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Revista bimestral Maio e Junho de 2003 Ano II N” 10 Uma nova era na educaªo

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Revista bimestral � Maio e Junho de 2003 � Ano II � Nº 10

Uma nova era naeducação

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZESSecretaria de Educação / Secretaria de Comunicação SocialAv. Vereador Narciso Yague Guimarães, 277 - Centro CívicoCEP 08780-900 - Mogi das Cruzes - SPPABX: (11) 4798-5000 Fax: (11) 4799-3067Site: www.mogidascruzes.sp.gov.br

Colaborações, sugestões e participações, entre em contato:Equipe do Cemforpe - Centro Municipal de Formação PedagógicaSede da Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes - 3º andarTelefone: (11) 4798-5145 ou 4798-5085 - Fax: (11) 4726-5304E-mail: [email protected]

Secretaria Municipal de Comunicação SocialTelefone: (11) 4798-5155 ou 4798-5156E-mail: [email protected]: Alunos da EM “Profª Ana Maria Barbosa Garcia” emaula de informática na parceria com Furnas Centrais Elétricas

Cada vez mais, percebo que aEducação é mesmo uma “Caixinha deSurpresas” cheia de “guloseimas”deliciosas e novidades surpreendentes.

A escola onde trabalho nospropôs para 2003 um desafio muitointeressante: a semestralidade, ouseja, “mudar” de sala a cada seismeses.

Nossa! Que surpresa! Que medo!

O novo assusta! Será?

Solange Janjardi Briz Llopis é Profª da E.M.“Professora Noemia Real Fidalgo”

Que susto! Que dúvida! Será que vai darcerto? Imagine a confusão!

O terreno é novo, o que en-contraremos no final?

Bem, estamos chegando aotérmino do 1º semestre e as surpresasjá são muitas: a expectativa, a an-siedade e muitas perguntas... (Paraonde vou? Com que classe ficarei? Quemserão meus novos alunos?)

É! O novo assusta! Será?Mas, se somos professores é

porque acreditamos em um ideal forte,dentro da Educação, que com certezaé um processo constante e nós, edu-cadores, adoramos novos desafios,surpresas, que nos trarão muitas“guloseimas”...

Solange Janjardi Briz Llopis

Todo dia ela faz tudo sempreigual...

Sempre igual. É a rotina da vida.Você se torna um autômato, quasecomo ser irracional, agindo por con-dicionamento.

Hábitos, conversas, refeiçõessempre as mesmas. É uma questãode personalidade definida?

Pare! Pense! Tente mudar. Ver omundo e as pessoas de uma formadiferente. Neste grande espaço ter-restre as coisas se modificam com

muita naturalidade. Só o ser humano émuito enraizado em suas convicções ereluta constantemente para as mu-danças.

Existem pessoas que se sentemperdendo o chão perante algo diferente.Medo.

O novo surge e é inevitável que seperceba. Para o âmbito educacional ostemas são: Inclusão, Informática,Trabalho em Rede, Gestão Demo-crática, Políticas Educacionais, e outrasque advém no contexto.

A máquina é assustadora. Seráque ela vai substituir o homem? Não.Isso nunca acontecerá. O que se farásempre necessário serão pessoascapacitadas para lidar com ela, apri-morando-se de acordo com a evoluçãodesafiadora.

Vamos! Confie em você! Par-ticipe do mundo interagindo com ele.Inclua-se incluindo seus semelhantestambém. Cuide-se como pessoa epreserve todos os bens naturais.

Respire! É muito bom...

NOSSA MENSAGEM

Alunos da Professora Solange da EM �Noemia Real Fidalgo�

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É preciso transformarsonhos em realidade -

sempre comresponsabilidade

A Internet atingiuproporções

indissociáveis daEducação, formaçãohumana e do saber

Na trilogia cinematográfica Devolta para o futuro, sucesso levado àstelas no final da década de 80 e inícioda de 90 pelo diretor Robert Zemeckis,as personagens Marty Mac Fly e EmmetBrown – respectivamente interpretadospor Michael J. Fox e Christopher Lloyd– protagonizavam uma aventuradeliciosamente fantástica... Umaespécie de sonho coletivo que, hámilênios, povoa o imaginário dahumanidade: viajar numa máquina dotempo. O tema exerce um fascínio tãogrande sobre as pessoas que, não raro,origina séries televisivas, desenhosanimados e livros como A máquina dotempo, de H. G. Wells – clássico daficção científica.

Entretanto, tanto na vida real

quanto na ficção, todos os sonhos têmum preço. Um preço, às vezes, exor-bitante. Sobre esse ponto de vista, o filmede Zemeckis é muito competente, namedida em que nos mostra, semrodeios, os dois lados dessa inte-ressante moeda tecnológica. Desde oprimeiro episódio da trilogia, percebemosque as idas e vindas das personagensem seu turismo espácio-temporal podemocasionar mudanças drásticas no cursoda História, causando transtornosgigantescos para todos.

O recado é claro: toda tec-nologia, todo o progresso, todo de-senvolvimento deve ser responsável.Suas conseqüências têm de ser a-valiadas, medidas e conferidas de modoa serem usadas em benefício da vida,em benefício da prática do bem. Mesmoquando a proposta inicial não é essa,há que se realizar esforços contínuos dacomunidade científica para reverter essequadro, tornando as invençõesinstrumentos que contribuam para onosso processo evolutivo.

Em pleno século 21, a Internet nãodeixa de ser uma espécie de “máquinado tempo”, porque nos permite viajar edesbravar fronteiras ao clique de umsimples botão. É preciso lembrar,entretanto, que os primeiros passos paraa criação da Internet foram dados nadécada de 60, no século passado, parafins militares, o que não chegou a sersurpreendente, considerando que asduas guerras mundiais impulsionaram aciência e a tecnologia.

Porém, colocando de lado asintenções discutíveis dessas ino-vações, há motivos nobres a seressaltarem em torno delas. Motivosque deram a ela esse caráter im-prescindível que vemos hoje.

A Internet, que trazia em seuprojeto inicial o objetivo de ser uma redede informação indestrutível a ataquesmilitares, prestou-se também, já nosprimeiros anos de existência, àsinstituições de ensino e pesquisa. Éessa aplicação de tecnologia dainformação e comunicação em rede aserviço da Educação que nos despertapara a verdadeira importância destainiciativa.

Felizmente, no Brasil, o acessoà Internet já chegou como parte de umprojeto de intercâmbio entre instituiçõescientíficas nacionais e estrangeiras. Ocompromisso era com a troca deexperiências, conhecimentos e in-formações. Hoje, a Internet atingiuproporções indissociáveis da Edu-cação, da formação humana e daconquista do saber.

A força alcançada por esse meioé de tal proporção que se pode dizer,com boa margem de segurança, que aInternet se tornou um dos principaispropulsores da melhoria das relaçõeshumanas e da interação entre in-divíduos à distância. Mesmo assim, faz-se necessário lembrar que a tecnologiaé apenas um dos numerosos e eficazescaminhos para evoluir. É preciso evitar oque o filósofo Herbert Marcusedenominou de “o homem unidimen-sional” – aquele que se especializounuma única linguagem e só conseguever o mundo por meio dela.

