resumo atividade da advocacia

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RESUMO ATIVIDADE DE ADVOCACIA O Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB) foi instituído pela Lei nº 8906/94 com o objetivo de adequar o exercício da advocacia à Constituição de 1988. Em 1995, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuições conferidas pelos arts. 33 e 54, V, do EAOAB, alterou o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (CED), adequando-o, igualmente à nova ordem constitucional. Inicialmente deve-se esclarecer que a denominação “bacharel” destina-se ao individuo formado em curso superior de Ciências Jurídicas, ao passo que o termo “Advogado” designa exclusivamente os integrantes dos quadros dos Advogados do Brasil. Essa distinção é importante, pois o âmbito de competência da OAB restringe-se ao advogados, nada podendo fazer relação aos que, embora bacharéis, não exerçam a advocacia. Alguns cargos públicos têm como requisito o efetivo exercício da atividade de advocacia. Segundo o art. 5º do Regulamente Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEAOAB), considera-se efetivo exercício da advocacia a participação anual mínima de 05 (cinco) atos privativos de advogado, em causas ou questões distintas, comprovada mediante: a) Certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; b) Cópia autenticada de atos privativos; c) Certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados. São atividades privativas de advocacia a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, bem como as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídica ( art. 1º da EAOAB). Não se inclui, na atividade privativa de advocacia, a postulação em face de órgãos administrativos nem a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. Convém lembrar que o art. 7º do RGEAOAB determina que a função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por que não se encontre inscrito regularmente na OAB. Do mesmo modo, os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados (art. 1º, p 2º, do EAOAB.) Nos termos do art. 4º, caput, do EAOAB, são nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Também são nulos os atos praticados por advogado impedido no âmbito impedido suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. Além daqueles que exercem a advocacia de forma privada, também são considerados advogados, sujeitando-se ao regime do Estatuto da Advocacia e da OAB, além do regime

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  • RESUMO

    ATIVIDADE DE ADVOCACIA

    O Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB) foi institudo pela Lei

    n 8906/94 com o objetivo de adequar o exerccio da advocacia Constituio de 1988. Em

    1995, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuies

    conferidas pelos arts. 33 e 54, V, do EAOAB, alterou o Cdigo de tica e Disciplina da Ordem

    dos Advogados do Brasil (CED), adequando-o, igualmente nova ordem constitucional.

    Inicialmente deve-se esclarecer que a denominao bacharel destina-se ao individuo

    formado em curso superior de Cincias Jurdicas, ao passo que o termo Advogado designa

    exclusivamente os integrantes dos quadros dos Advogados do Brasil. Essa distino

    importante, pois o mbito de competncia da OAB restringe-se ao advogados, nada podendo

    fazer relao aos que, embora bacharis, no exeram a advocacia.

    Alguns cargos pblicos tm como requisito o efetivo exerccio da atividade de advocacia.

    Segundo o art. 5 do Regulamente Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEAOAB),

    considera-se efetivo exerccio da advocacia a participao anual mnima de 05 (cinco) atos

    privativos de advogado, em causas ou questes distintas, comprovada mediante:

    a) Certido expedida por cartrios ou secretarias judiciais;

    b) Cpia autenticada de atos privativos;

    c) Certido expedida pelo rgo pblico no qual o advogado exera funo privativa do

    seu ofcio, indicando os atos praticados.

    So atividades privativas de advocacia a postulao a rgo do Poder Judicirio e aos juizados

    especiais, bem como as atividades de consultoria, assessoria e direo jurdica ( art. 1 da

    EAOAB). No se inclui, na atividade privativa de advocacia, a postulao em face de rgos

    administrativos nem a impetrao de habeas corpus em qualquer instncia ou tribunal.

    Convm lembrar que o art. 7 do RGEAOAB determina que a funo de diretoria e gerncia

    jurdicas em qualquer empresa pblica, privada ou paraestatal, inclusive em instituies

    financeiras, privativa de advogado, no podendo ser exercida por que no se encontre

    inscrito regularmente na OAB. Do mesmo modo, os atos e contratos constitutivos de pessoas

    jurdicas, sob pena de nulidade, s podem ser admitidos a registro, nos rgos competentes,

    quando visados por advogados (art. 1, p 2, do EAOAB.)

    Nos termos do art. 4, caput, do EAOAB, so nulos os atos privativos de advogado praticados

    por pessoa no inscrita na OAB, sem prejuzo das sanes civis, penais e administrativas.

    Tambm so nulos os atos praticados por advogado impedido no mbito impedido

    suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatvel com a advocacia.

    Alm daqueles que exercem a advocacia de forma privada, tambm so considerados

    advogados, sujeitando-se ao regime do Estatuto da Advocacia e da OAB, alm do regime

  • prprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia Geral da Unio, da Procuradoria da

    Fazenda Nacional, da Defensoria Pblica e das Procuradorias e Consultorias Jurdicas do

    Estado, do Distrito Federal, dos Municpios e das respectivas entidades de Administrao

    indireta e fundacional (art. 3, p 1, do EAOAB). H pois, igual necessidade de inscrio nos

    quadros da OAB;

    Os atos praticados pelos advogados que integram sociedades irregulares so nulos de

    pleno direito