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CADERNO DE RESOLUÇÕES

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Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de CuritibaRua Nunes Machado, 1577 - Rebouças, Curitiba - PR. CEP: 80220-070

Cep: 80010-150 - Fone/Fax: (41) 3322-2475 - E-mail: [email protected]

DIREÇÃO EXECUTIVA COLEGIADAChristiane Izabella Schunig | Coordenação Geral

Fabiana Prado Caputti | Coordenação de Administração

Jackeline Fernanda Alves Baptista | Coordenação de Finanças

Ana Paula Cozzolino | Coordenação de Secretaria Geral

Walli Wanessa Sass de Paula | Coordenação de Comunicação e Informática

Marcos Jose Franco | Coordenação de Assuntos Jurídicos

Maria Jose dos Santos | Coordenação de Formação e Estudos Socioeconômicos

Jakline Przvbilski | Coordenação de Políticas Sociais e Direitos Humanos

Nadir Barbosa de Souza | Coordenação de Organização por Local de Trabalho

Vicente Pereira de Freitas | Coordenação de Políticas Sindicais e Relação de Trabalho

Aline Antunes Selbach | Coordenação de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente

Andre Luis Figel | Coordenação de Aposentado e Idoso

Ivani Amaro dos Santos | Coordenação de Mulheres

Maria Socorro dos Santos | Coordenação de Juventude e LGBT

Luciana Cristina Bevilacqua | Coordenação de Raça e Etnia

Alda Padilha | Coordenação de Pessoas com Deficiência (PCD)

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SUPLENTES DA DIREÇÃO EXECUTIVA COLEGIADAAlexon Alves França da Silva

Danielle Paula dos Santos

Edilcemari da Cruz Thimotheo

Gisele da Silva Aguiar

Icléa Aparecida Alves Mateus

Ivanira Ramalho

Karla Garcia de Almeida

Leklery Francis F. S. Albuquerque

Lia Mara Bevilacqua

Luzia Conrado dos Santos

Rita de Cascia Gomes da Silva

Rita de Cassia Ferreira Bueno

Silvana Barioni

Simone de Souza Martins

Tania Regina Pascoal Aoyama

CONSELHO FISCALJonathan Faria Ramos

Josiane Terezinha dos Santos

Kathia Cristina Shinohara

Luciana Varella de Oliveira

Rosangela Maria Pimentel

SUPLENTES DO CONSELHO FISCALAdriane Aparecida Pepes Antoniak

Alexandro Veloso Barbosa

Augusto Silva

Giuliano Marcelo Gomes

EQUIPE DE COMUNICAÇÃOGisele Rossi (MTb 2838), Bruna Brunetti (MTb 11902) e Rafael Tajima

ARTE E DIAGRAMAÇÃOCtrl S Comunicação www.ctrlscomunicacao.com.br

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APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 7

EIXO II: ANÁLISE DO MOVIMENTO SINDICAL ................................................................9

REORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL,CONCEPÇÃO E PRÁTICA SINDICAL................................................................................................................. 9

ANÁLISE DAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO SISMUC .....................................................................................12

EIXO III: PROGRAMA DE TRABALHO DO SINDICATO................................................23

CAMPANHA DE LUTAS .....................................................................................................................................23

SU

RIO

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O XII Congresso do SISMUC, realizado nos dias 23, 24 e 25 de agosto de 2019, assentou o caminho para

a mobilização dos servidores de Curitiba. A trajetória escolhida pelos trabalhadores a ser trilhada é o da luta unificada da classe trabalhadora.

O Congresso contou com a participação de mais de 300 delegados, que representaram todas as categorias do serviço público municipal sindicalizadas no SISMUC, in-clusive aposentados. Foram três dias de muito trabalho e debate para a construção dos rumos das mobilizações.

Os delegados e delegadas debateram as duas teses ins-critas para o evento, cujos eixos de construção eram Análise de Conjuntura; Análise do Movimento Sindical e Programa de Trabalho do Sindicato. Ambas as teses foram publicadas no Caderno de Teses do XII Congresso do SISMUC.

Entre convergências e divergências, este Caderno de Resoluções apresenta as análises, sínteses e propostas aprovadas na Plenária Final do XII Congresso e refe-rendadas em assembleia após a Plenária. Leia e fique informado sobre as decisões tomadas no Congresso! Seguimos firmes e unificados na construção da luta e resistência contra os ataques aos direitos da classe tra-balhadora e por melhores condições de vida e trabalho. A união faz a força!

apresentação

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1. A classe trabalhadora, a cada momento histórico é capaz de construir suas formas e instrumentos de luta.

2. Analisemos os últimos 30 anos, a partir dos instru-mentos mais importantes desse ciclo que a classe foi capaz de construir no Brasil e hoje, se transformaram em seu contrário. A CUT (Central Única dos Trabalha-dores) nasce do intenso processo de lutas da classe, que extrapola as lutas corporativistas de cada catego-ria e se transformam em lutas do conjunto da classe trabalhadora. Greves gerais contra os patrões, enfren-tamento da ditadura militar e dos pelegos, impostos pelo governo militar dentro dos sindicatos, é nesse cenário que nasce a CUT.

3. A CUT, central que nasce com os trabalhadores com independência em relação aos patrões e governos, au-tônoma em relação aos partidos e contra a estrutura sindical imposta pelo Estado, no início da década de 90 começa a mostrar os primeiros sinais de mudança em sua concepção e prática. A partir de então, a definição da central passa por não mais enfrentar o Capital, mas sim, tentar “humanizá-lo”.

4. A história da classe trabalhadora é a história de suas lutas. Nada do que temos foram concessões de patrões e governos e ao longo da história, nós trabalhadores, fomos capazes de construir formas e instrumentos de luta para enfrentar os ataques do Capital e seu Estado. Experiências que nossa classe produziu foram capazes de garantir a efetivação de direitos, indo além e se transformando em insurreições e revoluções. O Capital e seu Estado agiram duramente ao longo da história para tentar frear o movimento dos trabalhadores, mas

estes, avançaram para muito além das reivindicações específicas e enfrentaram a sociedade dividida em classes.

5. Nós como classe trabalhadora fomos capazes de romper com os instrumentos, que construídos para combater a ordem capitalista, cederam a ela, ao invés de enfrentar, se submeteram à conciliação de classes, que só trouxe derrotas para os trabalhadores.

6. Vivemos isso no mundo todo e não foi diferente no Brasil. No início do desenvolvimento do capitalismo no Brasil, nós como classe, tivemos a experiência de orga-nização vinda do movimento anarquista, que chegou aqui antes da década de 20 do século passado. Nossos irmãos de classe vindos da Europa, que já enfrentavam a exploração capitalista, quando chegaram ao Brasil, perceberam na pele que as fronteiras dos países só existem para intensificar a exploração. Juntos fomos capazes de construir uma greve geral em 1917 que pa-rou o principal centro de produção capitalista no país, na cidade de São Paulo. Também no século passado ti-vemos a forte presença do Partido Comunista do Brasil (PCB) na organização das lutas da classe trabalhadora. O partido foi perseguido pela ditadura Vargas e teve sua organização reduzida no centro do movimento operário. Esses são alguns exemplos que mostram que a nossa luta não começa a partir das grandes greves do final da década de 70. Embora essas lutas tenham dado origem ao Partido dos Trabalhadores (PT) e Cen-tral Única dos Trabalhadores (CUT), nossa luta é muito anterior, e foi a partir dessa luta que garantimos as condições do importante ascenso que marcou o início da década de 80.

Reorganização do movimento sindical, concepção e prática sindical

EIXO II ANÁLISE DO MOVIMENTO SINDICAL

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10 CADERNO DE RESOLUÇÕES

7. Somos mais do que herdeiros, somos parte como clas-se trabalhadora de todo esse processo de luta. E o final da década de 70 mostrou que mesmo sob as balas da re-pressão do Capital, fomos capazes de nos reerguer e nos colocar em movimento. É assim que nasce o PT e a CUT, da luta dos trabalhadores contra a carestia, o arrocho salarial e a ditadura militar patrocinada pela burguesia.

8. Não foi a má intenção de indivíduos, nem apenas o processo de burocratização que se alastrou tanto no PT, como na CUT, que levou esses dois instrumentos que nasceram enfrentando o Capital e o Estado a se transformarem em seu contrário.

9. É preciso ver a totalidade do movimento para além do individual ou mesmo de grupo, representado pelas correntes majoritárias dentro do PT e da CUT. É preci-so olhar para as determinações econômicas que im-pulsionaram esse movimento, enxergar que o projeto de conciliação de classes ganhou força dentro desses instrumentos num momento em que o Capital impôs mudanças profundas no processo de produção, dessa forma o Capital mantém e amplia a exploração da for-ça de trabalho. É na superestrutura da sociedade ca-pitalista, ou seja, no espaço do Estado que se impõe as reformas para avançar contra direitos, piorando as condições de vida e trabalho da classe trabalhadora.

DESSA FORMA A CUT FOI UM EXCELENTE LABORATÓRIO DE CONCILIAÇÃO DE CLASSES, INSTRUMENTO FUNDAMENTAL PARA QUE O PT FOSSE ACEITO PELA BURGUESIA NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

10. A disputa nos espaços de representação deixou de ser uma tática, para se consolidar em estratégia do PT, partido nascido das lutas dos Trabalhadores e da Cen-tral que nasceu unificando as lutas da classe. Ou seja, a representação passou a ser o carro chefe da estratégia do PT e da CUT e dessa forma, as lutas que enfrenta-vam o Capital e o Estado foram submetidas ao projeto de conciliação de classes.

11. Nesse processo de conciliação de classes, sai a classe trabalhadora do centro da política e entram os indivíduos desprovidos de sua identidade de classe. Esse é um terreno fértil para a propaganda ideológica do capital, que fragmenta e individualiza as lutas da classe trabalhadora. Agora, com a conivência das re-

presentações do PT e da CUT, o que irá imperar são os indivíduos que gritam suas especificidades, perdendo assim, a compreensão da totalidade da consciência de classe, dessa sociedade desigual que promove e apro-funda as opressões as quais estamos submetidos.

12. Agora, não mais mulheres trabalhadoras em seus processos de luta. Estas, que pegaram em armas con-tra a ditadura, que estiveram à frente de importantes greves, que se colocaram em movimento com sua clas-se contra a exploração capitalista e o machismo, que não se inicia no Capital, mas, é por ele aprofundado.

