reunião da diretoria de especialidade de recursos humanos

14
Assédio Sexual nas Relações de Trabalho Dr. Narciso Figuerôa Junior Assessor Jurídico e negociador sindical do SETCESP Reunião Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos 02/08/2016

Upload: sindicatosetcesp

Post on 03-Mar-2017

313 views

Category:

Data & Analytics


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

Assédio Sexual nas Relações de Trabalho

Dr. Narciso Figuerôa JuniorAssessor Jurídico e negociador sindical do SETCESP

Reunião Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

02/08/2016

Page 2: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

ASSÉDIO SEXUAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

SETCESP – 02/08/2016

Narciso Figueirôa Junior

Page 3: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• artigo 216-A do Código Penal:

• “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.”

Page 4: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• Para caracterização do assédio sexual, 4 são os elementos necessários:

• a) Assediador e assediado;

• b) conduta de natureza sexual;

• c) conduta repelida pelo assediado;

• d) reiteração da conduta pelo assediador.

Page 5: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• ASSÉDIO SEXUAL atenta contra a liberdade sexual do indivíduo

• ASSÉDIO MORAL fere a dignidade psíquica do ser humano

Page 6: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

ASSÉDIO SEXUAL POR INTIMIDAÇÃO

• É aquele que se caracteriza por incitações sexuais inoportunas, solicitações sexuais ou outras manifestações da mesma índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a atuação de uma pessoa ou de criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no ambiente em que é intentado.

Page 7: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

ASSÉDIO SEXUAL POR CHANTAGEM

• é a hipótese mais comum de assédio sexual. É aquela em que o agente exige da vítima a prática (e/ou aceitação) de uma determinada conduta de natureza sexual, não desejada, sob ameaça da perda de um determinado benefício.

Page 8: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• São hipóteses de JUSTA CAUSA, de acordo com o artigo 482 da CLT:

• Ato de improbidade e/ou negociação habitual;

• Incontinência de conduta ou mau procedimento;

• Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

• Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

Page 9: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• Desídia no desempenho das respectivas funções;• Embriaguez habitual ou em serviço;• Violação de segredo da empresa;• Ato de Indisciplina ou Insubordinação;• Abandono de emprego;• Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no

serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

• Ato lesivo à honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

• l) Prática constante de jogos de azar

Page 10: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

São causas de rescisão do contrato de trabalho por justa causa (letra “b” do

artigo 482 da CLT):• O assédio sexual praticado por um empregado

que exerce função superior à da vítima;

• O assédio sexual ambiental;

• Assédio sexual praticado pelo empregado contra o próprio empregador.

Page 11: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• O artigo 1.521, III, do Código Civil, considera o empregador responsável pelos atos do empregado. Por esse artigo, qualquer alegação de não responsabilização da empresa está totalmente descartada, mesmo que não seja o próprio empregador o assediador e sim um superior hierárquico, ou ainda um colega de trabalho, visto que o empregador tem o dever de assegurar um ambiente de trabalho digno e ser responsável pelos atos de seus prepostos, aos quais confiou diretriz.

Page 12: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• O art.153 do Código Civil considera o empregador responsável caso venha agir com culpa, no caso, por exemplo, de não punir o superior hierárquico ou colega assediador após o conhecimento do fato, ou ainda ao efetuar demissão do empregado assediado a pedido do assediador que teve suas pretensões recusadas.

Page 13: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• O STF, através da Súmula 314, considera presumida a culpa do empregador por ato de seus prepostos

Page 14: Reunião da Diretoria de Especialidade de Recursos Humanos

• O empregado assediado tem seus direitos amparados legalmente:

• Transferência do local de trabalho ou setor de trabalho, após comunicação ao empregador, deixando de ficar sob as ordens do superior hierárquico ou na companhia do colega assediador, conforme o caso.

• Rescisão indireta do contrato de trabalho, nos termos do artigo 483 da CLT;

• Indenização por danos morais, nos termos do artigo 5º, X, da CF.