cadernos do bcv - viajantes operações cambiais e sobre o ouro

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  • 7/24/2019 Cadernos Do BCV - Viajantes Operaes Cambiais e Sobre o Ouro

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    OPERAES CAMBIAIS E OPERAES SOBRE O OURO

    INFORMAO AOS VIAJANTES

    CADERNOS BCV SRIE CONSUMIDO

    Banco de Cabo Verde

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    Banco de Cabo Verde

    OPERAES CAMBIAIS E OPERAES SOBRE O OURO

    INFORMAO AOS VIAJANTES

    Cidade da Praia2012

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    Ficha Tcnica

    Ttulo: Operaes cambiais e operaes sobre o ouro: Informao aos viajantes

    Autor: Banco de Cabo Verde

    Editor: Banco de Cabo VerdeAv. Amlcar Cabral, n 27C.P. 101 - Praia - Cabo Verde

    Tel: (+238) 260 70 00 - Fax: (+238) 261 44 47Coleco: Cadernos do Banco de Cabo Verde

    Srie: Consumidores

    Paginao eilustrao: Banco de Cabo Verde

    Impresso: Tipografia Santos, Lda

    Tiragem: 2000 exemplares

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    OPERAES CAMBIAIS E OPERAES SOBRE O OURO

    INFORMAO AOS VIAJANTES

    Decreto-Lei n 25/98, de 29 de Junh

    Aviso n 15/99, de 16 de Agost

    Aviso n 1/2007, de 10 de Setembr

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    O QUE SO OPERAES CAMBIAIS?

    So operaes cambiais, para o presente efeito, a compra e venda de moeda estrangeira a importao, a exportao e reexportao de:

    i) Notas e moedas caboverdianas em circulao;

    ii) Notas e moedas estrangeiras, com curso legal nos respectivos pases de emisso,

    outros meios de pagamento;iii) Aces, obrigaes e outros ttulos de natureza anloga e respectivos cupes emitido

    por entidades pblicas ou privadas, quer nacionais ou estrangeiras;

    iv) Notas e moedas caboverdianas fora de circulao, enquanto no estiver extinta responsabilidade do Banco de Cabo Verde pelo seu pagamento.

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    Informao aos Viajantes, Perguntas & Respostas

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    Quem pode comprar, importar, exportar ou reexportar moedas

    estrangeiras?

    livre a aquisio por residentes, at ao

    limite de 1 000 000$00, de notas e moedascom curso legal em pas estrangeiro, bemcomo de outros meios de pagamentosobre o exterior, destinados a fazer faces despesas de viagem ou turismo noestrangeiro.

    Onde se deve adquirir as notas e

    moedas com curso legal em pas

    estrangeiro para sua viagem?

    A aquisio ou compra deve ser feitajunto de entidades autorizadas a exercer ocomrcio de cmbios (ex: bancos, casas decmbio ou outras entidades autorizadas

    pelo Banco de Cabo Verde a exercer ocomrcio de cmbio).

    E se pretender adquirir e viajar com valor superior ao limite de

    1 000 000$00?

    A venda ou exportao de notas e moedas metlicas e outros meios de pagamento sobre exterior fora do limite e das condies estabelecidos est sujeita apresentao de justificativoe consequente autorizao especial e prvia do Banco de Cabo Verde.

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    Operaes Cambia

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    E se pretender viajar com notas e moedas metlicas nacionais (ECV -

    escudo caboverdiano)?

    livre a sada ou exportao de notas e moedas metlicas nacionais, at ao limite de 2

    000$00, por pessoa e por viagem.

    Pretende viajar ou exportar notas e moedas metlicas nacionais de valor

    global superior ao limite de 20 000$00?

    Neste caso, precisa de uma autorizao especial e prvia do Banco de Cabo Verdemediante apresentao de justificativos.

    Os no residentes, com quanto podem sair do pas?

    Aos no residentes livre a sada do Pas com valor equivalente at 1 000 000$00, em notae moedas estrangeiras, ou outros meios de pagamento sobre o exterior, alm de cartes dcrdito ou outros cartes de pagamento, cheques bancrios ou cheques de viagem emitidono estrangeiro.

    E caso o no residente pretenda adquirir e viajar com valor superior ao

    limite de 1 000 000$00?

    O no residente que pretenda sair do Pas com valor superior ao equivalente a 1 00000$00, deve, quando solicitado pelas autoridades da polcia de fronteira, fazer prova de quentrou no pas com importncia igual ou superior quele valor;

    Ou, ento, deve provar que o adquiriu junto de entidades autorizadas a exercer o comrci

    de cmbios (ex: bancos, casas de cmbio ou outras entidades autorizadas pelo Banco de CabVerde a exercer o comrcio de cmbio).

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    Informao aos Viajantes, Perguntas & Respostas

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    Como e por que meios faz a prova?

    A prova a que se refere o ponto anterior feita mediantea apresentao de:

    i) Declarao preenchida ao entrar no pas, devidamente autenticada pelos servio

    aduaneiros;

    ii) Talo de depsito efectuado numa conta em moeda nacional ou estrangeira abertjunto de uma instituio de crdito (ex. bancos).

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    O QUE SO OPERAES SOBRE O OURO?

    So operaes sobre o ouro, para o presente efeito, aquelas que tenham por objecto ouramoedado, em barra ou em qualquer outra forma no trabalhada.

    Como proceder para sair do ou entrar no territrio nacional com ouro?

    livre a realizao de operaes de importao, exportao ou reexportao de ouramoedado, em barra ou noutras formas no trabalhadas, cujo valor global no atinja os 50000$00.

    Os residentes ou no residentes que, sada ou entrada no territrio nacional, transportemconsigo ouro amoedado, em barra ou noutras formas no trabalhadas, cujo valor globaultrapasse o equivalente a 500 000$00, devem declarar esse facto s autoridades aduaneiras

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    Informao aos Viajantes, Perguntas & Respostas

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    O que mais precisa saber sobre operaes cambiais, para sua viagem?

    Que a aquisio de notas e moedas estrangeiras que pretende levar ou exportar devser feita junto de entidades autorizadas a exercer o comrcio de cmbios (bancos, casas d

    cmbio ou outras entidades autorizadas pelo Banco de Cabo Verde a exercer o comrcio dcmbios).

    Que essa aquisio, embora livre, est, porm, limitada ao valor equivalente a 1 000 000$00

    Que, se pretender viajar com notas e moedas estrangeiras de valor superior ao equivalenta 1 000 000$00, precisa de obter junto do Banco de Cabo Verde uma autorizao especial prvia, mediante apresentao de justificativos.

