relatorio de auditoria
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Poder Judiciário do Estado do PiauíTribunal de Justiça do Piauí
Coordenadoria de Controle Interno___________________________________________________________________________________________________
Relatório nº 03/2014
Ref.: Plano Anual de Auditoria de 2014
Assunto: Auditoria de avaliação da gestão orçamentária com foco no cumprimento
de metas estabelecidos no PPA e LDO no exercício de 2013.
Excelentíssimo Senhor Presidente,
Em atenção ao Plano Anual de Auditorias para o exercício de 2014 apresentamos o
Relatório de Auditoria de avaliação da gestão orçamentária, com foco no cumprimento de
metas estabelecidos no PPA e LDO do exercício de 2013 no Tribunal de Justiça do
Estado do Piauí, subsidiado por informações oriundas de exames e procedimentos
aplicados sobre a unidade auditada.
SUMÁRIO
1
Poder Judiciário do Estado do PiauíTribunal de Justiça do Piauí
Coordenadoria de Controle Interno___________________________________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO1.1 Ato da autoridade superior que autorizou sua realização1.2 Visão geral do objeto auditado1.2.1 Estrutura e 1.3 Objetivo1.4 Período de execução1.5 Questões de auditoria1.6 Equipe de auditoria1.7 Técnicas utilizadas1.8 Limitações aos trabalhos1.9 Critérios normativos adotados na avaliação do objeto
2. ACHADOS DE AUDITORIA 072.1 Estrutura, controles internos e rotinas administrativas: Deficientes. 09
2.1.1 CONSTATAÇÕES 092.1.2 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA 092.1.3 RECOMENDAÇÕES 11
2.2 Atribuições definidas em normativos: Dissonantes e conflitivas . 122.2.1 CONSTATAÇÕES 122.2.2 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA 122.2.3 RECOMENDAÇÕES 16
2.3 Gestão, avaliação e fiscalização contratual: Deficiente 172.3.1 CONSTATAÇÕES 172.3.2 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA 182.3.3 RECOMENDAÇÕES 19
2.4 Comunicação e fluxo de informação com a alta Administração: Deficiente 202.4.1 CONSTATAÇÕES 202.4.2 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA 202.4.3 RECOMENDAÇÕES 22
3. CONCLUSÕES .............................................................................................................07
INTRODUÇÃO
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Coordenadoria de Controle Interno___________________________________________________________________________________________________
1.1 Ato da autoridade superior que autorizou sua realização
O trabalho foi desenvolvido na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí
conforme Plano Anual de Auditoria 2014 – documento devidamente autorizado pela
Presidência do Tribunal de Justiça do Piauí e publicado no sítio:
http://www.tjpi.jus.br/tjpi/uploads/htmlcontent/controle_interno/PAA_2014_publicado.pdf.
1.2 Visão Geral do Objeto auditado
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes
públicos federal, estadual e municipal. Essas leis constituem etapas distintas, porém
integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
1. Falar sobre os instrumentos de Planejamento (PPA, LDO e LOA)
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo que estabelece, de
forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada. Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de
quatro anos, podendo ser revisado, durante sua vigência, por meio de inclusão, exclusão ou
alteração de programas.
O papel do Plano Plurianual é o de implementar o necessário elo entre o
planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais, portanto, o planejamento de longo
prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua
materialização.
As diretrizes são normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o
caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos.
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pela
Administração no período do Plano para que, a longo prazo, a visão estabelecida se
concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo as situações a serem alteradas
pela implementação de um conjunto de iniciativas.
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As metas são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza
quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. Quando qualitativa,
a meta também deverá ser passível de avaliação. Cada objetivo deverá ter uma ou mais
metas associadas.
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital. O termo "e outras delas decorrentes" se
relaciona às despesas correntes são as que contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio
2. PPA 2012-2015
3. LDO 2013
- Define Metas e Prioridades para o exercício de 2013 estruturadas por órgão em
programas, ações e produtos.4
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- Orienta a elaboração da LOA 2013, define percentuais máximos
Governo do Estado do PiauíANEXO DE PRIORIDADES E METAS
(ART. 165, § 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
ÓRGÃO / PROGRAMA / AÇÃO / PRODUTO META (2013)
PODER JUDICIÁRIO UNID. MEDIDA QUANT.
