veja portugal ediÇÃo 6 outubro/dezembro 2014

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1 // DEZEMBRO 2014

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Page 1: VEJA PORTUGAL EDIÇÃO 6 OUTUBRO/DEZEMBRO 2014

1 // dezembro 2014

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sumário

3 // dezembro 2014

DirectorJosé Frazão

EditorCarlos Ferreira

[email protected]

Redacção (Texto e Fotografias)Alexandre Salgueiro Silva, Carlos Ferreira, AHP, edgar martins,

João Pedro Silva, ricardo Graça, rui miguel Pedrosa, Hugo Lagarto, Shutterstock.com, thinkstockphotos.com.pt,

Alves Gaspar/Wikimedia Commons

Parceiros internacionaisReino Unido

http://www.palopnews.com/Alcino G. Francisco

[email protected]íça

Guia Info Shop Portugalhttp://www.infoshopportugal.com/

Carlos Lopes([email protected])

Design gráficoAna Loureiro e Catarina martins

TraduçãoAngelina Azinheira

[email protected]

AssinaturasIsmael Libório · [email protected]

www.vejaportugal.pt

Dep. comercial e publicidadeexposalão − Catarina ribeiro

[email protected]. +351 244 769 480 – fax +351 244 767 489

Comunicação gráficaVelvet, publicidade

AdministraçãoJosé Frazão

Direcção financeiramiguel Ascenso

[email protected]

Proprietário eXPoSALÃo, S.A.

Avenida da Liberdade nº 69 - 4eLisboa PorTUGAL

delegação - batalhae-mail. [email protected]

A publicação está isenta de registo na erC ao Abrigo do regulamento 8/99/9/6 Artigo 12º Nr.1/A

N.DL349646/12 Impressão

SIG - Sociedade Industrial Gráficarua Pêro escobar, nº 21 / 2680-574 Camarate

phone: + 351 219 473 701fax: + 351 219 475 970email: [email protected]

os artigos assinados por pessoas externas à redacção e as páginas que possuem a indicação de texto publicitário são

da exclusiva responsabilidade dos seus autores e podem não expressar o ponto de vista da revista. reprodução proibida sem autorização da eXPoSALÃo − Centro de exposições da batalha.

4 - editorialnotícias5 - Indústria Automóvelexportámos componentes para automóveis no valor de quatro mil milhões de euros destaque6 - Manuel Castro AlmeidaPrograma “Portugal 2020” determinante para a internacionalização da economia portuguesa8 - Portugal Foodsorganizações de produtores essenciais para assegurar o desenvolvimento das exportaçõesmercado 10 - Construção procura noutros países uma resposta para a contracção do mercado14 - maioria das empresas exportadoras nacionais são de pequena dimensãonotícias17 - SoporcelPapeleira nacional aumenta destinos e chega a 127 países empresas18 - Ribeiralves Aposta no bacalhau de qualidade para conquistar o mercado da saudade 20 - Queijaria V. Fernandes Queijo do ‘migalheiro’ espalhasabor pela Ásia, África e europa 22 - Paladares Alentejanos Porco preto abre ao Alentejonovos caminhos da exportação notícias 24 - Adega Ponte da Barcareconversão da vinha fundamentalpara garantir melhores néctares empresas 26 - Confeitaria Vale beijinhos e cavacas de Pombaladoção o mercado da saudade 28 - Fábrica Paupério biscoitos de categoria há 140 anosadaptam-se e procuram novos mercados30 - Minho Fumeiro Fumeiro guarda tradição de quatro geraçõespara garantir os melhores enchidos do minho 32 - Mirazeites marca criada para levar o azeitenacional ao país e a todo o mundo 34 - FrutaformasFrutas do oeste desidratadasganham novas formas e sabores 36 - Desidrata Greenagri Secagem como a tradicional ao sol garantecaracterísticas dos produtos desidratados notícias 39 - Churrasqueiras Rei dos FrangosChurrasqueira mais famosa de Leiriaexporta os seus produtos congeladosempresas40 - Tremoceira

Azeitona e tremoço portuguesesandam na boca de meio mundo42 - AlgaplusPortuguesa é a primeira a produziruma alga ‘especial’ à escala europeia44 - TastingnoteVinhos portugueses não páramde conquistar mercado na China46 - Licores XarãoLicores à procura de destinos pouco habituais para as empresas nacionais48 - Primedesignmobiliário de design irreverentecriado de propósito para exportar50 - Pedrosa e Filhosmarcenaria e carpintaria procuramno estrangeiro solução para a crise52 - Castro LightingIluminação de luxo conquista mercadoscom aposta forte na qualidade e design54 - AlberstoneCalcários da Serra de Aire e Candeeirosà conquista dos mercados internacionais56 - GranifinasGranitos de Ponte de Lima apostamnos países da europa e de África58 - AP Advanced Products Sistemas de frio avançam paraa África de língua portuguesa60 - AGIda procura de fios para bordar à nanotecnologia62 - ATTO empresa muda de rumo para dar apoioàs vendas no exterior64 - VITTAFumeiros eléctricos ajudam a comer bem em qualquer parte do mundo66 - SGS PortugalGrão a grão foi construída uma empresa líder mundial na inspecção e certificação68 - PalbasePeriféricos para a indústria de moldesatentos à reciclagem de plásticos71 - NextwayTecnologia de informação simplifica quotidiano de empresas em 24 paísesnotícias 72 - Parques de SintraParques de Sintra considerada a melhor empresa do mundo em conservação turismo73 - Lisboa quer 10 milhões de dormidasde estrangeiros dentro de cinco anos75 - Turismo pode criar em Portugal 160 mil empregos numa década76 - Turismo rende oito mil milhões de euros ehotelaria recebe 12,8 milhões de hóspedes78 - Termalismo clássico garante quase a totalidade das receitas do sector

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editorial

4 // dezembro 2014

Potencial das PMe decisivo no Processo de internacionalização

// As Pequenas e médias empresas (Pme) ocupam um relevante lugar na internaciona-lização da economia portuguesa. A grande maioria das exportadoras enquadram-se no grupo e, embora não sejam as líderes no va-lor global das transacções internacionais, ocu-pam um papel importante, que têm desempe-nhado com maior afinco desde que começou a nova demanda de mercados externos.Na verdade, as empresas exportadoras são maioritariamente de pequena dimensão, se-gundo o relatório do “Comércio Internacional de bens por Características das empresas, para o ano de referência 2013”, do Instituto Nacional de estatística. A maior parte (61,0%) empregava até nove pessoas e foram responsáveis por 9,5% do total das exportações. No comércio extra--União europeia o valor exportado foi na or-dem dos 1,1%.No ano anterior, tendo como referência dados oficiais, 18% da estrutura empresarial portu-guesa tinha actividade exportadora. ou seja, 47 mil empresas exportaram, num universo de 261 mil.e, se estes números aparentam fragilidade das Pme no processo de internacionalização, não é menos verdade que agregam um po-tencial enorme e decisivo no crescimento das exportações e da redução das importa-ções nos anos vindouros.A exemplo do que acontece noutros países industrializados, as estatísticas mostram que mais de 90% das sociedades nacionais são Pme, a maioria evidenciando dificuldades de expansão internacional, pela insuficiência de recursos e de organização, como é caso da maioria das empresas da fileira da constru-

ção, um dos sectores que destacamos nesta edição da Veja Portugal. Assim, não admira a que internacionalização das nossas empresas seja uma área prioritá-ria no programa “Portugal 2020”. “os fundos comunitários vão ajudar nesta área, porque é fundamental. É a nossa saída, pois a europa vai crescer em 2015 e 2016 menos do que Portugal, ficando sem capacidade para ab-sorver muitos bens e serviços, pelo que tere-mos de exportar para os eUA, rússia ou Chi-na, por exemplo”, como referiu manuel Castro Almeida, secretário de estado do desenvol-vimento regional, durante o “Jantar Confe-rência desafios 2020 – Internacionalização, mundo digital e fundos europeus estrutu-rais”, organizado pelo jornal região de Leiria.“estou convencido que os fundos europeus (26 mil milhões de euros em sete anos) vão ajudar o país a sair de posições que são pou-co elogiosas”, adiantou o governante. Por outro lado, as orientações estratégicas

da “europa2020” sinalizam como prioritária a valorização da oferta dos clusters empresa-riais de cada país-membro. ou seja, a forma de fazer negócios aparece cada vez mais as-sociada à capacidade de inovar o produto e o serviço, pelo que as Pme têm que seguir cami-nhos similares.e têm, também, de saber aproveitar a posi-ção geográfica do país, que reúne condições para ser uma plataforma entre a europa e o resto do mundo, exigindo e contribuindo para a modernização das infra-estruturas portuá-rias e das plataformas logísticas de ligação às redes europeias.estas são razões para esta edição da Veja Portugal destacar as Pme, nomeadamente através da divulgação de 30 marcas nacionais exportadoras de diversos sectores.

boa leitura. Até à próxima edição ou até já em www.vejaportugal.pt

José Frazãodirector

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notícias

5 // dezembro 2014

GruPo luso inauGura Projecto a reserva do Paiva no Brasil

o grupo português Promovalor inaugurou no brasil o Centro de Negócios multiusos Novo mundo empresarial, o terceiro projecto na re-serva do Paiva, o primeiro bairro planeado de Pernambuco, desenvolvido em parceria com a odebrecht realizações Imobiliárias.o projecto global corresponde a um investi-mento de 200 milhões de euros e com a inau-guração do Centro de Negócios ficou concluí-da a terceira fase da reserva do Paiva. Antes foram erguidos o condomínio Terraço Laguna e o Sheraton reserva do Paiva Hotel & Con-vention Center.“A inauguração destas três obras de grande dimensão [no espaço de seis meses] marca mais um passo na internacionalização do nos-so grupo”, diz Tiago Vieira, administrador da Promovalor.

// os componentes para automóveis já re-presentam 12,6% do total das exportações nacionais de bens transaccionáveis, corres-pondentes a quatro mil milhões de euros, anunciou a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).A organização, que analisou os dados do Ins-tituto Nacional de estatística (INe) relativos aos primeiros oito meses do ano, constatou um aumento de 5,4% face ao período homo-logo do ano passado.o peso dos componentes para automóveis nas exportações de Portugal “continua a crescer, tendo tido um valor de mais 0,6 pontos per-centuais relativamente ao mesmo período de 2013”, adianta a AFIA.A espanha e a Alemanha (com 23% cada) con-tinuam a ser os principais destinos das ex-portações de componentes e o mercado da União europeia absorve 88% das exportações do sector.A associação tem realizado reuniões com os seus associados, procurando encontrar estra-tégias comuns no sentido de tornar a indús-tria de componentes automóveis cada vez mais competitiva.

o mais recente encontro abordou o tema da logística, um factor que “influencia muito directamente a competitividade das empre-sas do sector, sobretudo na exportação que representa mais de 80% das vendas totais”.AFIA Interior.em resultado do encontro e porque foi “con-sensual para os participantes que a coopera-ção entre empresas potencia o ganho de siner-gias relevantes”, foram o criados cinco grupos de trabalho para o desenvolvimento e apro-fundamento das formas de cooperação.A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores de com-ponentes para a indústria automóvel.esta indústria agrega 200 empresas com sede ou laboração em Portugal, com um volume de emprego directo na ordem das 42 mil pessoas. Factura mais de sete mil milhões de euros por ano, com uma quota de exportação superior a 80%.em termos de importância na economia na-cional, em 2013 representou 4,3% do Produ-to Interno bruto (PIb), 12% das exportações nacionais de bens e 5,1% do emprego da in-dústria transformadora.

exPortáMos coMPonentes Para autoMóveis no valor de quatro Mil Milhões de euros

PortuGuesa leva caféa 10 Países coM aPostanas vendas externas

A empresa portuguesa de torrefacção bicafé “está a crescer a dois dígitos ao ano no sector das exportações”, revelou a marca na sequên-cia da sua recente participação na “Hace – Ho-tel expo 2014”, uma das mais importantes feiras do egipto, que decorreu no Cairo.esta foi a segunda participação da empresa no certame. “muito tem sido o trabalho desen-volvido ao longo destes últimos dois anos na ativação da marca, depois da aposta na cam-panha com o treinador de futebol manuel Jo-sé e da abertura dos primeiros espaços bicafé”, explica em comunicado.“este tipo de certames com relevância inter-nacional tem contribuído para um aumento significativo do peso das exportações no vo-lume de negócios”, refere a marca.A bicafé foi fundada em 1974 e tem sede em São Pedro da Cova. É uma multinacional por-tuguesa de torrefacção e distribuição de café expresso, que opera em 11 países.

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6 // dezembro 2014

ProGraMa “PortuGal 2020” deterMinante Para a internacionalização

da econoMia PortuGuesa

o negócio principal dos fundos europeus é tudo o que sejam bens e serviços transacio-náveis, que possam ser exportados ou façam diminuir as importações.A intensificação tecnológica das empresas e a internacionalização são prioritárias no pro-grama “Portugal 2020”. os fundos comunitá-rios vão ajudar nesta área, porque é funda-mental. É a nossa saída, pois a europa vai

// o programa “Portugal 2020” tem de dar resposta aos principais problemas de Portu-gal e o principal é a competitividade da eco-nomia. A prioridade dos fundos europeus não é as infra-estruturas e os equipamentos pú-blicos - este ciclo está quase terminado -, agora o grosso do dinheiro vai para esta nova prioridade. Vamos investir menos fundos europeus em

investimento público e pôr mais ao lado do investimento privado e das nossas empresas.onde? em que sectores? os empresários é que sabem. o Governo não vai dizer os sec-tores onde colocar os fundos. onde houver gente disposta a arriscar e a empreender, a criar riqueza e emprego, os fundos comunitá-rios estarão presentes a ajudar os empresá-rios que queiram investir.

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crescer em 2015 e 2016 menos do que Por-tugal, ficando sem capacidade para absorver muitos dos nossos bens e serviços, pelo que teremos de exportar para os eUA, rússia ou China, por exemplo. Temos de melhorar a forma de comercializar e de preparar as empresas para produzir com mais qualidade. o “Portugal 2020” vai ter um instrumento novo, dirigido ao financiamento das empresas. estamos a criar a Instituição Financeira de desenvolvimento (IFd, banco de Fomento), aprovado pelo Conselho de mi-nistros, banco de Portugal e Comissão euro-peia, com sede no Porto.este banco vai aproveitar uma parte dos fun-dos europeus e colocar-se o lado da banca financeira para disponibilizar dinheiro aos em-presários a taxas de juro mais baixas (o crédi-to bancário ainda custa o dobro da média da zona euro, embora tenha baixado nos últimos anos).o IFd recebe dinheiro dos fundos europeus à taxa de juro zero e vai colocá-los nas empre-sas à mesma taxa. Não quer a remuneração, apenas o retorno do capital.e um banco grossista para trabalhar com a banca comercial, aproveitar a capacidade de

análise de risco e de crédito que existe nos bancos, e criar mais liquidez na economia com taxas de juro mais amigáveis. A situação do país não é nada fácil. Para mui-ta gente é muito difícil. Há-que ter a noção que as coisas estão a melhorar, muito deva-gar, mas os indicadores vão no bom caminho.estou convencido que os fundos europeus (26 mil milhões de euros em sete anos) vão ajudar o país a sair de posições que são pou-co elogiosas. A minha geração já não tem muito mais hipó-teses de errar. Já não há margem de erro. Nós tivemos uma vida melhor que a dos nos-sos pais, a dos nossos pais foi melhor que a dos nossos avós e agora tudo indica que os nossos filhos terão uma vida pior do que a nossa. É a primeira vez em muitas gerações que acontece os filhos poderem ter uma vida pior que a dos pais. Isto não é normal. Não é assim que o mundo tem andado e a minha geração deu aso a esta inversão de expectativas que não é comum. Agora, também acho que isto não é uma fa-talidade. eu, por mim, não me resigno com esta situação, que me envergonha. eu acho

mesmo que temos de nos revoltar, de nos inconformar. Temos de dar aos nossos fi-lhos uma expectativa de vida, uma esperan-ça de vida semelhante aquela que nós pude-mos ter.e eu acredito que seguindo este caminho da aplicação dos fundos comunitários virada para a criação de riqueza, de emprego, para a competitividade e internacionalização da nossa economia, o nosso pais tem potencial. Não há nenhuma razão que nos condene a estar na cauda da europa. Nenhuma. É preci-so é que haja vontade, organização, um esta-do mobilizador, que não crie dificuldades às empresas. e se colocarmos o fundos europeus ao lado dos empresários - quem têm a noção do ris-co, farejam o negócio, detectam oportunida-des e criam riqueza e emprego - estamos a tempo de dar uma reviravolta e acentuar as boas tendências que o país tem apresenta-do. - manuel Castro Almeida, secretário de estado do desenvolvimento regional, du-rante o “Jantar Conferência desafios 2020 – Internacionalização, mundo digital e fundos europeus estruturais”, organizado pelo jornal região de Leiria.