    Que, se tiver consigo, entrada no pas, notas e moedas estrangeiras ou outros meios d

    pagamento sobre o exterior, de valor superior ao equivalente a 1 000 000$00 deve declarlo aos servios aduaneiros e proceder, desde logo, ao seu depsito numa conta em moednacional aberta, para o efeito, numa instituio de crdito (bancos).

    O que acontece se adquirir as notas e moedas estrangeiras para sua

    viagem fora das entidades autorizadas a exercer o comrcio de cmbio?

    Comete infraco punida a ttulo de contra-ordenao cambial, com:

    i) Coima de valor proporcional ao montante apreendido, que pode variar entre ummnimo de 10% e um mximo de 100% sobre o valor apreendido; e

    ii) Sanes acessrias, nomeadamente, de perda de bens apreendidos a favor dBanco de Cabo Verde.

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    Decreto-Lei n 25/98, de 29 de Junho

    Aviso n 15/99, de 16 de Agosto

    Aviso n 1/2007, de 10 de Setembro

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    Cabo Verde iniciou, em 1991, um amplo programade reformas econmicas, com vista insero dinmica

    de Cabo Verde no sistema econmico mundial.A construo de uma economia de mercado, de base

    privada; figura entre alguns dos elementos fundamen-tais dessa mesma reforma.

    Para a construo dessa economia, a defesa inequv-oca do direito propriedade privada e iniciativaempresarial, a desestatizao da economia, pela via daprivatizao das empresas pblicas - at ento, domi-nantes -, a liberdade de trocas internacionais, designa-damente pela via da descontingentao e liberalizaodas importaes e do comrcio foram consideradoselementos essenciais.

    As medidas necessrias para garantir uma efectivademocracia econmica, constam, assim, como el-ementos fundamentais das reformas econmicas.

    Essas reformas baseiam-se no princpio segundo oqual a liberdade de circulao de pessoas, mercadorias,capitais e tecnologia condio essencial de promoodo desenvolvimento e bem estar da humanidade, em

    geral, e dos povos dos diferentes pases, em particular.Medidas importantes recentemente tomadas preten-dem criar as melhores condies para a garantia doprincpio da liberdade de circulao de pessoas, demercadorias, capitais e tecnologia. De entre as mes-mas, convm referir a aceitao na ordem jurdicainterna, sem quaisquer reservas, dos Estatutos doFundo Monetrio Internacional e, em especial, o re-cente Acordo de Cooperao Cambial, assinado entrea Repblica Portuguesa e a Repblica de Cabo Verde.Estas duas medidas tm como propsito garantir asmelhores condies para a convertibilidade externado Escudo de Cabo Verde.

    Esperam-se, da convertibilidade externa da moedacabo-verdiana, resultados significativos, a curto, amdio e a longo prazo, resultados que beneficiaro oscidados, residentes e da dispora, e as empresas e ocomrcio internacional.

    Alis, entende o Governo que a convertibilidade

    plena da moeda cabo-verdiana um elemento impotante, praticamente indispensvel, para a operaciona

    lizao do conceito funcional de Cabo Verde - umeconomia de circulao no Atlntico Mdio -, e, assim, para a execuo da estratgia de desenvolvimentdo pas.

    Importa, assim, adoptar uma nova lei cambial, consentnea com o principio da liberdade de transaceentre residentes e no residentes e adequada ao actucontexto econmico do pais. So estas as principamotivaes que determinam a aprovao desta lei.

    Deve-se realar que, com este diploma:

    - As operaes de invisveis correntes ficam totamente liberalizadas, exceptuando as operaeligadas a viagens.

    - Cria-se a oportunidade de qualquer cidado resdente abrir contas em moeda estrangeira.

    - As operaes de capital feitas atravs da Bolsa dValores ou de correctores devidamente autorizados tambm ficam completamente liberalizada

    - Introduz-se o princpio de que as infraces legislao cambial tm a natureza de contraordenae

    na esteira, alis, da no criminalizao de tais infraces desde 1984 e por fora do Decreto-Legislativo n 9/95, de 27 de Outubro.

    Nestes termos,

    No uso da faculdade, conferida pela alnea a) do n2 do artigo 216 da Constituio, o Governo decreto seguinte:

    CAPTULO I

    Das operaes cambiais

    SECO IDisposies gerais

    Artigo 1

    (mbito de aplicao)

    1. A realizao de operaes cambiais, o exerccio dcomrcio de cmbios e a realizao de operaes sobrouro, no territrio nacional, ficam sujeitos ao disposto no presente decreto-lei e nos respectivos diploma

    Decreto-Lei n 25/98de 29 de Junho

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    regulamentares, bem como nos avisos e instruestcnicas do Banco de Cabo Verde.

    2. Fica igualmente sujeita ao regime definido nonmero anterior a realizao, no estrangeiro, por resi-dentes, de operaes cambiais, quando tais operaes

    sejam relativas a bens situados em territrio nacionalou a direitos sobre esses bens ou respeitem a activi-dade exercida no territrio nacional.

    3. Esto tambm sujeitas s disposies a que se refereo n 1 a importao, exportao e reexportao de:

    a) Ouro amoedado, em barra ou noutras formasno trabalhadas;

    b) Notas ou moedas caboverdianas, em circulao,ou estrangeiras, com curso legal nos respectivospases de emisso, e outros meios de pagamen-tos;

    c) Aces, obrigaes e outros ttulos de naturezaanloga e respectivos cupes, emitidos por enti-dades pblicas ou privadas, quer nacionais querestrangeiras.

    4. Esto ainda sujeitas s disposies referidas no n1 a importao, exportao ou reexportao de notasou moedas caboverdianas fora de circulao, enquan-to no estiver extinta a responsabilidade do Banco de

    Cabo Verde pelo seu pagamento.Artigo 2

    Tesouro Pblico

    A realizao de operaes cambiais pelo Tesouro P-blico ser regulada pela respectiva legislao especial.

    Artigo 3

    Banco de Cabo Verde

    A realizao de operaes cambiais e o exerccio docomrcio de cmbios pelo Banco de Cabo Verde, bem

    como a realizao de operaes sobre o ouro pelomesmo Banco, regem-se pelo estatudo na respectivaLei Orgnica e pelas disposies do presente diplomaque expressamente lhes respeitem.

