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DIREITO ADMINISTRATIVO – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO / 2011- Prof. VITOR SOUZA 1 I - NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São termos que andam juntos e muitas vezes confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vários aspectos em que se apresentam. 2.1 - ESTADO: É a pessoa jurídica de direito público (art. 40 e 41 do CC/2002), apresentando-se como sujeito de direitos e obrigações na ordem jurídica interna e nas relações internacionais com outros Estados. Sociologicamente falando, O Estado é: “Um povo fixado num território, de que é senhor, e que dentro das fronteiras desse território institui, por autoridade própria, órgãos que elaborem as leis necessárias à vida coletiva e que imponham a respectiva execução”. O objetivo do Estado é alcançar o bem estar social e atender as necessidades da coletividade. 2.1.1 – ELEMENTOS DO ESTADO: a) Povo – elemento humano b) Território – elemento físico, espacial; c) Governo soberano – elemento político (não admite ingerência externa em seu território) 2.1.2 - FORMAS DE ESTADO: a) Unitário: centralização política. Um único centro de poder. b) Federado: caracteriza-se pela descentralização política. Existe mais de um centro de poder, havendo autonomia de cada uma das entidades que compõem a federação: - Autoorganização possuem Constituição própria. - Autogoverno - capacidade eleger seus próprios dirigentes). - Autoadministração. (capacidade de administrar seus próprios quadros e prestar seus próprios serviços). 2.1.3 - PODERES DE ESTADO: Classificação que se dá em razão da divisão das funções precípuas de cada um dos Poderes. Cada um dos Poderes exerce uma função chamada de típica/principal e outra chamada de atípica/secundária. a) LESGISLATIVO b) EXECUTIVO c) JUDICIÁRIO 2.1.4 – FUNÇÕES DO ESTADO: a) Função Legislativa: Típica do Poder Legislativo, que pode inovar o ordenamento jurídico, revogando lei vigente e criando a nova lei. Disciplina situações em abstrato, tendo repercussão geral, erga omnes. Via de regra, independe de provocação, ou seja, é função direta, sendo que o próprio legislador tem iniciativa para exercê-la. b) Função Judiciária: Típica do Poder Judiciário. Consiste na aplicação coativa da lei. Trata-se de atuação concreta e de repercussão individual. É função indireta, pois depende de provocação (Princípio da Inércia). A principal característica da função judiciária é a chamada IMUTABILIDADE, ou seja, definitividade, impossibilidade de modificação, também conhecida como coisa julgada. c) Função Executiva: Típica do Poder Executivo. É a atividade exercida de forma concreta e, normalmente, individual. Independe de provocação, ou seja, trata-se de função direta e não produz intangibilidade jurídica. 2.2 – GOVERNO: Como já fora dito, o objetivo do Estado é alcançar o bem estar social e atender as necessidades da coletividade. Para tanto, precisa expressar-se por meio de um grupo de pessoas, escolhido pelo povo. Esse grupo que trabalha pela consecução dos objetivos do Estado denomina-se GOVERNO. Portanto, governo é a expressão política de comando, de direção, de iniciativa, de fixação de

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  • DIREITO ADMINISTRATIVO ADMINISTRAO PBLICA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO / 2011- Prof. VITOR SOUZA

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    I - NOES INTRODUTRIAS

    1. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAO PBLICA

    So termos que andam juntos e muitas vezes confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vrios aspectos em que se apresentam.

    2.1 - ESTADO: a pessoa jurdica de direito pblico (art. 40 e 41 do CC/2002), apresentando-se como sujeito de direitos e obrigaes na ordem jurdica interna e nas relaes internacionais com outros Estados.

    Sociologicamente falando, O Estado :

    Um povo fixado num territrio, de que senhor, e que dentro das fronteiras desse territrio institui, por autoridade prpria, rgos que elaborem as leis necessrias vida coletiva e que imponham a respectiva execuo.

    O objetivo do Estado alcanar o bem estar social e atender as necessidades da coletividade.

    2.1.1 ELEMENTOS DO ESTADO:

    a) Povo elemento humano b) Territrio elemento fsico, espacial; c) Governo soberano elemento poltico (no admite ingerncia externa em seu territrio)

    2.1.2 - FORMAS DE ESTADO:

    a) Unitrio: centralizao poltica. Um nico centro de poder. b) Federado: caracteriza-se pela descentralizao poltica. Existe mais de um centro de poder, havendo autonomia de cada uma das entidades que compem a federao: - Autoorganizao possuem Constituio prpria. - Autogoverno - capacidade eleger seus prprios dirigentes). - Autoadministrao. (capacidade de administrar seus prprios quadros e prestar seus prprios servios).

    2.1.3 - PODERES DE ESTADO:

    Classificao que se d em razo da diviso das funes precpuas de cada um dos Poderes. Cada um dos Poderes exerce uma funo chamada de tpica/principal e outra chamada de atpica/secundria. a) LESGISLATIVO b) EXECUTIVO c) JUDICIRIO

    2.1.4 FUNES DO ESTADO:

    a) Funo Legislativa: Tpica do Poder Legislativo, que pode inovar o ordenamento jurdico, revogando lei vigente e criando a nova lei. Disciplina situaes em abstrato, tendo repercusso geral, erga omnes. Via de regra, independe de provocao, ou seja, funo direta, sendo que o prprio legislador tem iniciativa para exerc-la.

    b) Funo Judiciria: Tpica do Poder Judicirio. Consiste na aplicao coativa da lei. Trata-se de atuao concreta e de repercusso individual. funo indireta, pois depende de provocao (Princpio da Inrcia). A principal caracterstica da funo judiciria a chamada IMUTABILIDADE, ou seja, definitividade, impossibilidade de modificao, tambm conhecida como coisa julgada.

    c) Funo Executiva: Tpica do Poder Executivo. a atividade exercida de forma concreta e, normalmente, individual. Independe de provocao, ou seja, trata-se de funo direta e no produz intangibilidade jurdica.

    2.2 GOVERNO:

    Como j fora dito, o objetivo do Estado alcanar o bem estar social e atender as necessidades da coletividade. Para tanto, precisa expressar-se por meio de um grupo de pessoas, escolhido pelo povo.

    Esse grupo que trabalha pela consecuo dos objetivos do Estado denomina-se GOVERNO.

    Portanto, governo a expresso poltica de comando, de direo, de iniciativa, de fixao de

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    objetivos do Estado e de manuteno da ordem jurdica vigente. Para que o Estado seja independente o governo tem que ser soberano. Soberania nada mais do que independncia na ordem internacional e supremacia na ordem interna.

    2.2.1 - SISTEMAS DE GOVERNO: o modo como se d a relao entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo no exerccio de suas funes governamentais. a) Presidencialista: ocorre a predominncia da separao dos Poderes, onde o presidente ao mesmo tempo chefe de Estado (representa seu pas fora) e chefe de governo (representa dentro do pas), cumprindo mandato fixo. b) Parlamentarista: sistema em que ocorre uma maior colaborao do Parlamento. O chefe de Estado um Presidente ou um Monarca; e o chefe de governo um primeiro-ministro ou um conselho de ministros. - O Chefe de Governo geralmente escolhido, pelo Presidente ou pelo Parlamento. Porm, em qualquer caso, a sua permanncia no cargo depende da confiana do Parlamento.

    2.2.2 - FORMAS DE GOVERNO:

    a) Monarquia: Forma de governo em que a assuno do Poder se d pelo critrio do sangue, ou seja, pela hereditariedade, havendo a vitaliciedade no exerccio do Poder e a responsabilizao do governante pelos atos por ele praticados.

    b) Repblica. Forma de governo em que o critrio de assuno do poder a paridade, ou seja, por eleio; havendo ainda transitoriedade (temporalidade) dos mandatos do Executivo e a responsabilizao do governante pelos atos por ele praticados.

