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Reesenha Holocausto Brasileiro

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Page 1: Resenha Holocausto Brasileiro

ANA PAULA

AMANDA VARGAS

CAMILA CUER

EDINE RENATA RODRIGUES

JANE

MAHARA THIMOTEO

PATRICIA

RESENHA DO LIVRO HOLOCAUSTO BRASILEIRO

CURITIBA

2015

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Page 2: Resenha Holocausto Brasileiro

ANA PAULA

AMANDA VARGAS

CAMILA CUER

EDINE RENATA RODRIGUES

JANE

MAHARA THIMOTEO

PATRICIA

RESENHA DO LIVRO HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Trabalho de graduação apresentado à disciplina de Psicopatologia Adulta do Curso de Psicologia da FAE Centro Universitária.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Marilza Izidro.

CURITIBA

SETEMBRO 2015

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Page 3: Resenha Holocausto Brasileiro

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO:.........................................................................................4

2.0 HOSPITAL DE BARBACENA.......................................................................5

3.0 CASOS:........................................................................................................6

3.1 CASO DE SUELI E DEBORA: PÁGINA 118............................................6

3.2 CASO DE ROBERTO – PÁGINA 94 – ABANDONO................................8

4.0 CORRELAÇÃO ENTRE O LIVRO E A DISCIPLINA....................................9

4.1 O SABER A SERVIÇO DO PODER:........................................................9

5.0 CONCLUSÃO:............................................................................................12

6.0 COMENTÁRIOS..........................................................................................13

7.0 REFERÊNCIA..............................................................................................16

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Page 4: Resenha Holocausto Brasileiro

1.0 INTRODUÇÃO:

Este trabalho foi escrito a fim de instigar a uma breve reflexão sobre até

que ponto uma pessoa pode nomear outra como um louco, como as relações

de poder podem fabricar a loucura e ainda que o diagnostico de doença mental

seja dado por um profissional, este indivíduo não deixa de ser um ser humano

que merece respeito acima de tudo.

O trabalho discorre sobre a história de dois relatos do livro Holocausto

brasileiro, com sua historia impactante, assustadora e comovente, escrito pela

repórter Daniela Arbex que entre tantos relatos de barbares cometidas em um

hospital psiquiátrico em Barbacena “O Colonia”, aponta para as relação de

poder, capitalismo e abandono dos menores e incapazes no nosso país e põe

o dedo em uma ferida antiga e ainda aberta na sociedade, o preconceito que

faz com que o diferente seja sempre visto como anormal. E por ser

considerado fora do padrão é expurgado.

Dentro de todo aquele horror, de todos os relatos, pinçamos as histórias

de Sueli e Debora, mãe e filha, a mãe, uma interna que defendeu até quando

pode a vida que estava sendo gerada em seu ventre, mais na situação em que

era colocada chegou a passar fezes na barriga, o que era bem comum entre as

internas gravidas a fim afastar as pessoas que poderiam fazer mal a seus

filhos, uma demonstração de carinho, sentimentos puros de amor ,

racionalidade e de instinto de sobrevivência e também a história de Roberto,

uma vez que em meio a este horror todo haviam crianças internas e Roberto foi

abandonado pela própria família em razão de preconceito e ignorância.

Por fim, foi correlacionado os relatos do livro com a matéria apresentada

na disciplina de Psicopatologia Adulto.

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Page 5: Resenha Holocausto Brasileiro

2.0 HOSPITAL DE BARBACENA

O Hospital Colônia na cidade de Barbacena, Minas Gerais, foi um hospital

psiquiátrico, que durante século XX, foi um palco de milhares de casos de

tortura, maus tratos e tratamento desumano que resultou em pelo menos 60 mil

mortos.

As pessoas eram internadas sem diagnóstico de doença mental, eram

alcoólatras, homossexuais, prostitutas, epilépticos, meninas que foram

violentadas e que engravidaram pelos seus patrões, filhas de família que

perderam a virgindade antes do casamento, pessoas que era incômodas para

alguém com mais poder e crianças com deficiências também era internadas.

As pessoas chegavam de toda parte do Brasil, a maioria chegava de

trem, conhecido como “Trem doido”, essa expressão foi criada pelo escritor

Guimarães para referir-se ao caminhado para a morte na Colônia.Os pacientes

eram levados até o Colônia em grandes vagões de cargas. A cena era idêntica

a dos judeus que eram levados para o campo de concentração.

