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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO ANO 2015 JANEIRO A DEZEMBRO

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  • REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

    MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS

    RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO

    ORÇAMENTO DO ESTADO

    ANO 2015 JANEIRO A DEZEMBRO

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    Indice

    1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 5

    2. POLÍTICA ORÇAMENTAL ...................................................................................................................... 6

    3. GESTÃO ORÇAMENTAL ....................................................................................................................... 7

    4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO .......................................................................................... 9

    4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL .................................................................................................................. 9

    4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS ........................................................................................................... 10

    4.2.1. RECEITAS DO ESTADO ...................................................................................................................... 10

    4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE ............................................................................................................ 17

    4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA .................................................................................................................. 19

    4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS .................................................................................................... 19

    4.3.2. ESPESAS DE FUNCIONAMENTO ........................................................................................................ 19

    4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO ............................................................................................................ 26

    4.3.4. TRANSFERÊNCIAS ÀS COMUNIDADES .............................................................................................. 31

    4.3.5. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................... 32

    4.3.6. DESPESAS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ..................................................................... 34

    4.3.7 DESPESAS POR PRIORIDADES E PILARES ......................................................................................... 35

    4.3.8 DESPESAS NOS SECTORES ECONÓMICOS E SOCIAIS ....................................................................... 36

    4.4 GARANTIAS E AVALES ........................................................................................................................... 38

    TABELAS Tabela 1 – Resumo das alterações orçamentais ............................................................................................8

    Tabela 2 – Equilíbrio orçamental ....................................................................................................................9

    Tabela 3 – Receitas do Estado ..................................................................................................................... 11

    Tabela 4 – Receitas de dividendos ............................................................................................................... 14

    Tabela 5 – Receitas de concessões ............................................................................................................. 14

    Tabela 6 – Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões .............................. 15

    Tabela 7 – Contribuição dos mega-projectos ............................................................................................... 16

    Tabela 8 – Reembolsos em Impostos sobre o Rendimento ......................................................................... 16

    Tabela 9 - Rembolsos em Impostos sobre o Valor Acrescentado………………………….…………………...17

    Tabela 10 – Desembolsos de financiamento externo ................................................................................... 17

    Tabela 11 – Financiamento do défice ........................................................................................................... 18

    Tabela 12 – Movimento de fundos externos que transitam pela CUT .......................................................... 18

    Tabela 13 – Despesas totais por âmbitos ..................................................................................................... 19

    Tabela 14 – Despesas de funcionamento, segundo a classificação económica………………………..... ..... 20

    Tabela 15 – Despesas de funcionamento cabimentada, liquidada e paga ................................................... 22

    Tabela 16 – Despesas de funcionamento por âmbito e fonte de recursos ................................................... 23

    Tabela 17– Despesas de funcionamento por âmbitos .................................................................................. 24

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    2

    Tabela 18– Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por âmbitos....................... ....... 25

    Tabela 19 – Despesas de investimento, segundo a origem e modalidade de financiamento ....................... 26

    Tabela 20– Componente externa de investimento por origem e modalidade de financiamento ................... 27

    Tabela 21– .. Despesas de investimento por âmbito e fonte de recursos………………………………………28

    Tabela 22 – Componente interna de investimento por âmbitos .................................................................... 29

    Tabela 23– Componente interna de investimento cabimentada, liquidada e paga, por âmbitos .................. 30

    Tabela 24– Componente externa de investimento por âmbitos .................................................................... 31

    Tabela 25 – Transferências às comunidades ............................................................................................... 32

    Tabela 26– Operações financeiras segundo a classificação económica ...................................................... 33

    Tabela 27– Empréstimos por acordos de retrocessão ................................................................................. 33

    Tabela 28– Amortização da Dívida Pública .................................................................................................. 34

    Tabela 29 – Despesas segundo a classificação funcional ............................................................................ 35

    Tabela 30 – Despesas por prioridades e pilares .......................................................................................... 36

    Tabela 31 – Despesas nos sectores económicos e sociais .......................................................................... 37

    GRÁFICOS Gráfico 1 – Estrutura da mobilização de recursos ..........................................................................................9

    Gráfico 2 – Estrutura da aplicação de recursos ..............................................................................................9

    Gráfico 3 – Estrutura das receitas do Estado ............................................................................................... 14

    Gráfico 4 – Estrutura da despesa de funcionamento .................................................................................... 21

    Gráfico 5 – Estrutura das despesas de investimento.................................................................................... 25

    Gráfico 6 – Estrutura das despesas dos sectores prioritários ....................................................................... 36

    MAPAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Mapas Globais Mapa I – Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão Mapa I-1 – Receitas Próprias previstas e cobradas Mapa II – Desembolsos/Entradas de Financiamento Externo Mapa II-1 – Desembolso dos Fundos Comuns Mapa II-2 – Financiamento do Défice, segundo a classificação económica Mapa III-1 – Resumo da Despesa Total, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental Mapa III-2 – Despesas do Estado segundo a classificação funcional, em comparação com a dotação orçamental Mapa III-3 – Despesas nos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação com

    a dotação orçamental

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    Mapas das Despesas de Funcionamento Mapa IV-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental - âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-1-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com

    a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa IV-1-2 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com

    a dotação orçamental – âmbito distrital Mapa IV-1-3 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação com

    a dotação orçamental – âmbito autárquico Mapa IV-2 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações económica e de fonte de recursos, em

    comparação com a dotação orçamental – âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-3 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em

    comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial, distrital e autárquico

    Mapas das Despesas de Investimento Mapa V-1 – Despesas de Investimento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental - âmbitos central, provincial e distrital Mapa V-1-1 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial, em

    comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-2 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial,

    em comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-3 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial –

    âmbito distrital Mapa V-1-4 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial –

    âmbito distrital Mapa V-4 – Despesas da componente externa do investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de

    recursos e por projectos, em comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial e distrital

    Mapa de Operações Financeiras

    Mapa VI – Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental

    ANEXOS INFORMATIVOS Anexo Informativo 1 – Cobrança do Crédito Mal Parado do Banco Austral Anexo Informativo 2 – Movimento dos Créditos do Estado Anexo Informativo 3 – Participações Financeiras do Estado GLOSSÁRIO

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    Adiantamento de Fundos é a concessão de fundos aos órgãos e instituições que não executam os respectivos

    orçamentos por via directa, para a realização das despesas programadas para um determinado período;

    Adiantamento de Fundos por Operações de Tesouraria é a concessão de fundos para a realização de despesas

    de carácter urgente e inadiável, quando não seja possível liquidá-las de imediato;

    Contravalores Consignados a Projectos correspondem aos valores dos fundos externos utilizados para a

    realização de projectos de investimento inscritos no Orçamento do Estado;

    Contravalores não Consignados são os valores dos donativos e créditos externos transferidos para a Conta Única

    do Tesouro;

    Despesa Cabimentada é o valor da dotação orçamental comprometido para fazer face a uma determinada despesa;

    Despesa Liquidada é a despesa efectuada pelo valor definitivo, com a devida classificação orçamental

    desagregada;

    IVA Liquido é o valor do Iva Bruto deduzido os reembolsos;

    Orçamento Inicial é o limite da dotação orçamental aprovado pela Assembleia da República através da Lei n.º

    2/2015, de 7 de Maio;

    Orçamento Actualizado é o limite da dotação orçamental actualizada pelo Governo, com base nas competências

    atribuídas através do artigo 8 da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio;

    Serviço da Dívida é o valor destinado ao pagamento de capital e encargos da dívida. No caso da dívida externa, o

    valor difere do efectivamente pago pelo Banco de Moçambique, na medida em que este retém numa conta bancária

    os valores transferidos da Conta Única do Tesouro para o efeito, utilizando-os na medida do exigido pelo processo

    de pagamento no exterior, operação que implica compra de moeda externa, transferência, recepção da confirmação

    de pagamento, etc.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    1. INTRODUÇÃO

    1. O presente Relatório apresenta a execução do Orçamento do Estado e o resultado da actividade financeira no

    período de Janeiro a Dezembro de 2015, nos termos estabelecidos pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro,

    que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) e pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de

    Agosto, que aprova o Regulamento do SISTAFE.

    2. O Orçamento do Estado de 2015, aprovado através da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, estabelece como principais

    metas a cobrança de receitas do Estado no valor de 160.707,8 milhões de Meticais, a execução das Despesas

    do Estado no montante de 226.425,0 milhões de Meticais, resultando um Défice Orçamental de 65.717,2

    milhões de Meticais.

    3. A execução do Orçamento do Estado de Janeiro a Dezembro de 2015 reporta uma cobrança de receita de

    157.188,9 milhões de Meticais, equivalente a 97,8% da previsão e uma realização da despesa total de

    193.099,0 milhões de Meticais, correspondente a 85,3% do Orçamento Anual. Os níveis de execução da

    despesa de Investimento atingiram o correspondente a 70,5% da realização, influenciado pela baixa execuçao

    da componente externa e ainda da aprovação tardia do Orçamento do Estado, bem como do impacto negativo

    das cheias que assolaram o país no primeiro trimestre.

    4. O documento está estrututurado em quatro capítulos, sendo o primeiro relativo à introdução, o segundo refere-

    se à política orçamental, o terceiro à gestão orçamental e o quarto à execução do Orçamento do Estado. O

    Relatório destaca, entre outros, os seguintes aspectos:

    Equilíbrio Orçamental apurado no período, em comparação com o orçamentado para o ano;

    Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão anual e a

    cobrança em igual período do ano anterior, evidenciando as Receitas Próprias dos diversos serviços e

    administrações distritais;

    Financiamento do Défice, em comparação com a previsão anual, por origem e natureza;

    Despesas de Funcionamento, em comparação com a dotação orçamental e a realização em igual período

    do ano anterior, distribuídas pelos diferentes âmbitos e segundo as classificações económica, orgânica,

    fonte de recursos e territorial;

    Despesas de Investimento, nos mesmos moldes das Despesas de Funcionamento, incluindo a

    componente externa do investimento por projectos;

    Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental;

    Despesa Segundo a Classificação Funcional, em comparação com a dotação orçamental;

    Despesas dos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação com

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    6

    a dotação orçamental; e

    Garantias e Avales emitidas pelo Governo.

    5. No que se refere às Despesas de Investimento e Operações Financeiras Activas financiadas por fundos

    externos que não transitam pela Conta Única do Tesouro (CUT), o procedimento utilizado para a sua

    incorporação na execução orçamental e, consequentemente, a forma como são reflectidas no Relatório é a

    seguinte:

    Os desembolsos de créditos externos para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços, para

    projectos de investimento do Orçamento do Estado, comunicados pelos sectores beneficiários, são

    incorporados no e-SISTAFE;

    Os desembolsos para utilização por terceiros (Acordos de Retrocessão), comunicados pelos credores, são

    incorporados no e-SISTAFE, com base nessa comunicação e receitados com a devida classificação

    económica;

    Os desembolsos de donativos externos, para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços, para

    projectos de investimento do Orçamento do Estado, quando comunicados à Contabilidade Pública pelo

    sector beneficiário, são também incorporados e receitados, como referido anteriormente;

    As despesas de investimento realizadas com donativos externos, depositados em contas bancárias à ordem

    do utilizador, isto é, ordenadas pela instituição responsável pela execução do projecto, são incorporadas

    com base na informação processada pelo sector e receitada, como nos outros casos.

