relatÓrio de gestÃo 3 i: cumprimento das orientaÇÕes...

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 01 RELATÓRIO DE GESTÃO ................................................................................ 3 I: CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS ..................................................5 II: ATIVIDADE DESENVOLVIDA ........................................................................ 21 III: ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA......................................................... 35 IV: DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245. O DO CVM..... 45 V: NOTA FINAL .............................................................................................. 47 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ 49 I: DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA.......................... 51 II: DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO ..................... 53 III: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO ... 55 IV: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA .............................. 57 V: NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS...................... 59 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA.......... 103 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ....................................... 105

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 01

RELATÓRIO DE GESTÃO ................................................................................ 3 

I: CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS .................................................. 5 

II: ATIVIDADE DESENVOLVIDA ........................................................................ 21 

III: ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ......................................................... 35 

IV: DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245.O DO CVM ..... 45 

V: NOTA FINAL .............................................................................................. 47 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ 49 

I: DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA .......................... 51 

II: DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO ..................... 53 

III: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO ... 55 

IV: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA .............................. 57 

V: NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ...................... 59 

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA .......... 103 

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ....................................... 105 

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 03

SEPARADOR

RELATÓRIO DE GESTÃO

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 05

I: CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

OBJETIVOS DE GESTÃO

Na Assembleia Geral Anual de Acionistas de 06 de outubro de 2014 foi deliberada por

unanimidade a liquidação da sociedade, tendo a Comissão Liquidatária apresentado um

plano de liquidação, cuja aprovação ocorreu na Assembleia Geral de 23 de fevereiro de 2015.

O plano de liquidação indica as atividades a desenvolver e a sua respetiva calendarização,

com a previsão das receitas e despesas estimadas e o saldo de liquidação previsto.

Genericamente, o objetivo a atingir pela Comissão Liquidatária será obter o máximo de

liquidez com os ativos em condições de serem vendidos, e com isso regularizar o máximo de

dívidas a credores, minimizando o esforço financeiro dos Acionistas com a partilha dos ativos

e passivos remanescente após a extinção da sociedade.

GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

As empresas do Grupo Parque EXPO adotam procedimentos de avaliação sistemática do

risco financeiro e medidas de mitigação do mesmo, através da adequada gestão do risco de

crédito, risco de câmbio e risco de liquidez.

Risco de crédito: Relativamente às transações com valores mais expressivos, nomeadamente

as relacionadas com o património imobiliário é feita uma análise preliminar através de

relatórios de análise e classificação do risco de crédito de empresas externas. Adicionalmente

são solicitadas informações bancárias da sociedade e dos sócios. Na celebração do contrato

de promessa de compra e venda é exigido um sinal de valor expressivo, relativamente ao

montante do negócio, e revelador da capacidade financeira do promitente-comprador. Apesar

do promitente-comprador incorrer antecipadamente em gastos relacionados com a transação,

nomeadamente de prospeção geotécnica e os necessários para que a autarquia competente

se pronuncie sobre o projeto, a transferência da propriedade só é feita com a celebração da

escritura e pagamento integral do imóvel.

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06 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Relativamente às prestações de serviços da atividade de prospeção e conceção de projetos,

os contratos preveem o pagamento contra a entrega de determinadas fases de execução do

trabalho o que mitiga o risco de incobrabilidade. No entanto, os principais clientes são

entidades públicas com o risco subjacente à situação do país. Neste âmbito, refira-se o papel

relevante do Programa de Apoio à Economia Local que irá permitir recuperar créditos com

antiguidade significativa.

Os principais ativos financeiros do Grupo Parque EXPO correspondem aos créditos sobre as

Autarquias de Lisboa e Loures, no montante de 27 milhões de euros e 36 milhões de euros,

respetivamente. O crédito sobre o Município de Lisboa está devidamente contratualizado,

encontrando-se regularizado, a 31/12/2014, o correspondente serviço da dívida. As atuais

condições do mercado financeiro limitam a alienação deste ativo e a correspondente redução

do passivo bancário. Quanto à dívida do Município de Loures encontra-se em negociação

mas não foi possível ainda chegar a um acordo financeiro. Nestes termos, a dívida encontra-

se ajustada na sua totalidade.

Risco de câmbio: Atualmente a atividade que o Grupo Parque EXPO desenvolve no mercado

internacional resume-se ao projeto na Argélia cujo câmbio se encontra fixado no contrato.

Neste contexto, não se justifica o recurso a instrumentos financeiros derivados para cobertura

do risco associado às flutuações das taxas de câmbio.

Risco de liquidez: Na sequência da incapacidade financeira manifestada pela Parque EXPO

em concretizar o pagamento de capital e juros, vencidos em 2012, 2013 e 2014 relativo ao

empréstimo obrigacionista (1ª emissão e 2º emissão), o Estado, através da Direção Geral do

Tesouro e Finanças, procedeu ao pagamento de 36,6 milhões de euros, ficando deste modo

sub-rogado nos direitos de credor principal.

No final de 2014 a empresa contraiu um empréstimo bancário com a Direção Geral do

Tesouro e Finanças (DGTF), no valor de 149,6 milhões de euros, o que lhe permitiu amortizar

a totalidade da dívida bancária de curto prazo incluindo os descobertos bancários.

O passivo remunerado, os encargos financeiros e a taxa média anual de financiamento,

considerando os juros e outros encargos associados, registou nos últimos dois anos a

seguinte evolução:

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 07

Na sequência da publicação do decreto-lei n.º 133/2013, de 3 de outubro que estabeleceu os

princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, as empresas públicas não

financeiras do sector empresarial do Estado que apresentem capital próprio negativo, só

podem aceder a financiamento junto de instituições de crédito com autorização prévia da

DGTF. Esta, por sua vez, solícita parecer ao IGCP quanto às condições financeiras propostas

pelas instituições financeiras. Esta obrigação, associada à redução dos indexantes,

estabeleceu um escrutínio muito forte, com o apoio do Estado Português, relativamente às

condições de refinanciamento da dívida e reduziu de forma muito significativamente os juros e

comissões bancárias suportadas, contribuindo decisivamente para a redução dos encargos

financeiros globais registados em 2014 relativamente ao período homólogo de 2013.

ACRÉSCIMO DE ENDIVIDAMENTO

Nos termos do n.º 5 do artigo 61.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, foi fixado em 4%

o limite máximo de acréscimo de endividamento das empresas públicas para 2014. O

endividamento (passivo exceto provisões e diferimentos) da Parque EXPO, em termos de

contas consolidadas, no final de 2014 era de 233,9 milhões de euros, o que traduz um

acréscimo de 0,8% face ao final do ano de 2013.

No que concerne ao endividamento remunerado (empréstimos bancários e empréstimo da

DGTF), em termos consolidados, registou-se uma redução de 2,2% face ao ano anterior,

passando de 183,2 milhões de euros para 179,1 milhões de euros.

Passivo Bancário Remunerado 2013 2014Variação Absoluta

Variação %

Passivo não correnteFinanciamentos Obtidos 29.619 24.096 -5.523 -18,65%

Passivo correnteFinanciamentos Obtidos 153.585 155.024 1.439 0,94%

Total do Passivo Bancário Remunerado 183.205 179.121 -4.084 -2,23%

Taxa Média Anual de Financiamento 2013 2014Encargos Financeiros (m€) 11.907 8.330Taxa média de financiamento (%) 6,15% 4,50%

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08 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS A FORNECEDORES

Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, que

aprovou o Programa Pagar a Tempo e Horas, com a alteração introduzida pelo Despacho

n.º 9870/2009 de 13 de abril, o prazo médio de pagamento (PMP) a fornecedores teve a

seguinte evolução:

A empresa não cumpre o Programa Pagar a Tempo e Horas que estabelece que as empresas

que apresentem um PMP superior a 45 dias no ano anterior devem reduzir o PMP entre 15% a

25%. Pese embora a Parque EXPO apresente um prazo médio de pagamentos elevado 156

dias, o valor desse indicador, bem como dos restantes trimestres, encontra-se fortemente

influenciado pelos saldos de duas entidades, cujos créditos não se encontram liquidados por

não ter sido ainda possível estabelecer acordo de encontro de contas. Excluindo esses saldos

e recalculando o PMP obtém-se um indicador de 54 dias no 4.º trimestre de 2014.

DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS

Apresenta-se a posição a 31/12/2014 dos pagamentos em atraso tal como definidos nos

termos do Decreto-lei n.º 65-A/2011, de 17 de maio.

O valor em dívida com antiguidade significativa, que se encontra registado em aquisições de

capital, é relativo a um valor em dívida à sociedade Comboios de Portugal, CP, E.P.E., no

montante de 1.059 milhares de euros, suportado por conta da Câmara Municipal de Lisboa,

PMP 4ºT 3ºT 2ºT 1ºT 4ºT 3ºT 2ºT 1ºT

Prazo 156 192 100 89 92 86 130 144 82%

2014 2013 Var. (%) 4º T 2014/4ºT 2013

Dívidas Vencidas 0-90 dias 90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias

Aquisições de bens e serviços 122.932 409 151.724 273 675.004

Aquisições de capital 0 0 0 0 1.059.213

Total 122.932 409 151.724 273 1.734.218

Dívidas vencidas de acordo com o Art. 1º DL 65-A/2011

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 09

no âmbito das obras de acessibilidades (construção do viaduto rodoviário sobre a Linha do

Norte e reperfilamento da Av. Marechal Gomes da Costa). No entender da Parque EXPO, a

responsabilidade inerente ao sobrecusto desta obra é da Câmara Municipal de Lisboa e por

questões meramente operacionais relacionadas com a conclusão dos trabalhos até à

abertura da Exposição Mundial de Lisboa a Parque EXPO assumiu a cobertura financeira da

empreitada. Em 2014 foi proferida em primeira instância decisão judicial favorável à Parque

EXPO relativamente a este diferendo, a qual não foi confirmada no Tribunal da Relação, nem

no Supremo Tribunal de Justiça, pelo que a Parque EXPO foi condenada a pagar o valor em

dívida, o qual se encontra caucionado.

RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA EMITIDAS AQUANDO DA APROVAÇÃO DAS CONTAS DE 2013

Na Assembleia Geral de 06 de outubro de 2014 foram aprovados por unanimidade o relatório

de gestão e as contas de 2013, não tendo o acionista Estado emitido qualquer

recomendação, para além da instrução dada, nos termos da lei, à Comissão Liquidatária

eleita, de submeter num prazo de um mês um plano de liquidação. O plano de liquidação foi

submetido no prazo determinado pelos accionistas, tendo sido posteriormente sujeito a

revisão. Na Assembleia Geral de 23 de fevereiro de 2015 o plano de liquidação foi aprovado.

REMUNERAÇÕES

ÓRGÃOS SOCIAIS

Mesa da Assembleia Geral

Mandato

(Início - Fim) BrutoReduções

RemuneratóriasValor após Reduções

(a) Presidente Maria João Araújo 541 541 54 487

(a) Secretário Maria de Lurdes Castro 270 270 27 243

(a) Na deliberação de dissolução da sociedade ficou estabelecido que o prazo da liquidação será de 2 anos (06/10/2014 a 30/09/2016)

Cargo NomeValor da

Senha Fixado (€)

Remuneração anual 2014 (€)

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010 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Aplicação de redução remuneratória

Nos termos do disposto no artigo 2.º da Lei n.º 75/2014 de 12 de setembro, foi aplicada

redução remuneratória às remunerações totais ilíquidas dos membros da Assembleia Geral.

Conselho de Administração

Conselho de Administração

Mandato(Início - Fim) Forma Data Entidade Pagadora

2011-2013 Presidente John Michael Crachá do Souto Antunes a) Eleição 02-11-2011 n.a. n.a.

2011-2013 Vogal Ricardo Jorge Soto-Maior Santos Silva Couto b) Eleição 02-11-2011 n.a. n.a.

2011-2013 Vogal não executivo Carlos Orestes Lasbarrères Camelo b) Eleição 02-11-2011 n.a. n.a.

2011-2013 Vogal Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa a) Designação pelo Conselho Fiscal

28-04-2014 n.a. n.a.

Comissão Liquidatária

Mandato(Início - Fim) Forma Data Entidade Pagadora

c) Presidente John Michael Crachá do Souto Antunes Eleição 06-10-2014 n.a. n.a.

c) Vogal João Manuel Pereira Afonso Eleição 06-10-2014 n.a. n.a.

Designação OPRLO

Designação OPRLO

Legenda:c) Na deliberação de dissolução da sociedade f icou estabelecido que o prazo da liquidação será de 2 anos (06/10/2014 a 30/09/2016)

Legenda:a) Cessação de funções como membro do Conselho de Administração a 06-10-2014;b) Cessação de funções como membro do Conselho de Administração a 30-06-2013.

Cargo Nome

Cargo Nome

Entidade Função Regime

Oceanário de Lisboa, S. A. Presidente do C.A. Público

Marina Parque das Nações, S. A. Presidente do C.A. Público

Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A. Presidente do C.A. Público

Parque Expo - Desenvolvimento do Território, S. A. Presidente do C.A. Público

Parque Expo - Desenvolvimento do Território, S. A. Vogal do CA Público

Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S. A. Vogal do CA Público

Santa Casa da Misericórdia de Montijo Presidente da Mesa da AG Privado

Açoraves, S.A. Presidente da Mesa da AG Privado

Membro do CA / CL

John Michael Crachá do Souto Antunes a)

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b)

João Manuel Pereira Afonso c)

Acumulação de funções

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 011

De acordo com o Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27

de março, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, retificado pela

Declaração de Retificação n.º 2/2012, de 25 de janeiro, e com a Resolução do Conselho de

Ministros n.º 16/2012, de 14 de fevereiro, articulado com o disposto no n.º 2 da Resolução do

Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março, foi o mantido o estatuto remuneratório

para o triénio 2011/2013 fixado na Deliberação Social Unânime por Escrito de 2 de novembro

de 2011, retificada por Deliberação Social Unânime por Escrito de 26 de abril de 2012.

Na Assembleia Geral de 06 de outubro de 2014 o estatuto remuneratório da Comissão

Liquidatária foi fixado de forma equivalente à estipulada anteriormente para o Conselho de

Administração.

Remuneração base

Despesas Representação

John Michael Crachá do Souto Antunes a) Não n.a. n.a. n.a.

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) Não n.a. n.a. n.a.

João Manuel Pereira Afonso c) Não n.a. n.a. n.a.

EGP

Fixado ClassificaçãoValores mensais bruto (�)

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Membro do CA / CL

Variável Fixa BrutoReduções

remuneratóriasValor após

Reduções d)

John Michael Crachá do Souto Antunes a) --- --- 121.972 14.872 107.100

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) --- --- 49.580 4.131 45.449

João Manuel Pereira Afonso c) --- --- 24.838 3.629 21.209

Membro do CA / CLRemuneração Anual (€)

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014d) - Conforme deliberação que fixou as remunerações dos órgãos sociais, as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração já contemplam as reduções decorrentes das Leis n.º 12-A/2010, n.º 83-C/2013 e n.º 75/2014.

Valor/dia Valor anual Identificar Valor Identificar Valor

John Michael Crachá do Souto Antunes a) 7,35 € 1.646 € Seg. Social 11.800 € 951 € 833 € --- ---

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) 7,35 € 632 € Seg. Social 5.004 € 420 € 355 € --- ---

João Manuel Pereira Afonso c) 7,35 € 441 € Seg. Social 2.336 € 222 € 193 € --- ---

Membro do CA / CL Reg. Proteção Social Outros

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Seg. Saúde

Seg.Vida

Sub. Refeição

Benefícios Sociais

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012 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Aplicação das reduções remuneratórias

As remunerações dos membros do Conselho de Administração foram sujeitas a redução nos

termos do artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de maio de

acordo com o Acórdão n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional. A partir de 13

Comunicações Móveis

Plafond Mensal Definido

Valor Anual Observações

John Michael Crachá do Souto Antunes a) 80 € 717 € ---

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) 80 € 118 € ---

João Manuel Pereira Afonso c) 80 € 74 € ---

Membro do CA / CLGastos com Comunicações Móveis

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Viatura atribuída

Celebração de contrato

Valor de referência da viatura

Modalidade Ano Início Ano TermoValor da Renda Mensal

Gasto anual com rendas

Nº Prestações remanescentes

John Michael Crachá do Souto Antunes a) sim sim 38.720 € AOV 2009 2015 617 € 7.093 € 10

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) sim sim 38.703 € AOV 2009 2015 582 € 2.602 € ---

João Manuel Pereira Afonso c) não não --- --- --- --- --- --- ---

Membro do CA / CL

Encargos com Viaturas

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Combustível PortagensOutras

ReparaçõesSeguro

John Michael Crachá do Souto Antunes a) 400 € 4.800 € --- 739 € 768 € ---

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) 400 € 976 € --- 0 € 314 € ---

João Manuel Pereira Afonso c) 400 € 886 € --- 0 € 0 € ---

Membro do CA / CLPlafond Mensal definido para combustível

Gastos anuais associados a ViaturasObservações

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Identificar Valor

John Michael Crachá do Souto Antunes a) --- --- --- --- --- ---

Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa b) --- --- --- --- --- ---

João Manuel Pereira Afonso c) --- --- --- --- --- ---

Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço (€)

Membro do CA / CL

Legenda:a) membro do CA de 01/01/2014 a 06/10/2014 e membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014b) membro do CA de 28/04/2014 a 06/10/2014c) membro da CL de 06/10/2014 a 31/12/2014

Deslocações em Serviço

Custo com Alojamento

Ajudas de Custo

Outras Gasto total com viagens

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 013

de setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de

setembro, os membros do Conselho de Administração e posteriormente os membros da

Comissão Liquidatária.

Não atribuição de prémios de gestão

Nos termos do artigo 41.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, não foram atribuídos

quaisquer prémios de gestão aos membros do órgão de administração da Parque EXPO

durante o ano de 2014.

Conselho Fiscal

As remunerações mensais ilíquidas dos membros do Conselho Fiscal foram fixadas através

de uma percentagem da remuneração mensal ilíquida do Presidente do Conselho de

Administração, nomeadamente 15% no caso do Presidente do Conselho Fiscal e 10% no caso

dos vogais do Conselho Fiscal.

Mandato

(Início - Fim) Forma Data

2011-2013 Presidente Cristina Maria Pereira Branco Mascarenhas Vieira Sampaio DUE 02-11-2011 1.117,35

2011-2013 Vogal Maria Fernanda Joanaz da Silva Martins DUE 02-11-2011 744,90

2011-2013 Vogal Teresa Isabel Carvalho Costa DUE 02-11-2011 744,90

2011-2013 Vogal suplente Rosa Maria Bento de Matos Sécio Raposeiro DUE 02-11-2011 0,00

CargoEstatudo

Remuneratório Fixado € (mensal)

Legenda:DUE - Deliberação social unânime por escrito

NomeDesignação

BrutoReduções

remuneratóriasValor após reduções a)

Cristina Maria Pereira Branco Mascarenhas Vieira Sampaio 18.296 2.229 16.067

Maria Fernanda Joanaz da Silva Martins 12.197 1.487 10.710

Teresa Isabel Carvalho Costa 12.197 1.487 10.710

NomeRemuneração anual (€)

Legenda:a) As remunerações auferidas pelos membros do Conselho Fiscal já contemplam as reduções decorrentes da Lei 83-C/2013 e posteriormente da Lei n.º 75/2014, uma vez que se encontram fixadas de forma indexada à remuneração do Presidente do Conselho de Administração e que nos termos da deliberação que fixou as remunerações já contemplam as reduções decorrentes das leis anteriormente referidas e da Lei n.º 12-A/2010.