Os recém chegados à estação do Colônia eram levados para setor de

triagem, onde eram separados pela idade, sexo e característica físicas. Após

isso, os pacientes eram obrigados a entregar seus pertences e todos

passavam pelo banho coletivo para desinfecção e recebiam uniforme da cor

azul, conhecido como azulão, e seus nomes eram esquecidos pelo

funcionários, que os rebatizavam.

O Colônia era formado por departamento A e B e esses se dividiam em

pavilhões. Homens eram encaminhados ao departamento B, e os que tinha

condição para trabalhar iriam para o pavilhão Milton Campos. Os homens tinha

as cabeças raspadas de maneira semelhante aos prisioneiros de guerra. As

mulheres eram encaminhadas ao departamento A, conhecido como

Assistência.

As condições de vida dos internos no Colônia eram extremamente

desumanas, pois, às vezes, os internos comiam ratos, baratas, bebiam água do

esgoto que cruzava a instituição ou urina, dormiam sobre o capim em razão

dos pequenos dormitórios e ainda precisavam lidar com torturas que eram

frequentes dentro do hospital.

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Page 6: Resenha Holocausto Brasileiro

Na instituição o eletrochoque era comum. Pacientes eram submetidos

sem nenhuma razão. Era aplicado com propósito de servir apenas como

castigo e muitos pacientes morriam com os eletrochoques. Sem haver

prescrição médica, os funcionários aplicavam medicamentos para aqueles

pacientes que estavam agressivos com objetivo de conter e intimidar.

Devido à superlotação do hospital, muitos pacientes eram colocados no

pátio da instituição praticamente sem roupas e expostos às baixas

temperaturas, no intuito de morrerem, para diminuir a superlotação. Alguns

morriam de frio, de fome, doença e também de choques. Ao morrer davam

lucro, os corpos sem vida dos pacientes do Colônia eram vendidos para as

faculdades sem consentimento das famílias dos pacientes. E quando tinha

excesso de cadáveres, os corpos eram colocados em ácidos, no pátio da

Colônia, diante dos pacientes. Após os corpos serem decompostos por ácido,

estes eram vendidos em ossadas.

Essa foi uma época que em que houve o maior número de mortes em

hospícios do Brasil, e ficou conhecido como “Holocausto Brasileiro”.

3.0 CASOS:

3.1 CASO DE SUELI E DEBORA: PÁGINA 118

Desde os primórdios em que a mulher foi dotada como procriadora, tem-

se então a dádiva de ser mãe, por ter bravura emocional quando tudo dá

errado, audácia para "fugir" quando necessário, e ousadia para protagonizar

sua história na luta que é a vida; Mas, a vida em sua plenitude, dá as mulheres

o poder de parir, porém, para muitas não dá o poder de criar, pois a

adversidade assume o papel da separação, a crueldade de desvincular um ser

inofensivo de alguém com consciência, mas julgada por terceiros como

incapaz. A mãe fica com o vazio eterno, em que o coração adoece e surge o

sofrimento da dor, da perda de um amor que é parte de si, pois o filho é um

pedacinho de sua mãe. A reciprocidade do amor materno é inigualável a

qualquer outro amor, pois é puro, gratuito e sem ódio ou rancor.

Toma-se então como base o caso de Sueli, que teve no Colônia uma

gestação decorrente de um romance, em que carregou em sua barriga um

bebê, o qual tinha muito apreço. Sueli, apesar de ser portadora da Epilepsia,

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Page 7: Resenha Holocausto Brasileiro

durante o parto normal tinha consciência do que estava acontecendo, ajudando

com muita garra a dar a luz a sua filha, cujo o nome era Débora. Dez dias

decorrentes de seu parto, sua filha foi tirada de si, pois Sueli era vista como um

perigo e incapaz de auxiliar no desenvolvimento da menina. Seu coração ficou

partido, a injuria tomou conta de si, então, toda desumanidade descarregada

em si, Sueli correspondia friamente a cada ato de tortura, sendo sempre

castigada.

Certa vez, Sueli foi completamente despida no Colonia e “enjaulada”

dias a fio, não tendo o que comer e faminta, pegou sem muito pensar os ratos

que por ali passavam e os ingeriu, pois assim continuaria a sobreviver. Isso

levou os funcionários a pensar o quanto ela era desequilibrada, não

considerando o ato falho dos mesmos, que equivocaram-se a alimentá-la.