    6. Por força deste procedimento, nem toda a informação sobre o financiamento externo pode ser processada e

    liquidada no e-SISTAFE, dentro do período a que se refere, mas, dado que o Relatório é publicado até 45 dias

    após o fim desse período, a mesma é integrada como despesa por liquidar, procedendo-se à sua incorporação

    no sistema no período seguinte.

    2. POLÍTICA ORÇAMENTAL

    7. O Orçamento do Estado de 2015 marca o início do Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2015-2019, cujo

    objectivo central é a melhoria das condições de vida do povo moçambicano, através da promoção do emprego,

    da produtividade e da competitividade; da criação de riqueza e gerando um desenvolvimento equilibrado e

    inclusivo, num ambiente de paz, segurança, harmonia, solidariedade, justiça e coesão entre os moçambicanos.

    8. A Política Orçamental para 2015 incide sobre cinco prioridades do PQG 2015-2019, nomeadamente: (i) a

    consolidação da unidade nacional, paz e reforço da soberania; (ii) o desenvolvimento do capital humano e

    social; (iii) a promoção do emprego, produtividade e competitividade; (iv) o desenvolvimento de infra-estruturas

    económicas e sociais; e (v) a gestão sustentável e transparente dos recursos naturais e do ambiente. Incide

    igualmente sobre três pilares de suporte: (i) consolidar o Estado de direito democrático, boa governação e

    descentralização; (ii) promover um ambiente macro-económico equilibrado e sustentável; e (iii) reforçar a

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    cooperação internacional.

    9. O início do ano de 2015 foi marcado por fortes chuvas e cheias em todo o País, o que determinou a afectação

    de recursos para o atendimento de situações daí resultantes, tais como, a assistência às populações

    afectadas, reposição de emergência de infra-estruturas destruídas e a provisão para o atendimento do plano

    de reconstrução pós-cheias e para a reintegração no âmbito do acordo de cessação de hostilidades militares.

    10. Os pressupostos básicos assumidos na elaboração do Orçamento do Estado para 2015 centram-se na

    previsão de crescimento real do PIB de 7,5%, numa taxa de inflação média anual de 5,1% e na manutenção

    de uma política cambial consentânea com os esforços de promoção da competitividade das exportações.

    11. O Orçamento do Estado para 2015, aprovado através da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, é a expressão financeira

    das acções que reflectem os objectivos definidos no Plano Económico e Social para 2015, alinhados com o

    Plano Quinquenal do Governo 2015-2019. Assim, com base nos pressupostos macro-económicos

    anteriormente referidos, foram estabelecidos os seguintes montantes globais.

    Receitas do Estado 160.707,8 milhões de Meticais;

    Despesas do Estado 226.425,0 milhões de Meticais; e

    Défice 65.717,2 milhões de Meticais.

    12. Para a cobertura do Défice Orçamental foi prevista a mobilização de donativos externos no valor de 20.463,7

    milhões de Meticais e a contratação de Créditos no valor de 45.253,5 milhões de Meticais, sendo 9.182,6

    milhões de Meticais de Crédito Interno e 36.070,9 milhões de Meticais de Créditos Externos.

    13. A execução das despesas em 2015 iniciou com base no Orçamento do Estado de 2014, nos termos do artigo

    27 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que estabelece que, não sendo aprovada a proposta do Orçamento

    do Estado, é reconduzido o do exercício económico anterior, com os limites nele definidos.

    3. GESTÃO ORÇAMENTAL

    14. A gestão do orçamento foi feita com vista ao cumprimento dos objectivos de política orcamental,

    nomeadamente: O alcance de níveis superiores das condições de vida do povo moçambicano, promovendo

    o emprego, a produtividade e a competitividade, criando riqueza e gerando um desenvolvimento equilibrado e

    inclusivo, num ambiente de paz e segurança, harmonia, solidariedade, justiça e coesão entre os

    mocambiçanos.Para este propósito, a gestão orçamental foi feita em estreita observância dos limites

    estabelecidos pela Lein.º 2/2015, de 7 de Maio, que nos termos do artigo 8 autoriza o Governo a proceder à

    transferência de dotações orçamentais entre os órgãos e instituições do Estado e fazer movimentações de

    verbas entre as Prioridades e Pilares do Plano Económico e Social. Assim, no período em análise foram

    efectuadas as alterações constantes da tabela seguinte:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    8

    Altera- % Alte- Altera- % Alte-

    Revisto Final ções rações Inicial Actualizado ções rações

    Despesa de Funcionamento 121 207.2 121 207.2 0.0 0.0 120 351.7 119 272.7 -1 079.0 -0.9

    Central 65 956.4 60 241.7 -5 714.7 -8.7 59 333.4 53 610.7 -5 722.6 -10.7

    Prov incial 30 882.3 34 436.4 3 554.1 11.5 33 300.8 34 524.3 1 223.5 3.5

    Distrital 22 368.0 24 528.6 2 160.6 9.7 25 704.1 29 124.2 3 420.1 11.7

    Autárquico 2 000.5 2 000.5 0.0 0.0 2 013.5 2 013.5 0.0 0.0

    Despesa de Invest. Interna 46 260.3 46 260.4 0.1 0.0 44 881.3 44 881.3 0.0 0.0

    Central 36 469.8 34 132.3 -2 337.5 -6.4 34 601.1 34 082.5 -518.7 -1.5

    Prov incial 5 242.6 6 413.4 1 170.8 22.3 5 507.5 5 791.6 284.1 4.9

    Distrital 3 415.9 4 452.7 1 036.8 30.4 3 635.1 3 822.1 187.0 4.9

    Autárquico 1 132.0 1 262.0 130.0 11.5 1 137.6 1 185.1 47.6 4.0

    Despesa de Invest. Externa 58 279.6 58 279.5 -0.1 0.0 38 298.2 38 298.2 0.0 0.0

    Central 55 075.5 52 089.5 -2 986.0 -5.4 30 610.4 31 897.6 1 287.2 4.0

    Prov incial 2 930.7 5 241.8 2 311.1 78.9 6 886.9 5 457.9 -1 429.0 -26.2

    Distrital 273.3 948.2 674.9 246.9 800.9 942.7 141.7 15.0

    Operações Financeiras 23 346.7 23 346.7 0.0 0.0 22 893.7 23 972.8 1 079.1 4.5

    Despesa Total 249 093.8 249 093.8 0.0 0.0 226 425.0 226 425.0 0.0 0.0

    Central 180 848.5 169 810.2 -11 038.3 -6.1 147 438.6 143 563.6 -3 875.0 -2.7

    Prov incial 39 055.6 46 091.6 7 036.0 18.0 45 695.2 45 773.8 78.6 0.2

    Distrital 26 057.3 29 929.5 3 872.2 14.9 30 140.2 33 889.0 3 748.8 11.1

    Autárquico 3 132.4 3 262.5 130.1 4.2 3 151.0 3 198.6 47.6 1.5

    Fonte: MEX

    Âmbitos

    Ano 2014

    Tabela 1 - Resumo das Alterações Orçamentais

    (Em Milhões de Meticais)

    Orçamento AnualOrçamento Anual

    Ano 2015

    15. Conforme se observa da tabela 1, nas Despesas de Funcionamento foram descentralizadas as dotações

    orçamentais dos órgãos e instituições de nível Provincial e distrital, em 3.420,1 e 1.223,5 milhões de Meticais

    em contrapartida das transferências efectuadas dos órgãos e instituições de nível central e no valor de 4.643,6

    milhões de Meticais, respectivamente.

    16. Na componente interna das Despesas de Investimento foram descentralizadas as dotações orçamentais dos

    órgãos e instituições de nível Central para provincial e Distrital no valor de 284,1 milhões de Meticais e 187,0

    milhões de meticais. Ainda foi redistribuido o de valor de 47,6 milhões de meticais, do projecto do MAEFP

    “Construção e Apetrechamento de Instalaões Municipais” para os Municipios seguintes: Vilas de Mandimba,

    Boane, Bilene, Gorongosa, Sussundenga, Maganja da Costa, Ribawe e Mueda.

    17. Na componente externa das Despesas de Investimento foram alocadas as Dotações orçamentais para os

    níveis Central e Distrital no valor de 1.287,2 milhões de Meticais e 141,7 milhões de Meticais, respectivamente,

    em contrapartida das transferências efectuadas dos órgãos e instituições de nível provincial, no valor de

    1.429,0 milhões de Meticais.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO

    4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

    18. Na execução do Orçamento do Estado no período de Janeiro a Dezembro de 2015, resultou o equilíbrio orçamental que se apresenta na tabela 2.

    Recursos

    e % %

    Despesas Valor Peso Valor Peso Realiz. Valor % Peso Valor % Peso Realiz.

    Recursos Internos 161 289.0 64.8 164 550.0 68.8 102.0 169 890.4 75.0 163 771.0 77.2 96.4

    Receitas do Estado 155 573.9 62.5 158 834.9 66.4 102.1 160 707.8 71.0 154 638.7 72.9 96.2

    Créditos Internos 5 715.1 2.3 5 715.1 2.4 100.0 9 182.6 4.1 9 132.3 4.3 99.5

    Recursos Externos 87 804.8 35.2 74 501.8 31.2 84.8 56 534.6 25.0 48 429.2 22.8 85.7

    Donativos Externos 30 401.9 12.2 24 106.5 10.1 79.3 20 463.7 9.0 20 173.1 9.5 98.6

    Créditos Externos 57 402.8 23.0 50 395.3 21.1 87.8 36 070.9 15.9 28 256.1 13.3 78.3

    Total de Recursos 249 093.7 100.0 239 051.8 100.0 96.0 226 425.0 100.0 212 200.1 100.0 93.7

    Desp. de Funcionamento 121 207.2 48.7 118 469.9 52.2 97.7 119 272.7 52.7 117 502.0 60.9 98.5

    Despesa de Investimento 104 539.9 42.0 87 036.2 38.3 83.3 83 179.6 36.7 58 651.4 30.4 70.5

    Componente Interna 46 260.3 18.6 45 374.5 20.0 98.1 44 881.3 19.8 42 562.0 22.0 94.8

    Componente Externa 58 279.6 23.4 41 661.7 18.3 71.5 38 298.2 16.9 16 089.4 8.3 42.0

    Operações Financeiras 23 346.7 9.4 21 543.1 9.5 92.3 23 972.7 10.6 16 945.6 8.8 70.7

    Activas 17 767.4 7.1 16 513.9 7.3 92.9 10 351.0 4.6 3 324.0 1.7 32.1

    Passivas 5 579.3 2.2 5 029.2 2.2 90.1 13 621.7 6.0 13 621.6 7.1 100.0

    Total de Despesa 249 093.8 100.0 227 049.2 100.0 91.2 226 425.0 100.0 193 099.0 100.0 85.3

    Variação de Saldos 0.0 12 002.6 19 101.1

    Total de Aplicações 249 093.7 239 051.8 96.0 226 425.0 212 200.1 93.7

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçamento Anual Realização Jan-Dez

    Tabela 2 - Equilíbrio Orçamental

    (Em Milhões de Meticais)

    Orçamento Anual Realização Jan-Dez

    19. Os recursos mobilizados atingiram o montante de 212.200,1 milhões de Meticais, correspondente a 93,7% da

    previsão anual, tendo os recursos internos se situado em 96,4% e os externos em 85,7% do programado.

    20. As Receitas do Estado tiveram uma realização de 154.638,7 milhões de Meticais, equivalente a 96,2% da meta

    anual. Importa referir que para o ano 2015 as receitas do Estado são líquidas do reembolso do IVA.

