relatÓrio de execuÇÃo do orÇamento do estado...2. o orçamento do estado de 2016, aprovado...
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS
RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO
ORÇAMENTO DO ESTADO
ANO 2016 JANEIRO A MARÇO
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015
Indice
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 5
2. POLÍTICA ORÇAMENTAL ...................................................................................................................... 7
3. GESTÃO ORÇAMENTAL ....................................................................................................................... 8
4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO .......................................................................................... 9
4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL .................................................................................................................. 9
4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS ........................................................................................................... 11
4.2.1. RECEITAS DO ESTADO ...................................................................................................................... 11
4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE ............................................................................................................ 18
4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA .................................................................................................................. 20
4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS .................................................................................................... 20
4.3.2. DESPESAS DE FUNCIONAMENTO ..................................................................................................... 21
4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO ............................................................................................................ 27
4.3.4. TRANSFERÊNCIAS ÀS COMUNIDADES .............................................................................................. 33
4.3.5. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................... 34
4.3.6. DESPESAS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ..................................................................... 36
4.3.7 DESPESAS POR PRIORIDADES E PILARES ......................................................................................... 37
4.3.8 DESPESAS NOS SECTORES ECONÓMICOS E SOCIAIS ....................................................................... 38
4.4 GARANTIAS E AVALES ........................................................................................................................... 39
TABELAS Tabela 1 – Resumo das alterações orçamentais ............................................................................................8
Tabela 2 – Equilíbrio orçamental ....................................................................................................................9
Tabela 3 – Receitas do Estado ..................................................................................................................... 13
Tabela 4 – Receitas de dividendos ............................................................................................................... 15
Tabela 5 – Receitas de concessões ............................................................................................................. 16
Tabela 6 – Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões .............................. 16
Tabela 7 – Contribuição dos mega-projectos ............................................................................................... 17
Tabela 8 – Reembolsos em Impostos sobre o Rendimento ......................................................................... 17
Tabela 9 - Rembolsos em Impostos sobre o Valor Acrescentado………………………….…………………...18
Tabela 10 – Desembolsos de financiamento externo ................................................................................... 18
Tabela 11 – Financiamento do défice ........................................................................................................... 19
Tabela 12 – Movimento de fundos externos que transitam pela CUT ......................................................... 20
Tabela 13 – Despesas totais por âmbitos ..................................................................................................... 20
Tabela 14 – Despesas de funcionamento, segundo a classificação económica………………………..... ..... 21
Tabela 15 – Despesas de funcionamento cabimentada, liquidada e paga ................................................... 24
Tabela 16 – Despesas de funcionamento por âmbito e fonte de recursos ................................................... 25
Tabela 17– Despesas de funcionamento por âmbitos .................................................................................. 26
Tabela 18– Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por âmbitos....................... ....... 27
Tabela 19 – Despesas de investimento, segundo a origem e modalidade de financiamento ....................... 28
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Tabela 20– Componente externa de investimento por origem e modalidade de financiamento ................... 29
Tabela 21– .. Despesas de investimento por âmbito e fonte de recursos………………………………………30
Tabela 22 – Componente interna de investimento por âmbitos .................................................................... 31
Tabela 23– Componente interna de investimento cabimentada, liquidada e paga, por âmbitos .................. 32
Tabela 24– Componente externa de investimento por âmbitos .................................................................... 33
Tabela 25 – Transferências às comunidades ............................................................................................... 34
Tabela 26– Operações financeiras segundo a classificação económica ...................................................... 35
Tabela 27– Empréstimos por acordos de retrocessão ................................................................................. 35
Tabela 28– Amortização da Dívida Pública .................................................................................................. 36
Tabela 29 – Despesas segundo a classificação funcional ............................................................................ 36
Tabela 30 – Despesas por prioridades e pilares .......................................................................................... 37
Tabela 31 – Despesas nos sectores económicos e sociais .......................................................................... 38
GRÁFICOS Gráfico 1 – Estrutura da mobilização de recursos ....................................................................................... 10
Gráfico 2 – Estrutura da aplicação de recursos ........................................................................................... 10
Gráfico 3 – Estrutura das receitas do Estado ............................................................................................... 16
Gráfico 4 – Estrutura da despesa de funcionamento .................................................................................... 25
Gráfico 5 – Estrutura das despesas de investimento.................................................................................... 29
Gráfico 6 – Estrutura das despesas dos sectores prioritários ....................................................................... 39
MAPAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Mapas Globais Mapa I – Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão Mapa I-1 – Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão – Antigo Classificador Económico da Receita Mapa I-1-1 – Receitas Próprias previstas e cobradas Mapa II – Desembolsos/Entradas de Financiamento Externo Mapa II-1 – Desembolso dos Fundos Comuns Mapa II-2 – Financiamento do Défice, segundo a classificação económica Mapa III-1 – Resumo da Despesa Total, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação
orçamental Mapa III-2 – Despesas do Estado segundo a classificação funcional, em comparação com a dotação orçamental Mapa III-3 – Despesas nos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação com a
dotação orçamental
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Mapas das Despesas de Funcionamento Mapa IV-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação
orçamental - âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-1-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com a
dotação orçamental – âmbito provincial Mapa IV-1-2 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com a
dotação orçamental – âmbito distrital Mapa IV-1-3 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com a
dotação orçamental – âmbito autárquico Mapa IV-2 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações económica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental – âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-4 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em
comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial, distrital e autárquico
Mapas das Despesas de Investimento Mapa V-1 – Despesas de Investimento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação
orçamental - âmbitos central, provincial e distrital Mapa V-1-1 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-2 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial, em
comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-3 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial –
âmbito distrital Mapa V-1-4 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial –
âmbito distrital Mapa V-2 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo as classificações orgânica e fonte de
recursos , em comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial e distrital Mapa V-4 – Despesas da componente externa do investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de
recursos e por projectos, em comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial e distrital
Mapa de Operações Financeiras
Mapa VI – Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental
ANEXOS INFORMATIVOS Anexo Informativo 1 – Cobrança do Crédito Mal Parado do Banco Austral Anexo Informativo 2 – Movimento dos Créditos do Estado Anexo Informativo 3 – Participações Financeiras do Estado Anexo Informativo 4 – Alterações Orçamentais
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GLOSSÁRIO
Adiantamento de Fundos é a concessão de fundos aos órgãos e instituições que não executam os respectivos
orçamentos por via directa, para a realização das despesas programadas para um determinado período;
Adiantamento de Fundos por Operações de Tesouraria é a concessão de fundos para a realização de despesas
de carácter urgente e inadiável, quando não seja possível liquidá-las de imediato;
Contravalores Consignados a Projectos correspondem aos valores dos fundos externos utilizados para a
realização de projectos de investimento inscritos no Orçamento do Estado;
Contravalores não Consignados são os valores dos donativos e créditos externos transferidos para a Conta Única
do Tesouro;
Despesa Cabimentada é o valor da dotação orçamental comprometido para fazer face a uma determinada despesa;
Despesa Liquidada é a despesa efectuada pelo valor definitivo, com a devida classificação orçamental desagregada;
IVA Liquido é o valor do Iva Bruto deduzido dos respectivos reembolsos;
Orçamento Inicial é o limite da dotação orçamental aprovado pela Assembleia da República através da Lei n.º
9/2015, de 29 de Dezembro;
Orçamento Actualizado é o limite da dotação orçamental actualizada pelo Governo, com base nas competências
atribuídas através do artigo 8 da Lei n.º 9/2015, de 29 de Dezembro;
Serviço da Dívida é o valor destinado ao pagamento de capital e encargos da dívida. No caso da dívida externa, o
valor difere do efectivamente pago pelo Banco de Moçambique, na medida em que este retém numa conta bancária
os valores transferidos da Conta Única do Tesouro para o efeito, utilizando-os na medida do exigido pelo processo de
pagamento no exterior, operação que implica compra de moeda externa, transferência, recepção da confirmação de
pagamento, etc.
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1. INTRODUÇÃO
A Execução Orçamental do primeiro trimestre do presente ano foi influênciada pelo desempenho negativo
registado no exercício económico anterior motivado por factores internos e externos de vária ordem, com
destaque para a instabilidade político militar, factores naturais e económicos, que prevalecem até ao presente
período com tendências ao agravamento, nomeadamente:
A nível interno, os primeiros meses do corrente ano foram marcados por estiagem na zona Sul do país e uma
parte da zona centro, bem como inundações numa parte da zona Centro e do Norte do país, afectando a base
produtiva no sector agro-pecuária. Adicionalmente, houve alocação de recursos para o atendimento das
situações daí resultantes, tais como, a assistência às populações afectadas e reposição de infra-estruturas
destruídas; e
A nível externo regista-se a queda dos preços dos produtos de exportação, o abrandamento das maiores
economias, redução do investimento directo estrangeiro, diminuição e atraso dos desembolsos dos Parceiros de
Cooperação Internacinal, devido a conjuntura interna nos respectivos Países.
A conjuntura acima referida, aliado a subida do endividamento, afecta a capaciade produtiva do País e da
arrecadação da Receita para o financiamento do Orçamento do Estado aprovado para o corrente ano e em
particular para o trimestre em análise.
1. O presente Relatório apresenta a execução do Orçamento do Estado e o resultado da actividade financeira no
período de Janeiro a Março de 2016, nos termos estabelecidos pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria
o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) e pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, que
aprova o Regulamento do SISTAFE.
2. O Orçamento do Estado de 2016, aprovado através da Lei n.º 9/2015, de 29 de Dezembro, estabelece como
principais metas a cobrança de receitas do Estado no valor de 176.409,2 milhões de Meticais, a execução das
Despesas do Estado no montante de 246.070,4 milhões de Meticais, resultando um Défice Orçamental de
69.661,3 milhões de Meticais.
3. A execução do Orçamento do Estado de Janeiro a Março de 2016 reporta uma cobrança de receita de 32.783,7
milhões de Meticais, equivalente a 18,6% da previsão e uma realização da despesa total de 48.073,2 milhões
de Meticais, correspondente a 19,5% do Orçamento Anual. O nível de execução da despesa de Investimento
atingiu o correspondente a 8,4% da realização, sendo a componente interna com 12,3% e a externa com 4,5%
influenciados pela falta de recursos internos e aliado ao baixo nível de desembolsos pelos parceiros de
cooperação.
4. No que se refere às Despesas de Investimento e Operações Financeiras Activas financiadas por fundos
externos que não transitam pela Conta Única do Tesouro (CUT), o procedimento utilizado para a sua
incorporação na execução orçamental e, consequentemente, a forma como são reflectidas no Relatório é a
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seguinte:
Os desembolsos de créditos externos para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços, para
projectos de investimento do Orçamento do Estado, comunicados pelos sectores beneficiários, são
incorporados no e-SISTAFE;
Os desembolsos para utilização por terceiros (Acordos de Retrocessão), comunicados pelos credores, são
incorporados no e-SISTAFE, com base nessa comunicação e receitados com a devida classificação
económica;
Os desembolsos de donativos externos, para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços, para
projectos de investimento do Orçamento do Estado, quando comunicados à Contabilidade Pública pelo sector
beneficiário, são também incorporados e receitados, como referido anteriormente;
As despesas de investimento realizadas com donativos externos, depositados em contas bancárias à ordem
do utilizador, isto é, ordenadas pela instituição responsável pela execução do projecto, são incorporadas com
base na informação processada pelo sector e receitada, como nos outros casos.