Seguindo nessa direção, do usoda tecnologia como ferramenta indis-pensável para melhor criação, produçãoe superação das limitações, lançamosrecentemente um programa quedisponibiliza uma rede integrada decomunicação para videoconferência em89 localidades, operada no sistemaInternet e de alta velocidade, a serviçodos professores da rede pública deensino no Estado de São Paulo.

A iniciativa, denominada “Rede doSaber” é um serviço essencial para onosso programa de formação con-tinuada dos educadores, que objetiva umconstante crescimento técnico, inte-lectual, emocional e afetivo, espe-cialmente num Estado com 645 muni-cípios. Esse compartilhar de vivências eexperiências que a “Rede do Saber”proporciona nos permitirá aprofundar oconhecimento do professor nas situa-ções de aprendizagem e as contra-dições vividas nas salas de aula.

Ao contrário da máquina do tempodo filme de Zemeckis, nossa “Rede do

Saber” só tem aspectos positivos. É umaprova de que a Internet expõe uma faceinteressante do homem. Ele foicompetente em converter a sua idéiaindividualista em algo capaz de tornar asociedade mais comprometida com odesenvolvimento dos cidadãos. É isso: épreciso transformar sonhos em realidade– sempre com responsabilidade evisando, sobretudo, o bem coletivo.

Tecnologia do bemGabriel Chalita

Gabriel Chalita, professor e escritor, éSecretário de Educação do Estado de SãoPaulo e presidente do Conselho Nacional deSecretários Estaduais da Educação –CONSED.

INTERNET

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É necessárioconsiderar a

educação como umprocesso que se

constrói

Muitas mudanças estão ocor-rendo nos dias de hoje. Para todo ladoque olharmos, poderemos perceber quealgo novo está surgindo e muitasbarreiras - principalmente as geo-gráficas e as político-econômicas –estão deixando de existir. Estamos noepicentro de uma grande transfor-mação da sociedade e não é umfenômeno nacional, mas sim de âmbitomundial. Se pudéssemos nos afastardo planeta, numa viagem atemporal eobservar o desenvolvimento da hu-manidade como um todo, iríamosperceber que isso não é nenhumanovidade. Segundo um dos grandespensadores atuais, Peter Drucker(1997), a cada duzentos ou trezentosanos tem ocorrido uma reorganizaçãona história ocidental que muda a visãode mundo, os valores básicos, aestrutura social e política, as artes e asinstituições mais importantes dessasociedade. Em apenas cinqüenta anos,diz Drucker, existe um mundo novo eas pessoas nascidas nele nem con-seguem imaginar o mundo em queviviam seus avós.

Dentro desse mundo novo quese delineia, uma vertente que ganhaforça é o uso de tecnologia em pra-ticamente todos os setores da vidahumana. Uma tecnologia que sedesenvolve muito rapidamente. Esseavanço tecnológico permitiu que osmeios de comunicação de massaatingissem um número cada vez maiorde pessoas. A globalização da tec-nologia garante que pessoas de todosos pontos do planeta se comuniquemrapidamente. Isso permite que umacontecimento que se passa num pontoqualquer da Terra possa ser assistido,simultaneamente, por milhares depessoas no mundo inteiro. Até mesmoquem não aprendeu a palavra escritatem condições de compreender omundo, visto que alguns dos meiosmodernos de comunicação privilegiama percepção visual. Além dos com-putadores, principal instrumento destaevolução, o cinema, a televisão, osjornais, as revistas e os cartazesassociados à escrita, à música e aosom, permitem essa compreensão.

É nesse contexto que a nossa

tarefa de educadores se torna maiscomplexa. Já não basta educar ohomem para a comunidade em queestá inserido, mas sim prepará-lo parao mundo do qual ele participará. Nãobasta somente alfabetizá-lo mas simestimular-lhe todos os sentidos. Aabstração, a correlação de conhe-cimentos e a seleção de informaçõesadequadas tornam-se imprescindíveispara nos mantermos atuantes, in-terrelacionados à sociedade mundial.Pode-se perceber assim a informaçãocomo um dos fatores mais importantesna atual civilização.

O processo de ensinar implicaindicar, mostrar, a fim de estimular ocrescimento do aluno, de forma di-nâmica e libertadora. Deve-se propiciaratividades de aprendizagem, esti-mulando-o com recursos adequados,verificando sempre as condições deeficácia da utilização do recurso noinstigamento dessas atividades. E aquio papel do professor não pode seresquecido, pois ele é o orientador desseprocesso de organização das infor-mações mais relevantes a seremselecionadas pelos alunos.

Nesse contexto, a transmissãopura e simples do conhecimento doqual o indivíduo é receptor já não basta.É necessário estimular a busca demétodos e recursos que possampropiciar ao indivíduo condições decriar o conhecimento, de acordo comsua necessidade.

No entanto, vivemos um períodode contradições. Enquanto por um ladouma tecnologia altamente desenvolvidajá está disponível, proporcionandocomunicação e lazer atraentes -televisão, vídeo-game e computador -na maioria das escolas, em todos osníveis, os recursos ainda estão restritosa lousas e gizes. As aulas continuam

tradicionais, centradas no professor,como detentor do conhecimento,fazendo com que a educação, nessasescolas, fique aquém das reais ne-cessidades do mundo atual.

É preciso mudar esse cenário.Devemos acompanhar a evolução datecnologia. Se não o fizermos, cor-remos o risco de formar um homem ina-dequado ao mundo em que viverá. Acompetitividade ferrenha do mercadoatual mostra que aqueles que nãodominarem, entre outras coisas, astransformações tecnológicas, estarãose candidatando a viver à margem dasociedade. A Escola tem de repensarconceitos como os de ensino e deaprendizagem e buscar alternativas, oque não significa que haja receitasprontas a serem aplicadas, visto queas mudanças não cessam. Ela precisaoferecer aos alunos aspectos da culturauniversal e essencial ao seu de-senvolvimento pessoal, em todos osníveis. É preciso haver dinamismo, épreciso haver significância, é ne-cessário considerar a educação comoum processo que se constrói à medidaque o sujeito incorpora aos conhe-cimentos que já tem, novos conhe-cimentos, dotados de significado paraele (Ausubel, 1978). Assim, aprendernão é mera reprodução, mas acres-centar, fazendo nascer o novo.

Dentro desta análise, pode-severificar que a utilização da tecnologiaé, hoje, um importante recurso para oensino e aprendizagem. E cabe aoprofessor levá-la ao aluno. Contudo,para que possa realizar bem essatarefa, o professor tem que dominaressa tecnologia.

Educação e tecnologiaVagner Zaramello

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUSUBEL, D. P. Psicologia educativa: um puntode vista cognoscitivo. México: Trillas, 1978.

DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. 7. ed.,São Paulo: Pioneira, 1997. Coleção NovosUmbrais.

Vagner Zaramello é mestre em Educação,Diretor do Instituto de Formação e Aper-feiçoamento Profissional e Empresarial –INFAPE. Professor da Universidade Braz Cubasem Mogi das Cruzes e da Faculdade Ban-deirantes, em Suzano.

NOVOS RUMOS

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Em 1981, durante o AIPD – AnoInternacional das Pessoas Deficientes,surgiram as primeiras publicações sobreo uso de computador na reabilitação depessoas com deficiência e tambémcomo ferramenta utilizada em suasatividades escolares e profissionais.Mas se pensando em Brasil, isto aindaera um recurso utópico.

Decorridas duas décadas, ainformática foi se aprimorando e osmeios para se adquirir tais equi-pamentos também foram se ampliando.

