Retorno, Recorrência e Reencarnação.

Cada ser humano é dotado de um determinado numero de existência, de acordo com a Lei de Número, Medida e Peso. Realmente, é dado a cada ser humano, apenas 108 vidas, representados na simbologia oriental pelas 108 contas do colar de Buda.

O mundo oriental não ignora a lei do retorno, a que estão sujeitos todos os seres humanos. A lei do retorno existe como prova o ressurgimento do Eu da Ira na criança, do Eu da Cobiça, etc., e outros defeitos desenvolvidos na vida passada. A vocação que manifesta cada ser humano, nada mais é que a experiência vivida em determinada arte ou ciência, numa existência anterior.

A doutrina da reencarnação foi mal interpretada por alguns pensadores esoteristas. Ela vem do culto à Krishna, antigo avatar do Indostão que viveu há 3000 anos, tendo sido adulterada pelos reformadores. No culto de Krishna, diz-se sabiamente que só os mestres se reencarnam porem, as diversas escolas esotéricas propagaram essa idéia, a qual, com o passar dos séculos foi degenerando, de tal modo que, atualmente, diz-se que todo ser humano se reencarna. Uma coisa é a reencarnação, a outra é o retorno. A lei do retorno é para todo ser humano, para toda essência envolvida pelo ego, para quem não construí ainda seus veículos solares. A lei do retorno é uma lei mecânica e todo ser humano comum e corrente esta envolvido pela mecanicidade, no circulo vicioso de mortes e nascimentos. O animal intelectual (homem) não pode mudar as circunstancias, sendo vitima delas, tudo sucede-lhe como quando chove ou troveja, tem a ilusão de que faz, porém, não tem poder para fazer, tudo sucede através dele.

Os mestres não estão sujeitos à lei do retorno, pois saíram da mecanicidade. Quando os mestres necessitam cumprir alguma missão especifica na escola da vida, reencarnam. Pode reencarnar quando quiser, quando necessitar, pois não estão mais sujeitos à mecanicidade do retorno vicioso. A reencarnação implica numa individualidade reencarnante e, se tal individualidade não existe, então não há tal reencarnação. O ego é um conjunto de entidades distintas, diversas, que nem sequer se conhecem entre si, isso não é individualidade e, dizer que essas entidades reencarnam, é incorreto. É melhor dizer que Eu pluralizado regressa, retorna a este vale de lágrimas.

Existe outra lei chamada LEI DA RECORRÊNCIA, em que tudo volta a ocorrer como ocorreu, mas as conseqüências do ciclo. As quatro estações do ano, o dia e a noite, a precessão dos equinócios, etc., tudo volta a ocorrer, cumprindo incessantemente seu ciclo particular. Tudo o que existe esta dirigido pela sabia Lei da Recorrência. O ser humano não pode ser exceção. Repete sempre os mesmos dramas, as mesmas cenas, os mesmos acontecimentos em cada existência, agregando-lhes as experiências do ciclo. Cada vida é uma repetição da passada mais as conseqüências cósmicas do ciclo. Cada vida é uma repetição da passada mais as conseqüências Kármicas ou Dármicas, agradáveis ou desagradáveis. De acordo com a Lei da Recorrência, encontramos novamente nossos velhos amigos e inimigos, sentindo repulsa ou atração. As pessoas do sexo oposto com as quais tivemos relações, voltamos a encontrá-las, podendo surgir os problemáticos “triângulos amorosos”. As leis de Recorrência e de Retorno combinam-se sabiamente, porem podemos livrar-nos delas, transcendê-las, mediante a forca da Vontade e o conhecimento do funcionamento destas outras leis, sobrepondo-nos a determinadas situações se previrmos que as mesmas podem nos trazer conseqüências dolorosas. É claro que isso implica em luta, em esforço, muitas vezes contra nos mesmos, porem, ao longo do tempo nos favorece. Devemos recorda-nos das vidas passadas, a fim de evitarmos muitas ocorrências que deverão acontecer novamente.

Lei: Karma, Darma, Katância, Kamadouro.

Palavras de transcendência esotérica, originarias do sânscrito que significam ação, conseqüência, causa e efeito.

Darma: seria o prêmio das boas ações.Karma: o castigo das más ações.Karma não significa uma predestinação inflexível a qual esteja a criatura

inexoravelmente sujeita, como a esdrúxula idéia do fatalismo vulgar. Tal concepção roubaria definitivamente ao homem toda e qualquer liberdade de ação, reduzindo sua vida a uma simples caminhada sobre determinado roteiro pré-estabelecido, da qual não resultaria mérito e nem conquista de espécie alguma. Cairia assim por terra, toda a razão do esforço humano no sentido do aperfeiçoamento ou superação, relegando para a iniqüidade, o tradicional postulado que “o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus” e, a sublime afirmação esotérica, de que “todo homem é potencialmente divino”, já que estaríamos reduzidos à simples condição de maquinas viventes, sem direito a aspirar a algo superior à nossa própria condição.