5. Por força deste procedimento, nem toda a informação sobre o financiamento externo pode ser processada e
liquidada no e-SISTAFE, dentro do período a que se refere, mas, dado que o Relatório é publicado até 45 dias
após o fim desse período, a mesma é integrada como despesa por liquidar, procedendo-se à sua incorporação
no sistema no período seguinte.
6. O documento está estrututurado em quatro capítulos, sendo o primeiro relativo à introdução, o segundo refere-
se à política orçamental, o terceiro à gestão orçamental e o quarto à execução do Orçamento do Estado. O
Relatório destaca, entre outros, os seguintes aspectos:
Equilíbrio Orçamental apurado no período, em comparação com o orçamentado para o ano;
Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão anual e a
cobrança em igual período do ano anterior, evidenciando as Receitas Próprias dos diversos serviços e
administrações distritais;
Financiamento do Défice, em comparação com a previsão anual, por origem e natureza;
Despesas de Funcionamento, em comparação com a dotação orçamental e a realização em igual período
do ano anterior, distribuídas pelos diferentes âmbitos e segundo as classificações económica, orgânica, fonte
de recursos e territorial;
Despesas de Investimento, nos mesmos moldes das Despesas de Funcionamento, incluindo a componente
externa do investimento por projectos;
Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental;
Despesa Segundo a Classificação Funcional, em comparação com a dotação orçamental;
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Despesas dos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação com a
dotação orçamental; e
Garantias e Avales emitidas pelo Governo.
2. POLÍTICA ORÇAMENTAL
7. O Orçamento do Estado de 2016, constitui o suporte financeiro das acções a serem desenvolvidas pelo
Governo no âmbito do Plano Económico e Social (PES) em prosseguimento do Programa Quinquenal do
Governo (PQG) 2015-2019, cujo enfoque central é a melhoria das condições de vida do povo moçambicano,
através da promoção do emprego, da produtividade e da competitividade; da criação de riqueza e gerando um
desenvolvimento equilibrado e inclusivo, num ambiente de paz, segurança, harmonia, solidariedade, justiça e
coesão entre os moçambicanos.
8. A Política Orçamental para 2016 incide sobre cinco prioridades do PQG 2015-2019, nomeadamente: (i) a
consolidação da unidade nacional, paz e reforço da soberania; (ii) o desenvolvimento do capital humano e
social; (iii) a promoção do emprego, produtividade e competitividade; (iv) o desenvolvimento de infra-estruturas
económicas e sociais; e (v) a gestão sustentável e transparente dos recursos naturais e do ambiente. Incide
igualmente sobre três pilares de suporte: (i) consolidar o Estado de direito democrático, boa governação e
descentralização; (ii) promover um ambiente macro-económico equilibrado e sustentável; e (iii) reforçar a
cooperação internacional.
9. Os pressupostos básicos assumidos na elaboração do Orçamento do Estado para 2016 centram-se na previsão
de crescimento real do PIB de 7,0%, numa taxa de inflação média anual de 5,6% e na manutenção de uma
política cambial consentânea com os esforços de promoção da competitividade das exportações.
10. O Orçamento do Estado para 2016, aprovado através da Lei n.º 9/2015, de 29 de Dezembro, é a expressão
financeira das acções que reflectem os objectivos definidos no Plano Económico e Social para 2016, alinhados
com o Plano Quinquenal do Governo 2015-2019. Assim, com base nos pressupostos macro-económicos
anteriormente referidos, foram estabelecidos os seguintes montantes globais.
Receitas do Estado 176.409,2 milhões de Meticais;
Despesas do Estado 246.070,4 milhões de Meticais; e
Défice 69.661,3 milhões de Meticais.
11. Para a cobertura do Défice Orçamental foi prevista a mobilização de donativos externos no valor de 24.800,0
milhões de Meticais e a contratação de Créditos no valor de 44.861,3 milhões de Meticais, sendo 7.619,7
milhões de Meticais de Crédito Interno e 37.241,6 milhões de Meticais de Créditos Externos.
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3. GESTÃO ORÇAMENTAL
12. A gestão do orçamento foi feita com vista ao cumprimento dos objectivos de política orçamental,
nomeadamente: O alcance de níveis superiores das condições de vida do povo moçambicano, promovendo o
emprego, a produtividade e a competitividade, criando riqueza e gerando um desenvolvimento equilibrado e
inclusivo, num ambiente de paz e segurança, harmonia, solidariedade, justiça e coesão entre os
mocambiçanos. Para este propósito, a gestão orçamental foi feita em estreita observância dos limites
estabelecidos pela Lei n.º 9/2015, de 29 de Dezembro, que nos termos do artigo 7 autoriza o Governo a
proceder à transferência de dotações orçamentais entre os órgãos e instituições do Estado e fazer
movimentações de verbas entre as Prioridades e Pilares do Plano Económico e Social. Assim, no período em
análise foram efectuadas as alterações constantes da tabela seguinte:
Altera- % Alte- Altera- % Alte-
Inicial Actualizado ções rações Inicial Actualizado ções rações
Despesa de Funcionamento 120,351.7 119,272.7 -1,079.0 -0.9 136,159.3 136,159.3 0.0 0.0
Central 59,333.4 53,610.7 -5,722.6 -9.6 78,644.0 76,827.9 -1,816.2 -2.4
Prov incial 33,300.8 34,524.3 1,223.5 3.7 26,405.2 27,263.5 858.3 3.1
Distrital 25,704.1 29,124.2 3,420.1 13.3 28,818.8 29,776.6 957.9 3.2
Autárquico 2,013.5 2,013.5 0.0 0.0 2,291.3 2,291.3 0.0 0.0
Despesa de Invest. Interna 44,881.3 44,881.3 0.0 0.0 41,338.9 41,784.1 445.2 1.1
Central 34,601.1 34,082.5 -518.7 -1.5 29,862.1 29,802.6 -59.6 -0.2
Prov incial 5,507.5 5,791.6 284.1 5.2 6,505.0 6,999.9 495.0 7.1
Distrital 3,635.1 3,822.1 187.0 5.1 3,696.0 3,705.9 9.8 0.3
Autárquico 1,137.6 1,185.1 47.6 4.2 1,275.8 1,275.8 0.0 0.0
Despesa de Invest. Externa 38,298.2 38,298.2 0.0 0.0 42,526.6 42,526.6 0.0 0.0
Central 30,610.4 31,897.6 1,287.2 4.2 39,465.1 37,889.5 -1,575.6 -4.2
Prov incial 6,886.9 5,457.9 -1,429.0 -20.7 2,332.9 3,788.5 1,455.6 38.4
Distrital 800.9 942.7 141.7 17.7 728.6 848.7 120.1 14.1
Operações Financeiras 22,893.7 23,972.8 1,079.1 4.7 26,045.6 26,045.6 0.0 0.0
Despesa Total 226,425.0 226,425.0 0.0 0.0 246,070.4 246,515.6 445.2 0.2
Central 147,438.6 143,563.6 -3,875.0 -2.6 174,016.8 170,565.5 -3,451.4 -2.0
Prov incial 45,695.2 45,773.8 78.6 0.2 35,243.1 38,051.9 2,808.8 7.4
Distrital 30,140.2 33,889.0 3,748.8 12.4 33,243.4 34,331.2 1,087.7 3.2
Autárquico 3,151.0 3,198.6 47.6 1.5 3,567.1 3,567.1 0.0 0.0
Fonte: MEX
Âmbitos
Ano 2015
Tabela 1 - Resumo das Alterações Orçamentais
(Em Milhões de Meticais)
Orçamento AnualOrçamento Anual
Ano 2016
13. Conforme se observa da tabela 1, nas Despesas de Funcionamento foram descentralizadas as dotações
orçamentais dos órgãos e instituições de nível central no valor de 1.816,2 milhões de Meticais para os órgãos e
instituições de nível Provincial e Distrital, nos montantes de 858,3 e 957,9 milhões de Meticais, respectivamente.
14. Na componente interna das Despesas de Investimento foram descentralizadas dotações orçamentais dos
órgãos e instituições de nível Central no valor de 59,6 milhões de Meticais para os órgãos e instituições de nível
Provincial e Distrital. Ainda, os órgãos e instituições de nível Provincial e Distrital foram reforçados em 445,2
milhões de Meticais provenientes de Receitas Consignadas e Próprias.
15. Na componente externa das Despesas de Investimento foram alocadas as Dotações orçamentais para os níveis
Provincial e Distrital no valor de 1.455,6 milhões de Meticais e 120,1 milhões de Meticais, respectivamente, em
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contrapartida das transferências efectuadas dos órgãos e instituições de nível Central, no valor de 1.575,6
milhões de Meticais.
16. Decorrente da estiagem que afectou a zona Sul do país e uma parte da zona centro, bem como as inundações
nas zonas Centro e Norte do país, no primeiro trimestre do corrente ano, foram alocados recursos no valor de
296.45 milhões de Meticais para atender ao Plano de Contigência e para o Reassentamento das populações.
4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO
4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL
17. Na execução do Orçamento do Estado no período de Janeiro a Março de 2016, resultou o equilíbrio orçamental que se apresenta na tabela 2.
Recursos
e % %
Despesas Valor Peso Valor Peso Realiz. Valor % Peso Valor % Peso Realiz.
