente em vigor após a publicação da lei), tendo recorrido para o efeito à Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (entidade em extinção (!) por força do novo regime jurídico) para renovar as concessões antes da entrada em vigor do restante articulado que transfere essa competência para o Conselho Metropolitano do Porto). Tudo isto sem qualquer diálogo e coordenação com os municípios. Sabe-se que haverá redução da oferta e degradação da frota. Nova trapalhada!A subconcessão da operação da CARRIS e METRO DE LISBOA está marcada pela conflitualidade que o governo trouxe ao processo por não querer reconhecer a legitimidade da Câmara de Lisboa em assumir essa
competência consagrada na legislação autárquica. Por outro lado, sabe-se que os subconcessionários não ficarão obrigados às actuais políticas de renovação da frota e de investimento nas infraestruturas, bem como não irão incorporar cerca de seiscentos funcionários que continuarão com vínculo à empresa pública. As subconcessões implicarão a degradação do serviço. Mais uma trapalhada! A CP CARGA e a EMEF são empresas públicas com preponderância estratégica no transporte de mercadorias e intermodalidade marítimo-ferroviária e na manutenção do material circulante respectivamente. No início deste ano, o governo quis colocar o debate sobre o futuro destas empresas entre privatizar ou liquidar! Má-fé! Estava tudo preparado para somar estas empresas à agenda privatizadora. As entrevistas que alguns grupos económicos deram nessa altura prognosticaram sem dificuldade que a opção seria, como é, a privatização. Recorde-se que o governo usou a EMEF para desbloquear o concurso da subconcessão da operação da METRO DO PORTO, quando a dois dias do prazo para a apresentação de candidaturas a empresa pública de manutenção de material ferroviário comunicou aos potenciais interessados que descia em 1,7 milhões de euros por ano os custos de manutenção que exigia para ser parceira no consórcio! Trapalhada!A privatização da maioria do capital da TAP ficará na história como um mau negócio para o Estado. Esta é a marca mais inapagável da venda da TAP. Este pecado irá pesar intemporalmente sobre a maioria PSD-CDS. O governo desprezou o sentimento colectivo. A TAP era mais que uma empresa pública e era mais que uma empresa do sector dos Transportes. A TAP empresa pública era um valor estratégico do país. Nem o mais desleixado discípulo neoliberal imaginaria que a TAP fosse alienada por dez milhões de euros mais umas promessas de injecção de milhões que mais não são que engenharias financeiras a construir com activos da TAP! Esta é a maior trapalhada! Todos estes processos foram preparados no segredo dos gabinetes ministeriais. O Governo não adiantou os estudos técnicos e informação económico-financeira que sustentaram as suas decisões. Os processos de privatização e subconcessão exigem tempo de preparação, transparência política, diálogo e espaço de concertação institucional. Não ficou provado que a competitividade destas empresas será melhor sob gestão privada. Não ficou provada a defesa do interesse público.Ficaram de fora a SOFLUSA e TRANSTEJO e os suburbanos da CP de Lisboa e Porto. As eleições são a parede que fará travar a agenda neoliberal que PSD-CDS sempre quiseram impor ao sector dos Transportes.
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TEMA DE CAPA
Figueira de Castelo Rodrigo constitui uma zona geográfica situada numa peneplanície de altitude, rica pela variabilidade das suas
paisagens que, culminando na Serra da Marofa, se estendem entre as arribas do Águeda e as encostas do Côa, declinando nas margens
do grande rio que é o Douro. Terra de particular encanto e singular beleza, prima pela riqueza do seu património material de cariz
arqueológico, histórico, artístico e arquitetónico; pelo património natural com a variância sedutora das suas serras, vales e rios; pelo
património paisagístico face à variabilidade de matizes e cores com que se apresenta nas diferentes estações do ano ou na diversidade
da flora; quer pela vastidão do seu património cultural imaterial, refletido nas suas tradições, crenças, usos e costumes que herdou
dos seus antepassados, os Figueirenses, fiéis aos seus princípios, procuram a todo o custo conservar, valorizar, defender e divulgar,
considerando a Convenção da UNESCO para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial (PCI) de 2003 e subscrita por Portugal em
2008. A acrescentar a toda esta riqueza, a hospitalidade, a solidariedade, a humanidade dos seus habitantes, mestres na arte de bem
receber, ciosos da sua terra e de saber compartilhá-la com os visitantes.
Município de figueira de castelo rodrigo
Um concelho repleto de projetos e potencialidades
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TEMA DE CAPA
Património rico e identidade local
enraizadaDe entre a enorme riqueza do património edificado basta
referenciar as ruinas do palácio de Cristóvão de Moura,
integrado no castelo de Castelo Rodrigo, povoação que
integra uma das doze Aldeias Históricas, o Convento
de Santa Maria de Aguiar e a sua Sala do Capítulo, o
Casarão da Torre, ou seja, a Turris Aquilaris dos Romanos,
também conhecido por Torre de Almofala e Torre das
Águias, a Cruz de Pedro Jaques de Magalhães, na
Salgadela, a assinalar o local onde ocorreu uma das três
principais batalhas que contribuíram para a restauração
da independência de Portugal.
Não sendo possível ignorar o património religioso,
atente-se nas igrejas e capelas que se espraiam pelo
concelho, como também na riqueza do seu interior,
com particular referência à talha dos antares, pinturas,
quadros e relíquias, e às festas que durante o ano se
realizam, com particular devoção aos santos padroeiros,
e especialmente às cerimónias da Semana Santa e à
festa do Corpo de Deus que se revestem de particular
esplendor. Um registo particular merecem a igreja
fortaleza de Escalhão, a igreja matriz de Mata de Lobos
com torre sineira separada, e o Cristo Rei que do alto
da Serra da Marofa protege o concelho e quem por ele
circula. E cruzes e cruzeiros, alguns deles a assinalarem
caminho aos peregrinos que se dirigiam a S. Tiago de
Compostela.
Dois solares são também merecedores de notação: o
Solar dos Metelos na Freixeda do Torrão, constituído
por dois conjuntos, a Casa e a Torre, outrora ligados
por uma ponte; e o Solar dos Saraivas, em Vilar Torpim,
conhecido por ‘Casa do Fidalgo’, que fora da família
Quevedo Magalhães, e que serviu como hospital militar
quando do cerco a Almeida em 1844 nas guerras
fratricidas entre liberais e absolutistas.
Voltando ao património natural e paisagístico poder-se-á
destacar a Reserva da Faia Brava, que constitui a única
reserva privada a nível nacional, incluindo a Reserva da
Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica. A Meseta
Ibérica é a 15ª Reserva da Biosfera Transfronteiriça no
Mundo e a segunda em Portugal. Das 631 Reservas da
Biosfera da UNESCO apenas 14 são transfronteiriças, o
que acontece com esta, localizada em Algodres.
Marofa Folk & Blues Fest 2015Porém, Figueira de Castelo Rodrigo aproveita estes
cenários idílicos para promover o concelho e potenciar
a quem nos visitar experiencias únicas e inesquecíveis,
aliando, ao que de melhor da natureza e do património
podemos retirar, uma panóplia de eventos e iniciativas
muito singulares, de que é exemplo o Marofa Folk &
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TEMA DE CAPA
Blues Fest 2015, 1º festival internacional de Folk &
Blues de Figueira de Castelo Rodrigo que se realizará
a 31 de julho e 1 de agosto, no Palácio Cristóvão
de Moura, em Castelo Rodrigo. Pretende-se assim,
atrair não só o público nacional como os nossos
vizinhos espanhóis, uma vez que se trata de um estilo
musical muito apreciado em Espanha onde decorre,
inclusivamente, um dos maiores eventos deste género,
na Catalunha.
O Município reafirma aqui uma relação transfronteiriça
de maior proximidade com Espanha atraindo um
potencial turístico, de manifesta relevância para o
desenvolvimento da nossa terra, promovendo assim
os nossos produtos endógenos e a nossa gastronomia,
concretamente o borrego da marofa, os nossos vinhos
e azeites de reconhecida qualidade, dinamizando-se
assim a economia local.
Com esta iniciativa o Município pretende a envolvência
de todos, desde logo, na própria criação da imagem do
evento através de um concurso de ideias para o seu
logótipo oficial que se perpetuará nas suas próprias
edições, convidando o público a uma intervenção ativa.
Workshop StixCampSaliente-se ainda o Workshop StixCamp que decorrerá
entre 17 e 19 de julho de 2015. StixCamp é um
workshop organizado fora de uma região urbana.
O principal objetivo deste workshop é envolver
comunidades locais e globais, através de standards
abertos ao desenvolvimento. ‘Standards abertos’
são padrões disponibilizados ao público em geral e
desenvolvidos, aprovados e mantidos através de um
processo colaborativo e orientado para o consenso.
Os standards abertos são uma referência e têm
revolucionado áreas tão diversas como: ciência (Open
Access, Open Labs), educação (Open Educational
Resources), tecnologia (Open Software e Hardware),
cultura (Creative Commons) e design e arquitetura (Open
Making, Open Furniture).
Esta iniciativa tem como impulsionador o professor
Pedro Russo, astrofísico de renome internacional da
Universidade de Leiden (Holanda), distinto filho da terra,
e terá ainda como orador convidado Bruno Sanchez-
Andrade Nuño, do Banco Mundial, EUA, entre outros
ilustres investigadores e especialistas em astronomia.
Também aqui se destaca uma simbiose perfeita entre
a natureza e a atividade humana, potenciando o
desenvolvimento sustentável do território. Um território
envelhecido, como outros periféricos, e com as carências
típicas dos concelhos do interior, agora pomposamente
designados por territórios de baixa densidade, carências
paulo langrouvaPresidente
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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA DE CAPA
estas que o Município Figueirense está fortemente
empenhado em colmatar.
No domínio da saúde as carências são de mais
evidentes, pois é inconcebível que num concelho com
mais de seis mil habitantes tenha apenas dois médicos
de família para responder às necessidades de cuidados
de saúde, sobretudo porque na sua maioria se trata de
uma população envelhecida e, portanto, mais carecida
e necessitada de cuidados de saúde permanentes e
próximos.
Cartão de Saúde Municipal, novidade
inovadora a nível nacionalAssim, este executivo lançou uma iniciativa pioneira a
nível nacional que se traduz na emissão do Cartão de
Saúde Municipal, com o que se pretende chegar onde
o Serviço Nacional de Saúde não alcança, garantindo,
gratuitamente, a todos os munícipes, um acesso efetivo e
célere aos cuidados básicos de saúde. Com este Cartão
de Saúde Municipal se garante o acesso a consultas de
clínica geral e especialidades, bem como aos meios de
diagnóstico complementares e ao respetivo transporte
às clínicas que distem a mais de 160 quilómetros da
sede do concelho.
Feriado Municipal com várias iniciativas
lúdicas e culturaisNo próximo dia 7 de julho, o Município de Figueira
de Castelo Rodrigo celebra o seu feriado municipal,
comemorando-se o 351º aniversário da Batalha de
Salgadela, um marco indelével na história do concelho e
do país, como referência para a sua independência. No
ano transato, se comemorou com o devido relevo o 350º
aniversário da referida batalha de Castelo Rodrigo, que
mereceu a presença de ilustres personalidades, entre
as quais se destacam o General Ramalho Eanes como
representante do Senhor Presidente da República e o
Vice-chefe do Estado-maior do Exército, General António
Campos Gil. O ato foi abrilhantado com a presença da
Banda Militar do Exército. As comemorações realizaram-
se no concelho no dia 7 de julho e no dia 11 da parte
da manhã na Sociedade de Geografia de Lisboa e da
parte da tarde na Sociedade Histórica da Independência
de Portugal (Palácio da Independência).
Será um dia de festa particularmente dedicado a Figueira
de Castelo Rodrigo e aos figueirenses, onde não faltarão
iniciativas lúdicas e culturais. O município assinalará
ainda este feriado municipal com a inauguração de
várias obras pelo concelho e com a distribuição dos
primeiros cartões de saúde municipal.
As festas do concelho não são exclusivas dos
figueirenses, antes se convidam todos os naturais e
amigos do concelho na participação em tão importante
quão histórico momento da história do concelho mas
também de Portugal.
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A medicina A medicina
veterinária é uma das muitas
áreas do conhecimento
ligada à manutenção e
restauração da saúde. Esta é a ciência
médica que se dedica à prevenção,
controle, erradicação e tratamento das
doenças, traumatismos ou qualquer
outro problema relacionado com a
saúde dos animais, além do controlo da
sanidade dos produtos e subprodutos
de origem animal para o consumo
humano.
A medicina veterinária está, atualmente,
numa procura constante do
desenvolvimento científico, que permita
aos profissionais questionar resultados
e procurar soluções para os velhos e
novos problemas, contribuindo assim
ativamente para o progresso científico.
O desenvolvimento de novas
metodologias de diagnóstico e as
rápidas alterações verificadas na
legislação de saúde exigem do
veterinário do século XXI, capacidades
renovadas para resolver os desafios de
uma profissão em constante mudança.
Historicamente, e de forma errada, a
sociedade, de um modo geral, concebe
o profissional médico veterinário como
alguém que cuida exclusivamente de
animais de forma clínica e cirúrgica.
O seu campo de atuação tem sido
alargado ao longo da evolução
da sociedade, pelo aparecimento
de necessidades específicas que,
pelas suas características de execução e considerando a sua
envolvência, foram atribuídas como sendo da responsabilidade do
médico veterinário.
Com a ampliação do leque de atribuições concernente ao
profissional médico veterinário, algumas áreas ganharam destaque
especial, as quais têm crescido de maneira bastante significativa,
como é o caso da saúde pública, pela promoção da saúde e
prevenção e controle de doenças.
A Ordem dos Médicos Veterinários tem também ela desempenhado
um importante papel quer na promoção da profissão, esclarecendo
o papel destes profissionais, quer na defesa de medidas que
favoreçam a atividade e os seus profissionais.
Nesta edição, a Revista Business Portugal debruçou-se sobre esta
área que tem sofrido um imenso progresso e traz até aos leitores
algumas entidades de referência e importantes conselhos.
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O Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria
é um autêntico caso de sucesso e uma
referência em todo o país.
Hoje com apenas dois anos, o centro
veterinário acolhe inovação, qualidade e rigor nas suas
práticas.
Já no tempo da universidade o projeto foi pensado pelo
proprietário, Filipe Pereira. “Houve sempre vontade de
construir este hospital. Este espaço já existia e a ideia era
construir um conceito diferente onde pudéssemos inserir
o próprio edifício num espaço de jardim, de maneira
a permitir que as pessoas antes e após a consulta
pudessem usufruir da zona com os próprios animais -
um espaço pensado para o cliente e a sua mascote”,
sublinha.
Quem entra encontra um espaço amplo, uma zona com
pet-shop e um deslumbrante aquário de água salgada
na sala de espera que emoldura o ambiente e o torna
mais relaxante.
O Hospital Veterinário apresenta uma estética moderna,
“tendo a construção do mesmo levado em linha de
conta preocupações na área da sustentabilidade”.
Constituído por um conjunto de espaços completos
e com o intuito de servir cada vez melhor, com um
atendimento mais fluído e disciplinar o hospital está
aberto durante 24 horas por dia. “Estamos disponíveis
24 horas por dia, uma vez que sentimos grande afluência
a partir das 19 horas, pois é quando as pessoas chegam
a casa do trabalho e têm mais tempo para estarem com
os seus animais e perceberem que algo não está bem
e é ótimo ter um serviço destes disponível”, comenta
Filipe Pereira.
O leque de serviços é abrangente e procura responder
a todas as necessidades da população. Numa área
extensível o animal usufruí de todas as condições
que lhe permitem recuperar, sempre devidamente
acompanhado por profissionais experientes. O conjunto
de ofertas vão desde banhos e tosquias, consultórios
distintos para cães e gatos. “Tivemos necessidade de o
fazer, uma vez que para os gatos é complicado estarem
na mesma sala que os cães”, zona para internamento,
salas para cirurgias, exames de diagnóstico, atendimento
de ortopedia/fisioterapia e ainda, um gabinete para
atendimento ao cliente e uma sala de reuniões que
abriga as formações dinamizadas pelo centro hospitalar.
O alcançar de um crescimento sustentável, a prestação
de bons cuidados médico – veterinários e o investimento
na formação contínua são os maiores objetivos da
equipa clínica.
Os serviços estão destinados a cães, gatos, animais
exóticos e muito brevemente também para equinos.
Com uma capacidade de internamento para cerca de 30
Aberto em 2013, o Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria, no Turcifal – Torres Vedras, é um equipamento com características
singulares no concelho. Visa a implementação de serviços modernos e atuais, trabalhando diariamente na sensibilização da população
para os cuidados a ter em prol da saúde pública.
Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria
Sustentabilidade e divulgação na importância da Saúde animal
REVISTA BUSINESS PORTUGALMEDICINA VETERINÁRIA
A equipa
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MEDICINA VETERINÁRIA
animais este é um hospital preparado e que consegue
abarcar um serviço diferenciado e versátil.
A equipa de oito profissionais (incluindo médicos
veterinários, enfermeira e auxiliares) que constituem o
Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria defende e está
ciente que não é apenas o equipamento tecnológico
e o conhecimento especializado que o faz prosperar.
“O contacto direto com o cliente e a difusão da
informação tornaram-se imprescindíveis na educação e
consciencialização dos clientes para a importância a ter
com a saúde animal”.
Despertar consciências
Outrora, não era tão comum a ida ao veterinário, só ao
longo do tempo é que o animal foi preenchendo um
espaço cada vez maior na vida das pessoas. Ainda
assim, Estevão Reis, veterinário do centro hospitalar,
confirma que continua a ser necessário comunicar às
pessoas alguns cuidados a ter com o animal, de maneira
a evitar problemas futuros.
A prevenção revela-se crucial nesta vertente, não apenas
na saúde animal, mas também na interligação que esta
tem com a saúde humana. “Quando existe interação
com o animal a prevenção dele acaba por fazer parte da
nossa própria prevenção” alerta.
A classe médico-veterinária assume assim grandes
compromissos e como tal, procura alertar os donos dos
animais para a responsabilidade que têm nas suas vidas.
Como por exemplo, a leishmaniose e a leptospirose que
são de interesse para a saúde pública, mas para os
quais o público em geral não se encontra sensibilizado.
Filipe Pereira e Estevão Reis observam que por
descrédito às vacinas, por carências económicas ou
desconhecimento têm-se vindo a manifestar cada
vez mais esses quadros. “Penso também que a nível
do sistema em si. A posição do médico veterinário na
sociedade ainda deve de ser mais enfatizada, porque
muitas vezes a saúde pública está revogada para o
médico veterinário municipal e para os colegas que
fazem a inspeção sanitária em matadouro e fica um
pouco por aí, todos os outros colegas ainda não têm
essa importância. É preciso estar vigilante às zoonoses
(doenças que o animal pode transmitir ao ser humano)
que colocam em risco a saúde pública. Se tratarmos
bem os nossos animais todos ficamos a ganhar”,
sublinha.
Realidades distintas, diferentes
abordagensOs nossos entrevistados salientam a importância
do espaço físico em que o animal habita e por isso,
denotam abordagens diversas quando um animal vive
fora ou dentro de casa.
vista do hospital com a envolvente exterior
sala de espera
pet shop
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MEDICINA VETERINÁRIA
Nos grandes centros urbanos “o animal é visto como
um membro da família, vive em casa e partilha hábitos”.
Já no meio rural “o animal não é, por vezes, tido como
uma companhia, e por isso algumas pessoas recorrem
aos serviços veterinários em última estância”. Por outro
lado, revelam abordagens distintas em diferentes faixas
etárias. “Percentualmente, diria que as pessoas que
mais se preocupam com os animais de companhia
serão a faixa etária central, as pessoas entre os trinta
e os sessenta anos. Abaixo dos trinta é um bocado
agridoce e acima dos sessenta, a população encontra-
se menos informada e acaba por não saber qual o
acompanhamento necessário para que o seu animal
cresça com saúde”, comentam.
Valorização da vida animal Com a existência de um grande número de animais
abandonados o hospital veterinário colabora com
cerca de cinco associações locais, realizam check -
ups e esterilizações e ainda, promovem a adoção de
animais de estimação. Alertando os proprietários para os
cuidados básicos necessários a ter com os seus animais
de estimação.
Projetos Preocupado em oferecer novas experiências aos
profissionais da medicina veterinária e aos donos dos
animais, o proprietário e diretor-clínico, planeia e executa
diversas ações de formação na área da saúde animal.
O hospital também dinamiza um projeto pedagógico,
durante as férias escolares, destinado a crianças
denominado ‘Veterinários por um Dia’, mediante o
qual é proporcionado o contacto com animais e uma
primeira experiência com a profissão de veterinário,
sensibilizando assim as crianças para os cuidados a ter
com os animais.
Para o futuro, Filipe Pereira e Estevão Reis ambicionam
o crescimento sempre com base na satisfação dos
clientes e de toda a equipa de trabalho.
Rua General Humberto Delgado, 67 2565-775 Turcifal • T. 261 958 177 Tlm. 914 310 516 E. [email protected]
piscina de reabilitação
laboratório
burra residente no hospital “azeitona”
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MEDICINA VETERINÁRIA
O Hospital Veterinário está instalado, desde 1991, no centro da Invicta. Surgiu da vontade e do espírito empreendedor do veterinário
Francisco Corrêa Cardoso. O hospital está aberto 24 horas por dia, todos os dias do ano há 24 anos.
Hospital Veterinário Francisco Corrêa Cardoso (HVFCC)
Medicina veterinária de excelência no centro do Porto
O Hospital Veterinário Francisco Corrêa
Cardoso (HVFCC) é um dos centros mais
antigos localizados na cidade do Porto. O
proprietário adquiriu uma casa que adaptou e
transformou em hospital veterinário. Após ter terminado
o curso superior, Francisco Corrêa Cardoso trabalhou
um ano fora do país, regressou e trabalhou também em
Lisboa e depois no Porto. A dada altura, “quando achei
que estava preparado lancei-me sozinho”, revelou o
veterinário e proprietário do Hospital Veterinário Francisco
Corrêa Cardoso (HVFCC). O HVFCC tem uma equipa
de 14 profissionais “permanente, que está a trabalhar a
tempo inteiro, conta-nos, igualmente, com especialistas
para alguns nichos. Depois, temos todas as áreas, tanto
da cirurgia como da medicina. Quando é necessário,
também é prestado serviço ao domicílio. Fazemos
sempre tudo o que é necessário para resolver os
problemas dos nossos clientes”, salienta o entrevistado.
O HVFCC trata sobretudo cães e gatos, “60 por
cento são caninos, 38 são gatos, existindo ainda uma
parcela pequena de animais exóticos, para isso temos
um veterinário especializado”, esclarece o veterinário
Francisco Corrêa Cardoso. O hospital sofreu uma grande
obra de remodelação, com o aumento do espaço serão
dadas ainda melhores condições aos clientes, prestando
serviços diferenciados na área de medicina veterinária,
que se tornam uma mais valia para todos os utentes.
Desde a cirurgia ao internamento, passando pelas
análises clínicas, banho, tosquia, todos os serviços que
visam o bem-estar animal estão contemplados na oferta
do HVFCC.
Questionado sobre a evolução do setor em Portugal,
o responsável pelo HVFCC, Francisco Corrêa Cardoso
refere como exemplo, o próprio hospital, “a medicina
veterinária é um setor que está contra a corrente,
quase não fomos afetados pela crise económica. Os
cães e os gatos têm um papel importantíssimo nas
sociedades, especialmente, nas grandes cidades, onde
há muita gente que vive na maior das solidões”. Os
portugueses tratam cada vez melhor os animais de
estimação “as pessoas agora sabem muito mais, estão
mais informadas, mais preparadas, alimentam melhor
os animais, existem patologias que nunca mais vi. Os
donos estão muito mais exigentes, mesmo em relação
aos cuidados médico-veterinários, respeitam os animais
e isto é transversal a todos os níveis sociais”, concluiu
com satisfação o veterinário Francisco Corrêa Cardoso.
A evolução também é fruto do trabalho realizado “nos
últimos 20 anos, quer na indústria farmacêutica, quer
na indústria de alimentação, bem como, tudo o que
está relacionado com o tratamento de animais de
companhia”, explica o interlocutor, remantando que
em termos da medicina veterinária “Portugal está ao
nível do melhor que há no mundo, estamos no topo”,
remata com orgulho o proprietário do HVFCC. Para a
franca expansão do setor contribuiu também a ação
“absolutamente meritória da Associação Portuguesa
de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de
Companhia, (APMVEAC) e de outras associações
científicas nacionais”, como as instituições de ensino e
formação. Francisco Corrêa Cardoso destaca também
o papel relevante da atual bastonária da Ordem dos
Médicos Veterinários, Laurentina Pedroso.
As recomendações do especialistaUm animal saudável deve ir ao veterinário fazer os
exames e consultas de rotina duas vezes por ano. Para
quem está a pensar integrar na sua vida um animal de
estimação há vários fatores a ter em conta e no Hospital
Veterinário Francisco Corrêa Cardoso pode encontrar
respostas que necessita, através do aconselhamento
prestado pelos profissionais. No entender do veterinário
Francisco Corrêa Cardoso, cães e gatos são diferentes
“os cães têm um sentido de missão brutal (...) já os gatos
são muito territoriais e têm uma beleza de movimentos
que os cães não conseguem ter”, assim, em primeiro,
deve ser avaliada a “disponibilidade em termos de
espaço do ambiente e de tempo que o dono pode
dispensar, depois decidir entre cão ou gato, escolher a
raça mais adequada do animal, consoante a existência
de crianças ou pessoas de idade no lar. Pessoas com
pouca mobilidade devem, por exemplo, ter um cão tipo
bulldog inglês, já as famílias que têm crianças devem
optar por labradores”, explica o interlocutor. “As pessoas
francisco corrêa cardosoAdministrador
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MEDICINA VETERINÁRIA
que não têm experiência devem escolher raças que
são próprias para principiantes tipo o retriever labrador,
não pode começar por um doberman, que é um cão
fantástico com muito carácter, mas que precisa de ser
educado, para primeiro filho deve ser uma raça fácil”,
elucida, gracejando Francisco Corrêa Cardoso.
No que toca aos primeiros cuidados a ter, o responsável
pelo HVFCC refere que “o mais importante é ir à
consulta dos cuidados básicos em saúde, é a consulta
mais importante da vida dos animais, onde tudo é
explicado. Por exemplo, em relação à alimentação, há
muitos erros, as pessoas esquecem que os cães e os
gatos são carnívoros, não são omnívoros, não podem
comer como nós”, salienta.
Nesta altura do ano, há que ter especial atenção ao
combate de pulgas e carraças “a melhor solução passa
por misturar vários medicamentos, no caso das pulgas,
elas têm fases diferentes e devem ser combatidas,
tendo este facto em consideração. O ambiente em redor
também deve ser limpo pelo menos duas vezes por ano
com produtos que deixem algum resíduo mas que não
façam mal às pessoas”, explica o veterinário Francisco
Corrêa Cardoso. Todos estes conselhos e as demais
dúvidas podem ser esclarecidas no Hospital Veterinário
Francisco Corrêa Cardoso, todos os dias do ano a
qualquer hora do dia.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MEDICINA VETERINÁRIA
Reconhecida internacionalmente como uma das marcas em que os donos de animais mais confiam, a Royal Canin é uma empresa
de referência em Nutrição-Saúde para gatos e cães por todo o mundo. A marca tem o pioneirismo inscrito no seu ADN e ao longo
dos seus mais de 45 anos de história, tem assumido como prioridade o desenvolvimento de alimentos específicos para as diferentes
sensibilidades e doenças do gato e do cão, bem como a partilha do conhecimento com os donos e com os profissionais que recomendam
os alimentos da marca.
Royal canin
nutrição aliada à saúde
A obesidade é a doença com maior prevalência em
gatos e cães a nível mundial com um impacto negativo
na sua saúde e bem-estar e, neste contexto, a Royal
Canin pretende fazer a diferença na qualidade de vidas
destes animais e dos seus donos, propondo assim uma
abordagem multifacetada à doença em parceria com as
equipas médico-veterinárias do país.
O excesso de peso e a obesidade afetam
aproximadamente 1 em cada 3 cães e 3 em
cada 10 gatos1. Nesse sentido, a Royal Canin
desenvolveu um programa de perda de peso. Em
que consiste este programa?
A obesidade é uma doença muito particular porque é
a única doença cuja cura – retorno ao peso ideal– só
acontece com uma abordagem nutricional adequada. O
programa de perda de peso da Royal Canin está assente
em três pilares: o animal (cuja saúde e qualidade de vida
estão em primeiro lugar); o dono (que pode sentir-se
reticente e receoso em avançar com um tratamento
complexo e moroso) e a equipa médico-veterinária (que
deve ter ao seu alcance as ferramentas adequadas de
suporte ao animal e ao dono durante todo o programa
de perda de peso). Um programa de perda de peso
adequado demora tempo porque o emagrecimento deve
ser gradual para assegurar que o animal perde apenas
massa gorda e se mantém saudável. Durante esse
tempo, os donos terão momentos de dúvida e podem
ver esmorecer a sua vontade de continuar. É nesses
momentos que as equipas médico-veterinárias devem
intervir, ajustando os moldes do programa, ouvindo os
donos e reconhecendo as pequenas vitórias que são
alcançadas. O sucesso de um programa de perda peso
é uma grande vitória sobretudo para o animal, porque
está cientificamente provado que a perda de peso num
animal obeso aumenta imediatamente a sua qualidade
de vida7 e esse é o objetivo comum à Royal Canin, às
equipas médico-veterinárias e aos donos dos animais.
Para fazer face às necessidades nutricionais específicas
dos animais obesos, a Royal Canin formulou a gama
SATIETY WEIGHT MANAGEMENT.
A seleção do alimento é a chave do sucesso de um
programa de emagrecimento. Em que medida é
que a vossa gama ajuda a combater esta doença?
A seleção do alimento é, realmente, uma etapa crítica
para o sucesso do tratamento da obesidade e, por essa
razão, é muito importante referirmos que para combater
a obesidade não é aconselhável oferecer ao animal uma
quantidade inferior do seu alimento de manutenção. Esta
abordagem induziria uma perda de peso não saudável e
aumentaria o risco de deficiência nutricional.
Os alimentos da gama SATIETY WEIGHT MANAGEMENT
ajudam o animal a emagrecer porque conjugam uma
refeição apetente (ou seja, de que o animal disfruta)
com um baixo teor calórico e um equilíbrio correto
de nutrientes. Estes alimentos foram formulados para
proporcionar um volume alimentar adequado, ajudando
o animal a sentir-se saciado durante o programa de
perda de peso e reduzindo a solicitação constante de
alimentos, que está identificada como um dos motivos
de maior frustração e ansiedade nos donos destes
animais. A gama SATIETY WEIGHT MANAGEMENT
é a única abordagem nutricional com 5 efeitos
cientificamente comprovados: induz uma perda de peso
eficaz2,3; reduz a solicitação de alimentos3,4; mantém
a massa muscular2; estabiliza o peso5,6 e melhora a
qualidade de vida7.
Conseguimos isto através de uma combinação especial
de fibras que promovem a saciedade, o que reduz o
consumo alimentar espontâneo, aliado a um teor proteico
elevado que ajudará a manter a massa muscular. Para
além disto estes alimentos são suplementados com
ácidos gordos essenciais (Ómega 3 e Ómega 6) que,
em conjunto com outros nutracêuticos, promovem a
saúde e beleza da pele e da pelagem.
Por fim, estes alimentos são suplementados com
minerais e vitaminas que asseguram que os animais irão
ingerir a quantidade adequada destes nutrientes, ainda
que estejam a ingerir menos energia.
Fala-se muito em obesidade, mas do que se trata
concretamente?
A obesidade é a acumulação excessiva de gordura no
organismo causada, normalmente, pelo desequilíbrio
entre o consumo energético (muita quantidade de
alimento ou com muitas calorias) e o gasto energético
(falta de atividade física). As calorias ingeridas que não
são gastas armazenam-se sob a forma de gordura
levando ao aumento de peso. Considera-se que um
animal tem excesso de peso se o seu peso corporal
estiver menos de 20% acima do seu peso ideal. Se o
peso corporal estiver 20% ou mais acima do peso ideal,
considera-se que o animal é obeso.
Como é que os donos podem avaliar se o seu
animal sofre de excesso de peso ou de obesidade?
São quatro os sinais mais comuns de obesidade: a
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MEDICINA VETERINÁRIA
acumulação de gordura na caixa torácica, sobre a linha
da coluna vertebral ou na base da cauda; a acumulação
de gordura abdominal e alteração da silhueta dos
flancos; a redução da atividade física e a intolerância
ao calor. A Royal Canin desenvolveu um website
inteiramente dedicado ao problema da obesidade em
gatos e cães (http://obesidade.royalcanin.pt/) e que
pretende dar a conhecer esta doença aos donos e
assim ajudar a combatê-la. Convidamos todos os donos
de gatos e cães a visitá-lo e a consultarem as tabelas
de índice de condição corporal. Se identificarem um ou
mais sinais de excesso de peso ou obesidade nos seus
animais, deverão consultar o médico veterinário.
Quais os fatores de risco associados à obesidade
felina e canina e quais as raças com maior
predisposição genética?
Os principais fatores de risco para a obesidade são os
erros alimentares associados à ausência de atividade
física. A administração de um alimento hipercalórico,
os erros na dosagem diária de alimento administrado
ou as suplementações alimentares indevidas, também
chamadas de guloseimas, são os erros alimentares mais
graves. Também sabemos que há uma predisposição
racial para a obesidade. As raças caninas mais
predispostas são o Labrador Retriever, o Cavalier King
Charles, o Cocker Spaniel e o Beagle. No caso dos gatos
são os domésticos de pelo curto os que apresentam
uma maior prevalência desta doença.
Quais as consequências da obesidade?
A obesidade é uma doença com consequências graves
para a saúde dos gatos e dos cães, que resulta numa
diminuição da sua qualidade de vida e da sua esperança
de vida. São várias as doenças associadas à obesidade
- doenças osteoarticulares, doenças metabólicas,
doenças do trato urinário ou mesmo doenças do trato
respiratório superior. Vários estudos indicam que a
diabetes mellitus felina tem uma prevalência 4 vezes
superior em gatos obesos, ou ainda que as doenças
osteoarticulares apresentam uma prevalência 3 vezes
superior em animais obesos. Também é importante
referir que os animais obesos estão sujeitos a um maior
risco anestésico e a uma diminuição da sua resposta
imunitária. Pelas razões apresentadas, é vital encarar a
obesidade como uma doença importante com impacto
real na saúde e bem-estar dos gatos e dos cães e sobre
a qual temos de agir prontamente.
Refira algumas dicas que possam ser utilizadas
para ajudar os animais a atingir o peso ideal?
Para ambas as espécies há três regras de ouro para a
obtenção do peso ideal: controlar o valor energético total
das refeições adaptando a dose diária às necessidades
energéticas do animal (que variam de acordo com a
raça, estilo de vida, fase da vida, atividade física, estado
fisiológico e sensibilidades particulares). É importante
assegurar a prática de exercício físico: as brincadeiras ou
jogos estimulantes são imprescindíveis para preservar
o peso ideal do seu animal. No caso dos gatos pode
parecer mais difícil este aumento da atividade física
mas visite o website http://obesidade.royalcanin.pt/ e
nele encontrará formas fáceis e divertidas de o fazer. A
terceira regra de ouro é que não deve dar ao seu animal
guloseimas nem sobras das suas refeições. Se desejar
recompensar o seu animal utilize o alimento habitual e
deduza sempre a quantidade utilizada na dose diária
recomendada.
Depois existem algumas diferenças importantes entre o
gato e o cão num programa de perda de peso: por
exemplo, se tem mais do que um gato em casa (e nem
todos têm excesso de peso) tente alimentá-los em
locais separados. No caso dos cães, para além do que
foi referido deve estabelecer rituais constantes para as
refeições, definindo um horário fixo para as mesmas.
Referências bibliográficas:
1.Prevalência do excesso de peso e da obesidade em gatos: 19-55% (APOP,
2012)e em cães: 17-52% (APOP, 2012). 2. German AJ et al. A high protein, high
fibre diet improves weight loss in obese dogs. The Veterinary Journal 183 (2010)
294–297. 3. Bissot T et al. Novel dietary strategies can improve the outcome of
weight loss programmes in obese client-owned cats. Journal of Feline Medicine
and Surgery (2010) 12, 104-112. 4. Weber M, Bissot T, Servet E, Sergheraert
R, Biourge V, and German AJ. A high protein, high fiber diet designed for weight
loss improves satiety in dogs. J Vet Intern Med 2007;21:1203–1208. 5. German
AJ et al. Low-maintenance energy requirements of obese dogs after weight loss.
British Journal of Nutrition (2011), 106, S93–S96. 6. German AJ et al. Long term
follow-up after weight management in obese dogs: The role of diet in preventing
regain. The Veterinary Journal, May 2011. 7. German AJ, Holden SL, Wiseman-Orr
ML, Reid J, Nolan AM, Biourge V, Morris PJ, Scott EM. Quality of life is reduced in
obese dogs but improves after successful weight loss. The Veterinary Journal.2012
Jun;192 (3):428-34.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MEDICINA VETERINÁRIA
A AnimaDomus é a empresa fundadora da primeira Rede de Prestadores de Cuidados de Saúde Animal, que veio proporcionar aos donos
dos animais de companhia o acesso a seguros de saúde em regime de comparticipação direta dando cobertura a todas as despesas
em serviços clínicos, assim como o acesso a preços reduzidos num vasto leque de produtos e serviços não-clínicos considerados vitais
para o bem-estar animal.
animadomus
MELHOR QUALIDADE DE VIDA PARA SEU ANIMAL
Tem atualmente cerca de 250 parceiros,
prevendo atingir os 300 até ao final do ano.
Na prática, a AnimaDomus fornece às
seguradoras a possibilidade de criação de
seguros inovadores de funcionamento em rede.
Criada em 2006, fruto de uma lacuna que havia no
mercado - a oferta de seguros de saúde para animais de
companhia – a AnimaDomus surge com uma rede de
prestadores de cuidados de saúde animal que serve de
base aos seguros de saúde para animais em regime de
managed care. Assim, através do modelo de prestações
diretas, os seguros dos seus clientes garantem, para
além das normais coberturas associadas à doença e ao
acidente, comparticipações na vacinação, esterilização
e desparasitação dos animais, sem exclusões nem
períodos de carência, válidos para toda a vida dos
animais.
E para melhor contextualizar a história e a importância
desta firma no mercado, o sócio-gerente Ruben Livreiro
explica: “Embora existam vários estudos que revelam
a extrema importância que tem a companhia de um
animal no seio das famílias no desenvolvimento social
e psicológico dos seus membros, nomeadamente dos
mais jovens e dos mais idosos, e da crescente assunção
dessa realidade pela sociedade em geral, na verdade o
mercado dos ́ ’animais de companhia’ não tinha cativado
significativamente a atividade seguradora”.
Assim sendo, após alguns estudos nesta matéria, os
responsáveis da AnimaDomus constataram que na
medicina humana 89 por cento dos seguros de saúde
passavam por redes de managed care. Perante esta
realidade, os responsáveis consideraram que “não
fazia sentido que estas não existissem na medicina
Veterinária” e não perderam tempo em avançar com o
seu projeto pioneiro e inovador em Portugal.
Assim, numa linha geral, a AnimaDomus define-se
hoje como a entidade gestora de uma rede composta
por profissionais ligados ao segmento dos animais de
companhia, estabelecendo parcerias com hospitais,
clínicas e consultórios veterinários para integrarem
a rede de prestadores de cuidados de saúde animal,
“e posteriormente, disponibilizamos a utilização dessa
rede às seguradoras, que são nossas clientes, para que
possam criar produtos que tenham por base o seu uso”
salienta Ruben Livreiro.
A realidade dos seguros tem vindo a evoluir
significativamente, indica Ruben Livreiro “Em 2009,
quando foi lançado o primeiro seguro a funcionar na
Rede AnimaDomus, passaram a existir no mercado
três. Hoje, a oferta mais do que duplicou, existem
sete sendo que todos os novos seguros de saúde
em comercialização são de funcionamento na Rede
AnimaDomus”. Perspetiva ainda que, a curto prazo,
sejam lançados novos seguros.
Importante será também referir que este modelo permite
aos segurados usufruir dos seguros diretamente nos
centros de atendimento.
Neste contexto, os produtos (seguros de saúde animal)
comercializados pelos clientes da AnimaDomus podem
ter duas componentes: por um lado a prestação direta
(copagamentos); por outro lado, o reembolso. “Ou seja,
dependendo da modalidade do seguro contratada,
o Segurado pode beneficiar na íntegra do seguro
diretamente no CAMV (Centro de atendimento médico-
veterinário) ou numa modalidade mista que conjuga o
benefício direto com o reembolso das despesas em
consequência de doença e acidente”, esclarece o nosso
interlocutor.
De acordo com Ruben Livreiro, “a grande inovação
deste modelo é permitir que todos os atos médicos
veterinários, tais como vacinas, esterilizações e check-
ups, normalmente excluídas dos seguros de saúde
para animais, estejam a coberto na componente
Prestação Direta. Por exemplo, um dos nossos clientes
comercializa um seguro que garante a vacina anual a
100 por cento” exemplifica Ruben Livreiro. Da mesma
forma que permite a ausência de exclusões, períodos de
carência ou limites de idade (o seguro é válido para toda
a vida do animal).
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MEDICINA VETERINÁRIA
O Centro de Bem Estar Animal apresenta diversos serviços repartidos entre o hotel para cães e gatos, localizado na Maia, e a loja com
produtos, situada na Zona Industrial do Porto. Neste espaço comercial moderno existem acessórios, rações e produtos específicos,
tosquias e banhos também estão contemplados.
Centro de Bem Estar Animal
Tudo para cães e gatos num só espaço
A preocupação com os animais abandonados
fizeram com que Andreia Gloystein criasse
há 20 anos o hotel para cães e gatos.
