revista business portugal | julho '15

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Page 1: Revista Business Portugal | Julho '15
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#DontCrackUnderPressure

TAG HEUER 27° EVOLUTIONSébastien Ogier tem um objectivo: Ganhar! Ogier foi oito vezes Campeão Mundial de Rali,

e este ano está a lutar pelo próximo título. Como a TAG Heuer Avant-Garde Eyewear, pretende superar o seu melhor e nunca ceder à pressão.

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óptica,

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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA

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#DontCrackUnderPressure

TAG HEUER 27° EVOLUTIONSébastien Ogier tem um objectivo: Ganhar! Ogier foi oito vezes Campeão Mundial de Rali,

e este ano está a lutar pelo próximo título. Como a TAG Heuer Avant-Garde Eyewear, pretende superar o seu melhor e nunca ceder à pressão.

Dis

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óptica,

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RECONHECER O MÉRITOINCENTIVAR A QUALIDADE

PME LÍDERPME EXCELÊNCIA

DISTINGUIMOS EMPRESAS COM GALARDÃO PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA

O Banco BIC registou um crescimento de 77% na carteira do crédito protocolado, desde o final de 2013. Esta evolução demonstra bem o nosso compromisso com as empresas e com a economia portuguesa.O protocolo que celebrámos com o IAPMEI e o Turismo de Portugal confere à sua empresa a possibilidade de aceder aos estatutos de qualificação PME Líder e PME Excelência.Para além do reconhecimento público, que representa um selo de qualidade que passa a apresentar na relação com o mercado, pode ainda beneficiar das seguintes vantagens:

bonificação nos spreads e majoração dos montantes de crédito ao abrigo da Linha PME Crescimento 2015 e outras linhas de crédito protocolado;

redução no spread em função do rating da sua empresa em novas operações de crédito no Banco BIC;Continuaremos a trabalhar com entusiasmo e responsabilidade para fazer crescer as empresas que se distinguem entre as PME nacionais.

Contacte-nos para fazer a sua candidatura através do Banco BIC.

Não dispensa a consulta das condições dos produtos e do preçário em vigor junto do Banco BIC.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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EDITORIAL

Editorial

além-fronteiras se faz portugal

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO24 - Banco BIC Portugal30 - Virtual Form34 - BASF

A BEIRA BAIXA44 - Junta de Freguesia da Aldeia de St. Margarida50 - Misericórdia de Rosmaninhal

Sabia que há actualmente 8.298 empresas portuguesas em processo de internacionalização com Angola? E

outras quantas para o Brasil e Cabo Verde? É um mundo de oportunidades que as empresas nacionais têm estado

a explorar, de modo a crescerem com força, aliadas igualmente à inovação.

Para uma melhor percepção desta nova realidade e do que esperam as empresas portuguesas, acompanhamos

o recente seminário “Crescer para expandir: Oportunidades de Negócio e de Financiamento à Inovação e

Internacionalização”. Aqui, os empresários presentes perceberam a importância da promoção do aumento

da competitividade e o estímulo à internacionalização, bem como a necessidade de aumentar a capacidade

exportadora das empresas.

Mas porque nem só de além-fronteiras se faz Portugal, trazemos alguns exemplos das mais variadas áreas de

negócio de algumas empresas nacionais.

Além disso, destacamos alguns Municípios que continuam a apostar e a implementar as mais diversas medidas

de apoio e acção social, assim como em investimento próprio, de forma a proporcionarem às empresas e aos

seus habitantes uma maior capacidade de desenvolvimento e uma vida melhor.

São alguns desses exemplos que trazemos à edição de Julho da Revista Business Portugal.

Diana Ferreira não segue o novo acordo ortográfico

FICHA TÉCNICA

Diretor

Fernando Silva

EDITORA

Diana Ferreira

([email protected])

REDAÇÃO

Kathleen Araújo

Rita Carreira

Sara Gomes

Síliva Correia

Vera Pinto

Ana Miguel Lopes

Mafalda Guedes Miguel

Marta Caeiro

Rita Burmester

Sílvia Martins

([email protected])

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN

Tiago Rodrigues

SECRETARIADO

Paula Assunção

([email protected])

GESTÃO DE COMUNICAÇÃO

Cátia Fernandes

Fernando Lopes

Filipe Amorim

Isabel Brandão

José Machado

José Alberto

Luís Branco

Luís Silva

Manuel Fernando

Paulo Padilha

Pedro Duarte

Rui Diogo

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE

Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.1/6.2

4400-134 - Mafamude

([email protected])

CONTACTOS

Tlf: 223 754 806 (Geral)

Tlf: 224 109 098 (Redação)

A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS

DISTRIBUIÇÃO

Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID

Depósito Legal: 374969/14

Edição de julho

Por Diana Ferreira

alguns destaques da edição de julho

11- hospital veterinário da mata de santa iria

PORTUGAL DE BOA SAÚDE54 - Farmácia dos Mares58 - Orion Portugal

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE62 - Município de Vila Nova de Cerveira68 - Município de Águeda

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO77 - Município de Santo Tirso82 - Junta de Freguesia de Vila das Aves

118 - Festival de Esculturas na Areia

06 - município defigueira de castelo rodrigo

RECONHECER O MÉRITOINCENTIVAR A QUALIDADE

PME LÍDERPME EXCELÊNCIA

DISTINGUIMOS EMPRESAS COM GALARDÃO PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA

O Banco BIC registou um crescimento de 77% na carteira do crédito protocolado, desde o final de 2013. Esta evolução demonstra bem o nosso compromisso com as empresas e com a economia portuguesa.O protocolo que celebrámos com o IAPMEI e o Turismo de Portugal confere à sua empresa a possibilidade de aceder aos estatutos de qualificação PME Líder e PME Excelência.Para além do reconhecimento público, que representa um selo de qualidade que passa a apresentar na relação com o mercado, pode ainda beneficiar das seguintes vantagens:

bonificação nos spreads e majoração dos montantes de crédito ao abrigo da Linha PME Crescimento 2015 e outras linhas de crédito protocolado;

redução no spread em função do rating da sua empresa em novas operações de crédito no Banco BIC;Continuaremos a trabalhar com entusiasmo e responsabilidade para fazer crescer as empresas que se distinguem entre as PME nacionais.

Contacte-nos para fazer a sua candidatura através do Banco BIC.

Não dispensa a consulta das condições dos produtos e do preçário em vigor junto do Banco BIC.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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OPINIÃO

Estamos nas últimas semanas dos trabalhos parlamentares e a cerca de três meses das eleições. Entretanto, decorrem por esta altura sete (!) processos de privatização e subconcessão no sector dos Transportes – TAP, CP CARGA, EMEF, METRO DO PORTO, STCP, CARRIS e METRO DE LISBOA. A este pacote soma-se o novo regime jurídico do serviço público de transporte de passageiros, publicado no passado dia 09 de junho e que entrará em vigor, globalmente, a 09 de Agosto.Em circunstâncias normais dir-se-ia que se trata de uma revolução no sector. Mas não. Trata-se de uma investida desesperada sobre um sector que foi sempre apetecível para governantes com comprometimentos neoliberais. O governo está a impor a sua vontade política ao sector dos Transportes. O governo alega legitimidade política até ao último dia do mandato mas todos sabemos que a legitimidade política dos últimos dias de mandato não é a mesma de há um e dois anos. A legitimidade das decisões tomadas nos últimos dias de mandato está pois naturalmente fragilizada para decisões desta envergadura, irreversibilidade e vínculo duradouro. É altamente provável que parte destes processos sejam finalizados nos últimos dias da governação como é igualmente plausível que outra parte transite para a próxima legislatura.Muitos viram esta agenda neoliberal na campanha das legislativas. Era a chamada “agenda escondida”. Durante três anos e meio, cada uma das sete empresas em causa foi transformada no “fato à medida” para privatizar ou subconcessionar: redução de pessoal, desinvestimento

SETE PECADOS NOS TRANSPORTESRedigido por João Paulo Correia, Vice-presidente do GPPS

artigo de opinião

na manutenção e renovação da frota, desinvestimento na conservação das infraestruturas, redução de frequências e carreiras e supressão de linhas. O governo não tem uma estratégia para o sector. O governo procura desmantelar a gestão pública e a presença do Estado no sector dos Transportes e só arriscou arrastar esta agenda financeira para os últimos meses do mandato por…mera incompetência! Só assim se explica a urgência do governo.Não está em causa o confronto entre a sacralização da gestão pública e a medicinal gestão privada. Está em causa, acima de tudo, avaliar e defender o interesse público. A esmagadora maioria dos portugueses certamente não acredita que haja margem para defender o interesse público neste cenário de sete investidas simultâneas no sector dos Transportes em clima de final de mandato. O governo está a cometer sete pecados nos Transportes.O primeiro concurso foi lançado para as empresas METRO DO PORTO e STCP. Sobre a METRO DO PORTO: os caderno de encargos foram alterados por duas vezes, o prazo para a apresentação de propostas foi prorrogado por duas vezes e, por tal, a subconcessão que terminava no final do ano passado foi também prorrogada por duas vezes, a Comissão Europeia não conseguiu esclarecer se o único concorrente validado está habilitado a operar segundo as regras comunitárias, o Tribunal de Contas pediu esclarecimentos e, já em desespero, a administração da empresa assinou com o consórcio espanhol um contrato com vantagens financeiras superiores a vinte milhões de euros que não estavam inscritas no caderno de encargos! Uma enorme trapalhada! Sobre a STCP: o governo inscreveu no caderno de encargos o inédito compromisso de fazer aprovar (!) um novo regime jurídico do serviço público de transporte de passageiros, por forma a permitir a renovação das concessões das carreiras operadas pela empresa fora do concelho do Porto (único artigo que entrou imediatamente em vigor após a publicação da lei), tendo recorrido para o efeito à Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (entidade em extinção (!) por força do novo regime jurídico) para renovar as concessões antes da entrada em vigor do restante articulado que transfere essa competência para o Conselho Metropolitano do Porto). Tudo isto sem qualquer diálogo e coordenação com os municípios. Sabe-se que haverá redução da oferta e degradação da frota. Nova trapalhada!A subconcessão da operação da CARRIS e METRO DE LISBOA está marcada pela conflitualidade que o governo trouxe ao processo por não querer reconhecer a legitimidade da Câmara de Lisboa em assumir essa

competência consagrada na legislação autárquica. Por outro lado, sabe-se que os subconcessionários não ficarão obrigados às actuais políticas de renovação da frota e de investimento nas infraestruturas, bem como não irão incorporar cerca de seiscentos funcionários que continuarão com vínculo à empresa pública. As subconcessões implicarão a degradação do serviço. Mais uma trapalhada! A CP CARGA e a EMEF são empresas públicas com preponderância estratégica no transporte de mercadorias e intermodalidade marítimo-ferroviária e na manutenção do material circulante respectivamente. No início deste ano, o governo quis colocar o debate sobre o futuro destas empresas entre privatizar ou liquidar! Má-fé! Estava tudo preparado para somar estas empresas à agenda privatizadora. As entrevistas que alguns grupos económicos deram nessa altura prognosticaram sem dificuldade que a opção seria, como é, a privatização. Recorde-se que o governo usou a EMEF para desbloquear o concurso da subconcessão da operação da METRO DO PORTO, quando a dois dias do prazo para a apresentação de candidaturas a empresa pública de manutenção de material ferroviário comunicou aos potenciais interessados que descia em 1,7 milhões de euros por ano os custos de manutenção que exigia para ser parceira no consórcio! Trapalhada!A privatização da maioria do capital da TAP ficará na história como um mau negócio para o Estado. Esta é a marca mais inapagável da venda da TAP. Este pecado irá pesar intemporalmente sobre a maioria PSD-CDS. O governo desprezou o sentimento colectivo. A TAP era mais que uma empresa pública e era mais que uma empresa do sector dos Transportes. A TAP empresa pública era um valor estratégico do país. Nem o mais desleixado discípulo neoliberal imaginaria que a TAP fosse alienada por dez milhões de euros mais umas promessas de injecção de milhões que mais não são que engenharias financeiras a construir com activos da TAP! Esta é a maior trapalhada! Todos estes processos foram preparados no segredo dos gabinetes ministeriais. O Governo não adiantou os estudos técnicos e informação económico-financeira que sustentaram as suas decisões. Os processos de privatização e subconcessão exigem tempo de preparação, transparência política, diálogo e espaço de concertação institucional. Não ficou provado que a competitividade destas empresas será melhor sob gestão privada. Não ficou provada a defesa do interesse público.Ficaram de fora a SOFLUSA e TRANSTEJO e os suburbanos da CP de Lisboa e Porto. As eleições são a parede que fará travar a agenda neoliberal que PSD-CDS sempre quiseram impor ao sector dos Transportes.

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TEMA DE CAPA

Figueira de Castelo Rodrigo constitui uma zona geográfica situada numa peneplanície de altitude, rica pela variabilidade das suas

paisagens que, culminando na Serra da Marofa, se estendem entre as arribas do Águeda e as encostas do Côa, declinando nas margens

do grande rio que é o Douro. Terra de particular encanto e singular beleza, prima pela riqueza do seu património material de cariz

arqueológico, histórico, artístico e arquitetónico; pelo património natural com a variância sedutora das suas serras, vales e rios; pelo

património paisagístico face à variabilidade de matizes e cores com que se apresenta nas diferentes estações do ano ou na diversidade

da flora; quer pela vastidão do seu património cultural imaterial, refletido nas suas tradições, crenças, usos e costumes que herdou

dos seus antepassados, os Figueirenses, fiéis aos seus princípios, procuram a todo o custo conservar, valorizar, defender e divulgar,

considerando a Convenção da UNESCO para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial (PCI) de 2003 e subscrita por Portugal em

2008. A acrescentar a toda esta riqueza, a hospitalidade, a solidariedade, a humanidade dos seus habitantes, mestres na arte de bem

receber, ciosos da sua terra e de saber compartilhá-la com os visitantes.

Município de figueira de castelo rodrigo

Um concelho repleto de projetos e potencialidades

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TEMA DE CAPA

Património rico e identidade local

enraizadaDe entre a enorme riqueza do património edificado basta

referenciar as ruinas do palácio de Cristóvão de Moura,

integrado no castelo de Castelo Rodrigo, povoação que

integra uma das doze Aldeias Históricas, o Convento

de Santa Maria de Aguiar e a sua Sala do Capítulo, o

Casarão da Torre, ou seja, a Turris Aquilaris dos Romanos,

também conhecido por Torre de Almofala e Torre das

Águias, a Cruz de Pedro Jaques de Magalhães, na

Salgadela, a assinalar o local onde ocorreu uma das três

principais batalhas que contribuíram para a restauração

da independência de Portugal.

Não sendo possível ignorar o património religioso,

atente-se nas igrejas e capelas que se espraiam pelo

concelho, como também na riqueza do seu interior,

com particular referência à talha dos antares, pinturas,

quadros e relíquias, e às festas que durante o ano se

realizam, com particular devoção aos santos padroeiros,

e especialmente às cerimónias da Semana Santa e à

festa do Corpo de Deus que se revestem de particular

esplendor. Um registo particular merecem a igreja

fortaleza de Escalhão, a igreja matriz de Mata de Lobos

com torre sineira separada, e o Cristo Rei que do alto

da Serra da Marofa protege o concelho e quem por ele

circula. E cruzes e cruzeiros, alguns deles a assinalarem

caminho aos peregrinos que se dirigiam a S. Tiago de

Compostela.

Dois solares são também merecedores de notação: o

Solar dos Metelos na Freixeda do Torrão, constituído

por dois conjuntos, a Casa e a Torre, outrora ligados

por uma ponte; e o Solar dos Saraivas, em Vilar Torpim,

conhecido por ‘Casa do Fidalgo’, que fora da família

Quevedo Magalhães, e que serviu como hospital militar

quando do cerco a Almeida em 1844 nas guerras

fratricidas entre liberais e absolutistas.

Voltando ao património natural e paisagístico poder-se-á

destacar a Reserva da Faia Brava, que constitui a única

reserva privada a nível nacional, incluindo a Reserva da

Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica. A Meseta

Ibérica é a 15ª Reserva da Biosfera Transfronteiriça no

Mundo e a segunda em Portugal. Das 631 Reservas da

Biosfera da UNESCO apenas 14 são transfronteiriças, o

que acontece com esta, localizada em Algodres.

Marofa Folk & Blues Fest 2015Porém, Figueira de Castelo Rodrigo aproveita estes

cenários idílicos para promover o concelho e potenciar

a quem nos visitar experiencias únicas e inesquecíveis,

aliando, ao que de melhor da natureza e do património

podemos retirar, uma panóplia de eventos e iniciativas

muito singulares, de que é exemplo o Marofa Folk &

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TEMA DE CAPA

Blues Fest 2015, 1º festival internacional de Folk &

Blues de Figueira de Castelo Rodrigo que se realizará

a 31 de julho e 1 de agosto, no Palácio Cristóvão

de Moura, em Castelo Rodrigo. Pretende-se assim,

atrair não só o público nacional como os nossos

vizinhos espanhóis, uma vez que se trata de um estilo

musical muito apreciado em Espanha onde decorre,

inclusivamente, um dos maiores eventos deste género,

na Catalunha.

O Município reafirma aqui uma relação transfronteiriça

de maior proximidade com Espanha atraindo um

potencial turístico, de manifesta relevância para o

desenvolvimento da nossa terra, promovendo assim

os nossos produtos endógenos e a nossa gastronomia,

concretamente o borrego da marofa, os nossos vinhos

e azeites de reconhecida qualidade, dinamizando-se

assim a economia local.

Com esta iniciativa o Município pretende a envolvência

de todos, desde logo, na própria criação da imagem do

evento através de um concurso de ideias para o seu

logótipo oficial que se perpetuará nas suas próprias

edições, convidando o público a uma intervenção ativa.

Workshop StixCampSaliente-se ainda o Workshop StixCamp que decorrerá

entre 17 e 19 de julho de 2015. StixCamp é um

workshop organizado fora de uma região urbana.

O principal objetivo deste workshop é envolver

comunidades locais e globais, através de standards

abertos ao desenvolvimento. ‘Standards abertos’

são padrões disponibilizados ao público em geral e

desenvolvidos, aprovados e mantidos através de um

processo colaborativo e orientado para o consenso.

Os standards abertos são uma referência e têm

revolucionado áreas tão diversas como: ciência (Open

Access, Open Labs), educação (Open Educational

Resources), tecnologia (Open Software e Hardware),

cultura (Creative Commons) e design e arquitetura (Open

Making, Open Furniture).

Esta iniciativa tem como impulsionador o professor

Pedro Russo, astrofísico de renome internacional da

Universidade de Leiden (Holanda), distinto filho da terra,

e terá ainda como orador convidado Bruno Sanchez-

Andrade Nuño, do Banco Mundial, EUA, entre outros

ilustres investigadores e especialistas em astronomia.

Também aqui se destaca uma simbiose perfeita entre

a natureza e a atividade humana, potenciando o

desenvolvimento sustentável do território. Um território

envelhecido, como outros periféricos, e com as carências

típicas dos concelhos do interior, agora pomposamente

designados por territórios de baixa densidade, carências

paulo langrouvaPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA DE CAPA

estas que o Município Figueirense está fortemente

empenhado em colmatar.

No domínio da saúde as carências são de mais

evidentes, pois é inconcebível que num concelho com

mais de seis mil habitantes tenha apenas dois médicos

de família para responder às necessidades de cuidados

de saúde, sobretudo porque na sua maioria se trata de

uma população envelhecida e, portanto, mais carecida

e necessitada de cuidados de saúde permanentes e

próximos.

Cartão de Saúde Municipal, novidade

inovadora a nível nacionalAssim, este executivo lançou uma iniciativa pioneira a

nível nacional que se traduz na emissão do Cartão de

Saúde Municipal, com o que se pretende chegar onde

o Serviço Nacional de Saúde não alcança, garantindo,

gratuitamente, a todos os munícipes, um acesso efetivo e

célere aos cuidados básicos de saúde. Com este Cartão

de Saúde Municipal se garante o acesso a consultas de

clínica geral e especialidades, bem como aos meios de

diagnóstico complementares e ao respetivo transporte

às clínicas que distem a mais de 160 quilómetros da

sede do concelho.

Feriado Municipal com várias iniciativas

lúdicas e culturaisNo próximo dia 7 de julho, o Município de Figueira

de Castelo Rodrigo celebra o seu feriado municipal,

comemorando-se o 351º aniversário da Batalha de

Salgadela, um marco indelével na história do concelho e

do país, como referência para a sua independência. No

ano transato, se comemorou com o devido relevo o 350º

aniversário da referida batalha de Castelo Rodrigo, que

mereceu a presença de ilustres personalidades, entre

as quais se destacam o General Ramalho Eanes como

representante do Senhor Presidente da República e o

Vice-chefe do Estado-maior do Exército, General António

Campos Gil. O ato foi abrilhantado com a presença da

Banda Militar do Exército. As comemorações realizaram-

se no concelho no dia 7 de julho e no dia 11 da parte

da manhã na Sociedade de Geografia de Lisboa e da

parte da tarde na Sociedade Histórica da Independência

de Portugal (Palácio da Independência).

Será um dia de festa particularmente dedicado a Figueira

de Castelo Rodrigo e aos figueirenses, onde não faltarão

iniciativas lúdicas e culturais. O município assinalará

ainda este feriado municipal com a inauguração de

várias obras pelo concelho e com a distribuição dos

primeiros cartões de saúde municipal.

As festas do concelho não são exclusivas dos

figueirenses, antes se convidam todos os naturais e

amigos do concelho na participação em tão importante

quão histórico momento da história do concelho mas

também de Portugal.

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A medicina A medicina

veterinária é uma das muitas

áreas do conhecimento

ligada à manutenção e

restauração da saúde. Esta é a ciência

médica que se dedica à prevenção,

controle, erradicação e tratamento das

doenças, traumatismos ou qualquer

outro problema relacionado com a

saúde dos animais, além do controlo da

sanidade dos produtos e subprodutos

de origem animal para o consumo

humano.

A medicina veterinária está, atualmente,

numa procura constante do

desenvolvimento científico, que permita

aos profissionais questionar resultados

e procurar soluções para os velhos e

novos problemas, contribuindo assim

ativamente para o progresso científico.

O desenvolvimento de novas

metodologias de diagnóstico e as

rápidas alterações verificadas na

legislação de saúde exigem do

veterinário do século XXI, capacidades

renovadas para resolver os desafios de

uma profissão em constante mudança.

Historicamente, e de forma errada, a

sociedade, de um modo geral, concebe

o profissional médico veterinário como

alguém que cuida exclusivamente de

animais de forma clínica e cirúrgica.

O seu campo de atuação tem sido

alargado ao longo da evolução

da sociedade, pelo aparecimento

de necessidades específicas que,

pelas suas características de execução e considerando a sua

envolvência, foram atribuídas como sendo da responsabilidade do

médico veterinário.

Com a ampliação do leque de atribuições concernente ao

profissional médico veterinário, algumas áreas ganharam destaque

especial, as quais têm crescido de maneira bastante significativa,

como é o caso da saúde pública, pela promoção da saúde e

prevenção e controle de doenças.

A Ordem dos Médicos Veterinários tem também ela desempenhado

um importante papel quer na promoção da profissão, esclarecendo

o papel destes profissionais, quer na defesa de medidas que

favoreçam a atividade e os seus profissionais.

Nesta edição, a Revista Business Portugal debruçou-se sobre esta

área que tem sofrido um imenso progresso e traz até aos leitores

algumas entidades de referência e importantes conselhos.

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O Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria

é um autêntico caso de sucesso e uma

referência em todo o país.

Hoje com apenas dois anos, o centro

veterinário acolhe inovação, qualidade e rigor nas suas

práticas.

Já no tempo da universidade o projeto foi pensado pelo

proprietário, Filipe Pereira. “Houve sempre vontade de

construir este hospital. Este espaço já existia e a ideia era

construir um conceito diferente onde pudéssemos inserir

o próprio edifício num espaço de jardim, de maneira

a permitir que as pessoas antes e após a consulta

pudessem usufruir da zona com os próprios animais -

um espaço pensado para o cliente e a sua mascote”,

sublinha.

Quem entra encontra um espaço amplo, uma zona com

pet-shop e um deslumbrante aquário de água salgada

na sala de espera que emoldura o ambiente e o torna

mais relaxante.

O Hospital Veterinário apresenta uma estética moderna,

“tendo a construção do mesmo levado em linha de

conta preocupações na área da sustentabilidade”.

Constituído por um conjunto de espaços completos

e com o intuito de servir cada vez melhor, com um

atendimento mais fluído e disciplinar o hospital está

aberto durante 24 horas por dia. “Estamos disponíveis

24 horas por dia, uma vez que sentimos grande afluência

a partir das 19 horas, pois é quando as pessoas chegam

a casa do trabalho e têm mais tempo para estarem com

os seus animais e perceberem que algo não está bem

e é ótimo ter um serviço destes disponível”, comenta

Filipe Pereira.

O leque de serviços é abrangente e procura responder

a todas as necessidades da população. Numa área

extensível o animal usufruí de todas as condições

que lhe permitem recuperar, sempre devidamente

acompanhado por profissionais experientes. O conjunto

de ofertas vão desde banhos e tosquias, consultórios

distintos para cães e gatos. “Tivemos necessidade de o

fazer, uma vez que para os gatos é complicado estarem

na mesma sala que os cães”, zona para internamento,

salas para cirurgias, exames de diagnóstico, atendimento

de ortopedia/fisioterapia e ainda, um gabinete para

atendimento ao cliente e uma sala de reuniões que

abriga as formações dinamizadas pelo centro hospitalar.

O alcançar de um crescimento sustentável, a prestação

de bons cuidados médico – veterinários e o investimento

na formação contínua são os maiores objetivos da

equipa clínica.

Os serviços estão destinados a cães, gatos, animais

exóticos e muito brevemente também para equinos.

Com uma capacidade de internamento para cerca de 30

Aberto em 2013, o Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria, no Turcifal – Torres Vedras, é um equipamento com características

singulares no concelho. Visa a implementação de serviços modernos e atuais, trabalhando diariamente na sensibilização da população

para os cuidados a ter em prol da saúde pública.

Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria

Sustentabilidade e divulgação na importância da Saúde animal

REVISTA BUSINESS PORTUGALMEDICINA VETERINÁRIA

A equipa

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MEDICINA VETERINÁRIA

animais este é um hospital preparado e que consegue

abarcar um serviço diferenciado e versátil.

A equipa de oito profissionais (incluindo médicos

veterinários, enfermeira e auxiliares) que constituem o

Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria defende e está

ciente que não é apenas o equipamento tecnológico

e o conhecimento especializado que o faz prosperar.

“O contacto direto com o cliente e a difusão da

informação tornaram-se imprescindíveis na educação e

consciencialização dos clientes para a importância a ter

com a saúde animal”.

Despertar consciências

Outrora, não era tão comum a ida ao veterinário, só ao

longo do tempo é que o animal foi preenchendo um

espaço cada vez maior na vida das pessoas. Ainda

assim, Estevão Reis, veterinário do centro hospitalar,

confirma que continua a ser necessário comunicar às

pessoas alguns cuidados a ter com o animal, de maneira

a evitar problemas futuros.

A prevenção revela-se crucial nesta vertente, não apenas

na saúde animal, mas também na interligação que esta

tem com a saúde humana. “Quando existe interação

com o animal a prevenção dele acaba por fazer parte da

nossa própria prevenção” alerta.

A classe médico-veterinária assume assim grandes

compromissos e como tal, procura alertar os donos dos

animais para a responsabilidade que têm nas suas vidas.

Como por exemplo, a leishmaniose e a leptospirose que

são de interesse para a saúde pública, mas para os

quais o público em geral não se encontra sensibilizado.

Filipe Pereira e Estevão Reis observam que por

descrédito às vacinas, por carências económicas ou

desconhecimento têm-se vindo a manifestar cada

vez mais esses quadros. “Penso também que a nível

do sistema em si. A posição do médico veterinário na

sociedade ainda deve de ser mais enfatizada, porque

muitas vezes a saúde pública está revogada para o

médico veterinário municipal e para os colegas que

fazem a inspeção sanitária em matadouro e fica um

pouco por aí, todos os outros colegas ainda não têm

essa importância. É preciso estar vigilante às zoonoses

(doenças que o animal pode transmitir ao ser humano)

que colocam em risco a saúde pública. Se tratarmos

bem os nossos animais todos ficamos a ganhar”,

sublinha.

Realidades distintas, diferentes

abordagensOs nossos entrevistados salientam a importância

do espaço físico em que o animal habita e por isso,

denotam abordagens diversas quando um animal vive

fora ou dentro de casa.

vista do hospital com a envolvente exterior

sala de espera

pet shop

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

15

MEDICINA VETERINÁRIA

Nos grandes centros urbanos “o animal é visto como

um membro da família, vive em casa e partilha hábitos”.

Já no meio rural “o animal não é, por vezes, tido como

uma companhia, e por isso algumas pessoas recorrem

aos serviços veterinários em última estância”. Por outro

lado, revelam abordagens distintas em diferentes faixas

etárias. “Percentualmente, diria que as pessoas que

mais se preocupam com os animais de companhia

serão a faixa etária central, as pessoas entre os trinta

e os sessenta anos. Abaixo dos trinta é um bocado

agridoce e acima dos sessenta, a população encontra-

se menos informada e acaba por não saber qual o

acompanhamento necessário para que o seu animal

cresça com saúde”, comentam.

Valorização da vida animal Com a existência de um grande número de animais

abandonados o hospital veterinário colabora com

cerca de cinco associações locais, realizam check -

ups e esterilizações e ainda, promovem a adoção de

animais de estimação. Alertando os proprietários para os

cuidados básicos necessários a ter com os seus animais

de estimação.

Projetos Preocupado em oferecer novas experiências aos

profissionais da medicina veterinária e aos donos dos

animais, o proprietário e diretor-clínico, planeia e executa

diversas ações de formação na área da saúde animal.

O hospital também dinamiza um projeto pedagógico,

durante as férias escolares, destinado a crianças

denominado ‘Veterinários por um Dia’, mediante o

qual é proporcionado o contacto com animais e uma

primeira experiência com a profissão de veterinário,

sensibilizando assim as crianças para os cuidados a ter

com os animais.

Para o futuro, Filipe Pereira e Estevão Reis ambicionam

o crescimento sempre com base na satisfação dos

clientes e de toda a equipa de trabalho.

Rua General Humberto Delgado, 67 2565-775 Turcifal • T. 261 958 177 Tlm. 914 310 516 E. [email protected]

piscina de reabilitação

laboratório

burra residente no hospital “azeitona”

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

16

MEDICINA VETERINÁRIA

O Hospital Veterinário está instalado, desde 1991, no centro da Invicta. Surgiu da vontade e do espírito empreendedor do veterinário

Francisco Corrêa Cardoso. O hospital está aberto 24 horas por dia, todos os dias do ano há 24 anos.

Hospital Veterinário Francisco Corrêa Cardoso (HVFCC)

Medicina veterinária de excelência no centro do Porto

O Hospital Veterinário Francisco Corrêa

Cardoso (HVFCC) é um dos centros mais

antigos localizados na cidade do Porto. O

proprietário adquiriu uma casa que adaptou e

transformou em hospital veterinário. Após ter terminado

o curso superior, Francisco Corrêa Cardoso trabalhou

um ano fora do país, regressou e trabalhou também em

Lisboa e depois no Porto. A dada altura, “quando achei

que estava preparado lancei-me sozinho”, revelou o

veterinário e proprietário do Hospital Veterinário Francisco

Corrêa Cardoso (HVFCC). O HVFCC tem uma equipa

de 14 profissionais “permanente, que está a trabalhar a

tempo inteiro, conta-nos, igualmente, com especialistas

para alguns nichos. Depois, temos todas as áreas, tanto

da cirurgia como da medicina. Quando é necessário,

também é prestado serviço ao domicílio. Fazemos

sempre tudo o que é necessário para resolver os

problemas dos nossos clientes”, salienta o entrevistado.

O HVFCC trata sobretudo cães e gatos, “60 por

cento são caninos, 38 são gatos, existindo ainda uma

parcela pequena de animais exóticos, para isso temos

um veterinário especializado”, esclarece o veterinário

Francisco Corrêa Cardoso. O hospital sofreu uma grande

obra de remodelação, com o aumento do espaço serão

dadas ainda melhores condições aos clientes, prestando

serviços diferenciados na área de medicina veterinária,

que se tornam uma mais valia para todos os utentes.

Desde a cirurgia ao internamento, passando pelas

análises clínicas, banho, tosquia, todos os serviços que

visam o bem-estar animal estão contemplados na oferta

do HVFCC.

Questionado sobre a evolução do setor em Portugal,

o responsável pelo HVFCC, Francisco Corrêa Cardoso

refere como exemplo, o próprio hospital, “a medicina

veterinária é um setor que está contra a corrente,

quase não fomos afetados pela crise económica. Os

cães e os gatos têm um papel importantíssimo nas

sociedades, especialmente, nas grandes cidades, onde

há muita gente que vive na maior das solidões”. Os

portugueses tratam cada vez melhor os animais de

estimação “as pessoas agora sabem muito mais, estão

mais informadas, mais preparadas, alimentam melhor

os animais, existem patologias que nunca mais vi. Os

donos estão muito mais exigentes, mesmo em relação

aos cuidados médico-veterinários, respeitam os animais

e isto é transversal a todos os níveis sociais”, concluiu

com satisfação o veterinário Francisco Corrêa Cardoso.

A evolução também é fruto do trabalho realizado “nos

últimos 20 anos, quer na indústria farmacêutica, quer

na indústria de alimentação, bem como, tudo o que

está relacionado com o tratamento de animais de

companhia”, explica o interlocutor, remantando que

em termos da medicina veterinária “Portugal está ao

nível do melhor que há no mundo, estamos no topo”,

remata com orgulho o proprietário do HVFCC. Para a

franca expansão do setor contribuiu também a ação

“absolutamente meritória da Associação Portuguesa

de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de

Companhia, (APMVEAC) e de outras associações

científicas nacionais”, como as instituições de ensino e

formação. Francisco Corrêa Cardoso destaca também

o papel relevante da atual bastonária da Ordem dos

Médicos Veterinários, Laurentina Pedroso.

As recomendações do especialistaUm animal saudável deve ir ao veterinário fazer os

exames e consultas de rotina duas vezes por ano. Para

quem está a pensar integrar na sua vida um animal de

estimação há vários fatores a ter em conta e no Hospital

Veterinário Francisco Corrêa Cardoso pode encontrar

respostas que necessita, através do aconselhamento

prestado pelos profissionais. No entender do veterinário

Francisco Corrêa Cardoso, cães e gatos são diferentes

“os cães têm um sentido de missão brutal (...) já os gatos

são muito territoriais e têm uma beleza de movimentos

que os cães não conseguem ter”, assim, em primeiro,

deve ser avaliada a “disponibilidade em termos de

espaço do ambiente e de tempo que o dono pode

dispensar, depois decidir entre cão ou gato, escolher a

raça mais adequada do animal, consoante a existência

de crianças ou pessoas de idade no lar. Pessoas com

pouca mobilidade devem, por exemplo, ter um cão tipo

bulldog inglês, já as famílias que têm crianças devem

optar por labradores”, explica o interlocutor. “As pessoas

francisco corrêa cardosoAdministrador

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

17

MEDICINA VETERINÁRIA

que não têm experiência devem escolher raças que

são próprias para principiantes tipo o retriever labrador,

não pode começar por um doberman, que é um cão

fantástico com muito carácter, mas que precisa de ser

educado, para primeiro filho deve ser uma raça fácil”,

elucida, gracejando Francisco Corrêa Cardoso.

No que toca aos primeiros cuidados a ter, o responsável

pelo HVFCC refere que “o mais importante é ir à

consulta dos cuidados básicos em saúde, é a consulta

mais importante da vida dos animais, onde tudo é

explicado. Por exemplo, em relação à alimentação, há

muitos erros, as pessoas esquecem que os cães e os

gatos são carnívoros, não são omnívoros, não podem

comer como nós”, salienta.

Nesta altura do ano, há que ter especial atenção ao

combate de pulgas e carraças “a melhor solução passa

por misturar vários medicamentos, no caso das pulgas,

elas têm fases diferentes e devem ser combatidas,

tendo este facto em consideração. O ambiente em redor

também deve ser limpo pelo menos duas vezes por ano

com produtos que deixem algum resíduo mas que não

façam mal às pessoas”, explica o veterinário Francisco

Corrêa Cardoso. Todos estes conselhos e as demais

dúvidas podem ser esclarecidas no Hospital Veterinário

Francisco Corrêa Cardoso, todos os dias do ano a

qualquer hora do dia.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

18

MEDICINA VETERINÁRIA

Reconhecida internacionalmente como uma das marcas em que os donos de animais mais confiam, a Royal Canin é uma empresa

de referência em Nutrição-Saúde para gatos e cães por todo o mundo. A marca tem o pioneirismo inscrito no seu ADN e ao longo

dos seus mais de 45 anos de história, tem assumido como prioridade o desenvolvimento de alimentos específicos para as diferentes

sensibilidades e doenças do gato e do cão, bem como a partilha do conhecimento com os donos e com os profissionais que recomendam

os alimentos da marca.

Royal canin

nutrição aliada à saúde

A obesidade é a doença com maior prevalência em

gatos e cães a nível mundial com um impacto negativo

na sua saúde e bem-estar e, neste contexto, a Royal

Canin pretende fazer a diferença na qualidade de vidas

destes animais e dos seus donos, propondo assim uma

abordagem multifacetada à doença em parceria com as

equipas médico-veterinárias do país.

O excesso de peso e a obesidade afetam

aproximadamente 1 em cada 3 cães e 3 em

cada 10 gatos1. Nesse sentido, a Royal Canin

desenvolveu um programa de perda de peso. Em

que consiste este programa?

A obesidade é uma doença muito particular porque é

a única doença cuja cura – retorno ao peso ideal– só

acontece com uma abordagem nutricional adequada. O

programa de perda de peso da Royal Canin está assente

em três pilares: o animal (cuja saúde e qualidade de vida

estão em primeiro lugar); o dono (que pode sentir-se

reticente e receoso em avançar com um tratamento

complexo e moroso) e a equipa médico-veterinária (que

deve ter ao seu alcance as ferramentas adequadas de

suporte ao animal e ao dono durante todo o programa

de perda de peso). Um programa de perda de peso

adequado demora tempo porque o emagrecimento deve

ser gradual para assegurar que o animal perde apenas

massa gorda e se mantém saudável. Durante esse

tempo, os donos terão momentos de dúvida e podem

ver esmorecer a sua vontade de continuar. É nesses

momentos que as equipas médico-veterinárias devem

intervir, ajustando os moldes do programa, ouvindo os

donos e reconhecendo as pequenas vitórias que são

alcançadas. O sucesso de um programa de perda peso

é uma grande vitória sobretudo para o animal, porque

está cientificamente provado que a perda de peso num

animal obeso aumenta imediatamente a sua qualidade

de vida7 e esse é o objetivo comum à Royal Canin, às

equipas médico-veterinárias e aos donos dos animais.

Para fazer face às necessidades nutricionais específicas

dos animais obesos, a Royal Canin formulou a gama

SATIETY WEIGHT MANAGEMENT.

A seleção do alimento é a chave do sucesso de um

programa de emagrecimento. Em que medida é

que a vossa gama ajuda a combater esta doença?

A seleção do alimento é, realmente, uma etapa crítica

para o sucesso do tratamento da obesidade e, por essa

razão, é muito importante referirmos que para combater

a obesidade não é aconselhável oferecer ao animal uma

quantidade inferior do seu alimento de manutenção. Esta

abordagem induziria uma perda de peso não saudável e

aumentaria o risco de deficiência nutricional.

Os alimentos da gama SATIETY WEIGHT MANAGEMENT

ajudam o animal a emagrecer porque conjugam uma

refeição apetente (ou seja, de que o animal disfruta)

com um baixo teor calórico e um equilíbrio correto

de nutrientes. Estes alimentos foram formulados para

proporcionar um volume alimentar adequado, ajudando

o animal a sentir-se saciado durante o programa de

perda de peso e reduzindo a solicitação constante de

alimentos, que está identificada como um dos motivos

de maior frustração e ansiedade nos donos destes

animais. A gama SATIETY WEIGHT MANAGEMENT

é a única abordagem nutricional com 5 efeitos

cientificamente comprovados: induz uma perda de peso

eficaz2,3; reduz a solicitação de alimentos3,4; mantém

a massa muscular2; estabiliza o peso5,6 e melhora a

qualidade de vida7.

Conseguimos isto através de uma combinação especial

de fibras que promovem a saciedade, o que reduz o

consumo alimentar espontâneo, aliado a um teor proteico

elevado que ajudará a manter a massa muscular. Para

além disto estes alimentos são suplementados com

ácidos gordos essenciais (Ómega 3 e Ómega 6) que,

em conjunto com outros nutracêuticos, promovem a

saúde e beleza da pele e da pelagem.

Por fim, estes alimentos são suplementados com

minerais e vitaminas que asseguram que os animais irão

ingerir a quantidade adequada destes nutrientes, ainda

que estejam a ingerir menos energia.

Fala-se muito em obesidade, mas do que se trata

concretamente?

A obesidade é a acumulação excessiva de gordura no

organismo causada, normalmente, pelo desequilíbrio

entre o consumo energético (muita quantidade de

alimento ou com muitas calorias) e o gasto energético

(falta de atividade física). As calorias ingeridas que não

são gastas armazenam-se sob a forma de gordura

levando ao aumento de peso. Considera-se que um

animal tem excesso de peso se o seu peso corporal

estiver menos de 20% acima do seu peso ideal. Se o

peso corporal estiver 20% ou mais acima do peso ideal,

considera-se que o animal é obeso.

Como é que os donos podem avaliar se o seu

animal sofre de excesso de peso ou de obesidade?

São quatro os sinais mais comuns de obesidade: a

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19

MEDICINA VETERINÁRIA

acumulação de gordura na caixa torácica, sobre a linha

da coluna vertebral ou na base da cauda; a acumulação

de gordura abdominal e alteração da silhueta dos

flancos; a redução da atividade física e a intolerância

ao calor. A Royal Canin desenvolveu um website

inteiramente dedicado ao problema da obesidade em

gatos e cães (http://obesidade.royalcanin.pt/) e que

pretende dar a conhecer esta doença aos donos e

assim ajudar a combatê-la. Convidamos todos os donos

de gatos e cães a visitá-lo e a consultarem as tabelas

de índice de condição corporal. Se identificarem um ou

mais sinais de excesso de peso ou obesidade nos seus

animais, deverão consultar o médico veterinário.

Quais os fatores de risco associados à obesidade

felina e canina e quais as raças com maior

predisposição genética?

Os principais fatores de risco para a obesidade são os

erros alimentares associados à ausência de atividade

física. A administração de um alimento hipercalórico,

os erros na dosagem diária de alimento administrado

ou as suplementações alimentares indevidas, também

chamadas de guloseimas, são os erros alimentares mais

graves. Também sabemos que há uma predisposição

racial para a obesidade. As raças caninas mais

predispostas são o Labrador Retriever, o Cavalier King

Charles, o Cocker Spaniel e o Beagle. No caso dos gatos

são os domésticos de pelo curto os que apresentam

uma maior prevalência desta doença.

