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Tendências Mercado de Capitais Semana de Administração – PUC SP 03/07/22

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Tendências Mercado de Capitais

Semana de Administração – PUC SP

11/04/23

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Tendências Mercado de Capitais

Ricardo Tadeu MartinsEconomista, registrado Corecon SP e OEB

CNPI, Credenciado Apimec Nacional

Analista de Valores Mobiliários da Planner Corretora

[email protected]

Presidente da Apimec SP

[email protected]

Vice Presidente da Ordem dos Economistas do Brasil - OEB

[email protected]

Coordenador do CCA – Comitê Consultivo do Analista de Valores Mobiliários - Apimec

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Tendências Mercado de Capitais

Agenda

1 - Introdução ao Mercado de Capitais

2 - Tipos de Investimentos

3 - BNDES e o Mercado de Capitais

4 - Oportunidades na agenda

5 - Métodos de Análise Fundamentalista

6 - Fluxo de Informações

7 - O Analista de Valores Mobiliários

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1 - Introdução ao Mercado de Capitais

I - O Sistema Financeiro Nacional é composto de instituições responsáveis pela

captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela

regulação desse processo.

O Conselho Monetário Nacional – CMN, seu organismo maior, presidido pelo ministro

da Fazenda, é quem define as diretrizes de atuação do sistema. Diretamente ligados

a ele estão o Banco Central do Brasil, que atua como seu órgão executivo, e a

Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que responde pela regulamentação e fomento

do mercado de valores mobiliários.

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1 - Introdução ao Mercado de Capitais

II - O processo de globalização trouxe intenso intercâmbio entre os países. Com isso,

o mercado acionário adquiriu crescente importância no cenário financeiro internacional.

Seguindo essa tendência, os países em desenvolvimento procuram abrir suas

economias para poder receber investimentos externos. Assim, quanto mais desenvolvida

é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais.

Por ser um canal fundamental na captação de recursos que permitem o desenvolvimento

das empresas, gerando novos empregos e contribuindo para o progresso do País, o

mercado acionário também se constitui de uma importante opção de investimento para

pessoas e instituições.

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1 - Introdução ao Mercado de Capitais

III - O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar

liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído

pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.

No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de

empresas - as ações - ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas – debêntures

conversíveis em ações, bônus de subscrição - que permitem a circulação de capital para custear o

desenvolvimento econômico.

O mercado de capitais abrange ainda as negociações com direitos e recibos de subscrição de valores

mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados à negociação.

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1 - Introdução ao Mercado de Capitais

IV - À medida que cresce o nível de poupança, maior é a disponibilidade para investir.

A poupança individual e a poupança das empresas - lucros - constituem a principal fonte

do financiamento dos investimentos de um país, que são o motor do crescimento

econômico, que por sua vez gera aumento de renda com consequente aumento da

poupança e do investimento. À medida que se expandem, as empresas necessitam de

mais e mais recursos que podem ser obtidos por meio de empréstimos de terceiros,

reinvestimentos de lucros e participação de acionistas.

Geralmente, as empresas utilizam as duas primeiras fontes de recursos para manter

sua atividade operacional. É pela participação de novos sócios - os acionistas - que

uma empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, como

contrapartida à participação no seu capital. Logo, as empresas têm condições de investir

em novos equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas, melhorando seu

processo produtivo, tornando-o mais eficiente.

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2 - Tipos de Investimentos

I - Os recursos necessários para uma aplicação provêm da parcela não consumida

da renda. Qualquer pessoa que tenha uma poupança, por menor que seja seu valor, ou

uma disponibilidade financeira pode efetuar um investimento, esperando obter:

Segurança - reserva para qualquer despesa imprevista e uma garantia para o futuro;

Rentabilidade - boa remuneração;

Valorização - crescimento do capital empregado;

Proteção - defesa contra eventual desvalorização do dinheiro;

Desenvolvimento Econômico - oportunidade de associação com empresas dinâmicas;

Liquidez - rápida disponibilidade do dinheiro aplicado.

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2 - Tipos de Investimentos

II - Todo investidor busca a otimização do retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo,

deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. Cabe ao investidor definir o nível

de risco que está disposto a correr em função de obter maior ou menor lucratividade.

A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento do título,

podendo ser pós ou prefixado, como o Certificado de Depósito Bancário - CDB. A renda

variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela emissora do título.

Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, sem data definida para

resgate ou vencimento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data definida, quando seu

detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, mais respectiva remuneração.

Quanto à emissão os títulos podem ser particulares, quando lançados por sociedades anônimas ou

instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central, respectivamente. Já os

públicos, emitidos pelos governos federal, estadual ou municipal, visam a cobertura de déficits

orçamentários, o financiamento de Investimentos públicos e a execução da política monetária.

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2 - Tipos de Investimentos

III - Ativos privados de renda variável

Ações - títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor

fração do capital sosial da empresa emissora. O investidor de ações é um coproprietário da empresa

da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a

qualquer tempo, pela negociação em bolsa ou no mercado de balcão.

Sua rentabilidade é variável. Parte dela, composta de dividendos ou participação nos resultados e

benefícios concedidos pela empresa, advém da posse da ação; outra parte advém do eventual ganho

de capital na venda da ação.

Clube de investimento - Instrumento de participação de pequenos e médios investidores no

mercado de ações, que pode ser administrado por uma corretora, distribuidora, banco de investimento

ou banco múltiplo com carteira de investimento. A participação é feita pela aquisição de cotas do

patrimônio do clube. Difere-se pelo limite de participantes e pela possibilidade de participação na

gestão dos recursos da carteira do clube.

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2 - Tipos de Investimentos

III - Ativos privados de renda variável (continuação)

Fundo mútuo de investimento - Condomínio aberto ou fechado de investidores para aplicação de

recursos em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, em forma de cotas. Pode ser

administrado por corretoras, distribuidoras, bancos múltiplos com carteira de investimento e bancos

de investimento, e deve dispor em seu regulamento sobre os ativos que poderão compor suas

carteiras de aplicações.

Fundo Imobiliário - Fundo de investimento constituído sob a forma de condomínio fechado, cujo

patrimônio é destinado a aplicações em empreendimentos imobiliários. Suas cotas podem ser

negociadas em bolsas ou no mercado de balcão.

Fundo mútuo de investimento em empresas emergentes- Constituído sob a forma de condomínio

fechado, é uma comunhão de recursos destinados a aplicação em carteira diversificada de valores

mobiliários de emissão de empresas emergentes.

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2 - Tipos de Investimentos

IV - Ativos públicos de renda fixa

Letras do Tesouro Nacional (LTN) - Emitidas pelo Tesouro Nacional para cobertura de déficit

orçamentário do governo e provimento de créditos por meio da antecipação de receitas, observados

os limites estabelecidos pelo Poder Legislativo. São títulos prefixados negociados com deságio sobre

o valor nominal.

Letras Financeiras do Tesouro (LFT) - São emitidas pelo Tesouro Nacional para a assunção, pela

União, das dívidas de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal. Podem ser emitidas

também para viabilizar a redução da presença do setor público estadual na atividade financeira

bancária.

Notas do Tesouro Nacional (NTN) - Têm como objetivo básico alongar o prazo de financiamento

da dívida do Tesouro. Séries especiais de NTN podem ser lançadas com finalidades específicas. As

NTN podem ser emitidas em dez séries distintas: A, B, C, D, F, H, I, M, P e R, subsérie 2.

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2 - Tipos de Investimentos

V - Ativos privados de renda fixa

Debênture - Título de dívida, de médio e longo prazo, que confere a seu detentor um direito de

Crédito contra a empresa emissora. Quem investe em debêntures se torna credor dessas empresas.

No Brasil, as debêntures constituem uma das formas mais antigas de captação de recursos por meio

de títulos. Todas as características desse investimento, como prazo, remuneração etc, são definidas

na escritura de emissão.

Debênture de infraestrutura - Incentivadas com isenções fiscais pelo governo federal por meio da

Lei 12.431/11, beneficia sobretudo os investidores domésticos sob a ótica das pessoas físicas, que

são os principais beneficiados pelos incentivos fiscais. A lei concede a isenção plena de imposto

sobre os rendimentos das debêntures a pessoas físicas brasileiras e a estrangeiros; e uma alíquota

reduzida, de 15% para os investidores pessoas jurídicas, inclusive bancos e seguradoras.

