repórter local

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DIRECTOR: JOAQUIM FORTE EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL PUBLICIDADE PUBLICIDADE Advogado de Joane obriga Estado Português a pagar indemnização de 72 mil euros O Centro Escolar é o quê? EMÍLIA MONTEIRO Pág. 4 O Coração não conhece Ciência ANA M. CARDOSO Pág. 10 A ressaca, o novo cilo e o caminho MIGUEL AZEVEDO Pág. 16 Democracia de pés de barro SÉRGIO CORTINHAS Pág. 17 EM FOCO Págs. 2/3 OPINIÃO RL Nº 130 • ANO XI • JANEIRO 2010 GRATUITO • MENSAL PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA Joanepág.08 Feira transferida a 6 de Fevereiro Vermil pág. 06 Gelo provoca despiste em cadeia Famalicãopág. 13 Quinzena de Gastronomia Especial pág. 18 a 20 AMVE promove Corta-Mato inovador em Vermoim Pág. 12

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edição Janeiro 2010

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Page 1: Repórter Local

DIRECTOR: JOAQUIM FORTEEM FRENTE AO CENTRO SOCIAL

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Advogado de Joane obriga Estado Português a pagar indemnização de 72 mil euros

O Centro Escolar é o quê? EMÍLIA MONTEIRO Pág. 4

O Coração não conhece Ciência ANA M. CARDOSO Pág. 10

A ressaca, o novo cilo e o caminho MIGUEL AZEVEDO Pág. 16

Democracia de pés de barro SÉRGIO CORTINHAS Pág. 17

EM FOCO • Págs. 2/3

OPINIÃO RL

Nº 130 • ANO XI • JANEIRO 2010 GRATUITO • MENSAL PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

Joane• pág.08

Feira transferida a 6

de Fevereiro

Vermil • pág. 06

Gelo provoca despiste em

cadeia

Famalicão• pág. 13

Quinzena de Gastronomia

Especial • pág. 18 a 20

AMVE promove Corta-Mato

inovador em Vermoim

Pág. 12

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2 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

EM FOCO

ADVOGADO SIMPLES QUE GOSTAVA DE SER MÉDICO

EM FOCO

Lázaro Ferreira nasceu e vive em Joane mas ha alguns anos que tem escritório em Braga. Sem renegar a sua terra Na-tal, onde diz gostar de viver, o advogado diz que Joane está sem alma, sem centro e a ne-cessitar urgentemente de um Plano de Pormenor para or-denar o seu crescimento. Na profissão, além do caso que patrocinou e que levou o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem a condenar o Es-tado português, é responsavel por outro caso mediático, na Guarda, que vai ser vertido em livro.

LUIS PEREIRA

EM QUE ANO FOI CRIADA A RáDIO JOVEM?A rádio Jovem de Joane começou a emitir a 12 de Julho de 1986, a partir de um minúsculo estúdio (que era também serviços administrativos e sede) no Salão Paroquial. Emitiu até Julho de 1988, ano em que fechou portas na sequência do Concurso Nacional de Rádios Locais.

EM FOCO

Ao fim de mais de 10 anos de lutas judiciais, o advogado Lázaro Ferreira, de Joane, conseguiu que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenasse o Estado Português

Page 3: Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 3

Como vê Joane?Freguesia sem alma, sem centro, sem ponto de encontro, sem espaço verde, muito suja, construção de fraca qua-lidade, desordenada. Não obstante, adoro viver em Joane, é a minha terra. O que falta à vila?Um plano de pormenor sério. Além disso, Joane tem o maior conteúdo moral por comparação com as restan-tes freguesias do concelho, tem gran-des personalidades, está na hora de as juntar e pensar seriamente na questão do concelho. Que vantagens?Só desta forma poderíamos ter insti-tuições públicas de corpo inteiro, ao nível da saúde, da educação, de ser-viços e de segurança. Joane tem já necessidade de uma Policia Municipal na rua, a fazer segurança de proximi-dade.. Que acha do projecto para o Largo 3 de Julho?O centro da freguesia, brevemente sem feira, vai ficar sem o cariz de ser-viços públicos. Vai perder a função de aglutinador de massas. É um advogado de causas?Envolvo-me emocionalmente nas cuasas que defendo. Sou um advoga-do simples, mas com enorme dedica-ção. Sempre quis ser advogado?Gostava de ser médico, antes de ad-vogado. Há uma dúzia de anos achava que queria ser juiz porque julgo haver cada vez mais a necessidade de deci-sões mais justas. Seria uma excelente magistrado. Há Justiça em Portugal?Há muitas causas que se perdem por negligência dos advogados. É excep-ção à regra haver negligência dos ma-gistrados. Estes são, por regra, bem mais preparados no inicio de carreira, em comparação com um advogado estagiário. Porque deixou de ter escritório em Joane?Prefiro mil vezes Braga. Estou bem em Braga a trabalhar da mesma forma que me sinto bem em Joane a viver.

Lázaro Ferreira tem actualmente em mãos outro processo mediático que o levará a escrever um livro. É o advo-gado de acusação da família de San-dra, mulher de 31 anos assassinada pelo marido na residência do casal, na Guarda, com seis facadas nas cos-tas e pescoço e com as duas filhas de 3 e 9 anos no quarto ao lado.

Para trás, Sandra deixa um passado de vítima de violência doméstica e de “li-mitações aos seus direitos com mes-quinhas e intoleráveis proibições”. Esse passado, só agora descoberto através do seu diário, tem “apaixona-do” o advogado joanense que na bar-ra do Tribunal (o julgamento já vai na quinta sessão) tem dado que falar.

“A Sandra sofreu horrores, descober-tos agora. São episódios cruéis que agora se sabem”, conta. O julgamento decorre na Guarda e terá tribunal de júri, requerido por Lázaro Ferreira. Ou seja, ao lado do colectivo de juízes estão sentadas seis pessoas da sociedade civil que tam-bém julgarão o caso.

DISCURSO DIRECTO

“ESTÁ NA HORA DE PENSAR NO CONCELHO DE JOANE”

LÁZARO FERREIRA MAIS UM CASO MEDIÁTICO

EM FOCO

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem con-denou o Estado português a pagar 72 mil euros de

indemnização à família de Joaquim Conceição, de Leça da Palmeira, contaminado pelo vírus da sida após transfusão de sangue, em 1986, no hospital Santo António do Porto. O rosto desta importante e inédita vitória judicial é o joanense Lázaro Ferreira, advogado da família de Joaquim Conceição, falecido em 2001, vítima da doença.Durante dois anos o advogado procu-rou, sem sucesso, responsabilidades junto das entidades governamentais. Não as tendo, a batalha judicial pelo reconhecimento da responsabiliza-ção do Estado português avançou em 1997 fundamentada na responsabili-dade civil extracontratual do estado. O Portugal de então discutia o polé-mico caso dos hemofílicos, sendo que estes acabaram indemnizados pelo Estado. O Tribunal Administrativo do Porto despachou o processo em 2000 alegando prescrição de prazo aquando da entrega da acção. O advogado recorreu para o Supremo Tribunal que revogou a decisão - o processo volta à primeira instância

para que o tribunal se pronunciar quanto ao mérito.Joaquim Conceição faleceu antes de o tribunal i l ibar o Estado, em 2003, mas, antes de morrer, pediu ao joanense para não desistir. Lázaro Ferreira tinha seis meses a contar do dia da decisão para chegar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Antes, o caso ainda voltou ao Supremo Tribunal de Justiça que não considerou a contaminação fruto de “actividade excepcionalmente perigosa ou não ocorreria prejuízo anormal para o indivíduo decorren-te do acto médico”, e ao Tribunal Constitucional, que disse não ser competente para julgar o caso.“O juiz pode muitas vezes não aplicar a lei, aplicando a justiça porque a lei pode ser excessivamente injusta. O que estava aqui em causa era a dignidade humana”, comenta Lázaro Ferreira.Evocando o princípio de não descri-minação entre os hemofílicos que o Estado indemnizou, ao contrário do que fez com o seu cliente, esgotadas todas as instâncias nacionais , o advogado avançou para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Que lhe deu razão.

