revista adventista_nov 2011

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Exemplar Avulso: R$ 3,00 – Assinatura: R$ 36,00 22 Consolo para os que choram Histórias de adventistas que lidaram com o luto e a importância da fé na recuperação 12 Glória eterna Saiba como será a vida dos salvos após a parousia 19 Fidelidade recompensada Testemunho de um violinista que prega por meio da música

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Adventista.Revista . Novembro • 2011

Aproxima-se o dia em que a morte e o sofrimento serão banidos para sempre

Esperança além-túmulo

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22 Consolo para os que choram

Histórias de adventistas que lidaram com o luto e a importância da fé na recuperação

12 Glória eterna

Saiba como será a vida dos salvos após a parousia

19 Fidelidade recompensada

Testemunho de um violinista que prega por meio da música

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Na trilha dos pioneiros

Não importa a nossa origem, você e eu fomos chamados para ser súditos do Rei dos reis

Erguida na encosta de uma colina, no município de Rolante, RS, a Igreja Adventista da

Fazenda Passos é símbolo de um pioneirismo que merece ser relembrado. Atrás do antigo templo, há um cemitério cujas sepulturas estão voltadas

para o leste. Ali repousam homens e mulheres que viveram para servir e aguardam a “manhã radiosa, o bendito alvorecer, quando as mágoas e tristezas

desta vida” serão esquecidas para sempre.

No dia 8 de outubro deste ano, tive o pri-vilégio de visitar a igreja da Fazenda Passos. Ao sair do carro, ouvi hinos gravados por uma antiga formação do quarteto Arautos do Rei. As vozes eram de pessoas conheci-das: Joel Sarli, Luís Mota, Samuel Campos e Henry Feyerabend. Em frente ao amplo auditório construído perto da antiga igreja, lindas meninas, com o uniforme dos des-bravadores, davam boas-vindas aos visitan-tes e lhes entregavam um adesivo referente à XVI Festa dos Pioneiros. As pessoas vi-

nham de sítios vizinhos, bem como de Taquara, Campestre, Santo Antônio da Patrulha, Cantagalo, Porto Alegre e outros lugares.

O pastor Edson Erthal de Medeiros, diretor fi-nanceiro da CPB, recapitulou a Lição da Escola Sabatina. O sermão, intitulado “Nos Passos dos Pioneiros”, foi proferido pelo autor destas linhas. À tarde, após delicioso almoço na fazenda dos ir-mãos Isack e Paulo dos Reis (muito obrigado, irmãs Aida e Helena), retornamos ao local das reuniões. Na sinuosa estrada de terra, passamos por alguns irmãos que, usando roupas típicas, montavam vis-tosos alazões. O programa da tarde focalizou a

vida e o exemplo dos pioneiros da CPB, no tempo em que a editora estava localizada em Taquari, RS, onde foi impresso o pri-meiro livro em língua portuguesa: A Vinda

Gloriosa de Cristo (fevereiro de 1907). O Quar-teto Ônix, de Novo Hamburgo, o coral infantil e um conjunto masculino da igreja local louvaram a Deus com belas músicas.

A igreja de Rolante já deu ao País mais de duas centenas de obreiros e líderes. Os pioneiros forjados ali não mediram sacrifício para pregar a mensagem adventista. Os membros da igreja de hoje têm o pas-sado como parâmetro e olham com esperança para o futuro. Todos creem que, no dia da ressurreição, aquela colina será iluminada pela glória do Rei dos reis, de quem José Amador será súdito eternamente.

De que lado você e eu estaremos no “bendito al-vorecer”? Uma parábola proferida por Jesus afirma que uns serão levados e outros, deixados (Mt 24:41). Os que forem deixados serão ressuscitados mil anos depois. Para esses, não haverá “manhã radiosa”!

RubENs LEssA é editor da

Revista Adventista.

rubens.lessa@ cpb.com.br

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À direita da alameda central, vê-se a sepultura do primeiro pastor adventista brasileiro, José Ama-dor dos Reis. Ao lado está o túmulo da esposa dele, Amélia Ritter dos Reis. José Amador nasceu em Ro-lante, no dia 15 de novembro de 1891, e foi batizado em 1904. Em 1920, foi ordenado ao ministério pas-toral. Trabalhou incansavelmente pela causa do evangelho no Rio Grande do Sul e na cidade de São Paulo, vindo a falecer prematuramente em 1935, na sua terra natal. Horas antes de descansar em Cristo, pediu a alguns irmãos que lessem textos bíblicos e cantassem o hino 149 do Hinário Adventista: “Es-pero a Manhã Radiosa”.

No mesmo cemitério, outros pioneiros aguardam o “bendito alvorecer”. Em cada lápide, um nome e uma foto. São lembranças das famílias Passos, Reis, Mendes, Azevedo, Kuhn, Marquart, Souza, Oli-veira, Köhler. Conheci algumas dessas pessoas, como Vilibaldo e Sueli Oliveira, Ivo e Ivone Souza. Em 1973, quando comecei a trabalhar na Casa Publicadora Bra-sileira (CPB), senti forte emoção ao editar um texto escrito pelo pastor Anísio Chagas, informando a trá-gica morte do pastor Ivo Souza, da esposa e três filhos, num acidente ocorrido entre Camboriú e Itajaí, no Es-tado de Santa Catarina. (Ver RA-maio de 1973, p. 23.) Também perdeu a vida a jovem Neli Marine, que tra-balhava para a família Souza. Seis sepulturas, uma ao lado da outra. Dois dias antes da tragédia, o pastor Ivo pregou poderoso sermão, tendo como tribuna o ve-lho púlpito usado por José Amador dos Reis.

Editorial Rubens Lessa

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Esperança além-túmuloDor, luto e morte estão com os dias contados, pois a manhã radiosa está chegando.

Nerivan Silva

Da parousia à glóriaA glorificação dos salvos vai libertá-los da presença do pecado, descortinando para eles um mundo perfeito e eterno.

Márcio Nastrini

Zafenate-Paneia, um sonhadorVida de um homem que, embora tenha provado o cálice da traição e inveja, não alimentou rancor nem desejo de vingança.

José Ricardo de Abreu

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seções 2 Editorial 3 Cartas 4 Mensagem Pastoral 6 Entrevista 17 Boa Pergunta 18 Espaço Jovem 20 Ministério da Criança 21 Notícias 38 Reflexões

Dê sua opinião: Como deve ser a igreja, para que as pessoas tenham a alegria de frequentar todas as reuniões e participar das atividades missionárias?

A escolha das mensagens musicais para as reuniões da igreja deve ser feita apenas pelos cantores ou instrumentistas? Qual é o papel do pastor, do ancião e da comissão de música nesse sentido?

A música exerce papel importan-tíssimo em nossas reuniões. Diz o Manual da Igreja:

“A igreja tomará grande cuidado na seleção dos líderes da música, es-colhendo apenas aqueles que são in-teiramente consagrados e que pro-vejam música adequada para todos os cultos e reuniões da igreja. Mú-sica secular ou de natureza duvido-sa nunca deve ser introduzida em nossos cultos.

“Os diretores de música devem trabalhar lado a lado com o pastor ou com os anciãos a fim de que as músicas selecionadas estejam rela-cionadas com o tema do sermão. Eles estarão sob a direção do pas-tor ou dos anciãos e não trabalha-rão de forma independente. Deve-rão aconselhar-se com eles sobre a música que será apresentada e so-bre os cantores e músicos” (p. 97).

A música é uma espada de dois gumes. Segundo Ellen G. White, a música “eleva os pensamentos para o que é puro, nobre e edifi-cante”, mas há pessoas que usam o dom da música “para exaltar a si

mesmas, em vez de usá-lo para glo-rificar a Deus” (Mensagens aos Jo-vens, p. 293).

Quando empregada de forma in-correta, a música é como veneno de serpente e contribui para nos afas-tar de Deus.

Maicon Nunes do Espírito SantoNova Iguaçu, RJ

Nota da Redação: Quanto à esco-lha dos músicos, o Manual da Igre-ja prescreve: “A música sacra é uma parte importante do culto público. A igreja deve exercer cuidado ao es-colher os membros do coral e outros músicos para que representem cor-retamente os princípios da igreja. [...] Por ocuparem um lugar de des-taque nos cultos da igreja, devem ser exemplos de modéstia e decoro em sua aparência e no vestuário” (p. 97).

CARtAs

InspiraçãoPor alguma razão, fiquei sem re-

ceber a querida Revista Adventista por alguns meses, mas, quando chegaram os números atrasados, o impacto foi muito grande em minha mente.

Gostei das mensagens do pastor Erton Köhler orientando a igreja na Divisão Sul-Americana. Também foi inspiradora a reportagem sobre o encontro de 4 mil pastores em Foz do Iguaçu. Algo inédito no mundo!

A edição sobre a necessidade de reavivamento e reforma foi muito oportuna, pois vivemos nos últimos dias da história deste planeta. Que-ro destacar ainda a importância da

publicação de artigos sobre a Trin-dade, com ênfase na atuação do Es-pírito Santo na vida do crente e dos membros em geral, para a termina-ção da pregação do evangelho.

Léo RanzolinEstero, Flórida, EUA

FundamentosSou leitor assíduo da Revista

Adventista.Apreciei muito o artigo “Pilar da

mensagem adventista” (RA-setem-bro), o qual esclarece, com profun-didade, os fundamentos do passa-do, do presente e do futuro da igreja.

Isaac P. CardosoItapira, SP

DivindadeParabenizo Matheus Cardoso

pelo excelente artigo “Os pioneiros adventistas e a Trindade” (RA-agos-to). O texto é muito elucidativo, com-pleto e oportuno. A verdade da Pala-vra de Deus sempre deve ser procla-mada dessa forma.

Ricardo Bonellopor e-mail

Religião teóricaTer religião teórica é pior do que

não ter religião. Quem não man-tém íntima comunhão com Deus não pode experimentar religião autêntica (“Religião sem máscara”, RA-outubro).

Valdete Bezerra por e-mail

Escreva para: Revista Adventista “O Leitor Opina”: Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP, ou [email protected]

As cartas publicadas não representam necessariamente o pensamento da Revista.

O Leitor Opina

Nº 1242 Novembro, 2011 Ano 106

www.revistaadventista.com.br

Pu bli ca ção Men sal – ISSN 1981-1462

Órgão Ge ral da Igre ja Ad ven tis ta do Sé ti mo Dia no Bra sil. De di ca do à Pro cla ma ção da “Fé que uma vez foi

en tre gue aos san tos”.

“Aqui está a pa ciên cia dos san tos: Aqui es tão os que guar dam os man da men tos de Deus e a fé de Je sus.”

Apoc. 14:12.

E di torRu bens S. Les sa

E di to res As so cia dosMárcio Dias Guarda, Paulo Roberto Pinheiro,

Marcos De Benedicto, Sueli Oliveira, Lícius Lindquist, Michelson Borges, Francisco Lemos, Zinaldo Santos, Ivacy F. Oliveira, Diogo Cavalcanti, Guilherme Silva,

André Oliveira Santos, Márcio Nastrini, Nerivan Silva, Neila D. Oliveira, Wendel Lima, Adriana Teixeira

e Odiléia O. Lindquist.

Co la bo ra do resTed Wilson, Erton Köhler, Magdiel Pérez, Marlon Lopes,

Edson Rosa, Domingos José de Souza, Geovani Souto Queiroz, Gilmar Zahn, Helder Roger Cavalcante Silva, Leonino Santiago, Marlinton Lopes e Maurício Lima.

Chefe de ArteMarcelo de Souza

Designers GráficosLevi Gruber e Éfeso Granieri

Imagem da Capa Jo Card

CA SA PU BLI CA DO RA BRA SI LEI RAEdi to ra dos Adventistas do Sétimo Dia

Ro do via Es ta dual SP 127 – km 106Cai xa Pos tal 34; CEP 18270-970 – Ta tuí, São Paulo

Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900

SERvIçO DE ATENDIMENTO AO CLIENTELIGuE GRáTIS: 0800 9790606

Segunda a quinta, das 8h às 20hSexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

Diretor Ge ralJosé Carlos de Lima

Diretor FinanceiroEdson Erthal de Medeiros

Re da tor-Che feRu bens S. Les sa

Ge ren te de ProduçãoReisner Martins

Ge ren te de Ven dasJoão vicente Pereyra

Chefe de Ex pe di çãoEduardo G. da Luz

As no tí cias para a re vis ta do mês se guin te de vem es tar na Re da ção até o dia 10. Não se de vol vem ori gi nais,

mes mo não pu bli ca dos.

