retrofit e recuperação de solos

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Ambiente Natural e Desenvolvimento Sustentável Gabriela C. de Paula Samir H. Cabral Thayris M. da Cruz • Reabilitação tecnológica de edifícios (retrofit) • Recuperação de áreas urbanas degradadas

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Como funciona a tecnologia de retrofit e exemplos de recuperação de solos. Assunto abordado no tema Ambiente natural e desenvolvimento sustentável.

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Page 1: Retrofit e recuperação de solos

Ambiente Natural e Desenvolvimento Sustentável

Gabriela C. de PaulaSamir H. CabralThayris M. da Cruz

• Reabilitação tecnológica de edifícios (retrofit) • Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 2: Retrofit e recuperação de solos

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Reabilitação tecnológica de edifícios:alternativa à demolição e à construção de novos edifícios.

Reabilitação de áreas urbanas: alternativa de ocupação de áreas degradadas (brownfields), em oposição à expansão urbana, com a ocupação de áreas verdes (greenfields).

Page 3: Retrofit e recuperação de solos

RETROFIT/REABILITAÇÃO

“Retrofit é a troca ou substituição de componentes ou subsistemas específicos de um edifício que se tornaram inadequados ou obsoletos, seja pelo passar do tempo, ou em função da evolução tecnológica ou de novas necessidades dos usuários.”

“Manutenção é o conjunto de atividades a serem realizadas em uma edificação, ou em uma sua parte, de forma preventiva ou corretiva, que visam conservar ou recuperar a sua capacidade funcional, bem como atender às necessidades de segurança dos usuários.”

“Reabilitação de edifícios é uma ação que pode envolver atividades de restauro, manutenção, alteração, retrofit, reparo ou reforma visando dotar o edifício de atributos econômicos ou funcionais equivalentes aos exigidos a um edifício novo para o mesmo fim.”

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 4: Retrofit e recuperação de solos

OBJETIVOS DO RETROFIT DE EDIFÍCIOS

1. Adaptar o edifício aos novos usos.

2. Melhorar a qualidade ambiental.

3. Diminuir o consumo de energia a médio e longo prazo.

4. Aumentar o valor de um edifício existente, ou

restaurar o seu valor inicial.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 5: Retrofit e recuperação de solos

OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO DEÁREAS URBANAS

Ocupar áreas degradadas, inseridas na cidade e com alguma

infraestrutura disponível, ao invés da expansão urbana, com

a ocupação de áreas verdes.

Otimizar a infraestrutura urbana existente conectar diferentes áreas da cidade, superando os obstáculos existentes.

Melhorar a qualidade ambiental da área como um todo diminuir o consumo de energia nos edifícios e na cidade, a médio e longo prazo.

Aumentar o valor de uma área existente, ou restaurar o seu valor inicial.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 6: Retrofit e recuperação de solos

ESTRATÉGIAS DE PROJETO PARA RETROFIT DE EDIFÍCIOS

Considerar exigências dos usuários, do clima, o edifício existente e o seu desempenho ao longo do ano;

Analisar novas demandas e possíveis conflitos (acústica x ventilação, proteção solar x iluminação natural);

Diagnosticar condições atuais (visitas em diferentes horários,desenhos de observação, medições, simulações);

Estudar alternativas;

Escolher a melhor solução.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 7: Retrofit e recuperação de solos

Conforto dos usuários

Conforto térmico Qualidade do ar Conforto acústico Conforto luminoso Ofuscamento por saturação ou contraste Ergonomia Possibilidades de controle pelos usuários Igual tratamento para o entorno

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 8: Retrofit e recuperação de solos

Galeria Sul América – Rio de Janeiro

Projeto vencedor de concurso

Limpeza e revitalização do edifício (retrofit)

Antes

Depois

Modernização de ambiente interno

Conservação de elementos originais

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 9: Retrofit e recuperação de solos

Iluminação noturna realçando detalhes da fachada

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 10: Retrofit e recuperação de solos

Akker BriggeOslo, NoruegaAntigo porto de Oslo

Centro de compras, escritórios, restaurantes e

residências em Oslo, no antigo porto, ao lado

da Prefeitura.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 11: Retrofit e recuperação de solos

Pilestredet ParkOslo, Noruega

Conversão do antigo Hospital Nacional

(1883) em apartamentos residenciais e

escritórios. O complexo hospitalar tinha

110.000m2 de área construída / aproximadamente

metade está sendo demolida, e cerca de novos 85.000m2 foram construídos, além da renovação de cerca de 50.000m2 já existentes.

