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Page 1: Revista 2015 maio2015final
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ÍNDICE

Páginas 01 Prefácio 3

02 Imagens da Ribeira Brava 4

03 Vidas centenárias (I) 19

04 Vidas centenárias (II) 26

05 Fé, festa e tradição 36

06 Campanário – o nome que nasce no mar 84

07 Ribeira Brava – o nome que veio da ribeira 93

08 Educação e cultura 96

09 Música 145

10 Social 154

11 Desporto 169

12 Vidas centenárias (III) 172

13 Solidariedade 174

14 Olimpíadas da Geologia 176

15 Ficha técnica 177

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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01 - PREFÁCIO

Por: António Pereira Diretor da revista Descobrindo

O concelho da Ribeira Brava comemorou,

em 2014, o centenário, numa altura em

que o município está focado em

conquistar mais turistas e melhorar a

qualidade de vida, apostando nos recursos

locais.

Para o presidente da autarquia, Ricardo

Nascimento, "valorizar os espaços turísticos, desde miradouros a percursos

pedonais", será essencial para passar o concelho de "lugar de passagem a

lugar de estadia". As comemorações do centenário passam por um programa

de quatro anos para "expandir o conhecimento" sobre a Ribeira Brava.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Celebração do Centenário da Ribeira Brava junto de representantes de

emigrantes madeirenses na Venezuela, em novembro de 2014.

Uma comitiva da

Câmara Municipal

visitou, em

novembro de 2014,

as comunidades de

ribeirabravenses

integradas, há

décadas, na

Venezuela,

conforme ilustram

as imagens. O

pretexto da viagem

foram as

celebrações dos cem anos do concelho da Ribeira Brava (1914-2014).

02 - IMAGENS DA RIBEIRA BRAVA

No dia 6/5/2014 ofereci ao nosso município um quadro que pintei em vidro com o logotipo que simboliza a comemo-ração do centena-rio do concelho. Aldónio dos Ramos, antigo estudante da EBSPMA, funcionário da EB1/PÉ do Lombo

de São João – Rª. Brava.

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Postais da e retratos antigos: Ribeira Brava, no passado

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Na adolescência, a Filomena também cumpriu a tradição de se vestir de saloia durante o

“Espírito Santo”. O marido, José Teixeira, faleceu na Madeira há cerca de 20 anos e na década

de sessenta do séc. XX esteve a cumprir Serviço Militar em Angola, onde ficou ferido numa

perna.

Contributo de Maria Filomena Teixeira, atual funcionária da EBSPMA e o falecido marido, José Teixeira.

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Contributo de Fernanda Trindade

A salva de prata e as suas bandeiras são uma relíquia por serem

objetos antigos. A salva pertenceu à Maria Brazão, já falecida, que a

trouxe da América, há muitos anos, e a ofereceu à Maria José Câmara,

sua amiga.

A Maria José, por sua vez, gostaria que a salva, símbolo do “Divino

Espírito santo”, continuasse na posse familiar, futuramente, nas mãos

de Isabel Maria (sua afilhada) e assim sucessivamente, como prova de

profundas amizades ao longo de gerações.

Envio a salva de prata (em miniatura) com cerca de 100 anos, acompanhada de bandeira do Espírito Santo (em pano bordado) e uma mini bandeira que ofereciam nas casas aquando da visita: 28 de janeiro de 2015.

Fernanda Trindade.

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Contributo de Olga Abreu

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Contributo de Isabel Rezende

Ribeira brava- igreja matriz: sra. Isabel Rezende (à dir., na 1ª. foto) durante a “missa do Espírito Santo (E.S.)”. São visíveis, nas imagens, alguns utensílios do E.S. tais como: - a bandeira da pomba branca; - salva (nas mãos do festeiro, o falecido Isaías, marido da Sra. Isabel); - os tocadores que, normalmente, utilizam o violino, a viola, a braguinha e o acordeão; -as saloias.

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Contributo de Jordão Abreu

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Jordão Abreu

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Contributo do Hotel Encumeada1

1 http://www.hotelencumeada.com/

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Não havia bicicletas para os rapazes. As crianças faziam cabanas na serra. Brincava-se às escondidas e aos apanhados, à milhada, ao pão e às cartas. Com a idade de 9 ou 10 anos, já se trabalhava, no campo, muitas vezes descalços. Imagens: “Devoção ao Espírito Santo, antigo”

Freguesia de Campanário (à esq.):

14 de Agosto de 1932. Assina: Emanuel Almada.

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A década de 70 foi marcada por uma grande mudança no comportamento

dos jovens que se refletiu na música, na liberdade sexual e na moda. Os

homens deixaram de ser formais, ficaram mais coloridos psicadélicos.

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A Escola (ciclo) antigamente, década de 70 do século XX: Alunos de pé, ao ar livre, partilhando materiais, dependentes das condições atmosféricas para poderem cumprir o seu papel de estudante, com grande motivação: A motivação é considerada um fator determinante no contexto escolar e igualmente determinante para o sucesso da aprendizagem. De acordo com Lima (2004), a motivação é considerada “A mola propulsora da aprendizagem”, pois sem motivação não há aprendizagem. Prof. Sandra Isabel Ramos Duarte de Aguiar., 2013: 4

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A grande devoção da Fajã da Ribeira a São Pedro, explica-se pelo facto de antigamente haver muitos pescadores, apesar do santo padroeiro da Ribeira Brava ser o São Bento.

As oferendas vinham numa charola, espécie de pinha de frutos e legumes confecionada sobre uma armação esférica feita em ferro e arame, onde se amarra os produtos da terra e era transportada em ombros.

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03-VIDAS CENTENÁRIAS (I)

ALGUMAS PERSONALIDADES - Francisco Paulino, na imagem à direita, natural do

concelho da Ribeira Brava, licenciado em História, colaborador, a título voluntário, no

programa de quatro anos com o objetivo de "expandir o conhecimento" sobre o

município, enfatizando a importância dos 100 anos do concelho da Ribeira Brava:

Um concelho com muita construção, mas com poucos meios e pessoas.

Destaco a localização da vila, que era o entreposto das relações económicas e sociais

vindas do Funchal para o resto da Madeira numa altura em que os transportes eram

feitos unicamente pelo mar.

A ideia do programa é a criação de uma "plataforma" que possa continuar de quatro

em quatro anos, tornando a vila da Ribeira Brava mais "aprazível".

F. Paulino (Abril de 2014).

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Personalidades da Ribeira Brava

Francisco Correia Herédia, por F. Fernandes (extratos)

(…) A Câmara sabe as condições trágicas em que foi assassinado o

nosso querido amigo Ribeira Brava, e é de lamentar que ainda a esta

hora o inquérito não esteja concluído. Não vai nestas minhas palavras

censura para ninguém, porque alguns dos encarregados desse

inquérito são membros desta Câmara e trabalham afincadamente para

Do Sr. Correia Herédia (Ribeira Brava), que direi eu? Um homem com grande e devotado amor à República, sempre nas primeiras linhas quando esta perigava, Ribeira Brava não se poupava a esforços nem fadigas, e sempre que o seu nome era indicado para alguma missão arriscada não precisava que lho lembrassem. (Apoiados). FERNANDES, Francisco, 2014: 80.

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esse fim, mas é

realmente pena não

estar até esta data

descoberto quem

são os assassinos

que, certamente,

andam a passear

impunemente nas

ruas de Lisboa ou

em outras terras do

país.

O meu querido

amigo Ribeira

Brava, que comigo

esteve preso

naquele infecto

calabouço nº. 6, teve a previsão consciente da sua morte,

Porque, quando foi chamado de dia para fazer parte da primeira leva –

que não foi a da morte – chegou a fazer parte dela e depois foi

mandado recolher ao referido calabouço. Quando entrou disse-me: Sá

Cardoso, não me deixam sair de dia, fá-lo-ão de noite. Não nos

tornaremos mais a ver.

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Assim foi. Não nos tornámos mais a ver! FERNANDES, Francisco, 2014: 80.

Sessão de 2-5-1914

É aprovado o projeto de lei que cria o concelho da Ribeira Brava.

Promover o desenvolvimento da sua terra natal foi, desde sempre uma

das suas maiores preocupações. Em particular em relação à Ribeira

Brava, apontava como prioridades: Um cais acostável, um muralhão do

Monte Medonho, a conclusão da Estrada da Serra d’Água, um

caminho-de-ferro entre a Ribeira Brava e S. Vicente.

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Na carta que se transcreve2, revela outras preocupações como seja a

construção de um pequeno hospital na Ribeira Brava e, para o Funchal,

a ligação da Pontinha ao Ilhéu…

2 FERNANDES, Francisco, 2014: 98

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A família Herédia no Município da Ribeira Brava e na Madeira. Contributo para o seu estudo histórico

Por: Ana Maria Fernandes de Freitas Vieira, Professora do Ensino Secundário (aposentada). Fonte: Islenha, nº. 54, janeiro – junho – 2014:111-134. (Adaptado/reduzido).

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04 - VIDAS CENTENÁRIAS (II)

A Pesquisa de Marisa Faria3

• Marisa Faria, em discurso direto

Dentro de mim carrego o pouco que vivi e o pouco que conheço. E às vezes tenho a sensação de que não caibo mais aqui dentro, por isso levo para fora todos os meus sonhos. Posso ser uma explosão de cores fortes e, após um suspiro, transformar o meu mundo numa nuvem cinzenta, calma e melancólica. Porque o meu mundo é assim mesmo, diferente de todo o mundo: ambíguo, ambicioso e irremediavelmente inconstante. Ao longo da minha vida foi necessário excluir pessoas, apagar lembranças, abandonar o que me faz mal, libertar-me de coisas que me prendem. Luto e quero sempre o melhor para mim, estou sempre preparada para o pior e não aceito o que vier. Luto para ser a melhor em tudo aquilo que faço e que sonho. Não aceito respostas negativas, sou alérgica à negatividade e à ignorância, atchiiiiim ! Portanto, ouso, arrisco, não desisto e valorizo quem me ama e me respeita, esses sim merecem o meu respeito e a minha palavra. Quanto ao resto…Bem…, ninguém precisa do resto para ser feliz!

• Marisa Faria em discurso indireto «A Marisa, na imagem à direita, mostrou ser uma aluna responsável e empenhada. Ao longo do fim-de-semana da Feira Gerações Solidárias, deu o seu apoio às diferentes instituições, esteve presente, mostrando atenção em acolher bem e esclarecer quaisquer dúvidas aos participantes. Creio que todo o projeto foi muito bem idealizado, revelando-se uma excelente iniciativa, que envolveu muito trabalho. Parabéns pela criatividade, originalidade, pela dedicação e concretização. Parabéns por teres sabido cativar as pessoas necessárias para apoiar este trabalho e por teres tornado o teu sonho idealizado possível.

3 Prof. Responsável: António Pereira, 2013/2014, na qualidade de Diretor de Curso Tecnológico de Ação Social – Projeto “Gerações Solidárias”, em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Brava, em geral, e o Dr. Paulino, em especial..

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O mundo precisa de pessoas que façam acontecer, e a Marisa fez acontecer!» Nolene Serrão (Psicóloga, Terapeuta, Formadora e Life Coach Integral). “Tive a oportunidade de conhecer a Marisa como aluna e, sempre se mostrou curiosa, atenta, participativa e muito empenhada em alcançar os seus objetivos, sem nunca descurar o seu lado descontraído e de entreajuda. Tem uma visão encantadora da sua vida e sabe o que quer, gosta de ajudar e preocupa-se com a sua comunidade e os mais desfavorecidos. O projeto apresentado foi ambicioso, mas com um intuito muito nobre para uma jovem. A nível técnico, o projeto está muito bem estruturado, descritivo, claro e apelativo. Mostra cuidado, avalia com frequência, reflete e apresenta alternativas. Dado que todas as tarefas se encontravam definidas foi de execução exemplar. Imprevistos surgem sempre, mas superou-os com sucesso. Acredito que esta iniciativa terá impacto no futuro das festividades da Ribeira Brava. Parabéns pelo empenho, integridade e seriedade devida na concretização do seu produto. As maiores felicidades!”. Telma Ferraz (Professora de Economia)

“A Escola está muito orgulhosa do teu projeto onde a problemática aflorada é um assunto muito atual e onde é retratada a tua sensibilidade relativamente ao tema que escolheste. Desejamos-te com este trabalho que sigas o que o teu coração dita, o da solidariedade e que faças disso o teu caminho na vida. Parabéns!” Conselho Executivo, Alda Mª Almeida.

• Serra de Água

Esta localidade também foi dada de

sesmarias a um dos descendentes de

Zarco, Helena Gonçalves. Filha do

referido donatário, casada com Martim

Mendes de Vasconcelos, um fidalgo,

recebeu as terras da Serra de Água. Esta

localidade foi, durante muitos anos, abundante em madeiras, ao contrário

das localidades ribeirinhas, onde encetaram com sucesso a cultura sacarina.

Tudo começou assim…Primeira reunião, de muitas outras que seguiram, com o Dr. Paulino, referentes ao meu projeto, no Centro

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O próprio nome indica o labor de um engenho da serração movido a água,

que transformou, durante muitos anos, rolos de madeira em tabuado.

O neto do referido casamento, Luís Mendes, da Ilha, também moço fidalgo,

teve um filho, João Mendes de Vasconcelos a quem transmitiu aquelas terras.

O novo proprietário casou, em 1535, com Beatriz Rodrigues Neto, filho de

João Rodrigues Neto, o qual fez testamento em 1531.

Foi ela que instituiu a capela de Nossa Senhora da Ajuda, na Serra de Água.

Esta capela foi sendo administrada pela família, ficando porém vaga, por

morte de Rui Mendes Vasconcelos, por volta de 1761.

A Serra de Água não se tratava, pois, de uma área de produção açucareira,

mas sim de uma economia baseada na extração de madeiras. Desta forma, os

documentos são exíguos quanto ao nome dos primeiros povoadores. Os

registos dos primeiros que por ali habitavam misturavam-se com os da

Ribeira Brava.

Na realidade, esta localidade fazia parte da Ribeira Brava e, por isso, aqueles

que se dedicavam ao arroteamento da terra, especialmente nas partes

baixas, estão incluídos nesta freguesia. Mesmo depois de se ter instalado na

Serra de Água uma nova paróquia, em 1676, esta zona continuou a ter

poucos habitantes.

Entrevista realizada, pela Marisa, à senhora Maria Rita

Rosa (na imagem), moradora no sítio da Pereira, na

Serra de Água (Rª. Brava), mais conhecida por “a

Faquim” , onde nasceu e viveu no sitio da Travessa na

Serra de Água.

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Marisa: Boa tarde, como é que se chama?

Rosa: Maria Rita Rosa

Quantos anos tem?

99 anos.4

Quando é que completou 99 anos?

Tem um mês. Fiz anos no dia 22 de maio.

A senhora sempre viveu cá na Serra de Água?

Sim.

Como é que era antigamente a Ribera Brava?