E xem plar Avul so: R$ 3,00. Assinatura: R$ 36,00.

Nú me ros atra sa dos: Pre ço da úl ti ma edi ção. A Edi to ra só se res pon sa bi li za pe las as si na tu ras an ga ria das por

re pre sen tan tes do SELS – Ser vi ço Edu ca cio nal Lar e Saú de.

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

5477/25417Ti ra gem: 25.000

Em dezembro

• Os magos e a

Estrela de Belém

• Queremos ver Jesus

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Maranata

A combinação de sinais internos e externos mostra que Jesus logo voltará

se fôssemos escolher uma única palavra para expressar e representar bem nossa esperança, essa palavra seria “maranata”

– “O Senhor vem!”

vai durar mais de 60 ou 100 anos. Podemos ver esse quadro na rápida desertificação do solo, no aumento da temperatura, no efeito estufa, no derretimento da calota polar, no aumento do nível dos oceanos, nos frequen-tes e violentos terremotos, tempestades e

inundações. Ao olharmos para a completa deses-truturação da família e a banalização da sexuali-dade, vemos que a moral também está em colapso. A desonestidade chegou ao limite e parece que não conseguimos confiar em mais ninguém. A violên-cia também se multiplica de forma impressionante.

Essa lista poderia ser ainda maior, mas a clara sensação que temos é de que chegamos ao limite.

Por outro lado, o Espírito Santo está atuando na igreja de maneira impressionante e nunca vista antes, e como Ellen G. White profetizou com fre-quência. Em 2012, somente no território da Divisão Sul-Americana serão distribuídos mais de 50 mi-lhões de exemplares do livro missionário A Grande Esperança (uma compilação de 11 capítulos do livro O Grande Conflito). No mundo todo serão 166 mi-lhões de livros. Você já sonhou ou imaginou algo pa-recido? Em 2011, mais de 40 mil jovens doaram suas férias para fazer evangelismo, plantar novas igrejas e levar pessoas ao batismo. Devemos terminar este ano com duas mil novas igrejas estabelecidas, en-quanto nossa média anual, até o ano passado, era de 500 a 600. Estamos chegando a 70 mil peque-nos grupos, significando que já temos um pequeno

grupo para cada 30 membros. A Jornada Espiritual, que nos convoca a dedicar a Deus a primeira hora de cada dia, já tem mais de um milhão de membros envolvidos.

A TV, rádio e internet estão fazendo uma verdadeira revolução na conquista de pessoas para Jesus. O nú-mero de cidades com TV em canal aberto cresce a uma velocidade acima de nossas melhores expecta-tivas. Esses são apenas alguns milagres que você pre-cisa conhecer. Não são obras de homens.

Hoje, podemos dizer com muito mais entu-siasmo: “Maranata, o Senhor logo vem!” Estamos muito perto disso. Precisamos unir nossas mãos, não permitindo que o inimigo nos traga divisão nem discórdia. Ao mesmo tempo, devemos man-ter firme a visão de que precisamos crescer em co-munhão, através da busca diária por reavivamento e reforma, e também no cumprimento da missão, aproveitando todas as oportunidades para anunciar nossa esperança.

ERtON KÖhLER é presidente

da Divisão Sul-Americana.

Anse

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Ela tem exercido forte influência sobre minha fa-mília, pois constitui a única mensagem colocada so-bre o túmulo dos meus avós. Não há nenhuma frase bonita ou poética, mas apenas “maranata”.

Minha ligação pessoal com essa palavra também é muito forte. Até hoje termino as mensagens que es-crevo registrando: “maranata”. Por muitos anos, atuei no departamento do Ministério Jovem. Ali aprendi a valorizar ainda mais essa palavra preciosa. Nossos jovens falam, cantam e se saúdam dizendo: “Mara-nata, o Senhor logo vem!” Eles ainda gesticulam, com a mão direita levantada à altura do pescoço e com quatro dedos estendidos. Essa posição de honra re-presenta os quatro “As” de maranata, as quais re-cordam nossas quatro atitudes em relação à volta de Jesus: amar, aguardar, anunciar e apressar.

Convivendo de maneira tão intensa com essa palavra, tenho perguntado a mim mesmo: Quanto tempo ainda falta para que se torne realidade não apenas seu significado, mas nossa grande esperança?

Lendo Mateus 24 (o capítulo da segunda vinda), fica claro que precisa haver uma combinação de si-nais para que esse dia possa chegar. Nos versos 4 a 13, Jesus apresenta um mundo em profunda crise e,

no verso 14, um povo fortemente envolvido na pre-gação da segunda vinda a todo o mundo. É a com-binação desses sinais internos e externos, gerais e iminentes, que indicará a chegada de nossa grande esperança.

Olhando para o mundo de hoje, vejo claramente essa combinação. Analisando a história recente da igreja, fica claro que isso nunca aconteceu antes. Você já sabe o que isso significa. Observe como o mundo está caindo violentamente, enquanto a igreja está se levantando poderosamente. Agora, os dois sinais estão ocorrendo juntos.

Ao observar a situação do mundo, parece que a crise chegou ao limite e ninguém consegue encon-trar uma solução humana. O planeta está em co-lapso e muitos cientistas dizem que o mundo não

Mensagem Pastoral Erton Köhler

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Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Novembro • [email protected]

30 Ações sociais e concurso bíblico marcam o Dia Mundial do Jovem Adventista

31 Ministério emergente: Igreja promove atividades específicas para idosos

35 Caravanas missionárias alcançam milhares de pessoas no PR, ES e MT

28 Igrejas, escolas e famílias trabalham juntas em favor do Batismo da Primavera

De casa em casaO entusiasmo dos adventistas com

a campanha de distribuição do livro A Grande Esperança tem levado muitas sedes administrativas a aceitar o desafio de entregar um exemplar do livro missio-nário em cada lar de sua região. Para que isso aconteça, os fiéis têm colocado a mão no bolso e na massa, e os escritórios têm se organizado logisticamente para alcan-çar casa por casa e potencializar o efeito evangelístico da mobilização.

Nesta edição, você confere uma repor-tagem especial sobre as principais estra-tégias de cada região. Os planos para a campanha são vários: entregar parte dos livros no Dia de Finados e no Natal; mo-bilizar os jovens para enviar milhares de livros digitais pela internet; mapear e mo-nitorar a entrega através de um sistema online; estimular a leitura do livro entre os adventistas; entregar uma edição de luxo do livro O Grande Conflito para au-toridades e distribuir milhões de exem-plares no dia 24 de março. Págs. 25 a 27

Quem dorme, acorda

Apesar de o homem conviver há milênios com a morte, a humanidade ainda não se acostumou com a ideia de que a vida tem fim. Uma prova disso é que, em 2010, cerca de 2 milhões de pessoas visitaram os 22 cemitérios municipais da cidade de São Paulo. Todo ano, no Dia de Finados, mul-tidões como essa tentam preencher o vazio deixado pela ausência da pessoa amada.

A inconformidade com a morte é natural para o ser humano. Também pudera, não fomos criados para isso! Entre os adventistas, porém, esse sentimento é mais forte. Temos uma clara visão de que o homem é um ser integral, portanto, não dividido em corpo e alma. Acreditamos que a morte não é uma passagem, nem o ponto final, mas um sono. E aqui reside nossa esperança: todos que dormem, acordam! Cremos também que a recompensa boa ou má para os mortos não é imediata, porque está acontecendo um juízo investigativo pré-advento. E por fim, como nenhum outro povo, esperamos a breve volta de Cristo, quando receberemos a imortalidade e reencontraremos nossos queridos.

No entanto, essa tremenda es-perança não impede que lágrimas sejam derramadas hoje. Como qual-quer pessoa, o cristão precisa pas-sar pelo completo processo do luto, para que sua recuperação seja plena. E foi por isso que os formandos em Jornalismo do Unasp, Keythe Ta-vares e Robson Fonseca, contaram como alguns adventistas lidaram com a morte de queridos e que im-portância a fé teve nesse contexto. Essa reportagem faz parte da ava-liação desses dois alunos do nosso programa de trainee, em parceria com o Unasp, a sede sul- ameri-cana da Igreja Adventista e a Rede Novo Tempo. Eles estrearam bem, num tema que exige sensibilidade – Wendel Lima Págs. 22 a 24

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Keythe Tavares e Robson Fonseca

Colaboradores

Os pais do músico e publicitário Felipe Benfenatti estavam distri-buindo Bíblias na cidade de Car-mo do Cajuru, MG, quando uma carreta estacionada perdeu o freio e atingiu os dois. A notícia foi dada por um amigo através de uma liga-ção. “Por mais que seja óbvio, você nunca imagina que isso pode acon-tecer com você”, diz o publicitário.

Mesmo tendo esperança de vê-los novamente, Benfenatti re-conhece que a dor insiste e o va-zio permanece. “Eu sei que Deus conforta, mas uma das grandes lições que eu estou aprendendo nesse momento é que o vazio fica e só a esperança me ajuda a ficar em pé”, revela.

Intensidade do trauma – A morte é uma das experiências mais traumáticas que uma pessoa pode experimentar. É verdade que cada pessoa reage de acordo com sua história de vida e experiências, porém, o impacto da perda está re-lacionado principalmente a dois fatores: o tipo de morte e o nível de intimidade com o falecido.

Segundo o pastor e psicólogo Noel Costa, doutor em Psicolo-gia Clínica pela USP e professor de Psicologia do Unasp, quando a morte é resultado do envelheci-mento, que é um ciclo natural da vida, a perda geralmente é supera-da com mais facilidade. O mesmo acontece em casos em que a mor-te ocorre por adoecimento gra-dual, porque o processo permite

aos que estão em volta aceitá-la como forma de alívio para o so-frimento do enfermo. Noel decla-ra: “As perdas consideradas mais traumáticas são as decorrentes de adoecimento repentino, aciden-tes trágicos e desastres naturais.”

A pesquisa realizada pela psi-cóloga Valéria Tinoco, membro do Laboratório de Estudo e Inter-venções sobre o Luto (PUC-SP) e cofundadora do 4 Estações (ins-tituto de suporte psicológico para situações de lutos e perdas), con-firma a posição do professor Noel. Com base em 200 entrevistas, o estudo mostra que 24% das pes-soas cujos parentes morreram depois de um longo período de doença manifestaram reações de inconformismo. Enquanto que entre os que não tiveram tempo de se preparar para a perda, o ín-dice subiu para 41%. A pesqui-sa foi publicada no livro Estudos Avançados Sobre o Luto e teve fi-nanciamento da Fapesp.

Outro fator importante nes-se contexto é a importância do tipo de vínculo mantido com o falecido. “O indivíduo precisa aprender a viver sem a pessoa que morreu. É um processo de transformação trabalhoso que envolve todas as áreas da vida”,

explica Luciana Mazorra, colega de pesquisa de Valéria no labora-tório da PUC-SP e no instituto. Ela vê o luto como um método de elaboração e assimilação emo-cional e psíquica da perda.

O sofrimento e a fé – A mor-te é consequência do pecado (Rm 6:23) e acompanha a huma-nidade há milênios. No entanto, apesar de fazer parte de nossa re-alidade há tanto tempo, o ser hu-mano ainda não sabe como lidar com ela. Na Bíblia, existem várias histórias de como as perdas e a morte afetam o homem. A experi-ência de Jó é uma das mais impres-sionantes. Ele é tido pela maioria dos cristãos como um exemplo de confiança nas promessas de Deus.

É verdade também que a ex-periência de Jó demonstra que mesmo confiando em Deus, há momentos em que o sofrimento parece insuportável e é natural se sentir só e desamparado. Até mes-mo Jesus na hora da morte gritou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46). Porém, assim como Cristo, Jó con-tinuou confiando em Deus e ao ler os últimos capítulos do livro que conta sua história, pode-se ter a certeza de que ele não estava só.

De frente com nossomaior medo

O drama dos adventistas que lidaram com o luto e as lições de como consolar os que choram

CompoRtAmento

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Pastor Ranieri Sales: ter uma religião e acreditar em um propósito maior muda a maneira como o indivíduo reage ao luto

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Nem sempre é e será possível entender o motivo da morte e do sofrimento, mas ao longo da Bíblia há inúmeras promessas e exemplos de que Deus não aban-dona Seus filhos em meio às di-ficuldades. “O luto pela perda de uma pessoa amada acontece, mes-mo para quem acredita na ressur-reição, mas quando essa crença é real, o luto se transforma em espe-rança”, acredita o pastor da Igre-ja do Unasp, campus Engenheiro Coelho, Ranieri Sales.