manuel castro almeida, secretário de estado

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dor mundial de cortiça. É motivador verificar que apenas 15% do ter-ritório nacional com aptidão agrícola é culti-vado, porque isso significa que, num país de pequenas dimensões e com esta dinâmica das empresas para a exportação, podemos crescer.mas para isso, um dos problemas que Portu-gal tem de ultrapassar é a percentagem mui-to reduzida de organizações de produtores (oP). A União europeia apresenta uma média de produtores em oP na ordem dos 40%, en-quanto o nosso país ainda não ultrapassou os 20%. Há países em que a percentagem está acima dos 80% (bélgica, Holanda, Áus-tria). Temos território, produtos e capacida-

orGanizações de Produtores essenciais Para asseGurar o desenvolviMento

das exPortações

// o agroalimentar é a minha vida: nasci no meio de galinhas, desenvolvi-me no sector dos ovos e mantenho-me hoje nesta área com uma vontade enorme de fazer do país um produtor de excelência, reconhecido in-ternacionalmente.A verdade é que, durante décadas, a agricul-tura e o agroalimentar foram vistos como po-bres. eu diria mesmo que nos envergonháva-mos da agricultura. Hoje estamos na moda. orgulhamo-nos da agricultura e do agroali-mentar, que cativam por dia 289 jovens agri-cultores.Nos últimos anos, como dirigente da Portu-galFoods, contactei empresários compradores de 34 países. É a verdade que a divida públi-

ca, o défice e os escândalos não ajudam. mas nunca fui confrontado por alguém a dizer: “Portugal não faz coisas boas”. Porque de fac-to faz produtos diferenciados, irrepetíveis, no agroalimentar e na agricultura.Por algum motivo fomos, em 2012, o quarto exportador mundial de tomate industrial, depois da China, eUA e da Itália. Não é por acaso que somos o quarto produtor europeu de azeite, o maior exportador de para o brasil (50% do produto importado é português). Não é por acaso que exportamos mil milhões de euros em frutas, legumes e flores; com textura, sabor, cor e aroma que nos permitem competir com países de enorme dimensão. Não é por acaso que somos o maior exporta-

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de, mas a organização é fundamental.São as associações, indiscutivelmente, que têm, num ambiente de partilha, reflexão e discussão, criado orientações, identificando e monitorizando tendências e mercados. A PortugalFoods representa um conjunto de empresas com uma faturação na ordem dos dois mil milhões de euros e exportações supe-riores a 600 milhões de euros, com presença em 90 mercados. A sua missão é ajudar a per-ceber os mercados de destino, ajudar a mo-nitorizar e a criar orientações estratégicas.Tentamos olhar para o mundo, perceber onde é que há potencial, por exemplo, para o con-sumo de azeite, onde é que a pera rocha faz mais sentido - com a colaboração dos nossos colegas e amigos da PortugalFresh. esta dinâmica das associações permitiu trans-formar a imagem de Portugal. eu tenho orgu-lho em ser português, em comunicar no ex-terior que somos produtores excepcionais e de Portugal.o país não fez diplomacia económica durante décadas, de que precisa bastante, o que im-pediu o reforço da sua imagem pelos empre-sários, que com orgulho usassem a etiqueta de “made in Portugal”.A área do agroalimentar não pode e não está nos mercados externos sem dizer: “Somos portugueses”. Não podemos vender enchidos, nem frutas, legumes, flores, azeite ou vinho,

sem dizer que são produzidos em Portugal.A agricultura desenvolveu-se porque houve evolução tecnológica, do conhecimento, por-que há uma nova geração de empresários, compreensão das entidades públicas de que o dinheiro tem de ser aplicado e é preciso saber mensurar cada euro investido. No ‘Top 10’ dos destinos das nossas expor-tações apenas três países são extra-União europeia (brasil, Angola e eUA). Um terço das vendas externas vai para espanha. A Alema-nha e França são o segundo e terceiro desti-nos das exportações nacionais (12/13%).o brasil é apenas 10º destino das exporta-ções portuguesas. o brasil e o mercosul vão avançar - o brasil claramente -, para uma re-lação mais forte com a União europeia. e, no agroalimentar, é importante perceber que a ligação com a América Latina é uma ligação com 700 milhões de falantes em português e castelhano.o mercosul é um mercado importante para Portugal. Acredito que o “portunhol” pode ser uma língua comercial e que este mercado tem de ser estrategicamente analisado. - Amândio Santos, presidente da Portugal-Foods e Ceo da derovo durante o “Jantar Conferência desafios 2020 – Internacionali-zação, mundo digital e fundos europeus es-truturais”, organizado pelo jornal região de Leiria.

amândio santos, presidente da PortugalFoods

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(AICCoPN, 2013), o que reforça a ideia de que a internacionalização é uma inevitabili-dade para fazer crescer os negócios da cons-trução, face à exiguidade do mercado interno.Por outro lado, tendo como referência dados oficiais, de 2012, 18% da estrutura empre-sarial portuguesa tem actividade exportado-ra. ou seja, 47 mil empresas exportam, num

construção Procura noutrosPaíses uMa resPosta

Para a contracção do Mercado

// “A internacionalização dos negócios tem sido apontada como decisiva para o desen-volvimento económico do país e das empre-sas, considerando os efeitos positivos que proporciona na diversificação dos mercados e nas contas públicas.os negócios da construção têm registado contracção no mercado interno e a exporta-

ção é alternativa para colmatar as dificulda-des de expansão.de facto, a internacionalização está na ordem do dia devido ao crescimento das exporta-ções nacionais e por induzir novos negócios, experiências e factores de competitividade.estima-se que Portugal represente apenas 1,7% do mercado europeu da construção >

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cados, são mais exigentes que os do merca-do doméstico, tanto mais que existe concor-rência instalada.São, porém, atrativos porque remuneram me-lhor a venda, impulsionam a inovação, au-mentam os padrões de exigência e obrigam, muitas vezes, à integração de intensidade tecnológica na oferta, investigação e desen-volvimento.dito de outro modo, os factores de interna-cionalização devem assentar na qualificação da oferta, em vez do preço baixo. Isto não significa que o preço não seja importante para a competitividade nos mercados de maior exigência mas, não é, por certo, a única va-riável.No entanto, a oferta de soluções inovado-ras, tecnologicamente mais desenvolvidas e mais valorizadas pelos mercados, está, ne-cessariamente, interligada a uma questão de fundo: a formação técnica e a necessida-de de desenvolver competências adequadas às necessidades das empresas”. - Fonte: Pla-no estratégico para a Fileira da Construção 2014-2020, uma edição da Associação Por-tuguesa dos Comerciantes de materiais de Construção, com conteúdos da Pamésa Con-sultores.

universo de 261 mil.Por outro lado, e a exemplo do que acontece em países industrializados, dados oficiais mostram que mais de 90% das sociedades nacionais são Pme e que a maioria evidencia dificuldades de expansão internacional, pela insuficiência de recursos e de organização.ou seja, as Pme têm dificuldades em interna-cionalizar os seus negócios, como é caso da maioria das empresas da fileira da construção.Por isso, é essencial conhecer os principais factores de internacionalização para definir estratégias de promoção de vendas no exte-rior, competitividade, valorização da imagem e aumento do prestígio.os factores que influenciam as decisões de internacionalização dos negócios são de or-dem externa e interna. A nível externo, a evo-lução económica da conjuntura internacional e as tendências da procura são factores que,

sendo positivos, contribuem para criar am-biente favorável ao investimento e redução do risco.A nível interno, a contração da procura não deverá alterar-se significativamente nos pró-ximos tempos, pelo que constitui um factor de mobilização da oferta para mercados ex-ternos.Contudo, a busca de novos mercados com as opções de competitividade assentes no pre-ço baixo e menor exigência de qualidade não são sustentáveis a prazo.daí que, aproveitando a “aceleração” do cres-cimento das nossas exportações, recomen-dam-se os seguintes factores para a inter-nacionalização: oferta para segmentos de melhor qualidade, compatível com as exigên-cias de rendibilidade; posicionamentos dirigi-dos a clientes prestígio; fiabilidade técnica e comercial, que permita notoriedade e ganhos de quota nos mercados e promoção da ima-gem de qualidade de produtos e serviços.mas para que tal aconteça, é imprescindível progredir nas estratégias para mercados mais exigentes, de menor risco, com base em fac-tores de inovação da oferta e garantias de certificação e qualidade do produto serviço.os factores de competitividade, nestes mer-

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distribuidores locais ou instalação de empre-sa própria, no mercado de destino; indirecta, com intervenção do agente de compras ou representante do cliente no país exportador.A opção pelo tipo de exportação (directa ou indirecta) depende do grau de importância que a empresa atribui ao mercado e ao risco dos negócios.Contudo, tendo em conta as práticas corren-tes, recomenda-se a exportação directa, por ser a que melhor se adequa ao conhecimen-to dos mercados e ao desenvolvimento dos negócios. esta opção dá mais trabalho, mas beneficia da experiência e dos contactos di-retos que são essenciais para o conhecimen-to dos mercados.existem outras modalidades de internaciona-lização, igualmente equacionáveis, mas impli-cam maior investimento e risco, por exemplo: criação de empresa no país de importação (por aquisição, fusão ou criação de raiz) e a instalação de uma filial.os mercados atrativos são de maior exigên-cia e os que oferecem mais garantias de fia-bilidade comercial. entre eles estão países da zona euro, América do Norte (estados Unidos e Canadá), da Ásia menor (Turquia, Arábia Saudita, emiratos), países Asiáticos e da oceânia mais desenvolvidos (Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Austrália e Nova zelândia) e América Latina (méxico, Colômbia, Perú e Chi-le)”. - Fonte: Plano estratégico para a Fileira da Construção 2014-2020, uma edição da Associação Portuguesa dos Comerciantes de materiais de Construção, com conteúdos da Pamésa Consultores.

// “A aposta nas exportações é uma neces-sidade de curto prazo e um imperativo de mé-dio e longo prazo, para convergir para a média da Ue e garantir a sustentabilidade. Na últi-ma década as grandes empresas do sector da construção apostaram na exportação, rea-lizando obras de significativa dimensão e complexidade em diversos mercados interna-cionais, o que permitiu diversificar, não só na europa, mas também em África, no brasil e outros da América Latina e estados Unidos.Com efeito, as grandes empresas estão pre-sentes em quase todo o mundo e disfrutam de boa imagem técnica e comercial, o que lhes permite exportar serviços em larga esca-la. É de salientar o prestígio da arquitectura e engenharia nacionais a nível internacional.As orientações da Ue2020 sinalizam como prioritária a valorização da oferta dos clus-ters empresariais de cada estado. deste mo-do, a forma de fazer negócios aparece cada vez mais associada à capacidade de inovar o produto e o serviço, pelo que as Pme têm que seguir caminhos similares.A posição geográfica do país reúne condições para ser plataforma entre a europa e o resto do mundo. de facto, a nossa posição geográ-fica pode ser estratégica para as exporta-ções se investirmos na modernização das infra-estruturas portuárias e nas plataformas logísticas de ligação às redes europeias.ou seja: o aumento da internacionalização favorece não só condições de sustentabilida-de dos negócios, como também mobiliza um vasto leque de especialidades e de produtos.Contudo, ao fazê-lo há que ter em conta, pelo menos, três situações: as oportunidades, as especificidades dos mercados externos e as condições para exportar.No que se refere às oportunidades, os mer-cados extracomunitários, de grande dimen-são, que têm vindo a registar crescimento económico significativo e onde se verifica a existência de condições para desenvolver ne-gócios, em geral, como é o caso dos brICS

(brasil, rússia, Índia, China e África do Sul).outros mercados, de menor dimensão, tam-bém oferecem oportunidades (Angola, mo-çambique, Países do Norte de África e do Golfo da Guiné, por exemplo), e onde algumas empresas nacionais têm vindo já a desenvol-ver negócios de exportação.Também existem experiências de exportação para países da Ue (mercado intracomunitá-rio), designadamente França, espanha, bélgi-ca e benelux. ou seja, existem, claramente oportunidades de exportação suportadas em experiências, competências e relacionamentos.A decisão de entrar em novos mercados deve ocorrer onde as oportunidades se revelem mais atrativas e seguras, independente da lo-calização geográfica.Contudo, os mercados têm especificidades próprias (níveis de desenvolvimento, cultura, sistemas monetários, concorrência) que obri-gam a posicionamentos diferentes. A expe-riência de exportação para um país não é re-plicável, pelo que é muito importante avaliar caso a caso.No que se refere às condições da organiza-ção para exportar, há factores a considerar: estruturas sólidas, disponibilidades para in-vestir (equipas, conhecimentos, competên-cias, acesso a crédito, divulgação) e disponi-bilidade para correr riscos. Cada mercado tem requisitos diferentes à entrada, que podem permitir maior ou menor facilidade de acesso.As estratégias de Internacionalização das empresas passam, principalmente, pela ex-portação de bens e serviços, que pode ser: directa aos mercados, através de agentes ou

oBras de eMPresas PortuGuesasPresentes eM quase todo o Mundo

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sobrevivência do sector às dificuldades do mercado interno”, destaca a AeCoPS. Argé-lia_Hospital militar de Tamanrasset (2)Na europa estiveram ao serviço das empre-sas nacionais 50 mil trabalhadores portugue-ses da construção em 2013. No ano anterior, o sector terá respondido a 40% do total dos destacamentos para a europa.em termos geográficos, o estudo da AeCoPS revela a continuidade da presença da constru-ção portuguesa, essencialmente, em econo-mias emergentes de África (Angola e malawi) e da América Latina e Central (Venezuela e Peru), com o aumento da relevância destes dois últimos mercados (méxico e brasil) nos próximos dois anos.

estranGeiro vale 5,3 Mil Milhões de euros de facturação ao sector

// o sector da construção registou um volu-me de negócios no exterior na ordem dos 5,3 mil milhões de euros no ano passado, um aumento de 7% face ao período homólogo anterior, e garantiu fora do país uma carteira de encomendas a rondar os sete mil milhões de euros, revelou a Associação de empre-sas de Construção, obras Públicas e Serviços (AeCoPS).“Ao ter mais que triplicado entre 2006 e 2013, o volume de negócios revela uma taxa de crescimento médio anual da facturação da actividade internacional das construtoras de 18%. Já o trabalho assegurado, ao atingir uma variação 53% face a 2012, aponta para perspectivas bastante favoráveis para o cor-

rente ano e 2015”, destaca a AeCoPS nos “Cadernos da Internacionalização” agora pu-blicados.o documento salienta ainda o peso da activi-dade no exterior no total do “output” do sec-tor e também na economia nacional. Assim, em 2013, os trabalhos de construção além--fronteiras representaram 44% do total da produção do sector no mercado interno e, so-mando a facturação no exterior e em Portu-gal, 31% volume de negócios global.“estes números continuam a demonstrar a relevância da construção como instrumento de internacionalização da economia portugue-sa, representando 3% do PIb e 8% do total das exportações nacionais, e a capacidade de

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mercado

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Maioria das eMPresas exPortadoras nacionais são de Pequena diMensão

// As empresas portuguesas exportadoras são maioritariamente de pequena dimensão, mas quase metade do valor exportado pro-vém de empresas com mais de 250 trabalha-dores, segundo o relatório do “Comércio In-ternacional de bens por Características das empresas, para o ano de referência 2013”, do Instituto Nacional de estatística (INe).em 2013 a maior parte das empresas expor-tadoras de bens tinha menos de 10 pessoas ao serviço. No entanto, as de maior dimensão foram as que mais exportaram, em especial no comércio extra-Ue.Naquele período registou-se uma elevada concentração do valor transaccionado num número limitado de empresas, mais expres-siva no comércio extra-Ue: as 10 maiores ex-portadoras foram responsáveis por 22,1% do comércio intra-Ue e 29,9% do comércio ex-

comércio internacional de bens por características das empresas para o ano de referência 2013

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mercado

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As empresas com actividades de comércio re-gistaram pesos significativos em termos do número de exportadoras de bens. No conjun-to, estas actividades correspondiam a 42,9% das firmas, tendo sido responsáveis por 19,6% das exportações em 2013. de entre estas, salientam-se as do comércio por grosso, cor-respondendo a 26,0% das empresas 17,0% do valor exportado. As 10 maiores exportadoras foram responsá-veis por um quarto das exportações nacionais: 22,1% das vendas intra-Ue e 29,9% dos en-vios extra-Ue.

tra-Ue.A maioria transaccionou bens com apenas um mercado: 69,3% das empresas e 10,3% do valor total das exportações nacionais. As mar-cas com maior diversificação de mercados re-gistaram o maior valor exportado, correspon-dendo a 70% do total das exportações (6 a 9 países no mercado intra-Ue, representando 22,6%, e 20 ou mais países, correspondendo a 40,7% das exportações para países terceiros).A maior parte (61,0%) das empresas expor-tadoras de bens em 2013 empregava até 9 pessoas ao serviço, mas foram responsáveis por apenas 9,5% do total das exportações portuguesas. No comércio extra-Ue o valor exportado foi ainda mais reduzido, na ordem dos 1,1%.No entanto, foram as empresas de maior di-mensão que mais exportaram: 42,5% das ex-portações foram efectuadas por firmas com 250 ou mais pessoas ao serviço, apesar de representarem 1,1% do total.As empresas industriais foram as que mais exportaram, no entanto a maioria destas ex-portadoras exercia atividades de comércio.As indústrias transformadoras concentravam a maior parte do valor exportado no comér-cio internacional (63,1%), correspondendo a 32,4% das empresas. destas, destacam-se as de fabricação de veículos automóveis e componentes para veículos automóveis res-ponsáveis por 9,7% do valor.No comércio extra-Ue evidenciam-se ainda as indústrias, que foram responsáveis por 4,4% das exportações para os países terceiros.

em 2013 as cinco maiores empresas exporta-doras de bens no global do comércio interna-cional foram responsáveis por 19,3% do valor exportado e as 10 maiores por 24,4%. No comércio extra-Ue verificou-se uma maior concentração do valor exportado num núme-ro limitado de empresas, face ao verificado no comércio intra-Ue. Apenas as cinco maiores exportadoras foram responsáveis por 25,3% do valor no mercado extra-Ue de bens, peso que subiu para os 29,9% para as 10 maiores empresas (respectivamente 16,9% e 22,1% das exportações intra-Ue).

comércio internacional de bens - exportações, concentração do número de empresas e do valor por escalão de número de países parceiros, 2013

comércio internacional de bens - exportações, distribuição do número de empresa e do valor por actividade da empresa (cae reV.3) - 2013

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notícias

17 // dezembro 2014

PortuGueses MelhoraM qualidade do ar na escandinávia

A marca nacional de purificadores de ar Airfree está a exportar para os grupos de lojas elkjop e el Giganten, na escandinávia, um novo lote de quatro mil aparelhos.esta encomenda surge na sequência do lançamento da marca na região, em Junho deste ano, quando as vendas alcançaram as sete mil unidades.A empresa está a receber pedidos de outros mercados e este ano fica marcado pela introdução dos aparelhos do fabricante português em grandes cadeias de lojas na Ásia, europa e América do Norte. A Airfree exporta 98% da produção para 54 países.o contrato na escandinávia para a intro-dução dos aparelhos em grandes cadeias de lojas na dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia, com destaque para a elkjop e el Giganten, foi feito com um dos maiores distribuidores da região.