    2.3 - ADMINISTRAO PBLICA

    a estrutura, a mquina administrativa. Todo o aparelhamento do Estado preordenado realizao de servios, visando satisfao das necessidades coletivas. o conjunto de poderes e rgos institudos para que o GOVERNO possa realizar suas competncias a atribuies GESTO

    O INSTRUMENTAL DE QUE DISPE O ESTADO PARA POR EM PRTICA AS DECISES DO GOVERNO.

    Direta (Centralizada) Indireta (Descentralizada)

    Unio, Estados, DF e Municpios.

    Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista.

    Personalidade jurdica de direito pblico.

    Personalidade jurdica de direito pblico e direito privado.

    A diviso de atribuies para seus rgos chamada de desconcentrao.

    A outorga de atribuies para essas pessoas chamada de descentralizao.

    2.3.1 - NO ASPECTO FORMAL, ORGNICO OU SUBJETIVO: Entidades, rgos e agentes que compem a estrutura Estatal.

    2.3.2 - NO ASPECTO MATERIAL OU OBJETIVO: a administrao pblica deve ser entendida como a atividade administrativa exercida pelo Estado, ou melhor, a funo administrativa: Poder de Polcia, Contratao, licitao etc.

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    II - REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA

    O regime jurdico o conjunto de princpios que guardam entre sim uma correlao lgica. Esses princpios que orientam toda a atividade da Administrao Pblica esto, explicita ou implicitamente, na Constituio Federal de 1988 ou nas diversas leis que compem o regime da Administrao Pblica.

    1 PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS: Art. 37 da CF/88 L I M P E

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    1.1 - PRINCPIO DA LEGALIDADE

    a base do Estado Democrtico de Direito e garante que todos os conflitos sejam resolvidos pela lei (art. 5 II, art. 37, caput e art. 150, todos da CF).

    Art. 5 - CF/88 II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    Art. 37 -- CF/88 A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    Art. 150 -- CF/88 Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

    A atividade administrativa fica condicionada observncia da lei, significa que o administrador

    pblico est, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e s exigncias do bem comum, e deles no se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato invlido e expor-se a responsabilidade administrativa, civil e criminal, conforme o caso.

    OBSERVAO

    1) Legalidade para o direito pblico: O ADMINISTRADOR S PODE FAZER O QUE A LEI AUTORIZA E DETERMINA. O administrador no pode criar regra nova. Critrio de subordinao lei.

    2) Legalidade para o direito privado: particular pode tudo, salvo o que estiver vedado em lei. Critrio de no contradio lei.

    3) RESERVA DE LEI: restrio de matria para uma espcie normativa pr determinada. E mais especificamente restrio para elaborao pelo Congresso Nacional. .

    1.2 - PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE

    O agente pblico est impedido de considerar quaisquer inclinaes e interesses pessoais (interesses prprios ou de terceiros). O ATO ADMINISTRATIVO NO DO AGENTE E SIM DA PESSOA JURDICA

    1.3 - PRINCPIO DA MORALIDADE

    a exigncia de atuao tica por parte dos agentes da administrao. Este princpio se relaciona com a idia de honestidade, exigindo a estrita observncia de padres ticos, de boa-f, de lealdade, de regras que assegurem a boa administrao e a disciplina interna na Administrao Pblica. Em outras palavras, o agente pblico deve respeitar a moral pblica distinguindo o bem do mal, o legal do ilegal, o conveniente do inconveniente, o honesto do desonesto, o lcito do ilcito, o justo do injusto, bem como as regras do bem administrar e os bons costumes.

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    OBSERVAO

    1) IMORALIDADE x IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: no so expresses sinnimas. A Improbidade prevista pela Lei 8.429/92, que traz uma lista de condutas punidas como improbidade administrativa. Portanto, improbidade, hoje, mais ampla do que imoralidade..

    2) MORALIDADE COMUM x MORALIDADE ADMINISTRATIVA: a) MORALIDADE COMUM: diz respeito ao que certo ou errado;

    b) MORALIDADE ADMIINSTRATIVA: mais rigorosa. No baseado apenas no conceito de certo ou errado, mas vincula-se, tambm, ao fato de que o administrador tem que ter uma boa administrao.

    3) NEPOTISMO: a) Qualquer pessoa pode ocupar cargo

    comisso, salvo os casos previstos na Smula Vinculante 13 do STF (proibio do nepotismo).

    Smula Vinculante 13. A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaes recprocas, viola a Constituio Federal.

    2) DECRETO N 7.203, DE 4 DE JUNHO DE 2010.: Dispe sobre a vedao do nepotismo no mbito da administrao pblica federal.

    Art. 3o No mbito de cada rgo e de cada entidade, so vedadas as nomeaes, Contrataes ou designaes de familiar de Ministro de Estado, familiar da mxima autoridade administrativa correspondente ou, ainda, familiar de ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana de direo, chefia ou assessoramento, para: I - cargo em comisso ou funo de confiana;

    II - atendimento a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, salvo quando a contratao tiver sido precedida de regular processo seletivo; e III - estgio, salvo se a contratao for precedida de processo seletivo que assegure o princpio da isonomia entre os concorrentes.

    1.4 - PRINCPIO DA PUBLICIDADE

    Significa a divulgao dos atos dos agentes pblicos para conhecimento e cumprimento, da parte dos administrados. O aspecto mais importante do principio da publicidade transparncia da atuao administrativa.

    A princpio, todos os atos dos agentes pblicos devem ser publicados, s se admitindo sigilo nos casos de segurana nacional, investigaes policiais ou em caso de interesses superiores da Administrao Pblica, que sero preservados em processo previamente declarado sigiloso.

    No se trata de mera publicao oficial. Esta apenas uma forma de publicidade. At mesmo porque, nem todo ato administrativo depende de publicao oficial.

    A PUBLICIDADE TAMBM NO SE SATISFAZ COM A SIMPLES DIVULGAO EM RDIO. Portanto, a simples divulgao de determinada matria no programa de rdio A Voz do Brasil no supre a ateno ao Princpio da Publicidade.

    OBSERVAO

    CONSEQUNCIAS JURDICAS DA PUBLICIDADE

    1) SIGNIFICA CONHECIMENTO DO TITULAR DO DIREITO, QUE O POVO, E CONTROLE POR PARTE DESTE; Exemplo: processo licitatrio: possibilidade de impugnao por qualquer cidado, art. 41, Lei 8.666/93;

    Art. 41. A Administrao no pode descumprir as normas e condies do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

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    1 Qualquer cidado parte legtima para impugnar edital de licitao por irregularidade na aplicao desta Lei, devendo protocolar o pedido at 5 (cinco) dias teis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitao, devendo a Administrao julgar e responder impugnao em at 3 (trs) dias teis, sem prejuzo da faculdade prevista no 1o do art. 113.

    2) INCIO DE EFEITOS EXTERNOS, art. 61, pu, Lei 8.666/93; condio de eficcia, sendo a publicidade termo inicial de produo de efeitos.

    Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o nmero do processo da licitao, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeio dos contratantes s normas desta Lei e s clusulas contratuais. Pargrafo nico. A publicao resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que condio indispensvel para sua eficcia, ser providenciada pela Administrao at o quinto dia til do ms seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem nus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.

    3) INCIO DE CONTAGEM DE PRAZO 4) RELATIVIDADE DO PRINCPIO DA PUBLICIDADE

    Excees ao Princpio da Publicidade:

    a) art. 5, inciso X (direito a intimidade): se violar os direitos previstos na Constituio, no se deve tornar pblico.

    X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;

    b) Art. 5, inciso XXXIII (segurana da sociedade e do Estado)

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,

    que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

    c) Atos Processuais em sigilo na forma da lei: segunda a doutrina majoritria, tambm se refere aos atos processuais administrativos.

    LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

    5) PUBLICIDADE x PROMOO PESSOAL: violao de diversos princpios: legalidade, Impessoalidade, moralidade etc.

