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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXIII - 009 - QUARTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2008 - BRASILIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXIII - Nº 009 - QUARTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2008 - BRASILIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2007/2008)

PRESIDENTE ARLINDO CHINAGLIA – PT - SP

1º VICE-PRESIDENTE NARCIO RODRIGUES – PSDB-MG

2º VICE-PRESIDENTE INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR - PE

1º SECRETÁRIO OSMAR SERRAGLIO – PMDB - PR

2º SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA – PP - PI

3º SECRETÁRIO WALDEMIR MOKA – PMDB - MS

4º SECRETÁRIO JOSE CARLOS MACHADO – DEM - SE

1º SUPLENTE MANATO – PDT - ES

2º SUPLENTE ARNON BEZERRA – PTB - CE

3º SUPLENTE ALEXANDRE SILVEIRA – PPS - MG

4º SUPLENTE DELEY – PSC - RJ

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

1 – ATA DA 4ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 2ª SESSÃO LE-GISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 12 DE FEVEREIRO DE 2008.

I – Abertura da sessão.II – Leitura e assinatura da ata da sessão

anterior.III – Leitura do expediente.

MENSAGEM

Nº 1.013/2007 – do Poder Executivo – En-caminha, ao Congresso Nacional, o relatório de execução da Programação Monetária referente ao 4º trimestre de 2007. ............................................. 01731

OFÍCIOS

N° 14/08 – CN – Do Senhor Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, comu-nicando que o Presidente da República adotou e publicou as Medidas Provisórias n°s 408 e 409, de 2007. ...................................................................... 01750

N° 33/08 – Do Senhor Deputado Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados, devol-vendo ao Deputado Ricardo Izar o PL n° 2.664/07, de autoria deste, pelas razões que aduz. .............. 01755

N° 2/08 – Do Senhor Deputado Paulo Perei-ra da Silva, Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB, indicando o Deputado Dr. Ubiali para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC n° 511-A/06. ............................................... 01755

N° 2/08 – Do Senhor Deputado Onyx Lorenzo-ni, Líder do Democratas, indicando os Deputados do referido Partido que integrarão a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC n° 511-A/06. .. 01756

N° 3/08 – Do Senhor Deputado Onyx Loren-zoni, Líder do Democratas, indicando o Deputado Cláudio Cajado para integrar a Comissão Especial destinada a acompanhar a aplicação das Leis de Anistia que especifica. ........................................... 01756

N° 1.200/07 – Da Senhora Deputada Vanessa Grazziotin, Presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, comunicando a apreciação do PL n° 2.049/07. ..... 01756

N° 366/07 – Do Senhor Deputado Nelson Marquezelli, Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, comunicando a apreciação do PL n° 6.876/06. ........................... 01756

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Nº 263/2007 – do Sr. Ricardo Berzoini – Dis-põe sobre proibição de cobrança de tarifa bancária decorrente do serviço de compensação de cheques e outros documentos pelas instituições financei-ras. ......................................................................... 01757

PROJETOS DE LEI

Nº 2.522/2007 – do Senado Federal – Acres-centa inciso ao art. 3º da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para garantir atendimento presencial aos usuários de serviços de telecomunicações. .......... 01758

Nº 2.618/2007 – do Sr. Zenaldo Coutinho – Dispõe sobre a implantação de unidades prisionais denominadas escola-trabalho. ............................... 01758

Nº 2.626/2007 – do Sr. Zenaldo Coutinho – Dá nova redação ao parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, incluindo os Arrumadores dentre aqueles passíveis de con-tratação. ................................................................. 01759

Nº 2.648/2007 – do Sr. Walter Brito Neto – Ins-titui o Sistema de Comunicação, Cadastro e Aten-dimento Psicológico e Social aos Pais de crianças e Adolescentes Desaparecidos e dá outras provi-dências. ................................................................. 01760

Nº 2.649/2007 – do Sr. Walter Brito Neto – Acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço – FGTS, para autorizar a movimentação da conta vinculada por motivo do nascimento de filho ou casamento. ....................... 01760

Nº 2.650/2007 – do Sr. Walter Brito Neto – Dis-põe sobre o reembolso de mensalidade escolar. .. 01761

Nº 2.652/2007 – do Sr. Homero Pereira – Acrescenta parágrafo ao art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. ......................................... 01762

Nº 2.654/2007 – da Srª. Maria do Rosário – Altera a Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000, que dispõe sobre a novação de dívidas e responsa-bilidades do Fundo de Compensações de Variações Salariais – FCVS – e dá outras providências. ....... 01762

Nº 2.666/2007 – do Senado Federal – Proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em condições de consumo imediato em postos de gasolina. ....... 01765

Nº 2.670/2007 – do Senado Federal – Institui o Dia do Pescador Amador. ................................... 01765

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01720 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Nº 2.671/2007 – do Senado Federal – Autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia, no Estado do Tocantins. . 01765

Nº 2.679/2007 – do Sr. Cristiano Matheus – Dispõe sobre transporte gratuito de eleitores no dia das eleições. .......................................................... 01766

Nº 2.702/2007 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Dispõe sobre a suspensão automática do serviço de telefonia celular. ................................................ 01767

Nº 2.707/2007 – do Sr. Luiz Carlos Busato – Dispõe sobre a produção e comercialização de cerveja em embalagens de resina PET (Polietile-noTereftalato) e dá outras providências. ................ 01767

Nº 2.712/2007 – do Sr. Emanuel Fernandes – A educação empreendedora passa a integrar obri-gatoriamente os currículos da educação brasileira, em todos os níveis: Educação Básica, Ensino Fun-damental, Ensino Médio e Ensino Universitário. .. 01768

Nº 2.714/2007 – do Sr. Edgar Moury – Altera o art. 18 e os arts. 59 a 64, da Seção V do Capítulo II da Lei nº 8.213, de 1991 e acrescenta o inciso IX ao art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. ..................................................................... 01774

Nº 2.718/2007 – do Sr. Silvio Lopes – Acres-centa o art. 4º-A à Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribuindo à Agência Nacional de Águas a execução de controle de qualidade dos recursos hídricos de domínio da União. ............................... 01776

PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 411/2007 – do Sr. Betinho Rosado – Susta os efeitos de disposição contida no art. 4º da Resolu-ção Normativa nº 207, de 09 de janeiro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.... 01777

Nº 412/2007 – da Comissão de Relações Ex-teriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006. 01778

Nº 413/2007 – da Comissão de Relações Ex-teriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da Amé-rica para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007. ................................................................ 01783

Nº 465/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ibicaraí, Estado da Bahia. ................................................... 01790

Nº 466/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora

em freqüência modulada, no município de Miguel Calmon, Estado da Bahia. ..................................... 01792

Nº 467/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio e TV Centauro Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Simoné-sia, Estado de Minas Gerais. ................................. 01793

Nº 469/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ortigueira, Estado do Paraná. ................................................. 01794

Nº 470/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Catarina, Estado do Ceará. ................................................... 01795

Nº 471/2007 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda. para explorar serviço de radiodi-fusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul. ................... 01797

INDICAÇÃO

Nº 1.535/2007 – da Srª. Vanessa Grazziotin – Sugere que o Ministério das Relações Exteriores tome providências contra as declarações do Cien-tista alemão Michael Dutschke onde sugere a perda da soberania brasileira sobre a Amazônia. ........... 01798

REQUERIMENTO

N° 2.172/08 – Do Senhor Deputado Luiz Car-los Hauly, requerendo a realização de sessão sole-ne para celebrar a Campanha da Fraternidade de 2008. ...................................................................... 01798

SESSÃO ORDINÁRIA DE 12-2-08IV – Pequeno ExpedienteJANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP) – Neces-

sidade de adoção de políticas públicas destinadas à população negra brasileira. Eleição do Deputado Maurício Rands para o cargo de Líder do Partido dos Trabalhadores na Casa. Artigo do economista Amir Khair a respeito da crise econômica norte-americana e seus reflexos no Brasil. ..................... 01798

PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Cumpri-mento ao Deputado Maurício Rands pela eleição para a Liderança do PT na presente Sessão Legis-lativa. ..................................................................... 01799

FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE) – Reabertura da Capitania dos Portos no Município de Aracati, Estado do Ceará. ................................. 01799

PEDRO FERNANDES (PTB – MA) – Con-gratulações ao Presidente do Congresso Nacional, Senador Garibaldi Alves Filho, pelo discurso profe-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01721

rido por ocasião da abertura da presente Sessão Legislativa. Revisão do instituto da medida provi-sória. Apreciação de vetos presidenciais. .............. 01800

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Transcurso do 80º aniversário de fundação do jornal O Povo, de Fortaleza, Estado do Ceará. ............... 01800

MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB – AM) – Relato da visita do orador ao Município de Parintins, Estado do Amazonas. ............................................ 01800

WALDIR MARANHÃO (PP – MA) – Avaliação da Mensagem ao Congresso Nacional, encaminha-da pela Presidência da República por ocasião da abertura dos trabalhos legislativos, com destaque nas ações e políticas da área educacional. ........... 01801

DÉCIO LIMA (PT – SC) – Desempenho da empresa Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS. Contribuição da estatal para o desenvolvimento socioeconômico do País. ....................................... 01801

MANATO (Bloco/PDT – ES) – Congratulação ao Presidente do PDT no Estado do Espírito San-to, Sérgio Vidigal, pelo atendimento ao apelo da militância pedetista em prol do fortalecimento do partido. ................................................................... 01802

JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG) – Libe-ração de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para realização de obras de infra-estrutura no Aglomerado Morro das Pedras, na Pedreira Prado Lopes e no Conjunto Taquaril, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. ....... 01802

ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB – GO) – Cará-ter protecionista do embargo imposto pela União Eu-ropéia às exportações de carne bovina do País. ... 01803

WILLIAM WOO (PSDB – SP) – Papel das For-ças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC no tráfico internacional de drogas. Necessidade de ações do Governo brasileiro contra o cartel colom-biano. .................................................................... 01803

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Embar-go imposto pela União Européia às exportações de carne bovina do País. ............................................ 01804

LINCOLN PORTELA (PR – MG) – Aprovação, pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, de projeto de lei sobre a ins-tituição do Programa Bolsa-Formação, destinado aos integrantes de carreiras policiais da União, dos Estados e do Distrito Federal. ............................... 01804

SIMÃO SESSIM (PP – RJ) – Conquista, pela Escola de Samba Beija-Flor, do título de bicampeã do carnaval do Rio de Janeiro de 2008. ................ 01805

PEDRO WILSON (PT – GO) – Necessidade de realização das reformas tributária e política. ... 01806

LUIZ BASSUMA (PT – BA. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Anúncio de realização do 1º Encontro Brasileiro de Legisladores e Gover-nantes pela Vida, nas dependências do Congresso Nacional. Críticas ao Governo Federal pelo apoio à descriminalização do aborto. ................................ 01807

SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA) – Falecimento da militante petista Ana Maria Stuart, a Nani Stuart. Transcurso do 28º aniversário de fun-dação do Partido dos Trabalhadores. Contribuição do Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, para a reeleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ...................................................................... 01807

CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC – Pela ordem) – Anúncio de apresentação do Projeto de Lei nº 2.751, de 2008, sobre alteração do art. 25 da Lei nº 11.428, de 2006. ..................................... 01807

RENATO MOLLING (PP – RS) – Apresen-tação de emenda supressiva à Medida Provisória nº 415, de 2008, proibitiva da comercialização de bebidas alcoólicas ao longo de rodovias federais. 01808

BARBOSA NETO (Bloco/PDT – PR) – Trans-curso do 10º aniversário de aprovação da Lei nº 9.605, de 2008. Elevação dos índices de desmata-mento na Amazônia. Necessidade de preservação do meio ambiente. ................................................. 01808

MARCELO ALMEIDA (Bloco/PMDB – PR) – Recomendação aos candidatos a Prefeitos Munici-pais para leitura do livro Morte e Vida de Grandes Cidades, de Jane Jacobs. ...................................... 01809

ADÃO PRETTO (PT – RS) – Alerta sobre as conseqüências da liberação do plantio e da comer-cialização de produtos transgênicos. ..................... 01809

VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB) – Satisfação com o anúncio do destravamento da pauta da Casa. ...................................................... 01810

ALEX CANZIANI (PTB – PR) – Regozijo com construção de parque temático no Município de Rolândia, Estado do Paraná, ao ensejo do trans-curso do centenário da imigração japonesa para o Brasil. ..................................................................... 01810

MAX ROSENMANN (Bloco/PMDB – PR) – Elogio ao Governador do Estado do Paraná, Rober-to Requião, pela realização da Escola de Governo destinada ao debate dos rumos da administração estadual. Protesto contra decisões judiciais de inter-rupção das transmissões das reuniões pela Rádio e Televisão Educativa do Paraná – RTVE. Necrológio do empresário Norival Bernardi. ............................ 01810

WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB – PA) – Carta Aberta à População, de autoria do ex-Go-vernador do Estado do Pará, Simão Jatene, publi-cada pelo jornal O Liberal. Desempenho da gestão do PSDB no Estado. ............................................. 01812

ARNALDO JARDIM (PPS – SP) – Possibilida-de de racionamento de energia elétrica no País. .. 01815

POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT – RS) – Classificação de Municípios do Estado do Rio Grande do Sul entre os 100 melhores do País no quesito Responsabilidade Fiscal, Social e de Ges-tão, segundo avaliação da Confederação Nacional de Municípios. Conveniência da manutenção, pelo Conselho Nacional de Biossegurança, de decisão

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da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança relativamente à liberação do cultivo de milho trans-gênico. ................................................................... 01816

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) – Nota Chacina de Unaí – 4 anos de Impunidade, divulga-da pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho – SINAIT. ................................................ 01817

GERALDO RESENDE (Bloco/PMDB – MS) – Acerto da decisão da Ministra-Chefe da Casa Ci-vil, Dilma Rousseff, de inclusão de projeto da FER-ROESTE – Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. 01818

PAULO RENATO SOUZA (PSDB – SP. Dis-curso retirado pelo orador para revisão.) – Artigo Recursos e desempenho das federais: Repondo a verdade, de autoria do orador, divulgado no site da Associação dos Dirigentes das Universidades Federais. ............................................................... 01819

PEDRO EUGÊNIO (PT – PE) – Reforma do Sistema Tributário Nacional como pressuposta da afirmação do Congresso Nacional. ....................... 01819

WALTER IHOSHI (DEM – SP) – Relato da participação do orador em comitiva de Parlamen-tares em visita ao Japão. Assinatura de convênios nas áreas judiciária, educacional e previdenciária, em prol de cidadãos brasileiros residentes naquele país. ....................................................................... 01820

ELIENE LIMA (PP – MT) – Possibilidade do agravamento da crise do setor agropecuário no Es-tado de Mato Grosso, após a edição do Decreto nº 6.321, de 2007, acerca da regularização da preven-ção, monitoramento e controle do desmatamento no País. ................................................................. 01820

JÚLIO DELGADO (Bloco/PSB – MG) – Re-púdio a atentado praticado contra o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta. Relato da visita de comitiva de Parlamentares ao Japão. Resulta-do da denúncia apresentada pelo orador sobre a pretendida transformação em empreendimento imo-biliário de logradouro público localizado no Bairro Dom Bosco, no Município de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais. .................................................... 01821

IRINY LOPES (PT – ES) – Transcurso do 28º aniversário de fundação do Partido dos Trabalhado-res – PT. Fracasso da política neoliberal implantada no País. .................................................................. 01822

ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB) – Colapso no abastecimento d’água na região do Brejo Paraibano. Apresentação de elenco de medidas para solução do problema. .......................................................... 01822

CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC) – Realização da 10ª Itaipu Rural Show, no Município de Pinhalzinho, Estado de Santa Catarina. ........... 01823

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Lança-mento, por centrais sindicais, da Campanha Nacio-nal Unificada pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salário, em São Paulo, Estado de

São Paulo. Defesa de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 393, de 2001, sobre re-dução da jornada de trabalho e aumento do valor mínimo da hora extraordinária. .............................. 01824

NATAN DONADON (Bloco/PMDB – RO) – De-pendência do País do consumo de combustíveis de origem fóssil, especialmente no Estado de Rondônia. Necessidade de estímulo à produção e ao consumo de biocombustíveis em Rondônia. Resultados do 1º Encontro Intermunicipal do Biodiesel, realizado no Município de Ariquemes. ....................................... 01825

NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ) – Contínuo reajuste nos preços dos componentes da cesta básica no País. ........................................ 01826

LEONARDO MONTEIRO (PT – MG) – Trans-curso do 28º aniversário de fundação do Partido dos Trabalhadores – PT. .............................................. 01826

SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Apoio à proi-bição do comércio de bebidas alcoólicas ao longo de rodovias federais. Transcurso do 10º aniversário de vigência do Código de Trânsito Brasileiro. ........ 01827

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Necro-lógio da Sra. Dulce de Souza Leão Feijó Sampaio, esposa do ex-Governador do Estado de Pernam-buco Cid Sampaio. ................................................ 01827

OSVALDO REIS (Bloco/PMDB – TO) – Ex-pansão da produção de biocombustíveis no Estado do Tocantins. Assinatura de termo de cooperação técnica entre o Governo Estadual e a empresa Tecnologias Bioenergéticas Ltda. – TECBIO para desenvolvimento de pesquisas com o coco babaçu. Participação de representantes do Estado do To-cantins no Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis, realizado em Teresina, Estado do Piauí. ................................................................. 01828

GLADSON CAMELI (PP – AC) – Conveniên-cia de apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 217, de 2004, do Senado Federal, sobre a dis-ponibilidade, em tempo real, de informações por-menorizadas acerca da execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios. Ponderação no debate, pela Casa, de denúncias de irregularidades na utilização de cartões de crédito corporativos por membros do Governo Federal. ................................................... 01829

FELIPE BORNIER (PHS – RJ) – Necessida-de de ampliação do valor dos recursos destinados ao Fundo Penitenciário Nacional. Relevância dos trabalhos realizados pela CPI do Sistema Carce-rário. ....................................................................... 01830

IRAN BARBOSA (PT – SE) – Eleição dos árbitros Rogério Lima da Rocha e Renison Nunes Freire, da Federação Sergipana de Futebol, como revelações nacionais em suas respectivas cate-gorias. Apoio à campanha em prol da redução da jornada de trabalho. .............................................. 01831

PAULO ROCHA (PT – PA) – Transcurso do terceiro ano do assassinato da missionária norte-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01723

americana Dorothy Stang, no Município de Anapu, Estado do Pará. Adoção, por instituições bancárias federais, de novos critérios para concessão de em-préstimo aos produtores rurais. Ações do Governo Federal para contenção do desmatamento na região amazônica. Defesa de implementação de política de desenvolvimento sustentável da Amazônia. Apre-sentação do Projeto de Lei nº 16, de 1999, sobre a proteção da floresta natural primária nas Regiões Norte e Centro-Oeste. ........................................... 01833

EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco/PMDB – CE) – Início das obras de transposição de águas do Rio São Francisco na Região Nordeste. ...................... 01833

SILVINHO PECCIOLI (DEM – SP) – Obser-vância pelos Parlamentares dos valores éticos, morais e democráticos no exercício dos trabalhos legislativos. ........................................................... 01834

RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB) – Posse do Desembargador Nilo Luís Ramalho Vieira no Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Paraíba. 01834

FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA) – Defesa de resgate da prerrogativa legiferante pelo Poder Legislativo. Apoio à instalação de CPI desti-nada à investigação de denúncias de irregularida-des na utilização de cartões de crédito corporativos por membros do Governo Federal. Transcurso do 73º aniversário do Município de Itiúba, Estado da Bahia. .................................................................... 01835

LEONARDO QUINTÃO (Bloco/PMDB – MG) – Anúncio de duplicação da BR-381, trecho Belo Horizonte–Belo Oriente, no Estado de Minas Ge-rais. Defesa de extensão da obra até o Município de Governador Valadares. ..................................... 01836

FÁBIO SOUTO (DEM – BA) – Conseqüências negativas do estado de abandono das rodovias brasileiras. Não destinação ao setor de recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Eco-nômico – CIDE. ...................................................... 01837

PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC) – Adoção, pela Agência Nacional de Telecomuni-cações – ANATEL, de novas normas para o funcio-namento do setor de telefonia móvel. .................... 01838

DJALMA BERGER (Bloco/PSB – SC) – Ado-ção, pela Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, de novas regras para o funcionamento do setor de telefonia móvel. ................................... 01839

V – Grande ExpedienteANTÔNIO ROBERTO (PV – MG) – Atuação

do orador na Câmara dos Deputados. Transcurso do 110º aniversário de fundação de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Melhorias infra-estruturais e de planejamento urbano na Capital mineira. Difi-culdades enfrentadas pela população de Belo Ho-rizonte. ................................................................... 01839

ROBERTO MAGALHÃES (DEM – PE) – Re-levância dos livros 1808, de Laurentino Gomes, a

respeito da transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, e D. Pedro II, de José Murilo de Carvalho. .. 01844

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem.) – Transcurso do centenário de nasci-mento do Sr. José Soares Amaral, pai do jornalista Gilberto Amaral. Artigo Zezé Amaral, Cem anos, de autoria do colunista................................................ 01845

NELSON PELLEGRINO (PT – BA. Pela or-dem.) – Transcurso do 28º aniversário de fundação do Partido dos Trabalhadores – PT. Retomada dos trabalhos da CPI das Escutas Telefônicas Clandes-tinas. ...................................................................... 01847

IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem.) – Descaso da gestão estadual do PSDB com o sis-tema metropolitano de transportes na Grande São Paulo. Protesto contra a pretendida privatização de estatais pelo Governador José Serra. ................... 01848

LÉO ALCÂNTARA (PR – CE. Pela ordem.) – Queda das taxas de mortalidade infantil e de fe-cundidade precoce no Estado do Ceará. .............. 01849

EUDES XAVIER (PT – CE. Pela ordem.) – Transcurso do 28º aniversário de fundação do Par-tido dos Trabalhadores – PT. Eleição do Deputado Maurício Rands para o cargo de Líder do partido na Casa. Posse da nova Diretoria Nacional do PT. Congratulação ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, pelo lançamento do Programa Territórios da Cidadania. ........................................ 01849

VILSON COVATTI (PP – RS. Pela ordem.) – Manifestação de boas-vindas aos Parlamentares, ao ensejo da retomada dos trabalhos legislativos. Desafio relativo à votação de reformas estruturais em ano eleitoral. Urgência na apreciação da refor-ma tributária. .......................................................... 01853

FERNANDO FERRO (PT – PE. Pela ordem.) – Morte de trabalhadores rurais em acidente rodo-viário ocorrido no Município de Água Preta, Estado de Pernambuco. Violação de direitos trabalhistas e exploração de mão-de-obra infantil na zona cana-vieira do Estado. .................................................... 01854

POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT – RS. Pela ordem.) – Considerações acerca das investigações sobre o uso irregular de cartões corporativos por membros do Governo Federal. Editorial O que in-teressa ao país, publicado pelo jornal Zero Hora. 01854

AFONSO HAMM (PP – RS. Pela ordem.) – Protesto contra o embargo imposto pela União Eu-ropéia às exportações de carne bovina brasileira. 01856

WALDIR MARANHÃO (PP – MA. Pela ordem.) – Necessidade de redefinição da reforma universi-tária. Compromisso do Partido Progressista – PP com a redução de desigualdades sociais e com os direitos das minorias. ............................................. 01857

MANATO (Bloco/PDT – ES. Pela ordem.) – Necessidade de desconto do percentual da CPMF, extinta, nos preços de produtos e nas tarifas públicas.

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01724 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Apoio ao acordo para instauração de CPMI destina-da à investigação de denúncias de irregularidades na utilização de cartões de crédito corporativos do Governo Federal. ................................................... 01858

DR. ROSINHA (PT – PR. Pela ordem.) – Par-ticipação em ato político em apoio a posseiros no Município de Pinhão, Estado do Paraná. ............... 01858

Apresentação de proposições: CELSO MALDANER , JANETE ROCHA PIETÁ , SILAS CÂMARA , ARMANDO ABÍLIO , COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL , VANESSA GRA-ZZIOTIN , JOÃO DADO , EDSON EZEQUIEL , RITA CAMATA , SARNEY FILHO , DJALMA BERGER , JANETE CAPIBERIBE , DJALMA BERGER , MAR-CELO SERAFIM , COMISSÃO ESPECIAL DES-TINA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO PODER EXECUTIVO, QUE “ACRESCE DISPOSITIVO À LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000”. (PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRES-CIMENTO – PAC) , AYRTON XEREZ , ARNALDO JARDIM , SANDRA ROSADO , REGIS DE OLIVEI-RA , POMPEO DE MATTOS , EUNÍCIO OLIVEIRA , DELEY , ALFREDO KAEFER , EUNÍCIO OLIVEI-RA , EDUARDO DA FONTE , EUNÍCIO OLIVEIRA , EDUARDO DA FONTE , PERPÉTUA ALMEIDA , MOISES AVELINO , VANDER LOUBET , ANGE-LO VANHONI , VANESSA GRAZZIOTIN , CARLOS SOUZA , NELSON PELLEGRINO , POMPEO DE MATTOS , EUNÍCIO OLIVEIRA , ELISEU PADILHA , MARCELO ITAGIBA , LINDOMAR GARÇON , OTAVIO LEITE , FÁBIO SOUTO , DR. PINOTTI , MARCELO ORTIZ , GORETE PEREIRA. ............ 01859

VI – Ordem do DiaPRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Lança-

mento da página Constituição Cidadã no Portal da Câmara dos Deputados. Anúncio da criação de grupo de trabalho destinado ao estudo da regula-mentação de dispositivos da Carta Magna............ 01866

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem.) – Transcurso do 20º aniversário de promul-gação da Constituição Federal. ............................. 01866

JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem.) – As-sociação ao pronunciamento do Deputado Arnaldo Faria de Sá acerca do transcurso do 20º aniversário de promulgação da Constituição Federal. ............. 01866

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem.) – Importância da Constituição Federal. Retrospecto do exercício pelo orador do cargo de 1º Vice-Presidente da Assembléia Nacional Cons-tituinte de 1988. .................................................... 01867

GERSON PERES (PP – PA. Pela ordem.) – Associação ao pronunciamento do Presidente Ar-lindo Chinaglia. ...................................................... 01868

RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES. Pela or-dem.) – Associação ao pronunciamento do Presi-dente Arlindo Chinaglia. Pedido de participação de

Deputada no grupo de trabalho destinado ao estudo da regulamentação de dispositivos da Constituição Federal. .................................................................. 01868

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta à Deputada Rita Camata. ...................................... 01868

MAX ROSENMANN (Bloco/PMDB – PR. Pela ordem.) – Lançamento da Constituição Federal no Portal da Câmara dos Deputados. Felicitações ao Presidente Arlindo Chinaglia pela decisão. ........... 01868

SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Pela ordem.) – Congratulações ao Presidente Arlindo Chinaglia pela iniciativa da criação de página sobre a Constituição Federal no Portal da Câmara dos Deputados. ...... 01868

EDMILSON VALENTIM (Bloco/PCdoB – RJ. Pela ordem.) – Saudação ao Presidente Arlindo Chinaglia pela iniciativa do lançamento da página Constituição Cidadã no Portal da Câmara dos De-putados. ................................................................. 01868

ALBANO FRANCO (PSDB – SE. Pela ordem.) – Saudação ao Presidente Arlindo Chinaglia pelo lançamento da página Constituição Cidadã no Por-tal da Câmara dos Deputados. .............................. 01869

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE. Pela or-dem.) – Participação do orador na Assembléia Na-cional Constituinte de 1988. Importância da regu-lamentação de dispositivos da Constituição Fede-ral. .......................................................................... 01869

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Discus-são, em turno único, da Medida Provisória nº 396, de 2007, que dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que au-toriza a União a permutar Certificados Financeiros do Tesouro. ............................................................ 01869

Aviso ao Plenário sobre a retirada da Emenda nº 5, de 2007, apresentada à medida provisória. .. 01869

Usou da palavra para proferir parecer à me-dida provisória e às emendas a ela apresentadas, pela Comissão Mista, o Sr. Deputado EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB, RJ). ................................... 01869

LUIZ SÉRGIO (PT – RJ. Pela ordem.) – Elei-ção do Deputado Maurício Rands para o cargo de Líder do PT na Câmara dos Deputados. ............... 01875

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votos de sucesso ao Deputado Maurício Rands, novo Líder do PT na Câmara dos Deputados. ........................ 01875

MOREIRA MENDES (PPS – RO. Pela ordem.) – Recondução do Deputado Fernando Coruja ao cargo de Líder do PPS na Câmara dos Deputa-dos. ........................................................................ 01875

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Cumpri-mentos ao Deputado Fernando Coruja pela recon-dução ao cargo de Líder do PPS. .......................... 01875

MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem.) – Agradecimento à bancada do PT pela eleição do orador para o cargo de Líder do partido na Câ-mara dos Deputados. Cumprimentos ao Deputado Fernando Coruja pela sua recondução ao cargo de

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01725

Líder do PPS. Elogio à atuação do Deputado Luiz Sérgio..................................................................... 01875

LUIZA ERUNDINA (Bloco/PSB – SP. Pela or-dem.) – Eleição da Deputada Sandra Rosado para a coordenação da bancada feminina da Câmara dos Deputados. Cumprimentos aos novos Líderes de partidos da Casa. ............................................. 01876

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Elogio à atuação da Deputada Luiza Erundina. Cumprimen-tos à Deputada Sandra Rosado, eleita para o cargo de coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados. ...................................................... 01876

SANDRA ROSADO (Bloco/PSB – RN. Pela ordem.) – Agradecimento à Casa pela escolha da oradora para a coordenação da bancada femini-na. .......................................................................... 01876

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela or-dem.) – Recondução do Deputado Jovair Arantes ao cargo de Líder do PTB. Cumprimentos aos De-putados Luiz Sérgio, Maurício Rands e Fernando Coruja. ................................................................... 01876

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Cumpri-mentos ao Deputado Jovair Arantes pela recon-dução ao cargo de Líder do PTB na Câmara dos Deputados. ............................................................ 01876

JOVAIR ARANTES (PTB – GO. Pela ordem.) – Agradecimentos à bancada do PTB pela recon-dução do orador ao cargo de Líder do partido na Câmara dos Deputados. ........................................ 01876

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ARNALDO JARDIM (PPS – SP). ........................... 01876

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Questão de ordem sobre a inclusão de emenda com assunto estranho à medida provisória. ............................... 01877

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta à questão de ordem formulada pelo Deputado Chico Alencar. .................................................................. 01878

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Apresen-tação de recurso à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania contra a decisão da Presi-dência sobre a questão de ordem formulada pelo orador. ................................................................. 01878

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP) – Questão de ordem sobre a inclusão de emen-da com assunto estranho à medida provisória. ..... 01878

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta à questão de ordem formulada pelo Deputado An-tônio Carlos Pannunzio. ......................................... 01878

ARNALDO JARDIM (PPS – SP) – Questão de ordem sobre a discussão do mérito da medida provisória. .............................................................. 01878

Usou da palavra o Sr. Deputado EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ), Relator da matéria. . 01879

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP). .. 01879

Usou da palavra o Sr. Deputado EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ), Relator da matéria. . 01879

Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), VICENTINHO (PT – SP), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP), TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT – RS), AYRTON XEREZ (DEM – RJ), DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP), EDUARDO VALVERDE (PT – RO). ....................................................................... 01880

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Encerra-mento da discussão da matéria. ............................ 01883

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP), LUIZ CARLOS HAULY (PSDB – PR). ............................ 01884

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e à adequação financeira e orçamen-tária. .................................................................. 01885

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados CHICO ALEN-CAR (PSOL – RJ), ERNANDES AMORIM (PTB – RO). ....................................................................... 01885

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados FERNANDO CO-RUJA (PPS – SC), CARLOS WILLIAN (Bloco/PTC – MG). .................................................................... 01885

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP). ................................... 01886

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprova-ção do parecer. ...................................................... 01887

Votação do parecer do Relator quanto ao não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária. ...................................................... 01887

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados FERNAN-DO DE FABINHO (DEM – BA), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ). ......................................................... 01887

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprova-ção do parecer. ...................................................... 01887

Votação do projeto de lei de conversão ofere-cido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques. ........................................................ 01888

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP), FERNANDO CORUJA (PPS – SC). ............................................ 01888

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem.) – Solicitação à Presidência de registro da orienta-ção de bancadas no painel eletrônico. .................. 01889

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta ao Deputado Chico Alencar. .................................. 01889

Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado CHICO ALENCAR (PSOL – RJ). ..................................................................... 01889

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01726 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação e aprovação do projeto de lei de conversão ofere-cido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques. ........................................................ 01889

Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 1. .................................... 01889

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados EDUARDO VALVERDE (PT – RO), FERNANDO CORUJA (PPS – SC). .... 01889

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Declara-ção de prejudicialidade do requerimento de desta-que, em face da retirada da emenda. .................... 01889

Requerimento de destaque para votação em separado da expressão “onde couber, mediante utilização preferencialmente os valores financeiros provenientes de participações governamentais obri-gatórias nas modalidades de royalties, participações especiais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados”, constante do inciso II do art. 2º, alterado pelo art. 1º do Projeto de Lei de Conversão à Medida Provisória nº 396, de 2007. . 01889

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP). ......................................................... 01890

Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado LUIZ SÉRGIO (PT – RJ). 01890

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Manu-tenção da expressão destacada. ........................... 01890

Requerimento de destaque para votação em separado do § 1º do art. 15, constante do art. 2º do projeto de lei de conversão, oferecido à Medida Provisória nº 396, de 2007, com vistas a sua su-pressão. ................................................................. 01890

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP), DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP). .. 01890

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Prorro-gação da sessão até a conclusão do item em vo-tação. ..................................................................... 01891

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP), CHICO ALEN-CAR (PSOL – RJ), LUIZ SÉRGIO (PT – RJ), BER-NARDO ARISTON (Bloco/PMDB – RJ). ................ 01891

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Manu-tenção do dispositivo destacado. ........................... 01892

Votação e aprovação da redação final. ........ 01893Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-

deral, incluindo o processado. ............................... 01893VII – encerramentoDISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTA-

DO DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA) NO PERÍ-ODO DESTINADO ÀS BREVES COMUNICAÇÕES

DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 357, REALIZADA EM 19 DE DEZEM-BRO DE 2007 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Apoio ao posicionamento de entidades populares, favorável à realização de debate sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador, Estado da Bahia. Despropósito da votação da matéria em regime de urgência pela Assembléia Legislativa. .. 01908

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTA-DO DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA) NO PERÍ-ODO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTA-DOS Nº 001, REALIZADA EM 7 DE FEVEREIRO DE 2008 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Transcurso do 20º aniversário de promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil. Ne-cessidade de realização de reformas constitucionais. Urgente regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos à saúde pública. Defesa da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Demora na votação, pela Casa, da Proposta de Emenda à Constituição nº 333, de 2004, acerca da composição numérica das Câmaras de Vereadores. ............................................ 01909

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPU-TADO DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA – Pela ordem) NO PERÍODO DESTINADO À ORDEM DO DIA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 001, REALIZADA EM 7 DE FEVE-REIRO DE 2008 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Iniciativa do Governo Federal de criação de CPI para investigação de irregularidades no uso de cartões corporativos. Regozijo com a promulgação da Lei nº 11.635, de 2007, sobre a instituição do Dia Nacional de Combate è Intolerância Religiosa. Êxito do carnaval de 2008 realizado no Estado da Bahia. . 01909

2 – DECISÃO DO PRESIDENTEArquivem-se, nos termos do artigo 133 do

RICD, os Projetos de Lei n°s 6.786, 7.455 e 7.586, de 2006. ................................................................. 01910

3 – PARECERES – Projetos de Lei n°s 6.876-A/06 e 2.049-A/07. ................................................ ‘ 01910

SEÇÃO II

4 – EDITAL n° 33/08 – do Centro de Forma-ção, Treinamento e Aperfeiçoamento. .................... 01916

5 – MESA6 – LÍDERES E VICE-LÍDERES7 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO8 – COMISSÕES

SUPLEMENTO

Indicação do Líder do PT e Indicação do Lí-der do PMN sairão publicadas em suplemento a este Diário.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01727

SEÇÃO I

Ata da 4ª Sessão, em 12 de fevereiro de 2008

Presidência dos Srs. Arlindo Chinaglia, Presidente. Nárcio Rodrigues, 1º Vice-Presidente.

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Arlindo ChinagliaInocêncio OliveiraOsmar SerraglioCiro NogueiraJosé Carlos MachadoAlexandre SilveiraPartido Bloco

RORAIMA

Angela Portela PTEdio Lopes PMDB PmdbPscPtcFrancisco Rodrigues DEMLuciano Castro PRMarcio Junqueira DEMMaria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbNeudo Campos PPUrzeni Rocha PSDBPresentes Roraima: 8

AMAPÁ

Janete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Amapá: 1

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPscPtcBeto Faro PTGerson Peres PPGiovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbLúcio Vale PRNilson Pinto PSDBPaulo Rocha PTWandenkolk Gonçalves PSDBZé Geraldo PTZenaldo Coutinho PSDBZequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcPresentes Pará: 11

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPscPtc

Carlos Souza PPMarcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPraciano PTSilas Câmara PSC PmdbPscPtcVanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Amazonas: 6

RONDÔNIA

Anselmo de Jesus PTEduardo Valverde PTErnandes Amorim PTBLindomar Garçon PVMarinha Raupp PMDB PmdbPscPtcNatan Donadon PMDB PmdbPscPtcPresentes Rondônia: 6

ACRE

Nilson Mourão PTPerpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbSergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Acre: 3

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDBLaurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbLázaro Botelho PPMoises Avelino PMDB PmdbPscPtcOsvaldo Reis PMDB PmdbPscPtcVicentinho Alves PRPresentes Tocantins: 6

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDBCleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbDavi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbDomingos Dutra PTGastão Vieira PMDB PmdbPscPtcJulião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPedro Fernandes PTBPinto Itamaraty PSDBSebastião Madeira PSDB

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01728 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Waldir Maranhão PPPresentes Maranhão: 10

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPscPtcAriosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbChico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEudes Xavier PTFlávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcJosé Airton Cirilo PTJosé Guimarães PTJosé Linhares PPJosé Pimentel PTLeo Alcântara PRMarcelo Teixeira PRMauro Benevides PMDB PmdbPscPtcPaulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPscPtcRaimundo Gomes de Matos PSDBZé Gerardo PMDB PmdbPscPtcPresentes Ceará: 15

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbB. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJúlio Cesar DEMMarcelo Castro PMDB PmdbPscPtcMussa Demes DEMNazareno Fonteles PTPaes Landim PTBPresentes Piauí: 7

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PTFelipe Maia DEMRogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbSandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Rio Grande do Norte: 4

PARAÍBA

Armando Abílio PTBDamião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbEfraim Filho DEMLuiz Couto PTManoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbRômulo Gouveia PSDBWellington Roberto PRWilson Santiago PMDB PmdbPscPtcPresentes Paraíba: 9

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAndré de Paula DEMBruno Rodrigues PSDBCarlos Eduardo Cadoca PSC PmdbPscPtcFernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFernando Ferro PTJosé Mendonça Bezerra DEMMarcos Antonio PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbMaurício Rands PTPaulo Rubem Santiago PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPedro Eugênio PTRaul Henry PMDB PmdbPscPtcRaul Jungmann PPSRenildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbSilvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbWolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Pernambuco: 16

ALAGOAS

Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPscPtcFrancisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbGivaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPscPtcMaurício Quintella Lessa PRPresentes Alagoas: 5

SERGIPE

Albano Franco PSDBEduardo Amorim PSC PmdbPscPtcJackson Barreto PMDB PmdbPscPtcJerônimo Reis DEMValadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Sergipe: 5

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Carlos Magalhães Neto DEMClaudio Cajado DEMDaniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdson Duarte PVFábio Souto DEMFernando de Fabinho DEMGuilherme Menezes PTJoão Almeida PSDBJoão Leão PPJorge Khoury DEMJosé Carlos Aleluia DEMJosé Carlos Araújo PR

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01729

José Rocha PRJoseph Bandeira PTJusmari Oliveira PRJutahy Junior PSDBLuiz Bassuma PTMário Negromonte PPNelson Pellegrino PTRoberto Britto PPSérgio Barradas Carneiro PTSeveriano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbUldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Bahia: 24

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbAelton Freitas PRAntônio Roberto PVAracely de Paula PRCarlos Melles DEMCarlos Willian PTC PmdbPscPtcEduardo Barbosa PSDBElismar Prado PTFábio Ramalho PVGeorge Hilton PPGilmar Machado PTHumberto Souto PPSJaime Martins PRJairo Ataide DEMJô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Bittar DEMJoão Magalhães PMDB PmdbPscPtcJúlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbLeonardo Monteiro PTLeonardo Quintão PMDB PmdbPscPtcLincoln Portela PRMárcio Reinaldo Moreira PPMarcos Montes DEMMaria do Carmo Lara PTMário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbMauro Lopes PMDB PmdbPscPtcMiguel Martini PHSOdair Cunha PTPaulo Abi-Ackel PSDBPaulo Piau PMDB PmdbPscPtcReginaldo Lopes PTPresentes Minas Gerais: 31

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PTJurandy Loureiro PSC PmdbPscPtc

Neucimar Fraga PRRita Camata PMDB PmdbPscPtcRose de Freitas PMDB PmdbPscPtcPresentes Espírito Santo: 5

RIO DE JANEIRO

Andreia Zito PSDBAyrton Xerez DEMBernardo Ariston PMDB PmdbPscPtcChico Alencar PSOLChico DAngelo PTCida Diogo PTDr. Adilson Soares PREdmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFelipe Bornier PHSFernando Gabeira PVFilipe Pereira PSC PmdbPscPtcGeraldo Pudim PMDB PmdbPscPtcHugo Leal PSC PmdbPscPtcJair Bolsonaro PPLéo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbLeonardo Picciani PMDB PmdbPscPtcLuiz Sérgio PTMarcelo Itagiba PMDB PmdbPscPtcNelson Bornier PMDB PmdbPscPtcOtavio Leite PSDBPastor Manoel Ferreira PTBRodrigo Maia DEMRogerio Lisboa DEMSimão Sessim PPSolange Almeida PMDB PmdbPscPtcSolange Amaral DEMVinicius Carvalho PTdoBPresentes Rio de Janeiro: 28

SÃO PAULO

Aldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Carlos Mendes Thame PSDBAntonio Carlos Pannunzio PSDBArnaldo Faria de Sá PTBArnaldo Jardim PPSArnaldo Madeira PSDBCândido Vaccarezza PTCarlos Sampaio PSDBCarlos Zarattini PTCelso Russomanno PPCláudio Magrão PPSClodovil Hernandes PRDevanir Ribeiro PTDr. Nechar PVDr. Pinotti DEMDr. Talmir PV

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01730 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Dr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbDuarte Nogueira PSDBEdson Aparecido PSDBEmanuel Fernandes PSDBFernando Chucre PSDBFrancisco Rossi PMDB PmdbPscPtcFrank Aguiar PTBGuilherme Campos DEMIvan Valente PSOLJanete Rocha Pietá PTJilmar Tatto PTJoão Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Paulo Cunha PTJorginho Maluly DEMJosé Aníbal PSDBJosé Eduardo Cardozo PTJosé Genoíno PTJosé Mentor PTLobbe Neto PSDBLuciana Costa PRLuiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarcelo Ortiz PVMárcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbNelson Marquezelli PTBPaulo Maluf PPPaulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPaulo Renato Souza PSDBPaulo Teixeira PTRenato Amary PSDBRicardo Izar PTBRicardo Tripoli PSDBRoberto Santiago PVSilvinho Peccioli DEMValdemar Costa Neto PRVanderlei Macris PSDBVicentinho PTWalter Ihoshi DEMWilliam Woo PSDBPresentes São Paulo: 54

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB PmdbPscPtcEliene Lima PPThelma de Oliveira PSDBValtenir Pereira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Mato Grosso: 4

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPSJofran Frejat PRMagela PTRodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTadeu Filippelli PMDB PmdbPscPtcPresentes Distrito Federal: 5

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDBChico Abreu PRJoão Campos PSDBLeonardo Vilela PSDBMarcelo Melo PMDB PmdbPscPtcPedro Chaves PMDB PmdbPscPtcPedro Wilson PTRonaldo Caiado DEMRubens Otoni PTSandes Júnior PPPresentes Goiás: 10

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PTGeraldo Resende PMDB PmdbPscPtcVander Loubet PTWaldir Neves PSDBPresentes Mato Grosso do Sul: 4

PARANÁ

Affonso Camargo PSDBAirton Roveda PRAlex Canziani PTBAlfredo Kaefer PSDBAndre Vargas PTAssis do Couto PTBarbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbChico da Princesa PRDilceu Sperafico PPEduardo Sciarra DEMLuciano Pizzatto DEMLuiz Carlos Hauly PSDBLuiz Carlos Setim DEMMarcelo Almeida PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PPOdílio Balbinotti PMDB PmdbPscPtcRicardo Barros PPRocha Loures PMDB PmdbPscPtcTakayama PSC PmdbPscPtcPresentes Paraná: 19

SANTA CATARINA

Angela Amin PPCarlito Merss PTCelso Maldaner PMDB PmdbPscPtcDécio Lima PTDjalma Berger PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdinho Bez PMDB PmdbPscPtc

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01731

Fernando Coruja PPSJoão Matos PMDB PmdbPscPtcJosé Carlos Vieira DEMValdir Colatto PMDB PmdbPscPtcVignatti PTZonta PPPresentes Santa Catarina: 12

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PTAfonso Hamm PPBeto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbCezar Schirmer PMDB PmdbPscPtcClaudio Diaz PSDBEliseu Padilha PMDB PmdbPscPtcHenrique Fontana PTIbsen Pinheiro PMDB PmdbPscPtcLuciana Genro PSOLLuis Carlos Heinze PPLuiz Carlos Busato PTBManuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarco Maia PTMaria do Rosário PTMendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPscPtcOnyx Lorenzoni DEMPaulo Pimenta PTPepe Vargas PTProfessor Ruy Pauletti PSDBTarcísio Zimmermann PTVieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbVilson Covatti PPPresentes Rio Grande do Sul: 22

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 336 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. MANATO, 1º Suplente de Secretário, ser-vindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) - Passa-se à leitura do expediente.

O SR. MANATO, 1º Suplente de Secretário, ser-

vindo como 1° Secretário, procede à leitura do se-

guinte

III – EXPEDIENTE

MENSAGEM Nº 1.013, DE 2007 (Do Poder Executivo)

AVISO nº 1.387/2007

Encaminha, ao Congresso Nacional, o relatório de execução da Programação Mo-netária referente ao 4º trimestre de 2007.

Despacho: Às Comissões de: Desenvol-

vimento Econômico, Indústria e Comércio; e

Finanças e Tributação.

Mensagem nº 1.013

Senhor Presidente da Câmara dos Deputados,

Nos termos do inciso I do art. 7º da Lei nº 9.069,

de 29 de junho de 1995, encaminho a Vossa Excelên-

cia o relatório de execução da Programação Monetária

referente ao 4º trimestre de 2007.

Brasília, 26 de dezembro de 2007. – Luiz Inácio Lula da Silva.

EM. 59/2007—BCB

Brasília, 20 de dezembro de 2007

Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli-

ca,

Encaminho à consideração Vossa Excelência, de

acordo com o disposto na Lei nº 9.069, de 29 de junho

de 1995, a Programação Monetária para o primeiro tri-

mestre e para o ano de 2008, aprovada pelo Conselho

Monetário Nacional em sessão de 20 de dezembro de

2007, juntamente com o relatório de execução relativo

ao período nele referenciado.

2. Acrescento que, consoante estabelece o men-

cionado diploma legal, a Programação Monetária (art.

6º, § 1º) deve ser encaminhada à Comissão de As-

suntos Econômicos do Senado (CAE) e o relatório de

execução (art. 7º, inc. I), aos senhores Presidentes do

Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

Respeitosamente, – Henrique de Campos Mei-relles, Presidente.

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01732 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01733

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01734 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01735

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01736 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01737

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01738 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01739

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01740 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01741

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01742 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01743

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01744 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01745

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01746 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01747

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01750 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

OF. nº 14/2008-CN

Brasília, 7 de fevereiro de 2008

Exmº Sr.Deputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,O Senhor Presidente da República adotou, nos

dias 26 e 28 de dezembro de 2007, e publicou em 27 e 28 do mesmo mês e ano, respectivamente, as Me-didas Provisórias nºs 408 e 409, de 2007.

Nos termos do § 6º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002 – CN, o exame e o parecer serão realizados pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, onde poderão receber emendas.

Em anexo, encaminho a V. Exª calendário para a tramitação das matérias.

Aproveito a oportunidade para renovar a V. Exª protestos de elevada estima e distinta consideração.

Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

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01754 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01755

Of. nº 33/2008/SGM/P

Brasília, 12 de fevereiro de 2008

A Sua Excelência o Senhor Deputado Ricardo Izar Anexo IV – Gabinete nº 634 NESTAAssunto: Devolução de Proposição

Senhor Deputado,Reporto-me ao Projeto de Lei nº 2.664, de 2007,

de sua autoria, que “Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, eliminando res-trições para a inscrição em concurso público e posse em cargo público”.

2. Informo a Vossa Excelência que não será pos-sível dar seguimento à proposição em apreço, em vir-tude de ela conter matéria cuja iniciativa é privativa do Presidente da República, consoante o disposto no art. 61, § 1º, inciso II, alínea b, da Constituição Federal.

3. Nesse sentido, encaminho-lhe em devolução o Projeto de Lei nº 2.664, de 2007, nos termos do ar-tigo 137, § 1º, inciso II, alínea b, do Regimento Inter-no, sugerindo-lhe, outrossim, a forma de Indicação, conforme previsão contida no art. 113, inciso I, do mesmo Diploma.

Atenciosamente, – Arlindo Chinaglia, Presi-dente.

PROJETO DE LEI Nº 2.664, DE 2007 (Do Sr. Ricardo Izar)

Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, eliminando restrições para a inscrição em concurso público e posse em cargo público.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º A Lei nº 9.112, de 11 de dezembro de 1990,

passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 242-A. Não se obstará a inscrição em concurso público ou a posse de candidato em cargo público ao cidadão que, atendendo aos requisitos estabelecidos nesta lei e res-pondendo a processo judicial, não tenha sido objeto de sentença penal condenatória tran-sitada em julgado.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Ricardo Izar.

Justificação

Está bem posto e assentado na Constituição Fe-deral o chamado princípio da presunção da inocência,

pontificado no art. 5º, inciso LVII: “Ninguém será consi-derado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.”

Certo ou errado o fundamento jurídico e filosófico desse dispositivo, o fato é que muitos delitos criminais em nosso País, alguns deles até mesmo hediondos, re-sultam impunes, na prática. Conhecemos bem as delon-gas e os instrumentos jurídicos protelatórios de nosso Direito Penal, as sucessivas instâncias de julgamento, a sobrecarga de trabalho dos magistrados. Por mais que as evidências, todos os indícios, testemunhos, provas concretas e substanciais apontem para a culpabilidade de um cidadão indiciado, é ele considerado inocente, até que se exaura o ciclo completo de apelações nas sucessivas instâncias de julgamento.

Por isso, é um clamoroso absurdo o que vem acontecendo em nosso Direito Administrativo, quando alguns órgãos públicos impedem a inscrição de um cida-dão em um concurso público, ou, até mesmo, lhe vede a posse em cargo público, caso esteja respondendo a algum processo criminal, mesmo que não tenha sido condenado sequer em primeira instância. A correção dessa distorção às vezes é corrigida por via judicial, mas milhares de cidadãos brasileiros acabam por se ver efetivamente prejudicados em seu direito apenas pela falta de um disciplinamento para a questão, como a que estamos propondo.

Pelo alcance da proposição, temos a convicção de sua boa acolhida pelos senhores deputados e se-nadores. – Ricardo Izar, Deputado Federal.

Devolva-se a proposição, por contrariar o dis-posto no artigo 61, § 1º, inciso II, alínea c, da Cons-tituição Federal (art. 137, § 1º, inciso II, alínea b, do RICD). Oficie-se ao Autor, sugerindo-lhe a forma de Indicação.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF.B/002/08

Brasília, 11 de fevereiro de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência a indicação do Deputa-

do Dr. Ubiali (PSB/SP), como titular da Comissão Espe-cial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 511-A, de 2006, do Senado Federal, que “altera o art. 62 da Constituição Federal para disciplinar a edição de medidas provisórias”, estabelecendo que a medi-

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01756 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

da provisória só terá força de lei depois de aprovada a sua admissibilidade pelo Congresso Nacional, sendo o início da apreciação alternado entre a Câmara e o Senado.

Respeitosamente, – Paulo Pereira da Silva, Líder do Bloco PSB, PDT PCdoB, PMN e PRB.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício nº 2-L-DEM/08

Brasília, 12 de fevereiro de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência os Deputados do Demo-

cratas que integrarão a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 511-A, de 2006, do Senado Federal, que “altera o art. 62 da Constituição Federal para disciplinar a edição de medidas provisórias”, estabelecendo que a medida pro-visória só terá força de lei depois de aprovada a sua ad-missibilidade pelo Congresso Nacional, sendo o início da apreciação alternado entre a Câmara e o Senado.

TITULARES

Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA Deputado ROBERTO MAGALHÃES

SUPLENTE

Deputado JOÃO OLIVEIRAAtenciosamente, – Deputado Onyx Lorenzoni,

Líder do Democratas.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício nº 3-L-DEM/08

Brasília, 12 de fevereiro de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado Cláudio Ca-

jado para integrar, como membro titular, a Comissão Es-pecial destinada a acompanhar, até o dia 30 de novembro de 2008, a aplicação das seguintes Leis de Anistia: Lei nº 8.878/1994, que “dispõe sobre a concessão de anistia”; Lei nº 10.790/2003, que “concede anistia a dirigentes ou representantes sindicais e trabalhadores punidos por parti-

cipação em movimento reivindicatório”, Lei n° 11.282/2006, que “anistia os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, punidos em razão da partici-pação em movimento grevista”, e Lei nº 10.559/2002, que “regulamenta o artigo 8º do Ato das Disposições Constitu-cionais Transitórias e dá outras providências”.

Atenciosamente, – Deputado Onyx Lorenzoni, Lí-der do Democratas.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício Presidente nº 1.200/07 – CAINDR

Brasília, 13 de dezembro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Publicação do PL nº 2049/07.

Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regimen-

to Interno, comunico a Vossa Excelência a apreciação do Projeto de Lei nº 2.049 de 2007, por este órgão técnico.

2. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publi-cação da referida proposição e do parecer a ela ofe-recido.

Respeitosamente, – Deputada Vanessa Gra-zziotin, Presidente.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

Of. Pres. Nº 366/07/CTASP

Brasília, 28 de novembro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Publicação de proposição apreciada.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao

disposto no art. 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 6.876/2006 por este órgão técnico.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado Nelson Marque-zelli, Presidente.

Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01757

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 263, DE 2007

(Do Sr. Ricardo Berzoini)

Dispõe sobre proibição de cobrança de tarifa bancária decorrente do serviço de compensação de cheques e outros docu-mentos pelas instituições financeiras.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Plp-322/2005.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Este projeto de lei complementar tem por

objetivo vedar a cobrança de tarifa bancária referente à execução de serviço com vantagem manifestamente excessiva contra o consumidor de serviços bancários, de acordo com o disposto no art. 39, inciso V, da Lei nº 8. 078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Pro-teção e Defesa do Consumidor.

Art. 2º Fica vedada a cobrança de qualquer tarifa bancária, por parte de instituição financeira, referente ao serviço de compensação de cheque ou qualquer documento que seja executado pela própria instituição financeira ou por prestador de serviço de compensa-ção e de liquidação.

Parágrafo único. Para os fins desta lei comple-mentar entende-se por serviço de compensação de cheque ou qualquer documento, o processamento do respectivo cheque ou documento em câmara de com-pensação e de liquidação com finalidade de débito ou crédito dos recursos correspondente e m conta de depósito à vista.]

Art. 3º A instituição financeira que infringir o dis-posto nesta lei complementar sujeitar-se-á às penas previstas no art.44, incisos I e II, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Art. 4º Esta lei complementar entra em vigor após decorridos 30 (trinta) dias de sua publicação oficial.

Justificação

Em 7 de junho passado, o Supremo Tribunal Fe-deral, por votos de nove ministros contra dois, decidiu pela aplicação da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor – ao Sistema Financeiro Nacional, numa decisão his-tórica que trouxe uma importante guarida jurídica para os consumidores brasileiros.

Diante desse fato novo e relevante, constatamos que desde a liberação da cobrança de tarifas bancá-rias pelo Banco Central do Brasil, houve um absoluto descontrole nos parâmetros dos custos dos serviços bancários em cada instituição financeira. A princípio,

alegou-se que o cliente não teria com o que se preo-cupar porque estaria assegurada sua plena liberdade para optar pelo banco que lhe oferecesse os custos mais baixos e os melhores serviços.

Na teoria, essa argumentação já se mostrava so-fismática. Na realidade fática, ficou demonstrado que a política de liberação das tarifas bancárias era uma verdadeira armadilha para os clientes de bancos, uma vez que estes se viram obrigados a arcar com altas tarifas por todo e qualquer serviço que viessem a uti-lizar no relacionamento com os bancos.

É bem verdade que o fim do lucro inflacionário – responsável pelo lucro fácil dos bancos durante dé-cadas no Brasil – forçou uma nova realidade no rela-cionamento comercial entre os bancos e seus clientes. Assim, os bancos tiveram que reestruturar suas ba-ses de custos, buscando se adequar ao novo cenário. Com a ausência do denominado “floating” – quando ganhavam enormes remunerações com base na taxa do overnight -, que incidia sobre os depósitos de seus clientes que ficavam sob sua guarda, os bancos fica-ram ansiosos para rapidamente recuperarem suas margens de lucratividade.

Entretanto, é certo também que os lucros dos bancos continuaram exibindo sucessivos recordes nos últimos seis anos, evidenciando o êxito que os bancos alcançaram com a adoção de uma política de cobrança de tarifas exorbitantes pelos seus serviços.

Atualmente há uma crescente demanda junto aos órgãos de defesa do consumidor em todo país por uma sensível redução nos custos que os clientes têm junto aos bancos. As tarifas, que hoje são cobradas por todas as instituições bancárias, evidenciam uma inaceitável exploração do poder aquisitivo de milhões de seus clientes. Nota-se, portanto, que há um visível e injusto desequilíbrio na formação das tarifas que são praticadas pelos bancos, com a inexplicável compla-cência do Banco Central.

Deste modo, ainda que tenhamos que evoluir na busca da melhor solução legislativa para o problema, queremos vedar por completo a cobrança de tarifas por ocasião da compensação de cheques e outros documen-tos pelos bancos, considerando que esta tem sido uma das tarifas mais abusivas praticadas pelos bancos.

Acreditamos que esta medida irá trazer tranqui-lidade aos clientes de bancos que hoje são obriga-dos a pagar altos custos para manter suas contas de depósito à vista, sem que, em contrapartida, estejam recebendo a devida reciprocidade em termos de qua-lidade e eficiência dos serviços prestados pelas insti-tuições bancárias.

Sala das Sessões, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Ricardo Berzoini.

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01758 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

PROJETO DE LEI Nº 2.522, DE 2007 (Do Senado Federal)

PLS Nº 502/2007 OFÍCIO Nº 1.773/2007

Acrescenta inciso ao art. 3º da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para garan-tir atendimento presencial aos usuários de serviços de telecomunicações.

Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Defesa do Consumidor e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) – Art. 24, II. Apense a Este :Pl-4195/2004.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei acrescenta inciso ao art. 3o da

Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para garantir atendimento presencial aos usuários de serviços de telecomunicações.

Art. 2º O art. 3o da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte inci-so XIII:

“Art. 3o ............................................................................................. .............................

............................................................................................. .........................................

XIII – a atendimento presencial que per-mita o encaminhamento de qualquer espécie de solicitação a respeito dos serviços oferta-dos pela prestadora.”(NR)

Art. 3o As prestadoras de serviços de telecomu-nicações deverão se adaptar ao disposto nesta Lei no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, 29 de novembro de 2007. – Senador Tião Viana, Presidente do Senado Federal, Interino.

PROJETO DE LEI Nº 2.618, DE 2007 (Do Sr. Zenaldo Coutinho)

Dispõe sobre a implantação de uni-dades prisionais denominadas escola-tra-balho.

Despacho: (Apense-Se ao Pl-1455/2007. Por Oportuno, Revejo o Despacho Aposto ao Pl Nº 1.455/07, Para Incluir, Como Componen-te da Comissão Especial Que Irá Apreciar a

Matéria, a Comissão de Finanças e Tributação, que Deverá Pronunciar-Se Quanto à Adequa-ção Financeira e Orçamentária, nos Termos do Art. 54, Ii, do RICD.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Incumbirá ao Poder Executivo a partir da

promulgação da presente lei a implantação de unidades prisionais denominadas escola-trabalho destinadas à ressocialização do preso através do trabalho e da as-sistência educacional obrigatórios, conforme disposto nos arts. 18 e 31 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal.

Art. 2º As novas unidades prisionais deverão dispor de completa estrutura física e operacional para que todo preso possa exercer o trabalho e dispor de assistência educacional.

Art. 3º Incidirá em falta grave, nos termos do Art. 39, V, da Lei de Execução Penal, o preso que não optar pelo ingresso no sistema escola-trabalho.

Art. 4º O Poder Executivo Federal e Estadual po-derá estabelecer convênios com empresas privadas que tenham interesse em participar das atividades desenvolvidas no presídio escola-trabalho.

Art. 5º Poderão as novas unidades prisionais serem implementadas mediante Parcerias Público-Privadas, na forma do disposto na Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004.

Art. 6º O Poder Executivo disporá do prazo de 10 (dez) anos, improrrogáveis, a partir da promulga-ção da presente lei, para adaptar as atuais unidades prisionais ao novo sistema na proporção de 10% (dez por cento) a cada ano.

Art. 7º Compete aos Conselhos Penitenciários, previstos no Art. 69 da Lei de Execução Penal, a fis-calização do disposto na presente lei.

Art. 8º O Poder Executivo deverá consignar rubrica específica na Lei Orçamentária Anual para o custeio da implantação do disposto nesta lei.

Parágrafo único. O agente político responsável pelo sistema penitenciário da respectiva unidade fede-rada ou da União que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a aplicação da presente lei incorrerá em crime de responsabilidade.

Art. 9º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Lei de Execução Penal, a par de seu caráter reconhecidamente avançado em termos de trata-mento ao membro da comunidade que se submete à sanção penal, encontra inúmeras dificuldades ma-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01759

teriais à sua concretização, o que torna imperativa a atuação do Poder Público buscando a construção de um sistema que melhor atenda aos anseios da sociedade.

A execução penal, poder-dever do Estado, deve ser cercada de direitos e garantias que fundamentam o devido processo legal que se consubstancia em re-gramento constitucional. Destarte, o exercício da ju-risdição não se encerra com o decreto condenatório, prolongando-se ainda durante a fase de satisfação do título executivo.

A reintegração social do condenado deve ser o norte da execução penal que só pode ser viabilizada mediante o desenvolvimento de atividades laborais e educativas pela população carcerária. Entretanto a realidade factual das penitenciárias se apresenta de maneira diversa. Para exemplificar, o Estado do Pará, possui uma população carcerária, em sua maioria compreendida na faixa etária dos 18 aos 35 anos, sendo que 20% são analfabetos, 60% detêm o ensino fundamental incompleto, 15% possuem o ensino fun-damental completo e 5% o ensino médio incompleto encontrando-se, ainda, ínfimo percentual de presos com ensino médio completo e superior. Enfim, são pessoas quase na sua totalidade sem nenhuma qua-lificação profissional e técnica.

O presente projeto tem a intenção de mudar o mo-delo do sistema prisional brasileiro ao determinar que o Poder Público ofereça aos presos condições para o exercício de atividades laborais e educacionais, já de-vidamente disciplinados pela Lei de Execução Penal.

Noutro giro, é mister que os altos custos do pre-so para os cofres públicos sejam amortizados pelo seu trabalho. Sua produção poderá ser adquirida por órgãos públicos ou empresas privadas que tenham firmado convênio para a aquisição ou exploração de seu trabalho.

A proposta é que tanto os atuais como os novos presídios que venham a ser construídos ofereçam obri-gatoriamente salas de aula, material e professores para o efetivo cumprimento das disposições estabelecidas pela presente lei.

São estas as razões de interesse público que me levam a propor o presente projeto de lei contando, desde já, com o apoio dos nobres pares para aprova-ção do mesmo.

Sala das Sessões, de dezembro de 2007. – Deputado Zenaldo Coutinho PSDB/PA.

PROJETO DE LEI Nº 2.626, DE 2007 (Do Sr. Zenaldo Coutinho)

Dá nova redação ao parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, incluindo os Arrumadores dentre aqueles passíveis de contratação.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-2.882/2004.

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Dê-se a seguinte redação ao parágrafo

único, do artigo 26, da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 – Lei de Modernização dos Portos:

“Art. 26..................................................................................... .....................................

Parágrafo único. A contratação de tra-balhadores portuários de estiva, conferên-cia de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo empregatício a prazo indeterminado será feita, exclusiva-mente, dentre os trabalhadores portuários avulsos registrados e arrumadores (NR).”

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

Os arrumadores se enquadram numa das catego-rias mais antigas em atividade nos portos brasileiros, detentores de quase 100% (cem por cento) da ativi-dade de capatazia nos referidos portos constituindo a única exceção o porto de Santos onde a mão-de-obra em exame é realizada pelos portuários pertencentes a sindicato daquela cidade.

Inequívoca é a omissão do parágrafo único, do art. 26, da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 ao não estender à categoria dos arrumadores a exclusividade de contratação dentre os trabalhadores portuários avulsos, como o fez com as demais. Destarte, os arrumadores fa-zem parte do quadro de trabalhadores portuários avulsos, juntamente com as outras categorias referidas no caput daquele artigo, a saber: estivadores, conferentes, conser-tadores de carga e vigilância de embarcações.

O risco de extinção iminente da categoria sub examine torna imperiosa a aprovação da presente iniciativa legislativa.

São estas as razões de interesse público que me levam a propor aos nobres pares o presente pro-jeto de lei.

Sala das Sessões, de dezembro de 2007. – De-putado Zenaldo Coutinho PSDB/PA.

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01760 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

PROJETO DE LEI Nº 2.648, DE 2007 (Do Sr. Walter Brito Neto)

Institui o Sistema de Comunicação, Ca-dastro e Atendimento Psicológico e Social aos Pais de crianças e Adolescentes Desa-parecidos e dá outras providências.

Despacho: Às Comissões de: Seguran-ça Pública e Combate ao Crime Organizado; Seguridade Social e Família e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º – Fica instituído o Sistema de Comunica-

ção e Cadastro de Crianças e Adolescentes Desapa-recidos, destinado a dar agilidade e eficácia na busca de crianças e adolescentes que tenham desaparecido em todo o território Nacional.

§ 1º – Somente será inscrita no Sistema a crian-ça ou adolescente cujo desaparecimento tenha sido registrado perante a autoridade policial competente.

§ 2º – Após o registro do desaparecimento da criança ou do adolescente, os pais passam a ter as-sistência psicológica e social por um período definido pelo órgão competente.

Art. 2º – Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais, estações rodoviárias e ferroviárias, aeroportos, escolas e hospitais destinarão espaços nas suas reparti-ções, em locais de maior circulação de pessoas, para a afixação de cartazes ou similares, contendo identificação, fotografia e demais dados das crianças ou adolescentes desaparecidos, bem como colocar, em local apropriado, caixa coletora, papel e caneta para as anotações de denúncias, pistas e quaisquer informações que serão recolhidas e entregues à autoridade policial.

Art. 3º – Os estabelecimentos de saúde, públi-cos ou privados, deverão, imediatamente, comunicar à Secretaria de Segurança Pública do Estado ou ao órgão competente, dados identificadores das crian-ças ou adolescentes desacompanhados que neles derem entrada em estado inconsciente, de perturba-ção mental ou impossibilitadas de se comunicar, por qualquer motivo.

Art. 4º – O Poder Público disponibilizará número telefônico de ligação gratuita com o objetivo de rece-ber denúncias de crianças e adolescentes desapa-recidos.

Art. 5º – Esta lei poderá ser regulamentada para assegurar a sua execução.

Art. 6º – Esta Lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Justificação

Hoje o número de pessoas desaparecidas no País, especialmente crianças, passa dos 10 mil casos. Embora não se possua dados consolidados que traduzam a exata dimensão deste fenômeno, estima-se que o número de ocorrências de desaparecimentos de crianças e adoles-centes sejam superiores ao informado acima, em todo o País.

O problema já atinge proporções consideráveis, e quase nada vem sendo feito para auxiliar às famílias que vivem o drama do desaparecimento de um de seus mem-bros, para tentar reencontrá-lo e, enquanto durar o desa-parecimento, de receber a devida atenção psicológica.

Com a presente proposição, tornamos obrigatório a afixação de cartazes com fotos de crianças e adolescentes desaparecidos, em caráter permanente, no interior dos órgãos públicos Federais, Estaduais e Municipais.

Sabe-se hoje que muitas crianças brasileiras são encaminhadas para a Europa por via de países da América do Sul, e isso ocorre nos chamados ônibus de carreira, que têm como ponto de partida as rodovi-árias das principais capitais brasileiras.

Adotando as medidas propostas, estaremos dan-do um passo fundamental para que o problema possa ser amenizado, permitindo àqueles que têm familiares desaparecido uma chance ou perspectiva de desco-brir o paradeiro dos mesmos. É obrigação dos órgãos competentes oferecer o mínimo de atenção bem como o indispensável atendimento psicológico capaz de ate-nuar a dor da incerteza e preparar para o desfecho da perda definitiva ou do reencontro – episódio sempre traumático e de profundos efeitos na estrutura familiar, com reflexo em toda a comunidade.

Certo do grande alcance social da presente pro-posição, solicito aos nobres Pares apoio para aprova-ção deste projeto.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Walter Brito Neto.

PROJETO DE LEI Nº 2.649, DE 2007 (Do Sr. Walter Brito Neto)

Acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, para autorizar a movimen-tação da conta vinculada por motivo do nascimento de filho ou casamento.

Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD).

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01761

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O Art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio

de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS passa a vigorar acrescidos dos seguintes incisos:

“Art. 20.................................................................... ......................................................

............................................................................... .......................................................

XVIII – casamento; XIX – nascimento de filho.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação.

Justificação

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é um patrimônio que pertence ao próprio trabalhador, tendo sido instituído com o objetivo de cumprir essa função – constituição de uma poupança compulsória para o em-pregado – e outras finalidades sociais, disponibilizando seus recursos para capacitar financeiramente o traba-lhador (ou, conforme o caso, seus dependentes) em necessidades decorrentes, por exemplo, de aquisição de moradia própria; aplicação em atividade comercial, industrial ou agropecuária; falecimento do empregado ou casos de necessidade grave e premente.

Conquanto ao longo dos anos as hipóteses de saque tenham sido ampliadas, a fim de cumprir os fins de regência da norma, houve uma retração quanto à possibilidade de movimentação da conta fundiária por motivo de casamento (hipótese que era permitida, no caso de empregado do sexo feminino, quando da vigên-cia da Lei nº 5.107/66, Art. 8º, inciso II, alínea “e”).

Tal política, todavia, não se coaduna com o pri-mado constitucional que tem a família, como base da sociedade, merecedora de especial proteção do Estado (Art. 226, caput e parágrafos, da Constituição Fede-ral), e com os direitos e deveres relativos à sociedade conjugal, corolários estruturantes do princípio basilar da dignidade da pessoa humana (Art. 1º, III, do texto constitucional).

Por outro lado, temos, também, a situação dos casais e mães solteiras que não têm condições de comprar o enxoval dos filhos, ficando assim, muitas das vezes, aos avós e aos parentes a responsabilidade de suprir tais necessidades.

Ora, tais princípios são fundamentos do próprio Estado Democrático de Direito, em que se constitui nosso País, devendo estar materializados em todos os

documentos legislativos voltados para fins sociais, como é o caso da norma que rege o Fundo em questão.

Certo do grande alcance social da presente pro-posição, solicito aos nobres Pares apoio para aprova-ção deste projeto.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Walter Brito Neto.

PROJETO DE LEI Nº 2.650, DE 2007 (Do Sr. Walter Brito Neto)

Dispõe sobre o reembolso de mensa-lidade escolar.

Despacho: Às Comissões de: Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD) – Art. 24, II.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O estudante, de nível superior será re-

embolsado, proporcionalmente, no mês subsequente, quando a mensalidade paga não corresponder ao nú-mero de aulas efetivamente ministradas.

Art. 2º O reembolso poderá ser convertido como parte do pagamento da mensalidade do mês em cur-so.

Art. 3º As instituições de ensino disponibilizarão os documentos de assiduidade dos professores e dos alunos, mensalmente, em lugar de fácil acesso e de divulgação restrita à comunidade interessada.

Art. 4º Esta lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação.

Justificação

O elevado valor das mensalidades escolares nas instituições de ensino superior exige uma contrapres-tação de qualidade da educação e de assiduidade dos professores.

A Lei nº 9.394, de 1996, Lei de Diretrizes e Ba-ses da Educação Nacional estabelece em seu artigo 47, que o ano letivo deve ter, no mínimo, 200 dias. O aluno tem o direito de receber o equivalente em carga horária e conteúdos curriculares, em cada disciplina. A instituição de ensino é responsável pela oferta inte-gral das atividades e conteúdos curriculares que estão previstos nos programas de cada disciplinas, em cada curso. Assim a instituição de ensino é responsável tanto pelo cumprimento da lei quanto do contrato de prestação de serviços.

Esta é a atitude que todos esperamos, pelo bem da educação, dos alunos, das famílias e das comuni-dades acadêmicas. Mas, a realidade tem contrariado a nossa expectativa, e o que vemos é a mensalidade

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01762 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ser cobrada na correspondência exata de um número de aulas que deveriam ser oferecidas, mas que não são.

Assim sendo, queremos que a responsabilidade no ato de educar prevaleça e sempre que a institui-ção escolar deixar de oferecer o objeto de sua razão de existir, ou seja a educação, devolva o valor corres-pondente em espécie ou em forma de crédito para o mês subsequente.

Diante do exposto, peço o apoio dos nobres Pares para esta iniciativa que pretende dar mais transparên-cia e responsabilidade para a ação educativa.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Walter Brito Neto.

PROJETO DE LEI Nº 2.652, DE 2007 (Do Sr. Homero Pereira)

Acrescenta parágrafo ao art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.

Despacho: Às Comissões de: Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Cons-tituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei visa a acrescentar § 2º ao art.

13 da Lei nº 7.347, de 1985, para vincular a aplicação dos recursos oriundos de condenações em dinheiro, por dano referido no art. 1º da mesma Lei, a projetos ou atividades do Governo Federal relativos ao setor da economia ou ramo de atividade dos bens lesados.

Art. 2º O art. 13 da Lei nº 7.347, de 1985, passa a ter seu atual parágrafo único renumerado como § 1º e fica acrescido de § 2º, com a seguinte redação:

“Art. 13 ...................................................................... ...................................................

§ 1º .......................................................................... .....................................................

§ 2º O produto da arrecadação de con-denações em dinheiro, destinado ao fundo de que trata o caput deste artigo, serão exclusi-vamente aplicados em projetos ou atividades orçamentários relativos ao setor da economia ou ramo de atividade em que estiverem situ-ados os bens, morais ou patrimoniais, lesa-dos.” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício financeiro seguinte à data de sua publi-cação oficial.

Justificação

O presente Projeto de Lei visa a vincular a apli-cação dos recursos recolhidos ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, de que tratam os arts. 13 e 20 da Lei nº 7.347, de 1985, regulamentados pelo Decreto nº 1.306, de 1994, aos projetos ou atividades orçamentários re-lativos ao setor da economia ou ramo de atividade em que estiverem situados os bens, morais ou patrimoniais, lesados pelo agente causador do dano.

A presente proposta justifica-se pela necessidade de se criar dispositivo legal que garanta a efetiva apli-cação da receita do Fundo referido em ações gover-namentais na própria área que sofreu o dano punido com a condenação em dinheiro do seu causador.

Temos, assim, para exemplificar, o caso das con-denações, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, de empresas atuantes no ramo da indústria de carnes, cujas multas devem reverter para a área de defesa animal do Ministério da Agricultura.

Diante disso, propomos seja acrescido § 2º ao art. 13 da referida Lei 7.347, de 1985, determinando que o produto da arrecadação das condenações em dinheiro, de que trata o caput do mesmo artigo, seja aplicado em projetos ou atividades orçamentários re-lativos ao setor da economia ou ramo de atividade em que estiverem situados os bens, morais ou patrimo-niais, lesados.

Essas as razões que nos levam a contar com o apoio dos ilustres Colegas Parlamentares para a apro-vação da presente proposição.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Homero Pereira, Deputado Federal PR/MT.

PROJETO DE LEI Nº 2.654, DE 2007 (Da Sra. Maria do Rosário)

Altera a Lei nº 10.150, de 21 de dezem-bro de 2000, que dispõe sobre a novação de dívidas e responsabilidades do Fundo de Compensações de Variações Salariais – FCVS – e dá outras providências.

Despacho: Às Comissões de: Desenvol-vimento Urbano; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei altera dispositivos da Lei nº 10.150,

de 21 de dezembro de 2002, com o objetivo de estender os benefícios previstos na Lei aos imóveis financiados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01763

com cobertura do FCVS, que tenham sido objeto de contrato particular de compra e venda celebrado até o dia 21 de dezembro de 2000.

Art. 2º Os artigos 20, 21 e 22 da Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 20. As transferências no âmbito do SFH, à exceção daquelas que envolvam con-tratos enquadrados nos planos de reajustamen-to definidos pela Lei nº 8.692, de 28 de julho de 1993 ,que tenham sido celebradas entre o mutuário e o adquirente até 21 de dezembro de 2000, sem a interveniência da instituição financiadora, poderão ser regularizadas nos termos desta Lei.

Parágrafo único. A condição de cessioná-rio poderá ser comprovada junto à instituição financiadora, por intermédio de documentos formalizados junto a Cartórios de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, ou de Notas, onde se caracterize que a transferência do imóvel foi realizada até 21 de dezembro de 2000. (NR)”

“Art. 21. É assegurado aos promitentes compradores de unidades habitacionais, cujas propostas de transferência de financiamento tenham sido formalizadas junto aos agentes financeiros do SFH até 21 de dezembro de 2000, o direito de optarem pela concretização da operação nas condições vigentes até a re-ferida data. (NR)”

“Art. 22. Na liquidação antecipada de dí-vida de contratos do SFH, inclusive aquelas que forem efetuadas com base no saldo que remanescer da aplicação do disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 2º desta Lei, o comprador de imóvel, cuja transferência foi efetuada sem a interveniência da instituição financiadora, equi-para-se ao mutuário final, para todos os efeitos inerentes aos atos necessários à liquidação e habilitação junto ao FCVS, inclusive quanto à possibilidade de utilização de recursos de sua conta vinculada do FGTS, em conformidade com o disposto no inciso VI do art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990.

§ 1º A condição de cessionário poderá ser comprovada junto à instituição financiado-ra, por intermédio de documentos formaliza-dos junto a Cartórios de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, ou de Notas, onde se caracterize que a transferência do imóvel foi realizada até 21 de dezembro de 2000.

§ 2º Para os fins a que se refere o § 1º, poderá ser admitida a apresentação dos se-guintes documentos:

I – contrato particular de cessão de direi-tos ou de promessa de compra e venda, com firma reconhecida em cartório em data anterior à liquidação do contrato, até 21

de dezembro de 2000;II – procuração por instrumento público

outorgada até 21 de dezembro de 2000, ou, se por instrumento particular, com firma reco-nhecida em cartório até 21 de dezembro de 2000. (NR)”

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O presente Projeto de Lei foi originariamente apresentado na legislatura passada pela ilustre Depu-tada Telma de Souza, ganhando o n° 6.800/2006. Em razão da não-reeleição da parlamentar, o Projeto foi arquivado segundo as normas da Casa. Entendemos oportuna a sua reapresentação em virtude do grande interesse público que ele abarca, resgatando a argu-mentação da autora para justificar o mérito. Cremos interessante acatar as sugestões do eminente Depu-tado Ademir Camilo que, relatando a proposição na Comissão de Desenvolvimento Urbano, apresentou substitutivo donde se buscou a íntegra do texto que ora submetemos à apreciação dos colegas.

Na sua Justificação, dizia a Deputada Telma de Souza:

“A presente proposição objetiva permi-tir que sejam integralmente absorvidos pelo Fundo de Compensação de Variações Sala-riais os saldo devedores firmados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação até 28 de julho de 1993, prazo a partir do qual não foram mais firmados contratos com a cober-tura do Fundo.

Os benefícios concedidos pela atual le-gislação, que já prevêem a possibilidade de serem novadas em cem por cento as dívidas provenientes de saldos devedores de financia-mento habitacional oriundo de contratos com o Sistema Financeiro da Habitação, assinados até 31 de dezembro de 1987, acabaram não abrangendo milhares de famílias que assina-ram o contrato posteriormente à data prevista, prejudicando mutuários que já arcaram com o custo da aquisição e financiamento do seu imó-vel. Os contratos assinados durante a vigência

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da cobertura do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS – portanto até 28 de julho de 1993, previam uma contribuição que permitiriam o desconto do saldo devedor junto aos agentes financeiros, o que permitiria a ampliação dos benefícios previstos na lei.

Além disso, o presente projeto prevê também a ampliação do prazo para que usu-fruam dos benefícios e incentivos previstos pela propositura os imóveis transferidos sem a interveniência do agente, mediante os cha-mados “contratos de gaveta”, até 21 de de-zembro de 2000, data de publicação da lei 10.150.

Considerando que esses aperfeiçoamen-tos irão beneficiar milhares de famílias de baixo poder aquisitivo em todo Brasil, contamos com o apoio de nossos pares para a aprovação do presente projeto.”

O Deputado Ademir Camilo assim redige seu pa-recer na Comissão de Desenvolvimento Urbano:

“Enaltecemos a intenção da Deputada Telma de Souza, pois a proposição em análise estende aos demais contratos do SFH com cobertura do FCVS o desconto de cem por cento, previsto, atualmente, na Lei n° 10.150/00, apenas para os contratos assinados até 31 de dezembro de 1987. A proposta preocupa-se também com os mutuários que assinaram “contrato de gaveta”, reconhecendo, para efeito de aplicação da Lei n° 10.150/00, os contratos particulares assinados até 21 de dezembro de 2000.

Não obstante a inquestionável intenção da Auto-ra, a primeira parte da proposição incorre em alguns equívocos que, em nosso entendimento, levam a não recomendar a sua aprovação. Explicaremos.

Ao editar a Lei nº 10.150/00, o Governo federal buscou reduzir o déficit potencial do FCVS e, para tanto, realizou estudos que, considerando as diversas condi-ções de contratação e evolução atuarial, lhe permitiram categorizar os contratos com cobertura daquele Fundo para fins de concessão dos descontos.

Os contratos firmados até 31 de dezembro de 1987, por exemplo, possuem, em sua grande maio-ria, “amortização negativa”. Essa amortização nega-tiva reflete a situação em que a prestação paga pelo mutuário não é suficiente para pagamento dos juros contratuais, o que implica em incorporação do valor remanescente ao saldo devedor, sendo desfavorável ao FCVS, e por conseqüência à própria União, aguar-dar o término do prazo contratualmente estabelecido, visto que a cobertura financeira do Fundo seria maior ao final do prazo contratual.

Em virtude dos resultados dos estudos realizados, o índice de cem por cento de desconto, aplicado aos contratos assinados até 31 de dezembro de 1987, não pôde ser aplicado indistintamente a todos os contra-tos do SFH, porque, representaria, nos demais casos, renúncia de receita para o FCVS e, por conseguinte, para o erário público.

O projeto de lei em análise, ao conceder o desconto de cem por cento e, assim, possibilitar a quitação antecipada dos contratos que não pos-suem amortização negativa, estará oferecendo mais um benefício àqueles cidadãos que possuem casa própria e já contam com a cobertura do orçamen-to público, por meio do FCVS, para a quitação do seu financiamento ao final do prazo contratual. Em nosso entender, esses recursos poderiam ser mais bem empregados na implantação de programas ha-bitacionais de baixa renda, em benefício de milhões de famílias brasileiras que ainda não têm acesso à casa própria.

Portanto, apesar de reconhecermos o mérito da ampliação do desconto para novação de dívidas do FCVS, parece-nos que, pelos argumentos acima descritos, a melhor solução que se apresenta é a su-pressão desta parte do PL.

Com relação ao segundo aspecto da matéria, que estende os benefícios da Lei nº 10.150/00 para os “contratos de gaveta” assinados até 21 de dezem-bro de 2000, julgamos pertinente, pois a medida pos-sibilitará regularizar a situação de diversos mutuários cujos contratos habitacionais encontram-se com perda de cobertura do FCVS, uma vez que os instrumentos utilizados para a transferência não são reconhecidos pelo Conselho Curador do FCVS.

Vale ressaltar que os financiamentos originais dos imóveis objetos desses “contratos de gaveta” de têm di-reito a cobertura daquele Fundo, mas o atual ocupante não pode se habilitar porque não concretizou a nego-ciação até a data estipulada pela Lei, 25 de outubro de 1996. Portanto, trata-se, apenas de equipar, de forma justa, todos os cessionários que assinaram contratos de compra e venda até a data de publicação da Lei nº 10.150/00, ou seja, 21 de dezembro de 2000.”

Diante do exposto e concordando com os argu-mentos do Deputado Ademir Camilo, apresentamos neste PL a redação que o ilustre colega deu ao seu substitutivo, retirando da proposição original da De-putada Telma de Souza a alteração ao Art. 2° da Lei n° 10.150/2000, pedindo o apoio do nobres pares à sua aprovação.

Sala das Sessões, 18 de dezembro de 2007. – Deputada Maria do Rosário.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01765

PROJETO DE LEI Nº 2.666, DE 2007 (Do Senado Federal)

OFÍCIO 1.946/07 – SF PLS 148/03

Proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em condições de consumo ime-diato em postos de gasolina.

Despacho: Às Comissões de Seguridade Social e Família; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II

Congresso Nacional decreta:Art. 1º São proibidas a comercialização e a inges-

tão de bebidas alcoólicas destiladas ou aquelas cuja temperatura permita o consumo imediato, em postos de combustível e nas respectivas lojas de conveniência.

Parágrafo único. Estende-se a proibição prevista no caput a qualquer estabelecimento comercial localiza-do fora do perímetro urbano, ao longo das rodovias.

Art. 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão os atos ilícitos pre-vistos nesta Lei, mediante a edição, no âmbito de sua atuação, das normas que se fizerem necessárias ao seu cumprimento.

Art. 3º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita os infratores às seguintes sanções administra-tivas, sem prejuízo de outras, em especial as de natu-reza civil ou penal:

I – multa;II – suspensão temporária de atividade;III – cassação de autorização ou licença do es-

tabelecimento ou da atividade;IV – interdição, total ou parcial, do estabeleci-

mento.§ 1º Para os fins desta Lei, é considerado infra-

tor a pessoa física ou jurídica proprietária do posto de combustível.

§ 2º A multa será em montante não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), corrigidos monetariamente, a partir da publicação desta Lei, pelo IPCA ou índice equivalente que venha a substituí-lo.

§ 3º As penas de suspensão temporária de ativi-dade, cassação de autorização ou licença do estabele-cimento ou da atividade e interdição, total ou parcial, do estabelecimento serão aplicadas quando o infrator reincidir na prática das infrações definidas nesta Lei, mediante pro-cedimento administrativo, assegurada ampla defesa.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação.

Senado Federal, 17 de dezembro de 2007. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

PROJETO DE LEI Nº 2.670, DE 2007 (Do Senado Federal)

Institui o Dia do Pescador Amador.

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É instituído o dia 29 de junho como o Dia

do Pescador Amador.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.Senado Federal, 17 de dezembro de 2007. – Senador

Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

PROJETO DE LEI Nº 2.671, DE 2007 (Do Senado Federal)

OFÍCIO Nº 1.948/07 – (SF) PLS Nº 233/07

Autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Técnica Federal de Turismo do Ara-guaia, no Estado do Tocantins.

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educa-ção e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II

Congresso Nacional decreta:Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a criar a

Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia, vin-culada ao Ministério da Educação, com sede no Mu-nicípio de Caseara, no Estado do Tocantins.

Parágrafo único. Com o objetivo de exercer a atribuição prevista no caput deste artigo, é o Poder Executivo autorizado a:

I – criar os cargos de direção e funções gratifica-das necessárias à instituição da entidade;

II – dispor sobre a organização, competências, atribuições, denominação das unidades e cargos, suas especificações, funções e funcionamento da Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia, inclusive so-bre o processo de sua implantação;

III – lotar na Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia, mediante criação, transferência e transforma-ção de cargos efetivos vagos dos Quadros de Pessoal

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01766 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

dos órgãos e entidades da Administração Federal di-reta, autárquica e fundacional, aqueles que se fizerem necessários ao funcionamento da instituição;

IV – permitir a lotação na Escola Técnica Fede-ral de Turismo do Araguaia, de pessoal oriundo dos órgãos e entidades das Administrações Estaduais e Municipais direta, autárquica e fundacional de Esta-dos e Municípios localizados ao longo da bacia do rio Araguaia, que tenham interesse em contribuir com a manutenção do funcionamento da Escola Técnica Fe-deral de Turismo do Araguaia.

Art. 2º A Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia será uma instituição de ensino profissionali-zante de nível médio, destinada à formação de técni-cos para atender às necessidades de qualificação de pessoal para o desenvolvimento do setor de turismo ao longo da bacia do rio Araguaia.

§ 1º O Governo Federal, com o objetivo de evitar o excesso de mão-de-obra técnica e controlar o nú-mero de vagas nos cursos oferecidos, elaborará estu-do para identificar o número de profissionais técnicos necessários ao mercado de trabalho.

§ 2º A Escola Técnica Federal de Turismo do Ara-guaia, além do currículo necessário à formação técnica do profissional, terá como prioridades:

I – o estudo da diversidade cultural regional, in-clusive a diversidade cultural indígena;

II – o estudo da produção artesanal e o incentivo ao uso sustentável da matéria prima utilizada;

III – o estudo da bacia do rio Araguaia e da bio-diversidade existente na região;

IV – o incentivo ao uso sustentável da biodiver-sidade que se desenvolve ao longo do curso natural do rio Araguaia e de seus afluentes;

V – o incentivo ao desenvolvimento da prática de esportes náuticos no rio Araguaia;

VI – o incentivo à transformação do pescador profissional em guia de pesca esportiva e ao abando-no da prática da pesca predatória;

VII – o incentivo ao uso das praias do rio Araguaia e à utilização racional de sua água;

VIII – o estudo e incentivo do uso público e prática de ecoturismo em unidades de conservação;

IX – a educação e interpretação ambiental em unidades de conservação.

Art. 3º Para o aproveitamento do potencial e o interesse regional, o Governo Federal pode:

I – firmar convênio com o Governo Estadual do Tocantins para uso da infra-estrutura do Parque Esta-dual do Cantão como laboratório para as aulas práti-cas do curso;

II – implementar a estrutura necessária à criação de uma unidade de extensão da Escola Técnica Fe-

deral de Turismo do Araguaia no Parque Nacional do Araguaia para a realização de estágios;

III – firmar convênio com Estados e Municípios localizados na bacia do rio Araguaia que tenham inte-resse na implementação e funcionamento da Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia;

IV – firmar convênio com segmentos do setor produtivo, de prestação de serviços e organizações não governamentais que tenham interesse na imple-mentação e funcionamento da Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia.

Art. 4º A Escola Técnica Federal de Turismo do Araguaia desenvolverá programa de extensão perma-nente, através de um conjunto de ações dirigidas à sociedade, com a finalidade de promover o desenvol-vimento da cultura do turismo na região, que poderá compreender a realização de cursos e seminários para a população, visitas e viagens técnicas educativas.

Art. 5º A União, os Estados e os Municípios que integram a bacia do rio Araguaia incentivarão a edu-cação para o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, 17 de dezembro de 2007. – Se-nador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal.

PROJETO DE LEI Nº 2.679, DE 2007 (Do Sr. Cristiano Matheus)

Dispõe sobre transporte gratuito de eleitores no dia das eleições.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-6.362/2005.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º As empresas e cooperativas de transporte

coletivo urbano são obrigadas a transportar gratuita-mente o eleitor no dia da eleição, entre as sete e as dezenove horas.

Parágrafo único. Para ter acesso à gratuidade, o eleitor deverá apresentar o respectivo título.

Art. 2º O ressarcimento dos custos será regula-mentado pelo órgão governamental competente.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Esta proposta objetiva garantir condições para que todos os cidadãos possam concretizar o exercí-cio do voto, criando o passe livre para o eleitor no dia das eleições.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01767

O que se observa nas eleições brasileiras é que o cumprimento do dever de votar é bem mais difícil para a parcela mais pobre do eleitorado, para quem o ato de comparecer às urnas pode significar um peso no orçamento doméstico. A igualdade do direito de voto, princípio fundamental da democracia, corre o risco de ficar comprometida pelas desigualdades de renda, que geram situações desiguais na prática desse direito.

Para criar condições mais favoráveis ao exer-cício pleno da cidadania, o presente projeto objetiva estabelecer a gratuidade do transporte dos eleitores no dia do pleito.

Há precedentes, pois a legislação federal já re-conhece casos especiais para transporte gratuito: as Leis 10741/03, tratando do idoso (arts. 39 e 40) e a Lei 8.899/94, tratando de deficientes físicos. No pro-jeto em tela, pode-se ver méritos adicionais, pois não se trata apenas de beneficiar uma parcela carente da população, mas de com isso viabilizar a efetivação de eleições mais democráticas e igualitárias.

Sala das Sessões, 9 de dezembro de 2007. – Deputado Cristiano Matheus.

PROJETO DE LEI Nº 2.702, DE 2007 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Dispõe sobre a suspensão automática do serviço de telefonia celular.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-2.166/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1o O usuário de serviços de telecomunica-

ções tem direito à suspensão automática do serviço de telefonia prestado.

§ 1º. Caberá a empresa concessionária do servi-ço de telefonia disponibilizar atendimento telefônico ou por meio eletrônico para o consumidor efetuar, gratui-tamente, o cancelamento da sua assinatura.

§ 2º. O cancelamento será considerado válido a partir da data da solicitação efetuada pelo consumidor junto à empresa prestadora do serviço de telefonia fixa ou celular.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Atualmente, a obtenção de linhas de telefonia celular são extremamente facilitadas com a habilitação automática da linha telefônica.

Isto permitiu que o número de telefones habilita-dos no país ultrapasse 116 milhões em novembro de

2007, em telefonia celular e 42 milhões em telefonia fixa, de acordo com dados publicados na imprensa.

Entretanto, para o cancelamento da linha, o con-sumidor passa por um verdadeiro calvário, face às di-ficuldades que lhe são apresentadas pela concessio-nária do serviço de telefonia celular.

Deste modo, a presente proposição visa a asse-gurar que o consumidor encontre a mesma facilidade que obteve para adquirir a linha telefônica, a tenha quando desejar cancelar os serviços.

Assim, comunicando à concessionária por meio eletrônico ou via telefone disponibilizado pela conces-sionária do serviço, fica o consumidor, a partir daquela data, exonerado de qualquer responsabilidade sobre a continuação da prestação de serviços.

Pelo alcance e importância da medida, contamos com o apoio dos nobres Pares para sua aprovação.

Sala das Sessões, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Luiz Carlos Hauly, PSDB-PR.

PROJETO DE LEI Nº 2.707, DE 2007 (Do Sr. Luiz Carlos Busato)

Dispõe sobre a produção e comercia-lização de cerveja em embalagens de resi-na PET (PolietilenoTereftalato) e dá outras providências.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-520/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário..

O Congresso Nacional decreta :Art. 1º – Fica proibida a produção e o envase de

cerveja em PET, em todo o território nacional.Art. 2º – Fica proibida a concessão do registro de

produção e do comércio a que se refere a Lei n.º 8918 de 14 de julho de 1994 para o produto objeto desta Lei, cerveja envasada em embalagens de resina ( PET – Polietileno Tereftalato ),

Art. 3º – Na hipótese de infração das determina-ções desta Lei, os órgãos de fiscalização competentes, sem prejuízo de outras cominações legais, aplicarão uma ou mais das seguintes medidas:

I – advertência; II – multa; III – suspensão temporária da atividade indus-

trial; e IV – suspensão definitiva da atividade indus-

trial. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta

Lei no prazo de noventa dias de sua publicação.Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.

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01768 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Justificação

O Impacto Ambiental O Brasil é um país com infra-estrutura precária

na área de reciclagem de lixo. Somente cerca de 200 municípios contam com sistema de coleta seletiva. Juntos, eles recuperam cerca de 1 mil toneladas de garrafas por ano. Além disso, 30% dos mais de 5 mil municípios brasileiros não contam com nenhum tipo de coleta.

Das 2,2 milhões de toneladas de plástico pós-consumo (embalagem de bebida, alimentos, produtos limpeza) geradas no Brasil em 2003, 17% (ou 380 mil toneladas) eram PET.

No Brasil, segundo a ABIPET e o CEMPRE, ape-nas 47% do total de embalagens PET pós-consumo foram recicladas em 2004, totalizando 167 mil tone-ladas. O restante foi parar em aterros, o que é preo-cupante, já que o PET é de difícil degradação (cerca de 100 anos) e é altamente combustível. O PET, em decomposição, libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico.

No Brasil, os plásticos hoje já correspondem, em média, a 10% do peso do lixo urbano. De acordo com a LIMPURB, em 2004 os plásticos representaram 14,8% do total de lixo produzido só na cidade de São Paulo, só perdendo para o lixo orgânico, que repre-sentou 61% do total.

De acordo com a PLASTIVIDA, o índice de reci-clagem de plástico, em geral no pós-consumo (quanti-dade de produtos reciclados / quantidade de resíduos sólidos gerados), no Brasil está em cerca de 17,5%.

O índice de reciclagem de plástico pós-consumo no Brasil parece pouco significativo, mas na verdade só perde para a Alemanha (31%) e para a Áustria (19%). No entanto, se a quantidade de PET despejada pela indústria aumentar, o índice tende a baixar significa-tivamente. Foi o que aconteceu nos EUA. O índice de reciclagem de PET no mercado norte-americano varia entre 21% (segundo PLASTIVIDA) e 25% (segundo a ABIPET). De acordo com a ABIPET, esse índice já chegou a 40% nos EUA. No entanto, a produção de embalagem cresceu mais do que a infra-estrutura do mercado de reciclagem.

Se os fabricantes substituírem o vidro pelo plás-tico na embalagens de cerveja, certamente a taxa de reciclagem da embalagem pós-consumo no país vai sofrer uma queda significativa, como aconteceu nos EUA, onde a reciclagem não conseguiu acompanhar o ritmo da produção.

Nos EUA, a variação do índice de reciclagem de PET vem caindo de um ano para outro: 1997 – 27%

, 1998 – 25%, 1999 – 23,7%, 2000 – 22,3%, 2001 – 21% , 2002 – 19%, 2003 – 18% .

A variação do índice de reciclagem de PET no Brasil apresenta crescimento anual acima de 20%, desde 1997, atingindo picos de 35% entre os anos de 2002 e 2003. Enquanto isso, a indústria que fabrica embalagens novas vem crescendo em torno de 10%. Se a indústria aumentar significativamente a quan-tidade de embalagem pós-consumo despejada no mercado, o setor de reciclagem deverá sofrer o mes-mo efeito ocorrido nos EUA e o índice certamente vai entrar em declínio.

Outro ponto importante é que caso a transferên-cia para o PET ocorra na cerveja, cerca de 500 mil profissionais que vivem da reciclagem de latas serão prejudicados, já que o preço do PET recolhido pelos catadores é metade do preço conseguido com a lata.

Caso as cervejarias adotem o PET, teremos a pro-dução de 4,5 bilhões de garrafas adicionais aos quase 9 bilhões anuais já produzidos: uma verdadeira catás-trofe ambiental, uma vez que além da não reciclagem, o PET demora 10 anos para se decompor.

Sala das Sessões, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Luiz Carlos Busato.

PROJETO DE LEI N.º 2.712, DE 2007 (Do Sr. Emanuel Fernandes)

A educação empreendedora passa a integrar obrigatoriamente os currículos da educação brasileira, em todos os níveis: Educação Básica, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Universitário.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-7.607/2006.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O ensino de empreendedorismo deve in-

tegrar os currículos dos cursos da educação formal em todos os seus níveis: Educação Básica, Ensino Fundamental, Médio e Universitário.

Art. 2º A educação empreendedora deverá pre-parar o aluno para ser capaz de transformar conhe-cimentos, idéias, conceitos, em bens materiais ou imateriais que possam oferecer valor positivo para a coletividade.

Art.3º O eixo da educação empreendedora deve ser o conceito de coletividade, de crescimento econô-mico e desenvolvimento social, e, principalmente, de combate à miséria. O empreendedorismo não deve ser visto somente como um processo de enriquecimento

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01769

pessoal, mas, essencialmente como um instrumento de melhoria das condições de vida da sociedade. O aluno devera entender que a cooperação, comunicação em rede e democracia são indispensável ao sucesso do empreendedor.

Art. 4º A metodologia de ensino empreendedor deve obrigatoriamente adotar uma abordagem ética, que permita ao aluno a ter a capacidade de discernir entre o empreendimento que oferece valor positivo para a sociedade daquele que subtrai valores da mesma. O resultado do trabalho empreendedor, na empresa, no governo e no terceiro setor deve ser a geração de valor para toda a comunidade.

Art. 5º O conceito de empreendedorismo deve abranger qualquer atividade humana e não somente a atividade empresarial. Assim, a capacidade empre-endedora deve ser vista como a capacidade do ser humano de inovar e oferecer valor positivo para a co-letividade, em qualquer atividade que abraçar, seja na empresa, nas artes, na ciência, na produção, na literatura, na política ou em qualquer manifestação da atividade humana eticamente aceita.

Art. 6º A estratégia pedagógica deve incentivar e cuidar para que a escolha do tipo de empreendimento a ser criado seja sempre do aluno. A educação em-preendedora deve preparar o aluno para ser capaz de criar um empreendimento na atividade empresarial, terceiro setor e governo.

Art. 7º A educação empreendedora deverá ser internalizada no estabelecimento de ensino, ou seja, deve ser um conteúdo dominado pela escola, devendo ser obrigatoriamente oferecida pelo corpo docente, que deverá ser capacitado através de cursos específicos.

Art. 8º A estratégia pedagógica deve envolver a comunidade que deverá participar dos trabalhos di-dáticos através da presença de empreendedores re-ais, entidades públicas e privadas ligadas à atividade empresarial.

Art. 9º Para que os alunos sejam preparados para construir uma visão crítica sobre as políticas pú-blicas e contexto sócio econômico que geram impacto na área, o conteúdo do conhecimento empreendedor deve contemplar a realidade da região em que vive e do país, abordando os elementos favoráveis e des-favoráveis à atividade empreendedora sob os vários aspectos: raízes culturais, marcos regulatórios, oferta de crédito, capacitação, tributação, burocratização, lo-gística, custos, etc.

Art. 10º A capacitação dos professores em todos os níveis da educação deve ser feita através de cursos em que a metodologia de ensino seja a eles transfe-rida. Como o empreendedorismo é um tema cultural e não exclusivamente cognitivo, apoiado em valores,

crenças, formas de se relacionar com o mundo, todos os professores de uma unidade escolar devem ser ca-pacitados para que contribuam para a criação, no seu estabelecimento de ensino, de uma cultura favorável à atividade empreendedora.

Art. 11º Deverá ser criada A Semana Nacional do Empreendedor em que haverá atividades dedicadas ao empreendedorismo em todos os estabelecimentos de ensino.

Art. 12º Além das macro políticas de incentivo à atividade empreendedora, os governos federal esta-dual e municipal deverão criar condições para apoiar diretamente o empreendedor emergente, criando in-centivos através de créditos especiais, planejamento empresarial através de Plano de Negócios, orientação e facilitação na abertura de empresas e aconselhamen-to nos temas relativos a gestão, contabilidade, legis-lação, tributação e demais aspectos importantes para o sucesso do empreendedor emergente. Além disso deve-se desenvolver gestões com que possam:

Aumentar a parceria entre governos regionais, escolas de ensino fundamental e PME´s.

Aumentar a parceria entre universidades e PME´s

Proporcionar aos estudantes a possibilidade de obter experiência prática em pequenas empresas du-rante seu estudo.

Envolver empreendedores de sucesso no pro-cesso de educação.

Criar condições de estabelecimento de centros de ensino prático nas PME´s.

Colocar a educação mais perto da prática e vida real.

Art. 13º Os governos local e nacional deverão criar incentivos específicos para o florescimento do empreendedorismo nas comunidades carentes.

Art. 14º A implementação da educação empreen-dedora poderá e deverá ser feita a custos extremamente baixos, através da preparação de servidores públicos para a capacitação dos pares, em elevada escala.

Art. 15º Os estabelecimentos de ensino terão o prazo de X anos para cumprir os dispositivos da pre-sente lei.

Art. 16º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Justificativa para este Projeto de Lei vem do texto de Fernando Dolabela a seguir:

Vinte princípios para a educação empreende-dora.

Mitos e equívocosFernando Dolabela

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01770 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Consultor da CNI-IEL, CNPq, Softex, Fundação Dom Cabral, AED, ANPROTEC, autor do livro “ O se-gredo de Luísa” , do software de Plano de Negócios MakeMoney e de vários livros na área de empreen-dedorismo.

A revolução silenciosa do empreendedorismo, frase cunhada por Timmons1 referindo-se aos Estados Unidos, começa a ganhar as suas primeiras batalhas também no Brasil. Lá, o silêncio refere-se a mudan-ças de valores. A elite americana está mudando2 . O personagem mais admirado pelos jovens passa a ser empreendedor de sucesso, que substitui, como modelo na escala social, o WASP e a meritocracia do saber. Para se ter uma idéia, somente ex-alunos do MIT cria-ram empresas cujo faturamento somado seria o 24o PIB do mundo.

No Brasil, a revolução é também silenciosa, mas por motivos diferentes: não repercute na gran-de imprensa, nos meios políticos, nas conversas das elites, nas grandes conferências, nas universidades. Na nossa terra ninguém gosta da micro e pequena empresa, justamente o resultado mais direto do tra-balho do empreendedor. Será exagero dizer isto? Então vejamos. Quem gosta da MPE? O banco gosta de emprestar para uma micro empresa, com a sua reconhecida instabilidade financeira e precariedade de garantias? Por que a universidade toma a grande empresa como referência para o ensino de adminis-tração e, na esmagadora maioria dos currículos, des-conhece a MPE? Os poderes instituídos, executivo e legislativo, ao tratarem ou maltratarem a PME com sistemas legais e regulatórios inadequados, ao não se preocuparem com oferta suficiente de seed mo-ney, capital de risco e financiamentos, demonstram o seu desinteresse pela micro e pequena empresa. Os jovens, ávidos pela antiga estabilidade hoje existente somente na memória dos pais, mantém o anacrônico fascínio por um emprego nas grandes empresas e no governo. A mãe, ao ver o filho recém formado entrar para uma incubadora, deixa sorrateiramente junto ao seu travesseiro a página de anúncio de empregos da edição dominical do maior jornal. E qual a reação da futura sogra, ao receber o candidato a genro, pro-prietário de uma pequena empresa, ou seja, alguém sem eira, nem beira ?

Também nós, cidadãos de todas as classes, não votamos em candidatos que defendam a pequena em-presa. Também pudera, nunca vi um deles. A pequena empresa não dá voto.

1J. Timmons, New venture Creation, Irwin, 1994 2 Nicholas Lemann, Time, 21/02/00

Esta generalizada aversão sócio-cultural à MPE existe apesar dela sustentar mais de 60 milhões de brasileiros. É um paradoxo? Mais um capricho brasi-leiro? Nem mesmo o próprio empreendedor gosta de ser micro ou pequeno. O mito (importado) é ser grande. Só um sonhador pode sentir-se bem em um país em que a MPE é a vilã da economia e o herói da capa de revista é o empreendedor que fatura milhões. Mesmo que a sua empresa em vez de oferecer, subtraia valor da sociedade.

Exagero? Evidentemente há exceções. Com uma lupa de alto poder pode-se encontrar micro empreende-dores felizes porque ousaram sonhar. Eles geralmente estão em incubadoras, ou saíram de alguma sala de aula de alguns professores universitários que teimam em desafiar o sistema.

Este é o quadro geral do empreendedorismo. Nin-guém deseja a pequena empresa, mas não há como negar a sua importância. Os motivos são radicais: ela gera nova tecnologia, distribui renda, conhecimento. Cria novos empregos, enquanto as grandes demitem em todo o mundo. É a micro e pequena empresa, no continuo nascer e desaparecer que dá dinamismo à economia. Ela é a solução para o país que quer se desenvolver e para o jovem que quer trabalho. A gran-de empresa (apesar de sua relevância para a econo-mia) e o estado perderam a sua capacidade de ser a principal fonte de empregos. Pelo contrário, demitem. Nos nossos tempos o novo caminho, a via natural, é a pequena empresa. As futuras sogras devem começar a tirar o mofo da prataria para receber o candidato a genro proprietário de um pequeno negócio. Mães de-vem esconder o jornal com o anúncio de emprego na grande empresa: ela não é um bom ambiente para os seu filhos queridos.

Além disto, aumentando o interesse na área, o conceito de empreendedorismo extrapolou a empre-sa. Ele está hoje em todas as áreas: no governo, no terceiro setor. As empresas estão buscando o empre-gado empreendedor, alguém capaz de inovar, de criar novos produtos ou serviços de sucesso.

Mas nada do que foi dito empresta tanta imponên-cia ao empreendedorismo como a percepção dominan-te nos meios científicos de que ele, o empreendedor, agora e desde sempre, ou seja, a partir do momento em que o ser humano usou a criatividade para me-lhorar as suas condições de vida, a sua relação com a natureza e com os semelhantes, é o elemento cen-tral no processo de desenvolvimento humano, social e econômico. A percepção da importância do empre-endedor é recente; o fenômeno em si tem a idade da civilização. Se é modismo, falamos de uma moda que já dura cerca de 10 mil anos.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01771

Há outro motivo pelo qual a revolução do empre-endedorismo no Brasil é silenciosa. Ela está usando como principal arma o ensino, outro setor no Brasil que não faz barulho. Pelo contrário, é envolto no silêncio dos temas desimportantes, nos segredos urdidos pela ausência da democracia, na surdina das culpas incon-fessas geradas pela vontade das classes dominantes de que tudo permaneça como está. O conhecimen-to, a educação, único caminho para a libertação e o desenvolvimento, ainda é coisa distante das nossas maiorias discriminadas.

Mas a verdade é que o ensino de empreende-dorismo no Brasil está se propagando em progressão geométrica. Graças a instituições como o CNPq, Sof-tex, CNI, IEL, Sebrae Nacional, ANPROTEC e várias universidades. Estamos diante da explosão de um movimento que começou há pouco mais que uma década no Brasil. Não será demais afirmar que em poucos anos todas as universidades e instituições de segundo grau terão o ensino de empreendedorismo em seu currículo.

Diante deste quadro, é conveniente que o debate sobre a educação empreendedora seja ampliado e se insira nos ambientes preocupados com o desenvolvi-mento humano, social e econômico do País, porque este deve ser o tema central do ensino do empreen-dedorismo.

A seguir, ao descrever o que chamo de 20 princí-pios da educação empreendedora, tento destruir mitos que encontrei ao atingir 10 anos e 1.000.000 de quilô-metros dedicados à educação empreendedora, dando várias voltas completas neste país, aprendendo sobre seus rostos, suas cores, seus sonhos, sua miséria.

Concebi metodologias de ensino, descritas em 5 livros e dezenas de artigos publicados em congressos nacionais, internacionais, jornais e revistas especiali-zadas, para todos os níveis escolares: pré-escola, fun-damental, segundo grau, universitário. E também para funcionários do governo e pessoas do terceiro setor.

As idéias descritas abaixo foram apresentadas, discutidas e aprimoradas por cerca de 2000 profes-sores que participaram dos meus seminários e imple-mentaram a metodologia em mais de 200 instituições de ensino em todo o país.

Vamos então aos 20 princípios. Eles se referem às preocupações básicas que devem ser enfrentadas por uma proposta de educação empreendedora no Brasil.

Princípio 1 – Explicitar objetivamente uma intencionalidade.

A quem serve, no Brasil, a educação empreen-dedora? Qual o tema central do empreendedorismo na nossa sociedade? O empreendedorismo deve ter

como objetivo a construção do desenvolvimento huma-no e social. Deve ser um instrumento de geração e de distribuição de riqueza, conhecimento, poder e renda. Em outras palavras: o empreendedorismo não é uma preocupação individual, mas da comunidade, da região, do país. Crescer economicamente concentrando ren-da, riqueza e poder, e gerando graves desigualdades sociais, é algo que já sabemos fazer. Há séculos.

Princípio 2 – Adotar uma postura éticaToda proposta pedagógica é também uma pro-

posta ética. A bandeira do ensino de empreendedoris-mo deve ter como prioridade a eliminação da pobreza e da exclusão social. O resultado do trabalho empre-endedor, na empresa, no governo e no terceiro setor deve ser a geração de valor para toda a comunidade. Um índice ético de avaliação dos resultados das em-presas deveria ser o grau de utilidade que ela oferece para a comunidade. Temos o hábito de dar importân-cia exclusiva ao faturamento/lucro, estando a empresa somando ou subtraindo valor para a sociedade. Uma empresa que produz poluentes mas tem alto fatura-mento é mais bem vista do que uma empresa nacio-nal de baixo faturamento mas que produz remédios a custo bem menor do que os importados.

Princípio 3 – Estar afinada com a com a agen-da nacional de desenvolvimento.

Uma estratégia pedagógica deve inspirar-se na realidade humana e social de uma comunidade e na sua proposta de desenvolvimento. As agendas de pa-íses como o Brasil e Estados Unidos ou Bélgica, por exemplo, diferem profundamente quanto a priorida-des, estratégias, processos, metas, estilo e, principal-mente, necessidades e disponibilidade de recursos e composição de custos. Por conseguinte, estratégias, metodologias, conteúdos e modelos que funcionam lá, podem não dar resultados aqui. Em alguns casos, podem representar um desperdício e um desvio na construção do nosso próprio conhecimento.

Princípio 4 – Qualquer metodologia de ensino de empreendedorismo deve apoiar-se nas raízes culturais da comunidade, do município, da região, do estado, do país.

O empreendedorismo é um fenômeno cultural, diz respeito ao sistema de valores de uma comuni-dade, à sua visão de mundo. Não é um conhecimen-to transportável universalmente, como álgebra, por exemplo. É uma forma de ser, e portanto impregnada de emoções, valores, necessidades, hábitos, humo-res, sonhos coletivos do ambiente social em que está o empreendedor.

Princípio 5 – Ser formadora de capital socialHá o claro entendimento hoje que sem um razoá-

vel estoque de capital social dificilmente uma sociedade

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01772 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

irá desenvolver-se. O elemento que gera o capital social é o empreendedor comunitário, cuja tarefa principal é promover a conectividade entre os vários setores da comunidade e gerar a cooperação necessária ao em-preendedorismo e ao desenvolvimento.

Princípio 6 – Ser agente de mudança culturalO processo empreendedor jamais é puramente

individual. Ao contrário do que julga o senso comum, (e aqui a controvérsia é infindável) o empreendedor surge em ambientes propícios. Há famílias, grupos étnicos, regiões, cidades, países mais empreendedores que ou-tros. A cultura é definidora. A educação empreendedora tem como alvo não só o aluno mas principalmente a comunidade. Ou seja, participam do processo educa-cional, aprendendo e ensinando, o aluno, o professor e a comunidade. A tarefa da educação empreendedo-ra é principalmente o fortalecimento dos valores em-preendedores na sociedade. É dar uma sinalização positiva para a capacidade individual de gerar valores para toda a comunidade, a capacidade de inovar, de ser autônomo, de buscar a sustentabilidade, de ser protagonista. Ela deve dar novas opções aos antigos conceitos de estabilidade, segurança, dependência que, impregnados na nossa cultura, referem-se a contextos hoje inexistentes. A estabilidade não é mais adquirida pelo vínculo a algo estável, como um emprego no go-verno ou na grande empresa, mas sim na capacidade da pessoa em se adaptar e antecipar às mudanças, mudando a si mesmo permanentemente.

Princípio 7 – Considerar a comunidade como o verdadeiro espaço de aprendizado. A educação em-preendedora não pode ser confinada por muros.

A educação empreendedora deve fundamentar-se na intensa conexão e cooperação com as forças vivas da sociedade. A comunidade passa a ser fonte de aqui-sição de conhecimentos. A presença da comunidade na sala de aula é essencial a qualquer estratégia pe-dagógica na área do empreendedorismo. O laboratório de aprendizado do empreendedor é a comunidade, o mercado, as relações sociais. Os livros e a educação formal são uma das fontes de aprendizado. Não a úni-ca. Na educação empreendedora, a escola não pode ter muros. Pelo contrário, ela deve inserir-se no seio da comunidade.

Princípio 8 – Entender que empreender é ge-rar conhecimento.

Não faz sentido o processo convencional de trans-ferência de conhecimentos do professor para o aluno. Diferentemente de outras áreas, no empreendedorismo quem gera o conhecimento é o aluno. Ele utiliza os co-nhecimentos adquiridos para gerar novo conhecimento. Qual o conhecimento que o aluno gera? A concepção de uma idéia, a identificação de uma oportunidade, a

verificação da validade da idéia e o planejamento para a transformação da idéia em uma realidade de sucesso. Essas fases representam conhecimento novo, único, porque impregnado da individualidade do empreen-dedor. Nenhuma dessas fases prescinde das outras e não se pode ensinar nenhuma delas.

Confunde-se educação empreendedora com o ensino de ferramentas e instrumentos. Saber o que é fluxo de caixa é importante para o empreendedor. Mas ensinar como fazer fluxo de caixa não constitui educação empreendedora.

Princípio 9 – A metodologia deve possuir o seu próprio material de aprendizado.

Qualquer estratégia pedagógica na área de em-prendedorismo deve entender que instrumentos e fer-ramentas são subalternos. Muito tempo é desperdiçado pelo ensino de técnicas, ferramentas e instrumentos que os alunos podem aprender sozinhos. Aqui temos um problema de linguagem. Muitas vezes o papel do professor tradicional é “traduzir” conteúdos teóricos explicitados de forma não acessível aos alunos. Ora, é preciso entender, em processos educacionais, que a capacidade de comunicação, de massificação de conteúdos é tão ou mais importante do que o próprio conteúdo. Os educadores na área de empreendedoris-mo devem produzir material em linguagem adequada ao publico alvo, de tal forma que lhe seja permitido aprender sozinho. É assim que o empreendedor faz durante toda a sua vida.

Princípio 10 – A educação empreendedora não se propõe (porque não pode) dar respostas

A relação professor-aluno, na educação empre-endedora é vista de outra forma.

Se no ensino convencional o vínculo mestre-aprendiz tem sido profícuo para produzir o aprendiza-do de formas de fazer, em que o mestre pode assumir uma posição de tutela, porque sabe onde quer chegar e conhece o caminho para isto, no empreendedorismo, que trata de formas de ser, a tutela e a resposta são altamente inviáveis e prejudiciais. Por que? Porque não são conhecimento dominado, contido em livros. O que fazer, onde chegar, como chegar, são justa-mente a essência da atividade empreendedora que geralmente se processa em contextos de indefinição, incerteza, ambigüidade. As opções feitas pelo empre-endedor no desenvolvimento do seu empreendimen-to definirão situações de bons e maus resultados, de acertos e erros. E são esses últimos, os erros, a prin-cipal fonte de aprendizado do empreendedor. A res-posta não está no “professor” (porque ele não sabe) mas no próprio empreendedor, na sua capacidade de formular sonhos, identificar oportunidades, tecer rede de relações, conhecer o ambiente onde irá atuar, sa-

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ber auscultar, analisar, sentir, antecipar o mercado, ter energia e capacidade de planejamento e de realização para transformar uma idéia em algo concreto, ter lide-rança para atrair e convencer pessoas a lhe ajudar a realizar o próprio sonho.

Tanto a tutela, como a resposta, na educação empreendedora, são contraproducentes e devem ser banidas.

Princípio 11 – Deve privilegiar o auto-apren-dizado.

A tarefa da pedagogia empreendedora não é en-sinar. É criar um ambiente “cultural” em que o aluno, de forma auto-suficiente, percebe como positivos e desenvolve valores empreendedores e aprende sobre si mesmo e sobre o outro, e aprende a utilizar ferra-mentas e instrumentos.

Princípio 12 – O professor deve assumir o pa-pel de “organizador” de um ambiente ou “cultura” favorável ao aprendizado.

Não se deve adotar o modelo do professor conven-cional na educação empreendedora onde, mais impor-tante do que ensinar é criar situações de aprendizado. O professor deve ter a capacidade de estabelecer uma rede de relações na a comunidade e convoca-la para a sala de aula, para participar do processo educacional. Também ela, a comunidade, é alvo do processo peda-gógico, como não poderia deixar de ser. A opção de ter ou não uma cultura empreendedora é uma decisão da comunidade e não somente da escola que, isolada, não produzirá mudanças. Neste sentido, a comunidade terá o empreendedor que desejar ou merecer.

Princípio 13 – A metodologia não pode ser rígida, “manualizada”.

O professor, ou “organizador” participa intensa-mente no processo de recriação da estratégia peda-gógica. O papel do professor tem implicações mais abrangentes e ricas na educação empreendedora, que respeita profundamente a sua função e o convida a recriar, na medida que a aplica, a estratégia peda-gógica. O empreendedor irá diferenciar-se em função da cultura a que pertence. Cursos de empreendedo-rismo em Blumenau, SC, e Petrolina, PE, devem ser diferentes porque lidam com pessoas de diferentes culturas. São diferentes os alunos, o professor, a es-cola, a comunidade, o contexto econômico, o sonho coletivo, as competências. Por outro lado, o professor ou “organizador”, além de contribuir para o processo de geração do conhecimento é também um aprendiz. Aprender a ser empreendedor é aprender a gerar co-nhecimento. Não existem manuais, receitas de bolo ou “repasses” metodológicos.

Princípio 14 – Deve compatibilizar baixíssimo custo com alta eficácia.

Deve apoiar-se em uma segunda metodologia: a de disseminação. É evidente que custos, em econo-mias pobres, é uma variável fundamental. Um projeto de ensino de empreendedorismo pode ser inviável, no Brasil, por suas dimensões geográficas, diversidades e carências, em função da estratégia a ser adotada.

Ao mesmo tempo que deve ser barata, tem que ser altamente eficaz. Este é o grande desafio de quem se envolve em processos educacionais no Brasil.

A eficácia neste caso está relacionada com o controle e gerenciamento das seguintes variáveis:

a – Não duplicação de meios e recursos. A rede de ensino, publica e privada, deve ser utilizada para a introdução da educação em-preendedora, utilizando-se de investimentos já feitos

b – Velocidade e autosuficiência. Utilizar meios de multiplicação simples, que permitam rápida disseminação, através de técnicas de formação de formadores.

c – Descentralização. Trabalhar com o conceito de rede de geração de conhecimen-to e aprendizado. Os professores, ligados em rede, são a fonte de atualização, renovação e recriação da metodologia.

d – Não dependência de especialistas: o conhecimento empreendedor está na comuni-dade, contidos nas experiências de terceiros em todo o mundo, na criatividade contida em todo ser humano. Toda a sociedade deve ser empreendedora. O conceito de incubadora so-cial é polinizante e deve ser adotado.

Princípio 15 – Deve atingir (principalmente) as populações carentes

A educação empreendedora não pode repetir mo-delos e processos concentradores de conhecimento. Pelo contrário, se ela tem por objetivo gerar e distribuir conhecimento, renda e poder, ela deve ser disseminada nas camadas pobres da população, que têm demons-trado alta capacidade empreendedora.

Princípio 16 – Não pretender “ajustar” pessoas a um modelo ou conjunto de características.

Uma proposta de educação empreendedora deve reconhecer que todo ser humano possui característi-cas empreendedoras. Este entendimento certamente é chocante e polêmico, porque estamos dominados pelo mito de que o empreendedor tem o dom ou uma formação genética favorável. Esta mesma dúvida afligia o administrador, há 50 anos. Hoje ninguém duvida da eficácia de um MBA. No entanto, ser empreendedor, de acordo com qualquer das centenas de definições existentes é algo simples e acessível a qualquer ser

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humano. Ou seja o empreendedor é definido como alguém capaz de gerar o auto-emprego ou uma em-presa. Isto, qualquer um pode ser.

O mito entre nós (como foi dito, importado) é que só é empreendedor aquele que ficou rico. Este aparece na capa da revista, é o herói da capa. Mas na nossa realidade, o herói da capa deveria ser o brasileiro que, apesar de tudo, conseguiu gerar o seu próprio empre-go. Ninguém precisa mudar sua forma de ser para se tornar um empreendedor. Muitas estratégias pedagógi-cas tentam fazer com que as pessoas adquiram certas características pesquisadas entre os empreendedores de sucesso. E acreditam que as pessoas, ao adquiri-rem tais características se qualificam para a atividade empreendedora. Mas não é bem assim. Ninguém des-cobriu até hoje como ensinar a perseverança, talvez a característica mais constante nas pesquisas. Isto porque a perseverança, como a criatividade, o prota-gonismo, a capacidade de identificar oportunidades e outras características do empreendedor são situacio-nais. Ou seja, o empreendedor persevera porque está apaixonado pelo seu sonho, pela sua idéia de empre-endimento. O caminho inverso não funciona. Ninguém pode garantir que, ao aprender a perseverar (se isto fosse possível) a pessoa se transforma em empreen-dedora. As características empreendedoras apontadas pela na literatura são incontestáveis. Mas elas fluem espontaneamente em quem está em busca do próprio sonho, justamente porque o processo de busca libera uma a maior energia que conhecemos, constituída pela a emoção de quem busca realizar o seu sonho. Esta é a minha definição de empreendedor: alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade.

Princípio 17 – Utilizar de um conceito amplo de empreendedorismo.

O conceito de empreendedorismo extrapolou o âmbito empresarial e entranhou-se em todas as ativi-dades humanas. Podemos falar do empreendedor fun-cionário público, do empreendedor político, no terceiro setor, o empreendedor empregado, o empreendedor pesquisador.

Esta abordagem é necessária porque a educa-ção empreendedora para crianças e adolescentes não pode fazer escolhas em nome do aluno. O propósito é que ele seja empreendedor em qualquer atividade que escolher.

Princípio 18 – A educação empreendedora deve eliminar a distancia entre sonho, emoção e trabalho.

A separação entre o sonho (vontade, desejo, projeto de vida, objetivo existencial, busca de auto-realização) e a sua realização, pode estar na base da fragmentação, feita no passado, em algum momento

de nossa história cultural -- cujos efeitos têm sido dano-sos tanto à felicidade como à capacidade de fazer dos indivíduos e, portanto, da coletividade -- de entidades indissociáveis, como trabalho e prazer, esforço pessoal e desejo, aprendizado e significado, auto-realização e felicidade. Mas a ruptura mais importante se deu na dissociação entre emoção e trabalho. A emoção é que dispara o racional, ou seja, realizar ações desvincula-das da emoção definidora da criatividade, da integra-ção indivíduo-mundo, é algo que certamente violenta a natureza humana.

A educação empreendedora deve promover o reencontro entre emoção e trabalho.

Princípio 19 – Apoiar-se em fundamentos de cooperação, rede e democracia.

Alguns ambientes são desfavoráveis ao empre-endedorismo. Por exemplo, a concentração de poder inibe a capacidade de se propor inovações, de se desenvolver protagonismo. A ausência de liberdade constrange a expansão do ego, limita a criatividade porque pune o erro e cerceia o espírito empreendedor. A cooperação deve ser vista como algo essencial à construção do capital social que é base do desenvol-vimento econômico. A participação da comunidade na definição do seu futuro, a existência de mecanismos de resolução de conflitos despojados de desequilíbrios de forças e preconceitos e baseados na legitimidade do outro, qualquer que seja o outro, são elementos constituidores do ambiente empreendedor. Sem eles, empresas, comunidades, regiões terão dificuldades de criar o terreno fértil que irá gerar, acolher e permitir o sucesso empreendedor.

Princípio 20 – UrgênciaSe tudo o que foi dito faz sentido, como tem feito

para os países que buscam o desenvolvimento, inde-pendentemente da cor política ou preferência ideoló-gica, a educação empreendedora deve ser propagada com intensidade e máxima urgência. Como se concluiu em pesquisa do GEM , “promover o empreendedoris-mo e aumentar a dinâmica empreendedora de um país deveria ser um elemento fundamental de qualquer go-verno para impulsionar o bem estar econômico.”

Sala das Sessões, 20 de dezembro de 2007. – Deputado Emanuel Fernandes.

PROJETO DE LEI Nº 2.714, DE 2007 (Do Sr. Edgar Moury)

Altera o art. 18 e os arts. 59 a 64, da Seção V do Capítulo II da Lei nº 8.213, de 1991 e acrescenta o inciso IX ao art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Seguri-

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dade Social e Família; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O art. 18, inciso I, da Lei nº 8.213/1991

passa a ter a alínea “i” com a seguinte redação:............................................. .......................................

i) auxílio-doença de dependente menorArt. 2º A subseção V, da Seção V do Capítulo II

da Lei nº 8.213/1991 passa a dispor sobre o auxílio-doença e o auxílio-doença de dependente menor.

Art. 3º O artigo 64 da Lei nº 8.213/1991 passa ter a seguinte redação:.............................................. ......................................

Art. 64 O auxílio-doença de dependente menor é devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ti-ver dependente menor de dezoito anos internado em hospital ou sob tratamento médico que, mesmo em casa, exija cuidados especiais em virtude de risco de morte.

§1º) A comprovação do fato que enseja o paga-mento da referida prestação far-se-á mediante ates-tado de médico credenciado pelo INSS ou por médico da empresa quando esta dispuser de serviço médico próprio ou em convênio.

§2º) Sem prejuízo das sanções penais e admi-nistrativas das pessoas que concorrem para eventual fraude com o intuito de receber os benefícios previs-tos nesta Subseção, o empregado-segurado eventu-almente envolvido poderá ser demitido por justa cau-sa na forma do art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

3º) Aplicam-se ao auxílio-doença do dependente menor as disposições dos artigos 60, 61 e 63 desta Lei.

Art. 4º O artigo 473 da CLT passa a conter o item IX, com a seguinte redação:................................................... .................................

Art. 473...................................... ............................................................... ...........

IX – quando fizer jus aos benefícios previdenciá-rios do auxílio-doença, auxílio-doença do dependente menor e auxílio acidente, ocasiões em que o empre-gador pagará os salários relativos aos primeiros 15 dias de afastamento.

Justificação

esmo tendo a doença a peculiar característica de desnudar a absoluta igualdade entre os seres huma-

nos, vivenciamos e presenciamos uma grave injustiça decorrente do tratamento desigual que a lei confere aos segurados que exercem funções públicas (principal-mente servidores públicos federais e juízes) e aqueles que são apenas empregados ou simples contribuintes sujeitos às normas gerais da previdência. Enquanto os primeiros conseguem se ausentar de suas atividades normais sem prejuízo dos vencimentos, enquanto for necessária a internação ou os cuidados especiais em casa, os demais vivem a concorrência de dois dramas sinistros: a doença do filho e a iminente perda emprego, com todas as conseqüências que a falta de recursos pode trazer a uma família que trata de um ente enfer-mo. Por mais cruel que possa parecer quase sempre a perda do emprego, devido ao excesso número de faltas acarreta também a perda dos direitos de usos do plano de saúde. Enfim: se o trabalhador emprega-do, numa situação difícil como essa não puder contar com a boa vontade de seu empregador ou se não tiver um sindicato capaz de negociar algum tipo de garantia nesse sentido, quase sempre perderá o emprego, não sendo incomum a dispensa por justa causa.

A Constituição da República tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III), como objetivos a erradicação das desigualdades sociais e a promoção do bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação (art. 3º, incisos III e IV). A igualdade ocupa posição de honra no ca-put do art. 5º. O art. 6º, muitas vezes olvidado, elenca entre os direitos sociais a proteção à maternidade e à infância.

Apesar da exigência de fonte de custeio prévia para a criação de benefício previdenciário (art. 195, inciso III, § 5º), a seguridade social tem como objetivo a universalidade da cobertura e do atendimento (art. 194, inciso I).

O art. 227 da mesma Constituição garante à criança e ao adolescente, sendo dever da família, da Sociedade e do Estado, o direito à vida, à saúde, à alimentação e o direito de permanecerem a salvo de qualquer negligência, exploração, discriminação, cruel-dade, violência e opressão.

A Lei nº 8.069/1990, conhecido como o Estatu-to da Criança e do Adolescente regulamento de ma-neira bastante clara tais direitos. Além de repetir os princípios constitucionais acima, garante, em seu art. 4º, parágrafo único, alíneas “c” e “d”, a preferência na formulação e na execução das políticas públicas e o privilégio na destinação de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. E o art. 12 do referido diploma legal é categórico: “Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão

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proporcionar condições para a permanência em tem-po integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente”.

A Legislação Trabalhista, apesar de permitir o afastamento remunerado do emprego até mesmo para quem doa sangue ou faz o alistamento militar (art. 473), e de passar ao empregador o ônus pelos salários dos quinze primeiros dias de afastamento em caso de do-ença ou acidente, em nenhum momento se preocupou com o pai que tem o filho internado.

Será porque o legislador presumiu que sempre um dos cônjuges não trabalharia. Ou que as mulhe-res com filhos não trabalhariam e poderiam cuidar dos filhos. Não importam as razões. O fato é que existe uma antinomia no ordenamento que coloca em risco tanto a segurança da família quanto da criança hos-pitalizada.

A Lei nº 8.213/1991, em seu art. 18 contempla uma série de prestações para os segurados e para os dependentes. Auxílio-doença, auxílio-acidente, apo-sentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial, aposentadoria por idade, salário-família, salário-maternidade, pensão por morte e até auxílio-reclusão.

A falta de uma prestação para o pai ou mãe que acompanha o filho internado causa absurdas, porém possíveis, distorções: como o médico fornecer um atestado médico para afastamento da mãe e do pai por problemas psicológicos (o muitas vezes é verdade) ou até mesmo a possibilidade de um pai desesperado e desempregado, já sem receber o seguro-desemprego, cometer um crime para manter o sustento financeiro da família.

Por tais motivos tenta-se, a partir de agora, a instituição de uma prestação previdenciária para o segurado que tiver um filho ou dependente, menor de dezoito anos, internado em hospital ou sob cuidados em decorrência de risco de vida. Esta prestação poderia se chamar auxílio-doença de dependente menor e ser paga da mesma forma que o auxílio-doença.

O custeio desta prestação já está previsto na Lei nº 8.212/1990, uma vez que somente será devido ao segurados.

Para o empregado celetista, segurado do INSS, poderia haver a suspensão do contrato de trabalho sempre que o filho ou dependente menor de dezoito anos fosse internado em hospital ou que necessitasse de cuidados especiais, mesmo em tratamento

doméstico, desde que houvesse risco de morte.A comprovação do direito far-se-ia mediante apre-

sentação de atestado médico e, em caso de eventual fraude o trabalhador poderia ser demitido por justa causa,

sem prejuízo das sanções penais e administrati-vas ao médico, segurado e qualquer outra pessoa que tenha concorrido para o ato ilícito.

Trata-se, portanto, de uma proposição de elevado valor social, razão pela qual contamos com o apoio e os votos favoráveis dos nobres Parlamentares desta Casa.

Sala das Sessões, 20 de dezembro de 2007. – Deputado Edgar Moury, PMDB-PE.

PROJETO DE LEI Nº 2.718, DE 2007 (Do Sr. Silvio Lopes)

Acrescenta o art. 4º-A à Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribuindo à Agência Nacional de Águas a execução de controle de qualidade dos recursos hídricos de do-mínio da União.

Despacho: Apense-Se à(Ao) Pl-6.222/2002.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei acrescenta o art. 4º-A à Lei nº

9.984, de 17 de julho de 2000, que dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas – ANA, enti-dade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências, incumbido à ANA a realização de monitoramento da qualidade da água dos corpos hídricos de domínio da União.

Art. 2º A Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 4º-A:

Art. 4º-A . A ANA realizará o monitoramento da qualidade da água dos corpos hídricos de domínio da União, com locais de coleta e controle, abrangendo pelo menos:

I – as confluências de corpos de água de domínio estadual ou do Distrito Federal;

II – as seções localizadas a jusante do lançamento de esgotos de centros urbanos ribeirinhos;

III – as seções localizadas a jusante de lança-mento de efluentes líquidos industriais de mineração e de outras atividades consideradas, pela legislação ambiental, como potencialmente poluidoras dos re-cursos hídricos;

IV – as desembocaduras no oceano;V – as seções dos corpos hídricos que correm

ou advêm de outros países, antes das respectivas fronteiras.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01777

§ 1º A forma e a periodicidade do monitoramento será estabelecido em regulamento, pelo Poder Exe-cutivo.

§ 2º Constatada a existência de poluição hídrica acima dos padrões aceitáveis para o corpo de água monitorado, deverá a ANA comunicar o fato imediata-mente ao órgão ambiental competente e ao Ministé-rio Público, para as providências cabíveis, incluindo a aplicação das penalidades previstas no art. 54 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

§ 3º Os resultados do monitoramento a que se refere o caput deverão ficar disponíveis ao público no sítio da ANA da rede mundial de computadores – in-ternet.

Art. 3º O Poder Executivo estabelecerá os regu-lamentos necessários à aplicação desta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Justificação

A poluição dos recursos hídricos por esgotos urbanos, industriais, de mineração e outras ativi-dades humanas é a causa maior da redução da disponibilidade de água para atender às mesmas atividades que à degradam. Centros urbanos cor-tados por rios e córregos, como São Paulo e Reci-fe, padecem com a falta de água, pois a qualidade dos mananciais próximos inviabiliza a maioria de seus usos.

Na degradação dos recursos hídricos há uma soma de responsabilidades. Os Municípios e as em-presas estaduais de saneamento não tratam os es-gotos que coletam. Os órgãos ambientais dos Esta-dos, responsáveis pelo licenciamento e fiscalização das atividades poluidoras, são omissos, permitindo, muitas vezes em nome da manutenção de atividades econômicas e de empregos, a continuidade de ações e rotinas incompatíveis com a legislação e as normas ambientais.

No âmbito federal, a competência de controlar a poluição hídrica nos corpos de água de domínio da União é confusa. À Agência Nacional de Águas – ANA – compete gerir os recursos hídricos federais, com-preendidos como os cursos de água que vêm ou vão para outros países, e os que cortam ou banham os territórios de mais de um Estado. No entanto, o IBA-MA também advoga essa competência, entendendo que ela está incluída no controle da poluição em seu sentido amplo.

Em nossa visão, a gestão dos recursos hídricos deve ser feita considerando e compatibilizando a qua-lidade e a quantidade da água. Por esta razão, a ANA deveria incumbir-se, também, do controle da qualida-

de dos recursos hídricos da União. Esse controle, por outro lado, deve ter objetivos definidos, entre os quais a indicação da origem da poluição e das medidas ca-bíveis para eliminá-las.

Nos rios de domínio da União, os locais ou pon-tos de controle da poluição, nos quais são recolhi-das amostras de água para análise, devem permitir a identificação do Estado, Município ou atividade responsável pelo lançamento dos dejetos. Assim, em nossa proposição, indicamos como locais obrigató-rios de controle, as confluências de rios de domínio estadual, as passagens de fronteiras com outros países e os locais de lançamentos de esgotos ur-banos, industriais e minerais e de outras atividades potencialmente poluidoras.

Como forma mais adequada de encaminhar o projeto, propomos a inclusão de artigo na Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, que cria a ANA e dispões so-bre suas atribuições.

Contamos, portanto, com o apoio dos ilustres Pares desta Casa, para aperfeiçoamento e aprovação de nossa proposta. A qual, acredito, é do mais alto in-teresse da sociedade brasileira.

Sala das Sessões, 20 de dezembro de 2007. – Deputado Sílvio Lopes.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 411, DE 2007

Do Sr. Betinho Rosado)

Susta os efeitos de disposição contida no art. 4º da Resolução Normativa nº 207, de 09 de janeiro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

Despacho: Às Comissões de Minas e Energia e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Mérito e Art. 54, RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

Congresso Nacional decreta:Art. 1º Ficam sustados os efeitos do art. 4º da Re-

solução Normativa n.º 207, datada de 09 de janeiro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica:

“art. 4º . Os custos referentes à insta-lação dos equipamentos necessários para a medição e controle da energia serão de res-ponsabilidade do consumidor interessado, de acordo com as especificações e orientações da concessionária ou permissionária, cabendo a essas a fiscalização do uso de energia”.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

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01778 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Justificação

O art. 4º da Resolução Normativa n.º 207, datada de 09 de janeiro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica não possui embasamento legal, tendo em vista que o Decreto n.º 41.019, de 26 de fevereiro de 1957 que o subsidia não possui força de lei. Frisa-se que o Decreto 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, regulamenta os servi-ços de energia elétrica, e serviu de base legal para que a ANEEL dispusesse sobre a tarifas de energia elétrica.

Todavia, a Lei das Concessões (Lei 8987, de 13 de fevereiro de 1995) se quedou omissa no senti-do de definir a responsabilidade pela instalação dos sistemas de medição dos serviços prestados pelas Concessionárias de Serviço Público. Assim, diante do vácuo legislativo que pudesse indicar a norma le-gal pertinente, sem saber se seria aplicado ou não o Código de Defesa do Consumidor ao tema, o Decreto 41.019 se prestou a esse mister. E nessa qualidade não teria o condão de obrigar o consumidor, tendo em vista que pelo Princípio da Legalidade o administrado só faz aquilo que a lei determinar. Em se tratando de Concessionária ou Permissionária, envolvendo Direito Administrativo Econômico, o Princípio é mais acentu-ado, pois o que pauta a Administração Pública e suas delegações, é a lição do eminente saudoso Ministro Seabra Fagundes do Supremo Tribunal Federal que dizia: “Administrar é cumprir a lei de ofício”.

A Constituição Federal da República Federativa do Brasil, em seu art. 175 refere-se expressamente ao usuário do serviço público e não ao termo “consumidor”, sendo assim, verifica-se que o Decreto 41.019 não tem a força legislativa para fazer as vezes de uma lei no sentido formal, eis que não observou materialmente o processo legislativo debatido no Congresso Nacional, e o atual sistema não se compadece com o Decreto autônomo para inovar no mundo jurídico. Sendo assim, diante da ausência legislativa não poderia o Consumidor ser penalizado por uma Resolução da ANEEL que foi erguida em cima de um diploma que não possui força de lei e nem pode substituí-la. Pode-se afirmar que o Decreto 41.019 é formalmente inconstitucional.

Assim, se no campo das relações privadas, em que se abstrai o Direito Público, o princípio que vigora é autonomia da vontade, viga sustentadora da noção de contrato, porém, quando a relação é direito públi-co, versando sobre delegação de serviço público, so-mente a Lei pode inovar e obrigar o consumidor a se comportar de determinada maneira.

A Resolução Normativa n.º 207, datada de 09 de janeiro de 2006, da ANEEL exorbita pois o campo material da Reserva Legal não foi preenchido, pois o Decreto 41.019, de 1957, não tem força de lei e nem pode substituir tal categoria axiomática. Seria uma

aporia condenável, entender o contrário, por isso, o referido instrumento ganha corpo para expurgar do ordenamento jurídico algo que silogisticamente não encontra premissa na lei ou mesmo na Constituição Federativa do Brasil. Sendo assim, forte em tais argu-mentos espera-se, através dessa medida legislativa, a sustação do ato normativo exarado pela ANEEL.

Pedimos, portanto, o apoio dos nobres pares para aprovação deste Decreto Legislativo.

Sala da Sessões, 19 dezembro de 2007. – Beti-nho Rosado, Deputado Federal.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 412, DE 2007

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Mensagem nº 505/2007 Aviso nº 671/2007

Aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República da índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplo-mático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre

o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à consideração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Federal, acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Vieira da Cunha, Presidente.

Senhores Membros do Congresso Nacional,Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, com-

binado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, sub-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01779

meto à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhado de exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado, interino, das Relações Exterio-res, o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

Brasília, 16 de julho de 2007. – Luiz Inácio Lula da Silva.

EM Nº144 MRE CGPI/DAÍ-PAIN-BRAS-INDI

Brasília, 1º de junho de 2007

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,Submeto à elevada consideração de Vossa Ex-

celência o anexo Acordo entre o Governo da Repú-blica Federativa do Brasil e o Governo da República Índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

2. O presente Acordo, semelhante aos assina-dos com mais de uma dezena de países ao longo da última década, reflete a tendência atual de ex-tensão aos dependentes dos agentes das missões oficiais a oportunidade de trabalhar no exterior, permitindo-lhes o enriquecimento de sua experi-ência profissional.

3. Com efeito, as novas gerações do serviço ex-terior brasileiro reivindicam espaço profissional próprio para seus dependentes – cônjuges em especial – a fim de possibilitar-lhes o exercício de atividades outras que a mera função de acompanhamento do funcionário transferido para o exterior.

4. Em vista do que procede, permito-me sub-meter a Vossa Excelência o anexo projeto de Men-sagem ao Congresso Nacional, juntamente com as cópias autênticas do Acordo, com vistas a seu enca-minhamento à apreciação do Poder Legislativo.

Respeitosamente, – Ruy Nunes Pinto Nogueira.

ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚ-BLICA DA ÍNDIA SOBRE O EXERCÍCIO DE ATIVIDA-DES REMUNERADAS POR PARTE DE DEPENDEN-TES DO PESSOAL DIPLOMÁTICO E CONSULAR

O Governo da República Federativa do Brasil eO Governo da República da ÍndiaConsiderando as dificuldades encontradas pelos

membros das famílias de funcionários de missões di-

plomáticas ou representações consulares que desejam exercer atividade remunerada;

Considerando que os membros daquelas famílias, notadamente o cônjuge, venham a pretender exercer atividade remunerada no Estado em que o funcioná-rio de missão diplomática ou representação consular encontra-se acreditado;

No intuito de facilitar o exercício de atividade re-munerada por parte de membros das ditas famílias no Estado acreditado;

Acordam o seguinte:1. Autorização para Exercer Atividade Remune-

rada

a) Os membros das famílias de funcioná-rios de missões diplomáticas ou representa-ções consulares do Estado acreditante poderão receber autorização, com base na reciproci-dade de tratamento, para exercer atividade remunerada no Estado acreditado, de acordo com a legislação do referido Estado;

b) O Estado acreditado reserva-se o di-reito de denegar autorização para o exercício de atividade remunerada em determinados campos de trabalho;

c) Qualquer autorização para exercício de atividade remunerada no Estado acredita-do deverá, em princípio, ser válida somente durante o período da missão do funcionário de Missão Diplomática ou de Representação consular do Estado acreditante junto ao Es-tado acreditado.

2. DefiniçõesPara os fins deste Acordo:

a) “funcionários de missões diplomáti-cas ou representações consulares” significa qualquer empregado do Estado acreditante, oficialmente designado que não seja nacional ou tenha residência permanente no Estado acreditado numa Missão diplomática, Repar-tição consular ou Missão junto a uma Organi-zação Internacional;

b) “membros da família” significa cônju-ge de um funcionário de missão diplomática ou representação consular, filhos solteiros até atingida a idade de 25 anos que façam parte da família do funcionário de missão diplomá-tica ou representação consular.

3. Procedimentos

a) A solicitação para o exercício de ati-vidade remunerada deverá ser efetuada, em nome do membro da família do funcionário de

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01780 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

missão diplomática ou representação consular do Estado acreditante, junto ao Protocolo do Ministério das Relações Exteriores do Estado acreditado.

b) Os procedimentos a serem seguidos devem ser aplicados de modo a habilitar o membro da família a exercer atividade remu-nerada tão logo seja possível, e quaisquer re-querimentos relativos a permissão para traba-lhar e formalidades similares serão acolhidos favoravelmente.

4. Imunidade Civil e AdministrativaNo caso de membros da família que gozem de

imunidade de jurisdição civil e administrativa no Estado acreditado, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, ou da Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, ou de qualquer disposição aplicável do Direito internacional, incluindo as regras do Direito consuetudinário interna-cional, tal imunidade não se aplicará a nenhum ato ou omissão que resulte da atividade remunerada e que estiver previsto na legislação civil ou administrativa do Estado acreditado.

5. Imunidade PenalNo caso de membros da família que gozem de

imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, ou qualquer disposição aplicá-vel do Direito internacional:

a) as normas que dispõem sobre a imuni-dade de jurisdição penal no Estado acreditado serão aplicadas a qualquer ato que resulte da atividade remunerada;

b) no entanto, em caso de delito gra-ve, o Estado acreditante deverá considerar seriamente solicitação, por parte do Estado acreditado, de proceder à renúncia da imu-nidade do membro da família que goze da imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado;

c) o Estado acreditante deverá, igual-mente, considerar seriamente a renúncia de imunidade de execução penal do membro da família que goze da imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado;

6. Regimes de taxação e seguridade socialDe acordo com a Convenção de Viena sobre Re-

lações Diplomáticas de 1961 ou de qualquer disposi-ção aplicável do Direito internacional, os membros da família estarão sujeitos às obrigações tributárias, pre-videnciárias e financeiras do Estado acreditado para

todos os efeitos decorrentes da atividade remunerada no dito Estado.

7. Solução de controvérsiasQuaisquer controvérsias com respeito à inter-

pretação ou aplicação dos dispositivos deste acordo deverão ser dirimidas mediante consulta entre as partes

8. Entrada em vigor, emendas e denúncia1. Cada Parte Contratante deverá notificar a ou-

tra do cumprimento dos respectivos requisitos legais internos necessários à entrada em vigor deste Acordo, a qual se dará 30 (trinta) dias após a data do recebi-mento da segunda notificação. Este acordo deverá vigorar indefinidamente.

2. Emendas a este Acordo deverão ser encami-nhadas pelos canais diplomáticos, com o mútuo con-sentimento das partes contratantes. Tais emendas en-trarão em vigor cumpridos os procedimentos previstos no parágrafo primeiro deste Artigo.

3. Ambas as Partes Contratantes podem de-nunciar este Acordo, mediante notificação escrita. A denúncia terá efeito 6 (seis) meses após a data da notificação.

Em fé do que, os abaixo-assinados, devidamen-te autorizados por seus Governos, assinaram este Acordo.

Feito em Brasília, em 2 de fevereiro 2006, em dois exemplares originais, nos idiomas português, hindi e inglês todos os textos sendo igualmente autênticos. Em caso de divergência, prevalecerá o texto em inglês.

PELO GOVERNO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASILPedro Motta Pinto Coelho, Subsecretário-Geral

Político para África, Ásia/Oceania e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores.

PELO GOVERNO DA REPÚBLICADA ÍNDIAHardeep Singh Puri, Embaixador da República

da Índia no Brasil.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

I – Relatório

O Excelentíssimo Senhor Presidente da República submete à consideração do Congresso Nacional, por meio da Mensagem nº 505, de 2007, acompanhada de exposição de motivos do Senhor Ministro de Esta-do das Relações Exteriores, o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01781

Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

O acordo sob consideração tem por finalidade a concessão de permissão, com caráter de reciprocida-de, a ser dada pelos países signatários, Brasil e índia, quanto ao exercício, nos seus respectivos territórios, de atividades remuneradas por parte dos dependen-tes, cônjuges e familiares, dos agentes diplomáticos e consulares integrantes de suas respectivas missões oficiais.

II – Voto do Relator

O instrumento internacional segue a tendência e os moldes de mais de uma dezena de acordos des-sa natureza, firmados pelo Brasil. Nesse contexto, o País firmou também, com a República da índia, mais um destes tipos de acordos visando à permissão de exercício de atividade remunerada aos dependentes do pessoal diplomático e consular que se encontrem em missão oficial.

Conforme é reiteradamente destacado na justi-ficação que acompanha a celebração dessa espécie de instrumento, sua origem se funda em antiga rei-vindicação dos membros do serviço exterior brasi-leiro, cujos membros há bastante tempo pleiteavam a viabilização do exercício de atividades profissio-nais, ou simplesmente de atividades remuneradas, por parte de seus dependentes, especialmente seus cônjuges. Trata-se de reivindicação legítima, verifica-da em decorrência de transformações na vida mo-derna e nas relações sociais e de família, segundo as quais os cônjuges e filhos adquiriram destacada independência, autonomia, bem como interesses de estudo, trabalho e carreira próprios. Nesse contex-to, os familiares do pessoal diplomático e consular passaram a reivindicar a possibilidade – quando le-vados a viver no exterior a fim de acompanhar estes membros de missões oficiais – de seguir ou iniciar atividades de trabalho ou, simplesmente de exercer atividades remuneradas, de modo tanto a preservar a autonomia financeira individual como de ampliar a renda da família.

A possibilidade de trabalhar no exterior concedi-da aos dependentes dos agentes integrantes de mis-são oficial está em consonância com os costumes de vida contemporâneos, segundo os quais essas pesso-as, cônjuges e familiares, têm suas profissões, suas respectivas carreiras, às quais legitimamente relutam ou simplesmente negam-se a abrir mão em virtude da mudança de domicílio decorrente do acompanha-mento do agente diplomático ou consular designado para integrar missão oficial em país estrangeiro. Além disso, a autorização quanto ao exercício de atividade

remunerada no exterior aos dependentes do pessoal diplomático e consular comporta do benefício social e humano ao servidor, possibilita incremento de ren-da familiar, e promove harmonia que, indiretamente, favorece o bom funcionamento do serviço exterior brasileiro.

Diante disso, estabelece o “item 1” do acordo que os membros das famílias de funcionários de missões diplomáticas ou representações consulares do Estado acreditante poderão receber autorização, com base na reciprocidade de tratamento, para exercer ativida-de remunerada no Estado acreditado, de acordo com a legislação do referido Estado. Contudo, segundo o mesmo “item 1”, é reservado ao Estado acreditado o direito de denegar autorização para o exercício de atividade remunerada em determinados campos de trabalho. Além disso, as autorizações concedidas pelo Estado acreditado somente serão válidas, em princípio, durante o período da missão do funcionário de missão diplomática ou de representação consular do Estado acreditante junto ao Estado acreditado.

Quanto ao beneficiários, o acordo primeiramente qualifica os funcionários do Estado cuja condição en-sejará o uso da faculdade, a mencionada permissão. Nesse sentido, reza o acordo (“item 1”, alínea a) que será considerado funcionário de Missões Diplomáticas ou Representações Consulares qualquer empregado do Estado acreditante, oficialmente designado, que não seja nacional ou tenha residência permanente no Estado acreditado numa missão diplomática, reparti-ção consular ou missão junto a uma Organização In-ternacional. Por outro lado, quando à qualificação dos familiares beneficiários da permissão, estabelece o “item 1”, alínea b que serão considerados “Membros da família” o cônjuge de um funcionário de missão diplomática ou representação consular, e os filhos solteiros, até atingida a idade de 25 anos, que façam parte da família do funcionário de missão diplomática ou representação consular.

Regulamenta ainda, o acordo, o tema das imu-nidades: civil, penal e administrativa. Nesse âmbito, quanto aos membros da família que gozem de imu-nidade de jurisdição civil e administrativa no Estado acreditado, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, ou da Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, ou de qualquer disposição aplicável do Direito internacional, incluindo as regras do Direito consuetudinário interna-cional, tal imunidade não se aplicará a nenhum ato ou omissão que resulte da atividade remunerada e que estiver previsto na legislação civil ou administrativa do Estado acreditado.

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01782 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Por outro lado, nos casos de membros da família que gozem de imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, ou qualquer disposição aplicável do Direito internacional, tais normas – sobre a imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado – serão aplicadas a qualquer ato que resulte da ati-vidade remunerada. Porém, em caso de delito grave, o Estado acreditante deverá considerar seriamente uma solicitação, por parte do Estado acreditado, de proceder à renúncia da imunidade do membro da fa-mília que goze da imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado. Além disso, o Estado acreditante deverá, igualmente, considerar seriamente a renún-cia de imunidade de execução penal do membro da família que goze da imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado.

Vale destacar também que o acordo contempla normas relativas à seguridade social dos familiares que vierem a exercer atividade remunerada. Nesse aspec-to, o texto do acordo estabelece que os membros da família estarão sujeitos às obrigações tributárias, pre-videnciárias e financeiras do Estado acreditado para todos os efeitos decorrentes da atividade remunerada, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 ou de qualquer outra disposição aplicável do Direito internacional.

Assim, sendo estes os principais aspectos do acordo em análise e tendo em vista as legitimidade das razões que determinaram sua celebração, sobretudo sua impor-tância e utilidade para o pessoal diplomático e consular e suas respectivas famílias, estamos convencidos de que o instrumento detém os elementos necessários ao alcance da finalidade para qual foi concluído. Lembramos ainda que as vedações ao exercício de atividade remunerada aos familiares, vigentes em determinados países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, penali-zam e comprometem injustamente a renda das famílias do pessoal diplomático e consular que neles se encon-tram a serviço, situação que merece atenção e busca de equacionamento por parte do Estado brasileiro, mediante gestões que conduzam à celebração de mais acordos como este que ora consideramos.

Ante o exposto, votamos pela aprovação do texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, ce-lebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006, nos termos do projeto de decreto legislativo que anexo apresentamos.

Sala da Comissão, de de 2007. – Deputado Wal-ter lhoshi, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° , DE 2007

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República da índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomá-tico e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da índia sobre o Exercício de Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Pessoal Diplomático e Consular, celebrado em Brasília, em 2 de fevereiro de 2006.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à consideração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Federal, acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, de de 2007. – Deputado Walter Ihoshi, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Relações Exteriores e de De-fesa Nacional, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela aprovação da Mensagem n° 505/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legis-lativo que apresenta, acatando o Parecer do Relator, Deputado Walter Ihoshi.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Vieira da Cunha – Presidente, Augusto Carvalho

– Vice-Presidente, Aldo Rebelo, André de Paula, An-tonio Carlos Mendes Thame, Átila Lins, Carlito Merss, Claudio Cajado, Eduardo Lopes, Fernando Gabeira, Flávio Bezerra, Francisco Rodrigues, Íris de Araújo, Jair Bolsonaro, João Almeida, João Carlos Bacelar, Laer-te Bessa, Nilson Mourão, Raul Jungmann, Takayama, William Woo, Arnaldo Madeira, Arnon Bezerra, Edio Lopes, Geraldo Resende, Leonardo Monteiro e Regis de Oliveira.

Plenário Franco Montoro, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Vieira da Cunha, Presidente.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01783

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 413, DE 2007

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Mensagem nº 741/2007 Aviso nº 1.003/2007 C. Civil

Aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relati-vas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007.

Despacho: Às Comissões de: Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasí-lia, em 20 de março de 2007.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Plenário Franco Montoro, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Vieira da Cunha, Presidente.

Aviso n° 1.003/2007 – C. Civil

Submete à consideração do Congres-so Nacional o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relati-vas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007.

Despacho: Às Comissões de: Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

Senhores Membros do Congresso Nacional, Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, combi-

nado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, submeto à elevada consideração de Vossas Excelências, acom-

panhado de exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado, interino, das Relações Exteriores, o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007.

Brasília, 9 de outubro de 2007. – Luiz Inácio Lula da Silva.

EM Nº 216 DSF/CGEUC/DAI/MRE – RFA

Brasília, 10 de agosto de 2007

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,Submeto à elevada consideração de Vossa Ex-

celência, com vistas ao encaminhamento ao Congres-so Nacional, o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Re-lativas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007.

2. O Acordo em tela deverá constituir importan-te elemento de cooperação entre os dois países na área tributária. Nesse sentido, permitirá que as partes cooperem mediante o intercâmbio de informações que possam ser relevantes para a administração e o cumprimento de suas leis internas na área tributária, inclusive informações relativas à determinação, lan-çamento, execução ou cobrança de tributos ou para a investigação de processo relacionado a questões tributárias de natureza criminal.

Respeitosamente, – Samuel Pinheiro Guimarães Neto.

ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DOS ESTA-DOS UNIDOS DA AMÉRICA PARA O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES RELATIVAS A TRIBUTOS

O Governo da República Federativa do BrasileO Governo dos Estados Unidos da América,Considerando que o Governo da República Fe-

derativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América (“as Partes”) desejam estabelecer os termos e condições destinados a regular o intercâmbio de in-formações relativas a tributos,

As Partes acordam o seguinte:

ARTIGO I Objeto do Acordo

As Partes assistir-se-ão mediante o intercâmbio de informações que possam ser pertinentes para a administração e o cumprimento de suas leis internas concernentes aos tributos visados por este Acordo, in-clusive informações que possam ser pertinentes para a determinação, lançamento, execução ou cobrança de

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01784 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

tributos em relação a pessoas sujeitas a tais tributos, ou para a investigação ou instauração de processo relativo a questões tributárias de natureza criminal. As Partes assistir-se-ão mediante o intercâmbio de informações a pedido conforme o Artigo V e por outras formas conforme acordado pelas autoridades compe-tentes segundo o Artigo X, em conformidade com os termos deste Acordo.

ARTIGO II Jurisdição

O intercâmbio de informações será efetuado consoante este Acordo pela autoridade competente da parte requerida independentemente de a pessoa a quem as informações se referem, ou de quem as de-tém, ser residente ou nacional de uma Parte.

ARTIGO III Tributos Visados

1. O presente Acordo aplicar-se-á aos seguintes tributos estabelecidos pelas Partes:

a) no caso dos Estados Unidos da Amé-rica:

i) impostos federais sobre a renda;ii) impostos federais sobre a renda aufe-

rida da atividade autônoma;iii) impostos federais sobre heranças e

doações; eiv) impostos federais sobre o consumo;

b) no caso da República Federativa do Brasil:

i) imposto de renda da pessoa física e da pessoa jurídica (IRPF e IRPJ, respectivamente);

ii) imposto sobre produtos industrializa-dos (IPI);

iii) imposto sobre operações financeiras (IOF);

iv) imposto.sobre a propriedade territo-rial rural (ITR);

v) contribuição para o programa de inte-gração social (PIS);

contribuição social para o financiamento da seguridade social (COFINS); e

vi) contribuição social sobre o lucro lí-quido (CSLL).

2. O presente Acordo aplicar-se-á também a quaisquer tributos idênticos ou substancialmente si-milares estabelecidos após a data da assinatura do Acordo, seja em adição aos tributos existentes, seja em sua substituição, se as Partes assim concorda-rem. A autoridade competente de cada Parte notifica-rá a outra de modificações na legislação que possam

afetar as obrigações daquela Parte conforme consta deste Acordo.

3. Este Acordo não se aplicará na medida em que uma ação ou procedimento relativo a tributos por ele visados estiver prescrito segundo a legislação da Parte requerente.

4. O presente Acordo não se aplicará a tributos de competência dos estados, municípios ou outras subdi-visões políticas, ou possessões de uma Parte.

ARTIGO IV Definições

No presente Acordo:“autoridade competente” significa, para a Repú-

blica Federativa do Brasil, o Ministro da Fazenda, o Se-cretário da Receita Federal e para os Estados Unidos da América, o Secretário do Tesouro ou seu represen-tante, ou seus representantes autorizados;

“questões tributárias de natureza criminal” signi-fica questões tributárias envolvendo conduta intencio-nal penalmente imputável sob as leis penais da Parte requerente;

“leis penais” significa todas as leis criminais defi-nidas como tais na lei doméstica; independentemente de estarem contidas em leis tributárias, no Código Pe-nal ou em outros diplomas legais;

“informação” significa qualquer fato, declaração, documento ou registra, sob qualquer forma;

“medidas para coletar informações” significa pro-cedimentos judiciais, regulatórios, criminais ou admi-nistrativos que possibilitem à Parte requerida obter e fornecer as informações solicitadas;

“informações sujeitas a privilégio legal” significa informações hábeis a revelar comunicações confiden-ciais entre cliente e procurador, advogado ou outro re-presentante legal admitido, quando tais comunicações tenham o propósito de buscar ou fornecer orientação legal ou de serem usadas em procedimentos legais em curso ou futuros;

“nacional” significa:

a) no caso dos Estados Unidos da Améri-ca, qualquer pessoa física que seja um cidadão ou nacional dos Estados Unidos da América e uma pessoa, distinta da pessoa física, cuja condição como tal decorra das leis em vigor nos Estados Unidos da América ou em qual-quer subdivisão política deste;

b) no caso da República Federativa do Brasil, qualquer pessoa física que possua a nacionalidade brasileira e qualquer pessoa ju-rídica ou qualquer outra entidade coletiva cuja condição como tal decorra das leis em vigor na República Federativa do Brasil;

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01785

“pessoa” significa uma pessoa física, unia socieda-de ou qualquer outro conjunto ou grupo de pessoas;

“Parte requerida” significa a Parte, neste Acordo, solicitada a fornecer ou que tenha fornecido informa-ções em resposta a um pedido;

– “Parte requerente” significa a Parte, no presente Acordo, que apresente um pedido de informações ou que tenha recebido informações da parte requerida;

“tributo” significa qualquer tributo visado pelo presente Acordo.

2. Para os fins de determinação da área geográ-fica em que se possa exercer a jurisdição para obrigar à produção de informações, o termo “Estados Unidos da América” significa os Estados Unidos da América, incluindo Porto Rico, as Ilhas Virgens, Guaxe, e qual-quer outra possessão ou território dos Estados Unidos da América,

3. Qualquer termo não definido no presente Acor-do, a menos que o contexto requeira de outra: forma ou que as autoridades competentes acordem um sig-nificado comum segundo os dispositivos do Artigo X, terá o significado que lhe for atribuído pela legislação da Parte que aplicar o Acordo, prevalecendo o signifi-cado atribuído ao termo pela legislação tributária des-sa Parte sobre o significado que lhe atribuam outras leis dessa Parte.

ARTIGO V Intercâmbio de Informações a Pedido

1. A autoridade competente da Parte requerida deverá fornecer, a pedido da Parte requerente, informa-ções para os fins mencionados no Artigo I. Tais informa-ções deverão ser intercambiadas independentemente de a Parte requerida delas necessitar para propósitos tributários próprios ou de a conduta sob investigação constituir crime de acordo com as leis da Parte re-querida, caso ocorrida em seu território. A autoridade competente da Parte requerente deverá formular um pedido de informações com base neste Artigo apenas quando impossibilitada de obter as informações solici-tadas por outros meios, exceto quando o recurso a tais meios acarretar dificuldades desproporcionais.

2. Se as informações em poder da autoridade competente da Parte requerida não forem suficientes para possibilitar o atendimento ao pedido de informa-ções, a Parte requerida deverá recorrer a todas as medidas relevantes para coletar informações a fim de fornecer à Parte requerente as informações solicita-das, a despeito de a Parte requerida não necessitar de tais informações, naquele momento, para seus pró-prios fins tributários. Privilégios concedidos pelas leis e práticas da Parte requerente não serão aplicáveis pela Parte requerida no atendimento a um pedido e a

resolução de tais questões será uma prerrogativa da Parte requerente.

3. Caso especificamente solicitado pela autori-dade competente da Parte requerente, a autoridade competente da Parte requerida deverá, na extensão permitida por suas leis internas:

a) especificar hora e local para a tomada de depoimentos ou a exibição de livros, do-cumentos, registros e outros elementos ma-teriais;

b) submeter a juramento a pessoa física que esteja depondo ou exibindo livros, docu-mentos, registros e outros elementos mate-riais;

c) permitir que representantes da auto-ridade competente da Parte requerente (i.e., funcionários do governo) estejam presentes nas dependências da administração tributária da Parte requerida durante a etapa pertinente de uma fiscalização e analisem documentos, registros e outros dados relevantes relaciona-dos a tal fiscalização;

d) permitir que os funcionários presentes tenham a oportunidade de formular pergun-tas, por intermédio da autoridade executante do pedido, à pessoa que esteja depondo ou exibindo livros, documentos, registros e outros elementos materiais;

e) obter livros, documentos e registros originais e não alterados, e outros elementos materiais, inclusive, mas não limitados a, in-formações de posse de bancos, outras insti-tuições financeiras, e qualquer pessoa, inclu-sive representantes e fiduciários, atuando na condição de agente ou fiduciário;

f) obter ou produzir cópias autênticas e corretas de livros, documentos e registros ori-ginais e não alterados;

g) determinar a autenticidade de livros, documentos, registros e outros elementos ma-teriais, e fornecer cópias autenticadas de re-gistros originais;

h) questionar a pessoa que exibe os li-vros, documentos, registros e outros elementos materiais sob a ótica do propósito e da maneira pelos quais o item exibido é ou foi mantido;

i) permitir que a autoridade competen-te da Parte requerente apresente questões escritas a serem respondidas pela pessoa que exibe os livros, documentos, registros e outros elementos materiais relacionados ao item exibido;

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01786 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

j) obter informações referentes à proprie-dade de empresas; parcerias, fideicomissos, fundações e outras pessoas, informações em relação a todas as pessoas mencionadas em uma cadeia de propriedade; no caso dos fi-deicomissos, informações acerca dos institui-dores, fiduciários e beneficiários, e, no caso das fundações, informações sobre os institui-dores, membros do conselho e beneficiários. Além disso, o presente Acordo não cria uma obrigação para as Partes de obter ou fornecer informações sobre a propriedade em relação a empresas com ações negociadas publica-mente ou fundos ou esquemas públicos de investimento coletivo, a não ser que tais in-formações possam ser obtidas sem ocasionar dificuldades desproporcionais;

k) praticar qualquer outro ato que não viole as leis ou não destoe da prática admi-nistrativa da Parte requerida;

l) atestar que os procedimentos solici-tados pela autoridade competente da Parte requerente foram seguidos ou que os procedi-mentos solicitados não puderam ser seguidos, com uma explicação da alternativa adotada e o motivo para tal.

4. Qualquer pedido de informações feito por uma Parte deverá conter o maior grau de especificidade possível. Em todos os casos, os pedidos deverão es-pecificar, por escrito, o seguinte:

a) a identidade do contribuinte cuja res-ponsabilidade tributária ou penal está em ques-tão;

b) o período de tempo a que se referem as informações requeridas;

c) a natureza das informações reque-ridas e a forma pela qual a Parte requerente preferiria recebê-las;

d) os motivos que levam a crer que as informações solicitadas podem ser pertinen-tes para a administração e o cumprimento da legislação tributária da parte requerente, com relação à pessoa identificada na alínea (a) deste parágrafo;

e) na medida do possível, o nome e en-dereço de qualquer pessoa que se acredite estar na posse ou controle das informações solicitadas;

f) uma declaração quanto à possibilidade de a Parte requerente poder obter e fornecer as Informações solicitadas caso um pedido similar fosse formulado pela Parte requerida;

g) uma declaração de que a Parte reque-rente se utilizou de todos os meios razoáveis disponíveis em seu próprio território a fim de obter as informações, exceto quando isso daria origem a dificuldades desproporcionais.

ARTIGO VI Fiscalizações Tributárias no Exterior

1. Por meio de solicitação apresentada com ra-zoável antecedência, uma Parte poderá solicitar que a outra Parte permita a entrada de funcionários da Parte requerente no território da Parte requerida, nos limi-tes permitidos pelas leis internas, a fim, de entrevistar pessoas físicas e examinar registros, com o consen-timento prévio, por escrito, das pessoas envolvidas. A autoridade competente da parte requerente deverá notificar a autoridade competente da Parte requerida da hora e local da pretendida reunião com as pesso-as envolvidas.

2. A pedido da autoridade competente da Parte requerente, a autoridade competente da Parte reque-rida poderá permitir que representantes da autoridade competente da Parte requerente acompanhem uma fiscalização no território da Parte requerida.

3. Se o pedido mencionado no parágrafo 2 for atendido, a autoridade competente da Parte requerida responsável pela fiscalização deverá, o quanto antes, notificar a autoridade competente da Parte requerente da hora e local da fiscalização, o funcionário da Parte requerida responsável pela condução da fiscalização, e os procedimentos e condições estabelecidos pela Parte requerida para a condução da fiscalização. To-das as decisões relativas à condução da fiscalização serão tomadas pela Parte requerida, responsável pela fiscalização.

ARTIGO VII Possibilidade de Recusar um Pedido

1. A autoridade competente da Parte requerida poderá negar assistência:

a) quando o pedido não for feito em con-formidade com o presente Acordo;

b) quando a Parte requerente não tiver utilizado todos os meios disponíveis em seu próprio território para obter as informações, exceto quando o recurso a tais meios ocasio-nar dificuldades desproporcionais; ou

c) quando a revelação das informações requeridas for contrária ao interesse público da Parte requerida.

2. O presente Acordo não deverá impor a uma Parte qualquer obrigação:

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01787

a) de fornecer informações sujeitas a privilégio legal, nem reveladoras de qualquer segredo comercial, empresarial, industrial ou profissional ou processo comercial, desde que as informações descritas no Artigo V, parágrafo 3º, alínea e, não sejam, unicamente em razão daquele fato, tratadas como um segredo ou processo comercial;

b) de tomar medidas administrativas em desacordo com suas leis e práticas adminis-trativas; ou

c) de fornecer informações solicitadas pela Parte requerente para administrar ou dar cumprimento a um dispositivo da legislação tributária da Parte requerente, ou qualquer exigência conexa, que discriminaria um na-cional da Parte requerida. Um dispositivo da legislação tributária, ou uma exigência cone-xa, será considerado discriminatório com res-peito a um nacional da Parte requerida se for diverso ou mais oneroso relativamente a um nacional da Parte requerida do que em relação a um nacional da Parte requerente nas mes-mas circunstâncias. Para os fins do período precedente, um nacional da Parte requerente sujeito à tributação da renda mundial não se encontra nas mesmas circunstâncias de um nacional da Parte requerida não sujeito a tal tributação. As disposições desta alínea não de-verão ser interpretadas no sentido de impedir o intercâmbio de informações relativamente a tributos impostos pelo Governo da Repú-blica Federativa do Brasil ou o Governo dos Estados Unidos da América sobre os lucros de filiais ou os juros excessivos de unia filial ou sobre o rendimento de prêmios de seguros de estrangeiros.

3. Um pedido de informações não deverá ser recusado sob a alegação de que a responsabilidade tributária que embasa o pedido está sendo questiona-da pelo contribuinte.

4. A Parte requerida não estará obrigada a obter e fornecer informações que a Parte requerente estaria impossibilitada de obter em circunstâncias similares sob suas próprias leis para o fim de administração/cumprimento de suas próprias leis tributárias ou em resposta a um pedido válido da Parte requerida sob o presente Acordo.

ARTIGO VIII Confidencialidade

Quaisquer informações recebidas pela Parte re-querente sob o presente Acordo deverão ser tratadas

como confidenciais e poderão ser reveladas a pessoas ou autoridades (inclusive tribunais e órgãos adminis-trativos) na jurisdição da Parte requerente envolvida com o lançamento ou cobrança dos tributos visados por este Acordo, com a execução ou instauração de processos versando sobre esses mesmos tributos, ou com a decisão de recursos em relação a tais tribu-tos, ou a órgãos de supervisão, e apenas na medida necessária para que aquelas pessoas, autoridades ou órgãos de supervisão exerçam suas respectivas atribuições. Tais pessoas ou autoridades deverão uti-lizar tais informações apenas para tais propósitos. As informações poderão ser reveladas em procedimentos públicos dos tribunais ou em decisões judiciais. As in-formações não poderão ser reveladas para nenhuma outra pessoa, entidade, autoridade ou qualquer outra jurisdição sem o consentimento expresso, por escrito, da Parte requerida.

2. Qualquer obrigação da Parte requerente, sob sua legislação interna, originária do uso por ela de informações fornecidas sob este Acordo será de sua exclusiva responsabilidade.

ARTIGO IX Custos

A menos que as autoridades competentes das Partes acordem de forma diversa, os custos ordinários incorridos na prestação da assistência deverão ser ar-cados pela Parte requerida e os custos extraordinários incorridos na prestação da assistência deverão ser suportados pela Parte requerente.

ARTIGO X Procedimento Amigável

1. As autoridades competentes deverão adotar e implementar os procedimentos necessários para facilitar a implementação deste Acordo, inclusive formas adi-cionais de intercâmbio de informações que promovam o uso mais eficaz possível das informações.

2. Quando surgirem dificuldades ou dúvidas entre as Partes relativamente à implementação ou interpre-tação do presente Acordo, as autoridades competentes respectivas deverão envidar seus maiores esforços para resolver a questão por mútuo consenso.

ARTIGO XI Procedimento de Assistência Mútua

Se as autoridades competentes de ambas as Partes considerarem apropriado, poderão concordar em compartilhar conhecimentos técnicos, desenvolver novas técnicas de auditoria, identificar novas áreas de descumprimento de obrigações e estudá-las de forma conjunta.

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01788 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ARTIGO XII Entrada em Vigor

O presente Acordo entrará em vigor quando cada Parte tiver notificado à outra por escrito da finalização dos procedimentos internos necessários para tal. O Acordo produzirá efeitos, a partir de sua entrada em vigor para os pedidos feitos na ou após a data de en-trada em vigor, independentemente do período fiscal a que se relacionar o assunto.

ARTIGO XIII Denúncia

1. Este Acordo permanecerá em vigor até ser denunciado por qualquer das Partes.

2. Qualquer das Partes poderá denunciar este Acordo mediante aviso escrito de denúncia. A denún-cia tornar-se-á eficaz no primeiro dia do mês seguinte ao término do prazo de três meses contado da data de recebimento do aviso de denúncia pela outra Parte.

3. Se uma Parte denunciar este Acordo, não obstante tal denúncia, ambas as Partes- permane-cerão obrigadas a cumprir o disposto no Artigo VIII com relação a quaisquer informações obtidas sob este Acordo.

Em testemunho do que, os abaixo assinados, de-vidamente autorizados por seus respectivos Governos, assinaram este Acordo.

Feito em Brasília, em duplicata, nas línguas por-tuguesa e inglesa, sendo ambos os textos igualmente autênticos, em 20 de março de 2007.

Pelo Governo da República Federativa do Brasil – Jorge Antonio Deher Rachid, Secretário da Re-ceita Federal.

Pelo Governo dos Estados Unidos da América – Clifford Michael Sobel, Embaixador.

I – Relatório

O Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli-ca encaminha ao Congresso Nacional a Mensagem n° 741, de 2007, acompanhada de exposição de motivos do Exmº Sr. Ministro Interino das Relações Exteriores, com vistas à aprovação legislativa a que se refere o inciso I do art. 49 da Constituição Federal, do texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007.

Autuada pelo Departamento de Comissões da Câmara dos Deputados, a Mensagem foi distribuída inicialmente a esta Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, estando igualmente prevista a apreciação da matéria por parte da Comissão de

Fianças e Tributação e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em sua Exposição de Motivos, o Ministro Interino das Relações Exteriores Samuel Pinheiro Guimarães Neto observa que a presente avença “permitirá que as partes cooperem mediante o intercâmbio de informa-ções que possam ser relevantes para a administração e o cumprimento de suas leis internas na área tribu-tária, inclusive informações relativas à determinação, lançamento, execução ou cobrança de tributos ou para a investigação de processo relacionado a questões tributárias de natureza criminal”.

Ao longo dos treze artigos que integram a parte dispositiva do instrumento estão dispostas as condi-ções em que se dará a cooperação na área tributá-ria, com destaque para o Artigo II, segundo o qual o intercâmbio de informações será efetuado pela Parte requerida independentemente do fato de a pessoa a quem as informações se referem, ou quem as detém, ser residente ou nacional de uma Parte.

Nos termos dispostos no Artigo III, o presente Acordo não se aplicará a tributos de competência de estados ou municípios, restringindo-se a tributos da esfera federal, nomeadamente:

a) no caso dos EUA: i) impostos federais sobre a renda; ii) impostos federais sobre a renda auferida da atividade autônoma; iii) im-postos federais sobre heranças e doações; iv) impostos federais sobre o consumo; e

b) no caso do Brasil: i) imposto sobre a renda da pessoa física e da pessoa jurídica (IRPF e IRPJ, respectivamente); ii) imposto sobre produtos industrializados (IPI); iii) im-posto sobre operações financeiras (IOF); iv) imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR); v) contribuição para o programa de in-tegração social (PIS); vi) contribuição social para o financiamento da seguridade social (COFINS); vii) contribuição social sobre o lu-cro líquido (CSLL).

O longo Artigo V dispõe que a autoridade com-petente da Parte requerida deverá fornecer, a pedido da Parte requerente, as informações previstas neste Acordo a despeito de a Parte requerida delas necessitar para propósitos tributários próprios ou de a conduta sob investigação constituir crime de acordo com as leis da Parte requerida, caso ocorrida em seu território.

Ainda de acordo com esse dispositivo, caso soli-citado pela Parte requerente, a autoridade competente da Parte requerida – o Ministro da Fazenda ou Secre-tário da Receita Federal, no caso do Brasil – deverá,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01789

dentre outras ações arroladas, na extensão permitida por suas leis internas:

a) especificar hora e local para tomada de depoimentos ou a exibição de livros, documen-tos, registros e outros elementos materiais;

b) permitir que representantes da autori-dade competente da Parte requerente estejam presentes nas dependências da administração tributária da Parte requerida durante a etapa pertinente de uma fiscalização e analisem do-cumentos, registros e outros dados relevantes relacionados a tal fiscalização;

c) obter livros, documentos e registros originais e não alterados, e outros elementos materiais, inclusive, mas não limitados a, in-formações de posse de bancos, outras insti-tuições financeiras, e qualquer pessoa, inclu-sive representantes e fiduciários, atuando na condição de agente ou fiduciário;

d) obter informações referentes à proprie-dade de empresas, parcerias, fideicomissos, fundações e outras pessoas, informações em relação a todas as pessoas mencionadas em uma cadeia de propriedade; e

e) praticar qualquer outro ato que não viole as leis ou não destoe da prática admi-nistrativa da parte requerida.