// o grupo Portucel Soporcel alargou a sua atividade de 118 para 127 países no final do trimestre terminado em Setembro, assumin-do-se como a empresa portuguesa com a maior presença internacional.A papeleira atingiu, nos primeiros nove me-ses do ano, um novo máximo histórico de pro-dução de papel, aumentando o volume de vendas em 3,3%, para mais de 1,147 milhões de toneladas, e registou um ligeiro acrésci-mo do volume de negócios para 1.138 mi-lhões de euros, face ao período homólogo de 2013.o grupo afirma que conseguiu manter a “po-lítica de privilegiar os mercados europeus, onde se posicionam as empresas papeleiras de maior qualidade e exigência técnica e nas quais as qualidades intrínsecas da pasta glo-

bulus produzida geram importantes acrésci-mos de valor” e “alargar a cobertura geográ-fica e de rede de clientes nos mercados onde tradicionalmente opera”.em Portugal, a papeleira está a desenvolver um projecto de expansão da capacidade da fábrica de pasta de Cacia. Nesse sentido, ce-lebrou um contrato de investimento com a Agência para o Investimento e Comércio ex-terno de Portugal (AICeP) que prevê um inves-timento de 56,3 milhões de euros.A AICeP aprovou um conjunto de incentivos financeiros e fiscais, nomeadamente um in-centivo financeiro reembolsável de 11,3 mi-lhões de euros e um incentivo fiscal de 6,8 milhões de euros.o grupo prevê que o projecto esteja concreti-zado no final do primeiro semestre de 2015.

PaPeleira nacional auMenta destinos e cheGa a 127 Países

lojas PortuGuesas Para criança cheGaM ao chile

A marca portuguesa de vestuário, calçado, puericultura, mobiliário e brinquedos para bebé e criança zippy acaba de entrar no Chile, expandindo assim as suas actividades na América Latina.As lojas da área de retalho especializado da Sonae Sr chegam ao mercado chileno em regime de franchising, através de um acordo que prevê a abertura de cinco unidades até ao final do ano.“A América Latina é uma região importante no âmbito da estratégia de internacionali-zação da empresa, que procura explorar as vantagens competitivas das suas marcas a nível mundial”, afirma miguel mota Freitas, director-executivo da Sonae Sr.

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aPosta no Bacalhau de qualidade Para conquistar o Mercado da saudade

// o bacalhau está enraizado na tradição gastronómica nacional: os portugueses são os maiores consumidores mundiais, mas a paixão por este peixe está para além da nos-sa geografia. onde existe um português ou um conhecedor da gastronomia portuguesa, há um consumi-dor de bacalhau em potência, pelo que nos últimos anos a riberalves tem desenvolvido uma aproximação cada vez maior ao chama-do mercado da saudade, mantendo a aborda-gem que tem norteado a história de quase 30 anos da empresa: aposta muito clara na qualidade e no sabor dos seus produtos.

esta exigência fez que a marca riberalves construísse um grande capital de confiança com os consumidores e orienta-a igualmen-te no processo de exportação. Hoje, o mercado externo representa 40% por cento das vendas da marca, em quan-tidade, e este número mostra tendência para crescer. “As nossas vendas têm vindo a subir no exterior e essa é uma realidade que vai acentuar-se. As exportações são fortemente dinamizadas pelo bacalhau pron-to a cozinhar, um produto de excelência onde a qualidade e o sabor são a nossa gran-de aposta”, afirma bernardo Alves, um dos

administradores. “Creio que temos vindo a ser reconhecidos por isso mesmo. Para além de Portugal, a aposta na qualidade também é uma marca da riberalves no chamado mercado da sau-dade. Foi esta estratégia que nos fez crescer enquanto empresa e não pensamos abdicar dela”, adianta bernardo Alves.É uma empresa de origem familiar, 100% portuguesa, que está presente em 20 países. “estamos atentos a novas geografias, mas procuramos continuar a consolidar a nossa presença nos países onde estamos”, conclui o administrador.

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SedeCarvalhal, Torres Vedras

Actividadetransformação de bacalhau

Início de actividade1985

Número de trabalhadores398

Volume de negócios148 milhões de euros

Volume de negócios na exportação53 milhões de euros

uMa resPosta às novas necessidades dos consuMidores// A aposta no bacalhau pronto a cozi-nhar surgiu como uma resposta às novas necessidades e tendências verificadas no mercado português, mas também pelos consumidores internacionais, me-nos familiarizados com processos casei-ros de demolha e congelação do peixe. Nos últimos dez anos, a Riberalves investiu mais de 20 milhões de euros no processo do bacalhau pronto a cozinhar, na sua unidade industrial da Moita, modernizando e desenvolvendo tecnologia própria naquela que é hoje a maior fábrica mundial de transforma-ção de bacalhau.

Bernardo alves, João alves fundador e ricardo alves

“interessante constatar coMoé uM Produto de futuro”// “Não deixa de ser interessante cons-tatar como o bacalhau é um produto de futuro, impondo-se pela sua qualidade e carácter prático, através do bacalhau pronto a cozinhar. O que fizemos um produto de excelência; porque resulta da selecção do melhor bacalhau, salga-do logo no momento do desembarque (não sendo por essa razão congelado antes de ser salgado); porque é subme-

tido a um processo de cura tradicional portuguesa que tem uma duração mí-nima de 4 a 5 meses; e porque é de-molhado e ultra-congelado seguindo processos específicos impossíveis de igualar em casa (as pessoas não têm tempo e condições para operar a demo-lha ideal; e a congelação caseira degra-da a qualidade do peixe)”. bernardo e ricardo Alves, administradores

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queijo do ‘MiGalheiro’ esPalha saBor Pela ásia, áfrica e euroPa

“o nosso principal objectivo é a exportação: temos mui-tos clientes em portugal e ex-portamos para macau, França e angola, mas pretendemos alargar os nossos horizontes na distribuição internacional„rúben Fernandes, gerente

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SedePalmela

Actividadeindústria de lacticínios e seus derivados

Início de actividade1988

Número de trabalhadores12

Volume de negócios1,5 milhões de euros (400 mil queijos)

Volume de negócios na exportação10%

// A Queijaria Victor Fernandes abriu em 1988 e surgiu da grande paixão do seu fun-dador por ovelhas e queijo. o negócio foi cria-do por Victor Fernandes e a sua mulher, que procuraram sempre manter a tradição nas técnicas de produção.o produtor de Queijo de Azeitão aprendeu a fazê-lo com o famoso queijeiro Alfredo, co-nhecido por “migalheiro” da Quinta Velha. A produção deste produto único durante todo o ano resulta do seu saber e experiência, jun-tamente com as condições geográficas pecu-liares da região: as pastagens para a criação de gado ovino e a extraordinária exuberância de flora, que asseguram a labora de leite.Com condições geográficas perfeitamente propícias, hoje são três os concelhos (Setúbal, Sesimbra e Palmela) que desfrutam das ri-quezas naturais da Serra da Arrábida, à qual se deve a singularidade do Queijo de Azei-

tão, que integram a região demarcada deste queijo.Victor Fernandes manteve as suas raízes em Quinta do Anjo e tem apresentado produtos com elevada qualidade. A família começou a comercializar o seu queijo nas pequenas char-cutarias e, com um impulso enorme no mer-cado, produz agora para todas as grandes superfícies. A marca, que já está no mercado tradicional, faz ainda distribuição pela região da margem Sul, Lisboa, Cascais e estoril e para restau-rantes e charcutarias no Norte do país.“Fomo-nos desenvolvendo e crescendo para conseguirmos oferecer um produto de exce-lente qualidade. Além do nosso produto de destaque, o queijo de Azeitão (d.o.P. – deno-minação de origem protegida), produzimos também queijo de ovelha curado, queijo fres-co de ovelha, requeijão de ovelha e o ex-líbris

desta queijaria, a manteiga de ovelha, que provém do soro do leite do queijo de Azeitão”, contou rúben Fernandes, gerente e repre-sentante da segunda geração deste negó-cio, à revista Portugal Inovador.“o nosso principal objectivo é a exportação: temos muitos clientes em Portugal e expor-tamos para macau, França e Angola, mas pre-tendemos alargar os nossos horizontes na distribuição internacional. Além de termos mais rentabilidade, podemos levar ao mundo este produto especial característico de Por-tugal”, acrescentou. “o nosso país não tem falta de qualidade, mas sim de quantidade de produção. Quando a exportação se torna uma hipótese, deve-mos pensar no aumento da produção para corresponder a potenciais pedidos de grande volume”, concluiu o gerente da empresa à Por-tugal Inovador.

PréMios// A Queijaria Victor Fernandes ven-ceu o “World Cheese Awards 2013” com o queijo de azeitão. Em Portu-gal, no concurso nacional “Melhor Queijo 2013”, conseguiu uma men-ção honrosa com o queijo de ovelha curado e obteve o 1º lugar com o re-queijão de ovelha.Os jurados dos prémios “Great Taste Awards 2014” elegeram o queijo de Azeitão DOP com três estrelas fican-do no Top 50, mas também a man-teiga de ovelha Azeitão com uma estrela e o queijo de ovelha curado com duas estrelas foram produtos premiados.

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22 // dezembro 2014

A empresa começou por expandir a comercia-lização nos distritos de beja e Évora, em 2009, avançado mais tarde no Algarve. Hoje tem clientes em todo o país e no estrangeiro.em Junho de 2012, recebeu a primeira enco-menda para o mercado internacional, de um parceiro que opera em Angola. Neste mo-mento está igualmente presente em França, Suíça, moçambique, Cabo Verde, Holanda, bulgária, bélgica e macau. As exportações em 2013 representaram 16,8% do volume de vendas.

Porco Preto aBre ao alentejo novos caMinhos da exPortação

// A Paladares Alentejanos dedica-se ao fa-brico de produtos de charcutaria de porco preto, utilizando “receitas” com mais de 100 anos, e iniciou a actividade há seis anos com o objectivo de dar a conhecer os enchidos típicos de Aldeia Nova de São bento.os enchidos da marca são submetidos a um processo de cura prolongado, com uma expo-sição breve ao fumo da lenha de azinho e uma longa permanência sob a acção de uma tem-peratura e humidade relativa controladas.este longo período de cura permite uma len-

ta e apurada transformação da carne em “en-chidos de superior qualidade”. “Na Paladares Alentejanos olhamos a qualidade sob quatro aspectos: higio-sanitária, esforçamo-nos para garantir que os nossos produtos são seguros; sensorial, empenhamo-nos para que despertem agradavelmente os sentidos; nutricional, criamos produtos com acção posi-tiva sobre o organismo, e conformidade, traba-lhamos para garantir a regularidade dos eleva-dos padrões de qualidade ao longo do tempo”, diz João macias, director de exportação.

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23 // dezembro 2014

SedeVila Nova de São bento (ou Aldeia Nova de São bento), Serpa

Actividadefabrico de produtos à base de carne de suí- no (enchidos, carnes frescas e congeladas)

Início de actividade2009

Número de trabalhadores11

Volume de negócios345,4 mil euros (até Setembro, 346,8 mil euros)

Volume de negócios na exportação58 mil euros (até Setembro, 36.760 euros)

João macias, director de exportação

“é estratéGia da eMPresa continuar a aPosta na internacionalização”// “Os produtos que produzimos são ri-cos em ácido oleico de porco alenteja-no e temos o cuidado de produzir pro-dutos com um baixo teor em sal. Assim, proporcionamos ao consumidor uma melhor percepção das subtilezas de aroma e sabor e contribuímos para o combate à hipertensão arterial.Em Fevereiro deste ano decidimos apostar na comercialização de carne de porco preto fresca e congelada, cons-truímos uma nova câmara para os con-gelados e uma câmara de túnel de con-gelação.Com este investimento dotámos a Pala-dares Alentejanos de equipamento es-

sencial para podermos responder às solicitações dos nossos clientes de porco preto, que hoje em dia tem muita procura, principalmente na restauração e distribuição alimentar.Este tipo de produto tem-nos aberto determinados mercados externos, no-meadamente o da Bélgica e Macau. É estratégia da empresa continuar a aposta na internacionalização, com participações em exposições do sector alimentar, ‘showrooms’, recepções a im-portadores e outras iniciativas com po-tencial para estabelecer negócios”. João maciasdirector de exportação

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24 // dezembro 2014

“durante os últimos anos temos intensificado o controlo do processo produtivo, sendo no-tória a mais-valia atribuída pelo mercado à qualidade dos nossos vinhos”, adianta o di-rector-geral, destacando que “a renovação das vinhas assume-se como o escopo para atingir um crescimento sustentável, maior produtividade e melhor qualidade dos vinhos”.A adega quer, por outro lado, “garantir o maior número de associados no futuro e apostar na reconversão das vinhas. Actualmente con-ta com 420 hectares de vinha reconvertidos e com o apoio à reconversão pretende um re-juvenescimento dos associados, assim como salvaguardar quebras de produção futuras”, conclui José Antas de oliveira.

// A Adega Cooperativa de Ponte da barca, constituída em 1963 e com início de activi-dade datado de 1968, abrange uma zona de produção entre os vales dos rios Lima e Vez, e representa mil associados, sobretudo dos concelhos de Ponte da barca e Arcos de Val-devez.Um dos seus grandes desafios “é a renova-ção da paisagem vinícola como forma de proporcionar um crescimento sustentável da instituição. A região dos Vinhos Verdes carac-teriza-se por ter culturas vinícolas fragmen-tadas, o que se reflecte na dificuldade em controlar o processo desde o crescimento até à entrega da uva, inflacionando o custo de produção”, refere José Antas oliveira, director--geral e enólogo da adega.

reconversão da vinha fundaMental Para Garantir

Melhores néctares

SedeLugar de Agrelos - Ponte da barca

Actividadeprodução e comercialização de Vinhos Verdes e aguardentes

Início de actividade1963

Número de trabalhadores27

Volume de negócios2,5 milhões de euros

Volume de negócios na exportação650 mil euros

GruPo PortuGuês inauGura terceiro Projecto no Brasil

o grupo português Promovalor inaugurou no brasil o Centro de Negócios multiusos Novo mundo empresarial, o terceiro projecto na re-serva do Paiva, o primeiro bairro planeado de Pernambuco, desenvolvido em parceria com a odebrecht realizações Imobiliárias.o projecto global corresponde a um investi-mento de 200 milhões de euros e com a inau-guração do Centro de Negócios fica concluí-da a terceira fase da reserva do Paiva. Antes foram erguidos o condomínio Terraço

Laguna e o Sheraton reserva do Paiva Hotel & Convention Center.“A inauguração destas três obras de grande di-mensão [no espaço de seis meses] marca mais um passo na internacionalização do nosso gru-po”, diz Tiago Vieira, administrador da Promova-lor, considerando que foi “uma aposta acertada, com parceiros de referência, em projectos com uma localização estratégica”. Promovalor dinterior.A reserva do Paiva está “envolvida em recursos naturais ímpares (mar, praia, mangue e mata atlântica), o bairro inclui mais de 150 mil m2 de construção, no Cabo de Santo Agostinho, na área metropolitana do recife; uma localização estratégica, a 30 minutos de recife e a 15 qui-lómetros do Aeroporto Internacional de Gua-rarapes e do Complexo Industrial e Portuário de Suape. José antas oliveira, director-geral e enólogo da adega

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Pouco depois, passou a aproveitar os espa-ços vazios nos tabuleiros, preenchendo-os com pequenos pontos de massa, com um saco de pasteleiro. Aos bolos que daí resul-taram chamou-lhes “cachopos” e, mais tarde, baptizou-os com um nome mais formal e re-conhecível, aquele pelo qual são hoje conhe-cidos: ”beijinhos regionais de Pombal”.Já com a idade avançada, o senhor Ferreira

Beijinhos e cavacas de PoMBaladoçaM o Mercado da saudade

// A história da Confeitaria Vale começa a ‘cozinhar-se’ em 1948, quando o casal Fer-reira se estabeleceu no lugar da Charneca de Pombal. ele, oriundo de Trás-os-montes, e a sua mulher, de nacionalidade Húngara, fugi-da da 2ª Guerra mundial, tinham contraído matrimónio no brasil e regressado entretan-to a Portugal.Na tentativa de montar um negócio próprio,

o senhor Ferreira, comerciante de argolas (hoje conhecidas como cavacas finas, com uma massa diferente das cavacas das Caldas da rainha), pediu ao fornecedor para lhe en-sinar, e à sua mulher, a arte do fabrico desta especialidade. o comerciante deu-lhes o nome de “Cavacas Finas de Pombal” e começou a produzi-las e a vendê-las como forma de sustentar a família.

