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Sumário

ApresentaçãoVisão, Missão, Crenças e Valores 3Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo (Voluntário) 4Mensagem da Presidente Executiva (Voluntária) 5

A OrganizaçãoConstrói-se o Futuro? 6O Futuro já no Presente 7Gestão da Organização

Idealismo + Profissionalismo = Sustentabilidade 8Uma Década de Aprendizado 9Pesquisa do IBOPE: Ouvindo a Comunidade 10Metodologias: Experiência Sistematizada 11

FazerRede Parceiros Voluntários 12

Encontros de Lideranças do Voluntariado 14Encontros Estaduais da Rede Parceiros Voluntários 16Agenda do Voluntariado 17

Programa Voluntário Pessoa Física 18Programa Voluntário Pessoa Jurídica 20Programa Parceiros Jovens Voluntários 22

Tribos nas Trilhas da Cidadania 24Programa Organizações da Sociedade Civil 28

InfluirPrêmio Parceiros Voluntários 30Seminário Internacional Pare Pense 32Livro “O Quinto Poder” 34Comunicação Social 35Terceiro Setor Incluído no PIB 36Equipe 37Conselho Deliberativo 38Fundadores, Mantenedores e Apoiadores 39Parcerias Voluntárias 39

Encarte especial 10 anosVeja, na parte central deste Relatório Anual, a memória dos fatos mais marcantes da história da ONG ParceirosVoluntários e conheça os voluntários que completaram 10 anos de atividade junto com a Organização.

Auditoria Voluntária

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes analisou as demonstrações financeirasda ONG Parceiros Voluntários referentes ao exercício de 2007 com o objetivo de garantir a transparência daOrganização na aplicação de seus recursos. A Auditoria considerou que tais demonstrações apresentam, emtodos os aspectos, adequadamente, a posição patrimonial e financeira da Organização. Cabe destacarque o trabalho realizado pela PriceWaterhouseCoopers foi voluntário.

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VisãoDesenvolver a culturado trabalho voluntárioorganizado.

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MissãoPromover, ampliar e qualificar o atendimentodas demandas sociais pelo trabalho voluntário, visandoà melhoria da qualidade de vida no Rio Grande do Sul.

Toda pessoa é solidária e um voluntário em potencial.

A filantropia e o exercício da cidadania, pela prática do voluntariado,são indispensáveis para a transformação da realidade social.

O voluntariado organizado é a base do desenvolvimento do Terceiro Setor.

Todo trabalho voluntário traz retorno para a comunidade e para as pessoasque o realizam.

A prática do princípio da subsidiariedade é indispensável à autonomiadas comunidades para seu desenvolvimento.

O desenvolvimento sustentado é alcançado pela interação entreos sistemas econômico, social e ambiental.

Crenças e Valores

Crianças da educação infantil e pré-escola participam da Ação Tribos em Gramado

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Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo

A Atitude que faz a DiferençaCompletamos 10 anos de desenvolvimento da Cul-

tura do Voluntariado Organizado no Rio Grande doSul com sucesso reconhecido pela sociedade gaúcha,brasileira e, ainda, exportamos o nosso modelo parao exterior. Este é o resultado do trabalho de nossaeficiente e dedicada Equipe de colaboradores, esta-giários e voluntários, e conta, também, com o apoiodo Conselho Deliberativo e de nossos Mantenedores/Fundadores e Apoiadores.

Parte desse resultado devemos à atitude de soli-dariedade dos 249.838 voluntários engajadosna Causa.

A outra parte do sucesso devemos ao trabalhoda formação de uma forte REDE que abrange 74cidades, as quais, por intermédio das lideranças lo-cais, Presidentes de ACIs, Associações Comerciais,Industriais, Rurais, de Serviços, Universidades Comu-nitárias, viabilizam a atuação e o trabalho de coope-ração entre os diversos atores sociais para diminuir asdiferenças sociais existentes, e apoiando a Coorde-nação do Programa de Voluntariado da UnidadeParceiros Voluntários em sua cidade.

A Parceiros Voluntários mantém 93.000 jovensengajados, 1.410 escolas e 2.031 empresasengajadas, atendendo a um público aproximado de950.000 pessoas.

Para efeito de comparação, devemos dizer queo Rio Grande do Sul possui 26% dos municípios commenos de 3.000 habitantes, que representam umtotal de 3% da população; o nosso Estado possui20% dos municípios com menos de 5.000 habitan-tes, que representam 4% da população. Ou seja,a Parceiros Voluntários atende em torno de 9% dapopulação gaúcha com um gasto de cerca deR$ 200.000,00 mensais.

O Estado do Rio Grande do Sul, para atender7% da sua população, necessita de 228 cidades

(Câmaras de Vereadores, Prefeituras, Delegaciasde Polícia, Ministério Público, Poder Judiciário, Es-colas). Pergunto: Qual a atitude que os dirigentesgovernamentais, municipais, estaduais e federalnecessitam ter para seguir o exemplo de eficiênciado Terceiro Setor?

Esta comparação e esta pergunta são de minharesponsabilidade pessoal, não da Organização Par-ceiros Voluntários.

Para os leitores deste Relatório, eu deixo que cadaum faça a sua pergunta e procure a sua resposta.

O meu entusiasmo com a Parceiros Voluntáriossempre foi e é muito grande. Logo nos primeiros anosde trabalho, profetizei, num momento de entusias-mo, que em uma década atingiríamos 100.000 vo-luntarios. Naquela ocasião fui tachado de visioná-rio, sonhador.

A minha querida “PV”, ao longo destes 10 anos,não só teve seus 100.000 como quase que triplicou.As histórias de cada Voluntário, de cada OSC, decada instituição envolvida, são emocionantes e fazema cultura do nosso Rio Grande do Sul.

Orgulham-me, especialmente, os cursos de desen-volvimento de lideranças e capacitação gerencial mi-nistrados para as organizações da sociedade civil epessoas do Terceiro Setor. Orgulha-me, também, con-tar com o apoio das entidades da classe empresarialcomo FEDERASUL, FIERGS, FARSUL, FECOMERCIO,além das empresas que compõem o nosso quadro deFundadores e Apoiadores.

Minha emocionada gratidão a TODAS e TODOSque estão envolvidos nesse grande Movimento de Vo-luntariado em nosso Estado e também em nosso País.Somos Cidadãos-Voluntários!

Humberto Luiz RugaPresidente do Conselho Deliberativo (Voluntário)

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Mensagem da Presidente Executiva

O Futuro é Feito de Muita Imaginação,Esperança e Convicção

Com este décimo Relatório Anual, é desejo de to-dos nós da Equipe da ONG Parceiros Voluntários apre-sentar-lhe nosso sentimento de gratidão. Se você estácom essa literatura em mãos, não é por acaso não!Você faz parte, ou dos que estão envolvidos no movi-mento do voluntariado, ou é “uma das partes interes-sadas”, como os públicos são definidos no Mapa Es-tratégico do BSC - Balanced Scorecard. Não gostaría-mos, todavia, e nem o chamaremos de “parte interes-sada”, e sim de “amigo da Causa do voluntariado”. Eé nessa condição que você está recebendo o nossorelatório, no qual estão retratadas as principais açõese atividades desenvolvidas por esta Organização.

Portanto, é para você, amigo ou amiga, que pe-dimos que leia com atenção, e interprete com carinhoe respeito as linhas e as entrelinhas deste Relatório.Nele, você verá todo um esforço de 10 anos, de umgrupo de pessoas que acreditou na idéia veiculadaem uma de suas campanhas, que dizia “DÁ PARAMUDAR. É SÓ COMEÇAR.” Foram crianças, jovens,adultos, empresas, enfim, todos os que fazem partede nossos Programas.

Este Relatório, por ser o fechamento de uma dé-cada, abrange esse período e não somente o ano de2007. Assim, você encontrará informações que vãoalém da própria Organização, relativas ao TerceiroSetor. Também encontrará menção ao Livro que esta-mos publicando em comemoração aos 10 anos, e quese chama “O QUINTO PODER - A Consciência Socialde uma Nação”. Introduzimos ainda um encarteda nossa “Linha da Vida”.

Se pensarmos cinqüenta anos para o futuro, eimaginarmos que escolhas e que atitudesprecisamos tomar hoje para permitir que esse futuroaconteça, então este é o momento certo para fazer-mos as nossas escolhas e o que quer que sejamoschamados a fazer em termos do trabalho maior pelanossa comunidade. Por falar nisso, cabe aqui per-guntar: quem é esse ser “comunidade”? Será que não

somos nós mesmos? Portanto, o trabalho que viermosa fazer será por nós mesmos, por nossos filhos, pornossos netos! Será o legado que estamos deixando.Portanto, a pergunta é: “Qual é o próximo passo?” Adecisão, a escolha de cada um, hoje, determinará onosso futuro.

Você percebeu o quanto “VOCÊ” é importante?Vou lhe contar uma historinha que traduz bem essepensamento. Eu a li no livro de Joseph Jaworski (Sin-cronicidade - O Caminho Interior para a Liderança).

“Quanto você acha que pesa um floco de neve?”,perguntou o canário a uma pomba.

“Nada mais do que nada”, foi a resposta.“Nesse caso, preciso contar a você uma história

maravilhosa”, disse o canário. “Eu estava pousadonum galho, próximo ao tronco, quando começou anevar... não uma nevasca forte, nem uma tempesta-de, não... foi como num sonho, sem barulho nem vio-lência. Como eu não tinha nada melhor para fazer,comecei a contar os flocos de neve que estavam cain-do nos brotos e folhas do meu galho. Quando o nú-mero 3.741.953 caiu sobre o galho, nada mais doque nada, como disse você... o galho quebrou”.

Tendo terminado de falar, o canário alçou vôopara longe.

A pomba, desde os tempos de Noé, é uma auto-ridade no assunto, pensou na história por um instantee finalmente disse para si mesma: “Talvez só estejafaltando a voz de uma pessoa para que a paz ve-nha ao mundo”.

O futuro não é feito apenas de lógica e razão. Éfeito de muita imaginação, esperança, convicção e,em especial, de responsabilidade, comprometimen-to, solidariedade e AMOR. Invocado ou não invo-cado, DEUS está sempre presente. Então, peçamosque ELE nos proteja e ilumine!

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente Executiva (Voluntária)

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A Organização

Esta é uma das perguntas instigantes para a ONGParceiros Voluntários. Em seus 10 anos de existência, aOrganização vem buscando analisar se com suas práti-cas alinhadas a um discurso coerente, estimulador ao en-volvimento de todos, realmente está na direção da constru-ção de um futuro melhor para a comunidade gaúcha.

Dentre as muitas ações de divulgação de Princípios eValores Humanos, um dos grandes momentos de reflexão,em Porto Alegre, é o Seminário Internacional Pare Pense,organizado em parceria com o Consulado Geral dos Esta-dos Unidos/SP. A cada edição do Seminário, pensadoresnacionais e internacionais conduzem o público a reflexões.

Por que a Parceiros Voluntários promove eventos nes-sa linha de reflexão? Como a sua VISÃO é orientadorapara o desenvolvimento de uma cultura do trabalho vo-luntário organizado no Estado do Rio Grande do Sul, aOrganização acredita que é preciso ir além da ação. Énecessário que as pessoas reflitam sobre questões como:Por que devo fazer? Por que devo sair da minha zonade conforto e me comprometer com o meu entorno? Porque o meu agir é importante para o outro? O que euganho e o que o outro ganha com isso? Já pago meusimpostos; mas como expresso a minha humanidade?

No trabalho voluntário, as pessoas que mantêm ativi-dade contínua são aquelas que entendem perfeitamente,e com profundidade, a importância e o significado de suaação, e o que ela pode trazer de retorno para si e para avida do outro. É uma atitude que envolve sentimento, cum-plicidade e expectativa de mudança social e espiritual. Seformos responsáveis, saberemos compreender o quanto éimportante nos prepararmos para exercer o voluntariado.Isso inclui participar de reuniões com outros voluntários paradebater conceitos de cidadania e comprometimento, en-tender o papel de uma Organização da Sociedade Civile da Responsabilidade Social Individual (RSI), e o quepode representar a soma de esforços, tanto na visão deespiritualidade, cultural, quanto econômica, comportamen-tal, política e de transformação de uma realidade.

O trabalho voluntário também exige compartilhar ex-periência com outros voluntários e com equipes de contra-tados. Precisamos debater sobre o desenvolvimento de umacultura de voluntariado organizado, seus direitos e deve-res. E saber mais sobre o termo “organizado”, visto que ovoluntariado já existe no Brasil desde o seu descobrimen-to. É preciso conhecer a evolução do voluntariado no RioGrande do Sul, no Brasil e em outras partes do mundo.Entender o conceito que abrange o Terceiro Setor. Quanto

mais conhecermos o voluntariado, mais poderemos ter umaação voluntária consciente, de amplo alcance.

