resolues das atividades capítulo 13 cristianismo

2
Capítulo 13 Império Romano e ascensão do cristianismo Agora é com você – página 46 1 O termo império significava, durante a Monarquia e a República, o poder que o rei e depois a Magistratura tinham para governar os cidadãos romanos. Após o fim da República, o termo passou a ser utilizado para se referir ao poder que o imperador romano tinha de comandar todos os povos que viviam no interior dos territórios conquistados por Roma. Assim, existe uma ampliação do poder de império, já que ele deixa de estar limitado apenas aos romanos e passa a ser um poder de comando sobre outros povos. 2 Ao se tornar imperador, Augusto procurou concentrar o poder em suas mãos. Ele manteve as antigas institui- ções políticas da república (Magistraturas, Assembleias e Senado), mas elas perderam poder de decisão. O cônsul, por exemplo, tornou-se um cargo de honra, e as Assembleias ficaram sem seu poder eleitoral. O próprio Senado enfraqueceu e, no século III, já era um simples conselho municipal de Roma. 3 A Pax Romana começou com o imperador Augusto e se estendeu até o final do século II. Nesse período, Roma alcançou grande esplendor e estabilidade: os romanos conseguiram manter a ordem nas terras dominadas, estabelecer um exército forte, usar a diplomacia para evitar conflitos desnecessários e alcançar sua máxima extensão territorial. Agora é com você – página 51 1 As ínsulas abrigavam a maior parte da população. Eram imóveis com vários andares, sem cozinha ou banheiro, e feitos, muitas vezes, com materiais de baixa quali- dade (primeiros andares de tijolo e andares mais altos de argila, palha ou madeira). Eram comuns os casos de desabamentos ou incêndios. Já nos domus viviam as pessoas mais ricas. Eram residências espaçosas, con- tendo vários cômodos, e um dos espaços principais era o atrium, uma sala ampla, em torno da qual eram cons- truídos os quartos. 2 Os triunfos eram festas organizadas pelos romanos para celebrar o retorno de seus generais das batalhas. Nes- sas celebrações, os generais desfilavam pela cidade e exibiam os tesouros conquistados. Dessa forma, era um ritual que exaltava o poder dos romanos e enaltecia as vitórias militares. Já as termas eram locais onde os romanos se reuniam para descansar e também estabe- lecer relações com outros indivíduos. 3 O cristianismo conquistou seguidores principal- mente entre as camadas mais baixas da sociedade (os escravizados e os mais pobres). Uma das razões era a promessa de conquistar a vida eterna independen- temente da condição social. Por séculos, o governo romano perseguiu os cristãos, uma vez que estes se recusavam a se alistar no exército e a reconhecer o caráter divino do imperador. A perseguição só termi- nou no século IV, quando o Edito de Milão assegurou a liberdade religiosa aos cristãos. Agora é com você – página 56 1 Com a falta de mão de obra escrava, os latifundiários romanos começaram a dividir suas terras em lotes e a arrendá-las a trabalhadores que ficaram conhecidos como colonos. Muitos desses colonos eram trabalha- dores urbanos empobrecidos que abandonaram as cidades em busca de emprego no campo. Os colonos prestavam serviços nos campos dos proprietários rurais e acabavam devendo-lhes favores e proteção, ficando assim impedidos de abandonar a terra. Além disso, tinham de ceder-lhes parte de sua produção agrícola. 2 Os germanos eram povos que viviam em regiões fron- teiriças do Império Romano. Ao longo do tempo, os contatos entre romanos e germanos foram se intensifi- cando por meio de trocas comerciais, relações de traba- lho etc. Além disso, as invasões dos germânicos ao ter- ritório romano levaram à mistura entre os povos. Tudo isso resultou num intercâmbio cultural que fez com que cada povo recebesse grande influência do outro. 3 Uma série de fatores pode explicar a queda do Impé- rio Romano do Ocidente, como problemas de ordem política (disputas internas pelo poder), questões sociais (empobrecimento da população urbana, que abando- nou a cidade e migrou para o campo), problemas de ordem econômica (altos custos para administrar e pro- teger um império tão grande) e enfraquecimento das fronteiras, permitindo as invasões dos povos vizinhos. Ler e descobrir 1 O Império Romano era muito extenso. As rotas interli- gavam as diferentes regiões do império, fazendo com que até as mais remotas pudessem ser alcançadas. Elas permitiram maior troca comercial entre as regiões, o funcionamento dos serviços de correio e a propagação do cristianismo pelo império. Resoluções das atividades 1 6 o ano – Ensino Fundamental – Livro 3