Recursos Internos 169.890,4 75,0 31.266,2 79,5 18,4 184.028,8 74,8 41.983,7 86,4 22,8
Receitas do Estado 160.707,8 71,0 31.266,2 79,5 19,5 176.409,2 71,7 32.783,7 67,4 18,6
Créditos Internos 9.182,6 4,1 0,0 0,0 0,0 7.619,7 3,1 700,0 1,4 9,2
Outros Recursos 1/ 8.500,0 17,5
Recursos Externos 56.534,6 25,0 8.055,1 20,5 14,2 62.041,6 25,2 6.622,6 13,6 10,7
Donativos Externos 20.463,7 9,0 4.834,0 12,3 23,6 24.800,0 10,1 2.943,2 6,1 11,9
Créditos Externos 36.070,9 15,9 3.221,1 8,2 8,9 37.241,6 15,1 3.679,4 7,6 9,9
Total de Recursos 226.425,0 100,0 39.321,3 100,0 17,4 246.070,4 100,0 48.606,3 100,0 19,8
Desp. de Funcionamento 119.272,7 52,7 27.863,8 79,5 23,4 136.159,3 55,3 37.825,8 78,7 27,8
Despesa de Investimento 83.179,6 36,7 4.954,1 14,1 6,0 83.865,5 34,1 7.016,5 14,6 8,4
Componente Interna 44.881,3 19,8 3.621,4 10,3 8,1 41.338,9 16,8 5.093,4 10,6 12,3
Componente Externa 38.298,2 16,9 1.332,8 3,8 3,5 42.526,6 17,3 1.923,1 4,0 4,5
Operações Financeiras 23.972,7 10,6 2.229,8 6,4 9,3 26.045,6 10,6 3.230,9 6,7 12,4
Activas 10.351,0 4,6 542,8 1,5 5,2 8.200,0 3,3 749,3 1,6 9,1
Passivas 13.621,7 6,0 1.686,9 4,8 12,4 17.845,6 7,3 2.481,6 5,2 13,9
Total de Despesa 226.425,0 100,0 35.047,7 100,0 15,5 246.070,4 100,0 48.073,2 100,0 19,5
Variação de Saldos 0,0 4.273,6 533,0
Total de Aplicações 226.425,0 39.321,3 17,4 246.070,4 48.606,3 19,8
1/ Valor referente ao financiamento de curto prazo
Ano 2015 Ano 2016
Orçamento Anual Realização Jan-Mar
Tabela 2 - Equilíbrio Orçamental
(Em Milhões de Meticais)
Orçamento Anual Realização Jan-Mar
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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18. Os recursos mobilizados atingiram o montante de 48.606,3 milhões de Meticais, correspondente a 19,8% da previsão anual, tendo os recursos internos se situado em 22,8% e os externos em 10,7% do programado.
19. A cobrança de Receitas do Estado foi de 32.783,7 milhões de Meticais, equivalente a 18,6% da meta anual.
20. Os Donativos Externos atingiram o montante de 2.943,2 milhões de Meticais, equivalentes a 11,9% da previsão
anual e os Créditos Externos situaram-se em 3.679,4 milhões de Meticais, correspondentes a 9,9% da previsão
anual.
21. Observa-se do Gráfico 1 que as Receitas do Estado constituíram a principal fonte de recursos no período em
análise, com uma contribuição equivalente a 67,4% do total dos recursos mobilizados, tendo os Outros
Recursos, Créditos Externos os Donativos Externos e Créditos Internos contribuídos com o correspondente a
17,5%, 7,6%, 6,1% e 1,4%, respectivamente.
Receitas do Estado67,4%
Donativos Externos6,1%
Creditos Externos7,6%
Outros Recursos17.5%
Gráfico 1 - Estrutura da Mobilização de Recursos
Creditos Internos1.4%
22. As despesas totais atingiram o montante de 48.073,2 milhões de Meticais, correspondente a 19,5% do
Orçamento anual, tendo as Despesas de Funcionamento atingido 37.825,8 milhões de Meticais, as Despesas
de Investimento 7.016,5 milhões de Meticais e as Operações Financeiras 3.230,9 milhões de Meticais,
correspondentes a 27,8%, 8,4% e 12,4%, respectivamente.
23. O Gráfico 2 mostra que as Despesas de Funcionamento absorveram o equivalente a 78,7% das despesas
totais, as Despesas de Investimento 14,6% e as Operações Financeiras 6,7%.
Despesas de Funcionamento
78,7%
Despesas de Investimento
14,6%
Operações Financeiras
6,7%
Gráfico 2 - Estrutura da Aplicações de Recursos
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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24. Face ao nível de mobilização de recursos, associado ao nível de realização das despesas, as contas do Estado
registaram uma variação de saldos no valor de 533,0 milhões de Meticais, que serviu para atender despesas
realizadas fora do período em análise.
4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
4.2.1. RECEITAS DO ESTADO
Havendo necessidade de modernização dos serviços da Administração Tributária, foi concebido e desenvolvido o
e-Tributação que tem como objectivo estabelecer mecanismos que facilitam a cobrança de receitas o que ditou
reformas no Classificador Económico da Receita.
Para o efeito, foi aprovado, um novo Classificador Económico da Receita, através do Decreto n.º 68/2014, de 29
de Outubro, que altera as alíneas b) e c) do artigo 45, os n.ºs 2 e 3 do artigo 67 e o n.º 4 do Anexo I do
Regulamento da Lei do SISTAFE, aprovado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto.
Assim, o novo Classificador Económico da Receita está estruturado conforme a seguinte descrição:
Receitas Correntes
Receitas Tributárias – Receitas provenientes da arrecadação de tributos;
Contribuiçoes Sociais – Receitas provenientes das contribuições dos trabalhadores ou dos empregadores,
tanto de entidades públicas quanto privadas, e que sejam destinadas ao custeio de aposentação de
segurança social;
Receitas Patrimoniais – Receitas provenientes dos rendimentos sobre investimento do activo permanente,
de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos da fruição do
património do Estado, exceptuando-se os bens de domínio público;
Receitas de Exploração de Bens de Domínio Público – Receitas provenientes da exploração concedida
pelo Estado a particular, de bens que constituem domínio püblico do Estado, nos termos definidos no artigo
98 da Constituição da República.
Receitas de Venda de Bens e Serviços – Receitas provenientes de venda de bens e da prestação de
serviços relacionadas ao execício de actividades legalmente previstas por órgão ou instituição do Estado;
Outras Receitas Correntes – Receitas correntes não enquadradas em classificações específicas.
Receitas de capital
Alienação do Património do Estado - Receitas provenientes de alienação de componentes do activo
permanente.
A previsão da cobrança da Receita do Estado para o presente execercício é de 176.409,2 milhões de Meticais,
respeitam a seguinte distribuição, de acordo com o novo Classificador Económico da Receita:
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Classificação Previsão Realiz. % de
Económica Anual Jan-Mar Realiz.
Receitas Correntes 173,221.8 32,543.8 18.8
Tributárias 165,644.1 29,700.5 17.9
Contribuições Sociais 3,118.4 1,032.8 33.1
Patrimoniais 380.7 51.5 13.5
Exploração de Bens de Dominio Público 548.3 181.9 33.2
Venda de Bens e Serviços 3,347.6 1,541.4 46.0
Outras Receitas Correntes 182.6 35.6 19.5
Receitas de Capital 3,187.4 239.9 7.5
Alienação do Património do Estado 3,187.4 12.1 0.4
Outras Receitas de Capital 227.8
Receitas Correntes e de Capital 176,409.2 32,783.7 18.6
Fonte: Autoridade Tributaria de Mocambique
Jan - Mar 2016
Tabela de Receitas do Estado
(Em Milhões de Meticais)
Para se permitir uma boa gestão de mudança e a comparação com o desempenho do execrcício de 2015, a análise
para o presente Relatótio será efectuada com base no Classificador Orçamental do exercício anterior, não obstante a
aprovação do novo Classificador de Receeita para o Orçmanto de 2016.
25. A cobrança de receitas atingiu no período de Janeiro a Março, o montante de 32.783,7 milhões de Meticais,
correspondente a 18,6% da previsão anual, tendo registado um crescimento de 4,9% em termos nominais, em
relação ao período homólogo do exercício económico anterior, conforme ilustra a tabela 3.
-
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Variação
Classificação Orçamento Cobrança % Orçamento Cobrança % 2015/16
Económica Anual Jan-Mar Realiz Anual Jan-Mar Realiz (%)
RECEITAS CORRENTES 157,520.4 30,806.0 19.6 173,221.8 32,543.8 18.8 5.6%
Receitas Fiscais 133,009.3 26,244.1 19.7 151,431.5 26,090.4 17.2 -0.6%
Impostos s/ o Rendimento 51,411.1 9,090.5 17.7 66,178.6 10,595.1 16.0 16.6%
Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Colectivas 29,624.0 4,032.5 13.6 41,967.7 4,631.5 11.0 14.9%
Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Singulares 21,684.4 5,034.8 23.2 24,112.4 5,927.0 24.6 17.7%
Imposto Especial sobre o Jogo 102.7 23.3 22.7 98.5 36.6 37.2 57.2%
Impostos s/ Bens e Serviços 75,178.9 15,906.9 21.2 80,215.2 14,263.0 17.8 -10.3%
Imposto s/ o Valor Acrescentado 49,278.1 11,549.1 23.4 53,266.8 9,998.9 18.8 -13.4%
IVA - Nas Operações Internas 21,523.6 5,125.0 23.8 21,928.0 7,081.7 32.3 38.2%
IVA - Nas Importações 27,754.5 6,424.1 23.1 31,338.8 6,294.0 20.1 -2.0%
Imp. s/Consumo Esp. Producao Nacional 7,228.2 870.2 12.0 5,146.2 952.1 18.5 9.4%
Imp. s/Consumo Esp. Produtos Importados 5,421.1 757.7 14.0 7,882.4 836.2 10.6 10.4%
Imp. s/ Comercio Externo 13,251.6 2,729.9 20.6 13,919.7 2,475.8 17.8 -9.3%
Outros Impostos 6,419.3 1,246.7 19.4 5,037.6 1,232.3 24.5 -1.2%
Receitas Não Fiscais 11,360.2 2,527.4 22.2 10,246.2 3,870.4 37.8 53.1%
Das quais Receitas Próprias 4,437.4 1,497.8 33.8 5,080.6 2,412.4 47.5 61.1%
Receitas Consignadas 13,150.9 2,034.5 15.5 11,544.1 2,583.0 22.4 27.0%
Dais quais Taxa sobre os Combustiveis 6,850.5 1,164.8 17.0 6,370.1 1,281.6 20.1 10.0%
RECEITAS DE CAPITAL 3,187.4 460.2 14.4 3,187.4 239.9 7.5 -47.9%
Alienação de Bens 0.0 20.1 0.0 12.1 -40.1% Aliena ção do Patrim ónio do Estado 20.1 0.0 12.1 -40.1%Outras Receitas de Capital 3,187.4 440.1 13.8 3,187.4 227.8 7.1 -48.2%
Dividendos 146.8 0.2 -99.8%
Outras 1/ 3,187.4 293.3 9.2 3,187.4 227.6 7.1 -22.4%Total 160,707.8 31,266.2 19.5 176,409.2 32,783.7 18.6 4.9%
1/ Inclui a Taxa de Concessão cuja cobrança foi de 226,2 milhões de Meticais
O valor do IVA Bruto cobrado é de 13.376,6 milhoes de meticais, tendo sido deduzido o montante de 3.376,8 do reembolso do IVA =9.999,7
Fonte : REOE 2015 e Autoridade Tributária de Moçambique
Ano de 2015
Tabela 3 - Receitas do Estado
(Em Milhões de Meticais)
Ano de 2016
26. Os Impostos sobre o Rendimento tiveram uma cobrança de 10.595,1 milhões de Meticais, equivalentes a 16,0%
da previsão anual e a um crescimento nominal de 16,6% .
27. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) teve uma cobrança de 4.631,5 milhões de
Meticais, correspondente a 11% da previsão anual e a um crescimento de 14,9% em termos nominais.
28. O crescimento nominal verificado na cobrança desta rúbrica de imposto, está associado a vários factores, com
destaque para os seguintes:
Pagamento do IRPC devido a final, referente ao exercício económico de 2015;
Verificação e correcção contínua das Declarações Anuais de Rendimento e de Informação Contabilística e
Fiscal;
Maior controlo dos benefícios fiscais nos projectos de investimento inscritos nas Direcções de Áreas Fiscais;
Cobranças resultantes de acções de controlo e fiscalização, em sede das auditorias; e
Controlo nas retenções de pagamentos ao exterior.
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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29. No Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) foram cobrados 5.927,0 milhões de Meticais,
equivalentes a 24,6% da meta anual e a um crescimento nominal de 17,7% em relação a igual período do ano
transacto, justificado pelo constante controlo das retenções na fonte e das entregas às Direcções de Área
Fiscal, bem como pelo pagamento da liquidação a final do IRPS da 2ª categoria.
30. A cobrança no Imposto Especial sobre o Jogo atingiu o montante de 36,6 milhões de Meticais, correspondente a
37,2% da previsão anual e a um crescimento nominal de 57,2% comparativamente ao período homólogo de
2015.
31. No grupo de Impostos sobre Bens e Serviços, constituído pelas rubricas de Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, Imposto sobre o Consumo Específico de
Produtos Importados e Imposto sobre o Comércio Externo, foram arrecadados 14.263,0 milhões de Meticais,
equivalentes a 17,8% da meta fixada para o ano e um decréscimo de 10,3%, estando associado a este facto, o
valor de reembolso efectuado no presente exercício ser bastante superior ao do ano transacto, influenciando o
total liquido do IVA arrecadado.
32. O valor total do IVA bruto atingiu no período o montante de 13.376,6 milhões de Meticais, tendo sido efectuados
reembolsos no valor de 3.376,8 milhões de Meticais, resultando o IVA líquido para 9.998,9 milhões de Meticais.
33. A cobrança do IVA nas Operações Internas atingiu o montante de 7.081,7 milhões de Meticais, correspondente
a uma realização de 32,3% e a um crescimentode 38,2%, relativamente a igual período do ano 2015. Em
relação ao primeiro Trimestre, corresponde a uma realização de 121,03% quanto ao programa de 5.853,86
milhões de Meticais, este nível de execução foi influenciado pelas entregas representativas das empresas do
ramo de construção civil.
34. No que se refere ao IVA nas Operações Externas foi arrecadado o valor de 6.294,0 milhões de Meticais,
correspondente a 20,1% da previsão anual e a um decréscimo de 2,0% relativamente ao período homólogo do
exercício anterior influenciado pela baixa no volume de importações no geral e de viaturas usadas em particular,
motivado pela fortificação do Dólar no mercado internacional.
35. O Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, que incide sobre o tabaco, a cerveja e outras
bebidas alcoólicas, alcançou o valor de 952,1 milhões de Meticais, equivalente a 18,5% da meta anual e a um
crescimento de 9,4% quando comparado a igual periodo de 2015, justificado pelo continuo esforço com vista a
redução do contrabando de bebidas alcoólicas.
36. Relativamente ao Imposto sobre o Consumo Específico de Produtos Importados, foram cobrados 836,2 milhões
de Meticais, correspondentes a 10,6% da previsão anual e a um crescimento de 10,4%, quando comparado
com igual período de 2015, justificado pelo melhoramento dos procedimentos de desembaraço aduaneiro e as
campanhas de regularizacao das viaturas com matriculas estrangeiras levadas a cabo desde finais de 2015.
37. Os Impostos sobre o Comércio Externo, nomeadamente, os Direitos Aduaneiros e a Sobretaxa, alcançaram o
montante de 2.475,8 milhões de Meticais, equivalente a 17,8% da previsão anual. Estes impostos registaram
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
15
um decrescimento nominal de 9,3% relativamente a igual período do ano transacto, justificado pela redução do
volume das importações.
38. No grupo dos Outros Impostos, que compreendem os impostos de Selo, Sobre Veículos, de Reconstrução
Nacional, de Produção Petrolífera e Mineira, Taxas de Combustíveis, Sobre Pequenos Contribuintes, foi
arrecadado o montante de 1.232,3 milhões de Meticais, equivalente a um grau de realização de 24,5% da meta
anual e a um decréscimo nominal de 1,1% em relação ao período homólogo do exercício económico anterior.
Esta rubrica sofre maior influencia na linha dos impostos específicos da actividade mineira, que devido a baixa
dos preços das comodities no mercado internacional, tem registado uma baixa realização, uma vez que estes
impostos incidem directamente sobre os valores das mercadorias.
39. Em relação ao grupo das Receitas Não Fiscais, que compreendem as Taxas Diversas de Serviços,
Compensação de Aposentação, Outras Receitas não Fiscais e Receitas Próprias, a arrecadação alcançaram o
valor de 3.870,4 milhões de Meticais, correspondente a 37,8% da previsão anual e a um crescimento de 53,2%,
quando comparado com igual período de 2015.
40. Nas Receitas Consignadas registou-se uma cobrança de 2.583,0 milhões de Meticais, equivalentes a 22,4% da
previsão anual e a um crescimento de 27,0% relativamente a igual período do ano anterior.
41. As Receitas de Capital atingiram o valor de 239,9 milhões de Meticais, isto é, 7,5% da previsão anual, tendo
registado um decréscimo de 47,9% em relação a igual período do ano transacto. Neste grupo de impostos, os
Dividendos contribuíram com 0,2 milhões de Meticais, conforme se apresenta na tabela seguinte:
Jan -Mar Jan -Mar Variação
2015 2016 2015/16
Caminhos de Ferro de Moçambique(CFM) 125,4 0,0 0,0% -100,0%
Mozambique Community Network (MCNet) 10,5 0,0 0,0% -100,0%
Cimentos de Moçambique 10,8 0,0 0,0% -100,0%
DOMUS 0,0 0,2 100,0%
Total 146,8 0,2 100,0% -99,9%
Receita Total 156.336,1 32.783,7 -79,0%
Contribuição dos Dividendos em % da Receita Total 0,1% 0,0%
Fonte: Direcção Nacional do Tesouro
Tabela 4 - Receitas de Dividendos
(Em Milhões de Meticais)
PesoProveniência
42. As Concessões contribuíram no grupo das Receitas de Capital com o valor de 226,2 milhões de Meticais, ou
seja, 0,7% da Receita Total, conforme a proveniência ilustrada na tabela 5.
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Tabela 5 - Receitas de Concessões
(Em Milhões de Meticais)
Instituições
Jan-Mar
2015
Jan-Mar
2016Peso Variação
Hidroeletrica de Cahora Bassa (HCB) 152.8 186.78 82.6% 22.2%
Companhia do Desenvolvimento do Norte 0.0 15.5 6.9%
Maputo Port Development Company (MPDC) 0.0 14.4 6.4%
Mozambique Community Network (MCNET) 8.6 9.5 4.2% 10.7%
Total 161.4 226.2 100.0% 40.2%
Contribuição das Concessões em % da Receita Total 0.1% 0.7%
Fonte: Direcção Nacional do Tesouro
43. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa contribuíu com o equivalente a 82,6% do total das Receitas de Concessões.
Relativamente a igual período do ano transacto as Receitas de Concessões registaram um crescimento de
40,2% em termos nominais.
44. As outras Receitas de Capital, excluindo Dividendos e Taxas de Concessões, atingiram o montante de 183,6
milhões de Meticais, com a distribuição que se mostra na Tabela seguinte:
Jan - Mar Jan - Mar Variação
2015 2016 2015/16
Juros de Acordos de Retrocessão 129.2 183.6 100.0% 42.1%Instituto Geológico Mineiro (IGM) 0.0%Banco Internacional de Moçambique 0.0%
Moçambique Celular (Mcel) 2.7 0.0% -100.0%Outros 0.0%
Total 131.9 183.6 100.0% 39.2%
Receita Total 156,336.1 32,783.7 -79.0%
Contribuição das Outras em % da Receita Total 0.1% 0.6%
Fonte: Direcção Nacional do Tesouro
Proveniência Peso
Tabela 6 - Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões
(Em Milhões de Meticais)
45. No global das Receitas do Estado destacam-se os Impostos sobre Bens e Serviços com 43,5%, Impostos sobre
Rendimento com uma contribuição equivalente a 32,3%, seguidos pelas Receitas não Fiscais, Consignadas,
Outros Impostos e as Receitas de Capital com o equivalente a 11,8%, 7,9%, 3,8% e 0,7% respectivamente,
como ilustra o gráfico 3.
Impostos s/ o Rendimento
32,3%
Impostos s/ Bens e Serviços
43,5%
Outros Impostos3,8%
Receitas Não Fiscais11,8%
Receitas Consignadas
7,9%
Receitas de Capital0,7%
Gráfico 3 - Estrutura das Receitas do Estado
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46. A contribuição dos Mega projectos atingiu o montante de 1.651,3 milhões de Meticais, correspondente a 5,0%
da receita total cobrada e a um decréscimo de 10,3% relativamente a igual período do exercício anterior,
conforme se pode observar na nota b/ do Mapa I e se resume na tabela 7.
Tabela 7 - Contribuição dos Megaprojectos
(Em Milhões de Meticais)
Megaprojectos Jan-Mar 2015 Jan-Mar 2016 PesoVariação
Produção de Energia 293,7 433,9 26,3% 47,8%
Exploração de Petróleo 1.424,2 625,6 37,9% -56,1%
Exploração de Recursos Minerais 613,2 427,2 25,9% -30,3%
Outros 154,0 164,5 10,0% 6,8%Total 2.485,1 1.651,3 100,0% -33,6%
Receita Total 156.336,1 32.783,7 -79,0%
Contribuição dos Megaprojectos em % da Receita Total 1,6% 5,0%Fonte : REOE Jan-Mar 2015 e Autoridade Tributária de Moçambique
47. O sector de Produção de Energia registou um crescimento nominal de 47,8% em relação ao período homólogo
de 2015. Entrentanto, os sectores de Exploração de Petróleo e de Recursos Minerais registaram um
decréscimo na ordem de 56,1% e 30,3%, respectivamente, como resultado do baixo nível de produção e da
queda do preço de carvão no mercado internacional.