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014 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Aplicação das reduções remuneratórias

As remunerações dos membros do Conselho Fiscal, por via da sua indexação à remuneração

do Presidente do Conselho de Administração, foram sujeitas a redução nos termos do artigo

33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de maio de acordo com o Acórdão

n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional. Posteriormente, a partir de 13 de

setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de

setembro.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 015

Revisor Oficial de Contas

RESTANTES TRABALHADORES

Aplicação da redução remuneratória

As remunerações dos trabalhadores da Parque EXPO foram sujeitas a redução nos termos do

artigo 33.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, até ao final de maio de acordo com o

Acórdão n.º 413/2014, de 30 de maio, do Tribunal Constitucional. Posteriormente, a partir de

13 de setembro, foram sujeitas às reduções previstas no art. 2.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de

setembro.

APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 32.º DO EGP

Da aplicação do disposto no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público resulta que não é

utilizado por qualquer membro da Comissão Liquidatária cartões de crédito e outros

instrumentos de pagamento, tendo por objeto a realização de despesas ao serviço da

empresa. Não é igualmente permitido o reembolso de quaisquer despesas que caiam no

âmbito do conceito de despesas de representação pessoal.

Mandato

(Início - Fim) Nome Número Forma Data Contratada (€)

2011-2013 EfetivoAlves da Cunha, A. Dias & Associados, SROCrepresentada por José Alves da Cunha

74 (SROC)585 (ROC)

DUE 25-01-2012 38.800 2

2011-2013 SuplenteJRP. Caiado & Associados SROCrepresentada por Pedro João Reis de Matos Silva

44 (SROC)491 (ROC)

DUE 25-01-2012 --- 2

CargoIdentificação Designação Nº Mandatos

exercídos na Soc.

BrutoReduções

remuneratóriasValor após reduções

Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC 38.800 3.880 34.920

Remuneração Anual (€)Nome

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016 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA

A Parque EXPO, na qualidade de entidade adjudicante, está sujeita à disciplina da

contratação pública, subordinando as aquisições de bens e serviços e a adjudicação de

empreitadas ao regime do Código dos Contratos Públicos.

As peças dos respetivos procedimentos são publicadas na plataforma eletrónica alojada em

www.compraspublicas.gov.

A empresa procedeu à transposição do despacho n.º 438/10- SETF, de 10 de maio, para o

seu normativo interno através de uma ordem de serviço, assegurando que as adjudicações de

prestações de serviços superiores a 125.000 euros são previamente e devidamente

justificadas e que é posteriormente objeto de avaliação.

Em razão da sua plena submissão à lógica do mercado e da livre concorrência, a Oceanário

S. A. e a Marina do Parque das Nações S. A., estão dispensadas de aplicar o regime de

contratação pública aos contratos por si celebrados. Apesar disso, o Conselho de

Administração destas sociedades deliberou aplicar, a título de regime subsidiário, o Código

dos Contratos Públicos aos contratos de adjudicação de empreitadas e de aquisição de bens

e serviços não ligados à componente operacional ou à atividade corrente.

Com a exceção da prorrogação dos contratos de financiamento bancário não foi celebrado

qualquer contrato com valor superior a 5 milhões de euros, não tendo, por conseguinte, sido

aplicável a necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas.

ADESÃO AO SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS

A Parque EXPO aderiu à Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E. em 16 de Abril de

2009, tendo o Contrato de Adesão sido celebrado na qualidade de “Entidade Aderente” e na

de mandatária das suas empresas participadas com as quais se encontra em relação de

domínio e grupo.

No âmbito dessa adesão foi realizado um procedimento relativo ao fornecimento de

combustível para 2015.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 017

PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO A Parque EXPO não aderiu ao Sistema de Gestão de Parque de Veículos do Estado.

No seguimento das orientações que constam dos Ofícios Circulares nº 4238, de 1 de julho e

nº 7408, de 2 de dezembro, a Parque EXPO tem enviado as devidas informações à ESPAP,

bem como à DGTF, sobre a necessidade de prorrogação dos contratos AOV.

No ano de 2014 o parque de veículos da Parque Expo foi reduzido em 3 viaturas,

correspondendo a uma diminuição de 9% do total.

PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS

A evolução dos gastos operacionais da Parque EXPO, em termos de contas consolidadas, de

2010 até a 2014, refletem genericamente o cumprimento do objetivo de redução de gastos

operacionais bem como das rubricas específicas de despesas com deslocações e estadas,

ajudas de custo e comunicações.

Var. Abs Var. % Var. Abs Var. %

1. CMVMC 4.547.863 157.091 2.667.079 5.367.342 1.269.124 4.390.771 2795% 3.278.739 -88%

2. Fornecimentos e serviços externos 6.705.260 8.036.319 12.447.946 14.604.116 17.115.963 -1.331.059 -17% -10.410.703 -53%

Deslocações / Estadas 93.299 73.740 133.938 249.293 409.660 19.559 27% -316.361 -82%

Ajudas de Custo 49.869 34.112 52.600 118.222 132.404 15.757 46% -82.535 -74%

Comunicações 83.724 105.737 201.139 262.889 366.850 -22.013 -21% -283.126 -71%

3. Gastos com pessoal 7.237.258 10.655.300 9.811.537 12.217.234 13.946.774 -3.418.042 -32% -6.709.516 -24%

3.1. Indemnizações 385.025 1.992.059 874.975 1.055.863 201.416 -1.607.034 -81% 183.609 889%

4. Total de gastos [1+2+3] 18.490.381 18.848.710 24.926.562 32.188.692 32.331.860 -358.329 -2% -13.841.479 -42%

Total de gastos comparáveis [2 + 3 - 3.1] 13.557.493 16.699.560 21.384.509 25.765.487 30.861.320 -3.142.067 -19% -17.303.828 -46%

5. Volume de Negócios 19.605.970 16.266.443 27.409.632 35.983.818 34.199.843 --- --- --- ---

Peso dos Gastos no VN (%) (4/5) 94% 116% 91% 89% 95% --- --- --- ---

Número médio de RH (sem órgãos sociais) 145 165 217 254 256 -20 -12% --- ---

N.º de viaturas 38 40 --- --- --- -2 -5% --- ---

Gastos com viaturas 393.837 472.574 --- --- --- -78.737 -17% --- ---

valores em Euros

Plano Redução de Custos 2014 2013 2012 2011 20102014/2013 2014/2010

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018 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO

Ao longo de 2014 a Parque EXPO manteve, junto do IGCP, as suas disponibilidades

financeiras, não tendo obtido qualquer receita de aplicação financeira efetuada em violação

do princípio da unidade de tesouraria.

RECOMENDAÇÕES RESULTANTES DE AUDITORIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS

No período em análise, não houve recomendações resultantes de auditorias do Tribunal de

Contas a que o Conselho de Administração e, posteriormente, a Comissão Liquidatária da

Parque EXPO tivesse que dar cumprimento.

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

A Parque EXPO já não consta na lista de empresas cujas informações relevantes sobre a vida

da empresa, designadamente, a missão e objetivos, o modelo de governo, as demonstrações

financeiras e as respetivas estratégias de sustentabilidade económica, social e ambientais,

são divulgadas na página sobre o Setor Empresarial do Estado do sítio de internet da DGTF.

A referência à Parque EXPO passará a constar na lista referente à carteira de participações do

Estado em sociedades em liquidação.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 019

QUADRO SÍNTESE DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

S N N.A.

Objetivos de Gestão x ver pag. 05

Gestão do Risco Financeiro x Taxa média de financiamento = 4,50% ver pag. 05 (1)

Limites de Crescimento do Endividamento x Acréscimo de 0,8% face a 2013 ver pag. 07 (1)

Evolução do PMP a fornecedores x Variação de + 64 dias (82%) face a 2013 ver pag. 08 (2)

Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") xPagamentos em atraso (> 90 dias) no final de 2014: 1.886.624 €

ver pag. 08 (2)

Recomendações do acionista na aprovação de contas x ver pag. 09

Remunerações: ver pag. 09

Não atribuição de prémios de gestãonos termos do art.º 41.º da Lei 83-c/2013

x

Órgãos sociais - reduções remuneratórias vigentes em 2014 x não aplicável

Auditor Externo - redução remuneratórianos termos do artº 73.º da Lei 83-C/2013

x

Restantes trabalhadores - reduções remuneratórias vigentes em 2014

x Redução remuneratoria = -318.403 € (2)

Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias nos termos do art.º 39.º da Lei n.º 83-C/2013

x

Artigo 32º do EGP ver pag. 15

Utilização de cartões de crédito x

Reembolso de despesas de representação pessoal x

Contratação Pública ver pag. 16

Aplicação das normas de contratação pública pela empresa x

Aplicação das normas de contratação pública pelas participadas

x

Contratos submetidos a visto prévio do TC x Nenhum contrato submetido

Auditorias do Tribunal de Contas x ver pag. 18

Parque Automóvel ver pag. 17

N.º de viaturas x Variação em 2014: menos 2 viaturas (5% do total) (1)

Gastos com viaturas x Variação em 2014: -78.737 € (-17%) face a 2013 (1)

Gastos operacionais das Empresas Públicas(art. 61.º da Lei 83-C/2013)

x ver pag. 17

Redução de trabalhadores(art. 60.º da Lei 83-C/2013)

ver pag. 17

Nº de trabalhadores xVar. -6% a 31/12/2014 face a 31/12/2013 (6 trabalhadores)

(1)

Nº de cargos dirigentes x

Princípio da Unidade de Tesouraria(art. 123.º da Lei 83-C/2013)

ver pag. 18

Disponibilidades Centralizadas no IGCP x

As disponibilidades a 31/12/2014 ascedem a 12.399.828 €, sendo que se encontravam em caixa dois cheques no montante de 2.146.724 € relativos à escritura do lote 3.23.02 realizada no último dia do ano. Do total de depósitos bancários (10.250.852 €) 95% encontravam-se depositados no IGCP.

Juros auferidos em incumprimento da UTE e entregues em Receita do Estado

x

Observações: (1) - dados consolidados do Grupo Parque EXPO; (2) - dados individuais da Parque EXPO

Cumprimento das Orientações legaisCumprimento

Quantificação / IdentificaçãoJustificação /

Referência ao ponto do relatório Obs

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 021

II: ATIVIDADE DESENVOLVIDA

CONCEÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

MERCADO NACIONAL

Em matéria de gestão de projetos de requalificação urbana e ambiental apresentam-se os

principais factos ocorridos no 4.º trimestre de 2014:

PROGRAMA POLIS LITORAL

No âmbito do Programa Polis Litoral, a Parque EXPO prosseguiu a atividade de gestão das

operações integradas de requalificação e valorização do Litoral Norte (entre Caminha e

Esposende), da Ria de Aveiro, da Ria Formosa, e do Litoral Sudoeste Alentejano e Costa

Vicentina.

Apresenta-se de seguida uma breve caracterização das intervenções após aprovação de

propostas de reprogramação das mesmas em termos físicos, financeiros e temporais:

Previsto Comprometido Realizado

Litoral NorteCaminha, V iana do Castelo e Esposende 5.000 ha 2009 2015 72,7 28,1 18,4

Ria de AveiroComunidade Intermunicipal da Região de Aveiro - Baixo Vouga 37.000 ha 2009 2015 78,7 31,1 25,3

Ria Formosa Faro, Olhão, Tavira e Loulé 19.245 ha 2008 2015 85,0 35,5 27,7

Litoral SudoesteAljezur, Odemira, V ila do Bispo e Sines 9.500 ha 2010 2015 40,7 14,7 9,0

Investimento (milhões de euros)Intervenção Polis Litoral

Municípios envolvidosÁrea de

intervençãoData Início

DataFim

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022 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Na intervenção do Litoral Norte, relativamente ao 4.º trimestre, há a assinalar:

: A prorrogação em 09.10.2014 através de DSUE da duração da Sociedade PLN até

31/12/2015.

: A conclusão das seguintes empreitadas: i) Reordenamento e Qualificação de Frentes

Marítimas - S. Bartolomeu do Mar; ii) Infraestruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de

Afife; iii) Requalificação de Frentes Ribeirinhas – Fão.

: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Reordenamento e Qualificação

de Frentes Marítimas - Núcleo da Praia do Carreço; ii) Valorização Ecológica e Revitalização

das Áreas de Pinhal - Pinhal da Gelfa; iii) Infraestruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de

Rio de Moinhos; iv) Percursos de informação e sensibilização ambiental do PNLN - 2ª fase.

: O acompanhamento / desenvolvimento dos seguintes processos de contratação de

empreitadas:

o Reestruturação e Consolidação de Estruturas Marítimas de Defesa Costeira -

Esporão Pedra Alta;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas – Caminha e Viana do Castelo;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas - Concelho de Esposende;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas - Restinga de Ofir;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas - Foz do Rio Âncora - 2ª fase;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas

Degradadas e Requalificação Frente Marítima - Praia Norte;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas - Praia de Ofir - Fase 2;

o Recuperação, Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais

Degradadas - Praia de Ofir - Fase 3;

o Reordenamento e Qualificação de Frentes Marítimas - Núcleo da Amorosa;

o Reordenamento e Qualificação de Frentes Marítimas - Núcleo de Pedra Alta;

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 023

o Infraestruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Paçô/Carreço;

o Infraestruturas de Apoio ao Uso Balnear – Praia de Ramalha;

o Requalificação de Frentes Ribeirinhas / P8.2 - Viana do Castelo – Cabedelo;

: Continuação do desenvolvimento dos seguintes projetos: i) Valorização Paisagística e

Ambiental dos Pequenos Estuários - Foz do Coura; ii) Valorização Paisagística e Ambiental

dos Pequenos Estuários - Foz do Âncora; iii) Valorização Paisagística e Ambiental dos

Pequenos Estuários - Foz do Neiva; iv) Valorização Ecológica e Revitalização das Áreas de

Pinhal - Pinhal do Camarido; v) Ecovia do Litoral e percursos complementares; vi)

Requalificação de Frentes Ribeirinhas - Frente Ribeirinha de Caminha.

: A continuação do desenvolvimento de diligências necessárias à aquisição de terrenos

imprescindíveis para a concretização das Intervenções, por via amigável, ou em último caso,

por via de expropriação.

Na intervenção da Ria Aveiro, há a destacar:

: A prorrogação, em AG realizada em 25/11/2014, da duração da Sociedade PLRF até

31/12/2015;

: O acompanhamento de 3 estudos relativos a processos de avaliação de impacto ambiental,

na Ria de Aveiro (em fase de conclusão do EIA), Pateira de Fermentelos (enviado o EIA à

AIA) e Barrinha de Esmoriz (emitida a DIA).

: O acompanhamento de 23 projetos e a conclusão de 3.

: A conclusão das seguintes empreitadas: i) Reordenamento e qualificação da frente lagunar

de Estarreja - Cais de Canelas, Cais de Salreu e Esteiro de Estarreja; ii) Reordenamento,

requalificação e valorização da Barrinha e Lagoa de Mira e Lago do Mar; iii) Reordenamento

e qualificação da Frente Lagunar de Ovar - Praia do Areínho, Cais da Ribeira e Foz do rio

Cáster.

: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Proteção e recuperação do

sistema dunar, através do reforço do cordão dunar entre a Costa Nova e Mira; ii)

Requalificação e valorização da Pateira de Fermentelos - Parques de Requeixo e Carregal

(Aveiro); iii) Requalificação e valorização da Pateira de Fermentelos - Parques de Espinhel

(Águeda); iv) Reordenamento e valorização dos núcleos piscatórios lagunares I - Porto de

Abrigo da Torreira; v) Reordenamento e valorização de 7 Núcleos Piscatórios Lagunares; vi)

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024 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Reordenamento e qualificação da Frente Ria de S. Jacinto e vii) Reordenamento e

qualificação da Frente Lagunar de Vagos - margens do Rio Boco e Cais dos

Moliceiros/Folsas Novas.

: Três empreitadas em concurso: i) Proteção e Recuperação do Sistema Dunar através do

reforço do cordão dunar entre a Costa Nova e Mira – 2ª Fase; ii) Reforço de Margens, pela

Recuperação de Diques e Motas com vista à prevenção de riscos: Portas de Água e Canal

de Mira; iii) Reordenamento e Valorização dos Núcleos Piscatórios Lagunares I: Cais da

Bestida, Cais da Cova do Chegado, Cais do Puxadouro e Cais da Gafanha D`Áquém.

: Em termos de financiamento destaca-se no 4º trimestre de 2014: (a) a apresentação da

reprogramação física, financeira e temporal da candidatura “Fermentelos – Parques” ao

MaisCentro; (b) A apresentação da reprogramação física, financeira e temporal no POVT, da

candidatura “Candidatura nº POVT-12-0233-FCOES-000053 - Polis Ria Aveiro - Proteção e

defesa da zona costeira e lagunar da Ria de Aveiro, visando a prevenção do risco” com a

transferência de 2 ações da “Prioridade B” para a “Prioridade A”, tendo o investimento

elegível passado de 22,9 M€ para 22,3 M€.

