janeiro 2010 - o forjanense
DESCRIPTION
jornal localTRANSCRIPT
o seu jornal de eleiçãoMensário informativo e regionalista
DANIEL, FILHOS,CONSTRUÇÕES, LDA
Alvarás n.º EOP 25947 n.º ICC 258
Rua da Fonte Velha4740 Forjães Esposende
Fax: 253 877 137
Telm.: José - 937470992 -Fernando - 939021837 Aníbal -
93 72 44 793
Director: Sérgio Carvalho Subdirector: Mário Robalo Fundado em Dezembro 1984 • Ano XXV 2ª série • n.º 248 • Janeiro 2010 • Euros 0.80
PUB
Armando Couto Pereira
A cidade peixe:
o urbanismo de
Esposende em
exposição
Quase a cumprir meio século de profissão, o poetaforjanense recorda um percurso de vida não escolhido.O seu sonho era ser pastor. Mas agora exibe com alegriaum trabalho como já não fazia há duas décadas,encomendado por um amigo, que o destino lhe acaba deretirar. Com três livros já publicados, continua aemocionar-se com as palavras, que não se encomendam
Pág. 3
Portagens na A28
a forja do ferro e da palavra
João Cepa decididoa recorrer à Justiça
Pág. 11
Pág. 2
2 • 20 de Janeiro 2010
Destaque
O ferreiro-poetaque gostava de ser pastor
Fala com a simplicidade dos sonhadores. ArmandoCouto Pereira acaba de manufacturar na forja um cantoaos «corações bons», que ficará como memória doamigo que lhe encomendou a obra. Publicado o terceirolivro, em Junho passado, não adianta data para o pró-ximo.Textos Mário Robalo Fotos Luís Pedro Ribeiro
Vi bouquets de rosas brancasQuando passava o caixãoDe almas puras e francasA verter choro no chão.
Os teus amigos choravamCheios de dor e de prantoCaiu a alegria dos que te amaramRuiu o sorriso largo de encanto.
Sobra que veles por nósErrantes de destino incertoNeste frenesim mudo e sem dós.
Sabemos: não ficamos sósQue ficas sempre por pertoDeus ouvirá a tua voz.
Ao Carlitos
23-12-2009Armando Couto Pereira
Um poema
não se encomenda
Está escrito como de um salmo se tratasse.De todos os seus poemas, aquele que
Armando Couto Pereira guarda mais no seupensamento é «Amores Malditos». É o seupreferido. E ele considera-o «um hino aoamor». O poeta diz não ter receio emrevelar os seus sentimentos na-quilo que escreve. «O roman-tismo, o amor será sempreactual, porque haverásempre corações que sequerem», advoga, reve-lando: «Continuo a emo-cionar-me quando, à beira-mar, vejo um par de namora-dos ou um casal de velhi-nhos a fazerem mimos umao outro».
É pela noite que amusa da poesia o incita àescrita. «É como um ape-
lo. E, às vezes, é de rajada», confessa. Contudo,quase sempre «é preciso ‘mastigar’ muito ossentimentos, para que as palavras se soltem…».Uma vez, alguém se atreveu a pedir-lhe um poemapara uma menina que fazia anos. Recusou. «Opoema tem que se sentir. De encomenda, não».A única solicitação que assumiu foi o «Hino a
Santa Marinha», cuja música o maestroValdemar Sequeira compôs. O pedidofoi feito pela Comissão de Festas dapadroeira de 2006. Demorou um mês e
meio a satis- fazê-lo. «Neste ca-so, trata- va-se de uma me-m ó r i a nossa, de todos
nós, desde que nas-cemos aqui, em For-
jães», justifica. E ad-mite que o poema a
Santa Marinha tem,para si, mais significado
do que os três livros jáeditados: «Ali, pus o que
sente a alma do nosso povo».Armando Couto Pereira não
revela se tem outro livro na forja.Na de ferreiro, continua a ter traba-
lho. «Apesar de já não ser como dantes. Aspessoas agora querem ‘corta e solda’. O ferrojá não tem arte», diz com nostalgia. Mesmo notrabalho do ferro, ele desejava intrometer apoesia, que nunca o abandona. Enquanto tra-balha na sua oficina de ferreiro, nunca lhe vema vontade de fazer poesia, isto apesar de pensarsempre nos poemas já escritos. Publicadosestão mais de uma centena, distribuídos portrês livros. O primeiro, Inquietudes, foi publicadoem Abril de 2001. E Gil Abreu, que escreveu aintrodução, referiu-se a ele como o «Livro doDesassossego» deste poeta forjanense. Trêsanos depois, foi lançado Silêncios. O médicoforjanense José Lima Ribeiro, que o prefaciou,reconhece que, «na simplicidade das suaspalavras, o autor revela-nos a simplicidade dascoisas profundamente verdadeiras». No seumais recente livro, Anoiteceres (Junho de 2009),Sérgio Carvalho, no texto de abertura, sublinhaa união entre o poeta e o mestre ferreiro, ano-tando que ele «trabalha as palavras comotrabalha o ferro. Aquece-as, molda-as, por ve-zes, tem de as metalizar, dando-lhes uma formafinal num conjunto, que vai do verso à estrofe,da estrofe à composição».
Procuram-se as memórias queguarda da sua arte de trabalhar
o ferro, mas a resposta sai im-petuosa e ao arrepio do que se lhepergunta: «Se fosse hoje, não eraesta a minha profissão. Era pas-tor!». E, enquanto molda o ferro jáem brasa, retirado da intensa laba-reda do carvão, levanta o rosto e arazão daquela vontade solta-se-lhecom a candura de um menino:«Gosto da calma e do sossego quehá numa serra. Sabe, quando pos-so, vou dar um passeio a CastroLaboreiro. Sinto-me sempre fascina-do com o gado e a paisagem. NoInverno, admiro o rendilhado azula-do dos carvalhos; no Verão, é aabundância das cores todas...».
Não gosta de revelar a idade.«Ainda sou muito sonhador. É porisso que quero continuar sem ida-de», justifica. O certo é que Arman-do Couto Pereira está quase a cum-prir meio século de ferreiro. Só co-nheceu um patrão, Adelino Costa,que lhe ensinou a profissão. Antes,porém, depois de concluir os qua-tro anos da escolaridade obriga-tória, entrou no seminário do VerboDivino, em Guimarães. Não foi pormuito tempo que permaneceu nos
corredores frios da casa de for-mação sacerdotal – «As saudadesde casa eram muitas. Principal-mente, da minha mãe e da minhaavó», recorda. Ao fim de um ano epouco regressou a casa, sem von-tade de pensar em continuar a es-tudar. E, até ir para o serviço militar,manteve-se na oficina de AdelinoCosta. Cumpriu tropa, como ope-rador de radar, na ilha do Sal, emCabo Verde, e na Guiné. «Quandocheguei, a seguir ao 25 de Abril, opatrão disse-me que não haviatrabalho…», diz, sublinhando quena ocasião teve possibilidade deingressar na GNR, mas era umaopção que não se enquadrava nasua maneira de ser: «Quando vimda tropa, já não podia ver fardas.Isso não condizia comigo. Gostomuito de ter a minha liberdade».
É durante o tempo de tropa,quando estava no Ultramar, que apoesia lhe «entra», para utilizar umaexpressão sua. E, se no seminário,com apenas 10 anos, já escreviatextos no jornal da congregação,Armando Pereira volta a sentir oapelo quando, de novo, se vê forada família. «Não gostava de jogar àbola, como os outros colegas, parame distrair. E o que eu admirava
mais eram os jornalistas». Porquê?«Era o fascínio da maneira comotrabalhavam as palavras. E comeceia desejar também poder transmitiros meus sentimentos naquilo queescrevia», (ver texto nesta pág.).
A poesia não lhe tirou o gostopelo convívio. «As amizades sãosagradas. Os meus amigos sabemmuito bem que lhes sou fiel»,acentua no seu jeito amável de dizeras coisas, particularmente quandolhe «tocam fundo», como o recentefalecimento de Carlos Costa: «Sentia morte dele como a de um irmão».Foi este amigo quem lhe pro-porcionou realizar um trabalho emferro, como há quase duas décadasnão fazia. O poeta tem amigos demais longa data. Mas a amizade comCarlos Costa, que mesmo assim jácontava mais de uma dezena deanos, tornou-se uma referência parao ferreiro-poeta: «Conheci-o nocafé. A nossa amizade foi-se inten-sificando de tal maneira, que o
Carlos se tornou para mim numbom conselheiro, apoiando-mesempre quando tinha problemas davida pessoal». E conclui: «Estavasempre disponível!». É a constânciadesta amizade que, «em nós, foicavando laços de uma amizadeprofunda e fraterna», refere o poeta.
Carlos Costa, empresário daconstrução civil de Vila Chã (vercrónica de Luís Coutinho, pág. 14),possibilitou-lhe realizar mais umdos seus sonhos: fazer uma obratotalmente artesanal em ferro,apenas trabalhado na forja e nabigorna. Não é que ele não tivessejá manufacturado muitos outrosportões, além de outros trabalhos,nos quais colocou a sua arte detrabalhar o ferro. Mas este trabalhoé único, refere, porque o proprie-tário lhe permitiu toda a liberdadecriativa. «Há muito tempo que nãofazia nada assim. Fiz um há 20 anose, mesmo assim, não posso com-parar com este», diz com visível or-
gulho, mas também emocionado«pela falta do amigo», quandochegamos a Vila Chã para confirmaro que ele considera o seu «poemaem ferro». Demorou-lhe sete se-manas. «Sempre sem parar», diz. Naverdade, verteu naqueles dois por-tões (um outro mais pequeno inte-gra a entrada da propriedade) todaa sua sensibilidade poética. A deco-ração é toda elaborada em ferroredondo – «Muito mais difícil deexecutar», anota o artista. Aos pou-cos, depois de olhado atentamente,vai-se descortinando um poema:quatro corações, ao centro de cadaum das folhas do portão, revelam-se com subtileza, como um canto àbeleza dos «corações bons, comoera o Carlos». E, a emoldurá-los,sucedem-se caprichosas voltas, emjogos subtis de enleio.
No seu coração continua «umdesejo escondido», como ele diz.Ou, como nós diríamos, uma pai-xão por cumprir: ser pastor.