04000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
04101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
85 - MODERNIZAÇÃO E REAPARELHAMENTO DO JUDICIÁRIO
CONCURSO E PROVIMENTO DE CARGOS
ANALISTA JUDICIÁRIO QUANTIDADE 100
ANALISTA PROCESSUAL QUANTIDADE 20 QUANTIDADE 20
ASSESSOR DE SEGURANÇA QUANTIDADE 30 QUANTIDADE 30
JUIZ SUBSTITUTO QUANTIDADE 19 QUANTIDADE 19
TÉCNICO JUDICIÁRIO QUANTIDADE 20 QUANTIDADE 20
81 - GESTÃO E MANUTENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES COM PESSOAL
URV % % EXECUTADO 25
CENTROS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E CIDADANIA
CENTROS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E CIDADANIA QUANTIDADE 9
REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR
AUMENTO DE REMUNERAÇÃO PERCENTAGEM 15
AUXÍLIOS
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO % EXECUTADO 100
AUXÍLIO SAÚDE % EXECUTADO 100
AUXÍLIO TRANSPORTE % EXECUTADO 100
MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA
FOLHA DE PESSOAL % EXECUTADO 100 % EXECUTADO 100
CRIAÇÃO DE VARAS E JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
VARAS E JUIZADOS SERVIÇOS 5 SERVIÇOS 5
04103 - CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA
MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA
APOIO AS SECRETARIAS SERVIÇOS 100
EQUIPAMENTOS PERMANENTES EQUIPAMENTOS 100 EQUIPAMENTOS 100
FISCALIZAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL SERVIÇOS 100 SERVIÇOS 100
MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA DA CORREGEDORIA % EXECUTADO 100
Fonte: Lei 6.252/2012 Anexo de prioridades e metas
Governo do Estado do Piauí
ANEXO DE PRIORIDADES E METAS
(ART. 165, § 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
ÓRGÃO / PROGRAMA / AÇÃO / PRODUTO META (2013)
PODER JUDICIÁRIO UNID. MEDIDA QUANT.
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04105 - FUNDO ESPECIAL DE REAPARELHAMENTO E MODERNIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
85 - MODERNIZAÇÃO E REAPARELHAMENTO DO JUDICIÁRIO
CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADA A INFÂNCIA E JUVENTUDE
NÚCLEOS ESPECIALIZADOS DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE MUNICÍPIOS
MUNICÍPIOS BENEFICIADOS
20
CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADA A FAMÍLIA
NÚCLEOS DE JUSTIÇA ESPECIALIZADO EM FAMÍLIA MUNICÍPIOSMUNICÍPIOS
BENEFICIADOS20
IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIA
EXPANSÃO DE LINK DE DADOS SISTEMA 100
PROCESSO ELETRÔNICO ADMINISTRATIVO SISTEMA 100
PROCESSO ELETRÔNICO JUDICIAL SISTEMA 100
CONSTRUÇÃO, AQUISIÇÃO, AMPLIAÇÃO E REFORMA DE INSTALAÇÕES FÍSICAS DO JUDICIÁRIO
AQUISIÇÃO DE INSTALAÇÕES FÍSICAS METROS M² 1667
CONSTRUÇÃO DE FÓRUNS E JUIZADOS, FÓRUM CENTRAL DE TERESINA METROS M² 3334
CONSTRUÇÃO DE UNIDADES AUXILIARES PARA O PODER JUDICIÁRIO METROS M² 533
REFORMA E AMPLIAÇÃO DE PRÉDIOS DO PODER JUDICIÁRIO METROS M² 4834
CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
NÚCLEOS ESPECIALIZADOS DE JUSTIÇA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA MUNICÍPIO
BENEFICIADOS20
TREINAMENTO DE MAGISTRADOS E SERVIDORES
CAPACITAÇÃO DE MAGISTRADOS E SERVIDORES CAPACITAÇÃO 100
ESCOLA JUDICIÁRIA OBRA 1
81 - GESTÃO E MANUTENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA DO PODER JUDICIÁRIO
CUSTEIO ADMINISTRATIVO % EXECUTADO 100
EQUIPAMENTOS PERMANENTES EQUIPAMENTOS 100
Fonte: Lei 6.252/2012 Anexo de prioridades e metas
4. LOA 2013
- Fixa Despesas e estima Receitas para o exercício de 2013 conforme diretrizes da
LDO 2012.