Na intervenção da Ria Formosa, há a referir:

: A realização da 8ª Assembleia Geral, em 11 de dezembro de 2014, na qual foi aprovado o

Relatório de Gestão e as Contas e ainda o Relatório de Governo Societário relativos ao

exercício de 2013. Mantem-se sem alteração a prorrogação, em AG realizada em

20/08/2014, da duração da SPLRF até 31/12/2015;

: Na sequência da conclusão de dois Estudos de Impacte Ambiental com emissão dos

respetivos DCAPE’s, destacando-se que a conclusão de um deles permitiu o lançamento

das quatro empreitadas relativas à Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco. O outro

EIA, é referente às ações da Ponte, Acessos e Estacionamento Exterior da Praia de Faro,

que após as novas orientações que garantiram o seu financiamento permitirá a execução,

no próximo ano, do “Parque de Estacionamento Exterior à Ilha de Faro” e da “Requalificação

dos acessos à ilha de Faro”;

: A existência de quatro estudos e/ou projectos de execução cuja elaboração se encontram

em curso. Para além destes, dezasseis foram concluídos durante o ano.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 025

: O inicio, neste período, de três empreitadas, nomeadamente o “PIR dos Ilhotes e Ilha

Deserta”, a “Requalificação das Quatro Águas – Tavira – Bloco A” e o “Plano de Praia dos

Cavacos”;

: A contratação de duas empreitadas, a iniciar em janeiro de 2015 e cujos contratos foram

remetidos em novembro para obtenção de visto pelo Tribunal de Contas, nomeadamente a

“Requalificação Paisagística da Ligação entre Pedras d’El Rei e Santa Luzia” e o “PIR da

Península do Ancão – 1ª Fase – Demolição de 2ª Habitação”;

: O lançamento no último trimestre de 2014 dos procedimentos para contratação de sete

empreitadas, nomeadamente o “PIR da Culatra – Núcleo do Farol Nascente”, “PIR da

Culatra – Núcleo dos Hangares”, “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco –

Intervenção 2.1 – Faro/Olhão”, “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do Risco –

Intervenção 2.2 – Esteiro do Ramalhete e Barra do Ancão”, “Valorização Hidrodinâmica e

Mitigação do Risco – Intervenção 3.1 – Canal e área interior do delta de vazante da Barra da

Armona”, do “Parque Ribeirinho do Ludo” e a “Valorização Hidrodinâmica e Mitigação do

Risco – Intervenção 1 – Tavira”;

: A preparação dos procedimentos para contratação de duas empreitadas, a lançar em

Janeiro de 2015, nomeadamente o “Parque de Estacionamento Exterior à Ilha de Faro” e a

“Requalificação dos acessos à ilha de Faro”;

: De realçar, neste período, o sucesso com que decorre a empreitada do PIR dos Ilhotes e

ilha Deserta, que marcou o inicio do grande volume de atividades de renaturalização, com a

demolição e remoção das construções ilegais existentes nas ilhas;

: A execução orçamental do plano de investimentos da Sociedade, tendo sido apresentado

um relatório de atividade trimestral e registados mensalmente no Sistema de Informação do

Orçamento de Estado a despesa efetuada, o financiamento recebido, os compromissos

assumidos, os fundos disponíveis, os Pagamentos em atraso / faturas por pagar, as

Unidades de Tesouraria e as previsões mensais de execução da despesa e da receita;

: Ao nível do Financiamento à Intervenção registaram-se os seguintes aspetos relevantes:

o No POVT - foi apresentada, em outubro e novembro informação adicional à

reprogramação da candidatura de obras (Candidatura 59) apresentada em Julho; em

termos de pedidos de pagamento, foram apresentados 6 pedidos em três (cand. 20,

28 e 59) das 4 candidaturas envolvendo um montante de financiamento de 238,4 mil

Euros;

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026 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

o No POR Algarve –Foi prestada toda a informação solicitada incluindo em sede de

audiência prévia, à auditoria efetuadas pela ADC_ Agência para o desenvolvimento e

Coesão (ex-IFDR) à candidatura 15 – Projetos de Execução dos Planos de Praia; em

termos de pedidos de pagamento, aguardava-se inicío da faturação da obra das

Pedras d'el-Rei / Santa Luzia para apresentação dos necessários pedidos de

pagamento (as restantes obras fianciadas neste PO ou já estavam concluidas e com

toda a despesa sumetida a pedido d pagamento (incluindo projetos dos planos de

praia, dos espaços ribeirinhos e obra do parque ribeirinho de Faro), ou aguardavam

inicio da sua execução – Plano de praia dos cavacos;

o No PIT – foram solicitadas prorrogações dos contratos de financiamento

relativamente aos contratos de financiamento das Pedras d'el-Rei / Santa Luzia. Em

termos de pedidos de pagamento e dada a situação de apenas uma das obras se

encontrar em execução – a do Parque robeirinhode Faro - apenas foram registadas

no SI do PIT, as despesas do PR de Faro, as quais mesmo assim não foram

submetidas ainda a pedido de pagamento, por problemas do Sistema de

Informação, que se aguarda a todo o tempo sejam solucionados;

o No Promar – aguardava-se a aprovação da reprogramação temporal da única

candidatura nº31-03-01-FEP-61-“Estudos de valorização das atividades ligadas aos

recursos da Ria Formosa”, apresentada no segundo trimestre de 2014 e prestou-se a

informação solicitada incluindo em sede de audiência prévia, à auditoria efetuada

pela Entidade Financiadora à candidatura.

Na intervenção do Litoral do Sudoeste e Costa Vicentina há a destacar:

: A prorrogação em 16.10.2014 através de DSUE da duração da Sociedade PLSW até

31/12/2015;

: A aprovação, na AG de 17.12.2014, do Relatório e Contas 2013 e do Plano de Actividades e

Orçamento 2014 da Sociedade;

: A preparação e acompanhamento dos procedimentos concursais das seguintes

empreitadas:

o Proteção e Recuperação de Sistemas Dunares e Arribas do Sudoeste Alentejano:

São Torpes a Morgavel, Porto Covo Sul, Zambujeira do Mar, Alteirinhos a Carvalhal;

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 027

o Reposição das Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e Proteção de

Sistemas Costeiros em Santo André;

o Qualificação e Valorização do Portinho do Forno;

o Qualificação e Valorização dos Portinhos de Odemira;

o Valorização e Qualificação da Praia da Samouqueira;

o Valorização e Qualificação da Praia do Malhão;

o Valorização e Qualificação da Praia do Almograve;

o Valorização e Qualificação da Praia do Castelejo;

o Valorização e Qualificação da Praia da Mareta;

o Requalificação e Valorização de Vila Nova de Milfontes;

o Requalificação e Valorização de Zambujeira do Mar;

o Reposição das Condições de Ambiente Natural no Cabo Sardão/Entrada da Barca

: O acompanhamento das seguintes empreitadas em curso: i) Proteção e Recuperação de

Sistemas Dunares e Arribas da Costa Vicentina: Samouqueira, Barradinha, Vale dos

Homens, Carriagem, Bordeira, Ponta da Atalaia e Forte de Almádena; ii) Reposição das

Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e Proteção dos Sistemas Costeiros na

Arrifana – zona 1 e 2; iii) Reposição das Condições de Ambiente Natural pela Recuperação e

Proteção dos Sistemas Costeiros em Amoreira/Monte Clérigo; iv) Valorização e Qualificação

da Praia das Furnas; v) Valorização e Qualificação da Praia dos Alteirinhos;

: O acompanhamento da contratação e execução de diversos projectos, e obtenção dos

respetivos pareceres junto das Entidades Gestoras do Território;

: O acompanhamento da contratação e execução de diversos planos, estudos,

levantamentos e prestações de serviços, necessários ao desenvolvimento e publicitação da

Intervenção;

: A negociação e formalização de protocolos de concertação e contratos de comodato com

os proprietários das ações da área de intervenção Polis Litoral Sudoeste;

: Na sequência dos fenómenos climatéricos extremos que afetaram esta faixa litoral nos

meses de Janeiro e Fevereiro, a contratação e acompanhamento de projetos, empreitadas,

fornecimentos e fiscalizações visando a reposição das condições mínimas de segurança de

pessoas e bens em 10 zonas costeiras;

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028 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

: O acompanhamento da execução dos contratos de financiamento comunitário celebrados

com o PO Algarve 21 (ALG-02-1132-FEDER-000032 "Arranjo da Orla Costeira da Praia da

Boca do Rio", ALG-02-1132-FEDER-000033 "Arranjo da Orla Costeira da Praia da Amoreira",

ALG-02-1132-FEDER-000059 "Conservação e Valorização do Litoral da Costa Vicentina",

ALG-03-1550-FEDER-000030 "Ecovia e Ciclovias da Costa Vicentina"), INAlentejo (ALENT-

08-0232-FEDER-001945 "Conservação e Valorização do Litoral Alentejano no Concelho de

Odemira") e POVT (POVT-03-0133-FCOES-000040 - "Medidas Corretivas da Erosão e Defesa

Costeira no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina - Estudos e Projetos") e (POVT-12-0233-

FCOES-000058 - "Reposição do Ambiente Natural e Proteção e Recuperação dos Sistemas

Costeiros, Dunares e Arribas no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina");

: O acompanhamento do processo de aprovação da candidatura n.º 31-03-03-FEP-0100 -

“Qualificação/Valorização da Atividade Piscatória”, no âmbito do PROMAR.

PROGRAMA POLIS

Ao longo do ano prosseguiu-se a atividade de gestão das intervenções de Viana do Castelo e

Costa de Caparica nas componentes técnica, financeira, administrativa e jurídica, inerentes à

implementação dos respetivos planos estratégicos.

Relativamente à intervenção de Viana do Castelo, a atividade desenvolvida em 2014, manteve-

se circunscrita à ação estruturante de expropriação do Edifício Jardim, subsequente

demolição e posterior construção do novo mercado municipal e espaços públicos

envolventes, nomeadamente no acompanhamento dos processos judiciais do Edifício Jardim

e de processos de expropriação do Parque da Cidade. No que toca ao Edifício Jardim houve

um desenvolvimento bastante favorável aos interesses da VianaPolis, tendo sido revogadas as

providências cautelares de duas das ações principais que estavam suspensas e que

correspondem a 34 frações, permitindo deste modo a prossecução dos processos

expropriativos dessas frações. Foi executada a empreitada de reabilitação das patologias

associadas ao edifício da zona do antigo Mercado (Lote A3) e lançado o concurso público

para a execução da empreitada de reabilitação no parque de estacionamento do Campo da

Agonia (cujo início está dependente do visto do Tribunal de Contas), face à recusa ou

sucessivos adiamentos dos empreiteiros em executarem a reabilitação das obras com

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 029

deficiências de construção, e cujo financiamento é proveniente do acionamento das garantias

bancárias aos empreiteiros.

A VianaPolis conseguiu vender 8 apartamentos dos edifícios de realojamento, continuando a

empenhar-se na alienação dos restantes ativos – apartamentos dos edifícios de realojamento

e lotes do parque da Cidade.

Em 1 de dezembro de 2014 através de Deliberação Social Unânime por Escrito, foi aprovada

a prorrogação de prazo da Sociedade até 31 de dezembro de 2015, alterando assim o art.º

3.º dos Estatutos da Sociedade. Este prazo continua a revelar-se ser de difícil concretização,

pelo escasso tempo disponível para concretizar todas estas pendências.

Na intervenção da Costa de Caparica os procedimentos com vista à execução da obra e

fiscalização da Empreitada de Defesa Costeira, a executar no paredão da Costa de Caparica,

foram terminados com a contratação, quer da Fiscalização quer do Empreiteiro

Continuaram ainda os procedimentos para a conclusão dos planos de pormenor em falta

(PP4 e PP6), tendo sido contratados para ambos a atualização das cartografias respetivas

Estando a decorrer o processo de liquidação da Sociedade e, face ao normativo vigente no

art.º 146º e ss. do CSC, é necessário proceder a uma proposta de partilha dos bens entre

sócios. Assim, iniciaram-se os procedimentos com vista à preparação de um mapa de partilha

justo e equitativo, baseado quer na localização quer na avaliação de todos os ativos com as

respetivas benfeitorias/ónus integrantes.

Na sequência da deliberação da Comissão Liquidatária, decorreram as negociações com os

Concessionários dos Apoios de Praia, visando a revisão do regime de mensalidades,

justificadas pelas dificuldades acrescidas experienciadas pelos Apoios, nomeadamente as

que decorrem da crise atual e as relacionadas com os danos causados pelo mau tempo.

Manteve-se o acompanhamento de todos os processos judiciais em curso, incluindo a

prestação de depoimentos em tribunal.

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030 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

MERCADO INTERNACIONAL

O desenvolvimento dos trabalhos relativos ao “Plan Directeur d´Aménagement et

d´Urbanisme (PDAU) de la Wilaya d´Alger”, na Argélia, prosseguiu no 4.º trimestre de 2014,

tendo em vista a conclusão das obrigações contratuais. Após a decisão da Assembleia Geral

de 6 de outubro, foi comunicado à Wilaya de Argel, o objetivo de conclusão dos trabalhos e

encerramento de todos os procedimentos administrativos até dezembro de 2015.

GESTÃO DO TERRITÓRIO

GESTÃO DE ATIVOS

A atividade ao nível da alienação e gestão patrimonial prosseguiu durante este período,

mantendo-se a atividade organizada em dois grupos de ações:

: Promoção e venda de ativos alienáveis, procurando compatibilizar os valores patrimoniais e

os valores de mercado;

: Gestão de ativos não alienáveis, nomeadamente os imóveis de carater emblemático,

imóveis em regime de cessão de exploração, e imóveis afetos a realojamentos efetuados à

data da realização da EXPO 98.

Enquadrando a atividade de alienação de terrenos no Parque das Nações, e considerando os

poderes que permanecem na Parque EXPO relativamente à elaboração dos Projetos de

Reparcelamento, foram desenvolvidos diversos processos, e submetidos a decisão da

Câmara Municipal de Lisboa.

Numa perspetiva do mercado imobiliário, verificou-se uma ligeira retoma, que no caso dos

ativos imobiliários da Parque EXPO se refletiu na comercialização de frações comerciais.

Mantem-se no entanto o impasse relativamente a uma eventual revisão do PP5 e PP6, numa

perspetiva de potenciar estas áreas do ponto de vista imobiliário, tendo-se no entanto,

iniciado um processo de diálogo com a Câmara Municipal de Lisboa com vista a encontrar

um modelo adequado à implementação destes projetos.

A 29 de outubro foram aprovados pela Câmara Municipal de Lisboa, os termos de referência

para revisão dos parâmetros de estacionamento no PP1, PP2 e PP3. Caso esta revisão seja

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 031

concretizada segundo as expetativas da Parque EXPO, algumas parcelas alienáveis poderão

ver o seu uso reconvertido, e aumentado o seu potencial de comercialização.

Durante este período foram desenvolvidas ações junto da Autoridade Tributária no sentido de

regularizar diversas questões ao nível dos registos matriciais e da avaliação patrimonial.

VENDA DE PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO

No contexto acima referido, foram concretizadas as seguintes operações:

: Celebração da escritura de compra e venda do lote 3.23.02;

: Aprovada a proposta de compra da fração comercial R do edifício 2.15.01 (Frente Ribeirinha

Norte);

: Com a alienação da participação social da Parque EXPO na Gare Intermodal de Lisboa,

foram também integrados no domínio público ferroviário as parcelas afetas àquela

infraestrutura.

GESTÃO DE PATRIMÓNIO

O património edificado da Parque EXPO gerou no 4.º trimestre rendimentos no valor de cerca

de 987 milhares de euros, provenientes da exploração do Oceanário de Lisboa, do direito de

exploração da Climaespaço e dos contratos de cessão de exploração dos parques de

estacionamento, em particular o Parque Oceanário e o Parque das Tágides.

Foi iniciado o processo de contratualização de empresa para reavaliação dos ativos

imobiliários da Parque EXPO, tendo em vista atualizar os valores existentes.

No âmbito do Plano de Liquidação, foram retomadas as conversações com a APL, tendo por

objeto o desenvolvimento futuro da Marina do Parque das Nações.

Durante este período foram igualmente efetuadas ações de manutenção preventiva e corretiva

nos imóveis pertencentes ao património da Parque EXPO.

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032 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

GESTÃO DE EQUIPAMENTOS DE LAZER

Apresentam-se de seguida os principais factos ocorridos na actividade das empresas em que

a Parque EXPO detém participação acionista:

OCEANÁRIO DE LISBOA, S.A.

No ano em que o equipamento assinalou 18 milhões de visitantes, as visitas totais em 2014

subiram mais de 7%, atingindo um total de 986.703 visitantes. Para tal, muito contribuiu a

exposição temporária “Tartarugas marinhas. A viagem”, cujo encerramento ocorreu no final de

setembro. O quarto trimestre de 2014 fica assim marcado pelo desenvolvimento do projeto da

nova exposição temporária “Florestas Submersas by Takashi Amano”, a inaugurar no

segundo trimestre de 2015. De assinalar, ainda, o facto do Oceanário ter sido distinguido pelo

site TripAdvisor como melhor aquário da Europa e o segundo melhor do Mundo.

Em termos económico-financeiros, o volume de negócios ascendeu a 10,8 milhões de euros,

traduzindo um crescimento de 5% face ao ano anterior, tendo-se verificado o melhor resultado

líquido de sempre, da ordem dos 1.493 milhares de euros.

MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES, S.A.

Após um período de cinco anos (2008-2012) de forte retração das atividades da náutica de

recreio, decorrente da conjuntura económica, os anos de 2013 e 2014 já foram de

estabilização da procura. Esta alteração foi devida ao maior número de visitantes

estrangeiros, o que em parte compensou a diminuição das embarcações nacionais. Não

obstante, a situação operacional nas marinas e portos de recreio mantém-se difícil, com taxas

de ocupação abaixo do esperado. A Marina do Parque das Nações acompanhou este

panorama geral conseguindo, no entanto, manter em 2014 a taxa de ocupação da ordem dos

60% registada em 2012 e 2013.

Dois fatores tiveram forte impacto no desempenho da atividade da empresa durante o

exercício de 2014, em primeiro lugar a manutenção da incerteza quanto ao futuro da

concessão, integrado que está no processo em curso de extinção do seu concedente e

acionista Parque Expo S.A., e as restrições financeiras que atrasaram a execução da

dragagem de manutenção anual, que só pode ser realizada em Maio/Junho, com sérios

impactos na qualidade do serviço prestado aos Clientes durante o primeiro semestre do ano.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 033

Em termos económicos financeiros, a sociedade atingiu um volume de negócios equivalente

ao do ano anterior, cerca de 896 milhares de euros, o qual se traduz num resultado antes de

depreciações, gastos de financiamentos e impostos marginalmente positivo em cerca de 14

mil euros. No entanto, o peso das depreciações e dos gastos de financiamentos na estrutura

de custos da sociedade conduziram ao apuramento de um resultado líquido negativo de 925

milhares de euros, registando, ainda assim, uma melhoria de 6% face ao ano anterior.

No âmbito do processo de liquidação da Parque EXPO estão a ser desenvolvidos, com o

acompanhamento da Direção Geral do Tesouro e Finanças, contactos com a Administração

do Porto de Lisboa no âmbito da análise de cenários futuros de desenvolvimento da Marina

do Parque das Nações.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 035

III: ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

BALANÇO

O ativo não corrente diminuiu cerca de 78,9 milhões de euros, sendo de registar as seguintes

variações relevantes:

: Transferência de 70 milhões de euros para a rubrica de ativos não correntes detidos para

venda, classificada como ativo corrente, correspondente ao justo valor dos imóveis

Oceanário de Lisboa, Pavilhão de Portugal e frações do lote 2.15.01;

: Diminuição da rubrica de outras contas a receber, no valor de 11,7 milhões de euros,

justificada pelas reduções correspondentes às amortizações do primeiro aditamento (1,7

milhões de euros) e segundo aditamentos (10 milhões de euros) ao acordo financeiro de

2005 celebrado com a Câmara Municipal de Lisboa;

: Acréscimo do valor da rubrica de investimento (ativos fixos tangíveis, propriedades de

investimento e ativos não correntes detidos para venda) no valor de 2,7 milhões de euros,

resultante dos seguintes movimentos:

o Valorização do equipamento Oceanário de Lisboa e consequente

reversão da perda por imparidade em cerca de 16,3 milhões de euros.