Para Ranieri, ter uma religião e acreditar em um propósito maior muda a maneira como o indiví-duo reage à morte: “Saber que existe Alguém maior que ela, que controla tudo no Universo, deixa a pessoa mais tranquila e ela acei-ta mais facilmente o que aconte-ceu.” Além disso, o pastor lembra que alguém nunca enfrentará

uma tentação ou provação maior do que pode supor-tar (1Co 10:13).

A diferença – Vivian Pessanha, 22 anos, viu sua mãe adoecer e falecer em apenas cinco dias. De fa-mília adventista, Vivian afirma que em nenhum momento perguntou por que Deus tinha permiti-do a morte de sua mãe. Além de lidar com a per-da, ela precisou ser forte para continuar sua facul-dade e cuidar da irmã mais nova. “Chorei muito e ain-da choro. Mas eu entendo que Deus tinha um plano para ela”, confessa.

Vivian fala que ser adventis-ta faz toda a diferença, porque ela entende que sua mãe só está dormindo e sabe que não vai po-der falar com ela agora, mas que vai encontrá-la um dia. “Antes de minha mãe morrer, meu pai per-guntou-lhe se ela estava com Deus no coração, e ela disse que esta-va. Então isso, para nós que espe-ramos a manhã da ressurreição, é um conforto, porque sabemos que ela verdadeiramente descan-sou no Senhor”, assegura.

Sete meses depois da perda da mãe, Vivian afirma sentir muita saudade e diz sofrer por pensar que ela não estará em momentos importantes de sua vida, como a formatura e o casamento. Mas re-plica: “Se Deus permitiu, é porque Ele sabia que eu iria dar conta. Eu sinto saudade, mas em nenhum momento me sinto sozinha. Eu te-nho a certeza de que ela está salva e que vou vê-la.”

Efeitos – Apesar de ser um processo doloroso, o luto não deve ser negado, e sim vivenciado de manei-ra completa, porque esse é o único caminho de supe-ração da perda. É impor-tante também que o en-lutado converse sobre o que aconteceu e participe dos rituais que envolvem a

morte, como o velório e o sepul-tamento, tendo assim a oportu-nidade de se “despedir” da pes-soa que morreu.

Nesse período, segundo o pro-fessor Noel Costa, é possível que o enlutado apresente alguns sin-tomas físicos, como “falta de ar, insônia, dores no estômago, fal-ta de apetite e aperto no peito”. Além disso, o choro ou ausência dele pode representar sentimen-tos de raiva, desamparo, solidão e angústia. Esses momentos de tristeza aguda tendem a diminuir com o passar do tempo, podendo acontecer futuras recaídas, geral-mente em datas ou diante de fatos que lembrem a morte da pessoa amada.

Revolta e depressão – A per-da do pai há dois anos, fez com que a estudante Thayse Siqueira, 23 anos, se questionasse quanto à justiça de Deus. “No início fiquei revoltada porque, afinal de con-tas, era meu pai. Então questionei a Deus perguntando por que isso estava acontecendo já que somos cristãos?”, relata. Seu sentimen-to de revolta foi passando com o tempo, conforme ela pensava na promessa do Céu e do reencon-tro com o pai.

Já para dona Neusa Souza, 77 anos, a recuperação foi mais dra-mática. Após 46 anos de casamen-to, ela se viu novamente sozinha. A morte do esposo levou a aposen-tada a uma profunda depressão que durou cinco anos. “Eu só tinha von-tade de deitar e mais nada. Até ou-

vir os passarinhos me incomodava, olhava o sol e para mim ele tinha uma cor diferente”, relembra.

Ela teve mais forças para reco-meçar quando acompanhou sua filha mais velha na mudança para o Mato Grosso. Lá, conheceu lu-gares, pessoas e igrejas diferen-tes, e foi melhorando aos poucos. Depois de algum tempo, ao voltar para casa, estava triste pela dis-tância da filha, mas não depres-siva. Aos poucos, a tristeza foi dando lugar à esperança. “Eu não sei quando Jesus vai me chamar, mas eu quero encontrar com meu marido nos ares. Que Cristo nos dê forças para o preparo!”, excla-ma, mostrando confiança.

Caixa de ressonância – Vale explicar que o luto tem um ciclo. Segundo o professor Noel Costa, isso se dá em cinco estágios: ne-gação, raiva, negociação, depres-são e aceitação (ver box). Por isso, é importante que as pessoas pró-ximas deixem o enlutado expres-sar seus sentimentos e passar por essas fases. “Os familiares, amigos e a comunidade religiosa devem fazer o papel de ser uma caixa de ressonância, ou seja, ouvir e dei-xar que a pessoa manifeste aquilo que está sentindo”, orienta Noel.

Além disso, os amigos e fa-miliares devem poupar a pessoa de qualquer sentimento de cul-pa ou desesperança. “Elas preci-sam auxiliar essa pessoa a crer e confiar, mas de uma maneira positiva, sem qualquer condena-ção”, explica.

Thayse Siqueira, 23 anos: a revolta deu lugar à fé na promessa

Neusa Souza, 77 anos, perdeu o esposo com quem viveu 46 anos. Deu a volta por cima depois de cinco anos de depressão. De modo geral, os enlutados passam por um ciclo de recuperação

Pastor e psicólogo Noel Costa: a família, os amigos e a igreja devem ser como uma caixa de ressonância, ou seja, ouvir e deixar que o enlutado manifeste o que está sentindo

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Problemas posteriores podem ter aqueles que não vivenciaram o luto. Isso normalmente acon-tece em uma situação trágica, em que alguém precisa tomar a frente e fazer o papel de pacifi-cador. “É como se essas pessoas ficassem temporariamente anes-tesiadas. Por geralmente não ma-nifestarem suas emoções, podem até ser consideradas pessoas frias. Mas, de alguma forma, elas estão tentando sobreviver àquilo e au-xiliar para que outros sobrevivam também”, argumenta Noel.

Passado o primeiro momento, essas pessoas são as que mais pre-cisam de apoio. O não vivencia-mento do luto pode gerar alguns danos, que afetam não apenas a mente, mas o corpo. É quando do-res de cabeça, no estômago e nas regiões lombar e cervical podem se manifestar.

Superação em três atos – Foi em um acidente de carro, no pri-meiro dia de um semestre letivo, que o pastor Emilson dos Reis per-deu seu filho de 18 anos. A morte

súbita do jovem aluno do curso de Teologia foi o mais difícil para a família. “O sentimento de perda é muito grande. Eu sentia como se viessem grandes ondas frias que invadiam minha alma”, lembra o coordenador do curso de Teologia do Unasp, que também foi profes-sor do filho no seminário.

Para o pastor Emilson, três con-vicções foram fundamentais para superar o luto. A primeira foi sua crença sobre quem a Bíblia revela ser Deus. “Quando conhecemos quem é Deus, Seus atributos, isso ajuda em toda a nossa vida. Deus é todo-poderoso, Ele podia ter evitado isso, mas se deixou acon-tecer, Ele tem algum propósito”, explica.

A segunda foi a leitura do li-vro bíblico de Jó. “A experiência de Jó foi uma grande bênção na minha vida. Se Jó enfrentou uma situação tão terrível como perder todos seus filhos em um único momento, Deus pode me forta-lecer para vencer a perda de um ente querido”, afirma. O terceiro ponto foi a fé nas promessas da

segunda vinda de Cristo e na res-surreição dos mortos. “Como meu filho amava e servia a Deus, eu e minha família não temos dúvida de que vamos revê-lo”, assegura.

Ministério da restauração – Nessa fase difícil, o apoio da igre-ja pode ser fundamental. Por isso, há quatro anos, na Igreja Adven-tista Nova Semente, em São Pau-lo, existe o Ministério da Restau-ração. O projeto atende famílias que estão passando por um mo-mento delicado, como uma perda ou doença. O grupo leva palavras de conforto e uma mensagem de esperança para pacientes termi-nais em hospitais e para famílias enlutadas em velórios.

Um dos diretores do projeto, Silvino Guimarães Júnior, acre-dita que esta é uma oportunidade para se falar das crenças adventis-tas. “Em diversas situações, des-pertamos o interesse de pessoas em conhecer nossa comunidade, o que nos é muito recompensa-dor”, relata. “Buscamos demons-trar nossa certeza da maravilhosa volta de Jesus, através das conver-sas com os familiares e especial-mente na oração que fazemos junto a todos”, conta Frederi-co Hoffmann, outro diretor do ministério.

Propósito maior – Mesmo tendo perdido os pais de forma trágica, Felipe Benfenatti acredi-ta que Deus tem um propósito até mesmo para as perdas. Dois dias após a tragédia, ele se encontrou com o motorista da carreta que causou o acidente. O homem es-tava apavorado e se sentia tão cul-pado que, desde o ocorrido, estava

sem comer e havia até pensado em tirar a própria vida.

No encontro, ao invés de ouvir xingamentos ou ofensas, o homem foi surpreendido com o perdão e um presente. “Eu dei para ele uma das Bíblias que meu pai levava no momento do acidente”, conta. Dessa forma, a tragédia se tornou numa oportunidade para o moto-rista conhecer a Palavra de Deus.

De acordo com Benfenatti, Deus permite que algumas coisas aconteçam para que propósitos maiores se realizem. “Eu me per-guntei no dia seguinte: ‘será que Deus levaria a vida dos meus pais por causa de uma pessoa, um mo-torista?’”, questiona. “Então lem-brei que Jesus viria mesmo que fosse para morrer por apenas uma pessoa”, responde em seguida.

Benfenatti também descobriu que a dor causada pela morte de um querido pode ser reverti-da na reafirmação de convicções. Todos os dias quando acorda, o jovem pensa no alvo que estabele-ceu para si de fazer o melhor para reencontrar seus pais. “Falta pou-co. Eles vão estar no Céu, então nós vamos fazer o possível para estar lá com eles”, garante.

Para os adventistas, a última solução para o luto é a ressurrei-ção dos justos e a restauração ple-na deste planeta. Enquanto isso não acontece, resta a cada cris-tão que vivencia a dor da perda a esperança que reside na metá-fora usada por Jesus para expli-car a morte. Para a felicidade dos que creem, Cristo não comparou a morte ao ponto final ou ao fim da linha, mas ao sono, porque to-dos os que dormem, acordam! (Jo 11: 11-14, 25).

Pastor Emilson dos Reis encontrou esperança na certeza do poder e bondade de Deus e na superação do patriarca Jó. Um de seus filhos morreu aos 18 anos

Frederico Hoffmann e Silvino Guimarães Jr., líderes do ministério da restauração. Apoio aos doentes e famílias enlutadas

Os cinco estágios do luto(1) Negação. No início do luto, a pessoa se sente atordoada e começa

a negar a perda, usando frases como “isto não pode estar acontecendo”. Em uma tentativa de manter consigo quem se perdeu, chega a falar como se a pessoa ainda estivesse presente.

(2) Raiva. Nesse estágio, há uma mistura de emoções, como raiva, de-pressão, tristeza e desesperança. É comum que o enlutado culpe outras pessoas e até mesmo a Deus.

(3) Negociação. Quem sofre não aceita que a morte não pode ser evitada. O enlutado passa a procurar causas e justificativas para a per-da, perguntando-se como Deus, outras pessoas ou ele mesmo poderia ter evitado aquilo.

(4) Depressão. O estado de agitação das fases da raiva e negociação é geralmente seguido por períodos de grande tristeza, isolamento e silêncio. O enlutado analisa tudo o que aconteceu e toma uma atitude.

(5) Aceitação. Com o tempo, a depressão chega ao fim e a mente bus-ca novos assuntos. O sentimento de perda nunca desaparece por comple-to, ficando a saudade. A pessoa percebe que é possível seguir em frente.

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Felipe LemosColaborador

Em tempos de tecnologia avançada, o livro distribuído em domicílio ainda exerce grande in-fluência na vida dos brasileiros. A Pesquisa sobre Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro, um levantamento detalhado rea-lizado pelas entidades que repre-sentam o segmento, mostrou que, entre 2009 e 2010, houve cresci-mento de 8,3% do número de li-vros vendidos no País.

