revista adventista_out 2011

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Exemplar Avulso: R$ 3,00 – Assinatura: R$ 36,00 26 Brincadeira tem limite Campanha Quebrando o Silêncio alerta a sociedade sobre o bullying 8 Dois jardins Um foi plantado por Deus; ou outro, pelo homem 18 Graça viva Ela é demonstrada ao mundo pelo corpo de crentes 30 Contra o fumo Escolas mobilizam estudantes em ações antitabagistas

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Adventista.Revista . Outubro • 2011

Mensagens para a Semana de Oração

que salva e transformaGRAÇA

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26 Brincadeira tem limite

Campanha Quebrando o Silêncio alerta a sociedade sobre o bullying

8 Dois jardins

Um foi plantado por Deus; ou outro, pelo homem

18 Graça viva

Ela é demonstrada ao mundo pelo corpo de crentes

30 Contra o fumo

Escolas mobilizam estudantes em ações antitabagistas

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Religião sem máscara

É tempo de sermos formosos por fora e por dentro

Os escribas e fariseus eram adeptos da religião do faz de conta. Achavam que a prática

de rituais fosse indício de religião autêntica. Mas, certo dia, eles foram desmascarados por Alguém

que, usando um infalível aparelho de ressonância espiritual, viu cada centímetro quadrado da

matéria putrefata em que consistia a vida deles: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois

semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de

ossos de mortos e de toda imundícia!” (Mt 23:27).

disso, fiquei decepcionado, mas, com o passar do tempo, entendi que meu grande exemplo é Jesus.

A igreja perde muito quando alguns exi-gem isso e aquilo dos membros, mas não praticam o que ensinam.

2. Sou mais santo do que você. Essa ati-tude é também comprometedora, pois ca-racteriza aqueles que se ufanam de sua reli-giosidade. Alguns optam pela aparência ex-terior, como se isso fosse sinal de vida espi-ritual exemplar. Exaltam regras e normas, tentando segui-las à risca, mas negligenciam o desenvolvimento das virtudes cristãs.

No campo do estilo de vida, tais pessoas são reducionistas, pois acham que não comendo isso nem bebendo aquilo são cristãos genuínos. Sim, precisamos de uma reforma na área de saúde, mas esse processo começa pelo coração. Em primeiro lu-gar, o coração de pedra precisa ser transformado em coração de carne. Depois, vem a luta contra a carne.

Não nos esqueçamos de que Deus é quem deve ser glorificado: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, [...] e que não sois de vós mesmos? Porque fostes com-prados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6:19, 20).

3. O que me interessa é aparecer. Característica marcante dos portadores da síndrome de “sepulcros caiados” é o desejo de serem vistos. Ora, a igreja é lu-gar para serviço desinteressado, não para culto ao ego. Há pessoas que, se não estiverem na posição de comando, não servem para nada. Isolam-se e veem

defeito em tudo. O que, na verdade, desejam é mostrar suas habilidades e ser elogiadas por sua capacidade empreendedora. Essa ati-tude também esconde um homem interior

putrefato, carente do poder regenerador do Espírito.A grande motivação de uma pessoa transfor-

mada interiormente é o desejo de proclamar, pelo exemplo e por palavras, a superioridade e excelên-cia do Filho de Deus: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12).

Conclusão – Quando nos despojarmos das más-caras mencionadas acima, reconheceremos nossa in-dignidade e passaremos a depender do poder do Alto. Então, seremos formosos por fora e por dentro.

RuBens LessA é editor da

Revista Adventista.

rubens.lessa@ cpb.com.br

Dan

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livei

ra

Não há muita diferença entre os “sepulcros caia-dos” do tempo de Jesus e os de hoje. Existe muita caiação religiosa entre nós. Essa postura merece um nome nada agradável: hipocrisia.

Os hipócritas gostam de se vangloriar. Além disso, não se apercebem de que constituem um entrave ao crescimento espiritual da igreja e à obra de evangelização. Algumas pessoas saem da igreja porque se escandalizam com a religião do faz de conta. O prejuízo causado por uma religião de epi-derme é tão grande que Jesus deu nome ao cemi-tério dos escandalizadores: “profundeza do mar” (Mt 18:6). Contudo, não nos cumpre decidir quem deve ir para esse lugar, porque presunção espiritual também causa escândalo.

Vamos dar alguns exemplos de sepulcros caia-dos, a fim de nos prevenirmos contra a síndrome da religião de aparência.

1. Faça o que digo, mas... Todos nós conhece-mos o ditado: “Faça o que digo, mas não faça o que faço.” No lar, na escola e na igreja, o abismo entre as coisas que ensinamos e as que deixamos de fazer é um desserviço à obra do Senhor.

Na minha adolescência, trabalhei numa fábrica de alimentos. Todos os dias eu conversava com um funcionário que, aparentemente, era honesto. Com a boca, ele defendia os princípios da igreja e, com as mãos, se esmerava no trabalho, mas tinha o hábito de furtar produtos da fábrica! Quando eu soube

editorial Rubens Lessa

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Pilar Quero parabenizar o teólogo

Deilson Storch por seu excelente artigo “Pilar da mensagem” (RA-se-tembro). O texto, escrito com muita propriedade e erudição, é altamen-te pertinente aos nossos dias e mo-mento histórico.

Caludius Marciuss Penedopor e-mail

ObeliscoLi o artigo “Obelisco no túmulo

de Ellen G. White” (RA-setembro). Achei oportuno abordar esse tema e sanar algumas dúvidas existentes a esse respeito. Posso afirmar que al-guém que tenha lido, ainda que pou-co, a biografia ou os escritos de Ellen G. White jamais acreditaria que ela pudesse ter se envolvido com algu-ma sociedade secreta, uma vez que a vida dela foi um livro aberto, com-pletamente dedicada à família e à sua missão de serva do Senhor.

O problema é sempre o mesmo: as pessoas aceitam como verdade e repetem aquilo que ouvem de outras bocas sem pesquisar por si mesmas a veracidade ou falsidade do assunto.

Edith Miriam Schulz Heinpor e-mail

BisbilhoteirosMuito oportuno o editorial

“Arautos ou bisbilhoteiros?” (RA-se-tembro). Jesus logo voltará. Preci-samos passar mais tempo com Ele, pois o momento é de oração, comu-nhão, e não de fofocas e intrigas.

Precisamos urgentemente viver como viviam os cristãos da igreja primitiva: em unidade de pensa-mento. Eles se reuniam, oravam e abriam o coração a Deus pedindo o derramamento do Espírito Santo.

Quanto mais consagrados nos tornarmos, menos defeitos encon-traremos na igreja, nos líderes de nossa organização e principalmen-te em nossas doutrinas.

Precisamos nos submeter a uma angioplastia espiritual. Peçamos a Deus que elimine tudo aquilo que está emperrando, obliterando e im-pedindo a vinda de Jesus.

Raimundo Braga FilhoFortaleza, CE

Nota do editor: Uma frase do re-ferido editorial diz: “Obviamente, há erros aqui e ali, mas isso não justifi-ca falatórios desprovidos de propó-sito.” Erros graves cometidos por lí-deres não devem ser ignorados nem passados por alto. Mas uma coisa é

criticar aberta e maldosamente (bis-bilhotice) e outra bem diferente é tra-tar de problemas na hora e lugar cer-tos. A crítica construtiva tem respal-do bíblico. Infelizmente, poucos são idôneos para essa tarefa.

Para mim, os editoriais da Revis-ta Adventista são como “maçãs de ouro em salva de prata” (Pv 25:11). Na edição de setembro, destaco o artigo “Arautos ou bisbilhoteiros?”. Quanta verdade e que grande aler-ta à igreja hoje!

Eny Ruella SilvaJundiaí, SP

AdoraçãoGostei da reflexão “As coisas sa-

gradas” (RA-agosto), de Vanderlei Dorneles. Entendo que, mais do que reflexão, foi uma aula sobre adora-ção. Parabéns!

Edson Menegheze Bonettipor e-mail

Arte de esperar Fiquei maravilhado com o arti-

go “A arte de esperar” (RA-agosto), cuja mensagem serviu para me for-talecer espiritualmente. O texto nos leva a pensar nas atitudes que deve-mos tomar enquanto esperamos a vinda de nosso maravilhoso Deus. As ilustrações foram muito bem co-locadas, mostrando que tudo tem o tempo certo para acontecer.

Aloízio Luiz de MeiraGoiânia, GO

O Leitor Opina

nº 1241 Outubro, 2011 Ano 106

www.revistaadventista.com.br

Pu bli ca ção Men sal – ISSN 1981-1462

Órgão Ge ral da Igre ja Ad ven tis ta do Sé ti mo Dia no Bra sil. De di ca do à Pro cla ma ção da “Fé que uma vez foi

en tre gue aos san tos”.

“Aqui está a pa ciên cia dos san tos: Aqui es tão os que guar dam os man da men tos de Deus e a fé de Je sus.”

Apoc. 14:12.

E di torRu bens S. Les sa

E di to res As so cia dosMárcio Dias Guarda, Paulo Roberto Pinheiro,

Marcos De Benedicto, Sueli Oliveira, Lícius Lindquist, Michelson Borges, Francisco Lemos, Zinaldo Santos, Ivacy F. Oliveira, Diogo Cavalcanti, Guilherme Silva,

André Oliveira Santos, Márcio Nastrini, Nerivan Silva, Neila D. Oliveira, Wendel Lima, Adriana Teixeira

e Odiléia O. Lindquist.

Co la bo ra do resTed Wilson, Erton Köhler, Magdiel Pérez, Marlon Lopes,

Edson Rosa, Domingos José de Souza, Geovani Souto Queiroz, Gilmar Zahn, Helder Roger Cavalcante Silva, Leonino Santiago, Marlinton Lopes e Maurício Lima.

Chefe de ArteMarcelo de Souza

Designers GráficosLevi Gruber e Éfeso Granieri

Capa A imagem da capa e as internas retratam os vitrais do

Colégio Adventista de Lincoln, Nebraska, EUA. Foram criados por Maureen McGuire e fotografados por Steve Nazario.

CA SA PU BLI CA DO RA BRA SI LEI RAEdi to ra dos Adventistas do Sétimo Dia

Ro do via Es ta dual SP 127 – km 106Cai xa Pos tal 34; CEP 18270-970 – Ta tuí, São Paulo

Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900

SERvIçO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

LIGUE GRáTIS: 0800 9790606Segunda a quinta, das 8h às 20h

Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

Diretor Ge ralJosé Carlos de Lima

Diretor FinanceiroEdson Erthal de Medeiros

Re da tor-Che feRu bens S. Les sa

Ge ren te de ProduçãoReisner Martins

Ge ren te de Ven dasJoão vicente Pereyra

Chefe de Ex pe di çãoEduardo G. da Luz

As no tí cias para a re vis ta do mês se guin te de vem es tar na Re da ção até o dia 10. Não se de vol vem ori gi nais,

mes mo não pu bli ca dos.

E xem plar Avul so: R$ 3,00. Assinatura: R$ 36,00.

Nú me ros atra sa dos: Pre ço da úl ti ma edi ção. A Edi to ra só se res pon sa bi li za pe las as si na tu ras an ga ria das por

re pre sen tan tes do SELS – Ser vi ço Edu ca cio nal Lar e Saú de.

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

5480/25376Ti ra gem: 25.000

santuário, graça e ÉdenTed N. C. Wilson

Os dois jardinsWilliam G. Johnsson

sua presença salvadoraWilliam G. Johnsson

eis o Cordeiro de DeusWilliam G. Johnsson

O MediadorWilliam G. Johnsson

Graça vivaWilliam G. Johnsson

O dia do juízo está vindo!William G. Johnsson

A caminho do ÉdenEllen G. White

Palavras de amorMensagens para a Semana de Oração dos menores.

Charlie Mills

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em novembro

• Sepulturas vazias

• Esperança além da morte

• Da glorificação à posse da Nova Terra

Dê sua opinião: A escolha das mensagens musicais para as reuniões da igreja deve ser feita apenas pelos cantores e instrumentistas? Qual é o papel do pastor, do ancião e da comissão de música?