«Um dia, desejei transmitir os meus sentimentos no que escrevia»
20 de Janeiro 2010 • 3
Exposição
Ventura Terra: arquitecto de Esposende
esposende
Reza a lenda que o Rei D. Carlos
ofereceu a Ventura Terra o com-
passo que pertenceu a João Fre-
derico Ludovico, autor do projecto
do Convento de Mafra. Teria este
instrumento servido para elaborar
os projectos do magnífico edíficio
que alberga o Museu Municipal
(na foto) e do Hospital Valentim
Ribeiro? O arquitecto, vencedor de
vários prémios Valmor por obras
realizadas, na sua maioria, em Lis-
boa, também é o autor do projecto
do templo de Santa Luzia em
Viana do Castelo, com inspiração
na basílica do Sacré Coeur, em
Paris, visível na sua cúpula central
enquadrada por quatro torreões
circulares.
O escritor Gabriel GarciaMárquez disse um dia
«Aquele que não tem memóriaarranja uma de papel». É claro quese referia a um papel diferente doque está exposto em Esposende. A«memória» fotográfica do povoesposendense está patente no seuMuseu Municipal, até 28 de No-vembro, na exposição Esposende,Ensaio Urbano de Vila a Cidade –processos de transformação. Tra-ta-se de uma exposição fundamen-talmente gráfica – fotografiasantigas e plantas dos diversos pla-nos de urbanização através dostempos, mas na sua maioria, per-tencentes ao século XX.
Através das mãos de váriosarquitectos, apercebemo-nos que,há menos de 100 anos atrás, Espo-sende era um pequeno aglomeradode casas, particularmente de pesca-dores, e com a perspectiva de seralgo maior e melhor, promoveu comregra a construção, sendo hoje umdos exemplos de crescimento sus-tentado. O que determina a confi-guração do seu urbanismo é, nosprimórdios, a construção das estra-das Esposende/Barcelos e Porto/Viana, bem como o encanamento doCávado. As estradas condicionamo crescimento e criam vias estrutu-rantes a partir das quais, mais tarde,se vai conseguir criar os quartei-rões de forma regular que ainda hojese vêem na planta da cidade, muitoembora a estrada Porto/Viana tenha
sido desviada do centro para o localque ocupa hoje.
O encanamento do rio Cávado,desde Prado até à foz, num projectode Custódio José Gomes VillasBoas, foi fulcral para poder oferecerà terra mais uns metros conquis-tados ao rio e, através da regulariza-ção das margens, evitar que o aglo-merado urbano sofresse com ascheias, que frequentemente despo-javam os habitantes dos seus par-cos haveres. Este projecto, imple-mentado parcialmente, foi comple-mentado, mais tarde com o aterroda doca em 1938, no sítio onde hojese localizam as piscinas municipais.
Criados os limites do centro ur-bano que, ainda hoje, grosso modo,se mantêm, surgem os projectos deurbanização onde se começam anotar alguns aspectos curiosos. Noprojecto de 1930, que esboça pelaprimeira vez a Avenida Marginal,nota-se que na zona onde se vierama implantar as piscinas municipais,o parque de lazer e os bares junto àmarina de recreio, se previa que fos-sem ocupadas por um grande par-que ajardinado e um campo de jo-gos. Pouco mudou em tantos anos.
Em 1936, Arménio Losa, criadirectivas para a construção de ha-bitações em tipologias de «uni-dades residenciais», enquadradaspor ruas largas, arborizadas, já pre-paradas para os automóveis. Estaconcepção é importada dos Esta-dos Unidos, aplicada nos arredores
de New York, em 1930. A largura dasruas, com construções baixas, tor-na a actual cidade num aglomeradoluminoso e aprazível, tanto deInverno como de Verão. No pro-jecto geral de urbanização de 1947,começa-se a desenhar a segundacara de Esposende – até aí maiori-tariamente terra de pescadores eagricultores, é com este plano quese mostra a cara do Turismo e secomeçam a pensar nos equipamen-tos para promover as caracterís-ticas únicas de Esposende. Olhan-do a proposta de José de Vascon-celos apercebemo-nos de ideiasque visam o Turismo: a construçãode um hotel a norte do Farol, umapiscina de praia e um parque públi-co junto ao mesmo, criando junto àpraia do Suave Mar condições paraveraneantes. É nesta altura que sedesvia a E.N. 13 e se imagina o de-senho em forma de peixe que Espo-sende ainda mantém.
A proposta de uma linha decaminho de ferro, variante da Linhado Minho, ligaria Esposende aBarcelos. Infelizmente o projectonunca se concretizou e a vila, tardia-mente cidade, é um dos poucos
aglomerados do Entre-Douro-e-Minho sem ligação à linha férrea. Apartir daqui, as transformações sãofacilmente identificáveis e com umolhar atento entende-se o seuporquê. E é aqui que a memória temum papel importante. Recordar queno Largo Rodrigues Sampaio secirculava em torno de um jardim
central e que o Largo dos Peixinhos(frente ao Museu Municipal) erauma floresta ordenada com táxis agirar à sua volta, são emoções quesó se sentem ao observar uma expo-sição que, mais do que nos lembraro que Esposende já foi, nos revelao que poderia ter sido.
Uma terra em forma de peixe
Percorrendo a exposição, há fotos
que nos prendem por possuírem
elementos que não reconhecemos.
Numa delas, ficamos surpreendidos
com uma capela junto ao rio bem
como um edíficio com traço «Estado
Novo», que se destacam da malha
urbana. A capela é a de S. João, ago-
ra envolvida por edifícios e muito
mais afastada da linha de água,
fruto do aterro da doca, que ganhou
terras ao rio. O prédio «Estado No-
vo» é o posto da Guarda Fiscal,
agora no final do Largo Rodrigues
Sampaio.
A avenida de Góios foi rasgada para
que a vila se expandisse para nas-
cente, mas, condicionantes de pro-
jectos futuros, fizeram com que a
malha urbana se estendesse no
sentido norte-sul e ficasse com o
conveniente desenho de um peixe.
O primeiro ante-plano geral de ur-
banização previa uma estação dos
caminhos-de-ferro, ligando a vila a
Barcelos. Implantar-se-ia no cruza-
mento da E.N.13 com a Avenida
Góios. Tivesse o projecto sido con-
cluído e as acessibilidades de Espo-
sende seriam completamente dife-
rentes. E a cidade muito mais pu-
jante em todos os aspectos.
memória urbana
Uma exposição no Museu Municipal, patente até Novembro,
revela a evolução de Esposende nos últimos 100 anos. Fotogra-
fias inéditas, provenientes de arquivos particulares, maquetas,
documentos de arquitectura, desenhos, mapas e cartografia das
diferentes épocas, mostram-nos a terra desenhada em forma
de peixe. Textos Ricardo Brochado Fotos Luís Pedro Ribeiro
Horário:
Terça a sexta-feira:
10h - 12,30h; 14,30h - 17,30h
Sábado e domingo: 15h - 18h
Encerra segunda-feira e feriados
Uma memória do «nascimento» de Esposende
Autarquia
4 • 20 de Janeiro 2010
Editorial
Regional
Rock Kastru’s em Esposende
Foi-se o velho, veio o novo. OAno Novo é a oportunidade de
fazermos votos secretos, de operarmudanças, de rever atitudes. Comodisse Carlos Drummond de Andra-de, «para sonhar um ano novo quemereça este nome, você, meu caro,tem de merecê-lo, tem de fazê-lonovo, eu sei que não é fácil, mastente, experimente, … É dentro devocê que o Ano Novo cochicha eespera desde sempre». Não seráboa ideia começar o Ano Novocom hábitos velhos; arranjemos,isso sim, uma alma nova e quetodos os nossos sonhos e desejossejam cumpridos na íntegra. As
palavras são sempre as mesmas,mas a intenção é a mais verdadeira.
Já que falamos em mudanças,refira-se que, a partir de agora, maisconcretamente, deste número, pas-sam a fazer parte da equipa de OFORJANENSE dois jovens, o Ri-cardo Brochado, que tem aparecidopontualmente com uma colabora-ção rica e pertinente, e o NelsonCorreia, que dá o seu pontapé desaída nesta actividade. Aos doisjovens, a trabalhar voluntariamentepara a comunidade através destemeio, desejam-se as maiores feli-cidades nesta sua nova aventura.
É intenção deste mensário
alargar a franja de colaboradores eleitores para uma área que poderácontemplar as aldeias limítrofes deForjães, não esquecendo, claro es-tá, a sede do concelho, Esposende,isto se atendermos a que O FORJA-NENSE é hoje uma referência aonível da imprensa regional. Acomprová-lo está a entrevista dopresidente da câmara, João Cepa,concedida em exclusivo ao nossojornal. Do mesmo modo, e aindanesta edição, temos uma repor-tagem efectuada no Museu Muni-cipal de Esposende, uma exposiçãosubordinada ao início do urbanismomoderno naquela cidade.
Damos ainda espaço a duaspessoas da nossa terra, o José Ar-mando Couto Pereira, que já conhe-cemos da escrita, e o Armando Cos-ta, conhecido carinhosamente porCostinha. Trata-se de dois arte-sãos, o primeiro na arte de trabalharo ferro, o segundo na arte da alfai-ataria. Ficaremos a conhecer umpouco da sua obra, sem esqueceras suas ideias e pensamentos, asua relação com a vida, o trabalhoe a família e amigos.
Um Bom Ano a todos!
Sérgio Carvalho
Na segunda quinzena de Fevereiro, o Kastru’s Bardá lugar ao KASTRUS RIVER KLUB (KRK). Ao fimde vinte anos – mais de 550 concertos e 13 ediçõesdo mítico Rock Kastru’s –, o velhinho Kastru’s, deForjães, vai ter o merecido descanso. O seu sucessor,o KRK vai nascer em pleno coração da cidade de Es-posende. De acordo com a gerência a mudança resul-ta da opção de «dar um ar fresco à marca Kastrus, umtoque de glamour e requinte, num local mais modernoe aprazível». Recorde-se que O FORJANENSE jánoticiara, em Maio passado, a saída do Kastru’s danossa vila. Agora o novo espaço será instalado noedifício das Piscinas esposendenses. O conceito quevigorou durante os vinte anos do Kastru’s, irá sermantido, não deixando a gerência do KRK de apostarnos novos valores da música nacional, apresentando
noites divertidas e diferentes. O KRK funcionarátambém durante o dia, oferecendo assim a oportuni-dade de desfrutar de impressões gastronómicasdistintas, além de uma oferta alargada de cocktails.
A 26 de Dezembro o Kastru’s Bar viveu um dosmomentos mais marcantes da sua história. Aquela foia última grande noite do mítico espaço de concertosda região norte de Portugal. Uma noite de memóriasque fez reviver o som das grandes bandas quepassaram por Forjães, entre elas, Ramp, Wraygun,Dealema, Primitive Reason além daquelas que o RockKastru’s lançou para a ribalta, como os Fat Freddy,Bypass, The Fingertips, The Other Side, Godog eKatharsis. Resta esperar por Fevereiro paraexperimentar o KRK, onde de certo, a exemplo do seuantecessor, o som continuará a reclamar um eco.
