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www.advogadosmn.com.br , MERCADO & NEGOCIOS A como diferencial competitivo 1 \ '\ \ I I -

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Page 1: Rev adv41bucafelicidade.120612

www.advogadosmn.com.br ,

MERCADO & NEGOCIOS

A personaliza~ao como diferencial competitivo 1 \ '\ \ I I - '~

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PENSAMENTO

A BUSCA DA FELICIDADE

Todos nos buscamos a felicidade. Quem nao quer ser feliz? Onde a

encontrar? 0 que fazer para ir em sua busca? Que iniciativas tomar?

Todos n6s temos o direito de buscar a felicidade? Ela e em si urn direito'? 0 direito de scr feliz? E uma busca impossivel? Deve-se preparar para ir em sua busca? E possivel dele gar essa busca a outro e ser feliz? A felicidade e encon­trada no inicio, no meio ou no fim dessa busca?

Ate as institui<;6es se preocu­pam com isso. Recentemente a Organiza<;ao das Na<;6es Unidas (ONU), em Assembleia Geral, aprovou uma resolw;:ao que reco­nhece a busca da felicidade como "urn objetivo humano fundamen­tal". Mais do que urn anseio indi­vidual, a ONU estabelece a impor­tancia de cria<;ao de politicas publicas com essa finalidade e con­vida os paises-membros a aposta­rem na felicidade como ferra­menta para o desenvolvimento, citando inclusive politicas que pro­movam o desenvolvimento sus­tentavel, a erradica<;ao da pobreza, a elaborac;:ao de indicadores que capturem a importancia da busca da felicidade e do bem-estar no desenvolvimento , objetivando, inclusive, orientar suas politicas publicas ness a direc;:ao.

0 Brasil na condi<;ao de urn dos paises signatarios no intuito de seguir a orientac;:ao da ONU apre­sentou a Proposta de Emenda a Constituic;:ao (PEC) no 19, que tra­mita no Senado, pretendendo acrescentar a felicidade na lista dos direitos sociais previstos no Artigo 6° da Constitui<;ao.

Aquele artigo 6° da Constitui­<;ao, com essa Emenda ficaria com a seguinte redac;:ao:

"Sao direitos soc1ms, essen­ciais a busca da felicidade a educa­<;ao, a saude, a alimentac;:ao, 0 tra­balho, a moradia, o lazer, a segu­ran<;a, a previdencia social, a pro­te<;ao a matemidade e a inrancia, a assistencia aos desamparados".

Atualmente esse artigo se ini­cia assim: "Sao direitos sociais a educa<;ao, a saude".

Entende-se que referida emend a atribuira ao Estado o com­promisso de assegurar a felicidade a todos os cidadaos brasileiros, por meio de investimentos nos direitos listados nesse artigo 6° e tambem em ac;:oes mais amplas, que tenham como objetivo simples­mente fazer o cidadao feliz ou, pelo menos, criar condi<;6es para lSSO.

Nao estaria a pessoa dele­gando ao Estado essa possibili­dade que tern, individualmente, de ser feliz e buscar a felicidade as suas expensas?

Tal questao me faz lembrar de urn conto que li em minha juven­tude chamado: 0 grande burgues. Se bern me recordo, urn potentado se perguntava de que lhe serviam tantas riquezas se encontrava enfastiado de tudo e nao conseguia se livrar da angustia que corroia sua alma.

Nesse estado de animo, con­sultou urn renomado sabio e lhe perguntou o que deveria fazer para se sentir feliz. 0 sabio lhe indicou urn caminho e lhe disse que no final dele encontraria umas chaves que o fariam o homem mais feliz da terra.

0 endinheirado achando born o conselho enviou os seus secreta­rios para que lhe trouxessem essas chaves.

0 tempo passou. 0 burgues continuava com seus tedios e

inquietudes o atormentando cada vez mais. Mandou outros com a mesma missao, visto que os anteri­ores nao regressaram.

Os anos se passavam e nao tinha noticias de seus emissarios. Desesperado, foi ter com o sabio que lhe advertiu: - A felicidade, meu born homem, deve cada urn busca-la por si mesmo; sua con­quista e absolutamente pessoal. 0 burgues ja velho e alquebrado, perguntou com ansiedade: - terei ainda tempo de ir eu mesmo? Encontrarei, tambem, essas cha­ves e serei feliz?

0 sabio 0 fez ver que perdera muito tempo e permitiu que outros fizessem as coisas por ele, mas, se ainda tivesse forc;:as para alcan<;ar a meta, poderia procurar as chaves porelemesmo.

0 potentado decidido avan<;ou alguns trechos e caiu, desfalecido para nao mais se levan tar.

Pode-se extrair desse relato: "Nao se deve delegar a outros o que conceme ao proprio conheci­mento. A felicidade, cuja con­quista e exclusivamente individu­al, nao pode ser encomendada a ter­ceiros." (conto: 0 grande burgues extraido do livro Intermedio Logo­sofico, de Carlos B. Gonzalez Pecotche).

E, sendo a felicidade uma con­quista individual, posso cria-la em mim mesmo e procurar motivos para dar permanencia a felicidade em minha vida. A felicidade deve ser sentida como a propria vida, ao acordar e de igual modo, senti-la no trabalho e tambem em todos os instantes da vida, no repouso e a noite ao me deitar.

Marco Aun\lio Bicalho de Abreu Chagas e advogado, assessor juridico da ACMINAS- Associa9ao Comer­cia! de Minas. Articulista, conferencista e radiali sta. Colunista da Revista Advogados Mercado & Neg6-c!os.

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