48. No período em análise deram entrada 2.603 pedidos de reembolso em Impostos sobre o Rendimento, no valor
total 1.095,3 milhões de Meticais, sendo 158 relativos ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas e
2.445 ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, não tendo se registado nenhum pagamento,
conforme se observa da tabela seguinte:
Descrição
Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor
IRP Colectivas 14 300,3 0 0,0 158 1.050,6 0 0,0 1.028,6 249,8
IRP Singulares 1.782 24,4 0 0,0 2.445 44,8 0 0,0 37,2 83,5
1.796 324,7 0 0,0 2.603 1.095,3 0 0,0 44,9 237,3
Fonte: Autoridade Tributária de Moçambique
Jan - Mar 2015 Jan - Mar 2016 % Variação 2015/16
Tabela 8 - Rembolsos em Impostos sobre o Rendimento
(Em Milhões de Meticais)
PagosSolicitados Pagos Solicitados Pagos Solicitados
49. No referente ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, deram entradas no periodo em análise 209 pedidos, no
valor total de 3.376,8 milhões de Meticais. No entanto, os reembolsos efectuados atingiram o montante de
2.171,7 milhões de Meticais, correspondente a 151 pedidos, sendo que o valor pago representa um crescimento
de 1.373,7% relativamente ao período homólogo de 2015, conforme se observa da tabela 9:
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Descrição
Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor
Normal 110 3,816.9 33 147.4 115 3,357.0 64 2,155.5 4.5 -12.0 93.9 1,362.7
Diplomatas 123 16.4 0 0.0 94 19.8 87 16.2 -23.6 20.4
233 3,833.4 33 147.4 209 3,376.8 151 2,171.7 -10.3 -11.9 357.6 1,373.7
Fonte: Autoridade Tributária de Moçambique
Jan - Mar 2015 Jan - Mar 2016 % Variação 2015/16
Tabela 9 - Rembolsos em Impostos sobre o Valor Acrescentado
(Em Milhões de Meticais)
PagosSolicitados Pagos Solicitados Pagos Solicitados
4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE
50. Os desembolsos de financiamento externo (donativos e créditos), para o financiamento do défice orçamental,
atingiram o valor de 6.622,6 milhões de Meticais, equivalente a 10,7% da previsão anual, com a composição
que se mostra no Mapa II e se resume na tabela seguinte:
Modalidade
de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de
Financiamento Anual Jan-Mar Realiz. Anual Jan-Mar Realiz. Anual Jan-Mar Realiz.
Apoio ao Orçamento a/ 9,000.0 93.1 1.0 2,915.0 1,072.9 36.8 11,915.0 1,166.0 9.8
Financiamento Via CUT 10,394.1 2,524.0 24.3 3,363.4 407.3 12.1 13,757.5 2,931.3 21.3
Financiam. Fora da CUT 5,405.9 326.1 6.0 22,414.6 1,508.4 6.7 27,820.5 1,834.4 6.6
Acordos de Retrocessão 0.0 0.0 0.0 8,548.6 690.8 8.1 8,548.6 690.8 8.1
Total 24,800.0 2,943.2 11.9 37,241.6 3,679.4 9.9 62,041.6 6,622.6 10.7
a/ - Inclui Reembolsos e ajuda alimentar no valor de 167.5 milhões de Meticais.
Fonte: DNT, Módulo de Execução Orçamental (MEX) e Sectores
Donativos Créditos TOTAL
Tabela 10 - Desembolsos de Financiamento Externo
(Em Milhões de Meticais)
51. Por modalidades de financiamento, o Apoio ao Orçamento atingiu o correspondente a 9,8% da meta prevista
para o ano, o financiamento via Conta Única do Tesouro (CUT) 21,3% e o financiamento fora da CUT 6,6%,
tendo o financiamento para Acordos de Retrocessão se fixado em 8,1%.
52. Por tipo de financiamento, os desembolsos em Donativos Externos atingiram o montante de 2.943,2 milhões de
Meticais e os Créditos Externos 3.679,4 milhões de Meticais, correspondentes a 11,9% e 9,9% da previsão
anual, respectivamente.
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
19
53. Para o Financiamento do Défice, isto é, entradas na CUT (Contravalores Não Consignados e Empréstimos
Internos), saídas da CUT (Contravalores Consignados e Outros Fundos via CUT), pagamentos através de
contas bancárias dos sectores e pagamentos directos pelo doador/credor, foram utilizados 7.953,8 milhões de
Meticais, com a composição que se mostra no Mapa II-2 e se resume na tabela 11.
Tipo Variação
de Donati- Crédi- 2015/16
Fnanciamento vos tos Valor Peso Valor Peso Valor Peso (%)
Contravalores Não Consignados 3.145,5 1.671,5 4.817,0 4.472,3 76,3% 0,0 0,0% 4.472,3 56,2% -7,2
Apoio ao Orç. e Bal. de Pagam. 3.145,5 1.671,5 4.817,0 4.472,3 76,3% 0,0 0,0% 4.472,3 56,2% -36,0
Contravalores Consignados 1.119,3 424,5 1.543,8 1.352,3 23,1% 1.261,6 60,3% 2.613,9 32,9% 69,3
FC-PROAGRI 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0% 0,0 0,0% 0,1 0,0%
FC-FASE 582,8 0,0 582,8 573,4 9,8% 0,0 0,0% 573,4 7,2% -1,6
FC-PROSAÚDE 372,7 0,0 372,7 322,4 5,5% 0,0 0,0% 322,4 4,1% -13,5
FC-Apoio ao Trib. Administrativo 0,0 0,0 0,0 7,7 0,1% 0,0 0,0% 7,7 0,1%
FC-INE 3,0 0,0 3,0 8,5 0,1% 0,0 0,0% 8,5 0,1% 182,1
FC-SISTAFE 22,9 0,0 22,9 14,9 0,3% 0,0 0,0% 14,9 0,2% -34,8
FC-AT 44,9 0,0 44,9 76,5 1,3% 0,0 0,0% 76,5 1,0% 70,3
FC-PPFD 12,6 0,0 12,6 0,0 0,0% 0,0 0,0% 0,0 0,0% -100,0
FC-PESCAS 19,6 0,0 19,6 0,7 0,0% 0,0 0,0% 0,7 0,0% -96,6
FC-PRONASA 0,0 0,0 0,0 1,9 0,0% 0,0 0,0% 1,9 0,0%
FC-ASAS 0,5 0,0 0,5 0,0 0,0% 0,0 0,0% 0,0 0,0%
Outros Fundos via CUT 44,2 116,3 160,5 120,8 2,1% 217,8 10,4% 338,7 4,3% 111,1
Diversos Projectos/Sectores a/ 16,1 97,2 113,2 225,5 3,8% 15,4 0,7% 240,8 3,0% 112,7
Diversos Projectos/Fontes b/ 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0% 337,6 16,1% 337,6 4,2%
Acordos de Retrocessão 0,0 211,1 211,1 0,0 0,0% 690,8 33,0% 690,8 8,7% 227,3
Empréstimos Internos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0% 700,0 33,5% 700,0 8,8%
Reembolsos e Ajuda Alimentar c) 0,9 115,8 116,7 37,6 0,6% 129,9 6,2% 167,5 2,1% 43,5
Total 4.265,7 2.211,9 6.477,6 5.862,3 100,0% 2.091,5 100,0% 7.953,8 100,0% 22,8
Peso 65,9 34,1 100,0 73,7 26,3 100,0
a/- Financiamento através de contas bancárias dos sectores. b/- Pagamentos directos pelo doador/credor.
Fonte:REOE Jan- Mar 2015, DNT, MEX e Sectores. c) Inclui Reembolsos e ajuda alimentar
Tabela 11 - Financiamento do défice
(Em Milhões de Meticais)
Donativos Créditos Total
Realização Jan-Mar 2016Realização Jan-Mar 2015
Total
54. Do total dos recursos utilizados, 73,7% foram constituídos por donativos e 26,3% por créditos, tendo os
Contravalores não Consignados contribuído com 56,2%, os Contravalores Consignados com 32,9% e os
Reembolsos e Ajuda Alimentar com 2,1% dos recursos totais. Relativamente ao ano anterior os recursos
aplicados registaram um crescimento de 22,8% em termos nominais.
55. Entretanto, o fluxo de recursos registado nas contas bancárias dos diferentes fundos externos que transitam
pela Conta Única do Tesouro no período em análise, apresenta-se na tabela 12.
-
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Fundos Externos Saldos em 31/12/2015 Entradas Saídas Saldos em
31/3/2016
Apoio ao Orçamento e Balança de Pgtos. 3.529,4 998,5 4.472,4 55,47
FC-PROAGRI 0,6 0,0 0,1 0,5
FC-FASE 14,7 2.423,7 573,4 1.865,0
FC-PROSAÚDE 354,8 58,5 322,4 90,9
FC-HIV/SIDA 0,0 0,0 0,0 0,0
FC-Apoio ao Sector de Águas 0,0 1,9 1,9 0,0
FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 4,4 3,3 7,7 0,0
FC-INE 125,1 0,0 8,5 116,6
FC-SISTAFE 197,6 0,0 14,9 182,6
FC-ATM 120,8 0,0 76,5 44,3
FCPPFD 0,0 0,0 0,0 0,0
FC-PESCAS 0,0 0,7 0,7 0,0
FC-PRONASA 112,6 0,0 0,0 112,6
Outros Fundos 1.011,3 444,0 917,1 538,2
Total 5.471,2 3.930,5 6.395,5 3.006,22
Tabela 12- Movimentos dos Fundos Externos que transitam pela CUT (Em 10^6 Meticais)
56. As entradas, no valor de 3.930,5 milhões de Meticais, correspondem aos desembolsos para as contas
transitórias, sendo que as saídas, no valor de 6.395,5 milhões de Meticais, reflectem as transferências
efectuadas da Conta Única do Tesouro para a realização das despesas.
4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA 4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS
57. A realização da despesa atingiu, no período em análise o montante de 48.073,3 milhões de Meticais,
correspondente a 19,5% do Orçamento anual e a um crescimento de 17,1% em termos reais relativamente a
igual período do exercício económico anterior, conforme se observa da tabela 13.