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3 - O BNDES e o mercado de capitais

Fundamental para o fortalecimento e o aumento do número de empresas com papéis negociados no

mercado de capitais. O Banco opera como subscritor de valores mobiliários - papéis como ações e

debêntures de empresas de capital aberto ou que, no médio prazo, possam ingressar no mercado de

capitais - incluídas aí, operações de internacionalização, de reestruturação de empresas competitivas,

fusões e incorporações.

Nesse contexto, são prioritárias as pequenas e médias empresas inovadoras que podem receber

participação direta ou via fundos de investimentos fechados, os quais, por sua ação regional ou

setorial, oferecem maior capilaridade de atuação, e possibilitam, inclusive, a alavancagem de

recursos privados para o capital dessas empresas. 

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4 - Oportunidades na agenda

Do governo

- Redução da taxa de juros

- Nova tributação dos títulos de dívida privada, isenção para estrangeiros e debêntures de

infraestrutura inclusive pessoas físicas

- BNDES em sinergia com o mercado de capitais

Do setor privado

- Novo Mercado de renda fixa da ANBIMA

- Propostas do PDMC - IBMEC- Mercado de acesso - Bovespa Mais

- Grupo de pequenas ofertas - BM&FBovespa, CVM, ABDI, BNDES, IBMEC

- Grupo PAC PME

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5 - Métodos de Análise Fundamentalista

- Duas vertentes de análise que diferem basicamente pela ORDENAÇÃO de importância de fatos que GERAM ou DESTROEM valor nas empresas.

- TOP DOWN

• Baseia-se na tese de que o valor de uma ação é influenciado predominantemente pelos fatores macroeconômicos que afetam o desempenho da empresa em análise. Exemplos: elevação de inflação, elevação de juros, desvalorização do Real, aumento do risco político, etc;

• Decisões de compra ou venda são tomadas primeiramente a partir de informações mais amplas, antes de qualquer tipo de projeção mais detalhada.

- BOTTOM UP

• Usa todas as variáveis disponíveis para, dentro de um modelo determinado, calcular o valor justo de uma empresa;

• É o melhor tipo de análise para se aproveitar dos excessos causados quando há overshooting.

- Não são análises opostas, pois as variáveis Top Down alimentam os modelos Bottom Up. A diferença está no tempo de reação.

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6 - Fluxo de Informações

Análise Econômica

• Performance das ações está intimamente ligada ao desempenho da economia. Desempenho econômico ruim, leva as empresas, em geral, a apresentarem baixos retornos ou até mesmo negativos;

• Muitas vezes se confunde com o ambiente político. Especialmente em países emergentes que dependem de reformas constitucionais, privatizações, etc;

• Num cenário globalizado, o desempenho econômico dos países desenvolvidos e/ou daqueles que possuem forte relação comercial com o Brasil também devem ser analisados.

Uma vez analisado cada um dos itens, o analista deve ...

• Discutir cenários para o curto, médio e longo prazos com sua ÁREA ECONÔMICA;

• Somente após a definição das premissas macroeconômicas, é que se pode prosseguir na análise setorial e de empresas;

• Para analisar o cenário macro adequadamente o analista deve manter estreito contato com institutos de pesquisa, universidades e órgãos governamentais.

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6 - Fluxo de Informações (continuação)

Análise Setorial

• Um setor caracteriza-se por agrupar empresas que possuem uma estrutura produtiva semelhante ou que produzem e fornecem bens e serviços similares;

• Análise setorial é a mais difícil de ser obtida (é a mais dispersa e menos organizada). Macro é dada pelo governo e corporativa pelas empresas;

• É fortemente dependente de banco de dados;

• Analista necessita manter contato com institutos especializados, universidades, Associações de classe, órgãos governamentais, sindicatos, etc.

Há 5 forças competitivas que mudam drasticamente de setor para setor:

1. Rivalidade entre empresas existentes;

2. Ameaça de novos concorrentes;

3. Ameaça de produtos substitutos;

4. Poder de barganha dos compradores;

5. Poder de barganha dos fornecedores.

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7 - O Analista de Valores Mobiliários

Sell Side

• Emite parecer de avaliação em relatório para investidores

• Trabalha em Departamento de Research de Corretora de Valores

• Precisa ser certificado e credenciado pela Apimec Nacional

• Instrução CVM 483

Buy Side

• Avalia empresas como suporte à administradores de portfólios

• Trabalha em gestoras de ativos: de Corretoras, de Bancos, de Fundações

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Obrigado