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Retenção na fonte Determinada firma compra mercadorias em dóla- res americanos e para sua segurança fecha de ime- diato o câmbio para a data de liquidação do CDI. Há um contrato assinado entre o banco e a firma, com prazo marcado para liquidação ao câmbio “X”. Na data em que a firma é debitada na sua con- ta de euros pelos dólares com câmbio fixo, o ban- co faz a retenção de IRC e baseia-se no n.º 4 do art. 88.º do CIRC, alínea c) do n.º 3 do art. 71.º do CIRS que vai levar à alínea q) do n.º 2 do art. 5.º do CIRS. Está correcto? Como contabilizar esse valor que eles consideram ganho, mas para o qual não exis- te qualquer documento, pois na realidade a firma não é creditada por ele? Como deduzir o IRC já re- tido pelo banco aquando da elaboração da decla- ração modelo 22? A operação retratada na questão colocada é um swap cambial. Um swap é uma transacção finan- ceira pela qual duas partes acordam, durante um período de tempo pré-determinado, a troca de pagamentos de juros ou de capital e juros, de acordo com uma regra pre-estabelecida. O regime fiscal dos instrumentos financeiros de- rivados foi estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 257- -B/96, de 31 de Dezembro. O ganho sujeito a imposto é constituído pela di- ferença positiva entre a taxa de câmbio acordada para a venda ou compra na data futura e a taxa de câmbio à vista verificada no dia da celebração do contrato para o mesmo par de moedas. Os ganhos decorrentes de operações de swaps cambiais são considerados rendimentos de capi- tais, nos termos da alínea q) do n.º 2 do art. 5.º do Código do IRS e estão sujeitos a retenção na fonte por força da alínea c) do n.º 1 do art. 88.º do Código do IRC. A retenção na fonte ocorrerá no momento do vencimento ou da liquidação, consoante o caso, e tem a natureza de imposto por conta.(Resposta redigida em Agosto de 2006) 57 TOC Outubro 2006 #79 Consultório Técnico IVA - Regras de localização A companhia de seguros“A”,com sede no Reino Uni- do, indicou a companhia de seguros “B”, com sede em Portugal, para seu representante em livre pres- taçãop de serviços em Portugal.Por esse serviço,“B” debita (anualmente) honorários a “A”. A empresa “A”,quando recebeu a última factura,ar- gumentou que estava isento de IVA.Será assim? Relativamente ao assunto em epígrafe, estamos na presença de uma empresa com sede em Por- tugal (“B”), tendo como objectivo a represen- tação fiscal da empresa “A” - companhia de se- guros com sede no Reino Unido. Por esta cir- cunstância, a empresa “B” debita à empresa “A” os honorários pela própria representação fiscal. Em termos de enquadramento em sede de IVA, o mesmo terá que ser efectuado ao abrigo do art. 6.º do CIVA. A localização das prestações de ser- viços, segue, em princípio, a regra do denomi- nado «princípio do país de origem», isto é, a tri- butação será no país onde o prestador tiver a sua sede, estabelecimento estável ou domicílio, con- forme o n.º 4 do art. 6.º do CIVA, desde que não enquadrável em nenhuma das regras específicas previstas nos restantes números deste mesmo ar- tigo. No que concerne ao caso concreto, verificamos que não existe nenhuma excepção específica, para o débito deste tipo de serviços. Neste senti- do, dever-se-á aplicar a regra constante no n.º 4. Ou seja, a empresa “B”, ao debitar à empresa “A” deverá liquidar IVA à taxa de 21 por cento. (Resposta redigida em Setembro de 2006)

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Retenção na fonte

Determinada firma compra mercadorias em dóla-res americanos e para sua segurança fecha de ime-diato o câmbio para a data de liquidação do CDI.Há um contrato assinado entre o banco e a firma,com prazo marcado para liquidação ao câmbio“X”.Na data em que a firma é debitada na sua con-ta de euros pelos dólares com câmbio fixo, o ban-co faz a retenção de IRC e baseia-se no n.º 4 do art.88.º do CIRC,alínea c) do n.º 3 do art.71.º do CIRSque vai levar à alínea q) do n.º 2 do art.5.º do CIRS.Está correcto? Como contabilizar esse valor queeles consideram ganho, mas para o qual não exis-te qualquer documento, pois na realidade a firmanão é creditada por ele? Como deduzir o IRC já re-tido pelo banco aquando da elaboração da decla-ração modelo 22?