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SedeLadeira das Leais, Pombal

Actividadealimentar

Início de actividade1997

Número de trabalhadores16

Volume de negócios850 mil euros

Volume de negócios na exportação342 mil euros

“qualidade e seGurança assuMidas coMo eleMentos essenciais”// “A Confeitaria Vale assume a quali-dade e a segurança alimentar como elementos essenciais ao seu funciona-mento, não apenas cumprindo os requi-sitos legais, como outros a que volun-tariamente nos submetemos.Todo o trabalho se rege pela procura da melhoria contínua, assente em rigo-rosos critérios de qualidade e seguran-ça dos produtos e serviços, assim como pela satisfação dos nossos clientes e consumidores, colaboradores e parceiros.

Desde a recepção das matérias-primas até à expedição do produto acabado, todas as fases do processo produtivo são crite-riosamente controladas, com base no Sis-tema de Segurança Alimentar (HACCP). É por isso que efectuamos uma rigorosa selecção de fornecedores, exigindo deles elevados níveis de qualidade e segurança dos produtos e serviços prestados.Em 2002, a Confeitaria Vale viu reconhe-cido o seu empenho de anos na garantia da qualidade e segurança alimentar dos

seus produtos ao obter a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a NP EN ISO 9001 e do Siste-ma HACCP (segundo o Codex Alimen-tarius).Com o intuito de fomentar a confiança e o reconhecimento no mercado, fomos ainda mais longe e, em 2005, fizemos a nossa aposta num factor de diferen-ciação, obtendo a certificação dos bei-jinhos e cavacas.” Helena Vale, sócia-gerente.

entregou o negócio à sua filha, maria Helena Forro Ferreira, casada com João do Vale. mais tarde, mudaram-se para a Ladeira das Leais e fizeram a sua habitação e uma unidade de produção onde hoje continuam a fabricar as cavacas e os beijinhos, seguindo a receita original e ainda de forma artesanal. maria Helena, após o falecimento do marido, criou, em 1997, uma sociedade com as duas filhas (Helena Vale e rute Vale), a que cha-maram “Confeitaria Vale”.em 2006, a empresa decidiu alargar a gama de produtos, mas os tradicionais beijinhos regionais e as cavacas finas continuam a ser as especialidades regionais mais procuradas

e apreciadas, por serem o resultado de recei-tas originais, sem corantes nem conservan-tes, e devido à qualidade das matérias-primas. Na época de Natal, a confeitaria fabrica tam-bém bolo-rei tradicional. A quase totalidade da produção (97%) é exportada para o chama-do “mercado da saudade”, em países como a França, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, bélgi-ca, Canadá, Alemanha e eUA. Hoje, a Confeitaria Vale, reconhecida no mer-cado nacional, está presente desde o peque-no comércio às grandes superfícies, e encon-tra-se em crescente expansão no mercado internacional, com um incremento de 34% nas vendas em 2013 face ao ano anterior.

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Actualmente, é gerida pela sexta geração da família Figueira. Para os actuais gestores, o segredo e a longevidade da Paupério devem--se ao respeito pelo passado e à conserva-ção do saber fazer, sendo compromisso per-manente manter as tradições e os segredos bem guardados. A melhoria das instalações e do parque in-dustrial, a formação dos colaboradores e a implementação de um sistema de controlo da qualidade e higiene e segurança alimen-tar têm, também, contribuído para esse de-siderato. diversidade, qualidade e tradição são três epítetos que se mantêm alheios ao tempo na Paupério. Uma fábrica que marcou e marca a cidade de Valongo, que adoça cá dentro e também lá fora, e acima de tudo é um lega-do de uma família.

Biscoitos de cateGoria há 140 anosadaPtaM-se e ProcuraM novos Mercados

// Não há muitas empresas que se possam gabar de oferecer “produtos de categoria desde 1874”. A Fábrica de biscoitos Paupé-rio é uma delas. Surgiu em meados do sécu-lo XIX, em Valongo, e desde então foi mere-cedora de diversos prémios. A tecnologia utilizada é muito antiga, sendo alguns equi-pamentos autênticas peças de museu. Contu-do, tal não tem impedido de manter a elevada qualidade dos seus produtos, sendo condição essencial a rigorosa selecção de matérias--primas e o respeito escrupuloso das receitas ancestrais.desde os famosos biscoitos de araruta, aos baunilhados, desde os fidalguinhos aos deli-ciosos biscoitos de milho, entre tantos outros, todos podem ser encontrados num dos sorti-dos que a Fábrica de biscoitos Paupério dispõe. os produtos podem ser encontrados nos mais

variados estabelecimentos, nomeadamente em lojas gourmet, lojas de produtos típicos portugueses e mercearias antigas. Foi em 1874 que se constituiu a sociedade comercial “Paupério & Companhia”, tendo como sócios fundadores António de Sousa malta Paupério e Joaquim Carlos Figueira. No princípio a empresa dedicava-se à moagem e comercialização de cereais e ao fabrico de pão. Só mais tarde, no início do século XX, co-meçou a sua especialização no fabrico de bolachas e biscoitos.Passados 140 anos a Paupério continua a conquistar mercados. o retorno às embala-gens vintage, que tanto sucesso fizeram no passado são o êxito do presente. A exporta-ção já não se cinge ao “mercado da saudade”. Países como os eUA, Japão, China, Cabo Verde já são clientes habituais.

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29 // dezembro 2014

SedeValongo

Actividadeindústria alimentar

Início de actividade1874

Número de trabalhadores29

Volume de negócios900 mil euros

Volume de negócios na exportação10%

Hélio rebelo, director executivo

cresciMento no Mercado GourMet e nas exPortações// “A fábrica Paupério tem registado, nos últimos anos, uma taxa considerável de crescimento. Prova disso foi a recente obtenção do estatuto de PMLíder junto do IAPMEI. O crescimento alcançado assenta essencialmente no crescimento do mercado gourmet/mercearia fina em Portugal e na exportação, principalmente no “mercado da saudade” e países asiáticos.Os factores importantes para esse crescimento têm sido essencialmente dois: o primeiro foi claramente a crescente notoriedade da marca, que ainda é reconhe-cida por todos como vintage e sinónimo de qualidade; o segundo foi o grande in-vestimento realizado nos processos de produção que, sem colocar em causa a originalidade e antiguidade das receitas, permitiram aumentar os índices de pro-dutividade e consequentemente a capacidade de resposta da empresa. Para 2015, a Fábrica Paupério prevê realizar mais um grande investimento que, entre outros, contemplará a aquisição de uma linha de produção de biscoitos de massas duras e a introdução de um software de gestão, que, para além de permi-tir um melhor controlo de custos, fará uma gestão mais eficiente da qualidade do produto, e a divulgação e promoção da marca junto de mercados internacionais”. Hélio rebelo, director executivo

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exigente norma de certificação.os produtos minhofumeiro encontram-se na distribuição moderna (híper e supermercados), lojas gourmet, comércio tradicional, restau-rantes e nas cozinhas dos chefes nacionais de renome, com os quais a marca desenvolve par-cerias.está ainda presente em Angola, França, Inglaterra, Luxemburgo e Áustria; foi das primeiras empresas a obter certificação para exportar para a rússia e as suas apos-tas mais recentes são o brasil, Colômbia e Perú.

fuMeiro Guarda tradição de quatro Gerações Para Garantir os Melhores enchidos do Minho

// A minhofumeiro é uma empresa herdeira da tradição de quatro gerações de produto-res de enchidos e carnes fumadas à moda de Ponte de Lima. Inicialmente conhecida como Casa borges, actua no mercado há mais de 20 anos com aquela marca, respeitando os pressupostos produtivos que lhe deram noto-riedade.Ao longo dos anos, a minhofumeiro tem acom-panhado as novas tecnologias e sido pionei-ra no cumprimento das normas da segurança alimentar, embora mantendo-se fiel aos pro-cessos de produção regionais, selecionando

criteriosamente as matérias-primas e ingre-dientes. É das poucas empresas em Portugal que faz as “vinhas d’alho” e as “salmouras” tradicio-nais, à boa maneira antiga, utilizando o vinho verde da região. As cebolas e alhos vêm da produção local do Alto minho. Utiliza flor de sal de Tavira. os produtos são enchidos em tripa natural e atados à mão, sendo fumados com lenha de azinho. em 2005 a empresa obteve a certificação de qualidade ISo 22.000 pela APCer, sendo a primeira do sector, em Portugal, a obter esta

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SedeCorrelhã, Ponte de Lima

Actividadefabricação de produtos à base de carne

Início de actividade1993

Número de trabalhadores28

Volume de negócios1,6 milhões de euros

Volume de negócios na exportação4%

Produzir coM Gostos Pela reGião e Pelos seus Produtos// Com uma visão tradicional a correr--lhe nas veias, o empreendedor Antó-nio Paulino lidera uma equipa de pes-soas “da terra” que partilham os seus valores e o gosto pela região e pelos produtos regionais de Ponte de Lima.Absolutamente convicto do valor das capacidades nacionais e da qualidade dos produtos que lá se fabricam, Antó-nio Paulino é perentório em afirmar que “Portugal tem tão boa ou melhor qua-lidade que o estrangeiro e, acima de tudo, evidencia a tradição portuguesa e enaltece as nossas gentes”. A incorporação nacional nos produtos é, do seu ponto de vista, essencial e permite contribuir para balança comer-

cial do país e, por conseguinte, para a pró-pria economia nacional (incluindo o em-prego da população portuguesa).“Em Portugal, sabemos produzir com qua-lidade, e não em quantidade! Só através da aquisição de produtos nacionais pode-remos contribuir para o equilíbrio da ba-lança comercial do nosso país e para a re-cuperação da nossa economia nacional. Só assim promovemos a nossa agricultu-ra, a nossa indústria e as nossas pessoas!”, adianta António Paulino.O director-geral da empresa sabe que para sobreviver e crescer, é preciso educar o gosto do público para as potencialidades gastronómicas que a variedade de enchi-dos da Minhofumeiro pode oferecer.

“Queremos transmitir às pessoas que o enchido não é para comer como anti-gamente, quando se cortava o chouri-ço em quatro e cada um comia o seu pedaço. Hoje temos que saber transmi-tir como a partir de um chouriço se pode fazer uma entrada, uma omeleta e como em vez de o servir cru o podemos gre-lhar.” Por isso mesmo, as parceiras com chefes de cozinha conceituados, a cri-ação de livros de receitas e a presença em feiras e certames do sector, onde as provas e as degustações são cons-tantes, são apostas a manter e a desen-volver ainda mais pela marca.

antónio paulino, director-geral

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Marca criada Para levar o azeitenacional ao País e a todo o Mundo

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sentadas numa gama de variados produtos. Para além de azeite e óleo alimentar, disponi-biliza também vinagre de vinho e azeitonas.A empresa já tem uma grande experiência em matéria de exportação, em especial para Paí-ses Africanos de Língua oficial Portuguesa (PALoP), brasil, África do Sul, Costa do marfim, Senegal, eUA e Canadá, China, assim como para Luxemburgo, Holanda, França, reino Uni-do e Alemanha.

SedeLisboa

Actividadeprodução de azeites e óleos

Início de actividade1977

Número de trabalhadores35

Volume de negócios18 milhões de euros

Volume de negócios na exportação65%

// Inserida num grupo de empresas portu-guesas, que se dedica à produção e comercia-lização de azeites e óleos alimentares desde 1977, a mirazeite é uma marca criada para operar no mercado interno e externo.“A filosofia da empresa é manter-se fiel à no-bre tradição portuguesa subjacente à feitura do azeite, obtendo assim um produto que se distingue pela sua pureza e qualidade, extraí-do da primeira pressão a frio por processos

de prensagem e filtração, o que garante to-das as suas magníficas propriedades”, expli-ca david bastos, director de exportação.Por outro lado, com a sua “alta tecnologia e mo-dernos métodos de produção tenta garantir a qualidade máxima dos produtos, apostando sempre na melhoria dos serviços prestados, pro-curando a satisfação dos seus clientes”, adianta.A mirazeite comercializa marcas como a “bom dia”, “manjar”, “ouro da Terra” e “Imperial”, apre-

david Bastos, director de exportação

“aGora Mais do que nunca, exPortar é a Palavra de ordeM”// A Mirazeite integra um dos grupos por-tugueses com história no sector da pro-dução e venda de azeite, com unidades em Mirandela, Tomar e Lisboa. “A empresa pauta-se pela tradição, qua-lidade e sabor da nossa terra – tem as suas origens na região de Mirandela – e desde cedo começou o processo de in-ternacionalização em virtude, não só da procura mundial dos produtos portu-gueses, mas também devido à qualida-de dos seus produtos, em especial des-ta região”, refere David Bastos.A marca actua em países como o Brasil, Cabo Verde e EUA, de um total de mais de 25.

“As exportações foram desde sempre periódicas e regulares, em resultado de relações de muitos anos com clientes satisfeitos”, acrescenta o director de ex-portação, adiantando que “agora mais do que nunca, exportar é a palavra de ordem, pois com a economia a precisar de crescer há-que exportar aquilo que produzimos para criar riqueza interna, não só nas vendas, mas também atra-vés da criação de postos de trabalho”. A Mirazeite, que “tem cumprido a sua parte”, vai inaugurar uma nova unidade em 2015, incluída no processo de mo-dernização da marca, que lhe permitirá evoluir no segmento.

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rado. No interior, a textura da fruta é macia, delicada, 100% natural e rica em fibras. o doce sabor da pêra é apresentado num for-mato elegante e requintado. A apresentação reforça o conceito de excelência, lembrando que estamos a lidar com autênticos “lingotes de ouro” e ricos em fibra. Neste segmento há ainda os Lingotes de maçã e Canela”. Por fim, já o “Frutinhas” é um produto direc-cionado para um público juvenil, numa tenta-tiva de substituir as gomas por ursinhos, bo-necos ou corações de fruta 100% naturais. esta gama incentiva o consumo de fruta pelas faixas etárias mais novas, de uma for-ma divertida, saudável e 100% Natural.em todos os produtos, o único componente retirado foi a água. e menos água, equivale a mais sabor. Seja por isso em maçã ou pêra rocha, nas diversas formas e texturas, as Frutaformas são produtos inovadores, dis-tintos e de cunho tradicional.

frutas do oeste desidratadasGanhaM novas forMas e saBores

// o projecto Frutaformas começou ‘oficial-mente’ em outubro de 2012, pois a ideia como “produto e marca” nasceu muito tem-po antes. esse tempo serviu, à semelhança de um fruto na árvore antes de ser colhido, para crescer, ganhar forma e sabor.entre melhoramentos nos processos de fa-brico, registar as marcas, criar as embalagens apelativas, as iterações e os contactos para possíveis mercados, passaram anos até pôr de pé este projeto, mas sempre com um ob-jetivo muito concreto: obter frutas desidra-tadas de excelência em sabor, com a grande riqueza nutritiva e com a melhor apresenta-ção possível. em resultado nasceram “produtos únicos e criativos, que juntam a tradição ao requinte, e que reinventam a fruta portuguesa como um alimento, divertido, saboroso e saudável”, segundo a própria marca.Atualmente os produtos Frutaformas subdi-

videm-se em três gamas (Gourmet, Healthy e Corporate). distinguem-se principalmente pelo tipo de embalagem, sendo que dentro dessa subdivisão os produtos variam em texturas, formas e sabores. em entrevista à Veja Portugal, João Azevedro, sócio-gerente da Azevagro, revela que a empresa quer apostar na exportação.

quais as gamas de produtos Frutaformas? o que as diferencia?Como texturas inovadoras, destaco a Croca maçã. Aqui fatiamos as melhores maças do oeste e, na ausência de qualquer aditivo ou conservante, impusemos uma crocância re-pleta de sabor, que surpreende pela sua tex-tura estaladiça e divertida. Já com outro tipo de apresentação, destaca-mos os “Lingotes de Pera rocha”. estes apre-sentam-se em barras com pedaços de pêra rocha desidratada, envolvidos em papel dou-

João azevedrosócio-gerente da Azevagro

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SedeVilar, Cadaval

Actividadesecagem e desidratação de frutos e de produtos hortícolas

Início de actividade1995

Número de trabalhadores6

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

qual tem mais aceitação?os produtos que referi anteriormente são os que têm melhor aceitação pelo consumidor e vão também ao encontro do reconhecimento dos especialistas, pois foram distinguidos com um “Nutrition awards” (1ª menção hon-rosa – produto inovação).

estar na região oeste é uma vantagem para a Frutaformas?esta região é conhecida e valorizada pela sua fruta de qualidade. Assim a proximidade com a matéria de prima de excelência faz que a marca consiga os melhores produtos, minimizando os custos de fornecimento. Paralelamente, quisemos reforçar que há es-paço para muita criatividade na fruta nacio-

nal, potenciando o que do melhor se produz localmente, ao dar às frutas um novo con-ceito. Neste caso, damos uma nova forma à fruta.

e têm também uma preocupação com a saúde?Tal como a fruta fresca, a desidratada apre-senta-se como um alimento muito nutritivo, com um baixo teor em gorduras e bastante rico em fibras. a embalagem é um trunfo. porquê este formato?Por estarmos certos da qualidade dos nos produtos, apostamos num conceito ‘premium’ e para isso é fundamental a apresentação e a embalagem em consonância. em paralelo,

e no caso das latas, sentimos ainda que há um conceito de reciclagem associado, pois pode ser usada em futuras situações.

quais são as perspectivas da marca e projetos para 2015?exportação. Sem dúvida que a exportação é um caminho que desejamos consolidar. A fru-ta da região oeste de Portugal é já bastante reputada no estrangeiro pelo seu sabor dis-tinto. estamos convictos que a criatividade e segmentação nos mercados ‘premium’ refor-çam a nossa ambição de iniciarmos o caminho da exportação. A gama de produtos Fruta-formas apresenta um sabor único e distinto, capaz de surpreender os seus consumidores mais exigentes nos quatro cantos do mundo.