Inicialmente, surgiu para alojar os animais
abandonados, posteriormente “funcionou como local
de recolha” e, finalmente, passou a ser um hotel com
capacidade para alojar 20 cães, albergando também
entre sete a dez gatos. O objetivo do Centro de Bem
Estar Animal é promover de uma forma saudável,
através dos quatro colaboradores, o maior nível de bem
estar possível para os animais de companhia e criar
condições que ajudem a fortalecer o vínculo homem-
animal. Com a chegada do verão, o hotel tem muito
mais afluência, mas a responsável pelo Centro de
Bem Estar Animal revela que o espaço está disponível
durante todo o ano. Atualmente, quando necessário,
ainda alberga no hotel animais abandonados que
depois tenta dar para a adoção. Como complemento,
surgiu há cerca de dois anos a loja, no Porto, permitindo
ao Centro de Bem Estar Animal uma diversificação
tremenda nos serviços disponíveis. “Como estou no
mercado há muitos anos acabo por ter um know how
de todos os serviços necessários, tanto ao nível dos
treinos para animais, como na área da veterinária, na
vertente do aconselhamento de consultas veterinárias
específicas de dermatologia ou psicologia, contribuindo
para a resolução de determinado tipo de problemas
como a agressividade e a depressão dos animais”,
explica a proprietária do Centro de Bem Estar Animal. O
nome não foi escolhido ao acaso e pretende retratar a
diversificação existente ao nível dos serviços prestados,
que vão desde a hospedagem, aos banhos, às tosquias,
passando pela venda de produtos, como acessórios e
rações. O transporte de animais é outra das valências e o
pedido de reservas por mail também está contemplado.
Andreia Gloystein revelou que o “negócio sofreu com a
crise, tendo em conta que os portugueses passaram a
ir menos de férias”, contudo, a responsável adianta que
“agora já se sente um crescendo” novamente, revelando
que no futuro pretende continuar a prestar o serviço de
qualidade que carateriza o Centro de Bem Estar Animal.
Loja: Rua Manuel Pinto de Azevedo nº 118, 4100-320 Porto
Hotel: Travessa do Bairro nº618, 4475-113 Castêlo da Maia
Telefone : 220 998 895
Telemóvel : 917 566 528
www.centrobemestaranimal.pt
24
inov
ação
e in
tern
acio
naliz
ação
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
As empresas portuguesas estão a apostar na inovação como um elemento
chave para impulsionar o crescimento e a internacionalização dos seus
negócios. A Comissão Europeia lançou o Horizonte 2020 – Programa-
Quadro Comunitário de Investigação & Inovação que vigora entre 2014
e 2020 com um orçamento superior a 77 milhões de euros. A Europa apresenta o
Horizonte 2020 como “o maior instrumento da Comunidade Europeia especificamente
orientado para o apoio à investigação, através do cofinanciamento de projetos de
investigação, inovação e demonstração”. O Parlamento Europeu entende que a inovação
“é uma componente fundamental para a criação de melhor emprego, a construção
de uma sociedade mais ecológica e a melhoria da nossa qualidade de vida, mas
também para a manutenção da competitividade da UE no mercado mundial”. Neste
sentido, as empresas portuguesas já perceberam a importância da inovação e, são
várias as áreas em que é notório o efeito positivo decorrente do trabalho de inovar para
internacionalizar. Nas próximas páginas apresentamos vários exemplos de entidades
que estão a contribuir para o aumento das exportações portuguesas. O Banco BIC
Portugal tem implementado vários projetos de estímulos financeiros e económicos,
no sentido de auxiliar as exportações de Portugal para Angola e para outros países da
Lusofonia. A marca internacional de puericultura Chicco, presente em Portugal desde
1974, tem demonstrado que apostar na inovação é uma mais-valia, respondendo de
forma eficaz às exigências do mercado, através do lançamento de produtos inovadores.
No ramo da tecnologia e informática apresentamos o exemplo da Virtual Forum, que
aposta no desenvolvimento de aplicações e serviços informáticos, estando presente
no ramo jurídico com o software ibase AE (Agentes de Execução). Outros exemplos
serão divulgados nas próximas páginas, evidenciando que as empresas portuguesas
estão num novo rumo, apostando fortemente na inovação e internacionalização dos
seus negócios.
af press bebe 210X297 business.indd 1 22/06/15 18:47
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
26
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Durante nove meses o Banco BIC levou às capitais de distrito portuguesas um conjunto de seminários com o objetivo de promover o
conhecimento dos mercados lusófonos e as condições para aceder ao programa Portugal 2020. Estas iniciativas decorreram em dois
percursos simultâneos. Os seminários empresariais “Crescer para Expandir” desenvolveram-se em parceria com a Associação Industrial
Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI). Os encontros empresariais “A
Caminho da Competitividade” contaram com a dinamização das Associações Empresariais Regionais. Em Lisboa, perante uma plateia
repleta de empresários, o Presidente da Comissão Executiva do Banco BIC Português, Luís Mira Amaral, afirmou que o relançamento da
economia portuguesa passa pelo aumento das exportações. A Revista Business Portugal esteve presente no seminário e apresenta as
principais conclusões através de uma entrevista realizada a Luís Mira Amaral.
banco bic portugal
“A Economia portuguesa vai ser relançada através das exportações”
Que balanço faz dos Seminários Crescer para
Expandir?
O balanço é positivo já que temos, não só em Lisboa,
mas também nas restantes capitais de distrito, por onde
temos passado, esgotado praticamente as salas através
da apresentação de dois temas muito apelativos. Um,
está relacionado com os novos instrumentos financeiros
do Novo Quadro Comunitário de Apoio; outro ponto são
os instrumentos do Banco BIC Português para conceder
apoio às empresas portuguesas, nos seus investimentos
e nos seus processos de internacionalização. O facto
de termos uma parceria com a AIP e com outras
Associações Empresariais Regionais, permitiu juntar
clientes, não só do Banco BIC, e portanto, existiram
sinergias entre nós, a AIP e as restantes associações
na captação de pessoas interessadas nestes seminários.
A evolução do tecido empresarial português
passa pela inovação e internacionalização.
Que conselhos gostaria de dar às empresas
portuguesas que estejam a pensar expandir os
seus negócios além-fronteiras?
O programa de austeridade imposto pela troika teve
uma vantagem, muitos empresários portugueses
confrontados com as dificuldades e a retração no
mercado doméstico foram procurar novos mercados
no exterior, utilizando a capacidade ociosa que tinham
MIRA AMARALCEO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
27
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
em Portugal, para tentar exportar para outros mercados.
Isto foi uma dinâmica que se gerou e espero que seja
irreversível para a economia portuguesa. De frisar, que
não vai ser através da redução da despesa pública ou
do consumo privado que a economia vai ser relançada,
tem que se começar pelas exportações e depois pelo
investimento produtivo que possa acompanhar essas
exportações. Posteriormente, com este aumento
podemos começar a importar a mais. De notar, que
exportamos ainda apenas 40 por cento do PIB e, um país
como Portugal, deveria exportar 60 a 70 por cento do
PIB, no mínimo. O primeiro conselho que tenho para dar
aos empresários é que têm, obviamente, de ir conhecer
os mercados para os quais estão a pensar exportar,
devem passar, por exemplo, duas semanas em Angola.
Em Luanda, possibilitamos uma reunião com presidente
do Banco BIC Angola, Fernando Teles que recebe os
empresários e está sempre disponível para esclarecer
qualquer questão. O recolher de informação e perceção
in loco é fundamental para poder arrancar com um
investimento no mercado externo. Preferencialmente, os
empresários interessados devem optar por escolher um
parceiro local, opção que também é decisiva, uma vez
que há bons e maus parceiros.
Como se consegue aumentar as exportações?
No Banco BIC acreditamos que o nosso papel é tentar
puxar pelas empresas de cada região, sejam nossas
clientes ou possam vir a ser. Procuramos financiar
os seus projetos para o exterior e fazer a ponte nos
mercados para onde vão, nomeadamente Angola,
Brasil ou Cabo Verde. Claro que a principal fatia do
esforço é feita pelos empresários mas também conta
a capacitação que estes tiverem para desenvolverem os
seus negócios. Nesta capacitação, o Banco BIC, outras
instituições e o novo Quadro Comunitário de Apoio têm
um papel fundamental.
As empresas portuguesas podem fazer a diferença
na lusofonia?
Sim. Em Angola, por exemplo, o know-how empresarial,
a competência tecnológica e a formação profissional
dos nossos trabalhadores e quadros são indispensáveis.
Apesar de a economia angolana estar numa fase menos
boa, em virtude da descida do preço do petróleo
mundial, travando naturalmente as exportações para
Angola, esse facto mais chama a atenção para a
necessidade de diversificação da economia angolana,
o que gera oportunidades para o IDE em Angola,
designadamente o português. É caso para dizer que
a dificuldade de exportar gera mais oportunidades
para investir localmente e assim contribuir para a
diversificação da economia angolana.
O mercado angolano ainda é atrativo?
Durante este roadshow por Portugal essa tem
sido uma das dúvidas colocadas mais vezes pelos
empresários portuguesas. O que lhes tenho dito é que
as oportunidades continuam a ser muitas e devem ser
aproveitadas pelos portugueses para gerar retorno dos
seus investimentos, na linha do referido anteriormente.
Quais os setores onde existem maiores
oportunidades?
São vários. O governo angolano lançou, por exemplo,
um ambicioso programa de construção de habitação
social, o que gera óbvias oportunidades para a indústria
dos materiais de construção.
A aposta do governo angolano no sector primário
também é muito forte.
Nós não nos podemos esquecer que a população e
a dimensão de Angola são respetivamente o dobro e
dez vezes mais do que em Portugal. Além de que em
termos de recursos naturais é um país riquíssimo, seja
nas novas descobertas de petróleo, na exploração de
gás natural, nas potencialidades minerais e hídricas e no
desenvolvimento de energias renováveis, seja em toda
a exploração agrícola, agroindustrial, pecuária e pescas.
Por que razão o Banco BIC se apresenta como
uma boa opção para os empresários portugueses?
Recentemente lançámos uma campanha dirigida às
empresas que evidencia bem o nosso posicionamento.
Por outro lado, o Banco BIC SA (Angola) dispõe da
maior rede de agências do país fora de Luanda e é o
principal banco dos importadores angolanos. O nosso
lema, Crescemos Juntos, é um princípio mas sobretudo
uma prática. Por isso, queremos que as empresas
contem com o Banco BIC para o desenvolvimento dos
negócios. Temos dois grandes bancos em Portugal e
em Angola, o Banco BIC Português e o Banco BIC SA
(Angola) com redes comerciais cobrindo os dois países
e trabalhamos em conjunto nos dois bancos para apoiar
as empresas portuguesas no relacionamento com
Angola.
O Banco BIC assinou um protocolo com o IAPMEI
e com o Turismo de Portugal que confere aos
clientes do banco a possibilidade de acederem
aos estatutos de qualificação de PME Líder e PME
Excelência. Quais as vantagens desta parceria?
Estes programas já existiam, aliás de referir que o
programa PME Excelência foi criado por mim há quase
30 anos, quando estava no Governo como ministro da
Indústria e da Energia. A vantagem destes programas,
com a entrada do Banco BIC, é dar a estas empresas
um selo de qualidade que lhes é útil para o acesso
aos investimentos bancários, com essa referência de
qualidade, as empresas têm mais facilidade de acesso
aos apoios financeiros da banca e poderão vir usufruir
de spreads mais interessantes.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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“Para nós, fazer um bebé sorrir é o melhor trabalho do mundo. E sentimo-nos privilegiados por dedicarmos o nosso tempo a pensar
como fazer os bebés felizes. Tudo o que imaginamos resulta de um objetivo específico: entrar numa casa, conhecer um bebé e fazê-lo
feliz. Porque sabemos que a recompensa será a melhor prenda de todas. O sorriso de um bebé”. Conheça a Chicco.
Chicco
A felicidade de ser criança
A Chicco é uma das grandes marcas internacionais
de puericultura, roupa e acessórios de bebé e
criança, sem esquecer dos produtos voltados para
a maternidade. Como define a sua presença em
Portugal?
A marca Chicco chegou a Portugal na década de 70,
mais concretamente em março de 1974. Graças à
qualidade e elevada aceitação dos seus produtos, a
Chicco rapidamente conquistou a liderança e alargou
o portfolio a outras categorias do mundo do bebé,
tornando-se uma love brand para a maioria dos
portugueses.
Somos uma marca verdadeiramente multiespecialista
em puericultura. Propomos produtos seguros, simples
e adequados a todas as necessidades sentidas pelos
bebés e suas famílias em cada fase de crescimento.
E dessa forma, estamos presentes em praticamente
todos os momentos da vida de uma família, durante os
primeiros quatro ou cinco anos de vida do bebé.
A presença da marca é por isso incontornável quando
pensamos em todo o universo que gira em torno do
nascimento de um bebé, do seu crescimento e da sua
família.
Em Portugal, a marca Chicco encontra-se em cerca
de quatro mil pontos de venda, entre farmácias e
parafarmácias, grande distribuição, puericulturas,
sapatarias e 36 lojas próprias.
Quando falamos em terreno nacional, é impossível
dissociar o setor empresarial do setor económico.
Como tem sido enfrentar a crise em Portugal?
A conjuntura económica dos últimos anos teve um
enorme impacto na vida dos portugueses, que se traduziu
na alteração de comportamentos, nomeadamente e
especificamente no contexto que estamos a abordar, na
queda significativa da taxa de natalidade e do consumo
em geral.
Para uma marca de puericultura, a constante redução
da taxa de natalidade acompanhada por uma quebra do
poder de compra anuncia anos turbulentos, recheados
de dificuldades em termos de potencial de mercado.
Naturalmente, a companhia teve que se adaptar a esta
nova realidade. Foi crucial olhar para o mercado e
encontrar novas oportunidades de negócio. Mantivemos
o elevado investimento na marca ainda que de forma
mais seletiva e revimos todos os processos da empresa
de forma rigorosa com o objetivo de encontrar melhorias
de gestão, tornarmo-nos mais competitivos, aumentar
a produtividade, fazer mais com menos.
O elevado nível de profissionalismo e de empenho da
equipa foi determinante para conseguirmos o mais
difícil, a quebra de paradigmas.
O resultado deste esforço foi bastante positivo e sentimo-
nos bastante orgulhosos com o que conseguimos.
Num contexto tão difícil como é este em que nos
encontramos, a marca Chicco em 2014 cresceu em
faturação e reforçou as quotas de mercado nas áreas
core em que se encontra presente.
Qual é a principal missão Chicco?
Dedicamos o nosso tempo a pensar como fazer os
bebés felizes, é essa a nossa missão e sentimo-nos
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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privilegiados por isso. Acreditamos que uma criança feliz
será uma pessoa feliz e que as pessoas felizes fazem do
mundo um lugar melhor.
Mas só é possivel compreender verdadeiramente o
seu significado, os seus valores e o que esta missão
representa se andarmos 58 anos de história para trás,
para conhecer a fantástica história do seu fundador
Pietro Catelli.
Logo após a II Guerra Mundial, o jovem Pietro Catelli
atravessava a fronteira entre Itália e a Suíça para
comprar termómetros e seringas que depois vendia nas
farmácias do norte de Itália, montado na sua bicicleta.
Em 1946 conseguiu fundar a sua própria empresa, a
que chamou Artsana. Em 1958, quando nasce o seu
primeiro filho Enrico, Pietro Catelli movido pela sua
curiosidade, começa a observar atentamente o mercado
de puericultura e a perceber que a oferta existente
era claramente insuficiente e que não satisfazia as
necessidades dos bebés e suas famílias.
Diante desta oportunidade, decidiu criar uma marca de
puericultura à qual deu o nome de Chicco, o diminutivo
de Enrico.
“Estou convencido de que na vida basta olhar… é
apenas graças à combinação de curiosidade, paixão e
responsabilidade que conseguimos dar vida aos nossos
produtos”.
58 anos passaram e o legado mantém-se. Hoje a
marca Chicco é líder no setor de puericultura e uma
das primeiras dez marcas italianas de Bens de Grande
Consumo no Mundo.
A Chicco é reconhecida pela qualidade do que
faz, mas não fica apenas por aí, e busca inovar
em conceitos, materiais, produtos e mesmo em
design. Isto é uma marca da sua identidade?
Está no ADN da marca investir fortemente em inovação
e propor produtos de acordo com as exigências do
mercado e em absoluta coerência com as estratégias
da marca. Ao longo dos anos, multiplicam-se os
produtos inovadores lançados em diferentes áreas,
nomeadamente a primeira tetina anti-soluço, o primeiro
sistema trio constituído por carro, alcofa e cadeira auto,
os primeiros sapatinhos fisiológicos ou os primeiros
brinquedos didáticos bilingues.
Temos unidades produtivas em todo o mundo,
devidamente certificadas. Damos a máxima atenção
e importância à qualidade e à segurança dos
nossos produtos, colaborando constantemente com
laboratórios e entidades certificadoras, ambos entre os
mais reconhecidos e acreditados a nível internacional.
Conseguimos assim promover uma constante inovação,
garantida por uma rede multifuncional assente em fortes
competências internas e uma permanente colaboração
com universidades, escolas de design e fundações de
prestígio.
Todos os anos, além das coleções de roupa e sapatos
criadas internamente, são desenvolvidos mais de 200
novos projetos e muitos outros aperfeiçoados.
Já são conhecidas as apostas na área da
responsabilidade social. De que projetos estamos
a falar?
Enquanto marca líder de produtos para bebé estamos
cientes da nossa responsabilidade e sabemos que, com
a nossa ajuda, contribuímos efetivamente para melhorar
a vida das instituições e de particulares que recorrem
a nós. Ainda que, infelizmente, também tenhamos
limitações e nem sempre seja possível ajudar tanto ou
tantas famílias ou instituições como gostaríamos.
Em 2006 sentimos que podíamos ir mais longe, que
podíamos contribuir com o nosso esforço de forma mais
abrangente, organizada e continuada para o bem estar
das crianças e das suas famílias.
Estudámos vários projetos e verificámos que parte das
Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) dos
hospitais e maternidades se encontravam subequipadas,
não respondendo às necessidades da população.
Foi assim que nasceu o projeto ‘Chicco dá Vida’, um
projeto que ajuda os hospitais e maternidades, mais
especificamente os serviços de neonatologia, dotando-
os de equipamento moderno que permita aumentar a
sua capacidade de resposta.
Através deste projeto, a Chicco contribui para a
sobrevivência e bem estar dos bebés que necessitam de
uma Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN)
bem equipada para sobreviver e, consequentemente,
para o bem estar das suas famílias.
O nosso objetivo é ajudar um hospital por ano e
queremos continuar a chegar a diferentes pontos do
país. Desde 2006, já estivemos em Lisboa, Porto,
Coimbra, Faro, Aveiro e Leiria.
Sabemos que com o nosso trabalho fazemos a
diferença. Hoje orgulhamo-nos de poder dizer que
ajudamos a salvar vidas.
É um projeto de todos, dos trabalhadores da empresa,
dos parceiros que tanto contribuem pro bono, dos
nossos clientes que promovem esta iniciativa, dos
padrinhos que anualmente dão a cara pelo projeto e de
toda a população em geral.
Por onde passa o futuro da Chicco em Portugal?
No futuro, tal como hoje, continuaremos a trabalhar
diariamente com especialistas em puericultura:
pediatras, psicólogos, educadores, com o objetivo de
conhecer sempre mais, de ir sempre mais longe. Para
compreender tendências, antecipar necessidades e
desenvolver soluções seguras e de elevada qualidade
para todos os momentos da vida de um bebé.
A Chicco é uma marca sólida e intemporal, que tem
atravessado diferentes tendências e fases de mercado
ao longo do tempo, mantendo-se sempre atual e fiel aos
seus valores e à sua missão.
Neste sentido, queremos continuar a ser a marca de
referência quando se pensa num bebé e a contribuir
para a sua felicidade. É esse o nosso compromisso
enquanto marca.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Foi em 1993 que a empresa nacional Proóptica começou a dar os primeiros passos, um percurso longo, pleno de desafios e conquistas
que transformaram uma empresa familiar, num distribuidor de referência no setor da óptica. Em entrevista com Luís Justino, diretor-
geral da Proóptica, percebemos que a grande missão desta empresa é criar, comercializar e distribuir produtos de requinte e distinção
de forma a constituírem uma verdadeira alternativa aos grandes grupos italianos.
proóptica
ÓCULOS QUE COMBINAM DESIGN, ESTILO E GLAMOUR
Para que possamos contextualizar os nossos
leitores, começo por lhe pedir que nos conte um
pouco da história da Proóptica – Sociedade de
Óptica e Representações SA?
Começámos por representar em Portugal o fabricante
espanhol Kadima, distribuindo marcas como Massimo
Dutti, Manolo Pertegaz ou Adagio. Vencemos dificuldades
típicas de uma empresa jovem, contrariámos as
estatísticas que anunciam que 90 por cento das
empresas desaparecem antes dos cinco primeiros anos
de vida. Lutámos sempre com garra e determinação!
Em 1995 e até 2000, aumentámos o portfólio de
marca em quantidade e qualidade, através da ligação
com o maior fabricante Francês da altura, Airess lunettes.
Distribuindo do mesmo grupo, marcas de elevada
notoriedade internacional, tais como Escada, Kenzo,
Dunhill, Galliano entre outras que permitiu ganhar elevada
experiência na distribuição selectiva. Mas em 2000,
o grupo faliu, ninguém podia prever o desfecho. Esse
momento foi ao mesmo tempo caótico e inspirador. Se
por um lado, vivemos um momento de crise, por outro
tivemos a oportunidade de perceber novos caminhos e
estruturar e organizar a nossa empresa.
No ano 2000, começámos a diversificar a nossa oferta
e incluir nas nossas unidades estratégicas de negócio os
acessórios de oficina e consumíveis. Iniciámos uma forte
relação estratégica com o Grupo Breitfeld & Schliekert,
o maior fabricante Europeu de acessórios, e que tem
desenvolvido até aos dias de hoje uma forte parceria na
distribuição dos produtos deste grupo, em Portugal e a
nível internacional.
Em 2001, iniciámos a estratégia de criação,
desenvolvimento e comercialização de Moda
Portuguesa de Eyewear, utilizando esta estratégia para
nos posicionar no mercado e constituir uma verdadeira
alternativa aos grandes grupos italianos.
Esta estratégia foi reforçada ao longo da última década,
representando hoje a nível nacional e internacional cinco
insígnias Portuguesas de renome, nomeadamente,
Dielmar, José António Tenente, Lanidor, Quebramar e
João Rolo.
A partir de 2004, demos início a uma parceria sólida com
alguns parceiros internacionais de elevada capacidade
tecnológica, design inovador e qualidade superior que
nos permitem representar em Portugal marcas de “high
end”, das quais destacamos: Tag Heuer, Fred, Jaguar,
Davidoff, Laura Biagiotti, Balmain, Cerrutti, Marius Morel,
entre outras.
Para reforçar a variedade do nosso portfólio e completar
a oferta aos nossos clientes, em 2009, fizemos uma
parceria com a Nikon, lentes oftálmicas, que nos
permitiu reforçar o posicionamento de elevada qualidade
e diferenciação tecnológica, bem como, criar o Service
Center - serviço integrado de soluções de oficina .
Este ano 2015, está a revelar-se igualmente um
marco bastante relevante no nosso percurso, com a
representação das marcas do principal grupo alemão
de armações, o Grupo Menrad, com Jaguar, Davidoff,
Morgan, Menrad e Joop!.
O que distingue as coleções da Proóptica das
restantes empresas do mesmo ramo?
A Proóptica é uma empresa com maturidade, que se
afirma hoje como parceiro de soluções completas e
integradas, através da oferta de um portefólio bem
estruturado e diferenciado de marcas e serviços. A
integração de quatro áreas de negócio diferentes,
mas complementares é uma das principais vantagens
competitivas e que permite responder às necessidades
dos nossos clientes de uma forma completa e integrada,
com preços justos, qualidade irrepreensível e focada no
serviço e na relação de proximidade.
Dividimos a nossa oferta em quatro unidades de
negócio:
1 - Armações e óculos de sol de marcas internacionais
de elevada notoriedade que se diferenciam pelos
detalhes requintados e tecnologia inovadora em
segmentos de luxo e semi-luxo, moda e consumo.
Armações e óculos de sol de marcas portuguesas com
notoriedade que oferecem um óptimo binómio preço /
qualidade num segmento de consumo.
2 - Acessórios de Oficina e complementos onde
apresentamos um catálogo completo, de fácil utilização,
com uma qualidade de produtos exemplar garantida
pela marca alemã Breitfeld & Schiekert.
3 - Lentes oftálmicas Nikon, com elevada notoriedade
junto dos consumidores finais, que permitem reforçar o
posicionamento de inovação e diferenciação tecnológica.
4 - Design+Arquitetura, focada na remodelação
e construção de mobiliário para ópticas e seus
Luís justinoDiretor Geral
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
31
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
complementos, com soluções à medida das
necessidades e expectativas do cliente.
Quais as principais marcas de renome
internacional com que trabalham?
Os fornecedores internacionais acreditam e confiam na
Proóptica, o que tem permitindo a conquista de grandes
marcas de elevada notoriedade.
As marcas internacionais permitem-nos apresentar
propostas criativas, de elevada notoriedade e com
qualidade irrepreensível.
Segmentamos estas marcas em três segmentos
diferenciados:
1 - Luxo: TAG Heuer, Jaguar, Fred, Gold&Wood, Frederic
Beausoleil e Davidoff;
2 - Moda: Laura Biagiotti, Cerruti e Balmain;
3 - Consumo: Marius Morel, Menrad, Nomad, Converse,
Joop e Morgan de Toi.
Nas lentes oftálmicas, trabalhamos com a marca nipónica
Nikon, com elevada notoriedade junto dos consumidores
finais, que permite reforçar o posicionamento de serviço
integrado.
Destacamos ainda a marca alemã de acessórios,
Breitfeld & Schiekert, reconhecida pela qualidade,
ergonomia, funcionalidade e distinção. Há mais de 80
anos que a marca inova nesta área para facilitar e cuidar
da rotina diária em oficina de óptica, criando igualmente
soluções para artigos desportivos: óculos de natação
e de mergulho graduáveis, e óculos graduáveis para a
prática desportiva em segurança e conforto (Progear).
É igualmente especialista em óculos de segurança ou
óculos pré-graduados.
Que razões levaram a Proóptica a apostar também
nas marcas nacionais?
A nossa aventura com as marcas Portuguesas remonta
a 2001, com a assinatura do primeiro contrato de
licenciamento com João Rôlo, seguiram-se José
António Tenente, Ana Salazar e, mais tarde as marcas,
Quebramar, Dielmar, Lanidor e Throttleman.
Quando iniciámos a aposta nestas marcas queríamos de
uma forma altruísta comunicar Portugal aos Portugueses,
ajudar a terminar com o preconceito do consumir
Português em Portugal. A paixão e orgulho que sempre
tivemos pelo nosso país incentivou-nos a dar força a
esta estratégia.
Apostar nas marcas nacionais significa acreditar em
Portugal e impulsionar a nossa economia.
Agora, conseguimos olhar para trás e fazer um balanço
muito positivo da estratégia desenvolvida. Passámos
de um preconceito generalizado no consumo das
marcas Portuguesas ao crescimento da confiança e da
credibilidade nos óculos de design Português. O design,
a qualidade acrescida a um preço justo e um bom
serviço pós-venda são os grandes responsáveis pelo
sucesso desta unidade de negócio.
Esta é uma empresa que também se especializou
no ramo de design + arquitectura de interiores de
ópticas, como se descreve e qual o objetivo deste
ramo?
Em 2013, para assinalar o 20º aniversário da empresa,
a Proóptica lançou uma nova área de negócios, Design
+ Arquitectura, que nos permitiu definitivamente
apresentar a Proóptica como uma empresa de soluções
integradas.
A Proóptica Design + Arquitetura é especializada em
remodelação de interiores de ópticas, sendo uma
alternativa credível na decoração e complementos. Esta
nova área nasceu conciliando a experiência de uma
equipa de profissionais dedicada com a credibilidade
da Proóptica nos mercados onde actua, procurando
satisfazer a necessidade latente da empresa em inovar
e adaptar-se ao mercado óptico com uma oferta mais
alargada de produtos e serviços.
Acreditamos que nesta área, o conhecimento que
temos do mercado e do negócio dos nossos parceiros
é fundamental para traduzir ideias em soluções ideais,
criando valor com propostas chave na mão.
A que se deve o atual sucesso da empresa? quais
os valores que vos definem?
O sucesso destes anos da Proóptica só foi possível
graças ao esforço, dedicação e trabalho de toda a
equipa, que tornaram esta empresa sólida e relacional.
A postura humilde e o respeito que temos pelos nossos
clientes, concorrentes, fornecedores e comunidade em
geral ajuda muito a integrarmo-nos no mercado de uma
forma saudável e séria. Durante todo o nosso percurso,
o focus do nosso negócio assentou fundamentalmente
nas pessoas e nas relações.
A atitude diferenciadora de antecipar as necessidades do
mercado, fez da Proóptica uma empresa empreendedora
e que aposta na inovação constante. Somos inovadores
não por termos Einstein’s na empresa, mas sobretudo
por termos equipas unidas que conversam entre si e
trocam conhecimento.
A internacionalização da Proóptica será uma
aposta futura? Se sim, quais os mercados de
maior interesse?
Hoje a internacionalização representa uma quota
importante nas vendas da empresa e continuará a ser
o focus da nossa estratégia integrada. Desenvolvemos
a internacionalização de uma forma sustentada e
comprometida com os mercados onde actuamos
preferencialmente: Espanha, Marrocos, Angola, Cabo
Verde e Moçambique.
Países que reconhecem a qualidade e as tecnologias
dos materiais explorados nas diferentes áreas que
oferecemos e que valorizam o compromisso com um
parceiro rigoroso e de confiança.
Que planos têm delineado para os próximos
tempos?
A Proóptica inova constantemente na forma como
actua no mercado. Queremos ser percebidos como
uma empresa que disponibiliza soluções integradas,
comprometida em encontrar soluções e novas
oportunidades para os seus parceiros. Nos próximos
tempos, continuaremos a apostar na sustentação
do mercado nacional com o lançamento de marcas
e produtos de relevo e na conquista de mercados
internacionais emergentes.
Queremos fazer mais, somos empreendedores
compulsivos! Inovamos! Da aposta na moda portuguesa,
às lentes Nikon, à Tag Heuer, aos Acessórios, à
internalização em Marrocos, Espanha, Angola, Cabo
Verde e a nova área de Arquitectura. Somos activos e
queremos fazer a diferença!
Com toda a certeza afirmamos, que nos próximos anos
podemos alterar a estratégia e decisões de negócio
da empresa, mas jamais iremos mudar a atitude e os
valores que sempre fizeram parte desta organização.
Os nossos clientes sabem que podem contar com uma
empresa madura, de confiança, séria, comprometida,
proativa, dinâmica e com uma equipa dedicada.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Virtual Forum é sinónimo de software jurídico completo, para gestão de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Com o
programa iBase, a empresa ambiciona ser hoje um software de referência em todas as áreas jurídicas.
virtual forUm
Uma Base para o Software Jurídico
Há mais de uma década no mercado nacional,
e sedeada no coração da cidade de Braga,
a Virtual Forum tem como objetivo principal
o desenvolvimento de aplicações e serviços
informáticos em diversas áreas.
Foi logo após o lançamento da primeira aplicação
para o ramo jurídico, em 2005, que nasceu o iBase
AE (Agentes de Execução), pelas mãos do seu sócio
fundador e atual CEO da empresa, António Alvim.
O produto teve uma aceitação imediata no mercado,
e, naturalmente, a família de soluções iBase foi-se
expandido para uma adaptação às especificidades
das várias áreas jurídicas. O iBase chega aos dias de
hoje com diferentes soluções exclusivas para agentes
de execução, advogados, administradores judiciais,
departamentos de mediação legal e leiloeiras, tendo
ainda servidores de alta performance e largura de banda
dedicados a todo este universo, de forma a assegurar a
melhor experiência, enquanto acede às aplicações web,
assim como a partilha de informação.
No ano de 2008 a empresa dedica-se à exploração de
um novo mercado, que vem, àquela data, complementar
a área jurídica: o ramo das insolvências e dos
administradores judiciais, que precisavam, já na altura,
de bastante apoio.
Entre 2013 e 2014, conforme nos conta António Alvim,
“deu-se o maior boom de penetração do iBase na área
dos administradores judiciais. Estes veem no iBase uma
ferramenta com condições diferenciadoras de acesso a
uma aplicação que vem facilitar a sua atividade”.
iBase e a interligação globalFalamos de um dos mais completos softwares jurídicos
para advogados, agentes de execução e administradores
judiciais, que ambiciona ser uma referência, tornando
possível a partilha de informação entre profissionais e
clientes ao longo do ciclo de vida de todas as fases de
um processo.
Ter uma plataforma informática de referência nacional,
que permita a interligação entre os diversos intervenientes
e agentes da justiça. Esta é uma das principais missões
da VirtualForum e, consequentemente, do iBase, para os
tempos vindouros.
“O nosso caminho é o desenvolvimento destas
ferramentas, para que todos estes agentes tenham um
bom sistema de gestão para o seu próprio escritório,
permitindo-lhes dar resposta aos seus clientes,
baseando-se sempre no nosso produto: o iBase. Por
outro lado, pretendemos que esta venha a ser uma
plataforma global, facultando aos intervenientes uma
fácil comunicação”, afirma o CEO da empresa.
A Virtual Forum continua a dar cartas na área jurídica,
mostrando provas de confiança a todo o seu leque de
clientes. A empresa desenvolveu, recentemente, um
sistema que permite a interligação entre escritórios de
advogados e a Banca, bem como um outro, que efetua
a integração da informação processual de diversos
escritórios de agentes de execução, utilizadores do
iBase, com uma instituição financeira, permitindo a esta
o acompanhamento diário dos seus processos.
Software ‘moldado’ por medidaA já designada ‘família iBase’, por forma a resolver os
problemas diários das diversas áreas jurídicas, construiu
iBases moldados a cada uma destas atividades.
“Temos um iBase dirigido aos advogados, um iBase
dirigido aos administradores judiciais, um iBase dirigido
aos agentes de execução e um outro dirigido a
leiloeiros”, esclarece o gerente.
Ao contrário da generalidade deste modelo de
softwares, que acabam por englobar tudo dentro do
mesmo serviço, o iBase oferece uma resposta mais
personalizada e mais direcionada para as necessidades
específicas de cada um destes mercados.
“A manutenção e investimento que temos são bastante
grandes, mas conseguimos ter um produto diferenciador,
desenvolvemos softwares específicos para cada área,
vamos ao pormenor, quer na área da execução, como
António AlvimFundador e CEO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
33
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
na das insolvências ou da advocacia”, afirma António
Alvim. “Construímos iBases moldados a cada uma
destas atividades”, sublinha.
O iBASE cumpre todas as normas relativas à certificação
de software de faturação, tendo obtido o certificado
número 24 pela DGCI, sendo das primeiras empresas
em Portugal a ter o seu software certificado.
O que de verdade importaCom uma equipa de 10 elementos para gerir (mais um
grupo de cinco pessoas subcontratadas nos projetos
fora da vertente do iBase e sempre que assim é
necessário), o CEO não esconde que, o que de verdade
importa, é “sermos bons, e, se possível, os melhores.
Acreditamos que tudo é possível!”.
Trabalho e honestidade são duas palavras de ordem
quando nos referimos aos valores da Virtual Forum.
A preocupação com o cliente é constante, sempre em
busca de um reconhecimento de satisfação por parte
deste. O facto de dispor de um produto diferenciador,
acarreta também a responsabilidade de transmitir uma
forte confiança ao cliente e mostrar-lhe todo o pós-
venda de um software.
Do mesmo modo, é também constante a busca pelo
acompanhamento da tecnologia, que deve ser feita
diariamente, num mundo que, também ele está em
constante avanço tecnológico. No fundo, “trabalhamos
para podermos ter menos trabalho”, denota o
engenheiro. “Só estando sempre atualizados é que
conseguimos ter um produto adaptado à realidade.
Temos de saber muito”, acrescenta ainda.
Investindo ainda na formação contínua, a empresa
dispõe de programadores, helpdesk e formadores com
experiência profissional e académica.
Para além das suas áreas de formação, todos os
recursos da Virtual Forum procuram constantemente um
maior conhecimento na área jurídica e do direito, por
forma a serem bem conhecedores das necessidades
específicas dos seus clientes nas diversas áreas, dando
como exemplo o conhecimento bastante profundo do
CPC (Código do Processo Civil) ou do CIRE (Código de
Insolvências e Recuperação de Empresas).
Experiência consolidadaAntónio Alvim, engenheiro de formação, já esteve
inclusive ligado à indústria do calçado, onde desenvolveu
todo o software de gestão ‘Enter’. Nele trabalhou a
gestão das encomendas, o planeamento e compra das
matérias-primas, passando pelo controlo nas linhas de
produção até aos stocks, vendas e tesouraria.
Desses dez anos que viveu à frente do departamento
informático, lado a lado com o planeamento e controlo
de gestão de uma grande empresa da área do calçado,
confessa ter trazido consigo uma grande “mais valia e
know-how”, úteis nos dias de hoje.
Depois de ter desenvolvido ainda software para a área
da educação, em escolas, especializou-se, por fim, na
vertente jurídica.
É um entusiasta dos livros, recomendando aos jovens
empreendedores a leitura de livros como ‘Mavericks no
Trabalho’, de Polly LaBarre e William Taylor, ou ‘O meu
MBA’ de Josh Kaufman.
Na Virtual Forum, a missão continua a ser a de
desenvolver aplicações informáticas diferenciadoras
que contribuam para o aumento da produtividade dos
clientes e que apoiem na gestão integral dos seus
escritórios. Tendo sempre como objetivo a satisfação
desses mesmos clientes, a linha de produto iBase irá
continuar a trabalhar nas diferentes soluções dedicadas
às mais variadas áreas de atuação jurídica.
Quanto à internacionalização, está já nos horizontes de
futuro, mas não a curto prazo. A empresa já conquistou as
ilhas e já efetuou contactos com Angola e Moçambique,
mas, por enquanto, “é consolidar o trabalho que está
feito no continente português”, conclui, satisfeito,
António Alvim.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
34
Começou por ser uma pequena oficina, mas
com muito esforço e dedicação por parte dos
seus fundadores, a J&J Santos possui hoje
uma reputação nacional invejável, sendo uma
empresa de referência na área em que atua.
“Somos uma empresa familiar, que começou com muito
sacrifício, mas gradualmente começámos a ganhar
o respeito do mercado e a credibilidade necessária
para termos chegado onde chegamos. Pretendemos
ainda mais”, começa por nos contar Licínio Ferreira,
que trabalha na J&J Santos desde 1993 tendo
acompanhado de perto a evolução da empresa.
Implementada solidamente a nível nacional, Licínio
Ferreira confessa que já realizaram algumas exportações
sobretudo para Espanha, Togo, Moçambique, Angola,
Cabo Verde e Brasil e que o próximo passo passa por
Criada em 1982, por Joaquim e Jerónimo Santos, sócios e irmãos, a J&J Santos é uma empresa sediada em Caldas de São Jorge, Santa
Maria da Feira, dedicada à fabricação de maquinaria e tecnologia de empacotamento de uma larga e diversificada gama de produtos.
j&j santos
Referência nacional na fabricação de maquinaria de empacotamento
criar infraestruturas para internacionalização.
“O nosso mercado tem sido desde sempre nacional
apesar de esporadicamente exportar. Estamos a criar
condições para internacionalização, no entanto a
necessidade de criar infraestruturas para dar resposta
positiva. A nível técnico e comercial é um processo
moroso e que deve ser solidificado. Não estamos a
falar de bens de consumo imediato, são equipamentos
para uso industrial e cujo a finalidade é aumentar a
produção e qualidade que estão sujeitos a desgaste,
algumas questões técnicas e tem que haver todo o
apoio necessário. Esse é o próximo passo.”, acrescenta
confirmando que a “internacionalização não é uma
prioridade atual da empresa, mas sim um objetivo de
futuro. Dispomos de assistência pós-venda damos todo
apoio necessário aos nossos clientes. Trabalhamos com
marcas de material elétrico e eletrónico e mecânico
que nos dão garantia de qualidade, o que é relevante
por questões de fiabilidade e serviço de assistência
pós venda, evitando assim problemas e paragens que
podem causar enormes prejuízos e incómodos”, explica
Licínio Ferreira reafirmando que no final o importante
é o cliente sentir que esta apoiado e satisfeito após
aquisição do equipamento.
Como é um setor em constante evolução, Licínio Ferreira
frisa que neste tipo de empresa é crucial manterem-
se atualizados e acompanharem de perto a evolução
tecnológica na construção deste tipo de maquinaria.
“Como trabalhamos com tecnologia é importante
estarmos atentos à sua evolução, de outra forma o
negócio sai prejudicado. Trabalhamos com máquinas
que constroem máquinas, existem novos materiais,
novas tecnologias, mesmo a nível de desenho existem
novas ferramentas de apoio, desenhos em 3D que já
conseguimos fazer uma simulação, há muita coisa
que pode efetivamente melhorar o nosso trabalho em
termos de qualidade e fiabilidade”.
O futuro da J&J Santos, confessa, passa por aumentar
desde logo a capacidade de resposta nos processos de
fabrico, no apoio técnico, na parte comercial e aumentar
no fundo o volume de negócios e a qualidade.
“Neste momento trabalham na nossa empresa cerca de
14 colaboradores e não é fácil encontrarmos pessoas
qualificadas neste tipo de trabalho. Damos formação e
temos vários centros de formação na empresa como
a CINCORK- Centro Tecnológico da Cortiça, o Centro
de Formação de Riomeão de Espinho e de Vale de
Cambra.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
A BASF é a empresa química líder a nível mundial, oferecendo aos seus clientes soluções inteligentes e produtos de alta qualidade.