    21. Os Donativos Externos atingiram o montante de 20.173,1 milhões de Meticais, equivalentes a 98,6% da

    previsão anual. Os Créditos Externos situaram-se em 28.256,1 milhões de Meticais, correspondentes a 78,3%

    da previsão anual.

    22. Observa-se do Gráfico 1 que as Receitas do Estado constituíram a principal fonte de recursos no período em

    análise, com uma contribuição equivalente a 72,9% do total dos recursos mobilizados, tendo os Créditos

    Externos os Donativos Externos e Créditos Externos contribuídos com o correspondente a 13,3%, 9,5% e 4,3%

    respectivamente.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    23. As despesas totais atingiram o montante de 193.099,0 milhões de Meticais, correspondente a 85,3% do

    Orçamento anual, tendo as Despesas de Funcionamento atingido 117.502,0 milhões de Meticais, as Despesas

    de Investimento 58.651,4 milhões de Meticais e as Operações Financeiras 16.946,6 milhões de Meticais,

    correspondentes a 98,5%, 70,5% e 70,7%, respectivamente.

    24. O Gráfico 2 mostra que as Despesas de Funcionamento absorveram o equivalente a 60,9% das despesas

    totais, as Despesas de Investimento 30,4% e as Operações Financeiras 8,8%.

    25. Face ao nível de mobilização de recursos, associado ao nível de realização das despesas, as contas do Estado

    registaram uma variação de saldos no valor de 19.101,1 milhões de Meticais.

    4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS

    4.2.1. RECEITAS DO ESTADO

    26. A cobrança de receitas atingiu no período de Janeiro a Dezembro, o montante de 154.638,7 milhões de

    Meticais, correspondente a 96,2% da previsão anual, tendo registado um decrescimo de 1,1% em termos

    nominais, em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, conforme ilustra a tabela 3.

    Receitas do Estado72,9%

    Donativos Externos9,5%

    Creditos Externos13,3%

    Gráfico 1 - Estrutura da Mobilização de Recursos

    Creditos Internos4.3%

    Despesas de Funcionamento

    60,9%

    Despesas de Investimento

    30,4%

    Operações Financeiras

    8,8%

    Gráfico 2 - Estrutura da Aplicações de Recursos

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    Variação

    Classificação Orçamento Cobrança % Orçamento Cobrança % 2014/15

    Económica Anual Jan-Dez Realiz Anual Jan-Dez Realiz (%)

    RECEITAS CORRENTES 149 887.7 153 449.1 102.4 157 520.4 151 508.0 96.2 -1.3%

    Receitas Fiscais 132 261.5 135 084.8 102.1 133 009.3 128 396.2 96.5 -5.0%

    Impostos s/ o Rendimento 59 336.3 63 097.2 106.3 51 411.1 57 929.8 112.7 -8.2%

    Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Colectivas 41 697.0 44 680.9 107.2 29 624.0 36 512.8 123.3 -18.3%

    Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Singulares 17 546.0 18 345.2 104.6 21 684.4 21 307.6 98.3 16.1%

    Imposto Especial sobre o Jogo 93.3 71.1 76.2 102.7 109.4 106.6 54.0%

    Impostos s/ Bens e Serviços 67 560.1 67 846.0 100.4 75 178.9 63 896.8 85.0 -5.8%

    Imposto s/ o Valor Acrescentado 47 909.9 48 194.4 100.6 49 278.1 45 264.1 91.9 -6.1%

    IVA - Nas Operações Internas 21 554.3 21 083.1 97.8 21 523.6 21 664.6 100.7 2.8%

    IVA - Nas Importações 26 355.7 27 111.2 102.9 27 754.5 28 765.9 103.6 6.1%

    Imp. s/Consumo Esp. Producao Nacional 5 420.4 3 971.5 73.3 7 228.2 3 765.5 52.1 -5.2%

    Imp. s/Consumo Esp. Produtos Importados 3 094.7 3 719.0 120.2 5 421.1 3 607.7 66.5 -3.0%

    Imp. s/ Comercio Externo 11 135.1 11 961.1 107.4 13 251.6 11 259.5 85.0 -5.9%

    Outros Impostos 5 365.0 4 141.6 77.2 6 419.3 6 569.6 102.3 58.6%

    Receitas Não Fiscais 9 405.0 9 665.8 102.8 11 360.2 11 616.3 102.3 20.2%

    Das quais Receitas Próprias 3 297.0 5 222.8 158.4 4 437.4 6 179.9 139.3 18.3%

    Receitas Consignadas 8 221.2 8 698.4 105.8 13 150.9 11 495.4 87.4 32.2%

    Dais quais Taxa sobre os Combustiveis 5 028.0 4 885.2 97.2 6 850.5 5 036.9 73.5 3.1%

    RECEITAS DE CAPITAL 3 187.4 2 887.0 90.6 3 187.4 3 130.7 98.2 8.4%

    Alienação de Bens 0.0 71.3 0.0 79.0 10.7% Aliena ção do Patrim ónio do Estado 71.3 0.0 79.0 10.7%Outras Receitas de Capital 3 187.4 2 815.7 88.3 3 187.4 3 051.7 95.7 8.4%

    Dividendos 1 483.4 1 026.7 -30.8%

    Outras 1/ 3 187.4 1 332.3 41.8 3 187.4 2 025.0 63.5 52.0%Total 153 075.1 156 336.1 102.1 160 707.8 154 638.7 96.2 -1.1%

    1/ Inclui a Taxa de Concessão cuja cobrança foi de 663,6 milhões de Meticais

    O valor do IVA Bruto cobrado é de 50 430,4 milhoes de meticais, tendo sido deduzido o montante de 5 166,4 do reembolso do IVA =45 264,1

    Fonte : CGE 2014 e Autoridade Tributária de Moçambique

    Ano de 2014

    Tabela 3 - Receitas do Estado

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano de 2015

    27. Os Impostos sobre o Rendimento tiveram uma cobrança de 57.929,8 milhões de Meticais, equivalentes a

    112,7% da previsão anual e a um decréscimo de 8,2% influenciado pelas mais-valias registadas no periodo,

    representando 7,4% do total deste grupo de impostos.

    28. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) teve uma cobrança de 36.512,8 milhões de

    Meticais, correspondente a 123,3% da previsão anual e a um decréscimo de 18,3% em termos nominais,

    devido às mais-valias, conforme foi referido no parágrafo anterior. Expurgando-se o valor das mais-valias,

    verifica-se que o valor cobrado representa um crescimento nominal de 8,7%, associado a vários factores, com

    destaque para os seguintes:

    Pagamento do IRPC devido no final, referente ao exercício económico de 2014;

    Verificação e correcção contínua das Declarações Anuais de Rendimento e de Informação Contabilística e

    Fiscal;

    Maior controlo dos benefícios fiscais nos projectos de investimento inscritos nas Direcções de Áreas Fiscais;

    Cobranças resultantes de acções de controlo e fiscalização, em sede das auditorias; e

    Controlo nas retenções de pagamentos ao exterior.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    12

    29. No Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) foram cobrados 21.307,6 milhões de Meticais,

    equivalentes a 98,2% da meta anual e a um crescimento nominal de 16,1% em relação a igual período do ano

    transacto, justificado pelo constante controlo das retenções na fonte e das entregas às Direcções de Área

    Fiscal, bem como pelo pagamento da liquidação a final do IRPS da 2ªcategoria.

    30. A cobrança no Imposto Especial sobre o Jogo atingiu o montante de 109,4 milhões de Meticais, correspondente

    a 106,6% da previsão anual e a um crescimento nominal de 54,0% comparativamente ao período homólogo

    de 2014, facto que se explica essencialmente pela reabertura do casino de Pemba e pela entrada em

    funcionamento de um novo casino na cidade da Beira.

    31. No grupo de Impostos sobre Bens e Serviços, constituído pelas rubricas de Imposto sobre o Valor

    Acrescentado (IVA), Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, Imposto sobre o Consumo

    Específico de Produtos Importados e Imposto sobre o Comércio Externo, foram arrecadados 63.896,8 milhões

    de Meticais, equivalentes a 85,0% da meta fixada para o ano.

    32. O valor total do IVA bruto atingiu no período o montante de 50.430,5 milhões de Meticais, tendo sido efectuados

    reembolsos no valor de 5.166,4 milhões de Meticais, passando o IVA líquido para 45.264,1 milhões de

    Meticais.

    33. A cobrança do IVA nas Operações Internas atingiu o montante de 21.664,6 milhões de Meticais,

    correspondente a uma realização de 100,7% e a um crescimentode 2,8%, relativamente a igual período do

    ano 2014. Com vista a melhorar o desempenho nesta rubrica, estão em curso trabalhos de sensibilização dos

    sujeitos passivos, através de campanhas porta-a-porta, visando a facturação dos produtos vendidos, o controlo

    dos créditos sistemáticos, a confirmação do imposto dedutível apresentado nas guias de pagamento e a

    aferição das guias Modelo A sem movimento.

    34. No que se refere ao IVA nas Operações Externas foi arrecadado o valor de 28.765,9 milhões de Meticais,

    correspondente a 103,60% da previsão anual e a um crescimento de 6,1% relativamente ao período homólogo

    do exercício anterior, influenciado pela intensificação do controlo na cobrrança das importações realizadas.

    35. O Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, que incide sobre o tabaco, a cerveja e outras

    bebidas alcoólicas, alcançou o valor de 3.765,5 milhões de Meticais, equivalente a 52,1% da meta anual e a

    um decréscimo de 5,1%, devido ao fraco desempenho registado nas Outras Bebidas Alcoólicas, não obstante

    o contínuo esforço empreendido no controlo das pequenas fábricas de produção de bebidas alcoólicas e de

    tabaco no território nacional.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    13

    36. Relativamente ao Imposto sobre o Consumo Específico de Produtos Importados, foram cobrados 3.607,7

    milhões de Meticais, correspondentes a 66,5% da previsão anual e a um decréscimo de 3,0%, quando

    comparado com igual período de 2014.

    37. Os Impostos sobre o Comércio Externo, nomeadamente, os Direitos Aduaneiros e a Sobretaxa, alcançaram o

    montante de 11.259,5 milhões de Meticais, equivalente a 85,0% da previsão anual. Estes impostos registaram

    um decrescimento nominal de 5,9% relativamente a igual período do ano transacto, justificado pela redução

    do volume das importações.

    38. No grupo dos Outros Impostos foi arrecadado o montante de 6.569,6 milhões de Meticais, equivalente a um

    grau de realização de 102,3% da meta anual e a um crescimento nominal de 58,6% em relação ao período

    homólogo do exercício económico anterior, influenciado pelo bom desempenho registado nas rubricas do

    Imposto Simplificado de Pequenos Contribuintes.

    39. Em relação ao grupo das Receitas Não Fiscais, que compreendem as Taxas Diversas de Serviços,

    Compensação de Aposentação, Outras Receitas não Fiscais e Receitas Próprias, a arrecadação alcançaram

    o valor de 11.616,3 milhões de Meticais, correspondente a 102,3% da previsão anual e a um crescimento de

    20,2%, quando comparado com igual período de 2014.

    40. Nas Receitas Consignadas registou-se uma cobrança de 11.495,4 milhões de Meticais, equivalentes a 87,4%

    da previsão anual e a um crescimento de 32,2% relativamente a igual período do ano anterior.