13. Agora, não mais negros e negras em suas lutas con-tra a herança da escravidão, onde foram e ainda são grande parte da força de trabalho no processo de acu-mulação primitiva do Capital. Estes que possibilitaram através da força de milhões de trabalhadores escravi-zados, combinada com a força de outros milhões de trabalhadores do proletariado que surgia, o enriqueci-mento das potências capitalistas nascentes na Europa e nos Estados Unidos. A herança desse processo, nas-cimento e desenvolvimento da sociedade capitalista e de seu Estado com base na segregação extrema, não é mais combatido, pelo contrário, essas lutas devem agora se reduzir a movimentos por demandas específi-cas dentro desse mesmo Estado e seu sistema.

14. Essas lutas específicas, assim como a luta LGBT e a luta dos indígenas, são fundamentais para o desenvol-vimento da luta geral da nossa classe. Mas, é preciso romper com a dispersão imposta pela ideologia bur-guesa que se utiliza dessa fragmentação para enfra-quecer a luta geral, que deve estar integrada ao objeti-vo estratégico de emancipação da classe trabalhadora.

15. As demissões em massa na década de 90, reduziram não só o tamanho da representação dos sindicatos em suas categorias específicas, mas também de sua cons-ciência, ao se perder a identidade de classe. É nesse pe-ríodo que a direção de vários sindicatos com o aval e apoio das Centrais Sindicais, se unem aos patrões nas guerras fiscais, em que os patrões ganhavam novos in-centivos dos governos estaduais para se instalarem em outras regiões, enquanto as direções de vários sindica-tos rebaixavam as reivindicações dos trabalhadores, e aceitavam a redução de salários e a retirada de direi-tos em nome de combater o desemprego. Não demorou para que essa estratégia se mostrasse enquanto uma farsa, já que os patrões conseguiram retirar direitos, re-baixar salários e ainda continuaram com as demissões.

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16. Portanto, não foi a eleição do PT para Presidência da República que fez com que a CUT virasse em seu avesso. Foi a mudança de rumo da central, gestada no interior do partido, no início da década de 90, indo em direção ao pacto com o capital, que potencializou de maneira decisiva para que o PT se tornasse mais um gerente dos interesses da burguesia na máquina do Estado.

17. A partir da década de 90, a tentativa de pacto so-cial com os patrões mediados por Collor através da Câmara Setorial, trouxe para os trabalhadores mais exploração e a continuidade das demissões; a acei-tação da Reforma da Previdência de FHC, que troca-va tempo de serviço, por tempo de contribuição; as comissões tripartites onde direitos foram reduzidos, com a concordância da CUT; o dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) dentro da central. Com isso, a formação que era um instrumento para poten-cializar o saber e a luta dos trabalhadores se trans-forma em um espaço de formar “bons negociadores” capazes de mediar com os patrões e os governos.

18. E durante os mandatos de Lula vamos ver mais de-pendência e submissão da CUT ao governo. A Reforma da Previdência que atacou o funcionalismo, a tentativa de reforma sindical e trabalhista, que tinha como obje-tivo centralizar as decisões nas centrais sindicais, não respeitando as decisões da base, marchas à Brasília que nada mais eram que um momento de confrater-nização com o governo, são só alguns dos exemplos.

19. Aqui em Curitiba não foi diferente, a CUT se trans-formou num instrumento submisso aos interesses do Capital e do PT e seus parlamentares. Ao invés de or-ganizar a luta, os dirigentes da central e também os di-retores dos vários Sindicatos filiados à CUT só estavam preocupados em eleger seus parlamentares, ou seus candidatos à prefeitura, governos estadual e federal. Se distanciaram dos locais de trabalho, não organiza-ram a luta e o que sobrou foi só discurso e nada de prática para organizar os trabalhadores.

20. Em nossa categoria, um dos exemplos mais escan-carados foi no ano de 2017 na luta contra o Pacotaço do governo Greca. Enquanto o SISMMAC organizou a luta nas escolas, colocou milhares de professores na greve, o que fez a diretoria anterior do SISMUC? Nada. Não organizou a luta nos locais de trabalho, quem foi para greve foi a partir de sua decisão, não houve nada, nenhuma ação da diretoria anterior ligada à CUT para organizar a greve na categoria.

21. A classe trabalhadora é capaz de construir instru-mentos para avançar em seu combate contra os ata-ques do Capital e seus governos, é capaz de romper com os instrumentos que deixam de ser dos trabalha-dores e é capaz de construir novos instrumentos para avançar em sua luta.

22. A CUT deixou há muito tempo de ser o instrumento que enfrenta pra valer os ataques dos patrões e seus governos e isso fica cada vez fica mais claro para os trabalhadores. Exemplo disso são os trabalhadores se colocando em movimento para organizar oposições aos pelegos da CUT e das outras centrais que já nas-ceram pelegas, como Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central entre outras. Nossa categoria é um dos exem-plos desse movimento, em 2018, a categoria partici-pou dos três escrutínios para a eleição do SISMUC e no último deles a participação da categoria foi ainda maior e garantiu a vitória da chapa da oposição que foi eleita por decisão da grande maioria da categoria para retomar o SISMUC, como instrumento de luta e organização dos trabalhadores.

23. Em todo esse processo tivemos e temos o apoio da Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, uma organização sindical que reúne sindicatos de luta e oposições pelo país afora, que tem como compromisso contribuir na reorgani-zação do movimento sindical, tendo como princípio a independência em relação aos patrões e seus gover-nos, autonomia em relação aos partidos, a organiza-ção da luta contra os ataques do Capital e seu Estado a partir dos locais de trabalho, estudo e moradia, a solidariedade ativa entre os trabalhadores que rompe as cercas das categoria e nações para avançar na luta da classe trabalhadora.

24. A Intersindical não está aqui conosco para ter mais um sindicato em sua organização, a Intersindi-cal está conosco para contribuir na retomada da or-ganização da luta da categoria e assim fortalecer a luta geral do conjunto da classe trabalhadora. É uma organização que não foi buscar o reconhecimento do Estado para ser uma Central Sindical, mas que têm nos vários Sindicatos e regiões onde está presente, contribuído de maneira decisiva na reorganização do movimento da classe trabalhadora, para lutar contra os ataques do Capital.

25. Nesse Congresso é o momento de consolidarmos no SISMUC a decisão da grande maioria da categoria que

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aconteceu nas eleições sindicais de 2018. Reorganizar-mos o SISMUC para a luta da categoria em conjunto com a luta da classe trabalhadora, acabando com as super-ficialidades impostas pela direção anterior que falava muito e pouco fazia. Romper definitivamente com a CUT que se submeteu aos patrões e ao PT que hoje não or-

ganiza mais a luta dos trabalhadores. Avançar em nossa unidade organizativa com o SISMMAC, e demais sindi-catos representantes da totalidade de nossos irmãos de categoria e principalmente de classe e seguirmos em unidade com as organizações comprometidas com a classe trabalhadora, como a Intersindical.

Análise das áreas de atuação do SISMUC

AGENTES ADMINISTRATIVOS

26. Os Agentes Administrativos estão presentes em to-das as áreas da administração municipal. Apesar disso, é uma categoria desvalorizada e sobrecarregada em ta-refas, isso acontece devido à grande falta de servidores sendo considerados pela gestão um “artigo de luxo”.

27. Com salários entre os mais baixos da administra-ção, os agentes administrativos muitas vezes assumem grandes responsabilidades sem receber gratificação por isso, além de em muitas situações, exercerem ati-vidades que não estão no seu descritivo de função.

28. As principais reivindicações da categoria são: ter direito a um plano de carreira específico e a criação de um processo de remanejamento entre as secretarias, pois, ao assumirem uma vaga dificilmente conseguem mudar de área, ficando muitas vezes até a aposentado-ria sem possibilidade de mudança de local.

APOSENTADOS

29. Desde o início da Gestão Greca todas as carreiras dos servidores foram atacadas de forma sistemática, com os Aposentados a situação não foi diferente.

30. A categoria passa por redução do atendimen-to na Sede do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), e dificuldade nos atendimentos do Instituto de Pre-vidência Municipal de Curitiba (IPMC). Para os que estão prestes a se aposentar, talvez o ataque seja mais incisivo, com a proposta da Reforma da Previ-dência muitos servidores que estão na porta da apo-sentadoria, entrarão na regra de transição e terão

que trabalhar mais, mesmo já tendo contribuído o suficiente, além de receber menos.

31. Entres os ataques da Reforma da Previdência está a proposta de capitalização, esse sistema entrega nas mãos dos banqueiros, inclusive devedores da Previ-dência, o sistema da Previdência Social, que além de aposentadorias, também é responsável pela licença maternidade, seguro-desemprego, e outros benefícios aos contribuintes.

32. Em Curitiba, o Sistema Previdenciário é regido pelo IPMC, toda a direção desse sistema é de escolha do executivo, inclusive, dentro do conselho de admi-nistração sua maioria é composta por representantes da gestão, com exceção dos representantes das enti-dades sindicais e dos aposentados. Com essa configu-ração, fica extremamente difícil medir forças com a gestão dentro do conselho, o mesmo ocorre no Con-selho Fiscal do IPMC.

33. Em 2017 a gestão Greca aprovou a CuritibaPREV, que nada mais é, do que uma proposta de capitalização assim como a proposta da Reforma da Previdência de Bolsonaro. Com a CuritibaPREV, servidores novos que ingressarem no serviço público do município já são automaticamente inscritos e tem 90 dias para pedir o cancelamento. Isso é mais uma forma de enfraquecer politicamente o nosso sistema Previdenciário Solidá-rio, deixando o servidor sem garantia alguma de rece-ber o benefício da suposta “previdência complemen-tar”, como é chamada pela Gestão.

34. É dever do Estado e da sociedade a prevenção da dignidade do idoso, porém o Estado ataca seus direitos e a parcela da sociedade que tenta defender

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13CADERNO DE RESOLUÇÕES

são atacados moral e fisicamente por aqueles que retiram direitos dos trabalhadores.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

35. A desigualdade social e a dominação econômica são faces de uma realidade que o ser humano conhe-ce bem, desde que no mundo se criou a ideia da pos-se. Mas essa história tem, na assistência social, o seu maior contraponto.