    Art. 37 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    6) Para o STJ, a mera citao do administrador no suficiente para se caracterizar a promoo pessoal. Deve-se analisar as circunstncias de cada caso concreto, pois a promoo deve apresentar carter de propaganda pessoal e configura-se como improbidade administrativa.

    1.5 - PRINCPIO DA EFICINCIA

    Princpio introduzido no Texto Constitucional por meio da EC Nr 19/98. No entanto, esse princpio j estava expresso no art. 7 da Lei 8.987/95.

    Consiste na busca de resultados prticos de qualidade, de produtividade, de economicidade, a fim de no desperdiar dinheiro pblico e de alcanar, tambm no servio pblico, o rendimento tpico da iniciativa privada, sendo que aqui o lucro do povo.

    Esse Princpio trouxe uma srie de conseqncias no servio pblico:

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    a) Repercusso na Estabilidade dos Servidores; b) Repercusso na Racionalizao da Mquina Administrativa

    O princpio aqui visto sob o prisma da economicidade, a fim de no desperdiar dinheiro pblico.

    2 - PRINCPIOS NO EXPRESSOS (IMPLCITOS) NA CONSTITUIO

    2.1 - PRINCPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PBLICO

    o princpio que determina privilgios jurdicos e um patamar de superioridade do interesse pblico sobre o particular. S existe uma sociedade, em razo da existncia de uma supremacia do interesse pblico.

    OBSERVAO

    NO SUPREMACIA DO ADMINISTRADOR NEM DA MQUINA ADMINISTRATIVA. A SUPREMACIA DO INTERESSE PBLICO. Exemplo:

    1) O Poder de Polcia aquele que permite Administrao frenar, limitar a atuao do particular em nome do interesse pblico. 2) Atos Administrativos: o Poder Pblico quando limita a velocidade de veculos em determinada via pblica, que se violada permite ao Poder Pblico aplicar multa. 3) Proteo de bens pblicos, que so impenhorveis; 4) Interveno na Propriedade: requisio. 5) Clusulas exorbitantes:

    Em nome do Princpio da Supremacia, a Administrao pode quase tudo, menos dispor do interesse pblico.

    2.2 - PRINCPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PBLICO:

    O interesse pblico no pode ser livremente disposto pelo administrador que exerce funo pblica, e este deve atuar nos limites da lei. Este princpio um limite ao Princpio da Supremacia, um contrapeso ao princpio anterior.

    O princpio da indisponibilidade do interesse pblico e o princpio da supremacia do interesse pblico so considerados os dois pilares do regime jurdico-administrativo.

    OBSERVAO:

    FUNO: exerccio de atividade em nome e no interesse de outrem, sendo que no caso da Funo Pblica, a atividade realizada em nome e no interesse do povo, da sociedade. o exerccio do munus publico.

    CF/88 Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    2.3 - PRINCPIO DA ISONOMIA

    A doutrina entende que se apresenta no tratamento dos iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades. Verificao do fator de discriminao, devendo o mesmo estar compatvel com o objetivo da norma. Havendo incompatibilidade, incorrer ofensa ao Princpio da Isonomia.

    OBSERVAO

    CF/88 Art. 7. XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

    1) Concurso da Polcia Feminina: vedao da participao dos homens no concurso. No h violao em razo da especificao de finalidades inerentes natureza feminina.

    2) Concurso da PF - realizao de exame fsico: exigncia de que a mulher tambm faa a flexo de barra.

    3) Limitao de Idade e Concurso: O STF editou a Smula 683: possvel quando justificada e fundamentada no art. 7, XXX, e desde que a complexidade do cargo assim o justifique. Quem dita a complexidade o administrador.

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    2.4 - PRINCPIO DA RAZOABILIDADE

    Exige-se que o administrador haja de forma coerente, equilibrada. Inclina-se demonstrao do fim social a que se destinam os atos da Administrao, visando realizao do Direito, tendo um justo equilbrio entre os meios empregados e os fins a serem alcanados.

    Inclina-se demonstrao do fim social a que se destinam os atos da Administrao, visando realizao do Direito, tendo um justo equilbrio entre os meios empregados e os fins a serem alcanados.

    Este princpio diz que no pode o Administrador, a pretexto de cumprir a lei, agir de forma despropositada ou tresloucada, devendo-se manter um padro do razovel. Passou a ser expresso no texto constitucional com a EC n 45, no que se refere durao de processos.

    2.5 - PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE

    Equilbrio entre a extenso e a gravidade da medida adotada. Por meio deste, exige-se equilbrio entre o sacrifcio imposto ao interesse de alguns e a vantagem geral obtida, de modo a no tornar excessivamente onerosa a prestao. Alguns autores entendem que este princpio est embutido na razoabilidade.

    Tem o objetivo de coibir excessos, por meio da aferio da compatibilidade entre os meios e os fins da atuao administrativa, para evitar restries desnecessrias ou abusivas. O Princpio da Proporcionalidade est implcito na Constituio. Porm, est expresso, no art. 2 da Lei 9.784/99.

    OBSERVAO

    1) CONTROLE DE LEGALIDADE EM SENTIDO AMPLO:

    Todo Ato Administrativo pode ser revisto pelo Poder Judicirio, no que tange a sua legalidade. Porm, o Poder Judicirio no pode controlar o mrito do ato administrativo, ou seja,

    no que diz respeito ao mrito do ato administrativo.

    Exemplo: Municpio que necessita da construo de um Hospital e de uma escola, mas tem recurso para apenas uma construo. Se o prefeito decide construir o hospital com base no juzo da convenincia e oportunidade, o Poder Judicirio no pode obrig-lo a construir a escola ao invs de construir o hospital.

    No entanto, se diante da necessidade da construo de um hospital ou escola, o administrador resolve construir uma praa, o Poder Judicirio pode, em nome do Princpio da Razoabilidade, considerar o ato ilegal.

    2) Os Princpios da Razoabilidade e da Proporcionalidade so limitativos do Poder Discricionrio.

    2.6 - PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    O servio pblico tem que ser prestado de forma contnua e ininterrupta, de forma adequada. Para Celso Antnio decorre da exigncia da obrigatoriedade da prestao de servio pblico.

    2.7 - PRINCPIO DA AUTOTUTELA

    Possibilidade que tem a Administrao de rever os seus prprios atos para anul-los quando ilegais ou revog-los quando inconvenientes. Smulas 346 e 473 do STF.

    Smula 346 A ADMINISTRAO PBLICA PODE DECLARAR A NULIDADE DOS SEUS PRPRIOS ATOS

    Smula 473 A ADMINISTRAO PODE ANULAR SEUS PRPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOG-LOS, POR MOTIVO DE CONVENINCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAO JUDICIAL.

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    2.8 PRINCPIO DA PRESUNO DE LEGITIMIDADE

    Leia-se legitimidade (regra moral e a verdade dos fatos) e legalidade. Todo ato administrativo presumidamente legal e legtimo at que se prove o contrrio, trata-se de uma presuno relativa. Traz como conseqncia jurdica, a aplicao imediata dos atos administrativos.

    Trata-se de presuno relativa, ou seja, admite prova em contrrio.

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    III - ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA

    Organizao da Administrao a estruturao das entidades e rgos que iro desempenhar as funes atravs de agentes pblicos. - fundamento - Decreto-Lei 200/67

    A Administrao Pblica organizada em Administrao Direta e Indireta.

    Direta (Centralizada) Indireta (Descentralizada)

    Unio, Estados, DF e Municpios.

    Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista.

    Personalidade jurdica de direito pblico.

    Personalidade jurdica de direito pblico e direito privado.

    A diviso de atribuies para seus rgos chamada de desconcentrao.

    A outorga de atribuies para essas pessoas chamada de descentralizao.

    OBSERVAO

    1) A definio das pessoas que compem a administrao indireta segue um critrio formal, ou seja, o rol de pessoas jurdicas da administrao indireta definido pela lei (Decreto-Lei 200/67). Portanto, podemos encontrar pessoas jurdicas que, ainda que estejam a desempenhar atividades tpicas de Estado, prestando servios pblicos, no integraro a administrao pblica indireta, como por exemplo as entidades paraestatais (SESC, SENAI etc.) e as concessionrias de servios pblicos.

