revista animal - janeiro 2010
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Edição de Lançamento - Completa Ano I - Volume 01TRANSCRIPT
A Revista Animal é uma produção do Grupo Editorial Aventura da Terra e terá
uma freqüência mensal. Sua proposta é ecologicamente embasada na não
produção de lixo através da impressão de seus exemplares, que serão distribuídos
exclusivamente em meio digital, seguindo tendência mundial de privilegiar a
edição e-magazine em oposição aos exemplares em papel. Sua tiragem inicial é
de quinhentos milhões de exemplares distribuídos gratuitamente para um público
seleto de apreciadores de animais, chegando segura e confortavelmente em seus
lares e empresas, além da exposição dos exemplares, também gratuitamente em
nosso site e na moderna e interativa plataforma Issuu, o que permitirá que novos
leitores conheçam nossa publicação e se inscrevam em nosso mailing de
distribuição.
Nosso trabalho está focado em oferecer informação de qualidade para
proprietários de animais de estimação, assim como para profissionais e
simpatizantes da área pet, que envolve a criação, proteção, manejo e cuidados
com a saúde animal.
Se você quer fazer parte desta nova iniciativa de democratização da informação,
leia, divulgue, recomende, opine, participe, apóie!
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Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
Você e seu cão Uma equipe vencedora
Os cães são animais que vivem em matilhas,
que são um agrupamento de vários animais.
Nestas matilhas existe um grande trabalho em
equipe. Existe um líder, que é o cão
dominante, geralmente um macho. Este cão
líder é o responsável pelas decisões do grupo,
como a escolha do caminho a seguir, do que
comer, dos pontos de abrigo e principalmente
a defesa do grupo contra ataques. Todos os
outros cães são seguidores deste líder e
também seguem uma hierarquia bem definida
e baseada principalmente em força. Assim
encontraremos numa matilha o cão 1, o cão 2,
o cão 3 sendo que cada cão deve “obediência”
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à todos os seus superiores. A fidelidade e
lealdade são grandes características destes
cães submissos ao líder.
Quando resolvemos ter um cão em casa é
muito importante que sejamos capazes de
entender esta organização social canina, afinal,
tratamos nossos cães como se fossem da nossa
família, com se fossem pessoas, mas o cão não
tem este mesmo entendimento, pelo
contrário, ele, como inverso do que nós
fazemos, tratará as pessoas como se fossem
outros cães, dentro da compreensão de grupos
próprios dos cães, assim, seremos parte da
matilha de nossos cães!
Se compreendermos o significado e a dinâmica
da matilha, poderemos começar a entender
melhor os comportamentos de nossos cães e
assim garantir uma melhor qualidade de vida
para estes.
Sabemos que os “donos de cães” cuidam de
seus cães com todo o carinho e atenção que
dispõem e que fazem isto realmente como se
estivessem tratando de uma criança a quem
querem muito bem, mas, este cão tratado
Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
como criança geralmente torna-se um cão
estressado e dominante, muitas vezes
possessivo e agressivo e apresenta baixa
qualidade de vida, embora tenhamos a
impressão do contrário.
É essencial para a vida do cão que este seja
tratado como o cão que é, dentro dos
conceitos de uma matilha bem estruturada, o
que vai lhe conferir, segurança, tranqüilidade,
conforto, proteção, alimentação e uma longa e
pacifica vida saudável.
Sendo assim vamos montar nossa equipe:
Toda boa equipe tem que ter um líder, não é?
Pois bem, temos uma escolha... o líder pode
ser você ou pode ser o cão! Isso mesmo, se
você escolher não ser o líder desta equipe o
cão sempre escolherá por ser... mesmo que
você tenha uma doce Maltês, com menos de 3
kilos, a ausência de sua liderança a colocará
como líder da matilha!
E como podemos nos tornar líderes deste
nosso grupo, com eficiência, autoridade e
qualidade? Bem a resposta seria agir como um
cão dominante! Alguns passos simples para
isto são:
Quando pensarmos em alimentação, devemos
ter em mente que na matilha o líder caça e
oferece alimento aos demais. Tratando-se
então dos cães de nossa casa, como lideres
devemos mostrar que nós é que oferecemos o
alimento. O cão não deve ter alimentos na
vasilha durante todo o dia... isto causa a falsa
impressão de que ele pode se alimentar por si
mesmo, de que é capaz de caçar. Sendo assim
a vasilha deve ficar guardada. Devemos
oferecer apenas água durante todo o dia. A
comida deve ser oferecida duas ou três vezes
por dia, seguindo a prescrição de quantidade
do fabricante da ração e garantindo que o cão
coma tudo imediatamente, para que
novamente a vasilha seja guardada. O cão
deve sentir vontade de comer e não conseguir
encontrar nenhuma comida. Então o dono
deve mostrar a comida e colocar na vasilha do
cão com este acompanhando o processo,
vendo a ração cair no pote, sem poder
pega-la. Então autoriza-se o cão a comer.