36. No Brasil não foi diferente. A desigualdade social e econômica e a busca por justiça social se confundem com a própria história do país. Essa história permitiu que a política pública de assistência social seja hoje, um direito garantido pela constituição. Mas para che-gar a isso, a sociedade brasileira precisou percorrer um longo processo histórico de lutas e conquistas.

37. Por muito tempo no Brasil, a assistência aos mais pobres não teve atenção do poder público. O Estado era um mero distribuidor de isenções clientelistas a grupos privados e religiosos, e estes concentravam o atendimento à população vulnerável.

38. A pobreza era vista como “fatalidade” e a assis-tência como parte da ação benevolente da igreja e das “pessoas boas”. Era uma assistência esmolada, que per-durou até meados do Século XVIII.

39. Na Era Vargas, o Brasil conheceu a força do go-verno federal no cenário político. A ação pública no campo social aumentou. O governo criou o Ministé-rio do Trabalho, Indústria e Comércio e a Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT). No mesmo período é criada a Legião Brasileira de Assistência (LBA), que se espalhou pelo país com a criação das comis-sões municipais estimulando o voluntariado femi-nino. O modelo assistencial baseado na caridade é ampliado e aprofundado.

40. É na Constituição Federal de 1988 que a assistência social passou a ser reconhecida como política pública integrante da seguridade social ao lado das políticas de saúde e previdência social. A proteção social passa a ser reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado, uma responsabilidade pública garantida por lei. Pela primeira vez no país, o Estado determina que aqueles que não contribuíam para a previdência tam-bém tem direito à proteção social.

41. A Lei Orgânica da assistência Social (LOAS), vem a regulamentar os artigos da CF de 88 que tratavam da assistência social, garantindo o modelo de gestão e de controle social de forma descentralizada e participa-tiva. Neste contexto foi criado Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

42. O ano de 2003 foi o divisor de águas, a implanta-ção do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), foi a principal deliberação da 4ª conferência Nacional da Assistência Social, com isto, foram instituídos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais de transferência de renda como o Programa Bolsa Família.

43. O SUAS representou um avanço para a organização descentralizada e participativa da assistência social. A família assumiu o papel de núcleo fundamental para a política de assistência social, na perspectiva dos prin-cípios da matricialidade sócio familiar e do território como base de organização dos serviços. A família, com-preendida com olhar ampliado, como um conjunto de pessoas que podem estar unidas por consanguinidade, afetividade e/ou solidariedade. A assistência social as-sume seu caráter preventivo, protetivo e proativo. E o território passa a ser fundamental para a compreensão das situações de vulnerabilidade e risco social.

44. O SUAS se organiza em dois eixos estruturantes: serviços e benefícios, como por exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Programa Bol-sa família (PBF). Os serviços de caráter continuado, passaram a ser ofertados nos equipamentos públicos ou pela rede socioassistencial do SUAS. A assistência social passou a ter como porta de entrada os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e os Cen-tros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). Nesses espaços as famílias passaram a ter a garantia de acesso a política pública de assistência so-cial com direito à convivência familiar e comunitária.

45. Considerando que famílias e indivíduos passam por vulnerabilidades e riscos sociais diferentes, ou até mesmo por estágios destes, faz-se necessário destinar serviços, programas, projetos e ações diferenciadas, que estejam mais próximas das suas realidades. Algu-mas famílias precisam apenas de apoio, orientações e acompanhamento, a fim de fortalecer a sua função protetiva, que mesmo fragilizada ainda existe; outras vão além dessa necessidade, porque já se encontram com seus direitos violados e em situação de risco e de total exclusão. Em algumas situações é preciso ter a

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14 CADERNO DE RESOLUÇÕES

capacidade de atendimento integral, através da as-sistência social, às questões de vulnerabilidades que se apresentam, motiva a instituição de atendimentos diferenciados; por este motivo, quando as famílias e indivíduos já encontram-se em situações que são tra-duzidas como violação de direitos, risco social e pes-soal com perda de vínculos afetivos, devem ser atendi-das pela Proteção Social Especial, no CREAS; significa dizer que são situações que extrapolam a função da Proteção Social Básica. Estas situações merecem aten-ção especial e são de competência exclusiva da Pro-teção Social Especial, como por exemplo: necessidade de afastamento da convivência familiar; situações de abandono; violência sexual, física e psicológica; cum-primento de medidas socioeducativas, além de outras.

46. Em 2004, é aprovada a Política Nacional da Assis-tência Social que norteou a implementação do SUAS. Nos anos seguintes são aprovadas a Norma Operacio-nal Básica do SUAS (NOB SUAS) e a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB RH). O SUAS, em-bora considerado recente, atingiu grandes conquistas em sua trajetória de implantação.

47. Mas, assim como outras políticas públicas, o SUAS tem sofrido fortes ataques com a clara intenção de desmonte, através de atos que alteram seus preceitos constitucionais, como: a aprovação da PEC 383/2017 que prevê o corte de aproximadamente 50% no or-çamento de 2019, e a Medida Provisória (MP) 726 também do governo Temer que transformou o Minis-tério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Posteriormente, esse ministério é extinto no governo Bolsonaro, rebaixando a política de assistência social ao status de Secretaria Especial de Assistência So-cial, dentro do Ministério da Cidadania. Além disso, o CNAS foi impedido de realizar neste ano a XII Confe-rência Nacional de Assistência Social, em decorrên-cia da revogação, imposta por um parecer jurídico questionável apresentado pelo governo federal. Por este motivo, organizações, movimentos e fóruns re-presentando a sociedade civil convocaram, como for-ma de resistência, a Conferência Nacional Democrá-tica de Assistência Social: “Assistência Social: direito do povo, com financiamento público e participação social.” O chamamento da sociedade civil para esta Conferência é de suma importância, uma vez que na assistência social se exercita um processo de demo-cracia participativa que precisa ser defendido. Além disso, o governo federal desconsidera novos projetos

e possibilidades frente ao empobrecimento da popu-lação, violência e situação de risco vivenciadas.

48. Em Curitiba, a Fundação de Ação Social (FAS) é o órgão gestor da política de Assistência Social. Sua his-tória, muito anterior ao SUAS e a Política da Assistência Social, começa em 1965 com a criação da Fundação de Recuperação de Indigentes (FREI), sendo suas compe-tências e nomenclatura alteradas pela Lei Ordinária Nº 7671/1991. Mas é a redação dada pela Lei Ordinária Nº 8155/1993 que dá o nome Fundação de Ação Social. Na época de sua criação o trabalho da FAS era voltado às pessoas adultas, pessoas com deficiência e idosos, sen-do responsabilidade da Secretaria Municipal da Criança, o trabalho com crianças e adolescentes. Essa prática mudou em 2003 quando, através da Lei Ordinária Nº. 10644, a FAS incorporou as atribuições da Secretaria Municipal da Criança, conforme as diretrizes da Políti-ca da Assistência Social – PNAS/2004. Em 2005, a FAS habilitou-se para o exercício de gestão plena, conforme condições estabelecidas no NOB SUAS.

49. Em 2012 com a revisão da NOB SUAS, inicia-se um marco qualitativo para a gestão do SUAS, estabelecen-do as bases para a organização da política e definin-do o Plano de Assistência Social como o instrumento de planejamento estratégico para organizar, regular e nortear a execução da PNAS na união, estados e muni-cípios. Curitiba possui Plano Municipal de Assistência Social vigente (2018-2021) que sub atende as deman-das sociais da cidade.

50. Como trabalhadores e trabalhadoras do SUAS en-tendemos que existe a necessidade de aprimorar a ges-tão para que o plano municipal saia do viés utópico e do contingenciamento de verbas. Pois como será pos-sível manter o nível de atendimento apesar dos cortes no financiamento da política de assistência social?

51. É preciso fortalecer a luta em defesa política de as-sistência social e o trabalhador do SUAS. Considerando que a falta de orçamento e recursos humanos são as principais fragilidades para a execução da política de forma minimamente satisfatória.

52. A falta de servidores na FAS é uma das queixas re-correntes da categoria, uma vez que há ampliação de demanda de atendimento devido ao empobrecimen-to da população sem ampliação de equipe. A atual gestão, através da aprovação do Pacotaço, congelou as carreiras e não realizou concurso público para su-

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prir sequer as vagas abertas por aposentadoria, sen-do o último concurso em 2007. Alguns equipamentos, atuam com equipes que sequer respeitam o mínimo de profissionais previsto na NOB RH, e em locais de trabalho com estrutura inadequada às necessidades de servidores e usuários.

53. O reordenamento dos CRAS com o fechamento de 08 unidades, ocorreu sem transparência no processo, não teve a participação nem de usuários nem de ser-vidores e o diagnóstico que foi feito desconsiderou os nortes da territorialidade e matricialidade familiar, além de alterar a vida do trabalhador que foi transfe-rido de posto de trabalho, e fez com que comunidades inteiras tivessem seu atendimento remanejado para locais distantes prejudicando sobretudo a população mais carente e vulnerável, entre elas, famílias com crianças, gestantes, idosos e pessoas com deficiência, que precisarão se deslocar para acessar o serviço. Vale lembrar que isso ocorre na capital com uma das passa-gens de ônibus mais cara do País.

54. A política higienista da gestão Greca tem criado vá-rias situações de risco para os servidores que atuam na abordagem social e nos equipamentos de acolhimento. Essa política culmina em agressões à servidores e da-nos ao patrimônio.

55. A inexistência de isonomia na carga horária entre as diferentes categorias que compõem o quadro de servidores da FAS causa um grande descontentamento das categorias pois há carreiras que cumprem jornada de 30hs/semana (assistentes sociais e psicólogos) e as demais carreiras trabalham 40hs/semanais. Para além da própria falta de vontade política, há um alto índice de terceirização, precarização do trabalho e dimensio-namento inadequado dos espaços de trabalho e das equipes que neles atuam.

56. É preciso que o servidor se una em categoria e com a comunidade onde atua. Que não aceite trabalhar em espaços adaptados, “nos puxadinhos da FAS” ou acabe por dar “jeitinhos” de resolver a falta de recursos, pois isso descaracteriza a oferta de serviços, leva o foco a ações com viés de interesse político partidário e não como algo que esteja voltado a garantia de direitos. Essas relações inter políticas também sobrecarregam as equipes. Além disso, a precarização e falta de vagas para acolhimento institucional, de recursos para apoio alimentar (entre outros) e a constante subdivisão do que já é pouco, para suprir o mínimo do que já é bási-

co, nos faz ver a importância de termos clareza de que nada disso é um favor da gestão! É um direito, tanto do servidor ter condições adequadas de executar um trabalho de qualidade, quanto do usuário e sua comu-nidade de poder acessá-lo. Juntos, servidor e comuni-dade, podem mudar a realidade, criar novas histórias, desenvolver potencialidades, talentos, protagonismos e melhorar a qualidade da vida em comunidade.

