resumo - semana his puc

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Resumo: Diogo Luiz Lima Augusto. (Doutorando em História Social da Cultura - PUC-RIO). Empresas e emblemas: agudezas simbólicas nos séculos XVI e XVII Nesta apresentação, vamos dissertar a respeito de dois gêneros mortos, empresa e emblema, os quais, em certo sentido, nos ajudam a compreender diferenças claras entre a cultura de nosso mundo atual e a dos séculos XVI e XVII. Desta sorte, os dois gêneros em questão traduzem uma forma de representação caracterizada por preceitos retóricos que desconhecem a diferença - a qual em nosso tempo, notadamente a partir do século XVIII, parece evidente - entre a forma verbal e a plástica. Empresa é, segundo alguns estudiosos, uma espécie de gênero proto-emblemático surgido no século XIV. Em verdade, a empresa deve ser pensada, assim como o emblema, como uma manifestação cultural, conhecida por “Emblemática”, a qual se estendeu, fundamentalmente, dos séculos XV ao XVII. Os tratadistas dos séculos XVI e XVII propõem algumas diferenças entre a empresa e o emblema: a empresa figura um propósito heroico particular, ao passo que apresenta um uso individual e aristocrático. O emblema, por seu lado, figura noções de validade coletiva, caracterizado, especialmente, por um conteúdo moral.

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Page 1: Resumo - Semana His PUC

Resumo:

Diogo Luiz Lima Augusto. (Doutorando em História Social da Cultura - PUC-RIO).

Empresas e emblemas: agudezas simbólicas nos séculos XVI e XVII

Nesta apresentação, vamos dissertar a respeito de dois gêneros mortos, empresa e emblema, os quais, em certo sentido, nos ajudam a compreender diferenças claras entre a cultura de nosso mundo atual e a dos séculos XVI e XVII. Desta sorte, os dois gêneros em questão traduzem uma forma de representação caracterizada por preceitos retóricos que desconhecem a diferença - a qual em nosso tempo, notadamente a partir do século XVIII, parece evidente - entre a forma verbal e a plástica. Empresa é, segundo alguns estudiosos, uma espécie de gênero proto-emblemático surgido no século XIV. Em verdade, a empresa deve ser pensada, assim como o emblema, como uma manifestação cultural, conhecida por “Emblemática”, a qual se estendeu, fundamentalmente, dos séculos XV ao XVII. Os tratadistas dos séculos XVI e XVII propõem algumas diferenças entre a empresa e o emblema: a empresa figura um propósito heroico particular, ao passo que apresenta um uso individual e aristocrático. O emblema, por seu lado, figura noções de validade coletiva, caracterizado, especialmente, por um conteúdo moral.