Por meio de solicitação apresentada com razo-ável antecedência, uma parte poderá solicitar que a outra Parte permita a entrada de funcionários da Parte requerente no território da Parte requerida, nos limi-tes permitidos pelas leis internas, a fim de entrevistar pessoas físicas e examinar registros, com o consen-timento prévio das pessoas envolvidas, bem como a entrada de representantes da Parte requerente para acompanhamento de fiscalização no território da Parte requerida (Artigo VI).

O Artigo VII estabelece que a autoridade compe-tente da Parte requerida poderá negar assistência:

a) quando o pedido não for feito em con-formidade com o presente Acordo;

b) quando a Parte requerente não tiver utilizado todos os meios disponíveis em seu próprio território para obter as informações, exceto quando o recurso a tais meios ocasio-nar dificuldades desproporcionais; ou

c) quando a revelação das informações requeridas for contrária ao interesse público da Parte requerida.

Ainda segundo esse Artigo VII:

a) o Acordo não deverá impor a uma Parte qualquer obrigação de fornecer informações

sujeitas a privilégio legal, nem reveladoras de qualquer segredo comercial, empresarial, in-dustrial ou profissional ou processo comercial, como também de tomar medidas administra-tivas em desacordo com suas leis e práticas administrativas ou de fornecer informações que discriminaria um nacional da Parte re-querida;

b) um pedido de informações não deverá ser recusado sob a alegação de que a respon-sabilidade tributária que embasa o pedido está sendo questionada pelo contribuinte;

c) obrigada a obter e fornecer informa-ções que a Parte requerente estaria impossibi-litada de obter em circunstâncias similares sob suas próprias leis para o fim de administração/cumprimento de suas próprias leis tributárias ou em resposta a um pedido válido da Parte requerida sob o presente Acordo.

Nos termos do Artigo VIII, quaisquer informações recebidas pela Parte requerente sob o presente Acor-do deverão ser tratadas como confidenciais, podendo, no entanto, ser reveladas a pessoas ou autoridades envolvidas com o lançamento ou cobrança dos tributos em questão, com a execução ou instauração de pro-cessos concernentes ou com a decisão de recursos em relação a tais tributos, ou a órgãos de supervisão, mas utilizáveis apenas para tais propósitos.

O presente Acordo entrará em vigor quando cada Parte tiver notificado à outra por escrito da finalização dos procedimentos internos necessários para tanto, produzindo efeitos a partir de sua entrada em vigor para os pedidos feitos na, ou após a data da entrada em vigor, independentemente do período fiscal a que se relacionar o assunto, e permanecerá em vigor até ser denunciado por qualquer das Partes (Artigos XII e XIII).

É o relatório.

II – Voto do Relator

O recente processo de globalização trouxe um sensível incremento no fluxo de pessoas, bens e mer-cadorias pelas fronteiras nacionais, demandando das autoridades correspondentes medidas de controle, via-bilizadas muitas vezes pela cooperação internacional segundo áreas específicas, inclusa a tributária.

Diante da insuperável dificuldade em se firmar um acordo de cooperação tributária em âmbito multilateral, os esforços têm sido canalizados para avenças bilate-rais, seguindo modelos produzidos em foros globais, contemplando particularmente os tratados para evitar a dupla tributação, ou TDTs.

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01790 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O Brasil possui uma rede considerada pequena de acordos dessa espécie – algo em torno de trinta instru-mentos – se comparada com a de outros países em de-senvolvimento, da qual não fazem parte tratados com im-portantes países como os Estados Unidos da América.

Brasil e Estados Unidos já fizeram tentativas an-teriores no sentido de se firmar um tratado para evitar a dupla tributação, contudo as complexidades e particu-laridades dos dois sistemas tributários têm postergado um acordo, acordo esse que parece estar mais perto com os esforços atualmente em curso.

No entanto, os dois países já produziram um im-portante instrumento de cooperação na área, o “Acordo Relativo à Assistência Mútua entre as Suas Adminis-trações Aduaneiras”, assinado em 2002 e em vigor desde fevereiro de 2005. E, em 2007, assinaram esse “Acordo para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos”, que ora estamos a apreciar.

Trata-se de um relevante instrumento que viabili-zará intercâmbio entre os órgãos dos dois países res-ponsáveis pela arrecadação dos tributos federais, com vistas a se combater a evasão fiscal, bem como outros crimes contra as respectivas ordens tributárias.

Os seus dispositivos prevêem a troca de infor-mações, resguardadas pela confidencialidade, e o acompanhamento por uma Parte de fiscalizações re-alizadas pela outra Parte quando comprovado o inte-resse mútuo. Não obstante, estabelecem a supremacia do interesse público no atendimento dos pedidos de informações, bem como o respeito às leis e práticas administrativas das Partes.

A conveniência desse Acordo pode ser medida pela dimensão do intercâmbio Brasil – EUA. Os EUA têm estado tradicionalmente entre os maiores inves-tidores em nosso país e são nosso principal parceiro comercial. Nesse particular, ele fortalecerá as nossas relações com aquele país na área tributária, podendo facilitar a assinatura de um tratado para evitar a dupla tributação em um futuro próximo.

Desse modo, o instrumento em apreço atende aos interesses nacionais e está previsto em dispositivo espe-cífico da legislação vigente, o Parágrafo único do Art. 199 do Código Tributário Nacional, que permite o intercâmbio de informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.

Além disso, o presente Acordo encontra-se ali-nhado com os princípios que regem as nossas rela-ções internacionais, notadamente com o princípio de cooperação entre os povos para o progresso da hu-manidade, prescrito no inciso IX do Art. 4° da Consti-tuição Federal.

Ante o exposto, Voto pela aprovação do texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do

Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo em anexo.

Sala da Comissão, – Deputado João Almeida, Relator.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1° Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Intercâmbio de Informações Relativas a Tributos, celebrado em Brasí-lia, em 20 de março de 2007.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, – Deputado João Almeida, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Relações Exteriores e de De-fesa Nacional, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela aprovação da Mensagem n° 741/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legis-lativo que apresenta, acatando o Parecer do Relator, Deputado João Almeida.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vieira da Cunha – Presidente, Augusto Carvalho – Vice-Presidente, Aldo Rebelo, André de Paula, Antonio Carlos Mendes Thame, Átila Lins, Carlito Merss, Claudio Ca-jado, Eduardo Lopes, Fernando Gabeira, Flávio Bezer-ra, Francisco Rodrigues, Íris de Araújo, Jair Bolsonaro, João Almeida, João Carlos Bacelar, Laerte Bessa, Nil-son Mourão, Raul Jungmann, Takayama, William Woo, Arnaldo Madeira, Arnon Bezerra, Edio Lopes, Geraldo Resende, Leonardo Monteiro e Regis de Oliveira.

Plenário Franco Montoro, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Vieira da Cunha, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 465, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 258/2007 MSC Nº 632/2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ibicaraí, Esta-do da Bahia.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01791

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

O Congresso NacionaL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

326, de 30 de agosto de 2004, que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra-diodifusão sonora em freqüência modulada, no muni-cípio de ibicaraí, Estado da Bahia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 258, DE 2007 (MENSAGEM Nº 632, DE 2007)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 326, de 30 de agosto de 2004, que outorga per-missão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para ex-plorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no muni-cípio de Ibicaraí, Estado da Bahia.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-binado com o § 1º do art. 223, da Constituição Fede-ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli-ca submete à consideração do Congresso Nacional, acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-qüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação do Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. No processo em questão, a Rádio Ibicaraí FM Ltda. atendeu aos requisitos da legislação específica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a ven-cedora da concorrência para exploração do serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 1, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 12 de dezembro de 2007. – Deputado Roberto Rocha, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de ibicaraí, Estado da Bahia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

326, de 30 de agosto de 2004, que outorga permissão à Rádio Ibicaraí FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra-diodifusão sonora em freqüência modulada, no muni-cípio de ibicaraí, Estado da Bahia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 12 de dezembro de 2007. – Deputado Roberto Rocha, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-cação e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado Roberto Rocha, à TVR nº 258/2007,

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01792 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Pra-do, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Ma-luly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Ro-berto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Uldurico Pinto, Walter Pinheiro, Zequi-nha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lobbe Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 466, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 261/2007 MSC Nº 639/2007

Aprova o ato que outorga permissão à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Miguel Calmon, Estado da Bahia.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

321, de 30 de agosto de 2004, que outorga permissão à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Miguel Calmon, Estado da Bahia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 261, DE 2007 (MENSAGEM Nº 639, DE 2007)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 321, de 30 de agosto de 2004, que outorga per-missão à Miguel Calmon FM Ltda. para ex-

plorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no muni-cípio de Miguel Calmon, Estado da Bahia.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permis-são à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação do Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. No processo em questão, a Miguel Calmon FM Ltda. aten-deu aos requisitos da legislação específica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a vencedora da concorrência para exploração do serviço de radio-difusão sonora em freqüência modulada.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 01, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 13 de dezembro de 2007. – Deputado Rômulo Gou Veia, Relator.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01793

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que outorga permissão à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Miguel Calmon, Estado da Bahia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

321, de 30 de agosto de 2004, que outorga permissão à Miguel Calmon FM Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Miguel Calmon, Estado da Bahia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 13 de dezembro de 2007. – Deputado Rômulo Gou Veia, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado Rômulo Gouveia, à TVR nº 261/2007, nos ter-mos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Ju-lio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gus-tavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Hen-rique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Ulduri-co Pinto, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lob-be Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 467, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 263/2007 MSC Nº 641/2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio e TV Centauro Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüên-cia modulada, no município de Simonésia, Estado de Minas Gerais.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

149, de 04 de junho de 2003, que outorga permissão à Rádio e TV Centauro Ltda para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Simonésia, Estado de Minas Gerais.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 263, DE 2007 (MENSAGEM Nº 641, DE 2007)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 149, de 04 de junho de 2003, que outorga permis-são à Tádio TV Centauro Ltda para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Simonésia, Estado de Minas Gerais.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permis-são à Tádio TV Centauro Ltda para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto da Relatora

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto

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01794 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação do Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. No processo em questão, a Tádio TV Centauro Ltda aten-deu aos requisitos da legislação específica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a vencedora da concorrência para exploração do serviço de radio-difusão sonora em freqüência modulada.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 1, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 18 de dezembro de 2007. – Deputada Luiza Erundina, Relatora.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que outorga permissão à Tádio TV Centauro Ltda para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Simonésia, Es-tado de Minas Gerais.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

149, de 04 de junho de 2003, que outorga permissão à Tádio TV Centauro Ltda para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Simonésia, Estado de Minas Gerais.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputada Luiza Erundina, Relatora.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável da Rela-tora, Deputada Luiza Erundina, à TVR nº 263/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Pra-

do, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Ma-luly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Ro-berto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Uldurico Pinto, Walter Pinheiro, Zequi-nha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lobbe Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 469, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 266/2007 MSC Nº 644/2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ortigueira, Es-tado do Paraná.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 286, de 12 de junho de 2003, que outorga permis-são à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Ortigueira, Estado do Paraná.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 266, DE 2007 (MENSAGEM Nº 644, DE 2007)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 286, de 12 de junho de 2003, que outorga permis-são à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ortigueira, Estado do Paraná.

Page 79: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd13fev2008.pdf · II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior. III – Leitura

Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01795

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permis-são à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Cons-tituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somente produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação do Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. No processo em questão, a Rádio Ortigueira Ltda. aten-deu aos requisitos da legislação específica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a vencedora da concorrência para exploração do serviço de radio-difusão sonora em freqüência modulada.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 01, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos ar-tigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Zequinha Marinho, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Ortigueira, Es-tado do Paraná.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Porta-

ria nº 286, de 12 de junho de 2003, que outorga permissão à Rádio Ortigueira Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusivi-dade, serviço de radiodifusão sonora em freqüên-cia modulada, no município de Ortigueira, Estado do Paraná.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Zequinha Marinho, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou, contra o voto do Deputado Walter Pinheiro,o parecer favorável do Relator, Deputado Zequinha Ma-rinho, à TVR nº 266/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Ju-lio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gus-tavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Hen-rique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Ulduri-co Pinto, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lob-be Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 470, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 267/2007 MSC Nº 645/2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Catarina, Esta-do do Ceará.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

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01796 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

165, de 4 de junho de 2003, que outorga permissão à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Catarina, Estado do Ceará.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 267, DE 2007 (MENSAGEM Nº 645, DE 2007)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 165, de 4 de junho de 2003, que outorga permis-são à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Catarina, Estado do Ceará.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permis-são à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação do Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. No processo em questão, a Rádio FM Serrote Ltda. aten-deu aos requisitos da legislação específica e obteve

a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabelecidos pelo Edital, tornando-se a vencedora da concorrência para exploração do serviço de radio-difusão sonora em freqüência modulada.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 01, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 21 de dezembro de 2007. – Deputado Dr. Nechar.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Catarina, Esta-do do Ceará.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

165, de 4 de junho de 2003, que outorga permissão à Rádio FM Serrote Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mu-nicípio de Catarina, Estado do Ceará.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 18 de dezembro de 2007. – Deputado Dr. Nechar, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em reunião ordinária

realizada hoje, aprovou, contra o voto do Deputado Wal-ter Pinheiro,o parecer favorável do Relator, Deputado Dr. Nechar, à TVR nº 267/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Ju-lio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gus-tavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Hen-rique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01797

Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Ulduri-co Pinto, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lob-be Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 471, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 1.310/2007 MSC Nº 1.114/2006

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Es-tado de Mato Grosso do Sul.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJC).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante do Decreto de

7 de dezembro de 2006, que renova, a partir de 9 de setembro de 2003, a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda., para explorar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

TVR Nº 1.310, DE 2007 (MENSAGEM Nº 1.114, DE 2006)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante do Decreto de 7 de dezembro de 2006, que renova a concessão da Televisão Ponta Porã Ltda. para explo-rar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-binado com o § 1º do art. 223, da Constituição Fede-

ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República submete à apreciação do Congresso Nacional, o ato que renova a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda. para explorar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

O processo de renovação de outorga requerida pela Televisão Ponta Porã Ltda. encontra-se de acordo com a prática legal e documental atinente ao proces-so renovatório e os documentos juntados aos autos indicam a regularidade na execução dos serviços de radiodifusão.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Recomendação nº 01, de 2007, desta Comissão. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diploma regulamentar.

O ato de renovação de outorga obedece aos princípios de constitucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pe-los quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 7 de janeiro de 2007. – De-putado Silas Câmara, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Es-tado de Mato Grosso do Sul.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante do Decreto de

7 de dezembro de 2006, que renova, a partir de 9 de setembro de 2003, a concessão outorgada à Televisão Ponta Porã Ltda., para explorar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-

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01798 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

fusão de sons e imagens, no município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 15 de dezembro de 2007. – Deputado Silas Câmara, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou, contra o voto do Deputado Walter Pinheiro,o parecer favorável do Relator, Deputado Silas Câmara, à TVR nº 1.310/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Presidente, José Rocha e Bilac Pinto – Vice-Presidentes, Bruno Rodrigues, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Eduardo Sciarra, Elismar Pra-do, Emanuel Fernandes, Eunício Oliveira, Guilherme Menezes, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Ma-luly, Luiza Erundina, Maria do Carmo Lara, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Ro-berto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Rômulo Gouveia, Sandes Júnior, Uldurico Pinto, Walter Pinheiro, Zequi-nha Marinho, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, Joaquim Beltrão, Júlio Cesar, Lobbe Neto, Luiz Carlos Busato, Paulo Piau, Rafael Guerra, Ricardo Barros e Rodrigo de Castro.

Sala da Comissão, 19 de dezembro de 2007. – Deputado Bilac Pinto, Presidente em exercício.

INDICAÇÃO Nº 1.535, DE 2007 (Da Sra. Vanessa Grazziotin)

Sugere que o Ministério das Relações Exteriores tome providências contra as declarações do Cientista alemão Michael Dutschke onde sugere a perda da sobera-nia brasileira sobre a Amazônia.

Despacho: Publique-Se. Encaminhe-Se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Relações Exteriores:

A Deputada Vanessa Grazziotin se dirige a V. Exª para apresentar a seguinte indicação:

No dia 13 de novembro último, o jornal Correio Brasiliense publicou uma entrevista com o cientista alemão Michael Dutchke, que declarou que o Governo Brasileiro deveria perder a soberania sobre a região da Amazônia Brasileira, transformando esta em área internacional. Utilizando como argumento da “grande responsabilidade” que é a conservação da Amazônia, e que não existe soberania absoluta em um mundo globalizado. Em uma época que vários países vêem sua soberania ferida por outros países que, se consi-

derando xerifes do mundo invadem territórios sem o menor critério e passando por cima de deliberações da Organização das Nações Unidas, declarações dessa natureza são extremamente ofensivas, e que acabam por iniciar um processo de desgaste contra o direito inalienável de preservação dos territórios de todas as nações no planeta.

Diante do exposto, solicito que sejam tomadas providências no sentido de que o governo brasileiro se posicione oficialmente contra as declarações em defesa da internacionalização da Amazônia feitas pelo cientista alemão Michael Dutchke, além de solicitar que o mesmo se retrate.

Sala das Sessões, 19 de novembro de 2007. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM.

REQUERIMENTO N° 2.172, DE 2008 (Do Sr. Luiz carlos Hauly)

Requer a realização de Sessão Solene para celebrar a Campanha da Fraternidade de 2008.

Excelentíssimo Senhor Presidente,Nos termos do art. 68 do Regimento Interno da

Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, ouvido o Plenário, a realização de sessão solene, no decorrer da sessão legislativa de 2008, destinada à celebrar a Campanha de Fraternidade de 2008, cujo tema é “Fraternidade e Defesa da Vida”, e o lema “Es-colhe, pois, a vida”.

Sala das Sessões, 11 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, Líder do PSDB.

Defiro. Publique-se.Em 12-2-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Finda

a leitura do expediente, passa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTE

Concedo a palavra à Sra. Deputada Janete Ro-cha Pietá.

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste ano de 2008, em que se comemoram os 120 anos da Aboli-ção incompleta, precisamos de políticas públicas para o povo negro.

Saúdo e parabenizo o novo Líder da bancada do Partido dos Trabalhadores nesta Casa, Deputado Maurício Rands, eleito hoje por consenso, na certeza de que a sua coordenação representará todos os se-tores da bancada e será voltada para o protagonismo da construção coletiva.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01799

Solicito, por fim, a transcrição nos Anais de artigo do economista Amir Khair, que discorre sobre a crise econômica norte-americana e seus possíveis reflexos no Brasil. O economista, ao final do texto, diz que a questão em debate é o quanto a crise americana po-derá nos afetar e indica que “estamos mais bem pre-parados para esse enfrentamento, e o mercado inter-no tem espaço para crescer, caso o Governo continue estimulando o consumo como fez até agora”.

Obrigada.

ARTIGO A QUE SE REFERE A ORA-DORA

A crise e o BrasilQuando uma empresa tem prejuízos por vários

anos seguidos e resolve suas perdas momentanea-mente através de empréstimos, sua situação passa a ser crítica, pois vão aumentando suas despesas com juros, que causam mais prejuízos. Chega um ponto que a empresa só tem o caminho da falência ou é ab-sorvida por outra.

Guardadas as devidas proporções os funda-mentos econômicos dos Estados Unidos da América (EUA) vêm se deteriorando desde o início do século com déficits anuais nas contas internas e externas su-periores a 8% do PIB. Isto significa que o povo ame-ricano vive de forma artificial gastando mais do que pode, sendo sustentado especialmente pelos países emergentes, que aplicam suas reservas em títulos do Tesouro americano.

Parece que o limite a esse processo chegou ini-ciando-se com o estouro da bolha imobiliária, seguida pela crise no mercado de crédito, em suas instituições financeiras e, agora, na economia real.

Tudo leva a crer que os EUA já estão dentro de um processo de estagflação (estagnação com inflação) cuja intensidade e duração são desconhecidas.

A redução das taxas de juros e o pacote fiscal de US$167 bilhões visam manter o mercado interno aquecido, mas vão no sentido oposto de uma solução de longo prazo para aquele país, que é reduzir seu con-sumo interno e ampliar suas exportações. Isso pode ser conseguido através de uma política monetária ativa com elevação dos juros e a desvalorização do dólar.

Em paralelo a este processo, os países emer-gentes fortaleceram seus fundamentos econômicos, se livraram de suas dívidas e acumularam reservas para enfrentar a crise internacional, que seria inevitá-vel. Nos últimos três anos cresceram em média 7,0% ao ano, e os países desenvolvidos, 2,5%.

O Brasil não fugiu a essa regra, especialmente a partir de 2003, quando reverteu o processo contínuo de perdas nas suas contas externas e acumulou reservas

suficientes para enfrentar a nova crise internacional. No início de 2003 nossas reservas eram de US$16 bilhões e agora atingem US$190 bilhões, nível equivalente a toda a dívida externa pública e privada do país.

Além disso, apostou suas fichas no fortalecimen-to do mercado interno e diversificou suas exportações diminuindo a dependência das compras americanas e da possível redução no ritmo de crescimento de suas exportações.

O mercado interno vem reagindo bem aos es-tímulos do governo, especialmente via reajustes no salário mínimo, ampliação dos programas sociais e crescimento do empréstimo consignado. Para os pró-ximos anos o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) deverá contribuir para o desenvolvimento da infra-estrutura e logística do país ao mesmo tempo em que injetará recursos na economia apoiando o cresci-mento econômico.

A questão em debate é o quanto a crise ameri-cana poderá nos afetar. Estaríamos suficientemente protegidos em face do acirramento da concorrência in-ternacional, que poderá reduzir nossas exportações? O mercado interno poderá compensar essas perdas?

Creio que estamos mais bem preparados para esse enfrentamento, e o mercado interno tem espaço para crescer, caso o governo continue estimulando o consumo como fez até agora.

Os riscos de inflação são baixos, pois o redire-cionamento de parte da produção exportada para o mercado interno e o notável crescimento dos investi-mentos privados poderão garantir maior oferta de bens e serviços a preços mais reduzidos, o que permitirá, inclusive, a ampliação do consumo doméstico.

O sistema bancário brasileiro não se envolveu nos riscos dos empréstimos imobiliários americanos e acumulou lucros substanciais de dez anos para cá. As empresas nacionais também se capitalizaram e estão mais sólidas econômica e financeiramente.

De qualquer forma é conveniente reforçar as po-líticas de desenvolvimento econômico e social, espe-cialmente diante de um quadro de incertezas quanto à dimensão e extensão desta crise.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Como são muitos os oradores inscritos, seremos rigorosos no cumprimento do tempo de uso da palavra.

Cumprimento o Deputado Maurício Rands, esco-lhido hoje Líder do PT para esta Sessão Legislativa.

O PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Flávio Bezerra.

O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo cearense, em nossa última viagem, recebi das mãos do Vereador Kadá, na Praia da Re-

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01800 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

donda, na cidade de Icapuí, a reivindicação para que seja reinstalada a Capitania dos Portos em Aracati, o que muito favorecerá a atividade pesqueira em todo o litoral leste, assim como o desenvolvimento das colô-nias de pesca. Os pescadores têm tido muitas dificul-dades para serem atendidos na Capitania dos Portos de Fortaleza.

Há muitos pescadores na região de Jaguaribara. Queremos, então, sendo atendida a reivindicação, me-lhorar o dia-a-dia do nosso humilde pescador.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. PEDRO FERNANDES (PTB – MA. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo o Pre-sidente do Congresso Nacional, Senador Garibaldi Al-ves Filho, pelo belíssimo pronunciamento proferido na abertura desta Sessão Legislativa, um discurso político, afirmativo e propositivo. Tenho certeza de que S.Exa. contará com o apoio do nosso Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia, para que este ano a Câmara e o Senado restabeleçam o verdadeiro papel e a impor-tância deste Poder.

É importante que tenhamos em mente que este Poder é precioso para a democracia. Ao saudar o Presi-dente do Congresso Nacional, espero que de imediato possamos rever a tramitação das medidas provisórias e principalmente votar os mais de 700 vetos – uma vergonha nacional! – que dependem da apreciação do Congresso Nacional.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com uma tradição de imparcialidade, inspi-radora de ininterrupta circulação no Ceará, o Jornal O Povo completou, a 7 de janeiro, o seu 80º aniversário de fundação, durante eventos de realce excepcional, a começar pela concelebração da Missa gratulatória na Catedral da Sé, assistida por autoridades e convi-dados especiais. Fiz inclusive a entrega ao Presiden-te Arlindo Chinaglia de um exemplar histórico dos 80 anos de O Povo.

Fundado por Demócrito Rocha, o então vespertino viu guindar-se a sua direção, seguidamente, o Senador Paulo Sarasate, Dona Creusa do Carmo Rocha, Dona Albaniza Sarasate, seqüenciados, agora, por Demócrito Rocha Dummar, que há mantido as mesmas diretrizes dos eminentes antecessores.

Possuindo extraordinária visão empresarial, alia-da a um sentimento de identificação com os anseios dos nossos coestaduanos, O Povo manteve postura de independência, granjeando, por isso, a simpatia da imensa legião do público ledor.

Anteriormente, pontificaram no jornal figuras no-táveis como José Raimundo Costa; Alencar Araripe, intelectual de méritos incontáveis; Pádua Campos; além de colaboradores da qualificação do jornalista Paulo Bonavides, todos impregnados do propósito de estreitar os vínculos de aproximação com os segmentos mais conscientizados de nossa sociedade.

Além da mídia impressa, O Povo mantém uma emissora AM de radiodifusão e uma novíssima tele-visão, colocados a serviço de uma divulgação isenta, que guarda estrita fidelidade às versões relatadas em editoriais e noticiosos diversificados.

A coluna política, confiada a Fábio Campos e, excepcionalmente, ao editor Arlen Medina, procura interpretar versões da própria conjuntura, fazendo-o sem facciosidade, através de exegese adequada dos acontecimentos de maior relevo.

Em espaços específicos, Lúcio Brasileiro, na par-te social, já somou algumas décadas de permanen-te exercício profissional, ao lado da colunista Sônia Pinheiro, responsável pelo Caderno Vida & Arte, de aceitação generalizada.

Nos registros do quotidiano desponta o jorna-lista Elimar de Lima, destacando-se na condição de articulistas semanais nomes do porte de Adísia Sá, Themístocles de Castro e Silva, Roberto Carvalho Rocha, Marcondes Rosa de Sousa e muitos outros que disputam a preferência de estamentos da cultura cearense.

Os 80 anos de O Povo mereciam, por isso, o registro desta tribuna, como homenagem a quantos contribuíram para manter íntegra uma elogiável tradi-ção que resistiu ao impacto de 8 décadas de seguidas inovações no campo da comunicação social, sempre fiel aos princípios que inspiram sua criação em 1928.

O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB – AM. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, povo do Estado do Ama-zonas, estive mais uma vez no Município amazonense de Parintins. Estive lá no final de janeiro. Minha relação com a cidade é a melhor possível. Sempre sou muito bem recebido lá.

Fui recebido pelo Prefeito de Parintins, Bi Gar-cia, pelo Vereador Juscelino Manso e pelo Amo do Boi Garantido, Tony Medeiros. Juntos cumprimos uma extensa agenda, com inúmeros compromissos na ilha mágica de Parintins.

Na oportunidade, fui entrevistado nas rádios Al-vorada e Tiradentes. Em Parintins, pude acompanhar o Prefeito Bi Garcia e o Secretário de Saúde, Tussolini, na entrega de próteses dentárias na unidade do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Parintins e, juntos, visitamos a sede da Associação de Apoio ao

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01801

Deficiente (AAD), entidade responsável pelos portado-res de necessidades especiais do município.

Sr. Presidente, além disso, tive a grata satisfação de entregar à AAD doação de 12 mil reais, proveniente da festa beneficente realizada em meu aniversário e que arrecadou mais de 50 mil reais este ano. Tem sido uma praxe organizar, juntamente com velhos compa-nheiros, essa festa de arrecadação de recursos para entidades que cuidam de portadores de necessidades especiais. O restante do montante foi distribuído para as instituições Ama e Fada, em Manaus.

Ainda em Parintins, mantive conversas políticas com diversas lideranças da região, entre elas o Vice-Prefeito de Nhamundá, Tomaz Pontes.

Parintins é a cidade que, ao longo do meu man-dato, mais visitei. O motivo de ter estado lá foi para anunciar investimentos que serão feitos ali por meio das minhas emendas parlamentares.

Fico feliz de ver que a cidade está bem cuidada e bem administrada. O Prefeito Bi Garcia merece as nossas mais sinceras congratulações, os nossos pa-rabéns. É um técnico que está dando certo no interior do Estado.

Para finalizar essa nossa fala, não posso deixar de parabenizar o trabalho social desenvolvido pela Primeira-Dama de Parintins, Michelle Garcia.

Eram essas as considerações.Muito obrigado.O SR. WALDIR MARANHÃO (PP – MA. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, recebi, as-sim como os demais colegas deste Parlamento, amplo documento intitulado Mensagem ao Congresso Nacio-nal. O material, encaminhado pela Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de conter a mensagem e a prestação de contas, pelo Presidente da Repúbli-ca, Luiz Inácio Lula da Silva, das ações do Executivo, apresenta os planos de ação e as expectativas do Go-verno para este ano.

O documento da Presidência da República faz análise de questões como o desenvolvimento sustentá-vel com inclusão social, o desenvolvimento econômico e outros temas de relevância para o nosso País.

Mas quero registrar as políticas e as ações no campo da educação. Creio que as propostas trans-cendem o campo simples da retórica para se trans-formar numa decisão objetiva de governo no campo da educação, capaz de ser um papel estratégico de transformação social do país, como informa o Gover-no Federal.

Parabenizo o esforço da equipe do Ministério da Educação. Alguns resultados importantes já foram al-cançados ainda no decorrer do ano passado, segun-do informa o relatório, como na educação básica. O

relatório refere-se ao Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), aprovado nesta Casa legislativa e sancionado no ano passado.

O FUNDEB garante investimentos da educação infantil ao ensino médio, ampliando os recursos com-plementares repassados pela União. Dentre outras conquistas, o FUNDEB também proporcionou a opor-tunidade para a formação de professores.

A Mensagem ao Congresso Nacional também relata avanços no Plano de Desenvolvimento da Edu-cação, na educação superior, na alfabetização e edu-cação de jovens e adultos, na educação profissional e tecnológica, na cooperação internacional e no finan-ciamento da educação.

O documento informa também sobre o Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola das Pessoas com Deficiências. O objetivo do programa é contribuir para a elevação da qualidade de vida e dignidade das pessoas com defi-ciência, prioritariamente de zero a 18 anos.

É evidente que muita coisa ainda precisa ser fei-ta, mas creio que o Governo tem ajudado nesse pro-cesso. É evidente também que não estamos satisfei-tos com os resultados, mas expressamos aqui nosso apoio para que os servidores engajados em todos os programas educacionais possam realizar sua tarefa com dignidade e proporcionar dias melhores para a população sem recursos.

Como diz a mensagem do Presidente, a de-mocratização da gestão da educação deve ser uma prioridade. Cumpre à educação papel estratégico na transformação social do País e na implementação de um modelo econômico justo e solidário.

Muito obrigado.O SR. DÉCIO LIMA (PT – SC. Pronuncia o se-

guinte discurso.) – Sr. Presidente, finalmente as esta-tais deixaram de ser um peso e passaram a ser uma alavanca na economia do nosso País, como queria o Governo Lula, contrariamente ao Governo FHC, que fez um processo de privatização pautado na pilhagem do patrimônio público e que deixou uma mácula histó-rica que estamos tentando até hoje apagar.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou ontem, em letras garrafais, nobres colegas, que os investi-mentos das estatais foi recorde em 2007, graças à PETROBRAS.

Atuando em várias áreas de energia, os investi-mentos da PETROBRAS vão desde a exploração de gás e petróleo, refino e abastecimento até a distribui-ção, fazendo com que a história dessa estatal, que se iniciou no século XIX, se confunda com a própria his-tória do petróleo brasileiro.

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01802 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Trata-se de empresa com enorme responsabilida-de social, sempre muito preocupada com as questões ambientais e que valoriza o desenvolvimento sustentá-vel e tem a sociedade como parceira no compromisso com o futuro do planeta.

Apesar de estar presente em diversos países e com escritórios em Nova York e Japão, em cada cantinho deste País existe uma forte presença da PETROBRAS, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil.

Utilizando os mais modernos instrumentos de gestão, a PETROBRAS reposicionou-se em relação ao futuro, fazendo com que essa nova estrutura levas-se a empresa a alcançar suas metas estratégicas de expansão, internacionalização, rentabilidade e produ-tividade, sempre abrindo espaço para que seus em-pregados desenvolvam seu potencial e se beneficiem do valor agregado do negócio.

Não é à toa que suas ações são largamente negociadas na Bolsa de Valores e a estatal é a sexta empresa de energia do mundo, aparecendo na frente de companhias como a inglesa BP e a também bra-sileira Total.

No final de janeiro, a PETROBRAS descobriu uma grande jazida de gás natural, condensado na camada de pré-sal, a 5 mil metros de profundidade, na Bacia de Santos, Região Sudeste do Brasil. O campo, batizado de Júpiter, pode apresentar as mesmas dimensões do campo de Tupi, jazida descoberta recentemente e tida como a maior área petrolífera do País.

Finalizo ressaltando que a PETROBRAS é uma empresa comprometida com a condução de suas ações de forma integrada, com ética e transparência, valori-zando a diversidade humana e cultural, incentivando o esporte, promovendo a cidadania e o respeito pelos direitos humanos. E isso, nobre colegas, é fruto das ações de um Governo que tem como base a mesma filosofia que cobra de suas estatais.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.O SR. MANATO (Bloco/PDT – ES. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de fazer um re-gistro e parabenizar o Presidente Estadual do PDT no Espírito Santo, Sérgio Vidigal, ex-Prefeito do Municí-pio da Serra, no qual resido, por atender ao reclamo do partido.

Temos muitos candidatos às Prefeituras do Estado e precisávamos de alguém para Vitória. Sérgio Vidigal ocupava o cargo de Secretário de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho e, no dia 31 de janeiro, por apelo dos companheiros do PDT do Espírito Santo, mostran-do a grandeza de quem ama o partido e quer fazê-lo

crescer, deixou seu cargo, visando ao crescimento e ao fortalecimento de nosso partido no Estado.

A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG. Sem revisão da oradora.) – Nobre Deputado Narcio Rodri-gues, é uma grande satisfação ver a cadeira da Presi-dência ocupada por um mineiro como V.Exa.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a despeito de 2008 começar sob a ameaça real de uma reces-são econômica nos Estados Unidos, cujos reflexos se estendem à economia mundial, e de, no Brasil, convi-vermos com a perspectiva de queda na arrecadação, decorrente do fim da CPMF, ainda assim, estamos otimistas.

O balanço do Governo Federal relativo à exe-cução do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, em 2007, revelou que, das obras iniciadas ou em fase de execução, 82% das ações são considera-das adequadas. O empenho foi de 97% dos recursos previstos, muito embora, há de se ressaltar, menos de 50% dos valores já resguardados para os investimen-tos tenham sido liberados. Mesmo assim, o montante é significativo: R$7,3 bilhões.

A determinação do Governo Lula de viabilizar esse arrojado programa, que beneficia Estados e mu-nicípios, independentemente da coloração político-ideológica de seu administrador, é uma das carac-terísticas mais marcantes da força de esquerda que está à frente deste País. Ainda está na memória dos brasileiros, em especial do povo pobre, o quão duro é ter de esperar anos para ter água potável, um cano de esgoto ou alguns quilômetros do asfalto prometido, porque o Governador ou o Prefeito eleitos não perten-cem à mesma força política do Presidente.

Nós, em Minas Gerais, já vivemos essa experiên-cia. Mais que isso, podemos dizer que nosso Estado está melhor servido de obras agora do que num pas-sado bem recente, a despeito do fato de que as for-ças que então governavam eram as mesmas às quais pertencem o Governador.

Os recursos para o PAC para Minas Gerais es-tão garantidos, revela o Governo Federal, ao anunciar um conjunto de iniciativas e já deflagrar o processo de licitação e assinatura de contratos. Entre as obras já garantidas se destacam as do setor rodoviário, funda-mental para o Estado, que abriga a maior malha viária federal do País.

O processo de execução do PAC no âmbito de minha cidade, Belo Horizonte, também está confirmado. Não sofrerá cortes ou alterações em razão da escassez de recursos. Os R$512 milhões previstos para obras na cidade serão aplicados fundamentalmente em infra-estrutura nos morros, favelas e aglomerados.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01803

No último dia 16, foram assinados os contratos entre a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal, no valor de R$172,4 milhões, para a construção de mo-radias, drenagem de córrego e saneamento ambiental. As regiões atingidas pela iniciativa são o Aglomerado Morro das Pedras, a Pedreira Prado Lopes e o Con-junto Taquaril, todas elas carentes de infra-estrutura básica, com população constituída por um grande contingente de jovens fora da escola e do mercado de trabalho formal.

Senhoras e senhores, há ainda muito, muito a fazer. Precisamos de milhares – milhões, talvez – de iniciativas como estas para atingirmos o objetivo da igualdade de condições dignas para todos. Mas te-mos que reconhecer que já é um começo. E temos que continuar trabalhando, e muito, nesta Casa legis-lativa, para continuarmos sendo dignos da confiança e da generosidade de nosso povo.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigada.A SRA. ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB – GO.

Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inaceitável sob todos os aspectos o embargo imposto pela União Européia à carne brasi-leira desde o dia 30 de janeiro.

Os argumentos utilizados para a medida extrema, como a suposta ocorrência sanitária nos rebanhos do País ou riscos para a saúde pública, não têm o menor fundamento.

O Brasil não pode ter a sua imagem internacio-nal arranhada em face deste lamentável episódio. A decisão é, sobretudo, discriminatória. A exigência do cadastramento de apenas 300 propriedades para for-necimento de animais aos frigoríficos é outra atitude inconcebível.

Creio que as autoridades brasileiras demonstram boa vontade ao reduzir para 600 a relação inicial de 2,6 mil propriedades aptas a exportar, mas mesmo assim permanece a empáfia e a arrogância dos europeus.

É preciso que fique claro, Sr. Presidente, que a União Européia ainda age com mentalidade colonialista ao refutar a inspeção feita pelo Brasil, como se fosse um documento com informações falsas, desconsiderando a nossa capacidade técnica e nossa credibilidade.

Vamos lembrá-los de que o Brasil nunca registrou episódios, estes sim estarrecedores, como a doença da vaca louca, que vitimou o gado europeu, um dos maiores escândalos sanitários da história.

Por outro lado, a decisão drástica da União Euro-péia, na verdade, esconde objetivos de caráter prote-cionista. Fiz este alerta por meio de 3 pronunciamentos, desta tribuna, no final do ano passado. Naquelas opor-tunidades, denunciamos com veemência a inconformi-

dade de produtores rurais, principalmente da Irlanda, contrariados com a alta competitividade de nossos pro-dutos. A pressão política parece ter funcionado junto à Comunidade Européia. Mas o Brasil não pode aceitar essa afronta aos princípios do livre comércio.

É preciso reagir e rápido. Se as discussões che-garem à conclusão de que prevalece o caráter pro-tecionista na decisão européia, então será inevitável propor que o Brasil recorra à Organização Mundial do Comércio – OMC, para defender os seus legítimos interesses.

A União Européia foi o maior importador de carne brasileira em 2007, comprando 1,4 bilhão de dólares, um montante expressivo. O embargo, portanto, será danoso para o País, podendo gerar crise no campo, desemprego e terríveis prejuízos para a nossa balan-ça comercial.

Esta posição unilateral dos europeus é uma afron-ta, Sr. Presidente.

Não ao embargo da carne, em defesa da eco-nomia brasileira!

Era o que tinha a dizer.Muito obrigada.O SR. WILLIAM WOO (PSDB – SP. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, impossível desconhecer que o Brasil se transformou, nos anos recentes, em importante en-treposto comercial de drogas e armas. Uma grande e crescente porcentagem dos consumidores desses produtos são brasileiros.

Nesse mercado, concorrido e violento, as armas são simultaneamente moeda de troca e instrumento de dissuasão para uso nos possíveis enfrentamentos com a polícia e com outros grupos rivais.

Importante notar que o mercado interno faz parte da estratégia do narcotráfico internacional, pois de um lado amplia o consumo mundial da droga e de outro serve para sustentar as atividades das quadrilhas lo-cais. Assim, a rede se amplia e se fortalece, tornando muito difícil seu combate, pois se multiplica em incon-táveis e auto-suficientes células operacionais.

Entretanto, o narcotráfico possui uma inteligên-cia central, dissimulada e perigosa, que coordena as atividades criminosas de fora para dentro do País. Travestida de movimento popular, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC coordena, pro-move e estimula os crimes mais hediondos, que vão do seqüestro ao assassinato, desrespeitando os prin-cípios elementares dos direitos humanos.

Profundo equívoco cometem os governos, inclu-sive o brasileiro, quando, a pretexto de causas huma-nitárias, dialoga com terroristas, de igual para igual,

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01804 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

considerando-os quase como um exército regular que trava uma luta por legítimos direitos nacionais.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia globalizaram o tráfico da cocaína, distribuíram a sua produção por diversos países sul-americanos e man-têm estreitos vínculos com o terror, com a criminalidade internacional e até com governos constitucionalmente eleitos, tudo isso alimentado por vultuosos recursos, que alguns estudiosos julgam atingir 10% de todos os recursos financeiros internacionais.

Ingenuidade supor que a violência brasileira nasce espontaneamente nos morros e periferias pobres de nossas cidades. A miséria é seu caldo de cultura, sem sombra de dúvida, mas o agente infeccioso passa pelas desprotegidas fronteiras e aqui se instala e se alastra, muitas vezes, alentado por aqueles que, comprometi-dos ideologicamente, freiam o aparato repressivo do Estado, não permitindo o combate do crime em suas verdadeiras origens.

O Brasil, por sua história, raízes e tradições, não pode omitir-se a esse crime de lesa-humanidade que invade lares e escolas, transformando-se no grande mal do século. É chegada a hora de cada cidadão pensar positivo e se mobilizar na luta contra as drogas, exi-gindo do Governo maior comprometimento contra as ações do cartel internacional do crime.

O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a crise no comércio da carne bovina, provocada pela suspensão das importações do produ-to brasileiro por parte da União Européia, é o primeiro transtorno que ocorre nesse mercado desde que o Brasil, há alguns anos, desbancou a Austrália como líder na oferta mundial de carne.

A União Européia dispunha-se a receber carne de 300 fazendas brasileiras com certificados que lhes davam condições sanitárias. Obviamente, o Estado de Santa Catarina é um grande produtor na área de alimentação.

As autoridades brasileiras encaminharam uma relação de 2.681 fazendas. A reação da Europa foi fulminante: suspendeu as compras de carne brasilei-ra. O Brasil se tornou mundialmente competitivo nessa área, oferecendo produto de boa qualidade, a preços adequados. As exportações tornaram-se vantajosas para os produtores e para o País, o que identificava tendência de ampliação dos mercados internacionais, comprovando o padrão de qualidade global que a car-ne brasileira exibe.

O episódio do embargo à carne brasileira traz lições para nosso País. Sem ignorar o fato de que há lobbies europeus com interesses em colocar entraves ao nosso produto, o Brasil precisa agir com competên-

cia, seja para preservar os mercados, seja para insistir na melhoria das condições pecuárias.

Diante de tudo isso, o Brasil precisa consolidar sua presença como fornecedor de carne de sanida-de comprovada, de qualidade indiscutível e de preço competitivo.

Sabemos dos interesses comerciais por trás da medida da União Européia, movida por pressões de produtores europeus que foram afetados pela alta competitividade da carne brasileira, porém o momento agora é de revertermos esse quadro com criativida-de, para que os frigoríficos brasileiros exportadores não limitem as compras e mantenham a calma, a fim de que possamos comprovar nossa excelência como fornecedores, não cedendo às pressões e a interes-ses externos.

Era o que tinha a dizer.O SR. LINCOLN PORTELA (PR – MG. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais senhoras e senhores presentes, cidadãos que nos acompanham pela Internet e pelas Rádio Câmara e TV Câmara em todo o Brasil, espe-cialmente a população de Minas Gerais, que tenho o orgulho de aqui representar, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou na semana passada projeto de lei que institui o Programa Bolsa-Formação, des-tinado a promover a qualificação profissional dos in-tegrantes das carreiras das polícias militar e civil, do Corpo de Bombeiros, dos agentes penitenciários, dos agentes carcerários e dos peritos nos Estados e no Distrito Federal.

A proposta atende a uma necessidade de melho-ria na qualificação dos integrantes dessas carreiras. Tal necessidade é fruto da inegável relevância dos trabalhos desses profissionais para a segurança da sociedade. A evolução das práticas criminosas cria novos proble-mas a serem enfrentados pelas forças de segurança. Isso significa que o aperfeiçoamento profissional não é dos servidores, mas da sociedade.

O benefício se estende também aos policiais federais e aos policiais rodoviários. Tais funcionários exercem funções de extrema relevância para o bom an-damento dos trabalhos de seus departamentos, sendo, portanto, necessário que também sejam incentivados a ampliar sua qualificação profissional.

Foram também aprovadas 2 emendas ao pro-jeto. A primeira delas acrescenta a implantação de programas continuados de educação em direitos hu-manos ao rol de pré-requisitos para a concessão do benefício. A segunda estabelece que a quantidade de beneficiários seja proporcional ao número de efetivos de cada categoria.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01805

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais senhoras e senhores, parabenizo o Governo Fede-ral pela iniciativa de tão oportuna medida. Investir na qualificação profissional e na educação continuada dos servidores responsáveis pela segurança pública é fornecer os mecanismos necessários para a prestação de um bom serviço.

Muito obrigado.O SR. SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, é com muita alegria que saúdo os colegas aqui presentes, na retomada de mais uma etapa de nossa missão nesta Casa, certo que estou de que 2008 haverá de ser um ano de muitas realizações e conquistas para o povo brasileiro.

Para mim, Sr. Presidente, 2008 já começou com uma enorme alegria, por conta da incontestável vi-tória da minha querida e amada escola de samba, a Beija-Flor, que acaba de conquistar mais um bicam-peonato do carnaval do Rio de Janeiro.

A festa da azul-e-branco da Baixada Fluminense, região que tenho a honra de representar nesta Casa do povo, constitui-se também num presente muito especial da escola de samba de Nilópolis para a ci-dade de Macapá, tema-enredo da agremiação, e que comemorou 250 anos, exatamente na segunda-feira de carnaval.

Com o enredo Macapaba – Equinócio Solar – Via-gens Fantásticas ao Meio do Mundo, a escola de samba de Nilópolis incorporou o raro beija-flor-brilho-de-fogo. E, tal como esse belo pássaro, entrou na passarela da Marquês de Sapucaí com muita garra, brigando pelo título, batendo no peito, exaltando o orgulho de ser comunidade e cantando, quase em forma de oração, para a luz solar iluminar a todos e fazê-los mais fortes para enfrentar a viagem fantástica por uma imaginá-ria Linha do Equador, idealizada por Laíla, Alexandre Louzada, Fran-Sérgio e Ubiratan Silva, que constituem a Comissão de Carnaval.

Pena, Sr. Presidente, que tanta beleza e exube-rância não tenham sensibilizado alguns poucos jura-dos – seis deles, mais precisamente –, que, de forma incompreensível, retiraram sete décimos na apuração dos quesitos, impedindo a Beija-Flor de conquistar o título com a totalidade máxima dos pontos possíveis e imagináveis. Três dos senhores jurados – Flávio Freire Xavier, Elizeu de Miranda Corrêa e Luiz Antô-nio Araújo – parece não terem entendido o enredo da escola, pontuando-nos com 9.9, 9.9 e 9.8. A senhora jurada Regina Oliva ofuscou o brilho das fantasias da Beija-Flor, não se sabe com qual justificativa, dando-lhe um 9.9.

Porém, Sr. Presidente, mais cruéis foram ainda os jurados Rafaela Riveiro Ribeiro e Paulo César Mo-rato, que retiraram ainda mais dois décimos de onde não podiam: da Comissão de Frente da escola de sam-ba de Nilópolis, que de forma triunfante representou o equinócio solar, um dos pontos altos do enredo da nossa Beija-Flor.

Foi, sem dúvida alguma, Sr. Presidente e nobres Deputados, uma injustiça irreparável, imperdoável, posso afirmar, o que se praticou contra a competente coreógrafa Ghislaine Cavalcanti, bailarina formada pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro e que tem trabalhos reconhecidos até no exterior, a exemplo da companhia de Walt Disney. Ghislaine Cavalcanti é, desde 1996, a responsável pelo brilhantismo da Comissão de Frente da Beija-Flor.

De qualquer maneira, Sr. Presidente, a vitória triunfal da Beija-Flor foi na verdade uma resposta a quem tentou desmerecer a escola para contestar o também incontestável campeonato do ano passado, quando a azul-e-branco da minha cidade, Nilópolis, teve exibição esplendorosa, embalada que foi pela África, no berço real da humanidade.

E aí a gente vislumbra também o talento do jo-vem carnavalesco Alexandre Louzada, um verdadeiro campeão do Grupo Especial – aliás, tricampeão do carnaval carioca, primeiro pela Vila Izabel, em 2006, e depois pela Beija-Flor, em 2007 e, agora, em 2008. Rapaz simples, humilde, que passou a dar um olhar colorido e extremamente diversificado às alegorias e fantasias da escola de Nilópolis, Louzada, sem dúvida alguma, também marca para sempre o seu nome no hall dos grandes carnavalescos.

Em sua edição deste domingo, dia 10 de feverei-ro, o jornal O Globo dizia que a conquista do bicam-peonato pela Beija-Flor comprova que a escola de samba de Nilópolis detém a fórmula do sucesso, sus-tentada, segundo estudiosos do carnaval, numa ges-tão competente. Por isso mesmo, um tripé de fatores é apontado como responsável por tantas vitórias – 11 no total – quase seguidas, incluindo aí 2 tricampeona-tos: a forte participação da comunidade de Nilópolis na agremiação, a visão empresarial dos dirigentes e a fórmula inovadora, na história recente do carnaval, adotada pela Beija-Flor, qual seja a de abolir a figura poderosa do carnavalesco e criar uma Comissão de Carnaval para desenvolver os enredos.

Somente para termos idéia do que isso significa, pelo menos 80% dos passistas da Beija-Flor moram em Nilópolis, 15% residem em cidades vizinhas da própria Baixada Fluminense e apenas 5% dos componentes da escola são de fora da região.

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01806 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O Prefeito da cidade, que é também presidente da Beija-Flor, Farid Abrão David, lembra-nos que o vínculo da população de Nilópolis com a escola ocor-re ao longo do ano, e não apenas durante o carnaval, visto que a agremiação mantém programas sociais no município, com creches, centro de formação pro-fissional para jovens, centros esportivos e uma série de outras atividades. E, como acontece nos desfiles, desses jovens também são exigidas boas notas no boletim escolar e poucas faltas às aulas.

Portanto, a organização administrativa da Beija-Flor, sua interação com a população de Nilópolis e a preparação do carnaval na forma de comissão são os verdadeiros pilares de todo o sucesso da agre-miação.

Aliás, no mesmo jornal O Globo, em sua edição do dia 7 de fevereiro, especialistas como a carnava-lesca Maria Augusta e Felipe Ferreira, este também integrante do corpo de jurados do prêmio Estandarte de Ouro, são unânimes em afirmar que, além de uma escola coesa e bem estruturada, a Beija-Flor de Niló-polis criou um padrão de desfile difícil de ser superado por suas concorrentes. “Ela impôs um formato: uma organização invejável, um desfile grandioso e alego-rias imponentes. Brigar com a Beija-Flor nesta área, portanto, é muito difícil. Ela adquiriu uma técnica de desfile que é muito complicado vencer”, explicou o pesquisador Felipe Ferreira ao jornal O Globo.

Foi também muito gratificante, Sr. Presidente, a carta que o jornalista Vagner Fernandes, pesquisador com pós-graduação em jornalismo cultural e autor da biografia Clara Nunes – Guerreira da Utopia, enviou ao Blog do Ancelmo Gois, no jornal O Globo, no mesmo dia 7 de fevereiro. Ele frisa que desde a virada do século, há 8 anos, portanto, a grande questão no carnaval do Rio não se resume a uma comum disputa para ganhar título. Segundo o jornalista, para ser campeã, a escola do Grupo Especial precisa “derrubar” a Beija-Flor.

Vai mais além o jornalista, escritor e pesquisador e diz que a Beija-Flor é uma empresa com característi-cas singulares, típicas de uma verdadeira indústria do entretenimento, onde se trabalha o ano inteiro, insti-tuindo, dessa maneira, o que chamou de a “era das Super-Escolas de Samba S/A, das Super-Alegorias”, razão pela qual, “quem não se enquadra é peça fora do tabuleiro”. Ou seja, “ou se industrializa ou cai na masmorra da penúria dos últimos lugares envoltas no manto da tradição”.

Mais adiante, lembra o signatário que a Beija-Flor não subestima a capacidade intelectual de seus integrantes, que, mesmo diante de letras de sambas difíceis, sabem cantar estrofe por estrofe na ponta da língua. Por isso, avalia o missivista, “a Beija-Flor

é idolatrada e respeitada; sustenta o sonho de quem fez e ainda faz o carnaval da escola: os operários, as domésticas, as donas-de-casa, os estudantes das es-colas públicas de Nilópolis, fazendo-nos refletir que, operários ou não, são todos privilegiados”.

Mas todos esses méritos devem ser creditados ao patrono e presidente de honra da escola, Aniz Abrão David, o Anísio da Beija-Flor, como ele é carinhosa-mente chamado. Foi ele quem de fato e de direito re-volucionou o desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, transformando a agremiação de Nilópolis nesta indústria suntuosa que deixa todos nós deslumbrados na avenida. Todo mundo sabe que Anísio participa de todos os detalhes da escola, des-de a escolha do tema-enredo até o detalhe final do carro alegórico.

Foi ele, Anísio, quem impôs o formato de uma organização invejável à Beija-Flor, como citou o jornal O Globo. É ele, afinal, quem privilegia os 3 mil com-ponentes da entidade – pessoas pobres, humildes da comunidade –, que, primeiro, recebem amparo, educa-ção, ensino profissionalizante, atividades esportivas e culturais e somente depois ganham a fantasia e desfilam na Beija-Flor como verdadeiras celebridades.

Para finalizar, Sr. Presidente, eu diria que a estra-tégia de Anísio de investir pesado na comunidade e na manutenção de uma equipe que já se considera uma família tem coroado de glórias a agremiação. Como diz Laíla, na Beija-Flor não há celebridades; a comunidade é primordial. Neguinho da Beija-Flor é a mesma voz da escola há 33 carnavais, e a porta-bandeira Selmynha Sorriso exibe o símbolo da azul-e-branco na avenida há 13 anos, sempre ao lado do seu inseparável mes-tre-sala Claudinho. A jovem e encantadora Raíssa já está há mais de 5 anos à frente da bateria, que tem no seu comando as batutas dos mestres Paulinho e Plínio, também 2 veteranos na escola.

Por tudo isso e muito mais que a Beija-Flor ain-da haverá de nos proporcionar ao longo dos tempos é que eu felicito a direção da Beija-Flor, na figura de seu presidente administrativo, Farid Abrão, e de seu presi-dente de honra Aniz Abrão David, bem como todos os seus 4.500 componentes pelo extraordinário carnaval que proporcionaram ao povo brasileiro.

A comunidade de Nilópolis, Sr. Presidente, bi-campeã do carnaval, impôs respeito, bateu no peito e gritou: “Eu sou Beija-Flor”. Essa é a diferença.

Muito obrigado.O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, estamos reabrindo nossos trabalhos legislativos. Saúdo V.Exa., Deputado Narcio Rodrigues, de Minas Gerais, Vice-Presidente que tanto honra este Parlamento.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01807

Olhando a pauta dos Líderes e da Casa, não podemos deixar de lutar pelas reformas política e tri-butária. A reforma tributária é necessária para estabe-lecer equilíbrio entre direitos e deveres da União, dos Estados e dos municípios.

Tivemos uma grande vitória, no ano passado, quando o Presidente Lula elevou em um ponto percen-tual o FPM. Mas é preciso uma reforma tributária que acabe com a guerra fiscal e uma reforma política que estabeleça novos paradigmas na política do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Nárcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Luiz Bassuma.

O SR. LUIZ BASSUMA (PT – BA. Sem revisão do orador.) -

DISCURSO DO SR. DEPUTADO LUIZ BASSUMA QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.

O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, é com pesar que registro o falecimento de Nani Stuart, militante com mais de 2 décadas de dedicação ao PT, tendo iniciado sua vida política na Argentina. Exilada no Brasil, ela teve papel destacado na construção da Secretaria de Rela-ções Internacionais do Partido dos Trabalhadores.

Nossas homenagens a esta mulher batalhadora, pesquisadora da integração latino-americana e da de-mocracia nas relações internacionais. Registro ainda nossas condolências aos familiares enlutados.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presiden-te. Foi pelo Partido dos Trabalhadores que concorri a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro de 2006. Foi pelo PT que mais de 70 mil eleitores baianos me credenciaram a representá-los na condição de Deputado Federal. E é no PT que de-fendo e voto hoje, em Brasília, temas em que, tenho certeza, meus eleitores também votariam se estives-sem no meu lugar.

Há 28 anos, o Partido dos Trabalhadores surgia como nova expressão política, defendendo e represen-tando os trabalhadores brasileiros. Um de seus precur-sores, líder sindical e metalúrgico, hoje Presidente da República Federativa do Brasil em seu segundo man-dato, representa a vitória de um partido que cresceu junto com o País.

O novo pensamento político e sindical que o PT implementou a partir de sua criação, em 1980, simboli-za as lutas da classe trabalhadora e do povo brasileiro contra os resquícios da ditadura, da repressão e da censura do regime militar. O partido foi, aos poucos,

servindo de referência e expressão da democracia que se queria ver consolidada no Brasil.

Na oportunidade em que o Partido dos Trabalha-dores comemora, esta semana, 28 anos de existência, lembro trecho do próprio Manifesto de Lançamento do PT, que apontava que o partido surgia “da neces-sidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do País para transformá-la. A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá”.

Importante lembrar a figura do Governador Ja-ques Wagner, que, na Bahia, proporcionou uma das maiores votações em termos percentuais recebidas pelo Presidente Lula na sua reeleição.

Hoje, a liderança exercida pelo Presidente Lula, no Brasil e no mundo, e por outras lideranças do partido, a trajetória dos fundadores do PT, a filosofia de seus militantes e a crescente ocupação de seus filiados em diversas esferas dos poderes públicos atestam a capa-cidade dos quadros do partido de exercerem funções de comando das mais importantes para o crescimento e o desenvolvimento do nosso País.

As atividades que marcam mais um aniversário do PT esta semana reforçam um processo de reflexão que os filiados estão fazendo sobre o Brasil e o futuro do próprio partido. Espero, dentro do PT, na condição de cidadão e Parlamentar, contribuir para uma so-ciedade mais justa e igualitária, para um Congresso melhor e para que a estrela do PT seja cada vez mais brilhante e respeitada.

O SR. CELSO MALDANER – Sr. presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero apenas comunicar que protocolei na Casa o Projeto de Lei nº 2.751, de 2008, que dá nova redação ao art. 25 da Lei nº 11. 428, de 22 de dezembro de 2006, lei esta aprovada após 10 anos de tramitação no Congresso Nacional.

Estamos incluindo, no art. 25, o § 1º, com o se-guinte teor:

“Art. 25....................................................................... ..................................................

§ 1º Independe de autorização o corte e a exploração realizados para manejo de pas-tagens e para cultivos agrícolas em terras já ocupadas por atividades agropecuárias até o ano de 2006.”

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01808 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Santa Catarina é um Estado diferente. Precisamos de uma legislação diferente para o Estado. Por isso es-tamos apresentando à Casa este projeto de lei.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Renato Molling.O SR. RENATO MOLLING (PP – RS. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, apresentei ontem emenda supressiva à Medida Provisória 415/08, que dispõe sobre a co-mercialização de bebidas alcoólicas em rodovias fede-rais. A emenda proposta suprime os arts. 1º a 4º e 6º. Acredito, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, que esse tema precisa ser melhor debatido, pois não podemos de uma hora para outra acabar com empreendimentos privados, muitas vezes construídos ao longo de vários anos e com muito sacrifício.

Conheço a realidade do nosso País. Os negócios ao longo das rodovias garantem a subsistência de mi-lhares de famílias e trabalhadores. Prejudicar os em-preendedores não é justo nem adequado. Precisamos, sim, punir os infratores que dirigem embriagados.

Não há dúvidas sobre a importância do combate ao excessivo número de mortes decorrentes dos aci-dentes de trânsito no País. Entretanto, matéria des-sa importância precisa ser tratada de maneira mais adequada e profunda, por meio de um projeto de lei, sob pena de que investimentos privados em empre-endimentos de diversas naturezas e grande número de empregos sejam altamente prejudicados e até mesmo extintos.

A matéria merece estudos pormenorizados e exa-me das diversas variáveis em torno da questão.

Estou certo de que o Exmo. Sr. Relator desta MP, bem como os Parlamentares do Congresso Nacional, com sua sensibilidade política para assuntos de inte-resse nacional, apoiarão esta emenda e ensejarão a abertura de negociações com o Governo.

Muito obrigado.O SR. BARBOSA NETO (Bloco/PDT – PR. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, comemoramos hoje os 10 anos de uma grande vitória de toda a sociedade brasi-leira: a aprovação da Lei 9.605/98, a lei ambiental.

A elaboração dessa lei foi a resposta para uma longa luta da sociedade brasileira e de organismos de preservação ambiental para que cuidássemos da nossa maior riqueza natural: o nosso meio ambiente. Gostaria de estar aqui hoje para falar sobre os avan-ços e soluções que conseguimos nesses 10 anos, mas, infelizmente, estou aqui para alertar quanto aos desafios que ainda temos de superar para que essa

lei realmente se torne um marco definitivo na defesa do meio ambiente no Brasil.

Ano passado, às vésperas do aniversário da lei, tivemos o vergonhoso registro de um desmatamento recorde na Amazônia, o maior em 3 anos, chegando ao aumento absurdo de 602% em Rondônia, em com-paração com o ano anterior. Num mundo que está mu-dando, vítima do aquecimento global, é inadmissível que isso aconteça. O que nos sobra da Mata Atlântica continua sendo desmatado nos Estados do País em que ainda vemos vestígios dela, como o Paraná. Te-mos batalhas para construção de novas usinas hidre-létricas, um modelo comprovadamente ultrapassado de obtenção de energia, mas que, a despeito de ma-nifestações contrárias da sociedade, de biólogos e de grupos ambientais, vem encontrando defensores nos grandes empreiteiros e até mesmo no Governo, como nos casos do Rio Tibagi, no Paraná, e do Rio Madeira, no norte do País.

É um absurdo que num país como o nosso, com a nossa riqueza natural e a sobriedade da Lei nº 9.605/98, isso venha a acontecer. A legislação, como foi aprova-da e sancionada, é uma das mais avançadas e bem redigidas do mundo. A falha não é da lei; encontra-se em algumas pessoas que insistem em dar longevidade ao espírito mesquinho e egoísta de alguns brasileiros, com corrupção e desobediência às normas.

No Paraná e em todo o Brasil, vemos os crimes ambientais sendo cometidos sem a devida punição dos responsáveis. Há centenas de ações na Justiça para recorrer de multas e sanções dos órgãos responsáveis pela fiscalização. Os infratores se aproveitam da mo-rosidade do nosso sistema judiciário para se safarem das penalidades. Mas há também falha na fiscalização dos órgãos competentes, ou por falta de estrutura e material humano, ou por corrupção dos agentes. Além disso, as punições aos infratores são deveras brandas, como salienta o Procurador da República João Akira. Com todas essas restrições, a sensação de impuni-dade torna-se patente.

São notórias, entretanto, as atitudes de vanguar-da, mas elas normalmente só têm seus efeitos concre-tos percebidos vários anos após sua implementação. Esse deve ser o caso da Lei 9.605/98. A lei busca não só punir os poluidores e proteger o meio ambiente, mas também mudar a cultura de uma nação inteira, e isso, como bem frisou o diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, leva tempo.

Devemos incentivar cada vez mais políticas edu-cacionais para conservação de energia, reciclagem, uso racional da água, limpeza, enfim, educar o cidadão e punir aqueles que trabalham diretamente contra a conservação da natureza, aqueles que têm interesse

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01809

em ver novamente um aumento de 602% no desma-tamento de uma floresta.

Precisamos reformular a lei para que possamos contornar as brechas que surgiram com o tempo; va-lorizar a área com floresta e seus proprietários; formar engenheiros ambientais; recrutar e capacitar novos fun-cionários, para que possam fiscalizar nossas riquezas naturais em todos os rincões do País.

É por isso, Sr. Presidente, que utilizo a tribuna hoje para lembrar a todos nós de que temos um longo, árduo e nobre caminho pela frente. Precisamos cuidar da nossa legislação, moderniza-la e adaptá-la à rea-lidade em constante mutação do mundo globalizado. Precisamos fazer isso com o maior esmero possível, pois é do mundo que deixaremos para nossos filhos que hoje estamos cuidando.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Cha-

mo a atenção do Plenário, mais uma vez. Temos 13 oradores inscritos para falar em menos de 3 minutos. Por favor, quem quiser dar seu pronunciamento como lido, proceda de modo que maior número de Parla-mentares possa fazê-lo.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem a palavra o ilustre Deputado Marcelo Almeida.

O SR. MARCELO ALMEIDA (Bloco/PMDB – PR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos em ano de eleição. Eleições municipais em todo o País.

No recesso tive oportunidade de ler um livro muito lido por planejadores e urbanistas: Morte e Vida de Grandes Cidades, de Jane Jacobs, escritora nor-te-americana, de 1960.

Durante a leitura é possível ter a idéia de que tipo de ruas são seguras e quais não são, de por que certos parques são maravilhosos e outros são ar-madilhas que levam ao vício e à morte, de por que certos cortiços continuam sendo cortiços e outros se recuperam mesmo diante de empecilhos financeiros e governamentais.

No capítulo sobre as calçadas e ruas temos a noção de que os principais locais públicos de uma ci-dade são seus órgãos vitais.

Ao pensar numa cidade, o que lhe vem à cabe-ça? Suas ruas. Se as ruas de uma cidade parecerem interessantes, a cidade parecerá interessante; se elas parecem monótonas, a cidade parecerá monótona.

Quando as pessoas dizem que uma cidade, ou parte dela, é perigosa ou selvagem, o que querem dizer basicamente é que não se sentem seguras nas calçadas.

No capítulo sobre uso dos parques de bairro percebemos que os parques são locais efêmeros.

Costumam experimentar extremos de popularidade e impopularidade. Além do mais, os equipamentos dos parques de pouco uso são alvo de vandalismo, o que é bem diferente do desgaste por uso.

Acredito que essa leitura seria uma boa reco-mendação àqueles que pretendem se candidatar a Prefeito.

É mais uma maneira de resgatar as virtudes dos homens. As cidades são feitas de pessoas e elas que-rem ser ouvidas.

O SR. ADÃO PRETTO (PT – RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, novamente venho à tribuna para alertar so-bre os perigos da liberação do plantio de transgênicos em nosso País.

No ano passado, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio liberou 3 registros de se-mentes de milho transgênico resistentes a insetos e a herbicidas, enquanto que, na França, está proibido o plantio e a comercialização de qualquer produto ge-neticamente modificado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – AN-VISA e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA entraram com recurso solicitando a volta e o aprofundamento das pes-quisas sobre os transgênicos no Conselho Nacional de Biossegurança, que se reuniu no final de janeiro e saiu dividido, com 5 votos favoráveis e 5 contrários, sobre a liberação das 3 variedades de milho transgênico.

Hoje acontece outra reunião do Conselho Na-cional de Biossegurança para definir se retomam as pesquisas ou se haverá a liberação para o plantio e comercialização do milho transgênico.

Esse é um tema que diz respeito à segurança alimentar e soberania nacional, pois tem reflexo na saúde, no meio ambiente e no bolso dos agricultores que ficaram reféns de multinacionais como a Monsan-to, que, além de cobrar caro o preço dos herbicidas, estabeleceu a cobrança de royalties pelo uso de seus produtos.

A Monsanto controla 80% do mercado de glifosa-to no Brasil e subiu o preço do veneno em 50%, o que faz os agricultores pagar duplamente, pois se vêem forçados a usar mais veneno.

Além disso, pesquisas comprovam que já existem várias plantas resistentes ao glifosato e que, cada vez mais, é necessário o aumento do uso do veneno nas lavouras, o que encarece o custo.

O mais grave é que está comprovado cientifi-camente o efeito cancerígeno, a contaminação dos alimentos e a persistência do glifosato no solo, o que levou a Organização Mundial da Saúde – OMS a re-classificar esse produto para altamente tóxico.

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01810 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Com isso, o discurso dos defensores do uso do glifosato como produto que não faz mal à saúde nem ao meio ambiente cai por terra. Qual será o argumento a ser usado agora na defesa dos transgênicos?

Esperamos que a Comissão Nacional de Biosse-gurança tenha responsabilidade e consciência de que não é possível colocar em risco a vida da população, li-berando a produção de mais alimentos transgênicos.

Na Comissão de Agricultura desta Casa, a banca-da ruralista defensora dos transgênicos – os mesmos que diziam que a soja transgênica diminuiria o uso de agrotóxicos na agricultura – tem arduamente lutado pelo barateamento do agrotóxico.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cautela e a prevenção são a melhor medida a ser tomada pela Comissão Nacional de Biossegurança. É fundamental que se retomem as pesquisas evitando maiores danos para a saúde e o meio ambiente.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a di-vulgação deste pronunciamento no programa A Voz do Brasil e nos demais meios de comunicação da Casa.

Muito obrigado.O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB –

PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar minha satisfação por ter recebido da Mesa Di-retora, em reunião do Colégio de Líderes, a informação de que temos a oportunidade de destravar a pauta dos trabalhos, de modo a ganhar maior produtividade.

É o registro que gostaria de fazer, Sr. Presiden-te.

O SR. ALEX CANZIANI (PTB – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero consignar nos Anais da Casa que neste ano de 2008 transcorre o centená-rio da imigração japonesa para o Brasil.

Para nossa alegria, no final do ano passado, conseguimos o empenho de 9 milhões de reais para a cidade de Rolândia, no Estado do Paraná – essa será a nossa principal homenagem ao centésimo ani-versário da imigração japonesa –, recursos que serão destinados à construção de um parque temático que, com certeza, será um ícone do turismo não só do Pa-raná, mas do País.

Deixo registrados cumprimentos à bancada do Paraná, a Ministra do Turismo, Marta Suplicy, ao ex-Ministro Walfrido dos Mares Guia e ao Presidente Lula, pelo apoio que deram no sentido de transformar o sonho de um parque temático no norte do Paraná em realidade.

Era isso o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – O

tempo para dar pronunciamento como lido se esgo-tou. Vou inscrever todos no período destinado a breves comunicações.

Acolho os pronunciamentos dos ilustres Deputa-dos Max Rosenmann, Wandenkolk Gonçalves, Arnaldo Jardim, Pompeo de Mattos, Arnaldo Faria de Sá, Ge-raldo Resende. Todos entregaram o pronunciamento à Mesa.

Determinaremos ampla divulgação dos pronun-ciamentos desses Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Max Rosenmann.

O SR. MAX ROSENMANN (Bloco/PMDB – PR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Exmo. Sr. Presidente, nobres membros da Mesa Diretora e Líderes das ban-cadas, ilustres colegas, senhoras e senhores, desde que tomou posse, em 2003, o Governador do Paraná, Roberto Requião, instituiu uma reunião semanal intitu-lada Escola de Governo, que promove uma saudável e exemplar exposição e discussão sobre os rumos da administração estadual, seus projetos e propostas.

Realizada atualmente no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, a Escola de Governo reúne os Secretários de Estado e demais servidores que ocupam cargos-chave na administração pública, servindo, ao mesmo tempo, como uma forma de ex-posição e debate sobre as políticas públicas adotadas nesta gestão, os desafios as serem enfrentados, as conquistas já obtidas.

A Escola de Governo também é transmitida se-manalmente pela Rádio e Televisão Educativa, emis-soras oficiais do Estado, permitindo assim que toda a população paranaense tome conhecimento do que está sendo feito, bem como dos temas políticos de interesse público.

Lamentavelmente, no início deste ano, as trans-missões da Escola de Governo pela TV Educativa foram alvo de restrições judiciais, sob a alegação de suposta promoção pessoal ou críticas feitas pelo Governador Requião a pessoas e instituições.

No último dia 22, a RTVE foi obrigada, por deci-são do Desembargador Edgar Lippmann, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a interromper sua pro-gramação para veicular, a cada 15 minutos, uma nota de desagravo da Associação dos Juízes Federais.

Além disso, o Governador foi proibido de expres-sar livremente suas opiniões na reunião do secretariado transmitida pela emissora, o que foi denunciado como censura prévia pelo Governo do Paraná e por inúme-ras entidades, entre elas a Associação Brasileira de Imprensa e a Federação Nacional dos Jornalistas.

Como brasileiro que lutou pela redemocratização do País e pela retomada das liberdades democráticas e como Deputado Constituinte que teve a honra e a satisfação de participar da elaboração da Constituição Federal de 1988, quero expressar meu inconformismo

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01811

por essa decisão, que, na nossa opinião, fere os pre-ceitos básicos da liberdade de expressão e opinião consagrados na nossa Carta Magna.

Não se pode admitir que qualquer brasileiro —seja ele um cidadão comum ou um governador – seja pre-viamente impedido de expressar suas opiniões, sob o pretexto de uma suposta presunção de prejuízo para a honra dessa ou aquela instituição que se conside-rou suscetível pelas posições desse ou daquele ente político.

O Governador Requião é conhecido nacional-mente por suas posições claras, muitas vezes contro-versas, mas sempre visando ao interesse público e à defesa do bem comum.

A Escola de Governo é um exemplo de iniciativa administrativa que deveria ser imitada em todo o País, pois, por meio dela, toda a população pode acompanhar o que está sendo feito com o dinheiro dos impostos que o Estado arrecada, bem como os grandes temas políticos que mobilizam a sociedade.

Temas esses que incluem a defesa intransigente da COPEL e da SANEPAR como empresas públicas, o questionamento em torno das abusivas tarifas do pedágio e a luta incessante para dar a todos, espe-cialmente aos mais pobres, as mesmas oportunidades de uma vida digna e produtiva.

Qualquer um que conheça o sentido de nossas leis sabe que se alguém se sente agredido por qual-quer opinião manifestada na imprensa ou por um ente político, tem todo o direito de recorrer à Justiça para requerer a reparação do dano.

Jamais pode, porém, a Justiça proibir antecipa-damente alguém, seja quem for, de expressar suas opiniões, sobre a presunção de que haverá dano, pois isso, sem dúvida, configura uma censura prévia que fere as normas básicas sobre as quais está assentada a nossa democracia.

Nesse caso em tela, causa-nos espécie ainda a decisão do desembargador do TRF, de determinar que a TV Educativa veiculasse nota de desagravo da Asso-ciação dos Juízes Federais em seu benefício, quando a entidade nem sequer figura como parte da ação judicial e não tomou a iniciativa de propor qualquer recurso de agravo para ver divulgado esse texto.

Também é no mínimo estranha a atitude do de-sembargador de querer impedir que entidades, par-tidos e lideranças políticas contestem suas decisões relativas à TV Educativa, ameaçando com sanções aqueles que exercem o contraditório.

O juiz, como qualquer ente público, está sujeito à discordância de suas posições e não deveria reagir com a aplicação de multas e outras punições para inibir as manifestações legítimas da sociedade.

Ao fazer isso, o magistrado acaba atuando de forma partidária e discricionária.

A Escola de Governo tem sido utilizada dentro de uma visão comunitária, com benefícios inegáveis para a coletividade e a sociedade paranaense, promovendo desde manifestações culturais até campanhas educa-tivas e de prevenção como a de combate à dengue, às drogas ou a educação no trânsito.

Todos têm o direito de concordar ou discordar das posições políticas e dos temas levantados pelo Governador Roberto Requião nas reuniões do secreta-riado, mas querer proibi-lo de falar, querer calar quem foi eleito de maneira justa para defender publicamente o que acredita em favor do que considera melhor para o Estado é abrir um precedente perigosíssimo de cen-sura e restrição das liberdades democráticas que não podemos admitir.

Não se trata de defender esse ou aquele ente po-lítico, mas sim de defender um preceito constitucional e um direito sagrado que vale para todos nós, brasi-leiros, independente das posições políticas ou ideoló-gicas em questão, e do qual não podemos abrir mão em hipótese alguma, sob pena de abrirmos caminho para um retrocesso histórico.

Esperamos que a Justiça reveja e reflita sobre o que está em jogo nessa discussão, para que no final prevaleçam os princípios definidos pela Constituição de 88, devolvendo ao Governador Requião a liberdade para defender abertamente as posições que o levaram a ser por 3 vezes eleito pela população paranaense para comandar os destinos do nosso Estado.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para registrar nossos votos de profundo pesar pelo faleci-mento, no último dia 7, do empresário e amigo Norival Bernardi.

Nascido em 27 de junho de 1944, natural de Tim-bó, Santa Catarina, Norival Bernardi era filho de Ricieri e Tereza Buzzi Bernardi.

Em 1960, mudou-se para o Estado do Paraná com seus pais e irmãos, Nivaldo, Nivanor, Sulamita e Nilton, estabelecendo-se em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

Foi empresário do ramo de combustíveis, indús-tria de madeiras e revenda de veículos, trabalhando sempre com dedicação e honestidade.

Também procurou, ao longo de sua vida, promo-ver o interesse da coletividade e estimular e defender o empreendedorismo, tornando-se inclusive fundador e presidente da Associação Industrial de Quatro Barras e de Campina Grande do Sul, de 1992 a 1996.

Como cidadão consciente e interessado no bem comum, participou da vida política e partidária do mu-

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01812 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

nicípio, chegando a presidir agremiações partidárias de sua região.

Foi entusiasta do esporte e ocupou o cargo de diretor do Clube Náutico de Antonina.

Norival Bernardi faleceu no último dia 7 e foi se-pultado no cemitério da Colônia Faria, em Colombo.

Deixou viúva Nilsa Bernardi, com quem foi casa-do durante 44 anos, e 3 filhos – Nosley, Noeli e Giseli –, além de genros, nora e 8 netos.

Como amigo que teve a satisfação de partilhar do companheirismo de Norival Bernardi, não poderia deixar de registrar nossa homenagem a esse grande homem e cidadão e o nosso voto de pesar à família e a todos os que continuarão levando na memória as lembranças e os exemplos que ele deixou em sua vida.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a di-vulgação do meu pronunciamento no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.O SR. WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB –

PA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna, na tarde de hoje, para solicitar ao Presidente desta Casa que seja inserido nos Anais deste Parlamento a Carta Aberta à População do ex-Governador do Pará, Dr. Simão Jatene, publicada no jornal paraense O Liberal, no último domingo.

Trata-se, Sr. Presidente, de uma reação oportuna, diante das múltiplas injustiças e ataques infundados, proferidos por membros do Governo atual do Estado do Pará, que, em face da imobilidade quase que total, ten-tam macular o Governo do ex-Governador Jatene.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o PSDB do meu Estado prestou relevantes serviços em prol da população e do nosso Pará, governando aquele Estado por 12 anos e, neste período, foi possível dar uma outra cara ao nosso Estado, com inúmeros inves-timentos e melhorias, nos mais diversos segmentos, o que propiciou um crescimento invejável para muitos Estados da Federação.

O Dr. Simão Jatene, sucedeu o ex-Governador Almir Gabriel, que, por sua vez, deu início a uma ver-dadeira revolução no meu Estado, promovendo um grande desenvolvimento e transformando de forma significativa o Pará. O Dr. Simão Jatene, foi fundamen-tal para o sucesso destes 2 mandatos sucessivos. O Dr. Simão Jatene, ao suceder o ex-Governador Almir Gabriel, com toda a sua competência executiva, fez um governo de êxito, sempre voltado para beneficiar a população paraense.

Dessa forma, Sr. Presidente, eu que fui, com muita honra, colaborador do Governo Jatene, como Secretá-rio de governo, tendo testemunhado a lisura e a corre-

ção de seus atos, não poderia deixar de registrar, nos Anais desta Casa, essa Carta Aberta à População do nobre ex-Governador Simão Jatene, lamentando que esses fatos ainda ocorram no nosso Brasil. É muito fácil criticar os antecessores, mas essas críticas são inócuas para os olhos da população, quando não se vê ação desses dirigentes de plantão, pois muito foi prometido nas campanhas eleitorais, mas nada ainda foi realizado, para a desesperança de nossa popula-ção. Apenas promessas e incompetência generalizada no âmbito da administração pública estadual, Sras. e Srs. Deputados.

Encerrando essas poucas palavras, para aí, sim, deixar registrada a Carta Aberta à População do meu Estado, enfatizo a correção, honestidade e capacida-de do ex-Governador Simão Jatene, que já fez história para a nossa gente, com grandes serviços prestados ao nosso Estado do Pará, que governou como um ver-dadeiro estadista, sempre visando ao engrandecimento do nosso Pará e da nossa Amazônia e, principalmente, da nossa gente, sendo referência, pela sua competên-cia, para a administração pública deste País.

Solicito, mais uma vez, Sr. Presidente, a inclusão, nos Anais desta Casa, da Carta Aberta à População do meu Estado do Pará, publicada no último domingo, no jornal paraense O Liberal.

Ao encerrar, repito uma frase do ex-Governador Simão Jatene, inclusa na referida carta, que resume o atual Governo do Pará: “Uma mentira repetida à exaustão pode até, para alguns, parecer verdade, mas continuará sendo, sempre, mentira”.

Muito obrigado, Sr. Presidente.Era o que tinha a dizer no dia de hoje.

CARTA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

Carta Aberta à PopulaçãoA cada dia, os desafios da sociedade moderna

vêm impondo a todo cidadão, independentemente de credo, classe ou cor, uma maior responsabilidade cole-tiva, sem a qual se torna insustentável viver em grupo. Essa exigência, por razões óbvias, é ainda maior para os homens públicos, especialmente os políticos, para os quais coerência e compromisso com a realidade e com os fatos devem ser, cada vez mais, princípios fundamentais.

A atitude de achar que no exercício político é aceitável dizer qualquer coisa, banalizar a acusação irresponsável e a promessa irrealizável que, para al-guns, chega a ser sinônimo de sagacidade e até com-petência, tem contribuído para aumentar as suspeitas sobre os homens públicos em geral e o descrédito nas

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01813

instituições, desqualificando a atividade política como capaz de promover transformações necessárias.

Agravando o quadro, essa compreensível e até justificável desconfiança vem sendo estrategicamente manipulada e potencializada até mesmo por alguns po-líticos que, com história pouco ou nada recomendável, têm maior chance nas disputas eleitorais quanto mais sucesso obtiverem patrocinando a idéia de que “todo político é igual”. O que remete as escolhas eleitorais para o dramático e pantanoso critério do “menos pior”, ou até mesmo do “rouba mas faz”.

Nesse cenário, a desinformação e, ou, controle e manipulação da informação se tornam armas funda-mentais, fazendo da “opinião pública” presa daqueles que podem impor, ainda que temporariamente, suas versões sobre os fatos, mesmo quando essas, mui-tas vezes, são escandalosamente conflitantes com a realidade.

A mentira e o proselitismo, inclusive na conhecida estratégia de transferir responsabilidades para esconder fragilidades, surgem como elementos decisivos para o reforço da perversa “lógica” de que o que importa é a versão e não o fato. Sem limites, a idéia de que “os fins justificam os meios”, além de discutível, abre ca-minho para o império da violência nas suas mais di-versas formas, fazendo com que ela se afirme como princípio aceitável de comportamento social. Instala-se a sociedade do “vale tudo”, do “cada um por si”, num cenário onde todos se acham apenas com direitos e sem deveres.

Reagir a isso é, pois, a razão maior dessa car-ta.

Por todo o ano de 2007, assisti paciente e si-lenciosamente a membros do governo, inclusive a Governadora, com maior ou menor grau de virulên-cia e sensacionalismo, reproduzir o velho bordão da “herança maldita”, para se esquivar e justificar toda e qualquer crítica a erros e omissões cometidas pelo governo atual.

Até pela condição de ex-governador e, como tal, conhecedor da tão honrosa quanto árdua tarefa que é governar o Estado, mesmo correndo o risco de ser avaliado pela máxima, nem sempre correta, do “quem cala consente”, preferi o silêncio, creditando o compor-tamento do novo corpo dirigente à sua necessidade de responder, de alguma forma, às enormes e nem sempre sustentáveis expectativas criadas em campanha.

Tal dedução nos parecia a mais razoável, inclusive pela forma absolutamente democrática e transparen-te como foi realizada a transição, que é bom lembrar, conforme noticiado à época, sugeri, até para evitar manipulação política, que a mesma fosse acompa-nhada por órgãos externos ao poder executivo, inclu-

sive pelo Ministério Público, o que não foi aceito pelo governo eleito.

Todavia, passado um ano, além de manobra para desviar o foco de fatos desgastantes e a dificuldade de se justificarem face a um desempenho claramen-te insatisfatório e cheio de trapalhadas, a recorrência aos mesmos pretextos parece ser uma deliberada e orquestrada campanha difamatória e de desconstru-ção de imagens, o que torna impossível calar, sem se curvar à esperteza. Uma mentira repetida à exaustão pode até, para alguns, parecer verdade, mas continu-ará sendo, sempre, mentira.

Assim, sem qualquer interesse em polemizar e contribuir com a desatenção da Governadora para com tarefas inerentes ao cargo, mas por princípios e valores que acredito necessário preservar, e em reco-nhecimento ao respeito e carinho que sempre recebi do povo do Pará, vamos aos fatos.

Após um ano de governo, além do claro descom-passo entre promessas, discursos e as realizações, estamos assistindo, num típico clima de campanha fora de época, a um festival de manifestações que tentam confundir, desqualificando tudo o que foi feito na gestão anterior, e alardeando estar entregando à população obras e serviços que já lhe pertenciam.

Num claro esforço de torturar a realidade para que ela confesse não ser real, temos visto ser reafirmado que “agora sim, os hospitais regionais saíram do papel”, como se as populações de Santarém, Redenção, Alta-mira, Marabá e até da Região Metropolitana de Belém, em especial a de Ananindeua, que acompanharam o surgimento e conclusão de cada uma dessas obras, tivessem sido acometidas de delírio, e que tais obras não tivessem passado de miragem, surto de esquizo-frenia coletiva.

Como, a não ser violentando os fatos, apagar o discurso proferido pela prefeita de Santarém, do partido da própria Governadora, quando da visita às instalações do Hospital Regional do Baixo Amazonas, diante da qualidade das obras e, particularmente, dos equipamentos de última geração instalados e a muito requeridos pela região? Fato presenciado por dezenas de lideranças e centenas de pessoas.

Ao negar isso, o atual governo, por motivação que só pode ser política, não engendra apenas uma nova inauguração, ou evita o desconforto de ter que admitir como falso seu discurso de campanha, dizendo que os hospitais não estavam sendo construídos. Mais que isso, retira da população o direito de contar com um serviço que já poderia estar disponível. E aí reside a gravidade maior de tal comportamento.

A verdade que parece incomodar é que a “Agen-da Mínima”, por nós apresentada no início do governo,

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01814 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

trazia como compromisso a construção de 5 hospitais de média e alta complexidade, e os mesmos foram construídos e equipados. Apesar do atual governo, em confronto com os fatos, tentar negar.

Além desses, e é bom que se diga, estavam ain-da em construção o Hospital do Marajó, em Breves, com 75% das obras físicas já realizadas, e um hospi-tal geral em Tailândia, com 90% concluído, sem falar do Hospital Oncológico Infantil, em Belém, este, sim, apenas iniciado.

Importante ainda é esclarecer que, por conta de contrato assinado com o BNDES, ficaram garantidos em torno de 40 milhões de reais para conclusão des-ses últimos, o que certamente poderia ter ocorrido já em 2007, se o governo estivesse menos preocupado em tentar apagar o passado do que em realizar investi-mentos que atendam à população, fazendo, na prática, da saúde, uma prioridade.

E aqui não é possível deixar de fazer referência ao constante discurso de que o Estado foi encontrado completamente desequilibrado, um verdadeiro caos, com mais de 250 milhões de dívidas e apenas pouco mais de 1 milhão de reais em caixa, recorrentemente utilizado pela Governadora e alguns de seus secretá-rios, todas as vezes que procuram justificar o desem-penho da sua administração.

Tais afirmações, que tentam passar para a opi-nião pública a imagem de balbúrdia, “cofre vazio” e “terra arrasada”, conquanto possam ter algum efeito publicitário, não encontram qualquer correspondência com os fatos.

Antes de tudo, é bom lembrar que nas justifica-tivas de vários decretos, como os de número 029 de 28 de fevereiro de 2007, ou 030 datado de 1º de mar-ço de 2007, entre outros, todos publicados no Diário Oficial do Estado, Sua Excelência Governadora assina o seguinte texto: “O Estado do Pará tem conseguido cumprir as metas do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional”, o que por si só é absolutamente incompatível com o discurso do caos. Desse modo, sem pretender ser indelicado, e até com certa perplexidade, cabe perguntar: onde está a verdade? Nos discursos para os meios de co-municação ou nos documentos oficiais assinados e publicados?

Por outro lado, como uma administração em com-pleto desequilíbrio não desencadeia forte programa de contenção de gastos, especialmente correntes, permitindo que em 2007 as viagens só para o exterior tenham sido de quase uma centena, e os gastos com publicidade fossem 20% superiores aos de 2006?

O fato que os paraenses precisam saber é que mesmo tendo sido fortemente discriminado pelo Go-

verno Federal, que no período 2003/2006 deixou de transferir para o Estado aproximadamente 1,3 bilhão de reais, procuramos honrar compromissos assumidos com a população e registrados na Agenda Mínima.

Só como exemplos, enquanto em 2002 as trans-ferências constitucionais para o governo do Pará já so-mavam, a preços constantes, 3,003 bilhões de reais, em 2003 foram de apenas 2,292 bilhões de reais, ou seja, mais de 700 milhões de reais a menos. Em 2004, 2,546 bilhões de reais, em 2005, 2,828 bilhões de re-ais e, só quatro anos depois, isto é, em 2006, voltaram para o nível de 2002, alcançando 3,075 bilhões de re-ais. Os números estão disponíveis para quem quiser constatar. E aqui, mais do que autopromoção, aproveito para agradecer à equipe de governo e, especialmente, aos servidores públicos que nos ajudaram a enfrentar essas dificuldades.

Assim, sem quebrar princípios inerentes à admi-nistração pública e às questões de Estado, na “conta única”, bem como nas várias outras contas vinculadas do Governo, no Banco do Estado do Pará, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, ficaram depositados mais de 250 milhões de reais. Tais recursos, quando somados aos recursos de 2006 que só ingressaram nos cofres públicos em 2007, conforme também é admiti-do em decretos assinados pela própria Governadora, dentre os quais os anteriormente citados, garantiram o equilíbrio das contas públicas, mesmo tendo sido re-alizados investimentos importantes, como o “Hangar”, fartamente criticado em campanha e hoje assumido como obra exemplar e ícone do Estado.