Atualmente, a BASF comercializa em Portugal a sua vasta gama de produtos através de duas empresas e uma delegação, nas quais
trabalham cerca de 70 colaboradores. Em todos os âmbitos da sua atividade a BASF opera dando prioridade a aspetos como a
qualidade, a segurança, a saúde e o ambiente. A Revista Business Portugal conversou com Gunther Sthamer, managing director desta
multinacional alemã.
basf
“we create chemistry”
Para que possamos contextualizar os nossos
leitores, começava esta entrevista por lhe pedir
que nos contasse como nasce a BASF e como
chega a empresa a Portugal.
A empresa foi fundada em Mannheim, na Alemanha, no
dia 6 de abril de 1865 com o nome de ‘Badische Anilin
& Soda Fabrik’ (Fábrica de Anilinas e Soda da Região
de Baden), para produzir corantes para a indústria têxtil.
No decorrer da história da empresa o portfólio e a
internacionalização evoluiu, e assim se estabeleceu a
posição como líder mundial no setor químico.
Há 67 anos a multinacional alemã BASF, criou uma
afiliada em Portugal, com sede na cidade do Porto,
gunther sthamerManaging Director
com o objetivo de ajudar os seus clientes nas mais
diversas áreas de negócio. Portugal tornou-se desta
forma um dos primeiros países europeus com os quais
a Alemanha estabeleceu relações comerciais após a
Segunda Guerra Mundial.
Hoje em dia, a BASF em Portugal tem dois centros de
negócio, Lisboa e Porto, emprega cerca de 70 pessoas,
e assume-se como um parceiro no fornecimento de
soluções inteligentes e produtos de alta qualidade.
“We create chemistry”: esta é a melhor forma de
caracterizarmos a BASF?
Sim, o nosso novo claim demonstra a evolução da
BASF! “We create chemistry for a sustainable future”, em
português, “criamos química para um futuro sustentável”.
Temos a responsabilidade e a visão para que a
nossa empresa possa investir num futuro sustentável.
Conjugamos sucesso económico, responsabilidade
social e proteção ambiental e, para além disso,
permitimos, através da ciência e da inovação, que os
nossos clientes, de quase todos os setores de atividade
industrial, satisfaçam as necessidades presentes e
futuras da sociedade em que vivemos.
A BASF acredita na inovação e investigação. Em
2014 a empresa investiu 1.884.000 de euros no
desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, e
emprega mais de 10 mil profissionais nesta área.
Em que áreas atuam?
A BASF Portuguesa oferece uma vasta gama de produtos
e está presente na indústria automóvel, com uma oferta
de plásticos, pinturas e aditivos; nas indústrias têxtil e do
calçado; na indústria do processamento de papel, na
área agrícola, com fungicidas, herbicidas e inseticidas;
na indústria química; na indústria da construção; na área
do conforto; na indústria alimentar e na indústria de
produtos de limpeza, entre outros.
Como tem evoluído este mercado tão específico e,
ao mesmo tempo, tão abrangente?
Não vejo o mercado de produtos químicos como
um mercado tão específico, pois no nosso dia a
dia encontramos praticamente em cada momento
‘químicos’, mesmo sem nos apercebermos.
Estão no nosso carro, na nossa roupa, em nossa
casa, nos cosméticos, nos brinquedos, nos produtos
de limpeza, no papel, na energia que consumimos,
por conseguinte, em toda a parte. O nosso mercado
está diretamente vinculado ao desenvolvimento das
economias mundiais.
A conetividade é o vosso principal valor? De que
forma?
Para a BASF a ética é muito importante, tanto a nível de
recursos humanos como também nas suas regras de
negócios, mas isso subentende-se.
Quanto à conetividade, sim, é um valor indispensável no
nosso trabalho em equipa e em conjunto com os nossos
parceiros.
Sempre foi e continuará a ser uma característica básica
da nossa empresa estar em contacto com clientes e
parceiros, só assim podemos aprender e trabalhar para
inovações e soluções sustentáveis.
Como exemplo, lançamos por ocasião do nosso 150º
aniversário, a plataforma Creator Space ™.
De acordo com o objetivo da empresa “We create
chemistry for a sustainable future” , o objetivo da BASF
consiste em reunir pessoas e ideias num processo de
cocriação.
Até 2050 haverá mais de nove mil milhões de
pessoas a viver no planeta terra. As necessidades
da população mundial em crescimento em termos
de boas condições de vida, energia e alimentação
só podem ser satisfeitas através da existência de
inovações. A BASF identificou estes três temas nos
quais a química desempenha um papel importante e
que estarão no centro do programa do aniversário. Para
incentivar o debate, a empresa lançou uma plataforma
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
37
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
interativa online denominada ‘Creator Space™’, em
www.creator-space.basf.com. Através deste espaço
clientes, cientistas, público e especialistas da BASF são
convidados a trocarem impressões e ideias.
As opiniões que resultarem do debate online servirão de
base a debates em vários eventos de cocriação, virtuais
e ao vivo, em todo o mundo. O objetivo consiste em
usar esta comemoração para impulsionar a inovação
e efetuar um contributo duradouro para a sociedade e
para os negócios da BASF.
O Creator Space™ online é uma plataforma de internet
para ligar pessoas em todo o mundo, destinada ao
intercâmbio de ideias relativamente a dez desafios de
cocriação transversais aos três temas do aniversário:
Vida Urbana, Energia Inteligente e Alimentação.
O Creator Space™ online permitirá aos participantes
acompanhar, visualizar, debater e modelar o
desenvolvimento e resultados de diferentes atividades
de cocriação.
São já 150 anos de BASF. Que balanço faz deste
século e meio?
A BASF inventou importantes produtos desde o início
das suas atividades, como por exemplo o corante
azul índigo sintético que todos conhecemos dos ‘blue
jeans’que usamos, o Styropor (poliestireno expansível
para isolamentos) ou a fita magnética que nos
acompanhou durante muitos anos.
A empresa nunca parou de investir, adquirir e crescer.
Como exemplos de grandes aquisições podemos
mencionar a Ciba Specialty Chemicals, a Degussa
Construction Chemicals , a Johnson Polymers e a
Cognis, que hoje em dia fazem parte do Grupo BASF,
e contribuíram para a tornar na empresa química líder
a nível mundial.
Desta forma a BASF aproximou-se da sua meta de se
transformar numa empresa que oferece não só produtos
químicos, mas também soluções a um mundo em
constante evolução e crescimento.
Que caminhos há ainda a percorrer?
Em 2050, mais de nove mil milhões de pessoas
viverão no nosso planeta. A população mundial e as
suas necessidades continuarão a crescer, no entanto
os recursos naturais do planeta são limitados. Se não
houver uma mudança, serão necessários quase três
planetas como o nosso para satisfazer as necessidades
da população. Isso representará enormes desafios
globais.
Vemos três grandes setores, nos quais as inovações
baseadas na nossa química irão desempenhar um papel
fundamental.
Recursos naturais, meio ambiente: a crescente e imensa
necessidade de energia é um dos desafios mundiais
mais urgentes. Além disso, o acesso a água potável e
a outros recursos não renováveis está a tornar-se cada
vez mais importante.
Qualidade de vida: o crescimento demográfico e a
globalização representam outros desafios. As aspirações
são consideravelmente diferentes de uma região para
outra e entre os diversos grupos sociais, mas existe uma
ambição comum: as pessoas querem melhorar a sua
qualidade de vida individual.
Alimentos e nutrição: uma crescente população mundial
precisa obviamente de mais alimentos. E será necessário
aumentar a qualidade nutricional
A nossa posição diferenciada como uma empresa
química global integrada, cria oportunidades para todas
as três áreas mencionadas anteriormente no desafio
mundial.
Por onde passa o futuro da BASF?
O nosso objetivo, os nossos princípios e valores
estratégicos proporcionam-nos a base sólida de que
precisamos para prosseguir. Tudo isso, aliado à nossa
experiência em química, irá assegurar o nosso sucesso
futuro.
É de salientar também, que a BASF se sente orgulhosa
por ter uma equipa de colaboradores excecional, quer
a nível global quer em Portugal, que é o pilar para o
sucesso do passado e do futuro.
Somos a empresa química líder mundial, com as
melhores equipas em desenvolvimento de soluções
inteligentes para os nossos clientes e para um futuro
sustentável
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
38
Em pleno coração da Bairrada, Luís Pato
cultiva 60 hectares de vinha que herdou da
família: “é um negócio que, presumo, venha
desde o século XVIII”, explica o vitivinicultor.
Antigamente, “era tradição o cultivo da vinha passar
de pais para filhos. No meu caso, a grande alteração
que fiz em relação ao meu pai, foi concentrar-me no
cultivo da vinha e deixar de lado as restantes produções
agrícolas”, revela Luís Pato, que optou por dar à marca o
seu próprio nome. Produziu o primeiro vinho em 1980,
mas ainda como hobbie. Hoje, encara com orgulho o
facto desse vinho “ainda estar vivo”, destacando assim,
“a grande virtude da Baga, por ser uma casta com
grande longevidade (...). A vantagem da Baga é resultar
em vinhos que enobrecem com o tempo”, explica o
interlocutor.
Recorre à história de Portugal para justificar o seu
percurso enquanto vitivinicultor, já que durante anos foi
engenheiro químico de profissão, não se considerando
um enólogo, mas sim um “experimentalista”. Para ele, “os
vinhos portugueses têm algumas vantagens que não têm
sido exploradas, como é a sua diferenciação em relação
aos outros. Não temos Cabernet, mas temos Baga, que
é diferente, mas faz vinhos do mesmo nível do Cabernet,
em França. A minha teoria é que a Baga veio para cá
com os monges Cister, mandados vir pelo rei D. Afonso
Henriques. Sofreu mutações ao longo dos séculos, mas
resistiu às mudanças climáticas, às doenças e ao próprio
Os registos indicam que a família Pato começou a produzir vinho, pelo menos desde o século XVIII, na Quinta do Ribeirinho. Hoje, Luís
Pato produz 30 vinhos que chegam aos quatro cantos do mundo.
luís pato
O produtor rebelde que alia tradição à arte de inovar
Homem. Desde o início, apostei na casta Baga como
sendo a identificadora da zona da Bairrada e, felizmente,
nos últimos anos, o reconhecimento internacional da
casta” mostrou que Luís Pato está no caminho certo.
Decidiu dedicar-se à produção de vinhos, de forma
exclusiva, após a morte do pai. “O meu pai achava que
por eu ser formado em engenharia química seria um
fazedor de vinho sem uvas. O que é interessante é que
faço vinho com menos adição de produtos químicos do
que o meu pai fazia. É uma questão de conhecimento,
que hoje é muito mais avançado do que no tempo dele”.
Luís Pato intitula-se o “produtor rebelde” por ter
“estudado nos tempos rebeldes do maio de 68 em
França”. Esta postura reflete-se no trabalho enquanto
vitivinicultor, através das experiências que têm resultado
em novos vinhos. “Com as minhas viagens ganhei
novas visões culturais, e fui tentando fazer vinhos que
se adaptassem às diferentes culturas. Todos os anos
faço uma experiência nova. O primeiro vinho tinto de
uva branca feito no mundo foi feito por mim”, refere
Luís Pato. O facto de ser o provador mais antigo
da Internacional Wine Challenge, a maior prova de
vinhos do mundo, onde foi o primeiro participante
proveniente de um país a não falar inglês, contribuiu
como “guia na forma de olhar e conhecer os vinhos”.
Atualmente, está prestes a lançar para o mercado o
resultado da mais recente investigação: “um espumante
só com uma fermentação. Comecei em 2012, e julgo
que este ano tenho a solução total na mão”, explica o
vitivinicultor, acrescentando como uma mais valia para
as suas inovações, o facto de unir “o velho mundo com
o novo mundo, tentando fazer o melhor, com qualidade
e o mais perfeito possível”, ressalva.
Bairrada: O papel da Baga e do
enoturismoO espumante tem levado o nome da Bairrada além
fronteiras. Luís Pato explica que a região “tem condições
excelentes para produzir brancos e espumantes. O
espumante da Bairrada tem a obrigação de ser o melhor
do país, porque é a única região, em Portugal, que tem
condições climáticas para manter uma boa acidez,
fundamental num espumante e, além disso, tem solos
que só existem em Champagne. Temos a obrigação
de fazer vinhos tão bons como os de Champagne,
sendo o objetivo daqui a 20 anos, conseguir vender
a preços de Champagne. Os espumantes da Bairrada
têm melhorado, nos últimos cinco anos, enormemente.
A casta que vai impulsionar a Bairrada é a Baga”, facto
que deve, igualmente, ser aliado ao enoturismo em
Portugal. No entender do interlocutor, “o enoturismo
é importante para o país, que sendo pequeno tem,
contudo, uma diversidade enorme, permitindo num
curto espaço de tempo, a visita a várias regiões onde
são produzidos vinhos muito diferentes, uma variedade
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
luís patoAdministrador
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
39
que não existe em mais nenhum lugar do mundo”,
salienta o vitivinicultor Luís Pato, que já percorreu as
zonas vitivinícolas mais importantes a nível mundial.
Luís Pato espalhado pelo mundoNos 60 hectares de vinha estão plantadas as castas
Baga, Touriga Nacional e Tinto Cão nas variedades tintas,
e as castas Maria Gomes, Bical, Cercial da Bairrada e
Sercialinho nas variedades brancas. “Exportamos para
20 países, sobretudo para países fora do mercado
da União Europeia. Os Estados Unidos são o primeiro
mercado, Macau o segundo, Brasil e Noruega os
terceiros. Tailândia, Austrália, Singapura e Japão são
bons mercados. O Pé Franco, por exemplo, obteve
95 pontos do Robert Parker e isso influencia muito
a compra, sobretudo dos americanos, brasileiros e
asiáticos”, revelou o vitivinicultor. Na Europa, Espanha e
França são também países que já consomem os vinhos
Luís Pato. O crescimento fora de Portugal está aliado
à inovação, e o vitivinicultor revela que “há vinhos que
faço praticamente adaptados ao mercado externo”,
dando como exemplo, o caso do Japão, um país que
“tem um grande respeito pelos portugueses. Fui parar ao
Japão porque houve um cliente que quis comprar vinho,
e começámos a fazer negócio, um negócio a prazo.
Os japoneses têm uma cultura super organizada, vale
a pena apostar no Japão”, revela o interlocutor. É um
produtor que se considera um emigrante pelo menos
quatro meses por ano, e a partir de agora, vai integrar
nesta viagem, uma das filhas. O objetivo é acompanhar
e seguir os passos do pai, em Portugal e no exterior,
seguindo a tradição de família, dando continuidade ao
cultivo da vinha e à produção dos vinhos Luís Pato.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Como conseguiram chegar a esse patamar?
Conseguimos com muito investimento em novos
processos, tecnologias e produtos, pois só assim é
possível sempre na vanguarda desta indústria. O nosso
sucesso também resulta da estratégia de integração
vertical da actividade, ou seja, controlamos todo o
processo desde a floresta até à cave, eliminando
Fundada em 1972 pelo presidente executivo da empresa Manuel Alves da Silva. A MASilva começou por ser uma “empresa de cariz
familiar que foi crescendo de forma sustentada”. Prémio PME Excelência 2014 e Best Wine Industry Suppliers 2015 (entre outros
prémios e galardões) hoje “encontra-se entre os principais fornecedores mundiais de rolhas naturais e técnicas de cortiça”, afirma José
Oliveira, diretor geral da M.A. Silva.
m.a. silva
CORTIÇA DE ALTA QUALIDADE DE MOZELOS PARA O MUNDO
intermediários da cadeia de fornecimento. Desde o
ano 2000 que aplicamos seguimos esta estratégia,
aproximando-nos cada vez mais do consumidor final
(a indústria vitivinícola) e com bastante sucesso. Posto
isto, conseguimos criar e consolidar uma imagem de
credibilidade e de qualidade que perdura.
Indicou que investem os lucros na própria empresa.
Qual foi o último investimento que fizeram?
Sim. O presidente da M.A. Silva não tira os dividendos,
reinveste os lucros na empresa e todos os investimentos
são muito bem estudados e estruturados. No ano
passado fizemos um investimento de dois milhões de
euros na nossa unidade de Alter o Chão, Portalegre,
aumentando a sua área para 60.000 m2 e também
investimos em empresas no estrangeiro de forma a
podermos controlar os canais de distribuição e promover
o crescimento orgânico do grupo; só desta forma é que
podemos continuar a ocupar os lugares cimeiros na
indústria das rolhas de cortiça.
O que motivou esse investimento?
Expansão. Anteriormente a matéria-prima era comprada
no Sul e era estabilizada no estaleiro em Mozelos, Santa
Maria da Feira, no norte do país. A partir do momento
em que foi concluído o investimento inicial em Alter
do Chão, no ano de 2004, passamos a fazer esse
processo nessa unidade no sul e comprovamos que
além de a qualidade do produto aumentar também
conseguimos distanciar-nos ainda mais da concorrência.
O crescimento das vendas tem de ser suportado pelo
aumento da capacidade a montante.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
José oliveiraDiretor Geral
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A M.A. Silva é uma empresa certificada e premiada. Como encara este
reconhecimento?
Para a M.A. Silva serve de estímulo para trabalharmos cada vez melhor. Temos por base
a melhoria contínua a todos os níveis. Apostamos em aplicar os melhores sistemas de
qualidade e primamos pela eficiência operacional. Temos alguns exemplos, nesta indústria,
que infelizmente não correram bem e que já não existem, e nós não queremos passar
por algo semelhante. Daí a nossa preocupação constante com o crescimento sustentado.
A aposta na exportação foi um passo decisivo para a afirmação da M.A. Silva no
mercado?
A exportação é uma condição ‘sine qua non’ que necessita de vários mercados para
minimizar o efeito de sazonalidade. Para uma empresa como a MASilva que trabalha
a matéria-prima em bruto é necessário ter vários mercados, não só para combater a
sazonalidade, mas também para conseguir o equilíbrio da rentabilidade e ser competitivos
em mercados com exigências diferentes. Precisamos de clientes que utilizem rolhas de
todas as gamas, desde a de entrada até à gama mais elevada para garantir um ambiente
competitivo.
Quais são os vossos principais mercados?
Os principais mercados são os Estados Unidos da América, Espanha, Portugal, França e
Alemanha. Todas as rolhas passam por estas instalações; depois vão para as nossas filiais
no estrangeiro, com fábricas em vários países que fazem o acabamento; ou seja, estão no
lugar dos nossos antigos importadores/distribuidores.
Onde estão localizadas as essas empresas?
Nos Estados Unidos, que é o principal, no Chile e Brasil; na europa: Portugal, Espanha e
França; na Austrália e fizemos uma nova aposta na China. A entrada no mercado chinês é
complicada, mas acredito que vai valer a pena porque a indústria vitivinícola na China vai
crescer exponencialmente já nos próximos anos.
Pode explicar o processo de produção entre esta fábrica e as demais?
Aqui, em Mozelos, tratamos essencialmente da transformação; em Alter do Chão é
feita a chamada primeira preparação da cortiça: a cozedura da cortiça e a paletização.
Posteriormente vem para o norte para a transformação: uma parte vai para as rolhas
naturais e as cortiças mais finas são utilizadas para discos e para fazer aglomerado de
cortiça para as denominadas ‘rolhas técnicas’. Estes processos permitem que utilizemos
praticamente toda a cortiça. Daqui segue a mercadoria para todo o país e estrangeiro (filiais
e clientes directos).
Quantos funcionários compõem o quadro desta empresa?
Temos 215 postos de trabalho diretos, 180 dos quais em Portugal, fora os trabalhadores
indiretos. A unidade do Alentejo emprega 31 pessoas, o que é muito significativo para
essa região.
Como já observamos, a M.A. SILVA prima pela expansão e aposta no mercado
nacional e estrangeiro. Como vê a empresa daqui a dez anos?
Acredito que o investimento no mercado chinês já estará a trazer retorno daqui a dez anos.
Além disso, como o nosso produto é destinado à vitivinicultura, ele está muito ligado à
evolução do mercado de produção e consumo de vinhos que obviamente não vai acabar,
antes pelo contrário, está em crescimento. O decréscimo no consumo que se verifica em
alguns mercados será compensado e ultrapassado em outras geografias, sobretudo em
países emergentes. Houve e continuará a haver muito investimento em tecnologia para
melhorar a qualidade e preservação da cortiça e a M.A. Silva continuará a produzir as
melhores rolhas de cortiça natural.
INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
a be
ira
baix
a
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Vasto, de vales cavados e profundos, e de grandiosas planícies, o território
designado por Beira Baixa, composto pelos concelhos de Castelo Branco,
Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão
está situado no centro do país, junto a fronteira com Espanha, sendo delimitado
a norte, pela Serra da Gardunha e a sul pela planície alentejana. Tradicionalmente,
responsável, pelo êxodo migratório para o litoral, o interior é acusado, de não incentivar
os investimentos e de prejudicar o progresso económico e o desenvolvimento social.
Esta região, graças aos seus importantes recursos hídricos, à fertilidade dos seus solos,
à floresta, à exuberância das suas paisagens naturais e construídas, à atratividade
turística e ao paladar saboroso da sua versátil gastronomia, tem sabido, ultrapassar
essa aparente desvantagem. A existência de vias de comunicação, com excelentes
condições de segurança, e a linha ferroviária da Beira Baixa, facilitam o acesso, a todos
os que a desejam visitar, seduzidos pela beleza do território, de tão cativante região,
paisagem, que se pode apreciar em todo o esplendor, no Geopark Naturtejo, que
oferece uma grande variedade de produtos turísticos, e tem como principais mais valias,
a natureza e um excelente conjunto de instalações, equipamentos e serviços. Hoje,
devido à recente evolução local, alicerçada nas riquezas naturais, nas infraestruturas,
polos industriais revitalizados e na sua localização geográfica (aproximadamente à
mesma distância de Lisboa, Porto e Madrid), reconhece-se, que este é um território
aliciante, para os apoios, ao investimento em novas oportunidades, um espaço, onde a
inovação e o crescimento económico, encontraram terreno fecundo e produtivo. Nesta
edição damos destaque a Idanha-a-Nova. Conheça melhor esta região de Portugal.
Fonte: CIBB
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A BEIRA BAIXA
É assim que Maria Helena Silva, presidente da Junta de Freguesia de Proença-a-Velha, defende ser o seu compromisso.
junta de freguesia de proença-a-velha
“como Presidentes temos que ser os primeiros a servir e da melhor forma”
E para darmos a conhecer a essência desta
freguesia, a presidente apresentou-nos as suas
características e algumas das tradições mais
simbólicas.
Neste sentido, falamos de uma freguesia fisicamente
pequena, atualmente com 220 habitantes, mas com
uma história e cultura bastante enraizadas.
Num primeiro plano, a presidente distingue que
Proença-a-Velha e as suas gentes são puro reflexo do
orgulho pelo passado, que também se caracterizam pela
sua vivência quotidiana traduzida na confiança por um
futuro mais promissor.
Como uma freguesia muito dinâmica, cuja principal
atividade é a agricultura de subsistência, Proença-a-
Velha realiza um evento que a presidente considera
ser um dos maiores do país: o Festival das Sopas
Tradicionais. Este é já considerado o maior certame
nacional dedicado a sopas, em que são consumidos
milhares de litros de sopa pelos muitos visitantes que
marcam presença e que, por sua vez, aproveitam o bom
tempo para desfrutar da gastronomia deste concelho.
Ali, particulares, instituições e restauração de toda a
região põem à prova os seus dotes culinários na eleição
das melhores sopas locais. “É um festival de referência
para a freguesia que só este ano reuniu 114 sopas em
que foram consumidos mais de três mil litros e tivemos
visitantes provindos de todo o lado”, salienta Helena
Silva.
Para além deste certame, das atividades de referência,
a presidente destaca ainda o Festival do Azeite e
Fumeiro e o Festival dos Acordeonistas e Tocadores de
Concertinas, eventos únicos e já enraizados na freguesia.
E porque falamos em tradição, não podíamos deixar
de referir o prestigiante Núcleo do Azeite/Lagar que a
presidente afirma ser ímpar no país, sendo excelente
exemplar de arraial beirão que, além das funcionalidades
tradicionais, “possui quatro tecnologias diferentes
do azeite: o lagar hidráulico, o lagar de varas, o lagar
mecânico e um lagar de linha de extracção contínua que
tem uma funcionalidade didática e permite explicar qual
o ciclo do azeite”, esclarece Helena Silva. Este complexo
simboliza uma aldeia tipicamente agrícola que teve a sua
importância num passado recente e que diz muito às
vivências quotidianas dos proencenses.
Dentro do património religioso, a nossa interlocutora
evidencia as várias capelas espalhadas pela freguesia,
igrejas históricas, uma Misericórdia secular com 515
anos “e uma série de lugares com muita história e
antiguidade dignos de serem admirados”, afirma a
nossa interlocutora.
Para além dos locais referidos, nesta aldeia podemos
ainda observar o edifício escolar, obra do Estado Novo,
ladeado pelo polidesportivo da freguesia, um Centro
de Dia, uma extensão de saúde, entre outros serviços.
Perante todas estas valências, Helena Silva distingue que
a população proencense vive muito os acontecimentos
locais e agarra-se à sua terra de forma inigualável
“porque faz parte da sua identidade e isso para mim,
como natural de cá, é um orgulho muito grande” salienta.
Relativamente às obras realizadas pela Junta, a
presidente identifica os espaços públicos, como
ajardinamentos, a requalificação de locais públicos onde
as pessoas se sintam bem “e temos agora um projeto
em mãos que é a Quinta da Nora que, em colaboração
com a Câmara Municipal, vamos tentar fazer daquele
um espaço digno para receber festivais e que, de igual
forma, seja um local em que a população possa usufruir
durante o ano”, explica.
E porque o seu comprometimento com as pessoas
é ajuda-las naquilo que estas precisam, mantendo e
melhorando sempre as suas necessidades básicas,
a presidente garante que daqui em diante continuará
atenta a todas oportunidades que possam proporcionar
melhor a qualidade de vida à população. A par disso,
Helena Silva adianta que o futuro passa também por
uma maior aposta no turismo rural.
maria helena silvaPresidente
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A BEIRA BAIXA
Começamos então por desvendar as duas
regiões. Idanha-a-Nova encontra-se na região
centro e sub-região da Beira Interior Sul,
com cerca de 2500 habitantes, em que os
vestígios da antiga cinta de muralhas medievais ainda
são visíveis e é possível desfrutar, do seu cume, de uma
vista panorâmica admirável.
Sobre as suas valências, Vítor Mascarenhas não deixa
de realçar alguns locais de atração e interesse. Desde
o Centro Cultural - com uma apresentação moderna,
e uma exposição dedicada à agricultura, que é foco de
visita todos os anos - aos fornos de loiça que, por sua
vez, são tradição da região e que a Junta já recuperou
os três fornos comunitários de loiça que se encontravam
abandonados, tendo em conta o seu importante papel
da economia da vila “Idanha, noutros tempos, vivia dos
fornos em que as pessoas faziam aqui a loiça e iam à
Guarda, a que chamavam terra fria, fazer a troca por
alimentos ou outros objetos”, esclarece o presidente,
Do distrito de Castelo Branco, damos a conhecer um pouco das freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes através da entrevista ao
presidente Vítor Mascarenhas, que está há um ano e meio ao comando da recente União de Freguesias e com uma larga bagagem de
experiência autárquica.
união de freguesias de idanha-a-nova e alcafozes
“Temos que trabalhar para o povo”
reforçando que este é um património indispensável para
Idanha e que, a partir dos mesmos está delineado um
percurso pedestre PR8 Rota do Boieco, que por sua vez
é realizado por esta Junta, de forma a dinamizar o Bairro
dos Louceiros.
Para além disto, o presidente identifica o Castelo
Medieval, construído a partir de 1187, com uma vista
fantástica e com uma estrutura que obedece às mesmas
linhas arquitetónicas típicas dos templários. Outro foco
de interesse é o Fórum Cultural, que alberga sempre
exposições principalmente de âmbito religioso, com um
posto de turismo e um centro de artes tradicionais.
Já em Alcafozes, uma freguesia pacata, que se dedica
sobretudo à agricultura e à pastorícia, é possível observar
casas antigas e solarengas de grande beleza que reúne
uma população mais envelhecida. Nesta freguesia, o
presidente destaca a ermida Santuário da Senhora do
Loreto, a Padroeira Universal da Aviação, que é honrada
numa importante festa religiosa e popular que decorre
todos os anos, no ultimo fim de semana de agosto,
cujas cerimónias religiosas se fazem representar as
companhias de aviação civil e a aviação militar do país.
Do ponto de vista cultural, em Alcafozes há o Festival de
Espargos, Criadilhas e Tortulhos, que decorre de dois em
dois anos na altura da Páscoa, e que se apresenta com
tasquinhas tradicionais com variados pratos de produtos
silvestres, cozinha ao vivo, workshops, oficinas temáticas
para crianças e um passeio pedestre em busca de
cogumelos, sendo um evento com peso que ajuda
muito a enriquecer a economia local.
Em Idanha-a-Nova há uma tradição de relevo designada
“Sábado de Aleluia”, que é a comemoração da
ressurreição de Jesus Cristo, e que é organizado pela
Junta de Freguesia tendo a particularidade de trazer
milhares de pessoas à rua, que anunciam a ressurreição
ao som de apitos (fornecidos pela Junta), chocalhos,
adufes, e outros instrumentos de sopro e percussão.
No final da missa, a população tem ao seu dispor um
vítor mascarenhasPresidente
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A BEIRA BAIXA
lanche com chouriço, pão e vinho, fornecidos pelos
responsáveis da Junta de Freguesia.
No que toca às associações locais, o presidente afirma
que felizmente a Junta colabora com algumas, das
quais destaca: o Clube de Ciclismo de Idanha – A.C.I.N
– que organiza em outubro um passeio de BTT e que
reúne sempre mais de 1000 participantes. De seguida,
a ADIN – Associação Desportiva de Idanha-a-Nova –
que organiza torneios de futebol ao fim-de-semana, e
que este ano contará com 32 equipas nacionais. Outra
associação de igual importância que Vítor Mascarenhas
menciona, é a Companhia de Teatro, que todos os
anos faz um festival de animação, assim como, o Clube
de Ténis, que este ano realizará o primeiro torneio
internacional de ténis com alguns atletas conhecidos e
de renome. Por fim, o presidente assinala a marcante
Banda Filarmónica, Adufeiras e os escuteiros, que têm
muito peso para as gentes da terra.
Sobre o futuro das freguesias o presidente adianta
“Desde o ano passado, que começámos a requalificar
fontes e fontanários, que estavam completamente
abandonados. Além disso, vamos mudar ainda este
ano toda a toponímia da freguesia de Idanha, com a
colocação de placas novas, conferindo uma nova
imagem, assim como o melhoramento de caminhos
públicos onde mais se justificar”. Outra intervenção
futura por parte da Junta é a limpeza das linhas de
águas, “é extremamente necessário limparmos os rios
e estamos a concorrer a um projeto para podermos
concretizar essa ação”, assegura o presidente.
Já em Alcafozes, Vítor Mascarenhas revela-nos que a
próxima grande obra será a requalificação do cemitério,
que também é determinante para a população.
Importa ainda referir que de momento a Junta está em
negociações para mudar os seus serviços administrativos
para a zona antiga de Idanha, acima de tudo para facilitar
a acessibilidade às instalações e por outro lado, será
também uma forma de dinamizar a zona antiga.
Em conclusão, o presidente afirma: “Estamos aqui para
trabalhar para o povo, ajudando em pequenas coisas
que fazem grande diferença na vida das pessoas”.
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Logo à entrada: flores a enfeitar portas e janelas, cores vivas, ruas limpas e aprumadas. Chegamos à Aldeia de Santa Margarida, em
Idanha-a-Nova, que nos dá as boas vindas com um cenário que se mostra “alegre”.
junta de freguesia aldeia de santa margarida
UMA ALDEIA EMBELEZADA COM FLORES
Em entrevista a Zélia Curto, presidente da Junta
de Freguesia, descortinamos a tradição ali
vivida e as principais características daquela
que é conhecida como a Terra das Flores.
E porque as gentes da terra sempre ditaram o hábito de
plantar flores e colocar vasos às portas, os responsáveis
pela Junta de Freguesia tiveram a iniciativa de arrancar
com o Festival das Flores, que decorre durante três dias
e tem sido foco para muitos visitantes, contando com a
participação da população na decoração das ruas.
Desta feita, há alguns anos que a Junta de Freguesia
reforça e complementa esta tradição, com a plantação
de mais roseiras nas ruas. “A nossa intenção com
o festival é que um dia a Aldeia seja uma atração de
turismo pela sua beleza incomparável e temos tido um
retorno interessante”, explica a presidente.
A nível urbanístico, Zélia Curto frisa que o grande objetivo
é requalificar algumas casas degradadas, demolir e
aproveitar melhor os espaços abandonados. A par disso,
a presidente tem projetado adquirir uma casa onde se
possa fazer turismo rural, uma vez que é algo que falta
na freguesia e tem sido imprescindível para as pessoas
de fora poderem aproveitar melhor a sua estadia.
De acordo com a presidente, o povo da aldeia é, de uma
forma geral, muito simpático, acolhedor e extremamente
unido. Outra particularidade que Zélia Curto assinala, é
que a população “é briosa, tem o cuidado de manter os
espaços públicos limpos e isso é algo que nos orgulha
muito”, afirma.
No que toca a festas, a população da aldeia é privilegiada.
Além do marcante Festival de Flores, há também a festa
de Natal. Nesta noite há uma tradição, em que no final
da missa do galo é lançado um balão de ar quente e, por
fim, o fogo de artifício.
Neste contexto, e desde que Zélia Curto está ao
comando da freguesia, há determinadas datas que não
passam despercebidas. Uma delas é o Dia Mundial da
Criança, outra é o Dia Mundial do Avós, “que no primeiro
ano (este ano) teve muita adesão da população, onde
fizemos um jantar, oferecemos uma lembrança e
providenciamos uma animação musical para finalizar”,
realça. No mês de agosto, o ano passado a Junta
organizou os ‘Serões às Quintas’, em que todas as
quintas-feiras tinham uma atividade cultural no jardim
da freguesia - uma noite de cinema, um concerto,
um desfile, entre outros. E para além da preocupação
da presidente e dos restantes membros em assinalar
atividades mensais, a Aldeia também abraça algumas
A BEIRA BAIXA
zélia curtoPresidente
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associações que a dinamizam. É o caso da Associação
de Bombos (com parte musical e BTT), um grupo de
cantares e a Comissão de Festas, que vai realizando
atividades ao longo do ano.
Desta forma, todos os anos a Junta de Freguesia em
colaboração com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
e da comissão de festas, organiza um passeio de BTT,
designado ‘Trilhos do Peixoto’, em homenagem a um
antigo ciclista bem querido por todos os habitantes.
Quando questionada sobre o trabalho que é feito junto
dos cerca de 280 habitantes, Zélia Curto afirma que
nem sempre é fácil mas está sempre disponível para
eles e tenta responder a todas as suas necessidades,
“desde as coisas banais às mais complexas, felizmente
sinto que a população confia em mim e estou sempre
disponível para os ajudar”, explica a presidente.
De acordo com a nossa interlocutora, uma das maiores
preocupações da Junta de Freguesia da Aldeia de
Santa Margarida é estar próxima das pessoas, “a partir
daí é aproveitar os recursos para recuperar fontanários,
colocação de bandas limitadoras de velocidade, manter
e requalificar todas as infraestruturas existentes bem
como investir numa casa para turismo rural”, revela a
presidente, afirmando que também é preciso manter as
valências que têm vindo a construir. Sendo que o grande
objetivo daqui em diante será embelezar mais a aldeia
e fazer com que esta seja um destino de eleição de
mais turistas.
A BEIRA BAIXA
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A BEIRA BAIXA
Medelim é conhecida por Aldeia dos Balcões, mas a localidade tem inúmeros pontos atrativos, como a Rua da Judiaria, “uma jóia” que
deverá lançar a região para o turismo religioso.
junta de freguesia de medelim
A despertar para o turismo
A freguesia de Medelim está a remar contra a
corrente da desertificação e, neste sentido,
quer usar o património histórico e cultural
existente na aldeia para atrair turistas,
habitantes e emprego. Medelim é conhecida em
Idanha-a-Nova como a Aldeia dos Balcões, devido à
“existência de degraus em granito, com uma escadaria
externa, exemplo típico da arquitectura da Beira Baixa”,
esclareceu o presidente da freguesia de Medelim, Albano
Pires Marques. Contudo, acrescenta o responsável,
“a localidade hoje é uma povoação que está a ser
descoberta para o turismo, Medelim tem especificidades
que outras aldeias não têm”, chamando a atenção de
investidores. Brevemente, vai ser inaugurado na aldeia
um empreendimento de turismo e alojamento rural,
chamado Quinta das Poldras. Atualmente, existe um
hotel de charme com sete quartos que abriu portas
há um ano, equipado e decorado com requinte e
sofisticação. “O desenvolvimento de Medelim é recente
e, a partir dos balcões e da existência de uma aldeia
com características muito específicas, Medelim tem
um conjunto central de ruas muito bem preservadas.
Medelim tem uma jóia que importa destacar que é a Rua
da Judiaria, onde existem casas com cruzes de cristãos
novos à porta”, revelou o presidente da freguesia. É
neste sentido, que o responsável Albano Pires Marques
entende que o desenvolvimento da localidade passa pela
manutenção do património e das tradições já existentes.
Para tal, o édil destaca que tem sido fundamental o
apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, dando
como exemplo a “Casa de Medelim, um solar do tempo
dos Filipes que foi restaurado, servindo para a realização
de conferências e reuniões”.
A região enfrenta vários desafios sendo que um dos
principais, no entender do autarca, é como “viver com
as exigências atuais, dando qualidade de vida e conforto
às populações, preservando o passado, a tradição e o
património cultural que existe”. Através da preservação
e rentabilização do património já existente, o futuro de
Medelim passa agora por um novo projeto, “que é a
criação do Centro de Interpretação da Cultura Judaica,
estruturante para Medelim e para concelho de Idanha-
a-Nova, que já aderiu à rede de judiarias, sendo que
Medelim é a única aldeia que tem uma rua da Judiaria
80 por cento intacta”, destaca o presidente da freguesia
de Medelim.
Em termos de valências, há a destacar a existência do
Lar de Medelim com dez quartos com casa de banho
individual e aquecimento central, o que possibilitou a
criação de vários postos de trabalho, a extensão de saúde
que dá consultas quinzenalmente, a farmácia e ainda
uma rede de transportes escolares, da responsabilidade
a autarquia de Idanha-a-Nova que leva os jovens para
as escolas de Monsanto e Idanha. No que diz respeito
a eventos festivos, de dois em dois anos realiza-se a
“Festa Judaica, que consiste na celebração da Páscoa
Cristã e da Páscoa Judaica, uma festa de duas culturas
em que existe uma rua com produtos kosher e outra
com produtos da região”. Este ano há ainda a destacar a
realização da Festa do Senhor do Calvário, que terá lugar
no último fim de semana de agosto. A festa pretende
juntar os filhos da terra, o evento é um dos exemplos
do “esforço para preservar as tradições”, destaca o
presidente da Freguesia de Medelim, Albano Pires
Marques.
albano pires marquesPresidente
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Situada no interior, na zona de Idanha-a-Nova, Ladoeiro é uma freguesia eminentemente agrícola, com 1290 habitantes que agrega uma
população muito jovem, sendo a segunda maior freguesia do concelho em termos de habitantes, e com 63.28 km² de área.
junta de freguesia de ladoeiro
DINAMISMO NA ESSÊNCIA DA FREGUESIA
De acordo com o presidente, Gonçalo
Costa, esta é a freguesia mais próspera do
concelho, caracterizada por uma notável
força económica que se deve sobretudo à
atividade agropecuária e à indústria transformadora.
Entre as suas valências, Ladoeiro possui um Centro de
Saúde, um Posto Territorial da GNR, uma Escola Primária,
dois Infantários, um Banco, um Complexo de Piscinas
Municipais, um Polidesportivo, um Centro Cultural, dois
ranchos folclóricos, dois clubes desportivos, entre outros
serviços e coletividades. Para além disso, a aldeia é
particularmente conhecida pelas suas plantações de
melancia, pimento, mirtilo e melão, fontes de rendimento
e trabalho para as gentes locais e terras vizinhas. Sendo
uma região bastante dinâmica e sustentável.
Sobre as coletividades que impulsionam a freguesia, o
presidente começa por identificar a A.C.D.L (Associação
cultural e desportiva de Ladoeiro), mais vocacionada
para futsal mas que também dispõe de rancho folclórico,
zumba e teatro. De seguida, menciona o Clube de
Praticantes de Atividades Outdoor, direcionado para
atividades radicais, sucedendo-se a ARBI - Associação
de Regantes e Beneficiários de Idanha, que gere os
canais de rega da freguesia, a MASCAL - Movimento
de Apoio e Solidariedade Coletiva ao Ladoeiro, que é
o maior empregador da freguesia e presta serviços de
berçário, A.T.L., centro de dia, apoio domiciliário e Lar, a
Associação Raia dos Sonhos com um rancho folclórico
infantil e um grupo de bombos e, por fim, vários clubes
de caça e pesca.
Festival da melancia 2015É já a 11ª edição do tradicional Festival da Melancia
do Ladoeiro, organizado conjuntamente entre a Câmara
Municipal de Idanha-a-Nova e com a Junta de Freguesia
de Ladoeiro, que decorre a 18 e 19 de julho.
Este evento patenteia aos visitantes não só o fruto ‘mais
fresco do verão’ - a melancia, mas também alguns
subprodutos, como provas de sumo, compotas e
outras iguarias de melancia, com esculturas do mesmo
fruto, uma feira de produtos regionais com dezenas de
expositores, tasquinhas, restaurantes e jogos tradicionais.