Quais as consequências da obesidade?

A obesidade é uma doença com consequências graves

para a saúde dos gatos e dos cães, que resulta numa

diminuição da sua qualidade de vida e da sua esperança

de vida. São várias as doenças associadas à obesidade

- doenças osteoarticulares, doenças metabólicas,

doenças do trato urinário ou mesmo doenças do trato

respiratório superior. Vários estudos indicam que a

diabetes mellitus felina tem uma prevalência 4 vezes

superior em gatos obesos, ou ainda que as doenças

osteoarticulares apresentam uma prevalência 3 vezes

superior em animais obesos. Também é importante

referir que os animais obesos estão sujeitos a um maior

risco anestésico e a uma diminuição da sua resposta

imunitária. Pelas razões apresentadas, é vital encarar a

obesidade como uma doença importante com impacto

real na saúde e bem-estar dos gatos e dos cães e sobre

a qual temos de agir prontamente.

Refira algumas dicas que possam ser utilizadas

para ajudar os animais a atingir o peso ideal?

Para ambas as espécies há três regras de ouro para a

obtenção do peso ideal: controlar o valor energético total

das refeições adaptando a dose diária às necessidades

energéticas do animal (que variam de acordo com a

raça, estilo de vida, fase da vida, atividade física, estado

fisiológico e sensibilidades particulares). É importante

assegurar a prática de exercício físico: as brincadeiras ou

jogos estimulantes são imprescindíveis para preservar

o peso ideal do seu animal. No caso dos gatos pode

parecer mais difícil este aumento da atividade física

mas visite o website http://obesidade.royalcanin.pt/ e

nele encontrará formas fáceis e divertidas de o fazer. A

terceira regra de ouro é que não deve dar ao seu animal

guloseimas nem sobras das suas refeições. Se desejar

recompensar o seu animal utilize o alimento habitual e

deduza sempre a quantidade utilizada na dose diária

recomendada.

Depois existem algumas diferenças importantes entre o

gato e o cão num programa de perda de peso: por

exemplo, se tem mais do que um gato em casa (e nem

todos têm excesso de peso) tente alimentá-los em

locais separados. No caso dos cães, para além do que

foi referido deve estabelecer rituais constantes para as

refeições, definindo um horário fixo para as mesmas.

Referências bibliográficas:

1.Prevalência do excesso de peso e da obesidade em gatos: 19-55% (APOP,

2012)e em cães: 17-52% (APOP, 2012). 2. German AJ et al. A high protein, high

fibre diet improves weight loss in obese dogs. The Veterinary Journal 183 (2010)

294–297. 3. Bissot T et al. Novel dietary strategies can improve the outcome of

weight loss programmes in obese client-owned cats. Journal of Feline Medicine

and Surgery (2010) 12, 104-112. 4. Weber M, Bissot T, Servet E, Sergheraert

R, Biourge V, and German AJ. A high protein, high fiber diet designed for weight

loss improves satiety in dogs. J Vet Intern Med 2007;21:1203–1208. 5. German

AJ et al. Low-maintenance energy requirements of obese dogs after weight loss.

British Journal of Nutrition (2011), 106, S93–S96. 6. German AJ et al. Long term

follow-up after weight management in obese dogs: The role of diet in preventing

regain. The Veterinary Journal, May 2011. 7. German AJ, Holden SL, Wiseman-Orr

ML, Reid J, Nolan AM, Biourge V, Morris PJ, Scott EM. Quality of life is reduced in

obese dogs but improves after successful weight loss. The Veterinary Journal.2012

Jun;192 (3):428-34.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

20

MEDICINA VETERINÁRIA

A AnimaDomus é a empresa fundadora da primeira Rede de Prestadores de Cuidados de Saúde Animal, que veio proporcionar aos donos

dos animais de companhia o acesso a seguros de saúde em regime de comparticipação direta dando cobertura a todas as despesas

em serviços clínicos, assim como o acesso a preços reduzidos num vasto leque de produtos e serviços não-clínicos considerados vitais

para o bem-estar animal.

animadomus

MELHOR QUALIDADE DE VIDA PARA SEU ANIMAL

Tem atualmente cerca de 250 parceiros,

prevendo atingir os 300 até ao final do ano.

Na prática, a AnimaDomus fornece às

seguradoras a possibilidade de criação de

seguros inovadores de funcionamento em rede.

Criada em 2006, fruto de uma lacuna que havia no

mercado - a oferta de seguros de saúde para animais de

companhia – a AnimaDomus surge com uma rede de

prestadores de cuidados de saúde animal que serve de

base aos seguros de saúde para animais em regime de

managed care. Assim, através do modelo de prestações

diretas, os seguros dos seus clientes garantem, para

além das normais coberturas associadas à doença e ao

acidente, comparticipações na vacinação, esterilização

e desparasitação dos animais, sem exclusões nem

períodos de carência, válidos para toda a vida dos

animais.

E para melhor contextualizar a história e a importância

desta firma no mercado, o sócio-gerente Ruben Livreiro

explica: “Embora existam vários estudos que revelam

a extrema importância que tem a companhia de um

animal no seio das famílias no desenvolvimento social

e psicológico dos seus membros, nomeadamente dos

mais jovens e dos mais idosos, e da crescente assunção

dessa realidade pela sociedade em geral, na verdade o

mercado dos ́ ’animais de companhia’ não tinha cativado

significativamente a atividade seguradora”.

Assim sendo, após alguns estudos nesta matéria, os

responsáveis da AnimaDomus constataram que na

medicina humana 89 por cento dos seguros de saúde

passavam por redes de managed care. Perante esta

realidade, os responsáveis consideraram que “não

fazia sentido que estas não existissem na medicina

Veterinária” e não perderam tempo em avançar com o

seu projeto pioneiro e inovador em Portugal.

Assim, numa linha geral, a AnimaDomus define-se

hoje como a entidade gestora de uma rede composta

por profissionais ligados ao segmento dos animais de

companhia, estabelecendo parcerias com hospitais,

clínicas e consultórios veterinários para integrarem

a rede de prestadores de cuidados de saúde animal,

“e posteriormente, disponibilizamos a utilização dessa

rede às seguradoras, que são nossas clientes, para que

possam criar produtos que tenham por base o seu uso”

salienta Ruben Livreiro.

A realidade dos seguros tem vindo a evoluir

significativamente, indica Ruben Livreiro “Em 2009,

quando foi lançado o primeiro seguro a funcionar na

Rede AnimaDomus, passaram a existir no mercado

três. Hoje, a oferta mais do que duplicou, existem

sete sendo que todos os novos seguros de saúde

em comercialização são de funcionamento na Rede

AnimaDomus”. Perspetiva ainda que, a curto prazo,

sejam lançados novos seguros.

Importante será também referir que este modelo permite

aos segurados usufruir dos seguros diretamente nos

centros de atendimento.

Neste contexto, os produtos (seguros de saúde animal)

comercializados pelos clientes da AnimaDomus podem

ter duas componentes: por um lado a prestação direta

(copagamentos); por outro lado, o reembolso. “Ou seja,

dependendo da modalidade do seguro contratada,

o Segurado pode beneficiar na íntegra do seguro

diretamente no CAMV (Centro de atendimento médico-

veterinário) ou numa modalidade mista que conjuga o

benefício direto com o reembolso das despesas em

consequência de doença e acidente”, esclarece o nosso

interlocutor.

De acordo com Ruben Livreiro, “a grande inovação

deste modelo é permitir que todos os atos médicos

veterinários, tais como vacinas, esterilizações e check-

ups, normalmente excluídas dos seguros de saúde

para animais, estejam a coberto na componente

Prestação Direta. Por exemplo, um dos nossos clientes

comercializa um seguro que garante a vacina anual a

100 por cento” exemplifica Ruben Livreiro. Da mesma

forma que permite a ausência de exclusões, períodos de

carência ou limites de idade (o seguro é válido para toda

a vida do animal).

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MEDICINA VETERINÁRIA

O Centro de Bem Estar Animal apresenta diversos serviços repartidos entre o hotel para cães e gatos, localizado na Maia, e a loja com

produtos, situada na Zona Industrial do Porto. Neste espaço comercial moderno existem acessórios, rações e produtos específicos,

tosquias e banhos também estão contemplados.

Centro de Bem Estar Animal

Tudo para cães e gatos num só espaço

A preocupação com os animais abandonados

fizeram com que Andreia Gloystein criasse

há 20 anos o hotel para cães e gatos.

Inicialmente, surgiu para alojar os animais

abandonados, posteriormente “funcionou como local

de recolha” e, finalmente, passou a ser um hotel com

capacidade para alojar 20 cães, albergando também

entre sete a dez gatos. O objetivo do Centro de Bem

Estar Animal é promover de uma forma saudável,

através dos quatro colaboradores, o maior nível de bem

estar possível para os animais de companhia e criar

condições que ajudem a fortalecer o vínculo homem-

animal. Com a chegada do verão, o hotel tem muito

mais afluência, mas a responsável pelo Centro de

Bem Estar Animal revela que o espaço está disponível

durante todo o ano. Atualmente, quando necessário,

ainda alberga no hotel animais abandonados que

depois tenta dar para a adoção. Como complemento,

surgiu há cerca de dois anos a loja, no Porto, permitindo

ao Centro de Bem Estar Animal uma diversificação

tremenda nos serviços disponíveis. “Como estou no

mercado há muitos anos acabo por ter um know how

de todos os serviços necessários, tanto ao nível dos

treinos para animais, como na área da veterinária, na

vertente do aconselhamento de consultas veterinárias

específicas de dermatologia ou psicologia, contribuindo

para a resolução de determinado tipo de problemas

como a agressividade e a depressão dos animais”,

explica a proprietária do Centro de Bem Estar Animal. O

nome não foi escolhido ao acaso e pretende retratar a

diversificação existente ao nível dos serviços prestados,

que vão desde a hospedagem, aos banhos, às tosquias,

passando pela venda de produtos, como acessórios e

rações. O transporte de animais é outra das valências e o

pedido de reservas por mail também está contemplado.

Andreia Gloystein revelou que o “negócio sofreu com a

crise, tendo em conta que os portugueses passaram a

ir menos de férias”, contudo, a responsável adianta que

“agora já se sente um crescendo” novamente, revelando

que no futuro pretende continuar a prestar o serviço de

qualidade que carateriza o Centro de Bem Estar Animal.

Loja: Rua Manuel Pinto de Azevedo nº 118, 4100-320 Porto

Hotel: Travessa do Bairro nº618, 4475-113 Castêlo da Maia

Telefone : 220 998 895

Telemóvel : 917 566 528

www.centrobemestaranimal.pt

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24

inov

ação

e in

tern

acio

naliz

ação

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

As empresas portuguesas estão a apostar na inovação como um elemento

chave para impulsionar o crescimento e a internacionalização dos seus

negócios. A Comissão Europeia lançou o Horizonte 2020 – Programa-

Quadro Comunitário de Investigação & Inovação que vigora entre 2014

e 2020 com um orçamento superior a 77 milhões de euros. A Europa apresenta o

Horizonte 2020 como “o maior instrumento da Comunidade Europeia especificamente

orientado para o apoio à investigação, através do cofinanciamento de projetos de

investigação, inovação e demonstração”. O Parlamento Europeu entende que a inovação

“é uma componente fundamental para a criação de melhor emprego, a construção

de uma sociedade mais ecológica e a melhoria da nossa qualidade de vida, mas

também para a manutenção da competitividade da UE no mercado mundial”. Neste

sentido, as empresas portuguesas já perceberam a importância da inovação e, são

várias as áreas em que é notório o efeito positivo decorrente do trabalho de inovar para

internacionalizar. Nas próximas páginas apresentamos vários exemplos de entidades

que estão a contribuir para o aumento das exportações portuguesas. O Banco BIC

Portugal tem implementado vários projetos de estímulos financeiros e económicos,

no sentido de auxiliar as exportações de Portugal para Angola e para outros países da

Lusofonia. A marca internacional de puericultura Chicco, presente em Portugal desde

1974, tem demonstrado que apostar na inovação é uma mais-valia, respondendo de

forma eficaz às exigências do mercado, através do lançamento de produtos inovadores.

No ramo da tecnologia e informática apresentamos o exemplo da Virtual Forum, que

aposta no desenvolvimento de aplicações e serviços informáticos, estando presente

no ramo jurídico com o software ibase AE (Agentes de Execução). Outros exemplos

serão divulgados nas próximas páginas, evidenciando que as empresas portuguesas

estão num novo rumo, apostando fortemente na inovação e internacionalização dos

seus negócios.

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Durante nove meses o Banco BIC levou às capitais de distrito portuguesas um conjunto de seminários com o objetivo de promover o

conhecimento dos mercados lusófonos e as condições para aceder ao programa Portugal 2020. Estas iniciativas decorreram em dois

percursos simultâneos. Os seminários empresariais “Crescer para Expandir” desenvolveram-se em parceria com a Associação Industrial

Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI). Os encontros empresariais “A

Caminho da Competitividade” contaram com a dinamização das Associações Empresariais Regionais. Em Lisboa, perante uma plateia

repleta de empresários, o Presidente da Comissão Executiva do Banco BIC Português, Luís Mira Amaral, afirmou que o relançamento da

economia portuguesa passa pelo aumento das exportações. A Revista Business Portugal esteve presente no seminário e apresenta as

principais conclusões através de uma entrevista realizada a Luís Mira Amaral.

banco bic portugal

“A Economia portuguesa vai ser relançada através das exportações”

Que balanço faz dos Seminários Crescer para

Expandir?

O balanço é positivo já que temos, não só em Lisboa,

mas também nas restantes capitais de distrito, por onde

temos passado, esgotado praticamente as salas através

da apresentação de dois temas muito apelativos. Um,

está relacionado com os novos instrumentos financeiros

do Novo Quadro Comunitário de Apoio; outro ponto são

os instrumentos do Banco BIC Português para conceder

apoio às empresas portuguesas, nos seus investimentos

e nos seus processos de internacionalização. O facto

de termos uma parceria com a AIP e com outras

Associações Empresariais Regionais, permitiu juntar

clientes, não só do Banco BIC, e portanto, existiram

sinergias entre nós, a AIP e as restantes associações

na captação de pessoas interessadas nestes seminários.

A evolução do tecido empresarial português

passa pela inovação e internacionalização.

Que conselhos gostaria de dar às empresas

portuguesas que estejam a pensar expandir os

seus negócios além-fronteiras?

O programa de austeridade imposto pela troika teve

uma vantagem, muitos empresários portugueses

confrontados com as dificuldades e a retração no

mercado doméstico foram procurar novos mercados

no exterior, utilizando a capacidade ociosa que tinham

MIRA AMARALCEO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

27

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

em Portugal, para tentar exportar para outros mercados.

Isto foi uma dinâmica que se gerou e espero que seja

irreversível para a economia portuguesa. De frisar, que

não vai ser através da redução da despesa pública ou

do consumo privado que a economia vai ser relançada,

tem que se começar pelas exportações e depois pelo

investimento produtivo que possa acompanhar essas

exportações. Posteriormente, com este aumento

podemos começar a importar a mais. De notar, que

exportamos ainda apenas 40 por cento do PIB e, um país

como Portugal, deveria exportar 60 a 70 por cento do

PIB, no mínimo. O primeiro conselho que tenho para dar

aos empresários é que têm, obviamente, de ir conhecer

os mercados para os quais estão a pensar exportar,

devem passar, por exemplo, duas semanas em Angola.

Em Luanda, possibilitamos uma reunião com presidente

do Banco BIC Angola, Fernando Teles que recebe os

empresários e está sempre disponível para esclarecer

qualquer questão. O recolher de informação e perceção

in loco é fundamental para poder arrancar com um

investimento no mercado externo. Preferencialmente, os

empresários interessados devem optar por escolher um

parceiro local, opção que também é decisiva, uma vez

que há bons e maus parceiros.

Como se consegue aumentar as exportações?

No Banco BIC acreditamos que o nosso papel é tentar

puxar pelas empresas de cada região, sejam nossas

clientes ou possam vir a ser. Procuramos financiar

os seus projetos para o exterior e fazer a ponte nos

mercados para onde vão, nomeadamente Angola,

Brasil ou Cabo Verde. Claro que a principal fatia do

esforço é feita pelos empresários mas também conta

a capacitação que estes tiverem para desenvolverem os

seus negócios. Nesta capacitação, o Banco BIC, outras

instituições e o novo Quadro Comunitário de Apoio têm

um papel fundamental.

As empresas portuguesas podem fazer a diferença

na lusofonia?

Sim. Em Angola, por exemplo, o know-how empresarial,

a competência tecnológica e a formação profissional

dos nossos trabalhadores e quadros são indispensáveis.

Apesar de a economia angolana estar numa fase menos

boa, em virtude da descida do preço do petróleo

mundial, travando naturalmente as exportações para

Angola, esse facto mais chama a atenção para a

necessidade de diversificação da economia angolana,

o que gera oportunidades para o IDE em Angola,

designadamente o português. É caso para dizer que

a dificuldade de exportar gera mais oportunidades

para investir localmente e assim contribuir para a

diversificação da economia angolana.

O mercado angolano ainda é atrativo?

Durante este roadshow por Portugal essa tem

sido uma das dúvidas colocadas mais vezes pelos

empresários portuguesas. O que lhes tenho dito é que

as oportunidades continuam a ser muitas e devem ser

aproveitadas pelos portugueses para gerar retorno dos

seus investimentos, na linha do referido anteriormente.

Quais os setores onde existem maiores

oportunidades?

São vários. O governo angolano lançou, por exemplo,

um ambicioso programa de construção de habitação

social, o que gera óbvias oportunidades para a indústria

dos materiais de construção.

A aposta do governo angolano no sector primário

também é muito forte.

Nós não nos podemos esquecer que a população e

a dimensão de Angola são respetivamente o dobro e

dez vezes mais do que em Portugal. Além de que em

termos de recursos naturais é um país riquíssimo, seja

nas novas descobertas de petróleo, na exploração de

gás natural, nas potencialidades minerais e hídricas e no

desenvolvimento de energias renováveis, seja em toda

a exploração agrícola, agroindustrial, pecuária e pescas.

Por que razão o Banco BIC se apresenta como

uma boa opção para os empresários portugueses?

Recentemente lançámos uma campanha dirigida às

empresas que evidencia bem o nosso posicionamento.

Por outro lado, o Banco BIC SA (Angola) dispõe da

maior rede de agências do país fora de Luanda e é o

principal banco dos importadores angolanos. O nosso

lema, Crescemos Juntos, é um princípio mas sobretudo

uma prática. Por isso, queremos que as empresas

contem com o Banco BIC para o desenvolvimento dos

negócios. Temos dois grandes bancos em Portugal e

em Angola, o Banco BIC Português e o Banco BIC SA

(Angola) com redes comerciais cobrindo os dois países

e trabalhamos em conjunto nos dois bancos para apoiar

as empresas portuguesas no relacionamento com

Angola.

O Banco BIC assinou um protocolo com o IAPMEI

e com o Turismo de Portugal que confere aos

clientes do banco a possibilidade de acederem

aos estatutos de qualificação de PME Líder e PME

Excelência. Quais as vantagens desta parceria?

Estes programas já existiam, aliás de referir que o

programa PME Excelência foi criado por mim há quase

30 anos, quando estava no Governo como ministro da

Indústria e da Energia. A vantagem destes programas,

com a entrada do Banco BIC, é dar a estas empresas

um selo de qualidade que lhes é útil para o acesso

aos investimentos bancários, com essa referência de

qualidade, as empresas têm mais facilidade de acesso

aos apoios financeiros da banca e poderão vir usufruir

de spreads mais interessantes.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

28

“Para nós, fazer um bebé sorrir é o melhor trabalho do mundo. E sentimo-nos privilegiados por dedicarmos o nosso tempo a pensar

como fazer os bebés felizes. Tudo o que imaginamos resulta de um objetivo específico: entrar numa casa, conhecer um bebé e fazê-lo

feliz. Porque sabemos que a recompensa será a melhor prenda de todas. O sorriso de um bebé”. Conheça a Chicco.

Chicco

A felicidade de ser criança

A Chicco é uma das grandes marcas internacionais

de puericultura, roupa e acessórios de bebé e

criança, sem esquecer dos produtos voltados para

a maternidade. Como define a sua presença em

Portugal?

A marca Chicco chegou a Portugal na década de 70,

mais concretamente em março de 1974. Graças à

qualidade e elevada aceitação dos seus produtos, a

Chicco rapidamente conquistou a liderança e alargou

o portfolio a outras categorias do mundo do bebé,

tornando-se uma love brand para a maioria dos

portugueses.

Somos uma marca verdadeiramente multiespecialista

em puericultura. Propomos produtos seguros, simples

e adequados a todas as necessidades sentidas pelos

bebés e suas famílias em cada fase de crescimento.

E dessa forma, estamos presentes em praticamente

todos os momentos da vida de uma família, durante os

primeiros quatro ou cinco anos de vida do bebé.

A presença da marca é por isso incontornável quando

pensamos em todo o universo que gira em torno do

nascimento de um bebé, do seu crescimento e da sua

família.

Em Portugal, a marca Chicco encontra-se em cerca

de quatro mil pontos de venda, entre farmácias e

parafarmácias, grande distribuição, puericulturas,

sapatarias e 36 lojas próprias.

Quando falamos em terreno nacional, é impossível

dissociar o setor empresarial do setor económico.

Como tem sido enfrentar a crise em Portugal?

A conjuntura económica dos últimos anos teve um

enorme impacto na vida dos portugueses, que se traduziu

na alteração de comportamentos, nomeadamente e

especificamente no contexto que estamos a abordar, na

queda significativa da taxa de natalidade e do consumo

em geral.

Para uma marca de puericultura, a constante redução

da taxa de natalidade acompanhada por uma quebra do

poder de compra anuncia anos turbulentos, recheados

de dificuldades em termos de potencial de mercado.

Naturalmente, a companhia teve que se adaptar a esta

nova realidade. Foi crucial olhar para o mercado e

encontrar novas oportunidades de negócio. Mantivemos

o elevado investimento na marca ainda que de forma

mais seletiva e revimos todos os processos da empresa

de forma rigorosa com o objetivo de encontrar melhorias

de gestão, tornarmo-nos mais competitivos, aumentar

a produtividade, fazer mais com menos.

O elevado nível de profissionalismo e de empenho da

equipa foi determinante para conseguirmos o mais

difícil, a quebra de paradigmas.

O resultado deste esforço foi bastante positivo e sentimo-

nos bastante orgulhosos com o que conseguimos.

Num contexto tão difícil como é este em que nos

encontramos, a marca Chicco em 2014 cresceu em

faturação e reforçou as quotas de mercado nas áreas

core em que se encontra presente.

Qual é a principal missão Chicco?

Dedicamos o nosso tempo a pensar como fazer os

bebés felizes, é essa a nossa missão e sentimo-nos

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Page 29: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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privilegiados por isso. Acreditamos que uma criança feliz

será uma pessoa feliz e que as pessoas felizes fazem do

mundo um lugar melhor.

Mas só é possivel compreender verdadeiramente o

seu significado, os seus valores e o que esta missão

representa se andarmos 58 anos de história para trás,

para conhecer a fantástica história do seu fundador

Pietro Catelli.

Logo após a II Guerra Mundial, o jovem Pietro Catelli

atravessava a fronteira entre Itália e a Suíça para

comprar termómetros e seringas que depois vendia nas

farmácias do norte de Itália, montado na sua bicicleta.

Em 1946 conseguiu fundar a sua própria empresa, a

que chamou Artsana. Em 1958, quando nasce o seu

primeiro filho Enrico, Pietro Catelli movido pela sua

curiosidade, começa a observar atentamente o mercado

de puericultura e a perceber que a oferta existente

era claramente insuficiente e que não satisfazia as

necessidades dos bebés e suas famílias.

Diante desta oportunidade, decidiu criar uma marca de

puericultura à qual deu o nome de Chicco, o diminutivo

de Enrico.

“Estou convencido de que na vida basta olhar… é

apenas graças à combinação de curiosidade, paixão e

responsabilidade que conseguimos dar vida aos nossos

produtos”.

58 anos passaram e o legado mantém-se. Hoje a

marca Chicco é líder no setor de puericultura e uma

das primeiras dez marcas italianas de Bens de Grande

Consumo no Mundo.

A Chicco é reconhecida pela qualidade do que

faz, mas não fica apenas por aí, e busca inovar

em conceitos, materiais, produtos e mesmo em

design. Isto é uma marca da sua identidade?

Está no ADN da marca investir fortemente em inovação

e propor produtos de acordo com as exigências do

mercado e em absoluta coerência com as estratégias

da marca. Ao longo dos anos, multiplicam-se os

produtos inovadores lançados em diferentes áreas,

nomeadamente a primeira tetina anti-soluço, o primeiro

sistema trio constituído por carro, alcofa e cadeira auto,

os primeiros sapatinhos fisiológicos ou os primeiros

brinquedos didáticos bilingues.

Temos unidades produtivas em todo o mundo,

devidamente certificadas. Damos a máxima atenção

e importância à qualidade e à segurança dos

nossos produtos, colaborando constantemente com

laboratórios e entidades certificadoras, ambos entre os

mais reconhecidos e acreditados a nível internacional.

Conseguimos assim promover uma constante inovação,

garantida por uma rede multifuncional assente em fortes

competências internas e uma permanente colaboração

com universidades, escolas de design e fundações de

prestígio.

Todos os anos, além das coleções de roupa e sapatos

criadas internamente, são desenvolvidos mais de 200

novos projetos e muitos outros aperfeiçoados.

Já são conhecidas as apostas na área da

responsabilidade social. De que projetos estamos

a falar?

Enquanto marca líder de produtos para bebé estamos

cientes da nossa responsabilidade e sabemos que, com

a nossa ajuda, contribuímos efetivamente para melhorar

a vida das instituições e de particulares que recorrem

a nós. Ainda que, infelizmente, também tenhamos

limitações e nem sempre seja possível ajudar tanto ou

tantas famílias ou instituições como gostaríamos.

Em 2006 sentimos que podíamos ir mais longe, que

podíamos contribuir com o nosso esforço de forma mais

abrangente, organizada e continuada para o bem estar

das crianças e das suas famílias.

Estudámos vários projetos e verificámos que parte das

Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) dos

hospitais e maternidades se encontravam subequipadas,

não respondendo às necessidades da população.

Foi assim que nasceu o projeto ‘Chicco dá Vida’, um

projeto que ajuda os hospitais e maternidades, mais

especificamente os serviços de neonatologia, dotando-

os de equipamento moderno que permita aumentar a

sua capacidade de resposta.

Através deste projeto, a Chicco contribui para a

sobrevivência e bem estar dos bebés que necessitam de

uma Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN)

bem equipada para sobreviver e, consequentemente,

para o bem estar das suas famílias.

O nosso objetivo é ajudar um hospital por ano e

queremos continuar a chegar a diferentes pontos do

país. Desde 2006, já estivemos em Lisboa, Porto,

Coimbra, Faro, Aveiro e Leiria.

Sabemos que com o nosso trabalho fazemos a

diferença. Hoje orgulhamo-nos de poder dizer que

ajudamos a salvar vidas.

É um projeto de todos, dos trabalhadores da empresa,

dos parceiros que tanto contribuem pro bono, dos

nossos clientes que promovem esta iniciativa, dos

padrinhos que anualmente dão a cara pelo projeto e de

toda a população em geral.

Por onde passa o futuro da Chicco em Portugal?

No futuro, tal como hoje, continuaremos a trabalhar

diariamente com especialistas em puericultura:

pediatras, psicólogos, educadores, com o objetivo de

conhecer sempre mais, de ir sempre mais longe. Para

compreender tendências, antecipar necessidades e

desenvolver soluções seguras e de elevada qualidade

para todos os momentos da vida de um bebé.

A Chicco é uma marca sólida e intemporal, que tem

atravessado diferentes tendências e fases de mercado

ao longo do tempo, mantendo-se sempre atual e fiel aos

seus valores e à sua missão.

Neste sentido, queremos continuar a ser a marca de

referência quando se pensa num bebé e a contribuir

para a sua felicidade. É esse o nosso compromisso

enquanto marca.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Foi em 1993 que a empresa nacional Proóptica começou a dar os primeiros passos, um percurso longo, pleno de desafios e conquistas

que transformaram uma empresa familiar, num distribuidor de referência no setor da óptica. Em entrevista com Luís Justino, diretor-

geral da Proóptica, percebemos que a grande missão desta empresa é criar, comercializar e distribuir produtos de requinte e distinção

de forma a constituírem uma verdadeira alternativa aos grandes grupos italianos.

proóptica

ÓCULOS QUE COMBINAM DESIGN, ESTILO E GLAMOUR

Para que possamos contextualizar os nossos

leitores, começo por lhe pedir que nos conte um

pouco da história da Proóptica – Sociedade de

Óptica e Representações SA?

Começámos por representar em Portugal o fabricante

espanhol Kadima, distribuindo marcas como Massimo

Dutti, Manolo Pertegaz ou Adagio. Vencemos dificuldades

típicas de uma empresa jovem, contrariámos as

estatísticas que anunciam que 90 por cento das

empresas desaparecem antes dos cinco primeiros anos

de vida. Lutámos sempre com garra e determinação!

Em 1995 e até 2000, aumentámos o portfólio de

marca em quantidade e qualidade, através da ligação

com o maior fabricante Francês da altura, Airess lunettes.

Distribuindo do mesmo grupo, marcas de elevada

notoriedade internacional, tais como Escada, Kenzo,

Dunhill, Galliano entre outras que permitiu ganhar elevada

experiência na distribuição selectiva. Mas em 2000,

o grupo faliu, ninguém podia prever o desfecho. Esse

momento foi ao mesmo tempo caótico e inspirador. Se

por um lado, vivemos um momento de crise, por outro

tivemos a oportunidade de perceber novos caminhos e

estruturar e organizar a nossa empresa.

No ano 2000, começámos a diversificar a nossa oferta

e incluir nas nossas unidades estratégicas de negócio os

acessórios de oficina e consumíveis. Iniciámos uma forte

relação estratégica com o Grupo Breitfeld & Schliekert,

o maior fabricante Europeu de acessórios, e que tem

desenvolvido até aos dias de hoje uma forte parceria na

distribuição dos produtos deste grupo, em Portugal e a

nível internacional.

Em 2001, iniciámos a estratégia de criação,

desenvolvimento e comercialização de Moda

Portuguesa de Eyewear, utilizando esta estratégia para

nos posicionar no mercado e constituir uma verdadeira

alternativa aos grandes grupos italianos.

Esta estratégia foi reforçada ao longo da última década,

representando hoje a nível nacional e internacional cinco

insígnias Portuguesas de renome, nomeadamente,

Dielmar, José António Tenente, Lanidor, Quebramar e

João Rolo.

A partir de 2004, demos início a uma parceria sólida com

alguns parceiros internacionais de elevada capacidade

tecnológica, design inovador e qualidade superior que

nos permitem representar em Portugal marcas de “high

end”, das quais destacamos: Tag Heuer, Fred, Jaguar,

Davidoff, Laura Biagiotti, Balmain, Cerrutti, Marius Morel,

entre outras.

Para reforçar a variedade do nosso portfólio e completar

a oferta aos nossos clientes, em 2009, fizemos uma

parceria com a Nikon, lentes oftálmicas, que nos

permitiu reforçar o posicionamento de elevada qualidade

e diferenciação tecnológica, bem como, criar o Service

Center - serviço integrado de soluções de oficina .

Este ano 2015, está a revelar-se igualmente um

marco bastante relevante no nosso percurso, com a

representação das marcas do principal grupo alemão

de armações, o Grupo Menrad, com Jaguar, Davidoff,

Morgan, Menrad e Joop!.

O que distingue as coleções da Proóptica das

restantes empresas do mesmo ramo?

A Proóptica é uma empresa com maturidade, que se

afirma hoje como parceiro de soluções completas e

integradas, através da oferta de um portefólio bem

estruturado e diferenciado de marcas e serviços. A

integração de quatro áreas de negócio diferentes,

mas complementares é uma das principais vantagens

competitivas e que permite responder às necessidades

dos nossos clientes de uma forma completa e integrada,

com preços justos, qualidade irrepreensível e focada no

serviço e na relação de proximidade.

Dividimos a nossa oferta em quatro unidades de

negócio:

1 - Armações e óculos de sol de marcas internacionais

de elevada notoriedade que se diferenciam pelos

detalhes requintados e tecnologia inovadora em

segmentos de luxo e semi-luxo, moda e consumo.

Armações e óculos de sol de marcas portuguesas com

notoriedade que oferecem um óptimo binómio preço /

qualidade num segmento de consumo.

2 - Acessórios de Oficina e complementos onde

apresentamos um catálogo completo, de fácil utilização,

com uma qualidade de produtos exemplar garantida

pela marca alemã Breitfeld & Schiekert.

3 - Lentes oftálmicas Nikon, com elevada notoriedade

junto dos consumidores finais, que permitem reforçar o

posicionamento de inovação e diferenciação tecnológica.

4 - Design+Arquitetura, focada na remodelação

e construção de mobiliário para ópticas e seus

Luís justinoDiretor Geral

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

complementos, com soluções à medida das

necessidades e expectativas do cliente.

Quais as principais marcas de renome

internacional com que trabalham?

Os fornecedores internacionais acreditam e confiam na

Proóptica, o que tem permitindo a conquista de grandes

marcas de elevada notoriedade.

As marcas internacionais permitem-nos apresentar

propostas criativas, de elevada notoriedade e com

qualidade irrepreensível.

Segmentamos estas marcas em três segmentos

diferenciados:

1 - Luxo: TAG Heuer, Jaguar, Fred, Gold&Wood, Frederic

Beausoleil e Davidoff;

2 - Moda: Laura Biagiotti, Cerruti e Balmain;

3 - Consumo: Marius Morel, Menrad, Nomad, Converse,

Joop e Morgan de Toi.

Nas lentes oftálmicas, trabalhamos com a marca nipónica

Nikon, com elevada notoriedade junto dos consumidores

finais, que permite reforçar o posicionamento de serviço

integrado.

Destacamos ainda a marca alemã de acessórios,

Breitfeld & Schiekert, reconhecida pela qualidade,

ergonomia, funcionalidade e distinção. Há mais de 80

anos que a marca inova nesta área para facilitar e cuidar

da rotina diária em oficina de óptica, criando igualmente

soluções para artigos desportivos: óculos de natação

e de mergulho graduáveis, e óculos graduáveis para a

prática desportiva em segurança e conforto (Progear).

É igualmente especialista em óculos de segurança ou

óculos pré-graduados.

Que razões levaram a Proóptica a apostar também

nas marcas nacionais?

A nossa aventura com as marcas Portuguesas remonta

a 2001, com a assinatura do primeiro contrato de

licenciamento com João Rôlo, seguiram-se José

António Tenente, Ana Salazar e, mais tarde as marcas,

Quebramar, Dielmar, Lanidor e Throttleman.

Quando iniciámos a aposta nestas marcas queríamos de

uma forma altruísta comunicar Portugal aos Portugueses,

ajudar a terminar com o preconceito do consumir

Português em Portugal. A paixão e orgulho que sempre

tivemos pelo nosso país incentivou-nos a dar força a

esta estratégia.

Apostar nas marcas nacionais significa acreditar em

Portugal e impulsionar a nossa economia.

Agora, conseguimos olhar para trás e fazer um balanço

muito positivo da estratégia desenvolvida. Passámos

de um preconceito generalizado no consumo das

marcas Portuguesas ao crescimento da confiança e da

credibilidade nos óculos de design Português. O design,

a qualidade acrescida a um preço justo e um bom

serviço pós-venda são os grandes responsáveis pelo

sucesso desta unidade de negócio.

Esta é uma empresa que também se especializou

no ramo de design + arquitectura de interiores de

ópticas, como se descreve e qual o objetivo deste

ramo?

Em 2013, para assinalar o 20º aniversário da empresa,

a Proóptica lançou uma nova área de negócios, Design

+ Arquitectura, que nos permitiu definitivamente

apresentar a Proóptica como uma empresa de soluções

integradas.

A Proóptica Design + Arquitetura é especializada em

remodelação de interiores de ópticas, sendo uma

alternativa credível na decoração e complementos. Esta

nova área nasceu conciliando a experiência de uma

equipa de profissionais dedicada com a credibilidade

da Proóptica nos mercados onde actua, procurando

satisfazer a necessidade latente da empresa em inovar

e adaptar-se ao mercado óptico com uma oferta mais

alargada de produtos e serviços.

Acreditamos que nesta área, o conhecimento que

temos do mercado e do negócio dos nossos parceiros

é fundamental para traduzir ideias em soluções ideais,

criando valor com propostas chave na mão.

A que se deve o atual sucesso da empresa? quais

os valores que vos definem?

O sucesso destes anos da Proóptica só foi possível

graças ao esforço, dedicação e trabalho de toda a

equipa, que tornaram esta empresa sólida e relacional.

A postura humilde e o respeito que temos pelos nossos

clientes, concorrentes, fornecedores e comunidade em

geral ajuda muito a integrarmo-nos no mercado de uma

forma saudável e séria. Durante todo o nosso percurso,

o focus do nosso negócio assentou fundamentalmente

nas pessoas e nas relações.

A atitude diferenciadora de antecipar as necessidades do

mercado, fez da Proóptica uma empresa empreendedora

e que aposta na inovação constante. Somos inovadores

não por termos Einstein’s na empresa, mas sobretudo

por termos equipas unidas que conversam entre si e

trocam conhecimento.

A internacionalização da Proóptica será uma

aposta futura? Se sim, quais os mercados de

maior interesse?

Hoje a internacionalização representa uma quota

importante nas vendas da empresa e continuará a ser

o focus da nossa estratégia integrada. Desenvolvemos

a internacionalização de uma forma sustentada e

comprometida com os mercados onde actuamos

preferencialmente: Espanha, Marrocos, Angola, Cabo

Verde e Moçambique.

Países que reconhecem a qualidade e as tecnologias

dos materiais explorados nas diferentes áreas que

oferecemos e que valorizam o compromisso com um

parceiro rigoroso e de confiança.

Que planos têm delineado para os próximos

tempos?

A Proóptica inova constantemente na forma como

actua no mercado. Queremos ser percebidos como

uma empresa que disponibiliza soluções integradas,

comprometida em encontrar soluções e novas

oportunidades para os seus parceiros. Nos próximos

tempos, continuaremos a apostar na sustentação

do mercado nacional com o lançamento de marcas

e produtos de relevo e na conquista de mercados

internacionais emergentes.

Queremos fazer mais, somos empreendedores

compulsivos! Inovamos! Da aposta na moda portuguesa,

às lentes Nikon, à Tag Heuer, aos Acessórios, à

internalização em Marrocos, Espanha, Angola, Cabo

Verde e a nova área de Arquitectura. Somos activos e

queremos fazer a diferença!

Com toda a certeza afirmamos, que nos próximos anos

podemos alterar a estratégia e decisões de negócio

da empresa, mas jamais iremos mudar a atitude e os

valores que sempre fizeram parte desta organização.

Os nossos clientes sabem que podem contar com uma

empresa madura, de confiança, séria, comprometida,

proativa, dinâmica e com uma equipa dedicada.

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Virtual Forum é sinónimo de software jurídico completo, para gestão de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Com o

programa iBase, a empresa ambiciona ser hoje um software de referência em todas as áreas jurídicas.

virtual forUm

Uma Base para o Software Jurídico

Há mais de uma década no mercado nacional,

e sedeada no coração da cidade de Braga,

a Virtual Forum tem como objetivo principal

o desenvolvimento de aplicações e serviços

informáticos em diversas áreas.

Foi logo após o lançamento da primeira aplicação

para o ramo jurídico, em 2005, que nasceu o iBase

AE (Agentes de Execução), pelas mãos do seu sócio

fundador e atual CEO da empresa, António Alvim.

O produto teve uma aceitação imediata no mercado,

e, naturalmente, a família de soluções iBase foi-se

expandido para uma adaptação às especificidades

das várias áreas jurídicas. O iBase chega aos dias de

hoje com diferentes soluções exclusivas para agentes

de execução, advogados, administradores judiciais,

departamentos de mediação legal e leiloeiras, tendo

ainda servidores de alta performance e largura de banda

dedicados a todo este universo, de forma a assegurar a

melhor experiência, enquanto acede às aplicações web,

assim como a partilha de informação.

No ano de 2008 a empresa dedica-se à exploração de

um novo mercado, que vem, àquela data, complementar

a área jurídica: o ramo das insolvências e dos

administradores judiciais, que precisavam, já na altura,

de bastante apoio.

Entre 2013 e 2014, conforme nos conta António Alvim,

“deu-se o maior boom de penetração do iBase na área

dos administradores judiciais. Estes veem no iBase uma

ferramenta com condições diferenciadoras de acesso a

uma aplicação que vem facilitar a sua atividade”.

iBase e a interligação globalFalamos de um dos mais completos softwares jurídicos

para advogados, agentes de execução e administradores

judiciais, que ambiciona ser uma referência, tornando

possível a partilha de informação entre profissionais e

clientes ao longo do ciclo de vida de todas as fases de

um processo.

Ter uma plataforma informática de referência nacional,

que permita a interligação entre os diversos intervenientes

e agentes da justiça. Esta é uma das principais missões

da VirtualForum e, consequentemente, do iBase, para os

tempos vindouros.

“O nosso caminho é o desenvolvimento destas

ferramentas, para que todos estes agentes tenham um

bom sistema de gestão para o seu próprio escritório,

permitindo-lhes dar resposta aos seus clientes,

baseando-se sempre no nosso produto: o iBase. Por

outro lado, pretendemos que esta venha a ser uma

plataforma global, facultando aos intervenientes uma

fácil comunicação”, afirma o CEO da empresa.

A Virtual Forum continua a dar cartas na área jurídica,

mostrando provas de confiança a todo o seu leque de

clientes. A empresa desenvolveu, recentemente, um

sistema que permite a interligação entre escritórios de

advogados e a Banca, bem como um outro, que efetua

a integração da informação processual de diversos

escritórios de agentes de execução, utilizadores do

iBase, com uma instituição financeira, permitindo a esta

o acompanhamento diário dos seus processos.

Software ‘moldado’ por medidaA já designada ‘família iBase’, por forma a resolver os

problemas diários das diversas áreas jurídicas, construiu

iBases moldados a cada uma destas atividades.

“Temos um iBase dirigido aos advogados, um iBase

dirigido aos administradores judiciais, um iBase dirigido

aos agentes de execução e um outro dirigido a

leiloeiros”, esclarece o gerente.

Ao contrário da generalidade deste modelo de

softwares, que acabam por englobar tudo dentro do

mesmo serviço, o iBase oferece uma resposta mais

personalizada e mais direcionada para as necessidades

específicas de cada um destes mercados.

“A manutenção e investimento que temos são bastante

grandes, mas conseguimos ter um produto diferenciador,

desenvolvemos softwares específicos para cada área,

vamos ao pormenor, quer na área da execução, como

António AlvimFundador e CEO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

na das insolvências ou da advocacia”, afirma António

Alvim. “Construímos iBases moldados a cada uma

destas atividades”, sublinha.

O iBASE cumpre todas as normas relativas à certificação

de software de faturação, tendo obtido o certificado

número 24 pela DGCI, sendo das primeiras empresas

em Portugal a ter o seu software certificado.

