O Nascimento da Clínica e a Normatização do HomemRESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Alessandro Adami

E-MAIL:alepsico89@hotmail.com

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:João Henrique Valença,Lyncon Bravo Meotti,Rafael Rodrigues Dasche,Roberto Augusto da Silva Bender.

ORIENTADOR:Luís Francisco Fianco Dias

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:7.02.06.00-7 Sociologia da Saúde

UNIVERSIDADE:UPF

INTRODUÇÃO:A partir das discussões realizadas no grupo de estudo de filosofía e medicina sobre ¿O Nascimento da Clínica¿, foianalisado o olhar clínico, perante o corpo, nas diferentes facetas que esse assume dentro da evolução da área médica.Desde o estudo da ¿História da Loucura¿ foi entrelaçado diferentes áreas do conhecimento filosofico e da psicologia sobreas diversas formas que o olhar clínico médico foi manifestado ao longo do tempo, e suas razões para tal. Dessa forma,observamos e comprendemos a linha de Focault sobre a normatização da doença e seus significados pelo simples olhar domédico no discurso clínico, de modo que, com o nascimento da normatização do homem, nasce o conceito de homem eseus limites (FOUCAULT, 2008).

METODOLOGIA:Para a realização deste artigo foi utilizado como método a pesquisa bibliografica que sustentou o processo de investigaçãoacerca de vários aspectos do conceito abordado por Foucault entorno da visão clínica médica ao longo de toda a evoluçãoda medicina enquanto ciência. Foram utilizadas como base de estudo e discusão o livro ¿O Nascimento da Clínica¿ e a¿História da Loucura¿ de Michel Foucault.Além do conhecimento embasado na literatura do autor citado, as conclusões e interpretações realizadas sobre suas obrasprovieram do conhecimento pessoal de cada um dos participantes do grupo de estudo em questão, no qual abrangeintegrantes dos cursos de medicina, psicologia e filosofia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:Como é possível ver pela linha que Foucault discute em suas obras, a entrada da medicina no discurso como classificadorda doença determina que a origem da clínica é, também, a origem da normatização do homem. A medicina como ciênciaclínica surgiu sob a definição de que, devido ao seu momento histórico de grande desenvolvimento, auge do século XVIII,represente a pura correlação entre a experiência e a racionalidade. Nesse contexto, a norma seria algo produzido pelaordem social com a finalidade de disciplinar corpos e gerir os indivíduos na sociedade. Dentro de uma análise mais socialdas obras estudadas podemos narrar um momento em que Foucault, citando a Le Brun, 2008, afirma que só poderia havermedicina das epidemias se ela fosse acompanhada da policia: A necessidade de vigiar a instalação das minas e doscemiterios para evitar a continuidade das grandes epidemias que assolavam toda a Europa no momento da discussão. Ouseja, por assim dizer, a evolução das técnicas médicas somente dedicou-se verdadeiramente a população em geral de umanação no momento em que ela, por inteiro, era tratada como possível vítima de uma mazela monumental. E mesmo assim,mesmo no papel de vítima, a população deveria ser tratada com a mesma brutalidade de quando confronta o Estado poralguma questão social.Dessa forma, podemos afirmar que a questão do olhar clínico evoluido e voltado a sociedade somente tem valor para apopulação não marginalizada, pois podemos dizer que a parcela marginalizada somente consegue ver o médico por cimados ombros de um policial.

CONCLUSÃO:Nesse trabalho foi destacado pontos essenciais do discurso médico em relação a normatização do corpo e sua utilizaçãocomo paradigma dominante. No livro ¿O nascimento da clínica¿, Foucault disserta sobre como o sujeito veio a se inscreversobre novos meios estabelecidos e como a clínica, em seu modo, de exercer o poder sobre as formas de discurso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:FOUCAULT M. O Nascimento da Clinica. Rio de Janeiro:Editora Forense Universitaria, 2008.

BILLOUET P. Foucault. Coleção Figuras do Saber. São Paulo: Editora Estação Liberdade Ltda, 2003.BIRMAN, J. Arquivos do Mal Estar e da Resistencia. Rio de Janeiro: Editora Civlização Brasileira, 2006.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador