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Instituto Superior de Ciências da Saúde Norte Departamento de Ciências Dentárias Para obtenção do grau de Mestrado Integrado de Medicina Dentária Nataliia Galka

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Page 1: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

Instituto Superior de Ciências da Saúde Norte

Departamento de Ciências Dentárias

Para obtenção do grau de Mestrado Integrado de

Medicina Dentária

Nataliia Galka

2013

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1

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Índice Geral

Resumo 2

1 Introdução 2

2 Relatório das actividades práticas das disciplinas de Estágio Supervisionado 3

2.1 Relatório de actividades por unidade curricular 3

2.1.1 Estágio em Clínica Geral Dentária 3

2.1.2 Estágio em Clínica Hospitalar 3

2.1.3 Estágio em Saúde Oral Comunitária 4

2.2 Considerações finais das actividades de estágio 4

3 Desenvolvimento da fundamentação teórica 5

3.1 Restaurações Classe V – Materiais e Métodos 5

3.2 Introdução 5

3.3 Metodologia 6

3.4 Discussão 6

3.5 Considerações Finais 29

Bibliografia 30

2

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Resumo

Este trabalho tem a finalidade de transpor para o papel, as actividades exercidas nos

estágios obrigatórios do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária. O estágio

foi composto por 3 unidades curriculares, sendo estas; - Estágio em Clínica Geral

Dentária, Estágio Hospitalar em serviços de Estomatologia e Medicina Dentária em

Unidades Hospitalares e Estágio em Saúde Oral Comunitária.

Nesse trabalho também desenvolvemos um tema com revisão bibliográfica subordinada

ao título Restaurações classe V – Materiais e Métodos

Palavras-chave: sistema adesivo, resinas compostas, cimento Inómetro de Vidro e

restaurações combinadas/ adhesive system, composite resins, glass-ionomer cements

and combined restorations.

1. Introdução

O estágio em Medicina Dentária é o culminar do estudo académico e a introdução da

parte prática do estudo que se caracteriza pela prestação de serviços de saúde oral pelos

alunos, supervisionados pelos seus professores. Um dos principais objectivos do estágio

é providenciar o contacto directo entre alunos e pacientes, para que o estagiário possa

perceber e interiorizar os problemas que vai enfrentar.

É durante esta fase que o estagiário pode aplicar, praticar e aprofundar os seus

conhecimentos teóricos e laboratoriais, bem como o acumular de conhecimento que lhe

permitam uma melhor transição do período académico para a vida profissional.

3

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2. - Relatório das actividades práticas das disciplinas de Estágio Supervisionado

2.1 - Relatório de actividades por unidade curricular

2.1.1 – Estágio em Clínica Geral Dentária

O Estágio em Clínica Geral Dentária foi realizado na clínica da _______, com duração

de ____ horas, nas segundas feiras entre as __h e __h.

Fomos tutelados pela professora Dra. ____________________________, e foi

cumprido na sua totalidade. Foram realizados os seguintes procedimentos:

Triagens Destartarizações Restaurações Endodontias Extracções

0 0 0 0 0

2.1.2 – Estágio Hospitalar

O Estágio Hospitalar foi realizado no Hospital ________________, com duração de ___

horas, nas ________ feiras entre as __h e __h, juntamente com ____________

Fomos tutelados pelo professor Dr.__________________ Foi cumprido em sua

totalidade. Foram realizados os seguintes procedimentos:

Triagens Destartarizações Restaurações Endodontias Extracções

0 0 0 0 0

4

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2.1.3 – Estágio em Saúde Oral Comunitária

O Estágio em Saúde Oral Comunitária foi realizado juntamente com o_______, Fomos

tutelados pelo professor Doutor ________________. Teve duração de ___ horas, nas

_______feiras entre as __h e __h.

Este estágio teve como principal objectivo a implementação do Programa Nacional de

Promoção de Saúde oral, nas escolas e jardins de infância ________ Para tal foram

realizadas apresentações para sensibilização das crianças, supervisão da tarefa da

escovagem dos dentes das mesmas e levantamento de dados para cálculo dos índices

CPOD e CPOS.

Recursos utilizados: Vídeos educativos, apresentações em Powerpoint, Flyers, espelho

clínico, luvas e máscaras. O estágio foi cumprido na sua totalidade.

2.2 – Considerações Finais das Actividades de Estágio

Os estágios foram realizados sem maiores adversidades. Praticamente todos os

objectivos foram cumpridos, o relacionamento com os professores, pacientes e outros

alunos foi muito bom, o que facilitou o aprendizagem e o desenvolvimento das

competências pessoais e profissionais. Tivemos uma boa experiência prática, sobretudo

no Estágio hospitalar, onde tivemos oportunidade de ver o impacto de doenças

sistémicas na prática da Medicina Dentária, além disso, essa prática proporcionou-nos

uma melhor noção prática, da saúde comunitária.