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// Com origem nas tradições vividas desde a infância pelos seus fundadores, a desidrata surgiu com o intuito de garantir o verdadeiro sabor da fruta de forma cómoda, prática e saudável. directamente do oeste de Portugal, zona de excelência do sector hortofrutícola, a marca entrou no mercado com o objectivo de, atra-vés de um processo de desidratação mais natural, obter as texturas e sabores originais dos frutos, tal como na tradicional secagem ao sol.“Garantir a qualidade e o saber que nos foi transmitido durante tantos anos de experi-ência no sector foi, desde o início, a nossa preocupação. Nesse sentido, procurámos re-flectir esse cuidado também na imagem e

secaGeM coMo a tradicional ao sol Garante características dos Produtos desidratados

design de embalagem, que procura traduzir a filosofia naturalista, objectiva e moderna tendo simultaneamente presente as raízes tradicionais em que se baseou”, explica San-dra Almeida sócia-gerente da GreenAgri.A prova da qualidade do portefólio da marca tem vindo a confirmar-se no alargamento da linha de produtos que, para além de novos fru-tos e das recentes edições chocolate negro e canela, engloba agora também os legumes.os produtos desidrata - com vários cortes, redução a farinha, embalados, a granel ou de proveniência biológica - são um mundo de so-luções para os diferentes mercados. Para além da multiplicidade de usos, desde a des-pensa das nossas casas à alta cozinha, o mé-todo tem como vantagens o aumento da

vida útil dos produtos 100% naturais, a como-didade, a redução de custos de logística, e a garantia de serem livres de adição de açúca-res, corantes e conservantes. “Além de tudo o resto, a vontade de criar uma resposta para as distintas necessidades dos nossos clientes, procurando permanentemen-te adaptar o produto aos objectivos preten-didos, é o que mais nos tem distinguido num mercado que cresce a uma velocidade galo-pante”, diz Sandra Almeida.Procurando que a diferenciação e inovação sejam uma constante, a abertura a outros sub-produtos e segmentos do mercado está tam-bém a ser estudada, pelo que “o próximo ano vai trazer muitas novidades, a acrescentar a um investimento na comunicação da marca”.

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João duarte e sandra almeida, sócios-gerentes

SedeCaldas da rainha

Actividadefrutas e legumes desidratados

Início de actividade2013

Número de trabalhadores2

Volume de negócios35 mil euros (estimativa 2014)

Volume de negócios na exportaçãon.d.

exPortação coMeça Pelo Mercado euroPeu Mas visa outros destinos// “Contrariamente à grande oferta no mercado nacional de produtos de-sidratados, de textura crocante, a Desidrata decidiu apostar numa ga-ma que oferece ao consumidor as texturas e sabores originais de cada um dos frutos.O processo de desidratação consiste apenas na retirada de grande parte da água através da evaporação, a temperaturas controladas, de forma a que os açúcares naturais de cada fruto não caramelizem, permitindo um sabor semelhante ao do produto em fresco. Este processamento tem uma presença muito mais forte no mercado exterior, que reconhece as suas qualidades e benefícios, e onde estamos a apostar.Apesar de já termos iniciado o traba-lho junto do mercado europeu, ou-tros países estão em estudo devido à mais-valia que o produto oferece em relação à conservação e trans-porte, dado que em muitos países existe ainda um grande défice na lo-gística das cadeias de frio para pro-dutos frescos ou refrigerados.Em suma, trabalhamos de forma a estar em concordância com as neces-sidades dos consumidores, seguindo os nossos padrões de qualidade e procurando sempre trazer inovação e produtos com uma qualidade dife-renciadora”. - Sandra Almeida sócia-ge-rente da GreenAgri/desidrata

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notícias

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consultora Prestaserviços eM anGola

A empresa de consultadoria em comunicação midlandcom, que assinalou em novembro 10 anos de actividade, considera ter completa-do a década com “uma carteira de clientes consolidada e abrangência nacional”, apostan-do agora no mercado internacional. A marca portuguesa começou a trabalhar em Angola em 2013, através de uma parceria com a agên-cia local Capital Consultores de Comunicação.“esta foi uma aposta estratégica importante, que nos levou a reformular a organização da empresa, com a criação de um “desk” que tra-balha as questões de Angola no âmbito da assessoria mediática e produção de conteú-dos”, refere António José Laranjeira, director--geral da midlandcom.

// A marca Churrasqueiras rei dos Frangos, fundada em 1989 em Leiria, é hoje uma refe-rência no sector da restauração em Portugal e do modelo “take-away” em particular. A empresa tem 19 churrasqueiras e três restau-rantes em Portugal e duas churrasqueiras e um restaurante com a marca Frangus em madrid, que se notabilizam pelos seus grelhados na bra-sa e oferta de pratos tradicionais portugueses.A procura constante de soluções inovadoras de qualidade levou a empresa a avançar em

2009 para um projecto de refeições-prontas congeladas, destacando-se o frango assado na brasa congelado, comercializado com mo-lho picante ou de limão.A exportação da sua gama de produtos conge-lados iniciou-se em 2010. Neste momento, a empresa exporta para o reino Unido, França, bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Suí-ça, espanha e Ilhas do Canal, estando a prepa-rar também a entrada em outros mercados, como o polaco.

churrasqueira Mais faMosa de leiria exPorta os seus Produtos conGelados

líder das Gráficasvende 45% lá fora

A Grafopel, uma empresa portuguesa que lidera o mercado nacional das gráficas, já exporta mais de 45% do valor da facturação, apresentando-se os continentes africano e asiático como os seus principais mercados.“Crescer de modo sustentado é um dos nos-sos valores e, apesar da conjuntura nacional, este foi um ano em que voltamos a investir”, refere Paulo monteiro, presidente executivo da empresa, com sede em matosinhos.Um dos investimentos resultou na aquisição de um armazém com 1.200 m2, devido à fal-ta de espaço nas instalações em matosinhos, estando ainda em perspectiva a possibilida-de de efectuar outro negócio do género.A Grafopel é uma empresa familiar de equipamento gráfico, com 60% da quota de mercado nacional – pré-impressão, impres-são, acabamento e consumíveis são as suas quatro grandes áreas de actuação – , que im-porta equipamento para a indústria gráfica nacional, representando as principais marcas internacionais.A empresa, fundada em 1964, tem 50 colaboradores e instalações em Perafita, matosinhos, e na Abrunheira, Sintra.

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“durante o nosso percurso, a evolução, inova-ção tecnológica e a busca de novos produtos têm sido constantes, acompanhando as novas tendências do mercado nacional e internacio-nal; certos da melhor apreciação por parte dos consumidores cada vez mais exigentes”, afirma dina bastos, directora de exportação.A empresa constituiu, entretanto, a Tremocei-ra Trading, uma área de negócio cujo objecti-vo é “acompanhar a necessidade por parte do cliente em adquirir e consolidar produtos ali-mentares de marcas portuguesas, marcas que levam o nosso Portugal mais além”, expli-ca dina bastos.

azeitona e treMoço PortuGuesesandaM na Boca de Meio Mundo

// A Tremoceira nasceu em 1966 pelas mãos de António bastos e da mulher, Catarina bas-tos, como uma rede de lojas que se dedicava ao comércio de sementes, plantas decorati-vas, produtos para a agricultura, alimentos e diversos produtos para animais de companhia, rações para animais de abate, frutos secos, aperitivos, azeitonas e tremoços.A incessante procura pelos seus fundadores de sabores distintos e selectos levou-os mais tarde à criação de uma pequena unidade fa-bril dedicada à torrefação de amendoim, pe-vide, caju e pistacho e ao tratamento de azei-tona de mesa e tremoço.

No início, a unidade de produção apenas traba-lhava para a rede de lojas “A Tremoceira”, na Cova da Piedade, Feijó, barreiro e Penalva, mas ao longo dos anos foi-se demarcando do mer-cado concorrencial, pela “qualidade e prestígio com que tem presenteado os seus clientes”. em 1988 iniciou o processo de exportação para os eUA, Canadá, Suíça e hoje a empresa está presente em 20 países - em mercados europeus, PALoP, Américas, Austrália, África do Sul, dubai - com as marcas Tremoceira, ri-queza da beira e duolival, distinguindo-se pela “qualidade de paladar único em azeitona de mesa e tremoço”.

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SedeCharneca de Caparica

Actividadeprodução de azeitonas, tremoços, pickles e condimentos

Início de actividade1966

Número de trabalhadores22

Volume de negócios4 milhões de euros

Volume de negócios na exportação50%

as vantaGens do saBer fazer e da exPeriência// “O sucesso da nossa empresa deve--se ao facto de se manter fiel às origens. Somos uma marca com vínculo familiar - hoje quem leva o leme são os nossos filhos, David e Dina Bastos, que sem-pre defenderam a exportação como o caminho a seguir. Produzimos com qualidade, acima de tu-do, e tentamos dar sempre o melhor de nós para que os clientes lá fora se sin-

tam apoiados. Temos mais valias como a experiência e o saber fazer, conhecemos o nosso negócio como poucos, e isso é uma vantagem em relação à concorrência.Temos aumentado as vendas e a consoli-dado os mercados. Além da área produti-va, temos também a trading, com a qual procuramos ir ao encontro das necessida-des dos nossos parceiros, o que produz uma confiança mútua e traduz-se no aumento

das vendas.Estamos em mais 20 países, nalguns há mais de duas décadas e acreditamos nas relações solidas e duradouras – e faze-mos tudo o que estiver ao nosso alcan-ce para que continue a ser assim. Aguardamos 2015 com muita expecta-tiva e optimismo”.Catarina bastos, sócia-fundadora

catarina Bastos, sócia-fundadoradina Bastos, directora de exportação

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// “Apesar da sua curta história, a Algaplus conta já com alguns momentos marcantes para o seu desenvolvimento. os mais recen-tes e que importa destacar são a aprovação da certificação biológica para as algas produ-zidas e o recente acordo comercial com um importante cliente francês. o primeiro feito abre portas a canais de comer-cialização exclusivos para produtos com esse tipo de certificação. o segundo é uma prova de qualidade dos nossos produtos, tendo em conta que o mercado francês, o mais impor-

tante a nível europeu, tem um elevado grau de exigência e dá usualmente preferência a produto originário de recolha nas praias. Finalmente, importa destacar o lançamento para muito breve de uma terceira variedade de alga, a erva-patinha ou Nori-Atlântico. esta alga, equivalente na europa à alga Nori usada no Sushi, é uma das mais populares entre os consumidores dos países ocidentais e a Algaplus será a primeira empresa europeia a produzi-la à escala comercial”. - rui Gonçal-ves Pereira, director da Algaplus.

PortuGuesa é a PriMeira a ProduziruMa alGa ‘esPecial’ à escala euroPeia

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acadeMia e ciência liGadas à econoMia

SedeCIemar Ílhavo, incubadora de empresas da região de Aveiro

Actividadeaquacultura

Início de actividade2012

Número de trabalhadores6

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

// Fundada em 2011, a Algaplus é uma empresa portuguesa que resulta da trans-ferência do conhecimento académico e científico para uma atividade económica. Centrada nas necessidades da sociedade moderna, tanto em termos de consumo como de exploração responsável dos recursos naturais, a principal área de negó-cio é a produção e comercialização de macroalgas marinhas e seus derivados. Estas macroalgas e derivados destinam-se aos mercados alimentar e de bem--estar e podem ser usadas como ingrediente ou para consumo direto. O foco da marca são as empresas da indústrias alimentar, rações e cosmética que integrem macroalgas nos seus processos produtivos para valorização dos produ-tos. Com a marca “Tok de Mar” dirige a sua oferta de produtos alimentares à base de algas, desenvolvidos pela empresa ou em parceria, ao cliente particular e que podem ser encontrados em lojas de especialidade.Exerce a atividade de produção em Ílhavo, em parceria com uma piscicultura local e o seu controlo engloba todas as fases do processo de produção de biomassa, que incluem lavagem, secagem a baixa temperatura e moagem (redução a flocos de diferentes dimensões e farinha).Atualmente, exporta as suas algas a granel para França e Austrália (através da marca Algaplus) e os produtos Tok de Mar estão à venda em países como Reino Unido, Suíça e Polónia.Hoje, já retira 300 a 400 quilos de algas desidratadas por mês, que crescem nos 200 metros quadrados de tanques usados pela empresa.Só em 2010 foram produzidas 20 milhões de toneladas de algas secas em todo o mundo: 99% teve como destino a indústria alimentar, legumes, batatas fritas, gelificantes, caramelizantes, texturantes ou espessantes. Só ano ano passado, a Europa ganhou 250 novos produtos com algas.

rui Gonçalves pereira, director da Algaplus

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vinhos PortuGueses não PáraM de conquistar Mercado na china

// As exportações de vinhos portugueses para a China ultrapassaram, no ano passado, os 11 milhões de euros, um valor que repre-senta 15 vezes mais as vendas de 2006. o potencial que este mercado oferece e as boas perspectivas de crescimento motivaram Luís Castro a investir no país, celebrando um acor-do exclusivo entre a Tastingnote e um impor-tador local. A empresa nasceu há três anos em resulta-

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SedeSanto Amaro de oeiras

Actividadeconsultadoria, seleção e conservação de vinhos

Início de actividade2012

Número de trabalhadores2 e prestadores de serviços

Volume de negócios300 mil euros

Volume de negócios na exportação80%

comercial. Para além de uma maior aproxima-ção ao mercado chinês, esta parceria estraté-gica é uma garantia para os nossos forne-cedores, que vêem os seus produtos bem posicionados e cada vez mais procurados nos mercados externos”, explica Luís Castro.dispondo de mais de 75% dos contactos dos produtores vínicos portugueses, e “através de uma selecção criteriosa de produtos”, a marca apresenta um portefólio de exporta-ção “completo e variado, capaz de satisfazer diferentes perfis de consumidor e adaptar-se a diversos mercados”, refere Luís Castro.o portefólio inclui produtores como a Sogra-pe, Caves Aliança, C. da Silva, ervideira, rui roboredo madeira e das mais emblemáticas adegas cooperativas nacionais.As boas perspectivas – estima-se que em 2015 a China seja já um dos maiores consu-midores mundiais de vinho – justificaram o forte investimento e o acompanhamento ‘in loco’ por parte da equipa da Tastingnote, en-globando o recrutamento e formação dos co-laboradores do importador chinês sobre os vinhos portugueses. A marca pretende agora levar o seu portefó-lio a diversos mercados africanos, América do Norte e médio oriente.

do do ‘know how’ adquirido pelo empresário em mais de 15 anos a trabalhar no mundo dos vinhos. Inicialmente, tinha como ‘core busi-ness’ a prestação de serviços de consultado-ria no mercado nacional e comercialização de vinhos, mas cedo estendeu a sua actuação aos mercados de exportação. “Actualmente, é uma empresa de referência no mercado chinês, onde granjeia já um reco-nhecido trabalho, iniciado em Abril com a assinatura de um contrato exclusivo com um parceiro chinês, que lhe permitiu a colocação neste mercado de 100 mil garrafas”, diz Luís Castro, administrador da empresa.A complexidade do mercado chinês, tanto pela sua especificidade, como pela diferença de métodos e processos de comercialização, aliada aos elevados procedimentos aduanei-ros, podem surgir com um forte entrave à ex-portação.o acordo assinado entre a Tastingnote e o seu parceiro chinês garante a entrada e co-mercialização exclusiva dos vinhos portugue-ses em canais de distribuição privilegiados, e uma aproximação estratégica aos consumi-dores chineses, cada vez mais receptivos aos vinhos lusos.“A celebração deste contrato foi, sem dúvida, um marco importante na nossa estratégia

Luís castro, administrador da empresa

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licores à Procura de destinos Pouco haBituais Para as eMPresas nacionais

Hugo monteiroadministrador dos Licores Xarão

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// A Xarão - Companhia Portuguesa de Lico-res foi fundada em 1982 como empresa fa-miliar. Na altura, o volume de produção era extremamente baixo e trabalhava exclusiva-mente o mercado português. mas, ao longo dos anos, foi crescendo e modernizando-se, aumentando a oferta de produtos nos merca-dos nacional e internacional. Na ano de 2004, a empresa passou para as mãos de segunda geração da família, que “com espírito empreendedor e dinâmica de trabalho, promoveu o aumento da sua capa-cidade física e organizacional”, refere a pró-pria marca.

em 2009, devido ao aumento das vendas, foram ocupadas novas instalações, “equipa-das com consciência ecológica”, e passaram a ser trabalhados novos mercados. Actualmente, a Xarão encontra-se presente no continente europeu, africano, asiático e americano, trabalhando em 15 mercados in-ternacionais, devendo as exportações repre-sentar em 2016 40% do volume total de facturação.Com 30 anos de actividade, a empresa co-mercializa 42 referências, entre destilados, licores e xaropes, sendo líder de mercado em alguns deles, e assume como principais cli-

SedeCampo, Valongo

Actividadeprodução e comercialização de licores, destilados e xaropes

Início de actividade1982

Número de trabalhadores30

Volume de negócios1,8 milhões de euros

Volume de negócios na exportação30%

KizoMBa é noMe de licor de sucesso// “A Xarão tem estado a trabalhar maio-ritariamente na exportação, criando uma carteira de clientes e parceiros lo-cais que apoiem a implantação dos seus produtos. O desafio é chegar a merca-dos habitualmente pouco trabalhados pelos portugueses, como o Vietname ou a Roménia, mas também aumentar a taxa de penetração nos mercados onde já tínhamos operações. No ano passado abrimos caminho na Ásia com a amêndoa amarga, muito bem recebida pelos consumidores, desenca-deando as primeiras encomendas. Este ano o nosso produto ‘premium’ foi o Licor Kizomba, feito à base de frutos tropicais e com uma sabor doce muito, solicitado em vários territórios. Em Por-tugal o produto acabou de entrar na cadeia de hipermercados Intermarché e por isso temos agora mais de 230 pontos de venda directos ao público.Para além da qualidade dos nossos

produtos, defendemos outros valores de enorme importância como a inte-gração social no meio em que esta-mos inseridos e a promoção da nossa região.Portanto os desafios que se impõem para o futuro é aumentar a fatia da ex-portação e alargar a procura do Licor Kizomba dentro e fora de portas.A Xarão está certificada pela SGS ICS, entidade a quem compete a atribuição de certificações, com a norma interna-cional ISO 22000, uma das mais impor-tantes na área da higiene e segurança alimentar, com elevada reputação a ní-vel internacional. Com a atribuição deste certificado, tornou-se pioneira no sector. Este ano ganhou ainda o es-tatuto de PME Líder, estando a trabalhar para alcançar a meta de PME Exce-lência”. Hugo monteiro, administrador dos Licores Xarão

entes as grandes cadeias de hipermercados e os representantes de bebidas que traba-lham directamente com a restauração, sobre-tudo hotéis e bares.

