repórter local - edição de agosto 2010

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PUBLICIDADE PUBLICIDADE Nº 137 • ANO XII • AGOSTO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA DIRECTOR: JOAQUIM FORTE Joane pág. 08 Vandalismo de Verão atinge secundária Arão S. João pág. 10 Piscina já registou mais de 10 mil entradas Ronfe pág. 22 Grupo Sigla DEP prepara primeiro disco longa duração Desporto pág. 17 Estádio do Joane pode não ficar em Barreiros FC Vermoim promove torneio internacional CRÓNICAS HAJA SAÚDE Elisa Ribeiro CRÓNICA FEMININA Margarida Cardoso NUTRIÇÃO Analisa Neto Dar ao pedal O BTT está bem e recomenda-se na nossa região EM FOCO pág. 03 EM FOCO pág. 19 Vermil pág. 20 Regresso às aulas Escolas abrem com menos alunos mas sem problemas EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL O MOSQUITO A partir de agora, uma página com quentes e boas Guarda-chuvas: ainda há quem os conserte! Desporto pág. 15 Esta mulher salvou uma vida com uma simples manobra Fátima Faria aplicou Manobra de Heimlich a homem que engoliu placa dentária durante o sono. Pág. 12 | 13

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Page 1: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

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Nº 137 • ANO XII • AGOSTO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

DIRECTOR: JOAQUIM FORTEJoane • pág. 08

Vandalismo de Verão atinge secundária

Arão S. João • pág. 10

Piscina já registou mais de 10 mil entradas

Ronfe • pág. 22

Grupo Sigla DEP prepara primeiro disco longa duração

Desporto • pág. 17

Estádio do Joane pode não ficar em Barreiros

FC Vermoim promove torneio internacional

CRÓNICAS

HAJA SAÚDEElisa RibeiroCRÓNICA FEMININAMargarida CardosoNUTRIÇÃOAnalisa Neto

Dar ao pedalO BTT está bem e recomenda-se na nossa região

EM FOCO • pág. 03 EM FOCO • pág. 19

Vermil • pág. 20

Regresso às aulasEscolas abrem com menos alunos mas sem problemas

EM FRENTE AO CENTRO SOCIAL

O MOSQUITO A partir de agora, uma página com quentes e boas

Guarda-chuvas: ainda há quem os conserte!

Desporto • pág. 15

Esta mulher salvou uma vida com uma simples manobraFátima Faria aplicou Manobra de Heimlich a homem que engoliu placa dentária durante o sono.

Pág. 12 | 13

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 3

MEMÓRIA

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE JOANE1730 alunos (um aumento de 30). Oito Cursos Profissionais. Uma das no-vidades é o Curso Técnico de Medições e Orçamento. Quatro Cursos de Educação e Formação (CEF). Novidade: Curso de Agente em Ge-riatria. No total serão 60 jovens.Menos alunos à noite nos Cursos de Edu-cação e Formação de Adultos (EFA). No total estão inscritos 303 alunos (menos 30 que no ano passado). A novidade é a in-clusão do Curso de Óptica Ocular, com 34 inscritos.A escola oferece ainda formações mode-lares certificadas e é sede de um Centro Novas Oportunidades.

AGRUPAMENTO ABEL SALAZARNa sede, 784 alunos. AIRÃO S. JOÃOEscola de Roupeire, 35 alunos no 1.º ciclo e 19 no pré-escolar. AIRÃO SANTA MARIA87 alunos no 1.º ciclo e 48 no pré-escolar. VERMIL42 alunos 1.º ciclo, 25 no Jardim Infantil.OLEIROSA escola continua aberta com o número mínimo de alunos (21) permitido pelo Mi-nistério.RONFEGemunde, 165 crianças no 1.º ciclo.

AGRUP. BERNARDINO MACHADOAbrange escolas de Joane, Mogege, Ver-moim e Pousada. O 2.º ciclo recebe, em Joane, 429 alunos. O 3.º acolhe, na EB 2/3 Bernardino Macha-do, 268. No ensino regular, a escola tem uma turma nos cursos CEF (17 alunos).JOANE Pré-escolar: 50 crianças. 1.º ciclo: Giestais, 70 alunos; Mato da Senra, 87; Montelhão, 133. Cima de Pele, 56 alunos. VERMOIMAgra Maior, 62 alunos; Estalagem, 71. Breia, 50.MOGEGEBoca do Monte, 89 alunos; Lousela, 52. POUSADAMatinhos, 86 alunos.

EM FOCO

ANO ESCOLAR

OS NÚMEROS DAS ESCOLAS DA NOSSA

REGIÃO

O n o v o a n o l e c t i v o a r -ranca sem problemas nas escolas da região. O encerramento de es-

colas do primeiro ciclo por falta de alunos (21, no mínimo) afecta algumas escolas, em particular do concelho de Guimarães (entre e las a da Lourinha em Ronfe) , mas não se verificam problemas de maior - apurou o RL. Na secundária Pe. Benjamim Sal-gado de Joane são esperados, no dia 13 de Setembro, 1730 alunos, entre o ensino diurno e nocturno. A direcção fala na necessidade de obras. “Uma escola que tem 26 anos está desadequada, ao nível de infra-estruturas, às necessidades educativas actuais. Não significa, contudo, que não tenha as condi-ções para oferecer qualidade de ensino”, refere Alfredo Mendes.O director da escola alerta para e s s a n e c e s s i d a d e e c o n s i d e r a o p o r t u n o d e b a t e r o a s s u n t o , tentando t irar proveito da ini-c iat iva do Governo de renovar o parque escolar. “Não sabemos quando, mas queremos que isso seja possível”, afiança. N o A g r u p a m e n t o B e r n a r d i n o Machado (que integra esco las deJoane, Mogege, Vermoim e Pou-

sada), o ano lectivo arranca com menos 80 alunos. A diminuição de alunos será aproveitada para introduzir novas metodologias de ensino.A diminuição de alunos agrava-se no ensino nocturno. Apesar de aprovados, por falta de cabimen-tação financeira os cursos EFA não foram autorizados e a escola conta somente com duas turmas (32 alunos).O p r o j e c t o d a “ e s c o l a s é n i o r ” continua pelo quarto ano conse-cutivo com cerca de 15 seniores. A escola Agra Maior de Vermoim destaca-se por acolher uma turma com quatro alunos autistas (o má-ximo permitido são 6 por sala). O agrupamento passa a deter uma unidade de ensino estruturado para o autismo, acolhendo todos os alunos do concelho com esta problemática.“ A e s c o l a t e m b o a s c o n d i ç õ e s e uma sala com característ icas m u i t o p r ó p r i a s p a r a a c o l h e r estes alunos. É uma unidade que vem valorizar o agrupamento”, d i z A l f r e d o L i m a , d i r e c t o r d o Agrupamento.A unidade funciona este ano em Vermoim mas, no próximo, será transferida para Joane.

De acordo com o Agrupamento de Pedome, a escola de Castelões per-deu uma turma, fixando o número de crianças em 88. Castelões é a única das 5 freguesias de Famali-cão da área de abrangência do RL, que não integra o agrupamento Bernardino Machado mas sim o de Pedome.E m R o n f e , t a m b é m o A g r u p a -mento de Escolas Abel Salazar regista uma queda de alunos. É no primeiro ciclo que se detecta a maior descida, facto que forçou o Ministério da Educação a encerrar duas escolas do primeiro c ic lo tuteladas por este agrupamento - uma delas é a da Lourinha, em Ronfe. Na escola sede de Agrupamento, o n ú m e r o d e a l u n o s ( 7 8 4 ) e a oferta educativa mantêm-se como no ano passado. Mas há falhas: “Gostariamos de ter a disciplina de Espanhol mas estamos condi-cionados e isso fez-nos perder a l u n o s . A l g u n s c h e g a m a o 7 . º ano e vão embora por não terem Língua Espanhola. Só podemos oferecer se tivermos no quadro um professor. Como não o podemos requisitar, não temos Espanhol”, explica Silvério Silva, director do agrupamento.

Ano escolar com menos alunos

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4 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O MêS DE RUI FARIA

é ASSIMOPINIãO

O qUE SE DIz

>> FACTO lOCAl O encerramento de escolas básicas . Deixando a discussão sobre os prós e contras desta reforma da rede escolar para os entendidos em educação, a dilvugação da lista de escolas a encerrar, apenas um mês anterior ao início do ano lectivo, é bastante tardia. Principalmente se tivermos em conta as alterações que isso provocará na vida dos alunos, professores, pais, escolas e autarquias de todo o país, à qual a nossa região não está

imune. Resta-nos pressionar para garantir que esta medida ofereça, de facto, um futuro mais promissor às crianças deslocadas.

>> FACTO NACIONAl Os incêndios florestais e as enormes perdas naturais, ambientais, humanas e económicas a eles associados. Gostaria de salientar como positivo a discussão sobre um maior e mais eficaz envolvimento do exército no combate às chamas, e sobre a possibilidade da

participação de alguns sectores da sociedade civil na prevenção. Vamos ter que esperar pelos próximos episódios para perceber se e como estas ideias serão implementadas.

>> FIGURA DO MêS Alexandre Correia (Universidade de Aveiro) e Nuno Santos (Centro de Astrofísica da Uni-versidade do Porto). Participaram na equipa internacional que descobriu aquele que, até ao momento, constitui o sistema solar mais

parecido com o nosso. A descoberta relança a esperança de, num futuro próximo, encon-trarmos outro planeta, além da Terra, que seja compatível com a existência de vida.

>> FRASE “Há quem tenha o sono pesado, há quem o te-nha leve, há quem ao adormecer se despegue do mundo, há quem não saiba estar se não deste lado e por isso sonha” José Saramago, “Levantado do Chão”.

A FRASE DO MêS

“Quando o mal surge, as causas parecem sempre razoáveis. Mas se é fácil entender o horror aos judeus, que dizer, hoje, das perseguições aos ci-ganos”Editorial do jornal Expresso, 10 | 08

“Tudo tem um fim. Como tudo na vida”Post de 16 de Agosto, alegadamente dando conta do fim do blog Famalicão e Política, co-nhecido pelas suas posições anti-Câmara de Famalicão.

“Em Ronfe encerra a escola da Lou-rinha. Desejo e espero que o encer-ramento tenha como consequência uma ampla melhoria das condições de aprendizagem para as crianças de Ronfe”.Daniel Rodrigues, presidente da Junta de Ronfe no seu blog

“Quatro escolas não abrem em Se-tembro no concelho de Guimarães”.Título do jornal Comércio de Guimarães

“Sete escolas do concelho de Guima-rães encerram por falta de alunos”.Título do jornal Notícias de Guimarães

“Para a Câmara de Famalicão, dar os livros escolares aos alunos do 1º Ciclo significa deixar de pavi-mentar 1 quilómetro de estrada para investir numa grande auto-estrada para o futuro das crianças famalicenses”.Armindo Costa, presidente da Câmara

“Guimarães é o concelho com mais desempregados do distrito de Braga, com 12,638 desempregados inscritos nos centros de emprego”.Notícias de Guimarães

“Milhares de horas de sessões de-ram origem a um “monstro” de pa-pel e registos magnéticos. O julga-mento do processo Casa Pia, após cinco anos e dez meses chega, fi-nalmente, a uma decisão”Diário Digital sobre processo Casa Pia

BiólogoNATURAL DE JOANE

FACTO NACIONAL

“Os incêndios florestais e as enormes perdas naturais, ambientais, humanas e económicas a eles associados”

Sabedoria a peso

“Fé e fezes” do padre de Telhado, em Famalicão

Fábrica de calçado despediu funcionários por SMS

O morto que passou um dia ao relento à espera de ser enterrado; paroquianos acusados, em plena missa, de não terem fé, mas fezes... O padre José Carneiro, pá-roco da freguesia de Telhado, Famalicão, é uma pessoa de trato difícil, segundo alguns paroquianos. O engraçado é que há 20 anos os mais devotos revoltaram-se (colocaram arame farpado na igreja) e impediram a entrada ao pároco então nomeado pela Arquidiocese. Pouco de-pois era nomeado o actual pároco. Que agora é contestado.Fonte: Visão

“Os funcionários da fábrica de calçado Pinhosil, em Arouca, foram surpreendidos com um despedimento por SMS. Todos os funcionários receberam uma mensagem de te lemóvel a informá-los de que, a partir do dia 30 de Agosto, a empresa estava encerrada e acrescentando que os trabalhadores iriam depois receber a carta para o subsídio de desemprego. Em dívida para com os trabalhadores da Pinhosil está metade do subsídio de Natal de 2009, o subsídio de férias de 2010, o salário de Julho e também o de Agosto.Fonte: Lusa

1 - Consta que o escritor Camilo Castelo Branco passeava, um dia, pelas ruas do Porto quando foi cumprimentado por um conhecido que carregava, debaixo dos braços, diversos livros. “Está a ver tantos livros, senhor Camilo”, terá perguntado o homem. E continuou: “Cinco quilos de livros, cinco quilos de sa-bedoria”. Camilo terá olhado, e respondeu: “Oxalá não lhe tenham roubado no peso”! A história, contada pelo escritor de Seide, passou a ser conhecida como a história da ‘sabedoria a peso”. Lembrei-me disto, há dias, depois de pagar 150 euros por alguns dos livros para o 5º ano de escolaridade. 150 euros de sabe-doria!!! Isto, sem a mochila, os cadernos, as canetas e o sem fim de objectos que os pais têm que comprar. É muito dinheiro. Não sei como se poderá reduzir os custos inerentes a ter filhos na escola mas, com certeza, terá que haver

uma forma mais justa e equilibrada de tornar menos pesada a sabedoria do ensino obrigatório.