5

Page 7: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

3. DESENVOLVIMENTO DA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 – Restaurações classe V Materiais e Métodos

3.2 – Introdução

A susceptibilidade do dente à cárie é determinada pelo grau de mineralização do

esmalte, proporcionando uma maior ou menor, resistência à dissolução ácida1. No

entanto, o factor que determina o grau de mineralização e remineralização é regido por

dois factores: - Os intrínsecos que ocorrem durante a formação do dente e os factores

extrínsecos que são ambientais e locais. É sabido que são necessários pelo menos, três

factores etiológicos primários, para que a cárie se desenvolva, no entanto, segundo a

opinião de Newbrun, ainda será necessário mais um factor, para que a cárie se instale –

o tempo2.

A boa aderência dos materiais restauradores, depende muito da interacção entre o

material restaurador, sistema adesivo e o substrato dentário, de modo a promover um

adequado selamento marginal, impedindo a passagem de fluidos através da interface

dente/restauração, prevenindo a recorrência de cáries e injúrias pulpares.5

As lesões de classe V devem ser tratadas em função de sua etiologia. A restauração

deve ter atenção o diagnóstico oclusal, eventuais hábitos para-funcionais, qualidade de

substrato amelo-dentinário, hábitos alimentares, distúrbios gastro esofágicos e a

existência ou não, de lesões de cárie.

3.3 - Metodologia

Dado que a tecnologia pôs à disposição dos estudantes bases de dados como a Medline,

Pubmed e Science Direct para a pesquisa de artigos publicados em revistas ou jornais

científicos, fez-se uma pesquisa tendo como base as seguintes palavras-chave: adhesive

system, composite resins, glass-ionomer cements and combined restorations.

6

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Foram seleccionados 1 estudo publicado em 1997, em 2000 (1), 2002 (2), 2005 (1),

2007 (2), 2009 (2), 2011 (3) e 2012 (2) que se considerou serem mais relevantes para o

que se pretendia.

3.4 - Discussão

Segundo um artigo publicado em 2012, Hoje em dia cerca de 90 % dos adultos que

vivem nos países ocidentais sofrem de alguma doença do foro dentário6

A cárie dentária é uma doença multifactorial, infecciosa, transmissível, que produz a

desmineralização das estruturas dentárias e está intimamente relacionada com a dieta

adoptada. Baseado neste conceito, Paul Keyes desenvolveu um diagrama onde

demonstra a natureza multifactorial da cárie. Segundo o autor são necessários pelo

menos três factores etiológicos primários para que a doença cárie se desenvolva: 7

Susceptibilidade do hospedeiro,

Microbiota cariogénica da placa dental,

E substratos da dieta os quais são metabolizados pelos microrganismos da placa.

Assim, será necessária a presença simultânea destes 3 aspectos, para que o processo de

cárie aconteça. Portanto, nem a dieta nem os microrganismos, actuando como factores

individuais podem provocar o aparecimento da cárie. Segundo a opinião de Newbrun

(que reviu o conceito de Keyes) é ainda necessário que ocorra mais um factor - o tempo,

uma vez que os três primeiros precisam estar presentes por um determinado período de

tempo, para que a desmineralização progressiva do esmalte ocorra8. Ainda segundo

Newbrun a cárie é também um processo de destruição localizada, dos tecidos dos

dentes, causado por microrganismos. Envolve a dissolução da fase mineral,

principalmente os de cristais de Hidroxiapatita, por ácidos produzidos pela fermentação

bacteriana9.

7

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Classificações de Black

Classificação artificial de Beck 8

Cavidades Características

I

Cavidades preparadas em regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas

e fissuras. Ocorrem em:

Na face oclusal de pré-molares e molares, nos 2/3 oclusais da face vestibular dos

molares. Na face lingual dos incisivos superiores e ocasionalmente, na face

palatina dos molares superiores.

II

Cavidade com superfícies lisas

Situa-se logo abaixo da área de contacto.

Ocorre em Cavidades preparadas nas faces proximais dos pré-molares e

molares.

III

Cavidade com superfícies lisas

Situa-se logo abaixo das áreas de contacto.

Envolve as faces proximais dos dentes incisivos e caninos que não

envolvem o ângulo incisal.

IV

Cavidade com superfícies lisas

Situa-se logo abaixo da área de contacto.

Envolve as faces proximais dos incisivos e caninos, com remoção e

restauração do ângulo incisal

V

Cavidade com superfícies lisas

Ocorre nas cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas,

das faces vestibular e lingual de todos os dentes.