Upload: others

Post on 21-Mar-2022

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Capítulo 13 Império Romano e ascensão do cristianismo

Agora é com você – página 46

1 O termo império significava, durante a Monarquia e a República, o poder que o rei e depois a Magistratura tinham para governar os cidadãos romanos. Após o fim da República, o termo passou a ser utilizado para se referir ao poder que o imperador romano tinha de comandar todos os povos que viviam no interior dos territórios conquistados por Roma. Assim, existe uma ampliação do poder de império, já que ele deixa de estar limitado apenas aos romanos e passa a ser um poder de comando sobre outros povos.

2 Ao se tornar imperador, Augusto procurou concentrar o poder em suas mãos. Ele manteve as antigas institui-ções políticas da república (Magistraturas, Assembleias e Senado), mas elas perderam poder de decisão. O cônsul, por exemplo, tornou-se um cargo de honra, e as Assembleias ficaram sem seu poder eleitoral. O próprio Senado enfraqueceu e, no século III, já era um simples conselho municipal de Roma.

3 A Pax Romana começou com o imperador Augusto e se estendeu até o final do século II. Nesse período, Roma alcançou grande esplendor e estabilidade: os romanos conseguiram manter a ordem nas terras dominadas, estabelecer um exército forte, usar a diplomacia para evitar conflitos desnecessários e alcançar sua máxima extensão territorial.

Agora é com você – página 51

1 As ínsulas abrigavam a maior parte da população. Eram imóveis com vários andares, sem cozinha ou banheiro, e feitos, muitas vezes, com materiais de baixa quali-dade (primeiros andares de tijolo e andares mais altos de argila, palha ou madeira). Eram comuns os casos de desabamentos ou incêndios. Já nos domus viviam as pessoas mais ricas. Eram residências espaçosas, con-tendo vários cômodos, e um dos espaços principais era o atrium, uma sala ampla, em torno da qual eram cons-truídos os quartos.

2 Os triunfos eram festas organizadas pelos romanos para celebrar o retorno de seus generais das batalhas. Nes-sas celebrações, os generais desfilavam pela cidade e exibiam os tesouros conquistados. Dessa forma, era um ritual que exaltava o poder dos romanos e enaltecia as vitórias militares. Já as termas eram locais onde os

romanos se reuniam para descansar e também estabe-lecer relações com outros indivíduos.

3 O cristianismo conquistou seguidores principal-mente entre as camadas mais baixas da sociedade (os escravizados e os mais pobres). Uma das razões era a promessa de conquistar a vida eterna independen-temente da condição social. Por séculos, o governo romano perseguiu os cristãos, uma vez que estes se recusavam a se alistar no exército e a reconhecer o caráter divino do imperador. A perseguição só termi-nou no século IV, quando o Edito de Milão assegurou a liberdade religiosa aos cristãos.

Agora é com você – página 56

1 Com a falta de mão de obra escrava, os latifundiários romanos começaram a dividir suas terras em lotes e a arrendá-las a trabalhadores que ficaram conhecidos como colonos. Muitos desses colonos eram trabalha-dores urbanos empobrecidos que abandonaram as cidades em busca de emprego no campo. Os colonos prestavam serviços nos campos dos proprietários rurais e acabavam devendo-lhes favores e proteção, ficando assim impedidos de abandonar a terra. Além disso, tinham de ceder-lhes parte de sua produção agrícola.