É importante que o candidato ao voluntariado seperceba como agente transformador de uma realidade.O sociólogo colombiano Bernardo Toro diz que toda or-dem social é criada por nós. O agir ou não agir de cadaum é o que consolida ou transforma essa ordem social.São, pois, os debates sobre conceitos, responsabilidadese comprometimentos que nos possibilitam uma ação pró-ativa, a favor da organização da sociedade civil, dosentimento de amor ao próximo e da construção de umser humano holístico.

A Parceiros Voluntários crê que o fortalecimento doCAPITAL SOCIAL e um firme COMPROMISSO HUMANO,por intermédio da prática da Responsabilidade SocialIndividual, conduzem à construção de um futuro promis-sor. O Capital Social é alicerçado em transparência, con-fiança. Como e com quem iniciar essa relação deconfiança? A resposta é iniciar a relação consigomesmo. Tudo no Universo começa nessa micro-célula quese chama “eu”. Cada um de nós tem de ter o COMPRO-MISSO HUMANO de ser um partícipe formador doCapital Social. Se não nos dispusermos a ser uma parce-la do Capital Social, ele não existirá.

Constrói-se o Futuro?

A ONG Parceiros Voluntários acredita profundamenteque é possível fazer essa transformação desde que to-dos nós a queiramos. Crê, portanto, que o futuro éconstruído por nós, no agora.

”A chave para gerar uma transformaçãomundial, criando um futuro melhor para o serhumano é sermos responsáveis pelo quefazemos. É tempo de que todos nós sejamosresponsáveis pela sociedade em quevivemos. Nós, seres humanos, estamos numperíodo da história em que temos umaoportunidade excepcional, mas tambémenfrentamos uma grande crise. Pela primeiravez na história da humanidade podemos serextintos por nossas próprias mãos. A boanotícia é que temos a escolha de evoluir aum novo nível de ser humano.”

John Renesch, pensador norte-americano(Em palestra no Seminário Pare Pense)

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Voluntários 62.548 146.042 196.915 249.838

Jovens 32.280 51.230 72.000 93.000

Escolas 608 857 1.109 1.410

Empresas 1.116 1.366 1.661 2.031

Organizações da Sociedade Civil conveniadas 1.533 1.724 1.906 2.337

Cidades da REDE Parceiros Voluntários 62 63 73 74

Pessoas beneficiadas (estimativa) 400.000 550.000 650.000 950.000

2004 2005 2006 2007Número de participantes engajadosem ações de voluntariado (total acumulado)

O Futuro já no PresentePesquisas recentes indicam que as iniciativas de or-

ganizações do Terceiro Setor alcançam melhores resulta-dos nas comunidades eticamente comprometidas, ondehá um grau de confiança e reciprocidade mais elevado,maior exercício de cidadania e, conseqüentemente,maior nível de associatividade e cooperação entre as pes-soas. “Se os valores dominantes se concentram no indivi-dualismo, na indiferença frente ao destino do outro, nafalta de responsabilidade coletiva, no desinteresse pelobem-estar geral, na busca do consumismo (...) pode-seesperar que essas condutas debilitem seriamente o teci-do social e conduzam a toda ordem de impactos regres-sivos”, diz Bernardo Kliksberg, economista e sociólogo,coordenador-geral da Iniciativa Interamericana de Capi-tal Social, Ética e Desenvolvimento, do Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID).

Em um processo de desenvolvimento, o que diferenciao Capital Social do Capital de Mercado? Segundo o eco-nomista e pesquisador norte-americano, Jeremy Rifkin, amelhor definição de Capital de Mercado continua sendoa filosofia tradicional de Adam Smith: “Cada indivíduomaximiza seus próprios interesses no mercado e isso fazcom que os interesses da comunidade avancem”.O Capital Social, por sua vez, baseia-se em outra teoria,segundo Rifkin: “Cada pessoa dá de si para a comunida-de, otimizando o bem-estar desta. Com isso, otimiza osinteresses pessoais de cada indivíduo”. Podemos, portan-to, afirmar que precisamos tanto do Capital de Mercadoquanto do Capital Social, pois um complementa o outro.Essa afirmação confirma uma das Crenças da ParceirosVoluntários: o desenvolvimento sustentado é alcançado pelainteração entre os sistemas econômico, social e ambiental.

“Se a intervenção é assistencialista, cria a depen-dência; se é autoritária, cria a baixa auto-estima; se éclientelista, cria uma cultura de adesão; se é democráti-ca, cria cidadania e autonomia”, analisa Bernardo Toro.Assim, com a compreensão de que uma das funções dasorganizações do Terceiro Setor é desenvolver formas de-mocráticas de intervenção social, em que as pessoas se-jam capazes de construir, de forma cooperativa, a or-dem social em que querem viver, a ONG Parceiros Vo-luntários estabeleceu duas linhas de ação distintas, po-rém complementares: o Influir e o Fazer.

O Influir está diretamente associado à Visão de “de-senvolver a cultura do trabalho voluntário organizado” e,para tanto, à necessidade de mobilizar pessoas atravésde atividades que promovam reflexão. Ao promover pro-cessos de conscientização, como palestras, congressos eseminários; elaborar publicações em diversas mídias –impressa, eletrônica e virtual –; articular e conectar cida-dãos, escolas, organizações e empresas a Parceiros Vo-luntários estimula as pessoas a participar da construçãode um Rio Grande do Sul com Atitude Voluntária.

O Fazer é expresso pelos vários Programas quematerializam a Missão de “promover, ampliar e qualifi-car o atendimento das demandas sociais pelo trabalhovoluntário, visando à melhoria da qualidade de vida noRio Grande do Sul”. Cada um desses Programas estádemonstrado nas páginas seguintes deste Relatório.

Em resposta à união entre o Influir e o Fazer,podemos analisar pelos números abaixo que a comu-nidade gaúcha está consciente de seu papel comoagente social ativo, construindo o futuro com assuas ações no presente.

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A Parceiros Voluntários acredita que é imprescindí-vel a combinação “idealismo + profissionalismo”,“emoção com resultados” e “gratificação com impactosocial”. Desde sua fundação, estimulou que as Orga-nizações da Sociedade Civil (OSC) conveniadas ado-tassem uma gestão mais profissional. O Terceiro Setornecessita ter um Planejamento Estratégico do mesmomodelo empresarial, sem, com isso, perder de vista asua finalidade social, a ESSÊNCIA de sua razão deexistir, o AMOR à sua Causa.

Fiel a esse conceito, a Parceiros Voluntários esta-beleceu como Diretriz Geral para o biênio 2006-2007o Fortalecimento da Rede. Nesse sentido, todas as ati-vidades realizadas mantiveram o foco em três gran-des objetivos:

Gestão da Organização

Idealismo + Profissionalismo =Sustentabilidade

Na ação social, o desafio é lidar com realidadescomplexas e diversificadas, em ambientes em transfor-mação permanente. A Parceiros Voluntários considera-seuma Organização aprendente, revendo Processos, Me-todologias, Objetivos e Metas sempre que necessário. Aatitude de abertura ao novo reflete-se também na atuali-zação constante de Indicadores, tanto quantitativos comoqualitativos, para avaliar a contribuição que a COMU-NIDADE está aportando à COMUNIDADE.

Avaliar os resultados das Organizações da Socieda-de Civil não é tarefa fácil, tendo em vista que, muitasvezes, os financiadores ou mantenedores estão mais pre-ocupados com os aspectos econômicos e financeiros desuas iniciativas, e as organizações, por sua vez, com osaspectos sociais de suas ações.

Desde a sua constituição, a Parceiros Voluntários submete seus números à auditoria, e hoje esse trabalhoé feito de forma voluntária pela PricewaterhouseCoopersAuditores Independentes.

Com a consultoria, também voluntária, da empre-sa Symnetics Business Transformation, de São Paulo, aParceiros Voluntários utiliza, desde 2003, a ferramen-ta de gestão Balanced Scorecard (BSC), que identifi-ca todos os seus Processos e Indicadores, e apontacaminhos para a Organização avançar em direção àsua Visão e Missão.

Conhecer o Cliente =aprofundar o conhecimento sobreos públicos envolvidos, seu perfil,necessidades e expectativas.

Formar Pessoas =para a difusão dos conceitos deResponsabilidade Social Individual(RSI) e para o estímulo à açãovoluntária.

Promover a Melhoria Contínuados seus Processos, visando àeficiência, eficácia e efetividade.

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Ser uma Organização aprendente é uma das carac-terísticas da ONG Parceiros Voluntários. Ao longo de 10anos, foram muitos os momentos de qualificação da equi-pe de colaboradores e voluntários. Parceiros nacionais einternacionais disponibilizaram seu tempo e conhecimen-to em encontros de construção de novas experiências,saberes e olhares.

Durante sua estada em Porto Alegre, em 2002, paraparticipação no 1º Seminário Internacional Pare Pense,Lester Salomon, pesquisador norte-americano, liderou umworkshop com os colaboradores da Parceiros Voluntáriose convidados, revisitando os conceitos de cooperação entrePrimeiro, Segundo e Terceiro Setores.

Em 2003, a presença de Bernardo Toro, sociólogocolombiano, marcou o aprofundamento de conceitos decomunicação e mobilização social. Em 2004, foi a vezde Marcio Simeone Henriques trabalhar esses conceitos,através do “Case Manuelzão”, de Minas Gerais. Aindaem 2004, “Liderança e Auto-desenvolvimento para Cons-truir o Futuro” foi o foco do trabalho do filósofo norte-americano John Renesch com a Parceiros Voluntários.

Foram inúmeras as visitas colaborativas da Equipe daSymnetics para fazer a releitura do planejamento estratégi-co da Organização e de seu BSC – Balanced Scorecard.

Uma Década de AprendizadoO ano de 2006 marcou uma forte cooperação entre

a Parceiros Voluntários e a UNISINOS – Universidade doVale do Rio do Sinos, para desenvolver e ministrar à Equi-pe PV o curso “Ação Humana e Prática Social”.

A parceria com o Consulado Geral dos Estados Uni-dos em São Paulo possibilitou a presença de CharlotteShelton, doutora em aconselhamento pela Northern IllinoisUniversity, que apresentou os conceitos de GerenciamentoQuântico para reestruturar empresas e a nós mesmos utili-zando sete novas habilidades quânticas. A Dra. Sheltontrabalhou durante três dias com a equipe, entre 20 e 22de agosto de 2007, compondo, também, junto com AndréCoutinho, da Symnetics, um grupo de reflexão para ospróximos cinco anos da Organização.

Mais informações sobre esses pensadores estão dis-poníveis no site: www.parceirosvoluntarios.org.br.

Workshop com a Dra. Charlotte Shelton, realizado em Porto Alegre

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Quando da criação da Parceiros Voluntários, em1997, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísti-ca (IBOPE) realizou uma pesquisa para avaliar o impac-to da atuação das ONGs que têm por objetivo contribuirpara o desenvolvimento social. Buscava-se verificar comoa comunidade receberia uma organização que se pro-punha a estimular a participação voluntária, como essetrabalho seria reconhecido e incorporado pelas pessoas,e que influência tinham as organizações da sociedadecivil junto à população.

Em 2001, Ano Internacional do Voluntariado, a pes-quisa foi repetida pelo IBOPE, com o mesmo foco e perfilde público, e com mais algumas perguntas novas. Em2007, contratado pela Parceiros Voluntários, o IBOPEnovamente investigou o tema, passando aos entrevista-dos a seguinte conceituação: “Trabalho voluntário é aque-le em que qualquer pessoa, por sua própria iniciativa,faz uma atividade de qualquer natureza, motivado poruma causa ou ideal, sem ter por objetivo nenhum tipo deremuneração material”.

Os dados da pesquisa, obtidos em cinco municípiosdo Rio Grande do Sul (Bagé, Caxias do Sul, Pelotas,

Santa Rosa e Porto Alegre) de 7 a 12 de outubro de2007, em amostra de 406 entrevistas, trazem informa-ção relevante sobre como o trabalho voluntário organi-zado atua no imaginário da população. O aspecto maisanimador é que 90% dos entrevistados têm uma imagempositiva do trabalho voluntário, especialmente os que sesituam na faixa entre 16 e 24 anos, com maior escolari-dade, e que conhecem a Parceiros Voluntários.