Meta de demolição e reciclagem: apenas 3% do material de demolição sai como entulho; os 97% restantes são reutilizados no próprio local ou em outros edifícios em construção – ao final, mais de 98% foi reaproveitado.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Conversão do antigo Hospital Nacional emapartamentos residenciais e escritórios

Page 12: Retrofit e recuperação de solos

PILESTREDET PARKOslo, NoruegaConversão do antigo Hospital Nacional emapartamentos residenciais e escritórios

áreas verdes, aberto ao público 1400 habitações, escritórios, comércio e educação.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 13: Retrofit e recuperação de solos

VREEDENBURGH, Eric, MELET, Ed (Ed.). Rooftop Architecture. Building on an elevated surface. NAi, 2005

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 14: Retrofit e recuperação de solos

Renovação urbana em IjburgAmsterdã, Holanda

Distrito residencial em Amsterdã, sendo construído em 7 ilhas artificiais formadas por areia dragada do lago Ijmeer. Previsão de 45.000 hab. em 18.000 habitações nas próximas décadas.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 15: Retrofit e recuperação de solos

Renovações urbanasDelft, Holanda

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 16: Retrofit e recuperação de solos

Casarão - São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Quase três anos após a chuva que devastou a cidade, uma das atrações da parte central, o casarão foi restaurado ao custo de R$ 1,4 milhão.

Antes da enchente

Enchente de janeiro 2010

Processo de reconstrução

Page 17: Retrofit e recuperação de solos

Uso de eps (isopor) Uso de ferragens nos

guarda corpos Não mantém proposta

histórica do entorno

Page 18: Retrofit e recuperação de solos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O custo da reabilitação é menor que o estimado para obra nova, em alguns

casos é praticamente a metade.

Em média, tem-se uma redução de 1/3 em relação ao custo de obra nova.

Portanto, mesmo considerando-se apenas os custos de produção, a obra de reabilitação tende a ser mais econômica.

Tomando-se esse cenário como referência, conclui-se que a reabilitação de

edifícios deverá crescer nos próximos anos e, por isso, a atividade de

orçamento ganhará cada vez mais importância.

RETROFIT/ REABILITAÇÃOEdifícios e áreas urbanas

Page 19: Retrofit e recuperação de solos

Recuperação de áreas urbanas degradadas "Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a

recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma de lei" (Constituição Brasileira, 1988).

"Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, ..." (Constituição do Estado de São Paulo, 1989).

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 20: Retrofit e recuperação de solos

Legislação A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais bem elaboradas do mundo, sendo seu texto bastante exigente no que se refere à recuperação de áreas degradadas. Os estados e muitos municípios apresentam procedimentos e legislações próprias para atividades potencialmente poluidoras.

Para elaboração de programas de recuperação de áreas degradadas os empreendimentos devem ter licença própria do órgão responsável. Portanto, os profissionais devem conhecer as exigências (normas e dispositivos legais) que o estado e o município fazem para o licenciamento do empreendimento em questão.

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 21: Retrofit e recuperação de solos

Técnicas de recuperação Revegetação: desde a fixação

localizada de espécies vegetais (herbáceas ou arbóreas), até reflorestamentos extensivos;

Tecnologias Geotécnicas: execução de obras de engenharia (com ou sem estruturas de contenção e retenção), incluindo as hidráulicas, que visam a estabilidade física do ambiente;

Remediação: execução de métodos de tratamentos predominantemente químicos (ou biológicos) destinados a eliminar, neutralizar, imobilizar, confinar ou transformar elementos ou substâncias contaminantes presentes, atingindo a estabilidade química do ambiente.

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 22: Retrofit e recuperação de solos

Exemplos de locais problemáticos

Mineração Disposição de resíduos Ocupação de encostas Boçorocas urbanas e

rurais Agricultura irrigada Cursos e corpos d’água

assoreados• Material fino em suspensão na

coluna d’água (turbidez).Foto: Lorenzo, 2011.

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 23: Retrofit e recuperação de solos

Recuperação de solos degradados

Para recuperação é necessário:

Correção da degradação, no sentido de estabelecer o equilíbrio dos processos do meio físico;

Trabalhos de manutenção, de modo a evitar a reativação destes processos e a consequente anulação das medidas corretivas.