Eu ia à Ribeira Brava no São Pedro onde havia a loja de roupa do senhor

Guilherme e o armazém do senhor João Romão onde é agora o “Propovo”.

Quem era o João Romão?

Era o dono do maior armazém da Ribeira Brava, ele era conhecido pelo

“barateiro”, lá tinha de tudo menos roupa. Havia arroz, massa e louça.

Certamente a senhora Rosa tem filhos e netos. Acha que foi fácil educar os

seus filhos naquela altura?

E bisnetos! Olha eles nunca me atentaram, graças a Deus! Antigamente a

escola era só até à 3ª classe, e quando acabavam a escola vinham trabalhar

como os meus pais me ensinaram a fazer. Naquele

tempo íamos para a fazenda e trabalhávamos lá.

Na altura, não havia autocarros, como se

deslocavam?

Pois é! Eu lembro-me de que naquele tempo eu ir a pé do norte para a

Ribeira Brava com um “molho” de feijão e depois da Ribeira Brava para São

4 100 anos de vida no mês de publicação da presente revista: maio de 2014.

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Vicente com sacos de açúcar e de massa. Havia um “Horário” que passava

uma vez por semana para a vila, e depois da vila para São Vicente.

Chegou a emigrar?

Olhe eu não, mas os meus filhos, sim. Eu tenho um filho que foi para a

Venezuela.

E porque emigrou o seu filho?

Ele era macho, e era só um.

E a senhora atualmente tem familiares emigrados?

Ainda tenho.

Em que país?

Tenho o meu irmão no Brasil, e dois filhos na Venezuela.

Foi fácil para si vê-los partir?

Olhe quando a nossa família caminha é sempre um desgosto.

Acha que a escola é importante para o nosso desenvolvimento

educacional?

Eu não fui à escola, mas a escola é importante para todos. Eu fui como no

meu tempo: não fui à escola mas vivi assim. Agora os outros que estão a

aprender sabem mais do que a gente que aprendeu naquele tempo.

O que é que a senhora faz no seu dia-a-dia?

Rezo, outra coisa não posso! Olhe, faz um ano, agora, para o mês de agosto

que eu fui ao Porto Santo! Tenho uma neta, que veio aqui em Agosto e

convidou-me para ir ao Porto Santo. Mas eu só consigo andar com a

andadeira e fui subindo devagarinho até chegar à estrada. Depois meteram-

me no carro, e só saí dentro do barco. No barco meteram-me numa cadeira

de rodas. Estive 4 dias no Porto Santo e gostei.

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Como é que era a praia da Ribeira Brava antigamente?

Eu não sei o que é a praia, nunca toquei

na água do mar porque os meus pais

nunca me deixaram.

Acha que a Ribeira Brava6 mudou muito?

Claro, antigamente havia mais coisas na

vila, mas agora está tudo mais para cima.

A Ribeira Brava está a mudar.

Como é que era ir à Ribeira Brava? Os transportes como eram?

A primeira vez que andei de “horário” foi no São Pedro, havia um que vinha

buscar os passageiros e depois à noite vinha trazer. Depois começou a haver

mais horários, mas as coisas têm mudado bastante5. O que é que espera ver

nos próximos 10 anos no concelho da Ribeira Brava?

Oh, meu Deus! Não sei como vai ser. Só Deus é que sabe.

Muito Obrigada, senhora Rosa (vestida de branco) pela sua participação!

5 Na imagem, antiga ribeira da Ribeira Brava nos anos 60 do séc. XX.

Maria Rita Rosa, no sitio da Pereira, ao centro, na Serra de Água, num exclusivo para a “Descobrindo”. À esq., a filha da Sra. Rosa, à porta da casa delas e, bem perto, uma das suas vizinhas,

em 2014.

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04.1 - VIDAS CENTENÁRIAS (II)

Nascimentos registados no concelho da Ribeira Brava (1914-1915)

Até maio de 1914 os assentos

1911, 1912, 1913 e 1914

encontravam-se na

Conservatória do Registo Civil

da Ponta do Sol, os anteriores a esta data estão no Arquivo Regional da

Madeira.

Deste modo, no ano de 1914 foram registados 234 nascimentos, e em 1915

539 nascimentos.

Uma ponte rudimentar ligava a Ribeira Brava a Oeste. A vila era um centro de

trabalho, com o decorrer do tempo o pequeno núcleo transformou-se, no

século XVIII, num centro económico onde aportavam, quase

permanentemente, os barcos de carreira.

A pesca foi um sector importante da economia ribeirabravense e

desempenhou também um papel defensivo, quando em 1786, para efeitos de

defesa da ilha, o governador Diogo Forjaz Coutinho dividiu a Madeira em

vários distritos.

A Ribeira Brava passou a ser um concelho que abrangia a Tabua e a Serra de

Água. O Campanário constituía também outro concelho que se estendia até à

Quinta Grande.

O Forte de São Bento atesta a importância defensiva da localidade. Sob a

administração da Câmara do Funchal, que se estendia da parte ocidental do

Caniço até a Lombada da Ponta do Sol, o território era administrado pelo juiz

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do lugar, o juiz pedâneo, o alcaide, o porteiro, o quadrilheiro, que deviam

evitar o furto de gado e outros danos nos sítios mais recuados, e o meirinho

da serra.

Os cargos eram normalmente exercidos por cidadãos da Ribeira Brava que

então funcionava como cabeça das quatro freguesias. Este tipo de

administração manteve-se até 1835, quando se procedeu à nova divisão da

concelhia: Câmara de Lobos, Santana e Porto Moniz, passando a Ribeira

Brava6 a integrar o município da Ponta do Sol. Insatisfeitos, os

ribeirabravenses reivindicavam a fundação de um novo concelho que

aglutinasse a freguesia da Tabua, Serra de Água e Campanário. Os moradores

do Campanário esclareceram então que, esgotada a possibilidade de

integrarem o novo concelho, preferiam pertencer ao Funchal e não a Câmara

de Lobos, por condicionalismo geográficos. Por sua vez a Tabua preferia

também unir-se a Ribeira Brava, pelas relações de vizinhança que mantinha.

Quanto à Serra de Água, situada num enclave, não tinha outra saída.

Um lugar privilegiado

A Ribeira Brava começou por ser um dos lugares privilegiados, desde os

primórdios do povoamento, assumindo a tutela das quatro freguesias que

foram sendo criadas e que a circundavam. Os senhores das terras tornaram-

se opulentos e, a rodeá-los, um corpo de moradores servia os interesses

camarários e régios, a nível de administração.

Primeiramente, irei falar dos povoadores mais importantes da Ribeira Brava,

ou seja, aqueles que assumiram a administração das terras que foram

6 Imagem: Vila da Ribeira Brava nos anos 30 do séc. XX.

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distribuídas num regímen de sesmarias, para serem devidamente

aproveitadas. A toponímia ainda era um pouco vaga neste final do séc. XV e

afinal eram os fenómenos naturais que, muitas vezes, serviam para designar

este ou aquele sítio. Também um punhado de casas, ou ainda a distância a

que ficava o engenho, poderia servir como referência para situar este ou

aquele canavial. Noutros casos, a demarcação era efetuada pelo caminho do

concelho e, finalmente, pela proximidade da rocha ou do calhau do mar.

Um dos maiores produtores de açúcar era Álvaro Vaz. Tinha 1495 canaviais

na Ribeira Brava, acima da casa onde vivia Fernando Eanes Botelho, que

produzia 530 arrobas.

Em resumo, a Ribeira Brava desde os primórdios do povoamento, tornou-se

uma terra próspera.

RIBEIRO, João Adriano (1998),Ribeira Brava, Subsídios para a história do

concelho, CMRB

Alguns testemunhos recolhidos no dia 7 de junho de 2014.

Entrevista

Entrevista realizada à Dona Antonieta7

de 69 anos, natural do sitio de São João,

Ribeira Brava. Numa das visitas ao

Centro Social e Paroquial de São Bento.

7 Entrevista, na imagem, à esquerda, ocorrida no dia 7 de junho de 2014 aos utentes do Centro Social e Paroquial de São Bento.

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Marisa: Boa tarde, vamos dar inicio às entrevistas dos utentes do Centro

Social e Paroquial de São Bento sobre a “Ribeira Brava antiga”. Como é que

está, Senhora Antonieta?

Bem-disposta!

Ainda bem, é o que é preciso. Então, conte-me como era viver antigamente

no concelho da Ribeira Brava?

O concelho da Ribeira Brava está muito diferente do que era. Hoje está mais

moderno, mas também já esteve mais, pois agora está um bocadinho parado.

Antigamente a vida era muito difícil, porém, havia mais agricultura, agora os

terrenos estão todos baldios.

Como foi educar os seus filhos naquela altura, em que a agricultura era a

atividade predominante?

Não foi muito fácil, mas eu consegui. Até fui junto com eles à escola para tirar

a 4º classe.

Havia muita emigração, nesse tempo. A senhora, chegou a emigrar?

Não senhora, o meu marido sim, o meu pai e os meus irmãos também.

E neste preciso momento tem familiares emigrados?

Sim, tenho os meus irmãos e sobrinhos.

Disse que tinha tirado a 4ª classe junto com os seus filhos. Quando era

criança, chegou a andar na escola?

Sim, até a 3ª classe.

E acha que a escola é uma boa instituição para a educação das

crianças/jovens?

Sim senhora, ajuda muito.

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Como é que acha que a Ribeira Brava vai ser daqui a 20 anos?

Daqui a 20 anos? Peço a Deus que esteja melhor, pois acho que está um

bocadinho difícil, mas disseram que isto ia dar uma volta e que ia melhorar.

Espero bem.

Quer deixar algum apelo aos jovens do concelho?

Eu quero deixar um conselho aos jovens: que tomem um pouco de juízo e

que prestem atenção à vida que os seus pais e avós levaram. E oxalá que o

tempo não volte atrás.

Muito obrigada pela sua colaboração, senhora Antonieta.

05 - FÉ, FESTA E TRADIÇÃO

Cortejo das Açucenas: A última festa que é realizada na freguesia de Campanário, ocorre numa pequena capela, propriedade privada, instituída em 1672 por Jerónimo de Autouguia Betencourt e sua esposa D. Catarina Spanger. A marcar este arraial popular, há um tradicional e único CORTEJO DAS AÇUCENAS, o qual realiza-se sempre da quinta para a sexta que antecede a “Festa da Capelinha”.

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Dita a tradição que

durante a madrugada de

Sexta (cerca das 3 às 4

horas da manhã) estalam

foguetes a anunciar a

concentração dos

populares para partirem a

pé até às Fontainhas.

Como curiosidade,

registe-se que em tempos

idos, alguns dos adeptos

da “Ida às Açucenas”

também o faziam para

colher alguns peros nas

Fontainhas, sendo esta

prática alvo inclusive de

alguns incidentes, que no entanto, nunca chegaram a impedir a tradição de se

realizar.

No presente, a principal nota de reparo, é para o facto de muitos dos

populares se deslocarem no cortejo não a pé mas de carro, impondo uma

alteração à tradição por via da evolução dos tempos.

Texto da autoria de Luís Drumond (colaborações para o boletim da ADC

“Mais Saúde, Mais Lazer, Campanário a Mexer” (adaptado).

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Page 38: Revista 2015 maio2015final

Na festa de Nossa Sra. do Bom Despacho, no Campanário, a procissão habitualmente sai da Capela até ao Tornadouro, Porta Nova, Volta do Pico, novamente ao Tornadouro e regressa à Capela. As confrarias, os andores, os cumpridores de promessas, a banda de música, e os meros acompanhantes, fazem da procissão um dos pontos altos e mais sentidos da festa de Nossa Sra. do Bom Despacho no Campanário. As principais promessas constituem em ofertas em dinheiro, cordões ou anéis de ouro, círios ou velas na procissão, ou simplesmente acompanhar a procissão.

http://www.prestservi.com.br/diaconoalfredo/titulos_maria/b/bomdespacho.htm [2015/4/17].

Campanário, 26/9/2014: A Sra. Almerinda e a Alícia (ex-aluna de Sociologia da EBSPMA), aguardam, na sua casa, sorridentes, a passagem do cortejo.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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DOMINGO DE PENTECOSTES NA Rª. BRAVA, 2014 Antes de ser uma festa dos cristãos, Pentecostes foi festa dos judeus, e sua origem se perde nas sombras do passado. Antes de se chamar assim, tinha outros nomes, e era uma festa agrícola. Fonte: http://www.paroquiasaopauloapostolo.com.br/index.php?id=1102%3Asignificado-pentecostes&option=com_content [2015/4719].

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O que significa Pentecostes? É uma palavra que vem do grego e significa "quinquagésimo". É o 50° dia depois da Páscoa. É a solenidade da vinda do Espírito Santo. Junto com Natal e Páscoa, forma o tripé mais importante do Ano Litúrgico. Esse detalhe ajuda a compreender por que Pentecostes pertence ao Ciclo da Páscoa. O vermelho domina essa solenidade, associado ao fogo, símbolo do amor.

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Ribeira Brava - adro da igreja: uma

cerimonia religiosa celebrada com muita

solenidade. A banda, o presidente da junta

de freguesia e a sua família e outras

comunidades. Jovens, professores, idosos e

crianças para verem e admirarem uma vez

mais, também a dança das espadas.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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ESPÍRITO SANTO

A devoção ao Espírito Santo na piedade popular madeirense enraíza na mesma descoberta da ilha em 1420, e no início do povoamento, por meados de 1425.

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19/7/2014: A “Festa do Espírito Santo” é uma tradição com muitos anos no Campanário. As “saloias”, crianças vestidas com trajes brancos e vermelhos, “decoradas” com ouro e cestos de flores, tornam esta tradição como especial para os pais.

Habitualmente, “as saloias”, cantam versos típicos do Espirito Santo e vão acompanhadas por instrumentos tradicionais.

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Page 45: Revista 2015 maio2015final

As saloias trajam vestido branco, manga curta franzida e saia também

franzida. Habitualmente o vestido é ornamentado com colares de ouro

e folhas de alegra-campo verde. Sobre o cabelo trançado coloca-se

uma carapuça enfeitada com colares e prendas de ouro.

Serra d’Água e Meia Légua

A tradição é vivida com intensidade pelas famílias madeirenses bem como junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. É comum, em muitos lares, uma limpeza das casas ao pormenor para receber o Pároco ou o representante da Igreja.

A família e os amigos mais próximos juntam-se.

As refeições são melhoradas para este dia com bolos, doces, licores, entre outras iguarias.

Fonte: http://www.cantinhodamadeira.pt/index.php/eventos/item/96-festas-divino-espirito-santo [2015/4/18].

Por Joana Sofia (EBSPMA), à esq.

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Page 46: Revista 2015 maio2015final

Micaela Abreu

Festa do SS. S. d`Água

Tapete do Santissimo Sacramento. Normalmente, esta festa é celebrada no domingo a seguir ao da padroeira, ‘’Nossa Senhora da Ajuda’’. Há uma manifestação de fé que consiste em levar símbolos religiosos. O branco é uma cor dominante nesta festividade.círios, apresentando-se com os seus fatos domingueiros.