A boa imagem, entretanto, ainda não se traduz comoimpulso efetivo de entrar em ação: 92% dos pesquisadosnão prestam trabalho voluntário. Os principais motivos quelevam as pessoas a não querer se comprometer com umengajamento são a falta de tempo (68%) e a necessidadede cuidar de seus próprios problemas (13%). E, ainda, 10%consideram que a ação compete ao Estado. A boa notíciaé que cresceu o número dos que vêem na responsabilidadesocial o fator mais estimulante para realizar trabalhos volun-tários (31% em 2007, contra 24% em 2001), sendo queesta é a maior motivação para quem conhece e presta tra-balho social. Já 25% acreditam que o fator mais estimulanteé a proximidade com problemas sociais (um número que semanteve estável; eram 24% em 2001).

Pesquisa IBOPE: Ouvindo a Comunidade

• Aprendizagens ou conquistas pessoais daque-les que fazem trabalho voluntário: 59% reve-lam-se mais tolerantes em relação aos outros e47% conheceram realidades ou condições devida diferentes.

• Disponibilidade para fazer trabalho voluntário: ape-nas 15% afirmaram com certeza que participari-am e 63% disseram que poderiam participar, de-pendendo do trabalho a realizar. Entre aquelesdispostos a atuar como voluntários, 84% gostariamde trabalhar diretamente com a população, prefe-rencialmente com educação (50%) e saúde (47%),sendo as crianças (63%) o alvo do benefício.

Os resultados gerais reforçam a necessidade de re-alizar um acompanhamento sistemático da movimenta-ção do voluntariado e do Terceiro Setor, especialmenteatravés de estudos sobre aspectos e impactos de ordemsociológica, antropológica, comportamental, cultural eeconômica. Há, portanto, uma ampla avenida para odesenvolvimento de pesquisa acadêmica. A pesquisaindica, também, que há um vasto trabalho de conscien-tização a ser levado adiante para romper a barreiraentre o ideal e a disposição de colocar mãos à obra.

• Para 90% dos entrevistados, principalmente jovensde 16 a 24 anos, a imagem do Trabalho Voluntá-rio é positiva.

• 32% associam o trabalho voluntário à solidarieda-de; 24% à doação e caridade e apenas 14%o identificam com participação comunitária.

• Os meios de comunicação de massa são conside-rados como a melhor forma de divulgação do mo-vimento. Para os jovens, o melhor meio de divul-gação são os shows e eventos. A realização depalestras mobiliza 16% dos entrevistados.

• O trabalho dos voluntários encaminhados pela Par-ceiros Voluntários é considerado bom por 70% eótimo por 22% dos entrevistados.

• Motivação: 38% dos entrevistados atribuem ànecessidade de sentir-se útil, de auto-ajuda. Mas25% sinalizam que a realização do trabalho vo-luntário se dá pela proximidade com os proble-mas sociais. O que motiva o voluntário a man-ter-se atuante é a satisfação/gratidão das pes-soas atendidas (47%).

Gestão da Organização

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Metodologias: Experiência Sistematizada

Conscientização para a Práticado Voluntariado OrganizadoObjetivo: Mobilizar as pessoas para o exercícioda Responsabilidade Social Individual (RSI)*, pormeio do trabalho voluntário organizado, utilizan-do os conceitos de voluntariado, participação ecolaboração.* Responsabilidade Social Individual: trabalhar osvalores internos faz despertar na pessoa o seu ver-dadeiro valor, o que a torna mais ativa e social-mente transformadora do mundo ao seu redor.

Ação Humana e Prática SocialObjetivo: Desenvolver estudo e reflexão sobretemas relativos à filosofia, psicologia, história,ciências sociais, política e economia, com vistas aqualificar a ação de grupos de agentes no traba-lho de fomentar e fortalecer o capital social.

Desenvolvimento de Liderança JuvenilObjetivo: Oferecer às lideranças jovens a opor-tunidade de reflexão para perceberem-se comoagentes transformadores e motivadores, bem comopara compartilharem suas experiências com ou-tros líderes jovens.

Mobilização Juvenil e Práticas VoluntáriasObjetivo: Proporcionar aos jovens a oportunidadede atuarem no seu contexto social por meio do traba-lho voluntário e do empreendedorismo, assumindosua responsabilidade de agentes mobilizadores earticuladores, em busca de soluções para as diferen-tes e diversas demandas de suas comunidades.

Durante 10 anos a Parceiros Voluntários sistematizoutodo o seu conhecimento, transformando-o em processos,com o objetivo de facilitar a divulgação e multiplicaçãodessas experiências como novos saberes. Assim, produ-ziu nove metodologias, direcionadas a vários públicos:

Qualificação de Educadores em Participa-ção Social Solidária e Mobilização JuvenilObjetivo: Proporcionar momentos de reflexãoe qualificação para educadores em Participa-ção Social Solidária e Voluntária visando à for-mação do jovem como agente mobilizador, arti-culador e empreendedor frente a desafios coti-dianos e à integração escola/comunidade, combase na solidariedade e Responsabilidade So-cial Individual.

Formação de Comitês Internosnas EmpresasObjetivo: Contribuir na formação e capacitaçãode um Comitê Interno a partir dos conceitos de Res-ponsabilidade Social Empresarial e voluntariadoorganizado.

Formação de Coordenadores de Voluntári-os nas Organizações da Sociedade CivilObjetivo: Capacitar representantes de Organi-zações da Sociedade Civil, que objetivam traba-lhar com voluntários, de forma organizada, pormeio de conceitos, planejamento, acompanhamen-to e avaliação, para usufruir dos recursos huma-nos voluntários que a sociedade disponibiliza.

Desenvolvimento de Lideranças para oTerceiro SetorObjetivo: Propiciar a dirigentes de Organizaçõesda Sociedade Civil modelos de gestão, elaboraçãode projetos, ações focadas em resultados e aprendi-zagem para atuar e participar em Redes de Colabo-ração, visando a uma atuação efetiva e transparen-te que gere sustentabilidade para as Organizações.

ConsultoriaA experiência acumulada a partir de desenvolvi-mento e aplicação dessas metodologias oportu-niza à ONG Parceiros Voluntários disponibilizar,também, ações de consultoria e/ou assessoria naexecução da Responsabilidade Social voltada àcomunidade.

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Para saber mais a respeito de Metodologias, vejawww.parceirosvoluntarios.org.br.

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Rede Parceiros Voluntários

Rio Grande do Sul com Atitude VoluntáriaAs Redes, para a Parceiros Voluntários, são um cami-

nho estratégico, a objetivação de uma mudança de para-digma organizacional, muito mais do que uma nova formade designar um tipo de associação. A Parceiros Voluntáriosse afasta da visão meca-nicista e hierarquizada eadota uma visão ecológi-ca, no sentido de focar-se nas relações entre aspartes, e não nas partesdo sistema. Ela o faz poracreditar que o modelode teia, tal como descritopor Fritjof Capra, é mais adequado e eficaz. Pensar emteia, ou em Rede, permite à Parceiros Voluntários manter-seágil e aprendente, capaz de responder com rapidez àsnecessidades que se apresentam. Assim, não é incomumque uma Unidade da Rede venha a acrescentar ao seuplanejamento ações não previstas, por ter havido uma mu-dança na necessidade prioritária daquela comunidade.

Manter esse nível de atenção ao seu entorno represen-ta um grande desafio para as Unidades, e os EncontrosEstaduais são um modo eficaz de objetivar esse desafio. Éonde melhor se evidenciam as similaridades de situaçõescom que diferentes Unidades se defrontam no cotidiano e,sobretudo, onde se oferece a oportunidade de compartilha-mento de soluções criativas. O bom funcionamento de umaRede depende fortemente de aprimoramento técnico, huma-no e conceitual para que ela cumpra a contento sua missão,ou seja: “permitir que diferentes programas e projetos de açãosocial possam ser criados ou replicados, de modo a respon-der a demandas das próprias comunidades”.

Os coordenadores de Rede locais são, portanto, umelo vital no sistema que a Parceiros Voluntários elegeupara consubstanciar o lema pelo qual a Organização seidentifica: Você quer ajudar. A gente sabe como.

Para fortalecer ações em rede, a Parceiros Voluntári-os mantém-se fiel à estratégia de instituir unidades ondeconta com o apoio de entidades locais reconhecidas eidôneas: associações de classe, sindicatos ou instituiçõescom capacidade de mobilização e articulação, como es-colas e universidades comunitárias. Esta estratégia fun-damenta-se na percepção de que tais organizações con-tam com a participação de líderes e empreendedorescuja legitimidade e capacidade de atuação são reco-nhecidas em nível local, o que lhes permite estar à frentedos processos de decisão com o apoio de suas comuni-

dades – e a experiência da Parceiros Voluntários temdemonstrado que as parcerias e alianças assim constitu-ídas tornam-se tão mais estáveis e duradouras quantomais comprometidos estiverem com a causa os líderes e

dirigentes dessas entidades. O sucesso denossa ação está fortemente calcado noapoio e na confiança desses dirigentes edas instituições que se envolvem eacreditam na formação de umser humano melhor.

Nesse contexto, a Par-ceiros Voluntários atribuia si mesma apenas o

papel de “animadora”. Cabe àspróprias cidades, aos “elos” daRede, sinalizar o que queremdos Encontros Regionais eEstaduais, e como que-rem. Do mesmo modo,compete a cada Unidadeadaptar à realidade local as estratégias e orienta-ções oriundas dessas reuniões.

Região da Fronteira1 Alegrete2 Uruguaiana3 Rosário do Sul4 Santana do Livramento

Região Sul5 Bagé6 Dom Pedrito7 Pelotas8 Rio Grande

Região Metropolitana18 Alvorada19 Cachoeirinha20 Charqueadas21 Eldorado do Sul22 Gravataí23 Guaíba24 Porto Alegre25 Tapes26 Viamão

Região da Serra27 Antônio Prado28 Bento Gonçalves29 Caxias do Sul30 Farroupilha31 Garibaldi32 São Marcos33 Vacaria34 Nova Prata

Região do Vale do Sinos9 Canoas

10 Esteio11 Montenegro12 Novo Hamburgo13 Portão14 São Leopoldo15 São Sebastião do Caí16 Sapucaia do Sul17 Triunfo

“Nas coisas essenciais, a unidade;nas coisas não essenciais,a liberdade; em todasas coisas, a caridade”.

(Princípio de Santo Agostinho)

Cada rede forma suas sub-redes, e é naunião do conjunto que se fomenta o capitalsocial. As redes são planas, não podem sermanipuladas de cima para baixo.

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Região das Hortênsias35 Canela36 Gramado37 Nova Petrópolis38 Sapiranga39 a 45 Vale do Paranhana

(Taquara, Igrejinha, Nova Hartz,Parobé, Riozinho, Rolante e Três Coroas)

Região Central60 Cachoeira do Sul61 Santa Maria62 Santiago63 São Pedro do Sul64 São Sepé

Região Taquari/Rio Pardo65 Arroio do Meio66 Encruzilhada do Sul67 Lajeado68 Rio Pardo69 Santa Cruz do Sul70 Teutônia71 Venâncio Aires

Região do Litoral72 Imbé73 Osório74 Torres

Região Noroeste51 Cerro Largo52 Frederico Westphalen53 Giruá54 Horizontina55 Santa Rosa56 Santo Ângelo57 São Borja58 São Luiz Gonzaga59 Tucunduva

Região da Produção46 Carazinho47 Cruz Alta48 Ijuí49 Panambi50 Espumoso

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Reforço à Mobilização Social

As lideranças da cidades de Bagé, Dom Pedrito,Pelotas e Rio Grande reuniram-se no dia 4 de setembrona sede da Associação Comercial e Industrial de Pelotas.

A Região da Serra teve seu Encontro Regional deLideranças do Voluntariado no dia 12 de novembro, noCentro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gon-çalves, com a participação de representantes das cida-des de Antônio Prado, Caxias do Sul, Farroupilha,Garibaldi, Nova Prata, São Marcos e Bento Gonçalves.

Encontros de Lideranças do Voluntariado

O Encontro das Regiões do Vale do Taquari/Rio Par-do e Central se desenvolveu no dia 16 de agosto, nasede da Associação Comercial e Industrial de Lajeado.

No dia 4 de outubro, a Associação Comercial e Indus-trial de Giruá sediou o Encontro das Regiões Noroeste eProdução, que reuniu o voluntariado das cidades deCarazinho, Cerro Largo, Cruz Alta, Espumoso, FredericoWestphalen, Horizontina, Ijuí, Panambi, Santo Ângelo, SãoBorja, São Luiz Gonzaga, Tucunduva, Santa Rosa e Giruá.