LOA - UG 04105 - FERMOJUPIPROGRAMA DE TRABALHO ESPECIFICAÇÃO VALOR
6
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410.502.061.812.113 MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO PODER JUDICIÁRIO
20.546.324,00
410.502.061.851.333CONSTRUÇÃO, REFORMA E AMPLIAÇÃO DOS FÓRUNS DE PARNAÍBA, PICOS, OEIRAS E FLORIANO
10.500.000,00
410.502.061.851.340 CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADA À FAMÍLIA
500.000,00
410.502.061.851.355CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADA À INFÂNCIA E JUVENTUDE
500.000,00
410.502.061.851.416CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZADOS EM JUSTIÇA RELACIONADO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
500.000,00
410.502.061.851.482 IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIA 6.600.000,00
410.502.061.852.281 TREINAMENTO DE MAGISTRADOS E SERVIDORES 500.000,00
TOTAL GERAL 39.646.324,00
LOA - UG 04101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DETALHADO
410.102.061.811.494 AUXÍLIOS 20.814.750,00
410.102.061.811.495 CENTRO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E CIDADANIA 900.000,00
410.102.061.811.496 CRIAÇÃO DE VARAS E JUIZADOS 5.710.000,00
410.102.061.811.497 AUMENTO DE REMUNERAÇÃO 17.607.211,00
410.102.061.812.121 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES COM PESSOAL 9.300.000,00
410.102.061.812.124 MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA 258.362.330,00
410.102.061.852.118 CONCURSO E PROVIMENTO DE CARGOS 5.310.000,00
TOTAL GERAL 318.004.291,00
LOA - UG 04101 - CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DETALHADO
410.302.061.811.276 GESTÃO DOS SERVIÇOS PRISIONAIS 15.131,00
410.302.061.811.306 GESTÃO TECNOLÓGICA DOS PROCESSOS JUDICIAIS 170.000,00
410.302.061.811.323 IMPLANTAÇÃO DE NÚCLEO MULTIDISCIPLINAR 137.000,00
410.302.061.812.109 MANUTENÇÃO ADMINISTRATIVA DA CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA 3.797.799,00
410.302.128.811.013 CAPACITAÇÃO DE SERVIDORES E MAGISTRADOS 1.840.070,00
TOTAL GERAL 5.960.000,00
Identificar as etapas da execução da despesa e sua caracterização Diferenciar Crédito de Recurso Identificar os principais requisitos legais para a geração da receita e
da despesa pública Discutir o papel da programação financeira na prevenção dos riscos fiscais e os diversos mecanismos
de ajuste e prevenção de desequilíbrios na execução orçamentária e financeira, adotados ao longo da história das finanças públicas brasileiras
Esclarecer o processo de ajuste adotado a partir da edição da LRF Reconhecer os fundamentos e as exigências conjunturais que levaram à adoção dos atuais
mecanismos de gestão do caixa do Tesouro Nacional Situar os mecanismos de registro e controle do movimento de caixa do Tesouro Nacional Resumir as diversas modalidades de instrumentos de movimentação financeira e de pagamento,
adotados pelo Tesouro Nacional Reconhecer os fundamentos e as exigências conjunturais que levaram à adoção das normas de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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1.3 Objetivo:
O objetivo deste trabalho foi emitir opinião acerca da gestão orçamentária com foco
no cumprimento das metas e prioridades estabelecidas na LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) de 2012 do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí verificando a
compatibilidade dos programas e ações estabelecidos no PPA (Plano Plurianual) 2012-2015
com as previstas na Lei Orçamentária Anual de 2013 (LOA).