    Artigo 4

    Instituies financeiras internacionais

    A realizao de operaes cambiais e o exerccio do co-mrcio de cmbios, bem como a realizao de operaes

    sobre o ouro pelas instituies financeiras internacionaificam excludos do mbito do presente decreto-lei, continuando a ser regulados pela legiso especial.

    Artigo 5

    Operaes cambiais

    1. So consideradas operaes cambiais:

    a) A compra e venda de moeda estrangeira;

    b) A liquidao de quaisquer operaes de pagamentos de mercadorias, de invisveis correnteou de capitais em que intervenham no residentes;

    2. So ainda consideradas operaes cambiais:

    a) A abertura e movimentao de contas estrangeras;

    b) A abertura e movimentao de contas nacionaexpressas em unidades de conta utilizadas empagamentos ou compensaes internacionaibem como em moeda corrente com curso legem pas estrangeiro;

    c) A abertura e movimentao, no estrangeiro, dcontas de residentes;

    d) As operaes entre residentes expressas e liquidveis em unidades de conta utilizadas empagamentos ou compensaes internacionaibem como em moeda corrente com curso legem pas estrangeiro.

    3. Consideram-se moeda estrangeira:

    a) As notas ou moedas metlicas com curso legem pas estrangeiro;

    b) Os crditos lquidos e exigveis derivados de contas abertas em instituies autorizadas a recebeos depsitos;

    c) Os ttulos de crdito que sirvam para efectua

    pagamentos, expressos daquelas moedas ou emunidades de conta utilizadas nos pagamentos compensaes internacionais.

    4. Consideram-se, para efeitos deste diploma:

    a) Estrangeiras, as contas abertas em territrio nacional, nos livros das instituies autorizadaem nome de no residentes, expressas em ecudos ou em unidades de conta utilizadas no

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    pagamentos ou compensaes internacionais,bem como, em moeda com curso legal em pasestrangeiro;

    b) Nacionais as contas abertas em territrio nacio-nal, nos livros das instituies autorizadas, em

    nome de residentes, expressas em escudos ou emunidades de conta utilizadas nos pagamentos oucompensaes internacionais, bem como emmoeda com curso legal em pas estrangeiro.

    5. Ficam sujeitas ao regime das contas nacionais, ascontas abertas simultneamente em nome de resi-dentes e no residentes, salvo autorizao especialdo Banco de Cabo Verde, que, nesse caso, definir ascondies da respectiva movimentao, bem como ascontas abertas em nome de emigrante.

    Artigo 6Exerccio do comercio de cmbios

    Entende-se por exerccio do comrcio de cmbios arealizao habitual e com intuito lucrativo, por contaprpria ou alheia, de operaes cambiais.

    Artigo 7

    Operaes sobre o ouro

    Para efeitos do presente diploma, entendem-se poroperaes sobre o ouro aquelas que tenham por objecto

    ouro amoedado, em barra ou em qualquer outra formano trabalhada.

    Artigo 8

    Residentes e no residentes

    1. Para efeitos de aplicao da legislao cambial soconsiderados residentes em territrio nacional:

    a) Os cidados nacionais com residncia habitualem Cabo Verde; .

    b) Os cidados nacionais com residncia habitual

    no estrangeiro, relativamente actividade de-senvolvida em territrio nacional de modo noocasional;

    c) Os estrangeiros que residam legal e habitual-mente em Cabo Verde, relativamente activi-dade desenvolvida em territrio nacional;

    d) As pessoas colectivas de direito privado comsede em Cabo Verde;

    e) As pessoas colectivas de direito pblico caboverdianas, assim como os fundos pblicos dotadode autonomia administrativa e financeira;

    f) As sucursais, agncias ou quaisquer outras formas de representao estvel, em territrio na

    cional, de pessoas colectivas ou de outras entdades no residentes, legalmente constitudas.

    2. So havidas como no residentes, para efeitocambiais:

    a) Os cidados nacionais com residncia habituem Cabo Verde, relativamente actividade desenvolvida em territrio estrangeiro de modno ocasional;

    b) Os cidados nacionais com residncia habituno estrangeiro, sem prejuzo do disposto n

    alnea b) do nmero anterior e do n. 5 do artigo 5 ;

    c) Outras pessoas singulares que se encontrem emsituaes no abrangidas no nmero anterior.

    3. Podem, ainda, ser havidas como no residentemediante autorizao do Banco de Cabo Verde:

    a) As pessoas colectivas de direito privado comsede em Cabo Verde mas que desenvolvam sua principal actividade no estrangeiro, relatvamente actividade desenvolvida fora do territrio nacional;

    b) As sucursais, agncias ou quaisquer outras formas de representao estvel; em territrio estrangeiro, de pessoas colectivas ou de outras entidades residentes, legalmente constitudas.

    3. A residncia presume-se habitual decorrido quseja um ano sobre o seu incio, sem prejuzo da possbilidade de prova dessa habituabilidade para perodoinferiores.

    4. Em caso de sucesso de estatuto, os bens e dreitos adquiridos nas qualidades de residente ou nresidente mantm o estatuto sombra do qual foramadquiridos.

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    SECO II

    Do mercado cambial

    Artigo 9

    Superintendncia

    da competncia do membro do Governo respon-svel pelas finanas a superintendncia do conjuntode actividades sujeitas disciplina deste diploma, de-vendo o Banco de Cabo Verde informar, previamente,quela entidade das medidas por ele tomadas no m-bito da sua competncia regulamentar.

    Artigo l0

    Atribuies do Banco de Cabo Verde

    1. De acordo com as linhas orientadoras da polticamonetria, financeira e cambial definida pelo Gov-

    erno, cabe ao Banco de Cabo Verde, como autoridadecambial da Repblica de Cabo Verde:

    a) Regular o funcionamento do mercado cambial,nos termos estabelecidos por lei;

    b) Efectuar superviso das entidades autorizadas aexercer o comrcio de cmbios;

    c) Fiscalizar a realizao de operaes cambiais.

    2. O Banco de Cabo Verde exercer as suas atri-buies de regulamentao atravs de avisos ou deinstrues tcnicas.

    3. Os avisos tornam-se executrios mediante publi-cao na 1 srie do Boletim Oficial.

    4. As instrues tcnicas mencionadas no n. 2sero transmitidas directamente s entidades autor-izadas a exercer o comrcio de cmbios, tornando-seexecutrias a partir da data fixada nessas instruesou no dia seguinte ao da respectiva recepo, na faltadaquela data.