Legenda foto legenda foto legenda fotoEncontro Regional de Giruá

Para que a ação em rede seja sus-tentável e alcance os resultados deseja-dos pelas comunidades envolvidas, é ne-cessário sensibilizar e mobilizar os diver-sos atores sociais para o trabalho con-junto. Somente desta forma é possívelconstruir um Estado com Atitude Voluntá-ria, capaz de transformar a sua realida-de econômica, social e ambiental.

Em 2007, em aliança com as As-sociações Comerciais, Industriais, Ru-rais e de Serviços de cada região, aParceiros Voluntários promoveu quatroEncontros Regionais de Lideranças doVoluntariado.

Legenda foto legenda foto legenda fotoEncontro Regional de Lajeado

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Por ocasião da entrega do Prêmio Parceiros Voluntários2007, em maio, foi organizado o Terceiro Encontro Esta-dual de Lideranças do Voluntariado, que teve a partici-pação de empresários líderes das diversas regiões do Estado.

A Parceiros Voluntários agradece a todos pelo ambiente favorável ao desenvolvimento de novos projetos e peloapoio que motiva a continuidade e a ampliação do trabalho para 2008.

“Em nossa gestão, identificamos a necessidade depromover desenvolvimento com responsabilidade social.Para alcançar esse objetivo, a reativação e consolidaçãoda Unidade da Parceiros Voluntários de Lajeado setornava primordial (...) e, mais do que isso, era precisorealizar um trabalho conjunto, harmonioso, sem barreiras.Para nossa grande alegria, este é o embrião de umgrande projeto de aproximação regional dascomunidades que buscam atender as suas muitasdemandas sociais, de forma complementar”.

Gilberto SoaresVice-Presidente de Responsabilidade Social

da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL)

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Propiciar momentos de reflexão, compartilha-mento e co-responsabilidade das Unidades Par-ceiros Voluntários com a gestão dos processos emRede e dar visibilidade às práticas que fomen-tam a cultura do trabalho voluntário organizadosão os objetivos centrais dos Encontros Estaduais.A cada semestre, esses Encontros contribuem paraconsolidar os Planos de Ação, constituindo-se emalavancas de integração em nível regional.

No 15º Encontro Estadual, desenvolvido nacidade de Viamão, nos dias 17 e 18 de abril,além de indicar prioridades locais e regionais,encaminhar soluções, atualizar e revitalizar con-

ceitos, objetivos e indicadores de resultado, trabalharamna preparação do Encontro Estadual de Lideranças doVoluntariado.

No período de 6 a 8 de novembro, as 74 Coordena-dorias da Rede reuniram-se novamente para o 16º En-contro Estadual. Como já é tradicional na programaçãodesses eventos, foram desenvolvidas dinâmicas de gru-po para facilitar os relatos e aproximar os participantesem suas tarefas de avaliação das ações realizadas em2007 e planejamento de 2008.

Momento de Compartilhar

O Programa de Formação de Educadores fez parte da pauta do 16º EncontroEstadual da Rede, em Viamão

As dinâmicas de grupo facilitam o intercâmbio de informações e experiências nos Encontros Estaduais da Rede

Encontros Estaduais da Rede Parceiros Voluntários

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A ação dos voluntários gaúchos se torna mais visí-vel em certas datas e em eventos que já fazem parte daagenda social, cultural e econômica do Estado. É o casodo 20 de maio, instituído como o Dia da Solidarie-dade por decreto estadual, e do 5 de dezembro, oDia Internacional do Voluntário, proposto pelaOrganização das Nações Unidas em 1985. Nesses mo-mentos, o voluntariado tradicionalmente se mobilizapara difundir a cultura da solidariedade de forma maisampla, dedicando-se à prestação de serviços para acomunidade e a ações que despertam atenção para aimportância da causa e convidam à participação.

Em 2007, a Rede utilizou estratégias diversificadaspara celebrar o Dia Internacional do Voluntário, comoa promoção de encontros de voluntários, ações de Tri-bos, caminhadas e pedágios de mobilização, confra-ternizações com integrantes de Organizações da Socie-dade Civil, parceiros e apoiadores, distribuição defolders informativos e contatos com veículos de comuni-cação para divulgação de matérias em jornais, emisso-ras de rádio e sites.

Neste ano, o voluntariado se fez presente tambémna 53ª Feira do Livro de Porto Alegre, na 6ªBienal de Artes Visuais do Mercosul, atuandojunto ao Espaço Educativo, e na 30ª Expointer, emação de parceria com o SEBRAE/RS.

Agenda do Voluntariado

Todos pela Causa

Estande da Parceiros Voluntários na Feira do Livro de Porto Alegre: contato com o público

No Colégio São Judas Tadeu, jovens assinalaram o Dia do Voluntário com Hora Cívica

Para marcar o Dia do Voluntário, Tribeiros desenvolveram ação na Clínica Esperança

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Nós Fazemos a MudançaTemos muito a relembrar nesses 10 anos de ativi-

dades da ONG Parceiros Voluntários. Houve inúme-ras atividades e fatos marcantes que nos emocionam.Dentre eles, o Ano Internacional do Voluntaria-do, lançado pela ONU em 2001.

Naquele ano tivemos a Campanha DÁ PARAMUDAR. É SÓ COMEÇAR. Emociona-nos porquepercebemos que as coisas que são feitas com amor,seriedade e ética se tornam atemporais. Dentro dessaCampanha, foi feito um jingle, que se tornou o hinodos Voluntários. O hino é uma convocatória a todosque querem colocar a mão na massa e trabalhar emfavor do próximo, mas, especialmente, trabalhar emprol do seu próprio desenvolvimento. Esse hino-convocador fez com que milhares de pessoas respon-dessem ao chamado. Ele diz:

Programa Voluntário Pessoa Física

O mundo tá de um jeito, na verdadeEm que às vezes dói – até pra gente olharE quando chega a dor, nossa vontadeÉ de esquecer, é de não ver, é de chorar.

Se essa vontade vem você vai saber que éA hora da vontade então se transformarDá pra mudar – dá, vem começar – vemA mão na massa é tudo que você vai precisar.

Você pode mudar o mundoIsso não é sonho, nãoE a mudança vem no segundoEm que se toma a decisão.Você sabe, não está sozinhoTem muita gente pra ajudarNão esqueça: pra mudar precisa começar.

Letra e música:Garay Engels e Maurício Bressan

Gravação voluntária:Ginga Produções

Idade 36,2%Até 18 anos

15,5%De 19 à 25 anos

33,1%De 26 a 50 anos

15,2%Mais de 50 anos

Escolaridade

13,9%Ensino Fundamental

47,2%Ensino Médio

38,9%Ensino Superior

Sexo

71,0%Feminino

29,0%Masculino

Perfil do Voluntário

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“Quando você abraça uma causa,toda a causa abraça você”

Nasci em 12 de fevereiro de 1940, em Passo Fundo, cidade localizada no planalto gaúcho, no seiode uma família em que várias pessoas já se dedicavam ao trabalho de servir ao próximo desinteressada-mente. Mas foi somente após os 30 anos de idade que começou a despertar em meu ser a necessidadede ajudar pessoas, independentemente de serem parentes ou não, da religião a que pertenciam, da corda pele, do nível econômico em que viviam.

Como executivo de um grande grupo nacional, nos anos que se seguiram dedicava-me integralmenteà empresa, passando a ajudar, com doações mensais, várias instituições filantrópicas. Após minha apo-sentadoria naquela empresa e a criação da minha própria atividade profissional, foi que senti a neces-sidade de trabalhar diretamente em uma instituição como voluntário.Mas que grupo de pessoas ajudar: recém-nascidos abandonados, jovens, adultos, idosos, morado-res de rua, deficientes físicos, drogados, portadores de doenças incuráveis, ex-apenados e outros tantos?Para qual instituição oferecer meu trabalho?

Lembrei-me então da Parceiros Voluntários, que dava seus primeiros passos em 1999.Fui até sua sede, preenchi o Cadastro para Voluntários em 10/06/99, realizei uma entrevista indivi-dual em 22/06/99, escolhendo aleatoriamente a Casa do Menino Jesus de Praga, pois entendi que aliestavam seres humanos totalmente dependentes da ajuda de terceiros, carentes de amor, tendo que viveruma existência curta, repleta de grandes vicissitudes.Em seguida me apresentei naquela instituição e comecei a trabalhar na área de captação de recursos,recebendo em 20/07/99 um singelo cartão da sua diretoria, que guardo comigo com muito carinho, dizendo:Ao nosso amigo Alberto,

O amor e a alegria são elementos básicos para conquistarmos amizades e as conservarmos. E sãobásicos, também, para nossa paz mental! Obrigado pelo amor e alegria que nos oferece e sinta a pazque nasce dentro de nós. A felicidade não pode estar em nada que esteja fora de você. Obrigado porestar junto de nós.

De todos da CMJPPois bem, a partir daquele momento passei a estar junto de todos na Casa, a freqüentar reuniões da

diretoria, a aceitar novos desafios, recursos humanos, tesouraria por seis anos e agora, em abril de 2007,a presidência da instituição por dois anos.Confesso que o cargo atual não fazia parte dos meus planos, que sempre foram de trabalhar com

afinco, anonimamente, sem aparecer, mas acabei cedendo aos pedidos de meus companheiros de jornadae aceitei a missão e os grandes desafios existentes:• ampliar constantemente a qualidade de vida de cada criança ali abrigada;• buscar obstinadamente a sustentabilidade e perenidade da instituição;• iniciar a construção de uma nova unidade com capacidade para abrigar um número maior decrianças, em melhores condições;

• trabalhar sempre na melhoria da qualidade da gestão da Casa; e,• manter sempre os valores de respeito total às crianças, amor ao próximo, ética, probidade e transparência,em busca de uma sociedade mais justa e solidária.Finalizando, agradeço a Deus a oportunidade que me concedeu nesta existência de desfrutar de

uma bela família, junto com minha esposa com quem estou casado há mais de 42 anos, três filhos e trêsnetos lindos, saudáveis e ao mesmo tempo dirigir uma instituição que abriga 42 crianças com lesõescerebrais severas, problemas de mobilidade e oriundas de famílias extremamente miseráveis, ou aban-donadas ou maltratadas, que tentamos tratar como se fossem nossos filhos.Trabalhar voluntariamente na Casa do Menino Jesus de Praga é como freqüentar um local sagrado,com uma aura especial, fazendo pós-graduação na escola da vida, lembrando que tudo começou emuma entrevista inicial na Parceiros Voluntários, a quem muito agradeço.

Depoimento do voluntário Alberto Oliveira Annes.Em 2007, ele completou oito anos de voluntariado.

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Programa Voluntário Pessoa Jurídica

Exercendo a Cidadania EmpresarialO foco da ONG Parceiros Voluntários, nas empre-

sas, baseia-se na versão do pensamento de MiltonFriedman, reescrito pelo professor Austin: “O negóciodos negócios é criar valor social além do econômico.Porque o valor econômico nem sempre cria valor social,mas o valor social sempre cria valor econômico, numaespiral virtuosa”. Para compreender e aplicar esse pen-samento, é necessário criar outra dimensão de valores,de visão sistêmica e de mapas mentais. A Parceiros Vo-luntários acredita que as empresas já estão perceben-do que cuidar do aspecto econômico, da administra-ção ambiental e da responsabilidade social são as cha-ves para o aumento da produtividade e da criativida-de. Está claro que, nos próximos anos, as empresas te-rão de mudar sua atenção para satisfazer não apenassuas necessidades físicas mas também emocionais, men-tais e espirituais. As pessoas desejarão trabalhar emempresas para onde possam levar seus mais elevadosvalores, que lhes dêem oportunidade de fazer uma di-ferença positiva no mundo e que as encorajem a torna-rem-se tudo o que puderem ser. Quando as pessoasconsideram seu trabalho significativo, alcançam seusmais profundos níveis de intuição e criatividade. Isso ébom para elas, é bom para a empresa, e é muito bompara as comunidades.

Cristine W. Letts, Diretora do Departamento de Edu-cação Executiva da Universidade de Harvard, nos dizque a empresa, antes de iniciar uma ação de investi-mento social, deve considerar algumas questões práti-cas. Entre elas, destaca uma análise efetiva de suasmotivações, o quanto e por quanto tempo está dispostaa se comprometer, que tipo de suporte interno tem paratocar a iniciativa, em termos de competência e autori-dade técnica, e que lugar vai ocupar o empreendimen-to na corporação. Para Cristine, há três bons critériospara avaliar os impactos de um projeto social na comu-nidade: a integração com as políticas públicas que tra-tam do problema a ser enfrentado, a capacidade degerar solidariedade voluntária, envolvendo os diversosatores de uma comunidade, e as possibilidades deparceria e cooperação setorial.