Por outro lado, sem pretender abusar da paciên-cia dos que nos lêem, registre-se ainda que o nosso governo, após longas negociações, contraiu operações de crédito no valor de, aproximadamente, 790 milhões de reais. Destes, foram utilizados apenas pouco mais de 250 milhões, ficando então disponíveis para o go-verno atual mais de 500 milhões de reais, para cons-trução de pontes, pavimentação de estradas, saúde e saneamento, além de apoio aos municípios. Recursos cuja não visibilidade ou utilização ano passado não tem explicação razoável, a não ser uma deliberada estratégia de ganhar tempo para tentar desvincular sua origem do nosso governo.

Finalmente, mais uma vez, agradecendo a aten-ção aos leitores e me desculpando por ter que vir a público tratar destas questões que podem parecer de menor importância, quero reafirmar minha inabalável crença de que o Pará é maior que qualquer partido ou liderança política, desejando que o Estado continue crescendo e enfrentado seus maiores desafios que são a redução da pobreza e das desigualdades. Nos meus 60 anos de vida, dos quais mais de 35 como

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01815

servidor público, continuo a crer que certas manobras políticas, fundadas na esperteza, podem até gerar al-guns votos de desavisados, mas jamais conquistam o respeito. Sem menosprezar o voto, há muito fiz minha opção. Prefiro continuar tendo o respeito.

Simão Jatene.O SR. ARNALDO JARDIM (PPS – SP. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, o nosso alerta começa a se tornar realidade: o Brasil poderá enfrentar um racionamento energéti-co. E pior, o Governo não pode dizer que foi pego de surpresa, afinal são públicos e notórios os fatos que compõem este enredo desastroso para o País: a ins-tabilidade na Bolívia; o atraso nas hidroelétricas do Rio Madeira; a demora na exploração das reservas nacionais de gás natural; a visão estatizante do novo modelo do setor elétrico, que afugentou investimentos privados na geração elétrica; o ciclo de 7 anos do fe-nômeno La Niña; a querela política que se perpetuou por 7 meses em torno do nome do titular do Ministério de Minas e Energia.

Diante de tantos percalços, o Presidente Lula vem a público e assegura que não faltará energia. Faltou apenas detalhar como isso será possível, diante do aumento da demanda e da escassez na oferta.

Parece que não aprendemos nada com o sus-to de 2001. Falta transparência por parte do Governo sobre a real situação do setor elétrico, onde proliferam declarações contraditórias, assim como definições de uma política de contingência do gás natural. Se a prioridade é a geração, empresas como a de vidro e a de cerâmica, que precisam ter fornos a gás ligados ininterruptamente, serão fechadas? Mais uma vez está claro que ainda prevalece a preocupação do estrago político de um racionamento em ano eleitoral, em de-trimento de uma visão mais pragmática.

Configura-se, então, um quadro de instabilidade no qual o preço da energia no mercado livre disparou 92%, deste o início de ano, o que pode comprometer o ritmo de expansão do setor produtivo e alertar para a pressão inflacionária que o insumo deve exercer na economia este ano.

As vozes destoantes vêm do Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Jerson Kelman, e de entidades como a Associação Brasileira das Em-presas de Conservação de Energia, do Centro Brasi-leiro de Infra Estrutura – CBIE e do Instituto Acende Brasil. Todos destacam a necessidade premente de deflagrarmos uma campanha nacional para a redu-ção no consumo de energia elétrica e para a elabo-ração de um plano de contingência para um eventual racionamento.

Membro da Comissão de Minas e Energia, tenho defendido sistematicamente a adoção do conceito de eficiência energética, não apenas como um diferencial de competitividade na indústria, comércio e serviços, mas pelo princípio de se produzir mais com menos.

No Brasil, o mercado de eficiência energética já movimenta cerca de R$200 milhões por ano, gerando novas oportunidades de negócios para concessioná-rias, fabricantes de equipamentos eficientes, empresas usuárias de energia e, principalmente, para as ESCOs, Empresas de Serviços de Conservação de Energia.

A Lei Federal nº 9.991, de 2000, por exemplo, que obriga as concessionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica a aplicarem, no mínimo, 0,50% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética, proporcionou, em 8 anos, im-plantações com investimento de cerca de R$1,5 bilhão. A economia energética resultante representa o potencial da Usina de Angra III, a um custo muito inferior e sem imbróglios ambientais – pelo contrário, com redução equivalente de emissão de gases poluentes.

Aliás, vou propor a realização de audiência pública para se discutir a criação de uma Subcomissão para tratar de propostas para disseminar a prática da efici-ência energética, pois padecemos da necessidade de uma política nacional capaz de estabelecer diretrizes a serem executadas em conjunto por todos os setores e com a plena participação da sociedade. Assim, assegu-raríamos o potencial de geração virtual, sem qualquer corte de fornecimento, apenas utilizando melhor e com mais racionalidade a energia disponível.

Dentro deste espírito, também devemos lutar para ampliar o alcance do PROESCO, uma linha de crédito criada pelo BNDES, no valor de R$100 mi-lhões, para as ESCOs utilizarem em seus contratos e projetos, tendo como respaldo a garantia de 80% do total financiado.

Acredito que entidades como a ABESCO, o CBIE, o Acende Brasil, o Instituto Nacional de Eficiência Ener-gética – INEE e o Instituto Akatu possam trabalhar em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elé-trica – PROCEL, vinculados ao Ministério de Minas e Energia, e o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados de Petróleo e do Gás Natural – CONPET, executado pela PETROBRAS, no sentido de elaborar uma campanha nacional de massa para combater o desperdício e incentivar o uso racional da energia elétrica.

No final do ano passado apresentei à Secretá-ria Estadual de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena, o Programa Municípios Energoeficientes, em parceria com a ABESCO, que visa criar e fomen-

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01816 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

tar políticas energéticas buscando a sustentabilidade e autonomia dos municípios paulistas.

Neste período de indefinições, tenho uma cer-teza: é melhor racionalizar do que racionar. Como as obras para expansão da geração elétrica têm um tempo de maturação, defendo medidas e ações prá-ticas urgentes em torno da eficiência energética, sob o risco de acendermos velas no velório do espetáculo do crescimento.

O SR. POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT – RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e. Srs. Deputados, desejo destacar notícia divulgada ontem pela Confederação Nacional de Municípios – CNM, segundo a qual estudo de responsabilidade social e fiscal classifica 30 cidades do Estado do Rio Grande do Sul entre as 100 melhores do Brasil no quesito no Índice de Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão – IRFS.

O Rio Grande do Sul só perde a liderança no ranking para São Paulo, que tem 41 cidades entre as 100 primeiras. Todavia, considerando-se unicamente o quesito fiscal, o Rio Grande do Sul obtém a maioria, com 47 cidades entre as 100 melhores.

Elaborada pela Confederação Nacional de Mu-nicípios com base em dados de 2006, a avaliação considera 16 indicadores, como os gastos da admi-nistração pública com pessoal, Legislativo, educação e saúde, endividamento, mortalidade infantil, taxa de abandono escolar e média de consultas médicas. Em resumo, o índice procura verificar o equilíbrio entre receita e gastos e os resultados obtidos na melhoria dos serviços públicos.

A seguir, Sr. Presidente, apresento o ranking dos municípios gaúchos incluídos na lista de 100 melhores classificados: Tupandi 2º; Boa Vista do Sul 5º; Pareci Novo 11º; Nova Prata 15º; São José do Inhacorá 16º; Coronel Barros 19º; Erebango 25º; São José do Hor-têncio 26º; Garibaldi 27º; Dois Irmãos 28º; Ivorá 42º; Alecrim 49º; Montauri 56º; São Pedro do Butiá 57º; Vale Verde 59º; Veranópolis 61º; Sapiranga 63º; Pirapó 64º; Protásio Alves 67º; Mato Leitão 68º; Arroio do Padre 71º; Caseiros 72º; Trindade do Sul 75º; Linha Nova 76º; Nova Ramada 82º; Três Coroas 83º; Estrela Velha 87º; Alto Feliz 89º; Sede Nova 97º; Nova Alvorada 98º.

Segundo a CMN, os municípios gaúchos têm demonstrado bom desempenho nas áreas fiscal e de gestão muito acima da média nacional. O Município de Tupandi, no Vale do Caí, classificou-se em segundo lu-gar no ranking geral do IRFS, ficando atrás apenas de Orindiúva, em São Paulo. A posição indica uma gestão equilibrada nas 3 áreas avaliadas.

Numa escala de 0 a 1 (de pior a melhor), Tupan-di obteve nota 0,648, quando a média nacional é de

0,501. De acordo com a CMN, cidades menores ob-têm melhores indicadores porque gastam menos com a folha de pessoal e, em geral, possuem baixo índice de endividamento.

O estudo aponta melhora no fator responsabili-dade social. Entre as Capitais, 14 apresentaram piora na avaliação obtida em 2002 – ano em que o estudo passou a ser realizado – e 2006. Porto Alegre segue abaixo da média nacional, com índice 0,466 (era de 0,476 em 2002). Vitória, no Espírito Santo, é a Capital melhor avaliada, com índice 0,556, enquanto Maceió, em Alagoas, obteve a pior nota, com 0,428.

O levantamento revela ainda crescimento da média nacional no tocante ao Índice de Responsabili-dade Social, que pulou de 0,430 em 2002 para 0,550 em 2006. Para a CMN, o percentual médio da receita gasto em educação (de 28,9% em 2005 para 30,2% em 2006) e saúde (de 16,1% para 19,1%) ajuda a ex-plicar a melhora.

Registro esses dados, Sr. Presidente, porque te-mos carência de boas notícias relacionadas à adminis-tração pública e o exemplo desses municípios gaúchos deve merece o devido destaque e reconhecimento.

Ainda na tribuna, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, aproveito para dizer que, no último domingo, dia 10, o O Estado de S.Paulo publicou artigo do Sr. Marco Antonio Raupp, Presidente Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. No texto, o Prof. Raupp manifesta sua preocupação com o resultado da reunião, prevista para hoje, do Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, presidido pela Ministra Dilma Rousseff. O objetivo da audiência é apreciar recursos da ANVISA e do IBAMA contra decisões da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio.

A mais recente envolve o milho, contestado pelas ONGs e agora por setores do Governo ligados aos Mi-nistérios da Saúde e do Meio Ambiente. O milho é uma das mais importantes fontes de alimento no mundo. A cadeia produtiva de suínos e aves consome de 70% a 80% do milho brasileiro. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, com aproximadamente 35 milhões de toneladas em 2005, atrás somente dos EUA (282 milhões de toneladas) e da China (139 milhões). No País, o milho é plantado em 2 safras e cultivado em quase todo o território nacional – 92% da produção se concentra nas Regiões Sul (47%), Sudeste (21%) e Centro-Oeste (24%).

Nos últimos anos, os insetos da ordem Lepidop-tera (lagartas) têm se tornado pragas limitantes na cultura do milho no País, com danos de até 34% na produção desse grão. Com o aumento da área culti-vada na chamada safrinha (3 milhões de hectares), o problema se agravou. Em algumas áreas, são ne-

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cessárias dezenas de pulverizações com inseticidas num único ciclo da cultura. O Brasil é o terceiro maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo. Temos, hoje, 142 agrotóxicos registrados para milho, 107 só para lagartas. Já existem vários casos de resistência, pelo uso constante e indiscriminado de inseticidas na cultura do milho no País.

Além disso, um dos fatores que mais afetam a saúde dos agricultores no Brasil é o uso de defensivos agrícolas, altamente agressivos, responsáveis pela in-toxicação de 1 milhão de pessoas anualmente e pelo lixo tóxico resultante do descarte das embalagens.

Um dos produtos aprovados pela CTNBio é o milho modificado para resistir ao ataque das lagartas. Esse milho transgênico, cultivado e comercializado na União Européia e em mais 13 países – Argentina (desde 1998), Austrália, Canadá, China, Japão, Coréia do Sul, Filipinas, México, África do Sul, Suíça, Taiwan, Uruguai e EUA (neste último, desde 1995) –, expressa uma proteína responsável, especificamente, pela mor-te das lagartas, sem efeito tóxico para outros insetos, como abelhas, besouros ou joaninhas. Essa proteína é idêntica à encontrada em bactérias do solo que são pulverizadas nas culturas há mais de 40 anos, técnica amplamente utilizada pelos agricultores orgânicos.

Outro processo em discussão é o do milho que ganhou um gene que o torna resistente a herbicida pro-duzido por uma bactéria de solo, permitindo a elimina-ção de plantas daninhas com menor agressão ao solo no processo de aragem, além de outras vantagens.

É importante ressaltar que nenhuma dessas va-riedades causou dano algum ao meio ambiente, aos animais ou aos seres humanos. No Brasil, exaustivos experimentos controlados no campo provaram sua inocuidade para o ambiente.

Somando os aumentos na renda dos agricultores que adotaram um dos 6 principais cultivos transgêni-cos, o ganho mundial em 10 anos foi de US$26,85 bi-lhões. O total de ganho em cada país variou de acor-do com o número de cultivos e com a taxa de adoção da nova tecnologia. Os EUA foram o país que obteve maior ganho, quase US$13 bilhões em 10 anos, e a Argentina, US$5,5 bilhões. Nossa participação no ga-nho mundial foi de apenas 5%, e se deve ao fato de o País produzir, em grande escala, apenas soja tole-rante a herbicidas.

Em ganhos ambientais, prevê-se que, em 10 anos, a adoção do plantio de soja transgênica economizará 42,7 bilhões de litros de água, 300 milhões de litros de óleo diesel, com redução de emissões para a atmosfera de aproximadamente 1 bilhão de toneladas de dióxi-do de carbono, o equivalente a plantar 6,8 milhões de árvores. Para algodão e soja, estima-se uma redução

de uso de mais de 77 mil toneladas de agrotóxicos. Nossa indústria é a mais prejudicada com o ingresso de sementes piratas, em razão da demora na adoção de sementes transgênicas.

É importante que se reafirme para a sociedade civil a qualidade científica e tecnológica dos membros da CTNBio. São nomes da mais alta relevância, reco-nhecidos nacional e internacionalmente pela excelência da pesquisa que desenvolvem, muitos deles propostos pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciên-cia – SBPC. Esses cientistas se dedicam a avaliar as solicitações encaminhadas às 4 áreas de atuação da Comissão: ambiental, vegetal e saúde humana e ani-mal. Trata-se de trabalho constante e dedicado, que muitas vezes acaba sendo questionado não pelo mérito da decisão, mas pela falta de informação ou por moti-vos ideológicos. Recentemente, o Ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, fez um balanço muito positivo dos trabalhos da CTNBio no último biênio. Esse trabalho, no entanto, vem sendo sistematicamen-te contestado por organizações não governamentais, principalmente quanto às liberações comerciais, e o próprio Ministro destacou que o Governo acompanha os numerosos recursos judiciais interpostos contra algumas decisões da CTNBio.

Parte da cultura contra os transgênicos tem raízes obscurantistas e está causando muitos danos à ciência e à economia brasileiras, bem como ao meio ambiente, pelo uso indiscriminado de defensivos agrícolas.

Faço coro com o Prof. Raupp e com os valoro-sos profissionais da SBPC e da CTNBio, para que o Conselho Nacional de Biossegurança não dê provi-mento aos recursos interpostos, reconhecendo que existe uma lei aprovada pelo Congresso Nacional – a Lei nº 11.105/05 – que atribui somente à CTNBio a responsabilidade de deliberação sobre organismos transgênicos e seus derivados. ANVISA e IBAMA são órgãos de fiscalização e não de elaboração de políti-cas de Estado.

A sociedade tem de se posicionar de forma es-clarecida, sem emoções, levando em consideração a qualidade técnico-científica do parecer e a credibilida-de desses brasileiros que se dispõem a trabalhar para manter a rigidez de critérios na emissão de laudos fun-damentados em ciência, não em crenças.

Muito obrigado.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e. Srs. Deputados, peço a V.Exa. que dê divulgação à nota pública do Sindicato Nacional dos Auditores Fis-cais do Trabalho sobre a chacina ocorrida há mais de 4 anos na cidade de Unaí, Minas Gerais.

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01818 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

NOTA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

CHACINA DE UNAÍ – 4 ANOS DE IMPUNIDADEO Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do

Trabalho – SINAIT dirige-se aos cidadãos brasileiros e às autoridades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo para manifestar, neste dia 28 de janeiro de 2008, sua indignação com a demora do julgamento dos nove acusados de envolvimento no assassinato de Era-tóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira, que completa hoje quatro anos, sem punição.

Apesar de toda a trama do crime ter sido desven-dada em julho de 2004 e de todos os nove acusados terem sido indiciados – oito deles foram pronunciados pela Justiça para irem a júri popular – o processo não tem avanços significativos e o julgamento não foi mar-cado. Essa situação arrastada, para as famílias e para os Auditores Fiscais do Trabalho, que perderam entes queridos, é sinônima de impunidade.

O SINAIT tem manifestado sua indignação em diversos fóruns e momentos, e busca o apoio das ins-tituições da sociedade para exigir do Poder Judiciário que este caso seja concluído com o julgamento e a pu-nição dos responsáveis pelo crime. Também faz o mo-vimento inverso: apóia outras instituições que, como a Fiscalização do Trabalho, são atacadas por sua postura de defesa da parte mais frágil de um sistema apoiado na lógica economicista, em detrimento da dimensão humana das relações. Muitos são os crimes que ainda estão impunes no Brasil, uma grande parte cometida ou ordenada por empresários, especialmente no agro-negócio, quando o latifúndio e a exploração de seres humanos são motivo de questionamento.

Quatro anos depois do crime de Unaí (MG), que chocou o mundo por sua brutalidade e ousadia, a impunidade impede que as famílias das vítimas e os Auditores Fiscais do Trabalho simplesmente prestem homenagens à memória dos parentes e amigos. Sem justiça, a dor e a indignação permanecem além da saudade, obrigando a manifestações e protestos, que não gostariam mais de promover.

A exigência é apenas uma, legítima e natural: que o julgamento dos criminosos seja marcado, para que a justiça possa ser, finalmente, aplicada. O crime já foi consumado, os mortos não retornarão – embora a memória os faça presentes –, mas os responsáveis pela barbaridade devem pagar por seus atos. É a lei. Pois então, que se cumpra a lei.

Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Tra-balho – SINAIT.

O SR. GERALDO RESENDE (Bloco/PMDB – MS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados, no último dia 25 de janeiro, a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anun-ciou em reunião com os Governadores André Pucci-nelli, do meu Mato Grosso do Sul, Roberto Requião, do Paraná, e Luiz Henrique da Silveira, de Santa Ca-tarina, que o projeto da FERROESTE será incluído no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. A ferrovia ligará Maracaju, Mato Grosso do Sul, a Pa-ranaguá, no Paraná e precisará de investimentos que somam R$1,3 bilhão.

Foi uma decisão acertada que nos deixou ex-tremamente felizes, pois se trata de projeto que a sociedade sul-mato-grossense defende há mais de 2 décadas sem sucesso, sempre esbarrando na ne-cessidade de elevados investimentos. Com a decisão do Governo Federal, após diversas interlocuções que fizemos junto com os Governos dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, é retomada a perspectiva de integração de meu Estado, por meio da malha ferroviária, ao Porto de Paranaguá.

Do ponto de vista do Estado de Mato Grosso do Sul, uma das principais exigências, qual seja, a com-provação de seu potencial econômico na produção de grãos e álcool, está superada. Nossa produção agrícola resulta em cerca de 4 milhões de toneladas/ano.

A implantação desse ramal ferroviário interessa aos 3 Estados, pois além de fazer a ligação de regiões produtoras de grãos também irá diminuir o tráfego in-tenso de caminhões na BR-163 e encurtar o caminho até o Porto de Paranaguá.

A concessão para essa ferrovia é da empresa FERROESTE, criada em outubro de 1988, para cons-truir e operar a ferrovia, que passará por Dourados e deverá cortar os Municípios de Mundo Novo, Eldora-do, Itaquiraí, Naviraí, Juti e Caarapó, beneficiando, portanto, todos os municípios da região da Grande Dourados, tendo, ao todo, 626 quilômetros, dos quais 270 em solo de Mato Grosso do Sul.

O principal impacto gerado pelo investimento de-verá ser o barateamento no custo do frete, que hoje chega a R$2,5 por saca no transporte rodoviário, dimi-nuindo um dos principais obstáculos enfrentados pelo setor produtivo: o alto custo de escoamento da produ-ção. Além disso, é importante ressaltar que, atualmente, com a perspectiva de implantação de pelo menos 30 unidades de produção de açúcar e álcool na região, não há estrutura de transporte para toda essa produ-ção, fato que precisa ser analisado e resolvido.

Portanto, o anúncio feito pela Ministra Dilma é uma vitória de toda a sociedade sul-mato-grossense, e as perspectivas de crescimento econômico são mui-to grandes.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01819

Espero, em breve, vir a esta tribuna trazer ou-tras notícias tão boas quanto esta, assim que surjam novos passos no sentido de tornar esse sonho uma realidade.

Grato pela atenção.O SR. PRESIDENTE (Nárcio Rodrigues) – Conce-

do a palavra ao Sr. Deputado Paulo Renato Souza.O SR. PAULO RENATO SOUZA (PSDB – SP.

Pronuncia o seguinte discurso.) –

DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAU-LO RENATO SOUZA QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTE-RIORMENTE PUBLICADO.

O SR. PEDRO EUGÊNIO (PT – PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, tenho a convicção de que a afirmação desta Casa Legislativa como espaço importante e digno de respeito pela sociedade brasileira é algo que se cons-trói a partir da discussão e aprovação de matérias que respondam às necessidades nacionais e que falem à alma do povo.

O momento é de grande fragilidade do Parlamento brasileiro, não obstante todos os esforços feitos nesta Casa. Essa fragilidade tem origens várias. Nasce da distância que separa a opinião pública da representa-ção política, cavada por décadas de combate da direita às instituições democráticas e por um sistema eleitoral que privilegia o poder econômico em detrimento da representação política; da profunda despolitização de sociedade, ainda não recuperada dos golpes desferidos aos processos históricos de construção da democra-cia brasileira; da indigência em que tem se reduzido nossa imprensa, incapaz de estabelecer um diálogo construtivo com a opinião pública; da nossa própria dificuldade de, como Parlamentares, romper o círculo de giz desse isolamento e nos afirmarmos como es-paço novo de mudanças.

Os sucessos do Governo Lula no âmbito do Exe-cutivo não têm sido acompanhados pelo crescimento do conceito do Legislativo para a sociedade. O fenô-meno da hegemonia das iniciativas legislativas pelo Executivo, expresso principalmente pelo advento das medidas provisórias, é mais sintoma do que causa da fragilidade do Parlamento. A correlação de forças no interior das 2 Casas Legislativas não privilegia o de-bate entre projetos nacionais alternativos.

A questão é de natureza política e marca, no campo legislativo, o fracasso da direita, cujo modelo esgotou-se com o fim do regime autoritário e, mais recentemente, com o revés do ideário neoliberal; o fra-casso dos centros, incapazes de convergirem para um projeto nacional duradouro, engalfinhando-se em lutas

conjunturais de poder; o fracasso da esquerda, incapaz de sair do espaço dos interesses corporativos e assu-mir a liderança de uma grande concertação nacional. Esses fracassos determinam algo essencialmente de natureza política.

A sociedade brasileira necessita de um Parla-mento altivo e transformador. Respeitado e respeitá-vel. Capaz de mudar na direção do bem comum. Nada necessariamente revolucionário, mas algo que dê res-postas concretas a pelo menos alguns dos desafios centrais de nossa sociedade.

Como, a partir de tantos fracassos e fragilidades e a despeito de ausência tão radical de consensos, po-deremos dar passos positivos na direção da afirmação do Parlamento como Casa do povo? Sem dúvida, tere-mos de garimpar pedras raras, preciosas de bom senso, pepitas escondidas de elevado espírito público.

A partir dessas reflexões, imagino, com cautelosa esperança, que a reforma tributária seja uma dessas raras pedras preciosas.

Nada é simples, é certo. Todos sabem que a re-forma tributária é matéria extremamente difícil, pois mexe com a distribuição da renda nacional. Por que não procurarmos consensos em matérias mais simples, ora pois? É que, se formos garimpar algo microscópi-co, meras partículas invisíveis, mesmo que admiráveis, nada agregaremos material e politicamente ao País e ao fortalecimento de nossas Casas.

Assim, temos de buscar consensos, mas também de ousar em ações capazes de alterar sensivelmente a vida social e econômica do País.

Nesse sentido, a reforma tributária cai como uma luva.

As linhas gerais da proposta que se gesta no Executivo me parecem um bom começo:

. implantação da reforma ao longo de período de transição, com mecanismo de compensação aos Es-tados por eventuais perdas, bem como não-elevação da carga tributária na transição, dando mais segurança aos agentes econômicos e institucionais;

. simplificação da estrutura dos tributos federais, unificando tributos com incidências semelhantes e uni-ficação da legislação do ICMS;

. transição da tributação na origem para tributa-ção no destino, acabando com a guerra fiscal e com o acúmulo de crédito dos exportadores;

. substituição da guerra fiscal por Política Nacional de Desenvolvimento Regional, fortalecendo agências e bancos de desenvolvimento regional e implementando um política de convergência socioeconômica redutora das desigualdades regionais, garantindo a não-redução dos recursos hoje existentes para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

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. desoneração tributária para os investimentos.Estes são alguns – creio que os principais – as-

pectos da proposta do Executivo anunciados pelo Mi-nistério da Fazenda em recente audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação desta Casa.

Esta Casa é o espaço, por excelência, de debate público das granes questões nacionais.

Que o Governo do Presidente Lula envie para cá sua proposta.

Que sejamos capazes de aperfeiçoá-la, ouvindo a sociedade.

Que sejamos capazes de fazer, desse processo, espaço de construção de convergências e de amplos entendimentos aglutinadores dos que nele vejam a oportunidade de nos afirmar como representantes dos anseios mais legítimos de nosso povo, por uma ordem econômica e social mais justa.

O SR. WALTER IHOSHI (DEM – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamenta-res, há duas semanas, tive a honra de integrar comitiva liderada pelo nosso Presidente, o nobre Deputado Ar-lindo Chinaglia, em missão oficial ao Japão. A viagem foi feita a convite do Governo japonês, em virtude do transcurso do Centenário da Imigração Japonesa, a ser comemorado este ano.

Embora a visita tenha tido cunho institucional, pude sentir que 2008 será, sim, o ano do intercâm-bio Brasil–Japão. Assim como o Brasil, o Japão tem a pretensão de estreitar as relações socioeconômicas e culturais entre os 2 países. E o marco dos 100 anos da imigração está sendo um ótimo motivo para ambos se aproximarem.

A comitiva, composta pelos Deputados Luiz Sér-gio, Vital do Rêgo Filho, Nelson Marquezelli, José Carlos Araújo, Júlio Delgado, Márcio Reinaldo Moreira e Renato Amary, ficou 6 dias no Japão. A agenda foi intensa, o que possibilitou a discussão de diversos assuntos de extrema importância ao Brasil, como a TV digital, os biocombustíveis e as demandas dos mais de 300 mil brasileiros que residem e trabalham no Japão.

Os japoneses, por sua vez, não esconderam o seu interesse pelo etanol brasileiro. Em reuniões realizadas em Tóquio, os Parlamentares japoneses se mostraram entusiasmados com a tecnologia do biocombustível. Os 2 países estão juntos na luta pela preservação do meio ambiente e por uma cadeira permanente na Or-ganização das Nações Unidas.

Em quase todos os itens abordados nas audiên-cias, as autoridades japonesas, dentre elas o Presidente da Casa dos Representantes, Deputado Yohei Kono, e o Presidente da Casa dos Conselheiros, Senador Satsuki Eda, demonstraram o desejo de ver aprovados projetos e acordos de cooperação bilateral.

Há mais de 10 anos o Brasil luta pela assinatura de convênios nas áreas judiciárias, em matéria cível, educacional e previdenciária em prol dos brasileiros residentes no Japão, os chamados dekasseguis.

Milhares de brasileiros trabalham durante anos ou décadas no Japão e pagam devidamente os seus impostos, pois a contribuição para a Previdência japo-nesa tornou-se obrigatória mesmo para estrangeiros. Quando os nossos compatriotas retornam ao Brasil, recebem uma quantia por 3 anos de contribuição, ain-da que trabalhem mais tempo, o que representa, de acordo com a lei japonesa, quitação total dos direitos previdenciários.

O dekassegui, com o seu trabalho, contribui para o desenvolvimento do Japão e não recebe a justa con-traprestação por seu esforço. E o tempo de trabalho no Japão, hoje, não é computado para a sua aposen-tadoria no Brasil.

Isso pode mudar nos próximos meses. Atualmente, há 45 mil crianças brasileiras em ida-

de escolar no Japão, sendo que mais de 10 mil estão fora da escola. Elas enfrentam o problema da adaptação nas escolas japonesas devido à cultura e ao idioma. Nas escolas privadas, onde é possível o ensino com o uso da Língua Portuguesa, a mensalidade é muito alta, inacessível aos dekasseguis.

Para que este impasse se dissolva, são necessá-rios investimentos do Ministério da Educação do Brasil e do Japão e projetos pedagógicos diferenciados, com conteúdo em Português e Japonês. Dessa forma, jo-vens e crianças seriam preparados para uma perfeita adaptação aos padrões educacionais daquele país.

Apesar dos grandes desafios a serem superados, estou otimista. Acredito que este ano será memorável não só pelos belíssimos festejos que acontecerão em todo o País, em homenagem aos imigrantes japoneses, mas também por tudo o que conquistaremos para o Brasil e para os dekasseguis a partir de agora.

Muito obrigado.O SR. ELIENE LIMA (PP – MT. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna discutir a atual situação da agricultura em Mato Grosso, situação que tem angustiado toda a população daquele Estado.

Nos últimos anos, tem aumentado o endividamen-to no setor produtivo em conseqüência das oscilações cambiais. E, para piorar a situação, no final do mês de dezembro, o Governo Federal baixou o Decreto nº 6.321, que estabelece normas sobre prevenção, mo-nitoramento e controle de desmatamento.

Hoje, durante 3 horas, a bancada mato-grossense discutiu com representantes da PROSOJA – Associa-ção dos Produtores de Soja, da FAMATO – Federação

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da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso e da AMPA – Associação Mato-grossense dos Produto-res de Algodão o teor desse decreto que tem causado grandes prejuízos ao Estado.

Atualmente, Mato Grosso é campeão na produção de soja e de carne. O milho e o algodão têm também grande peso na economia do Estado. O setor de grãos representa uma economia é da ordem de 7 bilhões por ano; o de carne, quase 5 bilhões.

É preciso discutir de forma mais clara as medidas que acarretam tão grande prejuízo para um Estado que tanto retorno tem dado ao Brasil.

Mato Grosso tem um ativo ambiental ainda ex-tremamente favorável. De pastagens degradadas e de regiões legalmente desmatadas, possui mais de 10 milhões de hectares, potencial que muitos países gostariam de ter para levantar a balança comercial, gerar emprego, renda e oportunidades.

No entanto, de forma equivocada, dados sobre a região amazônica recentemente divulgados apontam que 35 municípios ultrapassaram o limite de desma-tamento.

Houve geral contestação desses dados por par-te da bancada mato-grossense e dos Prefeitos dos 19 municípios listados. Quase todos os Prefeitos par-ticiparam da reunião de hoje, preocupados que estão com o Estado de Mato Grosso. Todos os Prefeitos dos 19 municípios afirmam não haver lógica nos números do desmatamento ocorrido entre agosto e dezembro de 2007.

A pedido do Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, e da bancada de Senadores e de Deputados Federais, a Ministra Marina Silva, o Ministro Tarso Genro e o Diretor do INPE sobrevoaram a cidade de Marcelândia, que estaria em situação mais complicada, e constataram que os números divulgados por aquele instituto não correspondem à realidade.

Na cidade de Sinop, em reunião ao fim do so-brevôo, o Diretor do INPE confessou que havia um equívoco.

Então, é preciso que façamos uma reflexão so-bre o assunto.

A palavra de ordem no Estado do Mato Grosso é desenvolvimento sustentável. Queremos preservar, mas, acima de tudo, desejamos respeitar a dignidade das pessoas que vivem na região e que dependem desse setor.

A Emenda Constitucional surpreendeu muita gente. Hoje, embora não haja como modificá-la, é pre-ciso rever a situação do Estado do Mato Grosso. Não queremos, de forma alguma, agredir o meio ambiente, mas não podemos agredir o ser humano, o responsá-vel pela geração de riqueza.

Muito obrigado.O SR. JÚLIO DELGADO (Bloco/PSB – MG. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Narcio Rodrigues, meu conterrâneo, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna falar de um assunto externo e depois chegarei à nossa paróquia.

Em primeiro lugar, quero deixar clara manifes-tação de indignação ao atentado ocorrido contra o Presidente do Timor-Leste, José Ramos-Horta. Em minha penúltima viagem ao exterior, por designação desta Casa, acompanhei as eleições lá realizadas, quando foram escolhidos os membros do Parlamento e o Primeiro-Ministro, Deputado Xanana Gusmão, que também sofreu atentado.

Tais atentados põem em risco a democracia num país recente, um país irmão, de Língua Portuguesa, cujos crescimento e desenvolvimento como nação po-dem ficar comprometidos.

É importante deixar clara a solicitação feita a este Parlamento, para que mande assessoria, bem como a que é feita ao Poder Executivo, para que mande ajuda para consolidar não só a democracia, mas também e acima de tudo a Língua Portuguesa como a língua constitucional e oficial de Timor-Leste.

O atentado ocorrido contra o Prêmio Nobel da Paz, Ramos-Horta, que visitou o Brasil, é um atentado à democracia daquele país que começa.

E também faço aos colegas Parlamentares o relato da nossa viagem ao Japão, acompanhando o Presidente da Casa, Arlindo Chinaglia. Essa viagem já foi relatada hoje ao nosso grupo parlamentar. Está aqui a Deputada Angela Amin, que também fez refe-rências a respeito do assunto.

O Japão talvez seja o país que mantém o me-lhor relacionamento com o Brasil, Emanuel Fernandes. As autoridades japonesas realmente falam com mui-to orgulho do retorno de quase 300 mil dekasseguis atualmente ao Japão e dos quase 1 milhão de des-cendentes japoneses que hoje ajudam a fortalecer a economia do nosso País.

Há 3 Parlamentares nesta Casa de origem nipô-nica. E representamos uma grande força no mercado japonês, recebendo quase 3 bilhões de dólares oficiais por ano do Japão, remetidos ao Brasil pela população brasileira que lá reside.

Nós nos sentimos orgulhosos no momento em que foi anunciada a presença da comitiva brasileira no Parlamento japonês. Fomos aplaudidos de pé por qua-se 2 minutos por cerca de 470 Deputados japoneses. Repito: foi motivo de grande orgulho. Creio também que foi o reconhecimento da importância do intercâm-bio entre os 2 países, fruto da boa direção dada pelo

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Presidente da Câmara dos Deputados, o nobre Depu-tado Arlindo Chinaglia.

Por último, como disse que voltaria à nossa pa-róquia, digo à nobre Deputada Iriny Lopes, quanto ao debate que iniciamos neste plenário, que um logradouro público do Bairro Dom Bosco, em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, não foi transformado em empreendi-mento imobiliário devido à denúncia feita aqui. O Pre-feito já tinha negociado, com uma empresa privada, a construção de um condomínio em área de moradores extremamente carentes, mas o logradouro público não poderia ter essa destinação.

Começamos essa conversa no plenário desta Casa. E, felizmente, a Câmara de Vereadores aprovou a construção do empreendimento numa área esportiva daquela localidade.

Vamos continuar cobrando atitudes dessa na-tureza. Banco privado não doa dinheiro a ninguém. Quando fez uma doação para a Prefeitura pagar o 13º salário dos servidores públicos de Juiz de Fora, um banco privado simplesmente ganhou as contas públicas do Município.

Sr. Presidente, vamos tocar nesse assunto no-vamente em outra oportunidade. É preciso evitar que esses absurdos continuem acontecendo no Brasil, principalmente na nossa casa, na nossa paróquia, no nosso rincão. Esse vai ser tema de pronunciamentos que faremos da tribuna desta Casa, de onde conti-nuaremos defendendo o povo e o patrimônio de Juiz de Fora.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra à Deputada Iriny Lopes, aniversarian-te do dia.

A SRA. IRINY LOPES (PT – ES. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero iniciar esta interven-ção parabenizando o Partido dos Trabalhadores pelo transcurso do seu 28º aniversário de criação. Milhares de homens, mulheres, jovens, do campo e das cida-des brasileiras, constroem há 28 anos esta esperança chamada Partido dos Trabalhadores.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, iniciamos este período legislativo diante de um cenário que se descortina com o aumento da complexidade na situação geopolítica e das incertezas no mundo, com movimen-tos e situações de crise que poderão refletir no nosso País, embora aqui vivenciamos avanços significativos. Diria até inigualáveis dos pontos de vista histórico, po-lítico, econômico, social, cultural e científico, embora sempre haja ajustes a serem feitos.

O PT e um conjunto de forças democráticas e po-pulares vêm imprimindo as transformações estruturais

de que nosso País precisa e com enorme confiança as têm estabelecido junto à sociedade brasileira. Sem dúvida, 2008 será um ano de grandes decisões para o povo brasileiro.

O nosso Governo democrático e popular, liderado pelo companheiro Lula, vem sofrendo, ao longo dos seus 5 anos, ataques ferozes por parte da Oposição, às vezes destrambelhada, até mesmo no episódio do fim da vigência da CPMF, na minha opinião um tanto irresponsável. O fim da vigência da CPMF significará perda de recursos para as áreas da saúde, previdência e assistência social da ordem de 120 bilhões de reais até 2010. É preciso refletir sobre o que isso significa para o Brasil.

A ofensiva dos setores da direita tem como único objetivo a retomada do projeto neoliberal que jogou o Brasil em uma crise de desenvolvimento, com taxas ridículas de crescimento, quebrando-o em 1999 e 2002. Está em curso a tentativa, a todo custo, de desmantelar a presença do Estado em setores importantíssimos, implantando o Estado mínimo – mínimo para o povo e máximo para as elites.

É voz corrente a idéia de que o Estado brasileiro está inchado, o que é uma inverdade. O Governo bra-sileiro não é um grande empregador. A comparação com outros países, como Alemanha, Estados Unidos, México e outros, revela que têm numero superior de servidores públicos. Nas últimas duas décadas, foram empossados menos de 2 milhões e 500 mil funcioná-rios públicos no Brasil. Hoje, há menos de 8% de pes-soas ocupadas nesse setor, enquanto que em 1980 o índice chegava a 12%.

A lógica indica, portanto, que temos de realizar concursos públicos, necessários ao preenchimento de vagas em cargos nos quais se compatibilize o bom atendimento à população, que depende de um Estado operante e capaz de cumprir as suas responsabilida-des constitucionais.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, encerro dizendo que há claramente 2 projetos em disputa no País: o projeto hoje conduzido pelo Presidente Lula e pelo conjunto de forças políticas que o apóiam, e o projeto conduzido pela visão neoliberal, representado pelo PSDB e pelo DEM.

Neste momento de grande debate político no País, registro a minha posição e a de um enorme conjunto de companheiras e companheiros do PT que pensam ser impossíveis a aliança ou as coligações que unifi-quem 2 campos opostos na disputa eleitoral que se avizinha, agora em 2008, quando brasileiras e brasi-leiros escolherão seus dirigentes municipais.

O SR. ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-

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tados, mais uma vez, venho apresentar e comentar o quadro da grave situação em que se encontra a região do Brejo Paraibano, localizada a 10 quilômetros da cidade de Campina Grande, no que se refere à falta d’água para o consumo humano e animal. E quando falo em Campina Grande, estou me referindo a uma das maiores cidades do Nordeste.

Várias cidades localizadas naquela área estão com o abastecimento d’água racionado ou desativa-do.

Cito alguns exemplos: em São Sebastião de La-goa de Roça, o abastecimento d’água está sendo feito através de carros-pipas, tanto na zona urbana como na rural. Os carros-pipas carregam água; como a água não é tratada, carregam também doenças.

Nos últimos dias, a Rede Record de Televisão veiculou matéria a respeito da grave situação da falta d’água na cidade de Areial, e mostrou a situação do Açude Covão, responsável pelo abastecimento daquela cidade. A imagem revelava a pequena quantidade de água acumulada naquele reservatório e, além disso, que aquele manancial recebia o esgoto da cidade, o que colocava em risco a saúde da população.

Nas cidades de Esperança, Areia, Remígio, Arara e Alagoa Nova o quadro não é diferente.

Cabe-nos, então, fazer a seguinte pergunta: como solucionar esta situação? Como resposta, poderíamos sugerir: primeiro, a recuperação da Barragem Camará. É verdade que existe determinação do TCU que pro-íbe alocar recursos para a recuperação daquela obra até ser concluído o processo jurídico. Concordamos com essa decisão, mas queremos que os responsá-veis pela má qualidade da construção sejam punidos. A obra não pode nem deve ficar na situação em que se encontra.

Segunda sugestão: construção da Barragem Man-guape. Na semana passada, o Governador de Estado, Cássio Cunha Lima, desapropriou uma área de 230 hectares, localizada no Município de Alagoa Grande, para que a referida obra seja construída.

Aliás, sempre preocupados com a gravidade des-se problema, apresentamos Emenda de Bancada ao Orçamento Geral da União para o exercício de 2008, mediante a qual eram destinados recursos no montante de 65 milhões para construção da Barragem Mangua-pe, cujo gestor será o Governo do Estado.

Espero confiante que os colegas que compõem a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fis-calização se sensibilizem com o estado de calamidade que se encontram esses municípios, fato que ocorre sistematicamente todos os anos, e aprovem os recur-sos pleiteados na Emenda de Bancada n.º 71160008. Ainda não tivemos a sua aprovação final. No Relató-

rio Setorial, foram aprovados recursos no valor de 20 milhões. Então, que esse valor seja liberado para que o Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado, tenha condições de construir aquela obra e, assim, em definitivo, ser resolvido o problema da falta d’água de beber na região do Brejo Paraibano.

Terceira e última sugestão: a transposição de águas do Rio São Francisco. A construção dessa obra não só resolverá em definitivo a situação do Brejo da Paraíba, mas o problema de 12 milhões de habitantes dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará;.

Muito obrigado. O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 26 de fevereiro do ano passado, usei esta tribuna para registrar a realização, na cida-de catarinense de Concórdia, de um evento chama-do TECNOESTE, promovido com o intuito de difundir tecnologias agrícolas para os pequenos empresários do campo.

Na oportunidade, ressaltei o longo alcance do braço cooperativista na região oeste de Santa Cata-rina que se propõe, com os shows agrícolas, garantir conhecimento de novas técnicas acessíveis para a pequena propriedade, com foco no aumento da pro-dutividade e da lucratividade.

A TECNOESTE vivia então sua sexta edição.Sr. Presidente, faço hoje registro semelhante,

porém não menos importante do que aquele que fiz há um ano: a realização da décima edição do Itaipu Rural Show, na cidade de Pinhalzinho, em Santa Ca-tarina, promovido pela Cooperativa Regional Itaipu. Estou seguramente falando da maior feira de difusão tecnológica para a agricultura do Estado de Santa Ca-tarina, como poderão assegurar também os colegas Deputados Valdir Colatto, Cláudio Vignatti e Odacir Zonta, que participaram da abertura do evento e visi-taram a estrutura montada para oferecer aos agricul-tores uma demanda vigorosa de novas tecnologias com possibilidade de aplicação nas menores e maio-res propriedades. Mais de 100 empresas exibiram os últimos avanços da ciência e da indústria fornecedora de insumos para o agronegócio.

A feira realizou-se no Centro de Treinamento e Difusão de Tecnologias – COOPERITAIPU, e contou, de acordo com a coordenação do evento, brilhantemente conduzida pelo Presidente da Cooper Itaipu, Marcos Zordan, e pelo Presidente da Comissão Central Or-ganizadora, Arno Pandolfo, com um público de 30 mil produtores e empresários rurais, e alcançou um volume de negócios superior a 9 milhões de reais.

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Não basta, no entanto, apenas registrar o bom intuito da cooperativa em incentivar, por meio das fei-ras tecnológicas, a melhoria na propriedade. É preciso considerar, acima de tudo, a vontade dos agricultores em investir em tecnologia, procurando aumentar sua produção e seus lucros, garantindo, assim, sua própria permanência no meio rural. O homem da cidade trocou a caneta pelo computador; o homem do campo troca a enxada por novos equipamentos e novas técnicas, dando mais viabilidade à produção e à comercialização agropecuária, agregando valores e oferecendo à socie-dade produtos e bens de consumo de qualidade.

Sr. Presidente, faço questão de registrar essa dé-cima edição do Itaupu Rural Show, porque realmente as tecnologias lá apresentadas valeram a pena e porque o cooperativismo de Santa Catarina cada vez mais vem expandindo suas atividades em todo o Estado.

Muito obrigado.O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o dia de ontem, 11 de fevereiro de 2008, vai ficar na história da luta dos trabalhadores brasileiros. Na cidade de São Paulo, um ato memorável reuniu representantes de 6 centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT – para o lançamento da Campanha Nacional Unificada pela Redução da Jornada sem Redução de Salário.

Uma das metas da campanha é colher, em todo o País, 5 milhões de assinaturas num abaixo-assinado que em seguida será encaminhado para o Congresso Nacional, pedindo-se aos Parlamentares que aprovem a PEC nº 393/01, de autoria ex-Deputado e hoje Se-nador comunista Inácio Arruda e do Senador petista Paulo Paim. Postos de coleta de assinaturas serão montados em diversos sindicatos e locais públicos por todo o Brasil. A proposta pretende reduzir a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas semanais, abrindo ainda a possibilidade de uma redução ainda maior com o passar dos anos.

O ato foi marcado pelo espírito unitário que deve estar presente em todas as lutas dos trabalhadores.

Para o Presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil – CTB, Wagner Gomes, a demonstração de unidade do movimento sindical em torno da bandeira da redução da jornada de trabalho é um passo decisivo. O sindicalista conclamou as centrais sindicais a promoverem um Primeiro de Maio unificado, tendo como bandeira principal justamente a defesa da redução da jornada de trabalho.

Já o dirigente da União Geral dos Trabalhadores – UGT, Antonio Carlos dos Reis, o Salim, disse que a unificação das centrais é a garantia de mais dignidade para os trabalhadores. Pela Força Sindical, José Ele-

no Bezerra ressaltou a importância do grande passo que as centrais unidas deram em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Para o Vice-Presidente Nacional da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, a unidade da classe operária é que levara à vitória, e enfatizou que “só unidos sairemos vitoriosos desta batalha”. O Presidente Nacional da CUT, Artur Henrique, afirmou que cada central tem a sua forma de interpretar a conjuntura política e outras questões pertinentes aos trabalhadores, mas a unida-de na luta é muito importante.

A demonstração da unidade dos trabalhadores em torno da luta pela redução da jornada de trabalho é antes de tudo uma prova de como é fundamental que essa conquista se realize. Desde meados do século XIX os trabalhadores lutam para reduzir o tempo de trabalho nas fábricas. À época, os operários eram submetidos a insuportáveis jornadas de até 18 horas de trabalho, o que provocou memoráveis mobilizações, inclusive a que resultou na criação do Dia Internacional dos Traba-lhadores, o Primeiro de Maio, quando líderes operários de Chicago, nos Estados Unidos, foram mortos porque lutavam por melhores condições de trabalho.

No Brasil atual, com a redução da jornada de trabalho, além de enfrentar a exploração a que são submetidos os trabalhadores, permitindo ainda que possam dispor de mais tempo para o estudo, o lazer e o convívio familiar, pretende-se gerar mais de 2 mi-lhões de novos empregos.

Mesmo com um crescimento da economia muito aquém do desejado e necessário, a produtividade do trabalho cresceu numa escala muito maior, e isso sig-nifica que se produz cada vez mais com menos tempo de trabalho. Mas, infelizmente, os benefícios desse pro-gresso não estão sendo revertidos em favor da classe trabalhadora na forma de jornadas menores e salários reais mais decentes. A aprovação da PEC nº 393/01 permitiria justamente que os trabalhadores participas-sem dos resultados do crescimento da economia.

É preciso considerar, ainda, que a jornada efetiva de trabalho no Brasil é significativamente maior do que a jornada legal. Isso se deve ao número excessivo de horas extras realizadas durante a atividade econômi-ca, expediente perverso usado para alongar a jornada e evitar novas contratações, sobretudo em momentos de maior euforia e crescimento.

Metade dos assalariados brasileiros faz horas extras e é induzido a isso, em detrimento da própria saúde, tanto por imposição dos seus patrões quanto pela necessidade de complementar os magros salá-rios, que não raro situam-se inclusive abaixo do valor

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social da força de trabalho ou do custo de vida do tra-balhador e sua família.

Por essa razão, a proposta de emenda constitu-cional também propõe a limitação das horas extras, o que também reduziria a exploração dos trabalhadores e abriria novos postos de trabalho. Segundo o eco-nomista Márcio Pochmann, Presidente do IPEA, 4,5 milhões de novos postos de trabalho seriam criados caso as horas extras fossem eliminadas.

Acredito, Sras. e Srs. Deputados, que o Congresso Nacional deveria se posicionar diante de uma situação tão dramática e urgente. É preciso que esta Casa ouça o clamor dos trabalhadores brasileiros, tanto dos que estão trabalhando, e precisam fazê-lo de forma mais justa e por salários mais dignos, quanto dos que estão batendo nas portas das fábricas e empresas em busca de dignidade, de trabalho, para com isso sustentarem suas famílias e ajudarem no desenvolvimento desta grande Nação.

Apelo, assim, ao Presidente Arlindo Chinaglia e ao Colégio de Líderes para que instalem o mais breve possível a Comissão Especial da PEC da Redução da Jornada de Trabalho, de modo que o Parlamento bra-sileiro possa debater e decidir sobre a matéria. Essa seria uma contribuição histórica deste Parlamento e marcaria seu encontro definitivo com os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. NATAN DONADON (Bloco/PMDB – RO.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no momento em que a atenção da comunidade científica internacional volta-se para a discussão a respeito dos efeitos da ação humana nas mudanças climáticas, em nível mundial, outra preocu-pação, mais imediata, move-nos a assumir a tribuna desta Casa: a danosa dependência de nosso País, e mais particularmente do meu querido Estado de Ron-dônia, do consumo de combustíveis de origem fóssil.

Independentemente de ser ou não verificável a hipótese do aumento do aquecimento global em razão do uso do carvão e dos combustíveis deriva-dos do petróleo, bem mais certos e indiscutíveis são os nefastos efeitos que a poluição gerada por sua queima provoca sobre um ecossistema tão valioso e rico, porém tão frágil, como é o da Amazônia. Além, é claro, de estimular a dependência das importações desses insumos, impedindo a aplicação dos recursos assim gastos em outros investimentos, sejam eles de caráter social, como saúde e educação; geração de empregos ou infra-estrutura, ainda tão necessários em nosso País.

Se grave é para o Brasil, ainda mais é no caso de Rondônia: segundo dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no ano de 2006, o consumo de biocombustíveis em nos-so Estado representou pouco mais de 5,5% do total, enquanto mais de 90% eram representados pela ga-solina, pelo querosene de aviação e, principalmente, pelo óleo diesel, que, sozinho, responde por 70% do consumo total.

É por isso que se faz necessária e urgente ação de nossa parte para mudar essa situação no sentido de estimular, no Estado de Rondônia, o consumo e a produção de biocombustíveis.

Além da significativa ajuda no combate à emis-são de poluentes atmosféricos, o uso e a produção dos biocombustíveis, em maior escala, servirão para gerar mais empregos, melhorar a renda e o nível de vida de uma população tão sofrida e tão necessitada de opções para garantir o seu desenvolvimento e um futuro melhor.

Boa iniciativa nesse sentido foi o 1º Encontro In-termunicipal do Biodiesel, realizado em julho último, no Município de Ariquemes, e que teve por objetivo promover a discussão e a análise de oportunidades de produção de biocombustível em Rondônia, bem como de alternativas de inserção da agroenergia no cenário econômico.

Como resultado das discussões ocorridas, identi-ficou-se a necessidade de se estabelecer um foro ade-quado para examinar os aspectos sociais e ambientais da utilização de biocombustíveis na região, destacando a necessidade de mobilização e de esforços conjuntos dos municípios, da classe empresarial e de produto-res rurais, na construção do melhor modelo regional de implantação e desenvolvimento de agroenergia e produção de biocombustível.

Por isso, Prefeituras e entidades representadas nesse encontro decidiram-se pela criação do Comitê Gestor Intermunicipal, coordenado pela Prefeitura de Ariquemes, para estudar, desenvolver e implantar o Projeto Regional de Agroenergia, Pesquisa e Produ-ção de Biocombustível e Alimentos.

Além disso, resolveu-se também criar o Centro de Referência Regional de Energia Renovável e Produção de Biocombustível, com planos de negócio, pesquisa e desenvolvimento, metodologia e modelo próprios, alinhando os resultados das novas tecnologias e as modificações legais necessárias para o bom desen-volvimento dessas atividades.

Cremos, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que iniciativas como esta são merecedoras do nosso mais decidido apoio, em todas as instâncias de ação no Governo Federal, para que, dentro em breve, pos-

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01826 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

samos ver crescer e se desenvolver, em todos os can-tos do nosso País, centros regionais de produção de biocombustíveis, tanto para o consumo interno quanto para a exportação, que ajudem na geração de empre-gos, no aumento da renda da população, na redução da poluição ambiental, na melhoria da qualidade de vida e na construção de melhores dias para as atuais e as futuras gerações de brasileiros.

Muito obrigado.O SR. NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cesta básica – referencial encon-trado pelo Governo para estabelecer teto salarial da classe trabalhadora brasileira – vai aos poucos demons-trando que, na prática, não corresponde aos números divulgados constantemente pela mídia e pelos órgãos de estatística do País.

Isto porque, Sr. Presidente, num país como o Brasil, que adota nas suas formulações a política do neoliberalismo, mas procura ignorar os avanços do capitalismo liberal, de nada adianta essa cortina com que se procura esconder a realidade.

A carestia aumenta a cada dia, as estatísticas mais recentes demonstram que o preço da cesta bási-ca aumentou no último mês em várias capitais em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realiza pesquisa nacional sobre as variações da economia popular.

O seu valor chega a valores absurdos, restando ao trabalhador que vive de salário mínimo a esperança de alcançar o mês seguinte com sobra, se é que essa irrisória soma pode ser chamada de sobra, como se não bastasse a elevação diária do custo de vida.

Nas cidades de Florianópolis, Porto Alegre e Bra-sília, só para exemplificar, a alta dos preços recrudes-ceu de maneira violenta. No Rio de Janeiro, a situação também não é diferente. O carioca não escapou da alta dos preços dos produtos básicos.

Para arrematar, Sr. Presidente, o Governo desvin-culará benefícios da previdência do piso salarial, para efeito de aposentadoria, o que será um desastre.

Decididamente, o trabalhador brasileiro não tem o que comemorar. A menos que o Governo aceite rever essa política de omissão aos interesses reais da popu-lação, que tanto compromete a soberania nacional.

Era o que tinha a dizer.O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT – MG. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, funcionários desta Casa, profissio-nais da imprensa, ouvintes da Rádio Câmara, teles-pectadores da TV Câmara, meus cumprimentos ao Presidente da Câmara, Deputado Arlindo Chinaglia, e demais componentes da Mesa Diretora, aos nobres

companheiros da bancada do Partido dos Trabalhado-res e dos demais partidos: quero registrar os 28 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores.

Nós, petistas, também estamos comemorando os 25 anos da primeira posse de uma administração petista no País, o que ocorreu em Diadema, Estado de São Paulo, em 1º de fevereiro de 1983.

O Partido dos Trabalhadores foi fundado oficial-mente em 10 de fevereiro de 1980, no histórico encontro do Colégio Sion, em São Paulo, coroando um processo que havia se iniciado com a greve dos metalúrgicos de São Bernardo, em 1978, e tomaria impulso decisivo no ano seguinte.

Em 24 de janeiro de 1979, durante o IX Congres-so de Trabalhadores Metalúrgicos, Mecânicos e de Material Elétrico do Estado de São Paulo, lideranças e ativistas dos movimentos social e sindical aprovam proposta feita pelos metalúrgicos de Santo André, a qual conclamava “todos os trabalhadores brasileiros a se unificarem na construção de seu partido, o Partido dos Trabalhadores”.

Cresce, então, a idéia de criação de um partido político e começou a circular o anteprojeto do Mani-festo para a fundação do PT.

No dia 1º de maio de 1979, é lançada a Carta de Princípios do PT. “O Partido dos Trabalhadores enten-de que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas”, subli-nha um dos trechos do documento lançado durante as atividades do Dia Internacional dos Trabalhadores.

Em 13 de outubro de 1979, durante reunião com 130 representantes de 6 Estados do País, é lançado oficialmente o Movimento Pró-PT. Na reunião, também é aprovada a Declaração Política, que expressa uma plataforma identificada com os anseios dos movimentos populares, e apresentada uma nota contrária à reforma partidária imposta pelo regime.

Um texto com sugestões básicas para a organi-zação do PT, em todos os níveis, aponta a importân-cia de “uma estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e colegiadas que garantam, efetivamente, a sua direção política e o seu programa a partir das decisões das suas bases”. É eleita a Co-missão Nacional Provisória, com 17 responsáveis pela direção do Movimento Pró-PT.

Em ato realizado no auditório do Colégio Sion, em São Paulo, o Manifesto do PT é aprovado, por aclamação, por 1.200 pessoas. Representantes de comissões regionais de 17 Estados brasileiros iniciam a organização do novo partido pelo País e preparam a

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01827

escolha das coordenações estaduais. Nascia o Partido dos Trabalhadores.

Passados 28 anos, o PT se consolida como um dos principais partidos da América Latina. Um exemplo para a democracia, uma vez que é o único em que os filiados elegem pelo voto direto seus representantes nas direções municipais, estaduais e nacional.

O partido cresceu, e hoje conta com mais de 3.600 Vereadores, 187 Prefeitos, 5 Governadores, 83 Deputados Federais, 12 Senadores e o Presidente da República. E o partido, por intermédio do Governo Lula, está mudando este País, governando para todos com preferência para os mais necessitados.

Quero parabenizar os militantes que contribuí-ram para fundação e a consolidação do nosso partido, sendo referência de democracia rumo a uma socieda-de socialista.

Parabéns ao Partido dos Trabalhadores.O SR. SANDES JÚNIOR (PP – GO. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar V.Exas, nobres pares desta ilustre Casa, desejando que tenhamos um ano parlamentar extremamente produtivo e que os interesses da população brasileira sejam defendidos no correr deste ano, nos grandes debates que haveremos de travar neste privilegiado espaço democrático.

Sr. Presidente, sou autor, nesta Casa, de substitu-tivo ao Projeto de Lei nº 4.846/94, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais.

Recentemente, o Presidente Lula tratou do as-sunto por meio de medida provisória. Houve reações intensas por parte de proprietários de bares localiza-dos às margens das rodovias.

Sr. Presidente, estrada não é lugar para se ven-der bebida alcoólica. Todas as medidas no sentido de desestimular esse comércio devem ser adotadas. Di-reção não combina com álcool.

Vejamos alguns números: o Ministério da Saúde afirma que, diariamente, cerca de 150 mil brasileiros dirigem após ingerir de 4 a 5 doses de bebida alcoóli-ca, de acordo com pesquisa realizada no ano passado pelo VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Prote-ção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que a ingestão de álcool provoque anualmente 1,8 milhão de mortes no mundo.

A medida, Sr. Presidente, embora haja questiona-mentos judiciais legítimos, é um avanço no combate à violência no trânsito. Basta dizer que trabalhos do Cen-tro de Estudos de Prevenção e Reabilitação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) apontaram que mais de 88% dos mortos em acidentes de trânsito

apresentavam álcool no sangue. Por isso, as legislações mais modernas, como as da Inglaterra, de Portugal e Espanha, têm fortes penas pecuniárias e inclusive de prisão para quem dirige alcoolizado.

Vale dizer que essa proibição estava prevista na Política Nacional Sobre o Álcool, lançada em maio do ano passado pelo Presidente Lula. A medida havia sido prometida para a ocasião do lançamento do cha-mado PAC da Segurança, o PRONASCI, em agosto, mas foi adiada.

Em São Paulo, uma lei de 1985 já veta a venda de bebidas em estabelecimentos localizados às mar-gens das rodovias estaduais.

Aproveito esta oportunidade para protestar contra aqueles que, em nome do ganho fácil, querem trans-formar as nossas rodovias em rotas alcoólicas.

Gostaria de ressaltar também que o Código de Trânsito Brasileiro acaba de completar 10 anos de vi-gência. Após a tendência de redução do número de acidentes, as mortes aumentaram 9% entre 2002 e 2005, último ano dos dados consolidados. O número considera mortes registradas em todas as vias.

No balanço divulgado no início do mês, a bebi-da foi apontada como fator contribuinte para 1,5% dos acidentes ocorridos em 2006.

Em 2007, o número de mortos em acidentes nas rodovias federais foi 11% maior do que o do ano an-terior. Foram 123 mil acidentes, com 6.840 mortos e mais de 75 mil feridos.

Está correto o Governo quando acena para a redução do limite de álcool no sangue do condutor. Hoje, tal limite é de 0,6 grama por litro de sangue, o que corresponde, aproximadamente, a uma lata de cerveja, dependendo do peso e do organismo da pes-soa. O Governo vai propor ao Congresso Nacional a redução desse número para 0,3 ou 0,1 grama por litro de sangue.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.Agradeço a atenção a mim dispensada pelos

nobres pares desta ilustre Casa.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro com grande pesar o falecimento, aos 92 anos de idade, da Sra. Dulce de Souza Leão Feijó Sampaio, referência de elegância, dignidade e benemerência da sociedade pernambucana, esposa do ex-Governador e empresário Cid Sampaio.

Durante o Governo inovador do Dr. Cid Sampaio, de 1959 a 1962, a Primeira-Dama, D. Dulce, exerceu com dinamismo e devoção às causas sociais a Pre-sidência da antiga Legião Brasileira de Assistência (LBA).

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01828 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Às vésperas de completar, no próximo mês, 66 anos de casamento com o Dr. Cid Sampaio, definido como o seu desvelado e eterno companheiro, D. Dul-ce permanece na memória dos pernambucanos como referencial de admirável dama da sociedade, compa-nheira e mãe exemplar. Deixa 5 filhos, 12 netos e 11 bisnetos, além do legado de dignidade e generosidade por sua participação na vida pública e em entidades filantrópicas.

Nascida na família Souza Leão, era a quarta de 10 filhos – 8 mulheres e 2 homens. Uma de suas ir-mãs, D. Célia, falecida nos anos 60, foi casada com o Governador Miguel Arraes, com quem teve 8 filhos, entre eles a querida amiga Deputada Ana Arraes, mãe do Governador Eduardo Campos. Outro irmão, o artista plástico, jornalista e publicitário Caio de Souza Leão, foi admirável figura humana que deixou o nos-so convívio terreno em 2006, aos 88 anos de idade. Conhecido como Dr. Caio, também deixou uma legião de amigos e admiradores.

A família Arraes refere-se a D. Dulce como “uma grande dama, uma pessoa muito generosa e que teve uma presença marcante no Estado” durante cerca de 5 décadas.

A respeito do Dr. Cid Sampaio, devo reiterar nesta oportunidade que permanece como referência de hon-radez, competência e espírito público, na lucidez dos seus 98 anos de existência profícua. Dr. Cid pertence à estirpe dos políticos mais notáveis da extinta União Democrática Nacional (UDN), partido pelo qual foi eleito Governador em 1958, em memorável campanha sob o lema da industrialização, da modernidade e da reforma do sistema tributário. Empresário nacionalista, sempre manteve-se como um estudioso atualizado das grandes questões econômicas e geopolíticas nacionais.

Ao lado do marido, amigos e familiares, no casa-rão do Bairro do Monteiro, em que o casal morou du-rante mais de 50 anos, D. Dulce e Dr. Cid vivenciaram momentos importantes da vida política nacional, ao recepcionar personalidades como Juscelino Kubits-chek, Jânio Quadros, Carlos Lacerda, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro e Carlos Prestes. Nos últimos anos, o casal transferiu a moradia para o Bairro de Boa Viagem.

Em Palácio, a Primeira-Dama recepcionou figu-ras proeminentes do cenário nacional e internacional, a exemplo do Senador norte-americano Robert Ken-nedy; do Rei Hailé Selassié, da Abissínia; e do Rei da Bélgica, Balduíno I.

A fidalguia era uma das características humanas e sociais de D. Dulce. Daí ser considerada anfitriã impe-cável, conforme assinalou com propriedade o cronista social José de Sousa Alencar, o Alex.

Como parte de sua atuação social, D. Dulce foi uma das fundadoras e das beneméritas da Socieda-de Pernambucana de Combate ao Câncer, notável instituição que exerce trabalho relevante de alcance humanitário e social.

Em louvor da figura humana admirável, da mãe de família e da companheira exemplar e benemérita da sociedade pernambucana, reverencio a memória de D. Dulce Sampaio e envio as minhas condolências aos seus familiares, na pessoa do Dr. Cid Feijó Sampaio.

Era o que tinha a dizer.O SR. OSVALDO REIS (Bloco/PMDB – TO. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos conhecemos a importância, para o Brasil, do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, lançado oficialmente pelo Presidente da Re-pública, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 6 de dezembro de 2004. De lá para cá, muito já foi feito para ampliar a inserção do biodiesel na matriz energética brasilei-ra, resultado dos esforços de quase meio século de pesquisas dos nossos cientistas sobre esse processo inovador de produção de combustível.

É com muita satisfação, portanto, que tenho acompanhado a adesão do meu Estado, o Tocantins, ao Programa Nacional do Biodiesel. O Programa de Biodiesel do Tocantins foi lançado pelo Governador Marcelo Miranda há 2 anos, em novembro de 2005, com a pretensão, inicialmente, de promover a inclusão social de cerca de 10 mil famílias de 16 municípios tocantinenses.

As expectativas favoráveis manifestadas à épo-ca foram plenamente confirmadas. Em maio de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou uma usina de biodiesel da Brasil Ecodiesel, no Município de Porto Nacional, a quarta cidade brasileira a receber uma unidade da empresa.

Como muito bem observou o Presidente Lula durante a solenidade de instalação da usina, esta é a prova concreta de que o petróleo não é a única forma de combustível disponível no mundo. Além de contri-buir para desacelerar o aquecimento global, a fábrica de Porto Nacional é uma potente usina geradora de empregos, já que a agricultura familiar participará na produção da matéria-prima, dando oportunidade a milhares de pequenos produtores de ter uma fonte de renda.

À época da inauguração da usina de Porto Nacio-nal, 1.500 famílias haviam sido cadastradas, e 380 já estavam plantando mamona. Além de garantir a com-pra de toda a produção das sementes oleaginosas, a Brasil Ecodiesel fornece sementes, insumos, equipa-mentos agrícolas e assistência técnica necessária para a produção e a colheita.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01829

Esse é um setor que só tende a crescer, pos-sibilitando a distribuição da riqueza nos locais mais distantes de nosso País. E o Tocantins, com seus re-cursos hídricos abundantes, protegidos por rigorosa legislação e chuvas absolutamente regulares, tem o perfil para se transformar num dos grandes pólos de desenvolvimento do biodiesel no Brasil.

Aliada às condições naturais favoráveis, o nosso Estado tem o principal: a vontade política de fazer do biodiesel uma alternativa para o enfrentamento dos problemas sociais, uma alternativa de significativo de-senvolvimento econômico.

Certamente não foi por outra razão que o en-genheiro químico Expedito José de Sá Parente, con-siderado o pai do biodiesel, declarou recentemente que considera o Tocantins um grande celeiro para o biocombustível nacional. Em meados de novembro, ele assinou um termo de cooperação técnica entre o Governo Estadual e a sua empresa, a TECBIO, para desenvolver estudos e pesquisas na região do Bico do Papagaio, onde produzirá biocombustível a partir do coco babaçu e de outras oleaginosas, aproveitando a mão-de-obra das quebradeiras de coco.

Na região do Bico do Papagaio, a empresa de Parente vai implantar o Sistema Integrado para a Gera-ção de Biodiesel e Alimentos. Os recursos financeiros para o projeto virão da iniciativa privada e de organi-zações não-governamentais, e o Estado do Tocantins entrará com suporte técnico através das Secretarias da Indústria e Comércio e da Agricultura.

Segundo Expedito Parente, o babaçu foi esco-lhido pelo grande manancial de florestas do Estado, que também dispõe da logística necessária para a implantação do programa. O início da produção do combustível limpo está previsto para maio de 2008, com a instalação de um parque industrial na região do Bico do Papagaio e a formação de uma incubado-ra de associações.

Além da Brasil Ecodiesel, já em operação no Município de Porto Nacional, o Estado do Tocantins ganhou uma segunda indústria de biocombustível. É a empresa Biotins Energia, sediada em Paraíso do Tocantins, região central do Estado.

A usina, instalada a cerca de 10 quilômetros do perímetro urbano de Paraíso do Tocantins, vem operan-do experimentalmente desde o mês de outubro, com produção de 5 toneladas por dia de biodiesel. Utilizando o pinhão-manso como principal matéria-prima, conta também com o sebo bovino, a soja e outras oleagino-sas como ingredientes complementares.

A Brasil Ecodiesel, localizada em Porto Nacional, tem capacidade estimada para a produção de 118,8 mil metros cúbicos de biodiesel por ano. Quando uti-

lizar a sua capacidade total, o empreendimento deve gerar mais de 40 mil postos de trabalho.

Atualmente, mais de 300 famílias tocantinenses produzem mamona, e outros 6.800 produtores de to-das as regiões do Estado já se cadastraram junto à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento, interessados em produzir a oleaginosa.

Ante tantas perspectivas favoráveis para os in-vestimentos no setor de biodiesel no meu Estado, gos-taria de concluir o meu pronunciamento registrando o sucesso da participação do Tocantins no Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis, no Piauí, promovido pela EMBRAPA Meio-Norte em par-ceria com os Governos do Tocantins, do Piauí e do Maranhão. Nele os representantes do Governador Marcelo Miranda anunciaram a disposição do Gover-no do Estado de destinar mais investimentos para a expansão e a instalação de novas usinas de álcool e de biodiesel no Tocantins.

O Secretário da Agricultura, Roberto Sahium, destacou os aspectos favoráveis do Estado para o de-senvolvimento do setor, como solo, clima e extensão territorial, além de áreas de pastagens degradadas para a expansão da agroenergia, sem grandes im-pactos ambientais.

Quero, portanto, saudar o Governo Marcelo Mi-randa e sua equipe pelos esforços realizados para que a inclusão do Tocantins no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel seja plenamente bem-sucedida, tanto no que diz respeito a sua função social e econômica quanto no que se refere à sustentabilida-de ambiental dos projetos desenvolvidos.

A todos os envolvidos neste programa meus pa-rabéns e os votos de que o Tocantins realmente se transforme num grande celeiro para o biodiesel na-cional, conforme prognosticou o engenheiro Expedito Parente.

Obrigado.O SR. GLADSON CAMELI (PP – AC. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero, primeiramente, manifestar a minha solidariedade e o meu apoio irrestrito à iniciativa do Presidente da Câmara Federal, Deputado Arlindo Chi-naglia, de priorizar a retomada das discussões do Pro-jeto de Lei Complementar (PLP) nº 217/04, do Senado Federal, que possibilita o acompanhamento on-line da execução orçamentária dos órgãos públicos.

A sociedade hoje anseia por meios eficazes de acompanhamento e de fiscalização dos gastos públi-cos, o que faz da transparência orçamentária uma ne-cessidade urgente, até por questão de aprimoramento do Estado. Sem dúvida alguma, o acompanhamento on-line dará à máquina burocrática estatal o perfil exato

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01830 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

de suas contas, ao mesmo tempo em que deixará o cidadão devidamente informado acerca da aplicação de seus tributos.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em meio à polêmica dos gastos com cartões corporativos do Governo Federal, antes de mais nada é preciso ana-lisar a questão com devidas cautela e isenção, sem idéias preconcebidas ou oportunismo político, sob pena de se perder a credibilidade junto à opinião pública. A própria Câmara Federal já publica na Internet os gas-tos dos Deputados da verba indenizatória, sem que a iniciativa tenha implicado invasão de privacidade. Pelo contrário: é um instrumento de defesa e prova da pro-bidade do Parlamentar. Hoje, as notas de despesas da verba indenizatória são analisadas por um órgão técnico da Câmara, enquanto o PLP nº 217/04 exige notas fiscais e relação das instituições nas quais foi gasta a verba.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o impor-tante é dar mecanismos eficazes ao cidadão de acom-panhar e fiscalizar as despesas do Erário. O Governo Federal já tomou as medidas que considerou conve-nientes e demonstrou muita sabedoria ao lembrar que é princípio administrativo a proibição de usufruto, pelo ordenador de despesas, da própria verba que coorde-na. Daí porque os cartões foram suspensos da maneira em que estavam sendo utilizados.

O importante agora é preservar o bom senso no julgamento do tema em plenário, até porque exis-te muita matéria importante a ser discutida e votada neste ano de eleições municipais. A sociedade exige resposta firme sobre o assunto e espera que o meio político saiba identificar os verdadeiros implicados, de forma imparcial e justa.

Muito obrigado.O SR. FELIPE BORNIER (PHS – RJ. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 18 de setembro de 2007, em au-diência pública realizada pela nossa CPI do Sistema Carcerário, o Diretor-Geral do Departamento Peniten-ciário Nacional (DEPEN), Maurício Kuehne, disse que o Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) precisa de cerca de 6 bilhões de reais para dar resposta às de-mandas do setor.

Ora, em 2006, o Fundo contava com pouco me-nos de 370 milhões de reais; em 2005, com quase 160 milhões de reais, segundo o Jornal do Brasil – JB de 12 de dezembro daquele ano.

Que fique muito bem claro que nem de longe se trata de falar deste ou daquele governo, deste ou daquele partido político. O setor penitenciário tem ca-rência crônica de recursos, pelo menos por décadas a fio. Basta reler as conclusões das diversas CPI, ins-

taladas em âmbitos federal e estadual, ou o noticiário policial dos grandes jornais para constatar esse fato. E mais: reler o Relatório sobre a Situação do Sistema Prisional Brasileiro, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em parceria com a Pastoral Carcerária da CNBB, de julho de 2006, que abrange não menos que 17 Estados brasileiros.

Vê-se, como sempre, que os problemas identifi-cados são recorrentes: desrespeito aos familiares dos detentos e aos horários de visita; alimentação precária; falta de revisão dos processos criminais, de assistên-cia médica e de defensores públicos; tortura; esgotos sempre entupidos ou a céu aberto; superlotação, entre tantos e tantos outros.

Mais ainda: basta compulsar excertos do relatório da 2ª Caravana Nacional de Direitos Humanos – Uma Amostra da Realidade Prisional Brasileira, da mesma Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa, mas do ano 2000, transcritos na justificação do requeri-mento para a instalação da nossa CPI. Fizeram constar do requerimento o seguinte: “Realidade do arbítrio, os presídios brasileiros são uma reinvenção do inferno. A resultante, entretanto, não é uma construção metafísica ou uma especulação religiosa. Aqui, os demônios têm pernas e visitam os presos a cada momento”. Ao que, em consonância, acresceríamos o fato de pertence-rem as nossas prisões a uma estrutura social caótica e quase sem solução de tão embrenhada que está a condição carcerária na cultura do País.

Em suma, uma vergonha inominável. Cito o caso da adolescente estuprada por 21 detentos – estive na cadeia, junto com membros da CPI, e pude constatar a barbárie cometida, ficando chocado e estarrecido com a situação. Cito também o agrilhoamento de de-tentos em prisão catarinense. E, com muito pesar, falo do recente acontecimento com uma menor na cadeia de Planaltina, Goiás.

É, senhores, pasmem, mas o caso se repete.Vamos trabalhar com muito empenho para que

isso não volte a acontecer no nosso País. Absurdos pontuais não ocorrem, de modo algum, tão-somente nessas unidades federativas. Até pelo contrário. E dis-so ninguém duvida.

Honrado por pertencer à presente CPI do Sis-tema Carcerário, baseado nas inúmeras audiências que tiveram lugar, nas variadas e cansativas viagens de trabalho, nas inumeráveis sessões de debate que se levaram a cabo, nas mais diferentes análises de dados que se sucederam, concluí que está transcor-rendo uma das melhores se não a melhor CPI sobre a matéria, levada a termo na Casa, cuja conclusão fará história.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01831

Pelo presente, ressalto seu alto significado e destaco, entre os diversos aspectos pelos quais é tão importante para o País – até porque seu volume de tra-balho é realidade inconteste e talvez sem-par na área —, o fato de que está desvelando que, em curto, médio e longo prazos, a solução para o problema carcerário nestas plagas reside em gastar mais, muito mais, tanto em termos conjunturais quanto estruturais.

Até o presente, ao menos, pelo que vimos, os Governos passados não fizeram o dever de casa no setor. Pelo contrário: até exageraram na dose. Melhor ser escravo do que preso brasileiro.

A nossa CPI, porém, muito contribui e contri-buirá para que tal dever venha a ser cumprido. Não é sem tempo.

Era o que tinha a dizer.O SR. IRAN BARBOSA (PT – SE. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, ocupo esta tribuna para parabenizar aqueles que fazem o esporte em meu Estado, mais particularmente o futebol, esporte que é a paixão maior dos brasileiros, sem sombra de dúvida. Mais uma vez a arbitragem sergipana ganhou destaque nacional e mostrou o ex-celente quadro de profissionais de que dispomos. Na eleição do V Troféu Cartão Vermelho, realizado recen-temente, o árbitro Rogério Lima da Rocha e o árbitro assistente Renison Nunes Freire, os 2 pertencentes à Federação Sergipana de Futebol, foram eleitos por votação popular, como as revelações nacionais nas suas respectivas categorias. Quero destacar ainda que outro árbitro sergipano, Ivaney Alves Lima, também do quadro da Federação Sergipana, em 2006 já havia sido eleito como o assistente revelação.

Na eleição de 2007, cujo resultado está sendo agora divulgado, Rogério Lima da Rocha obteve 36% dos votos válidos, o equivalente a 1.383 votos. O árbi-tro sergipano concorreu com mais 9 profissionais de diversos Estados brasileiros. A vitória de Rogério se destaca mais ainda porque ele superou árbitros do quadro da FIFA – instância maior do futebol mundial –, como Marcelo de Lima Henrique, do Rio de Janeiro, que obteve 10% e ficou com a terceira colocação. O segundo colocado foi Leandro Pedro Vuaden, do Rio Grande do Sul.

Por outro lado, Renison Nunes também concorreu com mais 9 assistentes e obteve 42% dos votos. Isso equivalente a 1.127 votos. Renison superou, na disputa final, o representante do Rio Grande do Sul, que obteve 29%, e o do Paraná, com 11% dos votos.

É com muito orgulho que parabenizo esses 2 pro-fissionais e, na figura deles, parabenizo todos os demais árbitros de futebol do meu Estado e do Brasil. Tenho certeza de que a eleição de Rogério Lima e Renison

Freire só contribui para o aprimoramento do esporte em Sergipe e para o reconhecimento dessa categoria profissional, em certa medida tão pouco valorizada no nosso País, que é a do árbitro de futebol.

Passo a abordar outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero me

somar à CUT e às demais entidades do movimento sindical brasileiro e sergipano na defesa da redução da jornada de trabalho. Estamos convencidos, Sr. Pre-sidente, de que reduzir a jornada de trabalho é gerar empregos de qualidade.

O atual nível de desemprego, e sobretudo seu caráter estrutural, tem levado à discussão a redu-ção da jornada de trabalho, sem redução de salários, como um dos meios para preservar e criar empregos de qualidade.

Com a intenção de intervir nessa situação, as cen-trais sindicais brasileiras decidiram, em 2001, unificar ações por meio de uma Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho. De lá para cá, as centrais sindicais organizaram diversas lutas e mobilizações, que culmi-naram na 4ª Marcha dos Trabalhadores, que também pautou a redução da jornada de trabalho.

Estudo do DIEESE revela que o Brasil vive uma realidade de extremos. De um lado, muitos estão de-sempregados e, de outro, grande número de pessoas trabalha cada vez mais, realizando horas extras, e de forma mais intensa, devido às inovações tecnológi-cas e organizacionais e à flexibilização do tempo de trabalho.

O desemprego de muitos e as longas e intensas jornadas de trabalho de outros têm como conseqüência diversos problemas relacionados à saúde, como, por exemplo, estresse, depressão e Lesões por Esforço Repetitivo – LER. Aumentam também as dificuldades para o convívio familiar, que tanto pode ter como causa a falta de tempo para a família, como sua desestrutura-ção em virtude do desemprego de seus membros.

Se, do ponto de vista social, fica evidente a ne-cessidade da redução da jornada de trabalho, também é sabido que a economia brasileira hoje apresenta condições favoráveis para essa redução. Isso porque, segundo o DIEESE, a produtividade do trabalho mais que dobrou nos anos 90. O custo com salários é um dos mais baixos no mundo. Logo, o peso dos salários no custo total de produção é baixo.

Em vários países a redução da jornada de tra-balho sem redução salarial tornou-se um dos instru-mentos para preservar e criar novos empregos de qualidade e também possibilitar a construção de boas condições de vida.

Na maioria dos países, e também no Brasil, foi através da luta sindical que os trabalhadores conquis-

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01832 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

taram sucessivas reduções da jornada de trabalho até chegar aos patamares atuais.

Na década de 90 do século XX, no Brasil, e em quase todo o mundo, a flexibilização e desregula-mentação dos direitos dos trabalhadores levaram à deterioração crescente e contínua do mercado e das condições de trabalho. Os sinais mais evidentes deste processo foram: o aumento do desemprego e da in-formalidade; a queda da remuneração; o aumento do número de estágios; a crescente terceirização, entre vários outros.

No Brasil a taxa de desemprego – ainda que atu-almente esteja em queda – tem níveis elevados desde a década passada. Quanto aos salários, a situação não é muito melhor. Os rendimentos, que sofreram forte redução na década de 90, apresentam apenas uma recuperação tímida nos últimos anos. No caso das mulheres e dos jovens, a situação é mais grave, pois as taxas de desemprego para estes grupos são bem superiores à média dos demais.

Pelos cálculos do DIEESE, a redução da jorna-da de trabalho de 44 para 40 horas semanais teria o impacto potencial de gerar em torno de 2.252.600 no-vos postos de trabalho no País. Isso levando em con-sideração que o Brasil tinha 22.526.000 pessoas com contrato de 44 horas de trabalho, em 2005, segundo dados da Relação Anual das Informações Sociais – RAIS, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Para potencializar a geração de novos postos de trabalho, a redução da jornada de trabalho deve vir acompanhada de medidas como o fim das horas extras e uma nova regulamentação do banco de horas, que não permitam aos empresários compensar os efeitos de uma jornada menor de outra forma que não com a contratação de novos trabalhadores.

Segundo o DIEESE, o fim das horas extras, ou mesmo sua limitação, por si só, já teria um potencial de geração de 1 milhão e 200 mil postos de trabalho, levando em consideração os dados de 2005. Ou seja, a realização das horas extras, no Brasil rouba mais de 1 milhão e 200 mil postos de trabalho.

Mas qual é o custo da redução da jornada de tra-balho? Os que se opõem à proposta argumentam que a redução da jornada de trabalho elevará os custos e diminuirá a competitividade do País, fazendo com que o Brasil perca mercado externo, o que levará ao fecha-mento de muitas empresas exportadoras e mesmo da-quelas que enfrentarão, internamente, a competição com produtos importados. Tal argumento é falso.

Conforme dados da Confederação Nacional das Indústrias, catalogados pelo DIEESE, a participação dos salários no custo das indústrias de transformação era de 22%, em média, em 1999.

Assim, a redução de 9,09% na jornada de tra-balho, ou seja, reduzi-la de 44 horas semanais para 40 horas, representaria um aumento no custo total de apenas 1,99%.

Trabalhando menos, Sr. Presidente, o trabalhador terá mais motivação, atenção e concentração, e sofre-rá menor desgaste. Por isso, é de se esperar, como resposta, um aumento da produtividade do trabalho, que entre 1990 e 2000, cresceu a uma taxa média anual de 6,50%.

Desse modo, ao comparar o aumento de custo (1,99%), que ocorrerá uma única vez, com o aumento da produtividade, que já ocorreu no passado e con-tinuará ocorrendo no futuro, vê-se que o diferencial no custo é irrisório. E quando se olha para a produti-vidade no futuro, em menos de 6 meses ele já estará compensado. Não se sustenta, assim, o argumento empresarial que prevê a diminuição da competitivida-de da indústria nacional.

O DIEESE informa que o custo horário da mão-de-obra brasileira é uma dos menores do mundo. Na indústria manufatureira, por exemplo, enquanto o custo da mão-de-obra brasileira é de U$4,1, no Japão é de U$21,8, nos Estados Unidos é de U$23,7 e na Alema-nha é de U$33,0. Ou seja, a redução de jornada não traria prejuízo algum à competitividade brasileira.

Além disso, muitos países já têm jornada de tra-balho menor que o Brasil. Na realidade, o diferencial na competitividade dos países não está no custo da mão-de-obra. Caso assim o fosse, os EUA e o Japão estariam entre os países menos competitivos do mundo, pois o custo da mão-de-obra está entre os maiores. O que torna um país competitivo são as vantagens sistê-micas que ele oferece: um sistema financeiro a serviço do financiamento de capital de giro e de longo prazo com taxas de juros acessíveis; redes de institutos de pesquisa e universidades voltadas para o desenvolvi-mento tecnológico; população com altas taxas de esco-laridade; trabalhadores especializados; infra-estrutura desenvolvida, entre várias outras vantagens.

Por isso, Sr. Presidente, o argumento patronal de que a redução da jornada de trabalho aumentaria os custos da produção é absolutamente inconsistente.

O Brasil do século XXI precisa voltar-se para os trabalhadores. O desemprego é um câncer inaceitável que precisa ser combatido com todo vigor. Em nossa opinião, a redução da jornada de trabalho é um impor-tante passo nessa direção. É nesse sentido que faço um apelo ao Governo do nosso Presidente Lula para que ouça o clamor da CUT e do movimento sindical brasileiro e reduza a jornada de trabalho sem reduzir os salários dos trabalhadores.

Muito obrigado.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01833

O SR. PAULO ROCHA (PT – PA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, o Brasil tristemente recorda na data de hoje os 3 anos do assassinato da Irmã Dorothy Stang, aos 73 anos, no dia 12 de fevereiro de 2005, por volta das 9h, em uma emboscada no Município de Anapu, no Estado do Pará. A missionária norte-americana, natu-ralizada brasileira e membro da Comissão da Pastoral da Terra, teve sua vida interrompida por fazendeiros no oeste do Pará, região de fronteira agropecuária do Estado, descontentes com a atuação da irmã em prol dos projetos de desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Mas a sede pela disputa de terras na região amazônica, que resulta em conflitos, mortes e des-matamentos desenfreados, não tira do Governo Lula a força política para aplicar medidas mais duras para conter o desmatamento na região. Os bancos oficiais do Brasil assumiram nesta segunda-feira, 11 de fevereiro, após reunião no Palácio do Planalto, o compromisso de auxiliar na implantação do decreto presidencial de dezembro de 2007, que aumenta o cerco ao desma-tamento na Amazônia.

As regras de empréstimos para produtores rurais e cadeia produtiva ficarão mais rígidas. Na prática, significa a não concessão de financiamento a quem esteja em áreas embargadas e a exigência do reca-dastramento nos 36 municípios considerados prioritá-rios para vigilância, bem como o atestado de reserva legal e de área de preservação permanente, entre outras medidas.

No caso do setor privado, as instituições de cré-dito devem exigir licenciamento ambiental do empre-endimento, sistema de rastreamento de origem dos produtos e seleção de fornecedores de acordo com esses critérios.

Para reverter ainda mais essa tendência, o Gover-no pretende realizar uma série de ações envolvendo a Polícia Federal, o IBAMA, o INCRA e os Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa, da Agricultura, da Justiça e do Desenvolvimento Agrário. Homens do Exército e da Polícia Federal vão combater ações de desmata-mento. Foi detectado que entre agosto e dezembro de 2007 o desmatamento no País foi da ordem de 7 mil quilômetros quadrados. Mato Grosso é o Estado que concentra a maior parte da devastação, seguido do Pará e de Rondônia.

Srs. Parlamentares, as ações não param por aí: a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Go-verno do Pará vão promover este ano um seminário para discutir a implantação de um centro estadual do Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia – BCDAM no Estado.

O BCDAM vem estimulando a criação de repre-sentações estaduais para ampliar a integração de informações entre os Estados da Amazônia Legal e no interior de cada um deles. O Pará pretende assim fortalecer o seu sistema de informações, passando a usufruir da experiência de cerca de 100 instituições produtoras e usuárias de dados sobre a Amazônia.

Defendemos cada vez mais a implementação de políticas para a proteção ambiental e o desenvolvimen-to sustentável da região – é um sistema cooperativo e interinstitucional que facilita o acesso e o comparti-lhamento de dados estatísticos e cartográficos sobre a situação socioeconômica e ambiental de cada mi-crorregião deste território de dimensões continentais, assim como sobre os acervos científicos e tecnológi-cos existentes sobre ele. Tramita na Câmara projeto de minha autoria – o PL nº 16, de 1999 – que protege as florestas brasileiras como pontos intocáveis. Não per-mitindo que elas sejam transformadas em pastagens ou coisas do gêneros.

Era o que tinha a dizer. O SR. EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco/PMDB – CE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto a esta tribuna para dar mais uma notícia alvissareira em relação ao Projeto de Trans-posição de Águas do Rio São Francisco: as máquinas pesadas começarão a trabalhar no próximo dia 20 de fevereiro em Cabrobó. Os operários civis se juntarão ao Exército naquela que será uma das mais importantes obras para o Nordeste setentrional.

A construtora Camargo Corrêa foi a vencedora da maior parte da licitação e será responsável, entre outras obras, pela construção de 7 segmentos de ca-nal, sistema de drenagem interna, muretas laterais e estrutura de controle no reservatório de areias.

O valor global das obras civis do lote 9, que cor-responde ao Eixo Leste, apresentado pela empresa vencedora é de 213 milhões de reais. O orçamento estimado pelo Ministério da Integração Nacional para a execução da obra era de 257 milhões de reais.

Ressalte-se que a proposta da Camargo Corrêa representa uma economia de quase 17% em relação ao valor de referência da concorrência.

O Eixo Norte percorrerá cerca de 400 quilôme-tros em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Uma outra fase do projeto, o Eixo Leste, terá sua captação no lago da barragem de Itaparica, no Municí-pio de Floresta, em Pernambuco, e terá uma extensão de 220 quilômetros até o Rio Paraíba, deixando parte da vazão transferida nas bacias do Pajeú, do Moxotó e da região Agreste de Pernambuco.

