imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd17abr1982.pdf · repÚblica federativa...
TRANSCRIPT
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
DIÁRIO ACIONAL
SEÇÃO I
ANO XXXVII - N9 040 CAPITAL FEDERAL SABADO, 17 DE ABRIL DE 1982
CÂMARA DOS DEPUTADOSRESOLUÇãO N9 7, DE 1982
Autoriza a Senhora Deputada Júnia Marise a participar de missão cultural no exterior.
Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução:
Art. 19 Fica a Senhora Deputada Júnia Marise autorizada a participar de missão cultural em Manágua,Nicarágua, a partir de 22 de março de 1982.
Art. 29 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Câmara dos Deputados, 15 de abril de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.
RESOLUÇãO N9 8, DE 1982
Dispõe sobre o Estágio para Universitários, e dá outras providências.
Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou, e eu, promulgo a seguinte Resolução:
Art. 19 Na realização do Estágio de que trata o art. 290 do Regimento Interno observar-se-ão as normasconstantes desta Resolução.
Art. 29 Será de uma semana corrida, no máximo, o período de cada estágio, cabendo à Mesa da Câmarados Deputados por proposta do Segundo-Secretário, fixar, no início de cada sessão legislativa, o número de estágiose os períodos em que se efetivarão, observado o limite de um por mês, assim como baixar normas sobre hospedagem,refeições e ajuda-de-custo para os estagiários.
Art. 39 O estágio será realizado nas dependências relativas à área legislativa, obedecerá fi supervisão doSegundo-Secretário, cabendo ao Secretário-Geral da Mesa determinar as atividades respectivas, que compreenderão,entre outras, a realização de palestras, conferências ou seminários sobre o Poder Legislativo, e, em particular, sobrea Câmara dos Deputados e seu funcionamento.
Art. 49 Ao estagiário que cumprir freqüência integral será concedido certificado de participação assinadopelo Presidente e pelo Segundo-Secretário, mediante os elementos fornecidos pela Secretaria Geral da Mesa.
Art. 59 Os candidatos ao estágio serão indicados ao Segundo-Secretário, pelos Deputados, limitado o direitode indicação, anual, a um candidato por Deputado, com antecedência mínima de trinta dias da data do início dorespectivo periodo.
Art. 69 Nas indicações deverá ser observado o seguinte:
I - Só poderão ser indicados estudantes que:
a) ainda não tenham participado do estágio;
b) estiverem cursando os dois últimos anos do curso de qualquer área, em nível de graduação; e
c) forem matriculados. em estabelecimentos de ensino superior situado no Estado a que corresponder aRepresentação do Deputado indicarlte.
2118 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se~ào I) Abril de 1982
II Cada indicação deverá ser feita mediante documento assinado por Deputado e instruída, sob pena deseu não encaminhamento, com o histórico escolar atualizado do candidato, fornecido pelo estabelecimento de ensinosuperior em que estiver matriculado.
Art. 79 F~itas as indicações, com a observância obrigatória do disposto nos artigos 59 e 69, o SegundoSecretário formalizará os convites que, com instruções pormenorizadas sobre as condições do estágio, serão encaminhadosaos reitores ou diretores dos estabelecimentos de ensino superior.
Art. 89 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Câmara dos Deputados, 15 de abril de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.
SUMARIO
1 - ATA DA 3l.a SESSÃO DA 4.a SESSÃO LEGISLATIVA DA46.a LEGISLATURA, EM 16 DE ABRIL DE 1982
I - Abertura da Sessã~
11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anteriorIn - Leitura do Expediente
PROJETOS A IMPRIMIRProjoeto de Lei n.O 5.283-A, de 1981 (Do Sr. Salvador Julia
nelli) - Dispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federale Regionais de Biomedicina e de Biologia; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalhoe Legislação Social, pela aprovação.
PROJETOS APRESENTADOSProj>eto de Lei n.O 6.023, de 1982 (Da Sra. Cristina Tavares)
- Introduz alte'rações no Código Civil Brasileil'o na parte referente ao Estatuto Civil da Mulher.
projeto de Lei n.O 6.0'54, de 1982 (Da Sra. Lúcia Viveiros)- Dispõe sobre abatimentos da renda bruta por ex-combatentes da FEB, para fins de incidência do Imposto de Renda.
Projeto de Lei n.O 6.060, de 1982 (Do Sr. JG de AraújoJorgoe) - Dá nova vedação e acrescenta parágr.afos ao art. 8,.0da Lei n.O 6.978, de 10 de janeiro de 1982, e da outras prOVIdências.
Projeto de Lei n.o 6.062, doe 1982 (Do Sr. Octávio TorrecillaJ_ considera como tempo de efetivo serviço, para efeito deaposentadoria, o exercido na função de Comissário de Menores.
Projeto de Lei n.o 6.063, de 1982 (Do Sr. Rosemburgo Romano) - Isenta d·e cobrança os primeiros 100kw/h consumidosnas residências.
Projeto de Lei n.o 6.064, de. 198!! (Do Sr. Rosemb~rg? Romano) - Dispõe sobre a reallZaçao de concursos publIcos edetermina outras providências.
ProJeto de Lei n.O 6.065, d,e 1982 (Do Sr. Cardoso A}~es)_ Considera de utilidade pública as entidades que especlfl()a,e dá outras providências.
IV - Pequeno ExpedientePAULO TORRES - construção de ramal ferroviário para
escoamento da produção cimenteira de cantagalo, Estado doRio de Janeiro.
NILSON GmSON - Redistribuição da riqueza nacional.TARCíSIO DELGADO - Reforma da constituição pelo
atual Congresso NacionaLJOS:É COSTA - Atuação do Ministro Ibrahim Abi-Ackel.
da Justiça.ALUíZrO BEZERRA - Ação policial contra trabalhadores
rurais em 'Darauacá, Estado do Acre.JOEL FERREIRA - Cober,tura, pelo PROAGRO, das la
vouras prejudicadas por enchentes no Estado do Amazonas.
HARRY SAUER - Financiamento de imóveis usados pelaCaixa Econômica Federal.
mOCl<:NCrO OLIVEIRA - provocação de chuvas artificiaisno sertão do Estado de Pernambuco.
J'OACIL PEREliRA - Reforma da Constituição pelo atualCongresso Nacional.
FRANCISCO LIBARDONI - :Contribuição do preço dos combustiveis e das tarifas dos serviços públicos para o aumento docusto de vida.
GILSON DE BARROS - Dia do índio.PINHEmO MACHADO - Assalto à Agência do Banco Real
de Ta~atinga.Constituição de comissão Parlamentar de Inqué-
rito na Câmara dos Deputados para apurar as causas do indicede criminalidade no Distrito Federal.
GUIDO ARANTES - Administração da Companhia Brasileira de Armazenamento - CIBRAZiEM, no Estado de Goiás.
LÚCIA VIVEIROS - Convocação de Assembléia NacionalConstituinte.
JERôNrMO SANTANA - Concessão de lotes de terras aossoldados da borracha.
AMADEU GEARA - Parecer da Secretaria de Pessoal Civildo DASP a respeito das férias de 60 dias e da gratificaçãode produtividade.
J'ÚNIA MARISE - "Carta do Recife", documento aprovadono IV CongrHsso Brasileiro de Economistas.
CRISTINA TAVARES - Necessidades básicas do Municípiode Triunfo. Estado de Pernambuco.
OARLOS AUGUSTO - Afastamento da Sra. Ida MadeiraCoelho Chagas da função de Representante Oficial da Superintendência Regional do INPS, em sáo Francisco do Piauí,Estado do Piauí.
V - Grande ExpedienteJERôNIMO SANTANA ~ Instituicáo de livre garimpagem
de ouro e cassiterita no Estado de Rondônia.BRABO DE CARVALHO - Repercussões sociais das mo
dificações introduzidas no Sistema Previdenciário brasileiro.
VI - Ordem do DiaJOEL FERREIRA, BORGES DA SILVEffiA. ALFREDO MAR
QUES, RUY CÔDO, JOSÉ FREJAT, MAURíGLO FRUET, ANTôNIO ZAOHARIAS - Apresentação de proposições.
GILSON DE BARROS (Como Líder) - Contexto políticoeleitoral no Estado de Mato Grosso.
JOACIL PEREIRA (Como Líder) - Discurso do DeputadoGilson de Barros como Líder do PMDB na sessão de hojeda Câmara dos Deputados.
TARCíSIO DELGADO (Como Líder) - Utilização dos meiosmodernos de comunicação na ,campanha política.
Projeto d·e Lei n.o 902-A, de 1979, que altera a redaçãoda Lei n.O 3.999, de 15 de dezembro de 196'1, elevando o saláriomínimo dos médicos, cirurgiões-dentistas e auxiliares. (Do Sr.F.ernando Coelho,) Rejeítado.
Projeto de Lei n.o 903-A, de 1979, que dá nova redaçãoao art. 12,5 do Decreto-lei n.o 200, de 25 de fevereiro de 1967,e revoga a alínea a do § 2.0 de seu art. 126. (Do Sr. CantídioSampaio.) Aprovado.
Projeto de Lei n.O 1.8M-A, de 1979, que torna obrigatóriaa participação de representante dos empregados na diretoriadas empresas públicas e sociedade,s de economia mista. (DoSr. Márcio Macedo.) Adiada a votação por cinco sessões.
Projeto de Lei n.o l.818-A, de 1979, que altera o art. 38da Lei n.o 3.807, de 26 de agosto de 1960, com a redação dadapela Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973, passando a vigorarcom a seguinte redação (Lei Orgânica da Previdência Social).mo Sr. Henrique Eduardo Alves,) Rejeitado.
VII - Designação da Ordem do Dia
VnI - Eneerramento2 - ATA DA MESA3 - ATA DAS COl\USSõES4 - MESA (Relação dos membros)5 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS <Relação
dos membros)6 - COM/ES'SõES (Relação dos membros das ComissõeS
Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2"119
PRESIDÊNCIA DOS SRS.:
ATA DA 31.a SESSÃO,
EM 16 DE ABRIL DE 1982
AcreAluízio Bezerra - PMDB; Amilcar de Queiroz - PDS; Wildy
Víanna - PDS.
NELSON MARCHEZAN, Presidente;
JOEL FERREIRA, Suplente de Secretário; eLÚCIA VIVEIROS, Suplente de Secretário.
GoiásAdhemar Santillo - PMDB; Fernando Cunha - PMDB; Itu
rival Nascimento - PMDB; Rezende Monteiro - PDS.
Mato GrossoCarlos Bezerra - PMDB; Cristino Cortes - PDS; Lou'l"em
berg Nunes Rocha - PMDB.
Mato Grosso do SulUbaldo Barém - PDS.
Pa,ranáAlípio Carvalho - PDS; Amadeu Geara - PMDB; Antônio
Mazurek - PDS; Ary Kffuri - PDS; Hélio Duque - PMDB;ítalo Conti - PDS; Mauricio Fruet - PMDB; Norton Macedo- PDS; Paulo Ma'rques - PMDB; Sebastião Rodrigues Júnior- PMDB; VHela de Magalhães - PTB; walber Guimarães -PMDB.
santa CatarinaAdhemar Ghisi - PDS; A!rnaldo SChmitt - PMDB; Artenir
Werner - PDS; Ernesto de Marco - PMDB; Mendes de, Melo- PDS; Nelson Morro - PDS.
Rio Grande do SulAlberto Hoffmann - PDS; Alcebíades de Oliveira - PDS;
Alceu CoUares - PDT; Aldo Fagundes - PMDB; Carlos Chiarelli- PDS; Carlos Santos - PMDB; Eloar Guazelli - PMDB; Getúlio Dias - PDT; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed - PMDB;Odacir Klein - PMDB; Rosa Flore's - PMDB; Victor Faccioni-PDS.
AmapáAntônio Pontes - PDS.
RoraimaHélio campos - PDS; Júlio Martins - PDS.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - A lista de presençaacusa o ,comparecimento de 141 Senhores Deputados.
Está aberta a s'essão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.11 - O SR. NILSON GmSON, servindo como 2.0 -S!ecretário,
procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, semobservações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Passa-se à leitura doeX]:lediente.
A S,RA. LúOIA VIVEIROS, Suplente de Secretário, servindocomo l.°-Secretário, procede à leitura do seguinte
111 - EXPEDIENTE
PDS; João Herculino - PMDB; Jorge Ferraz PMDB; Jo-rg,eVargas - PMDB; Luiz Baccarini - PMDB; Luiz Leal - PMDB;Melo Freire - PMDB; Pimenta da Veiga - PMDB; Raul Bernardo - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; Twrcísio Delgado
PMDB.São Paulo
Airton Sandoval- PMDB; Airton SOaJ~es - PT; Alberto Gold111ann - PMDB; Audálio Dantas - PMDB; Aurélio Peres PMDB; Cantídío Sampaio - PDS; Del Bosco Amaral - PMDB;Israel Dias-Novaes - PMDB; João Cunha - PMDB; Natal Gale- PDS; Octávio 'Torrecilla - PDS; Ruy Côdo - PMDB; Tideide Lima - PMDB.
Rio Grande do NortePDS; Ronaldo Ferreira Dias - PDS.
ParaíbaPDS; Octacílio Queiroz - PMDB; Wilson
Albérico CordeiroCosta - PMDB.
Joacil PereiraBraga - PDS.
João Faustino
Amazonas
Rafael Faraco - PDS; Vivaldo Frota - PDS.
RondôniaJerônimo Santana - PMDB.
Pará
Antônio Amaral - PDS; Jorge Arbage - PDS; Nélio Lobato- PDS.
MaranhãoEdison Lobão - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; Freitas
Diniz -,.. PT; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haickel - PDS; TemÍStocles Teixeira - PDS.
PernambucoCristina Tavares PMDB; Fernando Lyra - PMDB; Ino-
cêncio Oliveira - PDS; Josia.~ Leite - PDS; MarcU's CunhaPMDB; Milvernes Lima - PDS; Nilson Gibson - PDS.
~goas
PDS; Divaldo Suruagy - PDS; José
I - As 13:30 horas comparecem os Senhores:
Nelson MarchezanHaroldo sanfordFreitas NobreFurtado Le1teJoel FerreiraLúcia Viveiros
PiauíLudgero Raulino - PDS; Milton Brandão - PDS.
C,cará
Alfredo Marques - PMDB; Evandro Ayres de Moura - PDS;Iranildo P,ereira PMDB; Marcelo Linhares - PDS; PauloStudart - PDS.
SergipeAntônio Valadares - PDS; Raymundo Diniz - PDS.
BahiaAngelo Magalhães - PDS; Djalma Bessa - PDS; Elquisson
Soares - PMDB; Francisco Benjamim - PDS; Francis'co Pinto- PMDB; João Alves - PDS; Leur Lomanto - PDS; Ney Ferreira - PDS; Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PDS.
Espírito SantoChristiano Dias Lopes - PDS; Feu Rosa - PDS; Walter de
Prá - PDS.Rio de Janeiro
celso Peçanha - PTB; Daniel Silva - PMDB; Daso Coimbra- PMDB; Délio dos santos - PMDB; Florim COutinho - PTB;JG de Araújo Jorge - PDT; José Bruno - PMDB; José Frejat- PDT; José Maurício - PDT; Leônidas Sampaio - PMDB;MarceUo Cerq.ueira - PMDB; Paulo Torres - PMDB; Walte'l"Silva - PMDB.
Mina'S Gerais
Altair Chagas - PDS; Bento Gonçalves - PMDB; Bonifáciode Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; Delson SCarano -
PROJETO DE LEI N.o 5.283-A, DE 1981
(i))O Sr. Salvador Julianelli)Dispõe sobre o desmembramento dos C'Onselhos Fe
deral e Regionais de Biomedicina le 'de Biologia; tendopareceres: da ,comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e,da Comissiode Trabalho e !Legislação Social, pela aprovação.
(IPiOO1eto de Lei n.O 5.283, de 1981, a que se referemos pareceres.)r
O Congresso Nacional dec'reta:'AJrt. 1.0 lPass'am a cons,tituir autarquias, federais autônomas,
vincula,das ao Ministério do Tralbalho, os ConSelhos Federa.l t1Re'gionais de Biomed'icina e de Biologia, cri3idos pela Lei n.o 6.684,de 3 de setembro de 1,979.
!Art,. 2." Aplicam-se a cada um dos Conse,lho' Federa-l e respectivos Conselhos Regionais desmembrados pÚ'r esta Lei, asllQrmas prevista:s no Capi,tulo lU da Lei TI.O 6.684, de 3 de setembrode 197'9, que não contra'riarem o caráter de autonO'lllia dessasautalliquias.
2120 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Art. 3.° O Poder Executivo, ouvido o Ministério do Trabalho,regulamentará esta, lei no prazo de 60 (seSSlenta) dias.
Art. 4.° Esta Lei 'entra ,em vigor 1Ul. data de sua publicação.Art. 5,0 [Revogam-se as disposições em contrário.
J 118tificaçáoAtendendo à premente necessidllJde de regulamentação da pro
fusão de biomédico, a fim de permitiT o nOrmal e regular exercício desse import:mte ofício, que se dedica ao trabalho nas ciências básicas da medicina. o Poder Executivo. nos idos de 1975,encMninhou à apreciação 'do Congresso Nacional, Mensagem contendo o porjeto de Lei n.o 1.660, l'egulamentando essa profissão ·ecriando o Conselho Federal e os Conselhos Regionais ele Biomedicina.
Ocorre, noentallto, que, em decorrência de substitl1t·ivo oferecido no P.arlamento, v,eio a lume a Lei n.o 6.'684, de 3de setembro de 1979. regulamentando não a'penas a profissão de biomédico,como, também, a de biólogo e criando os respectivos Conselhos:F1ederal e RegionSJis de Biologia e Biomedicina, que pa,ssaram acon.stituir,em conjunto, uma única auta'l.'qula fed-eral, vinculadaao Ministério do Trabalho.
Em verdade, justíssima, também, a regulamentação daprofls.s·ãode biólogo. Ocorre, no entanto, que, na prática, a existênciados Conselhos como uma única pessoa jurídica vem 'ensejandoincoruvenientes que só poderão ser sanados com o funcionamentode duas autarquias autônomas.
De fato. ans Conselhos Federal e Regionais de Biolog'ia e Biomedicina compete a orientação, a disciplina e fiscaliza()ão das profi.ssões cOTresrpondenteso
Ora, trata-se in casu de profissões autônomas, não devendo,'em nenhuma hipótese, ha:v·er nenhuma supremacia ou discriminação entre ambas.
Todavia. no regime de autarquia única, determinado pela Lei71.° 6.684/79, é exatamente isso que vem acontecendo, poL., a rerpresentação das duas categorias profissio·na:i.s obedece ao r·egimedepropol':cionalidade, fazendo com que ocorra p'reva~êncla de'1.Ilna prqfissão sobre a outra, onde interesses profissiona:is são!fontes geradoras de desentendimentos.
Nesse contexto, cremos que devam ser desmembrados os Conselhos Federal e Regionais d'e Biomedicina e Biologia, constituindo autarquias autônomas, vinculada.s ao Mini.stério do Traba:lho.
É esse, especificamente, o objetivo desta proposição, que preconiza o funcionamento 'em separado dos Conselhos E'ederal elRiegionais de Biomedicina e de Biologia.
Em se tratando de medichl: que atende llJOS interesses das categorias profissionais dos biomédicos e dos biólogos, que ensejaráumaJ atuação e funcionamento harmônico dos respecti-vos Conselhos, espera,mos venha a merec·er a aprovação dos ilustres membros desta 'Casa.
Sala, das Sessões, . - Salvador Julianelli.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES
LEI N.o 6.634, DE 3 DE SET;EJMBRO [)E 1979
Regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico,cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências.
C.A!Pf."I1U[.,O ITI
Iros órgãos de fiscalizaçãoArt. 6.0 Ficam criad'Os o Conselho Federal e os Conselhos
Regionais de Biologia e Biom-edicina - ORBB/GRBiS, com a incumbênci-a, de fiscaliza·r o exercício tias profissões definidas nestaJLei.
I§ l.00s Conselhos Federal e Regionais a que se re1'·ere estea'rtJigo constilmem, em conjunto, uma autarquia federal vinculadaao Ministério do Trabalho.
§ 2.° O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Fedeml e jurisdição em todo o País e os Conselhos Regionais terãosede e foro nas Ca'Pitai.~ dos Estados, dos Territórios e 110 Distrito Federal.
PAmiEOER DAOOMLSSAO DE .cONíST:I'l1'mÇAO E JiU'SrrrçAI - ,Relatório
A Lei n,o 6.6'34, de 3 de setembro de 197'â, que re,gulamentaa.s profissões de Biólogo e de Biomé'Clicn, cria o- CorlS€Iho F'OOerale os Conselhos Regionais de Biologia e Bio:mecticina, no "eaput" doart. 6.° determinou:
"Ficam criados (} Conselho Fede'J:'l1.l 0 09 Conselho", Begion~1& de Biologia: 'i:! Biomedicina - VFlBB/rDRiEE, c,am f~
incumbência de fiscalizar o exercício das profissões definidas nesta Lei."
Coma presetne proposta de lei o Deputado Salvador Julianelli objetiva, expressamente:
",Passam a constituir autarqulaJs federais autônomas,vinculadas llJO Ministério do Trabalho. os Conselhos Fe'deral e Regionais de Biomedicina e de Biologia, criadospela Lei n.o 6.684, de 3 de setembro de 1979.
Aplicam-se a cada mn dos Conselhos Feder3:1 e respectivos Conselhos Regionais desll1emb'rados por esta Lei,as normas previstas no Oapitulo III da Lei n.O 6.684, de3 de setembro de 1979, que não contrariarem o caráter deautonomia dessas autarquias."
Ao just!·ficar a medià;a, adiantou o Autor:" .. , trata-se, in casu, de proil'issões autônom:as, não
devendo, em nenhuma hipõtes'e, ha>ver nenhuma supremacia ou 'Cliscrimina;ção entre ambas.
Todavia, no regime de autarquia única, determinadopela Lei n.O 6.684/79, é exatamente isso que vem acontecendo. pois a rep'resentaçáo das duas categorias profissionais obedece :3;0 regime de· propo,rcionalida·clJe, fazendo com que ocorra prevalência de uma profissão sobrea outra, onde intere.5ses profissionais são fontes geradoras doe desent-endimentos.
Nesse contexto, c'remos que devam ser desmembradosos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e Biologia, constituindo autarquias autônoma:s, vincula'das aoMinistério do T'rabalho."
Viu-s€ distrlhuida a pmposição à doui;a análise e aprovaçãodas Comissões de Constituição e Justiça, e de Trabalho e Legislação SociaL
É o relatório.
11 - Voto do Relat.()r
No projeto encontra-se consubstanciada matéria de direito dot.rabalho.
Não fere, por isso, nenhuma disposição da Carta Magna, nemqualquer princípio jurídico, e foi redigido obediente à respectivatép.nica,
Isso posto, por sua constitu'cionalidade. juridicidade e técnicalegislativa manifestamos o presente voto. ,
.sala da Comissão, 24 de novembro de 1981. - GOmes da Silva,Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comi.5são de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma"A", opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa do Projeto de Lei n.O 5.283/81, nos termos doparecer do relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antônio Dias, Vice-Presidente no exercício da Presidência; An
tônio Russo, Brabo de Carvalho, Claudino Sales, Elquisson Soares,Francisco Benjamim, Gomes da Silva, Joacil Pereira, Jorge Arbage, Luiz Leal, Nilson Gibson, Osvaldo Melo, Pimenta da Veiga,Roque Aras, Tarcisio Delgado e Waldir Walter.
Sala da Comissão, 24 de novembro de 1981. - Antônio Dias,Vice-Presidente, no exercício da PresidêncIa - Gomes da Silva,Relator.
PARECER DA COMISSãO DE TRABALHO ELEGISLAÇãO SOCIAL
I - RelatórioPretende o nobre Deputado Salvador Julianelli, através do
Projeto de Lei n,o 5.283, de 1981, constituir autarquias federaisautônomas os Oonselhos Federal e Regionais de Biomedicina ede Biologia.
Argumenta o autor que, "na prática, a existência deste Conselho como uma única pessoa jurídica vem ensejando inconvenientes que só poderão ser sanados com o funcionamento de duasautarqui'as autônomas".
A Comissão de Constituição e .Justiça opinou, unanimemente,pela constitucionalidade, juridicidal1e c· boa técnica legislativa,cabendo a esta Comissão apreciá-lo quanto llJO mérito, nos termosdo art. 28, § 16, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
II - Voto d<o RelatorA Lei n.O 6.684, de 3 de seltemhro de UI'W, determinou um
regime de auta,rquia única que congrega a representação dasduas cak:g{lrlas profissionais, assegur~,nM-s.e na composição dosCO!!8,elhfos. ri. represe!1ta~&:D prop-or·eiorrJ;J tie biôl'Üg(Js ~ bi!)l11é-dJ.c@Ql ~
Abril de 1982 DIÁRIO DO CO:-.lGRESSO NACIONAL (Se~àllll Sábado 17 2121
Quando da discussão e aprovação daquele dispositivo legal,talvez tivesse sido esta a solução política mais viável que atendia,naquele momento, a interesses comuns ·das duas categorras profissional"",
É necessário salientar, porém, muito embora se trate de duasprofissões correlatas, que a centralização, em um único órgão,do processo de fiscalização do exercício profissional tem ensejadoinconvenientes insuperáveís por tratar-se d.e profissões autônomas que têm seu campo de ação, a ca:da momento, melhor definido e delimitado, portanto com interesses profissionais distintos,
O regime de proporcionalidade na composição dos ConselhosFederal e Regionais tem ensejado a prevalência de uma profissãosobre a outra.
Acredito que o desmembramento dos Conselhos Federal e Regionais d.e Biomedicina e Biologia. passando a constituir autarquiasfederais autônomas, contribuirá' para uma maior eficiência nafiscalização do exercicio das respectivas profissões, impedindo ainvasão do seu Campo -de ação por outraS categorias não habilitadas a exercê-la.
Nestes termos, somos pela aprovação do projeto de Lei número5.283, de 1981, de autoria do Deputado Salvad-or Julianelli.
SaJoa da Comissão, de doe 1982. -Francisco Rollemberg, Relator.
lU - Parecer da ComissãoA Comissão de Tr·abalho e Legislação Social, em reumao or
dinária de sua Turma "B", realizada em 18-3-82, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto de Lei n,o 5.283/82, nos termos do parecer do ReJ:ator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Adhemar Ghisi,Presidente; Francisco Rollemberg, Relator; Amadeu Geara, WílsonBraga, Osmar Lei't.ão, Carlos Chiarelli, Pedro Carolo, João Alves,Peixoto Filho, Artenir Werner, Octávio Torrecilla, Edgard Amorime Rezende Monteiro.
Sala da Comissão, 18 de março de 1982. - Adhemar Ghisi,Presidente - Francisco Rollemberg, Relator.
PROJETO DE LEI N.o 6.023, DE '1982(Da Sr.a Cristtna Tavar:es)
Intro·duz alterações 110 Cõdiglo Civil Brasileiro na parte referent.eao Estatuto Civíl da Mulher.
(À Comissão de Co-nstítuição ·e Justiça.)O Congr·esso Nacional de·creta:Art. 1.° O Código Civil Brasí1eíro, instituido pela Lei n.O 3.071,
de 1.0 de janeiro de 1916, pas,s-a a vigorar com as s-eguintes alterações:
"Art. 70. É permitido à direção da família destinar umprédio para domicilio desta, com a cláusula d1e ficar isento da -execução por dívidas, salvo as que provIerem de impostos r-e!atlvos ao masmo prédio.
Parágrafo único. . , .
Art. 186. Discordando e<:esentre si. recorrer-se-á aosuprimento judicial, sa1vo no caso de pais separados, divorciados ou de casamento anulado, mpótes-e em que prevalecerá a vontade do cônjuge com quem -estiv'erem os filhos.
'Parágrafo único. . .
Art. 224. Concedida a separação, qualquer dos cônjuges poderá pedir alimentos provisionais, que lhe serãoarbitrados na forma do art. 400.
Art. 321. . .I - ..
v - Respeito e consideração recíprocas.
Art. 233. ,A direção e a representação da sociedadeconjugal cabem ao marido e à mulher, que as exercerãosempre no interesse do casal e dos filhos, observadas asseguintes normas:
I - Havendo divergência ,entre os cônjuges, fica ressalvado a ambos o direito de reco))rerao juiz, desde quenão se trate de matéria personalíssima;
H - os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e rendimentos, para o sustento da famíliae educação dos filhos, qualquer que seja o regime debens;
rII - a administração dos bens particulares competea cada cõnjuge, permitida a outorga de poderes de gestão de um ao outro;
IV - a administraçâo dos bens comuns compet-e aambos os cônjuges;
V - o domicilio do casal será escolhido por ambos oscônjuges, mas um e outro poderão ausentar-se do domicílio conjungal para atender a -encargos públicos, ao exercício de profissão, ou de inter-esse particulares rele.vantes.
.Art. 235. Nenhum .dos cônjuges pode, sem autÁlril~a
ção do outro, exceto no r·egime de separação absoluta:a} alienar, hipotecer ou gravar de ônus real os b~ns
imóveis ou dIriitos reais sohre imóveis alheios;b) p.leitear CQ1ll0 autor ou réu ac-er-ca desses bens ou
direitos;c) prestar fiança ou aval;d) fazer doação não remuneratória de bens comuns
ou dos Q1ue podem fazer da futura meação;e) contrair obrigações que possam importar em alhea
ção de bens do casal.Art. 236. São válidas as doações feitas aos f];'hos, por
ocasião de se casarem, ou estabelecerem economia separada.
Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outo-rga quando qualquer dos cõnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhesej a impossiv-el dá-la.
Art. 238. O suprimento judicial da outorga valida osatos aut;orizados mas não obriga os bens próprios do outrocônjuge.
Art. 239. A anulação dos atos praticados sem outorga, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandadapelo cônjuge qUe a recusou, ou s·eus herdeiros (art. 178,§ 9.°, n.O l, "a", -e n.o HJ.
Art. 240. É faculdade de ambos os cônjuges ,acresceraos s·eus os apelidm do consorte.
Art. 241. A.s dividas contraidas por qualquer dos cônjuges na administração dos bens pamcula))es -e em beneficio destes não obrigam os bens comuns.
•••••••••••••••••••• ' ••••••••••••••••• ! ••• 0.0 •• 0.0 ••••••••••
-Art. 246. Os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraidas pelo marIdo ou pela mulher para atender aos encargos da família, às despesas doe administraçãoe às decorrentes de imposição 1egal.
Parágrafo único. A administração e a disposição dosbens que constituem o patrimônio particula:r competem aocônjuge proprietário, salv-o disposição cont))ária no pactoant·enupciaI.
Art. 248. Qualquer que seja o regime de bens, o marido e a mulher ];Jodem livr-emente:
li - praticar todos os atos de disposição e administração necessárias ao desempenho de sua profissão;
IH - administrar os bens particulares e deles dispor;IV - ,desobrigar ou reivindicar ou imóveis que tenham
sido graNados ou alienados sem outoDga do outro cônjugeou suprimento do juiz;
V - demandar a rescisão dos contratos de fiança oudoação realizada pelo outro cônjuge sem sua anuência;
VI - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis,doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubinoou à concubina, ainda que a doação se dissimule em venda ou contrato, cabendo-lhe provar que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum dos concubinos, se ocasal estiver separado de fato há mais de cinco anos;
VII - praticar todos os ato.s que não lhes forem exIpressamente vedados.
Art. 249. As -ações fundadas nos n.OS IV, Ve VI do art.248, o direito reg.ressivo contra o cônjuge ou seus herdeiros,
250. ll:assegurado ao terceiro prejudicado, nos carosdos n.OS IV e V do art. 248, o direito regressivo contra o cônjuge ou seus herdeiros,
Art. 251. A qualquer dos CODJuges, com exclusividade, compete a direção e administração do casal quando(} outro:
I - -estiver em lugar remoto, ou não s3lbido;li - estiver em c·árcere;
2122 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NAClO:-lAL (Seç"o!) Abril de 1982
.................... , - ,
............ , ' .
Art. 258.
H - Dos maiores de sessenta anos;
•••••••••••• ·0 •••••••••• ' ••••••• o" ••••••••••••••••••••••••••
UI - aos tios.
·Art. 545. O cônjuge não separado judicialmente é,de direito, o curador do outro, quando iJIt,erdito: na, faltad.D cônjuge, os pais do euratelado; na falta dos pais, '1} parente mais próximo. cOn1netincllJ ao juiz a eseollm .da pes-soa maIs indicada, na aúsência de parentes." -
Art. 2.0 Os capitulos II e lI! dü Título II do Livro I (ar~s.2338 255 do Código Civil), passam a constit.uir o Capitu,:o TI, sob aepígrafes "Dos direitos e dos deveres dos cônjuges".
Ari;, 3.° No Código Civil e na legislação civil complementar aexpressão "pátrio poder" é substituída por "autoridade pa.rental".
Art. 4.° São revogadas as seguintes disposições do Código Civil: O Capitulo V do Titulo 1lI, do Ltvro I que estahelece regras·sobr,e o regim8 dotal de casament,o; os arts. 234, 242, 245, 247, 253,254, 275 ,e 382; o § 1.0 do art. 178; o item IV do art. 219; o ii'em XIIdo art. 263; o parágrafo único do art. 266; o item III do art. 1.744;e outras disposições ,em contrário.
Art. 5.° iEsta Lei entrará em vi·gor na data de sua publicação.
Art. 414. Podem escusar-8e da tutela todos os quecomprovarem incapacitação física, afetiva ou financeira,
..................' .cl\.rt. 263 .
IH - for judicialmente declarado interdito.Parágrafo único. Nestes casos, cabe ~.o cônj uge:1. administrar os bens cOllmns;2. dispor dos particulares e alienar os móv'cis co
muns e os elo outro;3. administrar os do cônjuge;.1. alienar os imóveis COlUlms e os do outro, median
te autorização especial do juiz.
Parágrafo único.
iArt. 260. -O cônjugoe, que estiver na ;posse de bensparticulares do outro cônjuge, será para com e:e '0 seusiherdeiros responsável:
... ' ' .x - A fiança '0 o aval prestados pelo marido ou pela
mulher sem a d,evida outorga do cônjuge;...........................................................
Art. 266. Na constância da sociedade conjugal a propriedade, a posse e a administração dos bens são éomuns......... ' .
Art. 274. A administração dos bens do casal competea ambos os cônjuges e as dívidas ~or eles contraídas obrigam não só os bens comuns senão ainda, em falt.a dest.es,00 particulares de cada cônjuge, na razão do proveito quecada qual houver lucrado.••••••••••••• 0 •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Art. 277. Ambos os cônjuges são O'briga'dos a constnür para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de s'eu tra:balho e de seus bens, salvo .estirpulaçãoem contrário no cotrato antenup'cia>l.•••••••••••• ' ••••••••.••••••••••••••••• ' •••••••••• i •••••••••••
Art. 329. A mãe ou o pai, que contl'ai novas núpcias.não perde o direito a ter consigo os fIlhos que só lhe poderão ser retirados, mandando o juiz, provado que o pai oua mãe, o p3ldrasto ou a madrasta não os trata convenientemente....................................... - ' .
Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a aut-o.ridade parental do progenitor que o reconhecer, e, se ambos o reconhecerem, sob a autoridade dopai e da mãe.
Paroâgrafo único. Cabe a guarda do menor à mãe queo reconhece, sempre resguardados üs interesses do filho.
Art. 380. Dur·ante o casamento, colIllpete a autoridadeparental ao pai e à mãe, conjuntamente. Na falta ou impedimento de um dos progenitores, passará o outro a exercê-la com exclusividade.
Parágrafo únioo. Divergindo os progenitores quantoao exercício do pátrio poder, qualquer deles tel"á o. direitode recorrer ao juiz para a sol,ução da di.vergência.•••••••••••••••••••.•••••••••• ' ••••••••••••••••••• !•••••••••••
Art. 385. -O pai e ,a mãe são os administradoxes legais dos bens dos filhos que se achem sob o seu poder,salvo O di&posto no art. 22'5.•••••••••••••••••••• ' •••••••• 1 .
Art. 3\}3. A mãe ou o pai que contrai novas nÚlpciasnão perde, quanto aos filhos do leito anteroior, os direitosà autoridade parenta!!, exercendo-o sem qua~quer interferência do novo cônjUig€............... - ' .
Art. 407. O direito de nome,ar tutor compete aos'paise aos avós, estes na falta dos primeiros.
parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico...............................................................
,Art. 4O\}. Em falta de tutor nomeado rpelos pais, incumbe a tutela aos pa'1'entes consagüíneos do menor, preferencialmente nesta ordem:
I - aos avós;II - aos irmãos, privUegia:ndo-se os bilate,rais;
Justificação
"Aemencipação da mulher brasileira insere-se em amplo contexto de ord'81l1 jurídica. politica e social, mas neste momento cabe-nos retomar o enfoque jurídico da questão que, de há muito.vem exigindo apreciação especifica e conseqüentes transformações .
Até 1962, a mulher casada, no 'Brasil, era considerada pelo Código Civil como relatívamente incapal<:. assim equiparada aos pródigos, aos silvícolas e aos menores púberes, que deveriam sempreser assist.idos ou autorizados por exercerem atos jurídicos.
A Lei n.O 4.121, de 27 de agosto de 1962, denominada de Estatuto da Mulher Casada, veío corrigir algumas dístorções mais graves, inclusive a referida equiparação, mas não chegou a supBrar asituação de subalternidad·e em que a mulher vem sendo colocadapelos legisladores desde os tempos coloniais.
As grandes codificações do fim do século XiVIlI e começo doséculo XIX, das quais foram extraídas as leis que nos regem atéhoje, mostram três estágios nitidos no que concenle às relaçõesentre cônjuges.
No primeiro estágio imperava tão somente "o poder do maridosobre a pessoa da mulher". O Código de Napoleão, do qual o nossoCódigo Civil mostra grandes resquícios, foi o mais significativo. soba interv'enção direta do imperial patrono, at,ribuia à lIJ.Ulher "odever de obediência ao marido". Esse dever de obediência colocava-se como prerrogativa de ordem pública, não podendo ser derrogado pelas partes.
No segundo estágio, embora desapareça o "dever de obediência", permanece a "chefia do marído". Não se trata mais do regera "pessoa da mulher", mas "apenas. sua cOnduta". -O poder pessoaldo marido transforma-se em autoridade, já mais próxima à idéiade função.
iÉ também o legislador francês de 1938 e 1947 que consagra esseconceito - a autoridade marital deveria ser exercida em estrítobeneficio do grupo familiar. Essa é a idéia que vigorou nas emendas que deram origem ao "Estatuto da Mulher Casada" de 1962 eque estão incorporadas no Oódigo Civil vigente.
O terceiro estágio é expresso, hoje, pelas legislações mais avançadas que eliminam totalmente "qualquer supremacia, ainda, quefuncional, de um cônjuge sobre o outro", superado, assim, o preconceito da inferioridade da mulher.
J!: para este estágio que pretendemos contribuir ao elaborareste Esboço, acreditando na plena ca:pacitação da mulher paratodos os atos da vida jurídica independentemente de seu estadocivil.
A nível constitucional, podemos dizer que o Brasil ocupa umlugar privilegiado no campo da legislação igualitária, porém, nalegislação ordinária e na aplicação d'a lei as contradições são flagrantes.
A igualdade jurídica entre o homem e a mulher foi expressapela primeira vez na Constítuição Brasileira de 1934: "Todos sãoiguais perante a lei. Não haverá privilégios nem distinções, pormotivo de nascimento, sexo, raça, profissões próprias ou dos pais,classe social, riqueza, crenças religJ,osas ou idéias políticas". (Art.113-I.l
A Constituição de 1937, de natureza autoritária, suprimiu a referência expressa là incidência da igualdade e a de 1946, apesar deliberalizante, reproduziu o mesmo dispostivo: ''Todos são iguaisperante a lei", (Art. 114 § 1.0)
/Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2123
A Constituição de 1967 fixou expressamente o preceito da igualdade e a esse princípio são subordinadas todas as leis, usos e costumes do pais. No entanto, esse imperativo constitucional vemsendo desrespeitado não só na sua aplicação como na própria legislação ordinária, da qual o Código Civil é exemplo flagrante.
Jjj caso de se acoimar de inconstitucionalidade a lei civil quando esta atribui ao marido direitos maiores do que os atribui ·a mulher: O art. 233 do -Código Civil dá ou marido a qualidad·e de "chefe da sociedade conjugal" ·e como tal é ele administrador exclusivodos bens do matrimônio e até dos particulares da mulher, salvose o regime de bens for o da separação total. A mulher somente échamada a substituí-lo em casos específicos e de muita gravidade:quando o marid.o estiver em lugar remoto ou não sabido, quandoestíver preso por mais de dois anos ou quando for judicialmentedeclarado interdido. (Art. 251 CC.)
Além de administrar os bens, o marido tem o direito, conseqüentemente, de perceber a renda, os frutos dos bens próprios edos da mulher (Art. 260 Cc). Ele é o usufrutuário legal, justificado pelo legislador por ter o marido a obrigação principal de manutenção da família. E o mesmo legislador não deu à mulher qualquer poder üe controle sobre essa admini.stração. Resta-lhe, emcasos extremos, proceder à interdição do marido ou à separaçãojudicial.
Na lei civil e na lei traballústa mantem-se a presunção de autDrização para o trabalho da mulher casada. O parágrafo único doart. 247 do Código Civil diz: "Considerar-se-á sempre autorizadapelo marido a mulher que ocupar cargo público ou, por mais de 6meses, se entregar a profissão exercida fora do lar conjugal". O[l,rt. 446 da Consolidação das L'eis do Trabalho refere-se ao direitodo pai ou marido de opor-se ao trabalho da mulher, embora estapossa recorrer à Justiça, se quiser fazer prevalecer seus direitos.
A mulher casada não é con.siderada oficialment,e como relativamente incapaz, porém, esse principio é contraditado por aqueleque rege a chefia da sociedade conjugal.
A Lei n.O 4.121 corrigiu algumas aberrações como a que se continha no art. 329 do Código Civil, que preceituava: "A mãe viúva,que contrai novas núpcias, perde, quanto aos filhos do leito anterior, os direitos de pátrio poder". Porém não corrigiu os arts. 178.§ 1.0, e 219 - IV do mesmo Código que ainda consideram essenci'alsobre a pessoa o erro virginitatis, constituindo-o motivo de anulação de casamento.
O projeto de Código Civil que está sendo cogitado no momento.apresentado ao Congresso Nacional em 1975, pode ser consideradoum passo adiante no caminho da adequação do Estatuto da Mulher ·à Constituição Federal. Revoga alguns dispostivos mais injustos do Código vigente, porém, o princípio de desigualdade entreos cônjuges é mais mna vez ,endossado. Os autores do Projeto doCódigo, em sua Exposição de Motivos dizem que "a sociedade conjugal, como é próprio de toda sociedade, não pode dispensar a existência de quem por ela e em razão dela, tenha competência paradecidir, em surgindo divergência.s entre seus membros". Não sepergunta de onde vem essa competência, o que determina ou o queela significa na realidade em termos funcionais. Apesar de declanar que o marido e a mulher "ambos têm o poder de decisão" oontinua a entregar ao marido a prevalência das decisões, em havendo divergência. Na prática, a decisão é conjunta, desde que sejaa do marido ... e, se a mulher recorre à Justiça para fazer prevalecer seus direitos, a decisão estará com o Juiz nunca com a mulher, salvo se viúva, divorciada ou se tiver seu marido incapaz (interdito) .
No conjunto, observa-se que a estrutura fortemente hierárquica, em que a autoridade marital era inconteste, vem lentamentecaminhando para uma nova forma de organização, em que a família vai assumindo melhor o papel de unidade efetiva e responsável, onde os valores humanos poderão pIlevalecer sobre os patrimoniais.
A partir de outubro de 1980, a versão preliminar deste Esboço foi dada a público, através de exposições e debates em váriospontos do território nacional recolhendo sugestões e contribuiçõesde várias entidades juríüicas e femininas que foram devidamenteconsideradas e a:proveit'adas na sua versão final. Sua linha predominante consiste na eliminação de toda e qualquer discriminaçãocontra 'a mulher, dando-lhe em conseqüência uma maior dose deresponsabilidade nos negócios do matrimônio.
Onde o atual Código Civil acolhe uma norma discriminatória,mesmo para "f'avorecer" a mulher, o Esboço introduz modificaçãono sentido 'acima refe·rido. Tendo em vista que as normas "favorecedoras" da mulher aí estão como ciOmpenSllJtórias de SUa subalternidade, é natural que sejam eliminadJas, uma vez que o objetivoprimoroial é a igualdade entre os cônjuges.(113-I).
As autoras estão conscientes de que a proposta, em si mesma,não é suficiente para uma completa reformulação do mooelo vigente de familia inerente ao nosso Direito. E, talvez, não sejaainda o momento de Se pretender essa total reformulação, que
somente acontecerá quando o Direíto Brasileiro adequando-se àrealidade social, evoluir no sentido de contar com um Código deFamília, a exemplo de inúmeras legislações de países europeus ealgumas da América Latina, como Bolívia, Colômbia e Cuba.
Nesse novo Código ter-se-ia, necessariamente, que reformular,entre outros pontos, o aspecto excessivamente patrimonialista dafamília, pôr termo às várias formas d·e hostilização da criança edo idoso e, assim, sobrepor os valores da pessoa humana aos valoresde natureza meramente patrimonial ou material.
Este Esboço reflete apenas a preocupação de conferir à mulhertratamento igualitário por parte da lei. Não há o questionamentodos institutos jurídicos consagrados no viP'en+e Código Civil, tarefade suma importância, que, entretanto, r .nsamos escapar aos propósitos do presente trabalho.
As alterações fundamentais propostas dizem respeito:
I - Ao conceito de chefia da sociedade conjugalTendo em vista o exposto anteriormente quanto à subalter
nidade da mulher no Código Civil atual, o Esboco torna óbvia anecessidade da mudança deste conceito, enfocando o casal comounidade efetiva, econômica e social, que age conjlmta e harmonicamente perante a estrutura jurídica. Se a Lei Magna preconizao princípio de igualdade, a lei civil simplesmente vem a ele seadequar. Permanece sempre como princípio fundamental o interesse do casal e dos filhos.
II - A equidade no que concerne à. administraçiío de bens domatrimônio
É conseqüência natural e imediata da alteração C!' conceito dechefia. O Esboço acolhe o conceito da caiJacidade da' mulher adultade gerir seus próprios bens e negócios, independentemente de seuestado civil e elinúna quaisquer resquícios de controle de oposicãoà sua liberdade de trabalho. "
Acolhe, outrossim, o conceito de igualdade no que concerne àprerrogativa de participar como sócia igualitária dos bens do casal.
lU - À valorização da unidade da família através da liberdade de escolha do nome
O patromínico surge, não mais como uma eJqJressão de dominio do nome do marido, mas como simbolo de unidade dQ casalatravés da reciprocidade da livre escolha do nome a ser adotado,a exemplo de legislações mais avançadas, como a da Alemanha, ada Suécia e a da União Soviética.
IV - A adequação da terminologia e das funções do PátrioPoder à realidade social eco1l6llÚca contemporânea
O Esboço acolhe o conceito de "autoridade parental", inspirado no Direito Francês 'Moderno, no qual elimina-se a inutilidadesemântica da e~ressão "pátrio poder" e torna mais clara a presença dos componentes dessa autoridade 'Parental, ou sejam, asfunções e deveres dos pais em relação aos filhos, em contraposiçãoà posse e ao poder dominical.
V - A elillÚnação de dispositivos abertamente injustos, comoos arts. 178 e 219, que colocam a virgindade feminina como qualidade essencial da pessoa, e eliminação de dispositivos referentesa institutos notoriamente em desuso como o Regime Dotal deBens.
O presente projeto foi ins·pirado ,em brilhante trabalho dasadvogadas Dras. Sílvia Pimentel e Florisa Verucci, entitulado"Esboço de Um Novo Estatuto Civil da Mulher". Pela justificação, que transcrevemos, nota-se a seriedade do trabalho e seuelevado alcance para a emancipação legal não só da mulher casadacomo de todas as mulheres, colocando-as em pé de igualdadecomo o homem, numa concretização da garantia constitucionalda isonomia. Assinale-se que à redação final deste projeto foipossível .graças ao excelente trabalho da Assessoria Legislativa daOâmara dos Deputados, através do Dl'. Valdir.
Espero, como sempre, merecer o irrestrito apoio de meus nobres'Pares.
Sala das Sessões, de de 1981. - Cristina Tavares.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISSÕES PERMANENTES
LEI N.O 3.071, DE 1,0 DE JANEIRO DE 191&
Cólligo Civil.
Disposição iPrelillÚrnu
Art. 1.0 Este Código regula os direitos e obrigações de ordemprivad,a <:O!Ilcernente às pessoas,aos bens e 'às suas re}açõe's.
2124 Sábado 17 DIÁRIO no CONGRESSO NAC10NAI~(Seção 1) Abril de 1982
LIVRO II
Dos Bens
TÍTULO rDas Diferentes Classes de Bens
CAP.íTU'LO V
Do Bem de Família
Art. 70. Ê ~ermitido aos chefes de familia destinar um prédiopara domicílio desta, com a cláusula de ficar isento de execuçãopor dividas, salvo as que provie,rem de impostos relativos ao :mesmoprédio.
Parágrafo único. Essa isenção durará enquanto viverem oscônjuges e até que os filhos completem sna maioridade.
Alt. 71. Pal'a o exercício desse direito é necessário que osinstituidores no ato da instituição não tenham dividas cujo pags.menta possa por ele ser pr"judicado.
Parâgra.fo únic.o. A isençáo 8'3reIere a dividas, pClBterbres aüato, e não às anteriores, se se verificar que a solução de,stas 88tornou inexeqüivel em virtude do ato da instituição,
P~>\RTE ESPECLIU.LIVRO I
Do Direito de Família
T:f1IIULO rDo Casamento
CAPí'I'lliJO Ir
Dos Impedimentos
Art. 186. Discordando eles entre si, prevalecerá a vontade;paterna, ou, sendo separado o casal por desquite, ou anulação docasamento, a vontade do cônjuge, com quem estiverem os filhos.
ParlÍlgrafo único. Sendo, porém, ilegítimos os pais, bastará oconsentimento do que houver reconhecido o menor, ou se este nãofor reconhecido, o consentimento materno.
OAP:t'J:IU[,{) :VI
Do Casamento Nulo e Anulável
Art. 222. A nulidade do casamento processar-se-á POl' açãoordinária, na qual será nomeado curador que o defenda.
Art. 223. Antes de mover a ação de nulidade do casamento,a de anulação, ou a de desquite, requerá o autor, com documentosque a autorize, a separação de corpos, qUe será concedida pelojuiz com a possível brevidade.
Art, 224. Concedida a separação, a mulher poderá pedir osalimentos ·provisionais, que lhe serão arbitrados, na forma doart. 400.
TfI\UlLO IIDos Efeitos Jurídicos do Casamento
OAPíTULO I
Disposiç'óe5 Gerais
Art. 230. O regime dos bens entre cônjuges começa a vigorardesde a data do casamento, e é irrevogável.
Art. 231. São deveres de ambos os cônjuges:I - Fidelidade recíproca.Ir - Vida em comum, no domicilio conjugal (arts. 233, n.o VI
e 234).
ur - Mútua assistência.IV - Sustento, guarda e educação dos filhos.Art. 232. Quando o casamento for anulado por culpa de um
dos cônjuges, este incor.rerá:I - Na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge ino
!-cente.
II - 'Na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, nocontrato antes nupcial ('arts. 256 'e 312).
CAPíTULO II
Dos Direitos e Deveres do Marido
Art. 233 O marido é o chefe da sociedade conjugal, funçãoque exerce com a colabOração da mulher, no interesse comumdo casal e dos filhos (arts. 240, 247 e 251l.
Compete-lhe:I - representação legal da família.Ir - A adnlinistração dos bens comuns e dos particulares da
mulher que ao marido incumbir administrar, em vIrtude do regiIl1e matrimonial adotado, ou de pacto antenupcial, arts. 178, § 9.'''r.c. 274, 389, n.o r e 311).
IH ~ O direito de fixar o domicilio da família ressalvada aiJossilJilidade d:;; recorrer a lllUlhel' ~w juiz. no ca:;ü de drõHberaQãoque a prejudique.
IV - Prover a rammtel1çáo dt'. família, guardadas as dislJo~
sições dos arts. 275 e 277.Art. 234. A obrigação de sustentar a mulher cessa, para o
lnari<1o, quando ela aband{ma sem justo motivo a habit;fJ,.(~ão conjugal, e a esta recusa voltar. Neste caso, o juiz pode, segundo ascircunBtâncias, ordenar, em proveito do marido e dos filhos, o seqüestro temporário de parte dos rendimentos particulares da mulher.
Art. 235. O marido não pode, sem consentimento da mulher,qualquer que seja o r·egime de bens:
r - Alienar, hipotecar ou gravar de ônus reais os bem imóveis,cu direitos reais sobre imóveis alheios (arts. 178, § 9.° n.O I,a. 237,276 e 393).
Ir - Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens e direitos.rII - Prestar fiança (arts. 178, § 9.° n.O I.b e 2ü3 n.O XLrv - Fazer doação, não sendo remuneratória ou de pequeno
valor, com os bens ou r,end.lmento comuns (arts. 178, § 9.°, l.b).Art. 236. Valerão, porém, os dotes ou doaçã-es nupciais feitas
às filhas e as doações feitas aos filhos, por ocasião de se casarem,ou estabelecerem economia separada (art. 313).
Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando estaa denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível dá-la (art. 235,238 e 239).
Art. 238. O suprimento judicial da outorga autoriza o ato domarido, mas não obriga os bens próprios da mulher (arts. 255, 269,274 e 275).
Art. 239. Anulação dos atos do marido praticados sem outorgada mulher, ou sem suprimento do juiz, só poderá se demandada porela, Ou seus herdeiros (art. 178, § 9.°, n.O 1.a, e n,o II).
CAPíTULO IIiI
Dos Direitos e Deveres da Mulher
Art. 240. A mulher assume com o casamento, os apelidosdo marido e a condição de sua companheira, consorte, colabOradorados encargos da família, cumprindo-lhe velar pela direção material e moral desta.
Art, 241. Se o regime de bens não for o da comunhão universal, o marido recobrará da mulher as despesas, que com adefesa dos bens e direitos particulares desta houver feito.
Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido(art. 251):
r - Praticar atos que este não poderia sem consentimentoda mulher (art. 235),
TI - Alienar ou gravar de ônus real, os imóveis de seu dominio particular, qualquer que seja o regime dos bens (arts. 263,n.OS TI, m e V'IJ[, 269, 275 e 310L
m - Alienar os seus direitos reais sobre imóveis de outrem.IV - Contrair obrigações que possam importar em alheação
de bens do casal.Art. 243. A autorização do marido pode ser geral ou especial,
mas deve comtar de instrumento público ou particular previamente autenticado.
Art. 244. Esta autorização é revogável a todo o tempo, respeitados os direitos de terceiros e os efeitos necessários dos atosiniciados.
Art. 245. A autorização marital pode suprir-se judicialmente:
I - Nos casos do art. 242, n.oa I a V.n - Nos caros do art. 242, n.OS VII e V!llI, se o marido não
ministrar os meios de subsistência à mulher e aos filhos.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sábado 17 2125
Parágrafo umco. O suprimento judicial da autorização valida os atos da mulher, mas não obriga os bens próprios do marido.
Art. 246. A mulher que exercer profissão lucrativa, distintada do marido, terá direito de praticar todos os atos inerentes aoseu exercício e à sua defesa. O produto do seu trabalho assimauferido, e os bens com ele adquiridos, constituem, salvo estipulação diversa ·em pacto antenupcial, bens reservados, dos quaispoderá dispor livremente com observância, porém, do preceituadona parte final do art. 240 e nos n.OS I'I e m, do art. 242.
Parágrafo único. 'Não responde, o produto do trabalho damulher, nem os bens a que se refere este artigo, pelas dívidas domarido, exoeto as contraidas em beneficio da família.
Art. 247. Presume-se a mulher autorizada pelo marido.I - Para a compra, ainda a crédito, das coisas necessárias à
economia doméstica.n: - Para obter, por empréstimos, as quantias que a aquisição
dessas coisas possa ·exigir;lliI - Para contrair as obrigações concernentes a indústria,
ou profissão que eX€'rcer com autorização do marido ou suprimentodo juiz.
Parágrafo único. Considerar-se-á sempre autorizada pelo marido a mulher que ocupar cargo público ou por mais de seismeses, se entregar a profissão exercida fora do lar conjugal.
Art. 248. A mulher casada pode livremente:I - Exercer o direito que lhe competir sobre· 'as pessoas e os
bens dos filhos do leito anterior (·art. 393).]1 - Desobrigar ou reivindicar os imóveis do casal que o
marido tenha gravado ou alegado sem sua outorga ou suprimentodo juiz (art. 235, n.o 1).
IH - Anular as fianças ou doações feitas pelo marido cominfração do disposto nos n.OS IN e W do art. 285.
IN - Reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doadosou transferidos pelo marido a concubina (art. 1.177)
Parágrafo único. Este direito prevalece, esteja ou não amulher em companhia do marido e ainda que a doação se dissimuleem venda ou outro contrato.
V - Dispor dos bens adquiridos na conformidade do númeroanterior e de quaisquer outros que possua livres da administraçãodo marido, não sendo imóveis.
VI - Promover os meios assecuratórios e as ações que, emrazão do dote ou de outros bens seus sujeitos à administração domarido, contra este lhe competirem.
VR - Praticar quaisquer outros atos não vedados por lei.Art. 249. As ações fundadas nos n.os 11, m, liV e VI do artigo
antecedente competem a mulher e aos seus herdeiros.Art. 2·50. Salvo o caso do n.O :w do art. 248, fica ao terceiro,
prejudicado com a sentença favorável à mulher, o direito regressivo contra o marido ou seus herdeiros.
Art. 251. A mulher compete a direção e administração docasal, quando °marido:
1- 'Estiver em lugar remoto, ou não sabido.II - Estiver 'em cárClel'e por mais de dois anos.III - For judicialmente decla.rado interdito.ParágrafO único. Nestes casos, cabe a mulher:I - Administrar os bens comuns.li - Dispor dos particulares e alienar os móveis comuns e os
do marido.IJI[ - Administrar os do marido.,]v - Alienar os imóveis comuns e os do marido mediante
autorização especial do juiz.Art. 252. A falta, não suprida pelo juiz, de autorização do
marido, quando necessária ('art. 242), invalidará o ato da mulher,podendo esta nulidade ser alegada pelo outro cônjuge, até dois anosdepois de terminada a sociedade conjugal.
TíTULO IH
Do Regime dos Benefícios entre os Cônjuges
CAPí'DULO IDisposições Gerais
Art. 256. JrJ licito aos nubentes, antes de celehrado o casameno, estipular, quanto aos seus bens, {} que lhes aprouver(arts. 2S1, 273, 283, 287 e 3~2).
Parágrafo único. Serão nulas tais cOllvénçães:I - Não se fazendo por escritura pública.:LI - Não se lhes seguindo o casamento.Art. 257. Ter-se-á por não escrita a convenção, ou cláusula:I - Que prejudique os direitos conjugais, ou os paternos.I[ - Que contravenha disposição absoluta da lei.Art. 258. Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará,
quanto aos bens, entre os cônjuges, o regime da comunhãouniversal.
parágrafo único. l!l, porém, obrigatório o da separação debens no casamento:
I - Das pessoas que o celebrarem com infração do estatuídono art. 183, n.OS XI a XVI (art. 216).
II - Do maior de sessenta e da maior de cinqüenta anos.TI! - Do órfão de pai e mãe, ou do menor, nos termos dos
arts. 394 e 395, embora case, nos termos do art. 183, n.o XI, como consentimento do tutor.
IV - De todos os que dependerem, para casar, de autorizaçãojudicial (artoS. 183, n.o XI, 384, n.o m, 426, n.O I, e 453).
Art. 259. Embora o regime não seja o da comunhão de bens,prevalecerão, no silêncio do contrato, os principios dela, quantoà comunicação dos adquiridos na constância do casamento.
Art. 260. O marido, que estiver na posse de bens particularesda mulher, será para com ela e seus herdeiros responsável:
I - Como usufrutuário, se ° rendimento for comum (arts. 262,265,271, n.o V e 289, n.o TI).
li! - Como procurador, se tiver mandato, expresso ou tácito,para os administrar (-art. 311).
i!:N - Como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador (arts. 269, n.o TI, 276 e 310).
Art. 261. As convenções antenupciais não terão efeito paracom terceiros senão depois de transcritas, em livro especial, pelooficial do registro de imóveis do domicílio dos cônjuges (art. 256).
CAPí'IlULO 1lI
Do Regime da Cunhão Un.iversalArt. 262. O regime da comunhão universal importa a comu
nicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suasdívidas passivas, com exceções dos artigos seguintes.