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contribuiu indubitavelmente para certificar o seu sucesso e conquistar os mercado nacio-nal e internacional.“o nosso mobiliário é feito de componen-tes de alta qualidade e baseado na nossa atenção pela funcionalidade e design. Para tal, trabalhamos com uma equipa de pro-fissionais habilitados nas áreas do mobi-liário e decoração”, refere a empresa, no seu site, adiantando que o seu mobiliário “pode ser personalizado, para que o cliente obtenha exactamente a solução que pre-tende”.

MoBiliário de desiGn irreverentecriado de ProPósito Para exPortar

// A Prime design é uma marca pertencente ao Grupo móveis Jota barbosa, criada em 2012 especificamente para a exportação de mobiliário de interiores.dedicada à concepção, desenvolvimento e produção própria, “distingue-se no mercado pelo design irreverente e pela utilização de matérias primas e acabamentos que corres-pondem aos mais altos padrões de qualida-de e funcionalidade”, segundo a própria em-presa.Apesar da sua “juventude”, a marca faz-se representar no mercado internacional atra-

vés de agentes e profissionais espalhados por países da europa, África e médio oriente, aos quais foi possível chegar através da pre-sença em feiras e eventos nacionais e inter-nacionais (como a 100% design, em Londres), aliada a uma simples mas bem estruturada comunicação.Tudo isto se deve à experiência adquirida pelo grupo no sector do retalho, ao longo dos últimos 35 anos.A empresa Jota barbosa associa a criativida-de, glamour, funcionalidade, qualidade e a inovação: uma combinação de factores que

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SedeArroteias, Frazão, Paços de Ferreira

Actividademobiliário e decoração de interiores

Início de actividademarço de 2012

Número de trabalhadores25

Volume de negócios260 mil euros (Prime design)

Volume de negócios na exportação250 mil euros (Prime design)

Marca Para liGar culturasestilos, eMoções e exPeriências// “A Prime Design é o fruto de um pro-jecto desenvolvido como resposta a uma necessidade por nós detectada no sector, mas também é o fruto da von-tade de criar uma marca própria.Aliado à experiência e conhecimento do mercado e fruto dos bons resultados por nós alcançados, eis que surge um novo desafio para o grupo, com um grau de exigência superior, a criação de uma marca no sector do mobiliário e decora-ção de alta gama (luxo), caracterizada pela oferta global para os interiores (mobiliário, iluminação, tapeçarias, rou-pa de cama, roupa de casa de banho, estofos).A Stylish Club (www.stylishclub.pt) é a marca a apresentar em Janeiro de 2015, numa das maiores feiras internacio-nais, com o objectivo de a médio-longo prazo se tornar numa referência do sector.É um conceito de ‘global brand’ para

interiores, que pretende a interligação de culturas, estilos, emoções, sensa-ções e experiências através de cada ambiente, de cada produto e de cada detalhe. Inspirada num ‘club concept’, não se prende apenas com um estilo, dedicando-se à conjugação do prazer estético e à funcionalidade, utilizando para tal efeito os materiais nobres e os acabamentos requintados. O conceito pretende criar uma nova fi-losofia de ‘lifestyle’ que integra o luxo e a qualidade.A empresa que sustenta estas marcas, a Made To Last, surgiu em 2012 com um novo conceito e serviço, que dá res-postas às necessidades actuais do mer-cado. Está englobada no Grupo Jota Barbosa, que detém uma posição con-solidada no mercado nacional e uma experiência alargada na distribuição para mais de 30 países”. Samuel Santiago, diretor de marca

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Marcenaria e carPintaria ProcuraMno estranGeiro solução Para a crise

// A Pedrosa e Filhos é uma empresa que actua no sector da madeira e mobiliário, com destaque para os segmentos da marcenaria e carpintaria. Há mais de 35 anos no merca-do nacional e internacional, assegura a con-cepção, fabricação, acabamento e montagem do mobiliário.A empresa é o resultado de um projeto fami-liar iniciado por José Pedrosa, o seu fundador. de visão empreendedora, procurou criar uma unidade que transmitisse o máximo de trans-parência aos seus clientes, fornecedores, in-vestidores e parceiros.“A qualidade e excelência dos serviços de ex-ploração e aproveitamento de madeira, sus-tentado pela mais alta tecnologia e compe-tência são factores determinantes para o

crescimento da empresa e sempre foram o foco principal do fundador, gerentes e todos os colaboradores”, afirma o gerente Filipe Quinta.A contribuição da Pedrosa e Filhos, desde 1978, para “o crescimento e bem estar social do país, através dos bons princípios da actua-ção nas áreas da responsabilidade social e ambiental, tal como a exigência na qualidade e inovação, e a satisfação dos clientes”, são outros valores transmitidos pela empresa.Actualmente, tem como objetivos alcançar o reconhecimento nacional, como marca líder de mercado, de inovação e estética actual, e aumentar os volumes de facturação e de exportação.Com um volume de exportação a rondar os

17% (valor de Janeiro a Agosto de 2014), a Pedrosa e Filhos está presente em cinco países - Angola, França, Suíça, moçambique e, mais recentemente, bélgica, com mobiliá-rio de exterior fabricado pela primeira vez na empresa. “este negócio foi muito bem sucedido, pois neste momento a empresa encontra--se em negociações para a constituição de uma parceria, que poderá ajudar ainda mais a progressão e expansão da empre-sa internacionalmente”, adianta Filipe Quinta.A empresa tem como objetivos aumentar o volume de exportação e atingir novos mer-cados como o Luxemburgo, Alemanha, Fin-lândia e dubai.

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“crise oBriGou a investir no MarKetinG e nas exPortações”// “Devido à quebra no sector da construção, a empresa teve de ajustar-se às ne-cessidades do mercado.Com mais de 35 anos, nunca precisou de montar uma re-de comercial, pois a qualidade e o rigor do nosso trabalho eram suficientes para que as vendas aumentassem.No entanto, nos últimos anos, começou a ter maior preocupação com a área co-mercial e de marketing, e investiu ainda mais na exportação, pois maiores dificul-dades começaram a surgir devido à crise que se tem sentido no país.A exportação começou a desenvolver-se de forma simples, devido aos nossos emi-grantes, e evoluiu facilmente por causa do bom nome da empresa. Consequente-mente, as encomendas foram aumentando.Nesta fase pretendemos estabelecer-nos com nome próprio em novos mercados como Dubai e Finlândia entre outros, e reafirmar o nome nos países para onde já exportamos, como França e Suíça. Para tal, estamos a criar novas linhas de pro-dutos, promovendo parcerias nos países de venda, como já é o caso da Bélgica. A gerência tem plena noção das dificuldades dos próximos anos, mas acredita que só desta forma a Pedrosa e Filhos conseguirá atingir o sucesso e os seus ob-jetivos”. Filipe Quinta, gerente

Sedebajouca, Leiria

Actividademarcenaria e carpintaria

Início de actividade1978

Número de trabalhadores18

Volume de negócios334 mil euros (Janeiro a Agosto)

Volume de negócios na exportação55 mil euros (Janeiro a Agosto)

Filipe quinta, gerente

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tos totalmente de raiz. Toda a informação recebida é direccionada para a nossa equipa de design, que fica responsável por apresen-tar as melhores propostas ao cliente. Cada projecto é único e merece a nossa especial atenção. Quase sempre o feedback do clien-te é positivo e o resultado final bastante satisfatório“, assegura Nuno Castro.Hoje, a Castro Lighting assume-se com uma “personalidade forte e com carácter inova-dor, que cria e produz candeeiros de luxo 100% portugueses, concebidos por uma equipa de profissionais atentos às novas ten-dências de mercado, capazes de apresentar as melhores soluções de iluminação para os projectos mais exigentes”.

iluMinação de luxo conquista MercadoscoM aPosta forte na qualidade e desiGn

// “Glamour, design, qualidade e luxo, são as principais características da iluminação da Castro Lighting”, como afirma a própria marca com sede em Gondomar. A empresa cria e fa-brica candeeiros “imponentes, capazes de despertar a atenção dos olhares mais aten-tos” da iluminação e decoração de todo o mundo. “A nossa marca é conhecida essenci-almente pela qualidade do seu produto e pelo estilo clássico intemporal, onde predominam a beleza e a imponência dos lustres de cris-tal. Peças requintadas que podem ser vistas nos mais luxuosos espaços, distribuídos à escala global”, afirma Nuno Castro, director comercial da empresa.Com mais de 65 funcionários, a marca consi-

dera que o cuidado extremo em cada deta-lhe do produto é um dos principais factores do sucesso da marca. “Todo o produto é tra-balhado manualmente com matérias-primas de excelência e por artesãos experientes. Cada candeeiro é inspeccionado ao mais ínfi-mo pormenor antes de sair da fábrica. desta forma, garantimos que a mercadoria chega ao destino em excelente estado e, com isso, asseguramos a satisfação do nosso cliente, objectivo primordial da marca”, adianta.É também nos projectos especiais que a mar-ca vê uma grande oportunidade. “É com fre-quência que somos contactados por grandes decoradores e profissionais da área de ilumi-nação e decoração, para fabricarmos projec-

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SedeFânzeres

Actividadecriação e produção de iluminação interior decorativa. Projectos especiais elaborados à medida do cliente

Início de actividade1978

Número de trabalhadores65

Volume de negócios2,5 milhões de euros

Volume de negócios na exportação90%

investiMentos Para Melhor resPonder às exiGências// “Após aquele período apelidado de “crise”, que a empresa ultrapassou gra-ças a uma gestão responsável e expe-riente, a marca Castro Lighting tem vindo a crescer de uma forma que tor-nou inevitável o aumento das suas ins-talações. Neste ano de 2014, sentiu-se obrigada a duplicar a área de produção, contando agora com 2500 m2. Foi tam-bém feito um investimento no que res-

peita ao parque de máquinas, nomeada-mente numa nova secção de lacagem com 150m2. Este investimento deve-se à cres-cente exigência nos standards de qua-lidade por parte dos clientes que se dis-põem a pagar o valor justo de um produto diferenciado e de alta qualidade. Para acompanhar o crescimento da marca, foi ainda necessário o recrutamento de mais recursos humanos, nomeadamente de-

signers, marketeers e artesãos qualifi-cados.“Os investimentos de 2014 reflectem--se num aumento da produtividade, cujos resultados se farão sentir com maior ênfase no ano de 2015, ano em que a marca tem como objectivo os três milhões de euros em vendas”. Nuno Castro, director comercial da empresa

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calcários da serra de aire e candeeiros à conquista

dos Mercados internacionais

ental e de recuperação Paisagística, que está “a ser implementado, com áreas já recupera-das, incluindo a previsão das medidas a apli-car aquando da cessação de exploração”.o plano “destina-se à pedreira e à sua envol-vente e visa prever e garantir que as áreas são cuidadas de forma a permanecerem o mais na-tural e ecologicamente equilibradas possível durante a exploração e no seu final”, adianta.A sua principal pedreira está inserida no Par-que Natural da Serra de Aire e Candeeiros, uma zona protegida onde a exploração de pedra sempre foi praticada e que anima so-cial e economicamente uma grande região. A empresa “procura satisfazer de forma mu-tuamente vantajosa as necessidades dos clientes, através da qualidade e profissiona-lismo dos seus produtos e serviços, contado com com uma vasta experiência, equipamen-to moderno e eficiente, e o mais importante: atendimento personalizado”, refere o admi-nistrador.

// o centro extrativo da serra de Aire, o nú-cleo dos calcários portugueses, é o espaço onde a AlberStone possui as pedreiras pró-prias e se dedica à atividade de extração, pro-dução e comercialização de agregados calcá-rios desde 2009.embora seja uma empresa jovem, “prova a cada ano que o sucesso não conhece barrei-ras quando a dedicação, o esforço e o com-promisso caminham de mãos dadas”, refere Albertino Simão, fundador e administrador da empresa, que começou aos 14 anos a tra-balhar na pedra.Para a marca que fundou passados 20 anos, que opera em duas pedreiras, uma em parce-ria com outra empresa, perspectiva um cres-cimento de “50% durante cinco anos”, com o mercado chinês como um dos seus alvos.“A AlberStone trabalha com grande respeito pela natureza, cumprindo todas as normas e boas práticas ambientais”, refere Albertino Simão, dando como exemplo o Plano Ambi-

SedeAlcanede

Actividadeextracção de calcário e cré

Início de actividade2009

Número de trabalhadores8

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

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nha, Alemanha, moçambique, Angola, França, Itália e Luxemburgo.do seu portefólio fazem parte emblemáticos projetos nacionais e internacionais, como o pavimento exterior da Casa da musica, no Porto, e a “Lollipop”, uma peça desenvolvida pela Granifinas para a vencedora de um con-curso nacional de design.Como alavanca do grupo para os próximos anos, a empresa conta com a promoção e a materialização dos projetos das marcas recen-temente criadas, a Graniwood e Granihouse, tendo em vista o desenvolvimento de solu-ções modulares em madeira (incluindo todo o tipo de trabalhos de carpintaria) e em grani-to (casas modulares pré-fabricadas com gra-nito e madeira).

Granitos de Ponte de liMa aPostaMnos Países da euroPa e de áfrica

// o grupo Granifinas dedica-se à exploração de pedreiras. A sua origem remonta a 1992, a uma pequena unidade industrial situada em Arcozelo e dedica-se desde então à ex-tração e transformação de granitos, explo-rando o denominado “granito de Ponte de Li-ma”, conhecido pela sua cor amarela e cinza.Consolidando a sua posição no mercado, o grupo foi crescendo e inovando. Ampliou as instalações e equipou-as com a mais moder-na tecnologia para dar resposta às solicita-ções do mercado. Neste contexto, o grupo criou uma nova empresa, a Gravalima, para aproveitar as sinergias entretanto geradas e poder ofe-recer um conjunto mais amplo de produtos e serviços, levando as empresas do grupo à

distinção como Pme Líder e das primeiras do sector a obter a certificação de quali-dade segundo a norma NP ISo 9001 pela APCer. o grupo Granifinas produz um vasto leque de produtos em granito para a construção civil e obras públicas, designadamente pavimentos, pilares, granito para muros, paredes de casas e obras de cantaria.A marca encara como natural o mercado externo e desde cedo olhou para a interna-cionalização como uma garantia de cresci-mento e de sustentabilidade, marcando assi-duamente presença nas principais feiras e missões internacionais.Neste momento, 60% do volume de negócios provém de mercados externos como espa-

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SedeArcozelo, Ponte de Lima

Actividadeexploração de pedreiras e transformação de granitos

Início de actividade1992

Número de trabalhadores90

Volume de negócios40%

Volume de negócios na exportação60%

casa ecolóGicas feitas eM Pedra// Sendo um projeto de vida, o grupo Granifinas é simultaneamente um esti-mulo e um desafio à criação, inovação, empenho e dedicação dos seus respon-sáveis. Assim sendo, mais importante do que olhar para o passado, opta por criar soluções de futuro que garantam a sustentabilidade económica e ambien-tal do grupo, que os seus responsáveis pensam conseguir através dos projetos Granihouse.

Este projeto de construção ecológica de soluções modulares (casas pré-fabrica-das) revestidas em granito é o resulta-do de extensos estudos e pesquisas realizadas pelo grupo, em parceria com a Eco|ConstruçãoSistema|Sustentável. Trata-se de casas cuja construção pode ser realizada num curto espaço de tem-po e ajustada e adaptada às necessida-des do cliente em termos de dimensão, localização e implantação.