A batalha judicial

protagonizada

pelo advogado de

Joane contra o

Estado português

avançou em 1997

Advogado de Joane obrigou Estado Português a pagar 72 mil euros de indemnização

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4 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

MEMÓRIAS DE JOANE“MÉdICO «AVIOU» 19 dOEntES EM 30 MInUtOS”

é ASSIMOPINIãO

O qUE SE DIz“Mário Passos foi eleito líder do PSd/Famalicão com 87 votos, qualquer coisa como 4,5% dos 1918 social-democratas famali-censes filiados no partido (...) perante este estado de coisas é impossível não questionar: em Famali-cão, haverá vida cívica para lá da vidinha políti-co-partidária?Carlos Sousa, crónica, O Povo Famalicense

“A Câmara de Guimarães já iniciou limpeza de ber-mas (na VIM). É um prin-cipio mas não chega. É ne-cessário que todos façam o mesmo e que não pas-sem de meras interven-ções de cosmética, uma intervenção de fundo ao longo de toda a extensão e que se tenha em conta que pouco adianta fazer se não se introduzir sepa-rador central”Daniel Rodrigues, presidente da Junta de Ronfe, no blog danielrodrigues.blogspot.com

“Portugal exportou mais fármacos do que vinho do Porto em 2008”Título do jornal Público

O PCP questionou o Go-verno sobre o atraso na reparação pela Pt dos danos causados pelos temporais na rede fixa de comunicações telefónicas em freguesias de Guima-rães e Vila nova de Fama-licão.Título do jornal Correio do Minho

Emília Monteiro

O Centro escolar é o quê?

“Chegou-nos agora ao conhe-cimento um caso espantoso ocorrido no dia 4 de Janeiro passado, no Posto de Joane dos Serviços Médico-Sociais. Durante 30 minutos o médi-co de serviço CONSEGUIU atender 19 doentes: ou seja, nem precisou de dois minutos para, em média, «aviar» cada paciente («paciente», no duplo sentido da palavra!).Deve ser, de facto, um médico com um «olho clínico» fora do vulgar! OLHA para um doente e, instantaneamente (ao mesmo tempo redige a receita), faz o diagnóstico: este tem diarreia , aquele catarro, aqueloutro sofre de asma, etc.... Fácil!Já lá dizia Marclo Caetano que o nosso País era pobre em valores intelectuais; por

isso, os mais dotados eram obrigados a desdobrar-se em diferentes «tachos». Estamos em crer que, com este nos-so médico, se deve passar a mesma coisa: é capaz de ter um «tacho» numa fábrica cá da zona, ou o seu consultório a abarrotar de clientes, ou ambas as coisas! Por isso, não pode perder tempo com os doentes da Caixa! (...) Na sala de espera ouviam-se os comentários saborosos dos pacientes, que não resis-timos a transcrever: «P.. . que pariu isto»; «Nem a tensão me viu»; «O que me interessa são mais 15 dias de baixa»; «Afinal, eu é que o fui ver, pois ele nem olhou para mim»; etc., etc....”

A construção do Centro Escolar de Joane cresce de dia para dia. Do nada, está a nascer um imponente edifício, repleto de janelas, tão grande que até ‘cortou’ uma estrada que, supostamente, era municipal. Pais, encarregados de edu-cação, professores, funcio-nários e alunos esperam, ansiosamente, que o centro escolar comece a funcionar. Mas como ninguém sabe ou quer responder a perguntas sobre o funcionamento da nova escola, aqui f icam, publicamente escritas, as dúvidas que assolam cen-

tenas de pais. Quem souber ou quiser, que faça o favor de responder.

- Quando é que o Centro Escolar vai começar a fun-cionar?- A mudança de escola será no início do ano lectivo ou durante o período escolar?- Estão garantidos os trans-portes para as crianças?- Como vão ‘funcionar’ os transportes? - Haverá autocarros para transportar as crianças?- A cantina vai ter cozinha ou as refeições serão servidas por uma empresa externa?- As crianças –serão perto

de 500—vão almoçar todas ao mesmo tempo?- As Actividades Extra-Cur-riculares vão ser intercala-das com as aulas ou serão sempre ao início da manhã e ao final da tarde?- Os alunos terão acesso ao pavilhão gimnodesportivo e à piscina?- Haverá uma única portaria para todo o Centro Escolar ou serão várias?- Existe recreio coberto?- O Centro Escolar terá li-gação física à Escola Ber-nardino Machado?- Quando é que a comunida-de ficará a conhecer a nova estrutura?

JORNAL VILA NOVA, 20/01/1983

A NOTÍCIA DO “VILA NOVA, COM HONRAS DE PRIMEIRA PáGINA, “REZAVA” ASSIM COMO SE TRANSCREVE AO LADO

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visite-nos

Vila Belmir

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 5

1 - Há uma frase célebre, daquelas que surgem nos livros de citações, que diz: “Dos fracos não reza a his-tória”. Creio, porém, que nem sempre esta exaltação dos feitos dos homens que “por obras valerosas se vão da lei da morte libertando”, encerra muito de injustiça e até intolerância.Dos fracos deve, em muitos casos, rezar a história. Dos fracos que, muitas vezes, é o mesmo que dizer dos po-bres. Como o povo do Hai-ti, duplamente flagelado pela miséria. Ou daqueles que vão a “combate” e não ganham, na campo da po-

lítica, do desporto, das ne-gociações...Como nem sempre ter maioria ou ser maioritário significa estar do lado ou com a razão, também não vencer não significa que se esteja do lado errado. Dos fracos não reza a história? Se não reza devia rezar. E os fracos, mais do que ex-purgados, devem ser res-peitados.

2 - O joanense liga a TV mais ou menos à hora do jantar para saber das últi-mas. Descansado, em casa ou no café, vê o que se pas-sa no mundo, no país e á

sua porta. A reportagem do programa “Nós por Cá”, da SIC, sobre um “caminho de cabras”, mais do que pro-vocar uma revolta efémera, tipicamente “televisiva”, suscita uma incredulida-de que, essa sim, perdura mais tempo.Um caminho estreito, onde não pode circular qualquer tipo de veículo, como uma ambulância para transpor-tar idosos doentes, no lu-gar de Rego de Chaves.Há dois anos que Junta e moradores tentam alargar uns centímetros a um ca-minho para permitir que um casal octogenário pos-

sa ser transportado de am-bulância para tratamentos hospitalares. Se a culpa é do particular que não quer ceder terreno ou da Junta de Joane ou da Câmara de Famalicão pouco interessa. São coisas do arco da ve-lha, no século XXI da alta velocidade, que nós por cá continuamos a ter!

3 - Com esta edição de Ja-neiro, o Repórter Local as-sinala mais um passo no seu crescimento faseado e na afirmação junto dos nossos leitores, passando a ter uma tiragem de 4000 exemplares.

FRACOS SÃO OS CAMINHOSEdiTORiALJOAQUIM FORTE

ORA diGA LÁ...

E SE ACOntECESSE EM PORtUGAL UM SISMO COMO O dO HAItI? JULIANA PEIXOTO/ PROFESSORA DE GEOGRAFIA

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Há dois anos que

a Junta de Joane e

alguns moradores

tentam alargar

uns centímetros

a um caminho na

Travessa Rego

de Chaves.

JUNTA DE JOANEA nova feira semanal vai fi-nalmente abrir portas aos feirantes que ainda estão no Largo 3 de Julho. Custou mas está pronta. A mudança está marcada para o sábado 6 de Fevereiro.

LÁZARO FERREIRAO Tribunal Europeu dos Di-reitos do Homem condenou o Estado Português a pagar

72 mil euros de indemniza-ção a uma vítima de sangue contaminado pelo vírus da sida, em 1986. O rosto da vitória judicial é o advogado joanense Lázaro Ferreira.

AMVE - VERMOIMA Associação Moinho de Ver-moim continua a dar mostras de dinamismo. Agora com a realização do Campeonato RegionaL de Corta-Mato Cur-

to, domingo, dia 31, junto ao Pavilhão Terras de Vermoim.

SÉRGIO CORTINHASNa página 17 deste jornal, o ex-presidente da Assembleia de Freguesia de Joane escreve sobre o estado dos partidos a nível local, partindo da recente eleição do líder da concelhia do PSD. De um total de 1918 eleitores, foi eleito por apenas 87 militantes!

Os sismos são movimentos rápidos e intensos, forma-dos no interior da Terra; são abalos naturais da crosta terrestre que ocorrem num curto período de tempo, em determinado local, e que se propagam em todas as di-recções (ondas sísmicas), dentro e á superfície da cros-ta terrestre.Em Portugal, o Sul e o Norte do distrito de Lisboa são as áreas mais sensíveis. O risco é elevado nos Açores porque este arquipélago se localiza no encontro de três placas tectónicas.A sua prevenção é extremamente difícil, as suas con-sequências são graves e nenhum local do mundo está prontamente apto para reagir, apesar de haver orga-nizações responsáveis para agir e prevenir estas situa-ções, como a Protecção Civil.Se acontecesse um sismo da mesma intensidade em Portugal, a destruição de infra-estruturas e a possível perda de vidas humanas estaria, infelizmente, patente, mas não com a gravidade dos acontecimentos do Haiti.Numa situação de sismo deve-se tomar determinados procedimentos: procurar locais abertos afastados de edifícios, das margens dos rios e das praias; se possível desligar a electricidade, gás e água; não utilizar eleva-dores; e, seguir as instruções dadas pelas autoridades.