Festa do Santissimo

Sacramento, na Serra d’Água

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Tapete de flores na festa do Santíssimo Sacramento na Serra d’Água.

As pessoas de cada sítio, reúnem-se para a recolha de flores, sendo depois, pela manhã, utilizadas para a organização e preparação do tapete. Após a Eeucaristia, dá-se a saída da procissão, onde o prior é único a passar por cima do tapete de flores. Os paroquianos rezam e admiram os arranjos floridos que estão no chão.

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Meninos que fizeram a primeira cumunhão participam na procissão do Santíssimo (Serra d’Água).

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Arraial do São Pedro, 28 e 29 de junho

Rª. Brava, 28/6/2014: Marchas São Pedro

Por Catarina Garcês e colegas.

História da Casa do Povo da Rª. Brava (síntese) Localização Anterior: Edifício da Cooperativa Agrícola da Ribeira Brava – Cave Localização atual: Rua Juvenal José Ferreira Pestana - 9350 - 208 Ribeira Brava .

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Page 50: Revista 2015 maio2015final

• Órgão de gestão ao longo do tempo Até 1999 esteve na gestão o presidente José Ismael Fernandes, sendo que desde essa data e até à atualidade permanece como órgão de gestão o Presidente José Pereira de Abreu.

• Quando foi fundada a Casa do Povo da Ribeira Brava?

A Casa

do Povo

iniciou a

sua

existênci

a a 29 de Agosto de 1973 em conjunto com outras Casas do Povo.

Resultou duma vontade do

povo em ter uma

organização que pautasse a

vida cultural do concelho da

Ribeira Brava. As Casas do

Povo, que antes do 25 de

Abril de 1974, eram órgãos

representativos, de

providência social e

animação sociocultural das

comunidades rurais, uma vez criados os Centros Regionais de Saúde e

Segurança Social e os Sindicatos Livres para defesa dos interesses dos

agricultores, ficam com uma área bastante reduzida. Em 1982, o Governo

Regional imprime uma nova dinâmica às Casas do Povo confiando-lhes a

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 51: Revista 2015 maio2015final

tarefa de desenvolvimento sociocultural e económico das populações rurais,

dando às mesmas apoio técnico e financeiro, através de um Decreto

Regulamentar Regional.

As Casas do Povo foram então definidas como "instituições de base

associativa, dotadas de personalidade jurídica e autonomias administrativa e

financeira, que se constituem por tempo indeterminado e se destinam ao

desenvolvimento cultural, recreativo e desportivo das comunidades".

Começou-se por fazer levantamentos sobre os

trajes, músicas, e bailados dos vários locais

madeirenses. Em meados dos anos 80 (86-89) com

50 sócios, era Presidente, o Sr. José Ismael

Fernandes.

Desde então começaram-se a desenvolver

atividades, como cursos de música (viola,

braguinha, rajão e acordeão), formaram-se a Tuna, o Grupo Folclórico da

Ribeira Brava, o Grupo de Romagens. Mais tarde, surgiram os Cursos de

Culinária, Costura, etc.. até às inúmeras atividades que hoje são

desenvolvidas por esta instituição.

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Page 52: Revista 2015 maio2015final

Atualmente conta com 226 sócios.

• Marchas Populares

As Marchas populares remontam a

1932 (como são conhecidas hoje),

sendo uma das mais antigas e

crescentes tradições, (às marchas,

"juntaram-se" em 1958, os

Casamentos de Santo

António). Porém, já se realizavam

marchas desde o século XVIII. Se

bem que, por motivos óbvios de

inclinação comercial, não seja tão sabido, também a tradição das Marchas

Populares tem forte expressão, agregando coletividades de diversas cidades e

arredores.

• Vestuário das Marchas Populares Para os homens:

Para as mulheres:

Calças pretas; Camisa branca; Colete; Chapéu; Fitas; Sapatos pretos.

Saia; Camisa branca; Avental; Chapéu; Capa; Sapatos pretos.

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• Marcha da Rª. Brava (quando se participa no S. António – Funchal)

1ª Quadra Santo António do Funchal, Festa no mundo sem par Há folia toda a noite Balões e arcos no ar.

REFRÃO Entrem na marcha alegre e animada, Junta-te a nós, vem connosco bailar, Não fiques em casa em noite de alegria Arcos e balões nunca parem de cantar.

2ª Quadra Vem aqui a Ribeira Brava E a juventude vem com ela Venham todos tomar parte Nesta marcha tao singela.

3ª Quadra Dia 28 de junho Dia de tanta alegria É o arraial de Santo António O maior da freguesia

4ª Quadra Esta marcha tão querida Vem mantendo a tradição Rapazes e raparigas Santo António no coração.

5ª Quadra Venham ver nossos balões E arcos muito enfeitados E este bando de jovens Alegres enamorados

6ª Quadra É com os nossos balões Sempre no ar a brilhar Esta nossa tradição Nunca mais há-de acabar

7ª Quadra Venham todos para a festa O arraial animar Venham novos, venham velhos Connosco cantar e bailar.

8ª Quadra Vamos todos dar as mãos Com os arcos e balões Cantar com o coração Ao som dos acordeões.

9ª Quadra Toda a nossa juventude Anseia por este dia Dão largos ao coração Nesta nossa Romaria

10ª Quadra Reunimos esta marcha Não pode vir mais ninguém Demos boa noite a todos Até ao ano que vem

REFRÃO Entrem na marcha alegre e animada, Junta-te a nós, vem connosco bailar, Não fiques em casa em noite de alegria Arcos e balões nunca parem de cantar.

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Page 54: Revista 2015 maio2015final

São Pedro

O Santo Protetor dos Pescadores é assinalado a 29 de junho. O último dos

Santos Populares é assinalado com pompa e circunstância na Vila da Ribeira

Brava, Câmara de Lobos e no sítio de São Pedro, em Santa Cruz. São locais

com tradição piscatória.

No entanto, a mais concorrida é a Festa da Ribeira Brava. No passado,

algumas empresas de transporte marítimo realizavam viagens em barco de

recreio entre a Marina do Funchal e a Ribeira Brava. O arraial ficou conhecido

pela forte animação musical e pelas marchas populares sobretudo na véspera

de São Pedro:

“Vestuário”, por Tânia Pita, 12º. A, C. T. de Ação Social, 2013/14 (EBSPMA).

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Page 55: Revista 2015 maio2015final

“São Pedro meu padroeiro. Trazes a chave na mão. Vê se encontras meu

amor. Para abrir meu coração”.

“ARCOS”

Por Daniela Faria

O que sou: Sou uma rapariga impulsiva, amiga de

quem merece, espontânea, gosto das coisas à

minha maneira, gosto que tudo dê certo,

preocupada com a aparência, sou divertida,

alegre e digo sempre tudo o que penso.

O que não sou: Não sou paciente, nem egoísta,

odeio injustiças e mentiras. Não sou pessoa de

perdoar traições.

Os meus objetivos: Tenho um objetivo geral, conseguir viver com o que a vida

me dá, ter força de enfrentar sempre os problemas em vez de torná-los

maiores. Quero construir uma vida, ter a minha casa, o meu trabalho, e ir

conseguindo as coisas com o meu esforço sem nunca desiludir quem confia

em mim.

• Arcos, o que são?

Os arcos das marchas são a maneira mais simples, aperfeiçoada e bonita de

dar ânimo e cor a uma marcha. Cada marcha, cada sítio tem o seu,

independentemente das cores, formas ou tamanhos.

Os nossos foram feitos com ferros, colocados em forma de arco,

embrulhando jornal à volta do ferro e depois fitas de várias cores para dar

alegria à marcha.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 56: Revista 2015 maio2015final

Os arcos foram uma ideia de tornar a

marcha algo vivo, ajudar nos passos

de dança. Em Lisboa estes são

armados num banco baixo ou em

degraus feitos de caixas ou caixotes,

forrados com um pano branco,

ostentando no degrau cimeiro a

imagem do santo, quase sempre em

barro.

O resto são os enfeites de papel colorido, as flores, as velas, os vasinhos de

manjerico, as figurinhas e os pequenos objetos dispostos ao gosto de cada

um.

Há também arcos mais elaborados e de maiores dimensões em lugares

públicos, símbolo da devoção popular dos moradores de cada rua, ou pátio

dos bairros antigos de Lisboa.

É necessário fazê-los sempre com cuidado e imaginação para que corra tudo

bem na hora da atuação, amarrar as fitas com arames, e prender tudo com

muita força. Os balões foi uma ideia de dar ainda mais ânimo ao arco devido

à luz que esta solta de maneira a conseguir a atenção da plateia:

‘’ Alegrar as pessoas não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver

pessoas sem nada para fazer, mais triste ainda é vê-las sentadas

enfileiradas em casas sem ar, apenas olhando para o nada pensando

que a vida já acabou.’’

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• Testemunho de quem possui mais experiência do que nós (I)

O que sei é que as marchas não são daqui, ou seja, nós também festejamos o

São Pedro, São João mas tem uma maior predominância em Lisboa.

O ponto mais alto do São João é no Porto e Santo António é Lisboa. No

passado, os organizadores das marchas foram os professores João Abreu

Gomes (Tito) e Eleutério, a Jenny.

Este ano foi o que mais me marcou em

termos de marchas, por ver o esforço e

o trabalho que estas miúdas tiveram

para a realização das marchas. Rosa

Carolina.

Nota de Redação: Rosa Carolina, na

imagem, é a atual funcionária da Casa

do Povo; nasceu em 1975 e mora no

Pomar da Rocha, concelho da Rª.

Brava.

• Testemunho de quem possui mais experiência do que nós (II)

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 58: Revista 2015 maio2015final

Um senhor, por acaso um dos professores

da nossa escola, que há alguns anos liderou

a Marcha Popular da Ribeira Brava deixa-

nos o seu testemunho como as coisas eram

e o que mudou…

Nome: João Abreu Gomes (Tito)

Morada: Ponta de Sol.

Estive na liderança das marchas em 1989

até 1996, fiz 3 anos só como membro

depois mais 6 anos como ensaiador e

membro. O local de ensaio era na antiga

escola Primária, a escola da sede. E depois

no antigo cinema – atual biblioteca municipal. O horário era pós-laboral, depois das

18 horas e envolvia jovens dos 14 até idade ilimitada, pois havia muitas pessoas a se

inscrever e depois havia uma pré-seleção.

As marchas da Ribeira Brava eram um cartaz turístico, por causa do são Pedro, apesar

do São Pedro estar morrendo aos poucos.

Eram selecionados 16 pares, sempre rapaz-rapariga, e tinha início cerca de 15 de

maio.

Os passos eram meus pela experiência e com a

visualização das marchas de lisboa. A letra era original

pelo Santo António e trazíamos sempre prémios desta

festa. A de são João era letra e música própria assim

como a de São Pedro.

São Pedro: ‘‘ viva a São Pedro, viva, viva a nossa festa,

não há na Madeira uma festa como esta, viva a São

Pedro, viva a nossa freguesia, viva a nossa juventude, que canta com alegria ‘’

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Page 59: Revista 2015 maio2015final

A Banda Municipal, na altura, 20 anos atrás, voluntariava-se para acompanhar o

grupo, ao longo dos 3 eventos. Os arcos eram reformulados todos os anos, com papel

crepe, o aro era de ferro, todo o matérial era doado pelos comerciantes da Ribeira

Brava, assim como, os comes e bebes pelos restaurantes.

As roupas, eram típicas da Ribeira Brava. Raparigas com saia vermelha bordada, blusa

branca e lenço vermelho, os rapazes com calça preta, camisola branca, chapéu preto

de filtro e faixa vermelha. As roupas das raparigas eram propriedade da Casa do

Povo.

Nos ensaios, os primeiros dias eram sempre muito agitados. Os transportes eram

oferecidos pela Casa do Povo, o poli desportivo da Rª. Brava e a Câmara Municipal

para levar os músicos. O grupo arrecadou bastantes prémios. O percurso iniciava-se

na “Escola da Sede”, passando pelo largo Herédia, descendo toda a Rua do Visconde,

rua Coutinho, e terminávamos no adro da igreja.

Não havia carros alegóricos. Era um trabalho voluntário, mas quase semiprofissional

porque havia dedicação e empenho de todos os participantes para sermos sempre a

melhor marcha. As primeiras duas semanas eram de ensaio da letra e da música, e os

restantes era ensaio da coreografia, sendo os últimos dois dias de marcha de rua. A

coreografia que nós tínhamos era diversificada e estava adaptada a cada local.

Depois das marchas havia sempre animação até muito tarde.

Cheguei a ir à Serra de Água, sempre sem rivalidades, pois nós queríamos sempre

aperfeiçoar. E também fui ao Campanário.

As roupas tradicionais já eram de 1970. Procurávamos sempre fazer coisas

diferentes, dado que o Santo António (Funchal) era uma festa muito concorrida.

A meu ver, perdeu-se muito em não se manter a tradição das marchas de São Pedro,

quer a nível de vestuário / musical. Passávamos nas ruas e quem cantava eram as

pessoas, visto que, a letra da marcha era muito conhecida e fazia com que a plateia

também participasse na marcha a cantando. Talvez daqui uns a anos se volte a pegar

nisto, mas sei que muita coisa iria mudar porque sou um homem muito exigente.

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Page 60: Revista 2015 maio2015final

Esta experiência ajudou-me na Universidade da Madeira. Deu-me azo a fundar duas.

A TUMa - Tuna Masculina da Universidade da Madeira iniciou as suas atividades em

setembro de 1995, tendo-se formado, no entanto, em abril de 1994 como tuna

mista. A 13 de Março de 1998 é constituída a Associação denominada Tuna

Universitária da Madeira (TUMa). Em abril de 1997, a TUMa apadrinhou a Tuna

D’Elas – Tuna Feminina da Universidade da Madeira e em Outubro de 1998

apadrinhou também a Tun’UMa - Tuna Mista da Universidade da Madeira. Do meu

ponto de vista, a “Mista” não atingiu, na época, os objetivos pretendidos, porque as

raparigas ficavam irritadas por cantarmos para outras raparigas.

Uma vez um colega nosso estava chateado com a namorada, então perguntamos

onde era a casa dela. Fomos todos à volta dele, cantamos a serenata, e acredite ou

não, deu casamento …

Concluo com uma pequena amostra de imagens recolhidas por nós em maio e junho

de 2014, durante a nossa participação muito ativa:

Foi sem dúvida uma experiência fantástica, o nosso trabalho e dedicação valeu a

pena. Um muito obrigada a todos!

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Imagem 1: S. Pedro da Fajã da Ribeira de 2014; imagem 2: Placa identificativa

do sítio, em 2014. No dia 5 de novembro de 2014: um arco-íris.

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Page 63: Revista 2015 maio2015final

A tradicional e monumental «Charola de São Pedro», da Fajã da Ribeira,

levada em romagem.

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São Pedro da Ribeira Brava, junho de 2013 – Contributo dos sítios de Pico,

Achada e Banda d’Além.