CULTURA

57. Sendo a cultura um compêndio entre o conheci-mento, arte, crenças, lei, moral, costumes e compe-tências adquiridas pelo ser humano, construídos a partir da vivência em sociedade, esta apresenta as características de um povo com especificidades ine-rentes aos grupos sociais que o compõem, e suas di-ferentes classes sociais.

58. Falar em cultura implica em uma análise complexa e, do reconhecimento de que diferentes povos estru-turam a sociedade brasileira. As manifestações cultu-rais são muito além do que apenas a representação de costumes de determinadas etnias, mas também são o retrato das lutas contínuas de resistência pela busca constante de igualdade social. Neste sentido, manter, repassar e principalmente manifestar aspectos cultu-rais, são pontos combatidos por governos para supri-mir o sentimento de pertencimento dos povos.

59. O processo de institucionalização da cultura no Brasil surge já no Império, quando D. João VI trouxe li-vros para o país e criou a Biblioteca Nacional, mas, sua formação como política pública só viria acontecer anos mais tarde durante o primeiro governo Vargas. Nesse período foram introduzidas as maiores e mais profun-das mudanças na administração pública federal e, nes-te sentido, a criação de instituições na área cultural.

60. Mas, é com o movimento modernista, durante a Semana de Arte Moderna que ocorreu em fevereiro de 1922, que ocorre o encontro no Brasil com vários artistas seguindo a linha de movimentos artísticos e culturais que aconteciam em outros países. Os moder-nistas, como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, buscavam dar autenticidade no que consideravam genuinamente brasileiro. Neste contexto são redefi-nidos os conteúdos culturais no país, tanto pelo viés dos modernistas quanto pela contribuição feita por Gilberto Freyre, juntos eles cristalizam o conceito de

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uma matriz cultural tripartite com origem no branco descendente de europeus, principalmente portugue-ses, índios e negros. A figura do mestiço passa a ser um elemento importante na nacionalidade e alguns aspectos da cultura popular passam a ser considerados como símbolos nacionais. Neste período são criadas as leis que regulamentam o cinema, a rádio educati-va, a educação musical, a recuperação do folclore e da música erudita, além de serem criados o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Instituto Nacional do Livro, o Instituto Nacional de Cinema e o Serviço Nacional de Teatro.

61. Em 1953 o Ministério da Educação e Saúde Pública é desmembrado com a criação do Ministério da Saúde. E a área cultural permanecerá vinculada à pasta da educa-ção até 1985, no Ministério da Educação e Cultura.

62. A censura imposta pelo regime militar trouxe vá-rios prejuízos mesmo não havendo a desorganização total das atividades culturais no Brasil como ocorreu no Chile, Argentina e Uruguai.

63. Em março de 1985 foi criado o Ministério da Cul-tura com a esperança da classe artística de que isto proporcionasse apoio e fomento à cultura brasileira. É apenas na Constituição de 1988 que a cultura passa a ser de fato uma política pública, dever do Estado e direito do cidadão.

64. Em 1990 ao assumir a presidência da república, Fer-nando Collor de Mello extingue todas as instituições e órgãos culturais. Em dezembro do mesmo ano foi criado o Instituto o Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), sendo que, dentro da estrutura administrativa estava a Fundação Nacional de Artes (Funarte), a Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) e a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB). O Instituto Base de Conteúdos e Tecnologias Educacionais (IBAC), estava vinculado à Secretaria de Cultura e, esta, por sua vez, à Presidência da República. É na gestão Collor que ocorre a reformu-lação da Lei Sarney que passa a se chamar Lei Rouanet – Lei Nº 8313/1992. Em novembro de 1992 é recriado o Ministério da Cultura e no ano seguinte é criada a Lei do Audiovisual.

65. Durante muito tempo a política cultural perma-neceu na função apenas regulamentadora. Na gestão Lula, com Gilberto Gil à frente do Ministério da Cultura (MinC), criou-se o Programa Cultura Viva, através da Portaria Ministerial Nº 156/2004 que instituiu a im-

plantação de pontos de cultura, reconhecendo a diver-sidade da população brasileira.

66. Esses pequenos avanços institucionais de reconhe-cimento formal da cultura como parte importante de políticas públicas de Estado ficaram ainda longe de fomentar o potencial cultural de nosso país. O investi-mento sempre foi pífio e na maioria dos momentos se privilegiou setores artísticos com maior poder de lob-by junto ao Ministério. A cultura popular de resistência representada por trabalhadores que sempre produzi-ram sua própria cultura, sempre foi deixada de lado e sempre teve pouca representatividade junto a essas políticas. Como se tudo isso não bastasse, 1º de janei-ro, Bolsonaro extingue o MinC, pela medida provisória nº 870/2019 e a política pública de cultura é rebaixada ao status de Secretaria Especial de Cultura, integrante do Ministério da Cidadania.

67. Em Curitiba a política de cultura é de responsabi-lidade da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Criada em 5 de janeiro de 1973 a FCC é resultado de uma po-lítica de preservação da cultura e da história de Curiti-ba, inicialmente contava com o Centro de Criatividade de Curitiba e o Teatro Paiol, inaugurado no início dos anos 70. Um tempo depois, a fundação amplia seus estabelecimentos com a Casa Romário Martins (1973), a Camerata Antíqua de Curitiba (1974), a Cinemateca de Curitiba (1975), o Teatro Universitário de Curitiba, o Circo Chic-Chic (1976), o Teatro do Piá (1978), o Solar do Barão (1980), a Casa da Memória (1981), a Gibite-ca (1982), o Museu Metropolitano de Arte de Curitiba (1988), o Teatro Novelas Curitibanas (1992), o Conser-vatório de Música Popular Brasileira (1993), o Memorial de Curitiba (1996), a Casa Erbo Stenzel, o Teatro Cleon Jacques e a rede de bibliotecas da FCC – atualmente Casas da Leitura (1998), a Casa Hoffmann (2003) e o Espaço Cultural Capela Santa Maria (2008).

68. A FCC como um mecanismo de promoção da cultura, não recebeu a devida atenção por parte a administra-ção municipal, estruturas precarizadas restritas em sua maioria a região central do município, recursos escassos e grande desvalorização dos profissionais promoveu um baixo índice de efetividade da missão da instituição.

69. A Prefeitura Municipal de Curitiba tem promovido a desestruturação da FCC de diversas formas, sendo que a mais significativa ocorre com o descaso em relação aos servidores de carreira. Atualmente fazem parte do quadro de servidores ativos apenas 229 trabalhadores,

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tendo um quadro de 178 aposentados, o que mostra a defasagem do número de profissionais. O último con-curso público para FCC ocorreu no início da década de 1990 não existindo sequer sinalizações de abertura de concurso público para a fundação.

70. Os servidores da FCC possuem peculiaridades dis-tintas dos demais trabalhadores, tendo como base um organograma antiquado que não condiz com a reali-dade da instituição. A administração municipal tem fechado os olhos para os trabalhadores e não cogita a criação e implementação de um novo organograma.

71. No ano de 2016 foi elaborado o Plano da Carreira para os servidores da FCC construído pelos trabalhado-res da fundação, sindicato e administração municipal, o referido plano busca valorizar os servidores de carreira, ajustando as categorias em seus grupos ocupacionais com adequações financeiras justas aos trabalhadores.

72. Com a vitória do “desprefeito” Rafael Greca que as-sumiu a gestão no ano de 2017, a Câmara de Vereado-res que já servia ao prefeito antes mesmo dele assumir a prefeitura, agilizou manobras políticas conseguindo protelar a votação do plano de carreira, sendo assim, o projeto foi arquivado em 03 de janeiro de 2017.

73. Somente a LUTA contínua das trabalhadoras e tra-balhadores pode combater os ataques a cultura. Seja-mos firmes na boa manutenção da nossa cultura.

EDUCAÇÃO

74. A luta feita pelos trabalhadores pelo direito da criança à educação de qualidade vem acontecendo há muitos anos em movimentos, congressos, encontros, por várias instituições públicas, e por meio destas dis-cussões a sociedade passa a exigir mais políticas públi-cas educacionais para a primeira idade.

75. A Constituição de 88, que fala sobre o direito da criança a estar em “creches“ e pré-escolas, incluído pela primeira vez no seu artigo 280, inciso IV, estes atendimentos a crianças de 0 a 6 anos. Veio a seguir a LDB lei 9394 /96, lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNI /99).

76. Frente as possibilidades e as limitações apresen-tadas entre a realidade política e econômica em um

período rico em mobilizações sociais e a exigência de políticas públicas efetivas para o âmbito educacional brasileiro, se percebeu que a educação infantil não era uma prioridade para os governos.

77. As desigualdades sociais aumentaram em decor-rência da política de concentração de renda, onde o mecanismo inflacionário privilegiava os detentores de capitais. Para compreender a Educação Infantil en-quanto direito da criança e da família é necessário que não a tratemos como mera compensação de carências e políticas educacionais que não possibilitam as con-dições necessárias para uma educação de qualidade.

78. É só fazermos um levantamento histórico e político da capital, em que a execução do Plano Diretor, lei que define a função social da cidade e da prioridade urba-na, além de organizar o crescimento e funcionamento do município, que deve ocorrer a cada dez anos e que é definido priorizando seus interesses. As obras de in-fraestrutura foram sustentadas por empréstimos junto a agências internacionais mostrando que a prefeitura estaria disposta a realizar acordos com o grande Ca-pital e com instituições privadas, visando beneficiar grandes elites empresariais, permitindo assim imple-mentar e viabilizar as questões políticas. Essas refor-mas de urbanização priorizam o planejamento na ten-tativa de industrializar, criar competitividade e gerar capital. Por praticamente 30 anos, a prefeitura utiliza-se deste mesmo plano, onde as prioridades definitiva-mente não são as de melhorar a educação infantil na cidade. Governos anteriores como Requião, Taniguchi, Beto Richa, Fruet e não diferente nosso “desprefeito” Rafael Greca, utilizaram-se dele de forma desumana.