Esta avaliação teve por fim confrontar a dotação inicial fixada no Quadro de
Detalhamento da Despesa (QDD 2013) com a posição da execução em 31/12/2013, aferindo
a cumprimento das metas e prioridades estabelecidas pela LDO 2012, bem como a nova
configuração orçamentária decorrente do processo de remanejamento de dotações próprias e
de créditos adicionais.
1.4 Período de execução
Os trabalhos foram desenvolvidos no período de 11 de setembro 2014 a 11
dezembro de 2014, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao serviço público. O
prazo contemplou o período de três meses, conforme delineado no PAA 2014.
1.5 Questões de auditoria
A finalidade da auditoria realizada na área de Gestão Orçamentária do Tribunal de
Justiça do Piauí foi a verificação do cumprimento de metas e prioridades fixadas na LDO de
2013, contemplando as seguintes questões de auditoria:
a) As metas quantificadas na Lei de Diretrizes orçamentárias de 2012 foram
atingidas no exercício de 2013?
b) Existe integração entre o planejamento e a execução orçamentária?
c) A abertura de Créditos Adicionais no exercício de 2013 e 2014 atendeu o
disposto na Lei nº 4.320/1964 e CF/88?
d) A inscrição dos restos a pagar foi regular?
e) A natureza das despesas empenhadas foi tecnicamente adequada?8
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f) A SECOF conhece os critérios e parâmetros de cálculo utilizados pelo
Executivo Estadual para definição do montante correto a ser repassado ao Tribunal de
Justiça, a título de Excesso de Arrecadação? Monitora esse aspecto periodicamente?
g) O percentual decorrente do excesso de arrecadação repassado ao TJ-PI no
exercício de 2013 é proporcional a relação estabelecida entre o Orçamento fixado pela LOA
2013 ao TJ em relação ao Orçamento Geral do Estado?
1.6 Equipe de auditoria
A equipe de Auditoria envolvida diretamente neste trabalho foi constituída pelos
seguintes auditores: André Araújo de Oliveira; Jailson Barros Sousa e José Ribeiro de
Carvalho Filho.
1.7 Técnicas utilizadas
Os procedimentos para execução dos exames de auditoria foram aplicados de
acordo com a natureza e mecanismos inerentes a atividade avaliada. Foram utilizadas as
seguintes técnicas de auditoria: entrevista, questionário, análise de documentos,
correlação de informações.
1.9 Critérios normativos adotados na avaliação do objeto
Os critérios de auditoria representam o estado ideal ou desejável daquilo que se
examina e oferecem o contexto para se avaliar as evidências e compreender os achados,
conclusões e recomendações da auditoria. Da comparação entre o critério e a situação
existente são gerados os achados de auditoria.
Portanto, critério representa a expectativa razoável e fundamentada do que “deveria
ser”, comparar ou avaliar as melhores práticas frente ao desempenho real. (ISSAI
3000/Apêndice 2, 2004; GAO, 2007).
A escolha do critério de auditoria é flexível e contém elementos de
discricionariedade e de julgamento profissional. Dependendo do caso examinado, a
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fonte mais adequada para o critério de auditoria será ou a norma oficial, expressa em leis
e regulamentos, ou a fundamentação científica, tendo como referência literatura
especializada, normas profissionais e boas práticas.
Para o caso, foram utilizados como parâmetros os seguintes dispositivos:
Instrumentos de Planejamento de 2013 (PPA, LDO e LOA), lei nº 4.320/64, portaria de
encerramento do exercício de 2013 (Portaria GSF nº 346/2013), Manual Técnico de
Orçamento 2013(MTO) - Estadual, Manual Técnico do Orçamento 2013 (MTO) -
Federal, Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - 5ª edição, Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
Para instrução inicial e direcionamentos dos trabalhos foram solicitadas
informações às unidades, a seguir: Secretaria da Corregedoria, Departamento de Engenharia,
Secretaria de Administração e Pessoal, Secretaria de Tecnologia da Informação e
Comunicação e Secretaria de Planejamento Estratégico.