O que de verdade importaCom uma equipa de 10 elementos para gerir (mais um

grupo de cinco pessoas subcontratadas nos projetos

fora da vertente do iBase e sempre que assim é

necessário), o CEO não esconde que, o que de verdade

importa, é “sermos bons, e, se possível, os melhores.

Acreditamos que tudo é possível!”.

Trabalho e honestidade são duas palavras de ordem

quando nos referimos aos valores da Virtual Forum.

A preocupação com o cliente é constante, sempre em

busca de um reconhecimento de satisfação por parte

deste. O facto de dispor de um produto diferenciador,

acarreta também a responsabilidade de transmitir uma

forte confiança ao cliente e mostrar-lhe todo o pós-

venda de um software.

Do mesmo modo, é também constante a busca pelo

acompanhamento da tecnologia, que deve ser feita

diariamente, num mundo que, também ele está em

constante avanço tecnológico. No fundo, “trabalhamos

para podermos ter menos trabalho”, denota o

engenheiro. “Só estando sempre atualizados é que

conseguimos ter um produto adaptado à realidade.

Temos de saber muito”, acrescenta ainda.

Investindo ainda na formação contínua, a empresa

dispõe de programadores, helpdesk e formadores com

experiência profissional e académica.

Para além das suas áreas de formação, todos os

recursos da Virtual Forum procuram constantemente um

maior conhecimento na área jurídica e do direito, por

forma a serem bem conhecedores das necessidades

específicas dos seus clientes nas diversas áreas, dando

como exemplo o conhecimento bastante profundo do

CPC (Código do Processo Civil) ou do CIRE (Código de

Insolvências e Recuperação de Empresas).

Experiência consolidadaAntónio Alvim, engenheiro de formação, já esteve

inclusive ligado à indústria do calçado, onde desenvolveu

todo o software de gestão ‘Enter’. Nele trabalhou a

gestão das encomendas, o planeamento e compra das

matérias-primas, passando pelo controlo nas linhas de

produção até aos stocks, vendas e tesouraria.

Desses dez anos que viveu à frente do departamento

informático, lado a lado com o planeamento e controlo

de gestão de uma grande empresa da área do calçado,

confessa ter trazido consigo uma grande “mais valia e

know-how”, úteis nos dias de hoje.

Depois de ter desenvolvido ainda software para a área

da educação, em escolas, especializou-se, por fim, na

vertente jurídica.

É um entusiasta dos livros, recomendando aos jovens

empreendedores a leitura de livros como ‘Mavericks no

Trabalho’, de Polly LaBarre e William Taylor, ou ‘O meu

MBA’ de Josh Kaufman.

Na Virtual Forum, a missão continua a ser a de

desenvolver aplicações informáticas diferenciadoras

que contribuam para o aumento da produtividade dos

clientes e que apoiem na gestão integral dos seus

escritórios. Tendo sempre como objetivo a satisfação

desses mesmos clientes, a linha de produto iBase irá

continuar a trabalhar nas diferentes soluções dedicadas

às mais variadas áreas de atuação jurídica.

Quanto à internacionalização, está já nos horizontes de

futuro, mas não a curto prazo. A empresa já conquistou as

ilhas e já efetuou contactos com Angola e Moçambique,

mas, por enquanto, “é consolidar o trabalho que está

feito no continente português”, conclui, satisfeito,

António Alvim.

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Começou por ser uma pequena oficina, mas

com muito esforço e dedicação por parte dos

seus fundadores, a J&J Santos possui hoje

uma reputação nacional invejável, sendo uma

empresa de referência na área em que atua.

“Somos uma empresa familiar, que começou com muito

sacrifício, mas gradualmente começámos a ganhar

o respeito do mercado e a credibilidade necessária

para termos chegado onde chegamos. Pretendemos

ainda mais”, começa por nos contar Licínio Ferreira,

que trabalha na J&J Santos desde 1993 tendo

acompanhado de perto a evolução da empresa.

Implementada solidamente a nível nacional, Licínio

Ferreira confessa que já realizaram algumas exportações

sobretudo para Espanha, Togo, Moçambique, Angola,

Cabo Verde e Brasil e que o próximo passo passa por

Criada em 1982, por Joaquim e Jerónimo Santos, sócios e irmãos, a J&J Santos é uma empresa sediada em Caldas de São Jorge, Santa

Maria da Feira, dedicada à fabricação de maquinaria e tecnologia de empacotamento de uma larga e diversificada gama de produtos.

j&j santos

Referência nacional na fabricação de maquinaria de empacotamento

criar infraestruturas para internacionalização.

“O nosso mercado tem sido desde sempre nacional

apesar de esporadicamente exportar. Estamos a criar

condições para internacionalização, no entanto a

necessidade de criar infraestruturas para dar resposta

positiva. A nível técnico e comercial é um processo

moroso e que deve ser solidificado. Não estamos a

falar de bens de consumo imediato, são equipamentos

para uso industrial e cujo a finalidade é aumentar a

produção e qualidade que estão sujeitos a desgaste,

algumas questões técnicas e tem que haver todo o

apoio necessário. Esse é o próximo passo.”, acrescenta

confirmando que a “internacionalização não é uma

prioridade atual da empresa, mas sim um objetivo de

futuro. Dispomos de assistência pós-venda damos todo

apoio necessário aos nossos clientes. Trabalhamos com

marcas de material elétrico e eletrónico e mecânico

que nos dão garantia de qualidade, o que é relevante

por questões de fiabilidade e serviço de assistência

pós venda, evitando assim problemas e paragens que

podem causar enormes prejuízos e incómodos”, explica

Licínio Ferreira reafirmando que no final o importante

é o cliente sentir que esta apoiado e satisfeito após

aquisição do equipamento.

Como é um setor em constante evolução, Licínio Ferreira

frisa que neste tipo de empresa é crucial manterem-

se atualizados e acompanharem de perto a evolução

tecnológica na construção deste tipo de maquinaria.

“Como trabalhamos com tecnologia é importante

estarmos atentos à sua evolução, de outra forma o

negócio sai prejudicado. Trabalhamos com máquinas

que constroem máquinas, existem novos materiais,

novas tecnologias, mesmo a nível de desenho existem

novas ferramentas de apoio, desenhos em 3D que já

conseguimos fazer uma simulação, há muita coisa

que pode efetivamente melhorar o nosso trabalho em

termos de qualidade e fiabilidade”.

O futuro da J&J Santos, confessa, passa por aumentar

desde logo a capacidade de resposta nos processos de

fabrico, no apoio técnico, na parte comercial e aumentar

no fundo o volume de negócios e a qualidade.

“Neste momento trabalham na nossa empresa cerca de

14 colaboradores e não é fácil encontrarmos pessoas

qualificadas neste tipo de trabalho. Damos formação e

temos vários centros de formação na empresa como

a CINCORK- Centro Tecnológico da Cortiça, o Centro

de Formação de Riomeão de Espinho e de Vale de

Cambra.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

A BASF é a empresa química líder a nível mundial, oferecendo aos seus clientes soluções inteligentes e produtos de alta qualidade.

Atualmente, a BASF comercializa em Portugal a sua vasta gama de produtos através de duas empresas e uma delegação, nas quais

trabalham cerca de 70 colaboradores. Em todos os âmbitos da sua atividade a BASF opera dando prioridade a aspetos como a

qualidade, a segurança, a saúde e o ambiente. A Revista Business Portugal conversou com Gunther Sthamer, managing director desta

multinacional alemã.

basf

“we create chemistry”

Para que possamos contextualizar os nossos

leitores, começava esta entrevista por lhe pedir

que nos contasse como nasce a BASF e como

chega a empresa a Portugal.

A empresa foi fundada em Mannheim, na Alemanha, no

dia 6 de abril de 1865 com o nome de ‘Badische Anilin

& Soda Fabrik’ (Fábrica de Anilinas e Soda da Região

de Baden), para produzir corantes para a indústria têxtil.

No decorrer da história da empresa o portfólio e a

internacionalização evoluiu, e assim se estabeleceu a

posição como líder mundial no setor químico.

Há 67 anos a multinacional alemã BASF, criou uma

afiliada em Portugal, com sede na cidade do Porto,

gunther sthamerManaging Director

com o objetivo de ajudar os seus clientes nas mais

diversas áreas de negócio. Portugal tornou-se desta

forma um dos primeiros países europeus com os quais

a Alemanha estabeleceu relações comerciais após a

Segunda Guerra Mundial.

Hoje em dia, a BASF em Portugal tem dois centros de

negócio, Lisboa e Porto, emprega cerca de 70 pessoas,

e assume-se como um parceiro no fornecimento de

soluções inteligentes e produtos de alta qualidade.

“We create chemistry”: esta é a melhor forma de

caracterizarmos a BASF?

Sim, o nosso novo claim demonstra a evolução da

BASF! “We create chemistry for a sustainable future”, em

português, “criamos química para um futuro sustentável”.

Temos a responsabilidade e a visão para que a

nossa empresa possa investir num futuro sustentável.

Conjugamos sucesso económico, responsabilidade

social e proteção ambiental e, para além disso,

permitimos, através da ciência e da inovação, que os

nossos clientes, de quase todos os setores de atividade

industrial, satisfaçam as necessidades presentes e

futuras da sociedade em que vivemos.

A BASF acredita na inovação e investigação. Em

2014 a empresa investiu 1.884.000 de euros no

desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, e

emprega mais de 10 mil profissionais nesta área.

Em que áreas atuam?

A BASF Portuguesa oferece uma vasta gama de produtos

e está presente na indústria automóvel, com uma oferta

de plásticos, pinturas e aditivos; nas indústrias têxtil e do

calçado; na indústria do processamento de papel, na

área agrícola, com fungicidas, herbicidas e inseticidas;

na indústria química; na indústria da construção; na área

do conforto; na indústria alimentar e na indústria de

produtos de limpeza, entre outros.

Como tem evoluído este mercado tão específico e,

ao mesmo tempo, tão abrangente?

Não vejo o mercado de produtos químicos como

um mercado tão específico, pois no nosso dia a

dia encontramos praticamente em cada momento

‘químicos’, mesmo sem nos apercebermos.

Estão no nosso carro, na nossa roupa, em nossa

casa, nos cosméticos, nos brinquedos, nos produtos

de limpeza, no papel, na energia que consumimos,

por conseguinte, em toda a parte. O nosso mercado

está diretamente vinculado ao desenvolvimento das

economias mundiais.

A conetividade é o vosso principal valor? De que

forma?

Para a BASF a ética é muito importante, tanto a nível de

recursos humanos como também nas suas regras de

negócios, mas isso subentende-se.

Quanto à conetividade, sim, é um valor indispensável no

nosso trabalho em equipa e em conjunto com os nossos

parceiros.

Sempre foi e continuará a ser uma característica básica

da nossa empresa estar em contacto com clientes e

parceiros, só assim podemos aprender e trabalhar para

inovações e soluções sustentáveis.

Como exemplo, lançamos por ocasião do nosso 150º

aniversário, a plataforma Creator Space ™.

De acordo com o objetivo da empresa “We create

chemistry for a sustainable future” , o objetivo da BASF

consiste em reunir pessoas e ideias num processo de

cocriação.

Até 2050 haverá mais de nove mil milhões de

pessoas a viver no planeta terra. As necessidades

da população mundial em crescimento em termos

de boas condições de vida, energia e alimentação

só podem ser satisfeitas através da existência de

inovações. A BASF identificou estes três temas nos

quais a química desempenha um papel importante e

que estarão no centro do programa do aniversário. Para

incentivar o debate, a empresa lançou uma plataforma

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

interativa online denominada ‘Creator Space™’, em

www.creator-space.basf.com. Através deste espaço

clientes, cientistas, público e especialistas da BASF são

convidados a trocarem impressões e ideias.

As opiniões que resultarem do debate online servirão de

base a debates em vários eventos de cocriação, virtuais

e ao vivo, em todo o mundo. O objetivo consiste em

usar esta comemoração para impulsionar a inovação

e efetuar um contributo duradouro para a sociedade e

para os negócios da BASF.

O Creator Space™ online é uma plataforma de internet

para ligar pessoas em todo o mundo, destinada ao

intercâmbio de ideias relativamente a dez desafios de

cocriação transversais aos três temas do aniversário:

Vida Urbana, Energia Inteligente e Alimentação.

O Creator Space™ online permitirá aos participantes

acompanhar, visualizar, debater e modelar o

desenvolvimento e resultados de diferentes atividades

de cocriação.

São já 150 anos de BASF. Que balanço faz deste

século e meio?

A BASF inventou importantes produtos desde o início

das suas atividades, como por exemplo o corante

azul índigo sintético que todos conhecemos dos ‘blue

jeans’que usamos, o Styropor (poliestireno expansível

para isolamentos) ou a fita magnética que nos

acompanhou durante muitos anos.

A empresa nunca parou de investir, adquirir e crescer.

Como exemplos de grandes aquisições podemos

mencionar a Ciba Specialty Chemicals, a Degussa

Construction Chemicals , a Johnson Polymers e a

Cognis, que hoje em dia fazem parte do Grupo BASF,

e contribuíram para a tornar na empresa química líder

a nível mundial.

Desta forma a BASF aproximou-se da sua meta de se

transformar numa empresa que oferece não só produtos

químicos, mas também soluções a um mundo em

constante evolução e crescimento.

Que caminhos há ainda a percorrer?

Em 2050, mais de nove mil milhões de pessoas

viverão no nosso planeta. A população mundial e as

suas necessidades continuarão a crescer, no entanto

os recursos naturais do planeta são limitados. Se não

houver uma mudança, serão necessários quase três

planetas como o nosso para satisfazer as necessidades

da população. Isso representará enormes desafios

globais.

Vemos três grandes setores, nos quais as inovações

baseadas na nossa química irão desempenhar um papel

fundamental.

Recursos naturais, meio ambiente: a crescente e imensa

necessidade de energia é um dos desafios mundiais

mais urgentes. Além disso, o acesso a água potável e

a outros recursos não renováveis está a tornar-se cada

vez mais importante.

Qualidade de vida: o crescimento demográfico e a

globalização representam outros desafios. As aspirações

são consideravelmente diferentes de uma região para

outra e entre os diversos grupos sociais, mas existe uma

ambição comum: as pessoas querem melhorar a sua

qualidade de vida individual.

Alimentos e nutrição: uma crescente população mundial

precisa obviamente de mais alimentos. E será necessário

aumentar a qualidade nutricional

A nossa posição diferenciada como uma empresa

química global integrada, cria oportunidades para todas

as três áreas mencionadas anteriormente no desafio

mundial.

Por onde passa o futuro da BASF?

O nosso objetivo, os nossos princípios e valores

estratégicos proporcionam-nos a base sólida de que

precisamos para prosseguir. Tudo isso, aliado à nossa

experiência em química, irá assegurar o nosso sucesso

futuro.

É de salientar também, que a BASF se sente orgulhosa

por ter uma equipa de colaboradores excecional, quer

a nível global quer em Portugal, que é o pilar para o

sucesso do passado e do futuro.

Somos a empresa química líder mundial, com as

melhores equipas em desenvolvimento de soluções

inteligentes para os nossos clientes e para um futuro

sustentável

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Em pleno coração da Bairrada, Luís Pato

cultiva 60 hectares de vinha que herdou da

família: “é um negócio que, presumo, venha

desde o século XVIII”, explica o vitivinicultor.

Antigamente, “era tradição o cultivo da vinha passar

de pais para filhos. No meu caso, a grande alteração

que fiz em relação ao meu pai, foi concentrar-me no

cultivo da vinha e deixar de lado as restantes produções

agrícolas”, revela Luís Pato, que optou por dar à marca o

seu próprio nome. Produziu o primeiro vinho em 1980,

mas ainda como hobbie. Hoje, encara com orgulho o

facto desse vinho “ainda estar vivo”, destacando assim,

“a grande virtude da Baga, por ser uma casta com

grande longevidade (...). A vantagem da Baga é resultar

em vinhos que enobrecem com o tempo”, explica o

interlocutor.

Recorre à história de Portugal para justificar o seu

percurso enquanto vitivinicultor, já que durante anos foi

engenheiro químico de profissão, não se considerando

um enólogo, mas sim um “experimentalista”. Para ele, “os

vinhos portugueses têm algumas vantagens que não têm

sido exploradas, como é a sua diferenciação em relação

aos outros. Não temos Cabernet, mas temos Baga, que

é diferente, mas faz vinhos do mesmo nível do Cabernet,

em França. A minha teoria é que a Baga veio para cá

com os monges Cister, mandados vir pelo rei D. Afonso

Henriques. Sofreu mutações ao longo dos séculos, mas

resistiu às mudanças climáticas, às doenças e ao próprio

Os registos indicam que a família Pato começou a produzir vinho, pelo menos desde o século XVIII, na Quinta do Ribeirinho. Hoje, Luís

Pato produz 30 vinhos que chegam aos quatro cantos do mundo.

luís pato

O produtor rebelde que alia tradição à arte de inovar

Homem. Desde o início, apostei na casta Baga como

sendo a identificadora da zona da Bairrada e, felizmente,

nos últimos anos, o reconhecimento internacional da

casta” mostrou que Luís Pato está no caminho certo.

Decidiu dedicar-se à produção de vinhos, de forma

exclusiva, após a morte do pai. “O meu pai achava que

por eu ser formado em engenharia química seria um

fazedor de vinho sem uvas. O que é interessante é que

faço vinho com menos adição de produtos químicos do

que o meu pai fazia. É uma questão de conhecimento,

que hoje é muito mais avançado do que no tempo dele”.

Luís Pato intitula-se o “produtor rebelde” por ter

“estudado nos tempos rebeldes do maio de 68 em

França”. Esta postura reflete-se no trabalho enquanto

vitivinicultor, através das experiências que têm resultado

em novos vinhos. “Com as minhas viagens ganhei

novas visões culturais, e fui tentando fazer vinhos que

se adaptassem às diferentes culturas. Todos os anos

faço uma experiência nova. O primeiro vinho tinto de

uva branca feito no mundo foi feito por mim”, refere

Luís Pato. O facto de ser o provador mais antigo

da Internacional Wine Challenge, a maior prova de

vinhos do mundo, onde foi o primeiro participante

proveniente de um país a não falar inglês, contribuiu

como “guia na forma de olhar e conhecer os vinhos”.

Atualmente, está prestes a lançar para o mercado o

resultado da mais recente investigação: “um espumante

só com uma fermentação. Comecei em 2012, e julgo

que este ano tenho a solução total na mão”, explica o

vitivinicultor, acrescentando como uma mais valia para

as suas inovações, o facto de unir “o velho mundo com

o novo mundo, tentando fazer o melhor, com qualidade

e o mais perfeito possível”, ressalva.

Bairrada: O papel da Baga e do

enoturismoO espumante tem levado o nome da Bairrada além

fronteiras. Luís Pato explica que a região “tem condições

excelentes para produzir brancos e espumantes. O

espumante da Bairrada tem a obrigação de ser o melhor

do país, porque é a única região, em Portugal, que tem

condições climáticas para manter uma boa acidez,

fundamental num espumante e, além disso, tem solos

que só existem em Champagne. Temos a obrigação

de fazer vinhos tão bons como os de Champagne,

sendo o objetivo daqui a 20 anos, conseguir vender

a preços de Champagne. Os espumantes da Bairrada

têm melhorado, nos últimos cinco anos, enormemente.

A casta que vai impulsionar a Bairrada é a Baga”, facto

que deve, igualmente, ser aliado ao enoturismo em

Portugal. No entender do interlocutor, “o enoturismo

é importante para o país, que sendo pequeno tem,

contudo, uma diversidade enorme, permitindo num

curto espaço de tempo, a visita a várias regiões onde

são produzidos vinhos muito diferentes, uma variedade

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

luís patoAdministrador

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que não existe em mais nenhum lugar do mundo”,

salienta o vitivinicultor Luís Pato, que já percorreu as

zonas vitivinícolas mais importantes a nível mundial.

Luís Pato espalhado pelo mundoNos 60 hectares de vinha estão plantadas as castas

Baga, Touriga Nacional e Tinto Cão nas variedades tintas,

e as castas Maria Gomes, Bical, Cercial da Bairrada e

Sercialinho nas variedades brancas. “Exportamos para

20 países, sobretudo para países fora do mercado

da União Europeia. Os Estados Unidos são o primeiro

mercado, Macau o segundo, Brasil e Noruega os

terceiros. Tailândia, Austrália, Singapura e Japão são

bons mercados. O Pé Franco, por exemplo, obteve

95 pontos do Robert Parker e isso influencia muito

a compra, sobretudo dos americanos, brasileiros e

asiáticos”, revelou o vitivinicultor. Na Europa, Espanha e

França são também países que já consomem os vinhos

Luís Pato. O crescimento fora de Portugal está aliado

à inovação, e o vitivinicultor revela que “há vinhos que

faço praticamente adaptados ao mercado externo”,

dando como exemplo, o caso do Japão, um país que

“tem um grande respeito pelos portugueses. Fui parar ao

Japão porque houve um cliente que quis comprar vinho,

e começámos a fazer negócio, um negócio a prazo.

Os japoneses têm uma cultura super organizada, vale

a pena apostar no Japão”, revela o interlocutor. É um

produtor que se considera um emigrante pelo menos

quatro meses por ano, e a partir de agora, vai integrar

nesta viagem, uma das filhas. O objetivo é acompanhar

e seguir os passos do pai, em Portugal e no exterior,

seguindo a tradição de família, dando continuidade ao

cultivo da vinha e à produção dos vinhos Luís Pato.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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Como conseguiram chegar a esse patamar?

Conseguimos com muito investimento em novos

processos, tecnologias e produtos, pois só assim é

possível sempre na vanguarda desta indústria. O nosso

sucesso também resulta da estratégia de integração

vertical da actividade, ou seja, controlamos todo o

processo desde a floresta até à cave, eliminando

Fundada em 1972 pelo presidente executivo da empresa Manuel Alves da Silva. A MASilva começou por ser uma “empresa de cariz

familiar que foi crescendo de forma sustentada”. Prémio PME Excelência 2014 e Best Wine Industry Suppliers 2015 (entre outros

prémios e galardões) hoje “encontra-se entre os principais fornecedores mundiais de rolhas naturais e técnicas de cortiça”, afirma José

Oliveira, diretor geral da M.A. Silva.

m.a. silva

CORTIÇA DE ALTA QUALIDADE DE MOZELOS PARA O MUNDO

intermediários da cadeia de fornecimento. Desde o

ano 2000 que aplicamos seguimos esta estratégia,

aproximando-nos cada vez mais do consumidor final

(a indústria vitivinícola) e com bastante sucesso. Posto

isto, conseguimos criar e consolidar uma imagem de

credibilidade e de qualidade que perdura.

Indicou que investem os lucros na própria empresa.

Qual foi o último investimento que fizeram?

Sim. O presidente da M.A. Silva não tira os dividendos,

reinveste os lucros na empresa e todos os investimentos

são muito bem estudados e estruturados. No ano

passado fizemos um investimento de dois milhões de

euros na nossa unidade de Alter o Chão, Portalegre,

aumentando a sua área para 60.000 m2 e também

investimos em empresas no estrangeiro de forma a

podermos controlar os canais de distribuição e promover

o crescimento orgânico do grupo; só desta forma é que

podemos continuar a ocupar os lugares cimeiros na

indústria das rolhas de cortiça.

O que motivou esse investimento?

Expansão. Anteriormente a matéria-prima era comprada

no Sul e era estabilizada no estaleiro em Mozelos, Santa

Maria da Feira, no norte do país. A partir do momento

em que foi concluído o investimento inicial em Alter

do Chão, no ano de 2004, passamos a fazer esse

processo nessa unidade no sul e comprovamos que

além de a qualidade do produto aumentar também

conseguimos distanciar-nos ainda mais da concorrência.

O crescimento das vendas tem de ser suportado pelo

aumento da capacidade a montante.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

José oliveiraDiretor Geral

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A M.A. Silva é uma empresa certificada e premiada. Como encara este

reconhecimento?

Para a M.A. Silva serve de estímulo para trabalharmos cada vez melhor. Temos por base

a melhoria contínua a todos os níveis. Apostamos em aplicar os melhores sistemas de

qualidade e primamos pela eficiência operacional. Temos alguns exemplos, nesta indústria,

que infelizmente não correram bem e que já não existem, e nós não queremos passar

por algo semelhante. Daí a nossa preocupação constante com o crescimento sustentado.

A aposta na exportação foi um passo decisivo para a afirmação da M.A. Silva no

mercado?

A exportação é uma condição ‘sine qua non’ que necessita de vários mercados para

minimizar o efeito de sazonalidade. Para uma empresa como a MASilva que trabalha

a matéria-prima em bruto é necessário ter vários mercados, não só para combater a

sazonalidade, mas também para conseguir o equilíbrio da rentabilidade e ser competitivos

em mercados com exigências diferentes. Precisamos de clientes que utilizem rolhas de

todas as gamas, desde a de entrada até à gama mais elevada para garantir um ambiente

competitivo.

Quais são os vossos principais mercados?

Os principais mercados são os Estados Unidos da América, Espanha, Portugal, França e

Alemanha. Todas as rolhas passam por estas instalações; depois vão para as nossas filiais

no estrangeiro, com fábricas em vários países que fazem o acabamento; ou seja, estão no

lugar dos nossos antigos importadores/distribuidores.

Onde estão localizadas as essas empresas?

Nos Estados Unidos, que é o principal, no Chile e Brasil; na europa: Portugal, Espanha e

França; na Austrália e fizemos uma nova aposta na China. A entrada no mercado chinês é

complicada, mas acredito que vai valer a pena porque a indústria vitivinícola na China vai

crescer exponencialmente já nos próximos anos.

Pode explicar o processo de produção entre esta fábrica e as demais?

Aqui, em Mozelos, tratamos essencialmente da transformação; em Alter do Chão é

feita a chamada primeira preparação da cortiça: a cozedura da cortiça e a paletização.

Posteriormente vem para o norte para a transformação: uma parte vai para as rolhas

naturais e as cortiças mais finas são utilizadas para discos e para fazer aglomerado de

cortiça para as denominadas ‘rolhas técnicas’. Estes processos permitem que utilizemos

praticamente toda a cortiça. Daqui segue a mercadoria para todo o país e estrangeiro (filiais

e clientes directos).

Quantos funcionários compõem o quadro desta empresa?

Temos 215 postos de trabalho diretos, 180 dos quais em Portugal, fora os trabalhadores

indiretos. A unidade do Alentejo emprega 31 pessoas, o que é muito significativo para

essa região.

Como já observamos, a M.A. SILVA prima pela expansão e aposta no mercado

nacional e estrangeiro. Como vê a empresa daqui a dez anos?

Acredito que o investimento no mercado chinês já estará a trazer retorno daqui a dez anos.

Além disso, como o nosso produto é destinado à vitivinicultura, ele está muito ligado à

evolução do mercado de produção e consumo de vinhos que obviamente não vai acabar,

antes pelo contrário, está em crescimento. O decréscimo no consumo que se verifica em

alguns mercados será compensado e ultrapassado em outras geografias, sobretudo em

países emergentes. Houve e continuará a haver muito investimento em tecnologia para

melhorar a qualidade e preservação da cortiça e a M.A. Silva continuará a produzir as

melhores rolhas de cortiça natural.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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a be

ira

baix

a

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Vasto, de vales cavados e profundos, e de grandiosas planícies, o território

designado por Beira Baixa, composto pelos concelhos de Castelo Branco,

Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão

está situado no centro do país, junto a fronteira com Espanha, sendo delimitado

a norte, pela Serra da Gardunha e a sul pela planície alentejana. Tradicionalmente,

responsável, pelo êxodo migratório para o litoral, o interior é acusado, de não incentivar

os investimentos e de prejudicar o progresso económico e o desenvolvimento social.

Esta região, graças aos seus importantes recursos hídricos, à fertilidade dos seus solos,

à floresta, à exuberância das suas paisagens naturais e construídas, à atratividade

turística e ao paladar saboroso da sua versátil gastronomia, tem sabido, ultrapassar

essa aparente desvantagem. A existência de vias de comunicação, com excelentes

condições de segurança, e a linha ferroviária da Beira Baixa, facilitam o acesso, a todos

os que a desejam visitar, seduzidos pela beleza do território, de tão cativante região,

paisagem, que se pode apreciar em todo o esplendor, no Geopark Naturtejo, que

oferece uma grande variedade de produtos turísticos, e tem como principais mais valias,

a natureza e um excelente conjunto de instalações, equipamentos e serviços. Hoje,

devido à recente evolução local, alicerçada nas riquezas naturais, nas infraestruturas,

polos industriais revitalizados e na sua localização geográfica (aproximadamente à

mesma distância de Lisboa, Porto e Madrid), reconhece-se, que este é um território

aliciante, para os apoios, ao investimento em novas oportunidades, um espaço, onde a

inovação e o crescimento económico, encontraram terreno fecundo e produtivo. Nesta

edição damos destaque a Idanha-a-Nova. Conheça melhor esta região de Portugal.

Fonte: CIBB

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A BEIRA BAIXA

É assim que Maria Helena Silva, presidente da Junta de Freguesia de Proença-a-Velha, defende ser o seu compromisso.

junta de freguesia de proença-a-velha

“como Presidentes temos que ser os primeiros a servir e da melhor forma”

E para darmos a conhecer a essência desta

freguesia, a presidente apresentou-nos as suas

características e algumas das tradições mais

simbólicas.

Neste sentido, falamos de uma freguesia fisicamente

pequena, atualmente com 220 habitantes, mas com

uma história e cultura bastante enraizadas.

Num primeiro plano, a presidente distingue que

Proença-a-Velha e as suas gentes são puro reflexo do

orgulho pelo passado, que também se caracterizam pela

sua vivência quotidiana traduzida na confiança por um

futuro mais promissor.

Como uma freguesia muito dinâmica, cuja principal

atividade é a agricultura de subsistência, Proença-a-

Velha realiza um evento que a presidente considera

ser um dos maiores do país: o Festival das Sopas

Tradicionais. Este é já considerado o maior certame

nacional dedicado a sopas, em que são consumidos

milhares de litros de sopa pelos muitos visitantes que

marcam presença e que, por sua vez, aproveitam o bom

tempo para desfrutar da gastronomia deste concelho.

Ali, particulares, instituições e restauração de toda a

região põem à prova os seus dotes culinários na eleição

das melhores sopas locais. “É um festival de referência

para a freguesia que só este ano reuniu 114 sopas em

que foram consumidos mais de três mil litros e tivemos

visitantes provindos de todo o lado”, salienta Helena

Silva.

Para além deste certame, das atividades de referência,

a presidente destaca ainda o Festival do Azeite e

Fumeiro e o Festival dos Acordeonistas e Tocadores de

Concertinas, eventos únicos e já enraizados na freguesia.

E porque falamos em tradição, não podíamos deixar

de referir o prestigiante Núcleo do Azeite/Lagar que a

presidente afirma ser ímpar no país, sendo excelente

exemplar de arraial beirão que, além das funcionalidades

tradicionais, “possui quatro tecnologias diferentes

do azeite: o lagar hidráulico, o lagar de varas, o lagar

mecânico e um lagar de linha de extracção contínua que

tem uma funcionalidade didática e permite explicar qual

o ciclo do azeite”, esclarece Helena Silva. Este complexo

simboliza uma aldeia tipicamente agrícola que teve a sua

importância num passado recente e que diz muito às

vivências quotidianas dos proencenses.

Dentro do património religioso, a nossa interlocutora

evidencia as várias capelas espalhadas pela freguesia,

igrejas históricas, uma Misericórdia secular com 515

anos “e uma série de lugares com muita história e

antiguidade dignos de serem admirados”, afirma a

nossa interlocutora.

Para além dos locais referidos, nesta aldeia podemos

ainda observar o edifício escolar, obra do Estado Novo,

ladeado pelo polidesportivo da freguesia, um Centro

de Dia, uma extensão de saúde, entre outros serviços.

Perante todas estas valências, Helena Silva distingue que

a população proencense vive muito os acontecimentos

locais e agarra-se à sua terra de forma inigualável

“porque faz parte da sua identidade e isso para mim,

como natural de cá, é um orgulho muito grande” salienta.

Relativamente às obras realizadas pela Junta, a

presidente identifica os espaços públicos, como

ajardinamentos, a requalificação de locais públicos onde

as pessoas se sintam bem “e temos agora um projeto

em mãos que é a Quinta da Nora que, em colaboração

com a Câmara Municipal, vamos tentar fazer daquele

um espaço digno para receber festivais e que, de igual

forma, seja um local em que a população possa usufruir

durante o ano”, explica.

E porque o seu comprometimento com as pessoas

é ajuda-las naquilo que estas precisam, mantendo e

melhorando sempre as suas necessidades básicas,

a presidente garante que daqui em diante continuará

atenta a todas oportunidades que possam proporcionar

melhor a qualidade de vida à população. A par disso,

Helena Silva adianta que o futuro passa também por

uma maior aposta no turismo rural.

maria helena silvaPresidente

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A BEIRA BAIXA

Começamos então por desvendar as duas

regiões. Idanha-a-Nova encontra-se na região

centro e sub-região da Beira Interior Sul,

com cerca de 2500 habitantes, em que os

vestígios da antiga cinta de muralhas medievais ainda

são visíveis e é possível desfrutar, do seu cume, de uma

vista panorâmica admirável.

Sobre as suas valências, Vítor Mascarenhas não deixa

de realçar alguns locais de atração e interesse. Desde

o Centro Cultural - com uma apresentação moderna,

e uma exposição dedicada à agricultura, que é foco de

visita todos os anos - aos fornos de loiça que, por sua

vez, são tradição da região e que a Junta já recuperou

os três fornos comunitários de loiça que se encontravam

abandonados, tendo em conta o seu importante papel

da economia da vila “Idanha, noutros tempos, vivia dos

fornos em que as pessoas faziam aqui a loiça e iam à

Guarda, a que chamavam terra fria, fazer a troca por

alimentos ou outros objetos”, esclarece o presidente,

Do distrito de Castelo Branco, damos a conhecer um pouco das freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes através da entrevista ao

presidente Vítor Mascarenhas, que está há um ano e meio ao comando da recente União de Freguesias e com uma larga bagagem de

experiência autárquica.

união de freguesias de idanha-a-nova e alcafozes

“Temos que trabalhar para o povo”

reforçando que este é um património indispensável para

Idanha e que, a partir dos mesmos está delineado um

percurso pedestre PR8 Rota do Boieco, que por sua vez

é realizado por esta Junta, de forma a dinamizar o Bairro

dos Louceiros.

Para além disto, o presidente identifica o Castelo

Medieval, construído a partir de 1187, com uma vista

fantástica e com uma estrutura que obedece às mesmas

linhas arquitetónicas típicas dos templários. Outro foco

de interesse é o Fórum Cultural, que alberga sempre

exposições principalmente de âmbito religioso, com um

posto de turismo e um centro de artes tradicionais.

Já em Alcafozes, uma freguesia pacata, que se dedica

sobretudo à agricultura e à pastorícia, é possível observar

casas antigas e solarengas de grande beleza que reúne

uma população mais envelhecida. Nesta freguesia, o

presidente destaca a ermida Santuário da Senhora do

Loreto, a Padroeira Universal da Aviação, que é honrada

numa importante festa religiosa e popular que decorre

todos os anos, no ultimo fim de semana de agosto,

cujas cerimónias religiosas se fazem representar as

companhias de aviação civil e a aviação militar do país.

Do ponto de vista cultural, em Alcafozes há o Festival de

Espargos, Criadilhas e Tortulhos, que decorre de dois em

dois anos na altura da Páscoa, e que se apresenta com

tasquinhas tradicionais com variados pratos de produtos

silvestres, cozinha ao vivo, workshops, oficinas temáticas

para crianças e um passeio pedestre em busca de

cogumelos, sendo um evento com peso que ajuda

muito a enriquecer a economia local.

Em Idanha-a-Nova há uma tradição de relevo designada

“Sábado de Aleluia”, que é a comemoração da

ressurreição de Jesus Cristo, e que é organizado pela

Junta de Freguesia tendo a particularidade de trazer

milhares de pessoas à rua, que anunciam a ressurreição

ao som de apitos (fornecidos pela Junta), chocalhos,

adufes, e outros instrumentos de sopro e percussão.

No final da missa, a população tem ao seu dispor um

vítor mascarenhasPresidente

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A BEIRA BAIXA

lanche com chouriço, pão e vinho, fornecidos pelos

responsáveis da Junta de Freguesia.

No que toca às associações locais, o presidente afirma

que felizmente a Junta colabora com algumas, das

quais destaca: o Clube de Ciclismo de Idanha – A.C.I.N

– que organiza em outubro um passeio de BTT e que

reúne sempre mais de 1000 participantes. De seguida,

a ADIN – Associação Desportiva de Idanha-a-Nova –

que organiza torneios de futebol ao fim-de-semana, e

que este ano contará com 32 equipas nacionais. Outra

associação de igual importância que Vítor Mascarenhas

menciona, é a Companhia de Teatro, que todos os

anos faz um festival de animação, assim como, o Clube

de Ténis, que este ano realizará o primeiro torneio

internacional de ténis com alguns atletas conhecidos e

de renome. Por fim, o presidente assinala a marcante

Banda Filarmónica, Adufeiras e os escuteiros, que têm

muito peso para as gentes da terra.

Sobre o futuro das freguesias o presidente adianta

“Desde o ano passado, que começámos a requalificar

fontes e fontanários, que estavam completamente

abandonados. Além disso, vamos mudar ainda este

ano toda a toponímia da freguesia de Idanha, com a

colocação de placas novas, conferindo uma nova

imagem, assim como o melhoramento de caminhos

públicos onde mais se justificar”. Outra intervenção

futura por parte da Junta é a limpeza das linhas de

águas, “é extremamente necessário limparmos os rios

e estamos a concorrer a um projeto para podermos

concretizar essa ação”, assegura o presidente.

Já em Alcafozes, Vítor Mascarenhas revela-nos que a

próxima grande obra será a requalificação do cemitério,

que também é determinante para a população.

Importa ainda referir que de momento a Junta está em

negociações para mudar os seus serviços administrativos

para a zona antiga de Idanha, acima de tudo para facilitar

a acessibilidade às instalações e por outro lado, será

também uma forma de dinamizar a zona antiga.

Em conclusão, o presidente afirma: “Estamos aqui para

trabalhar para o povo, ajudando em pequenas coisas

que fazem grande diferença na vida das pessoas”.

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Logo à entrada: flores a enfeitar portas e janelas, cores vivas, ruas limpas e aprumadas. Chegamos à Aldeia de Santa Margarida, em

Idanha-a-Nova, que nos dá as boas vindas com um cenário que se mostra “alegre”.

junta de freguesia aldeia de santa margarida

UMA ALDEIA EMBELEZADA COM FLORES

Em entrevista a Zélia Curto, presidente da Junta

de Freguesia, descortinamos a tradição ali

vivida e as principais características daquela

que é conhecida como a Terra das Flores.

E porque as gentes da terra sempre ditaram o hábito de

plantar flores e colocar vasos às portas, os responsáveis

pela Junta de Freguesia tiveram a iniciativa de arrancar

com o Festival das Flores, que decorre durante três dias

e tem sido foco para muitos visitantes, contando com a

participação da população na decoração das ruas.

Desta feita, há alguns anos que a Junta de Freguesia

reforça e complementa esta tradição, com a plantação

de mais roseiras nas ruas. “A nossa intenção com

o festival é que um dia a Aldeia seja uma atração de

turismo pela sua beleza incomparável e temos tido um

retorno interessante”, explica a presidente.

A nível urbanístico, Zélia Curto frisa que o grande objetivo

é requalificar algumas casas degradadas, demolir e

aproveitar melhor os espaços abandonados. A par disso,

a presidente tem projetado adquirir uma casa onde se

possa fazer turismo rural, uma vez que é algo que falta

na freguesia e tem sido imprescindível para as pessoas

de fora poderem aproveitar melhor a sua estadia.

De acordo com a presidente, o povo da aldeia é, de uma

forma geral, muito simpático, acolhedor e extremamente

unido. Outra particularidade que Zélia Curto assinala, é

que a população “é briosa, tem o cuidado de manter os

espaços públicos limpos e isso é algo que nos orgulha

muito”, afirma.

No que toca a festas, a população da aldeia é privilegiada.

Além do marcante Festival de Flores, há também a festa

de Natal. Nesta noite há uma tradição, em que no final

da missa do galo é lançado um balão de ar quente e, por

fim, o fogo de artifício.

Neste contexto, e desde que Zélia Curto está ao

comando da freguesia, há determinadas datas que não

passam despercebidas. Uma delas é o Dia Mundial da

Criança, outra é o Dia Mundial do Avós, “que no primeiro

ano (este ano) teve muita adesão da população, onde

fizemos um jantar, oferecemos uma lembrança e

providenciamos uma animação musical para finalizar”,

realça. No mês de agosto, o ano passado a Junta

organizou os ‘Serões às Quintas’, em que todas as

quintas-feiras tinham uma atividade cultural no jardim

da freguesia - uma noite de cinema, um concerto,

um desfile, entre outros. E para além da preocupação

da presidente e dos restantes membros em assinalar

atividades mensais, a Aldeia também abraça algumas

A BEIRA BAIXA

zélia curtoPresidente

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associações que a dinamizam. É o caso da Associação

de Bombos (com parte musical e BTT), um grupo de

cantares e a Comissão de Festas, que vai realizando

atividades ao longo do ano.

Desta forma, todos os anos a Junta de Freguesia em

colaboração com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova

e da comissão de festas, organiza um passeio de BTT,

designado ‘Trilhos do Peixoto’, em homenagem a um

antigo ciclista bem querido por todos os habitantes.

Quando questionada sobre o trabalho que é feito junto

dos cerca de 280 habitantes, Zélia Curto afirma que

nem sempre é fácil mas está sempre disponível para

eles e tenta responder a todas as suas necessidades,

“desde as coisas banais às mais complexas, felizmente

sinto que a população confia em mim e estou sempre

disponível para os ajudar”, explica a presidente.

De acordo com a nossa interlocutora, uma das maiores

preocupações da Junta de Freguesia da Aldeia de

Santa Margarida é estar próxima das pessoas, “a partir

daí é aproveitar os recursos para recuperar fontanários,

colocação de bandas limitadoras de velocidade, manter

e requalificar todas as infraestruturas existentes bem

como investir numa casa para turismo rural”, revela a

presidente, afirmando que também é preciso manter as

valências que têm vindo a construir. Sendo que o grande

objetivo daqui em diante será embelezar mais a aldeia

e fazer com que esta seja um destino de eleição de

mais turistas.