Em Mogi das Cruzes, alunosportadores de deficiência visual da EEPedro Malozze descobriram em julho de1997 a existência de softwares sin-tetizadores de voz que possibilitam aodeficiente visual acesso ao mundoinformatizado.

Foram realizadas no início de 98,visitas em locais de São Paulo (CAPE,LARAMARA), onde conheceram deperto e se encantaram com as possíveisaplicabilidades do recém descobertomundo virtual.

Hoje a Sala de Recursos paraDeficientes Visuais da Escola PedroMalozze em Mogi das Cruzes, possui02 micros computadores, 02 impres-soras à tinta, 01 scanner, acesso à In-ternet e 02 tipos de softwares es-pecíficos para o usuário deficiente visual,recursos educacionais disponíveis paraos inscritos nesta modalidade de

atendimento, sendo atualmente a únicaunidade escolar em toda a Região doAlto Tietê.

Softwares específicosO grande avanço tecnológico

verificado nos últimos anos vem pro-porcionando, também à EducaçãoEspecial, recursos valiosos para oprocesso ensino e aprendizagem,inclusive com a utilização de equi-pamentos de informática. Entre essespodemos destacar:

- Circuito Fechado de Televisão(CCTV): é um sistema de leitura queamplia até 60 vezes o tamanho doscaracteres;

- Braille Falado: microcom-putador, disposto de sete teclas atravésdas quais o aparelho pode ser operado,imprimindo no sistema comum ou embraille. Este equipamento , conectadoa um microcomputador, pode serutilizado como sintetizador de voz;

- Periféricos disponíveis para usoem microcomputadores:

- Terminal Braille (Display Brail-le): representa, em uma ou duas linhas,caracteres braille correspondentes àsinformações exibidas em um monitor.

- Impressora Braille: existemdiferentes tipos de impressoras Braille,seja para uso individual ou paraprodução em larga escala.

- Scanner de mesa: a trans-ferência de textos impressos paramicrocomputador vem alcançandoampla utilização entre profissionais eestudantes portadores de deficiênciavisual. O texto digitalizado pode ser li-do através de um sintetizador de voz

Informática na deficiência visualRoberta Moretti da Silveira Guedes

Alunos da EE �Pedro Malozze� conhecendo aimpressora Braille

comum ampliada.- Software sintetizador de voz:

uma vez instalados no microcomputa-dor, permite a “leitura falada” dasfunções e informações exibidas na tela.

- Virtual Vision: software quepermite ao usuário deficiente visualutilizar as funções do ambiente win-dows, inclusive navegar pela Internet.

- DOSVOX: programa desen-volvido na Universidade Federal do Riode Janeiro – UFRJ. O DOSVOX acabouse configurando como o primeirosistema de sintetizador vocal de textosgenéricos na língua portuguesa.

Em um encontro realizado naUSP, o Prof. Borges declarou: “O Brasilpode se orgulhar de ser um dos paísesem que os cegos têm mais facilidadede acesso à informática. Se con-siderarmos um horizonte de 150 milcegos (que provavelmente o paíspossui), o fato de se ter 3 mil usuáriosou mais (2% da população cega)efetivamente usando intensamente ocomputador, com mil usuários naInternet – num país que enfrenta tantosproblemas econômicos – é defini-tivamente uma conquista”.

Fica então a mensagem: “Não hábarreiras que o ser humano não pos-sa transpor”. (Helen Keller – deficientesurda-cega).

Roberta Moretti da Silveira Guedes épedagoga especializada em educação ereabilitação de deficientes, professorada EMESP “Profª Jovita Franco Arouche”e da Sala de Recursos para DeficientesVisuais da EE “Pedro Malozze”

Aluno manuseando computador com o DOSVOX

(software que faz o computador falar)

TÉCNICA MODERNA

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Foi pensando sob a ótica de queas novas tecnologias são nada mais que“atividades humanas e sociais,intrinsecamente ligadas à história daslutas da humanidade para a superaçãodos limites biológicos e para a criaçãode um mundo social mais democrático.”(... revista Ofício de professor : 80), quechegamos a constatação da importânciado uso do computador na aprendizagem.

Neste milênio, a chave de umbom trabalho institucional, como é ocaso da escola, está intimamenteligada às parcerias.

Graças a um trabalho conjuntoentre direção, professores e funcionários,nossa escola usufrui desse benefício,contando com a parceria preciosa daEmpresa Furnas - Centrais Elétricas S/Ade nossa cidade, desenvolvendo oProjeto “Futuro com Energia”.

Descobertas na tela dos computadoresEssa colaboração importantís-

sima veio nos colocar em contato como uso da tecnologia dos computadores,em benefício da aprendizagem dosnossos alunos.

Este trabalho é todo feito com autilização de jogos interativos, onde osalunos resolvem desafios enfocandotodas as disciplinas, utilizando oraciocínio, a atenção e a percepção.

As aulas de informática vêmtrazendo entusiasmo e resultadosexcelentes de avanço no processoensino-aprendizagem.

Os jogos no computador sãoatraentes, desafiadores e reforçam osconteúdos trabalhados em sala deaula, de acordo com as séries e osníveis de cada sala.

É gratificante notar como osalunos desde os mais jovens, até os que

Giane Nunes de Mello, professora da EM“Prof Ana Maria Barbosa Garcia”

Informatizando nossa escola

Rosangela Miranda Souza e Silva, professorada EM “Profª Ana Maria B. Garcia”

Desde que o homem pisou na lua,a tecnologia vem avançando cada vez mais.

Hoje, a inteligência artificialdetermina ações nas fábricas, super-mercados, lojas, etc... Nossa imagempercorre por fibras ópticas. Microscópiosdesvendam a estrutura do átomo.

É impossível fugir do mundocomputadorizado. Vemos robôs imi-tando ações humanas, satélites fo-tografam e transmitem imagens do sole das estrelas.

A globalização mundial é umarealidade. Mediante a todo este contexto,há uma necessidade quase que vital deconhecermos este mundo tão fascinante.

Foi com esse objetivo, que aequipe da EM Profª Ana Maria BarbosaGarcia, sentiu necessidade de mostraraos seus alunos um pouco deste mundoque tanto fascina os homens. Mas paraque tudo isto se transformasse emrealidade, foi necessário pensar em umaparceria e, após várias tentativas, aEmpresa Furnas -Centrais Elétricas S/Atornou-se nossa parceira. Assim nasceuo Projeto “Futuro com Energia”, queproporciona aos alunos uma integraçãocom o mundo digital.

Aos nossos alunos do ensinofundamental e educação de jovens e

adultos, foi oferecido o curso básico deinformática.

Houve um grande avanço naaprendizagem dos alunos, pois além dasala de aula, lousa, giz e livros,passaram a ter contato com o mundoinformatizado, onde não há cadernos esim computadores e programas onde elesaprendem e se divertem.

Cada série passou a desenvolveratividades onde os jogos não só es-timulam o raciocínio, mas exigem umconhecimento interdisciplinar, cor-respondente à série que freqüentam.

Parceria favorece a inclusão digitalDEPOIMENTOS

Alunas da EM �Profª Ana Maria Barbosa Garcia�

Simultaneamente, os alunosadquirem mais segurança, espon-taneidade e agilidade.