Neste contexto, o certame conta ainda com diversas
propostas de animação musical, cultural e infantil,
contribuindo também para o enriquecimento da
economia local e para a promoção dos produtos
regionais “é uma festa muito completa, com muita
variedade de produtos e bastante divertida para quem
vem de fora”, assegura o presidente. Neste sentido,
Gonçalo Costa faz questão de frisar que a melancia do
Ladoeiro tem características específicas e diferentes das
outras, uma vez que é produzida de forma natural, sem
químicos, e que possui um paladar açucarado que a
torna mais doce e saborosa.
Importante será ainda referir que a empresa “hortas
d´Idanha” produz mais de 1500 toneladas de melancias
por ano.
Aposta nos espaços públicosRelativamente ao método de gestão da freguesia, um
fator importante que o presidente faz questão de referir
é a colaboração da Câmara Municipal nas iniciativas e
projetos da Junta “sem esse auxílio seria tudo muito
complicado”, afirma. Deste modo, no que concerne às
obras realizadas, o presidente salienta algumas ações
pertinentes em espaços públicos, “fizemos há pouco
tempo um parque infantil e dotamos o espaço com
máquinas de ginástica geriátrica para a população”.
Para o futuro, Gonçalo Costa indica que atualmente é
prioritário a requalificação das vias de acesso, uma vez
que as ruas estão num estado bastante degradado.
Em forma de conclusão, o presidente afirma:
“Necessitamos de criar conforto e bem-estar às
pessoas, porque o nosso papel é ajudar a população
nas pequenas coisas do dia a dia e resolver de forma
rápida e eficiente os seus problemas”.
A BEIRA BAIXA
gonçalo costaPresidente
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Rosmaninhal é uma freguesia com fortes raízes e tradições vincadas que fica localizada, no concelho de Idanha-a-Nova, em pleno
Parque Natural do Tejo Internacional. É uma das maiores freguesias nacionais em termos de área, contando com 26.590 hectares de
extensão, detendo também como lugares as povoações de Soalheiras, Couto das Correias e Cegonhas.
junta de freguesia de rosmaninhal
ROSMANINHAL, UMA TERRA DE GRANDE TRADIÇÃO
À conversa com o presidente da Junta,
Joaquim Chambino, desvendamos as
características desta região, bem como, o
que se avizinha para os próximos tempos.
Em Rosmaninhal a população é maioritariamente
envelhecida, mas de acordo com o presidente ainda há
pessoas ativas que procuram explorar alguns recursos
que a freguesia lhes proporciona, conferindo-lhe maior
dinamismo.
A atividade dominante desta terra recai no setor primário,
na agricultura, e principalmente na cinegética, uma vez
que é a grande alavanca da economia local. Não só
pelas empresas que lhe estão associadas, mas também
porque capta muitas pessoas à freguesia.
Eventos tradicionaisSobre festas emblemáticas, Joaquim Chambino, sublinha
a Festa do São João, organizada pelo povo e com apoio
da Junta de Freguesia, que é um dos momentos altos de
coesão e tradição popular. Os festejos em honra de São
João são refletidos numa festa remota e pagã, original
em todo o concelho. A organização da festa fica a cargo
do Alferes (o elemento mais velho da família nomeada)
que, por sua vez, é ajudado por dois padrinhos. Assim,
os preparativos da véspera de São João ficam a cargo
destes que têm como responsabilidade dar de comer
gratuitamente a toda a população.
A 30 de maio, decorre em Rosmaninhal um dos eventos
mais importantes para a população, ‘O Festival do
Borrego’, organizado pelo município de Idanha-a-Nova
e pela Junta de Freguesia que vai na sua oitava edição
e já é um enorme sucesso nacional, “lá expõe-se vários
pratos de borrego – o nosso produto regional – que
é confecionado de diversas formas, seja o ensopado
de borrego ou borrego na brasa, e oferecemos muita
animação cultural e musical que também dá outro
A BEIRA BAIXA
joaquim chambinoPresidente
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dinamismo à festa”, explica o presidente.
Para além do São João e do Festival de Borrego, o
presidente destaca ainda a Feira da Badana que decorre
também a 30 de maio, e é a única feira oficial de gado
ao ar livre da região da Beira Baixa, com a tradicional
exposição de gado, comes e bebes e animação musical
e infantil. Neste encontro histórico entre negociantes e
produtores de gado, há também a exposição de alguns
ovinos, caprinos, bovinos e cavalos.
Em termos de turismo rural, o presidente revela que
Rosmaninhal está bem preparado, dotado de casas com
boas condições direcionadas para os turistas amantes
da natureza. E porque a riqueza de Rosmaninhal não
se confina ao seu sublime passado histórico e cultural,
Joaquim Chambino realça a oferta turística do Tejo
Internacional - um parque natural que abrange uma
área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal
e Espanha, e que revela zonas ambientais mais ricas
do país, englobando partes dos concelhos de Castelo
Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
Deste modo, a vegetação do parque inclui bosques de
sobreiros e azinheiras e galerias de salgueiros ao longo
dos rios. É, também, uma importante área de nidificação
de aves, podendo-se observar a águia-de-bonelli,
águia-real, abutre-fouveiro e abutre-do-egito.
Principais trabalhos e serviços Em dois anos de mandato, este presidente nascido
e apaixonado pela sua Terra, revela que já recuperou
alguns parques de merendas, fontes públicas, zonas de
lazer, “e arranjei uma zona de convívio com um jardim
e máquinas de desporto destinado aos idosos e aos
visitantes que vêm ao fim de semana, para que estes
possam usufruir o tempo da melhor forma”, frisa o
presidente.
Mas para concretizar os seus projetos em prol da
freguesia, Joaquim Chambino, não deixa de enfatizar
a excelente equipa que o acompanha, que são uma
mais-valia em todas as suas iniciativas. “Por isso é que
Rosmaninhal, em pouco tempo, conseguiu estar muito
mais desenvolvido”, salienta.
No que toca às respostas sociais, o presidente frisa
que na área da saúde há uma carrinha ambulante com
um médico dentista que, de 15 em 15 dias, dispõe de
serviços para a população rosmaninhense “uma vez que
temos pouca população, é preferível dispormos deste
tipo de soluções, que é mais adequado e acessível para
todos”, explica Joaquim Chambino.
Para além disto, a Junta de Freguesia em colaboração
com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, conseguiu
um autocarro que leva os idosos de Rosmaninhal
às piscinas municipais para estes terem aulas de
hidroginástica. Ainda em colaboração com a Câmara,
a Junta de Rosmaninhal dispõe também de um médico
que vem de 15 em 15 dias prestar consultas e passar
medicamentos.
Mas apesar da forte incidência nas questões de saúde, a
área educativa também não é, de todo, esquecida. Prova
disso é a futura inauguração das antigas escolas, que irá
ser feita em setembro, e que arrancará com um berçário
e infantário. Este é um projeto que conta com o apoio
da Câmara Municipal e que o presidente garante ser
imprescindível para as crianças da freguesia.
Outros projetos para um futuro próximo incidem na
recuperação de um palco de festas abandonado, na
requalificação de um espaço verde situado em frente
à capela de São Pedro, assim como, na importante
ampliação do cemitério da Terra. “E para além destas
ações futuras, iremos mudar as instalações da Junta,
para uma sala de 56 m2, com 50 cadeiras, onde vai
funcionar os serviços de apoio da Junta e os correios”,
acrescentando que este novo espaço será mais acessível
para a população e apresentará melhores infraestruturas.
A BEIRA BAIXA
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Há 15 anos à frente da Santa Casa da
Misericórdia do Rosmaninhal, inaugurada em
Maio de 1997, a provedora começa-nos por
assinalar três valências específicas: o serviço
de apoio domiciliário, um Centro de Dia e um Lar de
Idosos.
Recordando um pouco a história, Luísa Serejo revela
que a SCM arrancou somente com um Centro de Dia
com 10 utentes, e mais cinco em apoio domiciliário,
na altura apenas com três funcionários. Mas com o
passar do tempo, a Santa Casa evoluiu e aumentou
a capacidade dos serviços. Atualmente já alberga três
carrinhas, em que os profissionais fazem a distribuição
de alimentação aos idosos, assim como, a higiene
habitacional em alguns casos. Desta feita, a instituição
reúne de momento um total de 30 funcionários,
incluindo um médico e um advogado avançados.
No Centro de Dia, funcionam também os serviços de
Por definição um provedor é referido como personalidade que goza, em geral, de uma evidenciada reputação de integridade e
independência relativamente à área de atuação, sendo reconhecido pelos seus pares e considerado com grandes conhecimentos sobre
o sistema sobre o qual intervém. E na Santa Casa da Misericórdia de Rosmaninhal encontramos a prova disso – a Provedora Luísa
Serejo – também vereadora da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e apaixonada pelo trabalho de voluntariado.
santa casa da misericórdia de rosmaninhal
Uma missão: dar harmonia à vida das pessoas
CTT, fruto de uma parceria da Santa Casa com a Junta
de Freguesia. Tendo também ao dispor da população
uma caixa multibanco no seu interior.
Após o Centro de Dia estar em pleno funcionamento e
sem perder tempo, Luísa Serejo conta-nos que, com
alguma persistência, concretizou um objetivo que há
muito ansiava – a construção da casa mortuária “no
arranque deste projeto pensei logo em colocar só uma
cruz, sem altar, para que não fosse uma casa confinada
a cristãos, mas que pudesse estar acessível a todas as
pessoas de outras religiões” esclarece a provedora.
Já em 2013, foi inaugurado o Lar Rainha D.Leonor que
com apenas dois anos de existência, teve um papel
importantíssimo para a população “estamos cheios,
temos 20 camas e temos cerca de 35 pessoas em lista
de espera”, destaca a provedora. No lar há um refeitório,
sala de convívio, uma copa, lavandaria, escritórios na
parte exterior, “e pretendo aumentar a capacidade para
mais cinco ou seis quartos, porque temos condições
para crescer”, realça Luísa Serejo, adiantando que neste
momento está à espera de apoios que permitam a
concretização deste plano.
A decoração e o ambiente são outra característica
diferenciadora que a provedora diz ser um dado crucial
para manter os idosos mais bem-dispostos, conferindo
espaços com muita cor, dinâmicos e personalizados. A
par disso, o lar dispõe de uma animadora que realiza
atividades de ginástica, trabalhos manuais, acompanha-
os para passeios, festeja e prepara os seus aniversários,
comemora os dias festivos, e empenha-se todos os dias
em mantê-los ativos e alegres “felizmente temos uma
equipa jovem que está sempre pronta a dar vida ao
lar e desempenha um trabalho fantástico diariamente”,
assegura a provedora.
Deste modo, a SCM de Rosmaninhal é uma associação
de fiéis, constituída na ordem jurídica canónica, com o
objetivo de satisfazer carências sociais e praticar atos
de culto católico, de harmonia com o seu espírito
tradicional, informado pelos princípios da doutrina moral
e cristã.
Sobre o futuro, Luísa Serejo explica que de momento
está a projetar a melhor forma de aproveitar um espaço
no Centro do Dia para fazer um restaurante, uma vez
que na zona de Rosmaninhal não há nenhum.
A BEIRA BAIXA
Luísa SerejoProvedora
port
ugal
de b
oa sa
úde
A saúde tem várias vertentes. Passando pela medicina convencional e
alternativa, farmácia, cuidados a doentes e também o ensino, a saúde é
uma área complexa, multifacetada e muito multidisciplinar.
Talvez por isso a sua definição possua várias implicações legais, sociais e
até económicas. No entanto, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo
da Constituição da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo
bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
Quando a Organização Mundial de Saúde foi criada, pouco após o término da Segunda
Guerra Mundial havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde,
que incluiria fatores como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde,
entre outros. De referir que a OMS foi a primeira organização internacional de saúde a
considerar-se responsável pela saúde mental e não apenas pela saúde do corpo.
Nesta edição da Revista Business Portugal trazemos a estas páginas a sua nas várias
vertentes. A Santa Casa da Misericórdia de Arez tem em funcionamento um centro de
dia essencial à população. Esta forma de cuidar de quem mais precisa é também uma
forma de dar saúde.
Apresentamos-lhe também a Farmácia dos Mares, um exemplo de modernidade,
competência e inovação neste meio que tem atravessado várias dificuldades.
Na área do ensino da saúde, a Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches tem-se
desenvolvido e adaptado fruto do conhecimento de natureza biomédica e de acordo
com os desafios dos novos contextos e paradigmas de formação do ensino superior.
Finalmente, a Orion Portugal é também um parceiro importante na área da saúde,
comercializando revestimentos de pavimentos e paredes Pure-Health. Estas são uma
inovação no âmbito da desinfecção, conferindo-lhe a propriedade de eliminar 99 por
cento de bactérias, vírus e fungos.
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PORTUGAL DE BOA SAÚDE
A Santa Casa da Misericórdia de Arez, no distrito de Portalegre, foi fundada em 1517 mas a obra social só começou em 1980, com
Centro de Dia e mais tarde também com Serviço de Apoio Domiciliário. Maria José Mandeiro, provedora da Misericórdia esteve à
conversa com a Revista Business Portugal, onde nos revelou os novos projetos para este ano e nos confidenciou que o grande objetivo
é “fazer crescer a Misericórdia e dotá-la de novas instalações”.
santa casa da misericórdia de arez
“crescer de forma sustentada e com padrões de qualidade elevados”
O projeto arquitetónico está praticamente
concluído e as novas instalações da Santa
Casa da Misericórdia de Arez são a sua
principal necessidade, essenciais para manter
a obra social atual e mesmo para a sua ampliação. Quem
o diz é a provedora Maria José Mandeiro explicando
que o facto da instituição continuar apenas com duas
valências está a colocar em causa a sustentabilidade da
Misericórdia e a necessidade de construir uma unidade
residencial, evitando que o utentes de desloquem para
outras freguesias, é fucral.
“Estamos em perda contínua de utentes e quando
saem pessoas da Misericórdia, saem também pessoas
da localidade e há uma consequente desertificação
da mesma. Se conseguirmos construir uma unidade
residencial a nossa esperança é que evitemos não
só a saída de utentes para outras instituições, como
consigamos atrair pessoas que sairam para trabalhar
e no final da sua vida ativa regressem porque estão
seguras que têm o apoio social necessário, sendo certo
que para tal acontecer não basta o nosso trabalho e
entrega total, precisaremos de meios que os fundos
comunitários poderão disponibilizar, assim o espera uma
população inteira - mas esta decisão não nos compete
a nós”, frisa a provedora.
Outro dos grandes projetos, já estando em curso, é a
recuperação da Capela da Misericórdia de Arez. A obra,
que tinha começado em 2011 e que entretanto esteve
parada devido a dificuldades financeiras, foi retomado
o projeto de recuperação e preservação no dia 29 de
maio deste ano.
Foram especialistas em restauração e História da Arte
que iniciaram as obras e foi possível nessa fase descobrir
pinturas na capela que estão datadas de 1602.
“As pinturas estavam cobertas por cal e foram retiradas
pacientemente por especialistas. É um trabalho muito
moroso e por isso ser tão dispendioso. Agora, no âmbito
do protocolo que há entre a União das Misericórdias
a Direção Regional da Cultura do Alentejo foi possível
retomar a ideia de preservar esse património”, menciona
Maria José Mandeiro realçando posteriormente a
importância dessa preservação para a localidade.
“Para nós, Misericórdia, isto é muito importante porque
Arez não é propriamente uma terra onde haja muito
património - o que existe tem que ser recuperado e
preservado, se não o fizermos da forma certa perde
todo o seu valor. Quando tivermos o suporte técnico
dos especialistas de Direção Regional da Cultura do
Alentejo vamos candidatar a preservação aos fundos
comunitários do Portugal 2020, daí estarmos a dar
estes passos para depois a candidatura ser suportada
tecnicamente por especialistas”.
Quando a Mesa Administrativa atual iniciou o seu
trabalho na Misericórdia, esta “nunca se tinha olhado
estrategicamente para si mesma, ou seja, nunca
tinha pensado no que nós somos e o que queremos
ser. Quando estivemos a fazer o planeamento para o
mandato apercebemo-nos de quais as nossas mais
valias e fragilidades e que, mesmo a nível do concelho
poderíamos dar algum contributo, pois existem
dificuldades comuns”.
No sentido de melhorar a qualidade de vida dos utentes
e dinamizar a instituição, foram vários os projetos
planeados e a desenvolver futuramente.
“Temos projetos a nível de concelhio que tem
a ver com a prestação de cuidados, cuidar dos
cuidadores. Também numa zona em que a população
é maioritariemente envelhecida , é necessário tentar
fixar os jovens e dotá-los de competências necessárias
para adquirirem emprego. Outro projeto na área da
animação comunitária, a nível de música, informática,
construção de instrumentos, à realização de workshops
enquadrados, também, nos ensinamentos da população
e quebrar assim o isolamento dos mais idosos – mas
não só”, afirma.
Alargar as valências, o espaço e o modo de intervenção,
olhar para o meio e perceber qual o contributo que a
Misericórdia pode dar combatendo a desertificação, as
fragilidades sociais e o isolamento comum nesta zona
do Alentejo é preocupação da Instituição:
“O que podemos fazer para além da ação convencional?
É esse também o objetivo. Queremos crescer de forma
sustentada com padrões de qualidade elevados, para
isso estamos a preparar-nos, com recurso a uma rede
de parceiros diversificada”, conclui.
maria josé mandeiroProvedora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
56
PORTUGAL DE BOA SAÚDE
Quem o diz é Florbela Braga, farmacêutica e proprietária da Farmácia dos Mares, situada em Lavra – Matosinhos. A nossa interlocutora
é licenciada em Ciências Farmacêuticas – Ramo A, pela Faculdade de farmácia da Universidade do Porto. É ainda especialista em
farmácia hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos. Em entrevista à Revista Business Portugal falou-nos um pouco do seu negócio e
das potencialidades do mesmo.
farmácia dos mares
“Um negócio de boa saúde”
Qual a história da farmácia e como tem sido a sua
evolução?
O projeto da farmácia iniciou-se no ano 2000 quando
surgiu um grande concurso de farmácias, ao qual
concorri acabando por ficar classificada em segundo
lugar, recorri judicialmente e em 2010 o Infarmed
atribuiu-me o primeiro lugar no concurso. A farmácia
abriu em setembro de 2012, estando a ser uma ótima
experiência.
O espaço da farmácia nasceu de uma área comercial,
a qual foi totalmente remodelada e decorada. É um
espaço que me dá muita satisfação e para isso contribui
a equipa de excelentes profissionais que trabalham na
farmácia e que sem dúvida são a face vísivel da mesma,
mantendo uma relação muito próxima com os clientes.
O projeto em si, foi um desafio face à conjuntura
económica em que vivemos. No momento atual, a
valência de gestão é uma importante ferramenta, esta
tem de estar bem estruturada, sendo muito importante
evitar o desperdício, seja em stocks obsoletos, quer em
horários de atendimento desfasados das necessidades
dos nossos utentes.
A farmácia como empresa que é, tem de ter objetivos
bem definidos e para que estes sejam atingidos tem
de haver planeamento, organização e avaliação das
necessidades.
O balanço destes quase três anos de existência da
Farmácia dos Mares é positivo, posso dizer que a
farmácia está de boa saúde.
Qual o seu ramo profissional?
O meu ramo profissional é a área da farmácia hospitalar,
mas o sonho de abrir uma farmácia surgiu no ano
2000, aquando do concurso, visto reunir as condições
necessárias para conseguir um alvará de farmácia. O
sonho acabou por se tornar numa batalha judicial, a
qual durou dez anos. Venci a batalha, não desisti neste
longo período e ainda bem, porque pude criar postos
de trabalho para os meus colaboradores. Para eles
é uma mais-valia terem emprego e para mim é um
compromisso que tenho de cumprir para com eles e
para comigo mesma.
Conseguiu abrir um negócio em plena crise e criar
postos de trabalho, foi um desafio?
Sim, foi um desafio. Porque em termos profissionais
tenho uma carreira estável, tenho reconhecimento
dos meus pares e podia ter desistido deste processo,
o qual demorou tanto tempo para se concretizar, mas
achei que não deveria de desistir a meio do processo
e decidi seguir em frente. O facto de trabalhar num
hospital proporcionou-me uma visão racional da gestão
dos recursos materiais e consequentemente o evitar do
desperdício.
Como é constituída a equipa?
A equipa de profissionais da Farmácia dos Mares é
constituida por, três farmacêuticos a tempo inteiro e uma
técnica de diagnóstico e terapeuta em part-time.
Qual o horário de funcionamento?
Durante a semana estamos abertos das 9 às 13 horas e
das 14 às 20.30 horas. Aos sábados abrimos das 9 às
florbela bragaProprietária
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
57
PORTUGAL DE BOA SAÚDE
13 horas e das 15 às 19 horas.
Que tipo de serviços têm disponíveis?
Além da disponibilização de medicamentos, de produtos
de saúde e dermocosmética, aos nossos utentes, estes
têm ainda acesso a medição da glicemia, do colesterol,
de triglicerídeos, da tensão arterial, assim como a
aplicação de injetáveis.
Que tipo de parcerias têm?
Temos um protocolo com a empresa OrtopediaPortugal
que surgiu na sequência de um contacto para divulgarmos
o material ortopédico disponível sem ter que o adquirir,
é uma forma de gestão controlada. Nós referenciamos
os utentes, podendo estes adquirir o produto pretendido
pessoalmente ou este ser encomendado pela farmácia,
evitando assim a deslocação dos utentes. Este serviço
não deixa de ser um valor acrescentado para os nossos
utentes, principalmente os idosos que têm um bom
serviço com uma oferta diversificada, próximo da área
de residência.
Nos últimos anos a legislação farmacêutica tem
sido complicada, acha que agora estamos a tomar
o rumo certo ou continuam a sentir dificuldades?
Em Portugal, a atividade das farmácias é exaustivamente
regulamentada, o que determina a estrutura do setor.
Neste momento, a ANF (Associação Nacional das
Farmácias) está empenhada juntamente com o Ministério
da Saúde a tentar mudar o paradigma das farmácias.
O farmacêutico comunitário tem também de mudar
o seu modo de estar na profissão. Este tem de estar
mais próximo dos utentes , procurando saber quais
as necessidades e não esperar passivamente que
os utentes o procurem na farmácia. No fundo o
farmacêutico tem de mostrar a mais valia que pode ser
e é junto da comunidade.
Qual a sua visão de mercado, neste momento,
como vê o panorama nacional, principalmente no
Norte do país?
Não está bom, todos os dias vemos farmácias
a entrar em insolvência, muito provavelmente,
devido a gestão mal orientada.
Antigamente as farmácias eram vistas como um negócio
garantido em termos de rentabilidade, e hoje em dia as
coisas não são assim, por isso é que tem de haver uma
maior e melhor gestão.
O flagelo do desemprego, as reformas reduzidas e a
baixa de ordenados também veio afetar os resultados
económicos, além das sucessivas baixas de preço dos
medicamentos e das margens de comercialização.
Em termos de projetos futuros, o que ambiciona
para a sua farmácia?
Considerando que a farmácia está inserida numa zona
rural com uma população idosa, pretendemos pôr em
curso, a médio prazo, a distribuição domiciliária de
medicação.
Atualmente estamos a divulgar junto dos nossos utentes,
a possibilidade de cedência de medicação em doses
diárias individualizadas, em caixa específica para o efeito,
para o período de uma semana.
Como farmacêutica acredito que temos que ter cada vez
mais, um papel interventivo junto da comunidade.
Equipa:
Florbela Braga – proprietária
Fernando Miguel Santos – diretor técnico
Carla Moura – farmacêutica adjunta
Carina Soares – farmacêutica
Joana Silva – técnica de diagnóstico e terapêutica
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
58
PORTUGAL DE BOA SAÚDE
A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches (ERISA) possibilita uma formação consistente alicerçada no ensino de excelência das
ciências da saúde, que visa a qualidade e a inovação, constituindo uma referência no panorama nacional e europeu do Ensino Superior.
Maria Lídia Palma, professora doutora e diretora da instituição, em entrevista à Revista Business Portugal, relata o percurso de sucesso
trilhado há 12 anos e fala-nos sobre o futuro.
ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches
o Futuro para ensino das Terapêuticas Não Convencionais
Fruto da experiência de formação na área das
Tecnologias da Saúde, a Escola de Saúde
Ribeiro Sanches assume-se como um centro de
criação, desenvolvimento e difusão da ciência
alicerçado num ensino de qualidade, fundamentado
na investigação, na qualificação dos seus recursos
humanos e na prestação de serviços à comunidade.
É desta forma que se tem distinguido “pela formação
de profissionais e técnicos de saúde com elevadas
competências nas vertentes técnica, científica, cultural
e humana. Há 12 anos que formamos enfermeiros,
técnicos de farmácia, de análises clínicas e saúde
pública e de radiologia com uma elevada taxa de
empregabilidade”, refere Maria Lídia Palma.
De maneira a dar continuidade a este sucesso têm
procurado “aumentar e diversificar a oferta formativa,
fomentar as sinergias entre as licenciaturas e os
restantes cursos e investir na investigação através de
parcerias”, explica.
Para tal, fazendo parte do Grupo Lusófona, a Escola
de Saúde Ribeiro Sanches tem beneficiado da relação
existente com a Escola de Ciências e Tecnologias da
Saúde (ECTS), com o Centro de Investigação em
Ciências e Tecnologias da Saúde (CBIOS) que produz
uma revista científica de publicação própria, Biomedical
and Biopharmaceutical Research Journal (BBR)
indexada e bilíngue (Português - Inglês), destacando
o facto do diretor da ECTS, diretor geral do CBIOS e
editor coordenador da revista, o Professor Luís Monteiro
Rodrigues ser o fundador da Escola Superior de Saúde
Ribeiro Sanches.
Oferta formativa A instituição promove um amplo e diversificado
programa de formação que, a par das atuais licenciaturas
em Enfermagem e Farmácia, dinamiza pós-graduações
e especializações, bem como diferentes cursos, nas
área das Terapêuticas Não Convencionais (TNC´S), o
que constitui um exemplo da capacidade de inovar e
ajustar a oferta formativa às necessidades da procura
de formação nos vários domínios das áreas da saúde.
A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches foi a
primeira instituição de ensino superior politécnico a
ministrar cursos em Osteopatia, Naturopatia e Medicina
Tradicional Chinesa, na modalidade de cursos livres,
não conferentes de grau, num formato de quatro anos
com 240 ECTS alinhados com o que foi, recentemente,
publicado nas portarias do ensino das TNC´s a 5 de
junho de 2015. “A publicação das Portarias do ensino
a 5 de Julho de 2015, vai-nos permitir submeter à
aprovação da Agência de Avaliação e Acreditação do
Ensino Superior (A3ES) licenciaturas para todas estas
áreas”, afirma a diretora.
É incontestável que a regulamentação destes cursos irá
permitir maior qualidade e idoneidade dos profissionais,
com benefícios para os doentes/utentes que, se sentirão
mais confiantes. “Os profissionais formados por nós, que
ingressam este ano no mercado de trabalho, irão fazer
a diferença, são os primeiros terapeutas no âmbito do
ensino superior com uma formação de 240 ECTS”.
Para o ano letivo 2015/2016, para além da oferta
existente ao nível da Osteopatia, Naturopatia e
Medicina Tradicional Chinesa, tencionam também
incluir a Fitoterapia, “área em que temos importantes
maria lídia palmaDiretora
competências instaladas, na medida em que, contamos no nosso corpo docente
com vários membros fundadores da Sociedade Portuguesa de Fitoterapia (SPFito)
nomeadamente, a sua vice-presidente, Maria do Céu Costa, professora doutora”.
“A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches está preparada para apresentar propostas
para todas as TNC´s que vierem a ser aprovadas. Reunimos todas as condições para
o fazer, na medida em que, ao longo dos últimos anos adaptamos a nossa escola
ao ensino destas áreas, criando laboratórios com equipamento próprio e temos uma
importante capacidade ao nível das nossas instalações e das nossas clínicas para criar
clínicas de estágio”.
A oferta formativa para 2015/16 irá incluir também os Cursos Técnicos Superiores
Profissionais (CTSPs), neste âmbito a Instituição aguarda a aprovação do respetivo
registo da Direção Geral do Ensino Superior para os cursos de Análises Químico-
Biológicas, Cosmética e Estética, Intervenção Familiar e Comunitária e Reabilitação,
Massoterapia e Saúde Preventiva.
Articulação da teoria com a vertente práticaAlém de os estudantes beneficiarem de uma sólida preparação teórica, a oferta
formativa da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches tem também uma importante
componente prática. “A articulação da teoria com a vertente prática é, para nós, um
fator imprescindível na qualidade da formação”, sublinha.
No âmbito das ciências biomédicas a instituição está equipada com laboratórios de
Química, Biologia, Biologia Molecular, Microbiologia, Análises Clínicas, Hematologia,
Bioquímica Clínica, Radiologia, Fisiologia e Anatomia.
Para o ensino da enfermagem, dispõe de vários laboratórios vocacionados
especialmente para o treino das várias vertentes do curso.
Já no que respeita, ao ensino das Terapêuticas Não Convencionais, para além de
laboratórios próprios, beneficia dos recursos disponíveis nos vários laboratórios das
ciências biomédicas garantindo as condições para uma aprendizagem sólida nestas
áreas.
“Os nossos alunos das TNC´s têm uma aprendizagem facilitada e sólida no domínio
biomédico, um corpo docente altamente qualificado e um ensino clínico adequado
através da implementação de consultas de Medicina Tradicional Chinesa e de
Osteopatia que a escola disponibiliza, atualmente, à comunidade. Na nossa clínica de
estágios, os alunos, supervisionados pelos professores, adquirem competências sólidas
para a avaliação do estado de saúde geral do paciente, elaboração de um diagnóstico
diferencial e aplicação das técnicas terapêuticas necessárias”, afirma a diretora.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
60
PORTUGAL DE BOA SAÚDE
A Orion Portugal comercializa revestimentos de pavimentos e paredes - Sistema Pure-Health. Inovador no âmbito da desinfeção, elimina
99 por cento de micro-organismos e garante uma desinfeção contínua do espaço.
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Inovar na saúde e zelar pela saúde
A Orion Portugal é parceira da Orion S.R.L.
fundada em Itália, em 1997, com o propósito
de produzir ambulâncias e veículos especiais.
Quase duas décadas depois, a empresa
está empenhada na procura de soluções inovadoras e
funcionais, por forma a melhorar o padrão de segurança
e qualidade dos veículos de emergência.
A Orion S.R.L., em parceria com a Next Technology,
depressa se empenhou na busca de materiais inovadores
para a criação de produtos biocidas, para encontrar
o melhor sistema de desinfeção. Durante o período
de investigação, várias soluções foram testadas, até à
escolha do Dióxido de Titânio (TIO2), molécula capaz
de, sob certas condições, tornar inócuos os elementos
contaminantes e prejudiciais para a saúde.
Para além disso, e conforme conta Ana Rita Santos,
gerente da empresa, o Dióxido de Titânio tem outras
vantagens: “Não se desgasta no tempo, ao contrário de
Rua do outeiro, 1512 4760-317 Calendário | V. N. Famalicão Tlm. 967 075 584www.purehealth.it | [email protected] facebook.com/orion.portugal
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outros materiais, uma vez que funciona como catalisador
que só é ativado quando é excitado pela luz e também
não altera as características originais dos materiais nos
quais está inserido”.
O resultado das experiências permitiu desenvolver
uma estrutura molecular biocida, uma patente única no
mundo, que permite obter uma superfície fotocatalítica
nano-estruturada.
A utilização combinada desta estrutura com lâmpadas
fluorescentes de espectro completo está na base do
novo sistema antibacteriano Pure-Health. Assim, no
ano de 2011 foi apresentada ao mercado a primeira
‘ambulância antibacteriana’. Nesse ano foram vendidas
200 ambulâncias Pure-Health.
O Pure-Health é uma inovação no âmbito da desinfeção,
por garantir soluções para pavimentos e paredes em
desinfeção permanente. Quando ativado através de
luz, o TIO2 tem a capacidade de eliminar 99 por cento
das bactérias, vírus e fungos que permanecem nas
superfícies.
“Temos uma lâmpada que faz a reprodução fiel da
luz do sol, desempenhando a mesma função da
fotossíntese. Quando a lâmpada é acesa, os raios de
luz ativam o dióxido titânio, que capta as moléculas de
ar e oxigénio presentes nas superfícies, transformando-
as em moléculas fortemente oxidantes, que ficam à
superfície do material. Quando os micro-organismos
entram em contacto com essas moléculas, são
automaticamente destruídos, havendo sempre uma
superfície completamente limpa e em processo de
desinfeção contínuo, mesmo na presença de pessoas”,
explica Ana Rita Santos.
A Orion Portugal tem obras executadas com o Sistema
Pure-Health nas termas do Gerês, no setor alimentar da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, numa
sala de enfermagem no hospital Santos Silva, em Gaia e
ainda numa cantina de uma unidade fabril.
Os parceiros italianos têm já executadas: sala de
cuidados intermédios, laboratório de investigação,
consultórios dentários, balneários de piscinas e também
clínicas veterinárias.
“A nossa ambição é crescer na divulgação e utilização
do produto, por sabermos que é útil, é uma mais valia
e é do interesse de todos nós, da nossa própria saúde
e da nossa segurança. Queremos apostar na seriedade.
Acreditamos que o nosso produto é uma vantagem para
todas as instituições”, conclui Ana Rita Santos.
ana rita santosDiretora
mun
icíp
ios e
m d
esta
que
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
62
Nas próximas páginas apresentamos alguns dos melhores exemplos que a
região norte e centro têm para dar a conhecer.
Em Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo, estivemos presentes na XVIII
Bienal de Cerveira que celebra este ano 37 anos. Esta mostra de cultura
pretende não só fazer crescer o gosto pela cultura nacional e internacional, mas
também trazer o merecido prestígio às artes.
No Município de Águeda o turismo é visto enquanto objetivo estratégico a prosseguir
para o modelo de desenvolvimento económico local, assim sendo é sistematicamente
apontado como uma mais-valia que o concelho potencia, tal como todo o tecido
empresarial existente. Também o património, as tradições e a gastronomia são
características que distinguem e diferenciam este concelho.
Mais para Sul, o município de Pampilhosa da Serra permite-lhe usufruir das belas
praias fluviais que podem ser encontradas neste belo interior que mereceram distinção.
Território pródigo em recursos naturais propícios à prática de turismo na natureza.
Estivemos também com o Conteúdo Chave que tem como objetivo promover o
desenvolvimento e produção de soluções urbanas inovadoras, de forma integrada,
com vista à estruturação da oferta e sua valorização nos mercados internacionais;
potenciar a participação das empresas e cidades portuguesas no mercado das cidades
inteligentes; e afirmar a imagem de Portugal como espaço de conceção, produção e
experimentação de produtos e serviços para smart cities.
64
REVISTA BUSINESS PORTUGALMUNICÍPIOS EM DESTAQUE
Vila Nova de Cerveira é o epicentro português da cultura. Ou não fosse esta a ‘Vila das Artes’! Este verão traz uma agenda para todos
os gostos e também para todas as carteiras. Aproveite a desculpa e passe o seu verão por Vila Nova de Cerveira. Vai ver que não se vai
arrepender.
município de vila nova de cerveira
A capital nacional da arte
Fernando Nogueira, presidente da Câmara
Municipal de Vila Nova de Cerveira fala com
orgulho e carinho na voz sobre a sua vila. Terra
de uma beleza rara e paisagens de excelência,
Vila Nova de Cerveira tem marcado o panorama nacional
e internacional pela sua forte aposta na cultura e em
diversos eventos que têm como propósito promover a
vila e fazer dela uma verdadeira ‘Vila das Artes’. “Vila
Nova de Cerveira é um território pródigo em recursos
naturais, de uma rara beleza paisagística, numa união
perfeita entre a serra e o vale, muito propícios à prática de
turismo de natureza. A sua história secular, assim como
o valioso património construído, as nossas tradições,
assim como a nossa gastronomia são características que
nos distinguem e diferenciam”, começa por nos contar
Fernando Nogueira.
Com uma área tão distinta, uma das fortes apostas
do município tem incidido no turismo, nas suas mais
diversas vertentes. Neste sentido, a oferta é bastante
diversificada.
Bienal de CerveiraEsta é já uma referência além-fronteiras. Desde 1978
que Vila Nova de Cerveira alberga este espaço cultural
de excelência criativa com capacidade de promover
um modelo de desenvolvimento no plano nacional e
internacional. Este ano o evento decorre entre 18 de
julho e 19 de setembro.
Nesta que é a sua 18ª edição, a Bienal traz à ribalta o
tema ‘Olhar o Passado Para Construir o Futuro’, numa
perspetiva de valorizar não apenas o novo, mas também
o antigo.
“Este é já um marco da nossa vila. É um evento
dirigido à promoção da arte contemporânea, onde
se alia a arte nas suas várias expressões”. Fernando
Nogueira completa, afirmando que “este pretende
ser um repositório da arte contemporânea nacional e
internacional das últimas três décadas. Temos já um
espólio com mais de 400 obras, muito representativas
da maioria dos grandes artistas portugueses e alguns
estrangeiros, permitindo o conhecimento da evolução
das artes plásticas”.
Esta edição contará com mais de 300 artistas, oriundos
de 30 países, que trarão consigo mais de 500 obras.
Aquamuseu do Rio MinhoCriado sob o pressuposto de promover e divulgar o
património natural e etnográfico associado à pesca
tradicional, na bacia hidrográfica do rio Minho. “O
Rio Minho é o que nos une a Espanha e essa é uma
ligação que queremos manter e cultivar cada vez
mais”, refere o edil. Daí que a construção do mesmo
tenha contado com o apoio da vizinha Galiza, “pois está
inserido num programa de desenvolvimento com caráter
transfronteiriço”.
O Aquamuseu possui uma área de exposição
permanente, que se divide no Aquário Público do Rio
onde os visitantes têm a oportunidade de simular uma
viagem ao longo do rio, podendo conhecer cerca de 60
espécies de peixes, moluscos e crustáceos da região e
no Museu das Pescas onde ainda se preserva a memória
da atividade da pesca artesanal, mostrando-se artes de
pesca, utensílios, maquetas de barcos e documentos.
A mascote do Aquamuseu é a lontra, sendo possível
conhecer um pouco mais sobre esta espécie visitando
o lontrário, onde vive um casal de lontras de água doce.
“O programa do Aquamuseu incide em três grandes
áreas. São elas o didático-cultural, turístico e de
investigação científica”.
Numa década, o Aquamuseu do Rio Minho já recebeu
cerca de 200 mil visitantes, onde se incluem 65 mil
visitas escolares guiadas e ainda 16 mil em atividades
Fernando nogueiraPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
65
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
pedagógicas. Decorreram ainda 15 cursos de formação
para professores e pescadores e houve o acolhimento
de 40 estagiários.
O Aquamuseu foi igualmente palco de sete edições do
Simpósio Ibérico Sobre a Bacia Hidrográfica do Rio
Minho e houve ainda protocolos de colaboração com
escolas secundárias da região, Universidade do Porto,
Universidade do Minho, Universidade de Vigo e ainda
Universidade de Santiago de Compostela.
“Pretendemos, essencialmente, que o Aquamuseu
continue a ser um promotor e parceiro em diversos
projetos de investigação na área dos recursos naturais
associados ao rio Minho”, refere Fernando Nogueira.
Para assinalar o seu aniversário, a 11 de julho, o espaço
recebe um espetáculo de música clássica.
Regresso ao passadoCumprindo um dos propósitos da sua campanha,
Fernando Nogueira acredita que é preciso olhar o
passado para construir o futuro, mote adotado para a
Bienal deste ano.
Assim, e seguindo essa máxima, de 20 a 23 de agosto,
a vila recebe a recriação histórica que a transforma num
burgo da Idade Média. “Anos após ano, há mais pessoas
a deambular pelo castelo da vila e pelas ruas do centro
histórico, assistindo a um verdadeiro mercado medieval
que se preenche com os mais variados artífices, com
trabalho ao vivo e as típicas barraquinhas de iguarias
gastronómicas. É uma festa muito bonita”, afirma o
presidente.
Este evento visa rentabilizar a participação das
associações, assim como proporcionar mais um dia de
atividade aos comerciantes locais.
Tudo é pensado ao pormenor, desde a decoração, a
gastronomia, o artesanato e os diversos espetáculos
que vão ocorrendo ao longo do dia, como a falcoaria,
malabares e acrobatas, tetrao de rua, danças medievais,
o cortejo medieval e espetáculos de fogo. Tudo culmina
numa perfeita simbioses com o património arquitetónico,
remetendo quem a visita para uma época cheia de cor,
aromas e animação.
Cheiro a verãoDe modo a marcar a estação mais quente do ano,
desde 2014 que o município aposta num novo conceito
de concertos de verão, apresentando as ‘Noites do
Fado’ e a ‘Cerveira Acústica’, prestando um tributo à
música portuguesa com artistas de renome nacional e
internacional. As noites de 2015 contam com quatro
nomes reconhecidos em concertos intimistas que
tornam ainda mais estreita a interação entre o público
e o artista. A 18 de julho pode deliciar-se com a voz de
Dulce Pontes e a 25 de julho com Yolanda Soares. No
mês de agosto, Vila Nova de Cerveira recebe no dia oito
Miguel Araújo e no dia 15 a voz de Teresa Salgueiro.
Outras atividadesMas existem mais razões para visitar esta vila, e não
só no verão! Se é adepto das caminhadas e dos trilhos
pedestres, aproveite para conhecer os percursos e as
travessias que a Vila Nova de Cerveira tem para oferecer.
Conheça o verde da montanha e o azul do rio Minho.
Se visitar a vila ao sábado, deslumbre-se com uma das
maiores e mais concorridas feiras do país. O centro da
vila transforma-se num autêntico centro comercial ao ar
livre, como refere Fernando Nogueira.