A BEIRA BAIXA

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A BEIRA BAIXA

Medelim é conhecida por Aldeia dos Balcões, mas a localidade tem inúmeros pontos atrativos, como a Rua da Judiaria, “uma jóia” que

deverá lançar a região para o turismo religioso.

junta de freguesia de medelim

A despertar para o turismo

A freguesia de Medelim está a remar contra a

corrente da desertificação e, neste sentido,

quer usar o património histórico e cultural

existente na aldeia para atrair turistas,

habitantes e emprego. Medelim é conhecida em

Idanha-a-Nova como a Aldeia dos Balcões, devido à

“existência de degraus em granito, com uma escadaria

externa, exemplo típico da arquitectura da Beira Baixa”,

esclareceu o presidente da freguesia de Medelim, Albano

Pires Marques. Contudo, acrescenta o responsável,

“a localidade hoje é uma povoação que está a ser

descoberta para o turismo, Medelim tem especificidades

que outras aldeias não têm”, chamando a atenção de

investidores. Brevemente, vai ser inaugurado na aldeia

um empreendimento de turismo e alojamento rural,

chamado Quinta das Poldras. Atualmente, existe um

hotel de charme com sete quartos que abriu portas

há um ano, equipado e decorado com requinte e

sofisticação. “O desenvolvimento de Medelim é recente

e, a partir dos balcões e da existência de uma aldeia

com características muito específicas, Medelim tem

um conjunto central de ruas muito bem preservadas.

Medelim tem uma jóia que importa destacar que é a Rua

da Judiaria, onde existem casas com cruzes de cristãos

novos à porta”, revelou o presidente da freguesia. É

neste sentido, que o responsável Albano Pires Marques

entende que o desenvolvimento da localidade passa pela

manutenção do património e das tradições já existentes.

Para tal, o édil destaca que tem sido fundamental o

apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, dando

como exemplo a “Casa de Medelim, um solar do tempo

dos Filipes que foi restaurado, servindo para a realização

de conferências e reuniões”.

A região enfrenta vários desafios sendo que um dos

principais, no entender do autarca, é como “viver com

as exigências atuais, dando qualidade de vida e conforto

às populações, preservando o passado, a tradição e o

património cultural que existe”. Através da preservação

e rentabilização do património já existente, o futuro de

Medelim passa agora por um novo projeto, “que é a

criação do Centro de Interpretação da Cultura Judaica,

estruturante para Medelim e para concelho de Idanha-

a-Nova, que já aderiu à rede de judiarias, sendo que

Medelim é a única aldeia que tem uma rua da Judiaria

80 por cento intacta”, destaca o presidente da freguesia

de Medelim.

Em termos de valências, há a destacar a existência do

Lar de Medelim com dez quartos com casa de banho

individual e aquecimento central, o que possibilitou a

criação de vários postos de trabalho, a extensão de saúde

que dá consultas quinzenalmente, a farmácia e ainda

uma rede de transportes escolares, da responsabilidade

a autarquia de Idanha-a-Nova que leva os jovens para

as escolas de Monsanto e Idanha. No que diz respeito

a eventos festivos, de dois em dois anos realiza-se a

“Festa Judaica, que consiste na celebração da Páscoa

Cristã e da Páscoa Judaica, uma festa de duas culturas

em que existe uma rua com produtos kosher e outra

com produtos da região”. Este ano há ainda a destacar a

realização da Festa do Senhor do Calvário, que terá lugar

no último fim de semana de agosto. A festa pretende

juntar os filhos da terra, o evento é um dos exemplos

do “esforço para preservar as tradições”, destaca o

presidente da Freguesia de Medelim, Albano Pires

Marques.

albano pires marquesPresidente

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Situada no interior, na zona de Idanha-a-Nova, Ladoeiro é uma freguesia eminentemente agrícola, com 1290 habitantes que agrega uma

população muito jovem, sendo a segunda maior freguesia do concelho em termos de habitantes, e com 63.28 km² de área.

junta de freguesia de ladoeiro

DINAMISMO NA ESSÊNCIA DA FREGUESIA

De acordo com o presidente, Gonçalo

Costa, esta é a freguesia mais próspera do

concelho, caracterizada por uma notável

força económica que se deve sobretudo à

atividade agropecuária e à indústria transformadora.

Entre as suas valências, Ladoeiro possui um Centro de

Saúde, um Posto Territorial da GNR, uma Escola Primária,

dois Infantários, um Banco, um Complexo de Piscinas

Municipais, um Polidesportivo, um Centro Cultural, dois

ranchos folclóricos, dois clubes desportivos, entre outros

serviços e coletividades. Para além disso, a aldeia é

particularmente conhecida pelas suas plantações de

melancia, pimento, mirtilo e melão, fontes de rendimento

e trabalho para as gentes locais e terras vizinhas. Sendo

uma região bastante dinâmica e sustentável.

Sobre as coletividades que impulsionam a freguesia, o

presidente começa por identificar a A.C.D.L (Associação

cultural e desportiva de Ladoeiro), mais vocacionada

para futsal mas que também dispõe de rancho folclórico,

zumba e teatro. De seguida, menciona o Clube de

Praticantes de Atividades Outdoor, direcionado para

atividades radicais, sucedendo-se a ARBI - Associação

de Regantes e Beneficiários de Idanha, que gere os

canais de rega da freguesia, a MASCAL - Movimento

de Apoio e Solidariedade Coletiva ao Ladoeiro, que é

o maior empregador da freguesia e presta serviços de

berçário, A.T.L., centro de dia, apoio domiciliário e Lar, a

Associação Raia dos Sonhos com um rancho folclórico

infantil e um grupo de bombos e, por fim, vários clubes

de caça e pesca.

Festival da melancia 2015É já a 11ª edição do tradicional Festival da Melancia

do Ladoeiro, organizado conjuntamente entre a Câmara

Municipal de Idanha-a-Nova e com a Junta de Freguesia

de Ladoeiro, que decorre a 18 e 19 de julho.

Este evento patenteia aos visitantes não só o fruto ‘mais

fresco do verão’ - a melancia, mas também alguns

subprodutos, como provas de sumo, compotas e

outras iguarias de melancia, com esculturas do mesmo

fruto, uma feira de produtos regionais com dezenas de

expositores, tasquinhas, restaurantes e jogos tradicionais.

Neste contexto, o certame conta ainda com diversas

propostas de animação musical, cultural e infantil,

contribuindo também para o enriquecimento da

economia local e para a promoção dos produtos

regionais “é uma festa muito completa, com muita

variedade de produtos e bastante divertida para quem

vem de fora”, assegura o presidente. Neste sentido,

Gonçalo Costa faz questão de frisar que a melancia do

Ladoeiro tem características específicas e diferentes das

outras, uma vez que é produzida de forma natural, sem

químicos, e que possui um paladar açucarado que a

torna mais doce e saborosa.

Importante será ainda referir que a empresa “hortas

d´Idanha” produz mais de 1500 toneladas de melancias

por ano.

Aposta nos espaços públicosRelativamente ao método de gestão da freguesia, um

fator importante que o presidente faz questão de referir

é a colaboração da Câmara Municipal nas iniciativas e

projetos da Junta “sem esse auxílio seria tudo muito

complicado”, afirma. Deste modo, no que concerne às

obras realizadas, o presidente salienta algumas ações

pertinentes em espaços públicos, “fizemos há pouco

tempo um parque infantil e dotamos o espaço com

máquinas de ginástica geriátrica para a população”.

Para o futuro, Gonçalo Costa indica que atualmente é

prioritário a requalificação das vias de acesso, uma vez

que as ruas estão num estado bastante degradado.

Em forma de conclusão, o presidente afirma:

“Necessitamos de criar conforto e bem-estar às

pessoas, porque o nosso papel é ajudar a população

nas pequenas coisas do dia a dia e resolver de forma

rápida e eficiente os seus problemas”.

A BEIRA BAIXA

gonçalo costaPresidente

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Rosmaninhal é uma freguesia com fortes raízes e tradições vincadas que fica localizada, no concelho de Idanha-a-Nova, em pleno

Parque Natural do Tejo Internacional. É uma das maiores freguesias nacionais em termos de área, contando com 26.590 hectares de

extensão, detendo também como lugares as povoações de Soalheiras, Couto das Correias e Cegonhas.

junta de freguesia de rosmaninhal

ROSMANINHAL, UMA TERRA DE GRANDE TRADIÇÃO

À conversa com o presidente da Junta,

Joaquim Chambino, desvendamos as

características desta região, bem como, o

que se avizinha para os próximos tempos.

Em Rosmaninhal a população é maioritariamente

envelhecida, mas de acordo com o presidente ainda há

pessoas ativas que procuram explorar alguns recursos

que a freguesia lhes proporciona, conferindo-lhe maior

dinamismo.

A atividade dominante desta terra recai no setor primário,

na agricultura, e principalmente na cinegética, uma vez

que é a grande alavanca da economia local. Não só

pelas empresas que lhe estão associadas, mas também

porque capta muitas pessoas à freguesia.

Eventos tradicionaisSobre festas emblemáticas, Joaquim Chambino, sublinha

a Festa do São João, organizada pelo povo e com apoio

da Junta de Freguesia, que é um dos momentos altos de

coesão e tradição popular. Os festejos em honra de São

João são refletidos numa festa remota e pagã, original

em todo o concelho. A organização da festa fica a cargo

do Alferes (o elemento mais velho da família nomeada)

que, por sua vez, é ajudado por dois padrinhos. Assim,

os preparativos da véspera de São João ficam a cargo

destes que têm como responsabilidade dar de comer

gratuitamente a toda a população.

A 30 de maio, decorre em Rosmaninhal um dos eventos

mais importantes para a população, ‘O Festival do

Borrego’, organizado pelo município de Idanha-a-Nova

e pela Junta de Freguesia que vai na sua oitava edição

e já é um enorme sucesso nacional, “lá expõe-se vários

pratos de borrego – o nosso produto regional – que

é confecionado de diversas formas, seja o ensopado

de borrego ou borrego na brasa, e oferecemos muita

animação cultural e musical que também dá outro

A BEIRA BAIXA

joaquim chambinoPresidente

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dinamismo à festa”, explica o presidente.

Para além do São João e do Festival de Borrego, o

presidente destaca ainda a Feira da Badana que decorre

também a 30 de maio, e é a única feira oficial de gado

ao ar livre da região da Beira Baixa, com a tradicional

exposição de gado, comes e bebes e animação musical

e infantil. Neste encontro histórico entre negociantes e

produtores de gado, há também a exposição de alguns

ovinos, caprinos, bovinos e cavalos.

Em termos de turismo rural, o presidente revela que

Rosmaninhal está bem preparado, dotado de casas com

boas condições direcionadas para os turistas amantes

da natureza. E porque a riqueza de Rosmaninhal não

se confina ao seu sublime passado histórico e cultural,

Joaquim Chambino realça a oferta turística do Tejo

Internacional - um parque natural que abrange uma

área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal

e Espanha, e que revela zonas ambientais mais ricas

do país, englobando partes dos concelhos de Castelo

Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

Deste modo, a vegetação do parque inclui bosques de

sobreiros e azinheiras e galerias de salgueiros ao longo

dos rios. É, também, uma importante área de nidificação

de aves, podendo-se observar a águia-de-bonelli,

águia-real, abutre-fouveiro e abutre-do-egito.

Principais trabalhos e serviços Em dois anos de mandato, este presidente nascido

e apaixonado pela sua Terra, revela que já recuperou

alguns parques de merendas, fontes públicas, zonas de

lazer, “e arranjei uma zona de convívio com um jardim

e máquinas de desporto destinado aos idosos e aos

visitantes que vêm ao fim de semana, para que estes

possam usufruir o tempo da melhor forma”, frisa o

presidente.

Mas para concretizar os seus projetos em prol da

freguesia, Joaquim Chambino, não deixa de enfatizar

a excelente equipa que o acompanha, que são uma

mais-valia em todas as suas iniciativas. “Por isso é que

Rosmaninhal, em pouco tempo, conseguiu estar muito

mais desenvolvido”, salienta.

No que toca às respostas sociais, o presidente frisa

que na área da saúde há uma carrinha ambulante com

um médico dentista que, de 15 em 15 dias, dispõe de

serviços para a população rosmaninhense “uma vez que

temos pouca população, é preferível dispormos deste

tipo de soluções, que é mais adequado e acessível para

todos”, explica Joaquim Chambino.

Para além disto, a Junta de Freguesia em colaboração

com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, conseguiu

um autocarro que leva os idosos de Rosmaninhal

às piscinas municipais para estes terem aulas de

hidroginástica. Ainda em colaboração com a Câmara,

a Junta de Rosmaninhal dispõe também de um médico

que vem de 15 em 15 dias prestar consultas e passar

medicamentos.

Mas apesar da forte incidência nas questões de saúde, a

área educativa também não é, de todo, esquecida. Prova

disso é a futura inauguração das antigas escolas, que irá

ser feita em setembro, e que arrancará com um berçário

e infantário. Este é um projeto que conta com o apoio

da Câmara Municipal e que o presidente garante ser

imprescindível para as crianças da freguesia.

Outros projetos para um futuro próximo incidem na

recuperação de um palco de festas abandonado, na

requalificação de um espaço verde situado em frente

à capela de São Pedro, assim como, na importante

ampliação do cemitério da Terra. “E para além destas

ações futuras, iremos mudar as instalações da Junta,

para uma sala de 56 m2, com 50 cadeiras, onde vai

funcionar os serviços de apoio da Junta e os correios”,

acrescentando que este novo espaço será mais acessível

para a população e apresentará melhores infraestruturas.

A BEIRA BAIXA

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Há 15 anos à frente da Santa Casa da

Misericórdia do Rosmaninhal, inaugurada em

Maio de 1997, a provedora começa-nos por

assinalar três valências específicas: o serviço

de apoio domiciliário, um Centro de Dia e um Lar de

Idosos.

Recordando um pouco a história, Luísa Serejo revela

que a SCM arrancou somente com um Centro de Dia

com 10 utentes, e mais cinco em apoio domiciliário,

na altura apenas com três funcionários. Mas com o

passar do tempo, a Santa Casa evoluiu e aumentou

a capacidade dos serviços. Atualmente já alberga três

carrinhas, em que os profissionais fazem a distribuição

de alimentação aos idosos, assim como, a higiene

habitacional em alguns casos. Desta feita, a instituição

reúne de momento um total de 30 funcionários,

incluindo um médico e um advogado avançados.

No Centro de Dia, funcionam também os serviços de

Por definição um provedor é referido como personalidade que goza, em geral, de uma evidenciada reputação de integridade e

independência relativamente à área de atuação, sendo reconhecido pelos seus pares e considerado com grandes conhecimentos sobre

o sistema sobre o qual intervém. E na Santa Casa da Misericórdia de Rosmaninhal encontramos a prova disso – a Provedora Luísa

Serejo – também vereadora da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e apaixonada pelo trabalho de voluntariado.

santa casa da misericórdia de rosmaninhal

Uma missão: dar harmonia à vida das pessoas

CTT, fruto de uma parceria da Santa Casa com a Junta

de Freguesia. Tendo também ao dispor da população

uma caixa multibanco no seu interior.

Após o Centro de Dia estar em pleno funcionamento e

sem perder tempo, Luísa Serejo conta-nos que, com

alguma persistência, concretizou um objetivo que há

muito ansiava – a construção da casa mortuária “no

arranque deste projeto pensei logo em colocar só uma

cruz, sem altar, para que não fosse uma casa confinada

a cristãos, mas que pudesse estar acessível a todas as

pessoas de outras religiões” esclarece a provedora.

Já em 2013, foi inaugurado o Lar Rainha D.Leonor que

com apenas dois anos de existência, teve um papel

importantíssimo para a população “estamos cheios,

temos 20 camas e temos cerca de 35 pessoas em lista

de espera”, destaca a provedora. No lar há um refeitório,

sala de convívio, uma copa, lavandaria, escritórios na

parte exterior, “e pretendo aumentar a capacidade para

mais cinco ou seis quartos, porque temos condições

para crescer”, realça Luísa Serejo, adiantando que neste

momento está à espera de apoios que permitam a

concretização deste plano.

A decoração e o ambiente são outra característica

diferenciadora que a provedora diz ser um dado crucial

para manter os idosos mais bem-dispostos, conferindo

espaços com muita cor, dinâmicos e personalizados. A

par disso, o lar dispõe de uma animadora que realiza

atividades de ginástica, trabalhos manuais, acompanha-

os para passeios, festeja e prepara os seus aniversários,

comemora os dias festivos, e empenha-se todos os dias

em mantê-los ativos e alegres “felizmente temos uma

equipa jovem que está sempre pronta a dar vida ao

lar e desempenha um trabalho fantástico diariamente”,

assegura a provedora.

Deste modo, a SCM de Rosmaninhal é uma associação

de fiéis, constituída na ordem jurídica canónica, com o

objetivo de satisfazer carências sociais e praticar atos

de culto católico, de harmonia com o seu espírito

tradicional, informado pelos princípios da doutrina moral

e cristã.

Sobre o futuro, Luísa Serejo explica que de momento

está a projetar a melhor forma de aproveitar um espaço

no Centro do Dia para fazer um restaurante, uma vez

que na zona de Rosmaninhal não há nenhum.

A BEIRA BAIXA

Luísa SerejoProvedora

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port

ugal

de b

oa sa

úde

A saúde tem várias vertentes. Passando pela medicina convencional e

alternativa, farmácia, cuidados a doentes e também o ensino, a saúde é

uma área complexa, multifacetada e muito multidisciplinar.

Talvez por isso a sua definição possua várias implicações legais, sociais e

até económicas. No entanto, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo

da Constituição da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo

bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

Quando a Organização Mundial de Saúde foi criada, pouco após o término da Segunda

Guerra Mundial havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde,

que incluiria fatores como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde,

entre outros. De referir que a OMS foi a primeira organização internacional de saúde a

considerar-se responsável pela saúde mental e não apenas pela saúde do corpo.

Nesta edição da Revista Business Portugal trazemos a estas páginas a sua nas várias

vertentes. A Santa Casa da Misericórdia de Arez tem em funcionamento um centro de

dia essencial à população. Esta forma de cuidar de quem mais precisa é também uma

forma de dar saúde.

Apresentamos-lhe também a Farmácia dos Mares, um exemplo de modernidade,

competência e inovação neste meio que tem atravessado várias dificuldades.

Na área do ensino da saúde, a Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches tem-se

desenvolvido e adaptado fruto do conhecimento de natureza biomédica e de acordo

com os desafios dos novos contextos e paradigmas de formação do ensino superior.

Finalmente, a Orion Portugal é também um parceiro importante na área da saúde,

comercializando revestimentos de pavimentos e paredes Pure-Health. Estas são uma

inovação no âmbito da desinfecção, conferindo-lhe a propriedade de eliminar 99 por

cento de bactérias, vírus e fungos.

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PORTUGAL DE BOA SAÚDE

A Santa Casa da Misericórdia de Arez, no distrito de Portalegre, foi fundada em 1517 mas a obra social só começou em 1980, com

Centro de Dia e mais tarde também com Serviço de Apoio Domiciliário. Maria José Mandeiro, provedora da Misericórdia esteve à

conversa com a Revista Business Portugal, onde nos revelou os novos projetos para este ano e nos confidenciou que o grande objetivo

é “fazer crescer a Misericórdia e dotá-la de novas instalações”.

santa casa da misericórdia de arez

“crescer de forma sustentada e com padrões de qualidade elevados”

O projeto arquitetónico está praticamente

concluído e as novas instalações da Santa

Casa da Misericórdia de Arez são a sua

principal necessidade, essenciais para manter

a obra social atual e mesmo para a sua ampliação. Quem

o diz é a provedora Maria José Mandeiro explicando

que o facto da instituição continuar apenas com duas

valências está a colocar em causa a sustentabilidade da

Misericórdia e a necessidade de construir uma unidade

residencial, evitando que o utentes de desloquem para

outras freguesias, é fucral.

“Estamos em perda contínua de utentes e quando

saem pessoas da Misericórdia, saem também pessoas

da localidade e há uma consequente desertificação

da mesma. Se conseguirmos construir uma unidade

residencial a nossa esperança é que evitemos não

só a saída de utentes para outras instituições, como

consigamos atrair pessoas que sairam para trabalhar

e no final da sua vida ativa regressem porque estão

seguras que têm o apoio social necessário, sendo certo

que para tal acontecer não basta o nosso trabalho e

entrega total, precisaremos de meios que os fundos

comunitários poderão disponibilizar, assim o espera uma

população inteira - mas esta decisão não nos compete

a nós”, frisa a provedora.

Outro dos grandes projetos, já estando em curso, é a

recuperação da Capela da Misericórdia de Arez. A obra,

que tinha começado em 2011 e que entretanto esteve

parada devido a dificuldades financeiras, foi retomado

o projeto de recuperação e preservação no dia 29 de

maio deste ano.

Foram especialistas em restauração e História da Arte

que iniciaram as obras e foi possível nessa fase descobrir

pinturas na capela que estão datadas de 1602.

“As pinturas estavam cobertas por cal e foram retiradas

pacientemente por especialistas. É um trabalho muito

moroso e por isso ser tão dispendioso. Agora, no âmbito

do protocolo que há entre a União das Misericórdias

a Direção Regional da Cultura do Alentejo foi possível

retomar a ideia de preservar esse património”, menciona

Maria José Mandeiro realçando posteriormente a

importância dessa preservação para a localidade.

“Para nós, Misericórdia, isto é muito importante porque

Arez não é propriamente uma terra onde haja muito

património - o que existe tem que ser recuperado e

preservado, se não o fizermos da forma certa perde

todo o seu valor. Quando tivermos o suporte técnico

dos especialistas de Direção Regional da Cultura do

Alentejo vamos candidatar a preservação aos fundos

comunitários do Portugal 2020, daí estarmos a dar

estes passos para depois a candidatura ser suportada

tecnicamente por especialistas”.

Quando a Mesa Administrativa atual iniciou o seu

trabalho na Misericórdia, esta “nunca se tinha olhado

estrategicamente para si mesma, ou seja, nunca

tinha pensado no que nós somos e o que queremos

ser. Quando estivemos a fazer o planeamento para o

mandato apercebemo-nos de quais as nossas mais

valias e fragilidades e que, mesmo a nível do concelho

poderíamos dar algum contributo, pois existem

dificuldades comuns”.

No sentido de melhorar a qualidade de vida dos utentes

e dinamizar a instituição, foram vários os projetos

planeados e a desenvolver futuramente.

“Temos projetos a nível de concelhio que tem

a ver com a prestação de cuidados, cuidar dos

cuidadores. Também numa zona em que a população

é maioritariemente envelhecida , é necessário tentar

fixar os jovens e dotá-los de competências necessárias

para adquirirem emprego. Outro projeto na área da

animação comunitária, a nível de música, informática,

construção de instrumentos, à realização de workshops

enquadrados, também, nos ensinamentos da população

e quebrar assim o isolamento dos mais idosos – mas

não só”, afirma.

Alargar as valências, o espaço e o modo de intervenção,

olhar para o meio e perceber qual o contributo que a

Misericórdia pode dar combatendo a desertificação, as

fragilidades sociais e o isolamento comum nesta zona

do Alentejo é preocupação da Instituição:

“O que podemos fazer para além da ação convencional?

É esse também o objetivo. Queremos crescer de forma

sustentada com padrões de qualidade elevados, para

isso estamos a preparar-nos, com recurso a uma rede

de parceiros diversificada”, conclui.

maria josé mandeiroProvedora

Page 56: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

56

PORTUGAL DE BOA SAÚDE

Quem o diz é Florbela Braga, farmacêutica e proprietária da Farmácia dos Mares, situada em Lavra – Matosinhos. A nossa interlocutora

é licenciada em Ciências Farmacêuticas – Ramo A, pela Faculdade de farmácia da Universidade do Porto. É ainda especialista em

farmácia hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos. Em entrevista à Revista Business Portugal falou-nos um pouco do seu negócio e

das potencialidades do mesmo.

farmácia dos mares

“Um negócio de boa saúde”

Qual a história da farmácia e como tem sido a sua

evolução?

O projeto da farmácia iniciou-se no ano 2000 quando

surgiu um grande concurso de farmácias, ao qual

concorri acabando por ficar classificada em segundo

lugar, recorri judicialmente e em 2010 o Infarmed

atribuiu-me o primeiro lugar no concurso. A farmácia

abriu em setembro de 2012, estando a ser uma ótima

experiência.

O espaço da farmácia nasceu de uma área comercial,

a qual foi totalmente remodelada e decorada. É um

espaço que me dá muita satisfação e para isso contribui

a equipa de excelentes profissionais que trabalham na

farmácia e que sem dúvida são a face vísivel da mesma,

mantendo uma relação muito próxima com os clientes.

O projeto em si, foi um desafio face à conjuntura

económica em que vivemos. No momento atual, a

valência de gestão é uma importante ferramenta, esta

tem de estar bem estruturada, sendo muito importante

evitar o desperdício, seja em stocks obsoletos, quer em

horários de atendimento desfasados das necessidades

dos nossos utentes.

A farmácia como empresa que é, tem de ter objetivos

bem definidos e para que estes sejam atingidos tem

de haver planeamento, organização e avaliação das

necessidades.

O balanço destes quase três anos de existência da

Farmácia dos Mares é positivo, posso dizer que a

farmácia está de boa saúde.

Qual o seu ramo profissional?

O meu ramo profissional é a área da farmácia hospitalar,

mas o sonho de abrir uma farmácia surgiu no ano

2000, aquando do concurso, visto reunir as condições

necessárias para conseguir um alvará de farmácia. O

sonho acabou por se tornar numa batalha judicial, a

qual durou dez anos. Venci a batalha, não desisti neste

longo período e ainda bem, porque pude criar postos

de trabalho para os meus colaboradores. Para eles

é uma mais-valia terem emprego e para mim é um

compromisso que tenho de cumprir para com eles e

para comigo mesma.

Conseguiu abrir um negócio em plena crise e criar

postos de trabalho, foi um desafio?

Sim, foi um desafio. Porque em termos profissionais

tenho uma carreira estável, tenho reconhecimento

dos meus pares e podia ter desistido deste processo,

o qual demorou tanto tempo para se concretizar, mas

achei que não deveria de desistir a meio do processo

e decidi seguir em frente. O facto de trabalhar num

hospital proporcionou-me uma visão racional da gestão

dos recursos materiais e consequentemente o evitar do

desperdício.

Como é constituída a equipa?

A equipa de profissionais da Farmácia dos Mares é

constituida por, três farmacêuticos a tempo inteiro e uma

técnica de diagnóstico e terapeuta em part-time.

Qual o horário de funcionamento?

Durante a semana estamos abertos das 9 às 13 horas e

das 14 às 20.30 horas. Aos sábados abrimos das 9 às

florbela bragaProprietária

Page 57: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

57

PORTUGAL DE BOA SAÚDE

13 horas e das 15 às 19 horas.

Que tipo de serviços têm disponíveis?

Além da disponibilização de medicamentos, de produtos

de saúde e dermocosmética, aos nossos utentes, estes

têm ainda acesso a medição da glicemia, do colesterol,

de triglicerídeos, da tensão arterial, assim como a

aplicação de injetáveis.

Que tipo de parcerias têm?

Temos um protocolo com a empresa OrtopediaPortugal

que surgiu na sequência de um contacto para divulgarmos

o material ortopédico disponível sem ter que o adquirir,

é uma forma de gestão controlada. Nós referenciamos

os utentes, podendo estes adquirir o produto pretendido

pessoalmente ou este ser encomendado pela farmácia,

evitando assim a deslocação dos utentes. Este serviço

não deixa de ser um valor acrescentado para os nossos

utentes, principalmente os idosos que têm um bom

serviço com uma oferta diversificada, próximo da área

de residência.

Nos últimos anos a legislação farmacêutica tem

sido complicada, acha que agora estamos a tomar

o rumo certo ou continuam a sentir dificuldades?

Em Portugal, a atividade das farmácias é exaustivamente

regulamentada, o que determina a estrutura do setor.

Neste momento, a ANF (Associação Nacional das

Farmácias) está empenhada juntamente com o Ministério

da Saúde a tentar mudar o paradigma das farmácias.

O farmacêutico comunitário tem também de mudar

o seu modo de estar na profissão. Este tem de estar

mais próximo dos utentes , procurando saber quais

as necessidades e não esperar passivamente que

os utentes o procurem na farmácia. No fundo o

farmacêutico tem de mostrar a mais valia que pode ser

e é junto da comunidade.

Qual a sua visão de mercado, neste momento,

como vê o panorama nacional, principalmente no

Norte do país?

Não está bom, todos os dias vemos farmácias

a entrar em insolvência, muito provavelmente,

devido a gestão mal orientada.

Antigamente as farmácias eram vistas como um negócio

garantido em termos de rentabilidade, e hoje em dia as

coisas não são assim, por isso é que tem de haver uma

maior e melhor gestão.

O flagelo do desemprego, as reformas reduzidas e a

baixa de ordenados também veio afetar os resultados

económicos, além das sucessivas baixas de preço dos

medicamentos e das margens de comercialização.

Em termos de projetos futuros, o que ambiciona

para a sua farmácia?

Considerando que a farmácia está inserida numa zona

rural com uma população idosa, pretendemos pôr em

curso, a médio prazo, a distribuição domiciliária de

medicação.

Atualmente estamos a divulgar junto dos nossos utentes,

a possibilidade de cedência de medicação em doses

diárias individualizadas, em caixa específica para o efeito,

para o período de uma semana.

Como farmacêutica acredito que temos que ter cada vez

mais, um papel interventivo junto da comunidade.

Equipa:

Florbela Braga – proprietária

Fernando Miguel Santos – diretor técnico

Carla Moura – farmacêutica adjunta

Carina Soares – farmacêutica

Joana Silva – técnica de diagnóstico e terapêutica

Page 58: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

58

PORTUGAL DE BOA SAÚDE

A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches (ERISA) possibilita uma formação consistente alicerçada no ensino de excelência das

ciências da saúde, que visa a qualidade e a inovação, constituindo uma referência no panorama nacional e europeu do Ensino Superior.

Maria Lídia Palma, professora doutora e diretora da instituição, em entrevista à Revista Business Portugal, relata o percurso de sucesso

trilhado há 12 anos e fala-nos sobre o futuro.

ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches

o Futuro para ensino das Terapêuticas Não Convencionais

Fruto da experiência de formação na área das

Tecnologias da Saúde, a Escola de Saúde

Ribeiro Sanches assume-se como um centro de

criação, desenvolvimento e difusão da ciência

alicerçado num ensino de qualidade, fundamentado

na investigação, na qualificação dos seus recursos

humanos e na prestação de serviços à comunidade.

É desta forma que se tem distinguido “pela formação

de profissionais e técnicos de saúde com elevadas

competências nas vertentes técnica, científica, cultural

e humana. Há 12 anos que formamos enfermeiros,

técnicos de farmácia, de análises clínicas e saúde

pública e de radiologia com uma elevada taxa de

empregabilidade”, refere Maria Lídia Palma.

De maneira a dar continuidade a este sucesso têm

procurado “aumentar e diversificar a oferta formativa,

fomentar as sinergias entre as licenciaturas e os

restantes cursos e investir na investigação através de

parcerias”, explica.

Para tal, fazendo parte do Grupo Lusófona, a Escola

de Saúde Ribeiro Sanches tem beneficiado da relação

existente com a Escola de Ciências e Tecnologias da

Saúde (ECTS), com o Centro de Investigação em

Ciências e Tecnologias da Saúde (CBIOS) que produz

uma revista científica de publicação própria, Biomedical

and Biopharmaceutical Research Journal (BBR)

indexada e bilíngue (Português - Inglês), destacando

o facto do diretor da ECTS, diretor geral do CBIOS e

editor coordenador da revista, o Professor Luís Monteiro

Rodrigues ser o fundador da Escola Superior de Saúde

Ribeiro Sanches.

Oferta formativa A instituição promove um amplo e diversificado

programa de formação que, a par das atuais licenciaturas

em Enfermagem e Farmácia, dinamiza pós-graduações

e especializações, bem como diferentes cursos, nas

área das Terapêuticas Não Convencionais (TNC´S), o

que constitui um exemplo da capacidade de inovar e

ajustar a oferta formativa às necessidades da procura

de formação nos vários domínios das áreas da saúde.

A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches foi a

primeira instituição de ensino superior politécnico a

ministrar cursos em Osteopatia, Naturopatia e Medicina

Tradicional Chinesa, na modalidade de cursos livres,

não conferentes de grau, num formato de quatro anos

com 240 ECTS alinhados com o que foi, recentemente,

publicado nas portarias do ensino das TNC´s a 5 de

junho de 2015. “A publicação das Portarias do ensino

a 5 de Julho de 2015, vai-nos permitir submeter à

aprovação da Agência de Avaliação e Acreditação do

Ensino Superior (A3ES) licenciaturas para todas estas

áreas”, afirma a diretora.

É incontestável que a regulamentação destes cursos irá

permitir maior qualidade e idoneidade dos profissionais,

com benefícios para os doentes/utentes que, se sentirão

mais confiantes. “Os profissionais formados por nós, que

ingressam este ano no mercado de trabalho, irão fazer

a diferença, são os primeiros terapeutas no âmbito do

ensino superior com uma formação de 240 ECTS”.

Para o ano letivo 2015/2016, para além da oferta

existente ao nível da Osteopatia, Naturopatia e

Medicina Tradicional Chinesa, tencionam também

incluir a Fitoterapia, “área em que temos importantes

maria lídia palmaDiretora

Page 59: Revista Business Portugal | Julho '15

competências instaladas, na medida em que, contamos no nosso corpo docente

com vários membros fundadores da Sociedade Portuguesa de Fitoterapia (SPFito)

nomeadamente, a sua vice-presidente, Maria do Céu Costa, professora doutora”.

“A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches está preparada para apresentar propostas

para todas as TNC´s que vierem a ser aprovadas. Reunimos todas as condições para

o fazer, na medida em que, ao longo dos últimos anos adaptamos a nossa escola

ao ensino destas áreas, criando laboratórios com equipamento próprio e temos uma

importante capacidade ao nível das nossas instalações e das nossas clínicas para criar

clínicas de estágio”.

A oferta formativa para 2015/16 irá incluir também os Cursos Técnicos Superiores

Profissionais (CTSPs), neste âmbito a Instituição aguarda a aprovação do respetivo

registo da Direção Geral do Ensino Superior para os cursos de Análises Químico-

Biológicas, Cosmética e Estética, Intervenção Familiar e Comunitária e Reabilitação,

Massoterapia e Saúde Preventiva.

Articulação da teoria com a vertente práticaAlém de os estudantes beneficiarem de uma sólida preparação teórica, a oferta

formativa da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches tem também uma importante

componente prática. “A articulação da teoria com a vertente prática é, para nós, um

fator imprescindível na qualidade da formação”, sublinha.

No âmbito das ciências biomédicas a instituição está equipada com laboratórios de

Química, Biologia, Biologia Molecular, Microbiologia, Análises Clínicas, Hematologia,

Bioquímica Clínica, Radiologia, Fisiologia e Anatomia.

Para o ensino da enfermagem, dispõe de vários laboratórios vocacionados

especialmente para o treino das várias vertentes do curso.

Já no que respeita, ao ensino das Terapêuticas Não Convencionais, para além de

laboratórios próprios, beneficia dos recursos disponíveis nos vários laboratórios das

ciências biomédicas garantindo as condições para uma aprendizagem sólida nestas

áreas.

“Os nossos alunos das TNC´s têm uma aprendizagem facilitada e sólida no domínio

biomédico, um corpo docente altamente qualificado e um ensino clínico adequado

através da implementação de consultas de Medicina Tradicional Chinesa e de

Osteopatia que a escola disponibiliza, atualmente, à comunidade. Na nossa clínica de

estágios, os alunos, supervisionados pelos professores, adquirem competências sólidas

para a avaliação do estado de saúde geral do paciente, elaboração de um diagnóstico

diferencial e aplicação das técnicas terapêuticas necessárias”, afirma a diretora.

Page 60: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

60

PORTUGAL DE BOA SAÚDE

A Orion Portugal comercializa revestimentos de pavimentos e paredes - Sistema Pure-Health. Inovador no âmbito da desinfeção, elimina

99 por cento de micro-organismos e garante uma desinfeção contínua do espaço.

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Inovar na saúde e zelar pela saúde

A Orion Portugal é parceira da Orion S.R.L.

fundada em Itália, em 1997, com o propósito

de produzir ambulâncias e veículos especiais.

Quase duas décadas depois, a empresa

está empenhada na procura de soluções inovadoras e

funcionais, por forma a melhorar o padrão de segurança

e qualidade dos veículos de emergência.

A Orion S.R.L., em parceria com a Next Technology,

depressa se empenhou na busca de materiais inovadores

para a criação de produtos biocidas, para encontrar

o melhor sistema de desinfeção. Durante o período

de investigação, várias soluções foram testadas, até à

escolha do Dióxido de Titânio (TIO2), molécula capaz

de, sob certas condições, tornar inócuos os elementos

contaminantes e prejudiciais para a saúde.

Para além disso, e conforme conta Ana Rita Santos,

gerente da empresa, o Dióxido de Titânio tem outras

vantagens: “Não se desgasta no tempo, ao contrário de

Rua do outeiro, 1512 4760-317 Calendário | V. N. Famalicão Tlm. 967 075 584www.purehealth.it | [email protected] facebook.com/orion.portugal

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outros materiais, uma vez que funciona como catalisador

que só é ativado quando é excitado pela luz e também

não altera as características originais dos materiais nos

quais está inserido”.

O resultado das experiências permitiu desenvolver

uma estrutura molecular biocida, uma patente única no

mundo, que permite obter uma superfície fotocatalítica

nano-estruturada.

A utilização combinada desta estrutura com lâmpadas

fluorescentes de espectro completo está na base do

novo sistema antibacteriano Pure-Health. Assim, no

ano de 2011 foi apresentada ao mercado a primeira

‘ambulância antibacteriana’. Nesse ano foram vendidas

200 ambulâncias Pure-Health.

O Pure-Health é uma inovação no âmbito da desinfeção,

por garantir soluções para pavimentos e paredes em

desinfeção permanente. Quando ativado através de

luz, o TIO2 tem a capacidade de eliminar 99 por cento

das bactérias, vírus e fungos que permanecem nas

superfícies.

“Temos uma lâmpada que faz a reprodução fiel da

luz do sol, desempenhando a mesma função da

fotossíntese. Quando a lâmpada é acesa, os raios de

luz ativam o dióxido titânio, que capta as moléculas de

ar e oxigénio presentes nas superfícies, transformando-

as em moléculas fortemente oxidantes, que ficam à

superfície do material. Quando os micro-organismos

entram em contacto com essas moléculas, são

automaticamente destruídos, havendo sempre uma

superfície completamente limpa e em processo de

desinfeção contínuo, mesmo na presença de pessoas”,

explica Ana Rita Santos.

A Orion Portugal tem obras executadas com o Sistema

Pure-Health nas termas do Gerês, no setor alimentar da

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, numa

sala de enfermagem no hospital Santos Silva, em Gaia e

ainda numa cantina de uma unidade fabril.

Os parceiros italianos têm já executadas: sala de

cuidados intermédios, laboratório de investigação,

consultórios dentários, balneários de piscinas e também

clínicas veterinárias.

“A nossa ambição é crescer na divulgação e utilização

do produto, por sabermos que é útil, é uma mais valia

e é do interesse de todos nós, da nossa própria saúde

e da nossa segurança. Queremos apostar na seriedade.

Acreditamos que o nosso produto é uma vantagem para

todas as instituições”, conclui Ana Rita Santos.

ana rita santosDiretora

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Page 62: Revista Business Portugal | Julho '15

mun

icíp

ios e

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esta

que

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

62

Nas próximas páginas apresentamos alguns dos melhores exemplos que a

região norte e centro têm para dar a conhecer.

Em Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo, estivemos presentes na XVIII

Bienal de Cerveira que celebra este ano 37 anos. Esta mostra de cultura

pretende não só fazer crescer o gosto pela cultura nacional e internacional, mas

também trazer o merecido prestígio às artes.

No Município de Águeda o turismo é visto enquanto objetivo estratégico a prosseguir

para o modelo de desenvolvimento económico local, assim sendo é sistematicamente

apontado como uma mais-valia que o concelho potencia, tal como todo o tecido

empresarial existente. Também o património, as tradições e a gastronomia são

características que distinguem e diferenciam este concelho.

Mais para Sul, o município de Pampilhosa da Serra permite-lhe usufruir das belas

praias fluviais que podem ser encontradas neste belo interior que mereceram distinção.

Território pródigo em recursos naturais propícios à prática de turismo na natureza.

Estivemos também com o Conteúdo Chave que tem como objetivo promover o

desenvolvimento e produção de soluções urbanas inovadoras, de forma integrada,

com vista à estruturação da oferta e sua valorização nos mercados internacionais;

potenciar a participação das empresas e cidades portuguesas no mercado das cidades

inteligentes; e afirmar a imagem de Portugal como espaço de conceção, produção e

experimentação de produtos e serviços para smart cities.

Page 63: Revista Business Portugal | Julho '15
Page 64: Revista Business Portugal | Julho '15

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMUNICÍPIOS EM DESTAQUE

Vila Nova de Cerveira é o epicentro português da cultura. Ou não fosse esta a ‘Vila das Artes’! Este verão traz uma agenda para todos

os gostos e também para todas as carteiras. Aproveite a desculpa e passe o seu verão por Vila Nova de Cerveira. Vai ver que não se vai

arrepender.

município de vila nova de cerveira

A capital nacional da arte

Fernando Nogueira, presidente da Câmara

Municipal de Vila Nova de Cerveira fala com

orgulho e carinho na voz sobre a sua vila. Terra

de uma beleza rara e paisagens de excelência,

Vila Nova de Cerveira tem marcado o panorama nacional

e internacional pela sua forte aposta na cultura e em

diversos eventos que têm como propósito promover a

vila e fazer dela uma verdadeira ‘Vila das Artes’. “Vila

Nova de Cerveira é um território pródigo em recursos

naturais, de uma rara beleza paisagística, numa união

perfeita entre a serra e o vale, muito propícios à prática de

turismo de natureza. A sua história secular, assim como

o valioso património construído, as nossas tradições,

assim como a nossa gastronomia são características que

nos distinguem e diferenciam”, começa por nos contar

Fernando Nogueira.

Com uma área tão distinta, uma das fortes apostas

do município tem incidido no turismo, nas suas mais

diversas vertentes. Neste sentido, a oferta é bastante

diversificada.

Bienal de CerveiraEsta é já uma referência além-fronteiras. Desde 1978

que Vila Nova de Cerveira alberga este espaço cultural

de excelência criativa com capacidade de promover

um modelo de desenvolvimento no plano nacional e

internacional. Este ano o evento decorre entre 18 de

julho e 19 de setembro.

Nesta que é a sua 18ª edição, a Bienal traz à ribalta o

tema ‘Olhar o Passado Para Construir o Futuro’, numa

perspetiva de valorizar não apenas o novo, mas também

o antigo.

“Este é já um marco da nossa vila. É um evento

dirigido à promoção da arte contemporânea, onde

se alia a arte nas suas várias expressões”. Fernando

Nogueira completa, afirmando que “este pretende

ser um repositório da arte contemporânea nacional e

internacional das últimas três décadas. Temos já um

espólio com mais de 400 obras, muito representativas

da maioria dos grandes artistas portugueses e alguns

estrangeiros, permitindo o conhecimento da evolução

das artes plásticas”.

Esta edição contará com mais de 300 artistas, oriundos

de 30 países, que trarão consigo mais de 500 obras.

Aquamuseu do Rio MinhoCriado sob o pressuposto de promover e divulgar o

património natural e etnográfico associado à pesca

tradicional, na bacia hidrográfica do rio Minho. “O

Rio Minho é o que nos une a Espanha e essa é uma

ligação que queremos manter e cultivar cada vez

mais”, refere o edil. Daí que a construção do mesmo

tenha contado com o apoio da vizinha Galiza, “pois está

inserido num programa de desenvolvimento com caráter

transfronteiriço”.