Rubrica 2014 2013 Var. %Ativo 155.974 156.771 -797 -1%

Passivo 241.287 254.831 -13.544 -5%

Capital Próprio -85.313 -98.060 12.747 13%

Rubrica 2014 2013 Var. %Ativo não corrente 53.273 132.211 -78.938 -60%Ativo corrente 102.701 24.560 78.141 318%Total do Ativo Liquido 155.974 156.771 -797 -1%

valores em milhares de euros

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036 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Para valorizar este ativo a 31 de dezembro de 2014 considerou-se o

valor da dação em cumprimento do imóvel ao Estado Português, no

montante de 54,2 milhões de euros, concretizada em abril de 2015,

para amortização de empréstimos efetuados pelo Estado;

o Reconhecimento das perdas por imparidade na Torre Vasco da Gama

no valor de 10,9 milhões de euros. Refira-se que se encontram

constituídos direitos de terceiros sobre os lotes do Hotel e da Torre

Vasco da Gama com maturidades para além do período da

liquidação;

o Reconhecimento de perdas por imparidade, no valor de 784,7

milhares de euros, em terrenos com direitos de superfície constituídos

a favor de terceiros que perduram para além do prazo de liquidação;

o Reconhecimento de perdas por imparidade no Pavilhão de Portugal

no valor de 640 milhares de euros;

o Abate do valor contabilístico, no montante de 435,6 milhares de euros,

na sequência das alienações das frações C e N do lote 2.15.01.

O ativo corrente aumentou cerca de 78,1 milhões de euros devido essencialmente às

seguintes variações:

: Acréscimo de 70 milhões de euros correspondente à transferência da rubrica de

propriedades de investimento correspondente ao justo valor dos imóveis Oceanário de

Lisboa, Pavilhão de Portugal e frações do lote 2.15.01;

: Aumento da rubrica de Clientes e Outras Contas a Receber (+4,4 milhões de euros). O

aumento da rubrica de outras contas a receber deve-se, em larga medida, à necessidade

de prestar caução, no valor de 2,5 milhões de euros, relativamente a processos judiciais que

se encontram em curso e à celebração do contrato de promessa relativamente ao lote

3.23.01.

: Aumento da rubrica de outros ativos financeiros e disponibilidades no valor de 9 milhões de

euros.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 037

: Redução da rubrica de inventários, no valor de 5.291 milhares de euros, justificado pelos

seguintes movimentos:

o Abate do valor contabilístico de 4.546 milhares de euros relativo à

alienação do lote 3.23.01;

o Reconhecimento da perda por imparidade, de 689 milhares de euros,

relativamente ao lote de terreno em Vale do Forno;

o Transferência de 79 milhares de euros, relativos a património

edificado, para a rubrica de propriedades de investimento.

No Passivo verificaram-se as seguintes variações:

A variação do passivo, no valor de -13,5 milhões de euros, resulta fundamentalmente dos

seguintes aspetos:

: À redução do passivo bancário remunerado, no valor de 4.084 milhares de euros;

: À redução da rubrica de provisões para processos judiciais em curso no valor de 3.552

milhares de euros;

: À redução da rubrica de outros passivos no valor de 12.710 milhares de euros, com

particular destaque para a redução dos diferimentos no montante de 11.904 milhares de

euros na sequência do reconhecimento dos respetivos valores por serem respeitantes a

contratos que perduram para além do prazo de liquidação da sociedade;

: Ao aumento da rubrica de Fornecedores e Outras Valores a Pagar, no valor de 5.133

milhares de euros, com destaque para o aumento da rubrica de acionistas/sócios, no valor

de 5.744 milhares de euros, resultante da execução do aval do Estado Português e

amortização do capital e pagamento de juros do empréstimo obrigacionista. Este

Rubrica 2014 2013 Var. %Provisões 4.967 8.519 -3.552 -42%Empréstimos 179.121 183.205 -4.084 -2%Fornecedores e outros val. a pagar 41.636 36.966 4.669 13%Impostos 2.670 537 2.133 397%Outros passivos 12.894 25.604 -12.710 -50%Total do passivo 241.287 254.831 -13.544 -5%

valores em milhares de euros

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038 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

movimento foi parcialmente compensado pelo pagamento efetuado à REFER do valor em

dívida, no montante de 1.079 milhares de euros;

: Ao aumento da estimativa de imposto sobre o rendimento do exercício no valor de 1.669

milhares de euros.

ENDIVIDAMENTO

O endividamento bancário do Grupo Parque EXPO tem diminuído de forma progressiva e

consistente desde 1998. A 31/12/2014 a dívida bancária consolidada é de 179 milhões de

euros (2013: 183 milhões de euros), com a seguinte discriminação:

Acresce a este valor o montante não remunerado de 36,6 milhões de euros, devido ao Estado

Português, na sequência da execução do aval relativamente às amortizações e pagamento de

juros do empréstimo obrigacionista.

Na sequência da integração da Parque EXPO no setor das administrações públicas, nos

termos do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, a Direção-Geral do Tesouro e

Finanças concedeu à Parque EXPO, em novembro de 2014, um empréstimo de médio/longo

prazo no valor de 149,6 milhões de euros. Este montante, destinou-se a liquidar o

financiamento bancário sem aval do Estado.

CorrentesNão

CorrentesTotal %

Empréstimo Obrigacionista 4.920 9.841 14.761 33%

Empréstimo DGTF 149.600 0 149.600 100%

Descoberto bancário 4 0 4 100%

Obras de recuperação da MPN 500 14.000 14.500 3%

Subsídio reembolsável 0 256 256 0%

Totais 155.024 24.096 179.121 87%

Marina

DescriçãoSociedade

Parque EXPO

2014

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 039

Assim, relativamente a 31 de dezembro de 2014, a dívida ao Estado Português é de 186,2

milhões de euros e o aval prestado pelo Estado Português, relativamente ao empréstimo

obrigacionista, é de 14,8 milhões de euros a que acrescem os juros.

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040 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

RESULTADO OPERACIONAL

Excluindo a reversão de ajustamentos, os rendimentos operacionais atingiram o montante de

34.163 milhares de euros (2013: 18.102 milhares de euros), traduzindo um aumento de 16.061

milhares de euros face aos valores registados no período homólogo de 2013. Esta variação

Rendimentos Operacionais: 2014 2013 Var. 14/13 %

Venda de terrenos e de frações 4.704 159 4.545 2858%

Venda de produtos e outros 3 32 -28 -90%

Rentabilização de ativos 1.276 2.324 -1.049 -45%

Conceção e gestão de projetos 3.070 3.440 -370 -11%

Bilheteira 9.490 8.862 628 7%

Distribuição de água 0 0 0 0%

Ramais e redes de saneamento 0 14 -14 -100%

Subsídios à exploração 0 62 -62 -100%

Outros rendimentos operacionais 15.620 3.208 12.412 387%

Sub-total 1 34.163 18.102 16.061 89%Reversão de perdas por imparidade 19.901 3.121 16.779 538%

Ganhos por reavaliação 0 465 -465 -100%

Redução de provisões 3.733 5.324 -1.590 -30%

Total Rendimentos Operacionais 57.798 27.012 30.785 114%

Gastos Operacionais: 2014 2013 Var. 14/13 %Custo das vendas de lotes de terreno 4.546 134 4.411 3283%Custo da venda de produtos 2 23 -21 -91%Reversão de vendas de terrenos (parcela 3.23) 0 0 0 0%Fornecimentos e Serviços Externos 6.705 8.036 -1.331 -17%Custos com o pessoal (excepto indemnizações) 6.852 8.663 -1.811 -21%Indemnizações com recursos humanos 385 1.992 -1.607 -81%Outros gastos operacionais 690 1.050 -360 -34%Sub-total 2 19.181 19.899 -718 -4%Amortizações 658 697 -40 -6%Reforço de ajustamentos 2.596 4.606 -2.010 -44%Dívidas Incobráveis 85 2.944 -2.859 -97%Perdas por redução de justo valor 12.719 241 12.478 5177%Reforço de Provisões 181 1.379 -1.198 -87%

Total de gastos operacionais 35.419 29.767 5.653 19%

Resultado Operacional 22.378 -2.754 25.133 913%

Resultado Operacional Ajustado [ 1 - 2 ](excluindo reversões, ajustamentos, incobráveis, amort. e provisões)

14.983 -1.797 16.779 934%

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 041

encontra-se parcialmente justificada pelo reconhecimento dos valores relativos a contratos,

com maturidade significativa, que perduram após o prazo previsto para a liquidação da

empresa, nomeadamente os direitos de superfície constituídos sobre o lote do Hotel da Torre

Vasco da Gama e sobre os terrenos onde se encontram as gasolineiras na zona Norte e na

zona Sul do Parque das Nações.

Os gastos operacionais, formados exclusivamente pelos fornecimentos e serviços externos e

gastos com o pessoal diminuíram, em termos homólogos, cerca de 19%.

O resultado operacional registado em 2014 é positivo de 22.378 milhares de euros (2013: -

2.754 milhares de euros).

Os movimentos que justificam o valor dos rendimentos operacionais registos no exercício de

2014, no montante de 57.879 milhares de euros, são os seguintes:

: Venda do lote 3.23.01 pelo valor de 4.704 milhares de euros;

: Rendas relativas a rentabilização de ativos no valor de 1.276 milhares de euros (2013: 2.324

milhares de euros);

: Prestações de serviços de conceção e gestão de projetos de 3.070 milhares de euros

(2013: 3.440 milhares de euros);

: Bilheteira do Oceanário de Lisboa no valor de 9.490 milhares de euros (2013: 8.862 milhares

de euros);

: Na rubrica de outros rendimentos operacionais (15.620 milhares de euros) fundamentado no

reconhecimento de ganhos plurianuais que perduram após o período da liquidação (Torre

Vasco da Gama e lotes de terreno cedidos a terceiros) e nas mais-valias resultantes da

alienação de património edificado (frações do lote 2.15.01);

: Na rubrica de reversão de perdas por imparidade, com valor de 19.901 milhares de euros,

verificam-se os seguintes movimentos:

o Aumento do justo valor do equipamento Oceanário de Lisboa, com a

correspondente reversão do ajustamento, com impacto positivo no

resultado operacional de 16.311 milhares de euros;

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042 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

o Reversão do ajustamento, no valor de 2.265 milhares de euros,

relativo à divida da Imocolumbia pela alienação e recebimento integral

do preço do lote de terreno 3.23.02.

Os movimentos que justificam o valor dos gastos operacionais registos no exercício de 2014,

no montante de 35.419 milhares de euros, são os seguintes:

: Reconhecimento do custo da venda do lote 3.23.01 no valor de 4.546 milhares de euros;

: Os fornecimentos e serviços externos e os gastos com o pessoal não considerando as

indemnizações, somam em 2014 cerca de 13.557 milhares de euros o que representa uma

diminuição em cerca de 3.142 milhares de euros, face ao período homólogo de 2013;

: A rubrica de outros gastos e perdas encontra-se especializado o imposto municipal sobre

imóveis relativo ao exercício de 2014 e o imposto do selo relativo aos terrenos destinados à

construção de habitações e com valor patrimonial superior a 1 milhão de euros;

: As perdas por redução do justo valor, no montante de 12.719 milhares de euros, encontram-

se praticamente justificadas com a redução do valor do direito de superfície do lote do Hotel

da Torre Vasco da Gama e dos terrenos onde se encontram instaladas as duas bombas

gasolineiras do Parque das Nações, também em regime de direito de superfície, na

sequência da derrogação do princípio do acréscimo e reconhecimento do valor dos

respetivos contratos. Adicionalmente, foram reconhecidas perdas por imparidade no

Pavilhão de Portugal (-640 milhares de euros) e nas frações do lote 2.15.01 (-435,6 milhares

de euros).

O resultado operacional ajustado, relativo ao exercício de 2014, que exclui a reversão de

ajustamentos, as perdas por imparidade, as depreciações e as provisões é positivo no valor

de 14.963 milhares de euros.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 043

RESULTADO FINANCEIRO

Em 2014, o Resultado Financeiro regista o decréscimo de cerca de 3,7 milhões de euros face

ao período homólogo de 2013, apresentando o valor negativo de -8.053 milhares de euros.

Na sequência da publicação do decreto-lei n.º 133/2013, de 3 de outubro que estabeleceu os

princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, as empresas públicas não

financeiras do sector empresarial do Estado que apresentem capital próprio negativo, só

podem aceder a financiamento junto de instituições de crédito com autorização prévia da

DGTF. Esta, por sua vez, solícita parecer ao IGCP quanto às condições financeiras propostas

pelas instituições financeiras. Esta obrigação, associada à redução dos indexantes,

estabeleceu um escrutínio muito forte, com o apoio do Estado Português, relativamente às

condições de refinanciamento da dívida e reduziu de forma muito significativamente os juros e

comissões bancárias suportadas, contribuindo decisivamente para a redução dos encargos

financeiros globais.

Rendimentos Financeiros: 2014 2013 Var. 14/13 %

Juros obtidos 278 179 99 55%

Dividendos 0 20 -20 -100%

Total Proveitos Financeiros 278 199 79 40%

Gastos Financeiros: 2014 2013 Var. 14/13 %Juros suportados 7.194 9.802 -2.608 -27%Serviços bancários 172 911 -739 -81%Despesas suportadas c/ Garantias bancárias 18 34 -16 -48%Outros custos e perdas financeiros 948 1.170 -222 -19%Total Custos Financeiros 8.331 11.917 -3.585 -30%

Resultado Financeiro -8.053 -11.717 3.664 31%valores em milhares de euros

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044 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

RESULTADO LÍQUIDO

O Grupo Parque EXPO obteve no exercício de 2014 o Resultado Líquido positivo no valor de

12.078 milhares de euros que compara com o prejuízo de 14.561 milhares de euros, obtido no

exercício anterior.

Resultados 2014 2013 Var. 14/13 %

Operacionais 22.378 -2.754 25.133 913%

Financeiros -8.053 -11.717 3.664 31%

Antes de Impostos 14.325 -14.472 28.797 199%

Imposto sobre o rendimento 2.248 90 2.158 2404%

Líquido 12.078 -14.561 26.639 183%valores em milhares de euros

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 045

IV: DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245.O DO CVM

Nos termos previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários,

a Comissão Liquidatária declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação

constante na documentação de prestação de contas foi elaborada em conformidade com as

normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do

passivo, da situação financeira e dos resultados da Parque EXPO, e que o relatório de gestão

expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade,

contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 047

V: NOTA FINAL

A Comissão Liquidatária entende ser seu dever agradecer:

: ao Governo Português e em particular aos responsáveis do Ministério das Finanças, do

Ministério da Agricultura e do Mar e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e

Energia, a confiança depositada e o apoio demonstrado;

: à Câmara Municipal de Lisboa, o diálogo e espírito de cooperação mantidos;

: aos membros da Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e à Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, a colaboração sempre demonstrada;

: às entidades, públicas e privadas, com quem o Grupo Parque EXPO se relacionou ao longo

de 2014, em particular aos seus clientes, a confiança depositada;

: e aos colaboradores do Grupo Parque EXPO, o profissionalismo, competência, dedicação e

empenho que sempre têm evidenciado.

Lisboa, 26 de junho de 2015

A Comissão Liquidatária

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 049

SEPARADOR 3

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 051

I: DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

Valores expressos em milhares de euros

O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária

Nota 2014 2013ATIVOAtivos não correntes

Ativos fixos tangíveis 7 19.901 58.042Propriedades de investimento 8 1.752 30.960Investimentos em associadas 9 563 536Outros investimentos 299 299Outras contas a receber 12 30.758 42.375

Total dos ativos não correntes 53.273 132.211Ativos correntes

Ativos não correntes detidos para venda 36 69.996 0Inventários 11 9.594 14.885Clientes e outras contas a receber 12 8.808 4.405Outros ativos correntes 13 976 1.452Caixa e equivalentes a caixa 14 13.327 3.817

Total dos ativos correntes 102.701 24.560Total do Ativo 155.974 156.771CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCapital e reservas atribuíveis aos detentores do capital:

Capital social 15 82.642 82.642Reservas 16 636 1.020Prejuízos acumulados 17 -180.669 -167.161

Resultado do Exercício atribuível aos detentores de capital 12.078 -14.561

-85.313 -98.060

Total do Capital Próprio -85.313 -98.060

PASSIVO

Passivos não correntes:Empréstimos 18 24.096 29.619Provisões para outros riscos e encargos 19 4.967 8.519Fornecedores e outras contas a pagar 20 177 194

Total dos passivos não correntes 29.240 38.332Passivos correntes:

Empréstimos 18 155.024 153.585Fornecedores e outros valores a pagar 20 41.459 36.772Impostos 21 2.670 537Outros passivos 22 12.894 25.604

Total dos passivos correntes 212.048 216.499Total do passivo 241.287 254.831Total do Capital Próprio e Passivo 155.974 156.771

RUBRICAS 31 de Dezembro

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 053

II: DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO

Valores expressos em milhares de euros

O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária

2014 2013

Vendas 23 4.707 191Custo das vendas 23 -4.548 -157

159 33Prestações de serviços 24 14.899 16.076Fornecimentos e serviços externos 37 -6.705 -8.036Custos com o pessoal 25 -7.237 -10.655Outros ganhos e (perdas) operacionais líquidos 26 13.783 -2.158Ganhos perdas por alteração de justo valor 27 -12.719 224Efeito líquido das provisões 28 3.552 3.944Depreciações ganhos e (perdas) por imparidade 29 16.647 -2.182

22.219 -2.788Resultado Operacional 22.379 -2.754Ganhos financeiros 278 199Perdas financeiras -8.331 -11.917Resultados financeiros líquidos 30 -8.053 -11.717Resultado antes de imposto sobre lucros 14.325 -14.472Imposto sobre o rendimento do exercício -2.248 -90Resultado líquido do exercício 12.078 -14.561Ganhos / perdas reconhecidas nos Capitais PrópriosRendimento integral consolidado 12.078 -14.561Atribuível a :Detentores de capital 12.078 -14.561Interesses minoritários

12.078 -14.561

RENDIMENTOS E GASTOS NOTASExercício findo em 31 de Dezembro

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 055

III: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO

Valores expressos em milhares de euros

O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária

Capital Social

Outras Reservas

Prejuízos acumulados Total

Interesses Minoritários

Total Capital Próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 82.642 1.158 -168.385 -84.584 0 -84.584Ganhos / (Perdas) reconhecidos diretamente no capital próprio -138 1.224 1.085 1.085Resultado líquido do exercício -14.561 -14.561 -14.561Total de ganhos/perdas reconhecidos em 2013 0 -138 -13.337 -13.476 0 -13.476Saldo em 31 de Dezembro de 2013 15,16,17 82.642 1.020 -181.722 -98.060 0 -98.060

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 82.642 1.020 -181.722 -98.060 0 -98.060Ganhos / (Perdas) reconhecidos diretamente no capital próprio 36 633 669 669Resultado líquido do exercício 12.078 12.078 12.078Total de ganhos/perdas reconhecidos em 2014 0 36 12.711 12.747 0 12.747Saldo em 31 de Dezembro de 2014 15,16,17 82.642 1.056 -169.012 -85.313 0 -85.313

Atribuível a detentores do capital

DESCRIÇÃO Notas

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 057

IV: DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA

Valores expressos em milhares de euros

O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 A Comissão Liquidatária

31 dez 2014 31 dez 2013

Recebimentos de clientes 37.516 24.673 Pagamentos a fornecedores ( 8.905) ( 9.811)Pagamentos ao pessoal ( 3.860) ( 6.590)Pagamentos e recebimentos imposto s/ rendimento ( 1.622) ( 1.816)Outros rec. e pag. relativos a atividade operacional ( 9.374) ( 3.577)

Fluxo da Atividade Operacional 13.755 2.879

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 18 1.700 Ativos fixos tangíveis 0 17.500 Juros e rendimentos similares 4 ( 197)Dividendos recebidos 2.270 1.087 Empréstimos 0 21.835

Pagamentos respeitantes a:Ativos fixos tangíveis ( 278) ( 230)Ativos intangíveis ( 2) ( 39)Investimentos financeiros ( 715) ( 20.535)Outros ativos ( 2.165) ( 0)

Fluxo da Atividade de Investimento ( 869) 21.121

Recebimentos de:Financiamentos 228 ( 792)Outras operações de financiamento 156.864 5.630

Pagamentos de:Financiamentos ( 86.690) ( 26.556)Juros e gastos similares ( 8.824) ( 11.569)Dividendos 0 ( 976)Outros 0 ( 398)

Fluxo da Atividade de Financiamento 61.578 ( 34.662)74.463 ( 10.662)

Efeitos das Diferenças de Câmbio 0 0 Caixa e Equivalentes no Início do Período ( 61.109) ( 48.617)Efeito no saldo inicial das sociedades que sairam do consolidado ( 31) ( 1.830)

14 13.323 ( 61.109)

NOTA PERÍODOS

ATIVIDADE OPERACIONAL

ATIVIDADE DE INVESTIMENTO

ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Caixa e Equivalentes no Fim do Per íodo

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 059

V: NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em 31 de dezembro de 2014 (montantes expressos em milhares de euros, salvo outra

indicação)

1 : INFORMAÇÃO GERAL

De forma a caracterizar o Grupo Parque Expo identificam-se os elementos principais das

empresas que o compõem:

PARQUE EXPO 98, S.A.