Estas são apenas algumas das razões porque Vila Nova
de Cerveira está à sua espera.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
66
Foi no meios dos preparativos da XVIII Bienal de Cerveira que Henrique Silva, vice presidente do Conselho de Direção da Fundação
Bienal de Cerveira, recebeu a Revista Business Portugal. Também ele artista, pintor de renome nacional, e fundador desta mostra de
cultura que pretende não só fazer crescer o gosto pela cultura nacional e internacional, mas também trazer o merecido prestígio às
artes, Henrique Silva revela o que de melhor esta nova edição traz ao panorama de Vila Nova de Cerveira, no ano em que se celebram
já 37 anos desde a primeira mostra.
fundação bienal de cerveira
A maior bienal do país
Presente neste projeto desde o primeiro dia,
Henrique Silva afirma que esta Bienal, por
entre altos e baixos, primou sempre pela
qualidade, muito graças ao apoio da autarquia,
mas também por alguma carolice de alguns artistas que
quiseram ver este projeto vingar. “Esta Bienal continua
a primar pelo sucesso porque vive muito da carolice e
da vontade dos artistas, e os artistas são fundamentais”,
acrescentando que “é isso que nos diferencia das
restantes Bienais, é este movimento dos artistas que
querem cá estar, querem conviver, querem mostrar
aquilo que fazem”.
O público é também uma mais valia desta mostra. Com
visitantes que vêm maioritariamente de fora do concelho,
inclusivamente do estrangeiro, esta adesão tem feito
desta aposta das artes uma aposta francamente ganha.
“Este ano prevemos receber entre 80 a 100 mil
visitantes”, diz-nos o Vice-Presidente.
Os homenageadosEste ano são três os artistas homenageados na Bienal
de Cerveira.
Eurico Gonçalves, artista plástico português, recebe
este reconhecimento não só pela consistência e
personalidade da sua obras, mas igualmente pela sua
dedicação e contribuição que teve ao longo dos 35
anos desta Bienal, deixando a sua marca até hoje na
instituição.
Outro dos homenageados é Alcino Soutinho, arquiteto,
falecido em 2013, pela sua intervenção no ex-libris
de Vila Nova de Cerveira, o Castelo, que graças à sua
intervenção recebeu uma integração mais objetiva nos
destinos desta Vila das Artes.
Finalmente, Dacos, autor de centenas de gravuras e
litografias, entre outros, está representado em inúmeros
museus, tendo ainda colaborado com poetas, realizando
livros de artistas que combinam texto e imagens. O artista
colaborou com a Bienal de Cerveira durante mais de 10
anos, tendo sido responsável pelos ateliers de gravura,
assim como em workshops organizados durante essa
década. Foi ainda co-responsável pela organização de
exposições no Museu de Liège de artistas portugueses,
no qual participou ativamente, daí que mereça esta
distinção na Bienal de Cerveira.
Para além dos homenageados, a Bienal irá receber uma
convidada especial, Margarida Reis. Sob o tema desta
18ª edição, ‘Olhar o Passado Para Construir o Futuro’, a
artista de tapeçaria contemporânea estará presente na
mostra, assim como tapeçaria criada em teares antigos,
mostrando este confronto entre gerações. Temos
também uma convidada especial “Danae Stratou” que,
pelo seu trabalho e importância internacional, merece
especial relevo no enquadramento do tem desta XVIII
Bienal de Cerveira.
Em constante formaçãoDurante o mês em que acontece esta Bienal, os
visitantes poderão participar em workshops de gravura,
litografia, serigrafia, cerâmica, arte digital e também
pintura. Estes workshops estão também pensados para
os mais pequenos.
Os espetáculos estão a cargo entre outros, dos alunos
da Escola Superior de Música e Artes do Porto que,
por sua vez, irão participar numa conferência de alunos
que terá como tema de debate o ensino das artes em
Portugal, que contará com a participação de jovens
provenientes de uma dezena de Escolas Superiores e
Universidades. A organização desta conferência é mais
uma das novidades desta 18ª edição.
Está igualmente programado um retiro doutoral da
Universidade Aberta, no qual participarão candidatos a
Doutoramento no último ano. Durante essa semana em
que decorrerá o artigo, os alunos irão apresentar os seus
trabalhos físicos e defender os seu projetos de tese.
“A nossa preocupação é, justamente, trazer alguns
trabalhos, lembranças e conhecimentos nacionais e, ao
mesmo tempo, desenvolver a atualidade do mundo das
artes”, esclarece Henrique Silva.
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
henrique silvaVice presidente do Conselho de Administração
68
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
No âmbito da promoção do território pampilhosense, enquanto destino turístico de excelência, a Câmara Municipal da Pampilhosa da
Serra oferece aos seus visitantes praias fluviais de excelente qualidade. Prova disso mesmo, foi a atribuição de bandeiras azuis nas
Praias Fluviais de Pampilhosa da Serra, Santa Luzia e Pessegueiro, e bandeiras de Praia Acessível na Praia Fluvial de Janeiro de Baixo
e na Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra.
Município de pampilhosa da serra
O turismo como alavanca do futuro
No ano em que se comemoram 29 anos de
atribuição de bandeiras azuis, a Associação
Bandeira Azul da Europa atribuiu este
galardão de qualidade ao Município da
Pampilhosa da Serra, pelo cumprimento de um conjunto
de critérios de gestão e educação ambiental, informação,
qualidade da água balnear, serviços, segurança dos
utentes, e animação das praias, numa coexistência
do desenvolvimento turístico, a par do respeito pelo
ambiente.
Este ano, 16 praias fluviais portuguesas foram
distinguidas, tendo a Praia Fluvial de Pampilhosa
da Serra sido escolhida para ser palco do hastear
da primeira Bandeira Azul, a nível nacional, numa
cerimónia que serviu ainda para a inauguração da placa
conquistada em 2014, de Praia Mais Acessível, o que
“constituiu um motivo de grande orgulho”, referiu José
Brito, presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa
da Serra, lembrando que as bandeiras foram entregues
pelas mãos das crianças das instituições de ensino
do concelho, num gesto simbólico que representa “o
compromisso das gerações futuras de dar continuidade
a este importante trabalho de educação ambiental e
promoção da igualdade de oportunidades”.
Para quem não conhece as praias fluviais que mereceram
distinção, podemos atestar que são um dos maiores
postais ilustrados de Pampilhosa da Serra, pequenas
pérolas que podem ser encontradas neste belo interior.
Uma das grandes apostas do município continua a ser
o Turismo de Natureza e, nesse capítulo, as bandeiras
azuis constituem um dos vértices da pirâmide, até
porque, de acordo com o autarca: “Não precisamos
imitar ninguém, basta aproveitar o que de bom existe
no nosso concelho”, disse, recordando que a atribuição
das bandeiras azuis constitui um reconhecimento por
parte das entidades competentes, mas também uma
importante mais-valia, sob o ponto de vista da atração
turística.
Uma nova dinâmica de animaçãoEm 2014, Pampilhosa da Serra foi palco do festival de
verão “Seaside Sunset Sessions”, uma nova dinâmica
de animação da praia fluvial que resultou num grande
sucesso, com ampla visibilidade e projeção turística
do concelho. “Esta iniciativa do município, patrocinada
pela Seaside, uma marca de calçado portuguesa, cujo
fundador é Acácio Teixeira, um ilustre pampilhosense,
visou cativar públicos de diferentes idades”, mencionou
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
PRAIA FLUVIAL DE PAMPILHOSA DA SERRA
praia fluvial de pessegueiro
praia fluvial de santa luzia
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
69
o autarca, destacando que um palco transparente foi
colocado sobre o rio e que o evento incluiu um vasto
leque de atividades: xadrez, aulas de grupo, animação
noturna, teatro de rua, desportos radicais e insufláveis,
entre outras.
Este ano vai decorrer a 2ª edição, de 14 a 23 de agosto,
que promete atrair até à Praia Fluvial de Pampilhosa da
Serra muito movimento, dinamismo e animação: “Só
com eventos desta natureza poderemos mostrar à
região, ao País e aos muitos turistas que nos procuram
que temos a praia fluvial mais bonita da região Centro”,
sublinhou o presidente da Câmara da Pampilhosa.
José Brito destacou ainda que também as “Noites de
verão” animam a Pampilhosa da Serra, traduzindo-se
num conjunto de eventos e espetáculos que dão vida às
noites da vila, divulgando simultaneamente a cultura, as
tradições e a música pampilhosenses.
Promoção e desenvolvimentoEm entrevista à Revista Business Portugal, José Brito
lembrou que a Pampilhosa da Serra pertence à Rede
das Aldeias do Xisto, um projeto de desenvolvimento
sustentável, liderado pela ADXTUR - Agência para o
Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que em
parceria com 21 municípios da Região Centro e com os
operadores privados que atuam no território, congrega
assim as vontades públicas e privadas de uma região,
que se revê na gestão partilhada de uma marca, “na
promoção de um território, na criação de riqueza através
da oferta de serviços turísticos, na preservação da
cultura e do património do mundo rural”.
A maior obra da natureza pode ser contemplada nos três
rios que atravessam o concelho, Zêzere, Unhais e Ceira
e nas três barragens existentes, designadamente Santa
Luzia, Alto do Ceira e Cabril, ou seja, “há um potencial
enorme que temos obrigação de aproveitar”, reiterou.
De acordo com o presidente da Câmara, Pampilhosa
da Serra, propõe e oferece uma grande oferta de
atividades: percursos pedestres, desportos radicais, o
centro BTT e o cicloturismo. Contudo, sublinhou que o
maior valor do concelho é a identidade genuína das suas
gentes, aliada à gastronomia tradicional da região.
Discriminação positivaA qualidade de vida em Pampilhosa da Serra é
incontornável, “o grande problema desta região do
interior é a inexistência de discriminação positiva, que
permita atrair investimento e criar postos de trabalho”,
destacou José Brito, aludindo as dificuldades sentidas
pelos pampilhosenses, que no seu entender, foram
colocados, ao longo dos anos e pelos sucessivos
governantes, no último lugar da lista, no que concerne
às acessibilidades.
O autarca salientou, uma vez mais, que a ligação a
Pedrógão Grande é fundamental para o concelho e para
a região fixar população, cativar visitantes e investidores.
“Uma obra a rondar os oito milhões de euros que mudaria
a vida de quem por aqui mora e dos empreendedores
teimosos que acreditam no futuro do concelho” disse,
realçando a importância da implementação de medidas
corajosas de incentivo ao investimento das empresas.
Perspetivando o futuro, José Brito frisou que, em
2015, novos desafios se impõem, por isso prometeu,
juntamente com a sua equipa, tentar encontrar as
soluções e os apoios necessários para continuar a
implementar dinâmicas de sustentabilidade e a promover
as oportunidades de desenvolvimento local que o
concelho precisa e merece. “As nossas apostas centram-
se na coesão social e na captação de investimento, que
possa gerar postos de trabalho”, evitando assim a fuga
de massa crítica jovem do concelho.
Sabores e saberesA XVIII Feira de Artesanato e Gastronomia de Pampilhosa
da Serra vai decorrer entre 13 e 16 de agosto, por
iniciativa da Câmara Municipal, e promete “quatro dias
recheados de muitas atividades, mostras, concertos e
muita animação”.
As Festas do Concelho em Pampilhosa da Serra são
já um evento à escala nacional, que atrai milhares de
visitantes e turistas. Trata-se de uma feira que conta com
uma centena de expositores, que juntam a excelência
do artesanato aos sabores tradicionais da gastronomia
regional. “Este ano vai ser novamente um espetáculo
memorável, proporcionando momentos felizes e únicos
a quem nos visita”, garantiu José Brito.
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
josé britoPresidente
feira de artesanato e gastronomia
“Seaside sunset sessions”Uma nova dinâmica de animação
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
A cidade de Águeda já fervilha de cor e de alegria de viver! O Agitágueda decorre entre 4 e 26 de julho e o Umbrella Sky Project já se
tornou um sucesso global, cujas imagens dos chapéus-de-chuva coloridos vão percorrendo o mundo!
município de águeda
Águeda a viver os seus meses mais coloridos
A Câmara Municipal de Águeda lança-se à 10ª
edição do AgitÁgueda, que decorre entre os
dias 4 e 26 de julho, na Praça 1º de Maio, à
beira-rio. A cidade renasce com vontade de
animar toda a região, aproveitando as potencialidades
que o rio, o espaço da Praça recentemente requalificado
e a cidade oferecem nesta altura do ano.
“Durante o mês de julho não havia em Águeda nenhuma
atração de destaque. Nós entendemos que o rio é
uma mais-valia para a terra e que pode proporcionar
zonas de convívio e de lazer muito interessantes, então
decidimos criar este evento junto ao rio”, recorda, Gil
Nadais, Presidente da Câmara de Águeda.
As edições realizadas desde 2006 foram marcadas
por um êxito sem paralelo, com a visita de milhares
de pessoas, de dentro e fora do país, a dar o melhor
testemunho de uma iniciativa que já ganhou raízes no
Verão da região e do país.
Para além da componente de arte urbana, que se
destaca pela originalidade, o AgitÁgueda apresenta
também um cartaz de concertos musicais, do qual
fazem parte nomes como James Arthur, Rita Redshoes,
Jorge Palma, Paulo Gonzo, entre outros.
“É um acontecimento para todas as idades e que vai
tendo diferentes públicos ao longo do dia”, refere o
autarca.
Para além de todos os espetáculos a decorrer, as
Associações do concelho irão servir refeições e
apresentar os seus produtos tradicionais e a gastronomia
da região. “Isto permite que haja, por parte do movimento
associativo, uma menor subsidiodependência”, observa
Gil Nadais.
Águeda torna-se, por esta altura, um local de passagem
e atração turística. O já famoso Umbrella Sky Project
tornou-se viral nas redes sociais, que deram a conhecer
ao mundo os milhares de chapéus-de-chuva coloridos
que desfilam pela cidade, numa iniciativa original e low
cost. O projeto, conta o presidente, “insere-se dentro
de uma estratégia de afirmação da cidade, para que os
gil nadaisPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
71
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
habitantes gostem cada vez mais de cá viver”.
Visitar ÁguedaÁgueda é muito mais do que o Agitágueda! O maior
concelho do distrito de Aveiro tem cerca de 50.000
habitantes distribuídos por 11 freguesias/uniões de
freguesia.
Com um variado cartaz de eventos culturais, Águeda
convida a uma visita, também pela beleza e imponência
da Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural
da Península Ibérica, pelos percursos pedestres
implementados, que levam o visitante aos principais
pontos de interesse do concelho, desde as freguesias
serranas às mais litorais e urbanas, encontrando
espigueiros, azenhas ou moinhos de água, palacetes e
diversos imóveis de valor patrimonial.
A cidade oferece uma zona ribeirinha que convida a
passeios a pé ou de bicicleta e várias zonas de comércio
tradicional, onde se pode apreciar a gastronomia local e
encontrar os doces tradicionais.
A cidade tem apostado nesta vertente do turismo de
Natureza e também na do turismo industrial. As ciclovias
e as zonas de passeios pedestres têm sido alvo de
melhorias. Para além deste investimento, o autarca
pretende ter em setembro próximo todo um parque
escolar renovado, e, ainda, iniciar a construção do novo
Centro de Artes na cidade.
Experiências gastronómicasA gastronomia do concelho é abundante e diversificada.
O leitão assado confere-lhe identidade própria.
Acrescente-se ainda os rojões, a lampantana com carne
de carneiro ou cabra, diversos pratos de lampreia, o
coelho “à moda de Águeda”, não faltando o bacalhau “à
Lagareiro” (no forno), “albardado” (frito e com molho de
cebolada) e “à Ribeirinho” (frito).
A broa de milho, a sopa do campo, o caldo do lavrador
e o arroz de açafrão contam-se igualmente entre as
iguarias que a terra tem para oferecer. Na doçaria, onde
abundam o açúcar, os ovos e a amêndoa, distinguem-se
os fuzis, os sequilhos, o bolo de Páscoa, as “barrigas de
freira” e os típicos pastéis de Águeda - um dos ex-libris
da cidade.
Cultura para todas as idadesA cultura assume-se hoje como elemento agregador e
potenciador de inúmeras dinâmicas sociais, bem como
uma alavanca do desenvolvimento de uma sociedade
mais criativa, podendo incrementar a economia local e a
dinamização dos espaços urbanos.
O Município de Águeda tem proporcionado, ao longo do
ano, diversas atividades de âmbito cultural. “Na segunda
sexta-feira de cada mês, entre o Outono e a Primavera,
temos as «Sextas Culturais», com um acontecimento
cultural diferente em cada sessão”, explica Gil Nadais.
De destacar ainda o “Festival i”, dedicado às crianças,
e a animação musical que proporcionam as cinco
orquestras do concelho, com a «Orquestra Municipal de
Águeda».
Hoje, a Cultura desempenha um papel fulcral na
atratividade de um território, enquanto fator de
competitividade e de diferenciação, sendo um indicador
da qualidade de vida e do bem-estar das populações.
Como tal, a cultura continuará a ser uma das grandes
apostas da Autarquia na promoção e apoio de iniciativas,
projetos e ações que visem o desenvolvimento cultural
da região e o alargamento das suas potencialidades,
bem como a preservação da sua identidade e
intercâmbio cultural.
Um concelho industrialAssumindo-se como um concelho industrial, Águeda
tem procurado as melhores condições para a instalação
empresarial nos diversos espaços da cidade.
“Quando cá entrei, não havia nenhum Parque Empresarial
e havia bastantes empresas com dificuldades; o primeiro
trabalho foi o de proporcionar melhores condições a
essas empresas. Então nasceu o parque empresarial,
para a instalação das mesmas. Trabalhamos com elas
no sentido de potenciar a sua ação”, conta o autarca.
Para além deste carisma industrial, e com uma taxa
de empregabilidade acima da média nacional, Águeda
mantém uma exploração empresarial nos mais variados
sectores.
“Temos um projeto de empresários de Águeda que
estão ligados ao setor do ciclismo e vão criar uma
empresa que vai fabricar quadros de bicicleta em
alumínio, com tecnologia totalmente robotizada”, refere.
Esta será assim a primeira empresa a soldar quadros de
alumínio por robot.
Respeito e transparência são palavras de ordem quando
pensamos nos valores adotados pela Câmara Municipal
de Águeda.
“Tentamos transmitir um conjunto de valores positivos,
não só aos funcionários da Câmara Municipal, mas
também a toda a população de Águeda. Há um
incentivo à partilha e respeito mútuos”, salienta Gil
Nadais. O presidente remata, afirmando: “Tentamos
que as pessoas deixem este mundo melhor do que o
encontraram”!
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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conteúdo chave
Diferentes porque criam, inovam e fazem
Afinal, o que é a Conteúdo Chave?
É uma loucura. Teimamos em manter-nos no interior do
país, promovendo a criatividade, a inovação e, sobretudo,
boas práticas e sensibilização para assuntos que
achamos essenciais. Não temos presunção de sermos
os melhores, mas também sei que se estivéssemos
noutra zona do país, teríamos mais ‘visibilidade’ e
‘atenção’ dos media. Temos de viver com essa falha por
enquanto.
Que serviços prestam aos vossos clientes?
A agência trabalha a comunicação em todas as suas
vertentes. Estamos habilitados a encontrar as soluções
mais adequadas e temos know-how e experiência
MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
nacional e internacional para encontrar a abordagem
ideal para os projetos. Hoje em dia é necessário lidar
com baixos orçamentos. Temos a vantagem de não
pedir muito por aquilo que fazemos. Apenas o justo e
que, pelo menos, nos garanta algum gozo na execução.
Somos quase voluntários em alguns projetos. Acho que
tem de ser assim. Recusamos muitos trabalhos por não
terem essa componente. Mais do que ganhar dinheiro,
queremos estar bem com a nossa consciência. Temos
clientes de design, de assessoria de comunicação e
temos cidades que querem coisas novas. São clientes
muito diferentes...
Inovação, criatividade, desenvolvimento
e comunicação são as vossas principais
competências. Qual o vosso papel,
especificamente, em cada uma delas? O que
podem proporcionar de novo e diferente?
A maior diferença é a forma como nos apresentamos.
Mais do que prestadores de serviços, somos parceiros e
queremos contribuir e participar no projeto do inicio ao
fim. Seja ele qua for. Outra diferença é a responsabilidade
social e a franqueza com que atuamos no mercado. Não
prometemos o céu e a terra, antes, alertamos para as
debilidades, as fraquezas e ajudamos empresas, cidades
e até políticos a lidarem com elas e a ultrapassarem-nas.
Quem promete resolver todos os problemas mente e
falseia muitas questões. Da nossa parte não esperam
otimismo, antes muito pessimismo pois se nos procuram
é porque algo vai mal e é preciso encontrar soluções.
Não faz sentido que uma empresa diga que está tudo
bem e depois cobrar o cliente pelos ‘pormenores’
complicados, não os solucionando.
O CityOK é um exemplo do que de novo
proporcionam às cidades?
É um projeto que será lançado ainda este ano. Pretende
ir de encontro a isso mesmo, à honestidade, franqueza
e às boas praticas de comunicação das cidades com os
cidadãos. Tenho perfeita noção que não será pacifico
nem bem visto por todos, mas também sei que os
projetos sérios não têm essa virtude. Não se pode
agradar a gregos e troianos. Nem se pode mentir no
que diz respeito às Smart Cities. Pela simples razão que
há cidadãos dessas cidades que conhecem a verdade e
sabem quando as coisas estão bem ou mal.
Trabalham essencialmente com o foco de promover
o desenvolvimento de cidades inovadoras e
sustentáveis. Referimo-nos também às Smart
Cities. Como é que as cidades portuguesas se têm
adaptado a este conceito?
O problema que temos hoje no mundo é um problema
de comunicação. Nas cidades temos exatamente o
mesmo problema. Muitas cidades esgotaram-se e
dexaram de ser inovadoras na forma de falar com os
cidadãos. Por isso buscam estas modas, estes conceitos
Smart, para terem algo novo para mostrar. A nossa
postura e o meu trabalho específico nas Smart Cities
vítor pereiraAdministrador
Smart Apps for Smart CitiesEVERYONE HAS SOMETHING TO SAY...MAKE SURE YOU’RE HEARD
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
opõe-se a esta política. Somos contra as formulas
instantâneas, quase mágicas e às etiquetas que se
compram simplesmente para se mostrar o que não
se é. Não há varinhas mágicas. Se uma cidade tem
problemas, não se escondem debaixo do tapete. Tem
de se enfrentar, ao contrário do que muito tentam fazer,
ocultar e esconder. Somos parceiros para o bem e para
o mal. Desde que saibam onde está o mal.
Sei que é especialista também em turismo. Nesse
sentido pergunto-lhe se é fulcral às cidades
portuguesas e europeias adaptarem a sua oferta
turística a este lado mais inovador e sustentável
que estão na base das SmartCities.
As cidades e o turismo estão de mãos dadas como
é óbvio. O facto de existirem péssimos exemplos de
cidades a serem atropeladas e destruídas pelo turismo
massivo, também todos percebem que não se pode virar
a cara à maior industria mundial e fonte de riqueza. A
ideia de utilizar de forma inteligente os recursos turísticos
de uma cidade de forma a captar o turista ideal, que, de
forma sustentável, ajude a manter a genuinidade de um
destino e a qualidade de um território, é um segredo
ainda na mão de poucos. A tendência é sempre para
‘encher o olho’. Colocar o maior numero possível de
gente na cidade ou na região, não fazendo contas,
desvirtuando a oferta, promovendo produtos que são
totalmente opostos ao que pode, em última instância,
ser exclusivo e atrativo. Há um largo caminho a percorrer.
Por onde passa o da Conteúdo Chave?
Estamos baseados em Trás-os-Montes numa pequena
cidade do interior, como é Bragança, contudo, temos
projetos globais, um deles a desenrolar-se em Amsterdão
que é a nossa segunda casa. É como se tivéssemos de
visitar as tias e os avós na aldeia de vez em quando. As
diferenças são muitas, mas o interior tem também as
suas vantagens. O maior problema é fazer com que os
responsáveis apostem mais nas empresas sedeadas na
região do que nas de fora. Se há empresas na região
com capacidade para desenvolver qualquer tipo de
projeto não se entende como se contratam empresas de
fora. É um mau sinal que se dá ao empreendedorismo,
aos empresários que procuram fixar-se nestas regiões,
aos colaboradores e funcionários que aqui desenvolvem
o seu trabalho.
E das SmartCities em Portugal?
Portugal está numa situação muito vantajosa e se
soubermos aproveitar bem esta condição de estarmos
ao lado de Espanha que tem marcado muito o compasso
do tema das cidades inteligentes na Europa, pode ser
positivo e trazer muitas vantagens para Portugal. A rede
Ibérica de Smart Cities, criada já em 2013 e que juntava
na altura mais de 60 cidades (agora são mais de 100)
tornou-se na maior rede do Smart Cities no mundo e
com algumas das cidades mais inovadoras e disruptivas
tanto tecnologicamente como socialmente. As cidades
portuguesas, pertencerem a esta rede e beberem de
todo este know-how, só traz benefícios e, espera-se,
desenvolvimento e progresso a médio prazo.
Há, contudo, problemas e alguns condicionalismos
provocados pela desertificação do interior que podem
comprometer a sustentabilidade de algumas pequenas
e médias cidades. Espera-se que tanto autarcas, como
governo central e incluindo os próprios cidadãos
prestem alguma atenção ao futuro e às estratégias
de desenvolvimento que estão a ser postas na mesa
que, em muitos casos, pretendem apenas maquilhar os
problemas e escondê-los debaixo do tapete. Não pode
haver espaço para oportunidades perdidas, seria muito
grave.
O Vítor foi considerado Personalidade Smart Cities
Live 2015, um titulo atribuído, pela primeira vez,
no âmbito da Green Business Week, uma iniciativa
da Fundação AIP, com o intuito de “distinguir a
personalidade que durante o ano de 2014 mais
contribuiu para a divulgação e desenvolvimento
dos territórios e cidades de Portugal e dos
seus projetos no âmbito da sustentabilidade e
inteligência”. Como viu esse reconhecimento?
Senti-me lisonjeado, honrado e algo surpreendido por
saber que 33 entidades de reconhecida notoriedade
nacional e internacional votaram o meu nome por
unanimidade. É um pouco assustador e imprime
alguma responsabilidade na minha atividade ligada aos
conteúdos das cidades. Mantenho uma equidistância
e independência em relação aos temas que abordo e
relato, de forma livre, bons e maus exemplos no mundo
mas sobretudo em Portugal e na Europa. Saber que
tenho sido acompanhado, mesmo que a minha atividade
principal esteja sedeada numa cidade remota do interior,
só me deixa ainda mais motivado para continuar e prova
também que as fronteiras físicas e o isolamento digital
são coisas do passado.
Tem algum projeto neste momento, que te pareça
importante focarmos?
Tenho trabalhado intensamente em alguns projetos
através da Agência e também mantenho a criação de
conteúdos para as diversas plataformas e blogues com
os quais colaboro. Mais recentemente fui convidado
para representar em Portugal o Smart City Business
Institute, que nasceu no passado mês de dezembro
em Barcelona, e que é uma das plataformas mais
interessantes para os stakeholders de Smart Citiies,
sejam eles cidades, profissionais, start-ups ou empresas
de grande dimensão. Brevemente vamos começar a
divulgar em Portugal este instituto e será uma lufada
de ar fresco para um tema tão ‘preso’ ideologicamente
como é por exemplo o empreendedorismo e as startups.
Também vamos apresentar, em breve, em Londres
primeiro e depois em Amsterdão (onde temos uma
startup a funcionar há um ano), um projeto que vai
contribuir para identificar algumas más praticas na
comunicação das cidades e ao meso tempo destacar
as boas.
Estamos a contar ter um novo evento este ano ligado ao
tema, será decidido nas próximas semanas.
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REVISTA BUSINESS PORTUGALMUNICÍPIOS EM DESTAQUE
Desta vez viajamos até Labruge, uma freguesia litoral do concelho de Vila do Conde com aproximadamente 5,75 km2 e que conta com
cerca de 2800 habitantes. Para conhecermos as valências desta freguesia, ninguém melhor do que o presidente da Junta de Freguesia,
André Araújo, para nos elucidar sobre a situação atual.
junta de freguesia de labruge
O presidente, licenciado em gestão, economia e contabilidade, começa por contar que aceitou o desafio de “comandar o barco” em outubro de 2013. Com a ambição de ressuscitar a
economia de Labruge, a estratégia de André Araújo foi, desde sempre, dar um contributo à sociedade local com base no seu crescimento, “ou seja podemos projetar hoje e ver os resultados a médio e longo prazo”, realça. Foi precisamente através de uma análise SWOT que o presidente definiu os objetivos para levar a Freguesia a um patamar superior, identificando as ameaças, as fraquezas, as forças e as oportunidades. Desde que tomou posse, André Araújo não perdeu tempo e expôs a sua ambição para os próximos quatro a cinco anos “que passa muito pelo turismo, gostaria acima de tudo
que Labruge fosse uma freguesia conhecida pela sua qualidade de vida” afirma.Atualmente, o grande objetivo do presidente é potenciar um turismo sustentado, isto porque Labruge é uma freguesia que envolve praias (com bandeira azul), mar, rios e florestas. Para se fazer valer disto, André Araújo revela que prevê abrir no mês de julho um albergue de peregrinos de Santiago de Compostela, “ou seja vamos reconstruir e requalificar uma escola primária para criar um albergue, de forma a prestar apoio aos peregrinos e também a algumas associações culturais”, adianta o presidente. Relativamente às associações, André Araújo faz questão de evidenciar um movimento cívico, da sociedade civil, designado ‘Vamos limpar a Europa’, que consiste
na limpeza de todas as freguesias, potenciando a sensibilização das pessoas no que respeita o meio ambiente. Neste contexto, a Junta de Freguesia irá disponibilizar todo o equipamento necessário e apoiar este projeto a 100 por cento.Relativamente aos lugares de maior atração, o presidente da Junta destaca uma excecional zona arqueológica, identificando o Museu do Castro de S.Paio, um museu de grande valor arqueológico, biológico e geológico.Para além disso, a estratégia de “macro economia” que o presidente está empenhado em implementar, passa por potenciar o comércio local, “Labruge neste momento precisa de um novo modelo, com uma nova dinâmica assente no turismo sustentado, porque hoje um presidente de Junta tem de fazer mais do que limpar
“Temos de ser audazes e criar novos valores”
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE
espaços. Tem de ser ouvinte, conselheiro e tentar seguir um modelo económico”, revela André Araújo.
Pontos de referênciaPara o presidente, é imprescindível ter uma visão que passe por aproveitar as oportunidades da freguesia, tendo em conta as suas riquezas naturais e rurais. Uma das oportunidades foi criar passadiços, que permite que as pessoas possam fazer o caminho ao longo da costa marítima. Do ponto de vista social, em Labruge é possível encontrar infraestruturas como um pavilhão desportivo, uma creche e lares para idosos (um deles privado), e também um centro social e paroquial, “que tem feito um trabalho extraordinário, dando apoio às pessoas mais necessitadas, seja cuidados médicos, refeições, transportes, entre outras valências de primeira necessidade”, refere o presidente. A Junta, por sua vez,
estabelece uma parceria com o centro no sentido de apoiar todas essas iniciativas.As praias de Labruge são um dos pontos que André Araújo indica como centro de atração. Todas elas com bandeira azul, muito ricas em iodo e muito procuradas pelos turistas, estando uma delas – a Praia de Moreiró - estrategicamente acessível a pessoas com incapacidade motora.Para além disso, o presidente destaca o Rio Onda, que vem desaguar à foz, que a delimita da freguesia de Lavra, a sul. A par disso, no que concerne ao património arqueológico existe o Castro de S. Paio, onde foram encontrados vestígios associados ao Paleolítico Superior. Nesse mesmo lugar existiu uma povoação da Idade do Ferro que se dedicava sobretudo a atividades piscatórias. É o castro mais próximo do litoral em território português.Aliado ao turismo arqueológico, religioso, também há o turismo gastronómico “neste momento estamos a
preparar tudo para fazer um fim de semana do ‘Festival da Amêijoa’, que é uma forma de mostrarmos não só a qualidade da nossa amêijoa mas também outros produtos de foro marítimo e conseguir que Labruge fique também conhecido pelo festival”, salienta o presidente, acrescentando que a Junta de Freguesia está empenhada em levar a gastronomia da freguesia ao mais alto nível. Questionado sobre o que é preciso para gerir uma freguesia, André Araújo garante que é importante ter “ambições concretizáveis”, sendo fundamental seguir uma estratégia que defina para onde ir e que meios usar.Para o futuro, o presidente mostra-se otimista e acredita que seguindo um modelo económico adaptado às necessidades da população, facilmente Labruge chegará a bom porto.
um o
lhar
sobr
e san
to ti
rso
Santo Tirso, pertencente à Área Metropolitana do Porto, é sede de município
e está subdividido em 14 freguesias, após a reestruturação territorial que foi
feita em Portugal.
O ponto mais alto do concelho situa-se no Alto de S. Jorge, com cerca de
527 metros de altitude.
Tendo S. Bento como padroeiro, este é festejado anualmente a 11 de julho, data em
que se celebra o feriado municipal. Já a padroeira do concelho é Nossa Senhora da
Assunção que possui um orago no monte homónimo sobranceiro à cidade, situado em
Monte Córdova, que se revela um verdadeiro miradouro sobranceiro a todo o Vale do
Ave e cartão de visita da região, onde se ergue uma imponente capela.
Santo Tirso tem ainda uma doçaria tradicional muito famosa, já que aqui são produzidos
os melhores jesuías.
Além deste pastem, destacam-se igualmente os limonetes, produzidos com grande
qualidade pelas diversas pastelarias da cidade.
Além dos vinhos verdes, que têm ganho diversas medalhas, é de realçar o Licor de
Singeverga, produzido pelos monges beneditos do mosteiro homónimo. O Convento de
Santa Escolástica é responsável pela produção de forma artesanal de diversas iguarias,
estre as quais as inesquecíveis e afamadas bolachas conventuais e os bolinhos de mel.
Existe ainda uma grande variedade de restaurantes de cozinha tradicional onde se
degusta a tradição gastronómica nortenha.
Precisa de mais razões para visitar Santo Tirso?
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79
REVISTA BUSINESS PORTUGALUM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
Reconhecendo a importância das Juntas de Freguesias na promoção do desenvolvimento local, fortemente potenciado pela sua
proximidade às populações, a Câmara Municipal de Santo Tirso tem levado a cabo diversas medidas de apoio às mesmas, além de uma
aposta na descentralização dos serviços municipais, através da criação do atendimento da coesão social em funcionamento nas Juntas
de Freguesia. Dentro em breve, também nas juntas, serão abertos os ‘Espaços do Cidadão’. Estas são apenas algumas das medidas
que Joaquim Couto e o seu Executivo têm implementado em prol das populações.
Câmara municipal de santo tirso
um concelho exemplo
Ciente deste seu papel fundamental junto dos
tirsenses, a Câmara Municipal implementou
uma medida de apoio às Juntas de Freguesias,
que consiste na transferência de 50 por cento
do valor que estas recebem do Estado, num total de
cerca de meio milhão de euros. “A autarquia entendeu
que a transferência de verbas do Estado para as Juntas
de Freguesia não é suficiente. Por isso, optámos por
fazer a transferência de 50 por cento do montante a
que estas têm direito pelo Fundo de Financiamento
das Freguesias, de modo a que estas possam fazer
face aos fortes constrangimentos orçamentais que têm
atravessado”. Além disso, a Câmara transferiu mais
cerca de 500 mil euros, para despesas de capital para
pequenas obras, reforçando, assim, a autonomia das
juntas de freguesia, já que não necessitam de qualquer
autorização da autarquia para a sua realização.
Esta transferência de verbas não resulta de qualquer
obrigação legal, “mas sim da vontade do Executivo em
complementar o valor transferido pela administração
central para as freguesias, apostando na promoção
da descentralização”. A Câmara Municipal deliberou,
igualmente, a delegação de competências nas Juntas
de Freguesias.
Reorganização do território Questionado sobre a passagem de 24 freguesias para
14, Joaquim Couto afirma que a fusão de freguesias
não foi pacífica em Santo Tirso, até porque, no seu
entender, “não foi feita corretamente. O que é necessário
fazer não foi feito, que é uma reforma do território. Os
distritos manifestaram-se completamente obsoletos, os
municípios também já o estão e o mesmo acontece
com as freguesias”. O edil defende uma reforma
profunda do território, passando pela criação de regiões
administrativas, assim como vários patamares de poder
e reorganizar o território como aquilo que é comum na
Europa. “Basta copiar aquilo que se fez, e bem na Europa.
Isso significa uma nova lei de reforma administrativa do
Estado, uma nova lei de reformas locais, atribuições de
competências a municípios e freguesias. É um absurdo
que alguns municípios tenham exatamente as mesmas
competências e obrigações que o município de Lisboa,
por exemplo”.
Nesta perspetiva, as freguesias deveriam ter
essencialmente competências delegadas do município
e competências de natureza administrativa local de
prestação de serviços.
Descentralização de serviçosE seguindo esta base no que concerne às competências
das freguesias, a Câmara Municipal de Santo Tirso já
arrancou com a descentralização dos seus serviços
para as Juntas de Freguesia. Exemplo disso são os
vários “Espaços do Cidadão” que estão a ser criados
nos edifícios das juntas, “o que permitirá às populações
tratarem dos seus assuntos relativos à Administração
Central, sem terem que se deslocar ao centro da cidade,
à Loja do Cidadão, podendo fazê-lo confortavelmente na
sua zona de residência ou de trabalho”.
Atualmente, também o Gabinete de Ação Social do
município já foi descentralizado, pois “as técnicas de
ação social deslocam-se às freguesias do concelho” e
o programa ‘Santo Tirso Ativo’ também já foi alargado
às freguesias e tem tido uma adesão enorme. Ainda na
ação social, e já partir do próximo ano letivo, a Câmara
Municipal vai estender o transporte gratuito de alunos
até ao 12º ano de escolaridade, num investimento
acima de um milhão de euros.
Estas são apenas algumas das medidas levadas a cabo
por Joaquim Couto e o seu Executivo que fazem de
Santo Tirso um concelho exemplar.
joaquim coutoPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
Com cerca de 22 mil habitantes e 20 mil eleitores, a União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel) e Burgães
é uma região maioritariamente marcada pela sua massa florestal, que representa metade do seu território, pela sua história traduzida
pelos vários monumentos espalhados pela freguesia e pelas suas gentes, empreendedoras e que se envolvem fácil e afincadamente
nos vários projetos dinamizadores para a região.
união de freguesias de santo tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel)
Aposta numa união promissora
Fernando Jorge Gomes, antigo presidente da
Junta de Freguesia de Santa Cristina do Couto
e primeiro presidente da junta após a reforma
administrativa exigida pelo Governo, começa por
nos explicar que “assumir a liderança de uma freguesia
em mudança foi deparar-se com uma realidade difícil
de gerir em termos de inteligência emocional porque
a partir do momento que as pessoas fazem parte da
mesma casa tem o mesmo direito de mexer e tomar
decisões”, acrescentando que a sua freguesia é um
exemplo claro da má política realizada.
“A reforma administrativa exigida pelo Governo originou
uma freguesia com cerca de 22 mil habitantes onde
cerca de 181 municípios, mais de metade dos
municípios nacionais, são mais pequenos e esse
situação transformou-se num cenário difícil de entender
porque desde logo é outra realidade. Isso mexe com a
população e vai ser um processo longo, mas eu percebo
que em termos macro económicos há vantagens a
longo prazo pois agora a capacidade de negociação por
parte de uma junta de freguesia que tem os recursos e
os meios a quadriplicar, também vai ser maior”, refere
o autarca.
Conservação da identidade local Apesar das dificuldades, assumiu o compromisso
e acredita que é na conservação da identidade e
património de cada freguesia que reside a grande
aposta da freguesia. A candidatura a Património da
Unesco da Igreja Matriz de São Bento, que, apesar
de ser um processo longo, trará muitas vantagens em
termos turísticos para a região, acredita Fernando Jorge
Gomes é um exemplo dessa vontade.
Manter todos os polos das juntas de freguesia abertos
nos mesmos horários e com os mesmos serviços,
é por si só uma medida comprovativa dessa filosofia
bem como a manutenção de todas as atividades
características de cada região.
“As atividades que estavam enraizadas em cada
freguesia procuramos sempre manter agora, por
acréscimo, para além dessa vivência e forma de estar
nessa zona fazemos com que as pessoas que não
fazem parte da freguesia possam usufruir e estar ativos
melhorando essas atividades num desses locais”, conta
Fernando Jorge Gomes dando alguns exemplos.
“Vamos comemorar este ano o centésimo rastreio e já
são feitos desde 2006 todos os primeiros sábados de
cada mês.. É obra e vamos fazer este ano algo que
marque e assinale a importância que tem para uma
vida saudável e de prevenção em termos de saúde
para os tirsenses. Quando iniciámos este processo de
União de Freguesias o que fizemos foi alargar o rastreio
a toda a população e é um exemplo muito concreto
que tentamos implementar as coisas boas por toda a
freguesia e uniformizá-la”, comprova o autarca.
fernando jorge gomesPresidente
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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
Projetos e atividades direcionados a
todas as faxas etáriasPara além desta atividade, também o passeio anual de
idosos será alargado a toda a população e os projetos
não se ficam por aqui e o presidente revela alguns que
merecem maior destaque.
“Temos um grande projeto que é das bicicletas citadinas,
chamadas de Toupeiras. Neste momento, temos cerca
de 20 bicicletas disponíveis em vários locais na União de
Freguesias e que com um valor simbólico de 5 euros as
pessoas podem adquirir um cartão que lhes possibilitará
andar nessas bicicletas e que depois é vitalício, os jovens
que estudam na União de Freguesias não têm que pagar
qualquer valor.Temos esse processo há cerca de um ano
e já o alargamos e neste momento estão disponíveis em
12 locais tendo este projeto tem uma envolvência social
e de solidariedade”.