A operação retratada na questão colocada é umswap cambial. Um swap é uma transacção finan-ceira pela qual duas partes acordam, durante umperíodo de tempo pré-determinado, a troca depagamentos de juros ou de capital e juros, deacordo com uma regra pre-estabelecida. O regime fiscal dos instrumentos financeiros de-

rivados foi estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 257--B/96, de 31 de Dezembro.O ganho sujeito a imposto é constituído pela di-ferença positiva entre a taxa de câmbio acordadapara a venda ou compra na data futura e a taxade câmbio à vista verificada no dia da celebraçãodo contrato para o mesmo par de moedas.Os ganhos decorrentes de operações de swapscambiais são considerados rendimentos de capi-tais, nos termos da alínea q) do n.º 2 do art. 5.ºdo Código do IRS e estão sujeitos a retenção nafonte por força da alínea c) do n.º 1 do art. 88.ºdo Código do IRC.A retenção na fonte ocorrerá no momento dovencimento ou da liquidação, consoante o caso,e tem a natureza de imposto por conta.★

(Resposta redigida em Agosto de 2006)

57TOC Outubro 2006 #79

Cons

ultório

Técnico

IVA - Regras de localização

A companhia de seguros “A”,com sede no Reino Uni-do, indicou a companhia de seguros “B”, com sedeem Portugal, para seu representante em livre pres-taçãop de serviços em Portugal.Por esse serviço,“B”debita (anualmente) honorários a “A”.A empresa “A”, quando recebeu a última factura, ar-gumentou que estava isento de IVA.Será assim?

Relativamente ao assunto em epígrafe, estamosna presença de uma empresa com sede em Por-tugal (“B”), tendo como objectivo a represen-tação fiscal da empresa “A” - companhia de se-guros com sede no Reino Unido. Por esta cir-cunstância, a empresa “B” debita à empresa “A”os honorários pela própria representação fiscal.Em termos de enquadramento em sede de IVA, omesmo terá que ser efectuado ao abrigo do art.

6.º do CIVA. A localização das prestações de ser-viços, segue, em princípio, a regra do denomi-nado «princípio do país de origem», isto é, a tri-butação será no país onde o prestador tiver a suasede, estabelecimento estável ou domicílio, con-forme o n.º 4 do art. 6.º do CIVA, desde que nãoenquadrável em nenhuma das regras específicasprevistas nos restantes números deste mesmo ar-tigo.No que concerne ao caso concreto, verificamosque não existe nenhuma excepção específica,para o débito deste tipo de serviços. Neste senti-do, dever-se-á aplicar a regra constante no n.º 4.Ou seja, a empresa “B”, ao debitar à empresa “A”deverá liquidar IVA à taxa de 21 por cento. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

58 Consultório Técnico

Obrigações fiscaisnas prestações de serviços

Uma empresa de serralharia civil, da área dosrevestimentos exteriores de fachadas de edifí-cios, está em vias de angariar uma obra nas Ca-nárias. Quais as implicações/obrigações fiscaisa nível de IVA e IRC no território nacional e eu-ropeu? O processo é composto por diversas fa-ses e desenvolve-se da seguinte forma:- a matéria-prima (chapas ou placas de alumí-nio) é adquirida em Espanha, a uma empresaespanhola e transportada para Portugal;- essa matéria-prima sofre alguma transfor-mação na fábrica como seja o corte, furação,quinagem, etc;- depois do material transformado, este será en-viado em contentores para as Canárias, onde selocaliza a obra, para instalação/colocação doreferido material;- a colocação do referido material em obra se-rá efectuada por uma empresa subcontratada,com sede em Portugal;- o cliente é uma empresa espanhola a quem se-rá facturada toda a obra adjudicada.A empresa portuguesa tem de pagar alguma ta-xa a Espanha? Os trabalhos realizados em Por-tugal e atrás referidos são passíveis de seremexecutados em Portugal?

Determinada entidade no decurso da sua ac-tividade executa diversas operações sobre asquais questiona acerca do seu enquadramen-to fiscal. Inicialmente efectua aquisições in-tracomunitárias de bens (a matéria-prima éadquirida em Espanha e transportada paraPortugal). A matéria-prima sofre transfor-mação em território nacional, sendo poste-

riormente enviada para Espanha onde irá serutilizada no âmbito da prestação de serviçosde revestimento exterior de fachada de edifí-cio que será facturada a um sujeito passivo es-panhol. Esta entidade (o prestador dos ser-viços) subcontrata outro sujeito passivo paraa colocação do referido material.Primeiramente será abordado o enquadra-mento em sede de IVA das diversas situaçõesexpostas.A aquisição de matérias-primas em Espanhaconsubstancia-se numa aquisição intracomu-nitária, conforme conceito patente no art. 3.ºdo RITI (Regime do IVA nas Transacções In-tracomunitárias). De modo sintético, diremosque a entidade adquirente deverá efectuar omecanismo do reverse-charge, ou seja, substi-tui o fornecedor na liquidação de imposto emterritório nacional e pode exercer o direito àdedução desse imposto nos termos gerais doCódigo.Relativamente ao envio das matérias-primasdepois de transformadas para as Ilhas Caná-rias, importa ter presente o facto desta regiãoser considerada território terceiro, conformedisposto alínea d) do n.º 2 do art. 1.º do Có-digo do IVA, logo, esta operação deve classi-ficar-se como uma exportação.A exportação, em sede de IVA, é uma ope-ração isenta nos termos do art. 14.º do Códi-go do IVA.O débito da prestação de serviços de revesti-mento exterior de fachadas de edifício enqua-dra-se na regra de excepção de aplicação daregra geral patente na alínea a) do n.º 5 do art.6.º do Código do IVA, isto é, a tributação des-ta operação em sede de IVA deve ocorrer noseu local de execução material, ou seja, no te-rritório onde o edifício está localizado.De modo que, uma vez que o imóvel está lo-calizado nas Ilhas Canárias, e que em termosde regras de localização se remete a tribu-tação para esse território, dever-se-ão seguiras regras vigentes nesse território.Da mesma forma que a prestação de serviçosde revestimento exterior de fachadas do edi-