    2) NATUREZA JURDICA DOS ENTES DA ADMINISTRAO PBLICA: classificao feita com base na natureza da funo desempenhada Cdigo Civil / 2002 e Dec-Lei 200/67:

    a) de Direito Pblico: Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno: I - a Unio; II - os Estados, o Distrito Federal e os

    Territrios; III - os Municpios; IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei.

    b) de Direito Privado: Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado: I - as associaes; II - as sociedades; III - as fundaes. IV - as organizaes religiosas; V - os partidos polticos.

    1 FORMAS DE PRESTAO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA:

    1.1 - CENTRALIZADA

    A atividade exercida pelo prprio Estado, ou seja, pela Unio, pelos Estados, Distrito Federal ou pelos Municpios - Administrao Direta.

    DESCONCENTRAO: a distribuio de atividades dentro do prprio ncleo da Administrao Pblica, ou melhor, dentro da prpria pessoa jurdica. Aqui existe controle hierrquico. Exemplo: a relao dos Ministrios com a Presidncia da Repblica; dos Secretrios com a Governadoria.

    1.2 - DESCENTRALIZADA

    Ocorre quando o Estado transfere o exerccio de atividades que lhes so pertinentes para uma nova pessoa jurdica, por ele criada, ou para particulares. O Estado passa a atuar indiretamente, por intermdio de outras pessoas.

    - Formas de Descentralizao: a descentralizao pode ocorrer por outorga ou por delegao:

    a) outorga: significa transferir titularidade e execuo do servio. Transfere a propriedade, o domnio da atividade. S poder ocorrer se for para a Administrao Indireta de Direito Pblico

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    (autarquias e fundaes pblicas de direito pblico); Essa outorga s pode ser efetiva por meio de lei. A lei cria a autarquia ou a fundao pblica e transfere o servio. No pode haver outorga por meio de contrato.

    b) delegao: A Administrao retm a titularidade e transfere somente a execuo do servio. O delegatrio mero executor. .

    Pode dar-se para a Administrao Pblica Indireta (Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista e para as Fundaes Pblicas de Direito Privada), por meio de lei delegao legal. Ocorre tambm descentralizao para os particulares, que recebem essa transferncia por meio de contrato administrativo (mais comum / delegao contratual; Tambm por meio de ato administrativo. Ato unilateral de carter excepcional autorizao de servio pblico ex: taxi, despachante.

    OBSERVAO - DIFERENAS BSICAS DESCONCENTRAO DESCENTRALIZAO - Mesma pessoa jurdica. - Relao de hierarquia, relao de subordinao.

    - Para outra pessoa jurdica, via de regra, ou para outra pessoa fsica. - Controle, mas sem subordinao.

    2 - ADMINISTRAO DIRETA

    2.1 - RELAO DO ESTADO COM OS AGENTES:

    A pessoa jurdica manifesta a sua vontade por meio de seus rgos, de seus agentes Quando os agentes que compem os rgos manifestam a sua vontade, como se o prprio Estado o fizesse. O agente, no exerccio da funo, a prpria Administrao atuando. Substitui a idia de representao, que entende que o agente seria um mero representante do Estado, pela de imputao direta.

    OBSERVAO IMPORTANTE RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    A Responsabilidade Civil do Estado consiste na obrigao que imposta ao poder pblico, face aos atos praticados por seus agentes no exerccio das suas atribuies, de reparar os danos ocasionados a terceiros.

    A redao do texto constitucional clara ao indicar como regra geral a adoo da chamada Responsabilidade Civil Objetiva.

    CF/88 Art. 37. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Note-se que a Responsabilidade Civil Objetiva depende do concurso de somente trs elementos - a conduta, o dano e o nexo-causal dispensando a existncia da culpa ou do dolo. A Responsabilidade Objetivo pode decorrer de conduta lcita ou ilcita.

    EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE ESTATAL

    a) TEORIAS: - Teoria do risco integral: o Estado responde

    independentemente de qualquer coisa. No admite excludente.

    - Teoria do risco administrativo: aquela que admite excludente. Essa a teoria aceita no Brasil, a regra geral.

    Mas excepcionalmente a Constituio admite a teoria do risco integral: dano nuclear, material blico e dano ambiental.

    b) Causas Excludentes - caso fortuito ou fora maior: - culpa exclusiva da vtima: - ausncia de nexo-causal: - ausncia de dano

    OBSERVAO: No Brasil, admite-se a Responsabilidade Subjetiva do Estado, ou seja, a exigncia de comprovao de dolo e culpa na conduta?

    R: A regra geral a responsabilidade objetiva. No entanto, a jurisprudncia aceita as duas teorias no Brasil:

    - Tratando-se de conduta comissiva (ao) responsabilidade objetiva. Ex.:

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    prendeu o preso e torturou; - Tratando-se de conduta omissiva

    (omisso) responsabilidade subjetiva. Ex.: descumprimento de um dever legal - nesta responsabilidade h uma ilicitude e, consequentemente, a responsabilidade subjetiva.

    2.2 - RGOS PBLICOS:

    2.2.1 - CONCEITO: so centros, ou ncleos especializados de competncias. Cada ncleo com a sua competncia especfica.

    2 Para os fins desta Lei, consideram-se: I - rgo - a unidade de atuao integrante da estrutura da Administrao direta e da estrutura da Administrao indireta;

    A Administrao Indireta tambm pode se dividir em rgos pblicos, previso expressa no art. 1 da lei 9.784/99 ex.: INSS.

    2.2.2 - CARACTERSTICAS:

    a) No tm personalidade jurdica. No pode ser sujeito de direito e obrigaes. Por isso, quem responde pelos mesmos o ente ao qual vinculado.

    b) A responsabilidade civil se transfere para a pessoa jurdica a qual vinculada, ex, contratos danos etc.

    OBSERVAO

    1) O rgo no pode celebrar contrato em seu nome. Quem celebra o contrato a pessoa jurdica de direito pblico. O rgo realiza a gesto do contrato, exemplo:

    MINISTRIO DA DEFESA EXRCITO BRASILEIRO

    C M A - 2 Gpt E 5 BATALHO DE ENGENHARIA DE

    CONSTRUO PREGO ELETRNICO n 025/2008 SRP

    PROCESSO ADMINISTRATIVO n 096/2008 5 BEC

    2) Os rgos possuem CNPJ apenas para fins de controle e fiscalizao do fluxo de recursos pblicos (IN 748, da Receita Federal).

    3 - ADMINISTRAO INDIRETA

    composta por entidades que e so responsveis pela execuo de atividades de Governo que necessitam ser desenvolvidas de forma descentralizada.

    Administrao Indireta Brasileira, do ponto de vista do diploma legal que a instituiu, Art. 4 do Decreto-Lei 200/67, integrada pelas seguintes entidades: AUTARQUIAS; EMPRESAS PBLICAS; SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA; FUNDAES PBLICAS.

    No entanto, a Lei 11.107/2005, que trata sobre normas gerais de contratao de consrcios pblicos. A referida lei indica que os consrcios pblicos podem ter natureza jurdica de direito privado ou natureza jurdica de direito pblico. No caso de ser dotado de natureza jurdica de direito pblico, o consrcio pblico ser AUTARQUIA.

    Vale ressaltar que, existem entidades de direito privado, sem fins lucrativos, no integrantes da estrutura da administrao pblica indireta, que,

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    realizando atividades de interesse pblico, colocam-se ao lado do Estado, colaborando com este na busca do bem-estar social. Elas so chamadas de ENTIDADES PARAESTATAIS. So: a) Servios Sociais Autnomos - SISTEMA S: SESI, SENAI, SENAC SEST/SENAT etc; b) Entidades de Apoio (Atuam junto a universidades e hospitais pblicos CESPE, Fundao Riomar); c) Organizaes da Sociedade Civil Organizada (OSCIP); d) Organizao Social.