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Lilly, Astrazeneca). É ainda líder na monito-rização de temperatura e humidade no sec-tor da saúde.A A+P dá, sempre que possível, prioridade a sistemas totalmente produzidos em Portugal.Para tudo isso, contribuiu uma relação próxi-ma com os clientes tentando uma maior inter-atividade entre a qualidade e a logística e a experiência da A+P no contexto internacional.“Neste momento, está a replicar os seus su-

sisteMas de frio avançaM Paraa áfrica de línGua PortuGuesa

// A Advanced Products Portugal (A+P) é uma empresa autónoma, inserida num grupo internacional especialista na cadeia de frio. os seus sectores preferenciais são os farma-cêutico, alimentar e respectivas soluções para as logísticas e armazenamento.No sector alimentar foi pioneira no forneci-mento dos sistemas para reposição e trans-porte de produtos congelados e refrigerados nas lojas na grande distribuição (Continente,

Pingo doce, recheio, e.Leclerc, makro), que vieram qualificar, reduzindo custos, permitin-do nas entregas de loja conjugar produtos a diferentes temperaturas com os mesmos re-quisitos.No sector farmacêutico foi igualmente pio-neira no fornecimento dos sistemas de frio, qualificados ao abrigo das normas internacio-nais, conseguindo ter como clientes os prin-cipais laboratórios farmacêuticos (roche,

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SedeSenhora da Hora

Actividadecomércio por grosso de bens de consumo (mercados farmacêutico, alimentar e saúde; monitorização e manutenção da cadeia de frio)

Início de actividade1985

Número de trabalhadores5

Volume de negócios1,060 milhões de euros

Volume de negócios na exportação98 mil euros

manuel pizarro, diretor nacional da marca

cessos em Portugal, dando destaque aos PALoP. As suas soluções estão em fase de implementação nos principais ‘players’ em moçambique (presença local), Angola (atra-vés de parceiros) e Cabo Verde (apostas claras). Não obstante, está igualmente a iniciar relações com a Turquia, através de sinergias de soluções e clientes comuns”, afirma o diretor nacional da marca, manuel Pizarro.os ‘inputs’ gerados nos problemas e nos di-ferentes países em que se focaliza permite--lhe ter uma maior flexibilidade de soluções na cadeia de frio nos constantes obstácu-los e pontos críticos que surgem dia-a-dia. e a micro logística de fornecimento nas lojas

e agentes nas grandes cidades obriga ao constante desenvolvimento de sistemas ade-quados no transporte e armazenamento dos diferentes sectores e mercados. Para dar resposta às constantes necessida-des, a A+P tem como projecto a criação de uma fábrica de produção nacional para diver-sas soluções, que procurará minimizar custos e tempos de resposta, facilitando atempada-mente necessidades locais. Presente em Portugal desde 2001, tem cres-cido todos os anos, contrariando a tendência de outras empresas. No ano passado, au-mentou o volume de negócios em 30%, um valor considerado “muito bom” por manuel Pizarro.

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// desde a sua fundação, em 1915, a AGI sempre teve fortes ligações com mercados europeus. As longas viagens de negócios que o fundador Augusto Lopes da Silva Gui-marães fazia na europa, à procura de fio para bordar são um exemplo disso. eram fios dourados e de seda que Augusto Guimarães garimpava, sobretudo em Lyon, França, com destino à loja de passamanarias e de bordados finos que a empresa possuía na rua Sampaio bruno, bem no centro do Porto. Com vocação orientada para a comercializa-ção de plásticos e de equipamentos para a indústria de transformação de plásticos, a AGI foi a primeira empresa a vender em Portugal

uma máquina de injecção de plásticos. Trata-va-se de uma T.m.A. (da marca r. H. Windsor) que a Fábrica de Pentes do ribeirinho, em Guimarães, adquiriu em 31 de outubro de 1947 por 167 libras. Foi nesta altura que a AGI começou a afirmar--se como uma empresa de distribuição, re-presentando em Portugal algumas marcas internacionais de matérias-primas e equipa-mentos para a indústria. o processo de expansão internacional inici-ou-se em 2009, com a compra de 60% da empresa espanhola romgom SLU, agora deno-minada AGI españa. em 2012, a AGI lançou-se no mercado angolanoe no ano seguinte entrou em moçambique.

da Procura de fios Para Bordar à nanotecnoloGia

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“aPosta na internacionalizaçãoPara ultraPassar dificuldades”// “Ainda que o período de crise em que nos encontramos dê poucos sinais de melhoria, a AGI tem sabido capear um pouco as dificuldades, quer pelo tipo de produto que apresenta, quer pela aposta na internacionalização. Exemplo disso é a contínua aposta da AGI em feiras internacionais dos sectores em que está inserida, como a Equiplast, feira de plásticos e borracha em Barcelona (Espanha) e a Projekta, dedicada ao sector da construção civil, obras públicas, urbanismo e arquitectura, em Angola, que este ano levaram a cabo mais uma edição, nas quais a AGI se fez notar pelos melhores motivos. Não obstante, esteve também presente em feiras portuguesas como a Tektónica, na FIL; a Moldplas, na Exposalão, e a EMAF, na Exponor. A certeza de que representamos os melhores fornecedores é obviamente uma mais-valia. Este ano temos apostado na divulgação do inovador compacto fenóli-co Fenix NTM (produzido pela ARPA Industriale) com nanotecnologia na superfí-cie que permite a reparação de riscos termicamente. Este produto tem sido muito bem aceite pelo mercado, que reconhece o valor das suas propriedades como o toque suave, o reforço das propriedades anti-bacteria-nas, a sua superfície anti-impressões digitais e a diversidade de aplicações em design de interiores”.Nuno Guimarães, gerente e director comercial

SedeGulpilhares, Vila Nova de Gaia

ActividadeComércio por grosso de produtos químicos

Início de actividade1915

Número de trabalhadores54

Volume de negócios44,27 milhões de euros

Volume de negócios na exportaçãon.d.

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eMPresa Muda de ruMoPara dar aPoio

às vendas no exterior

SedeFátima

Actividadedesign, comunicação e consultoria

Início de actividade2012

Número de trabalhadores6

Volume de negócios475 mil euros

Volume de negócios na exportação400 mil euros

// A principal mudança de rumo na estraté-gia da Atto aconteceu no último trimestre de 2013, quando foi tomada a decisão de im-plantar a sede num local mais central e expan-dir os seus serviços às áreas de consultoria e acompanhamento nos processos de interna-cionalização. desde então acompanhou e apoiou os seus parceiros em Angola, Argélia, brasil, Cabo Ver-de, França, espanha, Índia, marrocos, Nigéria, moçambique, Polónia e Venezuela. “distinguimo-nos por fazer um seguimento completo e integral do processo, desde o pla-neamento da participação em certames à inscrição e logística de mercadorias a expor, passando pela assistência complementar na comunicação da marca ou produto - como re-formulação ou concepção de identidade, pre-sença web, catálogos ou outros materiais promocionais”, explica Pedro Vala, gerente da empresa.

Paralelamente, continua a desenvolver pro-jectos de design de interiores, visualização 3d e decoração, estando também grande parte destes serviços a ser exportados, so-bretudo para os mercados francês e ango-lano.“Actualmente estamos a fazer o balanço e planeamento estratégico para o próximo ano, que passa por - ainda durante 2015 - dispo-nibilizarmos serviços de agenciamento de viagens e estadias, e, através de uma parce-ria externa, oferecer um maior apoio ao nível da consultoria, agregando num só sitio o maior número possível de soluções”, adianta Pedro Vala.A empresa está ainda a investir no aumento da capacidade de resposta interna e no in-cremento de soluções disponíveis para os seus clientes, passando pela criação de novas parcerias e aumento de sinergias com forne-cedores.

pedro Valagerente da empresa

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do, com um design atrativo e muito funcio-nal, em aço inoxidável. o interior é constituí-do por uma resistência eléctrica de 1100w, um cesto onde encaixa a resistência, um pra-to para colocar as aparas de madeira, uma bandeja de recolha de sucos e uma grelha para colocar os alimentos.

o processo de utilização é complicado?o processo de defumação é muito simples: basta colocar as aparas de madeira (cerca de duas mãos cheias) no prato próprio e o ali-mento sobre a grelha. A resistência elétrica aquece fazendo que as aparas de madeira queimem (sem chama), libertando o fumo que aromatiza a comida, circulando ao seu redor.No final obtemos uma refeição plena de sa-bor, cor e aroma. o alimento entra cru e sai defumado, mantendo a sua suculência, pois

fuMeiros eléctricos ajudaM a coMer BeM eM qualquer Parte do Mundo

// Qualquer alimento, qualquer sabor, em qualquer lugar – este poderia ser o lema dos fumeiros eléctricos Vitta. A empresa que es-teve na sua origem nasceu há apenas dois anos, mas Helena Costa, a gerente, está con-fiante no sucesso da marca em Portugal e noutros países, como conta em entrevista à Veja portugal.

qual era o objeto inicial da empresa?Quando, em 2012, criámos a Keep Senses, foi com o objetivo de prestar serviços de ma-nutenção e limpeza industrial. Na altura não imaginávamos divergir para áreas completa-mente distintas, como a fabricação de ele-trodomésticos.

como surgiu o fumeiro?o fumeiro elétrico portátil Vitta, que permite defumar qualquer tipo de alimento (carne,

peixe, legumes, fruta, pão, queijos, pizza, fru-tos do mar), é fruto de investigação e desen-volvimento em tecnologias que ligam os for-nos convencionais, grelhadores e o processo de defumação tradicional.

e o negócio cresceu para outras áreas?É verdade. registámos a marca e demos ini-cio à produção e comercialização, em Julho deste ano, dos fumeiros eléctricos. mas como necessitam de aparas de madeira para pude-rem funcionar, passámos também a produzi--las e de diferentes aromas, como o carvalho, figueira, laranjeira, tangerineira, medronheiro, loureiro, oliveira, macieira.

quais são as principais características do fumeiro?Hoje temos um produto inovador no merca-

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Sedebelas, Sintra

Actividadefabricação de eletrodomésticos

Início de actividade2012

Número de trabalhadores5

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

o fumeiro tem uma tampa, existindo apenas dois pequenos pontos que permitem libertar fumo. As operações de limpeza e manuten-ção são muito fáceis.

que tipo de refeições é possível cozinhar?Queremos contribuir para uma alimentação equilibrada, nutritiva e saudável, repleta de vitaminas e sabor. os nossos fumeiros adap-tam-se aos gostos mais clássicos ou contem-porâneos, são como uma extensão das nos-sas cozinhas.

a qualidade é uma aposta da vossa empresa. em que medida?A Vitta está comprometida com uma politica de qualidade que assenta em três grandes objetivos: garantir a ausência de riscos asso-ciados à utilização dos produtos da empresa, aos níveis fitossanitário e da segurança; me-lhorar continuamente a qualidade intrínseca aos produtos e serviços, e liderar este merca-do em matéria de qualidade.

o ambiente também é uma preocupação?Quem optar por produtos em aço inox para preparação de alimentos está a preservar a saúde, na medida em que utiliza um material isento de toxinas, que não desprende resí-duos nos alimentos. Possuindo ainda proprie-dades térmicas que mantêm o alimento aque-cido por mais tempo. e utilizam material 100% reciclável, não agredindo a natureza.

Helena costa, gerente

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Grão a Grão foi construída uMa eMPresa líder Mundial

na insPecção e certificação

// o jovem imigrante lituano Henri Goldstück observa os navios que partem e chegam ao porto de rouen. estamos em 1878 e as ar-térias de uma europa industrializada pulsam rapidamente diante dos seus olhos num dos maiores portos do continente. ele agarra uma oportunidade que um dia fará dele a referência mundial em qualidade e inte-gridade: percebeu que os exportadores de grão a granel necessitavam de um represen-tante que defendesse os seus direitos, inspe-cionando e verificando a quantidade e a quali-dade do grão à chegada, com o importador. É que durante o trânsito, e especialmente durante a carga e descarga, havia grandes variações no volume de grão devido à humi-dade, acidentes e roubos.em sociedade com Johann A. Hainze, inicia o negócio e começa a inspecionar os navios de grão que chegavam a rouen. em troca do seu serviço, receberia uma comissão do exporta-dor com base no valor do envio.estes dois jovens empreendedores decidiram,

então, tornar-se sócios e formaram uma em-presa em 12 de dezembro de 1878. Num ano, a companhia tinha aberto escritórios nos três maiores portos de França: Le Havre, dunquer-que e marselha.Uma primeira inovação que os ajudou a criar reputação foi o Full outturn Guarantee (FoG). Ainda prestado pela SGS atualmente, este serviço reembolsa o exportador pela perda de grão durante o envio, desde que a SGS possa inspecionar a carga tanto no carregamento como na descarga. o serviço reduziu as perdas dos exportadores que experimentaram este novo serviço e viram os seus lucros aumen-tar significativamente. A notícia sobre o valor do serviço espalhou-se e o negócio cresceu rapidamente.em 1913, a empresa que começara com a inspeção de um único carregamento de grão da rússia para França tinha crescido de forma incrível. Já inspecionava 21 milhões de tone-ladas de grão por ano numa rede de 45 escri-tórios na europa e tornara-se líder no negó-

cio de inspeção de grão a granel.o grupo SGS é o líder mundial no domínio da inspeção, verificação, análise e certificação. Com mais de 80 mil colaboradores, opera uma rede de mais de 1.650 escritórios e laborató-rios em todo o mundo.Presente em Portugal desde 1922, conta com uma vasta equipa de colaboradores especiali-zados, apoiados por uma rede de modernos laboratórios acreditados nas áreas agroalimen-tar, detergentes, produtos de higiene, cosméti-cos, dispositivos médicos, ensaios não destru-tivos, ambiental e segurança ocupacional.enquanto organismo de certificação, a SGS foi o primeiro a obter a acreditação para a “Certificação de Sistemas de Gestão da Qua-lidade” em 1998. desde então, sempre lide-rou o mercado, inovando nos serviços, de acordo com as principais tendências interna-cionais, nomeadamente na certificação de sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança ocupacional, segurança alimentar, responsabilidade social, serviços e produtos.

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SedeGenebra, na Suíça; Portugal, em Lisboa

Actividadeformação, análises & ensaios, certifica-ção & auditorias, supervisão de cargas e descargas nos portos, entrepostagem aduaneira, segurança alimentar, controlo da qualidade de produtos de consumo, avaliação de aspetos ambientais, avalia-ção de riscos de saúde e segurança, inspeção industrial, peritagem e averi-guação setor automóvel, apoio à interna-cionalização

Início de actividadeexistência desde 1878, presente em Portugal desde 1922

Número de trabalhadoresmais de 80 mil em todo o mundo e de 230 directos em Portugal

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

sector aGro-aliMentar coM aPoioPara fazer o caderno de encarGos// “A SGS é uma empresa que, desde a sua criação, aposta na inovação e no desenvolvimento de novas soluções de forma a atender às necessidades do mercado nacional e oferecer, continua-mente, serviços de excelência às em-presas, nos seus diferentes ramos de atividade.Este apoio reflecte-se na construção de confiança entre os parceiros comerciais, certificando que os produtos estão em conformidade com requisitos regulamen-tares e estatutários, requisitos de impor-tação/exportação, respeitam as normas de segurança aplicáveis e consideram o impacto ambiental, por exemplo.Adicionalmente, inspeccionamos, anali-samos laboratorialmente e verificamos se as mercadorias transacionadas têm a quantidade e qualidade especificada, assegurando um controlo independen-te, que permite condicionar o pagamen-to das cartas de crédito bancárias à emissão do certificado de conformida-de da SGS.Das soluções já desenvolvidas e que vi-sam apoiar as empresas exportadoras e importadoras portuguesas, destaca-mos aqui um serviço direcionado para o sector agro-alimentar: o apoio na ela-

boração do caderno de encargos. Nes-te documento devem estar definidas as relações contratuais determinadas entre as partes interessadas, bem como, uma caracterização exaustiva de todas as características dos produtos comer-cializados. Uma correcta e completa elaboração deste instrumento permite que os géneros alimentícios sejam en-tregues em conformidade com os requi-sitos do cliente, reduzindo ou eliminando os riscos associados a uma transação internacional.Nesta ordem de ideias, e incrementan-do o sentido de parceria com o merca-do, a SGS vai ao encontro das empre-sas do sector agroalimentar realizando o ciclo de seminários “Gerir o Risco na Internacionalização – Foco no Produto Alimentar”, em 10 regiões de Portugal, com parceiros locais, onde é pretendi-do um amplo debate sobre o produto alimentar. Os primeiros seminários deste ciclo já decorreram, na Batalha, no Algarve, em Castelo Branco, e Mirandela, com uma recepção e avaliação muito positivas”. Paulo Gomes, director do departamento de Co-municação, desenvolvimento e Inovação do grupo SGS Portugal.

paulo Gomes, diretor do departamento de Comunicação do grupo SGS Portugal

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Periféricos Para a indústria de Moldes atentos à

reciclaGeM de PlásticosSedemarinha Grande

Actividadefabrico de máquinas para a indústria do plástico e da borracha

Início de actividade1988

Número de trabalhadores19

Volume de negócios1,9 milhões de euros

Volume de negócios na exportação750 mil euros

// A Palbase foi fundada em 1988 com o objectivo de preencher uma lacuna existen-te no tecido industrial português: o fabrico de equipamentos periféricos para a indústria de plásticos. desde então tem alargado a sua estratégia, num mercado em constante mudança, procu-rando a especialização em áreas bem deter-minadas, como a reciclagem de matérias--primas.em 1992 entrou no mercado externo com grande sucesso. Actualmente, marca presen-ça em países como espanha, França, Alema-nha, Holanda, reino Unido, Angola, moçambi-que e Cuba.A sua dimensão e flexibilidade permitem o desenvolvimento de soluções adaptadas a

necessidades específicas, bem como o forne-cimento de soluções tipo “chave na mão”.“Numa altura em que a área da reciclagem está em expansão é este o nosso foco prin-cipal. Por forma a irmos ao encontro da reso-lução dos problemas da reciclagem, temos desenvolvido soluções completas e inovado-ras de linhas de reciclagem”, explica Augusto Fialho, gerente da Palbase.“Hoje desenvolvemos e fornecemos soluções para a reciclagem de plásticos rígidos e flexí-veis, com diversos teores de contaminação, onde se incluem equipamentos de triagem, transporte, redução de tamanho, detecção e separação de metais, separação por densida-des, secagem por fricção e centrifugação e armazenagem”, adianta Augusto Fialho.