VI

(É uma modificação das anteriores (cinco) classificações). Quaisquer outros

locais, além dos que já foram mencionados acima:

Ponta de cúspide.

Borda incisal.

Cáries radiculares.

8

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G.V. Black propôs dois tipos de classificação: Uma etiológica, baseada nas áreas dos

dentes susceptíveis à cárie, ou seja, regiões de difícil higienização, dividida conforme a

sua localização anatómica; cavidades de cicatrículas e fissuras; cavidades de superfícies

lisas; e outra, artificial, na qual reuniu cavidades em classes que requerem a mesma

técnica de instrumentação e restauração.

Classificação artificial de Black - Foi baseada na técnica de instrumentação da

cavidade. De acordo com essa classificação, ele dividiu as cavidades em 5 classes, mais

tarde foi adicionada uma outra classe8.

Restaurações Classe V

As restaurações de Classe V tem indicação para tratamento restaurador por: cárie

primária, fractura dentária, cárie secundária ou por anteriores tratamentos restauradores

deficientes 14.

As lesões cervicais de classe V devem ser tratadas em função de sua etiologia. O

tratamento deve ter atenção o diagnóstico oclusal, eventuais hábitos para-funcionais,

qualidade de substrato amelo-dentinário, hábitos alimentares, distúrbios gastro

esofágicos e a existência de lesões de cárie 3. Estas lesões requerem maiores cuidados e

uma boa técnica tendo em vista a estética e obtenção de um bom selamento marginal.

Importa referir que os factores mais importantes são:

Tipo de lesão: Cada uma requer particularidades especiais durante a preparação da

cavidade, especialmente naquelas que não apresentam esmalte na margem cervical.

As lesões podem ser cariosas e não cariosas. As lesões não cariosas podem ser por:

abrasão, erosão e abfração: Abrasão é a perda de estrutura causada por um processo

mecânico repetitivo; Erosão é o processo de descalcificação e dissolução por

9

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substância química; Abfração é uma microfractura da estrutura dentária, causado

pela deflexão do elemento dentário.

Profundidade da lesão: geralmente são profundas, do ponto de vista biológico, e

assim requerem protecção do complexo dentina/polpa, porém são rasas do ponto de

vista mecânico e geralmente, uma pequena camada de resina é suficiente para

preencher a cavidade.

O tamanho da lesão, é um factor decisivo na obtenção de boa estética, uma vez que

a reflexão da luz é diferente em restaurações de pequeno, médio ou grande tamanho,

e com isso a reprodução da cor natural do dente pode ser mais, ou menos difícil.

A extensão da lesão, que pode ser sub ou supra gengival.

A localização da lesão 3.

Nas cavidades de classe V, um factor que também influência significativamente a

adaptação marginal é a localização da margem cervical. Sabe-se que a adaptação é

definida como o grau de proximidade e interligação entre o material restaurador e as

paredes cavitárias 4,11.

Quando se fazem restaurações de classe V o maior problema subjacente, é o da micro-

infiltração ou seja da formação de uma fenda microscópica na margem gengival

cemento /dentina resultante da contracção da polimerização. A micro-infiltração

também pode contribuir para a criação de cáries secundárias, fracturas marginais,

descolorações marginais, sensibilidade pós operatória, pode também levar à

contaminação microbiana da interface dente / restauração e pode causar inflamação

pulpar (pulpite) 11,12,13,14.

Um factor importante na manutenção das restaurações de classe V é o ajuste oclusal que

tem por objectivo, diminuir as forças conduzidas pela coroa até a região cervical onde

estas são dissipadas 14. Da mesma forma que são gerados processos inflamatórios

10

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cervicais que geram reabsorções ósseas por estas forças, a zona de hibridização das

restaurações desta região também sofrem uma perda de eficiência. Sendo assim, o ajuste

oclusal após reabilitação cervical directa é um grande aliado na procura da

longevidade15. Assim, o sucesso clínico de uma restauração baseia-se, sobretudo, na

obtenção de uma boa adaptação marginal dos componentes protéticos, na

estanquicidade que o material restaurador proporciona às margens da preparação

cavitária. A adaptação do material à cavidade depende essencialmente da sua expansão

térmica e da alteração dimensional durante o processo de polimerização 11,12,13,14,15.

Procedimentos a efectuar em caso de restaurações classe V

Antes de se iniciar a preparação e restauração de uma cavidade do vestíbulo cervical, é

muito importante determinar se há alguma relação entre a lesão cariosa e o periodonto,

porque é muito comum que haja lesões cariosas que se estendam pela sub-gengiva, o

que vai dificultar o acesso à margem cervical da lesão 3, 11,15.