    3.1 CARACTERSTICAS GERAIS:

    3.1.1 - Possuem personalidade jurdica prpria: implica no fato de que iro responder diretamente por seus atos, de seus agentes.

    3.1.2 - Possuem receita e patrimnio prprios;

    3.1.3 - Possuem capacidade tcnica, administrativa, financeira: Porm no tm capacidade poltica, ou seja, capacidade de legislar.

    3.1.4 - Criao: sua criao depende de lei, art. 37, XIX CF; alterado pela EC Nr 19/98

    CF. Art. 37. XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao. (LEI ORDINRIA ESPECFICA)

    OBSERVAO

    1) Lei especfica: cria a autarquia e autoriza a criao das demais pessoas jurdicas. Cada pessoa jurdica tem a sua lei especfica, ou seja, que s versa sobre a respectiva pessoa jurdica. A lei cria autarquia e autoriza a criao das empresas pblicas, das sociedades de economia mista e das fundaes.

    2) Para a criao das Empresas estatais: necessita-se do registro dos atos constitutivos (contrato ou estatuto) nos rgos competentes: na

    Junta Comercial ou no Cartrio, dependendo da natureza da Pessoa Jurdica.

    3) Extino: Tambm depende de Lei. Paralelismo de formas. O que a lei faz o ato no desfaz.

    3.1.5 - Finalidade Especfica: essas pessoas jurdicas no tm fins lucrativos, ou seja, no so criadas com o escopo de obter, mas no nada impede que essas pessoas obtenham o lucro. A finalidade pode ser:

    I - Prestao de Servio pblico: autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedade de Economia Mista; II - Explorao de Atividade Econmica: Empresa Pblica e Sociedade de Economia Mista. Interveno na economia por motivo de proteo da segurana nacional e por interesse coletivo, art. 173.

    CF. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    3.1.6 - Controle da Administrao Direta sobre a Administrao Indireta. a) Poder Legislativo: CPI, TCU. b) Poder Judicirio: por meio das diversas aes judiciais; c) Poder Executivo - Superviso ministerial. O Ministrio de controle definido de acordo com o ramo de atividade. No havendo subordinao hierrquica. Essa superviso, ainda, de acordo com a lei de cada pessoa jurdica, permite ao chefe do Executivo realizar a nomeao dos dirigentes etc.

    OBSERVAO

    EXCEPCIONALMENTE ESSA ESCOLHA NO SER LIVRE: No caso do Banco Central e Agencias Reguladoras: Art. 52, CF/88, dependendo de prvia autorizao do Senado (Banco Central), e lei especfica das A. Reguladoras.

    d) Pelo Cidado: titular do Poder, podendo representar contra PJ

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    3.2 - CARACTERSTICAS ESPECFICAS:

    3.2.1 - AUTARQUIAS

    A - CONCEITO: pessoa jurdica de direito pblico, dotada de capital exclusivamente pblico, com capacidade administrativa e criada para a prestao de servio pblico. Desenvolve atividades tpicas de Estado. TEM TRATAMENTO DE FAZENDA PBLICA.

    B - REGIME JURDICO: muito semelhante ao regime da Administrao Direta. 1) Criao e extino: por lei art. 37, XIX, da CF; 2) Controle: interno e externo 3) Responsabilidade Civil: , em regra, objetiva (art.37, 6, da CF) e subsidiria do Estado. 4) Bens Autrquicos: Seus bens so pblicos. Seguem regime de bem pblico.

    OBSERVAO

    1) ALIENAO: alienabilidade condicionada / inalienabilidade relativa.

    Lei 8.666/93. Art. 17. A alienao de bens da Administrao Pblica, subordinada existncia de interesse pblico devidamente justificado, ser precedida de avaliao e obedecer s seguintes normas:

    2) PENHORA / ARRESTO / SEQESTRO: No pode ser objeto de penhora (restrio judicial para garantia do juzo) - impenhorabilidade; e conseqentemente no podem ser objeto de arresto e sequestro. Arresto (bens indeterminados) e seqestro (bens determinados) so cautelares tpicas para restrio de bens.

    3) PENHOR / HIPOTECA: Os bens pblicos tambm no podem ser onerados, ou seja, objetos de direito real de garantia penhor e hipoteca. O penhor a garantia, fora do juzo, do bem mvel. J a hipoteca a garantia, fora do juzo, de bem imvel.

    4) USUCAPIO: os bens pblicos no esto sujeitos usucapio. Os bens pblicos so inusucapveis.

    5) Dbitos Judiciais: seguem o regime de precatrios, art. 100, CF/88.

    Art. 100. exceo dos crditos de natureza alimentcia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.

    6) Privilgios Processuais: prazos dilatados, juzo privativo e reexame necessrio;

    - Prazo: Dilatado: art. 188, CPC:

    CPC. Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico

    - Juzo privativo: CF/88. Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar: IV - os crimes polticos e as infraes penais praticadas em detrimento de bens, servios ou interesse da Unio ou de suas entidades autrquicas ou empresas pblicas, excludas as contravenes e ressalvada a competncia da Justia Militar e da Justia Eleitoral;

    - Reexame Necessrio: Art. 475 do CPC.

    7) Privilgio Tributrio Imunidade recproca: para os impostos, desde que ligada sua finalidade especifica:

    CF/88. Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimnio, renda ou servios, uns dos outros;

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    2 - A vedao do inciso VI, "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    OBSERVAO

    A imunidade constitucional para os impostos, portanto, pagam normalmente os demais tributos. Essa imunidade somente para os impostos ligados sua finalidade especfica, essencial. Portanto, no imunidade total.

    8) Procedimentos Financeiros: seguem as regras de contabilidade pblica:

    a) Lei n 4.320/64, que trata sobre as regras da Contabilidade Pblica; e b) LC 101/00 Lei de Responsabilidade Fiscal. c) Licitao / Lei 8.666/93: est sujeita s regras de licitao.

    9) Regime de Pessoal: Os seus agentes so servidores pblicos, podendo ser estatutrios (titular de cargo pblico) ou celetistas (titular emprego pblico - CLT), a depender da previso legal.

    C - EXEMPLOS DE AUTARQUIAS:

    1) Autarquias Culturais: Universidade Federais: UFJF, UFRJ, UFMG etc;

    2) Autarquias assistncias: so aquelas criadas para incrementar o desenvolvimento social do pas. Ex.: ADENE (Agncia de Desenvolvimento do Nordeste) e ADA (Agncia de Desenvolvimento da Amaznia), que sucederam respectivamente as antigas SUDENE e SUDAM; INCRA (Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria) etc.

    3) Autarquias de Administrao e Controle: - Banco Central. Os seus dirigentes so nomeados pelo Presidente da Repblica com prvia aprovao do Senado Federal. No caso do Banco Central, o seu Presidente tem status de Ministro de Estado. Art. 52, CF/88 Presidente e seus diretores.

    Destinam s vrias atividades administrativas, inclusive as autarquias de fiscalizao. Ex.: BACEN (Banco Central do Brasil), INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio- Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis) etc.

    4) Autarquias Profissionais: So os Conselhos de classe: CRM - Conselhos de Medicina, Conselhos de Contabilidade, Conselhos de Administrao,

    5) Autarquias Territoriais / Polticas: Territrio no ente da Federao. No se confundem com as autarquias administrativas e no compem a Administrao Indireta. uma autarquia muito mais poltica do que administrativa. No tem estrutura nem finalidade de autarquia. S so assim considerados para fins de personalidade jurdica.

    6) Autarquias de Regime Especial: terminologia muito antiga no Brasil. Surgiu inicialmente para definir as universidades pblicas federais, em suas caractersticas especiais de maior liberdade na escolha de seus dirigentes (eleio e mandato certo) e liberdade e autonomia pedaggica. Modernamente, o termo autarquia de regime especial tem sido utilizado para distinguir as Agncias Reguladoras.