O termo «charola», devido ao formato arredondado, quer da «charola» da Madeira, quer da «charola» algarvia, terá origem na dança de roda mais popular da Europa entre o século XII e o século XVII, primitivamente uma dança religiosa, à qual era dado o mesmo nome: «charola».

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Page 65: Revista 2015 maio2015final

♫ Grande obrigado pela ajuda de todos na Festa de São Pedro da Ribeira

Brava: sítios com as Romagens (Vale, Moreno, lados da Avé Maria, Pomar da

Rocha), Barco (Achada/Pico/Apresentação) e Charola (Fajã da Ribeira/Meia

Légua).- Obrigado à família que ofereceu as flores para a igreja8.

8 http://www.igrejarbrava.com/oraetlabora.htm (Acedido a 2015/1/18).

Rª. Brava, junho de 2013.

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Page 66: Revista 2015 maio2015final

Festas de São Pedro na Ribeira Brava (2013-06-28), uma das maiores festas

religiosas tradicionais da Madeira, bastante concorrida e divulgada através de

todos os meios de comunicação social da Madeira, incluindo as televisões.

O concelho da Ribeira Brava celebra São Pedro nos dias 26, 27, 28 e 29 de Junho, tendo o seu ponto alto no dia 28, logo pelas 12 horas com a tradicional girândola e atuação da banda municipal, seguindo-se as romagens ao Sítio do Vale, Avé Maria, Pomar da Rocha, Achada, Pico Banda de Além e Fajã da Ribeira.

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Page 67: Revista 2015 maio2015final

A vila da Ribeira Brava celebra a Festa de São Pedro com grande animação. A

vila é decorada com flores e instrumentos de pesca. Os fiéis transportam

produtos agrícolas, pão, vinho, bolos, dinheiro em notas, em honra a S.

Pedro, para o adro da Igreja.

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Page 68: Revista 2015 maio2015final

“A FESTA”, de 8 de DEZEMBRO a 8 de JANEIRO

Fotorreportagem de J. Ramos

No “Bar Coelho” (Boa Morte) e na festa de Nª. Sra. Conceição, no sítio da Cruz, em 2014.

FESTA DO ESPÍRITO SANTO: A devoção ao Espírito Santo na Ilha da Madeira remonta ao início do seu povoamento, por volta de 1425. A manifestação mais expressiva dessa devoção são as visitas pascais denominadas "Visitas do Espírito Santo". Realizam-se entre o II Domingo de Páscoa e o Dia de Nossa Senhora da Ascensão. Texto adaptado de http://www.madeirarural.com/guia_viagem/ver_item.cfm?id=555&lingua=po (Consultado em 22/12/2014).

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Page 69: Revista 2015 maio2015final

O Firmino está emigrado na África do Sul. Tem lá um negócio e gosta tanto da “sua”

Ribeira Brava que, se pudesse, permanecia por cá mais tampo. Fernando, desde

muito novo que viajou por esse mundo fora, com destaque para a Venezuela. O

António, ex-funcionário público, ainda canta, toca acordeão, rajão (espécie de viola

pequena com cinco cordas) e viola. Colaborador assíduo da Casa do Povo da Ribeira

Brava.

A propósito do rajão, um dos instrumentos mais preferidos pelo músico António, o

primeiro da esquerda, na imagem, a “Wikipédia” ensina-nos:

o “Rajão” (designação utilizada somente na Madeira), de acordo com o

sistema de classificação de Hornbostel-Sachs, caracteriza-se como sendo

um cordofone, mais especificamente, um cordofone composto

de cordas beliscadas. O som é produzido pela vibração de uma ou

mais cordas, apresentando uma caixa-de-ressonância como parte integral do

instrumento.

Mercearia Nova (Vila da Rª. Brava), natal de 2014 - Da esquerda para a direita, três amigos de longa data, em plena confraternização: António Manso, Fernando Ambrósio e Firmino Macedo.

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Page 70: Revista 2015 maio2015final

Presépios e Lapinhas Madeirenses, na EBSPMA, em 2014

Na Madeira, o povo não

costuma distinguir entre

«Presépio» e «Lapinha». O

presépio mais clássico,

também é denominado de

«Lapinha».

Durante o mês de

dezembro de 2014, alguns

dos funcionários da

EBSPMA, em grupo e por

turnos, orientados pelo

Conselho Executivo,

colaboraram na nas

festividades natalícias

executando, com empenho

os trabalhos que aqui

deixamos aos nossos

leitores.

O “Presépio”, cujo

conceito original

significa “um lugar onde

se recolhe o gado;

curral, estábulo, foi

recriado por alguns

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Page 71: Revista 2015 maio2015final

funcionários da EBSPMA, e m dezembro de 2014.

A Lapinha será só uma tradição da Madeira e do Porto Santo?

Não. Ela é feita, também, em alguns sítios do Brasil, principalmente no

nordeste mas a lapinha tradicional na Madeira apresenta duas variantes

distintas: a escadinha e a rochinha. O armar da lapinha acontecia

habitualmente nas vésperas do dia de Festa. Nos dias de hoje, ocorre mais

cedo, como aconteceu, em 2014, na EBSPMA9.

9 Imagens recolhidas em parceria com o Gabinete de Informática EBSPMA.

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Page 72: Revista 2015 maio2015final

As Missas de Parto na Igreja-Matriz, em 2014

“Searinhas do Menino Jesus” na Igreja Matriz, à

esquerda, uma tradição que, a nível europeu, teve

início no século XVI, quando o cardeal francês

Bérulle decidiu adornar o presépio com searinhas

e laranjas para que as sementeiras e árvores de

fruto fossem abençoadas e dessem muito durante

o ano inteiro.

Depois, a “Barraca dos Escuteiros da Rª. Brava,

aqui representada por 3 rostos bem conhecidos

no meio local.

E, finalmente, as professoras Luísa Afonseca e

Teresa Vale, acompanhadas por familiares e

amigos, após o final da “missa de parto” de

19/12/2014, na Ribeira Brava. Dentro da Igreja,

mesmo depois de findas as cerimónias, há quem

desfrute, calmamente, os últimos momentos para

praticarem a sua fé.

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Page 73: Revista 2015 maio2015final

As "missas do parto" acontecem na Madeira

antes do natal, todos os dias às 6h da manhã!

Depois das missas, tocadores e populares tocam

e cantam pelas ruas da vila... Por aqui são estas

coisas que fazem lembrar o Natal. Texto de Graciela Sousa, em 2014.

O presépio do Sr. Francisco, no sítio da Murteira (Vila da Rª. Brava), 2014

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Murteira (Rª. Brava), 28/12/2014: Mais de 500 peças, novas e antigas, mas sempre com arranjo diferente, de ano para ano, no mesmo espaço (quarto exclusivo para esse efeito).

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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“Presépios madeirenses. Mensagem.”

(16-12-2014 até 17-03-2015)

Embutidos de Luz Ornelas e cerâmica de Helena Alencastre

Museu Etnográfico da Madeira

Rua de São Francisco, 24 - Ribeira Brava. Tel.: 291 952 598.Terça à sexta das 9h30 às 17h00. Sábado e domingo das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Na Noite de Mercado

No centro da página, em cima - Nisa Quinta ou a “ Alegria de viver!”, como dizia uma das suas amigas, nessa noite, depois de visualizar a foto.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Celina Coelho, em discurso direto: Sou uma pessoa criativa, alegre e

inovadora.

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Gosto de desafios e de criar arte com coisas que aparentemente seriam

inúteis. Todos os dias há algo que me surpreende e é por isso que tento

sempre criar algo que surpreenda os outros.

Boa Morte (Ribeira Brava), 28/12/2014: Uma pequeníssima amostra do vasto “mundo artístico de Celina”.

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O NATAL NO PASSADO10

10 Fontes: GOUVEIA, Horácio Bento de, O Natal na Cidade/A Festa No Campo, Funchal: 2001 (contracapa). Teatro Municipal de Baltasar Dias, Presépios E meninos Jesus De Ontem E de Hoje. Funchal: 1987.

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Feira, lapinha, presépio no Mercado e no Largo do Herédia, 2014.

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DIA DE SANTO AMARO - «O VARRER DOS ARMÁRIOS» - BOA MORTE

Uma tradição que serve para estreitar laços de boa vizinhança e de convívio,

para se trocarem ditos e graças, sendo também motivo para se oferecer aos

«varredores» «a mesa posta com bolinhos e bebidas finas».

Organização e imagens: “Bar Coelho”.

No sítio da Boa Morte (Rª. Brava) celebrou-se o dia de Santo Amaro (15 de janeiro 2015) de maneira festiva, colocando-se na mesa iguarias idênticas às do dia de Natal, dançando, cantando e convivendo.

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06 - CAMPANÁRIO - O NOME QUE NASCE NO MAR

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Emocionante vida política de

Francisco Correia de Herédia

e da sua ação na criação do

concelho da Ribeira Brava

Ana Luísa Correia11

No passado dia 07 de maio comemorou-se o 1º Centenário da Ribeira Brava

na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Cónego João Jacinto Gonçalves de

Andrade, numa iniciativa levada a cabo pelo grupo disciplinar de História,

através da realização de uma palestra dirigida aos alunos do quinto ao nono

ano de escolaridade, sendo oradores Maria Teresa Pais (Diretora do Museu

da Quinta Cruzes) e Ricardo Nascimento (Presidente do município da Ribeira

Brava).

Maria Teresa Pais falou, principalmente, da emocionante vida política de

Francisco Correia de Herédia e da sua ação na criação do concelho da Ribeira

Brava.

O Presidente da Câmara, o segundo, da esquerda para a direita, na imagem

que acompanha este texto, abordou determinados problemas do concelho no

último século, os quais alguns ainda perduram e da sua visão para o futuro do

município, numa mensagem de esperança aos ribeirabravenses.

11 Fonte: http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/446670-escola-do-campanario-comemorou-centenario-da-ribeira-brava (adaptado em 2014-5-10). Foto: “DR”.

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CENTRO DE CONVÍVIO DO CAMPANÁRIO12

Centro de Convívio:

“Resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de

serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio

sociofamiliar”.[1]

O Centro de Convívio do Campanário é uma resposta social para a população

idosa, desenvolvida pelo Instituto de Segurança Social da Madeira, tendo

entrado em funcionamento no ano de 2000.

12http://www.cm-ribeirabrava.pt/index.php?lang=pt&s=directorio&pid=259&ppid=174&title=Instituicoes_de_Cariz_Social (2015/3/12).

Sítio da Igreja (Campanário): Na sexta que antecede o carnaval, no Centro de Convívio, crianças das escolas primárias da freguesia e os idosos, acompanhados pelo Presidente da Junta (Prof. João Silva, à direita) e demais população, num convívio Intergeracional, muito animado e colorida.

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Rezam as crónicas que, quando os

descobridores chegaram à Madeira no

século XV, ao passarem pelo

promontório do Cabo Girão,

avistaram, junto à costa, um pequeno

ilhéu.

Parecia um sino, tal a forma de

campanário que surgia entre o mar do

litoral sul da ilha.

Diz-se que, inicialmente, o ilhéu tinha

duas saliências, sendo que uma

acabaria por ser destruída pelo mar.

Com o tempo, a terra sem nome

passou a chamar-se Campanário, o tal

que, apesar da insistência do mar,

teimava em não emitir qualquer som.

O Campanário é freguesia desde o

século XVI. Os primeiros senhores das

terras tê-las-iam vendido, por

entenderem que a sua rentabilidade

não era viável.

No entanto começaram a chegar à ilha

pessoas empenhadas em extrair do

solo uma produtividade que lhes permitisse a subsistência. Foi então que,

ainda no séc. XVI, instalou-se um engenho de captação de águas. Não tardou

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Page 89: Revista 2015 maio2015final

que o Campanário atingisse relativa prosperidade. A freguesia, noutros

tempos chegou a ser conhecida por celeiro das conquistas. Isto porque os

seus terrenos produziam uma quantidade considerável de cereais,

concretamente trigo e centeio, exportados para as costas do norte de África.

Para esta edição, a “Descobrindo”, destacou dois eventos relacionados com a

freguesia de Campanário: “EXPOSIÇÃO CAMPANÁRIO 500 ANOS-

RECRIAÇÃO DO LOGÓTIPO” e…

Ficha técnica

Texto: http://www.madeirarural.com/pt/freguesia-campanario/ (Consultado

em 2014/12/8).

Imagens: https://www.facebook.com/juntadefreguesiadecampanario?fref=ts

(Consultado em 2014/12/8)

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Page 90: Revista 2015 maio2015final

Na 9ª edição da Feira do Campanário, de 14

a 18 de maio de 2014, organizada pela

Associação local, destacamos o seguinte,

entre outros (ilustrados com imagens), a

campanha solidária em parceria com a

ADbrava, visando atribuir 1 computador e

várias cadeiras de rodas a cidadãos

carenciados. Para tal desenvolveu-se uma

campanha de donativos e de venda de rifas a

reverter totalmente para este fim.

Feira do Campanário de 2014, organizada pela Associação Desportiva local.

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Page 91: Revista 2015 maio2015final

Feira do Campanário 2014 – 14 a 18 de maio

Feira do Campanário, de 2014, organizada pela Associação Desportiva local.

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Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 93: Revista 2015 maio2015final

07 - RIBEIRA BRAVA - O NOME QUE VEIO DA RIBEIRA

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Page 94: Revista 2015 maio2015final

• Breve referência a outras valências da Casa do Povo13

Cursos na Casa do Povo (Sede)

•Arte Floral

•Curso de rendas antigas

•Iniciação a Culinária

•Tapeçaria de Arraiolos

•Iniciação a Informática nível II

•Cursos de Bandolim, Braguinha, Viola e Rajão.

•Curso de pintura em Tela e Estanho e Vidro

•Curso de Acordeão

•Curso de Inglês Iniciação e Aperfeiçoamento

Cursos Técnico Profissionais para a obtenção

do CAP: (em parceria com a Empresa Carlos

Coelho Ferreira, Lda.)

• Técnico de Obra

• Técnico de Eletricidade

• ITED

• Auxiliar de Educação Sénior

•Contabilidade e Administração

Cursos em outros locais da freguesia

•Culinária Tradicional - Lombo Cesteiro Ribeira Brava.

•Curso de Corte e Costura Nível II - Sitio de São Paulo – Rª Brava.

13 Autor das imagens: AJAP, em dezembro de 2014, na Casa do Povo, uma formação em broinhas de Natal.

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Page 95: Revista 2015 maio2015final

•Curso de Ponto de Cruz – Sitio da Eira de Mourão.

Grupos Musicais

•Tuna.

•Grupo de folclore Marchas para Santos

Populares em 2007 e 2008 obteve o 1º lugar no

concurso das Marchas de Santo António –

Funchal.

Outras Atividades

• Apoio a várias atividades realizadas na Festa

de São Pedro.

• Celebração do Aniversário do Grupo de Folclore.

• Exposições de trabalhos realizados na Casa do Povo.

• Acesso a Internet gratuita na Sala multimédia.