Isto cria no cão a idéia de submissão ao
líder (que deve ser você!). É importante
que o animal perceba que não é
autônomo e que depende de você para se
alimentar. Este é um importante passo
para tornar-se o “cão dominante”.
Outro importante elemento nesta
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construção de uma equipe de sucesso é o
passear. É muito importante para os cães que
passeiem pelo menos duas a três vezes por
semana. Ideal mesmo seria passear todos os
dias. Este é um habito constante dos cães. A
família dos canídeos quando na natureza
sempre fazia grandes jornadas em busca de
alimentos, mapeamento e demarcação do
território, busca de locais confortáveis para
repouso e estadia. Assim este “passeio” atua
como um anti stress para os cães. Acontece
que para nosso efeito de equipe existe um
elemento ainda mais importante. Durante o
caminhar, o “cão dominante” é que guia a
matilha, tomando as decisões de direção,
demarcação do território e proteção do grupo.
Sendo assim, para que nossa equipe funcione
com sucesso precisamos tomar esta postura de
liderança. O cão espera de um líder uma andar
firme, imponente, decidido, assim, erga sua
cabeça, dê passos
largos e
decididos, com
um andar
moderadamente
rápido, mantendo
sempre o cão ao
seu lado ou
imediatamente
atrás, mas bem próximo. Como você é quem
determina o caminho, sempre que o cão
ultrapassa você, você imediatamente muda de
direção e, com um toque na guia, mostra ao
cão que deve segui-lo. Isto rapidamente fará
com que o cão perceba sua postura de
submissão e sua impossibilidade de escolher o
caminho,
acatando sua liderança e se tornando um cão mais tranqüilo, uma vez que não precisa
identificar os riscos e perigos a frente, e menos
preocupado em cheirar árvores e postes, uma
vez que não é responsável pela demarcação do
território (os cães cheiram os postes para
saber se matilhas concorrentes deixaram seu
cheiro por lá e, quando encontram um cheiro
de urina diferente da Uma terceira observação
importante para estabelecer uma equipe de
sucesso é: peça para seu cão fazer coisas e,
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Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
não obedeça quando ele solicitar tarefas!
Pode parecer estranho esta afirmação, mas no
mundo canino não há uma divisão de
funções... quem manda, manda, quem
obedece, obedece! Assim, se você optar por
obedecer, perde forças na conquista de seu
cargo de liderança. Não haverá dois líders!
Conheço inúmeros casos de “donos” de cães
que dizem:
“Olhe só como meu cão é esperto... ele sabe
exatamente onde
guardo os ossinhos.
Quando quer um
fica arranhando a
porta do armário...”.
Minha pergunta é
sempre: “e o que você faz?”
E a resposta: “eu dou o ossinho para ele! Ele é
tão inteligente né?”
Sim, tão inteligente que está “adestrando”
você!
Outro exemplo:
“Quando meu cão quer passear ele vai sozinho
na área de serviço, pega a coleira e traz na
boca, para eu colocar nele e levá-lo para
passear...”
E o que você faz? – pergunto eu.
“Eu levo ele para passear!”
Bem, não há nada de errado em levar seu cão
para passear... muito pelo contrário, estou
aqui para convencê-los que deveriam fazer isto
diariamente. O problema está em obedecer os
desejos do cão. Se quero ser o líder, eu dito as
regra... vamos passear de tal horas a tal horas,
em tal lugar, em tal ritmo. Caso o cão venha
determinar os procedimentos eu pego a guia
com carinho, brinco com meu cão, levo a guia
de volta ao seu lugar e digo suavemente:
“agora não é hora de passear, mas tarde
iremos!”