    D - AGNCIAS REGULADORAS:

    A Agncia Reguladora nada mais do que uma autarquia de regime especial. A nomenclatura foi importada do direto norte-americano. Agncias Reguladoras firmaram-se como rgos de controle, de regulao e fiscalizao. A atividade da AR no novidade, pois a funo dessa j era exercida pelo Estado anteriormente. A ideia que com a nova personalidade o controle seria mais efetivo. Em regra geral, segue o regime geral das autarquias. No entanto, a adoo de um regime especial se baseia em 3 regras fundamentadas no papel de regulamentao, normatizao, fiscalizao de controle:

    1) Maior autonomia que as demais pessoas jurdicas. As AR regulamentam em

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    complementao lei, isto , no pode criar regra nova, uma vez que as mesmas no possuem capacidade poltica. Elas s podem expedir normas tcnicas;

    2) Investidura Especial de seu Dirigente: O Presidente da Repblica nomeia com prvia aprovao do Senado Federal.

    3) Mandato do Dirigente:

    1 - Mandato com prazo fixo: o prazo definido pela lei que cria a AR. O entendimento que no se pode admitir prazos maiores que o prazo de mandato do chefe do Executivo acima de 4 anos. Porm, existe um projeto de lei para se unificar todos os prazos de mandato das AR em quatro anos no coincidentes com o mandato do Presidente da Repblica. 2 - Quarentena: o ex-dirigente no pode trabalhar no mesmo ramo de atividade da AR, fora da administrao, por um prazo determinado. Esse prazo tambm no fixo. Na maioria das AR de quatro meses, sendo de 12 em algumas. Durante esse perodo, o ex-dirigente recebe normalmente. 3 - Perda do Cargo: processo justificado por prtica de infrao ou por condenao transitada em julgado.

    OBSERVAO

    1) EXEMPLOS DE AGNCIAS REGULADORAS

    - ANEEL: Agncia Reguladora de Energia Eltrica SERVIO PBLICO - ANATEL: Agncia Reguladora de Telecomunicaes; - SERVIO PBLICO - ANS: Agncia Nacional de Sade; - SERVIO PBLICO - ANVISA: Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria; - SERVIO PBLICO - ANTT: Agncia Nacional Transporte Terrestres; SERVIO PBLICO - ANTAQ: Agncia Nacional de Transporte Aquavirios; - SERVIO PBLICO - ANAC: Agncia Nacional de Aviao Civil; - SERVIO PBLICO - ANA: Agncia Nacional de guas; - BEM PBLICO - ANP: Agncia Nacional de Petrleo (monoplio); - ATIVIDADE ECONMICA - CVM: Comisso de Valores Mobilirios apesar

    do nome atpico, uma AR;

    2) Agncias Reguladoras que servem de fomento de atividades particulares:

    - ANCINE: Agncia Reguladora Nacional de Cinema criada por meio de MP ainda no convertida em lei.

    3) TEM NOME DE AGNCIA MAS NO : a) Autarquias comuns:

    - ADA: Agncia de Desenvolvimento da Amaznia; - Agncia Executiva - ADENE: Agncia de Desenvolvimento do Nordeste; - Agncia Executiva - AEB: Agncia Espacial Brasileira; autarquia comum.

    b) rgo da Administrao Direta: ABIN Agncia Brasileira Inteligncia;

    c) Servios Sociais Autnomos: - ABDI: Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial - APEB: Agncia de Produo e Exportao do Brasil.

    4): no mbito estadual e municipal, tambm podem ser criadas agncias.

    Alguns Aspectos Relevantes AGNCIA REGULADORA

    Lembrando que as AR so autarquias, tudo o que fora dito anteriormente sobre autarquias aplica-se s AR, com as seguintes excees:

    1. Licitao: A lei 9.472/97 (instituiu a ANATEL - lei das telecomunicaes). 2. Regime de pessoal: - Obs.: Desde 2003, os contratos temporrios esto sendo prorrogados, apesar de deciso do STF no sentido de que a contratao inconstitucional.

    E - AGNCIAS EXECUTIVAS

    O Poder Pblico possua uma srie de velhas autarquias, ineficientes, sucateadas e precisava reformul-las.

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    As AE so velhas autarquias ou fundaes de direito pblico submetidas a um plano estratgico de modernizao. Para isso celebram um contrato de gesto com a Administrao Direta, recebendo mais autonomia e recursos pblicos.

    Conceito: So autarquias ou fundaes que por iniciativa da Administrao Direta, recebem o status de Agncia, em razo da celebrao de um contrato de gesto, que objetiva uma maior eficincia e reduo de custos - Lei 9.649/98.

    O status de Agncia executiva temporrio, pois recebido por meio de contrato, e todo contrato tem prazo determinado. O INMETRO um exemplo atual de Agncia Executiva.

    3.2.2 - FUNDAES PBLICAS:

    A criao de Fundao depende de lei ordinria. Fundao um patrimnio personalizado, destacado por um fundador para uma finalidade especfica universitas bonorum.

    CC/2002. Art. 62. Para criar uma fundao, o seu instituidor far, por escritura pblica ou testamento, dotao especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administr-la. Pargrafo nico. A fundao somente poder constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistncia.

    A Fundao Pblica instituda pelo Poder Pblico, regulada pelo Direito Administrativo. A Fundao Privada instituda pelo particular, regulada pelo Direito Civil.

    A Fundao Pblica pode ter natureza de Direito Privado ou de Direito Pblico:

    a) FUNDAO PBLICA DE DIREITO PBLICO: Natureza de Direito Pblico. uma espcie de autarquia. Deve ser criada por lei. conhecida como Fundao Autrquica ou Autarquia Fundacional.

    b) FUNDAO PBLICA DE DIREITO PRIVADO: Natureza de Direito Privado. A lei autoriza a sua criao. Segue o mesmo regime das Empresas Estatais. conhecida como Fundao Governamental.

    3.2.3 - EMPRESAS ESTATAIS

    So aquelas nas quais o Estado tem parte e seguem o regime de direito pblico. Nem toda empresa em que o Estado tem parte empresa estatal. Para ser estatal, alm da participao, exige-se a aplicao do regime de hbrido (segue normas de direito privado e normas de direito pblico).

    A - EMPRESA PBLICA:

    1) Conceito: pessoa jurdica de direito privado, composta por capital exclusivamente pblico, criada para a prestao de servios pblicos ou explorao de atividades econmicas.

    2) Capital: Seu capital exclusivamente pblico, ainda que de Entes distintos. Portanto, nada impede que dois Estados-membros constituam uma Empresa Pblica, ou a Unio e o Estado-membro etc.

    3) Constituio: pode ser de qualquer modalidade empresarial.

    Ex.: CEF, EMBRAPA, SERPRO, DATAPREV, CASA DA MOEDA, EBCT e CEDAE, dentre outras.

    B - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:

    1) Conceito: pessoa jurdica de direito privado, criada para prestao de servio pblico ou explorao de atividade econmica.

    2) Capital: O capital misto, porm, a maioria votante tem que pertencer ao Poder Pblico.

    3) Constituio: com relao sua forma de constituio tem que ser a de S/A.

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    C - FINALIDADES DAS EMPRESAS ESTATAIS: Aspectos comuns s Empresas Pblicas e s Sociedade de Economia Mista.

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre

    O regime pblico das empresas estatais hbrido. Porm, vale ressaltar que:

    1) Prestadora de servio pblico, o seu regime hbrido aproxima-se mais do regime pblico. A sua responsabilidade objetiva.

    2) Exploradora de atividade econmica, mesmo sendo hbrido, seu regime aproxima-se mais do regime de direito privado.

    D - REGIME JURDICO DAS EMPRESAS ESTATAIS:

    1) Criao e Extino: so autorizadas por lei, dependendo para sua constituio do registro de seus atos constitutivos no rgo competente (art. 37, XIX da CF);

    2) Bens: A doutrina e a jurisprudncia entendem que os bens dessas empresas tm que ser protegidos, principalmente no caso das prestadoras de servios pblicos, em nome do Princpio da Continuidade do Servio Pblico.