    Artigo 11

    Entidades autorizadas1. S esto autorizadas a exercer o comrcio de cm-

    bios no territrio nacional as instituies de crditoe as instituies parabancrias para tanto expressa-mente habilitadas pelas normas legais e regulamenta-res que regem a respectiva actividade.

    2. O exerccio do comrcio de cmbios pelas entidadesautorizadas limitar-se- s operaes expressamente pre-

    vistas nas normas legais e regulamentares que regem respectiva actividade.

    3. O Banco de Cabo Verde poder ainda conceder outras entidades no abrangidas no n. 1, que preencham os requisitos definidos em aviso do mesmo Ban

    co, autorizao para exercer o comrcio de cmbiolimitado, todavia, realizao de operaes de compre venda de moeda estrangeira e de cheques de viagem

    Artigo 12

    Dever de informao

    As entidades autorizadas a exercer o comrcio dcmbios e as entidades abrangidas pelo artigo 2devem enviar ao Banco de Cabo Verde, em confomidade com as instrues tcnicas que por este lheforem transmitidas e nos prazos por ele fixados, os e

    ementos de informao, estatstica ou outra, que lheforem solicitados.

    Artigo 13

    Postos de cmbios

    1. As instituies referidas no n1 do artigo 11 podemabrir postos de cmbios em locais onde tal abertura smostre conveniente, designadamente nos seguintes:

    a) Aeroportos civis;

    b) Nas reas dos portos martimos;

    c) Nas instalaes de empresas concessionrias djogos de fortuna ou azar;

    d) Em hotis ou em instalaes de servios ou empresas de carcter turstico;

    e) Nas instalaes das agncias de viagens e turismo.

    2. As mesmas instituies podem abrir, por perododeterminados de tempo, postos de cmbios nos locade feiras internacionais ou noutros que circunstncia

    sazonais ou temporrias recomendarem.3. Os postos de cmbios s podem efectuar as opera

    es cambiais seguintes:

    a) Compra e venda de notas estrangeiras;

    b) Compra e venda de cheques de viagens ou ttulos anlogos.

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    Artigo 14

    Compra de notas estrangeiras por conta de institu-ies de crdito

    As agncias de viagens e turismo e os estabelecimen-tos hoteleiros podem efectuar a compra de notas es-

    trangeiras e de cheques de viagens ou ttulos anlogos,mas sempre por conta de uma instituio de crditoabrangida pelo n1 do artigo 11.

    Artigo 15

    Registo de postos de cmbios

    1. As instituies referidas no artigo 13 que pre-tendam abrir nos termos do mesmo artigo, postos decmbio, quer permanentes quer temporrios, devero,para efeitos de registo, proceder notificao prvia

    do Banco de Cabo Verde.2. Tambm as entidades previstas no artigo 14 quepretendam efectuar as operaes admitidas no mesmoartigo devero, para efeitos de registo, proceder noti-ficao prvia do Banco de Cabo Verde.

    3. A notificao a que se refere o nmero anterior seracompanhada de cpia do contrato firmado com a insti-tuio de crdito por conta da qual viro a ser efectuadasaquelas operaes.

    SECO III

    Da realizao de operaes cambiaisArtigo 16

    Princpio geral

    Salvo nos casos previstos nos artigos seguintes, asoperaes cambiais s podem ser realizadas por inter-mdio de uma entidade autorizada a exercer o comr-cio de cmbios.

    Artigo 17

    Intermediao obrigatria

    1. As transferncias de e para o estrangeiro em liq-uidao de operaes de mercadorias, de invisveiscorrentes ou de capitais so obrigatoriamente efectua-das por intermdio de uma entidade autorizada a ex-ercer o comrcio de cmbios, para o efeito habilitadasou, dentro dos limites fixados, atravs da administra-o postal.

    2. As entidades referidas no nmero anterior no

    devem proceder liquidao de operaes de mercadorias, de invisveis correntes ou de capitais sem que smostrem cumpridos os requisitos legais ou regulamentares de que dependa a realizao dessas operaes.

    3. A liquidao das operaes de mercadorias, inv

    sveis correntes e de capitais ser realizada de acordcom a lei.

    Artigo 18

    Pagamento a residentes

    1. permitido aos residentes receber, directamende no residentes, cheques em escudos, sacados sobre contas estrangeiras, bem como cheques expressoem moedas cotadas oficialmente pelo Banco de CabVerde, destinados liquidao de operaes de mercadoria, de invisveis correntes ou de capitais,

    2. ainda permitido aos residentes receber, em CabVerde, directamente de no residentes, cheques dviagens e notas ou moedas estrangeiras destinados apagamento de despesas relativas permanncia dono residentes no territrio nacional.

    3. Para alm dos casos previstos no nmero anterioe mediante autorizao do Banco de Cabo Verde podem as instituies de crdito receber notas ou moedas estrangeiras para liquidao de operaes de mecadorias, de invisveis correntes ou de capitais.

    Artigo 19

    Vales postais internacionais

    permitida a emisso e pagamento de vales posais, internacionais nos termos e condies fixados eminstrues tcnicas que o Banco de Cabo Verde tranmitir aos servios competentes, tendo em ateno oacordos celebrados e as prticas internacionais.

    Artigo 20

    Emisses de cheques

    As entidades autorizadas a exercer o comrcio dcmbios podem emitir ou vender cheques ao portadoou com endosso em branco, expressos em escudos oem unidades de conta utilizadas nos pagamentos ocompensaes internacionais, bem como em moedcom curso legal em pas estrangeiro, mediante autoizao do Banco de Cabo Verde.

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    Artigo 21

    Compensao

    Depende de autorizao prvia e especial do Bancode Cabo Verde a regularizao total ou parcial dastransaces de mercadorias, de invisveis correntes ou

    de capitais por compensao com crditos ou dbitosdecorrentes de transaces de idntica ou diferente na-tureza.

    Artigo 22

    Contas estrangeiras e contas nacionais em moedaestrangeira

    O Banco de Cabo Verde definir, por aviso, os termose as condies em que podero ser abertas e movimen-tadas contas estrangeiras e contas nacionais expressas

    em unidades de conta utilizadas em pagamentos oucompensaes internacionais, bem como em moedacom curso legal em pas estrangeiro.

    Artigo 23

    Obrigao de repatriamento e de cesso de moedaestrangeira

    1. Sem prejuzo do disposto no artigo 24, os residen-tes que, em qualquer circunstncia, venham a receberem pas estrangeiro, directamente de no residentesou de outros residentes, moeda estrangeira, ficam ob-rigados a repatriar a totalidade dos valores recebidos,dentro do prazo de cento e oitenta dias a contar darecepo dos mesmos.