2 – Espero, ansiosamente, para ver o fim das obras na velha feira. Tanto o presidente da Junta de Joane como o presidente da Câmara de Famalicão, apesar dos ‘mal entendidos’, louvaram a realização da obra. Acredito que a coisa até vá ficar gira mas, para já, não tem gracinha nenhuma. O centro de Joane continua a parecer um estaleiro abandonado ou um local para acolher provas de BTT, tal é a irregulari-dade do terreno. Se o terreno baldio for para continuar, com o entulho da antiga ‘estamparia’, Joane poderia ser pioneiro em Portugal criando uma pista urbana de BTT. Não faltariam utentes e, pelo menos, os buracos e o entulho estavam justificados.

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Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

EMÍLIA MONTEIRO

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 5

1- Esta semana a revista Visão pu-blicou uma peça sobre os métodos do padre de Telhado, freguesia aqui nossa vizinha. Nela são referidos alguns sinais dos alegados “maus humores” do sacerdote. Desde di-zer aos fiéis, em plena missa, frases como “vós não tendes fé, tendes fe-zes”, ou outros episódios revelado-res de uma certa crispação com o “rebanho”, insustentável nos dias que correm.Casos destes não são inéditos. Cada um dos leitores terá conhecimento de práticas mais ou menos pouco abonatórias de sacerdotes em diver-sas paróquias - insultos, agressivi-dade, animosidade. Muitos parecem conviver mal com príncipios democráticos. Mas cer-tamente que serão uma minoria... Há muitos casos, não só entre as novas gerações, de padres que per-cebem que a razão de ser de um pá-roco passa por estabelecer laços de cooperação, de cordialidade com a paróquia, com os paroquianos, com as instituições da freguesia - e aqui não se incluem apenas as que estão ligadas à Igreja.O padre Marc Monteiro vai nesse

caminho. “O meu objectivo é imitar a Cristo que «não veio para ser ser-vido mas para servir», diz o jovem sacerdote na entrevista que conce-deu ao RL (páginas 20 e 21). “A Igreja é parte integrante da so-ciedade”, evidencia o sacerdote, sem deixar de contrapor que “nem tudo o que a sociedade, ou muitas vezes uma minoria dominante, pen-sa que é a verdade tem de ser acei-te por todos destruindo tudo aquilo que vai contra as suas opiniões”.

2- Há notícias que nos atingem como um murro no estômago. A da morte de Agostinho Capela Braga teve esse efeito. Por ser “dos nossos”, de Joane, por ser da mesma geração, mas também pelos contornos em que ocorreu: as-fixiado por um pedaço de presunto retido na garganta. Um desfecho semelhante poderia ter vitimado outro cidadão de Joa-ne, não fosse a acção providencial de uma mulher, que o salvou de morrer asfixiado com a dentadura encravada na garganta. “É a vida”, diz o povo.

EDITORIAL

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FÁTIMA FARIAEsta esteticista de Joane salvou a vida a um homem que ficou engasgado com a dentadura enquanto dormia. Numa altura em que a família da vítima mostrava sinais de impotência para acudir, Fáti-ma Faria fez o que os médicos aconselham nestas situações: aplicou a Manobra de Heimlich (pressão com as mãos no dia-fragma) e salvou o homem.

JOÃO RODRIGUESAinda há mesteres tradicionais que resistem. Na era do “dei-ta fora e compra novo”, João Carlos Rodrigues, de Vermil, dedica-se a consertar guarda-chuvas, arte que executa há 25 anos. Pela sua pequena oficina passam guarda-chuvas de Ver-mil e de freguesias vizinhas.

PISCINAS DE AIRÃOEm menos de dois meses de actividade (abriram a 3 de Ju-lho) as piscinas de Airão regis-taram mais de 10 mil entradas, segundo a cooperativa Tempo Livre, responsável pela gestão

daquele equipamento. Núme-ros encorajadores que deixarão satisfeitos, por certo, não só a Câmara de Guimarães mas em particular a Junta de Freguesia, “dona da obra”.

GD JOANEAo fim de mais de 50 anos, o GD de Joane registou em seu nome, via escritura, os terrenos do Campo de Barreiros. Quan-to ao novo estádio, ele poderá não ficar em Barreiros. Segun-do o GDJ, a Câmara de Famali-cão já indicou alguns terrenos alternativos para a construção de raíz .

SIGlA DEP (RONFE)Sigla DEP (Desastrados Em Pal-co) é o nome de um grupo de música de Ronfe. Formado por quatro jovens com idades entre os 17 e os 19 anos, que come-çaram a tocar por brincadeira, o grupo prepara a gravação do seu primeiro disco. Como outros grupos, este de-para-se com alguns problemas financeiros, que os amigos ten-tam minorar.

PROTAgONISTAS

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão | Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, Luís Pereira | Director Joaquim Forte | Redacção Luís Pereira; Dominique Machado | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Elisa Ribeiro; João Monteiro; Analisa Neto; Emília Monteiro; Luís Santos; Sérgio Cortinhas; Luciano Silva; Joana Cunha; Miguel Azevedo; António Oliveira | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

É a vida, diz o povo

JOAQUIM FORTE

UM BLOG

www.fecvermoim.blogs.sapo.ptEste projecto dá conta, através da Internet , dos trajectos das várias equipas afectas ao Futebol Clube de Vermoim. A colec-tividade tem equipas dos escalões jovens e séniores (incluindo femininos) e uma Escola de Formação. Além do desporto, e em particular o Futsal, o FC de Vermoim também organiza activida-des culturais e recreativas. Através do blog é possível igualmente ficar a saber que o grupo organiza, no dia 4 de Setembro, à tarde, o Torneio Internacional de Futsal “terras de Vermoim” (mais infor-mação sobre esta iniciativa na página 16 deste jornal).Na próxima edição do Repórter Local, outro blog da região.

CARTAS ABERTAS Comendador aPareCIdo VEJA NA

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6 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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LOCALIDADES

Fugiu com medo da GNR e fracturou uma perna

Um indivíduo de Joane, com cerca de 30 anos, feriu-se com gravidade numa perna ao fugir dos militares da GNR local.Trata-se de um jovem referenciado pela guarda joanense que ocupava uma casa desabitada (foto) junto à Estrada Nacional 206, ao lado da empresa de bordados Unimoda. Há já algum tempo que o homem dorme naquele local em condições sub-humanas, e esta não foi a pri-meira vez que recebeu a visita dos militares da guarda.Na madrugada do dia 22 de Agosto, depois de ter sido alertada pelos v i z i n h o s q u e o u v i a m b a r u l h o s estranhos, uma patrulha da GNR deslocou-se ao local. Ali encontra-ram um colchão velho, rodeado de várias seringas, prata e material em pequenas quantidades de cobre furtado. Apesar do cenário, a guarda diz que não verif icou a presença de nin-guém, tendo regressado ao quartel. Momentos mais tarde , a guarda recebeu nova chamada de alguém que assegurava que a presença de uma pessoa naquele local que não parava de berrar de dores. Perante a chamada, a patrulha vol-tou ao local, onde veio a encontrar o indivíduo, postado por terra, na parte traseira da casa, num logra-douro por onde terá terá tentado fugir ao apercerber-se da primeira visita da GNR.

O indivíduo apresentava sinais de ferimentos graves numa perna e foi transportado ao hospital de Fama-licão onde permanece internado.F o n t e d a G N R l o c a l m a n i f e s t a impotência para conseguir retirar o indivíduo do local onde dorme.“Apesar de estar desabitada, a casa tem dono que, curiosamente, mora ao lado. Enquanto o proprietário não vedar o acesso à casa ou continuar a não apresentar queixa por invasão de propriedade privada, a GNR pouco ou nada poderá fazer”, referiu fonte da GNR de Joane.

MULHER ASSALTADAUma mulher com 40 anos foi assal-tada por esticão em pleno dia, em Joane, na EN206. A mulher seguia no passeio quando fo i abordada por indivíduos numa viatura que circulava naquela via. Os larápios chamaram a atenção da mulher fingindo que queriam obter indicações. No momento em que a vítima se aproximou da viatura, os agressores puxaram pelo saco que levava ao ombro e puseram-se de imediato em fuga. No saco havia sobretudo documentos e poucos valores.Os autores do assalto acabaram por ser interceptados já em Felgueiras. Até então, além do caso de Joane, os indivíduos repetiram o método do assalto por esticão em Vizela e Guimarães.

JOANE • CASOS DE POLÍCIA

Indivíduo toxicodependente dormia em casa desabitada. Ao aperceber-se da presença da GNR, tentou fugir mas caiu, fracturando uma perna.

Luís Pereira

Page 7: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 7

LOCALIDADES

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JOANE • SEGURANçA

O atropelamento de uma septuagenária junto ao rec into da nova fe i ra semanal de Joane veio

levantar a questão das acessibi-l idades na zona. A mulher, que tinha ido à feira, terá sido colhida por uma viatura de, tendo sofrido ferimentos num pé. Um dos bombeiros que prestaram auxíl io não deixou de estranhar a a u s ê n c i a d e u m a p a s s a d e i r a numa zona de intenso trânsito de viaturas e de pessoas.“ E m d i a s d e f e i r a , o s c a r r o s estacionam num e no outro lado da rua, deixando pouco espaço p a r a o s p e õ e s . S e n ã o h á u m a passadeira , mais compl icada é a vida para os peões”, referiu ao RL um morador.A falta de aparcamento na nova feira foi desde o início uma das p r i n c i p a i s c r í t i c a s a p o n t a d a s à J u n t a , q u e r p e l a o p o s i ç ã o po l í t i ca que r por mui tos ut i l i -zadores. O problema não é novo mas intensif ica-se sobretudo no p r i m e i r o s á b a d o d e c a d a m ê s , altura em que há maior afluência de pessoas à feira. E s s a f a l t a d e e s t a c i o n a m e n t o acaba por arrastar consigo uma sucessão de problemas que se têm registado aos sábados de manhã. E n t r e e l e s o c a o s n o t r â n s i t o sobretudo nas duas únicas vias que dão acesso ao recinto. Com a p r o i b i ç ã o d e e n t r a r n a f e i r a pelo lado de Mogege, os frequen-tadores só têm duas opções de

acesso que se encontram lado a lado com um denso aglomerado de prédios. Esta mistura explo-siva acaba, não raras vezes, por bloquear a circulação do trânsito dando dores de cabeça à GNR.A falta de estacionamento acaba por obrigar muitos uti l izadores a d e i x a r e m a s s u a s v i a t u r a s estacionadas em plena faixa de rodagem, di f icul tando a tarefa a quem circula e aos moradores das ruas de Mato da Senra e de Laborins que, à falta de alterna-t i v a s a c a b a m t a m b é m e l e s p o r estacionar as viaturas em locais não autorizados.C o m o s e n ã o b a s t a s s e , a G N R tem sido implacável e recorre à multa para repor a normal ida-de, o que tem originado grande descontentamento sobretudo nos moradores das duas ruas.“Não se pode facilitar nestes dias, a s i t u a ç ã o d o t r â n s i t o j á é p o r s i s ó d i f í c i l e s e n ã o p u n i r m o s quem a piora, seria o caos”, refere fonte da GNR ao RL.O comandante da GNR só vê uma solução que passa pela criação de mais baías de estacionamento e deixa o alerta: “ no Inverno, há tendência a piorar uma vez que o parque que existe é de terra”.

