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NOME: Elisângela Moreira Vieira RA: 68973 Urinálise CURSO Biomedicina PERÌODO 9° Trabalho apresentado ao Curso de Biomedicina do Centro Universitário Hermínio Ometto, como parte da integrante da Disciplina de estágio de Análises e Clínicas no setor de Urinálise. Supervisora de Estágio: Natali / Laís. Coordenador (a): Célia Figueiredo de Oliveira/ 1

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NOME: Elisngela Moreira Vieira RA: 68973

UrinliseCURSO Biomedicina PERODO 9Trabalho apresentado ao Curso de Biomedicina do Centro Universitrio Hermnio Ometto, como parte da integrante da Disciplina deestgio de Anlises e Clnicas no setor de Urinlise. Supervisora de Estgio: Natali / Las. Coordenador (a): Clia Figueiredo de Oliveira/ Fernando Russo Costa Bonfim ARARAS/SPMARO/2015

IntroduoUrinlise compreende as anlises fsica, qumica e microscpica da urina, com o objetivo de detectar doena renal, do trato urinrio ou sistmico, que se manifesta atravs do sistema urinrio. um teste laboratorial amplamente utilizado na prtica clnica, constituindo um dos indicadores mais importantes de sade e doena.A urina o mecanismo mais importante que o organismo dispe para eliminar as escrias no volteis resultantes do catabolismo. Com 95% do seu contedo em gua e 5% de substncias slidas dissolvidas, ou seja, para cada litro de urina formada, 950 gramas so do precioso lquido, enquanto que 50 g so representadas pelos componentes slidos (MARTINS, 2012). A urina constituda por ureia e outras substncias qumicas orgnicas e inorgnicas dissolvidas em gua e podem ocorrem grandes variaes na concentrao dessas substncias devido a fatores comoalimentao, atividade fsica, metabolismo orgnico, funo endcrina e at mesmo a postura corporal (STRASINGER, 2000) A urinlise se mantm como parte integrante do exame do paciente e isso de deve a duas caractersticas, as quais podem explicar a persistncia dessa popularidade: a amostra de urina de obteno rpida e coleta fcil e a urina fornece informaes sobre muitas das principais funes metablicas do organismo, por meio de exames laboratorial simples. Estas caractersticas favorecem a medicina preventiva e a reduo dos custos mdicos, por ser um meio barato de examinar grande nmero de pessoas e tambm, no s para a deteco de doenas renais, mas tambm o incio assintomtico de doenas como hepatopatias.Almdisso,aurinlisepodeserummtodomuitovaliosodetriagem metablica (STRASINGER,2000)

A anlise microscpica do sedimento urinrio consiste na busca de clulas e partculas presentes na urina (eritrcitos, leuccitos, bactrias, cilindros, entre outros). Embora a anlise do sedimento fornea informaes essenciais sobre o estado funcional dos rins, o exame de urina um procedimento de alta demanda que requer trabalho laboratorial manual intenso, pouco padronizado e gera um custo elevado aos laboratrios, pois para se que obtenha resultados de qualidade h a necessidade de mo de obra qualificada (GRAFF, 1983; WINKEL et al., 1974; BEN-EZRA et al., 1998; BOTTINI et al., 2006).Objetivo

Avaliao da funo renal, observar a composio fsica, qumica e a sedimentoscopia da urina. Sendo este capaz de fornecer uma variedade de informaes teis.MATERIAIS E MTODOSAmostra biolgica

Fita reagente

Estante para tubos

Centrfuga para tubosLminas K Cell Pincel para retroprojetor

Tubos de ensaio PVC cncavos c/ tampa

Papel toalha

Acido sulfasalisslicoLuvas de Procedimento

Microscpio Pipetas Graduadas

MetodologiaEsses Experimentos referente a exames de urina tipo 1, transcorreram no dias 04, 05, 06 e 13 do ms corrente no laboratrio Saio no setor de urina. As amostras j se encontravam coletadas em frascos com aproximadamente 40 ml, no exame fsico observou-se a cor, aspecto e depsito em seguida realizou o teste qumico introduziu a fita reativa no frasco de urina, chamada de dipstick- que fita/vareta de teste, geralmente feita de papel ou de carto e impregnada com os reagentes que indicam alguma caracterstica do lquido atravs da alterao de cor deixando escorrer o excesso em papel toalha entre 30 segundos e 1 minuto fez-se a leitura.