Art. 263. São excluídos da comunhão:I - As pensões, meios-soldos, montepios, tenças, e outras ren
das semelhantes.]I - Os bens doados ou legados com a cláusula de incomuni
cabilidade e os sub-rogados em seu lugar.Trr - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro
fideicumissário, antes de realizar a condição suspensiva.IV - O dote prometido ou constituído a filhos de outro leito.V - O dote prometido ou constituído expressamente por um
só dos cônjuges e filho comum.VI - As obrigações provenientes de atos ilícitos (arts. U}18
e 1.532).V:N: - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem
de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum.V]lJI - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges
ao outro com a cláusula de incomunicwbilidade (art. 312).IX - As roupas de uso pessoal, as jóias esponsalícias dadas
antes do casamento pelo esposo, os livros e instrumentos de profissão e os retratos da familia.
X - A fíança prestada pelo marido sem outorga doa mulher(arts. 178, § 9.°, n.O I, b e 235, n.o IH).
XI - Os bens de herança necessária a que se impuser a cláusula de incomunicabilidade (art. 1.723).
XLI - Os bens reservados (art. 246, parágrafo único).XHI - Os frutos civis do trabalho ou indústria de cada côn
juge ou de ambos.Art. 264. As dívidas não compreendidas nas duas exceções
do n.o WI, do artigo antecedente, só se poderão pagar durante o.casamento, pelos bens que o cônjuge devedor trouxer para o cas·aI.
Art. 265. A incomunicabilidade dos bens enumerados no art.263 não se lhes estende aos frutoo, quando se percebam ouvençam durante o casamento.
Art. 266. Na constância da sociedade conjugal, a propriedadee posse dos bens é comum.
2126 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Parágrafo único. A mulher, porém, só os administrará porautorização do marido, ou nos casos do art. 248, n.o V, e art. 251.
Art. 267. Dissolve-se a comunhão:[ - Pela morte de um dos cônjuges (art. 315, n.o I).
]I - Pela sentença que anula o casamento (art. 222).
m - Pelo desquite (art. 322).
Art. 268. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativod passivo, c€ssará a responsabilidade de cada um dos cônjugespara com os credores do outro por dividas que este houver contraído.
CAPíTULO InDo Regime da Comunhão Parcial
Art. 269. No regime de comunhão limitada ou parcial, excluem-se da comunhão:
I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhesobrevierem, na constância do matrimônio por doação ou porsucessão.
li - Os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes aum dos cônjuges, em sub-rogação dos bens particulares.
m - Os rendimentos de bens de filhos anteriores ao matrimônio a que tenha direito qualquer dos cônjuges em conseqüênciado pátrio poder.
irV - Os demais bens que se consideram também excluídos dacomunhão universal.
Art. 270. Igualmente não se comunicam:I - As obrigações anteriores ao casamento;II - As provenientes de atos ilícitos.Art.271. Entram na comunhão:r - Os bens adquiridos na constância do casamento por título
~>neroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges.II - Os a;dquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso
de trabalho ou despesa anterior.JiLI - Os adquiridos por doação, herança ou legado, em favor
de ambos os cônjuges {art. 269, n.O !l.IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjugeV - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada
cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes aotempo de cessar a comunhão dos adquiridos.
VI - Os frutos civis do trabalho, ou indústria de cada cônjuge, ou de ambos.
Art. 272. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiverpor título uma causa anterior ao casamento.
Art. 273. No regime de comunhão parcial presume-se adquiridos na constância do casamento os móveis quando não se provarcom document<l autêntico que o foram em dat!! anterior.
Art. 274. A administração dos bens do ca.s'al compete aomarido, e as dívidas por este contraídas <lbrigam, não só os benscomuns, senão ainda, em falta destes, os particulares de um e outrocônjuge, na razão do proveito que cada qual houver lucrado.
Art. 275. l!J 'aplicável a disposição do artigo antecedente àsdividas contraídas pela mulher, nos casos em que os atos sãoautorizados pelo marido, S'C presumem sê-los, ou escusam autorização (arts. 242 a 244, 247, 248 e 233, n.O V).
CAPíTULO IVDo Regime da separação
Art. 276. Quando Os contraentes casarem, estipulando separação de bens, permanecerão os de cada cônjuge sob a administração exclusiva dele, que os poderá livremente alienar, se foremmóveis (arts. 235, n.o I, 242, n.o ]jJ: e 310).
Art. 277. A mulher é obrigada a contribuir para as despesas.do casal com os rendimentos de seus bens, na proporção de seuvalor, relativamente ao dos do marido, salvo estipulação em contráriQ no contrato antenupcial (arts. 256 e 312).
TiTULO IV
Da Dissolução da Sociedade Conjugal e da Proteçãoda Pessoa dos Filhos
CAPiTULO IIDa Proteção da Pessoa dos Filhos
Art. 325. No caso de dissolução da sociedade conjugal pordesquite amigável, observar-se-á o que os cõnjuge.s acordarem sobre a guarda dos filhos.
Art. 326. Sendo desquite judicial, ficarão os filhos menorescom o cônjuge inocente.
S 1.0 Se ambos os cônjuges forem culpados ficarão em poder da mãe os filhos menores, salvo se o juiz verificar que de talsolução possa advir pr,ejuizo de ordem moral para eles.
S 2.0 Verificado que não devem os filh'OS pennanecer em poder da mãe nem do pai, deferirá o juiz a sua guarda a pessoa notoriamente idônea da família de qualquer dos cônjuges ainda quenão mantenha relações sociais com o outro a quem entretantoserá assegurado o direito de visita.
Art. 327. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qual.':l.uercaso, a bem dos filhos, regular por maneira diferente da estabelecida nos artigos anteriores la situação deles para com os pais.
Parágrafo único. Se todos os filhos couberem a um só cônjug>e, fixará o juiz a contribuíção com que, para o sustento deles,haja de concorrer o outro.
Art. 328. No caso de anulação do casamento, havendo filhoscomuns, observar-se-á o disposto nos arts. 326 e 327.
Art. 329. A mãe, que contrai novas núpcias, não perde o dIt€í,to a ter coIllSigo os filhos, que só lhe pocJierã:o ser retirados,mandando o juiz, provado que ela, ou o padrasto, não os tratamconvenientemente (arts. 248, n.O I e 393l..................................................' .
CAPíTULO IVDo Reconhecimento dos Filhos TIegítimos
Art. 355. O filho ilegítimo pode ser reconhecido pelos pais,conjunta ou separadamente.
Art. 356. Quando 'a maternidade constar do termo de nascimento do filho, a mãe só o poderá contestar, provando a falsidade do termo, ou das declarações nele contidas.
Art. 357. O reconhecimento voluntário do filho ilegítimo podefazer-se ou no próprio termo de nascimento, ou mediante escritura pública, ou por testamento (art. 184, parágtafo único),
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho, ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.
Art. 358. Os filhos incestuosos e os adulterinos não podemser reconhecidos.
Art. 359. O filho ilegítimo, reconhecido por um dos cônjuges,não poderá residir no lar conjugal sem o cons,entimento do outro.
Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sobpoder do progenitor, que o reconheceu, e, se ambos o reconheceroam, sob o do pai.
Art. 361. Não se pode subordinara condição, ou ,a termo, oreconhecimento do filho.
Art. 362. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seuconsentimento, e o menor pode impugnar o l'econhecimento,dentro nos quatro allos, que se seguirem à maioridade, ou emancipação.
Art. 363. Os filhos ilegítimos de pessoas que não caibam noart. 183, n.os I a VI, têm ação contra os pais, ou seus herdeiros,para demandar o r,econhecimento da filiação:
I - se ao tempo da concepção a mãe estava concubinada como pretendido pai;
II - se a concepção do filho reclamante coincidiu com o rapto ,da mãe pelo suposto pai,ou SUalS relações sexuais com ela;
III - se existir escrito daquele a quem se atribui a paternidade, reconhecendo-a expressamente.
Art. 364. A investigação da maternidade só se não permite,quando tenha por fim atribuir prole ilegítima à mulher casada, ouincestuosa à solteira (art. 358>'
Art. 365. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, podecontestar a ação de investigação da paternidade, ou maternidade.
Art. 3u6. A sentença, que julgar procedente a ação de investigação, produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento; podendo, porém, ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia daquele dos pais, que negou esta qualidade.
Art. 367. A filiação paterna e a materna podem resultar decasamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo.
CAPíTULO V
Da AdoçãoArt. 368. Só os maiores de 30 (trinta) anos podem adotar.Parágrafo único. Ninguém pode adotar, sendo casado, senão
decorridos 5 (cinco) anos após o casamento.Art. 369. O adotante há de ser, pelo menos, 16 (dezesseis)
anos mais velho que o adotado.
Abril de 1982 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2127
Art. 370. Ninguém pode ser adotado por duas peSlloas, salvose forem marido e mulher.
Art. 371. Enquanto não der contas de sua administração, esaldar o seu alcance, não pode o tutor, ou curador, adotar o pupilo, ou o curatelado..
Art. 372. Não se pode adotar ,g·em o consentimento do adotado ou de seu representante legal se for incapaz ou nascituro.
Art. 373. O adotado, quando menor, ou interdito, poderá deSligar-se da adoção no ano imediato ao em que cessar a interdição,ou a menoridade.
!Art. 374. Também se dissolve o vínculo da ·adoção:I - quando as duas partes convierem;II - nos casos em que é admitida a deserdação.Art. 37'5. A adoção far-se-á por escritura pública, em que se
não admite condição, nem termo.Art. 376. O parentesco resultante da adoção (art. 336) limi
ta-se ao adotante e ao adotado, salvo quanto aos impedimentosmatrimoniais, a cujo respeito se observará o disposto no art. 183,n.Os m e V.
Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legitimos, legitimados ou reconhecidos, a relação de adoção não envolve a de sucessão hereditária.
Art. 378. Os direitos e deveres que resultam do parentesconatural não se extinguem pela adoção, exceto o pátrio poder, queserá transferido do pai natural para o adotivo.
CAPÍTULO VI
Do Pátrio Poder
SEÇAO I
Disposições GeraisArt. 379. Os filhos legítimos, os legitimados, os legalmente
reconhecidos e os adotívosestão sujeitos ao pátrio poder, enquanto menores.
Art. 380. Durante o casamento compete o pátrio poder aospais, exercendo-o o marido com ,a 'Colaboração da mulher. Nafalta ou impedimento de um dos progenitores passará o outro aexercê-lo com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os progenitores. quanto ao exercício do pátrio poder, prevalecerá a decisão do pai, ressalvado àmãe o direito de recorrer ao juiz para solução da divergência.............................................., .
SEÇAO mDo Pátrio Poder Quanto aos Bens dos Filhos
Art. 385. O pai e, na sua falta,a mãe são os administradoresleglais dos bens dos filhos que se achem sob o seu poder, salvo odisposto no art. 225.
SEÇÃO ilV
DaSuspensã& e Extinção do Pátrio Poder
Art. 392. Extingue-se o pátrio poder:I - Pela morte dos pais ou do filho.:m: - Pela emancipação, nos termos do parágrafo único do
a·rt. 9.0 Parte Geral.:m;r - Pela maioridade.IN - Pela adoção,Art. 3W. A mãe que contrai novas núpcias não perde,
quanto aos filhos de leito anterior, os direitos ao pátrio poder,exercendo-os sem qualquer interferência do marido.
Art. 394. Se o pai, ou mãe, abusar do seu poder, faltandoaos deveres paternos, ou arruinando os bens dooS filhos, cabeao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida, que lhe pareç'a reclamada pela segurança do menore seus haveres, suspendendo, até quando convenha, o pátrio poder.
PM'ágrafo único. Swpende-se igualmente do exercício do pátrio poder, ao pai ou mãe condenados por sentenç.a trreconivel,em crime cuja pena exceda de dois anos de prisão.
Art. 395. Perderá por ato o pátrio poder o pai, ou mãe:J: - Que c'astigar imoderadamente o filho.ra: - Que o deixar em abandono.m - Que praticar atos contrários à moral e aos bons cos
tumes.
TíTULO VIDa Tutela, da Curatela e da Ausêncía
CAPÍTULO IDa Tutela
SElÇAo u:Dos Tutores
Art.40G. Os filhos menores são postos em tutela:,I - Falecendo os pais, ou sendo julgados ausentes.TI - Decaindo os pais do pátrio poder.Art. 407.0 direito de nomear tutor compete ao pai, à mãe,
ao avô paterno '8 ao materno. Cada uma destas pessoas o exercerá no caso de falta ou incapacidad'e das que lhes antecederamna ordem aqui estabelecida.
Parágrago único. A nomeação deve constar de testamentoou de qualquer outro documento autêntico.
Art. 408. 'Nula é a nomeação de tutor pelo pai, ou pela mãe,que, ,ao t·empo de sua morte, não tenha o pátrio poder.
Art. 409. Em falta ·detutor nomeado pelos pais, incumbe atutela ,aos p:arentesconsangüíneos do menor, por esta ordem:
I - Ao avô paterno, depois ao materno, e, na falta deste, àavó patenla, ou materna.
II - Aos innãos, preferindo os bilaterais, aos unilater.ais odo sexo masculino ao do feminino, o mais velho .a,o mais moço.
III - Aos tios, sendo preferido o do sexo masculino ao dofeminino, o mais velho ao mais moço.
Art. 410. O juíz nomeará tutor idôneo e residente no do-micílio do menor:
I - Na falta de tutor testamentário, ou legítimo.IiI - Quando estes forem excluidos ou escusados da tutela.m - Quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e
o testamentário.Art. 411. Aos irmãos órfãos se dará um só tutor. No caso,
porém, de ser nomeado mais de um, por disposição testamentária,entende-se· que a tutela foi 'cometida 'ao >primetro, e que os outroslhe hão de suceder pela ordem da nomeação, dado o caso demorte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento legal.
Parágmfo único. Quem instituiu um menor hen:leiro, ou lega.tário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os tlensdeixados, ainda que o menor se ache sob o pátrio poder, ou sobtutela.
Art. 412. Os menores abandonados terão tutores nomeadospelo juiz, ou serão recolhídos a estabelecimentos públicos para essefim destinados.
Na falta desses estabelecimentos, ficam sob a tutela das p'essoas que, voluntária e gratuitamente, se encarregarem da suacriação.
SEÇAO nrDa Escusa dos Tutores
Art. 414. Podem escusar-se da tutela:I - As mulheres.II - Os maiores de sessenta anos.oIlII - Os que tiverem em seu poder mais de cínco filhos.IN - Os impossibilitados por enfermidade.V - Os que habitarem lon~ do lugar, onde se haja de
exercer a tutela.VI - Os que já exerceram tutela, ou curatela.VH - Os militares, 'em serviço.Art. 415. Quem não for parente do menor não poderá ser
obrigado a aceitara tutela, se houver no lugar parente idôneo,consangüíneo ou afim, em condições de exercê-la.
Art. 416. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subseqüentes,à intimação do nomeado, sob pena de entender-se renunciado odireito de alegá-la.
Se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutel'a, osdez dias contar-se-ão do em que ele sobreviver.
Art. 417. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeadoa tutela, enquanto o recurso interposto não tiver provimento, eresponderá desde logo pelas perdas e danos, que o menor venhaa sofrer.
212R Sábada 17 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
CAPíTULO IIDa. Curatela.
SEÇAO IDisposições Gerais
Art. 446. Estão sujettos ,à curatela:I - Os loucos de todo o gênero (arts. 448, n.o 1. 450 e 457).
JiI - Os surdos-mudos, sem educação que os habilite a enun-ciar precisamente a sua vontade (arts. 451 e 456).
,m - Os pródigos (arts. 459 e 461).
Art. 452. A sentença que declara a interdição produz efeitodesde logo, embora sujeita a recurso.
Art. 453. Decretada a interdição, fica o interdito sujeito àcuratela, à qual se ,aplica o disposto no capítulo antecedente, coma restrição do art. 4'51 e as modificações dos artigos seguintes.
Art. 454. O cônjuge não separado judicialmente, é, de direito,curador do outro, quando interdito (art. 455).
§ 1.0 Na falta do cônjuge, é curador legítimo o pai; na faltadeste, a mãe: e, na desta, o descendente maior.
§ 2.° Entre os descendentes, os mais próximos precedem aosmais remotos, e dentro os do mesmo grau, os varões às mulheres.
§ 3.° Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz aescolha do curadCir.
Art. 455. Quando o curador for o cônjuge., não será obrigadoa apresentar os balanços anuais, nem a fazer inventário, se o,regime do casamento for o da comunhão, ou se os bens do incapazse acharem descritos em instrumento público, qualquer que sejao regime do ·casamento.
§ 1.0 Se o curador for o marido, observar-se-á o disposto nosarts. 233 .90 239.
§ 2.° Se for a mulher a curadora, observar-se-á o dispostono art. 251, parágrafo único.
§ 3.° Se for o pai, ou mãe, não terá aplicação o disposto noart. 435.
LIVRO IV
Do Direito das Sucessões
TiTULO DIl
Da Sucessão TestaJnentária
CAPíTULO xvDa Deserdação
Art. 1. 741. Os herdeiros necessários podem ser privados desua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem serexcluídos da sucessão.
Art. 1. 742. A deserdação só pode ser ordenada em testamento, com expressa declaração de causa.
Art. 1.744. Além das causas mencionadas no art. 1.595, au-torizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes.
I - Ofensas físicas.I!I - Injúría grave.m - Desonestidade da filha que vive na casa própria.IV - Relações ilícitas com a madrasta. ou o padrasto.V - Desamparo do .ascendente em alienação mental ou grave
enfermidade.
LEI N.o 5.582, DE 16 DE JUNHO DE unoAltera. o art. 16 do Decreto-lei n." 3.2110, de 19 de abriR
de 1941, que dispõe sobre a organizaçãÜ' e proteção 1111.família.
O Presidente da Rep1Íblic~
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu. sancíono nseguinte Lei:
Art. I." O art. 16 do Decreto-lei n." :J .200, de 19 de a:bril de1941, que dispõe sobre a organização e proteção da família, passaa ter a seguinte redação;
"Art. 16. O filho natural enquanto menor iícará sobo poder do genitol' que o reconheceu e, se ambos o re~
conheceram, sob o poder da mãe, saJ.V0 se de tal soluçãoadvier prejuízo ao menor.
§ 1.° VerificllJdo que não deve o filho permanecer empoder da mãe ou do pai, deferirá o Juiz a sua guarda apessoa notoriamente idônea, de preferência da famíliade qualquer dos genitores.
§ 2.° Havendo motivos graves, devidamente comprovados, poderá o Juiz, a qualquer tempo e cabe, decidirde outro modo, no interesse do menor."
Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaçãO'.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrárioBrasília, 1ü de junho de 1970; 149.0 da Ii1dependência e 82.°
da República. - EMíLIO G. MÉDICI - Alfredo Buzaid.
LEI N.o 5.582, DE 16 DE JUNHO DE 1970
Altera o art. 16 do Decreto-lei n.o 3.200, de 19 deabril de 1941, que dispõe sobre a Organização e Proteçãoda. Familia.
(Publicada no Diário Oficial - Seção I - Parte I - de 17de junho de 1970)
RetificaçãoNa primeira página, 2.a e 3." colunas.
Onde se lê:§ 2.° Havendo motívos graves, devidamente comprovados, po
derá o juiz, a qualquer tempo e cabe decidir de outro modo, nointeresse do menor.Leia-se:
§ 2.° Hlwendo motivos ,gr:wes, d·evidamente comprovados,pode.rá o Juiz, a qualquer tempo e caso, decidir de outro modo,no interesse do menor.
PROJETO DE LEI N.o 6.054, DE 1982
(Da Sra. Lúcia Viveiros)Dispõe sobre abatimentos da renda. bruta por ex-com
batentes da FEB, para fins de incidência do Imposto deRenda.
(Anexe-se ao Projeto de Lei n.O 3.623, de 1980, nostermos do art. 71 do Regimento Interno.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira
poderá abater de sua renda bruta, para fins de incidência do Imposto de Renda e independentemente de comprovação, até o valorcorrespondente a 60% (sess·anta por cento) daquela renda, oriundade rendimentos tributáveis no regime de declaração anual derendimentos.
Parágrafo único. O limite fixado no caput absorverá osdemais abatimentos permitidos para os contribuintes em geral.
Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor em 1.° de janeiro do anosubseqüente ao de sua promulgação.
Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.
Justifícaçã6A Nação Brasileira continua em débito para com cidaidãos que
participaram da 2.a Guerra Mundial, não só pelo perigo de vIda aque os submeteu como também pela desorganização que induziu à'atividade desses ex-combatentes, interrompida no conflito armadoe diminuída por fatores emocionais e físicos.
Relativamente aos proventos auferidos em decorrência de reforma, ou às pens.Õ€s resultantes de falecimento de ex-combn,tentoe, concedidos de acordo com os Decretos-leis n úmems 8. '194 '"8.795, ambos de 23-1-46, e a Lei n.o 2.578, de 23-8-45, já foramexcluíd.os da tributabilidade pelo art. 29 da Lei n.O 4.862/65.
Outrossim, os ex-combatentes que tenham atingido 115 ânos deidade são beneficiários da isenção geral concedida pelo :1ri;. 15 doDecreto-lei n.O 1.642/78, quanto aos proventos até o valor deCr$ 770.000.00 no ano-base de 1981. COmo alt.ernatIva, a eS3il isenção, podem gozar do abatimento adicional concedido a tod'os (,{l
contribuintes dessa idade, conforme facult!1lU ;) arl;. 4." dI) TJ8ereto-lei 11.° 1.351/74 e ú p.rt. 17 -do Decreto-lei n.o 1 2bat.imenw que, no exercltüo fiscal de l[l82, monta em Or:;;
Todavia, para os ex-combatentes que tenham l'endlm'311CúSbutáveü; na declaração anual ou coni;em menos de 6!'ihá previsão legal para qualquer abatimento especiaL Alé1l1
os que tenham aqusla idade, ;) mencionado abaúm.i'úll/J cll-CllSi; revela dilnin\.1'b{)~ especlain1el1te porque JCllio pr(ÜVcn;"C10}{lLi2J
aos rendimentos auferJrio;;.Daí justificar-se a concessão objetivado. por e:::ta P"'QPúS!"fr:;,
no sentido de que o ex-cQmbs,tent2 -da FEB possa, SelUpl'e, @O,"~W6'3
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONA L (Seção I ) Sábado 17 2129
um abatimento global equivalente a 60% da renda bruta af.eridaem sua declaração de rendimentos tributáveis. É conveniente ressaltar que, nos termos do projeto, esse abatimento global absorverá todos os demais permitidos pela legislação em vigor, compreendendo pagamentos de bolsas de estudo, contribuições e doações, despesas ele instrução, juros, perdas extraordinárias, aluguelresidencial, tratamentos com 'a saúde, pensão alimenticia, bemcomo os encargos com dependentes e o abatimento adicional autorizado para maiores de 65 anos.
Apesar de, percepti'velmente, ser ínfima a receita tributáriade que a Fazenda Nacíonal renunciará com o abatimento total autorizado neste projeto de lei, em razão da pequena quantidadeexístente de ex-combatentes e os limitados rendimentos por elesauferidos, está sendo previsto, para o início da vigência da lei,apenas o exercícío imediato ao de sua promulgação.
Em razão do evidente cunho social de que se reveste esta proIposição legislativa, confiamos em .sua urg·ente aprovação porambas as Casas do Congresso Nacional.
Sala de Sessões, 6 de abril de 1982. - Lúcia Viveiros.
LEGISLAÇÃO CITADA, AN.EXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES
DECRETO-LEI N.o 8.794, DE 23 DE JANEIRO DE 1946Regula as vantagens a que têm direitG os herdeiros
dos militares que partieiparam da Força 'ExpedicionáriaBrasileira, no teatro de operações da Itália.
O Presidente' da República, usando da atribuição <lue lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta:
Art. 1.° Este decreto-lei regula as vant<llgens a que têmdireito os herdeiros dos militares, inclusive os dos convocados,que participaram da Força Expedicionária Brasileira, destacada,em 1944-1945, no teatro de operações da Itália, e falecidos nascondições aqui -definidas.
Art. 2.° Os que faleceram em conseqüência de ferimentosverificados na zona de combate, em cumprimento de missão oudesempenho de serviço ou, em qualquer situação, decorrentes deação inimiga, são promovidos post-mortem ao posto imediato aoque t,inham na data do óbito, aplicado o disposto no art. 11. edeixam uma pensão especial corr,espondente aos vencimentos doposto ou graduação da hierarquia normal subseqüente ao dapromoção.
Art. 3.° Osque faleceram em conseqüência de moléstias adquiridas ou agravadas na zona de combate, ou, fora desta zona,d-e acidente em s,erviço, deixam uma pensão especial correspondente aos vencimentos do posto imediato ao que tinham em vidaaplicado o disposto no art. 11. .
Art. 4.° Os que faleceram por quaisquer outros motivos, noteatro de operações da Itália, deixam uma pensão especial correspondente 'aos vencimentos do posto que tinham em vida.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo os soldadosSM consIderados engajados. '
Art.5.0 Os que venham a falec,er em conseqüência das causasfixadas nos artigos anteriores, deixarão a pensão especial nelesestabelecida, conforme o caso, ou a do posto que tiverem na datado óbito, se superior.
Art. 6.° Os militares desaparecidos e que não se tenhamapresentado até esta data, deixam a seus herdeiros a pensão deque trata o art. 2.°
Parágrafo único. No caso de reaparecimento -do militar, ouprecisada a causa do desaparecimento proceder-se-á na coniormid~de do Decreto-lei n.O 7.374, de 13 de março de 1945, no quese '!lJustar: ou será ,a pensão revista para ,aplicação adequada dosartigos aCIma.
Art. 7.° No caso de convocado que, em vida haja optadopel~ qu~ percebia como ~ivi1, a pensão será igual a' essa remuneraçao CIVIl, salvo se maIores forem os benefícios que lhe caberiam pelos artigos anteriores.
Art. 8.° As pensões a que seJ)eferem o presente decreto-leiserão devidas segundo as tabelas vigentes, de modo que estejamsempre atualizadas.
Pa'rágrafo único. Mudada a tabela de vencimentos, far-se-áa revisão l·espectiva.
Art. 9.° O Governo contribuirá com a importância necessária para que seja doada c:3!sa residencial à família de todoexpedicionário, falecido nas condições dos artigos 2.° e 3.°, quenão tenha casa própria.
Parágrafo único. Para que se verifique essa contribuição,decreto-lei especial definirá o valo;r, ,as condições e os limites dadoação.
Art. 10. Aos filhos menores dos militares falecidos nas condições do presente decreto-lei, será assegurada educação gratuita,a expensas do Estado.
Parágjrafo único. A Sacretall"ia Geral do Ministério daGuerra incumbirá a regulamentação de,ste artigo, dentro de 60(sessenta) dias, e sua execução.
Art. 11. Para os efeitos expressos deste decretD-Iei, são considerados postos imediatos: pa:ra os soldados, 3.° sargento; para05 cabos, 2.° sargento: para os sargentos em geral, aspirante aoficial; para os as.pirantes e subtenentes, 2.° tenente.
Art. 12. Entende-se por zona de combate, para os efeitüsdo presente decreto-lei, a faixa de terreno em que, no momentoconsiderado, operavam, trabalhando e estacionavam as unidadesde combate da La Divisão de Infantaria Expedicionária e órgãosde se'rviços de seus corpos de tropa, bem como onde se achavaminstaladas, em cumprimento de missão, as frações destacadas doselementos de serviços divisionários e os escalões avançados dequartéis generais, imediatamente necessários à situação de combate.
Art. 13. ,são considerados herdeiros, no tocante às pensõesconc·edidas pelo pres,ente decreto-lei, os que a legislação em vigordefine como tais para a percepção do montepio militar, com osmesmos direitos de preferência e reversão.
Art. 14. Este decreto-lei entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposiçõ;es em contrário, sendo as pensões especiais devidas a partir da data do óbito ou da previstano § 2.0 do art. 5.° do J.1eferido Decreto-lei n.O 7.374.
Rior1e Janerro, 23 de janeiro de 1964, 124.° da Independênciae 57.° da República. - Jasé Linhares. - CanrobertPereira daCosta.
DECRETO-LEI N.o 8.795, DE 23 DE J'ANEIRO DE 1946Regula as vantagens a que têm direito os milit.ares
da FEE incapacitados fisicamente.O presidente da República, usando da atribuição que lhe con
fere o art. 180 da constituição, decreta:Art. 1.0 Este decr·eto-Iei regula as vantagens a que ficam
com direito os militares, inclusive os convocados, incapacitadosfisicamente para o serviço militar, em conseqüência de ferimentos verificados ou moléstias adquiridas quando participavam daForça Expedicionária Brasileira destacada, em 1944-1945, nOteatro de operações da Itália.
Art. 2.° Os que hajam sido incapacitados em conseqüênciade ferimentos verificados ou moléstias adquiridas na zona de combate, quando em cumprimento d,e missão ou desempenho de serviço, ou, em qualquer situação, de ferimentos decorrentes de açãoinimiga, são promovidos ao posto imediato ao que tinham quandoforam feridos ou adquiriram a moléstia, aplicado o disposto noart 1.0, e re~ormados com os .yencimentos do posto ou graduaçãoda hIerarqUIa normal subsequente ao da promoção.
Parágrafo único. Os que ficaram impossibilitados para todoe qualquer trabalho, terão essas vantagens aumentadas de 25%hospitalização eS)Jecializada vitalícia, quando necessária e a juizOmédico, caso próprio de acordo com seu posto e edutlacâodosfilhos menores, a expensas do Estado. .'
Art. 3.° Os que hajam sido incapa,citados em conseqüênciade moléstias adquiridas ou agravadas em servico; ou de acIdentesem serviço ocorridos fora da zona de combate: são promovidosao posto Imediato ao que tinham quando foi a moléstia adquiridaou agravada, ou verificado o acidente, aplicado -o disposto noart. 10, e reformados com os vencimentos deste novo posto.
ParágraJ;o único. Os que ficarem impossibilitados para todoe qualquer trabalho terão 'Cssas vantagens aumentadas de 25%hospitalização especializada vitalícia quando n'€cessáriae a húzómédico, e educação dos filhos menores, a expensas do Es'tado.
Art. 4.° Os que soe hajam incapacitado fora do serviço, poracidente ou moléstia adquirida, ou fundamentalmente agravada,no teatro de operações da Itália, serão reformados com os vencimentos do posto que tinham nessa ocasião.
§ 1.0 Para os efeitos deste artigo, os soldados são considerados '€ngaj ados.
§ 2.° Os que ficarem impossibilitados para todo e qualquertrabalho, terão essas vantagens aumentadas de 25% e educaçãodos filhos menO'J.1es, a expensas do Estado.
Art. 5.° Os que venham a ser declarados incapazes, em conseqüência das causas fixadas nos artigos anteliores. serão reformados nas condições neles estabelecidas, conforme o caso, oucom os vencimentos do posto que tiverem na data da reforma, sesuperiores.
Art. 6." No caso do conv(Jcado que haja optado pelo quepercebia como civil, as vantagens da reforma serão iguais a essaremuneração civil, salvo se maiores forem os benefícios que lhe,caberiam pelos artigos anteriores.
Art. 7.° As vantagens a que se referem os artigos anterioresserão devidas segundo as tabelas vigentes, de modo que estejamsempre atualiz;adas.
2130 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Sc~ão I) Abril de 1982
Parágrafo umco. Mudada a tabela de v-encimentos, far-se-árevisão necessária.
Art. 8.0 Se a incapacidade do militar consistir em diminuição de suas possibilidades de locomoção ou ou1Jra causa que nãolhe afete o funcionamento orgânico geral, poderá -ser apl.'Oveitado,se assim o desejar e comprovar a corr,espondente aptidão intelectual, nos quadros do magistério e técnico do Exército, ou, para:funções burocráticas, nos demais quadros.
§ 1.0 Nessa hipótese, não serão reformados, ou, se Ja otiverem sido, reverterão à situação necessária, sendo promovidosnos casos definidos nos arts. 2.0 e 3.° deste decreto-lei, e ficandoagregados ao quadro da respectiva Arma ou Serviço, s~ preciso,de modo a não prejudicar,em seus componentes ordinárIOs.
§ 2.° Uma vez incluídos nos quadros correspondentes, terãoo acesso e vantagen.s normais.
§ 3.0 Os requisitos e processos de apurá-los, para o seu ingresso nesses quadros, serão estudados pelo Ministério da Guerra,que apresentará ao Governo as modificações que se impuserem nalegislação em vigor.
§ 4.° Caso não se adaptem a ,essa nova ,situação, poderão,dentro de um ano a contar do ingresso no respectivo quadro.requerer 'a volta à situação que lhes caberia pelos arts. 2.0 , 3.° e4.° deste decl'eto-Iei.
Art. 9,0 Não se aplicam as disposições do Decreto-lei número 7.270, de 25 de janeiro de 1945, aos militares aqui abrangidos,salvo àqueles que des>ejarem submeter-se a seu regime, ou, &e ascausas que os incapacitarem para o serviço militar, não os impedir de retomar, em toda sua plenitude, suas atividades normaisna vida civil, hipótese em que, além dos prov,entos de sua atividade civil, passarão a perceber 50% dai; vantagens de que trataeste decreto-lei.
Art. 10. P.ara os ef-eitos expressos deste decreto-lei, ,serãoconsiderados postos imediatos: para os soldados, 3.° sargento; paraos cabos, 2.0 sargento; para os sargentos em geral, aspirante aoficial; e para os aspirantes e subt-enentes, 2.° tenente.
Art. 11.. As vantagens de que trata este decreto-lei poderãoser acumuladas com os proventos de qualquer atividade privada.inclusive em empresas particulares, e, com a redução de 5tJ%,com os de quaisquer cargos públicos, eletivos ou em comissão,federais, estaduais ou municipais.
Art. 12. Entende-se por zona de combate, para os efeitos dopresente decreto-lei, a faixa de terreno em que, no momento considerado, operavam. trabalhavam e estacionavam as unidades decombate da l,a Divisão d-e Infantaria Expedicionária e os órgãosde serviços de &euscorpos de tropa, bem como, onde se achavam.instaladas, em cumprimento de missão, as frações destacadas doselementos de serviços divisionários e os escalões avançados dequartéis 'generais, imediatamente necessários à situação de combat'e.
Art. 13. A Secretaria Geral do Ministério da Guerra incumbirá as providências necessárias para o cumprimento dos parágrafos únicos dos artigos 2.0 e 3.° deste decreto-lei.
Art. 14. O presente decreto-lei entrará em vigor na data desua publicação, revogadas as disposições em contrário, sendo asvantagens devidas a partir da data da reforma.
Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1945, 124.0 da Independênciae 57.0 da :República. - JOSÉ LINHARES _ Canrobert Pereirada Costa.
LEI N.o 2.578, DE 20 DE AGOSTO DE 1955Revoga o Deereto-Iei n.O 7.013, de 1 de novembro de
1944 (dispõe sobre o policiamento interno de empresas eestabelecimentos particulares.)
O Presidente da República,-Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:Art. 1.° Fica revogado o Decreto-lei n.o 7.013, de 1 de
novembro de 1944 (dispõe sobre o policiamento interno de empresas e ,estabelecimentos particulares).
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.Rio de Janeiro, 20 de agosto de 1955; 134.0 da Independência e
67.° da R.epública. - JOÃO CAFÉ FILHO _ Prado Kelly.
LEI N.O 4.862, DE 29 DE NOViEMBRO DE 1965Atera a legislação do imposto de renda, adota, diversas
medidas de ordem fiscal e fazendária, e dá outras providências.
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 0.0 ••••••••••
Art. 29. Ficam isentos do imposto de renda os proventos eas pensões, concedidos de acord~J' oom os Decreros-Ieis n.OS 8.794
e 8.795, ambos de 23 de janeiro de 1946, e Lei n.o 2.579, de 23de agosto de 1955, em decon-ência de reformas ou falecimentos deex-combatentes da FElB.
DECRETO-LEI N.o 1.351, DE 24 DE OUTUBRO DE 1974
Altera a legislação do imposto sobre a renda.
Art. 4.° Os contribuintes do imposto de renda que tenhamcompletado 6,5 (sessenta e cinco) anos de idade até o último diado ano-base, poderão gozar de abatimento adicional, na rubricade encargos de família, em valor equivalente ao abatimento dedois dependentes.
DECRETO-LEI N.o 1. 642, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1978
Altera a legislação do imposto de renda das pessoasfísicas.
. .Art. 15, Os proventos de inatividade pagos em decorrência
de aposentadoria, transferência para a reserva remunerada oureforma, por pessoa jurídica de direito público, até o valor deCr$ 180.000,00 (cento 'e oitenta mil cruzeiros) anuais, não serãoincluídos como rendimentos tributáveis na declaração de contribuinte que tenha 65 (sessenta e cinco) ,anos de idade ou mais, aotérmino do an:>-base correspondente.
Parágrafo único. A parc,ela que exceder o .va10r previstoneste artigo. entrará no cômputo do rendimento bruto, classificável na Cédula "C"...................................................................
Art. 17. A isenção prevista nos arts. 15 e 16 exclui o direito ao abatimento de que trata o artigo 4.° do Decreto-lei número 1.351, de 24 de outubro de 1974...................................................................
PROJETO DE LEI N.O 6.060, DE 1982(Do Sr. JG de Araújo Jorge)
Dá nova redação e acrescenta parágrafos ao art. 8.0da Lei n.o 6.978, de 10 de janeiro de 1982, e dá outrasprovidêneillJs.
(A Comissão de Constituição e Justiça.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O art. 8.° da Lei n.O 6.978/82, passa a vigorar com aseguinte redação:
"Art. 8.0 Nas eleições previstas nesta Lei, sob penade nulida'Cle de voto, :o eleitor votará apenas em candidatos do mesmo Partido:
a) nos municípios: para Governador, Vice?Governaidor e Vereador;
b) nos Estados: para Governador, Vice-Governador eDeputado Estadual.
§ 1.0 Para a Câmara dos Deputados e para o SenadoFederal, o eleitor não estará obrigado a votar em candidatos sob uma mesma legenda partidária.
§ 2.0 O eleitor não será obrigado a votar em chapa completa, mas apenas nos candidatos de sua preferência emqualquer das áreas legislativas: a municipal, a estadualou a federal."
Art. 2.0 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicaçãorevogadas as disposições em contrário. . ,
Sala das Sessões, 12 de abril de 1982. - JG de Araújo Jorge.
Justificação
Não se pode obrigar o eleitor a votar em candidatos de umasó legenda, num país em que os Partidos políticos não são conhecidos por seus princípios programáticos, pelas soluções que apresentam para os grandes problemas nacionais; não possuem estrut:ura ideológica, e são identificados pelos nomes de algumas de suaslI?e~anças, como o partido do Brizola, do Figueiredo, do Lula, doJamo, do Tancredo, e por aí vai. E numa eleição com candidatosdisputando 8 (oito) cargos diferentes: Prefeito, Vice-Prefeito, Vereador, Governador, Vice-Governador, Deputado Federal e Senador.
Como se exigir do eleitor que vote em chapa completa, quevincule seu voto de cima a baixo, com candidatos mudando departidos rodos os dias, com incorporações, com reformas eleito-
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 17 2131
rais pré-fabricadas sem que o próprio partido Oficial seja ouvidoou consultado?
Falta ao Governo aliás, autoridade para tal exigência, quandoé o primeiro a privar o eleitor do poder de votar em muitos municípios, para escolher seu Prefeito, inclusive nos municípios das capitais, presumidamente os mais politizados no Estado.
E quando a burocracia eleitoral dificultou a organização dospartidos, a ponto de a maioria não ter conseguido constituir seusdiretórios em muitos estados e em centenas de municípios.
A vinculação que aí está se constitue numa arbitrariedade amais, imposta pelo Sistema, violentando a consciência do eleitorem países como o Brasil, em que o processo eleitoral não permitiuque os partidos se estruturassem, e tenham condições de funcionar nacionalmente.
Tal vinculação coage e revolta, leva ao voto em branco, ao votonulo, à abstenção. Nas eleições anteriores os percentuais dessesvotos e abstenções chegou a 46%, e caminhamos agora com a perspectiva de que tais índices possam chegar a 60,70% e mais.
Essa grande maioria silenciosa (percentualmente o "partidomajoritário neste pais desde que se fez a chamada revolução de64), ela, sim, radical, porque descrente de todos e de tudo, poderá atingir um nivel tal, com sua manifestação, que será uma desmoralização para o pleito, e o transformará num plebiscito, comum não contundente aos casuísmos dos "pacotes" eleitorais, filhosespúrios do famigerado "pacote de abril".
O presente Projeto apresenta uma alternativa inovadora: a vinculação do voto, pelas áreas legislat.ivas. Eis um critério lógico, ummal menor, nas atuais circunstâncias políticas.
Se é verdade que o Prefeito administrará melhor com o apoioda Câmara Municipal, e o GOvernador com a Assembléia Estadual,então a sugestão me parece válída.
Quanto às eleições para a Câmara dos Deputados e para oSenado Federal, a ter-se que vincular o voto, deveria ser com ovoto para a eleição do Presidente da R·epública, já que dependetambém para governar do apoio do Poder Legislativo. Mas nãohá condições para o estabelecimento deste critério, de v,ez que aseleições para o Congresso Nacional não coincidem com as presidenciais (o Ato Institucional n.O 8 aumentou para 6 anos o mandato presidencial), e o Presidente agora é eleito por voto indireto,através de um Colégio Eleitoral, tanto quanto possível "cuidadosamente" constituído. (Art. 74, §§ 1.0, 2.° e 3.° e art. 75, § 3.°).
Eis porque deve-se liberal' o voto do eleitor para a Câmarados Deputados e para o Senado Federal. Gostaria entretanto, dedeixar bem claro, que, atendendo-se à realidade brasileira, a desvinculação deveria ser total.
Este Projeto, oferece, pois, e apenas, uma alternativa que meparece importante, e no interesse de todos - Oposição e Governo.
Nesse jogo em que nós oposicionistas somos compulsoriamenteparticipantes, na realidade, não passamos de espectadores, sujeitosàs regras e a todas as alterações que o Regime impõe, sem omenor respeito à opinião pública e a si mesmo, confessando o únicoobjetivo de permanecer "bancando" o poder, ,e usufruindo de suasvantagens e mordomias, enquanto o povo indefeso passa fome epaga os "olhos da cara" pela insegurança e pela repressão a quese encontra sujeito há quase duas décadas.
Sala das Sessões, 12 de abril de 1982. - JG de Araújo Jorge.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSÕES PERMANENTES
LEI N.o 6.978, DE 19 DE JANEIRO DE 1982
Estabelece normas para a realização de eleições em1982, e dá outras providências.
Art. 8.° Nas eleições previstas nesta Lei, o eleitor votará apenas em candidatos pertencentes ao mesmo partido, sob pena denulidade do voto para todos os cargos.
§ 1.0 Quando o partido não tiver diretório organizado no município nem filiados em número suficiente à realização da Convenção para escolha de candidatos, na forma do § 7.° do art. 2.°,a não indicação destes para os cargos municipais não acarretaráo indeferimento da chapa de candidatos às eleições de âmbitoesta'dual e federal.
§ 2.° A Justiça Eleitoral disporá quanto ao processo de votação.
PROJETO DE LEI N.o 6.062, DE 1982
(Do Sr. Octávio Torrecilla)C'onsidera como tempo de efetivo serviço, para efeito
de aposentadoria, o exercido na flmçáo de Comissário deMenores.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Tra·bal:hoe lJegislaçáo SociaJl ,e d,e Finanças.)
O Congresso Nacional decl'eta:Art. 1.0 Fica considerado como efetivo tempo de serviço, para
efeito de aposentado'ria, o período de ex,ercicio na função de Comissário de Menores junto à Justiça.
:Barágrafo único. O tempo de serviço de que trata este artigoé considerado como relevante, para fins de ascensão ;funcional.
Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaç.ão.Art. 3.0 Rievogam-se as disposições em contrário.
JustificaçãoNa maior parte do território nacional, ainda é bastante comum
a designação de CDmÍSl3ários de Menores, por parte do Magistradocompetente.
A designação é por tempo determinado, renováv·el ilimitadament,e, observado cuidadosamente o requisito de idoneidade moraldo titular, escolhido entre os mais destacados cidadãos da comunidade.
A ati,vidade dos GomisS'ários de Menores é regulada pelo Códigode Menor - Lei n.o 6.697, de 10 de outubro de 197'9 - que, noart. 7.0, parágrafo lmico, assim dispõe:
"Art. 7.° À Autoridad,e Judiciária competirá exercerdiretamente ou por intermédio de servidor ·efetivo ou voluntário credenciadO', fiscalização sobre o cumprimento das·decisões judiciais ou d·eterminaçõ·es administrativas que'l1ouv,er tomado com relação à assistência, proteção '8 vigilância a menores.
Parágrafo único. A fiscalização pod·erá .ser desempenhada por Comissários voluntários, nomeados pela 3Jutoridade judiciária a titulo gratuito, dentre pessnas idôneasmerecedoras de sua confiança."
Os Comissários de Menores, gratuitamente, prestam relevantesserviços à comunidade, fiscalizando ambientes proibidos à presençade menores, bem como no fornecimento de autorização para viagensnos diferentes Postos de Serviços colocados nas Estações RodoviáTias, A,eroportos.
,É um trabalho estafante, realizado por puro idealismo por 'Parte de p,essoas que se preocupam com o bem-estar do menor. suaproteção e tranqüilidade. Nada recebem financeiramente em troca,mas estão sujeitas a tndas as espécies de riscos: má compreensão,ameaças, envolvimento d,e ordem policial (,quando tem qu·e comparecer às delegacias policiais para cnntornarem pro.blemas, seremt,estemullhas, etc., de fatos que envo:vem menores).
Nada mais justo, pois, de que esses ahnegados cidadãos tenhamuma recompens.a minima - já que seu trrubalho é voluntário egratuito: com a devida comprovação, rece-ber o beneficio da contagem de tempo de serviço para aposentadoria.
Esperamos, ,para isso, o imprescindivel apoio dos nobres parespara a aprovação de nossa iniciativa.
Sala das Sessões, ' - Octavio Torrecilla.
PiROJETO DE LEI N,o 6,063, DE 1982(Do Sr. Ros·emburgo Romano)
Isenta de cobrança os primeiros 100 kw/h consumidosnas residências,
(Às Oomissões de Oonstituição e Justiça, de Minas eEnergia e de Economia, Indústria e Comércio.)
O Congresso Nacional d·ecreta:,A,rt. 1.0 As concessionárias de energia elétrica estabelecerão
suas tarifas de modo que o fornecimento mensal dos primeiroscem quilowatts/hora seja gratuito para as residências.
A,rt. 2.0 A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário,
JustificaçãoO presente projeto de lei é de profundo alcance social. S~bdda
mente, e até mesmo por pressões internacionais, as tarifas deenergia elétrica têm subido assustadoramente. E, de modo paradoll!al, existe uma sensível1 retração no consumo principalmente naárea indus,trial. Para se ter idéia de como anda alta a tar1fa,-basta dizer que a Usina Nuclear de Angra I e;;tará em funcionamento sem que seu consumo possa ser aproveitSJdo. .
2132 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Estes fa+os fazem com que o consumidor residencial seja grandemente pI'ejudicado. Em especial aquele que se utiliza da energiaelétrica 3ipenas para coisas indi.&pensáveis.
O sentido desta proposição (a exemplo de outra que apresenteiisentando de pagamento os primeiros dez metrOlS oúbicos mensaisde água) é faz,er com que efetivamente se pague o consumo supérfluo. O tmba1hador brasileiro, ruguele que recebe salário minimo,ou pouco mais, não pode arcar com uma conta de luz que andaacima dos mil crul'leiros mensais. É um sacrificio por demais oneroso pam o conjunto farnKiar.
O consumo mensal de 100 kw/h é o mínimo de uma r,esidência,sem esbanjamento, sem luzes de alta wattagem, sem de&perdícios.iPor isso mesmo, entendo que as tarifas d'evem ser escalonadas detal forma qlXe esse consumo residencial inicial seja gratuito. Daíem diante, sim, existirá a cobranç,a.
Quem possui mansões de cinco, sete ou oito quartos, jardinaiLum.inados, ch3Jfariz;es e repuxos, salões de jogos, amplos corr,edores, estes sim, devem pagar caro pelo consumo 311'pé,rfluo de energia ,elétrica. Quem deseja iluminar seus jardins para dar r,ecepçõessuntuosa.s, que pague p-elD luxo.
Mas que se pf\eserve o trabalhador hum~:de, aquele que nãodorme com todas as luz,es de sua casa acesas, que não possUi vários,ruparelhos üe televisão e video-cassete, .que não possui fl'eczer ou,fornos de ondas, salmas residenciais e outros aparelhos de CDnsumoelevado.
Estou certo de que esta proposição merecerá 3ipOio irrestrito detodos os parlamentar-es que, realmente, defendem as causas populares.
Sala das Sessões, 13 de a;bril de 1932. - RJosemburgo Romano.
PRO.JETO nE LEI N,o 6.064, DE 1982
(Do 81'. Rosemburgo Romano)Dispãe sobre a realização de concursos públicos, e
determina outras providências.(As Comissões de constituição e Justiça e de Serviço
Público.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1,0 Nos concursos realizados pela Administração Pública,
direta ou indireta, bem como pelas fundações instituídas ou mantidas pelo poder público, é obrígatória a divulgação das notasconferidas a cada candidato, mesmo que não aproV'ado ou qualificado.
Art. 2.° Ao divulgar o resultado, deverá o órgão r(:alizadordo concurso exibir 'O gabarito ou os crítérios utilizados paa:a acorreção das provas.
Art. 3.° Não se conform'ando com o resultado atribuído àsua ou à prova de qualquer outro candidato, é licito a qualquerínscrito pedir revísão da prova.
Art. 4.° A não-observância do disposto nesta lei sujeíta oresponsável à pena pecuniária de vinte a cem vezes {) Vlalor daObrigação Reajustãvel do Tesouro Nacional além d'a e~oneração
do cargo.
Art. 5.° As taxas cobradas aos camlidatos nos concm'sos previstos pelo art. 1.0 de'sta lei não poderão exceder ao necessáriopara a realização dos mesmos.
Art.6.o A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7.° Revogam-se as dísposíções em eDntrário.
Justificação
Este projeto de lei tem por finalidade principal evítar quea a:dministração pública, indireta ou direta, tenha seus concm-sospúblicos 'eivados de suspeitas.
Muitos candidatos têm apr,esentado ;reclamações, através daimprensa, relativamente a esses concursos. Conforme se sabe, aDonstituição Fed'eral estabelec,e que a primeíra investidura emoargu público dependerá de aprovação prévia em concurso público.Essa norma, por questão de moralid'3Jde 'administr,ativa, tambémse aplica para o preenchimento de cargos em empresas vinculadasao Governu.
Muitos são 'aqueles que, acreditando na seriedade do concurso,se inscrevem. Mas às vezes saem a;margurados com f'alhas existentes: somente são conhecidos os candidatos aprovados ou qualifícados; não se oferece o gabarito da prova ou os critérios quenortearam sua correção; não se permite impugnação de provasde outros candidatos.
Estia proposição tem em vista a moralização dos concursos.Estou certo de que os nobres congressistas emprestarão seu apoioao presente projeto.
Sala das Sessões, 13 de abril de :1.982. - 'Rosemburgo Romano.
PROJETO DE LEI N.o 6.065, DE 1982
(Do 81'. Cardoso Alves)
(As Comissões de constituição e Justíça e d'e Comunicação.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 São considerados de utilidade pública os jornais, re
vistas e demais periódicos de 'bairro das Capitais dos Estados, doDistrito Federal e dos Territórios.
Art. 2.° São igualmente beneficiados pelo disposto no artigo lanterior quaisquer publicações periódicas. de cunho sodal oureligioso de âmbito local, assim como aquelas cuja atuação sejareconhecida como de interesse do poder Público.
Art. 3." As entidades interessada·s na obtenção do benefícioinstituído por esta lei deverão comprovar:
I - que são dotadas de personalidarle jurídica;II _ que desenvolvem atividade periódica constante há mais
de dois anos;ru - que estão desvinculadas de partidos políticos e de or
ganismos sindicais.Art. 4.° O Poder Executivo, ouvido o Ministério da. Justiça,
regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, contados dadata da sua publicação.
Art.5.0 IEsta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.Art. 6.0 Revogam-se as disposições em contrário.
Justüicação
Não há quem desconheça a quantidade,generalidade e qualidadedos serviços prestados pelos pequenos órgãos de imprensa,que atuam junto a 'comunidades de bair,ro nas Capitais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais.
São entidades de porte reduzido, de parcos l'ecursos financeiros e de modesto equipamento que, dirigidos por pessoas idealistase carregadas de cativante denodo, chegam a produzir milagres,traduzidos em perfeição e regular~dade.
Essas publicações transmitem eventos gerados na própria comunidade a que se destinam, circunstância que lhes 'empresta umcaráter de expressiva autentícidade e de real interesse prático.Seus leitores podem exp'erimentar a 'agradável sensação de fazer aSnoticias ou, se não, de ,conhecer pessoalmente um bom númerode quem as f,az.
São, além disso, imprensa nascida para vi~orosos embates epara incansáv'€l vigília em favor do grupo somal que ampar.am,parlll que lhe sejam preservados os .direitos ~ }1ara que .I~e, sejan:aJtendidaa as mais prementes neceSSIdades. NISSO, sem dll'VlJda, estao seu va'lor eminentemente 80cial; nessa atuação, a característicamarcante do intel'esse público.
'Iludo isso considerado ,chegamos à elllJooração deste projeto,destinado ao reconhecimento e ao realce ,da }1rofícua tarefadesempenhada pelos nossos ·periódicos de âmbito regional.
Sala ,das Sessões, 13 de abril de 1982. - Cardoso Alves.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISSõES PERMANENTES
LEI N.o 9'1, 'DE 28 :DE AGOSTO DE 1935
DetermilUt regras pelas quais são as sociedades declaradas d.e utilidade pública.
O Presidente da República dos Esta:dos Unidos do B:l'asil:!Faço sllJber que () Poder LegislatiVO decreta e eu sanciono a
seguinte lei:!Art. 1.0 As socíedades civis, as a\'3sociações e as fundações
constituídas [lO País com o fim exclusivo de servir desinteressadam8'llte à coIetividade podem ser declaradas de utiUdade pública,provados 'os seguintes requisitos:
a)1 que rud'quiriralill personalidade j'urldica;b) 'Que estão em efetivo funcionamento e servem desinteres
sa'damente à coletivida:de;c), que os ca'l1gos -de sua diretoria não são remunerados.-Art. 2.0 A declaração de utilidade Dública será Ifeita em de
creto do Poder Executivo, mediante requerimento processado no!Ministério da .Justiça e Negócios Interiores ou, em casos excep-cionais, ex officio. '
Parágrafo único. O nome e características da sociedade, associação ou fll'lldação ,declarada de utilidalCle pública; serão ins-critos em liwo especi,al, a esse ,fim destina:do. .
!Art. 3.° Nenlhum ta'vor do Estado deco])rerá do titulo deutlidade pública, salvo a garantia do uso 'exclusivo, pela sociedade,
Abril de 1982 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 17 2133
associação ou fundação, de emblemas, flâmulas, bandeiras oudil'3'ttntívos próprios, devid,amente regi.strwdos no Ministério da Justiça ,e a da menção do título concedido.
lA.rt. 4.° As sociedades, associações e fundações declaradas deutilidade pública ficam obr~gadas aarwesenta:r todos os a:nos,exceto por motivo de ordem superior reconhecido a critério doMinistério de Estado da Justiça e Negócios :rnteriores, relação circuns'uanciadados serviços que houverem presta:do à c?letivida:de.
DElClRJElTO N.o 50.517, DE 2 DE MAIO DE 1961
Regulamenta a Lei n.O 91, de 28 de agosto de 1935,que dispõe sobre a declaração de utilidade pública.
O Pres~dente da República, usando da atribuição que lheconfere o acr-t. 87, item I, da Constituição, decreta::
Art. 1.0 As sociedades civis, associações e fundações, constituídas no Pais, que sirv-am desinteressadamente à coletividade,pode,rão ser decllliradas de utilidade pública, a pedido ou ex~fficio mediante decreto do PresicIente da República:.
Art. 2.0 O pedido de declaração de utilidade pública serádirigido ao Presidente da República, por intermédio do Ministériodru Justiça e NJe,gódos :rnúeriores, provados pelo re.gue,rente osseguintes req'lÚsitos:
a) que se constituiu no País;bl' que tem personalidade jurídica;c) que esteve em efetivo e contínuo funcionamento, nos três
,anos imediata:mente anteriol'es, com a eX3!tJa observância dos 'estaturos;
d) que não são remune!rados" por qualquer forma, os cargosde di'retoria e que não distribui lucros, bonificações ou vwntagens'a dirigentes, mwntenedores ou associados, sob nenhuma forma O'Upl'etextos;
e) que, comprovadamente, mediante 31 apresentação de relatórios circunstanciados dos três anos de exercício anteriores àformulação do pedido, promove a educação ou exerce atividades,de pesquisas científicas, de cultura, inclm;i;ve artísticas, ou filantrópica:s, esta:s de caráter geral ou indiscriminado, predomi-nantemente; ,
f) que seus dil'etores possuem folha corrida e moralidade.comproVi3:da;
g) que se obriga a publicaa:, semes1JraJmente, a demonstração da receita obtMa e da despesa realizada no periodo anterior.
IParágrafo único. A falta de qualquer d<os documentos enumel1ados neste a1"tigo importará no 3irquivame!l1to do processo.
~rt. 3.° Denegrudo o pedi'do, não poderá se,r renovado antesde decorridos dois anos, a contalr da data da publicação do des'Padho denegatório.
iParágrafo único. Do denegatório do pedído ,de declaraçãode utilidwde púlblica caberá reconsideração, dentro do prazo de1'20 dias, contados da publicação.
Art. 4.° O nome e caracteristica:s da sociedade, associação oufundação declarada de utilidade pública serão inscritos em livroespecia:l que se destinará, também, à a"lerbaçáo da l'emessa dos,relwtórios a que se ,refere o art. 5.0
~rt. '5.0 As entidades declaraldas de, utilidade pública, saJvomotivo de força maior devidamente com:provllJdo, a critério daauroricltaJde competente, ficam obrigadas a llJpresentllJr, até o dia30 de abril de cad31 ano, ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, relatório circunstanciado dos serviços que houver prestadoà coletividade no ano wnterior.
Art. 6.° Será cassada a: declaração de utilida,cIe pública daentidllide que:
a) deixar de :3;presentar, d'llrante três anos, consecutivos, oa:elatório 'a que se refere o arti-go pl'ecedente;
b) se ne,gar a prestar se,roço compreendido em seus fins esta,tutários;
c)< re,úribuir, por qualquer forma, os membros de sua diretoria:, ou conceder lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes,manterredores ou 'lliSsociados.
:Art. 7.0 A cassação da utilidade públiea, será feita em processo, instaurado, ex officio pelo Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ou mediante repl1esentação documentada.
,Pa'l'ágrrufo único. O pedido de reconsideração do dec,reto quec31S1Sar a declacr-ação de utilid'ade ;pública não terá efeito suspensivo.
Art. 8.0 Este Decreto entl'a.rá em vigor na data de sua publicaçãorevogaJdas as .disposições em contrálrio.
lBraisilia, 2 de maio de 19'61; 140.0 da Ill'dendência e 73.° da.R!epúbUoo. - JAMO QUADOOS - Oscar Pooroso Horta.
!DEO~O N.o 60.l131, DE 4 DE J'1JIIJHO DE 11)67
Modifica o Decreto n.O 50.517, de 2 de maio de J.961,que regulamentou a Lei n.o 91, de 28 de ag,osto de 1935.
O Presidente da República usando da atribuição que lhe confere o art. 83, item n, da Constituição, decreta:
Art. 1.0 Ficam alterados a alínea g, do artigo 2.° e o 'artigo5.° Decreto n.o 50.517, de 2 de maio de 1961, que passam a vigorarcom a seguinte redação:
"Art. 2.° .g) Que se obriga a publicar, anualmente, a demons
tração da receita e despesa realiz:3;da:s no período anterior,desde que contemplada com subvenção por parte da União,neste mesmo periodo.
1I:rt. 5.0 As entidades declaradas de utilidade pública,salvo por motivo de força maior devidamente comprovalda, a critério da autoridade competente, ficam obriga'das a :lJpresentar, até o dia 30 dea:briI de ca,da ano, aol\tinistério da Justiça, relatório circunstanciado dos serviços que houverem prestado à coleti'vidade no ano a:nterior, devidamente acompanhado do demonstrativo dareceita e da despesa realizada no período, ainda que nãotenham sido subvencionadas."
A.rt. 2.° Este Decreto entra:rá em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Bmsília, 4de julho de 1967; 146.D da Independência e 79.0 daRepública. - A. COSTA E SILVA - Luiz Antônio da Gama eSilva.
o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Está finda a leitura do expe-diente.
IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. Paulo Torres.