O problema não é novo mas intensifica-se sobretudo no primeiro sábado de cada mês, altura em que há maior afluência de pessoas à feira semanal

Luís Pereira

Junta diz que estacionamento existente é suficienteA Junta de Freguesia de Joane d i z n ã o h a v e r m o t i v o s p a r a alarme. “O novo espaço da feira tem mais parque para estacio-n a m e n t o d o q u e o a n t i g o . O que é preciso é ganhar hábitos para usá-lo”, argumenta o vice-presidente da Junta, António Oliveira. Este autarca refere ainda que “ o s l u g a r e s p a r a e s t a c i o n a -

m e n t o a t r á s d o r e c i n t o , p o r exemplo, estão quase sempre vazios”.A n t ó n i o O l i v e i r a s a l i e n t a , c o n t u d o , q u e c o m a a b e r t u -r a d o s u p e r m e r c a d o B o l a m a , prevista para Dezembro deste ano, o trânsito irá f luir melhor u m a v e z q u e v a i s u r g i r m a i s uma via de l igação à EN 206 e e consequente rotunda.

A falta de aparcamento na nova feira de Joane foi desde o início uma das principais críticas apontadas à Junta de Freguesia, quer pela oposição política quer por muitos utilizadores. O problema não é novo mas intensifica-se sobretudo no primeiro sábado de cada mês, altura em que há maior afluência de pessoas à feira. A Junta de Freguesia diz que não há motivos para alarme.

Faltam passadeiras e estacionamento na nova feira

A GNR de Joane tem sido implacável e recorre à multa para punir quem, à falta de estacionamento, estaciona nas faixas de rodagem

Page 8: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

8 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

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BREVES

FAMALICÃO

PS ElOGIA PAPEl DOS BOMBEIROS

O PS de Famalicão enal-teceu, em comunicado, o papel dos bombeiros no combate aos fogos no con-celho. “De dia e de noite, muitas vezes sem descan-so, os bombeiros de Fa-malicão, Famalicenses e de Riba de Ave estiveram sem-pre disponíveis”, refere em comunicado, salientando “o papel activo que tiveram no combate aos fogos do Parque Nacional da Peneda Gerês e na fábrica Conti-nental Mabor”.

LOCALIDADES

JOANE

PSD QUER MAIS MIlITANTES

A Comissão Política do Núcleo de Joane do PSD iniciou em Setembro uma campanha de angariação de novos militantes. A cam-panha será desenvolvida através de acções directas e contará com o envolvi-mento de outras estruturas do partido no concelho e no distrito, diz a direcção daquele núcleo.Segundo Miguel Ribeiro, presidente da estrutura, a iniciativa marca o regres-so do núcleo à actividade política, depois das férias de Verão, e insere-se num conjunto de acções que a estrutura local do PSD tem planeadas.

Vandalismo na escola secundária

JOANE • CASO

Aescola secundária de Joane foi vandalizada mais do que uma vez durante o período de férias, em Agosto.

O vandalismo traduz-se no lançamento de paralelos que se encontram junto à igreja paroquial tendo como alvo as traseiras do pavilhão B da escola. Na passada semana um dos paralelos terá atingido um candeeiro (foto em cima) que se encontra no exterior do pavilhão. Além de cerca de 20 paralelos espa-lhados pelo passeio (foto em baixo) e o candeeiro partido, os funcionários da escola encontraram também a cópula de uma das colunas que limita a igreja,

tombada no terreno da escola. Farta da situação, a direcção da escola apresentou queixa na GNR de Joane ex ig indo mais v ig i lânc ia nocturna naquela zona.Contudo, é sobretudo o vandalismo no exterior da escola (no parque que serve de aparcamento em frente) que tem preocupado os responsáveis.A s i tuação não é nova (o RL já deu conta de casos semelhantes em edi-ções anteriores) mas acabou por ser agravada neste per íodo em que há menos movimentação de pessoas no estabelecimento de ensino.“Todos os dias encontramos garrafas de cerveja e whisky bem como tabaco

sem nicotina, deixados no parque de es-tacionamento. Trata-se de jovens que passam tardes e, certamente, acabam por prolongar a estadia noite dentro, com viaturas com portas abertas e com a música alta”, assegura Alfredo Mendes, director da escola, apelando a uma actuação das autoridades para que o fenómeno não se alastre.Contactada pelo RL, fonte da GNR de Joane assegura que o problema é conhecido e que por isso mesmo aquela força tem reforçado a vigilância junto da escola secundária. Refere ainda que a guarda ainda não conseguiu surpre-ender em flagrante alguém associado a estes actos de vandalismo.

Luís Pereira

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 9

BREVE

A Junta de Freguesia de Joane promove, no próximo dia 10 de Setembro (uma sexta-feira), o Passeio Convívio Sénior ao San-tuário de Fátima. A iniciativa destina-se aos idosos e refor-mados da vila. Para proceder à inscrição os interessados deve-rão dirigir-se à sede da Junta de Freguesia, no antigo quartel da GNR.

FAMALICÃO

INSCRIÇÕES PARA BANDA DE MÚSICAA Banda Famalicão tem abertas inscrições para a sua escola de música. Podem ser feitas de se-gunda a sexta, das 14.00 às 20.00 horas e ao sábado, das 9.00 às 13.00 e das 14.30 às 19.00 horas.

LOCALIDADES

PUBL

ICID

AD

E

FéRIAS

EXPO-CLÁSSICOS EM GUIMARÃES O 3º Salão de Automóveis e Motos Antigos de Guimarães realiza-se a 23 e 24 de Outubro no Multiusos.

A Póvoa é sempre a Póvoa!JOANE

JUNTA lEVA IDOSOS A FÁTIMA

Já muitos lhe vaticinaram a morte, mas a Pó-voa de Varzim continua a ser a “praia de elei-ção” de muitos veraneantes da nossa região. Milhares de pessoas de Famalicão, Joane, Guimarães e localidades vizinhas passaram as férias nas praias e ruas da Póvoa.

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10 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

O concelho de Famal icão não tem candidaturas aprovadas à quinta fase do programa de incent ivo à modernização comercia l “Mod-Com”. De um “bolo” tota l de 49 mi lhões de invest imento previs-to , as empresas e associações do baixo Minho representam um invest imento de pouco mais de dois mi lhões de euros , face aos 7 ,2 mi lhões do Porto e aos cerca de 15 mi lhões de L isboa e Vale do Tejo.Dos cerca de 20 mi lhões de eu-ros de apoio públ ico previsto a nível nacional , o Norte i rá rece-ber 5 ,9 mi lhões , dos quais o dis-tr i to de Braga f icará com menos de um milhão.

O concelho de Famal icão não f i-gura sequer da l i s ta , enquanto o distr i to do Porto levará a “ fat ia de leão” do Norte para suportar os 7 ,2 mi lhões de invest imento previsto nesta fase de a judas .A Associação Comercia l e Indus-tr ia l de Famal icão já manifestou estranheza face ao reduzido nú-mero de candidaturas e à não aprovação de projectos apresen-tados pelo comércio famal icen-se . Também nesta matér ia a ACIF vê uma dist inção entre os apoios que são concedidos às grandes superf íc ies e os que se dest inam ao “comércio tradic ional ” .

E m menos de dois meses de funcionamento, a piscina de Airão S. João registou cerca de 10 mil entradas.

Os números, adiantados pela Tem-p o L i v r e ( e n t i d a d e q u e g e r e o desporto no conce lho de Guima-r ã e s ) s ã o c o n s i d e r a d o s b a s t a n t e posit ivos. Os meses de Julho e Agosto (princi-palmente este último) revelaram-se excelentes em termos de af luência àquele equipamento. S e g u n d o A n í b a l R o c h a , d i r e c -t o r - e x e c u t i v o d a T e m p o L i v r e , v e r i f i c a - s e q u e o s u t i l i z a d o r e s das pisc inas são provenientes de várias freguesias, evidenciando um raio de inf luência que se estende p e l o s c o n c e l h o s d e G u i m a r ã e s e de Famalicão. “A afluência foi muito equil ibrada n o s d o i s m e s e s . C o n v é m n ã o e s -quecer que são piscinas de Verão: encerram a 12 de Setembro e rea-brem no próximo ano, em Maio ou Junho. Nas instalações continuará a f u n c i o n a r o b a r c o m g e s t ã o d a Junta de Freguesia”, sal ienta. Recorde-se que a piscina, uma obra d a J u n t a d e F r e g u e s i a l o c a l , f o i inaugurada a três de Julho deste a n o , n ã o s e m p o l é m i c a , j á q u e o PSD de Guimarães criticou a forma como o projecto foi concretizado. Setembro, ao que tudo indica, será um mês com menor af luência - em particular durante a semana.

Piscinas já registaram mais de 10 mil entradasRedacção

AIRÃO S. JOÃO • LAzER

Famalicão sem apoios ao comércio

Um estudo da Universidade de Ho-pkins, nos EUA, citado pela Revista Visão, refere que a inactividade inte-lectual em tempo de férias aumenta o risco do insucesso escolar. Os inves-tigadores concluíram que, atingido o 9º ano, os jovens das classes mais fa-vorecidas – que faziam viagens e iam para campos de férias – estavam três níveis mais adiantados que os jovens mais pobres, mais inactivos durante as férias. É verdade que a ocupação de tempos livres de crianças e jovens em tempo de férias escolares é uma dor de ca-beça para muitos pais. Não é menos verdade que há duas ou três formas fáceis e baratas de ocupar os filhos no longo tempo de férias, depois de umas idas à piscina ou à praia: um sofá, uma televisão e um comando, ou então uma consola ou um site recheado de jogos da internet fazem as delícias de muitos adolescentes. Mas esta é tam-bém uma forma de fomentar a “bur-rice de verão” (e a obesidade infantil) que depois se reflecte no aproveita-mento escolar, pois as crianças não se ocupam de actividades potenciadoras do seu desenvolvimento físico e inte-lectual. Mesmo com muita imagina-ção, os pais – principalmente os que não têm dinheiro para pagar viagens e campos de férias ou os que não têm tempo ou não estão preparados para fomentar nos filhos hábitos salutares de ocupação do tempo livre - preci-sam de alternativas potenciadoras do desenvolvimento motor e intelectual das crianças, a um preço acessível. Entidades públicas, tais como Câma-ras e Juntas (estas com o apoio daque-las) têm obrigação de apresentar essas alternativas. Das IPSS’s espera-se uma oferta mais diversificada e atractiva para as crianças (fora da sala ATL) e maior disponibilidade em Agosto. Das Juntas, principalmente de freguesias populosas como Joane, o desafio é o de, através de parcerias com entida-des privadas ou públicas, encetar es-forços para organizar programas de férias de crianças. No caso de Joane, para suprir, claro está, a inoperância da Câmara de Fa-malicão nesta matéria. Veja-se o bom exemplo da Câmara de Guimarães, que desde há vários anos organiza, de Julho a Setembro, as “Férias Despor-tivas” para crianças entre os 7 e os 14 anos. O vasto programa compreende actividades diárias desportivas e pe-dagógicas, com transporte e alimen-tação, a um preço razoável. Para não variar, a oferta da Câmara de Famali-cão ficou-se, este ano, pela organiza-ção avulsa de aulas de artes marciais chinesas…Por omissão ou inércia assim se vai contribuindo para fomentar nas crian-ças a “burrice de verão”. Que depois, a fazer fé no estudo norte-americano, contribuirá para o insucesso escolar dos alunos.