A Parque EXPO 98, S.A. (em liquidação), empresa mãe do Grupo, doravante designada por

Empresa ou Parque EXPO, é uma sociedade anónima com o capital social de 82.642 milhares

de Euros detido em 99,78% pelo Estado Português (Direção Geral do Tesouro e Finanças) e o

restante pela Câmara Municipal de Lisboa. A empresa foi constituída pelo Decreto-Lei n.º

88/93, de 23 de março, e tem a sua sede na Av. D. João II, lote 1.07.2.1, no Parque das

Nações, em Lisboa - Portugal. O seu objeto social principal consiste na:

: prestação de serviços nas áreas da promoção da qualidade da vida urbana e da

competitividade do território, designadamente através da conceção e gestão de projetos de

requalificação urbana, ambiental e de património natural ou construído, da reabilitação e

reconversão de áreas urbanas e, em geral, a participação, em moldes compatíveis com a

sua natureza de sociedade comercial, na concretização de projetos públicos com impacte

sobre o território e o seu desenvolvimento económico.

No âmbito do seu objeto social, enquanto instrumento das políticas públicas de ambiente, de

ordenamento e de valorização do território, a Parque EXPO, apoia a administração direta e

indireta do Estado e administração local na implementação daquelas políticas, atuando como

veículo da sua operacionalização, desenvolvendo a sua atividade mediante contratualização

específica a estabelecer com as respetivas entidades, serviços e organismos públicos

independentemente da sua natureza jurídica.

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060 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

A Parque EXPO poderá ainda assegurar a prestação de serviços a entidades privadas, no

âmbito do seu objeto social, desde que os projetos a desenvolver se mostrem compatíveis

com as políticas públicas de ambiente, de ordenamento e de valorização do território

definidas pelo Governo.

A Parque EXPO, poderá também prestar serviços, no âmbito do seu objeto social, fora do

território nacional.

Complementarmente, a Parque EXPO, poderá executar a conceção e operacionalização das

participações do Estado Português em eventos internacionais, em especial nos domínios do

ambiente, do ordenamento e da valorização do território.

No exercício da sua atividade social a sociedade pode constituir outras sociedades e adquirir

ou alienar participações no capital de outras sociedades, mesmo que com objeto social

diferente do seu, carecendo, em qualquer dos casos, de autorização prévia da Assembleia-

Geral sempre que tal envolva uma sociedade em relação à qual exista, ou passe a existir, uma

relação de domínio.

A Sociedade foi dissolvida a 6 de outubro de 2014 produzindo a dissolução efeitos a 30 de

setembro de 2014.

OCEANÁRIO DE LISBOA, S.A.

A Oceanário de Lisboa, S.A., doravante designada por Oceanário de Lisboa, é uma sociedade

anónima com o capital social de 1 milhão de Euros detido em 100% pela Parque EXPO.

A empresa foi constituída em 21 de setembro de 1994 e tem a sua sede na Esplanada D.

Carlos I – Doca dos Olivais, no Parque das Nações, em Lisboa. O seu objeto social principal

consiste na:

: Criação, manutenção e exploração de um complexo de aquários oceânicos, realização de

conferências, estudos e atividades de investigação e desenvolvimento no domínio da

Biologia Marinha e das Ciências do Mar. Faz parte, também, do objeto da sociedade o

desenvolvimento do setor educacional, promovendo cursos e ações específicas de

formação, bem como quaisquer outras atividades conexas ou afins.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 061

PARQUE EXPO – DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO

A Parque Expo Desenvolvimento do Território, S.A., anteriormente designada por Parque Expo

Imobiliária, S.A., é uma sociedade anónima com o capital social de 50 milhares de Euros

detido em 100% pela Parque EXPO.

A empresa foi constituída a 12 de maio de 2004 e tem a sua sede na Av. D. João II, Lote

1.07.2.1, no Parque das Nações, em Lisboa. O seu objeto social principal consiste na:

: prestação de serviços nas áreas da promoção da qualidade da vida urbana e da

competitividade do território, designadamente através da conceção e gestão de projetos de

requalificação urbana, ambiental e de património natural ou construído, da reabilitação e

reconversão de áreas urbanas e, em geral, a participação na concretização de projetos

públicos com impacte sobre o território e o seu desenvolvimento económico.

A empresa não desenvolveu nenhuma atividade no exercício de 2014 prevendo-se a sua

extinção no decurso do exercício de 2015.

MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES, S.A.

A Marina do Parque das Nações – Sociedade Concessionária da Marina do Parque das

Nações, S.A. é uma sociedade anónima com o capital social de 984 milhares de Euros detido

em 99,55% pela Parque EXPO.

A empresa foi constituída em 4 de junho de 1996 e tem a sua sede no Edifício da Capitania da

Marina, Passeio de Neptuno, no Parque das Nações, em Lisboa. O seu objeto social principal

consiste na:

: Promoção da construção do porto de recreio, exploração e manutenção do estabelecimento

da concessão.

PARQUE EXPO – GESTÃO URBANA DO PARQUE DAS

NAÇÕES, S.A.

A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. é uma sociedade anónima com

o capital social de 750 milhares de Euros detido em 100% pela Parque EXPO.

A empresa foi constituída em 9 de julho de 2008 e tem a sua sede na Av. D. João II, Lote

1.07.2.1, no Parque das Nações, em Lisboa. O seu objeto social principal consiste na:

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062 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

: Prestação de serviços de gestão urbana integrada, incluindo a gestão de estruturas e

infraestruturas afetas ao seu património ou cuja exploração lhe tenha sido confiada,

independentemente do respetivo título;

: Prestação de serviços de consultadoria e elaboração de estudos e projetos no domínio da

gestão urbana e realização das operações necessárias ou adequadas aos referidos fins.

: Com referência a 30 de junho de 2014, por decisão acionista, procedeu-se a dissolução,

liquidação e partilha, por integração global do património da sociedade Parque EXPO –

Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. na Parque EXPO 98, S.A.

2 : RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras

consolidadas estão descritas em seguida. Estas políticas foram consistentemente aplicadas

aos anos aqui apresentados, salvo indicação contrária.

Na sequência da intenção de extinguir a Parque EXPO, anunciada em 2011 pelo Governo, na

Assembleia Geral realizada no passado dia 6 de outubro foi aprovada a dissolução e entrada

em liquidação da sociedade, com efeitos reportados a 30 de setembro de 2014.

A Comissão Liquidatária, nomeada para o efeito, deverá concluir a liquidação no prazo

máximo de dois anos, e foi mandatada a:

: Continuar, durante o prazo da liquidação, a atividade da sociedade no que respeita às

operações pendentes no âmbito da conceção e gestão de projetos de requalificação

urbana e ambiental;

: Submeter, no prazo de um mês, um Plano de Liquidação com indicação das atividades a

desenvolver e respetiva calendarização, contemplando as receitas e despesas esperadas e

o saldo de liquidação previsto. Refira-se que o Plano de Liquidação foi submetido aos

acionistas dentro do prazo que foi fixado tendo sido condicionalmente aprovado, na

Assembleia Geral de aprovação do Relatório e Contas reportado à data da dissolução,

realizada a 23 de fevereiro de 2015.

As demonstrações financeiras, preparadas a 31 de dezembro de 2014, incluem os efeitos

decorrentes da decisão de dissolução nomeadamente a derrogação do princípio do

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 063

acréscimo, relativamente às atividades com prazo superior ao período da liquidação, com os

efeitos seguintes nos valores do Ativo, do Passivo e do Capital Próprio:

: TVG (Torre Vasco da Gama): Ativo composto pelos lotes 2.21.01 e 2.21.02,

denominados “Lote do Hotel” e “Lote da Torre”, respetivamente.

: Encontra-se constituído, desde 2007, sobre o “Lote do Hotel”, um direito de

superfície pelo prazo de 99 anos, que se encontra integralmente recebido.

Relativamente ao “Lote da Torre” existe um contrato de cessão de exploração

da Torre Vasco da Gama, celebrado em 2012, pelo período de 30 anos, com

uma renda mensal de 6.000 euros, sendo da responsabilidade da Parque

EXPO, as obras de manutenção da Torre Vasco da Gama até ao valor máximo

de 800.000 euros. Perspetivando os fluxos financeiros decorrentes dos direitos

e obrigações do contrato, verifica-se que o contrato tem valor económico. Em

sede de partilha, este valor deverá ser determinado.

: BP e REPSOL: Foram constituídos em 1998 e 1999 direitos de superfície, sobre

o lote 3.01.02 e sobre a parcela 4.77, onde se encontram a operar as bombas

de combustível da zona Norte e da zona Sul do Parque das Nações, válidos

por 30 anos, a favor da REPSOL e da B.P. Portugal, S.A., respetivamente. Na

constituição dos direitos de superfície a Parque EXPO recebeu na totalidade os

valores negociados.

: Apesar destes terrenos possuírem valor económico que resulta da

possibilidade de lançar novos procedimentos no termo dos contratos atuais,

devido à sua maturidade (2028 e 2029), existe grande incerteza relativamente

aos pressupostos a considerar.

: EVG (Escola Vasco da Gama): Constituído direito de superfície, por 20 anos, a

contar de 1997 através de escritura celebrada em 2002.

TVG BP REPSOL EVG

Ativo -10.858.658 -433.193 -351.486 0 0 -11.643.337

Passivo -10.714.835 -407.408 -330.564 -31.922 -213.372 -11.698.101

Capital próprio -143.823 -25.785 -20.922 31.922 213.372 54.764

DIREITOS DE SUPERFICIETELRUBRICAS TOTAL

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064 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

: TEL (Telecabine de Lisboa): Goodwill pela alienação à Oceanário de Lisboa,

S.A. da participação financeira de 30% na Telecabine de Lisboa com

recebimento no momento da transação.

: Encontrando-se a Parque EXPO formalmente em liquidação verifica-se a

derrogação do principio da continuidade. Neste contexto, o valor dos

diferimentos, que se encontram contabilizados no passivo, foi revertido para

resultados. Por outro lado, a duração dos contratos condiciona fortemente a

determinação do valor atual dos benefícios económicos futuros destes ativos.

Assim, procedeu-se aos ajustamentos necessários de forma a que o seu valor

líquido contabilístico seja nulo.

: As demonstrações financeiras, preparadas a 31 de dezembro de 2014, não

incluem o efeito positivo de algumas medidas descritas no Plano de

Liquidação, nomeadamente as que se encontram relacionadas com o cenário

proposto de revisão do plano de urbanização e avaliação das necessidades de

infraestruturação de terrenos para venda no Parque das Nações.

2.1 : BASE DE PREPARAÇÃO

Os valores apresentados, salvo indicação em contrário, estão expressos em milhares de

euros.

Com as devidas adaptações inerentes ao processo de liquidação da parque EXPO as

demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) adotadas pela União Europeia, emitidas pelo

“International Accounting Standards Board (IASB)” e Interpretações emitidas pelo “International

Financial Reporting Interpretations Committee” (IFRIC), em vigor à data da preparação das

referidas demonstrações financeiras, tal como adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pela convenção do custo

histórico, modificado pela reavaliação de propriedades de investimento e os ativos financeiros

e passivos financeiros são apresentados ao justo valor através de resultados.

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de

estimativas e pressupostos que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 065

como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de relato. Também

requer que os gestores exerçam o seu julgamento no processo de aplicação das políticas

contabilísticas da empresa. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor

conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, os resultados atuais

podem, em última instância, diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau

de julgamento ou complexidade, em que os pressupostos e estimativas sejam significativos

para as demonstrações financeiras, são apresentadas na Nota 4.

As notas seguintes devem ser lidas em conjunto com as políticas contabilísticas adotadas

pelo Grupo Parque Expo de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

2.2 : BASES DE CONSOLIDAÇÃO

SUBSIDIÁRIAS

Subsidiárias são todas as entidades (incluindo Entidades com Finalidades Especiais) sobre as

quais o Grupo tem o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais,

geralmente representado por mais de metade dos direitos de voto. O efeito dos direitos de

voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis é considerado quando se

avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade. As subsidiárias são consolidadas a

partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação

a partir da data em que o controlo cessa.

É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição das subsidiárias. O gasto de

uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital

emitidos e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição mais o gasto diretamente

atribuível à aquisição. O excesso do gasto de aquisição relativamente ao justo valor da

parcela do Grupo dos ativos identificáveis adquiridos é registado como “goodwill”. Se o gasto

de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida a diferença

é reconhecida diretamente na Demonstração dos Resultados.

As transações internas, saldos e ganhos realizados em transações entre empresas do grupo

são anuladas. Se e quando aplicável, as perdas realizadas são também eliminadas, exceto se

a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido. As políticas

contabilísticas das subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir

consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

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066 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

ASSOCIADAS

Associadas são todas as entidades sobre as quais o grupo exerce influência significativa mas

não possui controlo, geralmente com participações entre 20% e 50% dos direitos de voto. Os

investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial e

são inicialmente reconhecidos pelo seu custo.

A participação do Grupo nos ganhos e perdas das suas associadas após a aquisição é

reconhecida na Demonstração dos Resultados e a quota-parte nos movimentos das reservas

após a aquisição é reconhecida em reservas, por contrapartida do valor contabilístico do

investimento financeiro. Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou

ultrapassa o seu investimento na associada, incluindo contas a receber não cobertas por

garantias, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais exceto se tiver incorrido em

obrigações ou efetuado pagamentos em nome da associada.

Os ganhos realizados em transações com as associadas são eliminados na extensão da

participação do Grupo nas associadas. Se e quando aplicável, as perdas realizadas são

também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem

transferido. As políticas contabilísticas de associadas são alteradas, sempre que necessário,

de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

2.3 : RELATO POR SEGMENTOS

Um segmento de negócio é um grupo de ativos e operações envolvidos no fornecimento de

produtos ou serviços sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros segmentos de

negócio. Um segmento geográfico está envolvido em fornecer produtos ou serviços num

ambiente económico particular que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos

segmentos que operam em outros ambientes económicos. A Parque EXPO privilegiou a

apresentação da informação com base na identificação dos segmentos de negócio em que

atua e não com base na segmentação geográfica.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 067

2.4 : CONVERSÃO CAMBIAL

MOEDA FUNCIONAL E DE APRESENTAÇÃO

As Demonstrações Financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a

moeda funcional e de apresentação do Grupo. As demonstrações financeiras, incluindo as

Notas às contas, são apresentadas em milhares de euros.

TRANSAÇÕES E SALDOS

As transações em moedas diferentes do Euro são convertidas em moeda funcional utilizando

as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da

liquidação das transações e da conversão pela taxa de câmbio, dos ativos e dos passivos

monetários, denominados em moeda diferente do Euro, são reconhecidos na Demonstração

dos Resultados à data do balanço.

2.5 : ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

O ativo fixo tangível do Grupo Parque Expo compreende:

: Terrenos e recursos naturais – inclui todos os terrenos com património edificado.

: Edifícios e outras construções – inclui os edifícios construídos que servem de apoio às

atividades comerciais e de lazer do Parque das Nações. Estes ativos foram inicialmente

registados ao valor histórico de aquisição ou construção, incluindo os gastos diretos,

indiretos e financeiros que lhes foram atribuídos durante o respetivo período de construção.

Os edifícios e outras construções encontram-se mensurados ao justo valor.

Os demais ativos fixos tangíveis, com exceção do mobiliário, são apresentados ao custo

histórico deduzido das respetivas depreciações. O custo histórico inclui todos os gastos

diretamente atribuíveis à aquisição dos bens. No que respeita ao mobiliário é apresentado ao

justo valor de acordo com o modelo da revalorização adotado em 2013.

Os gastos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como

ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios

económicos fluirão para a empresa e o gasto possa ser mensurado com fiabilidade. Os

demais gastos com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período

em que são incursos.

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068 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

A depreciação dos outros ativos é calculada pelo método das quotas constantes em função

da sua vida útil estimada, como segue:

2.6 : IMPARIDADE DE ATIVOS

Os ativos que não têm uma vida útil finita não estão sujeitos a amortização, mas são objeto de

testes de imparidade anuais. Os ativos sujeitos a amortização são revistos quanto à

imparidade sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor

pelo qual se encontram registados possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é

reconhecida pelo montante do excesso da quantia registada do ativo face ao seu valor

recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo menos os

gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade os ativos

são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de

caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa).

2.7 : PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

O Grupo classifica as propriedades detidas para arrendamento a longo prazo ou valorização

imobiliária, ou ambas, e que não são utilizadas pelas empresas do perímetro de consolidação

como propriedades de investimento. As propriedades de investimento compreendem terrenos

e edifícios livres e são valorizadas inicialmente ao custo, incluindo todos os dispêndios

diretamente atribuíveis à sua aquisição ou construção. Após o reconhecimento inicial, as

propriedades de investimento são valorizadas de acordo com o justo valor. O justo valor é

baseado em valores de mercado ajustados, se necessário, para refletir qualquer diferença na

natureza, localização ou condição do ativo específico.