Sem muito pensar, ela descontava sua fúria em atitudes impróprias a

cada ano que recordava do aniversario de sua filha, no dia do aniversário ela

dotava-se de crises incontroláveis, usando a frase “uma mãe nunca se esquece

da filha, mesmo quando não está mais com ela”; com muito ódio por ali estar e

nada poder fazer, ela descarregava em seu próximo o horror que viam nela,

chegou até arrancar no vivo a orelha de uma de suas colegas.

Por obras do destino, Sueli teve contato no Colonia com uma menina

que curiosamente queria saber o “por quê” ela estava ali, sem ambas terem

conhecimento da causa, a menina era a filha que Sueli tivera parido. Já na fase

adulta, a menina com o nome de Débora, mediante a muita rivalidade com sua

mãe, descobriu que não possuíam o mesmo sangue, intrigada, decidiu ir atrás

de sua identidade biológica, descobrindo na sequencia que sua mãe verdadeira

era vitima do Colonia, mas nem mesmo isso a assustou, pois ela estava

convicta do encontro, nada a deixou desistir.

Débora, muito confiante correu atrás de todo histórico de seu passado,

vivenciou histórias que degradavam sua biológica mãe, até que descobriu que

a mesma já não viverá mais.

Sueli e Débora foram vitimas do Holocausto, a vida de ambas foram

corrompidas por achismos e abandono. O que se via em Sueli, não era o que

aparentava, pois ela sofria apenas de crises de Epilepsia que poderia ser

controlada com medicamentos ao invés de procedimentos de Eletrochoques

que a conturbava e que atraia seu pior, levando-a a ter um transtorno irreal.

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Page 8: Resenha Holocausto Brasileiro

3.2 CASO DE ROBERTO – PÁGINA 94 – ABANDONO

Quando se trata de abandono o coração se empedra, ainda mais por

saber que se tem uma família, com condições de criar, amar e cuidar, mas que

preferiram negligenciar e rejeitar o sangue de seu sangue por uma deficiência

que a medicina poderia auxiliar no controle.

Esse é o caso de Roberto, que tão cedo foi enviado para o Colonia,

ainda criança de tudo, do amor, dos problemas, inocente da vida, mas, que

antes mesmo de poder provar da doçura do viver, foi submetido a amargura, foi

abandonado em um lugar sombrio, onde não havia chance de se desenvolver e

ser alguém.

Roberto, dentre tantos que lá estavam era o único que tinha família,

certo dia a esperança de o menino sair de lá se avivou pelas funcionarias,

quando seu pai decidiu visitá-lo.

O menino vestiu da melhor roupa que pudera ter no Colonia, sendo lá

um lugar precário, sombrio e repugnante. Na simplicidade de garoto, ao ver seu

pai, sentiu-se iluminado, com direito a ter as mais diversas sensações, muito

emocionado, o menino teve incontinência urinária, o que causou repudio em

seu pai ao sentir o odor que vinha de seu filho, sem saber disfarçar, o homem a

quem Roberto teve deslumbre, o abandonou pela segunda vez, saindo para

comprar-lhe algo para comer e nunca mais voltou.

Roberto, não apresentava perigo social, mas, teve a infelicidade de

nascer com a doença de hidrocefalia, problema que causa inchaço no crânio,

mas que possui tratamento. Pela vergonha social da família, decidiram excluir

Roberto e abandoná-lo no Colonia, como se fosse uma ameaça.

A indiferença paterna nocauteou Roberto, pois viu-se novamente

abandonado da falta de respeito por seus sentimentos, levando-o a uma noção

profunda de que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador, não sendo talvez

capaz de confiar em ninguém, possivelmente nem em si mesmo.

Não lhe faltaria comida, nem roupa no Colonia, não morreria de frio,

mas, possivelmente ficaria a mercê da escuridão do tempo, pois o abandono é

equivalente à morte, pois além de sentir-se abandonado, é consequência se

abandonar, Roberto possivelmente não sucumbiria com a precariedade como

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Page 9: Resenha Holocausto Brasileiro

os outros, mas deixado lá, seria entregue a morte pela tristeza. Foi vitima da

negligencia e do Holocausto que abalou o país.