OPINIãO

BURRICE DE VERÃOSÉRGIO CORTINHASProfessor | Joane

Equipamento da Junta de Freguesia foi inaugurado a 3 de Julho deste ano

FAMALICÃO • ECONOMIA

A Associação Comercial e Indust r ial de Famalicão manifes-tou est ranheza face ao redu zido número de candidat uras e à não aprovação de projec-tos apresentados pelo comércio famalicense

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 11

Agosto

QUIM E ZECA EM FAMALICÃOA Feira de Artesanto e Gastronomia de Famalicão decorre de 3 a 12 de Setembro. O programa não deixa dúvidas quanto à sua vocação popular, com o cantor Emanuel (o autor de “Nós Pimba”) e a dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, no dia 9, às 21.30 horas.

João Carlos Rodrigues, de Vermil, troca todos os dias o jogo das cartas com os amigos, no café, pelo arranjo de guarda-chuvas.“Não tenho paciência para jogar às cartas. Prefiro passar as tardes n e s t a s b r i n c a d e i r a s . C h e g o a perder três horas à volta de um guarda-chuva que pouco mais vale que três euros mas entretém-me”, confessa .A recusa de um antigo guardaso-leiro de Joane em vender-lhe uma bengala , há 25 anos, espicaçou João Carlos que, desde então, não mais parou de consertar chapéus protectores da chuva de Vermil e arredores. “Tinha partido a bengala de um guarda-chuva. Fui a Joane ao homem que na altura os consertava . Eu queria apenas a bengala para fazer o resto em casa . O homem ficou ofendido e não ma vendeu. Aquilo caiu-me tão mal que comecei a dedicar-

me a esse serviço” , recorda João.O s p r i m e i ro s p a s s o s n a a r t e fo ra m d a d o s n a

empresa onde a inda t rabalha . D e p re s s a a f a m a s e e s p a l h o u . A r ra n j o u , e n t ã o , u m c a n t i n h o num anexo da casa onde, depois do trabalho, passa horas a fio nas lides. “No Inverno, trazia aos sete e oito guarda-chuvas por dia, para arranjar em casa . Sempre fiz isto por brincadeira . Foram as pessoas que me come-çaram a dizer para cobrar nem que fosse 50 escudos ou a troco de uma cerveja” , afiança .Hoje, tudo é diferente. “Antiga-

mente, quando um guarda-chuva avariava , as pessoas procuravam quem o compusesse. Hoje, deita-se fora e compra-se outro. É no l ixo que agora encontro o material que, apesar de usado, serve para arranjar os poucos guarda-chuvas que ainda me pedem para arranjar” , conclui.

Luís Pereira

“Antigamente, quando um guar-da-chuva ava-riava, as pessoas procuravam quem o compusesse. Hoje, deita-se fora e compra-se outro”

VERMIL leitores aplaudem Rl

A edição de Julho do RL despertou um con-junto de reacções positivas por parte de leitores e anunciantes. A experiência com uma edição com duas capas surtiu o efei-to pretendido: permitiu destacar um maior número de acontecimentos e localidades e despertou a curiosidade dos nossos muitos leitores. De forma positiva foi recebido, igualmen-te, o nosso trabalho sobre as discotecas da região, concretamente a evocação da “ Va-caria”, nome “popular” que se colou à dis-coteca Arpa. Muitos foram os leitores que deram conta do sentido de oportunidade da recordação feita pelo RL . Até na rede social Facebook o assunto teve honras de destaque. Um exemplo: Fernando Castro Martins es-creveu o seguinte no Facebook. “Fui, com muito gosto, o primeiro sócio não funda-dor da ATC. Tenho memórias muito vivas dos tempos da fundação. E guardo religio-samente o suplemento do Diário do Mi-nho que diz assim, em 20 de Abril do 1978: “Algures, no lugar da Vacaria , funciona um teatro que ainda há pouco apresentou ce-nas de nudismo. E era ver as crianças em cima dos bancos, para ver o monturo de porcaria . Eu assisti a essa peça. A ATC ainda colo-cou à Companhia a dúvida se se deveria suprimir um nu masculino que estava no texto. Mas o grupo teimou que na arte não se tocava, e a peça foi ao palco na íntegra . E mais um topónimo ficou registado na urbe joanense. Agora, por mais cem anos, deveremos debater a tormentosa questão: diremos Vacaria ou Bacaria?”.

Edição com duas capas e trabalho sobre discoteca “Vacaria” motivaram reacções muito positivas dos leitores

João Carlos, o guardasoleiro

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12 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

AS NOITES A CRESCER NO CENTRO CULTURALNos dias 18 e 19 Setembro o Centro Cultural Vila Flor de Guimarães recebe “As Noites a Crescer”. Um festival que inclui um cortejo desde o centro histórico, exposições, Mercado de Produtos Frescos e Tradicionais, Tascas Gastro-nómicas, música, teatro, entre muitas outras actividades. A entrada é livre.

Ainda hoje, quase um mês depois dos factos, Fátima Faria não sabe responder claramente ao que a levou,

com celeridade, a deixar o café onde se encontrava, a saltar um muro de um casa vizinha e a socorrer um homem que se debatia com a placa dos dentes atravessada na garganta.“ N ã o s e i o q u e f o i q u e m e d e u . Acho que num caso destes agimos um bocado por impulso”, recorda Fátima Faria ao RL.Fátima estava com outras pessoas no café Armanda, em Joane (perto da escola da Avenida) quando se começaram a ouvir gritos arrepian-tes de socorro vindos de uma casa v iz inha . Entre as interrogações de “o que foi? o que se passa” dos presentes, Fát ima correu para o

local de onde provinham os gritos, saltou um muro (“o portão estava fechado”, recorda) e foi encontrar, no interior da casa, um homem com sinais de asfixia, a debater-se com desespero para tentar retirar, da garganta, a placa dos dentes. “Engol iu-a durante o sono. Não é caso único, há até médicos que alertam para que as pessoas não durmam com as placas”, refere. As f i lhas do indivíduo gritavam, pediam socorro, choravam. Já se esperava o pior. “O homem estava a ficar com uma cor escura, a gritaria era imensa”, recorda esta esteticista de profissão.“Nâo sei o que se passou comigo. Levantei o homem da cadeira em que estava sentado, pus-me nas costas dele, passei os braços pela

barr iga e f i z uma pressão sobre o diafragma e a dentadura saiu”, recorda.O mais interessante é que a autora deste fe i to nunca teve qualquer experiência com a chamada “ma-n o b r a d e H e i m l i c h ” , n o m e p e l o qual é conhecido o movimento de p r e s s ã o s o b r e o d i a f r a g m a ( v e r caixa ao lado). “Nunca tive nenhuma preparação. Conhecia a técnica de ver na tele-visão, sabia (e sei) que pode ser crucial em casos de asf ixia, mas nunca tinha experimentado”, con-fessa Fátima. “Depois de ter feito o que fiz, só me lembro que tremia toda com toda aquela agitação e de ter deixado o local cansada, como se t ivesse f icado sem energias” , nota Fátima.

MANOBRA CRUCIALA Manobra de Heimlich é conside-rada essencial para acudir a situ-ações em que algum alimento fica retido na garganta. Terá sido esse o problema que vitimou o joanense

Ela salvou um homem de morrer engasgado com a dentaduraFátima Faria, de Joane, estava no local certo à hora certa. E agiu rápida e eficazmente. Através da manobra de Heimlich (uma técnica utilizada em caso de emergência para desimpedir as vias aéreas superiores) salvou um homem de morrer asfixiado com a própria dentadura que se alojou na garganta durante o sono. Um caso que terminou bem, ao contrário de outros semelhantes que se revelaram fatais.

“Levantei o homem da cadeira em que estava sentado, pus-me nas costas dele, passei os braços pela bar riga e f iz uma pressão sobre o diaf ragma e a dentadura saiu”

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 13

Hoje o artigo é mais dirigido às mulheres. Sim, porque é nelas que as infecções uri-nárias são mais frequentes. Uma infecção urinária pode afectar qual-quer parte do sistema urinário, mas o que é mais habitual é que se localize à bexiga, chamando-se de cistite. Normal-mente esta infecção causa dor ao urinar, picadas no fundo da barriga, necessidade de urinar com mais frequência , sentin-do-se por vezes vontade de urinar sem se conseguir fazê-lo ou depois de o fazer sentir que a bexiga não ficou vazia . A uri-na é mais turva, pode ter mau cheiro ou sangue. Perante estas queixas o que devem fa-zer é ir ao médico que, se confirmar o diagnóstico, irá receitar um antibiótico e os sintomas desaparecerão em 1 a 2 dias (apesar disto, a medicação deve ser feita durante o tempo recomendado e nunca interrompido antes). Mas antes de tratar é importante prevenir. Em primeiro lugar é importante beber muita água (1,5l/dia). Deve ir-se regular-mente ao WC: logo que se tenha vontade

de urinar, pois reter a urina pode aumen-tar o risco de infecção e mesmo não ten-do vontade, não se deve estar mais de 4 horas sem o fazer (excepto, enquanto se dorme); após as relações sexuais também deve sempre urinar. Depois de ir ao WC há também alguns cuidados a ter, devendo limpar-se da frente para trás (esta regra de higiene também vale para quando tomar banho e tiver que se lavar ou secar). Além de ir ao médico quando sente as queixas referidas, há ainda outros mo-tivos para ir a uma consulta : quando já está a tomar antibiótico mas após 2 dias ainda tem queixas (o que se pode dever a uma infecção por bactérias resistentes) ou quando as queixas se acompanham de dor nas costas, febre ou vómitos (pois neste caso pode tratar-se de uma infec-ção avançada). No caso de ter muitas infecções urinárias deve ir ao médico, para se fazer uma ava-liação para esclarecer a causa (com exa-mes se necessário) e para se tomar medi-cação por mais tempo.

HAJA SAÚDEELISA RIBEIROMÉDICA

Agostinho Capela Braga, em Agosto, quando lanchava com a esposa , na sua casa , em Arcos de Valdevez . Agostinho, de 41 anos, terá sufocado quando comia uma sande de presunto. Em situação de desespero o casal, que não tem filhos, terá saído para o exterior. Perante o marido em agonia, a esposa nada conseguiu fazer.A Manobra de Heimlich é uma técnica uti l izada em caso de emergência para desimpedir as vias aéreas superiores. É realizada, habitualmente, depois de um alimento ficar retido na garganta, impedindo as vias respiratórias. Foi criada pelo médico Henry Heimlich em 1974, e baseia-se em util izar as mãos para fazer uma pressão sobre o diafragma para que os pulmões se comprimam e assim façam pressão sobre o alimento ou objecto.Como uma pessoa pode morrer por asfixia em apenas quatro minutos, nestas situações não há tempo de levar a vítima para um hospital. Os médicos acon-selham a que toda a gente adquira os conhecimentos para por em prática esta técnica. Que, aliás, pode ser auto-aplicavél, ou seja, feita na própria pessoa, para o caso de não haver ninguém por perto.

SINAIS DE ALARME

A vítima tenta falar mas não sai voz. Sentido de agitação.

Começa a levar as mãos à garganta.

A pele começa a mudar de cor para tons de azul, o que indica que está com uma baixa oxigenação do sangue.

INFECçõES URINÁRIAS

1 - Verificar que a vítima está com dificul-dades ao respirar.2 - Agarrar a vítima pelas costas na cintura, deixando os punhos entre o abdomén e as costelas;3 - Puxar a vítima na direcção do corpo de quem executa a manobra (pressões no dia-fragma), tantas vezes quanto necessárias;4 - Caso não haja força para puxar a víti-ma, pode-se dar umas palmadas firmes nas costas, enquanto se recupera para, quando houver força de novo, voltar a fazer o se-gundo e terceiro ponto.

