janeiro 2010 - o forjanense

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o seu jornal de eleição Mensário informativo e regionalista DANIEL, FILHOS, CONSTRUÇÕES, LDA Alvarás n.º EOP 25947 n.º ICC 258 Rua da Fonte Velha 4740 Forjães Esposende Fax: 253 877 137 Telm.: José - 937470992 - Fernando - 939021837 Aníbal - 93 72 44 793 Director: Sérgio Carvalho Subdirector: Mário Robalo Fundado em Dezembro 1984 Ano XXV 2ª série n.º 248 Janeiro 2010 Euros 0.80 PUB Armando Couto Pereira A cidade peixe: o urbanismo de Esposende em exposição Quase a cumprir meio século de profissão, o poeta forjanense recorda um percurso de vida não escolhido. O seu sonho era ser pastor. Mas agora exibe com alegria um trabalho como já não fazia há duas décadas, encomendado por um amigo, que o destino lhe acaba de retirar. Com três livros já publicados, continua a emocionar-se com as palavras, que não se encomendam Pág. 3 Portagens na A28 a forja do ferro e da palavra João Cepa decidido a recorrer à Justiça Pág. 11 Pág. 2

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Page 1: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

o seu jornal de eleiçãoMensário informativo e regionalista

DANIEL, FILHOS,CONSTRUÇÕES, LDA

Alvarás n.º EOP 25947 n.º ICC 258

Rua da Fonte Velha4740 Forjães Esposende

Fax: 253 877 137

Telm.: José - 937470992 -Fernando - 939021837 Aníbal -

93 72 44 793

Director: Sérgio Carvalho Subdirector: Mário Robalo Fundado em Dezembro 1984 • Ano XXV 2ª série • n.º 248 • Janeiro 2010 • Euros 0.80

PUB

Armando Couto Pereira

A cidade peixe:

o urbanismo de

Esposende em

exposição

Quase a cumprir meio século de profissão, o poetaforjanense recorda um percurso de vida não escolhido.O seu sonho era ser pastor. Mas agora exibe com alegriaum trabalho como já não fazia há duas décadas,encomendado por um amigo, que o destino lhe acaba deretirar. Com três livros já publicados, continua aemocionar-se com as palavras, que não se encomendam

Pág. 3

Portagens na A28

a forja do ferro e da palavra

João Cepa decididoa recorrer à Justiça

Pág. 11

Pág. 2

Page 2: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

2 • 20 de Janeiro 2010

Destaque

O ferreiro-poetaque gostava de ser pastor

Fala com a simplicidade dos sonhadores. ArmandoCouto Pereira acaba de manufacturar na forja um cantoaos «corações bons», que ficará como memória doamigo que lhe encomendou a obra. Publicado o terceirolivro, em Junho passado, não adianta data para o pró-ximo.Textos Mário Robalo Fotos Luís Pedro Ribeiro

Vi bouquets de rosas brancasQuando passava o caixãoDe almas puras e francasA verter choro no chão.

Os teus amigos choravamCheios de dor e de prantoCaiu a alegria dos que te amaramRuiu o sorriso largo de encanto.

Sobra que veles por nósErrantes de destino incertoNeste frenesim mudo e sem dós.

Sabemos: não ficamos sósQue ficas sempre por pertoDeus ouvirá a tua voz.

Ao Carlitos

23-12-2009Armando Couto Pereira

Um poema

não se encomenda

Está escrito como de um salmo se tratasse.De todos os seus poemas, aquele que

Armando Couto Pereira guarda mais no seupensamento é «Amores Malditos». É o seupreferido. E ele considera-o «um hino aoamor». O poeta diz não ter receio emrevelar os seus sentimentos na-quilo que escreve. «O roman-tismo, o amor será sempreactual, porque haverásempre corações que sequerem», advoga, reve-lando: «Continuo a emo-cionar-me quando, à beira-mar, vejo um par de namora-dos ou um casal de velhi-nhos a fazerem mimos umao outro».

É pela noite que amusa da poesia o incita àescrita. «É como um ape-

lo. E, às vezes, é de rajada», confessa. Contudo,quase sempre «é preciso ‘mastigar’ muito ossentimentos, para que as palavras se soltem…».Uma vez, alguém se atreveu a pedir-lhe um poemapara uma menina que fazia anos. Recusou. «Opoema tem que se sentir. De encomenda, não».A única solicitação que assumiu foi o «Hino a

Santa Marinha», cuja música o maestroValdemar Sequeira compôs. O pedidofoi feito pela Comissão de Festas dapadroeira de 2006. Demorou um mês e

meio a satis- fazê-lo. «Neste ca-so, trata- va-se de uma me-m ó r i a nossa, de todos

nós, desde que nas-cemos aqui, em For-

jães», justifica. E ad-mite que o poema a

Santa Marinha tem,para si, mais significado

do que os três livros jáeditados: «Ali, pus o que

sente a alma do nosso povo».Armando Couto Pereira não

revela se tem outro livro na forja.Na de ferreiro, continua a ter traba-

lho. «Apesar de já não ser como dantes. Aspessoas agora querem ‘corta e solda’. O ferrojá não tem arte», diz com nostalgia. Mesmo notrabalho do ferro, ele desejava intrometer apoesia, que nunca o abandona. Enquanto tra-balha na sua oficina de ferreiro, nunca lhe vema vontade de fazer poesia, isto apesar de pensarsempre nos poemas já escritos. Publicadosestão mais de uma centena, distribuídos portrês livros. O primeiro, Inquietudes, foi publicadoem Abril de 2001. E Gil Abreu, que escreveu aintrodução, referiu-se a ele como o «Livro doDesassossego» deste poeta forjanense. Trêsanos depois, foi lançado Silêncios. O médicoforjanense José Lima Ribeiro, que o prefaciou,reconhece que, «na simplicidade das suaspalavras, o autor revela-nos a simplicidade dascoisas profundamente verdadeiras». No seumais recente livro, Anoiteceres (Junho de 2009),Sérgio Carvalho, no texto de abertura, sublinhaa união entre o poeta e o mestre ferreiro, ano-tando que ele «trabalha as palavras comotrabalha o ferro. Aquece-as, molda-as, por ve-zes, tem de as metalizar, dando-lhes uma formafinal num conjunto, que vai do verso à estrofe,da estrofe à composição».

Procuram-se as memórias queguarda da sua arte de trabalhar

o ferro, mas a resposta sai im-petuosa e ao arrepio do que se lhepergunta: «Se fosse hoje, não eraesta a minha profissão. Era pas-tor!». E, enquanto molda o ferro jáem brasa, retirado da intensa laba-reda do carvão, levanta o rosto e arazão daquela vontade solta-se-lhecom a candura de um menino:«Gosto da calma e do sossego quehá numa serra. Sabe, quando pos-so, vou dar um passeio a CastroLaboreiro. Sinto-me sempre fascina-do com o gado e a paisagem. NoInverno, admiro o rendilhado azula-do dos carvalhos; no Verão, é aabundância das cores todas...».

Não gosta de revelar a idade.«Ainda sou muito sonhador. É porisso que quero continuar sem ida-de», justifica. O certo é que Arman-do Couto Pereira está quase a cum-prir meio século de ferreiro. Só co-nheceu um patrão, Adelino Costa,que lhe ensinou a profissão. Antes,porém, depois de concluir os qua-tro anos da escolaridade obriga-tória, entrou no seminário do VerboDivino, em Guimarães. Não foi pormuito tempo que permaneceu nos

corredores frios da casa de for-mação sacerdotal – «As saudadesde casa eram muitas. Principal-mente, da minha mãe e da minhaavó», recorda. Ao fim de um ano epouco regressou a casa, sem von-tade de pensar em continuar a es-tudar. E, até ir para o serviço militar,manteve-se na oficina de AdelinoCosta. Cumpriu tropa, como ope-rador de radar, na ilha do Sal, emCabo Verde, e na Guiné. «Quandocheguei, a seguir ao 25 de Abril, opatrão disse-me que não haviatrabalho…», diz, sublinhando quena ocasião teve possibilidade deingressar na GNR, mas era umaopção que não se enquadrava nasua maneira de ser: «Quando vimda tropa, já não podia ver fardas.Isso não condizia comigo. Gostomuito de ter a minha liberdade».

É durante o tempo de tropa,quando estava no Ultramar, que apoesia lhe «entra», para utilizar umaexpressão sua. E, se no seminário,com apenas 10 anos, já escreviatextos no jornal da congregação,Armando Pereira volta a sentir oapelo quando, de novo, se vê forada família. «Não gostava de jogar àbola, como os outros colegas, parame distrair. E o que eu admirava

mais eram os jornalistas». Porquê?«Era o fascínio da maneira comotrabalhavam as palavras. E comeceia desejar também poder transmitiros meus sentimentos naquilo queescrevia», (ver texto nesta pág.).

A poesia não lhe tirou o gostopelo convívio. «As amizades sãosagradas. Os meus amigos sabemmuito bem que lhes sou fiel»,acentua no seu jeito amável de dizeras coisas, particularmente quandolhe «tocam fundo», como o recentefalecimento de Carlos Costa: «Sentia morte dele como a de um irmão».Foi este amigo quem lhe pro-porcionou realizar um trabalho emferro, como há quase duas décadasnão fazia. O poeta tem amigos demais longa data. Mas a amizade comCarlos Costa, que mesmo assim jácontava mais de uma dezena deanos, tornou-se uma referência parao ferreiro-poeta: «Conheci-o nocafé. A nossa amizade foi-se inten-sificando de tal maneira, que o

Carlos se tornou para mim numbom conselheiro, apoiando-mesempre quando tinha problemas davida pessoal». E conclui: «Estavasempre disponível!». É a constânciadesta amizade que, «em nós, foicavando laços de uma amizadeprofunda e fraterna», refere o poeta.