PROTAGOnisTAs

Repórter Local | Propriedade e Editor - tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão | telefone 252 099 279 E-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, Luís Pereira e dominique Machado | director Joaquim Forte | Redacção Luís Pereira; dominique Machado | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Rita Machado; Emília Monteiro; Sérgio Cortinhas; Ivânia Fernandes; Luciano Silva; Joana Cunha | Impressão Gráfica diário do Minho | tiragem deste nº 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Registo ICS 122048 | nIPC 508 419 514

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6 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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VERMIL • TRÂNSITO

Despiste de cinco carros na mesma via

XI Famalicão-Joane realiza-se a 30 de Maio

Junta de Freguesia de Vermil diz ter alertado a Câmara de Guimarães, há um ano, para o perigo da via em causa

Diz quem viu que foi um ver-dadeiro caos. Cinco viaturas despistaram-se no mesmo local da freguesia de Vermil.

Cinco viaturas despistaram-se em Vermil, na Rua D. Afonso Henriques por causa do gelo que se encontrava na estrada. Os acidentes decorreram na manhã gélida de 8 de Janeiro tendo-se repetido o mesmo aparato do ano anterior na mesma via.A Junta de Freguesia de Vermil as-segura que, face ao ocorrido no ano anterior, tinha já alertado a Câmara Municipal de Guimarães “para o perigo iminente por causa das baixas temperaturas e da formação de gelo”.

O acidente em série foi provocado inicialmente pelo despiste de uma viatura que terá ficado imobilizada na via. Por falta de sinalização de perigo, as quatro viaturas que cir-culavam aquela hora naquele local, não conseguiram evitar o embate na viatura imobilizada, face ao gelo acumulado na via.A GNR chegou ao local, uma hora após o acidente e duas horas mais tarde os serviços municipais e Bombeiros para espalharem sal na via.O gelo acumulado na estrada tem origem no transbordar da água vinda do subsolo. Ao que tudo indica, a conduta que transporta água para o fontanário da Covilhã estará rebenta-da e com a corrente das chuvas fortes ela extravasa no subsolo.

Luís Pereira

LOCALidAdEs

A 11ª edição da prova Famalicão - Jo-ane realiza-se a 30 de Maio de 2010, segundo divulgou a Associação Teatro Construção (ATC) através do seu sítio na Internet.Em simultâneo com a prova principal, e à imagem de anos anteriores, terá lugar, no mesmo dia, o VIII Vermoim - Joane e o IV Bike Tour Famalicão-Joane.Mantendo praticamente o mesmo figu-rino das edições anteriores, mas acres-centando algumas novidades, a orga-nização (ATC, com apoio da Câmara Municipal de Famalicão) espera que a edição deste ano seja uma verdadeira

“festa do desporto”, juntando milhares de participantes. Depois de ter sido realizada, habitual-mente, em Setembro, a prova de Joane passou, em 2009, para o mês de Junho, integrando o programa das Festas Anto-ninas do concelho de Famalicão. Este ano, porém, o passeio e prova Fa-malicão - Joane volta a ter nova data, provavelmente à procura de captar mais participantes e para não colidir com outras provas que têm lugar na região na mesma altura. As inscrições serão abertas em breve, segundo informação avançada pela ATC.

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 7

JOAnE • POLíCIA

GNR identificou e deteve autor do assalto a rapaz de 13 anosVítima ficou sem bicicleta e telemóvel, que foram entretanto recuperados pela GNR

A GNR de Joane iden-tif icou e deteve o jovem de 19 anos que assaltou um rapaz de

13 anos com uso de uma arma. Por outro lado, as autoridades conseguiram também recupe-rar o material roubado: uma bicicleta topo de gama e um telemóvel.O rapaz de 13 anos foi vítima de assalto à mão armada em plena via pública, em Joane, quando circulava na sua bici-cleta. O rapaz foi abordado pelo assaltante, que estava armado, na Rua do Assento, em Joane, e que lhe exigiu a bicicleta em que se deslocava, avaliada em 1900 euros, e o seu telemóvel. Depois do assalto, o pai da vítima alertou a GNR de Joane que em pouco tempo identificou o indi-viduo, tendo-lhe apreendido a bicicleta.

Segundo apurámos, o assal-tante, na altura da detenção, transportava no seu veículo a arma que usou para intimidar o rapaz e um revólver de plástico.O caso foi entregue à Polícia Ju-

diciária e, ao que conseguimos apurar, poderá estar relacio-nado com um assalto enco-mendado com vista a colocar a bicicleta e o telemóvel à venda através da Internet.

GNR de Joane levou pouco tempo para identificar autor do assalto

POLÍCIA

ASSALtO EM VERMOIM E CASOS dE VIOLÊnCIA dOMÉStICA

Na tarde do passado do-mingo, dia 24 de Janeiro, na freguesid de Vermoim, uma residência particular foi as-saltada, segundo apurou o Repórter. Aproveitando a ausência dos proprietários, os assaltantes arrombaram a porta furtan-do ouro e dinheiro em valo-res que não foram revelados.A GNR de Joane esteve no local, bem como o núcleo de investigação criminal que re-colheu vestígios para possível identificação dos larápios.

VIOLÊnCIA dOMÉStICA

A GNR de Joane tem rece-bido cada vez mais queixas de violência doméstica. Tal como temos noticiado, as ví-timas têm apresentado quei-xa na guarda joanense sendo posteriormente acompanha-das pelo Gabinete de Apoio à vítima da GNR de Joane.

Luís Pereira

As autoridades

acreditam que a

bicicleta, avaliada

em 1900 euros,

e o telemóvel

destinavam-se,

alegadamente,

a serem postos à

venda na Internet

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8 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

bREVEs

PLAnO APROVAdOO Plano de Actividades e Orçamento da Junta de Fre-guesia de Ronfe foi aprova-do por maioria. Com um or-çamento de 150 mil euros, contempla mais atenção ao ambiente e à área social.A eleita da CDU, Fátima Mendes, notou que parece haver “sempre algum mau estar com a Câmara”. “Pare-ce que há confronto e deve-ria haver diálogo”. Propôs um projecto Ano de Luta contra a pobreza e com a Capital Europeia da Cultu-ra. Para Luís Gonçalves, do PS, o plano “é vira o disco e toca o mesmo”.

MUdAnÇAS nA CÂMARAA Câmara Municipal de Famalicão já tem em vigor a nova estrutura de orga-nização dos serviços mu-nicipais assente numa es-trutura nuclear composta por 8 departamentos. São eles o Administrativo e Fi-nanceiro; de Planeamento e Gestão Urbanística; de Assuntos Jurídicos e Pro-tecção Civil; de Ambiente e Obras Públicas; de Cul-tura e Turismo; de Educa-ção e Desporto; de Habita-ção, Família, Juventude; de Transportes e de Trânsito; e de Segurança, Defesa do Consumidor e Saúde Pú-blica. P a r a o p r e s i d e n t e d a Câmara , Armindo Costa , “esta nova divisão permite uma melhor organização dos serviços e a agregação d e á r e a s n u m ú n i c o departamento, como por exemplo , a Cu l tura e o Turismo, que anteriormente eram autónomas.

RONFE

FAMALICÃO

A feira semanal de Joane muda-se para o novo espaço, em Laborins no próxi-

mo dia 6 de Fevereiro. Três anos depois de ter sido anun-ciada pela Junta de Freguesia e após todo o imbróglio com a Câmara de Famalicão por causa do Largo 3 de Julho e dos lojistas, fonte da autar-quia joanense garante que o

próximo sábado será o último em que a feira se realiza no espaço actual.Os últimos trabalhos de pre-paração do recinto da nova feira e, sobretudo, do espaço destinado a aparcamento, têm acelerado nos últimos dias para que tudo esteja pronto para acolher os feirantes no próximo dia 6 de Fevereiro.Entretanto, a Junta de Joane já informou a Câmara de Famalicão da data de trans-

ferência dos feirantes e já na próxima semana as obras no Largo 3 de Julho serão retomadas.Contactado pelo RL, o vere-ador das obras municipais, José Santos, deu conta disso mesmo, assegurando que desta vez a obra não irá parar mais. “A partir da próxima sema-na, os trabalhos no Largo 3 de Julho serão retomados. Começaremos por mudar

os contentores, onde serão instalados provisoriamente dois lojistas, e o passo se-guinte será a demolição das barracas”, disse José Santos.O vereador adiantou que face à suspensão prematura da obra, o plano de execução dos trabalhos será redefinido mas assegura que “este será o ano em que Joane terá finalmen-te o seu centro arranjado”, volvidos mais de 15 anos de discussão.