O Aquamuseu possui uma área de exposição

permanente, que se divide no Aquário Público do Rio

onde os visitantes têm a oportunidade de simular uma

viagem ao longo do rio, podendo conhecer cerca de 60

espécies de peixes, moluscos e crustáceos da região e

no Museu das Pescas onde ainda se preserva a memória

da atividade da pesca artesanal, mostrando-se artes de

pesca, utensílios, maquetas de barcos e documentos.

A mascote do Aquamuseu é a lontra, sendo possível

conhecer um pouco mais sobre esta espécie visitando

o lontrário, onde vive um casal de lontras de água doce.

“O programa do Aquamuseu incide em três grandes

áreas. São elas o didático-cultural, turístico e de

investigação científica”.

Numa década, o Aquamuseu do Rio Minho já recebeu

cerca de 200 mil visitantes, onde se incluem 65 mil

visitas escolares guiadas e ainda 16 mil em atividades

Fernando nogueiraPresidente

Page 65: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

65

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

pedagógicas. Decorreram ainda 15 cursos de formação

para professores e pescadores e houve o acolhimento

de 40 estagiários.

O Aquamuseu foi igualmente palco de sete edições do

Simpósio Ibérico Sobre a Bacia Hidrográfica do Rio

Minho e houve ainda protocolos de colaboração com

escolas secundárias da região, Universidade do Porto,

Universidade do Minho, Universidade de Vigo e ainda

Universidade de Santiago de Compostela.

“Pretendemos, essencialmente, que o Aquamuseu

continue a ser um promotor e parceiro em diversos

projetos de investigação na área dos recursos naturais

associados ao rio Minho”, refere Fernando Nogueira.

Para assinalar o seu aniversário, a 11 de julho, o espaço

recebe um espetáculo de música clássica.

Regresso ao passadoCumprindo um dos propósitos da sua campanha,

Fernando Nogueira acredita que é preciso olhar o

passado para construir o futuro, mote adotado para a

Bienal deste ano.

Assim, e seguindo essa máxima, de 20 a 23 de agosto,

a vila recebe a recriação histórica que a transforma num

burgo da Idade Média. “Anos após ano, há mais pessoas

a deambular pelo castelo da vila e pelas ruas do centro

histórico, assistindo a um verdadeiro mercado medieval

que se preenche com os mais variados artífices, com

trabalho ao vivo e as típicas barraquinhas de iguarias

gastronómicas. É uma festa muito bonita”, afirma o

presidente.

Este evento visa rentabilizar a participação das

associações, assim como proporcionar mais um dia de

atividade aos comerciantes locais.

Tudo é pensado ao pormenor, desde a decoração, a

gastronomia, o artesanato e os diversos espetáculos

que vão ocorrendo ao longo do dia, como a falcoaria,

malabares e acrobatas, tetrao de rua, danças medievais,

o cortejo medieval e espetáculos de fogo. Tudo culmina

numa perfeita simbioses com o património arquitetónico,

remetendo quem a visita para uma época cheia de cor,

aromas e animação.

Cheiro a verãoDe modo a marcar a estação mais quente do ano,

desde 2014 que o município aposta num novo conceito

de concertos de verão, apresentando as ‘Noites do

Fado’ e a ‘Cerveira Acústica’, prestando um tributo à

música portuguesa com artistas de renome nacional e

internacional. As noites de 2015 contam com quatro

nomes reconhecidos em concertos intimistas que

tornam ainda mais estreita a interação entre o público

e o artista. A 18 de julho pode deliciar-se com a voz de

Dulce Pontes e a 25 de julho com Yolanda Soares. No

mês de agosto, Vila Nova de Cerveira recebe no dia oito

Miguel Araújo e no dia 15 a voz de Teresa Salgueiro.

Outras atividadesMas existem mais razões para visitar esta vila, e não

só no verão! Se é adepto das caminhadas e dos trilhos

pedestres, aproveite para conhecer os percursos e as

travessias que a Vila Nova de Cerveira tem para oferecer.

Conheça o verde da montanha e o azul do rio Minho.

Se visitar a vila ao sábado, deslumbre-se com uma das

maiores e mais concorridas feiras do país. O centro da

vila transforma-se num autêntico centro comercial ao ar

livre, como refere Fernando Nogueira.

Estas são apenas algumas das razões porque Vila Nova

de Cerveira está à sua espera.

Page 66: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

66

Foi no meios dos preparativos da XVIII Bienal de Cerveira que Henrique Silva, vice presidente do Conselho de Direção da Fundação

Bienal de Cerveira, recebeu a Revista Business Portugal. Também ele artista, pintor de renome nacional, e fundador desta mostra de

cultura que pretende não só fazer crescer o gosto pela cultura nacional e internacional, mas também trazer o merecido prestígio às

artes, Henrique Silva revela o que de melhor esta nova edição traz ao panorama de Vila Nova de Cerveira, no ano em que se celebram

já 37 anos desde a primeira mostra.

fundação bienal de cerveira

A maior bienal do país

Presente neste projeto desde o primeiro dia,

Henrique Silva afirma que esta Bienal, por

entre altos e baixos, primou sempre pela

qualidade, muito graças ao apoio da autarquia,

mas também por alguma carolice de alguns artistas que

quiseram ver este projeto vingar. “Esta Bienal continua

a primar pelo sucesso porque vive muito da carolice e

da vontade dos artistas, e os artistas são fundamentais”,

acrescentando que “é isso que nos diferencia das

restantes Bienais, é este movimento dos artistas que

querem cá estar, querem conviver, querem mostrar

aquilo que fazem”.

O público é também uma mais valia desta mostra. Com

visitantes que vêm maioritariamente de fora do concelho,

inclusivamente do estrangeiro, esta adesão tem feito

desta aposta das artes uma aposta francamente ganha.

“Este ano prevemos receber entre 80 a 100 mil

visitantes”, diz-nos o Vice-Presidente.

Os homenageadosEste ano são três os artistas homenageados na Bienal

de Cerveira.

Eurico Gonçalves, artista plástico português, recebe

este reconhecimento não só pela consistência e

personalidade da sua obras, mas igualmente pela sua

dedicação e contribuição que teve ao longo dos 35

anos desta Bienal, deixando a sua marca até hoje na

instituição.

Outro dos homenageados é Alcino Soutinho, arquiteto,

falecido em 2013, pela sua intervenção no ex-libris

de Vila Nova de Cerveira, o Castelo, que graças à sua

intervenção recebeu uma integração mais objetiva nos

destinos desta Vila das Artes.

Finalmente, Dacos, autor de centenas de gravuras e

litografias, entre outros, está representado em inúmeros

museus, tendo ainda colaborado com poetas, realizando

livros de artistas que combinam texto e imagens. O artista

colaborou com a Bienal de Cerveira durante mais de 10

anos, tendo sido responsável pelos ateliers de gravura,

assim como em workshops organizados durante essa

década. Foi ainda co-responsável pela organização de

exposições no Museu de Liège de artistas portugueses,

no qual participou ativamente, daí que mereça esta

distinção na Bienal de Cerveira.

Para além dos homenageados, a Bienal irá receber uma

convidada especial, Margarida Reis. Sob o tema desta

18ª edição, ‘Olhar o Passado Para Construir o Futuro’, a

artista de tapeçaria contemporânea estará presente na

mostra, assim como tapeçaria criada em teares antigos,

mostrando este confronto entre gerações. Temos

também uma convidada especial “Danae Stratou” que,

pelo seu trabalho e importância internacional, merece

especial relevo no enquadramento do tem desta XVIII

Bienal de Cerveira.

Em constante formaçãoDurante o mês em que acontece esta Bienal, os

visitantes poderão participar em workshops de gravura,

litografia, serigrafia, cerâmica, arte digital e também

pintura. Estes workshops estão também pensados para

os mais pequenos.

Os espetáculos estão a cargo entre outros, dos alunos

da Escola Superior de Música e Artes do Porto que,

por sua vez, irão participar numa conferência de alunos

que terá como tema de debate o ensino das artes em

Portugal, que contará com a participação de jovens

provenientes de uma dezena de Escolas Superiores e

Universidades. A organização desta conferência é mais

uma das novidades desta 18ª edição.

Está igualmente programado um retiro doutoral da

Universidade Aberta, no qual participarão candidatos a

Doutoramento no último ano. Durante essa semana em

que decorrerá o artigo, os alunos irão apresentar os seus

trabalhos físicos e defender os seu projetos de tese.

“A nossa preocupação é, justamente, trazer alguns

trabalhos, lembranças e conhecimentos nacionais e, ao

mesmo tempo, desenvolver a atualidade do mundo das

artes”, esclarece Henrique Silva.

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

henrique silvaVice presidente do Conselho de Administração

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

No âmbito da promoção do território pampilhosense, enquanto destino turístico de excelência, a Câmara Municipal da Pampilhosa da

Serra oferece aos seus visitantes praias fluviais de excelente qualidade. Prova disso mesmo, foi a atribuição de bandeiras azuis nas

Praias Fluviais de Pampilhosa da Serra, Santa Luzia e Pessegueiro, e bandeiras de Praia Acessível na Praia Fluvial de Janeiro de Baixo

e na Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra.

Município de pampilhosa da serra

O turismo como alavanca do futuro

No ano em que se comemoram 29 anos de

atribuição de bandeiras azuis, a Associação

Bandeira Azul da Europa atribuiu este

galardão de qualidade ao Município da

Pampilhosa da Serra, pelo cumprimento de um conjunto

de critérios de gestão e educação ambiental, informação,

qualidade da água balnear, serviços, segurança dos

utentes, e animação das praias, numa coexistência

do desenvolvimento turístico, a par do respeito pelo

ambiente.

Este ano, 16 praias fluviais portuguesas foram

distinguidas, tendo a Praia Fluvial de Pampilhosa

da Serra sido escolhida para ser palco do hastear

da primeira Bandeira Azul, a nível nacional, numa

cerimónia que serviu ainda para a inauguração da placa

conquistada em 2014, de Praia Mais Acessível, o que

“constituiu um motivo de grande orgulho”, referiu José

Brito, presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa

da Serra, lembrando que as bandeiras foram entregues

pelas mãos das crianças das instituições de ensino

do concelho, num gesto simbólico que representa “o

compromisso das gerações futuras de dar continuidade

a este importante trabalho de educação ambiental e

promoção da igualdade de oportunidades”.

Para quem não conhece as praias fluviais que mereceram

distinção, podemos atestar que são um dos maiores

postais ilustrados de Pampilhosa da Serra, pequenas

pérolas que podem ser encontradas neste belo interior.

Uma das grandes apostas do município continua a ser

o Turismo de Natureza e, nesse capítulo, as bandeiras

azuis constituem um dos vértices da pirâmide, até

porque, de acordo com o autarca: “Não precisamos

imitar ninguém, basta aproveitar o que de bom existe

no nosso concelho”, disse, recordando que a atribuição

das bandeiras azuis constitui um reconhecimento por

parte das entidades competentes, mas também uma

importante mais-valia, sob o ponto de vista da atração

turística.

Uma nova dinâmica de animaçãoEm 2014, Pampilhosa da Serra foi palco do festival de

verão “Seaside Sunset Sessions”, uma nova dinâmica

de animação da praia fluvial que resultou num grande

sucesso, com ampla visibilidade e projeção turística

do concelho. “Esta iniciativa do município, patrocinada

pela Seaside, uma marca de calçado portuguesa, cujo

fundador é Acácio Teixeira, um ilustre pampilhosense,

visou cativar públicos de diferentes idades”, mencionou

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

PRAIA FLUVIAL DE PAMPILHOSA DA SERRA

praia fluvial de pessegueiro

praia fluvial de santa luzia

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

69

o autarca, destacando que um palco transparente foi

colocado sobre o rio e que o evento incluiu um vasto

leque de atividades: xadrez, aulas de grupo, animação

noturna, teatro de rua, desportos radicais e insufláveis,

entre outras.

Este ano vai decorrer a 2ª edição, de 14 a 23 de agosto,

que promete atrair até à Praia Fluvial de Pampilhosa da

Serra muito movimento, dinamismo e animação: “Só

com eventos desta natureza poderemos mostrar à

região, ao País e aos muitos turistas que nos procuram

que temos a praia fluvial mais bonita da região Centro”,

sublinhou o presidente da Câmara da Pampilhosa.

José Brito destacou ainda que também as “Noites de

verão” animam a Pampilhosa da Serra, traduzindo-se

num conjunto de eventos e espetáculos que dão vida às

noites da vila, divulgando simultaneamente a cultura, as

tradições e a música pampilhosenses.

Promoção e desenvolvimentoEm entrevista à Revista Business Portugal, José Brito

lembrou que a Pampilhosa da Serra pertence à Rede

das Aldeias do Xisto, um projeto de desenvolvimento

sustentável, liderado pela ADXTUR - Agência para o

Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que em

parceria com 21 municípios da Região Centro e com os

operadores privados que atuam no território, congrega

assim as vontades públicas e privadas de uma região,

que se revê na gestão partilhada de uma marca, “na

promoção de um território, na criação de riqueza através

da oferta de serviços turísticos, na preservação da

cultura e do património do mundo rural”.

A maior obra da natureza pode ser contemplada nos três

rios que atravessam o concelho, Zêzere, Unhais e Ceira

e nas três barragens existentes, designadamente Santa

Luzia, Alto do Ceira e Cabril, ou seja, “há um potencial

enorme que temos obrigação de aproveitar”, reiterou.

De acordo com o presidente da Câmara, Pampilhosa

da Serra, propõe e oferece uma grande oferta de

atividades: percursos pedestres, desportos radicais, o

centro BTT e o cicloturismo. Contudo, sublinhou que o

maior valor do concelho é a identidade genuína das suas

gentes, aliada à gastronomia tradicional da região.

Discriminação positivaA qualidade de vida em Pampilhosa da Serra é

incontornável, “o grande problema desta região do

interior é a inexistência de discriminação positiva, que

permita atrair investimento e criar postos de trabalho”,

destacou José Brito, aludindo as dificuldades sentidas

pelos pampilhosenses, que no seu entender, foram

colocados, ao longo dos anos e pelos sucessivos

governantes, no último lugar da lista, no que concerne

às acessibilidades.

O autarca salientou, uma vez mais, que a ligação a

Pedrógão Grande é fundamental para o concelho e para

a região fixar população, cativar visitantes e investidores.

“Uma obra a rondar os oito milhões de euros que mudaria

a vida de quem por aqui mora e dos empreendedores

teimosos que acreditam no futuro do concelho” disse,

realçando a importância da implementação de medidas

corajosas de incentivo ao investimento das empresas.

Perspetivando o futuro, José Brito frisou que, em

2015, novos desafios se impõem, por isso prometeu,

juntamente com a sua equipa, tentar encontrar as

soluções e os apoios necessários para continuar a

implementar dinâmicas de sustentabilidade e a promover

as oportunidades de desenvolvimento local que o

concelho precisa e merece. “As nossas apostas centram-

se na coesão social e na captação de investimento, que

possa gerar postos de trabalho”, evitando assim a fuga

de massa crítica jovem do concelho.

Sabores e saberesA XVIII Feira de Artesanato e Gastronomia de Pampilhosa

da Serra vai decorrer entre 13 e 16 de agosto, por

iniciativa da Câmara Municipal, e promete “quatro dias

recheados de muitas atividades, mostras, concertos e

muita animação”.

As Festas do Concelho em Pampilhosa da Serra são

já um evento à escala nacional, que atrai milhares de

visitantes e turistas. Trata-se de uma feira que conta com

uma centena de expositores, que juntam a excelência

do artesanato aos sabores tradicionais da gastronomia

regional. “Este ano vai ser novamente um espetáculo

memorável, proporcionando momentos felizes e únicos

a quem nos visita”, garantiu José Brito.

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

josé britoPresidente

feira de artesanato e gastronomia

“Seaside sunset sessions”Uma nova dinâmica de animação

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

A cidade de Águeda já fervilha de cor e de alegria de viver! O Agitágueda decorre entre 4 e 26 de julho e o Umbrella Sky Project já se

tornou um sucesso global, cujas imagens dos chapéus-de-chuva coloridos vão percorrendo o mundo!

município de águeda

Águeda a viver os seus meses mais coloridos

A Câmara Municipal de Águeda lança-se à 10ª

edição do AgitÁgueda, que decorre entre os

dias 4 e 26 de julho, na Praça 1º de Maio, à

beira-rio. A cidade renasce com vontade de

animar toda a região, aproveitando as potencialidades

que o rio, o espaço da Praça recentemente requalificado

e a cidade oferecem nesta altura do ano.

“Durante o mês de julho não havia em Águeda nenhuma

atração de destaque. Nós entendemos que o rio é

uma mais-valia para a terra e que pode proporcionar

zonas de convívio e de lazer muito interessantes, então

decidimos criar este evento junto ao rio”, recorda, Gil

Nadais, Presidente da Câmara de Águeda.

As edições realizadas desde 2006 foram marcadas

por um êxito sem paralelo, com a visita de milhares

de pessoas, de dentro e fora do país, a dar o melhor

testemunho de uma iniciativa que já ganhou raízes no

Verão da região e do país.

Para além da componente de arte urbana, que se

destaca pela originalidade, o AgitÁgueda apresenta

também um cartaz de concertos musicais, do qual

fazem parte nomes como James Arthur, Rita Redshoes,

Jorge Palma, Paulo Gonzo, entre outros.

“É um acontecimento para todas as idades e que vai

tendo diferentes públicos ao longo do dia”, refere o

autarca.

Para além de todos os espetáculos a decorrer, as

Associações do concelho irão servir refeições e

apresentar os seus produtos tradicionais e a gastronomia

da região. “Isto permite que haja, por parte do movimento

associativo, uma menor subsidiodependência”, observa

Gil Nadais.

Águeda torna-se, por esta altura, um local de passagem

e atração turística. O já famoso Umbrella Sky Project

tornou-se viral nas redes sociais, que deram a conhecer

ao mundo os milhares de chapéus-de-chuva coloridos

que desfilam pela cidade, numa iniciativa original e low

cost. O projeto, conta o presidente, “insere-se dentro

de uma estratégia de afirmação da cidade, para que os

gil nadaisPresidente

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

habitantes gostem cada vez mais de cá viver”.

Visitar ÁguedaÁgueda é muito mais do que o Agitágueda! O maior

concelho do distrito de Aveiro tem cerca de 50.000

habitantes distribuídos por 11 freguesias/uniões de

freguesia.

Com um variado cartaz de eventos culturais, Águeda

convida a uma visita, também pela beleza e imponência

da Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural

da Península Ibérica, pelos percursos pedestres

implementados, que levam o visitante aos principais

pontos de interesse do concelho, desde as freguesias

serranas às mais litorais e urbanas, encontrando

espigueiros, azenhas ou moinhos de água, palacetes e

diversos imóveis de valor patrimonial.

A cidade oferece uma zona ribeirinha que convida a

passeios a pé ou de bicicleta e várias zonas de comércio

tradicional, onde se pode apreciar a gastronomia local e

encontrar os doces tradicionais.

A cidade tem apostado nesta vertente do turismo de

Natureza e também na do turismo industrial. As ciclovias

e as zonas de passeios pedestres têm sido alvo de

melhorias. Para além deste investimento, o autarca

pretende ter em setembro próximo todo um parque

escolar renovado, e, ainda, iniciar a construção do novo

Centro de Artes na cidade.

Experiências gastronómicasA gastronomia do concelho é abundante e diversificada.

O leitão assado confere-lhe identidade própria.

Acrescente-se ainda os rojões, a lampantana com carne

de carneiro ou cabra, diversos pratos de lampreia, o

coelho “à moda de Águeda”, não faltando o bacalhau “à

Lagareiro” (no forno), “albardado” (frito e com molho de

cebolada) e “à Ribeirinho” (frito).

A broa de milho, a sopa do campo, o caldo do lavrador

e o arroz de açafrão contam-se igualmente entre as

iguarias que a terra tem para oferecer. Na doçaria, onde

abundam o açúcar, os ovos e a amêndoa, distinguem-se

os fuzis, os sequilhos, o bolo de Páscoa, as “barrigas de

freira” e os típicos pastéis de Águeda - um dos ex-libris

da cidade.

Cultura para todas as idadesA cultura assume-se hoje como elemento agregador e

potenciador de inúmeras dinâmicas sociais, bem como

uma alavanca do desenvolvimento de uma sociedade

mais criativa, podendo incrementar a economia local e a

dinamização dos espaços urbanos.

O Município de Águeda tem proporcionado, ao longo do

ano, diversas atividades de âmbito cultural. “Na segunda

sexta-feira de cada mês, entre o Outono e a Primavera,

temos as «Sextas Culturais», com um acontecimento

cultural diferente em cada sessão”, explica Gil Nadais.

De destacar ainda o “Festival i”, dedicado às crianças,

e a animação musical que proporcionam as cinco

orquestras do concelho, com a «Orquestra Municipal de

Águeda».

Hoje, a Cultura desempenha um papel fulcral na

atratividade de um território, enquanto fator de

competitividade e de diferenciação, sendo um indicador

da qualidade de vida e do bem-estar das populações.

Como tal, a cultura continuará a ser uma das grandes

apostas da Autarquia na promoção e apoio de iniciativas,

projetos e ações que visem o desenvolvimento cultural

da região e o alargamento das suas potencialidades,

bem como a preservação da sua identidade e

intercâmbio cultural.

Um concelho industrialAssumindo-se como um concelho industrial, Águeda

tem procurado as melhores condições para a instalação

empresarial nos diversos espaços da cidade.

“Quando cá entrei, não havia nenhum Parque Empresarial

e havia bastantes empresas com dificuldades; o primeiro

trabalho foi o de proporcionar melhores condições a

essas empresas. Então nasceu o parque empresarial,

para a instalação das mesmas. Trabalhamos com elas

no sentido de potenciar a sua ação”, conta o autarca.

Para além deste carisma industrial, e com uma taxa

de empregabilidade acima da média nacional, Águeda

mantém uma exploração empresarial nos mais variados

sectores.

“Temos um projeto de empresários de Águeda que

estão ligados ao setor do ciclismo e vão criar uma

empresa que vai fabricar quadros de bicicleta em

alumínio, com tecnologia totalmente robotizada”, refere.

Esta será assim a primeira empresa a soldar quadros de

alumínio por robot.

Respeito e transparência são palavras de ordem quando

pensamos nos valores adotados pela Câmara Municipal

de Águeda.

“Tentamos transmitir um conjunto de valores positivos,

não só aos funcionários da Câmara Municipal, mas

também a toda a população de Águeda. Há um

incentivo à partilha e respeito mútuos”, salienta Gil

Nadais. O presidente remata, afirmando: “Tentamos

que as pessoas deixem este mundo melhor do que o

encontraram”!

Page 72: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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conteúdo chave

Diferentes porque criam, inovam e fazem

Afinal, o que é a Conteúdo Chave?

É uma loucura. Teimamos em manter-nos no interior do

país, promovendo a criatividade, a inovação e, sobretudo,

boas práticas e sensibilização para assuntos que

achamos essenciais. Não temos presunção de sermos

os melhores, mas também sei que se estivéssemos

noutra zona do país, teríamos mais ‘visibilidade’ e

‘atenção’ dos media. Temos de viver com essa falha por

enquanto.

Que serviços prestam aos vossos clientes?

A agência trabalha a comunicação em todas as suas

vertentes. Estamos habilitados a encontrar as soluções

mais adequadas e temos know-how e experiência

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

nacional e internacional para encontrar a abordagem

ideal para os projetos. Hoje em dia é necessário lidar

com baixos orçamentos. Temos a vantagem de não

pedir muito por aquilo que fazemos. Apenas o justo e

que, pelo menos, nos garanta algum gozo na execução.

Somos quase voluntários em alguns projetos. Acho que

tem de ser assim. Recusamos muitos trabalhos por não

terem essa componente. Mais do que ganhar dinheiro,

queremos estar bem com a nossa consciência. Temos

clientes de design, de assessoria de comunicação e

temos cidades que querem coisas novas. São clientes

muito diferentes...

Inovação, criatividade, desenvolvimento

e comunicação são as vossas principais

competências. Qual o vosso papel,

especificamente, em cada uma delas? O que

podem proporcionar de novo e diferente?

A maior diferença é a forma como nos apresentamos.

Mais do que prestadores de serviços, somos parceiros e

queremos contribuir e participar no projeto do inicio ao

fim. Seja ele qua for. Outra diferença é a responsabilidade

social e a franqueza com que atuamos no mercado. Não

prometemos o céu e a terra, antes, alertamos para as

debilidades, as fraquezas e ajudamos empresas, cidades

e até políticos a lidarem com elas e a ultrapassarem-nas.

Quem promete resolver todos os problemas mente e

falseia muitas questões. Da nossa parte não esperam

otimismo, antes muito pessimismo pois se nos procuram

é porque algo vai mal e é preciso encontrar soluções.

Não faz sentido que uma empresa diga que está tudo

bem e depois cobrar o cliente pelos ‘pormenores’

complicados, não os solucionando.

O CityOK é um exemplo do que de novo

proporcionam às cidades?

É um projeto que será lançado ainda este ano. Pretende

ir de encontro a isso mesmo, à honestidade, franqueza

e às boas praticas de comunicação das cidades com os

cidadãos. Tenho perfeita noção que não será pacifico

nem bem visto por todos, mas também sei que os

projetos sérios não têm essa virtude. Não se pode

agradar a gregos e troianos. Nem se pode mentir no

que diz respeito às Smart Cities. Pela simples razão que

há cidadãos dessas cidades que conhecem a verdade e

sabem quando as coisas estão bem ou mal.

Trabalham essencialmente com o foco de promover

o desenvolvimento de cidades inovadoras e

sustentáveis. Referimo-nos também às Smart

Cities. Como é que as cidades portuguesas se têm

adaptado a este conceito?

O problema que temos hoje no mundo é um problema

de comunicação. Nas cidades temos exatamente o

mesmo problema. Muitas cidades esgotaram-se e

dexaram de ser inovadoras na forma de falar com os

cidadãos. Por isso buscam estas modas, estes conceitos

Smart, para terem algo novo para mostrar. A nossa

postura e o meu trabalho específico nas Smart Cities

vítor pereiraAdministrador

Page 73: Revista Business Portugal | Julho '15

Smart Apps for Smart CitiesEVERYONE HAS SOMETHING TO SAY...MAKE SURE YOU’RE HEARD

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Page 74: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

74

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

opõe-se a esta política. Somos contra as formulas

instantâneas, quase mágicas e às etiquetas que se

compram simplesmente para se mostrar o que não

se é. Não há varinhas mágicas. Se uma cidade tem

problemas, não se escondem debaixo do tapete. Tem

de se enfrentar, ao contrário do que muito tentam fazer,

ocultar e esconder. Somos parceiros para o bem e para

o mal. Desde que saibam onde está o mal.

Sei que é especialista também em turismo. Nesse

sentido pergunto-lhe se é fulcral às cidades

portuguesas e europeias adaptarem a sua oferta

turística a este lado mais inovador e sustentável

que estão na base das SmartCities.

As cidades e o turismo estão de mãos dadas como

é óbvio. O facto de existirem péssimos exemplos de

cidades a serem atropeladas e destruídas pelo turismo

massivo, também todos percebem que não se pode virar

a cara à maior industria mundial e fonte de riqueza. A

ideia de utilizar de forma inteligente os recursos turísticos

de uma cidade de forma a captar o turista ideal, que, de

forma sustentável, ajude a manter a genuinidade de um

destino e a qualidade de um território, é um segredo

ainda na mão de poucos. A tendência é sempre para

‘encher o olho’. Colocar o maior numero possível de

gente na cidade ou na região, não fazendo contas,

desvirtuando a oferta, promovendo produtos que são

totalmente opostos ao que pode, em última instância,

ser exclusivo e atrativo. Há um largo caminho a percorrer.

Por onde passa o da Conteúdo Chave?

Estamos baseados em Trás-os-Montes numa pequena

cidade do interior, como é Bragança, contudo, temos

projetos globais, um deles a desenrolar-se em Amsterdão

que é a nossa segunda casa. É como se tivéssemos de

visitar as tias e os avós na aldeia de vez em quando. As

diferenças são muitas, mas o interior tem também as

suas vantagens. O maior problema é fazer com que os

responsáveis apostem mais nas empresas sedeadas na

região do que nas de fora. Se há empresas na região

com capacidade para desenvolver qualquer tipo de

projeto não se entende como se contratam empresas de

fora. É um mau sinal que se dá ao empreendedorismo,

aos empresários que procuram fixar-se nestas regiões,

aos colaboradores e funcionários que aqui desenvolvem

o seu trabalho.

E das SmartCities em Portugal?

Portugal está numa situação muito vantajosa e se

soubermos aproveitar bem esta condição de estarmos

ao lado de Espanha que tem marcado muito o compasso

do tema das cidades inteligentes na Europa, pode ser

positivo e trazer muitas vantagens para Portugal. A rede

Ibérica de Smart Cities, criada já em 2013 e que juntava

na altura mais de 60 cidades (agora são mais de 100)

tornou-se na maior rede do Smart Cities no mundo e

com algumas das cidades mais inovadoras e disruptivas

tanto tecnologicamente como socialmente. As cidades

portuguesas, pertencerem a esta rede e beberem de

todo este know-how, só traz benefícios e, espera-se,

desenvolvimento e progresso a médio prazo.

Há, contudo, problemas e alguns condicionalismos

provocados pela desertificação do interior que podem

comprometer a sustentabilidade de algumas pequenas

e médias cidades. Espera-se que tanto autarcas, como

governo central e incluindo os próprios cidadãos

prestem alguma atenção ao futuro e às estratégias

de desenvolvimento que estão a ser postas na mesa

que, em muitos casos, pretendem apenas maquilhar os

problemas e escondê-los debaixo do tapete. Não pode

haver espaço para oportunidades perdidas, seria muito

grave.

O Vítor foi considerado Personalidade Smart Cities

Live 2015, um titulo atribuído, pela primeira vez,

no âmbito da Green Business Week, uma iniciativa

da Fundação AIP, com o intuito de “distinguir a

personalidade que durante o ano de 2014 mais

contribuiu para a divulgação e desenvolvimento

dos territórios e cidades de Portugal e dos

seus projetos no âmbito da sustentabilidade e

inteligência”. Como viu esse reconhecimento?

Senti-me lisonjeado, honrado e algo surpreendido por

saber que 33 entidades de reconhecida notoriedade

nacional e internacional votaram o meu nome por

unanimidade. É um pouco assustador e imprime

alguma responsabilidade na minha atividade ligada aos

conteúdos das cidades. Mantenho uma equidistância

e independência em relação aos temas que abordo e

relato, de forma livre, bons e maus exemplos no mundo

mas sobretudo em Portugal e na Europa. Saber que

tenho sido acompanhado, mesmo que a minha atividade

principal esteja sedeada numa cidade remota do interior,

só me deixa ainda mais motivado para continuar e prova

também que as fronteiras físicas e o isolamento digital

são coisas do passado.

Tem algum projeto neste momento, que te pareça

importante focarmos?

Tenho trabalhado intensamente em alguns projetos

através da Agência e também mantenho a criação de

conteúdos para as diversas plataformas e blogues com

os quais colaboro. Mais recentemente fui convidado

para representar em Portugal o Smart City Business

Institute, que nasceu no passado mês de dezembro

em Barcelona, e que é uma das plataformas mais

interessantes para os stakeholders de Smart Citiies,

sejam eles cidades, profissionais, start-ups ou empresas

de grande dimensão. Brevemente vamos começar a

divulgar em Portugal este instituto e será uma lufada

de ar fresco para um tema tão ‘preso’ ideologicamente

como é por exemplo o empreendedorismo e as startups.

Também vamos apresentar, em breve, em Londres

primeiro e depois em Amsterdão (onde temos uma

startup a funcionar há um ano), um projeto que vai

contribuir para identificar algumas más praticas na

comunicação das cidades e ao meso tempo destacar

as boas.

Estamos a contar ter um novo evento este ano ligado ao

tema, será decidido nas próximas semanas.

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMUNICÍPIOS EM DESTAQUE

Desta vez viajamos até Labruge, uma freguesia litoral do concelho de Vila do Conde com aproximadamente 5,75 km2 e que conta com

cerca de 2800 habitantes. Para conhecermos as valências desta freguesia, ninguém melhor do que o presidente da Junta de Freguesia,

André Araújo, para nos elucidar sobre a situação atual.

junta de freguesia de labruge

O presidente, licenciado em gestão, economia e contabilidade, começa por contar que aceitou o desafio de “comandar o barco” em outubro de 2013. Com a ambição de ressuscitar a

economia de Labruge, a estratégia de André Araújo foi, desde sempre, dar um contributo à sociedade local com base no seu crescimento, “ou seja podemos projetar hoje e ver os resultados a médio e longo prazo”, realça. Foi precisamente através de uma análise SWOT que o presidente definiu os objetivos para levar a Freguesia a um patamar superior, identificando as ameaças, as fraquezas, as forças e as oportunidades. Desde que tomou posse, André Araújo não perdeu tempo e expôs a sua ambição para os próximos quatro a cinco anos “que passa muito pelo turismo, gostaria acima de tudo

que Labruge fosse uma freguesia conhecida pela sua qualidade de vida” afirma.Atualmente, o grande objetivo do presidente é potenciar um turismo sustentado, isto porque Labruge é uma freguesia que envolve praias (com bandeira azul), mar, rios e florestas. Para se fazer valer disto, André Araújo revela que prevê abrir no mês de julho um albergue de peregrinos de Santiago de Compostela, “ou seja vamos reconstruir e requalificar uma escola primária para criar um albergue, de forma a prestar apoio aos peregrinos e também a algumas associações culturais”, adianta o presidente. Relativamente às associações, André Araújo faz questão de evidenciar um movimento cívico, da sociedade civil, designado ‘Vamos limpar a Europa’, que consiste

na limpeza de todas as freguesias, potenciando a sensibilização das pessoas no que respeita o meio ambiente. Neste contexto, a Junta de Freguesia irá disponibilizar todo o equipamento necessário e apoiar este projeto a 100 por cento.Relativamente aos lugares de maior atração, o presidente da Junta destaca uma excecional zona arqueológica, identificando o Museu do Castro de S.Paio, um museu de grande valor arqueológico, biológico e geológico.Para além disso, a estratégia de “macro economia” que o presidente está empenhado em implementar, passa por potenciar o comércio local, “Labruge neste momento precisa de um novo modelo, com uma nova dinâmica assente no turismo sustentado, porque hoje um presidente de Junta tem de fazer mais do que limpar

“Temos de ser audazes e criar novos valores”

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

espaços. Tem de ser ouvinte, conselheiro e tentar seguir um modelo económico”, revela André Araújo.

Pontos de referênciaPara o presidente, é imprescindível ter uma visão que passe por aproveitar as oportunidades da freguesia, tendo em conta as suas riquezas naturais e rurais. Uma das oportunidades foi criar passadiços, que permite que as pessoas possam fazer o caminho ao longo da costa marítima. Do ponto de vista social, em Labruge é possível encontrar infraestruturas como um pavilhão desportivo, uma creche e lares para idosos (um deles privado), e também um centro social e paroquial, “que tem feito um trabalho extraordinário, dando apoio às pessoas mais necessitadas, seja cuidados médicos, refeições, transportes, entre outras valências de primeira necessidade”, refere o presidente. A Junta, por sua vez,

estabelece uma parceria com o centro no sentido de apoiar todas essas iniciativas.As praias de Labruge são um dos pontos que André Araújo indica como centro de atração. Todas elas com bandeira azul, muito ricas em iodo e muito procuradas pelos turistas, estando uma delas – a Praia de Moreiró - estrategicamente acessível a pessoas com incapacidade motora.Para além disso, o presidente destaca o Rio Onda, que vem desaguar à foz, que a delimita da freguesia de Lavra, a sul. A par disso, no que concerne ao património arqueológico existe o Castro de S. Paio, onde foram encontrados vestígios associados ao Paleolítico Superior. Nesse mesmo lugar existiu uma povoação da Idade do Ferro que se dedicava sobretudo a atividades piscatórias. É o castro mais próximo do litoral em território português.Aliado ao turismo arqueológico, religioso, também há o turismo gastronómico “neste momento estamos a

preparar tudo para fazer um fim de semana do ‘Festival da Amêijoa’, que é uma forma de mostrarmos não só a qualidade da nossa amêijoa mas também outros produtos de foro marítimo e conseguir que Labruge fique também conhecido pelo festival”, salienta o presidente, acrescentando que a Junta de Freguesia está empenhada em levar a gastronomia da freguesia ao mais alto nível. Questionado sobre o que é preciso para gerir uma freguesia, André Araújo garante que é importante ter “ambições concretizáveis”, sendo fundamental seguir uma estratégia que defina para onde ir e que meios usar.Para o futuro, o presidente mostra-se otimista e acredita que seguindo um modelo económico adaptado às necessidades da população, facilmente Labruge chegará a bom porto.

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um o

lhar

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Santo Tirso, pertencente à Área Metropolitana do Porto, é sede de município

e está subdividido em 14 freguesias, após a reestruturação territorial que foi

feita em Portugal.

O ponto mais alto do concelho situa-se no Alto de S. Jorge, com cerca de

527 metros de altitude.

Tendo S. Bento como padroeiro, este é festejado anualmente a 11 de julho, data em

que se celebra o feriado municipal. Já a padroeira do concelho é Nossa Senhora da

Assunção que possui um orago no monte homónimo sobranceiro à cidade, situado em

Monte Córdova, que se revela um verdadeiro miradouro sobranceiro a todo o Vale do

Ave e cartão de visita da região, onde se ergue uma imponente capela.

Santo Tirso tem ainda uma doçaria tradicional muito famosa, já que aqui são produzidos

os melhores jesuías.

Além deste pastem, destacam-se igualmente os limonetes, produzidos com grande

qualidade pelas diversas pastelarias da cidade.

Além dos vinhos verdes, que têm ganho diversas medalhas, é de realçar o Licor de

Singeverga, produzido pelos monges beneditos do mosteiro homónimo. O Convento de

Santa Escolástica é responsável pela produção de forma artesanal de diversas iguarias,

estre as quais as inesquecíveis e afamadas bolachas conventuais e os bolinhos de mel.

Existe ainda uma grande variedade de restaurantes de cozinha tradicional onde se

degusta a tradição gastronómica nortenha.

Precisa de mais razões para visitar Santo Tirso?

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGALUM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

Reconhecendo a importância das Juntas de Freguesias na promoção do desenvolvimento local, fortemente potenciado pela sua

proximidade às populações, a Câmara Municipal de Santo Tirso tem levado a cabo diversas medidas de apoio às mesmas, além de uma

aposta na descentralização dos serviços municipais, através da criação do atendimento da coesão social em funcionamento nas Juntas

de Freguesia. Dentro em breve, também nas juntas, serão abertos os ‘Espaços do Cidadão’. Estas são apenas algumas das medidas

que Joaquim Couto e o seu Executivo têm implementado em prol das populações.

Câmara municipal de santo tirso

um concelho exemplo

Ciente deste seu papel fundamental junto dos

tirsenses, a Câmara Municipal implementou

uma medida de apoio às Juntas de Freguesias,

que consiste na transferência de 50 por cento

do valor que estas recebem do Estado, num total de

cerca de meio milhão de euros. “A autarquia entendeu

que a transferência de verbas do Estado para as Juntas

de Freguesia não é suficiente. Por isso, optámos por

fazer a transferência de 50 por cento do montante a

que estas têm direito pelo Fundo de Financiamento

das Freguesias, de modo a que estas possam fazer

face aos fortes constrangimentos orçamentais que têm

atravessado”. Além disso, a Câmara transferiu mais

cerca de 500 mil euros, para despesas de capital para

pequenas obras, reforçando, assim, a autonomia das

juntas de freguesia, já que não necessitam de qualquer

autorização da autarquia para a sua realização.

Esta transferência de verbas não resulta de qualquer

obrigação legal, “mas sim da vontade do Executivo em

complementar o valor transferido pela administração

central para as freguesias, apostando na promoção

da descentralização”. A Câmara Municipal deliberou,

igualmente, a delegação de competências nas Juntas

de Freguesias.

Reorganização do território Questionado sobre a passagem de 24 freguesias para

14, Joaquim Couto afirma que a fusão de freguesias

não foi pacífica em Santo Tirso, até porque, no seu

entender, “não foi feita corretamente. O que é necessário

fazer não foi feito, que é uma reforma do território. Os

distritos manifestaram-se completamente obsoletos, os

municípios também já o estão e o mesmo acontece

com as freguesias”. O edil defende uma reforma

profunda do território, passando pela criação de regiões

administrativas, assim como vários patamares de poder

e reorganizar o território como aquilo que é comum na

Europa. “Basta copiar aquilo que se fez, e bem na Europa.

Isso significa uma nova lei de reforma administrativa do

Estado, uma nova lei de reformas locais, atribuições de

competências a municípios e freguesias. É um absurdo

que alguns municípios tenham exatamente as mesmas

competências e obrigações que o município de Lisboa,

por exemplo”.

Nesta perspetiva, as freguesias deveriam ter

essencialmente competências delegadas do município

e competências de natureza administrativa local de

prestação de serviços.

Descentralização de serviçosE seguindo esta base no que concerne às competências

das freguesias, a Câmara Municipal de Santo Tirso já

arrancou com a descentralização dos seus serviços

para as Juntas de Freguesia. Exemplo disso são os

vários “Espaços do Cidadão” que estão a ser criados

nos edifícios das juntas, “o que permitirá às populações

tratarem dos seus assuntos relativos à Administração

Central, sem terem que se deslocar ao centro da cidade,

à Loja do Cidadão, podendo fazê-lo confortavelmente na

sua zona de residência ou de trabalho”.

Atualmente, também o Gabinete de Ação Social do

município já foi descentralizado, pois “as técnicas de

ação social deslocam-se às freguesias do concelho” e

o programa ‘Santo Tirso Ativo’ também já foi alargado

às freguesias e tem tido uma adesão enorme. Ainda na

ação social, e já partir do próximo ano letivo, a Câmara

Municipal vai estender o transporte gratuito de alunos

até ao 12º ano de escolaridade, num investimento

acima de um milhão de euros.

Estas são apenas algumas das medidas levadas a cabo

por Joaquim Couto e o seu Executivo que fazem de

Santo Tirso um concelho exemplar.

joaquim coutoPresidente

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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

Com cerca de 22 mil habitantes e 20 mil eleitores, a União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel) e Burgães

é uma região maioritariamente marcada pela sua massa florestal, que representa metade do seu território, pela sua história traduzida

pelos vários monumentos espalhados pela freguesia e pelas suas gentes, empreendedoras e que se envolvem fácil e afincadamente

nos vários projetos dinamizadores para a região.

união de freguesias de santo tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel)

Aposta numa união promissora

Fernando Jorge Gomes, antigo presidente da

Junta de Freguesia de Santa Cristina do Couto

e primeiro presidente da junta após a reforma

administrativa exigida pelo Governo, começa por

nos explicar que “assumir a liderança de uma freguesia

em mudança foi deparar-se com uma realidade difícil

de gerir em termos de inteligência emocional porque

a partir do momento que as pessoas fazem parte da

mesma casa tem o mesmo direito de mexer e tomar

decisões”, acrescentando que a sua freguesia é um

exemplo claro da má política realizada.