79. O interessante é que os governos anteriores e o da atual gestão Greca, não mudam suas estratégias de ludibriar a população com mentiras bem ditas como forma de convencimento de suas ações malignas e in-tencionais na desmobilização dos serviços públicos, onde o discurso é bem eloquente, propagandeando as garantias de um serviço de qualidade para todos, essa é a visão que a prefeitura de Curitiba quer nos passar, a de que o prefeito Greca cuida dos direitos sociais e educacionais, da assistência de nossa linda capital.

80. A população precisa de fato saber, participar e prin-cipalmente conhecer o que de fato está acontecendo com as instituições (CMEIs), onde seus filhos (as) e pa-rentes próximos estão por períodos longos de seu dia, e que nesses locais existe sim um reflexo desse des-

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monte da categoria, com perdas de direitos, planos de carreiras afetados, serviços afetados, contratações de funcionários sem experiência, entre outros absurdos.

81. Também não podemos deixar de citar o desrespei-to com a categoria de servidores da educação infantil, com imposição da meritocracia que incentiva a compe-titividade entre colegas de trabalho e, a desvaloriza-ção a partir do momento em que o professor é avaliado de forma humilhante pela equipe pedagógica das ins-tituições municipais de educação infantil (CMEIs).

82. Nós temos a tarefa de nos organizarmos, unificar forças para a construção de lutas, a começar pelos lo-cais de trabalho. É de extrema importância repassar informações à comunidade que se utiliza dessas insti-tuições de ensino e mostrar a real situação, mostrar os enfrentamentos da categoria com a Prefeitura Munici-pal de Curitiba (PMC) e o que isso reflete na educação de seus filhos. Além disso, expor a ausência de posição frente às reinvindicações da categoria, o descaso e apa-tia da atual gestão diante de pautas tão essenciais e sig-nificativas, situação a qual nos deparamos todos os dias.

83. Essas imposições refletem de maneira negativa, onde se sobressai o autoritarismo das chefias, o relato de servidores descontentes, adoecimentos, humilha-ções, retaliações, punições, causando assim, um caos na educação infantil como um todo.

84. A partir de 1996, com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a Educação Infantil passou a fazer parte da Educação Básica, sendo consi-derada como a primeira etapa e tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade. Apesar disso, a oferta para Educação Infantil ainda é insuficiente e desigual no nosso município.

85. A Prefeitura tem inaugurado novos CMEIs que per-manecem com muitas salas fechadas, culpa da falta de profissionais para o atendimento. Apesar disso, de pouco adianta ofertar novas vagas, tentar ampliar esse atendimento, sem garantir a qualidade do servi-ço. E para garantir essa qualidade de atendimento, são necessários profissionais qualificados e valorizados, como também espaços físicos e materiais apropriados.

86. O Conselho Municipal de Educação aprovou, em sua última Deliberação (01/2019), um triste retrocesso para a qualidade da Educação Infantil em Curitiba. Em seu texto, permite auxiliares para o atendimento, sem

que ao menos tenham a formação mínima exigida hoje, que seria o Magistério.

87. Estamos tratando, como citado acima, da primeira fase da Educação Básica, que é de extrema importância para a formação dos nossos futuros cidadãos e, portanto, exige que o atendimento seja realizado por “profissionais da educação que tenham licenciatura para trabalhar na Educação Básica”, como estabelece o Plano Nacional de Educação e até mesmo a própria Deliberação do Conse-lho Municipal ao afirmar em seu artigo 18: “O profissio-nal para atuar na docência da Educação Infantil, deve ter sua formação em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério, a oferecida em nível médio, na modalida-de normal.” No seu artigo 19, o Conselho Municipal de Educação admite auxiliares para atendimento em salas de Educação Infantil, desde que “não atuem sozinhos em nenhum momento com a turma”.

88. Entendemos que todo profissional que entrar em uma sala de Educação Infantil criará um vínculo com as crianças. Ao criar esse vínculo, inevitavelmente cuidará dessas crianças. Cuidar e educar, elementos indissociá-veis e que se fazem necessários para um atendimento de qualidade às crianças e que devem ser realizados por profissionais com formação adequada para essa tarefa.

89. Com todas as limitações impostas pela falta de in-vestimentos, a luta dos trabalhadores, historicamente, trouxe avanços nas políticas públicas para atendimen-to com qualidade em seus CMEIs, não fazendo nenhum sentido retroceder agora, querendo economizar ainda mais em um serviço de extrema importância como a Educação Infantil.

90. A Educação Infantil requer mediar experiências, ampliar repertórios culturais, trabalhar com movimen-to, conhecimentos matemáticos, literatura, linguagens oral e escrita, como também relações sociais e natu-rais. Para tanto, faz-se necessário planejar atividades.

91. A hora atividade, que hoje seria 1/5 das quarenta horas semanais dos professores de Educação Infantil e que deveria estender-se para 1/3, é uma conquista e, também uma valorização e reconhecimento do traba-lho pedagógico exercido pelos profissionais, que ne-cessitam desse tempo para planejar as atividades que estarão fazendo com as crianças. Também é um tempo para realizar estudos e pareceres descritivos. Esse é um ponto que está sendo descumprido pela atual gestão

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da Prefeitura de Curitiba e que deve ser revisto quando se fala em educação com qualidade.

92. Quando falamos em qualidade e prioridade ao bom atendimento às nossas crianças, precisamos lem-brar do número de crianças por professor em sala e da metragem mínima necessária para que as crianças tenham a qualidade tão divulgada pela gestão Greca. A própria Deliberação 01/2019 do Conselho Municipal de Educação prevê esses números.

93. Muitas das salas dos CMEIs não atendem a me-tragem mínima determinada pela resolução SESA 162/2005, e ainda encontramos diversos profissionais atendendo um número maior de crianças do que pre-veem as leis, assim prejudicando o atendimento e até mesmo colocando as crianças em risco.

94. O Plano de Carreira dos Professores de Educação Infantil, foi aprovado pela Lei Municipal 14.580, de 22 de dezembro de 2014, e prevê a reestruturação da carreira trazendo como principais pontos a mudança da nomenclatura e um plano de carreira que permite um crescimento por tempo de serviço e também por formação. O “desprefeito” Rafael Greca, no Pacotaço, congelou esse plano, demostrando todo o desrespei-to que tem com os professores, que se sentiram com-pletamente desvalorizados. Segundo informações da PMC, comissões estão reestruturando esse plano, sem a participação do sindicato e da base.

95. Também questionamos o motivo de não se ins-taurar a consulta pública para eleição de diretores em CMEIs, assim como acontece nas escolas do nosso Mu-nicípio. Para isso, não exigiria nenhum investimento da PMC e, no entanto, justificam que não irão fazer por-que não é uma prerrogativa dessa gestão, ou seja, não querem que exista uma gestão democrática dentro das Unidades de Educação Infantil.

96. O professor de educação infantil em Assistência Pe-dagógica entra na função com o concurso de Educador que trata da lei 12.083 de 19 de dezembro de 2006, até este período o profissional que não conseguia exercer sua função era reabilitado na função de administrativo, saindo de sua carreira de atuação via concurso, tendo um perda muito grande sem os crescimentos da carrei-ra. Com a conquista do Plano de Carreira da Educação Infantil, contido na Lei 14580/2014, estes servidores passam a exercer a função de Professor de Educação Infantil em Assistência Pedagógica para os servidores

readaptados na sua área de atuação. Servidor este, que no conjunto das suas atribuições, auxilia no aspecto pedagógico e didático, exercido pelo professor de edu-cação infantil no ambiente das unidades de educação básica, caracterizado pelo atendimento direta e indire-tamente aos usuários dos CMEIs.

97. No entendimento destes profissionais verificamos que existe uma diferenciação que fere a carreira trazendo prejuízo na sua função. Para o ingresso o servidor não estaria em condições físicas ou psicológicas de atuar em sala diretamente com as crianças, mas mesmo com res-trições básicas vemos a dificuldade no atendimento dire-to. Ficando com a responsabilidade do portão na entrada e saída, a responsabilidade com as crianças de inclusão no que tange o atendimento a eles, participando de di-ferentes ações para possibilitar seu acesso à educação.

98. Ao ingressar no CMEI, após o término do primei-ro ano letivo de trabalho o servidor passa obrigato-riamente pelo processo remanejamento. A partir deste momento o servidor fica com sua vaga fixa em deter-minado local de trabalho. Mas ao ser reabilitado na sua função o servidor perde o direito a vaga fixa. Vemos a necessidade deste servidor ter o direito a participar do remanejamento das vagas bem como de ter sua vaga fixada em algum equipamento.

99. Percebemos que o Assistente Pedagógico é um profissional com uma sobrecarga nas suas funções. Na maioria dos equipamentos há somente uma pessoa para realizar todas as funções, como por exemplo: ficar no portão, atender à comunidade, se responsabilizar pelo administrativo (SERE), com matrículas, fichas de atendimentos, atendimento aos pais sobre avanço dos filhos, e também agora com a responsabilidade de re-ceber e entregar as crianças no início e final do atendi-mento da unidade. Além de eventualmente, cuidar das crianças no horário do sono, o que atrapalha o anda-mento da secretaria.

100. Esta categoria percebe a necessidade de que ao assinar a mudança de função, a gestão oferte de imediato o curso de Sistema Estadual de Registro Escolar (SERE) e de documentação, e ao longo da carreia cursos na área administrativa para melhoria na função e para possibilitar o acesso ao direito de crescimento na carreira.

101. Vemos que, por mais que os “trabalhadores da educação” tenham conseguido alguns avanços ainda

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há desvalorização nessa área. Os auxiliares de servi-ços escolares e administrativos que estão inseridos nas escolas estão esquecidos pela gestão, pois mes-mo todos sabendo qual a sua real função e o quanto são importantes, são tratados como secundários e desnecessários.

102. A educação delegou o ato pedagógico ao ambien-te das salas de aula, a comunidade em geral, família e profissionais, acreditam que a pedagogia está restrita aos professores e pedagogos, ignorando que conhe-cimentos e valores se constroem em outros espaços escolares. Nesse sentido, acreditamos que os inspeto-res e agentes administrativos tornam-se agentes edu-cativos graças ao diálogo com crianças, família e de-mais trabalhadores de escola. Apesar disso, continuam sendo desvalorizados e relegados ao papel de meros coadjuvantes no processo escolar.