A exportação, em sede de IVA, é uma operação isenta nostermos do art. 14.º do Código do IVA. O débito da prestaçãode serviços de revestimento exterior de fachadas de edifí-cio enquadra-se na regra de excepção de aplicação da re-gra geral patente na alínea a) do n.º 5 do art. 6.º do Códi-go do IVA, isto é, a tributação desta operação em sede deIVA deve ocorrer no seu local de execução material, ou se-ja, no território onde o edifício está localizado.

59TOC Outubro 2006 #79

fício é localizada em Espanha, quando o seuadquirente é sujeito passivo espanhol, assimserá a tributação dos serviços subcontratados. O sujeito passivo português subcontratado es-tá face a uma operação que também é objec-to de enquadramento na alínea a) do n.º 5 doart. 6.º do Código do IVA, pois, está aqui emcausa o local de execução material deste ser-viço (e não a qualidade, isto é, o tipo de su-jeito passivo do adquirente).Neste caso, ou a entidade subcontratada de-verá, igualmente, seguir as regras vigentesnesse território.No que respeita ao enquadramento daquestão em sede de Imposto sobre o Rendi-mento, embora este rendimento possa vir aser considerado como rendimento obtido emterritório espanhol por força da legislação in-terna desse Estado, salienta-se o disposto noacordo internacional existente entre os doisEstados.

A Resolução da Assembleia da República n.º 6/95, de 28 de Janeiro publicou a Con-venção entre a República Portuguesa e o Rei-no de Espanha para Evitar a Dupla Tributaçãoe Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Im-postos sobre o Rendimento. Nos termos do n.º1 do art. 7.º do referido diploma, os lucros deuma empresa de um Estado contratante só po-dem ser tributados nesse Estado, a não serque a empresa exerça a sua actividade no ou-tro Estado por meio de estabelecimento está-vel aí situado.Importa averiguar se a entidade portuguesapossui ou não estabelecimento estável em ter-ritório espanhol. Admitindo que não possui,deverá accionar a convenção de forma a evi-tar a dupla tributação do seu rendimento. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

IVA nasactividades médicas e paramédicas

O exercício de psicologia como trabalhador in-dependente está sujeito a IVA? A que taxa?

As actividades de psicólogo exercidas a títuloindividual ou segundo um molde societárioestarão isentas de IVA desde que se integremno âmbito da psicologia clínica. Ou seja, aprestação de serviços que se consubstancia naelaboração de diagnósticos, ou na aplicaçãode tratamentos encontra-se isenta ao abrigoda alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º do CIVA, nãopodendo portanto exercer o direito à deduçãode todo o imposto suportado.Contudo, esta isenção não é extensível a pres-tações de serviços ligadas a ensino, à selecçãoe recrutamento de pessoal, à realização detestes psicotécnicos ou funções relacionadascom a organização do trabalho, pois estes ac-

tos extravasam claramente o âmbito da citadaalínea b) do n.º 1 do artigo 9.º do CIVA. To-das estas operações estão sujeitas a IVA à ta-xa normal.Os sujeitos passivos que pratiquem simulta-neamente operações isentas que não confe-rem direito à dedução e operações passíveisde tributação devem atender, para efeitos doexercício do direito à dedução suportado naaquisição de bens e serviços, ao disposto noartigo 23.º do CIVA. Assim, devem adoptar umdos métodos previstos nesse artigo: métododa percentagem de dedução (pro-rata) ou mé-todo da afectação real.★

(Resposta redigida em Agosto de 2006)