Tipo de Variação
Despesa e Orçamento Realiz. % Reali- % Realiz. % Reali- % 2015/16
Âmbitos Anual Jan-Mar zação Peso Anual Jan-Mar zação Peso (%) a/
Funcionamento 120 351.7 27 863.8 23.2 100.0 136 159.3 37 825.8 27.8 100.0 17.5
Central 59 333.4 13 156.4 22.2 47.2 76 827.9 20 741.4 27.0 54.8 33.3
Provincial 33 300.8 7 673.3 23.0 27.5 27 263.5 7 989.2 29.3 21.1 -7.4
Distrital 25 704.1 6 542.2 25.5 23.5 29 776.6 8 485.6 28.5 22.4 15.4
Autárquico 2 013.5 491.8 24.4 1.8 2 291.3 609.7 26.6 1.6 10.3
Investimento Interno 44 881.3 3 621.4 8.1 100.0 41 784.1 5 093.4 12.2 100.0 25.1
Central 34 082.5 3 159.3 9.3 87.2 29 802.6 4 322.1 14.5 84.9 21.7
Provincial 5 791.6 159.4 2.8 4.4 6 999.9 508.5 7.3 10.0 183.8
Distrital 3 822.1 123.2 3.2 3.4 3 705.9 72.6 2.0 1.4 -47.5
Autárquico 1 185.1 179.4 15.1 5.0 1 275.8 190.2 14.9 3.7 -5.7
Investimento Externo 38 298.2 1 332.8 3.5 100.0 42 526.6 1 923.1 4.5 100.0 -0.5
Central 31 897.6 765.8 2.4 57.5 37 889.5 1 266.4 3.3 65.9 14.0
Provincial 5 457.9 302.7 5.5 22.7 3 788.5 350.2 9.2 18.2 -20.2
Distrital 942.7 264.2 28.0 19.8 848.7 306.6 36.1 15.9 -20.0
Operaç. Financeiras 22 893.7 2 229.8 9.7 100.0 26 045.6 3 230.9 12.4 100.0 10.2
Despesa Total 226 425.0 35 047.6 15.5 100.0 246 515.6 48 073.3 19.5 100.0 17.1
Central 148 207.2 19 311.4 13.0 55.1 170 565.5 29 560.8 17.3 61.5 28.0
Provincial 44 550.3 8 135.5 18.3 23.2 38 051.9 8 847.9 23.3 18.4 -4.1
Distrital 30 468.9 6 929.6 22.7 19.8 34 331.2 8 864.8 25.8 18.4 12.9
Autárquico 3 198.6 671.2 21.0 1.9 3 567.1 799.9 22.4 1.7 6.0
a/- Variação em temos reais, com inflação a 12,41% e variação cambial a 45,0%.
Ano 2015
Orçamento
Ano 2016
Tabela 13 - Despesas Totais por Âmbitos
(Em Milhões de Meticais)
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
21
58. A distribuição territorial das despesas mostra que os órgãos e instituições de âmbito central absorveram o
equivalente a 61,5% da despesa total, tendo os de âmbito provincial, distrital e autárquico absorvido o
equivalente a 18,4%, 18,4% e 1,7%, respectivamente.
59. Em termos reais, comparando com igual período de 2015 a despesa total atingiu um crescimentode 17,1%,
tendo o nivel provincial registado um decréscimo de 4,1% .
4.3.2. DESPESAS DE FUNCIONAMENTO
60. A Despesa de Funcionamento atingiu no período em análise o montante de 37.825,8 milhões de Meticais,
correspondente a 27,8% do Orçamento anual, tendo alcançado um crescimento em relação a igual período do
exercício económico anterior em 17,5 %, conforme se resume na tabela abaixo.
Variaçã
Classificação Económica Orçam. Realiz. % Realiz. % 2015/16
Anual Jan-Mar Real. Anual Actualiz Jan-Mar Real. (%)
Despesas com o Pessoal 64.441,4 16.976,0 26,3 71.308,2 71.310,1 20.083,5 28,2 5,2
Salários e Remunerações 60.600,4 16.374,8 27,0 67.225,3 67.210,9 19.298,0 28,7 4,8
Demais Despesas c/ Pessoal 3.841,0 601,3 15,7 4.082,9 4.099,1 785,5 19,2 16,2
Bens e Serviços 24.495,1 3.675,8 15,0 28.966,1 28.973,2 5.812,3 20,1 40,7
Encargos da Dívida 6.922,8 1.679,1 24,3 12.500,0 12.500,0 3.457,9 27,7 56,9
Juros Internos 4.181,0 607,8 14,5 7.200,0 7.200,0 1.251,0 17,4 83,1
Juros Ex ternos 2.741,8 1.071,3 39,1 5.300,0 5.300,0 2.206,9 41,6 42,1
Transferências Correntes 19.279,8 5.015,2 26,0 19.297,3 19.304,5 7.951,0 41,2 31,7
Transfer. a Admin. Públicas 3.547,3 1.044,5 29,4 3.810,7 3.805,4 978,3 25,7 -23,4
Autarquias 2.013,5 491,8 24,4 2.291,3 2.291,3 609,7 26,6 10,3
Embaixadas 1.239,5 541,4 43,7 1.394,2 1.385,0 350,3 25,3 -55,4
Outras 294,3 11,2 3,8 125,2 129,2 18,3 14,2 45,3
Transfer. a Admin. Priv adas 504,1 142,9 28,3 413,9 413,9 125,1 30,2 -22,1
Transferências a Famílias 14.780,5 3.799,8 25,7 14.760,9 12.886,9 4.855,2 37,7 13,7
Pensões 9.128,5 3.079,6 33,7 9.359,2 7.450,3 3.672,2 49,3 6,1
Assist. Social à População 3.097,0 497,9 16,1 3.450,3 3.387,0 753,6 22,2 34,6
Demais Transf. a Famílias 2.555,0 222,3 8,7 1.951,4 2.049,5 429,4 21,0 71,8
Transferências ao Ex terior 447,9 28,0 6,3 311,8 2.198,4 1.992,4 90,6 4807,4
Subsídios 3.157,1 437,5 13,9 2.120,6 2.120,6 463,4 21,9 -5,8
Dos quais:
Subs. aos Combustíveis 0,0 0,0 0,0
Subs. à Farinha de Trigo 60,0 0,0 -100,0
Subs. ao Transportador 35,1 35,1 -11,1
Exercícios Findos 201,9 5,3 2,6 210,7 210,7 0,0 0,0 -100,0
Demais Desp. Correntes 1.340,4 30,5 2,3 1.283,6 1.267,5 37,7 3,0 10,0
Despesas de Capital 513,2 44,4 8,7 472,8 472,8 20,0 4,2 -59,8
Total 120.351,7 27.863,8 23,2 136.159,3 136.159,3 37.825,8 27,8 17,5
a/ - Variação em termos reais, com inflação a 12,41% e v ariação cambial a 45%.
Ano 2015 Ano 2016
Orçam.
Tabela 14 - Despesa de Funcionamento, Segundo a Classificação Económica
(Em Milhões de Meticais)
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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61. As Despesas com o Pessoal tiveram uma realização de 20.083,5 milhões de Meticais, correspondente a 28,2%
do Orçamento anual, tendo os Salários e Remunerações alcançado uma realização equivalente a 28,7% e as
Demais Despesas com o Pessoal 19,2%.
62. Em relação a igual período do exercício económico anterior as Despesas com o Pessoal registaram um
crescimento de 5,2% em termos reais, tendo os Salários e Remunerações aumentado em 4,8% e as Demais
Despesas com o Pessoal em 16,2%.
63. O crescimento das despesas com Salários e Remunerações explica-se pelo aumento salarial verificado em
2015 e ainda pela admissão de novos funcionários no Aparelho do Estado, com destaque para os sectores da
Educação, Saúde, Agricultura, Polícia e Serviços Cívicos.
64. Os Bens e Serviços absorveram o montante de 5.812,3 milhões de Meticais, equivalente a 20,1% da Orçamento
anual e a um crescimento de 40,7% em termos reais, relativamente a igual período do exercício económico
anterior.
65. Os Encargos da Dívida tiveram uma realização de 3.457,9 milhões de Meticais, representando 27,7% do
Orçamento anual e um crescimento real de 56,9%. Os juros internos tiveram uma realização de 1.251,0 milhões
de Meticais equivalente a 17,4% do Orçamento anual e a um crescimento de 80,1% relativo ao igual período do
exercício económico anterior que resulta do pagamento de juros pela utilização de elevados Bilhetes de
Tesouro, de Obrigações de Tesouro emitidos em 2015 e de novos financiamento leasing. Os juros externos
atingiram uma execução de 2.226,9 milhões de Meticais correspondentes a uma realização de 41,6% de
Orçamento anual e a um crescimento de 42,1% relativamente a igual período do ano passado, que resulta de
juros de contratação de nova dívida, bem como da variação cambial cuja taxa de câmbio médio em USD
aplicada no I Trimestre de 2016, superou largamente ao igual período do exercício económico anterior.
66. As Transferências Correntes atingiram o montante de 7.951,0 milhões de Meticais, equivalente a 41,2% do
Orçamento anual e a um crescimento real de 31,7% em relação ao período homólogo de 2015, sendo de
destacar o crescimento de 71,8% registado nas Demais Transferências a Famílias, justificado pela priorização
de acções que visam beneficiar as famílias desfavorecidas. O crescimento de 45,3% registado nas Outras
Transferências a Administração Pública deve-se a redução da dotação orçamental de 294.3 milhões de Meticais
em 2015 para 129.2 milhões de Meticais em 2016.
67. Ainda nas Transferências Correntes, há a destacar a rubrica de pensões que atingiu uma realização de 49,3%
que se explica pelo facto de a sua dotação orçamental ter sido deduzida de 9.125,5 milhões de Meticais em
2015 para 7.450,3 milhões de Meticais em 2016.
68. As Transferências ao Exterior com uma realização de 90,6% e um crescimento real de 4.807,4% que resulta do
crescimento da dotação de 447,9 milhões de Meticais em 2015 para 1.992,4 milhões de Meticais em 2016, para
o pagamento de quotizações a organismos internacionais gerais, destacando-se o aumento da quota de
Moçambique junto do FMI em 1.907,91 milhões de meticais, bem como o efeito da desvalorização do metical
face às principais moedas.
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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69. As despesas com Subsídios alcançaram o valor de 463,4 milhões de Meticais, correspondentes a 21,9% do
Orçamento anual e a um decréscimo de 5,8% em termos reais, relativamente a igual período de 2015.
70. As Demais Despesas Correntes tiveram uma realização de 37,7 milhões de Meticais, equivalente a 3,0% do
Orçamento Anual e a um crescimento de 10,0% em termos reais.
71. As Despesas de Capital registaram uma realização de 20,0 milhões de Meticais, correspondente a 4,2% do
Orçamento anual e a um decréscimo de 59,8% em termos reais, o que se justifica pelas medidas de
racionalização da despesa e pela melhoria na classificação das despesas de funcionamento.
72. As dotações das Despesas de Funcionamento cabimentadas correspondem a 28,0% do Orçamento Anual,
tendo as Transferências Correntes, Despesas com o Pessoal, Encargos da Dívida, Subsídios e Bens e
Serviços efectuado cabimentacoes correspondentes a de 41,7%, 28,2%, 27,7%, 21,9% e 20,5% das
respectivas dotações orçamentais, conforme mostra a tabela 15.