Outro aspecto interessante diz respeito à distribuição de boa parte desses livros. Foi registrado um crescimento de 4,96% na co-mercialização de porta em porta.

Só para se ter uma ideia, em 2010, 56 milhões de exemplares foram vendidos em domicílio, 21,66% do total de vendas.

Ousadia – Esse crescente mer-cado é visto como uma oportuni-dade importante de evangelização pela Igreja Adventista na Améri-ca do Sul. Em 2012, pouco mais de dois milhões de adventistas do Equador ao Uruguai estão sendo desafiados a distribuir gratuita-mente 50 milhões de exemplares do livro A Grande Esperança, sen-do 39 milhões somente no Bra-sil e o restante em sete países de fala castelhana. Até 2013, o so-nho é maior ainda: 70 milhões de exemplares.

E não é uma iniciativa qualquer. Um dos livros mais vendidos no Brasil atualmente, segundo o ranking da Publishnews, chama- se Ágape, do padre Marcelo Rossi. Até agora foram vendidas mais de

6 milhões de cópias da obra. Essa tiragem é pelo menos oito vezes menor do que a encomenda geral de A Grande Esperança.

O pastor Erton Köhler, líder sul-americano dos adventistas, é o coordenador geral da mega dis-tribuição que, segundo ele, nunca foi empreendida pelos adventis-tas do continente até hoje. Para se ter uma ideia da dimensão da ousadia, o escritório mundial da Igreja Adventista planeja entre-gar mais de 166 milhões de cópias dessa seleção de capítulos da cé-lebre obra O Grande Conflito, de Ellen G. White. Os sul-americanos, portanto, estão responsáveis por quase metade do total de exem-plares a ser entregues no mundo.

Mobilização – A ideia de en-tregar um livro em cada casa, no sistema consagrado do porta em porta, empolga os líderes das regiões administrativas que já

fizeram planos audaciosos para literalmente espalhar o material por onde for possível. Em Suma-ré, SP, por exemplo, a sede admi-nistrativa da Igreja para a região central do Estado reuniu há pou-cos dias mais de 10 mil pessoas para o lançamento de um pro-jeto de entrega de 1,7 milhão de exemplares em 81 cidades da re-gião. “Nosso desafio não será ape-nas distribuir os livros, mas envol-ver a igreja em um grande projeto missionário”, afirmou o presiden-te da sede, pastor Oliveiros Fer-reira. Em média, os 26 mil adven-tistas desse território distribuirão 65 livros cada. Os membros já en-tregaram 200 mil livros na região.

Em outros cantos do Brasil, o in-teresse dos fiéis não foi diferente. Na cidade de Floresta, PR, próximo de Maringá, as 1.700 casas foram visitadas por 145 adolescentes e jo-vens da Região Sul. Por sua vez, no dia 24 de setembro, os membros

A salvação bate à portaAdventistas sul-americanos vão distribuir de casa em casa 50 milhões de livros em 2012.

Saiba como as sedes administrativas e osfiéis estão se preparando para esse desafio

publiCAções

Líderes desafiaram o auditório em SP. Pastor Erton: “Um livro em cada casa, e finalmente vamos para casa”

Igreja Central de Porto Alegre distribuiu 10 mil exemplares em uma manhã de sábado, no fim de setembro

No sul do Rio Grande do Sul, a entrega dos livros será monitorada através de um sistema online

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da Igreja Central de Porto Alegre acordaram mais cedo para parti-cipar de uma minivigília e distri-buir 10 mil livros na vizinhança do templo.

Na Faculdade Adventista da Amazônia (Faama), o mês de setem-bro foi encerrado com uma vigília jovem. Durante a programação, os estudantes enviaram 10 mil livros missionários na versão digital. Os organizadores ainda promoveram a leitura da obra e organizaram a có-pia manuscrita do livro.

Na avaliação do pastor Al-mir Marroni, líder do Ministério de Publicações para a Améri-ca do Sul, o projeto de distribui-ção deve resultar em pelo menos dois impactos. “Um interno e ou-tro externo. O externo ocorrerá em grandes e pequenas cidades em decorrência dos livros que en-trarão em 50 milhões de casas e

serão as mídias pelas quais Deus Se comunicará com aqueles que estão na babilônia espiritual, con-vidando-os a sair dela antes do fim. O interno acontecerá na Igre-ja à medida que cada membro par-ticipar do projeto, o que reavivará a chama missionária”, afirmou.

Disposição e fé – A motivação não é, no entanto, apenas institu-cional. Além dos pedidos de livros feitos pelos escritórios adminis-trativos e pelos próprios pastores, membros comuns também se sen-tiram impressionados pela cam-panha e fazem planos pessoais. É o caso de Marcelo Oliveira de Ma-galhães, 37 anos, que mora na Ca-pital paulista. Depois de servir como pastor por 12 anos em igre-jas evangélicas pentecostais, ele to-mou conhecimento do que consi-dera a “verdade completa da Bíblia

Sagrada” e foi batizado na Igreja Adventista. Marcelo e um amigo fizeram a encomenda de 30 mil li-vros A Grande Esperança para dis-tribuir na Zona Leste de São Paulo.

Eles adotaram uma estratégia diferenciada para garantir a en-trega dos exemplares. Farão con-tato com seus amigos pastores e membros de outras denominações religiosas com quem convivem há muito tempo. Magalhães reconhe-ce o conteúdo relevante da obra, de autoria de Ellen G. White, que tra-ta dos eventos finais do mundo à luz da Bíblia, especialmente dos livros de Apocalipse e Daniel. E espera que essa mensagem alcan-ce outras pessoas espiritualmente famintas, como ele foi alcançado há dois anos. “Milhares de pessoas passam diariamente pelos vários cultos que ocorrem nessas igre-jas onde antes frequentávamos. Queremos mostrar a elas a verda-de completa”, planeja.

O esforço financeiro de alguns chama a atenção. Na região do Vale do Paraíba, SP, vários pastores es-tão se organizando para não ape-nas fazer a doação individual de mil livros, mas de um salário integral também. Essa doação dos pastores e funcionários da sede administra-tiva regional será descontada em 20 vezes, ao longo de 2012 e 2013.

Ajuda da tecnologia – Em alguns lugares, a distribuição será cuidadosamente delineada com direito a uso de tecnologia. No sul do Rio Grande do Sul, por exem-

plo, um sistema online será usado para gerenciar toda a entrega dos livros. A nova ferramenta foi lançada em setembro durante um en-contro pastoral na Capi-tal gaúcha. Por meio desse novo recurso, será possí-vel fazer um mapeamento mais completo e prático das regiões a ser alcançadas.

Além disso, a ferramen-ta permite visualizar infor-mações como a localização de igrejas adventistas, onde os fiéis moram e onde exis-tem assinantes de revistas da Casa Publicadora Bra-sileira, como Vida e Saúde e Nosso Amiguinho. Inicial-mente, o recurso será usa-

do pelos pastores para essa ação missionária, mas futuramente

o plano é usá-lo em campanhas como a Recolta, por exemplo.

Efeitos duradouros – O con-teúdo do livro, baseado na histó-rica obra O Grande Conflito, tem uma mensagem contundente a respeito de doutrinas bíblicas pou-co populares no mundo cristão de hoje, como a guarda do sábado e o estado dos mortos. É justamente isso que fez a diferença na vida de Robson Anacleto de Moura, 28 anos. Moura explica que, em torno dos 17 anos sentiu necessidade de encontrar uma crença que pudes-se ajudá-lo a suprir o vazio de sua vida. Era uma busca espiritual, mas não necessariamente por religião, algo que lhe causava desconfiança.

Os caminhos de Deus, no entan-to, o levaram a ter contato com um chefe adventista na empresa em que trabalhava como cobrador de lotação. Nesse encontro, lembrou do que havia lido em sua Bíblia, tempos antes, a respeito da guarda do sábado. “O dono da lotação era um homem simples e viu que eu ti-nha muito preconceito em relação à religião. Foi quando me deu de presente um exemplar de O Gran-de Conflito, leitura que começou a responder às dúvidas que eu tinha. Senti um grande alívio por conse-guir entender aquilo que parecia complicado”, relembra.

Depois de estudo, oração e im-pressão do Espírito Santo, Robson de Moura se sentiu impelido, pou-co depois do seu batismo em 2001, a ingressar na colportagem (venda de literatura cristã). O motivo foi óbvio. Ele queria ajudar a divul-gar com muito emprenho o livro que havia mudado sua vida. “Atra-vés de minhas palestras, devo ter entregado mais de mil livros, es-pecialmente nas zonas leste e sul da capital”, estima. Influencia-do pelo livro profético, hoje ele é estudante do curso de Teologia e certamente continuará sendo um entusiasta do livro missioná-rio. Isso tudo aconteceu a partir de um livro! Imagine o efeito de 50 milhões! – Com reportagem de Patrícia Ferreira, Heron Santana, Fabiano Dresch, Thiago Campos-sano, Flávio Ferraz, Márcio To-netti, Daniel Gonçalves, Luzia Paula, Andreson Bastos, Gislai-ne Westphal, Caroline Carnieto, Eduardo Teixeira, Francisco Lino, Arnaldo Balog e Márcio Araújo.

Durante vigília jovem na Faama, que teve participação do quarteto Arautos do Rei, os estudantes enviaram a versão digital do livro missionário para 10 mil pessoas

“Eu senti um grande alívio por conseguir entender aquilo que parecia complicado”, relembra Robson de Moura. Convertido por influência do livro O Grande Conflito, hoje ele trabalha com a venda de literatura cristã

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Plano de açãoDesde que os primeiros milhares de exemplares do livro A Grande Esperança deixaram a editora adventista, no interior de São Paulo, e chegaram às sedes administrativas da Igreja Adventista de todo o Brasil, a distribuição começou a ser feita. No entanto, as ações mais ousadas de distribuição estão para acontecer nos próximos meses, especialmente no dia 24 de março. São essas estratégias que você confere no mapa abaixo.

Ucob: (1) alcançar todas as residên-cias da região até 2013; (2) mapear o território de cada distrito pastoral; (3) as igrejas do Distrito Federal dis-tribuíram cofrinhos para que as famí-lias guardem dinheiro para a compra dos livros.

USB: (1) alcançar 27 milhões de habitantes, de casa em casa; (2) mapear os territórios e monito-rar online o gerenciamento da entrega; (3) mo-bilizar a rede educacional para a distribuição em lugares sem presença adventista; (4) incentivar a interação com os leitores por meio da pesqui-sa online www.promocaodaesperanca.com.br; (5) retornar às residências um mês depois para entregar o DVD O Grande Conflito, oferecer es-tudo bíblico e convidar para a programação de Semana Santa.

UCB: (1) as instituições já estão dis-tribuindo os livros aos clientes; (2) no dia 24 de março, 3 milhões de exem-plares serão distribuídos na cidade de São Paulo. Caravanas de fiéis do interior se deslocarão até a Capital para ajudar na mobilização e parti-cipar de uma celebração no Vale do Anhangabaú, com a presença do pas-tor Ted Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista.

UEB: (1) alcançar todas as cidades e bairros, inclusive onde não há pre-sença adventista; (2) incentivar a divulgação do livro pelos meios di-gitais, como o site e as plataformas móveis (celular e tablets), além do au-diolivro; (3) estimular a igreja a ler o li-vro O Grande Conflito, bem como as crianças a se familiarizar com a obra Deus e o Anjo Rebelde.

UNB: (1) ainda em 2011, distribuir no Dia de Finados e no Natal; (2) no dia 24 de março, entregar 1 milhão de exemplares através do envolvimento das 2.186 congregações da região; (3) até 2013, entregar um livro em cada uma das 2,5 milhões de casas dos três Estados; (4) por ocasião do projeto Vida por Vidas e no Dia Mundial dos Des-bravadores, os jovens entregarão 100 mil livros; (5) até março de 2012, as sociedades de jovens e os alunos da Faama vão enviar 200 mil exemplares via web.

Uneb: a distribuição se dará em três fases: (1) em dezembro, os fiéis que participam de pequenos grupos, distribuirão o livro na vizinhança das igrejas e lares adventistas. Trinta dias depois, os membros voltarão a essas casas para fazer pesquisa de opinião religiosa; (2) no Natal, os adventistas pre-sentearão cinco amigos com a obra; (3) no dia 24 de março, milhões de exemplares se-rão entregues nas grandes e pequenas ci-dades, já mapeadas.