Escreva para: Revista Adventista “O Leitor Opina”: Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP, ou [email protected]

As cartas publicadas não representam necessariamente o pensamento da Revista.

seções

2 Editorial 3 Cartas 4 Mensagem Pastoral 25 Notícias

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Experimentando a graça de Deus

A graça divina atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada

nesta edição da Revista Adventista voltada à semana de oração, você vai entender melhor o que realmente é a graça de Deus. Também terá uma visão dessa oferta divina desde o Éden até

a Terra renovada. Precisamos compreender essa graça para abrir o coração a ela, que é a razão da existência da cruz e do maior presente de Deus

para nós. Ao mesmo tempo, necessitamos de equilíbrio para aceitar a graça genuína e não ser

seduzidos pelo conceito de graça barata.

Seu único patrimônio era a casa em que ele vivia com a família.

Não foi fácil lidar com os cobradores. As desculpas já não mais convenciam. Depois de meses orando a Deus, tentando encon-trar um novo emprego e pedindo miseri-córdia aos credores, foi-lhe dado o prazo de 40 dias para pagar a maior das dívidas: o carro. Caso contrário, eles iriam execu-tar a dívida e tomar a casa dele como pa-gamento. O fato é que o prazo se esgotou sem que ele encontrasse uma solução para o problema. Depois de muitas tentativas

sem sucesso, das últimas opções de emprego ou al-gum empréstimo com amigos ou familiares, ele vol-tou para casa completamente desanimado e com pensamentos perigosos. Como dizer à esposa e aos filhos que, a partir do dia seguinte, não mais teriam onde morar? Tarde da noite, ele se sentou para con-versar com a esposa. O que fazer? Que outra alter-nativa buscar? Depois de orar mais uma vez, decidi-ram dormir. Na manhã seguinte, eles deveriam pre-parar as roupas e alguns pertences para abandonar a casa. Afinal, todas as tentativas haviam fracassado.

O dia começou com a família esperando deso-ladamente a execução da ordem de despejo. Às 10 horas, a campainha tocou. Depois de ajeitarem o cabelo e as roupas (para manter a dignidade), eles atenderam à porta. Um homem apenas lhes entre-gou um envelope e saiu. Já preparado para mais co-branças, e sem entender nada, o pai começou a abrir lentamente o envelope. Primeiramente, ele viu um

papel de cor verde, com algumas palavras escritas a mão: “Soube do drama que vocês estão vivendo e decidi ajudá-los. Fiz um le-vantamento de todas as suas dívidas e pa-

guei cada uma delas. Os comprovantes estão dentro deste envelope. Além disso, em sua conta bancária, o saldo está positivo agora. A vida vai recomeçar.”

Por essa simples ilustração, você consegue enten-der melhor o que é a graça salvadora de Deus. Sua graça atua quando as obras e os méritos humanos não resolvem mais nada, quando não podemos com-prar a salvação nem recompensar a bondade de Deus. Afinal, nossas obras são “como trapo da imundícia” (Is 64:6). Não merecemos, mas a graça de Cristo nos basta (2Co 12:9). Por isso, “acheguemo-nos... confia-damente... ao trono da graça, a fim de recebermos mi-sericórdia e acharmos graça” (Hb 4:16).

eRtOn KÖhLeR é presidente

da Divisão Sul-Americana.

Anse

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er

Uma das maneiras mais simples de entender a graça de Deus é trazê-la para a realidade de nossos dias. Por isso, quero convidá-lo a experimentar essa graça pela ótica de um homem endividado – situa-ção muito comum em nossos dias.

Faz algum tempo, certo trabalhador sonhava com um carro novo. Com os financiamentos mais fáceis, ele pensou: “Este é o momento!” Então, comprou um modelo simples e barato, mas com longo financia-mento. Com sacrifício, ele pagava as prestações a cada mês. Um dia, ao sair do trabalho, não encontrou o carro no estacionamento. Procurou informações so-bre o que poderia ter acontecido, mas simplesmente ninguém sabia nada a respeito. Ele foi para casa de-solado, pensando como administrar aquela situação. O carro não tinha seguro e, das 60 parcelas do finan-ciamento, ele havia pago apenas três.

Mas o pior ainda estava por acontecer. Dois me-ses depois, por causa da recessão pela qual passava

o país, a empresa em que ele trabalhava teve que re-duzir o número de funcionários e ele foi um dos de-mitidos. A situação era ainda mais desoladora: sem carro e sem emprego, com prestações a pagar, es-cola dos filhos para manter e a casa para sustentar.

Parecia impossível controlar aquela situação, que se afigurava muito maior que ele. Os dias passaram e o dinheiro recebido na demissão acabou. A partir de então, as contas começaram a se acumular. As pri-meiras cobranças começaram a chegar pelo correio. O cartão de crédito foi suspenso, a escola começou a insistir nos pagamentos e a financeira do carro amea-çou tomar algum bem como pagamento da dívida.

Mensagem Pastoral erton Köhler

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Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Outubro • [email protected]

35 Profissionais voluntários realizam trabalho humanitário na África

37 Igreja inaugura sede ecologicamente correta no oeste paulista

39 Encontro acadêmico estimula o ensino e a pesquisa sobre criacionismo

33 ADRA socorre vítimas das enchentes em Santa Catarina

Com a infância não se brinca

Toda vez que os adventistas contribuem de algum modo com a agenda social do con-texto em que estão inseridos, a missão da Igreja Adventista sai fortalecida. Neste ano, a bandeira escolhida foi a prevenção e combate ao bullying. A escolha tem uma forte justi-ficativa: via de regra, o bullying é um fenômeno escolar. É no colégio que os personagens desse tipo de violência encontram o cenário perfeito. Há um agressor com espírito de li-derança, há uma vítima que não sabe se defender e há os espectadores, que cumprem esse papel por identificação com a agressão, indiferença ou medo.

Se em todas as escolas, em maior ou menor grau, o bullying é ou foi praticado, é fundamental que essa questão seja discutida inicialmente por educadores, pais e alunos da rede educacio-nal adventista. Nesse sentido, várias escolas e sedes administrativas mostraram preocupação com a situação intramuros, promovendo atividades em sala de aula, como jogos, exibição de filmes, comemoração do “Dia do Diferente” e oferecendo orientação para pais e professores.

De modo geral, por muito tempo esse assunto foi legitimado ou ignorado por ser vis-to como “brincadeira de criança”. Mas estudos recentes da academia têm mostrado que

os resultados das agressões físicas e psicológicas sofridas no tempo de escola podem comprometer a vida adulta. Foi por isso que, em agosto, o Ministério da Mulher da Igreja Adventista, em parceria com a rede educacional, reforçou o coro con-tra esse tipo de violência. Pegando carona num interesse popular pelo tema, já despertado pela imprensa secular, a campanha deste ano en-controu muito eco nos meios de co-municação e na sociedade em geral – Wendel Lima. Págs. 26 a 28

AntitabagismoNo dia 8 de junho de 1964, quando

1.200 pessoas participaram do primeiro Curso Como Deixar de Fumar em Cinco Dias realizado no Brasil, no centro de São Paulo, a Igreja Adventista marcava seu pioneirismo no combate ao fumo. Na-quela oportunidade, 85% dos participan-tes deixaram o cigarro.

De lá para cá, o número de fumantes no País reduziu sensivelmente. O Ministério da Saúde e a imprensa em geral intensi-ficaram uma antipropaganda ao tabaco. O hábito que no passado foi associado ao glamour das celebridades do cinema, ao longo das últimas décadas foi identifica-do como um grande vilão da saúde públi-ca e socialmente marginalizado.

Mesmo assim, 200 mil brasileiros morrem precocemente todos os anos por causa do cigarro. Por isso, no fim de agosto, as escolas adventistas organiza-ram manifestações contra o fumo. Qual o objetivo? Ajudar quem está preso ao ví-cio e formar uma geração que fique lon-ge desse risco. Págs. 30 e 31

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Da redação

Foram inúmeras as passeatas e movimentos que agitaram várias cidades e capitais brasileiras, além de outros sete países sul-america-nos no sábado, 27 de agosto, pon-to alto da campanha Quebrando o Silêncio. Esse projeto, criado há dez anos pela Igreja Adventis-ta para todo o mundo, visa a aca-bar com a violência em todos os seus aspectos. Neste ano, o foco é o bullying, prática de colocar ape-lidos e fazer zombarias, frequen-

te em escolas e até dentro de casa.Todas as manifestações foram

amplamente divulgadas pela im-prensa. Mais de 570 mil revistas com linguagem apropriada para o público infantil foram distri-buídas em todo o País. A histó-ria principal da revistinha leva o sugestivo título de “Respeito é bom e nós gostamos” e abor-da o constrangimento pelo qual passa uma estudante. Há jogos educativos que também ajudam a tratar do problema sob a ótica infantil. A campanha é a respos-

ta a uma demanda. De acordo com a pesqui-sa Bullying Escolar, di-vulgada em 2010 pela ONG Plan Brasil, 70% dos estudantes dizem já ter presenciado ce-nas de violência na escola.

Norte – Na região do baixoamazonas, que inclui parte do Pará e todo o Amapá, a cam-panha chegou às 87 cidades em que há presença adventista. Duzentos mil folhetos,

7 mil revistas para adultos e 10 mil revistas para crianças foram dis-tribuídos. Na região metropolita-na de Belém, as manifestações fo-ram feitas em forma de passeatas. A Igreja do Marco mobilizou cen-tenas de voluntários e entregou 20 mil folhetos. Os semáforos da BR 316 também foram usados como pontos de divulgação.

Em Marituba, PA, o projeto foi divulgado nas escolas muni-cipais e foi organizado um ma-nifesto público na Praça Batista Campos. No Amapá, as principais mobilizações foram realizadas em Macapá e Santana. Palestras, dis-tribuição de revistas nas escolas e passeatas com faixas e carro de som marcaram a campanha. Em Santana, autoridades civis como a presidente do Conselho Tute-lar e vereadores também apoia-ram a iniciativa. Em praça pública, os adventistas organizaram apre-sentações musicais e encenações com fantoches.

No oeste do Pará, 20 escolas pú-blicas e privadas receberam orien-tações sobre o bullying e 90 mil revistas foram distribuídas. No dia 31 de agosto, a Dra. Márcia Rabe-lo, da Delegacia da Mulher de San-tarém, realizou uma palestra na sede administrativa local da Igreja Adventista. Na oportunidade, ela destacou um resultado efetivo da campanha: “Um crime de pedofi-lia foi detectado em nossa cidade graças à revista que foi entregue para as crianças. Essa é uma ótima ferramenta de orientação.”

No início de agosto, em São Luís, um chá beneficente foi or-ganizado com fiéis, empresários, autoridades públicas e religiosas para se avaliar os resultados da campanha do ano passado e con-seguir mais recursos para a edição deste ano. No último mês, os ad-ventistas do norte do Maranhão se mobilizaram em 60 pontos de divulgação do projeto. E para tor-nar a iniciativa mais eficaz, a coor-denação estadual da campanha produziu um DVD sobre o tema, no qual profissionais da educação, medicina, psicologia, direito e psi-cologia falaram sobre a questão.

Em Manaus, onde cerca de cinco mil pessoas participaram de uma caminhada para alertar a população sobre os males do bullying, o evento teve o apoio da prefeitura da cidade e foi respon-sável pela distribuição de 25 mil folhetos e revistas sobre o tema.

Nordeste – Em João Pessoa, 2 mil fiéis marcharam na orla

Brincadeira tem limiteIgreja mobiliza fiéis e sociedade para alertar sobre o bullying e mudar

o quadro de violência nas escolas

CompoRtAmento

Duas mil pessoas defenderam a cultura da paz na Avenida Paulista,em São Paulo

São Luís: chá beneficente avaliou resultados da campanha de 2010 e conseguiu recursos e novas parcerias para o projeto deste ano

Ajuda na redeA campanha tem o apoio

do Portal da Educação Ad-ventista, que oferece jogos educativos para orientar as crianças a não ser agressivas e a procurar ajuda caso se-jam vítimas de bullying. No endereço eletrônico (www.educacaoadventista.org.br), também está disponível uma revista virtual do projeto.

Dois mil fiéis desfilaram em João Pessoa, PB

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marítima da cidade. Em outra capital, a baiana Salvador, 1.200 pessoas acompanharam um mi-nitrio-elétrico, entre elas, o depu-tado estadual Deraldo Damasce-no. Das 368 igrejas adventistas da região metropolitana de Sal-vador, apenas 10% não se envolve-ram com manifestações públicas, optando por falar sobre a proble-mática organizando fóruns e se-minários nos próprios templos.