• Espetáculo de Natal realizado na vila com grupos da Casa e outras

instituições.

• Realização do VII Festibrava.

• Participação nas festividades de são Pedro (charola).

Clube de Emprego da Casa do Povo da Rª Brava

Os Clubes de Emprego são um serviço acreditado pelo Instituto Regional de

Emprego (IRE) que presta apoio a pessoas em situação de desemprego na

resolução de problemas de inserção ou reinserção profissional, em

cooperação com os Serviços de Emprego competentes.

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Page 96: Revista 2015 maio2015final

08 - EDUCAÇÃO , CULTURA & OUTROS

Revolução dos cravos recordada, também, na Ribeira Brava, em 2014.

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Page 97: Revista 2015 maio2015final

HÁ UM NÃO – CELEBRAÇÕES DO 6 DE MAIO

SESSÃO SOLENE - 6 DE MAIO de 2014

De cima para baixo, da esquerda para a direita: Drs. Alberto João, Cunha e Silva e Jaime Freitas, foram, entre outras, as altas individualidades regionais e locais que celebraram o 6 de maio de 2014, na Rª. Brava.

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Page 98: Revista 2015 maio2015final

Dia 6 de maio foi

marcado, como se

disse, pelo centésimo

aniversário do

concelho da Ribeira

Brava.

"Não fizemos uma

reforma profunda do

Estado, que tem uma

série de organismos

desnecessários, o

que exigia uma

revisão da

Constituição e uma

mudança completa

no sistema de

justiça", considerou

Alberto João Jardim

no seu discurso na

cerimónia

comemorativa dos

100 anos do

município da Ribeira Brava.

O presidente do Governo Regional madeirense disse ainda discordar da

prioridade de reduzir o défice "quando existem famílias em dificuldade".

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 99: Revista 2015 maio2015final

As questões sociais também constaram do discurso do presidente da câmara

da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, que se mostrou preocupado com o

desemprego no concelho e com as necessidades de apoios sociais:

"Existem muitos ribeirabravenses a necessitar de apoio social", disse o

autarca que também falou da importância de "dinamizar e valorizar o

concelho" com mais acessibilidades.

Referindo-se ao concelho, Alberto João Jardim considerou que o futuro passa

por investir nas novas instalações da Escola Básica e Secundária Padre

Manuel Álvares e continuar a canalização das ribeiras na freguesia da Serra

de Água.

Ribeira Brava, 2014: Celebrações do ano do centenário, também, através de atividades desportivas.

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Ribeira Brava, maio de 2014 - Festas dos cem anos do concelho – Exposição “O Futuro Somos Nós” atividades desportivas (no Mercado e junto ao Forte). Cantigas religiosas, na Igreja-Matriz, com a participação de alunos e professores da EBSPMA.

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Page 101: Revista 2015 maio2015final

A exposição “O Futuro Somos Nós” – uma pequena amostra, na última

imgem desta página - foi um dos pontos altos das celebrações do 6 de maio

de 2014.

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Page 102: Revista 2015 maio2015final

A Escola no seu tempo

Conferência do professor e escultor Francisco Simões14

“Bom dia a todos. Costuma-se, nas situações protocolares, dizer-se senhora

presidente disto, senhor disto, senhor daquilo, senhor daquele outro. Aqui há

muitos presidentes, e eu já nem os sei contar. Portanto, caros colegas e

professores, caros amigos e caros alunos da Escola da Ribeira Brava, queridos

e antigos alunos que estão aqui presentes, muito bom dia.

14Evocação do quadragésimo aniversário (2014-1973) da ex-Escola Preparatória da Ribeira Brava, atual Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares (EBSPMA), proferida no dia cinco de maio de 2014, na já batizada “Sala de Francisco Simões” (antiga sala de Sessões), pelo primeiro diretor da Escola Preparatória da Ribeira Brava (1972/1973), professor Francisco Simões.

Gravação do texto e algumas imagens: AJAP; Restantes imagens: Gabinete de Informática da EBSPMA. Transcrição e organização do ficheiro áudio para o ficheiro word: Prof. Martinho Macedo.

Ribeira. Brava, maio de 2014: Eu sou um operário. A minha inspiração é o trabalho. Francisco Simões.

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Page 103: Revista 2015 maio2015final

Vamos ver se eu serei capaz, como

me proponho, de contar a História

desta Escola, deste espaço e da

minha vida na comunidade da

Ribeira Brava. Pode ser contada de

várias formas, sendo contudo a

mesma história. Se por exemplo,

esta sala estivesse cheia de

professores da escola eu teria de

contar esta história no sentido de

lhes dizer como é que nós

conseguimos dar aulas, naquele

tempo, trabalhando com os nossos

alunos e quais eram as nossas

regras de condutas profissionais,

éticas, etc. Mas como vejo à minha frente muitos alunos, vou-vos contar a

história verdadeira desta escola para que vocês, mais pequenos, a levem e

repensem nas vossas casa. E vão ver uma diferença enorme entre o que era a

vida das pessoas da Ribeira Brava naquele tempo e como é agora.

Aconteceu um fenómeno social e político muito importante no nosso país,

Portugal, que permitiu essa melhoria de vida das pessoas, embora, ainda hoje

haja muitos problemas, já não comparáveis aos de outrora. Era uma vida de

grande pobreza, de grandes dificuldades e que limitava muito a população.

Vou começar só por vos dizer o seguinte: os alunos da Ribeira Brava, da

Calheta, do Porto Moniz, de São Vicente, os alunos desta parte oeste da ilha

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 104: Revista 2015 maio2015final

acabavam a quarta classe e, a maioria, cerca de oitenta, oitenta e cinco por

cento, ou noventa por cento, ficavam aqui, nas suas terras, com a quarta

classe. Portanto, a existência de uma escola na Ribeira Brava era de uma

grande importância para que as pessoas não ficassem paralisadas e

pudessem continuar os seus estudos. Mas vocês me perguntarão: mas como

é que ficavam só com a quarta classe?

Antigamente, com um bom carro e

a andar depressa nas estradas,

demorava-se pelo menos uma hora

para chegar ao Funchal. O horário

ou a camionete da carreira, não sei

como é que ainda se diz ou se usa o

termo, mas, antigamente, o horário

ou a camionete dos transportes públicos, demorava três horas a chegar e

outras três para regressar. Isso significava que quem fosse estudar para o

Funchal não podia ir de transportes públicos porque teria de se levantar às

quatro horas de manhã para poder estar às oito horas nas aulas. E depois

regressaria a casa às não sei quantas da noite. O que é que acontecia então?

Acontecia que alguns pais de meninos que tinham melhores condições

económicas conseguiam colocá-los num quartinho de uma família ou de

alguém conhecido, pagando, claro, para que os pequenos pudessem estudar

no Funchal. Portanto, é esta a principal razão, por que esta escola é muito

importante para a comunidade da Ribeira Brava. Mas o que é que aconteceu

nessa altura?

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 105: Revista 2015 maio2015final

Aconteceu ainda outro fenómeno. Estamos

a falar de uma época anterior ao 25 de Abril

de 1974. Esta escola nasceu, como

nasceram outras em Portugal, porque o

nosso país tinha o maior índice de

analfabetismo infantil. Em todo o país havia

muitas crianças que eram analfabetas, que

não estudavam e uma organização

internacional, a Organização para a

Cooperação e Desenvolvimento Económico,

OCDE, pressionou o governo português

dizendo-lhe que ou fazia escolas para

responder a esta necessidade básica,

elementar, ou Portugal seria corrido da OCDE, organização internacional onde

estavam filiados a maioria dos países. Ora, isto era uma vergonha. Foi então

que o governo começou a fazer escolas.

No Diário do Governo era registado a inauguração de várias escolas sem

grandes cuidados. Não questionavam se os locais eram os mais apropriados,

se a escola era um pavilhão pré-fabricado ou se tinha um mínimo de

condições para os alunos, etc. Na Ribeira Brava aconteceu algo ainda mais

insólito. A escola existia no Diário do Governo mas não existia na realidade.

Nós não tínhamos o edifício. Havia este espaço que tinha sido da junta geral,

um sítio de experiências agrícolas, mas não havia escola.

Havia, então, uma experiência mais complicada, os professores mais velhos,

lembrar-se-ão, de uma escola na Calheta onde, enfim, se punia os alunos

Nota da redação Francisco Simões (de casaco azul nas imagens que acompanham este texto): 1946 – Nasce em Porto Brandão, Almada; 1965 – Conclui curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio; 1966 – Inicia a atividade gráfica com o pintor Mário Costa; 1967 – É bolseiro da O.C.D.E. em Roma, Turim, Novara, Verona e Milão; 1968 – Trabalha no Museu do Louvre a convite de Germain Bazin; 1969 – Vai viver para o Funchal onde inicia a carreira docente e o curso de escultura da Academia de Música e Belas Artes de Madeira; 1972 – É Diretor da Escola Preparatória da Ribeira Brava (…). “Na escultura, a mulher é sempre o tema central, pela sua beleza”. Francisco Simões, durante a sua última visita à Escola B+S Padre Manuel Álvares.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 106: Revista 2015 maio2015final

com chicote, alguns professores tinham apenas a quarta classe, outros o

segundo ano do ciclo preparatório,mas eram filho ou filha do diretor da escol,

portantohavia uma escola que não era um bom exemplo para ninguém mas

que era uma realidade desse tempo - um tempo onde não havia liberdade:

os professores não tinham liberdade, os alunos não tinham liberdade. Reinava

uma hierarquia repressiva, autoritária que não permitia a liberdade.

Entrementes, um amigo meu, inspetor do Ministério da Educação, veio à

Madeira e solicitou a minha ajuda para encontrar um diretor escolar para a

Ribeira Brava. Eu ajudei-o. Andámos e procurámos todas as pessoas que

podiam vir para a Ribeira Brava no sentido de evitar o descalabro que estava

a acontecer na Calheta. E a verdade é que os professores que podiam ser

diretores não aceitaram vir para a Ribeira Brava, exactamente porque era

longe, porque ganhavam mal e tinham que dar umas explicações para viver

um pouco melhor. E, assim, ficámos num vazio.

Outro amigo meu, na altura ainda muito jovem, chamado Virgílio Pereira,

uma pessoa muito conhecida na Madeira e que foi presidente da Câmara do

Funchal, deputado, etc., era um professor muito bom. Eu e ele na Escola

Industrial, naquele tempo, fazíamos uma espécie de pequena revolução:

íamos modernizando, alterando os costumes, mudando os hábitos,

formámos uma equipa boa e amiga. E, a dado momento, eu propus ao

inspetor o meu amigo Virgílio Pereira para diretor da Ribeira Brava. E o

Virgílio disse:

- Oh, senhor inspector, tenha pena de mim, eu não tenho o curso da

universidade, ando em matemáticas, vou fazendo duas cadeiras (disciplinas)

por ano, não ganho no período de férias (nessa altura as pessoas não

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 107: Revista 2015 maio2015final

ganhavam no período de férias), e preciso de dar umas explicações para

viver. Já sou casado, tenho um filho. Isso vai-me desgraçar a vida, não posso

aceitar.

E toda a gente compreendeu as razões do Virgílio Pereira e ficámos naquela

situação de impasse. O que é que podia vir a acontecer? Podia vir para

presidente da escola o senhor padre, o presidente da câmara, o presidente

da junta de freguesia, alguém que eles escolhessem, que fosse de confiança,

é claro, para vir para aqui. Era gente que nada tinha a ver com o ensino. Ora,

os alunos iam sofrer o que já sofriam os da Calheta e o que sofriam os de

muitas escolas do nosso país. Isto não era exclusivo da Madeira. Até que o

Virgílio assegurou:

- Mas, há uma saída! Por que é que não vai o Simões?

Eu, então, lembrei:

- Eu? Mas … ninguém me vai querer … eu sou uma pessoa que tem umas

ideias, assim, um bocado estranhas. Eles não concordam com as minhas

ideias. Mas o inspetor insistiu:

- Não! Isso trato eu.

E fui nomeado diretor desta escola que não existia. E aqui começa a nossa

história. Eu venho à Ribeira Brava. Falei com o senhor padre, com o senhor

presidente da câmara, informando-os que era o director da escola.

Entretanto, um colégio particular do concelho tinha acabado de funcionar e

ninguém tinha para onde estudar. Dada a ausência de condições, o senhor

presidente fez as matrículas dos alunos na Câmara Municipal. Os senhores

que vinham a ser professores também se inscreveram na Câmara porque não

havia escola. De seguida, falei com o senhor padre para lhe pedir que

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 108: Revista 2015 maio2015final

chamasse todos os pais para virem falar comigo. Esta era a melhor maneira

de comunicar naquele tempo, pois não havia telemóveis nem internet. A

melhor forma de convocar as pessoas era na missa através do anúncio do

senhor padre. E assim foi.

Nessa altura havia uns duzentos e setenta ou duzentos e oitenta alunos e, no

antigo cinema da Ribeira Brava, atual espaço da biblioteca municipal,

apareceram umas setecentas pessoas, ou seja, toda a comunidade. E foi feita

uma proposta. Essa proposta, eu vou contar-vos porque foi muito

importante.

Antes do 25 de Abril de 1974 esse foi o primeiro grande ato/evento de

democracia da nossa escola. Naquele tempo não havia direito à liberdade

nem o direito à democracia, como devem saber, mas a nossa escola tinha

grandes valores. Primeiro os valores democráticos e da liberdade, pois, a

democracia e a liberdade são duas coisas que têm de estar juntas. Então,

nessa escola eu disse aos pais dos alunos o seguinte:

- A escola não existe. Só temos duas soluções: numa solução os meninos

regressam a casa e ficam todos à espera e daqui a quatro, cinco ou seis

meses, quando acabarem de construir a escola, o senhor padre avisa e depois

vêm para as aulas. Significa que este ano letivo está perdido. Ninguém irá

recuperar cinco ou seis meses de atraso. Mas eu tenho uma outra solução

que é: eu não preciso da escola (edifício físico) para ter escola. Eu posso ter

uma escola sem muros. A minha escola, a escola dos vossos filhos, é toda a

Ribeira Brava: a esplanada do Renato, lá em baixo; o mercado; a igreja; a

câmara; a biblioteca e a casa do visconde da Ribeira Brava. Em todos estes

sítios, vamos aprender e vamos aprender a fazer. Portanto, meus caros

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senhores, tenho duas propostas. Proposta a), os meninos vão para casa e

esperam e, proposta b), os meninos começam a escola amanhã, na escola da

Ribeira Brava, que é uma escola sem muros. É uma escola comunitária.

Vocês vão ser tão importantes como os professores que aqui hoje vos

apresento.

Eram jovens professores, com o antigo sétimo ano do liceu, alguns ainda com

os estudos incompletos. Não havia professores com habilitações próprias

porque ninguém queria vir para a Ribeira Brava. Depois sugeri:

- E, então, vamos votar. Quem está de acordo com a proposta a) e com a

proposta b) que levante o braço.