O SR. PAULO TORRES (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados. recebi, como cantagalense, que muito sehonra de haver nascido em Cantagalo, rincão abençoado de nossa Pátria, umveemente apelo para que. desta tribuna, me dirija ao Governo Federal e, emparticular. ao eminente Ministro Eliseu Resende, dos Transportes, para aconcretização do ramal ferroviário de Cantagalo. Sugerem os técnicos que oseu melhor traçado é o que, no momento, está sendo estudado pela Empresade Engenharia Ferroviária - ENGEFER. Afirmam os mencionados técnicosque o traçado por eles em estudo é bem menos dispendioso que o elaborado,em 1975, pela HIDROSERVICE, por solicitação do então Ministro DirceuNogueira.
O novo projeto. isto é, o da ENGEFER. é excelente para a solução doproblema do escoamento da produção cimenteira do Município de Cantagaloe. ainda, para o seu desenvolvimento integrado. A ferrovia, quando implantada. atenderá, também, a uma grande área essencialmente agropastoril, quetem. na pecuária leiteira, a sua atividade dominante.
O ramal ferroviário tem início nas proximidades da Fábrica de CimentoAlvorada. continuando na direção da sede do Distrito de Euclidelândia. atravessando as fábricas de cimento Mauá e Rio Negro, sendo que esta última seencontra dentro do mencionado Distrito.
De Euclidelândia, a ferrovia seguirá em direção à localidade de EngenhoCentral, com o aproveitamento do trecho do antigo leito da Estrada de FerroLeopoldina e, após ultrapassar o Distrito de Boa Sorte, seguirá em direção aorio Paraíba, atingindo o Distrito de São Sebastião do Paraíba.
A grande vantagem deste traçado é que ele atende, integralmente, aosgrupos cimenteiros já citados, pois atravessa, paralelamente, a serra das Águas Quentes, onde se localizam as jazidas de calcário dos grupos cimentciroscitados.
Devo, ainda, salientar que o minucioso estudo da Empresa de Engenharia Ferroviária está projetado para um terreno muito mais favorável, sem neccssidade de grandes obras, o que não acontece com o da HIDROSERVICE,cujo ramal teria 32 viadutos, 17 túneis e 2 pontes.
Seguindo a margem direita do rio Paraíba, a ferrovia vai alcançar a cidade de Melo Barreto, nas proximidades da cidade de Além Paraíba, em MinasGerais. A construção deste ramal ferroviário é uma imposição do momentoque estamos vivendo, pois precisamos. sempre e cada vez mais, de cimentopara atender às nossas necessidades.
Louvo, neste momento, a incansável atividade e o grande interesse demonstrado para sua concretização, pelo meu amigo e grande cantagalenseProfessor e Vereador Desidério Rodrigues.
Era o que, Sr. Presidente, tinha a dizer.
2134 Sábado 17 mÁRIO DO CONGRESSO NACIO:-IAL (Seção 1í Abril de 1982
o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente e Srs. Deputados. através de pronunciamentos de autorizados homens públicos, menos no sentido do compromisso oficiaI. do que pelasextensões - e convicções - dos seus desempenhos. têm surgido advertênciassobre certo tipo de gigantismo. O industrial Antônio Ermírio de Morais fezuma análise cautelosa do que se decide no Projeto Carajás, com os bilhões dedólares avolumando a dívida brasileira, e numerosas multinacionais complicando o processo de exploração mineral.
Após advertir sobre as implicações eom a dívida externa. faz o empresário paulista. de comprovados êxitos, uma eonfissão didática:
"Temos de começar pequeno", porque, "se começamos muitogrande a tendéneia é tomar dinheiro emprestado, a ponto de, nahora de dar efetiva partida ao projeto, ou o BNDE toma conta do
, negócio ou se vai à falência, ou se entrega para um grupo estrangeiro."
Ingrato dilema de comprovações cotidianas. Mas que nem por se reeditarcm os incidentes, com desastrosas e comprometedoras demissões empresariais, tem produzido lições,
O Poder Público no ramo se extrapola e, se não se enumeram as falências, avultam os reforços, como nos trés trilhões e meio do orçamento das empresas estatais.
Outras afirmações do empresário Ermírio de Morais potencializam a sabedoria do que uma escola norte-amerieana anunciou com a melhor das acolhidas nos anos de 60: "O Pequeno é Bonito", Bem que pode ser mais útil, pelas facilidades da condução, pelos limites sob controle. "Ê pensando que se érico quc se começa a ficar pobre" - sentencia o empresário herdeiro de umhonrado património erguido a partir do Nordeste - lá de Pernambuco por energias de típico homem nordestino. Essas virtualidades estiio desgastadas pelas seduções da tecnologia do gigantismo. Assim entre nós, os grandesprojetos se tornaram prioritários, e neles naufragaram as ambições de umaimaturidade contagiada.
Entretanto. Sr. Presidente e Srs. Deputados, será sempre tempo para umrecome~ar. Sobretudo se os tempos econômico-financeiros são de poupança ede recessão. A indústria têxtil está aos pedaços, a açucareira incidentaliza-seem aperturas que mudam de versões, sem deixar de conduzir as m~smas dificuldades. Mas em toda essa conjuntura, o socialmente lamentável. ou desperdiçado. é o esforço médio, das empresas que evoluíram por etapas do bomsenso graduado, e não se contagiaram pelo gigantismo.
Ao ·serem perturbadas pelo processo-recessivo, como vítimas sem culpa,dos delírios dos grandes investimentos, com a imprudência e a malícia se intermediando, não somente há que lamentar falências e desempregos, como odesgaste do princípio de moderação e cautela, do bom senso limitador, nosprojetos industriais ou agropastoris.
Felizmente que o mal do gigantismo está sendo descoberto por autorizados empresários. que. envolvidos no processo, se nele sobreviv;::m, não oexortam,
Ora, confirma-se o esquema financeiro de convergência de recursos paraa Amazônia. com prejuízos para o desenvolvimento do Nordeste. Se para ativar a gigantesca hidrelétrica de Tucuruí o extra de um acréscimo na energiaque consumimos, revela-se um expediente mais grave com o Projeto Jari. Háprevisões de 15 bilhões a menos no prometido para o FINOR. Não seria parauma economia dos comprometimentos da nordestina, a adequada extensãodesse esquema financeiro.
Não estamos, como nunca estivemos, em superabundância para investirmos em tais obras. E pelo volume delas, por suas rentabilidades, como porseus potenciais, somos num paralelo o menor coagido. Há um óbolo da orfandade nesse contraditório expediente. E, se as nossas lideranças vigiam emtemas justos, aí estú um para todas elas, Fazemos um veemente apelo ao Presidente Figueiredo, para, realmente, impor a responsabilidade de promover aredução das distâncias sócio-econômicas e de bem-estar social existente entrepessoas e regiões mais ricas às mais pobres, que deveria ser exercida em toda aplenitude no Governo de S. Ex', mas, infelizmente, não o é. O Governo doeminente Presidente Figueiredo deveria promover ajusta conciliação entre osobjetivos puramente econômico-financeiro e os que representam a conquistasocial, a unidade política e a segurança nacional. Distribuir melhor a riquezanacional tanto para as regiões, quanto para as pessoas, constitui, portanto,um ato de vontade de S. Ex~, o SI'. Presidente da República.
Concluo, Sr. Presidente e Srs. Deputados, formulando um pedido aoExm9 Sr. Presidente João Figueiredo, para redistribuir a renda nacional equitativamente. O Nordeste é Brasil.
Voltarei brevemente ao assunto.
O SR. TARCfsIO DELGADO (PMDB - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os Senadores Jarbas Passarinho,Presidente do Congresso Nacional, e José Sarney, Presidente do Partido Governista. acabam de propor. com ampla cobertura da imprensa, a reforma daConstituição pelo atual Congresso, no fim da presente legislatura.
A referida proposta é esdrúxula, juridicamente é absurda c sociologicamente representa uma fraude. Promover reforma constitucional pelo atualCongresso, no fim do mandato, é tirar poder constituinte de onde ele nãoexiste. é preservar e prolongar o caos institucional em que vivemos.
Os astutos e renomados Senadores, autores da proposta, demonstramnada conhecerem sobre a titularidade legitimamente democrática do poderconstituinte. Querem outorgar, com a grande autoridade que detêm, este poder a um Congresso já majoritariamente defasado, no fim da legislatura, quenão representa a vontade atual da Nação.
O poder constituinte está no povo, Estc é o titular do democrático poderestatal. Isto constitui princípio universal. acorde e incontroverso em todos osautores de qualquer parte do mundo.
O poder constituinte derivado ou de segundo grau que detém o Congresso Nacional é limitado. Só pode ser legitimamente exercitado em casos excepcionais, para emendas não substanciais na Constituição, e precisa contar comquorum qualificado, o que não é o caso e, atualmente, não existe.
A proposta desses Senadores é de inspiraçiio autoritária, contém grosseiro casuísmo, representa desejar fazer coisa nova utilizando uma "colcha deretalhos", é "colocar sal em carne podre".
É profundamente entristecedor constatar que esses ilustres Senadores sejam irrecuperáveis reincidentes em propostas casuísticas e que representam anegação da legitimidade democrática. Volta e meia surgem com seus "arranjos", que ,empre visam a fraudar a definitiva normalidade democrática.
Engendram fÓrmulas mirabolantes, sempre ardilosamente articuladasque visam, no fundo, a proteger os interesses de seu agrupamento político.Esquecem-se, ou se fazem de esquecidos, das conquistas civilizadas das ciências políticas e procuram fazer crer que, ao defenderem por qualquer meio, osinteresses grupais. podem salvar e proteger a Nação. Puro engano.
Ê preciso lembrar de uma advertência que não é nossa, mas da consciência jurídica e sociológica universais: de nada adiantam os expedientes dosilustres Senadores e de quem quer que seja, a instabilidade institucional nãopermite o estabelecimento do regime democrático, que só se instala com olegítimo estado de direito e perfeita ordem jurídica. E isso só é possível, demoeraticamente possível. através da convocação da Assembléia Nacional Constituinte, E. ainda mais. é verdade sociológica, só com esta convocação e com ainstalação da Assembléia soberana, alcançaremos a conciliação nacional, noencontro da Nação consigo mesma.
Só aí e nunca antes disso. demore o tcmpo que demorar, será institucionalizado o regime democrático, legitimado o Poder e vencidos os inimigos dademocracia de todos os matizes,
Repudiamos a proposta dos renomados senadores, porque ela representa o "arranjo". o casuísmo. a malversação e a contrafação do legítimo PoderConstituinte.
O SR. JOSÉ COSTA (PMDB - AL. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Srs. Dcputados. temos a lamentar, profundamente. a forma comose vem portando o SI'. Ministro da Justiça, lbrahim Abi-Ackel, seja como assessor político, direto e imediato, do Sr. Presidente da República, seja comocoordenador político do processo de abertura, seja no desempenho mesmodas suas tarefas importantes como Ministro da Justiça. S. Exª tem-se mostrado profundamente desinformado a respeito de tudo o que acontece no País eno que diz respeito à sua Pasta - e não só desinformado, mas sobretudo desinformando a Nação e desacreditando a classe política. Podemos reportarnos aos vúrios episódios em que S. Ex~ foi peça importante e que demonstroua sua absoluta dissociação com a realidde política brasileira e com os negócios da Pasta que lhe cabe administrar.
Por ocasião da tramitação da sublegenda no Congresso Nacional S. Exªgarantia ao Presidente da República que ela seria aprovada e mantida, mas asublegenda caiu. Quando da tramitação do estatuto dos estrangeiros, o Ministério da Justiça foi a sede de uma enorme confusão montada a partir dasnegociações, sobretudo com o Conselho Federal da Ordem dos Advogadosdo Brasil e com as lideranças políticas que representavam os partidos de Oposi~iio. Diariamente lemos na imprensa informações absolutamente infundadas e descabidas que são atribuídas a S. Ex~ e que, no dia seguinte são desmentidas pelo Presidente do Partido, o Senador José Sarney, ou pelo SenadorJarbas Passarinho, Presidente do Senado, ou pelo Líder do Governo na Câmara dos Deputados. Cantídio Sampaio e até pelo Vice-Líder Jorge Arbage.É o caso. por exemplo. dos estudos a respeito da Lei Falcão estarem prontosnaquele Ministério, como é o caso recente, de ontem, por exemplo, quando a
Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2135
vinculação de votos ou o sistema de vinculação total de votos, embutido nopacote eleitoral, seria alterado para beneficiar os pcquenos partidos, o que éhoje desmentido pelo Palácio do Planalto.
No episódio do processo dos padres francesses, presos no Pará, S. Ex~
chegou a recomendar a expulsão daqueles sacerdotes, causando um clima dedesentendimento e profundo mal-estar entre setores da Igreja e do próprioGoverno.
De modo que não sei se aconselho S. Ex~ a exonerar-se da sua Pasta,considerada a demonstração inequívoca de incompetência com que vem conduzindo os negócios do Ministério da Justiça, ou se sugiro ao Sr. Presidenteda República, em nomc até desse seu propósito de conduzir a bom termo oprocesso de abertura, afastar o seu assessor imediato, o seu consultor político, porque, afinal de contas, tem também se mostrado não só desinformado,mas incompetente.
Espero, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que, em função mesmo daatuação e da desinformação de S. Ex', o Sr. Ministro da Justiça, o Governo,através de um porta-voz mais competente e mais em sintonia com os propósitos palacianos, como é o caso do Sr. Ministro Leitão de Abreu, diga algumacoisa ao País a respeito do seu projeto político e a respeito daquelas matériasque interessam de pcrto não só à classe política mas ao povo brasileiro, como,por exemplo, tudo aquilo que diz respeito ao processo eleitoral já deflagrado.
Durante o discurso do Sr. José Costa. o Sr. Joel Ferreira. Suplente de Secretário. deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelaSr'! Lúcia Viveiros, Suplente de Secretário.
A SRA. PRESIDENTE (Lúcia Viveiros) - Tem a palavra o Sr. AluízioBezerra (Pausa.)
O SR. ALUIZIO BEZERRA (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Srª. Presidente, Srs. Deputados, retornamos a esta tribuna para denunciar torturas praticadas pelos órgãos de polícia do meu Estado contra trabalhadores rurais, oportunidade em que não se respeitam os direitos da pessoa humana, como ocorreu no caso do assassinato do Presidente do Sindicatodos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e, agora, se repete noutro conflito envolvendo trabalhadores rurais e um fazendeiro no Município de Tarauacá.
Em ambos os casos, Srª. Presidente, Srs. Deputados, existe um único responsável pelo surgimento dos conflitos na ârea rural do meu Estado, que é aincompetência, ou melhor, a falta de vontade concreta do Governo estadual ea inoperância dos órgãos federais como o INCRA que se atribuem a competência de resolver os problemas fundiários, especialmente no que diz respeitoà regularização das posses dos trabalhadores rurais, bem como a execução deuma reforma agrária das propriedades improdutivas que tenham como objetivo a distribuição de terra, ajuda financeira e têcnica para os pequenos produtores e os sem-terra.
Fui informado, através de publicações dos jornais de Rio Branco e con'firmado junto à Delegacia da CONTAG, de que estavam sendo detidos 7 trabalhadores associados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá eque os mesmos estavam sendo torturados nas dependências da sede da PolíciaMilitar daquele Município, suspeitos de haverem participado de um conflitode terras que resultou mais tarde na morte de um fazendeiro daquele Município, a qual teria sido segundo suspeita da Polícia, resultado desse conflitofundiário com os trabalhadores, mas que, na ralidade, foi o mesmo fazendeiro morto encontrado na estrada que dá acesso II sua fazenda, sem que tenhahavido, segundo o advogado da CONTAG, testemunhas até a presente data,ou outras provas materiais concretas que pudessem, ao menos, ser indícios daparticipação direta dos trabalhadores detidos por suspeitas e submetidos atorturas, maus-tratos e toda espécie de humilhação por parte de policiais escolhidos a dedo em Rio Branco, na Capital do Estado, por solicitação do Prefeito de Tarauacá, Antônio Prado, cujas gestões junto às autoridades policiaisem Rio Branco foram acertadas pelo Deputado estadual Walter Prado. Tanto assim que a conta dos policiais no hotel em que se hospedaram em Tarauacá foram pagas pelo Prefeito Antônio Prado, pai do Deputado estadual Walter Prado.
Em face de tão graves denúncias, de torturas e maus-tratos praticadoscontra trabalhadores rurais, dirigi-me àquele Município e, em lá chegando,visitei o Presidente do Sindicato em exercício Francisco Maia do Nascimento,em substituição ao Presidente Raimundo Lino e estive com os detidos na Delcgacia local, estando jú com prisão preventiva decretada pelo Juiz da Comarca. Pois, Sr~ Presidente, Srs. Deputados, pude constatar a veracidade das graves den úncias sobre torturas praticadas contra humildes trabalhadores, inclusive contra a esposa de um deles, mãe de 9 filhos, que, além das ameaças dehumilhações a que foi submetida, teve que passar a noite deitada no chãoimundo da Delegacia, tendo ficado praticamente 12 horas sem comer, sobtortura psicológica.
o cidadão Antônio Rogrigues foi inicialmente colocado num cubículoestreito e imundo de frente para a parede, onde passou várias horas sem semover. Posteriormente foi removido com os outros detidos para as dependências da Polícia Militar daquele Município, onde foi esmurrado pelos agentesde polícia vindos do Rio Branco e ameaçado de tortura até que falasse o queera interrogado pelos policiais. O mesmo acontecendo com João Viana de Jesus, a quem foi dada ordem de sacar fora o relógio e a roupa para apanhar atéque este satisfizesse as questões formuladas pelos policiais. João Viana assistia ao espancamento de murros a que era submetido Antônio Rodrigues e,perto dele, um agente policial segurava um cassetete de madeira de lei dizendo que iria testar sua resistência.
Com relação a José Oliveira da Silva, depois que o mesmo havia sidosubmetido à tortura no cubículo, foi-lhe dito que, se ele não falasse, lhe seriam arrancados os testículos. Após a sessão de torturas e maus-tratos, foramos detidos devolvidos à Delegacia de Polícia e iniciou-se aí, Sr~ Presidente,Srs. Deputados, um dos episódios que só denigrem e desacreditam aquelesque tentam, a qualquer custo, obter confissões, em completo desrespeito aoque dispõe a lei e a dignidade do ser humano, como neste caso em que os depoimentos que começaram às 8 da noite e se prolongaram até 3 horas da manhã. O Delegado Júlio César Pontes, juntamente com os policiais, tambémvindos da Capital de Rio Branco, Durval Ferreira da Silva, Francisco Dantasdo Nascimento, vulgo "Pau Seco", e Antônio Gadelha de Lima agiram flagrantemente contra o que dispõe a lei penal na abertura de inquérito c inquirição de suspeitos. E trata-se, Sr~ Presidente, Srs. Deputados, do DelcgadoCorregedor, o que torna o caso mais grave ainda. Ao mandar tomar por termo o que perguntava aos detidos, mandava escrever o que bem entendia equando o detido. apesar de toda a intimidação a que era submetido, tentavaesboçar uma contestação, o Delegado mandava-o calar a boca e, finalmente,mandava que esse assinasse o depoimento sem que tivesse a chance de, pelomenos, lhe ser lido pelo Escrivão o depoimento que lhe era dado para assinar.Com relação a João Viana de Jesus, vulgo "João Rosa", chegou dito Delegado ao absurdo de ao detido perguntar apenas dados sobre a sua qualificaçãopessoal e o resto, o seu depoimento, foi ditado pelo Delegado ao Escrivão emandado que assinasse por volta das 3 horas de manhã.
Ainda um aspecto mais grave: aos detidos, hoje com prisão preventivadecretada, não estâ sendo fornecida qualquer espécie de alimento e, se nãopassam fome, ou não se encontram em avançado estado de debilitação fisica eorgânica. é porque as mulheres dos detidos se estão reunindo no Sindicatocom muito sacrifício, porque também necessitam cuidar das crianças e procuram fazer o que lhes é possível para levar algum alimento para seus parentescom prisão prcventiva decretada sem culpa regularmente formada.
O não fornecimento de alimentos a presos ou detidos, portanto sob a responsabilidade do Estado, é um crime que se pratica contra os direitos da pessoa humana e contraria todas as disposições legais vigentes no País, com relação às normas de Direito Penal e Penitenciário.
Sr' Presidente, Srs. Deputados, a resposta aos problemas e conflitos fundiários não pode ser dada pela polícia. Não se justifica que eles surjam assim,como aconteceu há pouco tempo no Município de Brasiléia, onde do conflitoresultou morte e, atualmente, em Tarauacá, quando o Estado transfere competência à polícia para resolver problemas que só terão solução com uma justa distribuição de terras, ajuda financeira e técnica para todos os trabalhadores rurais, como vem defendendo a Confederação dos Trabalhadores Ruraisdo Brasil, que exige uma reforma agrúria imediata e massiva, pois é vergonhoso constatar que se tenha conflito dessa ordem e, mais que isso, que pessoas trabalhadoras e honestas caiam mortas ou estejam sendo tratadas comobandidos nas delegacias ou nas prisões simplesmente porque o Governo, aquem cabe a responsabilidade de resolver de uma vez por todas o problemaagrário no País. nào consegue sequer resolver esse problema na Amazónia,uma das regiões de menor densidade demográfica do mundo e onde os grandes grupos oligárquicos rurais possuem milhares de hectares de terras improdutivas e se distribuem às empresas multinacionais áreas que ultrapassam ummilhão de hectares. Não se justifica tampouco que sc estejam enquadrandona Lei de Segurança Nacional lideranças sindicais e o próprio Presidcnte daCONTAG, Sr. José Francisco, porque vêm defendendo com muita dignidadeuma justa distribui<,;ào de terras aos trabalhadores rurais de todo o Brasil.
Sr~ Presidente, Srs. Deputados, é com profunda indignação que deixamos aqui o nosso mais veemente protesto contra a prática da tortura e dosmaus-tratos que se aplicam aos trabalhadores de Brasiléia. E esta prática policialesca tem um responsável no Governo do Estado, que é o Secretário CiroFacundo e o próprio Governo que o apóia, por acobertar todas as torturasque se praticaram contra os trabalhadores rurais em Brasiléia, até scr desmo-
. ralizado por uma ampla campanha de divulgação popular das torturas emque teve participação inelusivc a Comissão Paz do Rio de Janeiro, além da
2136 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
CNBB, tendo sido filmados o;; torturados pela própria TV Globo e que o Governo do Acre teve o despI ante de tirar do ar a emissão da televisão local,para que a população não tomasse conhecimento das torturas que vinhamsendo praticadas contra os trabalhadores e negadas pelo Secretário Ciro Facundo. Recentemente o Governo tirou do ar duas rádios de Rio Branco. Agora, num conluio entre o Prefeito /\.ntônio Prado, pai do Deputado WalterPrado. enviou-se a Tarauacá o que há de pior da polícia em Rio Branco, para,na calada da noite, arrancar, pela tortura, pelos maus-tratos e pela intimidação. depoimentos que tinham o objetivo nítido não de apurar o delito, ouum suposto delito. mas atribuir responsabilidade, que é do Governo, ao Presidente do Sindicato e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá,que o Governo busca esmagar. E isso foi feito para as rádios não repetirem a"A Voz do Brasil" no dia em quc denunciei deste plenário a corrupção naELETROACRE. .
Concluindo, Sr. Presidente. há que se deixar aqui uma ressalva: nemtoda a polícia de Rio Branco age dessa forma. O primeiro depoimento dostraballladores rurais foi tomado pelo delegado Raimundo, que é Delegado deum bairro de Rio Branco. A Experimental, o qual agiu com a maior dignidade. Queremos diferenciar esses policiais que respeitam a dignidade da pessoahumana daqueles comandados pelo Secretário Ciro Facundo. que são verdadeiros marginais acobertados pelo Estado. autores das mais torpes torturascontra os trabalhadores. como nesse caso recente ocorrido em Tarauacá.
Esperamos que a Justiça de Tarauacá ponha as coisas no devido lugar,fazendo prevalecer a lei e o respeito à dignidade. os direitos da pessoa humana.
o SR. JOEL FERREIRA (PDS - AM. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, certos fenômenos naturais aleatórios.como as secas e as inundações, repercutem de maneira negativa e por vezestrágica na tarcfa dos agropecuaristas, subitamente ilhados por crescentes dificuldades. enquanto aguardam providências governamentais de ajuda.
Se o Nordeste enfrenta, atualmente, o terceiro ano de seca, o Norte,diante de uma anormal enchente do rio Amazonas e seus principais afluentes,vive momentos de apreensão, quando os produtores rurais vêem as várzeasdestroçadas pela brusca subida das águas.
Diante da ocorrência, o Governador José Lindoso, do Estado do Amazonas, encaminhou telex ao Sr. Carlos Langoni, Presidente do Banco Centraldo Brasil, assinalando:
"Em face de tal ocorrência, agrava-se sobremodo a situaçãodos produtores, em destaque os que se dedicam ao cultivo de fibrasde juta e malva: fortemente atingidos na safra anterior. em razão deproblemas havidos na comercialização do produto."
Salienta o Governador José Lindoso que aquela circunstância inviabilizou a liqüidação de grande parte dos financiamentos obtidos para a montagem daquela safra, prosseguindo:
'. "Convicto que estou de que a aflitiva situação dos produtoresse agrava dia a dia, ante o constante crescimento das águas, reivindico providências do Banco Central no sentido de determinar urgen-
, tes estudos, com vistas a oferecer tempe5tiva solução do problema, epermito-me sugerir a pronta cobertura do PROAGRO para os casos das lavouras comprovadamente prejudicadas pela enchente.Tendo em vista as peculiaridades da Região Amazônica, preocupame a impossibilidade do perfeito cumprimento dos requisitos doPROAGRO. principalmente no que se refere às exigências de vistorias, na forma preconizada pelo programa e para superar dificuldades. Nesse sentido o Governo do Estado já determinou a mobilização do corpo técnico da EMATER na área, para, esgotando suacapacidade operadonal, atender a esse serviço importante de habilitação dos agricultores para o processo do PROAGRO."
Telegrama análogo foi passado pelo Governador amazonense ao Ministro Amaury Stábile, da Agricultura, enquanto, num outro despacho, ao Presidente da PETROBRÃS, encaminhava minuta do novo convênio para o fornecimento de asfalto, pedindo notícias sobre sua aprovação.
Esperamos que as autoridades federais atendam a esses dois problemas,do maior interesse para a produção local e a infra-estrutura viária do Amazonas, a fim de que sejam convenientemente compensados os esforços produtivos da gente amazonensc.
o SR. HARRY SAUER (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso.)- SI'. Presidente, Srs. Deputados. conforme vem sendo anunciado por toda aimprensa do País, a Caixa Econômica Federal vai abrir inscrições para financiamento de imóveis usados, no próximo sábado. dia 17 permanecendo especialmente aberta para tal finalidade, inclusive domingo dia 18.
,\ abertura de inscrições para este tipo de financiamento vem sendo esperada há mais tempo por larga faixa da população. para a qual pelo descompasso entre preço e valor das prestações para imóveis novos e respectiva renda familiar exigida. essa modalidade está completamente fora de cogitação.
Ocorre. Sr. Presidente e Srs. Deputados, que essa medida - como tantasoutras anunciadas pelo Governo com especial e extraordinário alarde - estádesde logo fadada a se transformar também em mais uma profunda frustração e decepção para uma parcela de seguramente próximo a um milhão debrasileiros espalhados por todo esse País e quc, na vã esperança de aquisiçãoda casa própria, mesmo usada, já estào em muitas agências da Caixa Econômica Federal disputando c assegurando lugar nas filas a partir de hoje, conforme se pode verificar em agências do Distrito Federal.
Vamos, Sr'. Presidente e ilustres colegas parlamentares, examinar comtranqijilidade e bom senso as conseqüências e o alcance de todo esse barulhoque se vai armar por ai.
Primeiro, o montante a ser empregado nesse alardeado financiamentopara aquisição dê imóveis usados, ou em outras palavras, imóveis mais baratos; menos caros digo melhor. porque a palavra "barato" no seu tradicionalentendimento foi. há longa data, banida dos dicionários. Fala-se e ouve-se aexpressão nos meios jovens, mas aí já se trata de outro "barato".
A Caixa informa que vai aplicar nesse financiamento um montante de 40bilhões de cruzeiros.
Em segundo lugar, vamos então examinar o alcance desse valor. Paraquantas pessoas poderá ser dcferida a solicitação.
As tabelas da Caixa, explicitando essa operação, nos dão conta que pretende alcançar postulante que vão desde duzcntos e cinqüenta mil cruzeiros etenham uma renda familiar mínima de sete mil novecentos e trinta cruzeirosmensais. até aos postulantes de três milhões setecentos e oitenta e sete mil cruzeiros e possam comprovar uma renda familiar mensal, de cento e vinte milcruzeiros,
Ai. Sr. Prcsidcnte, já começam as complicações, c o almejado sonho dacasa própria começa a desmoronar.
Como pode alguém, com renda familiar de menos de oito mil cruzeiros,pagar uma prestação de um mil duzentos e cinqüenta cruzeiros para amortiza r o preço da casa'?
Vão-lhe sobrar pouco mais de seis mil e quinhentos cruzeiros, para alimentação. transportc. vestuário etc.
É fácil depreender que, nessa faixa, nào vai haver interessado.Vamos ao extremo oposto: a parcela populacional que ganha mais de
cem mil cruzeiros por mês. É uma faixa bem mais reduzida. Entanto, todosaq ueles que a ela chegaram o fizeram mercê de grandes sacrifícios, dedicaçãoímpar e esforços extraordinários. Normalmente, já estão a caminho de umamerecida aposentadoria. com 05 filhos encaminhados na vida e possuem maior ou menor, na cidade ou na periferia - um teto para morar, que chamamos de casa própria.
É claro que quem pode despender quase cinqüenta mil cruzeiros mensaishá muito deixou de pagar aluguel e tratou de adquirir o seu imóvel. Sobra,então. a grande parcela dos detentores de renda que vai da média à baixa.
Aí está a grande maioria dos nossos patrícios. Pois é essa parcela, Sr.Presidente, que se vai constituir na grande vítima dessa medida, aparentemente lançada sem uma tranqüila meditação e serena análise das suas repercussões negativas.
Finalmente. vamos tentar avaliar a quantas pessoas poderá ser concedida a tão ambicionada '"Carta de Garantia" com a qual o interessado passaráa negociar sua aquisição.
Vamos raciocinar sobre um financiamento médio de dois milhões de cruzeiros - preço que, nos dias de hoje, nào paga um pequenino apartamento desala. quarto e "Kitchinettc", em qualquer Capital do Estado.
Pela disponibilidade anunciada de 40 bilhões de cruzeiros, teremos quevinte mil pessoas serão atendidas. Receberào a famosa Carta da Garantia,com a qual por 60 dias poderão partir para a compra do imóvel.
Nesse ínterim vão descobrir que para um imóvel que a Caixa financiarcom dois milhões de cruzeiros deverão pagar à parte, um valor mínimo de ummilhão de cruzeiros, que, na prática e na realidade, é a diferença entre o preçopedido e a avaliação da Caixa.
A maior parte dos portadores destas cartas de garantia não poderãocompletar a operação por absoluta incapacidade de atender ao pagamentodessa diferença,
Mas. não serão apenas estes os frustrados e decepcionados.O que dizer de todos aqueles outros que não forem selecionados?Quantos serão, Sr. Presidente? Pois estou certo de que serão algumas
centenas de milhares, Talvez um milhão de pessoas. Possivelmente mais!
Abril de 1982 DlÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2137
Todos esses terão disputado sua inscrição nas longas filas que se formarão neste sábado e neste domingo diante das 1.595 agências da Caixa portodo o Brasil. '
E, aqui, Sr. Presidente, outra indagação. Por que abrir as inscrições numdia de sábado e domingo, já que ao mesmo tempo se anuncia que a ordem deinscrição não assegura qualquer prioridade e que o prazo se estende até 16 de
. junho?Em 60 dias - ao longo de dois meses, Srs. Deputados - há bastante
tempo para fazer tais inscrições com critérios racionais (por ordem alfabéticaou pelo número final da conta na Caixa entre outros) sem atropelos, sem correrias, sem necessidade de intervenção dos serviços de segurança, como vaiacontecer, gerando violências. Mas mobilizam-se milhares de funcionáriosque deverão ser pagos por serviços extraordinários -'- tudo isso sem necessidade'
Poder-se-ia dizer que calculamos muito alto o valor médio de financiamento a ser concedido. Pois bem, vamos reduzi-lo à metade. Digamos que osempréstimos tenham o valor médio de um milhão de cruzeiros. Dará paraatender a quarenta mil pessoas.
Ora, Sr. Presidente, ao que estou informado, só aqui em Brasília, há nalista mais de cinqüenta mil pessoas inscritas para obtenção de casas da SHIS(Sociedade de Habitação de Interesse Social do DF), aguardando vez; ao longo dos tempos.
Fossem apenas cem postulantes por agência e seriam cento e cinqüentanove mil e quinhentos, número dos quais, deduzidos os quarenta mil referidos, sobram mais de cem mil com nenhuma possibilidade de atendimento.
Ao demais, há a considerar o tempo que vai medear entre a inscrição e aefetivação da compra.
As inscrições abrem por 60 dias. Soma-se aí mais 60 dias para a triagem eo chamamento dos felizardos, que receberão sua Carta de Garantia com validade por outros 60 dias. Serão já aí, 180 dias. Meio ano, prazo durante o quala inflação vai encarregar-se de desvalorizar em no mínimo 50% o valor daCarta. SI. Presidente e Srs. Deputados, poderíamos seguir aqui, alinhandouma série enorme de argumentos lógicos e racionais, para deduzir que essemirabolante plano de financiamento para aquisição de imóveis usado é, nomínimo, um grande engano, para não dizer um grande embuste.
Estivesse o poder competente, o Governo, 'interessado em realmente resolver algum problema nessa área, não poderia ter deixado de reparar, porexemplo, nos verdadeiros anéis de miséria de choças e tapumes junto às cidades industriais do país onde se abrigam milhares de famílias, que, despojadasdas suas pequenas áreas de terra no interior - vítimas do capital espoliativo eexplorador - emigram para as cidades que oferecem emprego no seu parqueindustrial.
Ensejasse o Governo convên ios com as Prefeituras Municipais e muitas emuitas casinhas - pequenas, econômicas, masdotadas dos requisitos mínimos para moradia - seriam construídas em curto espaço de tempo, sem entraves burocráticos, sem atropelos inúteis, sem despesas desnecessárias e, especialmente, sem essa profunda frustração de que serão vítimas, milhares depatrícios nossos.
Era isso, Sr. Presidente, o que sobre esse assunto, por enquanto, tinha adizer e a registrar.
. O SR. ÍNOCÊNCIÓ OLIVEIRA (PDS - PE. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, segundo notícias procedentes daParaíba e divulgadas pela imprensa, as operações de nucleação artificial realizadas naquele Estado têm alcançado bons resultados. Assim, um avião devidamente aparelhado pelo CTA - Centro Técnico Aeroespacial, de São Josédos Campos, São Paulo, bandeado em Campina Grande, tem feito várias nuc!eações, diárias, cerca de seis, conseguindo boás precipitações pluviométricas no sertão paraibano.
É do conhecimento geral que as chuvas caídas até o presênte momentono Nordeste, com exceção de algumas poucas microrregiões, são insuficientespara consubstanciar um regular inverno, havendo mesmo, na maioria dos
. municípios, grande carência de chuvas, que, além de prejuízos à agricultura,têm ameaçado a sobrevivência dos rebanhos pela falta de pastagem e até mesIlJO de água.
·\_Sabe-se, também, que a nuc!eação artificial, se não é suficiente para resolver o problema secular das secas, pelo menos tem conseguido precipitaçõespluviométricas que ajudam salvar plantações, recuperação de pastagens eacúmulo de água nos reservatórios, em determinados períodos.
Em nosso Estado, Pernambuco, com exceção da microrregião do Araripc, o restante do sertão e todo o agreste está atravessando um período de longa estiagem. Ciente de que o Ministério do Interior, entregou à SUDENE Superintendência do Desenvolvimento 'do Nordeste _ dois aviões devidamente aparelhados para operações de Modart, apelamos ao DI. Walfrido
Salmito Filho, Superintendente do órgão, para que coloque à disposição doGoverno do Estado de Pernambuco, para localização em Afogados da Ingazeira, um desses aviões, para tentativas de provocação de chuvas, já que o Pajeú torna-se, talvez, a região mais atingida pela seca em Pernambuco.
Solicitamos, também, ao Governador Marco Maciel, que sempre tem-semostrado sensível aos problemas que afligem nosso Estado, procurandosolucioná-los, para que entre em contato com a SUDENE, visando à consecução da medida, na certeza de que vem ao encontro dos mais lídimos interesses do sertão e do nosso Estado.
Era o que tinha a dizer.
Durante o discurso do Sr. Inocêncio Oliveira, a Sr'J Lúcia Viveiros. Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Joel Ferreira, Suplellte de Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Tem a palavra o Sr. Joacil Pereira._(Pausai)
O SR. JOACI L PEREIRA (PDS - PB. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, a Oposição deitou falação nos jornais de hojeatravés de seus Líderes mais expressivos e também da tribuna desta Casa, des~de a sessão matinal do Congresso, continuando pela sessão vespertina da Câmara, contra uma mera 'sugestão divulgada de que algumas eminentes figurasdo PDS pretendem uma reforma da Constituição, ou sugerem uma reformaconstitucional, através das duas Casas do Congresso, após as eleições de 15de novembro.
De logo divisam esses Senhores, excessiva ou aparentemente cautelosos,aquilo que eles costumam chamar de casuísmo.
Estamos numa época em que as palavras perderam, de certo modo, osentido e se abusa de uma terminologia teleguiada, orientada dentro de umtecnicismo, que é orientação da chamada guerra psicológica. Tudo hoje éconsiderado casuísmo. Basta que um eminente Senador da República, ou alguns Senadores, ou um ilustre Deputado, ou alguns Deputados, se inclinem àidéia de uma reforma constitucional, necessária para adaptar a Carta Magnado País à nova aragem da abertura democrática, para se suspeitar. A Oposição vive argüindo a suspeição dos dirigentes da Nação. Não sabe fazer outra coisa senão negar e suspeitár. Ê uma oposição que deixa de ser construtivae não é apenas e tão-só sistemática. Maís do que isso, e.desorientada pelo radicalismo, pela estreiteza de visão, pelo evidente despreparo para conduzir osnegócios da vida pública nacional.
De outro lad~, se um órgão da imprensa interpreta mal as declarações deum Ministro de Estado, assoma de logo à tribuna um Deputado de Oposiçãopara taxá-lo de incompetente e de desinformado e até para sugerir a sua renúncia ou solicitar a sua demissão. Foi o que se fez ainda há pouco com relação ao brilhanlíssimo Ministro Ibrahim Abi-Acke1, que, antes de ser ummembro do Executivo, é um orgulho desta Casa.
Então. Sr. Presidente, Srs. Deputados, diante de tanto destempero deconduta, só podemos lamentar que a oposição brasileira não esteja à alturado momento nacional, quando o Presidente juntamente com o povo, promove a abertura. Ainda ontem em praça pública, dizia S. Ex': "Vamos nos portar com humildade, nós, os governistas, até confessando os erros que porventtira cometemos, porque não somos infalíveis. Mas vamos apontar também oque o Governo tem feito em favor do povo, e vamos todos para a comunidade da grande festa democrática." Como podemos fazer a comunhão da democracia? Dessa maneira, dessa forma, desse feito.
Faço aqui um apelo para que os homens com responsabilidade de liderança política se compenetrem da hora em que vivemos, da importância destemomento histórico de transição para alcançar o grande estuário da democracia que é como o mar - segundo dizia José Américo de Almeida - que recebe todas as águas e inunda-se de todas as correntes. E, no entanto, sem deixarde ser mar, tem diversas e variadas tonalidades. Finalmente, parabenizo oMinistro lbrahini Abi-Ackel. Quando, porventura, elemento radical da Oposição pede qu~ o Presidente o exonere, isto significa que S. Ex' está cada vezmais fortalecido perante a admiração do próprio Presidente e perante o conceito da Nação brasileira.
O SR. FRANCISCO LIBARDONI (PMDB - Se. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, se, na composição dos preçospara a avaliação do aumento do custo de vida, verifica-se a alta crescente dosgêneros de primeira necessidade, não é menos certo que a mais elevada contribuição nesse conjunto sc deve ao aumento do preço dos combustíveis e aodescontrolado crescimento âas tarifas de serviços públicos, como, principalmente, aeletricidade. os telefones. as taxas de pedágios, de águas, de esgotos eos impostos, tanto federais como estaduais e municipais.
2138 Sâbado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Fala-se numa reforma tributária e o próprio Ministro do Planejamento,em declarações à imprensa, chegou a considerar necessária uma nova discriminação da renda nacional procedente de impostos.
Mas o de que precisamos imediatamcntc, todos os consumidores, é deum freio nos aumentos das tarifas de eletricidade, quando temos mais de vinte por cento da energia ociosa no setor; dos telefones, cuja difusão atinge, hoje, praticamente, mais de oitenta por cento das localidades brasileiras; como,também, dos Correios e Telégrafos, no plano federal. No plano estadual épreciso conter o apetite do Imposto de Circulação de Mercadorias, que sótem similar, em matéria de crescimento, no Imposto de Renda e no Impostosobre Produtos Industrializados.
Se havia, há vinte anos, uma anarquia tributária no País, decorrente dascausas orçamentárias e da sonegação fiscal, hoje temos uma verdadeira ditadura financeira, quando somente o Executivo pode ter iniciativa na matéria,sem qualquer competência do Poder Legislativo, além do puro e simples referendo às mensagens presidenciais.
Esse descalabro só encontra paralelo na verdadeira mania de sofisticaçãonos mais variados setores da iniciativa estatal. Já se sabe que temos energiahidrelétrica até o ano 2000; insiste-se, no entanto, em gastar dinheiro com aenergia nuclear, para produzir excedentes maiores, por altíssimos custos.
Também procura-se sofisticar a tecnologia agrícola, gastando-se grandesrecursos em terras pouco agricultáveis, enquanto se negam auxílios indispensáveis à lavoura tradicional e permanecem ociosas glebas fertilíssimas emvários pontos do País. Evidentemente, um dia teremos de aproveitar os cerrados e rellorestar as ravinas e encostas das montanhas, onde jamais haveráagricultura mecanizada. Cada coisa, no entanto, tem o seu tempo. Antes degastar tanto no que se chamou de ampliação das fronteiras agrícolas, é preciso acudir a agricultura onde ela tradicionalmente e com proveito vem sendoexplorada. Impõe-se, na verdade, uma política de zoneamento agriícola; mas amaior atenção deve ser dada à policultura, à semelhança do que se faz emSanta Catarina, onde é notâvel o desenvolvimento da suinocultura, da avicultura, da silvicultura, da produção de mel, além do cultivo de cereais e de umaequilibrada agropecuária. Temos necessidade de produzir alimentos cmmaior quantidade e mais baratos, para acudir à fome do povo, antes de pensar numa lavoura sofisticada em terras impróprias.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR. GILSON DE BARROS (PMDB - MT. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, dezenove de abril é o Dia do lndio,efeméride evocativa da sofrida saga vivida pelos dcscendentcs dos mais antigos habitantes de nosso território e seus donos, por direito natural.
A comemoração de data consagrada a evento ou entidade se faz normalmente pela exteriorização de expressões de regozijo por feitos alcançados ouem função do significado de atitudes tomadas a bem de uma causa.
Não nos podemos orgulhar, infelizmente, do que tem sido feito pelosnossos índios. Em seu real benefício, virtualmente nada foi realizado.
Em tcrmos absolutos, o índio brasileiro obteve saldo altamenlle negativo:intoleráncia, preconceito, prejuízos, aculturação, doenças, banimento, usurpação, perseguição, privação e morte.
Negro episódio tem-se constituído da história do índio neste País e emboa parte das Américas, desde as descobertas de Colombo e Cabral e a subseqüente colonização iniciada pelo homem branco.
A população aborígine de então, estimada, por alguns escritores, em 7 e,por outros, em 4 a 5 milhões, está rcduzida a menos de 200.000 indivíduos.
O que mudou nesses 480 anos não foi o clima ou o solo, nem foram ascondiçõcs naturais do "habitat". O que aprescntou transformações radicaisfoi o meio social, com a invasão dos brancos, afetando artificialmente e modificando o ambiente e o solo, em muitas regiões, e até os rios e lagos, pela poluição e pelos desvios e represamentos.
Desalojados, escravizados e dizimados pela matança cruel promovidapelos intrusos, atingidos por doenças desconhecidas trazidas pelo branco, osíndios eram vítima indefesa.
Não pensamos que a situação de hoje mudou muito para melhor. Os gcnocidas de antanho, os autores desse verdadeiro holocausto também já morreram e não serão chamados a prestar contas, nem mais podem ser penalizados pelos atos infamantes cometidos, exceto pela condenação moral na consciência de todos nós, brasileiros, que devemos zelar para que tal desumanidade não se perpetue.
A responsabilidade dos governos, melhor diríamos, a irresponsabilidadede todos os governos, desde a monarquia até a República, é o fator principalna continuaçào do lamentável estado de coisas.
Extinto o famigerado Serviço de Proteção ao lndio, inventou-se a FUNAI, que parece haver herdado do órgão antecessor o vício da corrupção e avocação do escândalo. No próprio estatuto da Fundação, está legitimada 3
utilização da renda indígena, bem como a eventual exploração do solo e dosubsolo e a transferência de grupos índios, em razão de supostos "interessesnacionais" .
Em nosso discurso, transcrito no DCN de 26-6-80, comprovamos à larga, com inúmeros exemplos, a danosa ação da FUNAI, com basc no dispositivo aludido, e em outros, ou sem base nenhuma, nem critério algum, na sua'descontíável "defesa" do silvícola.
O então Presidente do órgão, Coronel Nobre da Veiga, afirmou certa feita que aquele sempre nadou em 'mar de corrupção. R~onheceu,publicamente, a ocorrência de incontáveis crimes na história da FUNAI. Mencionou desvios de verbas e recursos. Denunciou a falta de prestação de contas de adiantamentos efetivados. Até aquela ocasião, não havia S. S' instaurado qualqucrinquérito para apurar responsabilidades e definir crimes contra o erário.
Sucedendo ao General Ismarth de Oliveira, o Coronel Nobre da Veigafoi por sua vez sucedido pelo Coronel Aviador Paulo Moreira Leal.
Não tivemos ainda informações mais detalhadas a respeito da atual direção da Fundação Nacional do lndio. Se os antigos erros forem evitados,ter-se-á obtido algum progresso. Mas não será suficiente apenas deixar de cometer enganos crassos no que concerne à administração.
Será fundamental não incorrer na aceitação de pontos de vista especiosos ou nascidos do preconceito, nem formular ou acreditar em doutrinas artificiais, frutos da incompreensão.
Um programa efetivamente voltado para a defesa do índio terá de levarem conta a realidade da situação e das características dessa sofrida parcela dapopulação brasileira, respeitando-lhe a cultura, em primeiro lugar, e as atividades sócio-económicas próprias.
Não vamos incidir, novamente, em equívocos trágicos como o da emancipação dos índios, há poucos anos motivo da teimosia de um Ministro doGeneral Geisel, cujo nome não desejamos citar agora.
Esse é o tipo de atitude que se impõe n1\o adotar. Ou que nos incumbe repelir veementemente, se vier a ser cogitada pelos altos dignitários governamentais.
O índio é um scr desprotegido, que tem uma realidade toda sua, cabcndoa nós simplesmcnte respeitá-Ia, aceitá-Ia, defendê-la da cupidez, da cobiça, dacrueldade, da incompreensão, da desinformação.
Sc assim todos entendermos e procedermos, talvez dentro de um, dois oupoucos anos mais possamos então comemorar dignamente um novo 19 deabril! Mas dia haverá em que "todos os dias serão dia do índio".
O SR. PINHEIRO MACHADO (PMDB - PI. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Correio Braziliense de hoje, relatando oque denominou de maior assalto em Brasília, infefrma como os assaltantes furaram o cerco policial no Conjunto Nacional, que ficou interditado todo odia, fato que perturbou gravemente a vida da cidade no dia de ontem.
O jornal publica artigo do jornalista Mário Eugênio, sob o título "Hora.de parar para pensar", no qual está contida denúncia da maior gravidade,que preocupou a todos quantos moramos em Br~sília, e que, até ontem, vivíamos tranqüilamcnte, na suposição de que estávamos protegidos pela eficiência da Polícia Civil c Militar.
Sr. Presidente, peço a atençào dos meus nobres pares para o que tenho adizer.
Não é possível que a cidade de Brasília, Capital da República, conte compolícia tão despreparada, que não possui. sequer, balas para revidar um assaltante.
Vejamos o que diz o jornalista em sua denúncia:"O mais gravc: cste revólver, o do policial, lcva apcnas seis ba
las", portanto, se o assaltante disparar scis balas e ele der seis tiros,o assaltante vai para cima dele com três tiros e mata o policial.
E mais:"Num caso de troca de tiros com um bando de facínoras, o
nosso policia! militar é fatalmente candidato a presunto" - essa é agíria usada - "E por incrível que pareça, ele não carrega mais munição, salvo raras cxceções. O policial em ação normalmente compra munição com o dinheiro do seu bolso".
Sr. Presidente, é gravíssimo.Continua o jornalista:
hA Polícia Militar, através do esforço e da boa vontade do seuComandante, Coronel Egêo Correia de Oliveira Freitas, adquiriu 35viaturas tipo Caravan. Lindas viaturas, andam sempre. reluzentes.Mas cada uma dessas viaturas só tcm direito a seis litros de gasolinapor dia."
Então, uma viatura se desloca daqui para Taguatinga, na perseguição deumobandido, de um celerado que roubou 8 milhões de cruzeiros, e pode parar
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2139
no meio do caminho, porque acabou a gasolina. Não há dinheiro paracomprá-la, e, assim. a gang desaparece, sai de Brasília, perde-se a sua pista.
Continua o jornalista:
"Sabem por quê? Fontes da própria Polícia alegam que nãoexiste verba sufieiente para comprar combustível. Alegam ainda essas fontes que a PETROBRÁS só entrega o combustível se receber odinheiro na hora. Por isso, num determinado fim de semana, nãocirculou nenhuma viatura em Brasília, durante várias horas, porquenão havia gasolina para abastecê-las.""
Diz ainda:
"Além de pequeno, o efetivo não tem condições necessáriaspara combatcr o submundo do crime. Os agentes civis de Brasílianão têm quota de munição."
E conclui:
"A burocracia que atravanca o desempenho da Polícia Civiltambém vigora na nossa Políeia Militar. Uma viatura da PM sópode perseguir um carro suspeito após o patrulheiro receber ordemdo COPOM - Centro de Operações da Polícia Militar."
Desta forma, se uma patrulha de rua vê um bandido assaltar uma casa,tem de pedir permissão a um centro de operações para perseguir o bandido,que, inclusive, pode estar utilizando um carro roubado, o que geralmenteacontece.
Sr. Presidcnte, vou propor a esta Casa a instituição de uma CPI, a fim deque o problema seja examinado em profundidade, e possamos determinar ascausas do aumento da criminalidade em Brasília, que dizem ser baixa emcomparação à de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas, do jeito que as coisasvão, logo logo estaremos ultrapassando os lamentáveis e alarmantes índicesdessas duas cidades.
Em Brasília estão as embaixadas estrangeiras, aqui recebemos os Chefesde Estado, para cá convergcm os olhos da Nação, Brasília é a Capital da República. Devemos pôr cobro a esta situação. Vamos criar essa CPI, para saber a razão do aumento do índice de criminalidade em Brasília, a fim de quepossamos adotar medidas para reduzi-lo. Fazer desaparecer o crime, sabemosser impossível, mas vamos tomar conheeimento da real capaeidade da PolíciaCivil e Militar para a repressão ao crime na Capital Federal. Só assim os representantes estrangeiros. os Ministros de Estado, os Ministros dos Tribunais. os Senadores e Deputados, enfim a cúpula governamental dirigente doPaís e todos os que aqui residem poderão viver e trabalhar com tranqüilidade.
O Conjunto Nacional chegou a ser interditado por 24 horas. O comérciolocal teve um prejuízo de mais de 30 milhões de cruzeiros, e os cofres públicostambém. Parcce quc a Polícia está inteiramente despreparada para enfrentaros ladrões organizados, não conseguiu prendê-los, causou esse transtornoenorme e, de certa forma caiu no ridículo, que é a situação de uma organização dessa natureza que não têm munição nem combustível para perseguir ecapturar assassinos, como diz o jornalista Mário Eugênio.
Volto a pedir a atenção dos Srs. Deputados para a gravidade desse fato,que estarrece a população de Brasília, e para a denúneia do jornalista vinculado à seção policial do jornal.
Voltarei ao assunto insistindo na necessidade de instauração de uma CPInesta Casa, para averiguar. em profundidade, tão grave problema.
o SR. CUIDO ARANTES (PDS - CO. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, nobres Colegas, há poucos dias, tive o prazer de ouvir umdiscurso do Exm" Sr. Deputado Vivaldo Frota, meu ilustre companheiro dabancada amazonense, a tecer elogiosas considerações ao trabalho desenvolvido pcla atual administração da Companhia Brasileira de Armazenamento CIBRAZEM, no Estado do amazonas.
Quero aqui, desta tribuna, não apenas cumprimentar meu nobrc companheiro pelas brilhantes palavras pronunciadas, mas também fazer meus oselogios justos e corretos às pessoas dos Srs. Salli Szajnferber, Henrique Garrido Cortizo e Raul Lourenço Martins, recém-eleitos para a Diretoria daCIBRAZÉM.
Creio que meus dignos companheiros desta Câmara sabem das profundas raízes que tenho fincadas no setor armazenador, plantadas quando dirigia Companhia de Armazéns e Silos de Goiás, a CA8EGO. E é este indiscutívelconhecimento do setor que me autoriza a vir, de público, parabenizar a Companhia' Brasileira de Armazenamento pela sua dinámica e objetiva atuação.que sustenta, concreta c eficazmente, a política do Governo Figueiredo de irrestrito apoio à agricultura.
Há poucos anos, as fronteiras agrícolas brasileiras estavam assentadasem meu Estado, mais precisamente no sul goiano, onde explodiam, a cadaano, as safras de arroz e milho. Conheço bem o enpenho de nossos pequenos
e médios agricultores, a atenderem os apelos oficiais de então, no sentido deproduzirem cada vez mais. E conheci bem seu desespero ao, colhidas as safras, sentirem-se à mercê de inescrupulosos intermediários, já que não haviaarmazéns, não havia onde guardar toda aquela produção que ou era vendidaa preço vil ou cstaria irremediavelmente perdida, por efeito da carência deabrigo e conservação.
Creio que muitos companheiros aqui presentes ainda se recordam, comoeu, das manchetes de jornais, das imagens da televisão de poucos anos atrás,mostrando cidades como Rio Verde, como Itumbiara, como Santa Helena deGoiás e tantas outras, ,com suas ruas tomadas por toneladas e toneladas dearroz sendo secadas ao tempo.
E comparo essas imagens com imagens de hoje, recém-vistas nos Estadosde Mato Grosso e Rondônia, quando volumosa quantidade de produtos também se encontra ao tempo. Mas é uma imagem bem diversa daquelas de 8 a10 anos passados. Porque não são safras, embora ao tempo, desabrigadas oudesprotegidas. São sacas e sacas de arroz ou de milho cobertas com lonasplásticas e amarradas por cordas de náilon, uma armazenagem de emergência, sem dúvida, mas na qual se observa a presença do governo, que está presente na compra da produção por remuneração justa para os produtores, e está presente na ordenada armazenagem desta produção guardada emergencialmente por tempo determinando e, posteriormente removida para armazéns definitivos em outros locais.
Recordei eu, há pouco, a situação sul goiana de 8, 10 anos passados. Edevo dizer. também, das modificações processadas ao longo deste tempo,pois, em 1975, a capacidade armazenadora de Goiás era da ordem de1.402.000 toneladas, capacidade que. hoje, já atingiu a 3.296.000 toneladas.Vejam bem, nobres Colegas: em 6 anos, a capacidade estática para armazenagem de grãos em Goiás aumentou em [,8 milhão de toneladas, mais do quedobrou. Vejamos outro aspecto mais significativo ainda: em 1975, a capacidade armazenadora a granel em Goiás era da ordem de 61.000 toneladas.Creio que meus ilustres Companheiros não desconhecem que produtos comoarroz, milho e soja. para obterem melhor rendimento, necessitam ser armazenados a granel. Pois muito bem: a capacidade armazenadora a granel emGoiás hoje é de 622.000 toneladas, ou seja. 10 vezes mais do que há seis anosatrás. Nisto está a presença ativa, os pesados investimentos diretos daCIBRAZÉM ou repassados à Companhia Estadual de Armazenagem, poisforam eles que estim ularam o desenvolvimento deste setor a tal ponto que,em apenas 6 anos, o Estado ~ e aí eu me refiro especialmente ao sul goiano- não apenas construiu uma rede armazenadora condizente com o volumede sua produção, como também, e principalmente, construiu uma rede mo
.derna. tecnologicamente avançada e adequada ao tipo de produção regional.Fiz questão de ressaltar o sul de Goiás, porque sabemos todos nós que o
desenvolvimento agrícola do norte goiano teve imenso impulso apenas agora,no atual Governo Ary Valadão. Eé um desenvolvimento construído em basesnovas, através da implantação de grandes projetos tais como o Alto Paraíso eRio Formoso, projetos intensamente estimulados e apoaidos pelo GovernoEstadual, porém administrados e desenvolvidos por cooperativas e produtores rurais.
Pois no Projeto Rio Formoso já está consolidada a presença do GovernoFederal. e justamente da CIBRAZÊM, que compreendeu a importância doProjeto - a exploração de 65.000 hectares de terras, dos quais 34.000ha dcstinados à prática de agricultura irrigada - e lá construiu um complexo armazenador capaz, qualitativa e quantitativamente, de abrigar toda a produçãolocal. São 14 células metálicas para 28.000 toneladas, 1 armazém convencional para 6.000 toneladas e 16 pequenos silos dc "serviço", para 120 toneladascada um. E isto tudo já está funcionando, Srs. Deputados.
Ao finalizar, após citar tantos números significativos, não poderia deixarde mais uma vez congratular-me com os atuais dirigentes e também com ocorpo técnico da CIBRAZÉM pela firmeza e pioneirismo de suas atitudes,que, com os parcos recursos disponíveis, vem conseguindo dar o apoio necessário aos produtores agrícolas, mesmo cm áreas de recente cotonização ondea falta de infra-estrutura é total, estocando de forma emergencial, e minimizando com custos reduzidos as perdas na agricultura pela falta de uma adequada capacidade armazenadora.
A SR~ LOCIA VtyEIROS (PDS - PA, Pronuncia o seguinte discurso,)SI'. Presidente, Sr's e Srs Deputados, uma das bandeiras de minha atuaçãoparlamentar - a convocação de uma Assembléia Nacional Constituintecomo tive oportunidade de afirmar em diversas entrevistas à imprensa falada,escrita e televisionada, é a solução para os problemas brasileiros.
Desde J979, quando assumi o mandato que O povo paraense me conferiu, venho defendendo essa patriótica idéia, que não é só minha. mas da grande maioria dos brasileiros realmente interessados em superar nossas dificuldades políticas, econômicas e sociais.
2140 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Tcnho scmpre hipotccado integral solidariedadc a todas as iniciativas emprol da concretização dessc idcal, como foi o caso da Proposta de Emenda àContituição apresentada pelo nobrc Scnador Orcstcs Quércia, que tive a honra dc subscrever e apoiar.
Em artigo publicado no Correio Braziliense, edição de 4 dc novembro de1979, fiz questão de ressaltar que "o inquestionável compromisso moral denosso mandato, com o pleno restabelecimento de um estado de direito estáradicalmente vinculado à convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, pressuposto básico para que se promovam as alterações legítimas e necessárias ao aperfeiçoamento do sistema político, econômico e social vigenteno País",
Ao abordar o papel que cabe ao Congresso Nacional e a falta de condições para que nós, parlamentares, possamos realmente exercer nossasfunções, assim me expressei:
"Para que o Congresso possa servir aos interesses nacionais eaos propósitos para os quais foi criado e existe, a capacidade de efetivmente legislar constitui o esteio indispensável à realização plenade suas atribuições. torna-se necessário alterar a competência cxclusiva do Presidente da República para tratar de ccrtos assuntos queinteressam virtualmente a toda a população do País e, mais do queisso, é imprescindível que os projetos de lei, quando de iniciativa deparlamentares, não permaneçam estigmatizados, sumariamente arquivados, ou no limbo das Comissões Técnicas, onde tramitam comimenso vagar. Conforme já noticiou a imprensa, um balanço de todas as proposições examinadas este ano revela a pouca autonomiapara o Congresso exercer sua principal atividade, porquanto aanálise dos projetos transformados em lei mostra que a Oposição dificilmente consegue aprovar suas proposições e, quando isso ocorre,não representa a vitória de suas teses."
Marcando minha firme posição sobre o palpitante assunto, após referirme à inadequação da Carta Magna vigente, à sua falta de legitimidade e àreinstitucionalização democrática que sc faz inadiável, não tive dúvida emafirmar que "Por tudo isso, com meu pensamento e minha dcvoção postosnos valores históricos de nossa Pátria, a certeza de que a integração políticanacional só será viável não pela extinção dos Partidos e sim através de umaAssembléia Constituinte, capaz de dar à Nação um código politico-jurídicode estrita atualidade, quc cstabelcça a Democracia em bases sólidas e, levando em conta as experiências do passado, seja cssencialmente voltada para ofuturo".