Bom, estas são algumas dicas de como tornar
nossa equipe de pessoas e cães uma equipe
vencedora, onde todos serão felizes. Acredito
firmemente que cães não dominantes são cães
mais tranqüilos, mais dóceis e,
consequentemente cães mais queridos. Hoje
em dia muitos cães são abandonados na rua
por causa de seus temperamentos, seja
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agressividade, muito barulho ou muita sujeira.
Acontece porém que o cão é um animal muito
inteligente e se ele está agindo errado é, com
certeza, porque foi ensinado errado, ou pior,
porque não lhe foi ensinado nada e, assim, ele
teve que escolher suas atitudes por conta
própria.
Cães bem educados, bem adaptados a uma
equipe com uma liderança positiva, serão
sempre ótimos cães e nunca serão
abandonados.
Vamos lutar todos por mais qualidade de vida
para nossos animais de estimação. Amar é
entender o outro!
Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
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Seus pássaros soltos! Começando...
O primeiro passo é, sem sombra de dúvidas, escolher a
ave mais adequada. Muitas espécies são agitadas, ativas,
gostam de bicar e acabam por destruir objetos,
principalmente os de madeira. Isto é mais comum em
aves que por características da espécie são
territorialistas. Na natureza estas espécies vivem em
território definido, seja uma árvore, um pequeno espaço
na mata ou um barranco, e tem a necessidade de
defender este local de ataques de inimigos. Assim estas
aves tornam-se mais “agressivas” (na verdade
defensivas), mais ativas e fortes.
Quando em cativeiro, tendem a bicar bem forte,
provocando estragos em objetos da casa, e muitas vezes
se mostram bravas, gritam, batem asas e ameaçam bicar
quando as pessoas se aproximam da gaiola ou do espaço
que o pássaro determina
como “lar”. Isto faz parte de
sua natureza, então não
adianta lutar contra o
comportamento do pássaro,
e sim entender e saber como
agir. Este tipo de ave
normalmente demora mais
para aceitar o contato e o
carinho dos humanos e em
geral aceita poucas pessoas,
por vezes uma única pessoa
consegue ter um contato
amigo com a ave. Outras pessoas são “suportadas” mas
sem muitos carinhos, ou mesmo são agredidas pela
ave quando se aproximam.
Um bom exemplo destas aves seriam os Papagaios e os
Agapornes. Normalmente são aves de cauda curta.
Já as aves que por natureza são menos territorialistas,
tendem a aceitar o contato humano de maneira muito
mais natural. Como são aves que na natureza não
defendem um território fixo, tendem a ter como instinto
o fugir ao invés do atacar, como instrumento de defesa.
Assim facilitam um pouco o processo de amansamento.
São bons exemplos as Araras e as Calopsitas. No geral,
aves de cauda longa, que na natureza voam por longas
extensões.
Recomendamos assim que pessoas menos experientes
em amansar aves, ou mantê-las soltas, escolham as
espécies mais dóceis e menos territorialistas.
Os primeiros contatos...
A partir da escolha correta da ave, os primeiros contatos
do animal com os novos “donos” e com a casa em que
vai morar serão de grande importância para o sucesso da
atividade de manter a ave solta.
É muito comum vermos aves mansas em lojas. O
comprador chega e pega a ave na mão, brinca, agrada e
decide comprar. Quando chega em casa a ave vira um
monstro e ninguém mais consegue colocar a mão nela! O
que ocorreu?
Bom, isto é mais comum do que se imagina e tem uma
causa simples. Na loja o
animal já se encontrava
adaptado, sentia-se seguro
em sua gaiola, no cômodo
onde ficava, conhecia bem a
alimentação e o
responsável pela manejo
das aves. Quando é
vendido vai para um local
novo, com um puleiro novo,
com comedouros novos,
sons, cores, cheiros, vozes,
tudo novo! Quando o novo
“dono” aparece, se relaciona de maneira diferente e
tudo isto assusta muito a ave, que volta a agir de
maneira defensiva. Forçar a ave só causará traumas e
dificultará o processo de amansamento.
Recomendamos assim que, quando adquirir uma ave
nova que você quer que se adapte a ficar solta,
mantenha-a presa em uma gaiola por pelo menos por
uma semana. Este será o tempo suficiente para que ela
crie uma identidade com o local que será seu “lar”, seu
ponto seguro. Nesta primeira semana a ave também se
acostumará como a voz do dono, com os cheiros, ruídos,
cores, rotinas da casa nova, sem se sentir em grade risco,
uma vez que está na proteção da gaiola.