Em Pernambuco, 10 mil pessoas foram às ruas em cidades do inte-rior e em vários bairros de Recife. Em Maceió, 5 mil manifestantes também deram seu recado em fa-vor da paz atrás de um trio elétrico. Nesse mesmo período, uma pas-seata em Fortaleza reuniu mais de 1.100 pessoas. No centro his-tórico da cidade, profissionais das áreas de direito, educação e assis-tência social orientaram a popula-ção sobre o bullying. O ato público foi encerrado com a apresentação

da Turma do Nosso Amiguinho. Em todo o Nordeste, estima-se que mais de 500 mil impressos sobre o tema foram distribuídos.

GO e DF – Em Goiânia, GO, o shopping Flamboyant, o maior do Estado, recebeu pelo tercei-ro ano consecutivo a campanha. Igreja, escolas, prefeitura e o Ins-tituto Flamboyant promoveram atividades para as crianças como desenhos e encenações. As apre-sentações dos corais infantis das escolas adventistas e da Igreja Central emocionaram quem pas-sou por ali.

O Araguaia Shopping, também em Goiânia, pela primeira vez re-cebeu os voluntários. O shopping fica acoplado à Rodoviária Central de Goiânia e ao lado da maior fei-ra hippie do Brasil. A igreja tam-bém montou stands no centro da cidade com atendimento psicoló-gico e jurídico. Para a garotada, a ação disponibilizou brincadeiras no pula-pula, pintura nos rostos, enfeites nos cabelos, balões de ar e a revista Nosso Amiguinho. Em Anápolis, as igrejas de quatro dis-tritos pastorais se reuniram no Parque Ipiranga para distribuir folhetos. Corais cantaram ao ar livre e mais de mil pessoas parti-ciparam do evento.

Em Planaltina, a mobilização foi atrelada às comemorações dos 152 anos da cidade, a mais antiga do Distrito Federal. Mais de 500 revistas e 2 mil folhetos foram dis-

tribuídos. Em Ita-poã, com o apoio da polícia local, fiéis entregaram os materiais da campanha, bem como 1.500 livros missionários.

TO e MS – Em Araguatins, ex-tremo norte do Tocantins, os fiéis fizeram uma passeata pelas

principais ruas da cidade. Na Câ-mara dos Vereadores, professores, psicólogos e conselheiros tutela-res orientaram a população por meio de palestras. Um coral de Libras se apresentou para a pla-teia atenta. À tarde, o culto jovem também tratou da problemática.

Em Corumbá, MS, a passeata percorreu as principais ruas da

cidade e teve cobertura da mí-dia local. Em Aquidauana, o apoio veio da prefeitura. Mais de 4 mil alunos das 16 escolas da rede estadual e municipal foram alcançados pelo projeto. Os vo-luntários presentearam as escolas com DVDs contendo 30 músicas infantis religiosas e quatro de-senhos educativos. Algo seme-lhante aconteceu em Miranda. O projeto envolveu toda a rede edu-cacional, incluindo escolas parti-culares, rurais e indígenas. Mais de 6 mil alunos e 400 professores receberam orientações e material didático da campanha.

MT – No Estado do Mato Gros-so, os números da campanha im-pressionam: 45.409 alunos, em 115 escolas, foram envolvidos na mobilização. A campanha esta-dual recebeu o reforço da coorde-nadora sul-americana do projeto, Wiliane Marroni, que pregou na Igreja Central de Cuiabá e realizou palestras em escolas. A iniciativa foi destacada pelo jornal Folha do Estado, o principal de Mato Gros-so, e pela TV Assembleia, que en-trevistou a coordenadora estadual da ação, Cleide Fraga.

Em Nova Mutum, norte do Estado, as duas congregações adventistas se uniram para participar de uma carreata em parceria com o Corpo de Bom-beiros e Polícia Mili-tar. O pastor local, Jean Quenehen, foi convida-do para participar do 1º Fórum Municipal “Edu-car Para a Cultura da Paz”, que discutiu me-didas para se diminuir a violência nas escolas.

SP e RJ – Na maior ci-dade do País, o lança-

mento do projeto deste ano foi marcado com uma manifestação pública de 2 mil pessoas na Ave-nida Paulista. “Bullying acabe ago-ra com isso” foi o principal apelo estampado em faixas e placas pe-los manifestantes. Os voluntários pintaram os rostos e caminharam do centro ao fim da avenida no sá-bado à tarde, 27 de agosto, com ações e encenações alusivas ao tema nos semáforos.

Na região sul do Estado do Rio de Janeiro, mais de 100 mil im-pressos foram distribuídos, em 20 pontos de atendimento. Em Bar-ra Mansa, uma tenda foi montada na principal praça da cidade, ofe-recendo atendimento psicológico às vítimas de bullying. A iniciativa foi veiculada na TV Bandeirantes. Em Resende, a psicóloga Rute Ma-ciel, que ajudou nas palestras da campanha, disse que após o pro-jeto está decidida a frequentar a Igreja Adventista.

Ações educativas – Por en-tender que a escola é o principal palco para a prática do bullying e que as unidades escolares são espaços privilegiados para a dis-cussão do problema, é que a rede de colégios adventistas da região sul de São Paulo se organizou

Passeata atraiu 5 mil pessoas na orla de Maceió

Coral da Igreja Central de Goiânia canta no shopping Flamboyant. Pelo terceiro ano consecutivo, shopping mantém parceria com a Igreja Adventista

Carreata percorreu 16 km em Goiânia

Aquidauana, MS: Pastor Ebenezer conversa sobre bullying com alunos das escolas públicas

CredibilidadeA titular da Secretaria Nacional de Direitos Hu-

manos, ministra Maria do Rosário Nunes, depois de receber a visita da coordenadora nacional do proje-to, Williane Marroni, e folhear o material da campa-nha, pontuou a relevância da iniciativa adventista: “o fato de esse projeto estar se mantendo ao longo dos anos, com muita seriedade, com as revistas e o trabalho de base, significa um alerta e praticamen-te as mãos estendidas para dentro do lugar mais sagrado, que é a casa das pessoas.” Na prática, des-de março, quando se deu o encontro, o projeto faz parte do portfólio de ações recomendadas pela Se-cretaria no combate aos maus-tratos e agressões.

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para reverter esse quadro. Du-rante todo o ano, reuniões siste-máticas foram realizadas com a equipe de educadores da escola, pais e alunos.

No primeiro dia letivo, em agos-to, por exemplo, mais de 600 pro-fessores da rede se reuniram para aprofundar a discussão do tema. Em sala de aula, os professores preparam diferentes atividades para esclarecer o que é bullying, orientar os alunos a procurar aju-da e também incentivar o bom relacionamento entre os colegas, respeitando as diferenças.

Paraná – No norte do Paraná, adventistas saíram às ruas para manifestar a posição da denomi-nação sobre o assunto: indignação e repúdio. A programação tam-bém ganhou destaque em Londri-na e Rolândia. Lá, foram realizadas passeatas e palestras. No Colégio Adventista de Londrina, quatro autoridades no assunto falaram a pais e membros da Igreja Adven-tista, entre elas Zilda Romero, juí-za da 6ª Vara Criminal. Em Rolân-dia, 450 pessoas participaram da passeata com a Turma do Nosso Amiguinho, balões e fanfarra. O prefeito Johnny Lehmann acom-panhou a movimentação e discur-sou no fim do programa.

RS – Em Novo Hamburgo, o coral jovem da Igreja Central se apresentou no pátio de uma gran-de rede de lanchonetes, que de-senvolve no mês de agosto uma campanha mundial de combate ao câncer infantil. Na cidade, fo-ram distribuídos 4 mil folders e 1.100 revistas.

Em Vacaria, no nordeste do Estado, o programa teve o apoio das autoridades locais. No sábado, 27 de agosto, o prefeito Elói Pol-tronieri e a advogada e vereado-ra Elisabete Ritter foram alguns dos oradores que trataram da te-mática em palestras realizadas na Câmara de Vereadores.

Em Cachoeirinha, região me-tropolitana de Porto Alegre, a Turma do Nosso Amiguinho fez uma série de encenações. Em Al-vorada, além da caminhada e do oferecimento de serviços gratui-tos à comunidade, como a ve-rificação da pressão arterial, o programa teve a participação do prefeito e da primeira-dama. Co-rais e grupos musicais das escolas e igrejas locais se apresentaram.

Em Santa Maria, RS, educado-res usaram a criatividade para en-sinar lições de tolerância. O tema norteou as aulas, atividades lúdi-cas e filmes exibidos ao longo de uma semana. No fim desse pe-

O que é bullying escolar?Muitos estudos estão sendo realizados para descobrir como se forma o

fenômeno bullying nas escolas. Algumas pesquisas apontam que muitos desses conflitos e tensões entre os alunos são motivados por mera diver-são ou por busca de autoafirmação. Porém, o bullying só ocorre quando os estudantes resolvem seus conflitos entre si, na ausência de professo-res e profissionais da escola. É nesse contexto que as agitações e ataques à vítima costumam ocorrer.

Caso exista numa sala de aula um agressor em potencial, ou vários de-les, esse aluno poderá influenciar os demais a ter atitudes ásperas e vio-lentas. O agressor costuma ter certo perfil. Tem temperamento irritadi-ço e necessidade de ameaçar, dominar e usar a força. Por isso, geralmen-te o agressor prefere atacar os mais frágeis, aqueles que ele tem certeza de que pode dominar.

O chamado “bode expiatório”, aquele estudante que é inseguro, passivo, tímido e tem dificuldades de se impor, logo é descoberto pelo agressor. Quem agride se sente superior à vítima ao vê-la ansiosa, indefesa e cho-rando. O típico agressor também convence seus colegas a escolher uma vítima, fazendo com que mais pessoas se unam a ele. Nesse momento al-guns alunos temem em se tornar a próxima vítima, por isso isolam o alvo (vítima) e o bullying é fato consumado.

O bullying é caracterizado pela soma de alguns fatores: comportamento agressivo repetitivo num período prolongado de tempo com a mesma ví-tima; situação que impeça a defesa do agredido; e violência sem motivos. Além disso, esse comportamento é caracterizado por alguns personagens: a vítima, que é atacada e reage de maneira ineficaz; o agressor; e os es-pectadores, aqueles que apenas presenciam o bullying, mas não o sofrem nem o praticam. Alguns desse grupo se sentem inseguros e incomodados, mas não têm uma atitude positiva, mesmo sabendo que seus direitos de estudar num ambiente seguro e solidário foram violados.

O bullying pode ocorrer de duas formas: direta e indireta. A direta inclui agressões físicas como bater, chutar, e verbais como apelidar de manei-ra pejorativa, insultar e constranger. Esse comportamento é mais comum entre os meninos. O bullying indire-to, por sua vez, é a disseminação de rumores desagradáveis e desqualifi-cantes, visando ao isolamento social da vítima. Esse tipo é mais praticado pelas meninas.

Por isso, é preciso estar cada vez mais atento ao comportamento de filhos e alunos!

JOCiANe MARTheNDAl OliveiRA SANTOS

é psicóloga e mora emTatuí, SP.

Entrelinhas

Cuiabá e Rondonópolis: passeatas tiveram a cobertura da TV Bandeirantes e SBT

Williane Marroni, coordenadora da campanha sul-americana, pregouna Igreja Central de Cuiabá

Prefeito de Alvorada, RS, JoãoCarlos Brum, manifestou seu apoio

ríodo, a escola comemorou o “Dia do Diferente”, em que professores e alunos se vestiram de forma dis-tinta da habitual – Com reporta-gem de Caroline Carnieto, Ellen Macedo, Rosemeire Félix, Sônia Monte, Ellen Ribeiro, Ana Pau-la e Danúbia França, Dani Gon-çalves, Leonardo Siqueira, Luzia Paula, Patrícia Ferreira, Ruth Al-buquerque, Alínic Teles, Ruth Al-buquerque, Marcos Daniel Peres, Márcia Ebinger, Olivandro Maia, Anderson Bastos, Tatiane Lopes, Felipe Lemos, Franck Oliveira, Glória Rafaella, Ariston Júnior,

Rebbeca Ricarte, Vanessa Lima, Herbert Cleber, Diego Barreto e Gilson Lobato.