Nelson Correia
Biblioteca municipal itinerante para a Terceira IdadeA leitura como lazer
Primeira visita dos livros à ACARF
Obras de escri-tores portu-
gueses, particular-mente romances clás-sicos de autores con-sagrados, como Ca-milo Castelo Branco,Eça de Queirós ouJúlio Dinis, integram oprojecto «LivrosComVidas», destina-do aos utentes da Ter-ceira Idade das Insti-tuições Particularesde Solidariedade So-cial (IPSS) do conce-lho. A ideia surgiu daBiblioteca Municipalde Esposende, quepretende proporcio-nar aos idosos momentos de lei-tura, de forma autónoma ou com oapoio dos técnicos das institui-ções que frequentam.
Uma «Biblioteca Móvel» des-locar-se-á quinzenalmente às IPSSdo concelho que aderiram ao pro-jecto. A primeira visita aos «avós»da ACARF teve lugar no dia 12deste mês. A iniciativa não pre-tende ser apenas um projecto de
promoção de leitura, mas tambémpossibilitar tempos de lazer. Porisso, a selecção dos livros feitapela Biblioteca Municipal teve emconta os gostos e capacidades dosleitores do projecto «LivrosComVidas». Além dos títulos járeferidos, são disponibilizados li-vros de outras temáticas, como bio-grafias, jardinagem, agricultura,religião e poesia. Não foram esque-
cidos, contudo, autores contempo-râneos mais conhecidos.
Cada utente terá um «cartão deleitor», como acontece em qualquerbiblioteca. Cabe depois às institui-ções avaliar as capacidades de lei-tura de cada. Caso seja necessárioserão feitas leituras colectivas. Ali-ás, este projecto prevê «sessõesde leitura em voz alta», a promoverpela própria Biblioteca Municipal.
Rectificação - Na edição de Dezembro de 2009, na pág. 8, na referênciaà exposição Olhar Forjães, não foi citado um dos seus «planos»: umconjunto de primeiras páginas e de notícias de destaque, que ao longodos 25 anos do jornal foram significativas para a história de Forjães.Ainda na mesma edição, no texto de Gil Abreu (págs. 2 e 3) onde se lê«...As duas vertentes, culturais e opinativa, tiveram algumasrepercussões...» deve-se ler: «...As duas vertentes, cultural e opinativa,tiveram algumas repercussões...».
Ponte do Guincho
Cidadãos em reuniões
da Junta de Freguesia
Os forjanenses poderão partici-par nas reuniões do executivo(19h), que se reúne nas últimas 4ªfeiras de cada mês. Também nas as-sembleias de Freguesia (4 por ano),a população poderá intervir noperíodo «antes da ordem do dia».Em Dezembro, a Assembleia de Fre-guesia aprovou, com votos contrado PS, o Regulamento de Taxas eLicenças (em consulta na Junta),no que diz respeito a feiras, espa-ços públicos, cães, taxas adminis-trativas, transportes, cemitério.
Recolha de lixo
Verificam-se situações ilegaisde vazamento de lixo em matas ecaminhos florestais. A autarquiadispõe de serviços de recolha delixo: pilhas, toners, tinteiros, óleosalimentares, resíduos verdes eresíduos volumosos (colchões,frigoríficos, estores, etc). A Juntapode passar nos domicílios pararecolher este tipo de lixo. Para isso,contacte 253 877 430 ou entãopode colocá-lo no centro decompostagem junto à EBI.
Azulejos da Escola
Rodrigues de Faria
Ao celebrar os 75 anos do Cen-tro Cultural, a autarquia solicitou àCâmara Municipal a abertura doprocesso de classificação de «pa-trimónio nacional» dos azulejos doJorge Colaço. Durante este ano aJunta de Freguesia realizará umconjunto de actividades para cele-brar os 75 anos da Escola Rodri-gues de Faria.
Feira de S. Roque
A Autarquia está a preparar umconjunto de iniciativas para adinamização e divulgação da feiraquinzenal de S. Roque, como os«feirões». A propósito, refira-seque já foi conseguido, com a anu-ência do Município, o encerramen-to da feira de Esposende aossábados.
Destruições provocadas
pelos temporais
Desde Novembro que se regis-taram estragos diversos, na fre-guesia, devido ao mau tempo. Assituações mais greves, a nível deinfra-estruturas verificaram-se na
ponte do Guinchodestruída em doissítios pelas águasdo Neiva. Tam-bém junto à pontedo Fulão, o murocedeu, tendo osrails de protecçãoficado suspensos.A Protecção Civilresolverá estesestragos, quandomelhorar o tempo.
Luís
Pedro
Rib
eir
o
20 de Janeiro 2010 • 5
Um bom Natal
para todos nós...
Já é tradição, mas a festa de Natal
da ACARF é sempre preparada com
muito empenho pelos animadores
e educadoras da instituição. No
dia 19 de Dezembro, no espaço
cedido pela EBI de Forjães, pelo
palco foram passando os
ACARF
diversos «artistas». Cantares e
representação de «musicais»,
estiveram a cargo dos «avós» e
das crianças das diversas salas.
As meninas e os meninos que
frquentam o ATL Primária e o
Espaço sócio-educativo oferece-
Terceira Idade:
as vozes afinadas,
revelaram o treino
de muitos anos
Salas dos 18-
36 meses: canções
infantis expressas
numa mímica de
alegria
Sala +36 meses:
uns cantaram
e outros
demontraram
os dotes
de representação
CAI Jardim 3-4 anos:
um teatrinho sobre o
Pai Natal, acom-
panhado com vozes
e instrumentos
«caseiros»
CAI Jardim 5-6 anos:
até os pezinhos
serviram para
acompanhar
a música
Uma surpresa
natalícia: as mães
e um pai «natal»
representaram
para os filhos
ATL Inglês 3-6
anos: na história
de uma rena, não
faltou o Pai
Natal... nem o
canto
ATL Primária e
Espaço sócio-
educativo 6-12
anos: se uns
mostraram os dotes
na arte de tocar
clarinete e violino,
outros revelaram-se
bons cantores
ram um momento de canto e de
excelente interpretação de violino
e clarinete.
Os pais também se juntaram à
festa com uma representação
teatral, onde naturalmente teve
lugar o Pai Natal.
Comunidade paroquial
Caminhos
6 • 20 de Janeiro 2010
Memórias do património artístico da paróquia
...numa noite de chuva, que não desmobilizou os forjanenses, foi uma iniciativa do Conselho
Pastoral da Paróquia. No IX Festival dos Reis (dia 16) participaram o Lar de Stº António, os
Escuteiros, os Catequistas, a ACARF, o “4 Pintas”, a LIAM, o Rancho do GADTF, o Grupo Coral
da Paróquia e o grupo da foto. Ou seja, o Conselho Pastoral, que também nos quis presentear
com um canto de Reis. Antes, foi apresentado, pelas autoras e pelo coordenador José Paulo
Abreu, o livro do inventário do património artístico da Paróquia (ver texto ao lado).
Baptismo:12/12 - Carlos Manuel DouradoMoreira Viana, filho de CarlosEduardo Loureiro Viana e de SóniaMartins Dourado Moreira Viana.
A iniciativa de estudar, catalogar eregistar os bens culturais da Arquidiocesede Braga, iniciou-se já há cerca de doisanos. Chegou a vez da paróquia de Forjães,que agora dispõe de um instrumento pre-cioso: além preservar a memória de todo oacervo que, ao longo de séculos, foi adqui-rido, divulga-o com base em estudos histó-ricos, efectuados sob métodos científicos.
O inventário inclui pintura, escultura,ourivesaria, têxteis, vitrais, livros, adereçoslitúrgicos e ainda «outras colecções», comorelicários e o túmulo, datado do séc. X/XI,que se encontra no adro. Textos de inves-tigação sobre a arquitectura do templo, osenquadramentos geográfico-administrativoe histórico da paróquia, antecedem o inven-tário das peças. São ainda revelados ohistorial da edificação do lugar de culto euma cronologia dos acontecimentos maisrelevantes, desde o séc. XI, com referênciaà «ecclesia sancta marina».
Como se sublinha na introdução, ainiciativa tem como objectivo «dar a
conhecer o património que temos». Muitasvezes, receia-se pela divulgação dostesouros paroquiais. A Polícia Judiciáriatem sublinhado, porém, que um inventárioé o melhor seguro contra os roubos: só ofacto das peças ficarem identificadas efotografadas, dificulta as transacçõesilícitas. Resta agora a criação de condiçõesque contribuam para a preservação destepatrimónio paroquial, para que possa ser«fruído pelo público», como anota PauloAbreu, o coordenador do projecto.
A Igreja de Santa
Marinha de Forjães
Liliana Pinto, Sabrina
Guerreiro, Joana
Leandro
Instituto de História
e Arte Cristãs - Arqui-
diocese de Braga
96 págs. - 10 euros
As crianças da Catequese quevisitaram, no dia 27 de
Dezembro, doentes e idosos, nãoiam vazias. Nas suas mãos segu-ravam a imagem do Menino Jesus,que deram a beijar, e uma mensa-gem: «Que a minha presença sejamotivo de alegria e felicidade paraos que me rodeiam e acompanhamna caminhada da vida». Estas pa-lavras deixaram-nas em cada um doslares visitados, cerca de trêsdezenas.
Cerca de meia centena de meni-nas e meninos, de todos os anosde catecismo, foram acolhidos comalegria. Alguns grupos forammesmo recebidos com as lágrimasnos olhos, tal era o contentamentodas pessoas.