Nova feira semanal abre no dia seis de FevereiroJunta já comunicou à Câmara de Famalicão a intenção de fazer a mudança dos feirantes

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Luís Pereira

Confusão no Cruzeiro

Os Bombeiros Voluntários de Guimarães estão a promover, até Março, um sorteio para pagar dívidas. O sorteio de um automóvel já começou e com os 20 mil bilhetes emitidos, a os Bombeiros esperam obter uma receita de 100 mil euros. Os bilhetes custa cinco euros.

Ana FreitasGestor de Seguros

Companhia de Seguros TranquilidadeAv. Pe. Silva Rego, Bl 502-B, loja 4 - 4770-205 Joane

Tel/Fax 252 928 489; Tlm 966 441 391email: [email protected]

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JOAnE • AUTARQUIA

Se a obra principal no Largo 3 de Julho, em Joane, só agora vai para o terreno, antes da suspensão dos trabalhos foram requalificados os passeios em redor do Largo 3 de Julho. Por causa desses trabalhos, o mês de Dezembro foi caótico para os utilizadores da rua frente ao posto médico. Com a chuva, aquela artéria tornou-se um verdadeiro obstáculo para a circulação de pessoas e au-tomóveis.

Também por causa da antecipação do arranjo dos passeios , junto ao cruzeiro, os veículos de maior dimensão deparam-se com um en-trave ao contornar a rotunda, uma vez que, para fazê-lo, agora têm de subir o passeio.Sobre o assunto, o vereador José Santos reconhece o problema e diz que será resolvido quando, no âmbito da obra do Largo da Feira, o cruzeiro for deslocado para dentro da praceta.

Page 9: Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 9

conversas curtas

“Não gosto nada de estar em sítios fechados”

Filipa MaiaLicenciada em Design Gráfico (paginadora RL) | Famalicão

CAMINHOS DO FUTUROSó tenho pena que aquele se-nhor milionário espanhol que aqui há tempos deixou uma for-tuna aos princípes de Espanha não tenha conhecido Joane! Carago, caso contrário, de cer-teza que não deixaria de dar um contributo para arranjar certos caminhos que são mais dignos de “veículos de quatro patas” do que de pessoas e automóveis!

QUERO A SENHA DO bLOG!Que confusão na JSD de Joane, meus amigos! Nas eleições para a concelhia, o presidente da jota Joane fazia parte de uma lista; mas dentro da JSD joanense ha-via apoiantes de outra lista. O presidente queria usar o blog da jota joanense para promover a candidatura. Mas quê: não tinha as senhas, que estavam nas mãos de um adversário. Diz quem viu

que foi um corridinho por algu-mas casas de Joane para tentar obter as senhas. “Não saio daqui sem a senha”.

bURbURINHOS DE RONFEEm Ronfe, não há café onde não se fale da Casa do Povo! Pensa-va eu que as conversas de café tinham sido substituídas pelos blogs com os seus comentários anónimos, mas não, enganei-me. A notícia que este jornal deu em Dezembro fez furor e pôs os ronfenses a discutir.

GENTE NOVA LARANJAO PSD de Joane vai a votos em Março para escolher o substitu-to de Porfírio Carvalho. Gente nova, por sinal. Só espero, eu que já tenho a minha idadezi-nha, que as ideias desta malta nova não sejam mais velhas que o velhinho Matusálem!

por D. VIRINHA

Quando é que decidiu que que-ria ser designer?Quando andava a estudar no nono ano. Na altura estava indecisa entre o jornalismo e o design. Acho que o gosto pela parte artística, pela cria-ção, pesou mais e optei pelo design.

Não se arrepende?Não. Gosto do que faço. No jorna-lismo passaria dificuldades (risos)!

Paginar um jornal como o RL pode demorar quantas horas?Ui! Muitas. Em situações normais pode demorar uma noite inteira! Tudo depende do ponto em que es-tão os conteúdos, imagens e textos. Quando se procura dar mais senti-do estético ao jornal, com soluções que embora possam parecer sim-ples exigem tempo, a paginação de-mora mais...

Quando não está frente a um computador, o que é que gosta de fazer?Ouvir música, passear, de preferên-cia junto à praia, procuro sempre lugares ao ar livre, o meu traba-lho obriga-me a estar muitas horas em espaços fechados e por isso nos tempos livres procuro sempre lo-cais ao ar livre. Também gosto de cinema, mas infelizmente, em Fa-malicão a oferta de cinema é coisa escassa...

Famalicão ou Guimarães?É difícil dizer. Inicialmente, pre-feria Famalicão, mas com o tempo habituei-me às pessoas e à forma de viver em Guimarães, onde trabalho e passo grande parte do dia...

O último filme gostaste“A Vida é Bela”, do Roberto Benig-ni, A Troca, do Clint Eastwood, com a Angelina Jolie. Gosto do Pe-dro Almodovar.

O que não gosto mesmo nada?Do Estado da Justiça em Portugal, acho que deixa muito a desejar... E não gosto nada de estar em sítios fechados!

A Câmara de Famalicão tem boa imagem?A Casa das Artes, sim, gosto por norma do produto final. A Câmara Municipal acho que já teve melho-res dias.

A viagem de autocarro entre Famalicão e Guimarães é ali-ciante?É interessante, dá para criar amiza-de. Aliás, é um bom incentivo para usar os transportes públicos, ape-sar de demorar 45 minutos. Mas acho que os transportes públicos têm muito que evoluir. É difícil fa-zer certas ligações entre cidades.

JaneiroBRANCA DE NEVE E FESTIVAL DO GELOPromovido pela Tempo Livre, o espectáculo “Branca de Neve na Floresta En-cantada” antecede a abertura oficial do Festival do Gelo. Dia 12 de Fevereiro, no Multiusos de Guimarães, 19h00 e 21h30. O Festival do Gelo decorre de 13 a 21 de Fevereiro. A pista de gelo será um dos atractivos, assim como uma rampa artificial de snowtubing com parabólica, rampa de trenós para crianças, air bungee, carrossel, comboio infantil e insufláveis.

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10 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

87

1918

número de votos obtidos por Mário Passos na eleição do líder do PSd/Famalicão, 4,5% dos 1918 famalicenses filiados no PSd local

número de famalicenses inscritos na Concelhia local do PSd

“Amo-te”, disse ela.Ele sorriu e beijou-lhe a testa. Não devolveu a expressão. Não disse nada, inundando-a com um silêncio corrosivo para a alma.(O pior dos amores é aquele que, estando perto, nunca se tem plenamente)Ela agarrou-lhe a mão enquanto andavam. Enla-çou os seus dedos nos dele, com cuidado. Apertou com força e sentiu o calor que emanava da pele dele. Ele não a apertou de volta, nem sequer lhe beijou a mão.(A indiferença de um amor que quase se tem, mas não é completo)

Ela preparou-lhe uma surpresa. Recebeu-o com um sorriso e mostrou-a, expectante. Um beijo, um abraço, um sinal de amor – não esperava mais do que isso em retorno. A moeda dos amantes é apenas carinho.Ele agradeceu, com um afago rápido no cabeço, e saiu. Estava com pressa.(Um amor tão cego que aguenta a mágoa, sorri-dente)Ele esperava-a. Ela despiu-se. Ele tomou-a nos braços. Ela queria-o.Ela amava-o. Apertou-o contra ela. Ficou feliz por estar naque-le doce e inebriante enlace. E então, o momento terminou. Ela sentiu-o partir. Tentou convencê-lo a ficar, mas era inútil. Ele tinha pressa, andava sempre apressado. Prometeu que a compensaria mais tarde.(É um delírio da alma que se torna secreto)Ela ficou doente. Ele foi lá e pegou-lhe na mão. O coração dela deu um pequeno salto com o toque voluntário. Ele não podia ficar muito tempo, mas ela não se importava. Ele estava ali, com a mão na dela, e ela podia vê-lo e senti-lo. Era tudo o que precisava. Mais nada que aquilo.(O coração apaixonado é fácil de alegrar, e perdoa

facilmente)Era o seu aniversário e ela esperava por ele. Ele estava atrasado. Ela torcia as mãos no colo, in-quieta, enquanto olhava pela janela. Ouvia o tic-tac do relógio e deixou-se hipnotizar pelo som. O telefone tocou, sobressaltando-a, e ela saltou para atendê-lo. Ele não podia vir. Ela ficou em silêncio e desligou.(Está habituado à dor e aprende a ignorá-la, ba-tendo bem quieto)No dia seguinte, ele levou-lhe flores. Ela abraçou-o. Ficou feliz pelo presente tardio e cliché, mas não eram as flores que importavam: era a presen-ça dele, o cheiro dele, a boca dele colada na sua. Era um amor irracional e quase masoquista, mas era maior do que a sua própria existência.(Lá no fundo, sabe que irá morrer de amor um dia)Um dia, ele morreu. Ela visitava-o todos os dias. Não importava que ele nunca a tivesse amado com a mesma intensidade. O amor que sentia por ele tinha-a mantido viva: a mágoa, a dor, o sofri-mento só provavam isso mesmo. (Porque o coração não conhece ciência nem sa-bedoria)