60 Consultório Técnico

Partilha

A sociedade por quotas “A”tem registado na con-ta 41- investimentos financeiros noutra empre-sa, (designada por “B”). Os sócios da sociedade“A” pretendem cessar a actividade da empresa“A”, efectuando a dissolução, liquidação, partilhae extinção e distribuindo entre eles as acçõesnominativas detidas da sociedade “B”. A socie-dade “B” é uma sociedade anónima não cotadaem bolsa.É possível efectuar esta operação? Quais os pas-sos que deverão ser encetados, nomeadamenteos referentes à mudança de titularidade dasacções?Um dos aspectos fiscais,em “A”, tem a ver com asmais ou menos-valias geradas com esta trans-ferência do património da empresa “A”para o pa-trimónio individual dos sócios.As acções foramadquiridas em 1998, portanto há mais de 12 me-ses e, por essa razão, caso haja mais-valias, estasnão são tributadas em IRC.Outro aspecto tem a ver com o facto de o valordas acções vir a ser incluído na partilha pelos só-cios. Estará este valor sujeito a alguma retençãoe constará na declaração fiscal do ano da parti-lha pelos sócios como rendimentos de capitais?Encontrando-se as acções registadas no nomedos sócios terão estes que efectuar mais algumadiligência?

Quando, no âmbito de uma liquidação de umasociedade se procede à partilha em bens, na de-terminação do resultado de liquidação, haven-do partilha dos bens patrimoniais pelos sócios(e partes sociais de investimento são bens pa-trimoniais), considera-se como valor de reali-zação daqueles o respectivo valor de mercado,de acordo com o disposto no art. 74.º do CIRC. Assim, a partilha pelos sócios dos investimentosfinanceiros (acções de uma sociedade anónima)e uma vez tratar-se de bens patrimoniais, implicasaldar-se a conta 411 por contrapartida da conta7941 pelo valor contabilístico da participação.Como para a determinação do resultado de li-quidação, o valor de realização é o valor de mer-cado das acções, então, contabilisticamente de-verá este ser creditado na conta 7941 por contra-partida das contas 25x… - sócio c/ liquidação.

Sendo a sociedade participada uma sociedadeanónima não cotada em Bolsa, há que determi-nar o seu valor de mercado com o recurso aosmecanismos disponíveis, nomeadamente, umestudo de avaliação da empresa.A exclusão de tributação das mais-valias prove-nientes da alienação de acções detidas pelo seutitular durante mais de 12 meses, aplica-se aossujeitos passivos de IRS e não aos sujeitos pas-sivos de IRC, nos termos do art. 10.º, n.º 2 , alí-nea a) do CIRS.Relativamente à tributação na esfera dos só-cios, pessoas singulares, o resultado da parti-lha, abatido do preço do valor nominal dascorrespondentes partes sociais é tributado emIRS na categoria de E. No caso de não seremsócios originários (ou sendo sócios originá-rios tenham adquirido a correspondente partesocial por valor diferente do valor nominal,com prémio de emissão), ou seja, caso te-nham adquirido as suas partes sociais após aconstituição da sociedade, poderá haver tri-butação enquadrável na categoria G (o rendi-mento da categoria E vai até ao limite da di-ferença entre o valor que foi atribuído e oque, face à contabilidade da sociedade liqui-dada, corresponda a entradas efectivamenteverificadas para a realização do capital, sendoque o eventual excesso tem o enquadramen-to na categoria G), nos termos do art. 75.º, n.º 2 do Código do IRC.Contudo, se apenas se tratarem de rendimentosda categoria E nos termos acima explanados,encontram-se sujeitos a uma taxa liberatória de20 por cento nos termos do art. 71.º, n.º 3, alí-nea c) do Código do IRS.Por outro lado, havendo a opção do engloba-mento, nos termos do n.º 1 do art. 40.º-A doCIRS, os rendimentos resultantes da partilha emconsequência da liquidação (e que sejam con-siderados rendimentos de capitais) são apenasconsiderados em 50 por cento do seu valor.Relativamente aos procedimentos administrati-vos e legais desta operação de partilha deve serconsultado um advogado e a Comissão de Mer-cados de Valores Mobiliários. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

62 Consultório Técnico

Legislação comercial –dissolução e liquidação

Foi decretada a insolvência de determinadaempresa. O administrador irá fazer um relató-rio para o tribunal, dentro das suas atribuições.Foi pedido a determinado TOC para recuperara contabilidade da empresa para poder apre-sentar-se ao CIRE, para processo de insolvên-cia. A insolvência foi decretada em20/10/2005. O administrador de insolvênciaapreendeu a escrita e pediu o encerramentodas contas e a apresentação da declaração mo-delo 22 e anexos - declarações anuais e apre-sentação de contas na DGCI. Foi dito ao TOCque o juiz notificará judicialmente a conserva-tória do registo comercial da dissolução e en-cerramento da actividade.Qual a data que deve indicar-se para a cessaçãoda actividade – a constante da declaração mo-delo 22 /2005 e anexos? A data de insolvência?Espera-se a notificação do tribunal? Qual o pe-ríodo a indicar na declaração Modelo 22 de2005?A cessação para IRC/IVA deve ser apresentadocom base em que documento: declaração deinsolvência ou certidão da conservatória (re-gisto da declaração de insolvência)?Qual a conta que deve movimentar-se paratransferir activos e passivos e levar a contabili-dade a zero? Os prejuízos dos sócios - capitaispróprios - suprimentos podem ser contempla-dos nos IRS pessoais?