    2. Os residentes que, em qualquer circunstncia, ven-ham a receber moeda estrangeira, directamente de noresidentes ou de outros residentes, no pas ou em pasestrangeiro, ficam obrigados a depositar os montantesrecebidos numa conta nacional expressa em moedacorrente com curso legal em pas estrangeiro aberta emseu nome junto de uma entidade autorizada a exercer ocomrcio de cmbios ou a proceder sua venda juntoda mesma entidade, nos prazos e condies que vierema ser fixados em aviso do Banco de Cabo Verde.

    Artigo 24

    Disponibilidades no estrangeiro

    1. Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, osresidentes no podem, salvo autorizao do Banco de

    Cabo Verde, constituir depsitos, abrir ou movimentacontas ou deter no estrangeiro disponibilidades em ecudos ou outras unidades de conta utilizadas nos pagamentos ou compensaes internacionais.

    2. Os residentes podero constituir depsitos, abr

    ou movimentar contas ou deter no estrangeiro diponibilidades em moeda estrangeira desde que almentadas por rendimentos comprovadamente gerados no estrangeiro, devendo dar ao Banco de CabVerde conhecimento do facto.

    3. O Banco de Cabo Verde definir, por aviso, os temos e as condies em que as entidades autorizadaa exercer o comrcio de cmbio podero constitudepsitos, abrir ou movimentar contas ou deter nestrangeiro disponibilidades em escudos ou noutra

    unidades de contas utilizadas em pagamentos ocompensaes internacionais, bem como em moedcom curso legal em pas estrangeiro.

    Artigo 25

    Medidas de salvaguarda

    1. Em circunstncias excepcionais, e de acordo comas normas internacionais vinculativas do Estado dCabo Verde, podem ser impostas restries temporrias s operaes de compra e venda de moedestrangeira efectuadas por residentes, bem como operaes a que se referem os artigos 18 a 23.

    2. Compete ao Governo determinar, por decreto regulamentar, ouvido o Banco, o mbito, as condies a durao das restries referidas no nmero anterio

    3. Para efeitos do nmero anterior, sempre que circunstncias especiais o justificarem, dever o Bancpropor ao Governo as medidas a serem tomadas.

    SECO IV

    Da importao e exportao de moeda estrangeira

    de aces, obrigaes e outros meios de pagamentoArtigo 26

    Importao, exportao ou reexportao de moedestrangeira por viajantes

    1. Sem prejuzo das restries que, no prossegumento da poltica cambial forem estabelecidas emaviso do Banco de Cabo Verde, so livres a importao, a exportao e a reexportao de notas e moeda

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    com curso legal no territrio nacional ou em pas es-trangeiro, bem como de outros meios de pagamentossobre o exterior quando transportados por viajantes ese destinem ao pagamento de despesas de viagem outurismo.

    2. Os viajantes que, entrada do pas, transportemconsigo um montante em notas e moedas estrangeirassuperior ao fixado pelo Banco de Cabo Verde, devemdeclarar esse valor s autoridades de polcia de fron-teira e, acto contnuo, efectuar depsito do remanes-cente numa conta em moeda nacional ou estrangeira,aberta para o efeito e em seu nome, junto de umainstituio de crdito, nos termos e nas condies adefinir por aviso do Banco de Cabo Verde.

    3. A conta em moeda nacional ou estrangeira aberta

    nos termos do nmero anterior, ser livremente movi-mentada.

    Artigo 27

    Importao, exportao ou reexportao de outrosmeios de pagamento

    So livres, at os1imites e nos termos a definir poraviso do Banco de Cabo Verde, a importao, exporta-o ou reexportao de notas e moedas nacionais ouestrangeiras e de outros meios de pagamento expres-sos em escudos ou outras unidades de conta utilizadas

    em pagamentos ou compensaes internacionais e emmoeda com curso legal em pas estrangeiro, desde queefectuadas por entidades autorizadas a exercer o co-mrcio de cmbios e especialmente habilitadas pararealizar aquelas operaes.

    Artigo 28

    Importao e exportao ou reexportao de ttulos

    1. So livres a importao e exportao ou reex-portao de aces e obrigaes, outros ttulos de na-

    tureza anloga e partes ou unidades de participaode Fundos de Investimentos, desde que respeitem aoperaes de capitais realizados de harmonia com alegislao aplicvel.

    2. Com excepo de cheques, so igualmente livres aimportao e exportao ou reexportao de ttulos decrdito, que sirvam para efectuar pagamentos, expres-sos em escudos ou em unidades de conta utilizadas empagamentos ou compensaes internacionais ou em

    moeda com curso legal em pas estrangeiro, destinada liquidao de operaes de mercadorias, de invisvecorrentes ou de capitais, realizadas de acordo com a legislao em vigor.

    3. livre a importao dos cheques a que alude o ar

    tigo 18, quando destinados liquidao de operaede mercadoria, de invisveis correntes ou de capitais.

    4. livre a exportao de cheques destinados liquidao de operaes de mercadorias, de invisvecorrentes ou de capitais nos seguintes termos:

    a) Quando sacados sobre as contas de que sejamtitulares as entidades autorizadas a exercer comrcio de cmbios referidas no n1 do artig17;

    b) Quando emitidos nos termos do artigo 20.

    Artigo 29

    Outros casos de importao ou reexportao

    Fora dos casos previstos nos artigos 26 a 28, as operaes de importao e exportao ou reexportaoque os mesmos se referem s so permitidas medianautorizao especial e prvia do Banco de Cabo Verd

    Artigo 30

    Remisso

    As operaes a que se refere a presente Seco po

    dem ser objecto de restries temporrias, nos termodo artigo 25

    Artigo 31

    Controlo

    1. Os servios alfandegrios no devem efectuar despacho de encomendas ou de quaisquer espcies dremessas quando haja meno de conterem ttulonotas ou moedas, nacionais ou estrangeiras, sem quo remetente faa prova de que esto cumpridos os req

    uisitos legais previstos nos artigos 27 a 29.2. Os servios de correios no devem fazer o regist

    de encomendas, caixas ou correspondncias, nem sua entrega ao destinatrio, quando estas contenhamttulos ou moedas, nacionais ou estrangeiras, sem quno primeiro caso, os remetentes e, no segundo, os detinatrios faam prova de que esto cumpridos os requisitos legais previstos nos artigos 27 a 29.