Anestesia e Profilaxia - Na maioria de casos é necessária a administração de anestesia

porque estas lesões atingem zonas muito sensíveis e também porque, pode ser

necessário o afastamento gengival. Enquanto se aguarda pelo efeito da anestesia,

tomam-se as medidas profilácticas necessárias, (normalmente deve ser realizada com

taça de borracha ou escova de Robinson e utiliza-se pedra pomes como agente

abrasivo)1.

Selecção da Cor - A cor é parte integrante da restauração, assim como a sua forma e

textura. No entanto a selecção da cor revela-se um problema multifactorial, uma vez que

envolve idade do paciente, a área a ser restaurada, a translucidez ou opacidade do

material e fidelidade das escalas de cor 1,3,15.

11

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Assim é fundamental conhecer a existência das três dimensões da cor para a percepção

estética: o matiz, a cromática e valor: Matiz: utiliza-se com frequência para definir a

cor, ou seja, azul, amarela, vermelha. Numa forma mais complexa podemos associar o

termo ao comprimento de onda da luz observada. Cromática: medida da intensidade do

matiz, ou ainda, o seu grau de saturação. Ex.: azul claro, azul médio e azul-escuro.

Valor: é a variação de brilho que um matiz apresenta, dependendo directamente da

tonalidade de cinza. O valor está directamente relacionada com: A reflexão da luz,

sendo responsável pelo aspecto de vitalidade da estrutura dental; Com o grau de

opacidade ou translucidez e transparência de uma estrutura.

Isolamento do Campo Operatório - Como os sistemas restauradores adesivos são

muito sensíveis à humidade, todos os procedimentos devem ser feitos com a colocação

do isolamento absoluto do campo operatório. Segundo Baratieri o isolamento absoluto é

o único capaz de evitar a contaminação do campo quando as lesões estendem-se para

além da subgengiva 21.

Preparação da cavidade - Este procedimento deve ser o mais conservador possível. A

extensão da preparação deve ser determinada pelo tamanho, forma e localização da

lesão, mas algumas vezes, deverá considerar-se a necessidade de ampliação do contorno

por razões estéticas. Muitos autores 1,14,15,17 concordam com a necessidade de que a

reparação seja o mais conservadora possível, mas diferem com relação ao tratamento no

ângulo cavo superficial. A técnica do condicionamento ácido do esmalte/resina

fluída/resina composta, revolucionou o conceito de preparação da cavidade. Assim esta,

varia de acordo com o tipo de lesão.

Lesão cariosa só de esmalte e sem cavitação - São as conhecidas lesões brancas que

representam um estágio inicial da cárie numa superfície lisa18. Geralmente o seu

tratamento dispensa a execução da preparação da cavidade e restauração. No entanto um

12

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estudo recente concluiu que é conveniente a aplicação de verniz porque este

procedimento, ajuda a reduzir e a controlar melhor a cárie 18.

Lesão cariosa só de esmalte com cavitação - Quando se forma uma lesão de esmalte

com cavitação, a melhor opção é a remoção da lesão cariosa através do emprego de

fresas esféricas em baixa velocidade e a restauração é feita através da técnica do

condicionamento/ sistema adesivo/resina composta. O aspecto final é geralmente, uma

cavidade extremamente rasa, irregular e totalmente confinada ao esmalte. As maiores

vantagens são conservação de estrutura dental sadia, maior área de esmalte para

condicionamento ácido e o facto de não ser necessário o emprego de agente protector do

complexo dentino-pulpar, o qual dificulta a obtenção de boa estética19.

Lesão cariosa de esmalte/dentina com todas as margens em esmalte – A restauração

deve ser conservadora, as paredes mesial e distal da cavidade paralelas às respectivas

faces, assim como as paredes incisal e gengival acompanham a curvatura da gengiva

marginal. Após, faz-se um movimento de mesial a distal e vice-versa e a fresa deve ficar

perpendicular à superfície externa do dente, assim as paredes circundantes da cavidade

ficam ligeiramente expulsivas e a parede axial convexa e acompanha a curvatura da face

vestibular do dente, esta convexidade evita a remoção de “dentina sadia” do centro da

parede axial que protege ao órgão pulpar. Após este procedimento, faz-se com um bisel

ao longo da parede incisal com ponta diamantada esférica ou chama, em ângulo de 45

graus e largura de aproximadamente 0,5 mm. (O bisel é definido como um

procedimento técnico idealizado para se obter melhor estética e propiciar melhor

acabamento marginal da cavidade. Também é reconhecido como uma forma efectiva de

melhorar a adesão na interface dente – restauração) 18,19.