Para informação que não esteja disponível, o Grupo utiliza métodos de avaliação alternativos

tais como modelos de fluxos de caixa descontados. Estas avaliações são revistas sempre que

as condições subjacentes se tenham alterado materialmente.

Descrição n.º de anos

Edíficios e outras construções 50

Equipamento de transporte 4

Equipamento básico 8 a 50

Equipamento administrativo 4

Outras imobilizações 8

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 069

O justo valor das propriedades de investimento reflete, entre outras coisas, os rendimentos

provenientes de rendas resultantes de alugueres em vigor e pressupostos acerca de rendas

futuras, tomando em conta condições de mercado correntes. O justo valor também reflete

numa base semelhante os exfluxos financeiros que podem ser expectáveis a respeito de cada

propriedade.

Gastos subsequentes acrescem ao ativo somente quando é provável que benefícios

económicos futuros fluam para o Grupo e que o valor do item possa ser mensurado com

fiabilidade. Todos os gastos com a manutenção e reparação são registados na demonstração

dos resultados no período em que são incorridos.

Alterações do justo valor são registadas na demonstração dos resultados.

Se uma propriedade de investimento é ocupada pelo proprietário esta é reclassificada para

ativos fixos tangíveis e o seu justo valor à data de reclassificação passa a ser o seu gasto para

efeitos contabilísticos. Se a ocupação pelo proprietário for considerada insignificante a sua

classificação é mantida para efeitos de propriedade de investimento.

2.8 : ATIVOS FINANCEIROS:

Os ativos financeiros são classificados nas categorias que abaixo se descrevem. A

classificação depende do objetivo de aquisição dos ativos e é determinada no momento do

reconhecimento inicial (data de negociação – “trade date”), sendo reavaliada nos períodos de

relato financeiro subsequente.

2.8.1 : ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação que são adquiridos com o

objetivo principal de serem transacionadas no curto prazo; e (ii) os ativos financeiros

designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações

reconhecidas em resultados.

Nesta categoria integram-se os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade

de cobertura. As alterações de justo valor são reconhecidas diretamente em resultados do

exercício, na rubrica de rendimentos financeiros. Estes ativos são classificados como ativos

correntes se forem detidos para venda ou se for expectável a sua realização num período de

12 meses, após a data do balanço.

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070 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

2.8.2 : EMPRÉSTIMOS E CONTAS A RECEBER

Correspondem ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determinados para

os quais não existe um mercado de cotações ativo. Os empréstimos e contas a receber são

registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente pelo valor amortizado, com base

na taxa de juro efetiva, deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Quando os valores são recuperáveis para além do prazo normal de recebimento e não

vencem juros, procede-se ao respetivo desconto, tendo por base o risco inerente a cada um

dos créditos, sendo a diferença para o valor nominal registada em resultados do exercício.

São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que o

Grupo Parque Expo não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com

os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade

são utilizados indicadores como:

: Análise de incumprimento;

: Incumprimento há mais de 6 meses;

: Dificuldades financeiras do devedor;

: Probabilidade de falência do devedor.

Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam

objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a

ser tratados como novos créditos.

2.8.3 : ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

São ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e

maturidades definidas, para as quais existe a intenção e capacidade de deter até à

maturidade. Estes ativos são valorizados ao custo amortizado, com base na taxa de juro

efetiva deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

3.8.4 : ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) a empresa tem

intenção de manter por tempo indeterminado; (ii) são designados como disponíveis para

venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (iii) não se enquadram nas categorias

acima referidas.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 071

Os ativos disponíveis para venda são registados ao justo valor sendo as respetivas variações

de justo valor reconhecidas diretamente no capital próprio, na rubrica de “Reserva de justo

valor”, até que os ativos sejam alienados ou seja identificada uma perda por imparidade,

momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas

é transferido para resultados.

Quando os ativos financeiros disponíveis para venda, detidos pela empresa, não têm cotação

de mercado ou não existam empresas comparáveis em mercado ativo, são registados ao

custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

2.9 : GASTOS DE FINANCIAMENTO

Os encargos financeiros (juros) relacionados com o financiamento para a aquisição dos

terrenos, instalações e equipamentos, localizados na zona de intervenção da EXPO ’98, que

eram propriedade das empresas petrolíferas foram diretamente imputados ao valor nominal

dessas aquisições.

Os restantes encargos financeiros (juros e outros encargos de natureza similar) suportados

com o financiamento para as despesas da EXPO ’98 e respetiva gestão foram capitalizados

proporcionalmente, em cada exercício, ao acréscimo anual de cada rubrica do investimento.

Após a realização da EXPO ’98 os encargos financeiros passaram a ser considerados em

gastos do exercício.

2.10 : INVENTÁRIOS

O Grupo classifica como inventários os terrenos e as frações autónomas para revenda,

valorizados inicialmente ao custo de aquisição, acrescido dos gastos diretos, encargos

financeiros e dos gastos indiretos que lhe foram atribuídos até à entrada na fase da

exploração, acrescidos dos gastos estimados relativos às obras de infraestruturas a realizar.

Subsequentemente estes ativos são valorizados ao menor dos valores, de custo de

aquisição/construção e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização é o preço

de venda estimado em condições normais de mercado, deduzido dos gastos de reconversão

e venda.

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072 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

2.11 : CONTAS A RECEBER DE CLIENTES E OUTROS DEVEDORES As contas a receber de clientes e outros devedores são registadas pelo valor nominal

deduzido de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas via ajustamentos, para que

reflitam o valor realizável líquido. Quando os valores são recebíveis para além do prazo normal

de recebimento e não vencem juros, procede-se ao respetivo desconto, tendo por base o

risco inerente a cada um dos créditos, sendo a diferença para o valor nominal registada em

resultados do exercício.

2.12 : CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de

curto prazo de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses e descobertos

bancários. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na

rubrica Empréstimos – passivos correntes.

2.13 : CAPITAL SOCIAL

O Capital Social da sociedade Parque EXPO, no valor de 82 642 250 euros, encontra-se

integralmente realizado e está representado por 330.569.000 ações com o valor nominal de 25

cêntimos cada.

2.14 : EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao valor nominal.

Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um

direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data

do Balanço, sendo neste caso classificado no passivo não corrente, como de Médio e Longo

Prazo.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 073

2.15 : IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento inclui o imposto corrente e o imposto diferido. O imposto

corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em

conformidade com a legislação fiscal à data de Balanço. O imposto diferido é calculado com

base na responsabilidade de Balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação.

Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor

no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.

São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que

serão gerados lucros fiscais futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos

diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável

que os mesmo possam ser utilizados.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se

resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto

diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16 : PROVISÕES

As provisões para reclamações judiciais são reconhecidas quando: i) o Grupo tem uma

obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados; ii) seja provável

que um exfluxo de recursos será necessário para liquidar a obrigação e possa ser efetuada

uma estimativa fiável do montante da obrigação. Não são reconhecidas provisões para

perdas operacionais futuras.

2.17 : RECONHECIMENTO DO RÉDITO

O rédito compreende o justo valor da venda de propriedades, rendas, prestação de serviços

especializados e vendas de bilheteira, líquido de descontos e após eliminação das vendas

internas. O rédito é reconhecido como segue:

: Vendas: As vendas referem-se à alienação de terrenos. A venda é reconhecida quando

existem contratos e perspetivas seguras da sua realização e efetuado o pagamento, por

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074 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

parte dos promitentes-compradores, de montantes expressivos que praticamente

inviabilizem a reversão do negócio.

: Prestação de serviços: Os rendimentos resultantes das prestações de serviços são

reconhecidos quando são efetivamente prestados e respeitam essencialmente à prestação

de serviços de gestão de projetos, aluguer de espaços, bilheteira bem como às rendas e

concessões relativas às propriedades de investimento que o Grupo detém.

: Rendimentos de Imóveis: Os rendimentos de imóveis são reconhecidos no período

contabilístico em que as rendas se referem, sendo os valores das rendas recebidas

antecipadamente diferidas para o período a que respeitam.

2.18 : LOCAÇÕES

As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos

riscos e benefícios inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos efetuados em

locações operacionais são refletidos na Demonstração de Resultados.

No caso dos contratos de locação financeira, os ativos fixos tangíveis financiados mediante

contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são

contabilizadas pelo método financeiro, pelo que o respetivo valor e as correspondentes

responsabilidades estão reconhecidos no Balanço. Consequentemente, as amortizações

daqueles bens e os juros incluídos no valor das rendas são registados nos resultados do

exercício a que respeitam. As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo

menor valor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da

locação. Cada pagamento efetuado é segregado entre o passivo em dívida e o encargo

financeiro, de forma a obter-se uma taxa constante sobre a dívida em aberto. As obrigações

da locação, líquidas de encargos financeiros, são incluídas em Fornecedores e outros valores

a pagar. A parcela dos juros é levada a gastos financeiros no período da locação de forma a

produzir uma taxa constante periódica de juros sobre a dívida remanescente em cada

período.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 075

2.19 : SUBSÍDIOS

Os subsídios recebidos pelo Grupo são reconhecidos na situação líquida, quando a atribuição

e pagamento dos mesmos é virtualmente certa. O seu reconhecimento em resultados está

diretamente relacionado com o reconhecimento da realização ou imparidade do ativo

subjacente ao subsídio.

2.20 : JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo,

o preço de mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado ativo são utilizadas

técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de

mercado.

2.21 : PASSIVOS FINANCEIROS

A IAS 39 – Instrumentos financeiros, reconhecimento e mensuração, prevê a classificação dos

passivos financeiros em duas categorias:

: Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados

: Outros passivos financeiros

Os passivos financeiros ao justo valor por via de resultados incluem passivos não derivados

com o objetivo de venda no curto prazo e os instrumentos financeiros derivados que não

qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da

alteração de justo valor de passivos mensurados ao justo valor através de resultados, são

reconhecidos nos resultados do período. Os outros passivos financeiros incluem Empréstimos

obtidos (Nota 2.14) e Fornecedores e outros valores a pagar. Os fornecedores e outros

valores a pagar são reconhecidos inicialmente ao justo valor e subsequentemente são

mensurados ao custo amortizado de acordo com a taxa de juro efetiva.

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076 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

2.22 : ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

No contexto da liquidação da Parque EXPO a quantia escriturada relativa aos imóveis

Oceanário de Lisboa, Pavilhão de Portugal e frações do lote 2.15.01 (zona de restauração da

frente ribeirinha) será recuperada fundamentalmente através de uma transação de venda e

não pelo seu uso continuado. Assim, sem prejuízo da valorização destes ativos pelo justo

valor nos termos do parágrafo 5 da NCRF 8, procedeu-se à transferência do valor destes

imóveis para a conta de ativos não correntes detidos para venda. Refira-se que em abril de

2015 o Oceanário de Lisboa foi alienado ao Estado Português pelo valor de 54,2 milhões de

euros suportado mediante uma avaliação externa por entidade independente.

3 : GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

3.1 : FATORES DO RISCO FINANCEIRO

As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores de riscos financeiros: risco

de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo

efetua a gestão do risco através da análise dos mercados financeiros, procurando minimizar

os potenciais efeitos adversos na sua performance financeira.

A gestão do risco é conduzida pela Direção Financeira sob políticas definidas pela

Administração. A Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo

e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso

de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados.

RISCO DE CRÉDITO (a)

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas

suas obrigações contratuais, resultando em perda financeira.

Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil

de risco do cliente; ii) o prazo médio de recebimento; e iii) a condição financeira do cliente.

A seguinte tabela representa a exposição máxima do Grupo a risco de crédito a 31 de

dezembro de 2013 e de 2014. Não existem colaterais ou outras melhorias de crédito

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 077

associados. Para ativos no Balanço, a exposição definida é baseada na sua quantia

escriturada como reportada na face do Balanço.

RISCO DE LIQUIDEZ (b)

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção a um nível suficiente de caixa e depósitos

bancários, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante

adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado.

Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a Tesouraria do Grupo pretende

manter a flexibilidade da dívida flutuante.

A tabela seguinte apresenta as responsabilidades do Grupo Parque Expo por intervalos de

maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa

contratuais não descontados a pagar no futuro, incluindo os juros a que estão a ser

remunerados estes passivos.

2014 2013

Caixa e equivalentes de caixa 13.327 3.817

Clientes e outros valores a receber 8.808 4.405Outros ativos correntes 976 1.452

Outros valores a receber 30.758 42.375

Exposições fora do Balanço:

Garantias financeiras recebidas 2.191 2.710A 31 de Dezembro 56.060 54.759

DescriçãoExposição máxima

Empréstimos obtidos Menos de 1 ano Entre 2 e 5 anos Mais de 5 anos

Empréstimo Obrigacionista 5.475 10.319 0

Obras de recuperação da Marina 635 4.453 10.234

Subsídio ao Inv. reembolsável (Marina) 102 153 0

Empréstimo DGTF (*) 67.807 82.796 0

Fornecedores e outros valores a pagar 41.459 177 031 de Dezembro de 2014 115.479 97.898 10.234

(*) - O valor a curto prazo corresponde às dações em pagamento dos imóveis Oceanário de Lisboa e Pavilhão de Portugal

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078 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

RISCO DE FLUXOS DE CAIXA ASSOCIADO À TAXA DE JURO (c)

O risco da taxa de juro do Grupo advém dos empréstimos emitidos com taxas variáveis que

expõem o Grupo ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro.

A incerteza dos mercados financeiros, comprometem o recurso a instrumentos financeiros de

cobertura de risco de taxa de juro.

3.2 : GESTÃO DE CAPITAL

O objetivo do Grupo Parque Expo em relação à gestão de capital, que é um conceito mais

amplo do que o capital relevado no Balanço, é salvaguardar a continuidade das operações do

Grupo, até à conclusão do objeto para o qual foi constituído.

A política de financiamento do projeto do Parque das Nações foi concretizada mediante a

contratação de empréstimos com entidades financeiras para o financiamento das obras de

requalificação e dinamização imobiliária. Encontram-se praticamente terminados os

investimentos mais significativos decorrendo o reembolso dos financiamentos obtidos

mediante a obtenção das receitas geradas pelo projeto.

3.3 : ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA DA IAS 39 As políticas contabilísticas para instrumentos financeiros, de acordo com a IAS 39 e conforme

referido nas notas 2.8 e 2.21, foram aplicadas aos seguintes ativos e passivos financeiros:

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 079

4 : ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E JULGAMENTOS

A preparação de demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo

efetue julgamentos e estimativas que afetam os montantes de rendimentos, gastos, ativos e

passivos divulgados à data do balanço.

Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão do Grupo, baseados na

melhor informação de eventos presentes (em alguns casos em relatos de peritos

independentes) e nas ações que a empresa considera poder vir a desenvolver no futuro.

Todavia, na data de concretização das operações, os resultados das mesmas poderão ser

diferentes destas estimativas.

As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um

ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são

apresentadas abaixo:

IMPARIDADE DE ATIVOS (a)

O Grupo testa o valor recuperável dos ativos sempre que existem indícios de imparidade. O

cálculo do valor recuperável é efetuado ao nível mais baixo das unidades geradoras de caixa,

determinadas com base no cálculo do valor de uso.

Créditos e valores a

receber

Ativos financeiros

disponíveis para venda

Outros passivos financeiros

Ativos e passivos não

financeiros

Ativos:

Caixa e equivalentes de caixa 13.327 0 0 0

Clientes e outros valores a receber 8.808 0 0 0

Outros ativos correntes 852 0 0 0

Ativos financeiros disponíveis para venda 69.996 0 0 0

Total dos ativos financeiros a 31/Dez/14 92.983 0 0 0

Passivos:

Empréstimos obtidos 0 0 155.024 0

Fornecedores e outros valores a pagar 0 0 41.459 0

Outros passivos 0 0 10.353 0

Total dos passivos financeiros a 31/Dez/14 0 0 206.837 0

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080 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

ESTIMATIVA DO JUSTO VALOR DAS PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO (b)

A melhor evidência de justo valor é o preço corrente de um mercado ativo para ativos

semelhantes. Não existindo esta informação, o justo valor é baseado em valores de mercado

ajustados, se necessário, para refletir qualquer diferença na natureza, localização ou condição

do ativo específico ou ainda na aplicação de modelos de avaliação alternativos tais como

modelos de fluxos de caixa descontados. Para a tomada de decisão, o Grupo considera

diferentes fontes de informação como:

: Preços correntes de mercado, para propriedades de investimento, com natureza, condição

ou localização diferente, ajustados para refletir essas diferenças;

: Preços recentes de propriedades semelhantes integradas em mercados menos ativos,

ajustados para refletir qualquer alteração nas condições económicas que tenham ocorrido

desde a data da transação; e

: Valor descontado dos fluxos de caixa projetados, apurados com base em estimativas fiáveis

de fluxos de caixa futuros resultantes: dos termos de qualquer locação ou contrato existente;

das rendas de mercado cobradas para propriedades semelhantes em termos de localização

e condição; e utilizando uma taxa de desconto que reflete a avaliação do mercado quanto à

incerteza do valor dos fluxos de caixa.

5 : EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, respetivas sedes e proporção do capital detido em

31 de dezembro de 2014, são as seguintes:

14.12.31 13.12.31 14.12.31 13.12.31Parque EXPO 98, S.A. (1) Av D. João II, Lt 1,07,2,1 - Lisboa Integral 100,00% 100,00% 139.169 141.805

Oceanário de Lisboa, S.A.Esplanada D.Carlos I, Doca dos Olivais Lx Integral 100,00% 100,00% 6.084 6.318

Parque Expo Desenvolvimento do Território, S.A. (2) Av D. João II, Lt 1,07,2,1 Lisboa Integral 100,00% 100,00% 31 33Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. (3) Av D. João II, Lt 1,07,2,1 - Lisboa - 0,00% 100,00% - 128

Marina do Parque das Nações, S.A.Edifício da Capitania da Marina do Parque das Nações Integral 99,56% 99,56% 18.914 18.893

GIL - Gare Intermodal de Lisboa, S.A. (4)Av. D. João II, Lote 1.07.15, Est. do Oriente - 0,00% 49,00% - 75.806

Telecabine de Lisboa, Lda (5)Passeio das Tágides - Estação Norte Eq. Patrimonial 30,00% 30,00% 2.140 1.933

(1) - Empresa mãe(2) - Sem atividade em 2014(3) - Extinta a 30/06/2014(4) - Alienação da participação financeira à REFER(5) - Valor de Balanço a 31/12/2014

VALOR BALANÇO (2)FIRMA SEDE SOCIAL MÉTODO

% CAPITAL DETIDO

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 081

6 : INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS No exercício de 2014 foram identificados os seguintes segmentos de negócio:

: Prospeção, Conceção e Gestão de Projetos de Requalificação Urbana (abreviadamente

designado por gestão de projetos);

: Gestão do Território: Inclui a venda de terrenos, os arrendamentos, as concessões, a gestão

de edifícios, construção de ramais, os estacionamentos e a gestão de infraestruturas de

transportes no Parque das Nações;

: Equipamentos de lazer: Encontram-se neste segmento de negócio o Oceanário de Lisboa na

sua componente cultural, educacional e de lazer e a Marina do Parque das Nações.