Carlos Costa, empresário daconstrução civil de Vila Chã (vercrónica de Luís Coutinho, pág. 14),possibilitou-lhe realizar mais umdos seus sonhos: fazer uma obratotalmente artesanal em ferro,apenas trabalhado na forja e nabigorna. Não é que ele não tivessejá manufacturado muitos outrosportões, além de outros trabalhos,nos quais colocou a sua arte detrabalhar o ferro. Mas este trabalhoé único, refere, porque o proprie-tário lhe permitiu toda a liberdadecriativa. «Há muito tempo que nãofazia nada assim. Fiz um há 20 anose, mesmo assim, não posso com-parar com este», diz com visível or-

gulho, mas também emocionado«pela falta do amigo», quandochegamos a Vila Chã para confirmaro que ele considera o seu «poemaem ferro». Demorou-lhe sete se-manas. «Sempre sem parar», diz. Naverdade, verteu naqueles dois por-tões (um outro mais pequeno inte-gra a entrada da propriedade) todaa sua sensibilidade poética. A deco-ração é toda elaborada em ferroredondo – «Muito mais difícil deexecutar», anota o artista. Aos pou-cos, depois de olhado atentamente,vai-se descortinando um poema:quatro corações, ao centro de cadaum das folhas do portão, revelam-se com subtileza, como um canto àbeleza dos «corações bons, comoera o Carlos». E, a emoldurá-los,sucedem-se caprichosas voltas, emjogos subtis de enleio.

No seu coração continua «umdesejo escondido», como ele diz.Ou, como nós diríamos, uma pai-xão por cumprir: ser pastor.

«Um dia, desejei transmitir os meus sentimentos no que escrevia»

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20 de Janeiro 2010 • 3

Exposição

Ventura Terra: arquitecto de Esposende

esposende

Reza a lenda que o Rei D. Carlos

ofereceu a Ventura Terra o com-

passo que pertenceu a João Fre-

derico Ludovico, autor do projecto

do Convento de Mafra. Teria este

instrumento servido para elaborar

os projectos do magnífico edíficio

que alberga o Museu Municipal

(na foto) e do Hospital Valentim

Ribeiro? O arquitecto, vencedor de

vários prémios Valmor por obras

realizadas, na sua maioria, em Lis-

boa, também é o autor do projecto

do templo de Santa Luzia em

Viana do Castelo, com inspiração

na basílica do Sacré Coeur, em

Paris, visível na sua cúpula central

enquadrada por quatro torreões

circulares.

O escritor Gabriel GarciaMárquez disse um dia

«Aquele que não tem memóriaarranja uma de papel». É claro quese referia a um papel diferente doque está exposto em Esposende. A«memória» fotográfica do povoesposendense está patente no seuMuseu Municipal, até 28 de No-vembro, na exposição Esposende,Ensaio Urbano de Vila a Cidade –processos de transformação. Tra-ta-se de uma exposição fundamen-talmente gráfica – fotografiasantigas e plantas dos diversos pla-nos de urbanização através dostempos, mas na sua maioria, per-tencentes ao século XX.

Através das mãos de váriosarquitectos, apercebemo-nos que,há menos de 100 anos atrás, Espo-sende era um pequeno aglomeradode casas, particularmente de pesca-dores, e com a perspectiva de seralgo maior e melhor, promoveu comregra a construção, sendo hoje umdos exemplos de crescimento sus-tentado. O que determina a confi-guração do seu urbanismo é, nosprimórdios, a construção das estra-das Esposende/Barcelos e Porto/Viana, bem como o encanamento doCávado. As estradas condicionamo crescimento e criam vias estrutu-rantes a partir das quais, mais tarde,se vai conseguir criar os quartei-rões de forma regular que ainda hojese vêem na planta da cidade, muitoembora a estrada Porto/Viana tenha

sido desviada do centro para o localque ocupa hoje.

O encanamento do rio Cávado,desde Prado até à foz, num projectode Custódio José Gomes VillasBoas, foi fulcral para poder oferecerà terra mais uns metros conquis-tados ao rio e, através da regulariza-ção das margens, evitar que o aglo-merado urbano sofresse com ascheias, que frequentemente despo-javam os habitantes dos seus par-cos haveres. Este projecto, imple-mentado parcialmente, foi comple-mentado, mais tarde com o aterroda doca em 1938, no sítio onde hojese localizam as piscinas municipais.

Criados os limites do centro ur-bano que, ainda hoje, grosso modo,se mantêm, surgem os projectos deurbanização onde se começam anotar alguns aspectos curiosos. Noprojecto de 1930, que esboça pelaprimeira vez a Avenida Marginal,nota-se que na zona onde se vierama implantar as piscinas municipais,o parque de lazer e os bares junto àmarina de recreio, se previa que fos-sem ocupadas por um grande par-que ajardinado e um campo de jo-gos. Pouco mudou em tantos anos.

Em 1936, Arménio Losa, criadirectivas para a construção de ha-bitações em tipologias de «uni-dades residenciais», enquadradaspor ruas largas, arborizadas, já pre-paradas para os automóveis. Estaconcepção é importada dos Esta-dos Unidos, aplicada nos arredores

de New York, em 1930. A largura dasruas, com construções baixas, tor-na a actual cidade num aglomeradoluminoso e aprazível, tanto deInverno como de Verão. No pro-jecto geral de urbanização de 1947,começa-se a desenhar a segundacara de Esposende – até aí maiori-tariamente terra de pescadores eagricultores, é com este plano quese mostra a cara do Turismo e secomeçam a pensar nos equipamen-tos para promover as caracterís-ticas únicas de Esposende. Olhan-do a proposta de José de Vascon-celos apercebemo-nos de ideiasque visam o Turismo: a construçãode um hotel a norte do Farol, umapiscina de praia e um parque públi-co junto ao mesmo, criando junto àpraia do Suave Mar condições paraveraneantes. É nesta altura que sedesvia a E.N. 13 e se imagina o de-senho em forma de peixe que Espo-sende ainda mantém.

A proposta de uma linha decaminho de ferro, variante da Linhado Minho, ligaria Esposende aBarcelos. Infelizmente o projectonunca se concretizou e a vila, tardia-mente cidade, é um dos poucos

aglomerados do Entre-Douro-e-Minho sem ligação à linha férrea. Apartir daqui, as transformações sãofacilmente identificáveis e com umolhar atento entende-se o seuporquê. E é aqui que a memória temum papel importante. Recordar queno Largo Rodrigues Sampaio secirculava em torno de um jardim

central e que o Largo dos Peixinhos(frente ao Museu Municipal) erauma floresta ordenada com táxis agirar à sua volta, são emoções quesó se sentem ao observar uma expo-sição que, mais do que nos lembraro que Esposende já foi, nos revelao que poderia ter sido.

Uma terra em forma de peixe

Percorrendo a exposição, há fotos

que nos prendem por possuírem

elementos que não reconhecemos.

Numa delas, ficamos surpreendidos

com uma capela junto ao rio bem

como um edíficio com traço «Estado

Novo», que se destacam da malha

urbana. A capela é a de S. João, ago-

ra envolvida por edifícios e muito

mais afastada da linha de água,

fruto do aterro da doca, que ganhou

terras ao rio. O prédio «Estado No-

vo» é o posto da Guarda Fiscal,

agora no final do Largo Rodrigues

Sampaio.

A avenida de Góios foi rasgada para

que a vila se expandisse para nas-

cente, mas, condicionantes de pro-

jectos futuros, fizeram com que a

malha urbana se estendesse no

sentido norte-sul e ficasse com o

conveniente desenho de um peixe.

O primeiro ante-plano geral de ur-

banização previa uma estação dos

caminhos-de-ferro, ligando a vila a

Barcelos. Implantar-se-ia no cruza-

mento da E.N.13 com a Avenida

Góios. Tivesse o projecto sido con-

cluído e as acessibilidades de Espo-

sende seriam completamente dife-

rentes. E a cidade muito mais pu-

jante em todos os aspectos.

memória urbana

Uma exposição no Museu Municipal, patente até Novembro,

revela a evolução de Esposende nos últimos 100 anos. Fotogra-

fias inéditas, provenientes de arquivos particulares, maquetas,

documentos de arquitectura, desenhos, mapas e cartografia das

diferentes épocas, mostram-nos a terra desenhada em forma

de peixe. Textos Ricardo Brochado Fotos Luís Pedro Ribeiro

Horário:

Terça a sexta-feira:

10h - 12,30h; 14,30h - 17,30h

Sábado e domingo: 15h - 18h

Encerra segunda-feira e feriados

Uma memória do «nascimento» de Esposende

Page 4: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

Autarquia

4 • 20 de Janeiro 2010

Editorial

Regional

Rock Kastru’s em Esposende

Foi-se o velho, veio o novo. OAno Novo é a oportunidade de

fazermos votos secretos, de operarmudanças, de rever atitudes. Comodisse Carlos Drummond de Andra-de, «para sonhar um ano novo quemereça este nome, você, meu caro,tem de merecê-lo, tem de fazê-lonovo, eu sei que não é fácil, mastente, experimente, … É dentro devocê que o Ano Novo cochicha eespera desde sempre». Não seráboa ideia começar o Ano Novocom hábitos velhos; arranjemos,isso sim, uma alma nova e quetodos os nossos sonhos e desejossejam cumpridos na íntegra. As

palavras são sempre as mesmas,mas a intenção é a mais verdadeira.

Já que falamos em mudanças,refira-se que, a partir de agora, maisconcretamente, deste número, pas-sam a fazer parte da equipa de OFORJANENSE dois jovens, o Ri-cardo Brochado, que tem aparecidopontualmente com uma colabora-ção rica e pertinente, e o NelsonCorreia, que dá o seu pontapé desaída nesta actividade. Aos doisjovens, a trabalhar voluntariamentepara a comunidade através destemeio, desejam-se as maiores feli-cidades nesta sua nova aventura.

É intenção deste mensário

alargar a franja de colaboradores eleitores para uma área que poderácontemplar as aldeias limítrofes deForjães, não esquecendo, claro es-tá, a sede do concelho, Esposende,isto se atendermos a que O FORJA-NENSE é hoje uma referência aonível da imprensa regional. Acomprová-lo está a entrevista dopresidente da câmara, João Cepa,concedida em exclusivo ao nossojornal. Do mesmo modo, e aindanesta edição, temos uma repor-tagem efectuada no Museu Muni-cipal de Esposende, uma exposiçãosubordinada ao início do urbanismomoderno naquela cidade.