Nesse tempo havia votações de braço no ar, com preceitos democráticos e de

liberdade. Claro que ganhou a proposta b). Passámos no dia seguinte a ter

[ser] escola. Bem, posto isto, havia outros problemas para resolver. Um dos

principais problemas para resolver era o seguinte: havia muitos meninos que

não tinham a alimentação que hoje, os vossos pais, felizmente, já vos podem

dar. Havia muitos meninos que vinham das zonas do campo, mais distantes.

Hoje já não é campo, mas vinham das zonas mais isoladas e tinham uma

alimentação deficitária. Ainda me lembro que no Funchal, pior que aqui,

havia meninos que desmaiavam nas aulas por terem uma alimentação

paupérrima. E, então, eu tinha essa consciência e essa noção.

Também não havia oficinas nem aulas de trabalhos manuais. As aulas de

trabalhos manuais passaram a ser os trabalhos realizados nos terrenos da

nossa escola, que hoje já não existem, pois foram transformados em blocos

de cimento armado. Mas, nessa época, tínhamos os terrenos de onde

retirávamos morangos, tomates, cenouras, alfaces; cuidávamos de animais

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como coelhos, trutas, galinhas. Até tivemos uma vaca leiteira que fornecia o

leite para os nossos jovens.

E, assim, começámos a resolver um problema que, se tivessem aqui

professores, eu diria, é um item pedagógico importante de subsistência. Bem,

falei de democracia, de liberdade, e logo a seguir eu falaria do item da

subsistência que, em termos de ensino, corresponderia à relação do homem

com outros homens, portanto, à camaradagem, à amizade, à partilha, ao

amor, a entreajuda, à solidariedade, ao seguinte valor: o homem com os

outros homens. Esta é a parte humanística.

Mas, depois, tínhamos outros aspetos: o homem e a natureza. E então

também estávamos a aprender no terreno coisas da ciência dos animais,

etc., etc. Depois viria o homem e o universo, o homem e o infinito.

Bem, não se esqueçam que nós não tínhamos livros. Não tínhamos material

didático. Os livros vinham da minha biblioteca. As pinturas que nós fazíamos

eram feitas com a própria terra. Pintávamos com morangos e com flores. Os

alunos não tinham dinheiro para comprar guaches, tintas, pincéis.

Começamos a fazer todo o ensino cientificamente rigoroso.

Os nossos alunos estavam muito, muito bem preparados, e temos aqui a

prova. Vocês têm aqui alguns dos vossos colegas que se licenciaram. Eram

meninos como vocês nessa época e que hoje são professores. No continente,

em Portugal continental, alguns desses meninos, antigos alunos da Ribeira

Brava, hoje são engenheiros, doutores, atletas profissionais, etc. Portanto,

esta é a grande experiência da Ribeira Brava. Mas esta grande experiência

da Ribeira Brava ainda tinha outras componentes que vale a pena falar

convosco, hoje.

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 111: Revista 2015 maio2015final

Eu sei que hoje o ensino é complicado e que a vossa vida não é fácil. Hoje

vivemos com liberdade, que é um valor sagrado e oxalá que nunca a

percamos. Mas, este valor, às vezes é mal usado e estraga ambientes, porque

a liberdade, a minha liberdade é “total” desde que eu não invada a liberdade,

por exemplo, desta minha companheira. Eu tenho liberdade de ser livre mas

não tenho a liberdade de coarctar a liberdade dela e de invadir a liberdade

dos outros. Ora bem, é aqui que reside o problema.

Os meus alunos da Ribeira Brava eram os mais livres que podem imaginar.

Eram os mais camaradas, os mais companheiros, os mais solidários que

também podem imaginar. E eram os mais respeitadores que vocês podem

imaginar. Nunca vi alunos tão respeitadores, muito, muito responsáveis.

Portanto, ninguém fazia um risco numa parede. Ninguém estragava, fosse o

que fosse. Toda a gente tinha pelo seu professor uma consideração e uma

estima como se fosse “quase” um pai. Os alunos mais velhos ajudavam os

alunos do ano seguinte. Os mais pequenos tinham a ajuda dos mais velhos

na integração escolar. Havia de fato uma amizade, uma equipa de paixão, de

amor, de solidariedade. Mas, por que será que eu vos estou a falar disto?

Estou a falar-vos disto porque naquele tempo nada era proibido. Ninguém

proibia nada a ninguém. Mas eram proibidas duas coisas. Eu, como diretor da

escola, só proibi duas coisas: não proibi nada aos alunos mas proibi aos meus

colegas professores duas coisas: nenhum professor podia bater no aluno.

Isso era proibido. E, nenhum professor podia pôr um aluno na rua. Isso

também era proibido. Eu estava lá para resolver os problemas. Nunca foi

preciso pôr um aluno na rua. E nunca ninguém bateu porque ninguém tem o

direito de bater em alguém, seja em que circunstância for. Esta já era a

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 112: Revista 2015 maio2015final

realidade da escola da Ribeira Brava antes do 25 de Abril. Mas era assim e

foi assim que os alunos quiseram que fosse. Era assim porque os alunos

mereciam que fosse assim.

Do ponto de vista do ensino propriamente dito já vos disse que esta gente

estava muito bem preparada, atendendo às ricas atividades, aos resultados e

atitudes dos alunos desta escola. Ainda antes do vinte e cinco de abril, houve

alunos que foram para o Funchal por razões diversas. Alguns porque eram

filhos de pessoas emigrantes e depois tiveram que juntar-se aos pais no

Funchal. Outros foram transferidos para o colégio de Santa Teresinha,

colégios finos do Funchal, de gente rica, etc., mas quando chegavam lá eram

gozados: “Ah, vocês são da escola dos macaquinhos” porque nós tínhamos

pintado o mercado, lá em baixo, ou porque a nossa escola estava pintada e

era muito bonita. Mas tudo era feito com peso e medida. Não era pintar por

pintar. Não era decorativismo. Tudo tinha uma estratégia e rigor

pedagógicos, um objetivo definido.

Entre os jovens professores, tínhamos a atual professora Maria José, a única

que andava no serviço cívico estudantil, na altura com o sétimo ano. Também

há aqui alunos, de então, que, hoje, são professores, nesta escola, que não

sabiam como é que se dava uma aula. Mas eu reunia todas as segundas

feiras. Fazia-lhes um plano semanal das aulas e avaliávamos diariamente os

nossos resultados para saber se estávamos a trabalhar bem ou a não. E isto,

queridos professores, é como se deve trabalhar. Claro que hoje eu não

consigo, nem nenhum professor consegue fazer isso. Os professores de hoje

têm ocupações administrativas. Já nem querem que eles pensem em

pedagogia, mas deviam. O Estado devia querer isso. Põem os professores a

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 113: Revista 2015 maio2015final

fazer trabalho de secretaria e afins. Portanto, tínhamos um grande rigor e os

alunos e as alunas que iam para outras escolas eram gozados porque eram

da escola dos macaquinhos. Mas depois quando começavam a fazer os

exames os alunos da Ribeira Brava tinham dezoito, dezanove e vinte

valores. Ficavam à frente deles todos. Toda a gente se calou com a Ribeira

Brava até que chegou uma altura em que, após eu me ter ido embora, foi

preciso calar a Ribeira Brava. Embora estas “Gaivotas” fossem livres, eram

crianças, e é fácil atemorizar, é fácil fazer esquecer, e tentaram, mas as

“Gaivotas” da Ribeira Brava nunca esqueceram. E hoje estão aqui. Muitas. A

Bernardina. A Rita. A Manuela. A Ivone. E vocês dir-me-ão, mas porquê as

“Gaivotas”? Por que é que eram “Gaivotas”?

Vejam lá se conseguem perceber. Nessa época não havia livros. E eu tinha

este livro ainda em inglês15, pois não havia a versão traduzida em português.

Não sou professor de Inglês, tal como a vossa presidente da escola, mas

traduzi o livro, fazendo alguns acrescentos, sempre à minha maneira. E

porquê? Porque era muito importante criar um elo comum a toda a gente. E

qual era esse elo comum a toda a gente? Eram as “Gaivotas”.

Eu era o Francisco Gaivota. Havia a Ivone Gaivota. A Maria José Gaivota. A

Bernardina Gaivota, princesa dos caracóis. Outra era a Rita Gaivota. O Luís

Mendes que era o presidente da Câmara Municipal, lá fora, era o Luís

Gaivota. O senhor padre da igreja, lá fora, era o Ramos Gaivota. Aqui éramos

todos Gaivotas. E, então, isto que agora, aqui, estes queridos atores

representaram, nós representávamos naquele tempo. Desenhávamos as

gaivotas, o voo do Fernão. Contávamos histórias. Fazíamos redações. Era um

15 Jonathan Livingston Seagull (Fernão Capelo Gaivota), escrito por Richard Bach.

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leivmotiv: um motivo inspirador para nós trabalharmos como uma

Comunidade de Gaivotas. Mas o importante não era ser gaivotas. Porque

podíamos ser gaivotas que andavam da rocha para o mar e do mar para as

rochas, numa rotina, todos os dias igual, à procura de peixe, a comer, a

comer, a comer. Não. Éramos gaivotas que queriam aprender a voar. Que

queríamos aprender a voar mais alto. Que queríamos voar à velocidade do

pensamento. Ou seja, estar “aqui” e “além”, num mesmo momento e na

mesma hora. Isto é o saber. Eu para estar aqui e além tenho de saber o que é

o “além” e o que é o “aqui”. Estou ao mesmo tempo nos dois lados. Estes

alunos estavam aqui e além. E voavam já à velocidade do pensamento. E

caíam, como o Fernão Capelo Gaivota, para experimentarem os “loopings”

(novas experiências). E as “penas” caíam mas eles abanavam as “asas” e

voltavam a “voar”. Até que o Fernão foi banido do bando. O bando das

gaivotas velhas, o bando das gaivotas que queriam que ele ficasse ali a fazer

aquilo, a andar a comer sardinhas e atum todos os dias, baniram o Fernão.

Se lerem a história, o Fernão foi para outro sítio e hoje está aqui convosco.

Voltou. Está aqui uma Gaivota que ainda continua à procura de aprender a

voar. Ainda não sei. E a gente nunca sabe. Mas quero que vocês aprendam

todos a voar. Quero que façam da Ribeira Brava uma escola que tem uma

história como nenhuma outra escola da Madeira tem. Muita gente ficou

incomodada com esta história. Ainda bem. Quando nós incomodamos as

pessoas, é bom sinal. Quando nós passamos ao lado, ninguém nos liga. Não

valemos nada. É bom incomodar. Mas incomodar com correção, com valores,

com serenidade, com calma, com amizade, com respeito. Não é incomodar

com ofensas. Incomoda-se porque as pessoas querem de fato manter um

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Page 115: Revista 2015 maio2015final

certo status [estatuto], não querem evoluir, não se preocupam com o futuro.

Não é o caso específico aqui desta escola, nem dos vossos professores. Mas

era bom que o Estado se preocupasse com o futuro. O futuro é, ou melhor,

são vocês.

O futuro é preparar um caminho, um objetivo e valores para que vocês,

amanhã, possam estar como eu, como os vossos professores, seja

numaescola, seja num hospital, seja num tribunal, seja no que for como

gente crescida, de cabeça erguida que sabe voar. Portanto, a história da

Ribeira Brava é uma história muito, muito simples. É uma história de amor,

de liberdade e de democracia. E o vosso amigo Francisco Gaivota, hoje, só

quer que vocês aprendam em casa, à noite, quando pensam, isto: vou voar a

liberdade. Como é que eu voava a liberdade? Ponham-se a sonhar. Sonhem

toda a noite. E no dia seguinte, e voar a democracia, o que é voar a

democracia? Vou voar a democracia, vou aprender. Vou aprender a

amizade, vou voar a amizade. E aprendam. É isto que eu deixo para acabar

esta história. E vos dizer que gostei muito, muito, muito de ter vindo para

estar convosco. Quero agradecer à Ivone Gaivota e à Fátima que não era

Gaivota mas que passou a ser, tal como hoje vocês também são, por me

terem convidado para vir cá.

Foi um prazer muito grande vir à Ribeira Brava, falar com vocês, conhecer-vos

e um dia, quem sabe, talvez venha à Ribeira Brava, falar com todos os vossos

Revista “Descobrindo”, Edição n.º 13

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Page 116: Revista 2015 maio2015final

professores. Uma história ainda mais complicada, mais profunda do que é ser

Gaivota e professor numa escola que tem uma história. Muito obrigado a

todos vós.”

ADBRAVA NO “UNIDOS PELO AUTISMO”

ADBRVA na Câmara Municipal do

Funchal, setembro de 2014: Exposição e

encerramento oficial do projeto “Projeto

Unidos pelo Autismo – UPA”. O projeto

realizou-se nas instalações da ADBrava,

Rua do Visconde nº 7, centro da Ribeira

Brava, durante o ano de 2014, em

parceria com a Associação Portuguesa

das Perturbações do Desenvolvimento do

Autismo (APPDA – Madeira).

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Page 117: Revista 2015 maio2015final

BAÚ DE LEITURA

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(«Bomboteiro», do inglês bumboat, «barco para venda de pequenas mercadorias nos navios».)

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“AGENTE X”16, 2014

16 O "AgenteX" é um campeonato de resolução de problemas de Matemática para todos os alunos do 5º, 6º, 7º e 8º anos da região Autónoma da Madeira. Nesta página terás informação essencialmente para o 7º e 8º anos.

Por: Prof. Joana Sobreira.

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"Esta iniciativa pretende promover e estimular o raciocínio matemático, usando como

estratégia a resolução de problemas e oferecer mais uma ferramenta didática de pensar e

fazer matemática, contribuindo assim para melhorar a relação dos alunos com a disciplina”.

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JORNADAS CULTURAIS 2014

«Viver é recordar» em Rasgos da minha

Infância, Ribeira Brava, 2014-11-25.

Um livro que é uma viagem, não só ao

passado, mas à infância, à vida, ao mais

íntimo de nós mesmos.

Gisela falou das narrações dessa viagem,

acompanhada pela ilustradora do

“Rasgos da minha Infância”, Louísa

Roldão, à direita na primeira imagem.

A autora, Gizela Dias Silva, em primeiro

plano na mesma imagem, referiu que

“Rasgos da minha Infância” apresenta

«as minhas vivências, as minhas

brincadeiras, já que eu não tinha

brinquedos, pegava num pedacinho de

pano, dobrava e amarrava, e era uma

boneca», admitiu, com simplicidade.

Exemplificando com largos gestos, a antiga professora primária

recordou momentos marcantes da sua meninice como «a Noite de São

João, Tosquia no campo, A beleza das joeiras, Bonecos de fogo, A

Gatinha da Louísa».

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Mariazinha17 era uma menina pobre, a quem a miséria deixara marcas.

Dotada, porém, de um coração que se desfazia em mimos e atenções

para com as pessoas com lidava, é fácil imaginar a simpatia que por ela

nutriam.

No tom da sua voz, havia, encanto; no seu olhar, doçura; no seu lidar,

magia!