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    SECO V

    Das operaes sobre o ouro

    Artigo 32

    Operaes sobre o ouro

    1. livre a importao, exportao ou reexporta-o de ouro amoedado, em barra ou noutras formano trabalhadas, sem prejuzo da observncia de dis-posies de natureza no cambial aplicveis.

    2. Os residentes ou no residentes que sada ouentrada no territrio nacional, transportem consigoouro amoedado, em barra ou noutras formas no tra-balhadas, cujo valor global atinja ou ultrapasse o valorfixado pelo Banco de Cabo Verde, em aviso, devem de-clarar esse facto s autoridades aduaneiras.

    3. livre a realizao, no territrio nacional, de oper-aes sobre o ouro, incluindo a abertura e a movimen-tao, por residentes ou por no residentes, de contasde depsito em ouro junto das entidades residenteshabilitadas para o efeito, sem prejuzo da observnciade disposies de natureza no cambial aplicveis.

    SECO VI

    Das transaces e respectiva liquidao

    Artigo 33

    Remisso

    Lei especial regular:

    a) As transaces que constituam operaes de in-visveis correntes e de capitais;

    b) A liquidao das operaes referidas na alneaanterior, bem como das operaes de mercador-ias.

    CAPTULO II

    Das contra-ordenaes

    SECO IDisposies gerais

    Artigo 34

    Legislao subsidiria

    s contra-ordenaes previstas no presente diploma, subsidiariamente, aplicvel o regime geral das con-tra-ordenaes.

    Artigo 35

    Responsabilidade pelas contra-ordenaes e pelopagamento das coimas

    1. As coimas previstas no presente diploma podemser aplicadas tanto s pessoas singulares como s pes

    soas colectivas, ainda que irregularmente constitudabem como s organizaes ou entidades sem personalidade jurdica.

    2. O patrimnio que, por qualquer forma ou a quaquer ttulo, esteja disposio das pessoas colectivaainda que irregularmente constitudas e das organizaes ou entidades sem personalidade jurdica, responde pelo pagamento das coimas, quando as contraordenaes previstas no presente diploma sejam cometida pelos titulares dos respectivos orgos ou pela

    pessoas que em seu nome ou no seu Interesse actuem3. A responsabilidade das entidades referidas n

    nmero anterior no exclui a responsabilidade indvidual dos respectivos agentes nem das pessoas singulares que, a qualquer ttulo, por elas actuem nema de outras que com estas estejam comprovadamenconluiadas.

    4. O disposto no nmero anterior para os casos drepresentao vale ainda que seja ineficaz o acto jurdico fonte dos respectivos poderes.

    5. As entidades referidas no n 2 deste artigo respondem solidariamente, nos termos da lei civil, pelo pagamento das coimas e das custas em que forem condenados os agentes das contra-ordenaes punidas notermos do presente diploma.

    6. Os titulares dos orgos de administrao das entidades referidas no n 2 so responsveis, individue solidariamente, pelo pagamento das coimas e dacustas em que aquelas sejam condenadas, ainda que amesmas, data da condenao, tenham sido dissolv

    das ou entrado em liquidao.Artigo 36

    Cumprimento do dever omitido

    Sempre que. a contra-ordenao resulte da omissde um dever, o pagamento da coima no dispensa infractor do seu cumprimento, se este for possvel.

    Artigo 37

    Destino das coimas

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    Metade do produto das coimas reverte para o Estadoe a outra metade para o Banco de Cabo Verde.

    Artigo 38

    Tentativa, negligncia e favorecimento pessoal

    1. A tentativa, a negligncia e o favorecimento pessoal

    so sempre punveis.2. Nos casos de tentativa, de negligncia e de favore-

    cimenmto pessoal, os limites mnimo e mximo dascoimas previstas no correspondente tipo legal, bemcomo as quantias a depositar nos termos do artigo 48sero reduzidos a metade.

    Artigo 39

    Prescrio

    1. O procedimento por contra-ordenao cambial

    extingue-se por efeito da prescrio, logo que sobrea prtica da contra-ordenao hajam decorrido doisanos.

    2. As coimas e sanes acessrias previstas no pre-sente diploma prescrevem no prazo de quatro anos,contados a partir da deciso condenatria definitiva.

    SECO II

    Das contra-ordenaes cambiais em especial

    Artigo 40

    Exerccio de actividade no autorizadaQuem, sem estar devidamente autorizado, realizar

    de forma habitual e com intuito lucrativo, por contaprpria ou alheia, operaes cambiais, operaes so-bre o ouro ou operaes de importao e exportaoou reexportao de escudos, moeda estrangeira ou dettulos, ser punido com coima, calculada entre 75%e 100% do valor dos bens ou direitos a que respeita aviolao, no mximo de 100.000.000$00.

    Artigo 41

    Violao do dever de informaoQuem violar as disposies relativas prestao de

    informaes ou remessa, apresentao ou exibio dequaisquer declaraes ou outros documentos, contidasno presente diploma, seus regulamentos, avisos ou in-strues tcnicas do Banco de Cabo Verde, bem comona legislao especfica aplicvel realizao de quais-quer operaes de invisveis correntes ou de capitais,

    ser, punido com coima at 100.000$00, sendo pessosingular, ou at 1.000.000$00, sendo pessoa colectivsem prejuzo de sano mais grave penal ou contra-odenacional que lhe seja aplicvel.

    Artigo 42

    Outras contra-ordenaesQuem, com infraco do disposto no presente diplo

    ma, seus regulamentos, avisos ou instrues tcnicado Banco de Cabo Verde, realizar quaisquer operaes cambiais, incluindo compensaes, assuno ddvidas ou cesso de crdito, mantiver disponibilidadno estrangeiro ou retiver moeda estrangeira, importar, exportar ou reexportar escudos caboverdianomoeda estrangeira ou ttulos, realizar operaes sobrouro, ou efectuar transaces de invsiveis corrente

    ou de capitais, ser punido com coima, calculada proporcionalmente ao valor dos bens ou direitos a qurespeite a violao, nos termos seguintes:

    a) Entre 10% e 25%, quando o valor no seja superior a 200.000$00;

    b) Entre 25% e 50%, quando o valor seja superior 200.000$00, mas no a 20.000.000$00;

    c) Entre 50% e 75%, quando o valor seja superior 20.000.000$00, mas no a 100.000.000$00;

    d) Entre 75% e 100%, no mximo de 100.000.000$0quando o valor seja superior a 100.000.000$00.