103. A luta pela valorização é de extrema importância, pois são os trabalhadores escolares que fazem a má-quina da escola girar. O incentivo de um plano de car-reira e melhora no salário, funcionariam como incenti-vo para o desenvolvimento profissional e ampliação do quadro de funcionários. Outra situação que é preciso mudar, organizar e deixar às claras, é o descritivo da função pois hoje são realizadas muitas funções que não estão inseridas no cargo, num claro desrespeito ao profissional.

104. O inspetor é um dos trabalhadores mais atuan-tes no ambiente educacional. Ele transita por todos os espaços da escola, cria vínculos afetivos, conhece as crianças pelo nome. Também é o primeiro a ser pro-curado quando há algum problema que precisa ser so-lucionado rapidamente. O profissional administrativo tem a mesma importância pois é responsável por toda a documentação da escola, sendo o primeiro contato entre a família e a instituição de ensino.

105. Todos os avanços que os funcionários conquista-ram, seja nas identidades legais, nas ofertas de forma-ção, ou nas condições de trabalho, se deram num am-biente de profundas desigualdades. Sendo assim ainda que haja faixas dizendo “Funcionários também são Educadores!”, e que se substituam as placas de “Salas dos Professores” por “Salas dos Profissionais da Educa-ção”, o que se faz urgente é a verdadeira valorização do trabalhador de escola. Precisamos de valorização urgente, pois a educação necessita de todos e não da discriminação desses trabalhadores.

ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE

106. De acordo com Barni e Schneider (2003) a edu-cação física é relacionada a um tipo de conhecimento de grande necessidade para a construção de um novo cidadão, mais completo, integrado e consciente de seu papel na sociedade que está inserido.

107. A Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juven-tude (SMELJ), foi criada para fazer o gerenciamento, organização, inserção e orientação dos processos e atividades relacionados à educação física e práticas esportivas no município de Curitiba. Porém, possui hoje um número de equipamentos, assim como uma quantidade de profissionais, insuficiente para atender à demanda da população da cidade.

108. A prática vigente na PMC de remanejar servidores de docência (profissionais do magistério doc. II) para realização dos trabalhos descritos específicos para os profissionais da orientação de esportes e lazer, não é ideal para a organização desse setor. Isso os coloca em desvio de suas funções originárias, prejudicando sua carreira. Além disso, gera insegurança sobre a perma-nência desses profissionais nas unidades, que podem ser chamados de volta pela sua secretaria de origem a qualquer momento. Esta medida pode interferir dire-tamente na rotina dos servidores e na organização dos equipamentos, bem como acarretar prejuízo no serviço prestado à sociedade.

109. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano de 2019, contem-plam a realização de concurso público para a contra-tação de profissionais específicos para a orientação de atividade física. Devemos exigir a realização desse concurso, para evitar a realocação de profissionais de outras áreas, com garantia de publicação do edital no segundo semestre de 2019, até o início de 2020, antes das eleições municipais.

FISCALIZAÇÃO

110. Na questão da carreira fiscal é necessária uma po-lítica de modernização para alteração da sua qualifica-ção de nível médio, para superior. Necessária uma nova nomenclatura, a de “AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS” ganhando com isso uma elevação de nível da carreira e, consequentemente, elevando também o piso de seus vencimentos do novo cargo.

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21CADERNO DE RESOLUÇÕES

111. Isonomia na gratificação da função agora abran-gendo e unificando toda a fiscalização uma vez que to-dos profissionais desempenham função de Estado com “poder de polícia”.

112. Inserir a “responsabilidade técnica” inerente ao cargo, tendo em vista que, pelo descritivo de função, o profissional tem que emitir notificações/autuações para multas e apreensões conforme determina a legislação.

113. Outros municípios que implantaram essa mo-dernização já alcançaram avanços que resultaram em grandes benefícios para esses servidores, um exemplo: municípios de Belo Horizonte e Brasília, hoje os novos pioneiros no ramo de Fiscalização.

POLIVALENTES

114. Sofrem com a falta de valorização da função den-tro da PMC desde a mudança de nomenclatura e que dali em diante receberam várias atribuições, desde pintor, eletricista, operacionais etc. Seguem cada vez mais precarizados pelas terceirizações de seus servi-ços bem como pela ausência de condições de trabalho, principalmente pela falta de EPIs, muitas vezes por es-tarem desatualizados.

115. Sofrem com a falta de valorização, muitos servi-dores que se encontram em desvio de função devido a abrangência do cargo, e a falta de objetividade da nomenclatura da função, conforme o seu descritivo.

116. Os Polivalentes em risco de insalubridade, ocu-pantes de cargos de chefias e que continuam desem-penhando a mesma tarefa, deverão permanecer com essa gratificação sem congelamento, uma vez que nes-sa função continuam exercendo as mesmas atividades de seus subordinados.

SAÚDE

117. O Sistema Único de Saúde (SUS), é uma conquista da luta dos trabalhadores, sendo construído com base nas premissas da conferência de Alma Alta, em 1978, nas resoluções da 8a Conferência Nacional de Saúde de 1986 e das contribuições do movimento sanitário dos anos 70 e 80. Foi efetivado pela Constituição Fe-deral de 1988, que em seu artigo 196 estabelece que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado,

garantido mediante medidas públicas sociais e econô-micas que visando à redução de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitários às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação”.

118. A Atenção Primária à Saúde (APS) possui papel fun-damental dentro da organização do sistema de saúde, sendo a principal porta de entrada para a rede de aten-ção à saúde. Dentro da organização do SUS, a APS é ge-rida pelos municípios, sendo os servidores municipais os trabalhadores responsáveis por realizar esse importante serviço à população. Valorizar o servidor público muni-cipal, é também contribuir para um melhor atendimento à saúde das comunidades de nossa cidade.

119. Desde a Política Nacional de Atenção Básica de 2011, a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem se con-solidado como a principal forma de organização da APS, tendo se expandido desde então em todo o terri-tório nacional. Isso ocorreu devido a sua comprovada superioridade em relação ao sistema tradicional, pois se baseia no trabalho em equipe multidisciplinar, no enfoque comunitário e familiar e na sua contribuição para reduzir a iniquidades no cuidado em saúde.

120. No município de Curitiba, pioneiro na imple-mentação da ESF, a estratégia tem sofrido ataques por parte da gestão Greca, reduzindo a sua im-plementação em novas unidades e limitando sua abrangência a territórios considerados como mais vulneráveis, excluindo a maior parte da população desta modalidade de atendimento. Além de ter re-duzido drasticamente o número de equipes da ESF e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que atendiam as 64 unidades de saúde da família e passaram a atender as 111 unidades existentes com o mesmo número de trabalhadores. Além disso, re-duziu pela metade o número de agentes comunitá-rios de saúde (ACS), trabalhador central dentro da ESF, o que compromete significativamente o aten-dimento à população.

121. O governo federal anunciou recentemente os no-vos cortes nos recursos do SUS, ao todo, foram 79 mi-lhões em recursos do orçamento da saúde, a maioria destinadas às chamadas “ações de fortalecimento do SUS”, que servem de estrutura e melhorias ao Sistema Único de Saúde. As ações da redução desses recursos afetam diretamente a manutenção das unidades de saúde, o programa Mais Médicos e a Rede Cegonha, que tem como finalidade o atendimento a gestantes.

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22 CADERNO DE RESOLUÇÕES

122. O SUS passa por muitas dificuldades com os cortes nos investimentos, os estados e municípios se encami-nham a uma crise gravíssima, repercutindo no fecha-mento de unidades de saúde e leitos hospitalares, o que implica em maior número de mortes que poderiam ser evitadas. O caos instaurado no Brasil, causado por uma política irresponsável de cortes em investimen-tos e estruturas por conta do reajuste fiscal, é prejuízo enorme para a classe trabalhadora.

123. A Organização Mundial de saúde (OMS) define que “A Saúde é um completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças e enfermi-dades”. Como podemos expressar o termo saúde, sen-do como completo bem-estar físico, mental e social, se as políticas aplicadas através do governo municipal es-tão fazendo o caminho inverso em relação a condições de vida e trabalho dos servidores públicos de Curitiba? Para que uma metrópole possa se desenvolver com serviços públicos de qualidade, precisa acima de tudo, cuidar dos servidores que são o alicerce e a estrutura dos bons serviços prestados à população.

124. Os ataques e o desmonte dos serviços da saú-de, a falta de funcionários, a sobrecarga de trabalho que leva os servidores a exaustão física e mental, têm como consequência o adoecimento e a piora no atendi-mento à população trabalhadora da cidade.

125. Nos últimos dois anos, houve migração de mais de 159 mil usuários dos planos de saúde para o SUS. A diminuição de pessoal e enxurrada da população para dentro das unidades de saúde, vítimas das demissões e do arrocho salarial, a falta de concurso público para preencher as vagas existentes e a contratação por Pro-cesso Seletivo Simplificado (PSS), levam à precariza-ção dos serviços prestados à população.

126. No setor de Urgências e Emergências, servi-ço também essencial no atendimento à população e realizado majoritariamente pelos servidores do município, ocorreu a privatização das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que terão sua gestão entregue à Organizações Sociais. Um ataque frontal

tanto ao serviço público quanto ao bom atendimen-to à saúde da população tanto do município quanto da região metropolitana.

127. Em relação à política de Saúde Mental no âmbito nacional, o governo Bolsonaro tem gerado brechas para o retorno ao modelo manicomial, como o fim da prioridade da política de redução de danos no combate às drogas, incentivos à internação compulsória e a priorização do tratamento por meio de comunidades terapêuticas. No âmbito municipal, a gestão Greca tem promovido um re-trocesso nas políticas públicas da Saúde Mental, como a hibridização dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), fundindo as clínicas Álcool e Drogas (CAPS - AD) e Trans-tornos Mentais (CAPS – TM) em um único CAPS por re-gional, como forma de reduzir investimentos no setor, e o fim dos convênios com Hospital-Dia.

128. Há também as equipes odontológicas que estão muito reduzidas e mesmo assim trouxeram para Curi-tiba em 2018, dois prêmios de excelência na prestação de serviços à população. Houve no primeiro quadri-mestre de 2019 um aumento de 20% em todos os aten-dimentos e procedimentos realizados pelos profissio-nais da saúde na cidade de Curitiba, porém o aumento do quadro funcional foi insignificante para suprir as demandas e sanar os problemas com falta de pessoal, são pontos que se refletem na política da saúde a qual a atual gestão nega-se a superar.