17 SILVA, Gizela Dias da (2011), Rasgos da Minha Infância. Funchal: Editorial Eco do Funchal. P. 21.

“Bonecas de massa”, “Papoilas encarnadas”, na capa, de Carlos, e pág. 30 e 12, respetivamente, do livro”. Assina Louísa.

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Page 123: Revista 2015 maio2015final

No entanto, eram as meninas da sua idade as mais beneficiadas da ternura

do seu ser. Para elas, a sua presença era um bálsamo de virtudes…

Louísa18 tinha uma gatinha que lhe dera a tia Maria no dia dos seus anos!...

Não era um brinquedo, mas um animal vivo que se mexia, movimentava,

brincava, para ela olhava e miava…

18 SILVA, Gizela Dias da (2011), Rasgos da Minha Infância. Funchal: Editorial Eco do Funchal. P. 71.

Olá António, no fim de semana tratarei de lhe enviar as fotografias de algumas ilustrações… Boa noite! Aí estão as imagens sobre as quais conversámos…Cada uma delas tem o seu título: Boneca de massa, a beleza das joeiras, momentos de sonho, A Gatinha da Louísa, Boneca de trapos, Tosquia no campo, Lagar mágico…

Louísa Isabel Roldão. Dez. 2014.

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RASGOS DA MINHA INFÂNCIA. Gizela Dias da Silva – Texto. Louísa Isabel

Roldão – Ilustração. Editorial Eco do Funchal, Março 2011

Rasgos da minha infância é um livro de viagens…é uma viagem rasgada,

traçada, delineada… mas aberta como sulcos cavados pela criatividade e

imaginação, com esforço e dedicação. Obrigado à autora Gizela Dias da Silva

por nos propor desta maneira a viagem mais difícil e a mais importante de se

fazer: a viagem até ao mais íntimo do nosso coração.

Obrigado e bem haja!19

19Fonte: http://quintalvieira.blogspot.pt/2011/04/apresentacao-de-livro.html (Consultado em 26/12/2014).

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Page 125: Revista 2015 maio2015final

Louísa Roldão, a autora dos desenhos que ilustram o livro referido nas

páginas anteriores. Louísa é, também, admiradora de Mia Couto.

Recorde-se, a propósito, que Mia Couto é um escritor moçambicano,

conhecido em todo o mundo, por, entre outos factos, falar, nas suas

inúmeras obras, sobre a importância de não perdermos o encantamento, a

capacidade de fascinação, de êxtase diante das pequenas coisas.

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Page 126: Revista 2015 maio2015final

Castanholas da Tabua (Rª. Brava), no Museu, em 2014.

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Page 127: Revista 2015 maio2015final

Amizade: O grupo de amigos da Casa do Povo da Serra de Água atuou n dia 9

de novembro de 2014, na Festa da Castanha da Serra, realizada no Chão

Boieiro (serras do Campanário), a convite da Associação Desportiva do

Campanário.

O Fábio, aluno do 11º. Ano, acompanhado pelo seu grande amigo, José Elias, do 10º ano. Estudam na EBSPMA e aproveitaram um intervalo para visitarem a Exposição no mercado. Os dois amigos, o primeiro é da Ponta do Sol, tendo vindo apenas para estudar na Ribeira Brava, em 2013. O Elias, residente na Ribeira Brava “apoia” o Fábio. Assina: Maria José (mãe do Elias).

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Page 128: Revista 2015 maio2015final

Lombo de S. João - A escola onde eu andei era um edifício antigo, o ensino

era semelhante ao de hoje em dia, mas com menos disiciplinas. Não

tínhamos, por exemplo, o inglês, TIC, Plástica ou Biblioteca. A escola não

funcionava a tempo inteiro. As turmas eram grandes e rapazes e raparigas

andavam na mesma turma (nascida em 1974).

A escola era muito antiga, ainda do tempo dos meus pais, tínhamos só uma

professora para todas as disciplinas, as regras eram muito rígidas ao ponto de

ainda levarmos com a régua (nascida em 1980).

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Page 129: Revista 2015 maio2015final

7/11/2014, pelas 17h00, a tradicional Bênção das Capas, na igreja matriz

deste concelho. Mais imagens nas páginas seguintes, antes e depois da

cerimónia oficial.

Rª. Brava, maio de 2014: Para a Comissão dos Finalistas, concorreram duas listas, a “A” (ver pág. anterior) e a “B”, nesta foto, a lista vencedora.

Os Finalistas da EBSPMA

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Rª. Brava, 7/11/2014 –

Bênção das capas.

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Rª. Brava, 7/11/2014 – Bênção das capas.

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Page 132: Revista 2015 maio2015final

Mas a vida não se esgota aqui20

20 + Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado). Fonte: file:///C:/Users/Ajap/Downloads/2008_05_25_b%C3%AAn%C3%A7%C3%A3o_finalistas.pdf. (Consultado em 6/11/2014).

Caros finalistas, neste dia grande, olhando o passado, lembrar-se-ão das dificuldades sentidas ao longo do curso e o modo como as superaram. Muitos dirão: donde me veio a coragem, a persistência, a luz que me fez ultrapassar tantas dificuldades e chegar aqui vitorioso? +Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado).

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Page 133: Revista 2015 maio2015final

Em resumo, sentis o apelo à felicidade, vedes à vossa frente um mundo

grande a construir, vedes o desafio de ser diferentes, vedes muita gente com

os olhos postos nas vossas capacidades, mas também sentis a par das vossas

muitas capacidades a vossa fragilidade diante de tantas dificuldades que é

preciso superar.

E perguntais: serei capaz de ser diferente? Vale a pena sonhar e lutar por um

mundo melhor? Onde encontrar luz e coragem para ir mais longe?

Por isso, caros finalistas, sonhai alto. Não vos resigneis a uma vida medíocre.

E no vosso caminhar arrastai todos para o alto.

Mas a vida não se esgota aqui. Vocês, caros finalistas, olham para o futuro e têm sonhos certamente grandes. Sonham com um mundo mais solidário mas sentem o peso de um egoísmo espesso à vossa volta. Sonham com um mundo mais justo e fraterno onde não sejam tão grandes as desigualdades sociais e vedes muita injustiça. +Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, em maio de 2008 (adaptado).

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Page 134: Revista 2015 maio2015final

GERAÇÕES SOLIDÁRIAS

Por Marisa Faria do Nascimento

12º A, 2013/2014, EBSPMA

Recortes de imprensa:

Publicado no Diário de Notícias da Madeira, de 14/6/2014.

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CAMINHADA SOLIDÁRIA, 8 DE JUNHO DE 2014

O Combo de Jazz da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, dirigido pelo professor Rodolfo Cró, deu um concerto, numa coprodução entre a A. R. de Educação Artística e Câmara Municipal da Rª. Brava, no adro da Igreja matriz.

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Page 136: Revista 2015 maio2015final

Rª. Brava, 8/6/2014: “Gerações Solidárias”.

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Page 137: Revista 2015 maio2015final

CRÓNICAS

JOGADOR SOFRE DISTENSÃO AO MARCAR O GOLO DECISIVO!21 Por Marisa Faria do Nascimento

12º A, 2013/2014, EBSPMA

No passado dia 09 de março, um

desportista de 24 anos, jogador do

“portucalense” sofreu uma distensão

muscular na coxa direita, segundo a

informação disponibilizada pelos

espectadores e pela equipa médica da

equipa:

A distensão poderá ter sido causada pela

falta de aquecimento apropriado e pela

excessiva tensão sujeita ao músculo

durante uma disputa de bola, seguida de

um remate descontrolado para um golo

imbatível.

No local da lesão observou-se um

hematoma acompanhado de uma

inflamação local. O capitão da equipa tratou de colocar a vítima em posição

confortável, fazendo aplicações frias de gelo de forma indireta.

Após a aplicação indireta de gelo, repousou o músculo e elevou o membro,

envolvendo a área afetada em algodão e com uma ligadura.

21 Nota da Redação: Os nomes e as equipas são imaginários.

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Page 138: Revista 2015 maio2015final

O jogador queixava-se de uma dor local de instalação súbita, rigidez muscular

e observou-se um grande edema e uma intensa equimose.

Algum tempo depois, a ambulância transportou o jogador para o hospital

para fazer uma avaliação médica de modo a excluir a presença de fraturas e

evitar sequelas.

O que é uma distensão muscular?

Uma distensão muscular caracteriza-se por uma rutura das fibras que

compõem os músculos, por esforço maior a sua resistência. Pode ocorrer

uma distensão: devido a falta de aquecimento e alongamento, e também

devido ao próprio cansaço muscular, porém, o agente mais causador desta

lesão é sempre um movimento forte e rápido, ou um movimento exagerado

contra uma grande resistência.

Normalmente uma distensão muscular, vem sempre acompanhada de uma

dor local repentina, rigidez muscular, edema e equimose. Em caso de

socorro, devemos instalar vítima em posição confortável, caso o acidente seja

recente, devemos fazer aplicações frias, e logo depois, repousar o músculo e

elevar o membro. Para finalizar, devemos envolver a lesão em algodão e

numa ligadura.

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Page 139: Revista 2015 maio2015final

“QUEBRAR” NORMAS?

“pORtas abertas” é, segundo os seus autores, um projeto que abriu

algumas portas da cidade do Funchal à Arte e à Cultura. Não são "portas

Virtuais" mas antigas e esquecidas portas de casas, lojas e espaços agora

abandonados e deteriorados que ganham nova vida para sensibilizar à

população enchendo de arte e cultura estes espaços:

É uma intervenção que pretende não estar associada a atos de vandalismo

ou transgredir com a vida quotidiana da cidade. Embora todo artista tenha

algo de inovador e "quebra" em relação à norma, isto faz parte da "chamada

de atenção" que exerce qualquer obra sobre o público que a vê. Este projeto

pretende ser a semente de futuras atuações em continuidade sobre

elementos deteriorados da cidade.

Fonte (texto): http://www.arteportasabertas.com/press.html (Consultado em 20/12/2014).

Prof. Bernardino (EBSPMA), em dezembro de 2014, ensinando arte aos seus alunos, com base na experiência da Zona Velha do Funchal, como a querer dizer a quem o rodeava (colegas e alunos): “É assim que se faz. Querem ver?”.

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O “Eco Escolas” é um Programa internacional, coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul que se destina a todos os graus de ensino (do pré ao superior). A sua metodologia inspirada nos princípios da Agenda 21 local, visa garantir a participação das crianças e jovens na tomada de decisões, envolvendo-os assim na construção de uma escola e de uma comunidade mais sustentáveis, incluindo a EBSPMA.

“Eco Escola” da EBSPMA, em parceria com a CMRB.

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Page 141: Revista 2015 maio2015final

O presidente da Câmara Municipal, em discurso direto:

Nunca vi inconveniente que a construção da Escola Padre Manuel Álvares seja

construída no atual perímetro do campo municipal desde que fiquem

salvaguardadas três condições: A questão do Ribeira Brava [clube], o

pagamento dos terrenos aos privados e que o atual espaço onde se

desenvolve o estabelecimento de ensino fique apresentável.

Independentemente da discussão dos prós e dos contras, o que é urgente é a

realização de obras.

O presidente do Conselho Pedagógico da EBSPMA, em discurso direto:

A semente está lançada. Embora se diga que a história não se repete duas

vezes, a mim parece-me que o "parto" da nova escola segue o caminho da

que existe atualmente, ou seja, uma persistência dos Ribeirabravenses. Quem

eventualmente não conhece como nasceu a escola atual, sugiro a leitura do

Debate: “A localização da nova Escola da Ribeira Brava”, de 11 de fevereiro de 2015. Organização: Órgãos de Direção e Gestão da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares- Ribeira Brava (EBSPMA).

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livro "Elogio à interdisciplinaridade- compêndio de memórias, lançado quando

foi assinalado os 25 anos da escola das gaivotas, em 1998/99.

Tenho a esperança que juntos chegaremos lá.

Migrações, identidades culturais e etnicidade

Aluna Mara Mestre, aluna de Sociologia, 12º. F, 2014/2015 (EBSPMA).

em discurso direto: Uma das minhas tarefas era realizar uma sessão com um

individuo que estivesse emigrado. Pensei no meu pai que tinha emigrado para

a Venezuela aos dezasseis anos de idade, tendo trabalhado naquele país

EBSPMA, 18/12/2014: Da esq. p/a dir.: Sr. Mestre, na qualidade de emigrante e pai da aluna Mara (de pé), Mara Sónia e Albertina, no papel de uma adolescente cigana.

Sr. Mestre, em cima, à esquerda, de cima para baixo: Já imaginaram o que é chegar a um país vizinho, sem nenhum tipo de apoios, com apenas 16 anos de idade? Foi o que aconteceu comigo, quando cheguei a Venezuela. Tive que lutar sozinho e acabei por ficar naquele país durante outros 16 anos de idade. Não estou arrependido. Se pudesse, voltava outra vez para lá. Aquilo é um país desenvolvido, para mim…

(À esquerda, um casal de turistas, proveniente da Europa do Norte, de visita à nossa Vila, encantado com o tempo. Uma maneira diferente de transportar um bebé.)

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durante outros 16 anos. Combinei com o Professor e, na quinta-feira, dia

18/12/2014 e levei-o à aula de Sociologia para dar o seu testemunho.

Eu preparei as minhas perguntas para realizar uma entrevista oral, em

público, ao meu pai, com, neste caso, o estatuto de emigrante. Quando

chegou o dia, o meu grupo de trabalho apresentou as suas tarefas,

individualmente e, no final, foi a parte da entrevista. Chamei o meu pai. À

medida que ia sendo entrevistado ele ia respondendo a todas as questões

relevantes para a disciplina. A apresentação correu bem e a entrevista não

podia tido corrido melhor, tendo em conta os elogios finais e a grande salva

de palmas que recebemos.

Recortes de imprensa22:

Na Venezuela, sobretudo nos anos 60 e 70, fixaram-se milhares de

madeirenses oriundos de quase todas as freguesias da Madeira, mas em

especial as da costa sul. Nesse particular, destacam-se os inúmeros

conterrâneos da Ribeira Brava, Campanário, Serra de Água e Tabua, as

freguesias que compõem o concelho ribeirabravense. Não existem registos

oficiais, mas só do Campanário há estimativas que apontam para mais de 7

mil emigrantes daquela freguesia em várias partes da Venezuela.

22 Diário de Notícias, 2014/11/2, [email protected] (adaptado).

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“Galeria de Arte” na Ribeira Brava

Outubro de 2014, alunos da turma 6º. B, da EBSPMA, visitaram o novo espaço de arte, proprietário de cidadãos imigrados da Europa do Leste, sob a responsabilidade da prof. Emília Melício (à esq.)

Uma turista a tirar proveito dos espaços calmos e relaxantes da frente mar da Vila da Rª: Brava, em dezembro de 2014.