Este executivo tem outro projeto que consiste na
construção de um cubo gigante, colocado no centro
da freguesia e onde ao longo do ano serão realizadas
várias recolhas de alimentos, rações para alimentos e
que serão posteriormente distribuídas pelas associações
da freguesia e todas as pessoas com mais dificuldades
poderão usufruir desse cubo solidário.
O desporto é também outra das grandes apostas de
Fernando Jorge Gomes.
“A Liga Toupeira de Veteranos, que já vai na segunda
edição e que já conta com cerca de 150 atletas a
participar semanalmente em 14 jornadas, a Caminhada
no dia do Ambiente e Lazer, que consiste uma caminhada
temática onde procuramos divulgar todas as lendas da
região e a subida Sanguinhedo Apik, que é uma subida
de 250metros, que conta já com a segunda edição e
que tem como padrinho do projeto Toupeira, Sérgio
Sousa, são também projetos que serão desenvolvidos
ao longo do ano”, destaca.
Questionado sobre se estas atividades são um polo
motivador para os jovens e a população em geral se
manterem na região, é perentório na resposta.
“Eu cada vez mais ouço as pessoas de fora a quererem
morar em Santo Tirso e quando me apercebo disso
sinto muito orgulho em pertencer a esta freguesia.
Temos todas as condições para receber e proporcionar
qualidade de vida a quem quiser sediar-se aqui”,
ressalva.
Futuro promissorPara os próximos anos, o autarca espera conseguir
construir um espaço cultural onde possa agregar todas
as associações para que estas trabalharem em conjunto
e possam potenciar a cultura e a região e continuar
rodeado das pessoas que o têm ajudado de forma
positiva neste processo de luta e afirmação.
“Começa a minha carreira política em 2001, tinha 25
anos e estive sempre ligado aos projetos de juventude
da freguesia. Um líder vê-se pelas pessoas que o
rodeiam e eu nesse aspeto sinto-me um grande líder
porque tenho as melhores pessoas do mundo do meu
lado. Pessoas pró ativas, com vontade de fazerem coisas
novas e inovadoras pela região”, conclui o autarca.
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Monte Córdova, outrora a freguesia com maior área de Santo Tirso, confunde a sua história com a própria história do concelho, pois é
uma terra muito antiga, com inúmeros vestígios de ruínas históricas. A cumprir o seu último mandato, Manuel Leal, presidente da Junta
de Freguesia, deixa-nos o seu olhar sobre a terra que o viu nascer e que sentiu ter que servir.
junta de freguesia de monte córdova
De uma beleza sem igual
Manuel Leal cumpre o seu terceiro e último
mandato à frente do Executivo da Junta de
Freguesia de Monte Córdova, em Santo
Tirso. Apesar do estatuto de presidente ‘a
tempo parcial’, a realidade é que estamos a falar de um
presidente a tempo inteiro, uma vez que está sempre
disponível para receber e ouvir os seus fregueses, “seja
em casa, no meu local do trabalho, à saída da missa
ou na fila do supermercado”, conta-nos o edil. Uma
vez que vive e trabalha na freguesia, proporciona este
facilitismo aos seus habitantes. “Acho que nem saberia
ser presidente de outra forma”, revela.
Dizem os últimos Censos que esta é a freguesia de
Santo Tirso que mais cresceu nos últimos anos, no que
concerne ao número de habitantes. “Temos constatado
que muitos novos casais têm escolhido Monte Córdova
como o local ideal para viverem e, curiosamente, muitos
deles sem terem qualquer ligação à terra o que retrata,
efetivamente, que somos uma boa freguesia para viver”,
conta-nos, com orgulho, Manuel Leal.
A solucionarComo se verifica um pouco por todo o concelho,
as acessibilidades dentro da freguesia são um dos
principais problemas que afeta Monte Córdova. “Ainda
temos muitas ruas em terra batida, o que dificulta o
acesso no caso de urgência, assim como as ligações
à sede do concelho”. A acrescentar, “o saneamento
continua a ser uma preocupação”.
Manuel Leal refere ainda a carência de alguns
equipamentos desportivos e infraestruturas. “Temos várias
associações e, infelizmente, não temos equipamentos
condignos que sirvam as suas atividades”. Pela sua
proximidade a Paços de Ferreira, parte da população
opta por usar equipamentos do concelho vizinho, “para
tristeza minha, pois chegamos mais depressa a Paços
de Ferreira do que ao centro de Santo Tirso”.
Pontos de visita obrigatóriaMonte Córdova é uma terra muito antiga, sendo
inúmeros os vestígios de ruínas que aqui podemos
encontrar.
No Monte Padrão são visíveis ruínas de um importante
castro e nele, até aos finais do século XVI, esteve a igreja
paroquial. O Monte Padrão constitui uma das principais
referências culturais do concelho de Santo Tirso. O
imóvel, pelas características únicas que evidencia, ocupa
um lugar de destaque no panorama da arqueologia
do norte de Portugal, cujo interesse científico tem
vindo a ser patente nos resultados das intervenções
arqueológicas realizadas nas últimas décadas. O Castro
encontra-se classificado como Monumento Nacional
desde 1910, beneficiando de uma zona especial de
proteção estabelecida em 2011.
Dada a sua importância, foi criado o Centro Interpretativo
do Monte Padrão, que está aberto ao público desde
2008. Este Centro pretende a dinamização da estação
arqueológica, cujo propósito visa disponibilizar valências
de natureza pedagógica, museológica e de apoio ao
trabalho de investigação.
Mas há muito mais para ver. O Alto de Cabanas é um
miradouro natural de uma beleza extraordinária, e a
devesa de Valinhas, com o seu conjunto monumental de
carvalhos seculares e as quedas de água da Fervença
são também locais de visita obrigatória assim como a
nascente do Rio Leça.
Digno de uma visita é também o Monte de Nossa
Senhora da Assunção, onde se encontra uma imponente
basílica, onde está a imagem de Nossa Senhora da
Assunção, considerada uma das melhores esculturas
sacras, da autoria do escultor João da Fonseca Lapa,
assim como a igreja paroquial, a capela de Valinhas, a
capela de Santa Luzia, a capela de S. Gonçalo, Santo
António do Molelo e o senhor do Padrão.
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
manuel lealPresidente
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Com uma aposta vocacionada para a vertente social, a Junta de Freguesia de Reguenga, em Santo Tirso, assumiu para com os seus
fregueses a implementação de várias medidas neste setor, com o propósito de trazer uma vida condigna a quem aqui vive, mas também
no de tornar esta uma freguesia mais atrativa para quem aqui pensa viver ou implementar o seu negócio. Em conversa com o presidente
da Junta de Freguesia, Paulo Leal, descobrimos um local em constante desenvolvimento e crescimento sustentado.
junta de freguesia de reguenga
No caminho para o desenvolvimento
Caracterizada por ser uma freguesia mais rural,
com uma forte tradição agrícola, associada à
produção de excelentes vinhos e produtos
agrícolas, Reguenga é, após a reforma
administrativa, a freguesia mais pequena em termos
geográficos, do concelho de Santo Tirso.
Paulo Leal chegou à Junta de Freguesia de Reguenga
há um ano e meio, aquando das últimas eleições
autárquicas. Juntamente com o seu Executivo, tem
trazido e pretende continuar a trazer à freguesia um
conjunto de mudanças estruturais com o propósito
de a transformar numa freguesia acolhedora e atrativa
para a fixação de pessoas e atividades empresariais.
Para tal, tem sido também fundamental uma aposta
em mudanças estruturais, nomeadamente nas vias de
comunicação e mobilidade, assim como na habitação
e equipamentos sociais, sem descurar as infraestruturas
básicas, de lazer, diversão e educacionais, e ainda os
espaços verdes e o tecido económico. É este trabalho
de fundo que tem ocupado o edil e a sua equipa, com
a visão de fazerem da Reguenga uma freguesia nova
e moderna, trazendo a si uma merecida e melhorada
qualidade de vida. O segredo para tal? “Uma política de
proximidade”, diz-nos Paulo Leal. “Os nossos principais
objetivos passam pela vertente social, com enfoque na
educação, infância e juventude, sem descurar os seniores
e a solidariedade com as famílias mais fragilizadas, em
termos económicos e sociais”. E o compromisso tem-
se feito cumprir. “Já implementamos vários atividades
de encontro a este nosso compromisso para com a
população. No caso dos seniores, criamos a Ceia de
Natal, organizamos também o passeio anual, que já
era realizado pelo anterior Executivo, para que possam
conhecer outros locais e concebemos ainda a Semana
de Praia dos Seniores. Tal como o nome indica, durante
essa semana levamos todos aqueles com mais de 60
anos até à praia de forma completamente gratuita”. Em
colaboração com a Câmara Municipal, quinzenalmente
a Junta de Freguesia recebe nas suas instalações uma
técnica de ação social, para atender os fregueses. “É
uma política de descentralização da ação social que
a Câmara tem levado a cabo e que nós aplaudimos”,
refere Paulo Leal.
Freguesia ‘cultural’Outra das grandes apostas da Junta de Freguesia
de Reguenga passa pela cultura, por manter vivas as
tradições da terra. “Somos uma freguesia de músicos.
Aqui na freguesia temos vários grupos musicais,
nomeadamente grupos de música tradicional, mas
também bandas de garagem, o grupo de bombos e
temos o único grupo de bombos feminino do país”,
revela o presidente. Aliando esta oferta cultural existente
na freguesia, o Executivo passou a organizar a Semana
Cultural de Reguenga, semana essa que ocorre na
penúltima semana do mês de julho. “O ano passado
decorreu a primeira edição e foi um sucesso. Trouxe
uma nova vida à freguesia”, diz Paulo Leal. Durante essa
semana, todos os dias e nos mais diversos horários
há animação nas ruas de Reguenga contando com a
participação dos grupos da freguesia. “Conseguimos
organizar uma Semana Cultural sem recorrer a
entidades e grupos exteriores à Reguenga, o que torna
este evento ainda mais especial e importante para nós e
para a população”.
O Rancho Folclórico Santa Maria da Reguenga é
também um ex libris, até porque é o mais representativo
do concelho.
As Festas da Nossa Senhora das Dores, no primeiro fim
de semana de setembro, encerram o leque de atividades
culturais desta freguesia que, apesar de pequena em
área, tem-se revelado muito grande em projetos e
ambições. “E é para continuar”, conclui Paulo Leal.
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
paulo lealPresidente
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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
Com cerca de 12 mil habitantes, Vila das Aves não é apenas futebol, motivo pelo qual maioria dos portugueses conhece esta freguesia
de Santo Tirso. Com uma invejável massa associativa, representativa do envolvimento da população no dia a dia e na dinamização da
vila, Vila das Aves é hoje um exemplo de modernidade. Conversamos com Elisabete Roque Faria, presidente da Junta de Freguesia de
Vila das Aves.
junta de freguesia de vila das aves
Freguesia em constante crescimento
Vila das Aves foi, outrora, a capital do têxtil
nacional. Esta freguesia de Santo Tirso acolheu
as grandes empresas têxteis a laborar em
Portugal, “dando emprego a muitos avenses
e também populares das freguesias vizinhas. Hoje, e
reflexo do que acontece a nível mundial, a realidade é
outra e os têxteis, apesar de continuarem a fazer parte
do nosso passado e do nosso presente, já não ocupam
o lugar de destaque de outros tempos no nosso tecido
empresarial”, revela a nossa interlocutora.
A freguesia tem crescido, e atualmente é o setor terciário
o grande responsável pela economia de Vila das Aves.
“Tenho verificado com algum agrado, que Vila das
Aves tem cada vez mais empresas. Há muitos jovens a
instalarem aqui as suas empresas, algumas já com uma
dimensão significativa”. Questionada sobre o porquê
deste crescimento, Elisabete Roque Faria acredita que
tal está intrinsecamente relacionado com a criação do
próprio emprego por parte da população mais jovem.
No entanto, estão instaladas outras grandes empresas
como por exemplo a CASFIL (maior empresa de
plásticos do país); a Termolan, a Fibrolite, Armando
Almeida Lda.
Uma das conquistas de Elisabete Roque Faria enquanto
presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves foi
a construção do parque infantil. “Era uma infraestrutura
que fazia falta à freguesia e, felizmente, num curso
espaço de tempo, conseguimos proporcioná-la a toda a
população e estamos muito satisfeitos com isso. No meu
caso particular, foi uma conquista pessoal, era algo que
ambicionava muito para Vila das Aves”.
Mas ainda há muito a fazer em Vila das Aves mas,
infelizmente, não são obras da competência da Junta
de Freguesia, pelo que a colaboração da Câmara
Municipal é absolutamente indispensável. “Precisamos
de diversas obras no que diz respeito aos pavimentos e
acessibilidades. Ainda temos ruas em terra, e a avenida
onde está o edifício da Junta, a principal avenida da vila,
está num estado lastimável. Temos a garantia da Câmara
Municipal de que as obras são para arrancar. Estamos à
espera”, acrescenta a nossa interlocutora.
Associativismo em forçaCom cerca de 30 associações, a Junta de Freguesia de
Vila das Aves garante apoio logístico a todas elas. “Não
damos subsídios monetários. A nossa política passa
por ceder apoio logístico sempre que as associações
precisam, seja para um evento ou para alguma atividade
diária”. A nossa interlocutora faz questão de focar a
importância destas associações na dinamização da vila.
“A nossa sociedade e os avenses estão organizados
de um modo muito particular, que merece ser exemplo
em todo o concelho. As pessoas que integram estas
associações estão constantemente ocupadas a
organizar eventos e outras iniciativas que dão vida e elisabete roque fariaPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
movimento à vila, e enquanto presidente da Junta de
Freguesia fico orgulhosa e sinto que é saudável para os
avenses esta dinamização”.
Estas associações abrangem as mais diversas temáticas,
desde música, pesca, rancho e folclore, escutismo e
desporto, claro está. A mais recente associação é a
Universidade Sénior, que já acolhe cerca de 80 alunos
avenses e das freguesias limítrofes.
Cartaz cultural invejávelAquando das comemorações dos 50 anos de elevação
a vila, Vila das Aves recebeu o tão merecido Centro
Cultural. Este equipamento municipal é constituído
por um conjunto de espaços destinados à promoção
de atividades culturais. O Centro Cultural comporta um
auditório com a capacidade para 160 lugares, bem
como outras valências, distribuídas pelos seus dois pisos.
No primeiro piso situa-se uma sala polivalente que, pelas
suas características, adapta-se à realização de atividades
culturais e recreativas. O mesmo piso alberga ainda uma
sala de exposições temporárias, quatro ateliês, um bar e
um pátio interior.
No segundo piso, além dos serviços administrativos, é
possível ainda usufruir da biblioteca, a sala de leitura
infantil e uma sala multimédia.
Diz a presidente: “pensado e destinado para as
associações avenses, é necessário dar uso a esse
espaço para o que foi feito: para a cultura. Não
aceitamos que a casa da cultura tenha outros serviços
que não respeitem a essência do espaço”.
A visitarNa sua próxima ida a Vila das Aves, há alguns pontos
de visita obrigatória. Elisabete Roque Faria recomenda
uma passagem pelo Parque Amieiro Galego, um espaço
que após tantos anos ao abandono foi recuperado,
tornando-se um dos locais mais emblemáticos da
região, ideal para momentos de lazer em família.
O Centro Cultural de Vila das Aves, nas suas variadas
atividades e atuações é digno de uma visita.
A igreja matriz de Vila das Aves também merece
destaque neste nosso roteiro, assim como o Museu de
Arte Sacra e ainda o Mosteiro da Ordem da Visitação da
Virgem Santa Maria e o Mosteiro de S. José da Ordem
de Santa Clara.
Mas o que mais atrai os visitantes é a população avense
que é afetuosa, hospitaleira, generosa.
O Desportivo das AvesFalar em Vila das Aves é falar de desporto, é falar do
Clube Desportivo das Aves, a equipa mais representativa
do concelho de Santo Tirso, que continua a apostar no
seu regresso à primeira liga do futebol português.
“Temos também a AMCH de Ringe que promove
o desporto junto dos mais jovens e, todos os anos,
desenvolve o Torneio Internacional dos Pinheirinhos de
Ringe. Este ano 2015 é já o 9º. Para os amantes da
pesca temos a Pista de Pesca numa margem do Rio
Ave”.
Além da sua equipa profissional, o Clube Desportivo das
Aves tem nove equipas masculinas de futebol de 11,
desde escolinhas e juniores; duas equipas seniores de
futsal de ambos os sexos e várias de formação desta
última modalidade.
“O Desportivo Clube das Aves é motivo de grande
orgulho dos avenses. Somos muito bairristas e vibramos
com tudo o que é nosso”,, refere a edil.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Filho da terra, Roberto Figueiredo viveu em S. Tomé de Negrelos toda a sua vida e foi crescendo com o sonho e ambição de um dia vir
a ser presidente da Junta de Freguesia e de poder fazer o melhor pelos seus habitantes. Desta forma, lutou afincadamente pelo seu
sonho… E conseguiu concretizá-lo! Tornou-se o presidente mais novo que alguma vez S. Tomé de Negrelos teve. Questionado sobre o
seu compromisso para com a freguesia, Roberto Figueiredo não hesita na sua resposta: “determinação, empenho e sentido de dever”.
junta de freguesia de são tomé de negrelos
“Determinação, empenho e sentido de dever”
Visitar S. Tomé de Negrelos é viajar no tempo.
Esta freguesia do concelho de Santo Tirso,
elevada a vila a 27 de maio de 1993, chegou
a ser sede de concelho e nos dias de hoje
continua a destacar-se no panorama nacional pelo seu
património arquitetónico e cultural.
Com uma população de cerca de 5 mil habitantes, S.
Tomé de Negrelos é, atualmente, e desde há mais de
uma década, a terceira freguesia mais importante do
concelho de Santo Tirso.
A principal atividade da freguesia já foi a agricultura.
Hoje, esta é apenas um complemento às atividades
profissionais dos seus habitantes. “Com o
desenvolvimento, implementação e proliferação da
indústria têxtil no concelho, as pessoas vocacionaram-se
cada vez mais para esta área e abdicaram da agricultura,
produzindo agora apenas para consumo próprio”,
explica-nos o edil.
Próximo da populaçãoSob uma política de proximidade, o nosso interlocutor
assume-se como um presidente próximo da sua
população e bastante consciente da sua realidade
e, consequentemente, das suas necessidades e
dificuldades. “Para além de presidente, sinto-me como
um amigo e conselheiro dos meus fregueses. Quer-
me parecer que fazia falta às pessoas serem ouvidas,
fazia-lhes falta um pouco de estímulo, mas também de
carinho e, nesse sentido, sinto que eu e o meu Executivo
temos desempenhado bem a tarefa”.
Roberto Figueiredo reconhece que existem alguns
problemas estruturais em S. Tomé de Negrelos,
problemas esses que não dependem apenas da
boa vontade e empenho da Junta de Freguesia para
serem colmatados. “Temos um grave problema de
acessibilidades rodoviárias. Aqui estão as instalações
de uma das mais modernas escolas do país, a Escola
Básica de Negrelos, e os acessos não são condignos”.
Em conjunto com o seu Executivo, o autarca está a fazer
todos os esforços para que este e outros problemas
possam ser solucionados, com a maior celeridade
possível. E, a pensar em miúdos e graúdos, desde que
chegou à Junta de Freguesia, Roberto Figueiredo já
dinamizou várias atividades que decorrem diariamente
nas instalações da Junta de Freguesia. São elas a
informática, a dança, o zumba e pilates… (entre outras).
As mesmas fazem desta, uma freguesia ativa e um local
de eleição no concelho de Santo Tirso.
De visita obrigatóriaCom um vasto património cultural, S. Tomé de Negrelos
é o local ideal para quem gosta de serenidade ou
aventura.
Para quem aprecia uma visita a locais de interesse
histórico e até arquitetónico, a Capela do Santíssimo,
unida à Igreja Paroquial, com loggia exterior, é local de
passagem obrigatória. Para além desta, o Castro de
Santa Margarida, classificado como Imóvel de Interesse
Público, assim como o Solar da Quinta de Vilela, onde
pode até pernoitar, são locais dotados de beleza e aos
quais é indispensável uma visita atenta.
Para os mais audazes, os percursos pedestres são,
indubitavelmente, um atrativo. Destaca-se o percurso
‘Moinhos do Fojo’, no qual poderá encontrar alguns
moinhos de água ainda em funcionamento e um antigo
engenho de azeite.
No que concerne às romarias, S. Tomé de Negrelos
acolhe a maior festa de Carnaval do concelho de Santo
Tirso. “O Cortejo de Carnaval da freguesia decorre há já
32 anos. É uma festa bastante grande e que atrai muitos
populares não só de Santo Tirso, mas de vários pontos
do país”, refere o presidente.
As festas religiosas completam este leque de ofertas
da freguesia, nomeadamente a Festa do Santíssimo
Sacramento e a Festa do Espírito Santo.
Impossível de não evidenciar, é a Festa das Vindimas,
de caráter associativo, organizadas pela Casa do Povo
do Rio Vizela.
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
roberto figueiredoPresidente
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A freguesia de Água Longa localiza-se no extremo sul do concelho de Santo Tirso e é atravessada pelo rio Leça, tão importante no
seu povoamento inicial e em toda a sua história. Simplicidade, tranquilidade e encanto são alguns dos predicados que Água Longa
apresenta, bem como a genuinidade das suas gentes.
junta de freguesia de água longa
Água Longa, com futuro promissor
Com 14,85 hectares e 2.500 habitantes, a
freguesia de Água Longa beneficia de uma
localização privilegiada, constituindo a ponte
entre o denso urbanismo, o semi-urbanismo e
o rural, apresentando-se como um dos pulmões verdes
em redor do Grande Porto, do qual dista cerca de dez
quilómetros. Com uma vasta área verdejante e um tipo
de construção maioritariamente térrea, não sofreu com
a avalanche imobiliária das últimas décadas, mantendo
os predicados de uma freguesia harmoniosa, onde a
pacatez e o conhecimento de todos por todos é uma
determinante. Todavia, esta freguesia tipicamente rural,
até finais do século passado, assistiu, fruto das suas
acessibilidades, à instalação de algumas indústrias
de médio porte, que em complementaridade com o
pequeno comércio e as empresas familiares formam um
tecido empresarial substancial.
“Cremos que no futuro próximo, Água Longa será um
polo de investimento, que se pretende controlado e de
evolução equilibrada, onde a qualidade de vida seja o
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
seu potencial”.
Sem especificidades, Água Longa oferece aos seus
visitantes enorme versatilidade na área da gastronomia,
do convívio e do lazer e, fundamentalmente, a
hospitalidade e solidariedade é marca de uma população
simples e de vincada personalidade.
Vale a pena visitar a freguesia e fazer o percurso ao
longo das duas linhas de água que a atravessam, o
rio Leça e o seu afluente Ribeira do Risão, conhecer
o percurso medieval ‘Caminhos de Santiago’, visitar a
Igreja Matriz e a Capela de N. S. de Lurdes, bem como
os nichos religiosos existentes, sendo o de maior realce
o das Alminhas de Pidre.
Água Longa: mais ativa e mais atrativaNos primeiros cinco meses de mandato, a preocupação
do Executivo centrou-se essencialmente em não perder
valências adquiridas, melhorá-las organizadamente,
oferecendo às pessoas serviços mais eficientes.
“Conseguido este desiderato no terreno, em paralelo,
adaptámos os serviços de responsabilidades autárquicas
com o cumprimento das leis que regem as autarquias
locais”.
O Executivo tem feito da criatividade o seu principal
predicado, pois é sobejamente reconhecido que os
tempos são de ‘vacas magras’, fruto dessa capacidade
intrínseca dos seus elementos, deu-se a alteração de
paradigmas instalados e de difícil abandono, criando
uma freguesia mais ativa e mais atrativa. Os cidadãos
estão mais confiantes, porque mais do que outrora,
cada um está a interiorizar que pode e deve ser parte
integrante deste processo evolutivo.
Projetos de futuroO excelente relacionamento com todas as coletividades
e instituições são o garante para parcerias na realização
de eventos, como por exemplo o Carnaval, Festa do
Emigrante, Festa de N. S. do Rosário, entre outros.
Em termos de futuro, os objetivos e projetos da
freguesia de Água Longa passam pela melhoria da
rede de transportes, limpeza e aproveitamento das
potencialidades do rio Leça e do seu afluente Ribeira do
Risão e margens inerentes, bem como pela construção
de um novo edifício autárquico com valências culturais
acopladas e a requalificação da Avenida da Igreja, a sala
de visitas da freguesia de Água Longa.
Relacionamento institucionalEntre a freguesia de Água Longa e a Câmara Municipal
de Santo Tirso, existe um excelente relacionamento
baseado no respeito pessoal e institucional. A freguesia
apoia claramente as medidas adotadas pelo Município
de Santo Tirso, no que concerne à descentralização,
nas áreas social, desportiva e de serviços, no entanto,
considera que, na área técnica, de urbanismo e território,
também é possível a transferência de competências
para as juntas de freguesia.
josé pachecoPresidente
88
REVISTA BUSINESS PORTUGALUM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
Eurico Tavares, desde cedo, esteve ligado ao associativismo. Primeiro como atleta, posteriormente como dirigente associativo, o atual
presidente da União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, em Santo Tirso, é um filho da terra, o que faz desta sua missão
mais do que um simples compromisso. Este é um compromisso de honra para com a terra que viu nascer pelo que a proximidade com
a população é a sua principal bandeira, juntamente com o seu Executivo.
união de freguesias além rio
Onde a proximidade é a prioridade
Quem o conhece, refere que a sua honestidade,
competência, dinamismo, frontalidade e
determinação são as suas qualidades mais
reconhecidas, sem descurar o espírito de
grupo e o trabalho em equipa. Talvez seja por isso que
durante a sua conversa com a Revista Business Portugal
nunca referiu o ‘eu’, mas sempre ‘nós’, a sua equipa, o
Executivo da União de Freguesias.
Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira são hoje uma
só freguesia, resultado da reorganização territorial
que o país sofreu em 2013. Fortemente contra esta
agregação, Eurico Tavares consegue hoje tirar algumas
vantagens da mesma. “Obviamente, e se analisarmos a
questão no seu todo, houve algumas vantagens com
esta agregação, essencialmente no que diz respeito a
infraestruturas e demais bens. Havia freguesias que não
tinham uma carrinha, por exemplo. Hoje em dia, todas
têm, porque agora os bens são comuns. Outro exemplo
são os polidesportivos. Temos associações ligadas ao
desporto, mas nem todos usufruíam destes espaços
porque as suas freguesias não têm. Hoje, os existentes,
são de todos”, refere o edil.
Contudo, houve também alguns aspetos negativos.
“Estamos a falar de quatro freguesias bastante distintas
tanto na sua essência como na sua história. Quando
eram quatro executivos, os mesmos contabilizavam 12
pessoas. Atualmente, são apenas cinco. São menos de
metade das pessoas a trabalhar em função do mesmo
número de fregueses. Atualmente recebemos menos do
Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) do que
somando o valor que cada uma recebia individualmente,
algo não está bem”, sublinha.
Em prol da populaçãoFocando o seu trabalho por base na ação social, são
várias as iniciativas que Eurico Tavares, juntamente com
a sua equipa, têm levado a cabo em prol dos habitantes
das Freguesias Além Rio, nome que adotaram para
designar mais facilmente a União de Freguesias, fruto
da sua localização.
Com um número significativo de associações, muitas
das atividades levadas a cabo pelo Executivo trazem
estas associações como parceiros e parte organizadora
dos mesmos. É exemplo o Dia Mundial da Criança, e o
Campeonato de Veteranos, que este ano contam com a
sua segunda edição.
A somar às iniciativas dirigidas às crianças e aos adeptos
do desporto, torna-se fulcral referir o Campeonato de
Pesca, muito apreciado pelos fregueses. “Esta segunda
edição contou com o dobro dos participantes. E é
interessante perceber que este não envolve apenas
os participantes diretos, mas também com as famílias
que também se deslocam ao local do concurso para
conviverem entre si”. O sucesso foi tal que há muitos
que questionam já sobre a terceira edição, que terá lugar
só em 2016.
Numa perspetiva de bem-estar, este Executivo tem
também organizado anualmente rastreios à saúde,
completamente gratuito. “Neste segundo ano, graças
aos nossos parceiros, conseguimos abranger um maior
número de áreas de análise. Além das tradicionais
análises ao sangue, e da visão, incluímos as áreas
da dentária e podologia. Este ano aderiram cerca
de 250 pessoas”. De referir que numa política de
descentralização, este rastreio anual ocorre sempre nas
quatro freguesias, começando em março e finalizando
em junho.
A pensar em toda a família, o passei anual da freguesia
é também bastante concorrido. “O ano passado
foram precisos 14 autocarros para transportarmos
eurico tavaresPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
89
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
todos os participantes, e este ano contamos precisar
de mais”, prevê Eurico Tavares. O passeio é gratuito
para as crianças até aos 12 anos, assim como para
os reformados e seniores a partir dos 60 anos. “Os
restantes participantes pagam um valor simbólico”,
completa.
O Verão Sénior é outra iniciativa da Junta de Freguesia
dirigida ao público mais sénior. Através deste programa,
a população reformada e com mais de 60 anos tem a
oportunidade de desfrutar de alguns dias de praia.
A Junta de Freguesia tem diariamente aberto o Centro
de Convívio, na freguesia de Sequeiro, onde promove
e desenvolve algumas iniciativas e interage com outros
centros, “pretendemos combater a solidão dos mais
seniores das Freguesias do além Rio, qualquer pessoa
pode frequentar o mesmo de forma gratuita”.
Mas, sem esquecer os mais pequenos, o Executivo
apoia ainda a ida dos mais novos até à praia, atribuindo
um subsídio por criança aos Jardins de Infância das
freguesias. “Há já JI que estão a rentabilizar recursos e
optam por organizar esta ida à praia em conjunto. Essa
foi aliás, uma sugestão deste Executivo às diferentes
direções.
Política de proximidadeO Executivo desta União de Freguesias faz questão de
pautar a sua atuação por uma política de proximidade,
pelo que está presente nos quatro edifícios das
anteriores Juntas de Freguesia e não apenas na Sede,
em Areias. “Acreditamos que a descentralização é uma
mais- valia para as populações”, afirma Eurico Tavares.
Questionado sobre como promover essa proximidade,
o presidente afirma que é necessário estar junto às
pessoas e transmitir a ideia de que não há qualquer
problema em abordar o Executivo, seja qual for a
razão para tal. “Mesmo que não consigamos resolver o
problema que o trouxe até nós, temos a capacidade de
avaliar o mesmo e encaminhar a pessoa para entidade
ou organismo correto. Esse encaminhamento pode ser
a solução, pelo que as pessoas devem de vir à Junta
de Freguesia”.
O dia a dia“Tentamos aproveitar e levar para cada freguesia o que
de melhor já se fazia nas outras, ajustando mas acima
de tudo inovando”, diz Eurico Tavares. “Queremos, todos
os dias, poder resolver as questões que são importantes
para os nossos fregueses. Temos a ambição de fazer
grandes obras, mas temos igualmente a consciência de
que, por vezes, faz mais falta uma pequena obra e é
nessa perspetiva que organizamos o nosso trabalho e as
nossas prioridades. Porque, no final, a nossa prioridade
são sempre as pessoas”, completa.
Pensando nas pessoas, e para as pessoas, dentro de
pouco tempo, “vamos poder prestar mais um serviço,
no edifício sede, em Areias, com a criação do Balcão
do Cidadão, também ambicionamos ter um outro
serviço, com a criação de um GIP (Gabinete Inserção
Profissional), uma vez que nos candidatamos ao mesmo.
Se passar por Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, não se
esqueça de visitar alguns dos seus locais de passagem
obrigatórios”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
90
Foi há 13 anos que Jorge Fernando Vieira de Faria
se iniciou na política, na altura convidado para
fazer parte de uma lista, sendo posteriormente
eleito para a Assembleia da Freguesia. Passado
meio ano, um dos membros do Executivo desiste e fica
como tesoureiro, tendo ainda sido secretário antes de
o presidente da junta ter-se demitido e ter assumido o
seu lugar.
“Neste mundo da política, ou se gosta ou não. Eu olho
para ela de forma diferente, porque acho que ninguém
nasce para ser político. Da única vez que fui a eleições,
venci com maioria absoluta. É o resultado da minha
proximidade com a população, porque eles precisam da
nossa ajuda e temos que ser os primeiros a dar a cara”,
explica o presidente.
Em termos patrimoniais, Vilarinho é rico em história e o
presidente aponta alguns pontos de interesse e de visita
obrigatória para quem visita a região.
“Temos um mosteiro datado do século XII, que, em
termos turísticos, é das melhores coisas que temos
em termos históricos. Como dizia o professor Geraldo
Coelho Dias, no seu livro ‘Vilarinho tem História’, a nossa
freguesia tem história. O importante é que as pessoas se
apercebam de que Vilarinho tem essa história”.
Na vila, há também a Capela da Nossa Senhora das
Dores, recentemente restaurada, a Capela da Senhora
da Livração e a Capela de São Pedro. No entanto, o
autarca aponta algumas falhas na sinalização dos
mesmos.
“O nosso grande problema com estes monumentos
prende-se com a necessidade de termos placas
indicadoras, sendo que é uma guerra que já travamos
há muito tempo. Há anos que nos andam a prometer,
mas as coisas ainda não estão resolvidas. Para além
disso, este ano temos 20 mil euros para obras, tendo
neste momento 25 ruas em terra batida e, para
pavimentar algumas delas, seria preciso mais do dobro
desse dinheiro”, confessa o autarca, acrescentando que
as prioridades da vila são a estrada da Paradela e a
requalificação da EM513.
São muitas as necessidades desta vila pautada pela
descentralização e poucos os apoios para as suprimir.
“Por vezes, penso que se esquecem de nós”, critica.
No entanto e, apesar de todos os problemas que a
freguesia enfrenta, Jorge Fernando Vieira de Faria
acredita que o importante é “ter capacidade para os
resolver”, confiando num futuro risonho para Vilarinho
e as suas gentes.
Mas, se ainda há muito por fazer a nível turístico, em
termos de empregabilidade são muitas as empresas
que se estão a sediar na freguesia, criando assim novos
postos de trabalho.
“Temos agora uma zona industrial, onde estão cerca
de quatro mil postos de trabalho concentrados
com empresas de referência que transferiram a
sua exploração para Vilarinho. Há pessoas que, por
trabalharem aqui, se querem fixar na vila, ajudando na
sua dinamização”, explica.
O convite fica feito por parte do edil: “Vilarinho é uma
vila de história e nós estamos de braços abertos para
receber toda a gente”, conclui.
Banhada pelo rio Vizela, Vilarinho é uma freguesia do concelho de Santo Tirso, que comemora este ano o seu sexto aniversário de
elevação a vila e com cerca de 3700 eleitores. O seu presidente, Jorge Fernando Vieira de Faria, começa por nos contar, orgulhoso, que
para si, Vilarinho é “uma freguesia cheia de história e repleta de potencialidades”.
junta de freguesia de vilarinho
Crescer com prioridades
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
jorge fernando vieira de fariaPresidente
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Numa época em que a eletricidade não era acessível a todos, um grupo de 12 ilustres da freguesia de Vilarinho, no concelho de Santo
Tirso, criaram a Cooperativa Elétrica de Vilarinho, com o propósito de trazer melhor qualidade de vida à freguesia. Estávamos em 1939
e atualmente este é ainda um exemplo vivo do cooperativismo, resultado do esforço e dedicação dos seus fundadores, e de todas as
direções que por aqui passaram.
cooperativa elétrica de vilarinho
A iluminar Vilarinho
A 3 de dezembro de 1940, é assinada a
escritura de concessão para a iluminação
da freguesia de Vilarinho, entre o Município
de Santo Tirso e a Cooperativa. A própria
freguesia de Vilarinho foi crescendo à luz desta
cooperativa. “Sempre foi nosso objetivo ajudar ao
desenvolvimento desta freguesia”, diz-nos Domingos
Rebelo, presidente da Cooperativa Elétrica de Vilarinho.
Os seus serviços contam com os mais elevados níveis
de qualidade, serviços esses que vão ao encontro das
necessidades e expectativas dos seus clientes, através
da distribuição de energia elétrica em baixa tensão,
para iluminação não só da freguesia de Vilarinho como
também de algumas zonas das freguesias de S. Salvador
do Campo e S. Mamede de Negrelos.
Sempre na vanguarda, a Cooperativa Elétrica de
Vilarinho conta, já há alguns anos, com um sistema
de leitura automática dos seus contadores, a chamada
‘telecontagem’. “Com este sistema, os clientes não têm
a necessidade de dar a contagem nem nós temos que
nos dirigir às suas casas para fazê-lo. Os contadores
enviam a contagem automaticamente para o nosso
sistema”, revela o presidente.
Com a nova regulamentação do mercado livre,
Domingos Rebelo acredita que alguns clientes possam
optar por outras companhias, “mediante ofertas e outras
promoções que as mesmas possam levar a cabo, mas
creio que a maioria continuará fiel à Cooperativa da
terra”.
CooperativismoO seu lado de cooperativismo é outro componente
importante. “O nosso propósito é o desenvolvimento e
promoção de Vilarinho. Por isso mesmo, ajudamos todas
as coletividades da freguesia. Além disso, contribuímos
com toda a energia para as Festas de maio, as festas
mais importantes de Vilarinho”.
Pela sua importância e como forma de reconhecimento
pelo seu contributo no desenvolvimento da freguesia e
do concelho, a Câmara Municipal atribui a Medalha de
Mérito Municipal à Cooperativa aquando do seu 74º
aniversário.
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
domingos rebeloPresidente
www.cevilarinho.pt
regi
ão d
e lis
boa
Além de ser a capital do país, Lisboa é também a cidade mais populosa de
Portugal.
Lisboa é reconhecida como uma cidade global devido à sua importância
em aspetos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e
turísticos. É um dos princi+aos centro económicos do continente, com um crescente
setor financeiro e o maior porto de contentores da costa atlântica da Europa. O aeroporto
da Portela recebe mais de 18 milhões de passageiros anualmente, enquanto a rede
de auto-estradas e o sistema de ferrovias de alta velocidade conectam as principais
cidades portuguesas à capital. Lisboa é a sétima cidade mais visitada do sul do país.
Localizada na margem direita do rio Tejo, junto à foz, Lisboa é a capital mais ocidental
da Europa.
Os limites da cidade, ao contrário do que ocorres em grandes cidades, encontram-se
bem delimitados dentro do perímetro histórico. Isto levou à criação e várias cidades ao
redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são, de facto, parte do
perímetro metropolitano de Lisboa.
O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas
demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três
funiculares e um elevador, o famoso elevador de Santa Justa, e a parte ocidental
da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques
urbanos da Europa, com uma área de 10 km2.
O Parque das Nações e o Centro Cultural de Belém são também duas das mais
importantes referências da capital portuguesa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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REGIÃO DE LISBOA
“Cada habitante merece de nós uma atenção individual. O grande desafio passa por criar as condições necessárias à população, nunca
perdendo naturalmente de vista a continuação do bem público”. Quem o afirma é Jaime Pereira Garcia, presidente da junta de freguesia
de Águas Livres e responsável pelo comando dos destinos da terra.
Junta de Freguesia de Águas Livres
Uma freguesia com identidade
Situada em plena área urbana do concelho
da Amadora, Águas Livres é uma freguesia
portuguesa com cerca de 40 mil habitantes e
cerca de três quilómetros quadrados de área.
A freguesia é constituída por um conjunto de paisagens
urbanas que lhe dão uma dinâmica única.
Constituída em 2013, no âmbito de uma reforma
administrativa nacional, Águas Livres integra o território
da antiga freguesia da Damaia, a parte sul da antiga
freguesia da Reboleira e a parte norte da antiga freguesia
da Buraca. “Com a agregação de três freguesias
das quais duas são espartilhadas e como a lei não
contemplava nada sobre esta matéria de constituição de
freguesias espartilhadas, inicialmente tivemos bastante
trabalho a nível do executivo e até da própria secretaria.
Fomos de facto à procura das vias estruturais e este
foi o grande trabalho inicial, teve que haver uma boa
comunicação para que implementássemos igualdade
em todas as áreas da freguesia, para que todos os
nossos habitantes recebessem, dentro dos possíveis, a
mesma qualidade de vida e que usufruíssem de boas
estruturas físicas de igual modo”, comenta Jaime Pereira
Garcia, presidente da freguesia.
Com bastantes equipamentos públicos de teor social e
de serviço à população, tais como três USF´s (Unidade
de Saúde Familiar), três agrupamentos escolares, oito
escolas primárias, três escolas de 2º e 3º ciclo, jardim-
de-infância, creche, berçário, pré – escolar, Santa Casa
da Misericórdia, dois centros de dia, três esquadras da
polícia de segurança pública, uma esquadra de trânsito
e de registo criminal, piscina coberta e ginásio onde
se pode praticar várias modalidades, 32 coletividades
“que ajudam a tornar mais eclética a própria resposta
cultural, recreativa e desportiva da freguesia”, boas
acessibilidades e uma ótima rede de transportes esta
é uma freguesia com “respostas fundamentais às
necessidades da população”, que se “sustenta a ela
própria” e que “qualifica a vida de quem cá reside”. No
fundo “é um local onde dá prazer de viver e a nossa
população não precisa de ir para o exterior para ter
condições de serviço à altura”, salienta o presidente.
Do ponto de vista turístico pode-se visitar a capela de
Santa Teresinha, a Fonte do Chafurdo que no passado
abastecia a antiga freguesia da Buraca, a igreja da antiga
freguesia da Damaia e a igreja da antiga freguesia da
Buraca. E ainda, os dois ex-líbris da freguesia o Aqueduto
das Águas Livres e o Aqueduto das Francesinhas “onde
organizamos visitas com alguma frequência”.
Não tendo propriamente um produto típico da região,
ultimamente têm apostado no Fumeiro, uma vez que
quem fundou a comunidade da freguesia foram os
oriundos das Beiras e do Alentejo. “Como não temos
nenhuma identidade própria, mas temos uma miscelânea
de culturas de usos e costumes temos vindo a apostar
nos produtos típicos das regiões dos nossos habitantes,
tais como o cabrito assado no forno, a caldeirada de
borrego e até a própria cachupa”, conta o presidente.