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Felipe LemosColaborador

Uma das grandes preocupa-ções da Igreja Adventista, des-de sua organização em 1863, tem sido a preservação de sua histó-ria e dos escritos da profetisa e pioneira Ellen G. White. Esse le-gado tem orientado a denomi-nação com quase 17 milhões de membros ao longo de mais de um século. Uma das estratégias en-contrada pelos líderes para man-ter a igreja fiel à sua missão e visão, é organizar centros de estudos e de pesquisa nas universidades adventistas.

No mês de agosto, três novos centros de estudos passaram a

funcionar na Universidade Ad-ventista do Chile (25 de agosto), no Instituto Adventista do Uru-guai (27 de agosto) e na Faculda-de Adventista da Amazônia (31 de agosto), no estado do Pará. Na Fa-culdade Adventista da Bahia (Ia-ene), por sua vez, foi inaugurado no dia 4 de setembro o Centro de Pesquisas Ellen G. White do Nor-deste do Brasil.

Pesquisa e estudo – “Em cada centro de pesquisas, como os da Argentina, do Brasil (São Paulo e Bahia) e do Peru, existe uma cole-ção completa de cópias das cartas e manuscritos originais de Ellen White. Por sua vez, os centros de

estudos não possuem tal coleção”, explica o pastor Alberto Timm, reitor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (Salt) e coordenador dos centros de pesquisas sul-americanos. Os pastores James Nix e William Fa-gal, coordenadores mundiais dos centros de pesquisas, participa-ram das inaugurações e ressalta-ram a importância da iniciativa.

Nix falou também sobre os pla-nos da Igreja mundial para po-pularizar os escritos de Ellen G. White: “Queremos disseminar a mensagem, e temos projetos para áudio-livros, revistas e livros em linguagem jovem. O seminário teológico da Universidade Andrews está organizando uma enciclopédia sobre Ellen G. White, editada por dois dos seus professores.”

A cerimônia de inauguração do Centro de Pesquisas Ellen G. White, na Bahia, foi precedida pelo 1º Encontro de Líderes do Espírito de Profecia da Divisão Sul-Americana. O evento reu-niu diretores dos quatros centros de pesquisas e dos cinco centros de estudos operados pela Igreja Adventista na América do Sul, bem como os líderes de Espírito de Profecia de vários níveis ad-ministrativos. “A maior parte das discussões girou em torno da es-trutura da nova rede de Centros White da Divisão Sul-Americana, bem como de planejamentos es-tratégicos para seu funcionamen-to”, resumiu o pastor Timm.

história – Em 1979, foi inau-gurado o primeiro centro de pes-quisas da América do Sul, locali-zado na Universidade Adventista del Plata (Argentina), e, em 1987, surgiu a primeira instituição do gênero no Brasil, no Unasp, cam-pus Engenheiro Coelho. Por sua vez, o terceiro centro de pesquisas passou a funcionar em 2009 na Universidade Peruana Unión, em Lima, e o mais recente na Bahia.

“O plano estratégico do Salt é que as instituições educacionais com programas de mestrado e/ou

doutorado em Teologia possuam um centro de pesquisas; e as que oferecem apenas programas de graduação em Teologia tenham ao menos um centro de estudos”, explicou o pastor Timm.

Função – A importância desses centros de referência teológica e histórica é muito clara. Funcio-nam como núcleos de difusão e fortalecimento da identidade ad-ventista através da disponibiliza-ção de documentos relacionados com a Bíblia Sagrada, os escritos de Ellen White e a história deno-minacional.

A ideia de preservação doutri-nária e histórica tem se ramifica-do também até as igrejas locais e escolas através dos assim cha-mados Minicentros Ellen White, que disponibilizam livros e ou-tros materiais, além de incentivar o resgate da história do adventis-mo local.

Em um de seus recentes livros, A Visão Apocalíptica e a Neutra-lização do Adventismo, o teólogo e historiador George R. Knight de-fende que a relevância da Igreja Adventista no século 21 depen-de da fidelidade dos fiéis e da de-nominação aos princípios e ideais que motivaram os pioneiros em sua organização – Com reporta-gem de Rebeca Conte.

Para não perder a visãoAbertura de centros de pesquisas e de estudos Ellen G. White

ajuda a fortalecer identidade profética da Igreja

ellen g. white

Os pastores Fagal (à esq.) , Timm e Nix (à dir.) visitaram as universidades adventistas do Chile (foto) e Uruguai

Na Faculdade Adventista da Amazônia, no Pará, foi organizadoum centro de estudos

Nas Faculdades Adventistas da Bahia, foi inaugurado o centro de pesquisas, que conta com o acervo completo de cópias dos manuscritos de Ellen G. White

Saiba +O Patrimônio Literário Ellen G.

White mantém um site (www.whiteestate.org) com materiais em nove idiomas, incluindo o português. No Brasil, o endereço eletrônico do núcleo de pesqui-sas é www.centrowhite.org.br.

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Da redação

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado no fim de agosto, foi também um dia de exercício da cidadania para muitos alunos da rede escolar adventista, que falaram sobre os malefícios do cigarro e divulga-ram cursos antitabagistas. A ga-rotada também aprendeu lições de vida ao ajudar pacientes com câncer em Curitiba e ao reformar

a residência de um casal idoso em apenas dois dias, no Gama, DF.

MS e MT – Em Corumbá, MS, orientações sobre saúde, abaixo- assinado, distribuição de frutas em troca de cigarros e até uma visita à Câmara Municipal fize-ram parte da manifestação dos es-tudantes, que chamou a atenção dos jornais locais e da TV afilia-da da Rede Globo. Pela manhã, os alunos se reuniram no centro da cidade e mostraram placas e fai-xas sobre os perigos do tabagismo. Uma cesta de fruta e uma placa com a frase: “Troque uma nicoti-na por uma vitamina”, chamou a atenção de quem passou por ali.

Como parte da manifestação, os alunos colheram assinaturas da população para encaminhar à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O abaixo-assinado tem como objetivo cobrar das au-toridades a celeridade na reformu-lação da Lei Estadual 3.576/2008, que atualmente apenas limita o fumo em locais públicos fecha-dos, mas permite a existência de fumódromos. O projeto de

reformulação da Lei visa a proi-bir, sem exceção, o fumo em lu-gares públicos fechados e abertos.

Em Cuiabá, MT, a manifesta-ção dos alunos teve o apoio de comerciantes da região e a cober-tura jornalística da TV Bandei-rantes. Os estudantes foram até a Praça Cultural do CPA, visitaram os comércios da região, incluindo o Mercado Modelo. No interior do Estado, em Rondonópolis, os alunos fizeram sorteios na Praça dos Carreiros e deram entrevistas para a TV Cidade, afiliada do SBT.

SP, PR e RS – Em Embu das Ar-tes, região metropolitana de São Paulo, alunos da escola adventis-ta local se reuniram com uma fan-farra na praça central da cidade para convidar os moradores para participar de um curso antitaba-gista oferecido no colégio. Com o convite para as palestras, eles ofe-receram uma maçã em troca de cigarros.

No norte do Paraná, a Uni-versidade Estadual de Maringá promoveu uma maratona de re-vezamento contra o fumo. Duas mil pessoas, divididas em 250 equipes participaram, entre elas quatro grupos da Igreja Adventis-ta Central de Maringá. No dia da

prova, o colégio e a escola adven-tistas locais trabalharam numa feira de saúde, oferecendo maçãs em troca de maços de cigarros.

No mesmo período, a Igreja e o Colégio Adventista de Esteio, em parceria com a prefeitura e a câmara de vereadores locais, rea-lizaram palestras antitabagistas para cem pessoas. O jornal local destacou a iniciativa e o envolvi-mento dos estudantes na realiza-ção do curso. Segundo o diretor da unidade escolar, Dirceu Lopes, o engajamento dos alunos pode ser explicado pelo resultado de uma enquete feita na escola: 40% deles têm algum familiar próxi-mo que fuma.

hospital do câncer – Em Curitiba, no primeiro mês de au-las do segundo semestre, os alu-nos do Colégio Curitibano Ad-ventista Bom Retiro deixaram a sala de aula para exercitar a so-lidariedade. Uma campanha de inverno uniu educadores e es-tudantes e arrecadou 600 peças de roupas, 50 pares de sapatos e 15 cobertores.

No dia 23 de agosto, as doações foram entregues à Rede Femini-na do Hospital Erasto Gaertner, unidade de saúde especializada no tratamento do câncer. O di-nheiro levantando com a venda dos donativos será revertido para os pacientes que precisam de au-xílio para prosseguir no trata-mento médico. Atualmente, a Rede Feminina do HEG tem 400 voluntários, mas com a força da campanha do colégio, ganhou mais de mil.

lições para a vidaAlunos das escolas adventistas aprendem sobre cidadania

combatendo o fumo e demonstrando solidariedade

eduCAção

Cantina saudável agora é lei em Campo GrandeOferecer aos estudantes ali-

mentação saudável e excluir do cardápio balas, gulosei-mas, carnes e refrigerantes já era uma prática comum nas cantinas dos colégios adven-tistas de Campo Grande. Mas desde o início de setembro, seguir um cardápio mais sau-dável se tornou obrigatório para as cantinas comerciais das escolas da rede pública e privada de educação básica do município.

Desde que o projeto de Lei nº 6.855/10 foi proposto, os colégios ad-ventistas da Capital foram amplamente citados na mídia como mo-delos dessa prática. Foi por isso que o Colégio Adventista Jardim dos Estados sediou o encontro de nutricionistas, professores de educação física, médicos e jornalistas que discutiram o projeto poucos dias antes de sua aprovação. O grupo se mostrou admirado com a filosofia edu-cacional da rede.

Alunos e professores do Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro se uniram para doar calçados, roupas e cobertores para a Rede Feminina do Hospital Erasto Gaertner

Gincana solidária: alunos do Centro Educacional Adventista do Gama, DF, reformaram a residência de um casal de idosos em apenas dois dias. O grupo ainda vai dar uma cesta básica por mês até o fim do ano para a família atendida

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Mão na massa – Tudo come-çou com uma prova da gincana do Centro Educacional Adven-tista do Gama (CEAG), mas ter-minou em aprendizado e soli-dariedade. Após encontrar um casal que precisava de ajuda, alunos e voluntários entraram em ação. O sonho de seu Antô-nio e dona Ricarda da Silva era trocar o telhado da casa, já mui-to antigo e que apresentava vá-rias goteiras.

Inicialmente, o plano era envol-ver os alunos na reforma de 120 metros de cobertura, em apenas

dois dias. Mas, quando a profes-sora de Biologia e uma das ide-alizadoras do projeto, Ana Kelly Ribeiro, visitou os idosos, per-cebeu que eles precisavam mui-to mais do que algumas telhas. “O coração doeu e decidimos ir atrás”, contou.

Dali para frente a mobilização foi maior ainda. Areia, madeira, telhas, jardinagem, cimento, tinta e móveis novos foram os materiais arrecadados com os lojistas da ci-dade que, sensibilizados com a si-tuação, fizeram grandes doações. O corre-corre foi grande, mas o

empenho foi maior ain-da. Poucos profissionais voluntários e 80 alunos trabalharam como pin-tores, pedreiros, jardi-neiros, encanadores e eletricistas por dois dias.

Pais de alunos e fun-cionários também não conseguiram ficar de braços cruzados. Rami-ro Falcão, por exemplo, de 80 anos, ajudou por 17 horas seguidas na obra. “Eu gosto muito de ajudar, então achei importante participar! Estou contente e não me sinto cansado”, assegurou.

Depois de passar três dias fora de casa, os idosos tiveram a grata surpresa: não apenas o telhado, mas toda a residên-cia havia sido reformada. Timi-damente, mas com um sorriso nos lábios, eles se depararam com muro e paredes pintadas, móveis novos e um banheiro totalmente adaptado para a ne-cessidade física de Antônio, que teve uma das pernas amputada.

“Agradeço muito a esses jo-vens, e que Deus dê muita saúde

Editor: Raoul Dederen, Andrews University.