Segundo os técnicos do Ministério, para o aten-dimento das demandas da região Agreste de Pernam-

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01834 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

buco o projeto prevê a construção de um ramal de 70 quilômetros, que interligará o Eixo Leste à Bacia do Rio Ipojuca.

Recentemente, em entrevistas aos jornais Diário do Nordeste e O Povo, o Ministro da Integração Nacio-nal, Geddel Vieira Lima, disse enfrentar sem precon-ceito o debate sobre o uso das águas que chegarão a Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Na verdade, a transposição tem como objetivo principal o consumo humano e animal, mas tem que acabar com esse tipo de preconceito de que a obra não serve. As pessoas convivem sem beber água, mas não vivem só de beber água. Também vivem de produção, de esperança e da expectativa de que seus filhos e netos vão ter emprego e renda.

E tem mais: além de ser um projeto de seguran-ça hídrica, a transposição é também um projeto inte-grado de desenvolvimento. O projeto vai levar água para quem precisa de água e dar condições para que as pessoas façam seus investimentos. Defendo que a água também vá para o agronegócio, desde que ele gere emprego e renda.

Temos que ressaltar ainda o trabalho realizado pelo Batalhão de Engenharia do Exército, com larga experiência em obras públicas.

O importante de tudo é que o Projeto de Trans-posição de Águas do Rio São Francisco está sendo executado para alívio daqueles que o defendem. A Or-ganização das Nações Unidas acaba de reafirmar que a partir de 2025 haverá, realmente, uma grave crise mundial de água, o que sacrificará, ainda mais, as re-giões mais áridas, como o Nordeste brasileiro.

Então, esta nossa constante luta pela água é apenas um exemplo de que estamos fazendo a nossa parte. Como homens públicos, temos que nos preocu-par sempre com o futuro da humanidade.

Muito obrigado. O SR. SILVINHO PECCIOLI (DEM – SP. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, damos início a mais um ano legislativo, e o que nos espera é um árduo caminho a ser percorrido sob o signo da ética e do trabalho intenso. Temos por dever e obrigação governar em favor daqueles que, democraticamente, nos elegeram para que nós os re-presentássemos, confiando em nossa capacidade e honestidade. Nosso ofício é nobre, mas traz consigo o peso da responsabilidade e da coragem. Exercemos o importante papel de zelar pelo cumprimento e ela-boração das leis que irão regulamentar a relação das pessoas com o Estado, haja vista que esta Casa é o órgão federal com o grau mais imediato na hierarquia da representatividade.

Devemos primar pelos valores democráticos e nos valermos de nossos mandatos para ajudar a po-pulação. Temos que atenuar a injustiça causada pela desigualdade social e estabelecer a coesão societária necessária ao bom andamento de uma nação demo-crática. É o momento também de exercitarmos cordiali-dade e tolerância. O ano que se iniciou há pouco deve ser visto como o sinal da esperança que se renova. A esperança de vermos como fruto de nosso labor um país melhor, mais eqüitativo e honesto. Para tanto, não podemos pestanejar nem por um segundo: temos que ser éticos e muito duros com aqueles que praticam a corrupção. É nosso dever, primeiro como legislado-res e depois como cidadãos brasileiros, recuperar o prestígio da política nacional que nos anos anteriores foi tão manchada com a falta de caráter e com a in-competência administrativa de colegas irresponsáveis que, movidos pela cobiça e ganância, estão levando o Governo brasileiro à bancarrota. Este ano deve ser marcado pela luta daqueles que acreditam na demo-cracia como sistema de governo livre e íntegro contra o ego perverso de políticos desonestos.

Devemo-nos fazer ouvir nos 4 cantos deste imen-so País, que é o Brasil, para atingir aqueles que mais precisam: as vítimas do coronelismo, do populismo, das políticas assistencialistas que o Governo Lula insiste em mascarar de projeto social – e nada faz além de implementar uma cultura de mendicância em detrimento de uma cultura de trabalho. Esses cidadãos necessi-tam de Deputados e Senadores corajosos, dispostos a enfrentar a peleja que é, nos tempos de hoje, traba-lhar com moral e destreza em favor dos mais de 180 milhões de brasileiros. A batalha é custosa, mas não impossível aos que com patriotismo e racionalidade escolheram o caminho da política.

Àqueles que agem em favor próprio, apenas guiados por seus interesses individuais e individualis-tas, interrogo a respeito do egocentrismo tão desleal, e advirto sobre a reação daqueles que estão aqui para construir um país justo, democrático e sério. Se o Bra-sil conseguir alcançar esses valores o ganho será de todos e usufruído por todos.

Concluindo, o percurso legislativo que nos espe-ra no ano de 2008 será trabalhoso, mas traz consigo a esperança de um futuro melhor a esta Nação. Um porvir onde a razão, a ética e o progresso nos condu-zirão a um novo País. Tratemos, então, de lutar por ele. Lutemos por um novo Brasil, que assegure a todos o ensejo do trabalho, que dê futuro à mocidade e segu-rança à velhice.

Muito obrigado. O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01835

Srs. Deputados, quero registrar, com muita honra, a posse do Desembargador Nilo Luís Ramalho Vieira como membro efetivo da Corte do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, ocorrida nesse dia 11 de feverei-ro, em substituição ao ínclito Desembargador Abraham Lincoln.

A presença do Dr. Nilo Ramalho no Tribunal Re-gional Eleitoral da Paraíba só irá engrandecer aquela Corte, dada as sua integridade moral e seu preparo intelectual.

O Desembargador Nilo Ramalho nasceu na ci-dade de Conceição, Sertão da Paraíba, no dia 16 de junho de 1942. Formou-se em Direito pela Universi-dade Federal da Paraíba. Trabalhou como advogado na cidade de Alagoa Grande, no Brejo Paraibano. Foi assessor jurídico da Federação Paraibana de Futebol e professor da Faculdade de Direito da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB. Como juiz de Direito, prestou serviços nas Comarcas de Teixeira, Esperan-ça, Patos e Campina Grande, onde também exerceu as funções de juiz eleitoral. Em 1989, assumiu a 9ª Vara Cível da Capital. Em João Pessoa passou pela 1ª Zona Eleitoral, foi juiz presidente do 2º Tribunal do Júri e juiz corregedor por duas vezes. Como desem-bargador, Nilo Ramalho ocupou o cargo de diretor da Escola Superior da Magistratura – ESMA. Em 2006 tomou posse como membro substituto da Corte do TRE-PB, onde encontra-se atualmente.

Em seu discurso de posse o Desembargador Nilo Ramalho pronunciou frases emblemáticas, que certa-mente serão o seu norte no TRE-PB, onde ocupará a vice-presidência e posteriormente a presidência:

“Quero lutar pela transparência, morali-dade, legalidade e pelo bem-estar do povo, em nome de uma sociedade politicamente correta. Quero fazer cumprir a Justiça eleitoral com a rapidez exigida e à altura do que se espera. Espero que saibamos cumprir nosso dever.”

Disse ainda:

“Serei um instrumento à procura da vir-tude e combaterei o vício com rigor. Estarei sempre de portas abertas a qualquer cidadão que me procurar para assuntos sérios e de interesse público.”

Com sua experiência e seu preparo técnico, Dr. Nilo Ramalho saberá conduzir, com maestria e dis-cernimento, a máquina judiciária no próximo pleito, onde a população irá escolher seus dirigentes muni-cipais e seus legisladores mirins, nas 223 cidades do nosso Estado.

Parabenizo o Desembargador Nilo Luís Ramalho Vieira, por ter galgado mais esse importante posto em

sua brilhante carreira de magistrado, desejando ao mes-mo êxito já alcançado em suas anteriores atividades.

Muito obrigado.O SR. FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, depois de um 2007 em que o Governo usou medidas provisórias com o objetivo de controlar os trabalhos da Câmara dos Deputados e trancar sua pauta, espero que este ano o Congresso – Senado e particularmente a Câmara – tome as rédeas de seus destinos e, por conseguinte, passe a dar celeridade aos trabalhos legislativos, de forma independente, de-mocrática e republicana.

Para isso, tornar-se-á necessário que o Governo Federal e o Congresso Nacional tenham a percepção de que os 2 Poderes – Legislativo e Executivo – são muito importantes para a população, mas de maneira independente, com respeito à Constituição. Não pode-mos tergiversar no que tange aos propósitos e ao papel da Câmara, que é o de legislar, criar leis e fiscalizar o Executivo, com o apoio importantíssimo do Tribunal de Contas da União.

Em 2007, demos início à 53ª Legislatura da Câ-mara dos Deputados e este ano trabalharemos para que a 2ª Sessão Legislativa ordinária seja vitoriosa, no que é relativo à sua produtividade, que tem como propósito maior servir ao povo brasileiros, por meio de votações de projetos e de propostas que vão ao encontro dos interesses do País.

Quero também deixar claro que o Partido De-mocratas tem enorme interesse em fazer com que o Congresso funcione livremente e exerça seu poder fiscalizatório, para que os recursos públicos sejam re-passados aos entes federados, sem no entanto serem desviados de seus objetivos, retratados na saúde, na segurança, na educação, na infra-estrutura, no lazer e no desporto.

Sr. Presidente, é fundamental que nós, Parlamen-tares, deixemos de ser representantes de grupos regio-nalizados e passemos a pensar o Brasil como um todo e, por intermédio dessa forma de atuar, darmos início, enfim, ao combate às diferenças regionais, à miséria, à fome, à ignorância e à violência, que são fatores que envergonham a Nação brasileira. Vivemos em um País que, apesar de constar entre as 10 maiores economias mundiais, é campeão de concentração de renda e por isso não tem um índice de desenvolvimento humano que nos leve a uma condição de bem-estar social.

Creio que se o Parlamento brasileiro continuar a reboque dos interesses do Governo Federal, que go-verna por medidas provisórias, sugiro que, então, cru-zemos os braços e nos coloquemos como um anexo do Palácio do Planalto. Não podemos continuar nesta

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01836 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

situação. A Oposição tem de mostrar aos brasileiros que ela é ativa e que fiscaliza o Governo. A CPI dos Cartões Corporativos é uma oportunidade de mos-trarmos à Nação que a Oposição se preocupa com a sociedade brasileira, que está farta de tantos desman-dos em âmbito federal.

Além disso, proponho que a Câmara dos Depu-tados exija que o Governo Federal explique, de forma precisa, os gastos com os cartões corporativos, o di-nheiro de plástico, que tem servido, ao que parece, para financiar até mesmo o lazer de funcionários e de autoridades do Governo. Nós, do Democratas, temos de mostrar serviço ao povo brasileiro. Temos de servi-lo, e garantir a ele que somos uma opção de poder real e que estamos dispostos a organizar e adminis-trar, com transparência e seriedade, a vida republica-na deste País.

Para finalizar, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, garanto àqueles que acreditam e confiam nos democratas que o partido continuará seu trabalho de melhorar as condições de vida do trabalhador brasilei-ro, que espera, há muito tempo, ter acesso a serviços públicos de boa qualidade, ter empregos para seus filhos e salários que o permita sustentar sua família sem sobressaltos. Desejo e luto para que nosso País e a Bahia, Estado que orgulhosamente represento, se desenvolvam, mas para isso é imperativo que a Câmara dos Deputados tenha seu papel constitucional preser-vado, livre da ingerência do Executivo e do Judiciário e com isso garantir cidadania plena aos brasileiros.

Passo a abordar outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero

parabenizar os moradores do Município de Itiúba que comemoram os 73 anos da fundação da cidade. Foi em 17 de janeiro que a desenvolvimentista cidade de Itiúba passou a controlar as rédeas de seu destino e de seu futuro. Foi em 17 de janeiro que o povo de va-lor desse município experimentou, pela primeira vez, quão é importante é ser independente, eleger seus representantes e abraçar, com seu próprio esforço, o direito à cidadania plena, que é o de viver com inde-pendência em sua cidade natal.

Itiúba honra a Bahia, honra o Brasil, por ter um povo trabalhador, que se alicerça nos pilares da hones-tidade e da solidariedade. Em pouco tempo Itiúba se tornou uma cidade em busca de sua auto-suficiência e por isso os setores da pecuária, da agricultura, além do comércio local, têm procurado se fortalecer e se di-versificar para atender à demanda dos seus cidadãos, bem como dos municípios vizinhos, que, como Itiúba, realizam um sem-número de negócios.

As autoridades de Itiúba, nas pessoas do Prefeito, do Vice-Prefeito e do presidente da Câmara dos Vere-

adores, estão de parabéns. O Executivo e o Legislativo representam as casas políticas do povo e por isso digo, sem pestanejar: político que tem compromisso com a sociedade tem compromisso também com seus cargos e com suas responsabilidades, independente da cor ideológica e do partido aos quais pertencem.

Sr. Presidente, a cidade que hoje faz aniversário é de muita importância para a Bahia e para o Brasil, porque é, acima de tudo, uma cidade que tem um povo ordeiro e trabalhador, voltado unicamente para que o município se desenvolva e marque sua posição no Es-tado como um centro econômico viável, que permita que seus filhos tenham acesso a uma vida de melhor qualidade, que se reflete em mais educação, alimen-tação, saúde e moradia.

Antes de finalizar este discurso, quero dizer que estou e estarei sempre à disposição da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Itiúba em Brasília. Firmo este compromisso porque, antes de tudo, luto para que o Estado da Bahia seja cada vez mais desenvolvido e, conseqüentemente, suas cidades, sejam elas grandes ou pequenas, transformem-se em locais onde seus cidadãos sintam orgulho de viver.

Sr. Presidente, solicito que este discurso seja publicado nos órgãos de comunicação desta Casa e veiculado no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.O SR. LEONARDO QUINTÃO (Bloco/PMDB –

MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna trazer para o debate o anúncio de obra feita pelo Governo Fede-ral que provoca, em todos nós que nos preocupamos com o desenvolvimento de nossa infra-estrutura de transportes e com a segurança do trânsito em nossa estradas, uma sensação, no mínimo, ambígua.

Essa ambigüidade deve-se a que, por um lado, temos a satisfação de finalmente vislumbrar, para o ano de 2008, a duplicação de um perigoso trecho da rodovia BR-381 em meu Estado de Minas Gerais, mais precisamente entre as cidades de Belo Horizonte e Belo Oriente, no Vale do Aço. Por outro lado, não podemos nos conformar com a não extensão das obras até a cidade de Governador Valadares, o que representaria um acréscimo de apenas 70 quilômetros ao projeto atual, de forma que o total a ser duplicado passasse a ser de 306 quilômetros, ligando essa importante ci-dade mineira à capital.

Inicialmente, é importante ressaltar que a dupli-cação da BR-381 é um antigo anseio da população da região e de todos os usuários que se utilizam desse im-portante corredor de tráfego, especialmente para aces-sar o litoral do Espírito Santo e a BR-116, conhecida

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01837

como Rio—Bahia, uma das principais vias de ligação entre as Regiões Sudeste e Nordeste do País.

A BR-381 é uma rodovia diagonal que represen-ta um verdadeiro corredor de integração nacional, e a urgência da duplicação do trecho citado decorre, entre outros fatores, do elevadíssimo índice de acidentes ocorridos naquela estrada.

Em recente estudo realizado pelo Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada – IPEA, o mais abrangente já realizado sobre o custo dos acidentes nas estradas brasileiras, a BR-381 recebeu o triste título de rodovia mais perigosa do País, segundo os índices de pericu-losidade e de gravidade do referido levantamento.

Apenas para se ter uma idéia do que isso repre-senta, Sr. Presidente, a BR-381 teve, no período de 1 ano, quase 9 acidentes para cada quilômetro de estra-da, totalizando 7.420 acidentes, que envolveram quase 32 mil pessoas e deixaram pelo menos 297 mortos e mais de 4.100 feridos.

Certamente, a duplicação possibilitará a redução dessa imensa quantidade de acidentes, visto que a maior parte deles ocorre em trechos de pista simples e com deficiências na geometria da via.

Pelas razões citadas, fica clara a necessidade de continuidade das obras de duplicação também no tre-cho entre Belo Oriente e Governador Valadares, onde verifica-se um crescente índice de acidentes e grande volume de tráfego, inclusive com o trânsito de veículos pesados ou com características especiais, os quais atendem a empresas de grande porte como Usiminas, Acesita e Cenibra, todas instaladas na região.

Essa duplicação permitiria o tráfego seguro desde São Paulo até a BR-116, em Governador Valadares, visto que o outro trecho da BR-381, entre Belo Horizon-te e São Paulo, denominado Rodovia Fernão Dias, já se encontra duplicado e seu processo de privatização está em estágio avançado.

Também não podemos ignorar, Sras. e Srs. De-putados, que é justamente em Governador Valadares que a BR-381 se encontra com a BR-259, rodovia que liga o Estado de Minas Gerais ao porto de Tubarão, no Espírito Santo, além de ser um ponto de confluência de todas essas estradas já citadas com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, o que demonstra um importan-te potencial para a implantação de um centro logístico multimodal nessa cidade.

Diante das reivindicações pela duplicação da BR-381 até Governador Valadares, a diretoria do Depar-tamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT acenou com a possibilidade de realizar algumas melhorias em curvas, construção de terceiras faixas e o tratamento de travessias urbanas entre Belo Oriente e Governador Valadares.

Em nosso entendimento, essas pequenas inter-venções não são suficientes para garantir a segurança da população e dos usuários desse trecho da rodovia, bem como sua plena exploração econômica, razão pela qual devemos buscar a duplicação no molde clássico, que prevê duas faixas de tráfego em cada sentido, se-paradas por canteiro central ou mureta de concreto.

É importante nos empenharmos, Sr. Presidente, pois uma obra de grande porte, como a duplicação de uma rodovia arterial para o País, não pode ser pauta-da apenas em critérios de movimentação de carros, devendo também ser consideradas prioridades como a integração logística e o desenvolvimento regional.

Pelas razões aqui apresentadas, conclamo todos os Parlamentares, em especial os do meu Estado, a unirem-se na busca de uma solução eficiente e racio-nal para a duplicação da BR-381, solução esta que não pode excluir a cidade de Governador Valadares de seu traçado.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. FÁBIO SOUTO (DEM – BA. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, não é novidade para nenhum de nós o es-tado de abandono em que se encontram as rodovias do nosso País, colocando em risco todo o processo de desenvolvimento brasileiro, sobretudo em razão da dificuldade de escoamento da produção de grãos e produtos manufaturados. Essas condições são par-ticularmente preocupantes em virtude da importância desse modal para a dinâmica da economia brasileira, pois, apesar da grande dimensão territorial, cerca de 60% das cargas e mais de 90% dos passageiros são transportados no Brasil pelo meio rodoviário.

Embora o Brasil esteja buscando promover um maior equilíbrio em sua matriz de transportes, com im-plementação de medidas que promovam o aumento da participação dos modais ferroviário e aquaviário, as nossas rodovias ainda permanecerão por muito tempo como o principal modal de transporte do nosso País. Dessa forma, Sr. Presidente, não poderá haver cres-cimento sustentado se não forem dadas condições ro-doviárias adequadas para o escoamento das riquezas produzidas em tempo hábil e a custos satisfatórios.

Não bastasse os gargalos no transporte de nos-sos produtos e os prejuízos econômicos decorrentes da má conservação de nossa malha rodoviária, a situ-ação caótica das rodovias tem impacto direto sobre a segurança do tráfego. Apesar dos dados oficiais apre-sentarem números inferiores aos reais, Sr. Presidente, sabemos que a quantidade de acidentes nas rodovias brasileiras revela uma verdadeira tragédia, com milhares de mortos, em todas as faixas etárias. Vidas jovens são

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01838 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ceifadas, sem poupar as nossas crianças. Outras cen-tenas de milhares de pessoas são feridas nas mesmas circunstâncias, muitas delas com lesões irreversíveis que carregarão pelo resto de suas vidas.

Os números apresentados pela última pesquisa rodoviária da Confederação Nacional do Transporte – CNT divulgada este ano mostram a situação de penúria pela qual passa a infra-estrutura de transporte rodovi-ário no Brasil. De acordo com os dados da pesquisa, dos cerca de 87 mil quilômetros de rodovias avaliados, mais de 73% têm algum tipo de comprometimento. No quesito que avalia apenas o estado do pavimento, observa-se que 54,5% da malha rodoviária pesquisa-da encontram-se em estado regular, ruim ou péssimo. São mais de 47 mil quilômetros nessas condições. No Estado da Bahia, a situação é ainda pior: quase 90% dos mais de 7 mil quilômetros de rodovias pesquisados encontram-se com algum tipo de deficiência.

Grande parte desses problemas poderia já estar equacionada, Sr. Presidente, se os recursos arreca-dados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE, incidente sobre os combustíveis, estivessem sendo utilizados na recuperação das nos-sas rodovias. Mas isso não vem ocorrendo.

A CIDE foi criada em 2001, com o objetivo de financiar programas de infra-estrutura de transportes, de projetos ambientais relacionados com a indústria de petróleo e do gás, ou subsidiar o preço dos combus-tíveis. O que se vê, no entanto, nobres colegas, é que esses recursos estão sendo usados para pagar des-pesas diversas que nada têm a ver com investimentos em estradas ou preservação do meio ambiente. Além disso, grande parte dos recursos da CIDE tem sido utilizada pelo Ministério da Fazenda para engordar o superávit primário.

Para se ter um idéia, segundo dados da Confe-deração Nacional do Transporte, do ano de 2002 até outubro de 2007, a CIDE arrecadou R$44 bilhões e aplicou, em transportes, apenas R$19 bilhões, o que corresponde a 43% do total arrecadado. Esses números deixam claro que os recursos existem, mas não estão sendo utilizados como deveriam. Portanto, Sras. e Srs. Deputados, esse desvio de finalidade na aplicação dos recursos da CIDE, em detrimento do atendimento da área de transportes é, sem sombra de dúvidas, o maior responsável pela situação calamitosa das nossas ro-dovias. Se esses recursos estivessem sendo aplicados nos fins para os quais foi criada a CIDE, temos certe-za de que a situação das nossas rodovias seria muito melhor do que a verificada hoje.

Por tudo isso, Sr. Presidente, queremos, desta tri-buna, cobrar do Governo Federal o desenvolvimento de ações de planejamento de longo prazo, em que possa

estar delineado o papel do Poder Público na construção e manutenção da infra-estrutura rodoviária. Queremos cobrar também o direcionamento adequado de todas as verbas destinadas constitucionalmente às nossas rodovias. Só assim, Sras. e Srs. Deputados, poderemos ter, num futuro próximo, um sistema rodoviário eficiente, que garanta a segurança dos usuários e as condições favoráveis de transporte, tão importante para o nosso crescimento de forma sustentada.

Muito obrigado.A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB –

AC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entra em vigor amanhã em todo o País as novas regras da ANATEL para as ope-radoras de celulares. Ainda não é a perfeição, mas as novas medidas representam avanço significativo na relação entre clientes e empresas.

Denunciei várias vezes os abusos das operadoras de celulares no Estado do Acre: atendimento péssimo, cobranças indevidas, sanha por altíssimos lucros. O celular, uma inovação tecnológica que veio para bene-ficiar a vida do homem, tornou-se uma dor de cabeça e um escoadouro de dinheiro das famílias.

A principal dor de cabeça ocorre guando se de-seja resolver algum problema com a conta ou com o aparelho. O tempo de atendimento demorado, cláu-sulas não explicitadas, regras dúbias, cobranças in-devidas, sempre levam os clientes das operadoras de celular à loucura.

Se imaginarmos que muitos de nós, nobres co-legas, pagam 100, 200, 300 reais ao mês de celular, podemos concluir que os serviços são de péssima qualidade. A coisa ainda tem que melhorar muito. Pa-gamos muito caro pelos serviço de telefonia celular no Brasil. Porém, as novas medidas do Governo devem ser saudadas como um avanço no relacionamento das operadoras com o cidadão.

Uma das alterações justíssimas diz respeito à va-lidade dos créditos pré-pagos, que sobe para 6 meses. Significa um aumento de 3 meses no tempo mínimo de duração exigido. Além disso, ao inserir créditos, a validade dos créditos antigos será automaticamente renovada, o que não ocorre atualmente. Antes perdí-amos dinheiro ao não realizar uma ligação.

Outra novidade, Sr. Presidente, para clientes dos celulares pré-pagos, que representam 80% dos celula-res no País, é que as operadoras terão de enviar fatura com o detalhamento das ligações. A garantia existia apenas para os planos pós-pagos. Sem a fatura não dá para controlar cobranças indevidas.

Sr. Presidente, veja que eu a partir de amanhã poderei mudar de operadora guando desejar. Fica ex-tinto aquele prazo de carência para mudar de plano. A

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01839

empresa só poderá determinar um tempo se oferecer benefícios, como a compra de um aparelho com des-conto, mas o prazo máximo de fidelidade nesse caso será de 1 ano.

E nos pedidos de cancelamento o prazo será de 24 horas para a operadora suspender o serviço e rescindir o contrato. Se o cliente trocar de empresa, a antiga terá que informar o novo número, de graça, por 60 dias – a portabilidade, que permite manter o número em outra operadora, virá só em 2009.

A partir de quarta-feira, chamadas feitas há mais de 60 dias só poderão ser cobradas pelas empresas após negociação com clientes, e deverão ser parce-ladas. Cobranças indevidas e pagas terão que ser de-volvidas em dobro, com juros e correção.

O serviço de telefonia celular ainda é um dos serviços de mais baixa qualidade que temos no Brasil. A privatização deste setor tornou-o um espaço para todo tipo de malandragem em busca de altos lucros e desrespeito ao consumidor.

É necessário regular este setor. O Estado tem que controlar. Fiscalizar com firmeza. Denunciar sem-pre. Temos que proteger nossos cidadãos da sanha lucrativa das operadoras de celular. Devemos trans-formar o celular em um serviço de qualidade e com baixos preços.

Muito obrigada.O SR. DJALMA BERGER (Bloco/PSB – SC.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta quarta-feira entrarão em vi-gor as novas regras sobre o uso de telefones celula-res. As alterações propostas pela Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL visam adequar o atendimento das operadoras ao Código de Defesa do Consumidor, para reduzir o numero de reclamações do serviço prestado.

Há muito tempo as operadoras de telefonia móvel e celular são as campeãs no ranking de reclamações nos Programas de Defesa do Consumidor – PRO-CONs. A principal reclamação dos usuários consiste no cancelamento da linha telefônica. Pela nova regra, as empresas prestadoras do serviço terão 24 horas para promover o cancelamento da linha, a partir da solicitação do usuário.

Além do cancelamento imediato da linha, os usu-ários poderão fazer ligações gratuitas para serviços de emergência, como bombeiros e polícia. Os valores cobrados indevidamente e pagos serão devolvidos em dobro, com juros e correção monetária.

Outra modificação que beneficiará os consumi-dores é a extinção do prazo de carência para trocar de plano na mesma operadora. Será permitido um prazo máximo de permanência de 12 meses, no caso em que

a operadora ofereça benefícios, como, por exemplo, a troca de aparelho com desconto. Os consumidores também terão o direito de solicitar a suspensão do serviço pelo prazo de até 120 dias, e uma única vez, no período de 1 ano

As mudanças que vigorarão a partir de amanhã trazem benefícios para os consumidores, principal-mente os que usam celulares pré-pagos, que totalizam 97 milhões e 200 mil dos 120 milhões de celulares no Brasil. Agora as operadoras serão obrigadas a forne-cer créditos com validade de até 180 dias e terão que revalidar os créditos antigos, toda vez que o celular for recarregado. O usuário que ficar sem crédito poderá continuar recebendo chamada de outro telefone ou realizar chamada a cobras pelo prazo de 30 dias, ao contrário da regra atual em que a extinção do crédito deixa o aparelho sem serviço.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em meu Estado, Santa Catarina, as reclamações dos serviços de telefonia móvel dobraram na comparação de ja-neiro de 2008 com janeiro de 2007. De acordo com o PROCON, o aumento foi de 115%, sendo que a prin-cipal queixa refere-se à cobrança indevida e rescisão de contrato.

Tenho plena convicção de que as novas normas trarão benefícios para todos. É claro que algumas difi-culdades surgirão até que as prestadoras se adaptem às novas exigências, como a manutenção do número quando o cliente trocar de prestadora, regra que va-lerá a partir de agosto, que permite trocar de plano e de operadora sem perder o número do telefone fixo ou celular.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as novas regras para o telefone móvel no Brasil apresentam um avanço significativo na relação das empresas presta-doras com seus clientes. É necessário aprimorar esta relação com avanços ainda maiores na regulação do setor. Integro a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática desta Casa e estamos buscando o aperfeiçoamento nas propostas legislati-vas que analisamos, visando criar condições de igual-dade para beneficiar o usuário final, que é a razão da existência das operadoras.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Pas-

sa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTEConcedo a palavra ao Sr. Deputado Antônio Ro-

berto.O SR. ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, queridos amigos que nos acompanham pelo

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01840 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

sistema de comunicação da Câmara dos Deputados, ao ocupar esta tribuna, é importante poder falar de alguns trabalhos feitos no último ano na Câmara dos Deputados.

Quero fazer uma pequena retrospectiva e enfa-tizar cada vez mais a importância de alguns projetos que apresentamos:

Projeto de Lei nº 39, de 2007, que cria a Uni-versidade Federal do Vale do Aço. Esse projeto vai beneficiar diretamente cerca de 500 mil habitantes na região metropolitana do Vale do Aço e indiretamente outros das regiões adjacentes. Foi aprovado por una-nimidade na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e encontra-se na Comissão de Edu-cação e Cultura, aguardando o parecer da Relatora, Deputada Elcione Barbalho.

Projeto de Lei nº 1.253, de 2007, que estabelece a Política de Conservação da Biodiversidade Aquáti-ca, que deve aplicar-se nos rios, nos lagos e no mar territorial brasileiro, promovendo a gestão e o uso in-tegrado de recursos hídricos, flora e fauna aquática, o cumprimento da função social e econômica da pesca e a exploração sustentável desses recursos naturais. O projeto encontra-se na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e o voto do Relator, Deputado Wandenkolk Gonçalves, é pela aprovação.

Projeto de Lei nº 1.486, de 2007, que dispõe sobre a obrigatoriedade da assistência social às populações de áreas inundadas por barragens. Esse projeto visa resgatar e melhorar, com o mínimo de justiça social, a qualidade de vida das famílias atingidas por barra-gens, por meio do fortalecimento das instâncias de debate e da ampla participação da sociedade, tanto no âmbito de definição de programas, quanto na sua execução física e financeira. O projeto encontra-se na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e aguarda parecer do Relator, Deputado Gervásio Silva.

Projeto de Lei nº 110, de 2007, que permite a uti-lização dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para o pagamento das parcelas de anuidade escolar do trabalhador e dos seus filhos dependentes, de até 24 anos de idade, inclusive parcelas vencidas, de curso superior. O projeto encontra-se na Comissão de Educação e Cultura e aguarda parecer da Relatora, Deputada Maria do Rosário.

Fui Relator de projetos importantes, como os seguintes:

Projeto de Decreto Legislativo nº 320, de 2007, que aprova o texto do acordo de cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Gover-no da República do Paraguai para o Desenvolvimento

Sustentável e a Gestão Integrada da Bacia Hidrográ-fica do Rio Apa, celebrado em Brasília, em 11 de se-tembro de 2006.

Projeto de Lei nº 623, de 2007, que dispõe sobre o reflorestamento de faixas de domínio de rodovias.

Projeto de Decreto Legislativo nº 2.540, de 2007, que autoriza, nos termos do § 3º do art. 231 da Cons-tituição Federal, o aproveitamento dos recursos hídri-cos, incluídos os potenciais energéticos, situados na Cachoeira do Tamanduá, na região do Rio Cotingo, em Roraima.

Projeto de Lei Complementar nº 311, de 2007, que dispõe sobre as Forças Armadas e a Polícia Fe-deral nas unidades de conservação.

Projeto de Lei nº 3.175, de 2004, que torna obri-gatória a inserção de cláusula protetora de direitos humanos em contratos de financiamentos concedidos por instituições oficiais.

Fui membro das Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Direitos Humanos e Minorias; da Subcomissão Permanente destinada a tratar das mudanças atinentes às mudanças climáticas; e da Subcomissão Permanente para tratar dos direitos da mulher, da criança e do adolescente.

Tive participação em algumas Comissões Es-peciais:

Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 357-A, de 2001, do Senado Federal.

Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6.264, de 2005, do Senado Federal, que institui o Estatuto da Igualdade Racial.

Comissão Especial destinada a proferir pare-cer ao Projeto de Lei nº 1.627, de 2007, do Poder Executivo, que dispõe sobre os sistemas de atendi-mento socioeducativo, regulamenta a execução das medidas destinadas ao adolescente, em razão de ato infracional, altera dispositivo da Lei nº 8.069, de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuo da Criança e do Adolescente.

O SR. MAURO BENEVIDES – V.Exa. me permite um aparte, nobre Deputado Antônio Roberto?

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Com certeza.O SR. MAURO BENEVIDES – Quero saudar a

presença de V.Exa. na tribuna, sobretudo quando faz um relato circunstanciado da sua proficiente atuação nesta Casa, nas Comissões e no Plenário, apontando iniciativas que já deveriam ter sido apreciadas aqui de forma conclusiva para, em obediência ao bicamera-lismo, serem encaminhadas ao Senado Federal. Mas V.Exa. nos faz constatar que proposições importantes como a que V.Exa. mencionou em primeiro lugar, para a criação de mais uma universidade no seu Estado,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01841

não chegam à apreciação do Plenário. Por quê? Por-que a nossa pauta da Ordem do Dia fica embargada, congestionada por uma pletora extraordinária de me-didas provisórias.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – É verdade.O SR. MAURO BENEVIDES – Então, enquanto

enalteço a atuação profícua e fecunda de V.Exa., la-mento, por outro lado, que esta Casa não seja receptiva a proposições desse quilate, dessa expressão, des-sa significação, não apenas para Minas Gerais, mas para o País como um todo. Cumprimento V.Exa. pela atuação agora discriminada. E lastimo que o Plenário não esteja predisposto a mudar essa orientação. Es-pero que isso venha a ocorrer nas próximas horas, a julgar pelos pronunciamentos lúcidos e clarividentes dos Presidentes Arlindo Chinaglia e Garibaldi Alves Filho na sessão inaugural desta sessão legislativa. Muito obrigado.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Muito obrigado, nobre colega. Realmente, a enxurrada de medidas provisórias tem emperrado esta Casa. Já está na hora de voltarmos a legislar, não fazendo apenas o que o Governo quer.

O SR. CIRO GOMES – Permite-me V.Exa. um aparte?

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Com prazer, Ex-celência.

O SR. CIRO GOMES – Guimarães Rosa dizia que o cearense é o mineiro do norte, e eu sucedo esse ilus-tre cearense no aparte a V.Exa. Com a antecedência de ser amigo e admirador de V.Exa., quero cumprimentá-lo não só pelo belo pronunciamento que faz, mas pela estréia extraordinária na vocação política, que sempre foi sua, mas que esteve ao serviço da agitação – no melhor sentido da palavra – social, cultural, familiar do povo querido de Belo Horizonte, de Minas Gerais. Saúdo V.Exa. e o cumprimento pelo ano extraordinário como Deputado estreante. Não tenho a menor dúvida de que todos que, como eu, o conhecemos de longa data vão admirar-lhe não só pela sua obra parlamentar, mas pelas tarefas às quais V.Exa. tem sido chamado na nossa querida Belo Horizonte.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Deputado Ciro Gomes, meu querido colega, é uma honra ser aparte-ado por V.Exa., principalmente com tantos encômios. Agradeço seu aparte e tudo que temos vivido juntos no decorrer desse processo histórico, desse processo político. Muito obrigado por suas palavras.

Sr. Presidente, participando da Comissão de Meio Ambiente, apresentei alguns requerimentos, entre eles um convidando o ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos Al Gore para ministrar palestras sobre o tão importante tema aquecimento global.

Participei de várias audiências, de vários encon-tros com o nosso querido Governador Aécio Neves para discutir assuntos de interesse de Minas Gerais, como a liberação de verbas para os novos centros vo-cacionais e tecnológicos.

Visitei as importantíssimas obras do gasoduto em Manaus e indiquei uma série de verbas para que realmente sejam contemplados Belo Horizonte e Minas Gerais com obras estruturantes muito importantes.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputa-dos, quero falar também da minha querida cidade de Belo Horizonte.

As pessoas já conhecem Belo Horizonte, mas precisam conhecê-la ainda mais. Privilegiada por exu-berantes paisagens, grutas e cachoeiras e cercada pelas montanhas da Serra do Curral, Belo Horizonte tem um histórico que respalda sua importância no ce-nário mineiro e nacional.

Inaugurada em 12 de dezembro de 1897, a cida-de, que foi planejada para ser a nova Capital de Minas Gerais e receber 200 mil habitantes, já conta hoje com mais de 2 milhões de habitantes e é o terceiro centro econômico do País.

Nas décadas de 20 e 30, ela era uma poesia. Passeios de bonde, sessões de cinema, conversas nos cafés, foi assim o período romântico da grande Capital. É nessa época que a cidade vê nascer sua geração de intelectuais, como os escritores modernistas Car-los Drummond de Andrade, Cyro dos Anjos, Alberto Campos, João Alphonsus, Abgar Renault.

Nessa época, a cidade teve grande desenvolvi-mento no campo das artes e da cultura. O Teatro Muni-cipal vivia seus anos de glória, novas salas de cinema eram inauguradas. O maestro Francisco Nunes fundou em 1926 o Conservatório Mineiro de Música. Em 1927, foi fundada a Universidade de Minas Gerais.

O progresso continuou. Na década de 30, a cida-de se expandia. Surgiam novos bairros. Mas a cidade cresceu sem maior controle ou planejamento. Na ar-quitetura, surgiram novidades: o primeiro edifício de 10 andares e um novo estilo de fachadas, como a do Cine Brasil. Nasceram as 2 primeiras rádios da cidade, os primeiros jornais. A Capital começava a amadurecer.

Os anos 40 e 50 trouxeram a modernidade, dan-do à nossa cidade um ar de metrópole. Com a criação do Parque Industrial, em 1941, a cidade ganhou várias indústrias. O comércio, também fortalecido, impulsionou o setor de serviços, que também crescia.

Não podemos deixar de citar o grande respon-sável pela transformação de Belo Horizonte, o maior Prefeito que a cidade já teve: Juscelino Kubitschek, que, com o objetivo de renovar a Capital, promoveu um surto de desenvolvimento e de modernização, fa-

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01842 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

zendo diversas obras, que projetaram a cidade inter-nacionalmente. A mais importante delas é o Complexo Arquitetônico da Pampulha, que infelizmente hoje se encontra um pouco largado.

Também por iniciativa de Juscelino Kubitschek foram construídos conjuntos habitacionais, grandes avenidas, grandes complexos urbanísticos, o Edifício Acaica, na Avenida Afonso Pena.

Os anos 50 ficariam conhecidos na Capital de Minas Gerais como a década da indústria. A criação da CEMIG e o desenvolvimento da cidade industrial foram 2 fatores fundamentais para essa expansão.

Na década de 60, o crescimento econômico trans-formou Belo Horizonte. O progresso avançou suas ruas, arranha-céus foram erguidos. A cidade, como toda metrópole, cada vez maior, começava a apresentar problemas de moradia e de trânsito, que precisava ser desafogado com avenidas maiores. Os anos 60 foram marcados pelo crescimento das indústrias e das insti-tuições financeiras. Na década de 70, Belo Horizonte continuava crescendo e já contava com uma população de 1 milhão de habitantes.

Os anos 80 foram marcados pelo início de uma mudança nas relações da população com sua cidade. A consciência de que era preciso cuidar da cidade, ao mesmo tempo permitindo-se o seu desenvolvimento e garantindo-se a qualidade de vida de seus habitan-tes, difundiu-se cada vez mais entre a população. Foi aí que se descobriu o espaço das ruas, onde se arrai-gou o hábito de questionar os grandes problemas de Belo Horizonte, ainda atuais. Surgiu uma mentalidade diferente. E as obras realizadas na cidade ganharam nova direção. O belo-horizontino é hoje aquele cidadão que ama profundamente sua cidade e que se encontra intrinsecamente ligado a ela.

Em 1981, adotou-se um novo sistema de trans-portes, na tentativa de melhorar o trânsito, e foi iniciada a implantação do metrô de superfície, como alternativa mais rápida, segura e menos poluente. A canalização do Ribeirão Arrudas ajudou a cidade a enfrentar um grande problema, existente ainda hoje: as enchentes. A memória da cidade começou a ser mais valorizada com o tombamento de vários edifícios, e a população ganhou parques de lazer, como o das Mangabeiras e o Mineirinho.

O SR. JOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLI-VEIRA – Meu caro Deputado Antônio Roberto, V.Exa., que é o Deputado Federal mais votado da Capital de Minas Gerais, é um apaixonado pela cidade. Quero dar meu testemunho, como seu admirador e seu colega, na bancada do Estado e no Partido Verde, da paixão que o move. V.Exa. tem pautado sua ação no Congresso Nacional na defesa dos interesses maiores da Capi-

tal de Minas Gerais, nossa querida Belo Horizonte, na proposição de soluções para nossa cidade.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Muito obrigado, meu querido colega José Fernando. Agradeço-lhe, de coração, as palavras. Sinto-me honrado por V.Exa. ser testemunha do trabalho que desenvolvemos em prol da nossa Capital.

Nos dias de hoje, vemos na cidade grandes pro-jetos e obras estruturantes, que oferecem melhor qua-lidade de vida à população. O Projeto Linha Verde, por exemplo, lançado em maio de 2005 pelo querido Governador do Estado, Aécio Neves, juntamente com o Prefeito da Capital, Fernando Pimentel, é o maior conjunto de obras viárias de Belo Horizonte e Região Metropolitana das últimas décadas. O empreendimento inclui intervenções nas Avenidas Andradas e Cristiano Machado e na rodovia MG-010, além de uma via de trânsito rápido que liga o centro de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, na cidade de Confins. A Linha Verde beneficia mais de 3,5 milhões de pessoas, em quase 100 bairros da Capital, e pre-tende melhorar a articulação viária e de transportes da Capital com Ribeirão das Neves, São José da Lapa, Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Lagoa Santa e outros Municípios.

Para diminuir os impactos sociais, urbanísticos e financeiros da obra, foi realizado um levantamento de informações estratégicas das áreas que estão sendo removidas, como a quantificação e o tipo de uso dos domicílios e o perfil social e econômico das famílias atingidas. O plano foi elaborado de maneira participa-tiva, envolvendo associações comunitárias, comissões de moradores das comunidades atingidas, o Governo Municipal, representado pela URBEL, e o Governo Estadual, representado pelo DER.

Outro projeto importante para a nossa Belo Ho-rizonte são as obras do PAC. O Presidente Lula tem sido generoso e justo com a cidade. Do investimento anunciado de 3,6 bilhões para Minas Gerais, Belo Hori-zonte receberá 360 milhões para obras de urbanização de vilas e favelas, saneamento básico e habitação e será contemplada com outros projetos, desenvolvidos em parceria com o Governo Aécio Neves.

Em Belo Horizonte, os recursos serão investidos na ampliação de programas para Taquaril, Morro das Pedras e Vila São José; no Programa DRENURBS, de revitalização de córregos, recuperação ambiental e drenagem; e em obras de saneamento básico. O PAC vai ainda viabilizar o projeto de canalização da Aveni-da Teresa Cristina e outros.

Estamos num momento histórico. A população de Belo Horizonte está diante de uma grande opor-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01843

tunidade. Basta lutarmos para que seja garantida a liberação dessas verbas.

Há poucos dias, os pré-candidatos à Prefeitura da Capital mineira estiveram reunidos. Todos assinaram documento comprometendo-se a, independentemente de filiação partidária, batalhar pela liberação das ver-bas do PAC para Belo Horizonte.

O SR. CIRO PEDROSA – Deputado Antônio Roberto, é um prazer muito grande ouvir V.Exa. Sou testemunha do seu trabalho em favor de Belo Horizon-te e, como represento Betim, tenho de agradecer-lhe o empenho por verbas para as obras do Anel Norte, previstas em emenda de sua autoria, de suma impor-tância para o Estado de Minas Gerais. É por esse seu trabalho em prol de Minas Gerais, por esse seu jeito de fazer política no Estado, que V.Exa. tem desponta-do como uma de nossas principais lideranças, sendo hoje talvez um dos principais candidatos à Prefeitura da Capital. Tenho certeza de que na caminhada política V.Exa. terá tanto sucesso quanto tem na caminhada profissional.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Meu querido De-putado Ciro Pedrosa, agradeço-lhe o aparte. Fico fe-liz pelos apartes dos colegas do Partido Verde, V.Exa. e o Deputado José Fernando. Muito obrigado pelas palavras.

Essas obras são de grande importância para nossa cidade. Belo Horizonte tem de fazer parte dos sonhos de cada um dos seus habitantes. Belo Horizonte merece descortinar-se rumo ao futuro. Ela tem o direito de vir a ser uma das melhores cidades do mundo em termos de qualidade de vida. Mas, para isso, terá de enfrentar, de maneira corajosa, não convencional, os desafios que se lhe apresentam. Ela pode contar com a índole alegre e responsável da sua população, que tem a formidável intuição sobre o que e quando mudar.

O SR. JÚLIO DELGADO – Nobre Deputado An-tônio Roberto, gostaria de aparteá-lo.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Pois não.O SR. JÚLIO DELGADO – Cumprimento-o pelo

seu amor a Belo Horizonte. É o que sinto pela minha querida Juiz de Fora. Conterrâneo e admirador de V.Exa., fiquei muito honrado quando soube que o te-ria como colega neste Parlamento e nesta Legislatura. Espero que essa amizade e esse coleguismo durem 2 anos, porque quero ver V.Exa. alçar vôos maiores em prol daquilo que V.Exa. mais ama. Desejo a V.Exa. todo o sucesso. Sei do seu compromisso com aquele povo, da sua trajetória e da sua vida dedicada àquela cidade. Por ser mineiro e ter Belo Horizonte como nossa Ca-pital, sei que ela estará em boas mãos se V.Exa. tiver a honra de dirigi-la. Tenho a honra de ser seu amigo e de compartilhar as suas ações no Parlamento, todas

direcionadas à sua cidade natal, à qual dedica sua vida e sua atuação parlamentar. Parabéns a V.Exa.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Muito obrigado, querido colega Deputado Júlio Delgado, pelas palavras e pelos elogios.

Sr. Presidente, a questão ambiental é um dos maiores desafios para os novos gestores da cidade. Aproximam-se as eleições municipais, e qualquer pro-jeto político para a cidade teria de passar necessaria-mente pelas idéias do crescimento sustentável e pela resolução de problemas crônicos do ponto de vista ecológico. É impensável que a questão do lixo ainda não tenha encontrado um rumo certo e que Belo Hori-zonte, através do Rio das Velhas, seja um dos maiores poluentes do Rio São Francisco.

Tida como uma cidade que tem altos índices de violência, está a clamar por uma rigorosa ação pública pela segurança, numa cidade que sempre teve a fama de pacata, quase bucólica, e hoje sofre as dores do medo. Cidade que se orgulha de ter a maior quantidade de ba-res por metro quadrado no mundo, começa a ter medo dos passeios noturnos, das baladas, das serestas, e sua população começa a se restringir e a se conter por temer assaltos, assassinatos, abusos sexuais e outros.

A população ainda não conta com um atendimento exemplar na saúde pública. Pelo contrário, as camadas mais pobres da população se angustiam com a preca-riedade do atendimento médico e hospitalar. O déficit habitacional, as áreas de risco em caso de chuvas e en-chentes, o número de favelas não urbanizadas são uma mancha em uma cidade que tem tudo para ser feliz.

O trânsito caótico em crescentes dificuldades de solução atesta a precariedade dos nossos trans-portes. Mais uma vez, as camadas populares, que se utilizam dos ônibus e não possuem carros, são obrigadas a esperar sem fim nas filas e a se sujeitar à ausência de transportes a partir de determinados horários noturnos.

A educação merece avanços. A assistência psi-cológica à população nunca foi pensada. A história de Belo Horizonte sempre foi de mudanças. O povo belo-horizontino não teme inovações e prosseguirá, tenho certeza, nessa marcha inexorável para o futuro. A Belo Horizonte dos nossos sonhos é aquela que, cada vez mais, dará a seus habitantes uma qualidade de vida invejável.

Ao povo de Belo Horizonte, a quem agradeço a confiança, o meu abraço. Vamos sonhar juntos e fazer da cidade um grande exemplo urbano, pois:

“Sonho que se sonha sóÉ só um sonho que se sonha só,Mas sonho que se sonha juntoÉ realidade”.

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01844 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Cum-

primento o ilustre Deputado Antônio Roberto, que mostra hoje ao Brasil aquilo que nós, mineiros, já sa-bemos: que, além de amar Belo Horizonte, tem pro-fundo conhecimento da realidade da Capital e dos de-safios que estão postos para os futuros governantes daquela cidade.

Sabemos, Deputado Antônio Roberto, que não foi por acaso a votação expressiva que V.Exa. obteve em Belo Horizonte, mas, em função do reconhecimen-to do povo daquela Capital ao amor que V.Exa. dedica a ela e que vem agora transformando em trabalho a favor não apenas de Belo Horizonte, mas também de todo o Estado de Minas Gerais. Com apenas 1 ano de mandato, V.Exa. já mostrou a que veio. E tem muito serviço a prestar a Belo Horizonte e ao Brasil.

Estaremos juntos, com certeza, em muitas eta-pas de luta.

O SR. ANTÔNIO ROBERTO – Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra ao segundo orador do Grande Expe-diente, o Deputado Roberto Magalhães.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES (DEM – PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o desdobrar-se do tempo, em sua lenta e implacável caminhada, traz ao presente múltiplas ressonâncias do que se foi, quer isso se processe na vida dos indivíduos, quer nas estruturas sociais e instituições políticas de uma nação.

Dois livros recentes, o primeiro, intitulado 1808, de Laurentino Gomes, que versa sobre a transferência, há 200 anos, de D. João VI e da Corte Portuguesa para o Brasil, e o segundo, intitulado D. Pedro II, de José Mu-rilo de Carvalho, lançam luz sobre episódios históricos bem conhecidos e constantes dos livros didáticos.

Entretanto, ambos os autores utilizam enfoques precisos e fundamentados sobre o contexto em que se desenvolveram as relações político-institucionais em Portugal e no Brasil do século XIX.

A pesquisa histórica responsável e a idoneidade dos fatos tornam a leitura desses livros de grande utili-dade para os que se interessam pelo desenvolvimento histórico da Nação brasileira, como Colônia e Império até o nascer da República.

Ficam muito claras a forma pouco construtiva e a precária gestão com que se tratou o Brasil Colônia, enquanto houve uma exploração predominantemente extrativista.

Mas o que nos interessa tratar desta tribuna, sobretudo, é a profunda modificação entre o Bra-

sil sob o governo da monarquia absoluta e sob o governo monárquico constitucional do Segundo Reinado, com Parlamento – Câmara e Senado – e Governo de Gabinete, muito próximo ao regime parlamentarista.

Com D. João VI, a gestão do Brasil foi pontilha-da de gravíssimas falhas, com uma Corte de 10 a 15 mil pessoas – eu disse 10 a 15 mil pessoas —, entre nobres, eclesiásticos, militares e burgueses, em sua maioria vindos de Portugal na comitiva do Monarca e sustentada pelos cofres públicos. As vantagens aufe-ridas pela Colônia com a chegada da Família Real, como a abertura dos portos, a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarve e a gradativa atenuação da tutela dos interesses comer-ciais ingleses, não absolvem D. João VI dos descala-bros cometidos pela Corte, e que ficaram como uma espécie de herança maldita, que vez por outra aflora, e aflora para surpreender e, às vezes, para humilhar a Nação brasileira.

O Banco do Brasil foi criado por D. João VI com a finalidade, entre outras, de suprir as despesas des-sa volumosa Corte, 10 vezes maior que a da França napoleônica e muito maior do que a de qualquer outra monarquia européia daquela época.

Quando D. João VI voltou a Portugal, em 1821, levou consigo os bens com que a Coroa havia contri-buído para a fundação do Banco do Brasil e deixou a instituição insolvente, levando o banco à falência.

O contraste de atitudes face ao Erário Público en-tre D. João VI e D. Pedro II mostra-se flagrante quando lembramos que D. Pedro II, monarca constitucional, jamais admitiu viajar para a Europa com recursos que não fossem pessoais, chegando a tomar empréstimos com tal finalidade.

Ainda, a diferença de posturas entre os monar-cas encontra-se exposta na forma pela qual lidaram com o estigma da escravidão negra, vigente àquela época no País.

Enquanto D. João VI, na sua chegada ao Brasil, foi morar em um imóvel construído e cedido por um traficante de escravos – a atual Quinta da Boa Vista –, sob o reinado de D. Pedro II avulta-se o Parlamen-to que, a partir dos debates e de proposições, tornou pública e integrante da agenda política a abolição da escravatura, possibilitando aos abolicionistas vitórias nas batalhas legislativas que precederam à Lei Áurea de 1888.

A diferença apontada não se refere, apenas, a uma diversidade de individualidades, mas decorre do fortalecimento de um Poder: o Legislativo, o Parlamento Constitucional, e uma Constituição que, embora ou-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01845

torgada, foi a que teve vida mais prolongada de todas as 7 que o Brasil já teve em sua Regência.

O SR. MAURO BENEVIDES – Deputado Roberto Magalhães, permite-me V.Exa. um aparte?

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Pois não, De-putado, com muita honra.

O SR. MAURO BENEVIDES – Deputado Ro-berto Magalhães, gostaria de cumprimentá-lo pela retrospectiva histórica que aborda em seu discurso de hoje, com percuciência, naturalmente analisando aqueles fatos que, em um passado já recuado, cons-tituíram, sem dúvida, esse acervo extraordinário que está sendo relembrado agora pela televisão em epi-sódios que marcaram a trajetória da vinda de D. João VI e da Família Real para o Brasil. Eu me permitiria dizer-lhe, no que diz respeito à vigência da nossa primeira Carta, a Carta Imperial, que só há um fato que realmente faz com que nós discordemos da sua significação no primeiro instante. É que o Imperador dissolveu a Assembléia Nacional Constituinte e ele próprio outorgou aquela Carta. Felizmente, a Carta passou a ser seguida e trouxe inequivocamente, aqui e ali, alguns episódios não favoráveis, mas significou algo positivo na estrutura jurídico-legal do País. Por-tanto, meus cumprimentos pelo seu pronunciamento, que certamente nos vai permitir recordar todos esses fatos significativos que V.Exa. repassa com absoluto conhecimento de causa e, naturalmente, com aquelas considerações que representa uma apreciação detida desses fatos sob a sua ótica indiscutivelmente escla-recida e lúcida.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Agradeço a V.Exa. o aparte. Cuprimento-o pela sua vida pública e brilhantismo com que presidiu o Senado Federal e pelo exemplo diuturno de trabalho, de presença nesta Casa, o que honra qualquer orador nesta tribuna.

Quero lembrar que registrei a Carta outorgada – embora outorgada. Quero dizer também o seguinte: houve o Ato Adicional de 37, que democratizou. Eu não sou historiador, V.Exa. sabe disso. Conheço história como V.Exa. a conhece, e a maioria aqui que faz polí-tica conhece, até por dever de ofício. Mas me lembra muito o Parlamento brasileiro, monárquico, do Segundo Reinado, o Parlamento brasileiro da Carta de 46, com Afonso Arinos, Milton Campos, enfim aquela brilhante geração de mineiros, baianos, pernambucanos, como Barbosa Lima, de políticos como Agamenon Magalhães, de paulistas. Foi realmente um período democrático e que, desgraçadamente, só durou 18 anos. Lembra muito pela qualidade dos Parlamentares, pelo espírito público e pela relevância das matérias tratadas e das decisões tomadas.

Acredito que, além da figura do Imperador Pe-dro II, intelectual e vocacionado para a função, com autoridade e credibilidade, também o Parlamento e os Deputados e Senadores que integravam os ministérios contribuíram para o elevado padrão moral e político do Segundo Reinado.

Mas, na verdade, o Governo de Gabinete, sob o poder moderador do Monarca, e o respeito entre esse Governo e o Legislativo influíram decisivamente para a seriedade dos negócios.

O papel desempenhado pelo Parlamento no Se-gundo Reinado foi relevante e com atuação vigorosa na defesa dos interesses não só dos partidos, mas de toda a Nação brasileira.

Neste perpassar pela História, cabe-nos, evi-dentemente, indagar qual a razão das dificuldades do processo político brasileiro após a Proclamação da República, em 1889, e a adoção da Carta Constitu-cional de 1891.

É certo que a República não veio por uma revo-lução e, sim, por um pronunciamento militar. É certo que o povo não participou diretamente do ato de pro-clamação, mas apenas da campanha, liderada pela facção abolicionista do Parlamento. Mas, na verdade, tivemos uma República muito acidentada.

O que dizem os historiadores e o que pensam os cientistas políticos e homens públicos?

Muitos dirão que a Republica Velha, que se instau-rou a partir da Carta Constitucional de 1891 e chegou até à Revolução de 1930, não implantou verdadeira-mente o regime democrático, mas apenas o funciona-mento formal das instituições, sob a vontade férrea das oligarquias, tendo por base “o voto a bico de pena”, a política dos Governadores e seus partidos republicanos estaduais, sem apreço pela participação popular.

Foi uma República sem povo, uma República eminentemente oligárquica.

A Revolução Liberal de 1930 derrubou as oli-garquias no poder, mas enveredou pelo autoritarismo. Getúlio Vargas foi obrigado a convocar a Constituinte, que resultou na Carta democrática de 1934, graças à Revolução Paulista. Não foi um gesto do governante. Foi uma imposição do povo brasileiro liderado pelo Estado de São Paulo.

Enfim, o trancamento sucessivo do processo de-mocrático, porque, em seguida, veio o Golpe de 1937 e a instauração do Estado Novo, onde a fonte única do Poder era Getúlio Vargas.

Nobre Deputado Mauro Benevides, V.Exa. cer-tamente leu uma obra da maior importância para se conhecer a história do Estado Novo e da República dos anos de 1930 e 1940, o diário particular de Getú-lio Vargas. Ele era a fonte única de poder. Ele nome-

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01846 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ava os interventores. Os interventores nomeavam os prefeitos. Os interventores eram prefeitos. Não havia povo. Não havia Assembléia nenhuma, nem municipal, nem federal, nem estadual. A chamada Carta Polaca foi apenas um monumento ao nada. Nós, que somos mais velhos, devemos dizer por que polaca. Polaca era o número grande das prostitutas que militavam nas ci-dades maiores do País.

Vejamos o que diz Laurentino Gomes, jornalista e a essa altura pesquisador e escritor, no subtítulo do seu festejado best-seller, 1808, que todo brasileiro com certa instrução deveria ler: “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a Historia de Portugal e do Brasil”. Aliás, Napoleão disse que nos seus 20 anos de poder ele só foi enganado por um monarca, D. João VI.

Laurentino, sem meias palavras, também nos in-forma que no seu retorno a Portugal, ainda no cais em Lisboa, D. João VI “(...) teve ainda de aceitar algumas imposições que na época da monarquia absoluta se-riam inimagináveis. Uma delas proibia o desembarque de vários de seus acompanhantes, acusados de cor-rupção e roubo na administração dos cofres públicos no Rio de Janeiro”.

E mais: dentre os vetados – aqueles que o Parla-mento português, na monarquia constitucional instau-rada em Portugal, vetou e não permitiu que pisassem em terras portuguesas – estava o Tesoureiro-Mor do Real Erário, Joaquim José de Azevedo, Visconde do Rio Seco, que se havia tornado um dos homens mais ricos do Brasil.

Como vêem V.Exas., o valerioduto não é uma novidade tão grande assim.

Já o pernambucano Oliveira Lima, autor da consi-derada obra mais profunda do ponto de vista histórico sobre D. João, afirmara que a Corte “fizera um verda-deiro assalto ao Erário brasileiro”.

Nos dias que correm, o presidencialismo “impe-rial” que se implantou no País e o desequilíbrio entre os Poderes, com o Executivo a legislar “diariamente” por meio de medidas provisórias e a cooptar Parla-mentares e partidos como prática, e outras distorções, violam os princípios basilares dos sistemas democrá-ticos de governo..

Assim como da monarquia absoluta se evoluiu para a monarquia constitucional, o Brasil precisa fa-zer evoluir o Parlamento, que é sempre, em todos os Governos, garroteado por uma maioria governista. Precisamos também ser independentes, sobretudo na defesa de nossas prerrogativas e atribuições, porque quem mais legisla nesta Casa não somos nós, mas o Planalto, por meio de medidas provisórias.

Como agravante de tudo isso, não se pode es-quecer a leniência – e mesmo a omissão – do Poder Legislativo em defesa da sua autonomia.

Como explicar a nossos pósteros que vivemos tantos anos sob a égide da Emenda Constitucional nº 32, que criou a obstrução da pauta para dar prioridade às medidas provisórias? Isso significa que o Executivo tem o poder de paralisar o Legislativo.

Nos regimes parlamentares do Primeiro Mundo, é o Parlamento que derruba o Executivo; é o Parlamento que, por um voto de desconfiança, derruba ministérios. Aqui é o contrário: quem nos põe de braços cruzados, quem nos coloca em recesso fora de época é o Exe-cutivo, por meio das medidas provisórias, que fluem sem qualquer limite e a todo tempo.

O clamor público contra a corrupção corre o ris-co de arrefecimento diante da vulgarização dos ilíci-tos contra o Erário Público e os postulados éticos da política, sob o pálio da impunidade. Que o digam os sucessivos escândalos dos últimos tempos que atin-gem parte da chamada elite política e órgãos públicos em todos os níveis.

Senhoras e senhores, eu fui Relator de uma das mais importantes CPIs, a CPI Mista que investi-gou denúncias contra o Senado e a Câmara e levou à cassação de vários Deputados. Àquela altura, quem escolheu o Presidente e o Relator não foi o Planalto, mas o Presidente desta Casa e o Líder do partido majoritário, que, então, era o PFL, meu partido. Não foi o Planalto, mas o Líder do partido e o Presidente da Câmara. Agora se faz acordo para se instalar uma CPI. É melhor não fazê-la; o que vai entender o povo desse acordo para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito? Acordo de quê? De sigilo? De reserva de limites? Não dá. Isso desmoraliza a Casa.

Seria melhor que não houvesse uma CPI por con-senso, com o beneplácito do Planalto, porque, sem o Planalto, ela seria no Senado, não seria mista; sendo mista, o Governo leva vantagem, porque nesta Casa a maioria dele é muito maior do que na outra.

São muitos, lamentavelmente, os desencontros, os erros, os crimes e a impunidade que nos humilham ao vermos, passados 200 anos, refletirem-se, neste Brasil do século XXI, práticas da indigitada Corte de D. João VI, dos tempos da monarquia absoluta.

Sr. Presidente, peço licença para conceder um aparte ao Deputado Osório Adriano, a quem todos nós, democratas, o temos como um irmão mais velho – eu não, pois somos da mesma idade –, e sempre o ouvimos com respeito e atenção.

O SR. OSÓRIO ADRIANO – Obrigado, ilustre e prezado amigo, Deputado Roberto Magalhães. A cada dia aprendo mais. Nessas férias, oportunidade

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01847

para descansar, ganhei o livro intitulado 1808, de Lau-rentino Gomes, que conta a fuga – assim ele a chama – da Família Real de Portugal para o Brasil. O livro é excelente porque esclarece muita coisa que nós dei-xamos de aprender ao longo da vida, pois os livros nem sempre são fiéis à verdadeira história. Quando se começa a ler esse livro, embora seja grosso, não se quer parar.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Eu sugiro a V.Exa. que leia, em seguida, por se tratar, praticamen-te, de um complemento, o livro D. Pedro II.

O SR. OSÓRIO ADRIANO – Ao encerrar meu aparte, nobre Deputado, cumprimento-o pelo seu tra-balho e pelo seu conhecimento. Aconselho os compa-nheiros desta Casa e todos os brasileiros a perderem um pouco de tempo e ler o livro 1808, que relata a fuga da Família Real para o Brasil.

O SR. ROBERTO MAGALHÃES – Sr. Presidente, faço o seguinte apelo a esta Casa: diante das simili-tudes entre os desregramentos da Corte de D. João VI e dos tempos que vivemos – não de hoje ou ontem –, nos convençamos de que cabe a cada um de nós, Parlamentares, representantes do povo, lutar pela afir-mação do Parlamento; modificar o atual desequilíbrio entre os Poderes; auscultar e defender os reclamos dos representados; mudar as práticas deletérias que persistem no sistema político-eleitoral; dar exemplos de respeito e dignidade no exercício do mandato, en-fim, transmitir aos pósteros uma nação que orgulhe a todos e a cada cidadão brasileiro. Não nos podemos omitir dessa grandiosa e urgente missão.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB –

CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, no instante em que V.Exa. está prestes a encerrar o Grande Expediente, aproveito a oportuni-dade para reportar-me ao centenário de nascimento do ilustre mineiro, conterrâneo de V.Exa., José Soa-res Amaral.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em janei-ro passado, transcorreu o centenário de nascimento de um ilustre mineiro, José Soares Amaral, patriarca de família prestigiosa, da qual faz parte o seu filho, jornalista Gilberto Amaral, um dos mais conhecidos colunistas da Capital da República, responsável por bem elaborada página no Jornal do Brasil.

Sobre o seu genitor, Gilberto escreveu página em órgãos da imprensa mineira, destacando a atua-ção de Zezé Amaral, que granjeou admiração e res-

peito entre os seus conterrâneos, notadamente em São Sebastião do Paraíso, que lhe serviu de berço e de cujo progresso participou ativamente ao longo de sua fecunda existência.

Sobre ele, escreveu Gilberto Amaral crônica sen-timental, que transcrevo como parte integrante deste pronunciamento:

“Zezé Amaral, Cem anosVivo fosse, Zezé Amaral estaria comple-

tando nesta terça-feira, 15, 15 de janeiro, 100 anos. Os mais novos o conhecem como nome de avenida nesta São Sebastião do Paraíso que tanto amou. Os mais velhos, como empre-endedor que só parou quando a morte o levou para o convívio eterno com Deus. Nós, de sua família, a começar por sua amantíssima espo-sa e minha saudosa mãe, Dona Otília Amaral Soares, suas filhas Maria Otília e Maria Helena e Luciano, que já repousa a seu lado, ficamos com a recordação de um pai extremoso, que nos legou exemplos de paternidade, de amor e de irmandade.

O jornalista Zezé Amaral (José Soares Amaral era o seu nome de batismo) há de ficar na memória dos paraisenses pelo exemplo de pai e de empreendedor, pois foi um dos artífi-ces da história de São Sebastião do Paraíso. Em 1939 foi fundador da Rádio Difusora Pa-raisense ZYA-4, do Rotary Clube, do Cine São Sebastião, do Cine Recreio, de uma fábrica de macarrão e, junto com amigos, construiu a Galeria Central.

Em reconhecimento pelos relevantes ser-viços prestados ao município, foram-lhe outor-gados os títulos de Membro Proeminente da Ordem Municipal do Brasão (1971) e da Ordem do Mérito Municipal (1973). Após seu faleci-mento, ocorrido no dia 21 de julho de 1974, recebeu ‘post mortem’ as seguintes homena-gens ‘Patrono da Biblioteca Comunitária’ e da ‘Av. Zezé Amaral’, aliás, justas homenagens, a quem tanto lutou pelo progresso, prestígio e bem-estar da comunidade paraisense”.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Nel-son Pellegrino.

O SR. NELSON PELLEGRINO (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos reiniciando os trabalhos, e ocupo hoje a tribuna pela primeira vez nesta sessão

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01848 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

legislativa para saudar o Partido dos Trabalhadores pelos 28 anos de existência.

Em 1979, ainda estudante secundarista, participei das primeiras reuniões de articulação do movimento pré-PT. Fui fundador do PT, como secretário do primei-ro núcleo secundarista do Partido dos Trabalhadores; Presidente do Partido no Município de Salvador e, por duas vezes, no Estado da Bahia. Integrei a Direção Nacional e integrarei o novo Diretório Nacional.

Aos 28 anos de existência, o PT chega à matu-ridade. E o Governo do Presidente Lula completa o primeiro ano de seu segundo mandato, transformando a face do País. Trata-se de um governo que passará para a história indiscutivelmente como o melhor dos últimos 50 anos.

Saúdo, portanto, o Partido dos Trabalhadores, que governa não só o Brasil, mas também a Bahia, com o Governador Jaques Wagner, que tem feito uma grande administração, e várias prefeituras brasileiras.

Aproveito a oportunidade para convidar os Depu-tados que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito, que vai investigar os grampos no Senado Federal, para retomamos os trabalhos amanhã, com um roteiro que nos levará a ouvir um Ministro do Su-premo Tribunal Federal sobre as denúncias de grampo nos telefones dos Ministros daquela Corte.

Sou o Relator, e o Deputado Marcelo Itagiba, o Presidente dessa CPI, instalada no final do ano passa-do. Teremos grande oportunidade de prestar relevante contribuição ao País, criando uma legislação moderna a respeito da escuta telefônica.

Quanto mais pesquiso a matéria, mais abismado fico com os abusos que têm sido cometidos no Brasil e no mundo nos casos de escuta, seja por interesses políticos, empresariais ou familiares. Infelizmente, o País virou um big brother, não como o programa que passa na Rede Globo, mas como o caso denunciado por Or-son Wells, em sua obra 1984. Vivemos numa sociedade espiada. Vivemos numa sociedade fiscalizada.

Não sou contra a fiscalização ou o controle. Este, a meu ver, é necessário, mas deve ser pautado na lei, na Constituição Federal.

A tecnologia avança cada vez mais, tanto a da comunicação, quanto a da informática e da telefonia, o que tem propiciado muitas facilidades para a escuta clandestina e criminosa.

Queremos debater a fundo esse tema na CPI, investigar e apresentar à sociedade uma legislação moderna, com regulamentação definitiva.

O SR. IVAN VALENTE – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o povo da cidade e do Estado de São Paulo tinha orgulho do seu metropolitano, um dos sistemas mais modernos e eficientes criados no Estado.

Infelizmente, após 14 anos de governo tucano, tivemos o sucateamento desse sistema, com a drástica baixa da manutenção e a terceirização de seus ser-viços, transformando-o, cada vez mais, num precário instrumento de transporte.

Durante 15 dias do mês de janeiro, o metropolitano de São Paulo quebrou 4 vezes, deixando milhares de pessoas no meio de túneis, entupindo as estações. E o Governo não deu uma explicação plausível. Após a privatização, com as parcerias público-privadas, ocorreu o maior acidente do metrô paulistano, com 7 mortes e muitos feridos. Hoje, moradores das redondezas estão impedidos de voltar para casa. E ainda não temos um laudo do acidente. Que responsabilidade é essa?

Hoje mais do que nunca, o Governo José Ser-ra parte para a privatização selvagem em São Paulo. Conforme anunciado, quer privatizar 18 empresas, dentre elas a Companhia de Tecnologia de Saneamen-to Ambiental – CETESB, a Companhia Energética de São Paulo – CESP, a Caixa Econômica Estadual e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, uma grande estatal.

O Governo de São Paulo alega 2 motivos para as privatizações. Um deles é que o Estado não tem recur-sos para investir. Nos últimos 10 anos, o Governo tucano vendeu dezenas de estatais, arrecadando 37 bilhões de reais. Mas a dívida do Estado foi triplicada.

O Partido Socialismo e Liberdade vem a público, mais uma vez, denunciar que, à medida que se su-cateia o metrô de São Paulo, aumenta-se o preço da passagem, para o desagrado da maioria do povo da cidade, que hoje viaja como sardinha em lata. Não há dilatação do serviço do metrô, visto que não há inves-timento público em nenhuma hipótese.

Mais uma vez, desta tribuna, exigimos a criação de uma comissão externa para investigar as causas do acidente do metrô em Pinheiros, São Paulo. Te-mos de responsabilizar as 5 empresas do Consórcio Via Amarela, que financiam as campanhas da maioria dos candidatos.

Essa campanha de privatização, terceirização e sucateamento dos serviços públicos objetiva a le-gitimação do Governo José Serra junto à mídia e aos credores internacionais, com o objetivo de levar o Go-vernador à Presidência da República.

Obrigado, Sr. Presidente.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01849

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Léo Alcân-tara.

O SR. LÉO ALCÂNTARA (PR – CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Ceará começou o ano de 2008 com boa notícia na área de saúde.

A política de erradicação da mortalidade infantil desenvolvida pelo Governo do Ceará desde 1988 ga-nhou reconhecimento mundial. É o Estado brasileiro com maior queda da mortalidade infantil entre 1991 e 2006, com redução de 56,7%, de acordo com o Fun-do das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, no Caderno Brasil, lançado dia 22 de janeiro, em 180 países.

O relatório revela que, entre 1991 e 2006, o Ce-ará obteve o maior percentual de redução no índice de mortalidade de crianças com até 1 ano de idade do Brasil. A taxa caiu de 71,1 óbitos por mil nascidos para 30,8 por mil. O Ceará também registrou uma queda de 29,1% no número de mães com menos de 15 anos, entre 1994 e 2005, chegando a uma taxa de somente 9% de gravidez, equivalente à média brasileira.

O enfoque nos agentes de saúde comunitários foi altamente positivo, apontando que a ação deles re-sultou em melhorias consideráveis nas condições de saúde das crianças.

Destaco aqui o empenho do então Secretário da Saúde no Ceará, nos anos de 1987 e 1988, o médi-co Carlile Lavor, idealizador do programa Agentes de Saúde no Ceará. Foi ele que evidenciou o papel dos agentes de saúde, profissionais pertencentes à comu-nidade, os quais conhecem todas as famílias, têm a confiança delas e sabem de suas peculiaridades.

Destaco igualmente a relevância da continuida-de do projeto por mais de uma gestão. Político sério e cidadão atento às necessidades do povo cearense, Lúcio Alcântara fez questão de manter o programa, ampliando o raio de atendimento, aliando ao trabalho dos agentes de saúde o serviço dos dentistas da famí-lia. Repito aqui frase escrita pelo ex-Governador Lúcio Alcântara em seu blog: “Continuidade administrativa promove o progresso e o desenvolvimento”.

Estamos no caminho certo, mas ainda há muito a ser feito. O dado que se mostrou alarmante no estudo foi referente ao percentual de crianças e adolescentes até 17 anos vivendo em famílias com renda per capta mensal de meio salário mínimo. No Ceará, essa quan-tidade chega a 73%, média superior à do País (50%), e até à da Região Nordeste (72%).

O Brasil melhorou 27 posições no ranking de taxa de mortalidade na infância (crianças menores de cinco

anos), saindo da 86ª posição para a 113ª, mas ainda registra grandes disparidades regionais.

A qualidade do pré-natal é mais uma preocupação. Os números mostram que o grande desafio do País é reduzir a mortalidade nas primeiras semanas de vida, pois 51% das mortes ocorrem na primeira semana e 66% antes de um mês.

O desafio agora é manter a tendência de queda dos números de óbitos de menores de 1 ano e supe-rar as grandes disparidades nas taxas de mortalida-de infantil.

O apoio ao trabalho desenvolvido pelos agentes de saúde deve ser ampliado. É premente garantir a qualidade do pré-natal e assistência ao parto. A ques-tão é vital para o desenvolvimento brasileiro.

Era o que eu tinha a dizer.O SR. EUDES XAVIER – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. EUDES XAVIER (PT – CE. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, parabenizo a bancada do Partido dos Tra-balhadores, que elegeu seu novo Líder, o companheiro Deputado Maurício Rands, que muito se tem dedicado ao nosso partido e, ao mesmo tempo, mantém inter-locução com o bloco que apóia o Governo Lula, nos-so Presidente, que tem somado esforços para que a população tenha melhores condições de vida com o acesso às políticas públicas.

Também parabenizo a nova Direção do PT, que tomou posse sábado próximo passado. Nosso Presi-dente é o companheiro Deputado Ricardo Berzoini. Temos também a grata satisfação de ter como Secre-tário-Geral do nosso partido o companheiro Deputa-do José Eduardo Cardozo. Houve debate, confronto de teses, mesmo depois do PED, e companheiros e companheiras compõem a nova Direção do Partido dos Trabalhadores.

Após amplo processo eleitoral, ocorrido no ano passado, em que mais de 320 mil filiados foram às urnas, demonstrou-se um revigoramento significativo da legenda. O total de petistas que participaram dessa eleição superou o de 2005. Nas eleições daquele ano, votaram 314.926 filiados.

O Presidente reeleito, Ricardo Berzoini, e os 81 integrantes do Diretório Nacional do PT tomaram pos-se no último sábado, dia 9, e elegeram a nova Comis-são Executiva Nacional do partido, composta por 18 membros, além do próprio Berzoini e dos Líderes das bancadas petistas na Câmara Federal e no Senado. A composição é a seguinte:

Presidente: Ricardo Berzoini;

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01850 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Vice-Presidentes: Marco Aurélio Garcia, Iriny Lo-pes e Jorge Coelho;

Secretário-Geral: José Eduardo Cardozo;Secretário de Organização: Paulo Frateschi;Secretário de Finanças e Planejamento: Paulo

Ferreira;Secretário de Comunicação: Gleber Naime;Secretário de Formação Política: Joaquim So-

riano;Secretário de Assuntos Institucionais: Romênio

Pereira;Secretário de Relações Internacionais: Valter

Pomar;Secretária de Mobilização: Marinete Merss;Secretário de Movimentos Populares: Renato

Simões;Líder no Senado: Ideli Salvatti;Líder na Câmara: Maurício Rands;Vogais: Fátima Cleide, Arlete Sampaio, Humber-

to Costa, Maria do Carmo Lara, Maria do Rosário e Valdemir Garreta.

Além de definir a nominata do Diretório e da Exe-cutiva, o PT aprovou também importantes resoluções que enfrentam a conjuntura política:

“Resolução sobre Conjuntura PolíticaO PT e o Brasil1 – Conjuntura PolíticaPassados cinco anos do exitoso governo demo-

crático e popular do presidente Lula, as oposições, que sofreram uma importante derrota política e ideológica nas eleições de 2006, tentaram, com relativo sucesso, retomar a iniciativa, reintroduzindo a agenda derrotada no último pleito nacional.

Além da importante perda de recursos para a saúde, para o PAC e para outras áreas estratégicas do governo, ficou evidente a forte ofensiva que tentou mobilizar a sociedade – com grande apoio de parte da mídia – em torno da agenda neoliberal: menos impostos, menor presença do Estado, corte de gastos públicos.

Pretendeu-se, como conseqüência, inviabilizar o governo Lula e sua agenda de mudanças. Para se ter idéia do montante da perda representada pelo fim da CPMF, rejeitada pelo Senado Federal, serão R$120 bilhões a menos no orçamento da União até 2010, recursos previamente destinados às áreas da saúde, previdência e assistência social.

Sem um projeto global capaz de aglutinar o apoio da população, a oposição procura abordar temas que lhes possam trazer dividendos eleitorais imediatos e acumular pontos para as disputas de 2008 e 2010.

O que nos interessa, contudo, é o que devemos fazer diante dessa nova conjuntura. Há duas hipóteses. A primeira seria reconhecer a força da direita e fazer

as concessões que ela exige para ‘reabrir o diálogo’. Em resumo, tratar-se-ia de cortar gastos do Executivo na proporção da receita perdida e, assim, manter os canais abertos no plano parlamentar.

O outro caminho é considerar que, embora dis-pondo de poder de veto para mudanças constitucio-nais no Senado, a direita está isolada na sociedade. Nesse caso, caberia politizar o debate e combater a ofensiva de dezembro em outros fóruns que não só o do Parlamento. Apostar na mobilização da sociedade para modificar a própria situação parlamentar.

Pelo menos dois aspectos da conjuntura apontam positivamente para as condições de se dar um passo à esquerda. O bom desempenho da economia ajudou, nos últimos meses do ano, a criar um ambiente de es-perança, mesmo nas regiões em que se encontram os núcleos duros da direita e da oposição, de São Paulo para o Sul. Em segundo lugar, uma decisão irrespon-sável como a de ameaçar toda a saúde pública do país provoca o repúdio intuitivo da população, ainda que implique diminuição da carga fiscal. Desse modo, as condições são favoráveis para uma contra-ofensiva na sociedade.

Nesse sentido, é fundamental manter e apro-fundar as opções de política econômica que visam alcançar altos níveis de crescimento com distribuição de renda. Para isso, é imprescindível retomar a polí-tica de redução da taxa de juros e até mesmo avaliar a possibilidade de redução do superávit primário, ao mesmo tempo em que é necessário manter e aprofun-dar as políticas sociais. Frente ao fim da CPMF, derrota infringida pela direita aos direitos do povo à saúde e ao bem-estar, devemos assegurar que nenhum corte ocorra nas políticas sociais, nos investimentos do PAC e na necessária adequação do Estado a novos, mais qualificados e mais universalizados serviços públicos. Nesse quadro, os instrumentos de política econômica devem se adequar a esses objetivos gerais. De modo algum, podemos permitir que a ofensiva da direita ve-nha a restringir os direitos sociais e a evolução eco-nômica positiva do país.

O Partido dos Trabalhadores propõe a retomada de uma contribuição sobre movimentação financeira com destinação exclusiva para a saúde e a garantia de que estes recursos servirão para ampliar o orçamento da saúde, sem substituir as fontes atuais. Reafirmamos ainda a qualidade desse tributo como fator de fiscali-zação e combate à sonegação.

2 – Eleições 2008Aos 28 anos, o PT é uma realidade vitoriosa. À

frente do governo nacional, lidera a retomada do de-senvolvimento, a partir do fortalecimento do papel do Estado, da diminuição da vulnerabilidade externa do

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01851

país, da geração de empregos formais e do aumento do salário mínimo. O governo Lula vem reduzindo as desigualdades sociais; estabelecendo políticas públicas com forte vocação emancipadora em todas as áreas, entre elas as de educação, saúde, reforma agrária e política agrícola, com destaque para o Pronaf, meio ambiente, habitação, previdência, juventude e idosos. Também promoveu o acesso ao crédito e à inclusão bancária, intensificou os processos de transferência de renda e investiu fortemente no desenvolvimento das cidades. Com o PAC, está reconstruindo e ampliando a infra-estrutura nacional. E com uma política interna-cional soberana e inovadora, alavancou os processos de integração continental e tem liderado a luta contra as injustiças do comércio mundial.

Aos 28 anos, é ainda maior nossa responsabi-lidade. E este DN deve mirar o horizonte e enxergar além das legítimas disputas internas, encarando o de-safio de construir a unidade e coesão necessárias para vencer os obstáculos e dar prosseguimento ao projeto transformador iniciado no governo Lula.

Nosso desafio político será o de liderar o debate nas eleições sobre o papel dos municípios no projeto de desenvolvimento nacional; tornar públicas as políticas e ações do governo federal nas cidades e articulá-las aos programas de governo em cada município. Ao di-fundir as políticas do governo Lula e demonstrar como elas podem continuar impulsionando o desenvolvimen-to local e regional sustentável, voltadas à geração de emprego e renda e à garantia de direitos sociais, de-vemos enfrentar os partidos que seguem defendendo as políticas neoliberais como solução para o Brasil.

A vitória eleitoral e política de candidatos do PT e das coligações por nós apoiadas, dependerá, em grande medida, de nossa capacidade de demonstrar que a vitória do PT será determinante para continuar a transformar a vida das cidades e do povo brasileiro. Trata-se de construir hegemonia política visando pre-parar o partido e a sociedade para 2010.

É nesse mesmo sentido que o PT precisa estabe-lecer alianças que, no âmbito local, ampliem a sua base política e social e, respeitando a correlação de forças em cada município, favoreçam a vitória eleitoral.

Ao estabelecer tais alianças, é preciso que o PT leve em conta, de modo articulado, os aspectos local, estadual e nacional presentes nas eleições munici-pais. Para tanto, as instâncias locais do partido devem considerar as seguintes avaliações acerca das forças políticas presentes no cenário nacional:

a) Os partidos da Frente de Esquerda – PSB, PCdoB e PDT – são aliados preferen-ciais e estratégicos do PT na implementação de um programa fundado no crescimento com

ampliação do mercado interno, do emprego e da renda dos trabalhadores, no combate às desigualdades sociais e regionais, na redistri-buição de renda, numa política externa inde-pendente e no fortalecimento do Estado em seu papel de promotor de políticas públicas de caráter universal.

b) Outros partidos que compõem a base de apoio do Governo Federal são potenciais aliados do PT nas eleições municipais. Estes partidos, não poucas vezes, mantêm, no pla-no municipal ou estadual, posturas diversas daquelas que estabelecem no plano nacional – o que não conflita com a necessidade de, no âmbito do legislativo, mantermos uma base de apoio ao Governo Federal. Resguardado sem-pre o sentido progressista das suas alianças, o PT deve ter como critérios para suas alianças municipais um compromisso programático e a gestão ética dos recursos públicos.

c) O PSDB, nacionalmente, em aliança com o DEM, cumpre o papel de organizar a oposição política ao Governo Federal. Apesar de suas divergências internas, de uma crise de perspectivas e de eventuais disputas lo-cais com o DEM, o PSDB tem optado por ra-dicalizar a oposição sem quartel ao Governo Federal, colocando-se como alternativa em 2010 – escolha que adquiriu contornos ainda mais nítidos a partir da votação no Senado que resultou na extinção da CPMF. Para além de organizar a oposição política, o PSDB busca reafirmar o projeto neoliberal que marcou sua passagem pelo Governo Federal, colocando-se como alternativa programática ao nosso projeto e organizando as forças sociais que a ele se opõem.

A próxima reunião do Diretório Nacional deverá discutir a política de alianças que será objeto de uma resolução específica.

O GTE deve contar com uma direção forte e co-esa que dote o conjunto do partido de eixos políticos e programáticos, além dos suportes necessários para os objetivos a serem alcançados.

3 – 2010No que se refere à preparação da campanha

presidencial deve ser aberto um amplo debate interno, com nossos interlocutores partidários e sociais, sobre o aperfeiçoamento de nosso projeto para o país, sobre o papel internacional do Brasil e, conseqüentemente, sobre o programa a ser apresentado nas eleições na-cionais – sempre considerando as conquistas, os limites e as contradições de nosso governo, com as vitórias

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01852 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

sendo devidamente registradas no balanço político, e as limitações sendo objeto de uma discussão franca e democrática.

O debate sobre nossa candidatura ao governo federal, a ser aberto em 2009, estará subordinado a esse aprofundamento programático essencial ao pro-jeto político que estamos construindo.

4 – Reforma políticaA nova direção nacional do PT deve construir a

unidade interna na elaboração e na defesa de uma proposta de um novo sistema político, democrático e republicano que permita condições efetivas de gover-nabilidade em todos os níveis da federação bem como amplie a participação popular direta. O PT deverá se empenhar na continuidade da luta pelo plebiscito em defesa da Constituinte exclusiva para a reforma po-lítica.

5 – Organização partidáriaA nova direção partidária eleita pelo PED de

2007 e subordinada às decisões do 3º Congresso deve ter como objetivo central organizar o PT para que ele possa atuar como uma força política central na disputa de rumos da sociedade e na sustentação do nosso governo.

A reeleição de Lula abriu um novo período na sociedade brasileira. A vitória popular criou melhores condições para avançar na direção de um novo modelo econômico de crescimento com distribuição de renda. Ao mesmo tempo, ampliou as possibilidades de maior participação popular e de democratização da vida po-lítica do país, elementos fundamentais para sustentar os avanços econômicos.

Ao lado disso, e não menos importante, trata-se de aprofundar as relações com a CUT e os movimentos sociais. Cumpre destacar neste momento, o empenho do PT em responder afirmativamente ao desafio lan-çado pelos principais movimentos sociais do país, por meio do manifesto ‘Por uma reforma tributária justa’ e à campanha da CUT e demais centrais sindicais pela redução da jornada de trabalho.

Essa tarefa se articula com a ampliação no país dos processos de participação popular e a luta pela reforma política, ambos significando um novo patamar de democratização da política, com impacto no modo de governar no plano federal.

O PT deve se alimentar dessa experiência for-talecendo a ação dos petistas que atuam nos movi-mentos sociais.

No plano da organização partidária, é preciso transformar nosso enraizamento social em força ati-va na disputa social e política. Ao mesmo tempo, isso é indissociável da defesa da democracia partidária e dos seus valores socialistas. A democracia no PT deve

ser acessível e praticada por centenas de milhares de filiados/as de modo freqüente, de forma ativa e volun-tária. Ela não pode significar apenas comparecimento para votar e tão pouco pode ser apenas um modo de repartição interna dos cargos de direção.

A democracia interna dá viabilidade ao nosso partido e deve ser defendida. Ela deve ser uma práti-ca permanente, deve significar um conjunto de com-promissos socialistas de construção partidária e deve impor barreiras e impedimentos a práticas burguesas em nosso meio.

A combinação entre organização partidária para a ação política de centenas de milhares de filiados/as e a defesa da democracia partidária constrói as me-lhores condições para a nossa unidade.

No plano da identidade partidária, destaca-se a ética socialista e republicana do partido, que visa con-quistar o poder para as maiorias e não para si próprio, e muito menos para parcelas do próprio partido.

Nesse sentido, a elaboração do Código de Éti-ca, conforme definido pelo 3º Congresso, é uma tarefa imediata.

Ainda nesse plano, são fundamentais as adoções de medidas igualitárias dentro do partido, tanto nas disputas eleitorais internas como nas disputas eleito-rais externas, guardando, ambas, coerência e respeito aos preceitos programáticos socialistas.

Nesse período terá grande importância o trabalho da SNAI, que, em parceria com a Secretaria Nacional de Formação e com a FPA, deverá continuar a implantar a rede de vereadores e gestores municipais, que visa aportar contribuições para a formulação de políticas e facilitar a troca de experiências, sua sistematização e uma ampla divulgação.

O PT deve continuar ampliando sua comunicação partidária, articulando os DRs e DMs, potencializando a ação de comunicação, estruturando uma agência de notícias no site do PT e um jornal nacional que espelhe a diversidade da vida partidária, entre outras tarefas. Também aqui a participação dos membros do DN é es-sencial ao sucesso do projeto. A Conferência Nacional de Comunicação do PT, deliberada pelo 3º Congresso e prevista para abril de 2008, deve ser precedida de amplo debate nos municípios e estados.

Outra deliberação do 3º Congresso diz respeito à Escola Nacional de Formação. Construção essen-cial ao nosso projeto partidário, a Escola buscará dar um caráter institucional e permanente ao processo de reflexão e formação internas. A Secretaria Nacional de Formação e a Fundação Perseu Abramo devem agregar dirigentes nacionais no esforço de implantação da Escola, bem como de definição de suas priorida-des iniciais, sem prejuízo das iniciativas de formação

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01853

já previstas. A proposta deve ser apresentada ao DN até o final de maio.

Por fim, o PT empenhará o melhor de seus es-forços na construção de políticas com e para a juven-tude. O Congresso da Juventude Petista representa um momento privilegiado de elaboração. Por isso, as propostas resultantes do Congresso, bem como as formuladas no âmbito da Secretaria Nacional de Ju-ventude, deverão ser tratadas e acompanhadas com especial atenção pela Direção Nacional.