Damos ainda espaço a duaspessoas da nossa terra, o José Ar-mando Couto Pereira, que já conhe-cemos da escrita, e o Armando Cos-ta, conhecido carinhosamente porCostinha. Trata-se de dois arte-sãos, o primeiro na arte de trabalharo ferro, o segundo na arte da alfai-ataria. Ficaremos a conhecer umpouco da sua obra, sem esqueceras suas ideias e pensamentos, asua relação com a vida, o trabalhoe a família e amigos.

Um Bom Ano a todos!

Sérgio Carvalho

Na segunda quinzena de Fevereiro, o Kastru’s Bardá lugar ao KASTRUS RIVER KLUB (KRK). Ao fimde vinte anos – mais de 550 concertos e 13 ediçõesdo mítico Rock Kastru’s –, o velhinho Kastru’s, deForjães, vai ter o merecido descanso. O seu sucessor,o KRK vai nascer em pleno coração da cidade de Es-posende. De acordo com a gerência a mudança resul-ta da opção de «dar um ar fresco à marca Kastrus, umtoque de glamour e requinte, num local mais modernoe aprazível». Recorde-se que O FORJANENSE jánoticiara, em Maio passado, a saída do Kastru’s danossa vila. Agora o novo espaço será instalado noedifício das Piscinas esposendenses. O conceito quevigorou durante os vinte anos do Kastru’s, irá sermantido, não deixando a gerência do KRK de apostarnos novos valores da música nacional, apresentando

noites divertidas e diferentes. O KRK funcionarátambém durante o dia, oferecendo assim a oportuni-dade de desfrutar de impressões gastronómicasdistintas, além de uma oferta alargada de cocktails.

A 26 de Dezembro o Kastru’s Bar viveu um dosmomentos mais marcantes da sua história. Aquela foia última grande noite do mítico espaço de concertosda região norte de Portugal. Uma noite de memóriasque fez reviver o som das grandes bandas quepassaram por Forjães, entre elas, Ramp, Wraygun,Dealema, Primitive Reason além daquelas que o RockKastru’s lançou para a ribalta, como os Fat Freddy,Bypass, The Fingertips, The Other Side, Godog eKatharsis. Resta esperar por Fevereiro paraexperimentar o KRK, onde de certo, a exemplo do seuantecessor, o som continuará a reclamar um eco.

Nelson Correia

Biblioteca municipal itinerante para a Terceira IdadeA leitura como lazer

Primeira visita dos livros à ACARF

Obras de escri-tores portu-

gueses, particular-mente romances clás-sicos de autores con-sagrados, como Ca-milo Castelo Branco,Eça de Queirós ouJúlio Dinis, integram oprojecto «LivrosComVidas», destina-do aos utentes da Ter-ceira Idade das Insti-tuições Particularesde Solidariedade So-cial (IPSS) do conce-lho. A ideia surgiu daBiblioteca Municipalde Esposende, quepretende proporcio-nar aos idosos momentos de lei-tura, de forma autónoma ou com oapoio dos técnicos das institui-ções que frequentam.

Uma «Biblioteca Móvel» des-locar-se-á quinzenalmente às IPSSdo concelho que aderiram ao pro-jecto. A primeira visita aos «avós»da ACARF teve lugar no dia 12deste mês. A iniciativa não pre-tende ser apenas um projecto de

promoção de leitura, mas tambémpossibilitar tempos de lazer. Porisso, a selecção dos livros feitapela Biblioteca Municipal teve emconta os gostos e capacidades dosleitores do projecto «LivrosComVidas». Além dos títulos járeferidos, são disponibilizados li-vros de outras temáticas, como bio-grafias, jardinagem, agricultura,religião e poesia. Não foram esque-

cidos, contudo, autores contempo-râneos mais conhecidos.

Cada utente terá um «cartão deleitor», como acontece em qualquerbiblioteca. Cabe depois às institui-ções avaliar as capacidades de lei-tura de cada. Caso seja necessárioserão feitas leituras colectivas. Ali-ás, este projecto prevê «sessõesde leitura em voz alta», a promoverpela própria Biblioteca Municipal.

Rectificação - Na edição de Dezembro de 2009, na pág. 8, na referênciaà exposição Olhar Forjães, não foi citado um dos seus «planos»: umconjunto de primeiras páginas e de notícias de destaque, que ao longodos 25 anos do jornal foram significativas para a história de Forjães.Ainda na mesma edição, no texto de Gil Abreu (págs. 2 e 3) onde se lê«...As duas vertentes, culturais e opinativa, tiveram algumasrepercussões...» deve-se ler: «...As duas vertentes, cultural e opinativa,tiveram algumas repercussões...».

Ponte do Guincho

Cidadãos em reuniões

da Junta de Freguesia

Os forjanenses poderão partici-par nas reuniões do executivo(19h), que se reúne nas últimas 4ªfeiras de cada mês. Também nas as-sembleias de Freguesia (4 por ano),a população poderá intervir noperíodo «antes da ordem do dia».Em Dezembro, a Assembleia de Fre-guesia aprovou, com votos contrado PS, o Regulamento de Taxas eLicenças (em consulta na Junta),no que diz respeito a feiras, espa-ços públicos, cães, taxas adminis-trativas, transportes, cemitério.

Recolha de lixo

Verificam-se situações ilegaisde vazamento de lixo em matas ecaminhos florestais. A autarquiadispõe de serviços de recolha delixo: pilhas, toners, tinteiros, óleosalimentares, resíduos verdes eresíduos volumosos (colchões,frigoríficos, estores, etc). A Juntapode passar nos domicílios pararecolher este tipo de lixo. Para isso,contacte 253 877 430 ou entãopode colocá-lo no centro decompostagem junto à EBI.

Azulejos da Escola

Rodrigues de Faria

Ao celebrar os 75 anos do Cen-tro Cultural, a autarquia solicitou àCâmara Municipal a abertura doprocesso de classificação de «pa-trimónio nacional» dos azulejos doJorge Colaço. Durante este ano aJunta de Freguesia realizará umconjunto de actividades para cele-brar os 75 anos da Escola Rodri-gues de Faria.

Feira de S. Roque

A Autarquia está a preparar umconjunto de iniciativas para adinamização e divulgação da feiraquinzenal de S. Roque, como os«feirões». A propósito, refira-seque já foi conseguido, com a anu-ência do Município, o encerramen-to da feira de Esposende aossábados.

Destruições provocadas

pelos temporais

Desde Novembro que se regis-taram estragos diversos, na fre-guesia, devido ao mau tempo. Assituações mais greves, a nível deinfra-estruturas verificaram-se na

ponte do Guinchodestruída em doissítios pelas águasdo Neiva. Tam-bém junto à pontedo Fulão, o murocedeu, tendo osrails de protecçãoficado suspensos.A Protecção Civilresolverá estesestragos, quandomelhorar o tempo.

Luís

Pedro

Rib

eir

o

Page 5: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

20 de Janeiro 2010 • 5

Um bom Natal

para todos nós...

Já é tradição, mas a festa de Natal

da ACARF é sempre preparada com

muito empenho pelos animadores

e educadoras da instituição. No

dia 19 de Dezembro, no espaço

cedido pela EBI de Forjães, pelo

palco foram passando os

ACARF

diversos «artistas». Cantares e

representação de «musicais»,

estiveram a cargo dos «avós» e

das crianças das diversas salas.

As meninas e os meninos que

frquentam o ATL Primária e o

Espaço sócio-educativo oferece-

Terceira Idade:

as vozes afinadas,

revelaram o treino

de muitos anos

Salas dos 18-

36 meses: canções

infantis expressas

numa mímica de

alegria

Sala +36 meses:

uns cantaram

e outros

demontraram

os dotes

de representação

CAI Jardim 3-4 anos:

um teatrinho sobre o

Pai Natal, acom-

panhado com vozes

e instrumentos

«caseiros»

CAI Jardim 5-6 anos:

até os pezinhos

serviram para

acompanhar

a música

Uma surpresa

natalícia: as mães

e um pai «natal»

representaram

para os filhos

ATL Inglês 3-6

anos: na história

de uma rena, não

faltou o Pai

Natal... nem o

canto

ATL Primária e

Espaço sócio-

educativo 6-12

anos: se uns

mostraram os dotes

na arte de tocar

clarinete e violino,

outros revelaram-se

bons cantores

ram um momento de canto e de

excelente interpretação de violino

e clarinete.

Os pais também se juntaram à

festa com uma representação

teatral, onde naturalmente teve

lugar o Pai Natal.

Page 6: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

Comunidade paroquial

Caminhos

6 • 20 de Janeiro 2010

Memórias do património artístico da paróquia

...numa noite de chuva, que não desmobilizou os forjanenses, foi uma iniciativa do Conselho

Pastoral da Paróquia. No IX Festival dos Reis (dia 16) participaram o Lar de Stº António, os

Escuteiros, os Catequistas, a ACARF, o “4 Pintas”, a LIAM, o Rancho do GADTF, o Grupo Coral

da Paróquia e o grupo da foto. Ou seja, o Conselho Pastoral, que também nos quis presentear

com um canto de Reis. Antes, foi apresentado, pelas autoras e pelo coordenador José Paulo

Abreu, o livro do inventário do património artístico da Paróquia (ver texto ao lado).

Baptismo:12/12 - Carlos Manuel DouradoMoreira Viana, filho de CarlosEduardo Loureiro Viana e de SóniaMartins Dourado Moreira Viana.

A iniciativa de estudar, catalogar eregistar os bens culturais da Arquidiocesede Braga, iniciou-se já há cerca de doisanos. Chegou a vez da paróquia de Forjães,que agora dispõe de um instrumento pre-cioso: além preservar a memória de todo oacervo que, ao longo de séculos, foi adqui-rido, divulga-o com base em estudos histó-ricos, efectuados sob métodos científicos.

O inventário inclui pintura, escultura,ourivesaria, têxteis, vitrais, livros, adereçoslitúrgicos e ainda «outras colecções», comorelicários e o túmulo, datado do séc. X/XI,que se encontra no adro. Textos de inves-tigação sobre a arquitectura do templo, osenquadramentos geográfico-administrativoe histórico da paróquia, antecedem o inven-tário das peças. São ainda revelados ohistorial da edificação do lugar de culto euma cronologia dos acontecimentos maisrelevantes, desde o séc. XI, com referênciaà «ecclesia sancta marina».

Como se sublinha na introdução, ainiciativa tem como objectivo «dar a

conhecer o património que temos». Muitasvezes, receia-se pela divulgação dostesouros paroquiais. A Polícia Judiciáriatem sublinhado, porém, que um inventárioé o melhor seguro contra os roubos: só ofacto das peças ficarem identificadas efotografadas, dificulta as transacçõesilícitas. Resta agora a criação de condiçõesque contribuam para a preservação destepatrimónio paroquial, para que possa ser«fruído pelo público», como anota PauloAbreu, o coordenador do projecto.

A Igreja de Santa

Marinha de Forjães

Liliana Pinto, Sabrina

Guerreiro, Joana

Leandro

Instituto de História

e Arte Cristãs - Arqui-

diocese de Braga

96 págs. - 10 euros

As crianças da Catequese quevisitaram, no dia 27 de

Dezembro, doentes e idosos, nãoiam vazias. Nas suas mãos segu-ravam a imagem do Menino Jesus,que deram a beijar, e uma mensa-gem: «Que a minha presença sejamotivo de alegria e felicidade paraos que me rodeiam e acompanhamna caminhada da vida». Estas pa-lavras deixaram-nas em cada um doslares visitados, cerca de trêsdezenas.

Cerca de meia centena de meni-nas e meninos, de todos os anosde catecismo, foram acolhidos comalegria. Alguns grupos forammesmo recebidos com as lágrimasnos olhos, tal era o contentamentodas pessoas.

E agora em Janeiro, os catequis-tas de cada um dos grupos pedi-ram-lhes para colocarem por escritoo que guardaram nos seus cora-ções, depois da visita àquelas pes-

soas, de quem muitas vezes nosesquecemos que existem: a TerceiraIdade e os doentes. Aqui se deixamos seus testemunhos. Naturalmen-te, os textos dos mais pequenitos,são mais simples. Mas todos elesrevelam uma ternura humanizadora.1º ano Gostámos do convívio nacasa da catequista Fátima. (Daquipartiram para a visita. E referenciamuma senhora em particular). Gostá-mos de conversar com a D. Júlia.2º ano Foi muito bonito. Gostámosmuito de fazer felizes os doentes.Foi muito interessante.3º ano Demos um momento dealegria e paz às pessoas que esta-vam em casa. Para nós significoudar carinho…4º ano Quando chegámos (ao Larde Sto. António), cumprimentámosos idosos e demos o Menino a bei-jar. Cantámos a música «É Natal».No final, as pessoas tinham umsorriso de orelha a orelha. De se-guida, partimos para outra casa:

uma senhora muito bem disposta,que até disse que da próxima veztocaria ela a viola. Depois fomos acasa do sr. Domingos Moreira daSilva, que tem 94 anos – é o senhormais idoso de Forjães. Também aquifomos recebidos com boa dispo-sição. A todos os idosos que visi-támos entregámos um cartão comuma mensagem de Natal.5º ano Foi bom conhecer pessoasque estão doentes. Eles precisamque lhe levemos um pouco de nós.Achamos importante esta acção delevar o Menino a beijar, porque mui-tas das pessoas estão acamadas.Nós tivemos a oportunidade de asver sorrir e elas sentiram-se maisacompanhadas e felizes. E era bomque aparecessem mais crianças eadolescentes. Por vezes, os paisnão incentivam os filhos a apare-cerem.6º ano Foi um dia muito proveitoso.Conhecemos pessoas que, infeliz-mente, não se podem deslocar para

beijar o Menino. Os idosos ficarammuito felizes e emocionados ao ve-rem as crianças entrarem em suascasas. Desejamos que a iniciativase continue a realizar.7º ano O que nos impressionou foia curiosidade das pessoas emquererem saber qual a nossa origemfamiliar. Então todos nós falámosdos nossos avós e pais. Foi a ma-neira de saberem quem éramos. Eeles localizaram-se no tempo em queeram mais novos e ficaram maispróximos de nós, porque eramgrandes amigos dos nosso avós.Além de termos visitado um senhorinvisual, mas que mesmo assim eraamiga de falar, visitámos outrapessoa que, pela fagilidade da suadoença, era mais silenciosa, nãodeixando d etransmitir um sorrisoamigo.8º e 9º anos Proporcionámosalguma alegria e aprendemos deque temos de dar mais valor a cadaminuto que vivemos, sem proble-

mas, sem limitações. Foi triste depa-rarmo-nos com pessoas que vivempraticamente sozinhas (com apenasum familiar) e outras que não tive-ram de passar o Natal com os quemais amam. Fomos bem recebidospelos doentes.10º ano As pessoas que visitámos,apenas têm os seus familiares comovisita. Para nós foi muito emocio-nante : além de cantarem connosco,os doentes falaram da sua experiên-cia de vida. É bom sentir que leva-mos alegria a alguém com uma visitade alguns minutos…

Livro

Terceira Idade e doentes visitados pela CatequeseCrianças dão testemunho da experiência

Cantar os Reis...

Luís

Pedro

Rib

eir

o

Milhares de jovens da Penín-sula Ibérica vão reunir-se no

Porto, por altura do Carnaval, (13a 16 de Fevereiro) para celebrar «asfontes da alegria». A iniciativa par-tiu do bispo do Porto, D. ManuelClemente, que convidou a comuni-dade ecuménica de Taizé (formadapor católicos e protestantes) aorganizarem na sua diocese a «Pe-regrinação de Confiança através daTerra». Duas Igrejas protestantesdo Porto, comunidade Lusitana eMetodista, também aceitaram oconvite de D. Manuel Clemente

A «Peregrinação de Confi-ança» foi uma ideia iniciada em

TTTTTaizéaizéaizéaizéaizéno Porto

1978 pelo irmão Roger, fundador daComunidade de Taizé (França),falecido em 2005. E desde então,realizam-se anualmente diversosencontros em diferentes países. Oúltimo encontro europeu teve lugarem Poznan (Polónia) em Dezembropassado.

Os jovens são convidados,naqueles três dias, a um encontrocom Cristo, através da partilha, daoração comunitária e da realizaçãode actividades, abrangendo temassociais, culturais e artísticos.

«A fé não diz apenas respeito aum espaço religioso. Nada queafecte a qualidade de vida nos pode

deixar indiferentes. A investigaçãocientífica, a expressão artística, umempenho político, sindical ou as-sociativo, podem ser formas de ser-vir a Deus», escreveu o irmãoAlois, actual prior da Comunidade.

Convite aos cristãosO bispo do Porto convida os

cristãos a unirem-se a esta «Pere-grinação de Confiança». O irmãoAlois estará presente nas oraçõesda noite (dias 13, 14 e 15 de Feve-reiro, pelas 21h), que terão lugarno Dragão-Caixa (pavilhão ao ladodo Estádio). Em cada uma destasorações o irmão Alois fará uma

Óbito:14/01 - Maria Emília PereiraFaria Ribeiro, Forjães.

meditação. Na segunda-feira (15 deFevereiro) haverá uma oração co-munitária, pelas 14,15h, em quatroigrejas da Cidade Invícta: S.Lourenço, S. Bento da Vitória,Trindade e S. João Novo.

Os cristãos de Forjães queestiverem interessados em partici-par nestas orações, caso desejemdeslocarem-se em grupo, podemcontactar 96 482 7444.

«Para lá das grandes diferençasculturais que podem criar barreirasentre os continentes, todos os se-res humanos formam uma só famí-lia», recorda o irmão Alois.

Mário Robalo

Page 7: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

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20 de Janeiro 2010 • 7

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1º trama; oliva = 2º o; sicario; t = 3º ss; meças; mo = 4º cal; ras;par = 5º alem; l; arca = 6º isometria = 7º Ovar; n; ambi = 8º mar;eta; aro = 9º el; piano; a.d. = 10º g; tórrido; a = 11º amura; secar=

Page 8: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

8 • 20 de Janeiro 2010

Presépios da nossa terraA Junta de Freguesia de Forjães dinamizou, em Dezembro passado, o primeiro concurso de presépios, com o objectivo dereavivar uma tradição natalícia, hoje quase perdida. Contrariando as expectativas, apareceram 39 concorrentes, cujaqualidade e criatividade levou o júri a considerar todos «primeiros lugares». A iniciativa repetir-se-á no próximo Natal

Concurso

Uma publicação com fotografias de

todos os presépios é a homenagem

que a autarquia pretende fazer aos

que se empenharam neste concurso

Aqui juntam-se apenas alguns exem-

plares, que podem ser um estímulo

para quem não concorreu, além de

revelar a habilidade dos participantes

Autênticas obras de arte, construídas

de forma anónima, alegraram o Natal

de muitas famílias, que as fizeram com

brio e imaginação. A edição prevista

pela Junta de Freguesia, irá dar a

conhecer a sua minúcia e beleza

O júri, composto pelo presidente da

autarquia, um elemento da Fábrica da

Igreja, Albino Ribeiro, e Rui Afonso,

dos Escuteiros, afirmaram-se ma-

ravilhados com o engenho demons-

trado pelos «artesãos» concorrentes

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20 de Janeiro 2010 • 11

A 28: todos contra as portagens

Escuteiros de Forjães juntam-se à iniciativa

A ideia nasceu na Estónia,

em 2008. Agora chegou a vez

de Portugal assumir a tarefa que

dá pelo nome de Vamos Limpar

Portugal. Na verdade, vivemos

num país repleto de belas paisa-

gens, mas, infelizmente, todos

os dias as vemos invadidas por

lixo, ilegalmente depositado.

Este movimento cívico conta

já com milhares de voluntários

por todos o país. O Projecto Lim-

par Portugal é uma iniciativa

que pretende, através da

participação voluntária de pes-

soas particulares e de entidades

privadas e públicas, promover a

educação ambiental e reflectir

sobre a problemática do lixo, do

desperdício, do ciclo dos materi-

ais e do crescimento susten-

tável, através da iniciativa de

limpar a floresta portuguesa, re-

movendo todo o lixo depositado

indevidamente nos nossos espa-

ços verdes.