Unob: (1) mobilização da rede escolar no Amazonas, alunos e professores vão distribuir livros em localidades em que não há presença adventista; (2) no sul de Rondônia, cada igreja terá um co-ordenador do projeto e os fiéis estão comprando os livros via boleto; (3) no dia 24 de março, os membros se reuni-rão na sede de cada distrito para cele-brar os resultados da distribuição.

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Igrejas, escolas e famílias comprometidas com o discipulado das criançaslevam milhares ao batismo em setembro

Ele, que recebeu os ensinamentos bíblicos de sua mãe, ficou emocio-nado ao ver o batismo da filha mais nova, Glenda Costa, de 13 anos.

O pastor Tiago Pereira também era todo sorrisos. Ele batizou seus quatros filhos. “Foi uma experiên-cia muito marcante. A Bíblia diz que ‘os filhos são herança do Se-nhor, uma recompensa que Ele dá’”, afirmou. Ele e todos os pais que participaram do projeto re-ceberam um bóton dos filhos em gratidão pela participação na campanha.

De pai para filho – Basica-mente, a campanha trabalha com a conscientização dos pais, por meio de palestras e seminá-rios sobre os perigos do mau uso da internet, games, desenhos ani-mados e filmes, bem como sobre a responsabilidade do discipula-do na família. Segundo o pastor Carlos Campitelli, coordenador do projeto para o Nordeste, a ini-ciativa deu um novo incentivo a

um trabalho que já tinha boa re-ceptividade da igreja.

Um dos diferenciais do projeto no Nordeste é a cerimônia batis-mal, sempre marcada com a en-trada dos pais no tanque, uma oração proferida por um fami-liar e a condecoração dos pais com um bóton. Nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraí-ba, os filhos também receberam uma distinção, uma medalha.

Esses detalhes fizeram das cele-brações momentos mais tocantes e levaram outras pessoas a tomar decisões importantes.

É o caso de Josenilda Batista, da ci-dade de Queimadas, PB. Ela e o espo-so frequentavam a Igreja Adventista havia três anos, sem, no entanto, as-sumir um compromisso formal com a denominação. Porém, ao acom-panhar o batismo da filha Taina-ra Batista, de 11 anos, Josenilda, em

Frutos da primavera

ministéRio Jovem

Felicidade multiplicada: pastor Tiago Pereira batizou seus quatro filhos. Em Sergipe, 800 famílias participaram da campanha de discipulado dos filhos

Queimadas, PB: depois de frequentar a igreja por três anos, Josenilda Batista pediu o batismo ao testemunhar a decisão da filha. Projeto enfatizou a importância da liderança espiritual dos pais

Batismo de 49 pessoas no Rio Negro, em Manaus

Da redação

É no fim de setembro que anual-mente a Igreja Adventista se prepa-ra para realizar uma grande festa, o chamado Batismo da Primave-ra. No Nordeste, um dos grandes responsáveis por essas celebrações espirituais foi a campanha “Pais de Esperança”. Como o nome indica, a iniciativa estimulou as famílias adventistas da região a discipular seus filhos, ensinando-lhes a Bíblia e os preparando para o batismo.

Somente em Sergipe, o projeto envolveu 800 pais e 400 crianças e adolescentes. Uma das famílias envolvidas é a do tesoureiro da sede administrativa estadual da Igreja Adventista, Laércio Costa.

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lágrimas, pediu: “Pastor, eu também quero ser batizada. E agora!”

O projeto, lançado em 2010, fez com que os batismos no Nordeste, neste ano, chegassem ao número recorde de quase 11 mil pessoas. Em algumas regiões, a iniciativa resultou no dobro de decisões em relação ao ano passado. A edição de 2011 foi lançada em maio du-rante uma megavigília realizada em Salvador, com transmissão via internet para 50 mil pessoas.

PA – No dia 24 de setembro, a festa espiritual foi no Centro de Treinamento Adventista Coquei-rão, em Belém. Lá, 2 mil pessoas testemunharam o batismo de 29 pessoas ligadas à rede educacional adventista. “O Batismo da Prima-vera é resultado do trabalho fei-to nas escolas durante todo ano. Nosso objetivo é oferecer uma educação completa, uma educa-ção para eternidade”, disse Lígia Simplício, diretora da rede na re-gião metropolitana de Belém.

“Na educação adventista encon-trei muito mais do que conheci-mento para minha filha, encontrei uma família, que me trouxe cari-nho, respeito e o estudo da Pala-vra de Deus”, comentou Denise Almeida, que foi batizada com sua família no evento. Durante o mês

de setembro, as 12 unidades esco-lares da região organizaram séries evangelísticas. No fim das campa-nhas, as escolas realizaram uma ação social atendendo 80 pesso-as dos bairros do Marco e Pedrei-ra com diversos serviços, dentre eles, odontológico, jurídico, clíni-co geral e corte de cabelo.

AM – Em Manaus, no dia 17 de setembro, a festa espiritual da primavera foi celebrada no Cen-tro Adventista de Treinamen-to (Catre), no bairro do Tarumã. Quinhentas pessoas dos distritos pastorais Raiz e Educando, acom-panharam o batismo de 49 can-didatos nas águas do Rio Negro. Após quatro meses de estudos bíblicos e comunhão com Deus, dezenas de juvenis tomaram essa importante decisão, para a felici-dade dos pais e pastores que orga-nizaram o evento, Christian Félix e Joabe Soares. Em todo o noroes-te do Brasil, 1.856 pessoas foram batizadas em setembro. No sába-do seguinte, mais 20 pessoas fo-ram batizadas no Catre, incluindo a cunhada do pastor Oseias Oli-veira, oficiante da cerimônia e lí-der do distrito da Liberdade.

RJ – No Rio de Janeiro, Minas Ge-rais e Espírito Santo, os batismos

de setembro superaram as expectativas: 3.500 pesso-as se uniram à Igreja Ad-ventista, número superior ao mesmo período de 2010. Mas por trás das estatísti-cas existem histórias inspi-radoras, como a da ex-pas-tora evangélica Luciane de Oliveira. Ela foi batizada no término de uma campanha de evangelismo em Seropé-dica, sul do Rio de Janeiro, no fim de setembro. Cerca de 500 pessoas acompanha-ram seu testemunho.

Na cerimônia, Luciane apre-sentou a placa de sua antiga igreja, substituída por um letreiro da Igre-ja Adventista, agora funcionando nos fundos de sua casa. Com ela, dez ex-membros de sua antiga de-nominação também foram bati-zados e outros 20 estão estudando a Bíblia. Na oportunidade, o vice- prefeito da cidade, Zealdo Amaral assistiu ao sermão do pastor João Júnior, evangelista para a região, e recebeu um DVD missionário. No município, 130 pessoas continuam fazendo o curso bíblico.

MG – No norte de Minas Gerais, um projeto realizado pelos pasto-res locais procurou levar pesso-as à decisão pelo batismo e con-firmar a fé dos que já se uniram à Igreja. Durante uma semana, 17 igrejas abriram suas portas para a pregação dos fundamentos da mensagem adventista. Cerca de 1.200 pessoas firmaram um pac-to de fidelidade a Deus, e outras 17 foram batizadas. As instruções bíblicas acompanhadas de teste-munhos, momentos de confrater-nização e resgate do culto fami-liar, fizeram a diferença na vida de muitas pessoas. “Deus falou co-migo diversas vezes nesta sema-na. E hoje, eu fiquei maravilhada com este meu primeiro culto de pôr do sol”, relatou Lorena Silva Lima Borges, estudante de Me-dicina, que foi batizada com sua mãe, Edna Maria da Silva.

SP – No interior de São Paulo, a educação adventista também mos-trou compromisso com a missão. No dia 1° de outubro, 15 alunos do Colégio Adventista de São José do Rio Preto foram batizados num tanque montado na quadra da es-cola. O coral da unidade escolar se apresentou na programação, que teve a presença do diretor estadual da rede, pastor Mário Ritter.

Festa semelhante aconteceu no Colégio Adventista de Americanó-polis, em São Paulo. Os alunos Ga-briel Gonçalves e Jennifer Camile de Souza, que estudaram a Bíblia com a orientação do pastor Yuri Chire, ca-pelão do colégio, foram batizados. No fim da cerimônia, dezenas de estudantes demonstraram publica-mente a vontade de passar por uma experiência semelhante à dos cole-gas. Os resultados evangelísticos da unidade escolar são fruto da atuação de três pequenos grupos e de uma campanha de oração intercessora, que teve grande adesão dos alunos.

PR – Na região central do Para-ná, durante todo o mês de setem-bro, os adventistas estiveram en-volvidos em semana de colheita visando o Batismo da Primavera. E o esforço foi recompensado com o batismo de 640 pessoas, o que re-presenta um aumento de 34% de decisões em relação ao mesmo pe-ríodo de 2010. A cidade de Araucá-ria, região metropolitana de Curi-tiba, foi a que contabilizou o maior número de batismos: 59 pessoas to-maram essa decisão e outras cem estão estudando a Bíblia.

Depois de cinco anos, o cal-deireiro Alcindo José, 41 anos, decidiu retornar à igreja como membro efetivo. Por questões pes-soais, ele passou a trabalhar aos sá-bados e a se ausentar das reuniões eclesiásticas, até que deixou de fre-quentá-las. “Eu me sentia mal. Ti-nha colegas na empresa que eram adventistas e conseguiam ser fiéis”, desabafou. “Nós vemos os aconte-cimentos e sabemos que Jesus está voltando, por isso decidi ter uma nova vida,” confessou – Com re-portagem de Rafaella Oliveira, Alí-nic Teles, Suellen Timm, Isadora Caccia, Jefferson Paradello, Franck Oliveira, Eduardo Teixeira, Mar-celo Gomes, Ruth Albuquerque e Alessandro Simões.

Frutos da educação: batismo de 29 pessoas em Belém. Na foto, mãe e filhos decidem pertencer à Igreja Adventista. A mesma escolha fez uma professora da rede

Lorena Silva Lima Borges, estudante de Medicina, foi batizada com a mãe, em MG

Ex-pastora evangélica, Luciane de Oliveira trocou a placa de sua antiga igreja. Por influência dela, dez pessoas foram batizadas e 20 estão estudando a Bíblia

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Em Itabuna, sul da Bahia, a data foi comemorada com pro-jetos sociais e o lançamento da TV Novo Tempo em sinal aber-to na cidade com 300 mil habi-tantes. Numa praça no centro de Itabuna, foram montados 15 es-tandes para atendimento médico, odontológico, psicológico e nutri-cional. Quatro mil copos de água foram distribuídos com folhetos missionários numa iniciativa chamada “Brinde a vida”. Além disso, 300 bolsas de sangue foram coletadas em mais uma ação do projeto Vida por Vidas. Estima--se que 4.500 pessoas foram aten-didas por 250 voluntários. Além do prefeito Capitão Azevedo e do vereador Ricardo Barcelar, líde-res eclesiásticos participaram da cerimônia que simbolicamente

ativou o sinal da emissora adven-tista no canal 19.

PE – Em Recife, mil jovens se reuniram para distribuir 27 mil livros, revistas e folhetos no cen-tro da cidade. Doações de sangue e visitação em favelas também fi-zeram parte da programação. Às 6 da manhã, o grupo já estava na Igreja Central do Recife para um momento de devoção antes das atividades. De lá, a moçada se di-rigiu para o Parque 13 de Maio, onde foi decidida a logística de distribuição das 15 mil revistas Esperança Para Um Mundo em Crise, 12 mil folhetos e livros mis-sionários. Os jovens tocaram vio-lão, cantaram e estenderam a mão para quem passava, oferecendo li-teratura e orações.

SE – Na capital sergipana, Araca-ju, a solidariedade e as atividades es-portivas marcaram o fim de semana comemorativo. No sábado, 17 de se-tembro, 300 jovens doaram sangue no hemocentro local. A equipe da insti-tuição não conse-

guiu atender a todos os doadores devido à grande procura. “Essa foi a maior e mais bonita campanha que tivemos aqui neste ano”, ava-liou Rosângela Cruz, assessora de imprensa do Hemose.

No mesmo sábado, à tarde, qua-se mil jovens participaram de um culto e assistiram à final regional do concurso bíblico universitário sul-americano. A vencedora, Gil-vana Braz, ganhou um e vai con-correr com os demais finalistas na fase continental, em dezembro, no Peru. No domingo, 18, os jovens aproveitaram as atividades espor-tivas organizadas pela sede admi-nistrativa local.