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Nesta primeira semana de adaptação é
importante que os moradores da casa se
aproximem da gaiola, conversem com o
pássaro, de maneira suave, sem tentar colocar a mão.
Na hora de alimentar o novo animalzinho, manipule a
comida com as mãos, deixando seu cheiro no alimento.
Desta forma seu cheiro fica associado a um estímulo
positivo - o de comer, o que facilitará posteriormente o
contato físico com a ave - pegá-la na mão, por exemplo.
Uma outra boa prática é descobrir o que a ave mais gosta
de comer e retirar este elemento de sua alimentação de
rotina. Então este alimento preferido será dado em
pequenas quantidades à ave pelos donos, sempre que se
aproximarem da gaiola, como se fosse um prêmio por
sua aproximação. A ave vai ficar feliz quando te ver e
isto estreitará os laços entre animal e humano. Não é
necessário, e nem provável, que o pássaro pegue o
alimento de sua mão, você pode colocar eu um potinho
vazio, dentro da gaiola e permitir que o animal se
aproxime e apanhe.
Os amansamento e a manutenção do animal
manso...
Findo este período de adaptação inicia-se o
amansamento propriamente dito. Chamaremos assim,
ao invés do termo “adestramento”, pois adestramento
está mais relacionado a ensinar truques de obediência ao
pássaro. O amansamento está ligado ao tornar a ave
dócil ao contato com as pessoas, fazer com que a ave
não tenha medo e que aceite ser pega na mão, carregada
nos ombros, acariciada e que esta possa andar pela casa
de maneira natural, sem stress.
O amansamento em si consiste então em manter a ave
tranqüila, acreditando que o ambiente e as pessoas que
nele vivem ou visitam não são predadores e não
oferecem riscos para sua vida. Desta forma a ave vai se
adaptando e com o tempo considerando esta pessoas de
seu convívio como se fossem sua família, seu bando.
Aves isoladas se adaptarão a família humana com maior
velocidade, uma vez que, privadas de companheiros da
mesma espécie, aceitarão os humanos como
companheiros. Aves em grupo estão mais satisfeitas
socialmente e não necessitam dos humanos, sendo assim
o vínculo ocorrerá de maneira mais demorada e
trabalhosa.
O procedimento de amansamento consiste em, a partir
da adaptação de uma semana, começar a retirar a ave da
gaiola e mantê-la solta pela casa, próximo das pessoas.
Sugerimos que nos primeiros contatos para retirar a ave
da gaiola use-se uma luva grossa, para evitar bicadas.
Uma vez que a ave, após a adaptação de uma semana
considera a gaiola como seu lar, e estará encurralada,
impossibilitada de fugir, resta a ela bicar para se
defender. Se quando der as primeiras bicadas conseguir
afugentar a mão que tenta apanhá-la ela fará isto com
constância. Assim, o uso de luvas garante que, quando
bicada, a mão que apanha o pássaro não será retirada,
mas sim, continuará, suavemente, no processo de retirar
a ave da gaiola. A ave vendo que seu ataque contra a
mão não surte efeito, tenderá a abandonar o bicar como
forma de defesa e, percebendo que o contato é amistoso
e não provoca nenhum mal a ela, tenderá a permití-lo
com o tempo.
A ave, retirada da gaiola deve permanecer solta e
tranqüila, sem perseguições, por aproximadamente duas
horas. Este período é longo o suficiente para que a ave
fique com fome. Então é hora de apanhá-la, se possível
com luva novamente, de maneira suave, e colocá-la
novamente na gaiola. Este procedimento pode ser
repetido umas quatro vezes por dia e garantirá que a ave
entenda o contato humano como vantajoso para ela.
Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
Quando você solta, ela fica feliz pela
liberdade que você está proporcionando e
quando você a prende ela pode voltar ao
alimento. Ambos são prêmios. Assim a amizade cresce
rapidamente e logo não será mais necessário o uso de
luvas e o animal, mais confiante, terá prazer em seu
contato. Este processo deve ocorrer por pelo menos
mais uma semana.
A amizade...
Se seguiu nosso procedimento, neste ponto já esta com
sua ave a quinze dias, tempo suficiente para criar um
laço de amizade. Deste ponto em diante, cada vez esta
amizade será maior e com o tempo o
animal não só permitirá que você toque,
como procurará este toque. Começará a
pedir para sair da gaiola quando te ver e
o ato de abrir a gaiola será o suficiente
para que ele corra para seu ombro.