Entre as informações solicitadas elenca-se:
a) Requisição de documentos e informações referente à:
Secretaria de Administração e Pessoal - SEAD - data da
nomeação e da posse, bem como organizar as informações
solicitadas através de planilha eletrônica;
Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação - STIC -
Relatório circunstanciado informando a execução, no exercício de
2013, bem como a quantidade de recursos dispêndios referentes a:
EXPANSÃO DE LINK DE DADOS, PROCESSO ELETRÔNICO
ADMINISTRATIVO, PROCESSO ELETRÔNICO JUDICIAL, SELO
DIGITAL
Departamento de Engenharia e Arquitetura - relatório
informando a quantidade de M² (metro quadrado) executado e
respectivos valores despendidos no exercício de 2013 relativos a:
AQUISIÇÃO DE INSTALAÇÕES FÍSICAS; CONSTRUÇÃO DE
FÓRUNS E JUIZADOS, FÓRUM CENTRAL DE TERESINA;
CONSTRUÇÃO DE UNIDADES AUXILIARES PARA O PODER
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JUDICIÁRIO; REFORMA E AMPLIAÇÃO DE PRÉDIOS DO
PODER JUDICIÁRIO.
Secretaria de Planejamento Estratégico - Relatório
circunstanciado identificando e informando a quantidade de
municípios beneficiados e os recursos alocados no exercício de
2013, referente a: NÚCLEOS ESPECIALIZADOS DE JUSTIÇA DA
INFÂNCIA E JUVENTUDE, NÚCLEOS DE JUSTIÇA
ESPECIALIZADO EM FAMÍLIA, NÚCLEOS ESPECIALIZADOS
DE JUSTIÇA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
Secretaria da Corregedoria - Relatório circunstanciado
identificando e informando a quantidade e os recursos alocados no
exercício de 2013, referente a: EQUIPAMENTOS PERMANENTES,
FISCALIZAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL.
Foram elaborados, com base em dados extraídos do SIAFEM (Sistema Integrado de
Administração Financeira utilizado no Estado do Piauí) para fins de análise, os seguintes
documentos:
Planilha confrontando Metas fixadas na LDO 2012 com os
resultados atingidos em função da execução orçamentária de
2013 (LOA 2013);
Planilha confrontando os Créditos Orçamentários constantes do
QDD 2013 das UG´s: TJ-PI, Fermojupi e Corregedoria, anexo
da LOA 2013, com a posição orçamentária em 31/12/2013;
Planilha esclarecendo a estrutura da codificação de um
Programa de Trabalho estabelecido pela LOA 2013;
Planilha detalhando os elementos de despesa fixados no QDD
2013 do TJ-PI, Fermojupi e Corregedoria;
Planilha demonstrando as anulações de dotações do TJ-PI, bem
como seus destinos, os créditos recebidos decorrentes de excesso
de arrecadação e a sobra orçamentária do TJ-PI anulada pelo
Poder Executivo Estadual;
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Planilha totalizando por Plano Interno os valores orçamentários
anulados por modalidade de aplicação e elemento de despesa,
bem como seus destinos e o crédito suplementar decorrente do
excesso de arrecadação.