Para o teste da protena, foi colocado em tubo cnico na centrifuga 2 ml da urina por 5 minutos em 1000rpm, aps adicionou 0,5 ml de cido sulfassalcilo3 %, deixando escorrer levemente pela parede do tubo, e observou se no houve precipitao. No procedimento tcnico de sedimentoscopia colocou 10 ml da urina no tubo graduado cnico, centrifugou por 5 minutos a 1000 rpm, aspirou 9 ml do sobrenadante da urina. Deixando apenas 1 ml, agitou bem para diluio do sedimento, aspirou 0,5ml e colocou a urina homogeneizada em lmina K-cell, encaminhou ao microscpio pra leitura de leuccitos, hemcias entre outras clulas, faz se a contagem em 9 crculos na rea da lmina, multiplica por 1000 obtm o resultado.Discusso e ResultadosA anlise sumria de urina um teste simples, no invasivo e de baixo custo. Isso contribui para sua realizao como exame de rotina. A anlise do sedimento urinrio o exame mais solicitado no laboratrio clnico, tendo em vista que o exame fsico-qumico possui limitaes. uma tcnica simples e auxiliar ao diagnstico de diversas patologias, pois permite identificar diversos elementos com diferente relevncia diagnstica (DA MOTA et al., 2013; LAREDO et al., 2010). No exame qumicoobservou se atravs de tiras reativas (reagentes) contendo seguintes reas reagentes:pH, protenas, glicose, cetona, sangue, bilirrubina, urobilinognio, nitrito, leuccitos e densidade. As tiras reagentes baseiam-se em metodologia de qumica seca cujos resultados podem ser determinados visualmente ou atravs de instrumentos semi-automatizados ou automatizados. A leitura visual realizada comparando as cores obtidas com a escala-padro, respeitando o tempo de cada reao.

Figura ilustrativa 1: Fita reagente para urinlise

Fonte: labtestsonline.org.br pH- Os rins so os grande responsveis pela manuteno do equilbrio cido-base do organismo, eles so capazes de manter a homeostasia do corpo eliminando grandes quantidades de cidos ou bases atravs da urina.Valor normal: 5,5 a 6,5.Significado Clnico:Tipo de alimentao, acidose ou alcalose respiratria / metablica, anormalidades na secreo e reabsoro de cidos e bases pelos tbulos renais, precipitao e formao de clculos e tratamento das infeces do trato urinrio. Interferncias:Nas amostras de urina envelhecidas, o pH se mostra elevado, devido a um desdobramento de uria em CO2 e amnia, sendo que a amnia tem poder alcalinizante. Densidade- Ajuda a avaliar a funo de filtrao e concentrao renais e o estado de hidratao do corpo.Valores normais:1,010 a 1,025.Significado Clnico:Estado de hidratao do paciente, incapacidade de concentrao pelos tbulos renais, diabetes inspido e determinao da inadequao da amostra por baixa concentrao.

Protenas- Normalmente, as protenas urinrias so constitudas pela albumina e por globulinas secretadas pelas clulas tubulares. Entre as protenas no plasmticas observadas na urina, destaca-se a mucoprotena de Tamm-Horsfall, proveniente dos tbulos distais. Sua importncia decorre do fato de que esta protena a base dos cilindros encontrados na urina.Valores normais:150 mg/24 horas (geralmente sricas e de baixo peso molecular, filtradas seletivamente pelos glomrulos)..

Glicose em situaes normais quase toda a glicose filtrada pelos glomrulos reabsorvida pelos tbulos proximais.Valores normais:negativo.Significado Clnico:Diabetes mellitus (glicemia superior a 180 mg/dl), alteraes na reabsoro tubular e leso do sistema nervoso central e alteraes tireoideanas.