Quando solto ele andará atrás de você
pela casa e gostará de permanecer no
mesmo ambiente da casa onde estão
as pessoas. Este pássaro será um
excelente amigo por toda a vida,
pode ter certeza.
O Ambiente...
Deste momento em diante o
pássaro poderá permanecer
muitas horas por dia solto. É
importante portanto pensar
em sua segurança e
qualidade de vida.
Quanto a segurança as
principais necessidades estão
relacionadas à possíveis fugas da ave,
que podem acabar em atropelamentos, capturas por
outros animais ou até uma morte por fome, uma vez que
o animal solto pelas ruas não é capaz de se alimentar por
si só. Assim telas nas janelas e portas seriam uma boa
opção para pessoas que preferem manter os animais
com as asas íntegras. Também é possível realizar um
corte de penas das asas, o que evita longos vôos. Isto
deve ser orientado por um profissional qualificado.
Cuidado também com as aves andando no chão para que
não sejam pisadas. Panelas quentes, portas batendo,
coisas caído também representam perigos dentro de
casa. Outro ponto importante é que o animal, quando
solto tenha acesso livre à gaiola, onde deverá ter
constantemente água e alimentos variados. A gaiola
representará para a ave o local de alimentação e
descanso e esta procurará por conta própria a gaiola
sempre que sentir fome ou cansaço.
Considerações finais...
Como conselhos finais que podemos fornecer é que você
pense e pesquise bastante antes de adquirir uma ave, já
que estas vivem entre dez e noventa anos. Sua
responsabilidade é grande então tenha certeza que
está pronto para isto. Não compre só
porque as crianças querem,
pois quem cuidará da ave
será você. Isto faz parte do
processo de
amadurecimento das crianças
e estas sempre prometem
muito mais do que conseguem
realizar, uma vez que seus
cérebros não estão maduros o
suficiente para planejamentos de
longa distância. Um adulto deve
ser o responsável pelo manejo e
cuidado da ave, mesmo que as
crianças a adorem e cuidem
também da ave. Esta ave deve ter
uma gaiola adequada a seu tamanho
e receber comida apropriada, e isto
significa investimento. Aves doentes
devem ir ao veterinário e tomar
medicamentos corretos, e não o que o
vizinho pensa que é o melhor.
Por fim, aconselhamos que não sejam
compradas aves novas demais. Uma ave quando sai
naturalmente do ninho já possui o tamanho adulto. Aves
que apresentam grandes falhas de penas e tamanho
inferior ao dos pais foram retirados prematuramente dos
ninhos. Estas aves necessitam de cuidados super
especiais de temperatura, alimentação e atenção.
Muitas vezes morrem porque não são tratados de
maneira adequada. Lembre-se, a mãe ave fica em tempo
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quase integral alimentando e aquecendo
seus filhotes, você terá tempo para isto?
Lembramos que não é necessário que a
ave seja retirada prematuramente do ninho para que se
torne mansa, muito pelo contrário, aves de dois a três
meses são aves mais resistentes e permitem uma
interação muito maior, se tornando dóceis muito mais
rápido. Aves imaturas muitas vezes não são dóceis, só
são incapazes de atacar ou bicar por sua idade pequena,
mas quando crescem, se não forem manejadas
adequadamente, se tornam animais bastante
estressados e briguentos. Vejam quantos pessoas
pegam Papagaios imaturos, fruto do tráfico ilegal de
animais, dão papinha, cuidam e quando estas aves
crescem não permitem contato! Converse com os
amigos e verá que isto é mais comum do que você
imagina. Siga os passos aqui propostos e você terá
sucesso com sua ave. É só uma questão de dedicação, de
fazer a sua parte... a ave fará a dela!
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O assunto é
Dirofilariose -
Também conhecida no Brasil como a doença do “Verme do Coração”
A dirofilariose é zooantroponose, considerada emergente,
causada pela Dirofilaria immitis. O gênero Dirofilaria tem a
origem do seu nome no latim Diru (cruel, desumano) e Filaria
(novelo de linha). Acomete, principalmente, cães, podendo
atingir, em menor escala, outros mamíferos domésticos e
silvestres e o homem.
Vetores Seus principais vetores são mosquitos dos gêneros Culex,
Aedes e Anopheles. No entanto, em várias partes do mundo,
os vetores não são bem conhecidos. Vale lembrar que o mais
citado é o Culex quinquefasciatus.