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______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
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Segundo a Classificação Económica
Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-
Classificação Económica Anual Cabimen- sa Liqui- mentos
(OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar
Despesas com o Pessoal 71,310.1 20,127.4 20,083.5 18,355.6 1,728.0 28.2 99.8 91.4
Salários e Remunerações 67,210.9 19,317.2 19,298.0 17,698.7 1,599.4 28.7 99.9 91.7
Demais Despesas c/ Pessoal 4,099.1 810.3 785.5 656.9 128.6 19.8 96.9 83.6
Bens e Serviços 28,973.2 5,949.5 5,812.3 5,324.7 487.5 20.5 97.7 91.6
Encargos da Dívida 12,500.0 3,457.9 3,457.9 3,385.0 72.9 27.7 100.0 97.9
Juros Internos 7,200.0 1,251.0 1,251.0 1,251.0 0.0 17.4 100.0 100.0
Juros Externos 5,300.0 2,206.9 2,206.9 2,134.0 72.9 41.6 100.0 96.7
Transferências Correntes 19,304.5 8,043.9 7,951.0 2,633.8 5,317.2 41.7 98.8 33.1
Transfer. a Admin. Públicas 3,805.4 1,010.2 978.3 622.6 355.7 26.5 96.8 63.6
Autarquias 2,291.3 641.4 609.7 609.7 0.0 28.0 95.1 100.0
Embaixadas 1,385.0 350.3 350.3 0.0 350.3 25.3 100.0 0.0
Outras 129.2 18.4 18.3 12.9 5.4 14.3 99.3 70.7
Transfer. a Admin. Privadas 413.9 125.1 125.1 123.2 1.9 30.2 100.0 98.5
Transferências a Famílias 12,886.9 4,915.0 4,855.2 1,878.4 2,976.8 38.1 98.8 38.7
Pensões 7,450.3 3,675.7 3,672.2 866.2 2,806.0 49.3 99.9 23.6
Assist. Social à População 3,387.0 798.0 753.6 644.6 108.9 23.6 94.4 85.5
Demais Transf. a Famílias 2,049.5 441.3 429.4 367.5 61.8 21.5 97.3 85.6
Transferências ao Exterior 2,198.4 1,993.6 1,992.4 9.6 1,982.9 90.7 99.9 0.5
Subsídios 2,120.6 463.4 463.4 463.4 0.0 21.9 100.0 100.0
Exercícios Findos 210.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Demais Despesas Correntes 1,267.5 41.1 37.7 22.5 15.2 3.2 91.7 59.8
Despesas de Capital 472.8 20.2 20.0 20.0 0.0 4.3 99.3 100.0
Total 136,159.3 38,103.4 37,825.8 30,205.1 7,620.8 28.0 99.3 79.9
Fonte: MEX
Tabela 15 - Despesas de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga,
(Em Milhões de Meticais)
%
DC/OA
%
DP/DC
%
DL/DP
73. Do total das dotações cabimentadas foram efectuados pagamentos equivalentes a cerca de 99,3%, sendo de
destacar as rubricas de Encargos de divída e Subsídios, cujos pagamentos correspondem à totalidade dos
valores cabimentados.
74. As despesas de funcionamento liquidadas e devidamente contabilizadas no e-Sistafe, representam cerca de
79,9% dos pagamentos efectuados e 21,9% ainda está por contabilizar e resulta dos Adiantamentos de Fundos
para os órgão e Instituições do Estado que ainda não possuem pontos do e-Sistafe e das Despesas que pela
sua natureza são disponobilzadas por via de Adiantamento de Fundos.
75. No gráfico seguinte apresenta-se a repartição percentual das Despesas de Funcionamento, segundo a
classificação económica.
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
25
Despesas com o Pessoal53,1%
Bens e Serviços15,4%
Encargos da Dívida9,1%
Transferências Correntes
21,0%
Subsídios1,2%
Exercícios Findos0,0% Demais Despesas
Correntes0,1%
Gráfico 4 - Estrutura da Despesa de Funcionamento
76. Observa-se do Gráfico 4 que as Despesas com o Pessoal absorveram o equivalente a 53,1% do total das
Despesas de Funcionamento, seguidas pelas Transferências Correntes com 21,0% e pelos Bens e Serviços
com 15,4%.
4.3.2.1. Despesas de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos
77. A repartição das Despesas de Funcionamento, segundo os diferentes âmbitos mostra que os órgãos e
instituições de nível Central absorveram o equivalente a 54,8% das despesas totais, os de âmbito distrital e
provincial 22,4% e 21,1% e as autarquias 1,6% , conforme se observa da tabela 16.
Fonte Taxa
de Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Raliz.
Recursos Valor Peso (%) Central Provincial Distrital Autárquico Valor Peso(%) (%)
Recursos do Tesouro 129 177.6 94.9 20 105.4 7 942.5 8 464.1 609.7 37 121.7 98.1 28.7
Receitas Consignada 2 758.5 2.0 333.2 24.7 0.2 0.0 358.0 0.9 13.0
Receitas Própias 4 223.3 3.1 302.9 22.0 21.2 0.0 346.2 0.9 8.2
Despesa Valor 136 159.3 100.0 20 741.4 7 989.2 8 485.6 609.7 37 825.8 100.0 27.8
Total Peso (%) 54.8 21.1 22.4 1.6 100.0
Orçamento Valor 76 827.9 27 263.5 29 776.6 2 291.3 136 159.3
Peso (%) 56.4 20.0 21.9 1.7 100.0
Taxa de Realização (%) 27.0 29.3 28.5 26.6 27.8
Fonte: MEX
Orçamento
Anual
Realização
Total
Tabela 16 - Despesa de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos
( Em Milhões de Meticais)
78. As Despesas de Funcionamento foram maioritariamente financiadas por Recursos do Tesouro, que contribuíram
com o correspondente a 98,1% das despesas totais, tendo as Receitas Consignadas e as Receitas Próprias
financiado o equivalente a 0,9%. Em termos de desempenho constata-se que as despesas financiadas por
Recursos do Tesouro tiveram uma realização correspondente a 28,7% do Orçamento anual, tendo as
financiadas por Receitas Consignadas e por Receitas Próprias atingido o equivalente a 13,0% e 8,2% das
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
26
respectivas dotações orçamentais.
79. Na distribuição territorial, destaque vai para as instituições de âmbito provincial e distrital com taxas de
realização equivalentes a 29,3% e 28,5% do Orçamento anual, respectivamente, tendo os órgãos de âmbito
central e autarquias se fixado com 27,0% e 26,6% respectivamente, conforme ilustra a tabela 17.
Variação Inflação =>
Âmbito Orçamento Realiz. % de Realiz. % de 2015/16 Var Cambial
Anual Jan-Mar Realiz.Lei 1/2014Anual Actualiz Jan-Mar Realiz. (%) a/
Âmbito Central 55,953.0 13,156.4 23.5 78,644.0 76,827.9 20,741.4 27.0 33.3%
Âmbito Provincial 33,612.6 7,673.3 22.8 26,405.2 27,263.5 7,989.2 29.3 -7.4%
Niassa 2,291.6 548.4 23.9 1,889.3 1,994.4 606.8 30.4 -1.6%
Cabo Delgado 3,495.9 1,090.6 31.2 1,737.6 2,255.6 856.3 38.0 -30.2%
Nampula 5,052.6 1,117.6 22.1 4,015.9 3,436.7 1,184.5 34.5 -5.7%
Zambézia 3,163.6 628.8 19.9 2,845.2 2,959.2 676.9 22.9 -4.2%
Tete 2,832.6 583.3 20.6 2,077.0 2,196.4 611.0 27.8 -6.8%
Manica 2,615.2 568.9 21.8 1,809.3 1,877.9 639.6 34.1 0.0%
Sofala 3,919.7 921.1 23.5 2,680.8 2,865.6 883.7 30.8 -14.7%
Inhambane 1,864.2 402.0 21.6 1,498.8 1,591.0 468.3 29.4 3.6%
Gaza 2,087.9 397.8 19.1 1,862.9 1,993.0 476.7 23.9 6.6%
Maputo 2,729.8 608.6 22.3 2,460.0 2,492.9 675.4 27.1 -1.3%
Cidade de Maputo 3,559.6 806.1 22.6 3,528.4 3,600.9 910.0 25.3 0.4%
Âmbito Distrital 28,772.6 6,542.2 22.7 28,818.8 29,776.6 8,485.6 28.5 15.4%
Distritos de Niassa 1,751.5 462.5 26.4 1,871.4 1,912.1 608.3 31.8 17.0%
Distritos de Cabo Delgado 2,270.2 518.3 22.8 2,340.6 2,327.9 655.8 28.2 12.6%
Distritos de Nampula 4,871.3 1,056.0 21.7 4,559.1 5,315.4 1,328.0 25.0 11.9%
Distritos de Zambézia 4,959.3 1,231.9 24.8 5,204.1 5,223.5 1,586.1 30.4 14.5%
Distritos de Tete 2,332.8 532.8 22.8 2,618.6 2,670.6 737.6 27.6 23.2%
Distritos de Manica 2,846.1 581.2 20.4 2,566.7 2,557.3 753.1 29.5 15.3%
Distritos de Sofala 2,266.1 539.9 23.8 2,541.5 2,557.9 695.5 27.2 14.6%
Distritos de Inhambane 3,234.4 658.9 20.4 2,983.2 3,019.7 857.1 28.4 15.7%
Distritos de Gaza 2,125.8 503.5 23.7 2,156.2 2,156.2 631.9 29.3 11.6%
Distritos de Maputo 2,115.2 457.1 21.6 1,977.3 2,036.1 632.2 31.0 23.0%
Âmbito Autárquico 2,013.5 491.8 24.4 2,291.3 2,291.3 609.7 26.6 10.3%
Total 120,351.7 27,863.8 23.2 136,159.3 136,159.3 37,825.8 27.8 17.5%
a/- Em temos reais, com inflação a 12,41% e variação cambial a 45%.
Fonte: REOE Jan - Mar 2015 e MEX.
Tabela 17 - Despesa de Funcionamento por Âmbitos (Em Milhões de Meticais)
Ano 2015
Orçamento
Ano 2016
80. Em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, há a destacar o crescimento registado nos
órgãos e instituições de âmbito Central, na ordem de 33,3% em termos reais. Os órgãos e instituições de âmbito
Provincial tiveram um decréscimo de 7,4%, devido a redução da dotação orçamental, que resulta da
transferência para a gestão central de algumas das instituições de ensino superior, antes sob gestão provincial,
nomeadamente: UNILÚRIO, UNIZAMBEZE, Academia Militar Samora Machel, Instituto Superior Politécnico do
Songo.
81. Os pagamentos efectuados atingiram o correspondente a cerca de 97,6% das dotações cabimentadas,
conforme se ilustra a tabela seguinte:
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
27
82. Analisando as dotações cabimentadas, constata-se que os órgãos e instituições do nível provincial e distrital
cabimentaram o equivalente a 32,0% e 28,6%, do Orçamento anual, respectivamente, tendo os de nível
autárquico e central cabimentado o correspondente a 28,0% e 27,1%, respectivamente.
4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO
83. A Despesa de Investimento atingiu no período em análise o montante de 7.016,5 milhões de Meticais,
equivalentes a 8,3% do Orçamento anual, sendo 5.093,4 milhões de Meticais na componente interna e 1.923,1
milhões de Meticais na componente externa, correspondentes respectivamente a 12,2% e 4,5%, conforme
ilustra a tabela 19.
Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-
Âmbito Anual Cabimen- sa Liqui- mentos
(OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar
Âmbito Central 76 827.9 20 847.0 20 741.4 13 861.1 6 880.3 27.1 99.5 66.8
Âmbito Provincial 27 263.5 8 737.9 7 989.2 6 964.8 1 024.4 32.0 91.4 87.2
Niassa 1 994.4 674.1 606.8 606.8 0.0 33.8 90.0 100.0
Cabo Delgado 2 255.6 898.5 856.3 442.9 413.3 39.8 95.3 51.7
Nampula 3 436.7 1 288.0 1 184.5 1 181.8 2.7 37.5 92.0 99.8
Zambézia 2 959.2 755.3 676.9 676.9 0.0 25.5 89.6 100.0
Tete 2 196.4 658.8 611.0 611.0 0.0 30.0 92.8 100.0
Manica 1 877.9 702.4 639.6 639.6 0.0 37.4 91.1 100.0
Sofala 2 865.6 978.2 883.7 883.7 0.0 34.1 90.3 100.0
Inhambane 1 591.0 507.3 468.3 446.1 22.3 31.9 92.3 95.2
Gaza 1 993.0 538.4 476.7 476.7 0.0 27.0 88.5 100.0
Maputo 2 492.9 749.5 675.4 675.4 0.0 30.1 90.1 100.0
Cidade de Maputo 3 600.9 987.4 910.0 323.9 586.1 27.4 92.2 35.6
Âmbito Distrital 29 776.6 8 518.6 8 485.6 8 436.1 49.5 28.6 99.6 99.4
Distritos de Niassa 1 912.1 609.4 608.3 606.6 1.7 31.9 99.8 99.7
Distritos de Cabo Delgado 2 327.9 658.8 655.8 655.8 0.0 28.3 99.6 100.0
Distritos de Nampula 5 315.4 1 334.1 1 328.0 1 319.7 8.3 25.1 99.5 99.4
Distritos de Zambézia 5 223.5 1 590.1 1 586.1 1 579.8 6.4 30.4 99.8 99.6
Distritos de Tete 2 670.6 742.6 737.6 713.4 24.2 27.8 99.3 96.7
Distritos de Manica 2 557.3 755.3 753.1 751.0 2.1 29.5 99.7 99.7
Distritos de Sofala 2 557.9 697.0 695.5 694.4 1.1 27.2 99.8 99.8
Distritos de Inhambane 3 019.7 861.5 857.1 857.1 0.0 28.5 99.5 100.0
Distritos de Gaza 2 156.2 635.5 631.9 627.3 4.5 29.5 99.4 99.3
Distritos de Maputo 2 036.1 634.3 632.2 631.0 1.2 31.1 99.7 99.8
Âmbito Autárquico 2 291.3 641.4 609.7 609.7 0.0 28.0 95.1 100.0
Total 136 159.3 38 744.8 37 825.8 29 871.6 7 954.2 28.5 97.6 79.0
Fonte: MEX
%
DC/OA
%
DP/DC
%
DL/DP
Tabela 18 - Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por Âmbitos
(Em Milhões de Meticais)
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
28
(Em Milhões de Meticais)
Ano 2016 Varia-
Financiamento Orça- Reali- (%) Reali- (%) ção
mento zação de zação de 2015/16
Anual Jan-Mar Realiz Inicial Actual Jan-Mar Realiz ( %) a/
INTERNO 44,881.3 3,621.4 8.1% 41,338.9 41,784.1 5,093.4 12.2% 25.1%
EXTERNO 38,298.2 1,332.8 3.5% 42,526.6 42,526.6 1,923.1 4.5% -0.5%
Donativos 18,481.3 1,119.3 6.1% 15,800.0 19,174.0 1,352.3 7.1% -16.7%
Fundos Comuns 8,414.8 1,059.1 12.6% 7,462.5 8,196.3 1,006.0 12.3% -34.5%
FC-PROAGRI 72.4 0.0 0.0% 61.2 61.2 0.1 0.1%
FC-FASE 3,477.8 582.8 16.8% 2,994.3 2,977.8 573.4 19.3% -32.2%
FC-PROSAÚDE 2,910.8 372.7 12.8% 3,058.6 3,058.6 322.4 10.5% -40.4%
FC-CEDSIF 282.0 22.9 8.1% 209.5 209.5 14.9 7.1% -55.1%
FC-PEDSA 8.8 0.0 0.0%
FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 109.9 0.0 0.0% 15.4 15.4 7.7 50.0%
FC-INE 213.9 3.0 1.4% 105.0 309.1 8.5 2.7% 94.5%
FC-AAT 490.5 44.9 9.2% 319.0 319.0 76.5 24.0% 17.4%
FC-PPFD 78.5 12.6 16.0%
FC-PES 280.9 19.6 7.0% 176.7 176.7 0.7 0.4% -97.7%
FCESTRADA 194.6 0.0 0.0% 233.0 233.0 - 0.0%
FC-PRONASA 209.4 0.0 0.0% 289.9 836.1 1.9 0.2%
FCASAS 85.3 0.5 0.6%
Outros Fundos 10,066.5 60.2 0.6% 8,337.5 10,977.7 346.3 3.2% 296.3%
Outros Fundos via CUT 5,845.0 44.2 0.8% 2,931.6 5,269.7 120.8 2.3% 88.6%
Outros Fundos extra CUT 4,221.5 16.1 0.4% 5,405.9 5,708.0 225.5 3.9% 867.3%
Créditos 19,817.0 213.4 1.1% 26,726.6 23,352.6 570.8 2.4% 84.4%
Outros Fundos via CUT 6,278.1 116.3 1.9% 3,363.4 4,297.5 217.8 5.1% 29.1%
Outros Fundos extra CUT 13,538.8 97.2 0.7% 23,363.2 19,055.1 353.0 1.9% 150.5%
Total 83,179.6 4,954.1 6.0% 83,865.5 84,310.7 7,016.5 8.3% 18.2%
a/- Em termos reais, com inflação a 12,41 % e variação cambial a 45,0%.
Orçamento
Ano 2015
Anual
Tabela 19- Despesa de Ivestimento, segundo a Origem e Modalidade de Financiamento
84. O nível de realização das Despesas de Investimento foi influenciado por falta de recursos internos aliado ao
baixo nível de desembolsos de financiamento externos.
85. Observa-se do Gráfico 5 que as despesas financiadas pela componente interna tiveram maior peso na
realização das Despesas de Investimento, tendo atingido o equivalente a 72,6% do total, contra 19,3% da
financiada pelos donativos externos e 8,1% pelos créditos externos.
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
29
Componente Interna72,6%
Donativos Externos
19,3%
Créditos Externos8,1%
Gráfico 5 - Estrutura das Despesas de Investimento
86. Na componente externa de investimento, o financiamento via CUT representa, em termos de distribuição
orçamental, 69,9% da despesa total e o fora da CUT 30,1 conforme mostra a tabela 20.
Variação
Financiamento Taxa Taxa 2015/16
Valor Peso Valor Peso Realiz.
Valor Peso Valor Peso Realiz. ( %) a/
Via CUT 20.537,9 54% 1.219,5 91,5% 5,9% 17.763,4 41,8% 1.344,7 69,9% 7,6% -24,0%
Fundos Comuns 8.414,8 22% 1.059,1 79,5% 12,6% 8.196,3 19,3% 1.006,0 52,3% 12,3% -34,5%
Fundos Individuais 12.123,1 32% 160,5 12,0% 1,3% 9.567,2 22,5% 338,7 17,6% 3,5% 45,6%
Fora da CUT 17.760,3 46% 113,2 8,5% 0,6% 24.763,2 58,2% 578,4 30,1% 2,3% 252,3%
Outros Fundos 17.760,3 46% 113,2 8,5% 0,6% 24.763,2 58,2% 578,4 30,1% 2,3% 252,3%
Total 38.298,2 100% 1.332,8 100,0% 3,5% 42.526,6 100,0% 1.923,1 100,0% 4,5% -0,5%
a/- Em termos reais, com variação cambial a 45,0%.
Tabela 20 - Componente Externa, por Origem
e Modalidade de Financiamento
(Em Milhões de Meticais)
Ano 2015 Ano 2016
Orçamento Anual Realização Jan/Mar Orçamento Anual Realização
Jan/Setr
87. Em termos de realização, verifica-se que o financiamento via CUT teve uma participação correspondente a
69,9% da despesa total da componente externa, sendo de destacar os Fundos Comuns, que tiveram uma
participação de 52,3%, tendo o financiamento fora da CUT registado o equivalente a 30,1%.
4.3.3.1. Despesa de Investimento por Fonte de Recursos
88. A repartição da Despesa de Investimento, por fonte de financiamento, verifica-se que os Recursos do Tesouro
tiveram maior contribuição ao financiarem o equivalente a 47,3% da despesa total, seguindo-se as Receitas
Consignadas com 25,2%. No global das Despesas de Investimento o financiamento interno contribuiu com o
equivalente a 72,6% e o externo com 27,4%. A tabela abaixo ilustra o descrito neste parágrafo.
-
______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Janeiro - Março 2016
30
Fonte
Orçament
o Taxa
de Anual Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Total Realiz.
Recurso Valor Peso Central Provincial Distrital Autárqui
coValor Peso (%)
Internos 41.784,1 49,6% 4.322,0 508,5 72,7 190,2 5.093,4 72,6% 12,2%
Recursos do Tesouro 31.741,5 37,6% 2.549,7 504,4 72,6 190,2 3.317,0 47,3% 10,4%
Receitas Consignadas 9.228,8 10,9% 1.767,8 1,1 0,0 0,0 1.768,9 25,2% 19,2%
Receitas Próprias 807,4 1,0% 4,5 3,1 0,0 0,0 7,6 0,1% 0,9%
Donativos em Espécie 6,4 0,0% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0% 0,0%
Externos 42.526,6 50,4% 1.266,4 350,2 306,6 0,0 1.923,1 27,4% 4,5%
Donativos Ext. em Moeda 16.193,1 19,2% 753,7 303,9 306,6 0,0 1.364,2 19,4% 8,4%
Donativos Ext. em Espécie 3.612,4 4,3% 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0% 0,0%
Créditos Ext. em Moeda 12.540,5 14,9% 175,0 46,3 0,0 0,0 221,3 3,2% 1,8%
Créditos Ext. em Espécie 10.180,7 12,1% 337,6 0,0 0,0 0,0 337,6 4,8% 3,3%
Despesa Valor 84.310,7 100% 5.588,4 858,7 379,2 190,2 7.016,5 100,0 0,1
Total Peso 79,6% 12,2% 5,4% 2,7% 100,0%
Orçamento Valor 67.692,0 10.788,4 4.554,5 1.275,8 84.310,7
Anual Peso 80,3% 12,8% 5,4% 1,5% 100,0%
Tabela 21- Investimento por Âmbito e Fonte de Recursos
(Em Milhões de Meticais)
Realização Jan-Mar
89. A distribuição territorial da componente interna das Despesas de I