Para nós, professores, a parceriatrouxe ferramentas de trabalho eenvolvimento. Para os alunos, trouxeconhecimento, oportunidades, rea-lizações e sonhos.

Parceria, uma experiência bemsucedida, que nos leva rumo a umfuturo promissor.

participam da educação de jovens eadultos ficam ansiosos e eufóricos,esperando o dia “da aula nos com-putadores”.

Antes, em sua grande maioria,nunca esses alunos haviam tidocontato com essa máquina.

Agora, é nossa função, comomembros ativos dessa equipe escolar,dar continuidade a esse trabalho tãovalioso, mostrando aos alunos que atecnologia e a Internet são mecanismoscriados pelo homem para o seu be-nefício e que quando bem utilizadostrazem uma qualidade de vida almejadapor todos.

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Parceria favorece a inclusão digital

Aluno e professora da EM �ProfªAna Maria

Barbosa Garcia� - E.J.A.

Monitor de informática e aluno da Educação de Jovens e Adultos

Depoimentos de alunos da EJA -Depoimentos de alunos da EJA -Depoimentos de alunos da EJA -Depoimentos de alunos da EJA -Depoimentos de alunos da EJA -Educação de Jovens e AdultosEducação de Jovens e AdultosEducação de Jovens e AdultosEducação de Jovens e AdultosEducação de Jovens e Adultos

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Certa vez me perguntaram porque escolhi ser auxiliar de desen-volvimento infantil em creches? Res-pondi prontamente: - Gosto decrianças. E então veio a réplica: -Gostar não é o suficiente.

É realmente, gostar não é tudo,mas penso eu que gostar seja o fatormais importante.

O que mais ajudaria a suportara desgastante rotina diária de um CCII- Centro de Convivência Infanti lIntegrado senão o amor e carinho quededico ao meu trabalho?

Mais que um local de ensino erecreação um CCII é um lugar onde seaprendem coisas da vida prática, e éjustamente neste ponto que a escola seconfunde com a casa da criança, aquinão se aprende o verde e o amarelo, adireita e a esquerda, numeral e letras.Aqui se aprende que há horários paracada coisa e eles devem ser cumpridos,pois temos muitas atividades para seremfeitas durante o dia. Depois do almoçoé necessário descansar um pouquinho,porque estamos apenas na metadedo dia e ainda vamos brincar noparque, mexer nas tintas, recortare desenhar, mas também vamostomar banho e lavar atrás dasorelhas, escovar os dentes eaprender que devemos dardescarga e lavar as mãos depoisque usamos o banheiro.

Brigar com o colega, gritar efalar com a boca cheia não pode, é muitofeio. Educação é o ponto, num CCII maisdo que educação escolar ensina-seaquela educação que geralmenteaprende-se em casa. Transmitimosvalores morais, damos e recebemoscarinho e afeto. As relações com ascrianças são tão intensas e estreitasque aqui nós educadoras somosrealmente “tias”. Formamos uma famíliaque se encontra de segunda a sexta,faça chuva ou faça sol.

Essa rotina é dura, cansativa etão estressante para nós quanto para ascrianças. Levamos a vantagem de quenão estamos aqui apenas por queprecisamos, mas porque queremos egostamos (pelo menos é assim quedeveria ser), enquanto eles estãoporque precisam. E não importa o queprecisam, seja alimentação, cuidados ouatenção, o mais importante é que dosportões para dentro todas asnecessidades delas, são responsa-bilidades nossa e prioridades que devem

Onde a escola se confunde com a casaAna Clara Camargo de Moraes

Ana Clara Camargo de Moraes é Auxiliarde Desenvolvimento Infantil do CCII“Profª Haydée Brasil de Carvalho”

ser supridas acima de tudo com amor,pois são estes conceitos de respeito,ordem, cidadania além da boaalimentação, cuidados com a higienee a educação escolar, que vão de-terminar o que essas crianças serãodos portões para fora.

Conscientes da importânciado nosso trabalho é que devemos terpor base o amor, pois é estesentimento que nos impulsiona abuscar o aperfeiçoamento do nossotrabalho e nos ajuda a ter paciência etolerância para superar e muitas vezesa submeter-nos a muitas dificuldadesda rotina de um CCII.

Somente com amor é queconseguimos tornar o dia a dia pra-zeroso, tanto para nós quanto para ascrianças, pois para muitas de nós estarotina dura uma vida toda de trabalho epara muitas dessas crianças ocupa osprimeiros anos de suas vidas e nadamais justo, tanto para elas como paranós que sejam longos os dias, mas quesejam dias de alegria.

ALIANÇA CULTURAL

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Em 20 de maio, a Prefeitura deMogi das Cruzes lançou o “Plano deExpansão do Atendimento emCreches”. Integram o Plano trêsprojetos: Instalação de Centros deEducação Infanti l Comunitários,construção de dois prédios paracreches e convênio com aAssociação Comercial e Sindicatodos Trabalhadores no Comércio.

Este Plano permitirá o aten-dimento a 700 crianças em 2003 emais 160 em 2004.

Centros de Convivência InfantilComunitários

São 14 unidades, com início defuncionamento previsto para até agostode 2003, após processo de autorização,e funcionarão através de convênio a serfirmado pela Prefeitura Municipal cominstituições filantrópicas comunitárias,em sua maioria Associações de Mo-radores. Os Centros serão instalados emdiversos bairros, conforme a necessidadedo local e o interesse das lideranças emassumir o trabalho.

Ampliação do atendimento em crecheSerão atendidas crianças com até

5 anos, filhas de mães que trabalhamfora de casa. As entidades responsáveispor estes CEICs farão as matrículas dascrianças de suas comunidades bemcomo a contratação de pessoal para oatendimento a elas.

O módulo de profissionais seráconstituído por um Dirigente Co-munitário (que poderá ser o presidenteda entidade ou outra pessoa indicadapela diretoria da instituição), umpedagogo, uma professora, duas outrês auxiliares de desenvolvimentoinfantil (dependendo do número decrianças matriculadas), uma cozinheirae um ajudante geral.

Estas entidades receberão sub-venção mensal de R$ 94,00 por criança emais R$ 500,00 para manutenção da sededa unidade escolar. A Prefeituradisponibilizará, ainda, mobiliário eequipamentos, a título de permissão de uso.

Atendimento às comerciáriasAlém dessas 14 unidades, está

previsto convênio com a AssociaçãoComercial e o Sindicato dos Tra-balhadores no Comércio de Mogi dasCruzes para o funcionamento deCreche que atenderá filhos de co-merciárias. Serão 50 vagas em 2003 emais 50 vagas em 2004. Este convênioserá submetido à aprovação da Câ-mara Municipal.

Os novos prédiosEstão sendo projetados pela

Secretaria de Planejamento dois prédiospara Creches, a serem construídos naVila Estação e em Nova Jundiapeba.Cada prédio atenderá 100 crianças efuncionará através de convênio a serfirmado pela Prefeitura Municipal cominstituições filantrópicas comunitárias

Reunião de orientaçãotécnica para dirigentes

comunitários ecoordenadores

pedagógicos dosCentros de Educação

Informal comunitários

INVESTIMENTOS

B Crechesjaneiro 2001: 32

até 2003: +17

Total: 49

+ 53%

� Alunosjaneiro 2001: 3.655

até 2003: +1.521

Total: 5.176

+ 42%

Expansão 2001 a 2003

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A Secretaria Municipal de Edu-cação, através de uma parceria comFurnas Centrais Elétricas S.A., firmadaano passado, pode oferecer ao EnsinoFundamental da Rede Municipal umaalternativa de ver e entender o MeioAmbiente de forma mais fácil e bemdivertida, porém com muita seriedade.