4.0 CORRELAÇÃO ENTRE O LIVRO E A DISCIPLINA.

Percebemos que neste livro a autora fez um trabalho jornalístico

fantástico, pois ela escolheu fotos (apesar de serem em preto e branco) que

nos demonstrava o horror e a barbárie vivida no século XX dentro dos muros

do Hospício Colônia de Barbacena – MG.

Relatos de maus tratos e desamparo eram comuns a todos os internos,

os “indesejáveis” como eram mal vistos pela sociedade, estas pessoas se

tratavam de doentes, mendigos, prostitutas e ate mesmo mulheres gravidas

que foram abusadas e ridicularizadas e desempregados, estes eram

percebidos pela burguesia como seres repugnantes e assim eram depositadas

no mausoléu. A limpa era realizada sempre que necessário, pois toda a corja

de pessoas vistas como ruins e menos abastadas eram colocadas e

esquecidas pelas famílias no hospício (Situação que me remete a lembrar de

Hitler e o nazismo na Alemanha).

Alguns dos internos eram deficientes mentais porem 70% dos internados

não sofria doença mental, muitos foram submetidos a tratamentos (torturas)

psicológicos e maus tratos sem terem doenças propriamente ditas. Verdadeiras

cobaias humanas.

4.1 O SABER A SERVIÇO DO PODER:

Notamos que em Foucault a ideologia dominante fabrica seu opositor.

No que se refere ao poder, direito e verdade, sob a análise de Foucault,

discorre que as relações de poder postas, sejam pelas instituições, escolas,

prisões, quartéis, foram marcadas pela disciplina: “mas a disciplina traz consigo

uma maneira específica de punir, que é apenas um modelo reduzido do

tribunal” (Foucault, 2008:149). Sendo que pela disciplina (tortura e maus tratos)

as relações podem ser mais claras e observáveis, pois é por meio dela que se

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Page 10: Resenha Holocausto Brasileiro

estabelecem as relações de hierarquia: opressor – oprimido, persuasivo-

persuadido, e tantas outras que necessitem comando e comandados.

Diante do triângulo demonstrado por Foucault, poder — direito —

verdade, percebe-se o tripé da sociedade, estado - mercado – sociedade civil,

e assim se da às condições: manda quem pode (os mais ricos) e obedece

quem precisa (os pobres, marginalizados).

Nesta relação de poder pode se caracterizar que o comercio de órgãos e

corpos que era realizado no hospício foi um ótimo negocio, pois o sistema

lucrativo encorajava as faculdades de medicina e seus cursos a continuarem

suas pesquisas sem se quer saber quem era o ser que estava sendo estudado

e assim a burguesia mais uma vez se beneficiava.

Quem não era louco ficava louco na Colônia, pois a convivência e as

situações que os internos eram submetidos, qualquer pessoa normal estava

sujeita a loucura. Os casos dos pacientes lobotomizados alguns aparentavam

melhora de comportamento, outros alterações incorrigíveis na fala, na

musculatura e membros e aqueles que viviam, tornavam – se verdadeiros

vegetais, pois suas ações não seriam mais realizáveis.

Dentre alguns casos poderemos ressaltar o relato feito pelo menino

Roberto, criança que foi abandonado e negligenciado pelo seu pai. A

incontinência urinaria que ele possuía poderia ser tratada de outra forma e não

da maneira em que ele foi submetido, acredito que se Freud com sua

delicadeza e condução de uma possível terapia poderia tê-lo curado, ou ate

mesmo se fossemos submeter o menino aos cuidados do Dr Pinel, este

paciente seria observado, acompanhado e só então hospitalizado de acordo

com sua real necessidade.

Ao longo da historia percebemos um avanço em meio a tratamentos e

internamentos voltados aos pacientes, mas esse avanço não tinha ainda

chegado a Barbacena, visto que muitos dos tratamentos como lobotomias e

eletrochoques deixavam os pacientes débeis e alguns evoluíam à morte.

Percebemos ao longo do livro que esses procedimentos eram corriqueiros no

hospício, os internos eram submetidos a vários experimentos e como sendo um

deposito de pessoas esquecidas, as famílias se quer sabiam o que acontecia

por traz das janelas da instituição, infelizmente a morte de alguns era lucro

para outros.