O coração não conhece ciência

ana Margarida Cardoso

Salvador já tem cadeiraA FORÇA DAS TAMPINHASSALVADOR CASTRO, UM TETRAPLÉGICO DE JOANE, JÀ RECEBEU A CADEIRA QUE CUSTA 5000 EUROS

Salvador Castro já recebeu a sua nova ca-deira, no seguimento da campanha de solidariedade levada a cabo por Rosário Gonçalves, sócia da Associação Nacional de Esclerose Múltipla, que desde 2006 se tem dedicado à recolha de tampinhas de plástico para ajudar pessoas portadoras de deficiência. Salvador, tetraplégico devido a um aciden-te de trabalho, residente em Joane, recebeu uma cadeira de rodas trepadora. Ele mora no 3.º andar de um prédio que não tem elevador e precisava de uma cadeira de ro-das que custa 5.000 euros. Para ajudar foi necessário recolher 11 toneladas de tampi-nhas na região.

80309 A Casa das Artes de Famalicão (na foto) registou, em 2009, 80309 espectadores

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 11

JOÃO MACHAdO MÉDICO

A DONA DA HISTÓRIAJoana Solnado e Manuela Couto são as actrizes que dão corpo à peça “A dona da História”. Uma divertida e emocionante viagem pelo universo da mulher, o re-trato dos seus receios mais íntimos e dos seus desejos mais escondidos. Dias 12 e 13 de Fevereiro, 21h30, Grande Auditório da Casa das Artes de Famalicão

CARNAVAL SÉNIORA Câmara Municipal de Guimarães e a Fraterna orga-nizam no dia 4 de Fevereiro, no Multiusos de Guima-rães, o tradicional Carnaval Sénior. Mais de 750 ido-sos, em representação de 33 instituições do concelho, apresentarão a concurso trajes e máscaras de carnaval.

HAJA SAÚDE

As queimaduras da pele são produzidas pelo efeito directo do calor, por substân-cias químicas ou pela electricidade. São uma das principais causas de morte aci-dental na infância.Nas queimaduras de 1º grau aparece ver-melhidão e dor (ex: queimadura por ex-posição excessiva ao sol). Aplique com-pressas de água fria ou mergulhe a parte afectada em água fria limpa até que pas-se a dor; cubra a queimadura com uma compressa estéril ou uma toalha limpa e, se não aparecem bolhas, aplique creme hidratante várias vezes por dia.Nas queimaduras de 2º grau surgem bo-lhas, forte vermelhidão e dor. Aplique água fria ou compressas molhadas até acalmar a dor. Seque a zona com uma toalha limpa e cubra-a com gaze estéril. Não rompa as bolhas nem aplique po-

madas, eleve a perna ou o braço queima-do para reduzir o inchaço.Nas queimaduras de 3º grau há uma lesão de toda a espessura da pele. Fre-quentemente a lesão não dói, é seca e com aparência de couro, podendo ter aspecto de “chamuscada”. Tire a roupa da área queimada, excepto se estiver pe-gada à pele, e cubra a queimadura deli-cadamente com uma gaze estéril ou com uma toalha limpa. Não aplique pomadas e eleve a perna ou o braço queimado.Nas queimaduras por produtos quími-cos deve lavar repetidamente a pele com grandes quantidades de água.Deverá ter o cuidado de evitar o Sol até ter passado um ano da cura das lesões e verificar se tem a vacina do tétano actu-alizada.Consulte um médico quando a vítima for uma criança ou idoso; se a lesão foi causada por químicos ou electricidade (neste caso deve ir ao hospital); se afectar a cara, mãos, pés ou genitais; se a quei-madura é extensa, mesmo que seja de 1º grau; se estiver perante uma queimadura de 2º ou 3º grau ou então se lhe dói após 48h ou se há sinais de infecção. Tenha cuidado com velas, ferros de en-gomar e presença de crianças perto do fogão; afaste do seu alcance produtos químicos perigosos e atenção à tempera-tura da água do banho e dos alimentos.Até breve.

UUPS...QUEIMEI-ME!

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12 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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tHIndERStICKS EM GUIMARÃESA banda britânica liderada por Stuart Stapples regressa a Portugal para uma tournée de concertos que inclui uma passagem pelo Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. dia 4 de Fevereiro, 22H00.

Nós por cá ainda temos caminhos de cabrasAmbulâncias não chegam aos moradores da Travessa Rego de Chaves, em Joane

Uns meros 150 metros de caminho de terra batida são, há anos, a grande dor de cabeça dos moradores

de quatro casas da Travessa Rego de Chaves, junto à Capela da Senhora da Carreira, em Joane. O caminho é estreito e irregular e só através dele se chega à via principal mais próxima. Uma ambulância ou um carro de bombeiros não consegue chegar às residências e só com extremo cui-dado é que um automóvel normal lá chega. O caricato é que, a norte e a sul do caminho, o que não falta é terreno livre para o alargamento, o entrave, segundo os moradores, é a proprietária dos terrenos, que não cede.O casal Salazar é o principal afectado com este imbróglio. Joaquim Salazar, de 80 anos, está debilitado e quase sem mobilidade. Necessita de fisiote-rapia à semana, mas a ambulância não chega à sua casa, fica a 200 metros da sua porta. Percurso que no seu estado demora meia hora a fazer, sempre ao lado da companheira, Ma-ria Rodrigues. Este Inverno deixou de ir à fisioterapia. Não aguentava somar o frio ao esforço físico. A esposa já ofereceu cinco mil euros à proprietária do terreno para a obra. Em vão. “Cheguei-lhe a pedir pelas alminhas que deixasse alargar só um metro. Primeiro ficou de pensar, depois voltou a dizer que não. Eu quero é resolver o problema. Só por maldade se pode fazer uma coisa

destas”, diz a moradora.Tal como o pai, Bernardino Salazar, que reside numa das casas servidas pelo caminho, necessita com frequên-cia de deslocar-se para tratamentos médicos. “Quando tenho de fazer hemodiálise, vou de táxi. No regresso, uma vez que o táxi não pode chegar à minha

porta, só Deus sabe o que eu passo a ir a pé da capela até casa”, descreve.Bernardino alerta para o perigo de incêndio naquele local, que tem o monte e vegetação como “vizinhos”. Nesta situação diz temer pela vida porque os bombeiros não terão forma de chegar ao local. “Ficaremos cá todos”, diz.

A proprietária dos terrenos para o alargamento é a mesma de um tercei-ro terreno situado à face da estrada principal, junto da Capela da Senhora da Carreira e que também está envolto em polémica desde que avançou com a reconstrução do muro que o limita.Os moradores protestam pela arqui-tectura do muro e dizem-se contra as entidades (Câmara, que licencia e Junta, que deu parecer favorável) por estas não terem exigido à proprietária que, ao reconstruir, alterasse o traça-do do muro, recuando ligeiramente para dar melhores condições à via.O muro chegou a servir de bandeira ao candidato do PSD/PP durante a campanha eleitoral. Nessa ocasião, a obra chegou mesmo a ser embargada mas meses mais tarde foi retomada tal como os protestos dos moradores.Na última Assembleia de Freguesia, Joana Cunha, eleita da coligação PSD-PP, questionou o Executivo socialista sobre o assunto mas teve o silêncio como resposta.Quando na edição de Junho de 2009, sobre esta matéria, o RL questionou Sá Machado, presidente da Junta joanen-se, este confirmou que tinha estado no local da obra, assegurando que o fizera pretendendo chegar a um acor-do com a proprietária dos terrenos para uma solução tanto para o muro como para o alargamento da traves-sa Rego de Chaves. “Não chegamos a qualquer acordo. Em relação ao muro em construção, a senhora mostra-se irredutível e quanto ao Rego de Cha-ves só deixa alargar se for construído o muro em toda a volta do terreno, o que vai muito além do que é preciso, sendo obviamente inaceitável a pre-tensão”, disse Machado.