Após o encerramento do histórico Simpósio da Amazônia, realizado de11 a 14 de setembro de 1979, que foi por mim proposto à Comissão do Interior e do qual fui a Coordenadora-Geral, divulguei um Manifesto à NaçãoBrasileira intitulado "Decálogo da Amazônia", sintetizando os pensamentosexpostos nas Conferências apresentadas, cujo último item contempla o entendimento de que:
"lO - Na Amazônia não pode haver improvisaçeJes. O problema da Amazônia, como o do Brasil, ê eminentemente político. Somente uma reforma política profunda conduz a uma solução atravésde uma mudança radical: agrária, pecuária e social. Só a convocaçiio de uma Assembléia Nacional Constituinte dará ao Brasil aConstituiçiio de que o Brasil necessita. A Amazônia é nossa, quemviver verá."
Mais do que nunca convicta de que o reencontro democrático do País somente se completará com a elaboração de uma nova Carta Magna, que contemple e respeite as legítimas aspiraçeJes do povo brasileiro, reitero minha disposição de continuar lutando pela convocação de uma Assembléia NacionalConstituinte que, respaldada pela vontade popular, passar dar ao Brasil umaConstituiçào capaz de devolver a paz e a tranqüilidade necessárias ao nossodesenvolvimento social, político e econômico. .
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR. JERÔNIMO SANTANA (PMDB - RO. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Dcputados, desde o ano de 1972 defendemos ncstaCasa os soldados da borracha, Soldados da borracha sp.o aqueles que foramrecrutados no Nordeste, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, para serem levados para a Amazônia a fim de produzirem borracha para alimentar aguerra. Naquela época foi deslocado um contingente de 66 mil homens para aextração da borracha.
Terminada a guerra, foram eles abandonados. Levantamos este problema do abandono dos soldados da borracha em 1972, e em 1979 apresentamosprojeto de lei que visava a compensá-los através da outorga de lotes ruraispor doação gratuita como recompensa pelos trabalhos que prestaram ao País.
Os recursos postos à disposição do Governo brasileiro pelo denominadoAcordo de Washington, que se destinavam à indenização dos soldados daborracha, foram dcsviados. Há cerca de quatro anos, em virtude de nossa lutaem favor desses homens, o INCRA, em Rondônia, começou a fazer um alistamento, um cadastramento dos mesmos, com a promessa de lhes concederlotes rurais. Isso foi feito no meu Estado; não sabemos quais as providênciastomadas nesse sentido no Acre, no Amazonas, no Pará e em Mato Grosso,pois em todas essas Unidades da Amazônia se encontram, hoje, abandonados, os soldados da borracha. Mas este ano, por ser ano eleitoral, o Governode Rondônia promoveu várias reuniões com os interessados, prometendodar-lhes lotes nas glebas denominadas Jacundá e Caracol. No último dia 31de março, em Porto Velho, prometeram fazer a entrega dos títulos respectivos. Mais uma vez o Governo do Estado enganou as elasses trabalhadorasmais sacrificadas de Rondônia. Aos soldados da borracha que compareceramao clube Ipiranga, para receber os títulos relativos aos lotes prometidos naquelas duas glebas, de 250 hectares cada, foi entregue apenas uma pepeletacom a designação do número do lote, do nome da gleba e do futuro beneficiário e do número do processo em que seria outorgado o título definitivo. Otítulo definitivo mesmo não foi entregue, como prometeu o Governo. O quese entregou foi uma papeleta, repito, sem as mínimas características de umdocumento de terra. Isto é um engodo.
Além do mais, a gleba Jacundá fica em local remoto, não servido por estradas. Terá de ser feita ali uma rodovia. Lá não há ainda infra-estrutura: estrada de acesso, estradas vicinais. Não se informou quais os recursos a seremalocados para a colonização da gleba Jacundá pelos soldados da borracha.Essa colonização é de êxito duvidoso, porque os soldados da borracha, na suamaioria, já são velhos e se encontram em Rondônia há uns 40 anos, pois foram levados para lá em meados de 1945, na época da guerra. A colonizaçãoda Amazônia feita por pessoas jovens tem sido um insucesso pelas doençasque os colonos sofrem. Imaginem o que será a colonização da gleba Jacundápelos velhos soldados da borracha!
Mas não vamos questionar este aspecto. Vamos fazer votos para que ossoldados da borracha recebam realmente esses lotes e, não podendo colonizálos, transfiram-nos a terceiros para que recebam ao menos uma indenizaçãoindireta. Mas que não sejam enganados, como foram até aqui pelo Governode Rondônia, que lhes promete os documentos desses terrenos há trés anos enão passa da promessa. .
Almejamos que os soldados da borracha recebam esses lotes, e sendoesta uma luta nossa, por uma causa justa, comemoraremos com eles a vitória.
Era o que tinha a dizer.
O SR. AMADEU GEARA (PMDB - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os procedimentos da AdministraçãoPública estão sendo mais uma vez duramente criticados. Em parecer que acaba de ser divulgado, a Secretaria de Pessoal Civil do DASP decidiu firmar oentendimento de que tanto as férias de 60 dias quanto à gratificação de produtividade só são devidas quando não subtraírem o servidor do exercício defunção contemplada com tais vantagens.
A decisão, que provém de consulta do Ministério da Previdência e Assistência Social, prende-se ao fato de dois Procuradores de carreira exercerem asfunções comissionadas de Secretário Regional de Administração e Chefe deGabinete do INAMPS de Minas Gerais. Nesse caso, deduz o órgão daspianoque os servidores não têm direito à percepção das vantagens mencionadas,devidas somente quando os funcionários estivercm no exercício do cargo decarreira.
Aprovando esse parecer, o DASP encampa a tese de que a investidura deProcuradores em funções comissionadas não se pode processar sem o prejuízo do seu direito de continuar percebendo a gratificação de produtividade ede gozar férias de 60 dias, "pelo fato de as funções do Grupo de Serviços Jurídicos", das quais se afastaram, nada terem a ver com os encargos comissionados.
A situação criada para a Administração Pública, a prevalecer esse entendimento, é no mínimo curiosa: o Governo, que sabidamente é mau empregador, vai agora pagar menos por maior trabalho, se conseguir recrutar, dos'seus próprios quadros, o pessoal de maior qualificação, porque este, geralmente ocupando cargos de carreira de alta hierarquia, percebe vantagens quelhe seriam cassadas, uma vez ocorrida a nomeação.
É o vezo da interpretação restritiva, que parece nortear os órgãos de consultoria do DASP, novamente causando sérios embaraços ao funcionamentodos serviços administrativos. É a própria subversão da ordem natural das coisas, que pressupunha acréscimo de remuneração e vantagens para maioresresponsabilidades, passando à hipótese absurda de menor retribuição paraencargos mais complexos.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 17 2141
Ignora-se, a partir de agora, sobretudo no concernente aos cargos dechefia, toda a legislação que dispõe sobre o respectivo provimento, que previa, com oportunidade, sobre a concessão de direitos e vantagens, como justacontraprestação para a maior responsabilidade e deveres do servidor designado.
Dessa forma, as repartições submetidas ao entendimento do DASP nãoestão conseguindo nomear, para as funções mais importantes, os servidoresde maior gabarito profissional, simplesmente porque, em lugar de alguma pequena vantagem, os funcionários escolhidos passariam a arcar com pesadosprejuízos financeiros.
Na prática, isso significa que a Administração Pública cria, para ela mesma, os mais estreitos limites para o recrutamento do pessoal destinado ao scuquadro dirigente, uma vez que o funcionário convocado para o exercício deuma função comissionada - que além de nada acrescentar ao seu vencimento ainda importa no cancelamento de vantagens certas - dela declinará emdefesa do seu próprio interesse financeiro.
Parece-me que as críticas dirigidas ao DASP, sobre o episódio, guardaminteira procedência.
Era o que tinha a dizer.A SRA. JÜNIA MARISE (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discur
so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, por ocasião do IV Congresso Brasileiro de Economistas, realizado em fins do ano passado na capital pernambucana, foi aprovado, por aclamação, um exaustivo documento pelo qual a classe,renovando sua decisão inquebrantável de continuar o esforço comum em favor do desenvolvimento com justiça social, analisou de maneira bastante clara a crise que se abate sobre o País, alinhando um amplo elenco de sugestõestendentes a tornar viáveis e efetivas as legítimas aspirações de progresso ebem-estar do nosso povo.
a documento a que me retiro, intitulado "Carta do Recife", orientadopelas coordenadas históricas do momento, identifica e examina, em termosbem explícitos, as dificuldades da atual conjuntura sócio-econômica, bemcomo os problemas relacionados com a laboriosa classe dos economistas.
Assim, avaliando, por um lado, nossas bases eeonêmieas, sociais e políticas, e, por outro, as reivindicações essenciáis da profissão, a "Carta do Recife" aborda, entre outros assuntos, a necessidade de uma política antirecessiva e de um planejamento estratégico, as vantagens de uma política social com distribuição de renda, formulando diretrizes econômicas de médioprazo para os setores industrial, agrícola, energético, de transportes, de comércio exterior e de balanço de pagamentos.
No que tange às reformas fundamentais, o documento propugna mudanças estruturais nas áreas financeira, agrária c fiscal.
Levando em consideração as legítimas aspirações da classe, a "Carta doRecife" defende uma revisão e modernização da legislação básica da profissão, liberdade no exercício profissional, remuneração justa para os economistas, representação regional nas entidades profissionais de deliberação superior, ampla discussão do currículo de economia, elevação da qualidade do ensino da economia, autonomia sindical e liberdade de sindicalização para oseconomistas que são funcionários públicos.
Transmitindo, de maneira racional c objetiva, sua apreciação sobre aevolução e o rumo dos acontecimentos nacionais, o documento conclui afirmando que "todas as proposições relativas, quer à economia e à situaçãoatual do País, quer ao Economista, somente se tornarão viáveis com a garantia de avanço do processo de redemocratização do País, pelo que os economistas continuarão a lutar".
Convencida de que as linhas de ação enunciadas naquele documento sãonão apenas compatíveis com os interesses nacionais, mas constituem aspirações concretas do povo brasileiro, desejo congratular-me com os economistas, através de suas entidades representativas, quer pelo éxito de que se revestiu O Congresso, quer pela feliz e corajosa abordagem da problemática nacional, eonsubstanciada na "Carta do Recife".
Era o que tinha a dizer.A SRA. CRISTINA TAVARES (PMDB - PE. Pronuncia o seguinte dis
curso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cidade de Triunfo, admirável pelo seu clima montanhoso, no Vale do Pajeú, é uma das muitas localidades onde se deseneontram a ação da administração municipal e as crescentesnecessidades populares.
Um inventário realizado pelo triunfense Carlos Ferraz, através do jornalA Verdade Escrita demonstra cabalmente que em Triunfo ê preciso varrer aatual administração municipal, c isto por certo ocorrerá em 15 de novembro.
Relaciono, Sr. Presidente, o decálogo das irregularidades, de tal maneiracontundentes, que merecem o repúdio daquele bravo povo sertanejo.
1. . Açougue e Matadouro em estado de tal precariedade que seriam fechados de"imediato, diante de qualquer fiscalização sanitária. Isto redundaem prejuízo para a saúde da população.
2. Casas Populares - Triunfo em sendo, sistematicamente prejudicadopela ausência de iniciativa da Prefeitura local, que deixou passar a oportunidade de assinar convênios para a construção de Vilas populares, à semelhança de outras cidades sertanejas como Columbi, Serra Talhada e Floresta.
3. Praças Públicas - A cidade de Triunfo, cujo potencial turístico éinexplorado, representa particular aspecto de desolação pelo descaso a quesão relegadas as suas praças.
4. Dificuldades para estudantes - Embora haja dinheiro para ociosidades. os estudantes residentes no Distrito da sofrida Santa Cruz da BaixaVerde. são obrigados a sc deslocar a pé até Triunfo. pela ausência de transporte provida pela municipalidade.
S. Saúde - A população de CanaS. está ameaçada de uma epidemia defebre tifóide, em face da ausencia do recolhimento do lixo.
6. Energia - A extensão elétrica é um dos muitos problemas que a população da Vila Iatiuca tem que enfr,entar. Embora prometida há 4 anos nàochegou a cidade.
7. Abate de Gado - Na Vila de Iraguaçu H falta de higiene e a fedentina causada pela irregularidade na matança de gado. é um fato com que opovo ê obrigado a conviver.
8. Pecuária - a antigo posto de monta do DPA, que prestou relevantes serviços aos agricultores, encontra-se em plena decadência.
9. Arquitetura - A bela arquitetura triunfense, que poderá alçar o município a categoria de Olinda. Ouro Preto, Marechal Deodoro e Igarassu, nãorecebe nenhum tratamento especial da Prefeitura: .pelo contrário, prédios,sobrados e casas, vêm sendo descaracterizadas sob o olhar indiferente dasautoridades.
lO. Centro Social Urbano - Também no que diz respeito a programasde lazer social, Triunfo ê uma cidade abandonada. A instalação dos centrosnão chegou até ali. Novamente não há omissão municipal.
Poderia. Sr. Presidente, ler, desta tribuna, a cada dia, um decálogo dasiniqüidades que se perpetram contra o povo triunfense.
No momento em que cumpro o dever de registrar estes fatos, faço-o coma convicção de que o bravo povo sertanejo de Triunfo, não se deixará abaterpelos revezes.
Renovo, Sr. Presidente, meu apoio à luta do povo pela sua liberdade e seique chegaremos a 15 de novembro conscientes de que, para estabelecer umanova ordem de coisas, que expresse efetivamente a necessidade do povo, épreciso derrotar o PDS, que representa o sistema c o crescimento cruel e perverso, instalado no Brasil desde 1964.
o SR. CARLOS AUGUSTO (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a absurda e clamorosa tática do agressivo pressionamento político em questões onde sobrelevam os justos interesses de uma classe social visivelmente desfavorecida, como é a do trabalhadordo campo, persiste ser o comportamento escolhido pelas frentes governistas,nos diversos setores da Administração Federal, em seu ávido esquema demanter-se onipotente, majoritário e controlador das conquistas c soluçõesque porventura ao povo venham de ser possibilitadas.
Refiro-me, SI. Presidente, especificamente ao episódio ocorrido no Município de São Francisco do Piauí, quando o ódio, a intriga e a perseguição deordem político-partidária determinaram o afastamento definitivo da Sr~ IdaMadeira Coelho Chagas das funções de Representante Oficial da Superintendência Regional do INPS, naquela cidade, para assuntos relativos à ação doex-FUNRURAL, hoje denominado Previdência Social Rural.
Preocupa-me sobremaneira, Sr. Presidente, - e estou certo que não somente a mim - a sombria perspectiva do futuro administrativo de órgãos eprogramas governamentais que, como o ex-FUNRURAL, são notoriamenteutilizados como oportuna alavanca de ação eleitoreira, em prejuízo dos objetivos essenciais para os quais foram criados.
Não podemos ficar indiferentes às inomináveis injustiças então praticadas, não apenas contra determinada pessoa, mas contra todos aqueles quedela dependem tinanceiramente na luta diária pela sobrevivência.
É inaceitável que, em nome desse arbitrário jogo de posições políticas, ovalor funcional, a capacidade de trabalho e a dedicação pessoal de um funcionário que vem atendendo satisfatoriamente à missão contratada sejam inteiramente desconhecidos, deixando prevalecer cireunstáncias outras que emnada viriam comprometer uma atuação reconhecidamente idônea.
Lastii110 e repudio a ocorrência, ao tempo em que a denuncio com o vigor c a veemência que sua gravidade exigem. E o faço na esperança de que suareedição venha ser coibida pelo partido responsável, mas, na esperança (repito) de que a repercussão do fato possa esclarecer c posicionar o eleitorado local e nacional quanto ao que realmente se passa nos bastidore& do cenáriopolítico brasileiro.
2142 Sábado 17 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seçào n '\bril de 1982
v - O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Jerônimo Santana.
O SR. JERÔNIMO SANTANA (PMOB- RO. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente. Srs. Deputados. há muito defendemos. nesta Casa, a instituição da livre garimpagem no País. Na Amazônia. por excelência, estào localizadas jazidas de valiosos minérios, cuja extração é feita pela garimpagem,que absorve grande contingente de mão-de-obra, empregando. inclusive, aslcvas dc imigrantes que hoje se fixam lá.
A propósito, consta do jornal O Estado de S. Paulo, de 18 de fevereiro, aseguinte notícia alvissareira:
"DESCOBERTA NOVA PRovTNCIA MINERAL
Do correspondente em MANAUS
O Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM)anunciou ontcm a dcscoberta de uma grande jazida de cassiterita(minério de estanho) no Município amazonense de Novo Airão, noAlto Rio Negro, que abrange partc dos Estados do Amazonas e Pará e do Território de Roraima, de igual teor mineralógico ao daprovíncia mineral da Serra dos Carajás.
A província mineral do Mapuera, como foi designada a áreapelo Ministério das Minas e Energia, estende-se por mais de 100 milquilômetros quadrados e apresenta ainda reservas valiosas e de viabilidade econômica dc topázio, turmalina, xenotina. monazita e ouro. "A jazida de cassiterita do Mapuera não pode ser comparada emtamanho ao Projeto Grandc Carajás, mas é uma área que possui umporte excepcional de minerais. de alto teor, de uma viabilidadc econômica tão importante para o País quanto Carajás", disse o DirctorRegional do DNPM. José Belfort.
A dcscoberta da jazida de Novo Airão foi possível com basenos levantamentos aerofotogramétricos realizados durante mais decinco anos pelo projeto RADAM na região do Alto Rio Ncgro,onde foram identificadas várias áreas de ocorrência e anomalias deminerais estratégicos, como uránio e tório. A jazida de cassiterita deNovo Airào e a sua dimensão têm o mesmo significado geológico eeconômico das jazidas de ferro, manganês. tório e urânio, encontradas pelo RADAM no Morro dos Seis Lagos, Município de SãoGabriel, descobertas em 1975 e que, na época. foram consideradas omaior complexo carbonatito do mundo, com suas reservas avalia·das em 500 milhôes de dólares.
O geólogo José Belfort não nega que a descoberta em NovoAirão poderá colocar o Estado do Amazonas num IUlgar de destaque no cenário nacional, podendo tornar-se um importante produtor de minério de estanho e colocar o Brasil como grande exportador dcsse metal. "Somos técnicos, não economistas, para traçarmoso perfil econômico da província do Mapuera. Geologicamente essaprovíncia é tão importante quanto Carajás", observa um técnico doDNPM, temendo, porém, que a grande jazida de Novo Airão possater o mesmo destino que foi dado ao complexo de carbonatito doMorro dos Seis Lagos: "Total desinteresse do Governo por sua exploração".
Como já ocorre em outras áreas do País, a cassiterita de NovoAirão será explorada mecanicamente. o que significa o fechamentoda área à extração por processo de garimpagem, como ocorreu nofinal da década de 60 em Rondônia e, mais recentemente. em Roraima. Para isso. o Ministério das Minas e Energia já autorizou o grupo Paranapanema, de São Paulo, quejá atua no setor em Rondônia,a explorar a jazida. localizada na região do rio Pitinga, ao norte doAmazonas e a 12 horas de barco de Manaus.
Na região do rio Pitinga, a Mineração Timbó, do grupo Paranapanema, pesquisou cinco áreas de dez mil hectares, obtendo reservas superiores a 40 mil toneladas de estanho - ou 60 mil toneladas de cassiterita -, o que exigirá da empresa investimentos de cerca de 20 milhôes de dólares.
A Mineração Timbó deverá criar na área, para a exploração dacassiterita, a infra-estrutura necessária."
Já no dia 19 de fevereiro, osjornais noticiavam a preocupação do Governo em fechar a garimpagem na área dc Mapuera, através de portaria apressada do Sr. Ministro das Minas e Encrgia. O Ministério das Minas e Energiatem agido casuisticamente com relação à garimpagem.
Os jornais de hoje anunciam que S, Ex', visitando Santa Terezinha, noEstado de Goiás, onde foi encontrada grande reserva de esmeraldas. ali criou
uma área de livre garimpagem, Mas. com relação à cassiterita. nada foi feitoaté hoje.
S;. Presidente. Srs. Deputados. a liberação da garimpagem da cassiteritae ouro em Rondônia é uma reivindicação dc toda a população do Estado. quepermanece sem ser atendida pelo Governo há onze anos. O Governo fechouarbitrariamcnte a garimpagem de cassiterita no antigo Território de Rondónia. em 1970. e até hoje os nossos garimpeiros são tratados com a maior repressão policial de que se tem notícia na região,
Os diversos segmentos sociais de Rondônia lutam há onze anos pelo rcstabelecimento da livre garimpagem da cassiterita. tais como a Associação Comercial, a Associaçào dos Garimpeiros e mcsmo alguns setores da imprensa,como o Jornal "O Estado de Rondônia". que fez publicar uma série de reportagens sob o título "Cassiterita - Pobre Riqueza de Rondônia", durante omês de maio de 19RL Recentemente o Dr. Múcio Athayde. proprietário doJornal "O Guaporé", defendeu a liberação da garimpagem em Rondônia. assim como a organizaçào do Sindicato dos Garimpeiros. Este sindicato deveráser independente. para fazer reivindicações e para combater as grandcs arbitrariedades que a classe garimpeira vem sofrendo em nosso Estado. pois o órgão da classe tcm silenciado sobre a grande perseguição policial sofrida pelosgarimpeiros.
O PMDB - MDR, ontem - desde 1971 combate as arbitrariedades doGoverno. que sempre reprimiu os nossos garimpeiros. De 1971 a 1974 sustentamos uma grande luta neste Congresso Nacional, combatendo a Portaria195/MME/70, bem assim m; Decretos-leis nOs 1.101 e 1.102. expedidos paraatender aos interesses das expressas multinacionais. Foi um dos maiores escandalos de entreguismo quejá ocorreram neste País. Desde 1971 que foi instaurada em Rondônia uma grande repressão policial contra a classe garimpeira. Trata-se de uma das maiores injustiças que se conhecem. porque umaclasse é impedida de ganhar o seu sustento dignamente, através do seu trabalho.
O Código de Mineração transformou o livre direito da garimpagem emmera toleráneia das autoridades do DNPM e do Ministério da Fazenda. ALei n',' 6.403. que proibiu a garimpagem nas áreas que são objeto de alvarás depesquisa, facultou ao Ministro das Minas e Encrgia estabelecer áreas de livregarimpagem. Não conhecemos até hoje uma só área de livre garimpagem decassiterita estabelecida pelo Ministério das Minas e Energia. Conhecemos,isto sim, Portarias e mais Portarias deste Ministério proibindo a livre garimpagem de cassiterita. como se pode verificar em Goiás. onde. através da Portaria n'? 396, de agosto de 1977, os garimpeiros que extraíam cassiterita na região de Serra Branca foram proibidos de fazê-lo. Da mesma forma fizeramcom os garimpeirus da região do Xingu, e agora fazem a mesma coisa com osgarimpeiros do Município de Novo Airão, no Amazonas, que procuravamextrair a cassiterita dos rios Mapuera e Pitinga. Ali também a cassiterita já foidescoberta e logo entregue aos grandes grupos. conforme noticiaram os jornais de 18 de fevereiro último.
O Ministério das Minas e Energia. pela Portaria n" 73, de 19-2-82,apressou-se em proibir a garimpagem de cassiterita na região de Mapuera.Ao contrario, o Ministro deveria estimular os garimpeiros. criando ali umaárea de livre garimpagem ou declarando toda a grande jazida de estanho doRio Negro cm reserva nacional. Essa providência o Sr. Ministro das Minas eEnergia esqueceu-se de adotar na salvaguarda dos interesses nacionais.
Essa sucessào de Portarias proibindo a garimpagem de cassiterita emtodo o País. quando ela é um minério que ocorre em aluviões, suscetível deser garimpado, define uma política entreguista do Governo, que reprime a livre garimpagem, para favorecer os grupos muItinacionais que atuam no setor.
No caso especial de Rondônia, os abusos da proibição da garimpagemnas áreas cobertas por meros alvarás de pesquisa transformaram o solo denosso Estado em objeto de alvarás de pesquisas de cassiterita, concedidos auma lista interminável de empresas dc papel, que estão sentadas em cima detodas as possíveis jazidas de cassiterita, nem pesquisando-as, nem permitindoque os garimpeiros exerçam a sua profissão. Essa proibição generalizada dagarimpagem de cassiterita em Rondônia se estendeu também à extração doouro pela livre garimpagem.
Os garimpeiros que procuram extrair ouro fora do leito do Rio Madeirasão perseguidos pelas polícias particulares dos grupos detentores de alvarásde pesquisa de cassiterita. Tudo isso vem ocorrendo por causa da distorçãoensejada pelas modificações introduzidas no Código de Mineração, que proibiu a garimpagem, nas árcas objeto de meros alvarás de pesquisa. Hoje, comum alvará de pesquisa de cassiterita. os grupos proíbem na área qualquer garimpagem, seja de ouro, seja de diamante. É um grande abuso que vem acontecendo com esses alvarás de pesquisa, e essas pesquisas não são fiscalizadaspelo DNPM.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio I) Sábado 17 2143
o Ministério das Minas e Energia, que tem sido tão zeloso em concederalvarás de pesquisa para empresas de "papel", e da mesma forma vem atendendo aos interesses dos grandes grupos, sempre proibindo, através de Portarias absurdas e injustas, a livre garimpagem da cassiterita, como provam asportarias baixadas e até hoje não revogadas, que proíbem a garimpagem deste minério em Goiás, Amazonas e Rondônia, esqueceu-se de utilizar a faculdade de estabelecer áreas para a livre garimpagem da cassiterita, tanto emGoiás e Amazonas, como no caso especial do Estado de Rondônia.
A grande repressão policial contra os nossos garimpeiros foi por nós denunciada nesta Casa, conforme pronunciamentos publicados no "Diário doCongresso Nacional", de 7-8-81,30-9-81 e, mais recentemente, de 10,12,223-82 e 2 e 3-4-82.
As atividades do grupo BRASCON, em nosso Estado, foram por nós denunciadas nesta Casa, conforme consta do Diário do Congresso Nacional de28 de novembro de 1981 e 6 de janeiro de 1982.
O Ministério das Minas e Energia criou um Grupo de Trabalho para estudar e propor soluções sobre os metais nobres, pedras preciosas e semipreciosas. Esse Grupo, que funcionou a nível do Gabinete do Ministro, apresentou um extenso relatório sobre o problema da garimpagem no País. É precisodizer que os membros integrantes do grupo sofreram grandes pressões dosgrupos multinacionais que atuam no setor, mormente de Goiás. O grupo foiesvaziado, e o seu relatório e as sugestões sobre o garimpo e amparo aos direitos dos garimpeiros tomaram o rumo dos arquivos. O grupo havia propostouma definição da política nacional consentânea com o setor de minerais preeiosos e semipreciosos; indicar e propor instrumentos adequados à consecução dos objetivos da política nacional dos minerais preciosos.
Esse grupo de trabalho tinha por objetivo conduzir os estudos para acriação da OUROBRÃS. Esta idéía, lamentavelmente, foi esvaziada pelasmu!tinacionais.
Posteriormente, o DNPM criou também outro grupo de trabalho, visando a instituir a livre garimpagem no País. O grupo realizou os estudos, e sugestões foram dadas. Até hoje não vimos qualquer providência que traduzaapoio, assistência e condições de trabalho aos garimpeiros. O que vemosconstantemente é essa categoria profissional ser tratada como se fosse umbando de marginais.
Em Rondônia, a liberação da garimpagem do ouro no leito do rio Madeira representou uma luta, da qual saiu vencedora a pressão popular. É preciso recordar que ali também os grupos era detentores da concessão de alvarás numa extensão de 200 quilômetros de rio, estavam "sentados em cima" dealvarás caducos, empatando a livre garimpagem. Esse empate vigora nasáreas devolutas fora do leito do rio Madeira.
O Território de Rondônia foi transformado numa província administrativa e cstanífera dos grupos multinaeionais da cassiterita. Com a sua elevaçãoa Estado, a autonomia estadual faz com que as reivindicações de sua população e das entidades representativas recebam um tratamento diferenciado. Oproblema da livre garimpagem em nosso Estado é eminentemente político efoi tratado até aqui com "ordens de Brasília", com os fatos consumados dasportarias ilegais, autoritárias, injustas e arbitrárias, como foi o caso da proibição da garimpagem da cassiterita. E no Território sempre os grupos encontralIJ um Coronel-Governador fazendo continência e pronto para cumprir ordens de fora, massacrando o nosso povo com a repressão policial a serviçodos grupos. Isso jamais ocorreria se fôssemos um Estado com Governadoreleito, quando nada a sua polícia jamais massacraria os garimpeiros. Infelizmente vivemos num Estado-Território, com um Governador nomeado, subservicnte aos grupos multinacionais da cassiterita, dos quais ele morre de medo, e evita tomar decisões que venham ameaçar a sua permanência no cargode Governador "biónico" do Estado. E lutar contra os grupos de cassiteritaem Rondônia é um suicídio para quem ocupa cargo de confiança naquele Governo - o "grupão" elimina fulminantemente.
Temos agora a livre garimpagem tratada pelo Governo de Rondôniacomo bandeira eleitoral. Esse governo, que morre de medo dos grupos de mineração, precisa acenar aos milhares de garimpeiros com a liberação da garimpagem. É uma esgrima tentar tapear os nossos garimpeiros, já tão espoliados e cansados de serem reprimidos peia polícia, que aii age por ordem domesmo Governo que agora fala em livre garimpagem.
O Governo pretende iludir os nossos garimpeiros, para tentar obter seusvotos nas eleições de novembro. Agora não somos mais Território. Tratandose de um Estado, o Coronel-Governador "biônico" precisa prestar serviços aBrasília, justificando o seu cargo ganho na caneta, e não com os votos de nosso povo, que vai ganhar as eieições. Agora precisam arrumar votos para Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e Vereadores.
É preciso obter os votos de uma classe garimpeira que há onze anos vemsendo massacrada por esse mesmo Governo, sistema e regime.
Como defender os direitos dos garimpeiros, se esse Governo se achacomprometido até a médula com os grandes grupos da cassiterita? Esses grupos se julgam donos c proprietários do subsolo de nosso Estado.
A simples notícia da liberação da garimpagem em Rondônia fez com quehouvesse em Porto Velho uma revoada de gerentes e proprietários das minerações, todos combatendo a liberação da garimpagem. Após essa revoada epressões dos grupos de mineração, o Governador. com medo deles, deiJmu defalar em livre garimpagem e não compareceu às reuniões que marcara com osgarimpeiros no setor Oriente Novo. Os grupos não permitem que um Governador "biónico" seja a favor dos garimpeiros.
O Governo Federal tem em seu poder dois estudos aprofundados sobre agarimpagem no País. mas tem sido surdo ao clamor dos garimpeiros por todaparte. Qual a independência desse Governo para decretar a caducidade dosalvarás de pesquisa de cassiterita em Rondônia e aplicar ali o Código de Mineração, limitando a ação dos grupos apcnas nas áreas de suas concessões delavra'!
Qual a independência desse Governo para cancelar mais de uma centenade empresas de mineração apenas no papel, que vêm empatando milhares dequilômetros quadrados de nosso subsolo?
Quando ainda Território, em i979, um grupo de Parlamentares da Amazônia dirigiu apelo ao atual Ministro das Minas e Energia, solicitando a liberação da garimpagem da cassiterita. Esse nosso apelo foi jogado no iixo. Entretanto, neste ano teremos eleições. e a liberação da garimpagem precisa ajudar os candidatos do Partido Oficial - graças às eleições e somente a elas. É
.por isso que defendemos eleições em Rondônia todos os anos. Agora, acossados pela eleição e com as injustiças que até aqui praticaram contra os nossosgarimpeiros, surgem noticias do interesse do Governo em liberar a nossa garimpagem.
Dizem os jornais do dia i9-3-82:
DNPM estuda abertura de novos garimpos em Rondônia
"O DNPM vai realizar uma verificação na região para saber seexistem áreas minerais que não podem ser expioradas mecanicamente, para que sejam instaladas cooperativas de pequenos mineradores."
A notícia é capciosa, porque o DNPM sabe que existem muitas áreassuscetíveis de serem trabalhadas pela livre garimpagem e que estão empatadas pelos grupos que controlam hoje i3 milhões de hectares do sub-soio. Amecanizaçào é outro embuste. Se as máquinas são controladas para separar ominério grosso, deixam escapar o fino e vice-versa. Os garimpeiros hoje lutampara ter o direito de lavrar apenas o cascalho rejeitado pelo trabalho da extração mecanizada. Muitas minerações que se dizem mecanizadas estão usando clandestinamente o trabalho dos garimpeiros assalariados. Isso o DNPMnunca fiscalizou.
As propostas do Governo sobre a garimpagem da cassiterita em Rondônia são tímidas e caracterizam apenas a cxploraçào eleitoreira de um problema da maior seriedade.
É preciso lembrar que foi esse mesmo Governo que modificou o Códigode Mineração, acabando com os direitos da livre garimpagem, conforme provo na justificação de meu Projeto de Lei n9 4.579/77, propondo a regulamentação da livre garimpagem no País:
"i. O Governo deseja conciliar os interesses dos grupos multinacionais com os interesses dos garimpeiros, coisa que é absolutamente impossível.
2. Propõe que os garimpeiros extraiam os restos dos minériosperdidos pela extração mecanizada pelos grandes grupos. Só aí eleestá comprovando que essa extração mecanizada é prejudicial, porque está colocando a perder grande quantidade de minério.
3. A liberação da garimpagem no País pressupõe modificaçõesno Código de Mineração de modo a consagrar como um direito alibre garimpagem."
Esta proposta não consta das reivindicações do Governo de Rondônia.As suas propostas são um blefe à classe garimpeira, uma vez que deseja que agarimpagem seja feita nas áreas que serão inundadas pela represa de Samuel.Isso é um embuste, porque nesta região não hájazidas suscetívei de ser garim-pada. .
4. A garimpagem em áreas que já foram pesquisadas e não seprestaram para a extração mecanizada é uma proposta nossa, feitaainda em i974, e que consta de nossos iivros abordando o problema.
5. A garimpagem não é incompatível com a pesquisa, mas foiesse mesmo Governo que modificou o Código de Mineração através
2!44 Sábado 17 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
da Lei n" 6.403, para proibir a garimpagem nas áreas cobertas pormeros alvarás de pesquisa.
6. O Governo Federal nunca aplicou o Código de Mineraçãopem Rondônia. Basta esse escândalo de termos 13 milhões de hectares de subsolo empatados com os grupos de mineração, e a nossaprodução de estanho não é suficiente ainda para o consumo nacional, tanto que ainda importamos o produto da Malásia. O que épreciso urgente é uma ação enérgica do DNPM, cancelando os alvarús caducos e estabelecendo áreas de livre garimpagem para absorver a mão-de-obra ociosa de milhares de garimpeiros, hoje desempregados e perseguidos pela polícia do Governo a serviço dos grupos.
O Governo Federal fala a linguagem da compatibilização dagarimpagem com a mineração, mas até hoje não chegou a Rondôniaa vez dos garimpeiros. Ali só foram contemplados por esse Governoos grandes grupos, nunca houve ali qualquer compatibilização.
8. Cabe ao DNPM levantar os decretos de lavra de cassiteritaem Rondônia, verificar sua abrangência em hectares, obrigar osgrupos a demarcá-los e liberar a garimpagem no Estado, respeitando as áreas de lavras. Isso até hoje não foi feito em Rondônia. Grupos que detém 1.000 hectares em lavra ou pesquisa cstão vigiandoáreas com 50.000 hectares e colocando correntes nas estradas, comoocorre atualmente nos setores Oriente Novo e Massangana."
As soluçõcs para os problemas da garimpagem em Rondônia se encontram publicadas nos livros de nossa autoria, cujos títulos são os seguintes: "AVerdade sobre os garimpos de Cassiterita em Rondônia" (1975); "A Cassiterita de Rondónia entregue aos grupos Multinacionais" (1975); "A Desnacionalização do Subsolo Brasileiro-minerobrás - CPRM e Livre garimpagem"(1980).
Ouço o nobre Deputado Gilson de Barros.
O Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado Jerônimo Santana. o discurso de V. Ex~ vem a propósito, pois em Mato Grosso, a exemplo do que acontece no Estado de V. Ex~ - e veja como já nos é agradável referir a Rondôniacomo Estado - nota-se que, mesmo com base no Código de Mineração, oGoverno da atual ditadura militar brasileira cria condições e realiza atos eações definidos para entregar ao estrangeiro o nosso subsolo. Há alguns meses, a leste daquele Estado, em Poxoréo e Alto Coité, entregaram às poderosas empresas estrangeiras Saint Louis e Saint lohn mais de noventa mil hectares de terras para serem explorados em desfavor de mais de três mil famíliasde garimpeiros. que sempre trabalharam na região. Houve reação dos garim-.peiros que, embora sendo homens humildes, não se deixam humilhar. Reagiram, felizmente, graças a Deus, porque assim lhes falou a consciência. O Sr.Ministro César Cals voltou atrás. e os garimpeiros voltaram às suas terras.Mas, ultimamente, fato semelhante ocorre na região norte de Mato Grosso,nos Municípios de Arenápolis, Diamantino e Nortelândia. Desta vez é aPROMISA, a BRASCAN; e já denunciamos o fato. Nós também, DeputadoJerônimo Santana, sentimos na pele o peso da política entreguista destc GovernO, que vem tirando não apenas o solo, mas também as riquezas do subsolo dos brasileiros, para entregar aos estrangeiros. Congratulamo-nos com V.Ex' Aliás. não nos lembramos de que algum dia V. Ex' tivesse vindo à tribunapara dizer outra coisa que não fosse algo de real interesse do seu Estado deRondônia e do nosso País. Nossos parabéns a V. Ex'
O SR. JERÔNIMO SANTANA - Agradeço ao cminente DeputadoGilson de Barros o aparte. Dcvo dizer a V. Ex' que tanto quanto em Rondônia. em Mato Grosso, principalmente na região de Nova Floresta, RosárioOeste. Peixoto de Azevedo e em tantas outras áreas ricas em minério, sofremos garimpeiros, como já assinalei em outros pronunciamentos. Foi o queaconteceu cm Nova Floresta, onde houve uma grande repressão policial. Osgarimpeiros do Brasil, hoje, em todos os setores. não têm qualquer apoio doGoverno; não existe entidade neste País para apoiar os garimpeiros, O Sindicato Nacional dos Garimpeiros, que existe no Rio de Janeiro, é um organismo fantoche. Ele é vinculado ao sindicato dos mercadores de jóias, ao grupoque manipula a compra de minério ao garimpeiro e ainda o obriga a recolherquantias para o Fundo Sindical, que, ao final da história, beneficia o tal sindicato que atua contra a classe garimpeira. Foi extinta a FAG. Então, o garimpeiro não tem a quem recorrer. Por todo lado, a política desnacionalizante doGoverno desampara o garimpeiro, tanto em Goiás, como em Mato Grosso,no Pará, no Amapá e em Rondônia. Em todos esses Estados, ricos em metaise pedras preciosas, as populações que aí vivem podem usufruir dessa riqueza.
Prossigo. Sr. Presidente. O que precisa ficar bem claro é a posição doGoverno de Rondônia em relação aos nossos garimpeiros. De um lado, procura compor com os grupos de mineração que estão instalados no Estado
com todas as regalias e usando à vontade os serviços de repressão da políciadeste mesmo Governo contra os nossos garimpeiros.
Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.
O Sr. Brabo de Cllrvlllho - Nobre Deputado. o pronunciamento de V.Ex' encerra uma grande verdade. Eu nada tenho a aditar, a não ser dizer a V.Ex~ que isto não somente ocorre nas áreas que estão sendo fechadas para ogarimpeiro. como nos garimpos onde brasileiros estão trabalhando. Porexemplo, Serra Pelada. hoje, e como sc fosse propricdadc de um Coronel ouMajor Curió ...
O SR. JERÜNIMO SANTANA - É como Rondônia, que é tida comopropriedade do atual Coronel Governador.
O Sr. Brabo de Carvalho - Ele manda e desmanda: é como se fosse umcampo de concentração. Inclusive. tenho um jornal, editado em Conceição doAraguaia, em que, inclusive o Prefeito - que agora se vendeu, foi compradopelo PDS...
O SR. JERÔNIMO SANTANA - Está muito em moda essa compra evenda.
O Sr. Brabo de Carvalho - O próprio Prefeito, que naquela oportunidade pertencia ao nosso partido, dizia que nem ele, o Prefeito do Município, tinha condições de entrar na região de Serra Pelada, a não ser com autorizaçãodo Curió. Este, hoje, deve estar multimilionário, pois é candidato a DeputadoFederal e está fazendo uma campanha de milionário. Ele está comprandogente e já deve ter alguns quilos de ouro, porque, normalmente, quando esses"patriotas" se apresentam para organizar garimpos, acabam milionários. Atémesmo os garimpos que já foram descobertos, ondc havia brasileiros, praticamente se tornaram propriedades privadas, porque obedecem à ordem de umapessoa que é colocada ali como um poderoso chefe, à semelhança, do queocorria nos tempos dos grandes chefes criminosos que os Estados Unidos re-gistraram na História. .
O SR. JERÔNIMO SANTANA - Agradeço ao nobre Deputado Brabode Carvalho, do Pará, o seu subsídio ao meu pronunciamento. Também emRondônia há donos de garimpos designados pelo Governo, como acontecenos garimpos de ouro do rio Madeira, que foram entregues ao Delegado JoàoLucena. Ali. esse Delegado é preposto do Governador e tem praticado osmaiores absurdos em termos de abuso de autoridade.
As promessas de reabertura da garimpagem de cassiterita só foram abordadas pelo Governo em virtude de nos encontrarmos num ano eleitoral.
Por que o Governo não cuidou de reabrir essa garimpagem ainda no anode 1979 quando era o Governo do Território, ou mesmo antes?
As propostas feitas pelo Governo não buscam a reabertura da garimpagem da cassiterita porque preservam a Portaria que a fechou. Qualquer iniciativa relacionada com a reabertura da garimpagem em Rondônia pressupõea 'revogação pura e simples da Portaria n9 195j70-MME, e isso o Governo doEstado não visou. Deseja a garimpagem como uma concessão ou benesse dosgrupos de minerações. empurrando os garimpeiros para catar os rejeitas erestos das minerações.
Nunca esse Governo falou ou exigiu a aplicação do Código de Mineração. enquadrando os grupos multinacionais que estão sugando as nossas riquezas.
Qualquer proposta de reabertura da garimpagem de cassiterita em Rondônia que não revogar a Portaria n9 195 não pode ser considerada como tal.
Pedir permissão de garimpagem para as áreas que não prestaram para lavra não resolve o problema, porquc sc não existe minério nelas como justificar os trabalhos da garimpagem?
O que é necessário, e isso as propostas do Governo não contêm, é reservar áreas ricas em minério para a livre garimpagem.
. Todos esses fatos provam o blefe do Governo de Rondônia com suaspromessas enganadoras de reabertura da garimpagem.
Scmpre defendemos a reabertura desta garimpagem, mas com seriedade,facultando o direito dos garimpeiros de trabalharem onde exista minério. liberar a garimpagem onde não tem minério, como pretende o Governo do Estado. é uma brincadeira com coisa muito séria.
O amparo social ao garimpeiro é outro aspecto que o Governo federalsempre se recusou a admitir. Prova o seu desprezo pela classe a extinção quedecretou da FAG - Fundação dc Assistência aos Garimpeiros.
O Governo Federal até hoje não adotou uma política mineral para o Paíse sua ação tem-se dirigido apenas para entregar nosso subsolo ao capital estrangeiro e também nunca adotou qualquer diretriz ou política relacionadacom a garimpagem.
O Ministro das Minas e Energia, que abriu um precedente ao decretarárea de livre garimpagem o Município de Santa Teresinha, no Estado de
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2145
Goiás, para extração da esmeralda, deveria imediatamente cancelar os alvarás de pesquisa de cassiterita em Rondônia, já caducos, e decretar área de livre garimpagem onde realmente exista cassiterita para os garimpeiros poderem trabalhar, e não prometer apenas áreas já exploradas ou que não têm minério algum, Não deveria prometer áreas que já são rejeitos. Estão prometendo um resto do minério, o rejeito da mecanização. Depois que a mineração tirou o máximo que pôde, querem permitir que o garimpeiro reiave aquele rejeito da mineração.
O Governo vem prometer como área de livre garimpagem aquela que será inundada pela represa da barragem de Samuel. Ora, ela atualmente não cstá inundada, mas também não tem minério. Está abandonada. E ninguém vaitirar minério na área que será inundada. Então, a proposta do Governo, divulgada nos jornais, em grande publicidade, de que vai abrir garimpagem emRondônia, nào passa de um engano à nossa classe garimpeira, que está passando fome, desempregada e desesperada.
Era o que tinha a dizer. (Palmas.)
o SR. BRABO DE CARVALHO (PMDB- RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, cresce entre os trabalhadores o elamor de revolta contra o último e virulento "pacote previdenciário", representado pelo respectivo "carro-chefe": o Decreto-lei nQ 1.910, de 29 de dezembrode 1981, baixado juntamente com outros dois atos destinados a injetar novosangue no combalido organismo da Previdência Social. O decreto lei emqucstão ressumbra desprezo pelas massas assalariadas, denuncia cruel injustiça perpetrada contra os que mais trabalham e menos ganham neste País.Por isso mesmo está trancado na garganta do povo, que desta vez se recusa aengolir a injúria, não quer aceitar passivo a mais violenta investida de todosos tempos contra seus salários já incapazes de lhes assegurar um padrão devida compatível com a dignidade humana.
Generalizam-se os protestos contra o desrespeito manifestado pelo Poder Público em relação aos que constituem o sustentáculo da desmesuradamáquina governamental; contra o injusto tratamento conferido àqueles quedesenvolvem esforço cada vez maior para alimentar essa máquina voraz e desumana, Aproximando-se o fim do prazo constitucional para homologaçãoou rejeição do fatídico decreto-lei, as entidades de classe existentes, congregando empregados ativos e aposentados ou pensionistas, mobilizam-se com ofim de sensibilizar parlamentares de todos os partidos para o seu problema,que, indiscutivelmente, é também o problema de todos os brasileiros. Os "insumos" rebelam-se e a máquina pode entrar em pane irreparável se por elesnão for alimentada com a habitual mansidão e conformismo dc escravos medievais. A solução decepcionou, mais, os empresários, os banqueiros e ospolíticos, só contentando, portanto, o Ministro Delfim Netto e os seus satélites seplanianos.
A infeliz medida encontra-se no vórtice de uma crise sem precedentes nahistória da Previdência Social, cuja ocorrência deveria há muito ter sido pressentida, captada e evitada pelos experts da área. Se tal não aconteceu, debitese a falha à contumaz incompetência, agravada por espantosa irresponsabilidade, dos que, em diferentes períodos, aboletados nesse campo de curial importância para a tranqüilidade e a segurança da sociedade brasileira, nadamais têm feito do que "antimágicas", ou seja, realizar cada vez menos com recursos cada vez maiores, A incomensurável platéia cansou do espetáculo deprimente e passou a vaiar os atores e diretores da farsa, a cxigir deles o espírito público e a seriedade indispensáveis ao exercício do Governo, em todos osníveis. Mas, falando francamente, 81'S. Deputados, quem poderá censurá-lospor essa atitude de desgosto e revolta contra a demagogia solerte, sempre tentando mascarar o arbítrio, a força contra os pequenos, o execrável abuso doPoder'!
Não obstante, a Previdência Social surgiu no Brasil como imperativo deproteção ao trabalhador, pela chamada Lei Elói Chaves - o DecretoLegislativo nQ 4.682. de 24 de janciro de 1923 - restrita inicialmente aos ferroviários e depois estendida a todas as categorias. Nasceu limpa de intenções,pura. sob inspiração das mais nobres do esclarecido Deputado que, ao morrer, em 1964, já se mostrava preocupado com as distorções sofridas pelo sistema implantado a partir do diploma legal de sua autoria, adivinhando talvez agalopante deterioração que o atingiria. para culminar na vergonhosa e lamentável derrocada de hoje. quando precisou fugir lt falência por via de um dosmais indignos recursos usados por um Governo - o extremo sacrifício exigido dos trabalhadores de baixa renda, os eternos bodes expiatórios dos errosde um grupo de tecnocratas que têm por função primordial improvisar respaldos ao continuismo de um governo cuja prolongada p'~rmanência no Poder~ a despeito de tH.llta;; v1ci~';~jitude5qu~ vem faz.endo desabar sobre a l\Taçalf'i?constitui no mínimo tlma piOva da insensatez dos qUi:, o integram e apóiam.
A respeito da indevida interferência política na gestão dos recursos daPrevidência Social, assim fala Celso Barroso Leite, em seu livro "Crise daPrevidência Social":
"O pior de tudo. sem dúvida, é o indevido emprego de recursosda Previdência Social (e aqui a expressão não deve ser outra, porquena prática só ela os tem) para fins eleitorais, através de empreguismo, negócios escusos, tráfico de influências, atendimento a pretensões descabidas, para só falar nas irregularidades mais ostensivas.Em muitos casos estas vão além da interferência política deturpada,chegando a configurar o ilícito administrativo e até o ilícito penal,com uma impunidade que, infelizmente muito nossa, estimula aindamais as práticas malsãs".
Aliás, observamos que a Imprensa de hoje dá a notícia de que o Tribuna!de Contas, dentro de mais alguns dias, estará apreciando denúncia apresentada pelo Deputado Alceu Collares, candidato pelo PDT a Governador do RioGrande do Sul, em que S. ex~, com farta documentação, mostra o uso da Previdência Social no seu Estado pelo Ministro Jair Soares, na campanha política - vejam só - interna, no momento em que ainda estava internamente disputando a indicação de nomes com o Presidente desta Casa, quando usou eabusou dos recursos da Previdência Social, objetivando ter o seu nome consagrado na pré-convenção realizada naquele Estado.
De antemão, quero dizer que não acredito na decisão do Tribunal deContas, porque, para mim. é aquela Corte um tribunal político. Tenho provas desta posição política do Tribunal de Contas num processo em que a corrupção de um Prefeito do interior do meu estado foi provada e confessada,mas pela interferência do nosso Senador Jarbas Passarinho esse processo foiarquivado, como se nada tivesse ocorrido, inclusive o furto do dinheiro público, quando faturas - faturas e notas fiscais tambêm - falsas foram juntadasao processo pelo inspetor do próprio Tribunal de Contas. Se esse Tribunalagiu politicamente, naquela oportunidade. ante as provas que um seu funcionário havia anexado ao processo de inspeção por ele feita, não tenho a menordúvida de que as denúncias do Deputado Alceu Collares serão arquivadas,como se nada tivesse ocorrido, como se tudo de bom estivesse acontecendo naPrevidência Social, como se nenhuma irregularidade tivesse sido praticada,como se o déficit da Previdência Social fosse apenas uma circunstância dagrande obra administrativa que se proclama estar sendo feita,
Concedo aparte a V. Ex', Deputado Gilson de Bafros.
O Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado, recordo-me, realmente deuma denúncia de V. Ex', há algum tempo, sobre o que acaba de aludir.Recordo-me, também, de que V. Ex' manifestou seus temores de que tudoaquilo, por mais escabroso que fosse, pudesse dar em nada. Afinal, a 31 demarço de 1964 fez-se uma revolução para proteger a corrupção, porque estácomprovado que o golpe militar de 31 de março terminou em um solene IQ deabril. Particularmente, não descreio que esse foi um dos motivos que levou V.ex', homem honesto e íntegro, a vir para o PMDB. E como V. ex! fala em auditoria, intervenções, ações do Tribunal, é oportuno fazermos aqui uma colocação. Em Mato Grosso o Tribunal de Contas do Estado determinou umaauditoria para apurar gastos irregulares com passagens aéreas, mordomias ehospedagens beneficiando pessoas não autorizadas, o que ocasionou, portanto. um prejuízo aos cofres públicos do Estado da importância superior a 30milhões de cruzeiro~.. Precisamos confiar nos resultados dessa auditoria doTribunal de contas. Porém, como bem frisou V. Ex', os Tribunais de Contasneste País ainda são órgãos políticos - políticos entre aspas - porque notamos que, salvo honrosas exceções, são eles na maioria dos Estados brasileirosformados por políticos aposentados, por políticos frustrados, por ex-líderesque já não ganham mais eleições e que recebem como prêmio - prêmio entreaspas - o rendoso emprego de Conselheiro ou de Ministro de Tribunal deContas. É por isso, Deputado Brabo de Carvalho, que, ao acompanharmos opronunciamento de V. ex! com relação a essa desesperança de providências,anunciamos à Casa que temos pronto um projeto de emenda à Constituiçãocujo objetivo é reformular e redimensionar os critérios de composição e de recrutamento de Conselheiros e Ministros para os Tribunais de Contas.
O SR. BRABO DE CARVALHO - Muito obrigado, Deputado. Maseu gostaria de prosseguir na minha análise da Previdência Social, porque esteé o assunto do meu pronunciamento. Os desmandos da Previdêncila Socialno Brasil, a corrupção desenfreada, as negociatas, a dócil submissão ao indisfarçado suborno das multinacionais da saúde, o desvio de grandes recursospara investimentos astronômicos de duvidosa prioridade - Transmna~ônica,
itaipu, centrais nucleares - somados à renitente inadimplência do governono tocante ao pagamento de sua parte na contribuição tríplice estipulada porlei, acrescidos ainda das fraudes .~ da má administração, figuram como ineCjuÍvocos testemunhos da verdllde invocada pelu auto)' pura e;l.plic2,f os maus
2146 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Ahril de 1982·
resultados da gestão no nosso colossal orçamento previdenciário - três bilhões de cruzeiros para o corrente ano.
Concedo o ,marte ao Vice-Líder do PDS, Deputado Joacil Pereira.
O Sr, Joaci! Pereira - Nobre Deputado Brabo de Carvalho, ê legitimo odireito de V. Ex' criticar o decreto-lei baixado pelo Sr. Presidente da República, como há também absoluta legitimidade em discorrer sobre a situação daPrevidência Social, analisando. a seu talante, a crise que se gerou. Mas estarrece que V. Ex'. de certo modo, tenha procurado, no curso do seu pronunciamento, apoiar ou endossar críticas infundadas, dirigidas a um homem da catcgoria moral do Sr. Jair Soares, um dos Ministros que mais honram o colegiado diretivo do Presidente João Baptista Figueiredo. A crise da Previdêncianão foi gerada. de modo algum, por incompetência do atual titular do Ministério da Previdência e Assistência Social. A crise vem de longe. E V. Ex'.como entendido no assunto, sabe muito bem - e até o abordou ligeiramente- dos desvios que vários Governos fizeram para a construção de determinadas obras que não se comportavam bem na finalidade da Previdência Social.Quero dizer a V. Ex', no entanto, que o Ministro Jair Soares não teme as acusações que lhe são dirigidas, notadamente por oposicionistas do Rio Grandedo Sul, nem teme devassas de Tribunais de Contas ou de órgãos de qualquernatureza. No jornal de hoje. diz S. Ex' não temer críticas nem acusações."Recebo todas as críticas de fronte erguida. Não temo o exame das coisas quedisse e daquelas que deixei de fazer por falta daqueles que, mesmo sem embasamento, só sabem criticar, dizendo. por exemplo, que desde o momento emque assumi o Ministério da Previdência Social tenho-me preocupado exclusivamente com o Estado do Rio Grande do Sul, minha querida terra natal." OMinistro Jair Soares tem um desempenho altamente satisfatório em meio àcrise que explodiu em suas maõs. Ele e o Presidente Figueiredo encontrarãouma solução capaz de soergucr o organismo combalido da previdência nacional. S. Ex' já anunciou que, quando deixar o Ministério, no próximo mês demaio, para se desincompatibilizar, a fim de disputar o Governo do Rio Grandc do Sul. graças ao seu trabalho eficiente, graças à ação da sua equipe, aocombatc à fraudc, uma tônica da sua gestão, às cobranças levadas ajuízo, àsexecuções fiscais, graças também a essa legislação, que V. Ex' combate, e quetinha de ser baixada, para dar recursos à Previdência, graças a tudo isso, vaideixar o Ministério com um saldo de 25 bilhões.
o SR. BRABO DE CARVALHO - Deputado Joacil Pereira. acreditoque somente a responsabilidade de Vice-Líder faz com que V. Ex', no aparteque nos dá, faça essa defesa do Ministro Jair Soares, quando são públicos enotórios os erros da sua administraçào. Diria inclusive que, ao assumir S. Ex'o Ministério, era muito melhor ter confessado que nada entendia de previdência do que ter prestado declarações querendo demonstrar ser um expert no assunto. quando hoje é público, ninguém desconhece neste Brasil, a sua incapacidade no Ministério. E este saldo que ele anuncia, perdoe-me a franqueza, éuma mentira. Como pode haver saldo se ainda persiste dívida enormc'? Comoexiste esse saldo, se o Governo ainda o busca através de um decreto impondoa este Congresso a sua aprovação, tirando do pobre trabalhador, do pobrepensionista, aquilo que já é uma migalha, sob a justificativa da necessidade depagar essa dívida astronômica da Previdência Social'? Como o Ministro tem acoragem de dizer que deixa um saldo dc 25 bilhões de cruzeiros'? S6 mesmo seele admite que o povo brasileiro é analfabeto, burro, não sabe ler, que as notí.cias da imprensa não chegam ao conhecimento da população, que nós aquino Congresso somos uns bonecos. Uma declaração como essa só se faz parahomens que nunca puderam ler nem ouvir, porque se ouvirem os rádios e verem as televisões todos terão conhecimento de que a Previdência Social passapor uma crise das mais sérias. Como S. Ex' pode anunciar saldo, repito'? Quesaldo é esse'? É um saldo imbecil, pois existe uma dívida enorme a pagar.
O Sr. Joacil Pereira - V. Ex~ mc permite mais um aparte'?
O SR. BRABO DE CARVALHO - Com muita )lonra. Mais seja breve,já que o tempo é curto.
O Sr. Joacil Pereira - A crise não foi negada.
O SR. BRABO DE CARVALHO - Então, não há saldo algum.
O Sr. Joacil Pereira - Mas S. Ex' o Ministro disse que ele existe - eisso está publicado em letra de forma em todos os jornais.
O SR. BRABO DE CARVALHO - Notícia paga com o dinheiro daPrevidência Social.
O Sr. Joacil Pereira - O text.o é o seguinte: "Pretendo deixar o Ministério em maio, dentro do prazo exigido pelo Governo para os concorrentes acargos eletivos, ocasião em que a Previdência terá um saldo em caixa de aproximadament.e 25 bilhões. Esse saldo é fruto de um trabalho conscientc e sérioque vem sendo desenvolvido com a intenção de beneficiar o trabalhador bra-
sileiro." Como vê V. Exª, o Mini,tro anuncia que, quando deixar o Ministêrio, no dia 14 de maio. haverá um saldo na Previdência.
O SR. BRABO DE CARVALHO - Há um saldo cm dinhciro, mas adívida é maior que o capital disponível. Entào não há saldo algum.
O Sr. Tarcísio Delgado - Deputado Brabo de Carvalho, se eu disser a V.Ex' que tenho um débito de 100 cruzeiros. mas que daquí a dois meses tereium saldo de 200 cruzeiros porque vou furtar e assaltar para consegui-lo. oque; V. Ex' me dirá'? Que sou um criminoso, um assaltantc. Assim sendo, oMinistro da Previdência Social pode até deixar um saldo, no final do seuperíodo, naquela instituição, mas é um saldo conquistado através de umdecreto-lei inconstitucional, sob o peso dos aposentados, dos pobres e dostrabalhadorcs dcstc País. para os quais acresceu ilegal e inconstitucionalmen·te a alíquota de contribuição para a Previdência Social, num assalto ao direito sagrado que têm essas pessoas de ver respeitado um princípio constitucional. Qual é a vantagem desse saldo'? S. Ex' deveria ter vergonha de falar emsaldo e dizer que aumentóu a alíquota referente ao trabalhador. E neste instante o Líder do PDS sai do plenário.
O SR. BRABO DE CARVALHO - Nem com esse aumento criminoso,Dcputado Tarcísio Delgado, eu diria que há saldo. Há um saldo em dinheiro,mas há dívida, e se a dívida é maior do que o saldo, conseqüentemente não hásaldo.
Continuo, Sr. Presidente.