Lesão cariosa de esmalte/dentina com margem cervical em dentina - Estas lesões

em conjunto com as lesões de erosão/abrasão, são as que, provavelmente requerem

13

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maior esmero para se alcançar um adequado selamento marginal especialmente na

cervical, que fica mais vulnerável à infiltração marginal. Muitas vezes estão associadas

às infiltrações, uma maior sensibilidade pós-operatória, alterações pulpares reversíveis

ou irreversíveis, descoloração tanto do dente como do material restaurador e recidiva de

cárie. A preparação da cavidade é semelhante ao procedimento anterior, no entanto, a

retenção adicional gengival é executada com uma fresa esférica lisa ¼ em baixa

velocidade, que além de aumentar a retenção da restauração, permite bloquear melhor a

infiltração marginal nessa região 18,19.

Lesão de erosão/abrasão - O ideal é restaurar estas lesões sem haver a necessidade de

preparar a cavidade, porém, será necessário para se obter um melhor acabamento

estético e haver uma maior retenção e um melhor vedamento marginal, a execução de

um “preparação mínima” 14,15.

Nestas lesões, quando estamos perante a ausência de cáries, é feito um bisel nas

margens do esmalte e uma canaleta retentiva na parede gengival sem esmalte. Para

tanto, bastará a cavidade da própria lesão de erosão/abrasão acrescida do trabalho do

bisel e canaleta retentiva.

Limpeza da cavidade e protecção do complexo dentina/polpa – Os estudos revistos

recomendam fazer a limpeza da cavidade com ácido poli-acrílico, ante a

impossibilidade de uso deste com ácido tânico ou até mesmo exclusivamente com água.

As lesões de abrasão/erosão devem ser limpas com pedra-pomes e água, não existindo

diferença com a limpeza feita com ácido poli-acrílico19.

A protecção do complexo dentino/pulpar faz-se de acordo à profundidade da cavidade

(rasa, média e profunda). Nas cavidades rasas deve-se fazer hibridização da dentina.

Nas cavidades médias, deve ser feita a hibridização ou utiliza-se o cimento de

ionómetro de vidro e posteriormente o sistema adesivo. Nas cavidades profundas, em

14

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primeiro deverá ser feita a protecção com um cimento de hidróxido de cálcio e em

seguida, colocar uma base de cimento de ionómetro de vidro para depois aplicar o

sistema adesivo. Nas cavidades com exposição pulpar deve-se colocar pasta ou pó de

hidróxido de Ca, cimento de hidróxido de Ca, cimento de ionómetro de vidro e o

sistema adesivo.

Condicionamento ácido e aplicação do sistema adesivo15 - Este procedimento começa

após ter sido efectuada a protecção do complexo dentino-pulpar. O condicionamento

ácido remove aproximadamente 10 µm da superfície de esmalte, cria poros de 5 a 50

µm de profundidade e a descalcificação selectiva. Assim quando o adesivo é aplicado,

ele flui através dos microporos o que vai propiciar a retenção micromecânica com o

esmalte e aumento do embricamento mecânico. A aplicação do ácido seleccionado, é

feita de acordo com o sistema adesivo que se está a utilizar.

A dentina deve ser protegida da secagem (porque deve ficar húmida), no entanto, o

esmalte deverá ser seco com suave jacto de ar. O condicionamento total pode ser

realizado com diferentes tipos e concentrações de ácidos e de acordo ao sistema adesivo

utilizado. De acordo com Kidd EA o condicionamento ácido da dentina vital, tem os

seguintes objectivos: Remover a camada intrínseca de (smear layer) lama dentinária

para possibilitar a adesão à matriz dentinária subjacente; Expor dentina peri-tubular e

intertubular; Limpar a superfície da dentina, deixando-a livre de biofilmes;

Desmineralizar a matriz dentinária superficial para permitir a infiltração do sistema

adesivo na dentina intertubular; Os ácidos além de remover a camada de smear layer e

dos túbulos dentinários, também, agem selectivamente na dentina intertubular

superficial, ao remover os cristais de hidroxiapatita que revestem as fibras colágenas

criando porosidades. Após o procedimento, aplica-se o sistema adesivo de acordo com

as recomendações dos fabricantes15.

15

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Inserção e polimerização das resinas16 –

A inserção e a polimeração das resinas devem ser feitas segundo as especificações de

cada fabricante. Geralmente a inserção da resina é feita de forma incremental e em

seguida, polimerizada. Deve-se ter em atenção a reacção da contracção por

polimerização, porque está relacionada com o tipo de resina utilizada, o volume, sistema

de activação e desenho cavitário, podendo ser agravada pela técnica de inserção.