    Portanto, via de regra, os bens das Empresas Pblicas e das SEM so penhorveis, exceto se a empresa for prestadora de servios pblicos e o bem estiver diretamente ligado a prestao de servios pblicos.

    3) Licitaes:

    - Prestadoras de Servios Pblicos: seu regime se aproxima mais do regime pblico do que do privado, estando, pois, sujeitas s regras da Lei 8.666/93:

    - As Empresas Estatais exploradoras de atividade econmica esto sujeitas regra geral da lei 8.666/93. Portanto, deve seguir a regra geral, independentemente de ser empresa pblica ou sociedade de economia mista.

    Essas empresas muitas vezes conseguem fugir da licitao em face do fato da prpria lei criar situaes de dispensa e inexigibilidade. O Art. 24 da Lei 8.666/93 estabelece algumas liberalidades nos casos de Empresas Estatais.

    4) Controle - interno e externo: o entendimento recente do STF de que as mesmas esto sujeitas controle pelo TCU

    5) Responsabilidade Civil:

    - Quando prestadoras de servios pblicos, responsabilidade objetiva, com base no art. 37, 6, da CF, respondendo o Estado subsidiariamente pelos prejuzos causados.

    CF/88. Art. 37. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    - Quando exploradoras de atividade econmica, o regime ser o privado. Responsabilidade decorrente do Cdigo Civil e no do Art. 37, 6, CF/88.

    Pelas regras do CC/2002, a responsabilidade , via de regra, subjetiva, mas pode se considerada como objetiva se enquadrar nas hipteses de responsabilidade objetiva do CC. Nesse caso, o Estado no responder subsidiariamente.

    6) Regime de pessoal: quem atua em Empresa Estatal titular de emprego, ou seja, so empregados, seguindo o regime da CLT.

    - Recebem o nome de servidores de entes governamentais de direito privado. Todavia, so

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    equiparados a servidores pblicos, em razo de algumas regras: exigncia de concurso pblico, teto remuneratrio, acumulao, remdios constitucionais, fins penais, improbidade administrativa nos termos da lei 8.429/92, e outras, pois seu regime hbrido, APLICANDO-SSE A ELAS:

    - Regra do concurso pblico: tem que prestar concurso pblico. Orientao n 231-TCU.

    - Acumulao: a regra da no acumulao, salvo as hipteses previstas na Constituio.

    - Teto Remuneratrio: so sujeitos ao teto, salvo quando a empresa estatal no receber recursos pblicos para custeio de manuteno.

    - Fins Penais: SIM. O empregado das empresas estatais funcionrio pblico para fins penais. Art. 327 do CP.

    7) Imunidade Tributria: regra geral, a imunidade prevista na alnea a do inciso VI do Art. 150 da CF/88, estende-se, no termos do 2 do mesmo artigo, apenas s autarquias e s fundaes autrquicas. No entanto, o STF tem julgados no sentido de extenso da imunidade recproca tambm s empresas estatais prestadoras de servios pblicos de prestao obrigatria pelo Estado, decidindo em favor da EBCT (Correios), CAERD (Cia de guas e Esgotos de Rondnia); e INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia).

    OBSERVAO - DISPENSA DO EMPREGADO:

    1) Para o TST, se a relao Celetista, quem julga a Justia do Trabalho;

    - Smula 390-TST: 390. Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administrao direta, autrquica ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa pblica e sociedade de economia mista. Inaplicvel. I O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade de economia mista, ainda que

    admitido mediante aprovao em concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

    2) Para os administrativistas depende de processo administrativo e de motivao;

    3) PORM, PARA O TST NO PRECISA DE PROCESSO E NEM DE MOTIVAO. No h garantia de permanncia. Smula 390, TST, diz que esses empregados no gozam da estabilidade art. 41, CF/88. OJ NR 247 No precisa de motivao.

    E - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT

    A jurisprudncia, em razo da exclusividade de seus servios (servio postal), goza de tratamento de Fazenda Pblica, idntico ao de uma autarquia, com os mesmos privilgios e os mesmos rigores do regime pblico.

    No entanto, o TST, coloca ressalva quanto dispensa do empregado da ECT, que segue o regime de Fazenda Pblica, com isso, h a necessidade de processo administrativo e de motivao.

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    IV ENTES DE COOPERAO / ENTES PARA-ESTATAIS / TERCEIRO SETOR

    So entidades de direito privado, sem fins lucrativos, no integrantes da estrutura da administrao pblica indireta, que, realizando atividades de interesse pblico, colocam-se ao lado do Estado, colaborando com este na busca do bem-estar social.

    So genericamente denominadas ENTIDADES PARAESTATAIS ou ENTES DE COOPERAO, que tm por objetivo cooperar (da a sua denominao) com a Administrao Pblica.

    So os seguintes:

    os SERVIOS SOCIAIS AUTNOMOS; as ORGANIZAES SOCIAIS; as ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO; e as FUNDAES DE APOIO.

    OBSERVAO - Diviso da Economia: a) Primeiro Setor: atuao do Estado; b) Segundo Setor: Mercado, iniciativa Privada; c) Terceiro Setor: Organizaes No-Governamentais (nem todas as ONGs); d) Quarto Setor: economia informal.

    1. SERVIO SOCIAL AUTNOMO SITEMA S:

    SESI, SENAI, SENAC, SENAT, SEBRAE etc.

    Praticamente todos que comeam com S, salvo a ABDI (Agncia Brasileira da Desenvolvimento da Indstria e a APEB (Agncia de Produo e Exportao do Brasil).

    So institudos por lei, com personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, com a finalidade fomento, prestando assistncia (mdica, odontolgica etc.) ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais. Tm a sua manuteno atravs de dotaes oramentrias prprias ou de contribuies de seus beneficirios (parafiscalidade)

    OBSERVAO - PARAFISCALIDADE

    a delegao da capacidade tributria (aptido para cobrar tributos.

    A capacidade tributria pode ser delegada para outros entes Pblicos, como por exemplo para o INSS, ou para particulares - pessoas de direito privado - desde que perseguidores do interesse pblico, como por exemplo as pessoas jurdicas do Sistema S.

    Esse tipo de remunerao a chamada de contribuio parafiscal.

    - CARACTERSTICAS:

    a) Controle: Esto sujeitas a controle pelo Tribunal de Contas.

    b) Regime de pessoal: o da CLT, e em sua maioria segue contratao temporria.

    c) Licitao: como so controlados pelo TCU, esto sim sujeitos licitao, mas possuem um regime prprio, especial. O prprio TCU criou o regulamento do procedimento licitatrio.

    2. ENTIDADE DE APOIO

    So aquelas pessoas jurdicas que prestam apoio ao Estado, mais especificamente junto s universidades pblicas (Fundaes / Associaes / Cooperativas). Incentivam e financiam pesquisas, promovem cursos de ps-graduao. No compem Administrao Pblica. Possuem natureza de Fundao, porm muitos autores admitem que podem ter natureza de associao ou de Cooperativa. Quem trabalha na EA servidor pblico, bem como as instalaes e a estrutura so da pessoa jurdica de direito pblico apoiada.

    Podem atuar tambm junto a hospitais.

    No precisam realizar concurso;

    No fazem licitao

    A nica EA que possui lei a de apoio s Universidades (Lei 8.958/94).

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    O vnculo jurdico com o Estado um contrato de convnio.