O fato é que, de crise em crise, o sistema previdenciário veio desembocarno túnel escuro em que se encontra, tateando em busca da luz. A primeira desastrada tentativa consistiu na inaceitável proposta do Executivo para salvardo colapso o ôrgão deficitário de 200 bilhões de cruzeiros, às custas da redução dos proventos aos aposentados; tão vil e mesquinha que foi negociadasua alteração no Congresso Nacional, em raro assomo de independência dopartido que apóia o Governo. Uniram-se os parlamentares em torno do repúdio a dispositivos chocantes do Projeto de Lei do Executivo e empenharam-sena aprovação de alternativa hábil a socorrer sem maiorcs assaltos ao bolso dopovo a moribunda Previdência Social. Venceu a fórmula considerada menosnociva socialmente: a imposição de sobretaxa aos produtos supérfluos. Superando divergências conceituais sobre o que deva ser considerado supérfluo,pensava-se ter contribuido substancialmente para o restabelecimento doequilíbrio perdido no delicado terreno, quando novo "pacote" foi "presenteado" ao povo brasileiro, no apagar das luzes de 1981. Não é de estranhar oimpacto por ele produzido entre os que já vivem precariamente, num processo de continuo empobrecimento, e vêem-se de repente roubados no poucoque têm para prover sua subsistência. Principalmcntc os aposcntados e pensionistas. 60% dos quais percebem provcntos inferiorcs ao salário mínimo,sendo obrigados a ficar sob a dependência econômica de filhos, ou a moraramontoados em !'lvelas e barracos, promiscuamente, muitos mendigandopara não morrer de fome. Nua houve diálogos nem acordo com o Legislativo,onde o Decreto-lei que prima por seu aspecto anti-social caiu como um petardo. Mcdida de exceção prcvista no art. 55, alínea lI, da Constituição Federal,para os "casos de urgência ou de interesse público", sua constitucionalidadevem sendo insistentemente questionada por líderes oposicionistas e pela Ordem d05 Advogados do Brasil, sem encontrar eco no Poder Judiciário, cujaposição mais uma vez dá cobertura aos editos palacianos.
Aliás, quero pcdir a atençào do Deputado Joacil Pcrcira, que nos honracom a sua presença na Liderança do PDS, para o fato de que o decreto que oGoverno mandou para este Congresso foi como uma bofetada nos própriosparlamentares do PDS. Quando chegou a primeira mensagem, S. Ex's se arrogaram o direito de contestar, o direito de fazer valer ao Governo a vontadedo Parlamento. Emendas foram apresentadas e negociadas, o PDS cantou ohino da vitória, saiu daqui com a bandeira da Previdência Social e pouco tempo depois voltaram todos humildemente, aceitando a nova imposição do Governo. O Governo não admite emendas, não admite nada, não aceita que osseus projetos e as suas mensagens sejam alterados pela Oposição nem pelaprópria bancada do scu Partido. Sc isso não é uma bofetada, também nãoaceito que tal ato seja uma questão apenas do interesse público. O próprioPDS hoje, com relação à Previdência Social, deveria baixar a cabeça, porqueo Governo deu um pontapé em todos os seus integrantes. Nenhum deles voltou à tribuna para fazer qualquer critica às mensagens do Governo, as quais,como todos sabemos, contrariam ointeresse nacional. Toda a classe dos trabalhadores brasilciros, todos os pensionistas. todos aqueles que recebem asmigalhas da Previdência Social estão pedindo justiça, e o governo continuacego, surdo e mudo. Mas no dia 15 de novembro o povo estará de olhos abertos e dará a resposta merecida que um parlamentar deve receber quanto opovo podc livrcmente dar o seu veredicto.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2147
Continuo, Sr. Presidente.Para justificar a acintosa medida, depois de haver prometido ao povo re
jeitar as propostas que redundassem em "sacrifício adicional aos trabalhadores, especialmente àqueles que enfrentam maiores dificuldades econômicas etambém às atividades produtoras", o Presidente João Figueiredo declarou terbaixado o mal recebido Decreto-lei porque não lhe "sobrava alternativa senão elevar o montante das contribuições previdenciárias".
O que parecia ser, então, uma vitória do Congresso, uma demonstraçãode força e autonomia do Poder Legislativo, veio a resultar em um aumentodas aflições populares: as duas medidas em vigência - a Lei n? 6.950/81 e oDecreto-lei n? 1.910/81 - somam um efeito mais danoso do que se tivessesido aprovado na íntegra o projeto inicial parcialmente rejeitado, como medida única para debelar a crise. A maior abrangência do citado Decreto-lei n?1.910/81 foi ainda potenciada a partir dos outros dois atos integrantes do último "pacote" previdenciário. Trata-se de um verdadeiro cataclismo de trêsfaces: a primeira reflete o conteúdo do Decreto-lei n? 1.910/81, elevando asalíquotas dc contribuição dos empregados e empregadores, de 8 para 10%,distribuindo por faixas salariais o adicional de 2%; a segunda revela a determinação de sobretaxar com o IPI um grupo de 8 produtos considerados supérfluos, com alíquotas oscilando entre 2 e 30%; e a terceira desvenda o propósito governamental de arrastar a rede bancária para esse mar de adversidades, no aluvião dos desmandos praticados com a aparentemente louvável intenção de socorrer a Previdência Social para evitar o desequilíbrio econômicogeral do País.
Quanto à repercussão social do discricionário ato - nunca é demais repetir - não poderia ter sido mais desastrosa, mais atentatória aos interessesda população assalariada, onde reina a angústia e a inquietação, a indignaçãoe a revolta. Os trabalhadores querem ir à greve, às paralisações, aos movimentos reivindicatórios ostensivos. Apelam aos seus representantes nesteCongresso para que dêem sustentação legal à luta que empreendem através desuas numerosas entidades de classe. negando maciçamente a homologação aoato do Executivo.
Infelizmente, Srs. Deputados, ameaça tornar-se rude e tenebrosa essa batalha contra a injustiça e o arbítrio no campo da Previdência Social. Debaldeprocura-se sensibilizar o Governo para aspectos flagrantemente inconstitucionais dos atos em questão, além do seu sinistro potencial antieconômico eanti-social. Sem contar o sintoma de endurecimento do rcgimc prctcnsamcntcem franca fase de abertura, representado pela insensibilidade do Poder Executivo aos protestos dos atingidos pelas penosas disposições.
Enquanto o Governo Federal se mantém irredutível, despreocupadocom os efeitos dolorosos do "pacote da Previdência", agrava-se a pobreza, amiséria e o desamparo das classes assalariadas, as quais. como inocentes úteis, estão pagando por pecados alheios. Ensombrece ainda mais o horizonteeconômico habitualmente carregado, pois a solução adotada penaliza a oferta de empregos, ao onerar a folha de pagamentos, intensificando os males doclima recessivo, além de se constituir em fator inflacionário, na medida emque as empresas, também gravadas, repassam o prejuízo para o consumidor.
Autêntico disparate govcrnamental, cabe ao Congresso a tarefa de atenuar as conseqüências catastróficas do "pacote previdenciário", valendo-sedo poder de veto, que lhe é conferido pela Constituição Federal, para rejeitara mais explosiva das três bombas contidas no "pacote" natalino entregue aopovo brasileiro pelo Presidente João Figueiredo: o Decreto-lei n? 1.910/81, oqual, a julgar pelo sombrio começo de 1982, possui incrível poder dc destruição dos valores econômicos e sociais remanescentes neste País.
Srs. Deputados, o Congresso Nacional é a voz soberana de um dos trêsPoderes da República; como tal, não pode pactuar com o arbítrio. Cumprelhe assumir a causa que polariza o interesse de toda a Nação, não permitindoque o aludido Decreto-lei venha a ser aprovado em plenário ou por decursode prazo. O apelo dos sindicatos de trabalhadores ativos e das entidades declasse dos aposentados c pensionistas não pode ficar sem resposta. Mobilizemos a opinião pública para que apóie o movimento visando à rejeição do ato,encargo nada difícil, eis que é geral o repúdio a ele votado. Conscientizemonos, nós próprios, de que os fenômenos negativos inscritos na pauta governamental para justificar o vandalismo cometido contra as camadas mais vulneráveis do povo não passam de indícios inconfundíveis dos erros e despautérios inerentes a governos que não consultam o povo. Devem servir de alertapara a incompetência e a má-fé dos responsáveis pelo atual modelo econômico, baseado na concentração da renda e do poder decisório; traduzem a insensibilidade da cúpula do Executivo para tudo que não diga respeito à manutenção desse poder nas mãos de um grupo dominante, por tempo indefinido, ou seja, enquanto puderem enganar o povo, transferindo para ele o ônusde suas culpas, mantendo-o simultaneamente como o indispensável suportede suas desmedidas ambições.
Eminente Deputado, não permitamos que se consume pela homologaçãodo Decreto-lei n? 1.910/81 um violento ato de agressão contra o miserável salário do trabalhador brasileiro, verdadeiro confisco de parte da remuneraçãoe dos proventos de grande contingente de empregados, aposentados e pensionistas. Concito a todos os integrantes desta Câmara a exercerem o poder doveto, no momento oportuno, dando mais uma demonstração de brio e consciência social, virtudes imprescindíveis ao Legislativo independente que que-remos ser. (Palmas.) ,
Durante o discurso do Sr, Brabo de Carvalho. o Sr. Joel Ferreira,Suplente de Secretário deixa a cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Nelson Marchezan, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Está findo o tempo destinado ao Expediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.
Comparecem mais os Srs.:
José CamargoSimão ScssimJackson Barreto
Acre
Geraldo Fleming - PMDB; Nabor Júnior - PMDB; Nasser Almeida- PDS.
Amazonas
José Fernandes - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota PMDB.
Rondónia
Isaac Newton - PDS.
Pará
Brabo de Carvalho - PMDB: Jader Barbalho - PMDB; João Menezes- PMDB: Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS: Sebastião Andradc - PDS.
Maranhão
Edson Vidigal- PMDB; João Alberto - PDS; José Ribamar Machado- PDS; Luiz Rocha - PDS; Victor Trovão - PDS; Vieira da Silva - PDS.
Piauí
Carlos Augusto - PMDB; Correia Lima - PDS; Hugo Napoleão PDS; João Clímaco - PDS; Joel Ribeiro - PDS; Pinheiro Machado PMDB.
Ceará
Adauto Bezerra - PDS; Cesário Barreto - PDS; Claudino Sales PDS; Cláudio Philomeno - PDS; Flávio Marcílio - PDS; Gomes da Silva- PDS; Leorne Belém - PDS: Manoel Gonçalves - PDS; Mauro Sampaio- PDS; Ossian Araripe - PDS; Paulo Lustosa - PDS.
Rio Grande do Norte
Antônio Floréncio - PDS; Carlos Alberto - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Pedro Lucena- PMDB; Vingt Rosado - PDS; WanderleyMariz - PDS.
Paraíba
Adernar Pereira - PDS; Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes PDS; Antônio Mariz - PMDB; Arnaldo Lafayette - PMDB; Carneiro Arnaud - PMDB; Ernani Satyro - PDS; Marcondes Gadelha - PDS.
Pernambuco
Airon Rios - PDS; Augusto Lucena - PDS; Fernando CoelhoPMDB; Geraldo Guedes - PDS; João Carlos de Carli - PDS; JoaquimGuerra - PDS; Josê Carlos Vasconcelos - PMDB; José Mendonça Bezerra- PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza PDS; Roberto Freire - PMDB; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho- PMDB.
Alagoas
Antônio Ferreira - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; Mendonça Neto PMDB: Murillo Mendes - PMDB.
Sergipe
Francisco Rollemberg - PDS; Tertuliano Azevedo - PMDB.
Bahia
Afrísio Vieira Lima - PDS: Carlos Sant'Ana - PMDB; Fernando Magalhães - PDS; Henrique Brito - PDS; Hildérieo Oliveira - PMD,B; Ho-
2148 Sábado 17 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1')82
noralo Vianna - PDS; Horácio MaIos - PDS; Joao Durval- PDS; JorgeVianna - PMDB: José Amorim - PDS: José Penedo - PDS; Manoel Novacs - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB: Menandro Minahim - PDS;Odulfo Domingues - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano PMDB; Roquc Aras - PMDB; Stocsscl Dourado - PDS: Ubaldo Dantas- PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Gerson Camata - PMDB; Luiz Baptista - PMDB; Mário MoreiraPMDB; Max Mauro - PMDB; Theodorico Ferraço - PDS.
Rio de Janeiro
Alair Ferreira - PDS; Alcir Pimenta - PMDB: Alvaro Valle - PDS;Célio Borja- PDS; Darcílio Ayres - PDS; Edson Khair- PMDB; FclippePcnna - PMDB; Hydekel Freitas - PDS; Joel Vivas - PMDB; Jorge Cury- PTB; Jorge Gama - PMDB; Jorge 11.1 aura - PMDB; José Maria de Carvalho - PMDB; José Torres - PDS; Lázaro Carvalho - PMDB; Léo Simões - PDS; Lygia Lcssa Bastos - PDS; Mac Dowell Leite de Castro PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Miro Teixeira - PMDB; Modesto da Silveira - PMDB; Osmar Leitão - PDS; Oswaldo Lima - PMDB; Paulo Rattes - PMDB; Peixoto Filho - PMDB;Péricles Gonçalves - PTB; Rubem Dourado - PMDB; Rubem MedinaPDS; Saramago Pinheiro - PDS.
Minas Gerais
Aécio Cunha - PDS; Antônio Dias - PDS; Bias Fortes - PDS; CarlosCotta - PMDB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS;Darío Tavares - PMDB; Edgard Amorim - PMDB; Fucd Dib - PMDB;Hélio Garcia - PMDB; Hugo Rodrigues da Cunha - PDS; Humberto Souto - PDS; Jairo Magalhães - PDS; José Carlos Fagundes - PDS; José Machado - PDS: Juarez Batista - PMDB; Júnia Marise - PMDB: LeopoldoBessone - PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Navarro Vieira Filho - PDS;Paulino Cícero de Vasconcelos - PDS: Renato Azeredo - PMDB; RonanTito - PMDB; Sérgio Ferrara - PMDB; Sílvio Abreu Jr. - PMDB; Telêmaca Pompei - PDS; Vicente Guabiroba - PDS.
São Paulo
Alcides Franciscato - PDS; Antônio Morimoto - PDS; Anlônio Russo - PMDB; Antônio Zacharias - PDS; Athiê Coury - PDS; lBaldacci Filho - PTB; Benedito Marcílio - PT; Caio Pompcu - PMDB; Cardoso Alves - PMDB; Cardoso de Almeida - PDS; Carlos Nelson - PMDB; DiogoN omura - PDS; Erasmo Dias - PDS; Flávio Chaves - PMDB; FranciscoLeão - PDS; Francisco Rossi - PDS; Gióia Júnior - PDS; Henrique Turner - PDS; Herbert Levy - PDS; Horácio Ortiz - PMDB; Jayro Maltoni- PDS; João Arruda - PDS; Jorge Paulo - PDS; José de Castro Coimbra- PDS; Maluly Netto - PDS; Mário Hato - PMDB; Octacílio Almeida-PMDB; Pacheco Chaves - PMDB; Pedro Carolo - PDS; Ralph BiasiPMDB; Robcrto Carvalho - PDS; Ruy Silva - PDS: Salvador Julianelli PDS; Samir Achôa - PMDB; Santilli Sobrinho- PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB: Valter Garcia - PMDB.
Goiás
Anisio de Souza - PDS; Brasilio Caiado - PDS; Francisco Castro PMDB; Genésio de Barros - PMDB; Guido Aranles - PDS; Hélio LevyPDS; lram Saraiva - PMDB; José Freire - PMDB; Paulo Borges PMDB.
Mato Grosso
Afro Stefanini - PDS; Bento Lobo - PMDB; Gilson de Barros PMDB; Júlio Campos - PDS; Milton Figueiredo - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Antônio Carlos de Oliveira - PT; Leite Schimidt - PMDB; Levy Dias- PDS; Waller de Castro - PDS.
Paraná
Adolpho Franco - PDS; Adriano Valente - PDS: Álvaro Dias PMDB; Antônio Annibelli - PMDB; Antônio Ueno - PDS; Borges da Silveira - PMDB; Braga Ramos - PDS; Ernesto Dall'Oglio - PMDB; Euclides Scalco - PMDB; Heitor Alencar Furtado - PMDB; Hermes MacedoPDS; Igo Losso - PDS; Lúcio Cioni - PMDB; Mário Stamm - PMDB;Olivir Gabardo - PMDB; Osvaldo Macedo - PMDB: Paulo Pimentel PTB; Pedro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes - PDS; Roberto Galvani - PDS; Waldmir Belinati - PDS.
Santa Catarina
Esperidão Amin - PDS; Evaldo Amaral - PDS; Francisco Libardoni- PMDB; Juarcz Furtado - PMDB; Luiz Cechinel - PT; Nereu Guidi -
PDS: Pedro Ivo - PMDB; Victor Fohtana - PDS; Walmor de Luca PMDB.
Rio Grande do Sul
Alexandre Machado - PDS; Aluízio Paraguassu - PDT; Cardoso Fregapani - PMDB; Cláudio Strassburgcr - PDS; Darcy Pozza - PDS; EloyLenzi - PDT; Fernando Gonçalves - PDS; Harry Sauer - PMDB; HugoMardini - PDS; Jairo Brum - PMDB; Júlio Costamilan - PMDB; Lidovino Fanton - PDT; Magnus Guimarães - PDT; Pedro Germano - PDS;Telmo Kirst - PDS; Túlio Barcellos - PDS; Waldir Walter - PMDB.
Amapá
Paulo Guerra - PDS.
VI - ORDEM DO DIA
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchczan) - A lista de presença acusao comparecimenlo de 226 Srs. Deputados.
Os Senhores Deputados quc tenham proposições a apresentar poderãofazê-lo.
.I0EL FERREIRA - Projeto de lei que dispõe sobre a inviolabilidadedos vereadores.
BORGES DA SILVEIRA - Projelo de lei complementar que altera aLei Complementar n" 11, determinando novo valor e novo critério para aconcessão de aposentadoria ao trabalhador rural.
Projeto de Lei que dispiJe sobre a contagem em dobro de férias não gozadas pelo funcionário público.
Projeto de lei que dispõe sobre a conversão de férias em abono pecuniário para o funcionário público.
Projeto de lei que dispõe sobre remarcação de preços, e determina outrasprovidências.
Projeto de lei que revoga a Lei n~ 6.950, de 4 de novembro de 1981.Projeto de lei qut: dispiJe sobre o pagamento de juros e correção monc
tária nas dívidas pagas com atraso pelas empresas cstatais.Projeto dc lei que dltera disposilivos da Lei n~ 5.890 relativos ao cálculo
para concessão de benefícios previdencilirios.
ALFREDO MARQUES - Projeto de lei que institui incentivo fiscal aoturismo no ]\;ordesle.
RUY CÔDO - Projewde lei que dispõe sobre a merenda escolar, e dáoutras providências.
JOSÉ FREJAT - Projt:to de lei que altera a redação da Lei n" 5.988, dc14 de dezemhro de 197J. que regula os direitos autorais, e dá outras providências.
MAURICIO FRUET - Projeto de lei que institui a cobrança do pcrcenlual que especifica. sobre as dcspesas realizadas cm reslaurantes e similares, a fim de ser distribuido entre os empregados.
ANTONIO ZACHARlAS - Projeto de lei que inclui o sogro e a sogra,sem arrimo de filho ou filha, como depcndente do segurado da PrevidênciaSocial e do funcionlirio público civil da União e dos Territórios, nos casosque especifica.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Vai-se passar li votação damatéria que cstá sobrt: a Mesa e a constante da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINALREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nl 1.781-B, DE 1979
Altera dispositivo da Lei nº 5.772, de 21 de dezembro de 1971,que instituiu o Código da Propriedade Industrial, estabelecendo acompetência da Justiça do Trabalho nos casos que especifica.
O Congresso Nacional decreta:Art. I" O art. 42 da Lei nº 5.772, de 21 de dezembro de 1971, fica acres
cido do seguinte parágrafo:
"Art. 42. . .
§ 4" A Justiça do Trabalho é competente para julgardissídios instaurados com base no caput deste artigo ou emqualquer disposição legal que envolva a participação doempregado em lucros obtidos pelo empregador com a exploração de invento do primeiro, realizado durante a vigência do conlrato de trabalho."
Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção Ií Sábado 17 2149
Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 15 de abril de 1982. - Epitácio Cafeteira, Presi
dente - Murillo Mendes, Relator - Prisco Viana - C1audino Sales.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que a aprovamqueiram permanecer como estão (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Há sobre a mesa e vousubmeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINALREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N9 5.437-B, DE 1981
Dispõe sobre o número dos Deputados Federais e Estaduais candidatos à reeleição, introduzindo modificações no Código Eleitoral.
O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 100 da Lei n9 4.737, de 15 de julho de 1965, instituidora
do Código Eleitoral, passa a vigorar com o § 59 conforme reescrito, e acrescido do parúgrafo que se lhe segue:
"Art. 100.
§ 59 Após o sorteio efetuado nos termos deste artigo, os Partidos conservarão, sem pre que possível, as mesmas séries.
§ 69 Os Deputados Federais e Estaduais c os Vereadores, inclusive os suplentes que durante a legislatura tenham exercido omandato em qualquer época, são candidatos natos à reeleição e témassegurado o direito de concorrer com o mesmo número da eleiçãoanterior, salvo opção em contrário."
Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação, 14 de abril de 1982. - Epitácio Cafeteira, Presi
dente - Airon Rios, Relator - Prisco Vianna - C1audino Sales.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Os Srs. que a aprovamquciram permanecer como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.
'0 SR.. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Não havendo, na pautada Ordem d'õ Dia, matéria em tramitação especial, concedo a palavra ao Sr.Gilson de Barros, na qualidade de Líder do Partido do Movimento Democrá·tico Brasilei~o.
O SR. GiLSON DE BARROS (PMDB - MT. Como Líder. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Dcputados, já dissemos desta tribuna, maisde uma vez, que Mato Grosso é o lugar onde o filho apanha e sofre e a mãenão vê nem escuta.
Dentro mesmo da nossa bancada, a do PMDB, temos comentado esteproblema. Quando acontece uma greve de metalúrgicos no Estado de SãoPaulo, por exemplo, inobstante o fato de ninguém ter sido assassinado, presonem torturado, esse assunto ocupa as atenções da bancada e desta Casa durante meses seguidos. Quando acontece uma greve de professores em BeloHorizonte, durantc um mês inteiro fala-se sobre o fato. Quando aconteceuma greve de cortadores de cana em Pernambuco, o mesmo fenômcno ocorre: o assunto ganha as páginas nacionais, a imprensa o divulga e o alardeia, eo Congrcsso Nacional exaustivamente o analisa.
Não queremos menosprezar esses acontecimentos. Absolutamente. Cadaum deles tem sua importância no tempo e no espaço em que ocorreram. Oque sempre sentimos, porém, é que os fatos realmente escabrosos que acontecem no Oeste, no Centro e no Norte deste País nem sempre vêm merecendo aatenção devida por parte da Câmara dos Deputados, não vêm obtendo eco.
Sr. Presidente, talvez, esse fato se deva à nossa incompetência, à nossa li·mitação e à incompetência e às limitações dos Deputados representantes deGoiás, do Mato Grosso, de Rondônia, do Acre, do Amazonas, de Roraima edo Amapá; incompetência dos Deputados do PMDB, e de outros partidos daOposição. Porquanto os Deputados do partido do Governo, evidentemente,nada podem fazer, porque a eles não é dado o direito de defender o povo e fazer denúncias.
Hoje ocupamos a tribuna para tecer comentários sobre um telegramaque o nobre senador de Mato Grosso, Vicente Vuolo enviou ao general deplantão que, sem votos, desgoverna o Brasil. O Senador mato-grossense lamentava o acerto, o conchavo que seu partido, o PDS, recentemente fizeraem Cuiabá, acerto esse que terminou com a indicação do Deputado JúlioCampos como candidato do partido oficial ao Governo de Mato Grosso e
com as candidaturas de ex-Reitor da Universidade Federal de Cuiabá,Gabriel Novis Neves, do Embaixador Roberto Campos e do próprio signatário como candidatos ao Senado.
Protesta o Senador mato-grossense com relação ao esquema montadopara essas candidaturas, num critério que ele mesmo denuncia como ilegal,tendencioso, parcial e que levará o seu partido, o PDS, à derrota.
Neste particular. aliás, S. Ex~ não está errado porquanto a derrota doPDS, não só em Mato Grosso como em todo o Brasil, é um fenômeno do futuro que não precisa requerer os ofícios de nenhum profeta, de nenhum astrólogo para identificá-lo. Mas S. Ex', através de telegrama enviado ao general de plantão, que, sem votos, desgoverna a República, denuncia outras coisas que vêm acontecendo e que caracterizam evidentemente corrupção eleitoral. No meu Estado não é nenhuma novidade falar-se em corrupção, porquanto Mato Grosso é governado, ou melhor, desgovernado pelo irmão gêmeo do prcfeito de Cubatão, aquele cidadão que, hoje, se não é procuradopela polícia, é porque ainda vivemos sob a égide daquela revolução feita paraproteger a corrupção, perseguir subversivos e inocentes.
Mas o irmão gêmeo do prefeito de Cubatão, que desgoverna Mato Grosso, é o homem que eriou um sistema sui ·generis para o recrutamento de servidores para o serviço público estadual. A primeira condição não é competência, inteligência nem preparo. A primeira condição para alguém ser funcionário público é filiar-se ao PDS, ou seja, consagrou-se a subserviência, o despudor como condição fundamental para que alguém seja funcionário públicoem meu Estado. E quem lhes diz isso é um homem que foi delegado de Fazenda em Mato Grosso. que ocupou o cargo de Secretário-substituto da Fazendae por cujas mãos passaram 122 demissões a bem do serviço público, de funcionários do fisco ou assemelhados, ladrões dos cofres públicos estaduais. Escrevemos até um manual, um livro sobre este assunto.
De sorte que a nós sobejam condições morais para denunciar esses fatos.Os 18 aviões que integram aquilo que, com muito orgulho, chamávamos aForça Aérea Fazendária de Mato Grosso, hoje são empregados contra o povo. Antes, os aviões, as viaturas do Estado eram empregados a favor do povo,cobrando impostos. Hoje, são empregados contra o povo, ou seja, para a formação do PDS. Gasolina e combustível, todos os tipos de viaturas, de materiais, de recursos, inclusive recursos humanos, são empregados, descaradamente, para a formação de um partido político do Governo. Recentemente, odesgovernador Frederico Campos destinou um andar inteiro de um prédio daSecretaria de Agricultura do Estado, para que ali fossem instalados os escritórios de propaganda eleitoral do conhecido também lá pelas bandas de Londres e dc Washington como Mister Roberto Campos. Para estes escritórios,instalados num prédio construído com o dinheiro do povo màto-grossense,foram designados vários funcionários da CODEMATE, um órgão de economia mista. que hoje são encarregados da assessoria de S. Ex', o Embaixador.Para que fique bem claro, o Embaixador Roberto Campos é aquele que, lamentavelmente, há alguns meses meteu-se numa confusão não muito honrosapara o nosso povo, lá na paulicéia, quando foi agredido por uma mulher e umtravesti, ao ir a casa dessa mulher para acertar despesas de uma farrinha.
O Sr. Joacil Pereira - Permite-me V. Ex~ um aparte?
O SR. GILSON DE BARROS - Com muito prazer ouço o Líder deplantão do PDS.
O Sr. Joaci! Pereira - Nobre Deputado, é realmente melancólico ouvirV. Ex., neste plenário vazio, discorrer sobre querelas do Mato Grosso, seuEstado, e além do mais...
O SR. GILSON DE BARROS - Querelas dentro do PDS.O Sr. Joacil Pereira - ... de políticas de campanário que não deveriam
ser trazidas ao ambiente altíssimo desta Câmara, notadamente numa linguagem que considero licenciosa, sobretudo quando se refere ao eminentíssimoPresidente João Baptista de Figueiredo, tachando-o com desprezo de "O General de plantão desta ditadura militar brasileira". Ê uma ditadura singular,uma ditadura que permite a um Deputado de Oposição, como V. Ex~, usardesta linguagem exageradamente injuriosa e difamatória e até descambarpara episódios que não interessam analisar aqui...
O SR. GILSON DE BARROS - Mas que V. Ex' não nega.
O Sr. Joacil Pereira - ... de um Embaixador brasileiro. Poderíamos responder dizendo que também V. Ex' tem episódios que poderiam ser considerados desprimorosos. Mas não devemos trazê-los à baila nas discussões deplenário.
O SR. GILSON DE BARROS - Mas V. Ex~ deve citá-los.
O Sr. Joacil Pereira - E V. Ex' há de convir que esta Casa, e fez muitobem, inclusive com o meu voto, não deu licença para V. Ex~ ser processadopor um dos episódios. Não devemos, por isso, condenar, amaldiçoar ou mal-
2150 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào I) Abril de 1982
sinar a vida pública e parlamentar de V. Ex' Não sabemos detalhes desse episódio, que a imprensa sucintamcnte noticiou. O Embaixador Roberto Campos é um eminente brasilciro, ex-Ministro dc Estado, com relevantes serviçosprestados à Nação, e não haveria de ser julgado por uma mera acusação de V.Ex', trazendo a este plenário aquilo que não deve constar dos nossos Anais.
O SR. GILSON DE BARROS - Inicialmente, não é correta essa qualificação de horrivel e desprimorosa usada por V. Ex~ com relação a um incidente ocorrido conosco aqui neste plenário.
O Sr. Joacil Pereira - Não me refiro ao episódio verificado neste plenário, mas ao incidente ocorrido com V. Ex~ lá fora, que não devemos trazerà discussão para, através dele e por ele, condenar a vida pública de V. Ex'
O SR. GILSON DE BARROS - Se V. Ex' não citar o episódio, ficarásempre uma dúvida no ar, podendo ser confundido, por exemplo, com o queo Sr. Roberto Campos produziu, protagonizou, que foi, realmente, um espetáculo escandaloso. O meu, não. O quc ocorreu comigo foi uma coisa que todos sabem. apenas não são todos que têm coragem de dizer. Não me arrependo, nobre Deputado, absolutamente, de nenhuma atitude tomada por mimcomo Deputado Federal ou como pai de família. Repetirei qualquer uma delas quantas vezes necessário for. Mas quero deixar bem claro a V. Ex' quenunca lhe agradeci pelo voto que deu para a recusa de o Supremo TribunalFcderal mc processar. porquanto nunca lhe pcdi cssc voto, ncm a V. Ex' nema nenhum Deputado da sua bancada, nem da minha. Jamais pedi voto, piedade ou misericórdia, com relação àquele entrevero do qual participei aqui mesmo neste plenário e com relação ao incidente doméstico, miúdo e particular,dcpois de mcu filho ser espancado por um agente de segurança pago pela Cámara dos Deputados. Aliás, sobre esse último episódio a Câmara não tomounenhuma providência. A Presidência da Câmara dos Deputados, puniu o Deputado Gilson de Barros, mas nada fez para punir um homem pago para darsegurança ao Deputado e il sua família, e que confessou ter espancado o filhodo Deputado. Quer dizer que é muito mais vantajoso, neste particular, ser umvigilante. um guarda de segurança, do que ser um Deputado Federal brasileiro. O vigilante teve o sindicato para defendê-lo, teve a imprensa sensacionalista para comentar e alardear o fato. E contra o Deputado instaurou-se umprocesso de sindicância por um cidadão absolutamente incompetente. que tomou vários depoimcntos de acusação c, cm apenas 20 dias, concluiu esta sindicância cheia de vícios, na qual tomaram parte outros dois Deputados.
Um mebro da Mcsa, no exercício da Presidência, cujo nome me envergonho de citar para não ofender os mineiros, chcgou ao ponto de mc telefonarvárias vezes para acertos e conchavos com relação à punição. Mas que punição? Punição de quê'?
Discordo apcnas quc V. Ex' coloquc quc um caso ocorrido comigo éhorrível, desprimoroso para a instituição, porque duvido que prestigie e defenda a instituição parlamentar mais que nós. Tanto quc não concordamoscom a subserviéncia parlamentar.
Então, pcdiria a V. Ex' que enccrrássemos este assunto, que não comporta discussões. Mas não poderia dcixar de ressaltar que não pedi o voto dcV. Ex' nem que qualquer outro colega para que impedisse o Supremo Tribu- .nal Federal de mc processar.
O Sr..Joaeil Pereira - Não cobrei gratidão de V. Ex' Não pedi a V. Ex'agradecimentos. Referi-me ao caso dizendo assim: inclusive com o meu votofoi dencgada liccnça para processar V. Ex....
O SR. GILSON DE BARROS - Mas só porque V, Ex! me iuhm culpa-do.
O Sr. Joaeil Pereira - E sempre neguei para todos os colegas. E pensoque jamais me afastarei dcsta orientação em casos futuros. De sorte quc,quanto à cobrança de gratidão, de agradccimento, não a fiz a V. Ex~ Além domais quero dizer a V. Ex', para que, de uma vez por todas, fique encerradoeste episódio: bastou referir-se ao que aconteceu lá fora com V. Ex! c tambémaqui dentro para que V. Ex' ficasse indignado.
O SR. GILSON DE .BARROS - Realmente.
O SR. JOACIL PEREIRA - Então, é uma razão a mais para que V.Ex. contenha a sua linguagem e respeite um ilustre brasileiro ausente que nãose pode defender.
O SR. GILSON DE BARROS - Mas há tantos para defendê-lo. V. Ex'está na sua defesa.
O Sr. Joaeil Pereira - V. Ex', quc é um homem de coragem - eu acredito realmcnte que V. Ex. o seja - não pode incidir na covardia de acusar umau'sente envolvido num episódio pessoal.
O SR. GILSON DE BARROS - Mas qual ausente'!
O Sr. Joacil Pereira - O Embaixador Roberto Campos.
O SR, GILSON DE BARROS - Mas o que faz V, Ex' a não serdefendê-lo?
O Sr, Joaeil Pereira - Nós não sabemos, em verdade, o que aconteceucom elc. Pediria a V. Ex' que discutisse os problemas do seu Estado, que é umdireito que lhe assiste, mas quc usassc dc uma linguagem condizentc para comas autoridades e, sobretudo, para com o Presidente da República e tambémnão trouxesse li consideração desta Casa, neste momento - e em momentoalgum - episódios que ocorreram lá fora, sobre os quais não temos elementos para apreciar, sobretudo os relativos às pessoas ausentes.
O SR. GILSON DE BARROS - Eu teria todo o respeito, toda a consideração e até todo o amor ao Presidente da República se S. Ex' tivesse também amor, respeito e considcração para com o povo brasileiro.
Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.
O Sr. Brabo de Carvalho - Dcputado Gilson de Barros, o ilustre Líderdo PDS inteligentemente está desviando V. Ex! do assunto inicial.
O Sr. Gilson de Barros - Sem dúvida alguma.
O Sr. Brabo de Carvalho - V. Ex' estava denunciando nesta Casa a corrupção em Mato Grosso, tal como acabei de denunciar a corrupção na Previdência Social, cnfim, a corrupção cm todo o Brasil. Esta palavra "corrupção"já está tão comum que já não mais causa espécie. O povo lê o termo corrupção nos jornais todos os dias. É notícia diária que estâ nas ruas. Mas S.Ex' não aceita que, na Casa do povo - porquc isto aqui é um lugar público- se faça crítica ao Governo, porque está elc ausente. Veja bem V. Ex~: ê opróprio Líder do PDS que diz que o governo está ausente. Se ele está ausentedaqui, cstá ausente do Brasil, porque isto aqui é a Casa do povo brasileiro.
O Sr. Joacil Pereira - V. Ex! estll confundindo alhos com bugalhos.
O Sr. Brabo de Carvalho - É a própria Liderança do PDS que, com essaafirmação. faz crítica ao Governo.
O Sr, Joaeil Pereira - Hoje ê sexta-fcira.
O Sr. Braho de Carvalhn - Hoje é sexta-feira e está ele ausente. Mas eletambém cstá ausente ils scgundas, às terças, às quartas, às quintas c às sextasfeiras: nos dias àc repouso também, porquc a administração, por si, está ausente dos problemas nacionais. O Presidente não vé nada, porque está cercado daquclcs que têm interesse em que ele nada veja. Poderia até admitir asboas intcnçõcs do Presidcnte. Podemos até aceitar isso, mas, infelizmcnte, eleestá cercado de pessoas interessadas em desviar o Brasil dos scus rumos, porque, sinceramente, ê só assim que eles podem permitir que se faça o saque quesalta aos nossos olhos: as mu!tinacionais, a cada dia e a cada instantc. se tornam as donas de fato e de direito do Território brasilciro. Ninguém pode contestar esta realidade, porque as nossas terras, na sua maioria, estão nas suasmãos. é só mandar fazer um levantamento. Esses que cercam o Governo talvez. coloque o Governo auscnte, como acabou dc confessar o Lídcr do PDS.Estando o Governo ausente do Congresso, está ausente do próprio Palácio,porque ele nilo houve o congresso e só ouve aqueles que freqüentam os gabinetes: onde só as boas notícias lhe são Icvadas. As outras, relacionadas aosgrandes problemas nacionais, a misêria, a fome, o crime que a cada dia aumenta em proporções galopantcs, essas não chegam. Mas, D.cputado, prossiga na sua denúncia que faz, baseada num telcgrama de um Senador do PDS.V. Ex' não está falando pela sua própria palavra, mas transmite aquilo que opróprio Scnador do PDS denunciou: a corrupção que existe em Mato Grossoé a mesma que existe cm todo o Brasil.
O SR. GILSON DE BARROS - Agradeço a V. Ex', Deputado Brabode Carvalho. Veja bem V. Ex! que o nobre Líder de plantão na bancada doPt>S se assusta quando V. Ex! emprcga adjctivo qualificativo. Não sei porquê. Talvez S. Ex' gostaria de que esta palavra também fosse censurada pelaMesa, porque aqui tcm mais censura do que no Ministério da Justiça. Peloamor de Deus, o adjetivo qualificativo é até histórico, Tem servido para relacionar indivíduos diversos que se prestavam a determinadas coisas, ao longoda história no mundo inteiro. A humanidade universal tem empregado estapalavra para designar todos aqueles que vêm assaltando bancos. navios etambém cofres públicos. De sorte que o adjetivo qualificativo empregado porV. Ex' é absolutamente escorreÍto. Mas o Líder do PDS estremece, porqueeste pessoal tem a mania da delicadcza.
O Sr. Joacil Pereira - Quero louvar o entusiasmo desse cristão novoque estava ao lado dcstc Govcrno", até bem pouco tempo, c saiu por interessepessoal, contrariado no seu Estado por política de aldeia e campanário.
O SR. GILSON DE BARROS - Deputado, não é feio alguém se arrepender dc seus pccados. Feio é insistir no erro, como V. Ex' que permancceno PDS. Nada posso fazer por V. Ex' V. Ex' tem que sair por si mesmo, assim
·Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào 11 Sábado 17 2151
como o Deputado Brabo de Carvalho fez. V. Ex' está zangado porque permanece no PDS. O Deputado Brabo de Carvalho se arrependeu e hoje é representante do povo. V. Ex' pode fazer o mesmo, ao invés de ficar nervoso, porque isto não vai levar a coisa alguma e de nada adianta. Não tenho culpa deque V. Ex' continue no PDS. Faça como o Deputado Brabo de Carvalho.
O Sr. Joacil Pereira - Estou muito satisfeito no PDS.
O SR. GILSON DE BARROS - Sr. Presidente, após esta tentativa dedesvio da atenção e de intenção do nobre Líder do PDS, continuamos dizendo a V. Ex' que há hoje uma auditoria para investigar irregularidades cometidas na Casa Civil do Governo de Mato Grosso, as quais se exprimem pelosgastos irregulares em passagens aéreas, mordomias, hospedagens, de mais de30 milhões de cruzeiros. Existem uns sessenta automóveis do GovernadorMaluf, essa jóia rara produzida pelo Estado de São Paulo, quc tcm assustadoo País. Existem os funcionários à disposição de candidatos a Deputado Federal, a Prefeito e a Governador de Mato Grosso pagos com dinheiro do povo.Existe o caso do suplente de Senador "biónico", o Sr. Valdon Varjão, queagora foi para o PDS, cuja história vou contar após ouvir o aparte da grandepernambucana Cristina Tavares.
A Sr' Cristina Tavares - Deputado Gilson de Barros, o nobre Líder doPDS, Deputado Joaci! Pereira, está espantado com muitas coisas. S. Ex' fazuma referência injusta ao nobre Deputado Brabo de Carvalho, porque sabe- e sabe-o porque tem conhecimento de causa - que, quando alguém sai doPDS, abandona as benesses, os favores, os empréstimos oficiais para entrarnum partido de Oposição, está fazendo um sacrifício, e porque crê que o partido de Oposição levará este País à democracia. Mas quando eu disse que oDeputado Joacil Pereira conhece, porque participou de gestões nesse sentido,é porque S. Ex' sabe das gestões que levaram do PMDB para o PDS o Deputado Marcondes Gadelha. Sabe o Deputado Joacil Pereira o quanto custouaos cofres da Nação esse transplante, e sabe o povo da Paraíba, porque emCampina Grande a população daquela cidade deu ao nobre Deputado Marcondes Gadelha a definição que ele merece. Chamou-o de traidor do povo.
O Sr. Joaci! Pereira - Permite-me V. Ex' um aparte?
O SR. GILSON DE BARROS - Primeiro, quero responder à nobreDeputada Cristina Tavares.
O SR. PRESIDENTE (Nélson Marchezan) - O tempo de V. Ex' está esgotado.
O SR, GILSON DE BARROS - Agradeço-lhe, Deputada Cristina Tavares, a colocação feita. É desnecessário que nos alonguemos mais em considerações desse tipo, porquanto todo mundo sabe que ninguém vai para oPDS a troco de nada. Eu li a história de Diógenes, aquele que andava comuma lanterna pelas ruas procurando um homem honesto. Eu hoje estou procurando alguém que foi para o PDS por honestidade, por idealismo, a não seras exceções, os fascistas, os nazistas, os antipovo - esses estão muito bemacomodados lá -, e algum inocente útil. Tenho no seio da minha família. porexemplo, um inocente útil.
O Sr. Joaci! Pereira - Ou desonesto.
O SR. GILSON DE BARROS - É possível. Mas dizer que exista alguém que vai para o PDS porque quer, ~ abs?lutamente i~possível. Dizertambém que alguém vai entrar para as trmchelras da Oposlçao, do PMDB,porque recebeu dinheiro, é uma vulgaridade excessivamente grande, um absurdo gigantesco.
Sr. Presidente, esgotou-se o meu tempo.Peço a Deus que acabe com a corrupção no meu Estado e no ~aís, para
que não tenhamos de ocupar a tribuna tantas vezes a fim de denuncIar tantos
crimes.Agradeço a atenção de todos. (Muito bem. Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Nelson Marchezan) - Concedo a palavra ao Sr.Joacil Percira, na qualidade de Líder do Partido Democrático Social.
O SR. .JOACIL PEREIRA (PDS - PB. Como Líder. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando tudo indicava que estasessão, de pouco comparecimento, poderia ser tranqüila, de repente se agitapelo delírio difamatório de um nobre Deputado, que tacha o regime de ditadura militar; o Presidente da República - eleito legal e constitucionalmentepor um colégio e1eitoral- de General de plantão; insulta um embaixador doPaís que. não sendo Deputado, portanto sem direito de defesa, nem estandono Brasil, não pode tomar conhecimento dessa algaravia pronunciada da tribuna desta Casa contra ele, e vai por aí a fora de destempero em destempero,a ponto de dizer - pasmem todos - que se integrando ao PDS, filiando-seao PDS, basta isso para a pessoa ser considerada desonesta, ou inocente útil,ou fascista, ou nazista. Esse procedimento é, pela sua intolerância, totalitário,vergonhoso e triste. Essa não é a conduta de um Parlamentar; essa conduta
não tem nenhuma nobreza, Sr. Presidente; é o crê ou morre da Inquisição. Seé do PDS ou é desonesto, inocente útil, nazista ou fascista. Comunista sópode ser agasalhado no PMDB, e patriota também, o que é um contra-senso.Juntar comunista com patriota só pode ser no PMDB. Homens sérios, honrados, que cultuam as virtudes cívicas e morais, só estão no PMDB. Isso é umapobreza que causa espécie, é uma indigência mental que revolta, e contra issome levanto não apenas na qualidade de Líder do meu partido, em exercícioou de plantão, não apenas como Deputado com assento nesta Casa, mal'como cidadão e como homem. Se esse Deputado, que faz esse divisor radicale estreito de águas na política do País, tiver, porventura, dignidade, tantoquanto eu - sou do PDS por convicção, porque acredito no Presidente JoãoBaptista Figueiredo, no programa do meu partido, acredito na sua obstinação de fazer deste País uma democracia. Esse homem, de mãos estendidas,só tem recebido insultos, porque também S. Ex' foi insultado nesta hora enesta Casa, assim como todos nós, do PDS, que ou somos desonestos, inocentes úteis, nazistas ou fascistas - aceitará o meu desafio para mostrar umaatitude nazista de minha parte. Ao contrário, dei o meu nome voluntariamente para combater o nazismo e o fascismo na Europa, na Segunda GuerraMundial. E onde estava - penso que na época nem era gente, no sentido deser homem adulto - o Deputado Gilson de Barros? Talvez fosse até criança.Quais são os títulos que S. Ex' pode apresentar, de maior patriotismo do queeu, por exemplo? Amo a minha Pátria, quase tanto quanto amo a minhafamília. Por que esse radicalismo estreito? Isso significa despreparo mental,moral, intelectual e espiritual para exercer um múnus público.
O Sr. Gilson de Barros - Moral não, Deputado.
O SR. JOACIL PEREIRA - Sim Excelência porque quem acusa os outros de indignidade, de desonestidade é porque certamente não tem as condições morais de relacionamento, de convivência nesta Casa. Se V. Ex! nosacusa de indignos. de desonestos, nós podemos devolver essa 'acusação, porque a retorsão é um direito sagrado, e não o considero em condições intelectuais ...
O Sr. Gilson de Barros - Eu pediria a V. Ex' para retirar essa expressão"incapacidade moral", porque V. Ex. está-me provocando e assim vai achar.
O SR. .JOACIL PEREIRA - Não, Excelência, estou repelindo as ofensas de V. Ex', useiro e vezeiro, aqui, em agredir.
O Sr. Gilson de Barros - Quero dizer a V. Ex' que se V. Ex! procurar,vai achar. Hora nenhuma usei a expressão "incapacidade moral" para comV. Ex.
O SR. ,JOACIL PEREIRA - Estou dizendo o que V. Ex' disse aqui,que todos nós somos desonestos.
O Sr. Gilson de Barros - Não procure. porque V. Ex' acha.
O SR. JOACIL PEREIRA - Não dei o aparte a V. Ex., que é um intruso no meu discurso.
O Sr. Gilson de Barros - Eu não disse isso. Não procure, pois V. Ex'acha.
O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Os apartes só são permitidoscom a autorização do orador.
O SR. .JOACIL.PEREIRA - Não temerei arreganhos de quem querque seja. Em defesa da minha dignidade pessoal, ofendida por um Deputadoou por outra pessoa qualquer, responderei que sou tão honesto quanto quemnos acusa, a todos, de desonestos, de inocentes úteis, de nazistas ou de fascistas. Não tenho sequer porte de nazista, nem ando cometendo violência por aí.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Brabo de Carvalho.
O Sr. Brabo de Carvalho - Nobre Deputado Joaci! Pereira, permita-medizer que não ouvi, em nenhum momento, o Deputado Gilson de Barrosacusá-lo de desonesto. S. Ex. disse que aqueles que saem da Oposição para ingressar no PDS o fazem por interesse. Exibi nesta tribuna provas - não sãoapenas palavras - dessa desonestidade.
O SR. JOAOL PEREIRA - De quem?
O Sr. Brabo de Carvalho - O Prefeito de Conceição do Araguaia, mesmo, publicou nota oficial dizendo por que tinha ingressado no PDS. Tenhodocumento de um Vereador que, arrependido, devolveu um cheque de duzentos mil cruzeiros ao Presidente do PDS do Pará, que era o valor pelo qual iriavender-se. No Pará é público e notório que Deputados Estaduais passarampara o PDS à custa de quinze, vinte ou trinta milhõe~ de cruzeiros. Isto é desonestidade daquele que aceitou e daquele que ofereçeu. E denunciei o fatopublicamente.
O SR. .JOACIL PEREIRA - Não conheço a política do Pará.
2152 Sábado 17 DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
o Sr. Brabo de Carvalho - Exibi essas provas numa sexta-feira, dia emque V. Ex~ ocupa a Liderança do PDS nesta Casa. Se quiser, trarei essas provas, pois elas se encontram no meu gabinete. Foi isto o que disse o DeputadoGilson de Barros: aqueles que estão saindo do PMDB para ingressar no PDSo estào fazendo por desonestidade.
O SR. .JOACIL PEREIRA - Não é verdade.
O Sr. Brabo de Carvalho - Foi o que disseram a Deputada Cristina Tavares e o Deputado Gilson de Barros.
O SR. JOACIL PEREIRA - Se V. Ex~ generaliza, incorre na mesma injustiça cometida pelos Deputados Gilson de Barros e Cristina Tavares.
O Sr. Brabo de Carvalho - O exemplo de um serve para presl!Jmir o dosoutros.
O SR. JOAC'lL PEREIRA - V. Ex~ fez denúncias contra alguém do Pará que praticou corrupçiio administrativa e contra outro que se sujeitou a sero agente passivo da corrupção - a estes cabe defenderem-se das acusações.Mas neste Parlamento defendo-me de acusações atrevidas de quem quer queseja. como defendo os meus companheiros.
O SR. PRESIDENTE (.Ioel Ferreira) - Nobres Deputados, V. Ex~s conhecem o Regimento. Espero que possamos continuar a sessão.
O Sr. Brabo de Carvalho - O Deputado Joaci! Pereira não me permitiuconcluir o aparte.
O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex~ já deu o aparte.
O Sr. Brabo de Carl'alhu - Então V. Ex~ me cassa a palavra?
O SR. JOACIL PEREIRA - Ouço V. Exª
O Sr. Brabo de Carvalho - Gostaria de dizer que o Deputado Gilson deBarros em nenhum momento fez referência pessoal a V. Ex~
O SR..JOACIL PEREIRA - Não pessoal, mas a todos do PDS.
O Sr. Brabo de Carvalho - S. Ex~ citou aqueles que saem do PMDB e ingressam no PDS. Posso citar exemplos.
O SR. JOACIL PEREIRA - Exemplos contra os quais protesto.
O Sr. Brabo de Carvalho - Poderei trazer as provas que estão no meugabinete e as mostrarei a V. Ex"
O Sr. JOACIL PEREIRA - Traga-as aqui.
O Sr. Brabo de Canalho - Não posso andar com as provas no bolso todos os dias.
O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex' é um leviano.
O Sr. Brabo de Carvalho - Não. Neste ponto, leviano é V. Ex". porque oque disse está nos Anais da Casa.
O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex! está dizendo que todos os que entram no PDS...
O Sr. Brabo de Carvalho - Não me referi a todos. Disse que se pode presumir.
O SR. .JOACIAL PEREIRA - V. Ex! tem que provar isso.
O Sr. Brabo de Carvalho - Pelo exemplo de um, dois ou três podepresumir-se o restante.
O SR. JOACIL PEREIRA - Restrinja-se V. Ex! ao Pará. sob pena decometer uma leviandade e ter de aceitar um desafio para comprovar acusaçãotão grave, de modo generico.
SI'. Presidente, quanto ao outro aspecto da sessão de hoje. que deslustroueste Parlamento, pela maneira como se vinham conduzindo certos discursos edebates. quero focalizar aquele ponto em que a Deputada Cristina Tavarespediu um aparte para, cometendo uma inverdade clamorosa, diz,;r que onobre Deputado Marcondes Gadelha. da representação da Paraíba. meu Estado. recebeu benesses dos Governos Federal e Estadual para ingressar noPDS. A Paraíba conhece o Deputado Marcondes Gadelha e o PMDB também deveria conhecé-lo muito bem, porque foi até há bem pouco ítempo \9vice-Líder desse partido. que demonstrou não possuir sensibilidade nem foicapaz de mostrar solidariedade a um companheiro daquela estirpe. que enfrentava situação dificílima no seu Estado. O PMDB não lhe deu nenhumaatenç:l0. permitiu que se entregasse a cabeça da chapa, na Paraíba, a um seudesafeto pessoal e de toda sua família. Não teria condições, sob pena de cometer um suicídio político, de continuar naqucle partido. Onde está. portanto. a razào do interesse pessoal subalterno'! Houve. sim. interesse da políticalocal e também nacional. porque o PMDB descaracterizou-se apõs a incorporação, perdeu sua condição de partido de oposição, crente no seu programa,na sua doutrina. Misturou-se com outro partido que tinha um programa dife-
rente. desnaturou-se, descaracterizou-se. Nào mais havia razão para que oDeputado Marcondes Gadelha ficasse naquele partido. S. Ex' recebeu a mãoestendida do Presidente João Figueiredo, que está. realmente, credenciado à
.admiração de todos os brasileiros.
A Sr'! Cristina Tavares - O Deputado Marcondes Gadelha, de quebra.recebeu uma estaçiio de rádio e financiamento para suas empresas.
O SR. JOACII~ PEREIRA - Esta é também uma acusação leviana,data venia. V. Ex' está sendo injusta com um homem de bem, que conheçodesde criança, o Deputado Marcondes Gadelha. Está cometendo um crimede calúnia. V. Ex! devia ser mais responsável ao fazer uma acusação destas aum homem digno e honrado como o Deputado Marcondes Gadelha. V. Ex'se abriga nas imunidades parlamentares e ataca um colega que foi seu Líderaté há pouco tempo - ausente sem poder defender-se - um homem que aParaíba toda conhece e admira. O Deputado Marcondes Gadelha não foiconsiderado traidor na Paraíba. Lá, está sendo aplaudido pelo povo e vai sereleito pelo nosso partido, Senador. a 15 de novembro.
A SI" Cristina Tavares - A reversão da imprensa é outra.
O SR. JOACIL PEREIRA - V. Ex~ há de ver: ele será um dos Senadore, mais moço da República a partir de 15 de novembro vindouro. (Palmas.)
Durante o discurso do SI'. Joacil Pereira. o SI'. Nelson Marchezan. Presidente. deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo SI'.loel Ferreira. Suplente de Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Concedo a palavra ao Sr. Tarcísio Delgado, na qualidade de Líder do Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro .
O SR. TARCfSIO DELGADO (PMDB - MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, aproveitamos esta oportunidade de estar na tribuna para tecer algumas considerações sobre dois pontos que parecem merecer a atenção desta Casa e de todos os responsáveis deste País nesta hora. O primeiro ponto que gostaríamos de comentar diz rcspeito à utilização dos meios modernos de comunicaçào na campanha eleitoral.Já tivemos no Brasil um período em que uma legislação bastante progressista- e veja bem o Líder do PDS como colocamos a questão - permitia o usogratuito do rádio e da televisão. Nós consideramos progressista. quanto aesse aspecto. uma legislação do período revolucionário: progressista no sentido das nossas instituiçôes políticas. Ela permitia aos partidos e aos candidatos a cargos eletivos o uso gratuito do rádio e da televisão na campanha eleitoral. Era, realmente. uma legislação que proeurava o uso do poder econômico na propaganda eleitoral: era uma legislação que procurava equiparar o poderoso economicamente àquele desprovido de recursos materiais durante oprocesso eleitoral. E. equiparando todos, a legislação permitia que umjovem.mesmo pobre. pudesse concorrer com um outro rico e até vencê-lo, se tivessemelhores idéias. se tivesse melhores propostas para o eleitorado.
Reconhecemos que ela foi um avanço das nossas instituições. Se a legislação era a melhor. se aqueles critérios eram mais corretos. poderíamos discutir. poderíamos aperfeiçoá-la, aumentando. diminuindo os horários etc. Masa permissão do uso pelos candidatos dos meios modernos de comunicação,principalmente do rádio e da televisão, em igualdade de condições, sem levarem conta o poder econômico de cada um. realmente foi uma das melhoresconquistas alcançadas pelas instituições políticas nacionais no que diz respeito à campanha eleitoral.
De um momento para outro, porém, o sistema, o regime, na época doGoverno Geisel, tendo como Ministro da Justiça o SI'. Armando Falcão, quedeu nome à lei. entendeu que ele, regime, que ele, sistema, por não ter o seupartido 111 uito a dizer e por estarem em grande desvantagem para com o partido da Oposição no debate livre e igual. pelos meios de comunicação, podiaimpor ao Brasil um retrocesso terrível neste campo, com a chamada Lei Falcão. que retirava o direito de todos participarem em igualdade de condições,independente da situaçào econômica, na campanha eleitoral através dessesmeios.
E ai tivemos a implantação dessa famigerada lei por todos os aspectosridícula - peço a atenção da Presidência desta Casa e do Líder do Governopara o fato de que poderemos usar palavras duras, mas não usaremos a incontinência verbal. como se costuma dizer aqui. Vamos. então. ratificar o termo - uma legislação ridícula, esdrúxula, canhestra, vergonhosa, que previa acolocação, durante a campanha. de retratinhos na televisão, por exemplo,para a propaganda eleitoral, para todos em igualdade de condições, evitandose a troca de idéias.
Neste Pab. pela televisão. pelo rádio. pelos meios modernos de comunicaçiío pode-se vender até fumaça: pode-sc fazer propaganda até de medicamentos prejudiciais à saúde, fabricados pelas multinacionais; pode-se fazer
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2153
propaganda de cigarros, de bebidas alcoólicas, aliás, as mais caras, as maisbelas - as de cigarros então, são incríveis, agradam demais a vista, pois sempre são usados artifícios ardis para fomentar a venda desses produtos, prejudiciais por todos os aspectos - mas não se pode usar esses veículos de comunicação para vender idéias, para levar idéias ao povo.
Uma liderança nova, uma liderança jovem que começa a surgir não pode, através deles, levar suas idéias adiante. sabemos que o Brasil se urbanizoumuito nos últimos 20 anos, deixando de ser um país com predominância depopulação rural para ser um pais com predominância de população urbana.Nos grandes centros, nas metrópoles não há como fazer, hoje, uma campanha, seja política, seja comercial, sem utilizar o rádio ou a televisão. Não hácomo substituir, por exemplo, a televisão. em termos de poder de comunicação. Então, pode-se vender cigarro, prejudicial à saúde, bebida alcoólica,todo tipo de medicamentos. Até aquele.s que dependem de receita médica, deobservação médica, são anunciados pela televisão, como se um anúncio pudesse substituir o médico c aqueles remédios pudessem ser ministrados aospacientes. Mas não se pode, a partir da Lei Falcão, discutir idéias, dar oportunidade às lideranças jovens.
Concederei o aparte em seguida, terminado meu raciocínio, ao meuLídcr. Estamos diante desta situação: às vezes ouvimos falar em revogação daLei Falcão e em mudanças nessa legislação; outras, em que nada será mudado. E estamos caminhando para mais uma campanha eleitoral. Estamos percebendo, a esta aitura, que o que está acontecendo é pior do que ocorria coma Lci Falcão. Com a abertura que estamos agora alcançando - abertura quereconhecemos da tribuna, abertura no sentido de maior liberdade de imprensa, de maior possibilidade de debates pelos canais de televisão e pelo rádio estamos observando, e estamos aqui, agora, para analisá-Ia; que a coisa seagrava ainda mais, fica muito pior do que quando havia a Lei Falcão seca, acensura, no que diz respeito às comunicações. O que está acontecendo agora- e este é o fulcro do nosso pronunciamento - é quc ouvimos todos os diasdizerem e a imprensa divulga reiteradamente, que os debates políticos a quetemos assistido pela televisão têm revogado, na prática, a Lei Falcão. Estamos aqui para contestar isso. É pior o que está acontecendo do que quandonão havia nada. O que vemos são debates promovidos por empresas jornalísticas com propaganda patrocinada. São debates para os quais, naturalmente- e as empresas jornalísticas não têm nada a ver com isso, não têm culpa nenhuma - serão levados à televisão, os grandes medalhões brasileiros aquelesquc nem dependem disso para expor suas idéias, pois estas já são conhecidashá 20, 30, 40 anos por este Brasil. Mas são aquelas figuras que dão IBOPE. Atelevisão não vai procurar um jovem que esteja saindo para uma liderança,para disputar uma cadeira de Deputado Estadual ou mesmo Deputado Fcderal, porque a empresa jornalística não tem essa obrigação, nem conhece essejovem. Entào, ficaremos com o debate com os grandes medalhões, os grandesvultos, repetindo idéias já conhecidas há 20 anos por todos os brasileiros.
E onde fica a função precípua da utilização, em igualdade de condições,dos meios de comunicação? Qual seria essa função? A de revelar liderançasnovas e de facilitar o seu surgimento já que delas somos tão carentes e tododia reclamamos aqui. Precisamos, neste Brasil, de novas lideranças políticas.E essas lideranças vão surgir como se elas não tivessem a menor chance?Quando a censura era total e ninguém ia para o rádio e a televisão, pelo menos havia igualdade de condições com as lideranças antigas, gastas, repetitivas. Hoje, os rcpetitivos usarão e venderão, dc qualquer maneira, as gastas ecarcomidas idéias, na época da campanha eleitoral, porque scrão chamados,muito certamentc, pelas empresas. E as lideranças jovens? Como faremos arenovação política deste País'? De que maneira, se não teremos a oportunidade de recrutá-Ias pelos meios modernos de comunicação?