No dia 20 de Março, vamos

fazer parte da solução deixando

ser parte do problema.

O Agrupamento de Escuteirosde Forjães aderiu ao Projecto

Limpar Portugal, que no próximodia 20 de Março vai mobilizarmilhares de voluntários em todo opaís (ver texto ao lado). Trata-se deuma contribuição activa para deixaro mundo melhor, como nos sugeriuo fundador do escutismo, BadenPowell, ao afirmar: «O Homem queé cego às belezas da Natureza perdemetade dos prazeres da vida».Para os escuteiros, a iniciativa re-veste-se da maior importância.Conscientes de que a Natureza é anossa «casa», o nosso dever émanter a casa limpa e arrumada, pa-ra que nos possamos sentir confor-táveis. E para nós, escuteiros forja-nenses, interessa-nos, também, re-ceber bem os amigos que nos vêmvisitar. Por isso, desejamos ter anossa «casa» Natureza bem pre-servada.A acção decorrerá em toda a man-cha florestal da nossa vila. E para atornar possível, o Agrupamento irádesenvolver um conjunto deacções destinadas à referenciaçãodas zonas com lixo ilegalmente de-positado, por forma a permitir a sua

recolha no dia da acção Vamos Lim-par Portugal, para a qual lançamoso desafio a todos os forjanensespara que se juntem a nós, porque aNatureza pertence a todos. Quempretender participar nesta iniciativapode contactar 964563387. É umamaneira de sermos solidários comesta ideia de um Portugal mais lim-po. Esperamos por vós, no próximodia 20 de Março.

Como surgiu a ideia

Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia

Ambiente

A acção nasceu na

Estónia: em cinco horas

o país ficou limpo.

Quinze mil portugueses

já se inscreveram

em diferentes acções

por todo o país.

E você vai ficar

em casa?

Em 2004, a revista Nature revelou um estudo

sobre os possíveis impactos das alterações cli-

máticas em milhares de espécies de mamíferos,

aves, anfíbios, répteis, borboletas e outros inver-

tebrados, em 6 zonas ricas em termos de biodi-

versidade. Ficou demonstrado que entre 15 e

37 por cento daquelas espécies poderá extin-

guir-se até 2050. Para contrariar esta possibi-

lidade, a União Europeia estabeleceu o objecti-

vo de travar a perda de biodiversidade e a recu-

peração dos habitats e sistemas naturais até

2010 – ano que será marcado por iniciativas.

Rui AfonsoChefe do Agrupamento de

Escuteiros de Forjães

Empresas e particulares: todos ficam prejudicados

Opresidente da Câmara deEsposende (CME), João Ce-

pa, não se conforma com a intro-dução das portagens na A28. Emdeclarações a O FORJANENSEafirmou-se dispoto a avançar pelavia judicial, como forma de impediraquela decisão do Governo.

«Tenho sérias dúvidas quantoà legalidade desta pretensão doGoverno, particularmente no terri-tório de Esposende», sublinhou oautarca, adiantando que «otraçado da A28 que atravessa onosso concelho foi pago peloorçamento do Estado, e não nochamado ‘regime de SCUTS’». Porisso mesmo, João Cepa alega estacircunstância, no seu entender,«inviabiliza» a colocção de porta-gens no troço daquela auto-estra-da. Assim, «caso se confirme opagamento na A28», o presidenteda CME irá contratar um escritóriode advogados para que «sejamestudadas as eventuais matériaslegais que possam levar a impediro processo». Esta posição de JoãoCepa foi reafirmada após a reuniãodos autarcas de Viana do Castelo,Póvoa de Varzim, Vila do Conde,Esposende e Matosinhos, no

passado dia 5, com o ministro dasObras Públicas, Transportes eComunicações, António Men-donça. O presidente da CME re-corda ainda que, quando a A28 foiconstruída como auto-estradaSCUT (sem pagamento), verificou-se «a fixação de empresas e defamílias, que compraram casas noconcelho, em função do não-pagamento de portagens». Actual-mente, Esposende vê duplicar onúmero de pessoas ao fim-de-semana (60 mil), chegando a tri-plicar, na época de Verão. Estas sãotambém algumas das razões invo-cadas por João Cepa, na defesa dasua posição, receando que muitasempresas abandonem o concelho.

Entretanto, o «Movimento A28Sem Portagens» já conseguiu maisde 16 mil assinaturas contra adecisão do Governo de JoséSócrates. E Daniel Pedro Silvagarante que o movimento assumetambém a mesma posição de JoãoCepa, em fazer chegar o assuntoaos Tribunais. Quando forematingidas as 20 mil assinaturas,estas serão entregues aos partidosparlamentares. O acesso à petiçãofaz-se em: www.peticao.com.pt/a28-

sem-portagens. Por sua vez, JorgePassos, do movimento «Natural-mente... não às portagens na A28»,questiona a isenções que o Gover-no promete para o trânsito local.«Se uma pessoa do Alto Minhocomprou o automóvel pelo sistemade leasing e a viatura está registadanoutra cidade, deixa de ser trânsitolocal?». João Cepa também recusaeste «bónus» do Executivo, consi-derando-o «um disparate».

Mas em 2006, a AssociaçãoComercial e Industrial do Concelhode Esposende (ACICE) já fazia verao então Ministro das Obras Pú-

blicas um conjunto de obstruçõesna utilização da EN13, enquantoalternativa à A28. Agora SérgioMano, da ACICE, volta a referirque, além das partes já desclas-sificadas da EN13 como «EstradaNacional» em Vila do Conde e Pó-voa de Varzim, «existe um conjuntode outros impedimentos, como apassagem nas pontes de Fão e deViana do Castelo, proibidas apesados». Entretanto, Sérgio Ma-no anotou a disponibilidade daACICE para uma equipa multidis-ciplinar com municípios e associa-ções cívicas contra as portagens.

Recorde-se que os entraves à«classificação» da EN13 comoalternativa à A28 são imensos, con-trariando mesmo o que dispõe alegislação nesta matéria. Sublinhe-se que, só o percurso Viana-Porto,em hora de ponta (18h) passa de51m., na A28, para 2,30h, na EN13.Mas as dificuldades aumentamainda mais, se tivermos em contaque, do Porto a Caminha, na EN13,teremos mais de uma centena depassadeiras de peões, quase duasdezenas de rotundas e perto de setedezenas de cruzamentos.

Esposende admite via judicial

Luís

Pedro

Rib

eir

o

Mário Robalo

Page 12: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

Desporto nnnnn Notícias FSC

12 • 20 de Janeiro 2010

Decorridas treze rondas nocampeonato, doze para o Forjães,os vizinhos do Vila-Chã lideram aclassificação com três pontos devantagem sobre o Terras de Bouroque é segundo e seis sobre o For-jães, que segue na quarta posição.Os forjanenses são a única equipaque ainda não perdeu e, a par doVila-Chã, são a equipa menos bati-da. Refira-se que dos sete golos so-fridos pelo guarda-redes, Paulinho,quatro foram de grande penalidade,duas delas inexistentes. O que revelaa boa capacidade defensiva daequipa. Nos últimos jogos o ataquetem-se ressentido da ausência deArmindo, que devido a lesão nãotem estado a cem por cento, e temfacturado menos. Contudo, o For-jães concretizou até ao momento 26golos, mais cinco do que o líder Vila-Chã, números indicadores de umamédia superior a dois golosmarcados por jogo.

Poder-se-á dizer que apesar doatraso na classificação, consentidonos últimos jogos, o Forjães revelacondições para atacar os doisprimeiros postos que dão acesso àdivisão de honra. Refira-se quenesta altura o Forjães tem um jogoem atraso, referente à nona jornadacom o Terras de Bouro, e com dezoi-to jogos ainda por disputar, dez emcasa e oito fora, a equipa forjanensetem todas as possibilidades de atin-gir os seus objectivos.

Na outra competição em queparticipa, Taça AF Braga, o Forjãesatingiu os oitavos de final depoisde na última eliminatória (agora sónuma mão) ter ultrapassado a equi-pa vimaranense do Nespereira.

Relativamente a actividadesdesenvolvidas pela direcção é dedestacar a realização do já tradicio-nal «Cantar das Janeiras», que vaianimando as ruas da nossa vila eque permite algum encaixe finan-ceiro para o clube. No passado mêsde Dezembro foi realizado o habitu-al sorteio de Natal, tendo os pré-mios em disputa sido atribuídos àcasa, segundo os responsáveisgrande parte das cadernetas nãoforam vendidas, o que levou a umareceita muito aquém das expecta-

tivas orçamentais.

Comentário

Fernando Neiva

10ª Jornada12-12-09

Soarense 0 -1 Forjães (FSC)Relvado Sintético das Camélias -Braga

Jogo difícil e atribulado

A equipa do Soarense vendeucara a derrota neste jogo. E um lancecom direito a expulsão, gerouconfusão, por parte da equipa dacasa, que acabou reduzida a noveelementos no intervalo. O árbitroenganou-se: mostrou vermelho aojogador errado. Este ao ser expulsoprotestou, tendo-se recusado a sairde campo. Nos momentos seguin-tes, e porque entretanto correspon-deu à sinalética de um dos seusassistentes, o árbitro emendou amão, e expulsou o jogador correcto.Mas o impensável aconteceu: ojogador, que por engano havia sidoexpulso, recusou-se a entrar nojogo, apoiado pelo treinador, Gui-lherme Oliveira. O jogo prosseguiu,cinco minutos depois, com oSoarense reduzido a nove, um porexpulsão outro por abandono. E oFSC a desperdiçar uma grandepenalidade.

No reatamento, nova confusão:o treinador do Soarense tentouincluir na equipa um jogador nolugar do que se havia recusado aentrar, depois da correcção doárbitro. O árbitro não permitiu asubstituição, agindo conforme oregulamento. Na segunda parte oFSC, em superioridade numérica,teve dificuldade para dobrar aequipa bracarense. Só a cabeça deRoger resolveu a contenda a favorda casa, fazendo o golo que viria avaler os três pontos.

Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick;3- Mané; 30- Roger; 23- Jony; 4- ZéCarlos; 6- Américo (c.); 21- Celso;10- Xiço; 27- Nuno Falcão (9-Bony); 7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Roger aos 65 minutos

Resumodas jornadas

11ª Jornada03-01-10

Forjães 4 -1 LajeEstádio Horácio Queirós - Forjães

Superioridade evidente

A superioridade do Forjãesevidenciou-se desde muito cedo,ao fazer dois golos no primeiroquarto de hora e ao exercer o domí-nio absoluto da partida no restanteperíodo deste desafio. E se na pri-meira parte ficaram algumas situa-ções por concretizar no inicio dasegunda também, mas a meio destafase do jogo e em dois minutos sur-giram mais dois golos que cimen-taram a diferença de qualidade entreestas duas equipas. O Laje aindareduziu através de uma grande pe-nalidade mal assinalada pelo árbitroda partida.

Forjães SC: 57- Paulinho; 4- ZéCarlos; 3- Mané; 30- Roger; 23-Jony; 21- Celso; 6- Américo (c.); 24-Diogo (5- Chico Moura aos 71);84- Adriano (8- Armindo aos 88);27- Nuno Falcão(19- Jim aos 61);7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Adriano aos 7 minutos

2-0 Diogo aos 18 minutos3-0 Jim aos 67 minutos4-0 Celso aos 70 minutos

4-1de penalty aos 73 min.

12ª Jornada09-01-10

Panoiense 1 -1 ForjãesRelvado Sintético de S. Martinhode Dume - Braga

O pássaro esteve na mão, masdois pontos voaram …

O Forjães entrou bem na par-tida e fez um golo cedo. Desde oinício do jogo que a equipa forja-nense assumiu a gestão do futebolpraticado e ao longo dos noventaminutos desperdiçou duas situa-ções claras para fazer o dois a zero.Por sua vez, o Panoiense lutou sem-pre pelo empate e conseguiu-o nasequência de um canto já perto dominuto noventa e numa altura em

que o Forjães depois de não teraproveitado para ampliar o score,colocava trancas na porta parasegurar os três pontos. É caso paradizer que os Forjanenses tiveram opássaro na mão deixaram-no fugirnos derradeiros momentos dapartida.

Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick;3- Mané; 23- Jony; 4- Zé Carlos; 6-Américo (c.); 21- Celso; 24- Diogo(10- Xiço); 84- Adriano; 27- NunoFalcão (8- Armindo); 7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 0-1 Celso aos 8 minutos

1-1 aos 90 minutos

13ª Jornada16-01-10

Palmeiras 1 -1 ForjãesRelvado Sintético de Palmeira -Braga

Empate entre candidatos à subida

Este jogo colocou frente a frenteos actuais 3º e 4º classificado daSérie A do campeonato da 1ª divi-são. O FSC sentiu dificuldades, masempatou a partida na etapa comple-mentar do desafio. No final, o téc-nico do FSC, Fernando Pires, emdeclarações à imprensa regional,considerou o empate justo e desta-cou a boa 2ª parte da sua equipa. Otécnico Forjanense teceu o seguin-te comentário ao jogo: « A primeiraparte do Forjães não foi boadevido às condições do terreno.Pedi à equipa que praticasse umfutebol mais directo e como nãoestamos habituados a essa orga-nização de jogo sentimos dificul-dades. Na 2ª parte estivemos muitomelhor em todos os aspectos. Teveque ser o FSC da 2ª parte a lutarpelos dois primeiros lugares daclassificação. Hoje defrontámosuma boa equipa. Conseguimos oempate e mantemos a nossa inven-cibilidade. Apesar da justiça doresultado, este poderia ser outro,se o árbitro tivesse assinalado agrande penalidade evidente àentrada para o último quarto dehora». E Fernando Pires declarouainda: «Estou contente pelo re-gresso do Armindo, estivemos semele praticamente um mês e meio.É

um jogador que pode desequili-brar qualquer defesa».

Por seu lado o chefe de departa-mento de futebol, Crispim Carva-lho, declarou ao Forjanense que«Acho que fizemos uma boa 2ªparte, mostramos que estamosvivos e com vontade de lutar pelasubida. Não nos podemos esque-cer que na segunda volta vamosreceber os principais candidatosà subida e aí temos que corres-ponder ao nosso melhor nível».

Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick(21- Celso aos 88); 3- Mané; 30-Roger; 23- Jony; 4- Zé Carlos; 6-Américo (c.); 84- Adriano; 10- Xiço;8- Armindo (24- Diogo 90+3); 7-Zé Manel (27- Nuno Falcão aos66).Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Cadote aos 36 minutos

1-1 Rick aos 51 minutos

3ª Eliminatória da Taça AF Braga19-12-09

Nespereira 0 -2 ForjãesParque Desportivo de Nespereira- Guimarães

Golos? Só prolongamento

Só no prolongamento o FSCconseguiu ultrapassar mais umaeliminatória da Taça AF Bragaperante um adversário de escalãoinferior, que fez das tripas coraçãopara segurar a superioridade daequipa forjanense. A equipa da casafoi sempre muito aguerrida lutandocom todas as forças que tinha paratravar as investidas do Forjães.Nos 30 m. suplementares da partidaas capacidades físicas da equipaforjanense foram determinantespara resolver a partida e ultrapassarmais uma eliminatória nestacompetição, seguindo agora paraos oitavos de final.

Forjães SC: 1- Rafa; 16- Rick; 3-Mané; 30- Roger; 5- Chico Moura(8- Armindo); 6- Américo(c.); 4- ZéCarlos; 84- Adriano (21- Celso); 10-Xiço ; 9- Bony (20-Nuno Silva);7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 0-1 Zé Manel aos 96 minutos

0-2 Zé Manel aos 110 min.

«Para este momento despor-tivo achamos oportuno ouvir opresidente da direcção do ForjãesS.C., Sr. Amândio F. de Carvalho,ninguém como ele esclarecerá einformará os nossos leitores.

Começou por afirmar as difi-culdades no aspecto material. Averba de 23.000$70 não foi sufici-ente para as despesas com o arran-jo do campo, equipamentos eaquisições de Valdemar, Alcino,Mário Vieira, Trilho, Lopes, GomesII e Coutinho para substituírem

Joaquim Luis, Porfirio I e II, Lucia-no, Serafim e José Maria.

Quanto à classificação nãoestar de acordo com as aspiraçõesda massa associativa explicamque se deve às dificuldades de afi-nação do conjunto, sentidas pelotreinador, pois embora todas asaquisições sejam de classe preci-sam de adaptação, alguns no servi-ço militar não sendo possível otreino de conjunto. A subida paraa 1ª divisão regional com mais difi-culdades; os incidentes verifica-

dos que obrigam a deslocaçõesque não estavam previstas.

Acabou por saudar todos osque trabalham para um Forjãescada vez melhor e afirmar a suaconfiança em todos.

- Partiu há dias para o Ultra-mar o dedicado elemento Gomes Ie regressou Mana.

- Valdemar, brioso atleta doForjães, trabalha na edição gráfi-ca deste jornal.»

Muda-se o tempo,

permanece o FSC

A equipa que representao futebol da nossa terra

Apoie o Forjães Sport Clube

Voz de Forjães

Abril/Maio 1970

Page 13: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

DIRECTOR: Sérgio Carvalho [email protected]: Mário Robalo [email protected] CONSULTIVO: Fátima Vieira (ACARF),Mário Dias (Paróquia), Andreia Cruz Dias ( PSD), JoséManuel Neiva (PS), Basílio Torres (Prof. EBI), RuiLaranjeira (estudante EBI), Arlindo Tomás (FSC), Paula

Cruz, Sílvia Cruz Silva, Alfredo Moreira e José Salvador.

ASSINATURA ANUAL (11 números)PAÍS: 9 Euros; EUROPA:17 Euros; RESTO DO MUNDO:20 EurosRegistado no Instituto da Comunicação Social sob o nº 110650TIRAGEM - 1.650 Ex. (Sai em meados de cada mês)IMPRESSÃO: EMPRESA DIÁRIO DO MINHO, LdªRua de Stª Margarida, 4 A / 4710-306 Braga / Tel. 253 609460 / Fax.253 609 465/ Contribuinte 504 443 135www.diariodominho.pt / [email protected]

REDACÇÃO: Anabela Moreira, Nelson Correia e Ricardo Brochado.FOTOGRAFIA: Luís Pedro RibeiroSECRETARIADO E PAGINAÇÃO: Eduarda Sampaio e FátimaVieira.

COLABORADORES PERMANENTES: Pe. A. Sílvio Couto,Armando Couto Pereira, Carmen Ribeiro (Fundação Lar deSanto António), Pe. José Alves Martins (Timor), Junta deFreguesia de Forjães, Luís Baeta, Manuel António TorresJacques(França), Maria Mota, Olímpia Pinheiro, Paulo Lima

Os artigos de opinião são da exclusiva responsabilidade de quem os assina e não vinculam qualquer posição do jornal O FORJANENSE. O jornal não assume o compromisso depublicar as cartas ou textos recebidos, reservando-se o direito de divulgar apenas excertos.