Na data presente, os procedimentos em maté-ria de cessação para efeitos de IRC nas socie-dades em processo de falência ou insolvência,ainda não estão suficientemente bem defini-dos. Segundo sabemos, foi criada uma Co-missão de Trabalho pelo Ministério das Fi-nanças para estudar esta matéria, pelo que oTOC deve seguir as directrizes emanadas pe-lo administrador da falência.Gostaríamos de relembrar que a cessação pa-ra efeitos de IVA não deve ser confundida coma cessação para efeitos de IRC. A cessação deIVA pode ser efectuada a qualquer momento,sem necessidade de haver o registo do pedi-do de encerramento da liquidação na Conser-

vatória de Registo Comercial. Basta que o su-jeito passivo esteja inactivo e não pratique,ainda que temporariamente, operações tribu-táveis em IVA.No dia 18 de Março de 2004 foi publicado oCódigo da Insolvência e da Recuperação deEmpresas, pelo Decreto-Lei n.º 53/2004.É nomeado neste processo um liquidatário ju-dicial, competindo-lhe, designadamente, oencargo de preparar o pagamento das dívidasda empresa falida à custa do produto da alie-nação dos bens patrimoniais ou realização decréditos sobre terceiros.Assim, enquanto não for decretada a falênciaas obrigações declarativas e fiscais não sofremquaisquer alterações.Sendo decretada a falência, entra-se em períodode liquidação, devendo-se obedecer à ordemprescrita na sentença judicial, nomeadamente noque respeita à satisfação das dívidas.Quando o processo for dado por findo, o quesucederá após ter transitado em julgado a de-cisão que aprove as contas da liquidação damassa falida/insolvente, conduzindo ao ence-rramento da liquidação há que entregar a de-claração do período de cessação para efeitosde IRC e de IVA (e será essa a data da ces-sação), assim como as respectivas declaraçõesde cessação de actividade ou seja, a decla-ração modelo 22 e a declaração anual.O período a indicar na declaração modelo 22será o período desde 1 de Janeiro até à datade cessação ou, caso se opte pela tributaçãodo período de liquidação, deverá ser indicadoo período de liquidação, nos termos do artigo73.º do CIRC, período esse que não pode ul-trapassar os três anos.Existe, de facto, a obrigação contabilística elegal (alínea a) do n.º 2 do artigo 73.º doCIRC), de encerramento das contas à data dadissolução, mas não se torna necessário en-tregar a declaração modelo 22 referente aoperíodo de 01/01 até à data de dissolução,quando diferente de 31/12.Recomendamos que o TOC, após o encerra-mento das contas, apure o resultado fiscal e

63TOC Outubro 2006 #79

elabore, em rascunho, uma declaração mode-lo 22, servindo assim de medida que poderáser útil para a minimização do IRC a pagar, noexercício de liquidação da sociedade, se pre-tender entregar a modelo 22 facultativa.Contudo, dado tratar-se de uma sociedade emprocesso de insolvência esta questão não secoloca, porquanto não vai apurar IRC a pagar.Essa responsabilidade cabe ao administradorda falência ou liquidatário judicial, conformedispõe o n.º 9 do art. 109.º do CIRC.Em termos contabilísticos, os activos perten-centes ao imobilizado que forem vendidos ge-ram mais ou menos-valias. O passivo que forpago conduz aos respectivos movimentos depagamento ou anulação caso não seja pago,sendo considerado um proveito extraordiná-rio contabilístico. Não existe nenhum proce-dimento contabilístico especial para uma so-ciedade em processo de insolvência.Há também que ter em conta o artigo 268.º doCódigo de Insolvência e de Recuperação deempresas que, para melhor compreensão,transcrevemos:«1 - As mais-valias realizadas por efeito dadação em cumprimento de bens do devedor eda cessão de bens aos credores estão isentasde impostos sobre o rendimento das pessoassingulares e colectivas, não concorrendo paraa determinação da matéria colectável do de-vedor.2 - Não entram igualmente para a formação damatéria colectável do devedor as variaçõespatrimoniais positivas resultantes das alte-rações das suas dívidas previstas em plano deinsolvência ou em plano de pagamentos.3 - O valor dos créditos que for objecto de re-dução, ao abrigo de plano de insolvência oude plano de pagamentos, é considerado comocusto ou perda do respectivo exercício, paraefeitos de apuramento do lucro tributável dossujeitos passivos do imposto sobre o rendi-mento das pessoas singulares e do impostosobre o rendimento das pessoas colectivas.»Também em sede de IVA se mantém as obri-gações declarativas previstas no art. 28.º doCIVA.Desta forma, enquanto decorrer o processo deliquidação, deverá entregar a declaração mo-delo 22 e a declaração anual e demais obri-gações estabelecidas no CIRC pois determina