MT – Em Cuiabá, a celebração no auditório da Federação das In-dústrias do Estado de Mato Gros-so, reuniu jovens voluntários que atuaram na última edição da Mis-são Calebe. Trezentos participan-tes acompanharam também a fi-nal estadual do concurso Bom de Bíblia. O vencedor foi Jaisson Schoenherr, da cidade de Sorriso, que ganhou um . No evento, Moa-ra Silva, filha da ex-senadora Ma-rina Silva, falou sobre a importân-cia da educação adventista para sua formação e sobre como tem testemunhado para sua família.

PR – No norte do Paraná, no pri-meiro domingo de outubro, 2 mil jovens da região comemoraram os resultados das atividades do ano num parque aquático, a 25 qui-lômetros de Maringá. Depois de um dia cheio de recreação, a mo-çada parou para orar, estudar a Bí-blia, ouvir testemunhos e respon-der ao apelo para o envolvimento na próxima edição da Missão Ca-lebe. Na região, o mote das ações do Ministério Jovem é “PGD” (Jo-vens Para a Glória de Deus).

RS – Em Porto Alegre, foi a Igre-ja Central que se-diou a decisão regional do con-curso Bom de Bí-blia e as celebra-ções do Dia do Jovem Adventis-ta. O vencedor, Eduardo Var-gas, foi premiado com uma assina-tura da , uma Bí-blia Tompson em

CD e mais 200 reais. O ex-cantor e compositor Marquinhos Ma-raial que nasceu em lar adventis-ta, mas que por 25 anos viveu rea-lizando em todo o País, falou sobre as consequências negativas de suas escolhas.

AM – Em Manaus, logo cedo o espírito festivo pelo dia dedica-do à juventude tomou conta das congregações. Pela manhã, as igrejas contaram com decoração, sermões temáticos cerimônias de investiduras e participação uni-formizada das sociedades jovens. À tarde, a moçada foi doar sangue. No interior do Estado, as igrejas mobilizaram os jovens em encon-tros em praças públicas, passeatas e visitações.

AP – No extremo norte do Bra-sil, a Câmara Municipal de Maca-pá realizou, no dia 14 de setembro, uma homenagem ao Dia Munici-pal do Jovem Adventista, que, a partir deste ano, passa a fazer par-te do calendário oficial da capital amapaense. A homenagem se deve à atuação social dos jovens adven-tistas por meio dos projetos Vida por Vidas e Missão Calebe. Atu-almente, existem 28 sociedades de jovens organizadas na região.

E para a comemoração ser com-pleta, os jovens da cidade se reuni-ram, no fim de semana seguinte, no ginásio da Universidade Fede-ral do Amapá. Eles ouviram as in-terpretações musicais do quarteto Communion e palestras sobre o uso evangelístico da internet. À noite, a moçada aproveitou o tem-po livre em atividades esportivas Com reportagem de Franck Olivei-ra, Rafaella Oliveira, Ellen Ribei-ro, Luzia Paula, Rebbeca Ricarte, Dani Gonçalves, Dayse Bezerra e Patrícia Ferreira.

Em festaDia Mundial do Jovem Adventista foi

comemorado com projetos sociais, concurso bíblico e reconhecimento público

ministéRio Jovem

Mil jovens dedicaram o sábado para a distribuição de revistas e livros missionários no centro de Recife

Itabuna, BA: 15 estandes em praça pública ofereceram atendimentos à comunidade

Em Macapá, Dia do Jovem Adventista entrou para o calendário municipal

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Ministério emergenteNo Dia Internacional do Idoso, adventistas promoveram

atividades específicas para a terceira idade

ministéRio dos idosos

Da redação

Os anos levaram a agilidade na locomoção, reduziram a capaci-dade de audição e encurtaram a visão. Mas muitas vezes são as fa-mílias que tiram algo ainda mais precioso: a segurança e o amor. Uma ação desenvolvida por es-tudantes do Colégio Adventista de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, serviu

como alerta para a população so-bre as responsabilidades que to-dos devem ter com os idosos.

No centro da cidade, os alu-nos encenaram o cotidiano dos idosos, lembrando o Dia Interna-cional do Idoso, comemorado em 1º de outubro. A iniciativa ser-viu ainda para a divulgação da campanha Quebrando o Silên-cio e foi destaque na TV Educa-tiva, afiliada da TV Cultura, em

Pelo segundo ano consecutivo, acampamento para idosos é realizado na região central do Amazonas. Neste ano, somente em Manaus, 180 pessoas a mais se envolveram nesse ministério

uma reportagem sobre volunta-riado infantil.

Outra atividade envolveu as crianças na campanha de valori-zação dos idosos. Em uma visita à Casa de Repouso Cris Lau, onde vivem 20 pessoas, os estudantes ti-veram um encontro emocionante: a programação previu a interação das crianças ouvindo as histórias dos tempos passados e a leitura de livros para quem não tem mais a visão tão perfeita assim.

A cidade de São José dos Pi-nhais tem cerca de 20 mil idosos, o que representa 7% da popula-ção. “É uma troca muito produti-va porque as crianças aprendem a respeitar os mais velhos e os ido-sos recebem o carinho que tanto precisam”, avaliou a diretora Ro-vena Carniatto. Ela completa re-forçando que a conscientização da comunidade é a oportunida-de de reduzir os índices de vio-lência praticada contra os idosos.

PR – Em Maringá, PR, a data em homenagem aos idosos foi come-morada por três igrejas da cida-de que têm se preocupado com a organização de um ministério específico para essa faixa etária. Mais de 300 pessoas participa-ram do culto que reuniu fiéis da Igreja Central, Jardim Alvorada e Vila Santa Izabel, no dia 1º de ou-tubro. “Queremos unir a experi-ência dos idosos com a disposi-ção dos jovens”, explicou Rosnei Oliveira, pioneiro do ministério. Ao longo do ano, essas congre-gações desenvolveram atividades com os idosos, como retiro espiri-tual, programa de ginástica sema-nal e oficinas de corte e costura.

RS – A despeito de estar locali-zada num internato para adoles-centes, a Igreja Adventista do Ins-tituto Cruzeiro do Sul (Iacs), em Taquara, RS, possui um signifi-cativo grupo de idosos. Por isso, o ministério local da terceira ida-de organizou um passeio com os idosos para um hotel fazenda em

Gaspar, SC. Lá, o grupo conciliou lazer com evangelismo. Os vovôs e vovós distribuíram livros mis-sionários para centenas de hóspe-des e funcionários do hotel.

AM – Na região central do Ama-zonas, o trabalho com os idosos é uma frente de ação oficial da sede administrativa da Igreja Adven-tista. E o interesse pelo desenvol-vimento desse grupo específico é demonstrado pela realização anual de um acampamento. Nes-te ano, em julho, os idosos parti-ciparam de concursos de poesia e música, futebol pé de moleque (com bola feita de meias), tiro ao alvo, estilingue no quadrado, atle-tismo, natação, e de uma cerimô-nia de Santa Ceia, realizada de madrugada. Durante a programa-ção, os acampantes também rece-beram orientações sobre saúde e direitos dos idosos.

O evento representou o inte-resse dos adventistas por esse ministério emergente. Como pré-requisito para o congresso, os clubes de idosos formados em cada distrito pastoral tiveram que cumprir várias atividades em sua comunidade. Somente em Ma-naus, neste ano, 180 pessoas in-gressaram para o trabalho com a terceira idade. Voluntários como Elinete Ribeiro, de 51 anos, que

São José dos Pinhais, PR: no centro da cidade, alunos dramatizaram cenas do cotidiano dos idosos. Atividade fez parte da Semana do Idoso organizada pelo colégio adventista local

Três igrejas de Maringá se reuniram para celebrar o Dia Internacional do Idoso. Ao longo do ano, grupo da terceira idade participou de atividades recreativas e espirituais

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Universidades planejam ações missionárias e de voluntariado Em setembro, a Comissão de Reitores de Universidades Adventistas Sul-Americanas (Cruasa) se reuniu na Faculdade Adventis-

ta da Bahia (Iaene), em Cachoeira, BA, para seu oitavo encontro. Temas como projetos missionários, voluntariado, atendimen-to à comunidade e parcerias com outros ministérios da Igreja Adventista foram alguns dos assuntos abordados e votados pelos 32 líderes da rede educacional. Pela primeira vez, o encontro reuniu os reitores e líderes do departamento de educação das se-des administrativas da denominação.

Brasil terá nova sede administrativa interestadualA partir de janeiro de 2013, a Igreja Adventista terá mais uma sede administrativa

interestadual, a União Leste Brasileira, formada pela Bahia e Sergipe, e com sede em Salvador. Com essa decisão, a atual União Nordeste Brasileira, sediada em Recife, terá uma nova confi-guração, passando a administrar apenas as congregações adventistas de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. O voto foi tomado no dia 12 de outubro, numa comissão realizada na sede mundial da denominação, em Silver Spring, Maryland (EUA). A decisão mostra o crescimento do adventismo na região e visa oferecer melhor atendimento aos fiéis. Hoje, a União Nordeste Brasileira possui 357 distritos pastorais, 3.774 igrejas e grupos, 339.427 membros, dez sedes administrativas regionais e dois internatos.

Campal no IataiPelo menos cinco mil pessoas participaram do maior encontro dos adventistas na região transamazônica, nos dias 9 e 10

de setembro, nas dependências do Instituto Adventista Transamazônico (Iatai), no oeste do Pará. A campal, que é realizada anualmente, desta vez teve a presença do pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul. O prefei-to de Uruará, PA, Eraldo Pimenta, destacou os trabalhos sociais que a Igreja desenvolve, principalmente nas áreas de saúde e educação. A programação foi encerrada com batismos e o lançamento do livro missionário de 2012.

Colégio de Maringá é o campeão do Enem 2010 Estudantes e educadores do Colégio Adventista de Maringá, no Paraná, estão em festa. O colégio ocupa o primei-

ro lugar no Enem 2010, entre as escolas adventistas. A nota 644.05 foi divulgada em 12 de setembro pelo Ministério da Educação. Em 54 anos de história, é a primeira vez que a escola se destaca no exame que conta com mais de 4,6 milhões de participantes. A pontuação do colégio está incluída no grupo 3, ou seja, escolas que tiveram entre 25% e 49,9% dos seus alunos realizando a prova. Para os educadores da unidade, o resultado é fruto de capacidade profis-sional dos professores e dedicação dos alunos. Na foto, alunos do colégio que passaram no vestibular da Universidade Estadual de Maringá.

depois de ajudar em ministérios voltados para crianças e adoles-centes, agora se dedica aos mais experientes da Igreja de Japiim I. Realizado em julho, no Instituto Adventista Agroindustrial, em Rio Preto da Eva, AM, o acampa-mento foi encerrado com a entre-ga de medalhas e troféus.

RJ – No Rio de Janeiro, por sua vez, adventistas participaram do 1º Seminário de Envelhecimento Ativo promovido pela Abramge RJ/ES, entidade que representa as empresas de planos de saúde dos dois Estados. Os médicos Rogério Gusmão e Homero Leite, ambos do Hospital Adventista Silvestre, falaram no evento. Um dos pon-tos altos do encontro foi o teste-munho do Dr. Milton Afonso, fundador e proprietário da Gol-den Cross. Às vésperas de com-pletar 90 anos, Dr. Milton descre-veu seus hábitos saudáveis, como caminhar duas horas por dia, an-tes de o sol nascer. “Há seis meses, aos 89 anos de idade, tive a opor-

tunidade de pular de paraquedas. Foi uma experiência muito emo-cionante e gratificante”, revelou o empresário e filantropo, mostran-do vitalidade. No fim do testemu-nho, Dr. Milton presenteou os mé-dicos e gestores de planos de saúde com o livro A Grande Esperança.

Ministério emergente – O vi-sível aumento do número de ido-sos entre os adventistas e na po-pulação brasileira em geral, tem levado muitas congregações, dis-tritos pastorais e instituições a organizar ministérios específicos para a terceira idade. A Igreja Cen-tral de São João da Boa Vista, in-terior paulista, é um exemplo. Lá, esse trabalho é coordenado pela engenheira Maria Elisabeth Ta-vares, de 57 anos, com o apoio de Dulcineia Camargo, de 86 anos.