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O FORJANENSE

R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 584740-439 FORJÃESPROPRIEDADE e EDIÇÃO: ACARFAssociação Social, Cultural, Artística e Recreativa deForjãesFundado em Dezembro de 1984REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 584740-439 FORJÃES - Ctr. n.º 501524614Telef. 253 87 23 85 - Fax 253 87 10 30

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Page 14: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

Opinião

14 • 20 de Janeiro 2010

Uma pausa no caminho

José Salvador

Luís Coutinho

Durante esta pausa natalícia,para muitos de fériasescolares, lia diariamente,

exposta no adro da vizinha fregue-.sia de Antas, a seguinte máxima «Afamília é a escola de hoje». Talveznão tivesse sido escolhida ao aca-so. Talvez nos pretenda, precisa-mente nesta pausa escolar, transmi-tir o verdadeiro cerne da educaçãode hoje, nesta quadra tão sensívelpara milhares de famílias. No nossoquotidiano, eu como todos vós,somos agentes educativos. Não merefiro somente a educadores de in-

fância, professores, psicólogos,assistentes sociais, auxiliares deeducação, não. Refiro-me a todos:pais, avós, padrinhos, tios, encar-regados de educação, enfim, a to-dos que transmitem ensinamentose padrões de vida no dia a dia amilhares de crianças e jovens. Elesserão o nosso rosto, o nosso exem-plo no futuro. Quantas vezes depa-ramos actualmente, com relativafrequência, os pais imputarem à es-cola, aos professores, responsa-bilidades efectivas na educaçãodos seus discentes? Para muitostorna-se deste modo mais fácildesresponsabilizarem-se das suasfalhas no seio familiar. Compreendoque hoje em dia múltiplos factoresvieram alterar de forma significativao panorama actual da sociedade: acrise económica, o desemprego, a

A família é a escola de hoje

migração de um dos elementos doagregado familiar, os divórcios emcrescendo, a vivência em união defacto, enfim, uma inúmera lista defactores que alteraram o desenvol-vimento são e harmonioso das cri-anças e jovens de hoje. Mas tudoisto não impossibilita que possa-mos educar os nossos entes queri-dos de forma a impor-lhes regras,hábitos, disciplina. Todavia, quan-do nos «sobra» algum do nossotempo precioso, é mais fácil deixa-los ver TV, jogar PlayStation oubrincar com o «Magalhães»…, por-que assim estamos mais descansa-dos, em sossego, e afinal aprendere ensinar «essas coisas» é mesmona escola. Os professores são pa-gos para isso… A propósito, a for-ma como se pensa a educação naactualidade, faz-me lembrar que

outrora, quando uma criança faziauma asneira, o adulto advertia-a,fazendo-lhe um reparo do género«foi essa a educação que os teuspais te deram?», hoje, perante umcenário idêntico, o reparo será maisou menos assim: «é isso que andasa aprender na escola?».

Não pretendo culpabilizar nin-guém em particular, apenas alertarpara uma sociedade mais permis-siva e descrente das suas respon-sabilidades. A culpa é de todos. Tal-vez ainda possamos em conjuntomudar mentalidades e fomentar nosnossos filhos valores, atitudes queos façam ser um dia cidadãos res-ponsáveis, respeitáveis, solidários.Talvez, por exemplo, no futuro pos-samos ter cidadãos a conduzir nasestradas portuguesas com mais res-peito pelas regras de trânsito, mais

respeito pelos outros. Talvez assim,um dia nos orgulhemos dos nossosesforços, dos nossos sacrifícios,por lhes proporcionarmos aquiloque hoje em dia pensamos ser o me-lhor para o seu futuro.

Mas, pais, avós, que muitasvezes deseducam ao darem tudoaos netos, pretensamente corrigin-do um pouco as dificuldades queatravessaram com os seus filhosnoutros tempos de difícil sobrevi-vência, teremos que rumar todos nomesmo sentido, e, não vejam a es-cola como o inimigo público nº 1,como algo a abater, mas antes, parti-cipem activamente como aliadosdos agentes educativos, como par-ceiros na construção do perfil idealdos nossos futuros adultos. Todos,somos poucos, nesta mui nobre edifícil missão que é, «educar».

Irene Margarida

Tenho bem presente na minhamemória o Mudo, querecordo com muita ternura.

Pensando na sua vida difícil,insegura e triste de verdadeiro judeuerrante, completamente abandona-do, sinto-me imensamente chocadae por isso lhe dedico, como desa-bafo, estas breves e sentidas pala-vras:

Tua silhueta desleixada, teuolhar sofrido por imensa e profundador, fazem de ti, querido Mudo, o

retrato fiel dos mendigos dopassado. Foste o pobre dos po-bres, porque o mais desgraçado queconheci. Foste o homem só, porquenão comunicavas, porque erassurdo/mudo. Foste o desconhecidoa quem sempre ignorámos o nome,a pátria e a família. Alguém te viucaminhar por várias terras, emborapreferisses Forjães que sempre teacolheu com carinho. Alguém te viuatravessar o Rio Minho, vindo deEspanha. Seria a tua terra? Comoadivinhar? Nunca nada disseste,nunca ninguém te procurou e faloude ti. Foste tu, o caminhante, semeira nem beira, sempre lutando poruma mísera e mesquinha sobre-vivência. Foste tu, o Senhor doscobertos e palheiros onde pernoita-

vas. Eras o mendigo andrajoso, deestatura média, rosto redondo,olhos escuros e cabelos negros,compridos e desgrenhados. Erasalguém que sem falar, sempre im-plorava protecção. Eras o pedintede saco velho de linhagem às cos-tas, todo sujo e esfarrapado e sapa-tos gastos pelo tempo. As criançastroçavam de ti, da tua figura sinistraque não fazia mal a ninguém,apenas, suscitava compaixão.

Sempre preferiste Forjães e poraqui foste vagueando, esmolandode porta em porta durante as déca-das de vinte, trinta e quarenta doSéculo passado, acabando por aquificar os últimos anos da tua vida.

Dormias no palheiro do sr. Maia,primeiramente no Boucinho e por

último em São Roque. O sr. Maiasempre te protegeu. Em recompen-sa tu lhe davas para cevar o seuporco a broa das esmolas que iasarmazenando no teu saco velho delinhagem. Muitas vezes te vi à mi-nha porta era eu ainda muito crian-ça. Tiravas, então, de dentro dosaco um prato de esmalte que euenchia de sopa e que tu comias comsofreguidão. De seguida, acabru-nhado, retomavas o caminho, pros-seguindo a pedinchice de porta emporta.

Talvez não fosse o acaso quete trouxe a Forjães, porque Forjãesé terra bendita que sempre soubeacolher os desfavorecidos da sorte.Foi em casa do sr. Maia que adoe-ceste e fechaste os olhos para sem-

pre em 17 de Agosto de 1945. O sr.Albino Brochado fez o peditóriopara custear as despesas do funerale o sr. padre Joaquim Gomes dosSantos, então, Reitor da nossaparóquia, celebrou gratuitamenteas exéquias do teu funeral que serealizou em 18 de Agosto de 1945.Numa campa simples, apenas, comuma lápide de madeira ficougravado «O Mudo». Porém tudodesapareceu, porque era sepulturacomum. Embora vários jornais daregião fizessem referência ao teufalecimento nunca ninguém apare-ceu para falar de ti.

Foste tu querido Mudo, odesconhecido, sem eira nem beira,sem nome, sem pátria e sem família.

Retalhos de outros tempos - O Mudo

Era uma daquelas amizadesantigas, simples, mas muitoforte, construída na rua, que

cresceu na dificuldade e se conso-lidou na vida. O Carlos era de Palmee, ainda miúdo, veio trabalhar paraForjães, para a garagem do «Binodo Casado». Na primeira vez que aminha «ginga» empanou, arranjou-a e pô-la a brilhar. Ficámos logo ami-gos!

Apesar de termos seguido ca-

minhos diferentes, íamo-nos en-contrando, nas festas ou em algumcafé ou campo de futebol das re-dondezas. A amizade era a mesma,só que mais breve, mas dava para«pôr a escrita em dia» e renovar anossa velha afeição.

Há cerca de 20 anos, encontra-mo-nos casualmente em Lisboa,onde ele conduzia alguns trabalhosde obras públicas. Foi o reatamento,o reforço da amizade, a partilha, aextensão à família; ficámos cúmpli-ces, confidentes e aconselhávamo-nos mutuamente. Tinha amigos emtodo o lado, porque era leal, semprepositivo e com uma grande alegriade viver. Em Forjães, era frequentevê-lo na «Grelha» ou no «Romão»para jogar uma «suecada», na qualera ás, com o seu jeito maroto defazer bluff ou de camuflar uma«arrenúncia». Percebia-se que o

fazia, não para ganhar o jogo, maspara no final, termos todos um bommotivo para nos rirmos.

Comigo tinha confiança paratudo, até para gozar com o meu FCPe para contar umas anedotas sobrea «bófia», como geralmente acon-tecia quando o nosso «clube mo-tard» saía para a estrada, com o pa-dre Cândido, o Mariz Neiva e oEduardo Abreu.

Numa altura em que ajudou aPalme a formar uma equipa para dis-putar um campeonato municipal,convidou o Firo do Floriano paratécnico. Ficaram grandes amigos.Um dia, ligou-me para a Macedó-nia, a chorar, para me dizer que «oFiro tinha morrido»…

Em 21 de Dezembro último, éra-mos para sair juntos para Lisboa,bem cedo, mas à última hora, tivede mudar de ideias. Mandei-lhe

uma mensagem e respondeu-mecom outra: «Chove que Deus a dá!Ainda bem que foste de com-boio…». No regresso da capital, àtardinha, no Carregado…ninguémqueria acreditar! Vinha de trabalhar,de distribuir as prendas de Natalaos amigos e colaboradores! No S.José, tentámos tudo, rezamostudo…, mas mais uma vez, Deustinha «chamado para junto de siquem mais ama». No dia seguinte,acompanhei-o, desde Lisboa, até àúltima morada, porque, por mim, eusei que ele iria até à China, se pre-ciso fosse. Pela família, por aquelesfilhos que adorava, ele iria até aofim do mundo!

Um manto de mágoa e de lágri-mas invadiu aquela igreja paroquiale todos os amigos estavam lá. Umdos que ele mais estimava, o padreBrito, retribui-lhe essa lealdade, vol-

tando a Vila Chã para lhe dizeradeus, num acto de grande signifi-cado, num regresso que tardava,mas que se impunha. Toda a gentesentiu que o fez pela paz e pelo per-dão, pela terra que «adoptou» eque amava o «Carlitos».

Eu ainda não te chorei porqueainda não acredito no que nosaconteceu. Mas sei que, no dia emque nascer o teu primeiro neto, decerteza que me correrão lágrimas,pela celebração da vida, pela tuaalegria, pela tua memória.