2. ACHADOS DE AUDITORIA:
2.1 Estrutura, controles internos e rotinas administrativas: Deficientes.
2.1.1 CONSTATAÇÕES
2.1.2 COMENTÁRIOS DA UNIDADE AUDITADA
2.1.3 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA
2.1.3.1 DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE PROCESSOS
2.1.3.2 DA NORMATIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS PADRÃO
2.1.3.3 DA ADOÇÃO DE FLUXO OU PROCEDIMENTO EM CONJUNTO COM PROTOCOLO GERAL E OUTRAS UNIDADES
2.1.3.4 DA MENSURAÇÃO DOS PROCESSOS ANALISADOS
2.1.3.5 RECOMENDAÇÕES
2.2 Atribuições definidas em normativos: Dissonantes e conflitivas .
2.2.1 CONSTATAÇÕES
2.2.2 COMENTÁRIOS DA UNIDADE AUDITADA
2.2.3 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA
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2.2.4 RECOMENDAÇÕES
2.3 G estão, Fiscalização e Avaliação Contratual: Deficiente .
2.3.1 CONSTATAÇÕES
2.3.2 COMENTÁRIOS DA UNIDADE AUDITADA
2.3.3 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA
2.3.4 RECOMENDAÇÕES
2.4 Comunicação/fluxo informativo: Deficiente .
2.4.1 CONSTATAÇÕES
2.4.2 COMENTÁRIOS DA UNIDADE AUDITADA
2.4.3 ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA
2.4.4 RECOMENDAÇÕES
3. CONCLUSÃO
Após exposição das fragilidades pelas quais se processam os controles internos da
Gestão Orçamentária e Financeira deste Poder, com as devidas recomendações e
direcionamentos apontados pela CCI com o intuito de melhorar o desempenho e exercício
das atividades típicas das unidades e sanar as falhas apontadas (para mitigação dos riscos
identificados), um último aspecto há de ser esclarecido e bem definido. Trata-se da diferença
clara e precisa entre os papéis a serem exercidos pela alta administração, pela gestão e pela
auditoria interna.
Podemos sugerir como diretrizes para Governança (Alta Administração) envolvendo
a área de Gestão Orçamentária e Financeira, as respostas a serem elaboradas pela Alta
Administração, às indagações abaixo:
• Quais os serviços a oferecer e quais resultados institucionais desejados?13
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• Qual é o modelo de governança de gestão orçamentária e financeira mais adequada
à instituição?
• Os papéis e responsabilidades nas principais decisões relativas à gestão
orçamentária e financeira estão bem definidos e compreendidos?
• Quais são as prioridades da sua instituição no que concerne à gestão orçamentária e
financeira?
• As ações para cumprir essas prioridades estão sendo gerenciadas?
• Como é monitorado o desempenho da gestão orçamentária e financeira?
• Como são geridos os riscos relacionados à gestão orçamentária e financeira da
instituição?
• Quais as diretrizes, políticas, indicadores e metas para os serviços desempenhados?
• Que estrutura de gestão será necessária (estratégia, planos, pessoas, informação,
conhecimento e processos)?
Adentrando especificamente a ceara da Gestão, temos que esta implica na utilização
criteriosa de meios (recursos, pessoas, processos, práticas) para alcançar um fim
identificado. É um meio ou instrumento pelo qual o órgão de administração consegue um
resultado ou objetivo. Atua sobre o planejamento, construção, organização e controle das
atividades operacionais e se alinha com a direção definida pelo órgão de administração.
Enfim, “O gestor e a alta administração são responsáveis pelos processos de gestão
de risco e controles da organização." (IIA, IPPF, 2120-1)
Quanto ao papel da auditoria interna e dos auditores internos, trazemos o
entendimento disposto em TCU - Diálogo Público para Melhoria da Governança Pública: O
Papel do Gestor e do Auditor, pág. 44, Brasília-DF, 2013 in verbis:
Auditores são parte do modelo governamental de controle interno, mas eles não são responsáveis pela implementação dos procedimentos de controle numa organização. Este trabalho é específico do gestor. (INTOSAI - Padrões de Controle Interno, tradução livre).
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva que presta serviços de
avaliação e de consultoria com o objetivo de adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos através de uma
abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos
de gerenciamento de risco, controle e governança corporativa. (IIA IPPF, tradução livre).
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Assim, após esclarecimentos finais e abordagem sobre os tópicos definidos no
escopo deste trabalho, alinhada às melhores práticas de Governança, submete-se o presente
relatório à Presidência, para que, através das falhas consideradas relevantes por esta Unidade
de Controle Interno, elabore um plano de ação em conjunto com a Auditada para ao
tratamento dos achados aqui relatados.
Teresina, PI 20 de maio de 2014.
Atenciosamente,
____________________________ ______________________
Jailson Barros Sousa André Araújo de Oliveira
Diretor de Auditorias – Matrícula 3061 Auditor – Matrícula 26627
_____________________________
José Ribeiro de Carvalho Filho
Auditor – Matrícula 3943
________________________________________________
Tatiana Maria Almeida Saiki
Coordenadora Geral de Controle Interno
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