Cetonas O termo cetonas envolve trs produtos intermedirios do metabolismo de gorduras: acetona, cido acetoactico e cido beta-hidroxibutrico.Valores normais:Geralmente no aparecem em quantidade mensurveis, pois a gordura completamente degradada e convertida em dixido de carbono e gua.Significado Clnico:Acidose diabtica (incapacidade de metabolizar carboidratos), controle da dosagem de insulina, jejum (a fonte principal de fornecimento de energia, os carboidratos, fica prejudicada) e perda excessiva de carboidratos (como no caso de vmito).Bilirrubina- Produto intermedirio da degradao da hemoglobina. Presente no organismo de duas formas: bilirrubina no-conjugada e bilirrubina conjugada, porm, somente a ltima excretada pelos rins e pode aparecer na urina.Valores normais:No aparece na urina, pois passa diretamente do fgado para o ducto biliar e da para o intestino, onde convertida em urobilinognio e excretada nas fezes na forma de urobilina.Urobilinognio pigmento resultante da degrado da hemoglobina.Valores normais:Normalmente se encontra em quantidade menor que 1 mg/dl de urina ou at a diluio 1:20. Ele pode aparecer na urina pois quando circula pelo sangue a caminho do fgado, pode passar pelos rins e ser filtrado pelos glomrulos. Para a confirmao utiliza-se a reao de Erlich, entre outras.Significado Clnico:Deteco precoce de distrbios hepticos e hemolticos. Estas disfunes hepticas diminuem a capacidade do processamento desta substncia.

Nitrito- Aparece devido a capacidade de algumas bactrias gram negativas fermentadoras reduzirem o nitrato (constituinte normal da urina) em nitrito.Valores normais:Negativo.Significado Clnico:Infeco de trato urinrio, podendo ser til na avaliao da terapia com antibiticos e monitorao de pacientes com alto risco de infeco no trato urinrio.Interferncias:Uso de antibiticos, presena de elevada concentrao de cido ascrbico, baixa concentrao de nitrato e converso de nitrito em nitrognio (que no detectvel), que ocorre quando o nmero de bactrias presentes muito elevado e produz resultados falso-negativos.

Leuccitos detecta esterases presentes nos granulcitosValores normais:Negativo.Significado Clnico:Infeco do trato urinrio e seleo de amostras paraANLISE DO SEDIMENTO Esta tcnica teve a finalidade de detectar e identificar todos os elementos insolveis, como hemcias, leuccitos, cilindros, cristais, clulas epiteliais, bactrias, leveduras, parasitas e possveis artefatos. Realizou se atravs de Microscopia ptica comum de 40x, cmara de contagem ou K- CELL, entre lmina e lamnula dentro de sistemas padronizados. Exame 1:Ficha: Cdigo: 0019

Nome: L. A. B. Data: 06/10/1983 Sexo: M

HEMOGRAMA Valores de Referencia Mulheres Homens

Eritrcitos: 5.23 milhoes/mm3 3.7 a 5.3 4.3 a 5.9 Hemoglobina: 16. 7 g/dL 11.7 a 15.7 13.3 a 17. 7

Hematocrito: 46.3 % 38 a 45 45.0 a 55.0

V .C. M : 88 fentolitros 80 a 100

H.C.M : 32 picogramas 26 a 30

C.H.C.M : 36 g/Dl 32 a 35

R.D.W : 12.7 % 10 a 15

Leuccitos : 8.9 mil/mm3 5.0 a 10.0 mil/mm3

URINA TIPO I

EXAME FSICO Valor de Referncia

Cor : Amarelo Citrino Varivel

Densidade: 1.025 1,005 a 1,025

Aspecto : Ligeiramente Turva Lmpido

Deposito: Moderado Leve

EXAME QUMICO Valor de Referencia

pH: 5.0 5.0 a 7.0

Glicose: Negativo Negativo

Protenas: Negativo Negativo Densidade: 1,025 1,005 a 1,035Glicose: Negativo AusenteProtenas: Negativo menos que 10 mg/dl ou 0,05 g/lCetonas: Negativo NegativoBilirrubina: Negativo NegativoUrobilinognio: Negativo NegativoLeuccitos: 2000 3,0 a 5,0 Presena de sangue: Negativo AusenteNitrito: Negativo AusenteSEDIMENTOSCOPIA

Leuccitos: 11.000/mL ate 10.000/mL

Hemcias