E agora em Janeiro, os catequis-tas de cada um dos grupos pedi-ram-lhes para colocarem por escritoo que guardaram nos seus cora-ções, depois da visita àquelas pes-
soas, de quem muitas vezes nosesquecemos que existem: a TerceiraIdade e os doentes. Aqui se deixamos seus testemunhos. Naturalmen-te, os textos dos mais pequenitos,são mais simples. Mas todos elesrevelam uma ternura humanizadora.1º ano Gostámos do convívio nacasa da catequista Fátima. (Daquipartiram para a visita. E referenciamuma senhora em particular). Gostá-mos de conversar com a D. Júlia.2º ano Foi muito bonito. Gostámosmuito de fazer felizes os doentes.Foi muito interessante.3º ano Demos um momento dealegria e paz às pessoas que esta-vam em casa. Para nós significoudar carinho…4º ano Quando chegámos (ao Larde Sto. António), cumprimentámosos idosos e demos o Menino a bei-jar. Cantámos a música «É Natal».No final, as pessoas tinham umsorriso de orelha a orelha. De se-guida, partimos para outra casa:
uma senhora muito bem disposta,que até disse que da próxima veztocaria ela a viola. Depois fomos acasa do sr. Domingos Moreira daSilva, que tem 94 anos – é o senhormais idoso de Forjães. Também aquifomos recebidos com boa dispo-sição. A todos os idosos que visi-támos entregámos um cartão comuma mensagem de Natal.5º ano Foi bom conhecer pessoasque estão doentes. Eles precisamque lhe levemos um pouco de nós.Achamos importante esta acção delevar o Menino a beijar, porque mui-tas das pessoas estão acamadas.Nós tivemos a oportunidade de asver sorrir e elas sentiram-se maisacompanhadas e felizes. E era bomque aparecessem mais crianças eadolescentes. Por vezes, os paisnão incentivam os filhos a apare-cerem.6º ano Foi um dia muito proveitoso.Conhecemos pessoas que, infeliz-mente, não se podem deslocar para
beijar o Menino. Os idosos ficarammuito felizes e emocionados ao ve-rem as crianças entrarem em suascasas. Desejamos que a iniciativase continue a realizar.7º ano O que nos impressionou foia curiosidade das pessoas emquererem saber qual a nossa origemfamiliar. Então todos nós falámosdos nossos avós e pais. Foi a ma-neira de saberem quem éramos. Eeles localizaram-se no tempo em queeram mais novos e ficaram maispróximos de nós, porque eramgrandes amigos dos nosso avós.Além de termos visitado um senhorinvisual, mas que mesmo assim eraamiga de falar, visitámos outrapessoa que, pela fagilidade da suadoença, era mais silenciosa, nãodeixando d etransmitir um sorrisoamigo.8º e 9º anos Proporcionámosalguma alegria e aprendemos deque temos de dar mais valor a cadaminuto que vivemos, sem proble-
mas, sem limitações. Foi triste depa-rarmo-nos com pessoas que vivempraticamente sozinhas (com apenasum familiar) e outras que não tive-ram de passar o Natal com os quemais amam. Fomos bem recebidospelos doentes.10º ano As pessoas que visitámos,apenas têm os seus familiares comovisita. Para nós foi muito emocio-nante : além de cantarem connosco,os doentes falaram da sua experiên-cia de vida. É bom sentir que leva-mos alegria a alguém com uma visitade alguns minutos…
Livro
Terceira Idade e doentes visitados pela CatequeseCrianças dão testemunho da experiência
Cantar os Reis...
Luís
Pedro
Rib
eir
o
Milhares de jovens da Penín-sula Ibérica vão reunir-se no
Porto, por altura do Carnaval, (13a 16 de Fevereiro) para celebrar «asfontes da alegria». A iniciativa par-tiu do bispo do Porto, D. ManuelClemente, que convidou a comuni-dade ecuménica de Taizé (formadapor católicos e protestantes) aorganizarem na sua diocese a «Pe-regrinação de Confiança através daTerra». Duas Igrejas protestantesdo Porto, comunidade Lusitana eMetodista, também aceitaram oconvite de D. Manuel Clemente
A «Peregrinação de Confi-ança» foi uma ideia iniciada em
TTTTTaizéaizéaizéaizéaizéno Porto
1978 pelo irmão Roger, fundador daComunidade de Taizé (França),falecido em 2005. E desde então,realizam-se anualmente diversosencontros em diferentes países. Oúltimo encontro europeu teve lugarem Poznan (Polónia) em Dezembropassado.
Os jovens são convidados,naqueles três dias, a um encontrocom Cristo, através da partilha, daoração comunitária e da realizaçãode actividades, abrangendo temassociais, culturais e artísticos.
«A fé não diz apenas respeito aum espaço religioso. Nada queafecte a qualidade de vida nos pode
deixar indiferentes. A investigaçãocientífica, a expressão artística, umempenho político, sindical ou as-sociativo, podem ser formas de ser-vir a Deus», escreveu o irmãoAlois, actual prior da Comunidade.
Convite aos cristãosO bispo do Porto convida os
cristãos a unirem-se a esta «Pere-grinação de Confiança». O irmãoAlois estará presente nas oraçõesda noite (dias 13, 14 e 15 de Feve-reiro, pelas 21h), que terão lugarno Dragão-Caixa (pavilhão ao ladodo Estádio). Em cada uma destasorações o irmão Alois fará uma
Óbito:14/01 - Maria Emília PereiraFaria Ribeiro, Forjães.
meditação. Na segunda-feira (15 deFevereiro) haverá uma oração co-munitária, pelas 14,15h, em quatroigrejas da Cidade Invícta: S.Lourenço, S. Bento da Vitória,Trindade e S. João Novo.
Os cristãos de Forjães queestiverem interessados em partici-par nestas orações, caso desejemdeslocarem-se em grupo, podemcontactar 96 482 7444.
«Para lá das grandes diferençasculturais que podem criar barreirasentre os continentes, todos os se-res humanos formam uma só famí-lia», recorda o irmão Alois.
Mário Robalo
Publicidade
20 de Janeiro 2010 • 7
de Francisco Sá
Rua da Calça, n.º 74 - ForjãesTelefone: 253 87 15 94
CAFÉ NOVOde Domingos T. Cruz
- Café Snack Bar- Distribuidor PANRICO- Agente Totoloto - Totobola -Joker- Euromilhões
Rua 30 de Junho - 4740 Forjães
253 87 21 46
Com o apoio: Programa de Apoio as Associações Juvenis (PAAJ)
Instituto Portuguêsda Juventude
Tel. 253 204250 // Fax 253 204259
Rua Santa Margarida, 64740 Forjães
email: [email protected] //http.wwwsejuventude.pt
de José Manuel da Costa Torres
Fabrico diário de todo o tipo depão; pizzas; bolos de aniversárioe casamento; pastelaria sortidae doce regional
Palavras Cruzadas (soluções)
Horizontais
Verticais
1º tosca; ómega = 2º r; salival; m = 3º as; lesar; tu = 4º mim; mor;por = 5º acer; m; eira = 6º acalentar = 7º oras; t; anis = 8º lis; ara;ode = 9º id; prima; oc = 10º v; macabra; a = 11º atora; iodar =
1º trama; oliva = 2º o; sicario; t = 3º ss; meças; mo = 4º cal; ras;par = 5º alem; l; arca = 6º isometria = 7º Ovar; n; ambi = 8º mar;eta; aro = 9º el; piano; a.d. = 10º g; tórrido; a = 11º amura; secar=
8 • 20 de Janeiro 2010
Presépios da nossa terraA Junta de Freguesia de Forjães dinamizou, em Dezembro passado, o primeiro concurso de presépios, com o objectivo dereavivar uma tradição natalícia, hoje quase perdida. Contrariando as expectativas, apareceram 39 concorrentes, cujaqualidade e criatividade levou o júri a considerar todos «primeiros lugares». A iniciativa repetir-se-á no próximo Natal
Concurso
Uma publicação com fotografias de
todos os presépios é a homenagem
que a autarquia pretende fazer aos
que se empenharam neste concurso
Aqui juntam-se apenas alguns exem-
plares, que podem ser um estímulo
para quem não concorreu, além de
revelar a habilidade dos participantes
Autênticas obras de arte, construídas
de forma anónima, alegraram o Natal
de muitas famílias, que as fizeram com
brio e imaginação. A edição prevista
pela Junta de Freguesia, irá dar a
conhecer a sua minúcia e beleza
O júri, composto pelo presidente da
autarquia, um elemento da Fábrica da
Igreja, Albino Ribeiro, e Rui Afonso,
dos Escuteiros, afirmaram-se ma-
ravilhados com o engenho demons-
trado pelos «artesãos» concorrentes
20 de Janeiro 2010 • 11
A 28: todos contra as portagens
Escuteiros de Forjães juntam-se à iniciativa
A ideia nasceu na Estónia,
em 2008. Agora chegou a vez
de Portugal assumir a tarefa que
dá pelo nome de Vamos Limpar
Portugal. Na verdade, vivemos
num país repleto de belas paisa-
gens, mas, infelizmente, todos
os dias as vemos invadidas por
lixo, ilegalmente depositado.
Este movimento cívico conta
já com milhares de voluntários
por todos o país. O Projecto Lim-
par Portugal é uma iniciativa
que pretende, através da
participação voluntária de pes-
soas particulares e de entidades
privadas e públicas, promover a
educação ambiental e reflectir
sobre a problemática do lixo, do
desperdício, do ciclo dos materi-
ais e do crescimento susten-
tável, através da iniciativa de
limpar a floresta portuguesa, re-
movendo todo o lixo depositado
indevidamente nos nossos espa-
ços verdes.
No dia 20 de Março, vamos
fazer parte da solução deixando
ser parte do problema.
O Agrupamento de Escuteirosde Forjães aderiu ao Projecto
Limpar Portugal, que no próximodia 20 de Março vai mobilizarmilhares de voluntários em todo opaís (ver texto ao lado). Trata-se deuma contribuição activa para deixaro mundo melhor, como nos sugeriuo fundador do escutismo, BadenPowell, ao afirmar: «O Homem queé cego às belezas da Natureza perdemetade dos prazeres da vida».Para os escuteiros, a iniciativa re-veste-se da maior importância.Conscientes de que a Natureza é anossa «casa», o nosso dever émanter a casa limpa e arrumada, pa-ra que nos possamos sentir confor-táveis. E para nós, escuteiros forja-nenses, interessa-nos, também, re-ceber bem os amigos que nos vêmvisitar. Por isso, desejamos ter anossa «casa» Natureza bem pre-servada.A acção decorrerá em toda a man-cha florestal da nossa vila. E para atornar possível, o Agrupamento irádesenvolver um conjunto deacções destinadas à referenciaçãodas zonas com lixo ilegalmente de-positado, por forma a permitir a sua
recolha no dia da acção Vamos Lim-par Portugal, para a qual lançamoso desafio a todos os forjanensespara que se juntem a nós, porque aNatureza pertence a todos. Quempretender participar nesta iniciativapode contactar 964563387. É umamaneira de sermos solidários comesta ideia de um Portugal mais lim-po. Esperamos por vós, no próximodia 20 de Março.
Como surgiu a ideia
Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia
Ambiente
A acção nasceu na
Estónia: em cinco horas
o país ficou limpo.
Quinze mil portugueses
já se inscreveram
em diferentes acções
por todo o país.
E você vai ficar
em casa?