129. Durante os quase três anos do governo Greca, os servidores públicos de Curitiba, vêm sofrendo grandes ataques, desvalorização e arrocho salarial, uma infla-ção crescente com um reajuste insignificante que não consegue cobrir a defasagem acumulada. A gestão Greca, ao resolver fazer um plano de recuperação para cidade de Curitiba, retirou salários e planos de carrei-ras dos servidores. Indignação e revolta, é o sentimen-to dos que se sentem lesados, enganados e obrigados a pagar as contas públicas com seus próprios salários.

130. O sindicato defende as políticas públicas de saú-de, valoriza os trabalhadores do município, e cobra da prefeitura o bom andamento do sistema.

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23CADERNO DE RESOLUÇÕES

131. Intensificar o trabalho de base e aumentar o nú-mero de sindicalizados.

132. Com três avaliações de imobiliárias, apresentar para a Assembleia para a consulta da categoria a venda da atual sede e aquisição de nova com critérios estabe-lecidos, como área central, mobilidade e acessibilidade e estacionamento conveniado ou próprio.

133. Alterar o fundo destinado à compra da sede campestre para um fundo destinado à compra de um imóvel mais adequado, e que possibilite atender as demandas da categoria (cursos, capacitações, assem-bleias, etc.) com maior qualidade e conforto. Ampliar o valor destinado de 8% para 10%.

134. Ampliar o valor destinado ao Fundo de Greve de 8% para 10%.

135. Que seja ampliada a frota dos carros do sindicato e que os carros antigos sejam dados de entrada. Aquisi-ção de mais três (03) veículos no início de 2020.

136. Combater a contratação por Processo Seletivo Simplificado (PSS) e via Organização Social (OS), crian-do estratégias de enfrentamento ao estabelecer ins-trumentos (ex. jornais à população) de diálogo com a população, usuários dos serviços.

137. Fazer anualmente a Semana de Estudos Pedagó-gicos (SEP) do SISMUC.

138. Fomentar cursos de extensão em parceria com universidades públicas, sem deixar de exigir da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) que propicie os cursos de extensão, formação, capacitação para maior qualificação dos servidores no exercício de suas atribuições.

139. Continuar as formações políticas nos Coletivos e Conselhos.

140. Continuar promovendo seminários e debates a respeito da Educação, da Saúde e da Assistência.

141. Promover seminário para debater assédio moral e saúde do trabalhador.

142. Lutar contra o assédio moral nos locais de traba-lho, por parte dos patrões e entre servidores.

143. Lutar pela implementação de atividades que as-segurem e promovam a saúde do trabalhador.

144. Continuar construindo as iniciativas de unida-de de ação junto às organizações, centrais sindicais e movimentos populares contra os ataques do governo Bolsonaro.

145. Manter e fortalecer a unidade organizativa e de luta entre SISMUC e demais sindicatos municipais e outras organizações para avançar no combate aos ata-ques dos governos municipais e na luta em conjunto com a nossa classe, a classe trabalhadora.

146. Contra os projetos autointitulados “Escola sem Partido”, que na verdade impõem a política dos par-tidos da burguesia que querem “adestrar” os filhos da classe trabalhadora.

147. Contra a Reforma da Previdência, os cortes da educação e as privatizações. É possível ainda impedir a Reforma da Previdência, derrotando o governo Bol-sonaro-Mourão. As direções das centrais sindicais e dos partidos que representam a classe trabalhadora devem passar a trabalhar por uma greve geral pela retirada da reforma, incluindo outras pautas populares. O ministro

EIXO III PROGRAMA DE TRABALHO DO SINDICATO

CAMPANHA DE LUTAS

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Paulo Guedes prepara já uma emenda constitucional re-tomando a capitalização da previdência social. Isso jus-tificaria voltar com tudo a mobilização contra a reforma. O SISMUC não admitirá que a reforma da previdência aprovada pelo congresso seja também estendida aos servidores estaduais e municipais. E imediatamente ini-ciará reuniões com entidades do funcionalismo estadual e municipais para uma campanha nesse sentido. A resis-tência contra a implantação da reforma da previdência em estados e municípios mantém a luta pela retomada de uma previdência pública e solidária como conquista histórica da classe trabalhadora brasileira.

148. Em defesa da vida e dos direitos do conjunto da classe trabalhadora.

149. Em defesa da vida dos que fazem parte da nos-sa classe e são vítimas da opressão estimulada pelo Capital: em defesa das mulheres, LGBTQ+, indígenas, negros e da juventude das periferias. Contra as armas do Estado, nossa arma é a luta do conjunto da classe trabalhadora.

150. Pela solidariedade e unidade internacional da classe trabalhadora para lutar contra o Capital e seus estados nacionais.

151. Juntos com Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora contribuir na reorganização do movimento sindical para avançar na luta contra os ataques dos patrões e seus governos.

152. Manter, ampliar e fortalecer a unidade e a solida-riedade ativa com o conjunto da classe trabalhadora, rompendo as cercas entre as categorias e nações.

153. Garantir que as faltas em greve sejam justificadas e que não causem prejuízos aos servidores de todas as categorias.

154. Todos os servidores com carga horária de oito ho-ras por dia/40h semanais têm direito a receber o vale refeição sem teto salarial, pois todos têm direito à ali-mentação.

155. Lutar pela garantia a todos os servidores ao usu-fruto do direito da licença prêmio, assegurado pela le-gislação vigente.

156. Remanejamento entre todas as secretarias, res-peitando as áreas de atuação.

157. Lutar pelo descongelamento implementado pela EC 95 para retomar os investimentos nas políticas pú-blicas.

158. Combater a medida do governo Bolsonaro de al-teração das normas de segurança do trabalho.

AGENTES ADMINISTRATIVOS

159. Lutar por um Plano de cargos, carreiras e venci-mentos que considere as especificidades da profissão.

160. Lutar por concurso público para ampliar o quadro de servidores uma vez que as 20 (vinte) vagas abertas pela gestão não são suficientes para cobrir a falta des-ses profissionais.

161. Lutar pela implantação de processo de remaneja-mento entre secretarias; remanejamento interno den-tro e fora das secretarias de lotação.

162. Lutar pela implantação de difícil provimento/risco de vida/gratificação por área de atuação para os servidores lotados em equipamentos que possuam es-sas características.

163. Combate ao assédio moral.

164. Condições adequadas de trabalho.

165. Respeito à jornada de trabalho.

166. Fim das terceirizações.

167. Fim das OS.

168. Valorização profissional junto às equipes, esten-dendo os mesmos direitos que outros profissionais têm (exemplo: jornada de 30 horas na saúde, calendário igual na educação e quaisquer outras diferenças espe-cíficas de cada secretaria).

PREVIDÊNCIA E APOSENTADOS

169. Lutar por concursos públicos e pela valorização dos serviços públicos. Pois, de toda forma como cida-dãos, utilizamos estes serviços e como servidores ne-cessitamos de condições para que esses serviços sejam realizados com qualidade.

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170. Lutar contra qualquer forma de terceirização e precarização das relações de trabalho, por ver que isso influi diretamente no pagamento do benefício das apo-sentadorias.

171. Mobilização da categoria para lutar contra a Re-forma da Previdência.

172. Lutar contra o CuritibaPrev e qualquer forma de capitalização da previdência, temos que valorizar o re-gime próprio de previdência solidária. Revogação do Pacotaço.

173. Formação dos servidores sobre a Previdência, in-vestimentos dos fundos, e o direito à aposentadoria.

174. Gestão democrática no Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC) com eleição do Presidente entre os servidores vinculados ao Instituto. Conselhos paritários de administração e fiscal, com eleição organizada pelos sindicatos.

175. Manter as reuniões ordinárias do Coletivo de Apo-sentados, conforme cronograma do programa vida nova, ao qual alguns fazem parte.

176. Fazer planejamento anual das discussões com momentos de confraternização, formação política e acompanhamento das lutas da classe trabalhadora.

177. Garantir nos coletivos a liberdade e autonomia sindical da base do SISMUC.

178. Incluir a representação dos aposentados no Con-selho Diretivo do Sindicato em cumprimento ao Esta-tuto.

179. Garantir a acessibilidade à sede do sindicato com garantia de transporte, com horário e local definido para o trajeto.

180. Construção de pauta específica de forma demo-crática e comissão representativa do coletivo nas ne-gociações.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

181. Lutar por concurso público para ampliar o quadro de servidores e não a contratação por PSS ou via OS conforme o contido na Norma Operacional Básica de

Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social (NOB/RH/SUAS).

182. Lutar por isonomia de carga horária de trabalho para as carreiras da assistência social.

183. Lutar pela adequação dos espaços físicos da Fun-dação de Ação Social de Curitiba (FAS) e oferta de serviços à demanda de atendimento para a população com qualidade.

184. Apoiar e articular a luta pela regulamentação fe-deral da profissão do educador social visando a melho-ria da qualificação profissional e o fortalecimento da categoria e, com isto, também criando uma segurança jurídica e maior independência da gestão local.

185. Implantação de novo Plano de Carreiras no muni-cípio de Curitiba para todos os servidores municipais, respeitando as especificidades de cada grupo/segui-mento de trabalhadores.

186. Isonomia no tocante a jornada de trabalho de 30 horas para todos os profissionais da Assistência Social.

187. Pela melhoria do investimento na Política do Sis-tema Único de Assistência Social (SUAS) nas três esfe-ras de governo.

188. Participação do Controle Social da Assistência Social.

189. Participação no Fórum Nacional e Estadual dos trabalhadores e trabalhadoras do SUAS.

190. Política de saúde do trabalhador do SUAS em con-junto com a categoria, onde seja acompanhado o es-tado de saúde físico e, principalmente, mental destes trabalhadores.

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA

191. Lutar pela implantação do Plano de Carreira específi-co já construído pelos trabalhadores da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Pedir posição imediata da administração municipal frente ao plano de cargos e salários, enfatizando que desta vez incorpore todos os trabalhadores da FCC.

192. Lutar por concurso público para ampliar o quadro de servidores que hoje é mínimo e com muitas fun-

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26 CADERNO DE RESOLUÇÕES

ções ocupadas por terceirizados, o que faz da FCC a área com maior número de terceirizados dentre todas as secretarias. Lutar pelo concurso público para as ati-vidades típicas de cultura da administração municipal.