Festividades Numa política de valorização da história, tradições,
usos e costumes da freguesia e dos seus habitantes,
realizam-se alguns certames com algum impacto local
e até regional.
O Dia Internacional da Mulher, comemorado num dos
parques urbanos da freguesia.
A Feira Setecentista, realizada no Jardim dos Aromas,
em abril alusiva ao reinado de D. João V - empreendedor
do convento de Mafra, do Aqueduto das Águas Livres
que abastece Lisboa e que atravessa grande parte da
freguesia, bem como o Aqueduto das Francesinhas. No
certame, estiveram presentes cerca de 70 barraquinhas,
com uma grande diversidade alusiva à época (com rei
e rainha, coches, pajens, escravos e com um cortejo a
atravessar praticamente toda a freguesia) e contou com
a adesão de cerca de 100 mil pessoas.
O dia mundial da criança, no Jardim dos Aromas, que
contou com a participação de 1784 crianças.
O arraial Popular, que decorreu nos meses de junho, em
honra dos santos populares.
A Feira do Fumeiro e do Artesanato que este ano conta
com a segunda edição, em setembro, onde estarão
presentes cerca de 70 barraquinhas.
O Encontro Nacional e Internacional de Folclore, também
em setembro.
E ainda, o dia dedicado aos avós e aos netos, numa
politica de valorização intergeracional.
Ação SocialCom uma população bastante envelhecida com fracos
recursos financeiros aliada a uma população jovem com
carência é necessário existir na freguesia um grande
apoio a nível social.
Assim sendo, a junta de freguesia procura dar respostas
às necessidades que vão surgindo no âmbito da ação
social, apresentando um inúmero leque de programas,
apoios e atividades que possam ajudar na resolução de
alguns problemas, junto dos segmentos mais vulneráveis
da população. Tais como, o programa “Bom Dia e um
Sorriso” que conta com centenas de voluntários sempre
acompanhados pela PSP que visitam os mais idosos
de forma a perceberem se estes se encontram bem
e se necessitam de algum tipo de apoio; o programa
Escolhas, o programa FEAC – Fundo Europeu de Auxilio
de Carenciados, o programa CLAII – Centro Local de
Atendimento e Integração do Imigrante, o programa
Porta à Porta, caminhadas pedonais, caminhadas
solidarias, Laço Azul, Férias Seniores para Veteranos,
o programa Viva Mais, o Fundo Europeu de Auxílio a
Carenciados, Ações de emprego e formação e ainda,
três lojas sociais onde as pessoas têm ao dispor
jaime pereira garciaPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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REGIÃO DE LISBOA
vestuário, calçado, móveis e alimentos.
Projetos FuturosRelativamente a projetos futuros pretendem criar duas
lojas do cidadão. Terminar as obras do parque urbano
do Neudel que contém uma extensa área ajardinada,
com linhas de água, relvados, equipamentos infantis e
esplanadas e onde já esta instalado o ski-skate - um
espaço de diversão, único, ideal para amantes dos
desportos de inverno e das modalidades radicais
urbanas.
Apostar em aulas de concertinas, juntamente com a Casa
Regional de Lamego em Lisboa, “para de certa forma ir
de encontro aos minhotos que vivem na freguesia”.
Inaugurar, em setembro, o cineteatro D. João V.
E ainda, apostar nas Unidades de Saúde Familiar.
“Temos uma USF na Damaia, uma no setor da Buraca
e outro no setor da Reboleira. Mas pretendemos
reformular as que estão na Buraca e na Reboleira,
pois o que temos no setor da Damaia é moderno e
funciona como um pequeno hospital. Os restantes
são prédios de habitação com terceiro piso, escadas
demasiado gastas, sem elevador, com condições de
trabalho precárias para pessoal médico, enfermagem e
auxiliar. Dessa forma, a junta de freguesia juntamente
com a Câmara da Amadora está a trabalhar no caso de
maneira a criar uma USF quer no setor da Buraca quer
no setor da Reboleira, que corresponda às necessidades
da população. Para isso, já nos prontificamos a ceder
um espaço e verbas e até estamos disponíveis para a
solução dos contentores. Caso queiram construir de raiz,
nós também já prontificamos entregar uma determinada
verba e um espaço. Neste momento, apenas estamos
a aguardar a palavra final dos nossos governantes para
levarmos a cabo este projeto.”, explica o presidente.
Aque Aqueduto das Águas Livres
Existem várias valências: Creche; Complemento de Apoio à Familia; Complexo Sócio Desportivo; Atelier’s; Centro Cultural; Lojas Sol; Atendimento Social; Higiene Urbana e Manutenção dos Espaços Verdes e Recolha de lixo especial;
Complexo Sócio Desportivo
Creche “Os Pequenos Génios”
Polidesportivo Parque Urbano Dr. Armando Romão
Sede: Estrada Militar, nº 82 – 2720-797 Amadora • Tel: 21 499 07 38 • Fax: 21 499 18 42
Setor Buraca: Largo Borges Carneiro, nº 3G – 2610-028 Amadora • Tel: 21 470 26 00 • Fax: 21 470 26 01
Setor Reboleira: Av. D. José I, nº 57 A – 2720-176 Amadora • Tel: 21 495 21 81 • Fax: 21 496 17 82
E-mail: [email protected]
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“Temos muito espaço para crescer: espaço rural e urbano, além de um enorme potencial nas nossas pessoas e economia. Se observarmos
os últimos censos, podemos afirmar que continuamos numa curva ascendente. A linha de comboio divide o interior do litoral e nesta
divisão encontramos algumas diferenças: o litoral tem um crescimento bastante acentuado ao contrário do interior”, refere Francisco
Martins Presidente da União de Freguesias de Torres Vedras: S. Pedro e Santiago, Santa Maria do Castelo e S. Miguel e Matacães ao
descrever a linha de crescimento da União de Freguesias.
União de Freguesias de Torres Vedras: S. Pedro e Santiago, Santa Maria do Castelo e S. Miguel e Matacães
UMA UNIÃO EM CRESCIMENTO
Como carateriza a União de freguesias?
Somos uma freguesia que tem cerca de 25 mil
habitantes e 62,5 km² de área, ou seja, trata-se de
uma das maiores freguesias da região oeste. Temos
caraterísticas muito especiais, começando pelo facto de,
na mesma União de Freguesias, conviver a cidade de
Torres Vedras com zonas marcadamente rurais.
O tecido económico da freguesia divide-se entre
a zona citadina e a zona rural. De que forma o
descreve?
A zona citadina assenta, de forma vincada, no comércio
e serviços, e a parte rural tem uma grande componente
agrícola como a fruta, a vinha e os produtos hortícolas.
O tecido empresarial centra-se fortemente na indústria
vitivinícola, sendo que outrora a construção civil era um
grande empregador. Apesar da conjuntura económica
do país, não nos podemos sentir completamente
desprotegidos. Ainda somos uma cidade, uma freguesia
e um concelho que consegue ter força dentro desta
região.
Quais são os pontos turísticos mais relevantes
dentro da União de Freguesias?
Temos um património vastíssimo! Os turistas podem
visitar o Castelo de Torres Vedras, as Linhas de Torres
que têm tido, nestes últimos anos, uma projeção
muito grande, o Castro do Zambujal, a Ermida da
Nossa Senhora do Calvário, entre muitos outros locais
espalhados pela freguesia e que são igualmente muito
interessantes de visitar. De evidenciar o nosso Parque
Verde dentro da cidade onde as pessoas podem
conviver, fazer exercício ou simplesmente relaxar.
Quer mencionar as festas mais importantes da
região?
Temos uma festa conhecida a nível nacional que já se
tornou numa marca, o ‘Carnaval de Torres Vedras’, que
todos os anos traz cerca de 300 mil visitantes para a
cidade. Temos a ‘Feira de São Pedro’, com tradição
centenária, que também atrai muitas pessoas. A pensar
nos mais novos existe o ‘Oeste Infantil’ que já vai na 26ª
edição. É uma festa que tem uma afluência de cerca de
20 mil crianças durante o festival. O ‘Festival da Miss
Vindimas’, que se realiza há mais de 30 anos, celebra o
concelho vitivinícola.
Sendo uma zona com parte rural depreende-se
que também são fortes em termos gastronómicos.
Existe algum produto típico da região?
Sim, temos o pastel de feijão e estamos inseridos no
concelho que é o maior produtor de vinho do país.
A freguesia está bem servida em termos de
restauração e hotelaria?
Sem dúvida. Em termos de restauração considero-a
de excelente qualidade. Nos últimos anos têm surgido
restaurantes com ofertas bastante variadas, para juntar
aos excelentes já existentes. A hotelaria também está
muito bem representada, mas requer um trabalho
contínuo de divulgação e promoção do nosso território e
das nossas mais valias.
Considera o turismo um foco importante para o
desenvolvimento da região?
Tem mesmo de ser! A Câmara Municipal e os
operadores privados do nosso concelho fazem o seu
papel na projeção do concelho, mas nós queremos
mais. Queremos aproveitar o facto de agora sermos
União de Freguesias para nos darmos a conhecer, com
roteiros próprios e detalhados que possam atrair as
pessoas a visitar e conhecer o nosso património, cultura
e gastronomia.
francisco joão pacheca martinsPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGALREGIÃO DE LISBOA
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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REGIÃO DE LISBOA
Existem eventos de verão para atrair o turismo?
Sim, mas essencialmente no litoral do concelho, dos
quais destacamos o Ocean Spirit, a Onda de Verão, bem
como outros eventos da responsabilidade da Câmara
Municipal. No final de Agosto vamos realizar o primeiro
evento das ‘Nova Invasões’, este sim na cidade de Torres
Vedras, no âmbito das Linhas de Torres. É um evento que
terá a participação de cinco países (quatro residentes
e um convidado): Portugal (o país invadido), França (o
invasor), Espanha e Inglaterra (países aliados) – e o
Chile como país convidado, mas que tem como ponto
em comum ter sido invadido na sua história. Será um
evento com uma vasta agenda cultural e gastronómica,
que procurará mostrar a época das Invasões, bem como
alguma contemporaneidade dos países convidados.
O apoio social é cada vez mais necessário em
todas as regiões. Existe muita procura?
Sim e infelizmente cada vez mais. Temos vários
projetos dos quais destacamos: Terapia Assistida por
Cães e acesso ao Apoio Psicológico nas escolas para
as crianças. Para os idosos temos o I.S.A. – Idosos
Saudáveis e Ativos em que estes participam em
atividades como vigilância das igrejas e ajudam as
crianças a atravessar as passadeiras, assim como o
Desporto Sénior, Oficinas do Saber e o Clube Sénior,
atividades promovidas pela Câmara em conjunto com as
Freguesias. Ainda damos apoio às famílias carenciadas
e disponibilizamos espaço para formações, entre muitas
outras ações.
Quais são as ambições para a União de Freguesias?
Está sempre presente a ambição de desenvolvimento
da freguesia e melhoria das condições de vida dos
nossos fregueses. Queremos mais iniciativas e novos
projetos. Por exemplo, neste momento estamos a lançar
o orçamento participativo em que perguntamos às
pessoas o que gostariam de fazer na sua freguesia com
um limite de 5 mil euros. Pode ser uma obra, um evento
cultural ou social ou qualquer outra ideia válida. No final,
iremos concretizar o projeto vencedor. Desta forma
conseguimos perceber o que as pessoas realmente
querem e precisam.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Inserida no concelho de Cascais, São Domingos de Rana oferece “uma excelente qualidade de vida, onde os incentivos à população são
uma forte aposta”, diz Maria Fernanda Gonçalves, presidente da junta de freguesia, em entrevista à Revista Business Portugal.
junta de freguesia de são domingos de rana
Uma freguesia viva
Situada entre a urbanidade e um conjunto de
paisagens rurais, São Domingos de Rana é
uma das maiores freguesias do país em total
de população com cerca de 60 mil habitantes
e 20 quilómetros quadrados.
Neste território convivem populações oriundas de “várias
comunidades e etnias, sobretudo cabo-verdianos,
moldavos, ucranianos, angolanos, brasileiros”, o que
compraz “uma grande diversidade cultural”, conta
Fernanda Gonçalves.
Com bastantes equipamentos públicos de teor social,
desportivo e de serviço à população, tais como USF
(Unidade de Saúde Familiar), posto de correios, 13
escolas primárias, duas escolas com 2º/3º ciclo e
secundária, jardins de infância, centros de dia, creches,
uma das maiores escolas fixas do país e cerca de 20
coletividades, está é uma freguesia que proporciona
respostas fundamentais às necessidades da população.
Em termos empresariais, embora tenham uma
elevada taxa de desemprego, tem também nos seus
domínios algumas empresas de referência nacional e
internacional, tais como a Garland, a Vitron, Progelcone,
Combustoil, Soplacas, Cuf Saúde e outras pequenas e
médias empresas.
Do ponto de vista turístico, a freguesia oferece a Igreja
de São Domingos de Rana, como seu ex-libris, e que
antigamente servia como posto de vigia, onde se
podiam ver os navios que se aproximavam da linha da
costa. Também a Casa da Quinta de Rana e o jardim
envolvente; a Capela de Nossa Senhora da Graça de
Tires; a Ermida de Nossa Senhora da Conceição da
Abóboda; as Vilas Romanas de Freiria e Miroiços,
com um espólio arqueológico e histórico classificado;
e, finalmente, o Museu Artesanal Ilídio Carapeto, onde
se pode encontrar uma das maiores coleções de
reprodução de barcos em miniatura do país.
Já no que toca à gastronomia e não tendo propriamente
um produto típico da região, a freguesia apostou este
ano no bolo de São Domingos de Rana, com um
concurso organizado durante a Feira Medieval.
REGIÃO DE LISBOA
maria fernanda gonçalvesPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
99
Festividades Os eventos e demais certames que ocorrem anualmente
na freguesia, maioritariamente nos meses de verão, têm
sido, além de outras, as festas de Tires que duram dez
dias; o festival da canção infanto-juvenil organizado pela
Junta, e as diversas festas organizadas pelas várias
coletividades. Este ano a Junta de Freguesia resolveu
organizar a I Feira Medieval de São Domingos de Rana,
celebrando o dia da freguesia no dia oito de abril em
homenagem à data de integração de São Domingos de
Rana no termo de Cascais há 645 anos.
Ação SocialA intervenção das Autarquias e dos Municípios no
âmbito da ação social, tem-se revelado cada vez mais
indispensável e pertinente, tendo como principal objetivo
atenuar os fenómenos da pobreza e da exclusão social.
Neste sentido, e tendo um grande número de famílias
carenciadas, a Junta de Freguesia de São Domingos de
Rana procura dar respostas às necessidades existentes,
apresentando um inúmero leque de serviços e projetos
que possam ajudar na resolução de alguns problemas
que surjam, junto dos segmentos mais vulneráveis da
população. De maneira, a conseguir promover uma
plena integração social, a Junta estabeleceu “uma loja
social onde as pessoas têm ao dispor vestuário, calçado,
móveis e alimentos”. A loja tem também “distribuído
alguns cabazes no que toca aos casos mais críticos
de famílias carenciadas”. Paralelamente, tem sido
preocupação da presidente o apoio psicológico às
crianças e jovens da freguesia, pelo que se estabeleceu
para este ano a Clínica Social, “alargando-se o apoio nas
escolas às nossas crianças, aos desempregados e aos
idosos”, explica a presidente.
PDMQuanto à discussão do novo PDM para Cascais, a
presidente está de acordo com tudo aquilo que possa
trazer desenvolvimento à freguesia, como o aumento
de empregabilidade, vias de mobilidade, novos postos
de trabalho, entre outros. No entanto, refere que esse
desenvolvimento não deve ser feito à custa de espaços
verdes, resultando em mais zonas urbanizáveis,
promessa aliás feita no processo de revisão mas que
não parece materializável. A presidente considera que
“vão retirar qualidade de vida aos habitantes da freguesia
e nesse sentido, não posso concordar com tudo”.
Projetos FuturosNo que toca a projetos futuros, Maria Fernanda
Gonçalves gostaria que a freguesia possuísse uma
Universidade Sénior sendo uma mais valia para os
idosos e para a própria freguesia, aliás numa ótica
intergeracional das políticas públicas locais. No entanto,
para isso, a junta precisa de um espaço físico para o
concretizar. Gostaria também de apostar num espaço
de cultura, com escola de música e outras valências
interculturais. E ainda, que houvesse uma ciclovia entre
São Domingos de Rana e Cascais pelo interior para que
assim as pessoas pudessem usufruir das paisagens
maravilhosas e uma maior mobilidade na freguesia,
“felizmente está em construção uma variante na estrada
249 que vai facilitar o trânsito, estávamos mesmo a
necessitar desta construção que há 20 anos estava na
gaveta”, confessa a presidente.
REGIÃO DE LISBOA
100
REVISTA BUSINESS PORTUGALREGIÃO DE LISBOA
Arruda dos Vinhos faz parte do distrito de Lisboa. Terra conhecida pela produção vinícola e, noutros tempos, pela famosa ‘bruxa
d’Arruda’. O concelho de Arruda dos Vinhos é um local encantadoramente acolhedor que não deixa indiferente os seus visitantes e
moradores. Arruda, como também é designada pelos seus habitantes, é uma obra da natureza a 30 quilómetros de Lisboa.
junta de freguesia de arruda dos vinhos
“de Vale Encantado o qual eu considero o Minho de Lisboa”
Há quem designe Arruda dos Vinhos de “Vale
Encantado”, mas a nossa entrevistada Graça
Dinis, presidente da Junta de Freguesia,
também gosta de lhe chamar o ‘Minho de
Lisboa’, o que tem atraído muitas pessoas a fazerem
desta terra a sua terra. De facto, os números falam por
si, nos censos de 2001, a freguesia de Arruda contava
com 5835 habitantes; os últimos números relativos a
2011 revelam que esta freguesia passou a ter 8656
cidadãos registados. A presidente da Junta, Graça Dinis,
revela que Arruda tem todas as condições necessárias
para se viver com qualidade, a começar pelas “escolas
que têm ficado muito bem cotadas no ranking nacional”.
Ainda na área da educação e cultura, há que destacar o
facto de Irene Lisboa, conhecida pedagoga, professora
de profissão e escritora, ser natural do concelho de
Arruda. Irene Lisboa nasceu em 1892 e faleceu em
1958. A sua obra permanece imortalizada nos vários
livros publicados: poesia, crónica, narrativa literária e
textos pedagógicos; bem como nos jornais e revistas
da época, como disse o escritor José Gomes Ferreira:
“Para mim é a maior escritora de todos os tempos
portugueses”.
No aspeto económico, o tecido empresarial também está
a aumentar: “Têm sido várias as entidades a instalarem-
se na região, existem serralharias, empresas dedicadas
ao ramo alimentar, desde o catering, à produção de
comida embalada para a grande distribuição”, revela a
presidente da Junta de Freguesia. No que toca ao setor
dos vinhos, importante fonte de rendimento da região, há
a destacar “que ainda há dois anos a Adega Cooperativa
ganhou uma medalha de ouro”, salienta Graça Dinis,
para além de existirem produtores privados com vinhos
graça dinisPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
101
REGIÃO DE LISBOA
de excelente qualidade que cada vez mais se destacam
no mercado. Depois, há o sector da restauração: quem
aqui vier poder-se-á regalar com as iguarias que os
múltiplos restaurantes preparam diariamente: “O difícil
será escolher”, diz a presidente.
Revitalização da zona históricaUm dos grandes objetivos deste mandato é a revitalização
da designada zona histórica de Arruda dos Vinhos. Graça
Dinis, a primeira mulher presidente da Junta, revela que
está “de corpo e alma” na função e fará tudo o que
estiver dentro das suas competência em função do bem
estar da população, desde o mais pequeno pormenor,
que às vezes passa apenas por parar e falar com as
pessoas, até às médias e grandes obras.
A tradição da festa de Santo António é vivida em Arruda
dos Vinhos com muita alegria e dedicação, juntando
muitas pessoas que se envolvem durante meses na
preparação das marchas que se realizam na noite do
dia 12 de junho. “A zona histórica é lindíssima e agora
vamos apostar nela, as festas do Santo António foram já
aqui realizadas este ano com um sucesso estrondoso.
Conseguimos trazer de novo gente e brilho a esta zona.
Nas marchas participaram as escolas, a Santa Casa da
Misericórdia e o Clube Recreativo. O desfile começou na
praça de touros e seguiu até à Junta, na zona histórica,
onde depois houve sardinha assada, baile e até se saltou
à fogueira”, revela a presidente da Junta.
O programa destes festejos contemplou outros eventos,
como explica a presidente: “A festa continuou no dia 13
de junho com o habitual passeio pedestre da parte da
manhã; depois do almoço, decorreu a inauguração da
requalificação dos lavadouros, cujo mural foi pintado por
alunos de artes do Externato João Alberto Faria, é um
espaço muito bonito que merecia intervenção. Esta foi
uma obra que podemos considerar de cariz social: mais
do que a reabilitação do edifício, foi requalificar o espaço
para impedir comportamentos pouco adequados que
ali foram acontecendo ao longo de vários anos. À
tarde decorreu um festival de acordeão e o respetivo
baile saloio. A noite foi preenchida por momentos mais
formais, foi dedicada ao Fado”, relata Graça Dinis. As
ruas de Arruda foram decoradas a rigor e, durante os
festejos populares, o artesanato não foi esquecido, até
porque “existem na região artesãos fantásticos”, destaca
a responsável pela Junta.
Com a reabilitação dos lavadouros, “o objetivo é fazer
mais atividades e dinamizar a zona mais antiga da
vila”, atraindo também mais visitantes e, quem sabe,
moradores. A população poderá então usufruir de mais
um espaço. Aqui poderão ocorrer “tardes de cultura, e,
como é um espaço ao ar livre, poder-se-ão aqui realizar
festas de anos e piqueniques”. A restauração do espaço
pretendeu dar vida a uma zona um pouco esquecida,
nos últimos anos. Contudo, é um local que, “pela sua
beleza, não pode cair de novo na degradação. Há que o
dinamizar e sensibilizar as pessoas para dele usufruírem”,
considera a presidente da Junta de Freguesia de Arruda
dos Vinhos.
Locais de interesse e atividadesA igreja matriz, com um pórtico de estilo Manuelino,
é outra das atrações da região. Após ter sobrevivido
à peste que assolou Lisboa, D. Manuel, refugiado
em Arruda, prometeu restaurar este monumento,
passando a padroeira a designar-se Nossa Senhora
da Salvação; o Chafariz Pombalino é outra atração do
património edificado; existem também vestígios dos
fortes construídos para travar as tropas de Napoleão,
aquando das Invasões Francesas. Para além disto, existe
o património imaterial: lendas, rezas e mezinhas. Mas a
principal atração deste concelho é o património natural
e, acima de tudo, as pessoas, como confessa com
orgulho Graça Dinis.
A preocupação com o bem-estar da população sénior
levou a freguesia a proporcionar um momento de
convívio diferente. O executivo da Junta organizou, pela
primeira vez, um espetáculo, onde as famílias puderam
estar reunidas. Uma noite de “revista à portuguesa, com
jantar incluído, que juntou cerca de 800 pessoas no
Pavilhão Multiusos”, no âmbito do mês do idoso, em
outubro do ano passado, relatou a presidente. O evento
foi um sucesso e, este ano, Graça Dinis confidenciou
que “gostaria de juntar, em Arruda, as freguesias vizinhas
num outro espetáculo”.
A presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos
Vinhos ocupa pela primeira vez um cargo público de
índole política. Considera que a posição que ocupa
existe para “auxiliar a população. Em primeiro lugar,
temos de pensar nas pessoas, fazer com que se sintam
bem, o seu bem estar é a nossa principal preocupação”.
Concluiu, dizendo que “acima de tudo estão os meus
fregueses”.
ensi
no em
port
ugal
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
104
Na edição de julho da sua revista damos enfoque ao ensino particular e o
ensino profissional.
O ensino profissional não tem parado de ganhar terreno aos cursos gerais
no ensino secundário. Em pouco mais de década, o número de alunos
nesta via quadruplicou. Em 2001, pouco mais de 30 mil estudantes tinham escolhido
os cursos profissionais à chegada ao 10º ano, mas os dados relativos a 2013 apontam
para perto de 113 mil inscritos nesta via se ensino, quatro vezes mais do que no início
do século. O crescimento tem sido constante e acentuou-se desde 2005, quando a
oferta de cursos foi generalizada a todas as escolas geridas pelo Estado.
Este crescimento permitiu um aumento da percentagem de alunos em cursos
profissionalizantes no ensino secundário, que segundo dados oficiais, em 2013
representava, 42 por cento do total. Ainda assim, Portugal está abaixo da média
europeia, que ascende a 50.3 por cento.
Em 2009, existiam 500 escolas de ensino particular em Portugal, representando
cerca de 20 por cento do sistema educativo, num total de 320 mil alunos e 25 mil
professores contratados pelas escolas.
Conheça alguns exemplos nas próximas páginas da Revista Business Portugal.
105
REVISTA BUSINESS PORTUGALENSINO EM PORTUGAL
Situado num dos mais pequenos mas também mais belos concelhos do Médio Tejo, onde o Tejo e o Zêzere se encontram e sussurram
poemas de Camões, o Agrupamento de Escolas de Constância tem a sua sede nesta vila poema – Constância. Composto por três jardins
de infância, 3 escolas do 1º CEB e a E.B/S Luís de Camões (escola sede) tem no presente ano letivo uma população escolar de cerca
de 700 alunos, alguns deles vindos de concelhos vizinhos atraídos também pela qualidade da educação e do parque escolar deste
concelho.
Agrupamento de Escolas de Constância
Uma Comunidade de Aprendizagem
C riado em 1999, fruto da vontade de toda
a comunidade educativa, cimentando
um trabalho de parceria já anteriormente
realizado, este Agrupamento de Escolas
prossegue deste então o seu objetivo de proporcionar a
todos os seus alunos um percurso educativo de sucesso
com o desenvolvimento pleno das suas capacidades e
aptidões. Conseguir o desenvolvimento integral das
nossas crianças e jovens é apostar nas diversas áreas
do saber (música, desporto, equitação, arte, ciência…),
é apostar na educação inclusiva e participada, é a
participação em projetos nacionais e internacionais, é
um sem número de atividades de enriquecimento do
currículo complementares das aprendizagens no âmbito
do mesmo.
Mas educação neste concelho é também um desafio
social, é a identificação de constrangimentos e
oportunidades num trabalho constante de parceria na
construção de uma resposta educativa comunitária. Na
ligação aos valores e tradições locais, atrevemo-nos
a salientar a atividade ‘Pomonas Camonianas’, que se
UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO
insere nesta ligação à comunidade pensando Camões
duma forma mais atrativa: durante esta atividade toda
a comunidade educativa se empolga na recriação da
época quinhentista, apropriando-se da passagem do
poeta por esta localidade.
A oferta educativa vai desde o jardim de infância ao
12º ano, salientando a oferta de ensino secundário
com o prosseguimento de estudos (Cursos Científicos
e Humanísticos) até aos cursos profissionais em áreas
consideradas prioritárias para a região como sejam o
Turismo e a Restauração. Da experiência anterior nesta
área, salientamos sobretudo a elevada percentagem de
empregabilidade dos nossos alunos (mais de 85 por
cento), assumindo-se assim desta forma como um dos
vértices estratégicos de
desenvolvimento local e
regional. Para o próximo
ano letivo iremos iniciar
dois cursos profissionais:
Cozinha Pastelaria e
Animação de Turismo,
escolhas realizadas
no âmbito da CIMT,
valorizando os recursos
naturais e humanos
existentes na região
mas, ao mesmo tempo,
pensando em termos de
empregabilidade regional
e nacional.
Por outro lado a nossa
participação, desde
2004 em diversos
projetos internacionais,
tem permitido aos nosso
alunos a construção da
consciência dum mundo
cada vez mais global,
o respeito por culturas
diferentes e sobretudo,
o abrir de horizontes de
partilha de experiências.
Nesta data em que se planeia o próximo ano letivo, é
importante a realização de um processo de reflexão,
de previsão e de ação que, tendo em consideração os
meios materiais e recursos humanos disponíveis seja
construída a oferta educativa prevista. Repensar o futuro
do agrupamento é sobretudo construir linhas de ação
bem definidas, repensando diariamente a centralidade
das aprendizagens assente numa resposta articulada e
consistente, apostando na formação e motivação diária
dos profissionais, mas sobretudo juntos na construção
do futuro.
*Artigo do Agrupamento de Escolas de Constância
anabela gracioDiretora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
106
ENSINO EM PORTUGALENSINO EM PORTUGAL
A Diretora é a professora Isabel Saúde e a
adjunta, a professora Henriqueta Silva, que
nos deram a conhecer os principais objetivos
deste agrupamento no que concerne à
qualidade da oferta formativa dos alunos.
Tendo por base o estudo das necessidades da
região, elaborado pela Comunidade Intermunicipal do
Médio Tejo, surgiu uma oferta educativa dos cursos
profissionais, que por sua vez incidem em áreas que se
dizem vitais para a CIMT e para o concelho de Ferreira
do Zêzere.
Desse estudo sobreveio o curso de Animação em
Turismo, que Henriqueta Silva, adjunta da diretora e
responsável pelo ensino profissional, mencionou como
sendo um curso inovador e interessante do ponto
de vista formativo: “já tínhamos o curso de Turismo
Ambiental e Rural e agora iremos abrir este que é mais
especifico, permitirá que estes alunos acompanhem os
turistas nas várias atividades, eventos, e vai especializar
a oferta que já estava disponível. Acredito que os
alunos saiam daqui com uma certificação interessante”
esclarece a docente. Para além destes, Henriqueta Silva
identifica o curso de Técnico de Mecatrónica Automóvel
(mecânica e eletrónica) e o Técnico de Comércio. No
Situa-se na vila de Ferreira do Zêzere e tem perto de 1000 alunos que se distribuem desde o 5º ao 12º ano. Das estruturas educativas
que compõem o Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere destacam-se: a Escola EB 2,3/S Pedro Ferreiro (sede), o Centro Escolar
de Areias, o Centro Escolar Ferreira do Zêzere e JI/EB1 de Águas Belas.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE FERREIRA DO ZÊZERE
“TEMOS TODAS CONDIÇÕES PARA OFERECER UM ENSINO DE QUALIDADE”
último ano letivo, os cursos profissionais contaram com
60 alunos.
Estando a Escola Pedro Ferreiro, sede do Agrupamento,
localizada numa envolvente com vários percursos
pedestres, desportos náuticos, quintas promotoras
de eventos, empresas de lazer, com enquadramentos
paisagísticos únicos, as professoras entendem que faz
todo o sentido tirar proveito daquilo que são os recursos
naturais da terra formando os alunos para dinamizar
a mesma, de forma a que estes saiam devidamente
habilitados para o mercado turístico.
Além da oferta diversificada, a diretora Isabel Saúde
realça que as parcerias com outros estabelecimentos
de ensino são um elemento fundamental. Neste caso,
revela-nos que estabeleceram um protocolo com
o Instituto Politécnico de Tomar, uma ligação que
considera essencial tanto na partilha de espaços físicos,
como na partilha de conhecimentos, com a dinamização
de formação.
Sobre as vantagens do ensino profissional, Isabel Saúde
distingue que estes alunos, uma vez que têm uma
parte prática muito vincada, saem com competências
mais próximas da realidade do mundo do trabalho.
“Atualmente há, na política educativa, uma necessidade
de selecionar os alunos com perfil para os cursos
profissionais, que têm maior apetência prática” esclarece
a diretora.
Relativamente ao corpo docente que constitui o
agrupamento, a diretora refere que é imprescindível ter
professores rigorosos e competentes e, nesse sentido,
foi criado um acompanhamento personalizado aos
alunos que envolve: aulas de apoio, dois sistemas de
recuperação dos módulos e, em casos específicos,
apoios tutoriais.
Para o futuro o desejo de Isabel Saúde é concretizar um
projeto que considera prioritário e que visa a melhoria
de infraestruturas, nomeadamente, a requalificação das
salas de laboratório. Relativamente à área pedagógica,
a diretora revela que pretende diversificar as estratégias
de ensino “de forma a conseguirmos aproximar-nos dos
interesses dos alunos e colmatar dificuldades que os
mesmos revelam nas aprendizagens” constata. A par
disso, este Agrupamento abraça uma série de projetos
ligados ao empreendorismo, ao desporto, à cultura, à
disciplina, à leitura, permitindo que os estudante adotem
competências mais transversais.
isabel saúde e henriqueta silvaDiretora e Diretora-Adjunta
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
107
ENSINO EM PORTUGAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
108
ENSINO EM PORTUGAL
Em entrevista ao diretor do Agrupamento,
António Pinto, a Revista Business Portugal foi
descobrir qual a oferta formativa dos cursos
profissionais para o próximo ano letivo, bem
como, as várias valências desta instituição.
Assim, este Agrupamento é composto por 10 escolas:
jardim-de-infância de Esmeriz, Lage, Cabeçudos
(também com 1º ciclo) e Louredo. No que respeita ao 1º
ciclo englobam-se escolas em Meães, Louredo, Esmeriz
e Fontelo, a EB 1/2 Dr. Nuno Simões em Calendário de
1º e 2º ciclo e a Escola Secundária D. Sancho I.
E porque a escola secundária foi, na sua origem,
uma escola técnica, o diretor revela que essa tradição
ainda hoje se mantem através da oferta dos cursos
profissionais. Relativamente a esta oferta formativa, e
para além do ensino regular, António Pinto revela que no
próximo ano letivo irá abrir não só os cursos tradicionais -
Manutenção Industrial, Eletrotecnia e Contabilidade, mas
também Comércio e Restauração e um mais recente em
Gestão de Equipamentos Informáticos, que havia sido
descontinuado. Este último tem sido alvo de procura por
parte dos alunos e, de igual modo, irá permitir que os
mesmos aprendam e possam tirar proveito da gestão de
equipamentos informáticos da própria escola.
“Apostamos muito na formação em contexto de trabalho
e temos feito parcerias com instituições de forma a que
os nossos alunos possam fazer uma aprendizagem de
qualidade que os torne aptos para o trabalho”, destaca
António Pinto.
Atualmente com um total de 2800 alunos distribuídos pelas diversas escolas de diferentes ciclos, o Agrupamento de Escolas D.Sancho
I é hoje uma referência de ensino no concelho de Vila Nova de Famalicão.
agrupamento de escolas d.sancho i
UM ENSINO QUE FACULTA UM FUTURO PROMISSOR
Sobre os cursos profissionais, o diretor faz questão de realçar que estes estão diretamente relacionados com as
necessidades da região, tendo sido criados para dar resposta ao mercado de trabalho local. No entanto, revela que
isso não é um impedimento para que os alunos possam prosseguir estudos. Assim, António Pinto defende que estes
cursos devem ser entendidos como oferta complementar ao ensino regular, o que permite que os alunos possam
estar preparados tanto para ingressar de imediato no mercado de trabalho, como para dar continuidade aos seus
estudos no Ensino Superior.
“Damos todas as condições para que os estudantes tenham êxito na sua formação profissional, e para isso temos
um corpo docente especificamente orientado para as diferentes áreas e com conhecimentos especializados” explica
o diretor.
E não é por acaso que a Escola Secundária D.Sancho I tem sido a primeira escola pública do concelho no ranking
nacional. Desta feita, um agrupamento que envolve várias escolas geograficamente dispersas exige, na opinião de
António Pinto, uma gestão descentralizada com delegação de competências. Neste Agrupamento em particular há
“adjuntos e lideranças intermédias com responsabilidades específicas em determinadas áreas, e coordenadores de
estabelecimento com autonomia na decisão”, afirma o diretor.
Posto isto, é com base numa relação de proximidade com alunos e pais dos mesmos que este diretor diz trabalhar,
isto porque a sua porta está sempre aberta para resolver os demais problemas “sempre adotei uma gestão aberta e
recebo, sem horas marcadas, os alunos e encarregados de educação que precisam da minha intervenção” revela.
Um futuro
auspiciosoE uma vez que
em setembro este
Agrupamento irá entrar
num processo de
municipalização, o diretor
mostra-se expectante
quanto aos projetos que
tem delineados para
o futuro. O primeiro
passa por melhorar
a informatização dos
serviços, assim como
implementar o livro de
ponto eletrónico para
os professores e por
fim, mas não menos
importante, conservar o
alto profissionalismo no
ensino e promover uma
formação de qualidade e
de sucesso.
antónio pintoDiretor
ENSINO EM PORTUGAL
Como unidade pública de ensino, este
Agrupamento é constituído por uma escola
sede - Escola EB 2,3/S de Mação e três
escolas básicas - Escola Básica de Cardigos,
Escola Básica de Carvoeiro e Escola Básica de Mação,
todas com Jardins de Infância.
Com formação de 2º e 3º ciclos do ensino básico,
secundário e profissional, este Agrupamento reúne
perto de 800 alunos, com a particularidade de que
estes provêm de vários concelhos, “e como tal a nossa
responsabilidade é grande”, adianta o diretor José
António Almeida.
De acordo com o diretor, este Agrupamento trabalha
com um modelo distinto dos restantes, uma vez que
a qualidade desta unidade reflete-se num trabalho que
desenvolve a sua prática tendo em conta a formação
integral do ser humano onde a cultura humanista, a
solidariedade, a cooperação, a partilha de saberes
e experiências, bem como o desenvolvimento de
competências são uma prioridade. Prova disso são os
vários prémios que já recebeu quer a nível de projetos
de empreendorismo e inovação, quer em termos de
prémios de criatividade.
Recentemente, o Verde Horizonte também recebeu
um importante Prémio de Educação do Médio Tejo,
tendo sido reconhecido como a melhor e mais criativa
educação do concelho.
Quanto ao ensino profissional, José Almeida afirma que
o método pedagógico adotado é diferenciador, uma vez
que possui todas as infraestruturas necessárias para que
os alunos tenham a oportunidade de pôr em prática os
seus conhecimentos. É o caso do Curso Profissional
Técnico de Restauração, em que os formandos contam
com um restaurante pedagógico na própria escola,
Verde Horizonte é o nome do Agrupamento de Escolas do concelho de Mação que, curiosamente, foi inspirado na envolvente ambiental
onde este se encontra inserido: uma enorme mancha verde.
agrupamento de escolas verde-horizonte - mação
RECONHECIDA COMO MELHOR E MAIS CRIATIVA EDUCAÇÃO DO MÉDIO TEJO
podendo servir almoços e jantares, assim como, adquirir
experiências para posteriormente participar em eventos
de gastronomia nacional e internacional. O mesmo
acontece com o curso de Mecatrónica Automóvel, em
que a escola, em virtude do protocolo estabelecido
com a Câmara Municipal usufrui de oficina automóvel.
Seguindo-se o curso de Técnico Auxiliar de Saúde, que
conta com parcerias com unidades de saúde e apoio
social para que estes possam estar totalmente aptos
para ingressar no mercado de trabalho. Há ainda um
gabinete de estética destinado aos alunos daquele
curso que podem usufruir daqueles equipamentos. “Em
todas as áreas temos formadores do melhor que há no
mercado e isso na formação profissional é elementar”,
salienta o diretor.
Importa ainda referir que no próximo ano letivo, os
cursos profissionais que estarão em funcionamento
são na área de hotelaria,
saúde e mecatrónica.
José Almeida identifica
um outro curso na área
vocacional de ensino
secundário, que incide na
Estética – Cosmetologia,
que visa ensinar os alunos
a utilizar as melhores
tecnologias e produtos
nesta área de atividade.
Em resposta sobre qual
o método de formação
mais eficaz, o diretor
defende a especialização
no ensino, isto é, conferir
qualidade à formação e
“fazer um trabalho bem
feito dentro dos recursos
disponíveis que temos”
destaca.
No caso do ensino
profissional e vocacional
secundário, esta Escola
confere ao aluno, no final
de curso, uma qualificação
de nível 4, que é uma
mais valia na posterior
josé antónio almeidaDiretor
empregabilidade. Mas o ensino regular é também
enaltecido pela direção do Agrupamento, e nesta
vertente José Almeida distingue que o projeto educativo
da escola tem como missão preparar os alunos para as
duas realidades distintas, quer seja a entrada imediata
no mercado de trabalho ou na continuação de estudos.
Neste contexto, o diretor frisa um projeto âncora e único
no país que se designa “Aluno 100%”, que assenta em
três dimensões fulcrais: assiduidade, comportamento e
aproveitamento. Este projeto tem como objetivo incutir
valências e bons hábitos aos alunos que, concedendo
um galardão numa cerimónia pública aos que
respeitarem estas dimensões a 100 por cento.
Para o futuro, José Almeida ambiciona continuar com
o excelente trabalho ao nível dos projetos educativos e
elevar a qualidade do Agrupamento de Escolas Verde
Horizonte ao mais alto nível.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
110
ENSINO EM PORTUGAL
Seguindo o lema “Qualidade, mais do que uma exigência, um desafio”, o Agrupamento de Escolas José Relvas, inserido no concelho de
Alpiarça, revela-se hoje como uma unidade de ensino dinâmica e exigente. Isabel Maria Fernandes da Silva, diretora do agrupamento,
com 15 anos de experiência no cargo, revelou em entrevista à Revista Business Portugal alguns dos fatores que considera essenciais
para o bom desempenho educativo.
Agrupamento de Escolas José Relvas
EM BUSCA DO “SUCESSO PLENO” DOS ALUNOS
Que escolas compõem o Agrupamento de Escolas
José Relvas?
O Agrupamento de Escolas de José Relvas é constituído
por três jardins-de-infância, um com quatro salas,
localizado na vila e outros dois localizados nos lugares
de Frade de Baixo e Frade de Cima; Três escolas do 1º
ciclo, uma inaugurada em setembro de 2011 e outra a
funcionar num edifico antigo, localizadas na vila e uma
escola a funcionar no lugar de Frade de Baixo e a escola
sede onde são ministrados três níveis de ensino (2º, 3º
ciclos e ensino secundário).