Em 2004, a revista Nature revelou um estudo
sobre os possíveis impactos das alterações cli-
máticas em milhares de espécies de mamíferos,
aves, anfíbios, répteis, borboletas e outros inver-
tebrados, em 6 zonas ricas em termos de biodi-
versidade. Ficou demonstrado que entre 15 e
37 por cento daquelas espécies poderá extin-
guir-se até 2050. Para contrariar esta possibi-
lidade, a União Europeia estabeleceu o objecti-
vo de travar a perda de biodiversidade e a recu-
peração dos habitats e sistemas naturais até
2010 – ano que será marcado por iniciativas.
Rui AfonsoChefe do Agrupamento de
Escuteiros de Forjães
Empresas e particulares: todos ficam prejudicados
Opresidente da Câmara deEsposende (CME), João Ce-
pa, não se conforma com a intro-dução das portagens na A28. Emdeclarações a O FORJANENSEafirmou-se dispoto a avançar pelavia judicial, como forma de impediraquela decisão do Governo.
«Tenho sérias dúvidas quantoà legalidade desta pretensão doGoverno, particularmente no terri-tório de Esposende», sublinhou oautarca, adiantando que «otraçado da A28 que atravessa onosso concelho foi pago peloorçamento do Estado, e não nochamado ‘regime de SCUTS’». Porisso mesmo, João Cepa alega estacircunstância, no seu entender,«inviabiliza» a colocção de porta-gens no troço daquela auto-estra-da. Assim, «caso se confirme opagamento na A28», o presidenteda CME irá contratar um escritóriode advogados para que «sejamestudadas as eventuais matériaslegais que possam levar a impediro processo». Esta posição de JoãoCepa foi reafirmada após a reuniãodos autarcas de Viana do Castelo,Póvoa de Varzim, Vila do Conde,Esposende e Matosinhos, no
passado dia 5, com o ministro dasObras Públicas, Transportes eComunicações, António Men-donça. O presidente da CME re-corda ainda que, quando a A28 foiconstruída como auto-estradaSCUT (sem pagamento), verificou-se «a fixação de empresas e defamílias, que compraram casas noconcelho, em função do não-pagamento de portagens». Actual-mente, Esposende vê duplicar onúmero de pessoas ao fim-de-semana (60 mil), chegando a tri-plicar, na época de Verão. Estas sãotambém algumas das razões invo-cadas por João Cepa, na defesa dasua posição, receando que muitasempresas abandonem o concelho.
Entretanto, o «Movimento A28Sem Portagens» já conseguiu maisde 16 mil assinaturas contra adecisão do Governo de JoséSócrates. E Daniel Pedro Silvagarante que o movimento assumetambém a mesma posição de JoãoCepa, em fazer chegar o assuntoaos Tribunais. Quando forematingidas as 20 mil assinaturas,estas serão entregues aos partidosparlamentares. O acesso à petiçãofaz-se em: www.peticao.com.pt/a28-
sem-portagens. Por sua vez, JorgePassos, do movimento «Natural-mente... não às portagens na A28»,questiona a isenções que o Gover-no promete para o trânsito local.«Se uma pessoa do Alto Minhocomprou o automóvel pelo sistemade leasing e a viatura está registadanoutra cidade, deixa de ser trânsitolocal?». João Cepa também recusaeste «bónus» do Executivo, consi-derando-o «um disparate».
Mas em 2006, a AssociaçãoComercial e Industrial do Concelhode Esposende (ACICE) já fazia verao então Ministro das Obras Pú-
blicas um conjunto de obstruçõesna utilização da EN13, enquantoalternativa à A28. Agora SérgioMano, da ACICE, volta a referirque, além das partes já desclas-sificadas da EN13 como «EstradaNacional» em Vila do Conde e Pó-voa de Varzim, «existe um conjuntode outros impedimentos, como apassagem nas pontes de Fão e deViana do Castelo, proibidas apesados». Entretanto, Sérgio Ma-no anotou a disponibilidade daACICE para uma equipa multidis-ciplinar com municípios e associa-ções cívicas contra as portagens.
Recorde-se que os entraves à«classificação» da EN13 comoalternativa à A28 são imensos, con-trariando mesmo o que dispõe alegislação nesta matéria. Sublinhe-se que, só o percurso Viana-Porto,em hora de ponta (18h) passa de51m., na A28, para 2,30h, na EN13.Mas as dificuldades aumentamainda mais, se tivermos em contaque, do Porto a Caminha, na EN13,teremos mais de uma centena depassadeiras de peões, quase duasdezenas de rotundas e perto de setedezenas de cruzamentos.
Esposende admite via judicial
Luís
Pedro
Rib
eir
o
Mário Robalo
Desporto nnnnn Notícias FSC
12 • 20 de Janeiro 2010
Decorridas treze rondas nocampeonato, doze para o Forjães,os vizinhos do Vila-Chã lideram aclassificação com três pontos devantagem sobre o Terras de Bouroque é segundo e seis sobre o For-jães, que segue na quarta posição.Os forjanenses são a única equipaque ainda não perdeu e, a par doVila-Chã, são a equipa menos bati-da. Refira-se que dos sete golos so-fridos pelo guarda-redes, Paulinho,quatro foram de grande penalidade,duas delas inexistentes. O que revelaa boa capacidade defensiva daequipa. Nos últimos jogos o ataquetem-se ressentido da ausência deArmindo, que devido a lesão nãotem estado a cem por cento, e temfacturado menos. Contudo, o For-jães concretizou até ao momento 26golos, mais cinco do que o líder Vila-Chã, números indicadores de umamédia superior a dois golosmarcados por jogo.
Poder-se-á dizer que apesar doatraso na classificação, consentidonos últimos jogos, o Forjães revelacondições para atacar os doisprimeiros postos que dão acesso àdivisão de honra. Refira-se quenesta altura o Forjães tem um jogoem atraso, referente à nona jornadacom o Terras de Bouro, e com dezoi-to jogos ainda por disputar, dez emcasa e oito fora, a equipa forjanensetem todas as possibilidades de atin-gir os seus objectivos.
Na outra competição em queparticipa, Taça AF Braga, o Forjãesatingiu os oitavos de final depoisde na última eliminatória (agora sónuma mão) ter ultrapassado a equi-pa vimaranense do Nespereira.
Relativamente a actividadesdesenvolvidas pela direcção é dedestacar a realização do já tradicio-nal «Cantar das Janeiras», que vaianimando as ruas da nossa vila eque permite algum encaixe finan-ceiro para o clube. No passado mêsde Dezembro foi realizado o habitu-al sorteio de Natal, tendo os pré-mios em disputa sido atribuídos àcasa, segundo os responsáveisgrande parte das cadernetas nãoforam vendidas, o que levou a umareceita muito aquém das expecta-
tivas orçamentais.
Comentário
Fernando Neiva
10ª Jornada12-12-09
Soarense 0 -1 Forjães (FSC)Relvado Sintético das Camélias -Braga
Jogo difícil e atribulado
A equipa do Soarense vendeucara a derrota neste jogo. E um lancecom direito a expulsão, gerouconfusão, por parte da equipa dacasa, que acabou reduzida a noveelementos no intervalo. O árbitroenganou-se: mostrou vermelho aojogador errado. Este ao ser expulsoprotestou, tendo-se recusado a sairde campo. Nos momentos seguin-tes, e porque entretanto correspon-deu à sinalética de um dos seusassistentes, o árbitro emendou amão, e expulsou o jogador correcto.Mas o impensável aconteceu: ojogador, que por engano havia sidoexpulso, recusou-se a entrar nojogo, apoiado pelo treinador, Gui-lherme Oliveira. O jogo prosseguiu,cinco minutos depois, com oSoarense reduzido a nove, um porexpulsão outro por abandono. E oFSC a desperdiçar uma grandepenalidade.
No reatamento, nova confusão:o treinador do Soarense tentouincluir na equipa um jogador nolugar do que se havia recusado aentrar, depois da correcção doárbitro. O árbitro não permitiu asubstituição, agindo conforme oregulamento. Na segunda parte oFSC, em superioridade numérica,teve dificuldade para dobrar aequipa bracarense. Só a cabeça deRoger resolveu a contenda a favorda casa, fazendo o golo que viria avaler os três pontos.
Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick;3- Mané; 30- Roger; 23- Jony; 4- ZéCarlos; 6- Américo (c.); 21- Celso;10- Xiço; 27- Nuno Falcão (9-Bony); 7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Roger aos 65 minutos
Resumodas jornadas
11ª Jornada03-01-10
Forjães 4 -1 LajeEstádio Horácio Queirós - Forjães
Superioridade evidente
A superioridade do Forjãesevidenciou-se desde muito cedo,ao fazer dois golos no primeiroquarto de hora e ao exercer o domí-nio absoluto da partida no restanteperíodo deste desafio. E se na pri-meira parte ficaram algumas situa-ções por concretizar no inicio dasegunda também, mas a meio destafase do jogo e em dois minutos sur-giram mais dois golos que cimen-taram a diferença de qualidade entreestas duas equipas. O Laje aindareduziu através de uma grande pe-nalidade mal assinalada pelo árbitroda partida.
Forjães SC: 57- Paulinho; 4- ZéCarlos; 3- Mané; 30- Roger; 23-Jony; 21- Celso; 6- Américo (c.); 24-Diogo (5- Chico Moura aos 71);84- Adriano (8- Armindo aos 88);27- Nuno Falcão(19- Jim aos 61);7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Adriano aos 7 minutos
2-0 Diogo aos 18 minutos3-0 Jim aos 67 minutos4-0 Celso aos 70 minutos
4-1de penalty aos 73 min.
12ª Jornada09-01-10
Panoiense 1 -1 ForjãesRelvado Sintético de S. Martinhode Dume - Braga
O pássaro esteve na mão, masdois pontos voaram …
O Forjães entrou bem na par-tida e fez um golo cedo. Desde oinício do jogo que a equipa forja-nense assumiu a gestão do futebolpraticado e ao longo dos noventaminutos desperdiçou duas situa-ções claras para fazer o dois a zero.Por sua vez, o Panoiense lutou sem-pre pelo empate e conseguiu-o nasequência de um canto já perto dominuto noventa e numa altura em
que o Forjães depois de não teraproveitado para ampliar o score,colocava trancas na porta parasegurar os três pontos. É caso paradizer que os Forjanenses tiveram opássaro na mão deixaram-no fugirnos derradeiros momentos dapartida.
Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick;3- Mané; 23- Jony; 4- Zé Carlos; 6-Américo (c.); 21- Celso; 24- Diogo(10- Xiço); 84- Adriano; 27- NunoFalcão (8- Armindo); 7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 0-1 Celso aos 8 minutos
1-1 aos 90 minutos
13ª Jornada16-01-10
Palmeiras 1 -1 ForjãesRelvado Sintético de Palmeira -Braga
Empate entre candidatos à subida
Este jogo colocou frente a frenteos actuais 3º e 4º classificado daSérie A do campeonato da 1ª divi-são. O FSC sentiu dificuldades, masempatou a partida na etapa comple-mentar do desafio. No final, o téc-nico do FSC, Fernando Pires, emdeclarações à imprensa regional,considerou o empate justo e desta-cou a boa 2ª parte da sua equipa. Otécnico Forjanense teceu o seguin-te comentário ao jogo: « A primeiraparte do Forjães não foi boadevido às condições do terreno.Pedi à equipa que praticasse umfutebol mais directo e como nãoestamos habituados a essa orga-nização de jogo sentimos dificul-dades. Na 2ª parte estivemos muitomelhor em todos os aspectos. Teveque ser o FSC da 2ª parte a lutarpelos dois primeiros lugares daclassificação. Hoje defrontámosuma boa equipa. Conseguimos oempate e mantemos a nossa inven-cibilidade. Apesar da justiça doresultado, este poderia ser outro,se o árbitro tivesse assinalado agrande penalidade evidente àentrada para o último quarto dehora». E Fernando Pires declarouainda: «Estou contente pelo re-gresso do Armindo, estivemos semele praticamente um mês e meio.É
um jogador que pode desequili-brar qualquer defesa».
Por seu lado o chefe de departa-mento de futebol, Crispim Carva-lho, declarou ao Forjanense que«Acho que fizemos uma boa 2ªparte, mostramos que estamosvivos e com vontade de lutar pelasubida. Não nos podemos esque-cer que na segunda volta vamosreceber os principais candidatosà subida e aí temos que corres-ponder ao nosso melhor nível».
Forjães SC: 57- Paulinho; 16- Rick(21- Celso aos 88); 3- Mané; 30-Roger; 23- Jony; 4- Zé Carlos; 6-Américo (c.); 84- Adriano; 10- Xiço;8- Armindo (24- Diogo 90+3); 7-Zé Manel (27- Nuno Falcão aos66).Treinador: Fernando PiresGolos: 1-0 Cadote aos 36 minutos
1-1 Rick aos 51 minutos
3ª Eliminatória da Taça AF Braga19-12-09
Nespereira 0 -2 ForjãesParque Desportivo de Nespereira- Guimarães
Golos? Só prolongamento
Só no prolongamento o FSCconseguiu ultrapassar mais umaeliminatória da Taça AF Bragaperante um adversário de escalãoinferior, que fez das tripas coraçãopara segurar a superioridade daequipa forjanense. A equipa da casafoi sempre muito aguerrida lutandocom todas as forças que tinha paratravar as investidas do Forjães.Nos 30 m. suplementares da partidaas capacidades físicas da equipaforjanense foram determinantespara resolver a partida e ultrapassarmais uma eliminatória nestacompetição, seguindo agora paraos oitavos de final.
Forjães SC: 1- Rafa; 16- Rick; 3-Mané; 30- Roger; 5- Chico Moura(8- Armindo); 6- Américo(c.); 4- ZéCarlos; 84- Adriano (21- Celso); 10-Xiço ; 9- Bony (20-Nuno Silva);7- Zé Manel.Treinador: Fernando PiresGolos: 0-1 Zé Manel aos 96 minutos
0-2 Zé Manel aos 110 min.
«Para este momento despor-tivo achamos oportuno ouvir opresidente da direcção do ForjãesS.C., Sr. Amândio F. de Carvalho,ninguém como ele esclarecerá einformará os nossos leitores.
Começou por afirmar as difi-culdades no aspecto material. Averba de 23.000$70 não foi sufici-ente para as despesas com o arran-jo do campo, equipamentos eaquisições de Valdemar, Alcino,Mário Vieira, Trilho, Lopes, GomesII e Coutinho para substituírem
Joaquim Luis, Porfirio I e II, Lucia-no, Serafim e José Maria.
Quanto à classificação nãoestar de acordo com as aspiraçõesda massa associativa explicamque se deve às dificuldades de afi-nação do conjunto, sentidas pelotreinador, pois embora todas asaquisições sejam de classe preci-sam de adaptação, alguns no servi-ço militar não sendo possível otreino de conjunto. A subida paraa 1ª divisão regional com mais difi-culdades; os incidentes verifica-
dos que obrigam a deslocaçõesque não estavam previstas.
Acabou por saudar todos osque trabalham para um Forjãescada vez melhor e afirmar a suaconfiança em todos.
- Partiu há dias para o Ultra-mar o dedicado elemento Gomes Ie regressou Mana.
- Valdemar, brioso atleta doForjães, trabalha na edição gráfi-ca deste jornal.»
Muda-se o tempo,
permanece o FSC
A equipa que representao futebol da nossa terra
Apoie o Forjães Sport Clube
Voz de Forjães
Abril/Maio 1970
DIRECTOR: Sérgio Carvalho [email protected]: Mário Robalo [email protected] CONSULTIVO: Fátima Vieira (ACARF),Mário Dias (Paróquia), Andreia Cruz Dias ( PSD), JoséManuel Neiva (PS), Basílio Torres (Prof. EBI), RuiLaranjeira (estudante EBI), Arlindo Tomás (FSC), Paula
Cruz, Sílvia Cruz Silva, Alfredo Moreira e José Salvador.
ASSINATURA ANUAL (11 números)PAÍS: 9 Euros; EUROPA:17 Euros; RESTO DO MUNDO:20 EurosRegistado no Instituto da Comunicação Social sob o nº 110650TIRAGEM - 1.650 Ex. (Sai em meados de cada mês)IMPRESSÃO: EMPRESA DIÁRIO DO MINHO, LdªRua de Stª Margarida, 4 A / 4710-306 Braga / Tel. 253 609460 / Fax.253 609 465/ Contribuinte 504 443 135www.diariodominho.pt / [email protected]
REDACÇÃO: Anabela Moreira, Nelson Correia e Ricardo Brochado.FOTOGRAFIA: Luís Pedro RibeiroSECRETARIADO E PAGINAÇÃO: Eduarda Sampaio e FátimaVieira.
COLABORADORES PERMANENTES: Pe. A. Sílvio Couto,Armando Couto Pereira, Carmen Ribeiro (Fundação Lar deSanto António), Pe. José Alves Martins (Timor), Junta deFreguesia de Forjães, Luís Baeta, Manuel António TorresJacques(França), Maria Mota, Olímpia Pinheiro, Paulo Lima
Os artigos de opinião são da exclusiva responsabilidade de quem os assina e não vinculam qualquer posição do jornal O FORJANENSE. O jornal não assume o compromisso depublicar as cartas ou textos recebidos, reservando-se o direito de divulgar apenas excertos.
PAÇO VELHO - V.F.S. - APARTADO 583 - 4750-909 BARCELOSTELEF. 253 809 880 - FAX 253 809 889
O FORJANENSE
R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 584740-439 FORJÃESPROPRIEDADE e EDIÇÃO: ACARFAssociação Social, Cultural, Artística e Recreativa deForjãesFundado em Dezembro de 1984REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 584740-439 FORJÃES - Ctr. n.º 501524614Telef. 253 87 23 85 - Fax 253 87 10 30
e-mail: [email protected]
“O Forjanense” encontra-se à venda
em Forjães e EsposendeForjães: Papelaria Moderna(Centro Comercial 2 Rosas)Café Novo
Esposende:Serra da Sorte (Largo Rodrigues Sampaio)
- todo o tipo de caixilharia em alumínio- todos os serviços em ferro- coberturas industriais- portas seccionadas- automatismos
Rua da Galega_Cerqueiral / 4740-435 Forjães_Esposende
telef.: 253 872 264 / telm.: 964 157 669
Publicidade
(EBI Forjães), Regina Corrêa de Lacerda (Lisboa), Rita Braga, Vânia Aidé eFelicidade Vale e educadoras da ACARF.
20 de Janeiro 2010 • 13
Loja 150Loja 150Loja 150Loja 150Loja 150LOJLOJLOJLOJLOJA DE ARA DE ARA DE ARA DE ARA DE ARTIGOS DIVERSOSTIGOS DIVERSOSTIGOS DIVERSOSTIGOS DIVERSOSTIGOS DIVERSOS
Utilidades Domésticas, PUtilidades Domésticas, PUtilidades Domésticas, PUtilidades Domésticas, PUtilidades Domésticas, Prrrrrodutosodutosodutosodutosodutos
alimentares, Decoraçãoalimentares, Decoraçãoalimentares, Decoraçãoalimentares, Decoraçãoalimentares, Decoração, Loiças, Loiças, Loiças, Loiças, Loiças
PPPPPapelaria, Brinquedos,apelaria, Brinquedos,apelaria, Brinquedos,apelaria, Brinquedos,apelaria, Brinquedos,
FFFFFerramentas, etc..erramentas, etc..erramentas, etc..erramentas, etc..erramentas, etc..
Av. Sta. Marinha, Centro Comercial Duas Rosas, 1º esq.: Loja nº1
Forjães – Esposende Telefone: 253877159
Centro Comercial2 Rosas
Alugam-se lojas eescritórios
Tel. 253 871 436
Opinião
14 • 20 de Janeiro 2010
Uma pausa no caminho
José Salvador
Luís Coutinho
Durante esta pausa natalícia,para muitos de fériasescolares, lia diariamente,
exposta no adro da vizinha fregue-.sia de Antas, a seguinte máxima «Afamília é a escola de hoje». Talveznão tivesse sido escolhida ao aca-so. Talvez nos pretenda, precisa-mente nesta pausa escolar, transmi-tir o verdadeiro cerne da educaçãode hoje, nesta quadra tão sensívelpara milhares de famílias. No nossoquotidiano, eu como todos vós,somos agentes educativos. Não merefiro somente a educadores de in-
fância, professores, psicólogos,assistentes sociais, auxiliares deeducação, não. Refiro-me a todos:pais, avós, padrinhos, tios, encar-regados de educação, enfim, a to-dos que transmitem ensinamentose padrões de vida no dia a dia amilhares de crianças e jovens. Elesserão o nosso rosto, o nosso exem-plo no futuro. Quantas vezes depa-ramos actualmente, com relativafrequência, os pais imputarem à es-cola, aos professores, responsa-bilidades efectivas na educaçãodos seus discentes? Para muitostorna-se deste modo mais fácildesresponsabilizarem-se das suasfalhas no seio familiar. Compreendoque hoje em dia múltiplos factoresvieram alterar de forma significativao panorama actual da sociedade: acrise económica, o desemprego, a
A família é a escola de hoje
migração de um dos elementos doagregado familiar, os divórcios emcrescendo, a vivência em união defacto, enfim, uma inúmera lista defactores que alteraram o desenvol-vimento são e harmonioso das cri-anças e jovens de hoje. Mas tudoisto não impossibilita que possa-mos educar os nossos entes queri-dos de forma a impor-lhes regras,hábitos, disciplina. Todavia, quan-do nos «sobra» algum do nossotempo precioso, é mais fácil deixa-los ver TV, jogar PlayStation oubrincar com o «Magalhães»…, por-que assim estamos mais descansa-dos, em sossego, e afinal aprendere ensinar «essas coisas» é mesmona escola. Os professores são pa-gos para isso… A propósito, a for-ma como se pensa a educação naactualidade, faz-me lembrar que
outrora, quando uma criança faziauma asneira, o adulto advertia-a,fazendo-lhe um reparo do género«foi essa a educação que os teuspais te deram?», hoje, perante umcenário idêntico, o reparo será maisou menos assim: «é isso que andasa aprender na escola?».
