normatização do projeto político pedagógico

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Ministrantes: Ana Paula Moreira de Sousa, Jullie Cristhie da Conceição e Mariclei Przylepa Mini-curso: Desafios e perspectivas na construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) Escolar Dia 27/08/2011 - Debate sobre a normatização e legislação do PPP Dourados-MS 2011

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Mini-curso: Desafios e perspectivas na construção do Projeto Político Pedagógico (PPP)

Escolar

Dia 27/08/2011 - Debate sobre a normatização e legislação do PPP

Dourados-MS2011

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1º Marco legal: Constituição Federal de 1988 CF/88 - Foco: a gestão

Artigo 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

A CF/88 definiu a República Federativa com União indissociável dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, que constituem o Estado Democrático, com prerrogativa de autonomia para promoverem a organização política e administrativa (BRASIL, 1988, grifo nosso).

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2º Marco legal: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), sob Lei nº. 9.394/96

Art. 3° - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

O inciso I do artigo 12, ao regular a organização dos estabelecimentos de ensino, prevê que estes, respeitadas às normas comuns e as do seu sistema de ensino, devem ter a incumbência de elaborar e executar essa proposta e cumprir plano de trabalho, de acordo com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino (BRASIL, 1996, grifo nosso).

"Esta lei procura libertar os educadores brasileiros para ousarem experimentar e inovar.“ (Senador Darcy Ribeiro) – Aprovado o parecer nº 30/96 – Texto com 91 artigos da LBD/9.394/96

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Mas então o que significa gestão democrática?

Dourado (1998) afirma que ela pode ser entendida como processo de aprendizado e de luta política que vai além da prática educativa, possibilitando a criação de canais de participação e de aprendizado do “jogo político” democrático e, assim, o repensar das estruturas de poder autoritário, presentes nas relações sociais, e as práticas educativas nelas existentes.

Spósito (1999) enfatiza que a gestão democrática possibilita uma ambiência favorável à aprendizagem e estimuladora do querer aprender.

Oliveira (2000) salienta que ela tende a ser flexível, possibilitando a avaliação das políticas educacionais e dos processos de aprendizagem, bem como a conexão entre educação básica e educação superior. Apresenta a oferta de educação de qualidade para todos como obrigação do Estado.

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Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

II – Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

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Discussões acerca das terminologias do PPP

Souza (2010)

• A expressão “político”, do projeto pedagógico, não é encontrada no contexto normativo da LDB/1996, Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), PNE (2001-2010), FUNDEF e FUNDEB.

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Em 2001, o PNE (2001-2010) ressaltou a importância da

proposta pedagógica como uma prioridade nos estabelecimentos oficiais, obedecendo ao princípio

da participação de toda a comunidade escolar na

elaboração do documento, assegurando assim, sua

autonomia (BRASIL, 2001, grifo nosso).

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Resolução n. 2 das Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental

O conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica, (...) que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação de suas propostas pedagógicas (BRASIL, 1998, grifo nosso).

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Para Souza (2009), o instrumento utilizado pela escola, para estabelecer objetivos, metas, estratégias metodológicas, recursos humanos e materiais e as formas de avaliação, ao longo dos anos, recebeu e recebe denominações a nível de legislação, sejam elas: Plano Escolar, Projeto Político Pedagógico, Projeto Educativo, Projeto Pedagógico, Proposta Pedagógica, Plano Global, Proposta Educativa, Projeto Educacional etc.

Sobre a questão da inserção do termo político, Veiga (1995, p. 7) afirma que um Projeto Político Pedagógico ultrapassa a dimensão de uma proposta pedagógica, como é cunhado na legislação, pois [...]

Busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com compromisso assumido coletivamente. Por isso, todo Projeto Pedagógico da escola é, também, um projeto político no sentido de compromisso com a formação do cidadão

para um tipo de sociedade. É pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de

cumprirem propósitos e suas intencionalidades. Portanto, político e

pedagógico têm assim significado indissociável.

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O Projeto Político Pedagógico foi proposto com o escopo de descentralizar e democratizar a tomada de decisões pedagógicas, jurídicas e organizacionais na escola, buscando nesse processo, o envolvimento de toda a comunidade da instituição de ensino (LIBÂNEO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2006).

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Para refletir

Garantir a legitimação do direito de vez e voto dos pares

participantes de forma direta ou indiretamente da ação

pedagógica, na elaboração e construção do Projeto Político

Pedagógico, como por exemplo, consiste ainda em uma tarefa por fazer, que exige o esforço de toda a sociedade no que diz respeito a

consciência de si mesmo enquanto cidadão para um

esforço conjunto pelo exercício democrático.

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Referenciais Teóricos

* BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília – DF: Senado, 1988. * BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília – DF: 20 dez. 1996.* BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação Básica. Resolução n. 2, de 7 abril de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Diário Oficial da União. Brasília-DF, 15 abr. 1998• BRASIL. Lei n° 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras

providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília – DF: 9 jan, 2001.* DOURADO, L. F. A escolha de dirigentes escolares: políticas e gestão da educação no Brasil. In: FERREIRA, Naura S. C. (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998, p. 77-95.• LIBÂNEO, J. C; OLIVEIRA, J. F; TOSCHI, M. S. Educação escolar: Políticas, estrutura e organização. 3ª

ed. São Paulo: Cortez, 2006.* OLIVEIRA, D. A. A gestão democrática da educação no contexto da reforma do Estado. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. S. Da. (Orgs.). Gestão da educação: impasses, e projetos político-pedagógicos em debate. Goiânia: Ed. Da UCG, 2000, p. 35-54.* SOUZA, Flavia Danieli. Análise do Projeto Político Pedagógico: o movimento em direção a uma escola inclusiva. Marília, 2009. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, 2009.*SOUZA, Kellcia Rezende. Projeto Político Pedagógico: elaboração, atualização e a inserção da Educação Física no documento. In: Simpósio Nacional de Educação e Semana de Pedagogia, 2° e 21°. 2010, Cascavel. Anais... Cascavel, 2010. 1 CD-ROM.* SPÓSITO, M. P. Educação, gestão democrática e participação popular. In: BASTOS, J. B. (Org.). Gestão democrática. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE, 1999, p. 45-56.* VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto político pedagógico: uma construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1995. p. 11-36.

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