Com 1.168 páginas, este livro apresenta um estudo

exaustivo das principais doutrinas e crenças

adventistas. Deus, Cristo, Espírito Santo, Pecado,

Salvação, Santuário, Juízo, Sábado, Família, Profecias,

Milênio, Segunda Vinda de Cristo, Grande Confl ito...

Cada um dos 28 temas é analisado ao longo de

toda a Bíblia, depois na história cristã e nos escritos

adventistas.

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Corumbá, MS: troca de cigarros por frutas e abaixo-assinado para apoiar a Lei que prevê proibição do fumo em lugares públicos fechados e abertos Adventistas participaram de

maratona e feira contra o fumoem Maringá, PR

para eles”, com dificuldades An-tônio agradeceu. A esposa, dona Ricarda, rindo à toa, garantiu es-tar muito feliz por tudo. “Se Deus quiser, a vida vai melhorar daqui para frente”, disse otimista. Além de reformar a casa, os alunos con-seguiram a doação de cestas bá-sicas mensais para os idosos até o fim do ano – Com reportagem de Rosemeire Félix, Ana Paula Ra-mos, Leonardo Siqueira, Francis Matos, Caroline Carnieto, Ellen Ribeiro e Patrícia Ferreira.

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Márcio Tonetti e Patrícia Ferreira

Colaboradores

Uma feira de saúde marcou o encerramento do congresso or-ganizado no Catre, em Governa-dor Celso Ramos, SC, pela sede administrativa da Igreja Adven-tista para o Sul do Brasil. A co-missão organizadora colocou à disposição dos 250 participan-tes serviços gratuitos como aferi-ção de pressão arterial, testes de resistência e de glicemia, cálcu-lo do Índice de Massa Corporal (IMC) e massagens. Antes disso, eles já tinham recebido orienta-

ções através de palestras técnicas e puseram em prática hábitos como o exercício físico regular.

Maria Cecília Gon-çalves, moradora de Ponta Grossa, já sabia que seu IMC está ele-vado. “Os testes que fiz aqui reforçaram que eu preciso perder pelo me-nos 50 quilos. Peso 115 quilos e, para ficar den-tro dos parâmetros nor-

mais, precisaria ter entre 60 e 65. É como se meu coração estives-se dando conta de duas pessoas”, analisou. Maria conta que o pro-blema com a obesidade vem desde a infância. Mas, há cerca de dois anos, ela vem cuidando mais de sua alimentação. Seu grande de-safio, porém, é reduzir a ingestão de alimentos.

Comida, sono e obesidade – Orientações dadas por profissio-nais fizeram parte do encontro também. Uma das conclusões a que se chegou é que comer de-mais e em intervalos de tempo menores é uma das principais causas de doenças.

Para o Dr. Silmar Cristo, que é autor do livro Segredos da Saúde, Inteligência e Longevidade, as pes-

soas devem respeitar o intervalo de cinco horas entre as refei-ções e cuidar com os “banquetes” no-turnos. Segundo ele, fazer refeições leves à noite garante sono de qualidade e pen-samento claro.

O coordenador de residência em Nefro-logia da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Hélnio Nogueira, ressaltou que indivíduos ma-gros vivem, em mé-dia, de três a quatro anos mais. Ambos

os conferencistas lembraram que, além de comer menos, mastigar bem os alimentos é essencial para se ter mais saúde.

A obesidade, considerada um problema de saúde pública, tam-bém foi analisada no congresso por Hélnio Nogueira. O médico citou a pesquisa divulgada em fe-vereiro de 2011 pela revista bri-tânica The Lancet, cujo estudo mostra que o número de obesos dobrou nos últimos 30 anos, com-prometendo a qualidade de vida de 500 milhões de adultos.

De acordo com o organiza-dor do evento e diretor do de-partamento de Saúde da Igreja Adventista para a região Sul, pas-tor Evandro Fávero, a ideia não foi só proporcionar um check-up

aos participantes, mas ensinar como se faz um evento do gêne-ro, tornando assim os líderes das igrejas locais multiplicadores da iniciativa.

Paraná – Em Cambé, PR, fei-ra semelhante foi organizada no dia 13 de agosto. Uma equipe de profissionais e voluntários se uniu para esclarecer dúvidas frequen-tes da população e fazer exames. O objetivo do projeto foi apresen-tar à comunidade o poder preven-tivo e curativo dos oito remédios da natureza defendidos pelos ad-ventistas: alimentação saudável, exercícios físicos, água, luz solar, ar puro, descanso, confiança em Deus e equilíbrio.

Comandados por Mailson Souza, pastor local, 500 pessoas participaram da mobilização no calçadão central da cidade, com o acompanhamento da impren-sa local e de autoridades políti-cas. Os membros aproveitaram a oportunidade para lançar um curso antitabagista, realizado por profissionais no centro de eventos da cidade.

É hora do check-upFeiras de saúde no Sul do Brasil pretendem oferecer

modelos de atuação para líderes e congregações locais

SAúde

Clínicas lançam revistaAs Clínicas Adventistas de Curitiba e Porto Alegre

estão com um novo periódico. É a revista Estilo Saú-de, publicação trimestral que vai tratar de temáticas atuais na área de saúde, numa linguagem acessível. Integrantes do corpo clínico de ambas as unidades e jornalistas dos escritórios da Igreja Adventista de todo o Sul do País colaboram com a produção de matérias. A primeira edição trata de assuntos como verdades e mitos sobre o vegetarianismo, a luta contra a esquizofrenia e histórias de pes-soas que mudaram o estilo de vida. A revista Es-tilo Saúde nasce com a proposta de integração com as plataformas digitais, ampliando assim os horizontes da informação.

Teoria e prática: 250 congressistas assistiram às palestras, fizeram exames e praticaramexercícios físicos

Dr. Silmar Cristo: comer muito e entre curtos intervalos prejudica a saúde

Cambé, PR: ensino dos oito remédios naturais em praça pública

Niemeyer projeta Igreja da FaamaO Pará vai receber a segun-

da edificação projetada por Os-car Niemeyer, ícone mundial da arquitetura moderna. Desta vez, em vez de um monumento retra-tando um marco histórico do Es-tado, como no caso do Memorial à Cabanagem, Niemeyer concen-trou a criatividade na elaboração da Igreja da Faculdade Adventista da Amazônia, em Benevides, PA. No fim de agosto, uma comitiva de autoridades religiosas e políticas participou do lançamento da pedra fundamental da obra. O projeto está incluído no livro As igrejas de Oscar Niemeyer, recém-lançado pelo arquiteto de 102 anos. Segundo a direto-ria da igreja, o início da construção deve ficar para 2012.

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33Revista Adventista I outubro • 2011

Da redação

Fotos e imagens não conse-guem retratar o estrago que a chuva fez em Rio do Sul, o muni-cípio mais atingido pelas últimas enchentes em Santa Catarina. Essa foi a impressão da equipe da Agência Adventista de Desenvol-vimento e Recursos Assistenciais (ADRA), que visitou a cidade no dia 14 de setembro para entre-gar 500 kits de higiene e limpe-za, comprados com recursos da ADRA Internacional e da ADRA Brasil, totalizando 20 mil dólares.

Os números mostram uma dura realidade. Dos 62 mil habi-tantes de Rio do Sul, 50 mil foram afetados pela enchente. “Foi a pior enchente dos últimos 28 anos.

Perdi minha empresa, o sustento da minha família”, comentou o empresário Ivens He-nich, dono de uma in-dústria de móveis e um dos líderes da igreja ad-

ventista local. Outros fiéis também sofreram

com a tragédia. Cerca de cem fa-mílias foram atingidas e todas elas receberam os kits. Na Igreja Cen-tral de Rio do Sul e de Taboão al-guns membros trabalharam na recuperação dos templos. “Que-remos nossa igreja limpa e pronta para o culto a Deus. Depois, cui-damos na nossa casa”, disse Lau-dir dos Santos. Em Blumenau, no bairro Garcia, a atitude dos jovens adventistas foi destacada pelo Jor-nal de Santa Catarina. Os volun-tários dedicaram o sábado para limpar e recuperar locais atingi-dos, além de distribuir literatura missionária.

A Agência também mobili-zou uma campanha de doações de roupas, calçados, alimentos e

dinheiro pela internet, com o su-porte da rádio Novo Tempo e de três pontos de entrega. Num se-gundo momento, as sedes admi-nistrativas da Igreja Adventista no Sul do Brasil doaram 40 mil reais. O dinheiro beneficiou moradores de

Rio do Sul, Brusque e Itajaí.

MG – Além do socorro aos flagelados de Santa Ca-tarina, duas ações ADRA se destacaram nas últimas semanas: o treinamento de voluntários, sob a lideran-ça da Defesa Civil de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, e a inclusão do Dia do Muti-rão de Natal no calendário

municipal da Capital fluminense. Em Uberlândia, MG, mais de

quarenta pessoas dedicaram um fim de semana para apren-der como salvar vidas. Reunidos com agentes da Defesa Civil, os voluntários da ADRA receberam instruções de como proceder em desastres, resultados de eventos adversos, naturais ou provoca-dos pelo homem em um ecos-sistema vulnerável. O curso, que vem sendo oferecido desde junho,

já foi realizado em Belo Horizon-te, Juiz de Fora, Governador Va-ladares, Conselheiro Lafaiete e Uberlândia.

RJ – Orientação semelhante foi oferecida aos moradores da co-munidade de Vila José de An-chieta, no Rio de Janeiro, no dia 11 de setembro. A ADRA regio-nal deu suporte ao terceiro Exer-cício Simulado de Desocupação nas Áreas de Alto Risco Geoló-gico, conduzido pela Defesa Ci-vil. Uma palestra e a distribuição de folhetos ajudaram a conscien-tizar a população.

No dia 8 de setembro, por sua vez, foi assinado um projeto de lei que pede a inclusão do Dia do Mutirão de Natal no calendário oficial de eventos e datas come-morativas da cidade do Rio de Ja-neiro. O projeto, assinado pelo vereador Paulo Messina, prevê que a campanha seja lembrada em todo o segundo domingo de dezembro – Com reportagem de Daniel Gonçalves, Felipe Lemos, Wasthi Lauers, LaFayette Trawi-ck, Christina Zaiback e Eduardo Teixeira.

Na hora certaADRA socorre vítimas em SC e treina

voluntários em MG e RJ

ASSiStênCiA SoCiAl

Obama visita centro comunitário adventistaO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,

conheceu um centro comunitário mantido pela Pri-meira Igreja Adventista de Paterson, em New Jer-sey, em visita às regiões mais atingidas pelo furação Irene. Acompanhado do pastor local, David L. King, Obama elogiou o trabalho dos 300 voluntários que atenderam 3.300 pessoas. O centro comunitário fi-cou responsável pela distribuição de 200 mil dóla-res em alimentos, materiais de higiene e limpeza.

Na República Dominicana, a ADRA distribuiu su-primentos para duas semanas, na província de San Cristóbal, uma das áreas mais afetadas. A resposta de emergência visou especificamente às famí-lias com crianças menores de seis anos. Quatro dias depois que o furacão passou pela região, a ADRA entregou inicialmente 900 sacos de comida.

Equipe da ADRA distribuiu 500 cestas básicas em Rio do Sul. Cem famílias adventistas foram atingidas

Fiéis lavam templos invadidos pela água das chuvas

Batismo de índios xavantesCampinápolis fica a 710 quilômetros de Cuiabá, MT, e tem apenas 13.600

habitantes. A cidade não tinha presença adventista até que um cacique xa-vante entrasse em conta-to com a Igreja Adventista solicitando que um evan-gelismo fosse realizado em sua aldeia. Atendendo ao pedido, o pastor Rai-mundo Neves se mudou temporariamente para o município e pregou so-bre a Bíblia por 35 noites. Ao todo, 13 pessoas foram batizadas, a maioria da et-nia xavante.

ErrataErramos nas páginas 24 e 25 da edição de setembro. A Ilha de Santana

não está localizada no Pará, mas Amapá. Além disso, o parágrafo que se refere ao trabalho dos jovens nessa região do Brasil foi duplicado.

Erramos também na página 33. A grafia correta do nome da cidade é Lage-ado Baixo e a iniciativa da produção do filme não foi apenas do casal Dawer-ne e Rute Bazan, mas de outros adventistas do distrito pastoral local. Como nota adicional, vale informar que o dinheiro arrecadado com a venda do fil-me, além de ajudar na evangelização de Botuverá, contribuirá para a cons-trução de dois templos na região que foi o berço do adventismo brasileiro.

Em Itaguaí, RJ, os fiéis de dois distritos pastorais foram organizados em duplas missionárias e pequenos grupos para evangelizar todo o município. Durante oito noites, 700 pessoas compareceram às reuniões lideradas pelo evangelista João Moreira Júnior. Como resultado da mobilização, mais de cem pessoas foram batizadas e outras 30 continuam estudando a Bíblia.

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Jael EneasColaborador

Vinte e três jovens saíram do Brasil, do Unasp, campus Hor-tolândia, SP, e atravessaram o Atlântico com várias metas em mente: reformar o posto médico, terminar a construção de uma igreja e participar de oito noites de pregações em Munguluni, Mo-çambique. De 14 de agosto a 2 de setembro, a equipe missionária – formada por três médicos, cinco enfermeiros, engenheiros, admi-nistradores de empresa, bancários e outros profissionais – realizou projetos em cinco frentes de ação.

O projeto – A rotina foi intensa durante os quinze dias que os bra-sileiros ficaram em Munguluni. O dia começava com orações e cân-ticos. Depois, o revezamento para visitar as casas, pintar prédios, carregar tijolos, atender o povo. À

noite, dirigir a série evangelística e con-tar histórias para as crianças. Para faci-litar o trabalho, os jovens brasileiros doaram duas mo-tos para pastores da região, incluindo o que atua em Mun-guluni, que tem 73 comunidades para atender.

A cardiologista Josele Vizotto, vo-luntária do projeto,

ficou impressionada com os ele-vados índices de doenças como HIV, diarreia, malária e tubercu-lose, sobretudo entre as crianças. “Mesmo nos casos terminais, aten-demos pessoas que vinham até o posto apenas para que lhes impu-séssemos as mãos e orássemos pe-los doentes”, relatou a médica. Dois partos foram realizados e uma das crianças ganhou o nome de Feli-pe, em homenagem ao pastor Fe-lipe Tonasso, coordenador da equipe e líder dos jovens da Igre-ja do campus. Tudo porque To-nasso orou em favor da mãe e do recém-nascido.

A repercussão da iniciativa motivou um casal de brasileiros que trabalha na Escola Adven-tista de Beira, em Portugal, a se unir à equipe. Na última noite, 64 pessoas foram batizadas, sen-do que 27 tomaram essa decisão por influência do trabalho reali-

zado pelos volun-tários. Para encher o tanque batismal com 5 mil litros de água, as mulheres moçambicanas le-varam quase dois dias para carregar 250 baldes. Um do-cumentário, com o título Aprenden-do a ser gente como Jesus, será produzi-do por um cineasta que participou da expedição como voluntário.

Dialetos – Os números dos de-safios são superlativos. O pastor Paul Ratsara, presidente da Igre-ja Adventista para o sul da África, esteve por duas semanas no Bra-sil. Ele quer aprender a língua por-tuguesa porque deseja pregar em português em três regiões do terri-tório que administra, cuja sede fica em Johannesburgo, África do Sul. Nessa parte do mundo, vivem 2,7 milhões de adventistas, que con-gregam em 20 mil igrejas e grupos. Lá, só pelo poder do Espírito San-to será possível alcançar 23 países como Zâmbia, Namíbia, Zimbá-bue e Madagáscar, nações em que milhares de pessoas falam dialetos e línguas nativas bem específicas. Ratsara contou que 50 milhões do livro A Grande Esperança serão en-tregues nesses países até 2013.

A bagagem dos participantes da Missão África retornou repleta de ideais. Após enfrentar desafios nunca vistos, a “gente não volta a mesma pessoa”, afirmou o enge-nheiro Elias Vizotto, que ajudou a pintar o posto médico. “Antes de viajar, eu vivi dias de muita oração e intenso preparo espiritual. Po-rém, depois de ver crianças can-tando em dialeto ‘Jerusalém é um lugar em que eu não terei fome e vou poder dormir em paz’, reafir-mo meu desejo de melhor servir a Deus”, ponderou.

Webster, o missionário – O adventismo em Munguluni tem história que remonta à década de 1930. O pastor inglês Maxwell We-bster e a esposa chegaram à região procurando um local para fundar uma escola. Cinco anos depois, ele recebeu a autorização governamen-tal para abrir não somente o colégio, mas oficinas de marcenaria, sapata-ria e alfaiataria, local preservado até hoje pelos nativos. A guerra trans-formou Munguluni num lugar po-bre e sem vida, porém, não destruiu a fé dos milhares de adventistas que residem ali. Diante da casa de Webster, hoje em ruínas, eles fazem questão de recontar a história de al-guém que decidiu servir.

Futuro – Através do Serviço Vo-luntário Adventista (www.volun-tariosadventistas.org), o espírito

de missão se reascende na Igreja Adventista. De 1 a 3 de setembro, um congresso histórico foi reali-zado na Universidade Adventista del Plata. Pela primeira vez, cen-tenas de universitários adventis-tas de 30 países e 70 instituições se reuniram para refletir sobre como servir melhor em missões transculturais. Pela primeira vez também, três casais de jovens sul--americanos serão enviados como missionários para a região conhe-cida como Janela 10/40.

Para o coordenador da Missão África, pastor Felipe Tonasso, os objetivos da empreitada foram cla-ros: formar a visão missionária, re-avivar o espírito dos pioneiros e estabelecer um Centro de Mis-são em parceria com a Igreja do campus e a instituição. Os alunos Clayton Belotto, Priscila Camar-go e Mitale Gimenez represen-tam o espírito missionário que toma conta dos jovens. As alunas, sem dinheiro, fizeram um Livro de Ouro para arrecadar recur-sos para participar do congresso missionário na Argentina. Belotto, por sua vez, preparou um projeto missionário (Cartas em Missão) e foi o único universitário brasileiro a apresentar um pôster no evento. Ao ouvirem os relatos dos colegas que participaram da expedição missionária na África, eles não ti-tubearam. Já fizeram a inscrição para a próxima edição do projeto, que será realizado em 2012.

Missão une Brasil e ÁfricaNa ida, a expectativa do desconhecido. No retorno,a decisão de melhor servir

miSSão

Pastor Paul Ratsara e alunos do Unasp, campus Hortolândia. Ele veio ao Brasil para aprender a pregar em português, e eles participaram do congresso na Argentina porque querem evangelizar a África

Após orar, a equipe médica realizou o primeiro parto da expedição. A mãe deu o nome de “Felipe” em homenagem ao pastor Felipe Tonasso, coordenador do projeto

Jovens realizam culto debaixo das mangueiras porque a igreja construída pelo missionário inglês Maxwell Webster não comporta todos os adventistas de Munguluni

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Da redação Líderes de diversos ministérios

da Igreja Adventista sul-america-na se reuniram, em agosto, para planejar as ações para o ano de 2012. Em Guarulhos, SP, por exemplo, no encontro dos 16 lí-deres do departamento de evangelismo, foi elaborado um documento oficial com as dire-trizes do evangelismo adventis-ta sul-americano e encaminhado para a Casa Publicadora Brasilei-ra o livro Os segredos de um evan-gelismo de sucesso.

Nos dias 5 a 11 de agosto, na mesma cidade, foi a vez dos líderes do Ministério Pessoal e Escola Sa-batina estabelecerem as priorida-des para o próximo ano. O pastor Jonathan Kuntaraf, líder mundial desses ministérios, participou e ressaltou que a Igreja mundial já dispõe de um guia de estudos para membros recém-batizados com foco no discipulado.

Nessa linha, o recém-nomeado líder sul-americano do Ministé-rio Pessoal, pastor Everon Donato, destacou quais serão as priorida-des de sua gestão: (1) fortalecer os pequenos grupos como a base do esforço cristão organizado da

igreja; (2) conscientizar a igreja so-bre a necessidade do discipulado, utilizando o material do ciclo do discipulado e; (3) envolver mais os membros nas frentes missionárias da igreja.

Os líderes da Escola Sabatina, por sua vez, pretendem aumentar o número de assinaturas da Lição da Escola Sabatina, organizar um concurso para incentivar o estudo diário e estimular as escolas ad-ventistas a usar o guia de estudo nos cultos com os funcionários e professores.

No início de setembro, no Cen-tro de Vida Saudável, em Enge-nheiro Coelho, SP, líderes da área ministerial; editores das Revistas do Ancião e Ministério e; o secre-tário associado da Associação Ministerial da Igreja Mundial, pastor Jonas Arrais, se reuniram para tratar de orientações sobre o Manual da Igreja, Guia Para Mi-nistros e Guia Para Anciãos. Na oportunidade, foi divulgada a re-formulação da Revista do Ancião, que neste ano comemora seu dé-cimo aniversário; e o lançamento da nova versão do site do projeto Reavivamento e Reforma (www.reavivamentoereforma.com).

educação – Desenvolver estratégias e buscar solu-ções para que a rede edu-cacional adventista paulis-ta faça a diferença. Foi isso que levou diretores, orien-tadoras, coordenadoras e tesoureiros das 77 esco-las, colégios e os três cam-pi universitários do Estado de São Paulo a se reunir em Águas de Lindóia, SP.

Uma das palestrantes do evento foi a Dra. Lisa Beardsley, diretora do de-partamento de educação

da Igreja Adventista mundial. Ela falou sobre a história da rede e a missão da mesma. Beardsley lembrou que, apesar dos contex-tos peculiares de cada região do

mundo, o que une as escolas ad-ventistas é o ensino de valores que transformam pessoas. “Po-rém, nosso desafio atualmente é encontrar professores e funcioná-rios capacitados dentro desse pa-drão cristão”, confessou.

Para o coordenador do evento e da rede educacional adventis-ta paulista, professor Mário Rit-ter, se as unidades não oferecerem nada mais que o preparo para o vestibular, elas perdem a razão de existir. No Estado de São Paulo, 61 mil alunos são estudantes da rede educacional adventista.

Nordeste – A liderança das 38 unidades escolares adventistas do Nordeste também teve seu mo-mento de capacitação e planeja-mento para 2012. O evento foi realizado em Gravatá, PE, nos dias 18 a 23 de agosto e contou com a presença de mais de 200 edu-cadores. Os participantes ouvi-ram palestras motivacionais e se comprometeram com os planos evangelísticos da Igreja Adventis-ta para o próximo ano, entre eles a distribuição de milhões de livros A Grande Esperança.

Centro-Oeste – Em Caldas No-vas, GO, os educadores adventis-tas da Região Centro-Oeste foram convidados a renovar seu com-promisso de comunhão pessoal e intencionalidade na salvação de seus alunos. Além disso, ouviram a ex-senadora Marina Silva falar so-bre sua história de fé e superação. A ex-ministra do Meio Ambiente também falou sobre a importân-cia da educação adventista para a formação de suas filhas, especial-

mente para Moara Silva, que estu-dou no Instituto Adventista Para-naense (IAP).

Sul e SP – Na reunião de plane-jamento para 2012, em Governa-dor Celso Ramos, SC, cem líderes da Igreja Adventista na Região Sul confirmaram o projeto “Pilares de Esperança” como o carro- chefe das ações missionárias do próxi-mo ano. O programa envolve sete aspectos estruturais para o forta-lecimento da igreja. Outras reso-luções foram o fortalecimento do projeto de plantio de igrejas, que na região recebe o nome de Templos de Esperança; o aumento do núme-ro de pontos de pregação na Sema-na Santa, especialmente em peque-nos grupos; e a distribuição de 6,5 milhões de livros A Grande Espe-rança. A meta é entregar um exem-plar em cada casa da região Sul.

Por motivo semelhante, os lí-deres da Igreja Adventista no Es-tado de São Paulo escolheram a aconchegante cidade mineira de Poços de Caldas. Nos dias 21 a 24 de agosto, eles traçaram as ações evangelísticas para 2012. A mais enfatizada, foi o desafio de dis-tribuir 12 milhões de exemplares do livro missionário. A princi-pal mobilização se dará no dia 24 de março, quando será rea-lizada uma grande celebração e distribuição de literatura na cida-de de São Paulo, com a presença do presidente mundial da Igreja, pastor Ted Wilson – Com repor-tagem de Elkeane Aragão, Gis-laine Westphal, Márcio Tonetti, Franck Oliveira, Mani Maria, Paulo Roberto Pinheiro e Henil-son Erthal.