    41. As Receitas de Capital atingiram o valor de 3.130,7 milhões de Meticais, isto é, 98,2% da previsão anual, tendo

    registado um crescimento de 8,4% em relação a igual período do ano transacto. Neste grupo de impostos, os

    Dividendos contribuíram com 1.026,7 milhões de Meticais, isto é, 0,7% da Receita Total, conforme se

    apresenta na tabela seguinte:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

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    Ano Ano Variação

    2014 2015 2014/15

    Banco de Moçambique 688.5 287.7 28.0% -58.2%

    Companhia Moçambicana e Hidrocarbonetos (CMH) 84.6 236.2 23.0% 179.3%

    Caminhos de Ferro de Moçambique(CFM) 347.0 223.0 21.7% -35.7%

    Instituto Nacional de Petroleo 148.1 210.3 20.5% 42.0%

    Mozambique Community Network (MCNet) 15.6 35.0 3.4% 124.2%

    Cimentos de Moçambique 0.0 14.9 1.5%

    Mozal 0.0 6.6 0.6%

    Instituto de Gestão das Participações do Estado(IGEPE) 0.0 4.1 0.4%

    Banco Nacional de Investimentos (BNI) 0.0 3.7 0.4%

    Tongat Hulett 4.8 3.5 0.3% -27.2%

    STEMA 1.2 1.6 0.2% 34.1%

    Hidroeletrica de Cahorra Bassa (HCB) 155.2 0.0 0.0%

    Moçambique Celular (Mcel) 17.8 0.0 0.0% -100.0%

    Eletricidade de Moçambique (EDM) 10.5 0.0 0.0%

    Soares da Costa 4.5 0.0 0.0% -100.0%

    Empresa Moçambicana de Dragagem 2.9 0.0 0.0% -100.0%

    Hotel Cardoso 2.5 0.0 0.0%

    DOMUS 0.4 0.0 0.0% -100.0%

    Total 1 483.4 1 026.7 100.0% -30.8%

    Contribuição dos Dividendos em % da Receita Total 0.9% 0.7%

    Fonte: Direcção Nacional do Tesouro

    Tabela 4 - Receitas de Dividendos

    (Em Milhões de Meticais)

    PesoProveniência

    42. Do total das receitas de dividendos, destaque vai para a contribuição do Banco de Moçambique, que

    desembolsou o equivalente a 28,0% do total arrecadado, proveniente do resultado líquido obtido no exercício

    económico de 2014. Em relação a igual período do ano transacto, a cobrança de dividendos registou um

    decréscimo nominal de 30,8%.

    43. As Concessões contribuíram no grupo das Receitas de Capital com o valor de 751.,6 milhões de Meticais, ou

    seja, 0,5% da Receita Total, conforme a proveniência ilustrada na tabela 5.

    Tabela 5 - Receitas de Concessões

    (Em Milhões de Meticais)

    InstituiçõesAno 2014 Ano 2015 Peso

    Variação

    Hidroeletrica de Cahora Bassa (HCB) 463.2 663.64 88.3% 43.3%

    Maputo Port Development Company (MPDC) 178.9 20.2 2.7% -88.7%

    Mozambique Community Network (MCNET) 55.0 41.0 5.5% -25.5%

    Companhia do Desenvolvimento do Norte 49.3 26.8 0.0% -45.6%

    Total 746.4 751.6 100.0% 0.7%

    Contribuição das Concessões em % da Receita Total 0.5% 0.5%

    Fonte: Direcção Nacional do Tesouro

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    15

    44. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa contribiu com o equivalente a 88,3% do total das Receitas de Concessões.

    Relativamente a igual período do ano transacto as Receitas de Concessões registaram um crescimento de

    0,7% em termos nominais.

    45. As outras Receitas de Capital, excluindo Dividendos e Taxas de Concessões, atingiram o montante de 1.240.1

    milhões de Meticais, com a distribuição que se mostra na Tabela seguinte:

    Ano Ano Variação

    2014 2015 2014/15

    Juros de Acordos de Retrocessão 428.7 382.1 30.8% -10.9%

    Instituto Nacional de Petróleo (INP) 0.0 143.0 11.5%

    Juros de Crédito Mal Parado 0.0 191.8 15.5%

    Instituto Geológico Mineiro (IGM) 0.0 18.2 1.5%

    Banco Internacional de Moçambique 0.0 9.2 0.7%

    Moçambique Celular (Mcel) 4.9 8.6 0.7% 74.2%

    Italian Thai Development (ITD) 152.3 0.0 0.0% -100.0%

    Outros 0.0 487.2 39.3%

    Total 585.9 1 240.1 100.0% 111.7%

    Contribuição das Outras em % da Receita Total 0.4% 0.8%

    Fonte: Direcção Nacional do Tesouro

    Proveniência Peso

    Tabela 6 - Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões

    (Em Milhões de Meticais)

    46. Os juros de empréstimos de Retrocessão, contribuíram com o equivalente a 30,8%. Os valores desembolsados

    pelo Instituto Nacional de Petróleo e pelo Intituto Geológico Mineiro, são referentes a bónus e taxa de

    assinatura de contrato de exploração, tendo o primeiro contibuído com o corresponte a 11,5% do total das

    Outras Receitas de Capital e o segundo com 1,5%.

    47. A contribuição da Empresa Moçambique Celular, correspondente a 0,7% do total, é proveniente da taxa de

    licença de exploração.

    48. No global das Receitas do Estado destacam-se os Impostos sobre Bens e Serviços com 41,3%, Impostos

    sobre Rendimento com uma contribuição equivalente a 37,5%, seguidos pelas Receitas não Fiscais,

    Consignadas, Outros Impostos e as Receitas de Capital com o equivalente a 7,5%, 7,4%, 4,2% e 2,0%

    respectivamente, como ilustra o gráfico 3.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    16

    49. A contribuição dos Mega projectos atingiu o montante de 11.550,6 milhões de Meticais, correspondente a 7,5%

    da receita total cobrada e a um crescimento nominal de 10,3% relativamente a igual período do exercício

    anterior, conforme se pode observar na nota b/ do Mapa I e se resume na tabela 7.

    Tabela 7 - Contribuição dos Megaprojectos

    (Em Milhões de Meticais)

    Megaprojectos 2014 2015 Peso Variação

    Produção de Energia 2 000.1 2 291.2 19.8% 14.6%

    Exploração de Petróleo 5 554.0 6 689.2 57.9% 20.4%

    Exploração de Recursos Minerais 2 271.0 1 905.6 16.5% -16.1%

    Outros 646.2 664.7 5.8% 2.9%

    Total 10 471.2 11 550.6 100.0% 10.3%

    Contribuição dos Megaprojectos em % da Receita Total 6.7% 7.5%

    Fonte : CGE 2014 e Autoridade Tributária de Moçambique

    50. O sector de Exploração de Petróleo registou um crescimento nominal de 57,9% em relação ao período

    homólogo de 2014, devido ao aumento do volume de produção e comercialização. Entrentanto, o sector de

    Exploração de Recursos Minerais registou um decréscimo 16,1%, como resultado da queda do preço de

    carvão no mercado internacional.

    51. No período em análise deram entrada 4.138 pedidos de reembolso em Impostos sobre o Rendimento, no valor

    total 801,7 milhões de Meticais, sendo 41 relativos ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas e

    4.097 ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, conforme se observa da tabela seguinte:

    Descrição

    Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor

    IRP Colectivas 50 681.4 12 92.2 41 718.2 16 140.1 -18.0 5.4 33.3 52.0

    IRP Singulares 16,164 240.7 18,566 216.1 4,097 83.6 3,370 51.2 -74.7 -65.3 -81.8 -76.3

    16,214 922.1 18,578 308.3 4,138 801.7 3,386 191.3 -74.5 -13.1 -81.8 -37.9

    Fonte: Autoridade Tributária

    2014 2015 % Variação 2014/15

    Tabela 8 - Rembolsos em Impostos sobre o Rendimento

    (Em Milhões de Meticais)

    PagosSolicitados Pagos Solicitados Pagos Solicitados

    Impostos s/ o Rendimento

    37,5%

    Impostos s/ Bens e Serviços

    41,3%

    Outros Impostos4,2%

    Receitas Não Fiscais7,5%

    Receitas Consignadas

    7,4%

    Receitas de Capital2,0%

    Gráfico 3 - Estrutura das Receitas do Estado

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    17

    52. Os reembolsos efectuados atingiram o montante de 191,3 milhões de Meticais, correspondente a 3.386

    pedidos, sendo que o valor pago representa uma redução em 37,9% relativamente ao período homólogo de

    2014.

    53. No referente ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, deram entradas no periodo em análise 949 pedidos, no

    valor total de 15.350,0 milhões de Meticais. No entanto, os reembolsos efectuados atingiram o montante de

    5.797,1 milhões de Meticais, correspondente a 718 pedidos, sendo que o valor pago representa um

    crescimento de 29,2% relativamente ao período homólogo de 2014, conforme se observa da tabela 9:

    Descrição

    Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor

    Normal 491 8 490.2 452 4 419.2 515 15 255.1 392 5 742.7 4.9 79.7 -13.3 29.9

    Diplomatas 547 82.4 472 66.0 434 94.9 326 54.4 -20.7 15.1 -30.9 -17.6

    1 038 8 572.6 924 4 485.2 949 15 350.0 718 5 797.1 -8.6 79.1 -22.3 29.2

    Do v alor de 5.797,1 pago em 2015, 5.166,4 foi com o recurso ao IVA liquido e 630,7 milhões de meticais pagos atrav és de ex ercícios findos.

    Fonte: Autoridade Tributária

    2014 2015 % Variação 2014/15

    Tabela 9 - Rembolsos em Impostos sobre o Valor Acrescentado

    (Em Milhões de Meticais)

    PagosSolicitados Pagos Solicitados Pagos Solicitados

    4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE

    54. Os desembolsos de financiamento externo (donativos e créditos), para o financiamento do défice orçamental,

    atingiram o valor de 53.527,5 milhões de Meticais, equivalente a 94,7% da previsão anual, com a composição

    que se mostra no Mapa II e se resume na tabela seguinte:

    Modalidade

    de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de

    Financiamento Anual Jan-Dez Realiz. Anual Jan-Dez Realiz. Anual Jan-Dez Realiz.

    Apoio ao Orçamento a/ 3 970.7 10 980.5 276.5 4 760.5 1 260.7 26.5 8 731.2 12 241.2 140.2

    Financiamento Via CUT 12 695.9 7 131.4 56.2 6 167.9 1 330.5 21.6 18 863.8 8 461.9 44.9

    Financiam. Fora da CUT 3 797.1 2 061.1 54.3 14 545.9 28 256.1 194.3 18 343.1 30 317.2 165.3

    Acordos de Retrocessão 0.0 0.0 10 596.6 2 507.1 23.7 10 596.6 2 507.1 23.7

    Total 20 463.7 20 173.1 98.6 36 070.9 33 354.4 92.5 56 534.7 53 527.5 94.7

    a/ - Inclui Reembolsos e ajuda alimentar no valor de 778.02 milhões de Meticais.

    Fonte: DNT, Módulo de Execução Orçamental (MEX) e Sectores

    Donativos Créditos TOTAL

    Tabela10 - Desembolsos de Financiamento Externo

    (Em Milhões de Meticais)

    55. Por modalidades de financiamento, o Apoio ao Orçamento atingiu o correspondente a 140,2% da meta prevista

    para o ano, o financiamento via Conta Única do Tesouro (CUT) 44,9% e o financiamento fora da CUT 165,3%,

    tendo o financiamento para Acordos de Retrocessão se fixado em 23,7%.