Parte da consciência social dos empresários que ago-ra se manifesta foi estimulada pela calamitosa situaçãoem que vivem milhões de brasileiros. As empresas pas-saram a auxiliar escolas e patrocinar alunos, a empre-gar pessoas com necessidades especiais (PNEs), a pa-

trocinar manifestações culturais, cuidar da saúde da co-munidade, preocupando-se muito mais com a qualida-de do meio físico e ambiente. Nos últimos dez anos,multiplicou-se no país o número de empresas que inclu-em em seu planejamento estratégico o estabelecimentoe a manutenção de relações construtivas com a comuni-dade, hoje uma condição de sobrevivência.

Dentre as suas metodologias, a Parceiros Voluntá-rios desenvolveu o Programa Voluntário Pessoa Jurídi-ca – VPJ, com o objetivo de facilitar o envolvimento daempresa em ações sociais. Faz parte da metodologiaa orientação para a criação e a respectiva capacita-ção de Comitês Internos, na empresa, voltados aosprojetos sociais junto à comunidade. A capacitaçãoinicial de preparação dos Comitês tem 16 horas/aula,em quatro módulos: 1. Conceitual referente à Mobili-zação; 2. Atribuições, funções e operacionalização;3. Relacionamentos e parcerias com a comunidade e4. Indicadores e avaliação.

Dois Programas – VPJ e OSC – se interligam, poisestimulamos as empresas, por intermédio de seus funcio-nários-voluntários, a capacitar instituições como creches,asilos e outras em métodos de gestão. Assim, a empre-sa repassa-lhes aquilo que tem de mais precioso, quesão seus recursos humanos e seus conhecimentos geren-ciais e, desse modo, revela-se uma ferramenta muitoimportante para a transformação da realidade.

“A sustentabilidade – além de ser boa paraa sociedade e para o meio ambiente – étambém boa para os negócios. Significaoportunidades para as empresasconstruírem diferenciais competitivos,reduzirem custos e aprimorarem seus níveisde eficiência e desempenho”.

(Publicação CNI 2006)

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RSE para as pequenas empresasQuando se fala em responsabilidade social, pensa-

se de imediato que somente as grandes empresas po-dem praticá-la. Andrew Savitz, Diretor da SustainableBusiness Strategies, dos Estados Unidos, diz que isso éum sério equívoco, na medida que elas são, em todo omundo, o motor que impulsiona o crescimento econômi-co, cria empregos e supre muitas pessoas com a sua vi-são inicial de como as empresas operam. Não se pode,portanto, pensar em ampliação do movimento de susten-tabilidade se este não mobilizar também dirigentes denegócios com três, vinte ou cem funcionários.

O pequeno empresário, em muitas ocasiões, não iden-tifica as conexões com a melhoria dos seus negócios. Naverdade, os pequenos podem ter mais a ganhar do queos grandes. Sem grandes verbas de publicidade, oumesmo sem atingir uma escala de consumo nacional, aspequenas empresas dependem mais da boa vontadelocal e de um “boca a boca” positivo para aumentar asua reputação. Um negócio local que agride o ambienteou faz mal à comunidade provavelmente não vai durarmuito tempo. Portanto, para a pequena empresa, tam-bém é importante conscientizar-se de que qualquer movi-mento no sentido de “fazer a coisa certa”, construindouma estratégia de sustentabilidade, virá cercado de opor-tunidades e de desafios.

Entidades de representação empresarialAs entidades representativas dos vários segmentos

da economia, comumente chamadas de “entidades declasse”, já estão incluindo os três níveis necessários a umquadro sustentável – econômico, social e ambiental – em

seu escopo estratégico e de orientação às suas associa-das. Assim como essas entidades orientam as empresaspara as boas e obrigatórias práticas da economia, ago-ra já estão iniciando a orientação relacionada ao MeioAmbiente e à Responsabilidade Social.

Em maio de 2005, a Confederação Nacional daIndústria (CNI) instalou o Conselho Temático Permanentede Responsabilidade Social (CORES) com a atribuiçãode subsidiar e orientar ações do Sistema Indústria,no campo da Responsabilidade Social Empresarial. OConselho é composto por representantes de várias Fede-rações de Indústria e de associações setoriais. O Presi-dente da CNI, Armando Monteiro Neto, na Apresenta-ção da publicação do Manual, diz que “reforçar essatendência e desenvolver a cultura da responsabilidadesocial é uma das iniciativas que consideramos fun-damentais para o crescimento da economia e amelhoria de vida da população. É um dos princi-pais programas que devem ser implementados para queas metas do Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015 sejam atingidas.”

O Manual diz ainda que algumas organizações,além de buscar a Responsabilidade Econômica,a Responsabilidade Legal e a Responsabilida-de Socioambiental na esfera de influência diretade seus negócios, fazem mais. Elas estabelecem critéri-os de relacionamento ou desenvolvem programas quevisam, por exemplo, a disseminar práticas empresariaissustentáveis junto aos seus fornecedores, comunidades,distribuidores ou parceiros estratégicos, ou junto aos for-necedores de seus fornecedores e assim por diante, mo-dificando positivamente todo um conjunto de atividadesque gravitam, direta ou indiretamente, no seu entorno.São empresas que denominamos de Co-Responsá-veis pelo Todo, ou seja, empresas que buscam a sus-tentabilidade mediante ações que ultrapassam a esfe-ra de influência direta de seus negócios. EmpresasSustentáveis são Economicamente Responsáveis,Legalmente Responsáveis, Social e Ambiental-mente Responsáveis, e também Co-Responsáveispelo Todo.

O essencial aqui é compreender que o primeiro an-dar de um edifício (a Responsabilidade Econômica) étão importante quanto a sua cobertura (a Co-Responsa-bilidade pelo Todo). Mas não construímos a coberturade um prédio sem que o primeiro, o segundo e o terceiroandares estejam estruturalmente edificados.

“Todas as empresas levam um tempo paraaprender a lidar com questões sociais.O conhecimento é adquirido aos poucos,e tê-lo faz toda a diferença. De qualquerforma, toda empresa erra nos primeirosanos. É normal. É praticamente uma regra.”

Fernando Rossetto,Coordenador Executivo do GIFE

(Grupo de Institutos, Fundações e Empresas)

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A Parceiros Voluntários iniciou a trabalhar com os jo-vens quando quatro alunos de uma escola particular“pressionaram” o professor, dizendo-lhe: “Você só nosfala nos problemas da comunidade e o quanto seria im-portante se todos ajudassem. Tá bom. Então nos respon-da: o que nós, jovens, podemos fazer? Como podemosparticipar?”

Esse desafio surgiu no início de 1999. O professor,Carlos Barcellos, procurou a Parceiros Voluntários e, emconjunto, procurou-se o tal “jeito jovem de participar”.Primeiro, iniciou-se com a sugestão de que cada escolaatendesse a algumas necessidades de uma Organiza-ção da Sociedade Civil que trabalhasse com crianças.

Em pouco tempo, o número de jovens tornou-se muitogrande e foi necessário descobrir-se um outro processode participação. Iniciou-se, então, a ação TRIBOS NASTRILHAS DA CIDADANIA, que começou com 18 mil cri-anças e jovens de escolas públicas e privadas e hojeconta com 93 mil.

Ao longo de todo o ano, esses jovens desenvolvemações em suas regiões, escolhidas por eles mesmos, bus-cando atender a três “trilhas”: Educação para a Paz,Meio Ambiente e Cultura. A metodologia utilizada naação Tribos nas Trilhas da Cidadania favorece a co-auto-ria dos jovens, o trabalho em grupo e o compartilhamen-to de experiências. Também cria condições para refle-xão e desenvolvimento de habilidades e competências,qualificando e fortalecendo a atuação juvenil, e promo-vendo capacitações de estudantes em liderança, empre-endedorismo, voluntariado e cidadania.

Trabalhar com crianças e jovens sempre proporcionamomentos especialmente emocionantes, que nos trazema confirmação de que eles têm uma vontade profundade participar. Esse trabalho também nos ofereceu a opor-

Programa Parceiros Jovens Voluntários

tunidade de romper com conceitos patriarcais arraiga-dos que, ao definirem os jovens como “cidadãos do futu-ro”, tendem a mantê-los infantilizados, no mau sentido.As crianças e os jovens não são o futuro do nosso país,eles são o presente, eles são capazes, aqui e agora!Nosso Livro das Tribos retrata um pouco dessa história.Por que esse nome? Porque “Tribos” sugere pertencimento,“Trilhas”, movimento, e “Cidadania”, comprometimento,responsabilidade.

Uma das características da ONG Parceiros Voluntá-rios é perguntar-se sempre ao analisar seus processos eseus Programas: o que realmente nós estamos fazendo?Qual é o propósito desta ação? Qual a essência? Daquia 10 anos, o que essa intervenção significará na vida,na formação dessa criança, desse jovem, dessa pessoa?

À procura de respostas, nos aproximamos do Nú-cleo de Integração Universidade Escola (NIUE), da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Aanálise das atividades e os resultados da Ação TRIBOS,obtidos até aquela data, possibilitaram a construçãoconjunta de uma metodologia própria de mobilizaçãojuvenil e de capacitação de educadores e jovens, le-vando em conta os quatro pilares da educação: Apren-der a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Convi-ver e Aprender a Ser.

Em 2007, um passo importante foi dado no sentidoda maior articulação com os educadores, por meio doCurso de Qualificação para Educadores em Participa-ção Social Solidária e Voluntária, realizado como ProjetoPiloto nos municípios de Antônio Prado e Alvorada. Apesquisa Juventudes e Voluntariado, que serviu comoponto de partida para a elaboração do Curso, buscourespostas para uma questão-chave: “Como mobilizar ojovem para a participação social solidária e voluntária?”

Jovem não é Problema, é Solução!

“Educar se constitui no processo em que acriança ou o adulto convive com o outro e,ao conviver com o outro, se transformaespontaneamente, de maneira que seumodo de viver se faz progressivamentemais congruente com o do outro no espaçode convivência”.

Humberto Maturana

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Outra parte da metodologia que estamos iniciandocomo Projeto Piloto é o envolvimento dos diretores dasescolas e os pais. Assim, a metodologia completa con-templará as figuras que estão ligadas diretamente aojovem: Escola (Diretores e Professores) e Pais.

Apoiadores

Patrocinadores do Programa Parceiros Jovens Voluntários

De mãos dadas com jovens, educadores e pais, aParceiros Voluntários fundamenta as atividades do Progra-ma Parceiros Jovens Voluntários na certeza de que todossomos partícipes da criação do futuro e responsáveis pelolegado que deixaremos para as próximas gerações.

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Corrente de Energia PositivaQuando o jovem recebe apoio e oportunidades,

sendo respeitado e visto como solução e não como pro-blema, ele é capaz de operar verdadeiras transfor-mações e, sobretudo, assumir atitudes positivas comoliderar, empreender, adotar novos comportamentos eatitudes em sua comunidade.

A cada ano, os Fóruns Regionais Tribais or-ganizados pela Rede Parceiros Voluntários em oito re-giões do Rio Grande do Sul contribuem para a conso-lidação da ação Tribos nas Trilhas da Cidada-nia no Estado. Nesses eventos, as Unidades da Rede

Tribos nas Trilhas da Cidadania

contam com o apoio fundamental das Prefeituras e dasSecretarias Municipais na preparação da infra-estru-tura para acolher os tribeiros com total conforto e se-gurança. Nos municípios sede dos encontros, as Se-cretarias de Educação, Cultura, Saúde, Segurança eMeio Ambiente somam-se às empresas e demais par-ceiros apoiadores nesse esforço. Em 2007, milharesde jovens, educadores, escolas e pais mais uma vezsaíram fortalecidos dos Fóruns que comprovaram a di-versidade e a força mobilizadora de um trabalho soli-dário feito em conjunto.

Fórum da Região Metropolitada/Vale do Sinos e Litoral

Em Cachoeirinha, para acolher os 2.200 partici-pantes do Fórum Regional das Regiões Metropolita-na/Vale do Sinos e Litoral, os organizadores articu-laram-se com a Prefeitura Municipal e as secretariasde Meio Ambiente, Segurança, Saúde, Trabalho, Ci-dadania e Assistência Social, Transporte, Educaçãoe Cultura, além de diversos órgãos públicos, empre-sas e entidades. A mobilização e o apoio irrestritorecebido da comunidade local possibilitou o desen-volvimento de 45 oficinas oferecidas aos tribeiros no

dia 25 de outubro, na sede do Sesi, no Distrito Indus-trial da cidade, com toda a segurança e conforto.Foram trabalhados com os jovens temas como Trânsi-to Seguro e Educação para o Trânsito, PreservaçãoAmbiental, Reaproveitamento de Materiais paraGeração de Renda, Teatro, Dança e Música. O en-contro teve apresentação do grupo teatral Loucos dePalco, de Cachoeirinha, e muita música, para todosos gostos, do rock ao hip-hop e o pagode, por contadas diversas tribos da região.