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.

Page 24: Retrofit e recuperação de solos

Legislação

Decreto Federal 97.632/89: Fixou prazo de 180 dias para minerações já existentes

apresentarem um Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD;

Para futuros empreendimentos minerários, exige a apresentação do PRAD juntamente com EIA/RIMA.

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 25: Retrofit e recuperação de solos

Reabilitação como Reserva Florestal

Pedreira Massaguaçu (Caraguatatuba):Ainda em operação;Parte da área foi abrangida pela

criação do Parque Estadual da Serra do Mar, em 1977.

Exemplos conhecidos

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 26: Retrofit e recuperação de solos

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 27: Retrofit e recuperação de solos

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 28: Retrofit e recuperação de solos

“A pedreira Massaguaçu, situada em Caraguatatuba, que opera desde a década de 1950 e é a principal fornecedora de brita para o Litoral Norte do estado. Parte da área da pedreira inclusive uma porção da cava, foi abrangida pela criação do Parque Estadual da Serra do Mar, em 1977.

A reabilitação das áreas degradadas prevê o reflorestamento com utilização espécies nativas de Mata Atlântica de forma a integrar as áreas do empreendimento com a reserva florestal estadual. Assim, foi previsto o retaludamento do antigo paredão para formação de bancadas que receberão uma camada de solo e plantio de mudas. Áreas degradadas nas imediações da cava e na infra-estrutura já estão sendo reflorestadas desde 1995 e já apresentam excelentes resultados.”

Recuperação de áreas urbanas degradadas

Page 29: Retrofit e recuperação de solos

BIBLIOGRAFIA www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq www.usp.br/.../Retrofit_Reabilitacao_Tecnologica_de_Edificacoes http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea15.html www.g1.com.br www.iab.com.br

1 - DIREITO AMBIENTAL - PROFª. MARIA CECÍLIA LADEIRA DE ALMEIDA, Palestra de direito Minerário, São Paulo, 19 de outubro de 2004.  2 -ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Degradação do solo: terminologia, NBR 10.703. 1989  3 - AGUIAR, R.L. Zoneamento geotécnico geral do Distrito Federal. São Carlos, 1997, 2v. Tese de Doutoramento. Escola de Engenharia de São

Carlos, Universidade São Paulo.  4 - BARROS, F.P. & MONTICELLI, J.J. Aspectos Legais. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação

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Engenharia de Minas, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.  6- BITAR, O.Y. & BRAGA, T.O. O meio físico na recuperação de áreas degradadas. In: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio

ambiente. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. cap. 4.2, p.165-179.

  7- BITAR, O.Y., FORNASARI FILHO, N. & VASCONCELOS, M.M.T. Considerações básicas para a abordagem do meio físico em estudos de impacto

ambiental.  In: BITAR, O.Y. (Coord.). O meio físico em estudos de impacto ambiental. Publicação Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), São Paulo, boletim 56, cap.03, p.09-13, 1990

  8 -  FORNASARI FILHO, N.;  BRAGA, T.O.; BATISUCCI, S.G.G. & MONTANHESI, M.O.R. . Auditoria e Sistema de Gerenciamento Ambiental (ISO 14000).

In: Simpósio Sul-Americano, 1, Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas, 2, nov. 1994, Curitiba. Anais...Curitiba, 1994. p.25-30.  9 - FORNASARI FILHO, N. & BITAR, O.Y. O meio físico em estudos de impacto ambiental-EIAs. In: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao

meio ambiente. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. cap. 4.1, p.151-163.

  10 - IPT (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS). Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. Publicação IPT/Cempre 2.163 (São Paulo),

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mineração. In: BITAR, O.Y. (Coord.). O meio físico em estudos de impacto ambiental. Publicação Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), São Paulo, boletim 56, cap.02, p.04-08, 1990.  12 - PROIN/CAPES e UNESP/IGCE. Material Didático: arquivos de transparências (CD). Rio Claro: Departamento de Geologia Aplicada, 1999. 13 - Convênio Petrobras Instituto Pólis | Relatório nº 6, Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Caraguatatuba, BASE DAS INFORMAÇÕES:

ATÉ 2012 REVISÃO DE MARÇO DE 2013