Acabamento e polimento - No fim da sessão, executa-se apenas a remoção dos

excessos grosseiros. O acabamento e polimento serão executados em sessão posterior

para possibilitar que as resinas polimerizem totalmente e se expandam14.

Materiais utilizados

Nas restaurações de classe V utilizam-se os seguintes materiais 15,16: Restaurações com

resina composta; Restaurações com Resina Flow; Restaurações com cimento de

ionómero de vidro; Restaurações combinadas;

Resinas compostas - (ou compósitos) como a própria palavra sugere, são formada por

vários componentes, principalmente por uma matriz polimérica e partículas inorgânicas.

Há quatro componentes principais, sendo as características e os percentuais de cada um

deles, variáveis de um material para outro: Matriz Orgânica; Carga inorgânica; Agente

de união; Sistema acelerador – iniciador21

Pode dizer-se que um compósito tem de apresentar propriedades mecânicas e físicas

adequadas para suportar as condições adversas do ambiente oral, que favorecem

diversos tipos de degradação, como alteração de cor, desgaste e fracturas, que podem

ocorrer durante a vida útil do compósito. Assim, é muito importante que o compósito

tenha; Dureza; Resistência ao desgaste; Estabilidade de cor.

16

Page 18: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

Classificação das resinas compostas 22 – As resinas compostas podem ser classificadas

por tamanho das partículas inorgânicas e por tipo de partículas inorgânicas de carga:

Quartzo ou Vidro; Sílica coloidal; Bário e Estrôncio.

Por tipo de activação: Quimicamente activadas; Fisicamente activadas ou

foto polimerizáveis; Presa dual (química e física); Por activação térmica.

Por nível de escoamento: Alto escoamento (baixa viscosidade) resinas

(flow - é um tipo de resina fotopolimerizável e fluída.); Médio escoamento

(média viscosidade); Baixo escoamento (alta viscosidade) ou resinas

compactáveis.

Resinas Compostas

Com o aparecimento da técnica de condicionamento ácido do esmalte e o aparecimento

das resinas compostas, fizeram-se muitos progressos, especificamente na restauração

cosmética dos dentes anteriores22.

As resinas compostas foram desenvolvidas a partir dos estudos de Bowen. Durante os

anos 50 este investigador alterou o panorama das restaurações quando, desenvolveu

uma resina sintética - Bis-GMA (bisfenol A glicidil dimetacrilato), que com adição de

partículas de carga reconstituía a estética e a função9

A esta mistura de Bis-GMA e de cargas particuladas, foi dado o nome de resina

composta. Assim surgiram os compósitos que são uma mistura de dois ou mais

materiais quimicamente diferentes e insolúveis entre si12

Este material providenciava uma menor contracção da polimerização, uma menor

contracção térmica e uma menor quantidade de bolhas em relação às resinas acrílicas.

As resinas compostas vieram facilitar o trabalho de restauração, porque apresentam

17

Page 19: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

bons resultados de trabalho com o esmalte e com a dentina por meio dos sistemas

adesivos para esmalte/dentina, o que permitiu a evolução das técnicas de restauração12.

As resinas compostas são definidas como uma combinação tridimensional de no

mínimo dois materiais quimicamente diferentes, com uma interface distinta separando

os seus componentes. A combinação de materiais apresenta vantagens, uma vez que

proporciona propriedades que não poderiam ser obtidas por nenhum dos componentes

activados separadamente16.

Resinas Flow

Actualmente existem no mercado uma quantidade cada vez maior de produtos

comerciais utilizando diferentes composições de materiais, com modificações de suas

propriedades físicas e mecânicas, na tentativa de suportar e dissipar melhor o stress,

minimizando os esforços gerados sobre a linha de união. Merecem destaque as resinas

flow, com partículas de tamanho semelhante às resinas micro-híbridas. cujo emprego

tem sido associado a resinas compostas convencionais. Estas resinas, tem a mesma

composição da resina composta híbrida utilizada na maioria das restaurações, porém

com uma quantidade 20 a 25% menor de carga inorgânica. Tem também o objectivo de

suprir as características necessárias para se evitar a micro-infiltração.aa Nas fotos

seguintes, vemos dois exemplos de restauração classe V onde se recorreu à restauração

com uma Resina Flow.

De acordo com os fabricantes, as resinas flow apresentam menor concentração de carga,

óptimo escoamento e baixo módulo de elasticidade, o que favorece a dissipação de

forças, geradas por estímulos térmicos (contracção e expansão) e mastigatórios (forças

de tracção e compressão). Sendo assim, estas resinas podem diminuir as micro-fracturas

na região de união dente/restauração. As suas propriedades são: alta fluidez sendo

18

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indicada para cavidades ultraconservadoras e como forramento em restaurações de

dentes posteriores com o intuito de funcionar como um amortecedor de choques devido

ao baixo módulo de elasticidade. Com este tipo de material, é possível fazer o selamento

directamente da dentina. Em restaurações classe V são recomendadas para o primeiro

incremento das cavidadesbb.