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Fórum da Região Sul

No dia 24 de outubro, Rio Grande foi o pontode encontro de cerca de 500 jovens tribeiros dascidades de Bagé, Pelotas e Rio Grande. Mais umavez, a Região Sul demonstrou sua vocação artísti-ca, com apresentações de danças tradicionais dofolclore gaúcho e hip-hop, de um jogral e de umamúsica feita pelos Tribeiros, além de apresenta-ções de dança. Para estimular o desenvolvimento

de habilidades, foram realizadas oficinas de In-trodução ao Desenho e Expressão, Xadrez, Vio-lão, Reciclagem (como transformar materiais embrinquedos e utensílios escolares como estojos, bo-necos e jogos), Dança e Paródia (como utilizar umamúsica ou poesia conhecida pelo público e torná-la uma nova obra com tema pertinente ao interes-se do grupo).

Fórum da Região das HortênsiasCerca de 700 tribeiros de cinco municípios da

região serrana encontraram-se no maior Centro deFeiras e Eventos de Gramado no dia 26 de outubropara o Fórum Regional. Além dos jovens estudan-tes, neste ano foi expressiva a participação das cri-anças a partir de quatro anos. Para elas, foi pro-gramada a confecção de uma mandala da pazcom materiais recicláveis e uma apresentação es-pecial feita por um grupo de teatro amador sobre omeio ambiente. Para os adolescentes, as ativida-des do dia concentraram-se na gincana relaciona-da aos temas de cada uma das Trilhas da AçãoTribos. Por meio de murais ilustrados com fotos, tex-tos e desenhos, foram divulgadas as principais ati-vidades das Tribos ao longo do ano.

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Tribos nas Trilhas da Cidadania

Fórum da Região Taquari/Rio Pardo

Fórum da Região da SerraEm Antônio Prado, cinco oficinas temáticas marca-

ram a programação do Fórum Tribal da Região da Serra,no dia 24 de outubro: Liderança, Turismo, Meio Ambi-ente, Partilhando Vivências I e Partilhando Vivências II.Cerca de 400 jovens participaram ativamente das di-nâmicas, brincadeiras e jogos propostos e refletiram so-bre questões chave para seu desenvolvimento, tais comoas principais habilidades que um líder deve ter hoje,cuidados essenciais com o meio ambiente, técnicas dereciclagem de materiais, preservação do patrimônio desua cidade e valorização da identidade cultural. Nasduas oficinas Partilhando Vivências, os tribeiros de An-tônio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilhae Garibaldi contaram sobre as ações que realizaramno decorrer do ano em cada trilha, com o auxílio defacilitadoras de Garibaldi e Antônio Prado. Após asoficinas e o lanche coletivo, houve show da Banda DoceExcesso e caminhada até a Igreja Matriz para umafoto das tribos. A Unidade de Antônio Prado contoucom o apoio dos educadores participantes do Curso deQualificação para Educadores em Participação Social,Solidária e Mobilização Juvenil, do Clube da 3ª IdadeAlegria de Viver, Lions Clube e LEO Clube na realiza-ção do encontro.

região foram representadas pelos coordenadores,que, acompanhados por um aluno e um professor decada cidade presente, empunharam as suas bandei-ras. Além da força do voluntariado regional, o encon-tro foi prestigiado por autoridades municipais e pelaimprensa local. Para que os visitantes pudessem co-nhecer Encruzilhada do Sul, as 19 oficinas para tri-beiros foram desenvolvidas em diversos pontos da ci-dade, proporcionando aprendizagem em temas comoEducação para a Paz, Cultura, Meio Ambiente, Reci-clagem de Resíduos Sólidos, Primeiros Socorros, Arte-sanato em Pet, Álcool e Drogas no Trânsito, Capoei-ra, Dança Afro, Miscigenação, Dança Gauchesca,Expressão Corporal, Aeróbica, Valorização da Vida,Erradicação do Trabalho Infantil, entre outros. As apre-sentações musicais do dia ficaram por conta do Gru-po Orgulho da Raça (dança afro) e do GrupoAPAEXONE-SE, da APAE local.

Recebidos com faixas de boas-vindas, cerca de1.000 tribeiros de 35 escolas de sete municípios daRegião Taquari/Rio Pardo reuniram-se em Encruzilha-da do Sul, no dia 24 de outubro, para um dia deprogramação intensa. No palco, todas as Tribos da

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Fórum das Regiões Noroeste e Produção

Fórum da Região Central

Um bonito ato simbólico encerrou o encontro dosjovens tribeiros da Região Central do Estado, em Ca-choeira do Sul, no dia 18 de outubro. Após as dinâmi-

cas de grupo, os relatos de ações desenvolvidas duran-te o ano letivo e as apresentações artísticas, todos foramconvidados a acompanhar, ao ar livre, o lançamentode três balões brancos, representando as ações das Tri-bos nas áreas de Cultura, Educação para a Paz e MeioAmbiente. Cada balão carregava sementes simbolizan-do o desejo coletivo de que frutificassem, onde querque chegassem. Essa foi a forma encontrada pelos cer-ca de 400 jovens voluntários das cidades de Cachoei-ra do Sul, São Sepé, Santiago do Sul, São Pedro eSanta Maria para dar o seu recado e selar o compro-misso assumido: semear esperanças. Nas apresenta-ções musicais, destacaram-se as participações do Gru-po Musical Coração de Maria, do Coral da Maturida-de do SESC e do grupo de dança da Escola Rio Jacuí.

Tribeiros dos municípios de Giruá, Santo An-gelo, I juí, Passo Fundo, Nonoai, FredericoWestphalen, São Borja, Panambi, Quinze de No-vembro e Condor encontraram-se no Ginásio doSESC, em Santa Rosa, no dia 14 de novembro. OFórum das Regiões Noroeste e Produção, que reu-niu em torno de 600 participantes, desenvolveuuma Oficina de Capoeira aberta a todos, com oobjetivo de desenvolver o equilíbrio da mente e docorpo, integrar os tribeiros e transmitir-lhes um pou-co da cultura afro-brasileira. Além dos relatos dasações desenvolvidas em 2007, os grupos planeja-ram as atividades para o próximo ano e vibraramcom a apresentação de dança dos alunos da Es-cola Técnica Olavo Bilac, de São Borja.

Fórum da Região da FronteiraNo dia 27 de outubro, o Lions Club de

Uruguaiana foi o ponto de encontro das Tribos dacidade com os tribeiros visitantes de Itaqui. Aproxi-madamente 150 estudantes participaram das apre-sentações de atividades desenvolvidas pelas Tribosno decorrer do ano, utilizando recursos audiovisuais.Foi o momento de relatar e avaliar de que formasuas iniciativas voluntárias impactaram as comunida-des. O secretário de Cultura do município fez pales-tra sobre a identidade cultural no Rio Grande do Sule a bióloga do Museu de Ciências Municipal conver-sou com os jovens sobre questões ambientais da atu-alidade. O almoço foi preparado pelos cozinheiroscontratados pela Associação Comercial e Industrial(ACI) de Uruguaiana e, depois, as danças e dinâmi-cas animaram os participantes.

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Programa Organizações da Sociedade Civil

Gestão no Terceiro Setor é FundamentalDesde a criação da ONG Parceiros Voluntários, em

janeiro de 1997, escolhemos estrategicamente as Or-ganizações da Sociedade Civil (OSC), juridicamenteconstituídas, para serem o nosso forte parceiro no de-senvolvimento da cultura do trabalho voluntário organi-zado. Na tríade – Voluntários (jovens, empresas ou pes-soas físicas) + OSC + Parceiros Voluntários – encontra-se a força para a sustentação do movimento do volunta-riado em nosso Estado.

Nesta visão, a Parceiros Voluntários, além de ser fon-te de voluntários qualificados, assessora as OSC em ges-tão, a fim de melhor aproveitar esses recursos. Para asinstituições, um voluntário bem preparado e atuante faztoda a diferença, assim como cada novo parceiro queseja mobilizado para contribuir, tanto no repasse deconhecimentos, quanto de serviços, recursos materiaisou financeiros. Para garantir um bom aproveitamentodo recurso humano-voluntário encaminhado, foi criadoo Curso de Formação de Coordenadores de Voluntári-os, para os funcionários indicados pelas OSC.

No contexto de um Terceiro Setor constituído por or-ganizações totalmente díspares, as diretrizes para o de-senvolvimento do Programa sinalizavam que devería-mos trabalhar especialmente com aquelas organizaçõesque, por suas muitas carências, necessitavam de volun-tários-cidadãos comprometidos para poderem atenderàs suas metas. Dentro delas, identificamos um grandeidealismo, faltando-lhes ainda maior grau de profissio-nalismo. Em muitas entidades, esse era um dos fatoresque impossibilitava a permanência dos voluntários oudas empresas que lhes encaminhávamos. Por essa ra-zão, a Parceiros Voluntários buscou parceria junto aoSEBRAE/RS visando ao desenvolvimento de cursos ge-renciais destinados às OSC.

Há muitos anos a Parceiros Voluntários ministra cur-sos dentro do Programa de Desenvolvimento doTerceiro Setor. Com metodologia de oficinas vivenciais,de 88 horas/aula, capacitamos líderes e dirigentes dasorganizações conveniadas para a elaboração de pla-nejamento estratégico, captação de recursos, implanta-ção e gerenciamento de projetos, articulação de traba-lho em rede, articulação com os setores público e priva-do. Ênfase é dada também ao Fator Humano, à Comu-nicação e à Qualidade na Gestão do atendimento aosbeneficiários internos dessas organizações. Com isso,os seus apoiadores e parceiros têm otimizados os recur-sos investidos.

Outro foco da metodologia é o estímulo para que asOSC adotem a idéia de Formação de Rede. Este é omaior ganho, pois é na REDE que a organização encon-tra seus interlocutores e movimenta uma série de ações,desde o repasse de conhecimento e experiências até ode recursos materiais. Redes estruturadas permitem umganho coletivo ao pensar projetos, encaminhá-los eimplantá-los em parceria. Trata-se de apoio mútuo. É ovelho e sempre atual dito: “a união faz a força”.

O envolvimento e as ações da ONG Parceiros Volun-tários com as OSC conveniadas, tanto no encaminhamentode voluntários, nos Cursos do Programa de Desenvolvi-mento do Terceiro Setor, quanto na metodologia de For-mação de Redes, têm integral gratuidade. Inclusiveas palestras, cursos, assessoria, gerenciamento do Bancode Dados do Voluntariado, bem como o fornecimento dematerial didático e de softwares de gestão e outros recur-sos de apoio à formação. Para isso, a Parceiros Voluntá-rios busca junto aos seus Mantenedores, Patrocinadorese Apoiadores a manutenção dos Programas.

Todo esse esforço para qualificar as OSC através decapacitações é gratificante porque, na ponta final doprocesso, os beneficiários são milhares de crianças, jo-vens, adultos e idosos que recebem atenção, respeito,amor, solidariedade e têm necessidades fundamentaissupridas em termos de saúde, bem-estar, educação e meioambiente. Como Peter Drucker bem disse: o resultado deum projeto social é um ser humano melhor.

Perfil das OSC

7,9%Área de saúde: câncer,

drogas e DST/AIDS

28,9%Área de direitos humanose desenvolvimento social

47,5%Creches, pré-escolas e cursos

profissionais

4,1%Asilos (idosos)

Entidades especializadas(portadores de

necessidades especiais)

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Projetos em Parceria

Rede Parceria Social – Governo do Estadodo Rio Grande do Sul

A convite da Secretaria de Justiça e Desenvolvi-mento Social do Estado do Rio Grande do Sul, aParceiros Voluntários integrou-se à Rede ParceriaSocial, lançada em maio de 2007.

Seu desenho estratégico é inovador e seus ob-jetivos são bem definidos:• otimizar recursos destinados pelas empresas à

ação social;• potencializar a atuação das entidades sem fins

lucrativos;• melhorar a atuação tradicional do Estado na área;• criar condições para incrementar a sustentabili-

dade do Terceiro Setor.Juntando forças pelo desenvolvimento, várias

organizações do Terceiro Setor do Rio Grande doSul integram a Carteira de Projetos Sociais destePrograma. À Parceiros Voluntários cabe a capaci-tação das entidades, com o objetivo de qualificarseus métodos de gestão, otimizar os resultados desuas ações e colaborar com as políticas públicas ecom o desenvolvimento social do Estado.