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Page 11: Resenha Holocausto Brasileiro

Levamos em conta a historia da loucura que foi explicada em sala de

maneira a associarmos as situações impostas naquele livro, neste texto

observamos que o louco era considerado o “bode expiatório” o herege, ele era

considerado anormal por não colocar suas ideias para fora, não ter voz nem

vez. Michel Foucault dizia que a loucura não deixava de evidenciar uma

relação com a razão, ele também traz a tona o problema dos asilos, casas de

repouso e manicômios que na época existia, esses lugares traziam solidão, dor

e principalmente a perca da liberdade o que na realidade da situação qualquer

pessoa normal ficando exclusa torna-se louca.

Desta maneira, ninguém fica louco por que quer, mas a sociedade, no

momento de elaboração da neurose como também da psicose, evidencia sua

superioridade de elencar qual personalidade substitutiva deverá adotar. Isto é,

a sociedade que irá definir as normas do pensamento, comportamento e limites

da loucura.

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Page 12: Resenha Holocausto Brasileiro

5.0 CONCLUSÃO:

O presente trabalho sobre o livro “Holocausto Brasileiro” redigido pela

jornalista Daniela Arbex, teve como objetivo possibilitar reflexões sobre

situações vividas pela nossa sociedade bem como fazer um comparativo com a

sociedade em que vivemos atualmente. O trabalho possibilitou também uma

análise mais profunda de nossa sociedade bem como conceitos vistos em sala

de aula e correlações com teorias e filosofias com a de Foucault e a do “Bode

Expiatório”.

Através de relatos e fatos históricos, este trabalho foi de suma

importância para a compreensão de temas que são discutidos em nossa

sociedade até hoje. Com ele foi possível formar opinião sobre o tema,

desenvolver ideias, organização e comunição alem de possibilitar aos alunos a

analise de dados e melhor compreensão de conteúdos. Esse trabalho o qual

teve o objetivo cumprido possibilitou a todos conhecer a fundo o histórico do

que atualmente denominamos como patologias.

6.0 COMENTÁRIOS:

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Page 13: Resenha Holocausto Brasileiro

Uma grande livro de reportagem da Daniela Arbex, “Holocausto

Brasileiro”, uma leitura fácil ao mesmo tempo impactante, assustadora e

comovente. Fiquei impressionada pela situação desumana em que os internos

viviam no hospital de Barbacena. Esse livro me fez a fazer associação da

disciplina psicopatologia adulto com: as formas consideradas de tratamento,

disciplina e punição (eletrochoque, lobotomia) dos pacientes; o livro “A

Loucura”, do autor Jaccard; e o funcionamento dos manicômios antes da

reforma psiquiátrica. (Camila Cuer)

O Holocausto Brasileiro, escrito pela jornalista Daniela Arbex, conta a

história do maior hospício do Brasil, conhecido pelo nome de Colônia, que

ficava na cidade de Barbacena, MG. Um livro impactante e bastante bruto.

Posso dizer que esta obra demonstrou a realidade vivida no século XX no

hospital Psiquiátrico, face esta que não estamos acostumados a perceber em

nossa sociedade atual. Ele me fez abrir os olhos em direção a situações

cotidianas em nosso país. Aprendemos a controlar o que não é controlado,

asilar os velhos, os loucos, os doentes e mendigos, seres invisíveis perante a

sociedade atual. Muitas são as pessoas ditas normais que são levadas a

loucura quando expostas a torturas e maus tratos. É um choque de realidade

dura e cruel, porem importantíssima ao estudante de Psicologia, pois desta

forma percebemos que a disciplina de Psicopatologia adulto tem fundamental

importância a nossa formação. (Edine)

O presente trabalho de analise do livro “Holocausto Brasileiro” escrito

pela jornalista Daniela Arbex, nos possibilitou alcançar inúmeros objetivos bem

como inicialmente o conhecimento mais amplo sobre a história de nossa

sociedade com relação aos manicômios e lutas antimanicomiais e também a

análise e reflexão da mesma. Correlação com teorias e filosofias que

descrevem e embasam esses fatos históricos e a relação com o que

atualmente denominamos patologias. (Marhara).

Definitivamente a história relatada no livro Holocausto brasileiro é

impressionante e triste, um verdadeiro choque de realidade, até que ponto vai a

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Page 14: Resenha Holocausto Brasileiro

maldade o desprezo daqueles que estão bitolados e alienados ao poder ao

capitalismo, as normas e regras tradicionais que não “percebiam”, as barbáries

que aconteciam contra o seu semelhante depositados em um local pútrido

desprezível?