“A reforma administrativa exigida pelo Governo originou

uma freguesia com cerca de 22 mil habitantes onde

cerca de 181 municípios, mais de metade dos

municípios nacionais, são mais pequenos e esse

situação transformou-se num cenário difícil de entender

porque desde logo é outra realidade. Isso mexe com a

população e vai ser um processo longo, mas eu percebo

que em termos macro económicos há vantagens a

longo prazo pois agora a capacidade de negociação por

parte de uma junta de freguesia que tem os recursos e

os meios a quadriplicar, também vai ser maior”, refere

o autarca.

Conservação da identidade local Apesar das dificuldades, assumiu o compromisso

e acredita que é na conservação da identidade e

património de cada freguesia que reside a grande

aposta da freguesia. A candidatura a Património da

Unesco da Igreja Matriz de São Bento, que, apesar

de ser um processo longo, trará muitas vantagens em

termos turísticos para a região, acredita Fernando Jorge

Gomes é um exemplo dessa vontade.

Manter todos os polos das juntas de freguesia abertos

nos mesmos horários e com os mesmos serviços,

é por si só uma medida comprovativa dessa filosofia

bem como a manutenção de todas as atividades

características de cada região.

“As atividades que estavam enraizadas em cada

freguesia procuramos sempre manter agora, por

acréscimo, para além dessa vivência e forma de estar

nessa zona fazemos com que as pessoas que não

fazem parte da freguesia possam usufruir e estar ativos

melhorando essas atividades num desses locais”, conta

Fernando Jorge Gomes dando alguns exemplos.

“Vamos comemorar este ano o centésimo rastreio e já

são feitos desde 2006 todos os primeiros sábados de

cada mês.. É obra e vamos fazer este ano algo que

marque e assinale a importância que tem para uma

vida saudável e de prevenção em termos de saúde

para os tirsenses. Quando iniciámos este processo de

União de Freguesias o que fizemos foi alargar o rastreio

a toda a população e é um exemplo muito concreto

que tentamos implementar as coisas boas por toda a

freguesia e uniformizá-la”, comprova o autarca.

fernando jorge gomesPresidente

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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

Projetos e atividades direcionados a

todas as faxas etáriasPara além desta atividade, também o passeio anual de

idosos será alargado a toda a população e os projetos

não se ficam por aqui e o presidente revela alguns que

merecem maior destaque.

“Temos um grande projeto que é das bicicletas citadinas,

chamadas de Toupeiras. Neste momento, temos cerca

de 20 bicicletas disponíveis em vários locais na União de

Freguesias e que com um valor simbólico de 5 euros as

pessoas podem adquirir um cartão que lhes possibilitará

andar nessas bicicletas e que depois é vitalício, os jovens

que estudam na União de Freguesias não têm que pagar

qualquer valor.Temos esse processo há cerca de um ano

e já o alargamos e neste momento estão disponíveis em

12 locais tendo este projeto tem uma envolvência social

e de solidariedade”.

Este executivo tem outro projeto que consiste na

construção de um cubo gigante, colocado no centro

da freguesia e onde ao longo do ano serão realizadas

várias recolhas de alimentos, rações para alimentos e

que serão posteriormente distribuídas pelas associações

da freguesia e todas as pessoas com mais dificuldades

poderão usufruir desse cubo solidário.

O desporto é também outra das grandes apostas de

Fernando Jorge Gomes.

“A Liga Toupeira de Veteranos, que já vai na segunda

edição e que já conta com cerca de 150 atletas a

participar semanalmente em 14 jornadas, a Caminhada

no dia do Ambiente e Lazer, que consiste uma caminhada

temática onde procuramos divulgar todas as lendas da

região e a subida Sanguinhedo Apik, que é uma subida

de 250metros, que conta já com a segunda edição e

que tem como padrinho do projeto Toupeira, Sérgio

Sousa, são também projetos que serão desenvolvidos

ao longo do ano”, destaca.

Questionado sobre se estas atividades são um polo

motivador para os jovens e a população em geral se

manterem na região, é perentório na resposta.

“Eu cada vez mais ouço as pessoas de fora a quererem

morar em Santo Tirso e quando me apercebo disso

sinto muito orgulho em pertencer a esta freguesia.

Temos todas as condições para receber e proporcionar

qualidade de vida a quem quiser sediar-se aqui”,

ressalva.

Futuro promissorPara os próximos anos, o autarca espera conseguir

construir um espaço cultural onde possa agregar todas

as associações para que estas trabalharem em conjunto

e possam potenciar a cultura e a região e continuar

rodeado das pessoas que o têm ajudado de forma

positiva neste processo de luta e afirmação.

“Começa a minha carreira política em 2001, tinha 25

anos e estive sempre ligado aos projetos de juventude

da freguesia. Um líder vê-se pelas pessoas que o

rodeiam e eu nesse aspeto sinto-me um grande líder

porque tenho as melhores pessoas do mundo do meu

lado. Pessoas pró ativas, com vontade de fazerem coisas

novas e inovadoras pela região”, conclui o autarca.

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Monte Córdova, outrora a freguesia com maior área de Santo Tirso, confunde a sua história com a própria história do concelho, pois é

uma terra muito antiga, com inúmeros vestígios de ruínas históricas. A cumprir o seu último mandato, Manuel Leal, presidente da Junta

de Freguesia, deixa-nos o seu olhar sobre a terra que o viu nascer e que sentiu ter que servir.

junta de freguesia de monte córdova

De uma beleza sem igual

Manuel Leal cumpre o seu terceiro e último

mandato à frente do Executivo da Junta de

Freguesia de Monte Córdova, em Santo

Tirso. Apesar do estatuto de presidente ‘a

tempo parcial’, a realidade é que estamos a falar de um

presidente a tempo inteiro, uma vez que está sempre

disponível para receber e ouvir os seus fregueses, “seja

em casa, no meu local do trabalho, à saída da missa

ou na fila do supermercado”, conta-nos o edil. Uma

vez que vive e trabalha na freguesia, proporciona este

facilitismo aos seus habitantes. “Acho que nem saberia

ser presidente de outra forma”, revela.

Dizem os últimos Censos que esta é a freguesia de

Santo Tirso que mais cresceu nos últimos anos, no que

concerne ao número de habitantes. “Temos constatado

que muitos novos casais têm escolhido Monte Córdova

como o local ideal para viverem e, curiosamente, muitos

deles sem terem qualquer ligação à terra o que retrata,

efetivamente, que somos uma boa freguesia para viver”,

conta-nos, com orgulho, Manuel Leal.

A solucionarComo se verifica um pouco por todo o concelho,

as acessibilidades dentro da freguesia são um dos

principais problemas que afeta Monte Córdova. “Ainda

temos muitas ruas em terra batida, o que dificulta o

acesso no caso de urgência, assim como as ligações

à sede do concelho”. A acrescentar, “o saneamento

continua a ser uma preocupação”.

Manuel Leal refere ainda a carência de alguns

equipamentos desportivos e infraestruturas. “Temos várias

associações e, infelizmente, não temos equipamentos

condignos que sirvam as suas atividades”. Pela sua

proximidade a Paços de Ferreira, parte da população

opta por usar equipamentos do concelho vizinho, “para

tristeza minha, pois chegamos mais depressa a Paços

de Ferreira do que ao centro de Santo Tirso”.

Pontos de visita obrigatóriaMonte Córdova é uma terra muito antiga, sendo

inúmeros os vestígios de ruínas que aqui podemos

encontrar.

No Monte Padrão são visíveis ruínas de um importante

castro e nele, até aos finais do século XVI, esteve a igreja

paroquial. O Monte Padrão constitui uma das principais

referências culturais do concelho de Santo Tirso. O

imóvel, pelas características únicas que evidencia, ocupa

um lugar de destaque no panorama da arqueologia

do norte de Portugal, cujo interesse científico tem

vindo a ser patente nos resultados das intervenções

arqueológicas realizadas nas últimas décadas. O Castro

encontra-se classificado como Monumento Nacional

desde 1910, beneficiando de uma zona especial de

proteção estabelecida em 2011.

Dada a sua importância, foi criado o Centro Interpretativo

do Monte Padrão, que está aberto ao público desde

2008. Este Centro pretende a dinamização da estação

arqueológica, cujo propósito visa disponibilizar valências

de natureza pedagógica, museológica e de apoio ao

trabalho de investigação.

Mas há muito mais para ver. O Alto de Cabanas é um

miradouro natural de uma beleza extraordinária, e a

devesa de Valinhas, com o seu conjunto monumental de

carvalhos seculares e as quedas de água da Fervença

são também locais de visita obrigatória assim como a

nascente do Rio Leça.

Digno de uma visita é também o Monte de Nossa

Senhora da Assunção, onde se encontra uma imponente

basílica, onde está a imagem de Nossa Senhora da

Assunção, considerada uma das melhores esculturas

sacras, da autoria do escultor João da Fonseca Lapa,

assim como a igreja paroquial, a capela de Valinhas, a

capela de Santa Luzia, a capela de S. Gonçalo, Santo

António do Molelo e o senhor do Padrão.

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

manuel lealPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Com uma aposta vocacionada para a vertente social, a Junta de Freguesia de Reguenga, em Santo Tirso, assumiu para com os seus

fregueses a implementação de várias medidas neste setor, com o propósito de trazer uma vida condigna a quem aqui vive, mas também

no de tornar esta uma freguesia mais atrativa para quem aqui pensa viver ou implementar o seu negócio. Em conversa com o presidente

da Junta de Freguesia, Paulo Leal, descobrimos um local em constante desenvolvimento e crescimento sustentado.

junta de freguesia de reguenga

No caminho para o desenvolvimento

Caracterizada por ser uma freguesia mais rural,

com uma forte tradição agrícola, associada à

produção de excelentes vinhos e produtos

agrícolas, Reguenga é, após a reforma

administrativa, a freguesia mais pequena em termos

geográficos, do concelho de Santo Tirso.

Paulo Leal chegou à Junta de Freguesia de Reguenga

há um ano e meio, aquando das últimas eleições

autárquicas. Juntamente com o seu Executivo, tem

trazido e pretende continuar a trazer à freguesia um

conjunto de mudanças estruturais com o propósito

de a transformar numa freguesia acolhedora e atrativa

para a fixação de pessoas e atividades empresariais.

Para tal, tem sido também fundamental uma aposta

em mudanças estruturais, nomeadamente nas vias de

comunicação e mobilidade, assim como na habitação

e equipamentos sociais, sem descurar as infraestruturas

básicas, de lazer, diversão e educacionais, e ainda os

espaços verdes e o tecido económico. É este trabalho

de fundo que tem ocupado o edil e a sua equipa, com

a visão de fazerem da Reguenga uma freguesia nova

e moderna, trazendo a si uma merecida e melhorada

qualidade de vida. O segredo para tal? “Uma política de

proximidade”, diz-nos Paulo Leal. “Os nossos principais

objetivos passam pela vertente social, com enfoque na

educação, infância e juventude, sem descurar os seniores

e a solidariedade com as famílias mais fragilizadas, em

termos económicos e sociais”. E o compromisso tem-

se feito cumprir. “Já implementamos vários atividades

de encontro a este nosso compromisso para com a

população. No caso dos seniores, criamos a Ceia de

Natal, organizamos também o passeio anual, que já

era realizado pelo anterior Executivo, para que possam

conhecer outros locais e concebemos ainda a Semana

de Praia dos Seniores. Tal como o nome indica, durante

essa semana levamos todos aqueles com mais de 60

anos até à praia de forma completamente gratuita”. Em

colaboração com a Câmara Municipal, quinzenalmente

a Junta de Freguesia recebe nas suas instalações uma

técnica de ação social, para atender os fregueses. “É

uma política de descentralização da ação social que

a Câmara tem levado a cabo e que nós aplaudimos”,

refere Paulo Leal.

Freguesia ‘cultural’Outra das grandes apostas da Junta de Freguesia

de Reguenga passa pela cultura, por manter vivas as

tradições da terra. “Somos uma freguesia de músicos.

Aqui na freguesia temos vários grupos musicais,

nomeadamente grupos de música tradicional, mas

também bandas de garagem, o grupo de bombos e

temos o único grupo de bombos feminino do país”,

revela o presidente. Aliando esta oferta cultural existente

na freguesia, o Executivo passou a organizar a Semana

Cultural de Reguenga, semana essa que ocorre na

penúltima semana do mês de julho. “O ano passado

decorreu a primeira edição e foi um sucesso. Trouxe

uma nova vida à freguesia”, diz Paulo Leal. Durante essa

semana, todos os dias e nos mais diversos horários

há animação nas ruas de Reguenga contando com a

participação dos grupos da freguesia. “Conseguimos

organizar uma Semana Cultural sem recorrer a

entidades e grupos exteriores à Reguenga, o que torna

este evento ainda mais especial e importante para nós e

para a população”.

O Rancho Folclórico Santa Maria da Reguenga é

também um ex libris, até porque é o mais representativo

do concelho.

As Festas da Nossa Senhora das Dores, no primeiro fim

de semana de setembro, encerram o leque de atividades

culturais desta freguesia que, apesar de pequena em

área, tem-se revelado muito grande em projetos e

ambições. “E é para continuar”, conclui Paulo Leal.

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

paulo lealPresidente

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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

Com cerca de 12 mil habitantes, Vila das Aves não é apenas futebol, motivo pelo qual maioria dos portugueses conhece esta freguesia

de Santo Tirso. Com uma invejável massa associativa, representativa do envolvimento da população no dia a dia e na dinamização da

vila, Vila das Aves é hoje um exemplo de modernidade. Conversamos com Elisabete Roque Faria, presidente da Junta de Freguesia de

Vila das Aves.

junta de freguesia de vila das aves

Freguesia em constante crescimento

Vila das Aves foi, outrora, a capital do têxtil

nacional. Esta freguesia de Santo Tirso acolheu

as grandes empresas têxteis a laborar em

Portugal, “dando emprego a muitos avenses

e também populares das freguesias vizinhas. Hoje, e

reflexo do que acontece a nível mundial, a realidade é

outra e os têxteis, apesar de continuarem a fazer parte

do nosso passado e do nosso presente, já não ocupam

o lugar de destaque de outros tempos no nosso tecido

empresarial”, revela a nossa interlocutora.

A freguesia tem crescido, e atualmente é o setor terciário

o grande responsável pela economia de Vila das Aves.

“Tenho verificado com algum agrado, que Vila das

Aves tem cada vez mais empresas. Há muitos jovens a

instalarem aqui as suas empresas, algumas já com uma

dimensão significativa”. Questionada sobre o porquê

deste crescimento, Elisabete Roque Faria acredita que

tal está intrinsecamente relacionado com a criação do

próprio emprego por parte da população mais jovem.

No entanto, estão instaladas outras grandes empresas

como por exemplo a CASFIL (maior empresa de

plásticos do país); a Termolan, a Fibrolite, Armando

Almeida Lda.

Uma das conquistas de Elisabete Roque Faria enquanto

presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves foi

a construção do parque infantil. “Era uma infraestrutura

que fazia falta à freguesia e, felizmente, num curso

espaço de tempo, conseguimos proporcioná-la a toda a

população e estamos muito satisfeitos com isso. No meu

caso particular, foi uma conquista pessoal, era algo que

ambicionava muito para Vila das Aves”.

Mas ainda há muito a fazer em Vila das Aves mas,

infelizmente, não são obras da competência da Junta

de Freguesia, pelo que a colaboração da Câmara

Municipal é absolutamente indispensável. “Precisamos

de diversas obras no que diz respeito aos pavimentos e

acessibilidades. Ainda temos ruas em terra, e a avenida

onde está o edifício da Junta, a principal avenida da vila,

está num estado lastimável. Temos a garantia da Câmara

Municipal de que as obras são para arrancar. Estamos à

espera”, acrescenta a nossa interlocutora.

Associativismo em forçaCom cerca de 30 associações, a Junta de Freguesia de

Vila das Aves garante apoio logístico a todas elas. “Não

damos subsídios monetários. A nossa política passa

por ceder apoio logístico sempre que as associações

precisam, seja para um evento ou para alguma atividade

diária”. A nossa interlocutora faz questão de focar a

importância destas associações na dinamização da vila.

“A nossa sociedade e os avenses estão organizados

de um modo muito particular, que merece ser exemplo

em todo o concelho. As pessoas que integram estas

associações estão constantemente ocupadas a

organizar eventos e outras iniciativas que dão vida e elisabete roque fariaPresidente

Page 85: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

movimento à vila, e enquanto presidente da Junta de

Freguesia fico orgulhosa e sinto que é saudável para os

avenses esta dinamização”.

Estas associações abrangem as mais diversas temáticas,

desde música, pesca, rancho e folclore, escutismo e

desporto, claro está. A mais recente associação é a

Universidade Sénior, que já acolhe cerca de 80 alunos

avenses e das freguesias limítrofes.

Cartaz cultural invejávelAquando das comemorações dos 50 anos de elevação

a vila, Vila das Aves recebeu o tão merecido Centro

Cultural. Este equipamento municipal é constituído

por um conjunto de espaços destinados à promoção

de atividades culturais. O Centro Cultural comporta um

auditório com a capacidade para 160 lugares, bem

como outras valências, distribuídas pelos seus dois pisos.

No primeiro piso situa-se uma sala polivalente que, pelas

suas características, adapta-se à realização de atividades

culturais e recreativas. O mesmo piso alberga ainda uma

sala de exposições temporárias, quatro ateliês, um bar e

um pátio interior.

No segundo piso, além dos serviços administrativos, é

possível ainda usufruir da biblioteca, a sala de leitura

infantil e uma sala multimédia.

Diz a presidente: “pensado e destinado para as

associações avenses, é necessário dar uso a esse

espaço para o que foi feito: para a cultura. Não

aceitamos que a casa da cultura tenha outros serviços

que não respeitem a essência do espaço”.

A visitarNa sua próxima ida a Vila das Aves, há alguns pontos

de visita obrigatória. Elisabete Roque Faria recomenda

uma passagem pelo Parque Amieiro Galego, um espaço

que após tantos anos ao abandono foi recuperado,

tornando-se um dos locais mais emblemáticos da

região, ideal para momentos de lazer em família.

O Centro Cultural de Vila das Aves, nas suas variadas

atividades e atuações é digno de uma visita.

A igreja matriz de Vila das Aves também merece

destaque neste nosso roteiro, assim como o Museu de

Arte Sacra e ainda o Mosteiro da Ordem da Visitação da

Virgem Santa Maria e o Mosteiro de S. José da Ordem

de Santa Clara.

Mas o que mais atrai os visitantes é a população avense

que é afetuosa, hospitaleira, generosa.

O Desportivo das AvesFalar em Vila das Aves é falar de desporto, é falar do

Clube Desportivo das Aves, a equipa mais representativa

do concelho de Santo Tirso, que continua a apostar no

seu regresso à primeira liga do futebol português.

“Temos também a AMCH de Ringe que promove

o desporto junto dos mais jovens e, todos os anos,

desenvolve o Torneio Internacional dos Pinheirinhos de

Ringe. Este ano 2015 é já o 9º. Para os amantes da

pesca temos a Pista de Pesca numa margem do Rio

Ave”.

Além da sua equipa profissional, o Clube Desportivo das

Aves tem nove equipas masculinas de futebol de 11,

desde escolinhas e juniores; duas equipas seniores de

futsal de ambos os sexos e várias de formação desta

última modalidade.

“O Desportivo Clube das Aves é motivo de grande

orgulho dos avenses. Somos muito bairristas e vibramos

com tudo o que é nosso”,, refere a edil.

.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Filho da terra, Roberto Figueiredo viveu em S. Tomé de Negrelos toda a sua vida e foi crescendo com o sonho e ambição de um dia vir

a ser presidente da Junta de Freguesia e de poder fazer o melhor pelos seus habitantes. Desta forma, lutou afincadamente pelo seu

sonho… E conseguiu concretizá-lo! Tornou-se o presidente mais novo que alguma vez S. Tomé de Negrelos teve. Questionado sobre o

seu compromisso para com a freguesia, Roberto Figueiredo não hesita na sua resposta: “determinação, empenho e sentido de dever”.

junta de freguesia de são tomé de negrelos

“Determinação, empenho e sentido de dever”

Visitar S. Tomé de Negrelos é viajar no tempo.

Esta freguesia do concelho de Santo Tirso,

elevada a vila a 27 de maio de 1993, chegou

a ser sede de concelho e nos dias de hoje

continua a destacar-se no panorama nacional pelo seu

património arquitetónico e cultural.

Com uma população de cerca de 5 mil habitantes, S.

Tomé de Negrelos é, atualmente, e desde há mais de

uma década, a terceira freguesia mais importante do

concelho de Santo Tirso.

A principal atividade da freguesia já foi a agricultura.

Hoje, esta é apenas um complemento às atividades

profissionais dos seus habitantes. “Com o

desenvolvimento, implementação e proliferação da

indústria têxtil no concelho, as pessoas vocacionaram-se

cada vez mais para esta área e abdicaram da agricultura,

produzindo agora apenas para consumo próprio”,

explica-nos o edil.

Próximo da populaçãoSob uma política de proximidade, o nosso interlocutor

assume-se como um presidente próximo da sua

população e bastante consciente da sua realidade

e, consequentemente, das suas necessidades e

dificuldades. “Para além de presidente, sinto-me como

um amigo e conselheiro dos meus fregueses. Quer-

me parecer que fazia falta às pessoas serem ouvidas,

fazia-lhes falta um pouco de estímulo, mas também de

carinho e, nesse sentido, sinto que eu e o meu Executivo

temos desempenhado bem a tarefa”.

Roberto Figueiredo reconhece que existem alguns

problemas estruturais em S. Tomé de Negrelos,

problemas esses que não dependem apenas da

boa vontade e empenho da Junta de Freguesia para

serem colmatados. “Temos um grave problema de

acessibilidades rodoviárias. Aqui estão as instalações

de uma das mais modernas escolas do país, a Escola

Básica de Negrelos, e os acessos não são condignos”.

Em conjunto com o seu Executivo, o autarca está a fazer

todos os esforços para que este e outros problemas

possam ser solucionados, com a maior celeridade

possível. E, a pensar em miúdos e graúdos, desde que

chegou à Junta de Freguesia, Roberto Figueiredo já

dinamizou várias atividades que decorrem diariamente

nas instalações da Junta de Freguesia. São elas a

informática, a dança, o zumba e pilates… (entre outras).

As mesmas fazem desta, uma freguesia ativa e um local

de eleição no concelho de Santo Tirso.

De visita obrigatóriaCom um vasto património cultural, S. Tomé de Negrelos

é o local ideal para quem gosta de serenidade ou

aventura.

Para quem aprecia uma visita a locais de interesse

histórico e até arquitetónico, a Capela do Santíssimo,

unida à Igreja Paroquial, com loggia exterior, é local de

passagem obrigatória. Para além desta, o Castro de

Santa Margarida, classificado como Imóvel de Interesse

Público, assim como o Solar da Quinta de Vilela, onde

pode até pernoitar, são locais dotados de beleza e aos

quais é indispensável uma visita atenta.

Para os mais audazes, os percursos pedestres são,

indubitavelmente, um atrativo. Destaca-se o percurso

‘Moinhos do Fojo’, no qual poderá encontrar alguns

moinhos de água ainda em funcionamento e um antigo

engenho de azeite.

No que concerne às romarias, S. Tomé de Negrelos

acolhe a maior festa de Carnaval do concelho de Santo

Tirso. “O Cortejo de Carnaval da freguesia decorre há já

32 anos. É uma festa bastante grande e que atrai muitos

populares não só de Santo Tirso, mas de vários pontos

do país”, refere o presidente.

As festas religiosas completam este leque de ofertas

da freguesia, nomeadamente a Festa do Santíssimo

Sacramento e a Festa do Espírito Santo.

Impossível de não evidenciar, é a Festa das Vindimas,

de caráter associativo, organizadas pela Casa do Povo

do Rio Vizela.

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

roberto figueiredoPresidente

Page 87: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

87

A freguesia de Água Longa localiza-se no extremo sul do concelho de Santo Tirso e é atravessada pelo rio Leça, tão importante no

seu povoamento inicial e em toda a sua história. Simplicidade, tranquilidade e encanto são alguns dos predicados que Água Longa

apresenta, bem como a genuinidade das suas gentes.

junta de freguesia de água longa

Água Longa, com futuro promissor

Com 14,85 hectares e 2.500 habitantes, a

freguesia de Água Longa beneficia de uma

localização privilegiada, constituindo a ponte

entre o denso urbanismo, o semi-urbanismo e

o rural, apresentando-se como um dos pulmões verdes

em redor do Grande Porto, do qual dista cerca de dez

quilómetros. Com uma vasta área verdejante e um tipo

de construção maioritariamente térrea, não sofreu com

a avalanche imobiliária das últimas décadas, mantendo

os predicados de uma freguesia harmoniosa, onde a

pacatez e o conhecimento de todos por todos é uma

determinante. Todavia, esta freguesia tipicamente rural,

até finais do século passado, assistiu, fruto das suas

acessibilidades, à instalação de algumas indústrias

de médio porte, que em complementaridade com o

pequeno comércio e as empresas familiares formam um

tecido empresarial substancial.

“Cremos que no futuro próximo, Água Longa será um

polo de investimento, que se pretende controlado e de

evolução equilibrada, onde a qualidade de vida seja o

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

seu potencial”.

Sem especificidades, Água Longa oferece aos seus

visitantes enorme versatilidade na área da gastronomia,

do convívio e do lazer e, fundamentalmente, a

hospitalidade e solidariedade é marca de uma população

simples e de vincada personalidade.

Vale a pena visitar a freguesia e fazer o percurso ao

longo das duas linhas de água que a atravessam, o

rio Leça e o seu afluente Ribeira do Risão, conhecer

o percurso medieval ‘Caminhos de Santiago’, visitar a

Igreja Matriz e a Capela de N. S. de Lurdes, bem como

os nichos religiosos existentes, sendo o de maior realce

o das Alminhas de Pidre.

Água Longa: mais ativa e mais atrativaNos primeiros cinco meses de mandato, a preocupação

do Executivo centrou-se essencialmente em não perder

valências adquiridas, melhorá-las organizadamente,

oferecendo às pessoas serviços mais eficientes.

“Conseguido este desiderato no terreno, em paralelo,

adaptámos os serviços de responsabilidades autárquicas

com o cumprimento das leis que regem as autarquias

locais”.

O Executivo tem feito da criatividade o seu principal

predicado, pois é sobejamente reconhecido que os

tempos são de ‘vacas magras’, fruto dessa capacidade

intrínseca dos seus elementos, deu-se a alteração de

paradigmas instalados e de difícil abandono, criando

uma freguesia mais ativa e mais atrativa. Os cidadãos

estão mais confiantes, porque mais do que outrora,

cada um está a interiorizar que pode e deve ser parte

integrante deste processo evolutivo.

Projetos de futuroO excelente relacionamento com todas as coletividades

e instituições são o garante para parcerias na realização

de eventos, como por exemplo o Carnaval, Festa do

Emigrante, Festa de N. S. do Rosário, entre outros.

Em termos de futuro, os objetivos e projetos da

freguesia de Água Longa passam pela melhoria da

rede de transportes, limpeza e aproveitamento das

potencialidades do rio Leça e do seu afluente Ribeira do

Risão e margens inerentes, bem como pela construção

de um novo edifício autárquico com valências culturais

acopladas e a requalificação da Avenida da Igreja, a sala

de visitas da freguesia de Água Longa.

Relacionamento institucionalEntre a freguesia de Água Longa e a Câmara Municipal

de Santo Tirso, existe um excelente relacionamento

baseado no respeito pessoal e institucional. A freguesia

apoia claramente as medidas adotadas pelo Município

de Santo Tirso, no que concerne à descentralização,

nas áreas social, desportiva e de serviços, no entanto,

considera que, na área técnica, de urbanismo e território,

também é possível a transferência de competências

para as juntas de freguesia.

josé pachecoPresidente

Page 88: Revista Business Portugal | Julho '15

88

REVISTA BUSINESS PORTUGALUM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

Eurico Tavares, desde cedo, esteve ligado ao associativismo. Primeiro como atleta, posteriormente como dirigente associativo, o atual

presidente da União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, em Santo Tirso, é um filho da terra, o que faz desta sua missão

mais do que um simples compromisso. Este é um compromisso de honra para com a terra que viu nascer pelo que a proximidade com

a população é a sua principal bandeira, juntamente com o seu Executivo.

união de freguesias além rio

Onde a proximidade é a prioridade

Quem o conhece, refere que a sua honestidade,

competência, dinamismo, frontalidade e

determinação são as suas qualidades mais

reconhecidas, sem descurar o espírito de

grupo e o trabalho em equipa. Talvez seja por isso que

durante a sua conversa com a Revista Business Portugal

nunca referiu o ‘eu’, mas sempre ‘nós’, a sua equipa, o

Executivo da União de Freguesias.

Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira são hoje uma

só freguesia, resultado da reorganização territorial

que o país sofreu em 2013. Fortemente contra esta

agregação, Eurico Tavares consegue hoje tirar algumas

vantagens da mesma. “Obviamente, e se analisarmos a

questão no seu todo, houve algumas vantagens com

esta agregação, essencialmente no que diz respeito a

infraestruturas e demais bens. Havia freguesias que não

tinham uma carrinha, por exemplo. Hoje em dia, todas

têm, porque agora os bens são comuns. Outro exemplo

são os polidesportivos. Temos associações ligadas ao

desporto, mas nem todos usufruíam destes espaços

porque as suas freguesias não têm. Hoje, os existentes,

são de todos”, refere o edil.

Contudo, houve também alguns aspetos negativos.

“Estamos a falar de quatro freguesias bastante distintas

tanto na sua essência como na sua história. Quando

eram quatro executivos, os mesmos contabilizavam 12

pessoas. Atualmente, são apenas cinco. São menos de

metade das pessoas a trabalhar em função do mesmo

número de fregueses. Atualmente recebemos menos do

Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) do que

somando o valor que cada uma recebia individualmente,

algo não está bem”, sublinha.

Em prol da populaçãoFocando o seu trabalho por base na ação social, são

várias as iniciativas que Eurico Tavares, juntamente com

a sua equipa, têm levado a cabo em prol dos habitantes

das Freguesias Além Rio, nome que adotaram para

designar mais facilmente a União de Freguesias, fruto

da sua localização.

Com um número significativo de associações, muitas

das atividades levadas a cabo pelo Executivo trazem

estas associações como parceiros e parte organizadora

dos mesmos. É exemplo o Dia Mundial da Criança, e o

Campeonato de Veteranos, que este ano contam com a

sua segunda edição.

A somar às iniciativas dirigidas às crianças e aos adeptos

do desporto, torna-se fulcral referir o Campeonato de

Pesca, muito apreciado pelos fregueses. “Esta segunda

edição contou com o dobro dos participantes. E é

interessante perceber que este não envolve apenas

os participantes diretos, mas também com as famílias

que também se deslocam ao local do concurso para

conviverem entre si”. O sucesso foi tal que há muitos

que questionam já sobre a terceira edição, que terá lugar

só em 2016.

Numa perspetiva de bem-estar, este Executivo tem

também organizado anualmente rastreios à saúde,

completamente gratuito. “Neste segundo ano, graças

aos nossos parceiros, conseguimos abranger um maior

número de áreas de análise. Além das tradicionais

análises ao sangue, e da visão, incluímos as áreas

da dentária e podologia. Este ano aderiram cerca

de 250 pessoas”. De referir que numa política de

descentralização, este rastreio anual ocorre sempre nas

quatro freguesias, começando em março e finalizando

em junho.

A pensar em toda a família, o passei anual da freguesia

é também bastante concorrido. “O ano passado

foram precisos 14 autocarros para transportarmos

eurico tavaresPresidente

Page 89: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

89

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

todos os participantes, e este ano contamos precisar

de mais”, prevê Eurico Tavares. O passeio é gratuito

para as crianças até aos 12 anos, assim como para

os reformados e seniores a partir dos 60 anos. “Os

restantes participantes pagam um valor simbólico”,

completa.

O Verão Sénior é outra iniciativa da Junta de Freguesia

dirigida ao público mais sénior. Através deste programa,

a população reformada e com mais de 60 anos tem a

oportunidade de desfrutar de alguns dias de praia.

A Junta de Freguesia tem diariamente aberto o Centro

de Convívio, na freguesia de Sequeiro, onde promove

e desenvolve algumas iniciativas e interage com outros

centros, “pretendemos combater a solidão dos mais

seniores das Freguesias do além Rio, qualquer pessoa

pode frequentar o mesmo de forma gratuita”.

Mas, sem esquecer os mais pequenos, o Executivo

apoia ainda a ida dos mais novos até à praia, atribuindo

um subsídio por criança aos Jardins de Infância das

freguesias. “Há já JI que estão a rentabilizar recursos e

optam por organizar esta ida à praia em conjunto. Essa

foi aliás, uma sugestão deste Executivo às diferentes

direções.

Política de proximidadeO Executivo desta União de Freguesias faz questão de

pautar a sua atuação por uma política de proximidade,

pelo que está presente nos quatro edifícios das

anteriores Juntas de Freguesia e não apenas na Sede,

em Areias. “Acreditamos que a descentralização é uma

mais- valia para as populações”, afirma Eurico Tavares.

Questionado sobre como promover essa proximidade,

o presidente afirma que é necessário estar junto às

pessoas e transmitir a ideia de que não há qualquer

problema em abordar o Executivo, seja qual for a

razão para tal. “Mesmo que não consigamos resolver o

problema que o trouxe até nós, temos a capacidade de

avaliar o mesmo e encaminhar a pessoa para entidade

ou organismo correto. Esse encaminhamento pode ser

a solução, pelo que as pessoas devem de vir à Junta

de Freguesia”.

O dia a dia“Tentamos aproveitar e levar para cada freguesia o que

de melhor já se fazia nas outras, ajustando mas acima

de tudo inovando”, diz Eurico Tavares. “Queremos, todos

os dias, poder resolver as questões que são importantes

para os nossos fregueses. Temos a ambição de fazer

grandes obras, mas temos igualmente a consciência de

que, por vezes, faz mais falta uma pequena obra e é

nessa perspetiva que organizamos o nosso trabalho e as

nossas prioridades. Porque, no final, a nossa prioridade

são sempre as pessoas”, completa.

Pensando nas pessoas, e para as pessoas, dentro de

pouco tempo, “vamos poder prestar mais um serviço,

no edifício sede, em Areias, com a criação do Balcão

do Cidadão, também ambicionamos ter um outro

serviço, com a criação de um GIP (Gabinete Inserção

Profissional), uma vez que nos candidatamos ao mesmo.

Se passar por Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, não se

esqueça de visitar alguns dos seus locais de passagem

obrigatórios”.

Page 90: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

90

Foi há 13 anos que Jorge Fernando Vieira de Faria

se iniciou na política, na altura convidado para

fazer parte de uma lista, sendo posteriormente

eleito para a Assembleia da Freguesia. Passado

meio ano, um dos membros do Executivo desiste e fica

como tesoureiro, tendo ainda sido secretário antes de

o presidente da junta ter-se demitido e ter assumido o

seu lugar.

“Neste mundo da política, ou se gosta ou não. Eu olho

para ela de forma diferente, porque acho que ninguém

nasce para ser político. Da única vez que fui a eleições,

venci com maioria absoluta. É o resultado da minha

proximidade com a população, porque eles precisam da

nossa ajuda e temos que ser os primeiros a dar a cara”,

explica o presidente.

Em termos patrimoniais, Vilarinho é rico em história e o

presidente aponta alguns pontos de interesse e de visita

obrigatória para quem visita a região.

“Temos um mosteiro datado do século XII, que, em

termos turísticos, é das melhores coisas que temos

em termos históricos. Como dizia o professor Geraldo

Coelho Dias, no seu livro ‘Vilarinho tem História’, a nossa

freguesia tem história. O importante é que as pessoas se

apercebam de que Vilarinho tem essa história”.

Na vila, há também a Capela da Nossa Senhora das

Dores, recentemente restaurada, a Capela da Senhora

da Livração e a Capela de São Pedro. No entanto, o

autarca aponta algumas falhas na sinalização dos

mesmos.

“O nosso grande problema com estes monumentos

prende-se com a necessidade de termos placas

indicadoras, sendo que é uma guerra que já travamos

há muito tempo. Há anos que nos andam a prometer,

mas as coisas ainda não estão resolvidas. Para além

disso, este ano temos 20 mil euros para obras, tendo

neste momento 25 ruas em terra batida e, para

pavimentar algumas delas, seria preciso mais do dobro

desse dinheiro”, confessa o autarca, acrescentando que

as prioridades da vila são a estrada da Paradela e a

requalificação da EM513.

São muitas as necessidades desta vila pautada pela

descentralização e poucos os apoios para as suprimir.

“Por vezes, penso que se esquecem de nós”, critica.

No entanto e, apesar de todos os problemas que a

freguesia enfrenta, Jorge Fernando Vieira de Faria

acredita que o importante é “ter capacidade para os

resolver”, confiando num futuro risonho para Vilarinho

e as suas gentes.

Mas, se ainda há muito por fazer a nível turístico, em

termos de empregabilidade são muitas as empresas

que se estão a sediar na freguesia, criando assim novos

postos de trabalho.

“Temos agora uma zona industrial, onde estão cerca

de quatro mil postos de trabalho concentrados

com empresas de referência que transferiram a

sua exploração para Vilarinho. Há pessoas que, por

trabalharem aqui, se querem fixar na vila, ajudando na

sua dinamização”, explica.

O convite fica feito por parte do edil: “Vilarinho é uma

vila de história e nós estamos de braços abertos para

receber toda a gente”, conclui.

Banhada pelo rio Vizela, Vilarinho é uma freguesia do concelho de Santo Tirso, que comemora este ano o seu sexto aniversário de

elevação a vila e com cerca de 3700 eleitores. O seu presidente, Jorge Fernando Vieira de Faria, começa por nos contar, orgulhoso, que

para si, Vilarinho é “uma freguesia cheia de história e repleta de potencialidades”.

junta de freguesia de vilarinho

Crescer com prioridades

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

jorge fernando vieira de fariaPresidente

Page 91: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Numa época em que a eletricidade não era acessível a todos, um grupo de 12 ilustres da freguesia de Vilarinho, no concelho de Santo

Tirso, criaram a Cooperativa Elétrica de Vilarinho, com o propósito de trazer melhor qualidade de vida à freguesia. Estávamos em 1939

e atualmente este é ainda um exemplo vivo do cooperativismo, resultado do esforço e dedicação dos seus fundadores, e de todas as

direções que por aqui passaram.

cooperativa elétrica de vilarinho

A iluminar Vilarinho

A 3 de dezembro de 1940, é assinada a

escritura de concessão para a iluminação

da freguesia de Vilarinho, entre o Município

de Santo Tirso e a Cooperativa. A própria

freguesia de Vilarinho foi crescendo à luz desta

cooperativa. “Sempre foi nosso objetivo ajudar ao

desenvolvimento desta freguesia”, diz-nos Domingos

Rebelo, presidente da Cooperativa Elétrica de Vilarinho.

Os seus serviços contam com os mais elevados níveis

de qualidade, serviços esses que vão ao encontro das

necessidades e expectativas dos seus clientes, através

da distribuição de energia elétrica em baixa tensão,

para iluminação não só da freguesia de Vilarinho como

também de algumas zonas das freguesias de S. Salvador

do Campo e S. Mamede de Negrelos.

Sempre na vanguarda, a Cooperativa Elétrica de

Vilarinho conta, já há alguns anos, com um sistema

de leitura automática dos seus contadores, a chamada

‘telecontagem’. “Com este sistema, os clientes não têm

a necessidade de dar a contagem nem nós temos que

nos dirigir às suas casas para fazê-lo. Os contadores

enviam a contagem automaticamente para o nosso

sistema”, revela o presidente.

Com a nova regulamentação do mercado livre,

Domingos Rebelo acredita que alguns clientes possam

optar por outras companhias, “mediante ofertas e outras

promoções que as mesmas possam levar a cabo, mas

creio que a maioria continuará fiel à Cooperativa da

terra”.

CooperativismoO seu lado de cooperativismo é outro componente

importante. “O nosso propósito é o desenvolvimento e

promoção de Vilarinho. Por isso mesmo, ajudamos todas

as coletividades da freguesia. Além disso, contribuímos

com toda a energia para as Festas de maio, as festas

mais importantes de Vilarinho”.

Pela sua importância e como forma de reconhecimento

pelo seu contributo no desenvolvimento da freguesia e

do concelho, a Câmara Municipal atribui a Medalha de

Mérito Municipal à Cooperativa aquando do seu 74º

aniversário.

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

domingos rebeloPresidente

www.cevilarinho.pt

Page 92: Revista Business Portugal | Julho '15

regi

ão d

e lis

boa

Além de ser a capital do país, Lisboa é também a cidade mais populosa de

Portugal.

Lisboa é reconhecida como uma cidade global devido à sua importância

em aspetos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e

turísticos. É um dos princi+aos centro económicos do continente, com um crescente

setor financeiro e o maior porto de contentores da costa atlântica da Europa. O aeroporto

da Portela recebe mais de 18 milhões de passageiros anualmente, enquanto a rede

de auto-estradas e o sistema de ferrovias de alta velocidade conectam as principais

cidades portuguesas à capital. Lisboa é a sétima cidade mais visitada do sul do país.

Localizada na margem direita do rio Tejo, junto à foz, Lisboa é a capital mais ocidental

da Europa.

Os limites da cidade, ao contrário do que ocorres em grandes cidades, encontram-se

bem delimitados dentro do perímetro histórico. Isto levou à criação e várias cidades ao

redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são, de facto, parte do

perímetro metropolitano de Lisboa.

O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas

demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três

funiculares e um elevador, o famoso elevador de Santa Justa, e a parte ocidental

da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques

urbanos da Europa, com uma área de 10 km2.

O Parque das Nações e o Centro Cultural de Belém são também duas das mais

importantes referências da capital portuguesa.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REGIÃO DE LISBOA

“Cada habitante merece de nós uma atenção individual. O grande desafio passa por criar as condições necessárias à população, nunca

perdendo naturalmente de vista a continuação do bem público”. Quem o afirma é Jaime Pereira Garcia, presidente da junta de freguesia

de Águas Livres e responsável pelo comando dos destinos da terra.

Junta de Freguesia de Águas Livres

Uma freguesia com identidade

Situada em plena área urbana do concelho

da Amadora, Águas Livres é uma freguesia

portuguesa com cerca de 40 mil habitantes e

cerca de três quilómetros quadrados de área.

A freguesia é constituída por um conjunto de paisagens

urbanas que lhe dão uma dinâmica única.

Constituída em 2013, no âmbito de uma reforma

administrativa nacional, Águas Livres integra o território

da antiga freguesia da Damaia, a parte sul da antiga

freguesia da Reboleira e a parte norte da antiga freguesia

da Buraca. “Com a agregação de três freguesias

das quais duas são espartilhadas e como a lei não

contemplava nada sobre esta matéria de constituição de

freguesias espartilhadas, inicialmente tivemos bastante

trabalho a nível do executivo e até da própria secretaria.