E aí está a nossa crítica fundamental: precisamos tcr cuidado, porque, naprática, não estamos rcvogando em nada a Lei Falcão. Pelo contrário, agravamos a situação com os atuais debates e debates - desculpem-nos - com lideranças medalhões, alguns amorfos, insípidos e, apesar da TV em cores, incolores: debates a darem sono, porque travados por pessoas que realmentetém pouca coisa nova a trazer. São idéias muito conhecidas de todos, sem renovação nenhuma, sem nenhuma proposta. Por isso estamos aqui, para demonstrar a nossa preocupação com o problema da Lei Falcão, com o problema do uso dos modernos meios de comunicação, que são fundamentais paraa campanha eleitoral como para qualquer movimento social, hoje. E numacampanha eleitoral com essa desigualdade de condições, com programas patrocinados, aqueles que tém dinheiro - os empresários, os banqueiros facilmente terão os canais abertos para os debates, e os quc nada têm materialmente nenhuma chance terão. E como resultado teremos a possibilidade depropaganda para os que não têm idéias mas tém dinheiro e a completa impossibilidade para os que tem idéias mas não têm dinheiro.
Ouço o nobre Deputado Brabo de Carvalho.
O Sr. Brabo de Carvalho - Nobre Deputado Tarcísio Delgado, pessoalmente, quero congratular-me com V. Ex~, não só pelo assunto que abordadessa tribuna como pela forma inteligente, clara e explícita com que o analisa,mostrando esse novo aspecto que surge da Lei Falcão, que V. Ex9 tão bem definiu e provou que é mais prejudicial ainda. Veja bem V, Ex9 a incoerência, aincongruência. os absurdos que existem nesta Pátria. Antes, quero dizer quenão acredito na modificação da Lei Falcão. Ela vai ficar assim, porque é assim que o Governo a quer. Ele só quer que ocupem as tribunas esses medalhões, sejam da Situação,sejam da Oposição. Vamos ser claros: o Governonão quer lideranças novas, não quer suas novas idéias, seus novos debate's,porque as lideranças novas são mais corajosas. Elas têm uma participaçãomais ativa nos problemas da sociedade, do povo, e iriam denunciar essesproblemas, iriam ser claras, iriam mostrar esse quadro negro que atravessamos, as dificuldades que temos, todos csses atos de corrupção que são praticados no Brasil. As lideranças velhas - ou os medalhões, como diz V. Ex~passam por cima deles, se acomodam, fazem elogios mútuos. Daí por queacredito que a Lei Faleão não será reformulada, permanecerá, mas com apossibilidade desses debates, porque eles não trazem nada de novo para que opovo tenha mais conhecimento. Enquanto a Lei Falcão proíbe um político,uma liderança jovem de ir à tribuna levar a sua mensagem, demonstrar assuas idéias, permite que um Governador de Minas Gerais faça propagandaaqui no Distrito Federal.
O SR. TARClsIO DELGADO - Exatamente.
O Sr. Brabo de Carvalho - Veja o absurdo! Quantos milhões o GovernoFrancelin? Pereira não estará pagando por uma propaganda aqui no DistritoFederal? A noite não costumo sair de casa. Geralmente vejo televisão e vejo apropaganda do Governo Francelino Pereira. Isso é que devia ser proibido,porque é dilapidar o dinheiro público, é abusar da paciência do povo. Vejabem, a propaganda é de Minas Gerais, não é do Distrito Federal. Quanto aoGoverno da União, nem se fala. Este está fazendo propaganda de um quadrodc 1964. Mas o povo já está conscientizado de que isso não passa de propaganda. Daí por que parabenizo V. Ex9 pelo pronunciamento claro que faz,com uma crítica honesta, sincera, mostrando que a situação, com relação à"Lei Falcão", piorou, porque agora o Governo caminha para a desabertura.Não há abertura nenhuma. Acho que está fechando mais.
O SR. TARClsIO DELGADO - Muito obrigado, nobre DeputadoBrabo de Carvalho, pela sua intervenção, que incorporamos ao nosso pronunciamento como uma contribuição válida às considerações que fazemos.Apenas um pequeno comentário ao aparte do nobre colega antes de ouvirmoso Deputado Joacil Pereira. O que vem ocorrendo com relação à legislaçãoatual é incrível. V. Ex9 citou o Governo Francelino Pereira, que faz propagandas caras na televisão. O Governo Paulo Maluf dispensaria comentários,porque não só ele, diretamente, como várias empresas estatais de São Paulo- VASP, BANESPA, Banco Nacional etc. - fazem propagandas tambémcaríssimas. Esses patrocinadores, evidentemente, tcrão condições, junto àsempresas jornalísticas, de conduzir o debate na campanha eleitoral, se nãohouver um tempo gratuito para os partidos.
Mas isto, nobre Deputado Brabo de Carvalho - e chamo a atenção donobre Líder Joaci! Pereira - pode ser bom para a campanha eleitoral doPDS, pode bcneficiá-Io, como também pode beneficiar alguns componentesda oposiçào que tenham condições econômicas de patrocinar programas.Mas parece-me que a Liderança do Governo poderia concordar conosco:pode scr bom para o PDS, pode ser bom, circunstancialmente, em um ou outro Estado, para membros da Oposição, mas não será bom para este País, nãoserá bom para esta Nação, porque condiciona o debate àqueles que têm poder econômico. E o exagero da utilização desse poder econômico numaeleição é uma fraude à democracia. Se chegarmos ao extremo de permitir aprevalência do poder econômico numa campanha eleitoral, na decisão daseleições, acabaremos com a democracia e estaremos criando uma aristocracia, uma plutocracia, um regime dos poderosos, dos ricos, porque os pobres,os jovens que têm ideais, scm condições de usar os meios de comunicação,nào poderão concorrer eleitoralmcnte com estes que têm esses meios à suadisposição, pelo poder econômico. Isto é ruim, é antidemocrático, isto fraudaa democracia e cria uma plutocracia, que cada vez mais nos afastará do regime democrático que desejamos para este País, onde prevalecem os pobres.
Ouço o nobre Deputado Joaci! Pereira.
O Sr. Joacil Pereira - Nobre Deputado Tarcísio Delgado, poderia começar minha modesta intervenção ao seu brilhante discurso dizendo que esteé o bom estilo dos debates parlamentares. Eis aí um exemplo vivo de êticaparlamiOntar: V. Ex" escolheu um tema e vem discorrendo brilhantementesobre ele. advogando a idéia basilar do seu pronunciamento, a de que a chamada Lei Falcão deve ser modificada. Devemos adotar um~ legislação nova,
2154 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào 1) Abril de 1982
que regulamente o acesso das lideranças políticas, do homem que faz políticaneste País, desde o Vereador até o Senador da República, ou o candidato aGoverno de Estado, ao rádio, à televisão e a outros meios de comunicação,para que possam discutir as suas idéias e os programas dos scus partidos.Concordo com V. Ex~ Quando a imprensa diz, em noticiários recentes, quejáhouve, de certo modo, uma revogação tácita, prática, da chamada lei Falcão, de certa forma isso é verdade, porque a lei também se revoga pelo desuso. A Lei Falcão está em desuso, já foi colocada à margem. Mas ao invés desermos contagiados pelo radicalismo, pela descrença, como aconteceu c'Jm onobre Deputado Brabo de Carvalho, que estou desconhecendo quando dizque não acredita que este Governo vá modificar essa situação, devemos reivindicar. Ele é hoje um descrente, um negativista, um radical. Ele mudou: sofreu mudança de 180 graus. Mudou por dentro, por fora; mudou todo o coràção, o cérebro. Ao invés de chegarmos a esse contágio pernicioso, que nãoconstrói. nós devemos é reivindicar, como faz V. Ex~: devemos unir as nossasforças para que, não somente pclo desuso, pelo desprezo a que foi relegada aLei Falcão, seja ela de fato e de direito revogada. Então eu concordo com V.Ex~ E a isso vamos chegar, porque o Ministro da Justiçajá anunciou, diversasvezes. que está em estudo uma nova legislação sobre esse assunto. V. Ex~ haverá de arrolar este fato com mais uma das conquistas do Governo do Presidente João Figuciredo, dentre as que jú nos deram, desde o Governo Geiselaté hoje, os governos da Revolução, e mais ainda do que o anterior, pois nosdeu a liberdade de imprensa, o debate nas televisões, nos deu anistia, nos deuo pluripartidarismo. que quer ver cada vez mais fortalecido. Ele também vaidar a liberdade do debate nos instrumentos de divulgação e publicidade.
O SR. TARCtSIO DELGADO - Nobre Deputado Joaci! Pereira, muito obrigado pelo seu aparte. V. Ex~ observa, até concordando conosco, acrítica que fazemos à Lei Falcão, e reconhece a importância dos meios de comunicação, principalmente a televisão, e, em segundo lugar, o rádio, na campanha eleitoral. Desejo acrescentar e rcpetir - porque é preciso repetir certascoisas, para que fiquem bem gravadas - que não podemos aceitar a balela darevogação. na prática, da Lei Falcão com os debates que têm sido travados,pois o que a caracteriza é ter rcpartido, entre os partidos, o comando dos horários na televisão. Os meios de comunicação estão aí; podem até ser muito livres; mas, se dependerem do poder econômico, deixarão de ser livres pelo comando do comparecimento. Os debates atualmente travados estão sendo promovidos pelas empresas jornalísticas que. naturalmente, tém seus interesses- e nisto não há crítica - com programas patrocinados. Eu não posso patrocinar programas de televisão: muitos outros que têm idéias políticas também não podem fazê-lo. Talvez V. Ex', Deputado Joacil Pereira, não tenhacondições dc fazer um patrocínio desses, mas o Banco Nacíonal tem, assimcomo o BANESPA, o Governo Francelino Pereira, a VASP, a TELEBRASILlA. as grandes empresas estatais. Isso será a negação total do direito de igualdade com relação às oportunidades nos meios de comunicação..Portanto, volto a dizer: não aceitamos essa balela. Deputado Joacil pereira,V. Ex", com suas palavras, contribuiu para que, nesta tarde, fizéssemos umdebate sério. Assim, eu gostaria de entregar a V. Ex~, para debate, já que semostrou interessado no assunto, o Projeto de Lei n" 5.563/81, de nossa autoria, que tramita nesta Casa. o qual procura disciplinar o uso do rádio e da televisão na campanha eleitoral, da maneira que achamos equânime. Pode nãoser a melhor maneira; a fórmula pode ser mudada; mas é uma contribuiçãoprática. É um projeto, entre outros. que estabelece uma divisão proporcional,equánime a nosso ver, dos horários de rádio e televisão. para que tados tenham oportunidade, proporcionalmente às condições do seu partido, de usaresses meios de comunicação. Eu gostaria que V. Ex~ lesse o nosso projeto,Líder que é do Governo, nesta tarde, para estudá-lo, para modificá-lo, paraalterá-lo. para levá-lo à consideração do Executivo, através do Ministro daJustiça. A esta altura, estamos convencido de que nenhum casuísmo, apesarde tantos que estamos vendo, poderú ser tão pernicioso à campanha eleitoral- uma vez que as eleições devem refletir a vontade do povo brasileiro como a desigualdade de oportunidade para uso dos meios de comunicação.Não encontramos meios de propaganda - por mais ativos que sejamos, pormais inventivos que possamos ser, na campanha eleitoral, com cartazes, comalto-falantes, com comícios etc. - que possam concorrer com os meios modernos de comunicação, principalmente a televisão. Não é possível que sefaça campanha nacional, em determinado loéal, fazendo um comício maravilhoso, o encontro dos maiores candidatos, falando para 5, 6 mil pessoas, enquanto, na mesma hora, por uma cadeia de rádio e televisão, alguém falapara toda a população da cidade, praticamente. A televisão chega, hoje, a todos os lares, nas próprias favelas, com todas as dificuldades que vivem os brasileiros, É como que um vício. Inclusive, as famílias pobres deixam de ter bensnecessários à vida, até alimentação, mas, normalmente, têm a televisão, A televisão ganhou espaço na família brasileira. Até as famílias mais pobres,
aquelas que sofrem carência de tudo. têm uma televisão. Ê muito comum, nascidades grandes. vermos pessoas morando em favelas, em mocambos ou empequenos barracos onde a televisão não pôde entrar pela porta, porque nãocabia; teve de entrar pela janela, mas está lá dentro. E isto tem um poder decomunicação incrível, e usado desigualmente. proporcionalmente ao podereconômico, é uma inversão de qualquer resultado democrático.
Concedo o aparte ao Deputado Ludgero Raulino.
O Sr. Ludgero Raulino - V. Ex~ traz a debate, nesta tarde, assunto quedevia scr ampl~mente discutido nesta Casa, porque expressa o espírito da democracia, discussões como esta, possibilidade de as diversas camadas sociaise politicas usarem os mesmos instrumentos para as mesmas competições.Não aceito como válida a Lei Falcão. Entretanto, hú uma dificuldade muitogrande em substituí-la. Em primeiro lugar, V. Ex~ tem conhecimento de queesta Casa, recentemente, aprovou um decreto que possibilita a inscrição deaté três vezes o numero de candidatos a postos eletivos. Se se considerar que aelcição de novembro de 1982 será travada nos diversos níveis, onde centenas emilhares de candidatos disputarão o pleito, como se poderá fazer a seleçãodaqueles que terão direito aos meios de comunicação, sobretudo à tclevisão?Não sei se o projeto de V. Ex~ cxplicita este ponto, mas se não estiver contidono seu bojo, desejo que nós poucos que estamos aqui nesta hora convoquemos nossos outros colegas a comparecerem a este plenário para discutir esteassunto, que considero da maior relevância, principalmente neste períodopré-eleitoral. Não adianta dizer que a televisão estará ao dispor de todos oscandidatos. porque só os mais sabidos, os mais influentes e os mais poderososconseguirão nela 11m espaço para fazer a sua campanha.
O SR. TARCtSIO DELGADO - Agradeço a V. Ex~ o aparte.Antes de conceder o aparte ao Deputado José Costa, gostaria de dizer
que também o Líder Joacil Pereira hoje se mostrou preocupado. Parece-meque um contingente razoável de Parlamentares desta Casa, inclusive de Deputados do partido do Governo, está preocupado. Mas é preciso que estes também tragam suas ações e não aceitem a imposição do Planalto e do Ministroda Justiça: é preciso a participação principalmente do partido do Governo,pois é impossível caminharmos para uma campanha sem este meio de comunicação.
Este projeto estabelece algumas idéias sobre divisão de tempo, sugerindotrês tipos diferentes de tempo. estabelccendo uma proporcionalidade queachamos equânime. Mas esta proposição está sujeita a emendas, como outrasque tramitam nesta Casa. O que é importante é que os horários sejam entregues aos partidos. e estes é que irão distribuí-los com os candidatos. Emprincípio, nenhum candidato pode ser vetado à televisão. O rádio e a tclcvisão. principalmente, são meios de comunicação úteis, necessários. Eles serãopositivos ou negativos para o candidato. dependendo da sua capacidade deexpor suas idéias e de debater. Aqueles que têm vocação para a vida pública,para exercer um mandato de Deputado Federal, Deputado Estadual ou deGovernador terão, naturalmente, condições de debater na televisão. E scrãoexcluídos, naturalmente. os que não têm condições - mais um serviço prestado pelo rúdio e pela televisão, desde que bem utilizados.
Ouvirei, aindá que por um minuto, o Deputado José Costa, que, naturalmente, tem contribuições importantes a nos dar, porque conhece a matériaprofundamente.
O Sr. José Costa - Vou ser brevíssimo no meu aparte, Eminente Deputado. claro está que a circulação de idéias novas, o debate das questões fundamentais deste País e - por que não dizer - também? o debate das questõeslocais. de interesse do Estado e dos Municípios; a divulgação do programapartidário e das propostas políticas de cada partido, tendo isso é fundamentalno Brasil de hoje, no Brasil que luta desesperadamente para passar do autoritarismo para o Estado de Direito democrático. Todos nós, políticos militantes, sabemos que é através do debate no rádio e na televisão que teremos condições de contribuir para a moralização das eleições de 1982 e das futuraselciçõcs, anulando, de certa forma, a influência do poder econômico. EsteCongresso terú que ter representantes do povo, não um Congresso de plutocratas ou de representantes de corporações. Pois bem, nós, da Oposição - eparabenizo V. Ex' pela iniciativa individual que teve - sempre tivemos estapreocupação de devolver ao País e, sobretudo, ao povo brasileiro - considero isso um direito fundamental do povo brasileiro - o poder de conhecer opensamento de suas lideranças maiores, de conhecer o programa de cada partido político e poder participar do amplo debate das questões que interessamde perto, das questões que dizcm respeito a este País, das questões fundamentais. Tivemos a oportunidade de trabalhar num amplo projeto de propagandaeleitoral e partidária projeto este que foi encampado integralmente peloPMDB e depois por todos os partidos de oposição, e que foi oferecido à Casacomo contribuição das oposições aos esforços de todos os brasileiros no sen-
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2155
tido de se levar o País a uma redemocratização efetiva. O que resta agora é esperar o gesto partido do outro lado: que o Governo também se interesse pelamatéria, que o Governo também demonstre boa vontade, comprovando assim também sua boa fé quando fala em abertura política, em descompressãopolítica, em democracia etc. De modo que cncerro parabenizando V. Ex' poresta iniciativa, que espero não seja apenas do PMDB, das oposições, mas queo partido do Governo dê também contribuições tão importantes quanto as deV. Ex~ ISSb é fundamental.
o SR. TARClsIO DELGADO - Agradeço o aparte a V. Ex' E, paraencerrar, quero dizer que estão aí, como contribuição pessoal, estc nosso pronunciamento da tribuna e um projeto de nossa autoria. Não há nenhuma posição fixa, intransigentc em torno dele. São contribuições para chegarmos auma legislação sobre a matéria e oferecemos isto nesta tarde à liderança doGoverno, que inclusive nos aparteou entendendo importante o debate da matéria, para que seja levada realmente às áreas do Executivo, ao Ministro dajustiça, ao Sr. Presidente da Rcpública. E isso tcm que ser urgente, não podedemorar muito mais, porque a campanha já está aÍ. Precisamos ter a definição desse quadro. Termos a definição desta matéria é da maior importância.
E devo dizer à Liderança do Governo, para que ela possa desempcnharseu papel, que esta definição seria uma demonstração concreta deste gesto emque o Prcsidcntc tanto tem insistido, o da mão estendida. O Presidente da República tem falado na mão estendida - ontem mesmo o fez - mas falou namão estendida em um palanque eleitoral do PDS. Será possível que ele querque a Oposição lhe dê a mão para que ele a puxe para cima desse palanque?Então, não tercmos mais democracia neste País. Como pode o Presidentequerer que a Oposição lhe dê a mão se ele a estende de um palanque eleitoraldo PDS? Estendemos a mão e ele nos puxa. Faremos cntão o partido único?Acabarcmos com a incipicnte democracia ncstc País? Dcmonstração concretado contrário disso ele pode dar legislando sobre a matéria da comunicação nacampanha eleitoral, estabelecendo igualdade de condições dentro de um critério de proporcionalidade. Só assim ele estará dando condições de modernização às lideranças políticas neste País, das quais ele e tantas lideranças falam, mas para cuja renovação nada fazem.
Então, está na hora. nobre Líder, de o Presidente da República, ao invésde apenas mostrar a mão estendida do palanque elcitoral do PDS, mandar aesta Casa um projeto ou emendar uma dessas nossas idéias, no sentido de revogarmos a Lei Falcão e estabelecermos a legislação do uso dos meios modernos de comunicação, rádio e televisão, para alcançarmos a democracia nestePaís. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n9 902-A, de1979, que altera a redação da Lei n9 3.999, de 15 de dezembro de1961, elevando o salário mínimo dos médicos, cirurgiões-dentistas eauxiliares; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças, pela aprovação; e, da Comissão de Educação e Cultura, em audiência, pelaincompetência para opinar sobre a matéria. (Do SI. Fernando Coelho) - Relatores: Srs. Joacil Pereira, Christóvam Chiaradia e BragaRamos.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o
PROJETO N9 902-A, DE 1979
O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O art. 59 da Lei n93.999, de 15 de dezembro de 1961, passa a vi
gorar com a seguinte redação:
"Art. 59 Fica fixado o salário mínimo dos médicos em quantia igual a 10 (dez) vezes e o dos auxiliares a 5 (cinco) vezes o saláriomínimo comum das regiões em que exercerem a profissão."
Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
o SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.Estão prejudicados os Projetos n9s 1.942/79, 2.658/79, 3.372/80 e
3.513/80, anexados.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -
Discussão única do Projeto de Lei n9 903-A, de 1979, que dánova redação ao art. 125 do Decreto-lei n9200, de 25 de fevereiro de1967, e revoga a alínea "a" do § 29 de seu artigo 126; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidadc e técnica legislativa; c, das Comissões dc ServiçoPúblico e de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, pelaaprovação. (Do Sr. Cantídio Sampaio) - Relatores: Srs. Gomes daSilva, Heitor Alencar Furtado e Cláudio Philomeno.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o
PROJETO N9 903-A, DE 1979
O Congresso Nacional dccreta:Art. 19 O art. 125 do Decreto-lei n9200, de 25 de fevereiro de 1967, pas
sa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 125. As licitações para compras, obras e serviços passam a reger-se tanto na Administração Direta, como nas autarquias,empresas públicas e sociedades de economia mista, pelas normasconsubstanciadas neste Título e disposições complementares aprovadas em Decreto."
Art. 29 Revogam-se a alínea d do § 29 do art. 126 do Decreto-lei n9200,de 25 de fevereiro de 1967, e as demais disposições em contrário.
Art. 39 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)
Aprovado.Vai à Rcdação Final.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -
.. , Discussão única do Projeto de Lei n9 1.804-A, de 1979, que torna obrigatória a participação de representante dos empregados nadiretoria das empresas públicas e sociedades de economia mista;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão deTrabalho c Legislação Social, pela aprovação, com emenda. (Do Sr.Márcio Macedo) - Relatores: Srs. Luiz Cechinel e Pedro Carolo.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Há sobre a mesa e vou submeter a votos o seguinte
REQUERIMENTO
Sr. Presidente,Nos termos regimentais, requeiro a V. Ex' o adiamento da votação do
Projeto n9 1.804-A/79, por cinco sessões.Sala das Sessões, 16 de abril de 1982. - Brabo de Carvalho.
O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Os Srs. que o aprovam queirampermanecer como estão. (Pausa.)
AprovadoEm conseqüência, o projeto sai da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Joel Ferreira) -
Discussão única do Projeto de Lei n9 1.818-A, de 1979, que altera o art. 38 da Lei n93.807, de 26 de agosto de 1960, com a redaçãodada pela Lei n9 5.890, de 8 de junho de 1973, passando a vigorarcom a seguinte redação (Lei Orgânica da Previdência Social); tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emendas; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com adoçãodas emendas da Comissão de Constituição e Justiça; e, da Comissãode Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Henrique Eduardo Alvcs) Relatores: Srs. Nilson Gibson, Joel Vivas e Vicente Guabiroba.
O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.
O SR. PRESIDENTE (Joe.1 Ferreira) - A Comissão de Constituição eJustiça, ao apreciar o projeto, ofereceu ao mesmo e vou submeter a votos asseguintes
2156 Sábado 11 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
EMENDAS
-N91-
Dê-se a seguinte redação à emenda do Projeto de Lei n9 1.818:
"Altera o texto do art. 38 da Lei n9 3.807, de 26 de agosto de1960."
-N92-
Dê-se a seguinte redação ao art. 38 da Lei n9 3.807, de 26 de agosto de1960, o qual o art. 19 do Projeto de Lei n9 1.818 pretende alterar:
"Art. 38. Não se adiará a concessão do benefício pela falta dehabilitação de outros possíveis dependentes; concedido o benefício,qualquer inscrição ou habilitação posterior, que implique exclusãoou inclusão de dependentes, só produzirá efeitos a partir da data emque se realizar."
-N93-
Dê-se a seguinte redação ao proposto § 29 do art. 38 da Lei n9 3.807, de26 de agosto de 1960, e que o art. 19 do Projeto de Lei n9 1.818, de 1979, quermodificar:
"§ 2° No caso de o cônjuge estar no gozo de prestação de alimentos, haja ou não desquite, ser-lhe-á assegurado o valor da pensão alimentícia judicialmente arbitrada, destinando-se o restante àcompanheira ou ao dependente designado."
O SR. PRESIDENTE (Joet Ferreira) - Os Srs. que as aprovam queiram permanecer como estão (Pausa.)
Rejeitadas.
O SR: PRESIDENTE (Joel Ferreira) - Vou submeter a votos o
PRO.JETO Nº t.8l8-A, DE 1979
O Congresso Nacional decreta:Art. 19 O artigo 38 da Lei n9 3.807, de 1960, com a redação dada pela
Lei n95.890, de 8 de junho de 1973, passa a vigorar com a seguinte redação:
"ARt. 38. Não se adiará a concessão do benefício pela faltade habilitaçào de outros possíveis dependentes. Desde que concedido o benefício, a qualquer inscrição ou habilitação posterior, que seimplique exclusão ou inclusão de dependentes, só produzirá efeitosa partir da data de sua efetivação.
§ 19 O eónjuge ausente nào se excluirá do benefício a companheira designada. Somente ser-lhe-á o mesmo devido a partir dadata de sua habilitação e comprovação efetiva de dependência econômica.
§ 29 No caso de segurado condenado a prestação de alimentos, haja ou não desquite, ser-lhe-á assegurado até o valor da pensãojudicialmente arbitrada, destinando-se o restante à companheira ouao dependente designado.
§ 39 A pensão alimentícia sofrerá os reajustamentos previstosna lei, quando do reajustamento da pensão por morte.
§ 49 A pensão será devida integralmente à companheira se osegurado, viúvo ou solteiro, não tiver filhos capazes de receber o benefício.
§ 59 Havendo filhos de qualquer natureza capazes de recebero benefício, somente a metade será atribuída à companheira."
Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 39 Revogam-se as disposições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Os Ss. que o aprovam queirampermanecer como estão (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.
O SR. PRESIDENTE (.Joel Ferreira) - Nada mais havendo a tratar,vou levantar a sessão.
Deixam de eomparecer os Senhores:
Ceará
Antônio Morais - PMDB; Paes de Andrade - PMDB.
Pernambuco
Carlos Wilson - PMDB.
Sergipe
Celso Carvalho - PMDB.
Bahia
Rogério Rego - PDS.
Rio de .Janeiro
Joel Lima - PMDB; Pedro Faria - PMDB.
Minas Gerais
Batista Miranda - PDS; Genival Tourinho - PMDB; Gerardo Ranault - PDS; Homero Santos - PDS; Newton Cardoso - PMDB.
São Paulo
Adalberto Camargo - PDS; Adhemar de Barros Filho - PDS; Bezerrade Melo - PDS.
Goiás
Siqueira Campos - PDS.
Mato Grosso do Sul
Ruben Figueiró - PMDB.
Paraná
Nivaldo Kruger - PMDB.
Santa Catarina
João Linhares - PMDB.
Rio Grande do Sul
Emídio Perondi - PDS.
VII - O SR. PRESIDENTE (Joet Ferreira) - Levanto a sessão designando para a ordinária da próxima 2'-feira, dia 19, às 13:30 horas, a seguinte:
ORDEM DO DIA
TRAMITAÇÃO
EM PRIORIDADE
VotaçãoVotação, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 914-B, de
1979, que define os crimes de responsabilidade do Governador e dosSecretários do Governo do Distrito Federal, e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito,pela aprovação. Parecer às Emendas de Plenário: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação. (Do Senado Federal)- Relator: Sr. Adhemar Santillo.
ORDINARIA
Discussão2
PROJETO DE LEI N.o 872-A, DE 1979
Discussão _única do Projeto de Lei n.O 872-A, de 1979, quealtera a redaçao do art. 570 da CLT, para incluir o aposentado nacategüria profissional; tendo pareceres: da comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislati~a; e, da Com~ssão de Trabalho e Legislação Social, pelaaprovaçao. (Do Sr. PeIxoto Filho) - Relatores: Srs. João Gilbertoe Edson Khair.
3
P'ROJETO DE LEI N.o 1.862-A, DE 1979
.Discussão única do Projeto de Lei n.O 1. 862-A, de 1979, qued,efme o lucro das empresas públicas e sociedades de economia
GRANDE EXPEDIENTE
Oradores:
1 - Nasser Almeida
2 - Cristina Tavares
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào I) Sábado 17 2157
:t:Q.ista para efeito de participação dos empregados e administra-ção; tendo parec,eres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda; e, das Comissões de Trabalho e Legislacão Social e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, éom adoção da emendada Comissão de Constituição e Justiça. (Do Sr. Alair Ferreira)Relatores: Srs. Claudino Sales, Júlio Campos e Igo Losso.
4
PROJETO DE LEI N.o 1.898-B, DE 1979
Segunda discussão do Projeto de Lei n.o 1.898-B, de 1979, que"autoriza o Poder Ex,ecutivo a conceder direito real de uso sobreas áreas de terras que margeiam as rodovias federais" o (Da Comissão de Agricultura e Política Rural) - Relator: sr. Hugo Rodrigues da Cunha_
Avisos
CAMARA DOS DEPUTADOS
SECRETARIA GERAL DA ~IESA
Relação dos Deputados Inscritos no Grande ExpedienteAbril/1982
DATA DIA DA SEMANA NOME
19 Segunda-feira Nosser Almeida_Cristina Tavares
20 Terça-feira Audálio DantasAmadeu Geara
22 Quinta-feira Benedito MarcílioHildérico Oliveira
23 Sexta-feira Nabor JúniorModesto da Silveira
Líder
Hugo MardiniAlípio CarvalhoBonifácio de AndradaClaudino SalesEdison LobãoHugo NapoleãoJorge ArbageRicardo FiúzaDj alma BessaSiqueira CamposCarlos AlbertoCarlos ChiarelliGióia Júnior
Vice-Líderes
4oa-feira
6.a-feira
pns
Cantídio Sampaio
VICE-LíDERES
Jairo MagalhãesJosias LeiteJoacil PereiraAlcides Franciscato.Alvaro ValleJúlio MartinsNelson MorroRuy Bac-elarSaramago PinheiroPaulino Cícero de VasconcellosNey FerreiraAdolpho FrancoNosser Almeida
(escala em Plenário)
Claud/no SalesJúlio MartinsSiqueira CamposCarlos AlbertoGióia JúniorNelson MorroBonifácio de AndradaCarlos ChiarelliEdison LobãoNey FerreiraAlvaro ValleDjalma BessaRicardo FiuzaHugo NapoleãoJorge ArbageJoacil Piereira
DATA DIA DA SEMANA NOME
26 Segunda-feira HomenagemHomenagem à memória do ex-Depu-
Lídertado Federal João Baptista Luzardo.
27 Terça-feira Paulo GuerraOsvaldo Melo Vice-Líderes
28 Quarta-feira HomenagemHomenagem à memória do ex-Depu-tado Federal Benedito Cerqueirao
2.a-feira29 Quinta-feira Geraldo Fleming
Aurélio Peres
30 Sexta-feira Tidei de LimaErasmo Dias 3.a-feira
PMDB
Odacir Klein
(escala em Plenário)
Peixoto FilhoCarlos CottaAdhemar SantilloPedro Ivo
Marcello CerqueiraAlvaro DiasAudálio DantasCristina Tavares
* Inscricões automáticas para o mês de maio, nOs termos da• Resolução ll.o 37, de 1979
DATA DIA DA SEMANA NOME
3 Segunda-feira Alberto GoldmanWaldir Walter
4 Terça-feira Walter de PráMarcello Cerqueira
5 Quarta-feira Paulo StudarlAlbérico Cordeiro
6 Quinta-feira Peixoto FilhoJosé de Castro Coimbra
5oa-feira
Carlos Sant'AnaOsvaldo MacedoJoão LinharesPimenta da VeigaJorge Vianna
Walber GuimarãesWalter SilvaIsrael Dias-No-vaesAntônio MarizRalph Biasi
Louremberg Nunes RochaBrabo de CarvalhoIranildo PereiraJoão Menezes
2158 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982 .
Líder
Vice-Líderes
PDT
Alceu Collares
(escala em Plenário)
Magnus Guimarães
Comissão MistaPresidente: Deputado Waldir WalterVice-Presidente: Deputado Oswaldo MeloRelator: Senador Aloysio Chaves
PrazoAté dia 19-4-82 - no Congresso Nacional.
6.a -feira
Líder
Magnus Guimarães
Magnus Guimarães
Magnus Guimarães
Magnu3 Guimarães
PT
Airton Soares
3PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 72/81
"Altera os artlgo.s 4.0, item n, e 5.0 da COnstituição Federal."(Que o dominio da União fique restrito às ilhas oceânicas costeiras,excetuadas as q/sejam sede de municípios,) Autor: Senador ArnoDamiani.
Comissão MistaPresidente: senador José RichaVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaRelator: Deputado Ho:-ácio Matos
Vi ce-Líderes (escala em Plenário)
Freitas Diniz
PrazoAté dia 19-4-82 - no Congresso Nacional.
4.a-feira
5.a-feira
Freitas Diniz
Freitas Diniz
Freitas Diniz
4
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 73/81
"Acrescenta dispositivo ao Título V das Disposições Gerais e'rransitõrias da Constituição Federal, destinando investlmentosfederais ao Nordeste." Autor: senador Humberto Lucena.
6."-feira Freitas Diniz
PTB
Comissão MistaPresidente: Deputado Elquisson SoaresVice-presidente: Deputado Josias LeiteRelator: Senador Moacyr Dalla
Líder Jorge Cury
VIce-Líderes (escala em Plenário) PrazoAté dia 26-4-82 - no Congresso Nacional.
4.a -feira
5.a-feira
Vilela de Magalhães
Vilela de Magalhães
Vilela de Magalhães
Vilela de Magalhães
5
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 74/81
"Destina 12% do orçamento da união à educação, e determinaoutras providências." Autora: Deputada Júnia Marise.
CPI - DISTORÇõES EXIS'DENTES NA COMERCIALIZAÇlWDOC:AFÉ
CONGRESSO NACIONAL
1
PROPOSTA DE ElvIENDA A CON8TITUl(JliO N,o '/[1/31
Reunião: 27-4-82Hora: 10:00 hPauta: ComDarecimento dos Srll. José de Paula Mot'), Filho.
Diretor de Produção do mc; José Carlos .TOl'dão da Silva, Pr8sidente do Sindicato Rural de Itiranuã e do jornalista DirceuM:>,rtins Pio. -.
HDá 110V:l redação ao art. l1 da ConstjtvlçEtOC01Ylpf;tênc!a aos Estado8 p/ crlarenl !111Jl1icip!üs.)tac!o JUdovinD F'arrl;on.
PrazoAté dia ,\W-,1-82 - no Congresso Nacional.
Presidente: Deputado Juarez Furtado\Iice-Presidente: Deputado Hélio Campos:8>3Iator: Senador :Lenüir Vargas
Comissão Mista
Pre.sidente: Senador Adalbertc SenaVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado Antônio pontes
[?('jllillissfi.o ~Jista
6
PHOPOST.il, DE EM:ENDA A CONSTITU!ÇAO N." 75/31
"Acrescenta mais um paragr[l,fo ao art, 93 da Constituiçào))'ederal, eE,üthelecendo a graí;;li!l~açao natalina aos servidores r:l1i~b1ic:os," Autor: D{~putadü Osvaldo Macedo.., (Dando
Dep11-
Vilela de Magalhães
COln~ssão :Wllsta
Presidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Almir PintoRe:latox-: Deputado Paul«) G'U8lTg
6.a-feira
Pra:wi~té Q.1[ia 1~~,:l-g2 - no Congres,~o l~aeion.al.
Pl'ilZ[c
.t.~ü~ dim 3~5=S2 - no Congresso [{acionaI.
:3
PHOPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇliO H.o 71/31
"Da no'v'a rec1a,eã.o ao Federal/J
108 camUda1-J8 eliitos p/leg;el1da,s parttd:'.rias que obtiveremos pe:re.-!3ntuais .st3TL~ T'v]G)Jo1ato.s t:l.ssegnr.ado'3J A\utür:Deputad'Ü .JG
PROPOS'I'A DE E:M.El\'1).!l li CONSTITUrçAO ]\J,O 76/31
HAltera da Con3Ít"ltuicáo FederaL eüu,ztantes doCs,pitulo V! Poder Legislativo -=- e do Capitulo VI! ~ doPoder Executivo," AuIm': Deputado Epitacio Cafet"jl:a.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2159
Comissão Mista
Presidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Adolpho Franco
Prazo
Até dia 3-5-82 - no Congresso Nacional.
8
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 77/81
"Só permite modificação relativa a matéria eleitoral .até umano antes dos pleitos aos quais se destina." Autor: Dep. Cala Pompeu
Comissão Mista
presidente: Deputado Aldo FagundesVice-Presidente: Deputado Osmar Leitão!Relator: Senador Aloysio Chaves
Prazo
Até dia 10-5-82 - no Congresso Nacional.
9
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 78/81
"Cria a procuradoria Geral do povo, órgão constitucional destinado à fiscalizacão dos Atos do Poder Executivo, inclusive os daadministração indireta, à investigação das violações à lei e à preservação dos direitos fundamentais do cidadão." Autor: Dep. Mendonça Neto.
Comissão Mista
Presidente: Senador Lázaro BarbozaVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado José Alves
Prazo
Até dia 10-5-82 - no Congresso Nacional.
10
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 79/81
"Dá nova redação ao § 6.° do art. 21 da Constituição FederaL"(Imposto s/ glebas rurais) - Autor: Deputado Nabor JUnior.
Comissão MistaPresidente: Deputado Ruben FigueiróVice-Presidente: Deputado Antônio MazurekRelator: Senador Benedito Canelas
PrazoAté dia 17-5-82 - no Congresso Nacional.
11
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 80/81
"Acrescenta § 5.° ao art. 62 da Constituição Federal." (30%dos recursos pl nordeste). Autor: Deputado Paulo Lustosa.
Comissão MistaPresidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: senador Aloysio ChavesRelator: Deputado Igo Losso
PrazoAté ~a 17-5-82 - no Congresso Nacional.
12
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 81/81
"Altera a redação do § 2.0 e suprime o § 3.° do art. 17 daConstituição." (Estabelecendo a eleição direta do Governador do DFe dos Governadores dos Territórios.) Autor: Deputado Paulo Guerra.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Alfredo MarquesVice-Presidente: Deputado Leorne BelemRelator: Senador Benedito Canelas
Prazo
Até dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.
13
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITT.,."IÇAO N.o 82/81
"Assegura ao Vereador servidor público federal, estadual oumunicipal, da administração direta ou indireta, enquanto no exercicio do mandato, a intoca.bilidade ?as vantagens do cargo, empre!;10ou função, e proibe sua transferencia." Autor: Deputado Correada Gosta.
Comissão Mista
Presidente: Senador Pedro SlmonVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaRelator: Deputado Júlio Martins
PrazoAté dia 24-5-82 - no Congresso Nacional.
14
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 83/81
"Restabelece eleições diretas _para. :prefeitos . do~ municipiosque especifica, cria a representaçao pohtlca do ~ls.trlto Federal edá outras providências". Autor: Deputado MaunclO Fruet.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Epitácio CafeteiraVice-Presidente: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador AlmIr Pinto
Prazo
Até dia 31-5-82 - no Congresso Nacional.
15
PROPOSTAS DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.oe 1 E 2/82
"Dá nova redação ao artigo 206 e seus parágrafos." Autores:Senador Bernardino Viana e Deputado Ruy Côdo.
Comissão MistaPresidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Moacyr DallaRelator: Deputado Marcelo Linhares
Prazo
A.té dia 7-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
16
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO NP 3/82
"Acrescenta parágrafo ao art. 153 da Constituição Federal."(é privativa de brasileiro a aquisição da propriedade de imóvelrural por usucapião especial). Autor: Seno Jutahy Magalhães.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Arnaldo SchmittVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Bernardino Viana
PrazoAié dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
17
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇãO N.o 4/82
"Dispõe sobre inelegibilida:de por pal'entesoo". Autor: Dep.Roenato Azeredo.
2160 Sábado 17
Comissão ~Iista
Presidente: senador Orestes QuérciaVice-Presidente: Senador Lenoir VargasRelator: Deputado Leorne Belem
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAI~(Seção Il
Comissão MistaPresidente: Deputado Car:os SantosVice-Presidente: Deputado Osmar LeitãoRelator: Senador Benedito Canelas
Abril de 1982
PrazoAté dia 14-6-8~ - Prazo no Congresso Nacional.
18
PROPOSTA DE EMENDAS A CONSTlTUIÇAO N.o. 5, 6, E 7/82
"Alteram o artigo 39 da Constituição Federal, elevando para500 o número de Deputados Federais." Autores: Deputados AroldoMoletta, Evandro Ayres de Moura e Antônio Amaral.
Comissão MistaPresidente: Deputado Olivir GabardoVice-Presidente: Deputado Isaac NewtonRelator: Senador Moacyr DaIla
PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
19
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO NP 8/32
"Dá nova redação ao § 4.0 do art. 175 da Constituição Federal."(Lei Especial, dispondo também, sobre assiSJtência à velhice.) Autor:Seno Jutahy Magalhães.
Comissão Mista
Presidente: Itamar FrancoVice-Presidente: Lourival BaptistaRelator: Waldmir Belinati
PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
20
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 9/82
Dá nova redação ao § 1.0 do art. 32 da Constituição Federal.(Imunidades parlamentares pios membros do Congresso Nacional,estando ou não, no exercício de seus mandatos.) Autor: Dcp. JoséAlves.
Comissão MistaPresidente: Deputado Eloar GuazeIliVice-Presidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Raimundo Par'ente
PrazoAté dia 14-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
21
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO NP 10/82
"Assegura aposentadoria à mãe de pessoa excepcional ou aoresponsável :egal que a substitua, alterando a redação do item XIX,art. 165 do texto constitucional." Autor: Dep. Thales Ramalho.
Comissão Mistapresidente: Senadora Laélia AlcântaraVice-Pre.sidente: Senador Aderbal JureInaRelator: Deputado Salvador Julianelli
PrazoAté dia 22-4-82 - Apres'3ntação do parecer, pela Comissão;Até dia 21-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
22
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 11/82
Estabelece prazo ao Presidente da República a cumprIr a instituição do seguro-desemprego, acrescentando artigo ao Capitulodas Disposições Gerais e Transitórias da Constituição. Autor: Dep.Carlos Wilson
Prazo
Até dia 22-4-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;
Até dia 21-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
23
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 12/82
"Acrescenta parágrafo único ao art. 85 da Constituição Federal.." (Acordos, convênios ou contratos, firmados por Ministrosde Estado, no exterior, devam ter aprovação, para entrar ·em vigor,do Congresso Nacional.) Autor: Deputado Antonio Carlos de Oliveira.
Comissão Mista
Presidente: Senador Lázaro BarbozaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Adalberto Camargo
Prazo
Até dia 28-4-82 - Apl'esentação do parecer, pela Comissão;
Até dia 28-6-82 -Prazo no Congresso Nacional.
24
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 13/32
"Altera a redação do artigo 60 e Iil:crescenta artigo à Constituição Federal." (Despesa pública obedec,erá à lei orçamentária,que a discriminará por Estado e Território.) Autor: Dep. JoséCarlos Vasconcelos.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Nivaldo KrügerVice-Presidente: Deputado Sebastião AndradeRelator: Senador João Calmon
Prazo
Até dia 28-4-82 - Apresentação elo parecer, pela Comissão:
Até dia 28-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
25
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO NP 14/32
"Altera a redação do art. 169 da Constituição Federal, determinando o monopólio da União na comercialização de álcool carburante no t.erritõrio nacional." Autor: Dep. Sílvio Abreu Jr.
Comissão MistaPresidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Odulfo Domingues
PrazoAté dia 29-4-82 - Ap.resentação do parecer, pela Comissão;Até dia 28-6-82 - Prazo no Congresso Nacional.
26
PROF'OSTA DE EME;NDA A CONSTITUIÇAO N.o 15182
:'R,:voga a alÍl~ea "a" do § 3.° do art. 147 da Constituição daRep~bllca FederatIva do BrasiL" (Eliminando a proibição COllStituClonal de voto dos analfabetos). Autor: Seno Orestes Quércia.
Comissão MistaPresidente: Deputado Roberto FreireVice-Presidente: Deputado Oswaldo CoelhoRelator: Senador Helvídio Nunes
CalendárioDias 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 22-4-82 - Apresentação das
emendas, perante a Comissão.
Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2161
PrazoAté dia 11-5-82 - Apresentação do parecer, pela Comissão;Até dia 10-8-82 - Prazo no Congresso Nacional.
27
PROJETO DE RESOLUÇãO N.O l-CN/81
Delega poderes ao Presidente da República, criando um parquealcoolquimico no litoral do Estado do Piauí. (Oriundo da Propostade Delegação Legislativa n.O 1/80,)
28
PROJETO DE RESOLUÇAO N.o l-CN/82
Delega poderes ao Presidente da República p/elaboração delei, criando a Secretaria Especial pl Assuntos da Região Amazônica - SEARA. (Oriundo da Proposta de Delegação Legislativan.O 7/80, que tramitou em conju.nto com as de n.OS 4 e 5/80,)
29
PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 4/79
"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, criando o Ministério da Produção Animal, edeterminando outras provir1.ências". Autor: Deputado Ruben Figueiró.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Geraldo FlemingVice-Presidente: Deputado Genésio de BarrosRelator: Senador Benedito Canelas
30
PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 5/79
"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, dispondo sobre o desdobramento do Ministériodas Minas e Energia, em Ministério das Minas e Ministério deEnergia." Autor: Deputado Horácio Ortiz.
Comissão Mista
Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidente: senador Almir PintoRelator: Deputado Carlos Sant'Ana
31PROPOSTAS DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.oa 6, 7 E 8/79
"Propõem delegação de poderes ao Presidente, da República paraelaboração de lei dispondo sobre a criação do Ministério da Mulher e da Criança e do Ministério da Família e do Menor". Autores:Deputada Lúcia Viveiros, Senador Lázaro Barboza e DeputadaJúnia Marise, respectivamente.
Comissão Mista
Presidente: Deputada Júnia MariseVice-Presidente: Deputado Leur LomantoRelator: Senador Almir Pinto
32
PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N,o 3/80
, "Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paracriação do Ministério do Desenvolvimento do Nordeste, e dá outrasprovidências". Autor: Deputado Sérgio Murilo.
Comissão Mista
Presidente: Senador Marcos FreireVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Nelson Morro
33
PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 6/80
"Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da República para a elaboração de lei dispondo sobre a reestruturação dos
Ministério da Saúde e da Previdência e Assistência Social". Autor:Deputado Carlos Sant'Ana.
Comissão Mista
Presidente: Senador Adalberto SenaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelatol': Deputado Túlio Barcelos
34
PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N,o 1, DE 1982
Propõe delegação de poderes ao senhor Presidente da República para elaboração de lei dispondo sobve a criação do Ministério do Abastecimento.
Comissão MistaPresidente: Deputado Francisco LibardoniVice-Presidente: Deputado Júlio MartinsRelator: Senador Lenoir Vargas
35
PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGLSLATIVA N.o 2, DE 1982
Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da República para elaboração de lei criando em cada unidade da federaçãoum "Centro de Treinamento e Educação de Trânsito".
Comissão MistaPresidente: Senador Leite ChavesVice-Presidente: Senadora Eunice MichilesRelator: Deputado Nosser Almeida
36
PROJETO DE LEI N.o 3-CN/82
"Dispõe sobre filiação partidária em caso de incorporação departidos políticos. e dá outras providências." Autor: Poder Executivo. (Mensagem n.o 86/82-PE, n.o 6/82-CN.l
Comissão Mista
Presidente: Senador Lourival BaptistaVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelator: Deputado Jorge Al'bage
PrazoPrazo no Congresso - dia 23-3-82 ao dia 3-5-82.
37
PROJETO DE LEI N.o 4-CN/82
"Dispõe sbbr,e a fixação do valor das anuidades e taxas devidasaos órgãos fiscalizadores de exercício profissional." Autor: PoderExecutivo (Mens. n.o 89/82-PE e ll-CN/82).
ComiSlSão MistaPresidente: Deputado Amadeu GearaVice-Presidente: Senador Aderbal JuremaRelator: Deputado Nilson Gib30n
Ca:lendário
Dias 7, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 19-4-82 - Apresentação dasemendas, perante à Comissão.
PrazoPrazo na Comissão - até dia 26-4-82;
Prazo no Congresso - até dia 2-4-82 ao dia 14-5-82.
38
MENSAGEM N.o 4-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1. 887, de. 29 de outubro de. 1981, que "altera alegislação l'elativa ao imposto de renda de pessoa física." AutOl':Poder Executivo (Mens. n.O 470/81).
2162 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào [) Abril de 1982
Comissão Mista
Presidente: senador Roberto SaturninoVice-Presidente: senador Bernardino VianaRelator: Deputado Honorato Vianna
Prazo
Até dia 7-5-82 - no COngresso Nacional.
39
MENSAGEM N.a 7-0N/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecr.eto-lei n.o 1.888, de 6 de novembro de 1981, que "acrescentaparágrafo ao art. 2.0 do Decreto-lei n.o 1.874, de 8 de julho de1981, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo (Mens.n.o 526/81).
Comissão MistaPresidente: Deputado Alcir PimentaVice-Presidente: Deputado Antônio Gom.esRelator: Senador Bernardino Viana
PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.
40
MENSAGEM iN.o 8-vN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.889, de 12 de novembro de 1981, que "canceladébitos para com as autarquias federais e dá outras providências".Autor: Ptlder Executivo (Mens. n.o 527/81).
Comissão Mista
Presidente: senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Raimundo ParenteRelator: Deputado Manoel Ribeiro
PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.
41MENSAGEM: N.o 9-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.890, de 15 d'e dezembro de 1981, que "autoriza oPoder Executivo a abrir, em f,avor do Ministério da Educação eCultura, do Ministério dos Transportes, dos Encargos Gerais daUnião, do Fundo Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Urbano,créditos adicionais de Cr$ 10.952.872.000,00 para o fim que especifica." Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 2/82).
Comissão MistaPresidente: Deputado Luiz BaccariniVice-Presidente: Deputado Guido ArantesRelator: Senador José Lins
PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;
Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.
42
MENSAGEM NP 10-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.O 1.891, de 15 de dezembro de 1981, qUe "dispõe sobre aobrigatoriedade do uso de borderôs e ingressos padronizados, deemissão da EMBRAFILME, pelas salas exibidoras nacionais." Autor:Poder Executivo (Mens. n.O 3/82).
Comissão MistaPresidente: Senador Mendes CanaleVice-Presidente: 8ena<ior Moacyr DallaRelator: Deputado Antônio Pontes
PrazoAté dia 19-4-82 - na Comissão Mista;
Até dia 27-5-82 - no Congresso Nacional.
43
MENSAGEM NP 12-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.892, de 16 de dezembro de 1981, que "estimula acapitalização das empresas mediante isenção de imposto de rendasobre lucros decorrentes da alienação de imóveis e de participaçõessocietárias, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n,o 4/82).
Comissão MistaPresidente: Deputado Iturival NascimentoVice-Presidente: Deputado Nosser AlmeidaRelator: Senador Jutahy Magalhães
PrazoAté dia 26-4-82 - na Comissão Mista;Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.
44
MIDNSAam:M N.o 13-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.893, de 16 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea adoção de medidas de incentivo à arrecadação Federal, e dáoutras providências." Autor: Pod·er Executivo (Mens. n.O 5/82).
Comissão MistaPresidente: Senador Alberto SilvaVice-Presidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado OSwaldo Coelho
PrazoAté dia 26-4-82 - na comissão Mista;
Até dia 3-6-82 - no Congresso Nacional.
45
MENSAGEM NP 14-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.894, de 16 de dezembro de 1981, que "instituiincentivos fiscais para empresas exportadoras de produtos manufaturadoo e dá outras 'Pl'ovidências." Autor: Poder Executivo (Meris.n.o 6/82).
Comissão Mista
Presidente: Deputado Sérgio FerraraVice-Presidente: Deputado Adriano ValenteRelator: senador Lourival Baptista
Prazo
Até dia 26-4-82 - na comissão Mista;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.
46
MENSAGEM N.o 15-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.895, de 16 de dezembro de 1981, que "altera dispositivos da Lei n.o 6.468, de 14 de novembro de 1977, modificadapelos Decretos-leis n.OS 1.647, de 18 de dezembro de 1978 e 1. 706,de 23 de outubro de 1979, que dispõe sobre a tributação simplificada 'para pequenas 'e médias 'empresas, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo (Mens. n.o 7/82).
Comissão Mista
Presidente: Senador Gastão MüllerVice-Presidente: Senador Lenoir VargasRelator: Deputado Milton Brandão
Prazo
Até dia 26-4-82 - na comissão Mista;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secào Il Sábado 17 2163
47
MENSAGEM N.o 16-CN/82
"Submete à delibe-ração do congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.896, de 17 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea utilização de instalações e serviços dJe&tinados a apoiar e tornarsegura a navegação aérea e dá outras providências." Autor: PoderEx:ecutivo (Mens. n.o 8/82).
Comissão Mista
Pl.'esidente: Deputado José CostaVice-Presidente: De.putado Gomes da SilvaRela:tor: Senador Jutahy Magalhães
Prazo
Até dia 26-4-82 - 'na; ComiSSão Mi$ta;Até dia 4-6-82 - no Congresso Nacional.
48
MENSAGEM N.o 17-CN/82
"Submete à deliberacão do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.897, de í7 de dezembro de 1981, que "dispõe sobrea composição da Categoria Direção Sunerior do Grupo Direção eAssessoramento 'suJ:)l:l.í"l61"e$, do Quàd1'óPermánente do MI1:ltstériôPúblico Federal, e dá outras providências." Autor: Ptod·er Executivo(Mens. n.o 9/82).
Comissão Mista
Presidente: Senadora Laélia AlcântaraVice-Presidente: Senador José LinsRelator: Deputado Antônio Gomes
Prazo
Até dia 26-4-82 - na ComLssão Mista;
Até dia 4-6-82 - no COO1gresso Nacional.
49
MENSAGEM N.o 18-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 1.898, de 21 de dezembro de 1981, que "pl!orroga oprazo de vigência de incentivos fiscais previstos na legislação doImposto de Renda." Autor: Poder Executivo (Mens. n.O 10/82).
Comissão Mista
Presidente: Deputarlo José Carlos VasconcelosVice-Presidente: Deputado Hélio CamposRelator: senador José Lins
Prazo
Até dia 3-5-82 - na Comissão iMista;
Até dia 11-6-S2 - no Congresso, Nacional.
50
MENSAGEM iN.o 19-CN/82
"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.o 1.899, de 21 de dezembro de 1981, que "instituitaxas relativas agropecuárias de competência do MinLstério daAgricultura, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo(Mens. n.O 11/82).
Comissão Mista
Presidente: Senador Leite Chav:esVice-Presidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado Igo Losso
Prazo
Até dia 3-5-S2 - na comissão IMista;Até dia 11-6-8~ - no Congresso, Nacional.
51
VETO PARCIAL - PROJETO DE LEI COMPLE:MENTAR N.o 237/81(MENSAGEM NP 39/82-PE - N.o 5/82-CN>
"Altera a Lei CompIementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, que,estabelece, de acordo com a Emenda Constitucional n,o 1,. de 17
de outubro de 1969, artigo 151 e seu parágrafo único, casos deinelegibilidade, e dá outras providências."
Comissão Mista
Presidente: Deputado Pimenta da VeigaVice-Presidente: Deputado Afrisio Vieira LimaRelator: Senador Aderbal Jurema
PrazoPrazo no Congresso - dia 12-3-82 ao dia 28-4-82.
52
VETO PARCIAL _ PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.O 223/81(MENS. N.Os 619/81-PE E l-CN/82)
"Esta;bel€ce norm-as ge,rais a serem adotadas nl:!. Organização doMinistério Público Estadual."
Comissão Mista
Presidente: Senador Nelson CarneiroVice-Presidente: Senador Murilo BadaróRelator: Deputado Nelson Morro
Prazo
No Congresso Nacional - até dia 19-4-82.
53
VE:IlO TOTAL - PROJETO 'N.o 1.849/76
(MEN8IAGENH iN.os 21-üN/82 E. 130/82-PEl
"Estabelece norma sobl!e a documentação exigida aos candidatos, em concursos públicos."
Comissão Mista
Presidente: Deputado João GilbertoVice-Presidente: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador Bernardino Viana
Prazos
Até dia 3-5-82 - Apresentação do Relatório pela Comissão;
Prazo no Congresso - Do dia 13-4-82 ao dia 28-5-82.
VIII - Levanta-se a sessão às J7 horas e 5 minutos.
MESA
Ata da 3~ Reunião da Mesa, realizada em 31-3-82
Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,às 14:30 horas,lreúne-se a Mesa da Câmara dos Deputados, sob a presidênciado Senhor Deputado Nelson Marchezan, Presidente. Presentes os SenhoresHaroldo Sanford, Freitas Nobre, Furtado Lcite e José Camargo, respectivamente, 19 e 29-Vice-Presidentes, 19 e 3º-Secretários. Ausentes, por motivo justificado, os Senhores Deputados Carlos Wilson e Paes de Andrade, respectivamente, 2? e 49-Secretários. Havendo número legal, o Senhor Presidente declara abertos os trabalhos. I - Pauta do Senhor Presidente. Sua Excelênciafaz longa exposição sobre o pagamento de serviço extraordinário aos servidores da Casa no período da última convocação extraordinária do CongressoNacional, bem assim a forma de remuneração,nos períodos de recesso parlamentar. Esclarece que, a respeito do assunto, teve a oportunidade de conversar com o Senhor Presidente do Senado Federal, o qual lhe informou queaquela Casa já vinha adotando a remuneração nos períodos de recesso, pelamédia das diárias que os servidores recebiam nos respectivos períodos de funcionamento do Congresso Nacional. Em razão de tais fatos, propunha àMesa a iniciativa de Ato no setndio de se estabelecer procedimento semelhante ao do Senado Federal, de acordo com as normas existentes na Câmara dosDeputados sobre remuneração dos seus servidores. Discutida a matéria, aMesa resolve baixar o Ato nQ 109, de 1982, que vai publicado ao pé da ata. Éigualmente examinado o assunto referente às férias funcionais e o período detrabalho durante os recessos parlamentares. Após debatido o assunto, a Mesadecide que os funcionários terão 30 dias de férias regulamentares e mais 5 diasde dispensa de ponto no recesso parlamentar de julho e 10 dias no recessoparlamentar que se inicia a 6 de dezembro de cada ano. Em seguida, a Mesa
2164 Sábado 17 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
resolve: a) Aprovar o Projeto de Resolução que "acrescenta dispositivos noRegimento Interno da Câmara dos Deputados (votação eletrônica)"; b) Ratificar o despacho do Senhor Presidente ad referendum da Mesa, prorrogando oprazo de requisição ao Governo do Estado do Piaui, da Professora Classe B,nível m, Maria da Conceição Moraes Cortez, do Quadro de Pessoal da Sccretaria de Educação. II - Pauta do Senhor 29-Vice-Presidente. Sua Excelência relata o seguinte expediente: Processo n9 3.723/82. Deputado Tram Saraiva. Reembolso de despesas com tratamento médico-hospitalar. "Conformeexpediente anexado ao presente processo, o Deputado Iram Saraiva solicita oreembolso de Cr$ 392.749,60 (trezentos e noventa e dois mil, setecentos e quarenta e nove cruzeiros e sessenta centavos), referente à despesas com cirurgiaa que foi submetido conforme mostram os documentos apresentados e jáapreciados pelo Departamento Médico da Casa. Entende esta VicePresidência, como de outras vezes, que as despesas, ora apresentadas, sãoconseqüência de tratamento médico já autorizado pela Mesa da Câmara dosDeputados. Satisfeitas as exigências, conforme parecer do Diretor-Geral, epor achar tudo em ordem, somos pelo deferimento do pedido de reembolso,que deve correr à conta do Fundo Rotativo, conforme praxe já adotada pelaMesa." A Mesa aprova o parecer. 111 - Pauta do Senhor 19·5ecretário. Amesa aprova o parecer de Sua Excelência proferido no seguinte expediente:Processo n9 2.487/82. Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados- ASCADE. Liberação de recursos e Plano de Aplicação de 1982. "Cuida opresente processo do pedido de liberação dos recursos alocados no Orçamento da Câmara dos Deputados, para o corrente exercício, referente às parcelasdo 19trimestre destinadas à Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados - ASCADE. Segundo consta do processo, a entidade já entregou aprestação de contas relativa ao exercício anterior, a qual encontra em examena Coordenação de Contabilidade. Em cumprimento ao disposto no art. 39do Ato da Mesa n9 15, de 1975, que disciplina a matéria, foi apresentado pelaASCADE o Plano de Aplicação para o exercício de 1982, constante de fl. 2.Satisfeitas as exigências estabelecidas no supracitado Ato da Mesa, opino porque seja aprovado o Plano de aplicação em apreço e, conseqüentemente, pelaliberação dos recursos correspondentes às parcelas do 19 trimestre. tendo emvista as informações." Nada mais havendo a tratar, às 16 horas, o SenhorPresidente suspende a reuniào por dez minutos, a fim de ser lavrada a presente ata. Reaberta a reunião, é a ata lida e aprovada. Eu, Paulo Affonso M. deOliveira. Secretário-Geral da Mesa, lavrci a presente ata que vai li publicação.
Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.
ATO DA MESA NQ 109. DE 1982
Dispõe sobre a Gratificação Especial de Desempenho "ara servi~
dores da Câmara dos Deputados.
A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições legais, resolve:
Art. IQ Os servidores da Câmara dos Deputados farão jus à Gratificação Especial de Desempenho, na forma prevista neste Ato.
Art. 29 A Gratificação Especial de Desempenho corresponderá ao valor da média aritmética do número de diárias percebidas durante o período deefetivo funcionamento do Congresso Nacional, e será devida, nesse montante. em cada um dos meses de dezembro. janeiro, fevereiro e julho.
Parágrafo único. Considera-se período de apuração os meses de funcionamento do Congresso Nacional anteriores a julho e dezembro.
Arl. 3Q A Gratificação Especial de Desempenho não será paga ao servidor que, durante cada período de apuração, tenha:
I - faltado mais de 5 (cinco) dias injustificadamente ao serviço;n - gozado licença, por período superior a 30 dias. na forma do art.
149, salvo nos casos da alínea "b" e alínea "a" de seu § 19, da Resolução n967, de 1962;
UI - sofrido pena disciplinar, na forma do art. 200, incisos \lI, IV e Vda Resolução nQ 67, de 1962; e
IV - estado afastado de acordo Com os Atos da Mesa nºs 5, de 1975 c16, de 1975, salvo o previsto no art. 11.
Art. 4Q Na hipótese de convocação extraordinária do Congresso Nacional, a Gratificação Especial de Desempenho será reduzida em montanteigual ao que for pago ao servidor, por força do disposto no art. 170 da Resolução n9 67, de 1962.
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista neste artigo, o pagamento do saldo da parcela da Gratificação Especial de Desempenho ficaráautomaticamente transferido para o mês subseqüênte ao do encerramento daconvocação extraordinária do Congresso Nacional.
Art. 59 Em se tratando de pessoal regido por legislação trabalhista, ocálculo será feito tomando-se por base as horas extraordinárias percebidasdurante o período de efetivo funcionamento do Congresso Nacional, observado o limite de 76 (setenta e seis) horas mensais.
Parágrafo único. A Gratificação Especial de Desempenho não serápaga aos servidores regidos pela CLT; no mês em que percebam como remuneração de férias importância que inclua a média de horas extras realizadasno período imediatamente anterior.
Art. 69 Durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho nãoserá permitido pagamento de hora extra ou gratificação por serviço extraordinário, seja a que título for, a servidor que perceba a Gratificação Especialde Desempenho, regulamentada por este Ato.
Art. 79 Durante os meses mencionados no art. 29 deste Ato, os servidores só poderão fazer uso, como direito a Gratificação Espccial de Dezempenho, de um período da faculdade prevista no art. 147, da Resolução n967/62.
Art. 89 A concessão da Gratificação Especial de Desempenho fica condicionada, em cada exercício financeiro anual, à existéncia de suficiente disponibilidade orçamentária e ao reconhecimento pela Mesa da Câmara dosDeputados, com base em exposição de motivos encaminhada pelo DiretorGeral, de terem os servidores atingido níveis justificadores da concessão.
Art. 99 Fica o Diretor-Geral autorizado a fazer, periodicamente, tantonos períodos de recesso, como nos de funcionamento ordinário da Câmarados Deputados, o recolhimento, para verificação, das fichas de freqüência detodos os órgãps da Casa.
Parágrafo único. No caso de anormalidade nas fichas de freqüência deservidores de Gabinete dos Membros da Mesa, dos Líderes de Partido e dosPresidentes de Comissão, o Senhor Primeiro-Secretário fará a comunicaçãoao respectivo titular, cabendo a este justiticá-Ias ou propor as medidas cabíveis.
Art. 10. Os efeitos financeiros deste Ato são devidos a partir de 19 dedezembro de 1981.
Art. 11. Revogam-se o Ato da mesa n9 73/80 e demais disposições emcontrário.
Sala das Reuniões, J I de março de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados resolve, àe acordo com o art. 18da Lei n9 4.284, de 20 de novembro de 1963, colocar à disposição do Institutode Previdência dos Congressistas a Auxiliar Operacional de Serviços Diversos, Ignácia Baptista de Alcântara, ponto nº 20.623.
Câmara dos Deputaàos, 12 de abri] de 1982. - Nelson Marchezan, Presidente.
COMISSÃO DE AGRICULTURA E POUnCA RURAIL
DIstribuição
O Senhor Presidente da Comissão, Deputado Pacheco Chaves. fez nestadata, a seguinte distribuição:
I) Ao Senhor Deputado Iturival Nascimento o PL 4.258/80, do Sr. Paulo Lustosa, que "Introduz alteração no Decreto-lei n99.760, de 5 de setembrode 1946, determinando a reserva de parte dos terrenos da Marinha para aconstrução de casas de pescadores";
lI) Ao Senhor Deputado Cardoso Alves o PL 4.979/81, do Sr. BentoLôbo, que "Acrescenta parâgrafo ao art. 33 da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de1967, que dispõe sobre a proteção à fauna, e dá outras providên~ias·'.
Sala da Comissão, 14 de abril de 1982. - José M" de Andrade Córdova.Secretário.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
Ata da Primeira Reunião Ordinária realizada em17 de março de 1982
Às nove horas e trinta minutos do dia dezessete de março de mil novecentos e oitenta e dois, na sala n9 1 do Anexo 11 da Câmara dos Deputados,reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça, sob a Presidência do SenhorDeputado Afrísio Vieira Lima, para eleição do Presidente e dos VicePresidentes. Estiveram presentes os Senhores Deputados Antônio Dias Vice-Presidente, Isaac Newton, Nilson Gibson, Ernani Satyro, Osvaldo Melo, Raymundo Diniz, Francisco Benjamim, Antônio Mariz, Péricles Gonçalves, Osmar Leitão, Igo Losso, Christiano Dias Lopes, Adhemar Santillo,Leorne Belém, Natal Gale, Osvaldo Macedo, Marcello Cerqueira. Gomes daSilva, Waldir Walter, Ulisses Potiguar, Roberto Freire, Antônio Valadares,Edgard Amorim, Antônio Morimoto, Joacil Pereira, Pimenta da Veiga, JairoMagalhães. Djalma Bessa, Nelson Morro. Elquisson Soares, João Gilberto,Bonifácio de Andrada, Louremberg Nunes Rocha, Antônio Russo, WalterSilva, Juarez Furtado, Francisco Rossi, Altair Chagas e Adhemar de BarrosFilho. A Ata da reunião anterior foi aprovada por unanimidade. Ordem doDia: Abertos os trabalhos, o Senhor Presidente fe~.a apresentação dos candidatos, iniciando a seguir processo de votação. Feita a chamada nominal, oSenhor Presidente convidou o Deputado Antônio Dias para servir como escrutinador. Constatada a coincidência entre o número de votantes e o de
· Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2165
sobrecartas, o Senhor Presidente anunciou o seguinte resultado: para Presidente, Deputado Francisco Benjamim, 26 votos; para 19 Vice-Presidente, Deputado Nilson Gibson, 26 votos; para 29 Vice-Presidente, Deputado Elquisson Soares, 26 votos. Declarando empossados os recém-eleitos, o Senhor Presidente, em rápidas palavras, agradeceu a colaboração prestada por todos durante o seu mandato, fazendo um breve relato das atividades da Comissão nasessão legislativa passada. Assumindo a direção dos trabalhos, o DeputadoFrancisco Benjamim agradeceu em seu nome e dos demais eleitos pelos votosrecebidos. Lembrou a inesquecível figura do ex-Deputado Djalma Marinho,dizendo fazê-lo com saudade e emoção, pois se vivo estivesse estaria naquelemomento ocupando a cadeira da Presidência. Falou também a respeito daatuação do extinto na Comissão, a quem procuraria obedecer, seguindo suaorientação e mantendo vivo o ideal da democracia. Encerramento: Às dez horas e trinta minutos, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e,para constar, eu, Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário, lavrei a presenteAta, que depois de aprovada será assinada pelo Senhor Presidente.
O Deputado Afrísio Vieira Lima, Presidente da Comissão de Constituição e' Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 12 de março de 1982
Ao Sr. Adhemar Santillo:
Projeto de Lei n9 5.737/81 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "estabelecevantagens aos adquirentes de casa própria pelo Sistema Financeiro de Habitação, no caso e condições que especifica".
Projeto de Lei n9 5.805/81 - Do Sr. Marcelo Linhares - que "alteradispositivo da Lei n9 4.380, de 21 de novembro de 1966".
Projeto de Lei n9 5.807/81 - Do Sr. Nilson Gibson - que "concedeabono de faltas ao serviço aos funcionários federais".
Projeto de Lei Complementar n9 248/81 - Do Sr. Hugo Rodrigues daCunha - que "altera a Lei n9 6.950, de 4 de novembro de 1981, institui umAdicional Provisório do Imposto sobre a Renda. nas condições que especifica, e cria o Fundo Especial de Amortização da Dívida da Previdência Social. ...
Projeto de Lei Complementar n9 261/81 - Do Sr. Raul Bernardo - que"acrescenta parágrafo ao artigo 49 da Lei Complementar 0 9 26, de II de setembro de 1975".
Ao Sr. Altair Chagas:
Projeto de Lei n9 5.596/81 - Do Sr. Adhemar Ghisi - que "introduzmodificação na Consolidação da Leis do Trabalho".
Projeto de Lei nQ 5.663/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Marabá, noEstado do Pará".
Projcto dc Lei n9 5.694/81 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "autoriza o Poder Executivo a criar colônias educacionais destinadas à reeducaçãodos condenados ao cumprimento de pena privativa de liberdade".
Projeto de Lei n? 5.707/81 - Do Sr. Jorge Arbage - quc "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Tucuruí, noEstado do Pará".
Projeto de Lei n? 5.708/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Unive,rsidade Federal de Capanema,no Estado do Pará".
Ao Sr. Antônio Dias:
Projeto de Lei n9 5.741/81 - Do Sr. Léo Simões - que "dá nova redação ao Parágrafo I~ do artigo 843 da Consolidação das Leis do Trabalho".
Projeto de Lei n9 5.744/81 - Do Sr. Athiê Coury - que "dispõe sobreas atividades laborais do trabalhador de bloco, introduzindo alterações naLei n~ 5.385, de 16 de fevcrciro de 1968, disciplinadora da matéria".
Projeto de Lei n95.746/81 - Do Sr. Waldmir Belinati - que "determina a colocação de legendas nos programas que especifica, exibidos pelas emissoras de televisão".
Projeto de Lei n95.767/81 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "autoriza as pessoas físicas a deduzirem da renda bruta os salários pagos a empregados domêsticos".
Projcto de Lei n9 5.796/81 - Do Sr. Luiz Rocha - que "dispõe sobre oexercício da profissão de Esteticista e Cosmetologista e dá outras providências".
Ao Sr. Claudino Sales:
Projeto de Lei n9 5.634/81 - Do Sr. Evandro Ayres - que "asseguraabatimento nas matrículas e anuidadcs cscolares de 19 e 29 Graus, nos casos
.Ique especifica".
Projeto de Lei n9 5.635/81 - Do Sr. Antônio Zacharias - que "dispõesobre estágio complementar obrigatório para estudantes de ensino de 20 grau,supletivo e superior",
Ao Sr. Djalma Bessa:
Projeto de lei n~ 5.599/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobre acriação de Escola Agrícola no Município de Conccição do Araguaia. no Estado do Pará".
Ao Sr. Francisco Benjamim:
Projeto de Lei n? 5.619/81 - Do Sr. Waldmir Belinati - que "modificaa Lei n? 6.700, de 23 de outubro de 1979, que fixa idade máxima para inscrição em concurso público destinado ao ingresso em emprego e cargos noServiço Civil do Distrito Federal".
Projeto de Lei n? 5.797/81 - Do Sr. Luiz Rocha - que "dispõe sobre aaquisição de terras públicas, indispensáveis à segurança e ao desenvolvimentonacional".
Projeto de Lei n9 5.828/81- Do Sr. Francisco Libardoni - que "dispõesobre a ocupação de terras públicas e dá outras providências".
Projeto de Lei n? 5.832/81- Do Sr. Walter Silva - que "limita a 5% daprodução a faixa de automação industrial, e dá outras providências".
Projeto de Lei n9 5.843/82 - Do Sr. José Camargo - que "veda o emprego de robô na indústria de manufaturados".
Projeto de Lei nQ 5.845/82 - Do Sr. Pedro Faria - que "altera a redação do art. 2~ do Decreto-lei n9 1.861, de25 de fevereiro de 198[, altera a legislação referente às contribuições compulsórias recolhidas pelo lAPAS àconta de diversas entidades e dá outras providências".
Ao Sr. Gomes da Silva:
Projeto de Lei n9 5.755/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Santarém,no Estado do Pará".
Projeto de Lei n9 5.831/81 - Do Sr. Celso Pcçanha - que "disciplina asprofissões de Técnico e Auxiliar de Enfermagem".
Ao Sr. Jairo Magalhães:
Projeto de lei n'! 5.638/81 - Do Sr. Zany Gonzaga - que "dispõe sobrr;;desativacào e transferência do "Campo de Instrução Marechal Hermes" e determina outras providências".
Projeto de Lei n~ 5.671/81 - Do Sr. Antônio Dias - que "modifica oart. 19 da Lei nQ 6.733, de 4 de dezembro de 1979. dispondo sobre escolha enomeação de Reitores, Vice-Reitores, Diretores e Vice-Diretores das instituições àe ensino superior mantidas pela União".
Projeto de Lei nQ 5.713/81 - Do Sr. Josias Leite - que "estimula a produção literária nacional e dá outras providências".
Projeto de Lei n~ 5.752/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "destina40% das verbas atribuídas à Empresa Brasileira de Notícias, para divulgaçãodos atos governamentais, aos jornais e empresas de radiodifusão do interiordo País, e determina outras providências".
Projeto de Lei 09.2.782/81 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza oPoder Executivo a instituir a Fundaçào Universidade Federal de Bragança,no Estado do Pará".
Projeto de Lei nº 5.829/81 - Do Sr. Ruy Côdo - que "dispõe sobre apropriedade e a responsabilidade técnica de estabelecimentos farmacêuticos,e determina outras providências".
Projeto de Lei nº 5.835/82 - Do Sr. Gilson de Barros - que "consideracx-combatcntes os "soldados da borracha", acrescentando uma alínea ao ~
2º, do art. 19, da Lei n9 5.315, de 12 de setembro de 1967".Projeto de Lei n" 5.838/82 - Do Sr. Nilson Gibson - que "dispõe sobre
a Composição do Conselho Federal de Contabilidade, alterando o Decretolei nQ 1.040, de 21 de outubro de 1969".
Ao Sr. Joacial Pereira:Projeto de Lei nº 5.710/81 - Do Sr. Vasco Neto - que "condiciona a li
beração de recursos de instituições oficiais de crédito para projetos agropecuários e agroindustriais à destinação de áreas para culturas de subsistência".
Projeto de Lei 1195.714/81 - Do Sr. Edson Khair - que "introduz alterações no Código Penal e no Código Penal Militar, para o fim de definircomo crime de tortura a prática de maus tratos, físicos ou morais, por agentede autoridade".
Projetó de Lei nO 5.749/81 - Do Sr. Israel Dias-Novas - que "introduzalteração no vigente Código de Processo Civil (Lei nº 5.869, de li de janeirode 1973)".
Projeto de Lei nº 5.758/8t - Da Sr. Raul Bernardo - que "modificaparágrafos do art. 37 da Lei nº 5.107. de 21 de setembro de 1966 (Código de
2166 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
Trânsito) estabelecendo, como equipamento obrigatório, nos ciclomotores esimilares, indicadores luminosos de mudança de direção".
Projeto de Lei nº 5.802/81 - Do SI. Siqueira Campos - que "eleva a cidade de Goiás, no Estado de Goiás, a condição de monumento nacional".
Projeto de Lei nº 5.815/81 - Do SI. Luiz Leal- que "exclui os vencimentos dos membros de magistratura do desconto do Imposto de Renda nafonte" .
Projeto de Lei nº 5,833/81 - Do Sr. Jorge Gama - que "proíbe a importação de máquina que especifica".
Projeto de Lei nº 5.844/82 - Do SI. Raul Bernardo - que "dispõesobre subsídios para taxas de luz e água devidas por mutuários do Sistema Financeiro de Habitação".
Ao SI. João Gilberto:Projeto de Lei nº 5.716/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "revoga
dispositivos das Leis nºs. 6.825, e 6.830, ambas de 22 de setembro de 1980,que atentam contra o princípio do duplo grau de jurisdição".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nº 5.725/81 - Da Sr~ Júnia Marise- que "declara de uti
lidade pública o Movimento Comunitário do Bairro Antônio Ribeiro deAbreu - MOCORABA - com sede em Belo Horizonte - MG".
Projeto de Lei nº 5.729/81 - Do Sr. Antônio Mazurek - que "altera aLei nº 6,717, de 12 dc novembro de 1979, que instituiu a modalidade de sorteio de números-LOTO".
Projeto de Lei nº 5,776/81 - Do Sr. Victor Faccioni - que "altera a redação do § lº do art. 14 da Lci nº 5.584, de 26 de junho de 1970, dispondosobre assistência judiciária na Justiça do Trabalho".
Projeto de Lei nº 5.785/81 - Do Sr. Francisco Rollemberg - que "estabelece o salário mínimo profissional do enfermeiro".
Projeto de Lei nQ 5.837/82 - Do SI. Siqueira Campos - que "dispõesobre os recursos provenientes da prescrição dos prêmios da Loteria Federal,Loteria Esportiva Federal e LOTO, da Caixa Econômica Federal".
Projeto de Lei nQ 5.839/82 - Do SI. Elquisson Soares - que "obriga aindicação do preço e do prazo de validade na embalagem de produtos postosà disposição do consumidor, e dá outras providências".
Projeto de Lei Complementar n9 255/81 - Do SI. Antônio Annibellique "isenta de tributos os veículos destinados ao uso de deficientes físicos".
Ao SI. Nilson Gibson:Projeto de Lei nº 5.834/82 - Do Sr. Fernando Coelho - que "dispõe
sobre o salário mínimo profissional do advogado, e dá outras providências".
Ao Sr. Ricardo Fiuza:Projeto de Lei nº 5.624/81 - Do SI. Jayro Maltoni - que "acrescenta §
3º ao art. 99 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, dispondo sobre o reajuste do valor do salário-de-contribuição do contribuinte em dobro".
Projeto de Lei nº 5.625/81 - Do Sr. Lêu Simões - que "dispõe sobre ocômputo obrigatório da soldada-base, da etapa e outras prestações remuneratórias do trabalhador marítimo, para efeito de cálculo do adicional de periculosidade",
Ao Sr. Roque Aras:Projeto de Lei nº 5.759/81 - Do SI. Raul Bernardo - que "estabelece
itens de segurança para os veículos automotores e determina outras providências" .
Projeto de Lei n9 5.769/81- Do SI. Saramago Pinheiro - que "altera aredação do art. 433 da Consolidação das Leis do Trabalho, dispondo sobre otrabalho do menor".
Projeto de Lei nº 5.777/81 - Do Sr. Antônio Zacharias - que "concedeaposentadoria especial aos radialistas nas condições que especifica, e determina outras providências".
Projeto de Lei nº 5.779/81 - Do Sr, Athiê Coury - que "acrescenta dispositivo à Lei n9 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacional de Trânsito), para o fim de permitir expressamente a propaganda comercial em veículos de aluguel destinados ao transporte individual de passageiros (táxis)".
Projeto de Lei nQ 5.790/81 - Do Sr. João Faustino - que "concedeauxilio previdenciário ao deficiente físico".
Ao SI. Theodorico Farraço:Projeto de Lei nº 5.693/81 - Do Sr. Cardoso Alves - que "declara de
utilidade pública o Grupo Espírita Cristào "André Luiz de Interlagos", sediado na cidade de São Paulo - SP".
Projeto de Lei n" 5.696/81 - Do SI. Rosemburgo Romano - que "declara de utilidade pública o Smart Futebol Clube, de ltajubá, Estado de Minas Gerais".
Projeto de Lei n" 5.697/81 - Do Sr. Rosemburgo Romano - que "declara de utilidade pública o Conselho Central da Sociedade de Sào Vicente dePaulo, de ltajubá, Minas Gerais".
Projeto de Lei nº 5.698/81 - Do Sr. Júlio Costamilan - que "dispõesobre os preços mínimos a serem estabelecidos para a uva".
Projeto de Lei nº 5.728/81 - Do Sr. Antônio Mazurek - que "dispõesobre aplicação mínima de recursos do Sistema Financeiro de Habitação naárea rural".
Brasilia, 12 de março de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secre-tário.
O Deputado Nilson Gibson, Vice-Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 30 de março de 1982
Ao SI. Francisco Rossi:Projeto de Lei nº 5.977/82 - Do Sr. Edison Lobão - que "considera
candidatos natos dos partidos a que pertencerem os atuais deputados fede.rais, estaduais, e os vereadores, e determina outras providências".
Em 5 de abril de 1982Ao SI. Adhemar Santillo:Projeto de Lei nº 5.888/82 - Do SI. Walter De Prá - que "altera a re
dação do art. 92 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965)"Brasília, 6 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Constituiçào e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 13 de abril de 1982Ao SI. Adhemar Santillo:Projeto de Lei nQ 5.922/82 - Do Sr. Borges da Silveira - que "dispõe
sobre a retirada de fabricação de modelos automobilísticos e determina outras providências".
Projeto de Lei nQ 5.976/82 - Do SI. Ruy Códo - que "altera a redaçãoao caput do art. J6 da Lei nº 5.536, de 21 de novembro de 1968, que dispõesobre a censura de obras teatrais e cinematográficas, cria o Conselho Superior de Censura, e dá outras providências".
Ao SI. Afrísio Vieira Lima:Projeto de Lei n9 5.920/82 - Do SI. Jorge Arbage - que "altera dispo
sitivo da Lei nº 5.279, de 27 de abril de 1967, que prorroga o prazo para apresentação de declaração do Imposto de Renda, no corrente exercício, e dá outras providências".
Ao Sr. Altair Chagas:Emendas oferecidas cm Plenário ao Projeto de Lei nº 4.050-A, de 1980
Do Senado Federal- que "dispõe sobre o processo de fiscalização pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, dos atos do Poder Executivo e osda administração indireta".
Projeto de Lei no 5.895/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "considera insalubre a atividade dos servidores da SUCAM na Amazônia Legal, e dá outras providências".
Projeto de Lei nQ 5.916/82 - Do SI. Siqueira Campos - que "institui oauxílio-educação para o ensino de 1º e 2º graus e os cursos de nível superior".
Projeto de Lei nO 5.928182 - Do Sr. Siqueira Campos - quc "díspõesobre o fornecimento de gêneros de primeira necessidade ao trabalhador desempregado, e determina outras providências".
Projeto de Lei nº 5.932/82 - Do sr. Jorge Arbage - que "considera crime de ultraje público ao pudor a exibição de filmes cinematográficos pornográficos".
Ao SI. Antõnio Dias:Projeto de Lei nº 5.923/82 - Do Sr. Josias Leite - que "acrescenta pa
rúgrafo único ao ar!. 29 da Lei nl 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que "dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências".
Projeto de Lei n'·' 5.942/82 - Do sr. Gióia Júnior - que "assegura prazopara que as vítimas de radiação possam obter indenização por prejuízos sofridos".
Ao Sr. Antônio Mariz:Projeto de Lei nO 5.957/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduz
alteração na Lei nO 1.7l1. de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União)".
Proíeto de Lei nO 5.981/82 - Do SI. Brabo de Carvalho - que "alteradispositivos da Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, que "dispõe sobre o seguro de acidentes do trabalho a cargo do INPS, e dá outras providências"
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2167
Ao Sr. Antõnio Morimoto:Projeto de Lei n9 5.905/82 - Do Sr. Roberto Carvalho - que "autoriza
o abatimcnto, da rcnda bruta, dc doaçõcs ou contribuiçõcs efetuadas a instituições de ensino pelas pessoas físicas e jurídicas".
Projeto de Lei n9 5.941/82 - Do Sr. Natal Gale - que "dispõe sobre aregulamentação da atividade dos empregados do comércio, e da outras providências".
Projeto de Lei nQ 5.954/82 - Do Sr. Octávio Torrecilla - que "dispõesobre a readaptação de servidores no Serviço Público".
Projeto de Lci n9 5.986/82 - Do Sr. Adhemar de Barros Filho - quc"dispõe sobre a reserva de mercado para a indústria nacional de retífica ouadaptação de motores, e determina outras providências".
Projeto de Lei nQ 5.994/82 - Do Sr. Adhemar de Barros Filho - que"altera dispositivos da Lei n9 5.692, de 1I de agosto de 1971, tornando opcional. para a cscola, a profissionalização do curso de 29 grau".
Projeto de Lei n9 5.996/82 - Do Sr. Natal Gale - que "cria o Dia doEletricitário Brasileiro".
Projeto de Lei nQ 6.010/82 - Do Sr. João Arruda - que "assegura aosque se encontram na posse, há mais de dois anos, de imóveis da União, a preferência para adquirí-Ios, no caso de sua alienação".
Ao Sr. Antônio Russo:Projeto de Lei n95.956/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que
"altera dispositivo da Lei nl 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacional de Trânsito)".
Projeto de Lei n95.980/82 - Do Sr. Samir Achôa - que "dispõe sobrea profissão dc Nutricionista e dctcrmina outras providências".
Projeto de Lei n9 6.002/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "dispõe sobre aconversão em bolsas de estudo, pelos estasbelecimentos particulares de ensino superior, de parcela da renda líquida resultante da taxa de inscrição aoexame vestibular".
Projeto de Lei n9 6.014/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "dispõesobre a determinação de os fabricantes de cigarros indicarem, nos maços, osrespectivos teores de nicotina e alcatrão".
Ao Sr. Antônio Valadares:Projeto de Lei n95.913/82 - Do Sr. José Camargo - que "dispõe sobre
a realização de concurso público para a categoria funcional de Agente de Vigilância".
Projeto de Lei n95.940/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobrea adoção de critério específico na taxação de juros incidentes sobre contratosde financiamentos agrícolas, e dá outras providências".
Projeto de Lei n95.952/82 - Do Sr. Gomes da Silva - que "altera a diretriz da BR-222, integrante do Plano Nacional de Viação".
Projeto de Lei n95.953/82 - Do sr. Christiano Dias Lopes - que "altera o art. 576 da Consolidação das Leis do Trabalho, ampliando a composiçãoda Comissão de Enquadramento Sindical".
Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Ofício n9CN/167/81 - Do Presidente do Senado Federal- que enca
minha ofício com esclarecimentos sobre as Comissões Mistas, solicitando opronunciamento da Comissão de Constituição e Justiça sobre as ponderaçõesdo Sr. Líder do PDT quanto a composição daquelas Comissões".
Projeto de Lei n9 5.978/82 - Do Poder Executivo - Mensagem n9094/82 - que "acrescenta parágrafo ao artigo 19 da Lei n9 5.161, de 21 de outubro de 1966, que autorizou a instituição da Fundação Centro Nacional deSegurança, Higiene e Medicina do Trabalho".
Ao sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n9 5.915/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "dispõe
sobre a celebração de convênio entre o IBDF e as municipalidades, para a finalidade que especifica".
Projeto de Lei n9 5.939/82 - Do Sr. Aurélio Peres - que "altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, dispondo sobre cleições sindicais",
Projeto de Lei n95.969/82 - Do Sr. Adhemar Santillo - que "autorizao Podcr Exccutivo a instituir a Faculdade Federal de Engenharia de Anápolis, no Estado de Goiâs".
Ao Sr. Claudino Sales:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9 1.062-A, de 1979,
que "dispõe sobre a venda aos servidores que menciona, dos imóveis funcionais por estes ocupados em Brasília".
Ao Sr. Francisco Rossi:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9956-A, de 1979, que
"estabelece a instância de recursos para os segurados beneficiários e assisti-
dos das sociedades de seguros privados e das entidades de previdência privada".
Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n95.926/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobre
a criação do Fundo Nacional de Casas do Estudante Carente, e dá outrasprovidências".
Projeto de Lei n9 5.944/82 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "acrescenta dispositivo it Lei n95.890, de 8 de junho de 1973, que modificou a legislação previdenciária do País".
Projeto de Lei n96.008/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobrea contribuição de aposentados para o custeio da assistência médica da previdência social".
Projeto de Decreto Legislativo n9 122/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem n9 471/81 - que "aprova o texto do ConvênioConstitutivo do Fundo Comum para Produtos de Base, concluído em Genebra, em junho dc 1980, e assinado pelo Brasil a 16 de abril de 1981, emNova Iorque".
Projeto de Decreto Legislativo n9 123/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem n9 549/81 - que "aprova o texto do Acordo entre oGoverno da República Federativa do Brasil e o Governo da República daFinlândia sobre Cooperação Econômica e Industrial, celebrado em Brasília, a5 de novembro de 1981".
Projeto de Decreto Legislativo n9 124/82 - Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem nQ 582/81 - que "aprova o texto do Acordo Básicode Cooperação Científica e Técnica entre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo do Reino da Arábia Saudita, concluído em Brasília, a13 de agosto de 1981".
Ao Sr. Harry Sauer:Projeto de Lei n95.959/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "autoriza o
Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Piracicabacom sede na cidade paulista de igual nome, e dá outras providências".
Projeto de Lei nQ 5.984/82 - Do Sr. Maurício Fruet - que "veda a exposição de decretos secretos e dá outras providências".
Projeto de Lei n95.992/82 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "tornafacultativa a contribuição patronal para a previdência social".
Ao Sr. Henrique Eduardo Alves:Projeto de Lei n9 5.906/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "cria um
seguro-pecúlio por morte, de policiais civis e militares, vítimas de agressão emfunção policial ou de segurança e dá outras providências".
Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei n95.702/81 - Do Sr. Siqueira Campos - que "estabelece
normas a serem cumpridas por empresas imobiliárias que anunciam a vendade imóveis mediante financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação".
Ao Sr. Joacil Pcreira:Redação para segunda Discussão do Projeto de Lei n9 861-A, dc 1979,
que "condiciona a concessão de incentivos fiscais somente às empresas quecomprovem ter os respectivos empregados participação em seus lucros".
Projeto de Lei n95.918/82 - Do Sr. Saramago Pinheiro - que "estendeaos ex-combatentes do Exército, das Marinhas de Guerra e Mercante, e daAeronáutica Militar, todos os direitos garantidos aos ex-combatentes segurados da Previdência Social pela Lei nO 5.698, de 31 de agosto de 1971".
Projeto de Lei n95.946/82 - Do Sr. Léo Simões - que "introduz alteração na Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de melhor definir oconceito de trabalho de igual valor".
Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n9 5.830/81 - Do Sr. Ruy Côdo - que "introduz alte
. rações na Lei dos Registros Públicos".Projeto de Lei n95.919/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "dispõe sobre
isenção de pedágio na Ponte-Rio-Niterói".Projeto de Lei n95.935/82 - Do Sr. José Frejat - que "acrescenta pará
grafos ao art. 465, da Consolidação das Leis do Trabalho para garantir aosempregados preferência no pagamento de seus salários".
Ao Sr. José Costa:Projeto de Lei n9 5.908/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduz
modificação na Lei n9 5.889, de 8 de junho de 1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural".
Projeto de Lei n95.910/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "acrescenta alínea "i" ao art. 3'1 do Decreto-lei n9 999, de 21 de outubro de 1969, que instituia Taxa Rodoviária Única, isentando os·proprietários de ônibus do pagamento da referida TRU".
2168 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Abril de 1982
Projeto de Lei nO 5.967/82 - Do Sr. Borges da Silveira - que "dispõesobre aposentadoria voluntária do servidor ocupante de cargo de nivel superior".
Projeto de Lei n95.985/82 - Da Sr~ Cristina Tavares - que "institui regime especial de fiscalização tributária sobre dirigentes públicos".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nO 5.763/81 - Do Sr. João Menezes - que "institui o Có
digo Rura'''.Projeto de Lei n95.938/82 - Da Sr~ Lúcia Viveiros - que "dispõe sobre
a criação de Escola Técnica Federal de Santarém".Projeto de Lei n95.971/82 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "dispõe sobre
a concessão de incentivos fiscais a empreendimentos relacionados com a navegação Ouvial na Região Amazônica".
Projeta de Lei nO 5.973/82 - Do Sr. Ioel Ferreira - que "estabelece beneficios para a quitação de débitos previdenciários, dos segurados, de valoraté Cr$ 299.000,00".
Ao Sr. Lidovino Fanton:Projeto de Lei nO 5.927/82 - Do Sr. José Frejat - que "proíbe a venda
de empresa em débito de salários com seus empregados".Projeto de Lei n9 5.933/82 - Do Sr. Magnus Guimaràes - que "trans
forma o Crédito Educativo em Programa de Bolsas de Estudo".Projeto de Lei n9 5.974/82 - Do Sr. José Frejat - que "dispõe sobre a
participação de representantes oposicionistas em missão oficial ao exterior".Projeto de Lei n9 5.983/82 - Do Sr. José Frejat - que "dispõe sobre
atas internacionais firmados pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios".
Projeto de Lei n95.99 I182 - Do Sr. Francisco Libardoni - que "dispõesobrc a redução do número de especialidades farmacêuticas, c determina outras providências".
Ao Sr. Luiz Leal:Projcto de Lci n9 5.955/82 - Do Sr. Tertuliano Azevedo - que "altera
a redação do caput do art. 629 da Consolidação das Leis do Trabalho".Projeto de Lei nO 5.963/82 - Do Sr. Rosemburgo Romano - que "dis
põe sobre prorrogação do prazo de vencimento de títulos de crédito, nos casos que especifica".
Projeto de Lei n' 5.999/82 - Do Sr. Rosemburgo Romano - "isenta dopagamento os primeiros dez metros cúbicos de água fornecidos e de esgotoscoletados".
Projeto de Lei Complementar n9 267/82 - Do Sr. Rosemburgo Romano - que "isenta do IPTU quem edificar em terreno de sua propriedade".
Ao Sr. Marcello Cerqueira:Redação para segunda Discussão do Projeto de Lei n? 4.196-A, de 1980.
que "modifica a redação do art. 20 da Lei nQ 5.869, de I1 de janeiro de 1973- Código de Processo Civil".
Projeto de Lei n95.909/82 - Do Sr. Mac Dowcll Leite de Castro - que"introduz alteração da vigente Consolidação das Leis do Trabalho, ampliando para (5) cinco o número de dias em que o empregado pode falüllf ao trabalho por motivo de casamento".
Projeto de Lei no 5.9l4/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que"acrescenta dispositivo à vigente Consolidação das Leis do Trabalho, visando estabelecer a obrigatoriedade de um rodízio em favor do tripulante de navios, nas condições que especifica".
Ao Sr. Márcio Macedo:Projeto de Lei n9 5.925182 - Do Sr. Pedro Faria - que "cria o Dia do
Fonoaudiólogo Brasileiro".Projeto de Lei n95.961/82 - Do Sr. Mac Dowell Leite de Castro - que
"acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho".Projeto de Lei n9 5.989/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "altera o art.
602 da Lei n? 5.869, de I I de janeiro de 1973, com as alterações introduzidaspela Lei n95.925. de 19 de outubro de 1973, que institui o Código de ProcessoCivil".
Ao Sr. Miro Teixeira:Projeto de Lei n9 5.929/82 - Do Sr. Ruy Côdo - que "estabelece nor
mas para a realização do concurso vestibular".Projeto de Lei n? 5.934/82 - Do Sr. Celso Peçanha - que "altera a re
dação do Decreto-lei nO 1.737, de 20 de dezembro de 1979. que disciplina osdepósitos de interessc da administração pública efetuados na Caixa Econômica Federal".
Projeto de Lei n9 5.975/82 - do Sr. Peixoto Filho - que "altera o valordo salário-família do servidor público".
Projeto de Lei n? 5.982/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "estabelececondições para internamento de menores de 18 anos em Hospitais e Casas de
Saúde convenentes com o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), e dá outras providências":
Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Lei n9 5.902/82 - Do Sr. Gióia Júnior - que "proíbe a ven
da de cigarros e demais derivados do fumo aos menores de 18 anos".Projeto de Lei n9 5.903/82 - Do Sr. Erasmo Dias - que "estabelece a
obrigatoriedade dc os órgãos da Administração Federal firmarem convêniocom a Previdência Social, para atendimento ambulatorial de seus servidores edependentes".
Projeto de Lei n9 5.921/82 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "autoriza oPoder Executivo a criar um Fundo para o alistamento Eleitoral".
Projeto de Lei n9 5.948/82 - Do Sr. Gióia Júnior - que "altera a redação do parágrafo único do art. 79 da Lei no 5.692, de 11 de agosto de 1971,que fixa diretrizes e Bases para o ensino de 19 e 29 graus, e dá outras providências'?,
Projeto de Lei n96.001/82 - Do Sr. José Camargo - que "dispõe sobrea identificação de recém-nascidos".
Ao Sr. Nelson Morro:Projeto de Lei n9 5.960/82 - Do Sr. Léo Simões - que "regulamenta a
profissão dos que exercem atividades turfísticas".Projeto de Lei Complementar n? 264/82 - Do Sr. Va1dmir Belinati
que "acrescenta parágrafo ao art. 49 da Lei Complementar n926, de I I de setembro de 1975, para permitir o saque das importâncias creditadas nas contasdos participantes do Programa de Integração Social - PIS. no caso de desemprego que especifica".
Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 6.016/82 - Do Poder Executivo - Mensagem n9
127/82 - que "altera o valor da retribuição dos cargos que especifica, constantes do Anexo I do Decreto-lei n9 1.902. de 22 de dezembro de 1981".
Ao Sr. Osvaldo Macedo:Projeto de Lei n9 5.937/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "acrescenta
parágrafo único ao art. 19 da Lei n96.539, de 28 de junho de 1978 que dispõesobre a representação judicial das entidades do Sistema Nacional de Previdência Social nas comarcas do interior do País e a sua representação administrativa nos mun'ícípios onde não possua órgão próprio".
Projeto de Lei n95.947/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "acrescentadispositivo à Lei n94.024, de 20 de dezembro de 1961, que fixa as diretrizes daeducação nacional".
Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n',' 5.899/82 - Do Sr. Antônio Amaral - que "concede
às empregadas domésticas. como tal definidas na Lei n9 5.859, de 11 de dezem bro de 1972. o benefício do salário-maternidade nos termos previstos naLei n° 6.136, de 7 de novembro de 1974".
Projeto de Lei n9 5.9 11/82 - Do Sr. Jorge Arbage - que "autoriza aCaixa Econômica Federal a financiar a aquisição dc veículos pelos motoristasprofissionais, nas condições que especifica".
Projet.o de Lei n95.968/82 - Do Sr. Álvaro Valle - que "introduz alteraçào na Lei nl' 5.988. de 14 de dezembro de 1973, que regula os direitos autorais".
Ao Sr. Pimenta da Veiga:Projeto de Lei n9 5.917/82 - Do Sr. Edson Vidigal - que "dá nova re
dação ao § 29 do art. 59 e revoga o art. 60 da Consolidação das Leis do Trabalho, permitindo que as partes envolvidas em um pacto laboral possam contratar diretamente a prorrogação da jornada de trabalho".
Projeto de Lei n9 5.945/82 - Do Sr. Mac DoweIl Leite de Castro - que"introduz alteração na Consolidação das Leis do Trabalho, na parte concernente à remuneração pelo trabalho noturno".
Projeto de Lei n95.966/82 - Do Sr. Sérgio Ferrara - que "dispõe sobreprazos de inscrição em concursos ou provas de habilitação da União, sua&,autarquias. empresas públicas e entidades mistas, e dá outras providências".
Projeto de Lei n9 5.998/82 - Do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "acrescenta dispositivo à Lei n9 4.090, de 13 de junho de 1962, que instituiu aGratificação de Natal".
Projeto de Lei n9 6.009/82 - Do Sr. Lúcio Cioni - que "autoriza o Poder Executivo à instituir a Fundação Universidade Federal de Umuarama,com sede na cidade de Umuarama, Estado do Paraná".
Ao Sr. Tarcísio Delgado:Projeto de Lei n9 5.897/82 - Do Sr. Peixoto Filho - que "dá nova re
dação à letra c do artigo 19 da Lei n99I, de 28 de agosto de 1935, estendendo aexigéncia de gratuidade aos cargos dos Conselhos Fiscais, deliberativos e consultivos das sociedades declaradas de utilidade pública".
Projeto de Lei n9 5.958/82 - Do Sr. Brabo de Carvalho - que "introduz alterações na Lei nO 6.210, de 4 de junho de 1975, atribuindo novos be-
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sáhado 17 2169
nefícios aos aposentados da Previdência Social que voltam a trabalhar sob oregime da Lei n9 3.807/60".
Projcto de Lei n9 5.988/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "introduzalteração no código Nacional de Trânsito (Lei n95.108, de 21 de setembro de1966), para o fim de permitir o uso de anúncios publicitários em veículos dealuguel destinados ao transporte individual de passageiros (táxis)".
Projeto de Lci n9 5.997/82 - Do Sr. Pacheco Chaves - que "altera dispositivo do Decreto-lei n9 1.873, de 27 de maio de 1981, que dispõe sobre aconcessão de adicionais de insalubridade e da periculosidade aos servidorespúblicos federais, e dá outras providências".
Projeto de Lei n96.013/82 - Do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de definir como empregado o representante comercial nas condições que especifica".
Ao Sr. Ulisses Potiguar:Projeto de Lei n9 5.912/82 - Do Sr. Adalberto Camargo - que "insti
tui o Mauá como unidade monetária brasileira, e determina outras providências".
Projeto de Lei n9 5.950/82 - Do Sr. Josias Leite -que "concede anistiaaos estabelecimentos farmacêuticos penaliza'dos pela SUNAB, e dá outrasprovidências".
Projeto de Lei n95.970/82 - Do Sr. Samir Achôa - que "altera a Lei n9
6.515, de 26 de dezembro de 1977, dispondo sobre a situação dos filhos napartilha de bens do casal separado".
Projeto de Lei n9 5.990/82 - Do Sr. José Camargo - que "institui oDia do Tratorista".
Projeto de Lei n9 6.005/82 - Do Sr. Osvaldo Melo - que "inclui, noConselho Consultivo da SUNAMAM, um representante das empresas de navegação interior".
Projeto de Lei n96.0 I1/82 - Do Sr. Saramago Pinheiro - que "altera aLei n9 6. I79, de I I de dezembro de 1974 (institui amparo previdenciário paramaiores de setenta anos de idade e para inválidos)".
Projeto de Lei Complementar n9 266/82 - Do Sr, Albérico Cordeiroque "isenta do Imposto sobre Serviço (ISS) as pessoas físicas exercentes dasatividades que especifica".
Brasília, 13 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribui.;ão
Em 15 de abril de 1982
Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Consulta S/N9/82 (Or. n° GP-0-415/82) - Do Sr. Presidente da Câmara
dos Deputados - que "solicita o pronunciamento da Comissão de Constituição e Justiça, nos termos do § 49 do artigo 28 do Regimento Interno, sobreo prazo de duração do mandato de Presidente de Comissão Permanente, ematendimento à indagação formulada pelo Presidente da Comissão de Defesado Consumidor".
Brasília, 15 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado Afrísio Vieira Lima, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Redistribuição
Em 12 de março de 1982
Ao Deputado Adhemar Santillo:Projeto de Lei n9 4.368/81 - Do Sr. Paulo Lustosa - que "institui o
seguro-saúde nas condições que especifica".Projeto de Lei n94.491/81- Do Sr. José Camargo - que "altera o Có
digo Civil na parte referente ao casamento sob regime obrigatório da sepa-ração de bens". .
Ao Deputado Antônio Dias:Emendas oferecidas em plenário ao Projeto de Lei n9 2.441-A, de 1979,
que "visa amparar a cultura artística popular através de bandas de música, edá outras providências".
Ao Deputado Claudino Sales:Projeto de Lei n9 3.326/80 - Do Sr. Juarez Furtado": que "veda a
aquisição de empresas nacionais por grupos estrangeiros, e dá outras providências".
Ao Deputado Christiano Dias Lopes:Projeto de Lei Complementar n9 218/81 - Do Sr. Feu Rosa - que "a
tribui aos magistrados as vantagens previstas na legislação estadual que visembeneficiar a todos os funcionários".
Ao Deputado Gomes da Silva:Projeto de Lei n9 2.532/79 - Do Sr. Jackson Barreto - que "dispõe
sobre aforamento de terrenos da União situados no Município de Aracaju,Estado de Sergipe".
Projeto de Lei n93.270/80 - Do Sr. Pedro Corrêa - que "dispõe sobreaforamento de terrenos de marinha ou acrescidos de m·arinha".
Projeto dc Lci n93.333/80 - Do Sr. Inocêncio Oliveira - que "obriga aAdministração Federal Direta e Indireta a pagar quinzenalmente aos seusservidores".
Ao Deputado Isaae Newton:Projeto de Lei n92.714/80 - Do Sr. Maurício Fruet - que "subordina
a instalação de usinas nucleares à prévia aprovação da população local, através de plebiscito".
Projeto de Lci n93.633/80 - Do Sr. Mae Dowell Leite de Castro - que"autoriza as empresas a deduzirem do imposto de renda as importâncias correspondentes aos aumentos concedidos espontaneamente a seus empregados".
Ao Deputado Joacil Pereira:Projeto de Lei nO 4.579/81 - Do Sr. Heitor Alencar Furtado - que "es
tende os benefícios da Lei n9 I.l34, de 14 de junho de 1950, que "faculta representação perante as autoridades administrativas e a justiça ordinária aosassociados de classes que especifica" às entidades que menciona".
Projeto de Lei n9 4.734/81 - Do Sr. Peixoto Filho - que "autoriza oPoder Executivo a criar nos quadros do Serviço Público a função de psicólogo".
Ao Deputado Jorge Arbage:Projeto de Lei Complementar n9 119/80 - Da Sra. Cristina Tavares
que "revoga o item X do art. 49 e o caput, e o seu parágrafo único, do art. 79da Lei Complementar n9 25, de 2 de julho de 1975, que estabelece critérios elimites para a fixação da remuneração de vereadores, com a redação dadapela Lei Complementar n9 38, de 13 de novembro de 1979".
Projeto de Lei nQ 3.977/80 - Do Sr. Freitas Nobre - que "dá nova redação ao art. 89, da Lei n94.215, de 27 de abril de 1963 - Estatuto da Ordemdos Advogados do Brasil - dispondo sobre direitos do advogado".
Projeto de Lei n9 4.235/80 - Do Sr. Carlos Chiarelli - que "modificaos artigos 49,99. 10, 13 e 15 da Lei n9 6.515, de 25 de dezembro de 1977, dispondo sobre a guarda dos filhos e o seu direito de manifestação da preferência face a separação dos pais".
Projeto de Lei n94.423/81 - Do Sr. José Freire - que "revoga dispositivo da Lei n9 4.215, dc 27 de abril de 1963, que dispõe sobre o Estatuto dosAdvogados do Brasil".
Projeto de Lei n" 4.880/81 - Do Sr, João Arruda - que "altera a Leisobre desapropriações por utilidade pública".
Projeto de Lei n" 4.915/81 - Do Sr. Audálio Dantas - que "proíbe acaça, em todo o território nacional, pelo prazo de cinco anos".
Ao Deputado Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 4.845/81 - Do Sr. Carlos Nelson - que "dá nova de
nominação ao Prêmio Nacional de Ciéncia e Tecnologia".
Ao Deputado Waldir Walter:Projeto de Lei n9 3.350/80 - Do Sr. Telêmaco Pompei - que "dispõe
sobre a realização de plebiscito, a fim de apurar se o povo brasileiro é a favorou contra a pena de morte para os crimes cruéis contra a vida humana".
Projeto de Lei n'/4.443/81 - Do Sr. Walter Silva - que "acrescenta parágrafos ao art. 514 do Código de Processo Civil".
Projeto de Lei 094.791/81 - Do Sr. Mário Frota - que "proíbe a divulgação. em veículo de comunicação social, da fotografia do indiciado ou suspeito de crime ou contravenção, e dá outras providéncias".
Brasíli11, 13 de março de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário.
O Deputado Francisco Benjamim, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
Redistribui.;ão
Em 13 de abril de 1982Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 5.730/81 - Do Sr. Pedro Sampaio - que "dispõe
sobre a venda de ingressos padronizados e de bobinas de papel utilizadas nasmáquinas registradoras aos cinemas, por parte da EMBRAFILME".
Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n9 2.492/79 - Do Senado Federal - que "dá nova re
dação ao art. 225 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
2170 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Secão I) Abril de 1982
Decreto-lei n9 5.452, de IQ de maio de 1943, com as modificações da Lei nº6.637, de 8 de maio de 1979".
Brasília, 13 de abril de 1982. - Ruy Ornar Prudêncio da Silva. Secretário.
COMISSÃO DE ECONOMIAAta da 1~ Reunião Extraordinária. Realizada na
4~ Sessão Legislativa, da 9' Legislatura, em17 de março de 1982.
Aos dezessete dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois, àsdez horas e quarenta e cinco minutos, a Comissão de Economia, Indústria eComércio realizou sua Primeira Reunião Extraordinária, para eleição do seuPresidente e Vice-Presidentes, sob a Presidência do Senhor Deputado Marcondes Gadelha. Compareceram os Senhores Deputados Juarez Batista, Arnaldo Schmitt, Igo Losso, João Clímaco, Pedro Sampaio, Aldo Fagundes,Hélio Duque, João Arruda, Ralph Biasi, Getúlio Dias, João Alberto, Alberto
,Goldman, Pacheco Chaves, Flávio Chaves, Santilli Sobrinho, Alberto Hoffmann, Sebastião Rodrigues, Cardoso de Almeida, Celso Carvalho e CelsoPeçanha, Aberta a reunião o Senhor Deputado Walber Guimarães, na qualidade de Vice-Líder do PMDB, pede a palavra para comunicar oficialmente àMesa os nomes dos candidatos do seu partido colocados à eleição. Em seguida, o Senhor Presidente anuncia os nomes dos candidatos. À Presidência: Deputado Hélio Duque - PMDB - do Paranâ; à Primeira Vice-Presidência,Deputado Celso Peçanha - PTB - do Rio de Janeiro; à segunda VicePresidência, Deputado Alberto Hoffmann - PDS - do Rio Grande do Sul.Solicita a palavra o Senhor Deputado João Clímaco, para comunicar que foiconvidado pelo seu Partido - PDS - para candidato à Vice-Presidência,mas que desistia em favor do Senhor Deputado Alberto Hoffmann. Pede apalavra o Senhor Deputado Getúlio Dias do PDT do Rio Grande do Sul, eagradece a sua indicação para a Vice-Presidência, e comunica sua desistênciaem favor do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB -, representado na pessoa do Deputado Celso Peçanha. Feita a chamada para a votação, votaramdezenove Senhores Deputados. O Senhor Presidente convida os Senhores Deputados Igo Losso e Santilli Sobrinho para servirem de escrutinadores, dandoinício à apuração, que resultou no seguinte: - Para Presidente, DeputadoHélio Duque (PMDB) - dezoito votos; em branco - um voto. Para o Primeiro Vice-Presidente: Deputado Celso Peçanha - dezesseis votos; em branco - três votos. Para Segundo Vice-Presidente: Deputado Alberto Hoffmann- dezoito votos; em branco - um voto. Proclamados os eleitos, o SenhorDeputado Marcondes Gadelha elogiou o novo Presidente, Senhor DeputadoHélio Duque, dizendo-o um grande pesquisador, enaltecendo "sua alta qualificação, assiduidade e empenho onde quer que se discuta problemas econômicos, seja no Plenário da Comissão ou nesta Casa como um todo". Relembraque "o ano de 1981 foi um ano pré-eleitoral e penoso para o pleno funcionamento desta Comissão", e pede o apoio dos demais colegas para os SenhoresDeputados que acabam de ser elcitos para a nova Mcsa. Parabeniza seuscompanheiros, os Senhores Deputados Arnaldo Schmitt e Igo Losso, quecom ele compuseram a Mesa de 1981, agradecendo o apoio neles encontrado.Agradece, também, aos Scnhores Membros dcste Órgão Técnico a colaboração recebida durante sua gestão, e a todos os funcionários da Comissão, representados por sua Secretária. O Senhor Deputado Marcondes Gadelhapassa a Presidência da Comissão ao Presidente eleito, Deputado Hélio Duque, que toma a palavra e agradece a confiança nele depositada; que se sentehonrado em suceder o Senhor Deputado Marcondes Gadelha. Enaltece o trab:;t1ho realizado por seu antecessor na direção deste Órgão Técnico, ressalta,em especial, a realização e organização, em agosto de 1981, do Simpôsio "Alternativas para crise Econômica Nacional", onde Personalidades significativas da nossa Sociedade Brasileira, no campo econômico, político e social, expuseram teses altamente importantes relacionadas com o momento atual brasilciro. Que à frente da Comissão, ajudado pelos colegas com ele eleitos, osSenhores Deputados Celso Peçanha e Alberto Hoffmann, pretende superar asdificuldades que a Presidência encontrará neste ano eleitoral, e "procurarápensar e trabalhar nos problemas que atingem economicamente o Homem",desejando, ao final, uma forte justiça social. Terminando seu pronunciamento, cede a palavra ao Senhor Deputado Ralph Biasi, que enaltece a Presidência do Senhor Deputado Marcondes Gadelha, como tendo realizado um trabalho bastante importante no ano passado, cumprimenta a Mesa eleita e solicita informações do Senhor Deputado Marcondes Gadelha sobre as providências tomadas junto à Mesa da Câmara, acerca dos Requerimentos por elecolocados e aprovados na última reunião ordinâria, realizada no mês de dezembro, sobre a vinda a esta Comissão dos Senhores Doutor Benedito Moreira, Diretor da CACEX, para "prestar esclarecimentos referentes ao Decretopublicado em 26/6/81, pelo Governo Mexicano, exigindo "Permisso Prévio"para importação de produtos enquadrados nas diferentes posições "ALALC/ALADI", e Doutor José Diaz Mirabel, Presidente da Câmara de Co-
mércio da República de Cuba, para "expor sobre as possibilidades de Comércio entre Cuba e o Brasil". O Senhor Deputado Marcondes Gadclha informaque as providências já foram tomadas junto à Mesa da Casa, que o SenhorDeputado Ralph Biasi será comunicado assim que houver uma resposta, peloSenhor Deputado Hélio Duque. Nada mais havendo a tratar, às onze horas cdezessete minutos, o Senhor Presidente encerra a reunião. E, para constar, eu,Delzuitc Macedo de Avelar, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à Publicação.
Distribuição
Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado Hélio Duque
Em 12 de abril de 1982
Ao Senhor Deputado Herbert Levy:Projeto Decreto Legislativo nº 122/82 - (Mensagem nº 471/81)
Aprova o texto do Convênio Constitutivo do Fundo Comum para Produtosde Base, concluído em Genebra, em junho de 1980, e assinado pelo Brasil a 16de abril de 1981, em Nova Iorque. - Autor: Comércio Relações Exteriores.
Ao Senhor Deputado Ricardo Fiuza:Projeto Decreto Legislativo n9 123/82 - (Mensagem n9 549/81) -
Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Bra\ si! e o Governo da República da Finlândia sobre Cooperação Econômica e\ Industrial, celebrado em Brasilia, a 5 de novembro de 1981. - Autor: Comér
)(;Cio Relações Exteriores.';' Ao Senhor Deputado Ralph Biasi:
Projeto de Lei n9 407/79 - Dispõe sobre o monopôlio de importação dematérias-primas na fabricação de medicamentos. - Autor: Deputado Gerson Camata.
Ao Senhor Deputado Aldo Fagundes:Projeto de Lei n9 1.714/79 - Transfere para o Banco Nacional da Habi
tação os débitos, em atraso com o Sistema Financeiro da Habitação, de mutuários com renda mensal familiar de um a três salários mínimos. Autor: Deputado Francisco Libardoni.
Ao Senhor Deputado João Alberto:Projeto de Lei nº 3.708/80 - Altera a redação do art. 49 da Lei n95.107,
de 13 de setembro de 1966, para fixar a capitalização dos juros dos depôsitosfeitos nas contas vinculadas a que se refere o art. 29 da mesma lei, segundo faixas de salário dos empregados. - Autor: Deputado Marcelo Cordeiro.
Ao Senhor Deputado Flávio Chaves:Projeto de Lei n9 4.114/80 - Isenta de juros e correção monetária prO
messas de comrpa e venda outorgadas por entidades do Sistema Financeirode Habitaçào. - Autor: Deputado Hcnrique Eduardo Alves.
Ao Senhor Deputado Paulo Lustosa:Projeto de Lei n9 4.722/81 - Acrescenta § 69 ao art. 42 da Lei n95.108,
de 21 de setcmbro de 1966 (Código Nacional de Trânsito), dispondo sobreaferições dos taxímetros e alterações tarifárias dos veículos de aluguel, destinados ao transporte individual de passageiros. - Autor: Deputado SamirAchoa.
Ao Senhor Deputado Igo Losso:Projeto de Lei n9 5.323/81 - Dispõe sobre prazos de carência e resgate e
redução de taxa de juros para financiamentos destinados a empreendimentosimobiliários com previsão de acesso para deficientes físicos. - Autor: Deputado Antônio Russo.
Ao Senhor Deputado Alberto Hoffmann:Projeto de Lei n9 3.568/80 - Institui o Programa de Reequipamento e
Apoio às Pequenas e Médias Comunidades, (PROCON) atribui ao Conselhode Desenvolvimento Social a competência de elaboração e aprovaçã;'dosplanos específicos e dâ outras providências. - Autor: Deputado Pedro Coliil.
Brasília, 12 de abril de 1982. - Delzuite Macêdo de Avelar. Sccretária.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Ata da 3- Reunião Ordinária, realizada em17 de março de 1982
Reunião de Eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes
Aos dezessete dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,em sua sala no Palâcio do Congresso, às dez horas, reuniu-se a Comissão deEducação e Cultura, a fim de proceder à eleição de seus Presidente e VicePresidentes para a quarta sessão legislativa da 9' legislatura. De acordo com olivro de presença compareceram os seguintes deputados: Rômulo Galvão,'Lygia Lessa Bastos, Salvador Julianelli, Álvaro Dias, Darcílio Ayres, JairoMagalhães, Murillo Mendes, Bezerra de Melo, Francisco de Castro. EvandroAyres de Moura, Daniel Silva, Octacílio Almeida, Carlos SanfAna, José Maria de Carvalho, Alcir Pimenta, João Faustino, Braga Ramos, Leur Lomanto, Luiz Baptista e Hydeckel Freitas. O Sr. Presidente, Deputado Rômu!o
Abril de 1982 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Sábado 17 2171
Galvão, após constatar a existência de quorum legal, declarou abertos os trabalhos. Deu início ao pr9cesso de votação, por meio de chamada nominal ;:colocação de cédulas na urna. Responderam à chamada e votaram os seguintes deputados: Bezerra de Melo, Braga Ramos, Darcílio Ayres, João Faustino, Leur Lomanto, Lygia Lessa Bastos, Rômulo Galvão, Salvador Julianelli,Álvaro Dias, Daniel Silva, José Maria de Carvalho, Luiz Baptista, Rosemburgo Romano, Evandro Ayres de Moura, Hydeckel Freitas, Jairo Magalhães, Alcir Pimenta, Carlos Sant'Ana, Murillo Mendes e Octacílio Almeida.Aberta a urna, coincidindo o número de sobrecartas com o númro de volantes, deu-se início à contagem, apurando-se o seguinte resultado: para Presidente, Deputada Lygia Lessa Bastos (PDS - RJ), 20 votos. Para VicePresidentes, Deputados João Faustino (PDS - RN), 19 votos, e José Mariade Carvalho (PMDB - RJ), 19 votos. Dois votos em branco. O resultado foiacolhido com palmas. A seguir, os recéIiI-eleitos foram convidados a compora Mesa. O Deputado Rômulo Galvão agradeceu a colaboração dos companheiros e fez um relato das atividades desenvolvidas pela Comissão, durantesua Presidência. Com a palavra, a Deputada Lygia Lessa Bastos agradeceu aconfiança e amizade demonstradas pelos Membros da Comissão, com a escolha de seu nome para a Presidência deste Órgão Técnico e, a seguir, traçou oseu plano de trabalho para a presente sessão legislativa. Encerramento: nadamais havendo a tratar, a senhora Presidente encerrou a presente reunião àsonze horas e trinta minutos. E para constar eu, Tasmânia Maria de BritoGuerra, Secretária, lavrci a presente Ata que, lida e aprovada, será assinadapela Sra. Presidente e publicada no Diário do Congresso Nacional.
Termo de Reuniào
Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta e dois,a Comissão de Educação e Cultura deixou de reunir-se, por não existir matéria para a Ordem do Dia.