A Capacitação é realizada em três módulosde 16 horas cada, abordando:• Módulo I – Articulação, Trabalho em Rede e Visi-

bilidade da OSC;• Módulo II – Liderança, Gestão de Pessoas e Re-

lação com o Cidadão-Beneficiário;• Módulo III – Gestão Financeira, Planejamento

Estratégico, Relação com o Meio Ambiente e Sus-tentabilidade Econômica.As duas primeiras turmas foram capacitadas

em 2007. Até o final de 2008, serão beneficiadas500 pessoas de 250 OSC. Tudo a serviço de umobjetivo maior: gerar desenvolvimento social!

Para saber mais sobre o Programa Rede Parce-ria Social, visite o site www.stcas.rs.gov.br

Por compreender muito bem esse cliente – e forte par-ceiro – denominado de OSC, e por ser uma de suas es-tratégias estabelecer parcerias, com seriedade e trans-parência, junto ao primeiro e segundo setores, a Parcei-ros Voluntários, passou a integrar duas novas Redes em2007. Cabe destacar que há integral gratuidadepara as OSC beneficiárias dessas iniciativas.

Em qualquer projeto social, a condição ideal é quan-do se configura a união de vários parceiros, onde cada

um aporta o seu expertise com a finalidade única debeneficiar as comunidades. Conforme Rose Marie Inojosa,em Redes de Compromisso Social, “(...) são redes emque parcerias são mobilizadas a partir da percepçãocompartilhada de situações ou problemas que rompemou colocam em risco o equilíbrio da sociedade ou asperspectivas de seu desenvolvimento, e para cujoequacionamento não é suficiente a ação isolada de or-ganizações públicas e/ou privadas”.

Rede Concerto Social – HSBCEm agosto de 2007 teve início a formação

da Rede Concerto Social, uma ação do InstitutoHSBC Solidariedade e da Parceiros Voluntários.Durante dois anos, serão promovidos a capacita-ção, o desenvolvimento e a articulação de 11 pro-jetos de OSC localizadas em 10 municípios gaú-chos: Porto Alegre, Novo Hamburgo, FredericoWestphalen, Santa Maria, Palmeira das Missões,Bom Retiro, Bento Gonçalves, Santiago, São Borjae Ijuí, também com integral gratuidade paraos participantes.

A capacitação busca oferecer ferramentaspara que os projetos tenham condições de com-partilhar resultados, metodologias e causas, e queseus impactos positivos resultem em transforma-ção social e estadual. Cada projeto deve poten-cializar o outro em um inter-ser solidário.

Na condição de investidor social, o InstitutoHSBC Solidariedade acompanha o desenvolvimen-to da Rede. O Instituto Fonte, outro parceiro doprojeto, facilita os processos de aprendizagem edesenvolvimento das OSC, verificando e avalian-do tanto o impacto das ações nas comunidadescomo o quanto os grupos aprenderam e avança-ram, inclusive na dimensão pessoal e humana.

A Metodologia da Parceiros Voluntários pre-vê 72 horas/aula de capacitação, divididas emtrês encontros de 24 horas/aula, e mais seis en-contros trimestrais de 8 horas/aula. O primeiroencontro trimestral foi realizado em Santa Maria,em dezembro de 2007. A cada dois meses, asOSC recebem a visita do consultor. Em março de2008, a Parceiros Voluntários realizará visitas lo-cais e encontros regionais nos municípios onde oprojeto está sendo implantado.

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Prêmio Parceiros Voluntários

Ficamos sempre muito emocionados quando revisita-mos as edições anteriores do evento de entrega do Prê-mio Parceiros Voluntários. Todas as edições, nesses10 anos, registraram exemplos de RSI – ResponsabilidadeSocial Individual, de Compromisso Humano, de amor aopróximo e de educação para a cidadania. Estão em nos-so site os registros de TODOS os reconhecidos, aos quaisenviamos os nossos sentimentos de plena gratidão.

Instituído em 2000, o Prêmio Parceiros Voluntários ocor-re bienalmente, sempre nos anos ímpares do calendário.O pensamento filosófico na sua condução é a valo-rização do Ser Humano. Por isso, as iniciativas sociaisreconhecidas são representantes de milhares de outrastambém muito importantes para os beneficiados e paracomunidade, e que também deveriam ser reconhecidos.

Exemplos que MultiplicamComo a Parceiros Voluntários sabe ser impossível abra-çar a todos, utiliza o Princípio da Democracia: TODOSsão representados por alguns!

O Prêmio Parceiros Voluntários é coordenado pela ONGParceiros Voluntários com a participação da Rede ParceirosVoluntários, distribuída no Estado do Rio Grande do Sul. Eleé voltado para a valorização e reconhecimento dotrabalho voluntário e para o desenvolvimento da cultura dovoluntariado nos diversos setores da comunidade gaúcha.Um dos conceitos da Parceiros Voluntários é ter “Emoçãocom Resultados”. Por isso, a ação do Prêmio foi pensada eembasada em critérios técnicos da qualidade,que conduzem ao atingimento dos seguintes objetivos:

• Divulgar exemplos de iniciativas sociais multiplicáveisque possam, no futuro, influir em políticas públicas;

• Demonstrar a força do trabalho emREDE e o seu resultado quando os vá-rios segmentos da Comunidade seunem – voluntários, empresas, escolas,organizações da Sociedade Civil, po-der público e beneficiários;

• Ter um instrumento de apoio, visando aodesenvolvimento e ao fortalecimento dacultura do voluntariado organizado.Nesta edição do Relatório Anual, em

que completamos 10 anos de atividades,queremos prestar uma homenagem a TO-DOS que de alguma forma foram partíci-pes na consolidação do Movimento do Vo-luntariado em nosso Estado. Queremosagradecer aos Voluntários, aos Fundado-res, Conselheiros, Mantenedores, Patrocina-dores, Apoiadores, Empresas, Escolas, Uni-versidades, aos que foram e são da Equi-pe da Parceiros Voluntários, incluindo osnossos fortes parceiros na expansão desseMovimento: os Presidentes e Lideranças Lo-cais das Associações Comerciais, Industri-ais, Rurais e de Serviços. Somos gratos tam-bém ao Primeiro Setor, ao governos munici-pais, estadual e federal, aos poderes Exe-cutivo, Legislativo e Judiciário e ao Ministé-rio Público, todos que, na última década,acompanharam a grande mobilização so-cial do voluntariado. Esse é o exemplo deuma grande e forte REDE por um Rio Gran-de do Sul com Atitude Voluntária.Em 2007, mais uma vez o Teatro do Sesi lotou na entrega do Prêmio

Artistas voluntários animaram a cerimônia do 4º Prêmio Parceiros Voluntários

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007Patrocinadores do Prêmio Parceiros Voluntários:

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Que ser Humano Queremos para o Século XXI?

Seminário Internacional Pare Pense

O Seminário Internacional Pare Pense foi criado coma finalidade de, a cada dois anos, aprofundar reflexõespara encontrar respostas à pergunta acima. Talvez bus-quemos uma relação expressa com a Transcendência oua Espiritualidade.

As reflexões que fundamentam esse propósito daParceiros Voluntários não se limitam a pensar na “me-lhoria de quem somos”, mas ousam questionar “se so-mos ou estamos sendo o que poderíamos ser”. Há, por-tanto, um aprofundamento filosófico que implica transi-

tar e integrar diferentes domínios conceituais: físico, bio-lógico, psicológico, antropológico e teológico. Em ou-tras palavras, a Parceiros Voluntários vem experimen-tando uma abordagem transdisciplinar e/ou holísticasobre as questões humanas.

As três edições do Seminário já realizadas, coerente-mente com a Organização, têm evoluído em direção aoaprofundamento e à ampliação da visão de homem ecosmovisão:

• O futuro do ser humano é ter seu papel reciclado(2002);

• O futuro do ser humano é ser mais humano (2004);• Futuro do ser humano é ser cada vez mais huma-

no (2006);Em 2002, o Pare Pense trouxe a Porto Alegre o pensa-

dor Lester Salamon, da John Hopkins University (EUA), cien-tista que lidera a investigação mundial sobre o Terceiro Se-tor e que conduziu, junto com a socióloga colombiana, Sra.Olga Toro, o encontro de reflexão crítica sobre as basesconceituais de um novo homem e de uma nova sociedade.

Em 2004, o filósofo John Renesch (EUA), a soció-loga venezuelana Charo Méndez e qualificada mesade painelistas brasileiros aportaram suas contribuiçõesteóricas e práticas.

A edição 2006 contou com a presença de Ronald E. Fry,criador da psicologia positiva na busca do desenvolvimento

Seminário Internacional Pare Pense, edição de 2006

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social e comunitário; do cientista chileno Humberto Maturana,autor da concepção filosófica da matriz biológica da existên-cia humana e da também professora chilena Ximena DávilaYañez, especialista em Relações Humanas e Familiares. Com-pletou o corpo de conferencistas, a brasileira Terezinha Rios,Doutora em Educação e mestre da PUC-SP.

No primeiro Seminário, o título chama a atenção parauma dimensão humana importante, que é o seu PAPEL nasociedade. Entretanto, essa dimensão é também mais pe-riférica em comparação com os aspectos salientados nostítulos dos Seminários seguintes: “ser mais humano” e “sercada vez mais humano”. Estes últimos trataram de refletirsobre aspectos característicos da humanidade que poderi-am dar às pessoas condições de interferir no processo demudança social e contribuir para uma vida melhor e maisjusta, tais como, responsabilidade, compromisso, cidada-nia, interação social, solidariedade, confiança, comunica-ção e liderança, amor, investigação, apreciação e ética.

É evidente que, numa perspectiva ampla, levando-se em conta o estado atual da sociedade brasileira etalvez do planeta, esses aspectos permanecem sendo

importantes, necessários e merecedores de reflexão emobilização em seu favor.

Contudo, a Parceiros Voluntários identifica que a co-munidade já anseia por um salto quântico em suas refle-xões. Por isso, de modo a promover uma “nova” reflexãoa respeito do que é ser “humano”, trará, em 2008, ascontribuições da Física Quântica e da possível integraçãode seus postulados com diferentes tradições filosóficas eespiritualistas.

Sendo assim, o Seminário Internacional Pare Pense2008 se abrirá para novas perspectivas e questões. Foiproposto aos Palestrantes fazerem suas apresentações pen-sando nos conceitos de descontinuidade, não-localidade,causalidade descendente e transcendência. Dessa forma,passam a ser também objeto de interesse e estudo os fun-damentos e constituintes da espécie e do conhecimentohumano, bem como seus impactos sobre o entendimento ea relação do homem com Deus, expressa como transcen-dência ou espiritualidade. (Apoio conceitual da Dra. IedaRohden, professora adjunta do Gabinete de Graduaçãoda Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS)

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Livro Parceiros Voluntários

Em comemoração aos seus 10 anos, em janeirode 2007, a ONG Parceiros Voluntários gostaria dedeixar uma contribuição para a literatura, análises edebates do Terceiro Setor e para a Causa do Volunta-riado no Brasil. Para isso, reuniu um grupo de pesso-as renomadas e com credibilidade em suas áreas deconhecimento e de atividade, tendo a jornalista eescritora Lilian Dreyer como orientadora. Nasceu, as-sim, o livro cujo título é, digamos, provocativo e ousa-do, porém, acreditamos, bem pertinente.

O título do livro veio por inspiração das palavrasdo ex-vice-presidente da norte-americana FundaçãoFord, Barry Gaberman: “A separação tradicional depoderes em Executivo, Legislativo e Judiciário não ésuficiente para proteger a sociedade contraa concentração de poder, mes-mo considerando-se a existênciade um Quarto Poder, na formade uma imprensa independente.As instituições da sociedade civilconstituem um Quinto Poder, aju-dando a proteger contra o abusode poder”.

Gaberman fez esta afirmaçãoem artigo publicado no Brasil em ou-tubro de 2007, na Rede GIFE ONLINE,em que defende a adoção de mecanis-mos que possam demonstrar o quantoas organizações civis sem fins lucrativosjá estão contribuindo para a geração deriqueza ao redor do mundo e participan-do no PIB. Sua preocupação porém, corriano sentido de que o aspecto material nãoviesse a sobrepujar a importância do contro-le democrático que o “quinto poder” repre-senta em relação aos outros quatro poderes:“Precisamos ter cuidado para que qualquertentativa de avaliação não diminua esta fun-ção”, alertou ele.