COMO FAZER

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14 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

JORNADAS MÉDICO-DESPORTIVASAs 1ªs Jornadas Médico-Desportivas de Guimarães realizam-se de 23 a 25 de Setembro no Multiusos de Guimarães. Iniciativa da Tempo Livre, com apoio da Câmara e do Observatório do Desporto de Guimarães. Surgem na sequência das “Sessões de Esclarecimento” realizadas em 2009 e que envolveram a participação de cerca de 800 pessoas.

Na medida em que a ingestão baixa a moderada de álcool tem alguns benefí-cios para a saúde, foram estabelecidas recomendações para homens e mulhe-res saudáveis. Considera-se ingestão moderada de á l co o l u m a b e b i d a p o r d i a p a ra a s mulheres e duas para os homens, às refeições principais. Uma porção de álcool é def inida como uma cerveja (aproximadamente 330 g) , um copo p e q u e n o d e v i n h o ( 1 2 8 m l ) o u u m cál ice de bebidas brancas (bebidas espirituosas). Todos contêm cerca de 15 g de álcool puro. Ultrapassar a ingestão diária de uma a duas bebidas alcoólicas nos homens e de uma bebida nas mulheres aumenta a propensão ao alcoolismo, hipertensão, obesidade, cancro da mama, suicídio e acidentes. Uma pessoa que não ingira álcool ao longo de seis dias, mas con-suma sete bebidas alcoólicas numa só noite, pratica uma ingestão abusiva de álcool que pode reflectir-se no desen-volvimento de doenças graves e num elevado risco de acidente.

Existem casos particulares em que a in-gestão de álcool é totalmente proibida, nomeadamente em crianças, adoles-centes, grávidas, mães a amamentar e durante a toma de medicamentos que possam interagir com o álcool. Em pes-soas que não consigam consumir álcool de forma moderada, a sua ingestão deve ser totalmente interdita.

ÁLCOOL E NUTRIçÃO EQUILIBRADAA ingestão diária de 5-10 g de álcool, até um valor máximo de 20 g/dia, pode ter uma acção benéfica na saúde, nome-adamente, no aumento dos níveis HDL e na redução dos níveis de colesterol, promovendo assim protecção contra doenças cardiovasculares. O s e u co n s u m o p o d e re s u l t a r n u m efeito negativo quando se ultrapassam 30-40 g/dia. Existem evidências que um consumo baixo a moderado de etanol (um copo para mulheres e idosos e dois copos para os homens) reduz a taxa de mortalidade, comparando com indivíduos que nunca ou raramente ingerem álcool.

Japão. Há dois meses, se al-guém me falasse nesta grande potência asiática, eis o que me saltava à mente: tecnologia, comboios a atravessar os céus, pessoas com computadores de-baixo do braço em todo o lado, Internet hiper super mega rá-pida, robots em todo o lado. E claro, Dragon Ball.Mas isto era há dois meses atrás. Desde que passei as duas primeiras semanas de Agosto no Japão, constatei, com mui-ta surpresa, um facto muito simples: era uma perfeita igno-rante. O produto mais tecnolo-gicamente desenvolvido que vi foi uma sanita high-tech (que tinha um botão especial para dar música enquanto estivesse nos seus afazeres), os comboios não são assim tão impressio-nantes (o que é impressionante é a sobrelotação dos mesmos!), não vi um número significativo de pessoas a passear compu-tadores debaixo do braço, não vi robots em lado nenhum e nunca na minha vida tive tanta dificuldade para arranjar In-ternet como no Japão, já que eles têm Internet nos seus su-per-desenvolvidos telemóveis e não acham necessário tê-la nos seus computadores. Salva-se o Dragon Ball, dado que ainda há imensos bonecos do SanGoku à venda em qual-quer loja de brinquedos.Mas há mais. A cozinha japone-sa é doce. Tudo é doce.

O arroz é doce, os feijões são doces, os molhos são doces. Até a maionese dos hambúrgueres do MacDonald’s é adocicada. Comem-se girinos (!!!) com ar-roz como se fossem ervilhas. Os estudantes universitários não dormem mais de quatro horas por noite e ficam absolutamen-te chocados quando lhes contei que apenas com essas horas de sono nunca seria capaz de tor-nar o meu estudo produtivo. Os meus pais de acolhimento trabalhavam cerca de catorze horas por dia e tiveram dois dias de férias num período de dez anos. Os comboios vão tão cheios que temos de entrar de retaguarda e ficar com a boche-cha espalmada contra a porta. Os japoneses são, aparente-mente, as pessoas mais tímidas que eu já encontrei, resultan-tes de uma sociedade bastante oprimida. Ao mesmo tempo, foi a primeira vez que vi miúdas com saias tão curtas, águas ter-mais com banhos mistos onde as pessoas entram totalmente nuas, e tantos motéis espalha-dos pelas cidades. Já para não falar em cafés onde as empre-gadas se vestem como “irmãs mais novas” e “criadas sexy’s”, com vestidinhos rendilhados e curtos, atendendo os clientes com uma voz tão doce quanto a comida que servem, numa es-pécie de fantasia erótica con-cretizada.Isto deixa qualquer um de olhos em bico. Terceira econo-mia mundial? Pois sim. O Ja-pão pode ser uma grande po-tência económica, mas não é lá grande coisa a nível social. E, por amor de Deus, não custava muito porem um sistema de In-ternet wireless espalhado pelo país, já que foram eles que a ex-portaram para o mundo…

A problemática nipónica

AnA MArgAridA CArdoso

Te r c e i r a e c o n o m i a mundial? Pois sim. O J a p ã o p o d e s e r uma grande potência económica, mas não é lá grande coisa a nível social.

NUTRIçÃO

Ingestão de álcoolAnalisa Neto | Nutricionista

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 15

Luís Pereira

O BTT tornou-se o desporto da moda que veio para f icar. Por estrada ou por monte, é sobre-tudo no tempo quente que se assiste a cada vez mais pessoas a praticar a modalidade. Só em Joane existem duas organiza-ções dedicadas ao BTT.A BTT Teatro é mais um projec-to da Associação Teatro Cons-trução. “Somos 30 elementos que todos os domingos de ma-nhã se juntam para praticar. Há uma lógica de competição mas é sobretudo pelo lazer e convívio que o fazemos”, explica Paulo Sá.A BTT Teatro conta com sete atletas federados a competir no Campeonato Regional do Minho de XC . “É um campeonato muito competitivo e o primeiro ano foi de adaptação. Iremos tentar fa-zer melhor esta época”, explica .Mas é sobretudo no amadoris-mo que a BTT Teatro quer captar adeptos para as suas iniciativas, como os Caminhos Penosos (ver caixa), ou mesmo para as saídas domingueiras, trilhando quiló-metros de montes da região em espírito de aventura .“O BTT tornou-se moda e ain-da bem. Embora não sendo um desporto de elite, é um desporto caro”, confessa Paulo Sá.

Este conhecido amante do BTT recomenda aos praticantes que, aquando da compra do mate-rial, estejam devidamente infor-mados. “Por vezes, mais vale dar mais uns euros por uma bicicle-ta adequada à altura e estatura da pessoa do que depois pade-cer de dores lombares ou cervi-cais só porque não se fez a opção correcta”, recomenda.

PARA LÁ DO FUTEBOLTendo por objectivo, entre ou-tros, a formação através da cria-ção de escolinhas de BTT, nasceu há dois anos a associação Joane BTT . “Nascemos a partir da ideia de que, em proporção do núme-ro de utilizadores e amantes do BTT e ciclismo na região, pouco ou nada se tem feito no sentido de dinamizar essas modalidades. Pretendemos fomentar novos eventos ligados às bicicletas e tentar cativar novos praticantes, sobretudo entre os mais novos, que infelizmente vêem o apoio

à pratica desportiva limitada ao futebol”, referem os responsá-veis da associação no seu Site.

ARCA PREPARA PASSEIOJá antes se organizavam como grupo de amigos e, aos domin-gos de manhã, davam ao pedal pelos montes da região. Mas só desde há dois anos é que impri-miram maior seriedade na prá-tica deste desporto. Trata-se do grupo BTT ARCA (Associação Cultural e Recreativa de Airão Santa Maria).Aos domingos, chegam a ser mais de 20 pessoas concentra-das na sede da ARCA para dar ao pedal. Segundo Ricardo Cunha, a aposta no próximo ano será a participação no campeonato regional da modalidade, com 5 atletas federados. “Praticamos BTT porque gostamos da na-tureza e do convívio. Só quem pratica de forma regular perce-be a saúde que isto dá”, refere Ricardo Cunha. O grupo está a organizar um passeio de BTT aberto a todos os amantes do pedal. A inicia-tiva integra-se na comemora-ção dos 25 anos da ARCA e vai para a estrada no sábado, dia 4 de Setembro. Os interessados devem obter mais informações junto da sede da instituição, em Airão Santa Maria .

A BTT Teatro espera receber 400 amantes do pedal no próximo dia 19 de Setembro na quarta edição do passeio “Caminhos Penosos” . Part indo da escola secundária Pa-dre Benjamim Salgado de Joane, pelas 9 .15 horas , o desaf io pro-posto é o de percorrer os t r i lhos e montes desta zona do concelho de Famal icão. Joane, Mogege e Caste lões são a lgumas das f regue-s ias que constam do percurso.Para cat ivar mais part ic ipantes , a organização tem vindo a diminuir a di f iculdade do tra jecto, como expl ica Paulo Sá , da organização. “Nas duas pr imeiras edições , o passeio não estava acess ível a to-dos . O terreno que escolhemos era , de facto, penoso porque t i -nha muitas subidas compl icadas . Como fomos ganhando adeptos , progress ivamente diminuímos a di f iculdade” .Este ano, o percurso terá cerca de 40 qui lómetros , com 700 metros de acumulado, sendo convidat i-vo para qualquer pessoa que gos-te de andar de bic ic leta , mesmo para os chamados “domingueiros” do pedal .A inscr ição custa 7 ,5 euros (não dá dire i to a a lmoço) e pode ser fe i ta junto dos responsáveis da BTT Teatro até ao dia do certame. Com direto a a lmoço, o part ic i-pante terá de pagar 10 euros de inscr ição.

BTT TEATRO PROMOVE NOVA EDIçãO DOS “CAMINHOS PENOSOS”

PASSEIO REALIzA-SE A 19 DE SETEMBRO

BTT • GRUPOS

BTT cheio de pedal!São cada vez mais os praticantes e os clubes ligados ao BTT. O RL apresenta alguns grupos organizados da região

PAU LO S Á | B T T T E AT R O

“ O B T T t o r n o u - s e m o d a e a i n d a b e m . E m b o ra n ã o s e n d o u m d e s p o r t o d e e l i t e , é u m d e s p o r t o c a ro ”

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16 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

DESPORTO

JORGE BAPTISTA: “HÁ MUITO A TRABALHAR”

Jorge Baptista, treinador do GD Joa-ne, mostra-se satisfeito com o balan-ço dos jogos de preparação da sua equipa.“Houve uma evolução constante a vários níveis, mas há ainda muito para trabalhar para podermos cum-prir os objectivos pretendidos”, disse o técnico no final do encontro que a equipa de Joane perdeu (2-1) frente ao Amares. A meio da primeira parte o Joane já perdia por 2-0. A equipa de Jorge Baptista só reduziu a desvantagem em cima do intervalo, por intermé-dio de Daniel. Na segunda parte, o ritmo de jogo aumentou nos primei-ros minutos, mas o resultado não se alterou até ao fim. A equipa começa esta semana a pre-parar o jogo para a Taça de Portugal no Campo dos Barreiros, no próximo domingo, frente à equipa do Bustelo.