: A Gestão do Território (Parque das Nações) regista ainda um peso expressivo na atividade do

Grupo Parque EXPO conforme se pode concluir pela análise dos quadros seguintes:

Total

2014 2013 2012 (*) 2014 2013 2012 (*) 2014 2013 2012 (*) 2014 2013 2014 2013 2012 (*)

Ganhos 33.739 9.212 15.882 1.844 3.667 4.272 11.486 12.810 17.110 10.972 558 58.041 26.247 38.013

Perdas 21.960 7.003 15.988 2.798 4.230 4.200 3.921 13.011 13.681 11.404 6.144 40.084 30.389 40.659

Resultado do Segmento 11.778 2.210 -106 -954 -564 72 7.564 -202 3.429 -431 -5.586 17.957 -4.142 -2.646

Juros não alocados -3.631 -10.330 -3.631 -10.330 -11.726

Imposto s/ rendimento -2.248 -90 -2.248 -90 -130

Interesses minoritários 0 0 0 0

Resultado liquído do exercício 11.778 2.210 -106 -954 -564 72 7.564 -202 3.429 -6.311 -16.006 12.078 -14.562 -14.502

Ativos:

Ativos fixos tangíveis 2.942 3.336 4.231 16.959 54.705 74.526 19.901 58.042 78.758

Propriedades de investimento 1.752 30.960 30.736 1.752 30.960 30.736

Investimentos em associadas e outros 862 835 840 862 835 840

Ativos por impostos diferidos 0 0 0 0 63

Outros valores a receber não correntes 30.758 42.375 44.679 30.758 42.375 44.679

Ativos não correntes detidos para venda 15.796 54.200 69.996 0 0

Inventários 9.594 14.885 15.017 0 0 9.594 14.885 15.017

Clientes e outros valores a receber t

8.808 4.170 11.385 235 389 8.808 4.405 11.774

Outros ativos correntes 976 1.451 2.770 1 81 976 1.452 2.850

Caixa e equivalentes a caixa 13.327 3.542 2.232 275 1.676 13.327 3.817 3.909

Total do Ativo 84.815 101.554 111.891 0 0 0 71.159 55.217 76.672 0 0 155.974 156.771 188.626

Passivos:

Passivos do segmento 241.287 231.235 247.969 23.597 25.241 241.287 254.831 273.210

Passivos não alocados 0 0 0

Total do Passivo 241.287 231.235 247.969 0 0 0 0 23.597 25.241 0 0 241.287 254.831 273.210

Gestão do TerritórioNão

alocadosGestão de Projetos

Equipamentosde Lazer

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082 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

Discriminação dos ganhos e perdas registados em 2013 e 2014:

7 : ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Vendas 4.704 159 0 0 3 32 0 0 4.707 191

Custo das vendas -4.546 -134 0 0 -2 -23 0 0 -4.548 -157

Margem bruta venda de terrenos 158 25 0 0 1 9 0 0 159 33

Prestações de Serviços 33 119 1.323 3.445 10.801 12.425 2.742 87 14.899 16.076

Fornecimentos e serviços externos -447 -908 -306 -370 -1.802 -6.153 -4.150 -605 -6.705 -8.036

Custos com o pessoal -736 -2.193 -2.389 -3.569 -395 -2.214 -3.716 -2.680 -7.237 -10.656

Outros ganhos e perdas operacionais líquidos 11.413 -2.371 1.997 -4 -383 119 836 97 13.863 -2.158

10.263 -5.352 625 -498 8.220 4.177 -4.288 -3.101 14.820 -4.774

Alteração de justo valor (prop.Investimento) -12.719 0 0 0 0 0 0 224 -12.719 224

Efeito liquido das provisões 0 5.236 0 0 0 -513 3.552 -779 3.552 3.944

Depreciações, ganhos (perdas) p/imparidade 18.320 3.388 -1.579 -57 -499 -3.584 404 -1.930 16.646 -2.182

Resultado do segmento 16.022 3.297 -954 -555 7.722 90 -332 -5.586 22.459 -2.754

Juros (efeito liquido) -4.244 -1.088 0 -9 -159 -291 -3.651 -10.330 -8.053 -11.717

Imposto s/ rendimento 0 0 0 0 0 0 -2.248 -90 -2.248 -90

Interesses minoritários 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Resultado liquído do exercício 11.778 2.210 -954 -564 7.564 -202 -6.230 -16.005 12.158 -14.561

Gestão do Território Conceção e Gestão de Projetos

Equip. de Lazer Não alocados Total

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equip. básico

Equip. de transporte

Equipamento administrativo

Outras ativos fixos

tangíveis

Investimentos em curso

Adiant. p/conta de ativos fixos

tangíveis

Total

2013

Valor líquido inicial 8.824 65.723 3.565 22 431 0 192 0 78.758

Revalorizações 0 0 0 0 53 0 0 0 53

Adições 0 -16 50 45 13 0 155 0 247

Alienações e abates -6.343 -11.157 -411 1 -17 0 0 0 -17.927

Transferências 0 86 3 1 0 0 -90 0 0

(Perdas) Ganhos por imparidade 0 -2.392 0 0 0 0 0 0 -2.392

Depreciação exercício 0 0 -626 -9 -62 0 0 0 -697

Valor líquido final 2013 2.481 52.245 2.580 61 418 0 256 0 58.042

Custo 2.481 89.850 7.753 428 2.854 75 256 0 103.699

Depreciação acumulada 0 -37.605 -5.172 -368 -2.437 -75 0 0 -45.657

2014

Valor líquido inicial 2.481 52.245 2.580 61 418 0 256 0 58.042

Revalorizações 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Adições 0 143 37 28 176 0 390 0 775

Alienações e abates 0 0 -58 0 -106 0 0 0 -164

Transferências -2.481 -51.719 0 0 -26 0 -178 0 -54.404

(Perdas) Ganhos por imparidade 0 16.311 0 0 0 0 0 0 16.311

Depreciação exercício 0 0 -573 -24 -61 0 0 0 -658

Valor líquido final 2014 0 16.980 1.987 65 401 0 468 0 19.901

Custo 0 54.585 7.732 457 2.898 75 468 0 66.216

Depreciação acumulada 0 -37.605 -5.746 -391 -2.497 -75 0 0 -46.314

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 083

Detalhe dos ativos fixos tangíveis:

Na Assembleia Geral Extraordinária que aprovou as contas à data da dissolução, realizada em

23 de fevereiro de 2015, o acionista Estado votou favoravelmente a proposta de Plano de

Liquidação, na condição designadamente do Oceanário de Lisboa (incluindo equipamento e

participação societária) ter um tratamento autónomo atendendo à sua relevância e

complexidade, de acordo com os termos e condições que viessem a ser definidos pelo titular

da função acionista do Estado.

Os contactos entretanto estabelecidos tendentes à definição de tais condições autorizaram a

Comissão Liquidatária da Parque EXPO a promover em abril de 2015 a dação em pagamento,

do equipamento “Oceanário de Lisboa” pelo valor de 54,2 milhões de euros, para

regularização parcial da dívida perante o Estado resultante da execução de garantia ao

empréstimo obrigacionista e amortização parcial do empréstimo concedido pelo Estado.

Neste contexto, procedeu-se em 31 de dezembro de 2014, à reversão de parte do

ajustamento do equipamento no valor aproximado de 16,3 milhões de euros, registado na

rubrica de propriedades de investimento e à transferência do respetivo valor para a rubrica de

ativos não correntes detidos para venda.

Descrição Terreno Edifício Valor Bruto Amort AcPerdas por imparidade

Reavaliações

Reclassificações

Valor Liquido

Oceanário de Lisboa 2.481 74.806 77.287 13.871 25.526 16.311 -54.200 0

Gare Intermodal de Lisboa 0 0 0 0 0 0 0 0

Marina do Parque das Nações 0 21.040 21.040 1.027 3.055 0 0 16.959

Infraestruturas da Telecabine 0 2.417 2.417 777 1.640 0 0 0

Clube do Mar 0 201 201 25 177 0 0 0

Olivais Velho 0 88 88 11 56 0 0 21

Porta do Tejo 181 0 181 0 181 0 0 0

Torre da Refinaria 424 0 424 0 424 0 0 0

Totais 3.085 98.552 101.637 15.710 31.058 16.311 -54.200 16.980

2014

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084 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

8 : PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 o detalhe do justo valor por imóvel é o seguinte:

Procedeu-se à reclassificação do Pavilhão de Portugal, cuja dação em cumprimento ao

Estado Português ocorreu em 26 de maio de 2015, pelo valor de 12.985 milhares de euros e

das frações do lote 2.15.01, para a rubrica de ativos não correntes detidos para venda.

Descrição Terreno Edifício Valor Terreno Edifício Valor

Pavilhão de Portugal 0 0 0 1.040 13.460 14.500

Torre Vasco da Gama 0 0 0 559 10.299 10.859

Fracções do lote 2.15.01 0 0 0 3.121 0 3.121

Palácio dos Suíços 0 807 807 0 807 807

Parra & Mendonça 0 323 323 0 323 323

Edificio Chepsi 0 225 225 0 190 190

Terreno das Bombas da BP 0 0 0 433 0 433

Terreno das Bombas da Repsol 0 0 0 351 0 351

Terreno da Escola Vasco da Gama 0 0 0 0 0 0

Porto de Recreio 0 0 0 0 0 0

Parque estacionamento Tágides 0 125 125 0 125 125

Parque estacionamento do Oceanário 0 250 250 0 250 250

Lugar de estacionamento 0 13 13 0 0 0

Arrecadação 0 9 9 0 0 0

Outros 0 0 0 0 0 0

Totais 0 1.752 1.752 5.506 25.454 30.960

2014 2013

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 085

9 : INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E OUTROS INVESTIMENTOS

10 : ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e

correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para

a segurança social). Deste modo, as declarações fiscais das empresas que fazem parte do

consolidado dos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão.

As Administrações das empresas que integram o consolidado entendem que as eventuais

correções resultantes de revisão / inspeção por parte das autoridades fiscais àquelas

declarações não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de

dezembro de 2014. Nas sociedades que fazem parte do consolidado foram reconhecidos

impostos diferidos no valor de 91 m€.

Associadas: Observ. % 2014 2013 Variação

Telecabine de Lisboa (1) 30,00% 563 519 44

Pólo das Nações (1) 30,00% 0 17 -17

Subtotal 563 536 27

Outros investimentos:

Climaespaço 3,64% 299 299 0

Totais 862 835 27

(1) - É utilizado o método de equivalência patrimonial

2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Telecabine de Lisboa (1) 563 1.933 44 78 8 1.855 528 473 30,00%

Pólo das Nações (2) 0 58 0 0 0 58 0 -2 30,00%

Outros Investimentos:

Climaespaço 36.031 39.620 28.721 32.848 7.309 6.772 627 1.140 5,75%(1) - No encerramento de contas foram utilizadas as demonstrações financeiras de Dezembro de 2014

(2) - Extinta em 31/12/2013

Associadas:%

ResultadosCapital PróprioPassivoAtivo

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086 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

11 : INVENTÁRIOS A rubrica de inventários descrimina-se da seguinte forma:

Em 2014 procedeu-se à celebração do contrato de promessa de compra e venda relativo ao

lote 3.23.01 pelo valor de 4.704 milhares de euros.

Na sequência do processo de avaliação externa dos ativos imobiliários verificou-se, a

necessidade de reconhecer uma perda por imparidade no valor de 689 milhares de euros,

relativamente ao terreno de Vale do Forno.

É convicção da Comissão Liquidatária que os valores dos ativos inscritos no Balanço, na

rubrica de inventários, são inferiores ao seu valor realizável líquido.

12 : CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER

A rubrica de Outros Devedores (correntes e não correntes) inclui essencialmente valores a

receber da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação Parque Atlântico, líquidos de perdas

por imparidade, de acordo com o quadro seguinte:

Descrição 2014 2013 Variação

Terrenos no PP1 846 846 0Terrenos no PP3 1.989 6.535 -4.546Terrenos no PP4 0 0 0Terrenos no PP5 1.633 1.633 0Terrenos no PP6 3.623 3.623 0Vale do Forno - Parcela 145 1.500 2.189 -689Frações 0 57 -57Produtos 2 2 0Totais 9.594 14.885 -5.291

Não correntes Correntes Não correntes Correntes

Clientes 0 5.625 0 3.775

Imposto a recuperar 0 341 0 366

Adiantamentos a fornecedores 0 86 0 3

Cauções prestadas no âmbito de processos judiciais (IGFEJ) 0 2.497 0 0

Suprimentos efetaudos na Climaespaço 0 260 0 0

Outros Devedores 30.758 0 42.375 260

Totais 30.758 8.808 42.375 4.405

2014 2013

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 087

DIVIDA DA AUTARQUIA DE LISBOA:

Em 16/09/2009 foi celebrado o 1º aditamento, ao acordo financeiro celebrado em 2005, no

valor de 26,2 milhões de euros (valor liquido de receitas: 20,7 milhões de euros), nos

seguintes termos e condições:

: pagamento da dívida em 30 prestações semestrais, as duas primeiras nos monatntes de

904 milhares de euros e de 2.012 milhares de euros e as restantes, com o valor unitário de

829 milhares de euros, devidas a 15 de março e 15 de setembro de cada ano;

: incidência de juros contados dia a dia à taxa Euribor a 12 meses;

: pelo pagamento de qualquer prestação em mora, incidência de juros mediante o acréscimo

da sobretaxa de 2% ao ano;

: possibilidade da Parque EXPO ceder a terceiros, total ou parcialmente, o montante da

dívida.

No âmbito deste acordo a Câmara Municipal de Lisboa pagou até dezembro de 2014 as oito

prestações semestrais, no valor global de 6,4 milhões de euros.

Na sequência do memorando de entendimento celebrado com o Estado Português a Cãmara

Municipal de Lisboa aprovou, em março de 2013, o 2º aditamento ao acordo financeiro

celebrado em 2005, no valor de 42,8 milhões de euros, com o seguinte plano de pagamento:

Descrição 2014 2013 Variação

Câmara Municipal de Lisboa 27.163 38.820 -11.657

Câmara Municipal de Loures 0 0 0

Associação Parque Atlântico 3.595 3.555 40

REFER 0 0 0

Metropolitano de Lisboa 0 0 0

Outros 0 260 -260

Totais 30.758 42.635 -11.877

CM Lisboavalor inicial

valores pagos

valores em dívida

1º Aditamento (*) 20.673 6.376 14.297

2º Aditamento (*) 42.821 30.000 12.821Terrenos com infraestruturas urbanas 44 0 44

Total 63.538 36.376 27.163

(*) - ao acordo financeiro celebrado em 2005

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088 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

: Uma prestação de 9 milhões de euros no prazo máximo de 5 dias após o visto do Tribunal

de Contas;

: Uma prestação de 6 milhões de euros até 20 dias após o primeiro pagamento;

: Cinco prestações semestrais e consecutivas, de 5 milhões de euros cada, sendo a primeira

no dia 15 de setembro de 2013;

: A última prestação, no valor aproximado de 2,8 milhões de euros, em 15 de maio de 2016.

A Parque EXPO recebeu em 2012, através de um adiantamento da Direção Geral de Tesouro

e Finanças, as duas primeiras prestações, no valor global de 15 milhões de euros. Em 2013,

após formalização do contrato com a Autarquia a Parque EXPO recebeu a 3º prestação, no

valor de 5 milhões de euros, e deu quitação, a favor da Câmara de Lisboa, das duas primeiras

prestações. Em 2014 recebeu a 4º e 5º prestações no valor global de 10 milhões de euros.

CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES

Na ausência de uma acordo financeiro para estabelecer as condições de pagamento das

verbas relativas à atividade de gestão urbana, desenvolvida pela Parque EXPO no período

compreendido entre janeiro de 2000 e agosto de 2008 e pela sua participada Parque Expo

Gestão Urbana do Parque das Nações, no período compreendido entre Agosto de 2008 e

novembro de 2012, assim como os gastos com acessibilidades suportados no âmbito do

projeto urbano, a Parque EXPO ajustou a totalidade o valor suportado.

Com a extinção da sociedade Parque Expo Gestão Urbana do Parque das Nações, com efeito

a 30 de junho de 2014, os valores suportados por aquela participada que se encontravam

totalmente ajustados, foram integrados na sociedade Parque EXPO. Adicionalmente,

procedeu-se ao abate e redução do ajustamento de 2.125 milhares de euros conforme se

encontra descrito na nota 9 do anexo.

Assim, o valor das despesas de gestão urbana, suportadas por conta da Autarquia de Loures,

encontram-se integralmente ajustadas e ascendem a cerca de 33 milhões de euros (valor sem

IVA e sem juros).

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 089

13 : OUTROS ATIVOS CORRENTES

14 : CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Caixa e equivalentes de caixa apresentam os seguintes valores na demonstração de fluxos de

caixa:

15 : CAPITAL SOCIAL O Capital Social da sociedade Parque EXPO no montante de 82 642 250 euros, representado

por 330.569.000 ações ordinárias com valor ao par de 0,25 euros por ação. O capital

encontra-se subscrito pelo Estado Português em 99,78% sendo a parte restante detida pelo

Município de Lisboa.

Descrição 2014 2013 Variação

Diferimentos 124 128 -4

Outros devedores 852 1.324 -472

Totais 976 1.452 -476

Descrição 2014 2013 Variação

Caixa 2.176 51 2.125

Depósitos à ordem 1.503 458 1.045

Depósitos a prazo 9.649 3.309 6.340

Outras aplicações financeiras 0 0 0

Total 1 13.327 3.817 9.510

Descobertos bancários (Nota 19) -4 -64.926 64.922

Total 2 -4 -64.926 64.922

Total 1 + 2 13.323 -61.109 74.432

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090 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

16 : RESERVA LEGAL E EXCEDENTE DE REVALORIZAÇÃO

Em conformidade com a legislação nacional o valor da reserva legal não pode ser distribuído,

podendo ser utilizado na cobertura de prejuízos ou para aumento do capital.