Fomos de facto à procura das vias estruturais e este

foi o grande trabalho inicial, teve que haver uma boa

comunicação para que implementássemos igualdade

em todas as áreas da freguesia, para que todos os

nossos habitantes recebessem, dentro dos possíveis, a

mesma qualidade de vida e que usufruíssem de boas

estruturas físicas de igual modo”, comenta Jaime Pereira

Garcia, presidente da freguesia.

Com bastantes equipamentos públicos de teor social e

de serviço à população, tais como três USF´s (Unidade

de Saúde Familiar), três agrupamentos escolares, oito

escolas primárias, três escolas de 2º e 3º ciclo, jardim-

de-infância, creche, berçário, pré – escolar, Santa Casa

da Misericórdia, dois centros de dia, três esquadras da

polícia de segurança pública, uma esquadra de trânsito

e de registo criminal, piscina coberta e ginásio onde

se pode praticar várias modalidades, 32 coletividades

“que ajudam a tornar mais eclética a própria resposta

cultural, recreativa e desportiva da freguesia”, boas

acessibilidades e uma ótima rede de transportes esta

é uma freguesia com “respostas fundamentais às

necessidades da população”, que se “sustenta a ela

própria” e que “qualifica a vida de quem cá reside”. No

fundo “é um local onde dá prazer de viver e a nossa

população não precisa de ir para o exterior para ter

condições de serviço à altura”, salienta o presidente.

Do ponto de vista turístico pode-se visitar a capela de

Santa Teresinha, a Fonte do Chafurdo que no passado

abastecia a antiga freguesia da Buraca, a igreja da antiga

freguesia da Damaia e a igreja da antiga freguesia da

Buraca. E ainda, os dois ex-líbris da freguesia o Aqueduto

das Águas Livres e o Aqueduto das Francesinhas “onde

organizamos visitas com alguma frequência”.

Não tendo propriamente um produto típico da região,

ultimamente têm apostado no Fumeiro, uma vez que

quem fundou a comunidade da freguesia foram os

oriundos das Beiras e do Alentejo. “Como não temos

nenhuma identidade própria, mas temos uma miscelânea

de culturas de usos e costumes temos vindo a apostar

nos produtos típicos das regiões dos nossos habitantes,

tais como o cabrito assado no forno, a caldeirada de

borrego e até a própria cachupa”, conta o presidente.

Festividades Numa política de valorização da história, tradições,

usos e costumes da freguesia e dos seus habitantes,

realizam-se alguns certames com algum impacto local

e até regional.

O Dia Internacional da Mulher, comemorado num dos

parques urbanos da freguesia.

A Feira Setecentista, realizada no Jardim dos Aromas,

em abril alusiva ao reinado de D. João V - empreendedor

do convento de Mafra, do Aqueduto das Águas Livres

que abastece Lisboa e que atravessa grande parte da

freguesia, bem como o Aqueduto das Francesinhas. No

certame, estiveram presentes cerca de 70 barraquinhas,

com uma grande diversidade alusiva à época (com rei

e rainha, coches, pajens, escravos e com um cortejo a

atravessar praticamente toda a freguesia) e contou com

a adesão de cerca de 100 mil pessoas.

O dia mundial da criança, no Jardim dos Aromas, que

contou com a participação de 1784 crianças.

O arraial Popular, que decorreu nos meses de junho, em

honra dos santos populares.

A Feira do Fumeiro e do Artesanato que este ano conta

com a segunda edição, em setembro, onde estarão

presentes cerca de 70 barraquinhas.

O Encontro Nacional e Internacional de Folclore, também

em setembro.

E ainda, o dia dedicado aos avós e aos netos, numa

politica de valorização intergeracional.

Ação SocialCom uma população bastante envelhecida com fracos

recursos financeiros aliada a uma população jovem com

carência é necessário existir na freguesia um grande

apoio a nível social.

Assim sendo, a junta de freguesia procura dar respostas

às necessidades que vão surgindo no âmbito da ação

social, apresentando um inúmero leque de programas,

apoios e atividades que possam ajudar na resolução de

alguns problemas, junto dos segmentos mais vulneráveis

da população. Tais como, o programa “Bom Dia e um

Sorriso” que conta com centenas de voluntários sempre

acompanhados pela PSP que visitam os mais idosos

de forma a perceberem se estes se encontram bem

e se necessitam de algum tipo de apoio; o programa

Escolhas, o programa FEAC – Fundo Europeu de Auxilio

de Carenciados, o programa CLAII – Centro Local de

Atendimento e Integração do Imigrante, o programa

Porta à Porta, caminhadas pedonais, caminhadas

solidarias, Laço Azul, Férias Seniores para Veteranos,

o programa Viva Mais, o Fundo Europeu de Auxílio a

Carenciados, Ações de emprego e formação e ainda,

três lojas sociais onde as pessoas têm ao dispor

jaime pereira garciaPresidente

Page 95: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REGIÃO DE LISBOA

vestuário, calçado, móveis e alimentos.

Projetos FuturosRelativamente a projetos futuros pretendem criar duas

lojas do cidadão. Terminar as obras do parque urbano

do Neudel que contém uma extensa área ajardinada,

com linhas de água, relvados, equipamentos infantis e

esplanadas e onde já esta instalado o ski-skate - um

espaço de diversão, único, ideal para amantes dos

desportos de inverno e das modalidades radicais

urbanas.

Apostar em aulas de concertinas, juntamente com a Casa

Regional de Lamego em Lisboa, “para de certa forma ir

de encontro aos minhotos que vivem na freguesia”.

Inaugurar, em setembro, o cineteatro D. João V.

E ainda, apostar nas Unidades de Saúde Familiar.

“Temos uma USF na Damaia, uma no setor da Buraca

e outro no setor da Reboleira. Mas pretendemos

reformular as que estão na Buraca e na Reboleira,

pois o que temos no setor da Damaia é moderno e

funciona como um pequeno hospital. Os restantes

são prédios de habitação com terceiro piso, escadas

demasiado gastas, sem elevador, com condições de

trabalho precárias para pessoal médico, enfermagem e

auxiliar. Dessa forma, a junta de freguesia juntamente

com a Câmara da Amadora está a trabalhar no caso de

maneira a criar uma USF quer no setor da Buraca quer

no setor da Reboleira, que corresponda às necessidades

da população. Para isso, já nos prontificamos a ceder

um espaço e verbas e até estamos disponíveis para a

solução dos contentores. Caso queiram construir de raiz,

nós também já prontificamos entregar uma determinada

verba e um espaço. Neste momento, apenas estamos

a aguardar a palavra final dos nossos governantes para

levarmos a cabo este projeto.”, explica o presidente.

Aque Aqueduto das Águas Livres

Existem várias valências: Creche; Complemento de Apoio à Familia; Complexo Sócio Desportivo; Atelier’s; Centro Cultural; Lojas Sol; Atendimento Social; Higiene Urbana e Manutenção dos Espaços Verdes e Recolha de lixo especial;

Complexo Sócio Desportivo

Creche “Os Pequenos Génios”

Polidesportivo Parque Urbano Dr. Armando Romão

Sede: Estrada Militar, nº 82 – 2720-797 Amadora • Tel: 21 499 07 38 • Fax: 21 499 18 42

Setor Buraca: Largo Borges Carneiro, nº 3G – 2610-028 Amadora • Tel: 21 470 26 00 • Fax: 21 470 26 01

Setor Reboleira: Av. D. José I, nº 57 A – 2720-176 Amadora • Tel: 21 495 21 81 • Fax: 21 496 17 82

E-mail: [email protected]

Page 96: Revista Business Portugal | Julho '15

96

“Temos muito espaço para crescer: espaço rural e urbano, além de um enorme potencial nas nossas pessoas e economia. Se observarmos

os últimos censos, podemos afirmar que continuamos numa curva ascendente. A linha de comboio divide o interior do litoral e nesta

divisão encontramos algumas diferenças: o litoral tem um crescimento bastante acentuado ao contrário do interior”, refere Francisco

Martins Presidente da União de Freguesias de Torres Vedras: S. Pedro e Santiago, Santa Maria do Castelo e S. Miguel e Matacães ao

descrever a linha de crescimento da União de Freguesias.

União de Freguesias de Torres Vedras: S. Pedro e Santiago, Santa Maria do Castelo e S. Miguel e Matacães

UMA UNIÃO EM CRESCIMENTO

Como carateriza a União de freguesias?

Somos uma freguesia que tem cerca de 25 mil

habitantes e 62,5 km² de área, ou seja, trata-se de

uma das maiores freguesias da região oeste. Temos

caraterísticas muito especiais, começando pelo facto de,

na mesma União de Freguesias, conviver a cidade de

Torres Vedras com zonas marcadamente rurais.

O tecido económico da freguesia divide-se entre

a zona citadina e a zona rural. De que forma o

descreve?

A zona citadina assenta, de forma vincada, no comércio

e serviços, e a parte rural tem uma grande componente

agrícola como a fruta, a vinha e os produtos hortícolas.

O tecido empresarial centra-se fortemente na indústria

vitivinícola, sendo que outrora a construção civil era um

grande empregador. Apesar da conjuntura económica

do país, não nos podemos sentir completamente

desprotegidos. Ainda somos uma cidade, uma freguesia

e um concelho que consegue ter força dentro desta

região.

Quais são os pontos turísticos mais relevantes

dentro da União de Freguesias?

Temos um património vastíssimo! Os turistas podem

visitar o Castelo de Torres Vedras, as Linhas de Torres

que têm tido, nestes últimos anos, uma projeção

muito grande, o Castro do Zambujal, a Ermida da

Nossa Senhora do Calvário, entre muitos outros locais

espalhados pela freguesia e que são igualmente muito

interessantes de visitar. De evidenciar o nosso Parque

Verde dentro da cidade onde as pessoas podem

conviver, fazer exercício ou simplesmente relaxar.

Quer mencionar as festas mais importantes da

região?

Temos uma festa conhecida a nível nacional que já se

tornou numa marca, o ‘Carnaval de Torres Vedras’, que

todos os anos traz cerca de 300 mil visitantes para a

cidade. Temos a ‘Feira de São Pedro’, com tradição

centenária, que também atrai muitas pessoas. A pensar

nos mais novos existe o ‘Oeste Infantil’ que já vai na 26ª

edição. É uma festa que tem uma afluência de cerca de

20 mil crianças durante o festival. O ‘Festival da Miss

Vindimas’, que se realiza há mais de 30 anos, celebra o

concelho vitivinícola.

Sendo uma zona com parte rural depreende-se

que também são fortes em termos gastronómicos.

Existe algum produto típico da região?

Sim, temos o pastel de feijão e estamos inseridos no

concelho que é o maior produtor de vinho do país.

A freguesia está bem servida em termos de

restauração e hotelaria?

Sem dúvida. Em termos de restauração considero-a

de excelente qualidade. Nos últimos anos têm surgido

restaurantes com ofertas bastante variadas, para juntar

aos excelentes já existentes. A hotelaria também está

muito bem representada, mas requer um trabalho

contínuo de divulgação e promoção do nosso território e

das nossas mais valias.

Considera o turismo um foco importante para o

desenvolvimento da região?

Tem mesmo de ser! A Câmara Municipal e os

operadores privados do nosso concelho fazem o seu

papel na projeção do concelho, mas nós queremos

mais. Queremos aproveitar o facto de agora sermos

União de Freguesias para nos darmos a conhecer, com

roteiros próprios e detalhados que possam atrair as

pessoas a visitar e conhecer o nosso património, cultura

e gastronomia.

francisco joão pacheca martinsPresidente

REVISTA BUSINESS PORTUGALREGIÃO DE LISBOA

Page 97: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REGIÃO DE LISBOA

Existem eventos de verão para atrair o turismo?

Sim, mas essencialmente no litoral do concelho, dos

quais destacamos o Ocean Spirit, a Onda de Verão, bem

como outros eventos da responsabilidade da Câmara

Municipal. No final de Agosto vamos realizar o primeiro

evento das ‘Nova Invasões’, este sim na cidade de Torres

Vedras, no âmbito das Linhas de Torres. É um evento que

terá a participação de cinco países (quatro residentes

e um convidado): Portugal (o país invadido), França (o

invasor), Espanha e Inglaterra (países aliados) – e o

Chile como país convidado, mas que tem como ponto

em comum ter sido invadido na sua história. Será um

evento com uma vasta agenda cultural e gastronómica,

que procurará mostrar a época das Invasões, bem como

alguma contemporaneidade dos países convidados.

O apoio social é cada vez mais necessário em

todas as regiões. Existe muita procura?

Sim e infelizmente cada vez mais. Temos vários

projetos dos quais destacamos: Terapia Assistida por

Cães e acesso ao Apoio Psicológico nas escolas para

as crianças. Para os idosos temos o I.S.A. – Idosos

Saudáveis e Ativos em que estes participam em

atividades como vigilância das igrejas e ajudam as

crianças a atravessar as passadeiras, assim como o

Desporto Sénior, Oficinas do Saber e o Clube Sénior,

atividades promovidas pela Câmara em conjunto com as

Freguesias. Ainda damos apoio às famílias carenciadas

e disponibilizamos espaço para formações, entre muitas

outras ações.

Quais são as ambições para a União de Freguesias?

Está sempre presente a ambição de desenvolvimento

da freguesia e melhoria das condições de vida dos

nossos fregueses. Queremos mais iniciativas e novos

projetos. Por exemplo, neste momento estamos a lançar

o orçamento participativo em que perguntamos às

pessoas o que gostariam de fazer na sua freguesia com

um limite de 5 mil euros. Pode ser uma obra, um evento

cultural ou social ou qualquer outra ideia válida. No final,

iremos concretizar o projeto vencedor. Desta forma

conseguimos perceber o que as pessoas realmente

querem e precisam.

Page 98: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Inserida no concelho de Cascais, São Domingos de Rana oferece “uma excelente qualidade de vida, onde os incentivos à população são

uma forte aposta”, diz Maria Fernanda Gonçalves, presidente da junta de freguesia, em entrevista à Revista Business Portugal.

junta de freguesia de são domingos de rana

Uma freguesia viva

Situada entre a urbanidade e um conjunto de

paisagens rurais, São Domingos de Rana é

uma das maiores freguesias do país em total

de população com cerca de 60 mil habitantes

e 20 quilómetros quadrados.

Neste território convivem populações oriundas de “várias

comunidades e etnias, sobretudo cabo-verdianos,

moldavos, ucranianos, angolanos, brasileiros”, o que

compraz “uma grande diversidade cultural”, conta

Fernanda Gonçalves.

Com bastantes equipamentos públicos de teor social,

desportivo e de serviço à população, tais como USF

(Unidade de Saúde Familiar), posto de correios, 13

escolas primárias, duas escolas com 2º/3º ciclo e

secundária, jardins de infância, centros de dia, creches,

uma das maiores escolas fixas do país e cerca de 20

coletividades, está é uma freguesia que proporciona

respostas fundamentais às necessidades da população.

Em termos empresariais, embora tenham uma

elevada taxa de desemprego, tem também nos seus

domínios algumas empresas de referência nacional e

internacional, tais como a Garland, a Vitron, Progelcone,

Combustoil, Soplacas, Cuf Saúde e outras pequenas e

médias empresas.

Do ponto de vista turístico, a freguesia oferece a Igreja

de São Domingos de Rana, como seu ex-libris, e que

antigamente servia como posto de vigia, onde se

podiam ver os navios que se aproximavam da linha da

costa. Também a Casa da Quinta de Rana e o jardim

envolvente; a Capela de Nossa Senhora da Graça de

Tires; a Ermida de Nossa Senhora da Conceição da

Abóboda; as Vilas Romanas de Freiria e Miroiços,

com um espólio arqueológico e histórico classificado;

e, finalmente, o Museu Artesanal Ilídio Carapeto, onde

se pode encontrar uma das maiores coleções de

reprodução de barcos em miniatura do país.

Já no que toca à gastronomia e não tendo propriamente

um produto típico da região, a freguesia apostou este

ano no bolo de São Domingos de Rana, com um

concurso organizado durante a Feira Medieval.

REGIÃO DE LISBOA

maria fernanda gonçalvesPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Festividades Os eventos e demais certames que ocorrem anualmente

na freguesia, maioritariamente nos meses de verão, têm

sido, além de outras, as festas de Tires que duram dez

dias; o festival da canção infanto-juvenil organizado pela

Junta, e as diversas festas organizadas pelas várias

coletividades. Este ano a Junta de Freguesia resolveu

organizar a I Feira Medieval de São Domingos de Rana,

celebrando o dia da freguesia no dia oito de abril em

homenagem à data de integração de São Domingos de

Rana no termo de Cascais há 645 anos.

Ação SocialA intervenção das Autarquias e dos Municípios no

âmbito da ação social, tem-se revelado cada vez mais

indispensável e pertinente, tendo como principal objetivo

atenuar os fenómenos da pobreza e da exclusão social.

Neste sentido, e tendo um grande número de famílias

carenciadas, a Junta de Freguesia de São Domingos de

Rana procura dar respostas às necessidades existentes,

apresentando um inúmero leque de serviços e projetos

que possam ajudar na resolução de alguns problemas

que surjam, junto dos segmentos mais vulneráveis da

população. De maneira, a conseguir promover uma

plena integração social, a Junta estabeleceu “uma loja

social onde as pessoas têm ao dispor vestuário, calçado,

móveis e alimentos”. A loja tem também “distribuído

alguns cabazes no que toca aos casos mais críticos

de famílias carenciadas”. Paralelamente, tem sido

preocupação da presidente o apoio psicológico às

crianças e jovens da freguesia, pelo que se estabeleceu

para este ano a Clínica Social, “alargando-se o apoio nas

escolas às nossas crianças, aos desempregados e aos

idosos”, explica a presidente.

PDMQuanto à discussão do novo PDM para Cascais, a

presidente está de acordo com tudo aquilo que possa

trazer desenvolvimento à freguesia, como o aumento

de empregabilidade, vias de mobilidade, novos postos

de trabalho, entre outros. No entanto, refere que esse

desenvolvimento não deve ser feito à custa de espaços

verdes, resultando em mais zonas urbanizáveis,

promessa aliás feita no processo de revisão mas que

não parece materializável. A presidente considera que

“vão retirar qualidade de vida aos habitantes da freguesia

e nesse sentido, não posso concordar com tudo”.

Projetos FuturosNo que toca a projetos futuros, Maria Fernanda

Gonçalves gostaria que a freguesia possuísse uma

Universidade Sénior sendo uma mais valia para os

idosos e para a própria freguesia, aliás numa ótica

intergeracional das políticas públicas locais. No entanto,

para isso, a junta precisa de um espaço físico para o

concretizar. Gostaria também de apostar num espaço

de cultura, com escola de música e outras valências

interculturais. E ainda, que houvesse uma ciclovia entre

São Domingos de Rana e Cascais pelo interior para que

assim as pessoas pudessem usufruir das paisagens

maravilhosas e uma maior mobilidade na freguesia,

“felizmente está em construção uma variante na estrada

249 que vai facilitar o trânsito, estávamos mesmo a

necessitar desta construção que há 20 anos estava na

gaveta”, confessa a presidente.

REGIÃO DE LISBOA

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REVISTA BUSINESS PORTUGALREGIÃO DE LISBOA

Arruda dos Vinhos faz parte do distrito de Lisboa. Terra conhecida pela produção vinícola e, noutros tempos, pela famosa ‘bruxa

d’Arruda’. O concelho de Arruda dos Vinhos é um local encantadoramente acolhedor que não deixa indiferente os seus visitantes e

moradores. Arruda, como também é designada pelos seus habitantes, é uma obra da natureza a 30 quilómetros de Lisboa.

junta de freguesia de arruda dos vinhos

“de Vale Encantado o qual eu considero o Minho de Lisboa”

Há quem designe Arruda dos Vinhos de “Vale

Encantado”, mas a nossa entrevistada Graça

Dinis, presidente da Junta de Freguesia,

também gosta de lhe chamar o ‘Minho de

Lisboa’, o que tem atraído muitas pessoas a fazerem

desta terra a sua terra. De facto, os números falam por

si, nos censos de 2001, a freguesia de Arruda contava

com 5835 habitantes; os últimos números relativos a

2011 revelam que esta freguesia passou a ter 8656

cidadãos registados. A presidente da Junta, Graça Dinis,

revela que Arruda tem todas as condições necessárias

para se viver com qualidade, a começar pelas “escolas

que têm ficado muito bem cotadas no ranking nacional”.

Ainda na área da educação e cultura, há que destacar o

facto de Irene Lisboa, conhecida pedagoga, professora

de profissão e escritora, ser natural do concelho de

Arruda. Irene Lisboa nasceu em 1892 e faleceu em

1958. A sua obra permanece imortalizada nos vários

livros publicados: poesia, crónica, narrativa literária e

textos pedagógicos; bem como nos jornais e revistas

da época, como disse o escritor José Gomes Ferreira:

“Para mim é a maior escritora de todos os tempos

portugueses”.

No aspeto económico, o tecido empresarial também está

a aumentar: “Têm sido várias as entidades a instalarem-

se na região, existem serralharias, empresas dedicadas

ao ramo alimentar, desde o catering, à produção de

comida embalada para a grande distribuição”, revela a

presidente da Junta de Freguesia. No que toca ao setor

dos vinhos, importante fonte de rendimento da região, há

a destacar “que ainda há dois anos a Adega Cooperativa

ganhou uma medalha de ouro”, salienta Graça Dinis,

para além de existirem produtores privados com vinhos

graça dinisPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REGIÃO DE LISBOA

de excelente qualidade que cada vez mais se destacam

no mercado. Depois, há o sector da restauração: quem

aqui vier poder-se-á regalar com as iguarias que os

múltiplos restaurantes preparam diariamente: “O difícil

será escolher”, diz a presidente.

Revitalização da zona históricaUm dos grandes objetivos deste mandato é a revitalização

da designada zona histórica de Arruda dos Vinhos. Graça

Dinis, a primeira mulher presidente da Junta, revela que

está “de corpo e alma” na função e fará tudo o que

estiver dentro das suas competência em função do bem

estar da população, desde o mais pequeno pormenor,

que às vezes passa apenas por parar e falar com as

pessoas, até às médias e grandes obras.

A tradição da festa de Santo António é vivida em Arruda

dos Vinhos com muita alegria e dedicação, juntando

muitas pessoas que se envolvem durante meses na

preparação das marchas que se realizam na noite do

dia 12 de junho. “A zona histórica é lindíssima e agora

vamos apostar nela, as festas do Santo António foram já

aqui realizadas este ano com um sucesso estrondoso.

Conseguimos trazer de novo gente e brilho a esta zona.

Nas marchas participaram as escolas, a Santa Casa da

Misericórdia e o Clube Recreativo. O desfile começou na

praça de touros e seguiu até à Junta, na zona histórica,

onde depois houve sardinha assada, baile e até se saltou

à fogueira”, revela a presidente da Junta.

O programa destes festejos contemplou outros eventos,

como explica a presidente: “A festa continuou no dia 13

de junho com o habitual passeio pedestre da parte da

manhã; depois do almoço, decorreu a inauguração da

requalificação dos lavadouros, cujo mural foi pintado por

alunos de artes do Externato João Alberto Faria, é um

espaço muito bonito que merecia intervenção. Esta foi

uma obra que podemos considerar de cariz social: mais

do que a reabilitação do edifício, foi requalificar o espaço

para impedir comportamentos pouco adequados que

ali foram acontecendo ao longo de vários anos. À

tarde decorreu um festival de acordeão e o respetivo

baile saloio. A noite foi preenchida por momentos mais

formais, foi dedicada ao Fado”, relata Graça Dinis. As

ruas de Arruda foram decoradas a rigor e, durante os

festejos populares, o artesanato não foi esquecido, até

porque “existem na região artesãos fantásticos”, destaca

a responsável pela Junta.

Com a reabilitação dos lavadouros, “o objetivo é fazer

mais atividades e dinamizar a zona mais antiga da

vila”, atraindo também mais visitantes e, quem sabe,

moradores. A população poderá então usufruir de mais

um espaço. Aqui poderão ocorrer “tardes de cultura, e,

como é um espaço ao ar livre, poder-se-ão aqui realizar

festas de anos e piqueniques”. A restauração do espaço

pretendeu dar vida a uma zona um pouco esquecida,

nos últimos anos. Contudo, é um local que, “pela sua

beleza, não pode cair de novo na degradação. Há que o

dinamizar e sensibilizar as pessoas para dele usufruírem”,

considera a presidente da Junta de Freguesia de Arruda

dos Vinhos.

Locais de interesse e atividadesA igreja matriz, com um pórtico de estilo Manuelino,

é outra das atrações da região. Após ter sobrevivido

à peste que assolou Lisboa, D. Manuel, refugiado

em Arruda, prometeu restaurar este monumento,

passando a padroeira a designar-se Nossa Senhora

da Salvação; o Chafariz Pombalino é outra atração do

património edificado; existem também vestígios dos

fortes construídos para travar as tropas de Napoleão,

aquando das Invasões Francesas. Para além disto, existe

o património imaterial: lendas, rezas e mezinhas. Mas a

principal atração deste concelho é o património natural

e, acima de tudo, as pessoas, como confessa com

orgulho Graça Dinis.

A preocupação com o bem-estar da população sénior

levou a freguesia a proporcionar um momento de

convívio diferente. O executivo da Junta organizou, pela

primeira vez, um espetáculo, onde as famílias puderam

estar reunidas. Uma noite de “revista à portuguesa, com

jantar incluído, que juntou cerca de 800 pessoas no

Pavilhão Multiusos”, no âmbito do mês do idoso, em

outubro do ano passado, relatou a presidente. O evento

foi um sucesso e, este ano, Graça Dinis confidenciou

que “gostaria de juntar, em Arruda, as freguesias vizinhas

num outro espetáculo”.

A presidente da Junta de Freguesia de Arruda dos

Vinhos ocupa pela primeira vez um cargo público de

índole política. Considera que a posição que ocupa

existe para “auxiliar a população. Em primeiro lugar,

temos de pensar nas pessoas, fazer com que se sintam

bem, o seu bem estar é a nossa principal preocupação”.

Concluiu, dizendo que “acima de tudo estão os meus

fregueses”.

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ensi

no em

port

ugal

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Na edição de julho da sua revista damos enfoque ao ensino particular e o

ensino profissional.

O ensino profissional não tem parado de ganhar terreno aos cursos gerais

no ensino secundário. Em pouco mais de década, o número de alunos

nesta via quadruplicou. Em 2001, pouco mais de 30 mil estudantes tinham escolhido

os cursos profissionais à chegada ao 10º ano, mas os dados relativos a 2013 apontam

para perto de 113 mil inscritos nesta via se ensino, quatro vezes mais do que no início

do século. O crescimento tem sido constante e acentuou-se desde 2005, quando a

oferta de cursos foi generalizada a todas as escolas geridas pelo Estado.

Este crescimento permitiu um aumento da percentagem de alunos em cursos

profissionalizantes no ensino secundário, que segundo dados oficiais, em 2013

representava, 42 por cento do total. Ainda assim, Portugal está abaixo da média

europeia, que ascende a 50.3 por cento.

Em 2009, existiam 500 escolas de ensino particular em Portugal, representando

cerca de 20 por cento do sistema educativo, num total de 320 mil alunos e 25 mil

professores contratados pelas escolas.

Conheça alguns exemplos nas próximas páginas da Revista Business Portugal.

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REVISTA BUSINESS PORTUGALENSINO EM PORTUGAL

Situado num dos mais pequenos mas também mais belos concelhos do Médio Tejo, onde o Tejo e o Zêzere se encontram e sussurram

poemas de Camões, o Agrupamento de Escolas de Constância tem a sua sede nesta vila poema – Constância. Composto por três jardins

de infância, 3 escolas do 1º CEB e a E.B/S Luís de Camões (escola sede) tem no presente ano letivo uma população escolar de cerca

de 700 alunos, alguns deles vindos de concelhos vizinhos atraídos também pela qualidade da educação e do parque escolar deste

concelho.

Agrupamento de Escolas de Constância

Uma Comunidade de Aprendizagem

C riado em 1999, fruto da vontade de toda

a comunidade educativa, cimentando

um trabalho de parceria já anteriormente

realizado, este Agrupamento de Escolas

prossegue deste então o seu objetivo de proporcionar a

todos os seus alunos um percurso educativo de sucesso

com o desenvolvimento pleno das suas capacidades e

aptidões. Conseguir o desenvolvimento integral das

nossas crianças e jovens é apostar nas diversas áreas

do saber (música, desporto, equitação, arte, ciência…),

é apostar na educação inclusiva e participada, é a

participação em projetos nacionais e internacionais, é

um sem número de atividades de enriquecimento do

currículo complementares das aprendizagens no âmbito

do mesmo.

Mas educação neste concelho é também um desafio

social, é a identificação de constrangimentos e

oportunidades num trabalho constante de parceria na

construção de uma resposta educativa comunitária. Na

ligação aos valores e tradições locais, atrevemo-nos

a salientar a atividade ‘Pomonas Camonianas’, que se

UM OLHAR SOBRE SANTO TIRSO

insere nesta ligação à comunidade pensando Camões

duma forma mais atrativa: durante esta atividade toda

a comunidade educativa se empolga na recriação da

época quinhentista, apropriando-se da passagem do

poeta por esta localidade.

A oferta educativa vai desde o jardim de infância ao

12º ano, salientando a oferta de ensino secundário

com o prosseguimento de estudos (Cursos Científicos

e Humanísticos) até aos cursos profissionais em áreas

consideradas prioritárias para a região como sejam o

Turismo e a Restauração. Da experiência anterior nesta

área, salientamos sobretudo a elevada percentagem de

empregabilidade dos nossos alunos (mais de 85 por

cento), assumindo-se assim desta forma como um dos

vértices estratégicos de

desenvolvimento local e

regional. Para o próximo

ano letivo iremos iniciar

dois cursos profissionais:

Cozinha Pastelaria e

Animação de Turismo,

escolhas realizadas

no âmbito da CIMT,

valorizando os recursos

naturais e humanos

existentes na região

mas, ao mesmo tempo,

pensando em termos de

empregabilidade regional

e nacional.

Por outro lado a nossa

participação, desde

2004 em diversos

projetos internacionais,

tem permitido aos nosso

alunos a construção da

consciência dum mundo

cada vez mais global,

o respeito por culturas

diferentes e sobretudo,

o abrir de horizontes de

partilha de experiências.

Nesta data em que se planeia o próximo ano letivo, é

importante a realização de um processo de reflexão,

de previsão e de ação que, tendo em consideração os

meios materiais e recursos humanos disponíveis seja

construída a oferta educativa prevista. Repensar o futuro

do agrupamento é sobretudo construir linhas de ação

bem definidas, repensando diariamente a centralidade

das aprendizagens assente numa resposta articulada e

consistente, apostando na formação e motivação diária

dos profissionais, mas sobretudo juntos na construção

do futuro.

*Artigo do Agrupamento de Escolas de Constância

anabela gracioDiretora

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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ENSINO EM PORTUGALENSINO EM PORTUGAL

A Diretora é a professora Isabel Saúde e a

adjunta, a professora Henriqueta Silva, que

nos deram a conhecer os principais objetivos

deste agrupamento no que concerne à

qualidade da oferta formativa dos alunos.

Tendo por base o estudo das necessidades da

região, elaborado pela Comunidade Intermunicipal do

Médio Tejo, surgiu uma oferta educativa dos cursos

profissionais, que por sua vez incidem em áreas que se

dizem vitais para a CIMT e para o concelho de Ferreira

do Zêzere.

Desse estudo sobreveio o curso de Animação em

Turismo, que Henriqueta Silva, adjunta da diretora e

responsável pelo ensino profissional, mencionou como

sendo um curso inovador e interessante do ponto

de vista formativo: “já tínhamos o curso de Turismo

Ambiental e Rural e agora iremos abrir este que é mais

especifico, permitirá que estes alunos acompanhem os

turistas nas várias atividades, eventos, e vai especializar

a oferta que já estava disponível. Acredito que os

alunos saiam daqui com uma certificação interessante”

esclarece a docente. Para além destes, Henriqueta Silva

identifica o curso de Técnico de Mecatrónica Automóvel

(mecânica e eletrónica) e o Técnico de Comércio. No

Situa-se na vila de Ferreira do Zêzere e tem perto de 1000 alunos que se distribuem desde o 5º ao 12º ano. Das estruturas educativas

que compõem o Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere destacam-se: a Escola EB 2,3/S Pedro Ferreiro (sede), o Centro Escolar

de Areias, o Centro Escolar Ferreira do Zêzere e JI/EB1 de Águas Belas.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE FERREIRA DO ZÊZERE

“TEMOS TODAS CONDIÇÕES PARA OFERECER UM ENSINO DE QUALIDADE”

último ano letivo, os cursos profissionais contaram com

60 alunos.

Estando a Escola Pedro Ferreiro, sede do Agrupamento,

localizada numa envolvente com vários percursos

pedestres, desportos náuticos, quintas promotoras

de eventos, empresas de lazer, com enquadramentos

paisagísticos únicos, as professoras entendem que faz

todo o sentido tirar proveito daquilo que são os recursos

naturais da terra formando os alunos para dinamizar

a mesma, de forma a que estes saiam devidamente

habilitados para o mercado turístico.

Além da oferta diversificada, a diretora Isabel Saúde

realça que as parcerias com outros estabelecimentos

de ensino são um elemento fundamental. Neste caso,

revela-nos que estabeleceram um protocolo com

o Instituto Politécnico de Tomar, uma ligação que

considera essencial tanto na partilha de espaços físicos,

como na partilha de conhecimentos, com a dinamização

de formação.

Sobre as vantagens do ensino profissional, Isabel Saúde

distingue que estes alunos, uma vez que têm uma

parte prática muito vincada, saem com competências

mais próximas da realidade do mundo do trabalho.

“Atualmente há, na política educativa, uma necessidade

de selecionar os alunos com perfil para os cursos

profissionais, que têm maior apetência prática” esclarece

a diretora.

Relativamente ao corpo docente que constitui o

agrupamento, a diretora refere que é imprescindível ter

professores rigorosos e competentes e, nesse sentido,

foi criado um acompanhamento personalizado aos

alunos que envolve: aulas de apoio, dois sistemas de

recuperação dos módulos e, em casos específicos,

apoios tutoriais.

Para o futuro o desejo de Isabel Saúde é concretizar um

projeto que considera prioritário e que visa a melhoria

de infraestruturas, nomeadamente, a requalificação das

salas de laboratório. Relativamente à área pedagógica,

a diretora revela que pretende diversificar as estratégias

de ensino “de forma a conseguirmos aproximar-nos dos

interesses dos alunos e colmatar dificuldades que os

mesmos revelam nas aprendizagens” constata. A par

disso, este Agrupamento abraça uma série de projetos

ligados ao empreendorismo, ao desporto, à cultura, à

disciplina, à leitura, permitindo que os estudante adotem

competências mais transversais.

isabel saúde e henriqueta silvaDiretora e Diretora-Adjunta

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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ENSINO EM PORTUGAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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ENSINO EM PORTUGAL

Em entrevista ao diretor do Agrupamento,

António Pinto, a Revista Business Portugal foi

descobrir qual a oferta formativa dos cursos

profissionais para o próximo ano letivo, bem

como, as várias valências desta instituição.

Assim, este Agrupamento é composto por 10 escolas:

jardim-de-infância de Esmeriz, Lage, Cabeçudos

(também com 1º ciclo) e Louredo. No que respeita ao 1º

ciclo englobam-se escolas em Meães, Louredo, Esmeriz

e Fontelo, a EB 1/2 Dr. Nuno Simões em Calendário de

1º e 2º ciclo e a Escola Secundária D. Sancho I.

E porque a escola secundária foi, na sua origem,

uma escola técnica, o diretor revela que essa tradição

ainda hoje se mantem através da oferta dos cursos

profissionais. Relativamente a esta oferta formativa, e

para além do ensino regular, António Pinto revela que no

próximo ano letivo irá abrir não só os cursos tradicionais -

Manutenção Industrial, Eletrotecnia e Contabilidade, mas

também Comércio e Restauração e um mais recente em

Gestão de Equipamentos Informáticos, que havia sido

descontinuado. Este último tem sido alvo de procura por

parte dos alunos e, de igual modo, irá permitir que os

mesmos aprendam e possam tirar proveito da gestão de

equipamentos informáticos da própria escola.

“Apostamos muito na formação em contexto de trabalho

e temos feito parcerias com instituições de forma a que

os nossos alunos possam fazer uma aprendizagem de

qualidade que os torne aptos para o trabalho”, destaca

António Pinto.

Atualmente com um total de 2800 alunos distribuídos pelas diversas escolas de diferentes ciclos, o Agrupamento de Escolas D.Sancho

I é hoje uma referência de ensino no concelho de Vila Nova de Famalicão.

agrupamento de escolas d.sancho i

UM ENSINO QUE FACULTA UM FUTURO PROMISSOR

Sobre os cursos profissionais, o diretor faz questão de realçar que estes estão diretamente relacionados com as

necessidades da região, tendo sido criados para dar resposta ao mercado de trabalho local. No entanto, revela que

isso não é um impedimento para que os alunos possam prosseguir estudos. Assim, António Pinto defende que estes

cursos devem ser entendidos como oferta complementar ao ensino regular, o que permite que os alunos possam

estar preparados tanto para ingressar de imediato no mercado de trabalho, como para dar continuidade aos seus

estudos no Ensino Superior.

“Damos todas as condições para que os estudantes tenham êxito na sua formação profissional, e para isso temos

um corpo docente especificamente orientado para as diferentes áreas e com conhecimentos especializados” explica

o diretor.

E não é por acaso que a Escola Secundária D.Sancho I tem sido a primeira escola pública do concelho no ranking

nacional. Desta feita, um agrupamento que envolve várias escolas geograficamente dispersas exige, na opinião de

António Pinto, uma gestão descentralizada com delegação de competências. Neste Agrupamento em particular há

“adjuntos e lideranças intermédias com responsabilidades específicas em determinadas áreas, e coordenadores de

estabelecimento com autonomia na decisão”, afirma o diretor.

Posto isto, é com base numa relação de proximidade com alunos e pais dos mesmos que este diretor diz trabalhar,

isto porque a sua porta está sempre aberta para resolver os demais problemas “sempre adotei uma gestão aberta e

recebo, sem horas marcadas, os alunos e encarregados de educação que precisam da minha intervenção” revela.

Um futuro

auspiciosoE uma vez que

em setembro este

Agrupamento irá entrar

num processo de

municipalização, o diretor

mostra-se expectante

quanto aos projetos que

tem delineados para

o futuro. O primeiro

passa por melhorar

a informatização dos

serviços, assim como

implementar o livro de

ponto eletrónico para

os professores e por

fim, mas não menos

importante, conservar o

alto profissionalismo no

ensino e promover uma

formação de qualidade e

de sucesso.

antónio pintoDiretor

Page 109: Revista Business Portugal | Julho '15

ENSINO EM PORTUGAL

Como unidade pública de ensino, este

Agrupamento é constituído por uma escola

sede - Escola EB 2,3/S de Mação e três

escolas básicas - Escola Básica de Cardigos,

Escola Básica de Carvoeiro e Escola Básica de Mação,

todas com Jardins de Infância.

Com formação de 2º e 3º ciclos do ensino básico,

secundário e profissional, este Agrupamento reúne

perto de 800 alunos, com a particularidade de que

estes provêm de vários concelhos, “e como tal a nossa

responsabilidade é grande”, adianta o diretor José

António Almeida.

De acordo com o diretor, este Agrupamento trabalha

com um modelo distinto dos restantes, uma vez que

a qualidade desta unidade reflete-se num trabalho que

desenvolve a sua prática tendo em conta a formação

integral do ser humano onde a cultura humanista, a

solidariedade, a cooperação, a partilha de saberes

e experiências, bem como o desenvolvimento de

competências são uma prioridade. Prova disso são os

vários prémios que já recebeu quer a nível de projetos

de empreendorismo e inovação, quer em termos de

prémios de criatividade.

Recentemente, o Verde Horizonte também recebeu

um importante Prémio de Educação do Médio Tejo,

tendo sido reconhecido como a melhor e mais criativa

educação do concelho.

Quanto ao ensino profissional, José Almeida afirma que

o método pedagógico adotado é diferenciador, uma vez

que possui todas as infraestruturas necessárias para que

os alunos tenham a oportunidade de pôr em prática os

seus conhecimentos. É o caso do Curso Profissional

Técnico de Restauração, em que os formandos contam

com um restaurante pedagógico na própria escola,

Verde Horizonte é o nome do Agrupamento de Escolas do concelho de Mação que, curiosamente, foi inspirado na envolvente ambiental

onde este se encontra inserido: uma enorme mancha verde.

agrupamento de escolas verde-horizonte - mação

RECONHECIDA COMO MELHOR E MAIS CRIATIVA EDUCAÇÃO DO MÉDIO TEJO

podendo servir almoços e jantares, assim como, adquirir

experiências para posteriormente participar em eventos

de gastronomia nacional e internacional. O mesmo

acontece com o curso de Mecatrónica Automóvel, em

que a escola, em virtude do protocolo estabelecido

com a Câmara Municipal usufrui de oficina automóvel.

Seguindo-se o curso de Técnico Auxiliar de Saúde, que

conta com parcerias com unidades de saúde e apoio

social para que estes possam estar totalmente aptos

para ingressar no mercado de trabalho. Há ainda um

gabinete de estética destinado aos alunos daquele

curso que podem usufruir daqueles equipamentos. “Em

todas as áreas temos formadores do melhor que há no

mercado e isso na formação profissional é elementar”,

salienta o diretor.

Importa ainda referir que no próximo ano letivo, os

cursos profissionais que estarão em funcionamento

são na área de hotelaria,

saúde e mecatrónica.

José Almeida identifica

um outro curso na área

vocacional de ensino

secundário, que incide na

Estética – Cosmetologia,

que visa ensinar os alunos

a utilizar as melhores

tecnologias e produtos

nesta área de atividade.

Em resposta sobre qual

o método de formação

mais eficaz, o diretor

defende a especialização

no ensino, isto é, conferir

qualidade à formação e

“fazer um trabalho bem

feito dentro dos recursos

disponíveis que temos”

destaca.

No caso do ensino

profissional e vocacional

secundário, esta Escola

confere ao aluno, no final

de curso, uma qualificação

de nível 4, que é uma

mais valia na posterior

josé antónio almeidaDiretor

empregabilidade. Mas o ensino regular é também

enaltecido pela direção do Agrupamento, e nesta

vertente José Almeida distingue que o projeto educativo

da escola tem como missão preparar os alunos para as

duas realidades distintas, quer seja a entrada imediata

no mercado de trabalho ou na continuação de estudos.

Neste contexto, o diretor frisa um projeto âncora e único

no país que se designa “Aluno 100%”, que assenta em

três dimensões fulcrais: assiduidade, comportamento e

aproveitamento. Este projeto tem como objetivo incutir

valências e bons hábitos aos alunos que, concedendo

um galardão numa cerimónia pública aos que

respeitarem estas dimensões a 100 por cento.

Para o futuro, José Almeida ambiciona continuar com

o excelente trabalho ao nível dos projetos educativos e

elevar a qualidade do Agrupamento de Escolas Verde

Horizonte ao mais alto nível.