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 13

LOCALIdAdES

A Câmara Municipal de Famalicão através do Museu da Indústria Têxtil va i promover , nos d ias 9 e 10 de Fevereiro, um atelier para crianças subordinado ao tema “A Arte e os Têxteis nas Máscaras de Carnaval”. A iniciativa que tem como principal o b j e c t i v o p r o p o r c i o n a r a o s m a i s novos momentos didácticos de boa-disposição, ensinando-os a elaborarem a sua própria máscara, está indicado para crianças com idades entre os 5 e os 10 anos e irá decorrer nas instalações do Museu da Indústria Têxtil.As inscrições são gratuitas e estão abertas até ao dia 5 de Fevereiro, no Museu da Indústria Têxtil.

A Quinzena Gastronómica de Famalicão decorre entre 1 e 15 de Fevere iro , em mais de 10 restaurantes do concelho.A r r o z d e C a b i d e l a , B a c a l h a u com Broa, Cozido à Portuguesa e Rojões com Papas de Sarrabulho são os quatro pratos que vão estar a concurso na iniciativa p r o m o v i d a p e l o p e l o u r o d o Turismo da Cãmara de Famalicão.A Quinzena é reconhecida a nível nacional e é uma demonstração daquilo que de bom se faz em Famalicão”, referiu Paulo Cunha, v e r e a d o r c o m o p e l o u r o d o Turismo na Câmara famalicense. A Quinzena Gastronómica vai ser alargada a todo o ano, através da promoção da iniciativa “Sugestão d o C h e f e ” . A i d e i a é q u e o s restaurantes aderentes incluam nas suas ementas, de Março a Dezembro, pratos alusivos às diferentes épocas do ano.

Arroz de Cabidela: Churrasqueira do António, restaurante Moutados de Baixo, restaurante Sobreiro e Torres. Bacalhau com Broa: restaurantes Benfica, Ferrugem e Pateo das Figueiras. Cozido

à P o r t u g u e s a : C o z i n h a d o G o n ç a l v e s , M a l c r i a d a e S a r a Cozinha Regional. Rojões: Casa de Pasto 7 Velhos, restaurante do Hotel Moutados e no Prato das Oliveiras.

O p r e s i d e n t e d a C â m r a de Famal icão quer que o Governo assuma a gestão d a V i a I n t e r m u n i c i p a l J o a n e / V i z e l a . O a u t a r c a entende que as câmaras da região não têm meios para assumirem, sozinhas, uma intervenção global naquela via e espera, por isso, apoio governamental.“A VIM é da responsabilidade da Amave mas entendo que o Gove rno qu e and a p or aí a fazer Scut’s por tudo quanto é sítio devia tomar

como sua e fazer as obras que são necessárias porque também somos filhos de Deus como os outros”, afirmou o edil instado num recente encontro com jornalistas. Não pode haver “ f i lhos e enteados”, diz o autarca, fazendo questão de lembrar que a região atravessada pela VIM é estratégica do ponto de v is ta económico, com forte presença da indústria, têxtil e não só, que depende em parte da via. Armindo Costa afirma que

o Governo tem invest ido “onde não deve”esquecendo zonas como o Vale do Ave. E garante que a falta de apoio governamental pode levar m e s m o à p a r a l i z a ç ã o d e muitas das industrias da zona. O autarca afirmou ainda que do lado de Guimarães tem reinado o silêncio. A Câmara de Guimarães não está à vontade para falar porque tem a Capital Europeia da Cultura em 2012 e tem de estar calado”, disse Armindo Costa.

boa mesa famalicenseQuinzena de Gastronomia de Famalicão decorre de 1 a 15 de Fevereiro

Famalicão espera apoio do Governo para a VIM

Máscaras de Carnaval

Vereador Paulo Cunha (ao centro) na apresentação da Quinzena de Gastronomia

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OPInIÃO

Namorarnão escolhe idades

O dia 14 de Fevereiro era, na antiga Roma, um feriado dedicado a Juno, a rainha dos deuses romanos, também conhecida pela deusa das mulheres e dos casamentos.

Outra origem provável para o dia dos namorados é o festival dedicado a Fauno, divindade que velava pela fertilidade dos campos e pela fecundidade dos rebanhos, e que se celebrava a 15 de Fevereiro. Durante estes festejos, eram sorteados os nomes das jovens solteiras entre os rapazes candidatos ao namoro. O romance podia ter a duração do festival ou ser mais longo. Muitas vezes os jovens apaixonavam-se e casavam mais tarde. O festival Lupercalia foi mais tarde adaptado pela Igreja cristã, que pretendia abolir as festividades pagãs. O sorteio dos nomes das raparigas foi sendo substituído por nomes de santos, e o ritual foi “apadrinhado” por São Valentim, que tinha morrido, precisamente, a 14 de Fevereiro de 269

d.C. A data coincidia, também, com o início da época de acasalamento das aves.Nos últimos anos, a data assumiu contornos comerciais. As lojas aproveitam para lançar campanhas para atrairem os casais e todo um conjunto d produtos são criados a pensar nos “pares de namorados” - de hotéis a lojas de roupa, passando pelos restaurantes e lojas de presentes. O Repórter Local ouviu duas mulheres sobre a data do Dia dos Namorados. Rosa Silva diz que se trata de “um dia muito especial”, marcado pela partilha com a pessoa de quem se gosta. Por isso, diz, “é uma data que não pode passar indiferente, sem que haja a oferta de um presente. Já Ana Almeida diz que “o Dia dos Namorados” está “demasiado comercial e marcado pelo consumismo”, tal como outras datas, como o Natal. “Funciona muitas vezes como mais uma oportunidade para levar as pessoas a comprarem presentes”, diz.

diCAs

DIA DOS NAMORADOS

MOMEntOS dOCESUm jantar à luz das velas, um passeio nocturno, uma ida ao cinema... Ideias para assinalar o Dia dos Namorados não faltam. A data é mais assinalada pelos casais jovens, mas a idade tem pouco relevo quando se trata de questões de amor.O restaurante D. Henrique, em Joane, tem um menu especial para a noite de 13 de Fevereiro, para casais de todas as idades, com direito a música ao vivo. O restaurante do José Henrique está a aceitar reservas para o serão de dia 13. Em Vermoim, a pastelaria Sa-bores propõe “algo doce” para “surpreender a pessoa amada”. Estas são apenas duas das mui-tas sugestões ao seu alcance para assinalar o Dia dos Namo-rados. Um jantar temático em casa, com velas, almofadas, um pas-seio à beira-mar ou num par-que; o regresso ao local onde o par deu o primeiro beijo ou um serão caseiro, com filmes que sejam do gosto dos dois, a lei-tura de um livro marcante, um piquenique (se estiver a cho-ver, pode sempre ser feito em casa)... Como vê, não faltam su-gestões para assinalar o Dia dos Namorados.

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 15

EDIÇÃO JANEIRO 2010 NÚMERO 64ANO 6

COORDENAÇÃO DOMINIQUE MACHADO

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O Repórter Local foi convidado para falar sobre jornalismo aos alunos da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane. O jornalista Luís Pereira falou do projecto e respon-deu às questões dos alunos sobre jornalismo local. O relato do que se passou feito aqui pelo aluno Pedro Rodrigues, do 7’ B.

A DONA DA HISTÓRIA (Teatro)Dia 12 e 13 de Fevereiro, 21:30 horas, Casa das Artes de Famalicão.

AMÁLIA HOJE (Música)Dia 06 de Fevereiro, 22:00 horas,Pavilhão Multiusos de Guimarães

Redacção

Tendo como objectivo promover o convívio entre todos os participantes e manter viva a tradição, a ATC organizará no próximo domingo, dia 31 de Janeiro de 2010, a 9.ª edição do tradicional SA-RAU DE REIS. Tentando dinamizar e pro-longar esta centenária tradição entre os

mais jovens, este ano realizar-se-á em paralelo um Festival Infantil de Cantar dos Reis.Contando já com 7 grupos inscritos O Sarau de Reis e o Festival Infantil Can-tar dos Reis são abertos à participação de Instituições de Solidariedade Social, Associações Culturais e recreativas, Gru-pos Etnográficos e Ranchos Folclóricos, Escolas, Agrupamentos de Escuteiros e outros Grupos informais. O espectáculo será aberto ao público em geral.

RL foi à escoLa!O Repórter Local foi convidado para falar sobre

jornalismo aos alunos da Escola Secundária

Padre Benjamim Salgado, de Joane. O jornalista

Luís Pereira falou do projecto e respondeu às

questões dos alunos sobre jornalismo local.