o n.º 2 do artigo 160.º do Código das Socie-dades Comerciais (CSC) que a sociedade ape-nas se considera extinta pelo registo do ence-rramento da liquidação.No âmbito fiscal, o encerramento da liqui-dação ao exigir posterior inscrição no registocomercial, tem como efeito a cessação da ac-tividade nas Finanças (30 dias após o registona Conservatória), para efeitos de imposto so-bre o rendimento, nos termos do previsto noartigo 8.º n.º 5 CIRC.Em matéria de IVA há ainda que atender àdoutrina emanada pelo Ofício-circulado n.º 63 918, de 05/06/95, e Ofício-circulado n.º 30 003 de 15/04/99 do SIVA cujas leiturassão aconselháveis. Não existe qualquer derro-gação à liquidação do IVA na gestão da mas-sa falida pelo que deve ser dado reinício pa-ra efeitos do IVA, caso já se tenha procedidoà cessação em sede deste imposto. Ou então,em caso de venda judicial ou administrativa,conciliação ou de contratos de transacção oIVA será liquidado pelos serviços, nos termosdo n.º 4 do art. 27.º do Código do IVA.Com o registo do encerramento da liquidaçãoda sociedade na respectiva Conservatória, ex-tingue-se o sujeito passivo, e como tal tam-bém cessa a prestação de serviços como TOC.Finalmente, os prejuízos de uma sociedadeem liquidação não são dedutíveis em sede deIRS. Havendo partilha aplica-se a disciplinado artigo 75.º do CIRC, o que, tratando-se deuma sociedade em processo de insolvência,não haverá remanescente para partilhar deco-rrente da gestão da massa falida. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

A cessação para efeitos de IVA não deve ser confun-dida com a cessação para efeitos de IRC. A cessaçãode IVA pode ser efectuada a qualquer momento, semnecessidade de haver o registo do pedido de encerra-mento da liquidação na Conservatória de Registo Co-mercial. Basta que o sujeito passivo esteja inactivo enão pratique, ainda que temporariamente, operaçõestributáveis em IVA

64 Consultório Técnico

Mais-valias

A empresa “X” tinha várias actividades entre elaso descasque e transformação de arroz. No finalde 1996 criou a empresa "Y" (início de activida-de em 2/1/1997) cuja actividade principal era odescasque e transformação do arroz, tendo a "X"transferido para a nova empresa todo o seu acti-vo do ramo do arroz, pelo valor líquido contabi-lístico.As datas iniciais destes activos eram ante-riores a 1997.Em 29/12/2005, a empresa “Y” foi incorporadapor fusão na casa-mãe, para onde transferiu to-do os seus activos, pelo valor líquido contabi-lístico. Em 30/12/2005 a casa-mãe vendeu osseus activos a uma nova empresa, na qual par-ticipa em 50 por cento do seu capital e cuja ac-tividade principal continua a ser o descasque etransformação do arroz. Com esta venda a ca-sa-mãe apurou mais-valias contabilísticas.Para efeitos de cálculo das mais-valias fiscais, adata a considerar é a data inicial? Ou seja, a datade quando ainda eram pertença da "X"? Poderá aempresa beneficiar de 50 por cento se a empre-sa reinvestir dentro de dois anos (art. 45.º, n.º 1do CIRC)?

Os elementos fornecidos mostram-se escassospara a análise da situação concreta, pelo quevamos ter de admitir as várias hipóteses que sepodem colocar:a) Se a primeira operação efectuada entre asduas empresas se tratou de uma entrada de ac-tivos tal como se encontra definida no n.º 3 doart. 67.º do Código do IRC e se ambas as ope-rações (entrada de activos e fusão) puderamaproveitar do regime especial aplicável àsfusões, cisões e entradas de activos previsto noart. 68.º do mesmo Código, as empresas bene-ficiárias numa e noutra operação tiveram deinscrever os bens na sua contabilidade com osmesmos valores que tinham na sociedade con-tribuidora e, depois, na sociedade fundida, con-tinuando esses bens a ser amortizados de acor-do com o regime que vinha sendo seguido nes-tas sociedades.Neste caso, tudo se passa como se não tivessemocorrido as operações de entrada de activos ede fusão, diferindo-se a tributação das mais-va-lias para o momento em que os bens do activo