    56. Por tipo de financiamento, os desembolsos em Donativos Externos atingiram o montante de 20.173,1 milhões

    de Meticais e os Créditos Externos 33.354,4 milhões de Meticais, correspondentes a 98,6% e 92,5% da

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    18

    previsão anual, respectivamente.

    57. Para o Financiamento do Défice, isto é, entradas na CUT (Contravalores Não Consignados e Empréstimos

    Internos), saídas da CUT (Contravalores Consignados e Outros Fundos via CUT), pagamentos através de

    contas bancárias dos sectores e pagamentos directos pelo doador/credor, foram utilizados 39.362,8 milhões

    de Meticais, com a composição que se mostra no Mapa II-2 e se resume na tabela 11.

    Tipo Variação

    de Donati- Crédi- 2014/15

    Fnanciamento vos tos Valor Peso Valor Peso Valor Peso (%)

    Contravalores Não Consignados 11 419.7 0.0 11 419.7 6 796.8 40.2% 4 059.1 18.1% 10 856.0 27.6% -4.9

    Apoio ao Orç. e Bal. de Pagam. 11 419.7 0.0 11 419.7 6 796.8 40.2% 4 059.1 18.1% 10 856.0 27.6% -4.9

    Contravalores Consignados 12 019.2 28 578.3 40 597.5 9 792.1 57.8% 8 804.4 39.2% 18 596.5 47.2% -54.2

    FC-PROAGRI 56.2 0.0 56.2 55.5 0.3% 0.0 0.0% 55.5 0.1% -1.2

    FC-FASE 4 130.5 0.0 4 130.5 2 829.4 16.7% 0.0 0.0% 2 829.4 7.2% -31.5

    FC-PROSAÚDE 2 480.1 0.0 2 480.1 2 235.1 13.2% 0.0 0.0% 2 235.1 5.7% -9.9

    FC-Apoio ao Trib. Administrativo 87.6 0.0 87.6 27.9 0.2% 0.0 0.0% 27.9 0.1% -68.2

    FC-INE 270.1 0.0 270.1 115.0 0.7% 0.0 0.0% 115.0 0.3% -57.4

    FC-CEDSIF 184.2 0.0 184.2 157.9 0.9% 0.0 0.0% 157.9 0.4% -14.3

    FC-AT 267.1 0.0 267.1 251.9 1.5% 0.0 0.0% 251.9 0.6% -5.7

    FC-PPFD 203.7 0.0 203.7 68.9 0.4% 0.0 0.0% 68.9 0.2% -66.2

    FC-PESCAS 270.2 0.0 270.2 182.0 1.1% 0.0 0.0% 182.0 0.5% -32.6

    FC-PRONASA 167.2 0.0 167.2 137.4 0.8% 0.0 0.0% 137.4 0.3% -17.8

    FC-ASAS 24.1 0.0 24.1 6.4 0.0% 0.0 0.0% 6.4 0.0%

    Outros Fundos v ia CUT 1 304.4 1 228.6 2 533.0 1 852.3 10.9% 1 639.0 7.3% 3 491.3 8.9% 37.8

    Diversos Projectos/Sectores a/ 2 153.3 3 492.8 5 646.1 1 424.9 8.4% 3 964.5 17.7% 5 389.4 13.7% -4.5

    Diversos Projectos/Fontes b/ 420.5 14 929.8 15 350.3 447.6 2.6% 693.8 3.1% 1 141.3 2.9% -92.6

    Acordos de Retrocessão 0.0 8 927.1 8 927.1 0.0 0.0% 2 507.1 11.2% 2 507.1 6.4% -71.9

    Empréstimos Internos 0.0 5 715.0 5 715.0 0.0 0.0% 9 132.3 40.7% 9 132.3 23.2% 59.8

    Reembolsos e Ajuda Alimentar c) 9.4 449.9 459.3 338.4 2.0% 439.6 2.0% 778.0 2.0% 69.4

    Total 23 448.3 34 743.2 58 191.5 16 927.3 100.0% 22 435.4 100.0% 39 362.8 100.0% -32.4

    Peso 40.3 59.7 100.0 43.0 57.0 100.0

    a/- Financiamento através de contas bancárias dos sectores. b/- Pagamentos directos pelo doador/credor.

    Fonte:CGE 2014, DNT, MEX e Sectores. c) Inclui Reembolsos e ajuda alimentar

    Tabela 11 - Financiamento do défice

    (Em Milhões de Meticais)

    Donativos Créditos Total

    Realização Jan-Dez 2015Realização Jan-Dez 2014

    Total

    58. Do total dos recursos utilizados, 43,0% foram constituídos por donativos e 57,0% por créditos, tendo os

    Contravalores não Consignados contribuído com 27,6%, os Contravalores Consignados com 47,2% e os

    Reembolsos e Ajuda Alimentar com 2,0% dos recursos totais. Relativamente ao ano anterior os recursos

    aplicados registaram um decréscimo de 32,4% em termos nominais.

    59. Entretanto, o fluxo de recursos registado nas contas bancárias dos diferentes fundos externos que transitam

    pela Conta Única do Tesouro no período em análise, apresenta-se na tabela12.

    Fundos Externos Saldos em 31/12/2014 Entradas Saídas Saldos em

    31/12/2015

    Apoio ao Orçamento e Balança de Pgtos. 4 017.5 12 241.2 10 856.0 5 402.70

    FC-PROAGRI 124.9 35.1 55.5 104.5

    FC-FASE 524.6 2 778.9 2 829.4 474.1

    FC-PROSAÚDE 887.7 1 823.8 2 235.1 476.4

    FC-HIV/SIDA 4.5 0.0 0.0 4.5

    FC-Apoio ao Sector de Águas 2.5 15.3 6.4 11.4

    FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 61.8 26.7 27.9 60.6

    FC-INE 56.4 255.8 115.0 197.2

    FC-CEDSIF 111.0 248.7 157.9 201.8

    FC-ATM 242.0 107.6 251.9 97.6

    FCPPFD 16.3 422.6 68.9 370.1

    FC-PESCAS 37.4 85.0 182.0 -59.6

    FC-PRONASA 43.4 223.5 137.4 129.5

    Outros Fundos 1 445.7 2 847.1 3 491.3 801.5

    Total 7 575.7 21 111.3 20 414.7 8 272.35

    Tabela 12- Movimentos dos Fundos Externos que transitam pela CUT (Em 10^6 Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    19

    60. As entradas, no valor de 21.111,3 milhões de Meticais, correspondem aos desembolsos para as contas

    transitórias, sendo que as saídas, no valor de 20.414,7 milhões de Meticais, reflectem as transferências

    efectuadas da Conta Única do Tesouro para a realização das despesas.

    4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA 4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS

    61. A realização da despesa atingiu, no período em análise o montante de 193.099,0 milhões de Meticais,

    correspondente a 85,3% do Orçamento anual e a um decréscimo de 20,1% em termos reais relativamente a

    igual período do exercício económico anterior, conforme se observa da tabela 13.

    Tipo de Variação

    Despesa e Orçamento Realiz. % Reali- % Realiz. % Reali- % 2014/15

    Âmbitos Anual Jan-Dez zação Peso Anual Jan-Dez zação Peso (%) a/

    Funcionamento 121 207.2 118 469.9 97.7 100.0 119 272.7 117 502.0 98.5 100.0 -5.0

    Central 60 802.3 58 814.8 96.7 49.6 53 610.7 52 425.9 97.8 44.6 -15.4

    Provincial 34 035.9 33 551.9 98.6 28.3 34 524.3 34 210.4 99.1 29.1 -1.5

    Distrital 24 368.5 24 106.4 98.9 20.3 29 124.2 28 861.1 99.1 24.6 15.6

    Autárquico 2 000.5 1 996.7 99.8 1.7 2 013.5 2 004.6 99.6 1.7 -3.0

    Investimento Interno 46 260.3 45 374.5 98.1 100.0 44 881.3 42 562.0 94.8 100.0 -9.4

    Central 34 494.1 33 723.7 97.8 74.3 34 082.5 31 894.8 93.6 74.9 -8.7

    Provincial 6 380.1 6 279.1 98.4 13.8 5 791.6 5 672.5 97.9 13.3 -12.8

    Distrital 4 124.2 4 109.7 99.6 9.1 3 822.1 3 815.8 99.8 9.0 -10.3

    Autárquico 1 262.0 1 262.0 100.0 2.8 1 185.1 1 178.8 99.5 2.8 -9.8

    Investimento Externo 58 279.6 41 661.7 71.5 100.0 38 298.2 16 089.4 42.0 100.0 -69.5

    Central 52 225.1 37 176.5 71.2 89.2 31 897.6 12 042.8 37.8 74.8 -74.4

    Provincial 5 107.0 3 779.9 74.0 9.1 5 457.9 3 395.7 62.2 21.1 -29.0

    Distrital 947.4 705.3 74.4 1.7 942.7 650.9 69.1 4.0 -27.1

    Operaç. Financeiras 23 346.7 21 543.1 92.3 100.0 23 980.9 16 945.6 70.7 100.0 -30.8

    Despesa Total 249 093.8 227 049.2 91.2 100.0 226 433.1 193 099.0 85.3 100.0 -20.1

    Central 170 868.1 151 258.1 88.5 66.6 143 571.7 113 309.1 78.9 58.7 -30.6

    Provincial 45 523.1 43 610.9 95.8 19.2 45 773.8 43 278.6 94.5 22.4 -5.5

    Distrital 29 440.1 28 921.4 98.2 12.7 33 889.0 33 327.8 98.3 17.3 10.9

    Autárquico 3 262.4 3 258.7 99.9 1.4 3 198.6 3 183.4 99.5 1.6 -5.7

    a/- Variação em temos reais, com inflação a 3,55% e variação cambial a 26,6%.

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

    Tabela 13 - Despesas Totais por Âmbitos(Em Milhões de Meticais)

    62. A distribuição territorial das despesas mostra que os órgãos e instituições de âmbito central absorveram o

    equivalente a 58,7% da despesa total, tendo os de âmbito provincial, distrital e autárquico absorvido o

    equivalente a 22,4%, 17,3% e 1,6%, respectivamente.

    63. Em termos reais, em igual período de 2014 a despesa de âmbito distrital atingiu um crescimentode 10,9%,

    como resultado do processo de descentralização verificada na Despesa de Funcionamento, tendo a de âmbito

    central, provincial e autárquico registado decréscimo na ordem de 30,6%, 5,5% e 5,7% respectivamente.

    4.3.2. ESPESAS DE FUNCIONAMENTO

    64. A Despesa de Funcionamento atingiu no período em análise o montante de 117.502,0 milhões de Meticais,

    correspondente a 98,5% do Orçamento anual, tendo decrescido o nível de realização alcançado em relação

    ao igual período do exercício económico anterior em 5,0 pontos percentuais, conforme se resume na tabela

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    20

    65. A Despesa com o Pessoal teve uma realização de 64.092,1 milhões de Meticais, correspondente a 94,4% do

    Orçamento anual, tendo os Salários e Remunerações alcançado uma realização equivalente a 99,6% e as

    Demais Despesas com o Pessoal 96,1%.

    66. Em relação a igual período do exercício económico anterior as Despesas com o Pessoal registaram um

    crescimento de 3,4% em termos reais, tendo os Salários e Remunerações aumentado em 5,7% e as Demais

    Despesas com o Pessoal reduzido em 23,3%.