17 : PREJUÍZOS ACUMULADOS

18 : EMPRÉSTIMOS

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS EMPRÉSTIMOS:

Empréstimos por obrigações:

Em 2014 procedeu-se ao pagamento de 4.920 milhares de euros correspondente à terceira e

quarta prestações da dívida relativas à 1.ª emissão do empréstimo obrigacionista. Desta

Descrição 2014 2013 Variação

Reserva Legal 534 744 -210

Excedente de revalorização 102 276 -174

Totais 636 1.020 -384

Descrição 2014 2013 Variação

Prejuízos acumulados -180.669 -167.161 -13.508

Resultado do Exercício (*) 12.078 -14.561 26.639

Totais -168.592 -181.722 13.131

(*) - Atribuível aos detentores do Capital

CorrentesNão

CorrentesTotal % Correntes

Não Correntes

Total %

Empréstimo Obrigacionista 4.920 9.841 14.761 33% 4.920 14.761 19.682 25%

Empréstimo DGTF 149.600 0 149.600 100% 0 0 0

Descoberto bancário 4 0 4 100% 63.547 0 63.547 100%

Obras de recuperação da MPN 500 14.000 14.500 3% 0 14.500 14.500 0%

Subsídio reembolsável 0 256 256 0% 0 358 358 0%

Totais 155.024 24.096 179.121 87% 153.585 29.619 183.205 84%

Marina

DescriçãoSociedade

Parque EXPO

20132014

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 091

forma, em 31 de dezembro de 2014, as principais condições e taxas de juro do empréstimo

por obrigações resumem-se da seguinte forma:

Modalidade: 2ª emissão de obrigações à taxa variável, por subscrição particular e direta;

Valor em dívida: 14.761 milhares de euros com as seguintes condições:

: Taxa de juro: a taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é variável e

igual à “Euribor a 6 meses” cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data

de início de cada período de juros, adicionada de 4,1%. Os juros são postecipados, pagos

semestralmente, a 19 de maio e a 19 de novembro de cada ano;

: Reembolso: o reembolso do valor das Obrigações será efetuado em 10 prestações

semestrais, iguais e consecutivas. A primeira venceu-se a 19 maio 2013. O reembolso

antecipado poderá ser efetuado por parte do emitente (Call Option), total ou parcialmente,

neste último caso por redução do valor nominal.

Empréstimo da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF):

Na sequência da integração da Parque EXPO no setor das administrações públicas, nos

termos do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, a DGTF concedeu à Parque

EXPO, em novembro de 2014, um empréstimo de médio/longo prazo no valor de 149.600

milhares de euros, com as seguintes condições de financiamento:

: Taxa de juro: a determinar em função do custo de financiamento da República Portuguesa

na data de cada utilização de fundos (a fixar pelo IGCP). Os juros são postecipados, pagos

semestralmente, a 31 de maio e a 30 de novembro de cada ano e término na data do

reembolso final a ocorrer até 30 de setembro de 2016;

: Reembolso: Até 30 de setembro de 2016;

Este montante, destinou-se a liquidar na totalidade o financiamento bancário da Parque EXPO

sem aval do Estado.

Empréstimo para as obras de recuperação da Marina do Parque das Nações:

Também em 2007 foi celebrado um contrato de empréstimo no valor de 14.500 milhares de

euros para o financiamento do investimento necessário para operacionalizar a Marina do

Parque das Nações. O montante do empréstimo será reembolsado em 15 prestações

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092 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

semestrais iguais e sucessivas, após um período de carência de capital de 7 anos, vencendo-

se a primeira em 2015.

Os empréstimos estão negociados a taxas variáveis pelo que o valor contabilístico se

aproxima do justo valor.

19 : PROVISÕES

Em 2014 destaca-se a redução da provisão, no valor de 3.733 milhares de euros, para

processos judiciais em curso, devido fundamentalmente ao desfecho favorável dos processos

movidos pela City Windows e pela Moncresta;

20 : FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 2014 a rubrica denominada de “Outros” tem a seguinte decomposição:

Descrição Saldo Inicial Aumento Redução Saldo final Saldo Inicial Aumento Redução Saldo final

Provisões para processos judiciais em curso 4.243 53 3.733 563 8.099 453 4.309 4.243

Provisões para contratos de trabalho 4.266 128 0 4.394 4.469 927 1.129 4.266

Outras 10 10 10 0 0 10

Totais 8.519 181 3.733 4.966 12.577 1.379 5.438 8.519

20132014

Descrição Passivos não Correntes

Passivos Correntes

Total Passivos não Correntes

Passivos Correntes

Total

Fornecedores - Conta corrente 0 1.100 1.100 0 1.116 1.116

Fornecedores de imobilizado 0 1.475 1.475 0 1.147 1.147

Adiantamentos por conta de vendas 0 525 525 0 525 525

Adiantamentos de clientes 0 0 0 0 0 0

Fornecedores - Faturas em receção e conferência 0 436 436 0 658 658

Outros 177 37.922 38.099 194 33.326 33.520

Totais 177 41.459 41.636 194 36.772 36.966

2014 2013

Descrição Passivos não Correntes

Passivos Correntes

Total

Estado Português - Direção Geral do Tesouro e Finanças (1) 0 36.558 36.558

Sagestamo 0 1.072 1.072

Outros 177 292 469

Totais 177 37.922 38.099

(1) - Execução do aval s/ o empréstimo obrigacionista

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 093

21 : IMPOSTOS

Na sequência da decisão de dissolução da Parque EXPO a empresa foi excluída da Regime

Especial de Tributação do Grupos de Sociedades e perdeu o reporte de prejuízos fiscais

gerados nesse regime especial de tributação. Este facto, associado ao apuramento de lucro

tributável no exercício de 2014, origina que a empresa seja tributada em IRC, embora

provisoriamente, no valor aproximado de 1.641 milhares de euros. Acresce a este valor o

montante de 464 milhares de euros provenientes do lucro tributável apurado na Oceanário de

Lisboa, S.A.

22 : OUTROS PASSIVOS

Em exercícios anteriores foi efetuada uma estimativa dos gastos a incorrer com a realização

de infraestruturas para finalizar o projeto do Parque das Nações. Esta estimativa foi reavaliada

em 2014 e considera-se ajustada aos valores a realizar para finalizar o projeto.

Saldo Devedor

Saldo Credor

Saldo Devedor

Saldo Credor

Imposto sobre o rendimento 199 2.105 319 54

Retenção na fonte de IR 0 219 0 116

Imposto sobre o valor acrescentado 141 212 39 225

Imposto do Selo 0 1 0 5

Contribuições para a Segurança Social 0 132 8 137

Totais 341 2.670 366 537

Descrição20132014

Descrição 2014 2013 2012 (*) Variação

Credores por acréscimos de gastos:

Infra-estruturação do Parque das Nações 9.226 9.240 9.782 -541

Gastos operacionais correntes 144 147 143 4

Encargos financeiros a liquidar 172 930 1.019 -89

Encargos com o pessoal 811 799 686 113

Total 1 10.353 11.116 11.629 -514

Rendimentos a reconhecer:

Direitos de superfície (1) 0 11.685 11.926 -241

Faturação corrente 2.450 2.702 3.373 -672

Impostos diferidos 91 102 0 102

Total 2 2.541 14.488 15.299 -811

Totais 12.894 25.604 26.928 -1.325

(1) Torre Vasco da Gama, Bombas da BP e Repsol e Escola Vasco da Gama(2) Projectos: Wi-Fi, Vai Vem e Marina do Parque das Nações

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094 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

23 : VENDAS E CUSTO DAS VENDAS Em 2013 e em 2014 registaram-se as seguintes vendas:

24 : PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS Nas prestações de serviços verificou-se a seguinte evolução de 2013 para 2014:

Custo Venda Margem Custo Venda Margem

Terrenos e frações 4.546 4.704 158 134 159 25

Produtos 2 3 1 23 32 9

Totais 4.548 4.707 159 157 191 33

Descrição20132014

Descrição 2014 2013 Variação

Conceção e Gestão de Projectos 3.070 3.440 -370

Arrendamentos e serviços de condomínio 241 243 -3

Concessões 973 994 -21

Parques de estacionamento 34 15 19

Bilheteira 9.490 8.840 650

Aluguer de espaços 62 1.087 -1.025

Serviços de intermediação e de ticketing 0 91 -91

Serviços associados atividades nauticas 408 398 10

Fornecimento de água 0 0 0

Patrocínios 100 126 -26

Direitos de ligação a redes de RSU 0 14 -14

Outros 520 826 -306

Totais 14.899 16.076 -1.177

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 095

25 : GASTOS COM O PESSOAL

26 : OUTROS GANHOS E PERDAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS

27 : GANHOS PERDAS POR ALTERAÇÃO DE JUSTO VALOR Em 2014 as variações do justo valor das propriedades de investimento foram registadas em

ganhos e perdas do exercício de acordo com os seguintes valores:

Descrição 2014 2013 Variação

Remunerações dos órgãos sociais 445 449 -4

Remunerações do pessoal 5.026 6.454 -1.428

Encargos sobre remunerações 1.130 1.467 -338

Indemnizações por recisão de contratos de trabalho 385 1.992 -1.607

Outros custos com o pessoal 252 293 -41

Totais 7.237 10.655 -3.418

Descrição 2014 2013 Variação

Outros ganhos operacionais:

Correções relativas a exercícios anteriores 293 456 -163

Subsídios à exploração 0 62 -62

Outros ganhos operacionais 14.265 1.317 12.947

Total 1 14.557 1.836 12.722

Outras perdas operacionais:

Perdas na alienação de ativos fixos -58 -9 -48

Impostos -405 -437 32

Dívidas incobráveis -85 -2.944 2.859

Outras perdas operacionais -227 -604 376

Total 2 -775 -3.994 3.219

Outros ganhos e perdas operacionais liquidas 13.783 -2.158 15.941

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096 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

28 : EFEITO LÍQUIDO DAS PROVISÕES

29 : DEPRECIAÇÕES, GANHOS E PERDAS POR IMPARIDADE

Em 2014 verificou-se a reversão de imparidade relativamente ao valor recuperável dos

seguintes ativos (ver Nota 7):

Ganhos e perdas justo valor 2014 2013

Torre Vasco da Gama -10.859 -185

Direitos de superficie sobre terrenos -785 -56

Pavilhão de Portugal -640 0

Frações do Lote 2.15.01 -436 465

Parque de estacionamento das Tágides 0 0

Totais -12.719 224

Aumento ReduçãoEfeito

LiquidoAumento Redução

Efeito Liquido

Processos judiciais em curso 53 3.733 3.680 453 4.194 3.742

Rescisão de contratos de trabalho 128 0 -128 927 1.129 203

Outras 0 0 0 0 0 0

Totais 181 3.733 3.552 1.379 5.324 3.944

Descrição20132014

Descrição 2014 2013 Variação

Reversão de imparidade 19.901 3.121 16.779

Depreciações -658 -697 40

Perdas por imparidade -2.596 -4.606 2.010

Totais 16.647 -2.182 18.829

Reversão de perdas imparidade 2014 2013 Variação

AFT - Oceanário de Lisboa 16.311 0 16.311

Clientes e outros valores a receber 3.590 3.121 469

Totais 19.901 3.121 16.779

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 097

No mesmo período verificaram-se as seguintes perdas por imparidade:

30 : RESULTADOS FINANCEIROS – LÍQUIDOS

31 : TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O Grupo é controlado pelo Estado Português que detém 99,78% do capital da empresa mãe

sendo o restante detido pela Câmara Municipal de Lisboa. Relativamente às transações

ocorridas com partes relacionadas ver o capítulo VII do Relatório de Governo Societário. Em

relação ao saldo devedor da Câmara Municipal de Lisboa e saldo credor da Direcção-Geral

do Tesouro e Finanças ver notas 12, 18 e 20, respetivamente.

Perdas por imparidade 2014 2013 Variação

Clientes e outros valores a receber 1.908 2.214 -306

Invesntários 689 0 689

AFT - Marina do Parque das Nações 0 395 -395

AFT - Oceanário de Lisboa 0 1.997 -1.997

Totais 2.596 4.606 -2.010

Descrição 2014 2013 Variação

Juros liquidos -6.915 -9.622 2.707

Diferenças de câmbio -1 -10 9

Serviços bancários -172 -911 739

Garantias bancárias -18 -34 16

Outros ganhos liquidos -947 -1.140 193

Resultados financeiros líquidos -8.053 -11.717 3.664

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098 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

32 : COMPROMISSOS, CONTINGÊNCIAS E GARANTIAS PRESTADAS As garantias prestadas ascendiam em 31 de dezembro de 2014 a 1.902 milhares de Euros

(2013: 16 m€), sendo:

Decorrente de processos judiciais em curso contra o Grupo Parque EXPO existe uma

responsabilidade contingente de cerca de 4.441 milhares de euros (2013: 12.798 milhares de

euros) correspondente aos valores dos pedidos de terceiros por ações em curso.

Com o único objetivo de evitar o pagamento das penalidades, no valor de 2.172 milhares de

euros, relativas a atrasos na edificação (sanções contratualmente suportadas a título de

cláusula penal), a Moncresta intentou em 2008 uma ação judicial contra a Parque EXPO no

valor de 7.146 milhares de euros. Em 18.04.2012 a Parque Expo 98, S.A. foi notificada da

interrupção da instância por inércia da Autora. Verificou-se assim, naquela altura, a

interrupção da instância, nos termos do art.º 285 do C.P.C. que estava em vigor à data da

notificação, e porque decorreu o prazo de um ano sem que a Moncresta, por negligência,

tivesse promovido os termos do processo que lhe competiam. Entretanto, com o decurso de

mais de 3 anos sobre aquela notificação (ou seja, mais de quatro após o início da

interrupção), a ação já se encontra deserta (art.º 281º, nº 1, do C.P.C. em vigor, que,

inclusivamente, reduziu drasticamente o prazo para esta situação) o que conduziu à extinção

da instância (art.º 277º, al. c), do C.P.C. em vigor), acrescido da ausência de promoção de

qualquer termo por parte da própria administradora da insolvente que pudesse eventualmente

interromper aquele prazo.

É convicção da Administração da Empresa que caso os processos em curso resultem em

responsabilidades para o Grupo Parque EXPO, estas, a ocorrer, serão em valor

significativamente inferior aos valores das ações, pelo que se considera que a provisão

existente, no montante aproximado de 0,6 milhões de euros, está constituída segundo

exigentes critérios de prudência.

Descrição 2014 2013

Hospital das Descobertas, SA 1.411 0Imoretalho 78 0AICEP 397 0Câmara Municipal de Lisboa 16 16

Totais 1.902 16

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 099

Na sequência da decisão de dissolução da Parque EXPO encontra-se contabilizada uma

provisão para indemnizações no valor aproximado a 4,4 milhões de euros.

Em 31 de dezembro de 2014 o montante do aval prestado pelo Estado à Sociedade ascendia

a 14.761.337 euros (2013: 19.681.783 euros) e incidia sobre a 2ª emissão do empréstimo

obrigacionista.

33 : ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Em 08 de Abril de 2015 e em 25 de maio de 2015 ocorreram os autos de dações em

cumprimento ao Estado Português dos imóveis Oceanário de Lisboa e Pavilhão de Portugal

pelos valores de 54.200 milhares de euros e 12.985 milhares de euros, respetivamente que

amortizaram as dívidas resultantes da execução do aval e juros ao empréstimo obrigacionista

e amortização parcial do empréstimo de médio/longo prazo contraído com a DGTF.

Em abril de 2015 o Estado Português celebrou com a Oceanário de Lisboa, S.A. um contrato

de concessão, pelo prazo de 30 anos, com o pagamento inicial de 10 milhões de euros e uma

componente financeira anual de 1,3 milhões de euros sujeita a atualização e uma componente

variável de 5% sobre as receitas da concessão.

Em junho de 2015 a sociedade Parque EXPO emitiu o relatório final de avaliação das

propostas para a alienação, em bloco, da totalidade do capital social da sociedade Oceanário

de Lisboa, S.A. que propõe a venda da participação financeira, pelo valor de 24 milhões de

euros, à sociedade Francisco Manuel dos Santos, SGPS, S.A..

34 : DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS

Pela natureza pública do seu capital a Parque EXPO integra o setor empresarial do Estado,

estando sujeita ao regime júridico estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de

outubro, que estabelece os principios e regras aplicáveis ao Sector Público Empresarial,

incluindo as bases gerais do estatuto das empresas públicas.

Por integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas a Parque EXPO está sujeita à

Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro (Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso) que

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0100 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

define as regras aplicáveis à assunção de compromissos e aos pagamentos em atraso das

entidades publicas.

A sua gestão está submetida aos princípios de bom governo definidos na Resolução do

Conselho de Ministros n.º 49/2007, publicada em 28 de Março. Em termos de orientação

estratégica a gestão da Parque EXPO segue as orientações globais para o setor empresarial

do Estado aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 70/2008, de 22 de abril, e

as orientações específicas aprovadas pelo acionista em Assembleia Geral.

Os gestores da Parque EXPO estão abrangidos pelo Estatuto do Gestor Público aprovado

pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março.

Por ser emitente de valores transacionáveis em mercado regulamentado, a atividade da

empresa está sujeita ao cumprimento das disposições aplicáveis do Código dos Valores

Mobiliários e dos regulamentos específicos da Comissão do Mercado de valores Mobiliários

(CMVM), em especial no que respeita a questões relacionadas com divulgação de informação

económica e financeira e transparência da gestão.

Enquanto sociedade anónima, a Parque EXPO está sujeita ao Código das Sociedades

Comerciais. Nestes termos e acordo com o artigo 397.º do Código das Sociedades

Comerciais a Parque EXPO declara que:

: Não concedeu empréstimos, não efetuou pagamentos de despesas pessoais, não prestou

garantias nem facultou adiantamentos aos seus Administradores Liquidatários;

: Não foram celebrados quaisquer contratos entre a Sociedade e os seus Administradores

Liquidatários, diretamente ou por pessoa interposta.

OUTRAS OBRIGAÇÕES LEGAIS

A Parque EXPO 98, S. A. (em liquidação) tem a sua situação regularizada perante a Direção

Geral dos Impostos e perante a Segurança Social.

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 0101

35 : ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Na sequência dos respetivos processos de intenção de alienação foram reclassificados e

mensurados pelo justo valor os seguintes imóveis:

DescriçãoValor liquido

inicialAumentos Alienações Transferências Abates

Valor Liquido final

Oceanário de Lisboa 0 0 0 54.200 0 54.200

Pavilhão de Portugal 0 0 0 13.860 0 13.860

Lote 2.15.01 (restaurantes) 0 0 0 1.936 0 1.936

Totais 0 0 0 69.996 0 69.996

De 01 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014

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0102 : RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014

36 : FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Lisboa, 26 de junho de 2015

O Técnico Oficial de Contas

Fernando Jorge Rodrigues Antunes

(TOC n.º 35356)

A Comissão Liquidatária

Rubricas 2014 2013 2013/2014

Serviços especializados 1.666 1.587 79

Publicidade e propaganda 85 75 10

Vigilância e segurança 374 467 -94

Honorários 303 386 -83

Conservação e reparação 1.240 1.815 -575

Material de escritório 13 14 -2

Electricidade 1.141 1.374 -234

Combustíveis 103 106 -3

Água 85 108 -24

Deslocações e estadas 93 74 20

Rendas e alugueres 589 917 -329

Comunicação 84 106 -22

Seguros 140 179 -39

Contencioso e notariado 55 17 37

Despesas de representação 5 10 -6

Limpeza, higiene e conforto 313 345 -32

Outros 420 456 -36

Total 6.705 8.036 -1.331

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 0103

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA

Separador

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 2014 : 0105

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

Separado