Não pretendo culpabilizar nin-guém em particular, apenas alertarpara uma sociedade mais permis-siva e descrente das suas respon-sabilidades. A culpa é de todos. Tal-vez ainda possamos em conjuntomudar mentalidades e fomentar nosnossos filhos valores, atitudes queos façam ser um dia cidadãos res-ponsáveis, respeitáveis, solidários.Talvez, por exemplo, no futuro pos-samos ter cidadãos a conduzir nasestradas portuguesas com mais res-peito pelas regras de trânsito, mais
respeito pelos outros. Talvez assim,um dia nos orgulhemos dos nossosesforços, dos nossos sacrifícios,por lhes proporcionarmos aquiloque hoje em dia pensamos ser o me-lhor para o seu futuro.
Mas, pais, avós, que muitasvezes deseducam ao darem tudoaos netos, pretensamente corrigin-do um pouco as dificuldades queatravessaram com os seus filhosnoutros tempos de difícil sobrevi-vência, teremos que rumar todos nomesmo sentido, e, não vejam a es-cola como o inimigo público nº 1,como algo a abater, mas antes, parti-cipem activamente como aliadosdos agentes educativos, como par-ceiros na construção do perfil idealdos nossos futuros adultos. Todos,somos poucos, nesta mui nobre edifícil missão que é, «educar».
Irene Margarida
Tenho bem presente na minhamemória o Mudo, querecordo com muita ternura.
Pensando na sua vida difícil,insegura e triste de verdadeiro judeuerrante, completamente abandona-do, sinto-me imensamente chocadae por isso lhe dedico, como desa-bafo, estas breves e sentidas pala-vras:
Tua silhueta desleixada, teuolhar sofrido por imensa e profundador, fazem de ti, querido Mudo, o
retrato fiel dos mendigos dopassado. Foste o pobre dos po-bres, porque o mais desgraçado queconheci. Foste o homem só, porquenão comunicavas, porque erassurdo/mudo. Foste o desconhecidoa quem sempre ignorámos o nome,a pátria e a família. Alguém te viucaminhar por várias terras, emborapreferisses Forjães que sempre teacolheu com carinho. Alguém te viuatravessar o Rio Minho, vindo deEspanha. Seria a tua terra? Comoadivinhar? Nunca nada disseste,nunca ninguém te procurou e faloude ti. Foste tu, o caminhante, semeira nem beira, sempre lutando poruma mísera e mesquinha sobre-vivência. Foste tu, o Senhor doscobertos e palheiros onde pernoita-
vas. Eras o mendigo andrajoso, deestatura média, rosto redondo,olhos escuros e cabelos negros,compridos e desgrenhados. Erasalguém que sem falar, sempre im-plorava protecção. Eras o pedintede saco velho de linhagem às cos-tas, todo sujo e esfarrapado e sapa-tos gastos pelo tempo. As criançastroçavam de ti, da tua figura sinistraque não fazia mal a ninguém,apenas, suscitava compaixão.
Sempre preferiste Forjães e poraqui foste vagueando, esmolandode porta em porta durante as déca-das de vinte, trinta e quarenta doSéculo passado, acabando por aquificar os últimos anos da tua vida.
Dormias no palheiro do sr. Maia,primeiramente no Boucinho e por
último em São Roque. O sr. Maiasempre te protegeu. Em recompen-sa tu lhe davas para cevar o seuporco a broa das esmolas que iasarmazenando no teu saco velho delinhagem. Muitas vezes te vi à mi-nha porta era eu ainda muito crian-ça. Tiravas, então, de dentro dosaco um prato de esmalte que euenchia de sopa e que tu comias comsofreguidão. De seguida, acabru-nhado, retomavas o caminho, pros-seguindo a pedinchice de porta emporta.
Talvez não fosse o acaso quete trouxe a Forjães, porque Forjãesé terra bendita que sempre soubeacolher os desfavorecidos da sorte.Foi em casa do sr. Maia que adoe-ceste e fechaste os olhos para sem-
pre em 17 de Agosto de 1945. O sr.Albino Brochado fez o peditóriopara custear as despesas do funerale o sr. padre Joaquim Gomes dosSantos, então, Reitor da nossaparóquia, celebrou gratuitamenteas exéquias do teu funeral que serealizou em 18 de Agosto de 1945.Numa campa simples, apenas, comuma lápide de madeira ficougravado «O Mudo». Porém tudodesapareceu, porque era sepulturacomum. Embora vários jornais daregião fizessem referência ao teufalecimento nunca ninguém apare-ceu para falar de ti.
Foste tu querido Mudo, odesconhecido, sem eira nem beira,sem nome, sem pátria e sem família.
Retalhos de outros tempos - O Mudo
Era uma daquelas amizadesantigas, simples, mas muitoforte, construída na rua, que
cresceu na dificuldade e se conso-lidou na vida. O Carlos era de Palmee, ainda miúdo, veio trabalhar paraForjães, para a garagem do «Binodo Casado». Na primeira vez que aminha «ginga» empanou, arranjou-a e pô-la a brilhar. Ficámos logo ami-gos!
Apesar de termos seguido ca-
minhos diferentes, íamo-nos en-contrando, nas festas ou em algumcafé ou campo de futebol das re-dondezas. A amizade era a mesma,só que mais breve, mas dava para«pôr a escrita em dia» e renovar anossa velha afeição.
Há cerca de 20 anos, encontra-mo-nos casualmente em Lisboa,onde ele conduzia alguns trabalhosde obras públicas. Foi o reatamento,o reforço da amizade, a partilha, aextensão à família; ficámos cúmpli-ces, confidentes e aconselhávamo-nos mutuamente. Tinha amigos emtodo o lado, porque era leal, semprepositivo e com uma grande alegriade viver. Em Forjães, era frequentevê-lo na «Grelha» ou no «Romão»para jogar uma «suecada», na qualera ás, com o seu jeito maroto defazer bluff ou de camuflar uma«arrenúncia». Percebia-se que o
fazia, não para ganhar o jogo, maspara no final, termos todos um bommotivo para nos rirmos.
Comigo tinha confiança paratudo, até para gozar com o meu FCPe para contar umas anedotas sobrea «bófia», como geralmente acon-tecia quando o nosso «clube mo-tard» saía para a estrada, com o pa-dre Cândido, o Mariz Neiva e oEduardo Abreu.
Numa altura em que ajudou aPalme a formar uma equipa para dis-putar um campeonato municipal,convidou o Firo do Floriano paratécnico. Ficaram grandes amigos.Um dia, ligou-me para a Macedó-nia, a chorar, para me dizer que «oFiro tinha morrido»…
Em 21 de Dezembro último, éra-mos para sair juntos para Lisboa,bem cedo, mas à última hora, tivede mudar de ideias. Mandei-lhe
uma mensagem e respondeu-mecom outra: «Chove que Deus a dá!Ainda bem que foste de com-boio…». No regresso da capital, àtardinha, no Carregado…ninguémqueria acreditar! Vinha de trabalhar,de distribuir as prendas de Natalaos amigos e colaboradores! No S.José, tentámos tudo, rezamostudo…, mas mais uma vez, Deustinha «chamado para junto de siquem mais ama». No dia seguinte,acompanhei-o, desde Lisboa, até àúltima morada, porque, por mim, eusei que ele iria até à China, se pre-ciso fosse. Pela família, por aquelesfilhos que adorava, ele iria até aofim do mundo!
Um manto de mágoa e de lágri-mas invadiu aquela igreja paroquiale todos os amigos estavam lá. Umdos que ele mais estimava, o padreBrito, retribui-lhe essa lealdade, vol-
tando a Vila Chã para lhe dizeradeus, num acto de grande signifi-cado, num regresso que tardava,mas que se impunha. Toda a gentesentiu que o fez pela paz e pelo per-dão, pela terra que «adoptou» eque amava o «Carlitos».
Eu ainda não te chorei porqueainda não acredito no que nosaconteceu. Mas sei que, no dia emque nascer o teu primeiro neto, decerteza que me correrão lágrimas,pela celebração da vida, pela tuaalegria, pela tua memória.
Há quem diga que «a vida nãovale nada». Não creio. Se, por umlado é efémera e nos «prega gran-des partidas», por outro lado, quan-do vale uma amizade, vale tudo!
E a felicidade? Vale tudo, tam-bém. Mas, quando é interrompida,é extremamente dolorosa! É umapausa no caminho. Da eternidade.
“A felicidade...sobre ela não sepode fundar nenhum futuro.”