A Companhia da Alegria, como é conhecido o ministério, teve sua primeira reunião em agosto de 2010. Nos encontros mensais, os 50 participantes assistem à pales-tras sobre saúde, aulas de culiná-

ria, comem juntos e refletem na Palavra de Deus. O primeiro fruto do trabalho foi celebrado em ju-nho, com o batismo da advogada e servidora estadual Neide Rodri-gues, de 68 anos. Depois de perder o pai, a irmã e a mãe, num peque-no intervalo de anos, ela encon-trou apoio e paz na comunidade adventista e no estudo da Bíblia. “Hoje não estou mais só. Tenho uma linda família e isso é uma bênção do Céu”, afirmou naquela oportunidade – Com reportagem de Francis Matos, Patrícia Ferrei-ra, Luzia Moura, Wallace Esterci, Alessandro Simões, Jairo Borda e Heron Santana.

Em passeio por hotel de Santa Catarina, grupo da terceira idade da Igreja do Iacs distribuiu livros missionários

Dr. Milton Afonso, 89 anos, falou sobre o hábito de caminhar duas horas por dia e a experiência recente de saltar de paraquedas

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Caravanas com os pastores Luís Gonçalves e Alejandro Bullón alcançam milhares de pessoas no PR, ES e MT

Da redação

No norte do Paraná, 10 mil pes-soas acompanharam as pregações do pastor Luís Gonçalves, evan-gelista da Igreja Adventista para a América do Sul, nos dias 16 a 24 de setembro. Como resultado da mara-tona missionária, 300 pessoas foram batizadas. O término da campa-nha aconteceu em Foz do Iguaçu, PR, na divisa do Brasil com o Para-guai e Argentina. E foi nessa cidade fronteiriça que o argentino Walde-mar Ivo decidiu abraçar a mensa-gem adventista.

Depois de acompanhar o progra-ma Arena do Futuro, da TV Novo Tempo, ele percebeu que apesar de conhecer a Bíblia, precisava desco-brir outras verdades sobre Deus. Após procurar uma igreja adventis-ta próxima de casa, a família passou a frequentar um templo. No encer-ramento da maratona missionária, Waldemar e a esposa foram batiza-dos, e o filho recebeu dos pais um DVD missionário.

Outras duas histórias também emocionaram: a de Osório Rigo-bello, de 82 anos, que decidiu já com idade avançada seguir a Je-sus, mesmo contrariando sua fa-mília. Para entrar no tanque, ele precisou da ajuda de cinco pesso-as. E a da jovem Jeniffer Verônica

Frankoski, que aceitou assistir à programação por influência da avó e de sua melhor amiga. Con-vidada várias vezes a voltar para a igreja, finalmente Jeniffer decidiu ser rebatizada. A caravana passou também por Londrina, Maringá, Umuarama e Cascavel.

ES – Cerca de 22 mil capixabas do sul do Estado prestigiaram a Cara-vana da Primavera, com o pastor Luís Gonçalves, nos dias 7 a 11 de setembro. As cidades de Presiden-te Kennedy, Afonso Cláudio, Ca-choeiro de Itapemirim, Guarapa-ri, Cariacica, Vila Velha e Vitória receberam a maratona missioná-ria e testemunharam mais de 150 batismos e a decisão de 3.200 pes-soas em estudar a Bíblia.

Em Afonso Cláudio, por exem-plo, o trabalho voluntário de Miro Rufino foi recompensado com o batismo de dez presos. Atual-mente, ele estuda as Escrituras com 42 detentos do presídio lo-cal, utilizando o DVD O Grande Conflito. Sete internos se prepa-ram para o batismo. Em Vila Ve-lha, outro momento de emoção. “Há vinte anos conheço a mensa-gem adventista. Sempre foi mui-to difícil tomar uma decisão, mas hoje eu quero me entregar”, dis-se Cláudia Angeli. De dentro do

se repetiu: muita música, mensa-gens inspiradoras, batismos e cen-tenas de pessoas decididas a co-nhecer mais a Bíblia.

Em Campo Grande, 9 mil pes-soas assistiram à programação. Lá, o governador André Pucci-nelli e o prefeito Nelson Trad Fi-lho acompanharam a pregação. Na cidade de Nova Andradina, 1.200 pessoas se emocionaram com o batismo e a história da fa-mília Rocha. Marcos da Silva Ro-cha conheceu a Igreja Adventista através dos pais, mas, por 14 anos relutou em seguir a Jesus. Depois de enfrentar um período de afli-ção e problemas, Marcos, a esposa Maria José e a filha Jéssica foram batizados – Com reportagem de Rosemeire Félix, Patrícia Ferreira, Luciana Costa e Luzia Paula.

A hora da decisão

evAngelismo públiCo Waldemar Ivo, argentino que foi batizado em Foz do Iguaçu, PR, por influência do programa televisivo Arena do Futuro

tanque, ela convidou o esposo Geldes Nali para ser rebatizado. Surpreso, Geldes, que trabalhava na filmagem do evento, entendeu que também havia chegado sua hora de decidir. Todas as reuniões foram encerradas com a distribui-ção do livro missionário.

MS – Mais de 15 mil pessoas par-ticiparam da programação da Ca-ravana da Esperança, realizada nos dias 17 a 24 de setembro em oito cidades do Mato Grosso do Sul. O pastor Alejandro Bullón vi-sitou Campo Grande, Corum-bá, Anastácio, Costa Rica, Nova Andradina, Naviraí, Ponta Porã e Dourados. Em cada local, a cena

Preparo para a colheitaDesde o início do ano, 1.150

adventistas do sul do Rio Gran-de do Sul participaram dos re-tiros espirituais promovidos pelo Ministério Pessoal. O ob-jetivo foi preparar os gaú-chos para as campanhas de evangelismo de colheita do próximo ano. Nos dias 30 de setembro a 2 de outubro, por exemplo, em São Lourenço, 250 duplas missionárias foram treinadas. O en-contro teve nas disciplinas espirituais, jejum e oração, seus pontos fortes. Esse grupo passou o fim de semana se alimentando apenas de frutas. De evento semelhante participaram os 140 servidores da rede educacional regional, num sítio, em Novo Hamburgo.

Em Campo Grande, 9 mil pessoas acompanharam a mensagem do pastor Bullón

Afonso Cláudio, ES:dez presos foram batizados. Outros 42 detentos estão estudando a Bíblia

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Bodas de Diamante (60 anos)

De Lucílio e Joaquina Oliveira. Eles frequentam a Igreja da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O casal é abençoado com três filhos, nove ne-tos e três bisnetos.

Bodas de Ouro (50 anos)De Osvaldino e Irene Bomfim,

em Artur Nogueira, SP, pelos pas-tores Ronaldo Arco, Eduardo e Mar-cos Bomfim, respectivamente gen-ro e filhos do casal, que tem três fi-lhos e sete netos.

Autoridades recebem livros

Durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Curitiba, para divulgação de investimentos para construção do me-trô, autoridades federais e do municí-pio foram presenteadas com literatu-ra adventista. Gleisi Hoffmann (1), ministra da Casa Civil; Miriam Bel-chior (2), ministra do Planejamento; e Marry Salette Ducci (3), primeira- dama de Curitiba, receberam os livros A Grande Esperança e Vida de Jesus. Os presentes foram entregues pelos pastores Alex Palmeira, líder de Minis-tério Pessoal da Associação Sul-Para-naense, e Wellington Barbosa, do dis-trito Alto Boqueirão.

Após entrevista concedida à Rá-dio Novo Tempo, em Porto Alegre, RS, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello (4), foi presenteada por administradores da Igreja Adventista nas regiões sul e central do Estado. O kit entregue à ministra continha ma-teriais da Casa, como o livro A Grande Esperança e a revista Esperança Viva.

Humorista presenteado

O humorista cearense Tom Ca-valcante foi presenteado pelo pastor Eliezer Júnior, presiden-te da Igreja Adventista para o Ceará e Piauí, com o livro A Gran-de Esperança. O livro foi entre-gue em um evento da igreja em Aquiraz, litoral sul do estado. O humorista afirmou ter um respei-to profundo pelos adventistas do sétimo dia e elogiou a iniciativa da igreja em promover a esperança.

Adventista homenageadoSilas da Costa e Silva, membro

da Igreja de Boa Viagem, em Reci-fe, PE, foi homenageado com o tí-tulo de cidadão recifense. Ele atua como chefe de cerimônia do Tribu-nal de Justiça de Pernambuco. Em sua carreira, já apresentou mais de três mil eventos.

Estudantes são destaque

Júnia Silva de Andrade e Lettícia Soares dos Campos, alunas do ter-ceiro ano do Ensino Médio do Colégio Adventista de Novo Hamburgo, foram premiadas na categoria “Destaque”, em Porto Alegre, em evento de inicia-ção científica-tecnológica promovido pela Universidade Federal do Rio Gran-de do Sul. Orientadas pela professora Patrícia da Silva Cavalheiro, elas apre-sentaram o trabalho “Estimulação pre-coce: uma alternativa eficaz no desen-volvimento físico e mental de crianças com síndrome de Down”.

Revelação musical

Os cantores do Brothers Vocal, Da-niel e Tiago Grandolfo, de Presi-dente Prudente, receberam no dia 20 de setembro, na Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo, o prêmio Homem do Ano, como revelação Gos-pel 2011. A premiação foi organizada pela jornalista Adela Villas Boas em parceria com a revista Caras.

vida e saúde Mulher – Como lidar com

alterações hormonais, emotivas e físicas durante o climatério e a menopausa.

Gordura no altar – Dicas para evitar que a vida a dois favoreça o ganho de peso.

Refluxo – Atitudes que podem diminuir esse mal.

nosso Amiguinho

Página daLuísa – Aprenda a fazer uma linda faixa presidencial e seja presidente por um dia!

Aventuras da Turma – Monte um jogo que vai desafiar seus conhecimentos a respeito de aves.

Rimando – Aproveite as rimas para conhecer um pouco mais sobre a Proclamação da República.

nosso Amiguinho Júnior

Quando você está na rua e procura um banheiro, qual é a primeira coisa para a qual você olha? Com certeza é para a plaquinha da porta, que indica se é banheiro de menino ou de menina. Na natureza, as coisas são divididas assim: entre macho e fêmea, feminino e masculino, homem e mulher. Quer ver alguns exemplos? Que tal fazer isso brincando? Vamos lá!

Revistas de novembro

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A Turma assiste à Sinfonia das Águas em solo mineiro

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Ano B Número 5

Novembro de 2011

Preocupada em aperfeiçoar sua comunicação com o público inter-no e externo, a Igreja Adventista tem oferecido desde 2010, o Pac.com (Programa Adventista de Capacita-ção em Comunicação). A novidade do curso é que agora está disponi-bilizado um fórum online para dis-cussão das aulas, além de um canal no YouTube para que os alunos co-nheçam os bastidores da produção e tenham acesso às entrevistas na íntegra. O curso já conta com 2 mil alunos inscritos, que receberão um certificado de extensão universitá-ria do Unasp. O sucesso da platafor-ma gerou interesse de outros países, que já estão traduzindo o material para inglês e espanhol. Para se ins-crever, acesse http://eunopac.com.

Rápida

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ErrataErramos na página 37 da edição de outubro, quando publicamos que o projeto da sede administrativa da Igreja

Adventista para o oeste paulista foi assinado pelo arquiteto Alex da Silva. Alex assina apenas a ilustração 3D, e o arquiteto Celso Pontes é o responsável geral pelo projeto.