    Artigo 43

    Sanes acessrias

    1. Em funo da gravidade da contra-ordenao, dculpa e da situao econmica do agente, podero anda ser aplicadas as seguintes sanes acessrias, semprejuzo de outras sanes previstas na lei geral:

    a) Perda de bens;

    b) Suspenso ou revogao, total ou parcial, daautorizaes necessrias ao exerccio do comrcio de cmbios, com ou sem encerramento da sedou de quaisquer dependncias;

    c) Inibio do exerccio de cargos sociais e funede administrao, fiscalizao, direco ou chefia em entidades autorizadas a exercer o comrcio de cmbios.

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    2. A sano acessria de perda a favor do Banco de CaboVerde dos bens utilizados ou obtidos com a actividade il-cita ser sempre aplicada no caso de contra- ordenaoprevista no artigo 40.

    3. As sanes previstas nas alneas b) e c) do n1 tero

    a durao mxima de dois anos, contados a partir dadeciso condenatria definitiva.

    4. A sano acessria de suspenso ou cassao dasautorizaes necessrias ao exerccio do comrcio decmbios poder ser ordenada desde que a infracotenha sido cometida no uso dessas autorizaes.

    5. A sano acessria de inibio do exerccio de cargose funes poder ser aplicada aos membros dos orgosde administrao e fiscalizao, queles que exeramfunes equivalentes e aos empregados com funes de

    direco ou de chefia das entidades autorizadas a ex-ercer o comrcio de cmbios, que ordenem, pratiquemou colaborem na prtica dos actos constitutivos dascontra-ordenaes que a estas sejam imputveis.

    SECO III

    Do processo

    Artigo 44

    Averiguao e instruo

    1. Sem prejuzo do disposto nos artigos 47, 48, 49e n 4 do artigo 56 do Decreto-Legislativo n 9/95, de27 de Outubro, a averiguao das contra-ordenaes aque se refere o presente diploma, seja quem for que aspratique, e a instruo dos respectivos processos soda competncia do Banco de Cabo Verde.

    2. A averiguao das contra-ordenaes e a instruodos respectivos processos so efectuadas pelos tcni-cos e pelos superiores do quadro da entidade referidano nmero anterior, devidamente credenciados, aosquais ser prestado pelas autoridades policias, bem

    como por outras autoridades ou servios pblicos, oauxlio de que necessitem.

    3. Sem prejuzo do recurso s autoridades policiaise a outras autoridades ou servio pblicos, a entidadecompetente para averiguao ou instruo dos re-spectivos processos poder, nomeadamente, efectuarinspeces a quaisquer entidades, relativamente squais haja razes para crer que detm documentaorelevante.

    Artigo 45

    Apreenso de valores

    1. Pode proceder-se apreenso de notas, moedacheques ou outros ttulos ou valores que constituamobjecto da contra-ordenao, quando tal apreens

    seja necessria averiguao ou instruo ou ncaso de se indiciar contra- ordenaes susceptvel dimpor a sua perda a favor do Estado.

    2. Os valores apreendidos devem ser depositados nBanco de Cabo Verde e garantiro o pagamento da coima e das custas em que vier a ser condenado o agent

    3. Quando no for possvel a aplicao da coima, pono ser conhecido o agente da contra-ordenao, ovalores apreendidos sero declarados perdidos a favodo Estado, decorridos que sejam quatro anos sobre

    apreenso, salvo se se provar que tais valores pertenciam a terceiros, alheios prtica do ilcito.

    4. Nos casos previstos no n 1, a eventual devoludas notas, moedas ou outros ttulos ou valores apreendidos depende da concluso do correspondentprocesso instaurado ou deciso da autoridade competente para decidir o processo.

    Artigo 46

    Notificao

    As notificaes devem ser efectuadas por cartaregistada com aviso de recepo ou pessoalmente, snecessrio atravs das autoridades policiais.

    Artigo 47

    Acusao e defesa

    1. Concluda a instruo, ser deduzida pelos tcnicoou pelos responsveis referidos no n 2 do artigo 44a acusao em que se indiquem o infractor, os factoque lhes so imputados e as respectivas circunstnciade tempo e lugar, bem como a lei que os probe e pun

    2. A referida acusao ser notificada ao agente parno prazo de um ms:

    a) Apresentar defesa por escrito, podendo juntadocumentos probatrios e arrolar testemunhano mximo de cinco por cada infraco;

    b) Comparecer para ser ouvido, em dia e hora determinados; ou, se for esse o caso,

    c) Fazer prova de que efectuou o depsito da quan

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    tia prevista no n 2 do artigo seguinte e declararque se compromete a cumprir as obrigaesacessrias, a que haja lugar, previstas no mesmoartigo.

    3. A notificao ser efectuada nos termos do artigo

    43 ou, quando o arguido no seja encontrado ou serecuse a receber notificao, por anncio publicadonum dos jornais de expanso nacional.

    Artigo 48

    Soluo conciliatria

    1. Relativamente s contra-ordenaes previstas noartigo 39, as coimas e sanes acessrias no seroaplicadas e o procedimento por contra-ordenao serextinto, sem prejuzo das custas que forem devidas, seagente, no prazo previsto no n 2 do artigo anterior,

    depositar no Banco de Cabo Verde a quantia previstano nmero seguinte e, no prazo de seis meses, a contar, da notificao da acusao, cumprir relativamenteaos bens objecto da infraco, as seguintes obrigaesacessrias que forem aplicveis:

    a) Transferir para Cabo Verde e vender a uma in-stituio autorizada a exercer o comrcio decmbio os capitais ilegalmente detidos no es-trangeiro;

    b) Proceder liquidao dos investimentos mobil-

    irios ou imobilirios ilegalmente efectuados noestrangeiro e transferir para Cabo Verde e vend-er a uma instituio autorizada a exercer o co-mrcio de cmbios o produto dessa liquidao;

    c) Vender ao Banco de Cabo Verde a moeda es-trangeira ou o ouro amoedado, em barra ounoutras formas no trabalhadas, ilegalmente de-tidos em territrio nacional, respectivamente aomenor cmbio ou ao menor preo que se tiververificado entre a data da acusao e a da venda.

    2. A quantia a depositar nos termos do nmero ante-rior ser equivalente:

    a) A 10% do valor dos bens ou direitos a que res-peite a violao, quando o valor desses bens oudireitos no seja superior a 200 000$00;

    b) A 25% do valor dos referidos bens ou direitos,quando este valor seja superior a 200 000$00,mas no a 20 000 000$00;

    c) A 50% do valor dos referidos bens ou direitoquando este valor seja superior 20 000 000$0mas no a 100 000 000$00;

    d) A 75% do valor mximo da coima previsto nalnea d) do artigo 39, quando o valor dos

    bens ou direitos em causa seja superior 100.00000$00.