2012 já chegouReuniões de planejamento definem metas de vários ministérios da Igreja Adventista

para o próximo ano

inStituCionAl

Dra. Lisa Beardsley: o que une as escolas adventistas ao redor do mundo é o ensino de valores que transformam vidas. Mas ela admitiu que tem sido difícil encontrar professores e funcionários com esses mesmos propósitos

Igreja Adventista deve entregar 6,5 milhões de livros na Região Sul , em 2012. Um exemplar em cada lar

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inStituCionAl

igreja verdeLíderes inauguram sede

ecologicamente correta no oeste paulista

Gislaine Westphal eSuellen Timm

Colaboradoras

A sede administrativa da Igre-ja Adventista para o oeste paulista, instalada em 1989 na cidade de São José do Rio Preto, inaugurou nos dias 11 e 12 de setembro, um prédio próprio e ecologicamente correto.

Na cerimônia, que reuniu lí-deres eclesiásticos e deputados federais e estaduais, o prefeito de São José do Rio Preto, Valdomi-

ro Lopes, lembrou que a denomi-nação tem oferecido incontáveis benefícios para a cidade. Ele des-tacou a evangelização da popu-lação, a oferta de educação de qualidade por meio de suas esco-las e o apoio social oferecido nos três núcleos assistenciais man-tidos pela Igreja Adventista em parceria com a prefeitura.

Social – Com 26 mil membros, 300 congregações, 12 unidades es-colares, 6 mil alunos e cinco núcle-os assistenciais que atendem mais de 850 crianças diariamente, o ob-

jetivo da Igreja é ser um exemplo para a comunidade no âmbito so-cial, ambiental e espiritual.

“Nós montamos uma horta co-munitária e o cultivo é dedicado a instituições de cuidado social”, ressaltou o pastor Acílio Alves Filho, presidente da sede admi-nistrativa. No dia da inaugura-ção oficial, um asilo da cidade recebeu uma doação de verdu-ras colhidas na horta comunitá-ria cultivada no terraço do prédio administrativo.

A nova estrutura apresenta pe-culiaridades que mostram pre-ocupação com o meio ambiente. O projeto assinado pelo arquite-to Alex da Silva utilizou piso eco-lógico, teto retrátil para renovação do ar, janelas corridas para aumen-tar a iluminação e economizar energia, ar-condicionado com gás ecológico, reservatório de águas da chuva e preservou uma árvore centenária que estava no terreno. Essas medidas devem representar a economia de 30% no consumo de energia elétrica e água.

estúdios – No mesmo dia 12, fo-ram inaugurados os novos estúdios de rádio e TV que aten-dem a Rede Novo Tempo no oeste paulista. Na região, a Igreja Adventista mantém uma emis-sora de rádio AM há 16 anos, e uma es-trutura que produz

conteúdo de áudio e vídeo para as emissoras adventistas.

No oeste paulista, mais de 80 mu-nicípios recebem a TV Novo Tempo em canal aberto. “Agora a rádio pas-sa a ter uma estrutura mais adequa-da para levar esperança aos que de outra forma não seriam alcança-dos”, enfatizou o pastor Erton Köh-ler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul.

Segundo o pastor Domingos Sousa, presidente da Igreja Adven-tista para o Estado de São Paulo, esse é um sonho dos homens que Deus realizou. “Essa nova sede mar-ca a solidificação da Igreja Adven-tista no oeste paulista”, concluiu.

No terraço do prédio, cultivo da horta tem fins comunitários

Em cerimônia para autoridades eclesiásticas e políticas, prefeito da cidade destacou a contribuição educacional e social da Igreja Adventista

Igreja homenageia Siegfried SchwantesO Centro Nacional da Memória Adventista e o Centro de Pesquisas Ellen G.

White-Brasil, do Unasp, campus Engenheiro Coelho, rededicou um memorial em homenagem ao professor Siegfried Julio Schwantes, no dia 28 de agos-to. Schwantes, falecido em 2008, aos 93 anos, dedicou sua vida à educação ad-ventista nos cinco continentes. Símbolo do acadêmico adventista, ele dominava 20 idiomas. Sua principal contribuição educacional no Brasil foi dada como pro-fessor no antigo Colégio Adventista Brasileiro, atual Unasp, campus São Paulo.

Iems lança pedra fundamentalFoi lançada a pedra fundamental da Igreja do Instituto Educacional

Pastor Manoel Soares (Iems). A cerimônia festiva, que contou com o ba-tismo de dois alunos do colégio, marcou o início das obras da construção do templo. Autoridades do município de Braganey, PR, e líderes da Igreja Adventista de vários níveis administrativos no Sul do Brasil compareceram ao culto. O Iems (www.iems.org.br), fundado há 12 anos, é mantido pela Associação de Ensino Oehninger, com o apoio da Igreja Adventista. Ape-nas neste ano, já foram batizados 14 alunos da instituição.

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Márcio TonettiColaborador

O simpósio realizado em Curitiba pela Sociedade Cria-cionista Brasileira (SCB), no mês de agosto, reuniu alunos pré-universitários e universi-tários, professores de escolas

públicas e privadas, e pesquisadores de várias universidades brasileiras, além de um ex-evolucionis-ta, Tarcísio da Silva Vieira, mestre em Química e professor no Instituto Federal de Ciência e Tecno-logia do Tocantins.

A 11ª edição do se-minário “A Filosofia das Origens”, reali-

zado em parceria com o depar-tamento de educação da Igreja Adventista no Sul do Brasil, reu-niu 800 pessoas. Encontros como esse é um dos recursos da Socie-dade Criacionista Brasileira para estimular a pesquisa e o debate sobre a origem da vida numa pers-pectiva criacionista.

“Nós conseguimos reunir um número significativo de pales-trantes devidamente qualifica-dos nas várias áreas, tanto na Física, na Química, na Geolo-gia, na Biologia, na Paleontolo-gia, quanto nas Ciências Sociais. Isso incentiva mais as pessoas que se interessam pelo assunto a par-ticipar”, comentou o fundador e presidente da SCB, Dr. Ruy Ca-margo Vieira.

ensino e pesquisa – Multi-plicar esse conhecimento é um desafio diário para professores como Sara Moreira, bióloga que leciona no Instituto Adventista Paranaense, próximo a Marin-gá. Por isso, ela está sempre ante-nada em eventos dessa natureza. “A partir da discussão de evidên-cias, do contato com pessoas que

De olho nas origensEvento acadêmico procura harmonizar ciência e religião

e estimular o ensino e a pesquisa sobre criacionismo

CRiACioniSmo compartilham das mesmas cren-ças, encontros como esse funda-mentam mais ainda nossa visão de um Deus que planejou tudo”, enfatizou a doutoranda em Ge-nética pela Universidade Federal do Paraná.

Além do ensino de qualidade sobre o criacionismo, outro de-safio no Brasil é a geração de co-nhecimento científico com viés criacionista. “Milhares de pes-quisas científicas com viés evo-lucionista são desenvolvidas e seus resultados publicados to-dos os anos ao redor do mun-do. E as pesquisas criacionistas, onde estão?”, analisou o doutor em Geologia pela USP, Marcos Natal de Souza, um dos pales-trantes do evento.

“No criacionismo, nós temos nosso pressuposto, a Palavra de Deus, que é muito forte. O que ainda falta para nós é traduzirmos esse pressuposto em linguagem científica. E como é que eu faço isso? Produzindo conhecimen-to de forma empírica, coletando dados, analisando-os, a partir de um viés criacionista. Onde estão as evidências, é para lá que a ciên-cia vai”, projetou Marcos.

Time de peso: seminário sobre a origem da vida reuniu pesquisadores de várias áreas e de grandes universidades brasileiras

Da redação

No interior do Amazonas, 300 líderes de congregações e pasto-res passaram a madrugada do sá-bado, 20 de agosto, no ginásio do Instituto Adventista Agroindus-trial. Uma vigília com orações, palestras e a leitura em grupo do livro Reavivamento Prometi-do, do pastor Mark Finley, foram as atividades da programação. Ao amanhecer, o grupo partici-pou da santa ceia e foi desafiado a entregar o livro missionário de 2012. Cada líder recebeu um li-vro A Grande Esperança e levou um kit contendo sermões, revis-tas e informativos.

No sul de Rondônia, a equipe de pastores da sede administrati-va da Igreja Adventista se dividiu para treinar líderes locais em três cidades. Em Ji-Paraná, os pastores

falaram para os líderes e suas es-posas. Em Cacoal, os anciãos re-ceberam o Manual da Igreja e o livro missionário para 2012. E na cidade de Rolim de Moura, a ên-fase dada foi sobre os relaciona-mentos familiares do líder, como base para a eficácia de seu minis-tério na igreja.

Missão – Em Recife, no fim de julho, 450 líderes voluntários, que lideram 279 congregações da re-gião, receberam orientações prá-ticas sobre testemunho pessoal e evangelismo. Há quatro anos, o trabalho de levar pessoas a se de-cidir pelo batismo faz parte do cotidiano de André Gomes, lí-der da Igreja Jardim Primavera, em Camaragibe. Atualmente, ele dirige um projeto em que 20 re-sidências abrem as portas para receber interessados no estudo

da Bíblia. “Nós esperamos que os anciãos assumam a posição de lí-der, de guardador, de quem cuida e de missionário. E a cada dia va-mos instruí-los para que possam crescer nesse sentido”, disse o pas-tor Carlos Ferreira, presidente da sede administrativa da Igreja Ad-ventista para a região.

Qualificação - Em Porto Ale-gre, o sábado 13 de agosto foi dedi-cado ao estudo. Setecentos líderes de igrejas se reuniram no Colégio Adventista Marechal Rondon para ouvir as palestras do Dr. Jon Pau-lien, diretor do departamento de Religião da Universidade de Loma Linda (EUA). Na parte da manhã, ele falou sobre o livro bíblico do Apocalipse e, à tarde, tratou so-bre evangelismo e os eventos que antecederão a volta de Jesus.

Na Igreja Adventista, o an-cião (líder voluntário local) é um coadjuvante do pastor. “É alguém que olha para todas as áreas. E isso inclui a área de crescimen-to da Igreja e também de preser-vação da doutrina”, explicou o pastor Dirceu Lima, um dos or-ganizadores do treinamento.

O programa faz parte de uma série de treinamentos que visam à formação de novas lideranças. Os treinamentos, que ocorrem em sistema de aprendizado se-mipresencial, permitem ao alu-no conciliar os estudos com a prática do ancionato. No mo-mento da matrícula, cada parti-cipante recebe um material de apoio que orientará sua forma-ção – Com reportagem de Dayse Bezerra, Leonardo Siqueira, Leo-nardo Torres e Ariston Júnior.

Doutrina e missãoEncontros para líderes enfatizam família,

profecias e evangelismo

lideRAnçA

Dr. Jon Paulien falou sobre profecias, missão e o livro do Apocalipse

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gente

Bodas de Diamante (60 anos)

Arthur e Jurema König. São membros da Igreja do Guarani, em Novo Hamburgo, RS. Celebraram a data festiva ao lado dos três filhos, sete netos e três bisnetos.

De Guilherme e Therezinha de Jesus Amaral Ferrari. O casal fre-quenta a Igreja do Capão Redondo, em São Paulo. Eles têm dois filhos e quatro netos.

Bodas de Ouro (50 anos)De Aparecido e Deonice de

Souza Cruz, em Bragança Pau-lista, SP. Eles têm seis filhos, 11 netos e três bisnetos. São mem-bros e fundadores da Igreja de Ponte Alta.

Centenário

No dia 19 de agosto, foi realizado o culto de ação de graças pelos 100 anos de vida de Paulino de Souza Reis. A cerimônia foi celebrada pelos pastores Moisés de Oliveira e José Fontes, em Nestor Gomes, ES.

Médico presenteado

O médico Dráuzio Varella foi presenteado com o livro Tempo de Esperança, após palestra realizada na Sociedade Hípica de Campinas.

Ele recebeu o livro de Laís Viana, assistente de estúdio da TV Novo Tempo.