A parasitose microfilária da
Dirofilaria immitis O parasita circula na corrente sangüínea do
cão, no estágio de microfilárias, que são
infectantes para o mosquito. Após ingestão,
as microfilárias se alojam nos túbulos de
Malpighi, onde passam por três estágios e,
após 15 dias, estão presentes na hemocele,
cápsula cefálica e probóscida, permitindo a
transmissão a outros vertebrados.
No cão No cão, as filárias se abrigam no tecido celular subcutâneo e
bainha muscular, onde evoluem por período de 80 a 120 dias,
migrando, a seguir, para os capilares cardíacos, onde atingem
maturidade e se reproduzem. A filaremia pode ser alta.
No homem No homem, a doença é pouco conhecida, com pequeno
número de casos publicados. CAMPOS e col. (1997) relatam a
ocorrência de 24 casos diagnosticados na cidade de São Paulo,
entre fevereiro de 1982 e junho de 1996, correspondendo a
dezessete homens e sete mulheres, com idade variando entre
dezessete e oitenta anos.
Diagnóstico O diagnóstico feito pelo médico veterinário é baseado nas
informações obtidas junto ao proprietário, no exame clínico e
nos exames complementares que detectam a presença de
microfilárias no sangue e de anticorpos, na radiografia do
tórax, no eletrocardiograma e no ecocardiograma, além de
exames para avaliação da função dos rins e fígado nos estágios
mais avançados da doença.
É importantíssimo salientar que o
diagnóstico pode e deve ser feito com
precisão e, uma vez o cão apresentando a
doença, as formas de tratamento devem
ser expostas para o proprietário para que
seja realizado. O tratamento pode ser
dirigido à extinção dos vermes adultos
(tratamento adulticida) e/ou das
microfilárias (tratamento microfilaricida),
associado ao tratamento sintomático da
insuficiência cardíaca.
Prevenção Mais importante que termos conhecimento de que existe
tratamento para a doença e que ele deve ser feito, é
sabermos que a única forma de evitarmos a doença é
prevenindo-a, através do uso de medicamentos que podem
ser administrados mensalmente pelo proprietário, conforme a
orientação de seu médico veterinário.
Para concluir, podemos dizer que a melhor forma de tratar a
Dirofilariose Canina é através da prevenção
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A Revista Animal tem a satisfação de
exercer seu compromisso com o desenvolvimento da
sociedade, com a proteção animal, sejam estes animais
domésticos ou silvestres, em cativeiro ou na natureza. Por
este motivo é que nos propomos a disponibilizar um espaço
em nossa revista para que as instituições que exerçam
atividades ligadas ao manejo, salvamento, proteção,
preservação do mundo animal, sejam ONGs, empresas
privadas ou órgãos governamentais, mostrem seus trabalhos.
É nossa modesta forma de colaborar com estas ações...
fazendo com que sejam vistas por mais de trezentas mil
pessoas mensalmente.
Acreditamos que visibilidade gera mobilização,
conscientização, participação e cooperação. Aproveite esta
oportunidade... entre em contato com:
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Revista Animal – Janeiro 2010 Número 01 – Ano I
Meu primeiro aquário! Por onde começar?
Bom, se você não tem nenhum contato com o aquarismo,
com o hobby de criar peixes, com a aquariofilia, acredito que
seja bom mesmo começar pelos conhecidíssimos aquários de
Bettas. Estes lindos peixes são Labirintídios, uma espécie de
peixes que consegue pegar o oxigênio do ar, na superfície do
aquário, ao contrário da maioria dos peixes que precisa
retirar o oxigênio da própria água do aquário. Isto faz com
que seja um pouco mais simples manejar os Bettas do que os
demais tipos de peixes, e assim, dar um tempo para que você
se acostume e aprenda regras de ouro para um bom
aquarista.
Do começo... O Betta é um peixe que, como dissemos acima, é capaz de
subir a superfície da água e coletar oxigênio, sendo assim,
para sua criação seria necessário apenas um bom aquário,
um pouco de substrato no fundo do aquário (pedrinhas,
areia, quartzo) uma água de boa qualidade, com um pH
alcalino (7,2 a 7,5) e uma excelente alimentação, não sendo
necessário uma bomba oxigenadora, um filtro, nem mesmo
um compressor de ar (aquelas maquininhas barulhentas que
fazem bolhas no aquário para criar movimento e
oxigenação!). Vamos conversar um pouco sobre cada item
destes?