Figura 1: Restauração classe V onde foi utilizada uma resina flow da marca X-Flow™

Disponível em: http://www.dentsply.es/restaura/xflow.htm

Vantagens e desvantagens das resinas compostas 15, 16, 17, 20

Vantagens: Excelente estética, especialmente a curto e médio prazo, porque é capaz de

reproduzir a cor do dente; Utiliza tecnologia adesiva; Apresenta baixa condutibilidade

térmica; Restauração numa única sessão; Têm um custo consideravelmente reduzido,

podendo algumas vezes, representar a única alternativa estética contra a perda precoce

de muitos dentes que são extraídos por razões económicas; A ausência de vapores de

mercúrio, corrosão e correntes galvânicas que, geralmente estão associadas às

restaurações de amálgama; Reforço da estrutura dental remanescente.

Desvantagens 15, 16, 17, 20

19

Page 21: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

Resistência ao desgaste - é uma das maiores desvantagens das resinas compostas. Essa

baixa resistência não tem efeito prejudicial imediato; mas leva a perda da forma

anatómica da restauração;

Acabamento - (relacionado a lisura superficial) está relacionado com o tamanho das

partículas, quanto maiores, maior dificuldade de polimento;

Contracção da polimerização - é o maior inconveniente dos materiais polimerizáveis

porque formam espaço entre a restauração e a parede da cavidade, e podem ser os

responsáveis pela micro-infiltração (pode provocar cáries secundárias, aumento da

sensibilidade pulpar e manchas nas margens);

Estabilidade da cor - as resinas sofrem alteração de cor ao fim de dois a três anos.

Cimentos de Inómero de Vidro 23

Em resultado das pesquisas desenvolvidas por Wilson e Kent em 1971 surgiu o

Ionómero de Vidro. A sua utilização é interessante devido às suas propriedades

satisfatórias, entre elas, a adesão aos tecidos mineralizados, a biocompatibilidade, o

coeficiente de expansão térmica semelhante ao dente e, principalmente, a libertação de

flúor. De acordo com as normas ISO - International Organization for Standardization,

os cimentos de ionómeros de vidro podem ser classificados de acordo com as aplicações

clínicas e a sua composição química. De acordo com as suas aplicações clínicas são

classificados em: Tipo I, para cimentação ou fixação de restaurações rígidas. Tipo II,

para restaurações directas, estéticas e intermediárias ou reforçadas. Tipo III, para forrar

ou servir como base se selamentos de cicatrículas e fissuras.

De acordo com a sua natureza e composição química, os CIVs podem ser classificados

em 4 categorias: convencionais, reforçados por metais, de alta viscosidade e

modificados por resina.

20

Page 22: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

Os cimentos de ionómero de vidro (CIV) são materiais que se consistem em partículas

inorgânicas de vidro dispersas numa matriz insolúvel de hidrogel. As partículas de vidro

têm função de material de preenchimento e são fonte de catiões para formação de

ligações cruzadas com as cadeias poliméricas.

As suas propriedades de adesão à estrutura dental são de fundamental importância na

fase de adequação do meio oral, na medida em que promove um adequado vedamento

na interface dente/ restauração e dificulta a infiltração marginal. Assim para que o

material adira, a superfície do dente deve ser molhada pelo líquido, os íões de

hidrogénio reagem com a superfície mineralizada, deslocando íões de cálcio e fosfato

que assim, ficam ligados aos grupos carboxila e ao dente.

Os cimentos de ionómero de vidro aderem por ligações químicas dos seus radicais

carboxílicos (COO) aos íões de cálcio existentes na estrutura do esmalte, dentina e

cimento. O cimento adere também ao aço inox, estanho, platina e ouro preparados, não

adere ao ouro e a platina puros.

Os primeiros materiais ionoméricos foram introduzidos no mercado com o objectivo de

serem utilizados como base de restauração, em virtude da sua capacidade de promover

um bom selamento marginal e de proteger o remanescente dentinário, sendo ainda hoje,

considerados o material de escolha para base de restaurações de amálgama de prata e

resina composta.

Restaurações combinadas

São utilizadas em áreas onde o resultado estético é muito importante. Como já

anteriormente foi referido, o cimento de ionómero de vidro é um material que apresenta

excelentes propriedades, para utilização a solo, ou em técnicas combinadas com outros

materiais. Uma dessas propriedades é a excelente adesão química entre os cimentos de

21

Page 23: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

ionómero de vidro e o substrato dentinário sem ser necessária a utilização de ataque

ácido.