    67. O crescimento das despesas com Salários e Remunerações explica-se pela admissão de novos funcionários

    no Aparelho do Estado, com destaque para os sectores da Educação e da Saúde e ainda ao pagamento das

    dívidas das horas extraordinárias.

    Variação

    Classificação Económica Orç a m. Realiz. % Realiz. % 2014/15

    Anual Jan-Dez Real. Anual Actualiz Jan-Dez Real. (%)

    Despesas com o Pessoal 60 293.0 59 831.2 99.2 64 441.4 64 484.8 64 092.1 99.4 3.4

    Salários e Remunerações 55 580.6 55 280.4 99.5 60 600.4 60 723.8 60 478.6 99.6 5.7

    Demais Despesas c/ Pessoal 4 712.5 4 550.8 96.6 3 841.0 3 761.0 3 613.5 96.1 -23.3

    Bens e Serviços 26 943.7 26 037.6 96.6 24 495.1 23 403.3 22 452.7 95.9 -16.7

    Encargos da Dívida 6 069.3 5 192.9 85.6 6 922.8 7 577.4 7 577.4 100.0 27.9

    Juros Internos 3 428.7 2 833.5 82.6 4 181.0 3 734.7 3 734.7 100.0 27.3

    Juros Ex ternos 2 640.6 2 359.4 89.4 2 741.8 3 842.7 3 842.7 100.0 28.6

    Transferências Correntes 18 578.9 18 332.7 98.7 19 279.9 20 016.9 19 858.0 99.2 2.9

    Transfer. a Admin. Públicas 3 348.9 3 322.3 99.2 3 547.3 3 528.2 3 490.6 98.9 -5.6

    Autarquias 2 000.5 1 996.7 99.8 2 013.5 2 013.5 2 004.6 99.6 -3.0

    Embaixadas 1 221.7 1 221.7 100.0 1 239.5 1 338.0 1 338.0 100.0 -13.5

    Outras 126.7 103.9 82.0 294.3 176.8 148.1 83.8 37.6

    Transfer. a Admin. Priv adas 571.0 542.5 95.0 504.1 549.3 542.6 98.8 -3.4

    Transferências a Famílias 14 283.1 14 092.7 98.7 14 780.5 15 532.5 15 420.5 99.3 5.7

    Pensões 9 536.9 9 532.1 99.9 9 128.5 10 307.0 10 301.3 99.9 4.4

    Assist. Social à População 2 829.1 2 785.5 98.5 3 097.0 3 005.3 2 985.5 99.3 3.5

    Demais Transf. a Famílias 1 917.1 1 775.2 92.6 2 555.0 2 220.2 2 133.7 96.1 16.1

    Transferências ao Ex terior 375.9 375.2 99.8 447.9 406.8 404.3 99.4 -14.9

    Subsídios 2 671.3 2 671.3 100.0 3 157.1 2 277.3 2 213.4 97.2 -20.0

    Dos quais:

    Subs. aos Combustíveis 143.4 58.3 -60.7

    Subs. à Farinha de Trigo 327.6 597.7 76.2

    Subs. ao Transportador 140.3 209.8 44.4

    Exercícios Findos 333.6 333.0 99.8 201.9 218.1 162.3 74.4 -52.9

    Demais Desp. Correntes 5 922.1 5 813.2 98.2 1 340.4 781.8 745.8 95.4 -87.6

    Despesas de Capital 395.4 257.9 65.2 513.2 513.2 400.3 78.0 49.9

    Total 121 207.2 118 469.9 97.7 120 351.7 119 272.7 117 502.0 98.5 -5.0

    a/ - Variação em termos reais, com inflação a 3,55% e v ariação cambial a 26,6%.

    Fonte: CGE 2014 e MEX.

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçam.

    Tabela 14 - Despesa de Funcionamento, Segundo a Classificação Económica

    (Em Milhões de Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    21

    68. Os Bens e Serviços absorveram o montante de 22.452,7 milhões de Meticais, equivalente a 95,9% da

    Orçamento anual e a um decréscimo de 16,7% em termos reais, relativamente a igual período do exercício

    económico anterior, o que se justifica pelo facto de nos primeiros quatro meses a execução das despesas ter

    sido feita com base no princípio duodecimal.

    69. Os Encargos da Dívida tiveram uma realização de 7.577,4 milhões de Meticais, representando 100% do

    Orçamento anual e um crescimento real de 27,9%.

    70. As Transferências Correntes atingiram o montante de 19.858,0 milhões de Meticais, equivalente a 99,2% do

    Orçamento anual e a um crescimento real de 2,9% em relação ao período homólogo de 2014, sendo de

    destacar o crescimento de 16,1% registado nas Demais Transferências a Famílias, justificado pela priorização

    de acções que visam beneficiar as famílias desfavorecidas. O crescimento de 37,6% registado nas Outras

    Transferências a administração Pública deve-se ao ajustamento dos subsídios dos funcionários em serviço

    nas Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique.

    71. As despesas com Subsídios alcançaram o valor de 2.213,4 milhões de Meticais, correspondentes a 97,2% do

    Orçamento anual e a um decréscimo de 20,0% em termos reais, relativamente a igual período de 2014.

    72. Na rubrica de Exercícios Findos foi absorvido o montante de 162,3 milhões de Meticais, equivalente a 74,4%

    do Orçamento anual e a um decréscimo de 52,9% em termos reais, o que se justifica pela redução de despesas

    relativas a anos anteriores.

    73. As Demais Despesas Correntes tiveram uma realização de 745,8 milhões de Meticais, equivalente a 95,4%

    do Orçamento Anual e a um decréscimo de 87,6% em termos reais, influenciada pela retirada em 2015 da

    verba destinada ao reembolso do IVA.

    74. As Despesas de Capital registaram uma realização de 400,3 milhões de Meticais, correspondentes a 78,0%

    do Orçamento anual e a um crescimento real de 49,2% em relação ao exercício económico anterior, como

    resultado do aumento da provisão de recursos para o melhor funcionamento dos órgãos e instituições do

    Estado.

    75. As dotações das Despesas de Funcionamento cabimentadas correspondem a 99,4% do Orçamento Anual,

    tendo as Transferências Correntes, os encargos da dívida, subsidios, Demais Despesas Correntes e Despesas

    de Capital efectuadas cabimentações correspondentes a 100,0%. Das respectivas dotações orçamentais,

    conforme mostra a tabela 15.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    22

    Segundo a Classificação Económica

    Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-

    Classificação Económica Anual Cabimen- sa Liqui- mentos

    (OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar

    Despesas com o Pessoal 64 484.8 64 105.5 64 092.1 63 467.4 624.7 99.4 100.0 99.0

    Salários e Remunerações 60 723.8 60 478.6 60 478.6 59 969.0 509.6 99.6 100.0 99.2

    Demais Despesas c/ Pessoal 3 761.0 3 626.9 3 613.5 3 498.4 115.1 96.4 99.6 96.8

    Bens e Serviços 23 403.3 22 537.2 22 452.7 22 308.2 144.4 96.3 99.6 99.4

    Encargos da Dívida 7 577.4 7 577.4 7 577.4 7 577.4 0.0 100.0 100.0 100.0

    Juros Internos 3 734.7 3 734.7 3 734.7 3 734.7 0.0 100.0 100.0 100.0

    Juros Externos 3 842.7 3 842.7 3 842.7 3 842.7 0.0 100.0 100.0 100.0

    Transferências Correntes 20 016.9 19 864.7 19 858.0 19 381.6 476.3 99.2 100.0 97.6

    Transfer. a Admin. Públicas 3 528.2 3 492.7 3 490.6 3 121.9 368.7 99.0 99.9 89.4

    Autarquias 2 013.5 2 006.3 2 004.6 2 004.6 0.0 99.6 99.9 100.0

    Embaixadas 1 338.0 1 338.0 1 338.0 969.2 368.7 100.0 100.0 72.4

    Outras 176.8 148.4 148.1 148.1 0.0 84.0 99.8 100.0

    Transfer. a Admin. Privadas 549.3 542.6 542.6 538.5 4.1 98.8 100.0 99.2

    Transferências a Famílias 15 532.5 15 425.1 15 420.5 15 348.2 72.2 99.3 100.0 99.5

    Pensões 10 307.0 10 301.3 10 301.3 10 283.6 17.7 99.9 100.0 99.8

    Assist. Social à População 3 005.3 2 985.5 2 985.5 2 942.9 42.6 99.3 100.0 98.6

    Demais Transf. a Famílias 2 220.2 2 138.3 2 133.7 2 121.7 11.9 96.3 99.8 99.4

    Transferências ao Exterior 406.8 404.3 404.3 373.0 31.3 99.4 100.0 92.3

    Subsídios 2 277.3 2 213.4 2 213.4 2 213.4 0.0 97.2 100.0 100.0

    Exercícios Findos 218.1 162.4 162.3 138.0 24.3 74.5 99.9 85.0

    Demais Despesas Correntes 781.8 745.8 745.8 745.8 0.0 95.4 100.0 100.0

    Despesas de Capital 513.2 400.3 400.3 398.3 2.0 78.0 100.0 99.5

    Total 119 272.7 117 606.8 117 502.0 116 230.2 1 271.9 98.6 99.9 98.9

    Fonte: MEX

    Tabela 15 - Despesas de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga,

    (Em Milhões de Meticais)

    %

    DC/OA

    %

    DP/DC

    %

    DL/DP

    76. Do total das dotações cabimentadas foram efectuados pagamentos equivalentes a cerca de 99,9%, sendo de

    destacar as rubricas de Encargo de divída, Transfências Correntes, Subsídios, Demais despesas Correntes e

    Despesas de Capital, cujos pagamentos correspondem à totalidade dos valores cabimentados.

    77. As despesas liquidadas representam a cerca de 98,9% dos pagamentos efectuados, tendo sido totalmente

    liquidadas as despesas realizadas nas rubricas dos Encargos da Dívidas, Subsídios e Demais Despesas

    Correntes.

    78. No gráfico seguinte apresenta-se a repartição percentual das Despesas de Funcionamento, segundo a

    classificação económica.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    23

    79. Observa-se do Gráfico 4 que as Despesas com o Pessoal absorveram o equivalente a 54,5% do total das

    Despesas de Funcionamento, seguidas pelos Bens e Serviços com 19,1% e pelas Transferências Correntes

    com 16,9%.

    4.3.2.1. Despesas de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos

    80. A repartição das Despesas de Funcionamento, segundo os diferentes âmbitos mostra que os órgãos e

    instituições de nível distrital absorveram o equivalente a 24,4% das despesas totais, as autarquias 1,7% os de

    âmbito provincial 28,9% e as de nível central 44,9%, conforme se observa da tabela 16.

    Fonte Taxa

    de Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Raliz.