    3. ORGANIZAO SOCIAL:

    Tambm chamada de OS, foi instituda e definida pela Lei n 9.637/98. Surgiram em 1998, por ocasio da reforma administrativa, promovida pela Emenda Constituio n. 19/98, visando ampliao da descentralizao na prestao de servios pblicos. Na oportunidade, o governo federal instituiu o Programa Nacional de Publicizao - PNP, por meio da j mencionada Lei n. 9.637, de 15 de maio de 1998, que previa a extino de entidades e rgo pblicos, sendo as suas atividades, de carter social, absorvidas por pessoas jurdicas de direito privado qualificadas como Organizaes Sociais.

    pessoa jurdica de direito privado, criada por particulares para a execuo, por meio de parcerias, de servios pblicos no exclusivos do Estado, previsto em lei (art.1): servios de pesquisa, tecnologia, ensino, cultura, meio ambiente. O vnculo jurdico se d por meio de um contrato de gesto: Administrao X Particular.

    Caracteriza-se por poder receber trs privilgios: a) Pode receber recursos oramentrios; b) Pode receber permisso de uso de bem pblico; c) Pode receber cesso de servidores.

    submetida ao controle do Tribunal de Contas da Unio.

    Com relao licitao:

    Art. 24. dispensvel a licitao: XXIV - para a celebrao de contratos de prestao de servios com as organizaes sociais, qualificadas no mbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gesto.

    Exemplificam as Organizaes Sociais, dentre outras, as seguintes instituies:

    - Associao de Comunicao Educativa Roquette Pinto ACERP - Associao Brasileira de Tecnologia de Luz Sncrotron ABTLuS - Associao Brasileira para o Uso Sustentvel da Biodiversidade da Amaznia BIOAMAZNIA - Instituto de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau IDSM - Associao Instituto Nacional de Matemtica Pura e Aplicada IMPA - Associao Rede Nacional de Ensino e Pesquisa ARNP - Centro de Gesto e Estudos Estratgicos - CGEE

    4. ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO OSCIP:

    pessoa jurdica de direito privado, instituda por particular para prestao de servios sociais no exclusivos do Estado (Fundamento Legal - Lei Federal 9.790/99) sob o incentivo e fiscalizao dele e que consagrem em seus estatutos uma srie de normas sobre estrutura, funcionamento e prestao de contas (art.4).

    O objeto das OSCIPs muito mais amplo que o das OS, compreendendo, inclusive, finalidades de benemerncia social. As OSCIPs desenvolvem, portanto, atividades socialmente teis como as de: assistncia social, combate pobreza, promoo gratuita da sade, da cultura, da cidadania e dos direitos humanos.

    Delas so exigidas providncias de ordem contbil e fiscal para a formao do termo de parceria, tais como o balano patrimonial e o demonstrativo do exerccio, bem como a declarao de iseno do Imposto de Renda.

    A finalidade das OSCIPs facilitar o aparecimento de parcerias e convnios com todos os nveis de governo e rgos pblicos (federal, estadual e municipal), alm de permitir que as doaes a elas destinadas tenham isenes tributrias. Exemplificam-nas, dentre outras, as seguintes instituies: - Fundao Semear, de Novo Hamburgo RS; - Instituto BioBrasil (atua nas reas da sade pblica, assistncia social, planejamento e meio ambiente);

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    - Associao Eco Juria AEJ (objetiva preservar os rios, o mangue, a fauna e a flora da Jureia); - VIVA MARIA (tem por finalidade promover o desenvolvimento da mulher, no mbito da conscincia e das atitudes, por meio da sua educao para a vida).

    OBSERVAO:

    1) Ela j tem que existir no ramos de atividade h pelo menos 1 ano;

    2) Vnculo jurdico: termo de parceria. Esse termo de parceria tem natureza jurdica de contrato.

    3) Serve para satisfazer necessidade da Administrao, sendo que para suprir a necessidade, a OSCIP quem ir comprar material e equipamento e contratar pessoal especializado. SUA NECESSIDADE TEM QUE SER TEMPORRIA. QUANDO SE TRATAR DE NECESSIDADE PERMANENTE, DEVE-SE REALIZAR CONCURSO.

    4) O Estado paga para a OSCIP pelos servios.

    5) A OSCIP no recebe recursos oramentrios, no participa do oramento. No tem bens pblicos e nem servidores pblicos.

    6) No h controle constante do TCU. Nada impede um controle especfico do contrato.

    7) No h previso expressa de sujeio de regime de licitao.

    QUESTES DE CONCURSO:

    01. (DER/RO-2010) - Administrao Indireta o conjunto de entidades que, vinculadas Administrao Direta, tem o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. Das categorias citadas, uma NO faz parte da Administrao Indireta. Identifique-a. A) Autarquia. B) Empresa pblica.

    C) Organizao No Governamental (ONG). D) Fundao. E) Sociedade de economia mista.

    02 A Administrao Pblica pode descentralizar suas atividades, criando pessoas jurdicas que integraro a Administrao Indireta. Uma das entidades da Administrao Indireta ser criada por lei para desempenhar atividades consideradas tpicas do Estado. Trata-se da seguinte entidade: (A) autarquia; (B) empresa pblica; (C) sociedade de economia mista; (D) fundao pblica; (E) rgo pblico.

    03. TCE/PB-2009 - Em tema de Administrao Pblica, INCORRETO afirmar: (A) A administrao, para exercer a sua funo, no est em posio de igualdade em face do particular, que normalmente obedece ao princpio da autonomia das vontades, mas se encontra em situao diferenciada face ao princpio da supremacia do interesse pblico. (B) O princpio da legalidade administrativa preconiza que a administrao pblica deve atuar em conformidade com a lei, enquanto o particular deve agir apenas numa relao de compatibilidade legal, ou seja, sem contrariar a lei. (C) Conceitua-se Administrao Pblica, no sentido objetivo, como funo administrativa ou de atividade desempenhada sob o regime de direito pblico para a consecuo de interesses coletivos. (D) A fonte primria do Direito Administrativo, por excelncia, a norma jurdica, seja ela considerada regra ou princpio, contida na

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    Constituio Federal, em lei ou ato normativo editado pelo Poder Executivo. (E) Pelo princpio da proporcionalidade, os atos administrativos devem ter a sua publicidade restrita apenas aos casos em que a sua publicao expressamente exigida.

    04. TJ/AP-2009 - princpio estranho ao rol contido na Lei federal que traz normas sobre processo administrativo o princpio (A) da motivao. (B) da razoabilidade. (C) da inrcia processual. (D) da segurana jurdica. (E) do interesse pblico.

    05. ANA / 2009 - Quanto s caractersticas da administrao pblica federal brasileira e sua forma de organizao, analise os itens a seguir e marque com V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a opo correspondente. ( ) Os rgos so compartimentos internos da pessoa pblica que compem sua criao bem como sua extino so disciplinas reservadas lei. ( ) A realizao das atividades administrativas do Estado, de forma desconcentrada, caracteriza a criao de pessoas jurdicas distintas, componentes da administrao pblica indireta. ( ) As entidades da administrao pblica indireta do Poder Executivo, apesar de no submetidas hierarquicamente ao Ministrio a que se vinculam, sujeitam-se sua superviso ministerial. ( ) O Poder Judicirio e o Poder Legislativo constituem pessoas jurdicas distintas do Poder Executivo e, por isso, integram a administrao pblica indireta.

    a) V, F, V, F b) V, F, F, V c) F, V, V, F d) F, V, F, V e) V, V, F, V

    06. Segundo doutrina dominante, o princpio da moralidade administrativa impe ao gestor pblico o dever: a. da boa administrao b. de publicidade c. de motivar os atos administrativos d. de obedincia s ordens superiores.

    07 - CESPE (AGU/2008) No obstante o princpio da legalidade e o carter formal dos atos da administrao pblica, muitos administrativistas aceitam a existncia de fontes escritas e no-escritas para o direito administrativo, nelas includas a doutrina e os costumes; a jurisprudncia tambm considerada por administrativistas como fonte do direito administrativo, mas no juridicamente correto chamar de jurisprudncia uma deciso judicial isolada. ( ) CERTO ( ) ERRADO

    GABARITO: 1) C; 2) A; 3) E; 4) C; 5) E; 6) A; 7) CERTO