Há quem diga que «a vida nãovale nada». Não creio. Se, por umlado é efémera e nos «prega gran-des partidas», por outro lado, quan-do vale uma amizade, vale tudo!

E a felicidade? Vale tudo, tam-bém. Mas, quando é interrompida,é extremamente dolorosa! É umapausa no caminho. Da eternidade.

“A felicidade...sobre ela não sepode fundar nenhum futuro.”

Erri de Luca

Page 15: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

Viver nnnnn Culinária nnnnn Passatempos

Palavras Cruzadas

Manuel António Torres Jacques

Horizontais

Verticais

É bom ter saúdeRita BragaFarmacêutica

20 de Janeiro 2010 • 15

1º malfeita; última letra doalfabeto grego = 2º relativoa saliva = 3º campeão;molestar; pronome pessoal= 4º variação do pronome“eu”; o maior; colocar = 5ºo mesmo que “bordo”árvore; lugar em que sesecam os cereais = 6ºamimar = 7º rezas; erva-doce = 8º lírio; altar dossacrifícios; composiçãopoética dividida em estrofes simétricas = 9º “eu” em italiano; o primeiroaçor de uma ninhada; dialecto românico falado no sul da Loire = 10ºfúnebre = 11º pedaço de pau cortado em peças regulares; misturar comiodo =

1º procedimento ardiloso; oliveira = 2º assassino = 3º santíssimo sacra-mento; mulher brejeira “plu.”; pedra do moinho = 4º protoxido de cálcio;chefe etíope; igual = 5º acolá; cofre = 6º igualdade de dimensões = 7ºcidade portuguesa; de ambos os lados = 8º oceano; organização sepa-ratista basca; marco das portas = 9º o mesmo que “o”; instrumento musi-cal; aliança democrática = 10º ardente = 11º quadra da proa; estancar =

Sabores de cozinha

Congro grelhado na brasa

Congro

Batatas

Grão-de-bico

Hortaliças

Molho verde

Sal e pimenta

Tempera-se o peixe com sal e

pimenta durante, pelo menos, 10

minutos. Entretanto, faz-se o molho

verde: cebola picada, salsa, pimenta,

azeite, vinagre e pimento. Cozem-se

as batatas, o grão-de-bico e as

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Outros pratos

- Arroz de feijãovermelhocom costeletapanada- Arroz delegumescom entrecostoassado no forno

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Amamentar é uma acto natu-ral a todos os mamíferos, sendoum momento único, de uma re-lação com grande afectividade ede satisfação intensa entre amãe e a sua cria. A proximidadeentre os dois estimula o tacto eo olfato do bebé transmitindo-lhebem-estar segurança e tranquili-dade, fazendo com que fiquemais calmo e assim chore me-nos.

O leite materno é um alimen-to vivo e completo que contémtodos os nutrientes necessáriose nas proporções adequadas aodesenvolvimento do recém-nascido. Além disso possui fac-tores de defesa contra agentesinfecciosos e antigénios, contri-buindo para a diminuição da mor-

talidade infantil. Durante a ma-mada o leite materno vai-se mo-dificando, o que também acon-tece ao longo dos meses conso-ante as necessidades e a idadedo bebé, facilitando posteri-ormente a introdução de novosalimentos. Contudo amamentartambém traz vantagens à mãe.É mais fácil, prático, barato, di-minui a incidência de anemias,posteriores cancros, hemorragiae depressão pós-parto. Alémdisso é a melhor maneira pararecuperar a forma física que tantopreocupa as novas mães.

Amantentar só traz vantagensmas para isso, a mãe tem deter hábitos de vida saudáveis pa-ra proporcionar o melhor iníciode vida ao seu bebé.

Maria Mota e Olímpia Pinheiro

Ementas da casa

Cozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do Minho

400g de perna de vaca; 400g de presunto; 1/2

galinha; 1 salpicão; 300g de orelheira; 1

couve; 4 cenouras; 6 batatas; sal; pimenta

Coza a galinha já arranjada, em água fria,

conjuntamente com a carne de vaca e ore-lheira.

Junte o presunto e o salpicão quando a galinha

estiver meia cozida. 30 min. depois junte as

cenouras e as batatas, assim como as couves.

Deixe cozer mais 30 min. Sirva acompanhado,

à parte, por arroz que se prepara do seguinte

modo: pique 1cebola e leve a alourar com o azei-

te. Junte as asas do frango e pescoço e o presunto

em bocados. Deixe refogar. Acrescente água do

refogado (volume igual ao de arroz), tempere de

sal e pimenta, deixe levantar fervura e junte o

arroz. Quando levantar fervura, passe-o para

um alguidar e leve ao forno a cozer de forma

que fique seco e solto. Sirva de imediato.

Corte um cacete, que deve ser de véspera, em

fatias de um dedo de espessura, e coloque-as

num prato fundo. Leve ao lume açúcar, uma

colher de chá de canela e 1/2 litro de vinho

tinto. Tempere com uma pitada de sal, deixe

arrefecer sem ferver. Retire do lume e verta

sobre as fatias do pão. Depois de embebidas,

leve-as a fritar, de um e de outro lado, em óleo

muito quente. Assim que fritas, coloque-as

numa taça funda e regue-as com o seguinte

molho:

Leve ao lume o restante vinho com 250 gramas

de açúcar e deixe ferver até atingir um ponto

fraco. Junte uma colher de chá de canela,

mexa, e deite sobre as rabanadas. Sirva no

dia seguinte.

1 cacete; 2 c. (chá) canela;

açúcar; vinho; sal

Rabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tinto

Não aceitacartões de créditoRestaurante

Café Marílio

hortaliças. Depois da brasa bem

«viva», coloca-se o peixe, que deve

ser bem grelhado.

Regar o peixe com o molho e

servir bem quente, como convém.

Maria Dias Pires fundou o actual Café Marílionos anos 40 do séc. XX. Então, servia almoços

aos operários da Cerâmica Rosas. Depois de enviu-var, a proprietária casou com Marílio Sá, que deuo nome à casa. Hoje os filhos – Ana Paula e AntónioPaulo – respodem aos pedidos dos comensais, apoi-ados pelos respectivos cônjuges: Sirilo Ribeiro eAmélia Monteiro (na foto), que se responsabilizapela cozinha, alternadamente com a cunhada.

Uma receita para festejar o Carnaval. E nadamelhor que um cozido minhoto, com todos os

ingredientes incluindo a orelheira, o presunto e osalpicão... É que logo inicia-se a Quaresma, tempode abstinência de carnes. As cozinheiras da ACARFnão esqueceram uma sobremesa original: asrabanadas de vinho tinto, a mais natural forma decelebrar Baco, em tempo de folgança. Agora, restaconvidar os amigos e, com eles, saborear....

Page 16: Janeiro 2010 - O FORJANENSE

16 • 20 de Janeiro 2010

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Cáritas apoia HaitiA Cáritas Internacional (instituição de solidariedadecatólica) está presente junto das populações do Haiti,com 27 pontos de distribuição de alimentos. Para continu-ar este auxílio a Cáritas necessita de mais financiamento.O donativo de todos nós pode ser enviado para a conta:003506970063000753053 da Caixa Geral de Depósitos.

AAlfaiataria Costinha é uma sala de

visitas da rua, da vila e freguesias

vizinhas, aberta das 9 da manhã às 11

da noite, sempre disposta a falar com os

amigos», é assim que Armando Costa apresenta

o seu estabelecimento. Recebe-nos entre a con-

fecção de uns calções para um universitário e

as breves visitas dos amigos que por ali pas-

sam. Apesar de o alfaiate forjanense ter tido o

cuidado em marcar a entrevista para «a hora

mais calma», este convívio é

inevitável, regular e bem-

vindo.

«Sou o último alfaiate de

Forjães. Quando comecei, ha-

via muitos, uns cinco ou seis, e

trabalho para todos». Se há 50

anos atrás, fazia cerca de 200 fatos por ano, a

vinte escudos cada, actualmente fica-se pelos

20, devido à difusão dos prontos-a-vestir. Con-

tudo, no ano que passou, o número de pedidos

aumentou para mais do dobro, devido à divul-

gação na televisão e jornais: «A TVI esteve cá.

As pessoas viram e vieram do Alto Minho».

Armando Costa, agora com quase 79 anos,

começou a aprender a arte da alfaiataria com

o pai aos 12 anos, na mesma oficina onde hoje

ainda se mantém. Ganhou gosto à profissão,

tendo, para isso, contribuído muito a camara-

dagem que vivenciou entre todos os alfaiates:

«Conversávamos, trocávamos impressões e,

quando necessário, dispensávamos trabalho uns

aos outros».

Por detrás da máquina de costura onde se senta

para trabalhar, existe uma mesa repleta de revistas.

«Fora as coisas das festas de Sta. Marinha, são to-

das revistas de moda, para me manter actuali-

zado». Para isso, quando andava na casa dos trinta,

foi a Paris, por duas vezes, ver os desfiles da Feira

Internacional de Moda e as Galerias Lafayette. Ao

contrário dos chineses e coreanos que fotografa-

vam tudo, o forjanense tinha

uma boa capacidade de fixa-

ção: «Olhava e, quando regres-

sava, passava os modelos para

o papel».

O terceiro mais novo dos últi-

mos 150 alfaiates portugueses,

pai de seis filhos, diz não ter pena que a nenhum

deles tenha passado o ofício, até porque sabe que,

inevitavelmente, este acabará. Preferiu que os filhos

apostassem na formação e fossem para a Uni-

versidade. Para lhes dar essa oportunidade teve

que aproveitar bem a profissão: «Nunca me deitei

no mesmo dia». Ainda hoje assim é, mas para

manter o vício da leitura. Na oficina de Armando

Costa não se unem só as mangas ao corpo do

casaco, unem-se pessoas. «Clientes e amigos

desabafam coisas que nem imaginava», revela.

«Veio cá uma pessoa a chorar, tentei falar com ela,

mas não me disse nada. Dei-lhe um abraço bem

apertado», porque um abraço também aquece.

O único alfaiate de Forjães

não une apenas

mangas ao corpo do casaco,

mas também pessoas

Anabela Moreira

Luís

Pedro

Rib

eir

o