    Recursos Valor Peso (%) Central Provincial Distrital Autárquico Valor Peso(%) (%)

    Recursos do Tesouro 115 572.4 96.9 49 875.4 33 957.0 28 736.6 1 993.2 114 562.1 97.5 99.1

    Receitas Consignada 1 647.6 1.4 1 352.2 143.1 2.8 11.5 1 509.5 1.3 91.6

    Receitas Própias 2 027.7 1.7 1 198.4 110.4 121.6 0.0 1 430.4 1.2 70.5

    Despesa Valor 119 247.7 100.0 52 425.9 34 210.4 28 861.1 2 004.6 117 502.0 100.0 98.5

    Total Peso (%) 44.6 29.1 24.6 1.7 100.0

    Orçamento Valor 53 609.0 34 524.3 29 124.2 2 015.2 119 272.7

    Peso (%) 44.9 28.9 24.4 1.7 100.0

    Taxa de Realização (%) 97.8 99.1 99.1 99.5 98.5

    Fonte: MEX

    Orçamento

    Anual

    Realização

    Total

    Tabela 16 - Despesa de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos

    ( Em Milhões de Meticais)

    81. As Despesas de Funcionamento foram maioritariamente financiadas por Recursos do Tesouro, que

    contribuíram com o correspondente a 97,5% das despesas totais, tendo as Receitas Consignadas e as

    Receitas Próprias financiado o equivalente a 1,3% e 1,2%, respectivamente. Em termos de desempenho

    constata-se que as despesas financiadas por Recursos do Tesouro tiveram uma realização correspondente a

    99,1% do Orçamento anual, tendo as financiadas por Receitas Consignadas e por Receitas Próprias atingido

    Despesas com o Pessoal54,5%Bens e Serviços

    19,1%

    Encargos da Dívida6,4%

    Transferências Correntes

    16,9%

    Subsídios1,9%

    Exercícios Findos0,1% Demais Despesas

    Correntes0,6%

    Gráfico 4 - Estrutura da Despesa de Funcionamento

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    24

    o equivalente a 91,6% e 70,5% das respectivas dotações orçamentais.

    82. Na distribuição territorial, destaque vai para as autarquias e para os órgãos e instituições de âmbito distrital e

    provincial com taxas de realização equivalentes a 99,6% e 99,1% do Orçamento anual, tendo os órgãos de

    âmbito central, atingido o correspondente a 97,8% respectivamente, conforme ilustra a tabela 17.

    Variação

    Âmbito Orçamento Realiz. % de Realiz. % de 2014/15

    Actualiz Jan-Dez Realiz. Inicial Actualiz Jan-Dez Realiz. (%) a/

    Âmbito Central 60 802.3 58 814.8 96.7 59 333.4 53 610.7 52 425.9 97.8 -14.2%

    Âmbito Provincial 34 035.9 33 551.9 98.6 33 300.8 34 524.3 34 210.4 99.1 -0.4%

    Niassa 2 440.6 2 425.7 99.4 2 343.4 2 440.3 2 431.5 99.6 -2.1%

    Cabo Delgado 4 261.5 4 236.5 99.4 3 443.5 4 378.4 4 366.8 99.7 0.7%

    Nampula 5 080.5 4 994.7 98.3 5 008.8 5 145.6 5 120.4 99.5 0.2%

    Zambézia 2 893.0 2 829.4 97.8 3 084.8 2 985.6 2 927.4 98.1 1.1%

    Tete 2 682.5 2 609.2 97.3 2 736.1 2 692.4 2 630.2 97.7 -1.5%

    Manica 2 532.8 2 493.9 98.5 2 623.7 2 648.9 2 616.3 98.8 2.5%

    Sofala 4 008.5 3 888.7 97.0 3 869.1 4 002.2 3 964.8 99.1 -0.4%

    Inhambane 1 917.4 1 911.5 99.7 1 846.0 1 865.5 1 857.4 99.6 -5.0%

    Gaza 2 021.5 2 002.8 99.1 2 071.8 2 007.0 1 996.2 99.5 -2.6%

    Maputo 2 668.7 2 639.5 98.9 2 751.5 2 729.0 2 711.2 99.3 0.4%

    Cidade de Maputo 3 528.9 3 520.2 99.8 3 522.2 3 629.4 3 588.2 98.9 -0.4%

    Âmbito Distrital 24 368.5 24 106.4 98.9 25 704.1 29 124.2 28 861.1 99.1 17.0%

    Distritos de Niassa 1 561.8 1 547.8 99.1 1 628.7 1 961.6 1 947.2 99.3 22.9%

    Distritos de Cabo Delgado 2 057.9 2 028.8 98.6 2 106.4 2 331.4 2 314.0 99.3 11.4%

    Distritos de Nampula 3 959.8 3 901.1 98.5 4 201.0 4 661.8 4 615.9 99.0 15.6%

    Distritos de Zambézia 4 378.6 4 338.3 99.1 4 690.7 5 467.9 5 425.7 99.2 22.2%

    Distritos de Tete 2 103.8 2 075.0 98.6 2 199.5 2 436.6 2 399.3 98.5 13.0%

    Distritos de Manica 2 131.5 2 113.1 99.1 2 270.7 2 563.7 2 539.5 99.1 17.4%

    Distritos de Sofala 2 088.7 2 072.0 99.2 2 136.2 2 406.4 2 392.8 99.4 12.8%

    Distritos de Inhambane 2 440.5 2 424.4 99.3 2 763.2 2 934.8 2 921.8 99.6 17.8%

    Distritos de Gaza 1 877.2 1 860.6 99.1 1 891.9 2 255.3 2 235.9 99.1 17.4%

    Distritos de Maputo 1 768.8 1 745.3 98.7 1 815.8 2 104.8 2 068.9 98.3 15.8%

    Âmbito Autárquico 2 000.5 1 996.7 99.8 2 013.5 2 013.5 2 004.6 99.6 -1.9%

    Total 121 207.2 118 469.9 97.7 120 351.7 119 272.7 117 502.0 98.5 -3.7%

    a/- Em temos reais, com inflação a 3,55% e variação cambial a 26,6%.

    Fonte: CGE 2014 e MEX.

    Tabela 17 - Despesa de Funcionamento por Âmbitos (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

    83. Em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, há a destacar o crescimento registado nos

    órgãos e instituições de Distrital, na ordem de 17% em termos reais, facto que se explica pela criação de 13

    novos distritos em 2014, cuja execução orçamental iniciou no segundo semestre daquele exercício económico.

    84. Analisando as dotações cabimentadas, constata-se que os órgãos e instituições do nível provincial e distrital

    cabimentaram na totalidade do Orçamento anual, tendo os de nível autárquico e central cabimentado o

    correspondente a 99,9% e 99,8%, respectivamente.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    25

    85. Os pagamentos efectuados atingiram o correspondente a cerca de 99,9% das dotações cabimentadas,

    conforme se ilustra a tabela seguinte:

    Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-

    Âmbito Anual Cabimen- sa Liqui- mentos

    (OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar

    Âmbito Central 53 609.0 52 528.3 52 425.9 51 524.2 901.7 98.0 99.8 98.3

    Âmbito Provincial 34 524.3 34 210.4 34 210.4 34 210.4 0.0 99.1 100.0 100.0

    Niassa 2 440.3 2 431.5 2 431.5 2 431.5 0.0 99.6 100.0 100.0

    Cabo Delgado 4 378.4 4 366.8 4 366.8 4 366.8 0.0 99.7 100.0 100.0

    Nampula 5 145.6 5 120.4 5 120.4 5 120.4 0.0 99.5 100.0 100.0

    Zambézia 2 985.6 2 927.4 2 927.4 2 927.4 0.0 98.1 100.0 100.0

    Tete 2 692.4 2 630.2 2 630.2 2 630.2 0.0 97.7 100.0 100.0

    Manica 2 648.9 2 616.3 2 616.3 2 616.3 0.0 98.8 100.0 100.0

    Sofala 4 002.2 3 964.8 3 964.8 3 964.8 0.0 99.1 100.0 100.0

    Inhambane 1 865.5 1 857.4 1 857.4 1 857.4 0.0 99.6 100.0 100.0

    Gaza 2 007.0 1 996.2 1 996.2 1 996.2 0.0 99.5 100.0 100.0

    Maputo 2 729.0 2 711.2 2 711.2 2 711.2 0.0 99.3 100.0 100.0

    Cidade de Maputo 3 629.4 3 588.2 3 588.2 3 588.2 0.0 98.9 100.0 100.0

    Âmbito Distrital 29 124.2 28 861.8 28 861.1 28 682.0 179.0 99.1 100.0 99.4

    Distritos de Niassa 1 961.6 1 947.2 1 947.2 1 947.2 0.0 99.3 100.0 100.0

    Distritos de Cabo Delgado 2 331.4 2 314.0 2 314.0 2 288.0 25.9 99.3 100.0 98.9

    Distritos de Nampula 4 661.8 4 616.6 4 615.9 4 562.0 53.9 99.0 100.0 98.8

    Distritos de Zambézia 5 467.9 5 425.7 5 425.7 5 378.8 46.9 99.2 100.0 99.1

    Distritos de Tete 2 436.6 2 399.3 2 399.3 2 379.6 19.7 98.5 100.0 99.2

    Distritos de Manica 2 563.7 2 539.5 2 539.5 2 528.0 11.5 99.1 100.0 99.5

    Distritos de Sofala 2 406.4 2 392.8 2 392.8 2 382.6 10.2 99.4 100.0 99.6

    Distritos de Inhambane 2 934.8 2 921.8 2 921.8 2 920.3 1.5 99.6 100.0 99.9

    Distritos de Gaza 2 255.3 2 235.9 2 235.9 2 226.6 9.4 99.1 100.0 99.6

    Distritos de Maputo 2 104.8 2 068.9 2 068.9 2 068.9 0.0 98.3 100.0 100.0

    Âmbito Autárquico 2 015.2 2 006.3 2 004.6 2 004.6 0.0 99.6 99.9 100.0

    Total 119 272.7 117 606.8 117 502.0 116 421.3 1 080.8 98.6 99.9 99.1

    Fonte: MEX

    %

    DC/OA

    %

    DP/DC

    %

    DL/DP

    Tabela 18 - Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por Âmbitos

    (Em Milhões de Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    26

    4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO

    86. A Despesa de Investimento atingiu no período em análise o montante de 58.651,4 milhões de Meticais,

    equivalentes a 70,5% do Orçamento anual, sendo 42.562,0 milhões de Meticais na componente interna e

    16.089,4 milhões de Meticais na componente externa, correspondentes respectivamente a 94,8% e 42,0%,

    conforme ilustra a tabela 19.