O livro relata histórias de pessoas que não tinham doenças mentais,

pelo menos não antes de serem submetidos a todo aquele horror, aliás, os

dados do próprio livro conta que 70% daqueles que passaram pelo horror não

tinham doença mental, e ainda que tivessem, não deixavam de ser seres

humanos e mesmo que fossem animais, não mereciam passar por aquilo.

Tanto que em relatos daqueles que sobreviveram e foram para casas de

repouso e melhor

assistido, em fim tratados como gente, não sabiam como lidar com a nova vida,

que era simples mais digna.

A perca da identidade, da dignidade, a violação aos direitos do cidadão,

violência, desprezo, em fim, os relatos são de virar o estomago de qualquer

leitor, e de dar vontade de gritar, sair da realidade. Tudo isso vindo do

desprezo do poder “governamental” e das próprias famílias, de uma sociedade

amarrada a normas regras que dão atenção a coisas pequenas e fecham os

olhos para coisas tão importantes. Em fim, o livro as denuncias, a intenção da

escritora é espetacular. (Patricia)

O nome desse livro por si só em minha opinião já é extremamente forte

e impactante porque o holocausto remete ao nazismo, uma época de grande

tragédia e crueldade na humanidade, e primeiramente achei um pouco

exagerada a comparação, porém ao ler esse livro me surpreendi com as

semelhanças de tratamento dos pacientes que chegavam ao hospital e os

judeus que eram enviados aos campos de concentração.

O tratamento que esses pacientes recebiam era desumanos, injustos, e

cruéis. Os pacientes tinham sua identidade, sua subjetividade, confiscada e

massacrada. A maioria dos pacientes nem se quer tinham alguma doença

mental ao chegarem ao hospital, mas eram enviados pra lá por serem

considerados indesejáveis na sociedade.

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Page 15: Resenha Holocausto Brasileiro

Em minha opinião o livro relata uma tragédia singular em nossa história.

Aquela cultura higenista com a ideia de “limpeza social” até hoje é presente em

nossa sociedade, a meu ver isso deve ser extinto, porque quem somos nós

para julgar ao outro? Uma loucura só pode ser considerada tal se ela causar

sofrimento ao individuo ou a alguém. Esse livro me emocionou muito, e me fez

repensar e reavaliar meus próprios valores. ( Amanda Vargas).

É um livro que despertou em mim a viva curiosidade pela história da

loucura e da morte. Foi chocante saber dos relatos que ocasionaram e

resultaram em tantos falecimentos, muitos, desnecessários, diria até que a

maior parte. O Colonia foi o inicio e o fim da vida de muitas pessoas, que sem

forças ou oportunidades para lutar, entregaram-se a loucura, mesmo sem tê-la.

Sueli foi um caso tipico, que por infelicidade da vida, teve epilepsia, levada

obrigatoriamente a ser considerada insânia, por negligencia humana. Um livro

que valeu a pena de ler. ( Jane Rodrigues).

O livro relata da jornalista Daniela Arbex retrata de forma a deixar

impressionada a história de um hospício em Barbacena Minas Gerais, são

cenas que deixam medo e terror, mais de 60mil mortos e muitos nem sequer

apresentavam loucua de verdade.

O grande muro escondia cenas tristes e de muita crueldade, sob um frio

de rachar a pele, comendo porcaria ou até ratos, rodeados por baratas e

moscas, dormindo sobre a palha no cimento, tudo isso entre uma sessão de

eletrochoque e outra, ou espancamento, ou mesmo lobotomia. Muitos

praticaram trabalho forçado. Após morrerem de todo tipo de doença ou

violência, seus corpos eram vendidos para faculdades de medicina, e sua

passagem pela vida, apagada como se inexistente.

A jornalista relata e ilustra de forma concisa a história de muitas pessoas

que ainda estão vivas, e contou de forma emocionante e realista. ( Ana Paula)

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Page 16: Resenha Holocausto Brasileiro

7.0 REFERENCIA:

FOUCAULT, Michel.Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto

Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

ARBEX,Daniela.Holocausto Brasileiro.1.ed.São Paulo.Geração Editorial,2013

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