Page 110: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

110

ENSINO EM PORTUGAL

Seguindo o lema “Qualidade, mais do que uma exigência, um desafio”, o Agrupamento de Escolas José Relvas, inserido no concelho de

Alpiarça, revela-se hoje como uma unidade de ensino dinâmica e exigente. Isabel Maria Fernandes da Silva, diretora do agrupamento,

com 15 anos de experiência no cargo, revelou em entrevista à Revista Business Portugal alguns dos fatores que considera essenciais

para o bom desempenho educativo.

Agrupamento de Escolas José Relvas

EM BUSCA DO “SUCESSO PLENO” DOS ALUNOS

Que escolas compõem o Agrupamento de Escolas

José Relvas?

O Agrupamento de Escolas de José Relvas é constituído

por três jardins-de-infância, um com quatro salas,

localizado na vila e outros dois localizados nos lugares

de Frade de Baixo e Frade de Cima; Três escolas do 1º

ciclo, uma inaugurada em setembro de 2011 e outra a

funcionar num edifico antigo, localizadas na vila e uma

escola a funcionar no lugar de Frade de Baixo e a escola

sede onde são ministrados três níveis de ensino (2º, 3º

ciclos e ensino secundário).

Realço que o concelho de Alpiarça é constituído apenas

por uma freguesia.

Como descreveria a escola a potenciais alunos?

Qual o lema por que se regem?

O lema do nosso Agrupamento assenta no tema

do Projeto Educativo: ‘Qualidade, mais do que uma

Exigência, um Desafio’. Neste sentido, continuaremos

a investir na excelência e na qualidade, alicerçadas

na capacidade de trabalho e numa visão estratégica

e empreendedora, só conseguidas com um esforço

coletivo e um trabalho em equipa.

Um dos nossos principais objetivos assenta na melhoria

dos resultados escolares dos alunos e no aumento

do sucesso pleno. Para tal, na elaboração do Projeto

Educativo e na revisão do Regulamento Interno foram

instituídas estratégias e medidas com o objetivo de

acompanhar mais os alunos e de disponibilizar-lhes

mais tempo, fora da escola, para organizarem os seus

estudos de forma mais eficaz.

A existência de um Gabinete de Apoio ao Aluno (que

acompanha os alunos referenciados pelos Diretores de

Turma e/ou que apresentem problemas); os Mentores

dos alunos do Ensino Secundário e do 9º ano (que

ajudam os colegas mais novos e com mais dificuldades);

o Projeto “Toca a Estudar” (implementado este ano letivo,

pela primeira vez, e com resultados muito satisfatórios);

as Aulas de Reforço Educativo, no ensino secundário

(nas disciplinas sujeitas a Exames Nacionais);

O facto de termos sido uma das escolas pioneiras com

a oferta da língua espanhola, o que acontece já desde

2005, também tem sido um fator muito positivo. Assim,

considero que a nossa escola oferece boas condições

para os alunos aqui permanecerem, ou para ingressarem

pela primeira vez.

Foquemo-nos agora um pouco no ensino

profissional e vocacional. Que cursos têm à

disposição dos alunos nestas duas vertentes?

No próximo ano letivo, a nossa escola propôs-se

oferecer os Cursos Profissionais de Técnico de Apoio à

Gestão Desportiva e Técnico de Gestão e Programação

de Sistemas Informáticos.

Ao nível dos Cursos Vocacionais temos em

funcionamento um Curso do 3º Ciclo, que esgotou as

vagas, no ano letivo transato.

Este ano letivo iremos oferecer, novamente, um Curso do

3º ciclo, designado: “Desporto, Informática e Agricultura:

Áreas em expansão”, pois é uma oferta que continua a

ter procura e a dar resposta a vários alunos.

Por onde passa o futuro do Agrupamento de

Escolas José Relvas?

No meu ponto de vista, o futuro do Agrupamento

de Escolas que dirijo passa por dar continuidade ao

trabalho iniciado, e por termos sempre a capacidade

de reconhecer e melhorar os aspetos menos bem

conseguidos e os constrangimentos com que nos

deparamos.

Julgo que a forma de solucionar alguns problemas

passa por colocarmos em prática algumas medidas

e estratégias, nos níveis de ensino inferiores,

nomeadamente logo ao nível do ensino pré-escolar, no

1º ano do 1º ciclo e manter controlada a indisciplina.

Da minha parte quero continuar a ter capacidade de

liderar e fazer com que todos os agentes educativos

estejam abertos à mudança, que olhem para a nossa

escola e para as suas práticas letivas, sempre com

o sentido de que podemos melhorar, de termos a

capacidade de nos auto criticarmos.

Somos devedores de um passado e de um legado

do nosso patrono, José Relvas, que muito nos honra.

José Relvas sempre foi um Homem muito preocupado

com a Educação. Democraticidade, espírito crítico,

solidariedade, diferenciação positiva, empreendedorismo,

inovação, criatividade, seriedade e valor do trabalho

foram ideais sempre presentes na filosofia de vida de

José relvas, e esta é uma parte do legado que queremos

ser capazes de transmitir aos nossos alunos, apostando

sempre na exigência e na qualidade do ensino.

isabel silvaDiretora

Page 111: Revista Business Portugal | Julho '15
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Com quase cem anos de história, o Colégio do Bom Sucesso tem investido diariamente no futuro das jovens gerações, regendo-se pelos

valores da Ordem Dominicana e mantendo-se entre as melhores escolas privadas de Lisboa.

colégio do bom sucesso

“Acreditamos no futuro e investimos nos alunos”

Na origem do Colégio está o Convento do

Bom Sucesso, fundado na primeira metade

do século XVII, no reinado de D. Filipe III (IV

de Espanha).

Estávamos por volta do ano de 1630, quando o padre

irlandês Daniel O’Daly (Dominic of the Rosary) chega

com a missão de fundar uma comunidade religiosa

que pudesse receber os filhos dos nobres cristãos do

seu país, perseguidos naquela altura pelos protestantes

ingleses.

A Condessa de Atalaya, com o patrocínio de O’Daley,

fundou então o convento que abriu as portas para as

primeiras religiosas em 1639, tornando-se no primeiro

convento feminino de dominicanas irlandesas no

mundo inteiro. O padre cria ainda, para os rapazes, a

Comunidade do Corpo Santo.

Depois de 1910, o Bom Sucesso era o único colégio

interno católico em Portugal. Passou a colégio externo

a partir de 1955 e recebe hoje cerca de 700 alunos

diariamente, com idades compreendidas entre os 3 e

ENSINO EM PORTUGAL

ana mariz fernandesDiretora

os 15 anos.

Acima de tudo, Veritas!O lema dominicano, Veritas (A Verdade), inspira todo o

trabalho dos educadores do colégio e é o princípio que

norteia toda esta comunidade.

Conforme nos conta Ana Mariz Fernandes, diretora do

Colégio, esta verdade só se atinge com ‘transparência

e responsabilidade’. “A nossa existência só faz sentido

se tivermos esta noção de responsabilidade. E ela

consegue-se com disciplina, sacrifício e muito trabalho

que traz, mais tarde, o retorno a estes alunos”.

É assente no interesse da comunidade, com a

consciência ‘do outro’ acima de tudo e com uma clara

abertura de espírito que o Colégio do Bom Sucesso tem

cimentado o seu passado e desenvolvido a sua própria

cultura, que constitui a base do futuro dos jovens aqui

formados.

O colégio tem sabido adaptar-se às exigências próprias

de cada época histórica e social.

Educação é também, segundo Ana Mariz Fernandes,

“nós, como adultos, estarmos atentos às necessidades

das novas gerações e ao que estas trazem com elas;

sabermos adaptar-nos e prever o que pode vir a ser

a vida destes jovens”. A diretora acrescenta ainda que

“nem sempre as famílias conseguem acompanhar os

filhos com a proximidade que desejam e veem nesta

escola a possibilidade de completar essa formação, que

é, não apenas académica, mas também, e sobretudo,

uma formação pessoal e espiritual”.

Mantendo um olhar atento no que respeita à formação

espiritual, as Irmãs Dominicanas oferecem a estes

jovens o espaço necessário para conhecer, aprender

e escolher o seu caminho futuro e os seus trilhos no

mundo quotidiano.

Educadores e ‘coeducadores’O Colégio do Bom Sucesso valoriza a importância

específica de cada indivíduo. No intuito de viverem

uma vida plenamente cristã, os alunos devem ser

educados no aperfeiçoamento de todas as facetas do

seu potencial: intelectual, cultural, cívico, físico, moral

Page 113: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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ENSINO EM PORTUGAL

e espiritual. “É muito importante proporcionarmos aos

jovens diferentes aprendizagens e experiências a partir

das quais eles possam vir a desenvolver e a aprofundar

novas competências. O nosso universo não se esgota

apenas no português e na matemática, que, embora

sendo a base de tudo, não são um fim último”, afirma

a Diretora.

A oferta educativa do Bom Sucesso vai do pré-escolar

ao 9º ano do ensino básico, estendendo-se por diversas

áreas de desenvolvimento e enriquecimento curricular.

Assim, durante todo o ano letivo decorrem atividades

complementares; a mais recente delas, o ‘Open Day’,

decorreu no passado mês de maio, num dia onde se

apresentam as diversas atividades preparadas pelos

alunos ao longo do ano e que conta com a presença

dos pais, que chegam mesmo a participar no evento.

O colégio considera ainda fundamental o papel dos

pais como primeiros educadores dos seus filhos. Os

professores são apenas ‘coeducadores’.

Alegria na construção do futuroCom olhos postos no futuro, Ana Mariz Fernandes,

também ex-aluna do Colégio do Bom Sucesso, deixa

uma mensagem de esperança e de saber a todos

os leitores da Revista Business Portugal: “Todos nos

preocupamos muito com a educação dos jovens e é

muito importante não nos desresponsabilizarmos dessa

função; às vezes a nossa sociedade tem pouco tempo

para pensar no futuro dos jovens de hoje. A sua formação

prolonga-se por quase um quarto de século e temos que

ter consciência do seu futuro daqui a 25 anos e da sua

forma de agir na vida. Nós, Colégio do Bom Sucesso,

temos uma ideia muito concreta do testemunho que

gostaríamos de legar aos jovens que conhecemos e

com quem trabalhamos e desenvolvemos laços afetivos.

Queremos dar-lhes as orientações e as ferramentas, para

que as possam vir a usar ao longo da vida e se lembrem

dos ensinamentos e lições que aqui receberam; acima

de tudo, que as possam usar para serem cidadãos e

pessoas que poderão fazer a diferença na sociedade e

contribuir para um mundo melhor. Acreditamos no futuro

e, por isso, investimos nos alunos”.

Page 114: Revista Business Portugal | Julho '15

cont

abili

dade

, con

sult

oria

e ge

stão

Os Técnicos Oficiais de Contas têm de ter uma licenciatura e estar inscritos

na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Para isso, têm de fazer a sua

inscrição junto da Ordem.

Contrariamente ao que se possa pensar, não basta qualquer licenciatura na

área económica podia ter pleno acesso à profissão, hoje é preciso ter feito determinadas

disciplinas no plano curricular da licenciatura para se aspirar a TOC, nomeadamente

contabilidade analítica.

Um aspirante a TOC tem ainda que fazer um exame de acesso e, em certos casos,

até um estágio. Há algumas restrições ao direito de inscrição na Ordem dos Técnicos

Oficiais de Contas, nomeadamente para quem não possua idoneidade moral ou esteja

inibido ou interdito para o exercício da profissão.

Um Técnico Oficial de Contas estabelece a ligação entre a fiscalidade e a empresa

que representa. Não só trata das contas de uma empresa, como se certifica que estas

estão de acordo com a lei e que são feitas as devidas contribuições para o Estado.

Os TOC são responsáveis por tudo o que se refere à área financeira de determinada

empresa, incluindo a conceção de relatórios onde são analisadas todas as questões

relacionadas com contabilidade e fianças. Um TOC deve ainda ter bons conhecimentos

matemáticos e legislativos, assim como interpretar e analisar corretamente os números

dados por cada empresa.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Page 115: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO

Na Evidências Reais não fazemos preços com base no que as pessoas ganham, por isso é que, muitas vezes, os nossos clientes ficam

surpreendidos com o valor dos nossos serviços. Acho que ainda há algumas pessoas que não se mentalizaram que o mercado mudou

e, na minha opinião, mudou para melhor! Afirma Pedro Morais, um dos donos da Evidências Reais – Contabilidade, Fiscalidade e

Consultoria, Lda.

EVIDÊNCIAS REAIS – CONTABILIDADE, FISCALIDADE E CONSULTORIA, LDA

A SERIEDADE DO TRABALHO ALIADO AO MELHOR PREÇO

Como surgiu a empresa Evidências Reais?

O meu pai é contabilista e eu, seguindo as suas pisadas,

abri um pequeno gabinete no Estoril com um funcionário

apenas. Por uma questão de espaço e oportunidade

viemos para Cascais e coincidiu com o facto de eu

adquirir uma carteira de clientes. Hoje a Evidências Reais

tem dois escritórios: um em Alcabideche que é do meu

pai que trabalha com três pessoas e este em Cascais

que é meu.

Quantas pessoas compõem a equipa?

Neste momento somos cinco pessoas: dois Técnicos

Oficiais de Contas (T.O.C.), uma pessoa nos recursos

humanos, um Técnico de contabilidade e uma

rececionista.

A nova geração de T.O.C`s veio, de alguma forma,

dinamizar a

oferta?

Acho que

as segundas

gerações como

cresceram a

a c o m p a n h a r

os negócios

dos pais,

rapidamente se

apercebem de

quais são as

suas lacunas e

quando tomam

conta da empresa já têm outra visão e perspetiva para

fazer o negócio crescer. Por exemplo, quando digo

ao meu pai que tenho parcerias com empresas de

higiene e segurança no trabalho ou de um designer de

marketing ele questiona se sobre os benefícios que me

podem trazer.

Nota alterações de comportamento dos nossos

empresários em relação à contabilidade e

fiscalidade?

As mentalidades já começaram a mudar. As pessoas,

dada a carga fiscal e o âmbito dos impostos demandam

que sejamos criativos e, ao mesmo tempo, percebem

que somos uma alavanca forte para os ajudar a manter

a contabilidade em dia sem ultrapassar os prazos legais.

Que tipo de clientes procura a Evidências Reais?

Todo o tipo de clientes nacionais e estrangeiros e

de todos os segmentos. Dos clientes estrangeiros

representamos cerca de 50 cidadãos chineses e tenho

alguns clientes angolanos.

Os clientes dirigem-se ao seu escritório só por

causa da contabilidade?

Não só por causa da contabilidade, mas também por

causa da consultoria. Temos clientes que nos procuram

para ter aconselhamento, por exemplo, se é vantajoso

pedir um empréstimo ou avançar num negócio com

capitais próprios. Muitos dos clientes que vêm pedir

aconselhamento antes de abrirem a sua empresa são

jovens.

Considera que as alterações ao sistema fiscal

português, nos últimos anos, foram benéficas?

As alterações são sempre complicadas, mesmo para

os profissionais mais jovens. Quando estudava estava

a fazer-se a passagem de P.O.C. (Plano Oficial de

Contabilidade) para S.N.C. (Sistema de Normalização

Contabilística), pelo que aprendi ainda nas duas versões,

esta foi uma das alterações implementadas para

nos tornarmos um pouco mais europeus. Eu não tive

qualquer dificuldade, mas para quem tinha 10 e 20 anos

de trabalho, essa alteração foi muito complicada.

Quais são os seus planos para o futuro?

Num futuro muito próximo vamos mudar para outras

instalações, com cerca de 400m²; vou aumentar a

equipa de cinco para seis pessoas e vamos passar a ter

ofertas, para os nossos clientes, no ramo dos seguros.

O futuro também passará eventualmente por abrir um

escritório em Angola.

António e pedro moraisAdministradores

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REVISTA BUSINESS PORTUGALCONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO

A Best Account é uma empresa que surgiu em Abril de 2013, com sede em Lisboa, especializada na prestação de serviços de

contabilidade e gestão de empresas. Os profissionais possuem uma vasta e reconhecida experiência nas áreas da Contabilidade e da

Gestão Financeira. Vítor Patrício, administrador da empresa, revela que a Best Account presta um serviço diferenciador no apoio de

gestão às Empresas.

best account

Serviço de excelência com elevado valor acrescentado

Qual a missão e quais os valores que estão na

base da Best Account?

A empresa tem como missão proporcionar um serviço

de excelência com elevado valor acrescentado,

garantindo profissionalismo, competência, credibilidade,

confidencialidade e responsabilidade, onde o objetivo

é merecer a confiança dos clientes, fornecedores e

colaboradores. No que diz respeito aos valores, a Best

Account rege-se pela integridade, confidencialidade,

excelência e especialização, tendo como finalidade a

prestação do melhor serviço junto do cliente.

Globalmente e tendo em conta a atual reforma do

sistema fiscal, qual é no seu entender o papel do

Técnico Oficial de Contas (TOC) e dos gabinetes de

contabilidade?

O Técnico Oficial de Contas (TOC), no nosso entender

e tendo por base a estrutura da Best Account, tem

como principais tarefas a supervisão dos lançamentos

contabilísticos feitos pelos técnicos de contabilidade e

tem de ter acima de tudo o espirito de pro atividade

para fazer com que nos antecipemos nas informações

a prestar ao cliente bem como encontrar as soluções

mais adequadas em cada caso para que dentro da lei

o Cliente venha a obter alguma mais-valia. É igualmente

necessário que o TOC tendo em conta as alterações

constantes do sistema fiscal, transmita ao cliente a forma

de como proceder à gestão do dia a dia das empresas

para ir ao encontro do que essas alterações obrigam,

em resumo, é obrigação do Gabinete de Contabilidade

educar o cliente no que à contabilidade diz respeito.

É necessário que se perceba de uma vez por todas a

importância que a contabilidade tem numa empresa,

pois tem de deixar de ser vista como um mal necessário,

para ser vista como elemento essencial na vida de uma

empresa, não só para não cair de alguma forma em

ilegalidades, mas também pelo facto de que a forma de

como é lançada a contabilidade poder ser determinante

na concessão de crédito junto das instituições bancárias.

O atual sistema fiscal está adequado à realidade

das empresas portuguesas?

O sistema fiscal a tual em Portugal é penalizador para

as empresas no que concerne ao investimento, criando

efeitos negativos por desincentivar a iniciativa empresarial

e que consequentemente traz menores receitas fiscais.

As alterações verificadas em 2014 no IRC vieram de

alguma forma permitir o aumento da competitividade e

a atracção ao investimento, no entanto ainda existe a

TSU, que é igualmente um elemento inibidor na criação

de mais e melhor emprego.

Finalizando e voltando à realidade da Best

Account, afirmam prestar um serviço diferenciador

assente na qualidade. Quais os serviços que vos

distinguem?

A Best Account, tem uma relação de grande proximidade

junto dos seus clientes, pretende-se um relacionamento

com base na confiança, em que possamos ser uma

mais valia na área da gestão, para isso, enviamos

uma demonstração de resultados mensal, efe tuamos

reuniões trimestrais para análise económica/financeira,

e nos meses de novembro apresentamos previsões

de fecho, para por exemplo, o cliente possa decidir

se deverá ou não avançar para um determinado

investimento. Existe também grande preocupação

havendo inclusive um compromisso com o cliente

da entrega da declaração do IVA com sete dias de

antecedência do prazo legal para que possa assim gerir

melhor a sua tesouraria. É nosso objetivo criar um cartão

cliente para poder aumentar as sinergias entre todos os

clientes, por forma a poderem fazer negócios entre eles.

Estamos em fase de crescimento que queremos que

seja sustentado, para isso, trabalhamos todos os dias

para sermos melhores, com uma equipa jovem mas

altamente qualificada e profissional.

Vítor patrício (ao centro) e restante equipaAdministrador

Page 117: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO

A Orotam é uma empresa sedeada em Lisboa e que tem como objetivo conceder às empresas todos os serviços no desenvolvimento e

implementação de soluções e essencialmente transformar o conhecimento em valor, visando o benefício dos seus clientes e pessoas. A

sua grande aposta é o desenvolvimento das empresas tendo em conta a vasta experiência de Luísa Magalhães.

orotam

Vasta experiência em consultadoria fiscal e internacional

“A nossa empresa está no mercado há

mais de 20 anos e deriva da vasta

experiência que adquiri nos vários

países onde trabalhei. Começamos

por fazer um trabalho mais vulgar, que consistia em ir

ao cliente recolher a sua documentação mensalmente”,

começa por nos contar Luísa Magalhães, diretora

financeira e administradora da Orotam.

Direcionado para empresas multinacionais e para as

sucursais sendo este é o nosso leque mais abrangente

da empresa, a Orotam oferece aos seus clientes uma

panóplia de serviços adequada às suas necessidades.

Especialista na área de fiscalidade nacional e

internacional, com várias formações e muita experiência

na área, Luísa Magalhães trabalha essencialmente para

os grupos estrangeiros fazendo dupla contabilidade,

bilingue, sendo estas características que distinguem os

seus serviços.

“Os nossos serviços passam pela Contabilidade de

Gestão, Contabilidade Financeira, Processamento

de salários, Processamento contabilístico, Impostos,

Aconselhamento Fiscal e tudo o que uma empresa

necessita. A nossa maior preocupação é o cliente estar

satisfeito e é isso que sempre acontece”, enaltece Luísa

Magalhães.

“Sempre trabalhei muito com grupos estrangeiros, como

o Grupo Sony e Warner, e daí ter trazido esse know-how

para esta empresa. Trabalhei cinco anos na Finlândia e

nos Estados Unidos o que me ajudou a adquirir mais

experiência”, salientando e reformando o porquê de ser

uma das maiores profissionais da área.

A grande aposta da Orotam, sendo que têm sempre

projetos novos e sendo a empresária também formadora

certificada, é transmitir os seus vastos conhecimentos às

empresas e dar essa formação.

“Lançamos cursos dirigidos aos administradores das

empresas porque hoje em dia é fundamental, tal como

em qualquer outro país, ministrar essa formação, formar

os empresários antes de abrirem uma empresa. Têm que

perceber e ter uma noção dos custos, da documentação

que têm que entregar e das suas responsabilidades. Têm

que saber o que fazer no momento de investir”, frisa

Luísa Magalhães.

Sobre a autoridade tributária admite que “deveria ser

uma figura idónea e de bem e que funciona em favor

do partido político que estiver no poder, é um controlo

online e em termos informáticos somos um dos países

mais avançados, com informação detalhada e de fácil

acesso”, explicando que apesar das dificuldades,

Portugal é um pais pautado pela capacidade de inovação

faltando-nos apenas conhecimento e formação sendo

duas variáveis fundamentais.

“O orçamento e o planeamento fiscal não é feito em

Portugal e é esse o nosso principal problema bem como

o empreendedorismo mal direcionado. Hoje em dia um

TOC tem que estar sempre em constante formação

porque as leis e normas estão sempre em constante

atualização. É essencial transmitirmos isso aos nossos

clientes”, revela.

Questionada sobre as pessoas procurarem, hoje em dia,

aconselhamento antes de abrirem um negócio, assume

que “cada vez mais o fazem e o problema foi não o

terem feito anteriormente levando muitas empresas a

fechar”.

Sobre perspetivas de futuro assume que não poderiam

ser melhores sendo que a grande aposta continuará a

ser o aconselhamento e formação de empresários para

que estes possam racionar custos e terem todas as

noções de gestão básicas, com vista à maximização do

lucro, rendibilidade do investimento e competitividade.

luísa magalhãesDiretora Financeira e Administradora

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Simões & Santos - Contabilidade e Assistência Fiscal, Lda. é uma empresa familiar situada em Oeiras e que existe desde 1980. Jorge

Simões foi o único dos três filhos de Arménio Simões, fundador da empresa, que seguiu a área e se juntou ao seu pai na atividade do

gabinete.

simões & santos

Experiência e rigor culminam em empresa de excelência

“A Simões & Santos existe há mais de

30 anos. Começou com o meu pai,

somos três irmãos mas fui o único

que optei por esta área. A minha

formação base é Contabilidade, tendo posteriormente

feito pós graduações em Fiscalidade e em Tributação

Internacional, entre outras. Neste ramo não podemos

ficar parados e necessitamos de estar em constante

formação”, começa por nos contar Jorge Simões,

acrescentando que a Ordem dos Técnicos Oficial de

Contas tem critérios de formação obrigatórios.

Questionado sobre quais são as principais diferenças

que encontra na área desde que se iniciou e até aos

dias de hoje, revela que é o excesso de burocracia e a

constante atualização e inserção de novas regras e leis,

que condiciona o serviço que presta aos seus clientes.

“Na contabilidade hoje em dia, por um lado, temos

uma série de trabalho que nos desafia mas não é a

contabilidade que era há 20 anos onde bastava um

livro com duas colunas. Hoje é muito mais do que isso.

Mesmo para as empresas mais pequenas, que são o

nosso mercado, em termos de burocracia são tratadas

como empresas internacionais de grande escala o que

não se compreende”, afirma Jorge Simões.

Hoje, um TOC, no entender do empresário, tem que estar

cada vez mais e melhor informado, consequência em

grande parte da falta de estabilidade fiscal e legislativa.

“Perdemos muito tempo, em que podíamos estar

a apoiar as empresas e a educar os nossos clientes.

Perdemos muito tempo a ler novas leis e normas. Em

termos de legislação fiscal, nós durante o ano enviamos

a mesma informação quatro ou cinco vezes em alturas

diferentes e para vários organismos. Essa informação,

centralizada, podia ser cruzada para extrair o necessário

e assim a burocracia não seria tão excessiva”, explica

afirmando que era mais simples para os contabilistas se

os empresários tivessem uma formação de base.

“Existem países que exigem formação para abrir um

negócio e é um requisito base. Isso não acontecendo,

existe a cultura que as empresas existem para fugir

ao fisco e darem prejuízo. Quando uma empresa dá

prejuízo, não pode funcionar. Não há educação fiscal,

por falta dessa formação e porque não nos é incutida

desde cedo”, reivindica.

Para tal, Jorge Simões acredita que é essencial que

empresários não pensem em si e na empresa como

sendo a mesma coisa. As empresas devem ter

responsabilidades não apenas para os empresários, mas

também para a sociedade como um todo.

“Temos o papel de educar os nossos clientes e fazê-

los sentir as suas responsabilidades. É necessário cada

vez mais implementar a visão de que antes de formar

um negócio, as pessoas devem pedir informações e

o aconselhamento é fundamental”, frisa o empresário

enaltecendo que o sucesso de uma empresa é muitas

vezes ditado por um prévio planeamento estabelecido

por um TOC.

“A Inglaterra e os países nórdicos, por exemplo, têm

outra cultura neste ramo, nós os latinos ainda não

somos suficientemente rigorosos. Apesar disso, acredito

que o mercado esta a andar e que com mais ou menos

dificuldades, não vamos bater no fundo. O Estado tem

todo o interesse que as empresas cresçam. Nós, os

contabilistas precisamos delas e elas de nós”.

Para o futuro, Jorge Simões acredita que devido aos

gastos fixos elevados que um gabinete comporta,

passará por agrupar sinergias e agrupar vários gabinetes

e Toc´s num espaço só. “Seria perfeitamente razoável

se esta situação viesse a verificar-se”, acredita Jorge

Simões.

“Quanto melhores condições tivermos para oferecer

aos nossos clientes e quanto melhor as suas empresas

estiverem, melhor para nós também. É no trabalho que

desempenhamos que nos conseguimos distinguir”,

finaliza.

jorge simõesTécnico Oficial de Contas

CONTABILIDADE, CONSULTORIA E GESTÃO

Page 119: Revista Business Portugal | Julho '15

Moçambique

VIP GRAND

MAPUTO | Maputo

VIP EXECUTIVE

TETE | Tete

VIP EXECUTIVE SUÍTES

MAPUTO | Maputo

VIP INN

BEIRA | Beira

Portugal

VIP GRAND

LISBOA HOTEL & SPA | Lisboa

VIP EXECUTIVE

ART’S HOTEL | Lisboa

AZORES HOTEL | Ponta Delgada

DIPLOMÁTICO HOTEL | Lisboa

ÉDEN APARTHOTEL | Lisboa

SALDANHA HOTEL | Lisboa

SANTA IRIA HOTEL | Santa Iria da Azóia

MARQUÊS APARTHOTEL | Lisboa

VILLA RICA HOTEL | Lisboa

ZURIQUE HOTEL | Lisboa

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BERNA HOTEL | Lisboa

MIRAMONTE HOTEL | Sintra

PONTADELGADA

LISBOASINTRA

BEIRATETE

MAPUTO

Avenida 5 de Outubro nº197 · 1050-054 Lisboa - PortugalTel. +351 210 435 000 · Fax. +351 210 435 005

[email protected]

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120

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

O Festival Internacional de Esculturas em Areia (FIESA) está mais um ano instalado em Pêra, no Algarve. Até 20 de outubro pode visitar

o local, que retrata através da arte na areia a música. Nas esculturas estão representadas ao pormenor os vários estilos musicais e os

ícones mais conhecidos do panorama musical português e internacional.

Fiesa

A maior Cidade de Areia do mundo está no Algarve

A primeira edição do FIESA aconteceu em

2003, este ano, o festival anual começou

em março e vai agora na 13ª edição. O tema

é a música onde são apresentadas cerca de

cem cenas em areia que retratam, de forma criativa,

músicos, instrumentos e culturas musicais de várias

partes do mundo. A construção do FIESA envolve um

grande esforço distribuído por dezenas de escultores e

técnicos. O diretor do evento Alper Alagoz revela que

“inicialmente foi uma aventura total”, mas o balanço da

primeira edição foi muito positivo e a partir desse ano

os apoios de várias entidades garantiram o sucesso ao

longo dos últimos 13 anos. O FIESA é já considerada

“a maior exposição de escultura em areia já construída”

em todo o mundo, refere o diretor. O trabalho de

construção está “concentrado nas duas semanas que

antecedem a abertura, é uma altura muita intensa”,

revela Alper Alagoz. A manutenção das esculturas está

ESPECIAL ALGARVE

alper alagozDiretor

Page 121: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

121

a cargo de uma equipa de escultores, o diretor do

evento explica que a areia da região “é boa, mas não

é areia de praia, essa não resulta, a que utilizamos dá

para trabalhar molhada e depois de seca com o sol fica

como pedra”, permitindo que o evento esteja aberto ao

público durante sete meses. A organização revela que

“o festival é edificado por um conjunto de escultores,

de várias nacionalidades, que exploram diversas técnicas

de esculpir em areia, produzindo peças originais que se

destacam pela magnitude, pela técnica e pela estética”.

Instalado numa área de construção de 15.000m2,,

o FIESA apresenta esculturas que chegam a atingir

12 metros de altura mostrando com grande detalhe

e de forma criativa músicos, instrumentos e diferentes

géneros musicais provenientes de várias partes do

mundo. O pop, o rock, a dança e até o circo estão

representados no FIESA, as peças esculpidas são

acompanhadas de textos explicativos. Alper Alagoz

revela que a altura ideal para visitar a exposição é ao

final do dia porque “à noite as esculturas são iluminadas

por jogos de luzes e sons que dão um ambiente e uma

atmosfera especial”. A organização descreve a escultura

em areia, lembrando a fragilidade e a temporalidade

que lhe são inerentes e que fazem da escultura em

areia uma forma de arte invulgar. “É uma nova forma

de expressão e de intervenção artística que comunica

diretamente com todos os tipos de público, de todas as

idades e nacionalidades. Uma escultura de areia é uma

construção feita unicamente de areia e água. Misturando

adequadamente esses dois elementos, pode ser criada

praticamente de qualquer forma. Além do tradicional

castelo de areia, é também possível construir diversas

formas arquitectónicas, como figuras, objectos, pessoas

ou animais. Contudo, muitos artistas dizem que aquilo

que esculpem nem sempre é pré-definido, pois a areia

empilhada pode sugerir uma nova forma, ou uma nova

figura”, ressalva a direção do FIESA. A edição deste ano

começou a 20 de março e termina a 20 de outubro.

A organização revela que o Algarve tem as condições

atmosféricas ideais, possibilitando o prolongamento do

festival, uma vez que os turistas ficam até mais tarde

na região. O FIESA abre portas todos os dias às dez da

manhã, até ao dia 15 de setembro encerra à meia-noite,

depois passa a encerrar às 22 horas. No próximo ano,

o FIESA vai apresentar muitas novidades que começam

com a mudança de espaço para um local mais acessível,

mais espaçoso, proporcionando uma nova experiência

ao público. O diretor Alper Alagoz revela que “vão passar

a juntar no mesmo espaço dois a três temas. Para o ano

vai ser tudo novo, o tema poderá estar relacionado com

o Património de Portugal”. Para já a nova localização

não foi revelada, mas vai ser mais perto da Estrada

Nacional 125 possibilitando uma maior proximidade à

zona costeira. Este ano, o FIESA encontra-se localizado

no Algarve, na estrada E524, entre Pêra e Algoz.

ESPECIAL ALGARVE

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

122

ESPECIAL FIGUEIRA DA FOZ

Sportinguista de alma e coração, Arlindo Ribeiro é o presidente do Núcleo Sportinguista da Figueira da Foz. Sócio fundador e sócio

número um do núcleo, é natural de Vila Nova de Foz Côa e mudou-se para a Figueira há mais de 30 anos. Habituado a grandes êxitos

em tudo o que se envolve, Arlindo Ribeiro acredita que assumir a presidência do núcleo desde a primeira hora é um “trabalho duro, de

muita dedicação mas que se traduz essencialmente em muita satisfação”.

núcleo sportinguista do concelho da figueira da foz

Em prol do seu clube do coração

Surgimento de um Núcleo de referênciaO núcleo existe há cerca de 20 anos e o que levou

Arlindo Ribeiro a dedicar-se a esta missão, como o

próprio descreve, foi essencialmente o amor ao clube.

“Como tenho dito muitas vezes, sou um sportinguista do

norte e quando vim para a Figueira da Foz as pessoas

aperceberam-se que eu era sportinguista convidaram-

me para entrar no núcleo, aceitei e desde aí procuramos

fazer um trabalho que vangloriasse o Sporting. Houve

uma altura em que fui presidente da Assembleia Geral,

as coisas não correram bem e voltei a ser presidente da

direção”, explica.

Habituado a grandes êxitos na sua vida e em tudo o

que se envolve, Arlindo Ribeiro acredita o seu trabalho

no Núcleo não podia ser diferente e fala-nos sobre os

serviços que este oferece a quem o procura sendo que

o edifício é propriedade do Núcleo.

“O restaurante é propriedade do Núcleo e é a sua

fonte de receita. Para além de uma sala de sócios,

onde as pessoas podem conviver, temos também e é

a minha filosofia em termos de Núcleo, é que temos

que representar o Sporting da melhor maneira possível

e é isso que tem acontecido ao longo dos tempos e

principalmente este ano em que cerca de 250 refeições

foram oferecidas a atletas do Sporting”.

O Núcleo, conta Arlindo Ribeiro, ofereceu 5.500 euros

para a construção do pavilhão e mais 2.500 euros para

segurar um jogador que estava em risco de ir para o

Benfica sendo que é esta a colaboração que o líder

sportinguista da Figueira da Foz entende que deve ser

dada ao clube e admite que Sporting sabe que pode

contar com o Núcleo independentemente dos seus

presidentes.

Grandes projetos desenvolvidos e de

futuroSportinguista por convicção, acredita que quando o

trabalho desenvolvido é feito com dedicação, tanto

o Núcleo como a equipa, obtêm bons resultados

e enumera alguns dos grandes projetos que foram

desenvolvidos e os que estão ainda por desenvolver.

“O primeiro grande projeto desde que estou à frente do

Núcleo foi comprar as instalações onde se encontramos,

são nossas e somos nós que as administramos e

gerimos conforme achamos que é melhor. Ora, se

o Núcleo tem instalações próprias, o Sporting deve

olhar para as mesmas como sua propriedade também

e deve zelar no futuro pelo bem do núcleo porque se

um dia, acaba, e como o edíficio foi comprado com

muito esforço e dedicação, naturalmente passará para

o Sporting conforme está nos estatutos”, acrescentando

que para si “este é um trabalho que não tem preço

porque não o faço por mim e quem o fez para si próprio,

foi excluído e o Sporting é uma instituição que deve ser

respeitada a todos os níveis, a nível do Governo, nos

mais diversos âmbitos como a nível da formação. Por

exemplo, a seleção tem vários jogadores do Sporting e

o país tem obrigação de valorizar o Sporting”.

Para Arlindo Ribeiro é necessário que a atual direção

arlindo ribeiroPresidente

Page 123: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

123

ESPECIAL FIGUEIRA DA FOZ

do Sporting, que no seu entender está a fazer um bom

trabalho neste sentido, exija o máximo de respeito

aos governantes e o seu grande objetivo enquando

presidente do núcleo é que isso aconteça e colaborar

no máximo para que o país aposte em jogadores

portugueses e na formação não necessitando de

jogadores estrangeiros e desses valores irem para os

países de origem.

As maiores dificuldades e conquistasAs maiores dificuldades que Arlindo Ribeiro enfrentou

desde que é líder do Núcleo Sportinguista da Figueira

da Foz foram internas, como o próprio assume.

Sportinguistas que nada fizeram pelo clube, pelo

contrário e que “mostraram não ter personalidade nem

caráter”.

“Muitas vezes tentaram denegrir o trabalho que foi e

está a ser feito quando todos os núcleos se reveem no

desenvolvimento do mesmo. Se o Sporting tiver mais

núcleos como este pelo país, será mais forte”, acredita.

Na zona onde se encontra o restaurante existia uma

rotunda onde haviam acidentes praticamente todos

os dias e estava dentro do plano de urbanização da

autarquia.

“Pagamos os direitos por este espaço por 5 mil euros

por ano, a cidade lucra, a câmara lucra e todos nós

lucramos. A Figueira da Foz precisa deste Núcleo

porque representamos a cidade a nível nacional e

internacional. Entre Rio Maior e Aveiro, essa faxa central,

é maioritariemente sportinguista e reveem-se aqui como

se estivessem em Lisboa e este núcleo tem ainda

a vantagem de estar no centro do país e acolher as

pessoas que fazem a viagem de Lisboa para a Porto

ou do Porto para Lisboa. Aqui, sentem-se em casa, são

bem servidas e contribuem para o desenvolvimento do

concelho. Todos os sportinguistas conhecem este núcleo

e a sua realidade. Estamos aqui para servir os outros”.

Balanço positivo e vontade de fazer

mais

O balanço é extremamente positivo e Arlindo Ribeiro

está muito satisfeito com o trabalho que tem vindo a

desenvolver e acredita que daqui para a frente vai surgir

uma nova etapa que os levará adiante.

“O futuro a Deus pertence mas temos muitos projetos.

O primeiro projeto foi pagarmos tudo o que tínhamos

para pagar e está feito. Daqui para a frente vamos ver

se os sportinguistas e os portugueses colaboram para

fazermos o que entendermos que seja melhor, sempre

tudo estudado ao pormenor e com sustentabilidade.

Toda a gente que aqui trabalha, ganha e queremos

transmitir a melhor imagem possível do clube, sempre

com muita seriedade, bom senso, rigor e dedicação”.

Questionado sobre o que o Sporting é para si, assume

que “o clube representa muito para mim e não fico

satisfeito quando perde. Sinto as derrotas e ainda pior

quando são injustas e a verdade é derturpada. É uma

forma de vida”, finaliza.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

124

EM DESTAQUE

Sendo uma das maiores gráficas nacionais, a Tal Simplicidade! é uma empresa sólida que nasceu da vontade de conquistar de

forma clara o mercado nacional e, posteriormente, alguns mercados internacionais das artes gráficas. Sediada em Santo Tirso, a Tal

Simplicidade! é hoje uma empresa sólida, apesar de ser um projeto recente, como começa por nos contar António Lobato, recente

diretor geral da Tal Simplicidade!

tal simplicidade!

Simplicidade sustentada e criativa

A Tal Simplicidade! é um projeto recente

e nasceu numa vertente de trabalhos

gráficos impressos em rotativa de

grandes quantidades, “estamos a falar

em folhetos, por exemplo, de hipermercados, cerca de

100 mil, 200 mil, meio milhão”, explica-nos o nosso

interlocutor. Desse processo, em que os trabalhos

eram realizados maioritariamente em Espanha, nasceu

a necessidade de produzir trabalhos de quantidade

inferior e com determinada qualidade, explica António

Lobato. “Posteriormente, foi adquirida uma empresa

aqui em Portugal onde se aproveitou todo o know-

how e tecnologia instalada, aproveitando o pessoal

especializado com cerca de 15 anos de experiência

no ramo do offset folha a folha, e onde acrescentamos

o conhecimento que tínhamos na parte das rotativas”,

refere António Lobato que, desta forma, conseguiu

abranger um mercado maior e oferecer aos seus

clientes qualquer tipo de trabalho gráfico, seja comercial,

marketing, revistas, brochuras, catálogos, entre outros.

“Não temos limites em termos de produção gráfica e

temos todos os formatos, o que é muito importante por

causa das quantidades e dos tipos de trabalhos, desde

35x50 cm, 50x70 cm, 70x100 cm aliados as rotativas

em bobine”, frisa Sérgio Santos, responsável pela gráfica

de Santo Tirso.

A qualidade, no entender do diretor geral, está

institucionalizada e enraízada na empresa, relembrando

que, hoje em dia, se tornou um bem adquirido, sendo o

reflexo de uma equipa dinâmica e experiente. “Temos

grandes clientes, com várias vertentes, tanto em

trabalhos offset, como rotativa. Um cliente que se dirija

às nossas instalações já sabe à priori que pode contar

com um trabalho e um serviço de qualidade”.

Um dos problemas das artes gráficas, refere António

Lobato, é que para qualquer investimento neste setor

são necessários valores bastante elevados. “Para

conseguirmos acompanhar a nível tecnológico toda a

evolução que tem surgido nesta área é preciso uma

grande ginástica financeira, no entanto as máquinas,

com manutenção e cuidado, duram vários anos”,

enaltece.

Para além de toda a impressão e produção gráfica,

caso seja necessário, a Tal Simplicidade! trata de

todo o design necessário, sendo uma mais valia para

os seus clientes. “Trabalhamos em duas vertentes,

trabalhamos com agências de publicidade que nos

fornecem o design desejado pelo cliente ou o próprio

nos envia, mas estamos igualmente preparados para

os ajudar em qualquer alteração ou manutenção de

design”. Neste momento, António Lobato como diretor

geral executivo admite querer consolidar a empresa,

fruto de um crescimento interno, contratando mais

pessoal especializado, de maneira a criar três turnos

de produção e permitindo assim fortalecer a aposta na

internacionalização, sendo que atualmente a empresa

emprega vários trabalhadores divididos nas suas duas

fábricas, na Maia e em Santo Tirso. “Atualmente, atuamos

no mercado nacional e internacional, principalmente

em Espanha, mas um dos objetivos prende-se com a

internacionalização, apostando em África e em França,

crescendo de forma sustentada, e com decisões

estudadas como sempre o fizemos até aqui”, finalizam.

A Tal Simplicidade! disponibiliza todos os seus contactos

em www.talsimplicidade.pt

António lobato e sérgio santosDiretor Geral e Responsável pela gráfica de Santo Tirso

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125

Page 126: Revista Business Portugal | Julho '15

REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA

126

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