Ciclismo de Pousada

Atletismo de Vermoim sobe ao pódio em Vieira do Minho

Desportivo de Ronfe promove captações de jovens

Futsal em Vermoim

A secção de Atletismo da Associação Moinho de Vermoim participou no XVIII Grande Prémio de Atletismo de Ruivães, em Vieira do Minho. Rosa Oliveira venceu no escalão Séniores Femininos. Em Veteranos Femininos, a atleta Hermínia Pereira conquistou o primeiro lugar. Em Iniciados Femininos Sílvia Oliveira conquistou o seu primeiro título. Custódio Mota venceu em Veteranos III e Américo Oliveira foi 4º em Veteranos I.

A Associação de Ciclismo de Pou-sada de Saramagos - Escola Carlos Carvalho, triunfou no Grande Pré-mio de Ciclismo Fernando Carva-lho, em Espinho. Em Infantis, Luís Pereira teve a sua primeira vitória; em Juvenis, triunfo de João Perei-ra e em cadetes, Carlos Carneiro foi 3ºclassificado.

O Desportivo de Ronfe promove hoje, dia 2 de Setembro, e sábado, dia 4, as captações para os escalões inferiores do clube. Desta forma, para o dia de hoje, as captações serão feitas pelas 18.30 horas, para os iniciados, juvenis e juniores, o que corresponde a jovens entre os 13 e os 18 anos de idade.As captações de sábado decorrem pela manhã, a partir das 9.30 horas, tendo em vista a formação das pré-escolas (para crianças nascidas entre 2002 e 2005); escolas e infantis, para crianças entre os 10 e os 12 anos.As captações decorrem no parque desportivo do clube e os interessados devem fazer-se acompanhar com o equipamento.

O Futebol Clube de Vermoim pro-move, no dia quatro de Setembro, o Torneio Internacional de Futsal feminino “ Terras de Vermoim”. Par-ticipam as equipas Restauradores Avintenses, Centro Recreativo da

Golpilheira ; FC Vermoim e Ponte Ourense, de Espanha. Os jogos co-meçam Às 15.00 horas. A f inal re-aliza-se às 19.00 horas. Conta com o apoio da Câmara de Famalicão e Junta de Freguesia de Vermoim.

Vila Belmir

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 17

DESPORTO

Ana FreitasGestor de Seguros | Companhia de Seguros Tranquilidade

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Novo estádio pode não ficar em Barreiros

GD JOANE • ESTÁDIO

Câmara de Famalicão sugere que o novo estádio do clube não nasça nas actuais instalações

O Grupo Desportivo de Joane (GDJ) acaba de registar em seu nome, via escritura , os

terrenos do Campo de Barreiros. O registo dos terrenos, contudo, cau-sou desconforto no seio de alguns ex-dirigentes e fundadores do GDJ que asseguram a existência de uma escritura .Sérgio Trovisqueira , ex-presidente do clube e actual membro da comissão administrativa com a responsabilida-de de conduzir o processo do novo estádio, confessa agora que a falta desse registo terá estado na origem da sua demissão do cargo de presi-dente da direcção, em Abril passado.“Fiquei surpreendido quando, depois de investir dinheiro no projecto do estádio, na Câmara de Famalicão me disseram que os terrenos não eram do clube. Na altura f icou-me a sensação de que,

afinal, o presidente poderia decidir uma coisa mas, por detrás, poderia haver outras pessoas com mais poder do que eu para decidir. Senti-me um pouco apunhalado pelas costas”, de-sabafa Trovisqueira ao RL , adiantan-do que uma das condições que impôs para regressar e fazer parte da comis-são foi a de efectuar o tal registo.Segundo o ex-presidente, o clube esteve todo este tempo a beneficiar do campo do Barreiros sem que ofi-cialmente os terrenos fossem seus. Segundo a mesma fonte, à data do negócio, os proprietários quiseram

salvaguardar a propriedade e por isso não terão permitido o registo.“Sem este acto que agora se formali-zou, o projecto do novo estádio não podia seguir em frente pondo em causa algumas candidaturas a fundos de apoio”, refere.Contudo, existem fundadores que não gostaram de ver na imprensa a notícia do registo. Um deles terá sido Custódio Ribeiro, fundador e ex-pre-sidente do clube que assegura a exis-tência de uma escritura .“A compra dos terrenos dá-se em 1971 e fez-se uma escritura . A prova de que ela existe é a de que três anos depois, o campo foi alargado. Se os terrenos não fossem do clube tal não podia acontecer. Senti-me magoado por, indirecta-mente, estarem a pôr em causa o nosso trabalho de então”, refere Cus-tódio Ribeiro ao RL salientando, no entanto, que não está em causa o seu incontestável apoio ao projecto do novo estádio.

O GD Joane organiza no sábado, dia 4, na sua sede, um torneio de sueca e o jogo do palito. O torneio tem início às 15.00. As inscrições serão feitas no próprio dia. Há prémios para os três melhores classificados (presuntos, frangos e coelhos). No local estará em funcionamento um bar com feijoada, petiscos e vinhos.

SéRGIO TROVISqUEIRA

“CÂMARA DEVE VIRAR-SE PARA JOANE”

Luís Pereira

O novo estádio do GD Joane pode não ficar em Barreiros, tal como tem sido falado pelos responsáveis do clube. A Câma-ra de Famalicão já sugeriu ou-tras localizações alternativas. Agora que registou os terrenos do Campo de Barreiros em seu nome, o GDJ avança a todo o gás com o processo de constru-ção do novo estádio. A prová-lo está o facto de, depois do regis-to formalizado a 6 de Agosto, Sérgio Trovisqueira ter reunido com a Câmara de Famalicão. Do encontro saiu a sugestão camarária de construir o está-dio fora da localização actual. “É altura da Câmara de Fama-licão se virar para o clube de Joane porque temos sido pre-judicados em detrimento de outros clubes do concelho. A autarquia já manifestou vonta-de em colaborar e propôs, in-clusive, outra localização para a construção do estádio”, diz Sérgio Trovisqueira ao RL , sem revelar, contudo, a localização sugerida.Com estes dados, o clube está a ponderar a proposta da au-tarquia famalicense, sabendo à partida que a última palavra será sempre dos sócios do GDJ.Recorde-se que a construção do novo estádio está estima-da em 3 milhões de euros, tal como revelou em primeira mão o RL na edição de Abril.

H á q u e m n ã o t e n h a go s ta d o d e ve r n a i m p re n s a a n o t í c i a d o reg i s t o d o s t e r re n o s . U m d e l e s é C u s t ó d i o R i b e i ro , f u n d a d o r e ex- p re s i d e n t e d o c l u b e

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18 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO

No comício que marcou o regresso do PS à actividade política depois das férias, o eng.º Sócrates lançou um descabelado ataque ao PSD e ao seu presidente, Pedro Passos Coe-lho. A acreditar em José Sócrates, o PSD pretende acabar com o Serviço Nacional de Saúde. Mesmo sabendo que já pouca gente acredita em José Sócrates , esta af i rmação merece ser v igorosamente desmentida e contrariada.Em primeiro lugar, porque é falsa. Depois, porque o Partido Socialista tem feito desta desta questão o eixo fundamental da sua argumentação p o l í t i c a . F i n a l m e n t e , p o r q u e a o tratar desta questão de forma insu-portavelmente demagógica, o PS (ou melhor, Sócrates) está a fomentar o

medo e a inveja entre os Portugueses, para além de estar a queimar pontes que serão essenciais para reformas futuras, num área esencial.Como é evidente, o PSD não pretende acabar com o Serviço Nacional de Saúde. O que o PSD não faz é olhar para os beneficios sociais que o Es-tado concede aos Portugueses como uma realidade estática e desfasada do mundo. O PS, pelo contrário , parece achar que está tudo bem e vai de gritar e berrar que no “Es-tado Social” não se toca. O PS, que se quis mostrar como um partido reformista, mostra que afinal é bem reaccionário.Só que as grandiosas declarações de intenção não resistem à análise dos factos. Enquanto grita que de-fende o “Estado Social”, o governo soc ia l is ta fecha escolas , reduz o subsidio de desemprego, reduz as re formas e cor ta no rendimento social de inserção. Ao mesmo tempo que berra que o PSD quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde,

é o PS que encerra urgências, deixa os doentes horas sem fim à espera por uma consulta num centro de saúde, ou meses à espera por uma operação num hospital. A verdade é que o actual estado de coisas é insustentável, como bem avisou já o Presidente da República. O Estado gasta mais do que pode. E em vez de cortar na despesa, o PS recorre a aumentos de impostos. Mais impostos e mais impostos. E quando não são os impostos que aumentam, são os beneficios fiscais que desaparecem, o que vai dar ao mesmo. Em troca os portugueses recebem menos e piores serviços. É isto que o PS oferece.Manuela Ferreira Leite bem avisou o ano passado que “não havia dinheiro para nada”. Sócrates, pelo contrário, sabendo que não havia dinheiro, prometeu um TGV para irmos com-prar caramelos, um aeroporto, além de novas auto estradas. Passaram poucos meses e não há TGV, nem aeroporto nem novas autoestra-

das. Mais , as autoestradas que o PS mandou fazer a crédito e a que ironicamente chamou SCUT (Sem Custos para o Uilizador) vão passar as ser pagas. Mas o pior ainda está para vir, porque os encargos com as famosas parcerias público-privadas vão duplicar em 2014.Com a última campanha eleitoral, o PS mostrou que um político antes de umas eleições pode mentir mais que um caçador depois de uma caçada.

O PS tem já uma consolidada repu-tação em chegar tarde à realidade. Por exemplo, a seguir ao 25 de Abril o PS defendia a irreversibil idade das nacionalizações e mais tarde foi contra as privatizações. Hoje o mesmo PS privatiza tudo e mais um par de botas, até mesmo os Correios. Também nas questões sociais, da saúde às aposentações, passando pela educação, o PS acabará por reconhecer que é preciso procurar soluções alternativas e complemen-tares às oferecidas pelo Estado.

miguel monteiromembro da Comissão Política do núcleo de Joane do PSd

OPINIãO

O PS e o Estrago Social

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

Para alguns, o que é do vizinho é sempre melhor

Temos uma natural tendência para menorizar aquilo que é nosso e para valorizar o que é ou vem dos outros.Esta realidade verifica-se a todos os níveis: para uns o que é estran-geiro é muito melhor do que o que é português; para outros o que é de uma região longínqua de Portugal é muito melhor do que aquilo que existe na nossa região. Há aqueles para quem na terra ou localidade ao lado é que se faz isto ou aquilo com qual idade e desvalor izam o que se passa na sua própria terra e , em suma, muitos acham que o que é do vizinho é sempre melhor do que aquilo que é nosso.Comentava um joanense que, aquan-do das férias, assistiu a um espectá-culo de música popular numa festa d e u m a t e r r a d o c e n t r o d o p a í s . Pelas suas palavras, descreveu-me uma festa igual a tantas outras que ocorrem no nosso Minho e parti-cularmente em Joane. Mas, vinha

o m e u a m i g o m u i t o a g r a d a d o e fascinado com tal festa, lamentando o facto de em Joane, em sua opinião não se realizar nada comparável.Ora, cá temos um exemplo de como o pão do v iz inho é , para a lguns , sempre melhor que o nosso.Joane tem um invejável movimento associativo e popular, que realiza durante todo o ano, as mais diversas actividades, desde as desportivas às actividades culturais, lúdicas e recreativas.Nos meses de Verão, só a título de exemplo, os grupos folclóricos de Joane, (são três, caso não se saiba) realizam os seus festivais, nos quais participam grupos de todo o país e até do estrangeiro. Estes festivais são realizados com grande esforço e empenho de todos os elementos que compõe o grupo folc lór ico. Todos os e lementos e amigos trabalham com o máximo e m p e n h o , n a r e c o l h a d e b e n s e confecção do jantar para todos os grupos (para mais de 300 pessoas), bem como na preparação e organi-zação do espectáculo. Este trabalho é realizado com afinco, com dedicação, com voluntarismo puro e sem esperar qualquer recom-

pensa, a não ser a de ver o recinto cheio de joanenses a assistirem ao desenrolar do espectáculo. O mesmo se d iga das fes tas po-pulares que se realizam em Joane, dos eventos desportivos que quase semanalmente são levados a efeito, fruto do trabalho voluntarioso e desprendido de muitos e muitos joanenses que, não raras vezes, vêm o seu trabalho criticado por razões que não chegam sequer a constituir uma razão.