Erri de Luca
Viver nnnnn Culinária nnnnn Passatempos
Palavras Cruzadas
Manuel António Torres Jacques
Horizontais
Verticais
É bom ter saúdeRita BragaFarmacêutica
20 de Janeiro 2010 • 15
1º malfeita; última letra doalfabeto grego = 2º relativoa saliva = 3º campeão;molestar; pronome pessoal= 4º variação do pronome“eu”; o maior; colocar = 5ºo mesmo que “bordo”árvore; lugar em que sesecam os cereais = 6ºamimar = 7º rezas; erva-doce = 8º lírio; altar dossacrifícios; composiçãopoética dividida em estrofes simétricas = 9º “eu” em italiano; o primeiroaçor de uma ninhada; dialecto românico falado no sul da Loire = 10ºfúnebre = 11º pedaço de pau cortado em peças regulares; misturar comiodo =
1º procedimento ardiloso; oliveira = 2º assassino = 3º santíssimo sacra-mento; mulher brejeira “plu.”; pedra do moinho = 4º protoxido de cálcio;chefe etíope; igual = 5º acolá; cofre = 6º igualdade de dimensões = 7ºcidade portuguesa; de ambos os lados = 8º oceano; organização sepa-ratista basca; marco das portas = 9º o mesmo que “o”; instrumento musi-cal; aliança democrática = 10º ardente = 11º quadra da proa; estancar =
Sabores de cozinha
Congro grelhado na brasa
Congro
Batatas
Grão-de-bico
Hortaliças
Molho verde
Sal e pimenta
Tempera-se o peixe com sal e
pimenta durante, pelo menos, 10
minutos. Entretanto, faz-se o molho
verde: cebola picada, salsa, pimenta,
azeite, vinagre e pimento. Cozem-se
as batatas, o grão-de-bico e as
Publicidade
Outros pratos
- Arroz de feijãovermelhocom costeletapanada- Arroz delegumescom entrecostoassado no forno
Aberto todos os dias
InfiaForjãesTel. 253 871 277
Amamentar é uma acto natu-ral a todos os mamíferos, sendoum momento único, de uma re-lação com grande afectividade ede satisfação intensa entre amãe e a sua cria. A proximidadeentre os dois estimula o tacto eo olfato do bebé transmitindo-lhebem-estar segurança e tranquili-dade, fazendo com que fiquemais calmo e assim chore me-nos.
O leite materno é um alimen-to vivo e completo que contémtodos os nutrientes necessáriose nas proporções adequadas aodesenvolvimento do recém-nascido. Além disso possui fac-tores de defesa contra agentesinfecciosos e antigénios, contri-buindo para a diminuição da mor-
talidade infantil. Durante a ma-mada o leite materno vai-se mo-dificando, o que também acon-tece ao longo dos meses conso-ante as necessidades e a idadedo bebé, facilitando posteri-ormente a introdução de novosalimentos. Contudo amamentartambém traz vantagens à mãe.É mais fácil, prático, barato, di-minui a incidência de anemias,posteriores cancros, hemorragiae depressão pós-parto. Alémdisso é a melhor maneira pararecuperar a forma física que tantopreocupa as novas mães.
Amantentar só traz vantagensmas para isso, a mãe tem deter hábitos de vida saudáveis pa-ra proporcionar o melhor iníciode vida ao seu bebé.
Maria Mota e Olímpia Pinheiro
Ementas da casa
Cozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do MinhoCozido à moda do Minho
400g de perna de vaca; 400g de presunto; 1/2
galinha; 1 salpicão; 300g de orelheira; 1
couve; 4 cenouras; 6 batatas; sal; pimenta
Coza a galinha já arranjada, em água fria,
conjuntamente com a carne de vaca e ore-lheira.
Junte o presunto e o salpicão quando a galinha
estiver meia cozida. 30 min. depois junte as
cenouras e as batatas, assim como as couves.
Deixe cozer mais 30 min. Sirva acompanhado,
à parte, por arroz que se prepara do seguinte
modo: pique 1cebola e leve a alourar com o azei-
te. Junte as asas do frango e pescoço e o presunto
em bocados. Deixe refogar. Acrescente água do
refogado (volume igual ao de arroz), tempere de
sal e pimenta, deixe levantar fervura e junte o
arroz. Quando levantar fervura, passe-o para
um alguidar e leve ao forno a cozer de forma
que fique seco e solto. Sirva de imediato.
Corte um cacete, que deve ser de véspera, em
fatias de um dedo de espessura, e coloque-as
num prato fundo. Leve ao lume açúcar, uma
colher de chá de canela e 1/2 litro de vinho
tinto. Tempere com uma pitada de sal, deixe
arrefecer sem ferver. Retire do lume e verta
sobre as fatias do pão. Depois de embebidas,
leve-as a fritar, de um e de outro lado, em óleo
muito quente. Assim que fritas, coloque-as
numa taça funda e regue-as com o seguinte
molho:
Leve ao lume o restante vinho com 250 gramas
de açúcar e deixe ferver até atingir um ponto
fraco. Junte uma colher de chá de canela,
mexa, e deite sobre as rabanadas. Sirva no
dia seguinte.
1 cacete; 2 c. (chá) canela;
açúcar; vinho; sal
Rabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tintoRabanadas de vinho tinto
Não aceitacartões de créditoRestaurante
Café Marílio
hortaliças. Depois da brasa bem
«viva», coloca-se o peixe, que deve
ser bem grelhado.
Regar o peixe com o molho e
servir bem quente, como convém.
Maria Dias Pires fundou o actual Café Marílionos anos 40 do séc. XX. Então, servia almoços
aos operários da Cerâmica Rosas. Depois de enviu-var, a proprietária casou com Marílio Sá, que deuo nome à casa. Hoje os filhos – Ana Paula e AntónioPaulo – respodem aos pedidos dos comensais, apoi-ados pelos respectivos cônjuges: Sirilo Ribeiro eAmélia Monteiro (na foto), que se responsabilizapela cozinha, alternadamente com a cunhada.
Uma receita para festejar o Carnaval. E nadamelhor que um cozido minhoto, com todos os
ingredientes incluindo a orelheira, o presunto e osalpicão... É que logo inicia-se a Quaresma, tempode abstinência de carnes. As cozinheiras da ACARFnão esqueceram uma sobremesa original: asrabanadas de vinho tinto, a mais natural forma decelebrar Baco, em tempo de folgança. Agora, restaconvidar os amigos e, com eles, saborear....
16 • 20 de Janeiro 2010
Av. Marcelino Queirós, 130/140 Estrada E - loja 14 - 4740-438 Forjães - Esposende
Tel.: 253 876 074/TLM.: 965 166 956
Av. de S. Romão, 10 - 4935 Neiva - Viana do Castelo
Tel. 258 871 466 - Fax: 258 371 420
Visite esposendeonline.com
Quinta de Curvos
Situada num vale associado ao rio Neiva e atravessada pelos ventos marítimos, aQuinta de Curvos apresenta uma fertilidade ímpar. O Vinho Verde aqui produzidorevela uma mistura de aroma e agulha, que pela sua frescura se torna muito apetecido
Lugar de Cerqueiral - FORJÃES - EsposendeTelemóvel: 965864875 - Tel/Fax: 253 871 555
Parque Industrial de Padim da Graça, Lt.6-2Padim da Graça - BragaTelefone: 253 300 070 Fax: 253 621 499
Sede
A sala de visitas de Forjães
AGROZENDE - Fabricação de estufas e regas, Lda
Contactos:Tlf: 253 983 432 - Fax: 253 983 433 - Email: [email protected] de Agra - Apartado 13 - 4744-909 Fonte Boa - Esposende
Sistemas Rega - Plásticos Térmicos - Plásticos Cobertura Solo - Redes - Telas - Climatização
Agrozende Fabricação de Estufas e Regas, Lda é uma empresa moderna que sempreprocurou, desde o seu início, apostar na actualização constante dos seus serviços eprodutos, proporcionando aos seus clientes a qualidade necessária às suas exigências.
Como empresa em expansão, prestamos os nossos serviços e apoio de norte a sul do paíse ilhas, através de equipas especializadas na montagem e aquecimento de estufas, sistemasde regas, armazéns de apoio e Garden Center.
EPA/David Fernandez
Cáritas apoia HaitiA Cáritas Internacional (instituição de solidariedadecatólica) está presente junto das populações do Haiti,com 27 pontos de distribuição de alimentos. Para continu-ar este auxílio a Cáritas necessita de mais financiamento.O donativo de todos nós pode ser enviado para a conta:003506970063000753053 da Caixa Geral de Depósitos.
AAlfaiataria Costinha é uma sala de
visitas da rua, da vila e freguesias
vizinhas, aberta das 9 da manhã às 11
da noite, sempre disposta a falar com os
amigos», é assim que Armando Costa apresenta
o seu estabelecimento. Recebe-nos entre a con-
fecção de uns calções para um universitário e
as breves visitas dos amigos que por ali pas-
sam. Apesar de o alfaiate forjanense ter tido o
cuidado em marcar a entrevista para «a hora
mais calma», este convívio é
inevitável, regular e bem-
vindo.
«Sou o último alfaiate de
Forjães. Quando comecei, ha-
via muitos, uns cinco ou seis, e
trabalho para todos». Se há 50
anos atrás, fazia cerca de 200 fatos por ano, a
vinte escudos cada, actualmente fica-se pelos
20, devido à difusão dos prontos-a-vestir. Con-
tudo, no ano que passou, o número de pedidos
aumentou para mais do dobro, devido à divul-
gação na televisão e jornais: «A TVI esteve cá.
As pessoas viram e vieram do Alto Minho».
Armando Costa, agora com quase 79 anos,
começou a aprender a arte da alfaiataria com
o pai aos 12 anos, na mesma oficina onde hoje
ainda se mantém. Ganhou gosto à profissão,
tendo, para isso, contribuído muito a camara-
dagem que vivenciou entre todos os alfaiates:
«Conversávamos, trocávamos impressões e,
quando necessário, dispensávamos trabalho uns
aos outros».
Por detrás da máquina de costura onde se senta
para trabalhar, existe uma mesa repleta de revistas.
«Fora as coisas das festas de Sta. Marinha, são to-
das revistas de moda, para me manter actuali-
zado». Para isso, quando andava na casa dos trinta,
foi a Paris, por duas vezes, ver os desfiles da Feira
Internacional de Moda e as Galerias Lafayette. Ao
contrário dos chineses e coreanos que fotografa-
vam tudo, o forjanense tinha
uma boa capacidade de fixa-
ção: «Olhava e, quando regres-
sava, passava os modelos para
o papel».
O terceiro mais novo dos últi-
mos 150 alfaiates portugueses,
pai de seis filhos, diz não ter pena que a nenhum
deles tenha passado o ofício, até porque sabe que,
inevitavelmente, este acabará. Preferiu que os filhos
apostassem na formação e fossem para a Uni-
versidade. Para lhes dar essa oportunidade teve
que aproveitar bem a profissão: «Nunca me deitei
no mesmo dia». Ainda hoje assim é, mas para
manter o vício da leitura. Na oficina de Armando
Costa não se unem só as mangas ao corpo do
casaco, unem-se pessoas. «Clientes e amigos
desabafam coisas que nem imaginava», revela.
«Veio cá uma pessoa a chorar, tentei falar com ela,
mas não me disse nada. Dei-lhe um abraço bem
apertado», porque um abraço também aquece.
O único alfaiate de Forjães
não une apenas
mangas ao corpo do casaco,
mas também pessoas
Anabela Moreira
Luís
Pedro
Rib
eir
o