6 – Código de ÉticaAo longo da sua existência o PT construiu seu

patrimônio ético ao defender, de forma intransigente, o dinheiro público, ao combater a corrupção e a im-probidade, e ao buscar, nas suas ações, a superação dos tradicionais patrimonialismo e clientelismo que ca-racterizam a história política brasileira. Com o mesmo vigor com que combateu e combate hoje os desvios de conduta de seus adversários, o PT deve ser sem-pre rigoroso e transparente na apuração e na punição de eventuais desmandos éticos praticados por seus próprios militantes e dirigentes. Por isso, cumprindo rigorosamente as deliberações do 3º Congresso, a Direção Nacional do PT deve tomar providências ime-diatas para, ainda no primeiro semestre deste ano, desencadear um amplo processo de elaboração, dis-cussão e aprovação de um Código de Ética que disci-pline a conduta de todos os petistas. Seu texto deverá assegurar a dimensão republicana da nossa atuação partidária, estabelecendo regras claras que vedem internamente todas e quaisquer práticas indutoras de abuso do poder econômico ou político.

A comissão responsável por formular a proposta deverá apresentá-la ao DN até o final de maio.

7 – TV PúblicaIntensificar o ritmo de estruturação da TV Pública

e de um sistema de comunicação ágil, democrático e plural, constitui-se, cada vez mais, numa necessidade da democracia brasileira.

Brasília, 9 de Fevereiro de 2008.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.Desejamos boa luta aos novos dirigentes!Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste

momento, solidarizo-me com o nosso Ministro do De-senvolvimento Agrário, que ontem, em algumas entre-vistas a grandes jornais do Brasil, tratou do novo plano do Governo, o Territórios da Cidadania, e esclareceu que não se trata de jogada eleitoral.

Solidarizo-me com o Presidente Lula e com toda a equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário e afirmo ao povo camponês, aos companheiros do mundo agrário que o Programa Territórios da Cidadania eleva a capacidade do trabalhador e da trabalhadora rural,

principalmente dos jovens, em locais deste País onde há grande dificuldade. Realmente promove no meio rural condições adequadas para a sobrevivência, para a auto-estima e para a cidadania.

Parabenizo o Governo Lula por esse bonito pro-grama, que terá resultados em todos os Estados do nosso País. No Ceará, teremos 9 Territórios da Cida-dania no meio agrário, para potencializar a agricultura familiar e a reforma agrária.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Vil-son Covatti.

O SR. VILSON COVATTI (PP – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, minhas palavras iniciais não poderiam ser outras que não as de boas-vindas aos membros deste Parlamento, desejando que, em 2008, possamos os-tentar o nome de um Parlamento tão honrado e exem-plar, o Parlamento brasileiro. Para isso, é preciso haver esforços coletivo e individuais.

Quero destacar a vontade do Presidente Arlindo Chinaglia e dos membros da Mesa de que este Parla-mento possa produzir o máximo possível.

Meu caro Presidente em exercício, Deputado Nar-cio Rodrigues, que finalizou o ano com brilhantismo como condutor dos trabalhos legislativos, estamos, sim, numa época em que precisamos encarar as reformas tão esperadas, tão prometidas. Entretanto, mais uma vez, chegamos a um ano eleitoral, quando nos vamos deparar com a sociedade brasileira nos palanques eleitorais para Prefeitos e Vereadores, e as reformas não terão saído do papel.

Caros Sr. Presidente e colegas Deputados, as pautas da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional precisam avançar no que se refere a matérias que sejam a favor da população brasileira.

Não abrimos mão, nestes primeiros dias, de pedir ao Poder Executivo que nos mande a tão esperada re-forma tributária. Não vejo como poderemos voltar aos palanques eleitorais, neste ano em que vamos eleger Prefeitos e Vereadores, sem apresentá-la à socieda-de brasileira.

Sr. Presidente, mais uma vez quero dar boas-vindas a todos os colegas Deputados e Deputadas. Confio na liderança de todos os partidos e em cada um dos Parlamentares, mas, acima de tudo, nas Mesas Diretoras desta Casa e do Congresso Nacional, para que possamos avançar nas pautas essenciais deste Parlamento e da sociedade brasileira.

Muito obrigado.O SR. FERNANDO FERRO – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.

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01854 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. FERNANDO FERRO (PT – PE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho em mãos comunicado da Fede-ração dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco – FETAPE sobre um grave acidente que aconteceu no Município de Água Preta, na madrugada de hoje, que ocasionou a morte de 5 trabalhadores ru-rais que se deslocavam para trabalhar em plantações de cana-de-açúcar na Zona da Mata.

A mencionada federação está preocupada com a possível ocorrência de utilização de trabalhadores clandestinos e trabalho infantil.

Essa tragédia se soma aos inúmeros acidentes de trânsito que ocorrem dia a dia no País.

É evidente que as condições de transporte e a forma como é explorada a mão-de-obra na zona cana-vieira do Estado são péssimas, revelam um verdadeiro desrespeito aos direitos trabalhistas. Esses trabalhado-res estavam deslocando-se para um engenho de pro-priedade do Líder da bancada do PMN na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Aliás, esse Parlamentar deveria conhecer e respeitar os direitos trabalhistas e os mais elementares direitos de uma pessoa.

Segundo denúncias da FETAPE, esses traba-lhadores estariam sendo transportados em um veícu-lo precário, de forma ilegal, e haveria exploração de mão-de-obra infantil.

Somam-se à dramática estatística de acidentes de trânsito mais 5 mortes de trabalhadores, homens simples que buscavam no trabalho na Zona da Mata a sua sobrevivência.

Fica registrado o nosso apelo à Delegacia do Trabalho e à Polícia do Estado de Pernambuco, no sentido de que investiguem os prováveis culpados por esse acidente e essa exploração da mão-de-obra na zona canavieira do Estado.

Repasso a denúncia apresentada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernam-buco, que visa a combater as condições degradantes de trabalho e a exploração de mão-de-obra infantil, o que resultou em mais essa tragédia que se abateu sobre trabalhadores rurais do Estado de Pernambuco.

São fatos como esse, relativos a alguns que têm total desprezo pela vida humana, que desconhecem a legislação e mantêm práticas medievais nas relações de trabalho, que terminam por condenar a produção de etanol e a agricultura brasileira em outras partes do mundo.

Fica registrada a nossa manifestação de repúdio e a certeza de que o Governo do meu Estado tomará providências para denunciar e punir os responsáveis

por mais essa tragédia que atinge trabalhadores rurais do meu Estado.

O SR. POMPEO DE MATTOS – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, veio a retomada do ano le-gislativo e o debate na Casa não é outro senão a CPI dos Cartões Corporativos, aquela que trata dos gas-tos para o funcionamento da máquina administrativa ou gastos da burocracia.

Sr. Presidente, quero dizer muito claramente da minha convicção e da opinião que exaro sobre todo o debate que se estabelece. Primeiro, essa questão não é sangria desatada, não é o fim do mundo o que está acontecendo. É um problema? É. Não há como tapar o sol com a peneira, não há como negar a realidade, questão que chegou ao ponto de derrubar a Ministra da Igualdade Racial e fazer outros Ministros se explicarem. Logo, o problema existe e atinge o Governo.

Mas, obviamente, não é nem pode ser um pro-blema político-partidário. Esse episódio deve ser en-frentado com a visão administrativa de correção, de retidão, de firmeza, de postura, de ação e de atitude que aperfeiçoam o funcionamento da estrutura buro-crática dos governos, a tal ponto que, se olharmos o problema, veremos que não se iniciou neste Governo, mas vem desde o Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. O problema persiste no Governo do Presidente Lula, em São Paulo, está no Governo José Serra. Mas nem por isso temos que condenar o Governador José Serra nem o Presidente Lula, tam-pouco o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Não devemos colocar panos quentes nem deixar tudo por isso mesmo. Não. Acho que temos de retroagir no tempo, examinar o problema com lupa, analisar quem é quem, até porque os gastos não são de partidos políticos, nem só do Governo, mas da máquina admi-nistrativa, são de universidades, do INSS, de corpora-ções, de empresas públicas, de instituições federais e estaduais. Então, precisamos examinar com cuidado e firmeza quem gastou.

Não temos que abominar os cartões corporativos. Não. Eles são bem-vindos. Deve haver um mecanis-mo para se pagar as pequenas despesas e superar a burocracia.

O cartão corporativo é um bom instrumento. O im-portante é que ele mostre quem gastou, quanto gastou e por que gastou. Assim, ficará fácil fiscalizar. Porém, mais importante do que os exageros nos gastos é a criação de mecanismos pedagógicos que aperfeiçoem

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01855

o uso dos cartões corporativos, bem como os gastos da máquina burocrática dos Governos Federal, Esta-dual e Municipal.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para destacar editorial do jornal Zero Hora, do meu Estado, que mostra exatamente a necessidade de equilíbrio no debate sobre o cartão corporativo.

A matéria trás importante reflexão sobre questões fundamentais que deveriam nortear o debate sobre a polêmica em torno dos cartões corporativos. O editorial intitulado O que interessa ao país faz um alerta para a existência de uma distorção inaceitável no debate em torno dos cartões corporativos, instrumento necessário ao bom funcionamento da administração pública, mas que vem sendo mal utilizado.

Segundo o jornal, o que realmente interessa ao País não é saber quando o uso foi desvirtuado e em que governo isso ocorre, no atual ou nos anteriores ou se apenas no federal ou também no de um ou outro Estado ou município.

A questão central é que, em todas as instâncias da Federação, em qualquer poder, é preciso encon-trar, de uma vez por todas, o caminho para o geren-ciamento correto e ético das despesas da burocracia estatal. A saída inclui uma regulação adequada, que facilite a fiscalização e permita a correção de desvios, garantindo o enfrentamento das deformações, a puni-ção dos responsáveis e o ressarcimento dos recursos gastos indevidamente.

O editorial reconhece que o efeito inicial da di-vulgação em série de casos de flagrante mau uso dos cartões tenha sido o de estarrecimento no meio governamental. Por um lado, há por parte de alguns a tentativa de minimizar o problema ou de passar a idéia de que ele é crônico ou generalizado. De outro, inte-grantes da Oposição se apressam em transformar as denúncias em mais um escândalo, o que, mesmo sendo verdadeiro, pode gerar dividendos políticos, mas não resultados práticos para quem paga seus impostos e quer ver o dinheiro usado de forma respeitosa.

Cartão de crédito corporativo é um mecanismo usado amplamente por países com gestões públicas modernas, como é o caso da Austrália, de Nova Ze-lândia e Estados Unidos. A questão, no caso, é que a facilidade oferecida por esse sistema exige regras claras e conduta ética por parte de quem tem um ins-trumento desses à disposição, consciente de que a fatura será paga não por quem o usa, mas pelo contri-buinte. Sem essa preocupação, o País continuará preso a aberrações como o eventual uso para pagamentos de despesas pessoais ou saques em dinheiro. Situa-ções tão extremadas são revoltantes, mas não podem

simplesmente servir de motivo para decretar o fim do cartão, que é um avanço da tecnologia.

O País perde sempre que o escasso dinheiro público é mal utilizado, por incompetência, descaso ou mesmo por má-fé, o que configura corrupção. Por isso, não basta denunciar ou acatar as denúncias. O que o setor público precisa realmente fazer é encon-trar uma forma de atacar o problema, resolvendo-o. Sem paixões.

Não adianta só a caça às bruxas e deixar tudo como está. É preciso tirar exemplo disso e arrumar a própria casa.

É o que eu quero, e espero que a CPI o faça.Sr. Presidente, solicito a V.Exa. a transcrição do

editorial O que interessa ao país, para que fique re-gistrado nos Anais desta Casa.

MATÉRIA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

OpiniãoEditorial – O que interessa ao paísHá uma distorção inaceitável no debate em torno

dos cartões corporativos, instrumento necessário ao bom funcionamento da administração pública, mas que vem sendo mal utilizado. O que realmente interessa ao país não é saber quando o uso foi desvirtuado e em que governo isso ocorre – se no atual ou nos an-teriores, se apenas no federal ou também no de um ou outro Estado ou município. A questão central é que, em todas as instâncias da federação, em qualquer poder, é preciso encontrar de uma vez por todas o caminho para o gerenciamento correto e ético das despesas da burocracia estatal. A saída inclui uma regulação ade-quada, que facilite a fiscalização e permita a correção de desvios, garantindo o enfrentamento das deforma-ções, a punição dos responsáveis e o ressarcimento dos recursos gastos indevidamente.

É compreensível que o efeito inicial da divulgação em série de casos de flagrante mau uso dos cartões tenha sido o de estarrecimento no meio governamen-tal, seguido de desastradas tentativas de minimizar o problema ou de passar a idéia de que ele é crônico ou generalizado. Da mesma forma, integrantes da oposição se apressaram em transformar as denúncias em mais um escândalo, o que, mesmo sendo verdadeiro, pode gerar dividendos políticos, mas não resultados práticos para quem paga seus impostos e quer ver o dinheiro usado de forma respeitosa. Ontem, integrantes de um e outro lado anunciaram ter chegado a um acordo para a instalação de uma comissão parlamentar de inquéri-to (CPI) integrada por parlamentares da Câmara e do Senado, para investigar o problema. Uma CPI Mista pode até apurar com isenção os desvios com cartões

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01856 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

corporativos, identificando as origens do problema e propondo soluções. Ainda assim, o Planalto continua devendo providências moralizadoras adicionais, e é preciso que as defina logo.

Cartão de crédito corporativo é um mecanismo usado amplamente por países com gestões públicas modernas, como é o caso de Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. A questão, no caso, é que a facili-dade oferecida por esse sistema exige regras claras e conduta ética por parte de quem tem um instrumento desses à disposição, consciente de que a fatura será paga não por quem o usa, mas pelo contribuinte. Sem essa preocupação, o país continuará preso a aberra-ções como a de, legalmente, o cartão servir para com-prar tapioca em Goiânia, mas não em Brasília, de poder bancar até mesmo a aquisição de mesa de sinuca, de objetos de decoração para um apartamento funcional em Brasília e até piscina. Situações tão extremadas são revoltantes, mas não podem simplesmente servir para decretar o fim dessa facilidade.

O país perde sempre que o escasso dinheiro pú-blico é mal utilizado – por incompetência, por descaso ou mesmo por má-fé, o que configura corrupção. Por isso, não basta denunciar ou acatar as denúncias. O que o setor público precisa realmente fazer é encontrar uma forma de atacar o problema, resolvendo-o.

A visão da RBSUma CPI Mista pode até apurar com isenção os

desvios com cartões corporativos, identificando as ori-gens do problema e propondo soluções. Ainda assim, o Planalto continua devendo providências moralizadoras adicionais, e é preciso que as defina logo.

O SR. AFONSO HAMM – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. AFONSO HAMM (PP – RS. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, iniciamos o ano legislativo 2008 com uma importante missão no Congresso Nacional, Câ-mara e Senado: a defesa da soberania nacional, com enfoque no resguardo da eficiente e competitiva pecu-ária brasileira, por meio dos pecuaristas e da indústria frigorífica, promovendo a liderança da venda de carne bovina do Brasil no comércio mundial.

O embargo do bloco econômico europeu à carne brasileira, que está em vigor desde o fim de janeiro, causou grande preocupação na cadeia produtiva. A interrupção das exportações brasileiras causará pre-juízos incalculáveis ao País.

A decisão foi tomada depois de uma disputa em re-lação ao número de fazendas que o Brasil teria direito de certificar. Os europeus indicaram que poderiam aceitar a

carne de 300 propriedades. Entretanto, o Governo Federal apresentou inicialmente uma lista de 2.861 propriedades auditadas e consideradas conformes, segundo os crité-rios de rastreabilidade exigidos pela União Européia. As normas sanitárias exigidas pela União Européia com ên-fase na rastreabilidade bovina foram fiscalizadas e moni-toradas pelas Secretarias dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito santo, Goiás e Mato Grosso. Os conceitos e parâmetros sanitários são cumpridos pelos pecuaristas brasileiros e gaúchos.

A interferência na forma de barreira comercial não justifica atitude radical com enormes prejuízos à cadeia produtiva da pecuária, dos produtores, traba-lhadores no meio rural, passando pela indústria ex-portadora. Não admitimos essa interferência, que é radical e injustificada.

O Brasil exporta carne maturada e sem osso há mais de meio século. Nesse período, nenhum problema foi constatado, ou seja, não existe precedente com rela-ção à aftosa. O Brasil não teve problema de “vaca louca”, ao contrário de lá. O nosso País está sendo vítima de protecionismo que vem caracterizando muitas decisões com o objetivo de restringir o acesso da carne brasilei-ra aos mercados. Estão cerceando a competitividade da carne brasileira. É chegado o momento de trabalhar com a mesma moeda.

Esse é um problema político e não sanitário. Há pressão dos produtores irlandeses, que são os que mais sofrem com a concorrência. A União Européia está criando obstáculos à carne brasileira por receio de perder o mercado.

O Presidente da Associação Brasileira das In-dústrias Exportadoras de Carne, Marcus Vinícius Pra-tini de Moraes, informa que o Brasil é hoje o líder do mercado internacional da carne bovina, exporta para 182 mercados e tem participação de 32% no total das exportações de carne. Mas, apesar de ter alcançado a liderança no setor, o Brasil exporta apenas 27% de sua produção. A carne brasileira é tributada, com tarifas e impostos, em 176%, e é competitiva. Enquanto isso, a importação de carro europeu tem tarifa de 35%.

As exportações de carne bovina do Brasil soma-ram, em 2007, 4,5 bilhões de dólares, 15% a mais do que no ano anterior, segundo dados divulgados pela ABIEC. Somente para a União Européia, as vendas chegaram a 1,5 bilhão de dólares. Em janeiro de 2008, foram exportadas 196.346 toneladas de carne bovina in natura, totalizando um valor de 464.708 dólares.

No Rio Grande do Sul, o fluxo de exportação é importante e vem crescendo com a instalação de novos frigoríficos, como, por exemplo, o MARFRIG. Todos es-ses fatores estão comprometendo a cadeia da pecuária gaúcha, que é destacável internacionalmente.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01857

O Governo brasileiro já se manifestou por intermé-dio do Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que esteve reunido hoje com os Parlamentares que integram a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. As autoridades de defesa e vigilância sanitária animal estão realizando uma ação política efetiva e pragmática na defesa do agronegócio do produto e, em especial, do pecuarista brasileiro e de toda a eficiente cadeia produtiva da carne brasileira.

O Presidente Lula, com o seu prestígio e reco-nhecimento mundial, precisa mostrar aos europeus a realidade da qualidade e da garantia sanitária do re-banho bovino e da carne bovina brasileira.

O Brasil precisa ser respeitado e não pode ser punido pela Europa por ser competitivo. É hora de o Brasil assumir a condição de país soberano e não de colônia. É uma decisão eminentemente política de in-teresse comercial, e, por isso, estamos atentos e preo-cupados com esse impasse. Como Parlamentar oriun-do e defensor da pecuária brasileira e gaúcha e como pequeno pecuarista e engenheiro agrônomo, proponho um posicionamento político do Parlamento brasileiro e das demais autoridades envolvidas no setor.

O Brasil é o maior exportador de carne do mun-do. Portanto, exigimos o restabelecimento imediato da exportação da carne brasileira à União Européia.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a di-vulgação deste discurso nos meios de comunicação da Casa, principalmente na Rádio Câmara, devido ao seu grande alcance.

Muito obrigado.O SR. WALDIR MARANHÃO – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra. O SR. WALDIR MARANHÃO (PP – MA. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho mais uma vez a esta tribuna cobrar de todos nós Parlamentares o neces-sário debate em prol da reconstrução da reforma universitária.

Há poucos instantes ouvimos do Governo Fe-deral, de forma orgulhosa, a proposta de colocar o REUNI como fator de integração e de intercâmbio entre as universidades federais, o que vai oferecer aos alunos a possibilidade de mudança de compor-tamento e de aprimoramento intelectual. Feliz inicia-tiva essa do REUNI, que permitirá exatamente a tro-ca de saber num país como o nosso, de dimensões continentais.

Entretanto, estamos cobrando uma reforma políti-ca e estamos na expectativa de uma reforma tributária.

Eu me associo a tantos quantos fazem essa cobrança e esse apelo.

Como educador e ex-reitor, não poderia deixar de externar a minha expectativa em relação à reforma universitária, sem deixar, contudo, de olhar para o futuro do País e vislumbrar um desenvolvimento sustentável. Que as nossas universidades possam ter uma nova fisionomia, uma nova configuração! Esta Casa haverá de ressuscitar essa possibilidade. Portanto, quando o Partido Progressista, em meu Estado, sustenta a tese da renovação no campo educacional, eu não poderia deixar de, mais uma vez, reiterar essa assertiva.

Sr. Presidente, Srs. Líderes de partido, nobres Deputadas e Deputados, a desigualdade na sociedade brasileira tem-se caracterizado pela exclusão econô-mica, social e cultural. É o resultado de um modelo de Estado no qual as políticas públicas tendem a priorizar os direitos civis e políticos dos cidadãos, em detrimento dos direitos econômicos, sociais e coletivos.

Essas desigualdades têm comprometido avanços na área de direitos humanos, como no meu Estado, o Maranhão, onde se apresentam os piores indicado-res sociais, decorrentes de um profundo processo de exclusão social e econômica.

Os partidos políticos não podem ficar indiferentes a essa dura realidade que ameaça gerações inteiras de brasileirinhos. É por isso que o meu partido, o Partido Progressista, decidiu arregaçar as mangas e criar uma rede de proteção aos direitos de grupos cuja situação social é considerada vulnerável.

Como Presidente Regional do PP no Maranhão, determinei que todos os Diretórios Municipais se inte-grem ao projeto assim chamado: PP das Diversidades. Eu estou estimulando-os a se integrarem.

Nossa atenção volta-se especialmente para os seguintes eixos: crianças, adolescentes, homossexuais, afrodescendentes, mulheres, idosos e pessoas porta-doras de necessidades educacionais especiais.

Desse modo, o Partido Progressista no Mara-nhão tem o objetivo de construir uma sociedade livre, justa, democrática, pluralista, solidária e participativa. Destaco o absoluto respeito à dignidade da pessoa humana, além da defesa do bem-estar e da elimina-ção das desigualdades da sociedade.

Mesmo sendo um partido com características conservadoras, o PP não deve e não vai fugir dessas questões que permeiam a sociedade contemporânea. É por isso que, após a formação dos grupos nos di-retórios municipais ou nas macrorregiões do Estado, fomentaremos a realização de seminários, encontros e reuniões para criar uma agenda de compromissos.

Deste plenário da Câmara dos Deputados expus o eixo principal desse projeto com o intuito de divulgá-

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lo e chamar o maranhense a participar, pois o desafio é justamente mobilizar a sociedade.

Em meio às adversidades, o PP haverá de lutar pela diversidade, pelo sentimento humano de valori-zação das minorias e respeito por elas. Só assim po-deremos promover a inclusão social dos que fazem parte das nossas sociedades.

Certamente a academia, o mundo do conhecimento poderá trocar tais experiências, considerando o valor his-tórico dessa sabedoria. Que os nossos partidos políticos possam servir de âncora para corrigirmos as distorções e minimizarmos as injustiças sociais! Por isso o PP tem uma ação afirmativa e faz parte da história da nossa Re-pública.

Como diz Eduardo Galeano, “somos o que faze-mos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”.

O SR. MANATO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MANATO (Bloco/PDT – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, no final do ano passado, discutíamos aqui a CPMF e acreditávamos que era um imposto muito importante, principalmente para a área da saúde. A destinação ao Programa Bolsa-Família e ao INSS seria de 0,20%.

Muito bem, foi cancelada a CPMF, cuja alíquota era de 0,38%. Agora, venho à tribuna, Sr. Presidente, pergun-tar que empresas deram desconto de 0,38% na vende de seus produtos. Considere-se o efeito cascata. A gasolina, que passa pela PETROBRAS, pela distribuidora, pelo posto de gasolina, teve pelo menos 1,2% de desconto? As escolas que aumentaram suas mensalidades estão descontando a CPMF? Quero saber se, do preço da cesta básica, foi descontada a CPMF. Quero saber se os planos de saúde estão descontando o valor da CPMF.

Por quase meio ano, ficamos aqui discutindo o fim do imposto, porque era um tributo inflacionário. No entanto, extinta a contribuição, tudo continua como an-tes. Temos que rever isso. A população deveria ter sido beneficiada com o fim do imposto. Não foi. Temos, en-tão, que exigir medidas urgentes para que o benefício concedido pelo Congresso Nacional com a extinção da CPMF resulte na redução dos preços dos alimentos, da gasolina, da energia elétrica, do telefone celular. O valor proporcional da CPMF precisa ser descontado do preço de todos os produtos.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria também de registrar que foi muito importante o acordo para a criação da CPMI. Não pode haver CPI dessa natureza sem a participação da Câmara dos Deputa-dos. Agora, sim, com a presença dos Deputados, a

transparência será muito maior, já que teremos acesso aos documentos. Espero que os membros da Comis-são trabalhem com muita seriedade.

Muito obrigado.O SR. DR. ROSINHA – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. DR. ROSINHA (PT – PR. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste curto espaço de tempo, quero registrar que ontem estive no Município de Pinhão, no centro-oeste do Estado do Paraná, para participar de ato político organizado por posseiros daquela região. Deputado Adão Pretto, são ho-mens e mulheres que vivem naquele município há mais de 20 anos – alguns ali vivem há 30, 40 anos. Muitas dessas pessoas foram sacrificadas na luta pela terra.

Em Pinhão, existia uma madeireira chamada Zat-tar, que grilou a terra desses posseiros e agora declarou falência. A madeireira tinha capangas e capatazes que feriam pessoas e as expulsavam da terra. Há alguns anos, chegaram a atear fogo a uma criança.

Ontem, houve um ato de apoio aos posseiros, em que eu estive presente, com o objetivo de sensibilizar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o INCRA. Esse madeireiro colocou suas terras agora à disposi-ção do INCRA porque não mais conseguia mantê-las, devido à falência da referida madeireira.

Nesse ato, fomos dar apoio aos posseiros, pois queremos que conquistem o título da terra que sempre foi deles, mas da qual, ao longo dos últimos 20 anos, foram expulsos por um grileiro.

Entre 1.200 e 1.500 pessoas, em sua grande maioria posseiros, compareceram ao ato, que foi apoia-do inclusive por setores importantes de Pinhão, como a Presidência da Associação Comercial e Industrial.

Temos absoluta certeza de que essa terra será deles, até porque, durante a campanha eleitoral para a Presidência da República, anos atrás, o Presidente Lula passou por lá e disse que, se um dia se tornasse Presidente, resolveria a questão. E o INCRA lá estava, dando esperanças a esse povo. Estou certo da vitória, justamente sob a Presidência de Lula e com o apoio do Partido dos Trabalhadores, esses posseiros vão conse-guir que se faça justiça, contra este grileiro, Sr. Zattar.

O Sr. Narcio Rodrigues, 1º Vice-Presiden-te, deixa a cadeira da presidência, que é ocu-pada pelo Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apre-sentação de proposições.

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VI – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DE-PUTADOS:

RORAIMA

Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPscPtcMarcio Junqueira DEM Neudo Campos PP Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima: 5

AMAPÁ

Davi Alcolumbre DEM Jurandil Juarez PMDB PmdbPscPtcTotal de Amapá: 2

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPscPtcBeto Faro PT Gerson Peres PP Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zenaldo Coutinho PSDB Total de Pará: 8

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPscPtcCarlos Souza PP Marcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbSabino Castelo Branco PTB Silas Câmara PSC PmdbPscPtcVanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amazonas: 6

RONDÔNIA

Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Ernandes Amorim PTB Marinha Raupp PMDB PmdbPscPtcNatan Donadon PMDB PmdbPscPtcTotal de Rondônia: 5

ACRE

Flaviano Melo PMDB PmdbPscPtcGladson Cameli PP Henrique Afonso PT Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbSergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Acre: 6

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB Laurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMoises Avelino PMDB PmdbPscPtcVicentinho Alves PR Total de Tocantins: 4

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbDavi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbDomingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPscPtcJulião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbNice Lobão DEM Pedro Fernandes PTB Pedro Novais PMDB PmdbPscPtcPinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB PmdbPscPtcSebastião Madeira PSDB Waldir Maranhão PP Total de Maranhão: 13

CEARÁ

Ariosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbChico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbCiro Gomes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbEudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Flávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcJosé Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPscPtcPaulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPscPtcZé Gerardo PMDB PmdbPscPtcTotal de Ceará: 15

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbB. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbCiro Nogueira PP Júlio Cesar DEM Mussa Demes DEM Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPaes Landim PTB Total de Piauí: 8

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01863

RIO GRANDE DO NORTE

Betinho Rosado DEM Fábio Faria PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbFelipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPscPtcJoão Maia PR Rogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rio Grande do Norte: 6

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Luiz Couto PT Manoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbVital do Rêgo Filho PMDB PmdbPscPtcWellington Roberto PR Total de Paraíba: 6

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAndré de Paula DEM Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC PmdbPscPtcCarlos Wilson PT Fernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFernando Ferro PT Inocêncio Oliveira PR José Mendonça Bezerra DEM Marcos Antonio PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbPedro Eugênio PT Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Pernambuco: 13

ALAGOAS

Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPscPtcCristiano Matheus PMDB PmdbPscPtcFrancisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbGivaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPscPtcMaurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas: 6

SERGIPE

Albano Franco PSDB Eduardo Amorim PSC PmdbPscPtcIran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPscPtcJerônimo Reis DEM José Carlos Machado DEM Valadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Sergipe: 7

BAHIA

Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdigar Mão Branca PV Edson Duarte PV Fábio Souto DEM Fernando de Fabinho DEM Guilherme Menezes PT João Almeida PSDB João Leão PP José Carlos Araújo PR José Rocha PR Joseph Bandeira PT Jusmari Oliveira PR Jutahy Junior PSDB Luiz Bassuma PT Luiz Carreira DEM Marcos Medrado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbMário Negromonte PP Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Uldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbVeloso PMDB PmdbPscPtcTotal de Bahia: 25

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbAelton Freitas PR Alexandre Silveira PPS Antônio Andrade PMDB PmdbPscPtcAntônio Roberto PV Aracely de Paula PR Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Carlos Willian PTC PmdbPscPtcCiro Pedrosa PV Edmar Moreira DEM Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT George Hilton PP Gilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Bittar DEM José Fernando Aparecido de Oliveira PV Júlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJuvenil PRTB Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT

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01864 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Lincoln Portela PR Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Mário de Oliveira PSC PmdbPscPtcMário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbMiguel Corrêa Jr. PT Miguel Martini PHS Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPscPtcRafael Guerra PSDB Rodrigo de Castro PSDB Saraiva Felipe PMDB PmdbPscPtcTotal de Minas Gerais: 39

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPscPtcIriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC PmdbPscPtcLelo Coimbra PMDB PmdbPscPtcLuiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Manato PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbRita Camata PMDB PmdbPscPtcSueli Vidigal PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Espírito Santo: 8

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPscPtcArnaldo Vianna PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbBrizola Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbChico DAngelo PT Dr. Adilson Soares PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdson Ezequiel PMDB PmdbPscPtcEduardo Cunha PMDB PmdbPscPtcFernando Gabeira PV Geraldo Pudim PMDB PmdbPscPtcHugo Leal PSC PmdbPscPtcIndio da Costa DEMJair Bolsonaro PPLéo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbLuiz Sérgio PTMarcelo Itagiba PMDB PmdbPscPtcMiro Teixeira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbNeilton Mulim PRNelson Bornier PMDB PmdbPscPtcOtavio Leite PSDBPastor Manoel Ferreira PTBRodrigo Maia DEMRogerio Lisboa DEMSimão Sessim PP

Solange Almeida PMDB PmdbPscPtcTotal de Rio de Janeiro: 25

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Bulhões PMDB PmdbPscPtcAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Antonio Palocci PTArlindo Chinaglia PTArnaldo Faria de Sá PTBArnaldo Jardim PPSArnaldo Madeira PSDBCândido Vaccarezza PTCarlos Sampaio PSDBClodovil Hernandes PRDevanir Ribeiro PT Dr. Nechar PVDr. Pinotti DEMDr. Talmir PVDr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdson Aparecido PSDBEmanuel Fernandes PSDBFernando Chucre PSDBFrank Aguiar PTBGuilherme Campos DEMIvan Valente PSOLJanete Rocha Pietá PTJoão Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Paulo Cunha PTJorge Tadeu Mudalen DEMJorginho Maluly DEMJosé Eduardo Cardozo PTJosé Genoíno PTJosé Mentor PTNelson Marquezelli PTBPaulo Maluf PPPaulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPaulo Renato Souza PSDBPaulo Teixeira PTRegis de Oliveira PSC PmdbPscPtcRenato Amary PSDBRicardo Izar PTBRicardo Tripoli PSDBRoberto Santiago PVSilvio Torres PSDBValdemar Costa Neto PRVanderlei Macris PSDBVicentinho PT

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01865

Walter Ihoshi DEM William Woo PSDB Total de São Paulo: 47

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Carlos Bezerra PMDB PmdbPscPtcEliene Lima PP Thelma de Oliveira PSDB Valtenir Pereira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbWellington Fagundes PR Total de Mato Grosso: 6

DISTRITO FEDERAL

Jofran Frejat PR Rodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Distrito Federal: 2

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Chico Abreu PR Íris de Araújo PMDB PmdbPscPtcJovair Arantes PTB Leandro Vilela PMDB PmdbPscPtcLuiz Bittencourt PMDB PmdbPscPtcMarcelo Melo PMDB PmdbPscPtcPedro Chaves PMDB PmdbPscPtcPedro Wilson PTProfessora Raquel Teixeira PSDBRubens Otoni PTSandes Júnior PPTatico PTBTotal de Goiás: 13

MATO GROSSO DO SUL

Antonio Cruz PP Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbGeraldo Resende PMDB PmdbPscPtcNelson Trad PMDB PmdbPscPtcVander Loubet PT Waldir Neves PSDB Total de Mato Grosso do Sul: 6

PARANÁ

Affonso Camargo PSDB Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Andre Vargas PT Assis do Couto PT Barbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbDilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR

Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPscPtcLuiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPscPtcMax Rosenmann PMDB PmdbPscPtcMoacir Micheletto PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPscPtcRatinho Junior PSC PmdbPscPtcRicardo Barros PP Takayama PSC PmdbPscPtcTotal de Paraná: 22

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Carlito Merss PT Celso Maldaner PMDB PmdbPscPtcDécio Lima PT Djalma Berger PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdinho Bez PMDB PmdbPscPtcJoão Pizzolatti PP Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPscPtcZonta PP Total de Santa Catarina: 11

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PT Afonso Hamm PP Beto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbCezar Schirmer PMDB PmdbPscPtcClaudio Diaz PSDB Darcísio Perondi PMDB PmdbPscPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPscPtcEnio Bacci PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbGermano Bonow DEM Henrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPscPtcLuis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Manuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbMaria do Rosário PT Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Paulo Roberto PTB Pompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbProfessor Ruy Pauletti PSDB Renato Molling PP Sérgio Moraes PTB Tarcísio Zimmermann PT Vieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbVilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 25

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01866 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A lista de presença registra o comparecimento de 339 Senho-ras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Informo ao Plenário que estamos lançando hoje a página Cons-tituição Cidadã no Portal da Câmara dos Deputados.

Essa é uma iniciativa que dá continuidade a even-tos já ocorridos para comemorarmos, neste ano, os 20 anos da Constituição de 1988.

A intenção é de que a sociedade brasileira tenha todo o acesso às informações históricas, que, inclusi-ve, poderão ser atualizadas. Por exemplo, algum De-putado, Senador, Deputada ou Senadora que tenha participado da Constituinte poderá acessar a página e, eventualmente, dar um relato político da sua parti-cipação, fazendo acréscimos que, a seu julgamento, são úteis para a compreensão de determinada deci-são, tema, etc.

De maneira rápida, o que vai haver na primeira versão? O texto da Constituição em diversos formatos, áudios, documentos, flashes. Existirá um banco de da-dos com os artigos sujeitos a regulamentação.

Abro um parêntese. Vamos criar uma comissão, junto à Presidência da Câmara dos Deputados, que será coordenada pelo ex-Presidente Michel Temer e relatada pelo ex-Presidente João Paulo Cunha. Que-ro chamar também os ex-Presidentes Ibsen Pinheiro e Aldo Rebelo, assim como o Deputado Federal Vac-carezza, que está coordenando um grupo de conso-lidação das leis.

Caso o sempre Presidente Inocêncio Oliveira queira participar, dado que é membro da Mesa, poderá fazê-lo. Basta manifestar interesse. Também convida-remos o ex-Presidente do Congresso Nacional Mauro Benevides, porque queremos constituir um grupo para trabalhar a regulamentação da Constituição brasileira. Será uma tarefa difícil. Há temas polêmicos, comple-xos, mas pelo menos tentaremos encontrar uma saída. Isso não impede a participação dos Líderes, pois se trata de uma coordenação.

Haverá um histórico, a linha do tempo da Consti-tuinte; haverá artigos, publicações, vídeos sobre o tema; haverá informações para o público infanto-juvenil sobre a Constituinte; haverá a lista de todos os Parlamen-tares; haverá discursos que marcaram época – esco-lhidos por funcionários da Casa e não da Mesa atual da Câmara ou do Colégio de Líderes. Claro que aqui sempre pode haver controvérsia. Já estou antecipan-do. Haverá também informações específicas sobre a bancada feminina e sua participação na Constituinte. Enfim, haverá uma gama de informações. Durante o ano de 2008, acontecerão outras iniciativas. Em junho, por exemplo, haverá um seminário, para o qual serão

convidados representantes de universidades. Há uma exposição de mais de 2.200 textos sobre a Constituin-te, 27 mil fotografias, mais de 760 páginas do Diário da Constituinte.

Queria dar essa informação ao Plenário.Agora será distribuído no plenário o resumo do

que acabei de dizer a todos os Parlamentares. Se houver alguma sugestão para melhorar esse trabalho da Câmara dos Deputados, cada Parlamentar poderá dirigir-se à comissão organizadora, que é dos funcio-nários.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero cumprimentar V.Exa. por esse trabalho referente aos 20 anos da Constituição Cidadã, como foi chamada pelo saudoso Deputado Ulysses Guimarães. Cumpri-mento V.Exa. por abrir um espaço para um momento importante. Os Deputados Max Rosenmann, Ricardo Izar, Inocêncio Oliveira e outros que participaram da Constituinte certamente poderão dar ao longo do tempo uma contribuição histórica a esse trabalho.

Reitero meus cumprimentos a V.Exa. por essa lembrança histórica e importante da Constituição de 1988.

O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero me somar à manifestação do Deputado Arnaldo Faria de Sá e, na condição de ex-Constituinte, quero exaltar a importância dessa decisão de V.Exa. no sentido do res-gate do momento democrático fundamental da história da política do Brasil e, por que não dizer, da história constitucional do nosso País.

A Constituição de 1988 é, ao mesmo tempo, uma configuração do momento e uma sinalização do futu-ro pelos princípios democráticos, pela concepção dos direitos individuais, coletivos e sociais e por algumas conquistas universais, como o SUS, previdência uni-versal e os direitos sociais dos trabalhadores.

Sr. Presidente Arlindo Chinaglia, queremos para-benizar V.Exa., Presidente da Câmara dos Deputados, e sempre lembrar da figura lendária de quem também fez parte da Mesa desta Casa, o saudoso e querido Ulysses Guimarães.

Muito obrigado.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01867

O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem a palavra o Deputado Mauro Benevides, o 1º Vice-Presidente da última Constituinte.

O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, nobre Deputado Arlindo Chinaglia, cumprimento V.Exa. por mais essa iniciativa que objetiva realçar a importância desse documento fundamental para País, porque permitiu, sobretudo, o nosso reencontro com o Estado Democrático de Direito.

Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores te-lespectadores da TV Câmara, a iniciativa do ilustre Pre-sidente desta Casa, Arlindo Chinaglia, de seqüenciar, na tarde de hoje, a programação destinada a realçar a relevância da Assembléia Nacional Constituinte e a promulgação da Carta Cidadã não poderia deixar de receber calorosos aplausos, especialmente por quem exerceu a 1ª Vice-Presidência da ANC, em razão da ausência do grande brasileiro Ulysses Guimarães, con-siderado, com justíssima razão, o autêntico reconstrutor do Estado Democrático de Direito entre nós.

Durante a comemoração dos 15 anos, o Senado Federal promoveu concorrido seminário, cabendo-me, numa deferência sensibilizadora, a missão de dirigi-lo, coordenando programação de alto nível, da qual foram partícipes figuras notáveis dos círculos jurídicos, en-tre as quais o Ministro Paulo Brossard e o Senador e acadêmico Marco Maciel.

Naquele ensejo, fui instado a relatar alguns acon-tecimentos marcantes que assinalaram os dois anos de elaboração da nova Lei Maior, numa faina extenu-ante, acompanhada, pari passu, pelos segmentos mais conscientizados da comunidade brasileira.

Não me pude furtar de mencionar alguns episó-dios de transcendência inquestionável, cuja rememo-ração nos permite – ontem, como hoje – dimensionar o esforço levado a efeito com vistas a superar seguidos empecilhos, sem o que não alcançaríamos a grande aspiração das mais variadas categorias sociais.

Num esforço de sintetização, diria que 3 momen-tos tornaram-se indeléveis na porfia empreendida por Senadores e Deputados, investidos do poder originário, porque outorgado pela via do voto popular:

a) a insurgência do Centrão contra as normas regimentais, exigindo, em conseqüên-cia, uma flexibilização de alguns dispositivos então vigorantes;

b) a reorientação presidencialista, em vez de um esboçado parlamentarismo, tarefa de que se encarregou ingentemente o então

Presidente do Congresso ordinário, o saudoso Senador Humberto Coutinho de Lucena;

c) o r eceio, tornado público, pelo Presi-dente José Sarney, de que as inovações po-deriam alcançar a governabilidade, que lhe cabia manter preservada, sem os encargos conseqüentes de muitas das conquistas que implicariam elevado dispêndio, além das pos-sibilidades do Erário.

Em linhas gerais, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, foram esses os macroincidentes com que nos defrontamos naquele instante histórico, em cujo deslinde Ulysses dava sempre, mesmo serenamente, a palavra final com a sua invulgar clarividência, cora-gem e determinação para enfrentar os grandes desa-fios em que se situava o Brasil.

Incumbi-me, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, por delegação do nosso líder maior, de abrandar algumas diretrizes regimentais, sem o que o Deputado Roberto Cardoso Alves anunciaria a retirada dos seus colegas, congregados em bloco monolítico, deixando sem quorum o plenário da Assembléia para qualquer deliberação, todas elas a serem adotadas por maioria absoluta.

No que diz respeito ao sistema de governo, ar-gumentava o experiente Lucena que, em 2 consultas plebiscitárias, o País definira-se pelo presidencialismo, representando “violência doutrinária” – entre aspas – a adoção da nova forma de governo.

O açodamento com que se processou a altera-ção ensejou perenizar institutos como o da medida provisória, alvo de contundentes criticas de que se tem incumbido V.Exa., Sr. Presidente Arlindo Chinaglia, e o Presidente do Congresso, Senador Garibaldi Alves Filho, no esforço obstinado de impedir o indisfarçável atrofiamento de nossa intransferível prerrogativa de legislar.

Quanto à presumida ingovernabilidade, temida por parte do então Chefe da Nação – tornada públi-ca em cadeia de televisão e rádio –, levou Ulysses a responder de modo peremptório, alegando, enfatica-mente, a soberania que exercitávamos num instante de inapagável significação histórica para os destinos nacionais.

Se é certo que o atual Documento Básico conti-nua a ser apontado como detalhista, em razão do nú-mero excessivo de artigos e incisos, muitos dos quais ainda sem regulamentação que lhes garanta eficácia e aplicabilidade, não há motivo para deixar de enalte-cer o esforço despendido a fim de legar ao País algo que significasse a afirmação de arraigada consciência de cidadania.

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01868 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Nesta próxima antevéspera da comemoração vintenária, vale parafrasear, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o inolvidável Ulysses Guimarães, no preâmbulo da Carta: “A Constituição durará com a de-mocracia, e só com a democracia sobrevivem para o povo a dignidade, a liberdade e a justiça”.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Quero fazer um pedido. É preciso começar a Ordem do Dia.

O SR. GERSON PERES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. GERSON PERES (PP – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desejo cum-primentá-lo pela iniciativa. Meus parabéns.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Muito obrigado.

A SRA. RITA CAMATA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

A SRA. RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, como ex-Constituinte, também quero cumprimentá-lo pela iniciativa de reviver o grande momento de elaboração da Constituição Federal.

V.Exa. acabou de apresentar, o que julgo impor-tante, uma coordenação para checar a regulamenta-ção constitucional. Foi a Carta de maior avanço para a mulher brasileira. Vou reivindicar que um membro da bancada feminina participe também dessa coor-denação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – V.Exa. tem razão. Eu até disse que não obstava a participação de ninguém, mas eu citei só ex-Presidentes.

A SRA. RITA CAMATA – Pois é, desculpe-me, mas nunca uma mulher foi membro da Mesa.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Eu sei disso. É só para que V.Exa. entenda que eu não agi sem critério. É uma coordenação de ex-Presidentes exatamente para dar o peso institucional da iniciativa. No entanto, reitero: é justo que haja a participação de pelo menos 1 Deputada, representando o conjunto.

A SRA. RITA CAMATA – Muito obrigada, Sr. Presidente.

O SR. MAX ROSENMANN – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MAX ROSENMANN (Bloco/PMDB – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente,

de forma muito rápida quero parabenizar a Câmara dos Deputados por essa iniciativa. Será uma oportunidade oferecida pela Casa para, democraticamente, mostrar à Nação brasileira a capacidade de entendimento do Parlamento.

Em quase todos os países do mundo, as Consti-tuições foram feitas com a quebra do Estado de Direito, em momentos revolucionários; no Brasil, foi feita por meio do entendimento, administrando-se o contraditó-rio, o que é nossa especialidade.

Então, quero parabenizá-lo pela iniciativa e co-mentar com o ex-Presidente Inocêncio Oliveira que, na Casa, somos cerca de 15 Deputados – Deputado Arnaldo Faria de Sá, Deputado José Mendonça Be-zerra e outros – que continuamos ininterruptamente como Parlamentares nesta Casa desde a elaboração da Constituição.

Muito obrigado. O SR. SIMÃO SESSIM – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, como Deputado constituinte, também gostaria de dizer que me sinto gra-tificado pela iniciativa que V.Exa. toma por meio dessa decisão de perpetuar o trabalho daquela fase histórica desta Casa, onde todos nós nos empenhamos para que o Brasil tivesse a Constituição Cidadã.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Por

deferência, concedi a palavra a todos aqueles que a solicitaram e que eram Constituintes. Eu preciso co-meçar a Ordem do Dia, e, na continuidade, vou pas-sar a palavra aos Parlamentares da lista de breves comunicações.

O SR. EDMILSON VALENTIM – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Ar-lindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. EDMILSON VALENTIM (Bloco/PCdoB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero parabenizá-lo, porque esta Mesa, tendo V.Exa. na Presidência, não só teve uma feliz idéia, mas po-liticamente importantíssima, porque retomamos toda essa construção democrática, a abertura desta Casa a milhões de brasileiros que tiveram a oportunidade de ter uma participação ativa e construíram a Cons-tituição.

V.Exa. e a Mesa Diretora estão resgatando isso e merecem ser parabenizados por todos nós, que vi-vemos aquele período.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Muito obrigado pela gentileza.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01869

O SR. ALBANO FRANCO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ALBANO FRANCO (PSDB – SE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dizer que tive também neste mesmo plenário, quando Senador, as atribuições de Constituinte.

Tenho o prazer de neste momento parabenizar V.Exa. pelo gesto da Constituição Cidadã no Portal da Câmara. Aqui, imensos e intensos debates foram fei-tos, inclusive, registro, com a presença de alguns no-mes como Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, Nelson Jobim e do saudoso e inesquecível Presidente Ulysses Guimarães.

Parabenizo também o Presidente Lula. Fomos conjuntamente responsáveis por um dos artigos da Constituição.

Mais uma vez parabéns, eminente Presidente, pelo gesto em favor da democracia e do fortalecimento do Poder Legislativo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Obri-

gado a V.Exa.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Constituinte, de 1987 a 1988, aquela que foi a mais discutida Constituição de todo o País, teve 24 Subco-missões Temáticas, depois 8 Comissões Temáticas, drenando para uma Comissão de Sistematização e, posteriormente, para a votação em plenário. Participei ativamente desses trabalhos na condição de membro da Comissão de Sistematização, da Comissão de Re-dação Final e 1º Vice-Líder do partido.

Sinto-me muito feliz por V.Exa. ter-me indicado, como ex-Presidente da Câmara, para participar des-se Colegiado. Parabenizo V.Exa., Sr. Presidente, pela decisão de, pela primeira vez na história – todos ten-taram e não conseguiram – regulamentar a Constitui-ção brasileira.

Dizem que a melhor Constituição que o País já teve foi a de 1946. Tenho dúvidas, porque acho que a melhor foi a de 1988. Mas todas as 2 pecaram por não ter feita a sua regulamentação. Portanto, tudo o que se fizer para regulamentar os dispositivos constitucionais será uma afirmação definitiva de uma Constituição que pretende ser a linha determinante de um País que vai encontrar o seu destino de grande Nação.

Meus parabéns, Sr. Presidente, extensivos a todos aqueles que louvam a Constituição brasileira e cumprem o seu dever de defendê-la como a mais democrática e a mais cidadã de toda a história do País.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Bem, de minha parte, creio que temos um primeiro balanço já feito e espero que o trabalho, de fato, consiga atin-gir os objetivos.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passa-se à apreciação da matéria que está sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 396, DE 2007 (Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 396, de 2007, que dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar Certificados Financeiros do Tesouro. Pendente de parecer da Co-missão Mista. A Emenda nº 5 foi retirada pelo autor.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 17-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 31-10-07SOBRESTA A PAUTA EM: 18-11-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 14-03-08

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Conce-do a palavra, para oferecer parecer à medida provisó-ria e às emendas a ela apresentadas, pela Comissão Mista, ao nobre Deputado Eduardo Cunha.

O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados, passo a ler o parecer.

I – Relatório.

A Medida Provisória nº 396, de 2007, dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar Certificados Financeiros do Tesouro.

Segundo os elementos contidos na Exposição de Motivos nº 140, do Ministério da Fazenda, de 21 de se-tembro de 2007, formalizada pelo Ministro da Fazenda, a União emitiu Certificados Financeiros do Tesouro para a capitalização de fundos ou caixas de previdências estaduais. Para essas capitalizações foram utilizados Certificados Financeiros do Tesouro Nacional – CFTs na modalidade nominativos e inalienáveis, com prazos de resgate variáveis, que se estendem até 2024.

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01870 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Diversos Estados têm sistematicamente pleite-ado à União a antecipação do resgate desses títulos públicos, de modo a permitir que seus respectivos fundos previdenciários possam arcar com obrigações junto a aposentados e pensionistas estaduais, hoje ao encargo do Estado.

Ainda de acordo com a exposição de motivos, o alívio financeiro para esses Estados se daria pela de-soneração das despesas com aposentados e pensio-nistas que passariam a ser realizadas mensalmente pelos seus fundos previdenciários, até o montante dos valores que vierem a ser antecipados.

O objetivo à época era que a rentabilidade des-ses certificados fosse utilizada para diminuir o déficit da previdência dos Estados. Ocorre que uma situação atípica vem se formando, a de que a despesa com ina-tivos vem subindo consideravelmente, além da redução das taxas de juros, às quais esses certificados estão vinculados, obrigando alguns Estados a aumentarem a suplementação por parte dos seus Tesouros, além de dar conta das despesas correntes dos inativos, a cargo dos fundos estaduais, diminuindo seus recursos para fazer frente às suas despesas e investimentos.

Como prévia condição, objetivando a preservação do capital dos fundos previdenciários, seria exigida, pela União, a celebração de instrumento contratual entre os Estados e aqueles fundos, com a recomposição do fluxo de caixa original dos CFTs resgatados.

A garantia da recomposição faz com que os fun-dos acabem por ganhar, já que terão os recursos 2 vezes, com a antecipação e a garantia dos mesmos recursos à época do vencimento desses certificados.

Esgotado o prazo regimental, foram apresenta-das 4 emendas.

II – Voto do Relator.

No exercício da atribuição prevista no § 2º do art. 6º da Resolução nº 1 de 2002, do Congresso Nacio-nal, cabe agora a este Relator apresentar parecer em plenário, pela Comissão Mista, sobre a Medida Provi-sória nº 396, de 2007, examinando, de acordo com as prescrições constantes do art. 62, §5º, da Constituição Federal e do art. 5º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, o aspecto constitucional, inclusive os pressupostos de relevância e urgência, a adequação orçamentária e financeira, o mérito e o cumprimento da exigência prevista no §1º do art. 2º da Resolução congressual.

Quanto à relevância e urgência, a exposição de motivos que acompanha a medida provisória afirma que a União emitiu Certificados Financeiros do Tesouro para a capitalização de fundos ou caixas de previdências estaduais. Para essas capitalizações foram utilizados

Certificados Financeiros do Tesouro Nacional na moda-lidade nominativos alienáveis, com prazos de resgate variáveis, que se estendem até 2024. Sendo assim, o alívio financeiro para esses Estados se daria pela de-soneração das despesas com aposentados e pensio-nistas, que passariam a ser realizadas mensalmente pelos seus fundos previdenciários, até o montante dos valores que vierem a ser antecipados.

Ainda sob o prisma da constitucionalidade, a matéria não se inclui na lista dos assuntos impedidos de tratamento por meio de medida provisória (art. 62, § 1º, da Constituição Federal).

No que tange à adequação financeira e orçamen-tária, o caput do art. 1º da medida provisória garante a equivalência econômica dos títulos envolvidos, assim como a manutenção das mesmas características. Os novos e antigos papéis possuem, portanto, o mesmo valor presente, não resultando em perdas para a União. Ademais, cumpre salientar que não há adiamento, mas antecipação no resgate dos títulos.

A União emite e mantém em estoque um volume de títulos superior ao montante já colocado, além do que, na realidade, os certificados não são receita da União, e sim dívida com compromisso de pagamento de juros.

No tocante ao mérito, a proposta se mostra opor-tuna, pois permite que Estados com dificuldades fi-nanceiras possam antecipar o resgate desses títulos públicos, possibilitando que seus respectivos fundos previdenciários possam arcar com obrigações junto a aposentados e pensionistas estaduais, nos quais as despesas aumentaram e as receitas diminuíram con-sideravelmente, já que a diferença da taxa de juros quando da emissão desses certificados para a reali-dade atual é muito significativa, tornando muito difícil o pagamento do 13º salário aos inativos para determi-nados Estados sem essa suplementação dos Tesouros Estaduais aos fundos.

Consideramos, também, terem sido devidamen-te observados os requisitos formais para seu envio ao Congresso Nacional, nos termos previstos no art. 2º, §1º, da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

Inexistem também objeções a levantar quanto aos requisitos de juridicidade e técnica legislativa.

Passemos à análise das emendas.Emenda nº 1 – Com relação aos pressupostos

de relevância e urgência, constitucionalidade, juridi-cidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamentária, reiteramos as mesmas considerações feitas à Medida Provisória nº 396, de 2007.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01871

Com relação ao mérito, votamos pela rejeição, pois não há municípios detentores de certificados na forma prevista no art. 1º da referida emenda.

É importante realçar que nenhum certificado fi-nanceiro do Tesouro Nacional foi emitido e entregue a fundo de previdência municipal, conseqüentemente, não há nenhum acordo da União com município que pressuponha a existência de certificado em poder de fundo previdenciário municipal.

Emendas nºs 2 e 3 – Com relação aos pressu-postos de relevância e urgência, constitucionalidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamen-tária, são válidos os mesmos comentários feitos à Me-dida Provisória nº 396, de 2007.

Cumpre salientar que as referidas emendas são injurídicas, pois tratam de matéria frontalmente con-trária à medida provisória, tornando-a inexeqüível. Conseqüentemente, as mesmas devem ter rejeição meritória.

Acatar quaisquer das emendas, a de nº 2 ou a de nº 3, significa rejeitar a medida provisória. Portanto acatar qualquer uma delas é o mesmo que rejeitar a medida provisória por inteiro.

Emenda nº 4 – Com relação aos pressupostos de relevância e urgência, constitucionalidade, juridi-cidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamentária, reiteramos as mesmas considerações feitas à Medida Provisória nº 396, de 2007.

No tocante ao mérito, votamos pela rejeição, pois no texto da medida provisória não é mencionado que os títulos sairão dos fundos, sendo que pertencem e continuarão pertencendo aos fundos ou caixas de pre-vidência estaduais. Em nenhum momento há cessão dos certificados dos fundos para qualquer Tesouro.

Entendemos convenientes e oportunas algu-mas alterações à Medida Provisória nº 396, de 2007, a saber:

a) com relação ao inciso II do art. 2º, previsto no art. 1º da MP nº 396/2007, nós re-pomos a redação da lei, para manter a vincu-lação dos royalties e participações especiais com a garantia na recomposição do fluxo no Certificado Financeiro do Tesouro, previsto na Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004. Isto porque, quando foi feita a lei, em 2004, fruto de uma medida provisória apreciada nesta Casa, a vinculação de uma receita obrigatória perten-cente aos Estados garantia que não haveria nenhuma confusão com os déficits regulares dos fundos de previdência que porventura os Tesouros Estaduais estivessem recompondo. Excluir isso daria margem a que os Estados que se beneficiaram dessa operação pudes-

sem não recompor o fundo, como fizeram com base nessa lei de 2004, já que ficou carimbado como receita específica da União que fosse vinculada essa recuperação. Essa alteração visa a preservar a garantia da recomposição do fluxo financeiro dos Certificados Financeiros do Tesouro, para os Estados que não tenham a receita de royalties e participação especial, como é o caso do Estado de Santa Catarina – a mesma operação foi feita pelo Estado do Rio de Janeiro. Nós adicionamos a possibili-dade da vinculação do Fundo de Participação dos Estados, porque essa será uma receita obrigatória, que permitirá que os fundos de pensão tenham essa garantia também em Santa Catarina.

Essa medida visa dar maior segurança de re-composição dos valores resgatados dos Certificados Financeiros do Tesouro, preservando a capacidade dos fundos de previdência estaduais, evitando que essa recomposição seja confundida com os aportes de déficits já realizados atualmente.

b) A segunda modificação proposta visa dar agilidade à ELETROBRÁS e suas subsi-diárias ou controladas para participarem de novos empreendimentos para novas gerações de energia elétrica, no momento em que o País atravessa o risco de uma nova e grave crise no setor, que pode afetar o crescimento econômico.

A inclusão da expressão “direta ou indiretamen-te” servirá para evitar obstáculos à concessão de fi-nanciamentos para novas gerações, em função do impedimento de que uma sociedade estatal possa dar ações de sua propriedade em uma nova sociedade, como garantia que a obriga à obtenção de fianças de custos elevados ou até mesmo à desistência da ativi-dade nova de geração que se pretendia fazer.

A inclusão dessa simples expressão permitirá que as sociedades estatais constituam sociedades de propósitos específicos para participarem de outras sociedades concessionárias.

As demais alterações flexibilizam para participa-ção, inclusive sem aporte de recursos, além de parti-cipações no exterior. Todas essas modificações dão à ELETROBRÁS e suas subsidiárias as mesmas oportu-nidades que hoje a PETROBRAS já detém, sendo que a mesma ainda tem a possibilidade de atuar através de empresas de sua propriedade no exterior.

Em face do exposto, voto:

a) pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e ade-

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01872 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

quação financeira e orçamentária e rejeição, no mérito, das Emendas nºs 1 e 4;

b) pela constitucionalidade, injuridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e ade-quação financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição das Emendas nºs 2 e 3; e

c) pela constitucionalidade, juridicida-de, boa técnica legislativa, compatibilidade e adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação da Medida Provisória nº 396, de 2007, nos termos do projeto de lei de conversão em anexo.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 396, DE 2007, QUE DÁ NOVA

REDAÇÃO AOS ARTS. 1º E 2º DA LEI Nº 10.841, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2004, QUE AUTORIZA

A UNIÃO A PERMUTAR CERTIFICADOS FINANCEIROS DO TESOURO

AUTOR: Poder Executivo.Relator: Deputado Eduardo Cunha.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de

fevereiro de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Fica a União autorizada, até 31 de dezembro de 2007, a permutar, observa-da a equivalência econômica, Certificados Financeiros do Tesouro emitidos para fundos ou caixas de previdência estaduais, na modali-dade de nominativos e inalienáveis, por outros Certificados Financeiros do Tesouro com as mesmas características, mediante aditamento do contrato firmado entre a União e o Estado, que originou a emissão dos Certificados Fi-nanceiros do Tesouro.” (NR)

“Art. 2º ................................................................................................................. .........

............................................................................................................................. .........

II – O Estado deverá, obrigatoriamente, recompor, no mínimo, o fluxo de caixa original dos Certificados Financeiros do Tesouro res-gatados na permuta a que se refere o art. 1º, incluídos os juros e as atualizações monetárias calculadas nos mesmos critérios dos respecti-vos Certificados Financeiros do Tesouro onde couber, mediante utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de par-ticipações governamentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações es-

peciais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados”.(nr)

Art. 2º O §1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, com a redação dada pelo art. 22 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 15 ................................................................................................................ .........

§1o A ELETROBRÁS, diretamente ou por meio de suas subsidiárias ou controla-das, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior, que se destinem direta ou indiretamen-te à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização”. (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Era o relato que eu tinha a fazer, Sr. Presiden-te.

PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA

MEDIDA PROVISÓRIA N° 396, DE 2007

Dá nova redação aos arts. 1° e 2° da lei n° 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar certificados financeiros do tesouro.

AUTOR: Poder ExecutivoRELATOR: Deputado Eduardo Cunha

I – Relatório

A Medida Provisória em exame dá nova redação aos arts. 1° e 2° da Lei n° 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar certificados financeiros do tesouro.

Segundo os elementos contidos na Exposição de Motivos n° 140–MF, de 21 de setembro de 2007, formalizada pelo Ministro da Fazenda, a União emitiu Certificados Financeiros do Tesouro para a capitaliza-ção de fundos ou caixas de previdências estaduais. Para essas capitalizações foram utilizados Certificados Financeiros do Tesouro Nacional – CFTs na modalida-de nominativos e inalienáveis, com prazos de resgate variáveis, que se estendem até 2024.

Diversos Estados têm sistematicamente pleiteado à União a antecipação do resgate desses títulos públi-cos de modo a permitir que seus respectivos fundos previdenciários possam arcar com obrigações junto

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01873

a aposentados e pensionistas estaduais, hoje ao en-cargo do Estado.

Ainda de acordo com a Exposição de Motivos, o alívio financeiro para esses Estados se daria pela de-soneração das despesas com aposentados e pensio-nistas, que passariam a ser realizadas mensalmente pelos seus fundos previdenciários, até o montante dos valores que vierem a ser antecipados.

O objetivo à época era que a rentabilidade des-ses certificados fosse utilizada para diminuir o déficit da previdência dos Estados. Ocorre que uma situação atípica vem se formando, a de que a despesa com ina-tivos vem subindo consideravelmente, além da redução das taxas de juros, as quais esses certificados estão vinculados, obrigando alguns Estados a aumentar a suplementação por parte dos seus tesouros, além de dar conta das despesas correntes dos inativos, a cargo dos fundos estaduais, diminuindo seus recursos para fazer frente às suas despesas e investimentos.

Como prévia condição, objetivando a preservação do capital dos fundos previdenciários, seria exigida, pela União, a celebração de instrumento contratual entre os Estados e aqueles fundos, com a recomposição do fluxo de caixa original dos CFTs resgatados.

A garantia da recomposição faz com que os fun-dos acabem por ganhar, já que terão os recursos duas vezes, com a antecipação e a garantia dos mesmos recursos à época do vencimento desses certificados

Esgotado o prazo regimental, foram apresenta-das quatro emendas.

II – Voto do Relator

No exercício da atribuição prevista no § 2° do art. 6° da Resolução n° 1, de 2002, do Congresso Nacio-nal, cabe agora a este relator apresentar parecer em Plenário, pela Comissão Mista, sobre a Medida Pro-visória n° 396/2007, examinando, de acordo com as prescrições constantes do art. 62, § 5° da Constituição Federal e do art. 5° da Resolução n° 1, de 2002, do Congresso Nacional, o aspecto constitucional, inclusive os pressupostos de relevância e urgência, a adequação orçamentária e financeira, o mérito e o cumprimento da exigência prevista no § 1° do art. 2° da Resolução congressual.

Quanto à relevância e urgência, a Exposição de Motivos que acompanha a Medida Provisória afirma que a União emitiu Certificados Financeiros do Tesouro para a capitalização de fundos ou caixas de previdências estaduais. Para essas capitalizações foram utilizados Certificados Financeiros do Tesouro Nacional – CFTs na modalidade nominativos e inalienáveis, com pra-zos de resgate variáveis, que se estendem até 2024. Sendo assim, o alívio financeiro para esses Estados

se daria pela desoneração das despesas com aposen-tados e pensionistas, que passariam a ser realizadas mensalmente pelos seus fundos previdenciários, até o montante dos valores que vierem a ser antecipados; desobrigando os Estados de terem de colocar mais re-cursos em função da queda dos juros remuneratórios dos certificados.

Ainda sob o prisma da constitucionalidade, a matéria não se inclui na lista dos assuntos impedidos de tratamento por meio de medida provisória (art. 62, § 1° da Constituição Federal).

No que tange à adequação financeira e orçamen-tária, o caput do art. 1° da Medida Provisória garante a equivalência econômica dos títulos envolvidos, assim como a manutenção das mesmas características. Os novos e antigos papéis possuem, portanto, o mesmo valor presente, não resultando em perdas para a União. Ademais cumpre salientar que não há adiamento, mas antecipação no resgate de títulos.

A União emite e mantém em estoque um volume de títulos superior ao montante já colocado, além do que na realidade os certificados não são receita da União e sim dívida com compromisso de pagamento de juros.

No tocante ao mérito a proposta se mostra como oportuna, pois permite com que diversos Estados com dificuldades financeiras, possam antecipar o resgate desses títulos públicos, possibilitando que seus respec-tivos fundos previdenciários possam arcar com obri-gações junto a aposentados e pensionistas estaduais, na qual as despesas aumentaram e as receitas dimi-nuíram consideravelmente, já que a diferença da taxa de juros quando da emissão desses certificados, para a realidade atual é muito significativa, tornando muito difícil o cumprimento do pagamento de 13° salário aos inativos para determinados Estados, sem suplemen-tação dos tesouros estaduais aos fundos.

Consideramos, também, terem sido devidamen-te observados os requisitos formais para seu envio ao Congresso Nacional, nos termos previstos no art. 2°, § 1°, da Resolução n° 1, de 2002–CN.

Inexistem também objeções a levantar quanto aos requisitos de juridicidade e técnica legislativa.

Passemos à análise das emendas.Emenda n° 1 – Com relação aos pressupostos

de relevância e urgência, constitucionalidade, juridi-cidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamentária, reiteramos as mesmas considerações feitas à Medida Provisória nº 396/2007.

Com relação ao mérito votamos pela rejeição, pois não há municípios detentores de certificados na forma prevista pelo art. 1° da referida emenda.

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01874 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Emendas n°s 2 e 3 – Com relação aos pressu-postos de relevância e urgência, constitucionalidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamen-tária são válidos os mesmos comentários feitos à Me-dida Provisória nº 396/2007.

Cumpre salientar que as referidas emendas são injurídicas, pois tratam de matéria frontalmente con-trária à Medida Provisória, tornando-a inexeqüível. Conseqüentemente as mesmas devem ter rejeição meritória.

Emenda n° 4 – Com relação aos pressupostos de relevância e urgência, constitucionalidade, juridi-cidade, técnica legislativa e adequação financeira e orçamentária, reiteramos as mesmas considerações feitas à Medida Provisória nº 396/2007.

No tocante ao mérito votamos pela rejeição, pois no texto da Medida Provisória não é mencionado que os títulos sairão dos fundos, sendo que pertencem e continuarão pertencendo aos fundos ou caixas de pre-vidência estaduais.

Entendemos como convenientes e oportunas algumas alterações à Medida Provisória n° 396/2007, a saber:

A – Com relação ao inciso II, do art. 2°, previsto no art. 1° da MP n° 396/2007, nós repomos a redação da lei para manter a vinculação dos royalties e parti-cipações especiais com a garantia na recomposição do fluxo no CFT, previsto na Lei n° 10.841, de 18 de fevereiro, de 2004, bem como acrescentamos a vin-culação das parcelas do FPE, para os Estados que porventura não tenham este tipo de receita e possam ter condições de realizar esta operação, como o caso do Estado de Santa Catarina.

Essa medida visa dar maior segurança de re-composição dos valores resgatados dos Certificados Financeiros do Tesouro, preservando a capacidade dos Fundos de Previdência Estaduais, evitando que essa recomposição seja confundida com os aportes de déficits já realizados atualmente.

B – A segunda modificação proposta visa dar agi-lidade a Eletrobrás e suas subsidiárias ou controladas para participarem de novos investimentos para novas gerações de energia elétrica, no momento em que o país atravessa o risco de uma nova crise nesse setor, que pode afetar o crescimento econômico.

A inclusão da expressão direta ou indiretamente servirá para evitar obstáculos à concessão de finan-ciamentos para novas gerações, em função do impedi-mento de que uma sociedade estatal possa dar ações de sua propriedade em uma nova sociedade, como garantia que a obriga a obtenção de fianças de cus-tos elevados, ou até mesmo a desistência da atividade nova de geração que se pretendia fazer.

A inclusão dessa simples expressão permitirá que as sociedades estatais constituam sociedades de propósitos específicos para participarem de outras sociedades concessionárias.

As demais alterações flexibilizam para participa-ção, inclusive sem aporte de recursos, permite parti-cipações no exterior, além de autorizar a participação majoritária. Todas essas modificações dão à Eletrobrás e suas subsidiárias as mesmas oportunidades que hoje a Petrobrás já detém, sendo que a mesma ainda tem a possibilidade de atuar através de empresas de sua propriedade no exterior.

Em face do exposto voto:

a) pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e ade-quação financeira e orçamentária e, rejeição no mérito das emendas n°s 1 e 4;

b) constitucionalidade, injuridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e adequa-ção financeira e orçamentária e, no mérito pela rejeição das emendas n°s 2 e 3; e

c) constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e adequa-ção financeira e orçamentária e, no mérito pela aprovação da Media Provisória n° 396, de 2007, nos termos do Projeto de Lei de Conversão em anexo. – Deputado Eduardo Cunha, Relator.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 396, DE 2007

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO À MP N° 396 DE 2007

Dá nova redação aos arts. 1° e 2° da Lei n° 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar certifica-dos financeiros do tesouro.

AUTOR: Poder ExecutivoRELATOR: Deputado Eduardo Cunha

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1° Os arts. 1° e 2° da Lei n° 10.841, de 18

de fevereiro de 2004, passam a vigorar com a seguin-te redação:

“Art. 1° Fica a União autorizada, até 31 de dezembro de 2007, a permutar, observa-da a equivalência econômica, Certificados Financeiros do Tesouro emitidos para fundos ou caixas de previdência estaduais, na modali-dade de nominativos e inalienáveis, por outros Certificados Financeiros do Tesouro com as mesmas características, mediante aditamento do contrato firmado entre a União e o Estado,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01875

que originou a emissão dos Certificados Fi-nanceiros do Tesouro.” (NR)

“Art. 2° ................................................................ ..........................................................

II – O Estado deverá, obrigatoriamente, recompor, no mínimo, o fluxo de caixa original dos Certificados Financeiros do Tesouro res-gatados na permuta a que se refere o art. 1°, incluídos os juros e as atualizações monetárias calculadas nos mesmos critérios dos respecti-vos Certificados Financeiros do Tesouro onde couber, mediante utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de par-ticipações governamentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações es-peciais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados”. (NR)

Art. 2° O § 1° do art. 15 da Lei n° 3.890–A, de 25 de abril de 1961, com a redação dada pelo art. 22 da Lei n° 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 15. ................................ .................§ 1º A Eletrobrás, diretamente ou por

meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios em-presariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no ex-terior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.” (NR)

Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, – Deputado Eduardo Cunha, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há oradores inscritos.

O SR. LUIZ SÉRGIO – Presidente, peço a pala-vra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. LUIZ SÉRGIO (PT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero comunicar que a bancada federal do Partido dos Trabalhado-res, reunida na manhã desta terça-feira, indicou, por aclamação, o Deputado Maurício Rands novo Líder do PT. (Palmas.) Então, desejo a S.Exa. sucesso na empreitada.

Aproveito para, de público, agradecer à banca-da do Partido dos Trabalhadores a confiança em mim

depositada e a honra que me deu de liderá-la aqui na Câmara dos Deputados. Estendo meus agradecimentos a todos os partidos da base e também da Oposição, com quem tivemos confrontos aqui, mas também uma convivência pacífica e natural de partido de oposição e de Governo.

Portanto, quero, de público, agradecer aos parti-dos da base e à minha bancada e dizer ao Deputado Maurício Rands que pode contar comigo nessa nova empreitada, nesse novo desafio, em que, tenho cer-teza, obterá êxito.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Líder

Luiz Sérgio, aproveito para cumprimentá-lo pelo traba-lho. Como acabou de dizer, agora V.Exa. será substituí-do pelo Deputado Maurício Rands, a quem desejamos também sucesso nessa representação. Deverá haver a substituição de outras Lideranças, e, no momento apropriado, também as cumprimentaremos.

Portanto, desejo sucesso ao Líder Maurício Ran-ds.

O SR. MOREIRA MENDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MOREIRA MENDES (PPS – RO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, também quero comunicar a V.Exa. e ao Plenário que, por una-nimidade, os Deputados que compõem a bancada do PPS entenderam por bem reconduzir nosso querido Deputado Fernando Coruja à Liderança do PPS, pelo equilíbrio, pelo discernimento e pelo alto conhecimento da legislação, especialmente da Constituição. É com muita alegria que fazemos essa comunicação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Cum-primentamos também o Deputado Fernando Coruja, reconduzido à Liderança do partido, a quem deseja-mos, mais uma vez, sucesso nesse trabalho.

O SR. MAURÍCIO RANDS – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero agradecer, em primeiro lugar, ao Líder Luiz Sérgio e parabenizá-lo por esse ano de exercício na Liderança do Partido dos Trabalhadores e pela firmeza e com-petência com a qual conduziu a nossa bancada na Sessão Legislativa anterior.

Quero agradecer aos Deputados e Deputadas do meu partido por terem me indicado, por unanimidade, numa eleição que fizemos hoje pela manhã, para a Li-

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01876 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

derança do Partido dos Trabalhadores, a qual pretendo desempenhar com o apoio de todos.

Reforço a todos os líderes de bancada a dispo-sição da bancada do Partido dos Trabalhadores para construir os entendimentos que façam avançar a pauta do País, para fortalecer cada vez mais o Poder Legis-lativo perante os demais Poderes e perante a socie-dade brasileira.

Quero dizer aos Líderes da base aliada e ao Lí-der do nosso Governo, Deputado Henrique Fontana, que a bancada do PT vai estar como sempre esteve: sustentando as mudanças que estão sendo feitas pelo Presidente Lula, valorizando o Parlamento e, portanto, contribuindo para a solução dos grandes problemas nacionais.

Agradeço mais uma vez à bancada do Partido dos Trabalhadores, que deu essa demonstração de unidade e de disposição de trabalho. Saúdo também o Líder Fernando Coruja, cuja recondução acaba de ser anunciada.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)A SRA. LUIZA ERUNDINA – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.A SRA. LUIZA ERUNDINA (Bloco/PSB – SP.

Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, comunico que a bancada feminina reuniu-se na tarde de hoje e elegeu uma nova coordenação para dirigir os trabalhos da bancada na Casa durante este ano, tendo sido escolhidas 8 companheiras como repre-sentantes das diferentes bancadas e a companheira Sandra Rosado, do Partido Socialista Brasileiro, como coordenadora-geral. (Palmas.)

Aproveito para agradecer a todas as companhei-ras da bancada o apoio e, à Presidência da Casa, a atenção que deu às demandas da nossa bancada. Quero pedir-lhe que olhe com muito carinho e efetivi-dade as novas demandas, ou até as mesmas deman-das que ainda precisam se completar na atual Legis-latura, nesta Sessão Legislativa. A bancada não terá solução de continuidade nos seus trabalhos e está muito bem contemplada com essas 8 companheiras combativas, comprometidas e muito competentes para dirigir os interesses das mulheres e da bancada femi-nina nesta Casa.

Aproveito para cumprimentar os novos Líderes que estão sendo conduzidos na Casa para representar as suas respectivas bancadas.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Que-

ro cumprimentar a Deputada Luiza Erundina pelo tra-balho desenvolvido como Coordenadora – junto com

as demais Deputadas, naturalmente – e a Deputada Sandra Rosado por essa responsabilidade e pelo voto de confiança das companheiras de trabalho. É claro que, a essa altura, a Presidência da Câmara vai ser cobrada mais pela efetividade do que pelo carinho. Mas estou disposto a trabalhar para conseguir atender parte das demandas.

A SRA. SANDRA ROSADO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

A SRA. SANDRA ROSADO (Bloco/PSB – RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presiden-te, quero, em primeiro lugar, agradecer a confiança a todas as Deputadas que fazem parte desta Câmara, principalmente àquelas que hoje estavam lá para in-dicar o meu nome a Coordenadora.

Digo a V.Exa., Sr. Presidente, que é difícil suce-der Luiza Erundina. Mas tenho certeza de que tanto a nossa companheira Luiza Erundina quanto as com-panheiras Fátima, Rose, Ana, Maria do Rosário, Alice, enfim, todas as companheiras que fazem parte dessa bancada me ajudarão. O meu compromisso com elas foi o de trabalhar, trabalhar muito e cobrar da Presidên-cia desta Casa o espaço para as mulheres, porque, na hora em que a Câmara dos Deputados, a Presidência, a Mesa desta Casa derem espaço nós mulheres que aqui chegamos, estaremos, sim – homens e mulheres, Deputados e Deputadas —, dando vez, dando espaço às mulheres brasileiras.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, co-munico a V.Exa. que a bancada do PTB reconduziu o nobre Deputado Jovair Arantes à condição de Líder.

Aproveito a oportunidade para cumprimentar o nobre Deputado Maurício Rands, indicado Líder do PT. Cumprimento o nobre Deputado Luiz Sérgio pelo brilhante trabalho feito como Líder.

Cumprimento, ainda, a bancada do PPS, através do Líder Fernando Coruja, pelo brilhante trabalho que fez e continuará fazendo.

Portanto, em nome da bancada do PTB, anun-ciamos à Mesa que o nosso Líder é o Deputado Jo-vair Arantes.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nos-sos cumprimentos, também, ao nobre Deputado Jo-vair Arantes, reconduzido à Liderança do PTB, pelo trabalho realizado.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01877

Parabéns, nobre Deputado Jovair Arantes.O SR. JOVAIR ARANTES – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. JOVAIR ARANTES (PTB – GO. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para agradecer, como o fez o nobre De-putado Luiz Sérgio, à bancada do PTB a confiança em mim depositada durante o ano passado e, mais ainda, a minha recondução à Liderança neste ano.

Quero dizer ao Deputado Maurício Rands e aos outros novos Líderes, ao Deputado Fernando Coruja, que permanece, e aos demais Líderes que também permanecem, que é muito bom podermos trabalhar em um Colégio de Líderes com o gabarito e a qualidade de S.Exas. nesta Casa.

Sr. Presidente, V.Exa. tem comandando com muita maestria a Câmara dos Deputados Graças a este co-mando e a todo o trabalho realizado pelos Deputados a Câmara dos Deputados está resgatando aquilo que é da sua competência, ou seja, ser realmente a caixa de ressonância de interesses da sociedade brasileira.

Agradeço aos meus colegas Deputados do PTB.

O SR. ARNALDO JARDIM – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nobre Deputado Arnaldo Jardim, penso que V.Exa. vai falar a respeito da medida provisória.

Tem V.Exa. a palavra.O SR. ARNALDO JARDIM (PPS – SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Exatamente, Sr. Presidente, sem agora ser impedido de me somar, em nome do PPS, a todos para saudar o Deputado Maurício Ran-ds, que assume a Liderança; o Deputado Luiz Sérgio, pelo trabalho realizado; o Deputado Jovair Arantes, pela recondução à Liderança; e a nossa querida nobre Deputada Sandra Rosado, desejando que ela realize um belo trabalho na sucessão de Luiza Erundina na bancada feminina.

Sr. Presidente, estamos neste instante debaten-do a Medida Provisória nº 396. Acabamos de ouvir o relatório do nobre Deputado Eduardo Cunha. A nos-sa intervenção é para solicitar um esclarecimento ao nobre Deputado Eduardo Cunha.

A medida provisória originalmente autoriza a União a permutar o chamado Certificado Financeiro do Tesouro. São letras que se encontram em poder dos municípios. A possibilidade de fazer essa renego-ciação com a União tem significado um alívio para as finanças municipais. Estamos de acordo com relação a isso. Daqui a pouco nosso Líder vai fundamentar com

mais detalhes a nossa posição, mas somos a favor de que essa medida provisória seja aprovada. Porém, há uma modificação introduzida pelo Relator nessa matéria que rigorosamente não faz parte da medida original. Ela visa – está bem explícita a posição – flexibilizar a Lei nº 10.438, de abril de 2002, assim como a Lei nº 3.890, de 25 de abril.

Ela possibilitaria à ELETROBRÁS associar-se, não só com aporte de recursos, mas também sem aporte de recursos – esta é a novidade —, no Brasil ou no exterior, com consórcios empresariais ou par-ticipações em sociedades que poderão destinar-se direta ou indiretamente à exploração de produção ou transmissão de energia.

Entendemos que isso é uma matéria não original da medida provisória.

Temos tido aqui a disposição, acertada entre os Líderes, de não embutir em medida provisória maté-rias estranhas a ela. Entretanto, reconhecendo a crise energética que vivemos – e temos alertado para isso –, sabedores de que isso incide, por exemplo, nas confor-mações societárias, na própria questão do Rio Madeira, pedimos o esclarecimento do Relator sobre a matéria, para que o PPS possa tomar sua posição.

O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a atenção do Relator, pois o meu questionamento segue a mesma linha de raciocínio.

Sr. Presidente, apresento questão de ordem, nos termos do art. 95 do Regimento Interno.

O Presidente da Casa, com base no art. 125 do mesmo Regimento, tem a faculdade de recusar emenda formulada de modo inconveniente ou que verse sobre assunto estranho ao projeto em discussão.

Sr. Presidente, V.Exa. pode tomar essa decisão. De fato, essa questão – também levantada, em nome do PPS, pelo Deputado Arnaldo Jardim – chamou-nos muito a atenção. Não se pode, em uma medida provi-sória sobre antecipação de recursos da União para os Estados, sobre a permuta de Certificados Financeiros do Tesouro, inserir questão dessa magnitude sobre a ELETROBRÁS, a sua associação, com ou sem apor-te de recursos, para a constituição de consórcios em-presariais, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior.

Vamos discutir essa questão, mas não no bojo de uma medida provisória. Isso contraria tudo o que temos dito aqui sobre medida provisória. De novo, se-

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01878 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ria colocar um jabuti na árvore, por mais respeito que possamos ter a esses animais e à árvore.

Creio que V.Exa., Sr. Presidente, pode e deve usar da faculdade que o Regimento lhe permite.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Res-pondendo à questão de ordem de V.Exa., primeiro es-clareço que o trâmite das medidas provisórias é con-gressual. Portanto, no início, a ela se dá entrada pelo Congresso Nacional, e é determinação do Regimento que se crie uma Comissão Mista para analisá-la. Se é criada ou não, depende da iniciativa do Presidente do Senado, que solicita aos Líderes a indicação dos seus membros.

Durante 15 dias, são apresentadas as emendas. Neles também pode ser analisada a admissibilidade da matéria. Na medida em que a Comissão Mista não tem-se reunido tradicionalmente – a última vez se deu na votação da medida provisória do salário mínimo, ainda em outra Legislatura –, o que ocorre? Quando a matéria vem para a Câmara dos Deputados, não cabe sequer à sua Presidência a iniciativa, mas eventual-mente à Presidência do Congresso Nacional; e, mais ainda, à Comissão Mista.

Quando a matéria vem para a Câmara dos De-putados, o parecer do Relator é opinativo. S.Exa. dá o parecer quanto à admissibilidade. O Plenário pode concordar com o Relator ou não, tanto do ponto de vista da admissibilidade quanto do ponto de vista do mérito.

Portanto, mais do que à Presidência, cabe ao Plenário tomar a decisão, embasado em questões re-gimentais, conceituais e de mérito.

Essa é a resposta que dou à questão de ordem de V.Exa., Deputado Chico Alencar, até porque ela não difere de outras nem tampouco da resposta, em razão da circunstância do trâmite, que se inicia pelo Congresso Nacional.

O SR. CHICO ALENCAR – É claro que vamos instar o Plenário a entender o que nos parece óbvio: que esta emenda é absolutamente estranha à matéria. No caso de não existir essa compreensão por parte do Plenário, vamos fazer um recurso à CCJC.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – É re-gimental.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Pre-sidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a minha questão de ordem é sobre o mes-mo tema, até porque, concordando com o que disse o Deputado Chico Alencar, lembro que o Regimento

Interno, no seu art. 100, dispõe que proposição é toda matéria sujeita à deliberação da Câmara. E, no seu §3º, está muito claro: “Nenhuma proposição poderá conter matéria estranha ao enunciado objetivamente declarado na emenda, ou dele decorrente”. Com todo o respeito ao Relator, que conversou comigo.

Pedi à nossa assessoria que analisasse o con-teúdo da emenda proposta, mas realmente é matéria estranha, não constava da proposição. Conseqüente-mente, entendemos que deve ser retirada.

O art. 137 prevê que V.Exa. pode tomar essa de-cisão, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – De-putado Antonio Carlos Pannunzio, com referência à leitura que V.Exa. faz do Regimento, fica muito claro o que pode e o que não pode ser introduzido. Portanto, o questionamento que V.Exa. faz é ao Relator.

Repito: o Relator dá um parecer auto-explicativo; S.Exa. apresenta a sua opinião. Ao final, cabe ao Ple-nário concordar ou não com o Relator. Não cabe à Pre-sidência da Câmara, depois de a matéria ter tramitado congressualmente, interferir na questão apresentada tanto pelo Líder Chico Alencar quanto por V.Exa.

Portanto, caberá ao Relator, caso queira, alterar o seu parecer ou dar a explicação devida.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, respeitosamente, quero ainda me socorrer do art. 137 do Regimento Interno, segundo o qual cabe ao Presidente da Câmara dos Deputados devolver pro-posição que contiver matéria anti-regimental.

Portanto, a competência, a meu juízo, é de V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Gos-taria de dizer que, quando o trâmite se inicia pela Câ-mara dos Deputados, esse é o poder do Presidente da Câmara dos Deputados. Tendo em vista que a medida provisória tem trâmite congressual, cabe ao Presidente do Senado ou à Comissão Mista adotar esta ou outra ação administrativa.

Diria que é uma questão de ordem renovada, inteligente, mas ela cai no mesmo ponto de outras já apresentadas.

A rigor, a saída para isso vai ser a discussão, na Comissão Especial, dos ajustes necessários ao trâmite das medidas provisórias.

O SR. ARNALDO JARDIM – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO JARDIM (PPS – SP. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a minha questão de ordem vai no sentido de recuperar o encaminhamento original.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01879

Fiz questionamento ao Relator porque, antes de discutir uma questão de procedimento, gostaria de ver discutida a questão do mérito. Queria que o Relator ex-plicasse as razões, porque estamos abertos a compre-ender uma questão de mérito proeminente que oriente o nosso voto e o nosso posicionamento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao Sr. Relator, Deputado Eduardo Cunha.

O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, dirijo-me ao Deputado Arnaldo Jardim para lhe dizer que esse parágrafo que aí está não foi redigido por mim.

Inclusive, esta resposta também serve ao Depu-tado Chico Alencar.

Foi acrescentado única e exclusivamente o que está em negrito. Ninguém está criando condições para se fazer associação ou se criar exploração. Isso já existe; já é redação da lei. As expressões em negrito são objeto da alteração que se faz presente por uma questão formal nas associações que já existem e es-tão existindo para a geração de energia elétrica no setor elétrico. Acontece que todas essas associações são de certa forma financiadas pelo setor privado ou pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. As ações das empresas que cons-tituem essa sociedade objeto da concessão, sendo estatais, o banco ou o setor privado de financiamento aceita como garantia porque são bens de uso público. Conseqüentemente, torna-se obrigatória a criação de subsidiária integral, em alguns casos, ou sociedade de propósito específico que detenha as ações daque-la que efetivamente é concessionária. Aí, sim, essa sociedade não detém diretamente o capital estatal e pode dar margem ao financiamento. Se isso não for feito, impede-se a participação das empresas estatais – e aí não são só as estatais federais; são também as estatais estaduais de energia – em empreendimento de geração de energia, a exemplo da CEMIG no Rio Madeira e do Sistema ELETROBRÁS.

A urgência se justifica efetivamente por estarem em via de ser brecados vários empreendimentos.

É claro que não estou querendo discutir aqui a in-terpretação regimental com o Deputado Antonio Carlos Pannunzio e com o Deputado Chico Alencar. Poderia citar dezenas de medidas provisórias em que foram inseridos artigos estranhos, em que houve consenso político sobre a oportunidade e a necessidade.

Se vamos discutir esse ponto apenas, neste mo-mento, deveríamos retroagir. Não deveriam ser apro-vadas muitas matérias nesta Casa, embora até quem esteja contestando pudesse naquele momento ter

levantado esse ponto. Esta Casa já consagrou esse princípio por meio das votações.

Não quero entrar no mérito desta votação, até porque há duvidas se vai ser aplicado o Regimento da Câmara dos Deputados ou o Regimento do Congres-so Nacional. O Sr. Presidente lembrou bem: caberá à Comissão Especial disciplinar a matéria.

Há, na realidade, quase que um acordo políti-co entre as Lideranças para evitar a utilização desse instrumento. Daí a razão de eu ter procurado o Líder Antonio Carlos Pannunzio, a Liderança do DEM, a Liderança do PPS e a Liderança de outros partidos da base governista. O próprio Governo tem interesse nisso, por causa da agilidade, para que não se tenha uma nova medida provisória na semana que vem tran-cando a pauta, atrapalhando os trabalhos legislativos com esse conteúdo, que é urgente.

Faço um apelo: do ponto de vista do mérito, se o Deputado Arnaldo Jardim não se sentir satisfeito, estou disposto a esclarecer essa redação única, exclusiva-mente o que está em negrito, que é a alteração. Não se criou nada, nenhuma obrigação ou situação nova ou diferente das que já existem. O objetivo, única e exclusivamente, é o de não impedir a participação de empresas estatais, estaduais e federais, nos empre-endimentos de geração de energia elétrica.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, levantei a questão de ordem por entender que o Regimento dispõe sobre esse tema. Como todos que estão aqui, considero-me escravo do Regimento.