Isto já para não falar das instituições particulares de solidariedade social da nossa terra que desenvolvem uma actividade meritória, pejada de dificuldades diárias, ao fazer chegar aos mais carenciados e necessitados aquilo de que precisam.Não devemos menosprezar o que é de Joane. Não devemos valorizar em demasia o que vemos noutras terras, só porque não queremos ver igual, ou muito melhor em Joane.Vamos valorizar o que é nosso e, já em Setembro, vamos todos assistir ou participar nas múltiplas activida-des de cariz desportivo e cultural e lúdico que vão ter lugar em Joane.

N u m o u t r o r e g i s t o , u m a ú l t i m a p a l a v r a p a r a o s v â n d a l o s q u e a c o b e r t o d a n o i t e t ê m d e s t r u í d o mobil iário urbano, no parque da Ribeira, noutros parques, ou em locais públicos: respeitem o que é de todos! Se não querem usar algo, s e n ã o g o s t a m d e a l g u m a c o i s a , deixem-na estar onde está e como está, há sempre alguém que gosta e aprecia o que existe e muitos que trabalharam para as erigir. Não dani f iquem aqui lo que é de todos.

“Não devemos

menosprezar o que é

de Joane. Não devemos

valorizar em demasia

o que vemos noutras

terras, só porque não

queremos ver igual, ou

muito melhor em Joane”

antónio oliveiraVice-presidente da Junta de Fregue-sia de Joane | PS

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REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 19

QUE GRANDE ANIMAÇÃO!Não fossem as altas tempera-turas de porem um mortal a suar em bica e em Joane pou-ca gente daria pelo Verão. Em tempos ainda havia umas animações arranjadas pela Câmara Municipal ali para os lados do Parque da Ribeira ou no “Largo da Feira”. Agora é o que se vê: nicles!Joane, que tanto se orgulha dos seus “quase 10 mil habi-tantes”, que até pensa em ser concelho, só teve direito a uma apresentaçãozita de uma cantora com nome de cidade dos arcebispos! Nisto como em outras maté-rias, parece que vai tudo tudi-nho pró centro da cidade de Famalicão!

QUENTINHAS DA SIBÉRIA!Diz o prezado Jornal de Notí-cias que a freguesia de Moge-ge vai ter um hospital para a terceira idade nas instalações da fábrica Sonicarla .. . Uma grande novidade, sem

dúvida . Já em 2008 o peque-no Repórter Local dava conta do projecto. É o que se chama notícia em cima da hora!

OS ÂNIMOS AQUECEMPara os lados de Guimarães parece que as coisas andam a aquecer na Câmara e no PS. Alberto Oliveira , que já leva-va quase 20 anos de cargos de responsabilidade na Câmara , saiu zangado com os “cama-radas” de partido. E promete partir alguma louça!Será por isto que o líder do PSD lá de Guimarães diz que a Câmara também é responsá-vel pelo aumento do desem-prego no concelho?Não tarda temos por aí zan-ga da valente! Lá diz o povo e com razão: “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”! À medida que se for aproxi-mando o ano de 2013, ano de eleições locais, cheira-me que a coisa vai aquecer bas-tante por aquelas bandas.

CARTAS ABERTAS Comendador aPareCIdo

Sr. PreSIdente da JUnta de Joane

“Trabalhadores da fábrica de calçado Pinho-sil, de Arouca, foram despedidos por SMS” (Lusa)As novas tecnologias ao serviço do empreendedoris-mo. O Pedro Passos Coelho é que não se lembrou de meter isto no seu projecto de Constituição, ao lado das “razões atendìveis”.

“Setenta funcionários de uma empresa de confecções de Penafiel, a maioria mulheres, que ainda gozam o período de férias, foram despedidos numa carta que receberam do proprietário da fábrica” (Lusa)Ainda dizem que já não se escrevem cartas!

“Em 2009 foram apreendidos medicamentos contrafeitos no valor total de 1 223 000 eu-ros, informou o Ministério das Finanças e da Administração Pública” (Correio da Manhã)Bem, tal como a malta anda, tomar medicamentos originais ou contrafeitos dá no mesmo!

Há dias foi noticiado que umas

crianças pegaram fogo com

um isqueiro a uma mata para

verem helicópteros e bombeiros

em acção.

apetece perguntar à malta

que adora justiça popular

linchamentos públicos:

matam-se ou esfolam-se as

crianças?

AlGARVE CONTRA GUIMARÃESHóteis do Algarve consideram insul-tuoso anúncio da Capital Europeia da Cultura 2012 que mostra praia algarvia vazia. “O absurdo da cam-panha ultrapassa o mero mau gosto dos seus criadores e padrinhos pa-trocinadores e financiadores, assu-mindo-se como um atentado aos interesses gerais e colectivos, pelo que deve ser imediatamente sus-pensa”, diz a Associação dos Hó-teis e Empreendimentos Turísticos do Algarve. O anúncio mostra uma praia algarvia deserta em Agosto de 2012, por toda a gente se ter deslo-cado a Guimarães.

DES

TE

MU

ND

O...

E D

O O

UTR

O!

SE A MODA PEGA...!

por D. VIRINHA

Exmo. Sr. Presidente da Junta de Joane (ou seu digníssimo repre-sentante).Sabe o prezado amigo que Agosto é um mês propício para passea-tas. Nada como pegar na bengala, num chapéu para proteger a cabe-ça da inclemência do sol e calcor-rear, calma e atentamente, pelas ruas deste nosso torrão. Pois neste meu querido mês de Agosto, num desses exercícios, vindo do lado da freguesia de Mo-gege em direcção a Joane, virando na estrada que dá acesso ao recin-to da nova feira da Vila, deparei-me com um sinal de sentido proi-

bido. Um círculo vermelho com uma barra branca na horizontal. O sinal faz-se acompanhar da in-dicação “em dias de feira”. Eu, um cavalheiro que não tem carta de condução e tem horror a carros, questiono-me: se o automobilis-ta não for joanense, como há-de saber em que dia ou dias é que se realiza a feira? Será ao domingo? À segunda-feira? Eu, que sou leigo em matérias de sinalética, creio que não custaria nada acrescen-tar uma linha: (Sábados). Aceite os melhores cumprimentos deste que se assina Comendador Aparecido

por D. VIRINHA

Entrada principal da Igreja do Marquês, no Porto. Olha se a moda pega e as paró-quias começam a avisar os paroquianos da falta de pagamento...!

Page 20: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

20 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

‘CASOS DE PEDOFILIA NO SEIO DA IgREJA SãO CONDENáVEIS’

De vez em quando surgem notícias que lançam o alerta no seio da Igreja, como os casos que envol-vem alegadas práticas de pedofi-lia. Como encara estes fenómenos?Tudo o que vai contra o princípio e a dignidade da pessoa humana é reprovável e hediondo. Os casos re-centes de pedófilia no seio da Igreja são condenáveis e devem ser puni-dos. Não podemos generalizar e não se pode pôr em causa toda a institui-ção da Igreja e os seus membros. São conclusões muito rápidas, injustas e não correspondem à verdade. Mais do que preocupados com os casos de pedofilia na Igreja (sendo um crime imenso, não só não é mais frequente nas instituições católicas, como até é menos comum, tem é muito mais vi-sibilidade ao atingir instituições ca-tólicas) estão interessados em dene-grir a imagem do actual Papa. Quem pretende descredibilizar a Igreja , no seu todo, devido a alguns actos ne-fandos de uma minoria está a come-ter uma tremenda injustiça . Acha que a Igreja está atenta aos sinais da sociedade?A Igreja é parte integrante da socie-dade e por isso está constantemente atenta . Se tivesse deixado que a sua vida bimilenar fosse guiada pelo sen-tido volátil dos ventos há muito que teria desaparecido. Nem tudo o que a sociedade, ou muitas vezes uma minoria dominante, pensa que é a verdade tem de ser aceite por todos destruindo tudo aquilo que vai con-tra as suas opiniões. Acho importan-te contrariar muitas das ideias feitas que têm marcado um debate inqui-nado por muita informação errada ou manipulada sobre a Igreja .

“Se hoje sou padre devo-o aos meus pais”

PADRE MARC MONTEIRO

Sacerdote de Airão S. João diz que casos de pedofilia são ataques ao actual Papa

Recebeu algum “sinal” que o impeliu para o sacerdócio?Cada vocação segue um

caminho di ferente . Também eu senti o chamamento de Deus e a vontade de Lhe responder afirma-tivamente. A liberdade é a chave da verdadeira vocação. Sejamos livres de escolher Cristo não pen-sando naquilo que fica para trás pois receberemos cem vezes mais. Foi essa atitude de confiança que me levou a seguir a vida religiosa.Foi apoiado pela família?Desde o primeiro momento. Quando disse pela primeira vez aos meus pais que queria ser padre, estavamos em França. A insistência em querer ingressar no seminário, levou-os a regressar definitivamente para Portugal . Os meus pais sempre me apoiaram em todas as minhas decisões. Se hoje sou padre devo-lhes a eles. Conheço muitos jovens que até gostariam de ingressar no seminário mas os pais não deixam. É triste saber que ainda há pais que interferem na vida e na escolha vocacional dos seus filhos.Tem alguma referência que o influencia?Não tenho uma em particular. Há uma em especial: o Papa João Paulo II. Um homem que nos dá o exemplo do desprendimento, da simplicidade e da atitude constante de oração, que não teve medo de seguir Cristo

desde a tenra idade até ao fim da sua vida. É um exemplo para todos os cristãos. Nos dias que correm, é preciso ter coragem para enveredar pelo sacerdócio?Não diria propriamente coragem mas espírito de serviço. Quem vê o sacerdócio como uma profissão rentável (como muitos veêm) mas com o inconveniente de ter uma vida cheia de proibições (porque até nem se pode casar) pode considerar isso como um acto de coragem. O facto é que ser sacerdote não é nada disso. É claro que não se decide ser padre de ânimo leve... tal como não se decide casar de um dia para o outro. Se saber viver para os outros servindo-os é um acto de coragem, podemos dizer que é preciso ter coragem, digo, muita coragem.Acha que há crise de vocações? Se nos limitarmos às estatísticas e

aos números podemos dizer que há uma crise vocacional. Mas mais do que a quantidade, cada vez mais se aposta na qualidade dos candidatos. Não fiquem com a ideia errónea de que só entra no seminário uma elite onde não há lugar para todos. Ao contrário de há algumas décadas, quem vem para o seminário hoje já sabe bem o que quer. Não podemos falar de crise de vocações mas de um acompanhamento vocacional mais sério com os jovens que que-rem ser padres e que leva muitos a descobrirem que o sacerdócio não é a sua vocação. Como acha que as pessoas vêem os padres? Há dias recebi um texto sobre a figura do padre que partilho com os leitores: Como se avalia um padre? As pessoas falam mal daquele, do outro e daqueloutro padre. Dizem bem deste, do outro e deste ou-

Pe. MARC MONTEIRONascido em França, mas com raízes familiares em Airão S. João, foi nomeado pároco in solidum dasparóquias de Amares, Besteiros, Carrazedo, Ferreiros e Prozelo, do Arciprestado de Amares

Redacção

PE. MARC MONTEIRO

ENTREVISTA

Page 21: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

REPÓRTER LOCAL • AGOSTO DE 2010 • 21

PAC À HORA DE ALMOÇOO PAC (Posto de Atendimento ao Cidadão) de Guimarães volta, a partir de 1 de Setembro, a ter o normal horário de funcionamento, estando aberto no horário de almoço.