193. Lutar pela manutenção, adequação e ampliação dos espaços com ofertas de serviços culturais, bem como sua descentralização.

194. Exigir da Fundação Cultural e da Recursos Huma-nos uma nova estrutura orgânica que substitua a atual datada de 1992.

195. Promover a aproximação do sindicato e os funcio-nários e funcionárias da FCC com campanhas próprias e reuniões nos próprios espaços da instituição.

196. Realizar em conjunto com os funcionários e fun-cionárias debates sobre a gestão cultural na FCC, bem como no cenário nacional, debatendo entre outras coi-sas a ampliação de recursos, reforço do sistema nacio-nal de cultura.

197. Lutar pela garantia do acesso à cultura dos tra-balhadores e trabalhadoras de toda a prefeitura, como já havia no passado com disponibilidade de ingressos e uso dos equipamentos pelos servidores municipais.

EDUCAÇÃO

198. Lutar pelo descongelamento do Plano de Carreira dos professores de educação infantil já aprovado em 2014, sem que haja mudança em sua formatação. De-fesa da formação superior como critério para ingressar na carreira.

199. Lutar por um plano de carreira específico para auxiliar de serviços escolares, com elevação para o Ensino Médio. Criação de nível automático. E tirar no descritivo de função as funções correlatas”.

200. Lutar pela utilização do Pro-funcionário para a elevação de nível. Retomada da formação técnica dos trabalhadores de escola nos moldes do Pro-Funcioná-rio. Imediata retomada do plano de carreira com valo-rização dos cursos do Pro-funcionário.

201. Lutar pela garantia da hora permanência para os professores de educação infantil. Efetivação da hora atividade de 33% do total da carga horária.

202. Lutar pela garantia de que sejam assegurados o número de crianças por professor conforme a delibera-ção 01/2019 do Conselho Municipal de Educação.

203. Reorganizar o número de crianças dentro de sala de aula conforme a Resolução da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) 162/2005.

204. Implantação de difícil provimento para as unida-des novas que tenham esse direito.

205. Concurso público para ampliação do quadro de professores de educação infantil. Contratação de mais professores por meio de concursos públicos.

206. Lutar para que todas as unidades que possuam crianças com necessidades especiais em seus quadros possam ter garantido o professor de apoio.

207. Lutar pela isonomia salarial com o magistério, docência I nível médio com dois padrões. Isonomia ao magistério em todos os aspectos de direito e deveres. Valorização salarial.

208. Lutar pela redução da carga horária para 30 horas semanais para os trabalhadores da educação.

209. Alterar a legislação de forma que a Licença para Tratamento de Saúde (LTS) não seja considerada como fator de perda de direito a Licença Prêmio assim como era no magistério em 2017.

210. Garantir profissional volante para cobrir afasta-mento superiores a 15 dias.

211. Garantir que as faltas em greves sejam justificadas e que não causem prejuízos aos servidores da educação.

212. Garantir e agilizar o processo de liberação de ver-bas de descentralização (fundo rotativo) para as uni-dades inauguradas e todos os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) em que houver substituição do gestor.

213. Garantir computadores e impressoras em quanti-dades suficientes para atender às necessidades de to-dos os funcionários dos CMEIs, e que sejam conectados à internet e tenham senhas liberadas de rede sem fio da instituição de ensino.

214. Dimensionamento inspetor X aluno.

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215. Gratificação de 30% para auxiliares de servi-ços escolares lotados em escolas integrais e com ensino regular.

216. Garantir consulta pública para a eleição para dire-tores de CMEI. Retomar a luta pela eleição democráti-ca para direção de CMEI.

217. Dimensionamento adequado conforme o número de crianças por inspetores, em especial as escolas es-peciais.

218. Reorganização do descritivo de função, especifi-camente das atividades correlatas quanto ao banho e trocas de crianças.

219. Alteração do critério do difícil provimento, que não seja só rotatividade, como também a distância e vulnerabilidade.

220. Institucionalização da isonomia do calendário es-colar para todos os profissionais da educação. Garantia de recesso escolar para os auxiliares de serviços esco-lares conforme o magistério.

FISCALIZAÇÃO

221. Isonomia na remuneração de todos os ocupantes do cargo de Fiscal.

222. Definir a gratificação de fiscal como inerente ao cargo, com desconto previdenciário sobre ela, a exem-plo da responsabilidade técnica para os cargos de nível superior. Ampliação do percentual da gratificação para 50% a exemplo da gratificação paga hoje para a Guar-da Municipal. Atualização do valor da gratificação de acordo com tabela salarial atual do cargo. Lutar pela unificação da gratificação entre os fiscais lotados em todas as secretarias, modificando a nomenclatura para “gratificação inerente à função”. Definir desconto pre-videnciário para todas as gratificações.

223. Lutar para que os coletes usados pelos fiscais te-nham faixas luminosas em seus inscritos para melhor visualização noturna.

224. Lutar para conquistar um processo de remaneja-mento justo e transparente sem burocracia entre as se-cretarias. Processo de remanejamentos periódicos, com regras claras, a exemplo do remanejamento da educação.

225. Lutar por melhor capacitação do profissional fis-cal. Curso de formação continuada para os fiscais.

226. Lutar para rever e atualizar o descritivo de função da carreira do fiscal com base na sua execu-ção prática cotidiana e legislação federal vigente. Revisão do descritivo de função, excluindo a ativi-dade de motorista.

227. Lutar por um plano de carreira de forma isonô-mica que considere as especificidades da carreira de fiscal. Plano de carreira compatível com a função e am-plamente debatido com a categoria.

228. Melhoria das condições de trabalho com identifi-cação funcional específica para todos os ocupantes do cargo de fiscal; equipamentos e programas de Tecnolo-gia da Informação (TI) atualizados e equipamentos de proteção individual fornecidos de maneira contínua, sempre que necessário.

229. Execução do trabalho em dupla, como regra de segurança.

230. Escalas de trabalho organizadas em conjunto com os trabalhadores e com antecedência de comunicação em caso de necessidade de plantões.

231. Criação/atualização de protocolos de procedi-mentos de fiscalização.

POLIVALENTES

232. Lutar por plano de carreira dos servidores con-templados na Lei 11000/04.

233. Lutar para que seja implantado um plano de car-reira específico para a categoria.

234. Lutar para adequar o descritivo de função por área de atuação dos profissionais polivalentes para que não venham a sofrer prejuízo futuro no momento da aposentadoria.

235. Lutar pela manutenção das gratificações, risco de vida e insalubridades a que estão sujeitos esses profissionais.

236. Retorno ao cargo de origem dos profissionais po-livalentes, conforme concurso público prestado.

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28 CADERNO DE RESOLUÇÕES

237. Formação profissional adequada às necessidades de cada profissão.

238. Aproximação dos servidores do quadro de enge-nheiros e arquitetos ao SISMUC, para construção de pautas considerando as especificidades e formação destes profissionais.

SAÚDE

239. Lutar contra a implantação das Organizações So-ciais (OS) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e demais áreas da saúde, assim como a contratação via Processo Seletivo Simplificado (PSS). Luta permanente contra a terceirização/privatização da Saúde.

240. Lutar pela continuidade da contratação de técnicos de enfermagem e enfermeiros pelo con-curso vigente, evitando assim a sobrecarga de tra-balho que vem aumentando a taxa de adoecimento dos servidores.

241. Lutar por uma saúde pública de qualidade e con-tra o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).

242. Lutar pela implantação do Risco Saúde para todos os agentes de combate a endemias.

243. Lutar para que haja isonomia no acesso ao Pla-no de Saúde do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) pelos agentes de combate a endemias.

244. Dimensionamento das equipes da saúde adequan-do o número de profissionais à demanda. Implantação de processo de remanejamento democrático, com res-peito à trajetória dos profissionais.

245. Construção e implantação do plano de carreiras.

246. Concurso público para completar as equipes.

247. Manutenção e expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF).

248. Fim dos desvios de função.

ESPORTE E LAZER

249. Lutar pela redução da jornada para 30 horas.

250. Lutar por gestão democrática na Secretaria Muni-cipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) com parti-cipação dos trabalhadores na construção de normati-vas que interfiram no processo de trabalho.

251. Estudo epidemiológico da saúde do trabalhador da SMELJ. Estudo epidemiológico dos servidores por categoria – instrumentos como aplicativos.

QUESTÕES DE GÊNERO

252. Lutar contra toda forma de discriminação, miso-ginia e intolerância ao modelo de sociedade plural, livre e soberana.

253. Fortalecer o coletivo de mulheres do SISMUC, com ações planejadas e discutidas no coletivo.

254. Ocupar espaços do controle social das políticas públicas para as mulheres.

255. Participar dos debates junto à defensoria pública.

256. Participar dos movimentos sociais de mulheres como a Marchas das Margaridas, Marcha Mundial das Mulheres.

SAÚDE DO TRABALHADOR

257. Implantação de política permanente de saúde do trabalhador na PMC.

258. Imediata extinção do cargo de Agentes de Se-gurança Local (AGESEL) e instituição das Comissões Locais de Saúde do Trabalhador (COLSAT), eleitas por seus pares.

259. Realização de estudos epidemiológicos de saúde do trabalhador na PMC.

260. Ampliação dos programas existentes hoje na PMC para que atenda a todos os agentes públicos do município.

261. Elaboração de materiais específicos de saúde do trabalhador, para formação e empoderamento dos ser-vidores e servidoras sobre o tema.

262. Implantação do disque denúncia Saúde do Traba-lhador dentro do SISMUC.

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29CADERNO DE RESOLUÇÕES

263. Implantação da mesa permanente de Saúde do Trabalhador no âmbito da PMC.

264. Preenchimento e acompanhamento das comuni-cações de acidentes de trabalho pelo sindicato.

265. Imediata qualificação de assédio moral na legis-lação municipal.

266. Criação do Departamento de Saúde do Trabalha-dor dentro do SISMUC, com assessoria técnica espe-cializada.

ORGANIZAÇÃO JURÍDICA DO SISMUC

267. Que os relatórios trimestrais das ações coletivas sejam publicizados aos servidores.

268. Orientação jurídica e acompanhamento por parte de um dirigente sindical nas oitivas dos processos de sindicância.

269. Que as ações jurídicas coletivas sejam deliberadas em assembleia, fazendo análise com a categoria se en-tra ou não com a ação.

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