Mas quero ir além. Tive a oportunidade de anali-sar a emenda proposta. Ela vai na contramão daquilo que o PSDB pensa que deve ser o desenvolvimento desse setor. A emenda proposta praticamente amplia a possibilidade de participação do Estado, enquanto queremos o Estado como ente regulador.

Da forma como sugere o Relator, ampliando ou dando chance de aumento da participação, o agigan-tamento do Estado, ainda que prevista no art. 15, po-deriam essas empresas ficar à revelia da legislação, conforme seja feito o joint venture ou coisa desse tipo. Essas empresas poderiam ficar, por exemplo, isentas de obedecer à Lei das Licitações, à Lei nº 8.666, o que seria uma contradição.

Essa é a razão pela qual nos opomos ao art. 15.

O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB-RJ. Sem revisão do orador.) – Nesse caso específico, Deputado

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01880 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Antonio Carlos Pannunzio, não é a Lei nº 8.666 que é obedecida, mas a Lei das Concessões, que tem de ser observada em qualquer um desses empreendimentos. Nesse caso, aplica-se a Lei das Concessões.

No caso em tela, não se está ampliando, mas permitindo apenas algo que já existe, mal feito, e que, de certa forma, está criando problemas do ponto de vista da alavancagem dos financiamentos. Não há nenhuma condição nova sendo criada, nem haverá nenhuma afronta à Lei nº 8.666, porque esse tipo de empreendimento jamais seguiu essa lei. Ele segue a Lei das Concessões.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, não tenho a pretensão de criar polêmica. Quando me referi à Lei nº 8.666 – e, evidentemen-te, não estou desconhecendo a Lei das Licitações –, queria dizer que, dependendo da junção da ELETRO-BRÁS com outras empresas do setor, amanhã o Es-tado, como sócio, poderá ficar fora daquilo que dispõe a referida lei.

O SR. EDUARDO CUNHA – Isso já existe hoje. Não se está criando nada. Seria o caso de suprimir isso e impedir a participação. Não criei isso no artigo; esse artigo já existe.

V.Exa., muito inteligentemente, está levantando pontos originários da legislação aprovada em 2002, época do racionamento de energia, propostos pelo Go-verno do PSDB para alavancar empreendimentos que pudessem associar a iniciativa privada. Portanto, não estou criando isso porque já existia na lei de 2002.

Quero deixar isso bem claro porque V.Exa. está levantando um ponto da lei votada em 2002 e não o que está sendo discutido neste momento.

Quero deixar claro que não estou discutindo o mérito que V.Exa. está levantando, mas aprovar ou não esta emenda não vai mudar em nada as suas ponde-rações, porque isso já está previsto na lei.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – De-putado Eduardo Cunha, não divirjo de V.Exa. nesse tópico. Divirjo apenas no que diz respeito à ampliação da atuação direta do Estado no setor, pelo qual deveria a iniciativa privada se responsabilizar.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há oradores inscritos para discutir a matéria.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, que falará contrariamente à matéria.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, em relação à Medida Provisória nº 396, rela-tada pelo nobre Deputado Eduardo Cunha, pretendo seguir na direção do que foi tratado neste plenário, das observações feitas, em especial de duas modificações realizadas pelo Relator.

A primeira diz respeito à possibilidade, no caso da vinculação das parcelas do Fundo de Participação dos Estados, de serem utilizadas para o equilíbrio de caixa dos fundos de previdência. Talvez não seja esse o melhor caminho, mas o Relator buscou uma forma mais ampla de equilibrar os recursos que lastrearão o pagamento das pensões e de todas as obrigações referentes aos fundos de previdência estaduais.

O País passa a ter, com esta medida provisória, algo que era tão-somente possível com o Fundo de Previdência do Estado do Rio de Janeiro, ocorrido há anos.

Mas a modificação que mais nos preocupa é outra: ao fazer a emenda em ato alheio à ementa da medida provisória, tratando de modificação de outra lei que não está sendo tratada aqui, facultar-se-á à ELE-TROBRÁS se eximir de participar de certames licita-tórios, sem a obrigatoriedade legal do cumprimento da Lei nº 8.666 – Licitações, Contratos, Pregão, Sistema de Registro de Preços. Ela não impede as empresas estatais, como disse o Relator, que respeito, de par-ticipar do processo licitatório, mas abre uma brecha no nosso entender inadequada, porque esse tipo de atividade, hoje realizada pelo Estado, também é feita pela iniciativa privada.

Parece-nos temerário abrir precedente exclu-sivamente para que essas licitações fiquem fora da Lei das Licitações e Contratos. O Estado tem, sim, de atuar firmemente na fiscalização, na célere emissão das licenças ambientais e dos processos que facili-tem a velocidade e a implantação de novos empre-endimentos.

Era a observação que eu gostaria de fazer nes-te instante.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao Deputado Lincoln Portela, que falará a favor da matéria. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Deputado Vicentinho.O SR. VICENTINHO (PT – SP. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, antes de entrar no tema, pa-rabenizo o Deputado Luiz Sérgio e agradeço-lhe por ter assumido com tanta dignidade a Liderança do partido no ano passado, mantendo a bancada unida.

Também parabenizo o companheiro Deputado Maurício Rands e desejo-lhe sorte na nova tarefa de liderar a bancada do PT, uma bancada que procura, a cada momento, construir, dar a tônica aos debates, mas se relacionar com humildade com todas as ban-cadas que representam esta Casa.

Parabéns, Deputado Maurício Rands! Ainda parabenizo o Presidente Arlindo Chinaglia

por várias iniciativas, sendo uma das mais importantes a de instalar Comissão Especial que tratará de propos-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01881

ta de emenda constitucional que modifica a tramitação de medidas provisórias, a fim de que jamais esta Casa tenha a pauta trancada, sem prejuízo da avaliação das próprias MP. Na minha opinião, os trabalhos da Câma-ra dos Deputados avançarão e haverá oportunidade de se valorizar as iniciativas dos Deputados, ou seja, tantos outros projetos que aqui tramitam.

Parabéns, Sr. Presidente!Por fim, considero que esta MP, que autoriza a

permuta pela União de Certificados Financeiros do Te-souro emitidos para fundos ou caixas de previdência estaduais por outros com as mesmas características, até 31 de dezembro de 2007, significa alívio financei-ro para os Estados por intermédio da desoneração das despesas com aposentados e pensionistas, que passariam a ser cobertos pelos respectivos fundos ou caixas previdenciárias.

Esse aspecto, por si só, demonstra a capacida-de do Poder Central de dialogar e buscar as soluções mais importantes, assegurando, assim, melhor enca-minhamento.

Em vista disso, sugerimos a aprovação da me-dida provisória, conforme o texto enviado pelo Poder Executivo.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

discutir contrariamente à matéria, concedo a palavra ao Deputado Leonardo Vilela. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, iniciamos nossos trabalhos, lamentavel-mente, com a pauta travada por medidas provisórias. E meu pronunciamento nesta oportunidade é muito mais nesse sentido, independentemente do mérito da Medida Provisória nº 396, que permite a troca dos Certificados Financeiros do Tesouro, o que, de certa maneira, re-solverá a questão das previdências estaduais.

Minha indignação, Sr. Presidente, deve-se ao fato de termos iniciado nossos trabalhos com a pauta trava-da por MPs. Precisamos urgentemente modificar essa situação. É verdade que a situação atual é melhor do que a anterior, em que medidas provisórias eram in-definidamente reeditadas. Mas, se a partir da Emenda Constitucional nº 32, nós avançarmos nesse particu-lar, esse avanço tem sido prejudicial, principalmente à Câmara dos Deputados, porque, como a tramitação das MPs se inicia por esta Casa, a pauta dos nossos trabalhos fica travada durante muito tempo.

É preciso que esta Casa dê uma resposta po-lítica, o que depende tão-somente de nós, porque a proposta de emenda constitucional para alterar a

tramitação também depende apenas de nós, não do Executivo. Reclamo uma atitude rápida, eficiente e imediata, porque está se formando na opinião pública a imagem de que já foi feito um grande acordo com relação aos cartões corporativos e que, para salvar A ou B, está tudo resolvido. É enganação, pois nada está resolvido, mas a população está indignada e quer uma tomada de posição.

Não podemos fazer acordos de gabinete para tentar encobrir essa verdadeira roubalheira do dinheiro público. Repito: é preciso que esta Casa dê uma res-posta rápida à sociedade, seja com uma CPI Mista, seja com uma CPI só da Câmara, ou seremos enxovalhados com o Executivo, porque acabaremos coonestando, chancelando e homologando a roubalheira.

É preciso que esta Casa se mantenha antena-da com a opinião pública e tome uma providência, resolvendo a questão da tramitação das MPs e não aceitando nenhum acordo na CPI ou na CPMI. Caso contrário, lá fora vai parecer que também temos car-tão corporativo, quando, é claro, nenhum Parlamentar o tem. Mas é difícil provar à opinião pública que, se o Executivo tem, se o Judiciário tem, se entidades liga-das ao Executivo têm, esta Casa não tenha. E, para provar que não tem, a Câmara não pode fazer nenhum tipo de acordo.

CPI ou CPMI já, para apurar essa situação e mu-dar a forma de edição e tramitação de MPs, porque esta Casa está sendo enxovalhada.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Tarcísio Zimmer-mann.

O SR. TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT – RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, a medida provisória em discussão, ao permitir a troca desses títulos pela União, estabelece benefícios para 2 Estados brasileiros: Rio de Janei-ro e Santa Catarina, que já foram contemplados por Deus com a abundância de recursos naturais, espe-cialmente petróleo.

Esse benefício é importante, na medida em que eles poderão equacionar, de modo mais adequado, seus problemas, sobretudo no tocante à constituição dos respectivos fundos de previdência.

Votamos a favor da matéria. Cremos, inclusive, que ela abre a possibilidade de encontrarmos outros mecanismos que venham favorecer outros Estados, a fim de que possam melhor suportar o peso de suas dívidas e melhor equacionar seus passivos financeiros. Referimo-nos em especial ao Estado do Rio Grande do Sul, que tem uma situação gravíssima justamente por ser antigo, ter um serviço público mais aprimorado e estar mais presente na sociedade.

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01882 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Essa medida provisória é um gesto generoso do Governo Federal, a exemplo de outros já manifes-tados, e indica concretamente a co-responsabilidade da União no sentido de que, junto com Estados e mu-nicípios, construir soluções para os graves problemas que afetam esses entes da Federação.

Temos condições para isso no momento. A esta-bilidade das contas públicas e a boa imagem do País no cenário internacional permitem termos esperança de que o Governo edite outras medidas que socorram os demais Estados.

Dessa forma, vamos superar problemas e impas-ses, que, muitas vezes, impedem o bom andamento do serviço público e o desenvolvimento dos Estados.

Portanto, somos favoráveis a essa matéria e es-peramos que novas medidas a sucedam.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-

cedo a palavra ao nobre Deputado Ayrton Xerez.O SR. AYRTON XEREZ (DEM – RJ. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é claro que a existência de mais uma medida provisória sobrestando a nossa pauta deve ser criticada, especial-mente porque diminui a ação do Congresso Nacional, que poderia dedicar-se a temas de maior importância, reclamados pela sociedade brasileira, como transpor-tes, habitação, saneamento básico e tantos outros que interferem no seu cotidiano.

Fora esse problema, a rigor a matéria prende-se à liberação de Certificados Financeiros do Tesouro Na-cional, emitidos com prazos de resgate até o ano de 2024, para ajudar Estados a comporem suas dívidas com os respectivos fundos previdenciários.

É importante, então, que o Poder Executivo esta-dual tenha a correta noção do que vai ocorrer.

No caso do Estado do Rio de Janeiro, por exem-plo, serão trocados Certificados do Tesouro Nacional da ordem de 1,6 bilhão de reais. Grande parte desse dinheiro terá liquidez imediata, permitindo ao Governa-dor acertar a dívida com o fundo previdenciário. Mas é importante que se diga que os próximos governantes não terão direito a esses recebimentos anuais. O atu-al governante será beneficiado, mas os futuros terão dificuldades de caixa para manter a relação com os fundos de pensão.

De qualquer modo, a orientação do Líder de meu partido, o Deputado Fernando de Fabinho, é no sentido de que o Democratas não se oponha à tramitação da presente medida provisória.

Portanto, se V.Exa. assim determinar, poderemos passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Zé Geraldo. (Pau-sa.)

Concedo a palavra ao nobre Deputado Dr. Ubiali.O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, temos hoje um claro exemplo do problema causado pe-las medidas provisórias: 2 assuntos diferentes contidos em uma única medida provisória, ambos relevantes, mas não urgentes.

Quando não temos a oportunidade de discutir plenamente matérias de competência do Congresso Nacional, nós nos deparamos com esse tipo de pro-blema.

Naturalmente, para os Estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, é justa e importante a autoriza-ção pretendida. Por isso, somos favoráveis à medida provisória.

Por outro lado, quando o Relator introduz pe-quenas modificações, mas fundamentais, para per-mitir maior destreza e capacidade de ação da ELE-TROBRÁS, também se corrige grave defeito da Lei nº 3.890-A.

São 2 assuntos diferentes, que mereceriam des-ta Casa ampla discussão. Seria importante que todos compreendessem o que está sendo discutido, que não votassem simplesmente por se tratar de uma me-dida provisória ou porque a base aliada tem maioria, mas por reconhecerem nessa medida ações que vão beneficiar o povo, no caso o de Santa Catarina e o do Rio de Janeiro, e uma empresa estatal brasileira, com o aumento de sua competitividade no mercado internacional.

Somos favoráveis à aprovação da medida, porém discordamos da forma como foi feita. Medida provisó-ria deve ser usada somente em casos de relevância e urgência. Farei parte da Comissão que vai estudar a matéria, e vou me empenha que esse legítimo ins-trumento deixe de ser usado da forma como tem sido nos últimos tempos, em todos os Governos.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir, concedo a palavra ao nobre Deputado Anto-nio Carlos Mendes Thame, que falará contra a matéria. (Pausa.) S.Exa. abre mão da palavra.

Concedo a palavra ao Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Jardim, que falará contra a matéria.

O SR. ARNALDO JARDIM – Sr. Presidente, ab-dico da inscrição, porque, à luz dos esclarecimentos que estão se procedendo, o PPS deverá declinar sua posição em momento oportuno, mas será favorável à medida provisória.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01883

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir, concedo a palavra ao Deputado Bruno Araújo. (Pausa.) Ausente.

Para discutir, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde, que falará a favor da matéria.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, essa medida pro-visória foi um presente de Natal que o Presidente Lula deu a alguns Estados que apresentavam desequilíbrio atuarial financeiro nos seus fundos de pensão e de pre-vidência, em especial os Estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, que certamente teriam grande dificuldade de mantê-los em condições de pagar o 13º salário aos aposentados.

Certamente, haverá reforço de caixa com a troca dos Certificados Financeiros com prazos menores e remunerações maiores. Com isso, o equilíbrio atuarial financeiro será alcançado, de modo a permitir o cum-primento das obrigações constitucionais com aposen-tados e pensionistas. Pela urgência e relevância, esta matéria deverá ser aprovada por esta Casa.

Destaco ainda a necessidade de a Casa aprovar este ano a PEC do Trabalho Escravo, já em trâmite há bom tempo. Os “gatos” do passado hoje estão se tornando empresas de turismo que recrutam trabalha-dores de regiões mais ermas deste País e os levam, como se turistas fossem, para trabalhar em fazendas em situação análoga à de escravo, principalmente em Mato Grosso e em Estados do Norte do Brasil.

Aproveitando o fato de a Presidência desta Casa ter dado prioridade à votação da PEC que expropria as terras onde for constatada exploração de trabalho escravo, torço para que tenhamos coragem de aprovar a PEC do Trabalho Escravo ainda este ano.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir, concedo a palavra ao nobre Deputado Paulo Teixeira, que falará a favor da matéria. (Pausa.) O De-putado Paulo Teixeira abre mão.

Concedo a palavra Deputado Ricardo Barros. (Pausa.) O Deputado Ricardo Barros abre mão.

Concedo a palavra ao Deputado Virgílio Guima-rães. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Deputado Colbert Mar-tins. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Deputado Carlos Willian. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Deputado Daniel Almeida. (Pausa.) O Deputado Carlos Willian abre mão.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – NÃO HAVENDO MAIS ORADORES INSCRITOS, DECLA-RO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Fica, portanto, prejudicado o requerimento dos Srs. Líderes que solicita o encerramento da discus-são.

“Sr. Presidente, requeremos, nos termos do artigo 117, XI, da Câmara dos Deputados, o encerramento da discussão da MP 396/07.

Sala das Sessões, 12.02.2008. – Vicentinho, Vi-ce-Líder do PT; Bernardo Ariston, Vice-Líder do Bloco Parlamentar PMDB, PSC,PTC; Dr. Ubiali, Vice-Líder do Bloco Parlamentar PSB,PDT,PCdoB,PMN,PRB; Jovair Arantes, Líder do PTB; Fernando de Fabinho, Vice-Líder do DEM.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passa-se à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a Mesa os seguintes

REQUERIMENTOS DE DESTAQUES DESTAQUE DE BANCADA

(PPS)

Sr. Presidente, requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno, des-taque para votação em separado da Emenda nº 1/04 à MP 396/07.

Sala das Sessões, 20 de novembro de 2007. – Fernando Coruja, Líder do PPS.

DESTAQUE DE BANCADA

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do inciso I e § 2º

do art. 161, combinado com o inciso IX, do art. 117, todos do Regimento Interno da Câmara dos Deputa-dos, destaque para votação em separado da expressão “onde couber, mediante utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de participações governamentais obrigatórias, nas modalidades de ROYLTIES, participações especiais e compensações financeiras, e Fundo de Participação dos Estados.”, constante do inciso II, do art. 2, alterado pelo art. 1º do PLV à MP 396/07.

Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB.

DESTAQUE DE BANCADA

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do inciso I e § 2º

do art. 161, combinado com o inciso IX, do art. 117, to-dos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do § 1º, do art. 15, constante do art. 2º do PLV oferecido à MP 396/07.

Sala das Sessões, 12 de Dezembro de 2008. – Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB.

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01884 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Du-arte Nogueira, que falará contrariamente a matéria.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inscrevi-me para encaminhar contrariamente a matéria, apesar de não me opor totalmente aos pontos que ela aborda. E assim me manifesto, Sr. Presidente, tendo em vista o que foi feito no passado em benefício da RioPrevidência, até porque o prazo para a inscrição nos institutos de Pre-vidência estaduais já expirou no final de 2007.

Mas volto a comentar 2 pontos aos quais já me referi em intervenção anterior.

O primeiro, que diz respeito mais especificamen-te aos Estados do Rio de Janeiro e de Santa Catari-na, faculta a utilização dos royalties de petróleo e a incorporação do Fundo de Participação dos Estados para facilitar o fechamento de contas desses fundos de previdência e de suas obrigações com os benefici-ários. Se Parlamentares do Estado de Santa Catarina não assomaram à tribuna para manifestar-se contra-riamente, não serei eu, representante de São Paulo, que irei fazê-lo. Portanto, esse é um assunto que, no meu entendimento, é superado por essa razão.

O segundo, Sr. Presidente, refere-se à inclusão, pelo Sr. Relator, de matéria estranha ao objeto da me-dida provisória tão-somente com o objetivo de facul-tar à ELETROBRÁS associar-se, “diretamente ou por meio das suas subsidiárias ou controladas, com ou sem aportes de recursos, para a constituição de con-sórcios empresariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.”

Este é o posicionamento do PSDB, frontalmente contrário ao agigantamento do Estado, frontalmente contrário ao propósito de tornar a máquina pública cada vez maior, paquidérmica, do que resulta, por exemplo, menos agilidade no processo licitatório.

As empresas estatais devem se orientar pela Lei nº 8.666 – a Lei Licitação e Contratos, e, no caso em tela, abre-se uma brecha, no meu entendimento, ex-tremamente temerária.

Portanto, o meu posicionamento é contrário à ma-téria, especificamente à modificação do texto. E aqui defendo a posição da bancada do PSDB, na linha do que tratei com o Líder Antonio Carlos Pannunzio.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Lincoln Portela, que falará a favor da matéria. (Pausa.) S.Exa. abre mão da palavra.

Com a palavra o Deputado Vicentinho.O SR. VICENTINHO – Sr. Presidente, abro

mão.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – S.Exa.

abre mão da palavra.Com a palavra o Deputado Tarcísio Zimmermann.

(Pausa.) S.Exa. abre mão da palavra.Concedo a palavra ao nobre Deputado Eduardo

Valverde. O SR. EDUARDO VALVERDE – Abro mão, Sr.

Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-

cedo a palavra ao Deputado Dr. Ubiali.O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, já nos pronunciamos na discussão da matéria, mas não poderíamos deixar de voltar à tribuna para esclarecer a modificação feita pelo ilustre Relator, o Deputado Eduardo Cunha, ao art. 15 da Lei nº 3.890-A.

O que S.Exa. fez foi somente melhorar um texto de lei, o que em nada modifica o que estava previsto originalmente. Detalhando, S.Exa. apenas acrescentou que a ELETROBRÁS possa associar-se, possibilida-de já prevista na legislação, “sem aporte de recursos, para a constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedades, com ou sem o poder de controle” – anteriormente, a lei só permitia que a ELE-TROBRÁS participasse sem poder de controle; agora, com a modificação, permite-se que a ELETROBRÁS participe com poder de controle, o que é muito bom – “no Brasil ou no exterior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmis-são de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização”.

Portanto, as modificações, sem entrar no mérito de sua introdução em uma medida provisória, são de grande utilidade, uma vez que permitem que uma em-presa do porte da ELETROBRÁS possa participar, tanto no Brasil quanto no exterior, de consórcios e controlá-los, sempre voltados para a exploração da produção ou transmissão de energia elétrica. No mérito, esse acréscimo melhora a Lei nº 3.890-A.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Leonardo Vilela, que falará contrariamente à matéria. (Pausa.)

Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. (Pausa.)

Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Luiz Carlos Hauly.

O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sem dúvida algu-ma, um dos maiores problemas do setor público bra-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01885

sileiro são os fundos de previdência dos Estados, dos municípios e o inexistente fundo de previdência fede-ral. Estou convencido de que se trata de uma bomba que, quando explodir, vai prejudicar ainda mais o setor público nacional.

Os Estados e os municípios têm fundos de pen-são dos seus funcionários estatutários, os quais de-veriam ter patrimônios, a exemplo do que ocorre no âmbito Governo Federal – eu apresentei projeto que cria o Fundo de Previdência dos Funcionários Federais lastreado em títulos federais.

Quando se trata de recursos públicos para o fun-do de Previdência, temos de analisar o inteiro teor da situação previdenciária pública. E não estou falando do INSS, Sr. Presidente! O Brasil não adota o sistema de capitalização, como o Chile e outros países. No Brasil, 26 milhões de trabalhadores recebem benefícios do INSS em conta corrente. Paga-se hoje para receber hoje os recursos da aposentadoria, pensão etc.

Desde a Constituição de 1988, alguns poucos Estados e municípios criaram fundos de previdência, mas nenhum deles, a meu juízo, fez o dever de casa completo. Com raras e honrosas exceções, fizeram o seu dever de casa com o sistema de capitalização, de contribuição corrente para esses fundos; outros, com má-fé, sacam o dinheiro com a conivência das Assem-bléias Legislativas e das Câmaras Municipais.

De fato, há mais de 10 anos, a União, por lei apro-vada pelo Congresso Nacional, assumiu as dívidas dos Estados e dos grandes municípios, transformadas em títulos federais. Em conseqüência, o Governo Federal passou a administrar as suas dívidas mobiliárias.

Hoje, a Casa enfrenta essa medida provisória. Na minha maneira de entender, devia existir algo que realmente implicasse completo levantamento dos Es-tados e municípios brasileiros que têm ou não fundo de previdência próprio, por que não têm, por que não contribuem, por que deixaram de recolher, e impor responsabilidade aos administradores que não cum-priram a lei.

À luz desse contexto, quero abrir uma discussão nacional para evitar que as futuras gerações tenham de pagar a conta que as gerações passada e presen-te estão criando.

Então, Sr. Presidente, o encaminhamento é no sentido de ampliar a discussão do tema fundo de pre-vidência, da dívida dos Estados e dos municípios que está nas mãos da União, enfim, fazer um completo levantamento dessa situação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar a favor, já concedi a palavra a 3 Parla-mentares: Deputado Colbert Martins, Deputado Carlos

Willian e Deputado Daniel Almeida. Parece-me que todos abriram mão.

Sendo assim, vou passar à votação.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em vo-

tação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressu-postos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002-CN.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que forem pela aprovação permane-çam como se encontram. (Pausa.)

O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, insisti-mos que não é cabível, numa medida provisória, inserir matéria absoluta e inequivocamente estranha ao seu escopo, ao seu objeto, à sua razão de ser.

A União antecipar recursos para os Estados e, como prevê a boa emenda do Deputado Fernando Co-ruja, para os municípios merece o nosso apoio. Entre-tanto, o projeto de lei de conversão do Relator Eduardo Cunha traz a possibilidade de a ELETROBRÁS, por suas controladas ou subsidiárias, associar-se a con-sórcios, no Brasil e no exterior, com ou sem aporte de novos recursos, com ou sem controle. Sem entrar no mérito do que isso significa para a estatal brasileira, para a sua pujança ou debilidade, essa possibilidade seguramente nada tem a ver com a medida provisória em votação.

Então, não podemos pedir que se olhe a lua e se comece a conversar sobre uma corrida de Fórmula 1. É má prática legislativa fazer esse tipo de mistura.

Portanto, somos veementemente contrários ao parecer do Relator. Não é admissível essa conversão inadequada e inaceitável.

O SR. ERNANDES AMORIM – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ERNANDES AMORIM (PTB – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB é favorá-vel ao parecer.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Hou-ve uma falha da Mesa. Não vi no plenário o Líder Fer-nando Coruja, que havia se inscrito para encaminhar contrariamente à matéria neste momento da votação. Portanto, concedo a palavra a S.Exa.

O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-

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01886 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

putados, o mérito foi discutido aqui. Trata-se de altera-ção, no prazo legal, para a questão da negociação dos Certificados Financeiros do Tesouro. Evidentemente, essa matéria é complexa. Como afirmou o Deputado Luiz Carlos Hauly, precisamos tratar de forma deta-lhada os fundos previdenciários dos municípios, dos Estados e da própria União.

Mas gostaria de voltar à questão da urgência e relevância.

O Governo está perdendo, lentamente, a com-postura da questão. Ao justificar a edição da medida provisória, o Ministro disse que o assunto é urgente e relevante por isso ou por aquilo outro.

Nesse caso, não há justificativa alguma da urgên-cia e relevância. Na exposição de motivos, o Ministro Mantega não faz, em nenhum instante, a abordagem da questão da urgência e da relevância, absoluta-mente necessária para editar uma medida provisória. Então, ao longo da caminhada, como se percebeu que o Congresso não dá bola para isso, o Executivo passou a fazer o mesmo e nem utiliza a justificativa necessária para a edição da medida provisória – não se refere a ela.

O Deputado Eduardo Cunha, ao tratar do assun-to, diz: “Quanto à relevância e urgência, a exposição de motivos que acompanha a medida provisória afir-ma que a União emitiu Certificados Financeiros do Tesouro para a capitalização de fundos ou caixas de previdências estaduais”. Então, ele diz: “Bom, a justi-ficativa diz que a União emitiu”. Nem precisa estar na justificativa, porque a União a emitiu e está na medida provisória.

É evidente que o Deputado Eduardo Cunha tam-bém não diz por que é urgente e relevante, o mínimo de que esta Casa precisa para votar medidas provi-sórias.

Estamos perdendo agora o que antes se discutia, ou seja, se a medida provisória era ou não relevante ou urgente. Agora não se quer mais nem debater. Nem o Governo explica, não dá uma justificativa, nem o Relator trata do assunto. Apenas diz: “Olha, quanto à relevância e urgência, a exposição de motivos que acompanha a medida provisória afirma que a União emitiu Certifi-cados Financeiros do Tesouro para a capitalização de fundos ou caixas de previdências estaduais”.

O fato de a União ter emitido, justifica a urgên-cia e relevância. Assim, a urgência e relevância não são mais dadas pelo art. 62 da Constituição brasileira, mas pelo simples fato de o Governo editar a medida provisória.

O Governo editou a medida, e ela passa, au-tomaticamente, a ser relevante e urgente. Também

nem é preciso o Governo dizer por que é relevante e urgente.

Dessa forma, estamos indo para uma situação de desrespeito absoluto à Constituição!

Por isso, não adianta o Congresso querer ter uma pauta e, talvez, nem adiante constituir uma comissão para discutir como vamos reformular a edição de me-didas provisórias, porque já há exigências claras. Se não cumprimos as existentes, não adianta colocar mais exigências porque também não serão cumpridas e nin-guém vai respeitar o livrinho Constituição brasileira.

Encaminhamos “não” quanto à urgência e rele-vância.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Carlos Willian, que falará a favor matéria.

O SR. CARLOS WILLIAN (Bloco/PTC – MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, caros cole-gas, em primeiro lugar, quero parabenizar o Relator, Deputado Eduardo Cunha, pela impecabilidade com que demonstrou todos os dados e a verdade dessa medida provisória.

Essa medida beneficia todos os aposentados e traz uma concorrência maior, podendo o Poder Público também usar da influencia dessa matéria, e também recebeu emendas, inclusive a maioria da Oposição. Portanto, trata-se de medida provisória que teve seus trâmites normais no Congresso Nacional.

Temos quorum suficiente. Entendo, portanto, que a Oposição está querendo obstruir os trabalhos desta Casa, trabalhos esses que até interferiram nas eleições municipais.

Os Vereadores esperavam a votação da PEC, que hoje se encontra prejudicada, porque esta Casa não pode mais legislar sobre o assunto. Mesmo que o faça, para a próxima Legislatura não terá efeito, porque estamos cumprindo o calendário eleitoral.

Portanto, a matéria é perfeitamente constitucional, adequada financeira e orçamentariamente, conforme estabelece o art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

Daí por que somos favoráveis ao relatório.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

votam os Srs. Líderes?Como vota o Democratas?O SR. FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, os democratas ficaram calados até agora. Só o nosso grande Líder, Deputado Ayrton Xerez, nos represen-tou nesta Casa.

Na concepção dos democratas, a matéria está vencida. Tivemos a oportunidade de discuti-la ano pas-sado, mas a Casa estava paralisada com as questões

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01887

da CPMF, o que não nos permitiu a discussão com afinco e dedicação.

Baseado em tudo isso, torcemos para que as ope-rações feitas quando da edição da medida provisória tragam resultados positivos. Que os investimentos com os recursos adquiridos, por meio da compra e venda dos CTFs, possam atender à expectativa dos Gover-nos Estaduais. E que este Governo venha a cumprir o seu compromisso no futuro, a fim de que possa ter caixa para pagar os fundos de pensão e também fazer suas correções. Torcemos por isso.

O Democratas chama a atenção para o futuro, porque essa medida provisória busca, acima de tudo, atender à expectativa de cada governo que necessitava colher dinheiro por meio das vendas dos seus CTFs.

O Democratas encaminha favoravelmente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PSDB?O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB

– SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, nós continuamos com a nossa posição contra a admissibilidade dessa matéria.

O Governo teria outras formas, por meio de pro-jetos de lei, para dispor sobre esse tema e deixar de abusar de medida provisória que vem trancando a pauta desta Casa há mais de 90 dias seguidos. É uma barbaridade continuarmos aceitando isso.

Quero louvar o posicionamento de V.Exa. de bus-car uma alteração constitucional que ponha paradeiro nessa situação criada após a aprovação da Emenda nº 32, até para que a Casa possa dispor livremente do seu tempo e escolher que matéria votar.

Encaminhamos contra.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em vo-

tação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressu-postos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aque-les que forem favoráveis permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

votação o parecer do Relator na parte em que mani-festa opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua ade-quação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o Democratas?

O SR. FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente,

como afirmamos no primeiro pronunciamento, vamos votar a favor.

Trata-se de matéria vencida em que todas as etapas foram concluídas, e estamos apenas desobs-truindo a pauta.

No ano passado, tivemos a oportunidade de dis-cutir com mais dedicação a matéria.

O Democratas vota a favor e, mais uma vez, re-gistra que estamos preocupados apenas com o futuro; que cada governo realmente cumpra o seu compro-misso com os fundos de pensão e os compromissos firmados nessa medida provisória.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Mesa cometeu de novo a mesma falha.

Com a palavra o Sr. Deputado Fernando Coruja, para falar contra.

O SR. FERNANDO CORUJA – Sr. Presidente, abro mão.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Carlos Willian, para falar a favor.

O SR. CARLOS WILLIAN – Sr. Presidente, tam-bém abro mão.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para orientar, concedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Alencar.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é bom lembrar este Plenário o que estamos votando agora.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou ler de novo.

Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião pelo não-atendimento dos pressu-postos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária. Essa é uma parte do parecer.

O SR. CHICO ALENCAR – Ou seja, que as emendas, exceto o projeto de lei de conversão, que é um “emendão”, não são admissíveis. É disso que se trata.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Isso.O SR. CHICO ALENCAR – Entendemos que

inadmissível é o próprio projeto de lei de conversão, porque fere não apenas o Regimento Interno, mas também a resolução sobre tramitação de medidas provisórias, que veda, expressamente, a apresen-tação de matérias estranhas ao escopo, ao sentido, à razão de ser da medida provisória original. Este é, claramente, o caso.

Portanto, emendas, como a do Deputado Fernan-do Coruja, que virá no sentido de corrigir esse erro ter-rível do texto, do Deputado Antonio Carlos Pannunzio, merecem o nosso apoio.

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01888 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

A posição do PSOL, portanto, é contra o pare-cer do Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que são favoráveis ao parecer do Relator permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em vo-

tação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Re-lator da Comissão Mista, ressalvados os destaques.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 396, DE 2007

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO À MP Nº 396 DE 2007

Dá nova redação aos arts. 1° e 2° da lei n° 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar certificados financeiros do tesouro.

Autor: Poder ExecutivoRelator: Deputado Eduardo Cunha

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de

fevereiro de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Fica a União autorizada, até 31 de dezembro de 2007, a permutar, observa-da a equivalência econômica, Certificados Financeiros do Tesouro emitidos para fundos ou caixas de previdência estaduais, na modali-dade de nominativos e inalienáveis, por outros Certificados Financeiros do Tesouro com as mesmas características, mediante aditamento do contrato firmado entre a União e o Estado, que originou a emissão dos Certificados Fi-nanceiros do Tesouro.” (NR)

“Art. 2º... ................................................... ...........................................................II – O Estado deverá, obrigatoriamente,

recompor, no mínimo, o fluxo de caixa original dos Certificados Financeiros do Tesouro res-gatados na permuta a que se refere o art. 1º, incluídos os juros e as atualizações monetárias calculadas nos mesmos critérios dos respecti-vos Certificados Financeiros do Tesouro onde couber, mediante utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de par-ticipações governamentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações es-peciais e compensações financeiras e Fundo De Participação Dos Estados.” (NR)

Art. 2º O § 1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, com a redação dada pelo art. 22 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 15... ...............................................§ 1º A Eletrobrás, diretamente ou por

meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios em-presariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no ex-terior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.” (NR)

Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, Deputado Eduardo Cunha, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, para orientar.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PS-DB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, além de sermos contra, em se tratando da admissibilidade, no mérito, também não podemos concordar.

Quanto aos fundos de pensão, já foi devidamente equacionado o que deveria ter sido à época. Preocupa-nos um pouco a possibilidade de o Governo Central reunir recursos agora e poder liberá-los de forma discri-cionária em ano eleitoral, adiantando a seu bel-prazer, seja para o Estado A, seja para o Estado B.

Essa é uma preocupação que nos vem. Além dis-so, no projeto de lei de conversão, como já reclamamos, ainda consta matéria estranha à medida provisória.

Portanto, não nos parece adequada a aprova-ção dela.

O nosso voto é “não”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Depu-

tado Fernando Coruja, como vota o PPS?O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. disse ressalvados os destaques. Infelizmente, os des-taques não podem ser votados, porque o Relator con-sidera as emendas inconstitucionais. Agora, estranho não ser inconstitucional a inclusão de matéria como esta sobre a ELETROBRÁS. Ela é claramente incons-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01889

titucional, já que não pode ser admitida por medida provisória matéria estranha ao assunto tratado.

Com relação ao mérito, não temos nenhum pro-blema. Votamos a favor do mérito da medida provisória porque o consideramos adequado.

Quanto à admissibilidade, esta precisa ser me-lhor tratada pela Casa ou o Relator diz ser a emenda inadmissível, e daí não podemos intervir na discussão do mérito.

Quanto ao mérito, encaminhamos “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Depu-

tado Chico Alencar, como vota o PSOL?O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, seria bom que o painel também registrasse a orientação dos partidos.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Será registrado.

O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, reite-ramos que a medida provisória em si, de antecipação de recursos para os Estados, deveria chegar também aos municípios, e que a medida provisória já está sendo praticada. É a terceira vez, ao longo da última década, que se faz isso. Daí a importância de uma reforma tributária que dê dutos mais estruturantes, e não se fique sempre resolvendo com essa permuta de certificados em antecipação de receita. Ela é justa, meritória e necessária.

O nosso voto – tão pequeno que não tem nem poder de pedir a verificação nominal – é contra algo gravíssimo que esta Casa, este Plenário vai referendar. Não podemos, em respeito à própria ELETROBRÁS, que é do povo brasileiro, autorizar essa mudança, essa alteração, essa abertura nas suas iniciativas com o ca-pital privado, com ou sem o aditamento de recursos, com ou sem controle, no Brasil e no exterior, de afo-gadilho, a latere, no meio de uma medida provisória, em respeito não só à Resolução nº 1 do Congresso Nacional, que veda expressamente, por inconstitucio-nal, colocação de matéria estranha em outra matéria, como também à própria ELETROBRÁS, à própria so-berania nacional, ao controle dos investimentos, à lei das licitações.

Portanto, é absolutamente temerária essa aprova-ção. E nós, ressalvando o mérito da medida provisória original, dizemos “não” neste momento ao projeto de lei de conversão.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em vo-tação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Re-lator da Comissão Mista, ressalvados os destaques.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre

a mesa requerimento de destaque de bancada do PPS no seguinte teor:

Sr. Presidente, requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno, des-taque para votação em separado da Emenda nº 1/04 à MP 396/07.

Sala das Sessões, 20 de novembro de 2007.Fernando Coruja, Líder do PPS.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

encaminhar, concedo a palavra ao Sr. Deputado Edu-ardo Valverde, que falará contra a matéria.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, na verdade, há uma impropriedade. Não existe nenhum município onde foram emitidos certificados para fazer a substituição dos certificados antigos. So-mos contrários à emenda porque ela é inapropriada, já que não existe previdência municipal com essa ne-cessidade.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Sr. Deputado Fer-nando Coruja, que falará a favor da matéria.

O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como é um des-taque de emenda, na prática, existe um problema. Quando apresentei a emenda, era possível haver essa negociação. Como o prazo fixado é de 31 de dezembro de 2007 e a medida provisória não foi votada, mesmo que seja aprovada, ela será inócua. Então, vou retirar a emenda.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pre-judicado o destaque. Parabenizo o Deputado Fernan-do Coruja.

O Deputado Ubiali estava pronto para alertar a Mesa.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – So-bre a mesa destaque da Liderança do PSDB no se-guinte teor:

“Requeiro a V.Exa., nos termos do inciso I e § 2º do art. 161, combinado com o inciso IX do art. 117, to-dos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da expressão ‘onde couber, mediante utilização preferencialmente dos va-lores financeiros provenientes de participações gover-namentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações especiais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados’, constante do inciso II do art. 2º, alterado pelo art. 1º do PLV à Me-dida Provisória nº 396/07”.

Sala das Sessões,Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB.

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01890 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Sr. Deputado Antonio Carlos Pannunzio, que falará a favor da matéria.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nosso questionamento e a razão de ser do destaque ofereci-do é entender que o Estado deve repor o fundo como entender e não da forma imposta pelo projeto de lei de conversão.

Assim sendo, estamos pedindo a retirada de “onde couber, mediante utilização preferencialmente dos va-lores financeiros provenientes de participações gover-namentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações especiais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados”.

É disso que estamos propondo a supressão, para deixar que o Estado faça como bem entender.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Sr. Deputado Duarte Nogueira, que falará a favor da matéria.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, sigo na mesma linha do Líder do PSDB, o Deputado Antonio Carlos Pannunzio, defendendo, portanto, o destaque apresentado, para que possamos suprimir nessa parte destacada “onde couber, mediante a utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de participações governamentais obri-gatórias, nas modalidades de royalties, participações especiais e compensações financeiras e Fundo de Par-ticipação dos Estados”, a fim de que o seja mantido da forma como foi originalmente apresentado.

O SR. LUIZ SÉRGIO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. LUIZ SÉRGIO (PT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, trata-se do desta-que ao texto. Como queremos a manutenção do texto, chamo os Deputados da base e do PT para votarem “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aque-les que forem pela manutenção da expressão perma-neçam como se acham. (Pausa.)

ESTÁ MANTIDA A EXPRESSÃO.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobe a

mesa requerimento de destaque de bancada do PSDB no seguinte teor:

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do inciso I e § 2º

do art. 161, combinado com o inciso IX, do art. 117, to-

dos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do § 1º, do art. 15, constante do art. 2º do PLV oferecido à MP 396/07.

Sala das Sessões, 12 de Dezembro de 2008. – Antonio Carlos Pannunzio, Líder do PSDB.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou lê-lo, explicando. A proposta é suprimir o que passo a ler:

“Art. 15 ...................................................................... ...................................................

§ 1º A ELETROBRÁS, diretamente ou por meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para a constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no exterior, que se destinem, direta ou indire-tamente, à exploração da produção ou trans-missão de energia elétrica, sob regime de concessão ou autorização”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que falará a favor da matéria.

O SR. ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a população brasileira vive uma fadiga crônica em relação à confiança e à credibilidade nas instituições. No Governo passado, foi o mensalão, mensalinho, dinheiro na cueca de assessores e ago-ra o escândalo com os cartões corporativos. Há um profundo descrédito. É como se o Governo estivesse criando castas de pessoas que tivessem direitos es-peciais e a lei estivesse abrindo para elas situações excepcionais. Esses direitos não são dados à maioria da população, que, com extrema dificuldade, tem de pagar as suas contas e lutar para que o salário che-gue até o dia 30.

Como fica o pequeno empresário, que tem de pagar impostos, salários e cumprir com obrigações trabalhistas ao ver apaniguados – repito, apaniguados –, que têm direitos excepcionais de gastar e de sacar dinheiro, mas que ninguém tem? Esse artigo é mais um caso de privilégios. Se for aprovado, abrirá mais uma excepcionalidade. O art. 5º, § 1º, foi colocado no texto pelo Relator, porém não tem nada a ver com o corpo da matéria.

Portanto, já começa aí a excepcionalidade. Tam-bém abre um caso especial. A ELETROBRÁS fica livre de seguir a Lei nº 8.666, à qual todos os brasileiros são obrigados a submeter-se. A ELETROBRÁS não terá mais de se submeter. Também não fica claro se,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01891

nesse caso, a participação do Estado diminuirá ou não na produção de energia no País.

Por tudo isso, com extrema clareza, não pode-mos aceitar essa injeção, esse implante de uma ma-téria completamente alheia ao texto original, ao corpo dessa medida provisória.

O PSDB encaminha contra a inserção no texto do art. 5º, § 1º.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Carlos Willian, que falará contra a matéria. (Pausa.)

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Dr. Ubiali.O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, de fato, é muito difícil para o cidadão comum sobreviver num país em que tantas desigualdades existem e che-gar ao final do mês com todas as suas contas pagas. É muito difícil para o pequeno empresário lutar e vencer num país com tantos impostos criados ao longo das últimas décadas. Precisamos pensar no assunto.

Não vejo absolutamente nada no art. 15 da Lei nº 3.890 que diga que a ELETROBRÁS, a partir de agora, está fora de se submeter à Lei nº 8.666, sobre licitações. Não vejo absolutamente nada que crie pri-vilégios para uma companhia estatal, que é e traba-lha para o povo brasileiro, cuja obrigatoriedade prevê energia para que o pequeno industrial, para que o povo tenha emprego e possa trabalhar.

Vejo aqui a correção de um defeito que havia na Lei nº 3.890 que permite que a ELETROBRÁS parti-cipe de consórcios ou sociedades com ou sem poder de controle, porque antes ela só podia participar sem poder de controle. Olha que absurdo era a lei! Ela não dava à companhia estatal condições de competir com outras companhias nacionais ou internacionais. Com essa modificação, ela poderá participar, no Brasil ou no exterior, e se tornar forte e potente companhia do povo brasileiro, mas com ação internacional, fazendo com que a riqueza do mundo, partilhado por todos, chegue até nós.

Acreditamos que as modificações do Relator melhoraram a lei, trouxeram a correção de uma im-perfeição estabelecida numa lei muito antiga e refor-mulada em 2002.

Somos favoráveis ao texto do Relator que aper-feiçoa a lei.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, que falará a favor da matéria.

O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-mentares, a Medida Provisória nº 396 é a segunda de um total de 7, que trancavam e trancam a pauta dos

trabalhos da Câmara dos Deputados e se soma a mais 3 projetos de urgência constitucional. Portanto, 10 ma-térias precisam ser deliberadas para que a Casa, desde que não haja outras medidas provisórias trancando a pauta, exerça o seu trabalho legiferante, fiscalizador, cumpridor e elaborador das leis do País.

O uso exagerado de medidas provisórias está criando, cada vez mais, anacronismos. Uma dessas medidas provisórias que trancam a pauta, que deveria ter critério de urgência e relevância, revoga outra me-dida provisória que a Câmara dos Deputados aprovou em agosto do ano passado. Portanto, contrária ao prin-cípio que proporciona a gênese, o nascimento justo e constitucional das mesmas, mas dá margem a outros anacronismos, como a anexação de instrumentos legais alheios, estranhos ao conjunto e ao objeto da própria medida provisória, que é o caso que ora acontece.

Ao se acrescer essa emenda de autoria do Re-lator, facultando à ELETROBRÁS realizar uma tarefa que a ela não é permitida, a não ser que seja subme-tida à Lei de Licitações e Contratos, como qualquer empresa estatal, abre-se uma excepcionalidade, abre-se mais um precedente que cria novos privilégios num país de muitos privilégios. Mais do que isso: vai de encontro ao próprio Regimento da Casa, ao próprio ordenamento que nos orienta a seguir a Constituição e as regras para produzirmos as leis na Câmara e no Congresso Nacional.

O Estado, em vez de se agigantar e criar mais estrutura para consumir por meio dos impostos e da retirada dos recursos da sociedade, já tão vilipendiada numa altíssima carga tributária, deveria, sim, cumprir o papel de ser rápido na emissão das licenças am-bientais, ser célere, ágil na fiscalização do que é de natureza e obrigação do Poder Público, exercer com autonomia, independência e firme atuação o seu papel como poder regulador e fiscalizador, principalmente no que tange às nossas agências reguladoras, supri-midas da sua estrutura financeira e da sua autonomia no atual Governo.

Portanto, encaminhamos favoravelmente ao des-taque para que, com essa ação, possamos evitar que a Câmara dos Deputados cometa algo que, no nosso entendimento, seja inadequado.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Pre-

sidência prorroga a presente sessão até a conclusão deste item. Os discursos custaram bem caro.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PSDB?

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-

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01892 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

dente, mais uma vez, quero deixar claro neste plenário a todos os pares o posicionamento do PSDB.

Entendemos, e não é de hoje, que ao Estado deve caber o papel regulador, garantidor dos contra-tos, avalizador dos investimentos. Esse o papel que se espera do Estado.

No entanto, percebemos claramente nessa emen-da uma tentativa de ampliar a presença do Estado na geração de energia, indo na contramão do que é o desenvolvimento natural de todos os países, até mesmo para fazer frente a essas demandas, inclusive, à necessidade de diversificar a matriz energética no País. Deploravelmente, se vier a ser aprovado o art. 15 com essa emenda, o Governo atual estará seguin-do o sentido contrário ao dos países que, com êxito, enfrentaram o mesmo problema.

Portanto, encaminhamos o voto “sim” ao desta-que, contra a manutenção do texto.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O PSDB orienta “não” ao texto.

Portanto, quem for manter o texto votará “sim”.Como vota o PSOL?O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais caro do que a prorrogação de uma matéria que já está muito discutida será a aprovação dessa emenda, não acolhendo a supressiva que o PSDB propõe. Revo-garemos apenas o art. 4º, § 4º da Resolução nº 01, do Congresso Nacional, que veda a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha à tratada pela MP, o art. 125 do Regimento Interno que prevê o mesmo e o art. 7, II, da Lei Complementar de 95, que prevê que uma lei não pode conter matéria estranha a seu objeto.

A ELETROBRÁS merece todo o nosso respeito e consideração. Ao contrário da visão tucano-pefelista, defendemos a ampliação do papel do Estado no con-trole, na geração, produção e transmissão de energia. Contudo, os interesses privados insinuosos, muitas vezes, estão dentro da máquina estatal, inclusive na nomeação de cargos.

Autorizar a ELETROBRÁS a constituir consórcios, com ou sem poder de controle, no Brasil e no exterior, para a sua atividade de exploração, produção e trans-missão de energia, é uma temeridade nessa linha de afogadilho, lateralmente, embutida numa MP, que não tem nada a ver com isso.

Em defesa da ELETROBRÁS e dos investimentos nacionais e do papel controlador da sociedade sobre o Estado, para que o interesse público prevaleça, vamos retirar essa emenda e pedir ao Ministério de Minas e Energia que faça produzir, no Governo, uma medida pro-

visória tratando especificamente desse assunto, ou va-mos fazer aqui um projeto de lei sobre essa matéria.

Dessa maneira é votar no escuro, mesmo com boas intenções – aquelas que pavimentam o caminho que leva ao inferno. Muitas vezes, partidos disputam a ocupação de postos-chave em estatais sem terem nenhum saber técnico para isso. Talvez porque aquilo dá dinheiro, mas não para o povo brasileiro. A energia é outra aí, inclusive eleitoral.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PT?

O SR. LUIZ SÉRGIO (PT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro, quero lembrar que o Deputado Antonio Carlos Mendes Tha-me, na sua defesa do destaque, acabou se referindo ao cartão corporativo dizendo que se tinha criado uma camada de castas. S.Exa. provavelmente falou com conhecimento de causa, mas esqueceu de citar que a questão do cartão corporativo surgiu em 1998, e não era no Governo do PT. Talvez tenha faltado essa informação no discurso de S.Exa.

Mas a CPI está aí, não temos nada a temer, nada a esconder.

Com relação ao que S.Exa. disse sobre saque e dinheiro, também diz com autoridade, porque o Governo que S.Exa. representa, do Estado dele, sacou propor-cionalmente muito mais do que o Governo Federal.

Mas o tema é outro, Sr. Presidente. Queremos manter o texto apresentado pelo Relator. Nós vota-mos “sim”.

O SR. BERNARDO ARISTON (Bloco/PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O PMDB vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação a matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que forem pela manutenção do parágrafo permaneçam como se encontram. (Pausa.)

FICA MANTIDO O PARÁGRAFO.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinteRedação Final da medida provisória nº 396-a,

de 2007.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 1, DE 2008

Dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar Certifica-dos Financeiros do Tesouro e ao § 1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, que autoriza a União a constituir a empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A. -ELETROBRÁS.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01893

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de

fevereiro de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Fica a União autorizada, até 31 de dezembro de 2007, a permutar, observa-da a equivalência econômica, Certificados Financeiros do Tesouro emitidos para fundos ou caixas de previdência estaduais, na modali-dade de nominativos e inalienáveis, por outros Certificados Financeiros do Tesouro com as mesmas características, mediante aditamento do contrato firmado entre a União e o Estado que originou a emissão dos Certificados Fi-nanceiros do Tesouro.”(NR)

“Art. 2º ..................................................II – o Estado deverá, obrigatoriamente, re-

compor, no mínimo, o fluxo de caixa original dos Certificados Financeiros do Tesouro resgatados na permuta a que se refere o art. 1º desta Lei, incluídos os juros e as atualizações monetárias calculadas nos mesmos critérios dos respecti-vos Certificados Financeiros do Tesouro onde couber, mediante utilização preferencialmente dos valores financeiros provenientes de par-ticipações governamentais obrigatórias, nas modalidades de royalties, participações es-peciais e compensações financeiras e Fundo de Participação dos Estados.”(NR)

Art. 2º O § 1º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, com a redação dada pelo art. 22 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 15. ................................................§ 1º A Eletrobrás, diretamente ou por

meio de suas subsidiárias ou controladas, poderá associar-se, com ou sem aporte de recursos, para constituição de consórcios em-presariais ou participação em sociedades, com ou sem poder de controle, no Brasil ou no ex-terior, que se destinem direta ou indiretamente à exploração da produção ou transmissão de energia elétrica sob regime de concessão ou autorização.

..................................................... ”(NR)Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.Sala das Sessões, em 12 de fevereiro de 2008.

– Deputado Eduardo Cunha, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o

processado.

VII – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – COM-

PARECEM MAIS Á SESSÃO OS SRS.:

RORAIMA

Francisco Rodrigues DEM Maria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Roraima: 2

PARÁ

Bel Mesquita PMDB PmdbPscPtcElcione Barbalho PMDB PmdbPscPtcGiovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbJader Barbalho PMDB PmdbPscPtcVic Pires Franco DEM Wladimir Costa PMDB PmdbPscPtcZé Geraldo PT Zequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 8

AMAZONAS

Praciano PT Total de Amazonas: 1

RONDÔNIA

Lindomar Garçon PV Mauro Nazif PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMoreira Mendes PPS Total de Rondônia: 3

ACRE

Fernando Melo PT Ilderlei Cordeiro PPS Total de Acre: 2

TOCANTINS

João Oliveira DEM Lázaro Botelho PP NIlmar Ruiz DEM Osvaldo Reis PMDB PmdbPscPtcTotal de Tocantins: 4

MARANHÃO

Clóvis Fecury DEM Flávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb

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01894 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Roberto Rocha PSDB Sarney Filho PV Total de Maranhão: 4

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPscPtcArnon Bezerra PTB Eunício Oliveira PMDB PmdbPscPtcGorete Pereira PR Manoel Salviano PSDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará: 7

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB PmdbPscPtcTotal de Piauí: 1

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PT Sandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rio Grande do Norte: 2

PARAÍBA

Damião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbEfraim Filho DEM Rômulo Gouveia PSDB Wilson Santiago PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba: 4

PERNAMBUCO

Armando Monteiro PTB Bruno Rodrigues PSDB Eduardo da Fonte PP Gonzaga Patriota PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJosé Chaves PTB Maurício Rands PT Paulo Rubem Santiago PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbRaul Henry PMDB PmdbPscPtcRaul Jungmann PPS Renildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbWolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Pernambuco: 11

ALAGOAS

Olavo Calheiros PMDB PmdbPscPtcTotal de Alagoas: 1

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbFélix Mendonça DEM Jorge Khoury DEM José Carlos Aleluia DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPscPtcMaurício Trindade PR

Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia: 7

MINAS GERAIS

Fábio Ramalho PV Fernando Diniz PMDB PmdbPscPtcGeraldo Thadeu PPS Jaime Martins PR João Magalhães PMDB PmdbPscPtcLeonardo Quintão PMDB PmdbPscPtcMaria do Carmo Lara PT Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPscPtcMauro Lopes PMDB PmdbPscPtcReginaldo Lopes PT Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 12

ESPÍRITO SANTO

Neucimar Fraga PR Rose de Freitas PMDB PmdbPscPtcTotal de Espírito Santo: 2

RIO DE JANEIRO

Andreia Zito PSDB Ayrton Xerez DEM Bernardo Ariston PMDB PmdbPscPtcChico Alencar PSOL Cida Diogo PT Deley PSC PmdbPscPtcEdson Santos PT Eduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFelipe Bornier PHS Fernando Lopes PMDB PmdbPscPtcFilipe Pereira PSC PmdbPscPtcLeandro Sampaio PPS Leonardo Picciani PMDB PmdbPscPtcMarina Maggessi PPS Sandro Matos PR Silvio Lopes PSDB Solange Amaral DEM Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro: 18

SÃO PAULO

Aldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAline Corrêa PP Beto Mansur PP Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PP Cláudio Magrão PPS Duarte Nogueira PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPscPtcJilmar Tatto PT

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01895

José Aníbal PSDB Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarcelo Ortiz PV Michel Temer PMDB PmdbPscPtcMilton Monti PR Reinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbSilvinho Peccioli DEM Vadão Gomes PP Total de São Paulo: 19

MATO GROSSO

Homero Pereira PR Total de Mato Grosso: 1

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS Laerte Bessa PMDB PmdbPscPtcMagela PT Osório Adriano DEM Tadeu Filippelli PMDB PmdbPscPtcTotal de Distrito Federal: 5

GOIÁS

João Campos PSDB Leonardo Vilela PSDB Ronaldo Caiado DEM Total de GOIÁS 3MATO GROSSO DO SULAntônio Carlos Biffi PT Waldemir Moka PMDB PmdbPscPtcTotal de Mato Grosso do Sul: 2

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Airton Roveda PR Angelo Vanhoni PT Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Luciano Pizzatto DEM Osmar Serraglio PMDB PmdbPscPtcRocha Loures PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraná: 8

SANTA CATARINA

Fernando Coruja PPS Gervásio Silva PSDB João Matos PMDB PmdbPscPtcJosé Carlos Vieira DEM Vignatti PT Total de Santa Catarina: 5

RIO GRANDE DO SUL

José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Marco Maia PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPscPtcNelson Proença PPS Pepe Vargas PT Total de Rio Grande do Sul: 6

DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.:

RORAIMA

Luciano Castro PR Total de Roraima: 1

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Evandro Milhomen PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbFátima Pelaes PMDB PmdbPscPtcJanete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbLucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amapá: 6

PARÁ

Lira Maia DEM Total de Pará: 1

AMAZONAS

Rebecca Garcia PP Total de Amazonas: 1

MARANHÃO

Ribamar Alves PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Maranhão: 1

PIAUÍ

Alberto Silva PMDB PmdbPscPtcTotal de Piauí: 1

PARAÍBA

Walter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbWilson Braga PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba: 2

PERNAMBUCO

Edgar Moury PMDB PmdbPscPtcTotal de Pernambuco: 1

ALAGOAS

Augusto Farias PTB Benedito de Lira PP Total de Alagoas: 2

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01896 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

SERGIPE

Mendonça Prado DEM Total de Sergipe: 1

BAHIA

Colbert Martins PMDB PmdbPscPtcJoão Carlos Bacelar PR Lídice da Mata PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbSérgio Brito PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbSeveriano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTonha Magalhães PR Walter Pinheiro PT Total de Bahia: 7

MINAS GERAIS

Bonifácio de Andrada PSDB José Santana de Vasconcellos PR Total de Minas Gerais: 2

RIO DE JANEIRO

Carlos Santana PT Jorge Bittar PT Suely PR Total de Rio de Janeiro: 3

SÃO PAULO

José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Márcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbRicardo Berzoini PT Total de São Paulo: 4

MATO GROSSO

Pedro Henry PP Total de Mato Grosso: 1

DISTRITO FEDERAL

Rodovalho DEM Total de Distrito Federal: 1

GOIÁS

Sandro Mabel PR Total de Goiás: 1

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – En-cerro a sessão, designando para quarta-feira, dia 13, às 14h, a seguinte

ORDEM DO DIA URGÊNCIA

(Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Discussão

1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 397, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 397, de 2007, que revoga a Medida Provisória nº 385, de 22 de agosto de 2007, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 11.368, de 9 de novembro de 2006, para es-tender ao trabalhador rural enquadrado como contribuinte individual o prazo previsto no art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 22-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 5-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 23-11-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 19-3-08

2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 398, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 398, de 2007, que institui os princípios e objetivos dos serviços de ra-diodifusão pública explorados pelo Poder Executivo ou outorgados a entidades de sua administração indireta, autoriza o Poder Exe-cutivo a constituir a Empresa Brasil de Co-municação – EBC, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA:24-10-07PRAZO NA CÂMARA: 7-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 25-11-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 21-3-08

3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 399, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 399, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Presidência da República e dos Ministérios das Relações Exteriores, dos Transportes, do Meio Am-biente e da Integração Nacional, no valor global de R$ 456.625.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 30-10-07

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01897

PRAZO NA CÂMARA: 13-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 1-12-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 27-3-08

4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 400, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 400, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Presidência Re-pública e do Ministério da Saúde, no valor global de R$ 50.000.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comis-são Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 11-11-07

PRAZO NA CÂMARA: 25-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 13-12-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 8-4-08

5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 401, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 401, de 2007, que altera as Leis nºs 11.134, de 15 de julho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, dispõe sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e sobre os sub-sídios das carreiras de Delegado de Polí-cia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 27-11-07

PRAZO NA CÂMARA: 11-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 10-2-08 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 24-4-08

URGÊNCIA (Artigo 64, §§ 2º e 3º da Constituição Federal

c/c art. 155, do Regimento Interno)

Discussão

6 PROJETO DE LEI Nº 1.990-B, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, das Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 1.990-A, de 2007, que dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais para os fins que especifica, altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras pro-vidências. Pendente de pareceres das Comis-sões: de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 23-12-07 (11º dia)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição Federal

c/c art. 155, do Regimento Interno)

Discussão

7 PROJETO DE LEI Nº 1.179, DE 2007

(Do Sr. Rodovalho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.179, de 2007, que dispõe sobre a criação do Regime Especial de Tributação dos Microimportadores (Remicro) e dá nova redação ao art. 11, parágrafo único, inciso I, do Decreto-Lei nº 37, de 1966. Pendente de pa-receres das Comissões: de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finan-ças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Tendo apensado o PL nº 2.105/07, ao qual foi atribuída urgência constitucional.

SOBRESTA A PAUTA EM: 10-11-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição Federal

c/c art. 204, I, do Regimento Interno)

Discussão

8 PROJETO DE LEI Nº 1.650, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.650, de 2007, que dispõe sobre a apuração do imposto de renda na fonte incidente sobre rendimentos de prestação de serviços de transporte rodoviário inter-

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01898 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

nacional de carga, auferidos por transpor-tador autônomo pessoa física, residente na República do Paraguai, considerado como sociedade unipessoal nesse País. Pendente de pareceres das Comissões: de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 9-12-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Art. 62, da Constituição Federal)

Discussão

9 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 402, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 402, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.646.339.765,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 9-12-07PRAZO NA CÂMARA: 23-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 22-2-08 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 6-5-08

10 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 403, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 403, de 2007, que dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 10-12-07

PRAZO NA CÂMARA: 24-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 23-2-08 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 7-5-08

11 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 404, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 404, de 2007, que altera o art. 41-A da Lei no 8.213, de 24 de julho de

1991, modificando a data de pagamento dos benefícios da previdência social. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 06-2-08PRAZO NA CÂMARA: 20-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 9-3-08 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22/05/08

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

1. PROJETOS COM URGÊNCIA – ART. 64, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERALPrazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Ato da Mesa nº 177, de 1989).

PROJETO DE LEI

Nº 4846/94 (Do Sr. Francisco Silva) – Estabelece medidas destinadas a restringir o consumo de bebi-das alcoólicas. Tendo apensados os PLs nºs 1.602/96, 3.037/97, 3.042/97, 3.380/97, 3.497/97, 3.626/97, 3.852/97, 3.858/97, 3.869/97, 3.993/97, 4.062/98, 4.111/98, 4.160/98, 4.204/98, 4.215/98, 4.258/98, 4.333/98, 4.469/98, 4.528/98, 4.538/98, 4.618/98, 4.680/98, 4.705/98, 4.796/98, 251/99, 633/99, 806/99, 931/99, 963/99, 964/99, 1.004/99, 1.056/99, 1.100/99, 1.151/99, 1.160/99, 1.175/99, 1.277/99, 1.346/99, 1.382/99, 1.408/99, 1.490/99, 1.512/99, 1.599/99, 1.706/99, 1.761/99, 1.893/99, 1.923/99, 1.955/99, 1.982/99, 2.017/99, 2.090/99, 2.130/99, 2.185/99, 2.334/00, 2.365/00, 2.389/00, 2.417/00, 2.468/00, 2.613/00, 2.786/00, 2.833/00, 2.908/00, 2.919/00, 3.000/00, 3.067/00, 3.089/00, 3.114/00, 3.152/00, 3.262/00, 3.354/00, 3.423/00, 3.451/00, 3.463/00, 3.583/00, 3.619/00, 4.046/01, 4.062/01, 4.273/01, 4.424/01, 4.461/01, 4.532/01, 4.745/01, 4.791/01, 4.839/01, 4.955/01, 5.121/01, 5.140/01, 5.464/01, 5.528/01, 5.561/01, 5.708/01, 5.792/01, 5.834/01, 5.973/01, 6.017/01, 6.218/02, 6.343/02, 6.622/02, 6.729/02, 6.971/02, 7.332/02, 200/03, 204/03, 212/03, 327/03, 330/03, 412/03, 445/03, 504/03, 556/03, 871/03, 928/03, 983/03, 1.168/03, 1.171/03, 1.433/03, 1.657/03, 1.774/03, 1.788/03, 1.789/03, 1.880/03, 1.915/03, 1.945/03, 1.998/03, 2.089/03, 2.268/03, 2.665/03, 2.807/03, 3.080/04, 3.311/04, 3.315/04, 3.321/04, 3.474/04, 3.529/04, 3.682/04, 3.919/04, 4.112/04, 4.391/04, 4.407/04, 4.549/04, 4.721/04, 4.921/05, 5.713/05, 6.329/05, 6.379/05, 6.643/06, 6.807/06, 7.640/06, 1.002/07, 1.016/07, 1.066/07, 1.925/07,

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01899

2.026/07, 2.035/07, 2.134/07, 2.369/07, 2.549/07, 2.658/07 e 2.733/08, ao qual foi atribuída urgência constitucional.

SOBRESTA A PAUTA EM: 23/3/2008 (46º dia)

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICDPrazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 107/07 (Raimundo Gomes de Matos) – Cria Co-missão Permanente de Assistência Social, na Câmara dos Deputados.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO-MISSÃO – ART. 24, II, DO RICDINTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS),ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), to-dos do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 73/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à NATUREZA COMUNICAÇÕES LTDA para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Marília, Estado de São Paulo.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 85/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que outorga concessão à Rede Metropolitana de Rádio e Televisão Ltda. para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, na cidade de São José de Ribamar, Estado do Maranhão.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 126/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação de Radiodifusão de Inácio Mar-tins a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Inácio Martins, Estado do Paraná.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 165/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à Rádio e TV Farol da Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Pinheiro, Esta-do do Maranhão.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 167/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à Rádio Novo Século Ltda. para ex-plorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Braço do Norte, Estado de Santa Catarina.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 301/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rede Sul Matogrossense de Emissoras Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Aparecida do Taboado, Estado do Mato Grosso do Sul.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 312/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que re-nova a concessão outorgada à Rádio Educadora de Loanda Ltda para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Loanda, Es-tado do Paraná.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 345/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Rádio Comunitária Península Norte a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária em Brasília, Distrito Federal.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 360/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação de Difusão Comunitária Guarani a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Caetés, Estado de Pernambuco.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 361/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Empresa de Radiodifusão Karandá Ltda. para explorar serviço de radiodifusão

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01900 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

sonora em freqüência modulada, no município de Na-viraí, Estado de Mato Grosso do Sul.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 365/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que re-nova a concessão outorgada à Rádio Educadora de Dois Vizinhos Ltda. para explorar serviço de radiodi-fusão sonora em onda média, no município de Dois Vizinhos, Estado do Paraná.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 380/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à RÁDIO FM MEDIANEIRA S/C LTDA. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqü-ência modulada, no município de Navegantes, Estado de Santa Catarina.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 381/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à SIMPATIA FM LTDA para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência mo-dulada, no município de Campos Novos, Estado de Santa Catarina.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 388/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à FREQÜÊNCIA BRASILEIRA DE COMU-NICAÇÕES LTDA. para explorar serviço de radiodifu-são sonora em freqüência modulada, no município de Triunfo, Estado do Rio Grande do Sul.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 392/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária de Comunicação de Jardim de Piranhas/RN a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão comunitária no município de Jardim de Piranhas, Estado do Rio Grande do Norte.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 394/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária e Cultural Quixaben-se a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Quixabá, Estado de Pernambuco.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

PROJETO DE LEI

Nº 765/1995 (Júlio Redecker) – Acrescenta parágrafo ao artigo 71 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, que “dispõe sobre o Imposto de Importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras provi-dências”.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 4.089/1998 (Enio Bacci) – SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL – Institui o exame ginecológico preventivo gratuito, inclusive exame de mamografia, custeados pelo SUS.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.343/1999 (Alberto Fraga) – Determina adapta-ção nos aparelhos com brinquedos e equipamentos dos parques de diversões.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 2.669/2000 (Senado Federal – Gerson Camata) – Dispõe sobre a instituição do Dia Nacional do Imi-grante Italiano e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 6.341/2002 (Celso Russomanno) – Institui o Dia Nacional do Caminhoneiro.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.027/2002 (Senado Federal – PAULO HARTUNG) – Denomina Ponte Sérgio Ceotto a ponte sobre o Rio Doce na variante da BR-259, no Município de Colatina, no Estado do Espírito Santo.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 2.392/2003 (Marcelo Ortiz) – Institui o Dia do Ad-vogado

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 2.930/2004 (Geddel Vieira Lima) – Denomina “Usi-na Hidrelétrica Paulo de Souza Coelho” a usina de Sobradinho, no rio São Francisco.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 5.535/2005 (Senado Federal – Marco Maciel) – Denomina “Ordem do Mérito das Comunicações Jornalista Roberto Marinho” a “Ordem do Mérito das Comunicações”.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01901

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 6.981/2006 (Zezéu Ribeiro) – Assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de inte-resse social.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.103/2006 (Senado Federal – Aloizio Mercadan-te) – Institui o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil e dá outras providências.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.215/2006 (Poder Executivo) – Cria cargos efeti-vos, cargos comissionados e funções gratificadas no âmbito do Ministério da Educação.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 7.282/2006 (Leandro Vilela) – Inscreve o nome de Antônio de Sampaio, o Brigadeiro Sampaio, no livro dos Heróis da Pátria.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.528/2006 (Poder Executivo) – Dispõe sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo Federal e impedimentos posterio-res ao exercício do cargo ou emprego.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.550/2006 (Antonio Carlos Pannunzio) – Deno-mina Professor Arthur Fonseca o campus da Univer-sidade Federal de São Carlos, localizado no município de Sorocaba, Estado de São Paulo.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.566/2006 (Nice Lobão) – Dispõe sobre o patri-mônio cultural brasileiro subaquático.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.630/2006 (Senado Federal-Jonas Pinheiro) – Institui o dia 18 de agosto como o “Dia Nacional do Campo Limpo”.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 7.648/2006 (Senado Federal-Flexa Ribeiro) – Al-tera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade), para prorrogar o prazo para a elaboração dos planos diretores municipais. E seus apensados.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 7.686/2006 (Antônio Carlos Biffi) – Denomina “Dr. Weimar Gonçalves Torres” o prédio que abriga o Fó-rum Eleitoral da Comarca de Ponta Porã, no Estado de Mato Grosso do Sul.

DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 37/2007 (André de Paula) – Dá nova redação ao art. 198 do Código de Processo Civil, para estabelecer a atuação de ofício ou por provocação de presiden-te de Tribunal, nos casos de descumprimento judicial dos prazos.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 96/2007 (Neilton Mulim) – Institui o Dia Nacional da Segurança Pública e dá outras providências.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 258/2007 (Colbert Martins) – Denomina “Viaduto Engenheiro Civil J.J. Lopes de Brito” o viaduto localizado no Km 519,5 do Anel de Contorno sobre a BR-324, no Município de Feira de Santana, Estado da Bahia.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 291/2007 (Gorete Pereira) – Dispõe sobre a cria-ção do Dia Nacional do Espiritismo.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 394/2007 (Rubens Otoni) – Denomina “Viaduto Professora Haidêe Jayme Ferreira” o viaduto localizado no km 435,55 da BR-153, que dá acesso à BR-414, no Município de Anápolis – GO.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 732/2007 (Paulinho da Força) – Institui o Dia Na-cional do Auditor-Fiscal do Trabalho.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 832/2007 (Solange Amaral) – Cria o Dia Nacional do Ciclista.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 1.099/2007 (Senado Federal-Serys Slhessarenko) – Institui o dia 4 de dezembro como o “Dia Nacional do Perito Criminal”.

DECURSO: 1ª SESSÃO

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01902 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 1.245/2007 (Paulo Rubem Santiago) – Institui o Dia Nacional do Pescador a ser comemorado na data de 29 de junho.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 2.440/2007 (Poder Executivo) – Altera os incisos II e III do art. 11 da Lei nº 9.519, de 26 de novembro de 1997, que dispõe sobre a reestruturação dos Corpos e Quadros de Oficais e de Praças da Marinha.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 3.140/2000 (Chico da Princesa) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có-digo de Trânsito Brasileiro. E seus apensados.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 3.647/2000 (Lincoln Portela) – Dispõe sobre a obrigatoriedade de consultas aos trabalhadores e ser-vidores públicos do sexo masculino, nas situações que especifica. E seus apensados.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 7.213/2002 (PODER EXECUTIVO) – Altera disposi-tivos da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcio-nal interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição. E seus apensados.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

Nº 1.175/2003 (Alberto Fraga) – Acrescenta o art. 44-A à Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, para res-salvar direitos de adquirentes de parcelamentos de imóveis de domínio da União, oriundos de ocupações para fins residenciais, no Distrito Federal, e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 4.393/2004 (Enio Bacci) – Dispõe sobre a con-cessão gratuita de “LIGADURA de TROMPAS”, para gestantes portadoras de Deficiência Imunológica Ad-quirida – SIDA / HIV.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 4.869/2005 (Roberto Jefferson) – Acrescenta o inciso X ao art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezem-bro de 2003, que “Dispõe sobre registro, posse e co-mercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências”. E seus apensados.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 5.449/2005 (Max Rosenmann) – “Altera a Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Bra-sileiro, para incluir dispositivo retrorefletor como equi-pamento obrigatório nos veículos que especifica.”

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 5.838/2005 (Antonio Carlos Pannunzio) – Acres-centa parágrafo único ao art. 69 da Lei Federal nº 9.478, de 06 de agosto de 1997.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 310/2007 (Gonzaga Patriota) – Dispõe sobre o parcelamento do débito de multas aplicadas por in-fração de trânsito.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 548/2007 (Marcos Medrado) – Dispõe sobre a obri-gatoriedade de as instituições financeiras instalarem guarda-volumes em suas agências bancárias.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 1.114/2007 (Brizola Neto) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre equipamentos obrigatórios de veículos.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.157/2007 (Luciana Genro) – Altera a Lei nº 9.394, de 1996, de modo a tornar obrigatória a oferta de va-gas no ensino médio.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.173/2007 (Sérgio Barradas Carneiro) – Institui Programa de Avaliação Seriada Anual para acesso às Instituições de Ensino Públicas de Nível Superior, Téc-nico ou Tecnológico e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.235/2007 (Eduardo Gomes) – Inclui a “Meta de Nível de Emprego” como um dos parâmetros para de-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01903

finir a taxa de juros a ser fixado pelo Banco Central do Brasil.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.287/2007 (Barbosa Neto) – Acrescenta o inciso XI ao art. 6º, da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro, posse e comercia-lização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá ou-tras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.461/2007 (Leonardo Quintão) – Altera o Anexo II da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-titui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o formato da sinalização semafórica.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUN-TA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVER-GENTES.

PROJETO DE LEI

Nº 1.921/1999 (Senado Federal – Geraldo Melo) – Institui a tarifa social de energia elétrica para consumi-dores de baixa renda e dá outras providências.

COM PARECER FAVORÁVEL: PL 1946/1999, PL 3430/2004, PL 4616/2004, PL 414/2007, PL 1001/2007, PL 1928/2007 e PL 7229/2006, APENSADOS.COM PARECER CONTRÁRIO: PL 1631/1999 e PL 5963/2005, APENSADOS. (VIDE ITEM 2.1)

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

No 7.460/2006 (Mariângela Duarte) – Estabelece a visão monocular como deficiência visual.

COM PARECER FAVORÁVEL PL no 7.460/2006, PRIN-CIPAL.COM PARECER CONTRÁRIO PL no 7.672/2006, APENSADO.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

2.1 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJU-RIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI

Nº 1.921/1999 (Senado Federal – Geraldo Melo) – Institui a tarifa social de energia elétrica para consumi-dores de baixa renda e dá outras providências.

COM PARECER PELA INCONSTITUCIONALI-DADE: PL 1921/99, principal, e PL 2987/97, PL 4083/98, PL 2406/00, PL 3124/00, PL 3134/00, PL 4068/01, PL 4328/01, PL 4366/01, PL 4746/01, PL 6202/02, PL 6247/02, PL 96/03, PL 6737/06 e PL 1178/07, apensados. (VIDE ITEM 1.3)

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 856/1999 (Eduardo Jorge) – Institui o Serviço Civil Profissional e dá outras providências.Apensados: PL-987/1999 (Mendes Ribeiro Filho) PL-1452/1999 (Jorge Costa) PL-7632/2006 (Rai-mundo Santos)

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 937/2003 (Deley) – Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, prevendo o seguro de responsabilidade civil por dano ambiental, e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 6.003/2005 (Fernando Coruja) – Proíbe a cobrança de estacionamento pelas instituições de ensino funda-mental, médio e superior.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Nº 12/2007 (Nelson Bornier) – Altera o artigo 8º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

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01904 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

PROJETO DE LEI

Nº 4.040/2004 (Luiz Bittencourt) – Exonera do imposto de importação e do imposto sobre produtos industriali-zados as importações de máquinas, aparelhos, instru-mentos e demais bens de uso agropecuário.

ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 4422/2004 (Dilceu Sperafico) – Dispõe sobre o Programa Nacional de Ampliação da Capacidade de Produção das Microempresas.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 4.550/2004 (Carlos Nader) Autoriza o Poder Exe-cutivo a implantar aparelhos com sistema de raio x para inspecionar todos os objetos, bolsas e sacolas que en-trarem nas penitenciárias e dá outra providências.

COM PARECER PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: PL 4550/2004, PRINCIPAL, PL 5475/2005 e PL 5904/2005, APENSADOS.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 7.073/2006 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Cria o Programa de Infra – estrutura e Urbanização – Prourb, para a implementação de ações voltadas para a infra-estrutura urbana.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 158/2007 (Pompeo de Mattos) – Altera o Decre-to-lei nº 37, de 1966, e a Lei nº 8.032, de 1990, para conceder isenção do Imposto de importação e do IPI na importação de equipamentos de radiocomunicação realizada por radioamadores e para serviços de radio-difusão na faixa de rádio cidadão.Apensados: PL-575/2007 (Wandenkolk Gonçalves) ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 529/2007 (Luis Carlos Heinze) – Altera a Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, para incentivar a produção de biodiesel para o consumo do próprio produtor rural e de associados de cooperativas agro-pecuárias.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDA-DE – ART. 164, § 2º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD)Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE LEI

Nº 1.816/1999 (Raimundo Gomes de Matos) – Insitui o “Dia Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde”.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 2.901/2004 (Anselmo) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para disciplinar o serviço de mototáxi.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 3.111/2004 (André Luiz) – Altera o Código de Trânsito Brasileiro para proibir a condução de passa-geiro em veículo de duas rodas utilizado em serviço de entrega.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 4.268/2004 (Pompeo de Mattos) – Regulamenta a publicação da lista dos cidadãos beneficiários pelo Programa Bolsa Família.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 5.833/2005 (Jorge Gomes) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para disciplinar a coloração dos veículos motorizados de duas ou três rodas utilizados no serviço de mototáxi.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 7.005/2006 (Gonzaga Patriota) – Modifica a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelecendo pré-requisitos de habilitação para os condutores que tencionam prestar serviço de transporte remunerado de bens ou passageiros em veículo automotor de três rodas e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 7.506/2006 (Inocêncio Oliveira) – Fixa norma para o serviço de transporte individual de passageiros em motocicletas de aluguel.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01905

Nº 1.163/2007 (Otavio Leite) – Cria, em âmbito na-cional, as diretrizes para o funcionamento do Sistema de Serviços de Mototáxi.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.400/2007 (Fernando de Fabinho) – Dispõe sobre o transporte público, para estabelecer requisitos para a prestação de serviços de transporte remunerado de bens e de passageiros em veículos automotores de duas ou três rodas.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 1.576/2007 (Uldurico Pinto) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a atividade pro-fissional remunerada em veículos de duas ou três rodas.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 2.053/2007 (Leonardo Quintão) – Regulamenta o serviço público de transporte individual de passageiros por táxi especial em região metropolitana e dá outras providências.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 2.557/2007 (José Guimarães) – Modifica a Lei nº 9.954, de 06 de Janeiro de 2000, que dispõe sobre a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 2.570/2007 (Walter Brito Neto) – Altera o art. 34 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976 e os arts. 46 e 48 da Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 2.603/2007 (Homero Pereira) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e estabelece regras gerais para a regulação dos serviços de transporte remunerado de passageiros e mercadorias em motocicletas e moto-netas – moto-táxi e moto-frete.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

INDICAÇÃO

Nº 1.590/2007 (Walter Brito Neto) – Sugere a Co-missão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado viabilização do processo de interiorização do turismo no Estado da Paraíba.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 204/2007 (Maurício Rands) – Dá nova redação aos arts. 23 e 144, da Constituição Federal, conside-rando competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios as ações de segurança pública e incluindo as Guardas Municipais como órgãos de segurança pública.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

Nº 207/2007 (Francisco Rossi) – Dá nova redação ao inciso II do art. 29 da Constituição Federal, para estender a eleição em dois turnos para todos os Municípios.

DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 208/2007 (Eduardo Gomes) – Dá nova redação ao art. 236 e acrescenta o art. 236-A à Constituição Federal.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 211/2007 (Eduardo Amorim) – Dá nova redação ao § 1º e acrescenta o § 13 ao art. 37 da Constituição Federal.

DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

Nº 212/2007 (Eduardo Amorim) – Altera a redação do inciso III do art. 14 do caput do art. 61, e inclui o § 3° ao art. 61 da Constituição Federal de 1988, para possibilitar a participação da sociedade civil organiza-da no exercício da soberania popular e no processo legislativo.DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 15-2-08

PROJETO DE LEI

Nº 2.459/2007 (José Airton Cirilo) – Obriga os agentes públicos que menciona a matricularem os filhos meno-res, em idade escolar, na rede pública de ensino.ÚLTIMA SESSÃO: 13-2-08

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01906 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Nº 2.597/2007 (Gonzaga Patriota) – Dispõe sobre a cobrança da Contribuição de Iluminação Pública para aqueles que não são de fato beneficiados pelo serviço.

DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-2-08

Nº 2.625/2007 (Gonzaga Patriota) – Altera a Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998, que: “cria a carreira de Policial Rodoviário Federal e dá outras providências”.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-2-08

Nº 2.664/2007 (Ricardo Izar) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, eliminan-do restrições para a inscrição em concurso público e posse em cargo público.

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-2-08

ARQUIVEM-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

No 6786/2006 (Celso Russomanno) − Altera a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 − que Institui o Código de Trânsito Brasileiro − para dispor sobre a notificação da autuação no trânsito.E seus apensados: PL 7118/2006 (Ary Kara), PL 7492/2006 (Carlos Nader).

No 7455/2006 (Rose de Freitas) − Altera a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o uso de coletes e capacetes identificados com a placa da motocicleta, motoneta ou ciclomotor.E seu apensado: PL 893/2007 (Carlos Souza).

No 7586/2006 (Fernando Coruja) − Acrescenta inci-so ao § 6o do art. 3o da Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, proibindo a comercialização do aldicarbe, co-nhecido como “chumbinho”.E seu apensado: PL 625/2007 (Cleber Verde).

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EX-PEDIENTE DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2008

Dia 13, 4ª-feira

15:00 CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB – GO)15:25 REGINALDO LOPES (PT – MG)

Dia 14, 5ª-feira

15:00 RUBENS OTONI (PT – GO)15:25 LEANDRO SAMPAIO (PPS – RJ)

Dia 15, 6ª-feira

10:00 REBECCA GARCIA (PP – AM)10:25 JOSÉ MENDONÇA BEZERRA (DEM – PE)10:50 MARIA LÚCIA CARDOSO (PMDB – MG)11:15 ELIENE LIMA (PP – MT)11:40 JOÃO CARLOS BACELAR (PR – BA)

Dia 18, 2ª-feira

15:00 EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB – CE)15:25 CIDA DIOGO (PT – RJ)

Dia 19, 3ª-feira

15:00 JOSÉ PIMENTEL (PT – CE)15:25 RODRIGO MAIA (DEM – RJ)

Dia 20, 4ª-feira

15:00 PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP)15:25 OTAVIO LEITE (PSDB – RJ)

Dia 21, 5ª-feira

15:00 MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG)15:25 PAES LANDIM (PTB – PI)

Dia 22, 6ª-feira

10:00 RICARDO IZAR (PTB – SP)10:25 PAULO MALUF (PP – SP)10:50 ANTONIO CRUZ (PP – MS)11:15 BRIZOLA NETO (PDT – RJ)11:40 EUDES XAVIER (PT – CE)

Dia 25, 2ª-feira

15:00 CHICO ALENCAR (PSOL – RJ)15:25 MAURÍCIO TRINDADE (PR – BA)

Dia 26, 3ª-feira

15:00 JOÃO PIZZOLATTI (PP – SC)15:25 MARINHA RAUPP (PMDB – RO)

Dia 27, 4ª-feira

15:00 SARAIVA FELIPE (PMDB – MG)15:25 NELSON TRAD (PMDB – MS)

Dia 28, 5ª-feira

15:00 JANETE CAPIBERIBE (PSB – AP)15:25 RAUL HENRY (PMDB – PE)

Dia 29, 6ª-feira

10:00 RAUL JUNGMANN (PPS – PE)10:25 FELIPE MAIA (DEM – RN)10:50 PAULO PIMENTA (PT – RS)11:15 NELSON MEURER (PP – PR)11:40 RITA CAMATA (PMDB – ES)

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01907

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE 2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE “ACRESCENTA A ALÍNEA (E)

AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL”, INSTITUINDO IMUNIDADE

TRIBUTÁRIA SOBRE OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR

ARTISTAS BRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS

QUE OS CONTENHAM.

AVISOS

PROPOSIÇÃO EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)

DECURSO: 8ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-02-08

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98/07 – do Sr. Otavio Leite – que “acrescenta a alínea “e” ao inciso VI do art. 150 da Constituição Federal, instituindo imunidade tributária sobre os Fonogramas e Videofono-gramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou lítero-musicais de autores brasileiros, e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham”. RELATOR: Deputado JOSÉ OTÁVIO GERMANO.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM A FINALIDADE DE INVESTIGAR ESCUTAS TELEFÔNICAS CLANDESTINAS/ILEGAIS,

CONFORME DENÚNCIA PUBLICADA NA REVISTA “VEJA”, EDIÇÃO 2022, Nº 33, DE

22 DE AGOSTO DE 2007.

LOCAL: Plenário 7 do Anexo II HORÁRIO: 14h30min

REUNIÃO ORDINÁRIA

Definição do Roteiro dos Trabalhos.

II – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

LOCAL: Plenário 2, Anexo IIHORÁRIO: 9h30

PAUTA

A – Relatórios

RELATÓRIO SETORIAL referente à Área Temática I Infra-Estrutura.RELATOR : Senador LEOMAR QUINTANILHA

RELATÓRIO SETORIAL referente à Área Temática VI – Fazenda, Desenvolvimento e TurismoRELATOR: Senadora LÚCIA VÂNIA

B – Requerimentos

REQUERIMENTO Nº 22/2007-CMO, do Sr. Humberto Souto, que “requer o envio para a CCJC do Projeto de Decreto Legislativo nº 01/2007 e de seu substitutivo, para que aquela Comissão dê parecer quanto aos aspectos constitucional, legal, jurídica e de técnica legislativa, especialmente no tocante aos artigos 4º, 6º, 12, 15, 16, e 22”.

REQUERIMENTO Nº 28/2007-CMO, do Sr. Van-derlei Macris, que “requer nos termos regimentais que o Comitê de Avaliação da Receita emita novo parecer com novas reestimativas de receitas orça-mentárias, antes da apresentação do relatório do Relator Geral, Deputado José Pimentel (PT/CE), diante da situação posta após a rejeição da Propos-ta de Emenda à Constituição, pelo Senado Federal, que prorrogava a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, no sentido de encontrar alternativas para as fontes de recursos para a Lei Orçamentária par 2008.”

III – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 12/02/2008:

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: PROJETO DE LEI Nº 16/1999

Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática: PROJETO DE LEI Nº 2.702/2007

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01908 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 465/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 466/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 467/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 469/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 470/2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 471/2007 PROJETO DE LEI Nº 4.207/2001 PROJETO DE LEI Nº 2.646/2007 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 263/2007

Comissão de Desenvolvimento Urbano: PROJETO DE LEI Nº 2.654/2007

Comissão de Educação e Cultura: PROJETO DE LEI Nº 2.650/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.670/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.712/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.728/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.729/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.730/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.732/2008

Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI Nº 2.652/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.679/2007

Comissão de Minas e Energia: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 411/2007

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: PROJETO DE LEI Nº 2.648/2007

Comissão de Seguridade Social e Família: PROJETO DE LEI Nº 2.666/2007

Comissão de Trabalho, de Administração e Servi-ço Público: PROJETO DE LEI Nº 2.671/1989 PROJETO DE LEI Nº 2.522/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.626/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.649/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.714/2007

(Encerra-se a sessão às 19 horas e 9 minutos.)

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DE-PUTADO DANIEL ALMEIDA NO PERÍODO DESTINADO ÀS BREVES COMUNICAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMA-

RA DOS DEPUTADOS Nº 357, REALIZADA EM 19 DE DEZEMBRO DE 2007 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO:

O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de congratular-me e prestar solidariedade às entidades populares que defendem, na minha Capital, Salvador, um debate sobre o Plano Diretor de Desenvolvimen-to Urbano.

O IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, o Ministério Público do Estado da Bahia, a Federação das Associações de Moradores, a Federação de Associações do Estado da Bahia, diversas entidades populares e partidos políticos estão preocupados com a votação de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano que está previsto para ser apreciado no próximo dia 26, logo depois do Natal.

Salvador precisa de um Plano Diretor de De-senvolvimento Urbano. Temos uma defasagem desde 1984 e precisa haver um ordenamento. Mas um proje-to como esse jamais poderá ser apreciado em regime de urgência, e estão querendo votar essa matéria em regime de urgência urgentíssima.

Trata-se de proposta que não passou pelo debate público. O plano diretor tem que ser um instrumento de consertação. Os segmentos empresariais e os mora-dores da cidade precisam apontar para o desenvolvi-mento a médio e longo prazos e para as vocações que a cidade precisa fortalecer, desenvolver e valorizar.