imobilizado venham a ser transmitidos numaoperação realizada fora do âmbito do regime deneutralidade fiscal a que refere o art. 68.º doCódigo do IRC.Estando agora a sociedade beneficiária/incor-porante a alienar os bens do activo imobilizadoque foram incluídos no seu património em re-sultado da fusão, deverá a mais-valia fiscal serapurada como se os bens nunca tivessem sidotransferidos por via da operação de entrada deactivos e de fusão.Logo, no cálculo da mais-valia fiscal e para efei-tos de aplicação do coeficiente de correcçãomonetária, considera-se o ano em que os bensforam adquiridos pela primeira empresa (a em-presa contribuidora na operação de entrada deactivos). O valor de aquisição será o valor peloqual esta empresa os adquiriu. Neste caso, e embora a fusão e a posterior ven-da do imobilizado tenham ocorrido ambas em2005, a empresa alienante dos bens pode be-neficiar do regime previsto no art. 45.º do Có-digo do IRC, se proceder ao reinvestimento nascondições previstas no n.º 1 do mesmo artigo.b) Se apenas a fusão beneficiou do regime deneutralidade fiscal atrás já referido, o ano deaquisição a considerar será o de 1997, ou seja,o ano em que a segunda empresa, a empresabeneficiária da entrada de activos, iniciou a suaactividade.Verificando-se esta hipótese, a sociedade queagora vai alienar os bens poderá, do mesmomodo, aproveitar do regime do reinvestimen-to previsto no n.º 1 do art. 45.º do Código doIRC, se obedecer às demais condições neleimpostas. c) Se nem a entrada de activos nem a fusãobeneficiaram do disposto no art. 68.º do Có-digo do IRC ou se apenas dele beneficiou aentrada de activos, o ano de aquisição a con-siderar para efeitos de aplicação do coeficien-te de desvalorização da moeda no cálculo damais-valia fiscal é o ano em que ocorreu afusão (2005).E porque os bens foram alienados no mesmo anoem que ocorreu a fusão, a empresa incorporantenão pode aproveitar do citado regime de rein-vestimento, uma vez que o n.º 1 do art. 45.º es-

65TOC Outubro 2006 #79

Fusão de empresasDuas empresas fundiram-se em 2003. Dessa fusãoresultou uma reserva de fusão positiva, reserva es-sa que se mantém no balanço da empresa incor-porante e resulta de dois factores: reserva legal daempresa incorporada; revalorização de acções.A empresa incorporada com um capital social ini-cial de 25 mil euros era detida a cem por cento pe-la empresa incorporante.Quando da transição pa-ra o euro, por razões legais, a empresa incorpora-da aumentou o seu capital social para 50 mil eu-ros, através da incorporação de reservas da pró-pria empresa, e de resultados transitados não dis-tribuídos, o que originou uma revalorização dasacções da empresa participante na medida emque viu o número de acções aumentado, bem co-mo o valor do capital social da participada,sem tertransferido fundos para esse efeito.Quais as hipóteses de aplicação da referida reserva?

Segundo a Directriz Contabilística n.º 1 - Trata-mento Contabilístico de Concentrações de Acti-vidades Empresariais, se o justo valor dos activose passivos identificáveis for inferior ao custo deaquisição, a diferença deve ser reconhecida eamortizada numa base sistemática, num períodoque não exceda cinco anos, a menos que vidaútil mais extensa possa ser justificada nas de-monstrações financeiras, não excedendo porém20 anos (valor não aceite fiscalmente, uma vezque não se encontra previsto como tal no De-creto-Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro).Se o justo valor dos activos e passivos identificá-veis for superior ao custo de aquisição, a dife-rença pode ser repartida pelos activos não mo-netários individuais adquiridos, na proporçãodos justos valores destes. Alternativamente, estadiferença pode ser tratada como proveito diferi-

do e imputada a resultados numa base sistemáti-ca, durante um período que não ultrapasse cincoanos, a menos que período mais extenso possaser justificado nas demonstrações financeiras,não excedendo, porém, 20 anos.Note-se que a IFRS 3 consagra diferente trata-mento contabilístico para esta diferença.Pelo exposto na questão, aquando dos lança-mentos contabilísticos resultantes da fusão, pare-ce estar-se na presença de um proveito diferidoque deveria ter sido imputado a resultados numabase sistemática pelo período de cinco anos.A reserva de fusão ocorre quando existe um au-mento de capital por força do cálculo da re-lação de troca (o que não existe no caso emapreço, pois a sociedade incorporada era deti-da a cem por cento pela incorporante), que im-plique um prémio de emissão de acções, o qualfica sujeito ao regime de reserva legal previstono art. 295.º do Código das Sociedades Comer-ciais.Aparentemente, em 2003, ocorreu um erro nacontabilização da fusão, que deve ser agora co-rrigido por contrapartida da conta 59 – Resulta-dos transitados, até à sua total realização (a qual,em principio, deve ser de cino anos). A correcçãoa efectuar em 2006 deve incluir os valores res-peitantes aos exercícios de 2003 a 2006 inclusive,sendo em 2007 regularizada a última parcela(pressupondo o período de cinco anos para a suaamortização). Ainda em 2003, no apuramento desta reserva defusão, presumimos que se tenha verificado aexistência de uma variação patrimonial positiva,tal como previsto no art. 21.º do CIRC. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

tabelece que o prazo mínimo de detenção dosactivos objecto de alienação é de um ano.Por último, chama-se a atenção para o facto de,nos termos do n.º 4 do art. 58.º do CIRC, existi-rem relações especiais entre a empresa que ago-ra alienou os bens e a empresa que os adquiriu,

uma vez que a primeira detém 50 por cento docapital da segunda, o que obriga a empresa alie-nante a dar cumprimento ao estabelecido no ci-tado art. 58.º - Preços de transferência. ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)