Como se faz um

jornal como o RL? Os

alunos mostraram

interesse pelo

jornalismo pelo jornal

Comemorou-se, no passado dia 24 de Janeiro, o Dia Internacio-nal dos Jornalistas e Escritores. Os alunos de 7º ano da Escola Secund]aria de Joane, tiveram oportunidade do comemorar o dia da melhor maneira e de recordar o que aprenderam nas aulas de Língua Portuguesa, no âmbito do texto jornalístico. Fomos para a Biblioteca e tive-mos uma aula de jornalismo dife-rente, com o jornalista do Repór-ter Local Luís Pereira. O encontro foi orientado pelo jor-nalista Luís Pereira, que recor-dou e debateu, connosco, o que aprendemos acerca da notícia. O debate tornou-se interessan-te quando comparámos a teoria aprendida durante as aulas com o que é o jornalismo na realidade. O jornalista Luís Pereira concluiu o encontro deixando-nos um de-safio: pediu-nos que fossemos nós os jornalistas e fizéssemos a notícia deste encontro. Aqui está a resposta ao desafio

Pedro Rodrigues, aluno Nº 17 da turma 7º B

Sarau de Reis ATC

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16 • JANEIRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPInIÃO

Apesar da distância temporal, quero felicitar a nova Junta de Freguesia de Joane que tomou posse no passado dia 30/10/2009 e obviamente desejar um bom trabalho. A vitória de 11 de Outubro, alcançada pela l ista do PS encabeçada pelo dr. Ivo Sá Machado, é esclarecedora e não deixa nenhuma dúvida quanto à vontade manifestada pelos Joanenses.Ao PSD enquanto maior parti-do de oposição nesta freguesia cabe o dever e a obrigação de regular o exercício do poder.

Sobretudo a obrigação de me-recer a confiança que alguns, nele depositam.Após 4 derrotas consecuti-vas (desde que fundado em Joane), está na altura de um virar de página no partido. É preciso uma linha de mudan-ça. O PSD Joane precisa de iniciar um novo ciclo com vista à preparação das autárquicas de 2013.Os militantes estão desmo-ralizados, algo descrentes. É necessário mobil iza- los e trazer novos membros ao partido para revitalizar a alma social democrata.A Juventude Social Demo-crata , a qual fe l ic i to pela eleição do seu presidente, Luís Fernandes, para a vi-ce-presidência da comissão politica concelhia, terá um papel muito importante. Isto porque, a sua energia, o seu inconformismo e a sua mo-tivação, podem ser factores

contagiantes para dinamizar o PSD. A JSD terá um papel importante sobretudo se as-sumir o trabalho de formação e renovação de quadros políti-cos, assim como, de captação de novos valores individuais e de novas vontades colectivas.Igualmente importante é o grupo parlamentar da assem-bleia de freguesia. O seu bom desempenho sintonizado com a comissão politica será um dos alavancamentos necessá-rios à renovação da imagem pública do PSD Joane.Deste partido fazem parte os de “ontem”, os do “presente” e os que conseguirmos seduzir com as nossas ideias e projec-tos. Os de “ontem” porque, com a experiência política adquirida são um potencial tremendamente valioso que não pode ser desperdiça-do. Os do “presente” porque têm a responsabilidade de “oxigenar” um partido desa-

creditado.A oportunidade do PSD Joane é esta. O Partido Socialista local está em fim de ciclo. Não acredito que tenha motivação e ideias para ganhar em 2013. Falta-lhe visão estratégica e humildade para trabalhar com o poder camarário. Os tempos são difíceis e dife-rentes e exigem uma atitude diferenciadora e responsável. Cabe ao PSD trabalhar muito e bem para ganhar a aposta dos Joanenses.Convencer a maioria dos Joanenses a apostar no PSD Joane não será tarefa fácil. A colaboração de todos, desde que queiram part ic ipar e contribuir, é essencial para fortalecer o PSD e tr i lhar um caminho que se prevê trabalhoso.O PSD não pode falhar, pois arrisca-se a se perpetuar na oposição por muitos e longos anos.

Miguel AzevedoMilitante do PSD / Joane

A vitória de 11 de

Outubro, alcançada

pela lista do PS

encabeçada pelo

dr. Ivo Sá Machado,

é esclarecedora

e não deixa

nenhuma dúvida

quanto à vontade

manifestada

pelos Joanenses

OPiniÃO

A ressaca, o novo ciclo e um caminho

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 17

OPInIÃO

Preocupa-me pessoalmente viver numa democracia as-sente em pés de barro, que é como quem diz, em estruturas partidárias por vezes mais representativas dos respec-tivos dirigentes do que dos militantes/cidadãos. Há dias o PSD foi a votos para eleger uma nova Comissão Política e um novo líder con-celhio. Votaram 87 militantes. Estes 87 militantes do PSD que elegeram Mário Passos & Cia não escolheram um homem qualquer. Elegeram a pessoa que habitualmente escolhe um dos dois poten-ciais futuros presidentes da Câmara, escolheram a(s) pessoa (s) que decide quem são os candidatos/presiden-tes de Junta e provavelmente deputados de Famalicão para a AR. E sabemos que esco-lheram ainda muito mais do que isto…Ou seja, uma boa parte da vida dos 130 mil famalicen-ses estará determinada pelo que pensarem, discutirem, decidirem e ordenarem estes

senhores escolhidos por estes 87 militantes. Se pensarem, decidirem e ordenarem mal estamos tramados.Mas o surpreendente não é que Mário Passos tenha sido eleito por 87 militantes no PSD ou Fernando Moniz por um pouco mais no Partido Socialista. Só fica espantado quem não sabe como se orga-nizam os partidos, sobretudo

a nível local. Inacreditável é o tranquilo conformismo com que militantes e simpa-tizantes dos partidos assistem a tudo is to . Inacreditável é a ausência quase total de massa crítica quer no sistema político-partidário quer na Sociedade Civil em geral. No PSD não se conhece uma única voz crítica do partido ou do poder que decide as tarifas de

água e saneamento, o IMI ou os investimentos nas fregue-sias. No PS sobram dedos das mãos para contar o número de militantes/simpatizantes que tomaram posição pública crítica, por exemplo, relati-vamente ao desaire eleitoral de Outubro ou relativamente ao modo como o partido vem sendo conduzido nos últimos 20 anos. Isto quando estamos a poucos meses de um novo acto eleitoral.O filósofo português José Gil (em Portugal Hoje, o Medo de Existir) vai buscar ao An-tigo Regime as raízes deste adormecimento colectivo. Diz ele que, «trinta anos depois do fim do regime do medo, convivemos ainda com ele. (…) O medo é medo do poder mas também da impotência própria diante do poder. (…) Se não afastarmos agora o nevoeiro que ameaça nova-mente toldar o nosso olhar, poderá ser demasiado tarde quando nos apercebermos que nos encurralaram num beco.» Lá terá a sua razão.

Sérgio CortinhasProfessor - Joane

O surpreendente

não é que Mário

Passos tenha

sido eleito por 87

militantes no PSD

ou Fernando Moniz

por um pouco

mais no PS. Só fica

espantado quem

não sabe como

se organizam os

partidos, sobretudo

a nível local

OPiniÃO

Democracia com pés de barro

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Uma prova inovadora no concelho de Famalicão

AMVE • CORTA-MATO CURTO

Prova do Campeonato Regional decorre domingo, dia 31, em Vermoim

dAdOs

300 A organização espera a presença de 300 atletas de vários pontos da re-gião.

2500 €Orçamento da prova su-portado pela Câmara de Famalicão, AMVE, co-mércio local e Junta de Vermoim.

tERREnOA prova decorre no ter-reno junto ao Pavilhão terras de Vermoim e foi cedido pelo proprietá-rio para a organização da prova.

FRASES“No seguimento do que tem acontecido com ou-tros eventos, a AMVE pro-cura sobretudo desafios inovadores. Para fazer igual, pensamos que não vale a pena apostarMiguel Campos, diri-gente da AMVE

“Esta prova tem uma im-portância singular para o concelho de Famalicão” Leonel Rocha, verea-dor do desporto da Câ-mara de Famalicão

Luís Pereira

Numa organização conjunta da Associa-ção Moinho de Vermoim (AMVE), Câma-ra de Famalicão e Associação de Atletis-mo de Braga, decorre domingo, dia 31, o Campeonato Regional de Corta-Mato Curto junto ao Pavilhão Terras de Ver-moim.Segundo Miguel Campos, da secção de desporto da AMVE, trata-se de um “even-to inovador” realizado pela primeira vez no concelho de Famalicão. “Estamos or-gulhosos de trazer a prova para Famali-cão. O Moreirense e a Câmara de Gui-marães também estavam interessados. A AMVE procura, sobretudo, desafios ino-vadores. Para fazer igual, pensamos que não vale a pena apostar”, diz o dirigente.