O aquário... Um aquário nada mais é do que uma caixa, um
compartimento para a contenção da água. Pode ser em
qualquer formato e em quase qualquer material. No geral,
por efeitos estéticos e por facilidade na limpeza usa-se
mesmo o vidro, seja nas formas retangulares (as mais
tradicionais) ou sextavadas, quadradas, redondas, cilíndricas,
a escolha é sua! O que deve mesmo ser observado é o
volume de água que deve seguir a regra de ouro do
aquarismo de manter um litro como mínimo para cada
centímetro de peixe. Ou seja, um peixe Betta que tem
aproximadamente uns três a quatro centímetros de
comprimento precisa de um aquário de no mínimo três a
quatro litros de água, para que tenha uma vida saudável.
A água... Muitos têm dúvidas sobre qual
água devo colocar no meu aquário. E
a resposta não é tão simples assim. A
água que vamos colocar no aquário é
uma água que reproduza o ambiente
onde mora originalmente o peixe que
vamos criar. Para não complicar
muito, o peixe Betta gosta de uma
água ligeiramente alcalina e mole,
que quer dizer que esta água tem um
pH alto e não tem muitos minerais e
nem sais. Sendo assim seria ótimo,
por exemplo, colocar a água do
abastecimento público do estado de
São Paulo (SABESP) desde que tirado
o cloro. Tirar o cloro é algo bastante
fácil – normalmente a mesma loja que
te vendeu o peixe também possui um
liquido que remove o cloro da água, e
que custa entre R$4,00 e R$ 10,00...
vale a pena comprar. Mas também
posso colocar a “água mineral” que
compro engarrafada? Sim. Apenas
observe o Ph que é citado no rótulo e
veja se este se enquadra no perfil do
peixe que habitará seu aquário (um
peixe do Rio Amazonas, por exemplo,
precisaria de uma água 5,5 a 6,0, água
considerada ácida, para que viva
saudável como em sou local de
origem!) Para o Betta, que é nosso tema de hoje, a água deve
ser substituída parcialmente, sendo que deve-se trocar no
máximo cinqüenta por cento da água (metade)... o ideal seria
trinta por cento. A troca deve ocorrer mensalmente ou com
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freqüência maior caso se apresente turva ou fedida (o que
não ocorrerá se você der comida da maneira correta)
Substrato e decoração... O chão do aquário deve ser forrado com um substrato,
que pode ser formado por pequenas pedras, cascalho ou
areia. O importante é que este substrato não
altere o pH da água, por isso informe-se bem
sobre isto quando for comprar. De resto, o que
conta é a beleza e seu gosto por decoração.
Plantas plásticas podem ser colocadas, assim
como enfeites decorativos, mas não se esqueça,
tudo feito para aquarismo, para que não soltem
tinta ou intoxiquem a água. Plantas naturais
também podem e devem ser usadas, uma vez
que melhoram a qualidade da água e a
vida dos peixes, mas informe-se sobre
plantas que gostam de pH alcalino e
adaptam-se a um aquário pouco
oxigenado, com pouca movimentação da
água. Para a colocação de plantas
naturais, lembrem-se de que , assim
como as plantas não aquáticas, as plantas
submersas devem receber boa quantidade de luz natural
diária, ou iluminação apropriada que substitua a luz natural.
A alimentação... Boa alimentação é tudo para quem quer se tornar um
bom aquarista. Um bom produto vai garantir que o peixe
cresça adequadamente e tenha um belo colorido, com
escamas e barbatanas fortes e saudáveis. Também garantirá
um bom aproveitamento dos nutrientes pelo peixe,
garantindo um pequeno volume de fezes e assim uma água
limpa por mais tempo. Outra questão importante na
alimentação é o volume.
Peixes comem pouco! O
alimento correto para
peixes se mantém
saudável na água por
aproximadamente cinco
minutos, depois disto
começa a fermentar.
Desta forma a quantia correta de alimento que devemos dar
para nossos peixes é uma quantidade que dure
aproximadamente quatro minutos. Lembre-se... isto com a
água parada, para que a comida não afunde e se esconda
pelo aquário ou substrato, causando fermentação da água e
posteriormente uma água turva e fedida. Após estes quatro
minutos todo o alimento não consumido pelo peixe deve ser
retirado. Se notar que está sobrando muito, comece a
oferecer menos quantidade, até que o volume oferecido
dure o tempo correto, sem sobras. O peixe pode comer duas
a quatro vezes por dia, desde
que seguindo a regra acima.