O Quinto Poder“Este livro se propõe a reunir visões pertinentes

(isto é, qualificadas), ainda que individuais. Nãose pretendeu fechar qualquer aspecto, ao contrá-rio. Pretendeu-se abrir um campo, de onde broteinspiração coletiva para novos estudos. Tampoucose buscou formatar um trabalho acadêmico, mastrazer contribuições ao debate e estimular a criati-vidade. Tanto quanto possível, semear inquietação.Mais ambiciosamente, agitar a fina mas dura su-perfície da inércia”, conforme diz a jornalista e es-critora Lilian Dreyer em sua Apresentação.

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Diário de Canoas, Canoas

Jornal VS, São Leopoldo

Jornal Popular, Nova Prata

Comunicação Social

Mobilização social só se faz com o apoio da Mídia.Ao divulgarem causas sociais, os profissionais da comu-nicação são multiplicadores que potencializam as ações,apontando necessidades de nossas comunidades.Nosso muito obrigado a todos!

Pedimos, todavia, à Mídia em geral que olhe para oTerceiro Setor, para as Causas So-

ciais, não apenas pela lentedo “assistencialismo”, mastambém como um integran-te da composição do PIB(Produto Interno Bruto) brasi-

leiro. Veja matéria completana página 36 deste Relatório.

Reforço à Mobilização“A instituição sem fins lucrativos não fornecebens ou serviços, nem controla. Seu“produto” não é um par de sapatos, nemum regulamento eficaz. Seu produto é umser humano mudado. As instituições semfins lucrativos são agentes de mudançahumana. Seu “produto” é um pacientecurado, uma criança que aprende, umjovem que se transforma em um adulto comrespeito próprio; isto é, toda uma vidatransformada”.

Peter Drucker

Revista do Colégio Israelita Brasileiro, Porto Alegre

Jornal de Canela, Canela

Revista IstoÉ Dinheiro, São Paulo

Minuano, Bagé

A Integração, Horizontina

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Terceiro Setor Incluído no PIB

O Terceiro Setor Finalmente Incluído no PIBAté então, a metodologia apresentava uma grave

distorção, já que possuía uma regra para o cômputodas organizações sociais, o que camuflava as suas ati-vidades. Esta regra determinava que, nos levantamen-tos estatísticos, as organizações que recebessem maisde 50% de suas receitas como doações do Estado eramconsideradas como estatais e aquelas com mais de 50%de receita advinda das empresas ou das famílias aca-bavam classificadas como sendo do setor privado. Poresta razão, nenhum país do mundo apresentava em se-parado as informações agregadas sobre o terceiro se-tor. A ONU denominou de Conta Satélite do Setor NãoLucrativo a metodologia que agora orienta os institutosde pesquisa nos países a levantarem as informaçõessobre as atividades do Terceiro Setor.

A longa batalha para substituir o velho paradigma ini-ciou-se nos primeiros anos da década de 90, quando oCentro de Estudos da Sociedade Civil da Universidade JohnsHopkins, liderado pelo prof. Lester Salamon, lançou o Pro-jeto Comparativo do Setor Não Lucrativo, que congregavapesquisadores de sete países e que lançava a basemetodológica conceitual que orientaria o levantamento so-bre o caráter estrutural e operacional do setor.

O Projeto Comparativo evoluiu e recentemente envolviapesquisadores de 37 países. Foi através da credibilidade queeste movimento acadêmico angariou para si que foi possíveliniciar, no final dos anos 90, uma pressão, liderada pelo Prof.Lester, junto ao Departamento de Estatística da ONU, paraque o sistema de contas nacionais fosse reformulado, incluin-do uma nova conta específica para o terceiro setor. Em marçode 2002, a ONU lançava o Manual sobre OrganizaçõesNão Lucrativas do Sistema de Contas Nacionais, que passoua ser um referencial para as pesquisas que desde então sãorealizadas sobre o Terceiro Setor. (...)

Podemos agora celebrar essa importante vitória de ummovimento que se iniciou em meados da década passadanas universidades brasileiras e que tinha como principal pro-pósito dar visibilidade ao setor. A partir de agora, sabere-mos, através de estatísticas oficiais, como se estrutura e evoluio terceiro setor no Brasil. Saber sobre o crescimento do setor éimportante, mas não suficiente. O grande desafio que temospela frente é demonstrar que o Terceiro Setor desempenhapapel estratégico fundamental para o desenvolvimento soci-al do nosso país. O seu impacto transformador da realidadesocial é significativamente mais importante do que sua meraparticipação no PIB.

Professor Luiz Carlos Merege (FGV)Fonte: redeGIFE ONLINE - 14/05/07

Pela primeira vez na história das contas nacionais doBrasil, o Terceiro Setor entrou com um destaque específico nacomposição do Produto Interno Bruto (PIB), o que ocorreu narecente revisão realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE). Isso significa que sua existência éreconhecida como um setor com características próprias, dis-tinguindo-o do Estado e do conjunto das organizações dotradicional setor privado. Nosso país é provavelmente o maisnovo membro da pequena comunidade de 12 países queincluíram o setor em suas estatísticas econômicas.

A sua participação oficial de 1,4% na formação do novoproduto brasileiro significa que movimenta cerca de 32 bi-lhões de reais, valor bastante superior às despesas com pes-soal no Estado de São Paulo, que somam aproximadamente25 bilhões. É um valor considerável, já que São Paulo admi-nistra o maior orçamento entre os Estados brasileiros, movi-mentando 53 bilhões de reais - sendo superado somentepelo orçamento da União, em que as despesas com pessoalatingem o valor de 44 bilhões de reais.

Desde 1948, quando a contabilidade nacional foiimplementada pela Fundação Getúlio Vargas, o método quevinha sendo empregado não permitia que as informaçõesreferentes às organizações da sociedade civil pudessem sercomputadas separadamente. A tradicional metodologia dascontas nacionais significava um forte paradigma, que per-maneceu intocável até março de 2002, quando o departa-mento de Estatística da Organização das Nações Unidas(ONU) admitiu a importância de se calcular separadamen-te o valor movimentado pelo Terceiro Setor.

Em 2007, finalmente, o Terceiro Setor teve suaparticipação econômica reconhecida peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). O número apresentado, entretanto, émenor do que o considerado por umlevantamento recente do Programa deVoluntários das Nações Unidas (UNV), emparceria com o Centro de Estudos daSociedade Civil da Universidade Johns Hopkins,segundo o qual o setor sem fins lucrativos noBrasil representa hoje 5% do PIB nacional. Otema foi objeto do artigo do professor LuizCarlos Merege, da Fundação Getúlio Vargas,divulgado pelo informativo redeGIFE ONLINE(14/05/07), que reproduzimos a seguir.

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O sentido de comunidade, os conceitos de sinergia eintegração, assim como a atitude de aprendizado per-manente fazem parte do dia-a-dia da Direção, EquipeTécnica, Estagiários e Voluntários que trabalham na ONGParceiros Voluntários. Hoje, o perfil do colaborador exige

Parceiros Fundamentais na Mobilização

Nossa Equipe

capacidade crescente de resolver problemas em ambi-entes complexos, caracterizados pela diversidade, o quedemanda, por parte da Organização, atenção especialàs oportunidades de desenvolvimento profissional e pes-soal disponibilizadas à equipe.

Quem somos

Fabiano Rei FeijóIliane PereiraIlone Jane Rivas de AlvezJacqueline PalmaJoão Paulo Rodrigues FerreiraKaren BarbosaLuiza SimonMárcia Denise Fernandes CaminhaMaria da Graça Testa da RosaPaulo Afonso BeleganteRita PatussiVanessa Becker Braga SaladaEstagiários e Voluntários

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente-Executiva Voluntária

Geraldo ToffanelloVice-Presidente Voluntário

Hermes GazzolaVice-Presidente Voluntário

Ernani Rosa Gualtieri – Gerente GeralCláudia Remião Franciosi – GerenteJosé Alfredo A. Nahas – GerenteAdriane Alves MachadoAlesandra Duarte MattosAlice de Fraga SilvaAna Virginia Antunes BenavidesAngelo Corrêa MarquesAntonio Tadeu StodutoCarine Antonello SabkaCesar Augusto Resende NunesCleci MarchioroDebora Pires

Equipe TécnicaDiretoria Voluntária

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Conselho Deliberativo

O envolvimento direto dos líderes empresariais einstitucionais que compõem o Conselho Deliberativo daONG Parceiros Voluntários é decisivo na definição dasestratégias a serem adotadas, no acompanhamento ena avaliação das atividades desenvolvidas pela Orga-nização em cada etapa de sua história.

Com seus conhecimentos e experiência, os Conselhei-ros contribuem para o fortalecimento organizacional e,como conseqüência, para o fortalecimento da cultura devoluntariado organizado no Rio Grande do Sul.

A todos o nosso muito obrigado!

Humberto Luiz RugaPresidente do ConselhoPe. Alyosio Bohnen, S.J.Vice-Reitor UnisinosCarlos Rivacci SperottoFARSUL- Federação da Agricultura do Estado do RSFlávio SabbadiniFECOMÉRCIO - Federação do Comércio de Bense Serviços do Estado do RSFrancisco Cirne LimaEmpresárioJayme SirotskyRBS - Rede Brasil SulJoão PolanczykMédicoJoão Ruy Dornelles FreireCOPESUL S/AJorge Gerdau JohannpeterGERDAU S/AJorge Luis LogemannGRUPO SLC

Composição do Conselho DeliberativoJosé Paulo Dornelles CairolliFEDERASUL - Federação das Associações Comerciaise de Serviços do RSLeocadio de Almeida Antunes FilhoEMPRESA DE PETRÓLEO IPIRANGA S/AMarcelo Lyra do AmaralBRASKEM S/AMarco da Camino SoligoRGE - Rio Grande EnergiaMarcos SamahaWal-Mart BrasilMari Helem Rech RodriguesMédicaPaulo TigreFIERGS - Federação das Indústrias do Estado do RSRoberto PandolfoEmpresárioSílvio Pedro MachadoBANCO BRADESCO S/AWrana Maria PanizziEducadora

Reunião do Conselho Deliberativo

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Produção do Relatório Anual 2007

Fundadores, Mantenedores e Apoiadores

Projeto Editorial e Redação: Equipe ONG Parceiros Voluntários – Coodenação da Produção: Sylvia Bojunga – Projeto Gráficoe Editoração: Agência PS – Fotografias: Arquivo da Rede Parceiros Voluntários – Tiragem: 12.000 exemplares.

In memoriamNossa homenagem especial a Marco Antônio da Silva (TAM), Conselheiro e grande apoiador da Parceiros Voluntários.

Parcerias Voluntárias 2007

• Adriana Defenti• Alexandre Chedid• Aracruz Celulose S/A Unidade Guaíba• BAND/RS• BIENAL DO MERCOSUL• Câmara do Livro• Casa de Cultura Mário Quintana• Clube do Professor Gaúcho• Conectt Marketing Interativo• Consulado-Geral dos Estados Unidos

da América em São Paulo• Departamento Municipal de Água e Esgotos• Ernesto Fagundes• Federação das Cooperativas Médicas do RS

Ltda - Unimed• Generoso Mrack• Grêmio Náutico União• HP Company• Hique Gomes• Impacto Signs

• Intermédio Leitor Ltda - Assessoria de Imprensae Clipping

• José Luis Brum Carrasco• Juliano Venturella Korff• Manoel Soares• Microsoft Corporation• Neto Fagundes• Paim Comunicação• Processor Alfamídia – Grupo Processor• PUCRS• Puras do Brasil S/A• Ritter Hotéis• Rossi & Rossi Advogados Associados• Santander Cultural• SLM Ogilvy Comunicação e Marketing• Tânia Carvalho• Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS• Veículos de Comunicação – Mídia Impressa

e eletrônica• Teixeira, Ribeiro, Becker Advogados

Fundadores/Mantenedores

Apoiadores

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Chancelas

Apoio a este relatório

Largo Visconde do Cairu, 17 – 8º andar

CEP 90030-110 – Porto Alegre – RS – Brasil

Telefone: (51) 2101-9797

Fax: (51) 2101-9776

e-mail: [email protected]

www.parceirosvoluntarios.org.br

www.tribosparceiros.org.br

Associada ao Departamento de Informações Públicas/Seção de OrganizaçõesNão-Governamentais (DPI/NGO) das Nações Unidas (ONU)

CertificaçõesConselho Municipal de Assistência Social - 296/05-R

Utilidade Pública Municipal - Lei nº 8750/2001

Utilidade Pública Estadual – 002085

Utilidade Pública Federal - Portaria nº 306/01

Entidade Beneficente de Assistência Social - RCEAS 1094/2006

Registro da marcaRegistro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI

As doações são recebidas somente por depósitoidentificado no Banco Bradesco S.A.C.C: 0525050-1 / Ag. 0268-2

Doação do papel Impressão voluntária Distribuição voluntária

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