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{Resenha} O Pequeno Príncipe — Antoine De Saint-Exupéry POSTADO POR: LETICIA LANÇANOVA Livro: O Pequeno Príncipe Título original: Le Petit Prince Autor (a): Antoine de Saint-Exupéry Editora: Geração Editorial Páginas: 160 ISBN: 9788581303079 Sinopse: O Pequeno Príncipe - Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição,

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O pequeno principe

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Page 1: Resenha

{Resenha} O Pequeno Príncipe — Antoine De Saint-Exupéry

POSTADO POR: LETICIA LANÇANOVA

Livro: O Pequeno Príncipe

Título original: Le Petit Prince

Autor (a): Antoine de Saint-Exupéry

Editora: Geração Editorial

Páginas: 160

ISBN: 9788581303079

Sinopse: O Pequeno Príncipe - Um piloto cai com seu avião no deserto e ali

encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta

distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus

valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível,

comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine

de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura

universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando

criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin

Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele

Page 2: Resenha

agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e

enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do

autor.

Antoine de Saint-Exupéry ficou famoso pela sua obra infantil “O Pequeno Príncipe” que

passou a ser o livro mais traduzido no mundo, depois da Bíblia e do Alcorão. Contudo, o

célebre piloto de avião também escreveu outras obras, romances sobre guerras, viagens

aéreas e desertos. Confira a resenha abaixo de uma das obras mais lidas do mundo!

     Foi no deserto, depois de uma pane no sistema que forçou o pouso de emergência de seu

avião, que nosso narrador-personagem encontrou o Pequeno Príncipe. O piloto estava

dormindo sua primeira noite solitária no Saara e já planejava o conserto demorado do avião

quando o menino meigo de cabelos louros simplesmente o chamou. 

     Pediu que o piloto desenhasse, e, consequentemente, desse vida à um carneirinho para

sua companhia. A partir daí, o piloto começou a conhecer melhor o sábio garoto, buscar

entender como chegara até ali e de onde viera. 

     O Pequeno Príncipe havia feito uma viagem por inúmeros planetas até alcançar a Terra.

Em sua pequena casa, deixara, todo ressentido, sua rosa espinhosa para trás, e fora atrás de

aventuras. No primeiro planeta, lidou com um autoritário rei, que ficava constantemente a

espera de um súdito. Em seguida, conheceu no próximo planeta visitado, um vaidoso,

seguindo de um bêbado, um homem de negócios, um geógrafo e um acendedor de

lamparinas; todos cegos pelos seus vícios. 

     Nesse meio-tempo, O Pequeno Príncipe desenvolveu seu interesse pelo planeta Terra, que

era maior, cheio de paisagens diferentes e com vários animais distintos. Conheceu

primeiramente uma cobra, depois, uma raposa, e enfim, nosso piloto. Mas os dias de possível

sobrevivência do piloto estavam se esgotando. A água só duraria oito dias! Eles precisavam

encontrar um meio rápido para ir embora, ou morreriam. 

Page 3: Resenha

“[...] – É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar – frisou o rei. – a

autoridade se baseia na razão. Se ordenar o povo se afogar no mar, ele fará uma

revolução. Tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são

sensatas.” 

Antoine fez um trabalho realmente incrível ao revolucionar a literatura infantil. Apresentou

um estado nunca narrado antes em um livro: a criação de um personagem pelo autor. Assim

como aconteceu na realidade, o personagem Pequeno Príncipe simplesmente caiu de pára-

quedas na vida do autor, que, depois de um desenho despretensioso, deu vida a ele. Nessa

obra, Antoine deixa claro a magia da criação de personagens, planetas e outros elementos

criativos que saiam da linha das convenções. 

     A obra tem uma linguagem bem fácil e próxima do público infantil, sendo que, quando

uma palavra mais difícil era utilizada pelos personagens adultos, seu significado era

explicitado em seguida – contribuindo para o vocabulário das crianças. 

     Mais que isso, O Pequeno Príncipe é uma obra inteiramente metafórica e simbolista.

Todos seus personagens e elementos se ligavam a pessoas e fatos da realidade, modificados

pela criatividade do autor. Muitas coisas haviam acontecido na vida de Antoine e no mundo,

quando o livro foi escrito. A separação de sua esposa fora recente e a Segunda Guerra

Mundial estava no seu ápice. Antoine precisava contribuir para o mundo e transmitir suas

sábias palavras.

Page 4: Resenha

“ É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se conseguir julgar a si

mesmo, provará que é um verdadeiro sábio.”

     E qual melhor modo de contribuir para o mundo se não cativando as crianças? O Pequeno

Príncipe traz um moral incrível em suas entrelinhas! É um grande exemplo para crianças e

para adultos. Há vários assuntos tratados como: tolerância, valorização, vícios, manias e o

amor. Há uma grande crítica aos adultos, que se não são viciados, são autoritários,

preguiçosos, vaidosos demais e apressados. Questionou condutas, levando-nos a refletir

sobre o objetivo de nossos atos. 

     Antoine se demonstra um grande doutrinador de crianças, transformando toda sua

sabedoria de uma vida inteira em uma história simples e facilmente assimilável. Os valores

apresentando são de real importância na formação de um caráter.

     Contudo, o autor poderia ter deixado sua história mais fluída. Senti falta de algumas

artimanhas usadas por vários escritores para conectar os capítulos e os fatos; tudo parecia

abrupto e simplesmente jogado, sem ter uma preparação para a contextualização. Fora esse

pequeno quesito, Antoine me surpreendeu muito!

Page 5: Resenha

“Nunca deveria tê-la abandonado. Deveria ter captado sua ternura por trás de seu

jeito rude. Como as flores são complicadas! Mas eu era ainda muito jovem para

saber amá-la!”

    

       No final do livro, há algumas páginas sobre a biografia do autor. Isso se fez de muita

importância para compreender todas as metáforas feitas por ele. Foi possível interligar, por

exemplo, as tão mencionadas estrelas com o nazismo, onde os judeus e outras minorias

eram marcados através desse carimbo. Além da rosa mentirosa e rude, porém, terna, que

simbolizava sua esposa, uma artista plástica geniosa que Antoine chegou a “deixar para

trás”, mas que acabou reatando o relacionamento. 

     Essa edição de Luxo da Geração Editorial é perfeita! Fiquei imaginando o quanto deve ter

sido trabalhoso ilustrar e, pior, decorar cada página, mudando a fonte das letras, suas cores

e acrescentando ilustrações. A capa é dura e o miolo costurado! Não encontrei erros de

ortografia e nada que pudesse me atrapalhar na leitura. 

     Indico o livro para todos os públicos literários. Trata-se de uma obra que todos, em algum

momento de sua vida deveriam ler e reler. É um livro cheio de cor, imagens, fotografias e

curiosidades! É impossível de não se cativar por essa emocionante e inesquecível história.

Melhor Quote 1: E todo dia ele repetia como você: “Sou um homem sério! Sou

um homem sério!”, e o isso o enchia de orgulho. Ora, isso não é um homem, é um

cogumelo.”

Melhor Quote 2:  “Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o

coração. O essencial é invisível aos olhos.”