66 Consultório Técnico

Imposto do selo

Atente-se na seguinte situação:“R” adquiriu a “A”um estabelecimento comercial em 2 de Abril docorrente ano,através de contrato de trespasse porcem mil euros.Todo o processo foi mediado porum advogado. Entretanto, “R” recebeu uma notade débito de “A” no valor de cinco mil euros refe-rente a imposto do selo.A obrigação de liquidar o imposto é de “R” ou de“A”? A obrigação de entregar a factura existe ape-sar do negócio ter sido feito através de contrato?

De acordo com o art. 1.º do CIS são tributadasnos termos definidos na Tabela Geral do Impos-to do Selo, os trespasses de estabelecimento co-mercial, industrial ou agrícola, (verba 27.1 da Ta-bela Geral do Imposto do Selo) estando sujeitos,sobre o seu valor, a uma taxa de cinco por cen-to de imposto do selo.Relativamente ao encargo do imposto este per-tencerá ao adquirente (alínea a), n.º 3 art. 3.ºCIS), no caso da transmissão se fazer a título one-roso ou, sendo a transmissão gratuita àquele pa-ra quem seja transmitido. Assim, se o vendedorliquidou imposto do selo encontra-se correcto odébito desse valor ao adquirente.No que concerne ao IVA, e de acordo com a re-gra geral, as transmissões estão sujeitas a tribu-tação neste imposto. Contudo, o legislador nãoquis onerar estas operações de cessão de estabe-lecimento comercial ou de património de um su-jeito passivo a outro sujeito passivo, que tradu-zem operações que envolvem a transformaçãoou constituição de novas sociedades.Assim, por força do disposto no art. 3.º n.º 4 doCIVA, não são consideradas transmissões ascessões a título oneroso ou gratuito de um esta-belecimento comercial, da totalidade de um pa-trimónio ou de parte dele, desde que este sejasusceptível de constituir um ramo de actividadeindependente, e quando o adquirente seja, ouvenha a ser, pelo facto da aquisição, um sujeitopassivo de IVA.Portanto, esta disposição afasta de tributação emIVA as cessões de um património, mas apenas nocaso em que este constitua uma "universalidade",ou seja uma certa unidade funcional de modo aproporcionar um ramo de actividade autónomoe independente, e que o adquirente seja, ou ven-

ha a ser, pelo acto de aquisição, um sujeito pas-sivo de imposto.A transferência do direito ao trespasse e arrenda-mento, consubstanciando-se numa cessão de umbem incorpóreo é considerada, para efeitos doCódigo do IVA, como prestação de serviços, deharmonia com o conceito definido no n.º 1 doart. 4.º do CIVA. Nos termos do n.º 5 do mesmoartigo às transferências desta natureza será apli-cável o regime de exclusão de sujeição a IVA pre-visto no n.º 4 do art. 3.º, desde que observadosos condicionalismos aí previstos. Sendo assim, desde que haja continuidade de ac-tividade de natureza comercial ou outra de índo-le similar àquela que era exercida pelo anteriortitular do estabelecimento, ou seja, desde que onovo proprietário continue sujeito passivo do im-posto; e desde que haja cessão a título onerosoou gratuito de estabelecimento comercial ou in-dustrial ou da totalidade de um património ou deuma parte dele, esta transmissão para efeitos deIVA não é uma operação tributável.Nas transacções comerciais entre sujeitos passi-vos existe a obrigatoriedade de emissão de fac-tura.Estabelece a alínea b) do n.º 1 do art. 28.º do CIVA, a obrigatoriedade de os sujeitos passivosemitirem factura ou documento equivalente porcada transmissão de bens ou prestação de ser-viços, tal como está definido nos artigos 3.º e 4.ºdo Código, bem como pelos pagamentos quelhes sejam efectuados antes da data da trans-missão de bens ou da prestação de serviços.Por sua vez, o artigo 35.º n.º 5 (conjugado com oDecreto-Lei. n.º 147/2003, de 11 de Julho) esta-belece quais os requisitos a que devem obedeceras facturas ou documentos equivalentes para se-rem considerados como processados de formalegal a fim de poderem conferir o direito à de-dução do imposto neles contido (n.º 2 do art. 19.ºdo CIVA). ★

(Resposta redigida em Setembro de 2006)