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09 - MÚSICA

Coro Lux Aeterna de Ribeira Brava

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Sopranos: Ana Silva, Matilde Abreu, Catarina Santos, Andreia Macedo, Cristina Freitas, Inês Almeida, Carlota Sousa e Beatriz Tomé. Contraltos: Bebiana Fernandes, Joana Gomes, Carolina Silva, Fátima Pestana, Anabela Teles, Margarida Santos, Isolda Abreu e Fátima Gouveia. Tenores: Diogo Gomes e Sandro Vicente Baixos: Paulo Sousa e Nuno Afonseca Maestro: Avelino Abreu. Fonte: Facebbok (2014/12/27).

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ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DESPORTIVA DE SÃO JOÃO

25 ANOS AO SERVIÇO DA CULTURA E DO DESPORTO

DEPARTAMENTO DE MÚSICA

Este departamento tem sempre vindo

a crescer no número de alunos e de

oferta musical. Em parceria com a

Casa do Povo da Ribeira Brava, tem

uma oferta musical de 16 horas

semanais, onde todos os interessados

podem aprender, aperfeiçoar e tocar

os diversos instrumentos que ali

existem.

O objetivo futuro passa por criar

condições para que este departamento

possa ensaiar e atuar num local com as

condições mínimas de trabalho, para

que a população da Ribeira Brava possa

usufruir também de um grande leque

diversificado de oferta musical/cultural.

Além disso, pretendem reunir condições para que na sua sede seja possível

organizar diversos grupos para se formarem na área musical e, igualmente,

aprenderem a tocar e manusear alguns instrumentos, à semelhança do

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projeto Mais e Melhor Música, já em desenvolvimento na mesma Casa do

Povo.

Segundo os seus responsáveis, um dos

instrumentos que gostariam de iniciar é a

formação, brevemente, do acordeão,

“por se tratar de um instrumento tão

ligado ao nosso contexto social e

cultural”. O “pai” do Departamento de

Música é o Professor Eleutério Côrte, que

desde o início que formou o primeiro

grupo, nunca mais parou, aumentando a

oferta musical, cultural e o número de

alunos nos diversos grupos criados.

Recorde-se que A Associação Cultural e Desportiva de São João23, quando foi

fundada possuía apenas as atividades de atletismo, voleibol, dança e música.

Passados 25 anos quintuplicamos o número de atividades, passando de 4

para 22. O número de praticantes não parou de aumentar abrangendo ambos

os sexos e todas as faixas etárias. Uma longa caminhada está realizada. Para

ser sócio desta Associação basta passar pela sua Sede e fazer a Inscrição,

levando o documento único.

23 Horário de funcionamento e contactos: De segunda a domingo, das 8 às 22 horas.TEL: 291951970 - 912446301; [email protected]; www.acdsj.com; https://www.facebook.com/acdsj.oficial.

S. Soão (Rª. Brava): Associação Cultural e Desportiva - “25 ANOS AO SERVIÇO DA CULTURA E DO DESPORTO – As novas e as antigas instalações.

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Imagens: Diário de Notícias, Câmara Municipal da Ribeira Brava e AJAP.

La música popular tradicional venezolana24 es producto de un largo

proceso de mestizaje en el que se han fundido en diversos grados los

aportes de indígenas, europeos y africanos.

24 Fonte: http://www.pac.com.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=10977:instrumentos-tipicos-de-venezuela&catid=58:educacion&Itemid=81(adaptado em 2014/12/27).

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Algumas fotos da audição musical realizada em abril de 2014 pelas

classes de bandolim e guitarra da Escola-Projeto "Mais e Melhor

Música" da Casa do Povo da Ribeira Brava e Associação Cultural e

Desportiva de São João.

Os diferentes grupos apresentaram um repertório variado incluindo

músicas clássicas, ligeiras e tradicionais

Assina: Prof. Eleutério Côrte.

Escola-Projeto "Mais e Melhor Música", no Salão Paroquial da Rª. Brava, em 2014.

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10 - SOCIAL

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Com o intuito de promover o comércio tradicional do Concelho da Rª. B. e seus costumes, alguns comerciantes da vila da Ribeira Brava uniram-se e criaram este evento que teve lugar nos dias 4 e 5 de abril e contou com a colaboração da Câmara local e de vários artistas Madeirenses, na MARGINAL da Ribeira Brava. Juanna Sousa e Stephanie Filipe acompanhadas pelos “cabeças” de cartaz.

Fonte : Facebook de Livre Directo - Artigos de Desporto, Lda. R. 1.º de Dezembro - C. Comercial S. Bento, Loja 4. 9350-205 RIBEIRA BRAVA Fonte: Outras redes sociais.

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Aconteceu na 6ª feira, 4 de abril, e no sábado, 5 de abril, o “Ribeira Brava em Festa,” na Marginal da Ribeira Brava, com os seguintes destaques: – Animação - Buzico - Miro Freitas - Érica e João - Kontraband - DJ Sérgio Soares - DJ Luís Gonçalves...

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Obrigada a Livre Directo por ter grandes iniciativas e por me proporcionar a

oportunidade de fazer parte delas e também à MMRP por me permitir ser

reconhecida pelo meu esforço e dedicação.

#MissRepúblicaPortuguesa #LivreDireto. Assina: Marisela Silva (2014/10/15)

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Cláudia Faria, natural da Ribeira Brava, aos 17 anos de idade, foi eleita Miss

Marítimo 2014:

Reagiu bem à eleição, sem se comover. Tem um sonho: abrir um centro de

reabilitação canina em conjunto com a irmã. Confessou-se muito contente:

«O meu objetivo era ganhar e consegui», acrescentou sorridente.

A cerimónia de coroação foi o culminar de um espetáculo que teve como

pano de fundo, a Baía de Câmara de Lobos e a apresentação do famoso

comediante português, Nilton.

Ao longo desta grande final do concurso, as 13 candidatas desfilaram em

fato de banho, com roupa casual e em traje de noite.

O primeiro prémio foi uma viagem a Paris e 500 euros.

http://www.jornaldamadeira.pt/artigos/cl%C3%A1udia-faria-eleita-miss-mar%C3%ADtimo-2014 (Consultado em 28/12/2014; adaptado).

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Desfiles de moda – Loja Mambo/Clara Cabeleireiro, na noite de 17/5/2014, no Campanário, no âmbito da “Feira”.

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Eunice Raquel Andrade

Aguiar de Canha, além de

modelo (uma atividade de

pouca duração) é licenciada

no curso de Professores do

Ensino Básico - variante em

Matemática e Ciências da

Natureza, Mestre em

Ciências da Terra e da Vida,

na especialidade de

Geologia25. Ela subscreve a

seguinte citação de - “Carta

de Digne – Declaração

Internacional dos Direitos à

Memória da Terra, 1991”:

(…) A face da Terra, a sua

forma, são o nosso

ambiente. Este ambiente é

diferente do de ontem e será diferente do de amanhã. Não somos

mais que um dos monumentos da Terra; não somos finalidade, mas

sim passagem. (…)

25 Fonte: http://repositorio.uma.pt/bitstream/10400.13/231/1/MestradoEuniceCanha.pdf

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A Moda como um fenómeno social total e complexo, cujo estudo

exige o recurso à interdisciplinaridade

A moda pode ser estudada numa prespetiva económica, histórica, psicológica

ou sociológica (cada grupo social tem a sua moda, o seu desejo de

identificação).

Bárbara Franco

Manequim madeirense da Central Models tem participado,em produção de marcas internacionais e vários desfiles de moda e festas desde 2010. Bárbara Franco, é uma modelo profissional e é natural da Ribeira Brava. A Bárbara foi, também, vencedora do concurso Miss República Portuguesa e foi coroada com o título Miss Mundo Portugal, em 2011.

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Carnaval de 2015: Imagens do Sr. José Ramos e Município da Rª. Brava.CORTEJO DE CARNAVAL DAS ESCOLAS DA RIBEIRA BRAVA 13 de fevereiro de 2015.

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Maio de 2014: Num dos principais eventos que compõem o Calendário de Animação Turística, da responsabilidade da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, na Ilha da Madeira, surgido na época da Primavera, nomeadamente no mês de abril, no final de 1950:

Espécies como as orquídeas, estrelícias, gladíolos, antúrios vermelhos e brancos foram introduzidos. Esta multiplicidade floral deu origem a um jardim.

http://www.accommodationmadeira.com/pt/guia-viagens-madeira/item/festa-da-flor:-

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SEMANA DA FREGUESIA DA RIBEIRA BRAVA, 2014

A freguesia da ribeira brava, segundo os historiadores já existe desde 1440. Em 2014 a junta de freguesia, presidida por Higinio celebrou mais um aniversario com o içar da bandeira, com comes e bebes, convívios com a presença de autoridades religiosas, municipais e policiais.

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Texto (fonte): SILVA, Fernando Augusto da, Pe, 1863-1949/Meneses, Carlos de, “Elucidário madeirense “. Funchal: Secretaria Regional da Educação e Cultura, 1998. P. 201. Fotografias: Junta de Freguesia da Rª. Brava, 2014.

Fonte da imagem à direita: http://www.ribeirabrava.org/index.php?s=noticias&scatid=0&id=495

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11 - DESPORTO

Judo: Atletas madeirenses presentes no Campeonato Nacional de Seniores Realizou-se no 8 de novembro de 2014, o Campeonato Nacional de Seniores, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, Lisboa. A Associação de Judo Madeira esteve representada por uma comitiva de 4 atletas: Mariana (-52 Kg); Pedro (-60 Kg); Débora (-63 Kg), do Clube Naval do Funchal e a atleta Liliana Ferreira

(+70 Kg), do Clube Judo Brava.

Imagens de Hugo Coelho, 2013.

A Camila, aluna da EBSPMA, agora, 8º ano, à esq., na Serra, numa prova de corta-mato, em 2014.

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Caminhadas da “Sónia & Companhia, Lda.”

A caminhada melhora a circulação; as trocas gasosas nos pulmões

ficam mais poderosas quando caminhamos com frequência.

BENEFÍCIOS DA CAMINHADA Existem vários benefícios da caminhada para o nosso corpo, alguns deles você nem imaginava.

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A caminhada ajuda no combate à osteoporose porque o impacto que os

nossos pés tem com o chão durante a caminhada faz com que os nossos

ossos sejam fortalecidos.

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11 – VIDAS CENTENÁRIAS (III)

Nome: Ana Martins. Data de nascimento: 8 de abril de 1910.

Os Bilhetes de Identidades eram grandes e, conforme o leitor pode ler,

o mesmo é válido, para a Sra. Ana, desde 1962, “perpetuamente”.

Vidas centenárias: A Sra. Ana Martins, natural do sítio da Cova, moradora em São João e, desde 2012, no Lar da Tabua (Rª. Brava), completou em abril de 2015, cento e cinco anos de idade. Fonte: Diário de Notícias, de 6/4/2015, pág. 4.

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Lar Intergeracional da Santissima Trindade da Tabua, 8 de abril de 2015, festa de aniversário de Ana Martins, rodeada de família e amigos de longa data. Mais de 105 anos de vida (2015-1910)!

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13 – SOLIDARIEDADE NA EBSPMA

20 de março de 2015: Spring Fashion Show – 1ª Edição, organizado pela Loja

Solidária I share. Neste evento participaram mais de 30 alunos da EBSPMA,

filhos de professores, netos de funcionárias e convidados especiais, como a

Miss Madeira (Vitória Gazijeva, na primeira foto, à esquerda) acompanhada

por outros modelos da Agência de Moda “UPfashion”. Texto e imagens dos alunos da turma 8º OF.

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Rª. Brava, 2014: Vista panorâmica do vale da Ribeira Brava, uma das mais antigas freguesias da Ilha da Madeira, criada na sequência das do Funchal e de Machico, pouco depois da morte do infante D. Henrique em 1460. Por Ex-aluna da EBSPMA, Licínia Barros, na imagem.

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14 - Alunos da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares apurados para a Fase Nacional da 1ª edição das “Olimpíadas Portuguesas de Geologia”

A organização desta

competição é da

Sociedade Geológica de

Portugal, com o apoio

do Ministério de

Educação e Ciência e de

diversas outras

instituições nacionais e

internacionais.

A 2ª eliminatória – Fase

Regional realizou-se no

sábado dia 21 de março

após o apuramento de

três alunos de cada escola participante na 1ª prova em 28 de janeiro.

Deixamos felicitações a todos os participantes, em especial aos

vencedores desta 2ª eliminatória - Igor Beto Freitas Duarte e João Luís

Gonçalves Abreu - que irão representar a Região Sul e Ilhas de

Portugal na Fase Nacional desta competição. Esta decorrerá no fim-de-

semana de 23 e 24 de maio em Estremoz (Continente), e estarão em

competição 25 alunos.

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14 - FICHA TÉCNICA

Descobrindo… Revista de Análise Social – Ribeira Brava – Região Autónoma da Madeira. 6 de maio de 2015 – VOL. 1 – N.º 13

Edições anteriores disponíveis em: http://www.slideshare.net/nypereira/descobrindo100-anos-de-concelho-ribeira-brava-madeira-portugal6maio2014?utm_source=ss&utm_medium=upload&utm_campaign=quick-view

Direção: Prof. António José Alves Pereira (AJAP) [email protected]

Capa: Alunas Érica Gonçalves e Isabel Benedito, da EBSPMA, ano letivo 2014/2015.

Contracapa: Junta de Freguesia de Campanário.

Proprietária/Editora – Esc. Bás. E Sec. Pe. Manuel Álvares (EBSPMA); R. S. Francisco; Apartado 6, 9350-211 Rª. Brava: tel. (+351) 291 950 030; fax: (+351) 291 952 486; [email protected]. Município da Ribeira Brava (CMRB); R. do Visconde, 56, 9350-213 Rª. Brava; tel. (+351) 291 952 548; fax: (+351) 291 952 182; [email protected]; http://www.cm-ribeirabrava.pt

Produção e Projeto Gráfico – AJAP.

Colaboraram nesta edição: Aldónio Ramos, Filomena Teixeira, Fernanda Trindade, Olga Abreu, Alunos do Curso Tecnológico Ação Social (2013/2014), Marisa Faria, Catarina Garcês e Daniela Faria; de Sociologia ( 2014/2015), Joana e Jéni, entre outros. Isabel Rezende, Hotel Encumeada, Louísa Roldão, Martinho Macedo, Eleutério Côrte, Gabinete de Informática da EBSPMA (Jordão e Mª. José), Juntas de Freguesia da Rª. Brava e de Campanário, CMRB. Funcionários da EBSPMA (com alguns dos presépios): Odília e Lina ( Bar dos Alunos); Maria Manuela Silva Andrade Abreu, Olga de Abreu Fernandes dos Santos e Maria Fátima Teixeira Camarata (Junto da entrada do Conselho Executivo); Maria Filomena Faria Pereira Teixeira, Graça Maria de Abreu Gomes, Luísa Abreu Fernandes Almada, António João dos Santos Gonçalves (Sala dos Diretores de Turma); Élia Faria Rodrigues e Conceição Felisberta Fernandes Faria Ornelas (junto da Sala dos Professores). Bar Coelho, José Ramos, Leontina Santos, Elisabete Ramos, Angelizabel, entre outros.

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