Líderes da ADRA visitam governador

Em visita ao Espírito Santo, o diretor da Adra Brasil, Paulo Lopes (à esq.), teve um encontro com o governador do estado, Renato Casagrande (ao centro). Na ocasião, Lopes agradeceu ao governador o apoio demonstrado à Adra e também se colocou à disposição para parcerias em projetos sociais do governo. Casagrande manifestou sua apreciação pelo trabalho da entidade. O pastor Lucas Ribeiro (à dir.), líder da Adra no estado, também participou da visita. Além do encontro com o governador, Lopes manteve contato com o prefeito de Vitória, João Carlos Coser, e com as secretárias de assistência social dos municípios de Vitória, Cariacica e Viana. Atualmente, a Adra Brasil mantém diversas parcerias com as prefeituras dos três municípios. No total, mais de 20 mil pessoas são beneficiadas por mês.

Vida e Saúde Obesidade

infantil – Os hábitos que estão fazendo as crianças adquirirem as mesmas doenças dos adultos.

Hemorróidas – Ninguém gosta de falar que tem, mas é bom saber como lidar com elas e, se possível, evitá-las.

Autoestima – O que fazer quando se recebe a notícia de uma doença grave?

nosso

Amiguinho Recortar &

Armar – Descubra como funcionam os desenhos animados.

História – Ciro aprendeu que as pessoas são parecidas com montinhos de açúcar e areia. Leia a história e entenda por quê.

Aventuras da Turma – Como o Quico aprendeu a gostar de legumes e vegetais.

nosso Amiguinho Júnior

O trabalho é uma boa maneira de ocupar a mente, gastar energia e passar o tempo. Há muitas formas de trabalho, e cada um tem talento para uma dessas formas. Quando for adulto, o que será que você vai ser? É cedo para decicir, mas já pode ir pensando.

Revistas de outubro

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O U T2011 De que verduras você mais gosta? Feche os olhos para saber

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Congressos defendem estilo de vida contracultural

Da redaçãoCom apenas 14 mil habitantes,

a cidade de Novo Airão, a 143 km de Manaus pelo rio, teve sua roti-

na mudada por causa da presença de 2 mil jovens adventistas da região cen-tral do Amazonas. Nos dias 2 a 5 de setembro, eles ofereceram atendi-mento médico gratuito e aplicação de flúor, fixa-ram placas em ruas, além de distribuírem lixeiras, livros e folhetos mis-sionários numa carrea-ta. Outro ponto alto foi a entrega do novo tem-plo adventista da cidade, construído com o dinhei-ro arrecado pelas inscri-ções do evento.

A juventude adventista de ou-tras regiões do Amazonas e de Roraima também aproveitou bem as vésperas do feriadão do dia 7 de setembro. Três mil jo-

vens se reuniram no Instituto Adventista Agroindustrial, para participar de um grande acam-pamento. Dramatizações e uma cerimônia de Santa Ceia marca-ram o encontro que teve o obje-tivo de contrastar o estilo de vida cristão com as tendências da cul-tura contemporânea.

Santa Catarina – Em Santa Catarina, por sua vez, mais de 5 mil jovens se reuniram no dia 6 de agosto, na cidade de São José, para um evento que, pelo número de congressistas, entrou para a his-tória da juventude adventista ca-tarinense. A oração foi valorizada e uma investidura de 20 líderes foi realizada. O projeto Missão Cale-be também teve espaço com o tes-temunho de uma das pioneiras da iniciativa e com o desafio de ou-

tros voluntários se engajarem na próxima edição.

Seguindo a Jesus – Em Belém, PA, um congresso para 3 mil jovens discutiu o uso evangelístico da in-ternet e das redes sociais. Nos dias 9 a 12 de setembro, a moçada refle-tiu sobre o uso da web e postou de-zenas de vídeos e enviou milhares de e-mails missionários. Os pales-trantes oficiais foram os líderes de jovens para a região Norte do Bra-sil, pastor Aquino Bastos, e para a América do Sul, pastor Areli Bar-bosa. O programa também home-nageou 2 mil voluntários que par-ticiparam da Missão Calebe em julho – Com reportagem de Ales-sandro Simões, Jackson França, Alí-nic Teles e Daniel Gonçalves.

Dois mil jovens mudaram a rotina da cidade de Nova Airão, AM. O dinheiro arrecadado com as inscrições do evento foi usado na construção de um templo

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41Revista Adventista I outubro • 2011

tão. Na igreja, atuava como ancião e comandava o programa regio-nal A Voz da Profecia. Deixa espo-sa, três filhos e três netos.

Elvira Peyrl – Aos 64 anos, em Timbó, SC, de insuficiência renal. Dei-xa esposo, três filhos e sete netos.

Elza Guerta Ullrisch – Aos 68 anos, em La-ges, SC. Frequentava a Igreja Central. Atuou como corista e diaco-

nisa. Deixa o esposo, Egon, três filhos e três netas.

Grant Andrew Stab-nov Jacobs – Aos 20 anos, em Maryland, nos Estados Unidos, de câncer ósseo. Dei-

xa pais e familiares.

Helmut Schirmer – Aos 86 anos, em Gaspar Alto, SC. Era adventista de nascimento. Atuou como ancião durante

mais de 30 anos. Deixa cinco filhos, 12 netos, 18 bisnetos e dois trinetos.

Isabel Tavares Braga – Aos 89 anos, em Ola-ria, RJ. Atuava como diaconisa e dedicava- se à assistência social.

Levou mais de uma centena de fa-mílias ao batismo. Deixa a filha, Elisete, duas netas e dois bisnetos.

João Alves dos Santos – Aos 71 anos, em São Paulo. Trabalhou como colportor durante 33 anos, em várias regiões

do país. Levou centenas de pes-soas ao batismo. Liderou a cons-trução de diversas igrejas. Deixa esposa, quatro filhos e oito netos.

José Alves Russo – Aos 70 anos, em Fernandó-polis, SP, de pneumonia. Foi um dos pioneiros do adventismo na cidade.

Atuou como ancião e professor da Escola Sabatina. Deixa esposa, três filhos e dois netos.

José Luís de Lima Pe-reira – Aos 37 anos, em Caruaru, PE, de aci-dente automobilístico. Formado em Teologia,

atuou como pastor nos distritos

Alcebíades Louren-ço Marques – Aos 84 anos, em Rio Claro, SP. Era adventista havia mais de 40 anos. De-

dicado à obra missionária, foi fundador de igrejas e grupos no estado de São Paulo. Deixa a es-posa, Maria, filhos e netos.

Amara Cavalcanti Nunes – Aos 87 anos, em Caruaru, PE, de in-farto. Era adventista havia 58 anos. Frequen-tava a igreja de Jardim

Panorama. Deixa cinco filhas, sete netos e quatro bisnetos.

Ana Tomázia de Sá Lisboa – Aos 82 anos, em Sorocaba, SP. Atuou em trabalhos evange-lísticos no interior do

Rio Grande do Sul, liderando igre-jas e escolas. Participou do esta-belecimento da Igreja Central de Cruz Alta. Deixa seis filhos e sete netos.

Anadil Costa Souza – Aos 96 anos, em Te-ófilo Otoni, MG. Pionei-ra da igreja na cidade, atuou como secretária, tesoureira, líder da as-

sistência social e professora do departamento infantil. Deixa 12 filhos, 40 netos, 56 bisnetos e 12 trinetos.

Anísio Périco – Aos 80 anos, em Santa Cruz das Palmeiras, SP. Ajudou na construção da igreja local, e atuou

como diácono e tesoureiro. Dei-xa esposa, quatro filhos, 11 netos e 12 bisnetos.

Avelina Rumph – Aos 72 anos, em Joinvil-le, SC. Era adventista havia nove anos. Fre-quentava a igreja do

bairro Fátima. Deixa um filho, três netos e dois bisnetos.

Benedito Gregório da Silva – Aos 56 anos, em Sertanópolis, PR, de derrame cerebral. Tra-balhou na colportagem

e na rede de educação adventis-ta nas cidades de Guaíra, Terra Roxa e Umuarama. Foi fundador dos clubes de desbravadores Lu-zeiros do Oeste e Arautos do Ser-

de Salgadinho, em Recife; Suru-bim, Toritama e Cupira. O aciden-te aconteceu quando se dirigia ao Concílio Ministerial. Deixa a espo-sa, Lucila, e o filho, Nícolas.

José Soares – Aos 90 anos, em Araruama, RJ, de insuficiência cardía-ca. Era adventista des-de a infância. Atuou

como tesoureiro, ancião, e dire-tor de Escola Sabatina. Deixa a es-posa, Maria Soares, quatro filhos, 10 netos e cinco bisnetos.

Lacy Leonor Bientinezi – Aos 82 anos, em Curitiba, PR, de parada cardíaca. Era membro da Igreja Central. Deixa familiares.

Laura Pinheiro Farage – Aos 98 anos, em Poá, SP, de derrame cerebral. Deixa 10 filhos, 58 netos, 65 bisnetos e 12 trinetos.

Luiz Deitos – Aos 83 anos, em Pato Branco, PR, de parada cardior-respiratória. Ex-sacer-dote católico, deixou

a vida religiosa para se casar com Maria Aparecida Vieira de Lima. Era adventista havia dois anos. Deixa esposa, dois filhos e três netos.

Maria de Paula Pi-mentel – Aos 81 anos, em São Gabriel da Pa-lha, ES. Era adven-tista havia 30 anos.

Deixa nove filhos, 21 netos e 12 bisnetos.

Maria Rocilda Mo-reira Rocha – Aos 92 anos, em Mococa, SP, de parada cardiorres-piratória, no dia de seu

aniversário. Era adventista havia 49 anos. Na igreja, atuou como diaconisa. Deixa quatro filhos, ne-tos, bisnetos e trinetos.

Marlene Fellao Cris-pim – Aos 66 anos, em São Paulo. Era mem-bro da Igreja de San-to Amaro. Atuava nos

departamentos infantis, como professora e coordenadora. Dei-xa o esposo, Vandir, três filhos e dois netos.

Nair Fragoso Teixei-ra – Aos 95 anos, em Bauru, SP. Era adven-tista havia 73 anos. Frequentava a Igreja

de Bela Vista. Deixa cinco filhos, 12 netos e 13 bisnetos.

Nivaldo Jabor – Aos 52 anos, em São Pau-lo, de parada cardía-ca. Deixa cinco filhos e duas netas.

Osvaldo Marqueto – Aos 67 anos, em São Paulo. Era membro da igreja de Freguesia do Ó. Liderou diversos

departamentos da igreja e atuou como primeiro ancião por mais de 15 anos. Deixa esposa, três fi-lhos e dois netos.

Pedro da Silva – Aos 84 anos, em São Paulo, de insuficiência respi-ratória. Era adventista havia 64 anos. Atuou

como ancião, diácono, diretor de Escola Sabatina e Ministério Pessoal. Deixa esposa, seis filhos, sete netos e uma bisneta.

Raimundo Alves de Araújo – Aos 69 anos, em Apiaí, SP, de in-farto. Era membro da Igreja de Pinheiros.

Samuel Miguel de Fa-ria – Aos 43 anos, em Sorriso, MT. Atuava como ancião na Igreja Central. Deixa a espo-

sa, Edilene, e três filhos.

Sebastião Ferraz de Camargo – Aos 86 anos, em Fernandópo-lis, SP, de derrame ce-rebral. Era adventista

havia 71 anos. Frequentava a Igre-ja Central, onde atuou em vários departamentos. Deixa a esposa, Eunice, dois filhos e quatro netos.

Teodora Evangelis-ta de Araújo – Aos 95 anos, em Cariacica, ES. Era adventista havia 53 anos. Atuou como

diaconisa, dedicou-se à assistên-cia social e levou dezenas de pes-soas a Jesus. Deixa quatro filhos, 12 netos, 12 bisnetos e três trinetos.

Waldir Mandarino – Aos 73 anos, em Marin-gá, PR. Era adventista de nascimento. Foi pio-neiro da Igreja de Jar-

dim Alvorada e de diversas outras igrejas na região. Em sua vida de missionário, houve um tempo em que a igreja lhe pagava um salário de obreiro bíblico, porém todo o dinheiro era devolvido em ofertas para a pregação do evangelho. Le-vou mais de 1.200 pessoas ao ba-tismo. Deixa a esposa, Francisca, três filhos e 10 netos.

F A l e C i m e n t o S“Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor” Ap 14:13

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