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EditalConvocação da 1ª Assembleia Geral

Extraordinária Denominacional da As-sociação Norte-Paranaense da Igreja Ad-ventista do Sétimo Dia

Em cumprimento à deliberação da Comissão Diretiva da Associação Norte-Paranaense da Igre-ja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada no dia 13 de outubro de 2011 com base nas dis-posições do Artigo II, inciso 4 do Regulamento Interno em vigor, e do Regulamento Eclesiástico Administrativo B 30 10, incisos 1, 2, 3 e 4, fica con-vocada, pelo presente edital, a 1ª Assembleia Ge-ral Extraordinária Denominacional da Associação Norte-Paranaense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a realizar-se no dia 12 de fevereiro de 2012, nas dependências da Igreja Adventista do Sétimo dia, situada à Rua das Azaleias, 151, Horto Flores-tal, Maringá, PR. A Assembleia será instalada às 14h, com a presença de pelo menos cinquenta e um por cento dos delegados regulares mencio-

nados no Artigo III, inciso 2 do Regulamento In-terno, para constituir o quórum e deliberar sobre a ordem do dia. Se não houver quórum na pri-meira chamada, será feita nova verificação uma hora depois, e a Assembleia será instalada com quórum de trinta por cento dos delegados regu-lares presentes. Nesse caso, as deliberações deve-rão ser tomadas pelo voto de pelo menos wdois terços dos delegados regulares e gerais presen-tes em conformidade com o artigo II, inciso 6. A Assembleia será constituída pelos delegados re-gulares e gerais especificados no Artigo III, inciso 1, 2 e 3, e deliberará sobre: (a) receber as novas igrejas organizadas até a data da Assembleia; (b) analisar e aprovar o projeto que visa reorganizar o território da Associação Norte-Paranaense e criar um novo campo; (c) solicitar às organizações su-periores a realização de um survey para estudar a viabilidade do projeto.

Maringá, PR, 13 de outubro de 2011Ronaldo Bertazzo, presidenteMilton Luiz Pereira de Andrade, secretário

Ângela Rocha da Silva Guedes – Aos 36 anos, em São Miguel do Igua-çu, PR, vítima de assalto. Como psicóloga e pales-

trante, apoiava a igreja em eventos do Ministério Jovem, Ministério da Mulher e Ministério da Família, sem-pre disposta a aconselhar famílias e jovens. Deixa o esposo, Alexandre, e dois filhos.

Benedito Sene – Aos 95 anos, em Lins, SP, de pneumonia. Era ad-ventista havia 44 anos. Serviu à igreja como diá-

cono. Ajudou na construção da Igreja de Promissão, SP. Deixa esposa, qua-tro filhos, três netos e dois bisnetos.

Bohemia Cupertino Moraes de Almeida – Aos 104 anos, em Flo-rianópolis, SC. Batizada pelo pastor José Ama-

dor dos Reis, era adventista havia 87 anos. Foi secretária da Igreja Central de Bagé, RS, diretora de assistência social e da Escola Sabatina, entre ou-tas funções. Atuava como missioná-ria e se dedicava a visitar os pobres, as viúvas e os doentes. Deixa uma fi-lha, quatro netos, 11 bisnetos e uma trineta.

Carlos Antônio No-gueira – Aos 89 anos, em Itapetininga, SP. Foi colportor e diretor de Colportagem na antiga

Missão Goiano-Mineira. Como pas-tor, atuou nos distritos de Montes Claros, MG; Bauru, São João da Boa Vista e Itapetininga, SP. Deixa a es-posa, Ilai, quatro filhos, nove netos e um bisneto.

Denis Berzins – Aos 69 anos, em Fama, MG, de infarto. Trabalhou duran-te quatro anos na Casa Publicadora Brasileira,

em Tatuí, SP, como chefe do Departa-mento Pessoal. Serviu à igreja como tesoureiro. Deixa a esposa, Lucy.

Durvalina Prates dos Reis Roque – Aos 99 anos, em Tatuí, SP. Estu-dou no IAE (atualmente UNASP–SP) por vários

anos e se casou em 1944 com o pas-tor Mário Roque, já falecido. Durante quase toda a vida, trabalhou nos de-partamentos infantis da igreja. Deixa três filhos e seis netos.

Geraldo De Benedicto – Aos 94 anos, em Cam-pestre, MG. Pioneiro do adventismo na região, ajudou a fundar a Igreja

do Rio do Peixe, localizada no sítio da família e que chegou a ter mais de 200 membros (apesar do êxodo rural, a congregação ainda tem cerca de 100 membros). Foi ancião durante muitos anos. Respeitado na comuni-dade, foi homenageado pela prefei-tura com o nome em uma ponte. Deixa a esposa, Benedita, nove filhos, vinte netos e nove bisnetos.

Gercino Lourenço – Aos 72 anos, em Petrolina, PE. Era adventista havia 32 anos. Foi fundador da Igreja de Pedra Linda. Deixa a esposa, Iraíde, quatro filhos e 10 netos.

Gláucia Ramos Drum-mond – Aos 89 anos, em Varginha, MG. Era adven-tista havia mais de 60 anos. Quando era a úni-

ca adventista na cidade, fazia reuni-ões na garagem de sua casa. A partir dessa iniciativa, hoje Varginha tem três igrejas com cerca de 400 mem-bros. Deixa quatro filhos, 10 netos, 11 bisnetos e um trineto.

Guiomar da Silva Dias – Aos 93 anos, em Porto Alegre, RS, de traumatis-mo craniano. Era ad-ventista havia 28 anos.

Deixa cinco filhos, oito netos e dois bisnetos.

Jacira Venturine de Abreu – Aos 78 anos, em Londrina, PR. Era adventista havia 42 anos. Frequentava a

Igreja do Jardim Iguaçu, em Marin-gá, PR. Deixa oito filhos, 21 netos e dois bisnetos.

José Pinheiro – Aos 79 anos, em São Paulo. Era adventista havia 61 anos. Atuou como líder de diáconos na antiga Igreja Central de Curiti-

ba. Fazia parte da dupla de harpis-tas irmãos Pinheiro. Foi colaborador do programa Fé Para Hoje. Era mem-bro da Igreja do Riacho Grande, onde atuou como ancião. Deixa três filhas e uma neta.

Manoel Rodrigues da Cruz – Aos 69 anos, em Oliveira, MG, de infarto. Foi ancião, tesoureiro e diretor missionário, atu-

ando principalmente na Igreja Cen-tral de Belo Horizonte. Deixa a esposa, Gesse, três filhos e um neto.

Maria do Carmo de Souza – Aos 86 anos, em Recife, PE, de Mal de Alzheimer e falência múltipla dos órgãos. Era

adventista havia 69 anos. Foi funda-

dora da Igreja de Cavaleiro, na capi-tal pernambucana. Deixa oito filhos e 10 netos.

Oswaldina Ferreira Porto – Aos 95 anos, em Teresópolis, RJ. Frequen-tava o grupo adventista do bairro São Pedro. Dei-

xa filhos, netos e bisnetos.

Vanessa Maes Krieger – Aos 31 anos, em Blu-menau, SC, de insufici-ência hepática e câncer de mama. Era adventis-

ta havia 14 anos. Deixa o esposo, Ru-bens Marcelo, e dois filhos.

Walter Strelow – Aos 83 anos, em Corupá, SC, de insuficiência cardíaca. Era membro da igreja de Rio Paulo Grande. Deixa a esposa, Otília, cinco filhos, 16 netos e seis bisnetos.

Wilson Magalhães – Aos 76 anos, em Serra, ES. Era membro da Igre-ja Central, onde atuou como diácono por vá-

rios anos. Deixa a esposa, Aneli, fi-lhos, netos e uma bisneta.

Wolfgang Guenter Weber – Aos 93 anos, em Porto Alegre, RS. Era adventista desde o nas-cimento. Frequentava a

Igreja Central, onde atuou como di-ácono, ancião, tesoureiro e líder de jovens. Deixa quatro filhos, netos e bisnetas.

Ydeval de Oliveira Souza – Aos 74 anos, em Campo Mourão, PR. Era adventista ha-via cerca de 50 anos.

Atuou como tesoureiro e profes-sor de Escola Sabatina. Deixa es-posa, três filhos, seis netos e dois bisnetos.

O 1º Encontro de Centros de Mídia da União Nor-te-Brasileira (UNB) foi realizado de 12 a 15 de setem-bro. Estiveram reunidos assessores de comunicação, as equipes dos centros de mídia e profissionais da Rá-dio Novo Tempo de Belém. Além de momentos de ins-piração e motivação, o programa teve aulas nas áreas de produção de vídeo, áudio e texto. Os participantes também discutiram estratégias de colaboração entre os diversos profissionais adventistas. “Nosso objetivo foi buscar integração e preparo para aprimo-rar nossos trabalhos”, explicou Marcos Al-meida, diretor do Cen-tro de Mídia da UNB e idealizador do evento.

Rápida

F A l e C i m e n t o s“Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor” Ap 14:13

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38 Revista Adventista I novembro • 2011

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A lógica do reino

A espiritualidade apresentada por Cristo desafia até os mais religiosos

Recentemente, assisti a um sermão numa igreja paulistana, cuja mensagem fazia parte de uma série de pregações com título no mínimo provocativo: “Ateísmo adventista”. No primeiro

culto, o pastor daquela congregação justificou a série comparando dois tipos de ateus. O primeiro

é cético; por isso, nega a existência de Deus. O segundo é professo cristão, mas vive como se

Deus não existisse. Em seguida, o ministro disse que esse tipo de religioso é encontrado em todas

as denominações, inclusive naquela comunidade. E desafiou os fiéis: “Esta série é para quem tem a

coragem de admitir suas próprias hipocrisias.”

espírito de verdadeira devoção se havia perdido na tradição e no cerimonialismo” (O Maior Discurso de Cristo, p. 2, 3).

Cristo não ficou na superfície, Ele con-denou a mera aparência de piedade. Tra-tou da essência da espiritualidade humana. Questionou a razão da prática religiosa de Seus contemporâneos. Levou o povo a pen-sar em religião além do nível do comporta-mento e das crenças (aceitação cognitiva), mas discutiu fé no nível do sistema de valo-res e visão pessoal de mundo. Fez isso por-que sabia que é apenas nessa dimensão que se consegue real transformação e mudan-ças duradouras.

Outra expectativa da multidão que Jesus contrariou foi quanto à natureza espiritual e não política de Seu reino. Os escribas e fa-

riseus imaginavam o dia em que “teriam domínio sobre os odiados romanos, e possuiriam as riquezas e o esplendor do maior império do mundo” (ibid., p. 5). Por sua vez, os pobres camponeses e pesca-dores esperavam trocar a “única e ordinária vesti-menta que os cobria de dia e lhes servia de cobertor à noite” pelos “ricos e custosos trajes de seus con-quistadores” (ibid.).

Diante desse quadro, fica mais fácil en-tender quão paradoxais soaram as palavras de Cristo. Ele associou felicidade com hu-mildade, mansidão, paz, pureza, misericór-

dia e perseguição. Disse para marginalizados que eles poderiam fazer a diferença, sendo o sal da Terra e a luz do mundo. Afirmou que não tinha vindo con-tradizer Moisés nem qualquer profeta, mas exem-plificar no mais alto sentido os princípios revelados no Antigo Testamento. Em Seu discurso, Ele apre-sentou o espírito da lei para uma geração que havia aprendido a viver explorando as brechas da letra da lei. Para esses, Cristo disse que ódio é igual a homí-cidio e cobiça é igual a adultério.

No fim do sermão, os que estavam espiritual-mente famintos havia muito tempo se sentiram sa-ciados. Foram alimentados pelo Pão da Vida. A mul-tidão ficou maravilhada com Sua doutrina, porque, ao contrário dos escribas, Ele ensinava com autori-dade (Mt 7:28, 29). Autoridade de quem personifi-cou a lógica do reino.

WENDEL LIMA é editor associado da

Revista Adventista e editor da revista

Conexão JA.

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Durante três meses, aquela congregação refle-tiu sobre a incoerência de professar o adventismo, mas não conseguir perdoar, desconfiar da justiça de Deus, viver preocupado, não testemunhar, bus-car o sucesso a qualquer custo, ter vergonha do pró-prio passado e não acreditar que Jesus voltará em breve. Aquela igreja foi confrontada com a superfi-cialidade de sua fé.

Essa série me fez lembrar de outro sermão con-tracultural e de aplicação universal. No conhe-cido Sermão do Monte, Jesus falou sobre a lógica do reino, ou seja, os príncípios que regem o Céu e que devem caracterizar a vida dos Seus discípu-los. João Batista (Mt 3:1, 2) e Cristo (Mt 4:17) pauta-ram seu ministério pelo preparo de pessoas para o reino. Porém, por incrível que pareça, a mensagem de Jesus contestou a lógica da espiritualidade de Seu povo, especialmente dos que eram tidos como mais religiosos.

Mas por que as inspiradoras palavras do Mestre sobre felicidade (bem-aventuranças), testemunho, relacionamentos, oração, jejum e prioridades en-frentaram a resistência de muitos? Segundo Ellen G. White, Jesus contrariou a expectativa do público. Ele falou de autenticidade num tempo em que “o

Reflexões Wendel Lima