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Nextway Group está a preparar um lança-mento destinado ao sector da hotelaria. Trata-se de uma aplicação universal que per-mite aos hóspedes requisitar todo e qualquer serviço de hotel. desde o check-in ao check--out, permite agendar uma massagem, ser-viço de lavandaria ou encomendar uma refei-ção única no quarto ou no restaurante.estas ferramentas têm em comum a nossa principal missão: melhorar as infra-estruturas tecnológicas dos nossos clientes”. - birger Kamrath, Ceo do Nextway Group

tecnoloGia de inforMação siMPlifica quotidiano de eMPresas eM 24 Países

// “Uma das grandes apostas do Nextway Group, e que tem deixado a empresa extre-mamente satisfeita com os resultados, foi o lançamento que ocorreu no brasil com uma tecnologia incubada (Skills) para agências de publicidade. esta operação no brasil vai per-mitir a curto prazo a entrada em países latino-americanos. o Skills é utilizado diariamente por mais de cinco mil utilizadores em 24 paí-ses, e tem como finalidade simplificar o quo-tidiano das empresas. Trata-se de uma solu-ção que está otimizada para fazer a gestão

da informação e da documentação de uma empresa de forma automática, dado que reú-ne todas as necessidades empresariais numa única ferramenta online. o projeto desenvol-ve-se em torno de conceitos como cloud com-puting e web bases computing trabalhando em aplicações e no desenvolvimento de sof-tware. As aplicações criadas são orientadas para workflows e melhoramento de proces-sos com recurso à tecnologia.Para além do trabalho desenvolvido a pensar no mercado das agências de publicidade, o

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esPecialista eM serviços tecnolóGicos e eMPresariais// O Nextway Group é uma empresa in-ternacional com sede em Portugal que fornece serviços tecnológicos e empre-sariais que tem como objetivo melho-rar a infra-estrutura tecnológica dos seus clientes, a sua presença online e as suas funções de apoio empresarial. O sucesso deste grupo é mensurável através de um critério essencial: satis-fação dos clientes, alcançado através do crescimento sustentado e maior efi-ciência da sua estrutura de custos.Com sede em Lisboa, a marca está pre-sente nos principais mercados da Euro-pa e da América do Sul e é constituído por uma equipa com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios

unidades de neGócioTecnologias de Informação: Fornece soluções de serviço simples que respondem às necessida-des dos clientes, evitando momentos de inactividade e interrupções de negócio.

Online: desenvolve soluções que colocam os seus clientes num caminho de rendimento crescen-te e sustentável, através do desenvolvimento de hábitos e comportamentos dos consumidores online, orientando-os a aceitar a pagar.

Software: Fornece soluções rentáveis que colocam os clientes no caminho certo para um cresci-mento sustentável de receitas, através do desenvolvimento dos hábitos dos seus consumidores e comportamento online.

Serviços financeiros: disponibiliza serviços especializados nas áreas fiscal e financeira adequa-dos às necessidades e realidades de cada cliente e de acordo com as restrições e requisitos le-gais aplicáveis.

Serviços Partilhados: disponibiliza serviços de apoio à gestão como gestão operacional (por exemplo a gestão de tesourarias) e gestão de recursos humanos.

Consultoria: do ponto de vista da consultoria o Nextway Group fornece uma ampla gama de ser-viços, no apoio à gestão, às vendas e na planificação e aplicação de estratégias (por exemplo na elaboração de estudos e estratégias de viabilidade económica).

SedeCarnaxide

Actividadefornecimento de soluções de tecnologia de informação e negócio

Início de actividaden.d.

Número de trabalhadoresn.d.

Volume de negóciosn.d.

Volume de negócios na exportaçãon.d.

Birger Kamrath, Ceo do Nextway Group

dos seus clientes.O Nextway Group actua em dois níveis: por um lado, assegura a incubação de empresas ligadas às tecnologias de in-formação (TI) e, por outro, disponibiliza serviços a um conjunto alargado de cli-entes. Nesta última vertente, a empre-sa actua com os dados dos clientes, garantindo desde a consultoria de ne-gócio mais básica à auditoria e aos ser-viços partilhados até ao desenvolvi-mento de software. Neste caso, conta com algumas das grandes empresas portuguesas e europeias na sua cartei-ra de clientes em áreas que vão desde a agricultura às tecnologias, passando pela publicidade.

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notícias

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escola suPerior de Peniche ‘exPorta’ conGresso de turisMo Para oMan

A escola Superior de Turismo e Tecnologia do mar (eSTm), em Peniche, reforçou a aposta na internacionalização com a “exportação” do Con-gresso Internacional de Turismo para o sultana-to de oman, realizado em dezembro com a pre-sença de congressistas oriundos de dezenas de países, responsáveis por 140 comunicações.“A eSTm reforça desta forma a aposta estra-tégica na internacionalização das suas ativi-dades de formação e investigação” e “esta é sem dúvida mais uma prova da sua capacida-de e da competência dos seus investigadores”, refere Paulo Almeida, diretor da escola, que in-tegra o Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria).o tema do VII Congresso Internacional de Tu-rismo foi a “Imagem e sustentabilidade dos destinos turísticos” e decorreu em muscat, capital de oman, na sequência de uma parce-ria entre a eSTm e o departamento de Turis-mo do Colégio das Artes e Ciência da Univer-sidade Sultan Qaboos.

// A Parques de Sintra – monte da Lua (PSmL) foi galardoada em dezembro, pela segunda vez consecutiva, com o World Tra-vel Award para “melhor empresa do mundo em conservação”, durante a cerimónia oficial em Anguilla (Caraíbas).estes prémios, reconhecidos internacio-nalmente como os “óscares do turismo”, são atribuídos anualmente às melhores empresas do mundo na área do turismo e representam uma das distinções mais impor-tantes que estas empresas podem receber. A votação é realizada pelo público em geral e por milhares de profissionais de Agências de Viagens e Turismo, oriundos de 160 países.A Parques de Sintra foi nomeada na cate-goria de “melhor empresa do mundo em conservação”, competindo com outras seis instituições dos estados Unidos, Austrália e África.este prémio, o segundo World Travel Award

para a Parques de Sintra, junta-se a outros recebidos anteriormente pela empresa, e que reconhecem a qualidade do trabalho conduzido na recuperação e restauro dos parques e monumentos sob a sua gestão.A Parques de Sintra é uma empresa de capi-tais públicos que não recebe financiamento do orçamento de estado nem dos seus acionistas e que mantém, recupera e abre à fruição do público os locais sob a sua gestão apenas com as receitas que gera (bilheteiras, cafetarias, lojas e aluguer de espaços).em 2013 os parques e monumentos sob sua gestão receberam mais de 1,7 milhões de visitas; para 2014 estima-se que o número seja superior a 1,9 milhões de visitas.os World Travel Awards foram criados em 1993 para reconhecer, premiar e celebrar a excelência em todos os setores da indústria do turismo. Hoje, a marca WTA é reconhecida globalmente como selo de qualidade.

Parques de sintra considerada a Melhor

eMPresa do Mundo eM conservação

Pedras Parideiras PortuGuesas já receBeraM 60 Mil Pessoas

o Centro de Interpretação Casa das Pedras Parideiras comemorou o segundo aniversário no início de Novembro e já acolheu 60 mil vi-sitantes. este geossítio representa um fenó-meno geológico raro no mundo – há notícia de um semelhante na rússia, perto de São Petersburgo.A formação dos nódulos negros, de forma bi-convexa, incrustados numa matriz granítica de cor clara, tem suscitado a curiosidade do público, que na sua maioria é português, pro-veniente dos distritos de Aveiro, Porto e braga.Quanto aos turistas estrangeiros, os princi-pais países emissores são a França, brasil e espanha. A maioria das visitas surge a título individual, seguindo-se as visitas em contex-to turístico e escolar.

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num novo patamar de excelência, o que pas-sa por uma maior diversidade e complemen-taridade.É preciso aprofundar o relacionamento entre a cidade de Lisboa e a região, através da in-trodução de um modelo de desenvolvimen-to turístico que permita potenciar a visão integrada do turismo regional; reforçar a di-versidade da oferta turística e desenvolver novos produtos turísticos, aumentando a ri-queza e a abrangência da oferta.Para os autores do plano, é ainda necessário valorizar e desenvolver produtos turísticos associados aos importante activos da regi-ão, assegurando o seu reconhecimento e di-vulgação.A estratégia passa igualmente por uma ofer-ta alargada a 16 produtos, incluindo quatro a potenciar e oito novas apostas, em cinco centralidades (Lisboa, Sintra, Cascais, Arrábi-da e Arco do Tejo) que têm produtos âncora distintos.

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lisBoa quer 10 Milhões de dorMidasde estranGeiros dentro de cinco anos

// o “Plano estratégico para o Turismo na re-gião de Lisboa 2015-2019” prevê 10 milhões de dormidas de estrangeiros e receitas glo-bais de 800 milhões de euros dentro de cin-co anos, através da diversificação e qualifica-ção da oferta de produtos.o documento, elaborado pela consultora ro-land berger, aponta ainda para um aumento da satisfação dos visitantes em dois pontos percentuais até ao final do período.o turismo tem tido um contributo “muito re-levante” para a região, com um crescimento das dormidas a um ritmo de 6% ao ano des-de 2009, fomentado pelos turistas estran-geiros, refere o plano, que está em discussão pública, adiantando que o concelho de Lisboa representa 80% das dormidas.A europa predomina entre os mercados emis-sores de turismo para a região – 55% do total de visitantes. entre os mercados de elevado crescimento nos últimos cinco anos (acima de 5%), contam-se o francês, o holandês e o

escandinavo, mas há outros, como o brasilei-ro (o segundo maior), que começaram a ga-nhar peso, como destaca o “Plano estraté-gico para o Turismo na região de Lisboa 2015-2019”.Por outro lado, existe um conjunto de merca-dos fora da europa que começam a ganhar relevância, como o brasil (19%/ano desde 2009), eUA, o quinto mercado em conjunto com o reino Unido (crescimentos acima dos 10%). A rússia apresenta o maior crescimen-to desde 2009 (37%/ano).A região de Lisboa “está bem posicionada”, segundo a consultora roland berger, junto de casais que a visitam em “city/short break”, podendo o segmento de negócios “ser ainda mais desenvolvido”. entre os actuais visitan-tes de Lisboa, mais de 50% optam por fazer “touring” pela região, em particular o segmen-to de casais e golden.Um dos objectivos do plano, divulgado em outubro, é reposicionar a região de Lisboa

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turisMo Pode criar eM PortuGal 160 Mil eMPreGos nuMa década

cargos de direcção, 70% dos empregadores de turismo e lazer consideram que as insti-tuições de ensino em Portugal não preparam os profissionais para o mercado de trabalho.As funções mais procuradas, além dos espe-cialistas em “marketing” digital, são especia-listas em “revenue management”, “Yield management”, “Custom relationship manage-ment (Crm)”, determinantes para a produtivi-dade e rentabilidade no negócio turístico. Nas funções tradicionais de hotelaria, como “chefs”, “sommmeliers”, empregados de re-cepção, de quartos e outros, os níveis de exi-gência são também cada vez mais elevados para responder a um serviço de qualidade.

// o mercado de trabalho no turismo vai cres-cer 20% na europa nos próximos dez anos, revela um estudo do Consórcio maior empre-gabilidade, pormenorizando que em Portugal oito em cada dez empresas pensam recrutar em 2015. No nosso país o turismo deverá gerar 160 mil novas oportunidades de emprego (1% de crescimento) na próxima década, 54% das quais exigirão qualificações médias e supe-riores. As vagas serão sobretudo na substi-tuição de mão-de-obra.estima-se que, até 2025, na europa, sejam criados 13 milhões de novos empregos na saúde e serviços sociais, a maior parte deles na

área do turismo da saúde e bem-estar, revela o estudo “Novos mercados de Trabalho e Novas Profissões”, da autoria de Ana Cláudia Valen-te, investigadora da Universidade Católica.Aliás, já em 2015, segundo outro estudo, os hotéis de Lisboa e Porto, os SPA e os ginási-os são das empresas que mais vão contratar, sobretudo para reforçar as equipas de “mar-keting” e vendas. o estudo da consultora Hays, especialista em recrutamento, conclui que 80% das empre-sas do turismo e lazer estão dispostas a con-tratar no próximo ano.Segundo os resultados do inquérito feito em Portugal pela empresa, a responsáveis com

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// As unidades hoteleiras portuguesas rece-beram 12,8 milhões de hóspedes, que origi-naram 37,5 milhões de dormidas (+10,6%, ou seja, +3,6 milhões do que no período homó-logo de 2013), revelam “os resultados do Turismo”, da direcção de Planeamento estra-tégico/departamento de estudos do Turismo de Portugal, referentes aos primeiros nove meses do ano.o reino Unido liderou o ranking dos princi-pais mercados emissores de dormidas com 6,3 milhões, enquanto o Algarve registou o maior número de dormidas de estrangeiros,

10,3 milhões, segundo o documento, publica-do em Novembro.As receitas do turismo atingiram os oito mil milhões de euros (+859,5 milhões do que no mesmo período de 2013, ou seja, +12,0%).Até setembro, o saldo da balança turística foi de 5,5 mil milhões de euros. No mesmo pe-ríodo de 2013 foi de 4,8 mil milhões, o que significa um aumento de 15,0% (720,3 mi-lhões de euros). As despesas (2,5 mil milhões de euros) assi-nalaram também um aumento, de 5,9%, que se traduziu, em termos absolutos, em mais

139,3 milhões de euros.entre Janeiro e Setembro, o reino Unido lide-rou o ranking dos mercados estrangeiros e quase 1,3 milhões de hóspedes ingleses per-maneceram nas unidades hoteleiras (17% do total de estrangeiros). A espanha, ficou no 2.º lugar com 1,2 milhões de hóspedes (16% do total de estrangeiros) e assinalou o maior aumento do grupo (15,5%).A França (820,4 mil hóspedes) e a Alemanha (771,5 mil) ocuparam as terceira e quarta po-sições, com quotas de 11% e 10%, respecti-vamente, face ao total de hóspedes estran-

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turisMo rende oito Mil Milhões de euros e hotelaria receBe 12,8 Milhões de hósPedes

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valores de 2013 em mais 10,8%. esta evo-lução resultou do aumento de 7,9% nas dor-midas de estrangeiros (74%) e da evolu-ção positiva das dormidas de portugueses (+19,7%).A região de Lisboa, com nove milhões de dor-midas (24% do movimento total do País), apresentou um aumento homólogo de 14,9%, determinado pelo crescimento conjunto das dormidas de residentes no estrangeiro (+14,9%) e em Portugal (+14,8%). o mercado externo representou na região 76% do seu movimen-to global.

geiros.o brasil, no 5.º lugar, originou 439,5 mil hós-pedes e um acréscimo de 9,5%. este merca-do atingiu uma quota de 6% no total de es-trangeiros.Nos primeiros nove meses do ano, as regiões do Algarve, de Lisboa e da madeira, com 28 milhões de dormidas, representaram 75% do movimento global do País e assinalaram evo-luções homólogas positivas, em relação ao mercado externo. o Algarve, com 37% de quota no País, regis-tou 14,0 milhões de dormidas e superou os

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// em Portugal existem 41 termas licencia-das e o sector emprega directamente cinco mil pessoas. os números de 2013 revelam que foram procuradas por 93.871 termalis-tas e geraram um volume de negócios próxi-mo do 13 milhões de euros.os dados do Turismo de Portugal recolhidos no relatório “Termas em Portugal - A oferta e a procura em 2013”, publicado em Setem-bro, revelam que no ano passado havia mais quatro estabelecimentos termais do que em 2012, o maior número concentrado na região Centro (20), ou seja, uma quota de 49%. A região Norte é a segunda com mais estabele-cimentos (17), ou seja, 41% do total do País.As regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve con-centraram, em conjunto, 10% da oferta nacio-nal (quatro estabelecimentos).A vertente do termalismo de bem estar, com 54% de representação (13% em 2004), con-tinua a ser a mais procurada pelos clientes

terMalisMo clássico Garante quase a totalidade das receitas do sector

das termas, com 50,6 mil utentes. o terma-lismo clássico atraiu 43,3 mil utentes (46%).A predominância atingida pela vertente do termalismo de bem estar ficou a dever-se no ano passado aos acréscimos verificados nas regiões Centro (passou de 49% de represen-tação em 2012 para 52%) e em Lisboa, Alen-tejo e Algarve (75% em 2012 evoluiu para 79%). Na região Norte aumentou o predomí-nio da vertente do termalismo clássico (48% em 2012 subiu para 53%).o termalismo de bem estar, embora com mais clientes (50,6 mil clientes), gerou apenas 12% dos proveitos globais: 1,6 milhões de eu-ros (1,7 milhões em 2012).em 2013, os clientes do termalismo clássico (43,3 mil clientes) deram origem a 11,3 mi-lhões de euros (12,5 milhões em 2012), uma quota de 88%.os clientes estrangeiros representaram ape-nas 4,4% das inscrições totais. espanha con-

tinua a ser o principal mercado estrangeiro a procurar as termas nacionais e a sua repre-sentação, no total de inscrições efetuadas por estrangeiros, foi de 42% no ano passado.o termalismo clássico é composto por servi-ços terapêuticos indicados e praticados a um termalista, sempre sujeito à compatibilidade com as indicações terapêuticas que foram atribuídas ou reconhecidas, à água mineral natural utilizada para esse efeito.o termalismo de bem estar é aquele que en-globa serviços de melhoria da qualidade de vida que, podendo comportar fins de preven-ção da doença, estão ligados à estética, beleza e relaxamento. Paralelamente, são susceptíveis de comportar a aplicação de técnicas termais, com possibilidade de utili-zação de água mineral natural, podendo ser prestados no estabelecimento termal ou em área funcional e fisicamente distinta deste.

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