Estivcram presentes os Senhores Deputados Lygia Lessa Bastos, Presidente: Joào Faustino, Vice-Presidente: Alvaro Valle, Braga Ramos, José Torres, Leur Lomanto, João Hereulino, Dareílio Ayres, Caio Pompeu, ÁlvaroDias. Salvador Julianelli, Luiz Baptista, José Maria de Carvalho, Franciscode Castro e Rômulo Galvão.
E para constar, eu, Tasmânia Maria de Brito Guerra, Secretária, lavrei opresente Termo, que será enviado à publicação no Diário do Congresso Nacional.
COMISSÃO DE FINANÇAS
Ata da Quarta Reunião Ordinária, realizadano dia quatorze de abril de 1982
Às dez horas do dia quatorze de abril de mil novecentos e oitenta e dois,na Sala n9 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência doSenhor Deputado Jorge Ferraz, presentes os Senhores Deputados HildéricoOliveira e Christóvam Chiaradia, Vice-Presidentes. Honorato Vianna, JoséCarlos Fagundes, Athiê Coury, Fernando Magalhães. Jader Barbalho, .JoiíoCunha, Leorne Belém, Vicente Guabiroba. Luiz Baccarini, Ruy Côdo e Olivir Gabardo, reuniu-se a Comissiío de Finanças. A Ata da reunião anteriorfoi aprovada por unanimidade. Ordem do Dia: 1) Projeto de Lei n9 3.075/80- do Sr. Lúcio Cioni - que "assegura aos Ministros de Religião e aosMembros de Congregação Religiosa o direito de inscrever'~m para fins de assistência e previdência social todo o tempo de exercício das funções religiosas,a contar da data de ordenação ou investidura". Relator: Deputado AthiêCoury. Parecer: pela prejudicialidade, lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccarini.Em votaçào, foí aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. Projeto de Lei n'i 3.128/80~ do Sr. Pacheco Chaves - que "altera a redação do art. 29 da Lei J1~ 5.8<)0, de 8 de junho de 1973. que alterou a legislação de previdência social"·. Relator: Deputado Athiê Coury. Parecer: pela rejeição, lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccarini. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relutor. Vai 11Coordenaçào de Comissões Permanentes. Projeto de Lei n~ 3.527/80 - doSr. Ruy Côdo - que G';a1toriza ar, universidades a cfiaT o Curso de FonnaçtlOde Instrutores de Fanfarra, Banda Marcial e Banda Musical". Relator: Deputado Athic Coury. Parecer: pela rejeição lido pelo Sr. Deputado Luiz Baccarini. Em 1/ota,;30. foi aprovado, conin! o voto do Sr. Deputado Ruy Coa0, oparecer do relator. Vai à Coordenação de Comissõe:; P"rrmmentes, 4) Projetode Lei n\' 1,146/79 - do Sr. Antonio Zacharias - que "dii;pôe sobm () rateiodos prêmios da Loteria Esportiva Federal". Relator: Deputado Leorne Be~
lém. Parecer: pela rejeição, Em votação foi aprovado por unanimidade (o purecer do relator. Vai à Coordenaçiio de Comissões Permllmmtes. 5) Projeto de;Lei n" 2.479/79 - do Sr. Adhemar de Barros Filho - que "dispõe sobre.) seguro de acidentes do trabalho a cargo do SlNPA5, e detc:rmin!i outras providências". Relator: Deputado Leornc Belém. Parecer: pela rejeiçiio. Em votação, foi aprovado por unanimidade o pnrecer do relator. Vai à Coord,,-
nação de Comissões Permanentes. 6) Projeto de Lei n9 5.107/81 - do Sr. Pacheco Chaves - que "dIspõe sobre a autorização para que as entidades públicas ou privadas de todo o País utilizem a sua eventual capacidade ociosa. deinstalações e de pessoal, em finalidades educativas". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundes. Parecer: pela rejeição. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer Jo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanen~
teso 7) Projeto de Lei n9 5.261/81 - do Sr. Henrique Eduardo Alves - que"altera dispositivo da Consolidação das Leis do Trabalho, para o fim de estabelecer vantagem remuneratória aos professores", Relator: Deputado RuyCôdo. Parecer: pela rejeição. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 8) Projetode Lei n9 5.295/81 - do Sr. Luiz Ceehinel - que "altera dispositivo doDecreto-lei n9 791, de 27 de agosto de 1969, para isentar do pagamento de pedágio os veículos de transporte de carga". Relator: Deputado Ruy Côdo. Parecer: pela aprovação. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 9) Projeto de Lein9 2.203/79 - do Sr. Juarez Furtado - que "autoriza a criação e o funcionamento da Faculdade Federal de Direito de Lages, e determina outras providências", Relator: Deputa0 Luiz Baccarini. Parecer: pela rejeição. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. lO) Projeto de Lei n9 3.932/80 - do Sr.Wilmar Guimarães - que "autoriza o Poder Executivo a criar a Companhiade Desenvolvimento do Vale do Araguaia - CODEVARA - e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Ruy Côdo. Parecer: pela aprovação, nostermos do substitutivo da Comissão do Interior. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. Encerramento: às dez horas e cinqüenta minutos. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e, para constar, eu, Jarbas Leal Viana,Secretário, lavrei a presente ata, que depois de aprovada, será assinada peloSr. Presidente.
O Sr. Deputado Jorge Ferraz, Presidente da Comissão de Finanças, fez aseguinte
Distribuição
Em 14 de abril de 1982
Ao Senhor Deputado Athiê Coury:Projeto de Lei nQ 1.690/79 - do Sr. Walter Silva - Inelui na lista de ser
viços a que alude o art. 89, do Decreto-lei n9 406, de 31 de dezembro de 1968,os prestados pelos profissionais autônomos de Relações Públicas.
Projeto de Lei n9 3.471/80 - do Sr. Walter Silva - Altera a redação daLei n9 5.107, de 13 de setembro de 1966, para permitir que o empregado optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, possa utilizarpor empréstimo parte do saldo de sua conta vinculada.
Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei nQ 1.955/79 (anexo o Projeto de Lei n~ 2.527/79) - do Sr.
Tarcísio Delgado - Introduz alterações na CLT e na Lei do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. criando incentivos destinados a assegurar traba~
lho e escola ao menor carente.Projeto de Lei n9 3.517/80 - do Senado Federal - altera li Lei n9 5.859,
de 11 de dezembro de 1972, para o fim de assegurar ao empregado àomlôsticoo direito ao saliirio mínimo.
e • Projeto de. Lei n,9, 4:675/81 - do SI'. Th~le:;, Ram[;~ho - Torna obri~atona a colocaçao do SImbolo InterTIi.lCIOnal ar;; p,eesso em todos os locms eservi(;os que possibilitt;m utilização por pessoas portadoras de deficiência e dáoutras providências.
Ao Senhor Deputado Hildêrico Oliveira:Projeto ele Lei nQ
- do Sr. Jorge Cury - Institui a Cadernetade Controle do Fundo de do Tempo de Serviço c dã outras provi-dências.
Ao Senhor Deputado José Carlos fagundcs:Projeto de Lei nQ óLü69/ilO - do SI'. Adhemar Ghisi - altera o item m
do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabs.lho, ampliam!o pura 3 (três)dia:'. o período em que o empregado poderá faltar ao s;;rviço por motivo dI,nascimento de filho.
Ao Senhor Deputado 01ivir Gabardo:Projeto [Ire Lei n" - da Sra. Cristina Tavares - A.crescenta
item e altera () § I" do ar!. 1~ Decreto~!ei n? 201, de 27 de fevcreiro de 1967,que dispõe sobre a resposabilidade dos Prefeitos e Vereadores.
1\0 Senhor Deputado Ruy Codô:Projeto de Lei ng 4.139/80 - do Sr. Gióia Júnior - Acrescenta disposi
tivo à Lei n9 3.807, de 16 de agosto de 1960 - Lei Orgànica da PrevidênciaSocial. -
Sala da CorniGi;~IO, I'I de abril de !982. - J <'lrG:ms lL~lIJ! VI::lilll, Secretário.
2172 Sábado 17 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1982
COMISSÃO DO INTERIOR
Ata da 3~ Reunião Ordinária, realizada em I? de abril de 1982
Ao I? (primeiro) dia do mês de abril do ano de 1982 (hum mil novecentose oitenta e dois) reuniu-se, em sala própria, a Comissão do Interior, presentesos seguintes senhores deputados: Manoel N ovaes, Presidente, Isaae Newton eNewton Cardoso, Vice-Presidente, Adauto Bezerra, Afro Stefanini, AlbéricoCordeiro, Álvaro Gaudêncio, Àngelo Magalhães, Alexandre Machado, Correia Lima, Cristino Cortes, Edison Lobão, Evandro Ayres de Moura, Henrique Brito, Inocêncio Oliveira, Josué de Souza, Lúcia Viveiros, Milton Brandão, Nagib Haickel, Osvaldo Coelho, Paulo Guerra, Vingt Rosado, VitorTrovão, Wanderley Mariz, Carlos Nelson, Délio dos Santos, Jackson Barreto, Jerônimo Santana, João Câmara, Jorge Moura, José Bruno, José CarlosVasconcelos, José Freire, Lúcio Cioni, Modesto da Silveira, Octacílio Queiroz, Ruben Figueiró, Tertuliano Azevedo e Baldacci Filho. Ata - Foi lida eaprovada, sem restrições, a Ata da reunião anterior. Ordem do Dia - Aoanunciar a Ordem do Dia o Sr. Presidente, Deputado Manoel Novaes, relata,para conhecimento dos senhores membros da Comissão do Interior e registrona Ata dos presentes trabalhos, o resultado de sua viagem à cidade de Salvador, na qualidade de representante do órgão técnico e da Câmara dos Deputados à reunião da SUDENE, juntamente com o Sr. Deputado Àngelo Magalhães. Informa o Sr. Presidente que a reunião foi aberta às 10:00 horas do dia30 de março de 1982, dela fazendo parte, além do Sr. Superintendente, Valfrido Salmito Filho e demais diretores da SUDENE, autoridades especialmenteconvidadas e o Conselho Deliberativo do órgão, de que fazem parte 10 (dez)governadores do Nordeste. Informa ainda o Sr. Presidente que o destaque dareunião foi o documento intitulado "Reivindicações ao Governo Federal naÁrea do Crédito Rurar', em que o Sr. Governador do Estado da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, encabeça a lista dos governadores presentes e quesubscreveram o referido documento. Trata-se de Memorial encaminhado àSUDENE, contendo vários itens, através dos quais o Nordeste reivindica queaquela Entidade obtenha "junto aos órgãos federais competentes, a adoçãode medidas especiais de assistência financeira aos agropecuaristas prejudicados pela seca, nos municípios cujo estado de emergência foi ou venha a ser decretado pelos governos estaduais. Diz o Sr. Presidente que, tendo em vistaque a Comissão do Interior está estreitamente ligada aos problemas regionais, principalmente àqueles vividos pela região nordestina, é de se considerarcomo dever inalienável dos membros deste órgão técnico juntarem seus esforços no sentido de transmitir aos ministros do interior, da Agricultura, doPlanejamento e da Fazenda, irrestrito apoio às reivindicações dos governadores do Nordeste. Determina que seja efetuada a leitura do Documento paraconhecimento c votação dessa sua proposta. Após a leitura e submetido à votação, é aprovada por unanimidade a proposta do Sr. Presidente. bem comoo inteiro teor das reivindicações. Em seguida, é aprovado, também, que sejatransmitida aos senhores ministros e governadores essa decisão da Comissãodo Interior, bem como, a transcrição do documento, vazado nos seguintestermos: "Reivindicações ao Governo Federal na Área do Crédito Rural Em decorrência da estiagem prolongada que assola diversos municípios nordestinos, sugerc-sc à SUDENE, obter junto aos órgãos federais competentes,a adoção das seguintes medidas especiais de assistência financeira aos agropeeuaristas prejudicados pela seca, nos municípios cujo estado de emergênciafoi ou venha a ser decretado pelos governos estaduais: a) prorrogação daprestação, juros e outros acessórios vencidos e vencíveis em 1982, referentes afinanciamentos rurais de custeio c/ou investimento, cujo pagamento seráexigivel no prazo de 1 (um) ano após o vencimento original do títwlo ou contrato, independentemente do porte do produtor; b) prorrogação das prestações, juros e acessórios de financiamentos rurais de custeio c invcstimento,vencíveis em 1983 e 1984 para reembolso no prazo de 2 (dois) e 3 (três) anosapós o vencimento original do título ou contrato desde que, com base nas informações disponíveis ou de vistorias a realiz;ar, se apure que a capacidade depagamento futura do mutuário tenha sido afetada pela estiagem; c) instituição de linha especial de crédito para obras de infra-estrutura, de conformidade com as seguintes condições: 1. Objetivos: criar oportunidades de emprego de mão-de-obra evitando o êxodo rural de trabalhadores e minifundiários;assegurar a melhoria das propriedades rurais, dotando-as de infra-estruturacapaz de tornâ-Ias mais resistentes às estiagens; 2. Beneficiários: agropecuaristas cujas propriedades estejam localizadas nos municípios atingidos pelaestiagem; 3. Finalidade: - o crédito destinar-se-á aos seguintes itens: I - fortalecimento de infra-estrutura hídrica das propriedades rurais, medianteconstrução e conservação de açudes e aguadas, tanques, irrigação, aberturade canais, instalação e perfuração de poços, cacimbões, barreiros, bcbedouros e aquisição de moto-bombas; II - destaca e preparo de terras para plantio de lavoura c pastagens; III - formação, limpeza e restauração de pastagens; IV - construção de galpões e pequenos armazéns destinados à guarda
de produtos rurais; V - formação de culturas forrageiras, especialmente asarbóreas e xerófilas; VI - implantação de lavouras permanentes; VII obras e serviços de conservação do solo e de outros recursos naturais; VIII construção de vias de acesso internas nas propriedades rurais; IX - construção de habitações rurais, até o limite de 50 MVR por unidade; X - construção ou reforma de cercas destinadas à divisão de propriedades, à proteçãode lavouras e à divisão de pastos. 4 - Utilização: em parcelas, exigindo-sc, apartir da segunda, comprovação de aplicação da parcela anterior. 5. Limitesde adiamento: Mini c Pequeno Produtor: 100%; Médio: 90%; Grande: 80%. 6.Juros: 12% (doze por cento) ao ano. 7. Prazo: até 12 (doze) anos, incluídos até4 (quatro) de caréncia. 8. Reembolso: em prestações iguais, após o prazo decaréncia, em função da época cm que o financiador auferir os rendimentosprovenientes de sua atividade rural; d) instituição de linha especial de créditopara a manutenção dos rebanhos. 1. Finalidade: custeio de pequenos, médiose grandes animais, na aquisição de rações, sais minerais e medicamentos veterinârios. 2. Juros: 12% (doze por cento) e prazo de 01 (um) ano. e) quitação,por conta do Governo Federal, dos compromissos de mini e pequenos produtores rurais, relativos a liberações efetuadas até 15-3-82, nos casos de: 1. financiamentos rurais de custeio e prestações de investimentos, vencidos ouvincendos em 1982, inclusivc juros c acessórios devidos até 30-6-82: 2. financiamentos de custeio de lavouras de ciclo superior a 1 (um) ano, inclusive juros e acessórios devidos até 30-12-82". Nada mais havcndo a tratar foi encerrada a reunião e, para constar, eu (Edson Nogueira da Gama), Secretário, lavrei a prcsentc Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente.
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIATermo de reunião
Aos trinta e um dias do mês de março de mil novecentos e oitenta t: dois,a Comissào de Minas c Energia deixou de reunir-se por falta de quorum.Compareceram os Senhores Deputados Horácio Matos, Jorge Vargas, Paulino Cícero de Vasconcellos, Walmor de Luca e Guido Arantes. Para constar,eu AlIia Felício Tobias, Secretária, lavrei o presente termo.
COMISSÃO DE SAÚDEAta da 2~ Reuniào Ordinária, realizada no dia 17 de março de 1982
Às nove horas do dia dezessete de março de mil novecentos e oitenta edois, sob a presidência do Senhor Deputado Mârio Hato, reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da Câmara dos Deputados nos termosda convocação do Senhor Presidente da Câmara, para eleição do Presidente eVice-Presidentes para a presente sessão legislativa. Compareceram os seguintes Senhores Deputados: Wilson Falcão, Euclides Scalco, Max Mauro, Waldmir Be1inati, José Frejat, Ubaldo Dantas, Jorgc Vianna, José de CastroCoimbra, Menandro Minahim, Pedro Corrêa, Borges da Silveira, CastejonBranco, Navarro Vieira Filho, Carlos Cotta, João Alves e Carneiro Arnaud.Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou aberta a reunião,convidando para servirem como escrutinadores os Senhores Deputados Wilson Falcão e Euclides Scalco. Em seguida procedeu-se à votação, após o que,computados os votos depositados na urna, num total de dezessete, que coincidiu com o número de votantes, foi constatado o seguinte resultado: Para Presidente: Deputado Ubaldo Dantas, com dezesseis votos favoráveis e um (I)em branco. Para Vice-Presidentes os Senhores Deputados Pedro Corrêa, doPDS e José Frejat, do PDT, ambos com dezesseis (16) votos favoráveis e um(1) em branco. Proclamado o resultado, o Senhor Presidente declarou-os empossados, convidando ao novo Presidente. Deputado Ubaldo Dantas, paratomar assento à Mesa. Usou ainda da palavra o Senhor Deputado Mário Hato, para agradecer a colaboração recebida dos colegas durante a sua atuaçãocomo Presidente, estendendo o agradecimento a todos os funcionários da Secretaria, na pessoa da Secretária da Comissão. Com a palavra o Senhor Deputado Ubaldo Dantas agradeceu aos colegas a confiança demonstrada aoelegê-lo para dirigir este órgão técnico na presente sessão legislativa, e conclamou a todos no sentido de unirem esforços para o bom desempenho de suasatribuições. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião. Para constar, eu, Iná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, Deputado Ubaldo Dantas.
Ata da 3ª Reuniào Ordinária, realizada no dia 25 de março de 1982
Às dez horas do dia vinte e cinco de março de mil novecentos e oitenta edois, reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da Câmara dosDeputados, sob a presidência do Senhor Deputado José Frejat. Compareceram os Senhores Deputados Euclides Scalco, Pedro Lucena, José de CastroCoimbra, Francisco Rollemberg, Max Mauro, Navarro Vieira Filho, Menandro Minahim, Ludgero Raulino, Wilson Falcão, Jorge Vianna e João Alves.Havendo número regimental, o Senhor Deputado José Frejat, Presidente emexercício, declarou aberta a reunião. ATA: Foi lida e aprovada sem emendas
J a Ata da reunião anterior. ORDEM DO DIA: 19) Projeto de lei n9 2.793/80,
Abril de 1982 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 17 2173
que "determina que a INTERBRÁS adquira toda a matéria-prima necessáriaà nossa indústria químico-farmacêutica". Relator, Deputado Euclides Scalco. Parecer favorável. Sem discussão, posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator. Segue à Comissão deFinanças. 29) Projeto de Lei n9 407/79, que "dispõe sobre monopólio de importação de matérias-primas na fabricação de medicamentos". Relator, Deputado Euclides Scalco. Parecer contrário. Não houve discussão. Submetidoà votação, foi o projeto rejeitado, por unanimidade, nos termos do parecer dorelator. Segue à Comissão de Economia, Indústria e Comércio. 39) Projeto deLei n9 1.627/79, que "institui o salário mínimo profissional dos farmacêuticose determina outras providências". Relator, Deputado Euclides Scalco. Parecer favorável com Substitutivo. Sem discussão, foi o projeto aprovado porunanimidade, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue oprojeto à Coordenação de Comissões Permanentes. 49) Projeto de Lei n9
2.227/79, que dispõe sobre o curso de formação e regulamenta a profissão depsicanalista". Relator, Deputado José de Castro Coimbra. Parecer contrário.Não houve discussão. Posto em votação, foi o projeto rejeitado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. 59) Projeto de Lei n93.546/80, que "proíbe a instalação e a ampliação da indústria de cigarros e assemelhados no Brasil". Relator, Deputado José de Castro Coimbra. Parecer favorável. Não houve discussão. Colocado em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação de Comissões Permanentes. 69) Projeto de Lei n9 4.391/81, que "introduz altcração no art. II da Lei n9 5.890, de 8de junho de 1973 que modificou a Lei Orgânica da Previdência Social". Relator, Deputado José de Castro Coimbra. Parecer favorável. Discutiram a matéria os Senhores Deputados José Frejat e Euclides Scalco. Posto em votação,foi o projeto apro"ado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator,que apresentou emenda. Segue à Conüssão de Trabalho e Legislação Social.79) Projeto de Lei n9 4.139/80, que "acrescenta dispositivo à Lei n9 6.807, de26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social". Relator, Deputado Max Mauro. Parecer favorável. Sem discussão, posto em votação, foi oprojeto aprovado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator, queadotou emenda apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça. Segue àComissão de Finanças. 89) Projeto de Lei n9 25-A/75 - Emenda Oferecidaem Plenário ao Projeto de Lei N9 25-A/75, que "altera a redação do artigo 57da Lei n9 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos e dá outras providências". Relator, Deputado Navarro Vieira Filho. Parecer contrário. A matéria foi discutida pelo Senhor Deputado Euclides Scalco. Posto em votação, foi o projeto rejeitado, por unanimidade, nos termosdo parecer do relator. Segue à Coordenação de Comissões Permanentes. 99)Projeto de Lei n9 3.315/80, que "disciplina a comercialização dos produtosdestinados à proteção contra radiações solares". Relator, Deputado NavarroVieira Filho. Parecer favorável, com Substitutivo. O Senhor Deputado JoséFrejat discutiu a matéria. Colocado em votação, foi o projeto aprovado, porunanimidade, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue àComissão de Economia, Indústria e Comércio. 109) Projeto de Lei n92.762/80, que "altera a redação dos §§ 19e 29 do art. 18 da Lei n93.268, de 30de setembro de 1957, que dispõe sobre os Conselhos de Medicina, e dá outrasprovidências". Relator, Deputado Dario Tavares. Parecer favorável, comSubstitutivo. O referido parecer foi lido pelo Senhor Deputado Euclides Scalco. Sem discussão, posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue à Comissão deTrabalho e Legislação Social. 119) Projeto de Lei n93.259/80, que "detêrminaobrigatoriedade de reações sorológicas para Doença de Chagas, antes dequalquer transfusão de sangue". Relator, Deputado Dario Tavares. Parecerfavorável. O parecer foi lido pelo Senhor Deputado Ludgero Raulino, quediscutiu a matéria. Posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade, nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. 129) Projeto de Lei n92.378/79, que "proíbe a propaganda pelaimprensa de remédios e produtos medicinais destinados ao consumo humano". Relator, Deputado Ludgero Raulino. Parecer favorável com Substitutivo., Discutiram a matéria os Senhores Deputados Euclides Scalco e NavarroVieira' Filho. Posto em votação, foi o projeto aprovado, por unanimidade,nos termos do Substitutivo apresentado pelo relator. Segue à Comissão deComunicações. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada areunião. Para constar, eu, 1ná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presenteAta que, lida e aprovada. será assinada pelo Senhor Presidente em exercício,Deputado José Frejat.
COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIALDistribuição
O Senhor Presidente da Comissão de Trabalho e Legislação Social fez,em 13-4-82, a seguinte Distribuição:
Ao Senhor Deputado Adhemar Ghisi: (Avocado)Projeto de Lei n9 5.356/81, do Sr. Victor Faccioni, que "Regulamenta as
profissões da área de processamento eletrônico de dados e dá outras providências".
Brasília, cm 13 de abril de 1982.
ERRATA
Na Ata da 82~ Reunião Ordinária, desta Comissão, realizada em 18 demarço de 1982, no item n9 10, onde se lê: 10) Projeto de lei n9 1.238/79, do Sr.Joel Vivas, que "Altera a redação do item I do art. 11 da Lei n9 3.807, de 26 deagosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social)". Relator: Senhor JorgeUequed. Parecer Favorável, nos termos do Substitutivo apresentado pelo Relator. O Senhor Amadeu Geara, pela ordem solicitou a anexação do Projetode Lei n93.745/80. do Sr. Peixoto Filho, que "Disciplina a autorga de pensãoaos beneficiários dos segurados da Previdência Social, e dá outras providências", por tratarem de matérias análogas. O Senhor Presidente, após consultar os Senhores Membros presentes, deferiu o pedido de anexação.
Leia-se:10) Projeto de Lei n9 1.238/79, do Sr. Joel Vivas, que "Altera
da Previdência Social, e dá outras providências", por tratarem de matériasanálogas. O Senhor Presidente, após consultar os Senhores Membros presentes, deferiu o pedido de anexação. Adiado.
Brasília, 2 de abril de 1982.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADAA APURAR AS CAUSAS E
CONSEQÜÊNCIAS DA FOME, DESNUTRIÇÃO E FALTA DE SAÚDENA POPULAÇ.40 DE BAIXA RENDA NO BRASIL
Termo de Reunião
Aos quinze dias do mês de abril de mil novecentos e oitenta e dois, a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas e conseqüências da fome, desnutrição e falta de saúde na população de baixa renda noBrasil deixou de realizar a reunião prevista por falta de número regimental.Compareceram o Senhor Deputado Júlio Martins, membro efetivo, e o Senhor Depoente, Durval de Araújo Gonçalves, da SUCAM (Superintendênciade Campanhas de Saúde Pública). Eu, Maria Teresa de Barros Pereira, Secretária, lavrei o presente termo que vai à publicação.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADAA APURAR IRREGULARIDADES,
DlSTORÇOES E DEFICIÊNCIAS NO FUNCIONAMENTODO ENSINO PAGO NO PAIs
Termo de Reunião
Aos doze dias do mês de novembro de mil novecentos e oitenta e um, aComissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar irregularidades, distorções e deí1ciências no funcionamento do ensino pago no País deixou derealizar a reuniào prevista por falta de número regimental. Compareceram osSenhores Deputados Edson Khair, Relator e Tarcisio Delgado, membro efetivo e o Senhor Depoente, Loadir Carlos Pazolini, Chefe do Departamentode Ensino da Escola Técnica Federal do Espírito Santo. Eu, Mariza da SilvaMata, Secretária, lavrei o presente Termo que vai à publicação.
Termo de Reunião
Aos quatorze dias do mês de abril de mil novecentos e oitenta e dois, aComissão Parlamentar do Inquérito destinada a apurar irregularidades, distorções e deficiências no funcionamento do ensino pago no País deixou derealizar a reunião prevista por falta de número regimental. Compareceram osSenhores Deputados Paulo Guerra, Vice-Presidente e Edson Khair, Relator.Eu. Mariza da Silva Mata. Secretária, lavrei o presente Termo que vai àpublicação.
-LIDERANÇAS
Cristina TavaresIranildo Pereira
Israel Dias-NovaesJoão LinharesJoão MenezesJorge Vianna
Louremberg NunesRocha
PDS
Vice-Líderes:
Líder:
Cantídio Sampaio
Vice-Líderes:
Marcello CerqueiraOsvaldo Macedo
Pedro IvoPeixoto FilhoRalph Biasi
Walber GuimarãesWalter Silva
Magnus Guimarães
PT
JG de Araújo .Jorge
PTB
Líder:
Alceu CoUares
Vice-Líderes:
Líder:
Airton Soares
Vice-Lider:
Freitas Diniz
Líder:
Jorge Cury
Vice-Líder:
Vilela de Magalhães
PDT
António MarizAudálio Dantas
Brabo de CarvalhoCarlos Cotta
J osias LeiteJoaci! Pereira
Alcides FranciscatoAlvaro ValleJúlio MartinsNelson MorroRuy Bacelar
Saramago PinheiroPaulino Cícerode Vasconcellos
Ney FerreiraAdolpho FrancoNosser Almeida
Carlos Sant'AnaPimenta da VeigaAdhemar Santillo
Alvaro Dias
Hugo MardiniAlípio Carvalho
Bonifácio de AndradaClaudino SalesEdison Lobão
Hugo NapoleãoJorge ArbageRicardo FiuzaDjaIma Bessa
Siqueira CamposCarlos AlbertoCarlos Chiarelli
Gióia JúniorJairo Magalhães
PMDB
Lider:
Odadr Klein
MESA
2.o-Secretário:
Carlos Wilson - PMDB
3.0 -Secretãrio:
José Camargo - PDS
4.0 -Secretãrio:
Paes de Andrade - PMDB
SUPLENTES
Simão Sessim - PDSJoel Ferreira - PDS
Lúcia Viveiros - PDS
Jackson Barreto - PMDB
l.o-Secretário:
Furtado Leite - PDS
Presidente:
Nelson Marchezan - PDS
1.0_Vice-Presidente:
Haroldo Sanford - PDS
2.°_Vice-Presidente:
Freitas Nobre - PMDB
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
Presidente: Pacheco Chaves - PMDBVice-Presidente: Bento Lobo - PMDBVice-Presidente: Pedro Germano - PDS
Mário MoreiraVago
Prisco VianaVingt Rosado2 vagas
PDS
PMDB
Paulo Torres2 vagas
PMDB
Suplentes
REUNIõES
3) COMISSAO DE COMUNICAÇAO
Quarlas e quintas-feiras, às 10 :00 horas
Local: Anexo rI - Sala 3 - Ramal 6295
Secretário: Ivan Roque Alves
Francisco RossiJosé de Castro
CoimbraNelson Morro
Titulares
Presidente: Edson Vidigal - PMDB
Vice-Presidente: Roberto Galvani - PDSVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB
Horácio OrtizJorge UequedOctacílio Queu'oz
Bento GonçalvesFernando CunhaMário Frota
Louremberg NunesRocha
Mário RatoPedro LucenaPimenta da VeigaRosemburgo RomanoSantilli SobrinhoUbaldo Dantas3 vagas
Henrique BritoHumberto SoutoJúlio MartinsOswaldo CoelhoPaulo LustosaPedro OorrêaPrisco VianaStoessel DouradoWildy ViannaVago
PDT
PMDB
Suplentes
PDS
REUNIOES
Getúlio Dias
Adhemax Santi1loArnaldo SchimidtErnesto de MarcoFrancisco CastroIsrael Dias-NovaesJoão CâmaraJorge VargasJorge Vianna
Afro StefaniniAlbérico CordeiroAlexandre MachadoAntonio DiasAntonio UenoArtenir WernerCorreia LimaDarcy PozzaEvaldo AmaralFrancisco Leão
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala n.o 11 - R. 6293e 6294
Secretário: José Maria de Andmde Córdoba
Titulares
PDS
João Carlos de CarliJoaquim GuerraJosé AmorimJúlio CamposLuiz RochaReinhold StephanesSaramago PinheiroSebastião AndradeTelêmaco PompeiVictor Fontana
COMISSOES PERMANENTES
1) COMISSAO DE AGRICULTURA EPOLlTICA RURAL
Diretor: Jolimar Corrêa Pinto
Local: Anexo II - Telefones: 224-2848 e213-6278 - Ramal 6278
Coordenação de Comissões Permanentes
Diretora: Silvia Barroso Martins
Local: Anexo II - Telefones: 224-5179 ePref. 213 - Ramais 6285 e 6289
Adolpho FrancoAntonio GomesAntonio MazurekCardoso de AlmeidaDelson ScaranoEmílio PerondiGeraldo BulhõesGerardo RenaultHugo Rodrigues
d'l. Cunha
Titulares
2) COMISSAO DE CleNCIA E TECNOLOGIA
Presidente: Pedro Faria - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDSVice-Presidente: Freitas Diniz - PT
PDS
Júlio MartinsMagno BacelarVieira da Silva
Samir AchôaMilton Figueiredo
l'TB
PMDB
Antônio MoraisCristina Tavares
Vago
AlcebiaJdes de OliveiraCarlos AlbertoGióia JúniorJorge Paulo
José Penl'doWalter de PráVago
PDS
Brasilio CaiadoCarlos EloyEspiridião Amin
Nivaldo KrügerLeite SchimidtMelo FreireMarcus CunhaPaulo RattesRenato AzeredoRonan TitoVago
PDT
PMDB
Eloy Lenzi
Antônio AnibelliCardoso AlvesCarlos BezerraCelso Carvalho·Ernesto Dall'OglioFrancisco LibardoniGeraldo FlemingIturival Nascimento
4) COMISSAO DE CONSTITUIÇAO EJUSTiÇA
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramal 6304
e 6300Secretário: Ivan Roque Alves
Presidente: Francisco Benjamin - PDSVice-Presidente: Nilson Gibson - PDSVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDB
Titulares
PDS
5) COMISSAO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Honorato ViannaNagib HaickelNereu GuidiRogério RegoVictor Trovão2 vagas
PTB
PDT
PMDB
Pacheco ChavesPinheiro MachadoSebastião Rodrigues
Júnior2 vagas
Vago
Airon RiosAlcides l:"ranciscatoAdolpho FrancoAntonio MazurekBatista MirandaCardoso de AlmeidaDiogo Nomura
Celso CarvalhoEuclides ScalcoHarry SauerJoão CunhaJuarez BatistaMac Dowell Leite
de Castro
Lidovino Fanton
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 4 - Ramal 6314Secretária: Delzuite Macedo de Avelar VilIas
Boas
SUjllentes
PDS
Rubem MedinaSalvador JulianelliSiqueira CamposTúlio Barcelos2 vagas
PMDB
Sebastião RodriguesJúnior
Ubaldo DantasWalber GuimarãesVago
PDT
Aécio CunhaAlbérico CordeiroJoão ArrudaPaUlo LustosaMendes de Melo
Daso CoimbraJorge UequedJorge VargasModesto da SilveiraNabor JúniorSamir Achôa
Presidente: Stoessel Dourado - PDSVice-Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Gerson Camata - PMDB
Titulares
PDS
REUNIOES
Terças, quartMe quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6308
Secretário: Ruy Ornar PrudênCio da SilvaJoão ArrudaManoel RibeiroRômulo Galvão'relmo Kirs t
PMDB
João GilbertoMarcello Cerqueira2 vagas
PTB
Suplentes
PDS
Fernando LyraCarlos AugustoAudálio Dantas
Vago
Alair FerreiraAntônio FerreiraAntonio ZachariasEdison Lobão
PDT
PTB
LidoVíno Fanton
Suplentes
Leur LomantoMendes de MeloRômulo GalvãoSalvador JulianelliVago
Mário MoreiraMurilo MendesOctacilio Almeida3 vagas
Norton MacedoNosser AlmeidaPedro GermanoRafael FaracoSimão SessimVieira da Silva
PDS
PDT
PDT
PMDB
Luiz BaptistaPaulo MarquesRaymundo UrbanoRosemburgo Romano
PMDB
Alvaro ValleBezerra de MeloBraga RamosDarcílio AyresJosé Torres
Antonio ValadaresBonifácio de AndradaBrasílio CaiadoEvandro Ayres de
MouraHydeckel FreitasJairo Magalhães
7) COMISSAO DE EDUCAÇAO E CULTURA
Presidente: Lygia Lessa Bastos - PDSVice-Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: José Maria de Carvalho
PMDB
Titulares
REUNIõES
JG de Araújo Jorge
Suplentes
PDS
Alcir PimentaCarlos Sant'AnnaIram SaraivaJackson Barreto
Magnus Guimarães
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - (224-0769)
Ramal 6318Secretária:Tasmânia Maria de Brito Guerra
Alvaro DiasCaio Pompeu
. Daniel SilvaFrancisco CastroJoão Herculino
PTB
PDS
Manoel GonçalvesMarcondes GadelhaPaulo LustosaRicardo FiuzaRubem MedinaVago
PDT
PMDB
Mendonça NetoGeraldo FlemingRoberto FreireRoque ArasJosé Bruno
PDT
PMDB
Flávio ChavesRalph BiasiSantilli SobrinhoSílvio Abreu Jr.
Suplentes
PDS
Hugo MardiniJosé Carlos FagundesJosé Mendonça BezerraPaulo GuerraRezende MonteiroWalter de Prá
Alvaro ValleAntônio FerreiraCesário B!lJ.TetoCláudio PhilomenoCláudio StrassburgerFrancisco RollembergHonorato Vianna
JG de Araújo Jorge
José Frejat
Antônio AnnibelliAurélio PeresCardoso FregapaniCarneiro ArnaudJúnia MaríseLeopoldo Bessone
Getúlio Dias
Presidente: Hélio Duque - PMDBVice-Presidente: Celso Peçanha - PTBVice-Presidente: Alberto Horfmann - PDS
Titulares
Cesário BarretoEvaldo AmaralHerbert LevyIgo LossoJoão AlbertoJoão ArrudaJoão Climaco
Vago
6) COMISSAO DE ECONOMIA, INDOS·TRIA E COM~RCIO
Reuniões
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Ramais 6378 e 6379
Secretária: Maria Júlia Rabello de Moura
Alberto GoldmanAldo FagundesArnaldo SchmittCarlos AugustoFelippe Penna
Gomes da SilvaJairo MagalhãesJoacil PereiraNatal GaleNelson MorroOswaldo MeloTheodorico FerraçoUlisses Portiguar2 vagas
Roberto FreireRoque ArasRubem DouradoSérgio FerraraValter GarciaWalber GuimarãesWaldir WalterWalter Silva
PDS
Jorge ArbageJosé PenedoJosé Mendonça BezerraJúlio MartinsLeorne BelémMalUly NettoNey FerreiraOsmar LeitãoRaimundo DinizRicardo Fiuza2 vagas
PTB
PDT
PMDB
Afrisio Vieira LimaAltair ChagasAntônio DiasAntônio MorimotoAntonio ValadaresBonifácio de AndradaClaudino SalesDjalma BessaErnani SatyroFrancisco Rossi
PMDB
Adhema.r Santillo Louremberg NunesAntônio Mariz RochaAntônio Russo Luiz LealBrabo de Carvalho Marcello CerqueiraElquisson Soares Miro T,eixeiraHarry Sauer Márcio MacedoHenrique Eduardo Alves Osvaldo MacedoJoão Gilberto Pimenta da VeigaJosé Costa Tarcísio Delgado
Amadeu GearaCaio PompeuCardoso AlvesDélio dos SantosEdgatd AmorimJorge MouraJuarez FurtadoLeite SchmidtMarcelo Medeiros
Vago
JG de Araújo Jorge
Péricles Gonçalves
Adhemar de BarrosFilho
Cantidio SampaioCarlos ChiarelliCélio BorjaChristiano Dias
LopesDarcílio AyresGeraldo GuedesHugo NapoleãoIgo LossoIsaac Newton
8) COMISSAO DE FINANÇAS PMDB REUNlOES
Titulares
PDS
9) COMISSAO DE FISCALIZAÇAO FINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Daso Coimbra - PMDB
Presidente: Jorge Ferraz - PMDBVice-Presidente: Hildérico Oliveira - PMDBVice-Presidente: Christóvam Chiaradia - PDS
Titulares
Mário FrotaNewton CardosoRalph BiasiTidei de Lima
Milvernes LimaPrisco VianaPaulino Cícero de
VasconcellosSiqueÍl'a Campos
PDT
PMDB
Mauricio FruetOswaldo LimaWalmor de LucaVago
Suplentes
PDS
Joel RibeiroJosé PenedoOdulfo DominguesUbaldino MeirellesVago
Antônio FerreiraAntônio ZachariasCláudio StrassburgerHugo MardiniLéo Simões
Fued DibGenésio de BarrosHorácio OrtizJorge Vargas
José Mauricio
Altair ChagasDelson ScaranoGomes da SilvaHélio LevyJoão AlbertoJoão Carlos de CarIl
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horaaLocal: A11exo II - Sala 8 - Ramal 6333Secretário: Edson Nogueira da Gama
12) COMISSAO DE REDAÇAO
11) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Guido Arantes - PDSVice-Presidente: Marcelo Cordeiro - PMDB
PMDB
José Frejat
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - Sala 7 - Ramal 6336Secretária: Allia Felício Tobias
Titulares
PDS
REUNIOES
Titulares
PDS
Claudino Sales Djalma BessaFrancisco Rollemberg
PMDB
Murilo Mendes
Antônio MoraisCarlos NelsonHeitor Alencar FurtadoJerônimo SantanaLeônidas Sampaio
PDT
Presidente: EPitácio Cafeteira - PMDBVice-Presidente: Júnia Marise - PMDBVice-Presidente: Airon Rios - PDS
Melo FreireMilton FigueiredoNivaldo KrügerPaulo BorgesRosa FloresVago
PT
PDT
PTB
PDT
PDS
HenriqUe BritoInoeéncio OliveiraJosué de SouzaLúcia ViveirosMilton BrandãoNagib HaickelOswaldo CoelhoPaulo GuerraVictor TrovãoVingt RosadoWanderley Mariz
PMOB
José FreireModesto da SilveiraOctacllio QueirozRoberto FreireRuben FigueiróTertuliano Azevedo2 vagas
Ludgero RaulinoMagno BacelarManoel GonçalvesMauro SampaioMenandro MinahimMilvernes LimaNélio LobatoOS8ian AraripeRUy BacelarVivaldo FrotaVago
PMDB
REUNlOES
Alceu CoHares
Freitas Diniz
Helio DuqueJairo BrumJoão MenezesJorge UequedJosé Carlos
Vasconcelos
A.dauto BezerraAfro StefaniniA.lbérico CordeiroAlexandre MachadoAlvaro GaudéncioAngelo MagalhãesCorreia LimaCristino CortesEdison J~obão
Evandro Ayres deMoura
Carlos NelsonDélio dos SantosJackson BarretoJerônimo SantanaJoão CámaraJorge MouraJosé BrunoLúcio CioniJosé Carlos Vascon
celos
Amilcar de QueirozAntônio AmaralAntônio MorimotoChristóvam ChiaradiaHerbert LevyHugo MardiniHumberto SoutoJoão DurvalJosé AmorimJosias LeiteJúlio Martins
José Frejac
Vago
10) COMISSAO DO INTERIORPresidente: Manoel Novaes - PDS
Vice-Presidente: Isaac Newton - PDSVice-Presidente: Newton Cardoso - PMDB
Titulares
Suplentes
PDS
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - Ramal 6325Secretário: Geraldo da Silva
José Mendonça BezerraLeorne BelémNélio LobatoVicente Guabiroba
Josias LeiteNereu GuidiNosser AlmeidaRafael FaracoTelmo KirstVago
Jorge ViannaMarcelo MedeirosUlysses GlÚmarãesWalter SilvaJoel Lima
PDS
PMDB
João CunhaOlivir GabardoRuy Côdo
PMDB
PDT
PDT
Suplentes
PDS
Antônio PontesPedro CaroloRuy SilvaSebastião AndradeVictor Fontana
PMDB
Paulo MarquesSilvio Abreu .Ir.2 vagas
Airon RiosAthiê CouryFernando MagalhãesHonorato ViannaJosé Carlos Fagunties
Adhemar GhisiAdriano ValenúeAécio CunhaAntônio FlorêncioAngelo Magalhães
Alceu CoHares
Hélio GarciaJader BarbalhoLuiz Baccarini
Vago
Antônio RussoJoão HerculinoLeopoldo BessoneMauricio Fruet
Airton SandovalAlfredo MarquesErnesto de MarcoFernando CoelhoIranildo Pereira
Adhemar de BarrosFilho
Amilcar de QueirozCastejon BrancoClaudio PhilomenoJoão DurvalJorge Arbage
REUNIOES
Quartas e QlÚntas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 16 Ramal 6322
e 6323(Direto 226-8117)
Secretário: Jarbas Leal Viana
Suplentes
PDS
REUNIOES
Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - 14 - R. 6342, 6340 e 6341Secretária: Laura Perrela Parisi
Vago
Vago
Alberto HoffmannAlvaro GaudêncioAlvaro ValleBias FortesErasmo DiasFernando GonçalvesJosué de Souza
PDT
PTB
Hélio CamposJoel FerreiraMarcelo LinharesUbaldo BarémWanderley MarizWilson FalcãoVago
Aluizio BezerraArnaldo LafayetteAurélio PeresBento GonçalvesBento LobOBcrges da SilveiraCardoso FregapaniCarlos :RezerraHenrique Eduardo
Alves
Vago
Baldacci Filho
Iranildo PereiraIturival NascimentoMário StammJulio CostamilanNabor JúniorOsvaldo MacedoPedro FariaPedro IvoPeixoto Filho
PDT
PTB
Ernani satyroHugo Napoleão
Alcir PimentaEdson Khair
Suplentes
PDS
João AlvesPrisco Viana
PMDBUlysses Guimarães
13) COMISSÃO DE RELAÇõES EXTE·RIORES
Presidente: Raymundo Diniz - PDSVice-Presidente: Adalberto Camargo- PDSVice-Presidente: Pinheiro Machado - PMDB
Titulares
Augusto LucenaBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani Sat.yroFernando MagalhãesGuido ArantesHennes MacedoJOsé TorresLeorne BelémLeur LomantoLúcia Viveiros
Secretária: Iná Fernandes Costa
PDS
Ossian AraripeParente Frota2 vagas
PDSOsmar LeitãoOctãvio TorrecillaPedro CaroloTúlio BarcelosVivaldo FrotaVago
PMDBJcrge UequedJúlio CostamilanMendonça Neto
PMDBHeitor A. FurtadoJuarez Furtado
PMDB
Pedro Ivo4 vagas
Suplentes
PDSJoão ClimacoOsvaldo Melo2 vagas
REUNIõES
Edgard AmorimEdison KhairFlávio Chaves
Artenir WernerAntônio AmaralCarlos ChiarelliFrancisco RollembergJoão AlvesMaluly Netto
PTBFlorim Coutinho
Alceu Collares
Benedito Marcilio
PDT
PT
Epitácio CafeteiraFrancisco PintoGilson de Barros
Carlos SantosFernando Coelho
17) COMISSAO DE TRABALHO ELEGISLAÇAO SOCIALPresidente: Adhemar Ghisi - PDS
Vice-Presidente: Wilson Braga - PDSVice-Presidente: Amadeu Geara - PMDB
Titulares
Titulares
Quartas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 12 - Ramal 6363Secretário: Delair de Mattos Rezende
16) COMISSAO DE SERViÇO PÚBLICOPresidente: Jorge Gama - PMDB
Vice-Presidente: Pedro Sampaio - PMDBVice-Presidente: Wildy Vianna - PDS
Suplentes
PDS
Adauto BezerraAdemar PereiraClaudino SalesHorácio Matos
Anísio de SouzaI\.ugusto LucenaFernando Gonçalves
Joel VivasJorge ViannaLuiz Baptista
João AlvesMarcondes GadelhaSalvador Juliane11iWilson Falcão
Mauro SampaioMenandro MinahimNavarl'O Vieira FilhoWalter de CastroWaldmir Belinati
Hélio CamposOdulfo DominguesPaulo Studart
PDS
PDS
PDS
PMDB
PMDB
PMDB
Carlos CottaCarneiro ArnaudCristina TavaresErnesto Dall'Oglio
Ary KffuriErasmo Dias30el FerreiraNey Ferreira
REUNIõES
Athiê ComyBraga RamosCastejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio Oliveira
15) COMISSAO DE SEGURANÇA NACIONAL
Presidente: Ubaldo Dantas - PMDBVice-Presidente: Pedro Corrêa - PDSVice-Presidente: José Frejat - PDT
Titulares
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 10 - Ramal 6352e 6350
Presidente: Alípio de Carvalho - PDSVice-Presidente: Antônio Pontes - PDSVice-Presidente: Roque Aras - PMDB
Borges da Silveira MáriO HatoEuclides Scalco Max MauroLeônidas Sampaio Pedro Lucena
Suplentes
14) COMISSAO DE SAÚDE
Ademar PereiraJosé de Castro
CoimbraLudgero Raulino
Mendes de MeloPaulo StudartRaul BernardoRoberto GalvaniSiqueira CamposTheodorico FerraçoVasco NetoVictor FaccioniWaldmir Belinati6 vagas
José MachadoJosé Ribamar MachadoMagalhães PintoMarcelo LínharesNorton MacedoRoberto CarvalhoRogério RegoRuy SilvaStoessel DomadoUbaldo BaremWilson FalcãoVago
Júnia MariseLeopoldo BessoneMac Dowel1 Leite
de CastroRosa FloresSebastião Rodrigues
JúniorSérgio MuriloThales RamalhoWaldir Walter
PT
PDS
PDT
PTB
PMDB
PMDB
Suplentes
PDS
Jorge Cury
Vago
José Mauricio
AluÍZio BezerraArnaldo LafayetteCardoso FregapaniCarlos Sant'AnaCarlos SantosDel Bosco AmaralIsrael Dias-NovaesIram SaraivaJairo BrumJoão LinharesJoão Menezes
Adriano ValenteAntonio UenoBatista MirandaBias FortesCélio BorjaChristiano Dias
LopesFlávio MarcílioDiogo NomuraGeraldo GuedesHenrique TurnerHugo Napoleãoítalo Conti
Pedro IvoRubem DomadoVago
Suplentes
Aldo FagundesDaniel SilvaElquisson SoaresFrancisco PintoFelippe PennaHildérico OliveiraJosé FreireLázaro CarvalhoMárcio MacedoMarcus Cunha
Magnus Guimarães
1 vaga
Mendonça NetoMiro TeixeiraOlivir GabardoPaulo RattesPedro SampaioRenato AzeredoRonan TitoSamir AchôaUlysses GuimarãesWalber Guimarães
PDT
PT
Carlos CottaEloar Guazze11iPaulo Torres
ítalo ContiJosé Ribamar
MachadoMilton BrandãoOctávio Torrecilla
Edson VidigalMOdesto da Silveira
PDS
Paulo GuerraTelêmaco PompeiTúlio BarcelosVicente GuabirobaWalter de Prá
PMDB
Luiz Baccarini4 vagas
Antonio GomesBezerra de MeloGióia JúniorJayro MaltoniJoacil PereiraJosé Carlos FagundesJulio Campos
Antônio MarizAudálio DantasDel Bosco AmaralEloar Guazzel1iFernando CunhaJoel Lima
Lygia Lessa BastosNatal GaleNilson GibsonPedro CorrêaRezende Monteiro2 vagas
PMDB
Màrcelo CordeiroM:ax MauroRuben FigueiróTarcísio DelgadoUbaldo Dantas
PDT
PTB Magnus Guimarães
Vilela de Magalhães
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: - Anexo II - Sala 7 - Ramal 11347Secretária: Edna Medeiros Barreto
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 13 - Ramais 6355 e6358
Secretário: Walter Flores Figueira
PTBJorge Cury
REUNIõES
Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo TI - Sala 15 - Ramal 6367secretário: Agass.is Nylander Brito
18) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Adalberto CamargoAlcebíades de OliveiraAlipio CarvalhoCarlos EloyCesário BarretoCláudio StrassburgerCristino CortesDarcílio Ayres
REUNIõESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 5 - R. 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo
COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS
Hugo NapoleãoJorge ArbageMarcelo Linhares
Jorge Vianna
PP
Nélio Lobato
PDT
PMDB
SuplentesPDS
TitularesPDS
Salvador JulianelliSimão Sessim
PMDB
Tarcisio Delgado
PP
Alceu Collares
Jorge UequedMarcus Cunha
Evaldo AmaralIsaac NewtonAmilcar de QueirozMauro Sampaio
Louremberg NunesRocha
Heitor AlencarFurtado
REUNIÕESTerças-feirasLocal: Anexo II - Plenário das CPIsRamais: 640'3 - 6405 - 6407Secretária: Marci Ferreira Borges
PP
Bento Gonçalves Edison Vidigal
PDT
Louremberg NunesRocha
Suplentes
PDS
Ludgero RaulinoOsvaldo MeloSiqueira Campos
PMDB
Roberto FreireOctacílio Queiroz
PP
Caio Pompeu
REUNIõES
Terças e quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPIs - Anexo IrSecretária: Mariza da Silva Mata
Anexo rI - Ramal 6404
4) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A EXAMINARO ENVOLVIMENTO DE FIGURAS DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL, DIRETAE INDIRETA, NO FAVORECIMENTOÀ EMPRESA QUATRO RODAS HO·T~IS DO NORDESTE SIA E SUASCOLIGADAS, DE fORMA A CAUSAREVENTUAIS PREJUIZOS AO ERÁRIOPÚBLICO
REQUERIMENTO N.O 123/80
Prazo: 7-5-81 a 31-5-82Presidente: Walter de Prá - PDS
Vice-Presidente: Túlio Barcellos' - PDSRelator: Evandro Ayres de Moura
TitularesPDS
João Faustino Nosser AlmeidaNelson Morro Roberto Galvani
PMDB
Antônio Russo Cardoso AlvesDel Bosco Amaral
Daniel Silva
José Mauricio
Brasílio CaiadoDjalma BessaInOcêncio Oliveira
Alcir Pimenta
Paulo Marques
Antônio DiasLuiz Rocha
João FaustinoLeur LomantoVieira da Silva
PMDBTarcísio Delgado
Nilson GibsonRômulo Galvão
PMDB
PTB
TitularesPDS
Geraldo GuedesRaymundo Diniz
Ronan Tito
PMDB
Modesto da Silveira
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10 horasAnexo II - Sala das CPIsRamal: 6406secretário: Geraldo Jair Barros
Alcebiades OliveiraAlvaro ValleHugo Napoleão
Israel Dias-Novaes
Bezerra de MeloGeraldo Guedes
Elquisson SoaresIsrael Diw>-Novaes
SuplentesPDS
VagoVagoVago
Vilela de Magalhães
Suplentes
PDS
VagoVagoVago
2} COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR A SITUACÃO DO PATRIMÔNIOHISTóRICO E~ ARTfSTICO NACIOuNAL E AVALIAR A POUTICA DO GOVERNO FEDERAL PARA SUA DEFESA E CONSERVAÇÃO
RESOLUÇAO N.O 11, DE 1980
Prazo: 5-12-80 a 30-3-82
Presidente: Célio Borja - PDSVice-Presidente: Vicente Guabiroba - PDS
Relator: Fernando Coelho - PMDB
Titulares
PDS
PMDBBrabo de Carvalho Roberto FreireFlávio Chaves
Local: Anexo IIRamais: 6408 e 6409Secretário: Antônio Fernando Borges Manzam
3} COMISSAO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A APURARIRREGULARIDADES, DISTORÇõES EDEFICIENCIAS NO FUNCIONAMENTO DO ENSINO PAGO NO PAfS
RESOLUÇAO N,o 49/80Prazo: 6-5-81 a 2-6-82
Presidente Feu Rosa - PDSVice-Presidente Paulo Guerra - PDS
Relator Edison Khair - PMDB
Afrísio Vieira LimaFrancisco BenjamimErnani Satyro
Geraldo Guedes (PDS) - Livro II - Parte Especial - Atividade NegociaI.
Afrísio Vieira Lima (PDS) - Livro III - ParteEspecial - Coisas.
Igo Losso (PDS) - Livro IV - Parte Especial- Familia.
Tarcísio Delgado (PMDB) - Livro V - ParteEspecial - Sucessões.
PTB
PMDBJosé Maria de CarvalhoLúcio CioniLuiz LealOdacir KleinRuy CôdoTertuliano Azevedo
PDT
PMDBOctacilio de AlmeidaPaulo BorgesSérgio FerraraTidei de LimaValter Garcia
PDT
PTB
Chefe:Local.
Diretor: Walter Gouvêa CostaLocal: Anexo Ir - Tel.: 226-2!H2 (direto)
Ramal 6400 e 6401
Seção de Comissões EspeciaisStella Prata da Silva Lopes
.Anexo TI - Tel: 223-8289(direto) Ramais 6408 e M09
Seção de Comissões Parlamenta.resde Inquéllito
Lucy Stumpf Alves de SouzaAnexo II - Tp.l.: 223-7280 (direto)Ramal 6403
Chefe:LOcal:
Eloy Lenzi
Paulo Pimentel
Airton SandovalFrancisco LibardoniFued DibGeraldo FlemingGilson de BarrosJoão Linhares
Audálio DantasAurélio PeresFernando IqraLázaro CarvalhoMário StammNabor Júnior
Aluizio Paraguassu
1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DElEI N9 634175, DO PODER EXECUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGO CIVIL
Presidente: João Linhares - PMDBVice-Bresidente: Igo Losso - PDSVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDB
Relator-Geral: Ernani satyro - PDSRelatores Parciais:
Israel Dias-Novaes (PMDB) - Parte Geral Pessoas, Bens e Fatos Jurldicos.
Raymundo Diniz (PDS) - Livro I - Parte Eg. pecial - Obrigações.
Presidente: Homero Santos - PD6Vice-Presidente: Manoel Ribeiro - PDSVice-Presidente: Juarez Batista - PMDB
TitularesPDS
Jayro MaltoniJoel RibeiroRaul BernardoRezende MonteiroRuy BacelarSimão Sessim
Vilela de Magalhães
SuplentesPDS
E:rnídio PerondiFrancisco BenjaminJoaquim GuerraJorge PauloLéo SimõesNavarro Vieira FilhoVago
Alair FerreiraAlcides FranciscatoDarcy PozzaFrancisco LeãoHélio LevyHermes MacedoHidekel Freitas
REUNIõES
PDS
REQUERIMENTO N.o 138/81Prazo: 12-8-81 a 26-4-82
Adriano Valente Navarro VieiraAdolpho Franco Odulfo DominguesCastejon Branco
Lúcio CioniManoel GonçalvesMilvernes Lima
PMDB
Octacilio QueirozWaldir Walter
PDT
Júlio MartinsPedro Corrêa
PMDB
Fued Dib
Titulares
PDS
Supfentes
PDS
Jorge GamaMário Frota
Fernando MagalhãesJoão AlbertoJúlio CamposLeorne Belém
Alceu Collares
Cristina TavaresMax Mauro
Antônio MazurekHenrique TurnerJayro Maltoni
Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo 11Secretária: Maria Teresa de Barros Pel'eira
Anexo 11 - Ramal 6404
REUNIõES
REQUERIMENTO N.o 140/81
REUNIOES
Presidente: Castejon Branco - PDSVice-Presidente: Sebastião Andrade - PDS
RBlator: Adhemar Santillo - PMDB
Prazo: 29-9-81 a 11-6-82
8) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURAR]AS CAUSAS E CONSEQÜ~NCIAS DA.FOME, DESNUTRIÇAO E FALTA DESAúDE NA POPULAÇÃO DE BAIXARENDA NO BRASIL
Quintas-feiras, às 10 horas
Local: Plenário das CPIs - Anexo 11
Secretaria: Anexo II - Ramal 6410Secretária: Nelma Cavalcanti Bonifácio
José Maria deCarvalho
PMDB
Valter Garcia .
PMDB
TitularesPDS
Diogo NomuraTheodorico Ferraço
PMDB
REUNIõES
João HercUlinoMurilo Mendes
Olivir Gabardo
Suplentes
PDS
Antônio Ferreira Cláudio StrassburgerAugusto Lucena Pedro Car.oloChristóvam Chiaradia
Jorge Uequed
Júlio CostamilanMaurício Fruet
PDS
Cesário BarretoDarcy Pozza
Titulares
Suplentes
Terças-feira.'!, às 10 horasLocal: Plenário das CPIs - Anexo 11Secretária: Lourdínete Honório Paiva
Anexo 11 - Ramal 6406
7) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QueRITO DESTINADA A AVALIAROS RESULTADOS DA REFORMA DOENSINO DE 19 E 2':' GRAUS
RESOLUQAO NQ 18/81
Prazo: 13-8-81 a 27-4-82
Presidente: Braga Ramos - PDSVice-Presidente: Francisco Leão - PDS
Relator: Nivaldo Krüger - PMDB
PDS
PMDB
Amadeu Geara João HerculinoDélio dos Santos
Angelo Magalhães José AlvesAntônio Zacal'ias
Altair Chagas Wildy ViannaAntônio Amaral 2 vagasJoel Ribeiro
Hugo Rodriguesda Cunha
Octávio TorrecillaVictor Fontana
Elquisson SoaresRonan Tito
PMDB
Suplentes
PDS
Airton SandovalCristina Tavares
Antônio MorimotoAntonio UenoAthiê CouryEdilson Lamartine
PMDB
Alvaro Dias Hélio DuqueGerson Camata
Terças-feiras, às 10 :00 horasLocal: Plenário das CPls - Anexo 11Ramal: 6~04
Secretária: Myrthes Hooper Silva
6) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURARAS RAZõES DETERMINANTES DASCONSTANTES E CRESCENTES MAJORAÇÕES DAS TARIFAS DE ÁGUA,ESGOTO, LUZ, TELEFONE E TRANSPORTE COLETIVO URBANO
Presidente: Alexandre Machado - PDSVice-Presidente: - PDS
Relator: Mário stamm - PMDB
5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A APURARAS DISTORÇõES EXISTENTES NACOMERCIALIZAÇAO DO CAFe BRA·SILEIRO
REQUERIMENTO N.o 139/81Prazo: 16-6-81 a 30-3-82
Presidente: Cardoso de Almeida - PDSVice-Presidellte: Delson Scarano - PDS
Relator: Cardoso Alves - PMDB
Titulares
IEDIÇAO DE HOJE: 64 PÁGINAS ] PREÇO DESTE EXEMPLAR: CrS 50,00 I.