Com o apoio da Fundação Ro-berto Marinho e o Instituto AntonioCarlos Jobim, recebemos farto materialintitulado “A Natureza da Paisagem” e“Tom da Mata”, para enriquecermos asnossas atividades em sala de aula, oque veio contribuir para que nesteperíodo em que se é “lembrado” e“comemorado” o Dia Internacional doMeio Ambiente, as escolas municipaispudessem estar sempre antenadas aonosso Meio Ambiente.

Sempre é bom lembrar que nemsempre de datas comemorativas é quevive o meio ambiente.

O resultado desta parceria podeser v isto na exposição que foirealizada no Mogi Shopping, para aqual fomos convidados pela Comissãoda Agenda 21 da Serra do Itapety,onde apresentamos trabalhos quemostram o quanto nossas criançasentendem do assunto.

Vale ressaltar que as escolas deEducação Infantil também se em-

No rumo certoMEIO AMBIENTE

Exposições de trabalhos realizados nas escolas marcaram aSemana do Meio Ambiente

Aluno Marcos Bibiano, da EM�Prof Etelvina Cáfaro Salustiano�1º Lugar no tema �Lixão e AterroSanitário� - III Concurso �Crie eRecrie�, promovido pela OAB de

Mogi das Cruzes, com suaprofessora Denise MaraFernandes da Cunha

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penharam e desenvolveram em suasunidades escolares, exposições detrabalhos e atividades com a co-munidade a fim de despertar a sen-sibilização e conscientização ambiental.

Continuando no caminho dasparcerias, as EMs “Monteiro Lobato” e“Rio Abaixo” firmaram junto ao SOSMata Atlântica, uma fusão para par-ticiparem do Projeto “Mãos à Obrapelo Tietê”, que faz parte do “Pro-grama de Despoluição do Rio Tietê emsua fase II”.

Novamente, em participação no IIIConcurso “Crie e Recrie” da Ordem dosAdvogados do Brasil - Mogi das Cruzes,as escolas municipais se empenharame demonstraram que realmente estãoafinadas com o tema Meio Ambiente,acalentando os três primeiros lugaresnas modalidades: experiência e cartazpara alunos e experiência paraprofessores.

Acredito que estamos no rumocerto, plantando de forma correta umasementinha para que cresça aprumadae forte, dando frutos maduros, visandoalimentar uma esperança para asgerações futuras.

No rumo certo Ricardo Arouca Junior

Ricardo Arouca Junior é Biólogo, pós-graduado em Gestão Ambiental – USP,Coordenador do Programa de EducaçãoAmbiental da Secretaria de Educação.

Exposições de trabalhos realizados nas escolas marcaram aSemana do Meio Ambiente

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Festa do Divino Espírito SantoFoi grande o envolvimento das

escolas públicas e particulares, naFesta do Divino Espírito Santo.

Professores, alunos e pais montaramSub-Impérios nos espaços escolares,

arrecadaram alimentos para seremutilizados na quermesse e

participaram da Entrada dosPalmitos.

Ao lado: Abertura do Sub-Império da EM �AntonioNacif Salemi�

Abaixo: EM �Profª MathildePires de Campos Masci�

crianças seguram pombas,símbolo do Espírito Santo e

abertura do Sub-Império

Dia do DesafioNo último dia 28 demaio todo mundoparou, pelo menos15 minutos, para

lembrar aimportância daatividade física

para o corpohumano

RELIGIOSIDADE

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Este é o nome do programa aoqual a E.M. “Monteiro Lobato” acabade filiar-se, no intuito de cumprirjunto à sociedade seu dever deconscient ização em relação àsquestões ambientais.

O Projeto “Mãos à obra peloTietê” faz parte doprojeto “Observando oTietê”, que surgiu daintegração de esforçosda Rádio Eldorado,Fundação SOS MataAtlântica e NúcleoUnião Pró-Tietê, quedesde 1991 preocu-pam-se com a edu-cação ambiental emnosso país.

Em 1993, oNúcleo União Pró-Tietê iniciou sua pro-posta de educaçãoambiental e mobili-zação, que congre-gou diversos seg-mentos sociais e en-volveu 78 grupos demonitoramento, aolongo dos municípios ribeirinhos da baciado rio Tietê. A observação da qualidadedas águas do rio desencadeou umprocesso participativo de integração coma comunidade, transformando-os emagentes multiplicadores das questõesambientais na sua sub-bacia, região emunicípios.

O que significa fazer parte do“Observando”?

Essa proposta de educaçãoambiental e mobilização social, daqual a E.M. “Monteiro Lobato” passaa fazer parte, é uma forma inovadorade participação da sociedade civil nagestão ambiental.

Alunos, pais, professores ecomunidade escolar em geral, terão aoportunidade de prestar atenção nonosso meio ambiente, em especial noRio Tietê e Ribeira, e seus principaisafluentes no município em que vivem,e nos demais espaços que os cercame, a partir dessa observação, se poderáidentificar e compreender os principaisproblemas que afetam a todos, para

buscar o encaminhamento de soluçõesintegradas que possibilitem a melhoriada qualidade de vida e o uso eco-logicamente correto dos recursosnaturais, além de acompanhar de formapermanente o processo de despoluiçãodo Rio Tietê e a manutenção da qua-

lidade ambiental do Rio Ribeira deIguape. Isso significa fortalecer eexercitar a cidadania na busca dodesenvolvimento sustentável.

Trata-se de uma equipe de 300grupos de monitoramento ao longo daBacia Hidrográfica do Rio Tietê e mais130 grupos da Bacia Hidrográfica doRio Ribeira de Iguape.

A E.M. “Monteiro Lobato” for-mou, junto com sua equipe escolar eos membros do Conselho de Escola,um desses 300 grupos de moni-toramento e quinzenalmente fará acoleta da água do Rio Tietê, além derealizar diversos testes que irãofornecer dados para que possam serelaborados painéis informativos erelatórios sobre a qualidade da águadeste importante rio.

A primeira coletaNo dia 23 de maio de 2003, foi

realizada a primeira coleta da água doRio Tietê. Pais, alunos, professores ealguns funcionários da E.M. “MonteiroLobato” foram até às margens do rio,

que encontram-se próximas à unidadeescolar, para coletar uma amostra deágua. Neste momento, as criançaspuderam observar a vegetação local, osanimais e peixes presentes, além dediscutir, junto com seus pais e pro-fessores, questões como o lixo acu-

mulado às margensdo rio e a im-portância da água emnossa vidas.

Retornando àescola, os alunospuderam presenciaruma bateria de testesrealizados pela di-retora com a amostrada água coletada.Estes testes são umconjunto deparâmetros físicos (cor,material flutuante e se-dimentado, cheiro,turbidez, etc) e quí-micos (presença deoxigênio, nitrogênio,fosfato, coliformesfecais, valores dePH e DQO) que

permitem avaliar o nível de qualidadeda água do rio.

Os resultados dos testes são en-viados à equipe técnica do Projeto “Mãosà Obra pelo Tietê”, via e-mail.