Esse plano não pode sair do gabinete direto para o Legislativo, sem produzir um debate, ser votado em caráter de urgência, um dia após a comemoração do Natal. Isso é absolutamente intolerável, por mais legí-timos que sejam os desejos, as aspirações e a mobili-zação da indústria da construção civil e do setor imobi-liário, que vivem um crescimento no Brasil, crescimento esse que todos desejamos que se consolide.

Mas numa cidade como Salvador, que tem carên-cia, principalmente habitacional, para as populações de baixa renda, onde dois terços de ocupação do solo são sem planejamento, nós não podemos elaborar e aprovar um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano em poucas horas, sem qualquer debate, com votação em caráter de urgência urgentíssima.

Apelo aos diversos partidos políticos – PT, PCdoB, PSB, PDT, PPS, enfim, PSDB e o próprio DEM –, em nome das universidades, do setor acadêmico, dos en-genheiros, dos arquitetos e dos urbanistas que estu-dam tecnicamente o assunto, para que não votem em caráter de urgência o PDDU da cidade de Salvador, a fim de que possamos, no ano que vem, fazer um de-bate com o envolvimento do conjunto da sociedade, para que esse projeto seja a cara e a expressão de uma nova Salvador que todos desejamos.

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01909

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DE-PUTADO DANIEL ALMEIDA NO PERÍODO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 001, REALIZADA EM 7 DE FEVEREIRO DE 2008 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO:

O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Deputado Mauro Benevides lembrou neste plenário que a Cons-tituição Federal, a Constituição Cidadã, completa em 20 anos em 2008. Acho que é conveniente aprovei-tarmos a oportunidade para aceitarmos o desafio de fazer um balanço desse período, a fim de procedermos aos ajustes e modificações necessárias à conclusão das chamadas reformas incompletas: a reforma polí-tica; a reforma tributária – o Governo já anuncia que encaminhará a esta Casa uma proposta de reforma tributária progressiva, democrática, para que aqueles que puderem paguem os tributos e aqueles que não puderem deixem de pagá-los –; a reforma urbana, que dará melhor qualidade de vida às pessoas que vivem nas regiões urbanas, haja vista o ambiente de violência que tanto nos preocupa; a reforma das comunicações, que precisam ser democratizadas; a reforma agrária, que deve valorizar e reconhecer especialmente a agri-cultura familiar.

Mas além dessas destaco ainda a necessidade de discutirmos uma reforma trabalhista. Já temos a velha e boa CLT e a Constituição de 1988, que estabeleceu jornada de trabalho de no máximo 44 horas semanais. Acontece que, infelizmente, essa jornada não tem sido cumprida. Os trabalhadores brasileiros têm jornadas maiores do que 44 horas semanais.

A economia brasileira modificou-se muito nos úl-timos 20 anos. A produtividade do trabalho elevou-se extraordinariamente. Novas tecnologias estão sendo utilizadas no processo produtivo. Não é compatível com a atual realidade a manutenção de uma jornada de trabalho de 44 horas semanais.

Temos que seguir o exemplo de países moder-nos e reduzir a jornada de trabalho para 40 horas se-manais e, depois, progressivamente, para 36 horas semanais. Assim vamos gerar mais empregos, ofere-cer mais conforto ao trabalhador e dar vazão a outras atividades da nossa economia, como o turismo, o en-tretenimento, o lazer, que têm potencial para crescer e gerar empregos.

Também precisamos modificar certos procedi-mentos da Justiça do Trabalho, para que os trabalha-dores tenham acesso mais fácil ao Poder Judiciário e possam ver suas demandas resolvidas. O trâmite dos processos é muito demorado. Quase sempre o

trabalhador que recorre à Justiça do Trabalho tem de fazer acordo, porque não consegue esperar o final da demanda.

A Constituição brasileira garante como direitos fundamentais grande parte dos direitos dos trabalha-dores, mas ela não se cumpre, porque os dispositivos ainda não foram regulamentados. É preciso avançar nessa direção.

Enfatizo como elemento central dos debates nes-ta Casa este ano a reforma trabalhista, principalmente esse aspecto da redução da jornada de trabalho.

E devemos continuar discutindo outros temas, como a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que destina recursos à saúde, indispensável. Não dá mais para esperar. O SUS precisa se fortalecer e se consolidar, principalmente porque alguns, de for-ma irresponsável, aproveitaram o fim da CPMF para retirar recursos da saúde. Vamos superar essa etapa e caminhar olhando para o horizonte, avistando um futuro melhor.

O Deputado Luiz Couto lembrou a necessidade de, ainda este ano, antes de junho, votarmos a PEC nº 333/04. Não é possível que cheguemos às eleições de outubro sem ter regulamentado o número de va-gas nas Câmaras Municipais. Para a representativi-dade do povo brasileiro significa um enorme prejuízo a existência de Câmaras Municipais com número de vagas absolutamente distorcido, incompatível com o número de habitantes. E, quando regulamentarmos a quantidade de vagas, podemos e devemos estabelecer a redução dos repasses. É possível fazer isso, assim como é possível definir com mais clareza como os re-cursos serão aplicados.

Nossa agenda para este ano é extensa, mas acre-dito que conseguiremos construir um ambiente para o debate, com polêmicas, é verdade, mas também com consensos acerca dessas importantes matérias.

É o que a Nação espera de todos nós.

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DE-PUTADO DANIEL ALMEIDA NO PERÍODO DESTINADO À ORDEM DO DIA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 001, REALIZADA EM 7 DE FEVEREIRO DE 2008 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO:

O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA – Pela ordem) – Sr. Presidente, manifesto minha con-cordância com maior transparência e controle nos gastos públicos de maneira geral, inclusive no caso dos cartões corporativos.

A base do Governo está estimulando a instala-ção de CPI para que se possa investigar todo o pro-

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01910 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

cesso de utilização do cartão corporativo, desde a sua institucionalização, e buscar indicativos que corrijam falhas que porventura existam. A transparência é fun-damental. O Governo demonstra interesse de prestar esclarecimentos com absoluta transparência.

Sr. Presidente, vou falar de 2 assuntos que con-sidero importantes.

Em primeiro lugar, agradeço ao Congresso Na-cional, à Câmara dos Deputados e ao Senado da República a aprovação de projeto de minha autoria, sancionado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, instituindo o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A partir de agora, a Lei nº 11.635 estabelece a data de 21 de janeiro como o Dia Nacio-nal de Combate à Intolerância Religiosa e o inclui no calendário cívico nacional.

Já no último dia 21, fizemos alguns atos a partir de ações do Governo Federal. Na Bahia, realizamos um ato no Teatro Castro Alves, que reuniu 1.500 pes-soas de 14 religiões, com a presença do Governador do Estado. O evento mobilizou a sociedade baiana, o que demonstra interesse em construir uma sociedade harmônica, de convivência pacífica entre as religiões, de superação da intolerância e respeito às diversas religiões.

Destaco que essa data foi escolhida especialmen-te em homenagem à memória de Mãe Gilda, yalorixá do Terreiro Abassá de Ogum, em Salvador, que mor-reu em 2000, depois de ter a sua imagem depreciada pelo jornal Folha Universal.

Não podemos pensar numa sociedade democrá-tica sem liberdades amplas, e uma delas é exatamente a liberdade de manifestação e organização religiosa e de culto.

Portanto, quero cumprimentar o Congresso Na-cional, agradecendo ao Presidente da República pela aprovação, na íntegra, desse projeto, que teve origem no nosso gabinete.

Sras. e Srs. Deputados, nesta oportunidade, tam-bém quero referir-me ao Carnaval deste ano em Sal-vador, que se encerrou ontem. Foram 7 dias de muita festa, do jeito que o baiano gosta e sabe fazer. O evento alcançou grande êxito. Reuniu mais de 2 milhões de foliões dos diversos cantos do Brasil e do mundo e o maior número de turistas – mais de 30% em relação ao ano passado. Isso se deve a um ambiente mais fa-vorável de movimentação de pessoas, à superação, pelo menos neste momento, da crise nos aeroportos e também ao perfil que o Carnaval na Bahia tem al-cançado.

Trata-se da maior festa popular, capaz de ser realizada em um ambiente de grande organização e

com diminuição de violência – 22% a 25% menor do que no ano passado. Não houve nenhum incidente grave no percurso de 12 quilômetros, nos diversos cir-cuitos carnavalescos (do Pelourinho ao Rio Vermelho, passando pelo Campo Grande e pela Barra). Os mais de 2 milhões de foliões estiveram reunidos atrás dos trios elétricos, em um clima de excitação, envolvidos com o Carnaval.

Parabenizamos os organizadores; a EMTUR-SA; o Conselho Municipal do Carnaval; o Governo do Estado; a Prefeitura de Salvador; a impren-sa local, nacional e internacional; principalmente os foliões, que souberam aproveitar essa festa e transformá-la naquilo que é o verdadeiro Carnaval na Bahia, com brilho e envolvimento de artistas, nesse grande acontecimento de paz e de confra-ternização harmoniosa.

Parabéns aos que fazem o Carnaval na Bahia!

DECISÃO DO PRESIDENTE

Arquivem-se, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

Nº 6.786/2006 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – que Institui o Código de Trânsito Brasileiro – para dispor sobre a notificação da autuação no trânsito.E seus apensados: PL nº 7118/2006 (Ary Kara), PL nº 7492/2006 (Carlos Nader).

Nº 7.455/2006 (Rose de Freitas) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o uso de coletes e capacetes identificados com a placa da motocicleta, motoneta ou ciclomotor. E seu apensado: PL nº 893/2007 (Carlos Souza).

Nº 7.58612006 (Fernando Coruja) – Acrescenta in-ciso ao § 6º do art. 3º da Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, proibindo a comercialização do aldicarbe, conhecido como “chumbinho”.E seu apensado: PL nº 625/2007 (Cleber Verde).

Brasília, 12 de fevereiro de 2008. – Arlindo Chi-naglia, Presidente.

PARECERES

PROJETO DE LEI Nº 6.876-A, DE 2006 (Do Sr. Luiz Couto)

Altera o texto do art. 38 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; tendo parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela rejeição (relator: DEP. TARCÍSIO ZIMMERMANN).

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01911

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

Publicação do Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público

PARECER VENCEDOR

O Projeto de Lei nº 6.876, de 2006, visa acres-centar parágrafo ao art. 38 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, para estabelecer que os pareceres jurídicos sobre a licitação, sua dis-pensa ou inexigibilidade, assim como a análise prévia de minutas de seus editais e de contratos, acordos, convênios ou ajustes dela decorrentes, sejam elabora-dos por procurador ou assessor jurídico ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal do órgão ou entidade que a promover.

Evidenciamos, de pronto, a nobre intenção do autor do projeto, pois a obrigatoriedade de os parece-res sobre licitações serem elaborados exclusivamente por procurador ou assessor jurídico ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente tende a funcionar como mecanismo de controle dos processos licitatórios e da atuação dos administradores por eles responsáveis.

No entanto, é de se ressaltar que tal obrigato-riedade traria sérias dificuldades para órgãos e enti-dades de pequeno porte, bem como para boa parte dos municípios brasileiros, que não contam com ser-vidores, em seus quadros, que possibilitem atender às exigências impostas pela nova lei, caso a presente proposição viesse a ser aprovada. Assim, entendemos que o custo do servidor a ser contratado para atender tais exigências poderia inviabilizar as finanças desses entes públicos.

Diante disto, não podemos deixar de votar pela REJEIÇÃO, no mérito, do Projeto de Lei nº 6.876, de 2006.

Sala da Comissão, em de dezembro de 2007. – Deputado Tarcísio Zimmermann – PT/RS.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou unanimementeo Projeto de Lei nº 6.876/2006, nos termos do Parecer Vencedor do Relator, Deputado Tarcísio Zimmermann.

O parecer do Deputado Pedro Henry passou a constituir voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Nelson Marquezelli – Presidente, Wilson Braga e Paulo Rocha – Vice-Presidentes, Andreia Zito, Daniel Almei-da, Edgar Moury, Edinho Bez, Eudes Xavier, Gorete Pereira, José Carlos Vieira, Manuela D’ávila, Marco Maia, Mauro Nazif, Milton Monti, Roberto Santiago, Rodrigo Maia, Sandro Mabel, Tadeu Filippelli, Tarcísio Zimmermann, Thelma de Oliveira, Vicentinho, Eduardo Barbosa, Eduardo Valverde, Maria Helena e Nelson Pellegrino.

Sala da Comissão, 28 de novembro de 2007. – Deputado Nelson Marquezelli, Presidente.

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO PEDRO HENRY

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 6.876, de 2006, visa acres-centar parágrafo ao art. 38 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui normas para licita-ções e contratos da Administração Pública.

O dispositivo acrescido objetiva estabelecer que os pareceres jurídicos sobre a licitação, sua dispen-sa ou inexigibilidade, assim como a análise prévia de minutas de seus editais e de contratos, acordos, con-vênios ou ajustes dela decorrentes, sejam elaborados por procurador ou assessor jurídico ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal do órgão ou entidade que a promover.

Esgotado o prazo regimental de cinco sessões, aberto para apresentação de emendas ao projeto, ne-nhuma foi recebida.

Cabe-nos agora, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, analisar o mérito da proposição com base no que dispõe o art. 32, inciso XVIII, do Regimento Interno desta Casa.

É o relatório.

II – Voto

Assim como o autor do projeto, entendemos que o estabelecimento da obrigatoriedade de os pareceres sobre licitações serem elaborados, exclusivamente, por procurador ou assessor jurídico ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente, no órgão ou entida-de que as promover, funcionará como mecanismo de controle dos processos licitatórios e da atuação dos administradores por eles responsáveis.

Isso ocorrerá porque, sendo o servidor estável, não estará sujeito à pressão do administrador para apenas endossar sua opinião ou elaborar pareceres com orientação previamente definida acerca das licita-

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01912 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

ções, o que pode facilmente ocorrer quando o servidor é ocupante de cargo de recrutamento amplo, de livre nomeação e exoneração.

Neste sentido, o fato de a permanência do servi-dor, no cargo ou emprego, ser independente da vontade do administrador, lhe confere a autonomia necessária para a análise de processos e emissão de pareceres com a isenção e probidade exigidas para a adequada gestão da coisa pública.

Isto posto, só nos resta votar pela APROVAÇÃO, no mérito, do Projeto de Lei nº 6.876, de 2006.

Sala da Comissão, 20 de dezembro de 2007. – Deputado Pedro Henry.

PROJETO DE LEI Nº 2.049-A, DE 2007 (Do Sr. Edio Lopes)

Dispõe sobre a transferência da Área de Livre Comércio no Município de Paca-raima para o Município de Boa Vista, no Es-tado de Roraima, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, pela aprovação deste e do de nº 2055/07, apensado, na forma do substituti-vo. (Relatora: DEP. MARIA HELENA)

Despacho: Às Comissões de: Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Re-gional; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

Publicação do Parecer da Comissão da Amazô-nia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 2.049, de 2007, de autoria do nobre Deputado Édio Lopes, cria a Área de Livre Co-mércio de Boa Vista (ALCBV), no Estado de Roraima, em substituição à Área de Livre Comércio do Município de Pacaraima, também localizado em Roraima. A ALC de Pacaraima foi criada pela Lei nº 8.256, de 1991, como área de livre comércio de importação e expor-tação, sob regime fiscal especial, estabelecida com a finalidade de promover o desenvolvimento das regiões fronteiriças de Roraima e com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana.

O projeto estipula que o Poder Executivo demar-cará área contínua de 20 km², envolvendo inclusive

o perímetro urbano do Município de Boa Vista, para instalar a ALCBV, com locais próprios para entrepos-tamento de mercadorias a serem nacionalizadas ou reexportadas.

As mercadorias enviadas à ALCBV só poderão ser destinadas a empresas autorizadas a operar na Área. Ao entrarem na ALCBV, as mercadorias estrangeiras terão suspensos o Imposto de Importação e o Impos-to sobre Produtos Industrializados (IPI). A suspensão será convertida em isenção quando as mercadorias destinarem-se ao consumo e venda interna na ALCBV, ao beneficiamento, no seu território, de pescado, pe-cuária, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal, à agropecuária e piscicultura, à instalação e operação de turismo e serviços de qual-quer natureza, à estocagem para comercialização no mercado externo e à bagagem acompanhada de via-jantes, nos limites fixados pelo Departamento da Re-ceita Federal. As demais mercadorias serão tributadas no momento de sua internação no País.

De acordo com a proposição, não farão jus a esse regime fiscal bens finais de informática (até o prazo estipulado na Lei nº 7.232/84), armas e munições, au-tomóveis de passageiros, bebidas alcoólicas, perfumes e fumos e seus derivados.

As importações para a ALCBV estarão sujeitas a guia de importação previamente ao desembaraço aduaneiro e deverão ter prévia anuência da Supe-rintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Considera-se, para efeitos administrativos e fiscais, como importação comum, a compra de mercadorias estrangeiras armazenadas na ALCBV.

O projeto também prevê desconto de IPI aos produtos nacionais ou nacionalizados que entrarem na ALCBV, quando eles forem destinados ao consu-mo e venda interna na ALC; ao beneficiamento, no seu território, de pescado, pecuária, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal; à agropecuária e piscicultura; à instalação e operação de turismo e serviços de qualquer natureza; à esto-cagem para comercialização no mercado externo; e à bagagem acompanhada de viajantes, nos limites fixados pelo Departamento da Receita Federal. A ma-nutenção e utilização dos créditos do IPI relativo às matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagens dos produtos que entrarem na ALC ficam asseguradas. Da mesma forma que já ocorre com as ALCs de Guajará-Mirim e de Tabatinga, estão excluídos desses benefícios as seguintes mercadorias: armas e munições, veículos de passageiros, com exceção de ambulâncias, carros funerários, carros celulares e ji-pes, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e de toucador e fumo e seus derivados. A proposição espe-

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01913

cifica em quais capítulos e posições esses bens estão descritos na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (Resolução nº 75, de 1988, do Comitê Brasileiro de Nomenclatura).

Nos arts. 8º, 9º, 10, 11 e 13, o PL remete para o Poder Executivo:

(i) a regulamentação da aplicação de regimes aduaneiros especiais para as mercadorias estrangeiras destinadas à ALCBV, bem como para as mercadorias dela procedentes;

(ii) a normatização dos procedimentos cambiais aplicáveis às operações da ALCBV, criando mecanis-mos que favoreçam seu comércio exterior;

(iii) o limite global anual para as importações da ALCBV, do qual poderão ser excluídos produtos destinados exclusivamente à reexportação, vedada a remessa de divisas correspondentes e observados todos os procedimentos de exportações quando do momento da reexportação;

(iv) a promoção e coordenação da implantação da ALCBV;

(v) a vigilância na ALCBV e a repressão ao con-trabando e ao descaminho, bem como a garantia dos recursos materiais e humanos necessários aos servi-ços de fiscalização e controle aduaneiro.

A proposição dispõe ainda que a ALCBV fica sob a administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que aplicará, no que couber, a legislação e regulamentos relativos à Zona Franca de Manaus e cobrará preço público pela utilização das instalações e pelos serviços de autorização, controle de importações e internamentos de mercadorias na ALCBV. Tais receitas serão parcialmente aplicadas em educação, saúde e saneamento de comunidades mais carentes da zona fronteiriça do Estado de Rorai-ma, conforme especificarem projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa.

Por fim, o projeto determina que as isenções e benefícios da ALCBV serão mantidos por vinte e cin-co anos.

Ao PL nº 2.049, de 2007, encontra-se apensa-do o Projeto de Lei nº 2.055, de 2007, de autoria do ilustre Deputado Neudo Campos, que dispõe sobre a criação da Área de Livre Comércio no Município de Boa Vista, Estado de Roraima. Os dois projetos são muito semelhantes, mas o do Deputado Neudo Campos não substitui a Área de Livre Comércio de Pacaraima pela de Boa Vista, apenas cria esta segunda ALC.

De fato, a proposta prevê o mesmo tipo de regi-me fiscal do projeto principal, estipulando basicamente as mesmas condições. No entanto, o PL nº 2.055, de 2007, também prevê isenção do Imposto de Importação e do IPI das mercadorias estrangeiras que entrarem

na Área de Livre Comércio, quando forem destinadas à estocagem para comercialização no mercado ex-terno e para a industrialização de produtos no interior da ALCBV. Da mesma forma, as remessas postais para o restante do País – nas condições fixadas pelo Decreto-Lei nº 1.804, de 1980, com as modificações introduzidas pela Lei nº 8.383, de 1991, e pela Lei nº 9.001, de 1995 – também estarão isentos do Imposto de Importação e do IPI.

A industrialização à qual se refere o PL nº 2.055, de 2007, estará sujeita ao cumprimento das mesmas normas e requisitos aplicáveis à Zona Franca de Ma-naus, inclusive no que se refere à autorização para o funcionamento das empresas.

As proposições não receberam emendas no pra-zo regimental.

É o relatório.

II – Voto da Relatora

Os Projetos de Lei nº 2.049 e nº 2.055, de 2007, tratam da instalação, no Município de Boa Vista, em Roraima, de uma área de livre comércio. O primeiro deles, no entanto, transfere a Área de Livre Comércio do Município de Pacaraima para o Município de Boa Vista, enquanto o segundo apenas cria a nova ALC na capital de Roraima. A Área de Livre Comércio de Pacaraima foi criada – juntamente com a Área de Livre Comércio do Município de Bonfim – pela Lei nº 8.256, de 25 de novembro de 1991.

A transferência proposta pelo PL principal justifi-ca-se plenamente. Quando foram criadas as ALCs dos Municípios de Pacaraima e Bonfim, pela Lei nº 8.256, de 1991, Pacaraima ainda não era um Município, mas, sim, um distrito do Município de Boa Vista. Pacaraima só passou de distrito a Município por meio da Lei Es-tadual nº 96, de 17 de outubro de 1995, quatro anos após a criação da ALC. Acreditamos, assim, que houve inegável equívoco do legislador em instituir uma área de livre comércio em um Município ainda inexistente.

A substituição da ALC de Pacaraima pela de Boa Vista justifica-se também pela completa impossibilidade de se concretizar em Pacaraima o enclave preconizado na Lei. A totalidade do Município, inclusive toda a sua zona urbana, onde seria instalada a ALC, encontra-se inserida na Terra Indígena São Marcos, criada pelo Decreto Federal nº 312, de 1991.

As tentativas de viabilizar a implementação da ALC de Pacaraima foram todas esgotadas. Esta Rela-tora consultou, inicialmente, a Funai a respeito da ex-clusão do perímetro urbano do Município dos limites da Terra Indígena, ou sobre a possibilidade de substituição desse espaço por outra área de mesma extensão, ou ainda maior, de forma a compensar o território perdido.

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01914 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Em resposta, o Órgão afirmou que isso somente seria possível se a iniciativa da retirada dessa área partisse do conjunto de aldeias que compõem a Terra Indígena São Marcos. Caso os povos indígenas concordassem e pleiteassem essa modificação em suas terras, o pro-cesso seria semelhante ao de uma nova demarcação de Terra Indígena. Ou seja, é um processo moroso que, não temos dúvidas, demandaria estudos e esforços, até que se chegasse a um consenso sobre os novos limites da reserva.

Ademais, entendemos, após três exaustivas reu-niões realizadas junto à Funai, que não haveria qual-quer chance de se instalar a ALC de Pacaraima nos vinte quilômetros quadrados previstos na Lei. Essa área não poderia, em qualquer hipótese, exceder o perímetro urbano atual da sede do Município, que é bem menor que isso.

Concluímos, lamentavelmente, que a implanta-ção da ALC de Pacaraima não se efetivaria por todos os motivos apontados acima, em um tempo razoável, imprescindível para a retomada do crescimento da economia de Roraima. Esses também são os motivos que impediram, até hoje, o Governo de regulamentar a ALC de Bonfim, uma vez que as duas ALCs foram criadas pela mesma Lei nº 8.256/91.

O Estado de Roraima encontra-se com sua eco-nomia absolutamente estagnada e sem perspectivas. Seu território abriga 27 Terras Indígenas, que ocupam 104.018 km², ou seja, 46,7% da área total do Estado. Considerando-se, ainda, que 8,42% do seu espaço correspondem a unidades de conservação, Roraima destina mais da metade do seu território a áreas de proteção.

A expansão dessas áreas tem gerado muitos conflitos, especialmente entre povos indígenas, que justamente defendem seu espaço, e produtores, con-tinuamente acusados de invasão ou da simples recusa em deixar as terras que cultivam. É inegável, no entan-to, que essas desavenças prejudicam a economia do Estado, vez que a produção de arroz, por exemplo, é responsável por 25% do seu PIB.

Roraima encontra-se, assim, em uma situação delicada. Apesar de ser uma das regiões mais ricas do mundo em recursos naturais e ser considerada por muitos um verdadeiro paraíso para o ecoturismo, não tem como expandir sua economia. Uma das alternati-vas para seu desenvolvimento seria por meio do au-mento da atividade comercial. No entanto, Boa Vista, a capital do Estado, que concentra mais da metade de sua população, encontra-se no entroncamento de três centros beneficiados com regimes fiscais especiais – Manaus, com sua zona franca, Lethem, na Guiana, e Santa Elena, na Venezuela. Tal posição tolhe o comércio

local, por praticamente anular qualquer possibilidade de concorrência com os vizinhos.

Nesse sentido, a implantação de uma área de livre comércio em Boa Vista, com as vantagens do re-gime fiscal previsto para esses enclaves, faria com que a capital de Roraima pudesse, ao menos, concorrer em condições menos desiguais com as cidades que a cercam. A implantação da ALC de Boa Vista, jun-tamente com a implementação da já criada Área de Livre Comércio de Bonfim, dinamizaria, dessa forma, a economia do Estado, notadamente suas atividades comerciais.

Por outro lado, o Município de Pacaraima não será prejudicado. Os incentivos tributários hoje aplicáveis ao comércio desse Município – e que já vigoram há quarenta anos – são os previstos pelo Decreto-lei nº 356, de 15/08/68, cuja regulamentação mais recente é dada pelo Decreto nº 4.544, de 26/12/02. Assim, a transferência preconizada na proposição em nada interfirirá a atividade econômica de Pacaraima, dado que aquelas normas continuarão válidas.

Ambas as proposições em análise buscam, por caminhos diferentes, alcançar o mesmo objetivo de viabilizar uma área de livre comércio em Boa Vista. No entanto, o Brasil defronta-se hoje com uma res-trição para a implantação de novos regimes aduanei-ros especiais de importação, por conta das nossas obrigações como membro do Mercosul. Com efeito, a Decisão do Conselho do Mercado Comum nº 31, de 29 de junho de 2000, preconiza, em seu art. 4º, alínea “a”, a proibição, a partir de 1º de janeiro de 2001, da aplicação unilateral de regimes aduaneiros especiais de importação que não se encontrassem vigentes em 30 de junho de 2000.

Isso posto, não se nos oferece a alternativa de criar a ALC de Boa Vista mantendo as de Pacaraima e Bonfim. Não há outra saída para a sobrevivência eco-nômica do Estado de Roraima que não a transferência da ALC de Pacaraima para Boa Vista. Somente assim poder-se-á, ao mesmo tempo, implantar áreas de livre comércio no Estado o mais rapidamente possível, sem ferir as diretrizes vigentes do Mercosul e atendendo à vontade original do legislador quando da proposta de criação do que deveria ser a ALC do Distrito de Paca-raima, então Município de Boa Vista.

As proposições analisadas são, portanto, justas e oportunas, cabendo, todavia, dispor sobre a transfe-rência da sede da ALC. Não obstante a ementa do PL nº 2.049, de 2007, refira-se à transferência, o art. 1º do projeto preconiza a criação da ALC de Boa Vista, assim como o PL nº 2.055, de 2007. Para conformá-las às restrições acima apontadas, oferecemos um substitutivo que, ao tempo em que condensa as duas

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01915

propostas, adapta sua redação, de forma a concretizar a alternativa encontrada de transferência da ALC de Pacaraima para Boa Vista.

O texto proposto reúne também todos os dispo-sitivos que devem constar da nova Lei, uma vez que nenhum dos dois projetos os abarcavam na sua totali-dade. Da mesma forma, fizemos constar do substitutivo artigo específico sobre a manutenção dos incentivos tributários previstos no Decreto-Lei nº 356, de 15 de agosto de 1968 e sua aplicação às atividades econô-micas desenvolvidas no município de Pacaraima, bem como a determinação constante do.Convênio ICMS 52, de 25 de junho de 1992, do Conselho Nacional de Política Fazendária, mantendo-se sua aplicação ao município de Pacaraima.

Pelo exposto, votamos pela aprovação do Pro-jeto de Lei nº 2.049, de 2007, e do Projeto de Lei nº 2.055, de 2007, na forma do substitutivo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 29 de novembro de 2007. – Deputada Maria Helena, Relatora.

SUBSTITUTIVO AOS PROJETOS DE LEI Nº 2.049, DE 2007, E Nº 2.055, DE 2007

Dispõe sobre a transferência da Área de Livre Comércio de Pacaraima para o Mu-nicípio de Boa Vista, no Estado de Roraima, nas condições que especifica e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei transfere a Área de Livre Comér-

cio de Pacaraima, criada pela Lei nº 8.256, de 25 de novembro de 1991, para o Município de Boa Vista, no Estado de Roraima.

Art. 2o A Área de Livre Comércio de Pacaraima, criada pela Lei nº 8.256, de 25 de novembro de 1991, é transferida para o Município de Boa Vista, no Esta-do de Roraima, passando a ser denominada Área de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV), destinada ao livre comércio de importação e exportação, sob regi-me fiscal especial.

Parágrafo único. O regime fiscal especial institu-ído por esta Lei aplica-se, exclusivamente, à Área de Livre Comércio de Boa Vista.

Art. 3º A Área de Livre Comércio de Boa Vista, incluindo locais próprios para entrepostamento de mer-cadorias a serem nacionalizadas ou reexportadas, será demarcada em área contínua, com a superfície de 80 km² (oitenta quilômetros quadrados), envolvendo o pe-rímetro urbano da sede do Município de Boa Vista.

Parágrafo único. Considera-se integrante da Área de Livre Comércio de Boa Vista toda a superfície ter-ritorial do Município de Boa Vista.

Art. 4º As mercadorias estrangeiras ou nacionais enviadas à Área de Livre Comércio de Boa Vista serão, obrigatoriamente, destinadas às empresas autorizadas a operar nessa área.

Art. 5º A entrada de mercadorias estrangeiras na Área de Livre Comércio de Boa Vista far-se-á com sus-pensão do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados, a qual será convertida em isenção quando as mercadorias forem destinadas a:

I – consumo e venda interna na área de livre comércio;

II – beneficiamento, em seu território, de pesca-do, pecuária, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal;

III – agropecuária e piscicultura;IV – instalação e operação de serviços de qual-

quer natureza, inclusive turismo;V – estocagem para comercialização no merca-

do externo; eVI – industrialização de produtos em seu terri-

tório.§ 1º A suspensão de impostos será também

convertida em isenção nos casos de mercadorias que deixarem a área de livre comércio como:

I – bagagem acompanhada de viajantes, observa-dos os limites fixados por órgão federal competente; e

II – remessas postais para o restante do País, nas condições fixadas pelo Decreto-Lei nº 1.804, de 3 de setembro de 1980, com as modificações introduzidas pela Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e pela Lei nº 9.001, de 16 de março de 1995.

§ 2º As mercadorias estrangeiras que saírem da área de livre comércio para o restante do País estarão sujeitas a tributação no momento de sua internação, exceto nos casos previstos no § 1º deste artigo.

§ 3º A industrialização a que se refere o inciso VI do caput estará sujeita ao cumprimento das mesmas normas e requisitos aplicáveis à Zona Franca de Ma-naus, inclusive no que se refere à autorização para o funcionamento das empresas.

Art. 6º As importações de mercadorias destina-das à Área de Livre Comércio de Boa Vista estarão sujeitas aos procedimentos normais de importação, previamente ao desembaraço aduaneiro.

Art. 7º A saída de mercadorias estrangeiras da Área de Livre Comércio de Boa Vista para o restante do território nacional é considerada, para efeitos fiscais e administrativos, como importação normal.

Art. 8º Os produtos nacionais ou nacionalizados que entrarem na Área de Livre Comércio de Boa Vista estarão isentos do Imposto sobre Produtos Industriali-zados, sempre que destinados às finalidades mencio-nadas no caput do art. 5º.

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01916 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

Parágrafo único. Ficam asseguradas a manuten-ção e a utilização dos créditos do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados relativos às matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem em-pregados na industrialização dos produtos entrados na Área de Livre Comércio de Boa Vista.

Art. 9º Estão excluídos dos benefícios fiscais de que tratam os arts. 5º e 8º os produtos abaixo men-cionados, compreendidos nos capítulos e/ou nas posi-ções indicadas na Nomenclatura Brasileira de Merca-dorias, aprovada pela Resolução nº 75, de 22 de abril de 1988, do Comitê Brasileiro de Nomenclatura, com alterações posteriores:

I – armas e munições: capítulo 93;II – veículos de passageiros: posição 8703 do

capítulo 87, exceto ambulâncias, carros funerários, carros celulares e jipes;

III – bebidas alcoólicas: posições 2203 a 2206 e 2208, exceto 2208.10 e 2208.90.0100, do capítulo 22;

IV – produtos de perfumaria e de toucador, pre-parados e preparações cosméticas: posições 3303 a 3307 do capítulo 33; e

V – fumo e seus derivados: capítulo 24.Art. 10. Órgão federal competente regulamentará

a aplicação dos regimes aduaneiros especiais para as mercadorias estrangeiras destinadas à Área de Livre Comércio de Boa Vista, bem como para as mercado-rias dela procedentes.

Art. 11. Os procedimentos cambiais aplicáveis às operações da Área de Livre Comércio de Boa Vista, vi-sando a favorecer o seu comércio exterior, serão objeto de normatização pelo órgão federal competente.

Art. 12. O limite global para as importações através da Área de Livre Comércio de Boa Vista será estabele-cido anualmente no ato normativo que o fizer para as demais áreas de livre comércio já existentes.

Parágrafo único. Poderão ser excluídas do limite global as importações de produtos pela Área de Livre Comércio de Boa Vista destinados exclusivamente à reexportação, observados todos os procedimentos le-gais aplicáveis às exportações brasileiras.

Art. 13. A Área de Livre Comércio de Boa Vista será administrada pelo órgão federal responsável pela administração da Zona Franca de Manaus, o qual co-ordenará as ações necessárias para sua implantação e funcionamento.

Parágrafo único. O órgão federal mencionado no caput cobrará preço público pela utilização de suas instalações e pelos serviços de autorização, controle de importações e internamentos de mercadorias na Área de Livre Comércio de Boa Vista ou desta para outras regiões do País.

Art. 14. Órgãos federais competentes exercerão a vigilância e a repressão ao contrabando e ao desca-minho na Área de Livre Comércio de Boa Vista.

Art. 15. As isenções e benefícios instituídos por esta Lei serão mantidos pelo prazo de 25 (vinte e cin-co) anos.

Art. 16. São mantidos os incentivos tributários previstos no Decreto-Lei nº 356, de 15 de agosto de 1968, e sua aplicação às atividades econômicas de-senvolvidas no município de Pacaraima.

Art.17. Fica convalidada a determinação do Con-vênio ICMS 52, de 25 de junho de 1992, do Conselho Nacional de Política Fazendária, mantendo-se sua aplicação ao município de Pacaraima.

Art. 18. Os arts. 1º a 6º e 8º a 14 da Lei nº 8.256, de 25 de novembro de 1991, passam a vigorar sem as referências ao Município de Pacaraima e à Área de Livre Comércio de Pacaraima (ALCP).

Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Sala da Comissão, 29 de novembro de 2007. – Deputada Maria Helena, Relatora.

III – Parecer da Comissão

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, em reunião ordinária realiza-da hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 2.049/2007, e do PL 2055/2007, apensado, na forma do Substitutivo, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Maria Helena.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vanessa Grazziotin – Presidente, Marcelo Serafim e Sebastião Bala Rocha – Vice-Presidentes, Dalva Figuei-redo, Elcione Barbalho, Henrique Afonso, Jairo Ataide, José Guimarães, Lindomar Garçon, Lira Maia, Maria Helena, Natan Donadon, Rebecca Garcia, Gladson Ca-meli, Lúcio Vale, Paulo Rocha e Zequinha Marinho.

Sala da Comissão, 12 de dezembro de 2007. – Deputada Vanessa Grazziotin, Presidente.

SEÇÃO II

DIRETORIA-GERAL

DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS

CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DO QUADRO DE PESSOAL

EDITAL Nº 33, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2008

A CÂMARA DOS DEPUTADOS, tendo em vista o Edital nº 8/2007, de 04 de maio de 2007, publica-do no Diário Oficial da União de 30 de novembro de

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Fevereiro de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 13 01917

2007, destinado ao provimento de cargos do quadro de pessoal da Câmara dos Deputados, torna público o resultado provisório nas Provas Discursivas para o cargo de Analista Legislativo – atribuição Médico – áreas: Psiquiatria, Clínica Médica e Medicina do Trabalho; atribuição Técnico em Comunicação Social – área Relações Públicas; atribuição Enfermeiro – áre-as: Enfermagem Geral e Enfermagem do Trabalho e atribuição Contador.

1. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Médico – Área Psiquiatria, de acordo com o subitem 5.1.5 do Capí-tulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 33454g, FABIANO ALVES GOMES, 57.00, 1/ 33609j, LIA RODRIGUES LOPES, 64.00, 2/ 43447e, VA-NESSA DE ALMEIDA SILVA, 57.00, 2/ 14173c, DA-NIEL CHAVES VIEIRA, 52.00, 4/ 35524a, CARLA NOVAES CARVALHO, 54.00, 5/ 17282a, PABLO VINICIUS OLIVEIRA GOMES, 54.10, 6/ 38448d, JULIANA KALAF, 58.00, 7/ 41785d, BRUNO ZA-NOTTI SCHNEIDER, 48.60, 8/ 38128h, DANIEL PAGNIN, 45.00, 9/

2. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Médico – Área Clínica Médica, de acordo com o subitem 5.1.5 do Ca-pítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 13419d, ANDRE LUIZ DE FARIA LEITE, 58.80, 1/ 16343a, LU-CIO MENDES FROTA NETO, 64.80, 2/ 16513k, MAR-CELO DE FAVERI, 56.32, 3/ 13146f, ALINE SARAIVA DE PAULA, 65.24, 4/ 18448c, VALESKA MARQUES DE MENEZES MACHADO, 61.84, 5/ 14113g, CRIS-TIANNE DA SILVA ALEXANDRE, 62.58, 6/ 13837k, CAROLINA BARBOSA BRUNO, 58.38, 7/ 42427e, JOAQUIM XAVIER DE SOUSA JUNIOR, 61.60, 8/ 35615d, EDUARDO A P DE FIGUEIREDO, 53.76, 9/ 35632d, EMMANUEL CAVALCANTI CAMPELO NETO, 53.20, 10/ 38689d, MARIO CASTRO ALVAREZ PEREZ, 55.20, 11/ 16034j, LEANDRO RICHA VALIM, 49.70, 12/ 636b, BRUNA MARIA DA CRUZ CRESCENTE, 45.08, 13/ 42657k, LUIS HENRIQUE LEONARDO PEREIRA, 45.04, 14/

2.1 Resultado provisório na Prova 2 – Discursi-va para o cargo de Analista Legislativo – Médico – Área Clínica Médica, de acordo com o subitem 5.1.5 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, dos candidatos que se declararam portadores de deficiência, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 42657k, LUIS HENRIQUE LEONARDO PEREIRA, 45.04, 14/

3. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Médico – Área Medicina do Trabalho, de acordo com o subitem 5.1.5 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decres-cente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 15678e, JOSE GOMES DA SILVA NETO, 59.00, 1/ 15086b, GILKA DE CARVALHO ALMEIDA, 48.00, 2/ 41619i, ALTINO DOS SANTOS MAGALHAES JUNIOR, 51.00, 2/ 17733h, RICARDO FAVA CORSATTO, 46.00, 4/ 13152a, ALLAN BRONZON DE CASTILHO, 45.00, 5/ 13300a, ANA LUISA VIDIGAL SOARES DE ANDRA-DE, 42.00, 6/ 17916e, ROSANA CRISTINA DE OLI-VEIRA, 42.00, 6/

4. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Técnico em Comunicação Social – área Relações Públicas, de acordo com o subitem 5.3.9 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 31482b, FREDERICO FONSECA DE ALMEIDA, 119.50, 1/ 35753e, JOANITA NASCIMENTO DA SILVA NETA, 122.00, 2/ 37862i, AGUIRRE ESTORILIO SILVA PINTO NETO, 112.00, 3/ 13308f, ANA MARCIA DE OLIVEI-RA FONSECA, 115.00, 4/ 16342j, LUCIO MEIRELES MARTINS, 116.50, 5/ 14291i, DAVID MIRANDA SILVA ALMEIDA, 110.00, 6/ 42790b, MARIA EUGENIA CAVAL-CANTI RIGITANO, 118.00, 7/ 17584f, RAQUEL MONTI HENKIN, 127.50, 8/ 33737h, NADIA TERESINHA SILVA DE SOUZA, 113.00, 9/ 38873h, ROBERTA DE SOU-ZA ARCOVERDE ALVES, 114.00, 9/ 18034i, SANDRO FARIAS DE SOUSA, 108.00, 11/ 35625g, ELIZANDRA DE LIMA VASCONCELOS, 115.00, 12/ 31264c, CAMI-LA MENDONCA CARISIO, 113.00, 13/ 42801c, MARIA JOSE GARCIA PEREIRA, 109.00, 13/ 42976e, ORIA-NA ZAMBONI, 110.00, 15/ 42045b, EDNEIA DE OLI-VEIRA MOTA, 116.00, 16/ 13119c, ALICE UTIDA FER-REIRA MANICA, 104.00, 17/ 16455a, MAGNO VIEIRA DA SILVA, 108.00, 18/ 14185j, DANIEL LEITE SANTOS FRANCA, 111.00, 19/ 14863f, FERNANDA TAVARES DA SILVA PORTO, 98.00, 19/ 38589k, MARCELA DOS SANTOS FERREIRA, 104.00, 19/ 17670j, RENATA GO-MES MACHADO, 108.00, 22/ 17255i, ORLANDO COS-TA GONCALVES JUNIOR, 98.00, 23/ 42523a, KATIA FILIPPI PECORARO, 100.50, 24/ 662c, DANIELA DE OLIVEIRA DANIELI, 103.50, 24/ 873e, RENATA CARLA MENDES DE OLIVEIRA, 104.00, 26/ 17787i, ROBERTA SIMON, 101.00, 27/ 14237c, DANIELA SILVA REZEN-DE, 106.00, 28/ 17253e, OREMIO CESAR DE MELLO, 95.50, 29/ 42786k, MARIA ELISA DIAS DINIZ COSTA, 102.00, 30/ 18376d, THIAGO FRANCA DE OLIVEIRA, 98.00, 31/ 33805j, RITA DE CASSIA DA SILVA BECCO, 103.00, 31/ 35982i, ODILON SERGIO SANTOS DE JE-

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01918 Quarta-feira 13 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2008

SUS, 99.50, 33/ 13334g, ANA PAULA CARVALHO MEN-DONCA, 95.50, 34/ 31184e, AMANA MATOS VELOSO, 102.50, 34/ 43395a, TERESA CRISTINA BORGES, 99.50, 34/ 16579h, MARCIA YAMAGUTI CHERUBINI, 100.00, 37/ 17294h, PATRICIA ALVES RHEINGANTZ MONIZ, 100.00, 38/ 17535d, RAFAELA DE MORAES CORREA, 100.00, 38/ 14799a, FELIPE EHRICK DANZIATO, 90.00, 40/ 32001i, VINICIUS DE ANDRADE SILVEIRA UTSCH, 92.00, 40/ 18206a, SORAIA LIMA TAVARES, 95.00, 42/ 31512g, GRACIANE FRAGA DA SILVA, 92.50, 43/ 651i, CLARISSA QUEIROZ SOARES, 92.00, 44/ 14852a, FERNANDA PIMENTEL, 91.00, 45/

4.1 Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Técnico em Comunicação Social – área Relações Públicas, de acordo com o subitem 5.3.9 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, dos candidatos que se declararam portadores de deficiência, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 16455a, MAGNO VIEIRA DA SILVA, 108.00, 18/

5. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Enfermeiro – área Enfermagem Geral, de acordo com o subitem 5.4.5 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, ESTUDO DE CASO, CLASS 13471f, ANDRESA DA CUNHA SUARES, 40.03, 1/ 13327j, ANA PATRICIA CARVALHO PEDRA, 33.43, 2/ 18493h, VANESSA ZUMPICHIATTI DE C RODRI-GUES, 33.48, 3/ 18158e, SIMONE BEATRIZ DE OLI-VEIRA FERNANDES, 33.13, 4/ 16040e, LEILA LOPES MIZOKAMI, 33.90, 5/ 14259b, DANIELLE OSHIRO AFONSO DE ALMEIDA, 34.00, 6/ 41550j, ADRIANA DE ANDRADE E SILVA, 33.25, 7/

6. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Enfermeiro – área Enfermagem do Trabalho, de acordo com o subitem 5.4.5 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, ESTUDO DE CASO, CLASS 17487h, PRISCILLA DE BORBA GOMES, 43.00, 1/ 42604a, LUCIANA ARDER SANTOS MEDEIROS, 45.00, 2/ 759g, JUCILENE BALDUINO DE OLIVEIRA, 34.00, 3/ 43515g, ZELINDA STEIGER, 33.00, 4/

7. Resultado provisório na Prova 2 – Discursiva para o cargo de Analista Legislativo – Contador, de acordo com o subitem 5.5.3 do Capítulo XI do Edital nº 8/2007, em ordem decrescente de pontuação:

NÚMERO, NOME, DISCURSIVA, CLASS 33696i, MARIANGELA LOBATO CORREIA VEIGA, 30.75, 1/ 17500g, PRISCILLA TERESINHA PYRRHO DE S SIL-VA, 22.25, 2/ 14610j, EMANOEL CARLOS CELESTINO, 24.50, 3/ 16523c, MARCELO JOSE CRUZ PAIVA, 21.25,

4/ 15690f, JOSE LUIZ ALVES DA SILVA, 26.25, 5/ 14334a, DELVECHIO DE SOUZA PEREIRA, 24.00, 6/ 13794h, CARLOS EDUARDO DOS REIS, 24.75, 7/ 38022c, BEN-TO RODRIGO PEREIRA MONTEIRO, 24.75, 7/ 14974d, FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO MARQUES, 23.37, 9/ 12892c, ADAILTON ANTONIO DA SILVA, 25.00, 10/ 17708i, RENATO LIMA CAVALCANTE, 21.62, 11/ 16739d, MARIA DA CONCEICAO FELIX DE FRANCA, 22.50, 12/ 15264k, HENRIQUE CINTRA RIBEIRO, 24.25, 13/ 666k, DARLON LEAO VIANA, 28.25, 14/ 17958j, RUBEN GUSTA-VO HENTGES, 26.00, 15/ 14052b, CLAYTON FERREIRA DA SILVA, 25.50, 16/ 14779f, FABRICIO ALVES VIEIRA, 24.50, 16/ 41789a, CALISTRO JOSE DE MARIA, 24.50, 16/ 13156i, ALLAN ROCHA DE SEIXAS, 22.50, 19/ 16394g, LUIZ ANTONIO TEOFILO, 26.25, 20/ 17092g, MIRIAM LUCIA DE AZEVEDO, 23.50, 21/ 17350c, PATRIOLINO AUGUSTO LEITE, 28.75, 22/ 16976g, MARTA NOUGUE ROBERTELLI FERREIRA, 21.87, 23/ 18504i, VANILDO DA CUNHA MENEZES, 22.50, 24/ 16056i, LEONARDO ALVES MENDES, 21.25, 25/ 13990h, CLARISSA GON-CALVES RODRIGUES, 21.00, 26/ 13009g, ALDO FREI-TAS DA SILVA, 21.75, 27/ 16208f, LOURIVANDO RO-DRIGUES FERREIRA, 21.50, 28/ 14638j, ERICA MARIA PAULINO PAIVA, 23.50, 29/ 16554c, MARCIA CRISTINA OLIVEIRA FONSECA, 23.25, 30/ 16229c, LUCI APARE-CIDA FERREIRA CAIXETA, 24.00, 31/ 18449e, VALMIR ALVES FERREIRA DA SILVA, 23.00, 31/ 16644d, MAR-COS CESAR DE FARIAS MOGNATTI, 21.00, 33/ 16663h, MARCOS ROGERIO DOS SANTOS, 23.00, 34/ 17197j, NEUTON COSTA BATISTA, 22.00, 34/ 17057e, MICHE-LINE MOURA DE SOUZA, 21.25, 36/

8. Os critérios de correção das Provas Discursi-vas para o cargo de Analista Legislativo – atribuição Médico – áreas: Psiquiatria, Clínica Médica e Medici-na do Trabalho; atribuição Técnico em Comunicação Social – área Relações Públicas; atribuição Enfer-meiro – áreas: Enfermagem Geral e Enfermagem do Trabalho e atribuição Contador estarão disponíveis no site www.concursosfss.com.br a partir da publicação deste Edital.

9. Os recursos referentes aos resultados das provas e/ou solicitação de vista da Prova Discursiva deverão ser interpostos no prazo de dois dias subse-qüentes a essa publicação e remetidos ao Serviço de Atendimento ao Candidato – SAC da Fundação Carlos Chagas, Ref. Câmara dos Deputados – 2º GRUPO, Av. Prof. Francisco Morato, 1565 – Jardim Guedala – São Paulo – SP – CEP 05513-900, pelos correios, via SEDEX.

Yara Lopes Depieri, Diretora.

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MESA DIRETORAPresidente:ARLINDO CHINAGLIA - PT - SP1º Vice-Presidente:NARCIO RODRIGUES - PSDB - MG2º Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE1º Secretário:OSMAR SERRAGLIO - PMDB - PR2º Secretário:CIRO NOGUEIRA - PP - PI3º Secretário:WALDEMIR MOKA - PMDB - MS4º Secretário:JOSÉ CARLOS MACHADO - DEM - SE1º Suplente de Secretário:MANATO - PDT - ES2º Suplente de Secretário:ARNON BEZERRA - PTB - CE3º Suplente de Secretário:ALEXANDRE SILVEIRA - PPS - MG4º Suplente de Secretário:DELEY - PSC - RJ

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Bloco PMDB, PSC, PTCLíder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes:Edinho Bez, Elcione Barbalho, Fátima Pelaes, Lelo Coimbra,Leonardo Quintão, Maria Lúcia Cardoso, Natan Donadon, TadeuFilippelli, Vital do Rêgo Filho, Bernardo Ariston, Colbert Martins,Edson Ezequiel, Cezar Schirmer, Celso Maldaner, Filipe Pereira,Hugo Leal, Francisco Rossi, Rita Camata, Marcelo GuimarãesFilho, Darcísio Perondi, Mauro Benevides, Pedro Novais, MendesRibeiro Filho, Eunício Oliveira e Rocha Loures.

PTLíder: MAURÍCIO RANDS

Vice-Líderes:Andre Vargas, Anselmo de Jesus, Carlos Zarattini, DalvaFigueiredo, Décio Lima, Domingos Dutra, Elismar Prado, EudesXavier, Magela, Iriny Lopes, José Eduardo Cardozo, JosephBandeira, Leonardo Monteiro, Marco Maia, Nazareno Fonteles,Nelson Pellegrino, Reginaldo Lopes, Vicentinho, TarcísioZimmermann e Devanir Ribeiro.

Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRBLíder: PAULO PEREIRA DA SILVA

Vice-Líderes:Márcio França (1º Vice), Rodrigo Rollemberg, Dr. Ubiali, ManoelJunior, Rogério Marinho, Ribamar Alves, Marcelo Serafim, CiroGomes, Silvio Costa, Reinaldo Nogueira, Miro Teixeira, BrizolaNeto, Barbosa Neto, Mário Heringer, Marcos Medrado, RenildoCalheiros, Flávio Dino e Perpétua Almeida.

DEMLíder: ONYX LORENZONI

Vice-Líderes:Antonio Carlos Magalhães Neto (1º Vice), Guilherme Campos,José Carlos Aleluia, Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion, RobertoMagalhães, Claudio Cajado, André de Paula, Marcio Junqueira,João Oliveira, Fernando de Fabinho, Paulo Bornhausen, Indio daCosta, Eduardo Sciarra e Dr. Pinotti.

PSDBLíder: ANTONIO CARLOS PANNUNZIO

Vice-Líderes:Leonardo Vilela (1º Vice), Arnaldo Madeira, Bruno Rodrigues,

Carlos Brandão, Emanuel Fernandes, Gustavo Fruet, JutahyJunior, Lobbe Neto, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Paulo RenatoSouza, Raimundo Gomes de Matos, Rodrigo de Castro, VanderleiMacris e Eduardo Gomes.

PRLíder: LUCIANO CASTRO

Vice-Líderes:José Carlos Araújo (1º Vice), Aelton Freitas, Gorete Pereira,Sandro Mabel, Vicentinho Alves, José Rocha, Lincoln Portela, LeoAlcântara, Lucenira Pimentel, Maurício Quintella Lessa e Dr.Adilson Soares.

PPLíder: MÁRIO NEGROMONTE

Vice-Líderes:Benedito de Lira (1º Vice), Antonio Cruz, José Linhares, LuizFernando Faria, Pedro Henry, Rebecca Garcia, Ricardo Barros,Roberto Balestra (Licenciado), Simão Sessim, Vadão Gomes eVilson Covatti.

PTBLíder: JOVAIR ARANTES

Vice-Líderes:Sérgio Moraes (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, Pastor ManoelFerreira, Armando Abílio e Paes Landim.

PVLíder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes:Edson Duarte, Roberto Santiago, Antônio Roberto e José PauloTóffano.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Geraldo Thadeu eRaul Jungmann.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PSOLRepr.:

PHSRepr.: MIGUEL MARTINI

PTdoBRepr.: VINICIUS CARVALHO

PRTBRepr.: JUVENIL

Liderança do GovernoLíder: HENRIQUE FONTANA

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Wilson Santiago, Milton Monti e RicardoBarros.

Liderança da MinoriaLíder: ZENALDO COUTINHO

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAngela Portela - PTEdio Lopes - PMDBFrancisco Rodrigues - DEMLuciano Castro - PRMarcio Junqueira - DEMMaria Helena - PSBNeudo Campos - PPUrzeni Rocha - PSDB

AmapáDalva Figueiredo - PTDavi Alcolumbre - DEMEvandro Milhomen - PCdoBFátima Pelaes - PMDBJanete Capiberibe - PSBJurandil Juarez - PMDBLucenira Pimentel - PRSebastião Bala Rocha - PDT

ParáAsdrubal Bentes - PMDBBel Mesquita - PMDBBeto Faro - PTElcione Barbalho - PMDBGerson Peres - PPGiovanni Queiroz - PDTJader Barbalho - PMDBLira Maia - DEMLúcio Vale - PRNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTVic Pires Franco - DEMWandenkolk Gonçalves - PSDBWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PMDB

AmazonasÁtila Lins - PMDBCarlos Souza - PPMarcelo Serafim - PSBPraciano - PTRebecca Garcia - PPSabino Castelo Branco - PTBSilas Câmara - PSCVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAnselmo de Jesus - PTEduardo Valverde - PTErnandes Amorim - PTBLindomar Garçon - PVMarinha Raupp - PMDBMauro Nazif - PSBMoreira Mendes - PPSNatan Donadon - PMDB

AcreFernando Melo - PTFlaviano Melo - PMDBGladson Cameli - PPHenrique Afonso - PTIlderlei Cordeiro - PPSNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBSergio Petecão - PMN

TocantinsEduardo Gomes - PSDBJoão Oliveira - DEMLaurez Moreira - PSBLázaro Botelho - PP

Moises Avelino - PMDBNilmar Ruiz - DEMOsvaldo Reis - PMDBVicentinho Alves - PR

MaranhãoCarlos Brandão - PSDBCleber Verde - PRBClóvis Fecury - DEMDavi Alves Silva Júnior - PDTDomingos Dutra - PTFlávio Dino - PCdoBGastão Vieira - PMDBJulião Amin - PDTNice Lobão - DEMPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBPinto Itamaraty - PSDBProfessor Setimo - PMDBRibamar Alves - PSBRoberto Rocha - PSDBSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBWaldir Maranhão - PP

CearáAníbal Gomes - PMDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBChico Lopes - PCdoBCiro Gomes - PSBEudes Xavier - PTEugênio Rabelo - PPEunício Oliveira - PMDBFlávio Bezerra - PMDBGorete Pereira - PRJosé Airton Cirilo - PTJosé Guimarães - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLeo Alcântara - PRManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PRMauro Benevides - PMDBPaulo Henrique Lustosa - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PRZé Gerardo - PMDB

PiauíAlberto Silva - PMDBÁtila Lira - PSBB. Sá - PSBCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - DEMMarcelo Castro - PMDBMussa Demes - DEMNazareno Fonteles - PTOsmar Júnior - PCdoBPaes Landim - PTB

Rio Grande do NorteBetinho Rosado - DEMFábio Faria - PMNFátima Bezerra - PTFelipe Maia - DEMHenrique Eduardo Alves - PMDBJoão Maia - PRRogério Marinho - PSBSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBDamião Feliciano - PDTEfraim Filho - DEM

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Luiz Couto - PTManoel Junior - PSBMarcondes Gadelha - PSBRômulo Gouveia - PSDBVital do Rêgo Filho - PMDBWalter Brito Neto - PRBWellington Roberto - PRWilson Braga - PMDBWilson Santiago - PMDB

PernambucoAna Arraes - PSBAndré de Paula - DEMArmando Monteiro - PTBBruno Araújo - PSDBBruno Rodrigues - PSDBCarlos Eduardo Cadoca - PSCCarlos Wilson - PTEdgar Moury - PMDBEduardo da Fonte - PPFernando Coelho Filho - PSBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PRJosé Chaves - PTBJosé Mendonça Bezerra - DEMMarcos Antonio - PRBMaurício Rands - PTPaulo Rubem Santiago - PDTPedro Eugênio - PTRaul Henry - PMDBRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRoberto Magalhães - DEMSilvio Costa - PMNWolney Queiroz - PDT

AlagoasAugusto Farias - PTBBenedito de Lira - PPCarlos Alberto Canuto - PMDBCristiano Matheus - PMDBFrancisco Tenorio - PMNGivaldo Carimbão - PSBJoaquim Beltrão - PMDBMaurício Quintella Lessa - PROlavo Calheiros - PMDB

SergipeAlbano Franco - PSDBEduardo Amorim - PSCIran Barbosa - PTJackson Barreto - PMDBJerônimo Reis - DEMJosé Carlos Machado - DEMMendonça Prado - DEMValadares Filho - PSB

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - DEMClaudio Cajado - DEMColbert Martins - PMDBDaniel Almeida - PCdoBEdigar Mão Branca - PVEdson Duarte - PVFábio Souto - DEMFélix Mendonça - DEMFernando de Fabinho - DEMGuilherme Menezes - PTJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PRJoão Leão - PPJorge Khoury - DEM

José Carlos Aleluia - DEMJosé Carlos Araújo - PRJosé Rocha - PRJoseph Bandeira - PTJusmari Oliveira - PRJutahy Junior - PSDBLídice da Mata - PSBLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - DEMMarcelo Guimarães Filho - PMDBMarcos Medrado - PDTMário Negromonte - PPMaurício Trindade - PRNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - DEMRoberto Britto - PPSérgio Barradas Carneiro - PTSérgio Brito - PDTSeveriano Alves - PDTTonha Magalhães - PRUldurico Pinto - PMNVeloso - PMDBWalter Pinheiro - PTZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAelton Freitas - PRAlexandre Silveira - PPSAntônio Andrade - PMDBAntônio Roberto - PVAracely de Paula - PRBilac Pinto - PRBonifácio de Andrada - PSDBCarlos Melles - DEMCarlos Willian - PTCCiro Pedrosa - PVEdmar Moreira - DEMEduardo Barbosa - PSDBElismar Prado - PTFábio Ramalho - PVFernando Diniz - PMDBGeorge Hilton - PPGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHumberto Souto - PPSJaime Martins - PRJairo Ataide - DEMJô Moraes - PCdoBJoão Bittar - DEMJoão Magalhães - PMDBJosé Fernando Aparecido de Oliveira - PVJosé Santana de Vasconcellos - PRJúlio Delgado - PSBJuvenil - PRTBLael Varella - DEMLeonardo Monteiro - PTLeonardo Quintão - PMDBLincoln Portela - PRLuiz Fernando Faria - PPMárcio Reinaldo Moreira - PPMarcos Montes - DEMMaria do Carmo Lara - PTMaria Lúcia Cardoso - PMDBMário de Oliveira - PSCMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBMiguel Corrêa Jr. - PTMiguel Martini - PHSNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PT

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Paulo Abi-ackel - PSDBPaulo Piau - PMDBRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PTRodrigo de Castro - PSDBSaraiva Felipe - PMDBVirgílio Guimarães - PTVitor Penido - DEM

Espírito SantoCamilo Cola - PMDBIriny Lopes - PTJurandy Loureiro - PSCLelo Coimbra - PMDBLuiz Paulo Vellozo Lucas - PSDBManato - PDTNeucimar Fraga - PRRita Camata - PMDBRose de Freitas - PMDBSueli Vidigal - PDT

Rio de JaneiroAlexandre Santos - PMDBAndreia Zito - PSDBArnaldo Vianna - PDTAyrton Xerez - DEMBernardo Ariston - PMDBBrizola Neto - PDTCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLChico D'angelo - PTCida Diogo - PTDeley - PSCDr. Adilson Soares - PREdmilson Valentim - PCdoBEdson Ezequiel - PMDBEdson Santos - PTEduardo Cunha - PMDBEduardo Lopes - PSBFelipe Bornier - PHSFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFilipe Pereira - PSCGeraldo Pudim - PMDBHugo Leal - PSCIndio da Costa - DEMJair Bolsonaro - PPJorge Bittar - PTLeandro Sampaio - PPSLéo Vivas - PRBLeonardo Picciani - PMDBLuiz Sérgio - PTMarcelo Itagiba - PMDBMarina Maggessi - PPSMiro Teixeira - PDTNeilton Mulim - PRNelson Bornier - PMDBOtavio Leite - PSDBPastor Manoel Ferreira - PTBRodrigo Maia - DEMRogerio Lisboa - DEMSandro Matos - PRSilvio Lopes - PSDBSimão Sessim - PPSolange Almeida - PMDBSolange Amaral - DEMSuely - PRVinicius Carvalho - PTdoB

São PauloAbelardo Camarinha - PSBAldo Rebelo - PCdoBAline Corrêa - PP

Antonio Bulhões - PMDBAntonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBAntonio Palocci - PTArlindo Chinaglia - PTArnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Jardim - PPSArnaldo Madeira - PSDBBeto Mansur - PPCândido Vaccarezza - PTCarlos Sampaio - PSDBCarlos Zarattini - PTCelso Russomanno - PPCláudio Magrão - PPSClodovil Hernandes - PRDevanir Ribeiro - PTDr. Nechar - PVDr. Pinotti - DEMDr. Talmir - PVDr. Ubiali - PSBDuarte Nogueira - PSDBEdson Aparecido - PSDBEmanuel Fernandes - PSDBFernando Chucre - PSDBFrancisco Rossi - PMDBFrank Aguiar - PTBGuilherme Campos - DEMIvan Valente - PSOLJanete Rocha Pietá - PTJilmar Tatto - PTJoão Dado - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - DEMJorginho Maluly - DEMJosé Aníbal - PSDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Genoíno - PTJosé Mentor - PTJosé Paulo Tóffano - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciana Costa - PRLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMárcio França - PSBMichel Temer - PMDBMilton Monti - PRNelson Marquezelli - PTBPaulo Maluf - PPPaulo Pereira da Silva - PDTPaulo Renato Souza - PSDBPaulo Teixeira - PTRegis de Oliveira - PSCReinaldo Nogueira - PDTRenato Amary - PSDBRicardo Berzoini - PTRicardo Izar - PTBRicardo Tripoli - PSDBRoberto Santiago - PVSilvinho Peccioli - DEMSilvio Torres - PSDBVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PRVanderlei Macris - PSDBVicentinho - PTWalter Ihoshi - DEMWilliam Woo - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTCarlos Bezerra - PMDB

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Eliene Lima - PPHomero Pereira - PRPedro Henry - PPThelma de Oliveira - PSDBValtenir Pereira - PSBWellington Fagundes - PR

Distrito FederalAugusto Carvalho - PPSJofran Frejat - PRLaerte Bessa - PMDBMagela - PTOsório Adriano - DEMRodovalho - DEMRodrigo Rollemberg - PSBTadeu Filippelli - PMDB

GoiásCarlos Alberto Leréia - PSDBChico Abreu - PRÍris de Araújo - PMDBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBMarcelo Melo - PMDBPedro Chaves - PMDBPedro Wilson - PTProfessora Raquel Teixeira - PSDBRonaldo Caiado - DEMRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PRTatico - PTB

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPDagoberto - PDTGeraldo Resende - PMDBNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDBWaldir Neves - PSDB

ParanáAbelardo Lupion - DEMAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PRAlex Canziani - PTBAlfredo Kaefer - PSDBAndre Vargas - PTAngelo Vanhoni - PTAssis do Couto - PTBarbosa Neto - PDTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PRDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTEduardo Sciarra - DEMGiacobo - PRGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBLuciano Pizzatto - DEMLuiz Carlos Hauly - PSDBLuiz Carlos Setim - DEMMarcelo Almeida - PMDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOsmar Serraglio - PMDBRatinho Junior - PSC

Ricardo Barros - PPRocha Loures - PMDBTakayama - PSC

Santa CatarinaAngela Amin - PPCarlito Merss - PTCelso Maldaner - PMDBDécio Lima - PTDjalma Berger - PSBEdinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PSDBJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJosé Carlos Vieira - DEMNelson Goetten - PRPaulo Bornhausen - DEMValdir Colatto - PMDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAfonso Hamm - PPBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBClaudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEnio Bacci - PDTGermano Bonow - DEMHenrique Fontana - PTIbsen Pinheiro - PMDBJosé Otávio Germano - PPLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPLuiz Carlos Busato - PTBManuela D'ávila - PCdoBMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMendes Ribeiro Filho - PMDBNelson Proença - PPSOnyx Lorenzoni - DEMPaulo Pimenta - PTPaulo Roberto - PTBPepe Vargas - PTPompeo de Mattos - PDTProfessor Ruy Pauletti - PSDBRenato Molling - PPSérgio Moraes - PTBTarcísio Zimmermann - PTVieira da Cunha - PDTVilson Covatti - PP

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Marcos Montes (DEM)1º Vice-Presidente: Assis do Couto (PT)2º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)3º Vice-Presidente: Dilceu Sperafico (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB21 vagas 21 vagas

PSDB/DEM/PPS12 vagas 12 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN6 vagas 6 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 3216-6403/6404/6406FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Vanessa Grazziotin (PCdoB)1º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Sebastião Bala Rocha (PDT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB11 vagas 11 vagas

PSDB/DEM/PPS6 vagas 6 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagasSecretário(a): Iara Araújo Alencar AiresLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Julio Semeghini (PSDB)1º Vice-Presidente: José Rocha (PR)2º Vice-Presidente: Paulo Bornhausen (DEM)3º Vice-Presidente: Bilac Pinto (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB21 vagas 21 vagas

PSDB/DEM/PPS12 vagas 12 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN6 vagas 6 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPresidente: Leonardo Picciani (PMDB)1º Vice-Presidente: Mendes Ribeiro Filho (PMDB)2º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)3º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB32 vagas 32 vagas

PSDB/DEM/PPS18 vagas 18 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN8 vagas 8 vagas

PV2 vagas 2 vagas

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Cezar Silvestri (PPS)1º Vice-Presidente: Carlos Sampaio (PSDB)2º Vice-Presidente: Giacobo (PR)3º Vice-Presidente: Walter Ihoshi (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB11 vagas 11 vagas

PSDB/DEM/PPS6 vagas 6 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Wellington Fagundes (PR)1º Vice-Presidente: Albano Franco (PSDB)2º Vice-Presidente: Antônio Andrade (PMDB)3º Vice-Presidente: Vanderlei Macris (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN2 vagas 2 vagas

PHS1 vaga 1 vagaSecretário(a): Lin Israel Costa dos SantosLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Zezéu Ribeiro (PT)1º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)2º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)3º Vice-Presidente: Edson Santos (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagasSecretário(a): Romulo de Sousa MesquitaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Luiz Couto (PT)1º Vice-Presidente:

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2º Vice-Presidente: Pedro Wilson (PT)3º Vice-Presidente: Pastor Manoel Ferreira (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB9 vagas 9 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN2 vagas 2 vagas

PHS1 vaga 1 vaga

PRB1 vaga 1 vagaSecretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6571FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Maria do Rosário (PT)2º Vice-Presidente: Frank Aguiar (PTB)3º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB17 vagas 17 vagas

PSDB/DEM/PPS10 vagas 10 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Iracema MarquesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Virgílio Guimarães (PT)1º Vice-Presidente: Eduardo Cunha (PMDB)2º Vice-Presidente: Antonio Palocci (PT)3º Vice-Presidente: Pedro Eugênio (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB17 vagas 17 vagas

PSDB/DEM/PPS10 vagas 10 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Celso Russomanno (PP)1º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)2º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)3º Vice-Presidente: Leonardo Quintão (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB11 vagas 11 vagas

PSDB/DEM/PPS6 vagas 6 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagas

Secretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Eduardo Amorim (PSC)1º Vice-Presidente: Carlos Willian (PTC)2º Vice-Presidente: Silvio Lopes (PSDB)3º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN2 vagas 2 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Miriam Cristina Gonçalves QuintasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: Nilson Pinto (PSDB)1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM)2º Vice-Presidente: Ricardo Tripoli (PSDB)3º Vice-Presidente: Gervásio Silva (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN2 vagas 2 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: José Otávio Germano (PP)1º Vice-Presidente: Eduardo Valverde (PT)2º Vice-Presidente: Neudo Campos (PP)3º Vice-Presidente: Vitor Penido (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB16 vagas 16 vagas

PSDB/DEM/PPS9 vagas 9 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Vieira da Cunha (PDT)1º Vice-Presidente: Marcondes Gadelha (PSB)2º Vice-Presidente: José Mendonça Bezerra (DEM)3º Vice-Presidente: Augusto Carvalho (PPS)Titulares Suplentes

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PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB16 vagas 16 vagas

PSDB/DEM/PPS9 vagas 9 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Fernando Luiz Cunha RochaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: João Campos (PSDB)1º Vice-Presidente: Pinto Itamaraty (PSDB)2º Vice-Presidente: Raul Jungmann (PPS)3º Vice-Presidente: Laerte Bessa (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN2 vagas 2 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM)1º Vice-Presidente: Alceni Guerra (DEM)2º Vice-Presidente: Ribamar Alves (PSB)3º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB17 vagas 17 vagas

PSDB/DEM/PPS10 vagas 10 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Wagner Soares PadilhaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)1º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)2º Vice-Presidente: Wilson Braga (PMDB)3º Vice-Presidente: Paulo Rocha (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB13 vagas 13 vagas

PSDB/DEM/PPS8 vagas 8 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de Araújo

Local: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Lídice da Mata (PSB)1º Vice-Presidente: Brizola Neto (PDT)2º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT)3º Vice-Presidente: Fábio Faria (PMN)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB10 vagas 10 vagas

PSDB/DEM/PPS6 vagas 6 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN3 vagas 3 vagasSecretário(a): James Lewis Gorman JuniorLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6831 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Eliseu Padilha (PMDB)1º Vice-Presidente: José Santana de Vasconcellos (PR)2º Vice-Presidente: Mauro Lopes (PMDB)3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB16 vagas 16 vagas

PSDB/DEM/PPS9 vagas 9 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN4 vagas 4 vagas

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE "ACRESCENTA AALÍNEA (E) AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL", INSTITUINDO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE

OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAISPRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAISOU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU

OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTASBRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU

ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM.Presidente: Décio Lima (PT)1º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS)2º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)3º Vice-Presidente: Chico Alencar (PSOL)Relator: José Otávio Germano (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Andrade Fernando FerroBilac Pinto Lincoln PortelaDécio Lima Mendes Ribeiro FilhoElismar Prado Sabino Castelo BrancoFrank Aguiar 5 vagasHenrique FontanaJosé Otávio GermanoLuiz BittencourtNelson Trad

PSDB/DEM/PPS

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Albano Franco Leandro SampaioArnaldo Jardim Professora Raquel TeixeiraMarcos Montes 3 vagasOtavio Leite1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMarcelo Serafim João DadoVanessa Grazziotin 1 vaga

PVEdigar Mão Branca 1 vaga

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6218 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22-A, DE

1999, DO SENHOR ENIO BACCI, QUE "AUTORIZA ODIVÓRCIO APÓS 1 (UM) ANO DE SEPARAÇÃO DE FATO OUDE DIREITO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", ALTERANDO O

DISPOSTO NO ARTIGO 226, § 6º, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL.

Presidente: José Carlos Araújo (PR)1º Vice-Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)2º Vice-Presidente: Geraldo Pudim (PMDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Joseph Bandeira (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angela PortelaCândido Vaccarezza Carlos ZarattiniGeraldo Pudim Luciano CastroJosé Carlos Araújo Mendes Ribeiro FilhoJoseph Bandeira Reginaldo LopesMarcelo Guimarães Filho Roberto BrittoMaria Lúcia Cardoso 3 vagasRebecca GarciaSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Bonifácio de AndradaFernando Coruja Otavio LeiteJutahy Junior 3 vagasMendonça PradoRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNValadares Filho 2 vagasWolney Queiroz

PVRoberto Santiago 1 vaga

PSOLLuciana Genro Chico AlencarSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE

2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS

PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS".Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Afonso Hamm Arnon BezerraArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeFernando Melo Fernando FerroIriny Lopes Francisco RossiLaerte Bessa José GuimarãesMarcelo Itagiba Leonardo PiccianiNelson Pellegrino Lincoln PortelaNeucimar Fraga 2 vagasVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSJairo Ataide Alexandre SilveiraMendonça Prado Ayrton XerezRaul Jungmann Edson AparecidoRodrigo de Castro Pinto ItamaratyWilliam Woo 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Sueli VidigalJoão Dado 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6203 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE

2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AOPARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OSATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS

NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI.Presidente: Sandro Mabel (PR)1º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP)3º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT)Relator: João Matos (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Dr. RosinhaJoão Matos João Carlos BacelarJosé Genoíno Luiz BassumaLeonardo Quintão Moacir MichelettoNelson Bornier Nelson MeurerRoberto Balestra (Licenciado) Nelson TradSandro Mabel Odair CunhaTarcísio Zimmermann Regis de Oliveira

PSDB/DEM/PPSGervásio Silva Carlos Alberto LeréiaHumberto Souto Raul JungmannJoão Campos Zenaldo CoutinhoJorge Tadeu Mudalen 2 vagasWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Djalma BergerGonzaga Patriota Valadares Filho

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483-A, DE

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2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 89 DOATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

TRANSITÓRIAS", INCLUINDO OS SERVIDORES PÚBLICOS,CIVIS E MILITARES, CUSTEADOS PELA UNIÃO ATÉ 31 DE

DEZEMBRO DE 1991, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL DO EX - TERRITÓRIO FEDERAL

DE RONDÔNIA.Presidente: Mauro Nazif (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Lucenira PimentelEduardo Valverde Marcelo MeloErnandes Amorim Sabino Castelo BrancoFátima Pelaes Valdir ColattoGorete Pereira Zequinha MarinhoMarinha Raupp 4 vagasNatan DonadonRebecca Garcia1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo BarbosaMoreira Mendes Ilderlei CordeiroUrzeni Rocha 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Sebastião Bala RochaMauro Nazif 1 vaga

PVLindomar Garçon Antônio Roberto

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6204/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTAPRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS,

DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIARDAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA".

Presidente: Vander Loubet (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: José Mentor (PT)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angelo VanhoniDécio Lima Eliene LimaJair Bolsonaro José Otávio GermanoJosé Mentor Marcelo MeloLaerte Bessa Marinha RauppMarcelo Itagiba Paes LandimNeilton Mulim Sandro MabelRegis de Oliveira Valdir ColattoVander Loubet 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Abelardo LupionJoão Campos Carlos SampaioJorginho Maluly Pinto ItamaratyRogerio Lisboa 2 vagasWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Francisco Tenorio Flávio DinoVieira da Cunha João Dado

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO APARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023".Presidente: Júlio Delgado (PSB)1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT)2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB)3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM)Relator: Roberto Santiago (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aline Corrêa

Edgar Moury Carlos AlbertoCanuto

Geraldo Resende vaga do PSDB/DEM/PPS Dr. Adilson SoaresÍris de Araújo Eudes XavierMarco Maia José GuimarãesPedro Eugênio Nelson PellegrinoPedro Henry 3 vagasReinhold Stephanes (Licenciado)Sandro MabelTarcísio Zimmermann

PSDB/DEM/PPSFelipe Maia Andreia ZitoFrancisco Rodrigues Efraim FilhoJosé Aníbal Fernando Chucre

Paulo Renato Souza Fernando deFabinho

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Daniel AlmeidaPaulo Pereira da Silva Sergio Petecão

PVRoberto Santiago Lindomar Garçon

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Valdivino Tolentino Filho

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO

FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E OAPROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRASINDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO

PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL".

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Celso MaldanerBel Mesquita Colbert MartinsDalva Figueiredo Ernandes AmorimEdio Lopes Fernando Ferro

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Eduardo Valverde Homero PereiraJosé Otávio Germano Jurandil JuarezLúcio Vale Paulo RochaMendes Ribeiro Filho Simão SessimPaulo Roberto Vignatti

PSDB/DEM/PPSJoão Almeida Arnaldo JardimMarcio Junqueira Paulo Abi-ackelMoreira Mendes Pinto ItamaratyUrzeni Rocha Waldir NevesVitor Penido 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena João DadoPerpétua Almeida 1 vaga

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO

FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIAELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Presidente: Leandro Sampaio (PPS)1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP)Relator: Carlos Zarattini (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Adão PrettoCarlos Zarattini Carlos Alberto CanutoErnandes Amorim Neudo CamposFernando Ferro Nilson MourãoJackson Barreto Pedro FernandesJoão Pizzolatti Tonha MagalhãesMoises Avelino 3 vagasPedro WilsonVicentinho Alves

PSDB/DEM/PPSEdson Aparecido Arnaldo JardimJosé Carlos Aleluia Augusto CarvalhoLeandro Sampaio Bruno AraújoLuiz Carlos Hauly Fábio SoutoSilvinho Peccioli Fernando de Fabinho

PSB/PDT/PCdoB/PMNAna Arraes Chico LopesSueli Vidigal Dagoberto

PVFábio Ramalho Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6214FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO",ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALORIMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO.Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB)2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Renato Amary (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Alex CanzianiCarlos Eduardo Cadoca Beto MansurJosé Eduardo Cardozo Celso MaldanerJosé Guimarães Celso RussomannoLuiz Bittencourt Edson SantosLuiz Carlos Busato Homero PereiraMarcelo Melo José Airton CiriloMaria do Carmo Lara Joseph BandeiraRicardo Izar Zezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Bruno AraújoAyrton Xerez Cezar SilvestriFernando Chucre Eduardo SciarraJorge Khoury Gervásio SilvaRenato Amary Ricardo Tripoli vaga do PSOL

Solange AmaralPSB/PDT/PCdoB/PMN

Arnaldo Vianna Chico LopesMarcelo Serafim Gonzaga Patriota

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOL

Ivan Valente (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

Secretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6212FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 334, DE 2007, DO SENADOFEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO, PROCESSAMENTO, TRANSPORTE,ARMAZENAGEM, LIQUEFAÇÃO, REGASEIFICAÇÃO,

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL",ALTERANDO A LEI Nº 9.478, DE 1997, NO QUE DIZRESPEITO AO GÁS NATURAL, INCLUINDO O GÁS

CANALIZADO.Presidente: Max Rosenmann (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: João Maia (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Beto MansurBel Mesquita Carlos ZarattiniFernando Ferro Dalva FigueiredoJoão Maia Dr. RosinhaMarcelo Guimarães Filho Geraldo PudimMax Rosenmann João Carlos BacelarNelson Meurer Marinha RauppVander Loubet Paes Landim

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Edson AparecidoArnaldo Madeira João AlmeidaEduardo Sciarra Jorge KhouryJosé Carlos Aleluia Leandro SampaioLuiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Carreira

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PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Edmilson ValentimRodrigo Rollemberg Francisco Tenorio

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Ciro Pedrosa

PSOLIvan Valente 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6205FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3937, DE 2004, DO SR. CARLOS

EDUARDO CADOCA, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.884, DE 11 DEJUNHO DE 1994, QUE TRANSFORMA O CONSELHO

ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE) EMAUTARQUIA, DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E AREPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM

ECONÔMICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Vignatti (PT)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)3º Vice-Presidente: Silvinho Peccioli (DEM)Relator: Ciro Gomes (PSB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAugusto Farias João MaiaCarlos Eduardo Cadoca Marcelo Guimarães FilhoCezar Schirmer Paes LandimEduardo da Fonte Ricardo BarrosEduardo Valverde Vadão GomesJoão Magalhães 4 vagasMiguel Corrêa Jr.Sandro MabelVignatti

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Fernando de FabinhoCezar Silvestri Luiz Paulo Vellozo LucasEfraim Filho Waldir NevesLuiz Carlos Hauly Walter IhoshiSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro Gomes Evandro MilhomenDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

PVAntônio Roberto Dr. Nechar

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Heloisa Pedrosa Diniz.Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216.6201FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI ASDIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO

URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Aline CorrêaChico da Princesa Carlito MerssJackson Barreto Edinho BezJosé Airton Cirilo Gilmar MachadoMauro Lopes Jurandy LoureiroPedro Chaves Jusmari Oliveira

Pedro Eugênio Paulo TeixeiraPedro Fernandes 2 vagasPraciano

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Claudio DiazArnaldo Jardim Fernando ChucreCarlos Sampaio Geraldo ThadeuEduardo Sciarra Nilmar RuizJosé Carlos Vieira Vitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNChico Lopes Julião AminMarcelo Serafim Silvio Costa

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 7.709, DE 2007, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 8.666,DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37,INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA

LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Tadeu Filippelli (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Márcio Reinaldo Moreira (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBJosé EduardoCardozo

Hugo Leal

Márcio ReinaldoMoreira José Santana de Vasconcellos

Milton Monti Lelo CoimbraPaes Landim Leo Alcântara vaga do PSOL

Paulo Teixeira Luiz CoutoPedro Chaves Maurício RandsPepe Vargas Pedro EugênioRita Camata Renato MollingTadeu Filippelli Vital do Rêgo Filho

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Madeira Arnaldo JardimHumberto Souto Bruno AraújoJorge Khoury Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo SciarraLuiz Carlos Hauly Marcos Montes

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Osmar JúniorJulião Amin Valtenir Pereira

PVDr. Talmir Roberto Santiago

PSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO

PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEICOMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000".

(PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC)Presidente: Nelson Meurer (PP)

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1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArmando Monteiro Fátima BezerraEduardo Valverde Gorete PereiraFlaviano Melo Luiz Fernando FariaJosé Pimentel Paes LandimLeonardo Quintão Rocha LouresLúcio Vale 4 vagasMauro BenevidesNelson Meurer(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Claudio DiazAugusto Carvalho Silvio LopesMussa Demes 3 vagasZenaldo Coutinho1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Pompeo de Mattos

Arnaldo Vianna (Dep. do PRB ocupa avaga)

Paulo Rubem Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PVFernando Gabeira Edson Duarte

PHSFelipe Bornier Miguel Martini

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6218FAX: 32166225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDBColbert Martins

PTPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackelSecretário(a): Eugênia Kimie Suda Camacho PestanaLocal: Anexo II, CEDI, 1º PisoTelefones: 3216-5600FAX: 3216-5605

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR A REALIDADE DO SISTEMA

CARCERÁRIO BRASILEIRO, COM DESTAQUE PARA ASUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS, CUSTOS SOCIAIS E

ECONÔMICOS DESSES ESTABELECIMENTOS, APERMANÊNCIA DE ENCARCERADOS QUE JÁ CUMPRIRAM

PENA, A VIOLÊNCIA DENTRO DAS INSTITUIÇÕES DOSISTEMA CARCERÁRIO, A CORRUPÇÃO, O CRIME

ORGANIZADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NOS PRESÍDIOS EBUSCAR SOLUÇÕES PARA O EFETIVO CUMPRIMENTO DA

LEI DE EXECUÇÕES PENAIS.Presidente: Neucimar Fraga (PR)1º Vice-Presidente: Bruno Rodrigues (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)Relator: Domingos Dutra (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnaldo Faria de SáCida Diogo José LinharesDomingos Dutra Lincoln PortelaIriny Lopes Luiz CoutoJosé OtávioGermano Mauro Lopes

Jusmari Oliveira Pedro EugênioLuciana Costa (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga)Luiz CarlosBusato

5 vagas

Marcelo ItagibaMaria do CarmoLaraNeucimar FragaRose de Freitas

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alexandre SilveiraBrunoRodrigues João Campos

Carlos Sampaio José Carlos VieiraJorginho Maluly Roberto RochaPaulo Abi-ackel William WooPinto Itamaraty 2 vagasRaul Jungmann

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardoCamarinha

Paulo Rubem Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

FranciscoTenorio

Valtenir Pereira

Pompeo deMattos 2 vagas

PVDr. Talmir Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Sílvio Sousa da SilvaLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (0xx61) 3216-6267/6252FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR AS CAUSAS, AS CONSEQÜÊNCIAS E OS

RESPONSÁVEIS PELA MORTE DE CRIANÇAS INDÍGENASPOR SUBNUTRIÇÃO DE 2005 A 2007.

Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Urzeni Rocha (PSDB)3º Vice-Presidente: Davi Alcolumbre (DEM)Relator: Vicentinho Alves (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Aníbal GomesCarlos Souza Bernardo AristonDr. Rosinha Joaquim BeltrãoEdio Lopes Jusmari OliveiraGeraldo Resende 8 vagasJanete Rocha PietáJoão Magalhães

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José GuimarãesPastor Manoel FerreiraRebecca GarciaVicentinho AlvesVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSDavi Alcolumbre Antonio Carlos Mendes ThameFrancisco Rodrigues Bruno AraújoIlderlei Cordeiro Vanderlei MacrisMarcio Junqueira 4 vagasSebastião MadeiraUrzeni RochaWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto 3 vagasMarcelo SerafimOsmar Júnior

PVEdson Duarte Edigar Mão Branca

PRBCleber Verde 1 vagaSecretário(a): Manoel AlvimLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (0xx61) 3216-6210FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR ESCUTAS TELEFÔNICAS

CLANDESTINAS/ILEGAIS, CONFORME DENÚNCIAPUBLICADA NA REVISTA "VEJA", EDIÇÃO 2022, Nº 33, DE 22

DE AGOSTO DE 2007.Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)1º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)2º Vice-Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB)3º Vice-Presidente: Alexandre Silveira (PPS)Relator: Nelson Pellegrino (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Carlos WillianColbert Martins Laerte BessaHugo Leal Luiz Carlos BusatoIriny Lopes Marcelo MeloLincoln Portela Maurício Quintella LessaLuiz Couto Nelson BornierMarcelo Guimarães Filho Simão SessimMarcelo Itagiba 5 vagasNelson MeurerNelson PellegrinoPaulo PimentaRicardo Barros

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira vaga do PSOL Andreia ZitoFernando de Fabinho Edson AparecidoJoão Campos Francisco RodriguesJorginho Maluly Jorge KhouryMarcio Junqueira Mendonça PradoMarina Maggessi Raul JungmannPaulo Abi-ackel Renato AmaryWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio 3 vagasMarcos Medrado1 vaga

PVSarney Filho Edson Duarte

PSOL(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

1 vaga

Secretário(a): Saulo Augusto PereiraLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-B

Telefones: (0xx61) 3216-6276FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR A APURAÇÃODAS DENÚNCIAS DE ABUSOS SEXUAIS SOFRIDOS PELAADOLESCENTE MANTIDA EM CELA COM 20 HOMENS, NO

MUNICÍPIO DE ABAETETUBA/PA.Coordenador: Luiza Erundina (PSB)Titulares Suplentes

PMDBBel MesquitaElcione Barbalho

PTCida DiogoLuiz CoutoMaria do RosárioZé Geraldo

DEMLira Maia

PSDBZenaldo Coutinho

PRJusmari Oliveira

PSBLuiza ErundinaSecretário(a): Valdivino TolentinoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

GRUPO DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.Coordenador: Cândido Vaccarezza (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio PalocciAsdrubal BentesCândido VaccarezzaJosé MentorMauro BenevidesNelson MarquezelliPaulo MalufRegis de OliveiraRita CamataSandro MabelSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo JardimBruno AraújoBruno RodriguesJosé Carlos AleluiaRicardo Tripoli1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro GomesFlávio DinoMiro Teixeira

PVMarcelo OrtizSecretário(a): Luiz Claudio Alves dos SantosLocal: Anexo II, Ala A, sala 153Telefones: 3215-8652/8FAX: 3215-8657

GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DEPROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITOPENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO

SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS.Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

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Arnaldo Faria de SáJosé Eduardo CardozoMarcelo ItagibaNeucimar FragaVinicius Carvalho

PSDB/DEM/PPSJoão CamposRaul JungmannRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo CamarinhaFlávio DinoVieira da CunhaSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ESTUDAR OREMANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO DAS LIDERANÇAS

PARTIDÁRIAS.Coordenador: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDBOsmar SerraglioVital do Rêgo Filho

PTWalter Pinheiro

PSDBSebastião Madeira

PRLuciano Castro

PPNelson Meurer

PDTMário Heringer

PSCHugo Leal

PMNSilvio CostaSecretário(a): .

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PODER LEGISLATIVO SENADO FEDERAL SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA

SEMESTRAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 58,00 Porte do Correio R$ 488,40 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 546,40

ANUAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 116,00 Porte do Correio R$ 976,80 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 1.092,80

NÚMEROS AVULSOS

Valor do Número Avulso R$ 0,50 Porte Avulso R$ 3,70

ORDEM BANCÁRIA

UG – 020055 GESTÃO – 00001

Os pedidos deverão ser acompanhados de Nota de empenho, a favor do

FUNSEEP ou fotocópia da Guia de Recolhimento da União-GRU, que poderá ser retirada no SITE: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru–simples.asp Código de Recolhimento apropriado e o número de referência: 20815-9 e 00002 e o código da Unidade Favorecida – UG/GESTÃO: 020055/00001 preenchida e quitada no valor correspondente à quantidade de assinaturas pretendidas e enviar a esta Secretaria. OBS: NÃO SERÁ ACEITO CHEQUE VIA CARTA PARA EFETIVAR ASSINATURA DOS DCN’S.

Maiores informações pelo telefone (0XX–61) 3311-3803, FAX: 3311-1053, Serviço de Administração Econômica Financeira/Controle de Assinaturas, falar com, Mourão ou Solange. Contato internet: 3311-4107

SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES PRAÇA DOS TRÊS PODERES, AV. N/2, S/Nº – BRASÍLIA–DF

CNPJ: 00.530.279/0005–49 CEP 70 165–900

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