O importante é que nunca
sobre alimento no aquário
após os cinco minutos. O
grande vilão da água suja e
fedida é o alimento, afinal,
mais nada entra no aquário!
Se seu aquário fica com água
turva ou fedida pode ter certeza que está errando na
quantidade de alimentos (Já se fica esverdeado pode ser
excesso de iluminação!).
Enfim o peixe... Bom é hora de colocar nosso peixe... também não é tão
simples assim! O ideal é que o aquário fosse montado com
um mês de antecedência e pudesse amadurecer como
sistema natural sem receber nenhum peixe. Só então nosso
querido Betta entraria em sua nova casa. É claro que se você
é uma pessoa ansiosa ou tem crianças em casa, convencê-los
disto não é tarefa fácil. Sendo assim informe-se sobre
produtos que aceleram a formação de “biologia” no aquário,
estes produtos podem resolver seu problema.
Se seguir as regras acima, começará a ter uma boa base
do que significa criar um peixe em um aquário. Com o tempo
procurará mais
informações,
poderá adquirir
aquários maiores e
com mais peixes,
mais equipamentos
e tentará reproduzir
ambientes naturais
mais complexos.
Mês que vem traremos novas informações, qualquer
coisa envie sua dúvida que podemos respondê-la aqui:
Boa sorte e bom hobby... o aquarismo é uma delícia!
www,revustaabunak,cin,br página 26
Sempre foi muito comum ouvir pessoas
falando de gatos como sendo um animal
frio, distante, que não gosta das pessoas
mas sim da casa onde mora. Existe até
um mito de que quando as pessoas se mudam os gatos
preferem ficar na casa do que acompanhar os donos.
Bom, talvez as explicações para estes fatos estejam na história
dos gatos. Os gatos, historicamente, foram vistos como
animais utilitários, devido sua grande habilidade para caçar
ratos e insetos rasteiros. Se pensarmos na história não muito
antiga e observarmos os hábitos de higiene das sociedades do
passado, não é difícil entender porque esta habilidade de caça
era tão bem vinda. Imagine por exemplo castelos, sem
chuveiros, sem sabão em pó nem máquinas de lavar, sem
geladeiras, sem desinfetantes nem desingordurantes... acho
que é o suficiente para traçar uma visão de quantos ratos e
insetos rondavam a classe dominante do passado, imagine
então toda a cidade!
Sim o saneamento
básico e os hábitos
de higiene são coisas
recentes e ainda não
atingem nem
metade das
populações do
mundo!
Dentro desta perspectiva de animal utilitário, os
gatos não eram tratados como animais de
estimação, acariciados desde pequenos, pegos no
colo, alimentados como rotina e qualidade. Os
gatos não tinham um local certo para viverem na
casa. Estes animais acabavam por viver nos
telhados ou em locais menos freqüentados das
casas, palácios e castelos, até porque aí é que encontravam-se
os ratos e insetos. Por serem mal alimentados e viverem de
restos, os instintos de caça eram bastante aguçados,
permitindo a sobrevivência e a adaptação. Como todo felino,
os gatos viviam em territórios e eram apegados à estes. Como
não eram tratados
com carinho e
apego, o vínculo
deste gato utilitário
era realmente com
este território e,
sendo assim
quando os
proprietários da
casa se mudavam,
não eram
acompanhados
pelos gatos, que
não eram seus, mas
sim do local.
Hoje em dia a conversa é outra. Gatos são acolhidos desde
filhotes e convivem dentro de casa, com respeito e carinho,
convivendo e trocando carícias com todos os integrantes
daquela casa, formando uma família, um grupo que divide o
mesmo território. Também são
formalmente alimentados por nós e recebem
itens de conforto como caminhas, caixas de
areia sempre limpas e arranhadores. Muitos
até tomam banho mensalmente, garantindo
que possam subir em camas e sofás. Tudo
isto cria um laço afetivo muito forte e
enfraquece os instintos de caça, de modo
que muitos felinos vivem em casas com
pássaros e hamsters de estimação e
apresentam excelente convívio pacífico.
Infelizmente muitos também agem assim em
relação a pequenos ratinhos e baratas que eventualmente
invadem a casa. Domesticação tem suas conseqüências, não
é?!
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