PARCERIASEsta é a primeira das parcerias

que a E.M. “Monteiro Lobato” faz nointuito de alcançar o sucesso em seuProjeto Político Pedagógico, quetrabalhará, ao longo dos próximosquatro anos, todos os aspectos daEducação Ambiental.

Outra parceria extremamenteimportante trata-se do apoio semprepresente da equipe do CEMFORPEem especial do professor RicardoArouca Junior.

Dessa maneira, damos os pri-meiros passos na busca da qualidadede vida que tanto buscamos paranossos alunos e para a sociedadecomo um todo.

Mãos à obra pelo Tietê

Texto escrito pelos professores da

EM “Monteiro Lobato”

Pais e alunos na coleta de água do Rio Tietê: preservação e conscientização

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

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Apesar de toda transformaçãotecnológica que a nossa sociedade vemsofrendo, ainda é possível verificar naprática docente algo enraizado emantigas propostas de ensino, na qual oaluno é apenas um receptor de con-teúdos e deve aceitá-los e reproduzi-los, da mesma maneira que os recebeu.

Dentro dessa perspectiva pre-cisamos repensar a prática docente.Nossos alunos devem ser constan-temente estimulados a pensar, aquestionar e principalmente a refletir.

A Filosofia para crianças trazuma nova visão no sentido de atingiresses objetivos, pois a criança deveestar constantemente em contato como mundo que a rodeia e dele fazer partede maneira questionadora.

Procuramos demonstrar comisso, novas maneiras de construir opensamento e a reflexão, a partir deuma prática docente transformadora,pois as crianças também sentem anecessidade de encontrar sentido,significações nas ações cotidianas;relações sociais; interpessoais e naprópria existência. Ela, como osadultos, procura entender as coisasque acontecem ao seu redor demanei ra quest ionadora. Estaaguçada curiosidade e o espantodiante de novas descobertas fazemparte do universo infantil.

Este pensar, aparentementecomum, poderia ser interpretado como umpensar filosófico. Para isso, é necessário

acrescentar-lhe um rigor intelectual.A proposta de desenvolver a

essência de um pensar filosófico nosprimeiros ciclos do ensino fundamentalpoderá colaborar para um maior

Essa construção nada mais é doque elaborar com seus alunos meios deenvolvimento com a ação educativa,levando-os à construção de seusconhecimentos a partir da prática

Pensar Filosófico:Denise Matheus

instrumento básico para melhoria da qualidade de ensino

Denise do Carmo Matheus dos Santos éprofessora da EM “Prof. Afonso Caporali Filho”Professora Denise com alunos da sua classe

PROPOSTA

Método de ensino visa o desenvolvimento do saber através de ações educativas

desenvolvimento cognitivo dos alunos, apartir de uma aprendizagem significante.

A partir daí, verifica-se que cabeao educador proporcionar um climafavorável à aprendizagem, de maneiraa envolver seus alunos num contextomágico e in terpessoal dainvestigação filosófica.

A oralidade também é fatorprimordial para esse desenvolvimento,bem como, o saber escutar, o saber agir,o saber intervir, mas indiscutivelmente osaber construir.

significativa dos conteúdos abordados edesenvolvidos em sala de aula.

A prática filosófica não é asolução para todos os desafios de umeducador, mas o início de uma novaprática educativa, na qual oquestionamento e a base para sefundamentar tudo o que se possadesenvolver dentro de uma sala de aula.

O que deve ficar bem claro é quea filosofia para crianças não pode serentendida como uma matéria a mais nocurrículo das crianças dos ciclos iniciaisdo Ensino Fundamental, mas deveperpassar por todas as disciplinas,buscando dar subsídio para o en-tendimento da significação contida emcada conteúdo curricular desenvolvido.

Proporcionar aos alunos a pos-sibilidade de aprender com significado édar o verdadeiro letramento aos mesmospara que de posse desses, o alunopossa exercer suas funções sociais comdignidade e criticidade.

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Ao se preparar na vida e para avida todo ser humano tem suas crençase com base nelas seus pensamentos esentimentos refletem em atitudes.

A escola se tornaria vazia eineficiente se omitisse em resgatarcertos valores adormecidos na cons-ciência humana. Por esse motivo torna-se essencial refletir o mundo atual,fortalecer e renovar, as crenças in-seridas no processo educacional,possibilitando a formação integral denossos alunos.

Nesta perspectiva a EM “ProfªMathilde Pires de Campos Masci”desenvolve o projeto VIVE - VivendoValores na Escola.

O VIVE é uma proposta daOrganização Brahma Kumaris, sem finslucrativos, instituição não governa-mental, e sem nenhuma ligaçãoreligiosa, apoiada pela Unicef e Unesco,e desenvolvido em mais de 60 países.

Este projeto VIVE surgiu paracelebrar o 50º aniversário das NaçõesUnidas, onde um grupo de Educadores,de várias partes do mundo, se reu- niram,para partilhar suas experiências detrabalhar com valores.

VIVE tem como objetivo trabalharas crianças e fazer com que os paisresgatem muitos dos valores esque cidos.

Todo o trabalho é direcionado paraque os alunos, ao longo de suas vidas,aprendam e coloquem em prática osvalores que são os facilitadores essenciaispara a integração e convívio social.

Os valores chave são: Paz,Respeito, Amor,Responsabilidade,Felicidade, Cooperação,Honestidade, Humildade,Tolerância, Simplicidadee União.

Esses valoresacima citados estãosendo trabalhados atravésde: reflexões, histórias,conversas, canções,brincadeiras, criações(desenho, pintura, etc...) econtinuam a serreforçados naturalmenteno cotidiano.

Vivendo valores na escola

Texto elaborado pelas professoras da EM“Profª Mathilde Pires de Campos Masci”

Pais, alunos e professores da Escola Matilde Pires Masci: visita à Casa da Criança - N. Sra. Santana

Sabemos que a aplicação totaldesta proposta não findará no períododa Educação Infantil, mas se estenderápor toda a existência do aluno.

Podemos perceber que os va-lores são incutidos no ser humanodesde a fase de bebê e, às vezes,com o passar do tempo f icamadormecidos, mas para que venhamá tona basta a vontade própria detransformar e modificar.

Por isso, este projeto “VIVE” éuma filosofia de vida.

É desta forma que nós, destaUnidade Escolar, fazemos deste tra-balho uma semente forte e pronta agerminar, auxiliando assim no cres-

CIDADANIA

cimento, desenvolvimento e na escolhado aluno; de modo que ele venha asentir-se preparado para integrar acomunidade com respeito, confiança,propósitos sociais positivos; tornando-se um adulto consciente e um agentemultiplicador no ambiente em que estáinserido: Família, Comunidade e Escola.

Após quatro valores já traba-lhados, sentimos que a sementeplantada começa a germinar em nossosalunos, de uma maneira mais cons-ciente refletindo nas atitudes rotineirasda escola X família.

Nosso desejo e certeza de quepara termos um mundo melhor nãocusta muito, depende de cada um denós Educadores absorvermos essesvalores e multiplicá-los...

A aplicação deste projeto emnossa Unidade Escolar, só foi possívelcom o total apoio da Secretaria Mu-nicipal de Educação.

Para Refletir:“Está em nossas mãos esta-

belecer uma nova forma de vidainspirada em uma cultura de paz, amor,cooperação, liberdade e felicidade”.