    3. As quantias depositadas nos termos dos nmeroanteriores revertem a favor do Estado uma vez extinto procedimento contra-ordenacional ou, no caso dno serem cumpridas as obrigaes acessrias previtas no n 1, respondem pelo pagamento das coimaque eventualmente vierem a ser aplicadas.

    Artigo 49

    Remessa do processo para entidade competente

    No tendo havido lugar extino do procedimentpor contra-ordenao nos termos do disposto no artigo 48, e depois de realizadas as diligncias que emconsequncia da defesa se tornem necessrias, o processo ser remetido entidade competente para aplcar as coimas e as sanes acessrias, com o parecesobre as contra-ordenaes que se devem consideraprovadas e as sanes que lhes so aplicveis.

    Artigo 50

    Entidade competente1. da competncia do Conselho de Administra

    do Banco de Cabo Verde a aplicao das coimas e sanes acessrias previstas no presente diploma.

    2. A deciso proferida ser notificada ao agente notermos do n 3 do artigo 47.

    Artigo 51

    Recurso

    1. A deciso que aplicar uma coima susceptv

    de impugnao judicial, mediante recurso a interpopara o tribunal competente.

    2. competente para conhecer o recurso o juiz ddireito da Comarca da Praia, com jurisdio na matria crime.

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    CAPTULO III

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 52

    Legislao revogada

    1. So revogados o Decreto-Lei n 29/93, de 24 deMaio, e o decreto-Lei na 58/95, de 27 de Outubro.

    2. As remisses feitas para as normas revogadas nostermos do n 1 entendem-se como referidas s dis-posies correspondentes do presente diploma.

    Artigo 53

    Processos pendentes

    Relativamente aos processos pendentes, os prazosprevistos no n 1 do artigo 48 contam-se a partir daentrada em vigor do presente diploma.

    Artigo 54

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia 5 de Ju1hde 1998.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros em 25de Julho de 1998.

    Antnio Gualberto do Rosrio - Jos Ulisses CorreiaSilva.

    Promulgado em 29 de Junho 1998

    Publique-se

    O Presidente da Repblica, ANTNIQ MANUEMASCARENHAS GOMES MONTEIRO.

    Referendado em 29 de Junho de 1998.

    O Primeiro-Ministro, Carlos Veiga.

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    O Banco de Cabo Verde, de acordo com as orienta-es superiormente definidas, no uso da competncia

    que lhe atribuda pela sua Lei Orgnica e pelo artigo26 do Decreto-Lei n 25/98, de 29 de Junho, deter-mina o seguinte:

    1. livre a aquisio por residentes, at o limite de1.000.000$00, de notas e moedas com curso legal empas estrangeiro, bem como de outros meios de paga-mento sobre o exterior, junto de entidades autorizadasa exercer o comrcio de cmbios, para fazerem face aopagamento de despesas de viagem ou turismo no es-trangeiro.

    2. igualmente livre a sada e exportao de notas emoedas metlicas nacionais at o limite de 20.000$00por pessoa e por viagem, quando transportadas porviajantes.

    3. Os no residentes que, sada do Pas, transpor-tem consigo mais do que o equivalente a 1.000.000$00em notas e moedas estrangeiras, ou outros meios depagamento sobre o exterior, desde que no se trate decartes de crdito, ou outros cartes de pagamento,

    cheques bancrios ou cheques de viagem emitidos noestrangeiro em seu nome, devem, quando solicitadospelas autoridades da polcia de fronteiras, fazer provade que entraram no pas com importncia igual ousuperior.

    4. A prova a que a1ude o nmero anterior pode serfeita mediante a apresentao de declarao preenchi-

    da ao entrar no pas, quando devidamente autenticadpelos servios aduaneiros e talo de depsito efec

    tuado numa conta em moeda nacional ou estrangeiraberta junto de uma instituio de crdito nos termodo n 2 do artigo 26 do Decreto-Lei n2 5/98, de 2de Junho.

    5. Fora do limite e das condies estabelecidas nopontos 1 e 3, a venda ou exportao de notas e moedametlicas estrangeiras e de outros meios de pagamento sobre o exterior est condicionada apresentade justificativos.

    6. Est sujeita a autorizao especial e prvia dBanco de Cabo Verde, a sada ou exportao de notado BCV e moedas metlicas nacionais, cujos valoreglobais excedam os limites estabelecidos no ponto 2.

    7. Os emigrantes cabo-verdianos beneficiam, no qurespeita aquisio de meios de pagamento sobre exterior, do regime definido para os residentes e, ncaso da exportao de fundos de que eram portadores aquando da sua entrada no pas, dos princpioaplicveis aos no residentes.

    8. Fica revogado o Aviso n 2/98.9. O presente Aviso produz efeitos a partir da data d

    sua publicao.

    Gabinete do Governador do Banco de Cabo Verdna Praia, aos 19 de Julho de 1999. O GovernadoOswaldo Miguel Sequeira.

    Aviso n 15/99de 16 de Agosto

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    O Decreto-lei no 25/98 de 29 de Junho, com asalteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n 67/99,de 2 de Novembro, atribuiu ao Banco de CaboVerde a competncia para fixar o valor a partir doqual os residentes ou no residentes, que sada ouentrada no territrio nacional transportem consigoouro amoedado, em barra ou noutras formas notrabalhadas, devem declarar s autoridades aduaneiras.

    Assim, dando cumprimento ao estabelecido no n 2d o artigo 32 do Decreto-Lei citado, o Banco de CaboVerde, no uso da competncia que lhe conferida,designadamente, pelo artigo 24 da sua Lei Orgnicadetermina o seguinte:

    1. Os residentes ou no residentes que, sada oentrada no territrio nacional, transportem consigouro amoedado, em barra ou noutras formas ntrabalhadas, cujo valor global atinja ou ultrapasse equivalente a 500.000$00 (quinhentos mil escudosdevem declarar esse facto s autoridades aduaneiras.

    2. O presente Aviso entra em vigor no dia seguinte ada sua publicao.

    O Governador do Banco de Cabo Verde, CarloAugusto de Burgo.

    AVISO N 1/2007de 10 de Setembro

    OPERAES SOBRE O OURO

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