A Câmara de Famalicão vai distribuir mais de 35 mil manuais escolares (239 mil eu-ros) a alunos do 1.º ciclo. “Dar os livros escolares aos alunos significa deixar de pavimentar 1 quilómetro de estrada para investir numa grande auto-estrada para o futuro das crianças famalicenses”, afirma o presidente da autarquia . Também as Juntas de Vermil e Ronfe vão oferecer manuais escolares às crianças do primeiro ciclo do ensino básico. “A es-colaridade obrigatória deve ser comple-mentada por um serviço gratuito ou de pouco esforço para as famílias”, refere a Junta de Vermil. Por seu lado, o autarca de Ronfe, Daniel Rodrigues, destaca o esforço financeiro da medida. “Apesar de representar uma importante fatia no orçamento anual, não poderíamos defraudar as expectati-vas das famílias”, refere.Os manuais escolares representam uma despesa de 2.000 euros para Vermil. Ron-fe prevê gastar cerca de 3.000 euros.

REGIÃO • ENSINO

AuTARCAS OFERECEM MANuAIS ESCOLARES

tro, pelo menos neste momento. Noutros momentos esquecerão o bem que haviam dito. Geralmente dizem melhor do outro que deste, pelo menos enquanto este estiver por perto. Quando partir, ou para longe ou para sempre, era um bom padre. Usa-se mais o era que o é, o passado que o presente, para dizer bem de um padre. Têm tendência a dizer bem dum padre novo, mas enquanto celebra de forma mais alegre ou aberta. Se acaso ousa dizer não posso, já não é assim tão bom. Se diz amén a tudo, não tem personalidade, é fraco. Se alterar algum hábito, t ira-nos a fé. Se apresentar ideia novas, qualquer dia os santos caem do altar. Se entrar num café é dos nossos. Se entrar habitualmente, deixa de ser nosso para ser como os outros. Se fala com as pessoas é simpático, mas anda mal acompanhado. Se passa muito tempo em casa, não faz nada. E se vai à Igreja menos vezes que o padre antigo, só cá está para levar o dinheiro. Mas o que é um bom padre? Como se avalia? Pela quantidade de coisas que consegue fazer? Pela forma como reza? Pela

forma como faz rezar? Pelas vezes que se vê na rua? Pelas vezes que está em casa? Pelas vezes que vai à igreja? Porque bebe connosco? Porque não bebe? Porque tem personalidade? Porque é simples e humilde? Porque é sábio? Pelos sorrisos que dá? Pela qualidade da missa? Porque demora muito? Porque demora pouco? Porque ve s te be m? Porque é boni to? Porque é novo? Velho? De meia-idade? Ou porque já se foi?Seja qual for a avaliação que façam de mim o meu objectivo é imitar a Cristo que «não veio para ser servido mas para servir». A ordenação foi um momento marcante da sua vida? Sem dúvida. Foi a concretização de um sonho que não termina na

ordenação mas que se vai concreti-zando ao longo da vida. Saber que fui escolhido para servir a Igreja, com os meus defeitos e virtudes, através do sacerdócio faz de mim um homem feliz e realizado. Saber que posso ser útil a muita gente sendo padre alegra-me. A missa nova foi para mim a prova de que ser sacerdote é ser querido por muitos. A primeira sensação que tive foi de gratidão, de pequenez e de muita alegria. Que “retrato” faz de Airão e das suas gentes?U ma g e nte aco lhe dora e boa por natureza; de fé; uma família alargada onde todos se conhecem e onde é possível pôr em prática o ensinamento de Cristo: «amar a Deus e ao próximo». Existe alguma área de acção da vida da Igreja em que gostaria de trabalhar?Não sei se é pelo facto de já ter sido emigrante, mas gostaria de trabalhar com as comunidades emigrantes que estão por esse mundo fora. Mas o importante é saber estar com alegria no lugar onde necessitam de nós.

“ U s a - s e m a i s o e ra q u e o é , o p a s s a d o q u e o p r e s e n t e , p a ra d i z e r b e m d e u m p a d r e ”

ENTREVISTA

Page 22: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

22 • AGOSTO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

RONFE • MÚSICA

Afinal, os DEP não são Desastrados Em Palco!Grupo de música de Ronfe prepara-se para gravar primeiro disco longa duração

D E P é a s i g l a p a r a “ D e -s a s t r a d o s E m P a l c o ” , nome da banda ronfense que junta quatro jovens

amigos com idades entre os 17 e os 19 anos. A banda existe há um ano e aquilo que inicialmente começou por brincadeira tem assumido, de forma gradual, alguma seriedade dado o número de seguidores que já consegue reunir. Na actualidade, o grupo prepara o seu primeiro LP.“O projecto tem-se tornado mais sério e temos t ido cada vez mais gozo em tocar na banda. A música está-nos no sangue, tocamos por prazer”, assume o baixista da banda, João Passos.Def inem-se como uma banda de r o c k c o m e r c i a l e a l t e r n a t i v o e têm actuado em bares e festas. Já foram cabeça de cartaz nas festas de Vizela e passaram recentemente pela Póvoa de Varzim. Contudo, e legem o concerto nas Festas da Juventude na terra onde nasceram (Ronfe) como o ponto alto da sua ainda curta vida.A banda conta já no seu reportório com quatro músicas originais com letras da autoria de Sérgio Lemos e Marco Barros. É com “Jura”, “Fugir de t i ” , “Ant í tese” e “Sê quem tu és” que sonham com a edição do primeiro álbum. “Estamos à procura de estúdio.

Recebemos um convite do Porto mas fomos obr igados a recusar por falta de verba”, desabafa João.A falta de patrocinadores tem sido o g r a n d e b l o q u e a d o r d o s o n h o destes jovens. “Os instrumentos pertencem a cada um de nós. Só a aparelhagem de som é que tem sido paga com o dinheiro dos concertos. O material é todo muito caro. Ape-sar de andarmos a procurar, ainda não tivemos ajuda de ninguém”. A banda agradece aos amigos que os seguem para todo o lado, que têm sido uma preciosa ajuda que vai para lá do entusiasmo na hora e meia de concerto.

É com os temas “Jura”,

“Fugir de ti”, “Antítese”

e “Sê quem tu és” que

os Sigla DEP de Ronfe

sonham com a edição

do primeiro álbum.

Apesar de ter já vários convites, entre os quais o da FNAC de Matosinhos, a banda ainda não organizou a agenda dos próximos concertos sobretudo porque os estu-dos são para estes jovens a prioridade. De qualquer das formas, os interessados podem seguir a banda pela Internet em http://sigladep.blogspot.com, na página do facebook ou ainda no myspace.

“JOANE ESTá AquéM DO quE é CAPAz”TIAGO GUIMARÃES, CRIADOR DO GRUPO “TENHO ORGULHO EM DIZER QUE SOU DE JOANE” NO FACEBOOk, SURPREENDIDO COM ADESÃO DOS JOANENSES

Como surgiu a ideia do grupo?Reparei que havia páginas de fre-guesias mais pequenas, achei que Joane, pela dimensão e população, merecia uma página própria .E tens, de facto, “orgulho em ser joanense”? Porquê?Foi esta freguesia que me viu cres-cer e que me deu tudo que hoje tenho, como as boas amizades. Foi aqui que fiz grande parte do meu percurso académico.Mas há certamente coisas das quais não terás orgulho... Não é exemplo em ordenamento do territorio e algumas infra-es-truturas poderiam estar em me-lhores condições. Joane esteve muito aquém daquilo que é capaz em termos de desenvolvimento.Em 10 mil habitantes ter 286 que têm orgulho de serem de Jo-ane não é pouco? Concordo, mas algumas pessoas nâo têm acesso à Internet . Os mais jovens preferem outras redes so-ciais. Mas todos eles têm orgulho de viverem nesta vila , disso não tenho dúvida. Talvez a divulgação do grupo não tenha sido a melhor, mas aí a culpa também é minha. A participação tem sido a que pensavas ou superou as expec-tativas?Superou as expectactivas. Nunca pensei que as pessoas fossem co-mentar, colocar posts e fiquei sur-preendido quando fiz um repto a todos para colocarem fotos de Jo-ane e as pessoas aderiram.O que é que as pessoas comen-tam? Apontam erros ou elo-giam?Um pouco de tudo. Divulgam acontecimentos desportivos, colo-cam ligações a vídeos sobre Joane, para apontar algumas falhas. O que leva a que as pessoas par-ticipem mais depressa em redes sociais, discutindo Joane, do que nas assembleias de freguesia?As pessoas andam um pouco desa-nimadas com algumas coisas que se passam em Joane e já nem se dão ao trabalho de fazerem algo para mudar. Falta informação à população.

MINI-ENTREVISTA

LOCALIDADES

Luís Pereira

Page 23: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

(no edifício de Escapes J. Ribeiro)

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Page 24: Repórter Local  - Edição de Agosto 2010

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Face ao êxito da primeira edição, a Feira Rural promovida pela “Rusga de Joane”, em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão, volta este ano mas em dose reforçada. Desta vez, o certame realiza-se em dois dias (18 e 19 de Setembro) no Parque da Ribeira.N o p r i m e i r o d i a a o r g a n i z a ç ã o p r e t e n d e r e c r e a r u m a r r a i a l . O grupo “Pedra d`Àgua” será cabeça de cartaz - uma oportunidade para que esta formação de música tradicional portuguesa regresse às origens e rompa com uma sequência de anos em que não actua na vila que o viu nascer. Na mesma noite, actua o Grupo Folclórico do Porto.A F e i r a R u r a l p r o p r i a m e n t e d i t a r e a l i z a - s e n o d o m i n g o e a o r g a n i z a ç ã o c o n t a c o m 1 2 g r u p o s f o l c l ó r i c o s q u e v ã o e x p o r e v e n d e r produtos alusivos a tradições. Destacam-se bens

alimentares tradicionais (fumeiros e pão), utensílios e vestuário de outros tempos. As tasquinhas tradicionais, onde o vinho doce será rei, marcarão também presença.A animação de domingo está a cargo de dois grupos folclóricos e do II Encontro de Concertinas de Joane, a o f i n a l d a t a r d e . A s i n s c r i ç õ e s , gratuitas, estão abertas para todos os tocadores interessados e podem ser feitas até ao dia da Feira.“ T e m o s e x p e c t a t i v a s e l e v a d a s devido à actuação do grupo “Pedra d’Água”, um dos melhores de música

tradicional do país, que já não actua em Joane há muitos anos”, referiu, ao RL, Ricardo Carneiro, da organização.A iniciativa é apoiada pela Câmara de Famalicão, que assume as despesas, e pela Junta de Joane, que cede o Parque, a água e a electricidade.

10 MIL PASSARAM PELA PISCINA DE AIRÃO S. JOÃOEm menos de dois meses de funcionamento, a piscina de Airão S. João registou cerca de 10 mil entradas. Os números, adiantados pela Tempo Livre (entidade que gere o desporto no concelho de Guimarães) são considerados bastante positivos.

Nº 137 • ANO XI • AGOSTO 2010 GRATUITO • MENSAL PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDACONTACTOS: 252 099 [email protected]/reporterlocal

Feira Rural de Joane reforçadaIniciativa da “Rusga de Joane”, financiada pela Câmara de Famalicão, decorre nos dias 18 e 19 de Setembro, no Parque da Ribeira.

Com 142 expositores, a Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão decorre de 3 a 12 de Setembro.

A Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão, que decorre de 3 a 12 de Setembro, conta com 142 exposi-tores, incluindo 98 artesãos (40 dos quais do concelho), 10 restaurantes e 5 tasquinhas.O programa de animação é domina-do pelas sonoridades populares. A organização (pelouro da Cultura da Câmara e Associação Comercial e In-dustrialde Famalicão) destaca o con-certo de Emanuel “Pimba” (dia 8) e o espectáculo da dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio (no dia 9).Recorde-se que, em 1205, o Rei D. Sancho I atribuiu o Foral às terras de Vila Nova, ordenando que ali se fi-zesse uma feira, como forma de esti-mular a actividade comercial.

Artesanato e gastronomia em Famalicão