Crianças participam de campanhas sociais: desenvolvimento deações comunitárias, que visam a valorização do cidadão

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Nosso projeto de Artes Visuaissurgiu após uma visita à Pinacoteca doEstado, que por sua vez, fazia parte deum outro Projeto, chamado “PasseiosEducativos”.

Ao nos darmos conta do des-lumbramento sentido por nossos alunosfrente a um “novo mundo” que sematerializava aos seus olhos, nosapercebemos do hiato existente naformação educacional do brasileiro, oqual não estimula o contato com a Arte,tampouco visitas a espaços culturais,como museus e mostras artísticas, emque são expostos produtos históricosacumulados pela humanidade nodecorrer dos tempos.

O objetivo em se trabalhar comum projeto de Artes Visuais não visa aformação de pequenos artistas, mesmoporque em nossa escola não há umprofissional com formação em Edu-cação Artística e tampouco comconhecimentos em atividades plásticas.Na verdade, somos em relação aosnossos alunos, apenas parceiros maisexperientes, e, portanto, precisamosconstruir nosso conhecimento a partir depesquisas bibliográficas, sites da

�Fazendo Arte na Escola�EXTRA-CURRICULAR

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internet, entre outros, que nos pro-porcionem o devido embasamento parao desenvolvimento de nosso trabalho.

O que pretendemos é desen-volver em nossos alunos o apreço pelaarte, enxergando-a como uma im-portante forma de expressão, seja dossentimentos vivenciados pelo artista ouda realidade circundante que encantaou incomoda... “A imaginação é cer-tamente uma faculdade que devemosdesenvolver, e só ela nos pode levar àcriação de uma natureza mais exal-tadora e consoladora do que o rápidoolhar para a realidade(...) nos deixaperceber.” V. Van Gogh.

Ao proporcionarmos à criança ocontato com o mundo da arte, des-pertando emoções e sentimentos orade agrado, ora de desagrado, estamospermitindo-lhe desenvolver sua ca-pacidade de julgar, admirar e apreciar.

Nossa proposta consiste empesquisar alguns artistas e suas obras,trabalhando a arte de forma inter-disciplinar, valorizando a produção dosalunos e o trabalho coletivo. Uma dasimportantes ações a serem realizadasdurante o ano é o retorno à Pinacotecado Estado, o qual irá contribuir para oenriquecimento do projeto, pois a-creditamos que essa visita será bemmais produtiva que a anterior.

�Fazendo Arte na Escola�

Márcia Leal de Almeida Guilherme eSilmarli de Souza Mello Soares sãopedagogas e professoras na EscolaMunicipal “Prefeito Maurílio de Souza LeiteFilho”.

Márcia Leal de Almeida Guilherme e Silmarli de Souza Mello Soares

Hoje nosso trabalho fica muitomais fácil, pois sabemos onde que-remos chegar e os caminhos quedevemos percorrer. Talvez, isso se devaao fato de trabalharmos em equipe, umavez que, estamos sempre discutindo oquê e como iremos realizar as atividadespertencentes aos conteúdos quenecessitam ser desenvolvidos durantecada etapa, apoiando-nos em nossa“mola mestra” , que são as Artes Visuais.

E, estando bem claro nossoobjetivo, temos condições de “provocar”em nossos alunos uma observação maiscrítica ao apreciar as obras de arte, umavez que isso só poderá ocorrer a partirde conhecimentos prévios.

É gratificante quando perce-bemos que os alunos reconhecempersonalidades tão importantes como DiCavalcanti, Tarsila do Amaral, Portinari,

entre outros, os quais deixaram-nosgrandes obras, não só para seremadmiradas do ponto de vista estético,como também para serem questionadasquanto ao momento histórico em queforam realizadas. O artista expressa emsua criação suas satisfações einsatisfações com relação à sociedadeem que está inserido... “As Artes Visuaissão linguagens, e, portanto uma dasformas importantes de expressão ecomunicação humanas, o que, por si só,justifica sua presença no contexto daeducação, de modo geral, e naeducação infantil, particularmente.” (p.85,RCN’s).

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A empresa EINA – Es-tudos em Inteligência Natu-ral e Artificial Ltda. estudacomo o cérebro das criançasfunciona durante o aprendi-zado e resolução das ativi-dades escolares. As pesqui-sas realizadas por nossaequipe de cientistas já forampublicadas nas principais re-vistas de ciências do mundo,e apresentadas nos congres-sos mais importantes.

Iniciamos nosso tra-balho na APAE – Jundiaí, emuma pesquisa que abrangeu146 alunos. Realizamos omapeamento cerebral com ouso de eletroencefalogramae ressonância magnética emparceria com a Faculdade deMedicina da USP e com oapoio da Fapesp (Fundaçãode Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo).

Associando o mape-amento cerebral com as difi-

culdades específicas de cadaaluno, fomos capazes de des-cobrir quais são as áreas ce-rebrais envolvidas em cadaetapa do aprendizado e comoelas se in- teragem para re-solvermos os problemas.

Começamos a capaci-tar os professores sobre osprocessos utilizados pelo cé-rebro durante a aprendiza-gem e a fornecer as ativida-des educativas mais ade-quadas para cada aluno emcada etapa do seu desenvol-vimento cognitivo.

Depois que começa-mos a auxiliar os professo-res na APAE, vários alunospuderam ser incluídos narede, inclusive em cursos desupletivo.

Com esses resulta-dos, passamos a fornecerconsultoria também para co-légios particulares que prati-cam a inclusão, caracterizando

o desenvolvimento cog- nitivodos alunos, orientando os tra-balhos dos professores e for-necendo material pedagógicoadequado.

Começamos a mos-trar que algumas criançasque apresentam dificuldadede aprendizado podem, naverdade, sofrer certos tiposde distúrbio cerebral. Ensi-nando os professores a re-conhecer esses distúrbios ea aplicar atividades maiscoerentes com a maneiracomo o cérebro aprende,podemos ajudar as criançasa contornarem suas dificul-dades no seu devido tempo.

Preocupada com aeducação de qualidade paratodos, a Secretaria Municipalde Educação se interessoupor nosso trabalho e nos con-vidou a orientar e acompa-nhar os professores e alunosda EMESP, além de fornecer

Inclusão com responsabilidadeUma parceria da Secretaria de Educação com a EINA

capacitação para todos osprofessores que tenham alu-nos incluídos em suas salas.Tal parceria visa ajudar o pro-fessor a reconhecer o desen-volvimento cognitivo dos seusalunos e orientá-los na elabo-ração do programa escolar.

Já realizamos uma pri-meira palestra para todos osprofessores da rede municipalsobre inteligência, abordandoo funcionamento cerebral, pro-blemas neurológicos e suaimplicação no aprendizado.Estamos conhecendo os alu-nos da EMESP para, durantetodo o ano de 2003, auxiliaros professores no progressocog- nitivo de seus alunos.

Armando Freitas da Rocha

Dr. Armando Freitas da Rocha émédico neurologista e professorda USP e Unicamp

FUTURO

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Atualmente muito se fala daparticipação de empresas em atividadesociais, demonstrando que essas sepreocupam não só em produzir bens eserviços, mas tam-bém em buscar obem estar socialatravés da preocu-pação com a valo-rização do homem,do meio ambiente eda cultura.