Para Leonel Rocha, vereador do Despor-to da Câmara de Famalicão, a iniciati-va “reveste-se de importância singular” para o concelho por ser a primeira vez que recebe esta competição. “Com esta experiência, Famalicão estará em condi-ções de assumir competições ainda mais arrojadas. O campeonato regional trará todas as atenções para Famalicão. A Câ-mara desta vez não é somente uma en-tidade que apoia mas que se envolve na organização”, salienta o vereador.O terreno junto ao Pavilhão encontra-se já preparado para acolher os atletas. Trata-se de um espaço amplo e, na opi-nião de Miguel Campos, reúne as melho-res condições para acolher futuramente grandes provas nacionais. A manhã desportiva de domingo come-ça com uma prova destinada às crian-

ças das escolas da região, pelas 9h00, paralela ao campeonato regional e que foi devidamente promovida pela atleta Rosa Oliveira. A expectativa da organiza-ção passa por receber 150 crianças. Pelas 10h00, arranca o Campeonato Re-gional de Corta-Mato Curto. Em com-petição estarão seis escalões: infantis, iniciados, juniores, juvenis, seniores e veteranos. Apesar da responsabilidade das inscri-ções não ser da AMVE mas da Associa-ção de Atletismo de Braga, a associação de Vermoim aponta para 300 atletas em competição. “Apela às instituições e pes-soas de Vermoim que apoiem esta asso-ciação que tem promovido o desporto, a freguesia e o concelho de forma ino-vadora, de que esta iniciativa é mais um exemplo”, remata o dirigente.

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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2010 • 19

Como em tudo, em tempo de crise, os apoios f inanceiros para sustentar a instituição, escasseiam embora Paulo Azevedo fale que as portas das empresas que têm batido, não se têm fechado, atribuindo isso ao sucesso e empenho da associação e dos seus colaboradores.Além dos apoios das empresas locais, a AMVE conta com subsídios da Câmara famalicense, da autarquia de Vermoim e do Instituto Português da Juventude, uma vez constarem do Registo Nacional de Associações Juvenis.“A associação cresceu bastante em três anos, o crescimento foi maior que o expectável. Embora isso nos encha de orgulho porque é o reconhecimento do nosso empenho é motivo também de maior responsabilidade”A solidariedade é outra das valências. Exemplo disso é a distr ibuição de alimentos pela freguesia, no Natal.A grande iniciativa da AMVE, extra-desporto, é o Sarau Cultural, no Verão, com música, teatro e exposições dos trabalhos realizados pelas associações locais durante o ano.

Tem apenas três anos e já conta com um percurso invejável no panorama associativo do concelho

de Famalicão. Hoje conta já com 150 associados.A Associação Moinho de Vermoim (AMVE) nasceu num grupo de jovens que costumava a reunir no local onde hoje é a sede da colectividade. Com o profundo d e s e j o d e t r a b a l h a r e m p r o l da freguesia , imprimindo-lhe mais d inamismo, começaram por fazer um levantamento das necessidades de Vermoim para saberem as áreas onde intervir. Paulo Azevedo, hoje presidente da instituição e um dos mentores do projecto, diz que os objectivos f icaram desde logo traçados: promover o desporto e a cultura em Vermoim.“ T r ê s a n o s d e p o i s , a n í v e l d e s p o r t i v o o s r e s u l t a d o s excederam as expectativas iniciais. Ao nível cultural a dificuldade

encontra-se mais nos apoios”.Nesta área a AMVE formou um coro infantil que tem 30 crianças até aos 12 anos e espectáculos agendados . Tem um pequeno grupo de teatro que tem algumas actuações agendadas.“O problema da cultura não reside

no interesse das pessoas, elas gostam de ver teatro ou ouvir música, não gostam é de sair de casa”, diz o dirigente. “Não gostamos de cat ivar as pessoas, gostamos de trabalhar com elas numa base de união”, refere o presidente da AMVE.

Rosa Oliveira é uma espécie de “mascote” da AMVE. Como atleta tem somado títulos e dado pro-jecção à instituição de Vermoim. A última conquista foi dia 24, nos 400 metros com 1.07 minu-tos. nos 1500 metros sagrou-se também Campeã nacional e melhorou o seu recorde nacional em 3 segundos (4.53 minutos).

Como é que uma atleta com o seu palmarés abraça um projecto que se está a iniciar, como o da AMVE?Fui contactada pela AMVE em 2008

para ajudar a organizar a primeira prova de atletismo. Vi que as pessoas poderiam ir longe pela forma como trabalhavam e deixei-me envolver no projecto. O desafio de criar uma equipa de atletismo da associação surgiu numa brincadeira que foi ganhando forma. Nessa altura estava noutra equipa, a ser remunerada, o que a fez sair?Porque acreditei no projecto da AMVE, sobretudo nas pessoas que estão à frente da associação. Gostava de ter acabado onde co-meçou, no GD de Joane?Se o Joane me tivesse lançado o

mesmo desafio eu quase de certeza que ia porque gostaria de terminar a carreira no clube que comecei, mas nunca ninguém me veio pedir nada. Sente-se esquecida por Joane (sua terra natal e onde reside)?Eu acho que não sou de Joane. Te-nho 43 anos, nem sempre residi em Joane mas é em Joane que tenho as minhas raízes. Mas na minha terra nunca fui reconhecida. O que fez a AMVE poderia ter feito o GDJ. Agora, só saio do Moinho se os dirigentes o quiserem, por minha vontade, é aqui que termino a carreira. Como se encontra a Escola de

Atletismo Rosa Oliveira?É uma ideia de Miguel Campos. Fico sensibilizada porque trata-se de um reconhecimento à atleta que fui e que sou e no que depender de mim, irei abraçar o projecto com toda a energia. As crianças hoje fazem pouco desporto?Muito por culpa dos pais. A maioria não se dá ao trabalho de levar os miúdos a um parque, preferindo colocá-los frente a um computador para ficarem mais tempo na cama. É uma questão de hábitos e de pequenino é que se torce o pepino.

Três anos em cheioNo desporto, a AMVE excedeu as expectativas. Agora falta afirmar a parte cultural

Contornar a crise

Homenagem a José Azevedo: uma das muitas actividades da AMVE

MIGUEL CAMPOSÉ o principal responsável pela parte desportiva da Associação Moinho de Vermoim, a valência que maior notoriedade tem alcançado nos três anos de actividade da associação.

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“sÓ sAiO dA AMVE sE Os diRiGEnTEs quisEREM” EntREVIStA • ROSA OLIVEIRA

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A construção de uma sede de raiz é o grande objectivo da AMVE para os próximos tempos. Segundo os dirigentes da associação de Vermoim, disso depende também o seu crescimento nas diversas áreas de intervenção.A associação já tem local em mente para a sede e tem reunido com a Câmara M u n i c i p a l d e F a m a l i c ã o n o i n t u i t o conseguir “cativar” o Município para o projecto. Sem apoio oficial, em particular da Câmara, o objectivo da AMVE não será possível de concretizar.

É no desporto que a Associação Moinhos de Vermoim (AMVE) se tem afirmado. A instituição trabalha em duas modalidades, ciclismo e atletismo. O projecto AMVE começou com o ciclismo, através de uma prova de cicloturismo que juntou, na primeira edição, cerca de 400 ciclistas. Numa segunda edição a organização impôs um cariz mais competitivo e aumentou em 100 o número de participantes. A aposta no atletismo deu-se no segundo ano, impulsionada pelo êxito da primeira prova “ T e r r a s d e V e r m o i m ” q u e contou com 1200 participantes e teve a presença de Rosa Mota. Na segunda edição , a prova aumentou para 2.000 o número de participantes.Na actualidade, são já 46 os atletas (ciclismo e atletismo) que vestem a camisola da AMVE.

O responsável da secção, Miguel Campos anuncia para 8 de Maio a segunda volta ao concelho mas apenas na vertente competição. “A novidade é um ‘bike tour’ com passagem por pontos históricos

do concelho, numa vertente mais de lazer”, refere. Já no atletismo a prova “Terras de Vermoim” volta em Junho, incluída no Sarau Cultural e com o objectivo de aumentar a participação.

A «EStRELA» dA AMVEA atleta Rosa Oliveira, de Joane, é o principal nome do atletismo da AMVE. Além da vertente de competição, na qual tem conseguido títulos, Rosa Oliveira exerce também papel de promoção da modalidade junto das escolas do concelho.

Nº 130 • ANO XI • JANEIRO 2010 GRATUITO • MENSAL PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDACONTACTOS: 252 099 [email protected]

II Volta ao Concelho em Maio com bike Tour histórico

AMVE espera ter uma sede nova

É no desporto (ciclismo e atletismo) que a AMVE se tem afirmado