Realço que o concelho de Alpiarça é constituído apenas
por uma freguesia.
Como descreveria a escola a potenciais alunos?
Qual o lema por que se regem?
O lema do nosso Agrupamento assenta no tema
do Projeto Educativo: ‘Qualidade, mais do que uma
Exigência, um Desafio’. Neste sentido, continuaremos
a investir na excelência e na qualidade, alicerçadas
na capacidade de trabalho e numa visão estratégica
e empreendedora, só conseguidas com um esforço
coletivo e um trabalho em equipa.
Um dos nossos principais objetivos assenta na melhoria
dos resultados escolares dos alunos e no aumento
do sucesso pleno. Para tal, na elaboração do Projeto
Educativo e na revisão do Regulamento Interno foram
instituídas estratégias e medidas com o objetivo de
acompanhar mais os alunos e de disponibilizar-lhes
mais tempo, fora da escola, para organizarem os seus
estudos de forma mais eficaz.
A existência de um Gabinete de Apoio ao Aluno (que
acompanha os alunos referenciados pelos Diretores de
Turma e/ou que apresentem problemas); os Mentores
dos alunos do Ensino Secundário e do 9º ano (que
ajudam os colegas mais novos e com mais dificuldades);
o Projeto “Toca a Estudar” (implementado este ano letivo,
pela primeira vez, e com resultados muito satisfatórios);
as Aulas de Reforço Educativo, no ensino secundário
(nas disciplinas sujeitas a Exames Nacionais);
O facto de termos sido uma das escolas pioneiras com
a oferta da língua espanhola, o que acontece já desde
2005, também tem sido um fator muito positivo. Assim,
considero que a nossa escola oferece boas condições
para os alunos aqui permanecerem, ou para ingressarem
pela primeira vez.
Foquemo-nos agora um pouco no ensino
profissional e vocacional. Que cursos têm à
disposição dos alunos nestas duas vertentes?
No próximo ano letivo, a nossa escola propôs-se
oferecer os Cursos Profissionais de Técnico de Apoio à
Gestão Desportiva e Técnico de Gestão e Programação
de Sistemas Informáticos.
Ao nível dos Cursos Vocacionais temos em
funcionamento um Curso do 3º Ciclo, que esgotou as
vagas, no ano letivo transato.
Este ano letivo iremos oferecer, novamente, um Curso do
3º ciclo, designado: “Desporto, Informática e Agricultura:
Áreas em expansão”, pois é uma oferta que continua a
ter procura e a dar resposta a vários alunos.
Por onde passa o futuro do Agrupamento de
Escolas José Relvas?
No meu ponto de vista, o futuro do Agrupamento
de Escolas que dirijo passa por dar continuidade ao
trabalho iniciado, e por termos sempre a capacidade
de reconhecer e melhorar os aspetos menos bem
conseguidos e os constrangimentos com que nos
deparamos.
Julgo que a forma de solucionar alguns problemas
passa por colocarmos em prática algumas medidas
e estratégias, nos níveis de ensino inferiores,
nomeadamente logo ao nível do ensino pré-escolar, no
1º ano do 1º ciclo e manter controlada a indisciplina.
Da minha parte quero continuar a ter capacidade de
liderar e fazer com que todos os agentes educativos
estejam abertos à mudança, que olhem para a nossa
escola e para as suas práticas letivas, sempre com
o sentido de que podemos melhorar, de termos a
capacidade de nos auto criticarmos.
Somos devedores de um passado e de um legado
do nosso patrono, José Relvas, que muito nos honra.
José Relvas sempre foi um Homem muito preocupado
com a Educação. Democraticidade, espírito crítico,
solidariedade, diferenciação positiva, empreendedorismo,
inovação, criatividade, seriedade e valor do trabalho
foram ideais sempre presentes na filosofia de vida de
José relvas, e esta é uma parte do legado que queremos
ser capazes de transmitir aos nossos alunos, apostando
sempre na exigência e na qualidade do ensino.
isabel silvaDiretora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
112
Com quase cem anos de história, o Colégio do Bom Sucesso tem investido diariamente no futuro das jovens gerações, regendo-se pelos
valores da Ordem Dominicana e mantendo-se entre as melhores escolas privadas de Lisboa.
colégio do bom sucesso
“Acreditamos no futuro e investimos nos alunos”
Na origem do Colégio está o Convento do
Bom Sucesso, fundado na primeira metade
do século XVII, no reinado de D. Filipe III (IV
de Espanha).
Estávamos por volta do ano de 1630, quando o padre
irlandês Daniel O’Daly (Dominic of the Rosary) chega
com a missão de fundar uma comunidade religiosa
que pudesse receber os filhos dos nobres cristãos do
seu país, perseguidos naquela altura pelos protestantes
ingleses.
A Condessa de Atalaya, com o patrocínio de O’Daley,
fundou então o convento que abriu as portas para as
primeiras religiosas em 1639, tornando-se no primeiro
convento feminino de dominicanas irlandesas no
mundo inteiro. O padre cria ainda, para os rapazes, a
Comunidade do Corpo Santo.
Depois de 1910, o Bom Sucesso era o único colégio
interno católico em Portugal. Passou a colégio externo
a partir de 1955 e recebe hoje cerca de 700 alunos
diariamente, com idades compreendidas entre os 3 e
ENSINO EM PORTUGAL
ana mariz fernandesDiretora
os 15 anos.
Acima de tudo, Veritas!O lema dominicano, Veritas (A Verdade), inspira todo o
trabalho dos educadores do colégio e é o princípio que
norteia toda esta comunidade.
Conforme nos conta Ana Mariz Fernandes, diretora do
Colégio, esta verdade só se atinge com ‘transparência
e responsabilidade’. “A nossa existência só faz sentido
se tivermos esta noção de responsabilidade. E ela
consegue-se com disciplina, sacrifício e muito trabalho
que traz, mais tarde, o retorno a estes alunos”.
É assente no interesse da comunidade, com a
consciência ‘do outro’ acima de tudo e com uma clara
abertura de espírito que o Colégio do Bom Sucesso tem
cimentado o seu passado e desenvolvido a sua própria
cultura, que constitui a base do futuro dos jovens aqui
formados.
O colégio tem sabido adaptar-se às exigências próprias
de cada época histórica e social.
Educação é também, segundo Ana Mariz Fernandes,
“nós, como adultos, estarmos atentos às necessidades
das novas gerações e ao que estas trazem com elas;
sabermos adaptar-nos e prever o que pode vir a ser
a vida destes jovens”. A diretora acrescenta ainda que
“nem sempre as famílias conseguem acompanhar os
filhos com a proximidade que desejam e veem nesta
escola a possibilidade de completar essa formação, que
é, não apenas académica, mas também, e sobretudo,
uma formação pessoal e espiritual”.
Mantendo um olhar atento no que respeita à formação
espiritual, as Irmãs Dominicanas oferecem a estes
jovens o espaço necessário para conhecer, aprender
e escolher o seu caminho futuro e os seus trilhos no
mundo quotidiano.
Educadores e ‘coeducadores’O Colégio do Bom Sucesso valoriza a importância
específica de cada indivíduo. No intuito de viverem
uma vida plenamente cristã, os alunos devem ser
educados no aperfeiçoamento de todas as facetas do
seu potencial: intelectual, cultural, cívico, físico, moral
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
113
ENSINO EM PORTUGAL
e espiritual. “É muito importante proporcionarmos aos
jovens diferentes aprendizagens e experiências a partir
das quais eles possam vir a desenvolver e a aprofundar
novas competências. O nosso universo não se esgota
apenas no português e na matemática, que, embora
sendo a base de tudo, não são um fim último”, afirma
a Diretora.
A oferta educativa do Bom Sucesso vai do pré-escolar
ao 9º ano do ensino básico, estendendo-se por diversas
áreas de desenvolvimento e enriquecimento curricular.
Assim, durante todo o ano letivo decorrem atividades
complementares; a mais recente delas, o ‘Open Day’,
decorreu no passado mês de maio, num dia onde se
apresentam as diversas atividades preparadas pelos
alunos ao longo do ano e que conta com a presença
dos pais, que chegam mesmo a participar no evento.
O colégio considera ainda fundamental o papel dos
pais como primeiros educadores dos seus filhos. Os
professores são apenas ‘coeducadores’.
Alegria na construção do futuroCom olhos postos no futuro, Ana Mariz Fernandes,
também ex-aluna do Colégio do Bom Sucesso, deixa
uma mensagem de esperança e de saber a todos
os leitores da Revista Business Portugal: “Todos nos
preocupamos muito com a educação dos jovens e é
muito importante não nos desresponsabilizarmos dessa
função; às vezes a nossa sociedade tem pouco tempo
para pensar no futuro dos jovens de hoje. A sua formação
prolonga-se por quase um quarto de século e temos que
ter consciência do seu futuro daqui a 25 anos e da sua
forma de agir na vida. Nós, Colégio do Bom Sucesso,
temos uma ideia muito concreta do testemunho que
gostaríamos de legar aos jovens que conhecemos e
com quem trabalhamos e desenvolvemos laços afetivos.
Queremos dar-lhes as orientações e as ferramentas, para
que as possam vir a usar ao longo da vida e se lembrem
dos ensinamentos e lições que aqui receberam; acima
de tudo, que as possam usar para serem cidadãos e
pessoas que poderão fazer a diferença na sociedade e
contribuir para um mundo melhor. Acreditamos no futuro
e, por isso, investimos nos alunos”.
cont
abili
dade
, con
sult
oria
e ge
stão
Os Técnicos Oficiais de Contas têm de ter uma licenciatura e estar inscritos
na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Para isso, têm de fazer a sua
inscrição junto da Ordem.
Contrariamente ao que se possa pensar, não basta qualquer licenciatura na
área económica podia ter pleno acesso à profissão, hoje é preciso ter feito determinadas
disciplinas no plano curricular da licenciatura para se aspirar a TOC, nomeadamente
contabilidade analítica.
Um aspirante a TOC tem ainda que fazer um exame de acesso e, em certos casos,
até um estágio. Há algumas restrições ao direito de inscrição na Ordem dos Técnicos
Oficiais de Contas, nomeadamente para quem não possua idoneidade moral ou esteja
inibido ou interdito para o exercício da profissão.
Um Técnico Oficial de Contas estabelece a ligação entre a fiscalidade e a empresa
que representa. Não só trata das contas de uma empresa, como se certifica que estas
estão de acordo com a lei e que são feitas as devidas contribuições para o Estado.
Os TOC são responsáveis por tudo o que se refere à área financeira de determinada
empresa, incluindo a conceção de relatórios onde são analisadas todas as questões
relacionadas com contabilidade e fianças. Um TOC deve ainda ter bons conhecimentos
matemáticos e legislativos, assim como interpretar e analisar corretamente os números
dados por cada empresa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
114
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
115
CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO
Na Evidências Reais não fazemos preços com base no que as pessoas ganham, por isso é que, muitas vezes, os nossos clientes ficam
surpreendidos com o valor dos nossos serviços. Acho que ainda há algumas pessoas que não se mentalizaram que o mercado mudou
e, na minha opinião, mudou para melhor! Afirma Pedro Morais, um dos donos da Evidências Reais – Contabilidade, Fiscalidade e
Consultoria, Lda.
EVIDÊNCIAS REAIS – CONTABILIDADE, FISCALIDADE E CONSULTORIA, LDA
A SERIEDADE DO TRABALHO ALIADO AO MELHOR PREÇO
Como surgiu a empresa Evidências Reais?
O meu pai é contabilista e eu, seguindo as suas pisadas,
abri um pequeno gabinete no Estoril com um funcionário
apenas. Por uma questão de espaço e oportunidade
viemos para Cascais e coincidiu com o facto de eu
adquirir uma carteira de clientes. Hoje a Evidências Reais
tem dois escritórios: um em Alcabideche que é do meu
pai que trabalha com três pessoas e este em Cascais
que é meu.
Quantas pessoas compõem a equipa?
Neste momento somos cinco pessoas: dois Técnicos
Oficiais de Contas (T.O.C.), uma pessoa nos recursos
humanos, um Técnico de contabilidade e uma
rececionista.
A nova geração de T.O.C`s veio, de alguma forma,
dinamizar a
oferta?
Acho que
as segundas
gerações como
cresceram a
a c o m p a n h a r
os negócios
dos pais,
rapidamente se
apercebem de
quais são as
suas lacunas e
quando tomam
conta da empresa já têm outra visão e perspetiva para
fazer o negócio crescer. Por exemplo, quando digo
ao meu pai que tenho parcerias com empresas de
higiene e segurança no trabalho ou de um designer de
marketing ele questiona se sobre os benefícios que me
podem trazer.
Nota alterações de comportamento dos nossos
empresários em relação à contabilidade e
fiscalidade?
As mentalidades já começaram a mudar. As pessoas,
dada a carga fiscal e o âmbito dos impostos demandam
que sejamos criativos e, ao mesmo tempo, percebem
que somos uma alavanca forte para os ajudar a manter
a contabilidade em dia sem ultrapassar os prazos legais.
Que tipo de clientes procura a Evidências Reais?
Todo o tipo de clientes nacionais e estrangeiros e
de todos os segmentos. Dos clientes estrangeiros
representamos cerca de 50 cidadãos chineses e tenho
alguns clientes angolanos.
Os clientes dirigem-se ao seu escritório só por
causa da contabilidade?
Não só por causa da contabilidade, mas também por
causa da consultoria. Temos clientes que nos procuram
para ter aconselhamento, por exemplo, se é vantajoso
pedir um empréstimo ou avançar num negócio com
capitais próprios. Muitos dos clientes que vêm pedir
aconselhamento antes de abrirem a sua empresa são
jovens.
Considera que as alterações ao sistema fiscal
português, nos últimos anos, foram benéficas?
As alterações são sempre complicadas, mesmo para
os profissionais mais jovens. Quando estudava estava
a fazer-se a passagem de P.O.C. (Plano Oficial de
Contabilidade) para S.N.C. (Sistema de Normalização
Contabilística), pelo que aprendi ainda nas duas versões,
esta foi uma das alterações implementadas para
nos tornarmos um pouco mais europeus. Eu não tive
qualquer dificuldade, mas para quem tinha 10 e 20 anos
de trabalho, essa alteração foi muito complicada.
Quais são os seus planos para o futuro?
Num futuro muito próximo vamos mudar para outras
instalações, com cerca de 400m²; vou aumentar a
equipa de cinco para seis pessoas e vamos passar a ter
ofertas, para os nossos clientes, no ramo dos seguros.
O futuro também passará eventualmente por abrir um
escritório em Angola.
António e pedro moraisAdministradores
116
REVISTA BUSINESS PORTUGALCONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO
A Best Account é uma empresa que surgiu em Abril de 2013, com sede em Lisboa, especializada na prestação de serviços de
contabilidade e gestão de empresas. Os profissionais possuem uma vasta e reconhecida experiência nas áreas da Contabilidade e da
Gestão Financeira. Vítor Patrício, administrador da empresa, revela que a Best Account presta um serviço diferenciador no apoio de
gestão às Empresas.
best account
Serviço de excelência com elevado valor acrescentado
Qual a missão e quais os valores que estão na
base da Best Account?
A empresa tem como missão proporcionar um serviço
de excelência com elevado valor acrescentado,
garantindo profissionalismo, competência, credibilidade,
confidencialidade e responsabilidade, onde o objetivo
é merecer a confiança dos clientes, fornecedores e
colaboradores. No que diz respeito aos valores, a Best
Account rege-se pela integridade, confidencialidade,
excelência e especialização, tendo como finalidade a
prestação do melhor serviço junto do cliente.
Globalmente e tendo em conta a atual reforma do
sistema fiscal, qual é no seu entender o papel do
Técnico Oficial de Contas (TOC) e dos gabinetes de
contabilidade?
O Técnico Oficial de Contas (TOC), no nosso entender
e tendo por base a estrutura da Best Account, tem
como principais tarefas a supervisão dos lançamentos
contabilísticos feitos pelos técnicos de contabilidade e
tem de ter acima de tudo o espirito de pro atividade
para fazer com que nos antecipemos nas informações
a prestar ao cliente bem como encontrar as soluções
mais adequadas em cada caso para que dentro da lei
o Cliente venha a obter alguma mais-valia. É igualmente
necessário que o TOC tendo em conta as alterações
constantes do sistema fiscal, transmita ao cliente a forma
de como proceder à gestão do dia a dia das empresas
para ir ao encontro do que essas alterações obrigam,
em resumo, é obrigação do Gabinete de Contabilidade
educar o cliente no que à contabilidade diz respeito.
É necessário que se perceba de uma vez por todas a
importância que a contabilidade tem numa empresa,
pois tem de deixar de ser vista como um mal necessário,
para ser vista como elemento essencial na vida de uma
empresa, não só para não cair de alguma forma em
ilegalidades, mas também pelo facto de que a forma de
como é lançada a contabilidade poder ser determinante
na concessão de crédito junto das instituições bancárias.
O atual sistema fiscal está adequado à realidade
das empresas portuguesas?
O sistema fiscal a tual em Portugal é penalizador para
as empresas no que concerne ao investimento, criando
efeitos negativos por desincentivar a iniciativa empresarial
e que consequentemente traz menores receitas fiscais.
As alterações verificadas em 2014 no IRC vieram de
alguma forma permitir o aumento da competitividade e
a atracção ao investimento, no entanto ainda existe a
TSU, que é igualmente um elemento inibidor na criação
de mais e melhor emprego.
Finalizando e voltando à realidade da Best
Account, afirmam prestar um serviço diferenciador
assente na qualidade. Quais os serviços que vos
distinguem?
A Best Account, tem uma relação de grande proximidade
junto dos seus clientes, pretende-se um relacionamento
com base na confiança, em que possamos ser uma
mais valia na área da gestão, para isso, enviamos
uma demonstração de resultados mensal, efe tuamos
reuniões trimestrais para análise económica/financeira,
e nos meses de novembro apresentamos previsões
de fecho, para por exemplo, o cliente possa decidir
se deverá ou não avançar para um determinado
investimento. Existe também grande preocupação
havendo inclusive um compromisso com o cliente
da entrega da declaração do IVA com sete dias de
antecedência do prazo legal para que possa assim gerir
melhor a sua tesouraria. É nosso objetivo criar um cartão
cliente para poder aumentar as sinergias entre todos os
clientes, por forma a poderem fazer negócios entre eles.
Estamos em fase de crescimento que queremos que
seja sustentado, para isso, trabalhamos todos os dias
para sermos melhores, com uma equipa jovem mas
altamente qualificada e profissional.
Vítor patrício (ao centro) e restante equipaAdministrador
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
117
CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO
A Orotam é uma empresa sedeada em Lisboa e que tem como objetivo conceder às empresas todos os serviços no desenvolvimento e
implementação de soluções e essencialmente transformar o conhecimento em valor, visando o benefício dos seus clientes e pessoas. A
sua grande aposta é o desenvolvimento das empresas tendo em conta a vasta experiência de Luísa Magalhães.
orotam
Vasta experiência em consultadoria fiscal e internacional
“A nossa empresa está no mercado há
mais de 20 anos e deriva da vasta
experiência que adquiri nos vários
países onde trabalhei. Começamos
por fazer um trabalho mais vulgar, que consistia em ir
ao cliente recolher a sua documentação mensalmente”,
começa por nos contar Luísa Magalhães, diretora
financeira e administradora da Orotam.
Direcionado para empresas multinacionais e para as
sucursais sendo este é o nosso leque mais abrangente
da empresa, a Orotam oferece aos seus clientes uma
panóplia de serviços adequada às suas necessidades.
Especialista na área de fiscalidade nacional e
internacional, com várias formações e muita experiência
na área, Luísa Magalhães trabalha essencialmente para
os grupos estrangeiros fazendo dupla contabilidade,
bilingue, sendo estas características que distinguem os
seus serviços.
“Os nossos serviços passam pela Contabilidade de
Gestão, Contabilidade Financeira, Processamento
de salários, Processamento contabilístico, Impostos,
Aconselhamento Fiscal e tudo o que uma empresa
necessita. A nossa maior preocupação é o cliente estar
satisfeito e é isso que sempre acontece”, enaltece Luísa
Magalhães.
“Sempre trabalhei muito com grupos estrangeiros, como
o Grupo Sony e Warner, e daí ter trazido esse know-how
para esta empresa. Trabalhei cinco anos na Finlândia e
nos Estados Unidos o que me ajudou a adquirir mais
experiência”, salientando e reformando o porquê de ser
uma das maiores profissionais da área.
A grande aposta da Orotam, sendo que têm sempre
projetos novos e sendo a empresária também formadora
certificada, é transmitir os seus vastos conhecimentos às
empresas e dar essa formação.
“Lançamos cursos dirigidos aos administradores das
empresas porque hoje em dia é fundamental, tal como
em qualquer outro país, ministrar essa formação, formar
os empresários antes de abrirem uma empresa. Têm que
perceber e ter uma noção dos custos, da documentação
que têm que entregar e das suas responsabilidades. Têm
que saber o que fazer no momento de investir”, frisa
Luísa Magalhães.
Sobre a autoridade tributária admite que “deveria ser
uma figura idónea e de bem e que funciona em favor
do partido político que estiver no poder, é um controlo
online e em termos informáticos somos um dos países
mais avançados, com informação detalhada e de fácil
acesso”, explicando que apesar das dificuldades,
Portugal é um pais pautado pela capacidade de inovação
faltando-nos apenas conhecimento e formação sendo
duas variáveis fundamentais.
“O orçamento e o planeamento fiscal não é feito em
Portugal e é esse o nosso principal problema bem como
o empreendedorismo mal direcionado. Hoje em dia um
TOC tem que estar sempre em constante formação
porque as leis e normas estão sempre em constante
atualização. É essencial transmitirmos isso aos nossos
clientes”, revela.
Questionada sobre as pessoas procurarem, hoje em dia,
aconselhamento antes de abrirem um negócio, assume
que “cada vez mais o fazem e o problema foi não o
terem feito anteriormente levando muitas empresas a
fechar”.
Sobre perspetivas de futuro assume que não poderiam
ser melhores sendo que a grande aposta continuará a
ser o aconselhamento e formação de empresários para
que estes possam racionar custos e terem todas as
noções de gestão básicas, com vista à maximização do
lucro, rendibilidade do investimento e competitividade.
luísa magalhãesDiretora Financeira e Administradora
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
118
Simões & Santos - Contabilidade e Assistência Fiscal, Lda. é uma empresa familiar situada em Oeiras e que existe desde 1980. Jorge
Simões foi o único dos três filhos de Arménio Simões, fundador da empresa, que seguiu a área e se juntou ao seu pai na atividade do
gabinete.
simões & santos
Experiência e rigor culminam em empresa de excelência
“A Simões & Santos existe há mais de
30 anos. Começou com o meu pai,
somos três irmãos mas fui o único
que optei por esta área. A minha
formação base é Contabilidade, tendo posteriormente
feito pós graduações em Fiscalidade e em Tributação
Internacional, entre outras. Neste ramo não podemos
ficar parados e necessitamos de estar em constante
formação”, começa por nos contar Jorge Simões,
acrescentando que a Ordem dos Técnicos Oficial de
Contas tem critérios de formação obrigatórios.
Questionado sobre quais são as principais diferenças
que encontra na área desde que se iniciou e até aos
dias de hoje, revela que é o excesso de burocracia e a
constante atualização e inserção de novas regras e leis,
que condiciona o serviço que presta aos seus clientes.
“Na contabilidade hoje em dia, por um lado, temos
uma série de trabalho que nos desafia mas não é a
contabilidade que era há 20 anos onde bastava um
livro com duas colunas. Hoje é muito mais do que isso.
Mesmo para as empresas mais pequenas, que são o
nosso mercado, em termos de burocracia são tratadas
como empresas internacionais de grande escala o que
não se compreende”, afirma Jorge Simões.
Hoje, um TOC, no entender do empresário, tem que estar
cada vez mais e melhor informado, consequência em
grande parte da falta de estabilidade fiscal e legislativa.
“Perdemos muito tempo, em que podíamos estar
a apoiar as empresas e a educar os nossos clientes.
Perdemos muito tempo a ler novas leis e normas. Em
termos de legislação fiscal, nós durante o ano enviamos
a mesma informação quatro ou cinco vezes em alturas
diferentes e para vários organismos. Essa informação,
centralizada, podia ser cruzada para extrair o necessário
e assim a burocracia não seria tão excessiva”, explica
afirmando que era mais simples para os contabilistas se
os empresários tivessem uma formação de base.
“Existem países que exigem formação para abrir um
negócio e é um requisito base. Isso não acontecendo,
existe a cultura que as empresas existem para fugir
ao fisco e darem prejuízo. Quando uma empresa dá
prejuízo, não pode funcionar. Não há educação fiscal,
por falta dessa formação e porque não nos é incutida
desde cedo”, reivindica.
Para tal, Jorge Simões acredita que é essencial que
empresários não pensem em si e na empresa como
sendo a mesma coisa. As empresas devem ter
responsabilidades não apenas para os empresários, mas
também para a sociedade como um todo.
“Temos o papel de educar os nossos clientes e fazê-
los sentir as suas responsabilidades. É necessário cada
vez mais implementar a visão de que antes de formar
um negócio, as pessoas devem pedir informações e
o aconselhamento é fundamental”, frisa o empresário
enaltecendo que o sucesso de uma empresa é muitas
vezes ditado por um prévio planeamento estabelecido
por um TOC.
“A Inglaterra e os países nórdicos, por exemplo, têm
outra cultura neste ramo, nós os latinos ainda não
somos suficientemente rigorosos. Apesar disso, acredito
que o mercado esta a andar e que com mais ou menos
dificuldades, não vamos bater no fundo. O Estado tem
todo o interesse que as empresas cresçam. Nós, os
contabilistas precisamos delas e elas de nós”.
Para o futuro, Jorge Simões acredita que devido aos
gastos fixos elevados que um gabinete comporta,
passará por agrupar sinergias e agrupar vários gabinetes
e Toc´s num espaço só. “Seria perfeitamente razoável
se esta situação viesse a verificar-se”, acredita Jorge
Simões.
“Quanto melhores condições tivermos para oferecer
aos nossos clientes e quanto melhor as suas empresas
estiverem, melhor para nós também. É no trabalho que
desempenhamos que nos conseguimos distinguir”,
finaliza.
jorge simõesTécnico Oficial de Contas
CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO
Moçambique
VIP GRAND
MAPUTO | Maputo
VIP EXECUTIVE
TETE | Tete
VIP EXECUTIVE SUÍTES
MAPUTO | Maputo
VIP INN
BEIRA | Beira
Portugal
VIP GRAND
LISBOA HOTEL & SPA | Lisboa
VIP EXECUTIVE
ART’S HOTEL | Lisboa
AZORES HOTEL | Ponta Delgada
DIPLOMÁTICO HOTEL | Lisboa
ÉDEN APARTHOTEL | Lisboa
SALDANHA HOTEL | Lisboa
SANTA IRIA HOTEL | Santa Iria da Azóia
MARQUÊS APARTHOTEL | Lisboa
VILLA RICA HOTEL | Lisboa
ZURIQUE HOTEL | Lisboa
VIP INN
BERNA HOTEL | Lisboa
MIRAMONTE HOTEL | Sintra
PONTADELGADA
LISBOASINTRA
BEIRATETE
MAPUTO
Avenida 5 de Outubro nº197 · 1050-054 Lisboa - PortugalTel. +351 210 435 000 · Fax. +351 210 435 005
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
O Festival Internacional de Esculturas em Areia (FIESA) está mais um ano instalado em Pêra, no Algarve. Até 20 de outubro pode visitar
o local, que retrata através da arte na areia a música. Nas esculturas estão representadas ao pormenor os vários estilos musicais e os
ícones mais conhecidos do panorama musical português e internacional.
Fiesa
A maior Cidade de Areia do mundo está no Algarve
A primeira edição do FIESA aconteceu em
2003, este ano, o festival anual começou
em março e vai agora na 13ª edição. O tema
é a música onde são apresentadas cerca de
cem cenas em areia que retratam, de forma criativa,
músicos, instrumentos e culturas musicais de várias
partes do mundo. A construção do FIESA envolve um
grande esforço distribuído por dezenas de escultores e
técnicos. O diretor do evento Alper Alagoz revela que
“inicialmente foi uma aventura total”, mas o balanço da
primeira edição foi muito positivo e a partir desse ano
os apoios de várias entidades garantiram o sucesso ao
longo dos últimos 13 anos. O FIESA é já considerada
“a maior exposição de escultura em areia já construída”
em todo o mundo, refere o diretor. O trabalho de
construção está “concentrado nas duas semanas que
antecedem a abertura, é uma altura muita intensa”,
revela Alper Alagoz. A manutenção das esculturas está
ESPECIAL ALGARVE
alper alagozDiretor
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
121
a cargo de uma equipa de escultores, o diretor do
evento explica que a areia da região “é boa, mas não
é areia de praia, essa não resulta, a que utilizamos dá
para trabalhar molhada e depois de seca com o sol fica
como pedra”, permitindo que o evento esteja aberto ao
público durante sete meses. A organização revela que
“o festival é edificado por um conjunto de escultores,
de várias nacionalidades, que exploram diversas técnicas
de esculpir em areia, produzindo peças originais que se
destacam pela magnitude, pela técnica e pela estética”.
Instalado numa área de construção de 15.000m2,,
o FIESA apresenta esculturas que chegam a atingir
12 metros de altura mostrando com grande detalhe
e de forma criativa músicos, instrumentos e diferentes
géneros musicais provenientes de várias partes do
mundo. O pop, o rock, a dança e até o circo estão
representados no FIESA, as peças esculpidas são
acompanhadas de textos explicativos. Alper Alagoz
revela que a altura ideal para visitar a exposição é ao
final do dia porque “à noite as esculturas são iluminadas
por jogos de luzes e sons que dão um ambiente e uma
atmosfera especial”. A organização descreve a escultura
em areia, lembrando a fragilidade e a temporalidade
que lhe são inerentes e que fazem da escultura em
areia uma forma de arte invulgar. “É uma nova forma
de expressão e de intervenção artística que comunica
diretamente com todos os tipos de público, de todas as
idades e nacionalidades. Uma escultura de areia é uma
construção feita unicamente de areia e água. Misturando
adequadamente esses dois elementos, pode ser criada
praticamente de qualquer forma. Além do tradicional
castelo de areia, é também possível construir diversas
formas arquitectónicas, como figuras, objectos, pessoas
ou animais. Contudo, muitos artistas dizem que aquilo
que esculpem nem sempre é pré-definido, pois a areia
empilhada pode sugerir uma nova forma, ou uma nova
figura”, ressalva a direção do FIESA. A edição deste ano
começou a 20 de março e termina a 20 de outubro.
A organização revela que o Algarve tem as condições
atmosféricas ideais, possibilitando o prolongamento do
festival, uma vez que os turistas ficam até mais tarde
na região. O FIESA abre portas todos os dias às dez da
manhã, até ao dia 15 de setembro encerra à meia-noite,
depois passa a encerrar às 22 horas. No próximo ano,
o FIESA vai apresentar muitas novidades que começam
com a mudança de espaço para um local mais acessível,
mais espaçoso, proporcionando uma nova experiência
ao público. O diretor Alper Alagoz revela que “vão passar
a juntar no mesmo espaço dois a três temas. Para o ano
vai ser tudo novo, o tema poderá estar relacionado com
o Património de Portugal”. Para já a nova localização
não foi revelada, mas vai ser mais perto da Estrada
Nacional 125 possibilitando uma maior proximidade à
zona costeira. Este ano, o FIESA encontra-se localizado
no Algarve, na estrada E524, entre Pêra e Algoz.
ESPECIAL ALGARVE
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ESPECIAL FIGUEIRA DA FOZ
Sportinguista de alma e coração, Arlindo Ribeiro é o presidente do Núcleo Sportinguista da Figueira da Foz. Sócio fundador e sócio
número um do núcleo, é natural de Vila Nova de Foz Côa e mudou-se para a Figueira há mais de 30 anos. Habituado a grandes êxitos
em tudo o que se envolve, Arlindo Ribeiro acredita que assumir a presidência do núcleo desde a primeira hora é um “trabalho duro, de
muita dedicação mas que se traduz essencialmente em muita satisfação”.
núcleo sportinguista do concelho da figueira da foz
Em prol do seu clube do coração
Surgimento de um Núcleo de referênciaO núcleo existe há cerca de 20 anos e o que levou
Arlindo Ribeiro a dedicar-se a esta missão, como o
próprio descreve, foi essencialmente o amor ao clube.
“Como tenho dito muitas vezes, sou um sportinguista do
norte e quando vim para a Figueira da Foz as pessoas
aperceberam-se que eu era sportinguista convidaram-
me para entrar no núcleo, aceitei e desde aí procuramos
fazer um trabalho que vangloriasse o Sporting. Houve
uma altura em que fui presidente da Assembleia Geral,
as coisas não correram bem e voltei a ser presidente da
direção”, explica.
Habituado a grandes êxitos na sua vida e em tudo o
que se envolve, Arlindo Ribeiro acredita o seu trabalho
no Núcleo não podia ser diferente e fala-nos sobre os
serviços que este oferece a quem o procura sendo que
o edifício é propriedade do Núcleo.
“O restaurante é propriedade do Núcleo e é a sua
fonte de receita. Para além de uma sala de sócios,
onde as pessoas podem conviver, temos também e é
a minha filosofia em termos de Núcleo, é que temos
que representar o Sporting da melhor maneira possível
e é isso que tem acontecido ao longo dos tempos e
principalmente este ano em que cerca de 250 refeições
foram oferecidas a atletas do Sporting”.
O Núcleo, conta Arlindo Ribeiro, ofereceu 5.500 euros
para a construção do pavilhão e mais 2.500 euros para
segurar um jogador que estava em risco de ir para o
Benfica sendo que é esta a colaboração que o líder
sportinguista da Figueira da Foz entende que deve ser
dada ao clube e admite que Sporting sabe que pode
contar com o Núcleo independentemente dos seus
presidentes.
Grandes projetos desenvolvidos e de
futuroSportinguista por convicção, acredita que quando o
trabalho desenvolvido é feito com dedicação, tanto
o Núcleo como a equipa, obtêm bons resultados
e enumera alguns dos grandes projetos que foram
desenvolvidos e os que estão ainda por desenvolver.
“O primeiro grande projeto desde que estou à frente do
Núcleo foi comprar as instalações onde se encontramos,
são nossas e somos nós que as administramos e
gerimos conforme achamos que é melhor. Ora, se
o Núcleo tem instalações próprias, o Sporting deve
olhar para as mesmas como sua propriedade também
e deve zelar no futuro pelo bem do núcleo porque se
um dia, acaba, e como o edíficio foi comprado com
muito esforço e dedicação, naturalmente passará para
o Sporting conforme está nos estatutos”, acrescentando
que para si “este é um trabalho que não tem preço
porque não o faço por mim e quem o fez para si próprio,
foi excluído e o Sporting é uma instituição que deve ser
respeitada a todos os níveis, a nível do Governo, nos
mais diversos âmbitos como a nível da formação. Por
exemplo, a seleção tem vários jogadores do Sporting e
o país tem obrigação de valorizar o Sporting”.
Para Arlindo Ribeiro é necessário que a atual direção
arlindo ribeiroPresidente
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ESPECIAL FIGUEIRA DA FOZ
do Sporting, que no seu entender está a fazer um bom
trabalho neste sentido, exija o máximo de respeito
aos governantes e o seu grande objetivo enquando
presidente do núcleo é que isso aconteça e colaborar
no máximo para que o país aposte em jogadores
portugueses e na formação não necessitando de
jogadores estrangeiros e desses valores irem para os
países de origem.
As maiores dificuldades e conquistasAs maiores dificuldades que Arlindo Ribeiro enfrentou
desde que é líder do Núcleo Sportinguista da Figueira
da Foz foram internas, como o próprio assume.
Sportinguistas que nada fizeram pelo clube, pelo
contrário e que “mostraram não ter personalidade nem
caráter”.
“Muitas vezes tentaram denegrir o trabalho que foi e
está a ser feito quando todos os núcleos se reveem no
desenvolvimento do mesmo. Se o Sporting tiver mais
núcleos como este pelo país, será mais forte”, acredita.
Na zona onde se encontra o restaurante existia uma
rotunda onde haviam acidentes praticamente todos
os dias e estava dentro do plano de urbanização da
autarquia.
“Pagamos os direitos por este espaço por 5 mil euros
por ano, a cidade lucra, a câmara lucra e todos nós
lucramos. A Figueira da Foz precisa deste Núcleo
porque representamos a cidade a nível nacional e
internacional. Entre Rio Maior e Aveiro, essa faxa central,
é maioritariemente sportinguista e reveem-se aqui como
se estivessem em Lisboa e este núcleo tem ainda
a vantagem de estar no centro do país e acolher as
pessoas que fazem a viagem de Lisboa para a Porto
ou do Porto para Lisboa. Aqui, sentem-se em casa, são
bem servidas e contribuem para o desenvolvimento do
concelho. Todos os sportinguistas conhecem este núcleo
e a sua realidade. Estamos aqui para servir os outros”.
Balanço positivo e vontade de fazer
mais
O balanço é extremamente positivo e Arlindo Ribeiro
está muito satisfeito com o trabalho que tem vindo a
desenvolver e acredita que daqui para a frente vai surgir
uma nova etapa que os levará adiante.
“O futuro a Deus pertence mas temos muitos projetos.
O primeiro projeto foi pagarmos tudo o que tínhamos
para pagar e está feito. Daqui para a frente vamos ver
se os sportinguistas e os portugueses colaboram para
fazermos o que entendermos que seja melhor, sempre
tudo estudado ao pormenor e com sustentabilidade.
Toda a gente que aqui trabalha, ganha e queremos
transmitir a melhor imagem possível do clube, sempre
com muita seriedade, bom senso, rigor e dedicação”.
Questionado sobre o que o Sporting é para si, assume
que “o clube representa muito para mim e não fico
satisfeito quando perde. Sinto as derrotas e ainda pior
quando são injustas e a verdade é derturpada. É uma
forma de vida”, finaliza.
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EM DESTAQUE
Sendo uma das maiores gráficas nacionais, a Tal Simplicidade! é uma empresa sólida que nasceu da vontade de conquistar de
forma clara o mercado nacional e, posteriormente, alguns mercados internacionais das artes gráficas. Sediada em Santo Tirso, a Tal
Simplicidade! é hoje uma empresa sólida, apesar de ser um projeto recente, como começa por nos contar António Lobato, recente
diretor geral da Tal Simplicidade!
tal simplicidade!
Simplicidade sustentada e criativa
A Tal Simplicidade! é um projeto recente
e nasceu numa vertente de trabalhos
gráficos impressos em rotativa de
grandes quantidades, “estamos a falar
em folhetos, por exemplo, de hipermercados, cerca de
100 mil, 200 mil, meio milhão”, explica-nos o nosso
interlocutor. Desse processo, em que os trabalhos
eram realizados maioritariamente em Espanha, nasceu
a necessidade de produzir trabalhos de quantidade
inferior e com determinada qualidade, explica António
Lobato. “Posteriormente, foi adquirida uma empresa
aqui em Portugal onde se aproveitou todo o know-
how e tecnologia instalada, aproveitando o pessoal
especializado com cerca de 15 anos de experiência
no ramo do offset folha a folha, e onde acrescentamos
o conhecimento que tínhamos na parte das rotativas”,
refere António Lobato que, desta forma, conseguiu
abranger um mercado maior e oferecer aos seus
clientes qualquer tipo de trabalho gráfico, seja comercial,
marketing, revistas, brochuras, catálogos, entre outros.
“Não temos limites em termos de produção gráfica e
temos todos os formatos, o que é muito importante por
causa das quantidades e dos tipos de trabalhos, desde
35x50 cm, 50x70 cm, 70x100 cm aliados as rotativas
em bobine”, frisa Sérgio Santos, responsável pela gráfica
de Santo Tirso.
A qualidade, no entender do diretor geral, está
institucionalizada e enraízada na empresa, relembrando
que, hoje em dia, se tornou um bem adquirido, sendo o
reflexo de uma equipa dinâmica e experiente. “Temos
grandes clientes, com várias vertentes, tanto em
trabalhos offset, como rotativa. Um cliente que se dirija
às nossas instalações já sabe à priori que pode contar
com um trabalho e um serviço de qualidade”.
Um dos problemas das artes gráficas, refere António
Lobato, é que para qualquer investimento neste setor
são necessários valores bastante elevados. “Para
conseguirmos acompanhar a nível tecnológico toda a
evolução que tem surgido nesta área é preciso uma
grande ginástica financeira, no entanto as máquinas,
com manutenção e cuidado, duram vários anos”,
enaltece.
Para além de toda a impressão e produção gráfica,
caso seja necessário, a Tal Simplicidade! trata de
todo o design necessário, sendo uma mais valia para
os seus clientes. “Trabalhamos em duas vertentes,
trabalhamos com agências de publicidade que nos
fornecem o design desejado pelo cliente ou o próprio
nos envia, mas estamos igualmente preparados para
os ajudar em qualquer alteração ou manutenção de
design”. Neste momento, António Lobato como diretor
geral executivo admite querer consolidar a empresa,
fruto de um crescimento interno, contratando mais
pessoal especializado, de maneira a criar três turnos
de produção e permitindo assim fortalecer a aposta na
internacionalização, sendo que atualmente a empresa
emprega vários trabalhadores divididos nas suas duas
fábricas, na Maia e em Santo Tirso. “Atualmente, atuamos
no mercado nacional e internacional, principalmente
em Espanha, mas um dos objetivos prende-se com a
internacionalização, apostando em África e em França,
crescendo de forma sustentada, e com decisões
estudadas como sempre o fizemos até aqui”, finalizam.
A Tal Simplicidade! disponibiliza todos os seus contactos
em www.talsimplicidade.pt
António lobato e sérgio santosDiretor Geral e Responsável pela gráfica de Santo Tirso
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