A Responsa-bilidade Social é ademonstração depreocupação da em-presa em participarde forma ativa, nosprogramas sociaisvoltados para o bemestar da comunida-de onde está inseridae na sociedade emgeral. O Instituto Bra-sileiro de Defesa doConsumidor (Idec)lançou um projeto deavaliação do compor-tamento e da responsabilidade socialdas empresas. O estudo será realizadoem parceria com a Consumentenbond,maior associação de consumidores daHolanda, e irá avaliar neste primeiroano o comportamento de empresas queatuam no Brasil e na Holanda. Deacordo com o coordenador do Idec,Marcos Pó, será realizado um rankinganual das empresas que respeitam ounão a comunidade na qual estáinserida.

Segundo o Idec, o resultado doestudo deve ser apresentado entremarço e abril de 2004. Reportando-nosa nossa realidade, iniciamos um Projetono ano de 2000 – O Bairro da MinhaEscola – que objetivava o conhe-cimento dos alunos a respeito do bairroonde estavam inseridos. Em 2001 esteProjeto incluiu as Empresas do Bairro,que são referências para nossos alunose pais em termos de localizaçãoespacial, numa proposta de incluí-lasno desenvolvimento do Projeto e de re-

O bairro da minha escola temempresas responsáveis

Eulália Anjos Siqueira é Diretora do CCII “ProfªIgnêz M.M. Pettená”

Eulália Anjos Siqueira

conhecimento mútuo do trabalho de-senvolvido pela Escola e pelas Em-presas em beneficio do Meio/Comunidade. Percebemos a grande

receptividade dos empresários, fun-cionários das Empresas, dos pais dosalunos, dos funcionários do CCII eprincipalmente o entusiasmo dosnossos pequeninos alunos. As criançasnão foram subestimadas, foram tra-tadas como pequenos empreende-dores, aqueles que no futuro farão eacontecerão como cidadãos.

Em 2003 estamos trabalhandocom o Projeto “O Bairro da MinhaEscola tem Empresas Responsáveis”,com o apoio das Empresas. Cada salade aula é batizada com o nome de umaEmpresa e no desenvolvimento doProjeto realizamos visitas às Em-presas, recolhendo dados como Pro-jetos de Meio Ambiente que a Empresadesenvolve, sua atuação no Bairro eno Município, número de funcionários,a Missão de cada uma, seus produtos,etc... Também organizamos exposiçõesna Escola, enviamos boletim eletrônicoàs empresas com informações sobre osprojetos, as programações do mês, etc.

Nos meses de abril e maio a Reichholddo Brasil – Indústria Química realizouPalestras sobre Meio Ambiente eatuação responsável aos pais além de

fornecer amostrasde seus produtospara o “Cantinho daEmpresa” – (localpara exposição dasEmpresas naEscola); o GrupoJulio Simões pre-senteou a Escola noseu mês de aniver-sário, com a pinturaexterna do prédio,realizou palestrasobre trânsito paranossos alunos efuncionários e doouovos de Páscoa àscrianças; a EmpresaDEMAX recebeunossos alunos emvisita e também ex-pôs seus produtosna Escola e proferiuuma palestra aos pe-

queninos sobre sua empresa e seusprodutos numa linguagem apropriadapara a faixa etária, a empresa RUDCORRENTES, nos auxiliou na comprado mobiliário para computador e fax eutensílios para cozinha e o Jornal MogiNews tem divulgado nossos projetos enos ofereceu 3 assinaturas do Jornal,uma para a sala Mogi News, outra paraos funcionários do CCII e a terceira paraa direção da unidade. O respeito comos Projetos da Escola, a valorização donosso trabalho mesmo sendo umaescola para crianças de zero a 4 anos,o contato direto com pais e comu-nidade, a participação no desen-volvimento integral dos nossos alunose a oportunidade de tratar a criançacomo um futuro colaborador: Isso éatuação responsável.

Sr. Júlio Simões recebe alunos do CCII �Profª Ignêz M.M. Pettená�

ENVOLVIMENTO

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Quando nos foi solicitado um textoque expressasse as nossas idéias econclusões referentes ao cursoINTERDISCIPLINARIDADE na Educaçãode Jovens e Adultos, o difícil foi aintrodução. E ai, como começar?

A Profª Walkiria nos ajudou, aoler Saramago para crianças (A maiorflor do mundo), que conta sobre ummenino que conquista algo maior doque ele mesmo. Na narrativa, eleconvida os professores a escreveremsuas próprias historias.

Voltando ao inicio do texto, porque não fazermos como as crianças?Poderíamos começar pelo principal ouseja do que a gente mais gostou. Entãoessa resposta virou uma pergunta:Como saímos deste curso? Aí a res-posta: Mais gratificadas e mais tran-qüilas, por que? porque as nossasangustias, apreensões, duvidas, enfim,a nossa conduta diante de situaçõesinesperadas e atípicas, no cotidiano dassalas de aula, foram discutidas, ana-lisadas e norteadas.

Identificamos ou transferimos omenino de Saramago para o nosso aluno

da E J A, que como o herói de A MaiorFlor do Mundo, corre riscos e sofre umprocesso mais dificultoso para conseguiras suas vitórias.

Durante o curso, tivemos aoportunidade de nos aprofundar, comas nossas mestras, sobre o assuntoidentidade, tanto dos alunos quanto denós professoras, a importância dalocalização do tempo, elementos aserem considerados indispensáveis aoseducadores da E J A.

Pudemos vislumbrar, mais de-talhadamente, o trabalho com projetosrápidos, como os que se utilizam deaparelhos de som e vídeos, tangran,jornais e etc., que, não só inter-disciplinarizam conteúdos, comotambém possibilitam atingir os alunosdo 1o., 2o., 3o. e 4o. termos, de maneirasmais ou menos abrangentes, comênfase, no entanto, na valorização decada um deles.

Foi nos oportunizado o debruçarsobre vários pensadores, como PauloFreire, Salviani e, principalmente, JulioGroppa Aquino (Dialogos comEducadores) e nos ficou evidente o

Interdisciplinaridade na E.J.A.Reflexões de professores no encerramento do curso

conceito da escola como instituição total,segura e transformadora, não comoaquele templo sagrado, onde só osiluminados devem permanecer, mas queacolhe o aluno e permeia as suasdificuldades e tem a seguinte proposta:O aluno tem que aprender, se não temos,vamos descobrir os meios. Ficaconfigurado, ai, a necessidade daformação continuada do professor, paraque a busca se efetive. Embora, nosúltimos tempos, a escola tenha tido umcaráter desviante de suas funções, porcausa da desestrutura familiar, dodesemprego e, infelizmente, da violência,insistir e acreditar na educação é preciso.E também cumprir o título e mensagemdaquele filme oriental “Nenhum amenos”, ou seja, nenhum aluno amenos na escola.

Encerrando, voltamos aSaramago e concluímos que a maiorou talvez a melhor flor do mundo é aque colhemos em cada aluno que sesupera com a ajuda do nosso trabalho.

Texto elaborado pelos participantes do cursoministrado pela ECOPLAN - Estudos,Consultoria e Planejamento

Curso �Estudando o Meio Ambiente emCiências�

Curso �Artes Cênicas como Instrumento deEducação�

Curso �Revendo o Ensino de Geometria naEducação Infantil�

�Oficina de Reciclagem de Papel�

Curso �Massagem Shantala�

Curso �Estimulação e Movimento�

AÇÃO SOCIAL