Este aspecto é muito importante quando estamos perante lesões não cariosas, porque a

característica principal do substrato dentinário neste tipo de lesões, é a presença de

esclerose intertubular que vai dificultar a acção do ácido fosfórico para criar as

retenções mecânicas e os depósitos minerais intertubulares ácido resistentes, que

diminuem a área de hibridização diminuindo a incidência de “tags”. Segundo

Toledano34 a adesão à dentina é de primordial importância para restaurações de classe V

e em dentes com erosão cervical, onde geralmente o esmalte não está presente para a

adesão na margem gengival, sendo que, em muitos desses dentes, é difícil preparar

cavidades com formas de retenção adequadas. Tendo em vista o exposto, é de salientar

o comportamento dos cimentos de inómeros de vidro, porque tem uma influência

decisiva no sucesso clínico restaurador.

No entanto, o CIV apesar de apresentar este e outros factores positivos, não apresenta

uma gama de cores necessárias para se atingir resultados estéticos em áreas onde a

demanda pela biomimetização dos materiais é fundamental. Nestes casos, é indicado a

utilização de resinas compostas associadas aos cimentos de ionómero de vidro para se

obter as melhores características dos dois materiais 23.

3.5 - Considerações Finais

A cárie é um processo de destruição localizada, dos tecidos dos dentes, causado por

microrganismos. Envolve a dissolução da fase mineral, principalmente os de cristais de

hidroxiapatita, por ácidos produzidos pela fermentação bacteriana. Black classificou e

nomeou os processos de preparação das cavidades terapêuticas, foi também um dos

percussores, da adopção de medidas preventivas contra o processo da cárie.

22

Page 24: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

Com o desenvolvimento dos processos restauradores foi desenvolvida uma técnica do

condicionamento ácido do esmalte que cria uma descalcificação selectiva, ao formar

micro-porosidades, aumentando a interligação mecânica das resinas hidrófobas de baixa

viscosidade.

O sucesso de um procedimento adesivo depende da interacção entre o material

restaurador, sistema adesivo e o substrato dentário, de modo a promover um adequado

selamento marginal, impedindo a passagem de fluidos através da interface

dente/restauração, prevenindo a recorrência de cáries e injúrias pulpares. Assim, têm

sidos estudadas diversas opções para solucionar o problema da contracção de

polimerização dos materiais restauradores. Cada vez mais, são feitos novos testes que

põem os sistemas adesivos à prova, para determinar se capazes de resistir às forças de

contracção de polimerização e que mais se adeqúem a diferenças orgânicas entre o

esmalte dental e a dentina.

As restaurações de classe V devem ter atenção o diagnóstico oclusal, eventuais hábitos

para-funcionais, qualidade de substrato amelo-dentinário, hábitos alimentares, distúrbios

gastro esofágicos e a existência de lesões de cárie. As resinas compostas apresentam

inúmeras vantagens tais como: permitem restaurações com uma excelente estética,

podem ter apenas uma sessão e tem um custo bastante reduzido. Em relação às

desvantagens podemos referir, baixa resistência ao desgaste, contracção da

polimerização e pouca estabilidade da cor. graças aos grandes avanços técnico-

tecnológicos das resinas compostas, as resinas flow proporcionam resultados estéticos

fantásticos, mimetizando os tecidos dentais, desafiando sua detecção, tornando-as

“imperceptíveis”, no entanto

Em relação aos cimentos de inómero de vidro podemos referir: - As suas propriedades

de adesão à estrutura dental são de fundamental importância na fase de adequação do

23

Page 25: Restaurações classe V - Materiais e métodos -final.docx

meio oral, na medida em que promove um adequado vedamento na interface dente/

restauração e dificulta a infiltração marginal. Quanto às restaurações combinadas,

aparecem graças à evolução dos materiais e das técnicas, vão buscar às resinas

compostas e aos cimentos de inómero de vidro, o melhor das suas propriedades. São

cada vez mais utilizadas, em áreas onde o resultado estético é muito importante.

Facto - Ainda não foi produzido um material que reúna todas as vantagens e nenhum

inconveniente, no entanto os investigadores continuam à procura do material “ideal”.

Para tal, serão necessários mais estudos, acerca da resistência ao desgaste e das micro-

infiltrações e efectuar testes a todos os materiais existentes, para que eventualmente,

possam aparecer na ribalta, novas ideias e novas técnicas de restauração. Mas a

odontologia está em constante evolução, uma de suas metas é realizar restaurações que

não precisam ser reparadas mantendo-se viáveis por anos na cavidade dos indivíduos.

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