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2015 Varia-

    Financiamento Orça- Reali- (%) Reali- (%) ção

    mento zação de zação de 2014/15

    Anual Jan-Dez Realiz Inicial Actual Jan-Dez Realiz ( %) a/

    INTERNO 46 260.3 45 374.5 98.1% 44 881.3 44 881.3 42 562.0 94.8% -9.4%

    EXTERNO 58 279.7 41 661.8 71.5% 38 298.2 38 298.2 16 089.4 42.0% -69.5%

    Donativos 21 566.9 12 449.1 57.7% 16 493.0 18 481.3 9 792.1 53.0% -37.9%

    Fundos Comuns 10 807.8 8 119.0 75.1% 6 835.9 8 414.8 6 067.4 72.1% -41.0%

    FC-PROAGRI 100.3 56.2 56.0% 0.0 72.4 55.5 76.7% -22.0%

    FC-FASE 4 629.4 4 094.4 88.4% 2 611.6 3 477.8 2 829.4 81.4% -45.4%

    FC-PROSAÚDE 3 095.0 2 512.1 81.2% 2 826.7 2 910.8 2 235.1 76.8% -29.7%

    FC-UTRAFE 251.1 176.3 70.2% 177.1 282.0 157.9 56.0% -29.3%

    FC-PEDSA 242.1 0.0 0.0% 16.1 8.8 -

    FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 335.6 87.6 26.1% 82.6 109.9 27.9 25.4% -74.9%

    FC-INE 344.7 270.1 78.4% 213.9 213.9 115.0 53.7% -66.4%

    FC-AAT 549.5 275.5 50.1% 259.7 490.5 251.9 51.4% -27.8%

    FC-PPFD 216.0 164.1 76.0% 18.9 78.5 68.9 87.7% -66.9%

    FC-PES 308.0 270.2 87.7% 280.9 280.9 182.0 64.8% -46.8%

    FCESTRADA 388.6 0.0 0.0% 194.6 194.6 - 0.0%

    FC-PRONASA 226.3 189.5 83.7% 68.5 209.4 137.4 65.6% -42.7%

    FCASAS 121.1 23.0 19.0% 85.3 85.3 6.4 7.5% -78.0%

    FC-IGF 0.0 0.0 0.0

    Outros Fundos 10 759.1 4 330.1 40.2% 9 657.1 10 066.5 3 724.7 37.0% -32.1%

    Outros Fundos via CUT 3 311.5 1 336.9 40.4% 5 860.0 5 845.0 1 852.3 31.7% 9.4%

    Outros Fundos extra CUT 7 447.6 2 993.2 40.2% 3797.10 4 221.5 1 872.4 44.4% -50.6%

    Créditos 36 712.8 29 212.7 79.6% 21 805.2 19 817.0 6 297.3 31.8% -83.0%

    Outros Fundos via CUT 4 374.4 1 244.0 28.4% 6 167.9 6 278.1 1 639.0 26.1% 4.1%

    Outros Fundos extra CUT 32 338.3 27 968.7 86.5% 15637.30 13 538.8 4 658.3 34.4% -86.8%

    Total 104 540.0 87 036.3 83.3% 83 179.5 83 179.6 58 651.4 70.5% -38.2%

    a/- Em termos reais, com inflação a 3,55 % e variação cambial a 26,6%.

    Orçamento

    Ano 2014

    Anual

    Tabela 19- Despesa de Ivestimento, segundo a Origem e Modalidade de Financiamento

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    27

    87. O nível de realização das Despesas de Investimento foi influenciado pelo facto de nos primeiros quatro meses

    do ano terem sido executados apenas os projectos inscritos no Orçamento do Estado de 2014.

    88. Observa-se do Gráfico 5 que as despesas financiadas pela componente interna tiveram maior peso na

    realização das Despesas de Investimento, tendo atingido o equivalente a 72,6% do total, contra 16,7% da

    financiada pelos donativos externos e 10,7% pelos créditos externos.

    89. Na componente externa de investimento, o financiamento via CUT representa, em termos de distribuição

    orçamental, 46,5% da despesa total e o fora da CUT 36,8 conforme mostra a tabela 20.

    Variação

    Financiamento Taxa Taxa 2014/15

    Valor Peso Valor Peso Realiz.

    Valor Peso Valor Peso Realiz. ( %) a/

    Via CUT 18 493.6 32% 10 673.9 33.7% 57.7% 20 537.9 53.6% 9 558.7 59.4% 46.5% -29.3%

    Fundos Comuns 10 807.7 19% 8 140.9 25.7% 75.3% 8 414.8 22.0% 6 067.4 37.7% 72.1% -41.1%

    Fundos Individuais 7 685.9 13% 2 533.0 8.0% 33.0% 12 123.1 31.7% 3 491.3 21.7% 28.8% 8.9%

    Fora da CUT 39 785.9 68% 20 996.5 66.3% 52.8% 17 760.3 46.4% 6 530.7 40.6% 36.8% -75.4%

    Outros Fundos 39 785.9 68% 20 996.5 66.3% 52.8% 17 760.3 46.4% 6 530.7 40.6% 36.8% -75.4%

    Total 58 279.5 100% 31 670.4 100.0% 54.3% 38 298.2 100.0% 16 089.4 100.0% 42.0% -59.9%

    a/- Em termos reais, com variação cambial a 26,6%.

    Tabela 20 - Componente Externa, por Origem

    e Modalidade de Financiamento

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçamento Anual Realização Jan/Dez Orçamento Anual Realização

    Jan/Setr

    Componente Interna72,6%

    Donativos Externos

    16,7%

    Créditos Externos10,7%

    Gráfico 5 - Estrutura das Despesas de Investimento

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    28

    90. Em termos de realização, verifica-se que o financiamento via CUT teve uma participação correspondente a

    59,4% da despesa total da componente externa, sendo de destacar os Fundos Comuns, que tiveram uma

    participação de 37,7%, tendo o financiamento fora da CUT registado o equivalente a 40,6%.

    4.3.3.1. Despesa de Investimento por Fonte de Recursos

    91. A repartição da Despesa de Investimento, por fonte de financiamento, verifica-se que os Recursos do Tesouro

    tiveram maior contribuição ao financiarem o equivalente a 59,7% da despesa total, seguindo-se as Receitas

    Consignadas com 12,4%. No global das Despesas de Investimento o financiamento interno contribuiu com o

    equivalente a 72,6% e o externo com 27,4%. A tabela abaixo ilustra o descrito neste parágrafo.

    Fonte

    Orçament

    o Taxa

    de Anual Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Total Realiz.

    Recurso Valor Peso Central Provincial Distrital Autárqui

    coValor Peso (%)

    Internos 44 881.3 54.0% 31 894.8 5 672.5 3 815.8 1 178.8 42 562.0 72.6% 94.8%

    Recursos do Tesouro 36 824.9 44.3% 24 420.2 5 623.3 3 815.1 1 178.8 35 037.4 59.7% 95.1%

    Receitas Consignadas 7 623.0 9.2% 7 249.4 26.3 0.0 0.0 7 275.7 12.4% 95.4%

    Receitas Próprias 433.4 0.5% 225.2 22.9 0.7 0.0 248.8 0.4% 57.4%

    Externos 38 298.2 46.0% 12 042.8 3 395.7 650.9 0.0 16 089.4 27.4% 42.0%

    Donativos Ext. em Moeda 14 957.3 18.0% 5 538.9 3 154.8 650.9 0.0 9 344.6 15.9% 62.5%

    Donativos Ext. em Espécie 1 224.4 1.5% 447.6 0.0 0.0 0.0 447.6 0.8% 36.6%

    Créditos Ext. em Moeda 18 825.1 22.6% 5 598.6 241.0 0.0 0.0 5 839.5 10.0% 31.0%

    Créditos Ext. em Espécie 3 291.4 4.0% 457.8 0.0 0.0 0.0 457.8 0.8% 13.9%

    Despesa Valor 83 179.6 100% 43 937.6 9 068.2 4 466.7 1 178.8 58 651.4 100.0 0.7

    Total Peso 74.9% 15.5% 7.6% 2.0% 100.0%

    Orçamento Valor 66 254.1 10 829.6 4 908.4 1 187.6 83 179.6

    Anual Peso 79.7% 13.0% 5.9% 1.4% 100.0%

    Taxa de Realiz. (%) 66.3% 83.7% 91.0% 99.3% 70.5%

    Tabela 21- Investimento por Âmbito e Fonte de Recursos

    (Em Milhões de Meticais)

    Realização Jan-Dez

    92. A distribuição territorial da componente interna das Despesas de Investimento em 2015 quando comparado

    com a de 2014, verifica-se que a disponibilidade dos recursos neste último é maior, isso deve-se ao facto de

    em 2014 ter havido recursos extraordinários, facto que não se verifica em 2015, reflectindo-se nos níveis de

    realização de despesa, conforme reporta a tabela que se segue:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    29

    Variação

    Âmbito Orçam. Realiz. % de Realiz. % de 2014/15

    Anual Jan-Dez Realiz. Lei 1/2015 Anual Jan-Dez Realiz. (%) a/

    Âmbito Central 34 494.1 33 723.7 97.8 34 601.1 34 082.5 31 894.8 93.6 -8.7

    Âmbito Provincial 6 380.1 6 279.1 98.4 5 507.5 5 791.6 5 672.5 97.9 -12.8

    Niassa 325.9 312.7 96.0 254.2 312.2 311.9 99.9 -3.7

    Cabo Delgado 346.2 346.2 100.0 365.8 412.9 405.4 98.2 13.1

    Nampula 1 160.4 1 150.2 99.1 1 110.0 1 129.9 1 115.5 98.7 -6.3

    Zambézia 997.3 995.8 99.8 931.0 958.8 929.6 97.0 -9.8

    Tete 509.1 499.2 98.1 461.5 462.9 462.9 100.0 -10.5

    Manica 377.9 376.5 99.6 298.5 337.7 334.2 99.0 -14.3

    Sofala 805.9 784.2 97.3 728.7 705.4 689.6 97.8 -15.1

    Inhambane 355.6 335.9 94.5 296.1 290.5 289.7 99.7 -16.7

    Gaza 789.1 785.5 99.5 503.2 531.4 513.4 96.6 -36.9

    Maputo 490.1 487.9 99.6 352.7 429.7 401.7 93.5 -20.5

    Cidade de Maputo 222.7 205.0 92.1 205.8 220.2 218.6 99.3 3.0

    Âmbito Distrital 4 124.2 4 109.7 99.6 3 635.1 3 822.1 3 815.8 99.8 -10.3

    Distritos de Niassa 382.2 382.1 100.0 309.0 350.3 349.8 99.9 -11.6

    Distritos de Cabo Delgado 372.8 372.8 100.0 348.2 356.0 356.0 100.0 -7.8

    Distritos de Nampula 686.1 682.8 99.5 654.8 658.4 655.4 99.5 -7.3

    Distritos da Zambézia 772.1 772.1 100.0 594.1 759.4 759.4 100.0 -5.0

    Distritos de Tete 427.3 418.5 97.9 342.2 383.8 382.0 99.5 -11.8

    Distritos de Manica 390.7 390.7 100.0 293.2 317.8 317.7 100.0 -21.5

    Distritos de Sofala 299.9 299.9 100.0 277.7 256.6 256.6 100.0 -17.4

    Distritos de Inhambane 337.4 335.3 99.4 336.2 323.2 322.5 99.8 -7.1

    Distritos de Gaza 271.9 271.9 100.0 295.7 246.9 246.8 99.9 -12.4

    Distritos de Maputo 183.8 183.6 99.9 184.2 169.7 169.6 99.9 -10.8

    Âmbito Autárquico 1 262.0 1 262.0 100.0 1 137.6 1 185.1 1 178.8 99.5 -9.8

    Total 46 260.3 45 374.5 98.1 44 881.3 44 881.3 42 562.0 94.8 -9.4

    a/- Variação em termos reais, com inflação média de 3,55%.

    Fonte: CGE 2014 e MEX.

    Tabela 22 - Componente Interna de Investimento por Âmbitos

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

    93. Observa-se da tabela anterior que os órgãos e instituições de âmbito distrital e autarquicos tiveram o maior

    desempenho, tendo atingido um nível de realização correspondente a 99,8% e 99,5% do Orçamento anual,

    tendo os de âmbito central e provincial se fixado em 93,6% e 97,9%, respectivamente.

    94. Comparativamente a igual período do exercício económico anterior, constata-se que o nível de realização

    alcançado representa um decréscimo de 9,4% em termos reais, devido ao facto de nos primeiros quatro meses

    terem sido executados apenas os projectos inscritos em 2014 e que tenham continuidade no exercício

    económico de 2015, conforme foi anteriormente referido.

    95. Na componente interna de investimento as dotações orçamentais cabimentadas são equivalentes a 96,0% do

    Orçamento anual, destacando-se as autarquias e ambito Distrital que cabimentaram o equivalente a 99,7% e

    99,8%, conforme ilustra a tabela 23.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Dez 2015

    30

    Orçamento Despesa Des