2 Os germanos eram povos que viviam em regiões fron-teiriças do Império Romano. Ao longo do tempo, os contatos entre romanos e germanos foram se intensifi-cando por meio de trocas comerciais, relações de traba-lho etc. Além disso, as invasões dos germânicos ao ter-ritório romano levaram à mistura entre os povos. Tudo isso resultou num intercâmbio cultural que fez com que cada povo recebesse grande influência do outro.

3 Uma série de fatores pode explicar a queda do Impé-rio Romano do Ocidente, como problemas de ordem política (disputas internas pelo poder), questões sociais (empobrecimento da população urbana, que abando-nou a cidade e migrou para o campo), problemas de ordem econômica (altos custos para administrar e pro-teger um império tão grande) e enfraquecimento das fronteiras, permitindo as invasões dos povos vizinhos.

Ler e descobrir

1 O Império Romano era muito extenso. As rotas interli-gavam as diferentes regiões do império, fazendo com que até as mais remotas pudessem ser alcançadas. Elas permitiram maior troca comercial entre as regiões, o funcionamento dos serviços de correio e a propagação do cristianismo pelo império.

Resoluções das atividades

16o ano – Ensino Fundamental – Livro 3

2 Sugestões de resposta: De acordo com o mapa, pode--se observar que o vinho era produzido em diferentes regiões da Gália (atual França); o Egito era fornece-dor de grãos; a Hispânia fornecia metal, óleo, vinho e comercializava pessoas escravizadas.

Explore seus conhecimentos

1 C

As reformas promovidas por Otávio Augusto permitiram a transformação da república romana em um império. A centralização do poder nas mãos do imperador foi uma das principais marcas do império, apesar de algumas instituições republicanas terem sido mantidas.

2 E

O empenho em expandir os domínios territoriais e sub-meter povos e regiões exigiu do Império Romano a afir-mação de uma cultura militarista. O desenvolvimento das áreas urbanas, com a realização de obras públicas de grandes dimensões, a fim de promover a integração do império, também pode ser destacado como uma das principais marcas do Império Romano.

3 A

Apesar de essencialmente estratificada, a sociedade romana compartilhava espaços de sociabilidade, como praças, termas, arenas de luta, entre outros. No entanto, esses espaços eram usados de maneira marcadamente diferenciada por cada estrato social; assim, patrícios, plebeus e escravizados compartilhavam espaços seme-lhantes, mas não usufruíam desses espaços da mesma maneira.

4 A

Ligado ao modo de produção escravista, o Império Romano se enfraqueceu com a crise que se abateu a partir do século III d.C. Essa crise impulsionou o pro-cesso de ruralização e acentuou o enfraquecimento dos centros urbanos, o que, por vezes, favoreceu o processo de expansão dos povos germânicos.

5 C

A crise do Império Romano foi acompanhada da rurali-zação da sociedade e da instituição de uma nova rela-ção de trabalho, o colonato, que se tornaria a principal marca de uma nova organização política, econômica, social e cultural a partir do século V. Os povos germâ-nicos herdariam parte dessa tradição e a religiosidade cristã, um dos principais elementos conformadores da identidade romana.

6 B

O caráter militarista do Império Romano lhe garantiu, durante certo tempo, estabilidade e poder. Contudo, a partir do século III, os gastos excessivos com o aparato

militar do império tornaram-se insustentáveis e, quando somados aos custos envolvidos na manutenção do domínio imperial, o quadro de crise logo se instalou.

7 a) Um escravizado assassinou o prefeito de Roma. De acordo com o texto, os costumes da época previam que todos os escravizados que viviam com o crimi-noso pagariam pelo ato cometido.

b) Pode-se supor que o imperador não quis abrir um precedente à lei por temer que outras situações semelhantes pudessem ocorrer. Pode-se supor tam-bém que essa lei tinha como objetivo fazer com que houvesse uma vigilância mútua entre os escraviza-dos. Assim, para um inocente não ser condenado por algo que não fez, ele vigiava outros escravizados, a fim de impedir que cometessem algum crime.

c) Os escravizados condenados eram, provavelmente, capturados em guerra, o principal meio de obtenção de pessoas escravizadas em Roma.

26o ano – Ensino Fundamental – Livro 3