KARMA: é, ao contrario, a expressão viva e dinâmica de uma lei natural de responsabilidade, segundo a qual toda ação física, emocional ou mental funciona como causa de um futuro efeito que, por sua vez, se torna causa de outro efeito e assim sucessivamente, criando-se uma cadeia de causalidades intimamente ligadas, sob responsabilidade direta ou indireta do autor. Como via de regra, nossas ações são sempre egoísticas. Resulta que vamos criando à nossa proporção que desenvolvemos nossas vidas, uma soma maior ou menos de delitos ou responsabilidades, oriundos das violações que praticamos no equilíbrio universal. Sendo tal equilíbrio a expressão cósmica da manifestação divina, e não tendo livre-arbítrio humano para destruí-lo, nossa liberdade de ação limita-se a acumular causas para o seu restabelecimento. Dessa maneira, cada individuo recebe justamente aquilo que merece e aquilo que precisa para envolver e harmonizar-se com a Lei Divina.

Karma não é, portanto, uma expressão de castigo e sim uma manifestação da justiça universal, que se realiza muitas vezes, acima do nosso entendimento.

Existem diversos tipos de Karma:INDIVIDUAL: é o que sofre qualquer ser humano em carne própria. Ele pode

ser moral ou físico. Nem todas as enfermidades são kármicas. Ocorrem enfermidades por descuido, acidente as quais são evitáveis se transformarmos as medidas necessárias. As enfermidades kármicas são o resultado de determinadas falhas cometidas na existência anterior. Ex.: varíola - ódio, câncer – mau uso do sexo, tuberculose – resultado de ateísmo e do materialismo, crueldade – dá cegueira de nascimento, a malaria – egoísmo, etc.

As enfermidades kármicas curam-se quando se elimina o Karma. Nenhum medico é capaz de curar todas as enfermidades por mais renomado que seja. Quando o Karma é quitado termina a doença.

KARMA FAMILIAR: mediante toda a família sofre em comum determinada desgraça, seja econômica, de pena moral ou doenças.

KARMA DE UMA POPULAÇÃO: evidencia-se durante determinadas epidemias, terremotos, inundações, etc. Nota-se o trabalho destrutivo dos elementos a serviço da Lei do Karma.

KARMA DE UM PAÍS: Vê-se às claras, quando os elementos desencadeados alcançam proporções nacionais. O sofrimento causado pelas guerras internas ou entre países é sinal de Karma de Nação, assim, qualquer tipo de sofrimento em grande escala.

E, finalmente, é de notar o KARMA MUNDIAL. As duas grandes Guerras Mundiais nos dão uma idéia desse tipo de Karma. Porém, isso é pouco se comparado com os gigantescos desastres geológicos, necessariamente postos a serviço da Lei do Karma.

O Karma do individuo só pode ser resgatado por ele mesmo, mas, diz o V.M. Samael Aun Weor, que todo o Karma é negociável, é preciso aprender a negocia-lo com os senhores da Lei (Tribunal do Karma). Chefiado por Anúbis e seus 42 juízes. Os símbolos dos Anúbis são: o Tigre, Leão, Soldado. Se, em nossos sonhos eles aparecem, é um alerta para nós.

Quando uma Lei Inferior é transcendia por uma Lei Superior, a Superior lava a Lei Inferior. Faze boas obras para que pagues tuas dividas. O leão da lei se combate com a balança. Quem tem com que pagar, paga e sai bem em seus negócios, quem não tem pagara com dor.

Se num prato da balança cósmica, colocarmos as boas obras e na outra as mas ações, é lógico que o Karma dependerá do peso dos pratos. Se pesar mais o prato das más ações, o resultado será amargura. É possível aumentar o peso das boas obras no prato correspondente da balança e desta forma, cancelamos o Karma sem sofrer. Tudo que necessitamos é fazer boas obras para aumentar o peso do prato das boas ações. Este é o Darma, o Capital Cósmico.

O reto pensar, o reto sentir e o reto obrar, são os melhores negócios. Toda a humanidade tem Karma. Todos tem dividas e, em vez de pagá-las com sofrimento, comecemos a pagá-las com Boas Obras.

Katância: é o Karma superior. Para quem se libertou de certas leis. Existem 48 leis no físico, 24 no astral, 12 mental, 6 vontade (aqui há Katância) mundo das causas, 3 leis – consciência cria algo. Há Katância – 1 lei- mundo do intimo. Uma queda do mundo da vontade provoca uma catástrofe no mundo físico. Acima do intimo, não há queda.

Lamaduro: envolve tudo que tenha saber espiritual. Quem conhece o caminho espiritual e não vive, torna-se devedor de Kamaduro. O Kamaduro não pode ser pago com nada. É um Karma imperdoável. Leva-se a marca para sempre.

Pratica para ganhar Darma.

Faca o bem pelo próprio bem. Analisa objetivamente os conceitos egoístas que tem norteado sua vida. Estude cada argumentação. É indispensável esperar um agradecimento por um serviço prestado?

Aproveite todas as ocasiões para prestar um serviço aos outros. Porém, recorde: Amor é Lei, porém amor consciente.

Pratica de auto-observação escrita.

Faze uma lista de todos os teus defeitos, dos quais tens consciência. No principio verificaras que não são muitos. Se auto-observando em tua via diária, em tuas relações com os outros e em frente ao diversos problemas da vida, encontrarás mais defeitos que irão aumentando tua lista. Não te condene, nem te justifique. Simplesmente compreende teus defeitos. Posteriormente te ensinaremos o sistema para desintegrá-los, utilizando tuas próprias energias.

Paz Inverencial!